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CONCURSO PÚBLICO
EBSERH
EMPRESA BRASILEIRA DE
SERVIÇOS HOSPITALARES
NÍVEL MÉDIO
Técnico
em Enfermagem
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico e Matemático
Legislação Aplicada à EBSERH
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Legislação Aplicada ao SUS
Conhecimentos Específicos
Acesse: www.cdvirtual.com.br
Siga as instruções e cadastre-se:
Nome do Usuário: EBSERHEN
Sua senha é: 3300
Licensed to Emanuelle Gonçalves de Barros da Silva - silvaemanuelle2023@gmail.com
Conhecimentos Específicos
Código de Ética em Enfermagem .................................................................................................................................... 01
Decreto no 94.406, de 8 de junho de 1987 ................................................................................................................... 07
Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986 ............................................................................................................................ 09
Enfermagem no centro cirúrgico: Recuperação da anestesia. Atuação nos períodos pré-operatório,
transoperatório e pós-operatório. Atuação durante os procedimentos cirúrgico anestésicos. Materiais e equipamentos
básicos que compõem as salas de cirurgia e recuperação anestésica. Rotinas de limpeza da sala de cirurgia ..... 10
Central de material e esterilização. Uso de material estéril. Manuseio de equipamentos:
autoclaves; seladora térmica e lavadora automática ultrassónica .............................................................................. 15
Infecção hospitalar: Noções de controle de infecção hospitalar ............................................................................. 16
Procedimentos de enfermagem: Verificação de sinais vitais, oxigenoterapia, aerossolterapia e curativos ..... 19
Administração de medicamentos ................................................................................................................................... 22
Coleta de materiais para exames ................................................................................................................................... 26
Enfermagem nas situações de urgência e emergência: Conceitos de emergência e urgência.
Estrutura e organização do pronto socorro .................................................................................................................. 28
Atuação do técnico de enfermagem em situações de choque, parada cardiorrespiratória, politrauma, afogamento,
queimadura, intoxicação, envenenamento e picada de animais peçonhentos ........................................................... 30
Enfermagem em saúde publica: Politica Nacional de Imunização ........................................................................ 35
Controle de doenças transmissíveis, não transmissíveis e sexualmente transmissíveis .......................................... 40
Atendimento aos pacientes com hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, doença
renal crônica, hanseníase, tuberculose, dengue ......................................................................................................... 42
Doenças de notificações Compulsórias ........................................................................................................................ 48
Programa de assistência integrada a saúde da criança, mulher, homem, adolescente e idoso ............................... 50
Ética: Conduta ética dos profissionais da área de saúde ........................................................................................... 51
Princípios gerais de segurança no trabalho: Prevenção e causas dos acidentes do trabalho. Princípios
de ergonomia no trabalho ............................................................................................................................................... 52
Códigos e símbolos específicos de Saúde e Segurança no Trabalho ........................................................................ 59
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CONCURSO PÚBLICO
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EMPRESA BRASILEIRA DE
SERVIÇOS HOSPITALARES
NÍVEL MÉDIO
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em Enfermagem
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Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico e Matemático
Legislação Aplicada à EBSERH
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Código de Ética em Enfermagem .................................................................................................................................... 01
Decreto no 94.406, de 8 de junho de 1987 ................................................................................................................... 07
Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986 ............................................................................................................................ 09
Enfermagem no centro cirúrgico: Recuperação da anestesia. Atuação nos períodos pré-operatório,
transoperatório e pós-operatório. Atuação durante os procedimentos cirúrgico anestésicos. Materiais e equipamentos
básicos que compõem as salas de cirurgia e recuperação anestésica. Rotinas de limpeza da sala de cirurgia ..... 10
Central de material e esterilização. Uso de material estéril. Manuseio de equipamentos:
autoclaves; seladora térmica e lavadora automática ultrassónica .............................................................................. 15
Infecção hospitalar: Noções de controle de infecção hospitalar ............................................................................. 16
Procedimentos de enfermagem: Verificação de sinais vitais, oxigenoterapia, aerossolterapia e curativos ..... 19
Administração de medicamentos ................................................................................................................................... 22
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Enfermagem nas situações de urgência e emergência: Conceitos de emergência e urgência.
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Atuação do técnico de enfermagem em situações de choque, parada cardiorrespiratória, politrauma, afogamento,
queimadura, intoxicação, envenenamento e picada de animais peçonhentos ........................................................... 30
Enfermagem em saúde publica: Politica Nacional de Imunização ........................................................................ 35
Controle de doenças transmissíveis, não transmissíveis e sexualmente transmissíveis .......................................... 40
Atendimento aos pacientes com hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, doença
renal crônica, hanseníase, tuberculose, dengue ......................................................................................................... 42
Doenças de notificações Compulsórias ........................................................................................................................ 48
Programa de assistência integrada a saúde da criança, mulher, homem, adolescente e idoso ............................... 50
Ética: Conduta ética dos profissionais da área de saúde ........................................................................................... 51
Princípios gerais de segurança no trabalho: Prevenção e causas dos acidentes do trabalho. Princípios
de ergonomia no trabalho ............................................................................................................................................... 52
Códigos e símbolos específicos de Saúde e Segurança no Trabalho ........................................................................ 59
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RACIOCÍNIO
LÓGICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que:
ANÁLISE COMBINATÓRIA
- o número de possibilidades para o 1º lugar é 4
CONTAGEM:
PRINCÍPIO ADITIVO E MULTIPLICATIVO. - o número de possibilidades para o 2º lugar é 3
INTRODUÇÃO:
- o número de possibilidades para o 3º lugar é 2
Análise combinatória é a parte da Matemática que
estuda o número de possibilidades de ocorrência de - o número total de possibilidades é 4 . 3 . 2 = 24
um determinado acontecimento (evento) sem, neces-
sariamente, descrever todas as possibilidades. O esquema desenvolvido no exemplo é chamado
árvore das possibilidades e facilita a resolução dos
FATORIAL: problemas de contagem.
Sendo n um número inteiro, maior que 1 (um), defi-
ne-se fatorial de n, e indica-se n!, a expressão: A partir do exemplo podemos enunciar o princípio
fundamental da contagem, que nos mostra um méto-
° n IN e n ! 1 do algébrico para determinar o número de possibilida-
o® des de ocorrer um evento, sem precisarmos descrever
°̄n! (lê - se : n fatorial ou fatorial de n)
todas as possibilidades.
n! = n(n - 1) (n - 2) ... 3 . 2 . 1
Se um acontecimento pode ocorrer por várias eta-
0! 1 pas sucessivas e independentes, de tal modo que:
Definições especiais:
1! 1
p1 é o número de possibilidades da 1ª etapa
n! = n . (n - 1)! = n (n - 1) . (n - 2)! = n (n - 1) . (n - 2)
p2 é o número de possibilidades da 2ª etapa
. (n - 3)!
.
5! .
Ex. : Resolução:
3 ! 2! .
pk é o número de possibilidades da k-ésima etapa,
5! 5 . 4 . 3 . 2 .1 120 120
15
3 ! 2! 3 . 2 .1 2 .1 6 2 8 então, p1 . p2 ... pk é o número total de possibilidades
Resposta: 15 de o acontecimento ocorrer.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Ex.: Os números dos telefones de São Paulo têm 7
Vamos resolver um problema, descrevendo todos algarismos. Determinar o número máximo de telefones
os resultados possíveis de um acontecimento. que podem ser instalados, sabendo-se que os números
Quatro carros (c1, c2, c3, e c4) disputam uma corrida. não podem começar com zero.
Quantas são as possibilidades de chegada para os três
primeiros lugares? Resolução:
Ordem de
1º lugar 2º lugar
3º lugar chegada
9 10 10 10 10 10 10
(4)* (3)* (2)* (24)
c3 c1c2c3 Com os algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9)
c4 { c1c2c4 temos 9 possibilidades diferentes de escolha para o pri-
c2
c2 c1c3c2
c3
c4 { c1c3c4
meiro algarismo (o zero não pode ser colocado) do nú-
mero do telefone e dez possibilidades para os outros
c4
c2 c1c4c2
c3 { c1c4c3
algarismos.
c3 c2c1c3
c4 { c2c1c4
Logo, pelo princípio fundamental da contagem, te-
c1 mos:
c1 c2c3c1
c3
c4 { c2c3c4
c4 9 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10 = 9 000 000
c1 c2c4c1
c3 { c2c4c3
c2 c3c1c2 Resposta: O número de telefones é 9 000 000.
c4 { c3c1c4
c1
c1 c3c2c1 ARRANJOS SIMPLES
c2
c4 { c3c2c4
c4
c1 c3c4c1
c2 { c3c4c2 Arranjo simples é o tipo de agrupamento sem re-
c2 c4c1c2 petição em que um grupo é diferente de outro pela or-
c3 { c4c1c3 dem ou pela natureza dos elementos componentes.
c1
c1 c4c2c1
c2
c3 { c4c2c3 Exemplo: Quantos números de dois algarismos (ele-
c3
c1 c4c3c1 mentos) distintos podem ser formados usando-se os al-
{
* possibilidade(s) c2 c4c3c2 garismos (elementos) 2, 3, 4 e 5?
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: Generalizando, temos
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: Isso significa que uma mesma comissão foi contada
Quantos números de 4 algarismos distintos podem duas vezes.
ser formados, usando-se os algarismos 1, 3, 5 e 7?
Portanto, o total de comissões é dez.
Resolução:
§ 20·
P4 = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 ¨¨ ¸¸ 10
Resposta: Podem ser formados 24 números. ©2¹
Combinação simples é o tipo de agrupamento sem Os grupos assim obtidos são denominados combi-
repetição em que um grupo é diferente de outro apenas nações simples dos 5 elementos tomados 2 a 2, e são
pela natureza dos elementos componentes. indicados C5,2.
Ex.: Quantas comissões de 2 pessoas podem ser
Daí define-se:
formadas com 5 alunos (A, B, C, D e E) de uma classe?
Combinações simples de n elementos distintos to-
Resolução: mados p a p (n t p) são todos os subconjuntos de p
elementos que é possível formar a partir de um conjun-
to com n elementos.
Indica-se: Cn,p.
Fórmula das combinações simples
n!
A n,p (n - p)! n!
Cn,p
p! p! p! (n - p)!
n!
Cn,p
p! (n - p)!
RACIOCÍNIO LÓGICO
§10 · §10 3 ·
§10 3 2 · Assim:
¨¨ ¸¸ ¨¨
¨¨ ¸¸ ¸¸
©3¹ ©©2 5 ¹ ¹
10! 7! 5! 10! Crep(5,6) = C(5+6-1,6)
3! 7! 2! 5! 5! 0! 3! 2! 5! Generalizando isto, podemos mostrar que:
RACIOCÍNIO LÓGICO
b) Quanto à razão, a P.A. pode ser:
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS Crescente: r > 0, cada termo é maior que o anterior.
E GEOMÉTRICAS Ex.: (1, 8, 15, 22, 29, 36)
Constante: r = 0. todos os termos são iguais. Ex.:
SEQÜÊNCIA (Sucessão) (3, 3, 3, ...)
Decrescente: r < 0, cada termo é menor que o ante-
Definição: É um conjunto de coisas, objetos, nú- rior. Ex.: (5, 2, -1, -4)
meros, dispostos ordenadamente.
Ex.: - sucessão dos meses do ano: (janeiro, feve- Fórmula do Termo Geral: É a fórmula que relacio-
reiro, março, ... , dezembro) na o termo de ordem n(an) com o primeiro termo (a1), o
- sucessão dos números pares positivos: (2, 4, 6, 8, número de termos (n) e a razão (r).
10, ...). 1º termo a1 = a 1
Se a ordem for invertida, temos uma nova suces- 2º termo a2 = a1 + r
são.
3º termo
Em uma sucessão ou seqüência o primeiro termo
chamamos de a1 (a índice 1), onde o índice indica a 4º termo
posição do termo. Uma sucessão de n termos seria:
(a1, a2, a3, a4, ..., an) .
As seqüências a serem estudadas são aquelas que .
obedecem uma lei de formação. .
As seqüências podem ser definidas:
a) pelo termo geral; nésimo termo
b) por um termo qualquer em relação ao anterior.
Portanto:
a) Pelo termo geral: Neste caso, determinamos
qualquer termo sem necessidade de calcular o seu an-
terior. Conhecidas três das quatro grandezas relaciona-
Ex.: an = n - 2 para n = 1 | a1 = 1 - 2 = -1 das, calcula-se a quarta.
para n = 2 => a2 = 2 - 2 = 0 Ex. Na P.A. em que a4 = -7 e r = 3, calcular o pri-
para n = 3 => a3 = 3 - 2 = 1 meiro termo e o termo de ordem 10.
A seqüência será (-1, 0, 1, ...) Solução:
a4 = a1 + 3 . r a10 = a1 + 9 . r
b) Por um termo qualquer em relação ao anteri- -7 = a1 + 3 . (3) a10 = (-16) + 9 . (3)
or: Só se determina um termo se calcularmos o anteri- a1 = -7 -9 a10 = 11
or e tivermos um termo da seqüência. a1 = -16 (termo de ordem 10 ou
Ex.: an = an - 1 + 3 e a1 = 2 (primeiro termo) décimo termo)
para n = 2 => a2 = a2-1 + 3 = a1 + 3 = 2 + 3 = 5
para n = 3 => a3 = a3-1 + 3 = a2 + 3 = 5 + 3 = 8 EXERCÍCIO: Determinar o vigésimo termo da P.A.
A seqüência será (2, 5, 8, ...) (3, 8, ...). Resp.98
Obs.: Se quisermos calcular o 20º termo do exem-
plo anterior: PROPRIEDADE:
a) an = n-2 => a20 => 20 - 2 = a20 = 18 Dados três números a, b e c, em P.A., nessa or-
b) an = an-1 + 3 => a20 = a19 + 3, precisamos dem, temos que b é média aritmética de a e c, ou seja:
calcular o 19 anteriores para calcular o 20º.
PROGRESSÃO ARITMÉTICA
Explicação: Por definição de P.A.,
Definição: Progressão aritmética (P.A.) é toda se- r = b - a e r = c - b, ou b - a = c - b => 2b = a + c
qüência na qual cada termo, a partir do segundo, é a
INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA:
soma do termo anterior com uma constante (razão).
Neste item vamos aprender a intercalar números
Sendo a1 o 1º termo e r a razão da P.A. pela defini- reais entre dois números dados, de tal forma que todos
ção, podemos escrever: passem a construir uma progressão aritmética.
Ex.: 1) Interpolar cinco meios aritmético entre 6 e
30. / Resolução: 6, - , - , - , - , - , 30
a1 an
RACIOCÍNIO LÓGICO
2) Quantos meios aritméticos devemos interpolar Ex.: 1) Achar a soma dos 30 primeiros termos da P.A.
entre 100 e 124 para que a razão seja 4? (2, 5, ...).
Resolução:
Resolução:
an = a1 + (n - 1)r
124 = 100 + 4n - 4
28 = 4n
Cálculo de an
n=7
Como n = 7 é o número total de termos, devemos
interpolar 7 - 2 = 5 meios.
Resposta: 5 meios
EXERCÍCIO: Interpole 11 meios aritméticos entre 1
e 37. Resp. r = 3
Cálculo de Sn
FÓRMULA DA SOMA DOS n TERMOS DE UMA
P.A. FINITA:
Propriedade: Consideremos a P.A. finita (6, 10, 14, Resposta: S30 - 1.365
18, 22, 26, 30, 34) e nela podemos destacar: 6 e 34 são
os extremos: EXERCÍCIO:
Calcule a soma dos 50 primeiros termos da P.A. (2,
6,...). Resp. Sn = 5.000
RACIOCÍNIO LÓGICO
FÓRMULA DO TERMO GERAL: A P.G. é: (108, 72, 48, 32, 64/3)
É a fórmula que relaciona o termo de ordem n (an) Note que, se não fossem exigidos meios positivos,
com o primeiro termo (a1), o número de termos (n) e a poderíamos ter:
razão (q).
e a outra P.G. seria: (108, -72, 48, -32,
conhecidas três das quatro gran-
dezas relacionadas, calcula-se a quarta. 64/3)
EXERCÍCIO: Inserir cinco meios geométricos entre
Ex.: 1) Determinar o quinto termo (a5) da P.G.: (2, 6, 8 e 512. Resp. q = 2 (8, 16, 32, 64, 128, 256, 512)
18,...)
Solução: a1 = 2 Logo: a5 = a1 . q(5-1) P.G. crescente
q = 6 : 2 = 18 : 6 = 3 a5 = a 1 . q4
n=5 a5 = 2 . 34 FÓRMULA DA SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G.
a5 = 162 FINITA:
Solução:
Resp. 9/2
RACIOCÍNIO LÓGICO
1ª bola 2ª bola 3ª bola
PROBABILIDADE
P PPP
INTRODUÇÃO P V PPV
Consideremos os seguintes experimentos: P
• aquecimento da água contida em uma panela; V P PVP
• queda livre de um corpo. V PVV
Conhecidas certas condições, podemos prever a P VPP
temperatura em que a água entrará em ebulição e a P V VPV
velocidade com que o corpo atingirá o solo. V
V P VVP
Os experimentos cujos resultados podem ser pre- V VVV
vistos, isto é, podem ser determinados antes da sua
realização, são denominados experimentos
O espaço amostral será:
determinísticos.
U = {(PPP), (PPV), (PVP), (PVV), (VPP), (VPV),
(VVP), (VVV)}
Consideremos também os experimentos.
Alguns eventos:
• lançamento de uma moeda e leitura da figura da
evento 1: as três bolas têm a mesma cor
face voltada para cima;
{(PPP) (VVV)}
• lançamento de um dado comum e leitura do nú-
evento 2: 2 das bolas são pretas
mero voltado para cima;
{(PPV) (PVP) (VPP)}
• nascimento de uma criança;
evento 3: as três bolas são vermelhas
• sorteio de uma carta do baralho.
{(VVV)}
evento 4: o número de bolas pretas é igual ao
Se estes experimentos forem repetidos várias ve-
número de bolas vermelhas { }
zes, nas mesmas condições, não poderemos prever o
seu resultado.
PROBABILIDADE DE UM EVENTO
A teoria da probabilidade se aplica a vários campos
Experimentos que, ao serem realizados repetidas
ligados a nossa vida real: genética, medicina, engenha-
vezes, nas mesmas condições, apresentarem resulta-
dos variados, não sendo possível, portanto, a previsão ria, astronomia, etc..
lógica dos resultados, são denominados experimentos
aleatórios. • Definição
Os experimentos aleatórios estão sujeitos à lei do Se, num fenômeno aleatório, o número de elemen-
acaso. tos do espaço amostral é n (U) e o número de elemen-
Como não podemos prever o resultado, procurare- tos do evento A é n(A), então a probabilidade de ocor-
mos descobrir as chances de ocorrência de cada expe- rer o evento A é o número p(A), tal que:
rimento aleatório.
A teoria da probabilidade estuda a forma de estabe-
lecer as chances de ocorrência de cada experimento
aleatório.
Observação importante:
ELEMENTOS
Esta definição é válida, quando o espaço amostral
Espaço amostral é o conjunto de todos os resulta-
dos possíveis de um experimento aleatório. Indicare- U for eqüiprobabilístico, isto é, quando todos os ele-
mos o espaço amostral por U. mentos de U tiverem a mesma probabilidade.
Exemplos:
Joga-se uma moeda e lê-se a figura da face voltada Notas:
para cima. 1ª) P (0/) = 0 e P(U) = 1
U = {cara, coroa} 2ª) Como
Joga-se um dado comum e lê-se o número voltado
para cima.
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Jogam-se duas moedas diferentes e lêem-se as fi- 3ª) É comum representarmos as probabilidades em
guras das faces voltadas para cima. porcentagem. Por exemplo, em vez de dizermos P(A)
U = {(cara, cara), (cara, coroa), (coroa, coroa), (co- = 1/2, podemos dizer P(A) = 50%.
roa, cara)}
• Evento é qualquer subconjunto do espaço Exemplo:
amostral. No lançamento de um dado, determine a probabili-
Exemplo: dade de obter:
Seja uma urna, contendo 3 bolas pretas e 3 bolas a) o número 2;
vermelhas. Dessa urna são retiradas, sucessivamente, b) um número par;
3 bolas. c) um número múltiplo 3.
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: • Enunciado
O espaço amostral é U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, portanto Se um acontecimento é composto por vários even-
n(U) = 6 tos sucessivos e independentes, de tal modo que:
a) ocorrência do número 2: o primeiro evento é A e sua probabilidade é p1
A = {2}, portanto n(A) = 1 o segundo evento é B e sua probabilidade é p2
o terceiro evento é C e sua probabilidade é p3
ou P(A) = 16,66%
b) ocorrência de número par: o k-ésimo evento é K e sua probabilidade é pk,,
B = {2, 4, 6}, portanto n(B) = 3 então a probabilidade de que os eventos A, B, C, ....
, K ocorram nessa ordem é: p1 . p2 . p3 ... pk
ou P(B) = 50%
c) ocorrência de número múltiplo de 3: Exemplo:
C = {3, 6}, portanto n(C) = 2. Uma moeda é lançada 4 vezes. Qual a probabili-
dade de que a apareça coroa nas quatro vezes?
ou P(C) = 33,33% Resolução:
U = {cara, coroa}
Respostas: a) 16,66% b) 50% c) 33,33%
1º lançamento =
PROBABILIDADE DO EVENTO COMPLEMENTAR
Sejam A e A_ dois eventos de um espaço amostral
U; sendo A_ o evento complementar de A, temos: 2º lançamento =
Demonstração: Sejam os conjuntos:
3º lançamento =
n( A ) n( A ) n ( U)
n( A ) n( A ) n ( U)
4º lançamento =
n ( U) n(U) n(U)
EXERCÍCIOS:
p(A) + P(A ) 1
01. De um baralho de 52 cartas, tira-se ao acaso
Exemplo: uma das cartas. Determine a probabilidade de que a
Consideremos um conjunto de 10 frutas, das quais carta seja: a) uma dama
3 estão estragadas. Escolhendo aleatoriamente 2 fru- b) uma dama de paus
tas desse conjunto, determinar a probabilidade de que: c) uma carta de ouros
a) ambas não estejam estragadas. 02. Uma urna contém 40 cartões, numerados de 1
b) pelo menos uma esteja estragada. a 40. Se retirarmos ao acaso um cartão dessa urna,
Resolução: qual a probabilidade de o número escrito no cartão ser
a) • Cálculo do número de maneiras que duas um múltiplo de 4 ou múltiplo de 3?
frutas podem ser escolhidas. 03. Numa caixa de 8 peças com pequenos defeitos,
12 com grandes defeitos e 15 perfeitas. Uma peça é
retirada ao acaso. Qual a probabilidade de que esta
seja perfeita ou tenha pequenos defeitos?
04. No lançamento de um dado, determine a proba-
• Cálculo do número de maneiras que duas frutas bilidade de obter:
não estragadas podem ser escolhidas. a) o número 1;
b) um número primo;
c) um número divisível por 2;
d) um número menor que 5;
e) um número maior que 6.
05. Retiramos 4 bolas de uma caixa contendo 3 bo-
las amarelas, 4 bolas vermelhas e 5 bolas pretas. De-
b) A_ é o evento: pelo menos uma fruta está termine:
estragada. P(A) + P( A_ ) = 1 a) a probabilidade de que, pelo menos, uma das 4
bolas retiradas seja amarela;
b) a probabilidade de que nenhuma das 4 bolas re-
tiradas seja amarela.
Respostas:
01.a)1/13 b)1/52 c)1/4
MULTIPLICAÇÃO DE PROBABILIDADES 02. 50%
Em análise combinatória, vimos o princípio funda- 03. 65,71%
mental da contagem; em probabilidade, há uma regra 04. a)1/6 b)1/2 c)1/2 d)2/3 e)0
análoga, denominada regra do produto. 05. a)41/55 b)14/55
R ACIOCÍNIO L ÓGICO
CONJUNTO Unindo o conjunto de todos esses números
com o conjunto dos racionais, formamos o con-
Conjunto dos números naturais: N junto R dos números reais.
É o conjunto: N = {0, 1, 2, 4, 5, ...} Note que todo número natural é também intei-
ro, todo inteiro é também racional e todo racional
Excluindo-se o zero desse conjunto, obtemos é também real, portanto:
o conjunto dos números inteiros positivos,
indicado por: N ZQR
N* = {1, 2, 3, 4, 5,...}
(* indica a exclusão do zero de um conjunto)
N
Conjunto dos números inteiros: Z Z
Q
É o conjunto: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...} R
Este conjunto inclui os números inteiros po-
sitivos, os inteiros negativos e o zero como ele- OPERAÇÕES COM CONJUNTOS:
mento central.
Dizemos que o oposto (ou simétrico) de 2 é - 1ª) União (U):
2, de -5 é 5, e assim por diante. A união de dois conjuntos A e B é o conjunto
formado por todos os elementos que pertencem
Conjunto dos números racionais: Q a A ou a B.
Todos os números que podem ser obtidos da AB ^x / x A ou x B`
divisão (razão) entre 2 números inteiros são cha-
mados números racionais e formam o conjunto: Exemplo:
Q = {x/x = a/b; a Z e B Z*}
Observe: O número b não pode ser zero. a ) A = {0, 1, 2, 3, 4},
B = {1, 3, 5, 7}
Exemplos de números racionais:
A B {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7}
10
a) 2,5 Q n AB n A n B n AB
4
18
b) 6 Q
3
A .0 .1 .5 B
c)
10
3
3,333. . . Q .2
Atenção: Vemos que a representação decimal
.4 .3 .7
de um número racional:
R ACIOCÍNIO L ÓGICO
3ª) Diferença de Conjuntos:
A diferença de dois conjuntos A e B é o con- EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU
junto formado pelos elementos que pertencem a
A mas não pertencem a B. 1) INTRODUÇÃO: equação é uma igualdade entre 2
expressões aritméticas onde existe um fator (termo)
A - B = {x / x A e x B} desconhecido. Os termos que estão à esquerda do
sinal de igualdade constituem o primeiro membro e
Exemplo: os que estão à direita do sinal de igualdade constitu-
em o segundo membro da equação. O termo desco-
Sendo: nhecido é denominado incógnita. Quando o expoente
máximo da incógnita é igual a 1, a equação é do pri-
meiro grau. O valor da incógnita que satisfaz a equa-
A = {1, 3, 5, 7}
ção é denominado raiz da equação. Uma equação do
e primeiro grau admite somente uma raiz, ou seja, seu
B = {2, 3, 5}, temos conjunto verdade é unitário.
Ex.: x + 3 = 9
A - B = {1, 7}
1º membro 2º membro
O valor de x (incógnita) que satisfaz a equação é 6
A .1 .3 B porque 6 + 3 = 9. O número 6 constitui a solução da
equação e seu conjunto verdade será então V= {6}
B
-20
A . 0 .2 x=
20
C x = -1
AB
.4 .3 .5 Definição: São sistemas cujas equações possu-
em incógnitas elevadas a expoente 1 e em nenhuma
equação ocorre o produto de duas incógnitas.
Resolução de um Sistema do Primeiro Grau: Re-
Obs.: O complementar de A em relação ao solver um sistema do primeiro grau consiste em de-
conjunto Universo, representa-se por: terminar os valores das incógnitas que satisfaçam si-
multaneamente as duas equações do sistema. Um
sistema do primeiro grau pode ser resolvido por um
dos três métodos a seguir:
a) Método da Substituição: consiste em colocar
U uma das incógnitas em função da outra incógnita em
uma das equações e substituir na outra. Este método
A’ A conduz a uma equação do primeiro grau com uma
incógnita. Encontrando o valor de uma incógnita, o va-
lor da outra é facilmente encontrado.
R ACIOCÍNIO L ÓGICO
Solução: Colocando x em função de y na primeira 7 - 3y 6 + 4y
7 - 3y = ; m.m.c. = (2; 5) = 10
equação: 2x + 3 y = 7 C x = 2 5
2 5 (7 - 3y) = 2 (6 + 4y)
Substituindo a expressão da incógnita x encontra- 35 - 15y = 12 + 8y
da acima na segunda equação, vem: - 15y - 8y = 12 - 35
(7 - 3y) 35 - 15y -23y = -23 (-1)
5x - 4y = 6 C 5 - 4y = 6 C - 4y = 6 23y = 23
2 2
y =1
35 - 15y - 8y = 12 \ -15y - 8y = 12 - 35
Pela equação III:
-23y = -23 (-1) \ 23y = 23 \ y = 1
Sendo 7 - 3y 7-3.1 4
x= C x= C x= C x=2
7 - 3y 7-3.1 7-3 2 2 2
x= C x= = C x=2
2 2 3
Resposta: x = 2 e y = 1
A solução do sistema é x = 2 e y = 1.
Obs.: O sistema poderá ser resolvido colocando y
em função de x e procedendo como no exemplo dado. Se o sistema não for dado nas formas anteriores, o
mesmo pode ser reduzido a elas por meio de operações
b) Método da Adição: consiste em eliminar uma das algébricas:
incógnitas, resultando uma equação do primeiro grau
5x - y 2
a uma incógnita. Para eliminar uma incógnita deve-se: =
1º) Tornar simétricos os coeficientes da incógnita 2 9
que se quer eliminar; 7 (5x + 2y) = 9
2º) Somar membro a membro as equações resul-
5x + y 2
tantes obtendo-se uma equação do primeiro grau a = = m.m.c. (2; 9) = 18
uma incógnita; 2 9
3º) Resolver a equação obtida no item anterior; 9 (5x + y) = 4 45 + 9y = 4 (1ª equação)
4º) Obter o valor da incógnita eliminada por meio 7 (5x + 2y) = 9 35x + 14y = 9 (2ª equação)
de uma das equações do sistema.
45x + 9y = 4
2x + 3y = 7 O novo sistema será: 35x + 14y = 9
Ex.: Resolver o sistema:
5x - 4y = 6
1º) Eliminando a incógnita y: Sendo os coeficientes O sistema acima será resolvido por um dos três méto-
de y de sinais trocados, basta multiplicar a 1ª equação dos estudados.
por 4 e a segunda por 3.
2x + 3y = 7 . (4) 8x + 12y = 28 INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Então:
5x - 4y = 6 . (3) 15x - 12y = 18
Somando membro a membro as equações resul- Ex.: Dê o conjunto solução da inequação
tantes: 2x - 4 > 0.
46
8x + 12y + 15x - 12y = 28 + 18 C 23x = 46 C x = =2 Solução: 2x - 4 > 0 ? 2x > 4 ? x > 2
23
x=2 S = {x R / x > 2}
Escolhendo uma das equações originais do siste-
ma dado, encontra-se o valor de y: EXERCÍCIO
1ª equação: D ê o c o nj un t o - s o l uç ã o d e c a d a u ma d a s
2x + 3y = 7 \ 2 . 2 + 3y = 7 \ 4 + 3y = 7 \3y = 3 \ inequações abaixo:
y=1 a) x - 3 d 0 c) x + 4 d 2x - 1
Resposta: x = 2 e y = 1
b) -3x + 9 t 0 d) 3x + 1 < 2x + 20
c) Método da Comparação: consiste em colocar uma
incógnita em função da outra nas duas equações e GABARITO
igualar as expressões obtidas, resultando uma equa- a) S = {x R / x d 3} c) {x R / x t 5}
ção do 1º grau a uma incógnita. b) S = {x R / x d 3} d) {x R / x < 19}
2x + 3y = 7
Ex.: Resolver o sistema: EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
5x - 4y = 6
Colocando x em função de y nas duas equações:
1) INTRODUÇÃO:
7 - 3y
2x + 3y = 7 ? x = (III)
2 Equação do segundo grau é uma igualdade da for-
6 + 4y ma: ax2 + bx + c = 0 (forma geral)
5x + 4y = 6 ? x = (IV) Onde a, b e c são números reais quaisquer sendo
5
Igualando as expressões obtidas: que a deve ser diferente de zero.
R ACIOCÍNIO L ÓGICO
A equação será incompleta se b ou c for nulo. Se Se for nulo, a equação terá duas raízes reais
todos os coeficientes a, b e c forem diferentes de zero, e iguais, isto é, x 1 = x 2 = -b/2a;
a equação será completa. Toda equação do 2º grau
tem 2 raízes, no máximo. Se for negativo, a equação não terá raízes
Ex.: 4x2 - 5x + 3 = 0; x2 - 4 = 0; 2x2 + 8x = 0 reais.
Ex.: 6x2 - 9x - 15 = 0
2) SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES INCOMPLETAS: a = 6; b = 9; c = -15
1º) Equações do tipo ax2 + bx = 0 = b2 - 4ac = (-9)2 - 4 . 6 (-15) = 81 + 360 = 441
Colocando x em evidência: x(ax +b) = 0 > 0, logo a equação terá duas raízes reais e
Sendo nulo o produto, pelo menos um dos fatores distintas.
deve ser nulo, isto é, x = 0 e ax + b = 0.
Então as raízes da equação serão:
-b - - (-9) + 441 9 + 21 30 5
-b x1 = = = = =
x=0ex= 2a 2.6 12 12 2
a
Ex.: 2x2 + 8x = 0
x(2x + 8) = 0 -b - - (-9) - 441 9 - 21 -12
x = 0; 2x + 8 = 0 x2= = = = = -1
2a 2.6 12 12
-8 5
2x = 8 C x = e x = -4 Resposta: x1 = ou x2 = -1
2 2
Resposta: x = 0 ou x = -4 4) RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES E AS RAÍZES
DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU:
2º) Equações do tipo ax2 + c = 0 Sendo x1 e x2 as raízes de uma equação do segun-
do grau da fórmula de Báskara, sabe-se que:
-c + -c
ax2 = -c \ x 2 = C x= -
a a -b + -b -
Observações: x1 = (I) e x2 = (II)
2a 2a
-c 1º) Somando membro a membro as expressões
a) Se o valor de for positivo, a equação terá
a acima (I) e (II):
duas raízes reais e simétricas,
-c -c -b + -b -
x= ex=- x 1+ x2 =
2a
+
2a
=
a a
-c ,
b) Se o valor de for negativo, a equação não terá -b + -b- -b -b -2b -b
a = = =
2a 2a 2a a
raízes reais.
Ex.: 1) 3x2 - 243 = 0 \ 3x2 = 243 -b
então: x 1 + x 2 =
243 a
x2 = \ x2 = 81 Logo se conclui que a soma das raízes de uma
3
-b
x = +- 81 C x = +- 9, ou seja, x = 9 ou x = -9 equação do segundo grau é igual a
a
Resposta: x = 9 ou x = -9
2º) Multiplicando membro a membro as expressões
2) x2 + 9 = 0 \ x2 = -9 (não existem raízes reais) (I) e (II):
R ACIOCÍNIO L ÓGICO
5) FORMAÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO Resolvendo a equação do 2º grau em y: a = -1; b =
GRAU CONHECENDO-SE SUAS RAÍZES: 6; c = -8
Seja a equação: ax2 + bx + c = 0 (I)
Dividindo-se a equação por a vem: 2 2
= b - 4ac = 6 - 4(-1)(-8) = 36 - 32 = 4
b c
x 2 + x + = 0 (II)
a a
Seja S a soma e P o produto das raízes. (-b + ) -6 + 4 -6 + 2
y = = = =2C y =2
Da relação entre os coeficientes e as raízes, sabe- 1 2a 2(-1) -2 1
b c
se que: S = e P= INEQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
a a
Substituindo-se S e P na equação II, vem: x2 - Sx +
P = 0 será a equação procurada.
1º Exemplo:
Ex.: Formar a equação do 2º grau cujas raízes são
Resolver a inequação x 2 - 3x + 2 > 0.
1 e 5:
Solução: x1 = 1; x2 = 5
a=1>0
S = x1 + x2 = 1 + 5 = 6;
P = x1 . x2 =1 . 5 = 5 x 2 - 3x + 2 = 0
Como x2 - Sx + P = 0, a equação será: x2 - 6x + 5 = 0
'=9-8=1>0
Formar a equação do 2º grau cujas raízes são:
x’ = 2
x=3+1
5 + 12 5 - 12 2 x” = 1
e
2 2
Como devemos ter f(x) > 0:
Solução: x 1 = 5 + 12 ; x 2 = 5 - 12
2 2 S = {x R / x < 1 ou x > 2}
Esquema:
S - x 1 + x 2 - 5 + 12 + 5 - 12 -
2 2 +
1
-
2
+ x
5+ 12 + 5 - 12 - 10 - 5 x<1 1<x<2 x >2
2 2
2º Exemplo:
Resolver a inequação -4x 2 + 4x - 1 < 0
5 + 12 5 - 12 a = -4 < 0
P = x1 - x 2 = =
2 2 -4x 2 + 4x - 1 = 0
4x 2 - 4x + 1 = 0
(5 + 12) (5 - 12) 25 - 12 13 13 = 16 - 16 = 0
= = C P=
4 4 4 4 -b 4 1
x= = =
A equação será: 2a 8 2
13 Como devemos ter f(x) < 2:
x 2 - 5x + =0 ou 4x 2 - 20x + 13 = 0
4
S = {x R / x ½}
SISTEMAS DO SEGUNDO GRAU
Esquema:
Introdução:
½
Nos sistemas do segundo grau serão resolvidos - - x
pelo método da substituição como será visto nos exem- x ½ x ½
plos a seguir:
3º Exemplo:
x+y=6 Resolver a inequação x 2 - 5x + 8 < 0
xy = 8 a=1>0
x 2 - 5x + 8 = 0
Solução: colocando x em função de y na 1ª equação, vem: = 25 - 32 = -7 < 0
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo:
MATRIZES
>4 1 2 @: matriz de ordem 1 x 3 (1 linha e 3 colunas)
1. DEFINIÇÃO:
As matrizes são tabelas de números reais utiliza- 2. REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA
das em quase todos os ramos da ciência e da enge- Utilizamos letras maiúsculas para indicar matrizes
nharia. genéricas e letras minúsculas correspondentes para
Várias operações executadas por cérebros eletrô- os elementos.
nicos são computações por matrizes. São utilizadas Algebricamente, uma matriz A pode ser representa-
na Estatísita, na Economia, na Física Atômica, etc. da por:
Vejamos um exemplo:
Considere a tabela ao lado, que indica o número
de vendas efetuadas por uma agência de automóveis § a11 a12 a13 ... a1n ·
¨ ¸
durante o primeiro trimestre. ¨a a a ... a ¸
¨ 21 22 23 2n ¸
Janeiro Fevereiro Março ¨ a 31 a 32 a 33 ... a 3n ¸
¨ ¸
Monza 20 18 25 A ¨. . . . ¸ com m e n IN *
¨. . . . ¸
Fiat 12 10 15 ¨ ¸
¨. . . . ¸
Gol 15 9 20 ¨ ¸
¨ a m1 a m2 a m3 ... a mn ¸
Voyage 18 15 21 © ¹
Se quisermos saber a quantidade de carros Voyage Como o quadro A é bastante extenso, a matriz m X n
vendidos em janeiro, iremos procurar o número que será representada abreviadamente por:
está na quarta linha e na primeira coluna desta tabela. A (a ij ) m x n
No quadro indicado, o snúmeros colocados nas
disposições horizontais formam o que denominamos Os elementos da matriz A são indicados por aij, em
linha e os colocados nas disposições verticais cha- que:
mamos de coluna. i ^1, 2, 3, ... , m` e j ^1, 2, 3, ... , n.`
O conjunto ordenado dos números que formam a
O elemento aij possui dois índices: o primeiro i,
tabela é denomado matriz e cada número é chamado
representa a linha, e o segundo, j, indica a coluna.
elemento da matriz.
Com essas duas informações (linha e coluna) pode-
mos localizar o elemento.
20 18 25
Assim, temos:
12 10 15
a11 (lê-se: a um um) o elemento localizado na 1ª
15 9 20
18 15 21 linha e 1ª coluna
a32 (lê-se: a três dois) o elemento localizado na 3ª
Neste exemplo, temos uma matriz do tipo 4 x 3 (lê- linha e 2ª coluna
se: quatro por três), isto é, uma matriz formada por 4
linhas e trêr colunas. Exemplo: Achar os elementos da matriz A = (aij)3 x 2
Representa-se uma matriz colocando-se seus ele- em que aij = 3i - j.
mentos entre parênteses ou entre colchetes.
Resolução: A representação genérica da matriz é:
1ª coluna
2ª coluna
3ª coluna a ij 3i - j a 11 3 .1 - 1 2
§ 20 18 25 · 1ª linha ª20 18 25º a12 3 .1 - 2 1
¨ ¸ «12 10 15 »
¨12 10 15 ¸ 2ª linha ªa 11 a12 º a 21 3 . 2 - 1 5
« » « »
¨15 9 20 ¸ 3ª linhaou «15 9 20 » A «a 21 a 22 » a 22 3. 2 - 2 4
¨¨ ¸¸ « » «¬a 31 a 32 »¼ a 31 3 . 3 - 1 8
4ª linha
© 18 15 21 ¹ ¬18 15 21 ¼
a 32 3.3 - 2 7
Uma matriz do tipo m x n (lê-se: m por n), com m,
n t 1 , é uma tabela formada por m . n elementos dis-
postos em m linhas e n colunas.
ª2 1º
A «5 4»»
Observação: «
Resposta:
Para indicar a ordem de uma matriz, dizemos primeiro «¬8 7 »¼
o número de linhas e, em seguida, o número de colunas.
RACIOCÍNIO LÓGICO
3 - MATRIZ QUADRADA Indica-se a transposta de A por At.
Se o número de linhas de uma matriz for igual ao Exemplo:
número de colunas, a matriz é dita quadrada.
Quando nos referimos a uma matriz quadrada n x ª 1 2º
n, podemos dizer que a sua ordem é n em vez de n x n. « » ª1 - 3 2 º
A «- 3 5 » o a sua transposta é At « »
Exemplos: «¬2 5 0 »¼ 2x3
« »
ª 3 4º ¬ 2 0¼3x2
A «- 1 0 » é uma matriz de ordem 2 Observe que:
¬ ¼
a 1ª linha de A é igual à 1ª coluna de At.
a 2ª linha de A é igual à 2ª coluna de At.
§1 2 3 ·
¨ ¸ a 3ª linha de A é igual à 3ª coluna de At.
B ¨4 5 6¸
é uma matriz de ordem 3.
¨7 8 9¸ 6 - IGUALDADE DE MATRIZES
© ¹
Sejam as matrizes A e B de mesma ordem. Se cada
Observações: elemento de A for igual ao elemento correspondente
1ª) Quando uma matriz tem todos os seus elemen- (elemento que ocupa a mesma posição) de B, as
tos iguais a zero, dizemos que é uma matriz nula matrizes A e B são ditas iguais.
Assim, C é uma matriz nula de ordem 4. Assim, sendo A = (aij)m x n e B = (bij)m x n,
2ª) Os elementos aij de uma matriz quadrada, em
que i = j, formam uma diagonal denominada diagonal
principal. A B a ij b ij , i ^1, 2, 3, ..., m`
A outra diagonal é chamada diagonal secundária. j ^1, 2, 3, ..., n`
diagonal diagonal Exemplo: Dadas as matrizes
principal secundária
ª 2 5º ª x y 5º
A « » eB « », calcular xe y paraqueA B.
ªa 11 a 12 ... a 1n º ¬10 1¼ ¬3x - y 1 ¼
« »
« »
«a 21 ª 2 5º ª x y 5º
a 22 ... a 2n » Resolução: A B « » «3x - y 1 »
« » ¬10 1¼ ¬ ¼
« »
«a a 32 ... a 3n »
« 31 » x y 2 3 + y = 2 y = -1
« » °
® 3x y 10
«. . . » ° x=3
« » ¯ 4 x 12
«. . . »
« » Resposta: x = 3 e y = -1
«. . . »
«¬a m1 a m2 ... a mn »¼ 7 - OPERAÇÕES COM MATRIZES
A adição ou a subtração de duas matrizes, A e B, do
mesmo tipo é efetuada somndo-se ou subtraindo-se
4 - MATRIZ UNIDADE OU MATRIZ IDENTIDADE os seus elementos correspondentes.
A matriz quadrada de ordem n, em que todos os Exemplo:
elementos da diagonal principal são iguais a 1 (um) e
os demais elementos são iguais a 0 (zero), é denomi- § 4 3· §1 - 2 ·
Sendo A ¨¨ ¸¸ e B ¨¨ ¸¸, temos :
nada matriz unidade ou matriz identidade. ©- 2 1 ¹ ©5 7¹
Representa-se a matriz unidade por In.
Exemplos: § 4 3 · §1 - 2 · § 4 1 3 - 2 · §5 1·
A B ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
© - 2 1 ¹ © 5 7¹ © - 2 5 1 7¹ © 3 8¹
ª1 0º
I2 «0 1» é uma matriz de ordem 2.
¬ ¼ § 4 3 · §1 - 2 · § 4 1 3 2· § 3 5·
A B ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
© - 2 1 ¹ © 5 7 ¹ © - 2 5 1 7 ¹ © - 7 - 6¹
ª1 0 0º De uma forma geral, se A = (aij)m x n, B = (bij)m x n e C =
«0 1 0» é uma matriz unidade de ordem 3. (cij)m x n, temos:
I3 « »
«¬0 0 1»¼
Adição C A B c ij a ij b ij
com
Subtração C A B c ij a ij b ij
5 MATRIZ COMPOSTA
Se A é uma matriz de ordem m x n, denominamos i ^1, 2, 3, ..., m`
transposta de A a matriz de ordem n x m obtida pela
j ^1, 2, 3, ..., n`
troca ordenada das linhas pelas colunas.
RACIOCÍNIO LÓGICO
Podemos, também, efetuar a subtração da seguin- D O CES
te forma:
C = A - B C = A + (-b) A B
Isto é matriz C é igual à matriz A adicionada à opos-
X 5 8
ta da matriz B.
Y 3 2
Matriz oposta
Denomina-se matriz oposta de uma matriz A a ma- Z 4 7
triz -A cujos elementos são os simétricos dos elemen-
tos correspondentes de A. A tabela dada será representada pela matriz A:
Exemplo:
ª5 8 º
ª 2 - 5º ª- 2 5 º A ««3 2 »»
A «- 6 7 » - A « 6 - 7 »
¬ ¼ ¬ ¼ «¬4 7»¼
Observe que a oposta da matriz A é obtida trocan-
Suponha que sejam fabricados 50 doces do tipo A
do-se os sinais de todos os elementos de A.
e 20 dozes do tipo B, por dia. Essa quantidade de do-
Propriedades:
ces pode ser representada prla matriz coluna:
1ª) A + B = B + A (comutativa)
2ª) (A + B) + C = A + (B + C) (associativa) ª50 º
3ª) A + 0 + A (elemento neutro) B « ».
4ª) A + (-A) = 0 ( elemento oposto) ¬20¼
Exemplo: Se quisermos determinar a quantidade de ingredi-
§ 3· § -1 · entes X, Y e Z utilizada por dia, devemos proceder da
¨ ¸ ¨ ¸
A ¨- 2¸ e B ¨ - 4 ¸ , calcular seguinte forma:
Dadas as matrizes Ingrediente X: 5 . 50 + 8 . 20 = 410
¨ 5¸ ¨ 2¸
© ¹ © ¹ Ingrediente Y: 3 . 50 + 2 . 20 = 190
a matriz X tal que X - A + B = 0. Ingrediente Z: 4 . 50 + 7 . 20 = 340
Resolução: O 2º membro da equação é uma matriz Essas quantidades podem ser representadas pela
nula de ordem 3 x 1. matriz: ª410º
C «190 »
Se X - A B X A - B « ».
«¬340 »¼
§ 3· § 1 · § 4·
¨ ¸ ¨ ¸ ¨ ¸
X A (-B) ¨ - 2 ¸ ¨ 4 ¸ ¨ 2¸ Podemos obter a matriz C, denominada matriz pro-
¨ 5¸ ¨- 2¸ ¨3 ¸ duto de A por B, da seguinte forma:
© ¹ © ¹ © ¹
§ 4· ª5 8 º ª410º
¨ ¸ « » ª50 º «
X ¨ 2¸ A . B C «3 2 » . « » «190 »»
Resposta: 20
¨3 ¸ «¬4 7»¼ ¬ ¼ «¬340 »¼
© ¹
Cada elemento da matriz C é a soma dos produtos
Multiplicação de um número real por uma matriz
ordenados de uma linha da matriz A pela coluna da
Para multiplicar uma matriz por um número real
matriz B, isto é:
basta multiplicar todos os seus elementos pelo nú-
410 = 5 . 50 + 8 . 20
mero, e o resultado é uma matriz de mesma ordem.
190 = 3 . 50 + 2 . 20
Dada uma matriz A = (aij) e um número real k, cha-
340 = 4 . 50 + 7 . 20
ma-se produto de K por A a matriz B = (bij), em que bij =
Observe que a multiplicação de matrizes só é pos-
k . aij.
i ^1, 2, 3, ..., m` sível quando o número de colunas da 1ª matriz é igual
° ao número de linhas da 2ª matriz.
B k . A b ij k . a ij ® Podemos definir:
° j ^1, 2, 3, ..., n` Dada uma matriz A = (a ij ) m x n e uma matriz B =
¯
(b jk ) n x p , denomina-se produto de A por B a matriz C
= (c ik ) m x p, tal que o elemento cik é a soma dos produtos
ª 2 -1 0 º da i-ésima linha de A pelos elementos corresponden-
Exemplo: Calcular: 5. « »
¬- 4 3 6 ¼ tes da j-ésima coluna de B.
C A . B Cij a il b lk a i2 b 2k ... a in b nk
ª 2 - 1 0 º ª 10 - 5 0 º
Resolução: 5. « » « » Exemplo: Dadas as matrizes
¬- 4 3 6¼ ¬- 20 15 30¼ ªa 11 a 12 º
Multiplicação de matrizes « » ªb b º
A «a 21 a 22 » e B « 11 12 »
Exemplo prático: uma doceira produz dois tipos de
«¬a 31 a 32 »¼ ¬b 21 b 22 ¼ ,
doces, A e B. Para a produção desses doces são utiliza-
dos os ingredientes X, Y e Z, conforme indica a tabela.
determine a matriz C = A . B.
RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: ª a 11 a 12 º Vamos utilizar um raciocínio análogo para as matrizes.
ª b 11 b 12 º
C A . B «« a 21 a 22 »»
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Se existir
.«
b b 22 »¼ 2 x 2 uma matriz B tal que A . B - B . A = I, dizemos que a matriz
«¬ a 31 a 32 »¼ 3 x 2 ¬ 21 B é a matriz inversa de A e indicamos por A-1.
Portanto:
ª a 11 b 11 a 12 b 21 a 11 b 12 a 12 b 22 º A . A-1 = A-1 . A = In
«a b a b a 21 b 12 a 22 b 22 »»
« 21 11 22 21 Observações:
«¬ a 31 b 11 a 32 b 21 a 31 b 12 a 32 b 22 »¼ 3 x 2 1ª) I é uma matriz identidade de mesma ordem que
as matrizes A e B.
Observe que a operação de multiplicação é efetua- 2ª) Se existir a inversa, dizemos que a matriz A é
da multiplicando-se linha por coluna, isto é, cada ele- inversível e, em caso contrário, não inversível ou sin-
mento de uma linha é multiplicado pelo elemento cor- gular.
respondente de uma coluna e, em seguida, os produ- 3ª) Se a matriz quadrada A é inversível, a sua inver-
tos são adicionados. sa é única.
Portanto, o elemento c11 (1ª linha e 1ª coluna) da Exemplo: Dterminar a inversa da matriz
matriz produto é encontrado multiplicando-se os ele- §a b·
§ 2 4· 1
mentos da 1ª linha de A pelos elementos da 1ª coluna A ¨¨ ¸¸ Resolução: Fazemos A ¨¨ ¸¸ .
de B e somando-se os produtos obtidos. ©1 5 ¹ ©c d ¹
Na multiplicação de duas matrizes A e B, o número Sabemos que A . A -1 I2
de colunas de A deve ser igual ao número de linhas de
B; o produto AB terá o mesmo número de linhas de A e §2 4·§a b · §1 0 ·
o mesmo número de colunas de B. ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
Am x n . Bn x p = (A . B)m x p ©1 5 ¹ © c d ¹ © 0 1¹
§ 2a 4c 2b 4d · §1 0 ·
n n n
¨¨ ¸ ¨¨ ¸¸
Se A é de ordem 3 x 2 e B é de ordem 2 x 2, © a 5c b 5d ¸¹ © 0 1¹
então A . B é de ordem 3 x 2.
Pela igualdade de matrizes, temos os sistemas:
Se A é de ordem 5 x 3 e B é de ordem 3 x 1,
então A . B é de ordem 5 x 1. 2a 4c 1 5 1
Se A é de ordem 3 x 4 e B é de ordem 2 x 5, (1) ® a ec -
então não existe A . B. ¯ a 5c 0 6 6
2b 4d 0 2 1
Propriedades: (2) ® b ed -
A multiplicação de matrizes possui as seguintes ¯ b 5d 1 3 3
propriedades, se existirem os produtos envolvidos:
1ª) A . (BC) = (AB) . C (associativa)
2ª) A . (B + C) = AB + AC (distributiva à direita)
3ª) (B + C) . A = BA + CA (distributiva à esquerda) Resposta:
Observações:
1ª) A multiplicação de matrizes não é comutativa,
isto é, existem matrizes A e B tais que AB z BA . Exercícios propostos:
2ª) Se ocorrer AB = BA, dizemos que as matrizes A e 1) (Cescem-SP) O produto M . N da matriz M =
B comutam. pela matriz N = ( 1 1 1):
3ª) Na multiplicação de matrizes não vale a lei do a) não se define
anulamento do produto, isto é, podemos ter AB = 0, b) é uma matriz identidade de ordem 3
mesmo com A z 0 e B z 0 . c) é uma matriz de cada linha e uma coluna
4ª) Não vale também a lei do cancelamento, isto é, d) é uma matriz quadrada de ordem 3
e) não é uma matriz quadrada.
podemos ter AB = AC, mesmo com A z 0 e B z C .
§ 9 7 · §1 2 3 ·
Exemplo: Efetuar: ¨¨ ¸¸ . ¨¨ ¸¸
2)
©0 8 ¹ © 4 5 6¹
Resolução:
§ 9 7 · §1 2 3 · § 9 .1 7 . 4 9 . 2 7 . 5 9 . 3 7 . 6· então a matriz Y = At . B será nula para:
¨¨ ¸¸ . ¨¨ ¸ ¨ ¸
©0 8¹ ©4 5 6 ¸¹ ¨© 0 .1 8 . 4 0 . 2 8 . 5 0 . 3 8 . 6 ¸¹ a) x = 0 b) x = -1 c) x = -2 d) x = -3 e) x - 4.
§ 9 28 18 35 27 42 · § 37 53 69 · 3) (FEI-SP) As matrizes abaixo comutam.
¨¨ ¸ ¨¨ ¸¸
© 0 32 0 40 0 48 ¸¹ © 32 40 48 ¹
O valor de a é:
8 - MATRIZ INVERSA
Sejam dois números reais, a e b, com a z 0 e b z 0. a) 1 b) 0 c) 2 d) -1 e) 3
Se a . b = b . a = 1, dizemos que a e b são inversos, ou,
ainda, que b é o inverso de a e vice-versa. Respostas: 01 - D 02 - E 03 - A
RACIOCÍNIO LÓGICO
Soma e subtração de números decimais: para se
FRAÇÕES ORDINÁRIAS efetuar estas operações, basta colocarmos vírgula sob
vírgula, ou seja, operar parte inteira com parte inteira e
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES: parte decimal com parte decimal.
Soma e Subtração: a soma ou diferença de fra- Ex.: a) 2,32 + 0,416 + 11 + 0,1
ções é obtida da seguinte maneira: b) 1,432 - 0,21
1º) Reduzimos as frações ao mesmo denomina-
dor;
2º) Somamos ou subtraímos os numeradores ob-
tidos e assim teremos a fração resultado. Solução: a) b)
Ex.: Efetuar: 5 - 2 + 5
6 3 8
Produto de números decimais: opera-se normal-
Solução: m.m.c. (6; 3; 8) = 24 mente. O resultado terá tantas casas decimais quanto
5 - 2 + 5 = 20 - 16 + 15 = 19 a soma das casas decimais dos fatores.
6 3 8 24 24 Ex.: 0,32 x 1,7
0,32 2 casas decimais
Produto de frações: o produto de frações é obtido 1,7 1 casa decimal
multiplicando-se respectivamente numerador e denomi- 2,24
Solução: 32
nador das frações (não se calcula o m.m.c. no produto).
a . c = a.c 0,544 3 casas decimais
Assim:
b d b.d Divisão de números decimais:
Obs.: No produto de frações, é sempre convenien- a) Igualar casas decimais.
te observar se há possibilidade de simplificar. b) Eliminar vírgulas,
c) Operar normalmente.
Ex.: Efetuar: a) 3 . 7 b) 4 . 7
5 6 3 Ex.: 0,625 : 2,5 = 0,25
1 Solução:
3 7 7 a) 0,625 : 2,500 - Letra A do roteiro
Solução: a) . =
5 6 2 10 b) 625 : 2500 - Letra B do roteiro
4 7 4 . 7 28 6250 2500
b) . = =
3 1 3.1 3 c) 12500 0,25 - Letra C do roteiro
Divisão de frações: o quociente das frações a/b e 0000
c/d é: ab . d/c, isto é, mantemos a primeira fração mul-
tiplicando pelo inverso da segunda fração. Transformação de fração para decimal: basta di-
vidir o numerador pelo denominador.
1
2 2 5
3 Ex.: a) = 0,4 b) = 1,25
Ex.: Efetuar: a) 3 : 7 b) 4 c) 3 5 4
5 4 5
5 5 4
20 5 10 1,25
mantém Solução: a) 0 0,4 b) 20
3 7 3 4 12 0
: = . =
Solução: 5 4 5 7 35 NÚMERO MISTO
mantém
Denomina-se número misto à soma de um núme-
1 2 ro inteiro com uma fração própria.
Ex.:
b) 3 =
1
.
5
=
5 c) 3 = 2 . 1 = 2
4 3 4 12 5 3 5 15 4 4
5 3+ é um número misto e indicamos por 3
5 5
FRAÇÕES DECIMAIS que será lido como: três inteiros e quatro quintos.
RACIOCÍNIO LÓGICO
8 4 é a média proporcional ou mé-
RAZÕES E PROPORÇÕES: 8
16 8 dia geométrica, entre 16 e 4.
RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS,
PROPORÇÃO E SUAS PROPRIEDADES, 2ª) Os termos desiguais de uma proporção contí-
nua, denominam-se terceira proporcional. Então:
RAZÃO:
Definição: denomina-se razão de dois números 2 4 2 e a terceira proporcional entre 4 . 8.
a e b, o quociente de a por b (b = 0 ). ®
4 8 ¯ 8 e a terceiraproporcional entre 4 . 9.
Notação: a/b ou a:b
Obs.: 1ª) O primeiro termo de uma razão é deno- Ex.: 1) Calcule a média proporcional entre 4 e 9.
minado antecedente e o segundo conseqüente.
Solução: Chamando de x a média proporcional
a a - antecedente ou geométrica, temos:
ou a : b = ®
b ¯b - consequente 4 x
4.9=x.x x2 =4.9
x 9
2ª) Quando o antecedente de uma razão é igual ao
conseqüente de outra, e vice-versa, as razões são x= 4. 9 x=6
ditas inversas.
x 9
a b 3 5 4 3 ou então: x.x=4.9
e ; e ; e são razões inversas. 4 x
b a 5 3 3 4
x2 =4.9 x= 4. 9 x=6
PROPORÇÃO: 3ª) Em uma proporção podemos permutar entre
Definição: denomina-se proporção a igualdade si, sem alterar a mesma:
de duas razões. a) os meios entre si
b) os extremos entre si
2 6 3 12 a c
; ; ou a : b = c : d c) os antecedentes com seus respectivos conseqüen-
3 9 5 20 b d tes.
a e d (extremos da proporção) a c
b e c (meios da proporção) Ex.: a. d = b. c
b d
Propriedade Fundamental das Proporções: Em
toda proporção, o produto dos meios é igual ao pro- a b
a) a. d = b. c
duto dos extremos. c d
a c d c
a.d=b.c b) a. d = b. c
b d b a
2 10 b d
2 . 15 = 3 . 10 c) a. d = b. c
3 15 a c
Quarta Proporcional: denomina-se quarta propor- Note que a proporção não foi alterada em nenhum
cional ao número que com três outros forma uma pro- caso, pois se verificou a propriedade fundamental em
porção. todas elas sem alteração: a . d = b . c
Ex.: Determinar a quarta proporcional entre os nú-
meros 3, 5 e 9. Propriedades das Proporções:
Solução: Seja x a quarta proporcional procurada; a c
então: Dada a proporção podemos escrever:
b d
3 9 45
3x = 9 . 5 3x = 45 ? x = ? x = 15 a r b crd
5 x 3 1ª Propriedade: ou
Proporção Contínua: uma proporção é chamada con- b d
tínua, quando ela possui os meios ou os extremos iguais. a r b crd
2 4 a c
Ex.: ou 2 : 4 = 4 : 8 (meios iguais)
4 8 2ª Propriedade: a r c a c
8 4 b r d b d
ou 8 : 16 = 4 : 8 (extremos iguais)
16 8
an cn
Observações Importantes: 3ª Propriedade: ou
bn dn
1ª) O meio, ou extremo, comum em uma proporção
contínua é a média proporcional ou média geométrica. n
a n
c
2 4 n n
4 é a média proporcional ou b d
Assim:
4 8 média geométrica, entre 2 e 8.
RACIOCÍNIO LÓGICO
a. c a2 c2 8 24
4ª Propriedade: = x 4. x
b. d b 2
d 2 15 5
100
MÉDIAS
225
Média Aritmética (Ma): a média aritmética de dois
ou mais números, é o quociente da soma desses GRANDEZAS DIRETAMENTE
números pelo número de parcelas. Assim, a média PROPORCIONAIS
aritmética entre os números a, b e c será:
abc Duas grandezas são diretamente proporcionais
Ma quando uma cresce, a outra também ou quando uma
3
decresce e a outra também. Ex.: Kg de feijão e dinhei-
Média Aritmética Ponderada (Mp): a média arit- ro. Um pouco de feijão custa um preço. Se comprar-
mética ponderada é igual ao somatório dos produtos mos mais quilos pagaremos mais.
de n números pelos seus respectivos pesos, dividi-
do pelo somatório desses pesos. Assim, a média arit- GRANDEZAS INVERSAMENTE
mética ponderada dos números a, b e c de pesos PROPORCIONAIS
respectivamente iguais a p, q e r será:
a . p + b. q + c. r Duas grandezas são inversamente proporcionais
Mp quando uma cresce e a outra decresce ou vice-versa.
p +q +r
Ex.: Velocidade e tempo. Andarmos com determina-
Média Harmônica (Mh): denomina-se média har- da velocidade para percorrermos uma distância e de-
mônica de vários números, o inverso da média arit- moramos um tempo. Se aumentermos a velocidade,
mética dos inversos desses números. Assim a mé- o tempo diminui para percorrer a mesma distância.
dia harmônica dos números a, b e c será:
3 REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
Mh
1 1 1
Definição: A regra de três consiste na comparação
a b c de grandezas proporcionais diretas ou inversas. Pode
ser:
Escala (E):
Definição: é a razão entre o comprimento do de- Simples o envolve 2 grandezas proporcion ais
°
senho e o comprimento real a que corresponde. ®Composta o envolve mais de 2
° grandezas proporcion ais
D ¯
E onde: E o escala
R Regra de Três Simples: Pode ser:
D o comprimento do desenho
Direta o 2 grandezas diretas
R o comprimento real ®
Importante: ¯Inversa o 2 grandezas inversas
- As grandezas D e R devem estar na mesma unida- Direta: a resolução é feita através de proporção
de. como a montagem do problema. Ex.: Uma quantida-
- A razão da escala deve ser uma fração irredutível. de de 21 quilos de arroz custa R$ 42,00. Calcular o
Quando 2 cm no desenho corresponde a 1m real preço de 15 quilos deste arroz.
temos:
2 cm 1 Solução:
E= : 2 E = kg-arroz - R$
100 cm : 2 50
fração irredutível 21 42
p p
EXERCÍCIO RESOLVIDO: 15 X
1) Calcule x na proporção:
x : (3 - 0,75) = 4 : (2 - 1/8)
Solução: aplicando a propriedade fundamental em:
Resposta: R$ 30,00
x 4
=
75 1 Inversa: a resolução é feita através de proporção
3- 2 - invertendo-se os dados de uma das duas grandezas
100 8
proporcionais.
x 4 Ex.: Um automóvel percorre na estrada uma deter-
100 8 minada distância. Sabendo que com a velocidade de
300 75 16 - 1 x. 4.
225 15 50 Km/h, demora 4 horas, quanto tempo gastará se a
100 8 velocidade for de 40 Km/h?
RACIOCÍNIO LÓGICO
Solução: O restante então é a causa da alimentação dos
km/h - hora cavalos e do problema.
Então igualamos as duas linhas de daos como
50 4
p n explicado anteriormente.
40 X
x . 7 . 3 = 1470 . 10 . 8
50 x 4 . 50
5 1470 . 10 . 8
40 4 40 x 5.600
Resposta: 5 horas 7. 3
Resposta: 5.600 Kg
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Observe que qualquer dos 2 métodos pode ser
Envolve mais de duas grandezas proporcionais. A utilizado. Cada um escolherá o que melhor entender.
resolução poderá ser feita de duas maneiras.
PORCENTAGEM
1º método:
Comparamos a grandeza a determinar com as DEFINIÇÃO: pode ser definida como sendo o nú-
demais. Se for inversa, invertermos os dados dessa mero de centésimos existentes em uma grandeza. A
grandeza (das demais). taxa de porcentagem é a representação de uma fra-
A grandeza a determinar não se altera. ção onde o denominador é 100. Assim a fração 20/
Por fim igualamos a razão de grandeza a determi- 100 é equivalente à notação 20%.
nar com a razão do produto dos dados das demais % o representação de porcentagem.
grandezas e determinamos o valor procurado. Ex.: 1) Dar a fração irredutivél equivalente a cada
Ex.: Na alimentação de 3 cavalos, durante 7 dias uma das notações percentuais abaixo:
são consumidos 1470 Kg de alfafa.
Se mais cinco cavalos são adquiridos, quantos a) 15% b) 20%
quilos de alfafa serão necessários para alimentá-los Solução:
durante 10 dias?
15 3 20 1
a ) 15 % :5 = b) 20% = : 20
100 20 100 5
Solução:
alfafa(kg) dias cavalos Ex.: 2) Estabelecer a notação percentual equiva-
lente a cada uma das frações seguintes: a) 2/5 b) 5/
1470 7 3 4
n n n Solução:
x 10 8
2 40 5 125
1470 7. 3 1470 . 10 . 8 a) 5 = 100 = 40% b) 4 = 100 =125%
x
x 10 . 8 7. 3
x = 5.600
Resposta: 5.600 Kg Obs.: Taxa Milesimal é a representação de uma
fração onde o denominador é 1000. Assim 2/1000 é
2º método: anotado por 2% . Todo o trabalho algébrico da taxa
Unimos por uma linha as causas dos primeiros milesimal segue o mesmo procedimento da taxa
dados com a conseqüência dos segundos casos e percentual.
por outra linha as causas dos segundos dados com
a coseqüência dos primeiros dados. CÁLCULO DA PORCENTAGEM:
Igualamos o produto de uma linha com o produto Sempre que, por exemplo, escrevendo 20%
da outra para determinar o valor procurado. estamos nos referindo a 20% de um determinado va-
Observe que neste método não é necessário a lor. Este valor é chamado de principal, isto é, o valor
comparação das grandezas proporcionais, mas a no- sobre o qual calculamos a porcentagem. Este valor
ção do que é causa e conseqüência. equivale sempre a 100% ou a um inteiro. Ex.: 20% de
Conseqüência é tudo que se produz ou se faz ten- 500.
do como causa o trabalho e seus fatores para
determiná-lo. 100 porcentagem (P)
p .i °
Ex.: mesmo do 1º método: P ®20 = taxa (i)
100 °500 - principal (p)
alfafa(kg) dias cavalos ¯
1470 7 3 Podemos calcular também a porcentagem atra-
vés de regra de três simples direta.
x 10 8 Ex.:
Para determinarmos a conseqüência faremos a Percentual / valor
pergunta: o que foi feito?
A resposta é: a alimentação dos cavalos através 100 500
p p
de quilos de alfafa. 20 x x = 100
TÉCNICO EM
ENFERMAGEM
CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
Licensed to Emanuelle Gonçalves de Barros da Silva - silvaemanuelle2023@gmail.com
Licensed to Emanuelle Gonçalves de Barros da Silva - silvaemanuelle2023@gmail.com
- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR Parágrafo único. A sentença penal absolutória influirá na
DOS CONSELHOS DE ENFERMAGEM apuração da infração ética quando tiver por fundamento o
art. 386, inciso I (estar provado a inexistência do fato) e IV
(estar provado que o réu não concorreu para a infração
RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
penal) do Decreto-Lei nº 3.689/1941.
Aprova o Código de Processo Ético do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
CAPÍTULO II - DO SISTEMA DE APURAÇÃO
O CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM –
E DECISÃO DAS INFRAÇÕES ÉTICAS
COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela
Art. 6º Constituem o sistema de apuração e decisão das
Lei nº. 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento
infrações éticas:
Interno da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº
I – Como órgão de admissibilidade em primeira instância:
421, de 15 de fevereiro de 2012;
a) a Câmara de Ética do Conselho Regional de
CONSIDERANDO os estudos realizados pela Comissão de
Enfermagem;
Reformulação do Código de Processo Ético do Sistema
b) o Plenário do Conselho Regional, no impedimento
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, instituída por meio da
e/ou suspeição da maioria absoluta da Câmara de Ética;
Portaria Cofen nº 1229, de 21 de agosto de 2018, e as sugestões
c) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de
enviadas pelos Conselhos Regionais de Enfermagem;
Conselheiro Efetivo ou Suplente, Federal ou Regional, ou
CONSIDERANDO a Lei nº 13.726/2018, que dispõe sobre a
membro de junta interventora ou governativa, enquanto durar
autenticidade dos documentos;
o mandato.
CONSIDERANDO a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 –
Parágrafo único. No caso da alínea “c” deste inciso,
Lei Geral de Proteção de Dados;
cessado o exercício do mandato, deixa o profissional de
CONSIDERANDO a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, que
gozar da prerrogativa de função, devendo o processo ser
dispõe sobre o Código de Processo Civil;
remetido ao Conselho Regional competente, que dará
CONSIDERANDO a Lei nº 6.838, de 29 de outubro de 1980, que
prosseguimento ao feito.
dispõe sobre o prazo prescricional para a punibilidade de profissional
II – Como órgão julgador de primeira instância:
liberal, por falta sujeita a processo disciplinar, a ser aplicada por
a) o Plenário do Conselho Regional de Enfermagem;
órgão competente;
b) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de
CONSIDERANDO a Lei nº 7.210/1984, que instituiu a Lei de
Conselheiro Efetivo e Suplente, Federal ou Regional, ou
Execução Penal, art. 66, V, alínea “g”;
membro de junta interventora ou governativa, enquanto durar
CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
o mandato;
1941, que dispõe sobre o Código de Processo Penal;
c) o Plenário do Conselho Federal, no impedimento e/ou
CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
suspeição da maioria absoluta do Plenário do Conselho
1940 – Código Penal Brasileiro;
Regional;
CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de
d) o Plenário do Conselho Federal nos casos de
Enfermagem, aprovado por Resolução do Conselho Federal de
indicação de cassação pelo Conselho Regional (art. 18, v, §
Enfermagem;
1º, da Lei nº 5.905/1973).
CONSIDERANDO tudo o mais que consta no Processo
III – como órgão julgador de segunda instância:
Administrativo Cofen nº 0560/2021 e a deliberação do Plenário em sua 9ª
a) o Plenário do Conselho Regional, referente aos
Reunião Extraordinária, ocorrida nos dias 21 e 22 de julho de 2022;
recursos das decisões de não admissibilidade proferidas
RESOLVE:
pela Câmara de Ética do Coren;
Art. 1º Aprovar o “Código de Processo Ético do Sistema
b) o Plenário do Conselho Federal nas decisões
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem”, que
proferidas pelo Plenário do Coren;
estabelece as normas procedimentais para serem aplicadas
nos processos éticos no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos
CAPÍTULO III - DA CÂMARA DE ÉTICA E DA COMISSÃO
Regionais de Enfermagem.
DE INSTRUÇÃO DO PROCESSO ÉTICO (CIPE)
Art. 2º O presente Código de Processo Ético entrará em
SEÇÃO I - DA CÂMARA DE ÉTICA
vigor 120 (cento e vinte) dias contados da data de sua
Art. 7º A Câmara de Ética do Coren será constituída por
publicação, revogam-se as Resoluções Cofen nºs 370/2010,
03 (três) conselheiros efetivos e até 03 (três) suplentes,
a 483/2015 e a 644/2020.
sendo dois enfermeiros e um técnico/auxiliar de
enfermagem, sob a coordenação de um enfermeiro
CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO DO SISTEMA
designado pelo presidente do Conselho.
COFEN/CONSELHOS REGIONAIS DE ENFERMAGEM
§ 1º A critério de cada Conselho poderá ser criada mais
APROVADO PELA RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
de uma Câmara de Ética.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º Compete à Câmara de Ética:
Art. 1º O Código de Processo Ético estabelece
a) decidir sobre a admissibilidade de denúncia ética;
procedimentos para instauração, instrução e julgamento do
b) atuar como órgão conciliador;
processo ético e aplicação das penalidades relacionadas à
c) promover a suspensão cautelar do exercício da profissão.
apuração de infração ao Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem.
SEÇÃO II - DA COMISSÃO DE
Art. 2º A apuração e julgamento de infração ao Código
INSTRUÇÃO DO PROCESSO ÉTICO (CIPE)
de Ética dos Profissionais de Enfermagem obedecerá, dentre
Art. 8º A CIPE será constituída por 03 (três) membros,
outros, aos princípios da legalidade, moralidade, publicidade,
designados pelo Presidente do respectivo Conselho, dentre
eficiência, finalidade, motivação, razoabilidade,
os empregados públicos e/ou colaboradores, todos
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança
profissionais de enfermagem, cujos integrantes deverão ser
jurídica e interesse público.
de categoria igual ou superior ao do denunciado, sob a
Art. 3º O sistema de apuração e decisão das infrações
coordenação de um dos membros nomeado pelo Presidente
éticas dos Conselhos de Enfermagem se divide em duas
do Conselho.
instâncias conforme o art. 6º deste código.
Art. 9º Compete à CIPE adotar os procedimentos
Art. 4º Inscrito o profissional em mais de um Conselho, a
relativos a instrução do processo e a elaboração do relatório
competência de julgamento e aplicação da penalidade
final, descrevendo, na hipótese de infração ética, a conduta
disciplinar será do Conselho Regional do lugar em que
do denunciado com a indicação dos artigos do Código de
ocorreu a infração.
Ética dos Profissionais de Enfermagem infringidos,
Art. 5º O processo e julgamento das infrações previstas
encaminhando ao Presidente do Conselho para designação
no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem são
de conselheiro relator para emissão de parecer conclusivo.
independentes, não estando, em regra, vinculados a
Parágrafo único. O relatório final da CIPE não poderá
processos judiciais sobre os mesmos fatos.
conter a indicação de penalidade ou absolvição.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 10 A CIPE terá o prazo de 120 (cento e vinte) dias caberá recurso ao Plenário do Coren no prazo de 15 (quinze)
para concluir seus trabalhos, podendo ser prorrogado por dias, a contar da ciência da decisão.
igual período desde que justificado e autorizado pelo
Presidente do Conselho. DA SEÇÃO III - DA SUSPENSÃO
Parágrafo único. Após a conclusão dos trabalhos da CAUTELAR DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
CIPE, em até 05 (cinco) dias, as partes poderão apresentar Art. 15 A suspensão cautelar do exercício da profissão
alegações finais. poderá ser aplicada em qualquer fase do processo ético,
pela Câmara de Ética do Coren ou pelo Plenário do
CAPÍTULO IV- DO PROCESSO Conselho, desde que existam elementos de comprovação
SEÇÃO I - DO INÍCIO DO PROCESSO que indiquem a autoria e a materialidade de procedimentos
Art. 11 A denúncia poderá ser apresentada de ofício, ou danosos a indicar a veracidade da acusação, e haja fundado
mediante denúncia escrita ou verbal, fundamentada, receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao
protocolada por pessoa física ou jurídica. paciente, à população e a dignidade da profissão, caso ele
§ 1º Inicia-se de ofício quando o Presidente do Conselho continue a exercer a enfermagem.
vier a saber, através de auto de infração, ou por qualquer meio § 1º A decisão que determinar a suspensão cautelar,
idôneo, de fato que tenha característica de infração ética. indicará, de modo fundamentado e preciso, as razões da
§ 2º A denúncia verbal deverá ser tomada a termo por suspensão.
empregado público ou Conselheiro e dirigida ao Conselho § 2º Os processos com suspensão cautelar devem ter
Regional (Coren) ou Conselho Federal (Cofen), conforme o prioridade de tramitação sobre os outros processos que
caso. tramitam no Conselho.
§ 3º O denunciante poderá optar por receber e praticar § 3º Os casos de suspensão cautelar serão imediatamente
todos os atos processuais, virtualmente e, para tanto, necessário comunicados ao Cofen, que poderá rever a decisão.
se faz a indicação do seu correio eletrônico ou número do § 4º A suspensão cautelar terá efeito imediato e
WhatsApp, devendo ficar registrado nos autos a opção. implicará o impedimento, total ou parcial, do exercício da
enfermagem até o julgamento final do processo, que deverá
SEÇÃO II - DA ADMISSIBILIDADE ser obrigatoriamente instaurado.
Art. 12 A denúncia deverá ser encaminhada à Câmara § 5º A suspensão cautelar poderá ser modificada ou
de Ética do Coren, a qual examinará o atendimento aos revogada a qualquer tempo pela Câmara de Ética do Coren
requisitos de admissibilidade. ou, em grau de recurso, pelo Plenário do Conselho
§ 1º Recebida a denúncia o Coordenador da Câmara de competente, em decisão fundamentada.
Ética designará Conselheiro Relator, entre seus membros, que § 6º O Presidente do Coren, ad referendum do Plenário,
emitirá parecer de admissibilidade no prazo de 20 (vinte) dias. poderá rever a decisão da Câmara de Ética que promoveu a
§ 2º Na hipótese de denúncia anônima, havendo suspensão cautelar.
plausibilidade e motivação, poderá o Conselheiro Relator Art. 16 O profissional de enfermagem suspenso
instaurar procedimento preliminar de averiguação, no prazo cautelarmente do exercício da enfermagem será notificado
improrrogável de 30 (trinta) dias, cuja conclusão deverá da decisão, sendo contado o prazo recursal de 15 (quinze)
indicar a admissibilidade ou não da denúncia, que será de dias, conforme artigo 26, sem efeito suspensivo.
ofício caso admitida. Art. 17 Recebido o recurso, o Presidente do Conselho
§ 3º O Conselheiro Relator poderá promover diligências competente designará imediatamente um relator que terá 20
para melhor juízo de admissibilidade, no prazo improrrogável (vinte) dias para elaborar seu parecer que deverá ser
de 30 (trinta) dias, ou realizar audiência de conciliação. pautado para julgamento na sessão plenária subsequente.
§ 4º Não havendo a conciliação entre as partes, o relator Art. 18 A decisão de suspensão cautelar total terá efeito
terá o prazo de 20 (vinte) dias para emitir parecer de
no Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e
admissibilidade.
será publicada no Diário Oficial e nos veículos de
§ 5º Finalizado o parecer, a Câmara de Ética deliberará e
comunicação do Conselho de Enfermagem.
votará sobre a admissibilidade ou não da denúncia, com
Art. 19 A decisão de suspensão cautelar deverá ser
decisão da maioria dos membros efetivos.
comunicada aos estabelecimentos aonde o profissional de
§ 6º O resultado ficará registrado em ata, com votação
enfermagem exerce suas atividades.
nominal, e constará dos autos processuais com o parecer e
a decisão.
CAPÍTULO V - DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 13 São requisitos de admissibilidade:
Art. 20 O Presidente do Conselho determinará a
I – nome, qualificação e endereço do denunciante;
II – assinatura do denunciante ou seu representante; autuação do processo ético por empregado público,
III – identificação do profissional denunciado; contendo o número do processo, os nomes das partes e a
IV – a formulação do pedido com exposição dos fatos, data do seu início.
juntada das provas quando existirem; Art. 21 O processo, em regra, poderá ser digital e terá a
V – do fato narrado constituir indícios de infração ao forma de autos judiciais, devendo os termos de juntada,
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem; pedido de vistas, conclusão e outros atos processuais
VI – ser profissional inscrito ou autorizado pelo Conselho semelhantes constarem de notas datadas e rubricadas.
Regional, ao tempo da prática da conduta que deu origem ao § 1º Os documentos devem ser juntados ao processo em
processo; ordem cronológica e as folhas numeradas sequencialmente
VII – não ter ocorrido a decadência. e rubricadas, sendo facultado às partes, aos procuradores,
§ 1º A denúncia não será admitida quando não aos fiscais e às testemunhas rubricarem as folhas
preencher os requisitos mínimos previstos neste artigo. correspondentes aos atos nos quais intervierem.
§ 2º Caso a denúncia esteja deficiente a ponto de § 2º A autenticação de documentos poderá ser feita com
comprometer sua exata compreensão, em relação aos fatos apresentação dos documentos originais.
e provas, a Câmara de Ética poderá conceder ao § 3º Não se admitem, nos autos e termos, espaços em
denunciante prazo de 10 (dez) dias para aditamento. branco, bem com entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se
§ 3º Se o denunciante não cumprir o disposto no forem inutilizadas e expressamente ressalvadas.
parágrafo anterior, a denúncia não será admitida. Art. 22 Os atos processuais devem realizar-se em dias
Art. 14 Preenchendo a denúncia os requisitos essenciais úteis, no horário normal de funcionamento e, ordinariamente,
de admissibilidade, bem como se contiver os elementos na sede do Conselho, podendo ser realizados em outro
necessários à formação de convicção sobre a existência de lugar, de forma justificada.
infração, a Câmara de Ética decidirá pela instauração do Parágrafo único. Serão praticados ou concluídos depois
Processo Ético. do horário normal os atos cujo adiamento prejudiquem o
§ 1º Não admitida a denúncia por falta de requisitos curso regular do procedimento ou causem dano ao
mínimos ou por não conter os elementos necessários à interessado ou, ainda, aos Conselhos Federal ou Regionais
formação de convicção sobre a existência de infração, de Enfermagem.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 23 Os atos do processo serão realizados em caráter mandado, a ser cumprido realizada por empregado público
reservado e sigiloso. do Conselho;
Art. 24 O direito de consultar os autos e de pedir d) por carta precatória; ou
certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus e) por edital publicado na Imprensa Oficial e no sítio
procuradores, sendo facultado a terceiros, que demonstrem eletrônico do respectivo Conselho e/ou, ainda, em jornal de
e justifiquem o interesse jurídico no feito. grande circulação, quando frustradas as hipóteses anteriores.
Art. 29 O denunciado, após a citação, poderá optar por
CAPÍTULO VI - DA CONCILIAÇÃO receber e praticar todos os atos processuais, virtualmente e,
Art. 25 Se a denúncia preencher os requisitos de para tanto, necessário se faz a indicação do seu correio
admissibilidade, o Conselheiro Relator poderá designar dia e eletrônico ou número do WhatsApp, devendo ficar registrado
hora para audiência de conciliação, com antecedência nos autos a opção.
mínima de 15 (quinze) dias, contados a partir da intimação Art. 30 A citação para apresentação de defesa prévia
das partes, com cópia da denúncia. será remetida com cópia integral do processo físico ou digital
§ 1º Em se tratando de infrações consideradas leves ou e conterá obrigatoriamente as seguintes informações:
moderadas, assim consideradas pelo Código de Ética, o I – identificação do denunciante e do denunciado, nos
Conselheiro Relator se obriga a designar audiência de processos éticos iniciados por denúncia;
conciliação. II – identificação do denunciado e do Conselho, nos
§ 2º A conciliação apenas poderá ser realizada em se processos éticos iniciados de ofício;
tratando de denúncia em que o fato se circunscreva às pessoas III – endereço residencial do denunciado, quando
do denunciante e do denunciado, ensejando o arquivamento da conhecido;
denúncia mediante retratação ou ajustamento de conduta, IV – endereço do local de trabalho do denunciado,
inclusive quando se tratar de denúncia de ofício. quando não conhecido o residencial;
§ 3º A conciliação não poderá ser realizada quando o fato V – finalidade da citação, bem como a menção do prazo e
envolver infrações caracterizadas como gravíssimas, nos termos local para apresentação da defesa prévia, sob pena de revelia;
do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. VI – assinatura do coordenador da CIPE.
§ 4º Havendo a conciliação pelas partes, o Conselheiro Art. 31 O desatendimento da citação, ou a renúncia pela
Relator lavrará o termo conciliatório que deverá ser homologado parte ao direito de defesa e à prática dos atos processuais
pela Câmara de Ética, ato contra o qual não caberá recurso. não importam em reconhecimento da verdade dos fatos.
§ 5º Não havendo o comparecimento de qualquer uma § 1º O processo ético seguirá sem a presença do
das partes, ou de seus representantes legais, a conciliação denunciado quando, regularmente citado ou intimado para
restará prejudicada. qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado.
§ 6º A conciliação poderá ocorrer em qualquer fase do § 2º No prosseguimento do processo, será garantido às
processo por manifestação expressa das partes, devendo partes o direito à ampla defesa e o contraditório.
ser conduzida pelo Conselheiro Relator. § 3º O comparecimento espontâneo do denunciado ao
§ 7º Estando o processo em fase de instrução, a conciliação processo supre a falta ou nulidade da citação.
será realizada pelo Conselheiro Relator da Câmara de Ética, a
quem cabe homologar o termo de conciliação. SEÇÃO II - DA DEFESA
Art. 32 Na defesa, o denunciado poderá arguir
CAPÍTULO VII - DOS PRAZOS preliminares e alegar tudo o que interessa a sua defesa,
Art. 26 Salvo disposição em sentido diverso, considera- oferecer documentos e justificativas, especificar as provas
se dia do começo do prazo: pretendidas e arrolar até 3 (três) testemunhas, que deverão
I – da data da remessa, quando a intimação for eletrônica; ser qualificadas com nome, profissão e endereço completo.
II – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento- Art. 33 A defesa será apresentada por escrito, no prazo de
AR, quando a notificação ou a intimação for por via postal; 15 (quinze) dias, e conterá o telefone fixo e/ou móvel, endereço
III – da data de juntada aos autos da notificação ou postal e endereço eletrônico (e-mail e/ou WhatsApp) para
intimação cumprida, quando realizada por empregado conhecimento de intimações, devendo, ainda, ser acompanhado
público do Conselho; de procuração, quando subscrita por advogado.
IV – da data da publicação do edital; e Art. 34 Decorrido o prazo para apresentação da defesa,
V – da data de ocorrência da ciência, na hipótese de sem que haja manifestação, será designado pelo Presidente
comparecimento espontâneo. do Conselho a pedido do Coordenador da CIPE, um
§ 1º Os prazos serão contados, de forma contínua, Defensor Dativo para que, no prazo de 15 (quinze) dias a
excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. contar da sua nomeação, apresente defesa escrita.
§ 2º Os prazos serão contados a partir do primeiro dia §1º O Defensor Dativo deverá ser profissional de
útil subsequente às datas a que se referem os incisos I a V enfermagem regularmente inscrito, no mínimo da mesma
do caput. categoria do denunciado ou advogado.
§ 3º Considera-se prorrogado o prazo até o 1º (primeiro) dia §2º Os Conselheiros Efetivos e Suplentes e empregados
útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver públicos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
expediente ou este for encerrado antes da hora normal. Enfermagem não poderão ser designados como Defensores
Dativos.
CAPÍTULO VIII - DA INSTRUÇÃO §3º Não poderá ser nomeado Defensor Dativo,
SEÇÃO I - DA CITAÇÃO DO DENUNCIADO profissional que tenha interesse no resultado do processo
Art. 27 Citação é o ato pelo qual o denunciado é ético ou que tenha impedimentos legais.
convocado para integrar a relação processual, garantindo a
oportunidade para se defender, indispensável para a SEÇÃO III - DA INTIMAÇÃO
validade do processo ético. Art. 35 Na intimação das partes, testemunhas e demais
Art. 28 O denunciado será citado para apresentar defesa pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato,
no prazo de 15 (quinze) dias, contados na forma do art. 26. será observado, no que for aplicável, o disposto para as
Parágrafo único. A citação de que trata o caput deste citações, devendo conter, além dos requisitos previstos nos
artigo será realizada: incisos I, II, III e IV do art. 30, o seguinte:
a) preferencialmente por meio digital para o endereço I – finalidade da intimação;
eletrônico constante no cadastro do Conselho, com II – data, hora e local em que deve comparecer;
confirmação do recebimento; III – se o intimado deve comparecer ou fazer-se representar;
b) pela via postal, com aviso de recebimento, sendo ela IV – informação da continuidade do processo
válida uma vez recebida no local de destino constante do independentemente do seu comparecimento.
cadastro do Conselho; § 1º A intimação observará a antecedência mínima de 3
c) pessoalmente, mediante a expedição do competente (três) dias úteis para o ato processual.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
§ 2º As intimações serão nulas quando feitas sem de outra já respondida e, complementar a inquirição sobre os
observância das prescrições deste código, mas o pontos não esclarecidos.
comparecimento do administrado supre sua falta ou § 1º Deverão constar na ata da audiência as perguntas
irregularidade. que a testemunha deixar de responder, com as razões de
Art. 36 Devem ser objeto de intimação os atos do sua abstenção.
processo que resultem para o interessado em imposição de § 2º O procurador das partes poderá assistir ao
deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos. interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, mas
SEÇÃO IV- DAS PROVAS facultado reinquiri-las, diretamente ou por intermédio do
Art. 37 Incumbe às partes a prova dos fatos que tenham Coordenador da Comissão.
alegado, sem prejuízo dos deveres do órgão competente Art. 52 O Coordenador da CIPE não permitirá que a
relativamente à instrução processual. testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo
Art. 38 É facultada às partes arrolar testemunhas, quando inseparáveis da narrativa do fato.
limitadas a 3 (três), que deverão ser qualificadas com nome Art. 53 Antes de iniciado o depoimento, as partes
e endereço completo. poderão arguir circunstâncias ou defeitos que tornem a
Art. 39 O Coordenador da CIPE, mediante decisão testemunha suspeita de parcialidade ou indigna de fé.
fundamentada, poderá determinar a produção de provas que Parágrafo único. O coordenador da CIPE fará consignar
julgar necessárias, bem como indeferir o pedido de produção a arguição e a resposta da testemunha.
de provas que considerar protelatórias ou desnecessárias à Art. 54 O depoimento da testemunha será reduzido a
instrução processual. termo e será assinado por ela, pelo coordenador da CIPE,
Parágrafo único. O ônus decorrente da produção de demais membros presentes na audiência, pelas partes e
provas será suportado pela parte que a requerer, inclusive a seus procuradores.
prova pericial. Art. 55 Das pessoas impossibilitadas, por enfermidade
Art. 40 As partes poderão apresentar documentos em ou por velhice, o coordenador da CIPE poderá, de ofício ou a
qualquer fase do processo. requerimento de qualquer das partes, tomar
§ 1º Quando os autos estiverem conclusos para antecipadamente o depoimento.
deliberação de admissibilidade ou julgamento, documentos Art. 56 Os Conselheiros Federais e Regionais, efetivos
só serão juntados se aceitos pelo Conselheiro Relator. ou suplentes, tanto quanto as autoridades públicas, quando
§ 2º Às partes será concedido prazo de 05 (cinco) dias, arrolados como testemunhas, serão inquiridos em local, dia e
após intimação, para impugnação de documentos novos. hora, previamente ajustados entre eles e o coordenador da
Art. 41 Poderá, quando necessário, ocorrer a construção Comissão de Instrução, e poderão optar pela prestação de
de prova pericial que consiste em exame, vistoria ou depoimento, por escrito, caso em que as perguntas
avaliação, que deverá ser realizada nos termos da lei. formuladas pelas partes lhes serão transmitidas por ofício.
Parágrafo único. Uma vez solicitada prova pericial, o Art. 57 A testemunha poderá ser ouvida em seu
perito será designado pelo Coordenador da Comissão de domicílio, ou outro local previamente indicado,
Instrução de Processo Ético. preferencialmente por videoconferência.
Art. 42 O Coordenador da CIPE fixará o dia, hora e local
em que será realizada a perícia, o prazo para a entrega do CAPÍTULO IX - DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO
laudo, determinando a intimação das partes para, querendo, SEÇÃO I - DO IMPEDIMENTO
indicar assistentes técnicos e apresentar quesitos. Art. 58 É impedido de atuar em processo ético o membro
§ 1º A perícia poderá ser realizada fora da cidade Sede do Plenário, membros da Câmara de Ética, membros da
do Conselho, a critério da Comissão de Instrução de Comissão de Instrução de Processo Ético, que:
Processo Ético. I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
§ 2º O pagamento da perícia deve ser efetuado mediante II – esteja litigando judicial ou administrativamente com o
recibo, pela parte que requerer a perícia. interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro;
Art. 43 São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas III – tenha participado ou venha a participar como perito,
dos autos do processo ético as provas ilícitas, assim testemunha ou representante ou se tais situações ocorrem
entendidas, como as obtidas com violação das normas quanto ao cônjuge, companheiro, ou parente e afins até o
constitucionais ou legais. terceiro grau
Art. 44 É lícita a utilização de prova emprestada para IV – tenha atuado na primeira instância, pronunciando-se
instrução do processo ético, desde que submetida ao de fato ou de direito sobre a matéria discutida no processo.
contraditório. Art. 59 Aquele que incorrer em impedimento deve
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de
SEÇÃO V - DAS TESTEMUNHAS atuar.
Art. 45 Toda pessoa natural e com capacidade legal Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
poderá ser testemunha. impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.
Art. 46 A testemunha, devidamente qualificada, fará Art. 60 O impedimento poderá ser arguido e reconhecido em
compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for qualquer fase do processo, antes do trânsito em julgado da
perguntado. decisão, em petição específica, na qual indicará, com clareza, o
Art. 47 O depoimento será prestado oralmente, não fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em
sendo, entretanto, vedada à testemunha breve consulta a que se fundar a alegação e com o rol de testemunha, se for o
apontamentos. caso.
Art. 48 O Coordenador da Comissão de Instrução, SEÇÃO II - DA SUSPEIÇÃO
quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas Art. 61 Pode ser arguida a suspeição de membro do
além das indicadas pelas partes. Plenário, membros da Câmara de Ética, membros da
Art. 49 As testemunhas serão inquiridas de modo que Comissão de Instrução de Processo Ético que tenha
uma não saiba nem ouça os depoimentos das outras. amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
Art. 50 Se o Coordenador da CIPE reconhecer que interessados ou com os respectivos cônjuges,
alguma testemunha, quando profissional de enfermagem, fez companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
afirmação falsa ou negou a verdade, remeterá cópia do
depoimento à Presidência do Conselho para as providências SEÇÃO III - PROCESSAMENTO DA
cabíveis. SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO
Art. 51 As perguntas poderão ser formuladas pelas Art. 62 Arguido o impedimento ou a suspeição pela
partes diretamente às testemunhas, podendo o Coordenador parte, o membro da Câmara de Ética ou da CIPE, de forma
da CIPE indeferir aquelas que possam induzir a resposta, justificada, deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias
não tenham relação com a causa ou importem na repetição sobre o reconhecimento ou não da arguição.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Parágrafo único. Do não reconhecimento, pelo membro fato pelo Conselho.
arguido, da suspeição/impedimento, ou indeferida tal alegação, Art. 72 O conhecimento expresso ou a notificação do
a arguição será remetida ao Plenário do respetivo Conselho denunciado interrompe o prazo prescricional de que trata o
para conhecimento e providências cabíveis, no prazo de 05 artigo anterior.
(cinco) dias, contado da ciência da manifestação. Parágrafo único. O conhecimento expresso ou notificação
Art. 63 As partes poderão, em petição fundamentada, de que trata este artigo ensejará defesa escrita ou a termo, a
arguir a suspeição ou o impedimento de qualquer julgador. partir de quando fluirá novo prazo prescricional.
Parágrafo único. Se a suspeição e/ou impedimento Art. 73 Todo processo ético paralisado há mais de 3
forem arguidos na sessão de julgamento, serão apreciados (três) anos pendente de despacho ou julgamento, será
como matéria preliminar. arquivado ex offício, ou a requerimento da parte interessada,
Art. 64 O impedimento ou a suspeição decorrente de sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional da
parentesco por casamento ou união estável cessa com a paralisação, se for o caso.
dissolução do respectivo vínculo entre os cônjuges ou
companheiros, salvo sobrevindo descendente. SEÇÃO II - DA DECADÊNCIA
Art. 74 É de 5 (cinco) anos, contado a partir da
CAPÍTULO X - DAS NULIDADES ocorrência do fato, o prazo de decadência para
Art. 65 Os atos praticados poderão ser considerados de apresentação de denúncia ética no respectivo conselho.
nulidade absoluta ou de nulidade relativa. Parágrafo único. Passado esse prazo, havendo denúncia
esta será arquivada liminarmente pelo órgão competente.
SEÇÃO I - DAS NULIDADES ABSOLUTAS
Art. 66 Caracterizam-se pela falta de algum elemento CAPÍTULO XII - DO JULGAMENTO
substancial do ato do Processo Ético, não sendo admitida a SEÇÃO I - DO JULGAMENTO DO PROCESSO ÉTICO
convalidação ou retificação. Art. 75 Recebido o processo da Comissão de Instrução
Art. 67 São nulidades absolutas: de Processo Ético – CIPE com o relatório final, o Presidente
I – incompetência do órgão julgador; do Conselho de Enfermagem designará, em 5 (cinco) dias,
II – ilegitimidade de parte ativa ou passiva; Conselheiro Relator para emissão de parecer conclusivo, por
III – ausência de denúncia; distribuição.
IV – quando inexistir admissibilidade; Parágrafo único. Todos os Conselheiros, efetivos ou
V – por falta de citação do denunciado; suplentes, estão aptos a relatar processos, independentemente
VI – por falta de designação de defensor dativo. da categoria profissional da parte denunciada.
§ 1º A nulidade absoluta pode ser alegada, a qualquer Art. 76 O Relator emitirá o parecer conclusivo no prazo
tempo ou fase do processo, inclusive após a ocorrência do de 30 (trinta) dias, entregando-o, com os autos do processo,
trânsito em julgado. ao Presidente do Conselho de Enfermagem.
§ 2º A nulidade absoluta pode ser apontada pelas partes § 1º O Parecer deverá conter o nome das partes,
ou ex ofício, com as consequências decorrentes. exposição sucinta dos fatos, e a indicação das provas
colhidas, declarando a conduta investigada e se há ou não
SEÇÃO II - DAS NULIDADES RELATIVAS transgressão ao Código de Ética dos Profissionais de
Art. 68 A nulidade relativa admite convalidação com Enfermagem e em quais artigos está configurada, com
possibilidade de correção do vício, sendo de interesse das indicação da penalidade cabível.
partes a sua alegação. § 2º O Relator poderá, caso entenda necessário, no prazo
§ 1º A nulidade relativa ocorrerá nos seguintes casos: de 5 (cinco) dias, mediante despacho fundamentado, a contar
I – por falta da intimação das testemunhas arroladas da data de recebimento do processo, devolvê-lo à Comissão de
pelas partes; Instrução de Processo Ético, para novas diligências,
II – por suspeição declarada de qualquer dos membros especificando as que julgar necessárias e estabelecendo prazo
do Plenário, da Câmara de Ética ou da Comissão de improrrogável de 30 (dias) para o seu cumprimento.
