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Licensed to Emanuelle Gonçalves de Barros da Silva - silvaemanuelle2023@gmail.

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CONCURSO PÚBLICO

EBSERH
EMPRESA BRASILEIRA DE
SERVIÇOS HOSPITALARES

NÍVEL MÉDIO

Técnico
em Enfermagem
CONHECIMENTOS BÁSICOS
Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico e Matemático
Legislação Aplicada à EBSERH

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Legislação Aplicada ao SUS
Conhecimentos Específicos

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Nome do Usuário: EBSERHEN
Sua senha é: 3300
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CONHECIMENTOS BÁSICOS - EBSERH - TÉCNICO DE ENFERMAGEM


Língua Portuguesa
Ortografia oficial .............................................................................................................................................................. 03
Acentuação gráfica ......................................................................................................................................................... 04
Pontuação ........................................................................................................................................................................ 06
Significação das palavras ............................................................................................................................................... 07
Classes de palavras ........................................................................................................................................................ 09
Sintaxe da oração e do período ...................................................................................................................................... 17
Concordância nominal e verbal ....................................................................................................................................... 21
Regência nominal e verbal ............................................................................................................................................... 24
Uso do sinal indicativo de crase ..................................................................................................................................... 25
Compreensão e interpretação de textos. Tipologia textual e gêneros textuais ............................................................ 28

Raciocínio Lógico e Matemático


Noções de Lógica. Diagramas Lógicos: conjuntos e elementos. Lógica da argumentação. Tipos de Raciocínio.
Conectivos Lógicos. Proposições lógicas simples e compostas ................................................................................... 03
Elementos de teoria dos conjuntos, análise combinatória e probabilidade. Resolução de problemas com frações,
conjuntos, porcentagens e sequências com números, figuras, palavras .................................................................... 05

Legislação Aplicada à EBSERH e ao SUS


Lei Federal nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011 ..................................................................................................... 03
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde
(SUS) – princípios, diretrizes e arcabouço legal ........................................................................................................... 04
Controle social no SUS ................................................................................................................................................... 08
Resolução 453/2012 do Conselho Nacional da Saúde ................................................................................................. 10
Constituição Federal, artigos de 194 a 200 ................................................................................................................... 12
Lei Orgânica da Saúde Lei no 8.080/1990 .................................................................................................................. 14
Lei no 8.142/1990. Decreto Presidencial no 7.508, de 28 de junho de 2011 .............................................................. 22
Determinantes sociais da saúde .................................................................................................................................... 26
Sistemas de informação em saúde ................................................................................................................................ 27
RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011 que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento
para os Serviços de Saúde ............................................................................................................................................ 29
Resolução CNS nº 553, de 9 de agosto de 2017, que dispõe sobre a carta dos direitos e deveres da pessoa
usuária da saúde ............................................................................................................................................................ 32
RDC nº 36, de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e
dá outras providências ................................................................................................................................................... 36
Código de Ética e Conduta da Ebserh - Princípios Éticos e Compromissos de Conduta ............................................ 38
Estatuto Social da EBSERH ............................................................................................................................................. 40
Regimento Interno da EBSERH ....................................................................................................................................... 52

Conhecimentos Específicos
Código de Ética em Enfermagem .................................................................................................................................... 01
Decreto no 94.406, de 8 de junho de 1987 ................................................................................................................... 07
Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986 ............................................................................................................................ 09
Enfermagem no centro cirúrgico: Recuperação da anestesia. Atuação nos períodos pré-operatório,
transoperatório e pós-operatório. Atuação durante os procedimentos cirúrgico anestésicos. Materiais e equipamentos
básicos que compõem as salas de cirurgia e recuperação anestésica. Rotinas de limpeza da sala de cirurgia ..... 10
Central de material e esterilização. Uso de material estéril. Manuseio de equipamentos:
autoclaves; seladora térmica e lavadora automática ultrassónica .............................................................................. 15
Infecção hospitalar: Noções de controle de infecção hospitalar ............................................................................. 16
Procedimentos de enfermagem: Verificação de sinais vitais, oxigenoterapia, aerossolterapia e curativos ..... 19
Administração de medicamentos ................................................................................................................................... 22
Coleta de materiais para exames ................................................................................................................................... 26
Enfermagem nas situações de urgência e emergência: Conceitos de emergência e urgência.
Estrutura e organização do pronto socorro .................................................................................................................. 28
Atuação do técnico de enfermagem em situações de choque, parada cardiorrespiratória, politrauma, afogamento,
queimadura, intoxicação, envenenamento e picada de animais peçonhentos ........................................................... 30
Enfermagem em saúde publica: Politica Nacional de Imunização ........................................................................ 35
Controle de doenças transmissíveis, não transmissíveis e sexualmente transmissíveis .......................................... 40
Atendimento aos pacientes com hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, doença
renal crônica, hanseníase, tuberculose, dengue ......................................................................................................... 42
Doenças de notificações Compulsórias ........................................................................................................................ 48
Programa de assistência integrada a saúde da criança, mulher, homem, adolescente e idoso ............................... 50
Ética: Conduta ética dos profissionais da área de saúde ........................................................................................... 51
Princípios gerais de segurança no trabalho: Prevenção e causas dos acidentes do trabalho. Princípios
de ergonomia no trabalho ............................................................................................................................................... 52
Códigos e símbolos específicos de Saúde e Segurança no Trabalho ........................................................................ 59
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em Enfermagem
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Língua Portuguesa
Ortografia oficial .............................................................................................................................................................. 03
Acentuação gráfica ......................................................................................................................................................... 04
Pontuação ........................................................................................................................................................................ 06
Significação das palavras ............................................................................................................................................... 07
Classes de palavras ........................................................................................................................................................ 09
Sintaxe da oração e do período ...................................................................................................................................... 17
Concordância nominal e verbal ....................................................................................................................................... 21
Regência nominal e verbal ............................................................................................................................................... 24
Uso do sinal indicativo de crase ..................................................................................................................................... 25
Compreensão e interpretação de textos. Tipologia textual e gêneros textuais ............................................................ 28

Raciocínio Lógico e Matemático


Noções de Lógica. Diagramas Lógicos: conjuntos e elementos. Lógica da argumentação. Tipos de Raciocínio.
Conectivos Lógicos. Proposições lógicas simples e compostas ................................................................................... 03
Elementos de teoria dos conjuntos, análise combinatória e probabilidade. Resolução de problemas com frações,
conjuntos, porcentagens e sequências com números, figuras, palavras .................................................................... 05

Legislação Aplicada à EBSERH e ao SUS


Lei Federal nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011 ..................................................................................................... 03
Evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde
(SUS) – princípios, diretrizes e arcabouço legal ........................................................................................................... 04
Controle social no SUS ................................................................................................................................................... 08
Resolução 453/2012 do Conselho Nacional da Saúde ................................................................................................. 10
Constituição Federal, artigos de 194 a 200 ................................................................................................................... 12
Lei Orgânica da Saúde Lei no 8.080/1990 .................................................................................................................. 14
Lei no 8.142/1990. Decreto Presidencial no 7.508, de 28 de junho de 2011 .............................................................. 22
Determinantes sociais da saúde .................................................................................................................................... 26
Sistemas de informação em saúde ................................................................................................................................ 27
RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011 que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento
para os Serviços de Saúde ............................................................................................................................................ 29
Resolução CNS nº 553, de 9 de agosto de 2017, que dispõe sobre a carta dos direitos e deveres da pessoa
usuária da saúde ............................................................................................................................................................ 32
RDC nº 36, de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e
dá outras providências ................................................................................................................................................... 36
Código de Ética e Conduta da Ebserh - Princípios Éticos e Compromissos de Conduta ............................................ 38
Estatuto Social da EBSERH ............................................................................................................................................. 40
Regimento Interno da EBSERH ....................................................................................................................................... 52

Conhecimentos Específicos
Código de Ética em Enfermagem .................................................................................................................................... 01
Decreto no 94.406, de 8 de junho de 1987 ................................................................................................................... 07
Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986 ............................................................................................................................ 09
Enfermagem no centro cirúrgico: Recuperação da anestesia. Atuação nos períodos pré-operatório,
transoperatório e pós-operatório. Atuação durante os procedimentos cirúrgico anestésicos. Materiais e equipamentos
básicos que compõem as salas de cirurgia e recuperação anestésica. Rotinas de limpeza da sala de cirurgia ..... 10
Central de material e esterilização. Uso de material estéril. Manuseio de equipamentos:
autoclaves; seladora térmica e lavadora automática ultrassónica .............................................................................. 15
Infecção hospitalar: Noções de controle de infecção hospitalar ............................................................................. 16
Procedimentos de enfermagem: Verificação de sinais vitais, oxigenoterapia, aerossolterapia e curativos ..... 19
Administração de medicamentos ................................................................................................................................... 22
Coleta de materiais para exames ................................................................................................................................... 26
Enfermagem nas situações de urgência e emergência: Conceitos de emergência e urgência.
Estrutura e organização do pronto socorro .................................................................................................................. 28
Atuação do técnico de enfermagem em situações de choque, parada cardiorrespiratória, politrauma, afogamento,
queimadura, intoxicação, envenenamento e picada de animais peçonhentos ........................................................... 30
Enfermagem em saúde publica: Politica Nacional de Imunização ........................................................................ 35
Controle de doenças transmissíveis, não transmissíveis e sexualmente transmissíveis .......................................... 40
Atendimento aos pacientes com hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, doença
renal crônica, hanseníase, tuberculose, dengue ......................................................................................................... 42
Doenças de notificações Compulsórias ........................................................................................................................ 48
Programa de assistência integrada a saúde da criança, mulher, homem, adolescente e idoso ............................... 50
Ética: Conduta ética dos profissionais da área de saúde ........................................................................................... 51
Princípios gerais de segurança no trabalho: Prevenção e causas dos acidentes do trabalho. Princípios
de ergonomia no trabalho ............................................................................................................................................... 52
Códigos e símbolos específicos de Saúde e Segurança no Trabalho ........................................................................ 59
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

RACIOCÍNIO
LÓGICO

MANUAL DE ESTUDOS 1 MANUAL DE ESTUDOS


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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

MANUAL DE ESTUDOS 2 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que:
ANÁLISE COMBINATÓRIA
- o número de possibilidades para o 1º lugar é 4
CONTAGEM:
PRINCÍPIO ADITIVO E MULTIPLICATIVO. - o número de possibilidades para o 2º lugar é 3
INTRODUÇÃO:
- o número de possibilidades para o 3º lugar é 2
Análise combinatória é a parte da Matemática que
estuda o número de possibilidades de ocorrência de - o número total de possibilidades é 4 . 3 . 2 = 24
um determinado acontecimento (evento) sem, neces-
sariamente, descrever todas as possibilidades. O esquema desenvolvido no exemplo é chamado
árvore das possibilidades e facilita a resolução dos
FATORIAL: problemas de contagem.
Sendo n um número inteiro, maior que 1 (um), defi-
ne-se fatorial de n, e indica-se n!, a expressão: A partir do exemplo podemos enunciar o princípio
fundamental da contagem, que nos mostra um méto-
­° n  IN e n ! 1 do algébrico para determinar o número de possibilida-
o® des de ocorrer um evento, sem precisarmos descrever
°̄n! (lê - se : n fatorial ou fatorial de n)
todas as possibilidades.
n! = n(n - 1) (n - 2) ... 3 . 2 . 1
Se um acontecimento pode ocorrer por várias eta-
0! 1 pas sucessivas e independentes, de tal modo que:
Definições especiais:
1! 1
p1 é o número de possibilidades da 1ª etapa
n! = n . (n - 1)! = n (n - 1) . (n - 2)! = n (n - 1) . (n - 2)
p2 é o número de possibilidades da 2ª etapa
. (n - 3)!
.
5! .
Ex. : Resolução:
3 !  2! .
pk é o número de possibilidades da k-ésima etapa,
5! 5 . 4 . 3 . 2 .1 120 120
15
3 !  2! 3 . 2 .1  2 .1 6  2 8 então, p1 . p2 ... pk é o número total de possibilidades
Resposta: 15 de o acontecimento ocorrer.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Ex.: Os números dos telefones de São Paulo têm 7
Vamos resolver um problema, descrevendo todos algarismos. Determinar o número máximo de telefones
os resultados possíveis de um acontecimento. que podem ser instalados, sabendo-se que os números
Quatro carros (c1, c2, c3, e c4) disputam uma corrida. não podem começar com zero.
Quantas são as possibilidades de chegada para os três
primeiros lugares? Resolução:
Ordem de
1º lugar 2º lugar
3º lugar chegada
9 10 10 10 10 10 10
(4)* (3)* (2)* (24)
c3 c1c2c3 Com os algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9)
c4 { c1c2c4 temos 9 possibilidades diferentes de escolha para o pri-
c2
c2 c1c3c2
c3
c4 { c1c3c4
meiro algarismo (o zero não pode ser colocado) do nú-
mero do telefone e dez possibilidades para os outros
c4
c2 c1c4c2
c3 { c1c4c3
algarismos.
c3 c2c1c3
c4 { c2c1c4
Logo, pelo princípio fundamental da contagem, te-
c1 mos:
c1 c2c3c1
c3
c4 { c2c3c4
c4 9 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10 . 10 = 9 000 000
c1 c2c4c1
c3 { c2c4c3
c2 c3c1c2 Resposta: O número de telefones é 9 000 000.
c4 { c3c1c4
c1
c1 c3c2c1 ARRANJOS SIMPLES
c2
c4 { c3c2c4
c4
c1 c3c4c1
c2 { c3c4c2 Arranjo simples é o tipo de agrupamento sem re-
c2 c4c1c2 petição em que um grupo é diferente de outro pela or-
c3 { c4c1c3 dem ou pela natureza dos elementos componentes.
c1
c1 c4c2c1
c2
c3 { c4c2c3 Exemplo: Quantos números de dois algarismos (ele-
c3
c1 c4c3c1 mentos) distintos podem ser formados usando-se os al-
{
* possibilidade(s) c2 c4c3c2 garismos (elementos) 2, 3, 4 e 5?

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RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: Generalizando, temos

An,p = n(n - 1) (n - 2) ... (n - p + 1).


1º algarismo 2º algarismo números formados
(4)* (3)* (12 números) Multiplicando e dividindo por (n - p)!, obtemos:
3 23
4 24 (n - p)!
An, p n (n - 1) (n - 2) ... (n - p  1) .
5 25 (n - p)!
2 32
4 34 n!
5 35 An,p
(n - p)!
2 42
3 43
5 45 Esta fórmula mostra que os arranjos dos n elemen-
2 52 tos tomados p a p podem ser escritos utilizando-se
3 53 fatoriais.
4 54
Ex.: a) A6,2
* possibilidade(s)
Resolução: A6,2 = 6 . 5 = 30
Resposta: Podem ser formados doze números de
dois algarismos distintos.
Observe no exemplo dado que os grupos (números PERMUTAÇÃO SIMPLES
ou elementos) obtidos diferem entre si:
- pela ordem dos elementos (23 e 32, por exemplo);
- pelos elementos componentes (natureza) (25 e 43, Permutação simples é o tipo de agrupamento or-
por exemplo). denado, em que entram todos os elementos em cada
Os grupos assim obtidos são denominados arranjos grupo.
simples dos 4 elementos tomados 2 a 2, e são indica- Ex.: Quantos números de três algarismos distintos
dos A4,2. podem ser formados usando-se os algarismos (elemen-
tos) 2, 4 e 5?
Daí define:se Resolução:
Arranjos simples de n elementos tomados p a p são números
todos os agrupamentos sem repetição que é possível 1º algarismo 2º algarismo 3º algarismo formados
formar com p (n t p) elementos diferentes escolhidos (3)* (2)* (1)* (6 números)
4 5 245
entre os n elementos de um conjunto dado.
5 4 254
Indica-se: An,p ou A np 2 5 425
5 2 452
FÓRMULA DOS ARRANJOS SIMPLES 2 4 524
Utilizando o princípio fundamental da contagem, se 4 2 542
tivéssemos n elementos para formar grupos de p ele-
* possibilidade(s)
mentos (p t n), obteríamos:
Resposta:
Podem ser formados seis números de três algaris-
1º algarismo 2º algarismo 3º algarismo ... pº algarismo mos distintos.

Vemos, no exemplo dado, que os grupos (números)


n n-1 n - 2 n - (p - 1) ou n - p + 1 obtidos diferem um do outro apenas pela ordem dos
elementos (245 e 254, por exemplo).
Logo, o número de arranjos simples de n elementos
Os grupos assim obtidos são denominados permu-
em grupos de p elementos é dado por:
tações simples dos 3 elementos tomados 3 a 3 e são
n(n - 1) (n - 2) ... (n - p  1) indicados P3.
An . p An,p Observe que a permutação simples é um caso par-
p fatores
ticular de arranjo simples, isto é A3.3 = P3.
o lê-se: arranjos simples de n elementos toma-
dos p a p. Fórmula das permutações simples
Em geral, temos:
FÓRMULA UTILIZANDO O FATORIAL An.p = n(n - 1) (n - 2) ... (n - p + 1)
Calculando A7,4, temos: A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4. Se n = p, vem:
Multiplicando e dividindo por 3!, obtemos: An.n = Pn = n(n-1) (n-2) ... (n - n + 1) =
n(n-1) (n-2) ... 1.
7 . 6 . 5 . 4 . 3! 7! 7! Portanto:
A7,4
3! 3! (7 - 4)! Pn = n(n-1) (n-2) ... 1 = n!

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RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo: Isso significa que uma mesma comissão foi contada
Quantos números de 4 algarismos distintos podem duas vezes.
ser formados, usando-se os algarismos 1, 3, 5 e 7?
Portanto, o total de comissões é dez.
Resolução:
§ 20·
Ÿ P4 = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 ¨¨ ¸¸ 10
Resposta: Podem ser formados 24 números. ©2¹

Observe que os grupos obtidos diferem entre si pe-


COMBINAÇÃO SIMPLES los elementos componentes (natureza), não importan-
do a ordem (posição) em que aparecem.

Combinação simples é o tipo de agrupamento sem Os grupos assim obtidos são denominados combi-
repetição em que um grupo é diferente de outro apenas nações simples dos 5 elementos tomados 2 a 2, e são
pela natureza dos elementos componentes. indicados C5,2.
Ex.: Quantas comissões de 2 pessoas podem ser
Daí define-se:
formadas com 5 alunos (A, B, C, D e E) de uma classe?
Combinações simples de n elementos distintos to-
Resolução: mados p a p (n t p) são todos os subconjuntos de p
elementos que é possível formar a partir de um conjun-
to com n elementos.

Indica-se: Cn,p.
Fórmula das combinações simples

No exemplo anterior, para descobrirmos o número de


combinações, basta calcular o número de arranjos e di-
vidir o resultado por 2 (20 : 2 = 10), que é o fatorial do
número de elementos que compõem cada comissão (2).

O número de combinações de n elementos de gru-


pos de p elementos é igual ao número de arranjos de n
elementos tomados p a p, dividido por p!, isto é,

n!
A n,p (n - p)! n!
Cn,p
p! p! p! (n - p)!

n!
Cn,p
p! (n - p)!

Cn,p o lê-se: combinação simples de n elemen-


tos tomados p a p.

Ex.: Quantas comissões constituídas de 3 pessoas,


por exemplo: A B C .

Resposta: Invertendo-se a ordem dessas pessoas, obtemos a


mesma comissão.
Podem ser formadas 10 comissões de 2 pessoas.
Portanto, o problema é de combinação.
No exemplo dado, note que os grupos AB e BA re-
presentam a mesma comissão. 5! 5 . 4 . 3!
C 5 ,3 10
3! (5 - 3)! 3!. 2 . 1
Os alunos A e B, não importa a ordem, formam ape-
nas uma comissão. Resposta: Podemos formar 10 comissões

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RACIOCÍNIO LÓGICO

NÚMERO DE ARRANJOS NÚMERO DE COMBINAÇÕES


COM REPETIÇÃO COM REPETIÇÃO

Seja C um conjunto com m elementos distintos e Considere m elementos distintos e ordenados.


considere p elementos escolhidos neste conjunto em
uma ordem determinada. Escolha p elementos um após o outro e ordene
estes elementos na mesma ordem que os elementos
Cada uma de tais escolhas é denominada um dados.
arranjo com repetição de m elementos tomados p a p.
O resultado é chamado uma combinação com
Acontece que existem m possibilidades para a repetição de m elementos tomados p a p.
colocação de cada elemento, logo, o número total de
arranjos com repetição de m elementos escolhidos p a Denotamos o número destas combinações por
p é dado por mp. Crep(m,p). Aqui a taxa p poderá ser maior do que o
número m de elementos.
Indicamos isto por:
Seja o conjunto A=(a,b,c,d,e) e p=6.
Arep(m,p) = m p
As coleções (a,a,b,d,d,d), (b,b,b,c,d,e) e (c,c,c,c,c,c)
são exemplos de combinações com repetição de 5
elementos escolhidos 6 a 6.
NÚMERO DE PERMUTAÇÕES
COM REPETIÇÃO Podemos representar tais combinações por meio
de símbolos # e vazios Ø onde cada ponto # é repetido
(e colocado junto) tantas vezes quantas vezes aparece
Consideremos 3 bolas vermelhas, 2 bolas azuis e uma escolha do mesmo tipo, enquanto o vazio Ø serve
5 bolas amarelas. para separar os objetos em função das suas diferenças

Coloque estas bolas em uma ordem determinada.


Iremos obter o número de permutações com repetição (a,a,b,d,d,d) equivale a ##Ø#ØØ###Ø
dessas bolas.
(b,b,b,c,d,e) equivale a Ø###Ø#Ø#Ø#
Tomemos 10 compartimentos numerados onde
serão colocadas as bolas. Primeiro coloque as 3 bolas (c,c,c,c,c,c) equivale a ØØ######ØØ
vermelhas em 3 compartimentos, o que dá C(10,3)
possibilidades.
Cada símbolo possui 10 lugares com exatamente
6# e 4Ø.
Agora coloque as 2 bolas azuis nos compartimentos
restantes para obter C(10-3,2) possibilidades e
Para cada combinação existe uma correspondência
finalmente coloque as 5 bolas amarelas. biunívoca com um símbolo e reciprocamente.

As possibilidades são C(10-3-2,5). Podemos construir um símbolo pondo exatamente


6 pontos em 10 lugares.
O número total de possibilidades pode ser calculado
como: Após isto, os espaços vazios são prenchidos com
barras. Isto pode ser feito de C(10,6) modos.

§10 · §10  3 ·
§10  3  2 · Assim:

¨¨ ¸¸ ¨¨
¨¨ ¸¸ ¸¸
©3¹ ©©2 5 ¹ ¹
10! 7! 5! 10! Crep(5,6) = C(5+6-1,6)
3! 7! 2! 5! 5! 0! 3! 2! 5! Generalizando isto, podemos mostrar que:

Tal metodologia pode ser generalizada.


Crep(m,p) = C(m+p-1,p)
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RACIOCÍNIO LÓGICO
b) Quanto à razão, a P.A. pode ser:
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS Crescente: r > 0, cada termo é maior que o anterior.
E GEOMÉTRICAS Ex.: (1, 8, 15, 22, 29, 36)
Constante: r = 0. todos os termos são iguais. Ex.:
SEQÜÊNCIA (Sucessão) (3, 3, 3, ...)
Decrescente: r < 0, cada termo é menor que o ante-
Definição: É um conjunto de coisas, objetos, nú- rior. Ex.: (5, 2, -1, -4)
meros, dispostos ordenadamente.
Ex.: - sucessão dos meses do ano: (janeiro, feve- Fórmula do Termo Geral: É a fórmula que relacio-
reiro, março, ... , dezembro) na o termo de ordem n(an) com o primeiro termo (a1), o
- sucessão dos números pares positivos: (2, 4, 6, 8, número de termos (n) e a razão (r).
10, ...). 1º termo a1 = a 1
Se a ordem for invertida, temos uma nova suces- 2º termo a2 = a1 + r
são.
3º termo
Em uma sucessão ou seqüência o primeiro termo
chamamos de a1 (a índice 1), onde o índice indica a 4º termo
posição do termo. Uma sucessão de n termos seria:
(a1, a2, a3, a4, ..., an) .
As seqüências a serem estudadas são aquelas que .
obedecem uma lei de formação. .
As seqüências podem ser definidas:
a) pelo termo geral; nésimo termo
b) por um termo qualquer em relação ao anterior.
Portanto:
a) Pelo termo geral: Neste caso, determinamos
qualquer termo sem necessidade de calcular o seu an-
terior. Conhecidas três das quatro grandezas relaciona-
Ex.: an = n - 2 para n = 1 | a1 = 1 - 2 = -1 das, calcula-se a quarta.
para n = 2 => a2 = 2 - 2 = 0 Ex. Na P.A. em que a4 = -7 e r = 3, calcular o pri-
para n = 3 => a3 = 3 - 2 = 1 meiro termo e o termo de ordem 10.
A seqüência será (-1, 0, 1, ...) Solução:
a4 = a1 + 3 . r a10 = a1 + 9 . r
b) Por um termo qualquer em relação ao anteri- -7 = a1 + 3 . (3) a10 = (-16) + 9 . (3)
or: Só se determina um termo se calcularmos o anteri- a1 = -7 -9 a10 = 11
or e tivermos um termo da seqüência. a1 = -16 (termo de ordem 10 ou
Ex.: an = an - 1 + 3 e a1 = 2 (primeiro termo) décimo termo)
para n = 2 => a2 = a2-1 + 3 = a1 + 3 = 2 + 3 = 5
para n = 3 => a3 = a3-1 + 3 = a2 + 3 = 5 + 3 = 8 EXERCÍCIO: Determinar o vigésimo termo da P.A.
A seqüência será (2, 5, 8, ...) (3, 8, ...). Resp.98
Obs.: Se quisermos calcular o 20º termo do exem-
plo anterior: PROPRIEDADE:
a) an = n-2 => a20 => 20 - 2 = a20 = 18 Dados três números a, b e c, em P.A., nessa or-
b) an = an-1 + 3 => a20 = a19 + 3, precisamos dem, temos que b é média aritmética de a e c, ou seja:
calcular o 19 anteriores para calcular o 20º.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA
Explicação: Por definição de P.A.,
Definição: Progressão aritmética (P.A.) é toda se- r = b - a e r = c - b, ou b - a = c - b => 2b = a + c
qüência na qual cada termo, a partir do segundo, é a
INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA:
soma do termo anterior com uma constante (razão).
Neste item vamos aprender a intercalar números
Sendo a1 o 1º termo e r a razão da P.A. pela defini- reais entre dois números dados, de tal forma que todos
ção, podemos escrever: passem a construir uma progressão aritmética.
Ex.: 1) Interpolar cinco meios aritmético entre 6 e
30. / Resolução: 6, - , - , - , - , - , 30
a1 an

Exs.: 1) (1, 3, 5, 7, ...) a1 = 1 e r = 2


2) (2, 1, 0, -1, -2, ...) a1 = 2 e r = -1

Classificação de uma P.A.:


a) Quanto ao número de termos, a P.A. pode ser: an = a1 + (n - 1)r => 30 = 6 + 6r
Finita: (2, 5, 8, 11, 14) => 5 termos 24 = 6r => r = 4
Infinita: (0, 2, 4, 6, 8, ...) => infinitos termos Resposta: (6, 10, 14, 18, 22, 26, 30)

MANUAL DE ESTUDOS 9 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
2) Quantos meios aritméticos devemos interpolar Ex.: 1) Achar a soma dos 30 primeiros termos da P.A.
entre 100 e 124 para que a razão seja 4? (2, 5, ...).

Resolução:
Resolução:

an = a1 + (n - 1)r
124 = 100 + 4n - 4
28 = 4n
Cálculo de an
n=7
Como n = 7 é o número total de termos, devemos
interpolar 7 - 2 = 5 meios.
Resposta: 5 meios
EXERCÍCIO: Interpole 11 meios aritméticos entre 1
e 37. Resp. r = 3
Cálculo de Sn
FÓRMULA DA SOMA DOS n TERMOS DE UMA
P.A. FINITA:
Propriedade: Consideremos a P.A. finita (6, 10, 14, Resposta: S30 - 1.365
18, 22, 26, 30, 34) e nela podemos destacar: 6 e 34 são
os extremos: EXERCÍCIO:
Calcule a soma dos 50 primeiros termos da P.A. (2,
6,...). Resp. Sn = 5.000

Verifica-se, facilmente, que: 6 + 34 = 40 => soma PROGRESSÃO GEOMÉTRICA


dos extremos.
Definição: Progressão Geométrica (P.G.) é toda
seqüência na qual cada termo, a partir do segundo, é o
produto do termo anterior por uma constante não-nula
Daí a propriedade: Numa P.A.finita, a soma de (razão).
dois termos eqüidistantes dos extremosé igual à Obs.: Deixamos de considerar a P.G. singular, na
soma dos extremos. qual:
Assim, dada a P.A. finita: Sendo a1 o 1º termo e q a razão da P.G., pela defini-
ção, podemos escrever:

Exemplo: (1, 2, 4, 8,...) a1 = 1 e q = 2

CLASSIFICAÇÃO DE UMA P.G.:


Fórmula da Soma: a) Quanto ao número de termos, a P.G. pode ser:
Sejam a P.A. finita (a1, a2, a3, ..., an-2, an-1, an) e Sn a
- Finita: (-2, -10, -50, -250) => 4 termos
soma dos termos dessa P.A..
- Infinita: (4, 2, 1, 1/2, 1/4,...) =>infinitos termos
b) Quanto ao primeiro termo e a razão, a P.G. pode
ser:
2Sn = (a1 + an) + (a2 + an-1) + (a3 + an-2) + ... + - Crescente: cada termo é maior que o anterior.
Ex.: 1) (1, 2, 4, 8,...) =>a1 > 0 e q > 1
(an-2 + a3) + (an-1 + a2) + (a1 + an)
2) (-4, -2, -1, -1/2,...) => a1 < 0 e 0 < q < 1
Como a2 e an-1 , a3 e an-2 são eqüidistantes dos
- Constante: todos os termos são iguais.
extremos, suas somas são iguais a (a1 + an ), logo: Ex.: 1) (3, 3, 3,...) =>q = 1
2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + ... + (a1 + an) + 2) (-5, -5, -5,...) =>q = 1
(a1 + an) + (a1 + an) - Decrescente: cada termo é menor que o anterior.
2Sn = (a1 + an) n Ex.: 1) (1, 1/2, 1/4, 1/8,...) =>a1 > 0 e 0 < q < 1
2) (-3, -6, -12,...) => a1 < 0 e q > 1
- Oscilante: cada termo tem o sinal contrário ao do
Em que: termo anterior.
a1 é o primeiro termo - an é o enésimo termo Ex.: 1) (3, -9, 27, -81,...) =>q < 0
n é o número de termos - Sn é a soma dos n termos 2) (-32, 16, -8, 4,...) =>q < 0

MANUAL DE ESTUDOS 10 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
FÓRMULA DO TERMO GERAL: A P.G. é: (108, 72, 48, 32, 64/3)
É a fórmula que relaciona o termo de ordem n (an) Note que, se não fossem exigidos meios positivos,
com o primeiro termo (a1), o número de termos (n) e a poderíamos ter:
razão (q).
e a outra P.G. seria: (108, -72, 48, -32,
conhecidas três das quatro gran-
dezas relacionadas, calcula-se a quarta. 64/3)
EXERCÍCIO: Inserir cinco meios geométricos entre
Ex.: 1) Determinar o quinto termo (a5) da P.G.: (2, 6, 8 e 512. Resp. q = 2 (8, 16, 32, 64, 128, 256, 512)
18,...)
Solução: a1 = 2 Logo: a5 = a1 . q(5-1) P.G. crescente
q = 6 : 2 = 18 : 6 = 3 a5 = a 1 . q4
n=5 a5 = 2 . 34 FÓRMULA DA SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G.
a5 = 162 FINITA:

2) Na P.G. em que a3 = 36 e q = 2/3, calcular o


primeiro termo e o termo de ordem 6.
Solução: Ex.: 1) Na P.G. (1, 2, 4,...) determinar a soma dos
dez primeiros termos (S10).
Solução:

EXERCÍCIO: Calcule a soma dos 10 primeiros ter-


mos da P.G. (2, -4, 8,...) Resp. S10 = -682
(termo de ordem 6 ou sexto termo)
LIMITE DA SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G. IN-
PROPRIEDADE DA P.G.: FINITA E DECRESCENTE:
Dados três números a, b, c em P.G., nessa ordem, Pela fórmula da soma:
temos a relação:

Explicação: Por definição de P.G., q = b : a e q =


Se a P.G. é decrescente então 0 < q < 1 e an será
c : b, ou:
um número infinitamente pequeno. Então o produto
an . q tende a zero.
EXERCÍCIO: Achar o décimo termo da P.G. (2, 6,...)
9 Portanto:
Resp. 2 . 3

INTERPOLAÇÀO GEOMÉTRICA: Ex.: P.G. (1, 1/2, 1/4, 1/8,...) Solução:


Interpolar ou inserir k meios geométricos entre os
números a e b (extremos ) é obter a P.G. de k + 2 ter-
mos, onde a é o primeiro e b o último termo da progres-
são.
Para realizar a interpolação basta determinar a ra-
zão da P.G.
Ex.: Interpolar 3 meios geométricos positivos entre
os extremos 108 (1º termo) e 64/3.

Solução:

EXERCÍCIO: Determinar o valor de x na equação:

Resp. 9/2

MANUAL DE ESTUDOS 11 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
1ª bola 2ª bola 3ª bola
PROBABILIDADE
P PPP
INTRODUÇÃO P V PPV
Consideremos os seguintes experimentos: P
• aquecimento da água contida em uma panela; V P PVP
• queda livre de um corpo. V PVV
Conhecidas certas condições, podemos prever a P VPP
temperatura em que a água entrará em ebulição e a P V VPV
velocidade com que o corpo atingirá o solo. V
V P VVP
Os experimentos cujos resultados podem ser pre- V VVV
vistos, isto é, podem ser determinados antes da sua
realização, são denominados experimentos
O espaço amostral será:
determinísticos.
U = {(PPP), (PPV), (PVP), (PVV), (VPP), (VPV),
(VVP), (VVV)}
Consideremos também os experimentos.
Alguns eventos:
• lançamento de uma moeda e leitura da figura da
evento 1: as três bolas têm a mesma cor
face voltada para cima;
{(PPP) (VVV)}
• lançamento de um dado comum e leitura do nú-
evento 2: 2 das bolas são pretas
mero voltado para cima;
{(PPV) (PVP) (VPP)}
• nascimento de uma criança;
evento 3: as três bolas são vermelhas
• sorteio de uma carta do baralho.
{(VVV)}
evento 4: o número de bolas pretas é igual ao
Se estes experimentos forem repetidos várias ve-
número de bolas vermelhas { }
zes, nas mesmas condições, não poderemos prever o
seu resultado.
PROBABILIDADE DE UM EVENTO
A teoria da probabilidade se aplica a vários campos
Experimentos que, ao serem realizados repetidas
ligados a nossa vida real: genética, medicina, engenha-
vezes, nas mesmas condições, apresentarem resulta-
dos variados, não sendo possível, portanto, a previsão ria, astronomia, etc..
lógica dos resultados, são denominados experimentos
aleatórios. • Definição
Os experimentos aleatórios estão sujeitos à lei do Se, num fenômeno aleatório, o número de elemen-
acaso. tos do espaço amostral é n (U) e o número de elemen-
Como não podemos prever o resultado, procurare- tos do evento A é n(A), então a probabilidade de ocor-
mos descobrir as chances de ocorrência de cada expe- rer o evento A é o número p(A), tal que:
rimento aleatório.
A teoria da probabilidade estuda a forma de estabe-
lecer as chances de ocorrência de cada experimento
aleatório.
Observação importante:
ELEMENTOS
Esta definição é válida, quando o espaço amostral
Espaço amostral é o conjunto de todos os resulta-
dos possíveis de um experimento aleatório. Indicare- U for eqüiprobabilístico, isto é, quando todos os ele-
mos o espaço amostral por U. mentos de U tiverem a mesma probabilidade.
Exemplos:
Joga-se uma moeda e lê-se a figura da face voltada Notas:
para cima. 1ª) P (0/) = 0 e P(U) = 1
U = {cara, coroa} 2ª) Como
Joga-se um dado comum e lê-se o número voltado
para cima.
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Jogam-se duas moedas diferentes e lêem-se as fi- 3ª) É comum representarmos as probabilidades em
guras das faces voltadas para cima. porcentagem. Por exemplo, em vez de dizermos P(A)
U = {(cara, cara), (cara, coroa), (coroa, coroa), (co- = 1/2, podemos dizer P(A) = 50%.
roa, cara)}
• Evento é qualquer subconjunto do espaço Exemplo:
amostral. No lançamento de um dado, determine a probabili-
Exemplo: dade de obter:
Seja uma urna, contendo 3 bolas pretas e 3 bolas a) o número 2;
vermelhas. Dessa urna são retiradas, sucessivamente, b) um número par;
3 bolas. c) um número múltiplo 3.

