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Índice
Lista de siglas e abreviaturas.............................................................................................................................................. 15
Introdução................................................................................................................................................................................... 19
Sumário executivo ................................................................................................................................................................... 21
1. Indicadores populacionais e demográficos ..................................................................... 29
2. Programas de saúde prioritários ......................................................................................... 32
2.1. Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável .................................. 33
2.2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física............................................... 36
2.3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ................................. 41
2.4. Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos
Antimicrobianos ................................................................................................................................. 46
2.5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares ................................. 49
2.6. Programa Nacional para a Diabetes .......................................................................................... 50
2.7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas .............................................................. 54
2.8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias ........................................................... 58
2.9. Programa Nacional para as Hepatites Virais ......................................................................... 64
2.10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA ....................................................................... 66
2.11. Programa Nacional para a Tuberculose .................................................................................. 69
2.12. Programa Nacional de Saúde Mental ........................................................................................ 73
3. Outros programas e iniciativas de saúde ......................................................................... 76
3.1. Programa Nacional de Vacinação ............................................................................................... 76
3.2. Programa Nacional de Vigilância da Gripe ............................................................................. 81
3.3. Programa Nacional de Rastreio Neonatal ............................................................................... 83
3.4. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral ................................................................. 84
3.5. Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade .................................................. 87
3.6. Unidade de apoio à Autoridade de Saúde Nacional e à Gestão de Emergências em
Saúde pública ...................................................................................................................................... 88
3.7. Pessoa com Doença Rara ................................................................................................................ 89
3.8. Procriação Medicamente Assistida ............................................................................................ 91
4. Cuidados de saúde primários ................................................................................................ 93
5. Cuidados de saúde hospitalares........................................................................................ 104
6. Cuidados continuados integrados .................................................................................... 134
7. Cuidados paliativos ................................................................................................................ 149
Conclusão ..................................................................................................................................................................................237
Anexos ...................................................................................................................................................................................238
Anexo 1. Percentagem de utentes com médico de família atribuído, por município ......
239
Anexo 2. Redes Europeias de Referência................................................................................... 246
Anexo 3. Centros de Referência oficialmente reconhecidos em 2020 .......................... 247
Anexo 4. Intransferíveis .................................................................................................................... 248
Anexo 5. Notas de Transferência (NT) e Vales Cirurgia (VC) ............................................ 249
Anexo 6. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por hospital (2017-2020)........
.................................................................................................................................................. 253
Anexo 7. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por grupo de serviço (2017-
2020) ............................................................................................................................................ 257
Índice de Quadros
Quadro 1. Evolução dos principais indicadores de população, natalidade e mortalidade ...................... 29
Quadro 2. Indicadores de desempenho dos hospitais relativos à implementação das ferramentas da
identificação do risco nutricional previstos no Despacho n.º 6634/2018, de 6 de julho.
................................................................................................................................................................................. 34
Quadro 3. Evolução das consultas de apoio intensivo à cessação tabágica ................................................... 43
Quadro 4. Proporção (%) de utentes com 15 ou mais anos com registo de hábitos tabágicos últimos
2 anos (Portugal | dezembro 2019 – dezembro 2020) ................................................................... 44
Quadro 5. Proporção (%) de utentes com 15 ou mais anos com aconselhamento breve para a cessação
tabágica (Portugal | dezembro 2019 – dezembro 2020) ............................................................... 45
Quadro 6. Proporção (%) de fumadores com tentativa de cessação tabágica após intervenção breve
(Portugal | dezembro 2019 – dezembro 2020) ................................................................................. 45
Quadro 7. Proporção (%) de fumadores medicados após intervenção breve (Portugal | dezembro
2019 – dezembro 2020) ............................................................................................................................... 45
Quadro 8. Evolução da dispensa de medicamentos de apoio à cessação tabágica nas farmácias em
Portugal Continental ...................................................................................................................................... 46
Quadro 9. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças cerebrovasculares ............................ 50
Quadro 10. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração ................ 50
Quadro 11. Monitorização do Rastreio da Retinopatia Diabética de base populacional, por ARS
(2020) ................................................................................................................................................................... 52
Quadro 12. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários com o
diagnóstico de asma (2012 – 2020) ........................................................................................................ 59
Quadro 13. Prevalência regional de asma nos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários
(2018 - 2020) .................................................................................................................................................... 60
Quadro 14. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de
DPOC ..................................................................................................................................................................... 60
Quadro 15. Prevalência regional de DPOC, nos utentes inscritos nos cuidados primários, em todas as
faixas etárias (2018 - 2020)........................................................................................................................ 61
Quadro 16. Evolução da proporção de utentes com DPOC, com registo de avaliação de FeV1 ............ 61
Quadro 17. Proporção de utentes adultos com registos clínicos evidenciando a existência de asma,
DPOC ou bronquite crónica, com registo do diagnóstico, na lista de problemas ativos
(2019 - 2020) .................................................................................................................................................... 62
Quadro 18. Taxa de internamentos por asma ou DPOC em adultos por cada 100.000 utentes ativos
com 40 ou mais anos ...................................................................................................................................... 63
Quadro 19. Taxa de internamentos hospitalares com diagnóstico principal de "asma", por cada
100.000 residentes com idades entre 18 e 39 anos ......................................................................... 63
Quadro 20. Resultados a estimativas nacionais para o ano 2018 (total e para os principais modos de
transmissão) ...................................................................................................................................................... 68
Quadro 21. Evolução do número de utentes SNS que beneficiaram do PNPSO ........................................... 85
Quadro 22. Evolução do número de cheques emitidos, referenciações para higienista oral e
referenciações para consulta de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários, emitidas
por grupo-alvo no âmbito do PNPSO ...................................................................................................... 86
Quadro 23. Evolução do número total de cheques dentista, referenciações para higienista oral e
referenciações para consultas de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários, utilizados
no âmbito do PNPSO ...................................................................................................................................... 86
Quadro 24. Evolução da taxa de utilização por projeto e ano civil .................................................................... 87
Quadro 25. Número de programas disponibilizados pelo PNAEQ e em colaboração com as entidades
congéneres, nas diferentes áreas (2010 - 2020) ............................................................................... 88
Quadro 26. Cartão de Pessoa com Doença Rara ......................................................................................................... 90
Quadro 27. Atividade do Programa de Procriação Médica Assistida ............................................................... 92
Quadro 28. Evolução do número de USF, UCC e UCSP............................................................................................. 93
Quadro 29. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região. 96
Quadro 30. Resultados do projeto-piloto de saúde oral ......................................................................................... 98
Quadro 31. Monitorização do Rastreio de Saúde Visual Infantil aos 2 anos de idade (Fase 1), por ARS
(2020) ................................................................................................................................................................... 99
Quadro 32. Número de unidades móveis e principais atividades desenvolvidas .................................... 101
Quadro 33. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares) ......................... 102
Quadro 34. Indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários ..................................................... 102
Quadro 35. Número de camas hospitalares do SNS, por região ....................................................................... 105
Quadro 36. Número de Centros de Responsabilidade Integrados (2020) .................................................. 109
Quadro 37. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares) ........................ 112
Quadro 38. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade ... 115
Quadro 39. Dinâmica dos pedidos inscritos em consulta no CTH................................................................... 116
Quadro 40. Número de pedidos de consulta de inscritos no CTH, por ARS ................................................ 116
Quadro 41. Mediana do tempo até à realização da primeira consulta .......................................................... 117
Quadro 42. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES, de 1 de junho de
2016 a 31 de dezembro de 2020 ........................................................................................................... 121
Quadro 43. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade, de 1 de junho
de 2016 a 31 de dezembro de 2020 ..................................................................................................... 122
Quadro 44. Evolução global da oferta cirúrgica ...................................................................................................... 124
Quadro 45. Evolução global da oferta cirúrgica, por ARS (2020) ................................................................... 125
Quadro 79. Evolução do número de transporte de doentes registados na plataforma SGTD ............ 170
Quadro 80. Evolução do número doentes transportados e registados na plataforma SGTD.............. 171
Quadro 81. Evolução do número de prestações realizadas aos utentes transportados com registo no
SGTD ................................................................................................................................................................... 171
Quadro 82. Evolução do número de isenções e dispensas de pagamento de taxas moderadoras ... 173
Quadro 83. Rendimentos referentes as taxas moderadoras (em milhões de euros) ............................. 174
Quadro 84. Evolução do número produtos de apoio entregues e respetivos encargos (HH EPE,
SPA/PPP).......................................................................................................................................................... 177
Quadro 85. Evolução do número de beneficiários, por região ......................................................................... 179
Quadro 86. Número de pedidos de reembolso pagos (2020) ........................................................................... 179
Quadro 87. Valor dos pagamentos efetuados, por tipologia (2020) .............................................................. 179
Quadro 88. Número de prestadores de MCDT convencionados, por área clínica .................................... 181
Quadro 89. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros) ....... 182
Quadro 90. Evolução do número total de doentes por ARS e do total de doentes por 10 mil habitantes
.............................................................................................................................................................................. 184
Quadro 91. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros) .................................................................. 185
Quadro 92. Custos por doente por região de saúde (em euros) ...................................................................... 185
Quadro 93. Assistência médica no estrangeiro – movimento de doentes por especialidade ............. 189
Quadro 94. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de embalagens
comercializadas ............................................................................................................................................. 193
Quadro 95. Atividade operacional mensal SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento
(2020) ................................................................................................................................................................ 201
Quadro 96. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2020)
.............................................................................................................................................................................. 202
Quadro 97. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento COVID-19
(2020) ................................................................................................................................................................ 203
Quadro 98. Atividade de prestação SNS 24: Serviço de Aconselhamento Psicológico (2020) ........... 205
Quadro 99. Atividade de prestação SNS 24: Serviço de Interpretação de Língua Gestual Portuguesa
(2020) ................................................................................................................................................................ 207
Quadro 100. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - Telefone
(2020) ................................................................................................................................................................ 208
Quadro 101. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - E-mail (2020)
.............................................................................................................................................................................. 209
Quadro 102. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2020) ................... 209
Quadro 103. Atividade operacional SNS 24: Outbound – Vale Cirurgia ........................................................ 210
Quadro 104. Evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão ............................................. 219
Quadro 105. Evolução de registos do Testamento Vital ...................................................................................... 223
Quadro 106. Evolução do número de receitas com e sem papel ..................................................................... 223
Quadro 107. Evolução da prescrição eletrónica do medicamento ................................................................. 223
Índice de Gráficos
Gráfico 1. Evolução da esperança de vida à nascença ............................................................................................. 30
Gráfico 2. Evolução da esperança média de vida aos 65 anos (em anos) ....................................................... 31
Gráfico 3. Número de utentes (por 100.000) dos CSP do SNS com registo do nível de atividade física
e comportamentos sedentários no sistema informático SClínico - Cuidados de Saúde
Primários .................................................................................................................................................................... 37
Gráfico 4. Número de consultas dos CSP do SNS (e respetiva tipologia) com registo do nível de
atividade física e comportamentos sedentários no sistema informática SClínico - Cuidados
de Saúde Primários ................................................................................................................................................ 38
Gráfico 5. Proporção (%) de utentes em cada uma das categorias do semáforo de prática de atividade
física moderada, por grupo etário, avaliado através da ferramenta digital do SClínico -
Cuidados de Saúde Primários (“semáforo” verde vs. amarelo vs. vermelho) ............................. 39
Gráfico 6. Proporção (%) de utentes em cada uma das categorias do semáforo de comportamento
sedentário (tempo sentado diário), por grupo etário, avaliado através da ferramenta digital
do SClínico - Cuidados de Saúde Primários (“semáforo” verde vs. amarelo vs. vermelho) .. 39
Gráfico 7. Acesso às orientações produzidas pela DGS na área da atividade física no contexto de
confinamento ou isolamento social (percentagem da população adulta) .................................... 41
Gráfico 8. Utilidade das orientações produzidas pela DGS na área da atividade física no contexto de
confinamento ou isolamento social (percentagem da população adulta que referiu ter tido
acesso às orientações) .......................................................................................................................................... 41
Gráfico 9. Evolução do número de rastreios de retinopatia diabética efetuados........................................ 53
Gráfico 10. Evolução do número de utentes com Diabetes tipo 1 em tratamento com PSCI ................. 53
Gráfico 11. Número de mulheres convidadas e rastreadas (cancro da mama) ........................................... 55
Gráfico 12. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama 56
Gráfico 13. Número de mulheres convidadas e rastreadas (cancro do colo do útero) ............................. 56
Gráfico 14. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do
Útero............................................................................................................................................................................. 57
Gráfico 15. Número de utentes convidados e rastreados (cancro do cólon e reto) ................................... 58
Gráfico 16. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Cólon e
Reto ............................................................................................................................................................................... 58
Gráfico 17. Evolução da prescrição de CRD .................................................................................................................. 64
Gráfico 18. Monitorização dos tratamentos de Hepatite C, até 29 de janeiro de 2021 (tratamentos
finalizados) ................................................................................................................................................................ 66
Gráfico 19. Casos de infeção por VIH, casos de SIDA e óbitos (1983-2019): distribuição por ano de
diagnóstico da infeção ou de estádio SIDA, ou ano de morte ............................................................. 67
Gráfico 20. Evolução da taxa de notificação de tuberculose em Portugal, por 100 mil habitantes..... 71
Gráfico 21. Evolução da demora mediana entre o início de sintomas até ao diagnóstico de tuberculose
(em dias)..................................................................................................................................................................... 72
Gráfico 22. PNV - Esquema recomendado. Cobertura vacinal por coorte, agente e dose. Avaliação
2020, no Continente .............................................................................................................................................. 78
Gráfico 23. Vacinação contra tétano e difteria. Cobertura vacinal por coorte. Avaliação 2020, no
Continente ................................................................................................................................................................. 78
Gráfico 24. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo feminino.
Avaliação 2020, no Continente ......................................................................................................................... 79
Gráfico 25. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa e contra S. pneumoniae 13
aos 3 meses de idade. Vacinação atempada para as vacinas contra o sarampo e contra N.
meningitidis C aos 13 meses de idade. Avaliação 2020, no Continente ......................................... 80
Gráfico 26. Número de nascimentos vs recém-nascidos estudados desde o início do PNRN (Taxa de
cobertura entre 1980 - 2020) ........................................................................................................................... 83
Gráfico 27. Evolução do número de USF – Modelo A e B ........................................................................................ 94
Gráfico 28. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC............................................. 94
Gráfico 29. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família ............................................. 95
Gráfico 30. Evolução percentual da relação entre os utentes com médico de família atribuído e os
residentes................................................................................................................................................................... 96
Gráfico 31. Evolução do número de utentes sem médico de família atribuído ............................................ 97
Gráfico 32. Evolução percentual de utentes com enfermeiro de família atribuído .................................... 97
Gráfico 33. Número de instituições hospitalares do SNS em 2020................................................................. 105
Gráfico 34. Lotação praticada média mensal de camas de cuidados intensivos polivalentes (nível III)
nos hospitais do SNS em 2020 ....................................................................................................................... 106
Gráfico 35. Proveniência dos doentes com alta de hospitalização domiciliária (2020) ........................ 110
Gráfico 36. Evolução do número de primeiras consultas externas hospitalares ..................................... 114
Gráfico 37. Evolução do número total de consultas externas hospitalares ................................................ 114
Gráfico 38. Evolução do total de consultas hospitalares na área de oncologia ......................................... 115
Gráfico 39. Evolução do tempo médio de triagem (em dias) ............................................................................ 117
Gráfico 40. Percentagem de consultas realizadas em 2020, dentro e fora dos TMRG ........................... 118
Gráfico 41. Evolução do cumprimento dos TMRG, por nível de prioridade ............................................... 118
Gráfico 42. Percentagem de consultas dentro do TMRG, por especialidade (2020) .............................. 119
Gráfico 43. Número de utentes que escolheram um hospital fora da sua rede de referência, de 1 de
junho de 2016 a 31 de dezembro de 2020 ............................................................................................... 120
Gráfico 44. Percentagem de saídas da LIC por motivo de cancelamento..................................................... 125
Gráfico 45. Evolução de entradas em LIC e número de operados ................................................................... 127
Gráfico 46. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
..................................................................................................................................................................................... 127
Gráfico 47. Evolução de entradas em LIC e número de operados (obesidade) ......................................... 127
Gráfico 48. Evolução de entradas em LIC e número de operados (neoplasia maligna) ........................ 128
Gráfico 49. Evolução das notas de transferência e vales de cirurgia emitidos e percentagem de
cativações ................................................................................................................................................................ 129
Gráfico 50. Evolução anual do número de episódios de urgência (milhares)............................................ 130
Gráfico 51. Percentagem de episódios de urgência que geram internamento .......................................... 131
Gráfico 52. Evolução da percentagem de atendimentos urgentes com prioridade verde, azul e branca
..................................................................................................................................................................................... 131
Gráfico 53. Evolução da percentagem de episódios urgentes atendidos dentro do tempo previsto
..................................................................................................................................................................................... 132
Gráfico 54. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação (2016 – 2020) ......... 132
Gráfico 55. Evolução do número de lugares de internamento RNCCI ........................................................... 135
Gráfico 56. Evolução do número de lugares de internamento contratados em funcionamento nas
tipologias de RNCCI – UC, UMDR e ULDM ................................................................................................ 135
Gráfico 57. Número de lugares de internamento em atividade por região de saúde (a 31 de dezembro
2020) ......................................................................................................................................................................... 136
Gráfico 58. Evolução do número de Equipas de Cuidados Continuados Integrados .............................. 136
Gráfico 59. Evolução anual do total de lugares da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
..................................................................................................................................................................................... 137
Gráfico 60. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI - Rede Geral e Cuidados Pediátricos
Integrados - em 2020 ......................................................................................................................................... 143
Gráfico 61. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI Saúde Mental em 2020 ............. 143
Gráfico 62. Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região (2020) .................... 144
Gráfico 63. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região (2020)
..................................................................................................................................................................................... 144
Gráfico 64. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região (2020) .............. 145
Gráfico 65. Episódios de internamento em Unidades de Desabituação - PLA e OSPA ........................... 156
Gráfico 66. Evolução do número de transplantes................................................................................................... 158
Gráfico 67. Evolução do número de chamadas de emergência atendidas nos CODU ............................. 162
Gráfico 68. Evolução do número de acionamentos de meios de emergência ............................................ 162
Gráfico 69. Número de chamadas transferidas do INEM para a Linha SNS 24 ......................................... 163
Gráfico 70. Número de chamadas encaminhadas pela Linha SNS 24 para o INEM ................................. 163
Gráfico 71. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC ...................................... 165
Gráfico 72. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde Coronária .......................... 166
Gráfico 73. Custos unitários por doente transportado (em euros) ................................................................ 172
Gráfico 74. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados .............. 181
Gráfico 75. Distribuição dos doentes por faixa etária (2020) ........................................................................... 184
Gráfico 76. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde (2019) ........................................ 184
Gráfico 77. Assistência médica no estrangeiro ........................................................................................................ 189
Gráfico 78. Número total de doentes evacuados dos PALOP para o SNS ..................................................... 191
Gráfico 79. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de embalagens
comercializadas .................................................................................................................................................... 193
Gráfico 80. Evolução do encargo médio do cidadão por embalagem de medicamento ........................ 193
Gráfico 81. Evolução anual da quota de medicamentos genéricos no SNS ................................................. 194
Gráfico 82. Evolução da quota de medicamentos biossimilares, em unidades dispensadas .............. 195
Gráfico 83. Evolução do número de medicamentos inovadores aprovados ............................................... 195
Gráfico 84. Pedidos de autorização de ensaio clínico (2006 - 2020) ............................................................. 197
Gráfico 85. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento - Chamadas
atendidas (2020) ................................................................................................................................................. 202
Gráfico 86. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2020)
..................................................................................................................................................................................... 203
Gráfico 87. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento COVID-19
(2020) ....................................................................................................................................................................... 204
Gráfico 88. Atividade operacional SNS 24: Serviço de Aconselhamento Psicológico (2020) ............. 206
Gráfico 89. Atividade de prestação SNS 24: Triagens realizadas através do Serviço de Interpretação
de Língua Gestual Portuguesa (2020) ........................................................................................................ 207
Gráfico 90. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2020) ................. 210
Gráfico 91. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta ........................................... 211
Índice de Figuras
Figura 1. Acesso e utilidade das orientações produzidas pela DGS na área da alimentação no contexto
da COVID-19 .................................................................................................................................................................... 34
Figura 2. Acesso e utilidade das orientações produzidas pela DGS na área da alimentação no contexto
da COVID-19 .................................................................................................................................................................... 35
Figura 3. PNV 2020: Esquema vacinal recomendado .............................................................................................. 81
Introdução
O presente relatório dá cumprimento ao disposto no n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 15/2014, de 21
de março1, alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril, que visa a consolidação dos
direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde, concretizando a Lei de Bases da Saúde, aprovada
pela Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, que salvaguarda as especificidades do Serviço Nacional de
Saúde (SNS).
Esta análise é efetuada para o horizonte 2010 a 2020, sempre que exista informação disponível
e comparável para este período.
1 A Lei n.º 15/2014, de 21 de março foi alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril. Em 2017 foi também publicada a Portaria n.º
153/2017, de 4 de maio, que reviu o disposto no n.º 2 do artigo 1.º e nos artigos 25.º a 27.º da Lei n.º 15/2014, de 21 de março, relativamente
aos Tempos Máximos de Resposta Garantidos para todo o tipo de prestações de saúde sem carácter de urgência e publicou a nova carta dos
direitos de acesso.
sobre: (i) a forma de acesso aos serviços garantidos pelo Estado aos cidadãos; (ii) o funcionamento
dos serviços de saúde; (iii) a utilização dos recursos disponíveis; (iv) o desempenho de cada entidade
do SNS, seja em termos de evolução individual, seja em comparação com as outras.
O ano de 2020 é naturalmente marcado pelo surto de doença por coronavírus (COVID-19) que a
Organização Mundial de Saúde declarou como emergência de saúde pública de âmbito internacional
no dia 30 de janeiro de 2020, e como pandemia no dia 11 de março de 2020.
Pelas suas características, esta pandemia veio afetar a regularidade da prestação de cuidados de
saúde em todos os sistemas de saúde, designadamente no SNS português, tendo desafiado a sua
capacidade de ajustamento, adaptabilidade e resiliência para, a par das prestações de cuidados de
saúde “habituais”, acomodar o choque de uma procura extraordinária de cuidados para uma nova
patologia, requerendo meios técnicos escassos a nível mundial e necessidade de aquisição de
conhecimento quase em tempo real para dar a melhor resposta clínica aos utentes COVID-19.
Não obstante, não se podendo ignorar que a pandemia teve um impacto significativo na atividade
assistencial realizada em 2020 e nos meios ao dispor para a realizar, importa, nesta mesma sede,
prestar informação relativa ao acesso a cuidados de saúde em pandemia, salientando todo o trabalho
efetuado de forma a permitir preservar e incrementar a capacidade de resposta do SNS.
Sumário executivo
No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), manteve-se a
tendência observada no ano anterior, registando-se uma descida de 2,8 (2019) para 2,4 óbitos por
cada mil nados-vivos, resultado que continua a colocar Portugal como um dos países com melhores
resultados a nível mundial neste parâmetro. No total, verificaram-se 205 óbitos infantis (-41 do que
em 2019).
Todavia, o aumento do número de óbitos (tendo-se registado 123.358 em 2020, ou seja mais
10,3% do que em 2019) e o decréscimo do número de nados-vivos (-2,5% face a 2019) determinam
um agravamento do saldo natural de -25.214 em 2019, para -38.932 em 2020.
O segundo capítulo é dedicado aos Programas de Saúde Prioritários, que integram três
plataformas de intervenção: a plataforma de prevenção e gestão das doenças crónicas, a plataforma
da prevenção e gestão das doenças transmissíveis e a plataforma dedicada à saúde mental.
7. No âmbito do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, (i) a expansão dos rastreios
oncológicos de base populacional implementados no SNS, mama, colo do útero e cólon e reto
prevista para 2020, foi afetada negativamente pela pandemia COVID-19. Prevê-se que em
2021 se recuperem os atrasos e que em 2022 se atinja 100% da cobertura geográfica para
os 3 rastreios oncológicos; (ii) no âmbito do rastreio do Cancro da Mama reporta-se a
cobertura geográfica de 77,8%, uma taxa de adesão ao rastreio de 61,1% das mulheres
convidadas, a realização de 6.554 consultas de aferição e a identificação de 978 casos para
avaliação hospitalar; (iii) no âmbito do rastreio do Cancro do Colo do Útero, reporta-se uma
cobertura geográfica de 100%, uma taxa de adesão ao rastreio de 88,4% das mulheres
convidadas e a identificação de 6.625 lesões suspeitas nas consultas de patologia cervical
hospitalar; (iv) no âmbito do rastreio do Cancro do Cólon e Reto, reporta-se uma cobertura
geográfica de 88,9%, tendo havido uma taxa de adesão de 35,6% dos utentes convidados e
tendo sido referenciados para avaliação hospitalar 139 utentes.
10. No âmbito do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, (i) a redução da percentagem de
diagnósticos tardios de 54,4% em 2018 para 49,7% em 2019; (ii) a notificação de zero casos
de transmissão de VIH em crianças (<15 anos); (iii) o conhecimento de que Portugal terá já
diagnosticado 93,2% das pessoas que vivem com VIH, aproximando-se da meta de
diagnosticar 95% das pessoas que vivem com a infeção preconizada para 2030; (iv) a
manutenção da dispensa direta ao público do autoteste para VIH através das farmácias
comunitárias, iniciada em outubro de 2019.
11. No âmbito do Programa Nacional para Tuberculose, (i) a redução sustentada do número
casos notificados, da proporção de doentes bacilíferos e do número de casos de tuberculose
infantil; (ii) a manutenção de uma demora mediana até ao diagnóstico elevada, o que reforça
a necessidade de utilização uniforme das ferramentas diagnósticas disponíveis, de forma a
permitir acelerar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
12. No âmbito do Programa Nacional de Saúde Mental, (i) a autorização para a criação de
equipas-piloto comunitárias de saúde mental da infância e adolescência; (ii) a
implementação, a nível nacional, de uma estratégia de resposta ao impacto da COVID-19 na
saúde mental das populações; (iii) o desenvolvimento de atividades de promoção da saúde
e de prevenção da doença mental, particularmente em jovens e adolescentes; (iv) o início da
revisão da Lei de Saúde Mental, em conjunto com o Ministério da Justiça.
O terceiro capítulo, integra informação sobre outros programas e iniciativas de saúde, de entre
os quais se destacam:
O quarto capítulo é dedicado aos cuidados de saúde primários. O investimento feito nos últimos
anos em capacitar este nível de prestação de cuidados, que se constitui como o ponto de acesso
primordial dos cidadãos ao SNS, tem sido notório e observável em indicadores como a evolução do
número de cidadãos com médico de família, o número de unidades funcionais do tipo Unidade de
Saúde Familiar e a evolução das consultas médicas, de enfermagem e de outros profissionais de
saúde. Em 2020, devido à pandemia COVID-19, este nível de prestação de cuidados teve de se ajustar
à nova realidade, bem como prestar cuidados a doentes positivos para SARS-COV-2, o que veio a
impactar no volume e forma de prestação de atividade assistencial neste ano, bem como exigir a
reorganização dos espaços e rotinas de trabalho. Realçam-se os seguintes resultados de 2020: (i) a
existência de mais 17 novas Unidades de Saúde Familiar face a 2019, com o modelo USF a abranger
64,2% da população inscrita nos cuidados de saúde primários; (ii) a existência de 266 UCC,
assegurando a cobertura de 96,6% dos residentes no continente; (iii) a existência de 91,6% de
cidadãos inscritos nos CSP com médico de família atribuído; (iv) a existência de 86,3% de cidadãos
inscritos nos CSP com enfermeiro de família atribuído; (v) a realização de mais de 32,5 milhões de
consultas médicas e de mais de 16,5 milhões de consultas de enfermagem.
O quinto capítulo trata dos cuidados de saúde hospitalares. No âmbito da pandemia COVID-19
os hospitais foram as entidades às quais coube assegurar a resposta aos doentes mais graves, com
necessidades de internamento em enfermaria e/ou cuidados intensivos, o que implicou um
significativo trabalho de preparação e ampliação da capacidade de resposta hospitalar e sua
reorganização interna. Em 2020, a evolução do movimento assistencial no SNS registou um
decréscimo generalizado no que respeita ao volume dos cuidados prestados a nível hospitalar, face
ao ano anterior, nomeadamente: (i) diminuição do número total de consultas externas hospitalares
(-10,4%); (ii) decréscimo no total de intervenções cirúrgicas realizadas no SNS para cerca de 579
mil, com especial incidência nas cirurgias programadas (-19%); (iii) diminuição do volume de
referenciações para primeiras consultas hospitalares no âmbito da Consulta e Tempo e Horas (CTH)
em cerca de 34,9% e agravamento do cumprimento dos TMRG nesta área; (iv) no âmbito do SIGIC, o
ano de 2020 veio inverter a tendência observada até 2019 de uma taxa de crescimento anual de 3%
de doentes operados. No entanto, mesmo com o impacto do SARS-Cov-2, foram operados 514.000
doentes (-18,2% face ao ano anterior), e as cirurgias na área oncológica mantiveram-se com valores
próximos dos anos de 2018 e 2019; (v) No SU, a percentagem de episódios de urgência atendidos
dentro do tempo previsto pela Triagem de Manchester, aumentou para os 77,7% (+3,4%
comparativamente a 2019), verificando-se igualmente um aumento de 2,1 pp no que se refere a
episódios que geram internamento; (vi) registaram-se 28.167 episódios de internamento de doentes
com diagnóstico COVID-19 e verificou-se uma maior concentração de episódios de internamento no
mês de dezembro de 2020.
O sexto capítulo centra-se nos cuidados continuados integrados sendo de destacar, do trabalho
desenvolvido nesta área, (i) o aumento em 5% do número de vagas de internamento na RNCCI face
a 2019, contabilizando um total de 9.468 vagas divididas entre 9.322 das tipologias UC, UMDR e
ULDM, 17 referentes a UCIP nível 1 e 129 na área da saúde mental; (ii) a existência de 291 ECCI no
final de 2020 (+1,7% em relação a 2019), com 5.637 vagas para cuidados domiciliários da RNCCI,
cerca de 38% da totalidade da capacidade da rede geral (15.374 vagas no total da RNCCI), (iii) o
atendimento de 45.959 utentes, menos 8,9% que em 2019; (iv) o trabalho realizado no âmbito da
pandemia de COVID-19 para efeitos de priorização da atribuição de vaga na RNCCI a doentes
provenientes dos hospitais do SNS. A 31 de dezembro de 2020 haviam sido colocados 15.752 doentes
por esta; (v) a autorização de abertura de 107 camas adicionais das tipologias da Rede Geral da
RNCCI.
O sétimo capítulo foca os cuidados paliativos nos quais Portugal tem definido estratégias de
aumento destas respostas quer a nível hospitalar quer a nível comunitário. Em março de 2020, com
o início da Pandemia COVID-19, os profissionais estiveram muito dedicados à atividade clínica,
condicionando a realização dos cursos de formação pelas Administrações Regionais de Saúde,
nomeadamente nesta área dos cuidados paliativos. Das atividades prosseguidas e resultados
alcançados em 2020 destacam-se: (i) as 45 Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados
Paliativos; (ii) o reforço das Equipas Comunitárias ou Domiciliárias de Suporte em Cuidados
Paliativos, totalizando 27, e das Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos
Pediátricas, que passam a 7 Equipas; (iii) o reforço da cooperação e articulação entre equipas de HD
e EIHSCP, bem como a promoção da consultoria intra-hospitalar, nos cuidados de saúde primários e
nos cuidados continuados integrados.
O décimo capítulo foca a emergência médica, área na qual se observou em 2020, (i) o
atendimento nos CODU do INEM de 1.308.757 chamadas de emergência, o que se traduz numa média
diária de 3.586 chamadas (diminuindo em 7,5% face a 2019); (ii) o acionamento de 1.171.878 meios
de emergência médica do INEM (diminuindo em 12% face a 2019); (iii) a implementação de
ambulâncias especializadas dedicadas ao transporte de casos suspeitos validados ou confirmados de
infeção por SARS-CoV-2; (iv) a criação de Equipas de Enfermagem de Intervenção Primária (EEIP)
para proceder à colheita, acondicionamento e transporte de amostras biológicas necessárias ao
diagnóstico de COVID-19 em locais específicos, como por exemplo estruturas residenciais para
idosos ou estabelecimentos prisionais; (v) a operacionalização de estruturas de apoio em unidades
hospitalares, nomeadamente no Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE, e no Centro
Hospitalar e Universitário de Lisboa Central, EPE, tendo ainda apoiado a montagem de “hospitais de
campanha” em Ovar e no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE; (vi) o apoio à realização de
testes COVID-19 em determinados locais; (vii) o transporte inter-hospitalar de doentes críticos,
particularmente relevante para aliviar a pressão intensa que se verificou sobre alguns Serviços de
Medicina Intensiva do SNS.
No décimo primeiro capítulo até ao décimo sétimo abordam-se diversas áreas com destaque
para:
1. O transporte não urgente de doentes, no qual se verificou, em 2020, (i) uma diminuição de
43,7% no número de transporte de doentes, face ao período homólogo de 2019; (ii) uma
diminuição de 30,6% no número de utentes transportados.
2. As taxas moderadoras em que, no ano de 2020, se observou (i) que os rendimentos dos
serviços e instituições do SNS se situaram em cerca de 99,6 milhões de euros; (ii) o
alargamento dos benefícios a mais utentes, com a implementação da dispensa do
pagamento de taxas moderadoras nas consultas dos Cuidados de Saúde Primários desde o
dia 1 de abril de 2020 e nos exames complementares de diagnóstico e terapêutica, quando
prescritos nos Cuidados de Saúde Primários e realizados nas instituições e
estabelecimentos públicos de saúde, desde o dia 1 de setembro de 2020, bem como a
isenção do pagamento de taxas moderadoras aos antigos combatentes e suas viúvas ou
viúvos.
3. A articulação com o setor social e convencionado, em que se verificou (i) um decréscimo
no total de encargos de 4,5% face ao valor faturado ao SNS em 2019, ( excluídas as áreas
da hemodiálise e do SIGIC); (ii) uma estabilização do número de doentes em Programa de
Tratamento de Hemodiálise em Ambulatório, atingindo-se um total de 12.141 doentes (-
38 doentes do que em 2019); (iii) uma diminuição de 9,1% dos utentes operados na rede
convencionada com o SNS no âmbito do SIGIC (-2.553 doentes face a 2019).
O décimo oitavo capítulo refere-se ao SNS Digital, no qual se destaca o Centro de Contacto do
Serviço Nacional de Saúde – SNS24 salientando-se que, em 2020, (i) foram atendidas cerca de
4.022.968 chamadas no SNS 24, representando um crescimento de 171% face ao ano anterior, numa
expansão fortemente alavancada pelas necessidades provenientes da gestão da pandemia; (ii) o
encaminhamento, pelo Serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento, de 333.390 dos
utentes para autocuidados, 334.871 para observação em Cuidados de Saúde Primários e 399.078
para serviço de urgência hospitalar; (iii) a disponibilização de uma Linha de Aconselhamento
Psicológico (LAP) para prestar apoio psicológico a utentes e a profissionais de saúde (que se
encontrem a prestar cuidados de saúde) que recebeu, em 2020, 53.205 chamadas de utentes e 4.447
chamadas de profissionais de saúde.
Natalidade e mortalidade
No que se refere à taxa de mortalidade infantil registaram-se 205 óbitos de crianças com menos
de 1 ano (- 2,8% face a 2019), e 2,4 óbitos por mil nados-vivos, a taxa mais baixa observada em
Portugal.
Mantendo a tendência dos últimos anos, em 2020, nasceram 84.426 nados-vivos, menos 2,5%
que em 2019 (ano em que nasceram 86.579 nados-vivos).
Em 2020, a idade média da população residente em Portugal situou-se em 45,8 anos (mais 0,3
do que em 2019).
Indicadores 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
População
População residente (x 1.000) 10 573 10 542 10 487 10 427 10 375 10 341 10 310 10 291 10 277 10 296 10 298
Natalidade
Número de nados-vivos 101 381 96 856 89 841 82 787 82 367 85 500 87 126 86 154 87 020 86 579 84 426
Taxa bruta de natalidade por
9,6 9,2 8,5 7,9 7,9 8,3 8,4 8,4 8,5 8,4 8,2
1.000 habitantes
Indicadores 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Mortalidade
Número de óbitos (residentes
105 954 102 848 107 612 106 554 104 843 108 539 110 573 109 758 113 051 111 793 123 358
em Portugal)
Número de óbitos infantis
256 302 303 243 236 250 282 229 287 246 205
(menores de 1 ano)
Número de óbitos de 0 a 4 anos 326 372 367 316 291 308 330 281 350 316 258
Proporção de óbitos prematuros
(óbitos de menos de 70 anos / n.d. n.d. 22,7% 22,8% 22,4% 21,5% 21,5% 21,3% 20,6% 20,8% 19,9%
total de óbitos)
Saldo Natural -4 573 -5 992 -17 771 -23 767 -22 476 -23 039 -23 447 -23 409 -26 031 -25 214 -38 932
Nota: Os dados de 2019 foram atualizados pelo INE e pela DGS, face à informação publicada no Relatório de 2019.
Fonte: INE e DGS
81,5
81,1
80,8 80,8 80,9
81,0
80,6
80,4
80,5 80,2
80,0
80,0 79,8
79,6
79,5 79,3
78,9
79,0
78,5
78,0
2007 - 2009 2008 - 2010 2009 - 2011 2010 - 2012 2011 - 2013 2012 - 2014 2013 - 2015 2014 - 2016 2015 - 2017 2016-2018 2017-2019 2018-2020
Fonte: INE
A esperança de vida aos 65 anos, no período 2018-2020, atingiu 19,69 anos para o total da
população. Aos 65 anos, os homens podem esperar viver mais 17,76 anos e as mulheres mais 21,11
anos, o que corresponde a um aumento de, respetivamente, 0,06 e 0,11 anos, relativamente a 2017-
2019. Nos últimos dez anos, a esperança de vida aos 65 anos aumentou 1,02 anos para os homens e
1,08 anos para as mulheres.
20
19,69
19,61
19,45 19,49
19,31
19,19
19,12
18,97
19
18,84
18
2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016 2015-2017 2016-2018 2017-2019 2018-2020
Fonte: INE
Neste âmbito, assume especial relevância a concretização das medidas previstas nos programas
de saúde que visam responder às principais necessidades em saúde da população. É neste contexto
global que a Direção-Geral da Saúde desenvolve, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, 12
Programas Nacionais de Saúde Prioritários (conforme Despacho n.º 6401/2016, de 16 de maio,
alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5 de fevereiro), nas seguintes áreas:
O programa prioritário da saúde mental integra uma plataforma dedicada, que inclui, a comissão
de acompanhamento do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.
O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem por objetivo
promover o consumo alimentar adequado e a consequente melhoria do estado nutricional dos
cidadãos, podendo assim, ter um impacto direto na prevenção e controlo das doenças mais
prevalentes a nível nacional (cardiovasculares, oncológicas, diabetes, obesidade).
Figura 1. Acesso e utilidade das orientações produzidas pela DGS na área da alimentação no
contexto da COVID-19
Fonte: Inquérito online realizado pela DGS às unidades hospitalares do SNS - dados recolhidos em junho 2020.
Indicadores de desempenho Janeiro - Julho 2019* Agosto - Dezembro 2019* Janeiro - Agosto 2020*
51,11%
46,61% 44,06%
% doentes em idade adulta (8 774 doentes em idade
(714 doentes em idade adulta (4 978 doentes em idade adulta
classificados com risco nutricional adulta submetidos a
submetidos a intervenção submetidos a intervenção
que foram submetidos a intervenção intervenção nutricional de
nutricional de 1 532 doentes nutricional de 11 298 doentes
nutricional 17 167 doentes em risco
em risco nutricional) em risco nutricional)
nutricional)
* Janeiro a Julho de 2019 (período pré-implementação das ferramentas de avaliação do risco nutricional no SClínico Hospitalar) | Agosto a Dezembro de
2019 e Janeiro a Agosto de 2020 (período pós-implementação das ferramentas de avaliação do riso nutricional no SClínico Hospitalar)
Fonte: BI hospitalar, internamento, SPMS (data de extração dos dados - 14 set 2020).
Tendo-se antecipado que a pandemia COVID-19 podia ter impacto nos hábitos alimentares da
população portuguesa, o PNPAS, em parceria com o Programa Nacional para a Promoção da
Atividade Física (PNPAF), desenvolveu um estudo com o objetivo de conhecer os comportamentos
alimentares e de atividade física dos portugueses em contexto de contenção social, para combate à
pandemia de COVID-193.
Prosseguindo o esforço que tem vindo a ser realizado no sentido de se obter informação regular
sobre o consumo alimentar na população portuguesa, o PNPAS conduziu um estudo, durante o
período 1 a 17 de setembro de 2020, com o objetivo de avaliar os conhecimentos da população
portuguesa sobre a dieta mediterrânica, bem como a adesão a este padrão alimentar.
No contexto da pandemia COVID-19, foi necessária uma marcada intervenção por parte do
PNPAS, que desenvolveu um modelo organizacional para a resposta nutricional no contexto da
COVID-19, que se encontra organizado em grandes níveis de intervenção. Estes, refletem as
prioridades identificadas nesta área, sendo que a intervenção nutricional proposta se enquadra, quer
no âmbito da prevenção e redução do risco (níveis 1 e 2), quer no âmbito do tratamento da COVID-
19 (3º e último nível).
Os dados obtidos através do inquérito nacional REACT-COVID realizado pela DGS em abril/maio de
2020 mostraram que 45,3% da população adulta portuguesa referiu ter tido acesso às
recomendações para uma alimentação saudável, desenvolvidas pela DGS no contexto da pandemia
COVID-19, dos quais 77,6% consideraram as recomendações “Úteis ou muito úteis” (Figura 2).
Figura 2. Acesso e utilidade das orientações produzidas pela DGS na área da alimentação no
contexto da COVID-19
3 Estudo REACT-COVID)
O Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física tem como propósito alcançar uma
população residente em território nacional com baixos níveis de inatividade física em todo o ciclo de
vida. Este desígnio terá de ser alavancado por níveis elevados de literacia física e inserido num
ambiente físico e sociocultural facilitador de estilos de vida fisicamente ativos e menos sedentários
nos seus diferentes contextos.
Do mesmo modo, a capacitação dos profissionais de saúde para a promoção da atividade física
dos utentes, nomeadamente ao nível dos CSP, é uma ação fortemente recomendada.
No SNS, e com especial ênfase nos cuidados de saúde primários, a avaliação do nível de atividade
física, bem como o aconselhamento breve a este nível realizado pelos profissionais de saúde, é agora
possível com o apoio de ferramentas digitais desenvolvidas especificamente para o efeito, com base
em princípios e técnicas validadas de modificação comportamental, disponíveis no SClínico –
Cuidados de Saúde Primários e na Prescrição Eletrónica Médica desde o final de 2017.