Instrução do Processo Ético; § 3º Ocorrendo o previsto no § 2º deste artigo, o prazo
III – por falta de cumprimento das formalidades legais para a emissão de parecer conclusivo pelo Conselheiro
prescritas no presente código; Relator será interrompido, iniciando-se nova contagem a
IV – atos praticados por empregados públicos do partir da data do recebimento do processo da Comissão de
Conselho Federal ou Regional de Enfermagem que não Instrução de Processo Ético.
tenha competência para fazê-lo. § 4º Cumpridas as diligências especificadas a Comissão
Parágrafo único. As nulidades relativas deverão ser de Instrução de Processo Ético concederá vistas às partes,
arguidas no prazo de 5 (cinco) dias em que à parte couber pelo prazo de 05 (cinco) dias, para se manifestarem.
pronunciar-se nos autos, sob pena de preclusão. § 5º Transcorrido o prazo para manifestação das partes,
Art. 69 As nulidades relativas serão consideradas sanadas: o coordenador da Comissão de Instrução de Processo Ético
I – se não forem arguidas em tempo oportuno. devolverá o processo diretamente ao Conselheiro Relator,
II – se praticado por outra forma, o ato tiver atingindo seu que dará continuidade à sua tramitação.
fim; Art. 77 Recebido o parecer conclusivo do Conselheiro
III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os Relator, o Presidente do Conselho de Enfermagem
seus efeitos; determinará a inclusão do processo na pauta da primeira
IV – se não causar prejuízo para as partes ou não houver sessão plenária subsequente, com antecedência que
influído na apuração da verdade ou na decisão da causa. garanta que as partes e seus procuradores sejam intimados
§ 1º O Coordenador da Camara de Ética, o Coordenador previamente para o julgamento, com o mínimo de 15
da Comissão de Instrução de Processo Ético, o Conselheiro (quinze) dias de antecedência da reunião.
Relator ou o Plenário, quando pronunciar a nulidade, Parágrafo único. Os processos devem ser pautados para
declarará os atos a que ela se estende. julgamento, preferencialmente, em ordem cronológica de
§ 2º A nulidade uma vez declarada, ela só deve alcançar idade, considerando a data inicial da autuação processual,
o ato inválido e os que decorrem ou dependem como efeito, os prazos prescricionais, as prioridades legais e a prioridade
permanecendo os restantes íntegros. definida pela suspensão cautelar.
Art. 70 Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a Art. 78 O julgamento, excepcionalmente, poderá ser
que tenha dado causa ou para que tenha concorrido, ou secreto quando houver deliberação nesse sentido, garantida
ainda referente a formalidade cuja observância só à parte a participação das partes e de seus procuradores.
contrária interessa. Parágrafo único. Assessorias jurídicas do Conselho
poderão participar, no que lhe couber, da sessão de
CAPÍTULO XI - DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA julgamento.
SEÇÃO I - DA PRESCRIÇÃO Art. 79 Declarada aberta a sessão de julgamento, o
Art. 71 A pretensão à punibilidade por infração ao Código Presidente do Conselho de Enfermagem apregoará o
de Ética dos Profissionais de Enfermagem prescreve em 5 número do processo e os nomes das partes e/ou procurador
(cinco) anos, contados da data do efetivo conhecimento do do denunciante e do denunciado.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 80 Será, imediatamente, dada a palavra ao §2º O Conselheiro Relator disporá de 30 (trinta) dias
Conselheiro Relator que apresentará o seu parecer. para elaborar o parecer, contados do prazo de recebimento
§ 1º O parecer conterá relatório, pronunciamento de do processo.
mérito e conclusão em que constará o voto final. Art. 89 Na hipótese de o Conselho Federal discordar da
§ 2º Após a leitura do relatório, o Presidente do Conselho pena máxima proposta pelo Conselho Regional, poderá
de Enfermagem dará a palavra, para sustentação oral, por absolver ou aplicar outra penalidade ao denunciado.
10 minutos, em primeiro lugar ao denunciante ou seu
procurador e, em seguida ao denunciado ou seu procurador. CAPÍTULO XIII - DOS RECURSOS
§ 3º Havendo mais de um denunciante ou denunciado, o SEÇÃO I - RECURSO AO PLENÁRIO DO COFEN
prazo será contado individualmente. Art. 90 Caberá recurso administrativo ao Plenário do
§ 4º Após as sustentações orais das partes, o Presidente Cofen, contra as decisões em primeira instância proferidas
do Conselho de Enfermagem retornará a palavra ao Relator pelo Plenário do Coren, com efeito suspensivo, contendo os
que apresentará a análise das preliminares, seu fundamentos do pedido, no prazo de 15 (quinze) dias, a
pronunciamento de mérito e a conclusão com o voto. contar da ciência da decisão.
Art. 81 Cumpridas as disposições do artigo anterior, § 1º O recurso será interposto perante o órgão prolator
aberta para discussão, o Presidente do Conselho de da decisão em primeira instância.
Enfermagem dará a palavra, pela ordem, ao conselheiro que § 2º Recebido o recurso, o empregado público e/ou
a solicitar, que poderá pedir a palavra para: Conselheiro especialmente designado para tal finalidade,
I – esclarecer dúvidas acerca dos fatos constantes do examinará os pressupostos de admissibilidade do recurso,
processo, debater o mérito, podendo ter acesso aos autos relativos à tempestividade e à prescrição, emitindo Nota Técnica.
§ 3º Reconhecida a intempestividade ou a prescrição, o
para verificação;
Presidente do Conselho determinará a lavratura do trânsito
II – pedir vista aos autos até a próxima reunião Plenária;
em julgado do processo, sem encaminhamento à instância
III – requerer a conversão do julgamento em diligência,
superior, dando ciência às partes.
com aprovação do Plenário, caso em que determinará as
§ 4º Recebido o recurso tempestivamente, intima-se a
providências a serem adotadas. outra parte para, querendo, apresentar contrarrazões, no
Art. 82 Na hipótese de pedido da conversão do julgamento prazo de 15 dias, a contar da ciência.
em diligência, o processo será retirado de pauta, no prazo Art. 91 O julgamento no âmbito do Cofen, seguirá, no
improrrogável de 30 (trinta) dias para seu cumprimento. que couber, as previsões do Capítulo XII deste Código, e a
§ 1º As partes serão intimadas para, no prazo de 5 decisão será lavrado na forma de acórdão.
(cinco) dias, manifestarem-se sobre o cumprimento das Art. 92 Havendo recurso interposto unicamente pelo
diligências deferidas pelo órgão julgador. denunciado, deve ser observado o princípio do “non reformatio
§ 2º Cumprida a diligência, os autos serão devolvidos ao in pejus”, que consiste na impossibilidade de tratamento mais
Conselheiro autor do pedido de diligência para manifestação, severo do que o registrado na decisão recorrida.
devendo o processo ser incluído na pauta da primeira
reunião Plenária subsequente. CAPÍTULO XIV - DA EXECUÇÃO E DA
§ 3º O Conselheiro Relator poderá requerer adiamento REVISÃO DA PENALIDADE
de julgamento, mediante pedido fundamentado contendo
justificativas plausíveis. SEÇÃO I - DA EXECUÇÃO DA PENA
Art. 93 Não cabendo mais recurso administrativo, serão
SEÇÃO II - DA DECISÃO os autos devolvidos à instância de origem do processo para
Art. 83 A deliberação do Plenário terá início após o a execução do decidido.
Conselheiro Relator emitir seu voto. Parágrafo único. Quando da aplicação da pena, tendo o
Art. 84 Em seguida o Presidente tomará os votos dos profissional transferido sua inscrição, caberá ao novo
demais conselheiros, nominalmente, procedimento esse a Conselho Regional a execução da pena.
ser adotado em todos os julgamentos, consignando-se em Art. 94 As decisões que contemplem as penas previstas nos
ata o resultado. incisos III, IV e V do art. 18 da Lei nº 5.905/73, serão publicadas:
Parágrafo único. O Presidente da sessão votará e, I- no Diário Oficial do Estado ou da União; e
sequencialmente, os demais conselheiros. Havendo empate, II- no sítio eletrônico do Coren.
proferirá o voto de qualidade. Art. 95 A execução das penas impostas pelos Conselhos
Art. 85 A deliberação do Plenário deverá ser redigida, no Regionais ou pelo Conselho Federal de Enfermagem se
prazo de até 5 (dias), pelo Conselheiro Relator ou pelo processará na forma estabelecida nas decisões ou acórdãos,
Conselheiro condutor do voto vencedor, sob forma de decisão, respectivamente, sendo registradas no prontuário do profissional
que assinará com Presidente do Conselho de Enfermagem. infrator.
Parágrafo único. No caso de decisão absolutória, no § 1º As penas aplicadas se estendem a todas as
processo instaurado de ofício, o presidente declarará, ao inscrições do profissional junto ao Conselho Regional de
final do julgamento, o trânsito em julgado da decisão. Enfermagem, independentemente da categoria em que o
Art. 86 As partes ou seus procuradores, bem como o profissional tenha cometido a infração.
defensor dativo, se houver, serão intimados da decisão nos § 2º A decisão proferida, após o trânsito em julgado,
termos do art. 35. produzirá seus efeitos onde o profissional tenha inscrições,
Parágrafo único. A decisão conterá: devendo o Conselho Regional de Enfermagem comunicar ao
I – o número do processo; Conselho Federal.
II – o número do parecer aprovado pelo órgão julgador; §3º O Conselho Regional de Enfermagem dará
III – o nome das partes e, em havendo, o número da conhecimento da decisão que aplicou penalidade de
inscrição profissional; suspensão ou de cassação do exercício profissional à
instituição empregadora do infrator.
IV- a absolvição ou a penalidade imposta, a conduta
§4º No caso de cassação do exercício profissional, além
cometida com os artigos do Código de Ética infringidos; e
da publicação dos editais e das comunicações endereçadas
V – a data e as assinaturas do presidente do órgão julgador
às autoridades interessadas no assunto, será apreendida a
e do Conselheiro relator ou condutor do voto vencedor.
carteira profissional do infrator, procedendo-se ao
Art. 87 As penalidades aplicáveis são as previstas no cancelamento do respectivo registro no Conselho.
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme Art. 96 Impossibilitada a execução da pena, esta ficará
determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973. suspensa até seu efetivo cumprimento, sem prejuízo das
Art. 88 Indicada a pena de cassação pelo Conselho anotações nos prontuários e publicações dos editais, quando
Regional, o julgamento será imediatamente suspenso e os for o caso.
autos remetidos ao Conselho Federal para julgamento. Parágrafo único. O não pagamento da pena de multa
§1º Recebidos os autos, o Presidente do Conselho importará na sua inscrição em dívida ativa para posterior
Federal designará Conselheiro Relator. execução.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 97 Cumpridas todas as decisões de primeira ou Art. 105 Da decisão denegatória do Conselho Regional
segunda instância, o Presidente do Conselho determinará o que apreciar o pedido de reabilitação caberá recurso ao
arquivamento do processo. Conselho Federal.
Art. 106 Concedida a reabilitação, a pena não mais será
SEÇÃO II - DA REVISÃO DA PENA mencionada em certidões ou outros documentos expedidos pelo
Art. 98 A qualquer tempo, a contar do trânsito em julgado Conselho, permanecendo, no entanto, as anotações constantes
da decisão, poderá ser requerido revisão da pena ao do prontuário para análise da prática da reincidência.
Conselho Federal ou Regional de Enfermagem, com base Art. 107 Indeferida a reabilitação, o profissional
em fato novo ou na hipótese de a decisão condenatória ter interessado, poderá reapresentar o pedido, a qualquer
sido fundada em prova testemunhal, exame pericial ou tempo, desde que seja instruído com novos elementos
documento cuja falsidade vier a ser comprovada. comprobatórios dos requisitos necessários.
§ 1º Poderá requerer a revisão da pena o próprio Art. 108 Quando a infração ético-disciplinar constituir crime e
profissional, por si ou por procurador legalmente habilitado, havendo condenação judicial, a reabilitação profissional
ou, em caso de sua morte, seu cônjuge, o companheiro, dependerá da correspondente reabilitação criminal.
ascendente, descendente ou irmão, independentemente de
ordem de nomeação. CAPÍTULO XVI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 2º Considera-se fato novo aquele que o punido Art. 109 É vedada vista dos autos do processo físico fora
conheceu somente após o trânsito em julgado da decisão e das instalações do Conselho, porém as partes poderão, a
que dê condição, por si só, ou em conjunto com as demais qualquer tempo, acessá-los, inclusive obter cópia de peças,
por meio de requerimento formulado ao Presidente do
provas já produzidas, de criar nos julgadores uma convicção
Conselho ou de Comissão de Instrução.
diversa daquela já firmada.
Art. 110 Em qualquer fase do processo, poderá ser
Art. 99 A revisão terá início por petição dirigida à
solicitada a manifestação da assessoria jurídica do Conselho.
Presidência do Conselho Regional, instruída com as provas
Art. 111 Os julgamentos dos processos éticos, as oitivas
documentais comprobatórias dos fatos arguidos. das partes e testemunhas poderão ser realizadas por
§ 1º Recebido o pedido de revisão de pena, o Presidente Sistema de Deliberação Remota.
do Conselho Regional determinará a autuação do processo Art. 112 O Conselho Federal de Enfermagem criará
de revisão em autos apensados aos originais e designará um Cadastro Único de penalidades aplicadas pelo sistema
Conselheiro para emissão de parecer, o qual será submetido Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
a julgamento em sessão plenária no prazo máximo de 60 Art. 113 As questões omissas neste Código deverão ser
(sessenta) dias. supridas pelo Plenário do Cofen.
§ 2º Não será admitida a renovação do pedido de Parágrafo único. Nos casos omissos poderá ser
revisão, salvo se fundamentado em novas provas. utilizado, subsidiariamente, os dispositivos previstos no
§ 3º O processo revisional seguirá, no que couber, as Código de Processo Penal, no que lhes for aplicável.
normas previstas neste Código.
Art. 100 A decisão no processo revisional poderá reduzir DECRETO 94.406/1987
ou extinguir a pena, sendo vedado o seu agravamento.
§1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos os
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que
direitos perdidos em virtude de punição anteriormente aplicada.
dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras
§2º A revisão da pena somente surtirá efeito após o seu providências.
trânsito em julgado.
Art. 101 Da decisão no processo revisional caberá O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições
recurso ao Plenário do Cofen com efeito devolutivo. que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em
vista o disposto no artigo 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de
CAPÍTULO XV - DA REABILITAÇÃO 1986,
Art. 102 Após 2 (dois) anos do cumprimento da pena DECRETA:
aplicada pelo Conselho de Enfermagem, sem que tenha Art. 1º O exercício da atividade de enfermagem, observadas
sofrido qualquer outra pena ético-disciplinar ou criminal as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e
relacionado ao exercício da enfermagem, mediante provas respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro,
efetivas de bom comportamento, é permitido ao profissional Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e
requerer a reabilitação profissional. só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional
§ 1º Os prazos deste artigo contam-se do trânsito em de Enfermagem da respectiva Região.
julgado da decisão administrativa que puniu o profissional ou Art. 2º As instituições e serviços de saúde incluirão a
da data em que terminar a execução da pena, no caso da atividade de enfermagem no seu planejamento e programação.
penalidade de suspensão ou cassação. Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte
§ 2º A reabilitação não exclui a reincidência, que poderá integrante do programa de enfermagem.
se dar no prazo de cinco anos entre a data do cumprimento Art. 4º São Enfermeiros:
ou extinção da pena e a infração posterior. I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição
Art. 103 O requerimento de reabilitação será de ensino, nos termos da lei;
encaminhado ao Regional que aplicou a pena, e deverá ser II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de
instruído com: Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
I – certidões comprobatórias de não ter o requerente sido III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a
punido em processo ético-disciplinar, em quaisquer das titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de
jurisdições dos Conselhos Regionais em que houver sido inscrito Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira
desde a condenação motivo do pedido de reabilitação; segundo as respectivas leis, registrado em virtude de acordo de
II – comprovação de que teve o requerente, durante o intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
tempo previsto no inciso anterior bom comportamento Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
público e privado. IV - aqueles que, não abrangidos pelos itens anteriores,
§ 1º Recebido o pedido de reabilitação, o Presidente do obtiveram título de Enfermeiro conforme o disposto na letra d do
Conselho Regional determinará a autuação do processo de art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
reabilitação em autos apartados dos originais e designará Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:
um Conselheiro para emissão de parecer, o qual será I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
submetido a julgamento em sessão plenária no prazo Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado
máximo de 60 (sessenta) dias. no órgão competente;
§ 2º O processo de reabilitação seguirá, no que couber, II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
as normas previstas neste Código. por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo
Art. 104 O Conselho poderá ordenar as diligências de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
necessárias para a apreciação do pedido, cercando-as de sigilo. Técnico de Enfermagem.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 6º São auxiliares de Enfermagem: m) participação em programas e atividades de educação
I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da família e
conferido por instituição de ensino, nos termos da lei, e da população em geral;
registrado no órgão competente; n) participação nos programas de treinamento e
II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente nos
de junho de 1956; programas de educação continuada;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o item o) participação nos programas de higiene e segurança do
III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais
expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro e do trabalho;
de 1961; p) participação na elaboração e na operacionalização do
IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou Prático sistema de referência e contra referência do paciente nos
de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de diferentes níveis de atenção à saúde;
Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, q) participação no desenvolvimento de tecnologia
ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades apropriada à assistência de saúde;
da Federação, nos termos do Decreto nº 23.774, de 22 de r) participação em bancas examinadoras, em matérias
janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de específicas de enfermagem, nos concursos para provimento de
1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959; cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal técnico e
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem.
nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967; Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou certificados de
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de
ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em que trata o artigo precedente, incumbe:
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil I - prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
como certificado de Auxiliar de Enfermagem. II - identificação das distocias obstétricas e tomada de
Art. 7º São Parteiros: providência até a chegada do médico;
I - o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação
8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº de anestesia local, quando necessária.
3.640, de 10 de outubro de 1959; Art. 10. O Técnico de Enfermagem exerce as atividades
II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo enfermagem, cabendo-lhe:
as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio cultural I - assistir ao Enfermeiro:
ou revalidado no Brasil até 26 de junho de 1988, como a) no planejamento, programação, orientação e supervisão
certificado de Parteiro. das atividades de assistência de enfermagem;
Art. 8º Ao Enfermeiro incumbe: b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a
I - privativamente: pacientes em estado grave;
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em
básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de geral em programas de vigilância epidemiológica;
serviço e de unidade de enfermagem; d) na prevenção e no controle sistemático da infecção
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de hospitalar;
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que
desses serviços; possam ser causados a pacientes durante a assistência de
c) planejamento, organização, coordenação, execução e saúde;
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem; f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria item II do art. 8º;
de enfermagem; II - executar atividades de assistência de enfermagem,
e) consulta de enfermagem; excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no art. 9º
f) prescrição da assistência de enfermagem; deste Decreto;
g) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com III - integrar a equipe de saúde.
risco de vida; Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades
h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de enfermagem,
e que exijam conhecimentos científicos adequados e cabendo-lhe:
capacidade de tomar decisões imediatas; I - preparar o paciente para consultas, exames e
II - como integrante de equipe de saúde: tratamentos;
a) participação no planejamento, execução e avaliação da II - observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao
programação de saúde; nível de sua qualificação;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos III - executar tratamentos especificamente prescritos, ou de
planos assistenciais de saúde; rotina, além de outras atividades de enfermagem, tais como:
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela b) realizar controle hídrico;
instituição de saúde; c) fazer curativos;
d) participação em projetos de construção ou reforma de d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema
unidades de internação; e calor ou frio;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de
inclusive como membro das respectivas comissões; vacinas;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em
controle sistemático de danos que possam ser causados aos doenças transmissíveis;
pacientes durante a assistência de enfermagem; g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de
g) participação na prevenção e controle das doenças diagnóstico;
transmissíveis em geral e nos programas de vigilância h) colher material para exames laboratoriais;
epidemiológica; i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
parturiente, puérpera e ao recém-nascido; l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
i) participação nos programas e nas atividades de IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e
assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, zelar por sua segurança, inclusive:
particularmente daqueles prioritários e de alto risco; a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos
l) execução e assistência obstétrica em situação de e de dependências de unidades de saúde;
emergência e execução do parto sem distocia; V - integrar a equipe de saúde;
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
VI - participar de atividades de educação em saúde, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de
inclusive: intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas; IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores,
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na alínea d
execução dos programas de educação para a saúde; do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:
pacientes; I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
VIII - participar dos procedimentos pós-morte. Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado
Art. 12. Ao Parteiro incumbe: pelo órgão competente;
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente; II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido. de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo são Técnico de Enfermagem.
exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra, quando Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:
realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível, I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem
sob controle e supervisão de unidade de saúde, quando conferido por instituição de ensino, nos termos da lei e registrado
realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias. no órgão competente;
Art. 13. As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14
somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e de junho de 1956;
direção de Enfermeiro. III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso
Art. 14. Incumbe a todo o pessoal de enfermagem: III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955,
I - cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro
Enfermagem; de 1961;
II - quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático
atividades da assistência de enfermagem, para fins estatísticos. de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de
Art. 15. Na administração pública direta e indireta, federal, Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde,
estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios será ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades
exigida como condição essencial para provimento de cargos e da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de
funções e contratação de pessoal de enfermagem, de todos os janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de
graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
Enfermagem da respectiva região. V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem,
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola
Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em
das situações já existentes com as disposições deste Decreto, virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
salários. Art. 9º São Parteiras:
Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº
publicação. 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário. 3.640, de 10 de outubro de 1959;
Brasília, 8 de junho de 1987; 166º da Independência e 99º II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou
da República. JOSÉ SARNEY equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo
as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou
LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL - LEI N.° 7.498/1986 revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta
lei, como certificado de Parteira.
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Art. 10. (VETADO).
enfermagem, e dá outras providências. Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o enfermagem, cabendo-lhe:
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: I - privativamente:
Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura
nacional, observadas as disposições desta lei. básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente serviço e de unidade de enfermagem;
podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de
inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras
na área onde ocorre o exercício. desses serviços;
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente c) planejamento, organização, coordenação, execução e
pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus d) (VETADO);
de habilitação. e) (VETADO);
Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e f) (VETADO);
serviços de saúde incluem planejamento e programação de g) (VETADO);
enfermagem. h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria
Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da de enfermagem;
assistência de enfermagem. i) consulta de enfermagem;
Art. 5º (VETADO). j) prescrição da assistência de enfermagem;
§ 1º (VETADO). l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com
§ 2º (VETADO). risco de vida;
Art. 6º São enfermeiros: m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de
de ensino, nos termos da lei; tomar decisões imediatas;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de II - como integrante da equipe de saúde:
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei; a) participação no planejamento, execução e avaliação da
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a programação de saúde;
titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira planos assistenciais de saúde;
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso
instituição de saúde; estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na razão
d) participação em projetos de construção ou reforma de de:
unidades de internação; I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de
de doenças transmissíveis em geral; Enfermagem e para a Parteira.
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam Art. 15-D ao Art. 19. (VETADOS).
ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem; Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal
puérpera; e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; e na contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus,
i) execução do parto sem distocia; os preceitos desta lei.
j) educação visando à melhoria de saúde da população. Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. promoverão as medidas necessárias à harmonização das
6º desta lei incumbe, ainda: situações já existentes com as disposições desta lei, respeitados
a) assistência à parturiente e ao parto normal; os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de Art. 21. e Art. 22. (VETADOS).
providências até a chegada do médico; Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos de
anestesia local, quando necessária. nível médio nessa área, sem possuir formação específica
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de
médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho Enfermagem, a exercer atividades elementares de enfermagem,
de enfermagem em grau auxiliar, e participação no observado o disposto no art. 15 desta lei.
planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de
especialmente: enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o exercício
a) participar da programação da assistência de das atividades elementares da enfermagem, observado o
enfermagem; disposto em seu artigo 15.
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as Art. 24. (VETADO).
privativas do Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo
único do art. 11 desta lei; de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação.
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
enfermagem em grau auxiliar; Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em
d) participar da equipe de saúde. contrário.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência e 98º
nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços da República.
auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a
participação em nível de execução simples, em processos de ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO
tratamento, cabendo-lhe especialmente: ATUAÇÃO NOS PERÍODOS PRÉ-OPERATÓRIO,
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; TRANSOPERATÓRIO E PÓS-OPERATÓRIO
b) executar ações de tratamento simples; ATUAÇÃO DURANTE OS PROCEDIMENTOS
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente; CIRÚRGICO-ANESTÉSICOS
d) participar da equipe de saúde. RECUPERAÇÃO DA ANESTESIA
Art. 14. (VETADO).
Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, A Enfermagem Perioperatória é o termo usado para
quando exercidas em instituições de saúde, públicas e privadas, descrever as funções de Enfermagem na prestação de
e em programas de saúde, somente podem ser assistência ao cliente no Centro cirúrgico. Consiste em três
desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro. fases:
Art. 15-A. O piso salarial nacional dos Enfermeiros
contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho Fase pré-operatória:
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de Pré-operatório: é a identificação e correção dos distúrbios
1943, será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta que aumentarão o risco cirúrgico, acompanhadas de cuidadoso
reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022) preparo, de acordo com o porte e o tipo da cirurgia. É nessa fase
Parágrafo único. O piso salarial dos profissionais celetistas que a enfermeira inicia o planejamento da assistência
de que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no
piso estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na Levantamento de dados:
razão de: Ao realizar um cuidadoso histórico de enfermagem,
I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem; incluindo o exame físico, o enfermeiro traz a tona as
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de preocupações do paciente que podem exercer um significado
Enfermagem e para a Parteira. direto sobre o curso da experiência cirúrgica.
Art. 15-B. O piso salarial nacional dos Enfermeiros A avaliação do cliente cirúrgico envolve a análise de uma
contratados sob o regime dos servidores públicos civis da União, gama de fatores físicos e psicológicos. Muitos parâmetros são
das autarquias e das fundações públicas federais, nos termos da considerados no estudo global sobre o cliente e vários
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será de R$ 4.750,00 problemas relacionados ao cliente ou ao diagnóstico de
(quatro mil setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído enfermagem podem ser antecipado ou identificados.
pela Lei nº 14.434, de 2022) Basicamente, procede-se a um balanço geral de saúde
Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que partindo de:
tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso ꞏ exame de urina;
estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na razão ꞏ hemograma completo;
de: (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022) ꞏ sorologia;
I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem; ꞏ radiografia do tórax;
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de ꞏ registro cuidadoso do uso de medicações (cortisona, etc.)
Enfermagem e para a Parteira. ꞏ alergia a antibióticos e a outros agentes.
Art. 15-C. O piso salarial nacional dos Enfermeiros Em se tratando de clientes na faixa etária acima de 50 anos,
servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e como medida preventiva, faz-se necessário os seguintes
de suas autarquias e fundações será de R$ 4.750,00 (quatro mil exames:
setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº ꞏ eletrocardiograma;
14.434, de 2022)
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
ꞏ pesquisa de sangue oculto nas fezes; e a rotina do hospital; a raspagem da pele poderá ser feita
ꞏ dosagem de glicemia pós-prandial. na véspera ou uma hora antes da cirurgia, conforme a rotina
Quando há indicação de transfusão de sangue deve-se do hospital.
providenciar: c) Preparo fisiológico:
ꞏ tipagem sanguínea - lavagem de estômago, se houver ordem médica;
ꞏ teste para pesquisa de anticorpos. - enema, se houver ordem médica;
No caso de infecção e feridas abertas, é indispensável a - suspensão de ingestão oral, conforme a cirurgia a ser
investigação bacteriológica. realizada;
Para estabelecer o diagnóstico e determinar o risco - instruir o cliente no exato momento em que estiver
cirúrgico, a avaliação deve ser suficientemente completa receptivo quanto às sensações que experimentará durante
para revelar situações ocultas. esta fase. As informações devem ser simples e objetivas.
A cirurgia, sobretudo a de grande porte, expõe o cliente d) Preparo espiritual:
a riscos, como: infecções; hemorragia e distúrbio metabólico. - seja qual for a religião do cliente, não se deve
O preparo pré-operatório está centrado na identificação e negligenciar assistência religiosa de que necessita também;
correção, na medida do possível, dos distúrbios que - ordens especiais, relacionadas ao tipo e gravidade da
aumentarão o risco cirúrgico. Entre as condições que exigem cirurgia, como transfusão de sangue, devem ser observadas
correção pré-operatória, estão: rigorosamente;
ꞏ choque; - proporcionar um ambiente calmo e confortável para o
ꞏ hipovolemia; cliente.
ꞏ anemia; B. Cuidados pré-cirúrgicos imediatos:
ꞏ desequilíbrio eletrolítico; No dia da operação:
ꞏ infecção respiratória; a) preparo psicológico:
ꞏ desnutrição; - tranquilizar o cliente, a fim de eliminar angústias e
ꞏ descompensação cardíaca; tensões emocionais;
ꞏ acidose diabética; b) preparo físico:
ꞏ insuficiência renal; - higiene matinal;
ꞏ hipertermia. - remover próteses, joias e esmaltes;
- manter o jejum;
Tipos de Cirurgia - vestir o cliente com roupa própria do Centro Cirúrgico;
A cirurgia de urgência requer atenção rápida, isto é, no c) preparo fisiológico:
período de 24 a 48 horas, o que permite fazer uma avaliação - esvaziamento espontâneo da bexiga, ou através de sonda;
das necessidades do cliente e melhorar as condições física e - entubação nasogástrica, se houver indicação;
psicossocial para sua operação. - verificação dos sinais vitais e registro no prontuário do
Na cirurgia de emergência, o tempo é limitado mas, em cliente;
regra geral, é suficiente para fazer um preparo relativo do - administração da medicação pré-anestésica;
cliente quanto ao desequilíbrio hidroeletrolítico. d) auxiliar na remoção do cliente do leito para a maca e
Na cirurgia eletiva, é possível o preparo mais cuidadoso para o Centro Cirúrgico;
do cliente, a fim de minimizar a morbidade e a mortalidade. e) anexar os resultados de exames e chapas radiográficas
Autorização para a cirurgia: ao prontuário do cliente e entregar à equipe do Centro Cirúrgico;
Em se tratando de cirurgia com ou sem risco, a f) registrar no prontuário e no Relatório Geral da unidade
autorização prévia, assinada pelo cliente ou pelo seu as condições gerais do cliente, data e hora da saída da
responsável legal, é indispensável. unidade para o Centro Cirúrgico;
Classificação: g) preparar a cama do operado e providenciar todo o
ꞏ Mediato: que só está em relação a uma coisa por equipamento necessário para a assistência pós-cirúrgica.
intermédio de uma terceira; indireto. Em resumo, a Fase Pré-operatória abrange as seguintes
ꞏ Imediato: contíguo ou muito próximo, sem tardança, atividades:
instantâneo. ꞏ Identificação do cliente e cirurgia proposta
Diagnóstico Pré-operatório de Enfermagem ꞏ Visita ao cliente na enfermaria
Tendo por base os dados colhidos, os diagnósticos pré- ꞏ Verificar exames, preparo e medicações prescritas e
operatórios da enfermagem do cliente cirúrgico podem prontuário
incluir: ꞏ Orientar sobre as fases pré, intra e pós-operatória
ꞏ Ansiedade relacionada ao ato cirúrgico (anestesia, dor) ꞏ Esclarecer dúvidas, reduzindo ansiedades
e ao resultado da cirurgia. ꞏ Desenvolver plano de assistência
ꞏ Déficit de conhecimento relacionado aos procedimentos ꞏ Verificar sinais vitais
pré-operatórios e às expectativas pós-operatórias. ꞏ Checar reserva de sangue
A expectativa da família e do cliente que vai submeter-se ꞏ Questionar alergias e patologias
a uma cirurgia é muito grande, provocando ansiedade e ꞏ Exame físico
angústia. Daí a importância do preparo e apoio psicológico ꞏ Orientações aos familiares
logo nos primeiros contatos, a fim de estabelecer um clima ꞏ Anotações e registros
de confiança e segurança. ꞏ Transporte do cliente para o Centro Cirúrgico
O cliente, e sobretudo a família, devem ser informados ꞏ Preparo para intervenção cirúrgica
de forma compreensível, da natureza e propósitos dos ꞏ Transporte do cliente para a sala de cirurgia
exames, do tratamento e da anestesia, seus riscos e
possíveis consequências Período Transoperatório:
O cliente que não está suficientemente preparado para a Este período inicia-se com a entrada do cliente na
cirurgia apresenta-se susceptível à complicações, como: unidade cirúrgica (pré-operatório imediato), e termina com o
choques, hemorragia, etc. último ponto da incisão cirúrgica (pós-operatório imediato).
A. Cuidados pré-cirúrgicos mediatos: Nesta fase o enfermeiro organiza a sala e atende as
Na véspera da operação : necessidades de segurança e saúde do paciente, zela pela
a) Preparo psicológico, conforme já descrito. limpeza da sala, iluminação, ventilação, funcionamento dos
b) Preparo físico: equipamentos e disponibilidade de materiais. Pode também
- banho de chuveiro e lavagem do couro cabeludo com exercer a função de instrumentador. No final de cada cirurgia os
sabão germicida, a fim de tornar a pele livre de materiais e acessórios de equipamentos devem ser contados
microorganismos, a menos que o estado do cliente o para assegurar que pinças, compressas e agulhas foram
impossibilite; retirados do paciente. Todo e qualquer material colhido/retirado
- tricotomia, de acordo com a determinação do cirurgião precisa ser rotulado e encaminhado para laboratório.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
O enfermeiro precisa conhecer os princípios de Cuidados de enfermagem com o paciente
antissepsia e anatomia, prever necessidades, atuar em anestesiado:
qualquer situação de emergência na sala cirúrgica e estar O paciente do centro cirúrgico normalmente preocupa-se
em boas condições de saúde para que o paciente não corra muito com a anestesia que irá receber, este é um de seus
o risco de contrair infecção. maiores medos. É preciso que o enfermeiro tenha
Vestuário em sala de cirurgia conhecimento e informações suficientes para responder as
Roupas: Todas as pessoas que estiverem trabalhando perguntas e afastar qualquer receio deste paciente.
no Centro Cirúrgico devem usar roupas limpas e privativas. O anestesista visita o paciente no dia anterior à cirurgia
Normalmente usam-se calças e jalecos. eletiva e avalia sua condição física, uso de medicamentos,
Máscaras: Deverão ser usadas sempre, quando na sala sinais vitais, hábito de fumar e demais aspectos que possam
de cirurgias, para minimizar a contaminação por vias aéreas. interferir na anestesia antes da escolha da melhor via
Gorros: Devem cobrir inteiramente os cabelos, de maneira anestésica.
que os fios, grampos ou partículas de caspa ou poeira não A enfermagem atua no processo anestésico desde o pré-
caiam sobre o campo estéril. Devem ser preferencialmente operatório até a total recuperação pós-anestésica, auxiliando
descartáveis, sem fiapos, e semelhantes a tecido. com as informações obtidas na visita pré-operatória de
Sapatos: Recomenda-se que seja de uso exclusivo em enfermagem, na indução anestésica e prestando cuidados
Centro Cirúrgico, confeccionado em borracha (lavável e imediatos ao paciente na sala de recuperação anestésica.
antiderrapante) e fechado.
Materiais e equipamentos básicos que compõem as
Princípios de assepsia perioperatória salas de cirurgia e recuperação anestésica
Um dos objetivos da enfermagem é prevenir infecções, e O CENTRO CIRÚRGICO é o conjunto de áreas e
para isso deve seguir alguns princípios de assepsia desde o instalações que permitem efetuar a cirurgia nas melhores
pré operatório até a cicatrização da ferida cirúrgica. A sala de condições de segurança para o paciente, e de conforto para
cirurgia e os equipamentos devem estar em perfeito estado a equipe de saúde.
de higiêne (usar agentes germicidas para limpeza de pisos, No contexto hospitalar é o setor mais importante pela
paredes e equipamentos), adequado abastecimento de decisiva ação curativa da cirurgia, exigindo, assim detalhes
materiais, ventilação adequada e lavagem das mãos entre minuciosos em sua construção para assegurar a execução
um procedimento e outro. de técnicas assépticas, instalação de equipamentos
Pré operatório: específicos que facilitem o ato cirúrgico.
- usar somente materiais esterilizados para contato com Em sua construção devemos observar: localização, área,
a ferida e os tecidos expostos. estrutura, composição física, salas de cirurgias,
- a equipe de cirurgia deve escovar adequadamente equipamentos e materiais, sua administração e
braços e mãos, além de paramentar-se com aventais de regulamentos. Sua localização deve oferecer segurança
mangas longas, luvas, máscaras, gorros e propés. quanto às técnicas assépticas, sendo distanciada de locais
- a máscara deve cobrir boca e nariz. de grande circulação, ruídos e poeiras.
- limpar e fazer assepsia com solução alcoólica em área Quanto à área e ao numero de salas devemos
maior que a necessária para a cirurgia. considerar a duração da programação cirúrgica
- o restante do corpo do paciente deverá ser coberto por especialidades atendidas, ensino e pesquisa.
lençois estéreis. 1. Secção de bloco operatório (salas de operação
Transoperatório: equipadas);
- a equipe de cirurgia deve cuidar para não contaminar 2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos
nenhum dos materiais estéreis, e as pessoas fora de campo equipados para atender ao paciente na recuperação Pós-
não devem aproximar-se do mesmo. anestésicas);
- seguir técnicas assépticas rígidas durante todo o 3. Seção de material (guarda de material estéril e não
procedimento cirúrgico. estéril, como medicamentos, seringas, fios de suturas ,
- se houver dúvida quanto a esterelidade de um artigo, próteses etc.).
deve ser considerado contaminado
- as pessoas já paramentadas ao saírem de sala perdem NA COMPOSIÇÃO FÍSICA TEMOS ELEMENTOS
sua condição de estéreis e para retornar devem escovar-se e INDISPENSÁVEIS E INDEPENDES PARA MELHOR
paramentar-se novamente FUNCIONAMENTO DA ROTINA:
- após paramentada, apenas parte do corpo da pessoa é 1. Vestiário;
considerada estéril: da parte anterior da cintura até a área 2. Conforto médico;
dos ombros; antebraço e luvas. Portanto, as mãos enluvadas 3. Sala de anestesias;
devem permanecer em frente e acima da cintura. 4. Sala de enfermagem;
- para fornecer material estéril ao campo operatório, os 5. Sala de estoque de material e medicamentos;
braços do circulante não devem se estender sobre a área 6. Área para recepção de pacientes;
estéril. 7. Sala de operação;
- aquilo que for considerado estéril para uma paciente 8. Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio
não pode ser usado para outra paciente. (banco de sangue, raios X, laboratórios, anatomia patológica,
- quanto a colocação de campos, os mesmos não devem auxiliares de anestesia, segurança, e serviços gerais –
ter furos ou rasgos, devem ser colocados a uma margem engenharia clínica- parte elétrica, hidráulica e eletrônica).
bem maior do que a área usada para a cirurgia e somente é
considerada estéril a parte superior do paciente ou da mesa I - ESTRUTURA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
envolvida, as partes laterais são consideradas contaminadas - Tamanha das salas (dimensões adequadas a cada
Pós operatório: especialidade);
- lavagem das mãos entre cada procedimento - Portas largas;
- fazer curativo na ferida cirúrgica com solução fisiológica
estéril e anti-sépticos. É necessário cuidados especiais com EM SALAS DE CIRURGIAS, LOCAL DESTINADO AOS
feridas que ainda não cicatrizaram usando materiais estéreis PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS, ALGUNS ELEMENTOS
para tocá-la. SÃO CUIDADOSAMENTE, PROJETADOS PARA
- uso de antibióticos específico para o agente agressor GARANTIR A SEGURANÇA E EFICÁCIA DAS TÉCNICAS
quando a infecção estiver instalada APLICADAS:
- aplicar calor e fazer drenagem para eliminar germes - Pisos de superfície lisa;
agressores - Paredes anti-acústicas;
- remover tecidos desvitalizados através de - Teto de material lavável;
desbridamento. - Janelas que não permitam entrada de poeira e insetos;
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Iluminação com ausência de sombras e reflexos; - ZONA LIMPA (SEMI-RESTRITA): Secretaria; Conforto
- Ventilação com temperatura ambiente; médico; Sala de recepção do paciente; de recuperação
- Renovação do ar e umidade adequadas; anestésica; de acondicionamento de material; de
- Lavabo com misturadores para água. esterilização; centro de material; sala de serviços auxiliares;
e de equipamentos.
SALA DE CIRURGIA - ZONA ESTÉRIL (RESTRITA): Corredor de acesso;
É um dos componentes da zona estéril e deve dispor de: Lavabo; Sala de operação.
- Uma mesa de operação com comandos de posições na 1. LIMPAS: Tecidos estéreis ou de fácil
cabeceira, ou mesa própria para a especialidade a que se descontaminação.
destina; 2. POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: Realizadas
- Mesas auxiliares para o instrumental; em tecidos de difícil descontaminação.
- Mesa para o anestesista e seus medicamentos; 3. CONTAMINADAS: Realizados em tecidos
- Aparelhos de anestesia e respiradores, foco de luz, recentemente traumatizados e abertos com processo de
para a enfermeira, prateleiras para a guarda de fios, campos inflamação mas sem supuração.
e instrumental. 4. INFECTADAS: Realizadas em tecidos com supuração
- A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares local, tecido necrótico, feridas traumáticas sujas.
como bisturi elétrico. São termos formados por prefixos utilizados no dia-a-dia
cirúrgico , indicando o órgão e o ato cirúrgico a ser realizado.
MATERIAL CIRÚRGICO O PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO tem inicio com a
É todo o conjunto de objetos, instrumentos e internação estendendo-se até o momento da cirurgia.
equipamentos que entram em contato direto ou indireto com
a região operatória, utilizados para a execução de OBJETIVO:
determinado procedimento cirúrgico. Tem como objetivo também assegurar confiança e
Sua classificação é de acordo com a sua função ou uso tranquilidade mental ao paciente.
principal, visto que muitos equipamentos têm mais de uma Levar o paciente as melhores condições possíveis para
utilidade. Basicamente, um procedimento cirúrgico segue 3 cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de
etapas principais: diérese, hemostasia e síntese. complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado
1. DIÉRESE: individualmente. Dependendo da cirurgia a ser realizada, o
2. PREENSÃO preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns dias ou
3. HEMOSTASIA ate mesmo em minutos.
4. EXPOSIÇÃO
5. SÍNTESE OU SUTURA CUIDADOS:
DIÉRESE: Corte Bisturi, tesoura. 1. Ao preparo psicológico do paciente, explicando os
PREENSÃO: Apanhar estruturas, Pinça anatômica e procedimentos a serem realizados.
dentes de rato. 2. A coleta e encaminhamento dos materiais para
HEMOSTASIA: Pinçamento de vasos, Pinças exames.
hemostáticas (Halsted, Kelly). 3. A manutenção do jejum quando necessário.
EXPOSIÇÃO: Afastamento de tecidos, Afastadores 4. A aplicação de medicamentos, soro e sangue.
(Farabeuf, Gosset etc.). 5. A realização de controles.
ESPECIAL: Própria Pinça de Abadie - cirurgia gástrica, 6. Sinais vitais.
Pinça de Potts - cirurgia vascular. 7. Diurese.
SÍNTESE: União de tecidos, Porta-agulhas, agulhas. 8. Observação de sinais e sintomas.
9. Anotação na papeleta.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA:
Historicamente, o objetivo primário das barreiras de PROCEDER À LIMPEZA E PREPARAR A PELE PARA
proteção em sala operatória sempre se dirigiu para a CIRURGIA DA SEGUINTE FORMA:
proteção dos pacientes à exposição de microrganismos - Desinfecção por agentes químicos (povidini) e
presentes e liberados pelos trabalhadores. tricotomia (raspagem de pelos).
É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos - São utilizados sabões especiais e antissépticos da
realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o pele. A limpeza da pele com esses produtos é feita durante o
uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da
gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. rotina do hospital. O emprego desta técnica visa remover ou
Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser destruir os germes existentes na pele.
restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de - Tricotomia da região a ser operada, bem ampla.
proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente - Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa.
em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser - Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e
usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro mãos) para poder observar a coloração durante a cirurgia.
cirúrgico. - Mandar barbear os homens.
Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de - Dieta leve no jantar.
circulação sem restrição e semi-restritas que ninguém pode - Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a
ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo prescrição médica.
que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara - Jejum após o jantar, orientar o paciente.
facial. - Promover ambiente tranquilo e repousante.
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de
emergência e proporcionar o acesso a áreas restritas com O PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO
maior rapidez e consequentemente diminuir a morbidade e Compreende todos os momentos da cirurgia, da
mortalidade na instituição. chegada do paciente à unidade de centro cirúrgico até a sua
Os profissionais devem utilizar jaleco quando fora de saída no final da cirurgia.
áreas restritas. A permissão do uso de uniformes dentro e Os cuidados de enfermagem não se restringem somente
fora do bloco só foi permitido aos cirurgiões e enfermeiros, à prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o
sendo que estes no momento que vai assumir o plantão procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias
trocam a roupa que veio da rua e veste o uniforme que é de certas condições que a enfermagem deve prover:
uso restrito no ambiente hospitalar. 1. Material para anestesia e cirurgia (Lap’s, soluções,
pomadas, material para curativo, medicamentos,
- ZONA DE PROTEÇÃO (NÃO RESTRITA): Vestiários; instrumental, etc.), inclusive os especiais ( cirurgias
Área de transferência; Expurgo. ortopédicas, etc. ) deixando-os em local de fácil acesso;
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
2. Testar equipamentos ( Monitores, pontos de O2, deve dispor de:
vácuo, negatoscópio, etc.); - Equipamentos de monitorização de sinais vitais como
3. Verificar condições de limpeza da sala; monitores cardíacos e oximetria de pulso;
4. Posicionar equipamentos móveis ( suporte para soros, - Cama com grade e posicionamento;
baldes para lixo, escadinha, suporte de hampers, etc. ); - Central de O2 e vácuo;
5. Observar segurança da sala como posicionamento de - Suporte para soros, drenos, bombas de infusão, etc.;
fios e chão molhado; - Medicamentos e materiais utilizados em emergência;
6. Ajustar a temperatura da sala ( entre 21°C e 24°C ) - Equipamentos para a manutenção de suporte
Realizar uma breve leitura do prontuário ou das avançado de vida, como por exemplo, ventiladores
recomendações de enfermagens vindas do setor de origem mecânicos artificiais, balão intra-aórtico, marca-passo
do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação externo, etc.
do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;
Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos Os CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-
relacionados ao procedimento foram devidamente OPERATÓRIO
realizados, como a administração de medicamentos pré- São aqueles realizados após a cirurgia ate a alta.
anestésicos (avaliando inclusive os seus efeitos) e preparo Visam ajudar o recém operado a normalizar suas
do local (tricotomia) entre outros; funções com conforto e da forma mais rápida e segura.
Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para
médico anestesista ou ao enfermeiro possíveis alterações; receber o paciente internado.
Atentar para a presença e a necessidade de retirar
esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras ou AO RECEBER O PACIENTE NO QUARTO.
próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do - Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de
paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro outros funcionários.
cirúrgico; - Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade.
Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de - Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico.
cama que o cobriam devem ser trocadas por roupas de Se foi feita a anestesia raque deixar o paciente sem
cama do próprio centro cirúrgico; travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
Manter uma recepção calma, tranquila que traga - Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem
segurança ao paciente; travesseiro com a cabeça voltada para o lado.
Observar o comportamento do paciente: confiança, - Observar o gotejamento do soro e sangue.
ansiedade, melancolia, insegurança, agressividade, etc. - Observar estado geral e nível de consciência.
Garantir a segurança física e emocional do paciente: as - Verificar o curativo colocado no local operado, se esta
grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar- seco ou com sangue.
se à cabeceira da maca; - Se estiver confuso, restringir os membros superiores
Avaliar a expressão facial do paciente; para evitar que retire soro ou sondas.
Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões; - Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria,
Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade
protegido com o lençol devido ao frio. respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações
Comunicar-se com o paciente; respiratórias e circulatórias.
Garantir um transporte tranquilo; - Sinais vitais de 15/15 min., 30/30 , 45/45. até que a
Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, verificação chegue a 4/4horas.
etc. respeitando o estado em que se encontra o paciente. - Fazer anotação na papeleta.
O bloqueio anestésico é utilizado para que o - Ler a prescrição medica, providenciando para que seja
procedimento transoperatório ocorra de forma que o paciente feita.
não sinta dores, ou para que o mesmo não faça movimentos - Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado
bruscos em áreas que estão cirurgiadas. imediatamente.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Área Semicrítica: Doenças infecciosas de baixa Limpeza recomendada em centro cirúrgico
transmissibilidade e afecções não infecciosas. - Limpeza semanal:
- Áreas Não-Críticas: Não ocupados por pacientes onde - Higiene de vidros, cortinas ou biombos e da limpeza
é realizado procedimento de risco. terminal da estrutura do leito.