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Resolução: • Enunciado
O espaço amostral é U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, portanto Se um acontecimento é composto por vários even-
n(U) = 6 tos sucessivos e independentes, de tal modo que:
a) ocorrência do número 2: o primeiro evento é A e sua probabilidade é p1
A = {2}, portanto n(A) = 1 o segundo evento é B e sua probabilidade é p2
o terceiro evento é C e sua probabilidade é p3
ou P(A) = 16,66%
b) ocorrência de número par: o k-ésimo evento é K e sua probabilidade é pk,,
B = {2, 4, 6}, portanto n(B) = 3 então a probabilidade de que os eventos A, B, C, ....
, K ocorram nessa ordem é: p1 . p2 . p3 ... pk
ou P(B) = 50%
c) ocorrência de número múltiplo de 3: Exemplo:
C = {3, 6}, portanto n(C) = 2. Uma moeda é lançada 4 vezes. Qual a probabili-
dade de que a apareça coroa nas quatro vezes?
ou P(C) = 33,33% Resolução:
U = {cara, coroa}
Respostas: a) 16,66% b) 50% c) 33,33%
1º lançamento =
PROBABILIDADE DO EVENTO COMPLEMENTAR
Sejam A e A_ dois eventos de um espaço amostral
U; sendo A_ o evento complementar de A, temos: 2º lançamento =
Demonstração: Sejam os conjuntos:

3º lançamento =
n( A )  n( A ) n ( U)
n( A )  n( A ) n ( U)
4º lançamento =
n ( U) n(U) n(U)
EXERCÍCIOS:
p(A) + P(A ) 1
01. De um baralho de 52 cartas, tira-se ao acaso
Exemplo: uma das cartas. Determine a probabilidade de que a
Consideremos um conjunto de 10 frutas, das quais carta seja: a) uma dama
3 estão estragadas. Escolhendo aleatoriamente 2 fru- b) uma dama de paus
tas desse conjunto, determinar a probabilidade de que: c) uma carta de ouros
a) ambas não estejam estragadas. 02. Uma urna contém 40 cartões, numerados de 1
b) pelo menos uma esteja estragada. a 40. Se retirarmos ao acaso um cartão dessa urna,
Resolução: qual a probabilidade de o número escrito no cartão ser
a) • Cálculo do número de maneiras que duas um múltiplo de 4 ou múltiplo de 3?
frutas podem ser escolhidas. 03. Numa caixa de 8 peças com pequenos defeitos,
12 com grandes defeitos e 15 perfeitas. Uma peça é
retirada ao acaso. Qual a probabilidade de que esta
seja perfeita ou tenha pequenos defeitos?
04. No lançamento de um dado, determine a proba-
• Cálculo do número de maneiras que duas frutas bilidade de obter:
não estragadas podem ser escolhidas. a) o número 1;
b) um número primo;
c) um número divisível por 2;
d) um número menor que 5;
e) um número maior que 6.
05. Retiramos 4 bolas de uma caixa contendo 3 bo-
las amarelas, 4 bolas vermelhas e 5 bolas pretas. De-
b) A_ é o evento: pelo menos uma fruta está termine:
estragada. P(A) + P( A_ ) = 1 a) a probabilidade de que, pelo menos, uma das 4
bolas retiradas seja amarela;
b) a probabilidade de que nenhuma das 4 bolas re-
tiradas seja amarela.

Respostas:
01.a)1/13 b)1/52 c)1/4
MULTIPLICAÇÃO DE PROBABILIDADES 02. 50%
Em análise combinatória, vimos o princípio funda- 03. 65,71%
mental da contagem; em probabilidade, há uma regra 04. a)1/6 b)1/2 c)1/2 d)2/3 e)0
análoga, denominada regra do produto. 05. a)41/55 b)14/55

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CONJUNTO Unindo o conjunto de todos esses números
com o conjunto dos racionais, formamos o con-
Conjunto dos números naturais: N junto R dos números reais.
É o conjunto: N = {0, 1, 2, 4, 5, ...} Note que todo número natural é também intei-
ro, todo inteiro é também racional e todo racional
Excluindo-se o zero desse conjunto, obtemos é também real, portanto:
o conjunto dos números inteiros positivos,
indicado por: N ZQR
N* = {1, 2, 3, 4, 5,...}
(* indica a exclusão do zero de um conjunto)
N
Conjunto dos números inteiros: Z Z
Q
É o conjunto: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...} R
Este conjunto inclui os números inteiros po-
sitivos, os inteiros negativos e o zero como ele- OPERAÇÕES COM CONJUNTOS:
mento central.
Dizemos que o oposto (ou simétrico) de 2 é - 1ª) União (U):
2, de -5 é 5, e assim por diante. A união de dois conjuntos A e B é o conjunto
formado por todos os elementos que pertencem
Conjunto dos números racionais: Q a A ou a B.
Todos os números que podem ser obtidos da A‰B ^x / x A ou x  B`
divisão (razão) entre 2 números inteiros são cha-
mados números racionais e formam o conjunto: Exemplo:
Q = {x/x = a/b; a  Z e B  Z*}
Observe: O número b não pode ser zero. a ) A = {0, 1, 2, 3, 4},
B = {1, 3, 5, 7}
Exemplos de números racionais:
A ‰ B {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7}
10
a) 2,5  Q n A‰B n A n B n AˆB
4
18
b) 6 Q
3
A .0 .1 .5 B
c)
10
3
3,333. . .  Q .2
Atenção: Vemos que a representação decimal
.4 .3 .7
de um número racional:

1º) ou é exata 2ª) Interseção ( ˆ ):


A interseção de dois conjuntos A e B é o con-
§7 · junto formado pelos elementos que são comuns
¨ 1,75¸
©4 ¹ a A e B, ou seja, que pertencem simultaneamen-
te aos conjuntos A e B.
2º) ou é periódica A ˆ B ^x / x  A e x  B`
§7 · Exemplo:
¨ 0,636363. . .¸
© 11 ¹
a ) A = {1, 2, 3, 4}
Quer dizer: na divisão de 2 inteiros, ou a conta B = {1, 3, 5, 7}
termina ou prolonga-se repetitivamente.
(dízima periódica). A ˆ B {1, 3}

Conjunto dos números reais: R A .1 .5 B


Existem números cuja representação decimal
não é exata e nem periódica, não sendo, portan- .2
to, números racionais. São chamados irracio-
na is. .4 .3 .7
1,4142135624... = 2 Q
Obs.: Quando A ˆ B = ‡ , os conjuntos A e B
3,1415926535... = S  Q são chamados DISJUNTOS.

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3ª) Diferença de Conjuntos:
A diferença de dois conjuntos A e B é o con- EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU
junto formado pelos elementos que pertencem a
A mas não pertencem a B. 1) INTRODUÇÃO: equação é uma igualdade entre 2
expressões aritméticas onde existe um fator (termo)
A - B = {x / x  A e x  B} desconhecido. Os termos que estão à esquerda do
sinal de igualdade constituem o primeiro membro e
Exemplo: os que estão à direita do sinal de igualdade constitu-
em o segundo membro da equação. O termo desco-
Sendo: nhecido é denominado incógnita. Quando o expoente
máximo da incógnita é igual a 1, a equação é do pri-
meiro grau. O valor da incógnita que satisfaz a equa-
A = {1, 3, 5, 7}
ção é denominado raiz da equação. Uma equação do
e primeiro grau admite somente uma raiz, ou seja, seu
B = {2, 3, 5}, temos conjunto verdade é unitário.
Ex.: x + 3 = 9
A - B = {1, 7}
1º membro 2º membro
O valor de x (incógnita) que satisfaz a equação é 6
A .1 .3 B porque 6 + 3 = 9. O número 6 constitui a solução da
equação e seu conjunto verdade será então V= {6}

.7 .5 .2 2) SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO 1º GRAU:


Resolver uma equação do 1º grau é determinar a
raiz da mesma. PAra resolver uma equação do 1º grau,
deve-se colocar todos os termos desconhecidos no
primeiro membro e os termos conhecidos no segun-
4ª) Complementar: do membro ou vice-versa- deve ser trocada ou inverti-
Se B  A, a diferença A - B denomina-se com- da a operação.
plementar de B em relação a A e indica-se por: Ex.: 1) 10x - 6 = 6x + 22
Isolando os termos desconhecidos no primeiro
membro e os termos conhecidos no segundo mem-
 AB A  B bro, vem: 10x - 6x = 22 + 6
Observa-se que o termo 6x que estava no segun-
Exemplo: do membro, e o termo -6 que estava no primeiro mem-
bro, tiveram suas operações invertidas. Assim tere-
mos: 4x = 28
Sendo: O problema agora se reduz a encontrar o valor de x
que multiplicado por 4 é igual a28, o que equivale a
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} dividir 28 por 4 encontrando-se assim o valor de x.
e Então:
B = {2, 3}, então: 28
4x = 28 C x = C 7 é a raiz da equação
4
C A B = A - B = {0, 1, 4, 5} 2) 30x + 40 = 10x + 20
30x - 10x = 20 -40
20x = -20 \

B
-20
A . 0 .2 x=
20
C x = -1

.1 SISTEMAS DO PRIMEIRO GRAU:

AB
.4 .3 .5 Definição: São sistemas cujas equações possu-
em incógnitas elevadas a expoente 1 e em nenhuma
equação ocorre o produto de duas incógnitas.
Resolução de um Sistema do Primeiro Grau: Re-
Obs.: O complementar de A em relação ao solver um sistema do primeiro grau consiste em de-
conjunto Universo, representa-se por: terminar os valores das incógnitas que satisfaçam si-
multaneamente as duas equações do sistema. Um
sistema do primeiro grau pode ser resolvido por um
dos três métodos a seguir:
a) Método da Substituição: consiste em colocar
U uma das incógnitas em função da outra incógnita em
uma das equações e substituir na outra. Este método
A’ A conduz a uma equação do primeiro grau com uma
incógnita. Encontrando o valor de uma incógnita, o va-
lor da outra é facilmente encontrado.

Ex.: Resolver o sistema: 2x + 3y = 7


5x - 4y = 6

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Solução: Colocando x em função de y na primeira 7 - 3y 6 + 4y
7 - 3y = ; m.m.c. = (2; 5) = 10
equação: 2x + 3 y = 7 C x = 2 5
2 5 (7 - 3y) = 2 (6 + 4y)
Substituindo a expressão da incógnita x encontra- 35 - 15y = 12 + 8y
da acima na segunda equação, vem: - 15y - 8y = 12 - 35
(7 - 3y) 35 - 15y -23y = -23 (-1)
5x - 4y = 6 C 5 - 4y = 6 C - 4y = 6 23y = 23
2 2
y =1
35 - 15y - 8y = 12 \ -15y - 8y = 12 - 35
Pela equação III:
-23y = -23 (-1) \ 23y = 23 \ y = 1
Sendo 7 - 3y 7-3.1 4
x= C x= C x= C x=2
7 - 3y 7-3.1 7-3 2 2 2
x= C x= = C x=2
2 2 3
Resposta: x = 2 e y = 1
A solução do sistema é x = 2 e y = 1.
Obs.: O sistema poderá ser resolvido colocando y
em função de x e procedendo como no exemplo dado. Se o sistema não for dado nas formas anteriores, o
mesmo pode ser reduzido a elas por meio de operações
b) Método da Adição: consiste em eliminar uma das algébricas:
incógnitas, resultando uma equação do primeiro grau
5x - y 2
a uma incógnita. Para eliminar uma incógnita deve-se: =
1º) Tornar simétricos os coeficientes da incógnita 2 9
que se quer eliminar; 7 (5x + 2y) = 9
2º) Somar membro a membro as equações resul-
5x + y 2
tantes obtendo-se uma equação do primeiro grau a = = m.m.c. (2; 9) = 18
uma incógnita; 2 9
3º) Resolver a equação obtida no item anterior; 9 (5x + y) = 4 45 + 9y = 4 (1ª equação)
4º) Obter o valor da incógnita eliminada por meio 7 (5x + 2y) = 9 35x + 14y = 9 (2ª equação)
de uma das equações do sistema.
45x + 9y = 4
2x + 3y = 7 O novo sistema será: 35x + 14y = 9
Ex.: Resolver o sistema:
5x - 4y = 6
1º) Eliminando a incógnita y: Sendo os coeficientes O sistema acima será resolvido por um dos três méto-
de y de sinais trocados, basta multiplicar a 1ª equação dos estudados.
por 4 e a segunda por 3.
2x + 3y = 7 . (4) 8x + 12y = 28 INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Então:
5x - 4y = 6 . (3) 15x - 12y = 18
Somando membro a membro as equações resul- Ex.: Dê o conjunto solução da inequação
tantes: 2x - 4 > 0.
46
8x + 12y + 15x - 12y = 28 + 18 C 23x = 46 C x = =2 Solução: 2x - 4 > 0 ? 2x > 4 ? x > 2
23
x=2 S = {x  R / x > 2}
Escolhendo uma das equações originais do siste-
ma dado, encontra-se o valor de y: EXERCÍCIO
1ª equação: D ê o c o nj un t o - s o l uç ã o d e c a d a u ma d a s
2x + 3y = 7 \ 2 . 2 + 3y = 7 \ 4 + 3y = 7 \3y = 3 \ inequações abaixo:
y=1 a) x - 3 d 0 c) x + 4 d 2x - 1
Resposta: x = 2 e y = 1
b) -3x + 9 t 0 d) 3x + 1 < 2x + 20
c) Método da Comparação: consiste em colocar uma
incógnita em função da outra nas duas equações e GABARITO
igualar as expressões obtidas, resultando uma equa- a) S = {x  R / x d 3} c) {x  R / x t 5}
ção do 1º grau a uma incógnita. b) S = {x  R / x d 3} d) {x  R / x < 19}
2x + 3y = 7
Ex.: Resolver o sistema: EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
5x - 4y = 6
Colocando x em função de y nas duas equações:
1) INTRODUÇÃO:
7 - 3y
2x + 3y = 7 ? x = (III)
2 Equação do segundo grau é uma igualdade da for-
6 + 4y ma: ax2 + bx + c = 0 (forma geral)
5x + 4y = 6 ? x = (IV) Onde a, b e c são números reais quaisquer sendo
5
Igualando as expressões obtidas: que a deve ser diferente de zero.

MANUAL DE ESTUDOS 16 MANUAL DE ESTUDOS


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A equação será incompleta se b ou c for nulo. Se Se for nulo, a equação terá duas raízes reais
todos os coeficientes a, b e c forem diferentes de zero, e iguais, isto é, x 1 = x 2 = -b/2a;
a equação será completa. Toda equação do 2º grau
tem 2 raízes, no máximo. Se for negativo, a equação não terá raízes
Ex.: 4x2 - 5x + 3 = 0; x2 - 4 = 0; 2x2 + 8x = 0 reais.
Ex.: 6x2 - 9x - 15 = 0
2) SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES INCOMPLETAS: a = 6; b = 9; c = -15
1º) Equações do tipo ax2 + bx = 0 = b2 - 4ac = (-9)2 - 4 . 6 (-15) = 81 + 360 = 441
Colocando x em evidência: x(ax +b) = 0 > 0, logo a equação terá duas raízes reais e
Sendo nulo o produto, pelo menos um dos fatores distintas.
deve ser nulo, isto é, x = 0 e ax + b = 0.
Então as raízes da equação serão:
-b - - (-9) + 441 9 + 21 30 5
-b x1 = = = = =
x=0ex= 2a 2.6 12 12 2
a
Ex.: 2x2 + 8x = 0
x(2x + 8) = 0 -b - - (-9) - 441 9 - 21 -12
x = 0; 2x + 8 = 0 x2= = = = = -1
2a 2.6 12 12
-8 5
2x = 8 C x = e x = -4 Resposta: x1 = ou x2 = -1
2 2
Resposta: x = 0 ou x = -4 4) RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES E AS RAÍZES
DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU:
2º) Equações do tipo ax2 + c = 0 Sendo x1 e x2 as raízes de uma equação do segun-
do grau da fórmula de Báskara, sabe-se que:
-c + -c
ax2 = -c \ x 2 = C x= -
a a -b + -b -
Observações: x1 = (I) e x2 = (II)
2a 2a
-c 1º) Somando membro a membro as expressões
a) Se o valor de for positivo, a equação terá
a acima (I) e (II):
duas raízes reais e simétricas,
-c -c -b + -b -
x= ex=- x 1+ x2 =
2a
+
2a
=
a a
-c ,
b) Se o valor de for negativo, a equação não terá -b + -b- -b -b -2b -b
a = = =
2a 2a 2a a
raízes reais.
Ex.: 1) 3x2 - 243 = 0 \ 3x2 = 243 -b
então: x 1 + x 2 =
243 a
x2 = \ x2 = 81 Logo se conclui que a soma das raízes de uma
3
-b
x = +- 81 C x = +- 9, ou seja, x = 9 ou x = -9 equação do segundo grau é igual a
a
Resposta: x = 9 ou x = -9
2º) Multiplicando membro a membro as expressões
2) x2 + 9 = 0 \ x2 = -9 (não existem raízes reais) (I) e (II):

3) RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES COMPLETAS: -b + -b - (-b + ) (-b - )


ax2 + bx + c = 0, onde a, b e c são diferentes de x 1+ x2= =
2a 2a 4a 2
zero.
As raízes serão obtidas pela fórmula de Báskara:
2 2 2
-b +- b2 - 4ac (-b) - ( ) b -
= ; sendo = b 2 - 4ac
x= 4a 2 4a 2
2a
O termo b2 - 4ac é denominado discriminante sen-
2 2 2
do representado pela letra grega . b - (b - 4ac) b 2 - b + 4ac 4ac c
x 1 - x 2= = = =
Então a fórmula acima terá a seguinte forma: 4a 2 4a 2 4a 2 a
c
-b +- x 1- x 2 =
x= a
2a
Logo se conclui que o produto das raízes de uma
Sendo positivo, a equação terá duas raízes re- c
equação do 2º grau é igual a .
-b + -b - a
ais e distintas, isto é: x = e x2 = As relações acima permitem calcular a soma e o
1 2a 2a
produto das raízes sem conhecê-las.

MANUAL DE ESTUDOS 17 MANUAL DE ESTUDOS


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5) FORMAÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO Resolvendo a equação do 2º grau em y: a = -1; b =
GRAU CONHECENDO-SE SUAS RAÍZES: 6; c = -8
Seja a equação: ax2 + bx + c = 0 (I)
Dividindo-se a equação por a vem: 2 2
= b - 4ac = 6 - 4(-1)(-8) = 36 - 32 = 4
b c
x 2 + x + = 0 (II)
a a
Seja S a soma e P o produto das raízes. (-b + ) -6 + 4 -6 + 2
y = = = =2C y =2
Da relação entre os coeficientes e as raízes, sabe- 1 2a 2(-1) -2 1

b c
se que: S = e P= INEQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
a a
Substituindo-se S e P na equação II, vem: x2 - Sx +
P = 0 será a equação procurada.
1º Exemplo:
Ex.: Formar a equação do 2º grau cujas raízes são
Resolver a inequação x 2 - 3x + 2 > 0.
1 e 5:
Solução: x1 = 1; x2 = 5
a=1>0
S = x1 + x2 = 1 + 5 = 6;
P = x1 . x2 =1 . 5 = 5 x 2 - 3x + 2 = 0
Como x2 - Sx + P = 0, a equação será: x2 - 6x + 5 = 0
'=9-8=1>0
Formar a equação do 2º grau cujas raízes são:
x’ = 2
x=3+1
5 + 12 5 - 12 2 x” = 1
e
2 2
Como devemos ter f(x) > 0:
Solução: x 1 = 5 + 12 ; x 2 = 5 - 12
2 2 S = {x R / x < 1 ou x > 2}

Esquema:
S - x 1 + x 2 - 5 + 12 + 5 - 12 -
2 2 +
1
-
2
+ x
5+ 12 + 5 - 12 - 10 - 5 x<1 1<x<2 x >2
2 2
2º Exemplo:
Resolver a inequação -4x 2 + 4x - 1 < 0
5 + 12 5 - 12 a = -4 < 0
P = x1 - x 2 = =
2 2 -4x 2 + 4x - 1 = 0
4x 2 - 4x + 1 = 0
(5 + 12) (5 - 12) 25 - 12 13 13 = 16 - 16 = 0
= = C P=
4 4 4 4 -b 4 1
x= = =
A equação será: 2a 8 2
13 Como devemos ter f(x) < 2:
x 2 - 5x + =0 ou 4x 2 - 20x + 13 = 0
4
S = {x R / x ½}
SISTEMAS DO SEGUNDO GRAU
Esquema:
Introdução:
½
Nos sistemas do segundo grau serão resolvidos - - x
pelo método da substituição como será visto nos exem- x ½ x ½
plos a seguir:
3º Exemplo:
x+y=6 Resolver a inequação x 2 - 5x + 8 < 0
xy = 8 a=1>0
x 2 - 5x + 8 = 0
Solução: colocando x em função de y na 1ª equação, vem: = 25 - 32 = -7 < 0

x+y=6C x=6-y Como devemos ter f(x) < 0: S =

Substituindo o valor de x na 2ª equação, vem: Esquema:


xy = 8 \ (6 - y)y = 8 \ 6y - y 2 = 8 +
x
- y 2 + 6y - 8 = 0

MANUAL DE ESTUDOS 18 MANUAL DE ESTUDOS


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Exemplo:
MATRIZES
>4 1 2 @: matriz de ordem 1 x 3 (1 linha e 3 colunas)
1. DEFINIÇÃO:
As matrizes são tabelas de números reais utiliza- 2. REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA
das em quase todos os ramos da ciência e da enge- Utilizamos letras maiúsculas para indicar matrizes
nharia. genéricas e letras minúsculas correspondentes para
Várias operações executadas por cérebros eletrô- os elementos.
nicos são computações por matrizes. São utilizadas Algebricamente, uma matriz A pode ser representa-
na Estatísita, na Economia, na Física Atômica, etc. da por:
Vejamos um exemplo:
Considere a tabela ao lado, que indica o número
de vendas efetuadas por uma agência de automóveis § a11 a12 a13 ... a1n ·
¨ ¸
durante o primeiro trimestre. ¨a a a ... a ¸
¨ 21 22 23 2n ¸
Janeiro Fevereiro Março ¨ a 31 a 32 a 33 ... a 3n ¸
¨ ¸
Monza 20 18 25 A ¨. . . . ¸ com m e n  IN *
¨. . . . ¸
Fiat 12 10 15 ¨ ¸
¨. . . . ¸
Gol 15 9 20 ¨ ¸
¨ a m1 a m2 a m3 ... a mn ¸
Voyage 18 15 21 © ¹

Se quisermos saber a quantidade de carros Voyage Como o quadro A é bastante extenso, a matriz m X n
vendidos em janeiro, iremos procurar o número que será representada abreviadamente por:
está na quarta linha e na primeira coluna desta tabela. A (a ij ) m x n
No quadro indicado, o snúmeros colocados nas
disposições horizontais formam o que denominamos Os elementos da matriz A são indicados por aij, em
linha e os colocados nas disposições verticais cha- que:
mamos de coluna. i  ^1, 2, 3, ... , m` e j  ^1, 2, 3, ... , n.`
O conjunto ordenado dos números que formam a
O elemento aij possui dois índices: o primeiro i,
tabela é denomado matriz e cada número é chamado
representa a linha, e o segundo, j, indica a coluna.
elemento da matriz.
Com essas duas informações (linha e coluna) pode-
mos localizar o elemento.
20 18 25
Assim, temos:
12 10 15
a11 (lê-se: a um um) o elemento localizado na 1ª
15 9 20
18 15 21 linha e 1ª coluna
a32 (lê-se: a três dois) o elemento localizado na 3ª
Neste exemplo, temos uma matriz do tipo 4 x 3 (lê- linha e 2ª coluna
se: quatro por três), isto é, uma matriz formada por 4
linhas e trêr colunas. Exemplo: Achar os elementos da matriz A = (aij)3 x 2
Representa-se uma matriz colocando-se seus ele- em que aij = 3i - j.
mentos entre parênteses ou entre colchetes.
Resolução: A representação genérica da matriz é:
1ª coluna
2ª coluna
3ª coluna a ij 3i - j Ÿ a 11 3 .1 - 1 2
§ 20 18 25 · 1ª linha ª20 18 25º a12 3 .1 - 2 1
¨ ¸ «12 10 15 »
¨12 10 15 ¸ 2ª linha ªa 11 a12 º a 21 3 . 2 - 1 5
« » « »
¨15 9 20 ¸ 3ª linhaou «15 9 20 » A «a 21 a 22 » a 22 3. 2 - 2 4
¨¨ ¸¸ « » «¬a 31 a 32 »¼ a 31 3 . 3 - 1 8
4ª linha
© 18 15 21 ¹ ¬18 15 21 ¼
a 32 3.3 - 2 7
Uma matriz do tipo m x n (lê-se: m por n), com m,
n t 1 , é uma tabela formada por m . n elementos dis-
postos em m linhas e n colunas.
ª2 1º
A «5 4»»
Observação: «
Resposta:
Para indicar a ordem de uma matriz, dizemos primeiro «¬8 7 »¼
o número de linhas e, em seguida, o número de colunas.

MANUAL DE ESTUDOS 19 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
3 - MATRIZ QUADRADA Indica-se a transposta de A por At.
Se o número de linhas de uma matriz for igual ao Exemplo:
número de colunas, a matriz é dita quadrada.
Quando nos referimos a uma matriz quadrada n x ª 1 2º
n, podemos dizer que a sua ordem é n em vez de n x n. « » ª1 - 3 2 º
A «- 3 5 » o a sua transposta é At « »
Exemplos: «¬2 5 0 »¼ 2x3
« »
ª 3 4º ¬ 2 0¼3x2
A «- 1 0 » é uma matriz de ordem 2 Observe que:
¬ ¼
a 1ª linha de A é igual à 1ª coluna de At.
a 2ª linha de A é igual à 2ª coluna de At.
§1 2 3 ·
¨ ¸ a 3ª linha de A é igual à 3ª coluna de At.
B ¨4 5 6¸
é uma matriz de ordem 3.
¨7 8 9¸ 6 - IGUALDADE DE MATRIZES
© ¹
Sejam as matrizes A e B de mesma ordem. Se cada
Observações: elemento de A for igual ao elemento correspondente
1ª) Quando uma matriz tem todos os seus elemen- (elemento que ocupa a mesma posição) de B, as
tos iguais a zero, dizemos que é uma matriz nula matrizes A e B são ditas iguais.
Assim, C é uma matriz nula de ordem 4. Assim, sendo A = (aij)m x n e B = (bij)m x n,
2ª) Os elementos aij de uma matriz quadrada, em
que i = j, formam uma diagonal denominada diagonal
principal. A B œ a ij b ij ,  i  ^1, 2, 3, ..., m`
A outra diagonal é chamada diagonal secundária.  j  ^1, 2, 3, ..., n`
diagonal diagonal Exemplo: Dadas as matrizes
principal secundária
ª 2 5º ª x  y 5º
A « » eB « », calcular xe y paraqueA B.
ªa 11 a 12 ... a 1n º ¬10 1¼ ¬3x - y 1 ¼
« »
« »
«a 21 ª 2 5º ª x  y 5º
a 22 ... a 2n » Resolução: A BŸ « » «3x - y 1 »
« » ¬10 1¼ ¬ ¼
« »
«a a 32 ... a 3n »
« 31 » ­x  y 2 Ÿ 3 + y = 2 Ÿ y = -1
« » °
® 3x  y 10
«. . . » ° Ÿ x=3
« » ¯ 4 x 12
«. . . »
« » Resposta: x = 3 e y = -1
«. . . »
«¬a m1 a m2 ... a mn »¼ 7 - OPERAÇÕES COM MATRIZES
A adição ou a subtração de duas matrizes, A e B, do
mesmo tipo é efetuada somndo-se ou subtraindo-se
4 - MATRIZ UNIDADE OU MATRIZ IDENTIDADE os seus elementos correspondentes.
A matriz quadrada de ordem n, em que todos os Exemplo:
elementos da diagonal principal são iguais a 1 (um) e
os demais elementos são iguais a 0 (zero), é denomi- § 4 3· §1 - 2 ·
Sendo A ¨¨ ¸¸ e B ¨¨ ¸¸, temos :
nada matriz unidade ou matriz identidade. ©- 2 1 ¹ ©5 7¹
Representa-se a matriz unidade por In.
Exemplos: § 4 3 · §1 - 2 · § 4  1 3 - 2 · §5 1·
A  B ¨¨ ¸¸  ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
© - 2 1 ¹ © 5 7¹ © - 2  5 1 7¹ © 3 8¹
ª1 0º
I2 «0 1» é uma matriz de ordem 2.
¬ ¼ § 4 3 · §1 - 2 · § 4 1 3  2· § 3 5·
A  B ¨¨ ¸¸  ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
© - 2 1 ¹ © 5 7 ¹ © - 2  5 1 7 ¹ © - 7 - 6¹
ª1 0 0º De uma forma geral, se A = (aij)m x n, B = (bij)m x n e C =
«0 1 0» é uma matriz unidade de ordem 3. (cij)m x n, temos:
I3 « »
«¬0 0 1»¼
Adição C A  B Ÿ c ij a ij  b ij
com
Subtração C A  B Ÿ c ij a ij  b ij
5 MATRIZ COMPOSTA
Se A é uma matriz de ordem m x n, denominamos i  ^1, 2, 3, ..., m`
transposta de A a matriz de ordem n x m obtida pela
j  ^1, 2, 3, ..., n`
troca ordenada das linhas pelas colunas.

MANUAL DE ESTUDOS 20 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
Podemos, também, efetuar a subtração da seguin- D O CES
te forma:
C = A - B Ÿ C = A + (-b) A B
Isto é matriz C é igual à matriz A adicionada à opos-
X 5 8
ta da matriz B.
Y 3 2
Matriz oposta
Denomina-se matriz oposta de uma matriz A a ma- Z 4 7
triz -A cujos elementos são os simétricos dos elemen-
tos correspondentes de A. A tabela dada será representada pela matriz A:
Exemplo:
ª5 8 º
ª 2 - 5º ª- 2 5 º A ««3 2 »»
A «- 6 7 » Ÿ - A « 6 - 7 »
¬ ¼ ¬ ¼ «¬4 7»¼
Observe que a oposta da matriz A é obtida trocan-
Suponha que sejam fabricados 50 doces do tipo A
do-se os sinais de todos os elementos de A.
e 20 dozes do tipo B, por dia. Essa quantidade de do-
Propriedades:
ces pode ser representada prla matriz coluna:
1ª) A + B = B + A (comutativa)
2ª) (A + B) + C = A + (B + C) (associativa) ª50 º
3ª) A + 0 + A (elemento neutro) B « ».
4ª) A + (-A) = 0 ( elemento oposto) ¬20¼
Exemplo: Se quisermos determinar a quantidade de ingredi-
§ 3· § -1 · entes X, Y e Z utilizada por dia, devemos proceder da
¨ ¸ ¨ ¸
A ¨- 2¸ e B ¨ - 4 ¸ , calcular seguinte forma:
Dadas as matrizes Ingrediente X: 5 . 50 + 8 . 20 = 410
¨ 5¸ ¨ 2¸
© ¹ © ¹ Ingrediente Y: 3 . 50 + 2 . 20 = 190
a matriz X tal que X - A + B = 0. Ingrediente Z: 4 . 50 + 7 . 20 = 340
Resolução: O 2º membro da equação é uma matriz Essas quantidades podem ser representadas pela
nula de ordem 3 x 1. matriz: ª410º

C «190 »
Se X - A  B Ÿ X A - B « ».
«¬340 »¼
§ 3· § 1 · § 4·
¨ ¸ ¨ ¸ ¨ ¸
X A  (-B) ¨ - 2 ¸  ¨ 4 ¸ ¨ 2¸ Podemos obter a matriz C, denominada matriz pro-
¨ 5¸ ¨- 2¸ ¨3 ¸ duto de A por B, da seguinte forma:
© ¹ © ¹ © ¹
§ 4· ª5 8 º ª410º
¨ ¸ « » ª50 º «
X ¨ 2¸ A . B C Ÿ «3 2 » . « » «190 »»
Resposta: 20
¨3 ¸ «¬4 7»¼ ¬ ¼ «¬340 »¼
© ¹
Cada elemento da matriz C é a soma dos produtos
Multiplicação de um número real por uma matriz
ordenados de uma linha da matriz A pela coluna da
Para multiplicar uma matriz por um número real
matriz B, isto é:
basta multiplicar todos os seus elementos pelo nú-
410 = 5 . 50 + 8 . 20
mero, e o resultado é uma matriz de mesma ordem.
190 = 3 . 50 + 2 . 20
Dada uma matriz A = (aij) e um número real k, cha-
340 = 4 . 50 + 7 . 20
ma-se produto de K por A a matriz B = (bij), em que bij =
Observe que a multiplicação de matrizes só é pos-
k . aij.
­i  ^1, 2, 3, ..., m` sível quando o número de colunas da 1ª matriz é igual
° ao número de linhas da 2ª matriz.
B k . A Ÿ b ij k . a ij ® Podemos definir:
° j  ^1, 2, 3, ..., n` Dada uma matriz A = (a ij ) m x n e uma matriz B =
¯
(b jk ) n x p , denomina-se produto de A por B a matriz C
= (c ik ) m x p, tal que o elemento cik é a soma dos produtos
ª 2 -1 0 º da i-ésima linha de A pelos elementos corresponden-
Exemplo: Calcular: 5. « »
¬- 4 3 6 ¼ tes da j-ésima coluna de B.
C A . B Ÿ Cij a il b lk  a i2 b 2k  ...  a in b nk
ª 2 - 1 0 º ª 10 - 5 0 º
Resolução: 5. « » « » Exemplo: Dadas as matrizes
¬- 4 3 6¼ ¬- 20 15 30¼ ªa 11 a 12 º
Multiplicação de matrizes « » ªb b º
A «a 21 a 22 » e B « 11 12 »
Exemplo prático: uma doceira produz dois tipos de
«¬a 31 a 32 »¼ ¬b 21 b 22 ¼ ,
doces, A e B. Para a produção desses doces são utiliza-
dos os ingredientes X, Y e Z, conforme indica a tabela.
determine a matriz C = A . B.