• Uma proporção de utentes dos CSP avaliados correspondente a 1.967 por 100 mil utentes
em todo o país, até dezembro de 2020 (dados acumulados);
• Em média, 1 em cada 100 utentes inscritos nos CSP foi avaliado quanto aos seus níveis de
atividade física e comportamento sedentário (ARS Norte: 1,5%; ARS Centro: 1,8%; ARS LVT:
1,0%; ARS Alentejo: 1,1%; ARS Algarve: 1,0%);
• Tendo em conta que existem utentes cujos níveis de atividade física e comportamento
sedentário são monitorizados mais regularmente (i.e. utentes avaliados mais do que uma vez
desde a disponibilização da ferramenta em 2017), o volume total de consultas de CSP em que
foi realizada a avaliação e registo dos níveis de atividade física e comportamento sedentário
dos utentes foi de 200.780, sendo as consultas de enfermagem as que representam a maior
fração deste valor (Gráfico 4).
Gráfico 3. Número de utentes (por 100.000) dos CSP do SNS com registo do nível de atividade
física e comportamentos sedentários no sistema informático SClínico - Cuidados de Saúde
Primários
3 000
2 500
1 967
2 000 1 736
1 500
928
1 000
500 289
0
ago/17 mai/18 dez/18 jun/19* dez/20
4A última monitorização, aqui descrita, corresponde aos dados existentes a 31 de março de 2020. Na ausência da disponibilização de dados de
monitorização a 31 de dezembro de 2019, foram utilizados aqueles que remetem à data mais próxima, neste caso, os do primeiro trimestre do
ano seguinte – 31 de março de 2020.
Gráfico 4. Número de consultas dos CSP do SNS (e respetiva tipologia) com registo do nível de
atividade física e comportamentos sedentários no sistema informática SClínico - Cuidados de
Saúde Primários
250 000
200 780
200 000
100 000
59 457
50 000
6 260
0
Enfermagem Medicina Geral e Nutrição N.º Total de consultas
Familiar em que a atividade
Fonte: DGS física dos utentes foi
avaliada
• 33,1% dos utentes avaliados atingia a recomendação de prática de, pelo menos, 150 minutos
semanais de atividade física de intensidade moderada;
• A mediana de prática de atividade física de intensidade moderada por parte dos utentes
avaliados é de 60 minutos por semana, sendo inferior nas mulheres (60 minutos)
comparativamente com os homens (90 minutos);
Gráfico 5. Proporção (%) de utentes em cada uma das categorias do semáforo de prática de
atividade física moderada, por grupo etário, avaliado através da ferramenta digital do SClínico -
Cuidados de Saúde Primários (“semáforo” verde vs. amarelo vs. vermelho)
50
44,1
45 42,4
40 38,5
34,4
35 32,3
29,2
30 27,1 26,7
25,3
25
20
15
10
0
15 - 29 anos 30 - 69 anos 70 ou mais anos
Fonte: DGS
Gráfico 6. Proporção (%) de utentes em cada uma das categorias do semáforo de comportamento
sedentário (tempo sentado diário), por grupo etário, avaliado através da ferramenta digital do
SClínico - Cuidados de Saúde Primários (“semáforo” verde vs. amarelo vs. vermelho)
60
55
49,5
50
42,3
40 36,9
30,2
30 26,7
23,8
20,8
20
14,8
10
0
15 - 29 anos 30 - 69 anos 70 ou mais anos
Fonte: DGS
DGS | 2020-2022, permitindo “tomar decisões mais conscientes e informadas, de acordo com as
melhores orientações, bem como exercer a sua prática da melhor forma possível ”.
Neste contexto, a evidência científica mais atual na área da promoção da atividade física
identifica o aconselhamento breve em contexto de consulta de rotina como uma das intervenções
mais custo-efetivas para a promoção da atividade física dos utentes. Especificamente, a capacitação
dos profissionais de saúde no âmbito do aconselhamento breve para a atividade física nos seus
utentes, em contexto de consulta de rotina, é uma necessidade identificada no contexto dos cuidados
de saúde e constitui uma recomendação evidente no Plano de Ação Global para a Atividade Física
2018-2030 da OMS, num contexto de reforço da promoção da atividade física como parte dos
cuidados de saúde universais.
A aposta em formatos e-learning possibilita formar mais profissionais de saúde, nas diferentes
regiões do país, num espaço de tempo mais curto, razão pela qual se desenvolveu, em colaboração
com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, o curso e-learning “Promoção do Aconselhamento Breve
para a Atividade Física no Serviço Nacional de Saúde”.
Este curso baseia-se num modelo de formação de formadores que visa, primariamente, capacitar
os psicólogos com atuação direta nos CSP do SNS para intervir formativamente junto de outros
profissionais de saúde nos princípios comunicacionais facilitadores da mudança comportamental. O
objetivo é potenciar o aconselhamento breve para a atividade física e a boa utilização de ferramentas
digitais de aconselhamento breve, atualmente disponíveis nos sistemas de informação de saúde do
SNS, a utilizar pelos profissionais de saúde com os seus utentes.
Em 2020 foram realizadas as três primeiras edições da formação que alcançaram 76% do
público-alvo inscrito (psicólogos com atuação direta no SNS), revelando o encontro a uma
necessidade sentida no terreno e a valorização atribuída pelos destinatários a este tipo de formação.
Para reedições futuras, estão atualmente a ser estudadas parcerias com outras ordens profissionais,
de forma a alargar a oferta formativa em formato e-learning, em aconselhamento breve para a
atividade física junto de outros profissionais da saúde.
A pandemia COVID-19 ditou alterações nos contextos da prática de atividade física da população,
a níveis muito distintos, desde modificações da oferta e contextos de prática anteriormente
existentes a alterações ao nível dos determinantes das práticas mais individuais, especialmente nos
períodos de confinamento obrigatório.
Gráfico 7. Acesso às orientações produzidas pela DGS na área da atividade física no contexto de
confinamento ou isolamento social (percentagem da população adulta)
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0% 55,2%
50,0% 44,8%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Sim Não
Fonte: DGS
Gráfico 8. Utilidade das orientações produzidas pela DGS na área da atividade física no contexto
de confinamento ou isolamento social (percentagem da população adulta que referiu ter tido
acesso às orientações)
100,0%
90,0%
80,0%
69,3%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
16,9%
20,0% 13,8%
10,0%
0,0%
Não sei ao certo Pouco ou nada Úteis ou muito
úteis úteis
Fonte: DGS
Nesse ano, estima-se que o tabaco tenha contribuído para 19,1% dos óbitos por cancro, 32,6%
dos óbitos por doença respiratória crónica, 8,5% dos óbitos por doenças cérebro-cardiovasculares,
9,8% dos óbitos por diabetes mellitus tipo 2 e 14,0% das mortes por infeções respiratórias do trato
inferior (IHME, 2020).
Dados dos dois últimos Inquéritos Nacionais de Saúde (INS), revelam que a prevalência de
população residente, com 15 ou mais anos, fumadora, diminuiu 3 pontos percentuais, passando de
20% em 2014 para 17% em 2019. Esta última percentagem engloba os produtos de tabaco aquecido,
que entraram no mercado nacional em novembro de 20156.
De acordo com os últimos dados do INE, houve uma diminuição da proporção de fumadores em
todas as regiões do país (incluindo as regiões autónomas). Porém, permanecem algumas assimetrias
regionais: a Região Autónoma dos Açores apresentou a percentagem de fumadores mais elevada
(23,4%) e a Região Centro, a mais baixa (15,0%). É de notar, contudo, que para uma melhor
apreciação do cumprimento deste objetivo será necessário dispor de taxas de prevalência
patronizadas por regiões.9
5Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME). GBD Compare Data Visualization. Seattle, WA: IHME, University of
Washington, 2020. [Consult. 2021, 15 março]. Disponível em: https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/
6 Instituto Nacional de Estatística. Inquérito Nacional de Saúde 2019. (INE), Portugal, 2020 Portal do INE
7 Instituto Nacional de Estatística. Inquérito Nacional de Saúde 2019. (INE), Portugal, 2020 Portal do INE
8 Instituto Nacional de Estatística. Inquérito Nacional de Saúde 2019. (INE), Portugal, 2020:
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008826&contexto=bd&selTab=tab2
9 Instituto Nacional de Estatística. Inquérito Nacional de Saúde 2019. (INE), Portugal, 2020:
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0010209&contexto=bd&selTab=tab2
A resposta à pandemia COVID-19 teve impacto no normal funcionamento dos cuidados de saúde,
o que se repercutiu no Programa de Apoio Intensivo à Cessação Tabágica. Assim, no ano 2020,
observou-se:
Perante a situação pandémica, cada ARS adotou os seus modelos de organização, consoante a
disponibilidade de meios e recursos humanos. Diversos locais de consulta foram obrigados a
encerrar espaços físicos de consulta ou afetá-los a outros fins, alocando-se os respetivos profissionais
de saúde na resposta à fase aguda da pandemia.
Em 2020, foi realizado um total de 25.486 consultas de apoio intensivo à cessação tabágica em
cuidados de saúde primários e hospitalares, o que representou um decréscimo de 39,2% face a 2019
(Quadro 3).
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Total de consultas 19 620 20 667 20 898 22 358 26 043 30 706 31 822 39 763 44 138 41 946 25 486 -39,2%
Primeiras consultas 4 917 5 778 6 959 5 631 7 527 8 563 7 134 11 493 13 010 12 702 6 129 -51,7%
Locais de consulta 181 161 127 118 131 152 180 218 228 235 152 -35,3%
Nota: Os dados referentes a 2018 e 2019 foram atualizados.
Fonte: Administrações Regionais de Saúde
Nos 152 locais de consulta que se mantiveram a funcionar, o atendimento foi realizado de modo
presencial em 62,8% das consultas realizadas, ou por meios à distância, como videoconferência ou
telefone.
Na ARS Norte, das 10.221 consultas realizadas, 5.813 foram presenciais (56,9%) e 4.408 por
meios telemáticos. Na ARS Centro, das 4.943 consultas, 3.712 foram realizadas presencialmente
(75,1%), 1.223 pelo telefone e 8 por videochamada. Na ARS LVT, das 9.108 consultas realizadas,
5.567 foram presenciais (61,6%) e 3.467 por meios telemáticos. Em 74 das consultas não foi possível
conhecer a modalidade de atendimento. Na ARS Alentejo, 4 dos 5 locais de consulta conseguiram
assegurar o funcionamento durante todo o ano. Só a consulta do Litoral Alentejano não funcionou no
segundo semestre. Das 491 consultas, 354 foram realizadas presencialmente (72,1%) e 137 por
meios telemáticos. A ARS Algarve optou pela realização de todas as primeiras consultas em regime
presencial. Do total de 723 consultas realizadas, 515 foram presenciais (71,2%) e 208 por meios
telemáticos.
Assim, conclui-se que a situação epidemiológica teve impacto tanto na procura de apoio á
cessação tabágica como na capacidade de resposta do SNS, em particular ao nível dos CSP, devido à
mobilização dos profissionais destas consultas para a resposta à COVID-19.
Quadro 4. Proporção (%) de utentes com 15 ou mais anos com registo de hábitos tabágicos
últimos 2 anos (Portugal | dezembro 2019 – dezembro 2020)
Dezembro 2020 40,6 57,7 69,4 69,5 52,3 46,1 51,5 38,9 55,8
Dezembro 2019 42,1 59,4 73,4 72,4 53,1 48,9 53,9 36,7 57,9
Fonte: ACSS: Sistema de Informação e Monitorização do Sistema Nacional de Saúde (SIM@SNS), (2020). Disponível em: https://bicsp.min-
saude.pt/pt/investigacao/Paginas/Matrizindicadorescsp_publico.aspx?isdlg=1
Quadro 5. Proporção (%) de utentes com 15 ou mais anos com aconselhamento breve para a
cessação tabágica (Portugal | dezembro 2019 – dezembro 2020)
Dezembro 2020 0,3 0,8 0,9 0,9 0,6 0,7 0,2 0,6 0,7
Dezembro 2019 0,5 0,7 0,7 0,7 0,6 0,7 0,4 0,7 0,6
Fonte: ACSS: Sistema de Informação e Monitorização do Sistema Nacional de Saúde (SIM@SNS), (2020). Disponível em: https://bicsp.min-
saude.pt/pt/investigacao/Paginas/Matrizindicadorescsp_publico.aspx?isdlg=1
Quadro 6. Proporção (%) de fumadores com tentativa de cessação tabágica após intervenção
breve (Portugal | dezembro 2019 – dezembro 2020)
Dezembro 2020 16,6 11,5 11,2 11,3 15,6 12,0 14,8 6,8 12,1
Dezembro 2019 6,8 8,0 8,9 5,8 15,1 9,2 1,9 8,6 8,1
Fonte: ACSS: Sistema de Informação e Monitorização do Sistema Nacional de Saúde (SIM@SNS), (2020). Disponível em: https://bicsp.min-
saude.pt/pt/investigacao/Paginas/Matrizindicadorescsp_publico.aspx?isdlg=1
Quadro 7. Proporção (%) de fumadores medicados após intervenção breve (Portugal | dezembro
2019 – dezembro 2020)
Dezembro 2020 71,3 47,3 51,8 55,3 54,3 49,6 65,2 36,4 53,3
Dezembro 2019 73,4 68,1 67,4 67,8 64,3 71,5 77,8 72,0 68,9
Fonte: ACSS: Sistema de Informação e Monitorização do Sistema Nacional de Saúde (SIM@SNS), (2020). Disponível em: https://bicsp.min-
saude.pt/pt/investigacao/Paginas/Matrizindicadorescsp_publico.aspx?isdlg=1
Com base nos dados disponibilizados pelo INFARMED IP, em 2020, a dispensa de medicamentos
antitabágicos comparticipados, colocados nas farmácias pelos grossistas/armazenistas em Portugal
Continental, registou uma quebra (-29,1%) no número de embalagens de vareniclina,
comparativamente com o ano anterior.
N.º de Embalagens
Var.
Medicamento
2020/2019
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Bupropiom total* 199,3 205,0 230,6 246,0 261,8 262,2 297,1 334,3 354,0 5,9%
Nicotina 124,8 97,7 75,4 69,0 105,4 116,4 116,9 117,8 120,9 2,6%
Vareniclina 31,5 29,9 26,6 29,1 33,2 64,3 69,1 67,3 47,7 -29,1%
Total 355,6 332,6 332,7 344,1 400,4 442,9 483 519,4 522,6 0,6%
Nota: os dados são fornecidos pela IQVIA e referem-se aos medicamentos colocados nas farmácias pelos grossistas / armazenistas, durante o período de 1
de janeiro a 31 de dezembro de 2020, em Portugal Continental. Neste universo não foram incluídos os medicamentos relativos ao meio hospitalar.
* Os dados referem-se à totalidade de medicamentos contendo bupropiom, incluindo o Zyban®, o único medicamento de bupropiom com indicação
terapêutica na cessação tabágica.
Fonte: INFARMED IP, 2013-2021.
Nos dados fornecidos pelo Centro de Controlo e Monitorização do SNS, entre 2019 e 2020, a
dispensa de medicamentos comparticipados e dispensados em regime de ambulatório aos utentes
do SNS, em Portugal Continental, registou um aumento de 6,5 % no número de embalagens
dispensadas no que se refere ao bupropiom total e um decréscimo de 29,0 % no que se refere à
vareniclina. Nesta análise não foram incluídos os medicamentos relativos ao meio hospitalar 10.
O PPCIRA tem como visão coordenar e orientar as estruturas e iniciativas que, em todo o país,
procuram minimizar taxas de infeções associadas aos cuidados de saúde e de resistências aos
antimicrobianos.
Na Estratégia Multimodal das Precauções Básicas de Controlo de Infeção (EM-PBCI) que engloba
três módulos de monitorização: Higiene das Mãos, Uso de Luvas e Auditoria global de Qualidade (10
componentes das PBCI), verificou-se ligeira redução da adesão global das Unidades de Saúde à
referida monitorização (172 em 2018 para 160 em 2019). A taxa global de cumprimento do primeiro
momento de higiene das mãos passou de 67,98% em 2018, para 68,02% em 2019. Nas Auditorias de
Qualidade Global dos processos e das estruturas ao cumprimento das Precauções Básicas em
Controlo de Infeção, registou-se o mesmo valor da adesão global - 87,3%. Monitorização do Uso de
Luvas: A taxa global de cumprimento dos critérios de uso de luvas aumentou (de 86,4% em 2018
para 87,19% em 2019).
100 atos cirúrgicos). Verificou-se uma melhoria da taxa de ILC de cirurgias ortopédicas (artoplastia
do joelho e anca 19% e 42%, respetivamente) e cesarianas (6% entre 2018-2019). No entanto, é
necessário investir na prevenção de infeção das cirurgias de colon/reto, cuja previsão de tendência
a 2022, é de aumento (19.5% ± 1.5 IC 95%).
fluoroquinolonas em 0,2 p.p. (de 1,7 para 1,5 DHD) e da proporção de cefalosporinas de 3.ª geração
(no total de antibióticos) de 0,006 p.p. (de 0,015 para 0,009 DHD). Relativamente aos Consumos de
Antimicrobianos a nível hospitalar, entre 2018-2019 assinala-se uma redução em 8% no consumo
de carbapenemes em 0,006 p.p. (de 0,081 para 0,075 DHD).
1. Reduzir a mortalidade prematura (<70 anos) por doença cerebrovascular para valores de
taxa de mortalidade padronizada inferiores a 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, ou número
de óbitos por ano inferior a 1.000.
2. Reduzir a mortalidade prematura (<70 anos) por doença isquémica cardíaca para valores
de taxa de mortalidade padronizada inferiores a 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, ou
número de óbitos por ano inferior a 1.000.
3. Reduzir a mortalidade intra-hospitalar por Enfarte Agudo do Miocárdio para 7% com
número de óbitos anual inferior a 950.
4. Aumentar o número de angioplastias primárias no Enfarte Agudo do Miocárdio para 470 por
milhão de habitantes.
5. Aumentar o número de casos submetidos a terapêutica fibrinolítica ou reperfusão
endovascular no Acidente Vascular Cerebral para 1.800 casos por ano.
6. Reduzir o consumo de sal entre 3% a 4% ao ano na população, durante os próximos 4 anos
– meta comum ao PNPAS.
Número de óbitos (todas as idades) 13 867 12 690 13 020 11 752 11 296 11 271 11 213 10 799 10 728 10 507
Número de óbitos (<70 anos) 1 420 1 342 1 349 1 257 1 220 1 153 1 144 1 076 1 156 1081
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 13,2 12,3 12,2 11,3 10,9 10,1 10,0 9,3 9,9 9,2
Quadro 10. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Número de óbitos (todas as idades) 7 082 6 582 6 605 6 526 6 966 6 853 6 887 6 861 6 816 6665
Número de óbitos (<70 anos) 1 314 1 259 1 200 1 229 1 635 1 606 1 587 1 684 1 593 1612
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos 12,4 11,7 10,9 11,1 14,9 14,4 14,2 15,0 14,0 14,2
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do vírus SARS-CoV-2, o que teve impacto nas
atividades programadas do PNDCCV.
Na área das doenças cerebrovasculares foi possível criar um pequeno grupo de estudo que criou
uma primeira versão de guidelines para os Programas de Reabilitação Cerebrovascular. Estas
propostas foram elaboradas de acordo com as guidelines internacionais de reabilitação,
nomeadamente da AHA e as do Canadá de 2015. A sua forma de consensualização, divulgação e
implementação encontra-se em fase de análise.
Ao longo dos anos, o Programa foi sendo atualizado e revisto, mas as principais estratégias de
intervenção sempre visaram a introdução de modelos de boas práticas na gestão da diabetes focados
quer na deteção e tratamento precoces, quer na intervenção sobre as complicações da diabetes. É,
também, objetivo específico deste Programa a prevenção da diabetes, com particular enfoque nos
doentes com elevado risco de desenvolver diabetes e, consequentemente, nas alterações do estilo de
vida.
A diabetes é uma doença crónica e progressiva, tendo a sua prevalência vindo a aumentar, ao
ponto de ser considerada pela OMS como a pandemia do século XXI. Prevê-se que a diabetes possa
atingir, nos próximos 20 anos, mais de 10% da população mundial.
Portugal apresenta uma das prevalências de Diabetes mais elevadas da Europa. De acordo com
a estimativa da IDF, a prevalência Diabetes em Portugal, na população entre os 20 e os 79 anos, seria
de 14,2%, correspondendo a uma prevalência padronizada de 9,8% 11.
7. Promoção da qualidade no tratamento das Crianças e Jovens com Diabetes tipo 1 nas Escolas;
Foram elaboradas, infografias e filmes para a promoção de estilos de vida saudáveis e as diversas
Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes (UCFD) das 5 ARS desenvolveram ações públicas
com este fim.
O rastreio da Retinopatia Diabética continua a ser uma prioridade para o PND, pois esta é uma
das principais complicações da diabetes e uma das grandes responsáveis de cegueira evitável nos
adultos. Em 2020, foi realizado rastreio a 102.487 doentes, com uma redução de cerca de 55% face a
2019 o que reflete o impacto da pandemia COVID-19, com a correspondente diminuição na taxa de
rastreio populacional que se situou nos 14% em 2020 (33% em 2019).
Total ACES/ULS 24 8 15 4 3 54
População Elegível 281875 132 321 239 195 48 699 n.a. 734405
Número de convidados 106 617 8 667 71 496 5 582 n.a. 192 362
250 000
225 743
218 223
200 965
200 000
158 526
150 000
115 284 120 481
103 105 102 487
93 937 95 535
100 000
50 133
50 000
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
A promoção das boas práticas, qualidade e segurança constitui um dos objetivos do programa.
O tratamento através de sistemas de PSCI permite um melhor controlo glicémico, a redução dos
episódios de hipoglicemia e uma melhor qualidade de vida dos utentes com Diabetes tipo1. Até 2019,
foi alargado o acesso aos sistemas de PSCI, a todos os jovens elegíveis em idade pediátrica. Em 2020
foi alargada a cobertura dos utentes elegíveis em idade adulta. Nesse ano, foram adquiridos 523
dispositivos de PSCI e verificou-se um crescimento de 15% do número total de utentes em
tratamento com este tipo de sistema, em relação ao ano anterior.
Gráfico 10. Evolução do número de utentes com Diabetes tipo 1 em tratamento com PSCI
4 000
3 537
3 500
3 070
3 000
2 364
2 500
1 965
2 000
1 565
1 500 1 311
1 150
958
1 000 818
693
501
500
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: DGS
As doenças oncológicas têm um peso crescente na nossa sociedade, sendo, no nosso país, a
segunda causa de morte e a primeira antes dos 65 anos de idade. O cancro necessita de uma resposta
articulada por parte das diversas estruturas do SNS, desde a área da prevenção à do diagnóstico e à
do tratamento, obrigando à conjunção de esforços por diversas entidades.
O Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO) tem como missão promover a
prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas garantindo a equidade e a
acessibilidade dos cidadãos.
12 Gabinetes do Ministro da Educação e da Ministra da Saúde. Despacho n.º 8297-C/2019. Aprovação do regulamento de enquadramento do
apoio às crianças e jovens com Diabetes Mellitus tipo 1 na Escola. Diário da República n.º 179/2019, 1º Suplemento, Série II . 2019-09-18.
13 Programa Nacional para a Diabetes, Direção-Geral da Saúde. Ministério da Saúde. Crianças e Jovens com Diabetes Mellitus tipo 1. Manual de
Em 2020 o rastreio do cancro da mama manteve a cobertura geográfica total em quatro ARS e
na RA Madeira e RA Açores.
No âmbito deste rastreio foram convidadas 276.472 mulheres das quais 168.964 realizaram
mamografia de rastreio, tendo-se apurado uma taxa de cobertura geográfica por ACES de 77,8% em
Portugal Continental e uma taxa de adesão ao rastreio de 61,1%. Foram ainda realizadas 6.554
consultas de aferição e referenciados para o hospital 978 dos 984 casos positivos.
600 000
552 322
525 822
513 564
487 587 495 210
500 000
443 180
408 868
389 602
400 000 364 122
357 332
333 927
301 325
300 000 331 604 276 472
315 275
300 305 301 244
266 189
200 000 238 664 248 950
219 386
188 032 187 301
168 964
100 000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: A informação relativa a 2018, 2019 e 2020 apenas inclui os valores de Portugal Continental. Os anos anteriores
incluem também os valores da Regiões Autónomas da Madeira e Açores.
Fonte: DGS – ARS, 2021
Gráfico 12. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama
100%
40%
20%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: A informação relativa a 2018, 2019 e 2020 apenas inclui os valores de Portugal Continental. Os anos anteriores
incluem também os valores da Regiões Autónomas da Madeira e Açores.
Fonte: DGS – ARS, 2021
Em 2020 foram convidadas 129.839 mulheres das quais 114.718 foram rastreadas, o que reflete
uma taxa de adesão ao rastreio de 88,4%, tendo sido identificadas em consultas de patologia cervical
hospitalar 6.625 lesões.
300 000
283 368
243 736
250 000
208 209 214 125 252 584
199 820
190 745 187 095 221 143
200 000 181 465 185 335 175 955
50 000
51 920
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: A informação relativa a 2018, 2019 e 2020 apenas inclui os valores de Portugal Continental. Os anos anteriores
incluem também os valores da Regiões Autónomas da Madeira e Açores.
Fonte: DGS – ARS, 2021
Gráfico 14. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do
Útero
120%
39,5%
40%
42,6% 42,6% 42,6% 42,6% 44,4%
31,4%
20%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: A informação relativa a 2018, 2019 e 2020 apenas inclui os valores de Portugal Continental. Os anos anteriores
incluem também os valores da Regiões Autónomas da Madeira e Açores.
Fonte: DGS – ARS, 2021
Em 2020 foram convidados 247.068 utentes dos quais 88.028 foram rastreados com PSOF.
Destes, 4.887 apresentaram teste positivo. Foram realizadas 1.930 colonoscopias e 139 doentes
foram referenciados para avaliação hospitalar.
350 000
300 000
250 000
200 000
150 000
100 000
50 000
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
N.º utentes convidados 4 251 6 449 12 411 23 972 24 185 22 187 24 535 32 055 38 340 122 379 384 542 247 068
N.º utentes rastreados 3 584 5 230 8 968 16 131 15 178 12 463 15 639 19 528 21 327 49 127 129 056 88 028
Nota: A informação relativa a 2018, 2019 e 2020 apenas inclui os valores de Portugal Continental. Os anos anteriores incluem
também os valores da Regiões Autónomas da Madeira e Açores.
Fonte: DGS – ARS, 2021
100%
88,9%
84,3%
81,1%
80% 75,9%
72,3%
67,3%
62,8% 63,7%
60,9%
56,2%
60% 51,9%
55,6%
40,1%
40% 33,6% 35,6%
29,7%
20%
9,3% 9,3% 9,3% 9,3% 9,3% 11%
5,6% 5,6%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: A informação relativa a 2018, 2019 e 2020 apenas inclui os valores de Portugal Continental. Os
anos anteriores incluem também os valores da Regiões Autónomas da Madeira e Açores.
Fonte: DGS – ARS 2020
Saúde Primários, no sentido de tornar mais precoce o diagnóstico e o tratamento das principais
doenças respiratórias crónicas, reduzindo o seu internamento hospitalar e potenciando o tratamento
em ambulatório.
Estes desafios transversais ao sistema de saúde português foram agudizados pela presente
pandemia.
Quadro 12. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários
com o diagnóstico de asma (2012 – 2020)
Var.
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 68 895 78 409 87 639 96 245 103 274 110 166 116 308 122 302 126 785 3,7%
ARS Centro 30 910 32 606 37 229 41 305 45 954 50 744 55 521 58 508 61 478 5,1%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 55 124 60 403 68 682 84 179 91 603 97 945 104 418 110 550 114 391 3,5%
ARS Alentejo 8 959 9 962 11 053 11 933 12 619 13 317 13 918 14 336 14 897 3,9%
ARS Algarve 4 924 5 626 6 536 7 503 8 760 9 496 10 378 11 165 11 615 4,0%
Total 168 812 187 006 211 139 241 165 262 210 281 668 300 543 316 861 329 166 3,9%
Nota: Os dados de 2012 a 2014 foram retirados da Norma da DGS 2011.016.01. Os dados de 2015 a 2020 foram retirados do indicador
MOR.208
Fonte: DGS
Conforme se constata (Quadro 12), no intervalo em análise, tem havido um aumento progressivo
de utentes inscritos nos CSP com o diagnóstico de asma. No entanto a meta de duplicar o número de
diagnósticos de asma, não foi atingida em nenhuma das regiões relativamente a 2014, apesar das
Regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve terem conseguido duplicar o número desses
diagnósticos, relativamente a 2012. No último ano, mesmo em plena pandemia, constatou-se um
aumento destes diagnósticos, em todas as regiões de saúde, correspondendo a um acréscimo de 3,9%
a nível nacional. A Região Centro foi a que mais se destacou.
Var.
2018 2019 2020
2020/2019
Fonte: DGS
A análise da prevalência regional de asma nos utentes inscritos nos CSP (Quadro 13), tem
acompanhado o aumento dos diagnósticos de asma, mas o seu valor é ainda muito inferior ao valor
de 6,8% correspondente à estimativa da prevalência de asma em Portugal.
Var.
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 38 599 44 400 52 583 52 666 54 355 55 402 53 731 55 194 54 584 -1,1%
ARS Centro 7 150 16 947 21 421 21 597 23 627 24 565 24 252 23 865 23 285 -2,4%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 18 263 31 413 34 350 38 740 42 852 45 595 42 905 47 120 46 956 -0,3%
ARS Alentejo 3 488 5 919 6 734 6 733 7 159 7 306 7 061 7 088 7 015 -1,0%
ARS Algarve 1 641 2 343 2 719 3 058 3 639 4 090 4 006 4 659 4 736 1,7%
Total 69 141 101 022 117 807 122 794 131 632 136 958 131 955 137 926 136 576 -1,0%
Quadro 15. Prevalência regional de DPOC, nos utentes inscritos nos cuidados primários, em todas
as faixas etárias (2018 - 2020)
Var.
2018 2019 2020
2020/2019
Fonte: DGS
A prevalência regional de DPOC nos utentes inscritos nos CSP (Quadro 15), não tem apresentado
alterações significativas no último triénio, estando muito aquém da prevalência conhecida da DPOC
em Portugal, que é de 14,2% a partir da faixa etária dos 40 anos.
Este valor aponta para a necessidade de aumentar a acessibilidade à espirometria nos CSP, que
se sabe estar condicionada à capacidade de afetação de técnicos de cardiopneumologia aos CSP.
Quadro 16. Evolução da proporção de utentes com DPOC, com registo de avaliação de FeV1
Var.
2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 41,78% 48% 53,77% 59,14% 62,68% 62,45% -0,23%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 22,07% 22,86% 28,08% 37,62% 43,66% 43,66% 0%
No que se refere ao seguimento nos CSP, de doentes com Asma e DPOC, um indicador
interessante relativamente à qualidade deste processo, é a evolução da proporção de adultos com
evidência de asma e DPOC ou Bronquite, que ainda não apresentam esses diagnósticos na lista de
problemas ativos. Conforme se constata da análise do Quadro 17, existem mais de 20% de utentes
com registos clínicos evidenciando a existência de asma, DPOC ou bronquite crónica em todas as
regiões , mas em que esta condição clínica não está registada como um problema ativo. Assim,
importa assegurar que estes doentes acedam às medidas/atitudes terapêuticas, preventivas de
internamentos evitáveis, pelo que este indicador deve continuar a ser monitorizado no âmbito dos
CSP, a nível nacional, regional e local.
Quadro 17. Proporção de utentes adultos com registos clínicos evidenciando a existência de asma,
DPOC ou bronquite crónica, com registo do diagnóstico, na lista de problemas ativos
(2019 - 2020)
Var.
2019 2020
2020/2019
Fonte: ACSS
Quadro 18. Taxa de internamentos por asma ou DPOC em adultos por cada 100.000 utentes ativos
com 40 ou mais anos
2019 2020
A análise dos internamentos por asma em adultos jovens (Quadro 19), identifica as necessidades
de melhoria, no que se refere a ganhos em saúde, atendendo a que um internamento por asma,
identifica sempre uma situação de asma não controlada e de terapêutica inexistente/ineficaz (má
adesão à terapêutica, deficiente técnica inalatória, défice de corticoterapia inalada).
Quadro 19. Taxa de internamentos hospitalares com diagnóstico principal de "asma", por cada
100.000 residentes com idades entre 18 e 39 anos
2019 2020
A monitorização futura destes dois últimos indicadores relativos a internamentos, por asma e
DPOC, sensíveis a medidas de ambulatório, será determinante para a escolha de objetivos e metas a
atingir a nível regional e local, de modo a gerar eficiência e ganhos em saúde centrados no cidadão.
O gráfico que se segue apresenta, por modalidade, a evolução da prescrição eletrónica médica
para os cuidados respiratórios domiciliários (CRD) desde 2016 até 2020, constatando-se, em 2020,
um aumento do número de utentes aos quais foram prescritos tratamentos de ventiloterapia. De
modo inverso, observa-se, neste ano, um decréscimo do número de utentes para os quais foram
prescritos tratamentos de Oxigenoterapia, Aerossolterapia e tratamentos com mais de uma
terapêutica. Observa-se, também, uma redução no número de equipamentos disponibilizados.
180 000
142 766
133 668
160 000
118 018
140 000
105 653
94 670
120 000
100 000
80 000
40 444
38 852
38 839
36 741
36 440
60 000 12 980
12 371
11 964
10 943
10 685
40 000
5 165
4 701
4 225
4 059
3 224
3 010
2 910
2 844
2 748
2 402
20 000
0
Ventiloterapia Oxigenoterapia Aerossolterapia Com mais de uma Equipamentos
terapêutica
Fonte: SPMS
O Programa Nacional para as Hepatites Virais (PNHV) definiu como prioridades, até ao final de
2020:
Os recursos do PNHV têm sido afetos à prevenção, rastreio, diagnóstico e tratamento, enquanto
mecanismos essenciais para a eliminação das hepatites virais como problema de saúde pública, até
2030. Assim, têm sido consideradas prioridades de intervenção:
3. A distribuição do Kit do Programa Troca de Seringas para o consumo seguro de drogas por
via injetável;
A promoção do rastreio e diagnóstico da infeção por VHB e VHC nos diferentes níveis de
cuidados de saúde foi concretizada através de diversas iniciativas que promovem o acesso ao teste
de rastreio da infeção por VHB e VHC em diferentes contextos (hospitais, cuidados de saúde
primários, organizações de base comunitária e farmácias comunitárias), tendo por objetivo a
identificação precoce dos casos, a adequada referenciação hospitalar e a quebra do ciclo de
transmissão.
Salienta-se que, no espaço de um ano, foram autorizados mais 1.682 tratamentos de Hepatite C
com Antivirais de Ação Direta (de 30 de janeiro de 2020 a 29 de janeiro de 2021).
Gráfico 18. Monitorização dos tratamentos de Hepatite C, até 29 de janeiro de 2021 (tratamentos
finalizados)
Doentes não
curados
596
Doentes
curados
16 789
1. Diagnosticar 90% das pessoas que vivem com a infeção por VIH e, destas, assegurar que 90%
estão em tratamento antirretroviral e que, destas, 90% apresentem carga viral suprimida.
Portugal mantém a tendência decrescente do número de novos casos de infeção por VIH, pese
embora apresente uma incidência elevada de novos casos (no contexto da UE).
Durante o ano de 2019, de acordo com as notificações efetuadas até 30 de junho de 2020, foram
diagnosticados 778 novos casos de infeção por VIH, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2019,
registados na sua totalidade em indivíduos com idade superior ou igual a 15 anos, maioritariamente
em indivíduos do sexo masculino (2,3 casos em homens por cada caso comunicado em mulheres),
por transmissão sexual (97,3%), na sua maioria naturais de Portugal (55,7%) e residentes na Área
Metropolitana de Lisboa (50,4%).
Cumulativamente, foram diagnosticados em Portugal, 61.433 casos de infeção por VIH (1983 –
2019), dos quais 22.835 atingiram o estádio de SIDA. As taxas anuais de novos diagnósticos, de casos
de SIDA e de óbitos apresentam tendência decrescente.
Gráfico 19. Casos de infeção por VIH, casos de SIDA e óbitos (1983-2019): distribuição por ano de
diagnóstico da infeção ou de estádio SIDA, ou ano de morte
Casos de infeção por VIH Casos de SIDA Óbitos
4000
3500
3000
2500
Nº de casos
2000
1500
1000
500
Fonte: Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde/Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo
Jorge. Infeção VIH e SIDA em Portugal - 2020. Lisboa: DGS/INSA; 2020
• Existiriam 41.305 pessoas com infeção por VIH conhecida [40.739 – 41.876], podendo
concluir-se que 93,2% de todas as pessoas a viver com VIH estavam já diagnosticadas;
• Estariam por diagnosticar 2.807 infeções [2.475 – 3.206], o que equivale a uma fração não
diagnosticada de 6,8% (6% - 7,7%);
• A demora diagnóstica, ou seja, o tempo médio decorrido entre a infeção por VIH e o seu
diagnóstico foi de 3,4 anos (3,2 – 3,6 anos). A comparação deste valor com o obtido para
2009 [4,5 anos (4,4 – 4,6 anos)] permite concluir que o diagnóstico da infeção por VIH em
Portugal tem vindo a ser tendencialmente mais precoce.
Quadro 20. Resultados a estimativas nacionais para o ano 2018 (total e para os principais modos
de transmissão)
Modo de Transmissão
PVVIH 11 293 (11 068 - 11 795) 10 629 (10 354 - 10 883) 9 684 (9 463 - 9 992) 9 577 (9 392 - 9 910) 41 305 (40 739 - 41 876)
PVVIH diagnosticadas 9 818 (9 608 - 10 071) 9 650 (9 496 - 9 862) 8 987 (8 810 - 9 202) 9 443 (9 256 - 9 779) 38 498 (38 039 - 38 899)
PVVIH não diagnosticadas (n) 1 475 (1 330 - 1 901) 980 (798 - 1 160) 697 (580 - 868) 134 (112 - 214) 2 807 (2 475 - 3 206)
PVVIH não diagnosticadas (%) 13,1 (11,9 - 16,0) 9,2 (7,7 - 10,8) 7,2 (6,7 - 8,9) 1,4 (1,2 - 2,2) 6,8 (6,0 - 7,7)
<n.º novas infeções ocorridas em 2018 76 (45 - 298) 160 (47 - 286) 190 (129 - 270) 2 (1 - 52) 414 (165 - 609)
Demora diagnóstica (anos) 5,4 (5,2 - 5,7) 4,0 (3,8 - 4,2) 2,2 (2,0 - 2,5) 5,2 (5,0 - 5,3) 3,4 (3,2 - 3,6)
Legenda: HSH: Homens que têm relações sexuais com homens | UDI: Utilizadores de drogas injetadas | PVVIH: Pessoas que vivem com VIH4
Fonte: DGS
Para além das oportunidades de rastreio da infeção por VIH existentes, tais como os cuidados
de saúde primários (testes por prescrição médica e realização de testes rápidos), centros de
aconselhamento e deteção precoce, organizações não-governamentais, cuidados hospitalares e
farmácias comunitárias, em Portugal passou a ser possível a disponibilização direta ao público dos
dispositivos de autodiagnóstico das infeções por VIH em farmácias comunitárias e postos de venda
de medicamentos não sujeitos a receita médica, nos termos do Decreto-Lei n.º 79/2018, de 15 de
outubro. De outubro de 2019 a agosto de 2020, o autoteste VIH foi dispensado nas farmácias
comunitárias, registando-se um total de 3.292 unidades vendidas, numa média mensal de 299
unidades. O número de testes rápidos realizados pelas diferentes estruturas registou um acentuado
decréscimo de 42%, comparativamente ao ano de 2019, situação que poderá ser justificada pelas
medidas restritivas de circulação motivadas pela pandemia COVID-19.
Por outro lado, ao abrigo do programa de distribuição de kits de prevenção de infeção por VIH e
hepatites virais, dirigidos às pessoas que utilizam drogas por via injetável, através da ação de equipas
de rua, cuidados de saúde primários, Posto Móvel e farmácias comunitárias, foram distribuídas
1.116.628 seringas entre pessoas que utilizam drogas por via injetável, registando-se aqui também
uma acentuada redução no número de seringas distribuídas de 21%, quando comparado com o ano
de 2019.
Ainda no âmbito das estratégias de prevenção da infeção por VIH adotadas em Portugal, destaca-
se o acesso à Profilaxia de Pré-Exposição para VIH (PrEP), com recurso à utilização de
antirretrovirais para a prevenção de novas infeções, dirigida a pessoas que apresentam risco
acrescido de infeção. Devido a constrangimentos relacionados com a pandemia COVID-19, não foi
possível recolher dados robustos para a monitorização desta estratégia nos hospitais. Contudo, é de
salientar que através dos projetos financiados pela Direção-Geral da Saúde e desenvolvidos por
organizações não-governamentais e de base comunitária, foram referenciadas 395 pessoas para a
consulta hospitalar de PrEP e 53 pessoas para Profilaxia Pós-Exposição de VIH (PPE).
A Tuberculose (TB) mantém-se como uma das doenças infeciosas mais frequentes e como uma
das 10 principais causas de morte a nível mundial.
As estratégias desenvolvidas pelos diferentes países, incluindo Portugal têm como propósito
alcançar os objetivos definidos pela Organização Mundial da Saúde até 2035, o que significa, tomando
por base o valor de 2015:
Para o cumprimento destes objetivos o Programa Nacional para a Tuberculose (PNTb) assume
como áreas fundamentais de intervenção:
redobrados para manter uma vigilância ativa de novos casos, a promoção do tratamento e do
rastreio. Sem colocar em risco as boas práticas nos cuidados no tratamento e controlo da tuberculose,
foram também efetuadas consultas não presenciais e promovido o recurso a plataformas eletrónicas
para a monitorização da toma da medicação.
Em 2020 foram notificados em Portugal 1.337 casos de tuberculose, correspondendo a uma taxa
de notificação anual de 13,0 por 100 mil habitantes (números provisórios) o que reflete o impacto
das medidas de contenção da pandemia COVID-19 nas restantes doenças respiratórias. No entanto,
em Portugal, o tratamento gratuito e medidas facilitadoras na toma da medicação constituem
medidas essenciais para o diagnóstico precoce e o sucesso terapêutico.
45 42,9 42,8
41,5
39,4
40
36,4
33,7
35 32,3
29,5
30 27,9
26,9
25,5
24,5 24,6
25 22,9
21,6 21,0
18,6 18,3 18,4 18,0
20
15 13,0
10
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
A demora mediana entre o início de sintomas e o diagnóstico em 2020 foi de 79 dias. Este valor
tem vindo a aumentar na última década, tanto na sua componente atribuível ao utente como na
componente atribuível aos serviços de saúde. No entanto, em 2/3 dos casos, a demora é atribuída ao
doente em consequência da desvalorização dos sintomas, por vezes inespecíficos e o receio na
procura de ajuda médica em contexto da pandemia COVID-19.