- Manuseio de material perfurocortante:
Centro Cirúrgico Subdividido
- Área não – restrita CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
- Área semi – restrita - USO DE MATERIAL ESTÉRIL
- Área Restrita
MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS: AUTOCLAVES;
Limpeza de manutenção de áreas não-restritas e semi- SELADORA TÉRMICA E LAVADORA
restritas: AUTOMÁTICA ULTRASSÓNICA
- Procedimento de limpeza comum, conforme
recomendado pela CCIH da instituição; Objetivos da Enfermagem em Central de Material
- Deve ser realizada pelo menos uma vez por plantão; Esterilizado
O Serviço de Enfermagem em Central de Material
Limpeza da área restrita: acredita na segurança da Esterilização como garantia de
- Requer diferentes tipos de limpeza, a depender da sua bom atendimento aos pacientes. O enfermeiro possui papel
utilização ou não; fundamental no gerenciamento do setor e coordenação das
- Recomenda-se limpeza e desinfecção diária. atividades, pois é o profissional que detém o conhecimento
de todas as técnicas e princípios de Enfermagem, atuando
Sala de operação na concientização da equipe no desenvolvimento das
- Limpeza terminal: Limpeza e/ou desinfecção que tem normas e rotinas, e alertando quanto à importância na
por objetivo reduzir a sujidade e da população microbiana, execução das técnicas corretas em todas as atividades, à
de modo a diminuir a possibilidade de contaminação assistência prestada ao paciente.
ambiental. Outros objetivos:
- Limpeza preparatória: Limpeza realizada antes do inicio ꞏ Fornecer o material esterilizado à todo hospital;
da montagem da sala da primeira cirurgia do dia; se estiver ꞏ Promover a interação entre as áreas : expurgo,
sem uso por mais de 12 hrs, remover partículas de poeira, preparo, montagem de instrumental, esterilização, montagem
com álcool 70%. de carros e distribuição;
- Limpeza operatória: Realizado durante o procedimento ꞏ Adequar as condições ambientais às necessidades do
cirúrgico, quando ocorre contaminação do chão com matéria trabalho na área;
orgânica, há presença de resíduos ou quando acontece ꞏ Planejar e implementar programas de treinamento e
queda de material. reciclagem que atendam às necessidades da área junto com
- Limpeza corrente: Realizada após o termino de uma a Educação Continuada;
cirurgia e inicio de outra para a remoção de sujidade e ꞏ Promover o envolvimento e compromisso de toda a
matéria orgânica. equipe com os objetivos e finalidades do serviço;
ꞏ Favorecer o bom relacionamento interpessoal;
Descrição do procedimento: ꞏ Prover materiais e equipamentos que atendam as
- Retirar instrumentais, equipamentos, roupas, necessidades do trabalho na área.
acessórios e materiais perfuro cortantes.
- Recolher o lixo e realizar a limpeza do piso. A Central de Material Esterilizado compreende os
- Limpar o teto e as paredes se essas áreas estiverem seguintes setores:
sujas. Expurgo:
- Com o uso do mop seco, recolher todas as partículas e Setor responsável por receber, conferir, lavar e secar os
resíduos do piso. materiais provenientes do Centro Cirúrgico e Unidades de
- Com o mop úmido, contendo o desinfetante Internação. Os funcionários desta área utilizam EPIs
preconizado pela CCIH da instituição, proceder a limpeza do (Equipamentos de proteção individual) para se protegerem de se
piso. contaminarem com sangue e fluidos corpóreos, quando lavam
os instrumentais. As lavadoras ultrassônicas auxiliam na
Limpeza da SO após procedimentos infectados ou de lavagem dos instrumentais através da vibração do som
longa duração: adicionado com solução desincrostante, promovendo uma
- Mesmos critérios da limpeza terminal, levando-se em limpeza mais eficaz e maior segurança para o funcionário.
consideração a necessidade ou não de higiene total das Preparo de Materiais: Setor responsável por preparar e
paredes e do teto. acondicionar os materiais. São utilizados invólucros
especiais que permitam a passagem do agente esterilizante
Limpeza da SO em situações de precauções de e impeçam a passagem dos microorganismos.
contato com aerossóis. Preparo de Instrumentais Cirúrgicos: Setor responsável
- É aconselhável que a sala tenha o mínimo de material. por conferir, preparar e acondicionar caixas para as diversas
- Uso de EPI. especialidades cirúrgicas.
Esterilização: Setor responsável por esterilizar os
Sala de pré – operatório e SRPA materiais. São utilizadas autoclaves e estufas.
- Limpeza Diária; Montagem de carros para cirurgia: Setor responsável por
separar os materiais a serem utilizados em uma cirurgia.
Descrição do procedimento:
- Desmontar os acessórios de suporte respiratório e Distribuição de materiais esterilizados: Setor responsável
encaminhá-los para o processo de desinfecção ou por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de
esterilização. Internação e Ambulatórios.
- Após essa fase, o procedimento segue ao passo a
passo da limpeza terminal da SO. Assepsia e manuseio com material esterilizado
Assepsia é um conjunto de medidas, empregadas para
Limpeza concorrente se evitar a contaminação de material ou meio estéril (sem
- Deve ser realizada entre o atendimento de um paciente germes).
e outro, após o encaminhamento do indivíduo à SO ou A segurança do indivíduo contra as infecções também
depois da alta para sua unidade de destino. depende de procedimentos técnicos e do manuseio e uso de
- Descrição do procedimento; material esterilizado.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Manuseio com material esterilizado Obs.: os desinfetantes são substâncias que destroem os
Em instituições de saúde (Postos, Hospitais ou germes mais comuns, sobrevivendo os mais resistentes. Ex.:
Ambulatórios), todo profissional entrará em contato com vírus.
material “esterilizado”. Este material estéril pode ser Pontos a observar ao colocarmos materiais em solução:
descartável (jogado fora após o uso) ou pode ser material - usar sempre recipientes esterilizados - caixas ou cubas
permanente (que é esterilizado cada vez que for usado). com tampas e rotulá-los com o nome da solução, a hora de
Esterilização é o conjunto de meios empregados para início e o término de exposição do material, o tipo de material
exterminar todos os germes. e assinar;
Então se pode concluir que: Material esterilizado: é aquele - colocar solução eficiente para que o material fique
que está “isento” de todos os germes (microrganismos), e está totalmente imerso (coberto);
acondicionado em embalagem de papel plástico, tecido ou em - colocar o material de maneira que fique todo exposto à
compartimentos (caixas de metal, tambores e bandejas), que solução;
permitam seu manuseio sem “contaminação”. Ex.: seringas, Exemplo: pinças abertas, sondas, drenos e cateteres
pacotes de curativo, agulhas, gaze, caixas com pinças, etc. ocos com solução no seu interior.
A contaminação do material esterilizado se dá sempre - respeitar o tempo de permanência indicado no rótulo;
que houver contato deste material com qualquer outro objeto - respeitar a diluição recomendada;
que não seja estéril. - usar pinça esterilizada para manusear o material;
- lavar o material com água esterilizada ou soro
Limpeza do material fisiológico antes de usá-lo.
Para ser enviado a um processo de esterilização, todo Este método é indicado para materiais que não podem
material deve ser limpo na seguinte ordem: sofrer a ação do calor. Exemplo: materiais delicados.
1 - Lavar com sabão e água corrente morna (não pode
ultrapassar 50ºC) ou fria, esfregando bastante com uma Uso de formalina
escovinha; a) Em pastilhas: o recipiente deve permanecer fechado
Obs.: a água quente “gruda” resíduos, tais como sangue, durante 12 horas se as pastilhas estiverem secas, e por 8
etc., no material, tornando difícil sua retirada. horas se as pastilhas forem previamente umedecidas e o
2 - Enxaguar com água corrente; recipiente for mantido em local aquecido. As pastilhas devem
3 - Enxugue - deixe escorrer. ser trocadas a cada 15 dias.
Não podem ficar resíduos, pois neste caso não ocorre b) Materiais que entram em contato com as vias
esterilização. respiratórias não podem ser desinfetados em formalina.
Agora o material está pronto para ser empacotado e Exemplo: nebulizadores, cânulas endotraqueiais, etc.
esterilizado. Em algumas instituições há uma central para c) Autoclave: vapor d’água sob pressão (calor úmido). É o
preparo e esterilização do material, mas em vários casos, método mais eficiente, em nosso meio, de esterilização de
será você mesmo que irá executar esta tarefa. material.
A esterilização depende do poder esterilizante (poder de O vapor d’água sob pressão (temperatura elevada +
matar os germes) e do tempo de ação (tempo de esterilização). umidade), atinge uma temperatura acima de 100ºC, que
Quanto maior for o poder de esterilização, menor será o destroi qualquer tipo de germe. É um processo rápido, que
tempo de ação. em temperaturas acima de 120ºC durante 15 a 30 minutos,
ocorre esterilização de diferentes tipos de material.
Meios de esterilização
São diversos os meios para esterilizar o material: Regras para o processo de esterilização em
a) Flambagem: é o aquecimento de uma haste de metal autoclave:
diretamente sobre a chama até ficar rubro (incandescente). É 1 - O material (vidros, borrachas, roupas, ferros, gases,
usada principalmente em Postos de Saúde, para coleta de etc.), devem ser colocados na autoclave em pacotes de
material nas doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser papel ou pano permeáveis ao vapor e resistentes ao calor.
usada em agulhas especiais para vacinação em massa. 2 - Os pacotes não devem ser muito folgados nem
b) Estufa: forno de Pasteur. A esterilização ocorre pela alta apertados, para permitir a circulação do vapor devendo ser
temperatura e pelo tempo de exposição do material a esta amarrados ou presos com fita adesiva.
temperatura. A estufa só esteriliza numa temperatura de 160º 3 - Todo o pacote ou recipiente contendo material que será
centígrados durante 60 minutos. Só são esterilizados por este esterilizado, deverá ser identificado com rótulo legível contendo:
processo os óleos, pós, gaze vaselinada e furacinada e material Tipo de material: .............................................
cortante. Data de esterilização:.......................................
Obs.: Instrumentos de metal, submetidos a esta Assinatura: ......................................................
temperatura e durante este tempo, estragam com facilidade. Pode ser acrescentado o setor de origem do material.
Qualquer diferença de temperatura e alteração do tempo de 4 - Colocar o material na autoclave, deixando um espaço
duração de exposição, você não obterá material esterilizado. livre entre os pacotes e dispondo o material mais pesado
Os materiais a serem esterilizados devem ser embaixo e o mais leve e delicado em cima.
acondicionados em cubas de vidro especiais ou caixas de metal. 5 - Certifique-se do fechamento completo da porta da
Precauções ao usar a estufa: autoclave.
1 - Certifique-se que a porta da estufa esteja bem fechada. 6 - Ligue a corrente elétrica e confira o funcionamento.
2 - Quando terminar a esterilização, tenha o cuidado de 7 - Ao término do processo, abra a porta parcialmente,
abrir a porta da estufa e deixar o material esfriar. permitindo a saída do vapor em excesso.
8 - Após, abra totalmente a porta, retirando o material e
Esterilizantes químicos colocando os pacotes em lugar seco.
São produtos usados para esterilização de materiais que
não resistem ao calor ou situações de emergência - Material Temperatura Tempo de esterilização
impossibilidade de outro meio de esterilização.
No rótulo do produto será encontrado: Vidros 121ºC 15 min
- a diluição empregada; Borrachas 121ºC 15 min
- o tipo de material que pode ser esterilizado;
- o tempo de exposição necessário para esterilização; Roupas 121ºC 30 min
- os cuidados no manuseio do produto. Ferros 121ºC 30 min
Os únicos agntes químicos considerados como
esterilizantes pelo Centro de Controle de Doenças (Atlanta, Gaze 121ºC 30 min
Geórgia) são o óxido de etileno, o glutaraldeído a 2% e o Algodão 121ºC 30 min
formaldeído.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Atenção: C. Transmissão pelo ar: ocorre pela disseminação de
Existe uma autoclave a base de óxido de etileno, que é pequenas partículas residuais (5 m ou menos) de gotículas
um gás incolor, a temperatura ambiente. O tempo para contaminadas com microrganismos, que ficam suspensos no
esterilizar é maior, entre 4 e 12 horas. ar por um longo período de tempo, ou partículas de poeira
Os materiais que serão esterilizados seguem as mesmas contendo agentes infecciosos.
regras para a autoclave. Após o ciclo de esterilização deve Microrganismos carregados dessa maneira podem ser
haver um tempo para a aeração, pois este gás quando em dispersos amplamente pelo ar e podem ser inalados por um
contato com a pele e mucosa pode provocar queimaduras, hospedeiro suscetível dentro de um mesmo quarto ou
hemólise, inflamação ou necrose. separados por uma longa distância de uma fonte humana,
d) Panela de pressão - vapor d’água sob pressão. dependendo dos fatores ambientais.
Este método tem o mesmo princípio de funcionamento D. Transmissão por veículo comum: refere-se a
da autoclave, portanto, a panela de pressão é um meio microrganismos transmitidos por itens contaminados como
simples, mas efetivo de esterilização. comida, água, medicamentos, aparelhos e equipamentos.
Para a realização deste processo é necessário uma E. Transmissão por um vetor: ocorre quando vetores,
fonte de calor (fogão, fogareiro, etc.) e uma panela de como mosquitos, ratos e outros insetos, transmitem
pressão com um suporte improvisado. microrganismos. Precauções e isolamentos estão
Quando o tempo de esterilização terminar (marcado designados para prevenir a transmissão de microrganismos
desde o início de saída do vapor da válvula), apagar o fogo e por esses meios no Hospital.
esperar 10 minutos (chamado tempo de secagem “fechada”).
Não colocar a panela em superfície fria. Após, com a tampa II - Fundamentos de isolamento e precauções
sobre a panela deixar aberta uma fresta (chamado tempo de A. Lavação das mãos e luvas: A lavação das mãos é a mais
secagem “aberta”). importante medida para prevenir a disseminação da infecção.
Depois retirar os pacotes e colocá-los sobre uma Ela deve ser feita minuciosa e imediatamente antes e após o
superfície seca e não muito fria, até esfriar. contato com pacientes, sangue, fluidos corpóreos, secreções,
Em seguida, após o resfriamento total, guardar os excreções, equipamentos ou artigos contaminados. As luvas são
pacotes em local seco e protegido. usadas no hospital por três motivos:
Obs.: A fervura em um recipiente simples não esteriliza, 1. Para proporcionar uma proteção de barreira e
mas é usado como meio de “desinfecção” do material no prevenção de contaminação grosseira das mãos, quando
ambiente caseiro. Desinfecção é o processo que destrói os tocar sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções,
germes mais comuns, sobrevivendo os mais resistentes. membranas mucosas e pele não intacta.
Seladora térmica 2. Para reduzir a probabilidade de transmissão de
O fechamento do pacote, bandeja ou caixa depende do microrganismos entre mãos de profissionais e pacientes,
invólucro durante procedimentos invasivos ou outros cuidados que
e do processo de esterilização a que será submetido. envolvam membranas mucosas de pacientes e pele não intacta.
Nos pacotes 3. Para diminuir a transmissão das mãos dos
embalados com filme poliamida e papel grau cirúrgico o profissionais de saúde contaminadas com microrganismos
fechamento deste de um paciente ou fonte para outros pacientes.
é feito por seladora térmica. Após a retirada das luvas, as mãos deverão ser lavadas
sempre, pois as luvas poderão apresentar defeitos inaparentes
Lavadora automática ultrassónica ou se tornar defeituosas durante o uso, podendo contaminar as
Os instrumentais devem ser lavados manualmente com mãos durante a remoção. Uma vez que as luvas foram retiradas,
o uso de escovas, ou em lavadoras ultrassônicas. o mesmo par não deve ser recolocado, e as luvas deverão ser
trocadas entre o contato com pacientes.
NOÇÕES DE CONTROLE B. Alojamento de pacientes: sempre que possível,
DE INFECÇÃO HOSPITALAR pacientes com germes altamente transmissíveis devem ser
colocados em um quarto privativo que contenha banheiro e
pia para lavação das mãos. Um quarto privativo é também
ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES importante para prevenir a transmissão por contato direto e
I. Transmissão: Microrganismos são transmitidos em indireto.
hospitais por alguns meios. Existem cinco principais fontes Quando um quarto não é disponível, pacientes
de transmissão: de contato, perdigotos, ar, veículo comum e infectados com o mesmo germe podem ser colocados no
vetor. mesmo lugar. Normalmente eles não estão infectados com
outros microrganismos transmissíveis, e a probabilidade de
A. Transmissão de contato: o mais importante e reinfecção pelo mesmo germe é mínima.
frequente modo de transmissão de infecção nosocomial é Quando um paciente infectado divide um quarto com um
dividido em dois grupos. paciente não infectado, é importante que pacientes,
1. Transmissão de contato direto: envolve contato profissionais da área e visitas tomem precauções para
direto superfície corporal-superfície corporal e transferência prevenir a disseminação das infecções e que os colegas de
física de microrganismos entre uma pessoa colonizada ou quarto sejam selecionados, cuidadosamente.
infectada para um hospedeiro suscetível. As mãos C. Transporte de pacientes infectados: deve-se limitar o
desempenham importante papel nesse mecanismo. movimento e o transporte de pacientes infectados com
2. Transmissão de contato indireto: envolve contato microrganismos virulentos e garantir que esses pacientes saiam
de um hospedeiro suscetível com objetos contaminados: do quarto apenas para um propósito essencial, reduzindo,
instrumentos, roupas, ou luvas contaminadas que não foram assim, a oportunidade de transmissão de germes no hospital.
trocadas entre pacientes. Para transportar pacientes é necessário:
B. Transmissão por gotículas: (teoricamente é uma 1. Apropriadas barreiras. Máscaras devem ser usadas
forma de transmissão por contato). Gotículas (perdigotos pelo paciente, para reduzir a oportunidade de transmissão de
possuem mais de 5 m) são produzidas em uma fonte microrganismos a outros pacientes, profissionais de saúde e
humana durante a execução de certos procedimentos, como visitas, além de diminuir a contaminação do ambiente.
aspiração e broncoscopia. A transmissão ocorre quando 2. Os profissionais de saúde da área para a qual o
perdigotos contaminados, geralmente de uma pessoa paciente está sendo levado deverão ser avisados da
infectada, são impelidos a uma curta distância - através do ar chegada dele e das precauções a serem tomadas para
- e depositado na conjuntiva, mucosa nasal, boca do reduzir o risco de transmissão.
hospedeiro ou a pele íntegra, produzindo colonização. 3. Os pacientes devem ser informados dos meios pelos
Devido ao peso dessas partículas, elas se mantêm quais ele pode ajudar na prevenção de transmissão dos seus
suspensas no ar a uma distância máxima de 1m. microrganismos infectantes para outros pacientes.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
a. Máscaras, protetores respiratórios, protetores IV. Especificações
oculares e protetores de face: vários tipos de máscaras, A. Precaução-padrão:
óculos e protetores da face são utilizados sozinhos ou em 1. Lavagem das mãos:
combinação para proporcionar uma proteção de barreira. a. Antes e após contato com paciente.
Usados durante procedimentos e cuidados com paciente que b. Imediatamente após tocar sangue, fluidos corpóreos,
podem produzir respingos ou sprays com sangue, fluidos secreções, excreções e/ou objetos contaminados.
corpóreos, secreções ou excreções, esses aparatos c. Imediatamente após retirar as luvas.
protegem a membrana mucosa dos olhos, nariz e boca de 2. Luvas
transmissão de patógenos. a. Colocar as luvas para tocar, ou quando tocar, sangue,
b. Capotes e vestuário protetor: vários tipos de fluidos corpóreos, secreções, excreções, objetos contaminados,
capotes e vestuários protetor são utilizados para dar mucosa e pele não intacta.
proteção de barreira e reduzir a oportunidade de transmissão b. Retirá-las imediatamente após o uso, e lavar as mãos.
de microrganismos em hospitais. Eles são usados para c. Luvas limpas são o suficiente.
prevenir a contaminação de roupas e proteger a pele dos 3. Máscara e óculos: use para proteger suas mucosas
profissionais de sangue, fluidos corpóreos, secreções e (olhos, nariz, boca), quando houver risco de spray ou respintos
excreções. Além disso, os profissionais de saúde devem com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
usar o capote durante o cuidado de pacientes infectados, 4. Capote:
reduzindo a transmissão de patógenos de pacientes ou a. Vista quando houver risco de respingos ou spray de
artigos no seu ambiente para outro paciente ou ambiente. sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
Para que isto ocorra, os capotes deverão ser removidos b. Tire imediatamente após o uso, e lave as mãos.
antes da saída do ambiente e as mãos devem ser lavadas. 5. Equipamentos:
c. Equipamentos e artigos: os artigos contaminados a. Manipule equipamentos usados e sujos de maneira a
disponíveis deverão ser manuseados de uma maneira que não contaminar o profissional e pacientes (mucosa, roupa).
reduza o risco de transmissão de microrganismos e diminua b. Não use objetos de um paciente em outro sem a
a contaminação ambiental no hospital. Estes artigos ou devida limpeza e desinfecção.
equipamentos usados devem ser empacotados em c. Cuidado com agulhas e instrumentos de corte,
recipientes ou sacos. As embalagens serão adequadas se especialmente na limpeza e na hora do descarte.
forem resistentes e os artigos colocados nelas não 1. Nunca reencape agulhas e não retire a agulha da
contaminarem o lado externo. Do contrário, devem-se usar seringa descartável.
duas embalagens. 2. Na hora de algum procedimento coloque o recipiente
Artigos críticos, artigos semicríticos e não-críticos são duro, adequado para descarte de materiais perfuro cortantes,
limpos e esterilizados ou desinfectados depois do uso, para o mais próximo possível do leito.
reduzir o risco de transmissão de microrganismos a outros 6. Ambiente: a limpeza do ambiente é padronizada pelo
pacientes. O tipo de reprocessamento é determinado pelas hospital.
recomendações do fabricante, pelo programa do hospital ou 7. Roupa: manipule quando usada e suja de maneira a
algum outro manual ou regulamento aplicável. não contaminar profissionais, pacientes e ambiente.
d. Roupas de cama e lavanderia: embora roupas de 8. Alojamento do paciente: coloque em quarto privativo
cama sujas possam estar contaminadas com aqueles pacientes que, por qualquer motivo, possam
microrganismos patogênicos, o risco de transmissão de contaminar o ambiente.
doenças é insignificante se elas forem manuseadas,
transportadas e lavadas de uma maneira que evite essa V - Precauções de transmissão aérea
transferência a pessoas, pacientes ou ambientes. A. Precaução-padrão acrescida de:
Os métodos para manusear, transportar e lavar roupas 1. Quarto
sujas são determinados pelo programa hospitalar ou a. Privativo com pressão negativa com seis trocas de ar
qualquer outro regulamento aplicável. por hora com sistema de recarga adequado.
e. Pratos, copos, xícaras e talheres: Precauções b. Manter a porta fechada.
especiais não são necessárias para pratos, copos, xícaras e c. Movimento de saída pelo paciente deve ser restrito.
talheres. Qualquer prato e utensílio disponível pode ser d. Pacientes com igual patologia podem ocupar o mesmo
usado para pacientes em isolamento e precauções. quarto.
A combinação de água quente e detergente, usada em 2. Proteção respiratória
hospitais, é suficiente para descontaminar pratos, copos, a. Os suscetíveis à Varicela e Sarampo não devem
xícaras e talheres. entrar no quarto.
f. Rotina de limpeza e limpeza terminal: o quarto do b. Usar máscaras próprias para tuberculose.
paciente isolado deve ser limpo, da mesma maneira que é 3. Transporte: Evite, mas se necessário, tome medidas
feita em quarto de pacientes não-infectados. Os métodos para evitar disseminação.
são determinados pelo programa hospitalar.
VI - Precauções com gotículas
III - Recomendações A. Precaução-padrão acrescida de:
A. Precaução-padrão 1. Quarto: privativo e compartilhável por doentes com
1. Quem usa? Todos que trabalham direta ou patologia igual. Na ausência de quarto privativo, usar
indiretamente com pacientes. biombos para separação, com uma distância de 1m.
2. Quando usar? Sempre que tiver contato direto e 2. Máscara: usar sempre que se aproximar a uma
indireto com qualquer paciente. distância menor que 1m.
3. Por que usar? Considerar que todo paciente é 3. Transporte: evite, mas se necessário, o paciente
potencialmente portador sintomático ou assintomático de deverá usar máscara.
patógenos que podem ser transmitidos para outros pacientes
e profissionais de saúde. VII - Precauções de contato
B. Precauções baseadas na transmissão A. Precaução-padrão acrescida de
1. Quem usa? Todos que trabalham com pacientes. 1. Quarto: privativo e compartilhável por doentes com
2. Quando usar? Quando o paciente for suspeito ou patologia igual. Na ausência de quarto privativo, usar biombo
tiver o diagnóstico de uma doença altamente transmissível para a separação, com uma distância de 1m.
ou ser portador de patógeno epidemiologicamente 2. Luvas
importante. a. Vista-as se tiver contato com o paciente.
3. Por que usar? Para evitar a transmissão de germes b. Lave as mãos imediatamente após retirar as luvas.
conhecidos. c. Luvas limpas são o suficiente.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
3. Capote PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
a. Vista-o antecipadamente se tiver contato intenso com VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS -
o paciente ou se este apresentar doenças com alta
concentração bacteriana (diarréia com incontinência, ferida OXIGENOTERAPIA, AEROSSOLTERAPIA
drenante). E CURATIVOS
b. Retire-o antes de sair e lave as mãos.
4. Transporte: evite que o paciente tenha contato direto Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso,
e indireto. respiração e a pressão arterial.
5. Equipamento: de preferência exclusivo (termômetro), Existem equipamentos próprios para a verificação de
se não for possível, proceda a limpeza e desinfecção antes cada sinal vital, que devem ser verificados com cautela e
do uso entre os pacientes. sempre que possível não comentá-lo com o paciente.
- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Pressão de oxigênio venoso misto (PvO2); No Brasil, conforme dados recentes, a asma representa
- Conteúdo do oxigênio arterial (CaO2); a terceira causa de hospitalizações entre crianças e adultos.
- Liberação sistêmica de oxigênio (PO2). A meta principal do seu tratamento é o controle dos
- De acordo com a “American Association for Respiratory sintomas e a prevenção das exacerbações. A via inalatória é
Care (AARC)”, a oxigenoterapia é indicada nos seguintes a preferida para a administração da terapia na asma. Sua
casos: utilização objetiva propicia o máximo efeito do medicamento
- PaO2 abaixo de 60mmHg ou SatO2 abaixo de 90mmHg, na doença pulmonar, com concomitante redução de efeitos
quando em ar ambiente; colaterais em outros órgãos.
- SatO2 abaixo de 88mmHg durante a deambulação, Atualmente, os c2-agonistas inalatórios de curta duração
exercícios físico ou sono em indivíduos portadores de representam a terapia de escolha para o alívio dos sintomas
patologias cardiorrespiratórias; de broncoespasmo, e os corticosteroides inalatórios são os
- Intoxicação por monóxido de carbono; principais medicamentos utilizados no tratamento de
- Envenenamento por cianeto; manutenção.
- Infarto agudo do miocárdio (IAM). A deposição pulmonar de uma droga depende do tipo de
Os sistemas abertos de oxigenoterapia, ou seja, aqueles dispositivo inalatório utilizado. Sempre que possível, deve-se
nos quais não há reinalação do gás expirado são de dois usar apenas um tipo de dispositivo, avaliando-se seu custo e
tipos: sistemas de baixo e de alto fluxo. durabilidade.
Os sistemas de baixo fluxo fornecem ao indivíduo A preferência do paciente ou de seu responsável deve
oxigênio num fluxo abaixo da demanda do paciente, com a ser levada em consideração, uma vez que representa um
concentração variando entre 24 a 90%, fornecido por meio fator importante na adesão do paciente ao tratamento.
de cateter que pode ser do tipo nasal, faríngeo ou Consensos nacionais e internacionais para o manejo da
transtraqueal, máscara simples ou máscara com reservatório asma já estão disponíveis desde a década de 90, sendo
de oxigênio. O paciente deve apresentar ritmo respiratório periodicamente reavaliados, de acordo com novas
regular, com volume corrente superior a 5ml/kg e frequência informações disponíveis.
respiratório inferior a 25 incursões/min. Apesar da existência dessas orientações, diversos
Já nos sistemas de alto fluxo, o fluxo total de gás estudos no Brasil e em outros países demonstram uma
fornecido ao equipamento consiste em fluxos igual ou variabilidade muito grande em relação ao nível de
superior ao fluxo inspiratório máximo do indivíduo. conhecimento e à adoção das diretrizes.
É fornecido por meio do mecanismo Venturi, com base Atualmente, além do tratamento da asma, a
no princípio de Bernoculli, que aspira o ar do ambiente, administração de medicamentos inalatórios tem sido utilizada
misturando-o com o fluxo de oxigênio, como, por exemplo, na fibrose cística, no diabetes e na displasia
os geradores de fluxo e a máscara de arrastamento de ar. broncopulmonar.
Dependendo da dose e do tempo de exposição ao Também tem sido uma perspectiva no tratamento do
oxigênio, este último pode ser tóxico ao organismo, afetando câncer e no uso de vacinas e agentes bioterroristas.
especialmente os pulmões e sistema nervoso central. Dentre A presente revisão acerca dos conhecimentos atuais
as manifestações neurológicas estão os tremores, as sobre técnicas inalatórias teve como objetivo contribuir para
contrações e as convulsões. o aprimoramento da qualidade da atenção prestada a
Com relação às manifestações respiratórias podem ser pacientes com doenças respiratórias.
observadas tosse seca, traqueobronquite, dor torácica,
dentre outras. Além disso, também pode haver náuseas, PRINCÍPIOS DA AEROSSOLTERAPIA
vômitos, parestesia de extremidades e astenia. A administração de fármacos diretamente no trato
respiratório para o tratamento de doenças pulmonares
Aerossolterapia parece uma escolha lógica; porém, deve-se estar atento ao
A via inalatória é a preferida para a administração da fato de que a deposição pulmonar distal de uma substância
terapia. Vários dispositivos, com diferentes características, está relacionada não somente à sua adequada distribuição,
estão disponíveis no mercado. Esta revisão teve o objetivo como também à capacidade de se sobrepor ao mecanismo
de descrever os tipos de dispositivos, suas vantagens e ciliar do sistema respiratório.
desvantagens, e indicações de uso conforme cada faixa O aerossol pode ser definido como partículas que
etária, além de abordar alguns aspectos técnicos relevantes permanecem suspensas no ar por um tempo relativamente
para a obtenção de melhores resultados com a terapia longo devido a sua lenta deposição, por conta da gravidade.
inalatória. A velocidade da deposição está relacionada ao tamanho e à
Evidências científicas enfatizam novas formas de densidade de cada partícula.
administração de medicação inalatória. Nebulizadores Como as partículas inaladas são frequentemente
convencionais apresentam numerosos inconvenientes. irregulares quanto à forma e à densidade, duas informações
Aerossóis com espaçadores / aerocâmaras permitem melhora são importantes: o diâmetro médio da massa aerossolizada
na deposição pulmonar, resultando, principalmente em e o desvio-padrão geométrico, que reflete a distribuição dos
pacientes sem coordenação adequada, em uma melhor relação tamanhos das partículas.
custo-benefício do que outros métodos tradicionalmente Na prática, quase todos os dispositivos geram aerossóis
utilizados. polidispersos; porém, quanto menor o desvio-padrão
Naqueles que conseguem gerar altos fluxos inspiratórios, os geométrico, maior será a proporção de partículas geradas ao
inaladores de pó seco podem ser utilizados. redor do diâmetro médio de massa.
O trato respiratório representa uma opção ideal para a O tamanho ideal da partícula, para sua deposição nas
administração de medicamentos. As vias aéreas são vias aéreas inferiores, está situado entre 1 e 5 cm de
facilmente acessíveis por meio de inalação nasal ou oral e diâmetro. A essas partículas dá-se o nome de “partículas
têm grande extensão, incluindo a superfície alveolar, o que respiráveis”. A eficiência de um medicamento inalatório está,
permite a dispersão das drogas. pois, relacionada à sua proporção de partículas respiráveis,
Como muitas dessas não cruzam a barreira alvéolo-capilar, conhecida como fração respirável.
consegue-se utilizar doses mais altas do que seria possível pela Partículas de aerossol maiores que 5 cm são, geralmente,
administração oral para doenças das vias aéreas. incapazes de ultrapassar as curvas da faringe posterior e as
Por outro lado, a deposição alveolar de medicamentos cordas vocais, provocando o fenômeno de impactação inercial
permite uma rápida absorção pela circulação pulmonar, — também dependente do fluxo inspiratório.
reduzindo a absorção pelo trato intestinal e a inativação As partículas de diâmetro de 1-5 cm, que comumente
hepática. alcançam com sucesso os pulmões, depositam-se por
Dentre as afecções do trato respiratório, destaca-se a sedimentação. Aí reside a explicação da orientação aos
asma, doença inflamatória crônica que apresenta pacientes para “prender a respiração por, no mínimo, 10
mortalidade baixa porém com elevada morbidade. segundos” após a inalação de um aerossol.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Quanto mais tempo a partícula permanece na via aérea, esquerda para a direita: pinça anatômica sem dente, Kocher,
maior a chance de ocorrer sua sedimentação. As partículas anatômica com dente, e a espátula montada com gaze.
menores que 1 cm são transportadas por difusão, 9. Abrir o pacote de gaze e colocá-la no campo. Se
depositam-se muito lentamente e podem ser exaladas antes necessário colocar também chumaços de algodão.
do seu contato com o epitélio respiratório. 10.. Retirar o curativo anterior utilizando a espátula
As evidências científicas apontam para a necessidade de montada com gaze embebida em benzina ou éter, e a 1ª
mudanças na forma de administração de medicações pinça anatômica com dente.
inalatórias. O conhecimento de novos dispositivos e da - ao despejar soluções, virar o rótulo para a palma da
técnica correta de utilização constitui, segundo vários mão;
autores, o primeiro passo para sua implantação. Os - preferencialmente, só usar éter ou benzina após a
aerossóis com espaçadores ou aerocâmaras representam a retirada do esparadrapo, para remover os resíduos do
nova forma de atuação na medicina de emergência. adesivo;
Segundo os estudos citados, esses promovem uma redução - retirar o esparadrapo no sentido dos pelos;
no tempo despendido na unidade e nos gastos, com a - ao embeber a gaze, fazê-lo sobre a cuba-rim;
mesma efetividade e maior satisfação para o paciente, para 11. Desprezar o curativo anterior e a espátula no saco
a família e para a equipe de saúde. plástico, e a pinça no campo, na área considerada
contaminada.
CURATIVO 12. Com a 2ª pinça (Kocher, Pean ou Kelly) limpar as
Curativo é o tratamento de qualquer tipo de lesão da bordas da lesão com gaze embebida em soro fisiológico.
pele ou mucosa. 13. Secar com gaze e desprezar a pinça.
14. Com a 3ª pinça (anatômica sem dente) limpar a lesão
FINALIDADES com gaze embebida em soro fisiológico.
1. Prevenir a contaminação. - obedecer o princípio: do menos contaminado para o
2. Facilitar a cicatrização. mais contaminado, usando tantas gazes forem necessárias;
3. Proteger a ferida. - usar técnica de toque com movimentos rotativos com a
4. Facilitar a drenagem. gaze, evitando os movimentos de dentro para fora da ferida,
5. Aliviar a dor. tanto quanto os de fora para dentro;
- usar cada gaze ou tampão uma só vez;
TIPOS DE CURATIVOS - remover ao máximo os exsudatos(secreções – pus,
O curativo é feito de acordo com as características da sangue), corpos estranhos e tecidos necrosados;
lesão. 15. Secar com gaze e passar o antisséptico indicado (ou
1. Aberto: curativo em feridas sem infecção, que após pomada, creme, etc.)
tratamento permanecem abertos (sem proteção de gaze). 16. Proteger com gaze e fixar com adesivo (se indicado).
2. Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e 17. Desprezar a 3ª pinça e envolver as pinças no próprio
aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com gaze campo, que será encaminhado ao expurgo.
ou atadura. 18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em
3. Compressivo: é o que faz compressão para estancar ordem.
hemorragia ou vedar bem uma incisão. 19. Lavar as mãos.
4. Com irrigação: nos ferimentos com infecção dentro da 20. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
cavidade ou fistula, com indicação de irrigação com soluções 21. Checar o horário e fazer as anotações de
salinas ou antisséptico. A irrigação é feita com seringa. enfermagem, especialmente quanto à evolução da lesão e
5. Com drenagem: nos ferimentos com grande queixas do paciente.
quantidade de exsudato. Coloca-se dreno de (Penrose,
Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia. OBSERVAÇÕES
1. Antes de fazer o curativo, observar o estado do
MATERIAL paciente, ler as anotações sobre o tipo de curativo, sua
Bandeja contendo: evolução e cuidados específicos.
. Pacote de pinças para curativo (usamos 2 anatômicas – 2. Nas feridas cirúrgicas, a pele ao redor da ferida é
1 com dentre e outra sem e 1 Kocher) e espátula com gaze. considerada mais contaminada que a própria ferida,
. Frascos com antissépticos. enquanto que nas feridas infectadas a área mais
. Esparadrapo, fita crepe ou micropore. contaminada é a do interior da lesão. (Importante lembrar ao
. Tesoura. limpar ou tratar a lesão).
. Cuba-rim. 3. Quando o paciente necessitar de vários curativos,
. Saco plástico para lixo. iniciar pela incisão fechada e limpa, seguindo-se as lesões
. Forro de papel, pano ou impermeável para proteger a abertas não infectadas e por último as infectadas.
roupa de cama. 4. Geralmente, nas feridas cirúrgicas, 48 horas após a
. Pacote com gazes. cirurgia, é recomendado deixar o curativo aberto.
. Quando indicados: pomadas, ataduras, chumaços de 5. Ao dar banho em pacientes com curativo, aproveitar
algodão, seringas, cubas. para lavar a lesão.
6. Devido ao risco de infecção hospitalar, não é
MÉTODO recomendado levar o material de curativo no carrinho. Deve-
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito. se levar só a bandeja com o material, para junto do paciente.
2. Preparar o ambiente: 7. Não jogar o curativo anterior e as gazes utilizadas na
- fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira; cesta de lixo do paciente.
- desocupar a mesa-de-cabeceira; 8. Não comprimir demais com ataduras e esparadrapo o
- colocar biombo, se necessário; local da ferida a fim de permitir boa circulação.
3. Lavar as mãos. 9. O saco plástico que recebe gazes e ataduras usadas
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo no curativo deve ser de uso individual. Um para cada
de curativo a ser executado. paciente.
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a 10. Os curativos devem ser tocados diariamente e
mesa-de-cabeceira. sempre que se apresentarem úmidos ou sujos.
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro 11. Não é necessário o uso de luvas para fazer curativo.
de papel, pano ou impermeável. Exceto quando não utilizar pinça. Neste caso as luvas
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o devem ser esterilizadas.
saco plástico para lixo em local acessível. 12. Nas feridas, com exsudato, com suspeita de infecção
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os deve ser colhida amostra para bacterioscopia e
cabos voltados para o executante, em ordem de uso – da encaminhada imediatamente ao laboratório.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
FERIDAS COM DRENO - se você administrar em quantidade menor, (por
1. Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico. pequena que seja) pode não causar o efeito desejado;
2. Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele. - se você administrar maior quantidade, pode causar
3. Colocar outra gaze sob o dreno, protegendo-o efeitos perigosos.
4. O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada 5) Para evitar erros:
curativo (exceto quando contra – indicado). Cortar o a) quem prepara a droga é quem deve ministrá-la;
excesso e colocar alfinete de segurança estéril, usando luva b) identificação de um medicamento apenas pela sua
esterilizada. aparência é muito “perigoso”;
- Nunca tocar diretamente no dreno. c) nunca devemos trocar drogas de frascos;
5. O dreno tubular ou torácico exige troca de curativo d) nunca administrar drogas que não tenham rótulo.
extremamente rápido e curativo oclusivo para evitar que 6) Ao preparar as drogas, devem ser observadas
ocorra pneumotórax. Não deve apresentar dobras, para Técnicas Assépticas.
garantir uma boa drenagem.
6. Observar e anotar o volume e o aspecto do material Técnicas empregadas na administração de drogas
drenado. usadas em Postos de Saúde
Na maioria das vezes o cliente terá que ser orientado
MEDIDAS DE ASSEPSIA para este tipo de tratamento em casa; sempre, após a
A finalidade principal do tratamento de uma ferida é explicação, certifique-se de que ele está esclarecido.
prevenir a infecção. Tal finalidade é atingida pela
manutenção de uma técnica asséptica durante os curativos. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL (V.O.)
É importante: * Vantagens da medicação por via oral (V.O.)
1. Lavar as mãos antes de manipular o material - Método simples: não envolve Técnica Asséptica.
esterilizado. - Método econômico: não usa outro material.
2. Diminuir ao mínimo de tempo possível a exposição da - Método seguro: menor risco de contaminação.
ferida e dos materiais esterilizados.
3. Não falar, ao manipular material esterilizado ou * Desvantagens:
fazendo tratamento da ferida. - Sabor: muitas vezes desagradável; irritação gástrica:
4. Conservar as pinças com as pontas voltadas sempre problemas no estômago; efeitos sobre os dentes: pode lesar
para baixo, a fim de evitar que as soluções escorram para o o esmalte.
cabo contaminado e voltem novamente para as pontas. - Dosagem inexata na absorção.
5. Manipular o material esterilizado sempre com o auxílio - Uso limitado aos clientes que possam:
de pinças ou luvas esterilizadas e não tocar a lesão com as . Engolir: pessoas inconscientes que não podem estar só
mãos. serão encontradas em hospitais.
6. Considerar contaminado qualquer objeto que toque . Reter: pessoas com vômitos não podem reter.
em locais não esterilizados. O profissional deverá orientar os clientes que buscam,
7. Colocar na proteção da ferida somente material estéril. no serviço, medicação:
8. Usar mascar nos casos de lesão muito drenante, ou 1) Não manipular a medicação indiscriminadamente com
se o funcionário estiver com infecção das vias aéreas. os dedos apesar de ter “lavado as mãos”.
2) Tomar a medicação no horário prescrito; se não
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS constar na receita médica, no horário mais conveniente para
o cliente.
3) Observar a dose prescrita.
O manuseio dos medicamentos, os cuidados que
4) A melhor maneira de ingerir a medicação: com
devemos ter, as vias de administração e os procedimentos
alimentos (sucos, leite, etc.), com água, puro.
adequados para realizar estas tarefas são importantes na
área de enfermagem.
A medicação via oral mais “comum” manuseada em um
Todo profissional da área de saúde lida com medicação,
Posto de Saúde ou Posto Avançado é a Vacina Sabin, usada
por isso precisa conhecer as vias de administração e os
para prevenir a paralisia infantil - poliomielite.
cuidados necessários para executar procedimentos com
segurança e sem risco para o cliente.
Inalação
Inalação é o método onde a medicação é inalada
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
(aspirada) pelo aparelho respiratório.
Via oral: a absorção ocorre no aparelho digestivo.
Por inalação: a absorção ocorre pelo trato respiratório.
Podemos encontrar dois tipos de inalação:
Por instilação: a absorção ocorre em uma cavidade do
1) Nebulização: uma corrente de Oxigênio (O2) ou de ar
organismo (olhos, ouvidos, nariz e garganta).
comprimido, é passada através de uma solução da droga
Aplicação tópica: a absorção se dá pela pele e mucosas
(medicamento) e/ou Soro Fisiológico, mandando pequenas
(oral, retal e vaginal).
partículas, sob a forma de vapor, para dentro do aparelho
Via parenteral: administração através de uma agulha, e a
respiratório.
absorção ocorre no aparelho circulatório.
Nebulizador com soro ou solução da droga: é importante
que o nebulizador não toque na boca, e sim fique a 5 cm de
Manuseio de medicação em Postos de Saúde
distância, pois só assim as partículas de vapor irão produzir
Ao manusear uma medicação existem “cuidados
o efeito de “afrouxar” as secreções (catarro) ou aliviar a
básicos” que devem ser observados, não importando o seu
dispneia. Com o paciente o mais sentado possível é a
tipo e a sua via de administração:
melhor forma de se nebulizar. Dependendo do tipo de
1) Lavar as mãos para diminuir a transferência de
medicação, este processo vai agir dilatando os brônquios,
germes (microrganismos) para o material que vai manipular
umedecendo e “desprendendo” as secreções pulmonares
e para o cliente que vai receber a droga.
facilitando a sua eliminação.
2) Ler o rótulo da droga três vezes:
2) Vaporização: a finalidade é a mesma da nebulização;
- antes de ser retirado do local onde está guardado
nesta é usado o “vapor de água quente” que pode ser obtido
(prateleira, gaveta, geladeira, caixa, etc.);
através de:
- antes de ser aberto;
a) Aparelho elétrico: deve-se manter distância do
- antes de ser devolvido ao lugar.
recipiente com vapor, principalmente se for criança.
3) Identificar a via de administração.
b) Chuveiro: nunca deixe a pessoa sozinha enquanto
4) Verificar a dose exata a ser aplicada.
estiver fazendo o tratamento.
“Doses aproximadas” ‘é uma prática perigosa;
c) Recipiente com água fervente.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Neste método deve-se tomar muito cuidado para evitar Se for embrocação (passar a medicação como se fosse
“acidentes” de queimaduras graves. “pintar” a garganta) - “aplicadores com ponta de algodão”.
Orientação para realização da Nebulização e Se for pulverização (medicação em forma de jato, como
Vaporização: se fosse vapor) - spray.
a) o cliente deve ser orientado para respirar - Abaixador de língua - se não tiver, use o cabo de uma
profundamente, a fim de forçar as minúsculas partículas de colher como abaixador.
vapor a penetrar no aparelho respiratório; O paciente deve permanecer sentado durante o
b) orientar para execução de exercícios de tosse, após o procedimento.
tratamento para estimular a eliminação das secreções,
quando for o caso; Aplicação tópica
c) orientar para que o cliente não fale durante a É a aplicação de medicamento na pele ou mucosas sob
aplicação do tratamento. a forma de:
- Loções: são preparações líquidas aplicadas para
Instilação proteger, refrescar ou amaciar áreas superficiais.
Instilação consiste em colocar um medicamento em uma Geralmente utilizadas para aliviar pruridos (coceira) ou
cavidade ou orifício corporal, ou seja, ouvidos, olhos, nariz, impedir crescimento de microrganismo (germe).
garganta. - Pomadas: são preparadas com uma base gordurosa e
1) Instilação no ouvido aplicadas na pele ou mucosa. Derretem pela ação do calor
Antes de realizar o procedimento de instilar do corpo e são absorvidas. Normalmente são usadas como
medicamentos no ouvido: antisséptico ou antimicrobianos.
a) Lavar as mãos. - Linimentos: são líquidos aplicados à pele por fricção;
b) Preparar o material necessário: são frequentemente usados para aquecer uma área afetada,
- conta-gotas (não deve tocar a orelha do paciente, pois dilatando os vasos sanguíneos superficiais e ajudando a
vai ser usado em outras pessoas). relaxar os músculos tensos.
- vidro de medicamento; - Antissépticos: usados para limpeza da pele ou
- algumas bolas de algodão. ferimentos: mercúrio, merthiolate, iodofor aquoso ou
c) Explicar ao paciente o que vai fazer, para tranquilizá- alcoólico, álcool iodado, etc.
lo. Nas aplicações tópicas também são usados os óvulos e
Em adultos: puxar o lóbulo da orelha para cima, os supositórios.
retificando (fazendo com que fique reto) o canal auditivo e
pingar o medicamento prescrito. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA
Em crianças: o lóbulo é puxado para baixo e para trás, para PARENTERAL
retificar o canal auditivo. Solicitar auxílio da mãe ou outra Injeções:
pessoa. - intradérmicas = ID;
Atenção: a medicação para instilar no ouvido deve ser - subcutâneas = SC;
“aquecida” (morna) - soluções frias causam desconforto e às - intramusculares = IM;
vezes tonteiras. Deixar o vidro do medicamento em uma - intravenosas = IV ou;
cuba com água quente por alguns minutos. Testar a - endovenosas = EV.
temperatura com uma gota na parte interna do punho Todo tratamento parenteral exige o uso de material
2) Instilação ocular “esterilizado” e “soluções estéreis”.