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RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: ª a 11 a 12 º Vamos utilizar um raciocínio análogo para as matrizes.
ª b 11 b 12 º
C A . B «« a 21 a 22 »»
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Se existir

b b 22 »¼ 2 x 2 uma matriz B tal que A . B - B . A = I, dizemos que a matriz
«¬ a 31 a 32 »¼ 3 x 2 ¬ 21 B é a matriz inversa de A e indicamos por A-1.
Portanto:
ª a 11 b 11  a 12 b 21 a 11 b 12  a 12 b 22 º A . A-1 = A-1 . A = In
«a b  a b a 21 b 12  a 22 b 22 »»
« 21 11 22 21 Observações:
«¬ a 31 b 11  a 32 b 21 a 31 b 12  a 32 b 22 »¼ 3 x 2 1ª) I é uma matriz identidade de mesma ordem que
as matrizes A e B.
Observe que a operação de multiplicação é efetua- 2ª) Se existir a inversa, dizemos que a matriz A é
da multiplicando-se linha por coluna, isto é, cada ele- inversível e, em caso contrário, não inversível ou sin-
mento de uma linha é multiplicado pelo elemento cor- gular.
respondente de uma coluna e, em seguida, os produ- 3ª) Se a matriz quadrada A é inversível, a sua inver-
tos são adicionados. sa é única.
Portanto, o elemento c11 (1ª linha e 1ª coluna) da Exemplo: Dterminar a inversa da matriz
matriz produto é encontrado multiplicando-se os ele- §a b·
§ 2 4· 1
mentos da 1ª linha de A pelos elementos da 1ª coluna A ¨¨ ¸¸ Resolução: Fazemos A ¨¨ ¸¸ .
de B e somando-se os produtos obtidos. ©1 5 ¹ ©c d ¹
Na multiplicação de duas matrizes A e B, o número Sabemos que A . A -1 I2
de colunas de A deve ser igual ao número de linhas de
B; o produto AB terá o mesmo número de linhas de A e §2 4·§a b · §1 0 ·
o mesmo número de colunas de B. ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
Am x n . Bn x p = (A . B)m x p ©1 5 ¹ © c d ¹ © 0 1¹
§ 2a  4c 2b  4d · §1 0 ·
n n n

Ÿ ¨¨ ¸ ¨¨ ¸¸
Se A é de ordem 3 x 2 e B é de ordem 2 x 2, © a  5c b  5d ¸¹ © 0 1¹
então A . B é de ordem 3 x 2.
Pela igualdade de matrizes, temos os sistemas:
Se A é de ordem 5 x 3 e B é de ordem 3 x 1,
então A . B é de ordem 5 x 1. ­2a  4c 1 5 1
Se A é de ordem 3 x 4 e B é de ordem 2 x 5, (1) ® Ÿa ec -
então não existe A . B. ¯ a  5c 0 6 6

­2b  4d 0 2 1
Propriedades: (2) ® Ÿb ed -
A multiplicação de matrizes possui as seguintes ¯ b  5d 1 3 3
propriedades, se existirem os produtos envolvidos:
1ª) A . (BC) = (AB) . C (associativa)
2ª) A . (B + C) = AB + AC (distributiva à direita)
3ª) (B + C) . A = BA + CA (distributiva à esquerda) Resposta:
Observações:
1ª) A multiplicação de matrizes não é comutativa,
isto é, existem matrizes A e B tais que AB z BA . Exercícios propostos:
2ª) Se ocorrer AB = BA, dizemos que as matrizes A e 1) (Cescem-SP) O produto M . N da matriz M =
B comutam. pela matriz N = ( 1 1 1):
3ª) Na multiplicação de matrizes não vale a lei do a) não se define
anulamento do produto, isto é, podemos ter AB = 0, b) é uma matriz identidade de ordem 3
mesmo com A z 0 e B z 0 . c) é uma matriz de cada linha e uma coluna
4ª) Não vale também a lei do cancelamento, isto é, d) é uma matriz quadrada de ordem 3
e) não é uma matriz quadrada.
podemos ter AB = AC, mesmo com A z 0 e B z C .

§ 9 7 · §1 2 3 ·
Exemplo: Efetuar: ¨¨ ¸¸ . ¨¨ ¸¸
2)
©0 8 ¹ © 4 5 6¹
Resolução:
§ 9 7 · §1 2 3 · § 9 .1  7 . 4 9 . 2  7 . 5 9 . 3  7 . 6· então a matriz Y = At . B será nula para:
¨¨ ¸¸ . ¨¨ ¸ ¨ ¸
©0 8¹ ©4 5 6 ¸¹ ¨© 0 .1  8 . 4 0 . 2  8 . 5 0 . 3  8 . 6 ¸¹ a) x = 0 b) x = -1 c) x = -2 d) x = -3 e) x - 4.
§ 9  28 18  35 27  42 · § 37 53 69 · 3) (FEI-SP) As matrizes abaixo comutam.
¨¨ ¸ ¨¨ ¸¸
© 0  32 0  40 0  48 ¸¹ © 32 40 48 ¹
O valor de a é:
8 - MATRIZ INVERSA
Sejam dois números reais, a e b, com a z 0 e b z 0. a) 1 b) 0 c) 2 d) -1 e) 3
Se a . b = b . a = 1, dizemos que a e b são inversos, ou,
ainda, que b é o inverso de a e vice-versa. Respostas: 01 - D 02 - E 03 - A

MANUAL DE ESTUDOS 22 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
Soma e subtração de números decimais: para se
FRAÇÕES ORDINÁRIAS efetuar estas operações, basta colocarmos vírgula sob
vírgula, ou seja, operar parte inteira com parte inteira e
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES: parte decimal com parte decimal.
Soma e Subtração: a soma ou diferença de fra- Ex.: a) 2,32 + 0,416 + 11 + 0,1
ções é obtida da seguinte maneira: b) 1,432 - 0,21
1º) Reduzimos as frações ao mesmo denomina-
dor;
2º) Somamos ou subtraímos os numeradores ob-
tidos e assim teremos a fração resultado. Solução: a) b)
Ex.: Efetuar: 5 - 2 + 5
6 3 8
Produto de números decimais: opera-se normal-
Solução: m.m.c. (6; 3; 8) = 24 mente. O resultado terá tantas casas decimais quanto
5 - 2 + 5 = 20 - 16 + 15 = 19 a soma das casas decimais dos fatores.
6 3 8 24 24 Ex.: 0,32 x 1,7
0,32 2 casas decimais
Produto de frações: o produto de frações é obtido 1,7 1 casa decimal
multiplicando-se respectivamente numerador e denomi- 2,24
Solução: 32
nador das frações (não se calcula o m.m.c. no produto).
a . c = a.c 0,544 3 casas decimais
Assim:
b d b.d Divisão de números decimais:
Obs.: No produto de frações, é sempre convenien- a) Igualar casas decimais.
te observar se há possibilidade de simplificar. b) Eliminar vírgulas,
c) Operar normalmente.
Ex.: Efetuar: a) 3 . 7 b) 4 . 7
5 6 3 Ex.: 0,625 : 2,5 = 0,25
1 Solução:
3 7 7 a) 0,625 : 2,500 - Letra A do roteiro
Solução: a) . =
5 6 2 10 b) 625 : 2500 - Letra B do roteiro
4 7 4 . 7 28 6250 2500
b) . = =
3 1 3.1 3 c) 12500 0,25 - Letra C do roteiro
Divisão de frações: o quociente das frações a/b e 0000
c/d é: ab . d/c, isto é, mantemos a primeira fração mul-
tiplicando pelo inverso da segunda fração. Transformação de fração para decimal: basta di-
vidir o numerador pelo denominador.
1
2 2 5
3 Ex.: a) = 0,4 b) = 1,25
Ex.: Efetuar: a) 3 : 7 b) 4 c) 3 5 4
5 4 5
5 5 4
20 5 10 1,25
mantém Solução: a) 0 0,4 b) 20
3 7 3 4 12 0
: = . =
Solução: 5 4 5 7 35 NÚMERO MISTO
mantém
Denomina-se número misto à soma de um núme-
1 2 ro inteiro com uma fração própria.
Ex.:
b) 3 =
1
.
5
=
5 c) 3 = 2 . 1 = 2
4 3 4 12 5 3 5 15 4 4
5 3+ é um número misto e indicamos por 3
5 5
FRAÇÕES DECIMAIS que será lido como: três inteiros e quatro quintos.

Frações decimais: são frações cujo denominador é Obs.:


igual a 10 ou 100 ou 1000, ou seja, potência positiva de 10. 1ª) Para se transformar um número misto em fra-
Ex.: 3 , 8 , 132 ... ção imprópria, procedemos da seguinte maneira:
10 100 1000 3 2 . 4 + 3 11
2 = = (fração imprópria)
Exceto as dízimas periódicas, todo número decimal 4 4 4
pode ser escrito na forma de fração decimal, da seguinte 2ª) Para se transformar uma fração imprópria em
maneira: número misto procede-se da seguinte maneira:
37 471 2471 37 37 5 37 2
0,37 = ; 2,471 = 2 = =7
100 1000 1000 5 2 7 5 5
0,333... não pode ser escrito na forma de fração deci- Esta operação também é chamada de extração dos
mal inteiros de uma fração.

MANUAL DE ESTUDOS 23 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
8 4 é a média proporcional ou mé-
RAZÕES E PROPORÇÕES: Ÿ 8
16 8 dia geométrica, entre 16 e 4.
RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS,
PROPORÇÃO E SUAS PROPRIEDADES, 2ª) Os termos desiguais de uma proporção contí-
nua, denominam-se terceira proporcional. Então:
RAZÃO:
Definição: denomina-se razão de dois números 2 4 ­2 e a terceira proporcional entre 4 . 8.
a e b, o quociente de a por b (b = 0 ). ®
4 8 ¯ 8 e a terceiraproporcional entre 4 . 9.
Notação: a/b ou a:b
Obs.: 1ª) O primeiro termo de uma razão é deno- Ex.: 1) Calcule a média proporcional entre 4 e 9.
minado antecedente e o segundo conseqüente.
Solução: Chamando de x a média proporcional
a ­a - antecedente ou geométrica, temos:
ou a : b = ®
b ¯b - consequente 4 x
Ÿ 4.9=x.x x2 =4.9
x 9
2ª) Quando o antecedente de uma razão é igual ao
conseqüente de outra, e vice-versa, as razões são x= 4. 9 x=6
ditas inversas.
x 9
a b 3 5 4 3 ou então: Ÿ x.x=4.9
e ; e ; e são razões inversas. 4 x
b a 5 3 3 4
x2 =4.9 x= 4. 9 x=6
PROPORÇÃO: 3ª) Em uma proporção podemos permutar entre
Definição: denomina-se proporção a igualdade si, sem alterar a mesma:
de duas razões. a) os meios entre si
b) os extremos entre si
2 6 3 12 a c
; ; ou a : b = c : d c) os antecedentes com seus respectivos conseqüen-
3 9 5 20 b d tes.
a e d (extremos da proporção) a c
b e c (meios da proporção) Ex.: Ÿ a. d = b. c
b d
Propriedade Fundamental das Proporções: Em
toda proporção, o produto dos meios é igual ao pro- a b
a) Ÿ a. d = b. c
duto dos extremos. c d
a c d c
Ÿ a.d=b.c b) Ÿ a. d = b. c
b d b a
2 10 b d
Ÿ 2 . 15 = 3 . 10 c) Ÿ a. d = b. c
3 15 a c
Quarta Proporcional: denomina-se quarta propor- Note que a proporção não foi alterada em nenhum
cional ao número que com três outros forma uma pro- caso, pois se verificou a propriedade fundamental em
porção. todas elas sem alteração: a . d = b . c
Ex.: Determinar a quarta proporcional entre os nú-
meros 3, 5 e 9. Propriedades das Proporções:
Solução: Seja x a quarta proporcional procurada; a c
então: Dada a proporção podemos escrever:
b d
3 9 45
Ÿ 3x = 9 . 5 3x = 45 ? x = ? x = 15 a r b crd
5 x 3 1ª Propriedade: ou
Proporção Contínua: uma proporção é chamada con- b d
tínua, quando ela possui os meios ou os extremos iguais. a r b crd
2 4 a c
Ex.: ou 2 : 4 = 4 : 8 (meios iguais)
4 8 2ª Propriedade: a r c a c
8 4 b r d b d
ou 8 : 16 = 4 : 8 (extremos iguais)
16 8
an cn
Observações Importantes: 3ª Propriedade: ou
bn dn
1ª) O meio, ou extremo, comum em uma proporção
contínua é a média proporcional ou média geométrica. n
a n
c
2 4 n n
Ÿ 4 é a média proporcional ou b d
Assim:
4 8 média geométrica, entre 2 e 8.

MANUAL DE ESTUDOS 24 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
a. c a2 c2 8 24
4ª Propriedade: = Ÿ x 4. Ÿ x
b. d b 2
d 2 15 5
100
MÉDIAS
225
Média Aritmética (Ma): a média aritmética de dois
ou mais números, é o quociente da soma desses GRANDEZAS DIRETAMENTE
números pelo número de parcelas. Assim, a média PROPORCIONAIS
aritmética entre os números a, b e c será:
abc Duas grandezas são diretamente proporcionais
Ma quando uma cresce, a outra também ou quando uma
3
decresce e a outra também. Ex.: Kg de feijão e dinhei-
Média Aritmética Ponderada (Mp): a média arit- ro. Um pouco de feijão custa um preço. Se comprar-
mética ponderada é igual ao somatório dos produtos mos mais quilos pagaremos mais.
de n números pelos seus respectivos pesos, dividi-
do pelo somatório desses pesos. Assim, a média arit- GRANDEZAS INVERSAMENTE
mética ponderada dos números a, b e c de pesos PROPORCIONAIS
respectivamente iguais a p, q e r será:
a . p + b. q + c. r Duas grandezas são inversamente proporcionais
Mp quando uma cresce e a outra decresce ou vice-versa.
p +q +r
Ex.: Velocidade e tempo. Andarmos com determina-
Média Harmônica (Mh): denomina-se média har- da velocidade para percorrermos uma distância e de-
mônica de vários números, o inverso da média arit- moramos um tempo. Se aumentermos a velocidade,
mética dos inversos desses números. Assim a mé- o tempo diminui para percorrer a mesma distância.
dia harmônica dos números a, b e c será:
3 REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
Mh
1 1 1
  Definição: A regra de três consiste na comparação
a b c de grandezas proporcionais diretas ou inversas. Pode
ser:
Escala (E):
Definição: é a razão entre o comprimento do de- ­Simples o envolve 2 grandezas proporcion ais
°
senho e o comprimento real a que corresponde. ®Composta o envolve mais de 2
° grandezas proporcion ais
D ¯
E onde: E o escala
R Regra de Três Simples: Pode ser:
D o comprimento do desenho
­Direta o 2 grandezas diretas
R o comprimento real ®
Importante: ¯Inversa o 2 grandezas inversas
- As grandezas D e R devem estar na mesma unida- Direta: a resolução é feita através de proporção
de. como a montagem do problema. Ex.: Uma quantida-
- A razão da escala deve ser uma fração irredutível. de de 21 quilos de arroz custa R$ 42,00. Calcular o
Quando 2 cm no desenho corresponde a 1m real preço de 15 quilos deste arroz.
temos:
2 cm 1 Solução:
E= : 2 Ÿ E = kg-arroz - R$
100 cm : 2 50
fração irredutível 21 42
p p
EXERCÍCIO RESOLVIDO: 15 X
1) Calcule x na proporção:
Ÿ x : (3 - 0,75) = 4 : (2 - 1/8)
Solução: aplicando a propriedade fundamental em:
Resposta: R$ 30,00
x 4
= Ÿ
75 1 Inversa: a resolução é feita através de proporção
3- 2 - invertendo-se os dados de uma das duas grandezas
100 8
proporcionais.
x 4 Ex.: Um automóvel percorre na estrada uma deter-
100 8 minada distância. Sabendo que com a velocidade de
300  75 16 - 1 Ÿ x. 4.
225 15 50 Km/h, demora 4 horas, quanto tempo gastará se a
100 8 velocidade for de 40 Km/h?

MANUAL DE ESTUDOS 25 MANUAL DE ESTUDOS


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RACIOCÍNIO LÓGICO
Solução: O restante então é a causa da alimentação dos
km/h - hora cavalos e do problema.
Então igualamos as duas linhas de daos como
50 4
p n explicado anteriormente.
40 X
x . 7 . 3 = 1470 . 10 . 8
50 x 4 . 50
Ÿ 5 1470 . 10 . 8
40 4 40 x 5.600
Resposta: 5 horas 7. 3
Resposta: 5.600 Kg
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Observe que qualquer dos 2 métodos pode ser
Envolve mais de duas grandezas proporcionais. A utilizado. Cada um escolherá o que melhor entender.
resolução poderá ser feita de duas maneiras.
PORCENTAGEM
1º método:
Comparamos a grandeza a determinar com as DEFINIÇÃO: pode ser definida como sendo o nú-
demais. Se for inversa, invertermos os dados dessa mero de centésimos existentes em uma grandeza. A
grandeza (das demais). taxa de porcentagem é a representação de uma fra-
A grandeza a determinar não se altera. ção onde o denominador é 100. Assim a fração 20/
Por fim igualamos a razão de grandeza a determi- 100 é equivalente à notação 20%.
nar com a razão do produto dos dados das demais % o representação de porcentagem.
grandezas e determinamos o valor procurado. Ex.: 1) Dar a fração irredutivél equivalente a cada
Ex.: Na alimentação de 3 cavalos, durante 7 dias uma das notações percentuais abaixo:
são consumidos 1470 Kg de alfafa.
Se mais cinco cavalos são adquiridos, quantos a) 15% b) 20%
quilos de alfafa serão necessários para alimentá-los Solução:
durante 10 dias?
15 3 20 1
a ) 15 % :5 = b) 20% = : 20
100 20 100 5
Solução:
alfafa(kg) dias cavalos Ex.: 2) Estabelecer a notação percentual equiva-
lente a cada uma das frações seguintes: a) 2/5 b) 5/
1470 7 3 4
n n n Solução:
x 10 8
2 40 5 125
1470 7. 3 1470 . 10 . 8 a) 5 = 100 = 40% b) 4 = 100 =125%
x
x 10 . 8 7. 3
x = 5.600
Resposta: 5.600 Kg Obs.: Taxa Milesimal é a representação de uma
fração onde o denominador é 1000. Assim 2/1000 é
2º método: anotado por 2% . Todo o trabalho algébrico da taxa
Unimos por uma linha as causas dos primeiros milesimal segue o mesmo procedimento da taxa
dados com a conseqüência dos segundos casos e percentual.
por outra linha as causas dos segundos dados com
a coseqüência dos primeiros dados. CÁLCULO DA PORCENTAGEM:
Igualamos o produto de uma linha com o produto Sempre que, por exemplo, escrevendo 20%
da outra para determinar o valor procurado. estamos nos referindo a 20% de um determinado va-
Observe que neste método não é necessário a lor. Este valor é chamado de principal, isto é, o valor
comparação das grandezas proporcionais, mas a no- sobre o qual calculamos a porcentagem. Este valor
ção do que é causa e conseqüência. equivale sempre a 100% ou a um inteiro. Ex.: 20% de
Conseqüência é tudo que se produz ou se faz ten- 500.
do como causa o trabalho e seus fatores para
determiná-lo. ­100  porcentagem (P)
p .i °
Ex.: mesmo do 1º método: P ®20 = taxa (i)
100 °500 - principal (p)
alfafa(kg) dias cavalos ¯
1470 7 3 Podemos calcular também a porcentagem atra-
vés de regra de três simples direta.
x 10 8 Ex.:
Para determinarmos a conseqüência faremos a Percentual / valor
pergunta: o que foi feito?
A resposta é: a alimentação dos cavalos através 100 500
p p
de quilos de alfafa. 20 x x = 100