78 79
72 74
71
66 66 66 65
60 62
38 40 38 40
35 37 37 37 35
34
31
13 14 14 15 14 15
12 11 12 12 12
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: DGS
A evolução na metodologia diagnóstica com o fácil acesso a testes moleculares para o diagnóstico
de tuberculose, a deteção de mutações que conferem resistência aos fármacos de primeira e segunda
linha e a disponibilidade de sequenciação genómica do Mycobacterium tuberculosis em todos os
casos de tuberculose multirresistente, permite o conhecimento precoce do perfil de suscetibilidades
em cada caso e a adequação terapêutica, alcançando a cura de forma mais sustentada.
O risco acrescido de tuberculose nas pessoas que vivem com VIH reforça a necessidade do
rastreio de TB em cada novo caso de VIH e o rastreio de VIH em cada novo caso de TB. A proporção
de infeção por VIH nos novos casos de TB tem vindo a diminuir sustentadamente na última década
(15,7% em 2009 vs 10,3% em 2020).
Outros fatores de risco como o consumo de álcool (10,1%) e o consumo de drogas ilícitas
endovenosas e/ou inaladas (5,0%) e a existência de comorbilidades como a doença pulmonar crónica
(4,86%) e diabetes (7,48%) tornam prioritário o rastreio e instituição precoce do tratamento
preventivo destes doentes, quando expostos a um caso de TB.
Neste contexto, foram continuadas várias linhas estratégicas, que constituem alguns dos eixos
nucleares da reforma de saúde mental:
• Início da revisão da Lei de Saúde Mental, para a qual foi constituído um grupo de trabalho
através do Despacho Conjunto n.º 6324/2020, de 15 de junho;
• Na área da cooperação intersectorial, foram levadas a cabo várias ações de colaboração com
os Cuidados de Saúde Primários (definição de indicadores), o Ministério do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de
Saúde Mental), Ministério da Defesa (Rede Nacional de Apoio a Militares), com o Ministério
da Cultura (IPDJ) e com a Câmara Municipal de Lisboa (Plano de Saúde Mental de Lisboa);
• Apoio financeiro a diversos projetos de cariz psicossocial, envolvendo todas as faixas etárias
(com particular ênfase nas crianças e adolescentes), populações vulneráveis e indivíduos
com doença mental grave.
Em março de 2020 foi necessário organizar uma resposta integrada aos problemas de saúde
mental decorrentes da pandemia COVID-19, envolvendo o PNSM/DGS, as ARS, os ACES e os
Departamentos de Saúde Mental, em colaboração com várias entidades públicas e do setor social.
Dentro das ações tomadas, destacam-se: (i) construção de site de saúde mental do PNSM, com
área dedicada ao COVID 19 (https://saudemental.covid19.min-saude.pt/#); (ii) ativação do plano de
emergências em Saúde Mental (Despacho n.º 7059/2018, de 25 de julho), envolvendo os Gabinetes
de crise nas ARS, e a sua articulação em escada com os “Núcleos Locais de Resposta da Saúde Mental
a Acidentes Graves ou Catástrofes” nos CSP e nos Serviços Locais de Saúde Mental (SLSM); (iii)
elaboração de Norma para atuação dos SLSM face ao COVID; (iv) Criação no SNS24 da Linha de
Atendimento Psicológico (LAP); (v) Aprovação/publicação da Norma DGS n.º 11/2020 de 18 de abril
relativa à governação e organização dos SLSM e, respetivas redes para garantia de oferta de cuidados.
O resultado mais evidente desta estratégia foi o facto de a psiquiatria ter aumentado o número de
consultas realizadas no 1º semestre de 2020, com um crescimento de 3% (psiquiatria de adultos) e
4% (psiquiatria da infância e adolescência) face a 2019.
As vacinas que integram o PNV são selecionadas com base na epidemiologia das doenças, na
evidência científica do seu impacto, na sua relação custo-efetividade e na sua disponibilidade no
mercado.
O ano 2020 foi marcado pela introdução de novas vacinas no PNV, para a população em geral –
vacina contra doença invasiva meningocócica do grupo B (MenB) e vacina contra infeções por HPV
em rapazes.
1. 85% de cobertura vacinal para a vacina contra infeções por vírus do Papiloma humano.
• PNV esquema recomendado: percentagem de utentes das coortes de 2020, 2019, 2018,
2014, 2013 (que nasceram em 2020 ou completaram, nesse ano, respetivamente, 1 ano, 2
anos, 6 anos, 7 anos de idade), vacinados de acordo com o esquema vacinal recomendado;
• PNV esquema cumprido – Vacinação de reforço contra o tétano e difteria (Td): percentagem
de utentes das coortes de 2009, 2006, 1995, 1975, 1955 (que completaram, respetivamente,
11 anos, 14 anos, 25 anos, 45 anos e 65 anos de idade), vacinados contra o tétano e a difteria,
de acordo com os esquemas vacinais recomendados (esquema geral e de recurso). A
metodologia “PNV esquema cumprido” foi utilizada apenas para esta vacina;
• Vacinação contra infeções por vírus do Papiloma humano (HPV): percentagem de utentes do
sexo feminino, entre os 11 e os 14 anos de idade (coortes de 2009 a 2006) que cumpriram o
esquema vacinal recomendado para a vacina contra infeções por HPV (1 e 2 doses).
Relativamente aos utentes do sexo masculino, que iniciaram a vacinação no âmbito do PNV
em outubro de 2020, foi utilizado o número de primeiras doses administradas entre outubro
e dezembro de 2020;
• Vacinação contra a doença invasiva meningocócica B (MenB): uma vez que a vacinação com
MenB, no âmbito do PNV, foi iniciada em outubro de 2020, foi utilizado o número de doses
administradas, entre outubro e dezembro de 2020 16.
Avaliação do PNV
Todas as vacinas e doses avaliadas até aos 7 anos de idade (coortes de 2020 a 2013) atingiram
o objetivo de 95% de cobertura, excetuando a 5.ª dose da vacina tetravalente contra tétano, difteria,
tosse convulsa e poliomielite (93%) na coorte de 2014 (6 anos de idade). Aos 7 anos de idade, estas
vacinas ultrapassaram os 95% (Gráfico 22).
Nas coortes de 2008 e 2005, as coberturas são ligeiramente mais baixas, atingindo-se os 94%
aos 14 anos de idade (Gráfico 22).
14 Fonte: VACINAS
15 Fonte: INE
16 Fonte: SIM@SNS
Gráfico 22. PNV - Esquema recomendado. Cobertura vacinal por coorte, agente e dose.
Avaliação 2020, no Continente
105%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
99%
98%
100%
97%
97%
97%
97%
97%
97%
97%
95%
95%
95%
95%
95%
95%
95%
93%
93%
93%
93%
95%
90%
85%
80%
Poliomielite 3
T. Convulsa 4
Poliomielite 5
Poliomielite 4
Sarampo 1
Sarampo 2
Sarampo 2
S. pneumoniae13 2
Rubéola 1
S. pneumoniae13 3
Rubéola 2
Rubéola 2
Tosse convulsa 3
Tosse convulsa 5
Tosse convulsa 5
Hepatite B 1
Hepatite B 3
Difteria 3
Difteria 4
Difteria 5
Difteria 5
Tétano 3
H. influenzae b 3
Tétano 4
H. influenzae b 4
Parotidite ep. 1
Tétano 5
Parotidite ep. 2
Tétano 5
Parotidite ep. 2
N. meningitidis C
Coorte/Agente/Dose
Fonte: DGS
Os reforços da vacina contra o tétano e difteria ao longo da vida apresentam coberturas de 90%
a 96% até aos 25 anos de idade e de 82% e 80% aos 45 e 65 anos de idade, respetivamente.
Gráfico 23. Vacinação contra tétano e difteria. Cobertura vacinal por coorte. Avaliação 2020, no
Continente
105%
100%
96%
95% 93%
90%
90%
85%
82%
80%
80%
75%
2009 2006 1995 1975 1955
Coorte
Fonte: DGS
A cobertura vacinal para a primeira dose da vacina contra o sarampo, avaliada aos 2 anos de
idade (coorte de 2018), foi de 99% (Gráfico 22).
A cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina, nos utentes que completaram 6 e 7 anos de
idade (coortes de 2014 e 2013), foi de 95% e 97%, respetivamente, (Gráfico 22).
As coortes em análise iniciaram a vacinação entre o ano de 2016 e o de 2019 (que completaram,
em 2020, 11 a 14 anos de idade). Neste período, houve alteração da idade recomendada para início
da vacinação: entre outubro de 2014 e dezembro de 2016 era aos 10-13 anos de idade e, a partir de
janeiro de 2017, passou a ser aos 10 anos de idade.
Todas as coortes analisadas atingiram uma cobertura vacinal superior ou igual a 92% para a 1ª
dose da vacina HPV. Para a 2ª dose, só a coorte de 2009 (vacinação ainda em curso), ainda não atingiu
a meta dos 85% (Gráfico 24).
A partir dos 12 anos de idade (coorte de 2008 e anteriores), 91% a 95% das raparigas já
completou o esquema recomendado (Gráfico 24).
Gráfico 24. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo feminino.
Avaliação 2020, no Continente
100%
96% 97%
95% 95%
94%
92%
91%
85%
78%
70%
1 2 1 2 1 2 1 2
2009 2008 2007 2006
Coorte/Dose
Fonte: DGS
Estima-se que, em 2020, cerca de 90% das mulheres grávidas elegíveis tenham sido vacinadas
com a vacina Tdpa, no âmbito do PNV.
Aos 3 meses de idade, mais de 97% das crianças já tinham cumprido o esquema recomendado
para as vacinas em estudo - 1ª dose das vacinas contra S. pneumoniae 13 e contra tosse convulsa
(Gráfico 25).
Aos 13 meses de idade, 16% das crianças ainda não estavam protegidas contra o sarampo, nem
contra a doença invasiva por N. meningitidis do grupo C.
Gráfico 25. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa e contra S. pneumoniae
13 aos 3 meses de idade. Vacinação atempada para as vacinas contra o sarampo e contra N.
meningitidis C aos 13 meses de idade. Avaliação 2020, no Continente
100%
98%
97%
95%
90%
80%
T. convulsa 1 S. pneumoniae13 1 Sarampo 1 N. meningitidis C
2020 2018
(vacinados até aos 3 meses) (vacinados até aos 13 meses)
Coorte/Agente/Dose
Fonte: DGS
No âmbito do PNV, foram administradas cerca de 90.000 doses desta vacina a crianças menores
de 2 anos de idade, entre outubro e dezembro de 2020.
Fonte: DGS
Ainda no âmbito do Programa Nacional de Vacinação, em 2020, a SPMS deu continuidade aos
trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos desde 2017, em parceria com a DGS, tendo em vista a
criação da Lista de Utentes por Motivo de Não Vacinação e Exclusão, que permite identificar os
utentes com motivos de não vacinação e/ou que estejam excluídos para vacinação.
O Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), tem como objetivos caracterizar a atividade
gripal em Portugal, em termos de intensidade, distribuição geográfica, gravidade e impacto,
identificar e caracterizar os vírus da gripe em circulação em cada época, bem como identificar
precocemente vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde
pública.
Para além da vigilância, caraterização antigénica e genética dos vírus da gripe em circulação no
território nacional, o PNVG permite a identificação e caracterização de outros vírus respiratórios com
importante impacto na morbilidade sazonal.
O PNVG assenta em várias redes (Sentinela e não Sentinela) de médicos de família, Serviços de
Urgência e Hospitais, distribuídos por todo o território continental. Inclui ainda a vigilância da gripe
com apresentação de doença grave e no grupo de risco das grávidas, contando com a colaboração de
unidades de cuidados intensivos e de serviços de obstetrícia de hospitais do SNS. Desde 2009, integra
a vigilância da gripe e outros vírus respiratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o
Diagnóstico da Gripe (Despacho nº 16548/2009, DR 2ª serie, 21 de julho), constituída por
laboratórios hospitalares do SNS.
Os Programas de Rastreio Neonatal são programas de saúde pública que têm como objetivo uma
deteção precoce nos recém-nascidos de determinada patologia, de forma a que se possa intervir num
tratamento atempado, diminuindo a taxa de morbilidade e a mortalidade.
Em 2004, foi possível uma expansão do número de doenças rastreadas, sendo que em 2008
passaram a ser realizadas de forma sistemática e a nível nacional, 24 Doenças Hereditárias do
Metabolismo.
Em 2019, após um estudo piloto de mais de 300 mil recém-nascidos, a Fibrose Quística foi
integrada no painel das doenças rastreadas, perfazendo um total de 26 doenças no PNRN.
180 000
160 000
140 000
120 000
100 000
80 000
60 000
40 000
20 000
Fonte: INSA
A taxa de cobertura do PNRN mantém-se próximo dos 100% desde 1996, o que constitui um
excelente indicador de aceitação da população a este programa nacional de saúde pública.
Nesta Unidade, para além do rastreio neonatal dos bebés nascidos em Portugal (cerca de 350
recém-nascidos/dia) efetua-se a confirmação bioquímica/enzimática e molecular das patologias
rastreadas nos casos identificados.
Em 2020 iniciou-se o processo de preparação para o estudo piloto relativo ao rastreio neonatal
da Drepanocitose em 100.000 recém-nascidos no sentido de avaliar a inclusão desta patologia no
painel das doenças rastreadas.
O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) institui uma estratégia global de
intervenção assente na promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais. Este
programa desenvolve-se ao longo do ciclo de vida e visa a diminuição da incidência e da prevalência
da cárie dentária, a melhoria dos conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral e a promoção
da equidade na prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens e a grupos populacionais
com necessidades de saúde especiais.
Com o objetivo de tornar a Saúde Oral acessível a todos os Portugueses, o PNPSO foi ampliado,
passando a contemplar consultas de saúde oral nos cuidados de saúde primários nos termos do
Despacho n.º 8591-B/2016, de 29 de junho.
No ano de 2020 tiveram acesso ao PNPSO 375.574 utentes. Foram emitidos mais de 554 mil
cheques/referenciações para higienista oral e para consulta de medicina dentária nos cuidados de
saúde primários.
Até ao final de 2020, os utentes com complemento solidário para idosos e os utentes portadores
de VIH/SIDA, eram os grupos com a mais elevada taxa de utilização dos cheques (89% e 86%,
respetivamente).
No projeto de saúde oral nos cuidados de saúde primários, a taxa de utilização situou-se nos
25,7%, valor que se estima venha a aumentar nos próximos anos face ao reforço progressivo de
médicos dentistas neste nível de prestação de cuidados.
A taxa de utilização de todos os projetos situou-se perto dos 68%, valor idêntico ao do ano
anterior.
Total 394 256 346 898 245 677 458 900 380 607 378 253 388 160 410 845 454 472 462 059 375 574 -18,7%
*Utentes beneficiários de Cheque dentista, Referenciações para Higienista Oral e Referenciações para medicina dentária no centro de saúde
Nota: Quando se referem crianças de 7,10 e 13 anos, os dados dizem respeito a cheques dentista e referenciações para consultas de higiene oral nos centros de
saúde.
Fonte: DGS
18No ano letivo de 2012/2013, as regras de emissão e de utilização de cheques dentista foram alteradas, de forma a coincidir
a utilização dos cheques com o ano civil, pese embora a emissão se inicie com o ano letivo. Esta alteração provocou um
desfasamento na utilização dos cheques emitidos em 2012, que vieram apenas a ser utilizados em 2013. Os dados a partir de
2014 já traduzem a normalidade face ao histórico.
Quadro 22. Evolução do número de cheques emitidos, referenciações para higienista oral e
referenciações para consulta de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários,
emitidas por grupo-alvo no âmbito do PNPSO19
Grávidas 81 322 80 415 85 047 82 641 88 190 97 609 100 804 104 009 107 138 108 249 93 390 -13,7%
Complemento solidário para
10 940 9 377 9 103 9 288 8 745 8 986 9 359 10 223 10 164 9 472 6 522 -31,1%
Idosos
Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 619 28 949 30 233 4,4%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 463 273 427 807 315 425 510 772 403 915 376 094 375 447 353 935 375 144 409 450 332 656 -18,8%
Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 316 15 913 21 300 13 540 20 747 20 400 22 438 10,0%
Total 577 927 543 836 440 721 633 961 549 626 545 527 554 639 580 459 629 178 680 736 554 337 -18,6%
Quadro 23. Evolução do número total de cheques dentista, referenciações para higienista oral e
referenciações para consultas de saúde oral nos Cuidados de Saúde Primários, utilizados no
âmbito do PNPSO
Var.
Cheques dentista 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Grávidas 68 120 67 626 71 261 67 961 71 624 78 487 80 548 82 268 83 153 84 356 67 538 -19,9%
Complemento solidário para
9 530 8 353 8 118 8 107 7 734 7 870 8 084 8 852 8 668 8 330 5 806 -30,3%
Idosos
Saúde Infantil <=6 anos 10 621 13 126 14 683 11 677 14 452 17 972 16 231 16 134 15 616 19 689 13 243 -32,7%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 308 032 318 559 314 931 312 402 300 983 288 145 285 069 275 759 274 919 294 415 246 483 -16,3%
Crianças e Jovens 16 anos 2 122 4 138 9 906 13 758 9 560 14 658 14 828 13 983 -5,7%
Total 398 029 411 189 414 373 408 475 407 560 415 400 415 287 435 696 435 858 460 052 375 309 -18,4%
19No ano letivo de 2012/2013, as regras de emissão e de utilização de cheques dentista foram alteradas, de forma a coincidir
a utilização dos cheques com o ano civil, pese embora a emissão se inicie com o ano letivo. Esta alteração provocou um
desfasamento na utilização dos cheques emitidos em 2012, que vieram apenas a ser utilizados em 2013. Os dados a partir de
2014 já traduzem a normalidade face ao histórico.
Grávidas 83,8% 84,1% 83,8% 82,2% 81,2% 80,4% 79,9% 79,1% 77,6% 77,9% 72,3% -5,6 pp
Complemento solidário para
87,1% 89,1% 89,2% 87,3% 88,4% 87,6% 86,4% 86,6% 85,3% 87,9% 89,0% 1,1 pp
Idosos
Saúde Infantil <=6 anos 55,8% 62,0% 60,9% 58,2% 50,4% 62,9% 56,7% 56,4% 54,6% 68,0% 43,8% -24,2 pp
Crianças e Jovens 7/10/13 anos 66,5% 74,5% 99,8% 61,2% 74,5% 76,6% 75,9% 77,9% 73,3% 71,9% 74,1% 2,2 pp
Crianças e Jovens 16 anos 68,7% 77,8% 62,3% 64,6% 70,6% 70,7% 72,7% 62,3% -10,4 pp
Total 69% 76% 94% 64% 74% 76% 75% 75% 69% 68% 68% 0 pp
Fonte: DGS
O Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade (PNAEQ) é, desde 1978, uma das
atribuições do INSA, enquanto laboratório nacional de referência para a saúde, a quem compete
promover, organizar e coordenar programas de avaliação externa da qualidade de laboratórios que
exerçam atividade no setor da saúde.
A colaboração com entidades congéneres, grupos de trabalho e peritos tem permitido alargar a
oferta de programas nas diferentes áreas. A participação em programas de avaliação externa da
qualidade laboratorial é um requisito obrigatório para a acreditação de ensaios e para cumprimento
da legislação em vigor. A participação no PNAEQ é voluntária, sendo garantida a confidencialidade
dos resultados da avaliação do desempenho.
Área do Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
PNAEQ 2020/2019
Anatomia
3 4 4 4 4 5 7 7 7 7 8 14,3%
Patológica
Clínica 74 76 85 115 125 173 171 184 196 197 211 7,1%
Ecotoxicologia 1 1 1 1 1 1 0,0%
Genética 1 1 13 13 15 15 15 15 0,0%
Microbiologia de
1 1 1 1 1 1 0,0%
Areias
Microbiologia do
2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 0,0%
Ar
Point of care
3 4 6 9 9 15 15 18 17 16 15 -6,3%
Testing POCT
Recursos
1 1
Humanos
Microbiologia de
5 5 6 7 7 8 8 8 8 9 10 11,1%
Alimentos
Microbiologia de
2 2 4 5 7 7 7 8 8 9 9 0,0%
Águas
Total 89 93 107 144 156 226 226 246 257 258 273 5,8%
Fonte: INSA
Desde 2016, o CESP tem vindo a consolidar o seu papel no âmbito de Epidemic Intelligence, no
que diz respeito à deteção precoce de ameaças à saúde pública, monitorização de indicadores,
eventos e alertas.
Na área das emergências de saúde pública, o CESP tem colaborado na gestão de plataformas de
comunicação de alertas, nacionais e internacionais, com receção, análise e emissão de notificações
em vários sistemas, bem como articulado com redes internacionais, nomeadamente a WHO e o ECDC.
Para divulgação das principais ameaças de saúde pública, continua a ser elaborado
semanalmente o Boletim RONDA, destacando-se a pandemia COVID-19 e o surto de Doença pelo vírus
Ébola na República Democrática do Congo. Também foi iniciado, em janeiro de 2020, a elaboração de
um ponto de situação diário sobre as medidas e atividades realizadas durante a pandemia
COVID-19.
O CESP continua a colaborar na preparação de pareceres técnicos de apoio à decisão, bem como
na resposta aos cidadãos.
São de destacar, igualmente, as Joint Actions europeias "Healthy GateWays" e SHARP, em que
Portugal participou através da DGS em diferentes work packages, sob a coordenação do CESP. No
âmbito da Joint Action “Healthy GateWays”, com vista a reforçar as capacidades dos Estados-
Membros nos pontos de entrada, o CESP coordenou a participação de peritos nacionais nos cursos
sobre preparação e resposta a eventos de saúde pública em portos e em aeroportos.
O “Cartão de Pessoa com Doença Rara” (CPDR) foi criado em 2014, na sequência da Resolução
da Assembleia da República n.º 34/2009, de 7 maio.
No seu conjunto, existem entre 5 e 8 mil doenças raras, afetando cerca de 6% da população.
Estima-se que, em Portugal, existam cerca de 600 mil pessoas portadoras destas doenças.
Em Portugal existiam em 2020, 7.012 pessoas com doença rara, detentoras do CPDR. Até à data
foram codificadas no CPDR cerca de um milhar (1.066) de doenças raras diferentes.
Número de cartões requisitados 622 911 776 2 703 1 100 1 065 895
Número de unidades de saúde
6 13 14 24 30 25 24
emissoras
Número de novas doenças codificadas 168 182 106 225 150 145 90
Nota: Os dados referentes ao número de cartões, requisitados anualmente, foi revisto em 2020, tendo sido atualizado à data. O
n.º de pessoas com doença rara não corresponde ao somatório do n.º de cartões requisitados.
Fonte: DGS (a partir de dados fornecidos pela SPMS em 2021
É ainda de referir que, relativamente ao INSA, sendo este o laboratório do Estado no setor da
saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde, a doença rara é abordada
de uma forma multidisciplinar tendo como missão principal realizar investigação científica com o
mais alto padrão de excelência e relevância, diagnóstico diferenciado e prevenção das doenças raras
no SNS.
O papel dos NMG é assegurar a nível nacional a divulgação do EJPRD por todos os stakeholders
na área das doenças raras, de forma a facilitar o alinhamento entre as atividades nacionais e as
atividades do EJPRD, aumentar a participação nacional nas oportunidades de financiamento lançadas
no âmbito deste programa e assegurar que os interesses nacionais são integrados nos trabalhos do
EJPRD.
A Lei n.º 17/2016 de 20 de junho veio alargar o âmbito dos beneficiários das técnicas de PMA
estabelecendo, entre outras, que as técnicas de PMA podem ainda ser utilizadas por todas as
mulheres independentemente do diagnóstico de infertilidade.
Em 2020, como sucedeu com outras prestações de cuidados, observou-se uma diminuição de
atividade nesta área.
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Número total de ciclos IIU 922 1 084 1 213 1 270 1 195 1 368 1 324 1 191 1 282 1 266 857 -32,3%
Total Ciclo FIV/ICSIS 2 480 2 394 2 643 2 715 2 872 3 101 3 139 3 067 2 967 3 062 2 268 -25,9%
Total de ciclos FIV realizados 724 720 1 018 1 194 1 326 1 361 1 481 1 565 1 459 1 540 1 175 -23,7%
Total de ciclos ICSI realizados 1 595 1 530 1 483 1 360 1 380 1 573 1 512 1 369 1 368 1 399 993 -29,0%
Total de ciclos ICSI com
espermatozoides recolhidos 161 144 142 161 166 167 146 133 140 123 100 -18,7%
cirurgicamente realizados
Legenda: Consulta Apoio à Fertilidade (estudo inicial); IO - Indução da Ovulação; IIU - Inseminação Intra-uterina; FIV – Fertilização in vitro; ICSI - Injeção
intracitoplasmática de espermatozoides; ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides recolhidos cirurgicamente.
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS (SICA)
O ano de 2020 é fortemente marcado pela pandemia COVID-19 que trouxe novos desafios à
organização das unidades de saúde, designadamente pela necessidade de reduzir a circulação e
concentração de pessoas nos mesmos espaços. No contexto dos CSP, ocorreram alterações
consideráveis nas rotinas de trabalho dos profissionais com a adoção de novas formas de interação
e de prestação de cuidados de saúde com os seus utentes, nomeadamente, pela utilização de
tecnologias de informação e comunicação. Desta forma, ultrapassaram-se constrangimentos
relacionados com as medidas de distanciamento físico e circulação de pessoas, com impacto sobre a
atividade das equipas, fazendo com que uma parte significativa da atividade programada fosse
realizada através de consultas não presenciais. Assim, passou a observar-se a predominância das
consultas não presenciais (face às presenciais), as quais duplicaram no ano de 2020 por comparação
com o ano anterior.
Tipo de unidades
Var.
2020/2019
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Valor %
Total de USF 277 320 357 394 418 449 479 495 532 564 581 17 3,0%
Modelo A 160 183 195 213 225 241 246 261 278 290 307 17 5,9%
Modelo B 117 137 162 181 193 208 233 234 254 274 274 0 0,0%
UCSP 518 503 470 464 442 419 397 393 376 345 335 -10 -2,9%
UCC 66 162 209 218 237 243 249 255 263 264 266 2 0,8%
Fonte: ACSS
700
+ 17
+ 32
600 + 37 581
+ 16 564
+ 30 532
+ 31 495
500 + 24 479
+ 37 449
418
+ 37 394
400 + 43 357
320
290 307
300 277 278 274
246 261 274
241 254
225 233 234
213 208
183 195 181 193
200 160 162
137
117
100
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
No final de 2020, as 581 USF em atividade abrangiam 64,2% do total de utentes inscritos nos
cuidados de saúde primários, com um aumento de cobertura de 1 p.p. da população inscrita em USF,
face a 2019.
Por sua vez, as 266 UCC existentes a 31 de dezembro de 2020 asseguravam a cobertura de 96,6%
dos residentes no continente (o que se traduz num aumento de 0,7 pp em relação a 2019).
Gráfico 28. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC
95,9% 96,6%
100% 95,4%
89,2% 92,3%
86,2%
84,0%
+ 0,7 pp
78,3%
80%
65,4% 64,2%
63,2%
58,2% 58,1% 60,1%
60% 55,8%
52,4%
49,4%
46,0%
+ 1 pp
40,0%
40% 35,0%
30,3%
20%
23,7%
0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: A estimativa de residentes de 2020 é igual à de 2019, por ainda não estar disponível a de 2020.
Fonte: ACSS
Percentagem de utentes com médico de família atribuído face aos inscritos nos
cuidados de saúde primários
O indicador referente à população inscrita no SNS com médico de família atribuído atingiu, em
2020, os 91,6%, o correspondente a 9.449.263 utentes.
88% 86,9%
85,1% 85,5%
83,4%
82,1%
83%
78%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Note-se que o diferencial entre a população inscrita nos CSP e a população residente poderá ficar
a dever-se a fatores como a manutenção da inscrição ativa no SNS, por parte dos cidadãos nacionais
residentes no estrangeiro, ou estrangeiros em estadas temporárias.
Gráfico 30. Evolução percentual da relação entre os utentes com médico de família atribuído
e os residentes
100%
97,5%
96,9%
96,4%
95,6%
95% 94,0%
91,7%
90%
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS e INE
Cobertura regional
Num contexto regional, verifica-se que as regiões de saúde do Norte e do Centro tinham, em 2020,
uma cobertura de utentes inscritos com médico de família atribuído superior a 95% (96,8% e 95,2%,
respetivamente). A região do Algarve apresentava um valor de 86,7%, que face às restantes regiões
manteve a mesma percentagem de utentes inscritos com médico de família.
Quadro 29. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 91,1% 90,8% 92,0% 94,9% 95,5% 97,1% 98,7% 98,2% 99,0% 98,4% 96,8% -1,6 pp
ARS Centro 94,8% 91,4% 92,1% 93,0% 92,4% 94,4% 97,2% 97,4% 97,1% 96,8% 95,2% '-1,6 pp
ARS Lisboa e Vale do Tejo 75,4% 73,5% 77,6% 81,6% 77,5% 79,9% 83,3% 85,4% 85,1% 85,6% 85,2% -0,4 pp
ARS Alentejo 95,2% 95,9% 93,5% 92,7% 91,9% 92,6% 96,5% 96,4% 95,5% 93,9% 93,0% '-0,9 pp
ARS Algarve 72,3% 68,9% 69,2% 68,9% 65,0% 77,0% 84,1% 85,5% 88,6% 86,7% 86,7% 0 pp
Total 82,1% 83,4% 85,1% 86,9% 85,5% 89,7% 92,1% 92,7% 93,0% 92,7% 91,6% - 1,1 pp
Fonte: ACSS
2 000 000
1 819 248
1 478 271
1 500 000
1 332 425
1 044 945
1 000 000
835 658
767 149 730 232
711 081 690 232
500 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Portugal acompanha esta tendência, tendo vindo a reforçar a presença dos especialistas de
enfermagem nos cuidados de saúde primários, cujo papel é essencial para a promoção da saúde e
prevenção da doença.
No final de 2020, mais de 86% dos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários tinham
um enfermeiro de família atribuído, representado um aumento de 0,7 pontos percentuais face ao ano
de 2019.
90%
85,6% 86,3%
85% 82,8%
80,0%
80%
74,2%
75%
69,9%
70%
65%
60%
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Saúde oral
O Rastreio da Saúde Visual Infantil, em 2020, foi implementado em 30 dos 54 ACES (55,6%) e
abrangeu uma população de 33.408 crianças em Portugal Continental.
Quadro 31. Monitorização do Rastreio de Saúde Visual Infantil aos 2 anos de idade (Fase 1), por
ARS (2020)
ARS ARS
Indicador ARS Norte ARS Centro ARS LVT Continente
Alentejo Algarve
Número total de ACES 24 8 15 4 3 54
Taxa Cobertura Regional por ACES/USF 75% 75% 33,3% 25% 0% 55,6%
Número de inscritos no SNS com 2 anos* 28.155 12.471 34.655 3.803 4.390 83.474
Telerrastreio Dermatológico
O programa de telereferenciação dermatológica visa contribuir para o diagnóstico precoce de
lesões dermatológicas e do cancro de pele, assim como para melhorar o acesso às consultas de
dermatologia, contribuindo para o cumprimento dos TMRG e para uma resposta mais cómoda para
o utente.
Esta forma de referenciação consiste na inscrição, pelo médico de medicina geral e familiar, de
um pedido de consulta para a especialidade de dermatologia no âmbito do programa Consulta a
Tempo e Horas, com anexação de imagem e de dados clínicos relevantes, seguindo-se uma análise
por parte do especialista hospitalar que estuda o caso clínico e, em função dessa análise, efetua o
diagnóstico e a intervenção terapêutica adequada.
Em 2020, 44,5% dos pedidos de primeira consulta na área da dermatologia foram resolvidos
através do Rastreio Teledermatológico, mantendo a tendência registada em 2019 (45%).
Durante o ano de 2020, foram estabelecidos 9 contratos entre ACeS e entidades hospitalares do
SNS, na área de análises clínicas, pelo valor total contratual de 1.463.146,73 €, do qual 98,7%
corresponde ao MCDT “Pesquisa de RNA do vírus SARS-CoV-2 por PCR em tempo real” (código SNS:
26346; código convencionado: 1524.1).
Em termos gerais, a plataforma Gestão Partilhada de Recursos do SNS encerrou o ano 2020 com
1.306 registos de disponibilidades e 1.549 registos de necessidades, o que correspondeu,
respetivamente, a uma redução de 30% e de 71%, face ao ano 2019, o que pode encontrar explicação
na situação epidemiológica vivida. Em termos de cooperação, foram celebrados 28 contratos, pelo
valor total de 2.076.215,91€, distribuídos pelas seguintes áreas:
• Radiologia: 0,7%
• Otorrinolaringologia: 0,3%
A atividade realizada em atendimento complementar fora das USF e UCSP continuou a decrescer
(menos 16,7% face ao ano anterior).
com as medidas de distanciamento e aglomeração de pessoas que tiveram de ser adotadas por
motivos de segurança. Assim, e conforme já referido anteriormente uma parte significativa da
atividade programada foi realizada por meios não presenciais.
Quadro 33. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares)
Var.
Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Total de consultas médicas 33 195 32 754 30 537 30 347 29 765 30 473 30 949 30 692 31 184 31 569 32 554 3,1%
Presenciais 21 897 21 782 20 044 20 134 19 804 20 605 20 613 20 256 20 583 20 715 12 732 -38,5%
Não presenciais 7 194 7 592 7 942 7 965 7 922 8 007 8 522 8 753 8 946 9 241 18 519 100,4%
Domicílios médicos 174 185 187 197 191 198 199 183 193 198 124 -37,0%
Em atendimento
3 930 3 195 2 364 2 051 1 848 1 663 1 615 1 500 1 462 1 414 1 178 -16,7%
complementar / consulta aberta
Total de consultas de
15 879 18 155 19 127 19 623 19 754 20 054 19 254 18 756 19 108 19 286 16 507 -14,4%
enfermagem
Fonte: ACSS
Incidência de "enfarte agudo do miocárdio" 0,9 0,8 0,8 0,8 0,7 0,7 0,7 0,55
Número médio visitas domiciliárias por utente, por
8,6 9,9 10,2 10,4 11,2 10,11
mês
Proporção de adultos com asma/DPOC/bronquite
74,6% 75,8% 75,4% 76,7% 79,1%
crónica, com diagnóstico
Proporção de adultos com depressão/ansiedade,
66,9% 68,6% 70,6% 72,6% 73,7%
com diagnóstico
Proporção de adultos com DM, com diagnóstico 96,0% 96,1% 97,0% 97,3% 97,5%
Proporção de adultos com HTA, com diagnóstico 89,1% 89,5% 90,1% 90,2% 91,2%
Proporção de consultas de enfermagem realizadas
44,2% 42,9% 40,2%
no dia do agendamento
Proporção de consultas médicas realizadas no dia
43,8% 42,8% 42,8% 41,8% 51,1%
do agendamento
Proporção de consultas realizadas no intervalo [17;
13,5% 15,4% 14,5% 14,7% 15,3%
20]h
Proporção de consultas de renovação de receituário
97,2% 99,7% 95,3% 95,2% 93,5%
com resposta em 3 dias úteis
Assim, e ao nível hospitalar são de destacar: (i) a definição de unidades hospitalares COVID-free;
(ii) a criação de circuitos diferenciados COVID-19 e não-COVID-19 nos hospitais; (iii) a revisão da
rede de referenciação hospitalar e o reforço da capacidade em medicina intensiva, quer através da
aquisição de equipamentos (ventiladores), quer através da realização de obra; (iv) a preocupação em
manter devidamente preservada, nos períodos de maior pressão hospitalar, a atividade Não-COVID,
designadamente aquela que não implicasse risco de vida para os utentes, limitação do seu
prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância (como no
acompanhamento da gravidez, exacerbação das doenças crónicas, vacinação, ou outros); (v) a criação
de incentivos majorados aos profissionais do SNS para realização de produção adicional de primeiras
consultas e de cirurgias necessárias para efeitos de recuperação de atividade assistencial não
realizada ou adiada por força da pandemia de COVID -19 (Portaria n.º 171/2020 de 14 de julho).
Em 2020, o SNS manteve o seu universo composto por 49 unidades hospitalares, conforme
demonstra o gráfico seguinte, correspondente à distribuição das instituições hospitalares do SNS
segundo o seu estatuto jurídico.
49
40
33
20
8
5
3
0
Hospitais e centros Unidades Locais de Entidades do Setor Parcerias Público- Total
hospitalares EPE Saúde Público Privadas
Administrativo
Fonte: ACSS
Var.
2020/2019
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Valor %
Norte 7 197 7 105 6 325 6 868 6 867 6 853 6 887 6 924 6 985 7 091 7 239 148 2,1%
Centro 5 080 5 058 4 917 4 839 4 706 4 695 4 679 4 726 4 571 4 567 4 558 -9 -0,2%
Lisboa e Vale do Tejo 7 980 8 153 8 002 7 732 7 744 7 749 7 798 7 890 7 857 7 816 7 550 -266 -3,4%
Alentejo 946 947 943 918 885 893 890 868 851 856 851 -5 -0,6%
Algarve 790 825 906 877 889 911 907 917 948 921 911 -10 -1,1%
Total 21 993 22 088 21 093 21 234 21 091 21 101 21 161 21 325 21 212 21 251 21 109 -142 -0,7%
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS (SICA)
Por sua vez, as necessidades de internamento em cuidados críticos implicaram que ocorresse
investimento e se expandisse a capacidade em camas de cuidados intensivos, sendo que, para além
dessas novas camas físicas, os hospitais expandiram a sua capacidade de forma a dar resposta às
necessidades de internamento em cuidados críticos. Desta forma, e como se demonstra no quadro
seguinte, a lotação praticada pelos prestadores chegou a atingir as 1.331 camas em dezembro de
2020.
Gráfico 34. Lotação praticada média mensal de camas de cuidados intensivos polivalentes (nível
III) nos hospitais do SNS em 2020
1 500
1 450
1 400
1331
1 350
1 300
1 250
1183
1 200
1 150
1 100 1074
1058
1 050
997
987
1 000 962
935 956
950 904 907
900
900
850
jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Fonte: ACSS
As primeiras RER foram lançadas em março de 2017, com a participação de mais de 900
unidades de saúde altamente especializadas, pertencentes a mais de 300 hospitais.
Durante o ano de 2020 foi aprovada pela Ministra da Saúde, a Atualização da Rede Nacional de
Especialidade Hospitalar e de Referenciação de Medicina Intensiva.
Estes protocolos de afiliação abrangem diversas áreas, com especial destaque para a cooperação
técnica entre os vários serviços e profissionais de saúde, para a partilha de documentação e
conhecimento, para a formação e especialização, para investigação e para prestação de serviços de
saúde comuns, que abrangem áreas tão diversas como anatomia patológica, psiquiatria, oncologia,
radioterapia, ortopedia, dermatologia, urologia/litotrícia, hematologia, cirurgia vascular, entre
outras.
Centros de Referência
Os Centros de Referência são qualquer serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido
como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada
qualidade, em situações clínicas que exigem uma concentração de recursos técnicos e tecnológicos
altamente diferenciados, de conhecimento e experiência, devido à baixa prevalência da doença, à
complexidade no seu diagnóstico, tratamento ou aos custos elevados da mesma, sendo capaz de
conduzir formação pós-graduada e investigação científica nas respetivas áreas médicas.
No final de 2020 estavam oficialmente reconhecidos pelo Ministério da Saúde 112 Centros de
Referência (CRe), cuja lista poderá ser consultada no Anexo 3 deste relatório.
Durante o ano de 2020, a Comissão Nacional para os Centros de Referência (CNCR) concluiu a
primeira fase do processo de avaliação dos CRe, que consistiu na análise dos resultados do Inquérito
efetuado a todos os CRe, através de questionário eletrónico, visando garantir o cumprimento das
condições gerais e específicas pelos quais foram reconhecidos oficialmente pelo Ministério da
Saúde20.
A segunda fase do processo de avaliação dos CRe, que ficou temporariamente comprometida
devido à situação pandémica, constará de auditorias clínicas presenciais (in loco) a realizar por
equipas que incluirão auditores credenciados designados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), peritos
a indicar pela Ordem dos Médicos (OM) e membros da CNCR.
20 Nos termos do disposto da alínea a), do n.º 2 do art.º 4º da Portaria n.º 194/2014, de 30 de setembro.
do projeto assistencial por parte da equipa, seguida da sua negociação com o Conselho de
Administração da EPE, resultando daí a nomeação da equipa multidisciplinar e do Conselho de Gestão
do CRI, assim como a aprovação do Regulamento Interno, do Plano de Ação, do Orçamento
Económico e do Contrato-Programa do CRI.
Segundo a informação reportada pelos hospitais, no final de 2020 estavam em atividade 21 CRI,
abrangendo um conjunto de especialidades muito diversificado, encontrando-se outros 10 em fase
de preparação.
Cardiologia 2
Cirurgia Geral 3
Cirurgia Maxilo-Facial 1
Gastrenterologia 1
Medicina Interna 1
Multidisciplinar 1
Neurocirurgia 1
Oftalmologia 3
Otorrinolaringologia 1
Pneumologia 2
Psiquiatria 2
Radiologia 1
Urologia 2
Total 21
Fonte: ACSS
21Como patologias preferenciais indicam-se: - Patologia infeciosa aguda que requer tratamento antibiótico parentérico:
infeção urinária, infeção respiratória, infeção da pele e tecidos moles, colecistite aguda, diverticulite aguda, endocardite,
espondilodiscite e outras controláveis no domicílio; - Patologia crónica agudizada: doença pulmonar obstrutiva crónica,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal, cirrose hepática e outras controláveis no domicílio; - Cuidados no pós-operatório
como parte de um protocolo de transição de cuidados, ou no tratamento de patologia médica crónica descompensada no
contexto pôs-cirurgia; - Doença oncológica ou processo orgânico degenerativo em situação terminal que requer cuidados
paliativos intensivos e/ou especializados.
22 Norma da DGS N.º 020/2018, de 20/12/2018 referente a Hospitalização Domiciliária em idade adulta.
Em 2018, através do Despacho n.º 9323-A/2018, publicado em Diário República, 2.ª série, N.º
191, de 3 outubro, foi definida a estratégia nacional de implementação das Unidades de
Hospitalização Domiciliária no SNS e foi aprovado o Modelo de Regulamento Interno, que define os
princípios e regras de organização e funcionamento, bem como os critérios de acesso e integração
dos doentes nestas unidades.
Nesta modalidade, a produção quase que duplicou face a 2019 com 4.830 doentes saídos e um total
de 61.383 visitas domiciliárias, a que acresceram 12.305 contactos não presenciais. A origem dos
utentes com alta de Hospitalização Domiciliária é sobretudo proveniente do Serviço de Urgência,
conforme se apresenta no gráfico seguinte.