São usados medicamentos líquidos ou pomadas. Drogas administradas parenteralmente são facilmente
Antes de realizar o procedimento de instilar um absorvidas pelo corpo.
medicamento no olho:
a) Lavar as mãos. Material: bandeja contendo seringa esterilizada de 1cm3
b) Preparar o material necessário: (1 ml) à 50 cm3 (50 ml), agulha esterilizada, desinfetante,
- bandeja contendo: medicamento com conta-gotas ou bolas de algodão e o medicamento.
tubo de pomada, bolas de algodão ou lenços de papel.
c) Orientar o paciente quanto ao procedimento, e que Vantagens:
permaneça na posição, por algum tempo, para que a - absorção quase completa do medicamento;
medicação penetre. - não dão distúrbios gástricos.
d) Anote na ficha do paciente o tratamento feito e a reação
O ponto médio do fundo do saco ocular inferior é o ponto Desvantagens:
ideal para instilação porque é onde fica o canal lacrimal. - a principal desvantagem é que introduzindo uma agulha
3) Instilação nasal através da pele, é rompida uma das barreiras do corpo
O objetivo é tratar infecções ou diminuir edema das contra as infeções.
mucosas, facilitando a respiração. Por essa razão a importância da utilização de “Técnica
Antes do procedimento: Asséptica” nas injeções.
a) Lavar as mãos. O local de aplicação de injeções depende:
b) Preparar uma bandeja com: conta-gotas, lenço de a) necessidades de cada paciente;
papel ou bolas de algodão. b) quantidade do líquido a ser injetado;
c) Orientar o paciente para que permaneça na posição c) via de administração: ID, SC, IM, IV;
por uns 5 minutos, a fim de permitir a absorção da d) condições da pele do paciente:
medicação. 1) Livre de qualquer sinal de inflamação:
d) Anotar, na ficha do cliente, o tratamento feito e a - hiperemia (vermelhidão), calor, edema (inchaço) e dor.
reação. 2) Livre de qualquer sinal de irritação (coceira, prurido);
A melhor posição para instilar medicamentos no nariz é o 3) Livre de paresias (diminuição de sensibilidade);
decúbito dorsal (deitado de costas). A pessoa (o auxiliar) que 4) Livre de áreas com tecido cicatrial (cicatriz).
irá instilar um medicamento no nariz deve permanecer na e) evitar locais paralisados.
frente do cliente. Um travesseiro nos ombros permite que a
cabeça caia para trás, deixando a medicação fluir Injeção intradérmica: administração de pequena
profundamente. quantidade de líquido na camada dérmica da pele. É usada
4) Instilação na garganta seringa de 1cm3, graduada em décimos de centímetros
Antes do procedimento: cúbicos (cm3), a fim de medir doses muito pequenas,
a) Lavar as mãos. diminutas. A agulha é introduzida a um ângulo de 15 graus
b) Preparar bandeja contendo: medicação com conta- com o “bisel” para cima e o líquido é injetado formando uma
gotas. “pápula” logo abaixo da pele.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Normalmente é usada como medida diagnóstica em - podem ocorrer complicações como abcessos (“bolsa”
testes tuberculínico e alérgico. de pus) no músculo e nódulos (endurecimento da região
As áreas do corpo usadas para aplicação: junto do local da aplicação);
- Face mediana do antebraço: por ser pele clara, - é um procedimento doloroso.
transparente e sem pelos facilitando a visualização da Locais de aplicação: a escolha do local para injeção
reação. intramuscular depende de vários fatores:
- Região escapular do dorso (região do omoplata). a) espessura do tecido adiposo (gordo ou magro);
b) idade;
Injeção subcutânea: é a via de administração onde a c) quantidade de tecido muscular disponível para
medicação é absorvida no tecido subcutâneo (gordura), injeção;
sendo que o máximo de medicação injetada deve ser até d) proximidade de nervos e vasos sanguíneos;
1ml. e) evita-se locais paralisados;
O objetivo principal do uso desta via, para administração f) condições da pele do paciente livre de qualquer sinal
de medicamentos, é o fato da absorção da droga ocorrer de inflamação, livre de paresias e livre de tecidos cicatriciais.
lenta e continuamente. Vários locais são apropriados para injeção intramuscular:
1) Região ventro-glútea ou local de Hochstetter: a
Vantagens: medicação é injetada no músculo denominado glúteo médio.
- absorção quase completa do medicamento; Este local está sendo cada vez mais utilizado porque não há
- independe do nível de consciência do paciente; grandes nervos ou vasos sanguíneos na área. Existe menor
- não causa irritação gástrica (no estômago); camada de gordura e a espessura do músculo permite a
- a medicação pode ser ministrada em pacientes com introdução da agulha até 4 cm. É uma área mais limpa visto
distúrbios gástricos (vômitos e diarreia). que a contaminação fecal é rara e, também, é um local de
fácil acesso para a aplicação, permitindo ao cliente qualquer
Desvantagem: decúbito (posição do paciente na cama) ou sentado.
- é a mesma de qualquer aplicação de medicação via O decúbito lateral é mais fácil para localização da região
parenteral: quebra das barreiras do corpo, introduzindo uma ventro-glútea.
agulha através da pele e aumentando o risco de infecção. Nesta região a direção da agulha deve ser voltada para a
Local para aplicação: o local exato da injeção crista ilíaca ligeiramente inclinada ou 90º. O volume de
subcutânea (hipodérmica) depende das necessidades e medicação que pode ser administrado é de até 5 ml.
condições físicas de cada paciente e, também, das rotinas Atenção: sempre que for ministrada uma droga via
de cada serviço. A escolha do local, geralmente recai onde parenteral, a pessoa não deve permanecer de pé, pois
há acúmulo de gordura. A medicação mais comumente podem ocorrer reações à droga, dor ou medo do
usada por esta via é a insulina (droga usada no tratamento procedimento, ocasionando acidentes como quedas.
de diabéticos - açúcar no sangue). 2) Região dorso-glútea: a medicação é injetada na
Para aplicações de medicamentos no tecido subcutâneo nádega, no músculo denominado de Grande Glúteo. É
existe “material específico”: agulha de insulina (13 x 3,8) e importante a delimitação correta desta região, pois há o risco
seringa de insulina, na qual a escala é própria para de atingir grandes vasos sanguíneos e o nervo ciático, que é
dosagens de insulina e seu volume é de 1cm3 = 1ml. Apesar fundamental para a motricidade (movimentos) dos membros
de ser chamado de agulha e seringa da insulina, este inferiores (coxa, perna e pé).
material serve para aplicação de outras medicações. Nesta região há um grande acúmulo de gorduras que
No caso de não haver material específico podem ser poderá variar de 9cm (gordo) até 1cm (magro), portanto,
usadas agulha e seringa comuns. Neste caso o ângulo de deve-se ter cuidado na escolha do tamanho da agulha, pois
introdução e a porção da agulha introduzida variam de de outra maneira a injeção poderá ser subcutânea e não
acordo com o local de aplicação e a espessura da camada intramuscular. O volume máximo permitido a ser
de gordura do paciente. administrado é de até 4ml. O ponto correto para aplicação é
Agulha comum (25x7, 25x6, 25x8): o quadrante superior externo. A agulha deve ser introduzida
- segurar o local de aplicação fazendo uma prega; perpendicularmente (90º) à superfície que a pessoa está
- introduzir a agulha em ângulo de 45º nos locais: coxas, deitada.
braços e glúteos (nádegas); 3) Região da face antero-lateral da coxa (FALC) ou
- introduzir a gulha paralelamente a pele do abdômen. região vastro-lateral: a medicação é injetada no músculo da
Agulha Insulina (13 x 3,8): coxa (músculo vastro-lateral). É, dos locais intramusculares,
- segurar o local de aplicação escolhido fazendo uma o mais dolorido. O volume administrado não deve ser grande
prega; para não agravar a dor e dificultar a absorção (mais ou
- introduzir quase toda a agulha em ângulo de 90º menos 2ml).
(perpendicular à pele) em qualquer local de aplicação. O paciente, durante a administração da medicação nesta
região, deve permanecer deitado de costas (decúbito dorsal)
Injeção intramuscular: é a introdução de medicamentos ou sentado.
no organismo através de uma agulha no músculo. A Delimita-se a região traçando uma linha anterior e uma
quantidade máxima de medicamento administrada por esta linha lateral no meio da coxa. Entre essas duas linhas
via é de 5 ml. observa-se uma distância de aproximadamente 10 cm acima
do joelho (mais ou menos 5 dedos) e aproximadamente 10
Vantagens: cm abaixo do quadril (início da coxa).
- absorção mais rápida que no tecido subcutâneo devido A área compreendida entre esses limites serve para
à maior vascularização (maior número de vasos sanguíneos) injeção. Neste região a agulha deve ser introduzida em
da área muscular; direção ao pé, levemente inclinada.
- o tecido muscular tolera doses medicamentosas 4) Região deltoide: a medicação é injetada no braço, no
maiores (até 5 ml) que o tecido subcutâneo; músculo deltoide. O principal risco neste local é a lesão do
- é a via de escolha para drogas irritantes ao tecido nervo radial que poderá causar paralisia do braço e
subcutâneo e mucosa gástrica (estômago), por causa do antebraço.
menor número de terminações nervosas; Esta região é a mais vascularizada de todas as
- maior precisão na dosagem de absorção do que a via oral. apresentadas até agora. Daí o perigo de atingir um vaso com
a agulha, causando hematoma (roxo) ou problemas maiores
Desvantagens: se a medicação for administrada dentro desse vaso.
- perigo de lesar vasos sanguíneos e nervos; O deltoide é um músculo relativamente pequeno, por
- quebra das barreiras do corpo, aumentado o risco de isso o volume máximo de medicação a ser administrada é de
infecção; 3 ml.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Delimita-se esta região: Complicações possíveis:
- 3 ou 4 dedos abaixo do ombro (acrômio), a agulha deve 1) A ansiedade (medo) pode causar mal-estar: é muito
ser inserida no centro do músculo. Neste local a agulha deve importante o preparo psicológico do cliente. Explicando o
ser introduzida perpendicularmente (90º) em relação ao que se vai fazer e com que finalidade (objetivo). Pedir para
músculo. que avise se sentir qualquer tipo de reação.
Para administrar medicação neste região, o paciente 2) Se a solução for injetada ou retirado sangue com
deve estar sentado ou deitado, com o antebraço flexionado muita rapidez o paciente pode apresentar palidez, suor,
(dobrado) descansando sobre o outro braço. Antes da calor. Se isso ocorrer, pare imediatamente de injetar a
introdução da agulha na injeção intramuscular (IM), estica-se solução ou retirar sangue, sem contudo retirar a agulha da
a pele para facilitar a penetração da agulha. veia.
Se os sintomas desaparecerem, teste se a agulha
Preparação de medicamentos de administração continua na veia, aspirando um pouco de sangue. Se estiver,
parenteral continue “lentamente” injetando a solução ou a retirada de
As medicações parenterais são encontradas em frascos sangue. Senão, retire a agulha e puncione outra veia. Se os
e ampolas. sintomas não desaparecerem, retire a agulha da veia, deite o
- Antes de abrir a ampola, certificar de que toda paciente onde estiver, até no chão, e chame a enfermeira ou
medicação está no corpo da ampola e não na haste. Se não o médico.
estiver, pode-se dar várias “pancadinhas” com as pontas dos 3) Se a agulha não estiver dentro da veia, pode provocar
dedos na haste, a fim de fazer e medicação descer. a passagem do líquido para o tecido subcutâneo,
- Fazer a antissepsia da ampola e os dedos devem ser provocando edema inchaço, palidez, sensação de frio ou dor
protegidos por algodão, quando serrar ou se quebrar a haste da no local. Este escape líquido, no tecido subcutâneo é
ampola de vidro. Quando a haste da ampola é removida, coloca- conhecido como infiltração. Às vezes é apenas a ponta da
se o medicamento na seringa facilmente, porque o ar desloca o agulha que está na parede da veia, ocasionando dor ou
líquido. A agulha estéril não deve encostar na ampola. ardência e o teste de aspirar mostra sangue, o que quer
- Frascos com tampa de borracha: um frasco fechado dizer que está na veia. Neste caso empurra-se ou puxa-se
não permite que o ar entre enquanto o líquido é retirado. um pouquinho a agulha.
Retirar o líquido sem injetar ar, cria um vácuo parcial dentro A injeção intravenosa é um procedimento indolor, sente-
do vaso, dificultando a remoção da solução. Injeta-se uma se somente a picada da agulha.
quantidade de ar, igual à quantidade de solução a ser Sabe-se que está:
retirada. A pressão dentro do frasco aumenta, e o - dentro da veia - quando o paciente não apresenta
medicamento é removido facilmente e com precisão. sinais de desconforto;
- Antissepsia: é a limpeza de uma superfície retirando - fora da veia - quando o paciente apresenta dor,
sujeiras, germes e impurezas. Para segurança, o frasco ardência e edema no local.
geralmente é recoberto com uma capa metálica fina, que 4) Hematoma: quando pela perfuração da agulha ocorre
pode ser facilmente removida. A borracha é o meio de estravamento (derrame) do sangue nos tecidos.
entrada do frasco, e deve ser limpa por fricção com algodão 5) Flebites: quando a solução é irritante provocando
molhado em antisséptico (álcool), fazendo a antissepsia da infecções locais.
borracha. 6) Esclerose: endurecimento da parede da veia, causado
- Frasco de dose “múltipla” com tampa de borracha por injeções frequentes na mesma veia.
(exemplo: insulina): cada vez que vai ser retirada uma dose, 7) Choque: reação rápida do organismo, causada por
limpa-se a borracha com algodão embebido em antisséptico uma agressão externa:
e injeta-se uma quantidade de ar equivalente à quantidade a) pirotênico: por injeção de solução contaminada;
de solução a ser retirada. b) anáfilático: injeção de substâncias alérgicas ao
Se uma quantidade de líquido a ser retirada de um indivíduo;
frasco for grande ou se várias doses devem ser removidas c) periférico: ocorre por fatores emocionais.
sucessivamente, um método simples é colocar outra agulha O choque desencadeia uma sequência de sinais e
esterilizada através da tampa. Isto permitirá que o ar entre e sintomas que podem levar o indivíduo à morte caso não seja
substitua o líquido quando este estiver sendo retirado. tratado imediatamente.
Depois que a medicação estiver na seringa, retire o Sinais e sintomas: palidez, suor, pele fria, taquicardia,
excesso de ar. desmaio (perda de consciência).
Um bom método para que seja administrada a dose
exata é deixar uma pequena quantidade de ar dentro da Técnica de punção intravenosa
seringa: 0,2 a 0,3 ml. Quando se inverte a seringa para 1) Lave as mãos;
aplicar a injeção, a bolha de ar serve para empurrar o líquido 2) Prepare a bandeja com seringa, agulha, medicação,
que normalmente fica no interior da agulha para dentro do garrote, algodão e álcool.
tecido ficando o ar no interior da agulha. Garrote: tubo fino de borracha para garrotear (amarrar) a
região logo acima do local escolhido para punção para
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA colabar (apertar) a veia para facilitar a punção.
ENDOVENOSA 3) Prepare o medicamento na seringa, observando os
Punção intravenosa ou endovenosa: é a introdução de princípios de assepsia, deixando a agulha protegida com
uma agulha no interior de uma veia. protetor próprio ou com a própria ampola.
Objetivo: 4) Posicione o paciente.
a) retirar sangue para exame de laboratório; Quando a injeção é aplicada na veia a reação é
b) introdução de medicamentos; imediata. O medicamento chega quase imediatamente à
c) introdução de grande quantidade de líquidos; circulação sanguínea geral. Por isso, deve-se ter cuidados
d) rapidez do efeito do medicamento - é imediato. para evitar acidentes: o paciente deve estar sentado em
A “seleção local” da punção da via depende do cadeira com braço a fim de protegê-lo de possíveis quedas.
“objetivo”. Se não tiver cadeira com braço colocar a cadeira junto à
As veias dos membros superiores (braços) são as “mais parede que o protegerá de um lado e o outro ficará protegido
adequadas” para punção intravenosa. O que não quer dizer por quem realiza o procedimento. O ideal é o paciente
que outras veias de outro seguimento (parte) do corpo não deitado em maca, cama, etc.
possam ser usadas em caso de emergência. 5) Coloque o garrote um pouco acima do local escolhido
Para retirar sangue para exame de laboratório ou para a punção.
introdução de medicamentação, as veias mais acessíveis 6) Solicite ao paciente que feche a mão - facilitando a
são as localizadas na região do cotovelo, no antebraço e palpação na veia - fazendo uma leve massagem no sentido
dorso da mão, de ambos os braços. do garrote também facilita a palpação da veia.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
7) Faça a antissepsia do local da punção e do seu dedo B - Fezes
com o qual fará a palpação da veia. A composição das fezes se caracteriza por:
8) Palpe a veia. •Resíduos de material indigerível, como a celulose dos
9) Expulse o ar da seringa. alimentos digeridos;
10) Estique a pele e mantenha a veia fixa com o polegar •Bile (pigmentos e sais), que dá a cor característica das
de uma das mãos. fezes;
11) Introduza a agulha com o bisel para cima - um •Secreções intestinais, incluindo o muco intestinal;
centímetro antes do local onde a veia deverá ser puncionada. •Leucócitos que migram da corrente sanguínea (em
12) Aspire um pouco de sangue para testar se está pouquíssima quantidade);
dentro da veia. •Células epiteliais que foram eliminadas;
13 - Retire o garrote e solicite ao paciente que abra a mão. •Grande número de bactérias que podem constituir um
Obs.: Se for para retirar sangue, não retire o garrote terço da parte sólida total;
enquanto estiver tirando o sangue. Só retire o garrote “antes” •Material inorgânico, principalmente cálcio e fosfato (10%
de retirar a agulha da veia. a 20%);
14) Inejte lentamente a medicação observando as •Alimentos não digeridos ou não absorvidos;
reações do paciente. •Cerca de 70% de água;
15) Retire a agulha em um único movimento fazendo A analise das fezes determina as várias propriedades
pressão com o algodão por alguns minutos. Não flexione o existentes para fins diagnósticos. Os testes mais solicitados
braço do paciente, pois esse procedimento facilita a são pesquisas de sangue, bile, larvas e ovos de helmintos,
formação de hematoma local. O melhor procedimento é protozoários, câncer do cólon e ulcerações assintomáticas
elevar o braço do paciente facilitando o restabelecimento da de outras massas do trato gastrointestinal.
circulação. Os exames mais usuais são:
16) Desprezar o material usado. •Parasitológicos;
•Coprocultura (exame bacteriológico das fezes)
COLETA DE MATERIAIS PARA EXAMES
C – Sangue
O sangue desempenha inúmeras funções, e os vasos
O resultado correto de um exame de análises clinicas
sanguíneos são órgãos que viabilizam sua passagem para
não depende somente de quem os analisa, mas também da
os diversos tecidos e/ou órgãos. Esses vasos estão
qualidade da amostra coletada. A equipe de enfermagem
conectados entre si, formando uma extensa e complexa rede
atua no processo de coleta do material biológico, e,
de irrigação. Os vasos que entram no coração são
conforme a qualidade da amostra, os erros pré - analíticos
chamados veias e os que saem do coração artérias. Em todo
são minimizados e os resultados garantidos. Para tanto são
lado direito do coração circula sangue venoso, que vai para
necessários cuidados especiais no momento da coleta.
os pulmões para sofrer hematose. E em todo lado esquerdo
A coleta de material biológico para analise é muito
do coração circula sangue arterial, que vai nutrir todos os
comum e útil no período pré – operatório e quando solicitado
órgãos e tecidos com oxigênio e nutrientes. O sangue é de
pelo médico.
importância vital, pois participa da regulação da temperatura
corporal, do controle do pH, do equilíbrio hidrossalino, da
Cuidados para evitar erros pré – analíticos
oxigenação tecidual, da defesa do organismo, da distribuição
de nutrientes, entre outros.
Hemograma:
Consiste na contagem global de eritrócitos, índices
hematimétricos, valor de hemoglobina e valor hematrócrito
(Ht), contagem global de leucócitos, contagem diferencial de
leucócitos (neutrófilos, eosinofilos, basófilos, linfócitos e
monócitos) e contagem global de plaquetas. È útil na
avaliação de anemias, infecções bacterianas e viróticas,
inflamações, leucemias e plaquetopenias.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Bioquímica: Exemplo de registro de enfermagem:
Utiliza o plasma ou soro para qualificação de eletrólitos, Data:Hora:Relatório de enfermagem: Coleta para analise
como sódio (Na), potássio (K) e Cloro (Cl). de Na, K, Glicemia, etc. Encaminhado para:Assinatura:
Teste de glicemia com fita reagente
Observações úteis na coleta sanguínea
•Jejum – a falta de jejum aumenta a lipemia (gordura no Material Utilizado:
sangue) e altera o resultado da glicose; jejum prolongado Bandeja;
pode elevar as concentrações de bilirrubina sérica. Lanceta;
•Medicamentos – o uso de medicamentos pode causar Bolas de algodão;
interferências na analise. Álcool a 70%;
•Períodos de repouso – a falta de repouso provoca EPIs;
alterações no hemograma, glicose, alguns hormônios, Glicosímetro;
transaminases, etc. Fitas reagentes;
•Temperatura do cliente – a hipotermia promove
vasoconstrição e dificulta venopunção; o estresse aumenta a Como proceder:
temperatura afetando a secreção de hormônios as adrenal. Lavar as mãos;
•Infusão intravenosa – deve-se evitar coletar material Realizar a identificação do paciente (conferir pulseira e
pelo cateter da infusão venosa. Fazê-lo somente quando não perguntar o nome);
houver outra alternativa. Deve-se retirar de 10ml a 15ml de Orientar o paciente para o procedimento;
sangue, desprezá-lo definitivamente e com outra seringa Calçar as luvas de procedimento;
fazer a coleta da amostra desejada. Fazer antissepsia da parte distal do dedo;
•Torniquete – a utilização incorreta do torniquete (muito Posicionar o dedo do paciente para baixo;
apertado ou por muito tempo) pode causar Fazer uma leve pressão no dedo escolhido;
hemoconcentração local, alterando os valores de enzimas, Introduzir a lanceta num movimento firme e único na
proteínas, hematocrito, sódio, potássio, cálcio, ferro, lateral do dedo;
colesterol, triglicérides, plaquetas e fatores de coagulação. Coletar uma gota de sangue e pingá-la na fita reagente;
•È preciso estar familiarizado com o material a ser Comprimir o local com algodão seco;
utilizado. Proceder a leitura de acordo com o fabricante do
•Deve-se evitar que o cliente abra e feche a mão, pois glicosímetro;
pode levar a alterações dos resultados. Deixar unidade em ordem;
•A punção deve ser finalizada sem desenvolver Retirar luvas de procedimento;
hematomas. Lavar as mãos;
Como proceder: Checar na prescrição médica correta;
•Lavar as mãos; Realizar anotações de enfermagem na prescrição
•Preparar o material: bandeja contendo tubos de coleta, correta:
luvas de procedimento, seringas, dispositivos intravenosos, Exemplo de registro de enfermagem:
torniquetes, bolas de algodão, antisseptico, adesivos e Data: Hora:Relatório de Enfermagem: Realizado teste de
etiquetas; glicemia com fita reagente com resultado: Assinatura:
•Realizar a identificação do cliente (conferir pulseira e
perguntar o nome); Urina tipo 1 – Jato médio
•Solicitar o consentimento do paciente para execução do Material utilizado:
procedimento; EPIs;
•Orientar o paciente para o procedimento; Coletor de urina;
•Acomodá-lo confortavelmente; Material para lavagem externa se necessário;
•Posicionar a bandeja; Saco plástico;
•Observar a rede venosa e escolher a melhor veia para Como proceder:
puncionar; Lavar as mãos;
•Calçar luvas de procedimento; Realizar identificação do paciente (conferir pulseira e
•Garrotear de 10cm a 15cm acima do local da punção; perguntar o nome);
•Deixar o menor tempo possível o cliente garroteado; Solicitar o consentimento do paciente para execução do
•Apalpar a veia escolhida; procedimento;
•Fazer antissepsia ampla do local da punção com Orientar o paciente para o procedimento;
movimentos firmes num único sentido; Fazer a higiene intima;
•Pegar o dispositivo intravenoso escolhido de modo que Desprezar o primeiro jato;
o bisel esteja voltado para cima; Coletar o jato médio;
•Fixar a veia; Coletar em frasco próprio, limpo e seco;
•Puncionar a veia, introduzindo o dispositivo intravenoso Identificar amostra;
acoplado á seringa; Colocá-la dentro de um saco plástico;
•Fixar o dispositivo; Manter a unidade em ordem;
•Aspirar o volume sanguíneo determinado para o exame Retirar luvas;
solicitado: Lavar as mãos;
1.Se seringa passar o conteúdo da seringa (sem agulha) Chegar na prescrição medica correta;
para o tubo de modo que o sangue escorra pela parede do Realizar anotações de enfermagem na prescrição
mesmo. correta:
2.Se vácuo, o conteúdo vai diretamente para o tubo. Exemplo de registro de enfermagem:
•Observar a reação do paciente; Data: Hora:Relatório de Enfermagem: Feito coleta de
•Retirar o dispositivo; urina tipo 1; encaminhada ao laboratório: Assinatura:
•Fazer compressão do local com algodão seco;
•Orientar o paciente a não dobrar o braço; Urina 24horas
•Descartar materiais perfurocortantes em local próprio; Material utilizado:
•Retirar as luvas de procedimento; Identificar os frascos para coleta de urina durante
•Lavar as mãos; 24horas;
•Checar na prescrição médica correta; Fazer rotulo contendo horário de inicio e horário de
•Manter a unidade em ordem e encaminhar material termino da coleta;
colhido; Orientar o cliente para não desprezar a urina no vaso
•Realizar anotações de enfermagem; sanitário;
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Após 24 horas encaminhar o material para o laboratório; Faixa etária;
Checar na prescrição correta; Diferentes fases do ciclo menstrual.
Realizar anotações de enfermagem na prescrição Material para exame
correta; O cumprimento do que se é recomendado por parte do
Exemplo de registro de enfermagem: paciente;
Data: Hora:Relatório de Enfermagem: Encaminhado para Se as orientações foram fornecidas de forma correta;
laboratório 4 frascos contendo 5 litros de urina clara, sem Coleta adequada;
grumos para analise de 24 horas Fixação e o transporte do material correto.
ao laboratório: Assinatura:
ENFERMAGEM NAS SITUAÇÕES
Urocultura DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Material utilizado:
Coletor estéril de urina;
EPIs; CONCEITOS DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA
Material para lavagem externa; ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PRONTO SOCORRO
Sonda vesical de alivio se necessário;
Saco plástico; Atuação do técnico de enfermagem em situações de
choque, parada cardiorrespiratória, politrauma, afogamento,
Como proceder: queimadura, intoxicação, envenenamento e picada de
Lavar as mãos; animais peçonhentos
Orientar o cliente quanto ao procedimento; As urgências e emergências médicas são situações
Fazer lavagem externa; patológicas agudas ou crônicas agudizadas, previstas no Rol
Passar sonda vesical de alivio para coletar a urina; se o de Procedimentos Médicos (RPM), que exponham o usuário
paciente já estiver sondado: a risco de vida ou danos irreparáveis.
Desprezar todo conteúdo do coletor; A urgência decorre de acidentes pessoais ou
Fechar a sonda vesical por 2 horas; complicações na gestação; a emergência, nas demais
Fazer a coleta da urina através do dispositivo localizado situações clínicas ou cirúrgicas.
na extensão do coletor; Emergência é uma propriedade que uma dada situação
Coletar a amostra do material em tubo estéril; assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica.
Identificar a amostra; Tomados de forma isolada, seus elementos não justificariam
Colocá-la dentro de um saco plástico; uma medida imediata, mas o conjunto e a interação entre
Manter unidade em ordem; seus constituintes.
Retirar luvas; A assistência em situações de emergência e urgência se
Realizar anotações de enfermagem; caracterizam pela necessidade de um paciente ser atendido
Encaminhar ao laboratório; em um curtíssimo espaço de tempo. A emergência é
Checar prescrição médica correta; caracterizada com sendo a situação onde não pode haver
Realizar anotações de enfermagem ma prescrição uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato.
correta Nas urgências o atendimento deve ser prestado em um
período de tempo que, em geral, é considerado como não
Exemplo de registro de enfermagem: superior a duas horas. As situações não-urgentes podem ser
Data: Hora: Relatório de Enfermagem: Coleta de urina referidas para o pronto-atendimento ambulatorial ou para o
estéril através de sonda de alivio; encaminhado para atendimento ambulatorial convencional, pois não tem a
laboratório.Assinatura: premência que as já descritas anteriormente.
A assistência em situações de emergência ou de
Glicosúria: urgência tem inúmeros aspectos éticos que merecem ser
Material utilizado: discutidos. A justificativa ética para o atendimento
EPIs; diferenciado que estas situações merecem está baseada em
Fitas reagentes; Hegel.
Seringa; Para Hegel o "direito à emergência" é o direito que cada
Comadre ou papagaio; indivíduo tem de abrir uma exceção a seu favor, em caso de
extrema necessidade.
Como proceder: Segundo Thadeu Weber, "a situação de emergência não
Lavar as mãos; invalida a lei, mas mostra que ela não é absoluta. (...) Isto
Realizar a identificação do cliente (conferir pulseira e significa dizer que é necessário levar em conta as
perguntar o nome do paciente); circunstâncias de cada situação". Segundo Hegel, "a vida
Solicitar o consentimento do paciente para execução do tem um 'direito de emergência".
procedimento; As questões que envolvem as atividades de assistência,
Orientar o paciente para o procedimento; ensino e pesquisa em emergências e urgências podem ser
mais claramente discutidas utilizando, os princípios da
Cuidados de enfermagem em exames laboratoriais Beneficência, do Respeito às Pessoas, da Justiça, como
Importância instrumentos didáticos. Estes princípios estão sempre
Colaborar para um diagnostico; presentes no dia-a-dia dos profissionais que atendem este
Medicina preventiva; tipo de intercorrências.
Avaliar a eficácia de um tratamento; A assistência aos pacientes em emergência ou urgência
Avaliar o grau de aderência do paciente. pode gerar reflexões que envolvem temas como critérios de
acesso aos cuidados (triagem); limites de tratamento,
Complicações medidas extraordinárias, medidas fúteis; preservação da
Mudança de hábitos nos dias que antecede a realização privacidade e confidencialidade.
dos exames (Resultado falso positivo); Nas situações de atendimento de emergências ou
O prazo de validade dos exames é curto, pois eles urgências o critério de acesso aos serviços é o da gravidade.
interpretam o que está acontecendo com você nesse De acordo com este critério, os pacientes em situação de
momento; emergência são atendidos em primeiro lugar. Muitas vezes
Influencia pacientes em situações não-urgentes também procuram este
Alimentação; tipo de serviço por ser, teoricamente, mais disponível. Isto
Atividade física; cria um dilema para o profissional responsável pela tarefa de
Sono; triar.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Muitos pacientes não tem outros recursos para recorrer, Pulso: Quando a pulsação estiver abaixo de 60
nem sempre a instituição dispõe de um pronto-atendimento batimentos/minuto pode indicar estado de choque. A
para atender a esta demanda, assim como pode não existir ausência de pulsação pode indicar parada cardíaca, onde
uma adequada interação com o sistema ambulatorial, a deverá ser feita a reanimação cardiopulmonar,
ponto de garantir que este paciente será atendido por um imediatamente.
profissional nos próximos dias.
Frente a esta situação difícil, muitas vezes o profissional Respiração: Normalmente a respiração de um adulto é
opta por atender a estes pacientes, consciente de que está de 16 a 18 movimentos respiratórios por minuto, se a
distorcendo o objetivo do serviço. respiração estiver rápida e superficial pode indicar estado de
Isto pode acarretar uma outra situação difícil, que é a de choque, se profunda e penosa pode significar obstrução das
que os recursos emergenciais poderão estar não disponíveis vias respiratórias ou doença cardíaca.
para os pacientes que efetivamente necessitem deste tipo de A ausência de respiração pode indicar parada
atendimento. respiratória, já a respiração com eliminação de sangue (boca
O princípio da Justiça é que deve ser considerado neste ou nariz) e tosse podem indicar danos nos pulmões por
contexto. É muito difícil hierarquizar demandas pessoais por fratura de costelas.
atendimento.
Cada paciente sempre acha que o seu problema de Pupilas: Pupilas contraídas podem indicar vício de
saúde, ou de seu familiar, é o mais importante. drogas ou doenças que afetam o Sistema Nervoso Central,
Os serviços de atendimento de emergências deveriam quando dilatadas podem significar estado de relaxamento e
explicar claramente a sua vocação assistencial para a inconsciência.
população. Muitas vezes a confusão entre atendimento de Essa dilatação pode ser devida a ataques cardíacos ou
emergência e pronto-atendimento ambulatorial é feita pelas envenenamento por drogas ou álcool. As pupilas quando
próprias instituições hospitalares e profissionais de saúde. desiguais (anisocoria) denunciam traumatismos cranianos.
Um importante elemento de todo o cuidado à saúde é a
relação profissional-paciente. Cor da pele: A pele pálida ou acinzentada indica
Num serviço de emergência, habitualmente, o contato circulação insuficiente, a pele azulada ou arroxeada significa
anterior é inexistente, os antecedentes clínicos são queda da oxigenação no sangue, podendo ocorrer nas
desconhecidos e o nível de ansiedade associado à própria paradas cardiorrespiratórias, já a pele avermelhada pode
situação dificultam uma boa relação entre os profissionais, indicar inicio de envenenamento por monóxido de carbono
seus pacientes e familiares. ou traumatismo craniano.
Nestas situações fica mais difícil ainda manter a
privacidade dos pacientes de forma adequada. Nesta área Estado de consciência: Pergunte a vitima onde esta,
uma outra importante questão é a que diz respeito às nome, qual o dia da semana.
condições de trabalho que os profissionais de saúde são Respostas erradas podem significar traumatismos
submetidos. cranianos e envenenamento.
Muitas vezes é exigido um tipo de atendimento não
compatível com as condições materiais disponíveis. Capacidade de movimentação: Paralisia de um dos
As rotinas de trabalho também podem ser um fator lados do corpo, inclusive da face, pode indicar hemorragia
estressante a mais. O resultado de todos estes fatores é a cerebral ou intoxicação por drogas.
constatação de um sofrimento pessoal muito grande, já Paralisia das pernas pode indicar fratura de coluna
documentado entre enfermeiros.
abaixo do pescoço, paralisia de braços e pernas pode
As atividades de ensino em serviços de emergência
denunciar fratura ao nível do pescoço.
devem ser criteriosamente planejadas, de forma a evitar que
os alunos sejam expostos, desnecessariamente a situações
Reação á dor: A incapacidade de movimentos
com as quais tenham dificuldades e limitações em lidar.
geralmente esta associada á insensibilidade á dor. Queixa
Desta forma, os pacientes e os alunos estariam sendo
de torpor ou formigamento (parestesia) nas extremidades
potencialmente prejudicados.
pode significar trauma na coluna.
A pesquisa em emergência é um assunto extremamente
atual e controverso. Inúmeras questões podem ser
Temperatura do corpo: Temperatura baixa (menos de
discutidas, inclusive quanto a sua possibilidade de ocorrer.
36 graus) pode indicar estado de choque, hemorragias, inicio
A montagem dos projetos de pesquisa nesta área deve
ter redobrados cuidados éticos e metodológicos. de insolação, exposição prolongada ao frio.
As questões metodológicas mais importantes são as que Temperatura acima do normal pode ser decorrentes de
dizem respeito a seleção da amostra, sua validade interna e febre ou de exposição a calor excessivo.
externa, critérios de exclusão e identificação de potenciais
fatores de confusão. Na área ética o item que mais se ATUAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
destaca é o referente à utilização do consentimento EM SITUAÇÕES DE CHOQUE, PARADA
informado. O Pronto Socorro, ou atendimento de urgência, é CARDIORRESPIRATÓRIA, POLITRAUMA,
o tratamento imediato e provisório dado em casos de AFOGAMENTO, QUEIMADURA,
acidentes ou enfermarias imprevistas. Geralmente é
prestado no local do acidente, até que se possa colocar o
INTOXICAÇÃO, ENVENENAMENTO
paciente a cargo de um médico para o tratamento definitivo. E PICADA DE ANIMAIS PEÇONHENTOS
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Choque Pirogênico: caracteriza-se por reação devido a Procedimentos para respiração boca á boca
presença de pirógenos e contaminação de soluções de Coloque o paciente em D.D.H (decúbito dorsal
materiais utilizados na administração por via endovenosa. horizontal) sobre uma mesa ou no chão.
Ponha-se a lado esquerdo da cabeça do paciente, limpe
Tratamento do Choque: a boca de muco e objetos estranhos, enrolando o dedo em
O choque é uma complicação gravíssima e quando não um pano. Coloque uma das mãos sob o pescoço do paciente
tratada a tempo pode levar o paciente á morte. e outra na testa, inclinando a cabeça para trás tanto quanto
De um modo geral, o tratamento baseia-se em corrigir o possível e após, puxe a mandíbula para frente.
volume, restabelecer o tônus vascular, manter a oxigenação Esta posição evita a queda da língua, já que há
do paciente, evitar o gasto de energia, prevenir complicações deslocamento de mandíbula e a língua é forçada a
e combater a causa básica do choque. acompanha-la.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Aspirador de secreções;
Comprima as narinas do paciente com os dedos, inspire - Oxigênio;
e coloque seus lábios firmemente de encontro á boca do - Desfibrilador;
paciente, expirando logo após, de modo que empurre o ar - Cânulas de guedell;
para as vias aéreas do paciente. - Sondas de aspiração de diversos calibres;
Em recém-nascidos e crianças menores, deve-se aplicar - Eletrocardiógrafo;
a boca sobre a boca e o nariz.
Retire os dedos que comprimem as narinas para que o Cateterização de veia e administração de
ar saia, terminada a expiração, iniciar nova insuflação e, medicamentos:
assim sucessivamente, de modo rítmico e contínuo, na - Butterfly ou scalp
proporção de 12 a 20 respirações. - Seringas e agulhas de diversos tamanhos e calibres;
A ressuscitação respiratória deverá prosseguir até o - Campo fenestrado;
retorno dos movimentos respiratórios espontâneos ou até - Gazes;
que cheguem outros recursos assistenciais. - Fios cirúrgicos(algodão 2.0 e mononylon 4.0);
No pronto socorro, costuma-se usar dispositivos - Intracarth;
mecânicos, como o Ambu, para ventilar o paciente, - Material para flebotomia;
associando-se acessórios como cânulas nasais ou orais, - Luvas de diversos tamanhos;
máscaras e intermediários. - Equipo de soro(macro e microgotas) de sangue e PVC;
A administração de oxigênio 100% umidificado por - Soro fisiológico 0,9% e glicosado 5% e 10%;
insuflação direta através das narinas é feita da seguinte - Xilocaina geléia e solução á 2%;
forma: - Solução antisséptica;
- Com o paciente em DDH fechar uma das narinas - Algodão;
pressionando-a com o dedo contra o septo nasal; - Esparadrapo, cadarço, pasta condutora e fio de
- Acoplar firmemente a extremidade livre da borracha de extensão;
oxigênio na outra narina, promovendo-se assim a inspiração; - Nas paradas cardiorrespiratórias podem ocorrer
- Promover a expiração, deixando as narinas livres; complicações tais como:
- hemotórax, pneumotórax, fraturas do esterno e
Assistência respiratória: costelas, rupturas pulmonares, rupturas de fígado e baço;
A massagem cardíaca visa comprimir o coração entre o O auxiliar de enfermagem deve estar sempre atento ao
esterno e os corpos vertebrais com a finalidade de impedir o pedido médico e auxilia-lo em tudo quanto for necessário;
sangue oxigenado para a circulação.
POLITRAUMATISMOS:
Procedimentos para Massagem Cardíaca: Traumatismos são lesões provocadas por forças
- Coloque o paciente em DDH sobre uma superfície externas, que podem ser tanto um objeto chocando-se
rígida. contra o corpo humano, ou o corpo humano chocando-se
- Aplique inicialmente um soco precordial no terço médio contra um objeto.
do esterno; Politraumatismos são lesões múltiplas de diversas
- Apoie uma das mãos sobre a parte mais baixa no naturezas que podem comprometer diversos órgãos e
esterno e acima do apêndice xifoide, apoiando a outra mão sistema.
em cima da primeira e tomando cuidado para não encostar
os dedos sobre a costela. A compressão sobre o apêndice Princípios básicos do tratamento de emergência:
xifoide pode ocasionar laceração do fígado; Fazer uma avaliação rápida do estado geral do paciente,
- Com os braços esticados, comprimir verticalmente o estabelecendo prioridade e dando atenção imediata aquele
tórax do paciente, utilizando-se do peso do próprio dorso. traumatismo que interfere nas funções vitais, podo em risco
- O deslocamento do esterno deve ser de 3,5 a 5,0 cm, sua vida, estabelecendo a seguinte ordem.
na proporção de 80/100 compressões por minuto. - permeabilidade das vias aéreas (retirada de prótese);
- Observação: em recém nascidos e lactantes, a - aspiração das secreções orofaríngeas;
massagem cardíaca deve ser executada, envolvendo o tórax - avaliação das possíveis lesões intratorácicas;
com as mãos e comprimindo o terço médio do esterno com - colocação da cânula de guedell;
os polegares. - intubação e uso de respirador;
- Se a assistência for prestada apenas por uma pessoa, - avaliação da função respiratória (ritmo, frequência e
intercalam-se 2 ventilações para 15 massagens cardíacas. movimento torácico);
No caso de duas pessoas, a proporção é de 1 ventilação - avaliação das funções cardiocirculatórias usando
para 5 massagens. manobras de ressuscitação quando houver P.C.R;
- A eficácia da massagem cardíaca é avaliada pela - controle da hemorragia. Se for detectada hemorragia
palpação do pulso carotídeo ou femoral e se há contração interna, preparar o paciente para cirurgia;
das pupilas. - punção de veia para reposição das perdas sanguíneas
e administração de medicamentos;
Assistência de enfermagem na P.C.R. - preparação do material para flebotomia e P.V.C;
- Isolar a cama ou a maca do paciente com biombos. - sondagem vesical, se prescrita, para avaliação do
- Providenciar material, medicamentos e aparelhos débito urinário;
necessários á ressuscitação cardiopulmonar; - controle rigoroso da administração e perda de líquidos,
- Puncionar e fixar uma veia para administração e P.V.C e sinais vitais;
soluções e drogas prescritas; - avaliação de trauma crânio encefálico e outras lesões;
- Colaborar na dissecação de veia ou passagem de - imobilização das fraturas. observando as extremidades
intracarth; (coloração, temperatura e pulso);
- Fazer anotações no prontuário, tais como: hora da - avaliação da ansiedade do paciente, orientando e
parada, atendimento prestado, resultado e óbito; esclarecendo sobre o seu estado, procedimentos e dúvidas.
- O auxiliar de enfermagem deve auxiliar ao médico em
todos os procedimentos necessários; Traumatismos Crânio Encefálico (T.C.E):
Os pacientes que chegam ao posto de emergência podem
Material e Equipamentos necessários para P.C.R.: apresentar fratura de crânio, lesão de cérebro, edema cerebral
- Tábua de massagem cardíaca; ou hematoma. O T.C.E decorre geralmente de quedas
- Ambu, bird ou similar; acidentais, atropelamentos, colisões de autos ou ferimentos. A
- Material de entubação (laringoscópio, sondas gravidade do T.C.E esta condicionada principalmente á lesão
endotraqueais, mandril); cerebral. Eles podem ser abertos ou fechados.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Lesão do couro cabeludo: O paciente pode perder a consciência ou não. Quando
Costumam sangrar com uma certa intensidade, devido á consciente, dá sinais de agitação (SZPILMAN, 2000).
grande vascularização local. Náuseas, vômitos, distensão abdominal, dor de cabeça e no
peito, hipotermia, espuma rosada na boca e no nariz,
Tratamento: indicativa de edema pulmonar, sibilos, queda da pressão
- Sutura do ferimento; arterial, apneia e parada cardiorrespiratória são outros
- Tricotomia ao redor; sintomas possíveis (VARELLA, 2012).
- Limpeza da área com Povidini ou água e sabão;
Quando o crânio esta intacto, as bordas do couro PRIMEIRO SOCORROS
cabeludo podem ser comprimidas com o dedo, para estancar O enfermeiro deve ser capaz de analisar toda situação,
o sangramento temporariamente e permitir a inspeção. desde o tempo em que a vitima permaneceu dentro da água
até o atendimento avançado, detectando sinais de
Afogamento é a quarta causa de morte acidental em respiração e pulso/circulação e iniciar o suporte básico de
adultos e a terceira em crianças e adolescentes de todo o vida, com objetivo principal de evitar danos neurológicos
mundo. No Brasil, as características do clima, a vasta rede decorrentes da falta de suprimento de oxigênio (SZPILMAN,
hidrográfica e o tamanho do litoral representam fatores de 2000).
risco importantes para os afogamentos (SZPILMAN, 2000). O primeiro passo é promover a permeabilidade das vias
Constatou-se que no Brasil aconteceram quase 1,3 aéreas. Uma das manobras é a tração da mandíbula, usada
milhões casos de afogamento, em torno de oito mil vítimas em vitima com suspeita de fratura da coluna cervical para
chegaram ao óbito, sendo 35% nas praias e do total de desbloquear a passagem de ar para os pulmões.
mortes perto de 65% foram crianças (VARELLA, 2012). - Coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima),
A água é um elemento presente em quase todos os em um declive, com a cabeça mais baixa que o corpo.
momentos da vida das crianças. Para a maioria delas Cuidado: não dobre nem vire o pescoço do afogado.
significa divertimento, brincadeira e aventura, numa piscina, - Verifique também os batimentos cardíacos. Para sentir
lago ou simplesmente na rua, após a chuva. No entanto, a a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicadores e
água pode ser perigosa: uma criança pequena pode afogar- médios na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da
se em poucos centímetros de água, num balde, banheira ou traquéia.
tanque. - Se a pulsação estiver ausente ou a pupila dilatada, o
Afogamento em geral é causado por asfixia em virtude coração deve ter parado. É preciso fazer então uma
da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas e é massagem cardíaca.
responsável por alterações nas trocas gasosas, que levam à - Insista na ressuscitação pelo máximo de tempo que
hipoxia (insuficiência das taxas de oxigênio no sangue), você for capaz de aguentar. A vítima pode se recuperar
acidose metabólica (VARELLA, 2012). mesmo após muito tempo nessa situação.
A asfixia pode ser provocada inicialmente por - Quando a pessoa recuperar respiração e batimentos,
laringoespasmo, quando a pessoa, diante de uma situação deixe-a deitada de lado, com um braço abaixo da cabeça.
de afogamento, prende a respiração e debate-se de maneira Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do
descoordenada até que, não conseguindo permanecer sem socorro médico.
respirar, involuntariamente aspira grande quantidade de - Aqueça a vítima. Se possível, leve o afogado para um
água e encharca os pulmões. local quente. Retire sua roupa molhada e cubra-a com
Em 10% a 15% dos casos de afogamento, o espasmo é cobertores, toalhas ou o que estiver à mão. Se a pessoa
tão violento que impede a entrada não só de água, mas estiver consciente, ofereça uma bebida morna, doce e não
também de ar e a morte ocorre em poucos minutos. alcoólica. Não tente aquecê-la rapidamente com um banho
de água quente para evitar choque térmico. Friccionar
CAUSAS DO AFOGAMENTO braços e pernas pode ajudar a estimular a circulação
- Não saber nadar ou nadar mal; (SZPILMAN, 2000).
- Falta de condição física (má avaliação das capacidades
individuais); QUEIMADURAS
- Alterações das condições, estado do mar, condições Conceito: Queimaduras são lesões produzidas por
climáticas, temperatura da água, etc.); agentes térmicos, químicos, elétricos e radiativos que
- Doenças (cardíacas, paradas cárdio-respiratórias, destroem os tecidos.
epilepsia, etc.); Classificação: As queimaduras variam de grau e
- Traumatismos resultantes de saltos em águas intensidade, de acordo com o agente o tempo de exposição
desconhecidas e/ou pouco profundas); e a área atingida.
- Consumo de álcool e drogas. 1º grau: São superfícies, atingem somente a epiderme. A
pele fica vermelha e há pouca dor, exemplo, queimadura de sol.
TIPOS 2º grau: Atingem a derme, há avermelhamento intenso,
Afogamento primário – É o tipo mais comum, não edema (inchaço) e formação de bolhas, há muita dor.
apresentando em seu mecanismo nenhum fator desencadeante 3º grau: Atingem o teado subcutâneo, músculo e ate os
do acidente, é considerado um trauma provocado por uma ossos, produzindo lesões no inicio esbranquiçadas, havendo
situação inesperada que foge ao controle da pessoa. Sabendo posteriormente necrose do tecido.
ou não nadar, ela pode ser arrastada pela correnteza. A gravidade de uma queimadura é avaliada pelo grau e
Afogamento secundário – ocorre como consequência do pela intensidade (extensão).Assim pode ser mais grave uma
consumo de drogas, especialmente de álcool (o álcool é a queimadura de primeiro grau e mais extensa que uma de
principal causa de morte por afogamento em adultos), crises terceiro grau pequena.
agudas de doenças, como infarto do miocárdio, AVC e Complicações:
convulsões. Pode ocorrer também em razão de traumatismos 1. Choque devido á dor.
cranianos e de coluna decorrentes de mergulho em águas 2. Choque hipovolêmico por perda de água.
rasas, hiperventilação voluntária antes dos mergulhos livres, 3. Problemas respiratórios e renais.
doença da descompressão nos mergulhos profundos, 4. Infecção.
hipotermia e exaustão (VARELLA, 2012). 5. Deformidade.
Tratamento:
SINTOMAS PÓS-AFOGAMENTO - Aliviar a dor
Os sintomas variam de acordo com a gravidade do caso, - Repor perdas liquidas
e estão associados ao tempo de submersão, à temperatura - Prevenir complicações renais e ou respiratórios.
da água, ao volume ingerido e ao comprometimento - Evitar ou tratar infecções.
pulmonar. - Prevenir deformidades.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Cuidados de enfermagem Em caso de substâncias ácidas ou alcalinas, corrosivos
1° imediatos como derivados do petróleo, a indução ao vômito é
- Receber o paciente queimado em sala limpa. contraindicada. Caso seja necessário o uso de SNG, esta
- Usar técnica asséptica rigorosa. deve ser colocada por endoscopia.
- Utilizar as roupas do paciente com cuidado. Os animais podem representar muitos riscos para os
- Colocando-o sobre a maca forrada com lençol. homens. Não só os animais que possuem veneno, como
- Puncionar veia. também os animais domésticos.
- Controle hídrico rigoroso. As mordidas de cachorros ou de gatos podem causar
- Controle de sinais vitais a cada hora. pequenas, médias ou grandes lesões, que podem levar a
- Auxiliar no curativo das áreas queimadas. deformações permanentes e até mesmo à morte. A
- Observar estado mental do paciente (confusão, torpor e gravidade será determinada pela extensão e pelo local das
delírios). lesões. Tem-se ainda o risco da transmissão de doenças
2º imediato como a raiva (hidrofobia), embora, felizmente, esta já seja
- Controle de sinas vitais. uma doença erradicada na maioria dos estados brasileiros.
- Controle hídrico. As picadas de animais peçonhentos como cobras,
- Dar cuidados higiênicos. aranhas e escorpiões são ainda mais graves, pois podem
- Prevenir escaras e deformidades. causar lesões sistêmicas.