MANUAL DE ESTUDOS 26 MANUAL DE ESTUDOS


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TÉCNICO EM
ENFERMAGEM
CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR Parágrafo único. A sentença penal absolutória influirá na
DOS CONSELHOS DE ENFERMAGEM apuração da infração ética quando tiver por fundamento o
art. 386, inciso I (estar provado a inexistência do fato) e IV
(estar provado que o réu não concorreu para a infração
RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
penal) do Decreto-Lei nº 3.689/1941.
Aprova o Código de Processo Ético do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
CAPÍTULO II - DO SISTEMA DE APURAÇÃO
O CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM –
E DECISÃO DAS INFRAÇÕES ÉTICAS
COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela
Art. 6º Constituem o sistema de apuração e decisão das
Lei nº. 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento
infrações éticas:
Interno da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº
I – Como órgão de admissibilidade em primeira instância:
421, de 15 de fevereiro de 2012;
a) a Câmara de Ética do Conselho Regional de
CONSIDERANDO os estudos realizados pela Comissão de
Enfermagem;
Reformulação do Código de Processo Ético do Sistema
b) o Plenário do Conselho Regional, no impedimento
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, instituída por meio da
e/ou suspeição da maioria absoluta da Câmara de Ética;
Portaria Cofen nº 1229, de 21 de agosto de 2018, e as sugestões
c) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de
enviadas pelos Conselhos Regionais de Enfermagem;
Conselheiro Efetivo ou Suplente, Federal ou Regional, ou
CONSIDERANDO a Lei nº 13.726/2018, que dispõe sobre a
membro de junta interventora ou governativa, enquanto durar
autenticidade dos documentos;
o mandato.
CONSIDERANDO a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 –
Parágrafo único. No caso da alínea “c” deste inciso,
Lei Geral de Proteção de Dados;
cessado o exercício do mandato, deixa o profissional de
CONSIDERANDO a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, que
gozar da prerrogativa de função, devendo o processo ser
dispõe sobre o Código de Processo Civil;
remetido ao Conselho Regional competente, que dará
CONSIDERANDO a Lei nº 6.838, de 29 de outubro de 1980, que
prosseguimento ao feito.
dispõe sobre o prazo prescricional para a punibilidade de profissional
II – Como órgão julgador de primeira instância:
liberal, por falta sujeita a processo disciplinar, a ser aplicada por
a) o Plenário do Conselho Regional de Enfermagem;
órgão competente;
b) o Plenário do Conselho Federal, quando se tratar de
CONSIDERANDO a Lei nº 7.210/1984, que instituiu a Lei de
Conselheiro Efetivo e Suplente, Federal ou Regional, ou
Execução Penal, art. 66, V, alínea “g”;
membro de junta interventora ou governativa, enquanto durar
CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
o mandato;
1941, que dispõe sobre o Código de Processo Penal;
c) o Plenário do Conselho Federal, no impedimento e/ou
CONSIDERANDO o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
suspeição da maioria absoluta do Plenário do Conselho
1940 – Código Penal Brasileiro;
Regional;
CONSIDERANDO o Código de Ética dos Profissionais de
d) o Plenário do Conselho Federal nos casos de
Enfermagem, aprovado por Resolução do Conselho Federal de
indicação de cassação pelo Conselho Regional (art. 18, v, §
Enfermagem;
1º, da Lei nº 5.905/1973).
CONSIDERANDO tudo o mais que consta no Processo
III – como órgão julgador de segunda instância:
Administrativo Cofen nº 0560/2021 e a deliberação do Plenário em sua 9ª
a) o Plenário do Conselho Regional, referente aos
Reunião Extraordinária, ocorrida nos dias 21 e 22 de julho de 2022;
recursos das decisões de não admissibilidade proferidas
RESOLVE:
pela Câmara de Ética do Coren;
Art. 1º Aprovar o “Código de Processo Ético do Sistema
b) o Plenário do Conselho Federal nas decisões
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem”, que
proferidas pelo Plenário do Coren;
estabelece as normas procedimentais para serem aplicadas
nos processos éticos no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos
CAPÍTULO III - DA CÂMARA DE ÉTICA E DA COMISSÃO
Regionais de Enfermagem.
DE INSTRUÇÃO DO PROCESSO ÉTICO (CIPE)
Art. 2º O presente Código de Processo Ético entrará em
SEÇÃO I - DA CÂMARA DE ÉTICA
vigor 120 (cento e vinte) dias contados da data de sua
Art. 7º A Câmara de Ética do Coren será constituída por
publicação, revogam-se as Resoluções Cofen nºs 370/2010,
03 (três) conselheiros efetivos e até 03 (três) suplentes,
a 483/2015 e a 644/2020.
sendo dois enfermeiros e um técnico/auxiliar de
enfermagem, sob a coordenação de um enfermeiro
CÓDIGO DE PROCESSO ÉTICO DO SISTEMA
designado pelo presidente do Conselho.
COFEN/CONSELHOS REGIONAIS DE ENFERMAGEM
§ 1º A critério de cada Conselho poderá ser criada mais
APROVADO PELA RESOLUÇÃO COFEN Nº 706/2022
de uma Câmara de Ética.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º Compete à Câmara de Ética:
Art. 1º O Código de Processo Ético estabelece
a) decidir sobre a admissibilidade de denúncia ética;
procedimentos para instauração, instrução e julgamento do
b) atuar como órgão conciliador;
processo ético e aplicação das penalidades relacionadas à
c) promover a suspensão cautelar do exercício da profissão.
apuração de infração ao Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem.
SEÇÃO II - DA COMISSÃO DE
Art. 2º A apuração e julgamento de infração ao Código
INSTRUÇÃO DO PROCESSO ÉTICO (CIPE)
de Ética dos Profissionais de Enfermagem obedecerá, dentre
Art. 8º A CIPE será constituída por 03 (três) membros,
outros, aos princípios da legalidade, moralidade, publicidade,
designados pelo Presidente do respectivo Conselho, dentre
eficiência, finalidade, motivação, razoabilidade,
os empregados públicos e/ou colaboradores, todos
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança
profissionais de enfermagem, cujos integrantes deverão ser
jurídica e interesse público.
de categoria igual ou superior ao do denunciado, sob a
Art. 3º O sistema de apuração e decisão das infrações
coordenação de um dos membros nomeado pelo Presidente
éticas dos Conselhos de Enfermagem se divide em duas
do Conselho.
instâncias conforme o art. 6º deste código.
Art. 9º Compete à CIPE adotar os procedimentos
Art. 4º Inscrito o profissional em mais de um Conselho, a
relativos a instrução do processo e a elaboração do relatório
competência de julgamento e aplicação da penalidade
final, descrevendo, na hipótese de infração ética, a conduta
disciplinar será do Conselho Regional do lugar em que
do denunciado com a indicação dos artigos do Código de
ocorreu a infração.
Ética dos Profissionais de Enfermagem infringidos,
Art. 5º O processo e julgamento das infrações previstas
encaminhando ao Presidente do Conselho para designação
no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem são
de conselheiro relator para emissão de parecer conclusivo.
independentes, não estando, em regra, vinculados a
Parágrafo único. O relatório final da CIPE não poderá
processos judiciais sobre os mesmos fatos.
conter a indicação de penalidade ou absolvição.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 10 A CIPE terá o prazo de 120 (cento e vinte) dias caberá recurso ao Plenário do Coren no prazo de 15 (quinze)
para concluir seus trabalhos, podendo ser prorrogado por dias, a contar da ciência da decisão.
igual período desde que justificado e autorizado pelo
Presidente do Conselho. DA SEÇÃO III - DA SUSPENSÃO
Parágrafo único. Após a conclusão dos trabalhos da CAUTELAR DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO
CIPE, em até 05 (cinco) dias, as partes poderão apresentar Art. 15 A suspensão cautelar do exercício da profissão
alegações finais. poderá ser aplicada em qualquer fase do processo ético,
pela Câmara de Ética do Coren ou pelo Plenário do
CAPÍTULO IV- DO PROCESSO Conselho, desde que existam elementos de comprovação
SEÇÃO I - DO INÍCIO DO PROCESSO que indiquem a autoria e a materialidade de procedimentos
Art. 11 A denúncia poderá ser apresentada de ofício, ou danosos a indicar a veracidade da acusação, e haja fundado
mediante denúncia escrita ou verbal, fundamentada, receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao
protocolada por pessoa física ou jurídica. paciente, à população e a dignidade da profissão, caso ele
§ 1º Inicia-se de ofício quando o Presidente do Conselho continue a exercer a enfermagem.
vier a saber, através de auto de infração, ou por qualquer meio § 1º A decisão que determinar a suspensão cautelar,
idôneo, de fato que tenha característica de infração ética. indicará, de modo fundamentado e preciso, as razões da
§ 2º A denúncia verbal deverá ser tomada a termo por suspensão.
empregado público ou Conselheiro e dirigida ao Conselho § 2º Os processos com suspensão cautelar devem ter
Regional (Coren) ou Conselho Federal (Cofen), conforme o prioridade de tramitação sobre os outros processos que
caso. tramitam no Conselho.
§ 3º O denunciante poderá optar por receber e praticar § 3º Os casos de suspensão cautelar serão imediatamente
todos os atos processuais, virtualmente e, para tanto, necessário comunicados ao Cofen, que poderá rever a decisão.
se faz a indicação do seu correio eletrônico ou número do § 4º A suspensão cautelar terá efeito imediato e
WhatsApp, devendo ficar registrado nos autos a opção. implicará o impedimento, total ou parcial, do exercício da
enfermagem até o julgamento final do processo, que deverá
SEÇÃO II - DA ADMISSIBILIDADE ser obrigatoriamente instaurado.
Art. 12 A denúncia deverá ser encaminhada à Câmara § 5º A suspensão cautelar poderá ser modificada ou
de Ética do Coren, a qual examinará o atendimento aos revogada a qualquer tempo pela Câmara de Ética do Coren
requisitos de admissibilidade. ou, em grau de recurso, pelo Plenário do Conselho
§ 1º Recebida a denúncia o Coordenador da Câmara de competente, em decisão fundamentada.
Ética designará Conselheiro Relator, entre seus membros, que § 6º O Presidente do Coren, ad referendum do Plenário,
emitirá parecer de admissibilidade no prazo de 20 (vinte) dias. poderá rever a decisão da Câmara de Ética que promoveu a
§ 2º Na hipótese de denúncia anônima, havendo suspensão cautelar.
plausibilidade e motivação, poderá o Conselheiro Relator Art. 16 O profissional de enfermagem suspenso
instaurar procedimento preliminar de averiguação, no prazo cautelarmente do exercício da enfermagem será notificado
improrrogável de 30 (trinta) dias, cuja conclusão deverá da decisão, sendo contado o prazo recursal de 15 (quinze)
indicar a admissibilidade ou não da denúncia, que será de dias, conforme artigo 26, sem efeito suspensivo.
ofício caso admitida. Art. 17 Recebido o recurso, o Presidente do Conselho
§ 3º O Conselheiro Relator poderá promover diligências competente designará imediatamente um relator que terá 20
para melhor juízo de admissibilidade, no prazo improrrogável (vinte) dias para elaborar seu parecer que deverá ser
de 30 (trinta) dias, ou realizar audiência de conciliação. pautado para julgamento na sessão plenária subsequente.
§ 4º Não havendo a conciliação entre as partes, o relator Art. 18 A decisão de suspensão cautelar total terá efeito
terá o prazo de 20 (vinte) dias para emitir parecer de
no Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e
admissibilidade.
será publicada no Diário Oficial e nos veículos de
§ 5º Finalizado o parecer, a Câmara de Ética deliberará e
comunicação do Conselho de Enfermagem.
votará sobre a admissibilidade ou não da denúncia, com
Art. 19 A decisão de suspensão cautelar deverá ser
decisão da maioria dos membros efetivos.
comunicada aos estabelecimentos aonde o profissional de
§ 6º O resultado ficará registrado em ata, com votação
enfermagem exerce suas atividades.
nominal, e constará dos autos processuais com o parecer e
a decisão.
CAPÍTULO V - DOS ATOS PROCESSUAIS
Art. 13 São requisitos de admissibilidade:
Art. 20 O Presidente do Conselho determinará a
I – nome, qualificação e endereço do denunciante;
II – assinatura do denunciante ou seu representante; autuação do processo ético por empregado público,
III – identificação do profissional denunciado; contendo o número do processo, os nomes das partes e a
IV – a formulação do pedido com exposição dos fatos, data do seu início.
juntada das provas quando existirem; Art. 21 O processo, em regra, poderá ser digital e terá a
V – do fato narrado constituir indícios de infração ao forma de autos judiciais, devendo os termos de juntada,
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem; pedido de vistas, conclusão e outros atos processuais
VI – ser profissional inscrito ou autorizado pelo Conselho semelhantes constarem de notas datadas e rubricadas.
Regional, ao tempo da prática da conduta que deu origem ao § 1º Os documentos devem ser juntados ao processo em
processo; ordem cronológica e as folhas numeradas sequencialmente
VII – não ter ocorrido a decadência. e rubricadas, sendo facultado às partes, aos procuradores,
§ 1º A denúncia não será admitida quando não aos fiscais e às testemunhas rubricarem as folhas
preencher os requisitos mínimos previstos neste artigo. correspondentes aos atos nos quais intervierem.
§ 2º Caso a denúncia esteja deficiente a ponto de § 2º A autenticação de documentos poderá ser feita com
comprometer sua exata compreensão, em relação aos fatos apresentação dos documentos originais.
e provas, a Câmara de Ética poderá conceder ao § 3º Não se admitem, nos autos e termos, espaços em
denunciante prazo de 10 (dez) dias para aditamento. branco, bem com entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se
§ 3º Se o denunciante não cumprir o disposto no forem inutilizadas e expressamente ressalvadas.
parágrafo anterior, a denúncia não será admitida. Art. 22 Os atos processuais devem realizar-se em dias
Art. 14 Preenchendo a denúncia os requisitos essenciais úteis, no horário normal de funcionamento e, ordinariamente,
de admissibilidade, bem como se contiver os elementos na sede do Conselho, podendo ser realizados em outro
necessários à formação de convicção sobre a existência de lugar, de forma justificada.
infração, a Câmara de Ética decidirá pela instauração do Parágrafo único. Serão praticados ou concluídos depois
Processo Ético. do horário normal os atos cujo adiamento prejudiquem o
§ 1º Não admitida a denúncia por falta de requisitos curso regular do procedimento ou causem dano ao
mínimos ou por não conter os elementos necessários à interessado ou, ainda, aos Conselhos Federal ou Regionais
formação de convicção sobre a existência de infração, de Enfermagem.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 23 Os atos do processo serão realizados em caráter mandado, a ser cumprido realizada por empregado público
reservado e sigiloso. do Conselho;
Art. 24 O direito de consultar os autos e de pedir d) por carta precatória; ou
certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus e) por edital publicado na Imprensa Oficial e no sítio
procuradores, sendo facultado a terceiros, que demonstrem eletrônico do respectivo Conselho e/ou, ainda, em jornal de
e justifiquem o interesse jurídico no feito. grande circulação, quando frustradas as hipóteses anteriores.
Art. 29 O denunciado, após a citação, poderá optar por
CAPÍTULO VI - DA CONCILIAÇÃO receber e praticar todos os atos processuais, virtualmente e,
Art. 25 Se a denúncia preencher os requisitos de para tanto, necessário se faz a indicação do seu correio
admissibilidade, o Conselheiro Relator poderá designar dia e eletrônico ou número do WhatsApp, devendo ficar registrado
hora para audiência de conciliação, com antecedência nos autos a opção.
mínima de 15 (quinze) dias, contados a partir da intimação Art. 30 A citação para apresentação de defesa prévia
das partes, com cópia da denúncia. será remetida com cópia integral do processo físico ou digital
§ 1º Em se tratando de infrações consideradas leves ou e conterá obrigatoriamente as seguintes informações:
moderadas, assim consideradas pelo Código de Ética, o I – identificação do denunciante e do denunciado, nos
Conselheiro Relator se obriga a designar audiência de processos éticos iniciados por denúncia;
conciliação. II – identificação do denunciado e do Conselho, nos
§ 2º A conciliação apenas poderá ser realizada em se processos éticos iniciados de ofício;
tratando de denúncia em que o fato se circunscreva às pessoas III – endereço residencial do denunciado, quando
do denunciante e do denunciado, ensejando o arquivamento da conhecido;
denúncia mediante retratação ou ajustamento de conduta, IV – endereço do local de trabalho do denunciado,
inclusive quando se tratar de denúncia de ofício. quando não conhecido o residencial;
§ 3º A conciliação não poderá ser realizada quando o fato V – finalidade da citação, bem como a menção do prazo e
envolver infrações caracterizadas como gravíssimas, nos termos local para apresentação da defesa prévia, sob pena de revelia;
do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. VI – assinatura do coordenador da CIPE.
§ 4º Havendo a conciliação pelas partes, o Conselheiro Art. 31 O desatendimento da citação, ou a renúncia pela
Relator lavrará o termo conciliatório que deverá ser homologado parte ao direito de defesa e à prática dos atos processuais
pela Câmara de Ética, ato contra o qual não caberá recurso. não importam em reconhecimento da verdade dos fatos.
§ 5º Não havendo o comparecimento de qualquer uma § 1º O processo ético seguirá sem a presença do
das partes, ou de seus representantes legais, a conciliação denunciado quando, regularmente citado ou intimado para
restará prejudicada. qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado.
§ 6º A conciliação poderá ocorrer em qualquer fase do § 2º No prosseguimento do processo, será garantido às
processo por manifestação expressa das partes, devendo partes o direito à ampla defesa e o contraditório.
ser conduzida pelo Conselheiro Relator. § 3º O comparecimento espontâneo do denunciado ao
§ 7º Estando o processo em fase de instrução, a conciliação processo supre a falta ou nulidade da citação.
será realizada pelo Conselheiro Relator da Câmara de Ética, a
quem cabe homologar o termo de conciliação. SEÇÃO II - DA DEFESA
Art. 32 Na defesa, o denunciado poderá arguir
CAPÍTULO VII - DOS PRAZOS preliminares e alegar tudo o que interessa a sua defesa,
Art. 26 Salvo disposição em sentido diverso, considera- oferecer documentos e justificativas, especificar as provas
se dia do começo do prazo: pretendidas e arrolar até 3 (três) testemunhas, que deverão
I – da data da remessa, quando a intimação for eletrônica; ser qualificadas com nome, profissão e endereço completo.
II – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento- Art. 33 A defesa será apresentada por escrito, no prazo de
AR, quando a notificação ou a intimação for por via postal; 15 (quinze) dias, e conterá o telefone fixo e/ou móvel, endereço
III – da data de juntada aos autos da notificação ou postal e endereço eletrônico (e-mail e/ou WhatsApp) para
intimação cumprida, quando realizada por empregado conhecimento de intimações, devendo, ainda, ser acompanhado
público do Conselho; de procuração, quando subscrita por advogado.
IV – da data da publicação do edital; e Art. 34 Decorrido o prazo para apresentação da defesa,
V – da data de ocorrência da ciência, na hipótese de sem que haja manifestação, será designado pelo Presidente
comparecimento espontâneo. do Conselho a pedido do Coordenador da CIPE, um
§ 1º Os prazos serão contados, de forma contínua, Defensor Dativo para que, no prazo de 15 (quinze) dias a
excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. contar da sua nomeação, apresente defesa escrita.
§ 2º Os prazos serão contados a partir do primeiro dia §1º O Defensor Dativo deverá ser profissional de
útil subsequente às datas a que se referem os incisos I a V enfermagem regularmente inscrito, no mínimo da mesma
do caput. categoria do denunciado ou advogado.
§ 3º Considera-se prorrogado o prazo até o 1º (primeiro) dia §2º Os Conselheiros Efetivos e Suplentes e empregados
útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver públicos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
expediente ou este for encerrado antes da hora normal. Enfermagem não poderão ser designados como Defensores
Dativos.
CAPÍTULO VIII - DA INSTRUÇÃO §3º Não poderá ser nomeado Defensor Dativo,
SEÇÃO I - DA CITAÇÃO DO DENUNCIADO profissional que tenha interesse no resultado do processo
Art. 27 Citação é o ato pelo qual o denunciado é ético ou que tenha impedimentos legais.
convocado para integrar a relação processual, garantindo a
oportunidade para se defender, indispensável para a SEÇÃO III - DA INTIMAÇÃO
validade do processo ético. Art. 35 Na intimação das partes, testemunhas e demais
Art. 28 O denunciado será citado para apresentar defesa pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato,
no prazo de 15 (quinze) dias, contados na forma do art. 26. será observado, no que for aplicável, o disposto para as
Parágrafo único. A citação de que trata o caput deste citações, devendo conter, além dos requisitos previstos nos
artigo será realizada: incisos I, II, III e IV do art. 30, o seguinte:
a) preferencialmente por meio digital para o endereço I – finalidade da intimação;
eletrônico constante no cadastro do Conselho, com II – data, hora e local em que deve comparecer;
confirmação do recebimento; III – se o intimado deve comparecer ou fazer-se representar;
b) pela via postal, com aviso de recebimento, sendo ela IV – informação da continuidade do processo
válida uma vez recebida no local de destino constante do independentemente do seu comparecimento.
cadastro do Conselho; § 1º A intimação observará a antecedência mínima de 3
c) pessoalmente, mediante a expedição do competente (três) dias úteis para o ato processual.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
§ 2º As intimações serão nulas quando feitas sem de outra já respondida e, complementar a inquirição sobre os
observância das prescrições deste código, mas o pontos não esclarecidos.
comparecimento do administrado supre sua falta ou § 1º Deverão constar na ata da audiência as perguntas
irregularidade. que a testemunha deixar de responder, com as razões de
Art. 36 Devem ser objeto de intimação os atos do sua abstenção.
processo que resultem para o interessado em imposição de § 2º O procurador das partes poderá assistir ao
deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos. interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, mas
SEÇÃO IV- DAS PROVAS facultado reinquiri-las, diretamente ou por intermédio do
Art. 37 Incumbe às partes a prova dos fatos que tenham Coordenador da Comissão.
alegado, sem prejuízo dos deveres do órgão competente Art. 52 O Coordenador da CIPE não permitirá que a
relativamente à instrução processual. testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo
Art. 38 É facultada às partes arrolar testemunhas, quando inseparáveis da narrativa do fato.
limitadas a 3 (três), que deverão ser qualificadas com nome Art. 53 Antes de iniciado o depoimento, as partes
e endereço completo. poderão arguir circunstâncias ou defeitos que tornem a
Art. 39 O Coordenador da CIPE, mediante decisão testemunha suspeita de parcialidade ou indigna de fé.
fundamentada, poderá determinar a produção de provas que Parágrafo único. O coordenador da CIPE fará consignar
julgar necessárias, bem como indeferir o pedido de produção a arguição e a resposta da testemunha.
de provas que considerar protelatórias ou desnecessárias à Art. 54 O depoimento da testemunha será reduzido a
instrução processual. termo e será assinado por ela, pelo coordenador da CIPE,
Parágrafo único. O ônus decorrente da produção de demais membros presentes na audiência, pelas partes e
provas será suportado pela parte que a requerer, inclusive a seus procuradores.
prova pericial. Art. 55 Das pessoas impossibilitadas, por enfermidade
Art. 40 As partes poderão apresentar documentos em ou por velhice, o coordenador da CIPE poderá, de ofício ou a
qualquer fase do processo. requerimento de qualquer das partes, tomar
§ 1º Quando os autos estiverem conclusos para antecipadamente o depoimento.
deliberação de admissibilidade ou julgamento, documentos Art. 56 Os Conselheiros Federais e Regionais, efetivos
só serão juntados se aceitos pelo Conselheiro Relator. ou suplentes, tanto quanto as autoridades públicas, quando
§ 2º Às partes será concedido prazo de 05 (cinco) dias, arrolados como testemunhas, serão inquiridos em local, dia e
após intimação, para impugnação de documentos novos. hora, previamente ajustados entre eles e o coordenador da
Art. 41 Poderá, quando necessário, ocorrer a construção Comissão de Instrução, e poderão optar pela prestação de
de prova pericial que consiste em exame, vistoria ou depoimento, por escrito, caso em que as perguntas
avaliação, que deverá ser realizada nos termos da lei. formuladas pelas partes lhes serão transmitidas por ofício.
Parágrafo único. Uma vez solicitada prova pericial, o Art. 57 A testemunha poderá ser ouvida em seu
perito será designado pelo Coordenador da Comissão de domicílio, ou outro local previamente indicado,
Instrução de Processo Ético. preferencialmente por videoconferência.
Art. 42 O Coordenador da CIPE fixará o dia, hora e local
em que será realizada a perícia, o prazo para a entrega do CAPÍTULO IX - DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO
laudo, determinando a intimação das partes para, querendo, SEÇÃO I - DO IMPEDIMENTO
indicar assistentes técnicos e apresentar quesitos. Art. 58 É impedido de atuar em processo ético o membro
§ 1º A perícia poderá ser realizada fora da cidade Sede do Plenário, membros da Câmara de Ética, membros da
do Conselho, a critério da Comissão de Instrução de Comissão de Instrução de Processo Ético, que:
Processo Ético. I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;
§ 2º O pagamento da perícia deve ser efetuado mediante II – esteja litigando judicial ou administrativamente com o
recibo, pela parte que requerer a perícia. interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro;
Art. 43 São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas III – tenha participado ou venha a participar como perito,
dos autos do processo ético as provas ilícitas, assim testemunha ou representante ou se tais situações ocorrem
entendidas, como as obtidas com violação das normas quanto ao cônjuge, companheiro, ou parente e afins até o
constitucionais ou legais. terceiro grau
Art. 44 É lícita a utilização de prova emprestada para IV – tenha atuado na primeira instância, pronunciando-se
instrução do processo ético, desde que submetida ao de fato ou de direito sobre a matéria discutida no processo.
contraditório. Art. 59 Aquele que incorrer em impedimento deve
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de
SEÇÃO V - DAS TESTEMUNHAS atuar.
Art. 45 Toda pessoa natural e com capacidade legal Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o
poderá ser testemunha. impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.
Art. 46 A testemunha, devidamente qualificada, fará Art. 60 O impedimento poderá ser arguido e reconhecido em
compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for qualquer fase do processo, antes do trânsito em julgado da
perguntado. decisão, em petição específica, na qual indicará, com clareza, o
Art. 47 O depoimento será prestado oralmente, não fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em
sendo, entretanto, vedada à testemunha breve consulta a que se fundar a alegação e com o rol de testemunha, se for o
apontamentos. caso.
Art. 48 O Coordenador da Comissão de Instrução, SEÇÃO II - DA SUSPEIÇÃO
quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas Art. 61 Pode ser arguida a suspeição de membro do
além das indicadas pelas partes. Plenário, membros da Câmara de Ética, membros da
Art. 49 As testemunhas serão inquiridas de modo que Comissão de Instrução de Processo Ético que tenha
uma não saiba nem ouça os depoimentos das outras. amizade íntima ou inimizade notória com algum dos
Art. 50 Se o Coordenador da CIPE reconhecer que interessados ou com os respectivos cônjuges,
alguma testemunha, quando profissional de enfermagem, fez companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
afirmação falsa ou negou a verdade, remeterá cópia do
depoimento à Presidência do Conselho para as providências SEÇÃO III - PROCESSAMENTO DA
cabíveis. SUSPEIÇÃO E DO IMPEDIMENTO
Art. 51 As perguntas poderão ser formuladas pelas Art. 62 Arguido o impedimento ou a suspeição pela
partes diretamente às testemunhas, podendo o Coordenador parte, o membro da Câmara de Ética ou da CIPE, de forma
da CIPE indeferir aquelas que possam induzir a resposta, justificada, deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias
não tenham relação com a causa ou importem na repetição sobre o reconhecimento ou não da arguição.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Parágrafo único. Do não reconhecimento, pelo membro fato pelo Conselho.
arguido, da suspeição/impedimento, ou indeferida tal alegação, Art. 72 O conhecimento expresso ou a notificação do
a arguição será remetida ao Plenário do respetivo Conselho denunciado interrompe o prazo prescricional de que trata o
para conhecimento e providências cabíveis, no prazo de 05 artigo anterior.
(cinco) dias, contado da ciência da manifestação. Parágrafo único. O conhecimento expresso ou notificação
Art. 63 As partes poderão, em petição fundamentada, de que trata este artigo ensejará defesa escrita ou a termo, a
arguir a suspeição ou o impedimento de qualquer julgador. partir de quando fluirá novo prazo prescricional.
Parágrafo único. Se a suspeição e/ou impedimento Art. 73 Todo processo ético paralisado há mais de 3
forem arguidos na sessão de julgamento, serão apreciados (três) anos pendente de despacho ou julgamento, será
como matéria preliminar. arquivado ex offício, ou a requerimento da parte interessada,
Art. 64 O impedimento ou a suspeição decorrente de sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional da
parentesco por casamento ou união estável cessa com a paralisação, se for o caso.
dissolução do respectivo vínculo entre os cônjuges ou
companheiros, salvo sobrevindo descendente. SEÇÃO II - DA DECADÊNCIA
Art. 74 É de 5 (cinco) anos, contado a partir da
CAPÍTULO X - DAS NULIDADES ocorrência do fato, o prazo de decadência para
Art. 65 Os atos praticados poderão ser considerados de apresentação de denúncia ética no respectivo conselho.
nulidade absoluta ou de nulidade relativa. Parágrafo único. Passado esse prazo, havendo denúncia
esta será arquivada liminarmente pelo órgão competente.
SEÇÃO I - DAS NULIDADES ABSOLUTAS
Art. 66 Caracterizam-se pela falta de algum elemento CAPÍTULO XII - DO JULGAMENTO
substancial do ato do Processo Ético, não sendo admitida a SEÇÃO I - DO JULGAMENTO DO PROCESSO ÉTICO
convalidação ou retificação. Art. 75 Recebido o processo da Comissão de Instrução
Art. 67 São nulidades absolutas: de Processo Ético – CIPE com o relatório final, o Presidente
I – incompetência do órgão julgador; do Conselho de Enfermagem designará, em 5 (cinco) dias,
II – ilegitimidade de parte ativa ou passiva; Conselheiro Relator para emissão de parecer conclusivo, por
III – ausência de denúncia; distribuição.
IV – quando inexistir admissibilidade; Parágrafo único. Todos os Conselheiros, efetivos ou
V – por falta de citação do denunciado; suplentes, estão aptos a relatar processos, independentemente
VI – por falta de designação de defensor dativo. da categoria profissional da parte denunciada.
§ 1º A nulidade absoluta pode ser alegada, a qualquer Art. 76 O Relator emitirá o parecer conclusivo no prazo
tempo ou fase do processo, inclusive após a ocorrência do de 30 (trinta) dias, entregando-o, com os autos do processo,
trânsito em julgado. ao Presidente do Conselho de Enfermagem.
§ 2º A nulidade absoluta pode ser apontada pelas partes § 1º O Parecer deverá conter o nome das partes,
ou ex ofício, com as consequências decorrentes. exposição sucinta dos fatos, e a indicação das provas
colhidas, declarando a conduta investigada e se há ou não
SEÇÃO II - DAS NULIDADES RELATIVAS transgressão ao Código de Ética dos Profissionais de
Art. 68 A nulidade relativa admite convalidação com Enfermagem e em quais artigos está configurada, com
possibilidade de correção do vício, sendo de interesse das indicação da penalidade cabível.
partes a sua alegação. § 2º O Relator poderá, caso entenda necessário, no prazo
§ 1º A nulidade relativa ocorrerá nos seguintes casos: de 5 (cinco) dias, mediante despacho fundamentado, a contar
I – por falta da intimação das testemunhas arroladas da data de recebimento do processo, devolvê-lo à Comissão de
pelas partes; Instrução de Processo Ético, para novas diligências,
II – por suspeição declarada de qualquer dos membros especificando as que julgar necessárias e estabelecendo prazo
do Plenário, da Câmara de Ética ou da Comissão de improrrogável de 30 (dias) para o seu cumprimento.
Instrução do Processo Ético; § 3º Ocorrendo o previsto no § 2º deste artigo, o prazo
III – por falta de cumprimento das formalidades legais para a emissão de parecer conclusivo pelo Conselheiro
prescritas no presente código; Relator será interrompido, iniciando-se nova contagem a
IV – atos praticados por empregados públicos do partir da data do recebimento do processo da Comissão de
Conselho Federal ou Regional de Enfermagem que não Instrução de Processo Ético.
tenha competência para fazê-lo. § 4º Cumpridas as diligências especificadas a Comissão
Parágrafo único. As nulidades relativas deverão ser de Instrução de Processo Ético concederá vistas às partes,
arguidas no prazo de 5 (cinco) dias em que à parte couber pelo prazo de 05 (cinco) dias, para se manifestarem.
pronunciar-se nos autos, sob pena de preclusão. § 5º Transcorrido o prazo para manifestação das partes,
Art. 69 As nulidades relativas serão consideradas sanadas: o coordenador da Comissão de Instrução de Processo Ético
I – se não forem arguidas em tempo oportuno. devolverá o processo diretamente ao Conselheiro Relator,
II – se praticado por outra forma, o ato tiver atingindo seu que dará continuidade à sua tramitação.
fim; Art. 77 Recebido o parecer conclusivo do Conselheiro
III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os Relator, o Presidente do Conselho de Enfermagem
seus efeitos; determinará a inclusão do processo na pauta da primeira
IV – se não causar prejuízo para as partes ou não houver sessão plenária subsequente, com antecedência que
influído na apuração da verdade ou na decisão da causa. garanta que as partes e seus procuradores sejam intimados
§ 1º O Coordenador da Camara de Ética, o Coordenador previamente para o julgamento, com o mínimo de 15
da Comissão de Instrução de Processo Ético, o Conselheiro (quinze) dias de antecedência da reunião.
Relator ou o Plenário, quando pronunciar a nulidade, Parágrafo único. Os processos devem ser pautados para
declarará os atos a que ela se estende. julgamento, preferencialmente, em ordem cronológica de
§ 2º A nulidade uma vez declarada, ela só deve alcançar idade, considerando a data inicial da autuação processual,
o ato inválido e os que decorrem ou dependem como efeito, os prazos prescricionais, as prioridades legais e a prioridade
permanecendo os restantes íntegros. definida pela suspensão cautelar.
Art. 70 Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a Art. 78 O julgamento, excepcionalmente, poderá ser
que tenha dado causa ou para que tenha concorrido, ou secreto quando houver deliberação nesse sentido, garantida
ainda referente a formalidade cuja observância só à parte a participação das partes e de seus procuradores.
contrária interessa. Parágrafo único. Assessorias jurídicas do Conselho
poderão participar, no que lhe couber, da sessão de
CAPÍTULO XI - DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA julgamento.
SEÇÃO I - DA PRESCRIÇÃO Art. 79 Declarada aberta a sessão de julgamento, o
Art. 71 A pretensão à punibilidade por infração ao Código Presidente do Conselho de Enfermagem apregoará o
de Ética dos Profissionais de Enfermagem prescreve em 5 número do processo e os nomes das partes e/ou procurador
(cinco) anos, contados da data do efetivo conhecimento do do denunciante e do denunciado.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 80 Será, imediatamente, dada a palavra ao §2º O Conselheiro Relator disporá de 30 (trinta) dias
Conselheiro Relator que apresentará o seu parecer. para elaborar o parecer, contados do prazo de recebimento
§ 1º O parecer conterá relatório, pronunciamento de do processo.
mérito e conclusão em que constará o voto final. Art. 89 Na hipótese de o Conselho Federal discordar da
§ 2º Após a leitura do relatório, o Presidente do Conselho pena máxima proposta pelo Conselho Regional, poderá
de Enfermagem dará a palavra, para sustentação oral, por absolver ou aplicar outra penalidade ao denunciado.
10 minutos, em primeiro lugar ao denunciante ou seu
procurador e, em seguida ao denunciado ou seu procurador. CAPÍTULO XIII - DOS RECURSOS
§ 3º Havendo mais de um denunciante ou denunciado, o SEÇÃO I - RECURSO AO PLENÁRIO DO COFEN
prazo será contado individualmente. Art. 90 Caberá recurso administrativo ao Plenário do
§ 4º Após as sustentações orais das partes, o Presidente Cofen, contra as decisões em primeira instância proferidas
do Conselho de Enfermagem retornará a palavra ao Relator pelo Plenário do Coren, com efeito suspensivo, contendo os
que apresentará a análise das preliminares, seu fundamentos do pedido, no prazo de 15 (quinze) dias, a
pronunciamento de mérito e a conclusão com o voto. contar da ciência da decisão.
Art. 81 Cumpridas as disposições do artigo anterior, § 1º O recurso será interposto perante o órgão prolator
aberta para discussão, o Presidente do Conselho de da decisão em primeira instância.
Enfermagem dará a palavra, pela ordem, ao conselheiro que § 2º Recebido o recurso, o empregado público e/ou
a solicitar, que poderá pedir a palavra para: Conselheiro especialmente designado para tal finalidade,
I – esclarecer dúvidas acerca dos fatos constantes do examinará os pressupostos de admissibilidade do recurso,
processo, debater o mérito, podendo ter acesso aos autos relativos à tempestividade e à prescrição, emitindo Nota Técnica.
§ 3º Reconhecida a intempestividade ou a prescrição, o
para verificação;
Presidente do Conselho determinará a lavratura do trânsito
II – pedir vista aos autos até a próxima reunião Plenária;
em julgado do processo, sem encaminhamento à instância
III – requerer a conversão do julgamento em diligência,
superior, dando ciência às partes.
com aprovação do Plenário, caso em que determinará as
§ 4º Recebido o recurso tempestivamente, intima-se a
providências a serem adotadas. outra parte para, querendo, apresentar contrarrazões, no
Art. 82 Na hipótese de pedido da conversão do julgamento prazo de 15 dias, a contar da ciência.
em diligência, o processo será retirado de pauta, no prazo Art. 91 O julgamento no âmbito do Cofen, seguirá, no
improrrogável de 30 (trinta) dias para seu cumprimento. que couber, as previsões do Capítulo XII deste Código, e a
§ 1º As partes serão intimadas para, no prazo de 5 decisão será lavrado na forma de acórdão.
(cinco) dias, manifestarem-se sobre o cumprimento das Art. 92 Havendo recurso interposto unicamente pelo
diligências deferidas pelo órgão julgador. denunciado, deve ser observado o princípio do “non reformatio
§ 2º Cumprida a diligência, os autos serão devolvidos ao in pejus”, que consiste na impossibilidade de tratamento mais
Conselheiro autor do pedido de diligência para manifestação, severo do que o registrado na decisão recorrida.
devendo o processo ser incluído na pauta da primeira
reunião Plenária subsequente. CAPÍTULO XIV - DA EXECUÇÃO E DA
§ 3º O Conselheiro Relator poderá requerer adiamento REVISÃO DA PENALIDADE
de julgamento, mediante pedido fundamentado contendo
justificativas plausíveis. SEÇÃO I - DA EXECUÇÃO DA PENA
Art. 93 Não cabendo mais recurso administrativo, serão
SEÇÃO II - DA DECISÃO os autos devolvidos à instância de origem do processo para
Art. 83 A deliberação do Plenário terá início após o a execução do decidido.
Conselheiro Relator emitir seu voto. Parágrafo único. Quando da aplicação da pena, tendo o
Art. 84 Em seguida o Presidente tomará os votos dos profissional transferido sua inscrição, caberá ao novo
demais conselheiros, nominalmente, procedimento esse a Conselho Regional a execução da pena.
ser adotado em todos os julgamentos, consignando-se em Art. 94 As decisões que contemplem as penas previstas nos
ata o resultado. incisos III, IV e V do art. 18 da Lei nº 5.905/73, serão publicadas:
Parágrafo único. O Presidente da sessão votará e, I- no Diário Oficial do Estado ou da União; e
sequencialmente, os demais conselheiros. Havendo empate, II- no sítio eletrônico do Coren.
proferirá o voto de qualidade. Art. 95 A execução das penas impostas pelos Conselhos
Art. 85 A deliberação do Plenário deverá ser redigida, no Regionais ou pelo Conselho Federal de Enfermagem se
prazo de até 5 (dias), pelo Conselheiro Relator ou pelo processará na forma estabelecida nas decisões ou acórdãos,
Conselheiro condutor do voto vencedor, sob forma de decisão, respectivamente, sendo registradas no prontuário do profissional
que assinará com Presidente do Conselho de Enfermagem. infrator.
Parágrafo único. No caso de decisão absolutória, no § 1º As penas aplicadas se estendem a todas as
processo instaurado de ofício, o presidente declarará, ao inscrições do profissional junto ao Conselho Regional de
final do julgamento, o trânsito em julgado da decisão. Enfermagem, independentemente da categoria em que o
Art. 86 As partes ou seus procuradores, bem como o profissional tenha cometido a infração.
defensor dativo, se houver, serão intimados da decisão nos § 2º A decisão proferida, após o trânsito em julgado,
termos do art. 35. produzirá seus efeitos onde o profissional tenha inscrições,
Parágrafo único. A decisão conterá: devendo o Conselho Regional de Enfermagem comunicar ao
I – o número do processo; Conselho Federal.
II – o número do parecer aprovado pelo órgão julgador; §3º O Conselho Regional de Enfermagem dará
III – o nome das partes e, em havendo, o número da conhecimento da decisão que aplicou penalidade de
inscrição profissional; suspensão ou de cassação do exercício profissional à
instituição empregadora do infrator.
IV- a absolvição ou a penalidade imposta, a conduta
§4º No caso de cassação do exercício profissional, além
cometida com os artigos do Código de Ética infringidos; e
da publicação dos editais e das comunicações endereçadas
V – a data e as assinaturas do presidente do órgão julgador
às autoridades interessadas no assunto, será apreendida a
e do Conselheiro relator ou condutor do voto vencedor.
carteira profissional do infrator, procedendo-se ao
Art. 87 As penalidades aplicáveis são as previstas no cancelamento do respectivo registro no Conselho.
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme Art. 96 Impossibilitada a execução da pena, esta ficará
determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973. suspensa até seu efetivo cumprimento, sem prejuízo das
Art. 88 Indicada a pena de cassação pelo Conselho anotações nos prontuários e publicações dos editais, quando
Regional, o julgamento será imediatamente suspenso e os for o caso.
autos remetidos ao Conselho Federal para julgamento. Parágrafo único. O não pagamento da pena de multa
§1º Recebidos os autos, o Presidente do Conselho importará na sua inscrição em dívida ativa para posterior
Federal designará Conselheiro Relator. execução.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 97 Cumpridas todas as decisões de primeira ou Art. 105 Da decisão denegatória do Conselho Regional
segunda instância, o Presidente do Conselho determinará o que apreciar o pedido de reabilitação caberá recurso ao
arquivamento do processo. Conselho Federal.
Art. 106 Concedida a reabilitação, a pena não mais será
SEÇÃO II - DA REVISÃO DA PENA mencionada em certidões ou outros documentos expedidos pelo
Art. 98 A qualquer tempo, a contar do trânsito em julgado Conselho, permanecendo, no entanto, as anotações constantes
da decisão, poderá ser requerido revisão da pena ao do prontuário para análise da prática da reincidência.
Conselho Federal ou Regional de Enfermagem, com base Art. 107 Indeferida a reabilitação, o profissional
em fato novo ou na hipótese de a decisão condenatória ter interessado, poderá reapresentar o pedido, a qualquer
sido fundada em prova testemunhal, exame pericial ou tempo, desde que seja instruído com novos elementos
documento cuja falsidade vier a ser comprovada. comprobatórios dos requisitos necessários.
§ 1º Poderá requerer a revisão da pena o próprio Art. 108 Quando a infração ético-disciplinar constituir crime e
profissional, por si ou por procurador legalmente habilitado, havendo condenação judicial, a reabilitação profissional
ou, em caso de sua morte, seu cônjuge, o companheiro, dependerá da correspondente reabilitação criminal.
ascendente, descendente ou irmão, independentemente de
ordem de nomeação. CAPÍTULO XVI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 2º Considera-se fato novo aquele que o punido Art. 109 É vedada vista dos autos do processo físico fora
conheceu somente após o trânsito em julgado da decisão e das instalações do Conselho, porém as partes poderão, a
que dê condição, por si só, ou em conjunto com as demais qualquer tempo, acessá-los, inclusive obter cópia de peças,
por meio de requerimento formulado ao Presidente do
provas já produzidas, de criar nos julgadores uma convicção
Conselho ou de Comissão de Instrução.
diversa daquela já firmada.
Art. 110 Em qualquer fase do processo, poderá ser
Art. 99 A revisão terá início por petição dirigida à
solicitada a manifestação da assessoria jurídica do Conselho.
Presidência do Conselho Regional, instruída com as provas
Art. 111 Os julgamentos dos processos éticos, as oitivas
documentais comprobatórias dos fatos arguidos. das partes e testemunhas poderão ser realizadas por
§ 1º Recebido o pedido de revisão de pena, o Presidente Sistema de Deliberação Remota.
do Conselho Regional determinará a autuação do processo Art. 112 O Conselho Federal de Enfermagem criará
de revisão em autos apensados aos originais e designará um Cadastro Único de penalidades aplicadas pelo sistema
Conselheiro para emissão de parecer, o qual será submetido Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
a julgamento em sessão plenária no prazo máximo de 60 Art. 113 As questões omissas neste Código deverão ser
(sessenta) dias. supridas pelo Plenário do Cofen.
§ 2º Não será admitida a renovação do pedido de Parágrafo único. Nos casos omissos poderá ser
revisão, salvo se fundamentado em novas provas. utilizado, subsidiariamente, os dispositivos previstos no
§ 3º O processo revisional seguirá, no que couber, as Código de Processo Penal, no que lhes for aplicável.
normas previstas neste Código.
Art. 100 A decisão no processo revisional poderá reduzir DECRETO 94.406/1987
ou extinguir a pena, sendo vedado o seu agravamento.
§1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos os
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que
direitos perdidos em virtude de punição anteriormente aplicada.
dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras
§2º A revisão da pena somente surtirá efeito após o seu providências.
trânsito em julgado.
Art. 101 Da decisão no processo revisional caberá O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições
recurso ao Plenário do Cofen com efeito devolutivo. que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em
vista o disposto no artigo 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de
CAPÍTULO XV - DA REABILITAÇÃO 1986,
Art. 102 Após 2 (dois) anos do cumprimento da pena DECRETA:
aplicada pelo Conselho de Enfermagem, sem que tenha Art. 1º O exercício da atividade de enfermagem, observadas
sofrido qualquer outra pena ético-disciplinar ou criminal as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e
relacionado ao exercício da enfermagem, mediante provas respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro,
efetivas de bom comportamento, é permitido ao profissional Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e
requerer a reabilitação profissional. só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional
§ 1º Os prazos deste artigo contam-se do trânsito em de Enfermagem da respectiva Região.
julgado da decisão administrativa que puniu o profissional ou Art. 2º As instituições e serviços de saúde incluirão a
da data em que terminar a execução da pena, no caso da atividade de enfermagem no seu planejamento e programação.
penalidade de suspensão ou cassação. Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte
§ 2º A reabilitação não exclui a reincidência, que poderá integrante do programa de enfermagem.
se dar no prazo de cinco anos entre a data do cumprimento Art. 4º São Enfermeiros:
ou extinção da pena e a infração posterior. I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição
Art. 103 O requerimento de reabilitação será de ensino, nos termos da lei;
encaminhado ao Regional que aplicou a pena, e deverá ser II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de
instruído com: Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei;
I – certidões comprobatórias de não ter o requerente sido III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a
punido em processo ético-disciplinar, em quaisquer das titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de
jurisdições dos Conselhos Regionais em que houver sido inscrito Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira
desde a condenação motivo do pedido de reabilitação; segundo as respectivas leis, registrado em virtude de acordo de
II – comprovação de que teve o requerente, durante o intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
tempo previsto no inciso anterior bom comportamento Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
público e privado. IV - aqueles que, não abrangidos pelos itens anteriores,
§ 1º Recebido o pedido de reabilitação, o Presidente do obtiveram título de Enfermeiro conforme o disposto na letra d do
Conselho Regional determinará a autuação do processo de art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
reabilitação em autos apartados dos originais e designará Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:
um Conselheiro para emissão de parecer, o qual será I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
submetido a julgamento em sessão plenária no prazo Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado
máximo de 60 (sessenta) dias. no órgão competente;
§ 2º O processo de reabilitação seguirá, no que couber, II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
as normas previstas neste Código. por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo
Art. 104 O Conselho poderá ordenar as diligências de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
necessárias para a apreciação do pedido, cercando-as de sigilo. Técnico de Enfermagem.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Art. 6º São auxiliares de Enfermagem: m) participação em programas e atividades de educação
I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da família e
conferido por instituição de ensino, nos termos da lei, e da população em geral;
registrado no órgão competente; n) participação nos programas de treinamento e
II - o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente nos
de junho de 1956; programas de educação continuada;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o item o) participação nos programas de higiene e segurança do
III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais
expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro e do trabalho;
de 1961; p) participação na elaboração e na operacionalização do
IV - o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou Prático sistema de referência e contra referência do paciente nos
de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de diferentes níveis de atenção à saúde;
Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, q) participação no desenvolvimento de tecnologia
ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades apropriada à assistência de saúde;
da Federação, nos termos do Decreto nº 23.774, de 22 de r) participação em bancas examinadoras, em matérias
janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de específicas de enfermagem, nos concursos para provimento de
1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959; cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal técnico e
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem.
nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967; Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou certificados de
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de
ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em que trata o artigo precedente, incumbe:
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil I - prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
como certificado de Auxiliar de Enfermagem. II - identificação das distocias obstétricas e tomada de
Art. 7º São Parteiros: providência até a chegada do médico;
I - o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação
8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº de anestesia local, quando necessária.
3.640, de 10 de outubro de 1959; Art. 10. O Técnico de Enfermagem exerce as atividades
II - o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo enfermagem, cabendo-lhe:
as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio cultural I - assistir ao Enfermeiro:
ou revalidado no Brasil até 26 de junho de 1988, como a) no planejamento, programação, orientação e supervisão
certificado de Parteiro. das atividades de assistência de enfermagem;
Art. 8º Ao Enfermeiro incumbe: b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a
I - privativamente: pacientes em estado grave;
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em
básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de geral em programas de vigilância epidemiológica;
serviço e de unidade de enfermagem; d) na prevenção e no controle sistemático da infecção
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de hospitalar;
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que
desses serviços; possam ser causados a pacientes durante a assistência de
c) planejamento, organização, coordenação, execução e saúde;
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem; f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria item II do art. 8º;
de enfermagem; II - executar atividades de assistência de enfermagem,
e) consulta de enfermagem; excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no art. 9º
f) prescrição da assistência de enfermagem; deste Decreto;
g) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com III - integrar a equipe de saúde.
risco de vida; Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades
h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de enfermagem,
e que exijam conhecimentos científicos adequados e cabendo-lhe:
capacidade de tomar decisões imediatas; I - preparar o paciente para consultas, exames e
II - como integrante de equipe de saúde: tratamentos;
a) participação no planejamento, execução e avaliação da II - observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao
programação de saúde; nível de sua qualificação;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos III - executar tratamentos especificamente prescritos, ou de
planos assistenciais de saúde; rotina, além de outras atividades de enfermagem, tais como:
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela b) realizar controle hídrico;
instituição de saúde; c) fazer curativos;
d) participação em projetos de construção ou reforma de d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema
unidades de internação; e calor ou frio;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de
inclusive como membro das respectivas comissões; vacinas;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em
controle sistemático de danos que possam ser causados aos doenças transmissíveis;
pacientes durante a assistência de enfermagem; g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de
g) participação na prevenção e controle das doenças diagnóstico;
transmissíveis em geral e nos programas de vigilância h) colher material para exames laboratoriais;
epidemiológica; i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
parturiente, puérpera e ao recém-nascido; l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
i) participação nos programas e nas atividades de IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e
assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, zelar por sua segurança, inclusive:
particularmente daqueles prioritários e de alto risco; a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos
l) execução e assistência obstétrica em situação de e de dependências de unidades de saúde;
emergência e execução do parto sem distocia; V - integrar a equipe de saúde;