Gráfico 35. Proveniência dos doentes com alta de hospitalização domiciliária (2020)
2 500
2 283
2 250
2 000 1 859
1 750
1 500
1 250
1 000
750
507
500
250 130
51
0
Urgência Internamento Consulta Externa Hospital de Dia Admissão Direta
Fonte: ACSS
2. Centro Clínico Académico - Braga, associação entre a Universidade do Minho, a Escala Braga
- Entidade Gestora de Estabelecimentos e o Hospital CUF Porto, S.A.
8. Centro Académico Clínico das Beiras, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário Cova
da Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco,
o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, a Universidade da Beira Interior, através da sua
Faculdade de Ciências da Saúde e do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, o Instituto
Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, o
Instituto Politécnico da Guarda, através da sua Escola Superior de Saúde, e o Instituto
Politécnico de Viseu, através da sua Escola Superior de Saúde.
Com efeito, tendo sido o ano de 2019 um ano particularmente positivo em termos de volume de
atividade assistencial, a comparação entre 2020 e 2019 vem acentuar a demonstração dos efeitos da
23 OECD/European Union (2020), Health at a Glance: Europe 2020: State of Health in the EU Cycle, OECD Publishing, Paris,
https://doi.org/10.1787/82129230-en .
Os serviços de internamento foram das áreas mais afetadas em 2020, com a necessidade de
resposta aos doentes com COVID-19, tendo-se verificado uma redução do número de doentes saídos
de 14,2%, acompanhada de um aumento da Demora Média para 8,8 dias, o que pode justificar-se pela
natureza e necessidades de tratamento dos doentes internados neste ano.
Quadro 37. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares)
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Total de Consultas
10 875 1 127 11 195 11 614 11 806 12 000 12 048 12 082 12 187 12 420 11 130 -10,4%
Médicas
Primeiras consultas 3 089 3 181 3 237 3 341 3 372 3 448 3 479 3 478 3 498 3 575 2 998 -16,1%
Consultas
7 786 7 945 7 958 8 273 8 434 8 553 8 569 8 603 8 689 8 846 8 132 -8,1%
Subsequentes
Urgência (Atendimentos) 6 411 6 416 5 940 6 108 6 168 6 118 6 406 6 318 6 365 6 426 4 553 -29,1%
Internamentos (Doentes
854 838 835 836 819 815 814 797 785 788 676 -14,2%
Saídos)
Total de Intervenções
655 614 632 645 647 654 666 674 672 704 579 -17,8%
Cirúrgicas
Programadas 546 507 526 541 546 552 566 576 572 603 488 -19,0%
Convencionais 275 246 242 238 231 228 221 210 197 204 166 -18,7%
Ambulatório 271 262 284 302 315 325 345 365 375 399 322 -19,1%
Urgentes 109 107 107 104 101 102 100 98 99 101 91 -10,7%
% Cirurgias em
49,5% 51,6% 54,0% 55,9% 57,6% 58,8% 60,9% 63,5% 65,5% 66,1% 66,0% -0,1 pp
Ambulatório
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS (SICA)
Morbilidade Hospitalar
A codificação clínica de diagnósticos e procedimentos com base na ICD10CM/PCS permite
caracterizar de forma sistematizada e estruturada os diagnósticos e procedimentos relativos a
episódios de doentes agudos internados, bem como da área da cirurgia de ambulatório e parte do
ambulatório médico, possibilitando uma visão agregada e transversal da morbilidade hospitalar.
O processo de codificação de 2020 teve especial enfoque nos episódios de doentes internados
por ou com Covid-19, tendo sido dada prioridade máxima à codificação destes episódios de forma a
se obter informação atempada a respeito destes doentes e, nomeadamente, as suas comorbilidades
e complicações.
No que se refere à distribuição destes episódios de internamento por GCD, verifica-se que as
Doenças e perturbações do aparelho respiratório, representam cerca de 10% do total de episódios,
com uma demora média de 10,3 dias e uma severidade da doença maioritariamente moderada ou
major (cerca de 74% dos episódios). Seguem-se as Doenças do aparelho circulatório a representar
cerca de 9,5% do total de episódios, com uma demora média de 8,6 dias tendo cerca de 38% dos
episódios uma severidade moderada.
Importa ainda salientar que os episódios relativos a Gravidez parto e puerpério e a Recém-
nascidos e lactentes com afeções do período perinatal representam um total de cerca de 21% dos
episódios (11,1% e 10%, respetivamente), concentrando-se numa menor severidade e demoras
médias a rondar os 3 dias.
No total, estas quatro Grandes Categorias de Diagnóstico agregam cerca de 41% dos episódios
de internamento agudo.
No que concerne à taxa de mortalidade, verifica-se uma taxa de cerca de 6% no total de episódios
de internamento. A GCD com maior taxa de mortalidade foi a relativa às Pré-Grandes Categorias
Diagnósticas24 (com 27,8%), seguida pelas Doenças Infeciosas e Parasitárias (24%) e as Doenças e
perturbações do aparelho respiratório (17%).
Com efeito, a partir de junho de 2020 verificou-se quer uma diminuição das reduções de
atividade assistencial homólogas acumuladas, quer, em alguns meses do ano, um volume de atividade
comparável a meses pré-pandemia (como sucedeu nos meses de setembro, outubro e novembro de
2020). Salienta-se que, em julho de 2020, se aprovou um regime excecional de incentivos à
recuperação de atividade assistencial de primeira consulta hospitalar e cirurgia.
Neste contexto, em 2020, o número total de consultas externas hospitalares totalizou os 11.130
milhares, uma diminuição de 10,4% face ao período homólogo, enquanto o número de primeiras
24 Onde se incluem, por exemplo, os Transplantes, a Traqueostomia com ventilação mecânica >96h ou a Oxigenação por membrana extra-
corporal (ECMO)
consultas externas hospitalares sofreu um decréscimo, registando uma variação negativa de 16,1%
quando comparado com o ano de 2019.
+ 15,7%
3 574 567
3 600 000
3 478 511 3 478 204 3 497 730
3 447 667
3 371 929
3 400 000 3 340 856
2 800 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
13 400 000
12 900 000
+ 14,2%
12 420 101
12 400 000 12 186 702
12 000 347 12 047 907 12 081 522
11 806 327 - 10,4%
11 900 000
11 613 613
11 400 000
11 126 572 11 194 518 11 130 045
10 875 083
10 900 000
10 400 000
9 900 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
A análise da evolução das consultas externas por especialidade, considerando aquelas que
integram o grupo de especialidades com mais atividade, permite constatar que, em 2020, a
diminuição de volume atingiu praticamente todas as especialidades, sendo, no entanto, de assinalar
o aumento, observado nas consultas de Oncologia (+3,7%) e Psiquiatra (+2,9%).
Quadro 38. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade
Var.
Especialidades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2020/201
9
Anestesiologia 320 025 327 870 334 945 351 911 355 480 353 428 345 237 333 211 333 628 330 247 259 672 -21,4%
Cirurgia Geral 805 746 819 661 800 783 801 025 777 955 777 882 769 902 761 771 770 041 778 158 646 414 -16,9%
Dermato-Venereologia 328 078 328 338 341 703 361 422 364 652 371 036 362 417 361 392 361 144 360 518 303 397 -15,8%
Estomatologia 219 591 218 666 216 219 224 104 223 818 225 026 221 814 214 300 211 000 201 998 118 153 -41,5%
Ginecologia 472 036 486 882 475 903 482 772 467 757 471 849 462 556 452 965 466 821 470 039 407 506 -13,3%
Obstetrícia 377 876 366 404 374 457 374 562 382 147 391 064 388 016 391 659 377 718 377 619 344 565 -8,8%
Hematologia Clínica 212 650 213 491 202 636 198 307 210 655 216 554 222 303 226 530 233 695 243 354 231 732 -4,8%
Imuno-alergologia 106 272 104 136 106 170 111 106 119 973 128 564 139 414 146 277 144 556 156 982 143 088 -8,9%
Medicina Física e
286 650 293 264 298 370 312 296 317 471 318 223 303 984 297 539 294 615 287 550 222 717 -22,5%
Reabilitação
Medicina Interna 531 414 541 149 523 899 538 090 557 406 541 721 537 268 536 287 548 488 560 046 515 279 -8,0%
Neurologia 284 109 289 735 301 171 315 196 325 893 339 355 345 138 365 582 375 404 385 903 373 121 -3,3%
Oftalmologia 873 283 891 820 899 104 957 983 991 493 1 026 618 1 034 892 1 032 849 1 027 050 1 036 230 804 166 -22,4%
Oncologia 391 008 406 812 415 257 431 359 441 840 462 379 476 185 493 654 504 874 527 829 547 156 3,7%
Ortopedia 747 346 764 459 756 844 791 433 803 146 797 957 800 560 812 115 818 016 844 023 694 696 -17,7%
Otorrinolaringologia 460 266 460 788 480 551 494 095 489 179 491 852 509 601 513 721 500 249 496 121 387 017 -22,0%
Pediatria 543 163 555 353 555 093 578 155 592 916 604 058 599 619 598 828 616 640 632 873 615 008 -2,8%
Urologia 343 078 346 003 342 779 349 080 348 967 350 813 353 185 357 073 354 412 366 997 335 284 -8,6%
Endocrinologia -
200 740 210 896 216 009 225 680 238 594 242 360 246 545 265 209 269 581 280 273 278 459 -0,6%
Nutrição
Gastrenterologia 261 046 261 669 260 859 266 741 271 054 281 849 278 869 282 799 284 967 301 267 301 130 -0,05%
Cardiologia 466 420 458 627 453 221 448 193 449 088 453 034 454 788 452 712 463 015 475 376 437 512 -8,0%
Pneumologia 302 837 313 315 316 660 343 069 362 639 376 159 391 056 406 845 411 021 433 701 400 850 -7,6%
Nefrologia 158 424 160 148 164 062 171 840 178 190 184 537 187 914 187 458 191 517 204 556 193 894 -5,2%
Psiquiatria 465 127 489 939 647 289 689 105 704 935 720 718 726 696 740 462 740 920 753 126 774 804 2,9%
Total 9 157 185 9 309 425 9 483 984 9 817 524 9 975 248 10 127 036 10 157 959 10 231 238 10 299 372 10 504 786 9 335 620 -11,1%
Nota: Os dados incluem EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS (SICA)
600 000
547 156
550 000 527 829
504 874
493 654
500 000 476 185
462 379
441 840
450 000 431 359
415 257
406 812
391 008
400 000
350 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Num contexto regional, a ARS Lisboa e Vale do Tejo e ARS Norte, que assumem um maior peso
relativo no número de inscritos para primeira consulta hospitalar no CTH, foram as que registaram
o maior decréscimo neste indicador, com -36,7% e - 34,9%, respetivamente, face a 2019.
Salienta-se que, em 2020, foram realizadas 1.035.812 consultas referenciadas pelo médico de
família através do CTH, o que representa uma diminuição de 22,9% face ao ano anterior (-307.701).
Por sua vez, os pedidos não concluídos, que representam um proxy da “lista de espera para
primeira consulta hospitalar” (LEC) situaram-se, no final de 2020, em 414.244, o que significou uma
diminuição face a 2019 de 35,8%.
Var.
2020/2019
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Valor %
Pedidos de consulta
969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 1 832 621 1 192 831 -639 790 -34,9%
inscritos no CTH
Entidades SNS 960 540 1 081 244 1 229 837 1 351 516 1 462 303 1 554 797 1 627 171 1 652 953 1 659 623 1 713 074 1 122 619 -590 455 -34,5%
Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 119 547 70 212 -49 335 -41,3%
Pedidos não
602 256 708 712 794 303 724 174 842 406 954 366 736 201 698 425 708 709 645 443 414 244 -231 199 -35,8%
concluídos (LEC)
Pedidos concluídos 802 785 1 101 091 1 274 271 1 557 570 1 477 671 1 579 037 1 774 237 1 781 830 1 763 679 1 869 631 1 438 526 -431 105 -23,1%
Consultas realizadas 361 655 810 949 938 376 1 061 646 1 146 849 1 194 080 1 285 912 1 305 465 1 310 165 1 343 513 1 035 812 -307 701 -22,9%
Var.
Destino do Pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 462 924 480 995 519 773 564 400 615 236 660 117 683 188 680 765 688 530 701 827 457 168 -34,9%
ARS Centro 145 494 177 376 202 046 229 522 258 574 276 322 285 898 298 398 278 488 303 440 210 545 -30,6%
ARS Lisboa e Vale
273 589 339 320 422 658 459 758 485 160 507 182 541 232 553 347 567 490 579 199 366 624 -36,7%
do Tejo
ARS Alentejo 44 802 47 688 49 096 55 776 62 387 67 343 72 264 73 143 74 089 73 180 48 901 -33,2%
ARS Algarve 33 731 35 865 36 264 42 060 40 946 43 833 44 589 47 300 51 026 55 428 39 381 -29,0%
Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 119 547 70 212 -41,3%
Total 969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 1 832 621 1 192 831 -34,9%
A mediana do tempo de espera até à realização da primeira consulta registou um acréscimo para
100,2 dias em 2020. Por sua vez, o tempo médio de triagem dos pedidos de primeira consulta a nível
nacional em 2020 foi de 13,0 dias, verificando-se uma ligeira descida em relação a 2019.
A evolução destes dois indicadores pode estar relacionada com a diminuição do número de
pedidos inscritos no CTH (-639.790) em 2020.
ARS de destino do pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
ARS Norte 94,8 91,8 85,1 86,4 86,5 92,3 95,0 93,8 86,0 90,7 107,9
ARS Centro 78,2 83,9 79,5 77,1 68,7 68,3 73,9 78,8 79,8 83,0 112,1
ARS Lisboa e Vale do Tejo 70,0 67,9 68,7 71,7 75,1 74,0 78,9 83,1 78,9 79,0 94,0
ARS Alentejo 65,0 55,6 75,0 74,1 62,7 65,7 62,0 61,7 57,2 55,1 68,9
ARS Algarve 110,9 108,8 111,7 95,2 60,9 59,1 54,6 56,1 63,8 76,1 70,9
Entidades não SNS 46,1 68,2 99,2 86,8 108,3 98,1 107,0 105,9 82,0 74,8 82,6
Total 80,1 82,0 81,5 80,8 81,5 82,1 85,0 85,9 81,0 83,6 100,2
32
29,8
27,7
28 26,3
24 22,9
20
17,1 16,8
16,4 16,0
16
13,7
13,1 13,0
12
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Em 2020, a média nacional de consultas realizadas dentro do TMRG foi de 60%, diminuindo face
ao valor registado em 2019. O gráfico que se segue detalha a percentagem de consultas realizadas
dentro do TMRG por ARS.
Em 2020, o maior grau de cumprimento dos TMRG registou-se nas consultas triadas como Muito
Prioritárias (73,6%), seguido das consultas Prioritárias (72,3%) e das consultas triadas com
prioridade Normal (57,7%), o que significa que os prestadores se organizam no sentido de cumprir
a prioridade clínica no agendamento e efetivação das consultas.
Gráfico 40. Percentagem de consultas realizadas em 2020, dentro e fora dos TMRG
100%
24%
41% 36% 35% 40%
42% 43%
75%
50%
76%
59% 64% 65% 60%
58% 57%
25%
0%
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e ARS Alentejo ARS Algarve Entidades não Total
Vale do Tejo SNS
A análise da evolução do cumprimento dos TMRG é efetuada com base nos tempos médios de
espera das consultas realizadas. Assim, sempre que se atua sobre as listas de espera e se procuram
recuperar consultas em atraso, como sucedeu em 2020(não obstante o contexto pandémico,) o
indicador do cumprimento dos TMRG é afetado negativamente
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
98%
83,2%
88%
77,1%
77,0%
75,5%
75,3%
74,2%
74,1%
74,0%
74,0%
73,7%
73,6%
73,6%
73,2%
72,8%
72,5%
72,3%
71,2%
71,1%
71,0%
70,7%
70,5%
70,2%
78%
69,0%
67,2%
67,1%
67,0%
66,4%
60,9%
59,9%
68%
57,7%
55,5%
54,8%
50,3%
58%
48%
Normal Prioritário Muito Prioritário
No gráfico seguinte analisa-se o cumprimento dos TMRG por especialidade para o universo de
pedidos de primeira consulta hospitalar efetuados através do CTH (cerca de 90%), verificando-se
que, em média, 75,5% dessas consultas foram realizadas dentro do TMRG correspondente.
O Livre Acesso e Circulação de Utentes no SNS foi aprovado pelo Despacho n.º 5911-B/2016, de 3 de
maio.
Desde a sua implementação até ao final de 2020, 11,6% dos utentes, a nível nacional, optaram por
hospitais fora da Rede de Referenciação hospitalar “tradicional”, o correspondente a 857.382
utentes.
Num contexto regional, e à semelhança do ano anterior, foi na ARS Alentejo que a procura por outro
hospital foi mais elevada (16,7%), com um total de 410.408 pedidos.
Em 2020, a percentagem de utentes que escolheu um hospital fora da área da rede de referenciação
atingiu 12,5% (146.118 utentes), tendo-se registado um decréscimo de 34,8% face ao período
homólogo, justificado no âmbito do contexto pandémico.
800 000
15%
700 000
11,6%
600 000 10,6%
10,1%
500 000 10%
8,0% 410 408
400 000 339 051
Fonte: ACSS
Quadro 42. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES,
de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2020
ULS do Alto Minho, E.P.E. 192 321 7 276 199 597 3,6%
ACES Alto Ave - Guimarães/Vizela/Terras de Basto 189 587 14 360 203 947 7,0%
ACES Grande Porto III - Maia/Valongo 183 328 15 704 199 032 7,9%
ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 144 159 19 369 163 528 11,8%
ACES Grande Porto VIII - Espinho/Gaia 125 865 10 845 136 710 7,9%
ACES Cávado III - Barcelos/Esposende 125 515 21 097 146 612 14,4%
ACES Grande Porto V - Porto Ocidental 125 424 13 470 138 894 9,7%
ACES Grande Porto VII - Gaia 124 037 11 662 135 699 8,6%
ACES Tâmega III - Vale do Sousa Norte 123 455 32 259 155 714 20,7%
ACES Grande Porto II - Gondomar 123 332 26 603 149 935 17,7%
ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul 121 378 25 481 146 859 17,4%
ACES Grande Porto IV - Póvoa do Varzim/Vila do Conde 117 003 21 331 138 334 15,4%
ACES Entre Douro e Vouga I - Feira/Arouca 113 015 12 762 125 777 10,1%
ACES Tâmega I - Baixo Tâmega 110 634 22 855 133 489 17,1%
ACES Grande Porto VI - Porto Oriental 93 589 17 607 111 196 15,8%
ACES Grande Porto I - Santo Tirso/Trofa 86 907 16 264 103 171 15,8%
ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte 84 938 12 203 97 141 12,6%
ACES Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso 54 368 8 017 62 385 12,9%
Fonte: ACSS
Quadro 43. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade,
de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2020
Radioncologia 5 85 90 94,4%
Pedopsiquiatria 0 3 3 100,0%
Conforme já referido, o ano de 2020 é influenciado pelo contexto pandémico que, entre outras,
implicou a necessidade de cancelamento de atividade programada e utilização de espaços de recobro
e bloco operatório para expansão da capacidade de tratamento de doentes COVID-19.
Desta forma, também na atividade cirúrgica o ano é marcado pela diminuição de atividade,
tendo-se registado 577.333 propostas cirúrgicas (-20,4% de entradas em LIC face ao ano anterior),
e um número de 514.000 doentes operados no âmbito do SIGIC (-18,2% comparativamente a 2019).
Salienta-se que, desde 2010 até 2019, o número de registos de operados foi sempre crescente, com
uma taxa média de crescimento anual de +3,0% e um registo máximo de 628 282 operados/ano.
2019 foi mesmo o ano em que se ultrapassou a marca de mais de 600.000 utentes operados no âmbito
do SIGIC. Desta forma, a diminuição do número de operados em 2020, primeiro ano de pandemia
COVID-19, tornou-se ainda mais expressiva quando comparada com o ano de 2019 (-18,2%) em que
se ultrapassou o relevante marco de utentes operados já referido.
No que se refere à média do tempo de espera dos operados, o valor de 2020 foi de 3,5 meses,
com uma variação de (+6,1%,), em relação ao período homólogo.
Var.
2020/2019
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Valor %
Total de operados 484 065 503 919 534 415 544 377 549 987 560 401 568 765 588 813 594 978 628 282 514 000 -114 282 -18,2%
Operados H. SNS (inclui PPP) 458 497 460 179 481 597 501 722 505 055 513 205 524 928 534 545 529 758 561 943 458 361 -103 582 -18,4%
Operados nas PPP 19 238 26 559 37 302 47 187 52 710 53 768 53 581 55 584 59 772 33 163 28 956 -4 207 -12,7%
Operados H. Convencionados 25 568 24 654 26 853 15 915 18 336 20 054 16 200 24 608 30 962 28 204 25 651 -2 553 -9,1%
Operados H. Protocolados 19 086 25 962 26 740 26 596 27 142 27 637 29 660 34 258 38 135 29 988 -8 147 -21,4%
Saídas 576 426 599 476 639 561 634 105 641 287 650 735 660 399 680 520 692 466 727 795 606 935 -120 860 -16,6%
Lisboa e Vale do Tejo 145 051 8 264 1 365 154 680 -20,5%
Motivo cancelamento 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Desistência 23,6% 20,6% 22,3% 26,5% 28,3% 30,5% 31,0% 29,9% 27,2% 28,5% 31,8%
Proposta não adequada à situação clínica do utente 14,0% 12,1% 11,3% 13,5% 15,8% 15,3% 15,7% 15,7% 14,2% 15,5% 15,5%
Faltou sem motivos plausíveis 0,1% 0,2% 0,5% 1,4% 5,0% 5,7% 6,1% 6,3% 6,2% 5,9% 6,8%
Sem indicação cirúrgica 1,2% 1,3% 1,4% 2,0% 4,9% 6,3% 5,7% 5,8% 5,1% 5,0% 4,7%
Operado noutra instituição 4,4% 3,8% 4,5% 4,2% 3,6% 3,7% 3,9% 3,8% 4,6% 4,7% 4,1%
Por duplicação 1,2% 1,2% 1,3% 1,6% 2,2% 2,6% 2,5% 2,9% 3,4% 3,6% 4,1%
Óbito 1,9% 1,6% 1,7% 2,1% 2,4% 2,7% 2,8% 3,4% 3,0% 3,6% 4,0%
Não ativação do NT/VC no prazo de validade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,8% 12,9% 7,0% 3,5%
Utente s/ condições operatórias por mot. clínicos 0,4% 0,6% 0,4% 1,2% 1,7% 3,1% 3,9% 4,3% 3,8% 3,8% 3,5%
Transferência de responsabilidade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,1% 2,7% 2,6% 3,4%
Criação de proposta em episódio errado 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,7% 1,9% 2,2% 2,6% 2,7% 2,8% 2,7%
Já operado de urgência no HO 0,9% 0,9% 0,9% 1,4% 1,9% 2,3% 2,3% 2,3% 2,5% 2,5% 2,6%
Proposta resolvida no âmbito de outro episódio 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 1,5% 2,1% 1,9% 2,0% 2,1% 2,6% 2,8%
Não contactável 3,0% 1,6% 1,8% 2,3% 2,3% 2,2% 2,3% 2,4% 2,0% 2,5% 2,7%
Outros 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Fonte: ACSS
18%
16,8%
17%
16,1%
15,6% 15,7%
16%
15%
13,9% 14,1% 14,1%
13,5% 13,7% 13,7%
14%
13,1%
13%
12%
11%
10%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Da análise efetuada aos indicadores do SIGIC associados à procura de cuidados por parte dos
utentes do SNS em 2020, constata-se que o número de propostas cirúrgicas (entradas) apresentou
um decréscimo de 20,3%, face ao período homólogo do ano anterior, correspondendo a menos
146.901 utentes entrados em Lista de Inscritos para Cirurgia.
A mediana de tempo de espera da LIC situou-se nos 3,8 meses no final de 2020, para um TMRG
de 6 meses na prioridade normal em vigor.
Em 2020, observa-se alguma diminuição do número de doentes operados na área das neoplasias
malignas (-3,8% em relação a 2019, ou seja, menos 1.839 doentes operados), mas o indicador
aproxima-se dos valores registados nos anos de 2017 e 2018, demonstrando uma boa capacidade de
resposta do SNS nesta área, não obstante o contexto pandémico.
Var.
2020/2019
Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Valor %
Entradas em LIC 611 535 624 226 644 178 649 386 662 642 670 913 699 132 706 103 724 234 577 333 -146 901 -20,3%
Percentil 90 TE LIC (meses) 10,3 10,4 9,3 9,1 9,3 10,3 9,7 11,4 13,3 17,8 4,5 33,8%
750 000
724 234
699 132 706 103
700 000 670 913
662 642
644 178 649 386
650 000 624 226 628 282
611 535
588 813 594 978
600 000 573 527 577 333
560 401 568 765
544 377 549 987
550 000 534 415
514 000
503 919
500 000 484 065
450 000
400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Gráfico 46. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2 000 2 215
2 086 1 757
1 980 1 977 1 977 2 034 2 004 2 049
1 838
1 500 1 192
1 419
1 000
1 038
500
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: Os dados incluem quatro técnicas cirúrgicas: Banda Gástrica; Bypass Gástrico; Gastrectomia Linear Vertical
(Sleeve) e Transposição Duodenal; Derivação Bílio-Pancreática.
Fonte: ACSS e SPMS
60 000
54 365
55 000
51 278 51 888 51 758
51 182 50 833
50 217
49 349
50 000 48 676
47 144 46 827 46 837
46 038 46 436 46 039
45 534
44 610 44 264 44 865
45 000
41 996 41 705
39 403
40 000
35 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Para além da análise dos indicadores da oferta e da procura cirúrgica no âmbito do SIGIC, o
presente Relatório demonstra, também, a evolução dos principais indicadores relacionados com o
processo de gestão da LIC, nomeadamente o recurso a hospitais de destino do SNS (mediante notas
de transferência) ou do setor social e convencionado com o SNS (mediante vales cirurgia), nas
situações em que o tempo de espera no hospital de origem ultrapassa os tempos regulamentares.
O gráfico que se segue apresenta a distribuição dos episódios com notas de transferência ou
vales cirurgia emitidos durante o período 2010 a 2020, bem como a percentagem de cativação destes
vales/notas pelos utentes.
50 000
5,0%
0 0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Motivo de
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
cancelamento
Recusa transferência 60,1% 58,6% 63,5% 56,8% 64,9% 58,1% 54,0% 62,0% 70,1% 67,2% 55,8%
NT/VC expirado 20,7% 19,7% 19,5% 17,5% 17,9% 17,9% 25,3% 24,8% 21,1% 21,8% 26,9%
Outros 19,2% 21,2% 15,4% 11,9% 11,8% 19,9% 13,7% 7,4% 4,3% 5,4% 9,7%
Fonte: ACSS
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Valor 13 629 10 752 9 750 9 762 10 252 8 151 8 677 10 789 7 862 12 389 9 892
Fonte: ACSS
Quadro 50. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Entradas com GDH 470* 46 915 60 212 58 520 63 143 55 920 49 004 50 230 44 699 24 542 20 050 12 777
Percentagem Entradas
8,2% 9,8% 9,4% 9,8% 8,6% 7,4% 7,5% 6,4% 3,5% 2,8% 2,2%
com GDH 470
*Corresponde ao número de entradas (propostas cirúrgicas) que geram um GDH previsional inválido
Fonte: ACSS e SPMS
Assim, no que respeita ao CTH, no final do ano de 2020, (i) encontravam-se em lista de espera para
consulta 414.244 utentes referenciados pelos cuidados de saúde primários para uma primeira
consulta de especialidade hospitalar no âmbito do CTH. Destes, cerca de 70,2% encontravam-se em
lista de espera há menos de 9 meses; (ii) As especialidades com maior número de utentes em espera
há mais de 9 meses foram, respetivamente, a Oftalmologia (com um peso de 34,5%), a Ortopedia
(14,2%), a Otorrinolaringologia (7,8%) e a Neurocirurgia (7,5%).
Por sua vez, no que concerne ao SIGIC, (i) No final de 2020, existiam 212.607 doentes em lista
de espera para cirurgia (+46% do que em 2019), dos quais, 76,3% com um tempo de espera inferior
a 1 ano; (ii) As especialidades com maior número de utentes em espera há mais de 1 ano foram,
respetivamente, a Ortopedia (com um peso de 31,7%), a Oftalmologia (14,5%), a Cirurgia Geral
(13,6%), a Otorrinolaringologia (7,9%) e a Neurocirurgia (6,4%).
Atendimentos urgentes
Em 2020, registaram-se 4.552.704 episódios de urgência, representando um decréscimo de
29,1%, quando comparado com o ano anterior.
6 800
6 411 6 416 6 406 6 365 6 426
6 318
6 400 6 189
6 108 6 118
5 966
6 000
5 600
5 200
4 800
4 553
4 400
4 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
10,0%
10%
9%
8,7%
8,5% 8,5%
8,4%
8,3%
8,2% 8,2%
8,1% 8,1%
7,9%
8%
7%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
44%
43% 42,5%
42,0% 42,0%
41,8% 41,8%
42%
40,8% 40,7%
41%
40,4%
40%
39%
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
80% 77,7%
70%
60%
50%
2016 2017 2018 2019 2019 2020
Nota: São considerados os episódios classificados de acordo com o protocolo Triagem de Manchester com prioridade
vermelha, laranja, amarela, verde e azul, sendo que apenas se consideram as instituições com informação completa para
construção do indicador. Os dados do Hospital de Vila Franca de Xira, não são considerados em 2018, por não se dispor de
informação em anos anteriores.
Fonte: ACSS
Gráfico 54. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação (2016 – 2020)
120
100
80
60
40
20
essa a causa do internamento, com um tempo médio de internamento de 10,17 dias e com uma idade
média de 81,45 anos.
Em 2020, foram ainda registados internamentos associados a doenças respiratórias, nas quais
se inclui o COVID-19.
Quadro 51. Internamentos urgentes - Doenças respiratórias, por nível de severidade (2020)
Influenza [gripe] e pneumonia 29 152 311 336 10,7 11,2% 35,1% 44,4% 9,3%
Outras infeções agudas das vias aéreas inferiores 11 179 96 677 8,6 24,1% 38,1% 33,5% 4,4%
Outras doenças das vias aéreas superiores 999 5 350 5,4 67,5% 25,3% 5,1% 2,1%
Doenças crónicas das vias aéreas inferiores 7 790 75 122 9,6 14,5% 26,3% 45,9% 13,3%
Doenças pulmonares devidas a agentes externos 3 928 41 150 10,5 7,7% 37,0% 47,3% 8,0%
Outras doenças respiratórias que afetam principalmente o interstício 944 10 492 11,1 19,2% 30,0% 41,1% 9,7%
Afeções necróticas e supurativas das vias aéreas inferiores 480 11 253 23,4 0,6% 28,8% 62,7% 7,9%
Outras doenças da pleura 1 402 13 946 9,9 38,7% 40,7% 17,6% 3,1%
Perturbações e complicações intraoperatórias e pós-operatórias do
263 1 556 5,9 55,9% 24,0% 17,1% 3,0%
aparelho respiratório, não classificadas noutra parte
Outras doenças do aparelho respiratório 3 757 38 951 10,4 7,0% 44,3% 41,9% 6,8%
Fonte: ACSS
Importa salientar que, a partir de 2016 e 2017, respetivamente, a RNCCI alargou a sua
intervenção às áreas da saúde infantil e saúde mental através de experiências-piloto, que se
mantiveram até 30 de junho de 2020. Por outro lado, em 2017, a RNCCI deixou de incluir os Cuidados
Paliativos.
Na área da saúde mental a RNCCI inclui residências de apoio máximo adultos, residências de
apoio moderado, residências autónomas, residências de treino de autonomia e residências de treino
de autonomia - tipo A infância e adolescência.
10 000
9 468
9 013
8 553
8 112 8 172
8 000 7 481
6 975
6 447
6 000 5 718
5 405
4 465
4 000
2 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: Em 2016, o valor total não inclui as 10 camas referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em 2017 resulta da
transferência das camas para cuidados paliativos, em abril de 2017.
Fonte: ACSS
Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação Unidades de Longa Duração e Manutenção
6 500
5 115
4 916
4 794
4 723
4 703
4 411
4 094
5 000
3 692
3 060
3 031
2 873
2 752
2 674
2 578
2 548
3 500
2 306
2 286
2 021
1 895
1 820
1 747
1 497
1 147
1 078
2 000
935
906
867
860
860
811
811
764
682
500
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
3 500
2 931
2 629
3 000
2 410
2 500
1 700
2 000
1 383
1 273
1 500
948
880
862
820
1 000
532
443
366
316
283
275
228
500
149
142
74
0
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Fonte: ACSS
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve
100 95
92 92
86 85 87
84 84 82 84
71 72 70 72
75 68
66 66
60 61 63
58 58 60 60 59 59 60 60
54 54
50 45
42 40
36 37 37 37 37 37 38 38
35 35
32 32
28 30 32 32
29 26 26 26 26
25
15
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Considerando todos os lugares de RNCCI, que incluem para além dos lugares de internamento e
ambulatório, os lugares domiciliários, no final de 2020 existiam no total 15.374 lugares, um
acréscimo de 3,6% face ao período homólogo.
16 000
15 374
15 000 14 833
14 376 14 430
14 066 14 123
14 000 13 741
13 500
12 901
13 000 12 737
12 528
12 000
11 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nota: Em 2016, o valor total não inclui os 20 lugares referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em
2017 resulta da transferência das camas para cuidados paliativos, em abril de 2017 e do reajustamento dos lugares
na ECCI.
Fonte: ACSS
Os lugares da RNCCI registam, ainda, assimetrias regionais que se podem constatar no quadro
seguinte e que importa continuar a corrigir.
Lisboa e Vale do Tejo 810 908 2 410 297 2 092 258 4 502 555
62% 38%
Nota: O quadro faz referência à população com idade igual ou superior a 65 anos, por se considerar que a RNCCI Geral é dirigida a pessoas com
dependência, e esta ser uma condição mais acentuada na população com a idade referida. Assim, não estão contabilizadas as tipologias pediátricas e as de
saúde mental.
Fonte: ACSS
Os quadros que se seguem refletem o número de acordos por tipologia e região, no ano de 2020,
na área da saúde mental.
Quadro 53. Número de acordos na área de saúde Quadro 54. Número de lugares contratados na
mental, por tipologia e região (2020) área de saúde mental, por titularidade (2020)
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total
RA 2 2 4
IPSS 94 76 82 18 76 346
RAMa 1 1 2
Privados 0
RAMo 1 1 1 3
RTA 2 2 SCM 24 8 32
RTA/A 1 1 SNS 0
USO 2 2 2 6
Total 118 76 82 26 76 378
USO/IA 1 1 2
EAD/IA 1 1
Total 8 4 8 3 5 28
Fonte: ACSS
Quadro 55. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI por natureza jurídica das entidades
prestadoras
31 de dezembro de 2020
Entidade Número de acordos Percentagem total de Número de lugares Percentagem de camas por
Prestadora celebrados acordos celebrados contratados acordos celebrados
SNS 8 2,1% 200 2,1%
À semelhança do que se tinha verificado em 2019, também em 2020 as IPSS registaram uma
evolução positiva com um crescimento de 2,7% relativamente ao número de lugares.
Quadro 56. Evolução anual do número de acordos e de lugares contratados da RNCCI por natureza
jurídica das entidades prestadoras
Var.
2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
N.º N.º lugares N.º N.º lugares N.º N.º lugares N.º N.º lugares N.º N.º lugares Lugares
Entidade Prestadora Acordos
acordos contratados acordos contratados acordos contratados acordos contratados acordos contratados contratados
SCM 179 3 964 180 3 985 183 4 112 188 4 206 188 4 320 0,0% 2,7%
IPSS
Outras 92 2 272 90 2 186 92 2 267 94 2 338 96 2 442 2,1% 4,4%
Total IPSS 271 6 236 270 6 171 275 6 379 282 6 544 284 6 762 0,7% 3,3%
Privada com fins
60 1 696 60 1 721 63 1 825 74 2 160 81 2 397 9,5% 11,0%
lucrativos
Total 338 8 122 337 8 082 347 8 423 364 8 904 373 9 359 2,5% 5,1%
Fonte: ACSS
No âmbito das IPSS, e como se observa no quadro que se segue, as Santas Casas da Misericórdia
representaram 7% do total de acordos celebrados, com 32 lugares contratados, o correspondente a
8,5% do total de lugares. As outras entidades prestadoras IPSS (não SCM) representaram 93% do
total de acordos celebrados, com 346 lugares contratados, ou seja, 91,5% do total de lugares.
Quadro 57. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI Saúde Mental com entidades prestadoras
31 de dezembro de 2020
N.º acordos Percentagem total de N.º lugares Percentagem de lugares
Entidade Prestadora
celebrados acordos celebrados contratados por acordos celebrados
SCM 2 7% 32 8,5%
IPSS
Outras 26 93% 346 91,5%
Total 28 378
Fonte: ACSS
À semelhança do ano anterior, foram as ECCI que registaram maior atividade com 16.171
utentes assistidos, ou seja 35,2% do total, quando consideradas todas as áreas da RNCCI e,
representando 35,5% do total, quando consideradas só as tipologias da Rede Geral.
Importa ainda salientar que a população adulta da RNCCI das tipologias da rede geral mantém o
perfil traçado em períodos anteriores: envelhecida, maioritariamente feminina e com baixo nível de
escolaridade (87,4% possui escolaridade inferior a 6 anos). Em 2020, o sexo feminino representou
55,2% do total de utentes. Na faixa etária superior a 65 anos, esta percentagem ascendia a 49,1% e
com idade superior a 80 anos, 65,1%.
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Unidade de Convalescença 6 287 7 744 8 704 8 791 8 833 7 192 7 201 7 219 7 546 8 724 7 686 -11,9%
Unidade de Média Duração e Reabilitação 6 672 7 741 8 578 9 352 9 990 10 672 11 349 11 954 11 973 12 180 11 068 -9,1%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 5 802 6 489 7 728 8 675 10 541 11 328 11 611 11 985 12 184 12 133 10 596 -12,7%
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 5 278 9 139 11 578 13 804 14 577 15 221 15 582 15 215 16 664 17 056 16 171 -5,2%
Total 24 039 31 113 36 588 40 622 43 941 44 413 45 768 46 525 48 677 50 473 45 959 -8,9%
Unidade de Cuidados Paliativos* 1 951 1 600 1 821 1 903 1 827 2 115 2 384
Quadro 59. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2020
ARS
ARS Lisboa e ARS ARS
ARS Norte Total
Centro Vale do Alentejo Algarve
Tejo
Unidade de Convalescença 2 227 2 355 1 579 791 734 7 686
Unidade de Média Duração e Reabilitação 3 419 3 314 2 876 779 680 11 068
Unidade de Longa Duração e Manutenção 3 703 3 242 2 242 858 551 10 596
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 5 295 1 899 5 729 1 244 2 004 16 171
Quadro 60. Evolução do número de utentes referenciados por ano e por tipologia de resposta
Var.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Unidade de Convalescença 5 903 7 118 7 085 8 943 7 833 7 036 6 828 7 065 7 617 8 232 8 047 -2,2%
Unidade de Média Duração e Reabilitação 6 483 7 240 6 656 8 788 9 600 10 333 10 684 11 509 11 717 11 822 10 411 -11,9%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 5 550 5 896 5 363 6 751 9 249 9 969 11 118 10 450 10 826 10 529 7 595 -27,9%
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 3 475 6 952 7 789 11 219 10 500 11 419 11 752 10 844 12 620 12 911 12 314 -4,6%
Unidade de Cuidados Paliativos* 2 593 2 897 1 700 2 050 2 187 2 360 2 275
Total 24 004 30 103 28 593 37 751 39 369 41 117 42 657 40 061 43 166 43 750 38 586 -11,8%
*As unidades e Equipas de cuidados paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017
Fonte: ACSS
Quadro 61. Número de utentes referenciados por tipologia e região de saúde, em 2020
Região Origem ECCI UC UCIP 1 ULDM UMDR UAP EAD EAD/IA RA RAMa RAMo RTA RTA/A USO USO/IA Total
Social* 5 0 5 1 1 0 0 0 0 12
Social* 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Social* 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Os dados relativos à origem de referenciação dos utentes para RNCCI em 2020 evidenciam que
os hospitais referenciaram 68,2% dos utentes, mais 5% face a 2019. Já a referenciação pelos CSP
registou uma diminuição de 5% em relação ao período homólogo (31,8% de utentes referenciados).
Gráfico 60. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI - Rede Geral e Cuidados
Pediátricos Integrados - em 2020
Centros de
Saúde
31,8%
Hospitais
68,2%
Fonte: ACSS
Em relação à origem de referenciação dos utentes para RNCCI de Saúde Mental, em 2020,
verifica-se que os hospitais referenciaram 87,5% dos utentes, o setor social da saúde mental, 6,5% e
os CSP 6%.
Gráfico 61. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI Saúde Mental em 2020
Setor Social
6,5%
Centros de
Saúde
6,0%
Hospitais
87,5%
Fonte: ACSS
100%
80%
57,8%
68,5% 65,0% 65,6%
73,8%
60%
40%
20% 42,2%
31,5% 35,0% 34,4%
26,2%
0%
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Fonte: ACSS
Na referenciação para ECCI constata-se uma variabilidade significativa entre as várias regiões
importando, consequentemente, reforçar a utilização desta resposta.
Gráfico 63. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região
(2020)
60%
50,0%
45%
36,7% 36,6%
30% 26,7%
15,7%
15%
0%
Centro Alentejo Lisboa e Vale do Tejo Norte Algarve
Fonte: ACSS
Gráfico 64. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região
(2020)
100%
35,9% 33,2%
80% 38,1%
49,3% 46,6%
62,8%
60%
40%
64,1% 66,8%
61,9%
50,7% 53,4%
20% 37,2%
0%
Norte Centro Lisboa e Vale do Alentejo Algarve Nacional
Tejo
Fonte: ACSS
Quadro 62. Mediana do tempo de referenciação para a identificação de vaga na RNCCI, em dias
(2020)
Unidade de Unidade de
Unidade de
Média Duração e Longa Duração ECCI UCIP Nível 1 UAP
Convalescença
Reabilitação e Manutenção
Fonte: ACSS
Em 2020, à data de 31 de dezembro, estavam 1.207 utentes a aguardar vaga na RNCCI (nas
tipologias ECCI, UC, ULDM e UMDR).
Fonte: ACSS
Para as tipologias pediátricas, não existiam utentes a aguardar vaga. Para as tipologias de saúde
mental, existiam 61 utentes a aguardar vaga, 61% do total em LVT, 33% no Norte, 5% no Centro e
2% no Algarve.
Em 2020, a demora média na RNCCI a nível nacional, foi de 49 dias para UC, 107 dias para UMDR,
255 dias para ULDM, 116 dias para ECCI, 208 para UCIP N1 e 416 dias para UAP, distribuída por ARS
e tipologia, conforme quadro infra.