- Mudar de decúbito freqüentemente. Entretanto, as manifestações sistêmicas podem levar
- Movimentação no leito. algumas horas ou mesmo dias para se estabelecerem,
- Incentivar a deambulação. sendo assim, a afirmação do paciente em relação ao
- Incentivar dieta. acontecido e alguma manifestação local, como edema ou
mesmo algum ponto de aparente inserção de veneno,
INTOXICAÇÃO podem servir como diagnóstico inicial e como determinante
Infelizmente, é registrado um grande número de para o tratamento. A identificação correta do animal também
intoxicações exógenas, tanto acidentais quanto intencionais. determina qual o tratamento adequado.
Apesar do empenho de campanhas alertando sobre os
riscos e orientando quanto aos cuidados, o número de O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
crianças atendidas nas emergências devido à ingesta de • Ter sido mordido por um cachorro, gato ou algum
medicamentos ou produtos químicos ainda é bastante animal doméstico.
expressivo. VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
Entretanto, se tem percebido também um aumento das • Lesões irregulares com perda de tecido em uma
intoxicações exógenas por tentativa de suicídio, ou seja, extremidade.
ingesta intencional de grande quantidade de medicamentos • Sangramento.
ou outras substâncias com intuito de provocar a própria • Ansiedade.
morte. Nesses casos, além do atendimento aos aspectos • Palidez e pele fria.
físicos, ver a abordagem em transtornos psiquiátricos. CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
Independentemente dos motivos, a identificação do agente É importante determinar o tempo decorrido entre o
ingerido, a quantidade e o horário do ocorrido são os dados de acidente e a chegada à instituição para se ter ideia da
maior relevância a serem colhidos com o acompanhante ou com possível perda sanguínea.
o paciente, quando possível. Entretanto, muitas vezes os • Posicionar o paciente de forma a expor ao máximo o
indivíduos são trazidos aos serviços de emergência por pessoas ferimento.
que os socorreram, mas que não possuem informações seguras • Verificar e comunicar PA, P e FR, caso você acredite
sobre o que realmente aconteceu, dificultando o que houve volumosa perda sanguínea.
estabelecimento da terapêutica. • Obter acesso venoso calibroso, caso você perceba que
Na falta de informações, a observação de sinais e houve volumosa perda sanguínea.
sintomas passa a ser fundamental, sendo uma tarefa de toda • Iniciar a limpeza do local com água e sabão ou solução
a equipe de saúde que prestar atendimento ao paciente. fisiológica, conforme rotina da instituição.
• Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS rigorosamente os procedimentos prescritos.
Independentemente do produto de intoxicação, os Quando as mordidas ocorrerem em locais como tórax,
primeiros cuidados de enfermagem serão: crânio, pescoço e abdome, ou nos casos de criança ou idoso, o
- Verificar os sinais vitais e comunicar as alterações. paciente pode chegar à instituição em situação muito grave.
- Intervir nas complicações imediatas, como convulsões. Nesse caso, as condutas deverão ser imediatamente
(Ver cuidados durante e pós crise convulsiva.) comandadas pelo médico.
- Manter o paciente com a cabeça lateralizada caso haja
risco de vômitos. O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
- Instalar um oxímetro. • Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo
- Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio, se Sat do animal.
≤ 90%, ou conforme protocolo. • Pouca ou nenhuma dor local.
- Instalar monitoração cardíaca logo que possível. • Dores musculares em uma ou em várias partes do corpo.
- Manter-se alerta quanto ao nível de consciência. • Diminuição ou visão dupla.
- Manter as grades laterais do leito elevadas. • Urina com volume diminuindo
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar • Urina com cor de “coca-cola”.
rigorosamente os procedimentos prescritos. VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
Alguns procedimentos serão realizados após a • Pálpebras superiores caídas ou semicerradas.
prescrição médica, sendo determinados pelo tipo de • Leve edema e discreto eritema no local da picada.
substância ingerida, tempo e dose, por exemplo: POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO
- indução de vômito (xarope de Ipeca) • Picada de cobra do grupo crotálico (cascavel)
- lavagem gástrica
- instalação de via de acesso venoso para os casos de O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
uso de medicamentos antagonistas • Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo
- uso de carvão ativado do animal.
No caso do uso de carvão ativado, a dose recomendada ENFERMAGEM: CUIDADOS BÁSICOS AO INDIVÍDUO
é de 1 g/kg de peso, podendo ser diluída em água ou HOSPITALIZADO
refrigerantes na proporção de 1:4. A dose para crianças é • Dor local persistente que parece aumentar de forma
1/2 g/kg de peso. progressiva.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Após algumas horas (mais de 12 horas), podem
• Edema, hiperemia e cianose no local, podendo haver aparecer sinais e sintomas sistêmicos como: febre, calafrios,
bolhas, abscesso ou necrose de tecidos. mialgias, hematúria e IRA. O paciente pode chegar ao
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO quadro de choque, mas raramente a óbito.
• Picada de cobra do grupo botrópico (jararaca, cruzeira, POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO
jararaca pintada). • Picada da aranha Loxosceles (Fig. 1.9B).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO • Manter o paciente em repouso.
• Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo • Lavar bem o local do ferimento.
do animal. • Medir e comunicar SV.
• Pouca ou nenhuma dor. • Manter cuidados conforme a sintomatologia.
• Sensação de adormecimento da região atingida. • Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
• Saliva grossa, dificuldade de engolir e até de falar. rigorosamente os procedimentos prescritos.
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
• POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO ENFERMAGEM EM SAÚDE PUBLICA
• Picada de cobra do grupo elapídico (coral verdadeira). POLITICA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
• Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo Com o objetivo de promover a vacinação da população
do animal. brasileira e assim diminuir, ou até mesmo erradicar, várias
• Dor local persistente que parece aumentar de forma doenças no território brasileiro, o Ministério da Saúde, por
progressiva. meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, mantém o
• Diarreia. Programa Nacional de Imunizações (PNI).
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Criado em 1973, o PNI contribuiu de forma significativa
• Sinais semelhantes aos da picada do grupo botrópico, para a erradicação da febre amarela urbana e da varíola no
como edema, hiperemia e cianose no local, podendo haver Brasil. Outro resultado de destaque é a ausência de registros
bolhas, abscesso ou necrose de tecidos, acrescidos de da paralisia infantil há 14 anos e do sarampo há três.
bradicardia e hipotensão. Além da imunização de crianças, o PNI também prevê a
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO vacinação de adultos, principalmente de mulheres em idade
• Picada de cobra do grupo laquético (surucucu pico-de- fértil e de idosos a partir de 60 anos de idade. Leia mais
jaca). sobre o programa.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) coordena o
• Deitar a vítima, elevando o membro atingido. Programa Nacional de Imunizações (PNI). Define normas e
• Retirar anéis ou pulseiras que possam garrotear a procedimentos técnicos, mediante ações estratégicas
extremidade, devido ao edema. sistemáticas de vacinação da população, com base na
• Manter o paciente em repouso. vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e no
• Lavar bem o local. conhecimento técnico e científico da área. Também é papel
• Medir PA e P, caso o paciente demonstre sinais como: da SVS a aquisição, conservação e distribuição dos
– palidez imunobiológicos que integram o PNI.
– pele fria e sudorética O MS, por meio do PNI, em atenção a Constituição da
– diarreia República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica da Saúde,
• Observar e comunicar a cor da urina, caso o paciente com vistas ao atendimento equitativo da população
deseje urinar. brasileira, oferece os chamados imunobiológicos especiais,
• Preparar o paciente para coleta de exames como disponibilizados nos Centros de Referência para
sangue e urina. Imunobiológicos Especiais - CRIE, estes destinados a
• Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar vacinação de grupos portadores de quadros clínicos
rigorosamente os procedimentos prescritos. especiais, isto é, portadores de imunodeficiências, seus
comunicantes, usuários que apresentaram evento adverso
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO pós-vacinação aos Imunobiológicos disponibilizados pelo MS
• Ter sido picado há mais de 3 horas por um animal e profilaxia pré e pós-exposição aos agentes
pequeno e escuro que pode ser preto ou amarronzado. imunopreveníveis.
• Dor no local da picada, náuseas e vômitos, diarreia, Além disso, grupos, como a população indígena.
“dor na boca do estômago” e vontade de urinar. Encontra-se em discussão recomendações de vacinas para
• Ter estado em local com muita vegetação, pedras e viajantes nacionais e internacionais.
fendas no solo.
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Vacinação no Brasil - Histórico
• Sudorese, dispneia, palidez e sialorreia. 1804 - Instituída a primeira vacinação no País - contra a
• Local do ferimento com um ou mais orifícios de picada. varíola
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS 1885 - Introdução da primeira geração da vacina
• Picada de escorpião ou de aranha “armadeira”. antirrábica
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS 1897 - Primeira geração da contra a peste
• Manter o paciente em repouso. 1904 - Decreto da obrigatoriedade da vacinação contra
• Lavar bem o local do ferimento. varíola
• Medir SV, principalmente FR, caso perceba dispneia. 1937 - Produção e introdução da vacina contra a Febre
• Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar Amarela Início da década de 1950 - implantação do toxidez
rigorosamente os procedimentos prescritos. tetânico (TT) e a vacina DTP, em alguns estados
1961 - Primeira campanha contra a poliomielite, projeto
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO experimental em Petrópolis - RJ e Santo André – SP
• Náuseas e vômitos, coceira generalizada e insônia. 1962 - Primeira campanha nacional conta a varíola
• Ter sido picado há mais de 12 horas por um animal 1967 - Introdução da vacina contra o sarampo para as
pequeno e escuro. crianças de oito meses a quatro anos de idade
• Que se encontrava em casa quando picado. 1968 - Inicia-se a vacinação com a vacina BCG 1970 -
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Registros oficiais do Ministério da Saúde sobre casos de
• Edema no local, mancha equimótica com desenho doenças preveníveis por vacinação:
irregular e área isquêmica ao redor do ferimento. Pode haver 11.545 casos – poliomielite
flictenas. 1.771 casos – varíola
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
10.496 casos – difteria ativa e passiva de doentes com neoplasias e de pessoas
81.014 casos – coqueluche infectadas pelo HIV.
109.125 casos – sarampo Definição da SVS como ponto focal nacional, perante a
111.945 casos – tuberculose OMS, para os propósitos previstos no RSI (2005) e criação
1971 - Ocorrência no Brasil do último caso de varíola do Comitê Permanente responsável por implementar e
1973 - Criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI acompanhar as ações relativas ao Regulamento no âmbito
1975 - Instituição do Programa Nacional de Imunizações do SUS.
- PNI e do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Estabelecimento de ajuste complementar ao Acordo de
(Lei 6.259) Cooperação Técnica entre o Brasil e o Canadá para
1976 - Regulamentado o PNI implementar projeto tripartite de Aprimoramento do
1977 - Instituído em Portaria nº 452 o primeiro Programa Haitiano de Imunizações para – entre outros
Calendário Básico e o Cartão de Vacinas com as vacinas objetivos – implantar sistema de informação, estruturar a
obrigatórias para os menores de 1 ano de idade rede de frio e capacitar profissionais de saúde.
1992 a 2002 - Implantação gradativa nos estados da
vacina dupla (sarampo e rubéola) ou tríplice viral (sarampo, Criação do Centro de Informações Estratégicas em
caxumba e rubéola) Vigilância em Saúde (Cievs), responsável pelo
1996 - Redefinição das estratégias de vacinação contra monitoramento e pelas ações de forma contínua para o
Hepatite B em menores de 1 ano de idade em todo o país e enfrentamento de situações que envolvam as doenças de
ampliação da faixa etária para 15 anos na Amazônia Legal, notificação imediata, emergências em Saúde Pública e
SC, ES, PR e DF agravos, ampliando e qualificando a capacidade de vigilância
1999 - Substituição da vacina TT pela dupla tipo adulto e resposta do SUS a essas ocorrências.
(difteria e Tétano) no calendário básico para a faixa etária de Aprovação e divulgação das diretrizes do Pacto pela
7 anos e mais Saúde – Consolidação do SUS – com três componentes: (i)
2002 - Introdução da vacina Tetravalente para os Pacto pela Vida; (ii) Pacto em Defesa do SUS; e (iii) Pacto
menores de 1 ano de Gestão.
2003 - Atualização do calendário na faixa etária de 12 Aprovação da Política Nacional da Atenção Básica, com
meses a 11 anos de idade revisão de diretrizes e normas, apontando como um dos
2004 - instituído o Calendário Básico de Vacinação em requisitos mínimos para manutenção da transferência do
Portaria de nº 597 Piso da Atenção Básica (PAB) o indicador cobertura vacinal,
2004 - Campanha de Vacinação de Seguimento contra com a terceira dose da tetravalente em menores de um ano
Sarampo Caxumba e Rubéola para as crianças de 12 meses de idade igual ou maior que 95%.
a 4 anos, na qual foram vacinadas 12.777.709 crianças,
92.80% de cobertura vacinal 2007
2006 - inclusão da vacina contra o rotavírus humano Realização de inquérito domiciliar para estimar a
para os menores de 6 meses de idade cobertura vacinal nas 27 capitais brasileiras, mostrando a
alta participação das crianças nos dias nacionais de
Vacinação e Programas atuais vacinação e evidenciando esses eventos como importante
2006 estratégia para recuperação da cobertura vacinal.
Atualização e adequação do Calendário Básico de Avaliação da gestão do PNI na esfera nacional,
Vacinação da Criança, com a introdução da vacina oral utilizando-se metodologia qualitativa, desenvolvida por grupo
contra o rotavírus humano (VORH), mantendo-se as demais de avaliadores da SVS e convidados, tendo-se como foco a
vacinas para este calendário e para o Calendário de gerência dos diversos componentes internos do Programa e
Vacinação do Adolescente e o Calendário de Vacinação do a capacidade de coordenação, de decisão e de articulação
Adulto e Idoso, publicados em 2004. internamente e com setores externos no âmbito da SVS e do
Alcance do objetivo de eliminação do tétano neonatal MS.
como problema de Saúde Pública no território brasileiro, Publicação do Manual de rede de frio para a manutenção
segundo critérios da OMS. de equipamentos de refrigeração, ar-condicionado e geração
Realização de estudo de coorte da população não de emergência, com o objetivo de subsidiar a atuação de
vacinada para a rubéola, entre 1997 e 2006, utilizando-se profissionais técnicos, operadores e usuários da rede de frio,
dados do SI-API como base para a decisão sobre a adoção fundamentando a formulação de diagnósticos, a instalação e
de uma estratégia de eliminação da rubéola e da SRC no a manutenção dessa Rede, bem como a preparação de
País. recursos humanos e o desenvolvimento de atividades de
Criação do Programa Nacional de Competitividade em supervisão, monitoramento e avaliação.
Vacinas (Inovacina), gerado no âmbito do projeto Inovação Instituição de Comitê Permanente para acompanhar e
em Saúde, da Fiocruz, integrado por quatro componentes: monitorar a implementação de ações relativas à vacina
definição de políticas e organização da produção; contra papilomavírus humano (HPV), coordenado pelo
modernização do parque produtivo; avaliação e regulação; Diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
desenvolvimento e inovação. Formação de Comitê Técnico responsável pela análise
Constituição de Grupo de Trabalho para elaborar plano documental para comprovação da interrupção da
de ação visando à incorporação, no âmbito do SUS, da transmissão do vírus endêmico do sarampo, da rubéola e da
vacina quadrivalente recombinante contra papiloma vírus SRC, aprovado pela 27ª Conferência Sanitária Pan-
humano (HPV) tipos 6, 11, 16 e 18, para a profilaxia de Americana e pela 59ª sessão do Comitê Regional da Opas.
doença relacionada a esses tipos de agentes. Passa a vigorar o RSI de 1969, cuja adoção foi acordada
Suspensão da administração da segunda dose da vacina em 2005 pelos Estados membros da Opas. O Regulamento
BCG para a faixa etária de 6 a 10 anos, considerando-se o tem por finalidade aumentar a segurança sanitária mundial
resultado de estudos que apontam baixa proteção em com a mínima interferência nas viagens e no comércio
adolescentes e adultos jovens e o efeito protetor da primeira internacional.
dose ao nascer, com evidências de duração por mais de 15
anos. A indicação, no entanto, ficou mantida para os contatos 2008
domiciliares de doentes com hanseníase, conforme Realização da Campanha Nacional de Vacinação para
normatizado. Eliminação da Rubéola, considerada uma megaoperação
Publicação da 3ª edição do Manual dos Centros de pela sua abrangência e complexidade, tendo como grupo-
Referência para Imunobiológicos Especiais, agregando alvo 70 milhões de brasileiros, homens e mulheres, com
normas publicadas em outros documentos do MS, como o idades de 20 a 39 anos em todo o País, acrescendo-se o
Guia de Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV, o Manual grupo de 12 a 19 anos em cinco unidades federadas (MA,
de Hepatites Virais e as recomendações para a imunização RN, MG, RJ e MT).
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Utilização intensiva da internet na Campanha Nacional históricas e sazonalidade) dessas taxas nas regiões do
de Vacinação para Eliminação da Rubéola, possibilitando Brasil no período de 1992 a 2005, mediante comparativo
uma interatividade permanente entre os coordenadores da entre a fase anterior e a posterior ao início das campanhas
campanha (das esferas federal, estadual e municipal), a de vacinação contra a influenza.
população e os profissionais de saúde, especialmente na Implementação de capacitações em rede de frio: curso
resposta imediata a dúvidas relativas aos aspectos técnicos de especialização, em parceria com a EPSJV, para técnicos
e operacionais. da Cenadi e municípios do Rio de Janeiro. Treinamento para
Criação do vacinômetro com o Zé Gotinha, caracterizado uso e manutenção de sistema de refrigeração a energia
como masculino e feminino, ao lado de uma seringa que se solar, envolvendo técnicos da Região Norte (das sete UF).
enchia gradativamente à medida que o sistema era Curso piloto para uso do sistema datalogger (controle de
alimentado a partir do município, método utilizado para temperaturas ao longo da rede de frio) no transporte de
fornecer informações sobre resultados da campanha quase imunobiológicos.
em tempo real, mediante registro on-line, por meio do site: Inclusão do indicador 95% da população-alvo (menores
<http://pni.datasus.gov.br>. de um ano) vacinada em 70% dos municípios no mínimo
Realização do Monitoramento Rápido de Coberturas para o monitoramento e a avaliação do Pacto pela Saúde e
(MRC) após a Campanha Nacional de Vacinação para do indicador cobertura vacinal por tetravalente em menor de
Eliminação da Rubéola, quando foram entrevistadas cerca um ano no Pacto de Gestão.
de 1,5 milhão de pessoas do grupo alvo, encontrando Inclusão das imunizações como um dos eixos da
coberturas vacinais para a área monitorada da ordem de Programação das Ações de Vigilância em Saúde (Pavs),
92%, bem próxima da cobertura alcançada, o que contribui envolvendo ações de vacinação e a vigilância de eventos
para avaliar o êxito da operação. adversos pós-vacinação. A Pavs constitui instrumento norteador
Definição, pela Opas, dos critérios de verificação da das ações de vigilância para as demais esferas do SUS.
eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da Proposição de investimento nos produtores públicos de
rubéola congênita (SRC). imunobiológicos, por meio do Programa Mais Saúde 2008–
Publicação da 2ª edição do Manual de Vigilância 2011 – Eixo 3: Complexo Industrial da Saúde,257 dotando-
Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. os de capacitação tecnológica e competitiva, de modo a
Alteração na composição do Comitê Técnico Assessor atender a pelo menos 80% das necessidades do PNI e
em Imunizações (CTAI),248 que, periodicamente renovado, produzir novos imunobiológicos.
oferece ao PNI a consultoria necessária e qualificada para as Aprovação do Regulamento Técnico para a Orientação e o
decisões emanadas da esfera federal. Controle Sanitário do Viajante, contendo as recomendações
Criação do Comitê Técnico Operacional (Cato) no âmbito do sobre as principais vacinas de interesse para os viajantes
PNI, mediante portaria do secretário de Vigilância em Saúde, nacionais e internacionais, bem como as orientações quanto à
com a finalidade de trazer para a esfera nacional o emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia
conhecimento e a experiência de profissionais que vivenciam as (Civip).
questões práticas em imunizações nos níveis local e estadual.
Criação do Comitê Interinstitucional de 2009
Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos Realização de capacitações para o uso da metodologia de
(Cifavi), constituído pela Agência Nacional de Vigilância vigilância das coberturas de vacinação, com o objetivo de
Sanitária (Anvisa), pela SVS, por intermédio da CGPNI, e melhorar a capacidade de avaliar a qualidade dos dados e, em
pelo INCQS da Fiocruz, para promover ações articuladas consequência, aprimorar a qualidade do numerador (doses
entre entes do Sistema de Vigilância em Saúde na vigilância administradas) utilizado para o cálculo das coberturas.
pós-registro de vacinas e outros Imunobiológicos. Declaração, pela OMS, de emergência de saúde pública
Realização de estudo com a comparação de coberturas de importância internacional (Espii), de acordo com o RSI
vacinais obtidas a partir da utilização de diferentes bases (2005), relacionada a uma pandemia provocada por um novo
populacionais como denominador, na perspectiva de vírus da influenza A (H1N1) 2009, que nunca havia circulado
identificar a base mais adequada para a avaliação e o entre humanos, o que levou o MS a instituir o Gabinete
planejamento das ações de vacinação no âmbito do PNI. Permanente de Emergências em Saúde Pública (Gape)
Participação do Brasil, sob a coordenação do PNI, de (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004c).
estudo, em âmbito internacional, de monitoramento da Aprovação das diretrizes para execução e financiamento
segurança da vacina VORH, para determinar vínculo entre a das ações de vigilância em saúde pela União, pelos estados,
vacinação e a ocorrência de invaginação intestinal ou pelo Distrito Federal e pelos municípios, estabelecendo,
intussuscepção, patrocinado pela Gavi com o apoio do CDC e entre outros aspectos, que o PNI é um dos programas de
da Opas, envolvendo sete UF: BA, CE, MG, PR, RJ, RS e SP. prevenção e controle de doenças de relevância em Saúde
Desenvolvimento de metodologia de vigilância das Pública integrantes do Sistema Nacional de Vigilância em
coberturas vacinais como estratégia de sinalização de Saúde, coordenado pela SVS.261
situações críticas, caracterizadas como de risco Reafirmação das competências das três esferas de
epidemiológico’ em razão de baixas coberturas e da gestão do SUS com relação ao PNI (com destaque para a
existência de bolsões de suscetíveis. responsabilidade da União no tocante ao abastecimento de
Retomada, após três anos, da Operação Gota com o Imunobiológicos) e da esfera estadual relativa ao provimento
objetivo de realização de missões aéreas para de seringas e agulhas, bem como à gestão do SI-PNI.261
multivacinação em áreas de difícil acesso.
A Operação Gota integra dois setores – Saúde e Defesa 2010
– numa parceria entre o PNI e o Comando da Aeronáutica, Atualização e adequação do Calendário Básico de
por meio do Comgar, mediante um Termo de Cooperação Vacinação da Criança, com a introdução da vacina
Técnica para utilização de horas-voo em aeronaves da Força meningocócica 10 (conjugada), mantendo-se as demais
Aérea Brasileira (FAB). vacinas para este calendário e para o Calendário de
Iniciadas a revisão e a adequação do conteúdo e da Vacinação do Adolescente e o Calendário de Vacinação do
metodologia do Treinamento de Pessoal da Sala de Adulto e Idoso, conforme publicação de 2006.262
Vacinação (Manual do Monitor e Manual do Treinando), Instituição, em todo o território nacional, do Calendário de
assim como do processo de articulação, tendo-se em vista a Vacinação para os Povos Indígenas.
capacitação de monitores desse treinamento na modalidade Introdução da vacina pneumocócica 10-valente
de educação a distância (EAD). (conjugada) no calendário de vacinação do PNI para
Constatação da diminuição nas taxas de mortalidade por crianças de dois meses a menos de dois anos (24 meses),
pneumonias, influenza, bronquites e obstrução das vias protegendo-as contra doença invasiva e otite média aguda
respiratórias em pessoas com 60 anos e mais de idade, a causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5,
partir de estudo sobre as séries temporais (tendências 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.
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Introdução da vacina meningocócica C (conjugada) no organização desse nível de atenção, bem como para a
calendário de vacinação do PNI para crianças com idades entre Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
três meses a menos de dois anos de idade no primeiro ano da Comunitários de Saúde (Pacs).
introdução, prevenindo doenças provocadas pela bactéria Regulamentação da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº
Neisseria meningitidis do sorogrupo C, que causa infecções 8.080/90), que trata da organização do SUS, do
graves e, às vezes, até fatais, como a meningite e a sepse. planejamento da saúde, da assistência à saúde e da
Instituição do Comitê Técnico Assessor de Erradicação articulação interfederativa, com destaque, nesta última, para
do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
Rubéola Congênita, de caráter consultivo, para assessorar a
condução do processo de preparação para certificação da 2012
erradicação no território nacional. Introdução da vacina pentavalente no calendário de
Apresentação, pelo Ministério da Saúde, de relatório vacinação da criança. A pentavalente resulta da combinação
pleiteando a certificação da eliminação do sarampo e de quatro vacinas (a DTP, a hepatite B e a Hib), para
apontando as recomendações, os compromissos e os crianças com menos de sete anos de idade, trazendo como
encaminhamentos relativos à eliminação da transmissão do grande vantagem a diminuição do número de injeções.
vírus da rubéola, com vistas à cer tificação regional em 2012. Introdução da vacina contra a poliomielite de vírus
O relatório registra o resultado do trabalho desenvolvido no inativados (VIP) no calendário de vacinação da criança,
País, focado no tripé vigilância epidemiológica, vigilância substituindo as duas primeiras doses da vacina oral (VOP), que
laboratorial e imunização. é mantida no esquema para mais duas doses. O objetivo é
Realização de estudo sobre a efetividade da vacina 10- minimizar o risco (raríssimo) de paralisia associada à VOP, mas
valente contra a doença pneumocócica invasiva, após sua mantendo a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco
introdução no calendário de vacinação da criança, com potencial de introdução de poliovírus selvagem em nosso meio,
participação de 10 UF: BA, PE, CE, MG, PR, RS, SP, DF, a exemplo de pessoas oriundas de localidades que ainda
GO e AM.267 apresentam casos autóctones da poliomielite.
Realização de avaliação tecnológica de vacinas para a Iniciado o processo de implementação de mudanças na
prevenção de infecção pelo HPV e estudo do potencial de estratégia de vacinação pos-certificação, com a realização
custo-efetividade da incorporação dessa vacinação ao de uma única etapa anual da campanha de vacinação contra
calendário de vacinação do PNI. a poliomielite, tendo-se em vista, de modo especial, a
Publicação, em versão traduzida para a língua prevenção da reintrodução do poliovírus selvagem no País,
portuguesa, dos Módulos de Princípios de Epidemiologia e incluindo a agregação da VIP ao calendário de vacinação.
Controle de Doenças (Mopece), em sete volumes, produto Realização de mobilização nacional para atualização do
da cooperação técnica entre a Opas e a SVS, como esquema de vacinação dos menores de cinco anos –
instrumento de capacitação em epidemiologia básica, Campanha Nacional de Multivacinação –, ocorrida no mês
voltado para profissionais de saúde, especialmente aqueles de agosto, com oferta de todas as vacinas do calendário da
que atuam nos serviços de saúde locais. criança, administradas de forma seletiva mediante avaliação
Aprovação, pelo Conselho Diretor da Opas, em sua 50ª da situação vacinal, quando foram administradas 3,3 milhões
reunião, de Resolução (CD50.R5) destacando os avanços na de doses de vacinas.
vacinação e aconselhando Estados membros a reiterar o Expansão da faixa etária para vacinação contra hepatite
apoio aos programas nacionais de imunização como um bem B na rotina dos serviços de saúde, mediante inclusão de
público e o compromisso com a visão e a estratégia regional pessoas com idades entre 25 e 29 anos.
de vacinação, para manter os resultados, abordar a agenda Realização do monitoramento rápido de cobertura (MRC)
inacabada na imunização e enfrentar com sucesso os novos após a Campanha de Atualização do Esquema de
desafios da região. Vacinação, com o objetivo de avaliar a situação vacinal dos
menores de cinco anos de idade e resgatar não vacinados,
2011 de acordo com metodologia preconizada pelo PNI.
Realização da 5ª Campanha Nacional de Seguimento Realização de estudo para caracterizar o perfil clínico e
contra o Sarampo, dirigida a crianças entre um e sete anos, epidemiológico da invaginação intestinal antes e depois da
com a vacina tríplice viral, com cobertura vacinal de 98,5%. introdução da VORH no calendário brasileiro de vacinação da
Expansão da faixa etária para vacinação contra hepatite criança.
B na rotina dos serviços de saúde, mediante inclusão de Realização de estudo, de abrangência nacional, com o
pessoas com idades entre 20 e 24 anos. objetivo de analisar coberturas de vacinação, homogeneidade e
Inclusão de gestantes, indígenas, crianças com idades proporção do abandono de esquemas de vacinação e sua
de seis meses a dois anos incompletos e trabalhadores da relação com a ocorrência de doenças imunopreveníveis,
Saúde como população-alvo da Campanha Nacional de considerando o período 1982–2012.
Vacinação contra Influenza, realizada no País desde 1999. Realização de estudo para avaliar a qualidade dos registros
Instituição de Comitê Gestor para promover, coordenar e administrativos da atividade de vacinação, identificando fatores
acompanhar o desenvolvimento tecnológico e a produção que influenciam a realidade/veracidade das informações sobre
das vacinas pentavalente (DTP, Hib e hepatite B) e doses aplicadas, da consolidação e da transferência dos dados
heptavalente (DTP, Hib, hepatite B, meningite C conjugada e gerados no nível local, objetivando subsidiar e instrumentalizar
poliomielite inativada). os gestores no tocante a iniciativas para melhor qualificar o
Publicação do Manual de Rede de Frio, que contém Sistema de Informação do PNI.
orientações técnicas para o planejamento arquitetônico e de Fortalecimento da rede de frio, especialmente a partir da
engenharia na construção, reforma e/ou ampliação das ampliação de estruturas nas instâncias estaduais e
Centrais Estaduais de Rede de Frio. municipais, mediante repasse de recursos para ampliação da
Definição de procedimentos para a triagem clínica de capacidade de armazenamento dos imunobiológicos.
doadores de sangue no tocante ao tempo de inaptidão Fomento à implantação do SI-PNI nas unidades de saúde
relacionado a algumas vacinas e soros. com sala de vacinação, cadastradas no SI-API, mediante
Estabelecimento, pelo MS, dos princípios e das diretrizes repasse financeiro, em parcela única, para aquisição de
relativos à incorporação de tecnologias em saúde no âmbito do equipamentos.
SUS, incluindo a criação da Comissão Nacional de Incorporação
de Tecnologias (Conitec), responsável pela incorporação, 2013
exclusão ou alteração de novos medicamentos, produtos e Inclusão da vacina contra varicela no Calendário de
procedimentos, bem como pela constituição ou alteração de Vacinação da Criança, mediante substituição da vacina
protocolo clínico ou de diretriz terapêutica. tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) pela vacina
Aprovação da Política Nacional de Atenção Básica, que combinada tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela),
estabelece a revisão de diretrizes e normas para a para a população de um ano de idade.
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Inclusão, como população-alvo da Campanha Nacional A presença do Brasil no contexto internacional já é
de Vacinação contra Influenza, de pessoas portadoras de relevante e será, certamente, revigorada, especialmente pelo
doenças crônicas não transmissíveis e outras condições fato de representar um mercado consumidor de peso, em
especiais, bem como puérperas até 45 dias depois do parto, função do contingente formado pelos grupos-alvo do PNI,
com indicativo de exigência de apresentação de documento mas não podemos desconhecer que a dependência
comprobatório dessas condições. brasileira no tocante à tecnologia de produção de
Realização de estudo, tipo caso-controle, para imunobiológicos ainda é muito significativa e precisa ser
determinação de fatores de risco associados à ocorrência de reduzida ao máximo.
invaginação intestinal após a introdução da VORH no O investimento, por parte do Ministério da Saúde, em
calendário de vacinação do PNI. inovação tecnológica tem alcançado fortemente o PNI, e
essas iniciativas precisam ser mantidas e expandidas para
Vacinação é atenção básica que o Programa se consolide definitivamente como
É essencial reconhecer e reafirmar a vacinação como alternativa para a proteção da população brasileira.
ação intrinsecamente vinculada à atenção básica em saúde, A articulação entre a SVS e a Secretaria de Ciência,
como um cuidado preventivo de promoção e de proteção da Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) é fundamental para
saúde, oferecido, de modo geral, na porta de entrada do que a capacidade tecnológica nacional em imunobiológicos se
SUS. Conceber a vacinação nessa perspectiva é amplie cada dia mais. Iniciativas governamentais que envolvem
imprescindível a todos os envolvidos: equipes, gestores e orçamento e financiamento para o complexo industrial da Saúde
profissionais. – especialmente no tocante à indução do desenvolvimento
Uma ação de Saúde Pública que se concretiza a partir tecnológico dos insumos para a Saúde, entre os quais têm forte
de uma unidade básica de saúde que integra um sistema presença os imunobiológicos – precisam ser fortalecidas e seus
municipal que compõe o sistema nacional de saúde. Uma encaminhamentos e suas decisões devem ser olhados como
ação realizada por uma equipe na qual o vacinador é peça- prioridade governamental.
chave, mas que não prescinde da atuação e intervenção dos Como alerta Homma, faz-se imprescindível o [...] apoio
demais profissionais. ao fortalecimento da capacidade nacional quanto à inovação
Essas são premissas que estão respaldadas na própria tecnológica, modernização e construção de novos
Política Nacional de Atenção Básica, especialmente quando laboratórios de produção.
define esse nível de atenção como um [...] conjunto de ações A utilização do poder de compra como instrumento
de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a importante nos acordos de transferência de tecnologia
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o fortalece a capacitação tecnológica nacional e garante a
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da oferta de vacinas essenciais a um preço compatível com o
saúde. [...] orçamento governamental.
É o contato preferencial dos usuários com os sistemas A atuação do CTAI, no seu papel de suporte qualificado
de saúde. [...] Considera o sujeito em sua singularidade, na às decisões do Programa, é de alta importância no contexto
complexidade, na integralidade e na inserção sociocultural e da expansão da política de imunizações, do mesmo modo
busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento como o estreitamento de parcerias com organizações e
de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que instituições nacionais e internacionais, com destaque para
possam comprometer suas possibilidades de viver de modo as sociedades científicas e os organismos da ONU, além do
saudável.289 intercâmbio de experiências com outros povos e países.
Esses pressupostos, inclusive, nos levam a afirmar que,
independentemente da estratégia proposta, especialmente Vacinação segura
quando das grandes mobilizações pensadas e articuladas na A política de imunizações, como já pontuado, concretiza-
esfera nacional, em razão de situações epidemiológicas se numa rede de prestação de serviços que precisa estar,
específicas, a ação se concretiza a partir da unidade de cada vez mais, próxima daqueles que dela precisam, com
saúde, pelas equipes de vacinação, sob a coordenação da salas de vacinas devidamente equipadas, com condições
esfera gestora municipal, com o apoio, o suporte e a físicas e materiais dignas das equipes de vacinação e dos
cooperação técnica, logística e financeira das esferas usuários e suas famílias. Uma rede de serviços que sabe
estadual e nacional. usar com eficiência, quando necessárias, operações
E o PNI, no contexto dessas esferas de gestão massivas de rápido alcance, com oferta do máximo possível
autônomas, mas interdependentes, é o exemplo maior da de produtos destinados àquela população-alvo.
necessidade do aperfeiçoamento dessa interdependência, O conceito de vacinação segura, de uma forma ampla e
especialmente pela presença do Programa, com suas abrangente, envolve um conjunto diferenciado de aspectos
proposições e seus desafios, nos fóruns e colegiados de relacionados ao processo de vacinação, que se inicia ainda
negociação e pacto no âmbito da gestão da política de no âmbito do processo de produção e na aquisição do
saúde, como as comissões intergestores e os colegiados imunobiológico dentro das especificações e com a qualidade
regionais, nos quais ocorrem discussões, decisões e exigida, seguindo-se a sua distribuição nas condições
adequações de ações de alcance nacional, regional e local. adequadas, desde o laboratório produtor até a sala de
A autonomia de cada esfera também exige o fortalecimento vacinação, destacando-se nesse trajeto a eficiência da rede
e a qualificação das equipes de coordenação e de execução, de frio.
além do olhar da gestão para a prioridade que deve ser dada Também fazem parte do conjunto de responsabilidades
à política de imunizações ao lado de outras políticas de determinantes de uma vacinação segura os procedimentos e
saúde no universo da saúde coletiva. os métodos relacionados ao manejo dos produtos, ao uso de
seringas e agulhas indicadas, à definição da via e à seleção
Incorporação de novas vacinas do local apropriado para a administração do produto
e novos grupos populacionais imunobiológico, além dos cuidados quanto ao
Uma política de imunizações cada vez mais inserida acondicionamento e destino adequados do material
numa realidade de futuro pressupõe um compromisso com a perfurocortante e de sobras de vacinas.
contínua inserção de novas vacinas (incluindo a redução de Ainda dentro do conceito de vacinação segura, têm-se
injeções) e a agregação de outros grupos da população. questões que estão diretamente vinculadas a atitudes e
São imprescindíveis, no entanto, o compromisso e o comportamentos de prevenção e cuidados a serem adotados
incentivo da gestão do SUS ao desenvolvimento científico e pelos profissionais de saúde que trabalham com a
tecnológico, bem como de estudos e pesquisas que vacinação, mas que também estão atreladas às condições e
demonstrem a efetividade e a factibilidade de iniciativas aos ambientes de trabalho, incluindo medidas a serem
ampliadoras do alcance do Programa e que considerem adotadas quando do contato acidental com o líquido vacinal
primordialmente as imposições trazidas por situações ou quando da ocorrência de acidente perfurocortante com
epidemiológicas internas e externas. material utilizado na vacinação.
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Esses e outros aspectos relacionados à vacinação Altas e homogêneas coberturas: compromisso
segura precisam estar sustentados em diretrizes, normativas Somente altas e homogêneas coberturas poderão
e protocolos, cuja formulação deve ser liderada pela esfera produzir impacto no comportamento epidemiológico das
nacional do Programa, de forma articulada e pactuada com doenças imunopreveníveis.
as demais esferas, tendo como suporte estudos, pesquisas e O PNI do futuro também estará buscando as estratégias
a expertise de instituições e organizações. O propósito é mais adequadas para chegar o mais próximo possível dos
estabelecer uma unidade nacional em termos de grupos-alvo, garantindo a proteção efetiva, evitando a
procedimentos e condutas tanto na rotina quanto em formação e manutenção de bolsões de não vacinados.
operações massivas de vacinação. A vigilância das coberturas e o monitoramento da
Essas diretrizes, normativas e protocolos devem ser homogeneidade são instrumentos potentes para garantir o
publicados e disseminados massivamente por toda a rede, objetivo final e definitivo do PNI, que é contribuir
utilizando-se material impresso e as possibilidades ofertadas efetivamente para o controle de doenças em nosso País,
pela tecnologia da informação, bem como todas as provocando e mantendo mudanças profundas no cenário
oportunidades de contato, especialmente em reuniões, epidemiológico e servindo como experiência modelar para
eventos e processos de capacitação. muitas regiões do planeta.
O SUS – por intermédio do Ministério da Saúde e dos
Vigilância dos eventos adversos associados à gestores das esferas estadual e municipal –, os parceiros
vacinação institucionais, governamentais e não governamentais e as
A vigilância atenta quanto à possível ocorrência de representações da sociedade civil demonstraram, ao longo
eventos adversos que venham a ser associados à vacinação destes 40 anos da política brasileira de imunizações, um
é uma exigência cada vez maior. compromisso de avançar e continuar avançando cada vez
Martins e Maia ponderam que [...] enquanto existia mais para fazer cumprir com eficiência e efetividade a
grande incidência de doenças imunoevitáveis no Brasil, o missão do PNI, com a discussão permanente sobre normas,
PNI e a sociedade organizada tinham atenções voltadas metas e resultados.
para o seu controle. Pouco se discutia acerca de segurança São 40 anos de luta, de conquistas, de resultados
de vacinas e sobre eventos adversos relacionados às concretos, de defesa e atuação na perspectiva da prevenção
vacinações [...].291 e da promoção da saúde da população brasileira.
Hoje, com a ampliação dos grupos-alvo e com o
aumento do quantitativo de vacinas administradas, CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS,
especialmente quando da utilização de estratégias NÃO TRANSMISSÍVEIS
massivas, inclusive com o uso de produtos mais
reatogênicos, é esperada a ocorrência de eventos locais E SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
e sistêmicos que devem ser notificados, investigados e
analisados, com a adoção de medidas pertinentes, Doenças transmissíveis
objetivando atuar sobre os fatores que condicionaram a O Brasil vem alcançando resultados cruciais na
ocorrência, incluindo o monitoramento e a avaliação dos prevenção e no controle de doenças transmissíveis e dispõe
eventos identificados. do mais completo programa de imunizações do mundo. O
País saltou de 214 milhões para 322 milhões de doses
Força de trabalho: o sustentáculo anuais de vacinas e soros de meados da década para 2001.
Olhar o futuro do PNI também passa por profissionais de Tem em seu calendário básico todas as vacinas
saúde capacitados e conscientes da grande recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. São 45
responsabilidade que está em suas mãos, o que requer, para tipos de imunobiológicos disponíveis gratuitamente em todo
tanto, formação e qualificação das equipes de vacinação e o País para toda a população. Em caráter de rotina, há
dos outros profissionais nas diferentes esferas de gestão. também vacinação, nas crianças menores de dois anos de
Preparação e atualização permanentes colocam-se idade, contra a bactéria causadora da meningite infantil.
como fundamentais, mediante o uso de todo o potencial das
tecnologias de acesso à educação, ao conhecimento técnico, A seguir, alguns dos principais resultados obtidos:
científico e operacional e às decisões que fundamentam o • Poliomielite – O Brasil é o único país que consegue, em
seu processo de trabalho. um único dia, como acontece nas campanhas de vacinação
Responsabilidade que, do mesmo modo, aprimora o contra poliomielite (paralisia infantil), ativar 131 mil postos de
registro da atividade de vacinação e a busca incessante do saúde, mobilizar 530 mil pessoas, entre profissionais de
alcance dos públicos-alvo representados por altas e saúde e voluntários, e vacinar mais de 17 milhões de
homogêneas coberturas, aspectos de vital importância para crianças. A doença, que pode deixar seqüelas graves e até
a avaliação dos resultados do Programa, que, em sua mesmo matar, chegou a acometer 3.596 crianças no ano de
essência, visa ao controle e à eliminação ou erradicação de 1975, mas foi totalmente erradicada do nosso País a partir
doenças imunopreveníveis. de 1990. O Governo Federal manteve essa erradicação
Olhar o futuro do PNI é pensar uma Rede de Frio de apesar das epidemias que ocorreram em vários países da
imunobiológicos cada vez mais eficiente, mais capaz de África e da Ásia durante a última década.
identificar situações de risco e de garantir um produto com • Sarampo – Chegava a atingir de 2 a 3 milhões de
qualidade, do começo ao fim da cadeia, quando a vacina crianças nos anos epidêmicos na década de 70, encontra-se
cumpre o propósito para o qual foi concebida: a capacidade sem registro de casos autóctones no País desde dezembro
de proteger a pessoa vacinada. de 2000.
É pensar, certamente, em um imunobiológico mais • Difteria – Também era muito presente entre as
resistente à temperatura ambiente e aos riscos a que está crianças. Apresentou, em 2001, apenas 19 casos
submetido ao longo da cadeia. confirmados de 130 notificados, isto é, houve uma redução
O PNI do futuro também estará cada vez mais “ligado” à superior a 99%, quando comparado ao registrado em 1980,
população -alvo do Programa, pois respeito, direito à que foi de 4.646. Os óbitos por essa doença reduziram-se de
informação, transparência e acolhimento são predicados 266 para 10 nesse mesmo período.
indispensáveis a uma política pública que quer se manter no • Tétano neonatal – A redução obtida foi de 584 casos,
imaginário coletivo com todos os seus atributos afirmativos e, em 1982, para 33 casos em 2001. As mortes por essa causa
para isso, vai buscar realizar tal finalidade nos meios de também se reduziram 17 vezes, de 470 ocorrências, em
comunicação, na mídia, vai se aproximar e se fazer 1982, para 27, em 2001. Com esses dados, o Brasil já
compreender por parte de todos os segmentos da atingiu a meta de incidência inferior a um caso por mil
população, mantendo nessa relação o personagem Zé nascidos vivos, considerada pela Organização
Gotinha, que, cada vez mais, atualiza-se e credencia-se para Panamericana de Saúde (Opas) como indicativa da
representar a vacina e o processo de imunização. eliminação dessa doença como problema de saúde pública.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
• Cólera – Em 1998, ocorreram 2.745 casos de cólera No segundo, tornou-se mais clara e expressiva a
em todo País. Em 2001, esse número caiu para apenas sete ocorrência simultânea, e em quase igual importância, de
casos. Em 2002, não há registro de casos. Esse resultado é doenças transmissíveis e não transmissíveis no perfil de
fruto das várias ações implantadas, como o monitoramento, morbimortalidade da população.
pelas secretarias municipais e estaduais de saúde, das Estratégias e ações de prevenção e combate às doenças
doenças diarréicas agudas em 3.371 municípios, distribuição transmissíveis (DNT) foram desenvolvidas no país ao longo
de hipoclorito e de material informativo para populações com de quase um século, sendo mantidas, reforçadas ou
dificuldades de acesso à água tratada. reformuladas com base no acúmulo de experiências, quer
• Doença de Chagas – Responsável por cerca de 100 mil nos sucessos alcançados e erros cometidos, quer na
casos novos por ano ao final da década de 1970, a Doença de emergência de novos desafios.
Chagas encontra-se com a transmissão vetorial pelo Triatoma A abordagem das doenças não transmissíveis, por outro
infestans completamente interrompida em dez estados, inclusive lado, vem exigindo, de instituições e profissionais do setor,
em Minas Gerais, onde foi descoberta. Espera-se para 2003 a um esforço criativo na proposição de ações e na busca de
certificação da interrupção pela Opas no Paraná, no Rio Grande iniciativas bem sucedidas, no nível local e em outros países,
do Sul e na Bahia, os três estados restantes. que possam ser integradas ao sistema de saúde brasileiro
• Malária – Em 1999, o número de casos de malária no de forma eficaz, respeitando ainda as peculiaridades das
país atingiu 637 mil, com tendência de crescimento. Em diversas regiões do país e a capacidade de gasto do Estado.
agosto de 2000, foi lançado o Plano de Intensificação das O chamado "estilo de vida moderno", a que todos estão
Ações de Controle da Malária (PIACM), no qual foram sujeitos, é o grande fator de risco á saúde. Os hábitos
priorizadas ações em 254 municípios da Amazônia Legal, alimentares inadequados, o sedentarismo e o tabagismo
em parceria com estados e prefeituras. Em 2001, foram compõem as principais causas para o desenvolvimento das
registrados 389 mil casos da doença, isto é, 248 mil a menos doenças crônicas não transmissíveis.
que dois anos antes, uma redução de 40%. Estima-se que Embora o grupo de Doenças e Agravos Não
foram evitadas 800 mil novas vítimas da malária no período Transmissíveis (DANT) seja muito abrangente, as doenças
2000-2001. Nas áreas indígenas, a redução alcançada foi de cardiovasculares (doenças isquêmicas do coração, doenças
63%. cérebros-vasculares e hipertensão), as chamadas crônico-
• Filariose – Está sendo interrompida a transmissão de degenerativas (câncer, diabetes, doenças renais e
filariose, que permanecia de forma endêmica em três reumáticas, etc.), os agravos decorrentes das causas
capitais: Belém, Recife e Maceió. Em Maceió, a prevalência externas (acidentes, violências e envenenamentos) e os
está próxima de zero, bastante próxima da interrupção da transtornos de natureza mental são reconhecidos como os
transmissão da doença. Na região metropolitana de Recife, mais prevalentes no Brasil, contribuindo sobremaneira na
onde a doença tinha sua maior prevalência, o número de carga global de doenças do país.
casos caiu de 1.713, em 2000, para 897 casos, em 2001. A relevância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis
• Febre amarela – A partir de 1998, foi intensificada a (DANT) pode ser demonstrada por meio do sistema de
vacinação nas áreas endêmicas e de risco, assim como de informações sobre mortalidade (SIM), que registrou entre os
pessoas que para lá se destinassem. No período 1998-2001, óbitos com causas definidas, 32% foram devidos a doenças
aplicaram-se 63,4 milhões de doses da vacina. Essa ação do aparelho circulatório, 15% a neoplasias, 14,5% a causas
possibilitou manter sob controle a febre amarela silvestre externas, 11% a doenças do aparelho respiratório e 5,5% a
(em 2000, foram registrados 85 casos e 41 em 2001) e, doenças infecciosas e parasitárias.
principalmente, manteve-se erradicada a febre amarela As ações de vigilância epidemiológica e monitoramento
urbana. da morbimortalidade e do comportamento da população
• Dengue – O Brasil sofreu importantes surtos frente aos fatores de risco para DANT15 se colocam como
epidêmicos de dengue, assim como vários países tropicais uma prioridade atual para o Sistema Único de Saúde, pois
do mundo. O número de municípios infestados pelo mosquito possibilitam a obtenção das informações que conformam as
Aedes aegypti, vetor da doença, chegou a 3.529 em 2001, bases de evidências para desencadeamento de ações que
com um número de 358 mil casos notificados entre janeiro e minimizem tais impactos e contribuam no sentido da
junho daquele ano. Já em 1995, o Governo Federal promoção da saúde.
implementou um plano de intensificação das ações de Na instrução normativa que instituiu o Subsistema Nacional
controle da doença. de Vigilância das DANT, publicada pelo Ministério da Saúde,
Entre 1997 e 2000, foi colocado em prática um plano de foram definidos como pertinentes a esse campo de atuação,
controle do mosquito Aedes aegypti, levado a todo o País, nesse momento, (a) os fatores de risco dessas doenças, quais
especialmente nos municípios localizados nas áreas de sejam sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e outras
maior incidência da doença. O Ministério da Saúde transferiu drogas, hábitos alimentares irregulares, obesidade, hipertensão
a 4.210 municípios o equivalente a R$ 374 milhões para o arterial e os decorrentes de atividades ocupacionais; e (b)
combate à dengue. morbimortalidade por doenças cérebro e cardiovasculares,
Em julho de 2002, o Ministério da Saúde lançou o diabetes mellitus, câncer, doenças mentais e agravos
Programa Nacional de Controle da Dengue, ampliando os decorrentes das causas externas.
recursos que chegam a mais de R$ 1 bilhão e incluindo um Como estratégias de monitoramento estão previstas e/ou
forte componente de informação e mobilização social. em desenvolvimento a realização de inquéritos e pesquisas,
• Hanseníase – Tem apresentado uma redução bem como a utilização de dados secundários, provenientes
significativa de sua prevalência, de 16,4 casos por 10 mil de sistemas de informação existentes dedicados
habitantes, em 1985, para 4,7 em 2000, aproximando-se da primariamente a outras finalidades.
meta proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Outra vertente de estratégias para implementação da
de eliminar essa doença como problema de saúde pública, vigilância das DANT inclui a contratação de Centros
com a redução de sua prevalência para 1,0 por 10 mil Colaboradores para o desenvolvimento de estudos e
habitantes no ano de 2005. modelos de monitoramento e vigilância; a inclusão, na
Programação Pactuada Integrada de 2002 (União, estados e
Doenças não transmissíveis municípios), de meta relacionada á vigilância de DANT;
No despertar do século XXI, mais evidentes e intensos capacitação de técnicos de secretarias estaduais e
têm se mostrado os processos de transição demográfica e municipais de saúde; e a proposição de uma política
polarização epidemiológica no Brasil, a exemplo do que vem nacional para a vigilância das DANT. Até o momento, foram
ocorrendo na maioria dos países das Américas. contratados pelo Ministério da Saúde quatro Centros
No primeiro caso, as grandes reduções das taxas de Colaboradores, entre instituições de ensino e/ou pesquisa
natalidade, fertilidade e mortalidade geral e o aumento que gozam de credibilidade nacional, os quais abordam os
significativo da esperança de vida ao nascer levaram a um seguintes temas: (i) violência, (ii) doenças cardiovasculares e
crescimento sem paralelo da proporção de idosos. diabetes, (iii) câncer e (iv) envelhecimento.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Doenças sexualmente transmissíveis Ministério da Saúde, que vinha atender às crescentes
Em 1988, foi criado o Programa Nacional de Controle de necessidades das instituições já envolvidas no processo
Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, que teria um desde a identificação da doença no Brasil.
papel-chave no âmbito das ações de combate à doença, e Em síntese, e a partir do modelo de análise de Kingdon
cujo contexto histórico está situado no final do primeiro (1995) se pode concluir que o Programa Nacional de DST e
governo civil após o regime militar. Aids consiste na transformação da demanda evidenciada a
Alguns autores mencionam (Teixeira, 1997; Galvão, partir de determinados segmentos da sociedade em
2000; VIllela, 1999; Parker, 1994) que durante todo esse diretrizes e ações formalizadas e estruturadas no âmbito do
primeiro momento de elaboração de uma proposta brasileira Ministério da Saúde, que visava atender à crescente
de enfrentamento da epidemia, as relações entre o mobilização em torno do tema da aids no Brasil.