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
VI - participar de atividades de educação em saúde, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de
inclusive: intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
cumprimento das prescrições de enfermagem e médicas; IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores,
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na alínea d
execução dos programas de educação para a saúde; do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:
pacientes; I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
VIII - participar dos procedimentos pós-morte. Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado
Art. 12. Ao Parteiro incumbe: pelo órgão competente;
I - prestar cuidados à gestante e à parturiente; II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
II - assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo
III - cuidar da puérpera e do recém-nascido. de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo são Técnico de Enfermagem.
exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra, quando Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:
realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível, I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem
sob controle e supervisão de unidade de saúde, quando conferido por instituição de ensino, nos termos da lei e registrado
realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias. no órgão competente;
Art. 13. As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14
somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e de junho de 1956;
direção de Enfermeiro. III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso
Art. 14. Incumbe a todo o pessoal de enfermagem: III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955,
I - cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro
Enfermagem; de 1961;
II - quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático
atividades da assistência de enfermagem, para fins estatísticos. de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de
Art. 15. Na administração pública direta e indireta, federal, Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde,
estadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios será ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades
exigida como condição essencial para provimento de cargos e da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de
funções e contratação de pessoal de enfermagem, de todos os janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de
graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
Enfermagem da respectiva região. V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem,
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
neste artigo promoverão, em articulação com o Conselho VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola
Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em
das situações já existentes com as disposições deste Decreto, virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
salários. Art. 9º São Parteiras:
Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº
publicação. 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário. 3.640, de 10 de outubro de 1959;
Brasília, 8 de junho de 1987; 166º da Independência e 99º II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou
da República. JOSÉ SARNEY equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo
as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou
LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL - LEI N.° 7.498/1986 revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta
lei, como certificado de Parteira.
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Art. 10. (VETADO).
enfermagem, e dá outras providências. Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o enfermagem, cabendo-lhe:
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: I - privativamente:
Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura
nacional, observadas as disposições desta lei. básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente serviço e de unidade de enfermagem;
podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de
inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras
na área onde ocorre o exercício. desses serviços;
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente c) planejamento, organização, coordenação, execução e
pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus d) (VETADO);
de habilitação. e) (VETADO);
Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e f) (VETADO);
serviços de saúde incluem planejamento e programação de g) (VETADO);
enfermagem. h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria
Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da de enfermagem;
assistência de enfermagem. i) consulta de enfermagem;
Art. 5º (VETADO). j) prescrição da assistência de enfermagem;
§ 1º (VETADO). l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com
§ 2º (VETADO). risco de vida;
Art. 6º São enfermeiros: m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de
de ensino, nos termos da lei; tomar decisões imediatas;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de II - como integrante da equipe de saúde:
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei; a) participação no planejamento, execução e avaliação da
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a programação de saúde;
titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira planos assistenciais de saúde;

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso
instituição de saúde; estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na razão
d) participação em projetos de construção ou reforma de de:
unidades de internação; I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de
de doenças transmissíveis em geral; Enfermagem e para a Parteira.
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam Art. 15-D ao Art. 19. (VETADOS).
ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem; Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal
puérpera; e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; e na contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus,
i) execução do parto sem distocia; os preceitos desta lei.
j) educação visando à melhoria de saúde da população. Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. promoverão as medidas necessárias à harmonização das
6º desta lei incumbe, ainda: situações já existentes com as disposições desta lei, respeitados
a) assistência à parturiente e ao parto normal; os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de Art. 21. e Art. 22. (VETADOS).
providências até a chegada do médico; Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos de
anestesia local, quando necessária. nível médio nessa área, sem possuir formação específica
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de
médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho Enfermagem, a exercer atividades elementares de enfermagem,
de enfermagem em grau auxiliar, e participação no observado o disposto no art. 15 desta lei.
planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de
especialmente: enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o exercício
a) participar da programação da assistência de das atividades elementares da enfermagem, observado o
enfermagem; disposto em seu artigo 15.
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as Art. 24. (VETADO).
privativas do Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo
único do art. 11 desta lei; de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação.
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
enfermagem em grau auxiliar; Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em
d) participar da equipe de saúde. contrário.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência e 98º
nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços da República.
auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a
participação em nível de execução simples, em processos de ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO
tratamento, cabendo-lhe especialmente: ATUAÇÃO NOS PERÍODOS PRÉ-OPERATÓRIO,
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; TRANSOPERATÓRIO E PÓS-OPERATÓRIO
b) executar ações de tratamento simples; ATUAÇÃO DURANTE OS PROCEDIMENTOS
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente; CIRÚRGICO-ANESTÉSICOS
d) participar da equipe de saúde. RECUPERAÇÃO DA ANESTESIA
Art. 14. (VETADO).
Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, A Enfermagem Perioperatória é o termo usado para
quando exercidas em instituições de saúde, públicas e privadas, descrever as funções de Enfermagem na prestação de
e em programas de saúde, somente podem ser assistência ao cliente no Centro cirúrgico. Consiste em três
desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro. fases:
Art. 15-A. O piso salarial nacional dos Enfermeiros
contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho Fase pré-operatória:
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de Pré-operatório: é a identificação e correção dos distúrbios
1943, será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta que aumentarão o risco cirúrgico, acompanhadas de cuidadoso
reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022) preparo, de acordo com o porte e o tipo da cirurgia. É nessa fase
Parágrafo único. O piso salarial dos profissionais celetistas que a enfermeira inicia o planejamento da assistência
de que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no
piso estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na Levantamento de dados:
razão de: Ao realizar um cuidadoso histórico de enfermagem,
I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem; incluindo o exame físico, o enfermeiro traz a tona as
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de preocupações do paciente que podem exercer um significado
Enfermagem e para a Parteira. direto sobre o curso da experiência cirúrgica.
Art. 15-B. O piso salarial nacional dos Enfermeiros A avaliação do cliente cirúrgico envolve a análise de uma
contratados sob o regime dos servidores públicos civis da União, gama de fatores físicos e psicológicos. Muitos parâmetros são
das autarquias e das fundações públicas federais, nos termos da considerados no estudo global sobre o cliente e vários
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será de R$ 4.750,00 problemas relacionados ao cliente ou ao diagnóstico de
(quatro mil setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído enfermagem podem ser antecipado ou identificados.
pela Lei nº 14.434, de 2022) Basicamente, procede-se a um balanço geral de saúde
Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que partindo de:
tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso ꞏ exame de urina;
estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na razão ꞏ hemograma completo;
de: (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022) ꞏ sorologia;
I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem; ꞏ radiografia do tórax;
II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de ꞏ registro cuidadoso do uso de medicações (cortisona, etc.)
Enfermagem e para a Parteira. ꞏ alergia a antibióticos e a outros agentes.
Art. 15-C. O piso salarial nacional dos Enfermeiros Em se tratando de clientes na faixa etária acima de 50 anos,
servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e como medida preventiva, faz-se necessário os seguintes
de suas autarquias e fundações será de R$ 4.750,00 (quatro mil exames:
setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº ꞏ eletrocardiograma;
14.434, de 2022)
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
ꞏ pesquisa de sangue oculto nas fezes; e a rotina do hospital; a raspagem da pele poderá ser feita
ꞏ dosagem de glicemia pós-prandial. na véspera ou uma hora antes da cirurgia, conforme a rotina
Quando há indicação de transfusão de sangue deve-se do hospital.
providenciar: c) Preparo fisiológico:
ꞏ tipagem sanguínea - lavagem de estômago, se houver ordem médica;
ꞏ teste para pesquisa de anticorpos. - enema, se houver ordem médica;
No caso de infecção e feridas abertas, é indispensável a - suspensão de ingestão oral, conforme a cirurgia a ser
investigação bacteriológica. realizada;
Para estabelecer o diagnóstico e determinar o risco - instruir o cliente no exato momento em que estiver
cirúrgico, a avaliação deve ser suficientemente completa receptivo quanto às sensações que experimentará durante
para revelar situações ocultas. esta fase. As informações devem ser simples e objetivas.
A cirurgia, sobretudo a de grande porte, expõe o cliente d) Preparo espiritual:
a riscos, como: infecções; hemorragia e distúrbio metabólico. - seja qual for a religião do cliente, não se deve
O preparo pré-operatório está centrado na identificação e negligenciar assistência religiosa de que necessita também;
correção, na medida do possível, dos distúrbios que - ordens especiais, relacionadas ao tipo e gravidade da
aumentarão o risco cirúrgico. Entre as condições que exigem cirurgia, como transfusão de sangue, devem ser observadas
correção pré-operatória, estão: rigorosamente;
ꞏ choque; - proporcionar um ambiente calmo e confortável para o
ꞏ hipovolemia; cliente.
ꞏ anemia; B. Cuidados pré-cirúrgicos imediatos:
ꞏ desequilíbrio eletrolítico; No dia da operação:
ꞏ infecção respiratória; a) preparo psicológico:
ꞏ desnutrição; - tranquilizar o cliente, a fim de eliminar angústias e
ꞏ descompensação cardíaca; tensões emocionais;
ꞏ acidose diabética; b) preparo físico:
ꞏ insuficiência renal; - higiene matinal;
ꞏ hipertermia. - remover próteses, joias e esmaltes;
- manter o jejum;
Tipos de Cirurgia - vestir o cliente com roupa própria do Centro Cirúrgico;
A cirurgia de urgência requer atenção rápida, isto é, no c) preparo fisiológico:
período de 24 a 48 horas, o que permite fazer uma avaliação - esvaziamento espontâneo da bexiga, ou através de sonda;
das necessidades do cliente e melhorar as condições física e - entubação nasogástrica, se houver indicação;
psicossocial para sua operação. - verificação dos sinais vitais e registro no prontuário do
Na cirurgia de emergência, o tempo é limitado mas, em cliente;
regra geral, é suficiente para fazer um preparo relativo do - administração da medicação pré-anestésica;
cliente quanto ao desequilíbrio hidroeletrolítico. d) auxiliar na remoção do cliente do leito para a maca e
Na cirurgia eletiva, é possível o preparo mais cuidadoso para o Centro Cirúrgico;
do cliente, a fim de minimizar a morbidade e a mortalidade. e) anexar os resultados de exames e chapas radiográficas
Autorização para a cirurgia: ao prontuário do cliente e entregar à equipe do Centro Cirúrgico;
Em se tratando de cirurgia com ou sem risco, a f) registrar no prontuário e no Relatório Geral da unidade
autorização prévia, assinada pelo cliente ou pelo seu as condições gerais do cliente, data e hora da saída da
responsável legal, é indispensável. unidade para o Centro Cirúrgico;
Classificação: g) preparar a cama do operado e providenciar todo o
ꞏ Mediato: que só está em relação a uma coisa por equipamento necessário para a assistência pós-cirúrgica.
intermédio de uma terceira; indireto. Em resumo, a Fase Pré-operatória abrange as seguintes
ꞏ Imediato: contíguo ou muito próximo, sem tardança, atividades:
instantâneo. ꞏ Identificação do cliente e cirurgia proposta
Diagnóstico Pré-operatório de Enfermagem ꞏ Visita ao cliente na enfermaria
Tendo por base os dados colhidos, os diagnósticos pré- ꞏ Verificar exames, preparo e medicações prescritas e
operatórios da enfermagem do cliente cirúrgico podem prontuário
incluir: ꞏ Orientar sobre as fases pré, intra e pós-operatória
ꞏ Ansiedade relacionada ao ato cirúrgico (anestesia, dor) ꞏ Esclarecer dúvidas, reduzindo ansiedades
e ao resultado da cirurgia. ꞏ Desenvolver plano de assistência
ꞏ Déficit de conhecimento relacionado aos procedimentos ꞏ Verificar sinais vitais
pré-operatórios e às expectativas pós-operatórias. ꞏ Checar reserva de sangue
A expectativa da família e do cliente que vai submeter-se ꞏ Questionar alergias e patologias
a uma cirurgia é muito grande, provocando ansiedade e ꞏ Exame físico
angústia. Daí a importância do preparo e apoio psicológico ꞏ Orientações aos familiares
logo nos primeiros contatos, a fim de estabelecer um clima ꞏ Anotações e registros
de confiança e segurança. ꞏ Transporte do cliente para o Centro Cirúrgico
O cliente, e sobretudo a família, devem ser informados ꞏ Preparo para intervenção cirúrgica
de forma compreensível, da natureza e propósitos dos ꞏ Transporte do cliente para a sala de cirurgia
exames, do tratamento e da anestesia, seus riscos e
possíveis consequências Período Transoperatório:
O cliente que não está suficientemente preparado para a Este período inicia-se com a entrada do cliente na
cirurgia apresenta-se susceptível à complicações, como: unidade cirúrgica (pré-operatório imediato), e termina com o
choques, hemorragia, etc. último ponto da incisão cirúrgica (pós-operatório imediato).
A. Cuidados pré-cirúrgicos mediatos: Nesta fase o enfermeiro organiza a sala e atende as
Na véspera da operação : necessidades de segurança e saúde do paciente, zela pela
a) Preparo psicológico, conforme já descrito. limpeza da sala, iluminação, ventilação, funcionamento dos
b) Preparo físico: equipamentos e disponibilidade de materiais. Pode também
- banho de chuveiro e lavagem do couro cabeludo com exercer a função de instrumentador. No final de cada cirurgia os
sabão germicida, a fim de tornar a pele livre de materiais e acessórios de equipamentos devem ser contados
microorganismos, a menos que o estado do cliente o para assegurar que pinças, compressas e agulhas foram
impossibilite; retirados do paciente. Todo e qualquer material colhido/retirado
- tricotomia, de acordo com a determinação do cirurgião precisa ser rotulado e encaminhado para laboratório.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
O enfermeiro precisa conhecer os princípios de Cuidados de enfermagem com o paciente
antissepsia e anatomia, prever necessidades, atuar em anestesiado:
qualquer situação de emergência na sala cirúrgica e estar O paciente do centro cirúrgico normalmente preocupa-se
em boas condições de saúde para que o paciente não corra muito com a anestesia que irá receber, este é um de seus
o risco de contrair infecção. maiores medos. É preciso que o enfermeiro tenha
Vestuário em sala de cirurgia conhecimento e informações suficientes para responder as
Roupas: Todas as pessoas que estiverem trabalhando perguntas e afastar qualquer receio deste paciente.
no Centro Cirúrgico devem usar roupas limpas e privativas. O anestesista visita o paciente no dia anterior à cirurgia
Normalmente usam-se calças e jalecos. eletiva e avalia sua condição física, uso de medicamentos,
Máscaras: Deverão ser usadas sempre, quando na sala sinais vitais, hábito de fumar e demais aspectos que possam
de cirurgias, para minimizar a contaminação por vias aéreas. interferir na anestesia antes da escolha da melhor via
Gorros: Devem cobrir inteiramente os cabelos, de maneira anestésica.
que os fios, grampos ou partículas de caspa ou poeira não A enfermagem atua no processo anestésico desde o pré-
caiam sobre o campo estéril. Devem ser preferencialmente operatório até a total recuperação pós-anestésica, auxiliando
descartáveis, sem fiapos, e semelhantes a tecido. com as informações obtidas na visita pré-operatória de
Sapatos: Recomenda-se que seja de uso exclusivo em enfermagem, na indução anestésica e prestando cuidados
Centro Cirúrgico, confeccionado em borracha (lavável e imediatos ao paciente na sala de recuperação anestésica.
antiderrapante) e fechado.
Materiais e equipamentos básicos que compõem as
Princípios de assepsia perioperatória salas de cirurgia e recuperação anestésica
Um dos objetivos da enfermagem é prevenir infecções, e O CENTRO CIRÚRGICO é o conjunto de áreas e
para isso deve seguir alguns princípios de assepsia desde o instalações que permitem efetuar a cirurgia nas melhores
pré operatório até a cicatrização da ferida cirúrgica. A sala de condições de segurança para o paciente, e de conforto para
cirurgia e os equipamentos devem estar em perfeito estado a equipe de saúde.
de higiêne (usar agentes germicidas para limpeza de pisos, No contexto hospitalar é o setor mais importante pela
paredes e equipamentos), adequado abastecimento de decisiva ação curativa da cirurgia, exigindo, assim detalhes
materiais, ventilação adequada e lavagem das mãos entre minuciosos em sua construção para assegurar a execução
um procedimento e outro. de técnicas assépticas, instalação de equipamentos
Pré operatório: específicos que facilitem o ato cirúrgico.
- usar somente materiais esterilizados para contato com Em sua construção devemos observar: localização, área,
a ferida e os tecidos expostos. estrutura, composição física, salas de cirurgias,
- a equipe de cirurgia deve escovar adequadamente equipamentos e materiais, sua administração e
braços e mãos, além de paramentar-se com aventais de regulamentos. Sua localização deve oferecer segurança
mangas longas, luvas, máscaras, gorros e propés. quanto às técnicas assépticas, sendo distanciada de locais
- a máscara deve cobrir boca e nariz. de grande circulação, ruídos e poeiras.
- limpar e fazer assepsia com solução alcoólica em área Quanto à área e ao numero de salas devemos
maior que a necessária para a cirurgia. considerar a duração da programação cirúrgica
- o restante do corpo do paciente deverá ser coberto por especialidades atendidas, ensino e pesquisa.
lençois estéreis. 1. Secção de bloco operatório (salas de operação
Transoperatório: equipadas);
- a equipe de cirurgia deve cuidar para não contaminar 2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos
nenhum dos materiais estéreis, e as pessoas fora de campo equipados para atender ao paciente na recuperação Pós-
não devem aproximar-se do mesmo. anestésicas);
- seguir técnicas assépticas rígidas durante todo o 3. Seção de material (guarda de material estéril e não
procedimento cirúrgico. estéril, como medicamentos, seringas, fios de suturas ,
- se houver dúvida quanto a esterelidade de um artigo, próteses etc.).
deve ser considerado contaminado
- as pessoas já paramentadas ao saírem de sala perdem NA COMPOSIÇÃO FÍSICA TEMOS ELEMENTOS
sua condição de estéreis e para retornar devem escovar-se e INDISPENSÁVEIS E INDEPENDES PARA MELHOR
paramentar-se novamente FUNCIONAMENTO DA ROTINA:
- após paramentada, apenas parte do corpo da pessoa é 1. Vestiário;
considerada estéril: da parte anterior da cintura até a área 2. Conforto médico;
dos ombros; antebraço e luvas. Portanto, as mãos enluvadas 3. Sala de anestesias;
devem permanecer em frente e acima da cintura. 4. Sala de enfermagem;
- para fornecer material estéril ao campo operatório, os 5. Sala de estoque de material e medicamentos;
braços do circulante não devem se estender sobre a área 6. Área para recepção de pacientes;
estéril. 7. Sala de operação;
- aquilo que for considerado estéril para uma paciente 8. Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio
não pode ser usado para outra paciente. (banco de sangue, raios X, laboratórios, anatomia patológica,
- quanto a colocação de campos, os mesmos não devem auxiliares de anestesia, segurança, e serviços gerais –
ter furos ou rasgos, devem ser colocados a uma margem engenharia clínica- parte elétrica, hidráulica e eletrônica).
bem maior do que a área usada para a cirurgia e somente é
considerada estéril a parte superior do paciente ou da mesa I - ESTRUTURA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
envolvida, as partes laterais são consideradas contaminadas - Tamanha das salas (dimensões adequadas a cada
Pós operatório: especialidade);
- lavagem das mãos entre cada procedimento - Portas largas;
- fazer curativo na ferida cirúrgica com solução fisiológica
estéril e anti-sépticos. É necessário cuidados especiais com EM SALAS DE CIRURGIAS, LOCAL DESTINADO AOS
feridas que ainda não cicatrizaram usando materiais estéreis PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS, ALGUNS ELEMENTOS
para tocá-la. SÃO CUIDADOSAMENTE, PROJETADOS PARA
- uso de antibióticos específico para o agente agressor GARANTIR A SEGURANÇA E EFICÁCIA DAS TÉCNICAS
quando a infecção estiver instalada APLICADAS:
- aplicar calor e fazer drenagem para eliminar germes - Pisos de superfície lisa;
agressores - Paredes anti-acústicas;
- remover tecidos desvitalizados através de - Teto de material lavável;
desbridamento. - Janelas que não permitam entrada de poeira e insetos;

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Iluminação com ausência de sombras e reflexos; - ZONA LIMPA (SEMI-RESTRITA): Secretaria; Conforto
- Ventilação com temperatura ambiente; médico; Sala de recepção do paciente; de recuperação
- Renovação do ar e umidade adequadas; anestésica; de acondicionamento de material; de
- Lavabo com misturadores para água. esterilização; centro de material; sala de serviços auxiliares;
e de equipamentos.
SALA DE CIRURGIA - ZONA ESTÉRIL (RESTRITA): Corredor de acesso;
É um dos componentes da zona estéril e deve dispor de: Lavabo; Sala de operação.
- Uma mesa de operação com comandos de posições na 1. LIMPAS: Tecidos estéreis ou de fácil
cabeceira, ou mesa própria para a especialidade a que se descontaminação.
destina; 2. POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: Realizadas
- Mesas auxiliares para o instrumental; em tecidos de difícil descontaminação.
- Mesa para o anestesista e seus medicamentos; 3. CONTAMINADAS: Realizados em tecidos
- Aparelhos de anestesia e respiradores, foco de luz, recentemente traumatizados e abertos com processo de
para a enfermeira, prateleiras para a guarda de fios, campos inflamação mas sem supuração.
e instrumental. 4. INFECTADAS: Realizadas em tecidos com supuração
- A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares local, tecido necrótico, feridas traumáticas sujas.
como bisturi elétrico. São termos formados por prefixos utilizados no dia-a-dia
cirúrgico , indicando o órgão e o ato cirúrgico a ser realizado.
MATERIAL CIRÚRGICO O PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO tem inicio com a
É todo o conjunto de objetos, instrumentos e internação estendendo-se até o momento da cirurgia.
equipamentos que entram em contato direto ou indireto com
a região operatória, utilizados para a execução de OBJETIVO:
determinado procedimento cirúrgico. Tem como objetivo também assegurar confiança e
Sua classificação é de acordo com a sua função ou uso tranquilidade mental ao paciente.
principal, visto que muitos equipamentos têm mais de uma Levar o paciente as melhores condições possíveis para
utilidade. Basicamente, um procedimento cirúrgico segue 3 cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de
etapas principais: diérese, hemostasia e síntese. complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado
1. DIÉRESE: individualmente. Dependendo da cirurgia a ser realizada, o
2. PREENSÃO preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns dias ou
3. HEMOSTASIA ate mesmo em minutos.
4. EXPOSIÇÃO
5. SÍNTESE OU SUTURA CUIDADOS:
DIÉRESE: Corte Bisturi, tesoura. 1. Ao preparo psicológico do paciente, explicando os
PREENSÃO: Apanhar estruturas, Pinça anatômica e procedimentos a serem realizados.
dentes de rato. 2. A coleta e encaminhamento dos materiais para
HEMOSTASIA: Pinçamento de vasos, Pinças exames.
hemostáticas (Halsted, Kelly). 3. A manutenção do jejum quando necessário.
EXPOSIÇÃO: Afastamento de tecidos, Afastadores 4. A aplicação de medicamentos, soro e sangue.
(Farabeuf, Gosset etc.). 5. A realização de controles.
ESPECIAL: Própria Pinça de Abadie - cirurgia gástrica, 6. Sinais vitais.
Pinça de Potts - cirurgia vascular. 7. Diurese.
SÍNTESE: União de tecidos, Porta-agulhas, agulhas. 8. Observação de sinais e sintomas.
9. Anotação na papeleta.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA:
Historicamente, o objetivo primário das barreiras de PROCEDER À LIMPEZA E PREPARAR A PELE PARA
proteção em sala operatória sempre se dirigiu para a CIRURGIA DA SEGUINTE FORMA:
proteção dos pacientes à exposição de microrganismos - Desinfecção por agentes químicos (povidini) e
presentes e liberados pelos trabalhadores. tricotomia (raspagem de pelos).
É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos - São utilizados sabões especiais e antissépticos da
realizado no Centro Cirúrgico. Tradicionalmente, inclui o pele. A limpeza da pele com esses produtos é feita durante o
uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da
gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. rotina do hospital. O emprego desta técnica visa remover ou
Ressalta que a utilização do uniforme privativo deve ser destruir os germes existentes na pele.
restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o objetivo de - Tricotomia da região a ser operada, bem ampla.
proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente - Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa.
em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser - Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e
usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro mãos) para poder observar a coloração durante a cirurgia.
cirúrgico. - Mandar barbear os homens.
Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de - Dieta leve no jantar.
circulação sem restrição e semi-restritas que ninguém pode - Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a
ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo prescrição médica.
que este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara - Jejum após o jantar, orientar o paciente.
facial. - Promover ambiente tranquilo e repousante.
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de
emergência e proporcionar o acesso a áreas restritas com O PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO
maior rapidez e consequentemente diminuir a morbidade e Compreende todos os momentos da cirurgia, da
mortalidade na instituição. chegada do paciente à unidade de centro cirúrgico até a sua
Os profissionais devem utilizar jaleco quando fora de saída no final da cirurgia.
áreas restritas. A permissão do uso de uniformes dentro e Os cuidados de enfermagem não se restringem somente
fora do bloco só foi permitido aos cirurgiões e enfermeiros, à prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o
sendo que estes no momento que vai assumir o plantão procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias
trocam a roupa que veio da rua e veste o uniforme que é de certas condições que a enfermagem deve prover:
uso restrito no ambiente hospitalar. 1. Material para anestesia e cirurgia (Lap’s, soluções,
pomadas, material para curativo, medicamentos,
- ZONA DE PROTEÇÃO (NÃO RESTRITA): Vestiários; instrumental, etc.), inclusive os especiais ( cirurgias
Área de transferência; Expurgo. ortopédicas, etc. ) deixando-os em local de fácil acesso;

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
2. Testar equipamentos ( Monitores, pontos de O2, deve dispor de:
vácuo, negatoscópio, etc.); - Equipamentos de monitorização de sinais vitais como
3. Verificar condições de limpeza da sala; monitores cardíacos e oximetria de pulso;
4. Posicionar equipamentos móveis ( suporte para soros, - Cama com grade e posicionamento;
baldes para lixo, escadinha, suporte de hampers, etc. ); - Central de O2 e vácuo;
5. Observar segurança da sala como posicionamento de - Suporte para soros, drenos, bombas de infusão, etc.;
fios e chão molhado; - Medicamentos e materiais utilizados em emergência;
6. Ajustar a temperatura da sala ( entre 21°C e 24°C ) - Equipamentos para a manutenção de suporte
Realizar uma breve leitura do prontuário ou das avançado de vida, como por exemplo, ventiladores
recomendações de enfermagens vindas do setor de origem mecânicos artificiais, balão intra-aórtico, marca-passo
do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação externo, etc.
do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;
Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos Os CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-
relacionados ao procedimento foram devidamente OPERATÓRIO
realizados, como a administração de medicamentos pré- São aqueles realizados após a cirurgia ate a alta.
anestésicos (avaliando inclusive os seus efeitos) e preparo Visam ajudar o recém operado a normalizar suas
do local (tricotomia) entre outros; funções com conforto e da forma mais rápida e segura.
Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para
médico anestesista ou ao enfermeiro possíveis alterações; receber o paciente internado.
Atentar para a presença e a necessidade de retirar
esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras ou AO RECEBER O PACIENTE NO QUARTO.
próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do - Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de
paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro outros funcionários.
cirúrgico; - Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade.
Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de - Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico.
cama que o cobriam devem ser trocadas por roupas de Se foi feita a anestesia raque deixar o paciente sem
cama do próprio centro cirúrgico; travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
Manter uma recepção calma, tranquila que traga - Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem
segurança ao paciente; travesseiro com a cabeça voltada para o lado.
Observar o comportamento do paciente: confiança, - Observar o gotejamento do soro e sangue.
ansiedade, melancolia, insegurança, agressividade, etc. - Observar estado geral e nível de consciência.
Garantir a segurança física e emocional do paciente: as - Verificar o curativo colocado no local operado, se esta
grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar- seco ou com sangue.
se à cabeceira da maca; - Se estiver confuso, restringir os membros superiores
Avaliar a expressão facial do paciente; para evitar que retire soro ou sondas.
Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões; - Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria,
Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade
protegido com o lençol devido ao frio. respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações
Comunicar-se com o paciente; respiratórias e circulatórias.
Garantir um transporte tranquilo; - Sinais vitais de 15/15 min., 30/30 , 45/45. até que a
Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, verificação chegue a 4/4horas.
etc. respeitando o estado em que se encontra o paciente. - Fazer anotação na papeleta.
O bloqueio anestésico é utilizado para que o - Ler a prescrição medica, providenciando para que seja
procedimento transoperatório ocorra de forma que o paciente feita.
não sinta dores, ou para que o mesmo não faça movimentos - Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado
bruscos em áreas que estão cirurgiadas. imediatamente.

Durante a anestesia, os cuidados são basicamente NAS HORAS EM SEGUIDA:


prestados pelo anestesista, cabendo à enfermagem: - Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar
- Posicionar o paciente adequadamente para que ele onde esta e que esta passando bem.
possa aplicar o anestésico; - Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento
- Dar apoio ao paciente; de soro e sondas.
- Disponibilizar material e drogas anestésicas;
apresentando algum tipo de instabilidade orgânica de Rotinas de limpeza da sala de cirurgia
sistemas vitais As superfícies contaminadas podem servir de
É a unidade destinada a prestação de cuidados ao reservatórios de agentes patogênicos, mas normalmente,
paciente submetido à intervenção cirúrgica que ainda se essas áreas não estão associadas diretamente á
encontra sob efeitos anestésicos, geralmente transmissão de infecções para profissionais da área de
Uma equipe de enfermagem especializada é saúde ou para pacientes.
fundamental, assim como a presença constante de um
anestesista em cada equipe transdisciplinar de saúde. Limpeza
Higiene de uma sala não consiste somente em rotinas de
OBS: PERMANECER NA SALA ATÉ O PACIENTE limpeza de equipamentos. ex: piso, parede portas.
RECUPERAR 50% A 75% DOS SINAIS VITAIS;
- Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 Fatores que influenciam na escolha do procedimento
em 30 minutos; de desinfecção.
- Avaliar oxigenação, estimulando o movimento - A natureza do item a ser desinfetado;
respiratório; - M.O sensíveis aos efeitos do germicida;
- Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça; - A quantidade de matéria orgânica;
- Limpar vias aéreas e aspirar se necessário; - O tipo e a concentração do produto usado;
- Manter vigilância, manter curativo limpo e seco; - Temperatura.
- Tomar medidas para aliviar a dor;
- Realizar balanço hídrico; Ambientes classificados de acordo com o risco de
- Proporcionar conforto e segurança; contaminação:
- Informar a família sobre o estado do paciente. - Áreas criticas: Imunodeprimidos ou Risco de infecção
- Para uma perfeita monitorização do paciente, o CRPA aumentada.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Área Semicrítica: Doenças infecciosas de baixa Limpeza recomendada em centro cirúrgico
transmissibilidade e afecções não infecciosas. - Limpeza semanal:
- Áreas Não-Críticas: Não ocupados por pacientes onde - Higiene de vidros, cortinas ou biombos e da limpeza
é realizado procedimento de risco. terminal da estrutura do leito.
- Manuseio de material perfurocortante:
Centro Cirúrgico Subdividido
- Área não – restrita CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
- Área semi – restrita - USO DE MATERIAL ESTÉRIL
- Área Restrita
MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS: AUTOCLAVES;
Limpeza de manutenção de áreas não-restritas e semi- SELADORA TÉRMICA E LAVADORA
restritas: AUTOMÁTICA ULTRASSÓNICA
- Procedimento de limpeza comum, conforme
recomendado pela CCIH da instituição; Objetivos da Enfermagem em Central de Material
- Deve ser realizada pelo menos uma vez por plantão; Esterilizado
O Serviço de Enfermagem em Central de Material
Limpeza da área restrita: acredita na segurança da Esterilização como garantia de
- Requer diferentes tipos de limpeza, a depender da sua bom atendimento aos pacientes. O enfermeiro possui papel
utilização ou não; fundamental no gerenciamento do setor e coordenação das
- Recomenda-se limpeza e desinfecção diária. atividades, pois é o profissional que detém o conhecimento
de todas as técnicas e princípios de Enfermagem, atuando
Sala de operação na concientização da equipe no desenvolvimento das
- Limpeza terminal: Limpeza e/ou desinfecção que tem normas e rotinas, e alertando quanto à importância na
por objetivo reduzir a sujidade e da população microbiana, execução das técnicas corretas em todas as atividades, à
de modo a diminuir a possibilidade de contaminação assistência prestada ao paciente.
ambiental. Outros objetivos:
- Limpeza preparatória: Limpeza realizada antes do inicio ꞏ Fornecer o material esterilizado à todo hospital;
da montagem da sala da primeira cirurgia do dia; se estiver ꞏ Promover a interação entre as áreas : expurgo,
sem uso por mais de 12 hrs, remover partículas de poeira, preparo, montagem de instrumental, esterilização, montagem
com álcool 70%. de carros e distribuição;
- Limpeza operatória: Realizado durante o procedimento ꞏ Adequar as condições ambientais às necessidades do
cirúrgico, quando ocorre contaminação do chão com matéria trabalho na área;
orgânica, há presença de resíduos ou quando acontece ꞏ Planejar e implementar programas de treinamento e
queda de material. reciclagem que atendam às necessidades da área junto com
- Limpeza corrente: Realizada após o termino de uma a Educação Continuada;
cirurgia e inicio de outra para a remoção de sujidade e ꞏ Promover o envolvimento e compromisso de toda a
matéria orgânica. equipe com os objetivos e finalidades do serviço;
ꞏ Favorecer o bom relacionamento interpessoal;
Descrição do procedimento: ꞏ Prover materiais e equipamentos que atendam as
- Retirar instrumentais, equipamentos, roupas, necessidades do trabalho na área.
acessórios e materiais perfuro cortantes.
- Recolher o lixo e realizar a limpeza do piso. A Central de Material Esterilizado compreende os
- Limpar o teto e as paredes se essas áreas estiverem seguintes setores:
sujas. Expurgo:
- Com o uso do mop seco, recolher todas as partículas e Setor responsável por receber, conferir, lavar e secar os
resíduos do piso. materiais provenientes do Centro Cirúrgico e Unidades de
- Com o mop úmido, contendo o desinfetante Internação. Os funcionários desta área utilizam EPIs
preconizado pela CCIH da instituição, proceder a limpeza do (Equipamentos de proteção individual) para se protegerem de se
piso. contaminarem com sangue e fluidos corpóreos, quando lavam
os instrumentais. As lavadoras ultrassônicas auxiliam na
Limpeza da SO após procedimentos infectados ou de lavagem dos instrumentais através da vibração do som
longa duração: adicionado com solução desincrostante, promovendo uma
- Mesmos critérios da limpeza terminal, levando-se em limpeza mais eficaz e maior segurança para o funcionário.
consideração a necessidade ou não de higiene total das Preparo de Materiais: Setor responsável por preparar e
paredes e do teto. acondicionar os materiais. São utilizados invólucros
especiais que permitam a passagem do agente esterilizante
Limpeza da SO em situações de precauções de e impeçam a passagem dos microorganismos.
contato com aerossóis. Preparo de Instrumentais Cirúrgicos: Setor responsável
- É aconselhável que a sala tenha o mínimo de material. por conferir, preparar e acondicionar caixas para as diversas
- Uso de EPI. especialidades cirúrgicas.
Esterilização: Setor responsável por esterilizar os
Sala de pré – operatório e SRPA materiais. São utilizadas autoclaves e estufas.
- Limpeza Diária; Montagem de carros para cirurgia: Setor responsável por
separar os materiais a serem utilizados em uma cirurgia.
Descrição do procedimento:
- Desmontar os acessórios de suporte respiratório e Distribuição de materiais esterilizados: Setor responsável
encaminhá-los para o processo de desinfecção ou por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de
esterilização. Internação e Ambulatórios.
- Após essa fase, o procedimento segue ao passo a
passo da limpeza terminal da SO. Assepsia e manuseio com material esterilizado
Assepsia é um conjunto de medidas, empregadas para
Limpeza concorrente se evitar a contaminação de material ou meio estéril (sem
- Deve ser realizada entre o atendimento de um paciente germes).
e outro, após o encaminhamento do indivíduo à SO ou A segurança do indivíduo contra as infecções também
depois da alta para sua unidade de destino. depende de procedimentos técnicos e do manuseio e uso de
- Descrição do procedimento; material esterilizado.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Manuseio com material esterilizado Obs.: os desinfetantes são substâncias que destroem os
Em instituições de saúde (Postos, Hospitais ou germes mais comuns, sobrevivendo os mais resistentes. Ex.:
Ambulatórios), todo profissional entrará em contato com vírus.
material “esterilizado”. Este material estéril pode ser Pontos a observar ao colocarmos materiais em solução:
descartável (jogado fora após o uso) ou pode ser material - usar sempre recipientes esterilizados - caixas ou cubas
permanente (que é esterilizado cada vez que for usado). com tampas e rotulá-los com o nome da solução, a hora de
Esterilização é o conjunto de meios empregados para início e o término de exposição do material, o tipo de material
exterminar todos os germes. e assinar;
Então se pode concluir que: Material esterilizado: é aquele - colocar solução eficiente para que o material fique
que está “isento” de todos os germes (microrganismos), e está totalmente imerso (coberto);
acondicionado em embalagem de papel plástico, tecido ou em - colocar o material de maneira que fique todo exposto à
compartimentos (caixas de metal, tambores e bandejas), que solução;
permitam seu manuseio sem “contaminação”. Ex.: seringas, Exemplo: pinças abertas, sondas, drenos e cateteres
pacotes de curativo, agulhas, gaze, caixas com pinças, etc. ocos com solução no seu interior.
A contaminação do material esterilizado se dá sempre - respeitar o tempo de permanência indicado no rótulo;
que houver contato deste material com qualquer outro objeto - respeitar a diluição recomendada;
que não seja estéril. - usar pinça esterilizada para manusear o material;
- lavar o material com água esterilizada ou soro
Limpeza do material fisiológico antes de usá-lo.
Para ser enviado a um processo de esterilização, todo Este método é indicado para materiais que não podem
material deve ser limpo na seguinte ordem: sofrer a ação do calor. Exemplo: materiais delicados.
1 - Lavar com sabão e água corrente morna (não pode
ultrapassar 50ºC) ou fria, esfregando bastante com uma Uso de formalina
escovinha; a) Em pastilhas: o recipiente deve permanecer fechado
Obs.: a água quente “gruda” resíduos, tais como sangue, durante 12 horas se as pastilhas estiverem secas, e por 8
etc., no material, tornando difícil sua retirada. horas se as pastilhas forem previamente umedecidas e o
2 - Enxaguar com água corrente; recipiente for mantido em local aquecido. As pastilhas devem
3 - Enxugue - deixe escorrer. ser trocadas a cada 15 dias.
Não podem ficar resíduos, pois neste caso não ocorre b) Materiais que entram em contato com as vias
esterilização. respiratórias não podem ser desinfetados em formalina.
Agora o material está pronto para ser empacotado e Exemplo: nebulizadores, cânulas endotraqueiais, etc.
esterilizado. Em algumas instituições há uma central para c) Autoclave: vapor d’água sob pressão (calor úmido). É o
preparo e esterilização do material, mas em vários casos, método mais eficiente, em nosso meio, de esterilização de
será você mesmo que irá executar esta tarefa. material.
A esterilização depende do poder esterilizante (poder de O vapor d’água sob pressão (temperatura elevada +
matar os germes) e do tempo de ação (tempo de esterilização). umidade), atinge uma temperatura acima de 100ºC, que
Quanto maior for o poder de esterilização, menor será o destroi qualquer tipo de germe. É um processo rápido, que
tempo de ação. em temperaturas acima de 120ºC durante 15 a 30 minutos,
ocorre esterilização de diferentes tipos de material.
Meios de esterilização
São diversos os meios para esterilizar o material: Regras para o processo de esterilização em
a) Flambagem: é o aquecimento de uma haste de metal autoclave:
diretamente sobre a chama até ficar rubro (incandescente). É 1 - O material (vidros, borrachas, roupas, ferros, gases,
usada principalmente em Postos de Saúde, para coleta de etc.), devem ser colocados na autoclave em pacotes de
material nas doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser papel ou pano permeáveis ao vapor e resistentes ao calor.
usada em agulhas especiais para vacinação em massa. 2 - Os pacotes não devem ser muito folgados nem
b) Estufa: forno de Pasteur. A esterilização ocorre pela alta apertados, para permitir a circulação do vapor devendo ser
temperatura e pelo tempo de exposição do material a esta amarrados ou presos com fita adesiva.
temperatura. A estufa só esteriliza numa temperatura de 160º 3 - Todo o pacote ou recipiente contendo material que será
centígrados durante 60 minutos. Só são esterilizados por este esterilizado, deverá ser identificado com rótulo legível contendo:
processo os óleos, pós, gaze vaselinada e furacinada e material Tipo de material: .............................................
cortante. Data de esterilização:.......................................
Obs.: Instrumentos de metal, submetidos a esta Assinatura: ......................................................
temperatura e durante este tempo, estragam com facilidade. Pode ser acrescentado o setor de origem do material.
Qualquer diferença de temperatura e alteração do tempo de 4 - Colocar o material na autoclave, deixando um espaço
duração de exposição, você não obterá material esterilizado. livre entre os pacotes e dispondo o material mais pesado
Os materiais a serem esterilizados devem ser embaixo e o mais leve e delicado em cima.
acondicionados em cubas de vidro especiais ou caixas de metal. 5 - Certifique-se do fechamento completo da porta da
Precauções ao usar a estufa: autoclave.
1 - Certifique-se que a porta da estufa esteja bem fechada. 6 - Ligue a corrente elétrica e confira o funcionamento.
2 - Quando terminar a esterilização, tenha o cuidado de 7 - Ao término do processo, abra a porta parcialmente,
abrir a porta da estufa e deixar o material esfriar. permitindo a saída do vapor em excesso.
8 - Após, abra totalmente a porta, retirando o material e
Esterilizantes químicos colocando os pacotes em lugar seco.
São produtos usados para esterilização de materiais que
não resistem ao calor ou situações de emergência - Material Temperatura Tempo de esterilização
impossibilidade de outro meio de esterilização.
No rótulo do produto será encontrado: Vidros 121ºC 15 min
- a diluição empregada; Borrachas 121ºC 15 min
- o tipo de material que pode ser esterilizado;
- o tempo de exposição necessário para esterilização; Roupas 121ºC 30 min
- os cuidados no manuseio do produto. Ferros 121ºC 30 min
Os únicos agntes químicos considerados como
esterilizantes pelo Centro de Controle de Doenças (Atlanta, Gaze 121ºC 30 min
Geórgia) são o óxido de etileno, o glutaraldeído a 2% e o Algodão 121ºC 30 min
formaldeído.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Atenção: C. Transmissão pelo ar: ocorre pela disseminação de
Existe uma autoclave a base de óxido de etileno, que é pequenas partículas residuais (5 m ou menos) de gotículas
um gás incolor, a temperatura ambiente. O tempo para contaminadas com microrganismos, que ficam suspensos no
esterilizar é maior, entre 4 e 12 horas. ar por um longo período de tempo, ou partículas de poeira
Os materiais que serão esterilizados seguem as mesmas contendo agentes infecciosos.
regras para a autoclave. Após o ciclo de esterilização deve Microrganismos carregados dessa maneira podem ser
haver um tempo para a aeração, pois este gás quando em dispersos amplamente pelo ar e podem ser inalados por um
contato com a pele e mucosa pode provocar queimaduras, hospedeiro suscetível dentro de um mesmo quarto ou
hemólise, inflamação ou necrose. separados por uma longa distância de uma fonte humana,
d) Panela de pressão - vapor d’água sob pressão. dependendo dos fatores ambientais.
Este método tem o mesmo princípio de funcionamento D. Transmissão por veículo comum: refere-se a
da autoclave, portanto, a panela de pressão é um meio microrganismos transmitidos por itens contaminados como
simples, mas efetivo de esterilização. comida, água, medicamentos, aparelhos e equipamentos.
Para a realização deste processo é necessário uma E. Transmissão por um vetor: ocorre quando vetores,
fonte de calor (fogão, fogareiro, etc.) e uma panela de como mosquitos, ratos e outros insetos, transmitem
pressão com um suporte improvisado. microrganismos. Precauções e isolamentos estão
Quando o tempo de esterilização terminar (marcado designados para prevenir a transmissão de microrganismos
desde o início de saída do vapor da válvula), apagar o fogo e por esses meios no Hospital.
esperar 10 minutos (chamado tempo de secagem “fechada”).
Não colocar a panela em superfície fria. Após, com a tampa II - Fundamentos de isolamento e precauções
sobre a panela deixar aberta uma fresta (chamado tempo de A. Lavação das mãos e luvas: A lavação das mãos é a mais
secagem “aberta”). importante medida para prevenir a disseminação da infecção.
Depois retirar os pacotes e colocá-los sobre uma Ela deve ser feita minuciosa e imediatamente antes e após o
superfície seca e não muito fria, até esfriar. contato com pacientes, sangue, fluidos corpóreos, secreções,
Em seguida, após o resfriamento total, guardar os excreções, equipamentos ou artigos contaminados. As luvas são
pacotes em local seco e protegido. usadas no hospital por três motivos:
Obs.: A fervura em um recipiente simples não esteriliza, 1. Para proporcionar uma proteção de barreira e
mas é usado como meio de “desinfecção” do material no prevenção de contaminação grosseira das mãos, quando
ambiente caseiro. Desinfecção é o processo que destrói os tocar sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções,
germes mais comuns, sobrevivendo os mais resistentes. membranas mucosas e pele não intacta.
Seladora térmica 2. Para reduzir a probabilidade de transmissão de
O fechamento do pacote, bandeja ou caixa depende do microrganismos entre mãos de profissionais e pacientes,
invólucro durante procedimentos invasivos ou outros cuidados que
e do processo de esterilização a que será submetido. envolvam membranas mucosas de pacientes e pele não intacta.
Nos pacotes 3. Para diminuir a transmissão das mãos dos
embalados com filme poliamida e papel grau cirúrgico o profissionais de saúde contaminadas com microrganismos
fechamento deste de um paciente ou fonte para outros pacientes.
é feito por seladora térmica. Após a retirada das luvas, as mãos deverão ser lavadas
sempre, pois as luvas poderão apresentar defeitos inaparentes
Lavadora automática ultrassónica ou se tornar defeituosas durante o uso, podendo contaminar as
Os instrumentais devem ser lavados manualmente com mãos durante a remoção. Uma vez que as luvas foram retiradas,
o uso de escovas, ou em lavadoras ultrassônicas. o mesmo par não deve ser recolocado, e as luvas deverão ser
trocadas entre o contato com pacientes.
NOÇÕES DE CONTROLE B. Alojamento de pacientes: sempre que possível,
DE INFECÇÃO HOSPITALAR pacientes com germes altamente transmissíveis devem ser
colocados em um quarto privativo que contenha banheiro e
pia para lavação das mãos. Um quarto privativo é também
ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES importante para prevenir a transmissão por contato direto e
I. Transmissão: Microrganismos são transmitidos em indireto.
hospitais por alguns meios. Existem cinco principais fontes Quando um quarto não é disponível, pacientes
de transmissão: de contato, perdigotos, ar, veículo comum e infectados com o mesmo germe podem ser colocados no
vetor. mesmo lugar. Normalmente eles não estão infectados com
outros microrganismos transmissíveis, e a probabilidade de
A. Transmissão de contato: o mais importante e reinfecção pelo mesmo germe é mínima.
frequente modo de transmissão de infecção nosocomial é Quando um paciente infectado divide um quarto com um
dividido em dois grupos. paciente não infectado, é importante que pacientes,
1. Transmissão de contato direto: envolve contato profissionais da área e visitas tomem precauções para
direto superfície corporal-superfície corporal e transferência prevenir a disseminação das infecções e que os colegas de
física de microrganismos entre uma pessoa colonizada ou quarto sejam selecionados, cuidadosamente.
infectada para um hospedeiro suscetível. As mãos C. Transporte de pacientes infectados: deve-se limitar o
desempenham importante papel nesse mecanismo. movimento e o transporte de pacientes infectados com
2. Transmissão de contato indireto: envolve contato microrganismos virulentos e garantir que esses pacientes saiam
de um hospedeiro suscetível com objetos contaminados: do quarto apenas para um propósito essencial, reduzindo,
instrumentos, roupas, ou luvas contaminadas que não foram assim, a oportunidade de transmissão de germes no hospital.
trocadas entre pacientes. Para transportar pacientes é necessário:
B. Transmissão por gotículas: (teoricamente é uma 1. Apropriadas barreiras. Máscaras devem ser usadas
forma de transmissão por contato). Gotículas (perdigotos pelo paciente, para reduzir a oportunidade de transmissão de
possuem mais de 5 m) são produzidas em uma fonte microrganismos a outros pacientes, profissionais de saúde e
humana durante a execução de certos procedimentos, como visitas, além de diminuir a contaminação do ambiente.
aspiração e broncoscopia. A transmissão ocorre quando 2. Os profissionais de saúde da área para a qual o
perdigotos contaminados, geralmente de uma pessoa paciente está sendo levado deverão ser avisados da
infectada, são impelidos a uma curta distância - através do ar chegada dele e das precauções a serem tomadas para
- e depositado na conjuntiva, mucosa nasal, boca do reduzir o risco de transmissão.
hospedeiro ou a pele íntegra, produzindo colonização. 3. Os pacientes devem ser informados dos meios pelos
Devido ao peso dessas partículas, elas se mantêm quais ele pode ajudar na prevenção de transmissão dos seus
suspensas no ar a uma distância máxima de 1m. microrganismos infectantes para outros pacientes.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
a. Máscaras, protetores respiratórios, protetores IV. Especificações
oculares e protetores de face: vários tipos de máscaras, A. Precaução-padrão:
óculos e protetores da face são utilizados sozinhos ou em 1. Lavagem das mãos:
combinação para proporcionar uma proteção de barreira. a. Antes e após contato com paciente.
Usados durante procedimentos e cuidados com paciente que b. Imediatamente após tocar sangue, fluidos corpóreos,
podem produzir respingos ou sprays com sangue, fluidos secreções, excreções e/ou objetos contaminados.
corpóreos, secreções ou excreções, esses aparatos c. Imediatamente após retirar as luvas.
protegem a membrana mucosa dos olhos, nariz e boca de 2. Luvas
transmissão de patógenos. a. Colocar as luvas para tocar, ou quando tocar, sangue,
b. Capotes e vestuário protetor: vários tipos de fluidos corpóreos, secreções, excreções, objetos contaminados,
capotes e vestuários protetor são utilizados para dar mucosa e pele não intacta.
proteção de barreira e reduzir a oportunidade de transmissão b. Retirá-las imediatamente após o uso, e lavar as mãos.
de microrganismos em hospitais. Eles são usados para c. Luvas limpas são o suficiente.
prevenir a contaminação de roupas e proteger a pele dos 3. Máscara e óculos: use para proteger suas mucosas
profissionais de sangue, fluidos corpóreos, secreções e (olhos, nariz, boca), quando houver risco de spray ou respintos
excreções. Além disso, os profissionais de saúde devem com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
usar o capote durante o cuidado de pacientes infectados, 4. Capote:
reduzindo a transmissão de patógenos de pacientes ou a. Vista quando houver risco de respingos ou spray de
artigos no seu ambiente para outro paciente ou ambiente. sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções.
Para que isto ocorra, os capotes deverão ser removidos b. Tire imediatamente após o uso, e lave as mãos.
antes da saída do ambiente e as mãos devem ser lavadas. 5. Equipamentos:
c. Equipamentos e artigos: os artigos contaminados a. Manipule equipamentos usados e sujos de maneira a
disponíveis deverão ser manuseados de uma maneira que não contaminar o profissional e pacientes (mucosa, roupa).
reduza o risco de transmissão de microrganismos e diminua b. Não use objetos de um paciente em outro sem a
a contaminação ambiental no hospital. Estes artigos ou devida limpeza e desinfecção.
equipamentos usados devem ser empacotados em c. Cuidado com agulhas e instrumentos de corte,
recipientes ou sacos. As embalagens serão adequadas se especialmente na limpeza e na hora do descarte.
forem resistentes e os artigos colocados nelas não 1. Nunca reencape agulhas e não retire a agulha da
contaminarem o lado externo. Do contrário, devem-se usar seringa descartável.
duas embalagens. 2. Na hora de algum procedimento coloque o recipiente
Artigos críticos, artigos semicríticos e não-críticos são duro, adequado para descarte de materiais perfuro cortantes,
limpos e esterilizados ou desinfectados depois do uso, para o mais próximo possível do leito.
reduzir o risco de transmissão de microrganismos a outros 6. Ambiente: a limpeza do ambiente é padronizada pelo
pacientes. O tipo de reprocessamento é determinado pelas hospital.
recomendações do fabricante, pelo programa do hospital ou 7. Roupa: manipule quando usada e suja de maneira a
algum outro manual ou regulamento aplicável. não contaminar profissionais, pacientes e ambiente.
d. Roupas de cama e lavanderia: embora roupas de 8. Alojamento do paciente: coloque em quarto privativo
cama sujas possam estar contaminadas com aqueles pacientes que, por qualquer motivo, possam
microrganismos patogênicos, o risco de transmissão de contaminar o ambiente.
doenças é insignificante se elas forem manuseadas,
transportadas e lavadas de uma maneira que evite essa V - Precauções de transmissão aérea
transferência a pessoas, pacientes ou ambientes. A. Precaução-padrão acrescida de:
Os métodos para manusear, transportar e lavar roupas 1. Quarto
sujas são determinados pelo programa hospitalar ou a. Privativo com pressão negativa com seis trocas de ar
qualquer outro regulamento aplicável. por hora com sistema de recarga adequado.
e. Pratos, copos, xícaras e talheres: Precauções b. Manter a porta fechada.
especiais não são necessárias para pratos, copos, xícaras e c. Movimento de saída pelo paciente deve ser restrito.
talheres. Qualquer prato e utensílio disponível pode ser d. Pacientes com igual patologia podem ocupar o mesmo
usado para pacientes em isolamento e precauções. quarto.
A combinação de água quente e detergente, usada em 2. Proteção respiratória
hospitais, é suficiente para descontaminar pratos, copos, a. Os suscetíveis à Varicela e Sarampo não devem
xícaras e talheres. entrar no quarto.
f. Rotina de limpeza e limpeza terminal: o quarto do b. Usar máscaras próprias para tuberculose.
paciente isolado deve ser limpo, da mesma maneira que é 3. Transporte: Evite, mas se necessário, tome medidas
feita em quarto de pacientes não-infectados. Os métodos para evitar disseminação.
são determinados pelo programa hospitalar.
VI - Precauções com gotículas
III - Recomendações A. Precaução-padrão acrescida de:
A. Precaução-padrão 1. Quarto: privativo e compartilhável por doentes com
1. Quem usa? Todos que trabalham direta ou patologia igual. Na ausência de quarto privativo, usar
indiretamente com pacientes. biombos para separação, com uma distância de 1m.
2. Quando usar? Sempre que tiver contato direto e 2. Máscara: usar sempre que se aproximar a uma
indireto com qualquer paciente. distância menor que 1m.
3. Por que usar? Considerar que todo paciente é 3. Transporte: evite, mas se necessário, o paciente
potencialmente portador sintomático ou assintomático de deverá usar máscara.
patógenos que podem ser transmitidos para outros pacientes
e profissionais de saúde. VII - Precauções de contato
B. Precauções baseadas na transmissão A. Precaução-padrão acrescida de
1. Quem usa? Todos que trabalham com pacientes. 1. Quarto: privativo e compartilhável por doentes com
2. Quando usar? Quando o paciente for suspeito ou patologia igual. Na ausência de quarto privativo, usar biombo
tiver o diagnóstico de uma doença altamente transmissível para a separação, com uma distância de 1m.
ou ser portador de patógeno epidemiologicamente 2. Luvas
importante. a. Vista-as se tiver contato com o paciente.
3. Por que usar? Para evitar a transmissão de germes b. Lave as mãos imediatamente após retirar as luvas.
conhecidos. c. Luvas limpas são o suficiente.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
3. Capote PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
a. Vista-o antecipadamente se tiver contato intenso com VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS -
o paciente ou se este apresentar doenças com alta
concentração bacteriana (diarréia com incontinência, ferida OXIGENOTERAPIA, AEROSSOLTERAPIA
drenante). E CURATIVOS
b. Retire-o antes de sair e lave as mãos.
4. Transporte: evite que o paciente tenha contato direto Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso,
e indireto. respiração e a pressão arterial.
5. Equipamento: de preferência exclusivo (termômetro), Existem equipamentos próprios para a verificação de
se não for possível, proceda a limpeza e desinfecção antes cada sinal vital, que devem ser verificados com cautela e
do uso entre os pacientes. sempre que possível não comentá-lo com o paciente.