Quadro 64. Demora Média das unidades da RNCCI, por tipologia (2020)
ARS
Lisboa e ARS ARS
ARS Norte ARS Centro Nacional
Vale do Alentejo Algarve
Tejo
Unidade de Convalescença 42 48 55 68 39 49
Unidade de Longa Duração e Manutenção 260 189 332 239 408 255
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 102 141 118 143 110 116
A demora média nas tipologias de Saúde Mental encontra-se no quadro seguinte, nas regiões em
que existem respostas.
Quadro 65. Demora Média das unidades da RNCCI Saúde Mental, por tipologia (2020)
ARS
ARS ARS Lisboa ARS ARS
Nacional
Norte Centro e Vale Alentejo Algarve
do Tejo
Equipas de Apoio Domiciliário* 639 457 392 474
ARS
ARS ARS Lisboa ARS ARS
Nacional
Norte Centro e Vale Alentejo Algarve
do Tejo
Residências de Apoio Moderado*
O quadro que se segue ilustra o contexto nacional, a nível de taxa de ocupação da RNCCI.
Quadro 66. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2020)
ARS
ARS ARS Lisboa ARS ARS
Nacional
Norte Centro e Vale Alentejo Algarve
do Tejo
Unidade de Convalescença 91% 84% 87% 86% 94% 87%
Unidade de Média Duração e Reabilitação 96% 92% 93% 90% 94% 93%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 97% 96% 96% 95% 97% 96%
Equipas de Cuidados Continuados Integrados 78% 73% 66% 69% 66% 70%
Os dados recolhidos no ano de 2020 permitem ainda concluir que 11,3% dos utentes tiveram
como destino pós alta “Lar/resposta ou equipamento social”. Num contexto nacional, 74,5% do
destino pós-alta foi para o domicílio. Em 75,7% dos casos do destino pós-alta para o domicílio foi
registada necessidade de suporte.
Quanto ao indicador “motivo de alta”, e também a nível nacional, baseado nos registos com
informação no sistema de informação da RNCCI, 80,3% dos utentes com alta atingiram os objetivos
da intervenção planeada pelo Plano Individual de Cuidados.
A incidência de úlceras de pressão na Rede Geral foi de 3,7%, 2,7% em ECCI e 4,3% nas unidades
de internamento. A prevalência de úlceras de pressão foi de 16,8%.
A prevalência de quedas na Rede Geral foi de 9,4%, 5,9% em ECCI e 11,3% nas unidades de
internamento.
Em 2020, a percentagem de óbitos nos utentes assistidos na RNCCI foi de 12,9%. De salientar
ainda que 38,8% do total dos óbitos ocorre em ECCI e 37,7% em ULDM.
7. Cuidados paliativos
A prestação de cuidados aos doentes com doenças graves e/ou avançadas e progressivas com o
objetivo de promover o seu bem-estar e qualidade de vida é um elemento qualitativo.
No final de 2020, a Rede Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP) era composta por:
Atualmente o SNS tem EIHSCP em quase todos os hospitais (exceto o Hospital Distrital da
Figueira da Foz e a ULS do Baixo Alentejo).
Com vista a otimizar a resposta das EIHSCP e das ECSCP, foram elaboradas orientações, pela
CNCP, no sentido de se utilizar a capacidade instalada para reforçar a consultadoria a nível hospitalar,
dos cuidados primários e continuados.
Dos três eixos de ação identificados no Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados
Paliativos (PEDCP) no biénio 2019-2020, destacam-se as principais iniciativas realizadas em 2020:
• Majoração em 20% do preço base das sessões de hospital de dia realizadas por equipas
específicas de CP;
Ainda no âmbito da colaboração, foi potencializada a autonomia local quanto à definição dos
termos de cooperação entre equipas hospitalares, permitindo que as equipas de hospitalização
domiciliária peçam a colaboração das EIHSCP do seu hospital e vice-versa, através do sistema
SClínico, à semelhança do que acontece com outras especialidades/equipas hospitalares.
Durante 2020 realizou-se um Curso Básico de CP na ARS Algarve e tiveram início dois
Cursos de CP de nível intermédio, um na ARS Lisboa e Vale do Tejo (28 formandos) e
outro na ARS Alentejo (40 formandos), os quais foram suspensos em março devido à
Pandemia Covid-19. O curso da ARS Lisboa e Vale do Tejo foi reiniciado, em outubro, em
formato online.
(Hospital D. Estefânia), CHU do Porto, CHU S. João, CHU de Coimbra e CHU Lisboa Norte.
De notar que, estas cinco EIHSCP-P realizam consultas domiciliárias, além da atividade
hospitalar. De referir ainda a existência de duas EIHSCP-P, uma no IPO de Lisboa e outra
no IPO do Porto.
O ano de 2020 foi fortemente marcado pela pandemia COVID-19. Por um lado, assistiu-se ao
surgimento de novas dinâmicas de consumo e à alteração da utilização dos serviços. Também se foi
assistindo a uma derivação para o consumo de outras substâncias psicoativas, lícitas e/ou ilícitas,
tendo por essa via ocorrido nestas populações mais vulneráveis um aumento do consumo de álcool,
verificando-se igualmente, mas em menor grau, um aumento do consumo de cocaína.
No que concerne à população em geral, o contexto altamente volátil e mutável gerado pela
pandemia requeria a obtenção rápida de informação que permitisse monitorizar a evolução dos CAD
na sua interação com os determinantes biopsicossociais desse contexto. Para o efeito, as atividades
de investigação e de monitorização orientaram-se para a utilização de metodologias ágeis que
permitissem conhecer de forma atempada a evolução dos CAD, principalmente aqueles que mais se
encontram presentes na população em geral – o consumo de álcool e os padrões de utilização da
Internet e de jogo eletrónico.
e/ou a jogar. Os resultados mostraram ainda uma tendência de serem mais considerados os
benefícios da utilização da Internet por parte dos internautas, nomeadamente como ferramenta de
trabalho e de comunicação, do que os riscos e eventuais consequências negativas da sua utilização.
No entanto e com base em medidas e dados mais objetivos, o estudo apurou que durante a pandemia
da COVID-19 se agravaram alguns indicadores de uso problemático/ mau uso da internet, como foi o
caso da utilização intensiva da Internet (5 horas diárias ou mais) ou o contacto com fake news, ou
ainda um aumento significativo da percentagem de utilizadores que passou a ter problemas em
controlar o tempo passado à frente de écrans, problema que não ocorria anteriormente.
A nível da atividade assistencial, o desafio que constituiu a pandemia por COVID-19 requereu
uma adaptação e reorientação rápida e ágil das prioridades, em termos das entidades envolvidas, aos
diferentes níveis, na planificação, execução e monitorização das intervenções em CAD. Desde logo,
procurou o SICAD promover uma maior proximidade e proatividade no trabalho, em articulação e
parceria entre todos os agentes, tendo em conta a complexidade deste contexto de grande incerteza,
e que seguramente faria emergir novos riscos socio sanitários, acompanhados por uma
recrudescência de comportamentos de risco associados aos consumos e o agravamento da situação
das populações socialmente mais marginalizadas e vulneráveis.
Neste contexto e no âmbito do apoio científico e técnico aos serviços que intervêm em CAD, é
assim de salientar que no decorrer de 2020, o SICAD produziu linhas de orientação e recomendações
para o funcionamento das estruturas de redução de riscos e minimização de danos e de comunidades
terapêuticas, as quais visavam facilitar a continuidade da sua prestação, no quadro dos novos
desafios à sua operação determinados não só pelas alterações nas dinâmicas de consumo e nas
problemáticas dos cidadãos com CAD, como pela necessidade de adaptar o seu funcionamento às
regras sanitárias impostas pela prioridade de controlo da pandemia.
O SICAD reforçou ainda as atividades da Linha VIDA 1414, alargando o período de atendimento
e aumentando a equipa, visando uma maior eficácia nas respostas de aconselhamento e
encaminhamento sobre a COVID-19 e os CAD.
Enquadrado pela Lei nº 30/2000, de 29 de novembro e com as adaptações requeridas pela crise
de saúde pública associada à pandemia COVID – 19, em 2020 continuou o SICAD a fornecer o apoio
técnico e administrativo à ação das Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência, área
fundamental das politicas e intervenções em CAD, que se orienta segundo os princípios da deteção e
intervenção precoce, da motivação para a mudança de comportamentos, promovendo dessa forma a
aproximação aos sistema de saúde e social dos consumidores de substâncias psicoativas ilícitas.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Utentes em tratamento no ano 10 382 10 848 11 117 11 616 11 881 12 498 13 678 13 828 13 422 13 951 12 068
Novos utentes 1 549 3 009 3 344 3 403 3 353 3 704 3 759 3 352 3 403 3 416 2 455
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Médico de Família/ Cuidados de Saúde
726 718 713 446
Primários
Instituição de Saúde/ Outro profissional*** 504 592 579 411
Utentes readmitidos 284 665 1 244 1 157 930 657 690 1 047 1 202 1 181 1 050
Médico de Família/ Cuidados de Saúde
181 192 177 161
Primários***
Auto-referenciação/ Iniciativa própria*** 183 198 227 194
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Utentes em tratamento no ano 31 248 29 781 29 062 28 133 27 689 26 993 27 834 27 150 25 582 25 421 22 943
Novos utentes 1 514 1 715 2 001 1 985 1 950 2 024 2 090 1 769 1 858 1 959 1 364
Instituição judicial/ área de reinserção
448 550 529 374
social***
Médico de Família/ Cuidados de Saúde
406 420 495 79
Primários
Instituição de Saúde/ Outro profissional*** 234 219 248 128
Utentes readmitidos 2 568 2 376 4 012 2 154 1 803 1 365 1 211 1 538 1 603 1 512 1 376
Médico de Família/ Cuidados de Saúde
579 604 579 59
Primários***
Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 280 288 279 576
Instituição judicial/ área de Reinserção
123 131 134 236
Social***
*Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano
**Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas da rede de cuidados especializados em CAD
(primeiros pedidos de tratamento)
***Principais fontes de referenciação: ARS e SICAD
Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017.
Fonte: ARS e SICAD
Fonte: SICAD
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: SICAD
900
788
800
600
613 624
500 442
508
400
394 313
300
285
200
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: SICAD
9. Sangue e transplantação
Sangue
Acompanhando a tendência verificada desde 2010, no ano de 2020 verificou-se uma diminuição
no número de dadores e de dádivas de sangue (Quadro 71). O número de dadores de sangue que
efetuaram dádiva diminuiu 6,6% em 2020, quando comparado com o período homólogo.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020*
Número de dadores
271 159 249 168 237 826 226 882 223 924 217 431 211 170 203 294 200 556 187 309
que efetuaram dádiva
*Dados provisórios
Fonte: IPST
Em 2020 foram distribuídos pelo IPST menos 4,8% concentrados eritrocitários para os
hospitais. No entanto, ao longo do ano, nas diferentes fases da pandemia, as reservas de sangue
mantiveram sempre níveis que permitiram dar resposta às necessidades, havendo equilíbrio entre
as colheitas e os consumos.
Número de
Número de unidades Var. Var.
doentes
transfundidas 2020/2019 2020/2019
transfundidos
Sangue total 25 12,0% 21 0,0%
Número de
Número de unidades Var. Var.
doentes
transfundidas 2020/2019 2020/2019
transfundidos
Plasma fresco congelado de quarentena 3 677 42,6% 1 105 2,8%
Transplantação
• Aumentou a taxa de utilização dos órgãos, de 84% em 2019, para 87% em 2020;
O gráfico que se segue ilustra a evolução do número total de transplantes de 2011 a 2020, sendo
que em 2020 se realizaram 651 transplantes.
950
895
900 877
864
838 829
850 824
789
800
747
750
700
651
650 680
600
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: IPST
Através da utilização dos meios de telecomunicações ao seu dispor, o CODU tem capacidade para
acionar os diferentes meios de socorro, apoiá-los durante a prestação de socorro no local das
ocorrências e, de acordo com as informações clínicas recebidas das equipas no terreno, selecionar e
preparar a receção hospitalar dos diferentes doentes.
• Garantir a assistência médica pré-hospitalar imediata aos doentes suspeitos ou com COVID-
19 que apresentassem sinais de gravidade;
Em 2020, com especial incidência desde o segundo trimestre, verificou-se uma diminuição das
chamadas 112 e do acionamento de meios de emergência médica pré-hospitalar, devido a fatores
como a COVID-19, verificou-se uma diminuição das chamadas 112 e do acionamento de meios de
emergência médica pré-hospitalar. Esta redução da atividade, verificada a partir de março de 2020,
ficou a dever-se a diversos fatores, entre os quais:
Em 2020 foram atendidas 1.308.757 chamadas de emergência, o que se traduz numa média
diária de 3.586 chamadas. Destaca-se também a diminuição dos tempos médios de espera para
atendimento ao longo do ano de 2020 (Quadro 73)
Quadro 73. Tempo Médio de espera para atendimento (Em segundos), por mês, 2019 e 2020
Janeiro 24 22
Fevereiro 23 25
Março 13 38 *
Abril 15 13
Maio 32 13
Junho 62 17
Julho 23 9
Agosto 23 8
Setembro 23 8
Outubro 15 9
Novembro 20 9
Dezembro 25 11
Total - -
Média Diária 24 15
*Mês (março/2020) critico no que concerne à Covid-19 e que coincidiu
com absentismo (não programado) de operadores CODU em 5 dias do mês
onde se registou um elevado número de chamadas.
Fonte: INEM
Deste total, 76.012 foram provenientes do Centro de Contacto do SNS (“SNS24”), o que
representa uma média diária de 208 chamadas encaminhadas pelo “SNS24” para os CODU do INEM.
No mesmo período, foram transferidas 95.601 chamadas para o “SNS 24”, ou seja, uma média
de 261 chamadas por dia.
Para cumprimento das suas obrigações no âmbito do SIEM, o INEM tem à sua disposição um
conjunto diversificado de meios, complementares entre si.
Importa referir que a procura dos serviços de emergência médica, tem reflexo na atividade dos
CODU e, consequentemente, na atividade dos meios de emergência médica, cujo número de
acionamentos acompanha o número de chamadas atendidas nos CODU.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ambulâncias de Socorro de entidades do SIEM (PEM) 238 241 261 265 275 300 300 305 332 351 371
Ambulâncias de Socorro de entidades do SIEM (PR) 172 174 191 188 180 157 155 147 135 123 116
Total 642 644 636 649 653 651 656 653 657 658 671
*Os meios NINEM são Ambulâncias de Socorro pertencentes a Corpos de Bombeiros/Delegações da CVP que, apesar de não terem protocolo de colaboração, o INEM recorre
aos seus serviços, em regra por indisponibilidade ou inexistência de meios INEM (meios próprios, PEM ou Reservas), ou por se situarem em áreas mais próximas das
ocorrências.
Notas:
- O número de Ambulâncias SIV inclui a SIV de Oliveira de Azeméis, implementada em 2020.
- A alteração do número de PR e NINEM deve-se ao facto de alguns destes meios passarem a PEM.
- O aumento do número de PEM em 2020 refere-se a meios que tendo assinado protocolo com o INEM em 2019, só iniciaram a sua atividade em 2020.
Fonte: INEM
1 600 000
1 000 000
800 000
600 000
400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INEM
1 600 000
600 000
400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INEM
Var.
2020/2019
Tipo de
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Valor %
Meio
SHEM 1 054 1 247 1 304 1 053 912 920 1 033 986 1 020 947 835 -112 -11,8%
(VMER 53 304 59 226 84 232 101 644 95 855 91 535 96 096 90 156 93 993 95 633 82 010 -13 623 -14,2%
TIP 1 407 1 500 1 294 1 289 1 222 1 204 1 405 1 374 1 423 1 436 1 023 -413 -28,8%
SIV 26 649 28 506 28 953 33 475 33 508 35 878 37 794 34 826 35 597 36 367 30 305 -6 062 -16,7%
AEM 120 545 126 137 140 261 161 384 174 397 167 323 171 899 161 424 151 771 139 970 119 564 -20 406 -14,6%
MEM 1 582 2 745 3.488 5 648 9 219 7 546 7 106 7 002 6 383 6 105 3 656 -2 449 -40,1%
UMIPE 271 393 340 360 554 581 539 358 757 603 833 230 38,1%
PEM 393 646 395 191 476 984 576 984 618 179 688 022 752 420 752 521 839 432 878 319 798 016 -80 303 -9,1%
PR 110 891 115 698 158 047 170 303 175 430 171 239 176 555 173 621 148 809 129 189 97 560 -31 629 -24,5%
NINEM* 31 966 34 615 31 477 21 230 25 368 32 315 35 475 46 928 44 369 42 738 38 076 -4 662 -10,9%
Total 741 315 765 258 922 892 1 073 370 1 134 644 1 196 563 1 280 322 1 269 196 1 323 554 1 331 307 1 171 878 -159 429 -12,0%
*Os meios NINEM são Ambulâncias de Socorro pertencentes a Corpos de Bombeiros/Delegações da CVP que, apesar de não terem protocolo de colaboração, o INEM recorre aos seus
serviços, em regra por indisponibilidade ou inexistência de meios INEM (meios próprios, PEM ou Reservas), ou por se situarem em áreas mais próximas das ocorrências.
Legenda:
SHEM - Serviço de Helicópteros de Emergência Médica
VMER - Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação
TIP - Ambulâncias de Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico
SIV - Ambulâncias Suporte Imediato de Vida
AEM - Ambulâncias de Emergência Médica
MEM - Motociclos de Emergência Médica
UMIPE - Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência
PEM - Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM
PR - Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM
NINEM - Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM
Fonte: INEM
10 000 5 000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INEM
Fonte: INEM
Na vertente AVC
Com o objetivo de melhorar o acesso dos doentes com AVC aos tratamentos mais eficazes, alguns
apenas existentes em centros altamente especializados, o INEM continuou a participar na sua
orientação adequada, incrementando a sua participação na identificação e abordagem pré-hospitalar
precoces e no apoio ao transporte inter-hospitalar, nomeadamente através das equipas das VMER
e/ou das ambulâncias SIV, no seu modelo integrado no serviço de urgência.
Durante o ano de 2020 foram registadas 4.939 situações de doentes com sinais e sintomas de
AVC, uma média de 412 por mês, ou seja, 13 casos por dia. Das 4.939 situações, 2.775 eram do género
feminino e 2.164 do género masculino.
Em termos de distribuição geográfica, foram inseridos na Via Verde do AVC 1.980 doentes na
região Sul, seguindo-se a região Norte com 1.945 e a região Centro com 1.014 situações.
Em 2020, o intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a chamada para os CODU do INEM,
feita através do 112, foi inferior a 60 minutos em 49% das situações. Já o intervalo de tempo entre a
chamada para os CODU do INEM e a chegada dos meios de emergência ao local foi inferior a 60
minutos em 98% das situações.
Gráfico 71. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC
4 939
5 000 4 529
4 000 3 496
3 366
3 036 3 114 3 136
2 920
3 000
2 000
1 000
0
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INEM
Na vertente Coronária
Em 2020, foi mantido o objetivo de melhorar o acesso dos doentes com EAMST à angioplastia
primária, continuando o INEM a promover a articulação entre o pré-hospitalar e os centros
Em 2020 foram inseridos na Via Verde Coronária 696 doentes, o que representa, em média, 58
doentes por mês, ou 2 por dia.
No mesmo período, o intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a chamada para os CODU
do INEM, feita através do 112, foi inferior a 60 minutos em 52% das situações. Já o intervalo de tempo
entre a chamada para os CODU do INEM e a chegada dos meios de emergência ao local foi inferior a
60 minutos em 91% das situações.
Gráfico 72. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde Coronária
1 000
853
820
800 750 731
719 696
682 676
600
400
200
0
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INEM
O INEM tem procurado implementar esta Via Verde em contexto extra-hospitalar, dando
continuidade a esse esforço em 2020, de forma a identificar mais precocemente doentes com Sépsis
grave e proceder à sua estabilização inicial e encaminhamento adequado, nomeadamente através do
registo eletrónico no terreno, através da plataforma ITEAMS - INEM TOOL for EMERGENCY ALERT
MEDICAL SYSTEM.
Na vertente do Trauma
Também a Via Verde do Trauma define os procedimentos a seguir no encaminhamento das
vítimas de acidentes para as urgências dos hospitais mais apropriados.
No ano de 2020, o INEM continuou a definir, com os Centros de Trauma constituídos para o
efeito, protocolos de referenciação de doentes traumatizados graves, no sentido de fazer bypass a
pontos da rede de Serviços de Urgência que não sejam os mais adequados para determinados
doentes, fazendo chegar o(a) doente certo ao local certo, no mais curto espaço de tempo possível
(conceito de “Via Verde”).
Recorda-se que em 2017 foi publicado em Diário da República o Despacho n.º 8977/2017, de
11 de outubro, que definiu a Comissão Nacional de Trauma e respetivos objetivos, concretizando a
multidisciplinaridade da estratégia nacional relacionada com o trauma. O INEM tem colaborado
ativamente nos trabalhos desta comissão.
No final do ano de 2020 todos os meios INEM (ambulâncias e motociclos de emergência médica,
ambulâncias de suporte imediato de vida, Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação e
Helicópteros de Emergência Médica) estavam capacitados para a recolha de informação no âmbito
do trauma.
O envolvimento daqueles que são considerados os “first responders” (primeiros a chegar) é uma
estratégia recomendada a nível nacional e internacional como forma de reduzir o tempo entre uma
paragem cardíaca e a desfibrilhação elétrica (choque), dessa forma contribuindo para melhorar a
sobrevivência destes doentes, e que está a ser implementada.
O empenho do INEM, dos municípios, da sociedade civil e do próprio cidadão são fundamentais
para continuar a melhorar a capacidade de resposta do sistema de emergência médica nacional.
O número de utilizações de DAE ascendeu às 8.822, em 2020. Em 711 dessas utilizações, foi
recomendado pelo equipamento a administração de pelo menos um choque, o que é demonstrativo
de um número significativo de vidas salvas pela utilização do DAE.
O aumento do número de utilizações de DAE face ao ano de 2019 (+10,7%) pode ser justificado,
por um lado, pelo acréscimo registado em 2020 de paragens cardiorrespiratórias (PCR), que registou
um aumento na ordem dos 12% face a 2019, mas sobretudo pela expansão do PNDAE, com cada vez
mais programas de DAE e operacionais licenciados e, também, pelos novos DAE pertencentes aos
Corpos de Bombeiros (CB), integrados no Programa de DAE do INEM e cuja monitorização relativa
ao desempenho dos operacionais é assegurada por este Instituto.
Número de Utilizações 4 558 5 179 7 093 6 144 5 981 6 138 7 972 8 822
Número de Casos com choque 532 547 483 483 584 540 736 711
Fonte: INEM
Coluna1 <2010 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
DAE em meios INEM (SIV, AEM e MEM) 135 135 135 136 148 151 154 154 154 158 158 159
DAE em ambulâncias de socorro (CB e CVP) 8 30 302 350 410 474 542 616 678 831 967 1 051
Número de operacionais formados (CB e CVP) n.d. n.d. 1 741 486 581 787 987 739 1 449 6 138 7 237 3 389
Fonte: INEM
Ainda assim, é de referir o balanço global (valores acumulados até 2020), que corresponde ao
número de programas ativos, resultante da diferença entre novos programas e cancelamento de
programas. Com efeito o crescimento do número de espaços públicos e de DAE existentes nesses
espaços é notório, com 2 681 aparelhos de DAE em final de dezembro de 2020, consequência da
legislação existente, da atividade constante do Programa Nacional de DAE do INEM e da consciência
cívica deste problema de saúde pública (a morte súbita), que representam hoje inequívocos ganhos
em Saúde.
Balanço
Coluna1 <2010 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Global
Número de Programas Licenciados 9 59 54 81 91 104 111 249 177 403 626 494 2 343
Número de Equipamentos de DAE 19 138 170 140 141 394 206 272 344 420 681 509 2 681
Número de Espaços Públicos com DAE 13 91 106 93 115 368 205 252 307 374 549 397 2 123
Número de Operacionais de DAE 90 947 6 812 1 265 1 230 2 711 1 859 2 158 2 514 3 245 5 137 3 337 25 244
Fonte: INEM
As condições em que o SNS assegura os encargos com o Transporte não Urgente de Doentes
estão definidas na Portaria n.º 142-B/2012, de 15 de maio.
Em 2020, verificou-se uma diminuição generalizada face ao período homólogo, quer no número
de transporte de doentes (-43,7%), quer no número de utentes transportados (-30,57%), quer nos
custos com os transportes (-25,4%).
Esta diminuição poderá justificar-se pela pandemia Covid-19, designadamente pelo aumento
dos cuidados prestados por meios não presenciais.
No que respeita ao número de transportes de doentes realizados, a ARS Norte e ARS Algarve
registaram as variações mais significativas (de 50,1% e 43,7%, respetivamente) face a 2019.
Var.
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 98 225 109 049 112 493 116 729 126 728 159 640 79 584 -50,1%
ARS Centro 47 683 48 350 52 724 53 554 56 138 68 602 40 511 -40,9%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 72 525 73 440 76 219 80 401 83 006 106 081 67 983 -35,9%
ARS Alentejo 9 520 15 945 16 427 19 164 14 040 12 404 7 045 -43,2%
ARS Algarve 8 973 9 402 9 533 10 401 11 875 14 082 7 928 -43,7%
Total 236 926 256 186 267 396 280 249 291 787 360 809 203 051 -43,7%
Fonte: ACSS e SPMS (N.º de doentes – Portal da Transparência) N.º de doentes - StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/da
taset/evolucao-anual-do-numero-de-
transportes/table/?disjunctive.regiao&sort=
periodo&refine.periodo=2020
No que concerne ao número de doentes transportados, com exceção da ARS Alentejo, onde se
registou um aumento significativo de doentes, a ARS Algarve e a ARS Norte registaram um
decréscimo, respetivamente de 72,2% e 37,6% em 2020 face a 2019.
Var.
2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 39 849 38 431 23 968 -37,6%
Quanto ao número de prestações de saúde a que os utentes registados no SGTD tiveram acesso
em 2020 (1.908.215 prestações), verificou-se uma diminuição face ao período homólogo (-29,8%).
Var.
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
ARS Norte 947 853 993 896 1 004 002 1 062 166 1 157 741 1 227 769 749 444 -39,0%
ARS Centro 360 281 367 176 389 224 398 164 426 378 446 392 313 138 -29,9%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 763 567 766 404 784 197 815 481 837 749 868 623 727 778 -16,2%
ARS Alentejo 54 250 61 059 69 967 81 616 63 537 52 481 37 917 -27,8%
ARS Algarve 93 209 101 798 100 160 102 894 120 526 122 251 79 938 -34,6%
Total 2 219 160 2 290 333 2 347 550 2 460 321 2 605 931 2 717 516 1 908 215 -29,8%
Em termos globais, importa salientar que, não obstante o decréscimo generalizado, o custo com
o transporte de doentes ascende a cerca de 52 milhões de euros para o ano de 2020, sendo a ARS
Lisboa e Vale do Tejo que apresentou o valor mais elevado e a ARS Alentejo, o mais baixo, tal como
mostra o gráfico abaixo.
400
350 321
312 312 304
290
300 270 263
150 135
100
50
0
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve
Fonte: ACSS
Em 2020 deu-se continuidade à política de redução das despesas dos utentes utilizadores do
SNS com taxas moderadoras, destacando-se a implementação da dispensa do pagamento destas taxas
nas consultas dos Cuidados de Saúde Primários desde o dia 1 de abril e nos exames complementares
de diagnóstico e terapêutica quando prescritos nos Cuidados de Saúde Primários e realizados nas
instituições e estabelecimentos públicos de saúde desde o dia 1 de setembro, e bem assim, a isenção
do pagamento de taxas moderadoras aos antigos combatentes e viúvas ou viúvos dos antigos
combatentes.
Insuficiência económica 2 697 212 2 627 847 2 882 094 2 671 330 2 577 898 2 393 152
Desempregados e familiares 145 080 153 306 24 569 22 717 21 128 11 767
Menores até 17 anos e 365 dias 1 821 597 1 789 399 1 696 462 1 685 129 1 680 574 1 651 556
Incapacidade igual ou superior a 60% 209 809 228 948 232 333 260 836 295 389 285 989
Grávidas e parturientes 177 236 208 691 42 366 54 625 53 134 40 560
Dadores vivos de células, tecidos e órgãos 1 741 1 960 1 748 1 983 2 349 2 540
Dadores benévolos de sangue 128 100 140 794 95 323 106 455 113 966 99 102
*Em 2017 ocorreu uma alteração de critério no RNU, pelo que as parcelas não podem ser somadas
(existem doentes com mais do que um benefício ativo no RNU). StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explor
Fonte: ACSS e SPMS e/dataset/utentes-isentos/?sort=periodo
Entidade 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020*
Serviços e Fundos Autónomos 0,03 M€ 0,02 M€ 0,02 M€ 0,03 M€ 0,03 M€ 0,03 M€ 0,02 M€ 0,03 M€ 0,03 M€ 0,01 M€
Administrações Regionais de Saúde 40,3 M€ 90,5 M€ 88,3 M€ 88,7 M€ 95 M€ 88,8 M€ 87,9 M€ 92,5 M€ 99,2 M€ 53,5 M€
ARS Norte 8,3 M€ 29,6 M€ 28,6 M€ 28,9 M€ 31,5 M€ 30,4 M€ 29,5 M€ 33,3 M€ 35 M€ 19,8 M€
ARS Centro 4,6 M€ 15,9 M€ 15,7 M€ 15,7 M€ 16,5 M€ 15,6 M€ 15,7 M€ 16,4 M€ 17,6 M€ 9,5 M€
ARS LVT 21,9 M€ 37,1 M€ 37 M€ 37,3 M€ 40,4 M€ 36,6 M€ 36,5 M€ 36,1 M€ 38,8 M€ 20 M€
ARS Alentejo 1,7 M€ 2,9 M€ 1,9 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,2 M€ 2,9 M€ 1,6 M€
ARS Algarve 3,9 M€ 5 M€ 5 M€ 4,8 M€ 4,5 M€ 4,1 M€ 4,2 M€ 4,4 M€ 4,9 M€ 2,7 M€
Hospitais SPA 2,7 M€ 2,8 M€ 2,5 M€ 2,2 M€ 2,2 M€ 2,4 M€ 2,3 M€ 1,2 M€ 0,52 M€ 0,36 M€
Hospitais, Centros Hospitalares e ULS, EPE 54,4 M€ 83,9 M€ 90,7 M€ 88,2 M€ 92,2 M€ 81,1 M€ 72,6 M€ 68,7 M€ 78,3 M€ 45,7 M€
Total Rendimentos 97,4 M€ 177,2 M€ 181,5 M€ 179,1 M€ 189,5 M€ 172,4 M€ 162,8 M€ 162,5 M€ 178 M€ 99,6 M€
Taxas cobradas** 165,8 M€ 173,8 M€ 166,5 M€ 173,8 M€ 153,3 M€ 149,7 M€ 154,7 M€ 159,3 M€ 90,5 M€
*Dados provisórios
**Dados entre 2012 e 2014 apurados em Sistema Informático Gestão Económico Financeiro (SIGEF) e dados desde 2015 apurados em Sistema
de Informação de Gestão Orçamental (SIGO).
Fonte: ACSS
Para este efeito, entende-se por “pessoa com deficiência” aquela que, por motivo de perda ou
anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções
psicológicas, apresente dificuldades específicas suscetíveis de, em conjugação com os fatores do
meio, lhe limitar ou dificultar a atividade e a participação em condições de igualdade com as demais
pessoas. Por sua vez, “pessoa com incapacidade temporária” é aquela que por motivo de doença ou
acidente encontre, por um período limitado e específico no tempo, dificuldades específicas
suscetíveis de, em conjugação com os fatores do meio, lhe limitar ou dificultar a sua atividade e
participação diária em condições de igualdade com as demais pessoas.
Dada a sua natureza, o SAPA integra alguns produtos que se constituem como dispositivos
médicos e, por essa razão, o Ministério da Saúde tem vindo a promover a definição de regimes de
comparticipação de alguns desses produtos procurando, assim, facilitar o acesso dos utentes do SNS
e desburocratizar os mecanismos em que o acesso é assegurado, ao mesmo tempo que se simplifica
o processo de prescrição e de controlo de despesa.
Neste contexto, os dispositivos médicos para apoio aos doentes ostomizados e com
incontinência ou retenção urinária, regulam-se pelos regimes de comparticipação definidos pela
Portaria n.º 284/2016, de 4 de novembro, alterada e republicada pela Portaria n.º 92–E/2017, de 3
de março, alterada e republicada pela Portaria n.º 111/2018, de 26 de abril, e pela Portaria n.º 92-
F/2017, de 3 de março, respetivamente.
Estes regimes de comparticipação facilitam o acesso, na medida em que não acarretam qualquer
custo para os utentes do SNS, ao assegurarem a comparticipação a 100%, como referido nos diplomas
legais aplicáveis, sendo a respetiva dispensa efetuada nas farmácias comunitárias.
Em 2020, o SNS despendeu 25.799.245 euros com produtos de apoio, valor este que, face a 2019,
cresceu 8%, traduzindo-se em 829.477 mil prescrições.
Assim, em 2020 o SNS efetuou cerca de 2.053.141 reembolsos, sensivelmente mais 406 mil
reembolsos do que em 2019, correspondendo a uma despesa de 1.825.582 euros, valor este superior
em 14%, face ao período homólogo, que corresponde a mais 220.325€.
Salienta-se que, a partir de 2018, o financiamento dos hospitais EPE, que outrora era efetuado
ao abrigo de um Programa Vertical, passou a integrar a verba atribuída nos Contratos-Programa
hospitalares, o que levou a que o tempo decorrido entre o reconhecimento da necessidade de um
produto de apoio em contexto de consulta externa e a sua atribuição ao utente passasse, a partir
desse momento, a depender apenas do tempo decorrido do desenvolvimento do processo de
aquisição. Assim, apenas os estabelecimentos hospitalares SPA e PPP mantêm o modelo de
financiamento por Programa Vertical de Ajudas Técnicas.
No decurso do ano 2020, o SNS apresentou despesa, no âmbito dos produtos de apoio atribuídos
em meio hospitalar, num total de 6.373.610 euros que corresponde a 12.593 produtos de apoio
disponibilizados diretamente aos utentes. Embora os valores apresentados sejam provisórios, uma
vez que a execução financeira dos Hospitais EPE ainda está em fase de conclusão, verificou-se uma
diminuição de produtos de apoio atribuídos, face ao período homólogo de 2019.
Var.
2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Nota: A execução financeira dos Hospitais EPE no âmbito do Contrato-Programa, ainda está em fase de conclusão, pelo que os valores
apresentados são provisórios, desde 2018.
Fonte: ACSS
• Uma participação financeira em 75% da despesa na aquisição de óculos e lentes até ao limite
de 100 euros, por cada período de dois anos;
Estes benefícios, efetuados por reembolso, incidem apenas sobre a parcela não comparticipada
ou reembolsada.
A nível nacional, estavam inscritos 22.572 beneficiários do BAS no final de 2020 (+ 335 do que
em 2019),
Em linha com o que se tinha verificado nos anos anteriores, a ARS Norte registou o maior
número de beneficiários, com uma percentagem de 50%, face ao total nacional, seguindo-se-lhe a
ARS Centro com uma percentagem de 24% de beneficiários inscritos.
Em relação ao número de pedidos de reembolso pagos, constata-se que, em 2020, cerca de 95%
dos pedidos (correspondente a 82.108) reportam-se a pedidos de reembolso de medicamentos,
sendo muito menor o número de pedidos de reembolso relativos a aquisição de óculos e lentes
(3.067) e reparação de próteses dentárias removíveis (1.489).
Do montante total da despesa incorrida em 2020 (2.147.325 euros), cerca de 48%, o equivalente
a 1.027.992 euros da despesa, ocorreu na ARS Norte, região com maior número de beneficiários.
No que concerne ao reembolso de despesas com medicamentos, o valor dos pagamentos foi de
1.643.946 euros, que corresponde a cerca de 77% do montante total da despesa com a atribuição do
BAS.
Fonte: ACSS
Fonte: ACSS
ARS Norte 798 220 € 101 475 € 128 296 € 1 027 992 €
Fonte: ACSS
A ACSS desenvolveu o modelo de análise para a respetiva avaliação, dando ainda cumprimento
aos Despachos n.º 724/2013 e n.º 2296/2013, respetivamente de 14 de outubro e 1 de fevereiro, e
às recomendações do Tribunal de Contas, no sentido de que a celebração dos acordos com as IPSS
seja precedida de um levantamento das necessidades do SNS, da fixação de objetivos assistenciais
pretendidos pelo Estado e de uma análise custo-benefício que considere, designadamente, a
capacidade instalada do setor público.
Em 2020 foram já celebradas novas convenções de âmbito nacional nas áreas de endoscopia
gastrenterológica, medicina nuclear e anatomia patológica, sendo que, na primeira, foi iniciado novo
procedimento com vista à celebração de novas convenções por motivo de caducidade dos contratos
públicos de aprovisionamento em que se suportou o procedimento de contratação realizado em
2015.
No ano de 2020 foi introduzido, na área da Patologia Clínica / Análises Clínicas, o teste
laboratorial ao SARS-CoV-2 (RT-PCR).
A evolução do número de prestadores com contratos ativos com o SNS para a prestação de MCDT
no âmbito do setor convencionado é a que se apresenta no Quadro e Gráfico seguintes.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Análises Clínicas 359 342 309 266 243 225 219 212 199 182 160
Anatomia Patológica 24 25 23 22 19 20 19 20 19 23 23
Cardiologia 232 236 209 212 206 200 202 202 202 198 188
Medicina Nuclear 11 10 8 8 10 9 8 8 9 9 10
Eletro-Encefalografia (EEG) 26 25 20 18 17 16 16 19 17 16 17
Gastroenterologia 120 118 109 108 105 105 157 159 155 151 145
Medicina Física e de Reabilitação (MFR) 288 297 284 279 296 296 300 299 297 296 294
Otorrinolaringologia (ORL) 16 18 15 15 16 15 18 18 19 17 15
Pneumologia/Imunoalergologia 33 37 35 35 34 34 37 39 35 37 36
Neurofisiologia 6 6 5 3 1 1 6 9 8 8 8
Radiologia 364 356 334 331 329 323 323 320 320 315 301
Especialidades Médico-Cirúrgicas 40 35 19 18 19 21 20 20 17 14 12
Psicologia 7 9 6 4 2 3 3 5 3 3 1
Fonte: ACSS
Gráfico 74. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados
400
350
301
300
294
250
188
200
160
150
145
100
50
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
À semelhança de anos anteriores, e no que se refere à distribuição dos encargos por área de
convenção, verifica-se que as áreas mais representativas, em termos de despesa pública, são as
Análises Clínicas (52%), a Radiologia (18%), a Medicina Física e de Reabilitação (16%) e a
Endoscopia Gastrenterológica (8%).
A única área em que aumentaram os encargos face a 2019 foi a área das Análises Clínicas, em
grande parte em face do elevado número de testes ao SARS-CoV-2 realizados. O preço unitário deste
exame foi sofrendo alterações em baixa sempre que a diminuição dos custos da sua realização o
justificava.
Nas áreas de Análises Clínicas e de Radiologia, os Despachos n.º 12-C/2020 e n.º 12-B/2020,
respetivamente, publicados no Diário da República, 2.ª Série, N.º 1, de 2 de janeiro de 2021,
prorrogaram por mais um ano as condições de preços previstas para o triénio 2017-2019 na forma
de desconto sobre fatura e de redução de preços, respetivamente, o que, no âmbito das Análises
Clínicas, fez desacelerar a taxa de crescimento da despesa pública.
Quadro 89. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros)
Var.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Análises Clínicas 198,9 M€ 160,1 M€ 160,2 M€ 166,9 M€ 173,7 M€ 169, M€ 171,2 M€ 176,4 M€ 186,4 M€ 253,5 M€ 36,0%
Anatomia Patológica 3,8 M€ 3,4 M€ 3,7 M€ 4,2 M€ 4,4 M€ 5,1 M€ 4,4 M€ 5,3 M€ 6,6 M€ 4,56 M€ -31,3%
Cardiologia 22,1 M€ 21,1 M€ 21,4 M€ 22,4 M€ 22,7 M€ 23,3 M€ 23,7 M€ 25, M€ 27,2 M€ 19,73 M€ -27,5%
Medicina Nuclear 2,8 M€ 4,3 M€ 4,5 M€ 4,2 M€ 4,3 M€ 4,6 M€ 3,6 M€ 3,4 M€ 4, M€ 2,83 M€ -29,8%
Eletroencefalografia 0,5 M€ 0,4 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,3 M€ 0,13 M€ -49,3%
Gastrenterologia 12, M€ 12,1 M€ 12,1 M€ 25,2 M€ 36,9 M€ 43,9 M€ 47,7 M€ 52,2 M€ 54,7 M€ 38,22 M€ -30,2%
Medicina Física e de Reabilitação 87,6 M€ 78,6 M€ 71,7 M€ 77,9 M€ 80,4 M€ 86,7 M€ 91,6 M€ 100,6 M€ 110,1 M€ 77,27 M€ -29,8%
Otorrinolaringologia 0,2 M€ 0,1 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,10 M€ -45,6%
Pneumologia e Imunoalergologia 2, M€ 1,5 M€ 1,6 M€ 1,8 M€ 2, M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,3 M€ 2,5 M€ 1,45 M€ -42,7%
Var.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
Neurofisiologia 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,3 M€ 0,4 M€ 0,5 M€ 0,429 M€ -17,2%
Radiologia 123,7 M€ 98,7 M€ 96,6 M€ 100,9 M€ 104,3 M€ 104, M€ 104,5 M€ 107,6 M€ 114,2 M€ 85,7 M€ -25,0%
Especialidades Médico-Cirúrgicas 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,12 M€ -16,3%
Psicologia 0,0059 M€ 0,0133 M€ 0,0124 M€ 0,0005 M€ 0,0005 M€ 0,0003 M€ 0,0014 M€ 0,0004 M€ 0,0002 M€ 0,00009 M€ -53,6%
Total 454,3 M€ 380,8 M€ 372,7 M€ 404,4 M€ 429,6 M€ 439,6 M€ 450,1 M€ 473,8 M€ 507 M€ 484,05 M€ -4,5%
Fonte: ACSS
Assim, verifica-se que o número de doentes em tratamento de hemodiálise regista uma redução,
face a 2019, com as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve a apresentarem o maior decréscimo
(-25 e -52 doentes em tratamento, respetivamente), sendo que, no caso do Alentejo, se mantém o
decréscimo de doentes em tratamento, acentuando a redução constatada desde 2018.
No que se refere à distribuição de doentes por faixa etária, verifica-se uma maior concentração
na faixa etária acima dos 75 anos de idade (38,6%), e entre os 25 aos 64 anos de idade (33,7%),
sendo também de destacar valores bastante reduzidos na faixa etária entre os 0 e os 24 anos de idade
(0,5%).
Quadro 90. Evolução do número total de doentes por ARS e do total de doentes
por 10 mil habitantes
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Número Número Número Número Número Número Número Número Número Número Número Número de
ARS de de de de de de de de de de de doentes /
doentes doentes doentes doentes doentes doentes doentes doentes doentes doentes doentes 10.000 Hab.