Programa Nacional e as organizações não governamentais Essa forma particular de concepção do Programa
que participavam ativamente para o enfrentamento da Nacional, considerando o contexto social e político em que
doença, eram bastante tensas, devido à sua característica foi criado e as especificidades que o têm caracterizado
centralizadora. desde o início, aliando o caráter oficial de resposta do
Essa situação se reverte, posteriormente, quando as governo à uma questão de saúde pública e, ao mesmo
parcerias com as ONGs se consolidam. tempo, expressando a capacidade que o próprio governo
O processo de redemocratização do País, o tem de negociar suas alternativas, propiciou a sua
fortalecimento dos movimentos sociais e a criação do SUS continuidade apesar dos percalços políticos e garantiu a sua
na Constituição Federal de 1988, estabelecendo um novo visibilidade mesmo em momentos de crise.
paradigma para o acesso à saúde, que deixava de ter um
caráter assistencialista e previdenciário para ser assumida ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM
como direito de todo cidadão e dever do Estado em provê-la, HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES,
forma o pano de fundo aonde vai se destacar o surgimento
de uma nova doença no panorama nacional, que se DOENÇAS CARDIOVASCULARES, OBESIDADE,
caracterizava por aparecer em grupos restritos da sociedade DOENÇA RENAL CRÔNICA, HANSENÍASE,
e que trazia no seu rastro grandes doses de preconceito, TUBERCULOSE, DENGUE E DOENÇAS DE
estigma e discriminação contra as pessoas afetadas. NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS
Aliado ao que alguns autores chamaram de falta de
percepção da expansão da epidemia, os modos para Atendimento aos pacientes com
enfrentamento da doença se restringiam a ações pontuais, a Hipertensão arterial e Diabetes
princípio em alguns estados e depois em quase todas as A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes
unidades da Federação, baseados no modelo seguido pela Mellitus (DM) constituem os principais fatores de risco para
Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. as doenças do aparelho circulatório (Brasil, 2006). No ano de
A grande exposição dos casos da doença na mídia, a 2003, 27,4% dos óbitos ocorridos no Brasil, foram
morte de pessoas famosas ou conhecidas do grande público decorrentes de doenças cardiovasculares e a principal causa
e a criação das primeiras organizações não-governamentais de morte em todas as regiões do país foi devido ao acidente
de combate à aids, trazem a tona discussões sobre a vascular cerebral (AVC) (V DBHA, 2007). Segundo o
deficiência da atuação do Estado sobre uma epidemia que já Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
estava afetando outros segmentos da sociedade, além dos (DATASUS), em 2005 ocorreram 1.180.184 internações por
grupos identificados no início da doença. doenças cardiovasculares, com custo global de R$
A sucessão dos acontecimentos e a pressão exercida 1.323.775.008,28.
pelos grupos que trabalhavam para o controle da doença Dentre as internações, a insuficiência cardíaca é a
conseguiram criar um ambiente favorável para que as principal causa de hospitalização entre as doenças
negociações começassem a ocorrer em nível federal. cardiovasculares, sendo duas vezes mais frequente que as
O aumento do número de casos, a falta de perspectiva internações por AVC (Brasil, 2002).
de vida das pessoas doentes e as consequências sociais e A não adesão ao tratamento farmacológico é um
econômicas que estes fatores poderiam gerar em um futuro problema multifatorial que pode ser caracterizado pela
próximo fizeram com que as discussões se prolongassem divergência entre a prescrição médica e o comportamento do
até que a Portaria nº 236, do Ministério da Saúde, de 2 de paciente (Nichols-English & Poirier, 2000).
maio de 1985, estabelecesse as diretrizes para um programa Além disso, investimentos na ordem de U$ 14 bilhões,
de controle da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, sob foram aplicados no ano de 1997 nos EUA, em gastos por
a Coordenação da Divisão Nacional de Dermatologia internações hospitalares para tratar pacientes hipertensos,
Sanitária. que não aderiram à farmacoterapia (Benson et al., 2000).
Os relatos permitem afirmar que o tema da aids somente No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu em 2001, um
começou a fazer parte das negociações para a agenda plano de reorganização da Atenção a Saúde, através de
pública a partir das pressões sofridas, seja por parte das Portaria 393/ GM de 29/03/2001. Este Plano tinha como
Secretarias Estaduais de Saúde que já estavam trabalhando estratégia aumentar a prevenção, o diagnóstico e o controle
com o tema, seja por parte da sociedade civil que sentia a da HAS e do DM, com objetivo de reduzir o número de
necessidade da centralização de diretrizes e normas para a internações, a procura por pronto-atendimento, gastos
incorporação do problema na agenda governamental. desnecessários com tratamento por complicações evitáveis,
O sentimento de gravidade da epidemia e a consciência aposentadorias precoces e a mortalidade cardiovascular.
das deficiências e problemas enfrentados pelos serviços de Em 2002, por meio da Portaria GM nº 371/02, surgiu o
saúde no país foram a mola propulsora dos movimentos de Programa Nacional de Assistência Farmacêutica para HAS e
pressão sobre o Estado para que este se posicionasse e DM, denominado de Hiperdia. O programa é parte
começasse a estabelecer os caminhos que deveriam ser complementar do Plano Nacional de Reorganização da
seguidos. Atenção primária e define como responsabilidade do Gestor
A resposta do setor público é reativa aos movimentos Federal a aquisição e fornecimento aos municípios dos
sociais de pressão que exigiam ações de responsabilidade medicamentos selecionados para o tratamento da HAS
federal para que se formasse um perfil único de estratégias (hidroclorotiazida 25 mg, propranolol 40 mg e captopril 25
de controle da doença. mg) e para DM (metformina 850 mg, glibenclamida 5mg e
Assim, após uma série de medidas que tiveram por insulina NPH 100UI) de forma a contemplar todos os
objetivo a criação da Comissão de Assessoramento em Aids, usuários cadastrados.
atual Comissão Nacional de Aids – CNAIDS, e da Portaria Apesar dos avanços políticos na saúde e do declínio dos
Ministerial nº 542/86 que estabelece que a aids passa a ser índices, a mortalidade no Brasil ainda é elevada em
uma doença de notificação compulsória, em 1988 é comparação a outros países, tanto para doença
finalmente criado o Programa Nacional de Aids, no âmbito do cerebrovascular como para doenças do coração (Brasil,
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
2002). Para tanto, conhecer as características dos usuários Cuidados de Enfermagem:
que frequentam os serviços de saúde é o primeiro passo - Verificar a PA a cada 5 minutos;
para se traçar estratégias de ação que melhorem o - Avaliar o nível de consciência;
atendimento a esta população e reduza a morbimortalidade. - Controlar o débito urinário;
É importante conhecer a origem dos usuários, o - Controlar rigorosamente o gotejamento do soro;
ambiente no qual vivem, a escolaridade, os hábitos de vida e - Administrar medicações prescritas com cautela,
os fatores de risco para adequar o serviço oferecido às suas observando reações do paciente;
necessidades (Santos, 2006). Estratégias como o serviço de - Estar alerta aos sinais de complicações.
Atenção Farmacêutica, podem contribuir para redução da
morbimortalidade dos usuários portadores de HAS e DM. Doenças cardiovasculares,
De acordo com a V Diretriz Brasileira de Hipertensão Os distúrbios cardiovasculares são muitos e podem
Arterial (2007), o farmacêutico faz parte da equipe apresentar diversas manifestações. Aqui estão citadas
multiprofissional e desempenha entre outras atividades a apenas as situações que aparecem com mais frequência nas
Atenção Farmacêutica. emergências.
Segundo Hepler & Strand (1990), a Atenção Os diagnósticos diferenciais e definitivos são de
Farmacêutica é a “provisão responsável do tratamento responsabilidade do médico, assim como as intervenções
farmacológico com o propósito de alcançar os resultados mais complexas e específicas devem aguardar a prescrição
concretos que melhore a qualidade de vida do paciente”. desse profissional.
Desta forma, esta prática farmacêutica desloca a
centralidade da terapêutica do medicamento para o ser O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA
humano, considerando suas necessidades relacionadas aos - Referindo dor, sensação de aperto no peito,
medicamentos (Renovato & Bagnato, 2007). desconforto que se irradia para o braço esquerdo, dor nas
Diante deste contexto, foi realizado um levantamento das costas, dor no estômago, náuseas, fadiga, podendo incluir
características dos usuários, buscando conhecer o nível de dificuldade respiratória.
compreensão da doença e o grau de adesão ao tratamento - Relatando história de cardiopatia, com ou sem uso de
farmacológico. medicamentos.
Bem como, a partir deste levantamento, verificar a
importância de se implantar um serviço de Atenção O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA SEM
Farmacêutica no programa Hiperdia na Unidade Básica de CONDIÇÕES DE VERBALIZAR E O ACOMPANHANTE
Saúde Pública. REFERE
- Que o paciente tem história de cardiopatia e/ou usa
Crise Hipertensiva: medicamentos para o coração.
É toda situação clínica que tem como característica uma - Que o paciente mencionou dor no peito, ou colocou a
elevação importante da Pressão Arterial(PA),colocando em mão no peito e fez fácies de dor, tendo perdido os sentidos
risco de vida órgãos ou sistemas vitais. logo depois.
O conceito de crise hipertensiva não deve ter
exclusivamente uma implicação numérica pois em um VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
individuo normotenso pode surgir sintomas, com elevações - Palidez cutânea, sudorese, agitação, fácies de dor,
apenas moderadas de P.A, por outro lado, na hipertensão de dispneia ou
longa duração, encontramos pacientes com cifras muito - Que este está desacordado, com cianose em
elevadas e assintomática. extremidades, ou ainda
- Apneia e falta de pulso = parada cardiorrespiratória
Classificação da Hipertensão Arterial: (PCR).
Hipertensão Essencial: PA diastólica maior ou igual a
90mmHg e não esta associada a nenhuma patologia de POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS
base. Pode ser benigna, presença de hipertensão - Síndrome coronariana aguda (infarto agudo do
assintomática durante anos. miocárdio [IAM] ou angina instável).
- Parada cardiorrespiratória, nesse caso, ver
Moderada: apresenta níveis intermitentemente atendimento em PCR.
elevados.
Maligna: aumento repentino e intenso da PA, CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
produzindo muitos sintomas e danos vasculares. - Atentar o relato do início dos sinais e sintomas.
- Colocar o paciente confortável e em repouso,
Hipertensão Secundaria: associada a outras mantendo a cabeceira da maca elevada.
patologias, tais como: - Instalar monitor cardíaco, oxímetro ou monitor
- Patologia renal; multiparâmetros, logo que possível.
- Estenose da aorta; - Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio, se
- Distúrbios endócrinos; permitido pela rotina.
- Problemas cardiovasculares; - Medir sinais vitais, priorizando PA e P.
- Verificar e comunicar a qualidade do pulso: pulso fraco
Sinais e Sintomas: ou fino; pulso arrítmico.
- PA diastólica elevada(geralmente maior que - Instalar um acesso venoso, mantendo heparinizado ou
140mmHg); instalando uma SF 0,9% até a prescrição médica, se
- Redução da função renal; permitido pela rotina.
- Cefaleia, alterações visuais; - Providenciar material de desfibrilação e intubação, se
- Náuseas e vômitos; for o caso (ver atendimento PCR).
- desorientação e tonturas; - Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
- Sonolência ou agitação; rigorosamente os procedimentos prescritos.
- Coma;
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA
Tratamento: - Referindo dor de cabeça, normalmente localizada na
O objetivo do tratamento é baixar a pressão sanguínea a nuca e que pode variar de intensidade, sensação de vazio na
níveis normais (PA diastólica abaixo de 100mmHg) o mais cabeça, tonturas, visão borrada ou presença de
rapidamente possível a fim de evitar o agravamento das “mosquinhas” ou “pontos pretos” em frente aos olhos.
lesões. A droga escolhida deverá ser de fácil manuseio, de - Apresentando ou referindo episódios de sangramento
ação imediata e de metabolização rápida. nasal.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE confortável.
- Epistaxe abundante, fácies avermelhadas, - Instalar oxímetro.
ingurgitamento de carótida. - Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio,
conforme rotina.
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO - Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
- Hipertensão arterial sistêmica rigorosamente os procedimentos prescritos.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO O tempo entre o contágio e o aparecimento dos
- Urinar várias vezes ao dia, em pouca quantidade, sintomas é longo.
apresentando dor ao urinar com ou sem presença de Pode variar de 2 a até mais de 10 anos.
filamentos de sangue. A hanseníase pode causar deformidades físicas, que
- Dor “nas costas” e/ou “do lado, acima do quadril” podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e
(região costovertebral ou nos flancos). Dor que não passa o tratamento imediato.
com a mudança de posição.
- Diminuição do volume urinário, mal-estar geral, história Sinais e Sintomas
de “inchaço” ou ganho de peso. Náuseas e/ou vômitos. Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou
- Não conseguir urinar ou urinar pequenos jatos, não amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou
aliviando a sensação de bexiga cheia. alteração de sensibilidade.
- História de hipertensão não tratada, diabete, cirrose, Área de pele seca e com falta de suor.
cardiopatias. História de infecção na garganta ou na pele Área da pele com queda de pelos, especialmente nas
causada por estreptococos. sobrancelhas.
Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade.
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Sensação de formigamento (Parestesias) ou diminuição
- Fácies de dor constante e a mão colocada sobre a da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se
região costovertebral. O paciente não permanece por muito queima ou machuca sem perceber.
tempo na mesma posição. Às vezes apresenta-se pálido ou Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo
com uma cor “pardacenta”. dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
- Presença de edema periorbital ou em outras regiões, Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face
como membros inferiores ou abdome. devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem
- Presença de “globo vesical”. estar engrossados e doloridos.
Nos casos de distúrbios renais graves, o paciente pode Úlceras de pernas e pés.
apresentar sinais de distúrbios neurológicos, devido à Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos
toxicidade das substâncias que permanecem na corrente avermelhados e dolorosos.
sanguínea caso os rins deixem de funcionar. Febre, edemas e dor nas juntas.
Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS nariz.
- Infecção do trato urinário (ITU), glomerulonefrite, Ressecamento nos olhos.
cálculos renais, insuficiência renal aguda ou crônica. Mal estar geral, emagrecimento.
- Retenção urinária por hiperplasia prostática (mais Locais com maior predisposição para o surgimento das
comum em homens idosos). manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS sem manchas.
- Colocar o paciente em repouso e em posição
confortável. Transmissão
- Verificar sinais vitais, priorizando PA e T. A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que
- Avaliar e comunicar sinais de edema. apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB) e
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias
rigorosamente os procedimentos prescritos. respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo
Para os casos de retenção urinária, preparar material assim infectar outras pessoas suscetíveis.
para sondagem de alívio. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande
- Febre. número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque
- Alimentação em local não habitual ou ingestão de a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo
algum alimento não habitual. contra o bacilo.
A hanseníase não transmite por:
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Meio de copos, pratos, talheres, portanto não há
- Fácies de dor. necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa
- Turgor da pele diminuído e os “olhos encovados”, com hanseníase.
principalmente em pacientes idosos e crianças. Assentos, como cadeiras, bancos.
Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS transporte coletivos ou serviços de saúde.
- Disenteria, intoxicação alimentar ou quadro viral. Picada de inseto.
Relação sexual.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS Aleitamento materno.
- Verificar e comunicar sinais vitais. Doação de sangue.
- Manter o paciente, principalmente se for idoso, próximo Herança genética ou congênita (gravidez).
ao banheiro.
- Acompanhar o paciente ao banheiro ou solicitar que o Importante!
acompanhante não dê a descarga até que você possa Assim que a pessoa começa o tratamento deixa de
avaliar as fezes (cor, quantidade, cheiro). transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa
- Instalar um acesso venoso e colocar SF 0,9% até a ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar.
prescrição médica, se permitido pela rotina. (Nessas Período de incubação
situações, o acesso venoso deve ser calibroso, pois Em média de 2 a 5 anos.
provavelmente o paciente irá necessitar de reposição de Período de transmissibilidade
volume.) Enquanto a pessoa não for tratada.
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
rigorosamente os procedimentos prescritos. Diagnóstico
Para os casos de retenção urinária, preparar material O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico,
para sondagem de alívio. baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda
a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da
Hanseníase sensibilidade superficial e da força muscular dos membros
A Hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a superiores e inferiores.
pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, Em raros casos será necessário solicitar exames
orelhas, olhos e nariz. complementares para confirmação diagnóstica.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Tratamento Através delas, reduzem-se as fontes de infecção e o
O tratamento é ambulatorial, com doses mensais impacto da doença na comunidade.
supervisionadas administradas na unidade de saúde e doses Desde a década de 60, o Brasil padronizou os esquemas
auto administradas no domicílio. terapêuticos e, a partir de 1979, implantou o esquema de
Os medicamentos utilizados consistem na associação de curta duração, o Esquema-1 (E-1).
antibióticos, denominados poliquimioterapia (PQT), que são O país, entretanto, não optou por um único esquema de
adotados conforme a classificação operacional, sendo: tratamento, mas por um “sistema terapêutico” com um
Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 tratamento de primeira linha (E-1); uma variação para o
meses; tratamento da meningoencefalite tuberculosa (Esquema-2
Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 (E-2) e, um tratamento de reserva, para os falidos com o E-1
doses em até 18 meses. (Esquema-3 (E-3)(3). Passados mais de 30 anos, a grande
eficácia do E-1 (2RHZ/4RH) continua indiscutível, embora as
Prevenção taxas crescentes de abandono do tratamento venham
Apesar de não haver uma forma de prevenção causando níveis decrescentes de sua efetividade. O mesmo
especifica, existem medidas que podem evitar as não parece ocorrer com a opção de reserva, o E-3
incapacidades e as formas multibacilares, tais como: (SZEEt/9EEt).
Diagnóstico precoce. Elaborado com base nos conhecimentos e ofertas de
Exame dos contatos intradomiciliares (pessoas que medicamentos existentes na época, associa drogas com
residem ou residiram nos últimos cinco anos com o maior potencial de toxicidade e menor poder bactericida.
paciente). Essas características podem fazer supor que seus
Aplicação da BCG (ver item vacinação). resultados práticos sejam inferiores aos do E-1.
Uso de técnicas de prevenção de incapacidades. No Brasil, entre outros sucessos recentes que podem
concorrer para fortalecer as ações de controle e, assim,
Controle colocar a tuberculose em foco, destacam-se: Revisão do
O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico Manual de Normas para o Controle da Tuberculose.
precoce de casos, seu tratamento e cura, visando eliminar Este trabalho, realizado pelo Comitê Técnico-Científico de
fontes de infecção e evitar sequelas. Assessoramento à Tuberculose com a colaboração do Comitê
A detecção de casos novos de hanseníase em menores Assessor para a co-infecção HIV-Tuberculose, ambos do
de 15 anos foi adotada como principal indicador de Ministério da Saúde, a ser editado pelo Centro de Referência
monitoramento da endemia, com meta de redução Hélio Fraga da Fundação Nacional de Saúde, procurou retratar
estabelecida em 10%, até 2011 e está inserida no Programa a inteligência e o conhecimento do país nesta área.
Mais Saúde: Direitos de Todos (2008-2011). Os autores consideraram o aporte advindo das
O Programa Nacional de Controle da Hanseníase experiências e práticas internacionais de campo, sem
(PNCH) estabeleceu diretrizes operacionais para a execução descuidar-se da importância dos saberes adquiridos ao
de diferentes ações, articuladas e integradas, que pudessem longo de mais de cinquenta anos de luta organizada contra a
em todas as frentes de trabalho propiciar às pessoas que tuberculose no Brasil.
adoecem sejam atendidas nas suas necessidades e direitos. Houve um consenso de que este documento deveria ser
Sem perder de vista o desafio da horizontalização e da mais abrangente que o anterior, de tal sorte a não só definir
descentralização, organizou-se as ações do PNCH, a partir a norma técnica aplicada na ponta do sistema, mas também
de cinco componentes/áreas: vigilância epidemiológica; oferecer elementos de doutrina aos níveis de formação de
gestão; atenção integral; comunicação e educação e recursos humanos e de organização do programa.
pesquisa. Entre muitos tópicos revisados ou introduzidos, cabe
destacar: o tratamento supervisionado - na verdade uma
Tuberculose variante dele, os métodos avançados de diagnóstico, a
A literatura internacional vem classificando a tuberculose tuberculose na criança e no adolescente, o tratamento da
como ”reemergente no mundo”. associação tuberculose/HIV, o manejo das reações adversas às
Tal classificação, entretanto, não corresponde à drogas antituberculosas, as medidas de controle ocupacional -
realidade, se considerarmos que doenças reemergentes são biossegurança, e, muito importante, um capítulo novo sobre a
aquelas que reaparecem após um período de declínio estrutura por módulos, operacionalização, programação,
significativo, o que não se adequa à tuberculose. supervisão, avaliação e sistema de informação do Programa de
Sua incidência mantém-se alta há muito tempo nos Controle da Tuberculose.
países em desenvolvimento, onde é amplamente dominante. A contribuição da Dra. Margareth Dalcolmo que validou o
Reemerge, apenas, em áreas restritas dos países principal regime de tratamento normalizado pelo PNCT, e
desenvolvidos, seja pela co-ínfecção do M. tuberculosis e o apresentou a este Programa alternativas de regimes
HIV, por bolsões de pobreza, como pela imigração de intermitentes cuja eficácia ficou comprovada, merece
populações pobres para regiões mais desenvolvidas. destaque neste repasse de focalização da tuberculose.
A questão que realmente importa é por que uma doença Em verdade, o estudo conduzido pela Dra. Dalcolmo - um
milenar como a tuberculose, cujas estratégias de controle, ensaio clínico, randomizado, controlado, multicêntrico sobre
cujos cuidados preventivos, terapêuticos e profiláticos são quimioterapia intermitente parcialmente supervisionada, tema de
sobejamente conhecidos não foi dominada e continua sua tese de doutorado apresentada à Universidade Federal de
matando milhões de pessoas a cada ano? São Paulo, ofereceu um aporte da maior valia para dirimir velhas
Infelizmente, o desenvolvimento de esquemas questões sobre tratamento auto administrado diário versus
quimioterápicos cada vez mais práticos e efetivos não se supervisionado intermitente.
traduziu em redução da sua magnitude, mantendo-a como Observando rigorosa metodologia científica, a autora
uma doença ainda não controlada em grande parte do comparou três regimes: 2RHZ/4RH autoadministrado, diário,
mundo. esquema 1 do PNCT; 2RHZ/4R2H2 auto-administrado,
Doença com profundas raízes sociais, a tuberculose é intermitente e 2RHZ/4R2H2 supervisionado uma vez por
adubada pela fome e por condições desfavoráveis de semana, intermitente. Ao final concluiu que os regimes diário e
habitação e de saneamento. intermitente eram semelhantes em sua efetividade para a cura e
Enquanto esses problemas existirem, enquanto as que os três regimes estudados não apresentaram diferenças
desigualdades sociais se mantiverem em patamares significantes quanto às taxas de cura e abandono e, concluiu
absurdos, a tuberculose continuará sendo um problema de mais que os resultados obtidos - superiores aos registrados pelo
Saúde Pública. PNCT - não se devem à supervisão isoladamente, mas também
A descoberta e o consequente tratamento adequado do a um complexo de fatores presentes na investigação e
doente são consideradas as principais estratégias de relacionados com a organização do serviço e a oferta de alguns
intervenção sobre a doença. incentivos aos pacientes e ao pessoal.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Em outras palavras, este estudo confirmou uma velha • Medir: - pressão arterial em duas posições
sentença - o resultado do tratamento da tuberculose é (deitado/sentado e em pé); - frequência do pulso; -
função da qualidade da atenção oferecida pelo serviço de temperatura axilar.
saúde. • Realizar prova do laço.
Como parte da política de desenvolvimento de ações • Se indicado, coletar sangue para realização de
básicas, crescem no Ministério da Saúde, os esforços para hemograma e plaquetas na urgência.
estender o Programa de Saúde da Família e, bem assim, o • Coletar sangue para sorologia e/ou isolamento viral no
de Agentes Comunitários de Saúde. momento apropriado.
A tuberculose é pioneira em viabilizar, em todos os • Preencher o cartão da dengue.
níveis de atendimento, as ações recomendadas para seu • Notificar todo caso suspeito em duas vias (uma para
controle. Há quarenta anos, o Comitê de Peritos em epidemiologia e uma para o laboratório/sorologia). Em caso
Tuberculose da OMS, dizia em seu sétimo informe que este de solicitação de isolamento viral preencher 3ª via.
é um problema da comunidade cujo controle deve ser
planificado e organizado como parte dos programas gerais Roteiro de atendimento
de saúde pública. Histórico de enfermagem (entrevista e exame físico)
Em 1964, este mesmo Comitê, em seu oitavo informe, a) Data do início dos sintomas.
com base no desenvolvimento e simplificação das técnicas, b) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar,
definia os requisitos para o Programa de Controle da frequência respiratória, temperatura.
Tuberculose que compreendiam, entre outros, a necessidade c) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice
de ter cobertura nacional e ser uma ação permanente e de massa corporal (IMC).
integrada nas atividades dos serviços gerais de saúde. d) Pesquisar sinais de alarme.
Com os postulados da Conferência de Alma Ata, de e) Realizar prova do laço na ausência de manifestações
1978, sobre a Atenção Primária de Saúde, que destacaram a hemorrágicas.
política intersetorial, a distribuição equitativa dos recursos, a f) Segmento da pele: pesquisar pele fria ou quente,
participação da comunidade e a necessidade de oferecer sinais de desidratação, exantema, petéquias, hematomas,
atendimento na ponta do sistema, ali na área de encontro do sufusões e outros.
indivíduo com o serviço de saúde, firmou-se uma g) Segmento cabeça: observar sensibilidade à luz,
consciência de que só a descentralização poderia levar, para edema subcutâneo palpebral, hemorragia conjuntival,
bem perto de quem necessita, os recursos básicos de saúde petéquias de palato, epistaxe e gengivorragia.
viabilizados pela simplificação da tecnologia. h) Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto
No Brasil, as estratégias de descentralização e respiratório, de derrame pleural e pericárdico.
integração de atividades, base de sustentação do Programa i) Segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia,
de Controle da Tuberculose, datam da década de setenta e ascite, timpanismo, macicez e outros.
têm sua eficiência comprovada. Qualquer iniciativa que j) Segmento neurológico: pesquisar cefaleia, convulsão,
possa ampliar e tornar mais efetivas estas ações, como esta sonolência, delírio, insônia, inquietação, irritabilidade e
de incorporar a prática das medidas de controle da depressão.
tuberculose às demais atividades das equipes dos k) Sistema músculo-esquelético: pesquisar mialgias,
Programas de Saúde da Família e de Agentes Comunitários artragias e edemas.
de Saúde, deve ser aceita e estimulada. Não obstante, deve- l) Realizar a notificação e investigação do caso.
se ter presente que as atividades destas equipes não m) Registrar no prontuário as condutas prestadas de
substituem aquelas realizadas pelo PNCT mas, a elas se enfermagem.
somam.
O controle da tuberculose, por seus princípios, requer Referência de normalidade para pressão arterial em
uma ação permanente, sustentada e organizada como um crianças
sistema em que a porta de entrada pode estar situada tanto - Recém-Nascido até 92 horas: sistólica = 60 a 90mmHg
em um nível mínimo como em um de alta complexidade, diastólica = 20 a 60mmHg
contanto que ao doente, quando necessário, seja - Lactentes < de 1 ano: sistólica = 87 a 105mmHg
assegurado o direito de fluir para os níveis de maior diastólica = 53 a 66mmHg
qualificação. Espera-se que as forças comprometidas com a Pressão média sistólica (percentil 50) para crianças > de
luta contra a tuberculose não deixem passar este momento 1 ano = idade em anos x 2 + 90
em que o grave problema social desta pandemia, ao lado de Para determinar hipotensão arterial, considerar: pressão
outras, figura entre as políticas voltadas para o rompimento sistólica limite inferior (percentil 5) para crianças > de 1 ano:
do ciclo vicioso doença e pobreza, aprovadas pelos idade em anos x 2 + 70.
organismos internacionais de desenvolvimento social e Achados de pressão arterial sistólica abaixo deste
econômico. percentil ou valor sinaliza hipotensão arterial.
- Em crianças, usar manguito apropriado para a idade e
Dengue peso.
Cabe ao profissional de enfermagem coletar e registrar
dados da forma mais detalhada possível no prontuário do Prova do laço
paciente. A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente
Esses dados são necessários para o planejamento e a em todos os casos suspeitos de dengue durante o exame
execução dos serviços de assistência de enfermagem. físico.
- Desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área
Como identificar um caso suspeito de dengue ao redor da falange distal do polegar) no antebraço da
Paciente com febre há menos de 7 dias, acompanhada pessoa e verificar a pressão arterial (deitada ou sentada). •
de pelo menos dois dos seguintes sintomas: • Cefaléia; Calcular o valor médio: (PAS+PAD)/2.
• Dor retro-orbitária; - Insuflar novamente o manguito até o valor médio e
• Mialgia; manter por cinco minutos em adultos (em crianças, 3
• Artralgia; minutos) ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses.
• Prostração; - Contar o número de petéquias no quadrado. A prova
• Exantema. será positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e
Pesquisar situações que aumentam o risco de evolução 10 ou mais em crianças.
desfavorável e ficar atento ao diagnóstico diferencial.
• Pesquisar sinais e sintomas de alarme durante A prova do laço é importante para a triagem do
anamnese e exame físico. paciente suspeito de dengue, pois é a única manifestação
• Pesquisar sinais de choque durante exame físico. hemorrágica de FHD representando a fragilidade capilar.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Sinais de alarme saúde de notificação compulsória (Portaria GM nº 2.325, de
a) Dor abdominal intensa e contínua. 8 de dezembro de 2003) ou de interesse nacional, estadual
b) Vômitos persistentes. ou municipal, e encaminhada pelas unidades assistenciais
c) Hipotensão postural e/ou lipotímia. aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância
d) Hepatomegalia dolorosa. epidemiológica.
e) Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena). É também utilizada para a notificação negativa.
f) Sonolência e/ou irritabilidade.
g) Diminuição da diurese. Notificação negativa - é a notificação da não-ocorrência
h) Diminuição repentina da temperatura corpórea ou de doenças de notificação compulsória na área de
hipotermia. abrangência da unidade de saúde. Indica que os
i) Aumento repentino do hematócrito. profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas
j) Queda abrupta de plaquetas. para a ocorrência de tais eventos.
k) Desconforto respiratório. A notificação de surtos também deve ser feita por esse
instrumento, obedecendo os seguintes critérios:
Importante: deve-se realizar hidratação oral dos - casos epidemiologicamente vinculados de agravos
pacientes com suspeita de dengue ainda na sala de espera inusitados. Sua notificação deve estar consoante com a
enquanto aguardam consulta médica. abordagem sindrômica, de acordo com as seguintes
• Volume diário da hidratação oral: categorias: síndrome diarréica aguda, síndrome ictérica
• Adultos: 60-80 ml/kg/dia aguda, síndrome hemorrágica febril aguda, síndrome
• Crianças (< 13 anos de idade): orientar paciente e o respiratória aguda, síndrome neurológica aguda e síndrome
cuidador para hidratação, de preferência por via oral com da insuficiência renal aguda, dentre outras;
volume de líquidos estimados de acordo com o peso (Regra de - casos agregados, constituindo uma situação epidêmica de
Holliday-Segar): - 100 ml/kg/dia até 10 Kg de peso corporal - doenças não constantes da lista de notificação compulsória;
1.000 ml + 50 ml/kg/d para cada kg entre 10 e 20 kg e - 1.500 ml - casos agregados das doenças constantes da lista de
+ 20 ml/kg/d para cada kg de peso corporal acima de 20 Kg - notificação compulsória, mas cujo volume de notificações
Observação: acrescentar 50 a 100 ml (crianças menores de 2 operacionalmente inviabiliza o seu registro individualizado.
anos) ou 100 a 200 ml (crianças maiores de 2 anos de idade)
para eventuais perdas por vômitos e diarreia. Ficha Individual de Investigação (FII) - na maioria das
• Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral vezes, configura-se como roteiro de investigação, distinto
(SRO) e o restante através da oferta de água, sucos e chás. para cada tipo de agravo, devendo ser utilizado,
• Especificar em receita médica ou no cartão da dengue preferencialmente, pelos serviços municipais de vigilância ou
o volume a ser ingerido. unidades de saúde capacitadas para a realização da
• Manter a hidratação durante todo o período febril e por investigação epidemiológica.
até 24-48 horas após a de fervescência da febre. Esta ficha, como referido no tópico sobre investigação de
• A alimentação não deve ser interrompida durante a surtos e epidemias, permite obter dados que possibilitam a
hidratação, mas administrada de acordo com a aceitação do identificação da fonte de infecção e mecanismos de
paciente. O aleitamento materno dever ser mantido e transmissão da doença.
estimulado. Os dados, gerados nas áreas de abrangência dos
respectivos estados e municípios, devem ser consolidados e
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS analisados considerando aspectos relativos à organização,
sensibilidade e cobertura do próprio sistema de notificação,
bem como os das atividades de vigilância epidemiológica.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE
Além dessas fichas, o sistema também possui planilha e
NOTIFICAÇÃO (SINAN)
boletim de acompanhamento de surtos, reproduzidos pelos
O mais importante sistema para a vigilância
municípios, e os boletins de acompanhamento de
epidemiológica foi desenvolvido entre 1990 e 1993, visando
hanseníase e tuberculose, emitidos pelo próprio sistema.
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória
A impressão, distribuição e numeração desses formulários é
de Doenças (SNCD) e substituí-lo, tendo em vista o razoável
de responsabilidade do estado ou município. O sistema conta,
grau de informatização disponível no país.
ainda, com módulos para cadastramento de unidades
O Sinan foi concebido pelo Centro Nacional de
notificadoras, população e logradouros, dentre outros.
Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus e da
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para ser operado a
A Figura 1 traz o fluxo de informação definido pelo
partir das unidades de saúde, considerando o objetivo de
Ministério da Saúde.
coletar e processar dados sobre agravos de notificação em
Após o preenchimento dos referidos formulários, as
todo o território nacional, desde o nível local.
fontes notificadoras deverão encaminhá-los para o primeiro
Mesmo que o município não disponha de
nível informatizado.
microcomputadores em suas unidades, os instrumentos deste
A partir daí, os dados serão enviados para os níveis
sistema são preenchidos neste nível e o processamento
hierárquicos superiores por meio magnético (arquivos de
eletrônico é feito nos níveis centrais das secretarias municipais
transferência gerados pelo Sistema).
de saúde (SMS), regional ou secretarias estaduais (SES).
É alimentado, principalmente, pela notificação e
Figura 1: Fluxo de informação do Sinan.
investigação de casos de doenças e agravos constantes da
lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de
saúde regionalmente importantes.
Por isso, o número de doenças e agravos contemplados
pelo Sinan, vem aumentando progressivamente desde seu
processo de implementação, em 1993, sem relação direta com a
compulsoriedade nacional da notificação, expressando as
diferenças regionais de perfis de morbidade registradas no
Sistema.
No Sinan, a entrada de dados ocorre pela utilização de
alguns formulários padronizados:
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Os agravos e doenças relacionados abaixo devem ser - cabe ao 1º nível informatizado emitir o boletim de
prontamente notificados às Secretarias Estaduais de Saúde, acompanhamento para os municípios não-informatizados;
as quais deverão informar tal fato imediatamente à - após retornar das unidades os boletins devem ser
Secretaria de Vigilância em Saúde, por meio do correio analisados criticamente e as correções devem ser solicitadas
eletrônico notifica@saude. gov.br ou às áreas técnicas do de imediato à unidade de saúde;
Ministério da Saúde responsáveis por seu acompanhamento, - a digitação das informações na tela de
sem prejuízo do registro das notificações pelos acompanhamento e arquivamento dos boletins deve ser
procedimentos rotineiros do Sinan. realizada no 1º nível informatizado.
Agravos de notificação imediata via fax, telefone ou e- O encerramento das investigações referentes aos casos
mail, além da digitação e transferência imediata por meio notificados como suspeitos e/ou confirmados deve ocorrer
magnético, no Sinan. até o prazo máximo de 60 dias da data de notificação,
exceto:
Caso suspeito de:
Febre hemorrágica do dengue Sarampo e
Botulismo 30 dias da data de notificação
rubéola
Hantavirose
Carbúnculo ou antraz Gestante HIV+ 540 dias da data do
Paralisia flácida aguda e criança exposta parto/nascimento da criança exposta
Cólera
Peste Leishmaniose
Difteria tegumentar
Raiva humana americana e 180 dias da data de notificação
Doença meningocócica leishmaniose
Varíola visceral
Febre amarela
Síndrome da 180 dias da data de nascimento
Tularemia
rubéola congênita da criança
Caso confirmado de: Hepatites
240 dias da data de notificação
Poliomielite virais
Tétano neonatal A partir da data do diagnóstico,
Sarampo 270 dias para os casos
paucibacilares (PB) e 540 dias para
Surto, agregação de casos ou agregação de óbitos os casos multibacilares (MB)
por:
Agravos inusitados Hanseníase Para os casos que abandonam o
Doenças de etiologia não esclarecida tratamento:
Febre hemorrágica ou etiologia não esclarecida PB - 2 anos após a data do
Propõe-se, de maneira geral, que as fichas individuais de diagnóstico
notificação sejam preenchidas pelos profissionais de saúde MB - 4 anos após a data do
nas unidades assistenciais, as quais devem manter uma diagnóstico
segunda via arquivada pois a original é remetida para o
serviço de vigilância epidemiológica responsável pelo 270 dias para os casos em
desencadeamento das medidas de controle necessárias. tratamento de esquema I e IR
Este, por sua vez, além dessa incumbência, deve 360 dias para os casos em
encaminhar os formulários para o setor de digitação das tratamento de esquema II e 50 dias
secretarias municipais, para que posteriormente os arquivos Tuberculose para os casos em tratamento de
de transferência sejam enviados por meio magnético às esquema III, após a data do
secretarias estaduais e, em seguida, ao Ministério da Saúde, diagnóstico, conforme normas
conforme periodicidade definida na Figura 2. do Manual Técnico para Controle da
Tuberculose
Figura 2: Periodicidade para envio dos arquivos de
transferência do Sinan.
Preconiza-se que em todas as instâncias os dados
aportados pelo Sinan sejam consolidados e analisados e que
haja uma retroalimentação dos níveis que o precederam,
além de sua redistribuição, segundo local de residência dos
pacientes objetos das notificações.
No nível federal, os dados do Sinan são processados,
analisados juntamente com aqueles que chegam por outras
vias e divulgados pelo Boletim Epidemiológico do SUS e
informes epidemiológicos eletrônicos, disponibilizados no
site www.saude.gov.br.
Casos de hanseníase e tuberculose, além do Ao contrário dos demais sistemas, em que as críticas de
preenchimento da ficha de notificação/investigação, devem consistência são realizadas antes do seu envio a qualquer
constar do boletim de acompanhamento, visando a outra esfera de governo, a necessidade de
atualização de seu acompanhamento até o encerramento desencadeamento imediato de uma ação faz com que,
para avaliação da efetividade do tratamento, de acordo com nesse caso, os dados sejam remetidos o mais rapidamente
as seguintes orientações: possível, ficando a sua crítica para um segundo momento -
- o primeiro nível informatizado deve emitir o Boletim de quando do encerramento do caso e, posteriormente, o da
Acompanhamento de Hanseníase e Tuberculose, análise das informações para divulgação.
encaminhando-o às unidades para complementação dos No entanto, apesar desta peculiaridade, esta análise é
dados; fundamental para que se possa garantir uma base de dados
- os meses propostos para a alimentação da informação com qualidade, não podendo ser relegada a segundo plano,
são, no mínimo: janeiro, abril, julho e outubro, para a tendo em vista que os dados já foram encaminhados para os
tuberculose; janeiro e julho, para a hanseníase; níveis hierárquicos superiores.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
A partir da alimentação do banco de dados do Sinan, cuidado com a própria espiritualidade, da solidariedade para
pode-se calcular a incidência, prevalência, letalidade e com os outros, da responsabilidade de manter a harmonia
mortalidade, bem como realizar análises de acordo com as social, da justiça como uma atitude etc.
características de pessoa, tempo e lugar, particularmente no Assim entendemos que a saúde tem que ser analisada
que tange às doenças transmissíveis de notificação de forma universal, em todos seus fatores, baseada
obrigatória, além de outros indicadores epidemiológicos e principalmente nas necessidades humanas básicas
operacionais utilizados para as avaliações local, municipal, essenciais no dia a dia ao ser humano.
estadual e nacional. A harmonia de todas essas necessidades tem o que
As informações da ficha de investigação possibilitam entendemos de estar com saúde.
maior conhecimento acerca da situação epidemiológica do A consolidação do conhecimento sobre a saúde cultural
agravo investigado, fontes de infecção, modo de transmissão brasileira se completa com a proposição de estratégias que
e identificação de áreas de risco, dentre outros importantes permitam o estabelecimento de políticas e programas
dados para o desencadeamento das atividades de controle. voltados à correção da desigualdade social e discriminação.
A manutenção periódica da atualização da base de (Nébia, 2005).
dados do Sinan é fundamental para o acompanhamento da No intuito do estabelecimento da saúde a todos os
situação epidemiológica dos agravos incluídos no Sistema. cidadãos foi criado a Atenção Básica que se caracteriza por
Dados de má qualidade, oriundos de fichas de um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e
notificação ou investigação com a maioria dos campos em coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde,
branco, inconsistências nas informações (casos com a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
diagnóstico laboratorial positivo, porém encerrado como reabilitação e a manutenção da saúde, depois
critério clínico) e duplicidade de registros, entre outros regulamentado com o Plano Nacional da Atenção Básica –
problemas frequentemente identificados nos níveis PNAB.
estadual ou federal, apontam para a necessidade de uma É desenvolvida por meio do exercício de práticas
avaliação sistemática da qualidade da informação coletada gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob
e digitada no primeiro nível hierárquico de entrada de forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de
dados no Sistema, que torna possível a obtenção de dados territórios bem delimitados, pelas quais assume a
confiáveis, indispensáveis para o cálculo de indicadores responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade
extremamente úteis, tais como as taxas de incidência, existente no território em que vivem essas populações.
letalidade, mortalidade e coeficiente de prevalência, entre A Atenção Básica foi gradualmente se fortalecendo e
outros. deve se constituir como porta de entrada preferencial do
Roteiros para a realização da análise da qualidade da Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o ponto de partida
base de dados e cálculos dos principais indicadores para a estruturação dos sistemas locais de saúde.
epidemiológicos e operacionais estão disponíveis para os Aprovada e publicada, pode-se afirmar que o ano de
agravos de notificação compulsória, bem como toda a 2006 tem a marca da maturidade no que se refere à Atenção
documentação necessária para a correta utilização do Básica em Saúde.
Sistema (dicionário de dados e instrucionais de Afinal, o Pacto pela Vida definiu como prioridade:
preenchimento das fichas Manual de Normas e Rotinas e consolidar e qualificar a estratégia Saúde da Família como
Operacional). modelo de Atenção Básica e centro ordenador das redes de
Para que o Sinan se consolide como a principal fonte de atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
informação de morbidade para as doenças de notificação A Atenção Básica considera o sujeito em sua
compulsória, faz-se necessário garantir tanto a cobertura singularidade, na complexidade, na integralidade e na
como a qualidade das informações. inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a
Sua utilização plena, em todo o território nacional, prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos
possivelmente possibilitará a obtenção dos dados ou de sofrimentos que possam comprometer suas
indispensáveis ao cálculo dos principais indicadores possibilidades de viver de modo saudável.
necessários para o monitoramento dessas doenças, gerando A Atenção Básica tem a Saúde da Família como
instrumentos para a formulação e avaliação das políticas, estratégia prioritária para sua organização de acordo com os
planos e programas de saúde, subsidiando o processo de preceitos do Sistema Único de Saúde. (Brasil, 2009)
tomada de decisões e contribuindo para a melhoria da Assim a Atenção Básica é de suma importância para a
situação de saúde da população. Indicadores são variáveis saúde pública brasileira, pois ela é voltada à assistência
susceptíveis à mensuração direta, produzidos com individual e coletiva, buscando a prevenção e promoção da
periodicidade definida e critérios constantes. saúde através da Estratégia Saúde da Família – ESF, que
A disponibilidade de dados, simplicidade técnica, atua em todo o país.
uniformidade, sinteticidade e poder discriminatório são A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de
requisitos básicos para sua elaboração. reorientação do modelo assistencial, operacionalizada
Os indicadores de saúde refletem o estado de saúde da mediante a implantação de equipes multiprofissionais em
população de determinada comunidade. unidades básicas de saúde.
Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA de um número definido de famílias, localizadas em uma área
INTEGRADA A SAÚDE DA CRIANÇA, geográfica delimitada.
As equipes atuam com ações de promoção da saúde,
MULHER, HOMEM, ADOLESCENTE E IDOSO prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos
mais frequentes, e na manutenção da saúde desta
Atenção Básica e Estratégia Saúde da Família comunidade. (Brasil, 2009).
Saúde é estar bem. Temos saúde quando não sentimos No sentido de operacionalizar os enunciados
dores, quando nada em nosso corpo indica que estamos constitucionais, em 1994, o Ministério da Saúde adotou
doentes. É quando podemos realizar nossas atividades como política, a implementação da ESF. Para que este fosse
cotidianas (trabalhar, brincar, passear etc.). adotado nos municípios houve um movimento para a adesão
E para isso é preciso que tenhamos trabalho, moradia, dos mesmos ao convênio proposto, a partir do ano de 1994.
alimentação, educação, amor da família e de outros entes Esta Estratégia priorizou as ações de promoção,
queridos, necessidades básicas atendidas, o direito de proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e das
sonhar e desejar. (Nébia, 2005). famílias, nos diferentes momentos do ciclo de vida, de forma
Para a OMS a saúde depende de diversas condições: do integral e contínua, por meio de ações e intervenções das
meio ambiente em que a pessoa vive do equilíbrio ecológico, equipes de saúde, que promovem e desenvolvem o
do equilíbrio afetivo entre as pessoas, do conhecimento do atendimento à saúde na Unidade Local de Saúde e na
próprio corpo, da visão da vida como uma passagem, do própria comunidade. (Oliveira, 2008).