VIII - Controle de enterococo vancomicina - Temperatura


resistente (EVAR): os enterococos resistentes à A temperatura é a medida do calor do corpo: é o
vancomicina vêm-se constituindo no mais recente flagelo dos equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Tempo
hospitais de Primeiro Mundo. A dimensão de sua ocorrência para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos.
no nosso meio encontra-se indefinida. O grande problema é - Valores da temperatura:
a ausência de uma terapêutica estabelecida. O seu É considerado normal 36ºC a 37ºC
surgimento determinou a publicação pelo CDC de Temperatura axilar- 36ºC a 36,8ºC
recomendações específicas. Temperatura inguinal- 36ºC a 36,8ºC
Temperatura bucal- 36,2ºC a 37ºC
A. Bases Temperatura retal- 36,4ºC a 37,2ºC.
Pulso e Respiração
1. Surge em pacientes gravemente enfermos, invadidos,
O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo
com longa permanência hospitalar.
procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou
2. Surgem em pacientes expostos a cursos repetidos de
alterando o ritmo respiratório.
antibiótico, em especial a vancomicina.
3. A identificação e o isolamento de reservatórios
Pulso
humanos devem ser agressivos e o trato gastrointestinal O pulso radial é habitualmente o mais verificado.
constitui principal local de colonização, sendo hábitat natural Média normal do pulso:
do enterococo. Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)
4. A transmissão não se encontra completamente Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm
estabelecida, mas o ambiente parece ter um papel Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm
importante funcionando como fômite e tornando-se Puberdade: - 80 a 85 bpm
altamente colonizado. Homem: - 60 a 70 bpm
5. Na presença de infecção por EVAR a terapêutica é Mulher: - 65 a 80 bpm
indefinida e os resultados duvidosos. Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm
B. Medidas Respiração
1. Quem? Paciente infectado/colonizado especial A principal função da respiração é suprir as células do
atenção com reinternação. organismo de oxigênio e retirar o excesso de dióxido de
2. Como? Isolar: em quarto privativo carbono.
a. Uso obrigatório de luvas e avental para entrar no Valores normais:
quarto privativo. Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto)
b. Troca de luva, após contato com material com alta Mulher: - 18 a 20 mpm
concentração de EVAR. Criança: - 20 a 25 mpm
c. A luva e o capote devem ser retirados antes de sair do Lactentes: - 30 a 40 mpm
quarto; lavar as mãos, após a lavagem, não tocar em nada
no ambiente. Pressão Arterial
d. Material deve ser de uso exclusivo (termômetro, É a medida da força do sangue contra as paredes das
esfignomanômetro, etc.) do paciente isolado. artérias. A medida da pressão arterial compreende a
3. Tempo: até a alta hospitalar ou cultura de vigilância verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão
negativa, em nº de 3 com uma semana de intervalo. mínima diastólica.
- Valores normais para um adulto:
C. Vigilância Pressão sistólica: 140x90mmHg
1. Quem? Companheiro de quarto de paciente com
EVAR. Oxigenoterapia
2. Como? Swab retal, de feridas, de cateteres, de A oxigenoterapia refere-se à administração de oxigênio
umbigo e cultura de fezes. suplementar, com o objetivo de aumentar ou manter a
3. Quanto? Um. saturação de oxigênio acima de 90%, corrigindo assim os
danos causados pela hipoxemia.
IX. Outras medidas especiais Esta técnica possui como principal objetivo aumentar o
A. Quando? Epidemia e taxas endêmicas elevadas. nível de oxigênio que é trocado entre o sangue e os tecidos.
B. Quais? Devem ser realizados certos parâmetros utilizados
1. Cultura de vigilância para EVAR em pacientes de área para estudar o grau de oxigenação sanguínea.
crítica, criticamente enfermos e de longa permanência para Dentre esses parâmetros encontram-se:
detectar reservatórios. - Pressão arterial de oxigênio (PaO2), que geralmente
2. Coohort dos pacientes colonizados/infectados. encontra-se entre 90 a 100mmHg, medida que indica a
quantidade de oxigênio dissolvido no plasma sanguíneo e,
3. Culturas de vigilância para EVAR em trabalhadores
desta forma, valores que estão abaixo dessa faixa indicam
com lesões crônicas (pele, unha). Swab retal e de mãos.
trocas gasosas ineficientes;
Separar aqueles positivos ligados epidemiologicamente com
- A saturação da oxiemoglobina arterial (SatO2)
a transmissão.
também é outro importante parâmetro à ser analisado, uma vez
4. Revisão das técnicas de limpeza ambiental e cultura que os seus valores são proporcionais à quantidade de oxigênio
de ambiente se necessário, pelos achados epidemiológicos. transportado pela hemoglobina. Seu valor normal é igual ou
5. Tipagem mais adequada dos isolados para melhor superior a 97%, podendo ser monitorado de duas formas
definição do perfil epidemiológico. distintas: oximetria de pulso ou coleta de sangue arterial;
- Saturação venosa de oxigênio (SvO2);
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Pressão de oxigênio venoso misto (PvO2); No Brasil, conforme dados recentes, a asma representa
- Conteúdo do oxigênio arterial (CaO2); a terceira causa de hospitalizações entre crianças e adultos.
- Liberação sistêmica de oxigênio (PO2). A meta principal do seu tratamento é o controle dos
- De acordo com a “American Association for Respiratory sintomas e a prevenção das exacerbações. A via inalatória é
Care (AARC)”, a oxigenoterapia é indicada nos seguintes a preferida para a administração da terapia na asma. Sua
casos: utilização objetiva propicia o máximo efeito do medicamento
- PaO2 abaixo de 60mmHg ou SatO2 abaixo de 90mmHg, na doença pulmonar, com concomitante redução de efeitos
quando em ar ambiente; colaterais em outros órgãos.
- SatO2 abaixo de 88mmHg durante a deambulação, Atualmente, os c2-agonistas inalatórios de curta duração
exercícios físico ou sono em indivíduos portadores de representam a terapia de escolha para o alívio dos sintomas
patologias cardiorrespiratórias; de broncoespasmo, e os corticosteroides inalatórios são os
- Intoxicação por monóxido de carbono; principais medicamentos utilizados no tratamento de
- Envenenamento por cianeto; manutenção.
- Infarto agudo do miocárdio (IAM). A deposição pulmonar de uma droga depende do tipo de
Os sistemas abertos de oxigenoterapia, ou seja, aqueles dispositivo inalatório utilizado. Sempre que possível, deve-se
nos quais não há reinalação do gás expirado são de dois usar apenas um tipo de dispositivo, avaliando-se seu custo e
tipos: sistemas de baixo e de alto fluxo. durabilidade.
Os sistemas de baixo fluxo fornecem ao indivíduo A preferência do paciente ou de seu responsável deve
oxigênio num fluxo abaixo da demanda do paciente, com a ser levada em consideração, uma vez que representa um
concentração variando entre 24 a 90%, fornecido por meio fator importante na adesão do paciente ao tratamento.
de cateter que pode ser do tipo nasal, faríngeo ou Consensos nacionais e internacionais para o manejo da
transtraqueal, máscara simples ou máscara com reservatório asma já estão disponíveis desde a década de 90, sendo
de oxigênio. O paciente deve apresentar ritmo respiratório periodicamente reavaliados, de acordo com novas
regular, com volume corrente superior a 5ml/kg e frequência informações disponíveis.
respiratório inferior a 25 incursões/min. Apesar da existência dessas orientações, diversos
Já nos sistemas de alto fluxo, o fluxo total de gás estudos no Brasil e em outros países demonstram uma
fornecido ao equipamento consiste em fluxos igual ou variabilidade muito grande em relação ao nível de
superior ao fluxo inspiratório máximo do indivíduo. conhecimento e à adoção das diretrizes.
É fornecido por meio do mecanismo Venturi, com base Atualmente, além do tratamento da asma, a
no princípio de Bernoculli, que aspira o ar do ambiente, administração de medicamentos inalatórios tem sido utilizada
misturando-o com o fluxo de oxigênio, como, por exemplo, na fibrose cística, no diabetes e na displasia
os geradores de fluxo e a máscara de arrastamento de ar. broncopulmonar.
Dependendo da dose e do tempo de exposição ao Também tem sido uma perspectiva no tratamento do
oxigênio, este último pode ser tóxico ao organismo, afetando câncer e no uso de vacinas e agentes bioterroristas.
especialmente os pulmões e sistema nervoso central. Dentre A presente revisão acerca dos conhecimentos atuais
as manifestações neurológicas estão os tremores, as sobre técnicas inalatórias teve como objetivo contribuir para
contrações e as convulsões. o aprimoramento da qualidade da atenção prestada a
Com relação às manifestações respiratórias podem ser pacientes com doenças respiratórias.
observadas tosse seca, traqueobronquite, dor torácica,
dentre outras. Além disso, também pode haver náuseas, PRINCÍPIOS DA AEROSSOLTERAPIA
vômitos, parestesia de extremidades e astenia. A administração de fármacos diretamente no trato
respiratório para o tratamento de doenças pulmonares
Aerossolterapia parece uma escolha lógica; porém, deve-se estar atento ao
A via inalatória é a preferida para a administração da fato de que a deposição pulmonar distal de uma substância
terapia. Vários dispositivos, com diferentes características, está relacionada não somente à sua adequada distribuição,
estão disponíveis no mercado. Esta revisão teve o objetivo como também à capacidade de se sobrepor ao mecanismo
de descrever os tipos de dispositivos, suas vantagens e ciliar do sistema respiratório.
desvantagens, e indicações de uso conforme cada faixa O aerossol pode ser definido como partículas que
etária, além de abordar alguns aspectos técnicos relevantes permanecem suspensas no ar por um tempo relativamente
para a obtenção de melhores resultados com a terapia longo devido a sua lenta deposição, por conta da gravidade.
inalatória. A velocidade da deposição está relacionada ao tamanho e à
Evidências científicas enfatizam novas formas de densidade de cada partícula.
administração de medicação inalatória. Nebulizadores Como as partículas inaladas são frequentemente
convencionais apresentam numerosos inconvenientes. irregulares quanto à forma e à densidade, duas informações
Aerossóis com espaçadores / aerocâmaras permitem melhora são importantes: o diâmetro médio da massa aerossolizada
na deposição pulmonar, resultando, principalmente em e o desvio-padrão geométrico, que reflete a distribuição dos
pacientes sem coordenação adequada, em uma melhor relação tamanhos das partículas.
custo-benefício do que outros métodos tradicionalmente Na prática, quase todos os dispositivos geram aerossóis
utilizados. polidispersos; porém, quanto menor o desvio-padrão
Naqueles que conseguem gerar altos fluxos inspiratórios, os geométrico, maior será a proporção de partículas geradas ao
inaladores de pó seco podem ser utilizados. redor do diâmetro médio de massa.
O trato respiratório representa uma opção ideal para a O tamanho ideal da partícula, para sua deposição nas
administração de medicamentos. As vias aéreas são vias aéreas inferiores, está situado entre 1 e 5 cm de
facilmente acessíveis por meio de inalação nasal ou oral e diâmetro. A essas partículas dá-se o nome de “partículas
têm grande extensão, incluindo a superfície alveolar, o que respiráveis”. A eficiência de um medicamento inalatório está,
permite a dispersão das drogas. pois, relacionada à sua proporção de partículas respiráveis,
Como muitas dessas não cruzam a barreira alvéolo-capilar, conhecida como fração respirável.
consegue-se utilizar doses mais altas do que seria possível pela Partículas de aerossol maiores que 5 cm são, geralmente,
administração oral para doenças das vias aéreas. incapazes de ultrapassar as curvas da faringe posterior e as
Por outro lado, a deposição alveolar de medicamentos cordas vocais, provocando o fenômeno de impactação inercial
permite uma rápida absorção pela circulação pulmonar, — também dependente do fluxo inspiratório.
reduzindo a absorção pelo trato intestinal e a inativação As partículas de diâmetro de 1-5 cm, que comumente
hepática. alcançam com sucesso os pulmões, depositam-se por
Dentre as afecções do trato respiratório, destaca-se a sedimentação. Aí reside a explicação da orientação aos
asma, doença inflamatória crônica que apresenta pacientes para “prender a respiração por, no mínimo, 10
mortalidade baixa porém com elevada morbidade. segundos” após a inalação de um aerossol.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Quanto mais tempo a partícula permanece na via aérea, esquerda para a direita: pinça anatômica sem dente, Kocher,
maior a chance de ocorrer sua sedimentação. As partículas anatômica com dente, e a espátula montada com gaze.
menores que 1 cm são transportadas por difusão, 9. Abrir o pacote de gaze e colocá-la no campo. Se
depositam-se muito lentamente e podem ser exaladas antes necessário colocar também chumaços de algodão.
do seu contato com o epitélio respiratório. 10.. Retirar o curativo anterior utilizando a espátula
As evidências científicas apontam para a necessidade de montada com gaze embebida em benzina ou éter, e a 1ª
mudanças na forma de administração de medicações pinça anatômica com dente.
inalatórias. O conhecimento de novos dispositivos e da - ao despejar soluções, virar o rótulo para a palma da
técnica correta de utilização constitui, segundo vários mão;
autores, o primeiro passo para sua implantação. Os - preferencialmente, só usar éter ou benzina após a
aerossóis com espaçadores ou aerocâmaras representam a retirada do esparadrapo, para remover os resíduos do
nova forma de atuação na medicina de emergência. adesivo;
Segundo os estudos citados, esses promovem uma redução - retirar o esparadrapo no sentido dos pelos;
no tempo despendido na unidade e nos gastos, com a - ao embeber a gaze, fazê-lo sobre a cuba-rim;
mesma efetividade e maior satisfação para o paciente, para 11. Desprezar o curativo anterior e a espátula no saco
a família e para a equipe de saúde. plástico, e a pinça no campo, na área considerada
contaminada.
CURATIVO 12. Com a 2ª pinça (Kocher, Pean ou Kelly) limpar as
Curativo é o tratamento de qualquer tipo de lesão da bordas da lesão com gaze embebida em soro fisiológico.
pele ou mucosa. 13. Secar com gaze e desprezar a pinça.
14. Com a 3ª pinça (anatômica sem dente) limpar a lesão
FINALIDADES com gaze embebida em soro fisiológico.
1. Prevenir a contaminação. - obedecer o princípio: do menos contaminado para o
2. Facilitar a cicatrização. mais contaminado, usando tantas gazes forem necessárias;
3. Proteger a ferida. - usar técnica de toque com movimentos rotativos com a
4. Facilitar a drenagem. gaze, evitando os movimentos de dentro para fora da ferida,
5. Aliviar a dor. tanto quanto os de fora para dentro;
- usar cada gaze ou tampão uma só vez;
TIPOS DE CURATIVOS - remover ao máximo os exsudatos(secreções – pus,
O curativo é feito de acordo com as características da sangue), corpos estranhos e tecidos necrosados;
lesão. 15. Secar com gaze e passar o antisséptico indicado (ou
1. Aberto: curativo em feridas sem infecção, que após pomada, creme, etc.)
tratamento permanecem abertos (sem proteção de gaze). 16. Proteger com gaze e fixar com adesivo (se indicado).
2. Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e 17. Desprezar a 3ª pinça e envolver as pinças no próprio
aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com gaze campo, que será encaminhado ao expurgo.
ou atadura. 18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em
3. Compressivo: é o que faz compressão para estancar ordem.
hemorragia ou vedar bem uma incisão. 19. Lavar as mãos.
4. Com irrigação: nos ferimentos com infecção dentro da 20. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
cavidade ou fistula, com indicação de irrigação com soluções 21. Checar o horário e fazer as anotações de
salinas ou antisséptico. A irrigação é feita com seringa. enfermagem, especialmente quanto à evolução da lesão e
5. Com drenagem: nos ferimentos com grande queixas do paciente.
quantidade de exsudato. Coloca-se dreno de (Penrose,
Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia. OBSERVAÇÕES
1. Antes de fazer o curativo, observar o estado do
MATERIAL paciente, ler as anotações sobre o tipo de curativo, sua
Bandeja contendo: evolução e cuidados específicos.
. Pacote de pinças para curativo (usamos 2 anatômicas – 2. Nas feridas cirúrgicas, a pele ao redor da ferida é
1 com dentre e outra sem e 1 Kocher) e espátula com gaze. considerada mais contaminada que a própria ferida,
. Frascos com antissépticos. enquanto que nas feridas infectadas a área mais
. Esparadrapo, fita crepe ou micropore. contaminada é a do interior da lesão. (Importante lembrar ao
. Tesoura. limpar ou tratar a lesão).
. Cuba-rim. 3. Quando o paciente necessitar de vários curativos,
. Saco plástico para lixo. iniciar pela incisão fechada e limpa, seguindo-se as lesões
. Forro de papel, pano ou impermeável para proteger a abertas não infectadas e por último as infectadas.
roupa de cama. 4. Geralmente, nas feridas cirúrgicas, 48 horas após a
. Pacote com gazes. cirurgia, é recomendado deixar o curativo aberto.
. Quando indicados: pomadas, ataduras, chumaços de 5. Ao dar banho em pacientes com curativo, aproveitar
algodão, seringas, cubas. para lavar a lesão.
6. Devido ao risco de infecção hospitalar, não é
MÉTODO recomendado levar o material de curativo no carrinho. Deve-
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito. se levar só a bandeja com o material, para junto do paciente.
2. Preparar o ambiente: 7. Não jogar o curativo anterior e as gazes utilizadas na
- fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira; cesta de lixo do paciente.
- desocupar a mesa-de-cabeceira; 8. Não comprimir demais com ataduras e esparadrapo o
- colocar biombo, se necessário; local da ferida a fim de permitir boa circulação.
3. Lavar as mãos. 9. O saco plástico que recebe gazes e ataduras usadas
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo no curativo deve ser de uso individual. Um para cada
de curativo a ser executado. paciente.
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a 10. Os curativos devem ser tocados diariamente e
mesa-de-cabeceira. sempre que se apresentarem úmidos ou sujos.
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro 11. Não é necessário o uso de luvas para fazer curativo.
de papel, pano ou impermeável. Exceto quando não utilizar pinça. Neste caso as luvas
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o devem ser esterilizadas.
saco plástico para lixo em local acessível. 12. Nas feridas, com exsudato, com suspeita de infecção
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os deve ser colhida amostra para bacterioscopia e
cabos voltados para o executante, em ordem de uso – da encaminhada imediatamente ao laboratório.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
FERIDAS COM DRENO - se você administrar em quantidade menor, (por
1. Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico. pequena que seja) pode não causar o efeito desejado;
2. Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele. - se você administrar maior quantidade, pode causar
3. Colocar outra gaze sob o dreno, protegendo-o efeitos perigosos.
4. O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada 5) Para evitar erros:
curativo (exceto quando contra – indicado). Cortar o a) quem prepara a droga é quem deve ministrá-la;
excesso e colocar alfinete de segurança estéril, usando luva b) identificação de um medicamento apenas pela sua
esterilizada. aparência é muito “perigoso”;
- Nunca tocar diretamente no dreno. c) nunca devemos trocar drogas de frascos;
5. O dreno tubular ou torácico exige troca de curativo d) nunca administrar drogas que não tenham rótulo.
extremamente rápido e curativo oclusivo para evitar que 6) Ao preparar as drogas, devem ser observadas
ocorra pneumotórax. Não deve apresentar dobras, para Técnicas Assépticas.
garantir uma boa drenagem.
6. Observar e anotar o volume e o aspecto do material Técnicas empregadas na administração de drogas
drenado. usadas em Postos de Saúde
Na maioria das vezes o cliente terá que ser orientado
MEDIDAS DE ASSEPSIA para este tipo de tratamento em casa; sempre, após a
A finalidade principal do tratamento de uma ferida é explicação, certifique-se de que ele está esclarecido.
prevenir a infecção. Tal finalidade é atingida pela
manutenção de uma técnica asséptica durante os curativos. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL (V.O.)
É importante: * Vantagens da medicação por via oral (V.O.)
1. Lavar as mãos antes de manipular o material - Método simples: não envolve Técnica Asséptica.
esterilizado. - Método econômico: não usa outro material.
2. Diminuir ao mínimo de tempo possível a exposição da - Método seguro: menor risco de contaminação.
ferida e dos materiais esterilizados.
3. Não falar, ao manipular material esterilizado ou * Desvantagens:
fazendo tratamento da ferida. - Sabor: muitas vezes desagradável; irritação gástrica:
4. Conservar as pinças com as pontas voltadas sempre problemas no estômago; efeitos sobre os dentes: pode lesar
para baixo, a fim de evitar que as soluções escorram para o o esmalte.
cabo contaminado e voltem novamente para as pontas. - Dosagem inexata na absorção.
5. Manipular o material esterilizado sempre com o auxílio - Uso limitado aos clientes que possam:
de pinças ou luvas esterilizadas e não tocar a lesão com as . Engolir: pessoas inconscientes que não podem estar só
mãos. serão encontradas em hospitais.
6. Considerar contaminado qualquer objeto que toque . Reter: pessoas com vômitos não podem reter.
em locais não esterilizados. O profissional deverá orientar os clientes que buscam,
7. Colocar na proteção da ferida somente material estéril. no serviço, medicação:
8. Usar mascar nos casos de lesão muito drenante, ou 1) Não manipular a medicação indiscriminadamente com
se o funcionário estiver com infecção das vias aéreas. os dedos apesar de ter “lavado as mãos”.
2) Tomar a medicação no horário prescrito; se não
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS constar na receita médica, no horário mais conveniente para
o cliente.
3) Observar a dose prescrita.
O manuseio dos medicamentos, os cuidados que
4) A melhor maneira de ingerir a medicação: com
devemos ter, as vias de administração e os procedimentos
alimentos (sucos, leite, etc.), com água, puro.
adequados para realizar estas tarefas são importantes na
área de enfermagem.
A medicação via oral mais “comum” manuseada em um
Todo profissional da área de saúde lida com medicação,
Posto de Saúde ou Posto Avançado é a Vacina Sabin, usada
por isso precisa conhecer as vias de administração e os
para prevenir a paralisia infantil - poliomielite.
cuidados necessários para executar procedimentos com
segurança e sem risco para o cliente.
Inalação
Inalação é o método onde a medicação é inalada
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
(aspirada) pelo aparelho respiratório.
Via oral: a absorção ocorre no aparelho digestivo.
Por inalação: a absorção ocorre pelo trato respiratório.
Podemos encontrar dois tipos de inalação:
Por instilação: a absorção ocorre em uma cavidade do
1) Nebulização: uma corrente de Oxigênio (O2) ou de ar
organismo (olhos, ouvidos, nariz e garganta).
comprimido, é passada através de uma solução da droga
Aplicação tópica: a absorção se dá pela pele e mucosas
(medicamento) e/ou Soro Fisiológico, mandando pequenas
(oral, retal e vaginal).
partículas, sob a forma de vapor, para dentro do aparelho
Via parenteral: administração através de uma agulha, e a
respiratório.
absorção ocorre no aparelho circulatório.
Nebulizador com soro ou solução da droga: é importante
que o nebulizador não toque na boca, e sim fique a 5 cm de
Manuseio de medicação em Postos de Saúde
distância, pois só assim as partículas de vapor irão produzir
Ao manusear uma medicação existem “cuidados
o efeito de “afrouxar” as secreções (catarro) ou aliviar a
básicos” que devem ser observados, não importando o seu
dispneia. Com o paciente o mais sentado possível é a
tipo e a sua via de administração:
melhor forma de se nebulizar. Dependendo do tipo de
1) Lavar as mãos para diminuir a transferência de
medicação, este processo vai agir dilatando os brônquios,
germes (microrganismos) para o material que vai manipular
umedecendo e “desprendendo” as secreções pulmonares
e para o cliente que vai receber a droga.
facilitando a sua eliminação.
2) Ler o rótulo da droga três vezes:
2) Vaporização: a finalidade é a mesma da nebulização;
- antes de ser retirado do local onde está guardado
nesta é usado o “vapor de água quente” que pode ser obtido
(prateleira, gaveta, geladeira, caixa, etc.);
através de:
- antes de ser aberto;
a) Aparelho elétrico: deve-se manter distância do
- antes de ser devolvido ao lugar.
recipiente com vapor, principalmente se for criança.
3) Identificar a via de administração.
b) Chuveiro: nunca deixe a pessoa sozinha enquanto
4) Verificar a dose exata a ser aplicada.
estiver fazendo o tratamento.
“Doses aproximadas” ‘é uma prática perigosa;
c) Recipiente com água fervente.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Neste método deve-se tomar muito cuidado para evitar Se for embrocação (passar a medicação como se fosse
“acidentes” de queimaduras graves. “pintar” a garganta) - “aplicadores com ponta de algodão”.
Orientação para realização da Nebulização e Se for pulverização (medicação em forma de jato, como
Vaporização: se fosse vapor) - spray.
a) o cliente deve ser orientado para respirar - Abaixador de língua - se não tiver, use o cabo de uma
profundamente, a fim de forçar as minúsculas partículas de colher como abaixador.
vapor a penetrar no aparelho respiratório; O paciente deve permanecer sentado durante o
b) orientar para execução de exercícios de tosse, após o procedimento.
tratamento para estimular a eliminação das secreções,
quando for o caso; Aplicação tópica
c) orientar para que o cliente não fale durante a É a aplicação de medicamento na pele ou mucosas sob
aplicação do tratamento. a forma de:
- Loções: são preparações líquidas aplicadas para
Instilação proteger, refrescar ou amaciar áreas superficiais.
Instilação consiste em colocar um medicamento em uma Geralmente utilizadas para aliviar pruridos (coceira) ou
cavidade ou orifício corporal, ou seja, ouvidos, olhos, nariz, impedir crescimento de microrganismo (germe).
garganta. - Pomadas: são preparadas com uma base gordurosa e
1) Instilação no ouvido aplicadas na pele ou mucosa. Derretem pela ação do calor
Antes de realizar o procedimento de instilar do corpo e são absorvidas. Normalmente são usadas como
medicamentos no ouvido: antisséptico ou antimicrobianos.
a) Lavar as mãos. - Linimentos: são líquidos aplicados à pele por fricção;
b) Preparar o material necessário: são frequentemente usados para aquecer uma área afetada,
- conta-gotas (não deve tocar a orelha do paciente, pois dilatando os vasos sanguíneos superficiais e ajudando a
vai ser usado em outras pessoas). relaxar os músculos tensos.
- vidro de medicamento; - Antissépticos: usados para limpeza da pele ou
- algumas bolas de algodão. ferimentos: mercúrio, merthiolate, iodofor aquoso ou
c) Explicar ao paciente o que vai fazer, para tranquilizá- alcoólico, álcool iodado, etc.
lo. Nas aplicações tópicas também são usados os óvulos e
Em adultos: puxar o lóbulo da orelha para cima, os supositórios.
retificando (fazendo com que fique reto) o canal auditivo e
pingar o medicamento prescrito. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA
Em crianças: o lóbulo é puxado para baixo e para trás, para PARENTERAL
retificar o canal auditivo. Solicitar auxílio da mãe ou outra Injeções:
pessoa. - intradérmicas = ID;
Atenção: a medicação para instilar no ouvido deve ser - subcutâneas = SC;
“aquecida” (morna) - soluções frias causam desconforto e às - intramusculares = IM;
vezes tonteiras. Deixar o vidro do medicamento em uma - intravenosas = IV ou;
cuba com água quente por alguns minutos. Testar a - endovenosas = EV.
temperatura com uma gota na parte interna do punho Todo tratamento parenteral exige o uso de material
2) Instilação ocular “esterilizado” e “soluções estéreis”.
São usados medicamentos líquidos ou pomadas. Drogas administradas parenteralmente são facilmente
Antes de realizar o procedimento de instilar um absorvidas pelo corpo.
medicamento no olho:
a) Lavar as mãos. Material: bandeja contendo seringa esterilizada de 1cm3
b) Preparar o material necessário: (1 ml) à 50 cm3 (50 ml), agulha esterilizada, desinfetante,
- bandeja contendo: medicamento com conta-gotas ou bolas de algodão e o medicamento.
tubo de pomada, bolas de algodão ou lenços de papel.
c) Orientar o paciente quanto ao procedimento, e que Vantagens:
permaneça na posição, por algum tempo, para que a - absorção quase completa do medicamento;
medicação penetre. - não dão distúrbios gástricos.
d) Anote na ficha do paciente o tratamento feito e a reação
O ponto médio do fundo do saco ocular inferior é o ponto Desvantagens:
ideal para instilação porque é onde fica o canal lacrimal. - a principal desvantagem é que introduzindo uma agulha
3) Instilação nasal através da pele, é rompida uma das barreiras do corpo
O objetivo é tratar infecções ou diminuir edema das contra as infeções.
mucosas, facilitando a respiração. Por essa razão a importância da utilização de “Técnica
Antes do procedimento: Asséptica” nas injeções.
a) Lavar as mãos. O local de aplicação de injeções depende:
b) Preparar uma bandeja com: conta-gotas, lenço de a) necessidades de cada paciente;
papel ou bolas de algodão. b) quantidade do líquido a ser injetado;
c) Orientar o paciente para que permaneça na posição c) via de administração: ID, SC, IM, IV;
por uns 5 minutos, a fim de permitir a absorção da d) condições da pele do paciente:
medicação. 1) Livre de qualquer sinal de inflamação:
d) Anotar, na ficha do cliente, o tratamento feito e a - hiperemia (vermelhidão), calor, edema (inchaço) e dor.
reação. 2) Livre de qualquer sinal de irritação (coceira, prurido);
A melhor posição para instilar medicamentos no nariz é o 3) Livre de paresias (diminuição de sensibilidade);
decúbito dorsal (deitado de costas). A pessoa (o auxiliar) que 4) Livre de áreas com tecido cicatrial (cicatriz).
irá instilar um medicamento no nariz deve permanecer na e) evitar locais paralisados.
frente do cliente. Um travesseiro nos ombros permite que a
cabeça caia para trás, deixando a medicação fluir Injeção intradérmica: administração de pequena
profundamente. quantidade de líquido na camada dérmica da pele. É usada
4) Instilação na garganta seringa de 1cm3, graduada em décimos de centímetros
Antes do procedimento: cúbicos (cm3), a fim de medir doses muito pequenas,
a) Lavar as mãos. diminutas. A agulha é introduzida a um ângulo de 15 graus
b) Preparar bandeja contendo: medicação com conta- com o “bisel” para cima e o líquido é injetado formando uma
gotas. “pápula” logo abaixo da pele.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Normalmente é usada como medida diagnóstica em - podem ocorrer complicações como abcessos (“bolsa”
testes tuberculínico e alérgico. de pus) no músculo e nódulos (endurecimento da região
As áreas do corpo usadas para aplicação: junto do local da aplicação);
- Face mediana do antebraço: por ser pele clara, - é um procedimento doloroso.
transparente e sem pelos facilitando a visualização da Locais de aplicação: a escolha do local para injeção
reação. intramuscular depende de vários fatores:
- Região escapular do dorso (região do omoplata). a) espessura do tecido adiposo (gordo ou magro);
b) idade;
Injeção subcutânea: é a via de administração onde a c) quantidade de tecido muscular disponível para
medicação é absorvida no tecido subcutâneo (gordura), injeção;
sendo que o máximo de medicação injetada deve ser até d) proximidade de nervos e vasos sanguíneos;
1ml. e) evita-se locais paralisados;
O objetivo principal do uso desta via, para administração f) condições da pele do paciente livre de qualquer sinal
de medicamentos, é o fato da absorção da droga ocorrer de inflamação, livre de paresias e livre de tecidos cicatriciais.
lenta e continuamente. Vários locais são apropriados para injeção intramuscular:
1) Região ventro-glútea ou local de Hochstetter: a
Vantagens: medicação é injetada no músculo denominado glúteo médio.
- absorção quase completa do medicamento; Este local está sendo cada vez mais utilizado porque não há
- independe do nível de consciência do paciente; grandes nervos ou vasos sanguíneos na área. Existe menor
- não causa irritação gástrica (no estômago); camada de gordura e a espessura do músculo permite a
- a medicação pode ser ministrada em pacientes com introdução da agulha até 4 cm. É uma área mais limpa visto
distúrbios gástricos (vômitos e diarreia). que a contaminação fecal é rara e, também, é um local de
fácil acesso para a aplicação, permitindo ao cliente qualquer
Desvantagem: decúbito (posição do paciente na cama) ou sentado.
- é a mesma de qualquer aplicação de medicação via O decúbito lateral é mais fácil para localização da região
parenteral: quebra das barreiras do corpo, introduzindo uma ventro-glútea.
agulha através da pele e aumentando o risco de infecção. Nesta região a direção da agulha deve ser voltada para a
Local para aplicação: o local exato da injeção crista ilíaca ligeiramente inclinada ou 90º. O volume de
subcutânea (hipodérmica) depende das necessidades e medicação que pode ser administrado é de até 5 ml.
condições físicas de cada paciente e, também, das rotinas Atenção: sempre que for ministrada uma droga via
de cada serviço. A escolha do local, geralmente recai onde parenteral, a pessoa não deve permanecer de pé, pois
há acúmulo de gordura. A medicação mais comumente podem ocorrer reações à droga, dor ou medo do
usada por esta via é a insulina (droga usada no tratamento procedimento, ocasionando acidentes como quedas.
de diabéticos - açúcar no sangue). 2) Região dorso-glútea: a medicação é injetada na
Para aplicações de medicamentos no tecido subcutâneo nádega, no músculo denominado de Grande Glúteo. É
existe “material específico”: agulha de insulina (13 x 3,8) e importante a delimitação correta desta região, pois há o risco
seringa de insulina, na qual a escala é própria para de atingir grandes vasos sanguíneos e o nervo ciático, que é
dosagens de insulina e seu volume é de 1cm3 = 1ml. Apesar fundamental para a motricidade (movimentos) dos membros
de ser chamado de agulha e seringa da insulina, este inferiores (coxa, perna e pé).
material serve para aplicação de outras medicações. Nesta região há um grande acúmulo de gorduras que
No caso de não haver material específico podem ser poderá variar de 9cm (gordo) até 1cm (magro), portanto,
usadas agulha e seringa comuns. Neste caso o ângulo de deve-se ter cuidado na escolha do tamanho da agulha, pois
introdução e a porção da agulha introduzida variam de de outra maneira a injeção poderá ser subcutânea e não
acordo com o local de aplicação e a espessura da camada intramuscular. O volume máximo permitido a ser
de gordura do paciente. administrado é de até 4ml. O ponto correto para aplicação é
Agulha comum (25x7, 25x6, 25x8): o quadrante superior externo. A agulha deve ser introduzida
- segurar o local de aplicação fazendo uma prega; perpendicularmente (90º) à superfície que a pessoa está
- introduzir a agulha em ângulo de 45º nos locais: coxas, deitada.
braços e glúteos (nádegas); 3) Região da face antero-lateral da coxa (FALC) ou
- introduzir a gulha paralelamente a pele do abdômen. região vastro-lateral: a medicação é injetada no músculo da
Agulha Insulina (13 x 3,8): coxa (músculo vastro-lateral). É, dos locais intramusculares,
- segurar o local de aplicação escolhido fazendo uma o mais dolorido. O volume administrado não deve ser grande
prega; para não agravar a dor e dificultar a absorção (mais ou
- introduzir quase toda a agulha em ângulo de 90º menos 2ml).
(perpendicular à pele) em qualquer local de aplicação. O paciente, durante a administração da medicação nesta
região, deve permanecer deitado de costas (decúbito dorsal)
Injeção intramuscular: é a introdução de medicamentos ou sentado.
no organismo através de uma agulha no músculo. A Delimita-se a região traçando uma linha anterior e uma
quantidade máxima de medicamento administrada por esta linha lateral no meio da coxa. Entre essas duas linhas
via é de 5 ml. observa-se uma distância de aproximadamente 10 cm acima
do joelho (mais ou menos 5 dedos) e aproximadamente 10
Vantagens: cm abaixo do quadril (início da coxa).
- absorção mais rápida que no tecido subcutâneo devido A área compreendida entre esses limites serve para
à maior vascularização (maior número de vasos sanguíneos) injeção. Neste região a agulha deve ser introduzida em
da área muscular; direção ao pé, levemente inclinada.
- o tecido muscular tolera doses medicamentosas 4) Região deltoide: a medicação é injetada no braço, no
maiores (até 5 ml) que o tecido subcutâneo; músculo deltoide. O principal risco neste local é a lesão do
- é a via de escolha para drogas irritantes ao tecido nervo radial que poderá causar paralisia do braço e
subcutâneo e mucosa gástrica (estômago), por causa do antebraço.
menor número de terminações nervosas; Esta região é a mais vascularizada de todas as
- maior precisão na dosagem de absorção do que a via oral. apresentadas até agora. Daí o perigo de atingir um vaso com
a agulha, causando hematoma (roxo) ou problemas maiores
Desvantagens: se a medicação for administrada dentro desse vaso.
- perigo de lesar vasos sanguíneos e nervos; O deltoide é um músculo relativamente pequeno, por
- quebra das barreiras do corpo, aumentado o risco de isso o volume máximo de medicação a ser administrada é de
infecção; 3 ml.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Delimita-se esta região: Complicações possíveis:
- 3 ou 4 dedos abaixo do ombro (acrômio), a agulha deve 1) A ansiedade (medo) pode causar mal-estar: é muito
ser inserida no centro do músculo. Neste local a agulha deve importante o preparo psicológico do cliente. Explicando o
ser introduzida perpendicularmente (90º) em relação ao que se vai fazer e com que finalidade (objetivo). Pedir para
músculo. que avise se sentir qualquer tipo de reação.
Para administrar medicação neste região, o paciente 2) Se a solução for injetada ou retirado sangue com
deve estar sentado ou deitado, com o antebraço flexionado muita rapidez o paciente pode apresentar palidez, suor,
(dobrado) descansando sobre o outro braço. Antes da calor. Se isso ocorrer, pare imediatamente de injetar a
introdução da agulha na injeção intramuscular (IM), estica-se solução ou retirar sangue, sem contudo retirar a agulha da
a pele para facilitar a penetração da agulha. veia.
Se os sintomas desaparecerem, teste se a agulha
Preparação de medicamentos de administração continua na veia, aspirando um pouco de sangue. Se estiver,
parenteral continue “lentamente” injetando a solução ou a retirada de
As medicações parenterais são encontradas em frascos sangue. Senão, retire a agulha e puncione outra veia. Se os
e ampolas. sintomas não desaparecerem, retire a agulha da veia, deite o
- Antes de abrir a ampola, certificar de que toda paciente onde estiver, até no chão, e chame a enfermeira ou
medicação está no corpo da ampola e não na haste. Se não o médico.
estiver, pode-se dar várias “pancadinhas” com as pontas dos 3) Se a agulha não estiver dentro da veia, pode provocar
dedos na haste, a fim de fazer e medicação descer. a passagem do líquido para o tecido subcutâneo,
- Fazer a antissepsia da ampola e os dedos devem ser provocando edema inchaço, palidez, sensação de frio ou dor
protegidos por algodão, quando serrar ou se quebrar a haste da no local. Este escape líquido, no tecido subcutâneo é
ampola de vidro. Quando a haste da ampola é removida, coloca- conhecido como infiltração. Às vezes é apenas a ponta da
se o medicamento na seringa facilmente, porque o ar desloca o agulha que está na parede da veia, ocasionando dor ou
líquido. A agulha estéril não deve encostar na ampola. ardência e o teste de aspirar mostra sangue, o que quer
- Frascos com tampa de borracha: um frasco fechado dizer que está na veia. Neste caso empurra-se ou puxa-se
não permite que o ar entre enquanto o líquido é retirado. um pouquinho a agulha.
Retirar o líquido sem injetar ar, cria um vácuo parcial dentro A injeção intravenosa é um procedimento indolor, sente-
do vaso, dificultando a remoção da solução. Injeta-se uma se somente a picada da agulha.
quantidade de ar, igual à quantidade de solução a ser Sabe-se que está:
retirada. A pressão dentro do frasco aumenta, e o - dentro da veia - quando o paciente não apresenta
medicamento é removido facilmente e com precisão. sinais de desconforto;
- Antissepsia: é a limpeza de uma superfície retirando - fora da veia - quando o paciente apresenta dor,
sujeiras, germes e impurezas. Para segurança, o frasco ardência e edema no local.
geralmente é recoberto com uma capa metálica fina, que 4) Hematoma: quando pela perfuração da agulha ocorre
pode ser facilmente removida. A borracha é o meio de estravamento (derrame) do sangue nos tecidos.
entrada do frasco, e deve ser limpa por fricção com algodão 5) Flebites: quando a solução é irritante provocando
molhado em antisséptico (álcool), fazendo a antissepsia da infecções locais.
borracha. 6) Esclerose: endurecimento da parede da veia, causado
- Frasco de dose “múltipla” com tampa de borracha por injeções frequentes na mesma veia.
(exemplo: insulina): cada vez que vai ser retirada uma dose, 7) Choque: reação rápida do organismo, causada por
limpa-se a borracha com algodão embebido em antisséptico uma agressão externa:
e injeta-se uma quantidade de ar equivalente à quantidade a) pirotênico: por injeção de solução contaminada;
de solução a ser retirada. b) anáfilático: injeção de substâncias alérgicas ao
Se uma quantidade de líquido a ser retirada de um indivíduo;
frasco for grande ou se várias doses devem ser removidas c) periférico: ocorre por fatores emocionais.
sucessivamente, um método simples é colocar outra agulha O choque desencadeia uma sequência de sinais e
esterilizada através da tampa. Isto permitirá que o ar entre e sintomas que podem levar o indivíduo à morte caso não seja
substitua o líquido quando este estiver sendo retirado. tratado imediatamente.
Depois que a medicação estiver na seringa, retire o Sinais e sintomas: palidez, suor, pele fria, taquicardia,
excesso de ar. desmaio (perda de consciência).
Um bom método para que seja administrada a dose
exata é deixar uma pequena quantidade de ar dentro da Técnica de punção intravenosa
seringa: 0,2 a 0,3 ml. Quando se inverte a seringa para 1) Lave as mãos;
aplicar a injeção, a bolha de ar serve para empurrar o líquido 2) Prepare a bandeja com seringa, agulha, medicação,
que normalmente fica no interior da agulha para dentro do garrote, algodão e álcool.
tecido ficando o ar no interior da agulha. Garrote: tubo fino de borracha para garrotear (amarrar) a
região logo acima do local escolhido para punção para
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA colabar (apertar) a veia para facilitar a punção.
ENDOVENOSA 3) Prepare o medicamento na seringa, observando os
Punção intravenosa ou endovenosa: é a introdução de princípios de assepsia, deixando a agulha protegida com
uma agulha no interior de uma veia. protetor próprio ou com a própria ampola.
Objetivo: 4) Posicione o paciente.
a) retirar sangue para exame de laboratório; Quando a injeção é aplicada na veia a reação é
b) introdução de medicamentos; imediata. O medicamento chega quase imediatamente à
c) introdução de grande quantidade de líquidos; circulação sanguínea geral. Por isso, deve-se ter cuidados
d) rapidez do efeito do medicamento - é imediato. para evitar acidentes: o paciente deve estar sentado em
A “seleção local” da punção da via depende do cadeira com braço a fim de protegê-lo de possíveis quedas.
“objetivo”. Se não tiver cadeira com braço colocar a cadeira junto à
As veias dos membros superiores (braços) são as “mais parede que o protegerá de um lado e o outro ficará protegido
adequadas” para punção intravenosa. O que não quer dizer por quem realiza o procedimento. O ideal é o paciente
que outras veias de outro seguimento (parte) do corpo não deitado em maca, cama, etc.
possam ser usadas em caso de emergência. 5) Coloque o garrote um pouco acima do local escolhido
Para retirar sangue para exame de laboratório ou para a punção.
introdução de medicamentação, as veias mais acessíveis 6) Solicite ao paciente que feche a mão - facilitando a
são as localizadas na região do cotovelo, no antebraço e palpação na veia - fazendo uma leve massagem no sentido
dorso da mão, de ambos os braços. do garrote também facilita a palpação da veia.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
7) Faça a antissepsia do local da punção e do seu dedo B - Fezes
com o qual fará a palpação da veia. A composição das fezes se caracteriza por:
8) Palpe a veia. •Resíduos de material indigerível, como a celulose dos
9) Expulse o ar da seringa. alimentos digeridos;
10) Estique a pele e mantenha a veia fixa com o polegar •Bile (pigmentos e sais), que dá a cor característica das
de uma das mãos. fezes;
11) Introduza a agulha com o bisel para cima - um •Secreções intestinais, incluindo o muco intestinal;
centímetro antes do local onde a veia deverá ser puncionada. •Leucócitos que migram da corrente sanguínea (em
12) Aspire um pouco de sangue para testar se está pouquíssima quantidade);
dentro da veia. •Células epiteliais que foram eliminadas;
13 - Retire o garrote e solicite ao paciente que abra a mão. •Grande número de bactérias que podem constituir um
Obs.: Se for para retirar sangue, não retire o garrote terço da parte sólida total;
enquanto estiver tirando o sangue. Só retire o garrote “antes” •Material inorgânico, principalmente cálcio e fosfato (10%
de retirar a agulha da veia. a 20%);
14) Inejte lentamente a medicação observando as •Alimentos não digeridos ou não absorvidos;
reações do paciente. •Cerca de 70% de água;
15) Retire a agulha em um único movimento fazendo A analise das fezes determina as várias propriedades
pressão com o algodão por alguns minutos. Não flexione o existentes para fins diagnósticos. Os testes mais solicitados
braço do paciente, pois esse procedimento facilita a são pesquisas de sangue, bile, larvas e ovos de helmintos,
formação de hematoma local. O melhor procedimento é protozoários, câncer do cólon e ulcerações assintomáticas
elevar o braço do paciente facilitando o restabelecimento da de outras massas do trato gastrointestinal.
circulação. Os exames mais usuais são:
16) Desprezar o material usado. •Parasitológicos;
•Coprocultura (exame bacteriológico das fezes)
COLETA DE MATERIAIS PARA EXAMES
C – Sangue
O sangue desempenha inúmeras funções, e os vasos
O resultado correto de um exame de análises clinicas
sanguíneos são órgãos que viabilizam sua passagem para
não depende somente de quem os analisa, mas também da
os diversos tecidos e/ou órgãos. Esses vasos estão
qualidade da amostra coletada. A equipe de enfermagem
conectados entre si, formando uma extensa e complexa rede
atua no processo de coleta do material biológico, e,
de irrigação. Os vasos que entram no coração são
conforme a qualidade da amostra, os erros pré - analíticos
chamados veias e os que saem do coração artérias. Em todo
são minimizados e os resultados garantidos. Para tanto são
lado direito do coração circula sangue venoso, que vai para
necessários cuidados especiais no momento da coleta.
os pulmões para sofrer hematose. E em todo lado esquerdo
A coleta de material biológico para analise é muito
do coração circula sangue arterial, que vai nutrir todos os
comum e útil no período pré – operatório e quando solicitado
órgãos e tecidos com oxigênio e nutrientes. O sangue é de
pelo médico.
importância vital, pois participa da regulação da temperatura
corporal, do controle do pH, do equilíbrio hidrossalino, da
Cuidados para evitar erros pré – analíticos
oxigenação tecidual, da defesa do organismo, da distribuição
de nutrientes, entre outros.
Hemograma:
Consiste na contagem global de eritrócitos, índices
hematimétricos, valor de hemoglobina e valor hematrócrito
(Ht), contagem global de leucócitos, contagem diferencial de
leucócitos (neutrófilos, eosinofilos, basófilos, linfócitos e
monócitos) e contagem global de plaquetas. È útil na
avaliação de anemias, infecções bacterianas e viróticas,
inflamações, leucemias e plaquetopenias.