Norte 2 593 2 715 2 797 2 795 2 962 2 993 3 169 3 598 3 602 3 700 3 730 10,5
Centro 1 688 1 501 1 577 1 619 1 767 1 695 1 690 1 796 1 830 1 896 1 915 11,8
LVT 3 956 4 424 4 515 4 750 4 823 5 045 5 128 5 305 5 412 5 482 5 457 15,1
Alentejo 454 557 550 582 575 594 603 606 629 621 611 13,1
Algarve 367 416 406 389 412 426 412 505 478 480 428 10,3
Total 9 058 9 613 9 845 10 135 10 539 10 753 11 002 11 810 11 951 12 179 12 141 12,5
Fonte: ACSS
0-24
0,5%
25-64
33,7%
≥ 75
38,6%
65-74
27,1%
Gráfico 76. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde (2019)
Feminino Masculino
100%
80%
61% 63% 60% 58% 58%
60%
40%
0%
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
A insuficiência renal crónica, tratada na forma de hemodiálise, é uma condição cujo controlo e
acompanhamento exige a prestação de um conjunto de cuidados específicos (sessões de diálise,
medicamentos, MCDT). Desde 2008, o Ministério da Saúde incentivou uma abordagem de gestão
integrada da doença, de forma a garantir aos doentes o acesso à maioria dos cuidados inerentes à sua
condição, no mesmo local de prestação e sem necessidade de deslocação ao hospital de referência
(e.g. para levantamento de medicação).
Quadro 91. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros)
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* 2019 2020*
Norte 74,6 M€ 72,6 M€ 68,3 M€ 71,7 M€ 79, M€ 75,9 M€ 80,1 M€ 77,6 M€ 102,5 M€ 85,2 M€ 89,3 M€
Centro 36,6 M€ 41,3 M€ 37,1 M€ 38,7 M€ 38,1 M€ 39,7 M€ 39,2 M€ 48,4 M€ 40, M€ 42,2 M€ 43,7 M€
Lisboa e Vale do Tejo 113,2 M€ 113,2 M€ 116,9 M€ 119,9 M€ 124,9 M€ 126, M€ 117,8 M€ 122,9 M€ 129,1 M€ 128,5 M€ 124,5 M€
Alentejo 11,6 M€ 12,5 M€ 12,1 M€ 16,4 M€ 16,1 M€ 14,5 M€ 18,1 M€ 14,9 M€ 15,3 M€ 12,6 M€ 12,7 M€
Algarve 10,6 M€ 10,2 M€ 9,7 M€ 9,9 M€ 10,4 M€ 10,7 M€ 11, M€ 10,8 M€ 10,8 M€ 10,8 M€ 10,2 M€
Total 246,5 M€ 249,7 M€ 244,1 M€ 256,6 M€ 268,4 M€ 266,8 M€ 266,2 M€ 274,6 M€ 297,7 M€ 279,4 M€ 280,5 M€
*Dados provisórios
Nota: Variação entre 2017 e 2018 justificada pelos movimentos contabilísticos de especialização num total de 25M€, referentes a anos anteriores e efetuados pela ARS Norte e
de 10M€ da ARS LVT referentes de registo da especialização referente a faturação não emitida de hospitais.
Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 92. Custos por doente por região de saúde (em euros)
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* 2019 2020*
Norte 28 756 € 26 739 € 24 411 € 25 656 € 26 654 € 25 409 € 25 275 € 21 661 € 28 452 € 23 023 € 23 951 €
Centro 21 669 € 27 496 € 23 520 € 23 897 € 21 538 € 20 798 € 23 220 € 27 528 € 21 864 € 22 271 € 22 840 €
Lisboa e Vale do
28 626 € 25 585 € 25 895 € 25 235 € 25 890 € 25 294 € 22 971 € 23 226 € 23 856 € 23 441 € 22 819 €
Tejo
Alentejo 25 465 € 22 448 € 22 076 € 28 229 € 28 070 € 24 565 € 29 959 € 24 464 € 24 360 € 20 333 € 20 780 €
Algarve 28 869 € 24 438 € 23 816 € 25 386 € 25 291 € 25 169 € 26 673 € 21 509 € 22 629 € 22 542 € 23 775 €
Total 27 218 € 25 978 € 24 795 € 25 315 € 25 471 € 24 572 € 24 194 € 23 393 € 24 914 € 22 938 € 23 101 €
*Dados provisórios
Nota: O valor total referente a 2018 foi atualizado à data, em consequência dos movimentos contabilísticos de especialização num total de 25M€, referentes a anos anteriores e efetuados
pela ARS Norte e de 10M€ da ARS LVT no registo da especialização referente a faturação não emitida de hospitais.
Fonte: ACSS e SPMS
Para além da clarificação dos direitos dos doentes, a Diretiva visa ainda estabelecer as condições
em que os custos com a prestação de cuidados de saúde noutros Estados-Membros podem ser
reembolsados, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça Europeu.
Neste contexto, o beneficiário do SNS poderá recorrer à prestação de cuidados de saúde fora do
território nacional, sendo reembolsado pelos custos incorridos até ao limite que seria assumido pelo
Estado português, enquanto responsabilidade financeira do SNS, nos termos da tabela de preços em
vigor e do regime geral das comparticipações no preço dos medicamentos.
Por outro lado, o cidadão nacional de outro Estado-Membro pode recorrer a cuidados de saúde
prestados em Portugal, de acordo com a legislação em vigor.
Autorização Prévia
Na sequência da transposição desta legislação europeia, está sujeito a autorização prévia o
reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços cirúrgicos que exija internamento durante pelo
menos uma noite, assim como, os cuidados de saúde transfronteiriços que exijam recursos a
infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização,
identificados através da Portaria n.º 91/2014, de 25 de setembro. A autorização prévia é um
mecanismo que se aplica aos pedidos apresentados pelos beneficiários do SNS que pretendam aceder
a cuidados de saúde noutro Estado-Membro, no âmbito da Diretiva 2011/24/EU, para efeitos de
reembolso.
Reembolso
Sem prejuízo do referido quanto à autorização prévia, os beneficiários do SNS têm direito ao
reembolso das despesas diretamente relacionadas com os cuidados de saúde transfronteiriços
prestados noutro Estado-Membro, desde que os cuidados em questão se constituam como cuidados
de saúde, que caberia ao Estado português garantir através do Serviço Nacional de Saúde ou dos
Serviços Regionais de Saúde e o Estado português seja considerado Estado-Membro de afiliação.
As prestações de saúde elegíveis para reembolso são as previstas na tabela de preços do SNS 26,
bem como nos regimes jurídicos das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos.
Este instrumento é um mecanismo de acesso exclusivo dos hospitais públicos nacionais que,
perante a sua incapacidade de resposta à situação clínica apresentada, desencadeiam o pedido de
assistência médica no estrangeiro. Após o deferimento da Diretora-Geral da Saúde, a
26 APortaria nº 254/2018, de 7 de setembro, altera a Portaria n.º 207/2017, de 11 de julho, que aprova os Regulamentos e as Tabelas de
Preços das Instituições e Serviços Integrados no Serviço Nacional de Saúde
responsabilidade financeira das despesas resultantes da mencionada prestação, assim como outros
encargos previstos na Lei, são assumidos pelo Estado português.
O SNS assume, assim, o compromisso ético e deontológico de garantir a cada doente o acesso a
cuidados de saúde de qualidade e em conformidade com os melhores padrões de segurança. Na
impossibilidade de assegurar a resposta em determinadas condições, designadamente por falta de
capacidade instalada para prestar cuidados de elevada especialização, o SNS assegura a referenciação
dos utentes para centros estrangeiros de elevada diferenciação.
O ano de 2020, foi um ano excecional de significativos desafios para os sistemas de saúde devido
à pandemia COVID-19. A situação evoluiu muito rapidamente em todo o mundo, tendo obrigado a
maioria dos Estados-Membros a adotaram medidas de restrição em matéria de circulação de pessoas,
procurando prevenir a propagação do vírus.
Nesse sentido, com efeitos a partir do 19 de março de 2020, foi decretado o Estado de
Emergência, na linha da mesma decisão tomada por outros Estados-membros da União Europeia, que
teve como efeitos imediatos:
Estes fatores explicam a razão pela qual, durante o período de Emergência em Portugal e numa
significativa maioria dos Estados-Membros, se tenha observado uma forte contenção de
referenciações de doentes do SNS para receber assistência médica especializada em centros de
tratamento/centros de referência sediados em alguns Estados-Membros da União Europeia.
No entanto, convém ressalvar que a maioria dos processos de assistência médica no estrangeiro,
tramitados durante o surto epidémico, corresponderam a situações clínicas programadas e, por
conseguinte, não urgentes, pelo que os doentes não deixaram de ter acesso aos cuidados de saúde
transfronteiriços que necessitaram.
Em 2020, foram autorizados, pela Direção-Geral da Saúde, 273 pedidos de assistência médica no
estrangeiro, formulados por hospitais integrados no SNS. Os 273 pedidos autorizados originaram
329 deslocações, em virtude do tratamento de determinadas patologias requererem o seguimento
do doente.
600
532
499
500
400 376
332 329
300 273
200
100
0
2018 2019 2020
Fonte: DGS
O quadro seguinte reflete o movimento de doentes por especialidade, sendo que a referenciação
na área da Genética Médica é de produtos biológicos (e não de doentes) para estudo genético, estudo
molecular ou laboratorial (64%). Seguem-se as áreas da Cirurgia de Cardiotorácica (11%), da
Oftalmologia e a Pediatria (ambas com 4%) e a Neurologia e a Neurocirurgia (ambas com 3%).
2020
Especialidades
N.º doentes %
Cirurgias* 12 4%
Oftalmologia 11 4%
Pediatria 11 4%
Neurologia/Neurocirurgia 8 3%
Outras 24 9%
Estes doentes estão sujeitos a regras e procedimento no acesso ao SNS que os distinguem dos
demais cidadãos estrangeiros, por força da aplicação dos referidos acordos de cooperação,
adquirindo o estatuto de doentes evacuados.
Não são abrangidos pelos Acordos de cooperação no domínio da saúde, os pedidos de assistência
médica de cidadãos dos PALOP, que não tenham sido aprovados pela Junta Médica Nacional ou pela
autoridade de saúde competente do respetivo país, rececionados e validados pela Direção-Geral da
Saúde.
O gráfico seguinte apresenta a evolução do fluxo do acesso destes cidadãos, durante 2020.
A Direção-Geral da Saúde recebeu 1.058 pedidos de evacuação de doentes dos Países Africanos
de Língua Oficial Portuguesa. Comparativamente a 2019, verificou-se uma redução de 34% do
número de pedidos de evacuação, devido ao contexto do desenvolvimento da pandemia e da evolução
do estado de emergência, com as fortes restrições, nomeadamente no que se refere ao tráfego aéreo,
que condicionou a referenciação de doentes para tratamento no SNS, fundamentalmente oriundos
da Guiné-Bissau que teve uma redução de 63%.
27 Consideram-se Países Terceiros aqueles que não pertencem ao espaço do Espaço Económico Europeu e Suíça.
Gráfico 78. Número total de doentes evacuados dos PALOP para o SNS
3 200
2 800
2 307
2 400
1 595
2 000
1 250
1 600
1 058
1 200
661
659
619
486
800
284
247
234
227
400
83
82
46
35
32
15
0
Angola Cabo Verde Guiné-Bissau Moçambique S.Tomé e Príncipe Total
Fonte: DGS
Sustentabilidade
O Compromisso para a sustentabilidade e o desenvolvimento do SNS, assinado no dia 26 de
fevereiro de 2016 entre o Ministério da Saúde e as associações representativas da indústria
farmacêutica, das farmácias, dos grossistas e da indústria de dispositivos médicos, visa manter a
convergência numa política sustentável na área do medicamento e produtos de saúde, conciliadora
do rigor orçamental.
Mercado do medicamento
No ano de 2020, os encargos do SNS com medicamentos apresentam um aumento de 2,4% e um
decréscimo de -0,5% dos encargos dos utentes, quando comparados com 2019.
Os medicamentos com maior contributo para o aumento da despesa pertencem à classe dos
Antidiabéticos, Antihipertensores com ação no eixo renina angiotensina, Anticoagulantes,
Antipsicóticos, Antiasmáticos e Broncodilatadores.
Apesar do encargo para o utente apresentar uma redução de -0,5% face a 2019, o encargo médio
por embalagem apresenta um aumento de 2% (0,09 euros por embalagem), ou seja, um aumento
ligeiro.
Gráfico 79. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e
volume de embalagens comercializadas
SNS (em milhões de euros) Utente (em milhões de euros) Embalagens (em milhões)
M€ 180
M€ 1 639 160
Milhões de Embalagens
M€ 140
Milhões de Euros
M€ 40
M€ 20
M€ 0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INFARMED
Quadro 94. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e
volume de embalagens comercializadas
Var.
Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2020/2019
SNS 1639 M€ 1326 M€ 1173 M€ 1160 M€ 1170 M€ 1182 M€ 1190 M€ 1214 M€ 1255 M€ 1327 M€ 1359 M€ 2,4%
Utente 707 M€ 799 M€ 683 M€ 689 M€ 703 M€ 710 M€ 697 M€ 700 M€ 711 M€ 733 M€ 730 M€ -0,5%
Embalagens (em milhões) 140 140 140 149 153 155 156 157 161 165 161 -2,4%
Fonte: INFARMED
8€
5,71 €
6€
4,87 €
4,62 € 4,59 € 4,58 € 4,47 € 4,45 € 4,41 € 4,44 € 4,53 €
4€
2€
0€
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INFARMED
Ainda em relação aos genéricos, importa destacar que, em 2020, se alcançou o melhor resultado
de sempre em termos de consumo de medicamentos genéricos em Portugal, quer se analise a quota
de medicamentos genéricos em unidades (48,8%) quer em Dose Diária Definida (54,9%).
Quota de medicamentos genéricos em Dose Diária Definida Quota de medicamentos genéricos no mercado concorrencial
100%
64,4%
64,4%
80%
64,1%
63,6%
63,5%
63,3%
63,0%
61,4%
59,0%
54,9%
54,4%
54,3%
53,8%
53,0%
52,9%
52,8%
52,7%
51,5%
48,8%
48,7%
48,4%
47,5%
47,3%
47,3%
47,0%
46,5%
44,7%
60%
42,0%
41,2%
36,2%
25,4%
25,0%
24,7%
24,6%
24,3%
40%
24,1%
23,0%
22,8%
21,0%
20%
4,6%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
100%
84,6%
26,0% 25,4%
20% 13,8%
7,3%
4,1% 4,6%
0%
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INFARMED
Ambulatório Hospitalar
60
50 50
40
49
23 35
30 13
7
31
13 35
20
11
13 24 22 24 24
10
16 16
12 11 9
5 5
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INFARMED
Neste ano, Portugal participou ativamente nos projetos europeus, em particular na avaliação
conjunta no âmbito da EUnetHTA.
No âmbito das atividades relacionadas com a gestão da Pandemia, o INFARMED, DGS e SPMS
asseguraram a gestão da Reserva Estratégica de Dispositivos Médicos, EPI/DMs, de modo a garantir
a continuidade do abastecimento.
Ainda neste âmbito, foi efetuado o acompanhamento sistemáticos dos trabalhos desenvolvidos no
contexto europeu sobre medicamentos experimentais a considerar no contexto COVID-19 e
assegurado o acesso aos mesmos em Portugal, sempre que os medicamentos se revelassem efetivos
no tratamento da infeção.
Ensaios clínicos
Os ensaios clínicos são um instrumento indispensável para a investigação e desenvolvimento de
novos medicamentos, tendo assim um papel fundamental na melhoria das condições de saúde dos
utentes.
Em 2020, registou-se um total de 155 ensaios clínicos autorizados, o maior número até hoje,
continuando a confirmar-se o aumento consistente da investigação em ensaios clínicos em Portugal
desde 2012. O tempo médio de decisão do Infarmed foi de 32 dias, reduzindo em 2 dias o resultado
alcançado em 2019.
28 Destacam-se duas cooperações internacionais: EUnetHTA, redeeuropeia de colaboração das autoridades de avaliação de tecnologias de saúde
cujo Comité Executivo o INFARMED integra, que visa a avaliação de tecnologias de saúde bem como o desenvolvimento de ferramentas de
avaliação; Declaração de La Valletta, onde 10 Estados Membros (Portugal, Chipre, Croácia, Eslovénia, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Malta, e
Roménia) expressaram vontade política de cooperar com objetivo de garantir acesso dos pacientes a novos medicamentos e tratamentos,
garantindo a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Para alcançar este objetivo, foi criado um comité permanente, Valletta Technical
Committee, co-presidido pelo INFARMED, que tem trabalhado na promoção do acesso ao medicamento através de troca de informação sobre
medicamentos e outras tecnologias bem como avaliação e negociação conjunta.
200 100
187
180 90
160 159
160 155 80
147 146 144
136 138 137 142 137 141 142 142
140 131 127 70
Dias de Calendário
123 127
116 116 118
N.º de Pedidos
116 119
120 107 114 60
105 99
100 88 50
87
80 45 40
43 42 42 41 40 38 40
60 36 36 30
33 34 32
40 28 20
20 10
1 0 0 0 2 0 0 0 3 1 3 1 1 1 0
0 0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: INFARMED
Hepatite C
No âmbito do acesso à terapêutica para tratamento do vírus da Hepatite C encontram-se
disponíveis 5 medicamentos antivíricos de ação direta para tratar a doença.
A decisão do Ministério da Saúde de tratar todas as pessoas infetadas pelo vírus da Hepatite C
faz com que Portugal seja um dos primeiros países a nível mundial a implementar uma medida
estruturante para a eliminação deste grave problema de saúde pública.
Desde o ano de 2018, os serviços e estabelecimentos do SNS têm reportado informação sobre os
dispositivos médicos adquiridos, permitindo uma caracterização preliminar deste mercado.
Neste sentido, os primeiros números revelaram que 36% da despesa com dispositivos médicos
no meio hospitalar ocorre na área dos dispositivos médicos de uso geral, 26% e 25% da despesa
surge na área da musculosquelética/ortopedia e cardiologia de intervenção respetivamente.
Está a ser desenvolvido sistema de análise e reporte de dados que permita ultrapassar as
questões de qualidade de dados e de correspondência de códigos de dispositivo médico, prevendo-
se igualmente o desenvolvimento de plano para harmonizar os sistemas de informação em todo o
circuito dos dispositivos médicos nas entidades de saúde.
Neste capítulo são apresentados os sistemas de informação que registaram melhorias em 2020,
através da inclusão de mecanismos que permitem a introdução de melhores práticas na organização
da prestação de cuidados e na resposta do SNS, com ganhos de eficácia e eficiência, maior equidade
no acesso a cuidados, maior responsabilização a todos os níveis do sistema de saúde e maior
transparência da informação para utentes, profissionais e instituições prestadoras de cuidados,
entidades pagadoras, reguladoras, cidadãos em geral.
18.1 SNS 24
O Centro de Contacto do SNS – SNS 24 é responsável pelo serviço de Triagem, Acompanhamento
e Encaminhamento (TAE) e por um conjunto de serviços informativos e administrativos que
reforçam a disponibilidade (maior oferta adequada às necessidades da população) e a proximidade
(centralização de serviços) do Serviço Nacional de Saúde aos cidadãos.
O SNS 24 é constituído por uma equipa multidisciplinar e está disponível 7 dias por semana, 24
horas por dia em todos os seus canais de acesso, nomeadamente através da linha telefónica 808 24
24 24, do site (www.sns24.gov.pt), ou através de correio eletrónico (atendimento@sns24.gov.pt).
A SPMS foi distinguida a 16 de novembro, com o “Troféu de Mérito Call Center 2020” atribuído
ao SNS24, na 20.ª edição do evento realizado pela IFE (filial portuguesa do grupo europeu Abilways)
e pela Call Center Magazine.
No contexto de pandemia, o SNS 24 assumiu um papel ainda mais relevante na gestão do acesso
dos cidadãos às instituições do SNS tendo permitido que os utentes suspeitos de COVID-19 fossem
encaminhados para os serviços adequados nos diferentes níveis de cuidados de saúde.
Durante o ano de 2020, o SNS 24 esteve sujeito a uma intensa exposição pública e mediática,
resultando num aumento excecional da procura dos seus serviços. Deste modo, foi necessário
aumentar a capacidade de resposta, em matéria de recursos humanos e de infraestrutura, assim
como inovar nos modelos de prestação de serviços, garantindo a qualidade e segurança clínica.
Neste contexto, o SNS 24 ainda se expandiu, fisicamente, a outras regiões do país contando,
atualmente, com os seguintes centros de contacto:
• Porto (2 espaços);
• Lisboa (2 espaços);
• Braga;
• Faro;
As alterações identificadas não afetaram a satisfação dos cidadãos perante estes serviços, uma
vez que se verificou, no segundo e terceiro quadrimestres de 2020 que cerca de 92% dos utilizadores
se declararam satisfeitos ou muito satisfeitos com o serviço prestado pelo SNS24. Neste mesmo
período, é também de salientar que cerca de 94% dos utilizadores consideraram provável ou muito
provável voltar a utilizar o SNS 24 e que 97% recomendariam o serviço a amigos e familiares.
Por último e em todo o ano de 2020, a linha do SNS 24 atendeu um total de 4.022.968 chamadas,
representado um crescimento de 171% (+ 2.537.160 chamadas atendidas) face ao ano anterior.
Realça-se ainda, que no último quadrimestre de 2020, o SNS 24 atendeu quatro vezes mais chamadas
(2.265.583 chamadas) do que no mesmo período de 2019 (501.165 chamadas).
i. Nos casos em que seja identificada uma situação de emergência, o contacto é transferido
direta e imediatamente, através de linha dedicada para o INEM, a fim de serem
desencadeados os meios de emergência necessários.
ii. Nos casos em que seja identificada uma situação de intoxicação, o contacto deve ser
transferido direta e imediatamente para o Centro do Informação Antivenenos (CIAV) do
INEM, a fim de serem desencadeados as ações de diagnóstico e tratamento adequados.
No decorrer destas triagens e das respetivas vigilâncias epidemiológicas por parte das equipas
de saúde pública, houve a necessidade de se desenvolver novas integrações entre sistemas de
informação, nomeadamente entre o SNS 24 e o TraceCOVID-19, bem como com a plataforma dos
Exames sem Papel. Assim, foi possível que, após determinadas triagens definidas pela Direção-Geral
da Saúde, os utentes recebessem as requisições automáticas de testes à COVID-19 (TAAN)29 e as
declarações provisórias de isolamento profilático (DPIP) 30, ambas totalmente desmaterializadas.
Durante o ano de 2020 foram emitidos, via SNS 24, mais de 429 mil testes à COVID-19 e mais de
423 mil DPIP. Neste contexto, e perante estas evoluções tecnológicas, ficou garantido que todos os
utentes identificados pelo SNS 24 como suspeitos de infeção por SARS-CoV-2 fossem continuamente
integrados no TraceCOVID-19, permitindo às equipas dos cuidados de saúde primários realizar as
vigilâncias necessárias.
Quadro 95. Atividade operacional mensal SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento
(2020)
900 000
816 465
800 000
700 000
600 000
608 481
500 000 534 269
400 000
0
abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Quadro 96. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2020)
31 Ministério da Saúde (2021). Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde. Acedido em 25 de fevereiro de 2021, em:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/embed/dataset/atividade-operacional-do-sns-24/table/?sort=ordem&refine.periodo=2020
300 000
250 000
200 000
150 000
50 000
6 563
0
Serviço de Urgência Autocuidados Cuidados de Saúde Transferência INEM Transferência CIAV
Primários
Fonte: SPMS
ADR
Autocuidados - Isolamento ADR
Coluna1 Cuidados de Saúde
no domicílio Serviço de Urgência
Primários
jan/20 - - -
fev/20 - - -
Fonte: SPMS
Gráfico 87. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento COVID-19
(2020)
400 000
374 311
300 000
273 140
254 335
200 000
115 599
100 000
56 685 53 837 54 543
40 464 48 148
32 904
0
mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Fonte: SPMS
Ainda neste serviço, a pandemia COVID-19 obrigou o SNS 24 a disponibilizar informações que
são constantemente atualizadas, perante a publicação de novas orientações por parte do governo ou
das autoridades de saúde. Em janeiro, foram publicados os primeiros conteúdos informativos sobre
COVID-19, mediante a validação da Direção-Geral da Saúde. Devido ao aumento na procura de
informações e esclarecimentos de dúvidas por parte dos utentes, foram implementadas várias
medidas, como por exemplo a disponibilização de prompts informativas durante o tempo de espera
nas chamadas telefónicas e o reforço da equipa com psicólogos dedicados exclusivamente ao
atendimento de chamadas informativas, permitindo a realocação de horas de enfermagem para o
serviço de TAE.
Adicionalmente, o portal do SNS 24 tem sido outro elemento fundamental para permitir que o
cidadão consiga aceder a informação simples, atualizada e fidedigna. Durante o ano de 2020 este
portal registou os seguintes indicadores:
A Linha de Aconselhamento Psicológico (LAP) teve início a 1 de abril de 2020 e assentou numa
parceria entre a SPMS e a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), com o apoio da Fundação
Calouste Gulbenkian (FCG). Este serviço surgiu da necessidade de resposta a potenciais necessidade
de atendimento psicológico em face da pandemia COVID-19. A LAP disponibiliza, assim, um serviço
de aconselhamento psicológico, integrado na linha telefónica do SNS24, tendo por objetivo prestar
apoio a utentes e profissionais de saúde (que se encontrem a prestar cuidados de saúde), tanto em
contexto pessoal, familiar ou laboral, estando disponível 24h por dia 7 dias por semana.
Este serviço é prestado por psicólogos, especialistas em psicologia clínica e de saúde, com
formação em intervenção psicológica em situações de catástrofe e encontra-se acessível a todos os
cidadãos em situação de fragilidade, permitindo a identificação de situações de risco de saúde mental
e orientação para outras entidades.
Após avaliação da situação do utente, o psicólogo pode proceder com o encaminhamento para
o INEM, caso se trate de uma situação emergente ou de perigo para o próprio ou para terceiros. Em
caso de urgência psiquiátrica, o utente pode ser encaminhado para a triagem de enfermagem do SNS
24.
Quadro 98. Atividade de prestação SNS 24: Serviço de Aconselhamento Psicológico (2020)
jan/20 - -
fev/20 - -
mar/20 - -
Fonte: SPMS
Gráfico 88. Atividade operacional SNS 24: Serviço de Aconselhamento Psicológico (2020)
8 500
8 000
7 649
7 500
7 007 6 984
7 000 6 684
6 602
6 500
5 850 5 887
6 000 5 785
5 500 5 204
5 000
4 500
4 000
abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Fonte: SPMS
Além de garantir o acesso destes cidadãos a esta linha, esta funcionalidade pode ainda ser
utilizada para assegurar a comunicação entre os profissionais de saúde e o doente surdo, durante o
internamento hospitalar ou em diversas interações no centro de saúde.
32BaseGov (03/11//2020). Contrato N.º 414/2020 - Referência 20200328, Aquisição de Serviços de Aconselhamento Psicológico e Serviços de
Interpretação de Língua Gestual Portuguesa para reforço do SNS 24 no âmbito da pandemia por COVID19. Acedido em 18 de março de 2021,
em: http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=7251549
33 SPMS (2021). 2 minutos de leitura - Contacto acessível para cidadão surdo. Acedido em 12 de março de 2021, em:
https://www.sns24.gov.pt/contacto-acessivel-cidadao-surdo/
O acesso a este serviço é muito relevante no contexto da pandemia pois permite a realização de
uma avaliação do nível de risco clínico das situações reportadas pelo utente, sendo o mesmo
aconselhado e, caso se verifique necessário, encaminhado para a estrutura de cuidados de saúde do
SNS mais apropriada à sua condição. Nos casos em que os sintomas e/ou doença possam ser geridos
com autocuidados, o utente é orientado e acompanhado por contactos de seguimento com tempos
definidos de acordo com a situação.
Quadro 99. Atividade de prestação SNS 24: Serviço de Interpretação de Língua Gestual Portuguesa
(2020)
Videochamadas
Coluna1 Triagens iLGP SNS24 Total
Atendidas
jan/20 - - -
fev/20 - - -
mar/20 - - -
abr/20 29 30 59
Fonte: SPMS
Gráfico 89. Atividade de prestação SNS 24: Triagens realizadas através do Serviço de
Interpretação de Língua Gestual Portuguesa (2020)
250
206
200
150
118
105
100 96
66 69
54 52
50 29
0
abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Fonte: SPMS
Serviços Administrativos
Este serviço refere-se a contactos de teor não clínico, possibilitando o acesso rápido e fácil a
informações gerais (não clínicas), bem como a consulta e o registo a informações administrativas do
cidadão.
As informações gerais podem estar relacionadas com dúvidas sobre entidades prestadoras de
cuidados de saúde ou de outras estruturas, como o horário de funcionamento, a morada, os contactos,
entre outros. Neste contexto, podem ainda ser prestados esclarecimentos sobre os serviços online
disponíveis no Registo de Saúde Eletrónico - Área do Cidadão, incluindo o apoio na sua navegação e
utilização. Adicionalmente existe um conjunto de serviços de outbound relacionados com campanhas
ou alertas informativos, como por exemplo no âmbito da cativação de vales cirurgia. Assim,
continuam em vigor os seguintes serviços:
• Campanha outbound de vale cirurgia onde são contactados utentes com vale cirurgia ativo
no sentido de informar sobre este procedimento, e de sensibilizar para uma tomada de
decisão célere sobre a utilização do vale.
Chamadas
Coluna1
Atendidas
jan/20 17 805
fev/20 14 431
mar/20 12 161
abr/20 4 144
mai/20 22 524
jun/20 22 623
jul/20 24 167
ago/20 21 681
set/20 27 330
out/20 24 118
nov/20 40 415
dez/20 23 658
Fonte: SPMS
Enfermeiros Administrativos
Coluna1
Tratados Tratados
Fonte: SPMS
Quadro 102. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2020)
abr/20 0 9 41 1 4 55 34
Fonte: SPMS
Gráfico 90. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2020)
3 000
2 644
2 500
2 121
2 000
1 500
1 000 772
741 687 696 707
557 582
500 279 291
55
0
jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20
Fonte: SPMS
Chamadas realizadas
Coluna1 Tentativas de chamada % Sucesso
com sucesso
abr/20 3 0 0,0%
mai/20 0 0 -
Fonte: SPMS
SNS24 Balcão
O SNS24 Balcão é um novo espaço que permite facilitar o acesso dos cidadãos aos vários serviços
digitais do SNS, de forma rápida, mais próxima e segura. Trata-se de espaços geridos por Entidades
externas ao SNS (municípios, juntas de freguesia) que aderiram ao protocolo entre a Administração
Regional de Saúde (ARS) do Norte e a SPMS, tendo por objetivo, facilitar e promover o acesso aos
serviços digitais e de telessaúde entre os cidadãos e os profissionais de saúde do SNS, através de
criação de condições de maior proximidade, contribuindo deste modo, para a redução de barreiras
em lidar com os meios técnicos ou mesmo pela sua inexistência.
Entre os diversos serviços, prestados nos Balcões do SNS24, destaca-se a marcação de consultas,
a renovação de receitas de medicamentos, a realização de teleconsultas, a consulta de resultados de
exames, o acesso às guias de tratamento, a avaliação de sintomas, entre outros.
O SIGA constitui-se como uma oportunidade de melhorar o acesso dos utentes ao SNS, com
impacto geral nos serviços prestados pelos hospitais, nos cuidados primários e na resposta aos
utentes.
50%
40%
34,2% 34,7% 35,1%
33,9%
32,7% 32,6%
31,3%
28,8%
30% 26,4%
23,9%
20%
10%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: ACSS
Governo da República Portuguesa - Ministério da Saúde. (22/12/2020), Saúde digital | SNS 24 Balcão. Notícias da Saúde. Acedido em 15 de
34
O Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, criado em 2004, pela Resolução do
Conselho de Ministros n.º 79/2004, de 24 de junho, efetua, através de uma base de dados
centralizada, a gestão integrada da resposta do SNS no âmbito da cirurgia programada.
O SIGIC também está integrado no SIGA SNS, permitindo assim monitorizar a continuidade da
resposta programada aos utentes e rentabilização da capacidade instalada no SNS, com ganhos ao
nível da melhoria da eficiência da resposta cirúrgica e do cumprimento dos TMRG.
A aplicação SIGLIC tem como objetivo o cumprimento do regulamento do SIGIC, tendo um papel
fundamental na centralização dos dados de todos os hospitais da rede SNS, independentemente do
seu sistema hospitalar e nos processos relacionados com as transferências de utentes entre hospitais,
públicos ou privados convencionados.
Além dos módulos de Gestão, Consulta Externa, Hospital de Dia, Internamento, Nutrição e
Alimentação, MCDT, Triagem, Urgência e Bloco Operatório, o SClínico Hospitalar integra dois novos
módulos, nomeadamente a VCI – Visão Clínica Integrada (que substituirá a funcionalidade atual de
processo clínico eletrónico) e o BI Hospitalar (business intelligence para profissionais).
Em 2020 destaca-se:
• A disponibilização de uma nova análise que permite disponibilizar o número de vagas por
unidade de cuidados intensivos e intermédios. Esta informação de monitorização do estado
de ocupação das camas é recebida com atualização em tempo quase real (10 minutos de
atraso máximo);
Em 2020, contabilizaram-se mais de 800 médicos codificadores clínicos com acesso a esta
ferramenta para procederem à codificação clínica de ICD10CM/PCS. Recorde-se que o Sistema de
Informação para a Morbilidade Hospitalar (SIMH) se destina à recolha de dados administrativos,
codificação clínica de diagnósticos e procedimentos em ICD10CM/PCS por médicos codificadores, e
agrupamento de episódios de internamento, cirurgia de ambulatório e parte do ambulatório médico
em Grupos de Diagnósticos Homogéneos.
O SIMH possibilita que a codificação seja efetuada online diretamente pelos médicos
codificadores, possuindo auxiliares, motores de pesquisa e alertas à codificação clínica que
proporcionam uma codificação clínica efetuada de forma mais célere e correta.
Esta ferramenta constitui-se como uma ferramenta de exploração de dados, contando com
dashboards customizados centralmente e uma área para análises ad-hoc permitindo, por exemplo, a
realização de análises comparativas e de benchmarking em unidades hospitalares do mesmo grupo.
Em 2020 contou com cerca de 400 utilizadores e mais de 10.000 sessões de trabalho.
Esta ferramenta, desenvolvida pela SPMS, está implementada em mais de 300 instituições,
sendo utilizada por cerca de 18 mil profissionais.
O SClínico CSP insere-se na estratégia definida pelo Ministério da Saúde para a área de
informatização clínica do SNS, que prevê a uniformização dos procedimentos dos registos clínicos,
de forma a garantir a normalização da informação.
O acesso a informação clínica variada do utente, a utilização e partilha dos dados com
profissionais de saúde de diversas áreas e a sua sistematização, permite homogeneizar as práticas e
a informação recolhida a nível nacional promovendo um melhor apoio, assistência e
acompanhamento ao utente.
O SISO é uma aplicação web acedida por serviços públicos e por prestadores privados que inclui
todas as funcionalidades necessárias à gestão do Programa, a partir de qualquer nível da
administração do sistema de saúde, disponibilizando dados sobre a oferta de cuidados, o número e
tipo de beneficiários, a utilização dos cheques dentista, a saúde oral dos utentes e permitindo,
também, o acompanhamento da execução do programa na vertente da sua integração com o
Programa de Saúde Escolar, o controlo da faturação e pagamento dos atos terapêuticos e, ainda, a
emissão dos cheques dentista.
A informação referente à atividade desta área para 2020 encontra-se explanado no capítulo 3.4
deste relatório.
Para operacionalização dos BAS foi implementado um sistema informático centralizado na ACSS,
o sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde, disponibilizado via web e acedido
pelos ACES e respetivas Unidades Funcionais. Através do SISBAS é realizado o registo dos pedidos de
reembolso e despesas efetuadas e ainda não reembolsadas, bem como a transmissão da informação
referente às respetivas ordens de pagamento e à efetiva liquidação dos reembolsos.
A informação referente aos Benefícios Adicionais de Saúde para 2020, encontram-se disponíveis
no capítulo 14 do presente relatório.
Saúde Eletrónico, aos profissionais de saúde em diversos pontos do SNS (hospitais, urgências,
cuidados primários, rede nacional de cuidados continuados), sem os deslocar das bases de dados
locais. O acesso aos dados só é possível após ter sido autorizado pelo utente na Área do Cidadão
realizados à sua informação, através do menu de ‘Histórico de Acessos’ e gerir a sua informação,
através da Área do Cidadão no Portal SNS.
No que diz respeito à segurança para o utente, esse benefício traduz-se no acesso, pelos
profissionais de saúde, a toda a informação disponível sobre o utente, independentemente do seu
local de registo, sempre com a concordância e autorização do próprio, responsável pelos seus dados.
Essa situação traduz-se, igualmente, no apoio à boa prática clínica, uma vez que o contexto dessa
prática ficará alicerçado num mais amplo e fidedigno conjunto de informação, dado que agrega todo
o conhecimento registado isoladamente sobre o utente em cada uma das organizações.
O acesso à informação pelo RSE está disponível através de quatro portais específicos, seguros e
contextualizados.
O ano de 2020 permitiu, para além de continuar a disponibilizar diversos serviços digitais,
fornecer um conjunto de serviços adicionais no âmbito da pandemia do COVID-19.
Assim, é possível ao cidadão aceder aos seguintes serviços digitais, a partir da Área do Cidadão
do Portal SNS:
• Consultar DIP;
• Teleconsulta;
• Marcar consulta para o médico de família na sua unidade de saúde dos cuidados de saúde
primários;
• Consultar o estado de referenciação dos pedidos efetuados dos hospitais para os cuidados
de saúde (apenas para alguns hospitais);
Como referido anteriormente, caso o cidadão assim o autorize, toda a informação por este
registada na Área do Cidadão do Portal SNS, pode ser partilhada com os profissionais de saúde que o
acompanham, simplificando o processo de recolha de informação e acompanhamento dos utentes.
Adicionalmente, e nos termos da Lei n.º 52/2014, de 25 de agosto, o cidadão pode autorizar a partilha
do seu Resumo de Saúde a profissionais de saúde de outros Estados-Membros para que o possam
consultar em situação de emergência médica.
O quadro que se segue apresenta a evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão
que, tal como observado em anos anteriores, continua a registar um acréscimo.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Número Utentes
inscritos na Área 177 226 323 709 585 604 743 645 892 387 1 163 100 1 421 854 1 650 311 2 080 627 2 238 636 2 489 915
do Cidadão
Fonte: SPMS
O acesso a esta Área do Profissional é efetuado através do sistema informático utilizado pelo
prestador de serviços de saúde e está disponível em instituições públicas e privadas,
disponibilizando acesso a informação constante das bases de dados locais.
Este portal permite a intercomunicação entre os sistemas de informação de cada uma das
instituições de saúde do SNS, viabilizando, assim, a agregação e visualização da informação de saúde
dos utentes registados, quando e onde for necessário.
O processo de acesso e visualização das imagens e relatórios do utente no SNS tornou possível
que os MCDT que tenham sido efetuados nos hospitais, com autorização do utente, possam ser
consultados, em qualquer ponto do SNS em que ele se encontre, durante o processo de prestação de
cuidados.
O RSE Live constitui-se como uma área geral para aplicação da telemedicina, que permite a
teleconferência com utentes e entre entidades do SNS para aqueles que dispõem de computador
pessoal com webcam para realização de uma teleconsulta, com partilha de imagens e outros
documentos.
A primeira teleconsulta em tempo real entre um médico e um utente no SNS, recorrendo a esta
plataforma, ocorreu no dia 17 de abril de 2020 (tendo por piloto, o Hospital de Ovar).
Com o alargamento da implementação da RSE Live nos CSP, a 14 de agosto de 2020, permitiu a
10 Unidades de Cuidados Continuados, a inclusão da Rede Nacional de Cuidados Continuados
(RNCCI).
Área Institucional
A Área Institucional pretende disponibilizar, à Área do Profissional, um conjunto de estatísticas
referentes ao RSE (backoffice do módulo Vacinas, Gestão de Convocatórias e Estatísticas). Nesta fase,
esta área do portal permite essencialmente a obtenção de dados sobre o uso do sistema para
auditoria e monitorização, e detetar falhas, usos indevidos, e assim contribuir para garantir a
proteção de dados e da privacidade.
Área Administrativa
A Área Administrativa, integrada no RSE, permite fornecer serviços administrativos ao Centro
de Contacto do Serviço Nacional de Saúde - SNS24, nomeadamente o acesso a algumas
funcionalidades já disponíveis na Área do Cidadão, com o intuito de apoiar o atendimento do utente
pelo SNS 24, tais como:
Quanto ao indicador referente ao número de downloads das aplicações móveis MySNS durante
o ano de 2020, identificam-se mais de 300 mil downloads da MySNS (perfazendo um total cumulativo
de 730.546), 2.000 downloads da MySNS Tempos (perfazendo um total cumulativo de 93.965) e
700.000 downloads da aplicação MySNS Carteira (um total cumulativo de 1.231.495).
Relativamente à aplicação PEM Móvel, esta contempla a prescrição de medicamentos por via de
emissão de receitas totalmente desmaterializadas, sendo que a receita/guia de tratamento é
remetida eletronicamente para o utente via SMS ou e-mail e fica, igualmente, disponível na MySNS
Carteira e Área do Cidadão. Em 2020 foi verificado um aumento da utilização desta modalidade de
prescrição, tendo sido realizadas 844.972 prescrições e 2.053.008 embalagens de medicamentos.
Quanto à aplicação móvel SICO Mobile, destinada à emissão de certificados eletrónicos de óbito,
registou um total de 1.024 certificados de óbito emitidos via smartphone ou tablet.
Em 2020, o número de downloads das aplicações para profissionais ascendeu aos 5.000
downloads para a PEM Móvel e 1.700 downloads para o SICO Mobile (um total cumulativo de 1.028).
Os dados recolhidos através dos formulários, no âmbito da plataforma Trace COVID-19, para
efeitos de gestão de serviços de saúde e monitorização de doentes em autocuidados, com suspeita ou
diagnóstico confirmado de COVID-19.
Importa ainda referir que o portal em apreço, a par dos diversos esclarecimentos e informações
prestadas, como a eficácia e segurança sobre as vacinas COVID-19, permite ao cidadão, através de um
simulador, ficar a saber quando poderá ser vacinado (se consta da lista de vacinação e,
especificamente, em que fase de vacinação será contactado pelas autoridades de saúde), após
preenchimento de um formulário online, acessível em https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/ ou
no site EstamosON, em https://covid19estamoson.gov.pt/vacinacao-covid19/.
O portal tem sido objeto de atualizações periódicas, ao longo de 2021, relativamente a datas
quanto à execução da campanha de vacinação, bem como outras notícias de relevo e informações
prestadas pela task-force.