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
O Programa Saúde da Família (PSF) como estratégia de Foram considerados áreas prioritárias o
reorganização da atenção à saúde propõe uma assistência acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento, a
diferenciada, que vê o indivíduo como um todo e prioriza as sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental, a saúde
ações de promoção de saúde uma nova relação de confiança, reprodutiva, a saúde do escolar ao adolescente, a prevenção
de atenção e de respeito. Esta relação fortalece o vínculo e o de acidentes, o trabalho cultural, o lazer e o esporte.
envolvimento entre profissionais e usuários favorecendo o ato de
cuidar. Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador –
Assim, a proposta do PSF de certa forma, visa trabalhar PAST
o cuidado com a família e a comunidade numa perspectiva O processo de trabalho causa desgaste à saúde do
cultural e transpessoal, referindo ações de cuidado humano trabalhador, o que muitas vezes traduz-se pelo adoecimento
com ações mais humanísticas. (Medeiros, 2008) do corpo. Efeitos positivos ou negativos podem ser
Cada equipe interdisciplinar é responsável por no máximo produzidos sobre nossa saúde em função da forma de
4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 organização e execução do trabalho. Compreender como se
habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para dá o processo de desenvolvimento da doença a partir da
todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico, relação do homem (e das coletividades) com o trabalho é
enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de Enfermagem uma tarefa complexa, já que o trabalho organiza a vida do
e Agentes Comunitários de Saúde. (Brasil, 2009). homem nas coletividades.
O trabalho junto à ESF deve, primeiramente, levar em conta
o conhecimento da realidade do território onde se vai atuar, o Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso –
que significa ir além dos muros da Unidade de Saúde (US). É PAISI
fundamental conhecer o modo de vida da população da área de Segundo o Ministério da Saúde (2001), o objetivo
abrangência da Unidade de Saúde e assim, identificar como são fundamental do PAISI é “conseguir a manutenção de um
determinadas as doenças e mortes das pessoas que ali vivem, estado de saúde com a finalidade de atingir um máximo de
pois será fundamentado nesta realidade que se promoverá a vida ativa, na comunidade, junto à família com o maior grau
assistência à saúde. Esta estratégia de ação em saúde se possível de independência funcional e autonomia”.
contrapõe às propostas de criação de programas de atenção à A partir dele, algumas soluções vem sendo propostas.
saúde que foram, historicamente, aplicados indistintamente em No âmbito da promoção à saúde, a ênfase está na difusão
todo o território nacional o que não gerou as mudanças na de informações sobre o idoso para: o próprio idoso, sua
saúde da população (BRASIL, 2009). família, seus cuidadores, a sociedade em geral.
Na Atenção Básica são desenvolvidos programas de
atenção à saúde a cada grupo de pessoas segundo NÉBIA CONDUTA ÉTICA DOS
foram distribuídos assim:
PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto –
PAISA ÉTICA: se refere à reflexão crítica sobre o
A priorização de alguns agravos específicos (hipertensão comportamento humano e no ensino de enfermagem a
arterial, diabetes mellitus, tuberculose, hanseníase), pautada disciplina faz “parar para pensar” a responsabilidade
no perfil epidemiológico da população, veio articular ações profissional, busca da autonomia, do agir com competência,
de caráter individual e coletivo. em mobilizar conhecimentos para julgar e eleger decisões
É fato comprovado que a promoção de programas para a prática profissional democrática. Ao conceituar ética,
educativos pode reduzir bastante o número de hospitalizações, enquanto disciplina, FORTES (1998) se refere à reflexão
melhorar significativamente as complicações agudas e crônicas, crítica sobre o comportamento humano, reflexão que
além de prevenir ou retardar o aparecimento de enfermidades. interpreta, discute e problematiza, investiga os valores,
Foi baseado nestes dados, juntamente com a demanda princípios e o comportamento moral, à procura do “bom”, da
detectada na comunidade, que surgiu o Programa de “boa vida”, do “bem-estar da vida em sociedade”. A tarefa da
Assistência Integral à Saúde do Adulto (PAISA). O PAISA atua ética é à procura de estabelecimento das razões que
na promoção dos cuidados primários de saúde junto à justificam o que “deve ser feito”, e não o “que pode ser feito”.
comunidade adulta, enfocando preventivamente as É a procura das razões de fazer ou deixar de fazer algo, de
complicações da hipertensão arterial, bem como as aprovar ou desaprovar algo, do que é bom e do que é mau,
transformações pelas quais passam os indivíduos a partir da 5ª do justo e do injusto. A ética pode ser considerada como
década de vida. uma questão de indagações e não de normatização do que é
certo e do que é errado. A Ética teria surgido com Sócrates,
Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher – pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica as
PAISM normas morais, pois leva o homem a agir não só por
Os conteúdos da assistência integral à saúde da mulher tradição, educação ou hábito, mas principalmente por
serão desenvolvidos através de atividades de assistência convicção e inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética
clínico-ginecológica, assistência pré-natal e assistência ao é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente
parto e puerpério imediato. Por assistência clínico-ginecológica prática. Uma completa a outra, havendo um inter-
compreende-se o conjunto de ações e procedimentos voltados relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o
para a identificação, diagnóstico e tratamento das patologias conhecer e o agir são indissociáveis.
sistêmicas e das patologias do aparelho reprodutivo, inclusive
a prevenção do câncer de colo uterino e mama, e orientação MORAL: é um conjunto de normas que regulam o
sobre planejamento familiar. comportamento do homem em sociedade, e estas normas são
adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano.
Programa de Atenção à Saúde da Criança – PAISC Durkheim explicava Moral como à “ciência dos costumes”,
Envolve o acompanhamento do crescimento e sendo algo anterior à própria sociedade. A Moral tem caráter
desenvolvimento, aleitamento materno e orientação para o obrigatório. A Moral sempre existiu, pois todo ser humano
desmame, controle de doenças diarréicas, controle de possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do
infecções respiratórias agudas e controle de doenças que se mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o
podem prevenir por imunização. homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu
nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos.
Programa de Atenção à Saúde do Adolescente –
PROSAD DEONTOLOGIA: O termo Deontologia surge das palavras
As ações básicas propostas pelo PROSAD gregas “déon, déontos” que significa dever e “lógos” que se
fundamentam-se numa política de promoção de saúde, traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria
identificação de grupos de risco, detecção precoce dos o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e
agravos, tratamento adequado e reabilitação. normas adotadas por um determinado grupo profissional.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
A deontologia é uma disciplina da ética especial condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde
adaptada ao exercício da uma profissão. Existem inúmeros dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.
códigos de deontologia, sendo esta codificação da Segundo a O.M.S.-Organização Mundial de Saúde, a
responsabilidade de associações ou ordens profissionais. verificação de condições de Higiene e Segurança consiste
Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as "num estado de bem-estar físico, mental e social e não
grandes declarações universais e esforçam-se por traduzir o somente a ausência de doença e enfermidade ".
sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto,
às particularidades de cada país e de cada grupo A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto
profissional. Para, além disso, estes códigos propõem de vista não médico, as doenças profissionais, identificando
sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o
para os infratores do mesmo. trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos
Alguns códigos não apresentam funções normativas e profissionais (condições inseguras de trabalho que podem
vinculativas, oferecendo apenas uma função reguladora. A afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
declaração dos princípios éticos dos psicólogos da
Associação dos Psicólogos Portugueses, por exemplo, é A segurança do trabalho propõe-se combater,
exclusivamente um instrumento consultivo. Embora os também dum ponto de vista não médico, os acidentes de
códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma trabalho, quer eliminando as condições inseguras do
garantia de conformidade com os Direitos Humanos, esses ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem
podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de medidas preventivas.
uma determinada área ou grupo de questões, relativas a Para além disso, as condições de segurança, higiene e
toda a sociedade, por um conjunto de profissionais. saúde no trabalho constituem o fundamento material de
qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e
BIOÉTICA: No termo bioética, bio representa o contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade
conhecimento biológico, a ciência dos sistemas viventes, com diminuição da sinistralidade.
enquanto ética, representa o conhecimento dos sistemas dos
valores humanos. O nascimento da bioética como disciplina - Segurança ; Estudo, avaliação e controlo dos riscos de
coincide, com um retorno do interesse da parte da ética operação
filosófica pela ética prática; um interesse motivado pela
urgência de fornecer um adequado fundamento ao debate - Higiene ; Identificar e controlar as condições de
público e as legislações e de conduzir o diálogo no contexto trabalho que possam prejudicar a saúde do trabalhador
das sociedades pluralistas e democráticas.
A bioética atribui-se a função fascinante de dar plenitude - Doença Profissional ; Doença em que o trabalho é
de sentido, conhecimentos no campo das ciências da vida e determinante para o seu aparecimento.
da saúde e orientar a expansão dos conhecimentos técnicos
e científicos para o bem autêntico e integral da pessoa FATORES QUE AFETAM A HIGIENE E SEGURANÇA
humana. A definição mais aceita do termo bioética é, sem Em geral a atividade produtiva encerra um conjunto de
dúvida aquela dada pela - Enciclopédia da Bioética: “É o riscos e de condições de trabalho desfavoráveis em
estudo sistemático do comportamento perspectivo a luz dos resultado da especificidades próprias de alguns processos
valores e princípios morais”. ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e
Segurança costuma ser cuidado com atenção.
PRINCÍPIOS GERAIS DE SEGURANÇA NO Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar
TRABALHO. PREVENÇÃO E CAUSAS um conjunto de fatores relacionados com a negligência ou
desatenção por regras elementares e que potenciam a
DOS ACIDENTES DO TRABALHO. possibilidade de acidentes ou problemas.
PRINCÍPIOS DE ERGONOMIA NO TRABALHO.
Acidentes devido a CONDIÇÕES PERIGOSAS;
Até meados do século 20, as condições de trabalho - Máquinas e ferramentas
nunca foram levadas em conta, sendo sim importante a - Condições de organização (Lay-Out mal feito,
produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença armazenamento perigoso, falta de Equipamento de Proteção
ou mesmo à morte dos trabalhadores. Individual - E.P.I.)
Para tal contribuíam dois fatores, uma mentalidade em - Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio,
que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível poeiras, ruído)
e uma total ausência por parte dos Estados de leis que Acidentes devido a ACÕES PERIGOSAS;
protegessem o trabalhador. - Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)
Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem as - Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
primeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadores em - Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal,
atividades devidamente adequadas às suas capacidades. manobrar empilhadores à Fangio, distrações, brincadeiras)
Atualmente em Portugal existe legislação que permite
uma proteção eficaz de quem integra atividades industriais, AS PERDAS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse
melhor meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e até que ponto as condições de trabalho e a produtividade se
os Trabalhadores na salvaguarda dos aspectos relacionados encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a percepção
com as condições ambientais e de segurança de cada posto da incidência econômica dos acidentes de trabalho onde só
de trabalho. eram considerados inicialmente os custos diretos
Na atualidade, em que certificações de Sistemas de (assistência médica e indenizações) e só mais tarde se
Garantia da Qualidade e Ambientais ganham tanta consideraram as doenças profissionais.
importância, as medidas relativas à Higiene e Segurança no
Trabalho tardam em ser implementados pelo que o despertar Na atividade corrente de uma empresa, compreendeu-se
de consciências é fundamental. que os custos indiretos dos acidentes de trabalho são bem
É precisamente este o objetivo principal deste curso, o mais importantes que os custos diretos, através de fatores
de SENSIBILIZAR para as questões da Higiene e Segurança de perda como os seguintes:
no Trabalho. - perda de horas de trabalho pela vítima,
- perda de horas de trabalho pelas testemunhas e
DEFINIÇÕES Responsáveis,
A higiene e a segurança são duas atividades que estão - perda de horas de trabalho pelas pessoas
intimamente relacionadas com o objetivo de garantir encarregadas dos inquéritos,
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- interrupções da produção, Como princípios de prevenção na área da Higiene e
- danos materiais, Segurança industrial, poderemos apresentar os seguintes:
- atraso na execução do trabalho, 1. Tal como se verifica no domínio da segurança, a
- custos inerentes às peritagens e ações legais eventuais, prevenção mais eficaz em matéria de higiene industrial
- diminuição do rendimento durante a substituição. exerce-se, também, no momento da concepção do edifício,
- a retoma de trabalho pela vítima. das instalações e dos processos de trabalho, pois todo o
Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo melhoramento ou alteração posterior já não terá a eficácia
mesmo representar quatro vezes os custos diretos do desejada para proteger a saúde dos trabalhadores e será
acidente de trabalho. certamente muito mais dispendiosa.
A diminuição de produtividade e o aumento do número 2. As operações perigosas (as que originam a poluição
de peças defeituosas e dos desperdícios de material do meio ambiente ou causam ruído ou vibrações) e as
imputáveis à fadiga provocada por horários de trabalho substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a atmosfera
excessivos e por más condições de trabalho, nomeadamente do local de trabalho, devem ser substituídas por operações e
no que se refere à iluminação e à ventilação, demonstraram substâncias inofensivas ou menos nocivas.
que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade de 3. Quando se torna impossível instalar um equipamento
adaptação, tem um rendimento muito maior quando o de segurança coletivo, é necessário recorrer a medidas
trabalho decorre em condições ótimas. complementares de organização do trabalho, que, em
Com efeito, existem muitos casos em que é possível certos casos, podem comportar a redução dos tempos de
aumentar a produtividade simplesmente com a melhoria das exposição ao risco.
condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão das 4. Quando as medidas técnicas coletivas e as medidas
Empresas não explora suficientemente a melhoria das administrativas não são suficientes para reduzir a exposição
condições de higiene e a segurança do trabalho nem mesmo a um nível aceitável, deverá fornecer-se aos trabalhadores
a ergonomia dos postos de trabalho como forma de um equipamento de proteção individual (EPI) apropriado.
aumentar a Produtividade e a Qualidade. 5. Salvo casos excepcionais ou específicos de trabalho, não
A relação entre o trabalho executado pelo operador e as deve considerar-se o equipamento de proteção individual como
condições de trabalho do local de trabalho, passou a ser o método de segurança fundamental, não só por razões
melhor estudada desde que as restrições impostas pela fisiológicas mas também por princípio, porque o trabalhador
tecnologia industrial moderna constituem a fonte das formas pode, por diversas razões, deixar de utilizar o seu equipamento.
de insatisfação que se manifestam sobretudo entre os Um qualquer posto de trabalho representa o ponto
trabalhadores afetos às tarefas mais elementares, onde se juntam os diversos meios de produção (Homem,
desprovidas de qualquer interesse e com caráter repetitivo e Máquina, Energia, Matéria-prima, etc) que irão dar origem a
monótono. uma operação de transformação, daí resultando um produto
Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos ou um serviço.
casos a Produtividade é afetada, pela conjugação de dois Para a devida avaliação das condições de segurança de um
aspectos importantes: Posto de Trabalho é necessário considerar um conjunto de
- um meio ambiente de trabalho que exponha os fatores de produção e ambientais em que se insere esse mesmo
trabalhadores a riscos profissionais graves (causa direta de posto de trabalho. Para que a atividade de um operador decorra
acidentes de trabalho e de doenças profissionais) com o mínimo de risco, têm que se criar diferentes condições
- a insatisfação dos trabalhadores face a condições de passivas ou ativas de prevenção da sua segurança.
trabalho que não estejam em harmonia com as suas Os principais aspectos a levar em contas num diagnóstico
características físicas e psicológicas das condições de segurança (ou de risco) de um Posto de
Em geral as consequências revelam-se numa baixa Trabalho, podem ser avaliados pelas seguintes questões:
quantitativa e qualitativa da produção, numa rotação
excessiva do pessoal e a num elevado absentismo. Claro 1. O LOCAL DE TRABALHO;
que as consequências de uma tal situação variarão segundo - Tem acesso fácil e rápido?
os meios socioeconômicos. - É bem iluminado?
Fica assim explicado que as condições de trabalho e as - O piso é aderente e sem irregularidades?
regras de segurança e Higiene correspondentes, constituem um - É suficientemente afastado dos outros postos de
fator da maior importância para a melhoria de desempenho das Trabalho?
Empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em - As escadas têm corrimão ou proteção lateral?
condições de menor absentismo e sinistralidade.
Por parte dos trabalhadores de uma Empresa, o 2. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
Emprego não deve representar somente o trabalho que se - As cargas a movimentar são grandes ou pesadas?
realiza num dado local para auferir um ordenado, mas - Existem e estão disponíveis equipamento de transporte
também uma oportunidade para a sua valorização pessoal e auxiliar?
profissional, para o que contribuem em mito as boas - A cadencia de transporte é elevada?
condições do seu posto de trabalho. - Existem passagens e corredores com largura
Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos compatível?
humanos e monetários e a longo prazo garantir a - Existem marcações no solo delimitando zonas de
competitividade da Empresa, deverá prestar-se maior atenção movimentação?
às condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus - Existe carga exclusivamente Manual?
colaboradores, reconhecendo-se que, uma Empresa
desempenha não só uma função técnica e econômica mas 3. POSIÇÕES DE TRABALHO;
também um importante papel social. - O Operador trabalha de pé muito tempo?
- O Operador gira ou baixa-se frequentemente?
SEGURANÇA DO POSTO DE TRABALHO - O operador tem que e afastar para dar passagem a
SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO máquinas ou outros operadores?
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir - A altura e a posição da máquina é adequada?
ou eliminar as possibilidades de ocorrerem problemas de - A distancia entre a vista e o trabalho é correta?
segurança com o Trabalhador. A prevenção consiste na
adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão 4. CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS DO TRABALHO
de que a segurança física do operador possa ser colocada - O trabalho é em turnos ou normal?
em risco durante a realização do seu trabalho. Nestes - O Operador realiza muitas Horas extras?
termos, pode-se acrescentar que as medidas a tomar no - A Tarefa é de alta cadencia de produção?
domínio da higiene industrial não diferem das usadas na - É exigida muita concentração dados os riscos da
prevenção dos acidentes de trabalho. operação?
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
5. MAQUINA As características físicas e psicológicas do individuo são
- A engrenagens e partes móveis estão protegidas? determinadas pela hereditariedade transmitida pelos Pais.
- Estão devidamente identificados os dispositivos de Por outro lado o comportamento de cada um é muitas vezes
segurança? influenciado pelo ambiente social em que cada um vive (A
- A formação do Operador é suficiente? moda tanto.é usar cabelos longos, como usar a cabeça
- A operação é rotineira e repetitiva? raspada).
Com a redução dos acidentes poderão ser eliminados Os Requisitos de segurança de uma máquina podem
problemas que afetam o homem e a produção. ser identificados, nomeadamente o que diz respeito ao seu
acionamento a partir de Comandos:
Para que isso aconteça, é necessário que tanto os - Devem estar visíveis e acessíveis a partir do posto de
empresários (que têm por obrigação fornecer um local de trabalho normal
trabalho com boas condições de segurança e higiene, - Devem estar devidamente identificados em português
maquinaria segura e equipamentos adequados) como os ou então por símbolos
trabalhadores (aos quais cabe a responsabilidade de - O COMANDO DE ARRANQUE: a máquina só entra em
desempenhar o seu dever com menor perigo possível para si funcionamento quando se aciona este comando, não
e para os companheiros) estejam comprometidos com uma devendo arrancar sozinho quando volta a corrente
mentalidade de Prevenção de Acidentes - O COMANDO DE PARAGEM: deve sempre sobrepor-
se ao comando de arranque
Prevenir quer dizer: “...ver antecipadamente; chegar - STOP DE EMERGÊNCIA: corta a energia, pode ter um
antes do acidente; tomar todas as providências para que o aspecto de barra botão ou cabo
acidente não tenha possibilidade de ocorrer...”
Dispositivos de Proteção
O EFEITO DOMINÓ E OS ACIDENTES DE TRABALHO
Há muito tempo, que especialistas se vêm a dedicar ao - Protetores Fixos: os mais vulgarmente utilizados são
estudo dos acidentes e de suas causas e um dos fatos já as
comprovados é que, quando um acidente acontece, vários guardas. São estruturas metálicas aparafusadas à
fatores entraram em ação anteriormente por forma a permitir estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos
o acidente. de transmissão. O acesso só para ações de manutenção.
Um acidente laboral, pode muitas vezes ser comparado
com o que acontece quando enfileiramos pedras de um - Protetores Móveis: neste caso as guardas são fixadas
dominó e depois damos um empurrãozinho numa uma delas. à estrutura por dobradiças ou calhas o que as torna
Em resultado, as pedras acabam por se derrubarem umas ás amovíveis. A abertura da proteção deve levar à paragem
outras, até que a ultima pedra caia por terra. automática do “movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um
Podemos imaginar que algo semelhante acontece sistema de encravamento elétrico).
quando um acidente ocorre, considerando que se podem
conjugar r cinco fatores que se complementam da seguinte - Comando Bi-Manual: para uma determinada
forma: operação, em vez de uma só betoneira existem duas que
- Ambiente social devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o
- Causa pessoal trabalhador mantenha as duas mãos ocupadas evitando
- Causa mecânica cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas)
- Acidente
- Lesão - Barreiras Ópticas: Dispositivo constituído por duas
“colunas”, uma emissora e a outra receptora, entre elas existe
O Ambiente Social do trabalhador relaciona-se com dois uma “cortina” de raios infravermelhos. Quando alguém ou algum
fatores principais a saber: Hereditariedade e Influencia objeto atravessa esta “cortina” surge uma interrupção de sinalo
Social. que leva á paragem de movimentos mecânicos perigosos.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Distâncias de Segurança: Define-se distância de - Face: máscara de solda, que protege contra impactos
segurança, a distância necessária que impeça que os de partículas, respingos de produtos químicos, radiação
membros superiores alcancem zonas perigosas do (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento. Um operador
equipamento. derramou metal fundido dentro de um molde, com uma
concha. Sem reparar que havia um pouco de água no fundo
REDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTE do molde. Ao derramar o metal, este reagiu com a água,
Como já vimos, os acidentes são evitados com a causando uma explosão que lhe atingiu o rosto. Dado que o
aplicação de medidas específicas de segurança, operador usava mascara, Isso impediu que o rosto e os
selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na olhos fossem atingidos. Graças ao uso correto do EPI, o
prevenção da segurança. operador não teve nenhuma lesão.
Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada - Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos,
quando não for possível eliminar ou isolar o risco. (exemplo: gotas de produtos químicos, choque elétrico, queimaduras e
máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem
placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem elétrica, oxiacetilénica, corte a quente.
ser devidamente sinalizados. A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo
Ministério do Trabalho, mediante certificados de aprovação
PROTEÇÃO COLETIVA E PROTEÇÃO INDIVIDUAL (CA). As empresas devem fornecer os EPIs gratuitamente
As medidas de proteção coletiva, através dos aos trabalhadores que deles necessitarem. A lei estabelece
equipamentos de proteção coletiva (EPC), devem ter também que é obrigação dos empregados usar os
prioridade, conforme determina a legislação. uma vez que equipamentos de proteção individual onde houver risco,
beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente Os EPCs assim como os demais meios destinados a sua segurança.
devem ser mantidos nas condições que os especialistas em
segurança estabelecerem, devendo ser reparados sempre SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
que apresentarem qualquer deficiência. No interior e exterior das instalações da Empresa, devem
Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs: existir formas de aviso e informação rápida, que possam
- sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou auxiliar os elementos da Empresa a atuar em conformidade
poeiras contaminantes do local de trabalho; com os procedimentos de segurança.
- enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o Com este objetivo, existe m conjunto de símbolos e
ambiente do ruído excessivo; sinais especificamente criados para garantir a fácil
- comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir
fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina; nas diversas situações laborais que podem ocorrer no
- cabo de segurança para conter equipamentos interior de uma Empresa ou em lugares públicos. Em
suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se seguida dão-se alguns exemplos do tipo de sinalização
desprender. existente e a ser aplicada nas Empresas.
Quando não for possível adotar medidas de segurança de
ordem geral, para garantir a proteção contra os riscos de Sinais de Perigo
acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os Indicam situações de risco potencial de acordo com o
equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI. pictograma inserido no sinal.
São considerados equipamentos de proteção individual São utilizados em instalação, acessos, aparelhos,
todos os dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a instruções e procedimentos, etc. Têm forma triangular, o
integridade física e a saúde do trabalhador contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de
forma eficaz com a proteção coletiva. Apenas diminuem ou Sinais de Proibição
evitam lesões que podem decorrer de acidentes. Indicam comportamentos proibidos de acordo com o
pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação,
Veja um exemplo: acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm
Existem EPIs para proteção de praticamente todas as forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o
partes do corpo. Veja alguns exemplos: fundo branco.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
HIGIENE E CONDIÇÕES AMBIENTAIS RISCOS FÍSICOS
O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho,
como as edificações, os equipamentos, os móveis, as gastamos uma certa quantidade de energia para produzir um
condições de temperatura, de pressão, a umidade do ar, a determinado resultado.
iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas, Em geral, quando dispomos de boas as condições
fazem parte das condições de trabalho e constituem assim o físicas do ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a
que se designa por ambiente. temperatura são aceitáveis, produzimos mais com menor
Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses esforço.
elementos gera produtos e serviços. A todo esse conjunto de Mas, quando essas condições fogem muito aos nossos
elementos e ações denominamos condições ambientais. limites de tolerância, atinge-se facilmente o incômodo e a
Em muitos casos, o ambiente de trabalho é agressivo irritação determinando muitas vezes o aparecimento de
para o trabalhador, dadas as condições de ruído, cansaço, a queda de produção, falta de motivação e
temperatura, esforço, etc, a que o mesmo se encontra sujeito desconcentração.
durante o cumprimento das suas funções. Por outras palavras, os fatores físicos do ambiente de
O desenvolvimento tecnológico permitiu que em algumas trabalho interferem diretamente no desempenho de cada
das condições mais duras de trabalho para o ser humano, trabalhador e na produção obtida, pelo que se justifica a sua
sejam usados robots ou dispositivos mecânicos que analise com o maior cuidado.
substituem total ou parcialmente a ação direta do trabalhador Ao estudar cada um dos fatores apresentados a seguir,
(Siderurgia, Pintura, Indústria química, etc). pense no seu próprio local de trabalho. Identifique os
Entretanto, apesar de todo o avanço científico e problemas, liste-os e proponha uma medida de correção
tecnológico, ainda há situações em que o homem é obrigado para esse problema
a enfrentar condições desfavoráveis ou perigosas na
realização de determinadas tarefas (Minas, Construção civil, Ruído
etc) Quando um de nós se encontra num ambiente de
trabalho e não consegue ouvir perfeitamente a fala das
O INIMIGO INVISÍVEL pessoas no mesmo recinto, isso é uma primeira indicação de
Qualquer um de nós já se submeteu a um exame de raio que o local é demasiado ruidoso.
X por indicação médica. Nada sentimos ou vemos sair do Os especialistas no assunto definem o ruído como todo
aparelho de raio X ao fazermos esse exame. som que causa sensação desagradável ao homem.
Porém, para executar a radiografia, o equipamento As perdas de audição são derivadas da frequência e
liberta uma grande carga de energia eletromagnética não intensidade do ruído. A fadiga evidencia-se por uma menor
percebida por nós. acuidade auditiva. As ondas sonoras transmitem-se tanto
Essa radiação, em doses elevadas, é prejudicial ao pelo ar como por materiais sólidos. Quanto maior for a
organismo humano, pois provoca alterações no sistema de densidade do meio condutor, menor será a velocidade de
reprodução das células, ocasionando doenças e, em alguns propagação do ruído.
casos, a morte.
Essa é uma das razões pelas quais consideramos certos O ruído é pois um agente físico que pode afetar de modo
riscos ambientais como inimigos invisíveis: alguns deles não significativo a qualidade de vida. Mede-se o ruído utilizando
são captados pelos órgãos dos sentidos (audição, visão, um instrumento denominado medidor de pressão sonora, e a
olfato, paladar e tato), fazendo com que o trabalhador não se unidade usada como medida é o decibel ou abreviadamente
sinta ameaçado. Inconsciente do perigo, a tendência é ele dB.
não dar importância à prevenção. - Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo de
As experiências e os estudos médicos demonstram que ruído estabelecido é de 85 decibéis.
muitas pessoas adquiriram doenças pulmonares depois de - O ruído emitido por uma britadeira é equivalente a 100
trabalhar anos a fio, sem nenhuma proteção, com algum tipo decibéis.
de produto químico ou produtos minerais. Este tipo de - O limite máximo de exposição contínua do trabalhador
doença progride lentamente, tornando difícil seu diagnóstico a esse ruído, sem proteção auditiva, é de 1 hora.
inicial, acabando a doença por se manifestar muito mais Sem medidas de controle ou proteção, o excesso de
tarde e muitas vezes sem recuperação. intensidade do ruído, acaba por afetar o cérebro e o sistema
Em resumo, o desconhecimento de como os fatores nervoso.
ambientais geram riscos à saúde é um dos mais sérios Em condições de exposição prolongada ao ruído por
problemas enfrentados pelo trabalhador parte do aparelho auditivo, os efeitos podem resultar na
surdez profissional cuja cura é impossível, deixando o
OS RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DE TRABALHO trabalhador com dificuldades para se relacionar com os
Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no colegas e família, assim como dificuldades acrescidas em se
desenvolvimento das suas tarefas diárias. aperceber da movimentação de veículos ou máquinas,
Alguns destes riscos atingem grupos específicos de agravando as suas condições de risco por acidente físico.
profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que
-12
trabalham submetidos a altas pressões e a baixas dB Intensidade do som 10 W/m2
temperaturas.
Por esse fato, são obrigados a usar roupas especiais, Exemplos típicos
para conservar a temperatura do corpo, e passam por
cabines de compressão e descompressão, cada vez que 130 10 limiar da dor
mergulham ou sobem à superfície. 120 1,0 grande avião a jacto
110 0,1 grande orquestra
Outros fatores de risco não escolhem profissão: 100 0,01 Colocação de rebites
-3
agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis 90 10 comboio
-4
ocupacionais, de maneira subtil, praticamente imperceptível. 80 10 escritório ruidoso
-5
Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais 70 10 motor de carro
-7
ignorados. 50 10 escritório médio
-8
Os principais tipos de risco ambiental que afetam os 40 10 escritório sossegado
-9
trabalhadores de um modo geral, estão separados em: 30 10 biblioteca
-10
- Riscos físicos 20 10 sussurro
-11
- Riscos químicos 10 10 murmúrio
-12
- Riscos Biológicos 0 10 limiar da audibilidade
- Riscos Ergonômicos
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Vibrações Os sintomas de exposição a ambientes térmicos hostis
As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e podem ser descritos por:
frequência. Apresentam geralmente baixas frequências e
conduzem-se por materiais sólidos Ambiente Térmico Quente:
(Exprimem-se em m/s 2 ou em dB. Consoante a posição - Temperatura superficial da pele aumenta
do corpo humano, (de pé, sentado ou deitado), a sua (vasodilatação dos capilares, o indivíduo cora)
resposta às vibrações será diferente sendo igualmente - Temperatura interna aumenta ligeiramente
Importante o ponto de aplicação da força vibratória. - Sudação
Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser - Mal estar generalizado
resumidos nos seguintes casos: - Tonturas e desmaios
- Esgotamento e morte
Frequência entre 8 e 1000 Hz; O uso prolongado de
martelos pneumáticos ou motosserras, conduz a Ambientes Térmicos Frios:
complicações nos vasos sanguíneos e articulações e á - Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés
diminuição na circulação sanguínea, Estas lesões podem ser - Alteração circulatória do sangue leva a que as
permanentes. extremidades do corpo humano adquiram uma coloração
vermelho-azulada
Frequência acima de 1000 Hz; O efeito restringe-se a - Pé-das Trincheiras, surge em situações de grande
nível da epiderme (danos em células e efeitos térmicos). umidade, os pés ficam extremamente frios e com cor
Com o passar do tempo, afecções a nível das articulações e violácea
da coluna - Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a
exposição a temperaturas muito baixas ou por contato com
Exemplos práticos: superfícies muito frias
Automóvel que passa lomba no asfalto; Alta Amplitude; As medidas a tomar para minimizar os efeitos do Stress
Baixa Frequência Térmico podem passar por;
Automóvel em piso de paralelo; Baixa Amplitude; Alta - Em primeiro lugar uma correta dieta alimentar de modo
Frequência a fortalecer o organismo.
Barco à deriva; Alta Amplitude; Baixa Frequência - Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não
Barco a motor; Baixa Amplitude; Alta Frequência beber álcool
Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a - Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas
altas-frequências. As massas grandes, às baixas retêm os líquidos no organismo, moderar o consumo de
frequências. cafeína.
- Em situações de elevadas temperaturas, como por
Amplitudes Térmicas exemplo uma siderurgia a água a ingerir deve conter uma
Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um pequena porção de sal de modo a compensar as perdas
ambiente quente para um ambiente frio ou vice-versa, devido á transpiração.
também são prejudiciais à saúde. Nos ambientes onde há a - Devem ser tomadas a nível de layout medidas de
necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo ventilação.
de material utilizado e características das construções - Implementar turnos com menor carga horária em
(insuficiência de janelas, portas ou outras aberturas situações onde ocorre exposição a ambientes hostis.
necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação - Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é
pode gerar alta temperatura prejudicial à saúde do essencial, pois a radiação emitida por materiais em fusão
trabalhador. levam ao surgimento de cataratas a nível ocular.
A sensação de calor que sentimos é proveniente da
temperatura resultante existente no local e do esforço físico RISCOS QUÍMICOS
que fazemos para executar um trabalho. A temperatura Certas substâncias químicas, utilizadas nos processos
resultante é função dos seguintes fatores: de produção industrial, são lançadas no ambiente de
- umidade relativa do ar trabalho através de processos de pulverização,
- velocidade e temperatura do ar fragmentação ou emanações gasosas.
- calor radiante (produzido por fontes de calor do Essas substâncias podem apresentar-se nos estados
ambiente, como fornos e maçaricos. sólido, líquido e gasoso.
A unidade de medida da temperatura adotada é o grau No estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e
Celsius, abreviadamente ºC. De um modo geral, a vegetal, como a poeira mineral de sílica encontrada nas areias
temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC enquanto a para moldes de fundição. No estado gasoso, como exemplo,
umidade relativa do ar deve estar entre 55% a 65%, e a temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como
velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s. combustível, ou gases libertados nas queimas ou nos processos
de transformação das matérias primas.
Condições ambientais aconselhadas; Quanto aos agentes líquidos, eles apresentam-se sob a
- a temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC forma de solventes, tintas, vernizes ou esmaltes.
- a umidade relativa do ar deve estar entre 55% a 65% Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e
- a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s podem penetrar no organismo do trabalhador por:
Os ambientes térmicos podem ser classificados como:
Via respiratória: essa é a principal porta de entrada dos
- Quentes (Fundições, Cerâmicas, Padarias), agentes químicos, porque respiramos continuadamente, e
- Frios (armazéns frigoríficos, atividades piscatórias) tudo o que está no ar acaba por passar nos pulmões.
- Neutros (escritórios).
Logicamente que as situações mais preocupantes Via digestiva: se o trabalhador comer ou beber algo
ocorrem em ambientes térmicos frios e quentes ou sobretudo com as mãos sujas, ou que ficaram muito tempo expostas a
quando as duas possibilidades existem na mesma empresa produtos químicos, parte das substâncias químicas serão
ou no mesmo posto de trabalho. ingeridas com o alimento, atingindo o estômago e podendo
provocar sérios riscos à saúde.
Stress Térmico
Em geral está relacionado com o desconforto do Epiderme: essa via de penetração é a mais difícil, mas
trabalhador em condições de trabalho em que a temperatura se o trabalhador estiver desprotegido e tiver contacto com
ambiente é muito elevada, podendo-se conjugar uma substâncias químicas, havendo deposição no corpo, serão
umidade baixa e uma circulação de ar deficiente. absorvidas pela pele.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Via ocular: alguns produtos químicos que permanecem Poluentes sólidos
no ar causam irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra Poeiras - Partículas esferoidais de pequeno tamanho
que a penetração dos agentes químicos pode ocorrer que se encontram em suspensão no ar. As mais perigosas
também pela vista. são as de quartzo, (originam a silicose),
Fibras - Partículas não esféricas, geralmente o seu
Falso remédio! comprimento excede em 3 vezes o seu diâmetro.
Quando se respira um ar com produtos químicos, eles Fumos - partículas esféricas em suspensão, geralmente
são arrastados para os pulmões. têm origem em combustões.
Quando se bebe um copo de leite, ele vai para o Aerossol - suspensão em meio gasoso de partículas
estômago. Daí a pergunta: o que o leite tem a ver como esféricas e líquidas, em conjunto ou não. A sua velocidade
desintoxicante pulmonar por substâncias nocivas? de queda é desprezável (< 0.25 m/s ).
Resposta: Nada! O leite pode ser considerado alimento, Os poluentes químicos são uma presença constante nos
nunca um preventivo de intoxicação. Sua utilização é até processos produtivos.
prejudicial, uma vez que acreditando no seu valor, as Com o fim de proteger o trabalhador os Valores Limite de
medidas de higiene industrial e os cuidados higiênicos ficam Exposição, referenciados na legislação devem ser
em segundo plano cumpridos. Deve ser feita igualmente a identificação dos
As medidas ou avaliações dos agentes químicos em contaminantes para de seguida se efetuar a respectiva
suspensão no ar são obtidas por meio de aparelhos especiais medição da sua concentração.
que medem a concentração, ou seja, percentagem existente em Mediante os valores obtidos há que tomar medidas,
relação ao ar atmosférico. Os limites máximos de concentração devendo-se recorrer a equipamento de proteção pessoal
de cada um dos produtos diferem de acordo com o seu grau de sempre que possível, bem como a alterações no processo
perigo para a saúde. produtivo que permitam a redução das emissões de
poluentes. Estas alterações podem ser ao nível do
Valores Limite de Exposição equipamento ou de matérias-primas.
Na legislação ambiental Portuguesa constam os Valores
Limite de Exposição de diferentes substâncias (NP – 1796). Riscos biológicos
Estes tipo de riscos relaciona-se com a presença no
Os Valores Limite de Exposição não são mais do que ambiente de trabalho de microrganismos como bactérias,
concentrações no ar dos locais de trabalho de diferentes vírus, fungos, bacilos, etc, normalmente presentes em alguns
substâncias. Abaixo destes valores a exposição contínua do ambientes de trabalho, como:
trabalhador não representa risco para este. - Hospitais,
Pode ser determinada uma “concentração média” no - Laboratórios de análises clínicas,
tempo inerente a um turno de trabalho de 8 horas. - Recolha de lixo,
- Indústria do couro,
Concentração Limite é um valor que nunca deve ser - Tratamento de Efluentes líquidos.
ultrapassado mesmo que a “concentração média” esteja Penetrando no organismo do homem por via digestiva,
abaixo do Valor Limite. As substâncias químicas quando respiratória, olhos e pele, são responsáveis por algumas
absorvidas pelo organismo em quantidades suficientes, doenças profissionais, podendo dar origem a doenças
podem provocar lesões no mesmo. Assim surge a definição menos graves como infecções intestinais ou a simples gripe,
de DOSE: Quantidade de substância absorvida pelo ou mais graves como a hepatite, meningite ou Sida.
organismo. Como estes microrganismos se adaptam melhor e se
Os efeitos no organismo, vão pois depender da dose reproduzem mais em ambientes sujos, as medidas
absorvida e da quantidade de tempo de exposição a essa preventivas a tomar terão de ser relacionadas com:
dose. - A rigorosa higiene de Locais de trabalho,
Assim, os graus de Intoxicação com produtos Químicos - A rigorosa higiene de Corpo e das roupas;
podem ser classificadas em: - Destruição por processos de elevação da temperatura
(esterilização) ou uso de cloro;
- Intoxicação Aguda, corresponde a uma absorção - uso de equipamentos individuais para evitar contacto
rápida num curto período de tempo (geralmente ocorrem em direto com os microrganismos;
situações de acidente). - ventilação permanente e adequada;
- Intoxicação Crônica, absorção de pequenas doses em - controle médico constante,
certos períodos de tempo (ocorrem no local de trabalho, num - vacinação sempre que possível.
turno ou em parte dele). A verificação da presença de agentes biológicos em
ambientes de trabalho é feita por meio de recolha de
Efeitos dos Poluentes Químicos amostras de ar e de água, que serão analisadas em
Sensibilizantes: produtos que levam a reações laboratórios especializados.
alérgicas. Manifestam-se por afecções da pele ou
respiratórias. (Isocianatos usados, por exemplo, no fabrico OS RISCOS ERGONÓMICOS
de espumas.) Verifica-se que algumas vezes que os postos de trabalho
Irritantes: produtos que levam a inflamações no tecido não estão bem adaptados ás características do operador,
onde atuam. Também nesta situação os produtos inaláveis quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer
são os que levantam mais preocupação. (ácido no espaço disponível ou na posição das ferramentas e
clorídrico,óxidos de azoto). materiais que utiliza nas suas funções.
Anestésicos ou narcóticos: produtos que atuam sobre Para estudar as implicações destes problemas existe
o sistema nervoso central, tais como os solventes usados na uma ciência que avalia as condições de trabalho do
indústria das colas ou tintas, (toluol, acetato butilo, hexano, operador, quanto ao esforço que o mesmo realiza para
etc...) executar as suas tarefas.
Asfixiantes: produtos que dificultam o transporte de Ergonomia é a ciência que procura alcançar o
oxigênio a nível sanguíneo. (Monóxido de Carbono) ajustamento mútuo ideal entre o homem e o seu ambiente de
Cancerígenos: substâncias que podem provocar o trabalho.
cancro Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento
Corrosivas: substâncias que atuam quimicamente sobre mútuo ideal entre o homem e o seu ambiente de trabalho
os tecidos quando em contacto com estes. Segundo um conceito Ergonômico A execução de tarefas deve
Pneumoconióticas: apresentam-se sob a forma de poeiras ser feita com o mínimo de consumo energético de modo a
ou fumo. São exemplo destas substâncias a sílica livre cristalina sobrar "atenção" para o controlo das tarefas e dos produtos,
comum em minas (provoca a silicose a nível pulmonar). assim como para a proteção do próprio trabalhador.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Um dos aspectos mais curiosos da Ergonomia está - Precisão de movimentos – Ter em atenção a sua
relacionado com a indústria automóvel em que muitas vezes amplitude, posição e quais os membros a utilizar.
o dimensionamento do habitáculo do condutor, varia - Rapidez dos movimentos – Salientar sinais visuais ou
consoante o país onde o veículo é comercializado. auditivos.
Entretanto, se não existir esse ajuste, teremos a - Esforço estático – Uma cadeira deve fornecer vários
presença de agentes ergonômicos que causam doenças e pontos de apoio no corpo humano. Altura do assento
lesões no trabalhador. regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve ter
apoio para os pés sempre que necessário, etc...
Exemplo: Guilhotina manual que serve para cortar - Rampas e Escadas – Para rampas a inclinação deve
chapas de aço ser entre 0 e 20 º. Para escadas a inclinação deve ser entre
A haste de movimentação da guilhotina, que tem 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e 20 Cm. Largura
contacto com as mãos do trabalhador, deve ter uma forma mínima do degrau é de 51 Cm. Etc...
adequada, de modo a permitir que todos os dedos nela se - Portas e Tetos – Altura mínima de uma porta é de 200
apóiem, conforme mostra a ilustração abaixo. Cm. Altura mínima de um teto é de 200 Cm. Corredor com
Dessa forma é respeitada a anatomia das mãos, passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152
proporcionando conforto ao trabalhador. cm.
Os agentes ergonômicos presentes nos ambientes de
trabalho estão relacionados com: CÓDIGOS E SÍMBOLOS ESPECÍFICOS
- exigência de esforço físico intenso, DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
- levantamento e transporte manual de pesos,
- postura inadequada no exercício das atividades, Sendo a visão a capacidade sensitiva mais usada
- exigências rigorosas de produtividade, pelo homem e como em muitos casos há necessidade
- períodos de trabalho prolongado ou em turnos, de uma rápida distinção entre o que é perigoso e o
- atividades monótonas ou repetitivas seguro, ou da localização de certos equipamentos, com
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, segurança e rapidez, resolveu-se padronizar o uso das
da cabeça e do tronco produzem monotonia muscular e cores.
levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso
curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não de incêndio, localizar os equipamentos de combate ao
tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por fogo, com rapidez distinguir os dispositivos de parada de
esforços repetitivos emergência de máquinas ou notar suas partes perigosas.
As doenças que se enquadram nesse grupo O uso de tubulações pintadas em cores
caracterizam-se por causar fadiga muscular, que gera padronizadas permite distinguir cada elemento
fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos transportado em uma tubulação entre diversas
atingidos. Há registros de que essas doenças já atacavam os tubulações existentes dentro de uma empresa.
escribas e notários, há séculos. Hoje afetam diversas
categorias de profissionais como funcionários bancários, Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho
metalúrgicos, costureiras, pianistas, telefonistas, operadores Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas
informáticos, empacotadores, enfim, todos os profissionais nos locais de trabalho para prevenção de acidentes,
que realizam movimentos automáticos e repetitivos. identificando máquinas e equipamentos de segurança,
Contra os males provocados pelos agentes delimitando áreas, identificando as canalizações
ergonômicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção, empregadas nas empresas para a condução de líquidos
o que pode ser conseguido a partir de: e gases, e advertindo contra riscos. Deverão ser
- Rotação do Pessoal adotadas cores para segurança em locais de trabalho e
- Intervalos mais frequentes estabelecimentos, a fim de indicar e advertir acerca dos
- Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos riscos existentes. A utilização de cores não dispensa o
repetitivos; emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
- Exames médicos periódicos O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a
- Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao
para mulheres trabalhador.
- Postura correta sentado, em pé, ou carregando e Vermelho: Utilizado para tubulações, equipamentos e
levantando pesos aparelhos de proteção e combate a incêndio.
Outros fatores de risco ergonômico podem ser Amarelo: Utilizado para identificar gases não
encontrados em circunstâncias aparentemente impensáveis, liquefeitos (Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio). Também é
como: empregado para indicar “Cuidado!”.
- falhas de projeto de máquinas, Preto: Empregado para indicar as canalizações de
- equipamentos, ferramentas, veículos e prédios; inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleo
- deficiências de layout ; lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.).
- iluminação excessiva ou deficiente; Azul: O azul será utilizado para indicar “Cuidado!”,
- uso inadequado de cores; ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e
A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio movimentação de equipamentos, que deverão permanecer
envolvente ás dimensões e capacidades humanas onde fora de serviço. Empregado também canalizações de ar
máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam comprimido (GLP).
utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia. Verde: O verde é a cor que caracteriza “segurança”.
Deverá ser empregado para identificar canalizações de
A análise e intervenção ergonômica traduz-se em: água; caixas de equipamentos de socorro de urgência;
- Melhores condições de trabalho caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de
- Menores riscos de incidente e acidente segurança; macas.
- Menores custos humanos Laranja: O laranja deverá ser empregado para
- Formação com o objetivo de prevenir identificar: canalizações contendo ácidos; partes móveis de
- Maior produtividade máquinas e equipamentos.
- Otimizar o sistema homem / máquina Púrpura: A púrpura deverá ser usada para indicar os
perigos provenientes das radiações eletromagnéticas
Algumas medidas da Ergonomia penetrantes de partículas nucleares.
- Corpo em Movimento – Tornar os movimentos Lilás: O lilás deverá ser usado para indicar
compatíveis com a ação. Reduzir o esforço de músculos e canalizações contenham álcalis. As refinarias de petróleo
Tendões. poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificante.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Cinza Claro: Deverá ser usado para identificar
canalizações em vácuo.
Cinza Escuro: Deverá ser usado para identificar
eletrodutos.
Alumínio: Será utilizado em canalizações contendo
gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa
viscosidade (ex.: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo
lubrificante etc.).
Marrom: Pode ser adotado, a critério da empresa,
para identificar qualquer fluido não identificável pelas
demais cores.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
PLACAS DE ALERTA
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Seção VI CAPÍTULO X
Reunião CONSELHO CONSULTIVO
Art. 63. O Conselho Fiscal se reunirá, com a presença da Seção I
maioria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por Caracterização
mês e extraordinariamente, sempre que necessário. Art. 66. Conselho Consultivo é órgão permanente da
§ 1° O Conselho Fiscal será convocado por seu Ebserh que tem as finalidades de consulta, controle social e
Presidente ou pela maioria dos membros do colegiado. apoio à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração.
§ 2° As reuniões do Conselho Fiscal podem ser
presenciais, virtuais ou mistas, com a participação de um ou Seção II
mais membro por tele ou videoconferência. Composição
§ 3° Em casos excepcionais, e a critério do Conselho Art. 67. O Conselho Consultivo é composto pelos
Fiscal, poder-se-á convocar reuniões exclusivamente seguintes membros:
presenciais. I - o Presidente da Ebserh, que o preside;
§ 4° A pauta da reunião e a respectiva documentação II - todos os ex-presidentes efetivos da Ebserh, desde
serão distribuídas com antecedência mínima de 5 (cinco) que não estejam no exercício de função gratificada ou cargo
dias úteis, salvo nas hipóteses justificadas e acatadas pelo em comissão na Empresa.
colegiado. Parágrafo único. A atuação de membros do Conselho
Art. 64. As deliberações serão tomadas pelo voto da Consultivo é considerada atividade de relevante interesse
maioria dos membros presentes e serão registradas no livro público, de caráter voluntário e não remunerada, assegurado
de atas, podendo ser lavradas de forma sumária. o reembolso das despesas de locomoção e estada
§ 1° Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do necessárias ao desempenho da função.
voto divergente será registrada, a critério do respectivo
membro, observado que se exime de responsabilidade o Seção III
conselheiro fiscal dissidente que faça consignar sua Reunião
divergência em ata de reunião ou, não sendo possível, dela Art. 68. O Conselho Consultivo reunir-se-á
dê ciência imediata e por escrito ao Conselho Fiscal. ordinariamente pelo menos uma vez por ano e,
§ 2° As atas do Conselho Fiscal devem ser redigidas extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente
com clareza e registrar as decisões tomadas, as pessoas da Ebserh, por sua iniciativa ou por solicitação do Conselho
presentes, os votos divergentes e as abstenções. de Administração.
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MARIA
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