Desde a sua implementação até ao final de 2020, mais de 30 mil portugueses registaram o seu
testamento vital, um documento registado eletronicamente, onde se manifesta o tipo de tratamento
e de cuidados de saúde que se pretende ou não receber, numa situação de incapacidade em expressar
a sua vontade. Este sistema permite ainda, ao cidadão, nomear um ou mais procuradores de cuidados
de saúde.
Dos 33.812 testamentos vitais registados, 22.133 são de mulheres e 11.679 de homens.
36SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. (28/12/2020), Notícias - Portal sobre Vacinação COVID-19. Acedido em 18 de março de
2021, em: https://www.spms.min-saude.pt/2020/12/portal-sobre-vacinacao-covid-19/
Total Testamento Vital (TVs) 881 1 168 4 234 11 983 6 064 6 145 3 337
TVs Masculinas (< 65 anos) 134 171 900 2 526 1 350 1 210 753
TVs Masculinas (>= 65 anos) 214 253 632 1 515 686 888 447
TVs Femininas (< 65 anos) 242 335 1 495 4 441 2 400 2 284 1 270
TVs Femininas (>= 65 anos) 291 409 1 207 3 501 1 628 1 763 867
Fonte: SPMS
No ato da dispensa nas farmácias, o utente poderá optar por levantar todos os produtos
prescritos, ou apenas parte deles, sendo possível levantar os restantes em diferentes
estabelecimentos e em datas distintas.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Número Receitas com Papel - 49 545 541 61 714 082 92 912 147 108 558 894 112 256 823 58 877 162 6 132 715 3 345 729 3 561 282 3 264 617
Número Receitas sem Papel 0 0 0 0 0 22 369 24 260 830 49 139 634 51 787 248 53 357 374 47 234 675
Nota: A partir de 2016, o número total de receitas regista uma diminuição, devido ao facto de conterem
maior número de prescrições por receita. StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-
Fonte: SPMS do-sns/receita-sem-papel/
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Número Total Receitas
49 545 541 61 714 082 91 991 938 107 652 689 111 488 735 82 185 587 55 272 349 55 132 977 56 918 656 50 291 914
Prescritas Eletrónicas
Número Embalagens
0 0 40 056 827 118 483 474 143 669 386 151 617 588 159 367 756 169 191 414 180 242 687 179 468 389
Prescritas por DCI (CNPEM)
Número Embalagens
Prescritas por Marca por 263 806 298 084 262 094 353 169 365 396 370 264 334 415 321 510
Exceção A
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Número Embalagens
Prescritas por Marca por 1 010 101 613 685 477 676 462 192 410 172 476 192 479 184 453 347
Exceção B
Número Embalagens
Prescritas por Marca por 19 831 132 21 030 601 15 385 725 14 063 119 12 689 397 12 064 675 11 648 870 10 637 664
Exceção C
Número Embalagens
125 680
Prescritas Sem Necessidade 100 990 433 163 742 332 203 578 066 217 353 398 225 975 970 234 781 398 75 224 987 258 340 854 249 866 822
087
de Justificação Técnica
Fonte: SPMS
Com a Receita Sem Papel, o cidadão recebe a prescrição por e-mail ou SMS, podendo levantar os
medicamentos em qualquer farmácia e consultar o seu guia de tratamento no tablet ou telemóvel,
através da Área do Cidadão do Portal SNS. Basta registar-se em www.sns.gov.pt/cidadão. É ainda
possível usar a MySNS Carteira para aceder às Guias de Tratamento.
O projeto Exames Sem Papel visa a desmaterialização de todo o processo associado à realização
de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, preconizando uma alteração de paradigma
quanto à gestão dos recursos do SNS.
O projeto arrancou com a primeira requisição desmaterializada em julho de 2018, tendo sido
emitidas até ao final do ano de 2020 cerca de 12.045.296 requisições desmaterializadas, contendo
cerca de 58.203.205 MCDT distintos. Paralelamente, até final do ano de 2020 foram prestados
44.741.617 MCDT.
Em 2019, foi publicado o Despacho n.º 7275/2019, de 16 de agosto, que revogou o Despacho n.º
9405/2014, de 21 de julho, e define os procedimentos relativos à prescrição de CRD a utentes do
Serviço Nacional de Saúde, assim como os relativos à faturação e pagamento aos fornecedores destes
serviços prestados no âmbito dos respetivos contratos públicos de aprovisionamento em vigor.
5. Desenvolvimento de uma nova área reservada para as Entidades com que se relaciona, numa
tecnologia mais recente, que permitirá um melhor acompanhamento do processo de
apuramento de valores feito no CCM.
6. No âmbito da prevenção da fraude e exploração de informação, foram disponibilizados à
IGAS os relatórios mensais de monitorização da despesa em 5 áreas de conferência, e foram
realizados 13 relatórios em resposta a pedidos de entidades inspetivas/judiciais e 10
relatórios em análises de indícios de fraude ou desperdício.
Em janeiro de 2018, o RON passou a ser um sistema central sendo que, atualmente, 73
instituições públicas e privadas do continente e da Região Autónoma da Madeira e, ainda, 4 ACES do
continente e 6 centros de saúde da RAM, registam no RON.
Durante o ano de 2019 foi desenvolvido um elevado número de indicadores públicos e privados
a disponibilizar, gradualmente, consoante a aprovação da coordenação nacional.
Desde a centralização têm vindo a ser desenvolvidas integrações com outros sistemas
aplicacionais centrais, tais como, SICO, SIGLIC e SIMH e locais, tais como, aplicações hospitalares de
anatomia patológica, quimioterapia e radioterapia.
Esta solução foi desenhada, criada e disponibilizada com informação que permitisse caracterizar
todas as unidades funcionais dos CSP, qualificar o seu desempenho de forma integrada e
multidimensional, contribuindo assim para o seu desenvolvimento e melhoria contínua.
O portal BICSP, nas suas três componentes, foi disponibilizado a 15 de dezembro de 2017 e
passou por desenvolvimentos ao longo do ano de 2018 a 2020, com o objetivo de promover a
existência de informação relevante no âmbito dos cuidados de saúde primários no SNS, destacando-
se:
3. A ferramenta para criação dos planos de ação das unidades funcionais (contratualização
interna);
O RNU foi criado com o objetivo de constituir uma base de dados nacional da inscrição dos
Utentes do SNS, a qual integra, para além dos dados de identificação, a caracterização da inscrição
dos Utentes nos cuidados de saúde primários, a afetação a um médico de família e a equipa de saúde
familiar, privilegiando a inscrição do agregado familiar, e respeitando a padronização legalmente
prevista, entre outras.
Em 2017, com a publicação do Despacho 1774-A/2017, o RNU vigora como fonte de informação
para a identificação do Utente no SNS, sendo obrigatório que todos os sistemas em uso nas
instituições do SNS tenham o RNU como fonte única de dados de identificação do Utente.
Para efeitos de teste, realizou-se, com sucesso, uma teleconsulta de teste Médico-Utente com o
Hospital da Horta nos Açores.
Em 2020, foram distribuídas 883 câmaras web e colunas a várias unidades do SNS, como
instrumento para a concretização da atividade de teleconsulta em tempo real.
Esta plataforma consiste num sistema de informação para gestão da vigilância clínica e de saúde
pública, permitindo acompanhar os utentes positivos ou os utentes que contactaram com estes.
A plataforma Trace COVID-19 serve de suporte aos profissionais de saúde, das equipas de
cuidados de saúde primários, hospitalares, bem como das equipas de Saúde Pública ou das
Autoridades de Saúde, possibilitando a realização de registos sobre o acompanhamento, a consulta
de informação específica sobre cada um dos casos ou do respetivo rastreio de contactos, vigilâncias
ou autovigilâncias anteriores, para assegurar a continuidade da vigilância a utentes com suspeita ou
confirmação de COVID-19.
Ao longo de 2020 foi possível concretizar evoluções na plataforma, quer a integração com o
serviço de teletriagem do canal telefónico do SNS24, como a disponibilização de página web para
autorepot pelo utente (registo de sintomas). Desenvolver e manter o TraceCOVID-19, garante assim
a vigilância de casos no domicílio e o acompanhamento da evolução da pandemia, apoiando a
coordenação epidemiológica nacional.
Importa referir que a SPMS, em parceria com a DGS, foi distinguida a 15 de dezembro de 2020,
pela International Hospital Federation (IHF), com a solução “Self-Report & TraceCOVID-19”, através
do programa de reconhecimento internacional IHF Beyond the Call of Duty for COVID-1939. A distinção
resulta do reconhecimento de um júri internacional, composto por um painel de 16 especialistas de
saúde, representantes de diversos organismos membros da IHF, galardoando as entidades que
“proactivamente colocaram em prática respostas ou ações organizacionais de excelência e com caráter
inovador no combate à pandemia COVID-19 (…)”.
Teleformação
No contexto da promoção e adoção das teleconsultas, importa referir que tem vindo a ser
desenvolvido diversas ações de formação, com o objetivo de capacitar os profissionais de saúde para
a sua utilização, recorrendo à plataforma de e-learning da Academia SPMS.
39 International Hospital Federation: Beyond the Call of Duty for COVID-19 Program. Acedido em 22 de março de 2021, em: https://www.ihf-
fih.org/beyond-the-call-of-duty-for-covid-19/organizations/spms-and-dgs/
• 7 edições que totalizam 784h de formação e 196 formandos sobre RSE Live na Academia
SPMS em formato eLearning;
Telemonitorização
A SPMS/CNTS desenvolveu um trabalho de análise das experiências existentes no SNS, nas áreas
da DPOC, ICC e EAM. Foram realizadas entrevistas telefónicas aos profissionais de saúde que
dinamizam Programas de Telemonitorização no SNS.
Plataforma de Telemonitorização
Em 2020 foi iniciado um trabalho de análise e definição do processo de desmaterialização da
monitorização de utentes no seu domicílio. Foi assim iniciado o percurso de construção de uma base
tecnológica que permite a prestação digital do serviço de telemonitorização.
O objetivo principal desta Plataforma será dotar as demais unidades do Serviço Nacional de
Saúde de uma solução tecnológica que responda ao acompanhamento e monitorização de utentes no
domicílio, ou seja, à distância, permitindo uma experiência integrada do profissional de saúde e
centrada na necessidade do utente, independentemente da patologia ou do nível de cuidados.
Nesse sentido, Portugal tem vindo, desde o início da pandemia, a adotar os princípios fulcrais
identificados pela OMS, de “Testar, Seguir, Rastrear, Isolar”.
40Despacho n.º 2922/2021, de 18 de março. Diário da República n.º 54/2021, Parte C, Série II de 2021-03-18. Gabinetes da Secretária de Estado
de Recursos Humanos e Antigos Combatentes e do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Lisboa.
A par do aumento de meios disponíveis, é ainda de assinalar a forte adesão dos cidadãos ao
cumprimento das medidas de prevenção, essencial para a contenção da infeção e preservação da
capacidade de resposta dos serviços de saúde, e a capacidade de adaptação e empenho dos
profissionais de saúde que, num contexto particularmente exigente, prestaram os cuidados
necessários com qualidade e foco no utente.
De entre as medidas adotadas para ampliar a capacidade de resposta do SNS, são de destacar
aspetos tão abrangentes como o aumento de capacidade de testagem, o aumento de camas de
cuidados intensivos, o reforço de recursos humanos ou a implementação de um plano dedicado à
vacinação COVID-19, entre outros.
Nos pontos seguintes elencam-se os aspetos mais marcantes das profundas alterações
realizadas em 2020 que permitiram responder às necessidades dos utentes no contexto da situação
epidemiológica vivida.
para administração nas farmácias comunitárias de todo o país; (iii) foi efetuada uma campanha de
vacinação antecipada desde 28 de setembro de 2020 com vacinação dos grupos de população
prioritários, que incluem utentes e funcionários de Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI),
utentes e funcionários da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e profissionais
de saúde; (iv) procedeu-se ao alargamento da gratuitidade a todos os cidadãos com idade igual ou
superior a 65 anos, no âmbito do SNS; (v) ampliaram-se os locais de disponibilização da vacina,
nomeadamente juntas de freguesia e farmácias; (vi) incluíram-se nos grupos prioritários
funcionários de lares e grávidas.
investimentos infraestruturais para ampliação do ratio de camas de medicina intensiva por 100.000
habitantes em conformidade com as necessidades; (vii) o reforço da resposta dos cuidados
continuados integrados com colocação prioritária de doentes dos hospitais SNS e autorizando o
alargamento de novas camas, todas já em funcionamento; (viii) o reforço do funcionamento em rede
de todas as instituições quer a nível intra-regional quer inter-regional, com o apoio da emergência
médica para efeito da realização dos transportes necessários ;(ix) o recurso a meios não presenciais
de atendimento dos utentes desde que clinicamente adequado e tecnicamente possível; (x) a
recomendação de diferimento da realização de atividade assistencial não urgente que, pela sua
natureza ou prioridade clínica, não implicasse risco de vida para os utentes, limitação do seu
prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância, nas situações em que
a situação epidemiológica o recomendava; (xi) a rápida recuperação de atividade assistencial não
COVID-19 diferida, designadamente através da implementação de um regime de incentivos
excecional aos profissionais dos hospitais SNS para realização de produção adicional de primeiras
consultas e de cirurgias necessárias para efeitos de atividade assistencial não realizada ou adiada por
força da pandemia de COVID -19; (xii) o reforço da resposta dos cuidados de saúde primários (com
atendimento presencial, não-presencial e domiciliário), permitindo descongestionar os hospitais,
(xiii) a enorme ampliação da capacidade de atendimento da linha SNS 24 permitindo
descongestionar urgências hospitalares e encaminhar os utentes em conformidade com as suas
necessidades em saúde; (xiv) o reforço da capacidade de testagem, passando de 2.582 testes/dia em
março de 2020 para uma média de 34.214 testes/dia em dezembro 2020, bem como a expansão da
rede laboratorial e a articulação com o setor convencionado para apoio ao diagnóstico.
O Reforço de Recursos Humanos foi outro aspeto crítico para o aumento da capacidade de
resposta do SNS, sendo que, (i) no global, o número de efetivos do SNS para as várias categorias
profissionais era de 144.616 (+9.193 face a 2019); (ii) relativamente ao pessoal médico, o saldo
líquido positivo foi de 614 médicos especialistas no SNS; (iii) o número de enfermeiros, teve um
acréscimo de 3.263. profissionais de 2019 para 2020; (iv) ao abrigo do regime excecional de
contratação de trabalhadores, previsto no n.º 3 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de
março, foram contratados, até 31 de dezembro de 2020, em regime de contrato de trabalho a termo
resolutivo certo, pelo período de quatro meses, renovável por igual período, 9.903 trabalhadores,
distribuídos pelos diversos grupos profissionais; (v) O artigo 6.º- B do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de
13 de março, na sua redação atual, permitiu a celebração de contratos de trabalho sem termo para
reforçar unidades de cuidados intensivos do SNS, sendo que, até ao dia 31 de dezembro de 2020
foram autorizadas 544 contratações de profissionais não médicos; (vi) o Despacho n.º 9715/2020,
publicado no Diário da República n.º 196, 2.º série, de 8 de outubro, autorizou a abertura de
procedimentos de recrutamento para recrutamento de 48 médicos que, após conclusão de um
processo formativo em contexto prático, vão poder adquirir competência naquela área e reforçar as
unidades de cuidados intensivos; (vii) no âmbito de reforço da capacidade e resposta em cuidados
intensivos, o artigo 6.º-D do Decreto-lei n.º 10-A/2020, de 13 de março, aditado pelo Artigo 5.º do
Decreto-Lei n.º 99/2020, de 22 de novembro, veio atribuir até 31 de dezembro de 2020, competência
aos órgãos máximos de gestão das unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde com natureza
empresarial para celebração de contratos de trabalho sem termo de médicos especialistas em
anestesiologia, cardiologia, doenças infeciosas, medicina interna, medicina intensiva, patologia
clínica e pneumologia tendo sido celebrados 160 contratos de trabalho nos termos seguintes:
médicos especialistas em anestesiologia (31), cardiologia (31), doenças infeciosas (12), medicina
interna (62), medicina intensiva (6), patologia clínica (7) e pneumologia (11), tendo sido celebrados
160 contratos; (viii) foi admitida a possibilidade de contratação de enfermeiros aposentados, para o
exercício de funções assistenciais nos departamentos de saúde pública das Administrações Regionais
de Saúde, I. P., e nas unidades de saúde pública dos agrupamentos de centros de saúde e das Unidades
Locais de Saúde, E. P. E.; (ix) foi atribuído um prémio de desempenho aos profissionais de saúde
correspondente a 50% da remuneração base, e a majoração dos dias de férias aplicável aos
trabalhadores do SNS que, durante o primeiro período de estado de emergência e suas renovações
(19 de março a 2 de maio de 2020), estiveram na linha da frente no combate à COVID-19. Tiveram
direito ao prémio de desempenho aproximadamente 28 mil profissionais, correspondendo a 19% do
universo de profissionais de saúde do SNS.
Vacinação COVID-19
Portugal deu início à preparação do Plano de Vacinação contra a COVID-19, ainda entre março e
julho de 2020, em estreito alinhamento com a coordenação da União Europeia e os esforços que por
esta têm sido desenvolvidos, de combate à pandemia. Para o efeito, foi criada por despacho nº.
11737/2020, de 26 de novembro, das áreas governativas da Defesa Nacional, Administração Interna
e Saúde, uma task force com a responsabilidade do desenvolvimento e coordenação da aplicação do
«Plano de vacinação contra a COVID-19 em Portugal», tendo como objetivo garantir a coerência e
execução do Plano e coordenar o trabalho já realizado, entre todas as entidades envolvidas no
sucesso desta operação, bem como a articulação com as Regiões Autónomas e auscultação de
organismos relevantes.
41 Task Force do Plano de Vacinação (2020), Plano de Vacinação COVID-19. Acedido em 11 de março de 2021, em:
https://covid19estamoson.gov.pt/wp-content/uploads/2020/12/plano-vacinacao-covid19.pdf
Conclusão
Os resultados apresentados no presente relatório do Acesso a Cuidados de Saúde nos
estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas, demonstram o caminho percorrido em 2020
na construção de um SNS com resiliência para, perante um choque sem precedentes, manter a
capacidade de realização de atividade assistencial não relacionada com a COVID-19.
O caminho que politicamente já havia sido definido através de uma ação governativa assente nos
vértices da qualificação do acesso, motivação dos profissionais de saúde e investimento na rede do
SNS foi, em 2020, percorrido de forma mais acelerada em função das necessidades emergentes da
pandemia. Tais necessidades permitiram que questões antigas como o ratio de camas de cuidados
intensivos por 100.000 habitantes, o reforço da utilização de ferramentas de telessaúde ou a
capacitação da Saúde Pública, fossem rapidamente ajustadas. Entre tantas outras.
Grandes são os desafios para 2021, importando desde logo assegurar a continuidade do trabalho
de recuperação de atividade assistencial e de garantia de acesso tempestivo às prestações de
cuidados necessárias, assegurando a resiliência do sistema enquanto capacidade de acomodar
grandes picos de procura sem prejuízo da prestação regular de cuidados.
Anexos
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Cabeceiras de Basto 16375 16360 99,9% 16 258 16 243 99,9% 0,0% 0,2%
Castelo de Paiva 16016 16006 99,9% 15 877 15 854 99,9% 0,0% 0,4%
Mondim de Basto 6951 6935 99,8% 6 934 6 930 99,9% 0,1% 8,9%
Peso da Régua 16477 15262 92,6% 16 303 16 280 99,9% 7,3% 1,0%
Ponte da Barca 11763 11752 99,9% 11 709 11 697 99,9% 0,0% 2,1%
Arcos de Valdevez 21517 21498 99,9% 21 490 21 449 99,8% -0,1% 0,5%
Mesão Frio 3972 3915 98,6% 3 868 3 862 99,8% 1,2% 2,9%
Paredes de Coura 8757 8751 99,9% 8 820 8 806 99,8% -0,1% 0,5%
Santa Marta de
6547 6514 99,5% 6 516 6 503 99,8% 0,3% 0,4%
Penaguião
São João da Pesqueira 7121 7109 99,8% 7 060 7 048 99,8% 0,0% 10,7%
Vila Nova de Foz Côa 6378 5672 88,9% 6 236 6 223 99,8% 10,9% 0,3%
Vila Verde 46862 45247 96,6% 47 092 46 980 99,8% 3,2% 3,7%
Aguiar da Beira 5193 5170 99,6% 5 209 5 192 99,7% 0,1% 10,3%
Campo Maior 8770 7180 81,9% 8 778 8 755 99,7% 17,8% 0,5%
Póvoa de Lanhoso 21376 21353 99,9% 21 582 21 520 99,7% -0,2% 0,8%
Torre de Moncorvo 7052 6967 98,8% 6 931 6 912 99,7% 0,9% 0,4%
Vale de Cambra 21899 21857 99,8% 21 835 21 761 99,7% -0,1% 1,2%
Viana do Castelo 88518 88245 99,7% 88 660 88 399 99,7% 0,0% 1,4%
Vila Viçosa 7773 7753 99,7% 7 692 7 671 99,7% 0,0% -0,1%
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Marco de Canaveses 51287 51208 99,8% 51 173 50 972 99,6% -0,2% 13,1%
Vila Pouca de Aguiar 12285 12166 99,0% 12 265 12 212 99,6% 0,6% 1,3%
Castro Daire 14579 14524 99,6% 14 495 14 428 99,5% -0,1% 1,9%
Castro Verde 7006 5707 81,5% 7 011 6 974 99,5% 18,0% 18,5%
Freixo de Espada à Cinta 3375 3369 99,8% 3 319 3 301 99,5% -0,3% -0,3%
Miranda do Douro 6458 6433 99,6% 6 342 6 310 99,5% -0,1% 2,0%
Porto de Mós 24028 23947 99,7% 24 038 23 907 99,5% -0,2% 10,9%
São Pedro do Sul 15699 15623 99,5% 15 723 15 647 99,5% 0,0% 2,2%
Terras de Bouro 6726 6678 99,3% 6 669 6 632 99,4% 0,1% 35,3%
Viana do Alentejo 5543 5514 99,5% 5 521 5 487 99,4% -0,1% -0,5%
Vila Real 52178 51928 99,5% 52 364 52 052 99,4% -0,1% 1,0%
Celorico de Basto 17357 14972 86,3% 17 228 17 100 99,3% 13,0% 6,5%
Fornos de Algodres 4626 4585 99,1% 4 514 4 483 99,3% 0,2% 4,2%
Santo Tirso 68906 68565 99,5% 68 797 68 303 99,3% -0,2% 0,1%
Vila Nova de Cerveira 8853 8775 99,1% 8 910 8 849 99,3% 0,2% 2,2%
Vila Nova de Paiva 4695 4638 98,8% 4 678 4 647 99,3% 0,5% 9,1%
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Vila Nova de Poiares 7630 7558 99,1% 7 658 7 606 99,3% 0,2% 18,7%
Castro Marim 6834 6702 98,1% 6 976 6 917 99,2% 1,1% -0,8%
Oliveira de Azeméis 67665 67612 99,9% 67 678 67 145 99,2% -0,7% 2,1%
Oliveira do Hospital 20304 18811 92,6% 20 378 20 221 99,2% 6,6% 32,9%
Pampilhosa da Serra 3569 3510 98,3% 3 487 3 460 99,2% 0,9% 0,2%
Penalva do Castelo 7621 7574 99,4% 7 645 7 583 99,2% -0,2% 15,4%
Póvoa de Varzim 68060 67970 99,9% 68 175 67 607 99,2% -0,7% -0,6%
Santa Comba Dão 11090 11057 99,7% 11 027 10 924 99,1% -0,6% 0,6%
Vila de Rei 3128 3089 98,8% 3 130 3 101 99,1% 0,3% -0,3%
Moimenta da Beira 9853 9780 99,3% 9 886 9 784 99,0% -0,3% 24,0%
Carrazeda de Ansiães 5727 5680 99,2% 5 714 5 651 98,9% -0,3% 3,3%
Ribeira de Pena 6420 6353 99,0% 6 395 6 324 98,9% -0,1% 2,6%
Castelo de Vide 3187 3153 98,9% 3 173 3 136 98,8% -0,1% -0,5%
Macedo de Cavaleiros 15079 14918 98,9% 14 994 14 811 98,8% -0,1% 0,9%
Vila Velha de Ródão 3096 3074 99,3% 3 126 3 089 98,8% -0,5% -0,1%
Alter do Chão 3188 3144 98,6% 3 200 3 151 98,5% -0,1% 41,6%
Matosinhos 176696 173565 98,2% 176 786 174 219 98,5% 0,3% 0,4%
Carregal do Sal 9690 9427 97,3% 9 655 9 500 98,4% 1,1% 16,1%
Ferreira do Zêzere 8149 8035 98,6% 8 101 7 973 98,4% -0,2% 32,9%
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Miranda do Corvo 12709 12562 98,8% 12 715 12 495 98,3% -0,5% -1,1%
Torres Novas 35596 34974 98,3% 35 491 34 850 98,2% -0,1% 18,8%
Vila Nova da Barquinha 7155 7026 98,2% 7 190 7 061 98,2% 0,0% -1,7%
Reguengos de Monsaraz 10584 10433 98,6% 10 614 10 408 98,1% -0,5% -1,6%
Pedrógão Grande 3639 2820 77,5% 3 669 3 594 98,0% 20,5% 18,2%
Guimarães 162066 161515 99,7% 161 921 158 199 97,7% -2,0% -0,8%
Braga 194630 192513 98,9% 197 152 192 334 97,6% -1,3% -0,3%
Castanheira de Pêra 2855 2791 97,8% 2 842 2 772 97,5% -0,3% 0,2%
Vendas Novas 11468 11123 97,0% 11 521 11 230 97,5% 0,5% -1,8%
Vila Nova de Famalicão 134941 134283 99,5% 135 352 131 511 97,2% -2,3% 1,5%
Paços de Ferreira 56518 54871 97,1% 56 545 54 832 97,0% -0,1% -2,3%
Ponte de Lima 42956 42915 99,9% 42 795 41 411 96,8% -3,1% -3,0%
Caldas da Rainha 53089 48497 91,4% 52 908 51 172 96,7% 5,3% 1,9%
Celorico da Beira 7039 6900 98,0% 7 009 6 779 96,7% -1,3% 6,6%
Maia 138960 137707 99,1% 139 036 133 906 96,3% -2,8% -3,0%
Vila do Conde 83241 83104 99,8% 83 337 80 204 96,2% -3,6% -3,6%
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Viseu 103744 100636 97,0% 104 239 99 924 95,9% -1,1% 3,3%
Vila Nova de Gaia 311236 297151 95,5% 312 213 298 321 95,6% 0,1% -2,8%
Coimbra 152322 144896 95,1% 152 036 145 103 95,4% 0,3% -3,1%
Leiria 132212 130559 98,7% 133 081 126 922 95,4% -3,3% 5,7%
Gondomar 170172 169372 99,5% 170 077 161 393 94,9% -4,6% -4,7%
Ferreira do Alentejo 7648 7591 99,3% 7 684 7 284 94,8% -4,5% -5,1%
São João da Madeira 22895 22871 99,9% 22 899 21 679 94,7% -5,2% -4,8%
Santa Maria da Feira 141704 140234 99,0% 141 848 134 049 94,5% -4,5% -4,2%
Barcelos 119027 116952 98,3% 118 979 112 090 94,2% -4,1% -5,1%
Marinha Grande 40075 38326 95,6% 40 446 37 779 93,4% -2,2% 11,9%
Oliveira do Bairro 24137 23037 95,4% 24 463 22 768 93,1% -2,3% 2,8%
Castelo Branco 55446 53518 96,5% 55 367 51 023 92,2% -4,3% -4,5%
Porto 241466 232211 96,2% 241 366 222 196 92,1% -4,1% -4,9%
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Figueira da Foz 63657 60525 95,1% 63 756 58 300 91,4% -3,7% 0,6%
Vila Franca de Xira 136535 126175 92,4% 136 556 124 679 91,3% -1,1% 20,6%
Vieira do Minho 12230 12216 99,9% 12 127 10 954 90,3% -9,6% -2,8%
Oeiras 170354 153247 90,0% 168 169 151 524 90,1% 0,1% 4,2%
Almada 177944 165059 92,8% 178 404 160 052 89,7% -3,1% 7,4%
Odivelas 155173 142336 91,7% 155 905 139 534 89,5% -2,2% 14,4%
Cascais 210724 185922 88,2% 211 252 188 524 89,2% 1,0% 11,5%
Seixal 166088 147924 89,1% 166 487 148 502 89,2% 0,1% 6,8%
Lisboa 555939 495342 89,1% 553 732 490 903 88,7% -0,4% 5,4%
Torres Vedras 80629 71758 89,0% 81 101 71 419 88,1% -0,9% 13,1%
Sever do Vouga 11990 11955 99,7% 11 834 10 300 87,0% -12,7% -3,6%
Alcácer do Sal 11877 11806 99,4% 11 786 10 229 86,8% -12,6% 36,8%
Sobral de Monte Agraço 9976 8802 88,2% 10 086 8 723 86,5% -1,7% 1,5%
Arruda dos Vinhos 14096 8836 62,7% 13 968 12 055 86,3% 23,6% -2,1%
Loures 206451 177797 86,1% 206 602 178 268 86,3% 0,2% 1,9%
Vila do Bispo 5659 4989 88,2% 5 808 4 929 84,9% -3,3% -2,2%
Oliveira de Frades 10011 9778 97,7% 9 975 8 418 84,4% -13,3% -14,3%
Var. Var.
2019 2020
2020/2019 2020/2015
Número de Número de
utentes Percentagem de utentes Percentagem de Percentagem Percentagem
Número de Número de
inscritos utentes com inscritos utentes com de utentes de utentes
Concelho utentes utentes
com médico médico de com médico médico de com médico com médico
inscritos inscritos
de família família de família família de família de família
atribuído atribuído
Rio Maior 22434 20749 92,5% 22 507 18 904 84,0% -8,5% 18,7%
Vila Flor 6236 6189 99,2% 6 185 5 153 83,3% -15,9% -15,1%
São Brás de Alportel 11201 9260 82,7% 11 355 9 316 82,0% -0,7% -4,6%
Ponte de Sor 15636 12771 81,7% 15 652 12 634 80,7% -1,0% 17,0%
Figueiró dos Vinhos 5799 5766 99,4% 5 798 4 366 75,3% -24,1% -23,3%
Sintra 383229 297901 77,7% 379 131 284 966 75,2% -2,5% 0,4%
Santiago do Cacém 27799 23818 85,7% 27 833 20 782 74,7% -11,0% -8,9%
Amadora 176778 129234 73,1% 172 106 127 822 74,3% 1,2% -2,5%
Salvaterra de Magos 21603 15649 72,4% 21 399 15 425 72,1% -0,3% 19,8%
Setúbal 123963 83804 67,6% 122 617 84 612 69,0% 1,4% 2,9%
Fonte: ACSS
• ECMO (3);
Anexo 4. Intransferíveis
Hospital Origem 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
H Garcia de Orta - Almada 315 735 702 473 1257 1679 2001 2166 303 580 1346
CH Univer. do Algarve 376 113 175 543 604 474 404 888 794 869 835
CH Univer. de Coimbra 4777 2982 375 340 1100 307 255 675 944 469 708
CH Tondela - Viseu 816 634 2783 3839 3 397 2 644 2 430 1 615 618 409 376
CH Barreiro Montijo 1347 735 1 194 703 1 277 562 156 135 200 235 358
Fonte: ACSS
Especialidade 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ortopedia 3 183 1 951 3 392 3 225 2 870 1 878 1 922 2 059 2 322 3 368 2 469
Cirurgia Geral 3 544 2 546 1 971 1 545 1 789 1 258 1 055 1 459 1 433 2 002 1 866
Oftalmologia 1 749 1 560 1 656 1 436 1 558 1 678 2 678 4 722 2 293 3 207 1 223
Otorrinolaringologia 1 227 849 619 1 123 1 700 1 724 1 006 898 1 069 1 111 803
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 516 493 649 690 697 437 432 329 516 327 566
Cirurgia Vascular 889 1323 136 238 109 18 70 46 263 568 508
Urologia 886 842 451 314 412 344 339 434 462 511 407
Cirurgia Pediátrica 43 23 56 104 171 135 215 138 295 332 362
Ginecologia 941 558 426 554 403 199 314 163 287 375 348
Fonte: ACSS
Notas de Vales
Transferência Cirurgia
Fonte: ACSS
Número de episódios com NT/VC e número de operados em Hospital de Destino, por ARS
(2020)
Episódios
ARS Operados HD
com NT/VC
Fonte: ACSS
Notas de
Vales Cirurgia
Transferência
CH Póvoa do Varzim/VC 5 3
H Miser. de Lousada 1
H Prelada 91 423
Notas de
Vales Cirurgia
Transferência
H Miser. de Mealhada 8
Sª Cª M. Entronc. - H. S. J. Baptista 15
Fonte: ACSS
Episódios com
Hospital Operados HD
NT/VC
Episódios com
Hospital Operados HD
NT/VC
Fonte: ACSS
2020
Var.
Var. Percentil Percentil Var. % Var.
Var. Var. Mediana Tempo Var. Média
Mediana 90 do 90 do LIC Média
Entradas LIC do TE % LIC resolução Operados Operados do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da TE da >TMRG Operados TE Op.
2020- 2020- da LIC >TMRG LIC 2020- padrão dos Op.
2020- LIC LIC 2020- 2020-
2019 2019 (meses) (meses) 2019 (meses)
2019 (meses) 2020- 2019 2019
2019
Norte 241 132 -17,4% 69 895 -17,6% 2,6 -6,0% 13,8 31,4% 26% 6,7% 3,3 209 619 -15,3% 148 583 2,9 -2,2%
CH Entre o Douro e Vouga 14 445 -21,3% 4 560 -29,2% 1,9 -17,4% 6,1 -12,1% 11,9% -26,8% 3,4 13 514 -8,4% 9 649 3,27 -7,9%
CH Médio Ave - Famalicão 6 080 -23,2% 2 307 -2,1% 2,2 -2,9% 6,3 7,7% 12,4% 21,8% 4,5 4 945 -25,0% 3 098 4,0 4,4%
CH Póvoa do Varzim/VC 3 526 -23,4% 687 -18,2% 1,5 9,8% 3,3 2,1% 0,1% -82,5% 2,2 3 239 -23,3% 2 564 2,4 -4,8%
CH Tâmega e Sousa 16 770 -18,8% 4 255 -16,3% 2,1 20,8% 9,0 40,4% 15,9% 24,3% 2,9 14 899 -16,5% 9 671 2,5 5,3%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 11 421 -20,2% 4 222 -2,4% 3,7 24,4% 15,7 52,1% 41,5% 64,6% 4,3 9 674 -21,8% 6 694 3,2 5,9%
CH Univer. de São João 44 548 -9,4% 6 932 -41,7% 2,1 -30,8% 7,5 -19,7% 14,6% -45,4% 1,7 40 714 -6,4% 30 512 2,2 -19,8%
CH Univer. do Porto 31 980 -18,2% 6 910 -22,9% 2,8 1,2% 13,3 33,6% 28,7% 26,3% 2,4 29 103 -16,1% 19 676 2,4 -5,3%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 22 887 -15,5% 5 816 -19,9% 2,2 -8,5% 7,8 -12,3% 13,5% -31,0% 2,9 20 365 -12,0% 14 621 2,8 -2,2%
H Braga 31 790 -14,7% 15 728 -13,7% 5,4 14,2% 23,7 30,9% 49,9% 16,5% 5,6 25 470 -9,7% 17 754 4,4 8,4%
H Sra da Oliveira - Guimarães 12 850 -19,1% 4 070 -19,6% 2,1 -14,7% 5,4 -29,7% 9,0% -49,8% 3,5 10 418 -19,2% 7 389 3,5 -2,9%
H Sta Maria Maior - Barcelos 5 296 -15,5% 1 628 35,6% 2,2 62,5% 5,1 49,8% 4,8% 1050,8% 4,0 4 203 -25,6% 2 832 2,8 28,8%
IPO Porto 10 824 -14,7% 1 772 9,9% 1,9 32,6% 25,0 22,0% 38,1% 29,3% 2,0 9 494 -17,4% 7 833 1,2 -6,0%
ULS Alto Minho - V. Castelo 10 684 -27,7% 4 918 27,2% 3,1 50,8% 6,8 17,6% 13,6% 35,5% 6,1 7 841 -37,6% 5 394 3,2 8,0%
ULS Matosinhos 12 442 -29,2% 4 404 -26,5% 2,4 -20,2% 11,8 59,8% 25,2% 42,7% 3,8 10 941 -22,0% 7 568 3,7 4,2%
ULS Nordeste - Bragança 5 589 -12,5% 1 686 -3,4% 2,3 9,5% 9,1 20,3% 18,8% 10,9% 3,5 4 799 -12,4% 3 299 3,1 -6,4%
Centro 97 356 -22,8% 42 450 -12,5% 4,2 0,8% 19,6 43,0% 40% 9,5% 4,9 77 535 -21,4% 54 451 3,8 3,1%
CH Baixo Vouga 10 289 -22,5% 2 871 -18,0% 1,7 -17,7% 4,5 -18,7% 5,5% -37,9% 3,1 9 185 -21,5% 6 164 3,2 -1,3%
CH Leiria 16 841 -4,8% 6 795 -15,1% 3,1 -15,5% 6,4 -28,2% 14,7% -38,9% 4,5 13 318 3,1% 8 314 4,2 -0,4%
CH Tondela - Viseu 13 440 -27,9% 9 845 -2,1% 8,7 38,3% 28,1 27,2% 60,0% 3,6% 7,9 10 290 -24,7% 7 190 6,0 7,4%
CH Univer. Cova da Beira 5 033 -16,0% 1 786 4,1% 2,8 -5,6% 18,0 76,6% 31,2% 39,5% 4,3 4 085 -17,6% 2 763 2,5 -14,7%
CH Univer. de Coimbra 32 597 -27,7% 15 242 -18,2% 5,7 17,1% 21,2 49,5% 50,6% 21,9% 5,3 24 866 -26,4% 19 338 3,8 3,6%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 532 -30,5% 143 -7,7% 1,8 -9,8% 4,1 11,5% 2,8% 333,6% 3,1 442 -28,2% 296 3,1 17,5%
H D. Figueira da Foz 5 487 -19,3% 1 621 -12,7% 2,2 -13,9% 3,9 -28,8% 2,5% -70,8% 3,4 4 852 -21,2% 3 279 3,1 8,9%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 571 -13,9% 579 16,0% 2,4 2,8% 4,6 -13,7% 5,0% -21,9% 4,7 1 182 -22,9% 830 4,7 21,9%
IPO Coimbra 5 153 -4,5% 851 -15,4% 1,3 -27,8% 17,0 -18,9% 26,7% -37,2% 1,9 4 469 -3,0% 2 830 1,9 36,0%
ULS Castelo Branco 3 267 -29,7% 752 -31,4% 2,0 -24,4% 5,5 -8,0% 8,9% -16,5% 2,5 2 938 -27,9% 2 042 2,9 13,4%
ULS Guarda 3 146 -46,9% 1 965 -0,5% 6,1 62,5% 18,9 112,8% 54,4% 80,5% 7,5 1 908 -59,4% 1 447 2,5 -26,4%
Lisboa e Vale do Tejo 178 473 -22,0% 80 228 -8,8% 5,3 16,8% 20,1 23,5% 49% 27,3% 5,2 145 051 -20,7% 103 690 3,5 12,4%
CH Barreiro Montijo 5 875 -33,0% 2 836 -3,9% 6,5 88,3% 16,7 88,5% 53,9% 108,2% 5,7 4 690 -31,4% 3 081 3,2 11,3%
CH Lisboa Ocidental 14 189 -27,6% 6 073 -1,2% 5,4 19,0% 20,7 10,5% 50,7% 17,6% 5,0 11 807 -27,8% 9 736 3,6 33,4%
CH Médio Tejo -T. Novas 8 200 -25,0% 2 981 -11,5% 2,8 3,7% 10,6 -0,3% 23,6% 6,8% 4,2 6 772 -27,6% 4 297 3,6 15,6%
CH Oeste 4 250 -35,3% 1 856 -33,6% 3,1 -20,5% 10,6 2,8% 27,6% 1,1% 4,3 3 661 -30,3% 2 426 4,9 16,3%
CH Setúbal 11 436 -22,8% 7 335 10,9% 5,8 20,7% 18,7 42,7% 51,9% 20,6% 8,2 8 562 -31,3% 6 032 4,3 0,4%
CH Univer. de Lisboa Norte 19 877 -22,1% 8 045 -20,9% 5,2 11,3% 19,9 20,1% 48,8% 11,9% 4,4 17 196 -16,4% 13 838 3,6 10,2%
CH Univer. Lisboa Central 30 958 -19,5% 14 514 -8,9% 7,5 43,3% 22,7 8,4% 56,1% 20,3% 5,3 25 246 -16,6% 19 608 3,6 20,8%
H Beatriz Ângelo - Loures 13 687 -19,2% 7 755 5,1% 6,9 50,4% 16,0 52,7% 53,5% 66,2% 7,0 11 104 -16,6% 7 115 3,6 15,1%
H D. Santarém 7 184 -18,6% 4 428 -0,2% 5,2 14,6% 20,2 20,2% 49,7% 21,4% 7,4 4 700 -21,8% 3 444 4,2 30,5%
H Fern. Fonseca - Lx 12 848 -32,8% 5 556 -5,8% 5,5 31,0% 20,4 31,3% 50,9% 34,4% 5,0 9 351 -35,0% 6 496 3,1 6,6%
H Garcia de Orta - Almada 17 028 -17,3% 8 580 -18,4% 8,9 70,1% 28,7 31,8% 63,4% 28,4% 5,8 12 849 -11,1% 8 568 3,9 8,5%
H V. F. Xira 9 987 -16,3% 4 531 -7,4% 3,8 5,6% 21,4 37,4% 37,2% 28,2% 5,3 8 706 -17,8% 5 542 3,7 -9,6%
HPP - H Cascais 9 256 -13,6% 1 531 -42,7% 1,4 -44,9% 8,8 19,1% 14,7% -25,1% 1,8 9 151 -1,4% 5 574 2,2 5,2%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 6 942 -15,9% 2 676 14,8% 2,7 8,0% 10,7 72,2% 25,6% 125,7% 5,1 5 495 -24,4% 3 132 3,8 32,6%
IPO Lisboa 6 756 -12,5% 1 531 -17,1% 2,8 50,9% 17,5 70,1% 52,0% 30,1% 2,6 5 761 -10,4% 4 942 2,0 14,1%
Alentejo 20 489 -20,7% 6 748 -11,7% 2,4 -12,2% 11,5 15,4% 24% 1,9% 3,8 17 252 -19,4% 11 822 3,3 10,4%
H Espírito Santo - Évora 9 920 -20,8% 2 724 -16,8% 2,8 3,7% 14,2 3,1% 29,2% 11,8% 3,1 8 610 -20,0% 5 964 2,9 3,6%
ULS Baixo Alentejo - Beja 3 243 -27,6% 1 072 -9,1% 1,9 -8,2% 9,5 57,1% 17,4% 57,0% 3,9 2 739 -28,8% 1 898 3,1 41,1%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 202 -18,0% 1 499 -16,9% 2,3 -33,3% 8,8 -7,4% 19,1% -34,5% 5,1 2 801 -6,7% 1 813 5,5 14,9%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 4 124 -16,1% 1 453 4,7% 2,5 1,3% 13,8 50,2% 24,6% 15,6% 4,4 3 102 -18,1% 2 147 2,5 -10,9%
Algarve 13 421 -31,3% 9 050 4,6% 7,8 121,2% 17,1 63,7% 58% 81,8% 8,3 8 904 -23,2% 6 737 3,8 25,1%
CH Univer. do Algarve 13 421 -31,3% 9 050 4,6% 7,8 121,2% 17,1 63,7% 58,2% 81,8% 8,3 8 904 -23,2% 6 737 3,8 25,1%
País 550 871 -20,4% 208 371 -12,3% 3,8 8,5% 18,0 35,1% 39% 20,8% 4,3 458 361 -18,4% 325 257 3,3 4,2%
Fonte: ACSS
2019
Var.
Var. Percentil Percentil Var. % Var.
Var. Var. Mediana Tempo Var. Média
Mediana 90 do 90 do LIC Média
Entradas LIC do TE % LIC resolução Operados Operados do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da TE da >TMRG Operados TE Op.
2019- 2019- da LIC >TMRG LIC 2019- padrão dos Op.
2019- LIC LIC 2019- 2019-
2018 2018 (meses) (meses) 2018 (meses)
2018 (meses) 2019- 2018 2018
2018
Norte 291 433 2,6% 93 259 3,6% 2,9 -1,1% 10,3 10,4% 27% 10,8% 3,9 247 463 7,9% 172 984 3,0 3,2%
CH Entre o Douro e Vouga 18 330 12,8% 6 459 22,6% 2,3 -9,1% 6,9 -15,1% 16,2% -15,9% 4,5 14 754 3,5% 10 754 3,55 5,3%
CH Médio Ave - Famalicão 7 900 -3,6% 2 349 -2,5% 2,3 -8,1% 5,9 0,6% 10,1% 13,5% 3,5 6 603 -4,0% 4 043 3,8 1,9%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 589 -0,1% 1 087 9,9% 1,6 2,1% 3,4 -8,0% 0,2% -84,8% 2,9 4 235 -1,3% 3 160 2,5 7,5%
CH Tâmega e Sousa 20 706 6,9% 5 086 1,3% 1,8 -29,3% 6,4 -1,8% 12,8% -20,7% 3,0 17 839 3,2% 11 515 2,4 -22,8%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 14 314 6,3% 4 259 -11,6% 3,0 -18,9% 10,3 -2,8% 25,2% -16,9% 3,5 12 360 13,6% 8 344 3,0 -4,4%
CH Univer. de São João 48 970 1,0% 13 781 -10,6% 3,1 -3,2% 9,6 4,0% 32,4% 17,9% 3,3 43 518 18,1% 32 387 2,7 32,2%
CH Univer. do Porto 38 746 6,4% 12 498 28,8% 3,4 25,6% 9,4 4,1% 28,9% 39,1% 4,2 34 672 17,9% 23 190 2,5 26,0%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 27 088 1,3% 7 267 -3,3% 2,4 -11,3% 8,9 6,4% 19,6% -1,8% 3,2 23 152 3,0% 16 065 2,9 7,7%
H Braga 37 268 -3,5% 18 340 1,4% 4,7 20,5% 18,0 38,8% 43,1% 24,5% 5,9 28 075 2,3% 19 590 4,0 2,3%
H Sra da Oliveira - Guimarães 15 859 4,0% 7 353 23,4% 3,2 -8,6% 8,5 -5,5% 30,4% 26,9% 6,2 12 886 14,2% 9 136 3,6 0,6%
H Sta Maria Maior - Barcelos 6 251 -0,3% 1 534 27,1% 1,6 0,0% 3,5 -10,5% 1,7% 70,5% 3,1 5 839 0,8% 3 848 2,2 -17,2%
IPO Porto 12 669 -0,5% 1 599 -11,9% 1,5 -13,5% 20,6 -16,5% 29,9% -9,3% 1,5 11 494 1,0% 8 968 1,3 5,0%
ULS Alto Minho - V. Castelo 14 774 6,0% 3 862 -3,0% 2,1 -10,1% 5,9 -20,5% 11,0% -31,2% 3,1 12 555 4,2% 8 597 2,9 -9,5%
ULS Matosinhos 17 579 -2,5% 5 994 0,3% 3,0 -6,3% 7,4 -5,1% 17,5% -15,3% 4,1 13 994 0,2% 9 559 3,5 -7,5%
ULS Nordeste - Bragança 6 390 10,0% 1 791 -5,1% 2,1 -7,4% 7,8 16,4% 17,4% 8,2% 3,4 5 487 6,6% 3 828 3,4 -18,9%
Centro 125 080 -0,5% 49 297 -1,0% 4,2 3,3% 13,7 15,8% 37% 8,4% 4,7 98 734 5,4% 69 340 3,7 14,5%
CH Baixo Vouga 13 245 4,6% 3 757 -5,4% 2,3 -8,7% 5,8 -13,1% 11,1% -23,5% 3,3 11 709 0,3% 7 923 3,2 -18,4%
CH Leiria 17 700 -0,4% 8 033 3,2% 3,7 0,0% 8,8 23,4% 24,0% 1,1% 5,5 12 846 4,7% 8 045 4,2 33,4%
CH Tondela - Viseu 17 811 -3,2% 9 739 -2,6% 6,5 10,9% 22,5 19,2% 59,5% 15,9% 6,5 13 606 9,7% 9 484 5,6 24,1%
CH Univer. Cova da Beira 5 955 -4,0% 1 697 -18,8% 3,0 -27,4% 10,3 6,8% 22,4% -28,7% 3,2 4 961 3,6% 3 202 3,0 23,5%
CH Univer. de Coimbra 45 033 -1,8% 19 305 1,8% 4,9 6,6% 14,0 11,7% 42,4% 9,4% 5,2 33 723 3,9% 26 286 3,6 21,2%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 763 -26,4% 154 -4,3% 2,0 35,6% 3,7 -8,4% 0,6% -65,2% 2,4 669 -24,6% 439 2,5 13,4%
H D. Figueira da Foz 6 789 11,1% 2 019 2,2% 2,5 -10,7% 5,5 23,9% 8,9% 289,3% 3,6 6 294 32,5% 4 244 2,8 9,6%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 818 11,5% 518 -5,0% 2,4 31,5% 5,7 32,5% 8,1% 100,9% 3,4 1 570 26,9% 1 064 3,8 29,3%
IPO Coimbra 5 395 0,8% 1 004 -5,0% 1,8 0,0% 21,0 63,6% 42,9% 12,0% 2,2 4 606 7,2% 2 901 1,4 -1,7%
ULS Castelo Branco 4 646 -1,2% 1 097 -4,5% 2,6 13,0% 6,0 -10,4% 10,7% -31,5% 2,8 4 074 -0,6% 2 639 2,6 -4,6%
ULS Guarda 5 925 -0,5% 1 974 -6,4% 3,8 0,4% 8,9 -13,1% 30,2% 2,5% 3,9 4 676 -3,0% 3 113 3,3 -1,5%
Lisboa e Vale do Tejo 226 978 0,9% 88 157 3,4% 4,6 11,4% 16,3 22,6% 39% 8,9% 4,7 182 792 3,1% 129 771 3,1 1,7%
CH Barreiro Montijo 8 697 14,9% 2 908 14,7% 3,5 -4,6% 8,8 -2,8% 26,4% -3,8% 4,2 6 826 11,5% 4 468 2,9 -18,4%
CH Lisboa Ocidental 19 258 -4,2% 5 650 -4,2% 4,6 16,1% 19,6 36,6% 44,5% 22,1% 3,6 16 347 -1,2% 13 043 2,7 9,7%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 922 3,2% 4 177 12,7% 2,8 -9,6% 9,3 -27,5% 22,3% -17,1% 4,8 9 355 7,6% 5 787 3,1 -8,5%
CH Oeste 6 570 -5,3% 2 802 -14,8% 3,9 -10,3% 10,3 -7,0% 27,5% -11,6% 4,8 5 238 4,3% 3 331 4,2 -5,0%
CH Setúbal 14 749 4,5% 6 602 -5,8% 4,8 5,8% 13,1 12,8% 43,1% 10,7% 5,2 12 445 20,4% 8 524 4,3 3,4%
CH Univer. de Lisboa Norte 25 525 -2,1% 10 180 -5,4% 4,7 7,6% 16,6 33,3% 43,9% 21,1% 4,7 20 576 10,2% 15 633 3,3 16,9%
CH Univer. Lisboa Central 38 211 -0,7% 15 889 5,1% 5,2 12,1% 21,0 11,9% 46,8% 12,1% 5,1 30 325 -1,4% 24 450 3,0 7,0%
H Beatriz Ângelo - Loures 16 886 7,2% 7 393 28,0% 4,6 25,7% 10,5 16,7% 32,4% 19,2% 5,8 13 297 -1,6% 8 709 3,1 -2,0%
H D. Santarém 8 809 2,1% 4 420 21,3% 4,6 23,4% 16,6 -12,5% 40,5% 5,6% 6,6 6 012 -3,1% 4 067 3,2 2,2%
H Fern. Fonseca - Lx 18 941 -6,9% 5 965 -20,2% 4,2 1,6% 15,5 37,8% 38,1% 14,9% 3,5 14 388 -2,9% 9 947 2,9 3,9%
H Garcia de Orta - Almada 20 305 6,0% 10 420 15,9% 5,3 -9,7% 21,9 23,3% 50,3% -4,9% 6,4 14 424 1,2% 9 690 3,5 -1,7%
H V. F. Xira 11 936 1,1% 4 967 -7,7% 3,7 -0,9% 15,7 22,7% 29,9% -10,5% 4,8 10 588 4,2% 6 703 4,1 -9,1%
HPP - H Cascais 10 718 7,7% 2 698 18,1% 2,6 27,9% 7,5 28,0% 19,9% 81,9% 3,1 9 278 7,2% 5 604 2,1 -18,4%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 8 253 10,6% 2 312 19,4% 2,5 27,1% 6,1 27,1% 10,9% 140,7% 3,5 7 264 13,0% 4 139 2,8 4,5%
IPO Lisboa 7 198 -11,1% 1 774 18,7% 2,0 52,5% 10,4 31,6% 42,5% 35,4% 3,1 6 429 -9,7% 5 676 1,7 6,3%
Alentejo 25 740 11,2% 8 117 9,7% 2,9 8,6% 9,9 -4,2% 25% 1,3% 3,9 21 371 8,9% 14 508 3,0 -16,2%
H Espírito Santo - Évora 12 498 15,9% 3 280 -4,0% 2,7 -1,2% 13,8 -4,5% 26,2% -10,7% 3,1 10 753 18,6% 7 497 2,8 -24,9%
ULS Baixo Alentejo - Beja 4 472 9,4% 1 181 13,6% 2,1 5,0% 6,2 -33,2% 12,3% -39,2% 3,3 3 847 1,8% 2 466 2,2 -29,8%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 904 7,8% 1 803 12,5% 3,5 9,4% 9,5 21,6% 29,3% 17,7% 5,9 2 983 1,7% 1 970 4,8 10,0%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 4 866 4,5% 1 853 38,5% 3,2 29,3% 9,2 10,8% 28,2% 58,4% 5,1 3 788 -1,4% 2 575 2,9 -3,1%
Algarve 19 452 14,4% 8 573 23,1% 3,5 -3,6% 10,6 0,8% 32% 9,9% 5,8 11 583 18,5% 8 433 3,0 -2,4%
CH Univer. do Algarve 19 452 14,4% 8 573 23,1% 3,5 -3,6% 10,6 0,8% 32,0% 9,9% 5,8 11 583 18,5% 8 433 3,0 -2,3%
Fonte: ACSS
2018
Var. Var.
Var. Percentil Var. % Média
Var. Var. Mediana Percentil Tempo Var. Média
Mediana 90 do LIC do TE
Entradas LIC do TE 90 do TE % LIC resolução Operados Operados do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da >TMRG Operados dos
2018- 2018- da LIC da LIC >TMRG LIC 2018- padrão dos Op.
2018- LIC 2018- Op.
2017 2017 (meses) (meses) (meses) 2017 (meses)
2017 2018- 2017 2018-
2017 2017
Norte 284 146 2,3% 90 033 6,3% 3,0 -5,3% 9,3 3,3% 24% -9,1% 3,9 229 380 -1,0% 201 430 2,9 0,0%
CH Entre o Douro e Vouga 16 257 1,5% 5 268 -3,8% 2,6 4,1% 8,2 2,0% 19,2% -2,1% 3,8 14 249 5,6% 11 915 3,4 4,4%
CH Médio Ave - Famalicão 8 198 6,0% 2 408 5,1% 2,5 2,8% 5,8 15,1% 8,9% 71,9% 3,6 6 876 2,4% 5 355 3,7 -6,7%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 594 5,3% 989 32,4% 1,6 26,3% 3,7 9,8% 1,2% 806,4% 2,7 4 289 -1,2% 3 814 2,3 2,0%
CH Tâmega e Sousa 19 362 -0,3% 5 023 -17,7% 2,5 1,4% 6,5 -5,3% 16,1% -13,8% 2,9 17 283 6,5% 13 262 3,1 1,6%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 471 -13,0% 4 817 1,8% 3,7 16,8% 10,6 0,6% 30,3% 3,1% 4,3 10 881 -19,6% 8 807 3,2 13,0%
CH Univer. de São João 48 482 4,0% 15 412 33,8% 3,2 -12,0% 9,2 11,7% 27,5% -9,2% 4,1 36 859 -4,8% 36 001 2,0 -3,5%
CH Univer. do Porto 36 405 8,4% 9 701 35,2% 2,7 -1,2% 9,0 -26,7% 20,8% -25,4% 3,4 29 408 -2,3% 24 099 2,0 -15,4%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 732 2,8% 7 513 6,7% 2,7 6,7% 8,4 -0,8% 20,0% -5,5% 3,4 22 476 1,6% 21 308 2,7 11,9%
H Braga 38 624 5,5% 18 080 8,7% 3,9 1,7% 13,0 31,0% 34,6% 7,8% 5,9 27 443 7,0% 24 851 3,9 16,2%
H Sra da Oliveira - Guimarães 15 242 6,6% 5 957 5,7% 3,5 -13,9% 9,0 -16,6% 24,0% -32,5% 4,8 11 284 -2,2% 10 982 3,5 -4,5%
H Sta Maria Maior - Barcelos 6 269 17,1% 1 207 -5,0% 1,6 -29,9% 3,9 -23,5% 1,0% -83,4% 2,3 5 794 20,9% 4 684 2,6 -16,5%
IPO Porto 12 728 -4,6% 1 814 -5,2% 1,7 -20,0% 24,7 31,0% 33,0% -14,3% 1,7 11 381 -4,9% 10 122 1,2 -2,6%
ULS Alto Minho - V. Castelo 13 939 -5,3% 3 980 -1,4% 2,3 3,0% 7,5 -15,2% 16,0% -21,0% 3,4 12 044 -9,7% 10 317 3,2 0,9%
ULS Matosinhos 18 035 -0,5% 5 976 -23,3% 3,2 -19,5% 7,8 -8,6% 20,6% -34,9% 3,6 13 968 -4,2% 11 281 3,8 -18,5%
ULS Nordeste - Bragança 5 808 -3,5% 1 888 -17,9% 2,3 -9,3% 6,7 -2,0% 16,0% 5,5% 3,7 5 145 11,2% 4 672 4,1 2,6%
Centro 125 694 3,1% 49 805 12,9% 4,1 5,1% 11,8 15,7% 34% -1,0% 5,0 93 688 -1,8% 85 085 3,2 7,2%
CH Baixo Vouga 12 659 1,0% 3 970 -25,9% 2,5 -32,3% 6,6 -11,2% 14,5% -44,2% 3,4 11 678 27,0% 9 542 4,0 0,1%
CH Leiria 17 777 6,5% 7 781 21,9% 3,7 13,4% 7,1 3,9% 23,7% 34,1% 5,7 12 267 -3,6% 10 895 3,1 2,3%
CH Tondela - Viseu 18 395 7,9% 10 000 22,5% 5,8 1,7% 18,9 22,7% 51,4% 3,0% 7,3 12 400 -0,4% 10 599 4,5 21,5%
CH Univer. Cova da Beira 6 206 2,7% 2 090 13,4% 4,1 21,6% 9,6 18,6% 31,4% 2,7% 4,2 4 790 0,4% 3 769 2,4 1,9%
CH Univer. de Coimbra 45 867 2,3% 18 967 16,1% 4,6 6,2% 12,5 14,6% 38,8% -0,4% 5,3 32 465 -7,6% 33 847 3,0 2,0%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 036 -27,1% 161 -42,9% 1,5 -30,8% 4,1 -4,7% 1,9% 425,5% 1,7 887 -23,7% 590 2,2 19,2%
H D. Figueira da Foz 6 108 11,6% 1 976 73,5% 2,8 35,5% 4,5 7,9% 2,3% 17,9% 4,6 4 749 -3,4% 3 644 2,5 20,5%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 631 -5,6% 545 26,7% 1,8 -8,5% 4,3 -36,6% 4,0% -80,9% 4,3 1 237 -16,9% 1 100 2,9 -5,1%
IPO Coimbra 5 354 0,4% 1 057 18,8% 1,8 -2,7% 12,8 -19,5% 38,3% -0,3% 2,4 4 295 -5,9% 3 472 1,4 5,3%
ULS Castelo Branco 4 704 -1,5% 1 149 -3,4% 2,3 -28,1% 6,7 -22,4% 15,6% -38,5% 2,9 4 098 3,4% 3 651 2,7 7,0%
ULS Guarda 5 957 -0,6% 2 109 0,6% 3,7 -1,3% 10,2 2,7% 29,4% -22,6% 4,3 4 822 -4,6% 3 968 3,4 5,3%
Lisboa e Vale do Tejo 225 057 0,3% 85 289 6,2% 4,1 1,7% 13,3 22,8% 36% -4,8% 4,6 177 293 -0,5% 158 140 3,1 1,3%
CH Barreiro Montijo 7 567 3,9% 2 536 -9,6% 3,6 -21,0% 9,1 -5,5% 27,4% -31,2% 3,9 6 123 4,4% 4 837 3,6 -4,0%
CH Lisboa Ocidental 20 112 4,9% 5 897 12,2% 3,9 0,9% 14,3 27,0% 36,4% -3,0% 3,7 16 542 1,1% 16 779 2,4 12,0%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 583 -7,0% 3 706 -10,4% 3,1 -13,8% 12,8 53,0% 26,8% -2,7% 4,0 8 692 -0,6% 6 579 3,4 2,8%
CH Oeste 6 940 -5,3% 3 290 -15,5% 4,4 0,0% 11,0 11,5% 31,1% -19,7% 5,2 5 022 -3,6% 3 839 4,4 -11,0%
CH Setúbal 14 116 0,8% 7 007 7,4% 4,6 1,5% 11,6 15,8% 39,0% -1,4% 6,2 10 338 -6,2% 8 905 4,1 2,4%
CH Univer. de Lisboa Norte 26 065 -3,2% 10 756 17,2% 4,4 13,4% 12,5 28,8% 36,2% 4,2% 5,3 18 677 -10,4% 20 956 2,8 10,0%
CH Univer. Lisboa Central 38 476 -1,1% 15 119 12,4% 4,7 6,1% 18,7 20,1% 41,7% 0,1% 4,9 30 753 -3,0% 30 785 2,8 -4,7%
H Beatriz Ângelo - Loures 15 747 5,6% 5 774 12,7% 3,6 21,1% 9,0 29,8% 27,2% 28,0% 4,6 13 512 9,2% 9 907 3,2 -3,4%
H D. Santarém 8 625 -5,0% 3 645 -14,9% 3,7 -42,5% 19,0 33,8% 38,4% -29,0% 4,7 6 204 -2,5% 5 226 3,2 -14,9%
H Fern. Fonseca - Lx 20 342 -2,4% 7 473 9,8% 4,2 5,9% 11,3 -2,0% 33,1% -15,6% 4,5 14 814 -5,0% 12 281 2,8 3,2%
H Garcia de Orta - Almada 19 158 5,5% 8 991 11,9% 5,9 11,4% 17,7 42,2% 52,9% 13,7% 5,9 14 251 6,9% 11 590 3,6 -5,1%
H V. F. Xira 11 807 -6,4% 5 380 -6,1% 3,7 -14,0% 12,8 17,5% 33,4% -14,9% 5,4 10 164 1,6% 8 703 4,5 20,3%
HPP - H Cascais 9 955 18,4% 2 285 -1,1% 2,0 -18,7% 5,8 -24,2% 10,9% -59,2% 2,7 8 653 14,4% 6 470 2,6 -12,7%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 7 464 19,2% 1 936 36,4% 2,0 -3,3% 4,8 0,7% 4,5% 15,2% 3,3 6 428 20,5% 4 160 2,7 24,0%
IPO Lisboa 8 100 -9,9% 1 494 7,4% 1,3 -11,1% 7,9 15,0% 31,4% 0,6% 2,2 7 120 -8,8% 7 474 1,6 12,2%
Alentejo 23 152 -2,2% 7 396 -18,0% 2,7 -25,0% 10,4 3,7% 25% -24,7% 3,6 19 619 3,7% 16 630 3,6 10,8%
H Espírito Santo - Évora 10 784 9,1% 3 415 -14,6% 2,8 -39,4% 14,5 5,7% 29,3% -28,4% 3,6 9 063 18,3% 7 838 3,8 20,1%
ULS Baixo Alentejo - Beja 4 089 -18,5% 1 040 -41,8% 2,0 -24,1% 9,2 1,1% 20,2% -30,6% 2,6 3 779 -5,2% 3 143 3,2 22,0%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 622 -2,4% 1 603 1,1% 3,2 -6,8% 7,8 -7,0% 24,9% -3,1% 5,3 2 934 -9,5% 2 564 4,4 -2,9%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 4 657 -8,1% 1 338 -19,1% 2,5 -20,2% 8,3 -16,5% 17,8% -31,4% 3,3 3 843 -4,8% 3 083 2,9 -2,5%
Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 10,5 7,7% 29% -31,9% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%
CH Univer. do Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 10,5 7,7% 29,1% -31,9% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%
Fonte: ACSS
2017
Var. Var.
Var. Percentil Var. % Média
Var. Var. Mediana Percentil Tempo Var. Média
Mediana 90 do LIC do TE
Entradas LIC do TE 90 do TE % LIC resolução Operados Operados do TE
ARS/Hospital Entradas LIC TE LIC TE da >TMRG Operados dos
2017- 2017- da LIC da LIC >TMRG LIC 2017- padrão dos Op.
2017- LIC 2017- Op.
2016 2016 (meses) (meses) (meses) 2016 (meses)
2016 2017- 2016 2017-
2016 2016
Norte 277 688 4,9% 84 663 9,0% 3,1 6,8% 9,0 0,7% 27% 8,3% 3,8 231 740 2,8% 223 988 2,9 -3,4%
CH Entre o Douro e Vouga 16 011 6,8% 5 478 14,0% 2,5 -6,3% 8,0 -10,7% 19,7% -17,8% 4,3 13 490 -1,8% 12 263 3,2 -17,0%
CH Médio Ave - Famalicão 7 734 4,8% 2 291 -12,6% 2,4 -8,3% 5,1 -28,0% 5,2% -64,1% 3,4 6 713 4,8% 5 745 4,0 -16,1%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 362 -2,2% 747 -17,0% 1,3 -28,3% 3,4 -40,4% 0,1% -98,2% 2,0 4 340 4,2% 4 326 2,3 -14,4%
CH Tâmega e Sousa 19 430 9,6% 6 100 19,1% 2,5 2,8% 6,9 5,6% 18,7% 46,7% 4,0 16 224 6,0% 14 056 3,0 7,3%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 15 479 13,7% 4 730 -8,1% 3,2 -15,2% 10,5 -6,5% 29,4% -9,4% 3,6 13 533 19,1% 11 442 2,8 -13,7%
CH Univer. de São João 46 611 3,6% 11 516 21,7% 3,6 31,7% 8,3 15,3% 30,3% 75,6% 3,1 38 731 1,3% 42 176 2,1 6,6%
CH Univer. do Porto 33 570 -2,6% 7 177 -20,1% 2,8 -19,4% 12,3 -19,2% 27,8% -12,9% 2,4 30 098 0,4% 26 354 2,3 -4,8%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 013 5,2% 7 041 15,8% 2,5 5,6% 8,4 11,5% 21,2% 27,0% 3,4 22 121 0,3% 23 504 2,4 -13,9%
H Braga 36 614 15,9% 16 635 47,7% 3,8 29,2% 9,9 -7,8% 32,1% 6,7% 6,4 25 643 3,6% 26 510 3,4 17,5%
H Sra da Oliveira - Guimarães 14 300 -0,2% 5 636 -8,5% 4,1 -6,2% 10,8 -17,7% 35,5% 1,5% 4,6 11 534 0,5% 11 862 3,7 -7,4%
H Sta Maria Maior - Barcelos 5 352 -4,8% 1 270 -22,5% 2,2 -33,0% 5,1 -40,2% 6,0% -76,4% 2,7 4 793 8,1% 4 141 3,1 4,4%
IPO Porto 13 346 -3,4% 1 914 -4,5% 2,2 30,0% 18,9 20,5% 38,5% 17,2% 1,7 11 964 -0,9% 11 480 1,3 -1,1%
ULS Alto Minho - V. Castelo 14 719 8,6% 4 038 -12,4% 2,2 -15,2% 8,8 31,3% 20,3% 23,0% 3,2 13 342 11,4% 12 534 3,2 -18,7%
ULS Matosinhos 18 130 3,4% 7 789 9,9% 3,9 4,4% 8,5 8,5% 31,7% 7,9% 5,4 14 586 0,7% 12 551 4,7 -0,9%
ULS Nordeste - Bragança 6 017 1,6% 2 301 28,1% 2,5 10,3% 6,8 15,2% 15,2% 59,8% 5,0 4 628 -5,0% 4 937 4,0 4,3%
Centro 121 896 2,5% 44 118 12,9% 3,9 10,4% 10,2 -3,5% 34% 21,6% 4,5 95 437 -1,9% 95 801 3,0 1,0%
CH Baixo Vouga 12 536 10,1% 5 361 21,8% 3,7 17,0% 7,5 -30,7% 26,0% -3,1% 5,5 9 194 -0,8% 8 677 4,0 1,8%
CH Leiria 16 695 8,8% 6 385 16,5% 3,2 1,0% 6,9 -19,5% 17,7% -20,3% 4,9 12 723 3,5% 12 423 3,1 -1,6%
CH Tondela - Viseu 17 046 -0,5% 8 164 28,3% 5,7 38,7% 15,4 18,5% 49,9% 34,7% 6,6 12 444 -8,8% 11 731 3,7 6,2%
CH Univer. Cova da Beira 6 040 -0,1% 1 843 16,7% 3,4 7,4% 8,1 29,9% 30,5% 123,3% 3,8 4 770 -2,3% 4 048 2,4 -11,6%
CH Univer. de Coimbra 44 854 -0,8% 16 339 4,3% 4,3 11,2% 10,9 0,3% 38,9% 29,5% 4,4 35 154 -2,1% 40 040 2,9 5,5%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 422 3,5% 282 18,5% 2,2 71,1% 4,3 45,5% 0,4% 2,5 1 163 -8,1% 778 1,9 -18,3%
H D. Figueira da Foz 5 474 7,3% 1 139 15,2% 2,1 14,8% 4,1 15,0% 1,9% 855,1% 2,6 4 916 5,0% 4 121 2,1 -3,1%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 728 -4,6% 430 -3,8% 2,0 0,0% 6,8 11,5% 21,2% 89,2% 3,0 1 489 -2,7% 1 280 3,1 8,3%
IPO Coimbra 5 332 9,3% 890 -1,7% 1,9 6,7% 16,0 4,8% 38,4% -7,5% 2,0 4 564 7,4% 4 176 1,3 -13,9%
ULS Castelo Branco 4 778 5,9% 1 189 17,8% 3,2 1,1% 8,6 -51,4% 25,3% -15,4% 3,1 3 963 -6,6% 3 953 2,5 4,3%
ULS Guarda 5 991 -1,4% 2 096 5,0% 3,8 10,2% 10,0 -2,8% 38,0% 32,9% 4,2 5 057 -5,2% 4 519 3,2 -9,3%
Lisboa e Vale do Tejo 224 292 4,8% 80 339 9,4% 4,0 8,0% 10,8 -4,4% 38% 14,4% 4,4 178 119 3,5% 176 367 3,0 2,5%
CH Barreiro Montijo 7 285 0,2% 2 804 -9,3% 4,6 -8,6% 9,6 -31,7% 39,9% -8,0% 4,4 5 864 -0,5% 5 070 3,7 3,3%
CH Lisboa Ocidental 19 179 5,2% 5 255 15,6% 3,9 23,2% 11,3 19,8% 37,6% 34,8% 3,4 16 366 5,6% 19 330 2,2 -1,3%
CH Médio Tejo -T. Novas 11 384 5,4% 4 137 27,6% 3,6 0,9% 8,4 -11,0% 27,6% 13,6% 4,6 8 743 -2,1% 7 410 3,3 -3,8%
CH Oeste 7 332 9,2% 3 893 -4,9% 4,4 -9,7% 9,9 -29,4% 38,7% -2,2% 6,2 5 208 10,2% 4 621 5,0 3,9%
CH Setúbal 14 005 11,2% 6 527 8,1% 4,5 3,1% 10,0 -15,5% 39,5% 3,9% 5,8 11 025 11,4% 10 617 4,0 4,8%
CH Univer. de Lisboa Norte 26 939 5,1% 9 174 23,6% 3,9 20,8% 9,7 -5,4% 34,8% 31,7% 4,4 20 851 -0,2% 26 091 2,5 -3,5%
CH Univer. Lisboa Central 38 900 2,8% 13 448 4,7% 4,4 3,1% 15,6 10,6% 41,7% 5,0% 4,2 31 695 3,8% 33 298 2,9 4,0%
H Beatriz Ângelo - Loures 14 907 3,5% 5 125 24,1% 3,0 5,9% 6,9 -2,8% 21,3% 16,8% 4,4 12 375 -0,6% 9 736 3,3 7,6%
H D. Santarém 9 076 12,1% 4 284 5,8% 6,4 28,7% 14,2 10,3% 54,1% 24,9% 5,7 6 365 14,8% 5 794 3,7 -8,5%
H Fern. Fonseca - Lx 20 848 -0,1% 6 807 4,1% 3,9 0,9% 11,5 9,5% 39,3% 15,3% 3,8 15 586 -3,6% 13 856 2,7 0,8%
H Garcia de Orta - Almada 18 155 1,4% 8 034 -1,5% 5,3 21,5% 12,5 15,8% 46,5% 23,0% 5,4 13 330 -1,0% 11 785 3,8 0,6%
H V. F. Xira 12 618 3,8% 5 730 27,7% 4,3 65,4% 10,9 38,1% 39,2% 86,6% 6,0 10 003 5,0% 10 017 3,7 18,5%
HPP - H Cascais 8 407 0,2% 2 311 -14,9% 2,5 -0,7% 7,7 -3,8% 26,8% 9,7% 3,2 7 563 10,4% 6 441 3,0 11,2%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 6 263 26,0% 1 419 36,0% 2,0 35,6% 4,8 41,6% 3,9% 929,0% 2,9 5 336 18,4% 3 706 2,2 1,2%
IPO Lisboa 8 994 10,6% 1 391 34,1% 1,5 -10,0% 6,9 5,4% 31,2% -20,1% 1,9 7 809 8,5% 8 766 1,5 -3,1%
Alentejo 23 678 -6,8% 9 025 5,7% 3,6 16,1% 10,0 -9,4% 33% 18,2% 4,6 18 923 -8,1% 17 991 3,2 2,8%
H Espírito Santo - Évora 9 881 -6,1% 3 998 11,4% 4,6 25,7% 13,7 0,5% 40,9% 30,8% 5,0 7 659 -13,6% 7 464 3,1 -7,1%
ULS Baixo Alentejo - Beja 5 020 -2,3% 1 788 17,7% 2,6 0,0% 9,1 2,6% 29,1% 26,2% 4,5 3 988 -6,9% 3 840 2,6 1,7%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 710 -20,0% 1 585 -5,6% 3,4 37,3% 8,4 17,0% 25,7% 49,7% 5,0 3 241 -6,3% 2 997 4,5 31,0%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 067 -0,7% 1 654 -5,5% 3,1 -8,7% 9,9 -34,9% 25,9% -28,3% 3,8 4 035 1,5% 3 679 3,0 0,5%
Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 9,7 -10,4% 43% 21,6% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%
CH Univer. do Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 9,7 -10,4% 42,7% 21,6% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%
Fonte: ACSS
2020
Mediana Percentil 90
Var. Var. LIC Tempo Var. % LIC Var.
do TE da do % LIC
Grupo de Serviço Entradas Entradas LIC 2020- resolução >TMRG Operados Operados
LIC TE da LIC >TMRG
2020-2019 2019 LIC (meses) 2020-2019 2020-2019
(meses) (meses)
Cirurgia Cabeça e
Pescoço (inclui
40 442 -31,7% 20 068 -19,9% 4,9 5,3 19,7 47,1% 36,0% 37 189 -24,7%
ORL,
Estomatologia)
Cirurgia
10 915 -10,3% 2 045 -13,2% 2,9 2,2 13,8 36,5% -14,7% 9 724 -7,3%
Cardiotóracica
Cirurgia Geral 95 527 -23,7% 34 505 -18,6% 3,6 4,0 17,2 36,3% 15,7% 86 699 -21,6%
Cirurgia Pediátrica 8 776 -22,7% 4 031 -11,8% 4,1 5,2 15,0 35,3% 42,4% 8 006 -21,7%
Cirurgia Plástica /
37 931 -16,7% 12 635 0,3% 3,6 3,9 20,0 39,3% 9,6% 32 195 -18,2%
Dermatologia
Cirurgia Vascular 17 864 -18,3% 6 423 -28,2% 3,8 3,8 18,7 44,2% 11,0% 16 719 -10,1%
Ginecologia/
39 786 -23,1% 10 720 -8,7% 2,5 3,2 11,4 24,6% 55,3% 35 347 -22,5%
Obstetricia
Laboratórios 319 -27,2% 2 0,0% 18,1 0,1 18,3 100,0% 100,0% 292 -24,5%
Neurocirurgia 10 259 -24,3% 6 586 -11,4% 10,7 7,2 29,4 64,7% 18,4% 8 590 -16,4%
Oftalmologia 191 102 -15,5% 51 068 -10,7% 2,6 3,1 12,7 26,4% 33,6% 174 950 -15,7%
Ortopedia 90 008 -21,4% 51 044 -8,2% 4,7 6,5 21,1 45,6% 12,2% 74 248 -18,4%
Outros Seviços 1 733 -23,1% 211 19,9% 1,7 1,5 6,2 36,0% 201,9% 1 464 -28,2%
Urologia 32 671 -18,5% 13 269 -10,9% 3,8 4,6 17,5 45,0% 14,8% 28 577 -12,6%
Total 577 333 -20,3% 212 607 -12,5% 3,8 4,2 17,8 38,4% 19,8% 514 000 -18,2%
Fonte: ACSS
2019
Mediana Percentil 90
Var. Var. LIC Tempo Var. % LIC Var.
do TE da do % LIC
Grupo de Serviço Entradas Entradas LIC 2019- resolução >TMRG Operados Operados
LIC TE da LIC >TMRG
2019-2018 2018 LIC (meses) 2019-2018 2019-2018
(meses) (meses)
Cirurgia Cabeça e
Pescoço (inclui
59 239 -2,9% 25 045 2,5% 4,0 5,1 14,0 34,6% 8,2% 49 335 -0,3%
ORL,
Estomatologia)
Cirurgia
12 166 4,7% 2 355 4,4% 3,9 2,3 13,9 42,8% 58,6% 10 507 5,4%
Cardiotóracica
Cirurgia Geral 125 126 -2,5% 42 407 -11,8% 3,4 3,9 13,6 31,4% 2,6% 110 932 4,0%
Cirurgia Pediátrica 11 355 3,1% 4 568 -5,2% 3,1 4,6 10,2 24,8% -5,9% 9 784 8,8%
Cirurgia Plástica /
45 553 1,5% 12 598 -12,5% 3,5 3,2 16,7 35,9% 9,7% 39 751 5,2%
Dermatologia
Cirurgia Vascular 21 872 0,5% 8 944 -4,9% 4,6 4,8 14,2 39,8% 23,9% 18 400 12,4%
Mediana Percentil 90
Var. Var. LIC Tempo Var. % LIC Var.
do TE da do % LIC
Grupo de Serviço Entradas Entradas LIC 2019- resolução >TMRG Operados Operados
LIC TE da LIC >TMRG
2019-2018 2018 LIC (meses) 2019-2018 2019-2018
(meses) (meses)
Ginecologia/
51 714 -0,8% 11 746 -5,3% 2,3 2,7 6,8 15,8% -7,9% 45 466 3,1%
Obstetricia
Laboratórios 438 -4,2% 2 -75,0% 7,0 0,1 8,1 50,0% 387 -8,9%
Neurocirurgia 13 551 2,3% 7 435 19,6% 6,2 7,1 23,0 54,6% 13,8% 10 435 -0,5%
Oftalmologia 226 290 6,8% 57 170 3,5% 2,6 3,0 8,4 19,8% -3,8% 207 639 8,2%
Ortopedia 114 572 5,1% 55 614 4,4% 4,6 5,9 17,0 40,7% 8,8% 90 825 7,0%
Outros Seviços 2 255 19,7% 176 43,1% 0,5 1,0 2,5 11,9% 22,3% 2 041 23,2%
Urologia 40 103 3,1% 14 889 7,8% 3,3 4,6 13,8 39,2% 9,9% 32 780 2,1%
Total 724 234 2,6% 242 949 -0,6% 3,5 4,0 13,3 32,1% 6,7% 628 282 5,6%
Fonte: ACSS
2018
Cirurgia Cabeça e
Pescoço (inclui
60 985 -0,8% 24 436 5,2% 4,1 4,9 11,1 32,0% 0,1% 49 492 -2,5%
ORL,
Estomatologia)
Cirurgia
11 615 2,2% 2 256 35,8% 3,2 2,5 10,0 27,0% 9,5% 9 972 -1,2%
Cardiotóracica
Cirurgia Geral 128 361 0,2% 48 094 7,3% 3,7 4,6 11,7 30,6% -3,8% 106 709 -1,1%
Cirurgia Pediátrica 11 013 -2,7% 4 817 8,4% 3,2 5,4 9,3 26,3% -1,9% 8 989 -3,7%
Cirurgia Plástica /
44 877 -0,7% 14 396 3,3% 3,4 3,9 13,4 32,7% -6,2% 37 789 -0,4%
Dermatologia
Cirurgia Vascular 21 770 3,9% 9 409 16,8% 3,6 5,5 11,7 32,1% -1,0% 16 366 -3,1%
Ginecologia/
52 106 -0,9% 12 408 9,9% 2,4 2,9 7,0 17,2% 0,3% 44 097 -3,4%
Obstetricia
Laboratórios 457 14,8% 8 300,0% 0,6 0,2 2,1 0,0% 0,0% 425 13,3%
Neurocirurgia 13 249 -4,2% 6 216 3,6% 5,4 5,8 19,5 48,0% -2,7% 10 488 -5,0%
Oftalmologia 211 867 3,4% 55 254 1,5% 2,6 3,1 8,4 20,5% -1,4% 191 978 5,7%
Ortopedia 109 012 0,8% 53 267 5,3% 4,6 6,0 14,1 37,4% -4,0% 84 915 2,6%
Outros Seviços 1 884 38,9% 123 95,2% 0,4 0,8 2,0 9,8% 3,4% 1 657 31,0%
Urologia 38 907 -1,7% 13 817 8,5% 3,2 4,4 11,8 35,6% 1,0% 32 101 -3,6%
Total 706 103 1,0% 244 501 5,7% 3,5 4,2 11,4 30,0% -2,3% 594 978 1,0%
Fonte: ACSS
2017
Var. %
Mediana Percentil
Var. Var. LIC Tempo LIC Var. Média do
do TE da 90 do % LIC
Grupo de Serviço Entradas Entradas LIC 2017- resolução >TMRG Operados Operados Peso
LIC TE da LIC >TMRG
2017-2016 2016 LIC (meses) 2017- 2017-2016 Relativo
(meses) (meses)
2016
Cirurgia Cabeça e
Pescoço (inclui
61 494 1,6% 23 235 5,0% 3,7 4,6 9,7 31,8% 0,8% 50 747 1,9% 0,8
ORL,
Estomatologia)
Cirurgia
11 363 -1,5% 1 661 15,3% 2,7 1,8 6,9 17,5% -1,7% 10 092 -4,1% 3,5
Cardiotóracica
Cirurgia Geral 128 118 0,3% 44 809 4,2% 3,7 4,2 10,4 34,4% 2,4% 107 908 1,0% 1,0
Cirurgia
11 320 5,9% 4 445 20,6% 3,4 5,0 8,8 28,2% 6,6% 9 331 5,4% 0,7
Pediátrica
Cirurgia Plástica /
45 191 3,6% 13 933 4,5% 3,9 3,7 11,3 38,9% 5,4% 37 942 6,9% 0,9
Dermatologia
Cirurgia Vascular 20 958 2,3% 8 057 2,7% 3,6 4,6 9,7 33,1% 1,2% 16 886 1,2% 1,2
Ginecologia/
52 564 -1,5% 11 293 9,5% 2,3 2,6 6,9 16,9% -1,1% 45 646 -3,1% 0,6
Obstetricia
Laboratórios 398 168,9% 2 -80,0% 0,1 0,1 0,1 0,0% 0,0% 375 184,1% 0,9
Neurocirurgia 13 825 3,8% 6 000 9,2% 5,9 5,4 17,1 50,7% 8,0% 11 042 8,4% 1,8
Oftalmologia 204 812 10,5% 54 446 17,2% 2,9 3,3 7,6 21,9% 6,6% 181 547 10,2% 0,7
Ortopedia 108 153 4,9% 50 569 12,3% 4,8 5,9 11,6 41,4% 6,2% 82 738 -0,7% 1,5
Outros Seviços 1 356 -25,0% 63 -10,0% 0,4 0,5 1,9 6,3% -0,8% 1 265 -23,0% 0,7
Urologia 39 580 0,8% 12 737 5,4% 3,1 3,9 10,1 34,6% 0,6% 33 294 -0,4% 0,7
Total 699 132 4,2% 231 250 9,6% 3,6 4,1 9,7 32,3% 3,9% 588 813 3,5% 1,0
Fonte: ACSS