- Jejum do cliente; Gasometria Arterial e Venosa:


- Tempo de jejum do cliente; Constitui a análise de gases sanguíneos, como O2 e CO2 e
- Tempo de coleta de amostras; do equilíbrio ácido-basico, como bicarbonato e pH sanguíneo.
- Horário da coleta;
- Tempo de envio da amostra para o laboratório; Sorologia:
- Uso prolongado do torniquete; È a avaliação da presença de determinados anticorpos
- Erro de identificação da amostra; no soro sanguíneo. È útil no diagnóstico de infecções por
- Erro do volume ou quantidade da amostra para vírus, bactérias, fungos e protozoários.
analise;
- Tubos e equipamentos usados apropriados para coleta Coagulograma:
de material biológico; Consiste na analise do tempo de sangramento, contagem
de plaquetas, tempo de protrombina e tempo de tromboplastina.
Materiais biológicos e exames mais solicitados È útil na avaliação homeostática pré – operatória.
Os exames mais usuais são:
A – Urina Tipagem Sanguínea:
Urina tipo1: avalia as características físicas e químicas e Determina o tipo sanguíneo de acordo com o sistema
os sedimentos urinários; ABO e Rh antes da transfusões, no pré – operatório e no
•Primeiro jato: investigação do trato urinário baixo (urina perfil pré – natal.
mais concentrada).
•Jato médio: colhe-se o jato médio da urina porque a Glicemia:
primeira parte da uretra é colonizada pela flora normal, que É útil para a detecção de glicose e diagnóstico das
pode interferir nos resultados (urina menos concentrada). hipoglicemias e hiperglicemias. Para o diagnóstico de
•Jato final: útil na investigação de sangramentos. diabetes melito é necessário valor igual ou superior a
Urina 24horas: avaliação da função renal. 99mg/dl na amostra em jejum em pelo menos duas ocasiões.
Urocultura: pesquisa de microrganismos que pode O diagnóstico de hipoglicemia estabelece-se com valores
evoluir para pesquisa de antibiograma. abaixo de 60mg/dl.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Bioquímica: Exemplo de registro de enfermagem:
Utiliza o plasma ou soro para qualificação de eletrólitos, Data:Hora:Relatório de enfermagem: Coleta para analise
como sódio (Na), potássio (K) e Cloro (Cl). de Na, K, Glicemia, etc. Encaminhado para:Assinatura:
Teste de glicemia com fita reagente
Observações úteis na coleta sanguínea
•Jejum – a falta de jejum aumenta a lipemia (gordura no Material Utilizado:
sangue) e altera o resultado da glicose; jejum prolongado Bandeja;
pode elevar as concentrações de bilirrubina sérica. Lanceta;
•Medicamentos – o uso de medicamentos pode causar Bolas de algodão;
interferências na analise. Álcool a 70%;
•Períodos de repouso – a falta de repouso provoca EPIs;
alterações no hemograma, glicose, alguns hormônios, Glicosímetro;
transaminases, etc. Fitas reagentes;
•Temperatura do cliente – a hipotermia promove
vasoconstrição e dificulta venopunção; o estresse aumenta a Como proceder:
temperatura afetando a secreção de hormônios as adrenal. Lavar as mãos;
•Infusão intravenosa – deve-se evitar coletar material Realizar a identificação do paciente (conferir pulseira e
pelo cateter da infusão venosa. Fazê-lo somente quando não perguntar o nome);
houver outra alternativa. Deve-se retirar de 10ml a 15ml de Orientar o paciente para o procedimento;
sangue, desprezá-lo definitivamente e com outra seringa Calçar as luvas de procedimento;
fazer a coleta da amostra desejada. Fazer antissepsia da parte distal do dedo;
•Torniquete – a utilização incorreta do torniquete (muito Posicionar o dedo do paciente para baixo;
apertado ou por muito tempo) pode causar Fazer uma leve pressão no dedo escolhido;
hemoconcentração local, alterando os valores de enzimas, Introduzir a lanceta num movimento firme e único na
proteínas, hematocrito, sódio, potássio, cálcio, ferro, lateral do dedo;
colesterol, triglicérides, plaquetas e fatores de coagulação. Coletar uma gota de sangue e pingá-la na fita reagente;
•È preciso estar familiarizado com o material a ser Comprimir o local com algodão seco;
utilizado. Proceder a leitura de acordo com o fabricante do
•Deve-se evitar que o cliente abra e feche a mão, pois glicosímetro;
pode levar a alterações dos resultados. Deixar unidade em ordem;
•A punção deve ser finalizada sem desenvolver Retirar luvas de procedimento;
hematomas. Lavar as mãos;
Como proceder: Checar na prescrição médica correta;
•Lavar as mãos; Realizar anotações de enfermagem na prescrição
•Preparar o material: bandeja contendo tubos de coleta, correta:
luvas de procedimento, seringas, dispositivos intravenosos, Exemplo de registro de enfermagem:
torniquetes, bolas de algodão, antisseptico, adesivos e Data: Hora:Relatório de Enfermagem: Realizado teste de
etiquetas; glicemia com fita reagente com resultado: Assinatura:
•Realizar a identificação do cliente (conferir pulseira e
perguntar o nome); Urina tipo 1 – Jato médio
•Solicitar o consentimento do paciente para execução do Material utilizado:
procedimento; EPIs;
•Orientar o paciente para o procedimento; Coletor de urina;
•Acomodá-lo confortavelmente; Material para lavagem externa se necessário;
•Posicionar a bandeja; Saco plástico;
•Observar a rede venosa e escolher a melhor veia para Como proceder:
puncionar; Lavar as mãos;
•Calçar luvas de procedimento; Realizar identificação do paciente (conferir pulseira e
•Garrotear de 10cm a 15cm acima do local da punção; perguntar o nome);
•Deixar o menor tempo possível o cliente garroteado; Solicitar o consentimento do paciente para execução do
•Apalpar a veia escolhida; procedimento;
•Fazer antissepsia ampla do local da punção com Orientar o paciente para o procedimento;
movimentos firmes num único sentido; Fazer a higiene intima;
•Pegar o dispositivo intravenoso escolhido de modo que Desprezar o primeiro jato;
o bisel esteja voltado para cima; Coletar o jato médio;
•Fixar a veia; Coletar em frasco próprio, limpo e seco;
•Puncionar a veia, introduzindo o dispositivo intravenoso Identificar amostra;
acoplado á seringa; Colocá-la dentro de um saco plástico;
•Fixar o dispositivo; Manter a unidade em ordem;
•Aspirar o volume sanguíneo determinado para o exame Retirar luvas;
solicitado: Lavar as mãos;
1.Se seringa passar o conteúdo da seringa (sem agulha) Chegar na prescrição medica correta;
para o tubo de modo que o sangue escorra pela parede do Realizar anotações de enfermagem na prescrição
mesmo. correta:
2.Se vácuo, o conteúdo vai diretamente para o tubo. Exemplo de registro de enfermagem:
•Observar a reação do paciente; Data: Hora:Relatório de Enfermagem: Feito coleta de
•Retirar o dispositivo; urina tipo 1; encaminhada ao laboratório: Assinatura:
•Fazer compressão do local com algodão seco;
•Orientar o paciente a não dobrar o braço; Urina 24horas
•Descartar materiais perfurocortantes em local próprio; Material utilizado:
•Retirar as luvas de procedimento; Identificar os frascos para coleta de urina durante
•Lavar as mãos; 24horas;
•Checar na prescrição médica correta; Fazer rotulo contendo horário de inicio e horário de
•Manter a unidade em ordem e encaminhar material termino da coleta;
colhido; Orientar o cliente para não desprezar a urina no vaso
•Realizar anotações de enfermagem; sanitário;

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Após 24 horas encaminhar o material para o laboratório; Faixa etária;
Checar na prescrição correta; Diferentes fases do ciclo menstrual.
Realizar anotações de enfermagem na prescrição Material para exame
correta; O cumprimento do que se é recomendado por parte do
Exemplo de registro de enfermagem: paciente;
Data: Hora:Relatório de Enfermagem: Encaminhado para Se as orientações foram fornecidas de forma correta;
laboratório 4 frascos contendo 5 litros de urina clara, sem Coleta adequada;
grumos para analise de 24 horas Fixação e o transporte do material correto.
ao laboratório: Assinatura:
ENFERMAGEM NAS SITUAÇÕES
Urocultura DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Material utilizado:
Coletor estéril de urina;
EPIs; CONCEITOS DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA
Material para lavagem externa; ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PRONTO SOCORRO
Sonda vesical de alivio se necessário;
Saco plástico; Atuação do técnico de enfermagem em situações de
choque, parada cardiorrespiratória, politrauma, afogamento,
Como proceder: queimadura, intoxicação, envenenamento e picada de
Lavar as mãos; animais peçonhentos
Orientar o cliente quanto ao procedimento; As urgências e emergências médicas são situações
Fazer lavagem externa; patológicas agudas ou crônicas agudizadas, previstas no Rol
Passar sonda vesical de alivio para coletar a urina; se o de Procedimentos Médicos (RPM), que exponham o usuário
paciente já estiver sondado: a risco de vida ou danos irreparáveis.
Desprezar todo conteúdo do coletor; A urgência decorre de acidentes pessoais ou
Fechar a sonda vesical por 2 horas; complicações na gestação; a emergência, nas demais
Fazer a coleta da urina através do dispositivo localizado situações clínicas ou cirúrgicas.
na extensão do coletor; Emergência é uma propriedade que uma dada situação
Coletar a amostra do material em tubo estéril; assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica.
Identificar a amostra; Tomados de forma isolada, seus elementos não justificariam
Colocá-la dentro de um saco plástico; uma medida imediata, mas o conjunto e a interação entre
Manter unidade em ordem; seus constituintes.
Retirar luvas; A assistência em situações de emergência e urgência se
Realizar anotações de enfermagem; caracterizam pela necessidade de um paciente ser atendido
Encaminhar ao laboratório; em um curtíssimo espaço de tempo. A emergência é
Checar prescrição médica correta; caracterizada com sendo a situação onde não pode haver
Realizar anotações de enfermagem ma prescrição uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato.
correta Nas urgências o atendimento deve ser prestado em um
período de tempo que, em geral, é considerado como não
Exemplo de registro de enfermagem: superior a duas horas. As situações não-urgentes podem ser
Data: Hora: Relatório de Enfermagem: Coleta de urina referidas para o pronto-atendimento ambulatorial ou para o
estéril através de sonda de alivio; encaminhado para atendimento ambulatorial convencional, pois não tem a
laboratório.Assinatura: premência que as já descritas anteriormente.
A assistência em situações de emergência ou de
Glicosúria: urgência tem inúmeros aspectos éticos que merecem ser
Material utilizado: discutidos. A justificativa ética para o atendimento
EPIs; diferenciado que estas situações merecem está baseada em
Fitas reagentes; Hegel.
Seringa; Para Hegel o "direito à emergência" é o direito que cada
Comadre ou papagaio; indivíduo tem de abrir uma exceção a seu favor, em caso de
extrema necessidade.
Como proceder: Segundo Thadeu Weber, "a situação de emergência não
Lavar as mãos; invalida a lei, mas mostra que ela não é absoluta. (...) Isto
Realizar a identificação do cliente (conferir pulseira e significa dizer que é necessário levar em conta as
perguntar o nome do paciente); circunstâncias de cada situação". Segundo Hegel, "a vida
Solicitar o consentimento do paciente para execução do tem um 'direito de emergência".
procedimento; As questões que envolvem as atividades de assistência,
Orientar o paciente para o procedimento; ensino e pesquisa em emergências e urgências podem ser
mais claramente discutidas utilizando, os princípios da
Cuidados de enfermagem em exames laboratoriais Beneficência, do Respeito às Pessoas, da Justiça, como
Importância instrumentos didáticos. Estes princípios estão sempre
Colaborar para um diagnostico; presentes no dia-a-dia dos profissionais que atendem este
Medicina preventiva; tipo de intercorrências.
Avaliar a eficácia de um tratamento; A assistência aos pacientes em emergência ou urgência
Avaliar o grau de aderência do paciente. pode gerar reflexões que envolvem temas como critérios de
acesso aos cuidados (triagem); limites de tratamento,
Complicações medidas extraordinárias, medidas fúteis; preservação da
Mudança de hábitos nos dias que antecede a realização privacidade e confidencialidade.
dos exames (Resultado falso positivo); Nas situações de atendimento de emergências ou
O prazo de validade dos exames é curto, pois eles urgências o critério de acesso aos serviços é o da gravidade.
interpretam o que está acontecendo com você nesse De acordo com este critério, os pacientes em situação de
momento; emergência são atendidos em primeiro lugar. Muitas vezes
Influencia pacientes em situações não-urgentes também procuram este
Alimentação; tipo de serviço por ser, teoricamente, mais disponível. Isto
Atividade física; cria um dilema para o profissional responsável pela tarefa de
Sono; triar.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Muitos pacientes não tem outros recursos para recorrer, Pulso: Quando a pulsação estiver abaixo de 60
nem sempre a instituição dispõe de um pronto-atendimento batimentos/minuto pode indicar estado de choque. A
para atender a esta demanda, assim como pode não existir ausência de pulsação pode indicar parada cardíaca, onde
uma adequada interação com o sistema ambulatorial, a deverá ser feita a reanimação cardiopulmonar,
ponto de garantir que este paciente será atendido por um imediatamente.
profissional nos próximos dias.
Frente a esta situação difícil, muitas vezes o profissional Respiração: Normalmente a respiração de um adulto é
opta por atender a estes pacientes, consciente de que está de 16 a 18 movimentos respiratórios por minuto, se a
distorcendo o objetivo do serviço. respiração estiver rápida e superficial pode indicar estado de
Isto pode acarretar uma outra situação difícil, que é a de choque, se profunda e penosa pode significar obstrução das
que os recursos emergenciais poderão estar não disponíveis vias respiratórias ou doença cardíaca.
para os pacientes que efetivamente necessitem deste tipo de A ausência de respiração pode indicar parada
atendimento. respiratória, já a respiração com eliminação de sangue (boca
O princípio da Justiça é que deve ser considerado neste ou nariz) e tosse podem indicar danos nos pulmões por
contexto. É muito difícil hierarquizar demandas pessoais por fratura de costelas.
atendimento.
Cada paciente sempre acha que o seu problema de Pupilas: Pupilas contraídas podem indicar vício de
saúde, ou de seu familiar, é o mais importante. drogas ou doenças que afetam o Sistema Nervoso Central,
Os serviços de atendimento de emergências deveriam quando dilatadas podem significar estado de relaxamento e
explicar claramente a sua vocação assistencial para a inconsciência.
população. Muitas vezes a confusão entre atendimento de Essa dilatação pode ser devida a ataques cardíacos ou
emergência e pronto-atendimento ambulatorial é feita pelas envenenamento por drogas ou álcool. As pupilas quando
próprias instituições hospitalares e profissionais de saúde. desiguais (anisocoria) denunciam traumatismos cranianos.
Um importante elemento de todo o cuidado à saúde é a
relação profissional-paciente. Cor da pele: A pele pálida ou acinzentada indica
Num serviço de emergência, habitualmente, o contato circulação insuficiente, a pele azulada ou arroxeada significa
anterior é inexistente, os antecedentes clínicos são queda da oxigenação no sangue, podendo ocorrer nas
desconhecidos e o nível de ansiedade associado à própria paradas cardiorrespiratórias, já a pele avermelhada pode
situação dificultam uma boa relação entre os profissionais, indicar inicio de envenenamento por monóxido de carbono
seus pacientes e familiares. ou traumatismo craniano.
Nestas situações fica mais difícil ainda manter a
privacidade dos pacientes de forma adequada. Nesta área Estado de consciência: Pergunte a vitima onde esta,
uma outra importante questão é a que diz respeito às nome, qual o dia da semana.
condições de trabalho que os profissionais de saúde são Respostas erradas podem significar traumatismos
submetidos. cranianos e envenenamento.
Muitas vezes é exigido um tipo de atendimento não
compatível com as condições materiais disponíveis. Capacidade de movimentação: Paralisia de um dos
As rotinas de trabalho também podem ser um fator lados do corpo, inclusive da face, pode indicar hemorragia
estressante a mais. O resultado de todos estes fatores é a cerebral ou intoxicação por drogas.
constatação de um sofrimento pessoal muito grande, já Paralisia das pernas pode indicar fratura de coluna
documentado entre enfermeiros.
abaixo do pescoço, paralisia de braços e pernas pode
As atividades de ensino em serviços de emergência
denunciar fratura ao nível do pescoço.
devem ser criteriosamente planejadas, de forma a evitar que
os alunos sejam expostos, desnecessariamente a situações
Reação á dor: A incapacidade de movimentos
com as quais tenham dificuldades e limitações em lidar.
geralmente esta associada á insensibilidade á dor. Queixa
Desta forma, os pacientes e os alunos estariam sendo
de torpor ou formigamento (parestesia) nas extremidades
potencialmente prejudicados.
pode significar trauma na coluna.
A pesquisa em emergência é um assunto extremamente
atual e controverso. Inúmeras questões podem ser
Temperatura do corpo: Temperatura baixa (menos de
discutidas, inclusive quanto a sua possibilidade de ocorrer.
36 graus) pode indicar estado de choque, hemorragias, inicio
A montagem dos projetos de pesquisa nesta área deve
ter redobrados cuidados éticos e metodológicos. de insolação, exposição prolongada ao frio.
As questões metodológicas mais importantes são as que Temperatura acima do normal pode ser decorrentes de
dizem respeito a seleção da amostra, sua validade interna e febre ou de exposição a calor excessivo.
externa, critérios de exclusão e identificação de potenciais
fatores de confusão. Na área ética o item que mais se ATUAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
destaca é o referente à utilização do consentimento EM SITUAÇÕES DE CHOQUE, PARADA
informado. O Pronto Socorro, ou atendimento de urgência, é CARDIORRESPIRATÓRIA, POLITRAUMA,
o tratamento imediato e provisório dado em casos de AFOGAMENTO, QUEIMADURA,
acidentes ou enfermarias imprevistas. Geralmente é
prestado no local do acidente, até que se possa colocar o
INTOXICAÇÃO, ENVENENAMENTO
paciente a cargo de um médico para o tratamento definitivo. E PICADA DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Fatores a serem observados: Os primeiros socorros Choque:


devem ser prestados com rapidez, sem precipitação, com O choque constitui um estado anormal de hipotensão e
firmeza e segurança, mantendo-se a calma a fim de evitar o prostração, na qual, o fluo sanguíneo é inadequado para
pânico entre as pessoas presentes. A confiança do manter a atividade celular normal, ou seja, deficiente no
acidentado e dos circunstantes dependerá da calma e da suprimento de sangue e oxigênio para o organismo. O
segurança do socorrista. A ação de quem presta os choque irreversível é definido como a incapacidade de
primeiros socorros está restrita ao primeiro atendimento, responder á ressuscitação.
tomando providências para que o acidente não origine
outros, e afaste perigos que poderiam complicar a situação. Tipos de Choque:
Choque hipovolêmico: Devido ao decréscimo do
Exame da vitima: É importante examinar a vitima por volume liquido provocado pela perda de sangue, plasma e
ocasião do socorro para que procure avaliar a probabilidade líquidos do organismo, sendo suas causas mais comuns a
de certas lesões. Devendo-se observar: hemorragia, queimadura e desidratação.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -

Quadro clinico: Hipotensão associada com taquicardia, Cuidados de emergência:


podendo haver uma breve bradicardia. Ao primeiro sinal ou risco de choque:
- Pulso rápido; - Manter a vitima deitada com os pés mais altos que a
- Sudorese; cabeça;
- Polidipsia; - Mantenha-a aquecida e coberta, não excessivamente
- Respiração rápida e superficial; para evitar a vasodilatação.
- Apatia e coma; - Se estiver consciente, ofereça água ou outra bebida
morna, nunca bebidas alcoólicas;
Choque cardiogênico: causado pela falência do - Mantenha as vias aéreas desobstruídas;
coração em sua função como bomba, ou seja, o coração não - Se estiver inconsciente, deite-a de lado com a cabeça
consegue bombear uma quantidade de sangue suficiente baixa, inclinada para trás e virada para o lado. Em caso de
para o organismo. Suas causas mais comuns são o Infarto vômito, essa posição impede a aspiração para os pulmões;
Agudo do Miocárdio(IAM), ICC, arritmias graves e embolia - Nunca de nada por via oral sem que a vítima volte á
pulmonar. consciência;
- Procure rapidamente um médico;
Quadro clinico:
- Hipotensão arterial(pressão sistólica menor que 80 Assistência de Enfermagem:
mmHg); - Estabelecer e manter via aérea permeável, iniciando os
- Baixo débito urinário(menos que 25 ml/h); processos de ressuscitação se necessário;
- Pele fria e pegajosa; - Ministrar oxigênio;
- Agitação, confusão e obnubilação; - Assegurar uma veia e coletar amostra de sangue;
- Pulso fraco e filiforme(as vezes ausente); - Manter volume sanguíneo circulante, com reposição de
- Sintomas cardíacos com dor torácica recorrente ou líquidos para corrigir a hipotensão;
persistente; - Manter o paciente calmo e aquecido, não
excessivamente para evitar vasodilatação;
Choque Séptico: resulta de processos infecciosos - Manter toda a medicação de emergência e material
graves, causados por endoxinas da desintegração de para infusão endovenosa pronto para uso;
bactérias gram-negativas (E.Colli, Pseudômonas, Proteus, - Administrar medicamentos conforme prescrição médica
Klebsiella), por exotoxinas de bactérias gram-positivas e controlar gotejamento de soro;
(Pneumococos, Estafilococo) Riquetsias e vírus, que - Controle de sinais vitais de 15 em 15 minutos ou a
acarretam distúrbios hemodinamicos e metabólicos com critério médico;
consequente morte celular, que poderá ou não ser - Observar se há hemorragia tentando estancar o
reversível, o choque séptico é causado pela septicemia; sangramento;
A fonte mais frequente é o aparelho geniturinário e surge - Controle de diurese, pois uma das complicações de
após cirurgia ou manipulação. choque prolongado é a anúria;
A seguir, é o aparelho respiratório, após traqueostomia
ou uso prolongado de tubo traqueal. Parada respiratória (PCR)
A terceira fonte é o trato gastrointestinal havendo, Situação em que, clinicamente, não são perceptíveis os
geralmente, abscessos e fístula. movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.
As causas mais frequentes ocorrem através da
Quadro Clinico: obstrução das vias aéreas superiores em função da
- Calafrios com tremores; aspiração de corpos estranhos, da depressão do sistema
- Hipertermia; nervoso central por intoxicação, superdosagem de drogas,
- Pele seca, quente e ruborizada(contrastando com edema cerebral, choque elétrico e outros. Pode ainda ocorrer
outros choques); em função da pouca concentração de oxigênio nas grandes
- Aumento do débito cardíaco; altitudes e em casos de soterramento,
- Pulso rápido e taquicardia;
- Hipotensão arterial; Sinais e Sintomas:
- Palidez; - parada dos movimentos respiratórios (apneia).
- Oligúria e hipovolêmia; - pele fria, extremidades cianóticas.
- Confusão mental; - ausência de pulso femoral ou carotídeo.
- inconsciência(redução de perfusão cerebral).
Choque Anafilático: resulta da reação antígeno- - midríase: as pupilas começam a dilatar-se entre 30 a
anticorpo devido a hipersensibilidade do organismo á 45 segundos após a interrupção da circulação, levando em
determinadas substâncias, tais como a Penicilina, o Iodo, a torno de 4 a 5 minutos para que a lesão cerebral se torne
Procaína r substância alérgicas de modo geral. irreversível.

Quadro Clinico: Tratamento: consiste na ressuscitação


- Sensação de calor; cardiorrespiratória (RCR), ventilatória e circulatória.
- Pruridos e formigamentos;
- Dispneia e cefaleia; Assistência ventilatória: A respiração artificial é uma
- Ocorrência ou não de parada cardiorrespiratória ou manobra que possibilita a introdução e a retirada de ar dos
morte. pulmões de forma rítmica e alternada.

Choque Pirogênico: caracteriza-se por reação devido a Procedimentos para respiração boca á boca
presença de pirógenos e contaminação de soluções de Coloque o paciente em D.D.H (decúbito dorsal
materiais utilizados na administração por via endovenosa. horizontal) sobre uma mesa ou no chão.
Ponha-se a lado esquerdo da cabeça do paciente, limpe
Tratamento do Choque: a boca de muco e objetos estranhos, enrolando o dedo em
O choque é uma complicação gravíssima e quando não um pano. Coloque uma das mãos sob o pescoço do paciente
tratada a tempo pode levar o paciente á morte. e outra na testa, inclinando a cabeça para trás tanto quanto
De um modo geral, o tratamento baseia-se em corrigir o possível e após, puxe a mandíbula para frente.
volume, restabelecer o tônus vascular, manter a oxigenação Esta posição evita a queda da língua, já que há
do paciente, evitar o gasto de energia, prevenir complicações deslocamento de mandíbula e a língua é forçada a
e combater a causa básica do choque. acompanha-la.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Aspirador de secreções;
Comprima as narinas do paciente com os dedos, inspire - Oxigênio;
e coloque seus lábios firmemente de encontro á boca do - Desfibrilador;
paciente, expirando logo após, de modo que empurre o ar - Cânulas de guedell;
para as vias aéreas do paciente. - Sondas de aspiração de diversos calibres;
Em recém-nascidos e crianças menores, deve-se aplicar - Eletrocardiógrafo;
a boca sobre a boca e o nariz.
Retire os dedos que comprimem as narinas para que o Cateterização de veia e administração de
ar saia, terminada a expiração, iniciar nova insuflação e, medicamentos:
assim sucessivamente, de modo rítmico e contínuo, na - Butterfly ou scalp
proporção de 12 a 20 respirações. - Seringas e agulhas de diversos tamanhos e calibres;
A ressuscitação respiratória deverá prosseguir até o - Campo fenestrado;
retorno dos movimentos respiratórios espontâneos ou até - Gazes;
que cheguem outros recursos assistenciais. - Fios cirúrgicos(algodão 2.0 e mononylon 4.0);
No pronto socorro, costuma-se usar dispositivos - Intracarth;
mecânicos, como o Ambu, para ventilar o paciente, - Material para flebotomia;
associando-se acessórios como cânulas nasais ou orais, - Luvas de diversos tamanhos;
máscaras e intermediários. - Equipo de soro(macro e microgotas) de sangue e PVC;
A administração de oxigênio 100% umidificado por - Soro fisiológico 0,9% e glicosado 5% e 10%;
insuflação direta através das narinas é feita da seguinte - Xilocaina geléia e solução á 2%;
forma: - Solução antisséptica;
- Com o paciente em DDH fechar uma das narinas - Algodão;
pressionando-a com o dedo contra o septo nasal; - Esparadrapo, cadarço, pasta condutora e fio de
- Acoplar firmemente a extremidade livre da borracha de extensão;
oxigênio na outra narina, promovendo-se assim a inspiração; - Nas paradas cardiorrespiratórias podem ocorrer
- Promover a expiração, deixando as narinas livres; complicações tais como:
- hemotórax, pneumotórax, fraturas do esterno e
Assistência respiratória: costelas, rupturas pulmonares, rupturas de fígado e baço;
A massagem cardíaca visa comprimir o coração entre o O auxiliar de enfermagem deve estar sempre atento ao
esterno e os corpos vertebrais com a finalidade de impedir o pedido médico e auxilia-lo em tudo quanto for necessário;
sangue oxigenado para a circulação.
POLITRAUMATISMOS:
Procedimentos para Massagem Cardíaca: Traumatismos são lesões provocadas por forças
- Coloque o paciente em DDH sobre uma superfície externas, que podem ser tanto um objeto chocando-se
rígida. contra o corpo humano, ou o corpo humano chocando-se
- Aplique inicialmente um soco precordial no terço médio contra um objeto.
do esterno; Politraumatismos são lesões múltiplas de diversas
- Apoie uma das mãos sobre a parte mais baixa no naturezas que podem comprometer diversos órgãos e
esterno e acima do apêndice xifoide, apoiando a outra mão sistema.
em cima da primeira e tomando cuidado para não encostar
os dedos sobre a costela. A compressão sobre o apêndice Princípios básicos do tratamento de emergência:
xifoide pode ocasionar laceração do fígado; Fazer uma avaliação rápida do estado geral do paciente,
- Com os braços esticados, comprimir verticalmente o estabelecendo prioridade e dando atenção imediata aquele
tórax do paciente, utilizando-se do peso do próprio dorso. traumatismo que interfere nas funções vitais, podo em risco
- O deslocamento do esterno deve ser de 3,5 a 5,0 cm, sua vida, estabelecendo a seguinte ordem.
na proporção de 80/100 compressões por minuto. - permeabilidade das vias aéreas (retirada de prótese);
- Observação: em recém nascidos e lactantes, a - aspiração das secreções orofaríngeas;
massagem cardíaca deve ser executada, envolvendo o tórax - avaliação das possíveis lesões intratorácicas;
com as mãos e comprimindo o terço médio do esterno com - colocação da cânula de guedell;
os polegares. - intubação e uso de respirador;
- Se a assistência for prestada apenas por uma pessoa, - avaliação da função respiratória (ritmo, frequência e
intercalam-se 2 ventilações para 15 massagens cardíacas. movimento torácico);
No caso de duas pessoas, a proporção é de 1 ventilação - avaliação das funções cardiocirculatórias usando
para 5 massagens. manobras de ressuscitação quando houver P.C.R;
- A eficácia da massagem cardíaca é avaliada pela - controle da hemorragia. Se for detectada hemorragia
palpação do pulso carotídeo ou femoral e se há contração interna, preparar o paciente para cirurgia;
das pupilas. - punção de veia para reposição das perdas sanguíneas
e administração de medicamentos;
Assistência de enfermagem na P.C.R. - preparação do material para flebotomia e P.V.C;
- Isolar a cama ou a maca do paciente com biombos. - sondagem vesical, se prescrita, para avaliação do
- Providenciar material, medicamentos e aparelhos débito urinário;
necessários á ressuscitação cardiopulmonar; - controle rigoroso da administração e perda de líquidos,
- Puncionar e fixar uma veia para administração e P.V.C e sinais vitais;
soluções e drogas prescritas; - avaliação de trauma crânio encefálico e outras lesões;
- Colaborar na dissecação de veia ou passagem de - imobilização das fraturas. observando as extremidades
intracarth; (coloração, temperatura e pulso);
- Fazer anotações no prontuário, tais como: hora da - avaliação da ansiedade do paciente, orientando e
parada, atendimento prestado, resultado e óbito; esclarecendo sobre o seu estado, procedimentos e dúvidas.
- O auxiliar de enfermagem deve auxiliar ao médico em
todos os procedimentos necessários; Traumatismos Crânio Encefálico (T.C.E):
Os pacientes que chegam ao posto de emergência podem
Material e Equipamentos necessários para P.C.R.: apresentar fratura de crânio, lesão de cérebro, edema cerebral
- Tábua de massagem cardíaca; ou hematoma. O T.C.E decorre geralmente de quedas
- Ambu, bird ou similar; acidentais, atropelamentos, colisões de autos ou ferimentos. A
- Material de entubação (laringoscópio, sondas gravidade do T.C.E esta condicionada principalmente á lesão
endotraqueais, mandril); cerebral. Eles podem ser abertos ou fechados.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Lesão do couro cabeludo: O paciente pode perder a consciência ou não. Quando
Costumam sangrar com uma certa intensidade, devido á consciente, dá sinais de agitação (SZPILMAN, 2000).
grande vascularização local. Náuseas, vômitos, distensão abdominal, dor de cabeça e no
peito, hipotermia, espuma rosada na boca e no nariz,
Tratamento: indicativa de edema pulmonar, sibilos, queda da pressão
- Sutura do ferimento; arterial, apneia e parada cardiorrespiratória são outros
- Tricotomia ao redor; sintomas possíveis (VARELLA, 2012).
- Limpeza da área com Povidini ou água e sabão;
Quando o crânio esta intacto, as bordas do couro PRIMEIRO SOCORROS
cabeludo podem ser comprimidas com o dedo, para estancar O enfermeiro deve ser capaz de analisar toda situação,
o sangramento temporariamente e permitir a inspeção. desde o tempo em que a vitima permaneceu dentro da água
até o atendimento avançado, detectando sinais de
Afogamento é a quarta causa de morte acidental em respiração e pulso/circulação e iniciar o suporte básico de
adultos e a terceira em crianças e adolescentes de todo o vida, com objetivo principal de evitar danos neurológicos
mundo. No Brasil, as características do clima, a vasta rede decorrentes da falta de suprimento de oxigênio (SZPILMAN,
hidrográfica e o tamanho do litoral representam fatores de 2000).
risco importantes para os afogamentos (SZPILMAN, 2000). O primeiro passo é promover a permeabilidade das vias
Constatou-se que no Brasil aconteceram quase 1,3 aéreas. Uma das manobras é a tração da mandíbula, usada
milhões casos de afogamento, em torno de oito mil vítimas em vitima com suspeita de fratura da coluna cervical para
chegaram ao óbito, sendo 35% nas praias e do total de desbloquear a passagem de ar para os pulmões.
mortes perto de 65% foram crianças (VARELLA, 2012). - Coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima),
A água é um elemento presente em quase todos os em um declive, com a cabeça mais baixa que o corpo.
momentos da vida das crianças. Para a maioria delas Cuidado: não dobre nem vire o pescoço do afogado.
significa divertimento, brincadeira e aventura, numa piscina, - Verifique também os batimentos cardíacos. Para sentir
lago ou simplesmente na rua, após a chuva. No entanto, a a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicadores e
água pode ser perigosa: uma criança pequena pode afogar- médios na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da
se em poucos centímetros de água, num balde, banheira ou traquéia.
tanque. - Se a pulsação estiver ausente ou a pupila dilatada, o
Afogamento em geral é causado por asfixia em virtude coração deve ter parado. É preciso fazer então uma
da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas e é massagem cardíaca.
responsável por alterações nas trocas gasosas, que levam à - Insista na ressuscitação pelo máximo de tempo que
hipoxia (insuficiência das taxas de oxigênio no sangue), você for capaz de aguentar. A vítima pode se recuperar
acidose metabólica (VARELLA, 2012). mesmo após muito tempo nessa situação.
A asfixia pode ser provocada inicialmente por - Quando a pessoa recuperar respiração e batimentos,
laringoespasmo, quando a pessoa, diante de uma situação deixe-a deitada de lado, com um braço abaixo da cabeça.
de afogamento, prende a respiração e debate-se de maneira Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do
descoordenada até que, não conseguindo permanecer sem socorro médico.
respirar, involuntariamente aspira grande quantidade de - Aqueça a vítima. Se possível, leve o afogado para um
água e encharca os pulmões. local quente. Retire sua roupa molhada e cubra-a com
Em 10% a 15% dos casos de afogamento, o espasmo é cobertores, toalhas ou o que estiver à mão. Se a pessoa
tão violento que impede a entrada não só de água, mas estiver consciente, ofereça uma bebida morna, doce e não
também de ar e a morte ocorre em poucos minutos. alcoólica. Não tente aquecê-la rapidamente com um banho
de água quente para evitar choque térmico. Friccionar
CAUSAS DO AFOGAMENTO braços e pernas pode ajudar a estimular a circulação
- Não saber nadar ou nadar mal; (SZPILMAN, 2000).
- Falta de condição física (má avaliação das capacidades
individuais); QUEIMADURAS
- Alterações das condições, estado do mar, condições Conceito: Queimaduras são lesões produzidas por
climáticas, temperatura da água, etc.); agentes térmicos, químicos, elétricos e radiativos que
- Doenças (cardíacas, paradas cárdio-respiratórias, destroem os tecidos.
epilepsia, etc.); Classificação: As queimaduras variam de grau e
- Traumatismos resultantes de saltos em águas intensidade, de acordo com o agente o tempo de exposição
desconhecidas e/ou pouco profundas); e a área atingida.
- Consumo de álcool e drogas. 1º grau: São superfícies, atingem somente a epiderme. A
pele fica vermelha e há pouca dor, exemplo, queimadura de sol.
TIPOS 2º grau: Atingem a derme, há avermelhamento intenso,
Afogamento primário – É o tipo mais comum, não edema (inchaço) e formação de bolhas, há muita dor.
apresentando em seu mecanismo nenhum fator desencadeante 3º grau: Atingem o teado subcutâneo, músculo e ate os
do acidente, é considerado um trauma provocado por uma ossos, produzindo lesões no inicio esbranquiçadas, havendo
situação inesperada que foge ao controle da pessoa. Sabendo posteriormente necrose do tecido.
ou não nadar, ela pode ser arrastada pela correnteza. A gravidade de uma queimadura é avaliada pelo grau e
Afogamento secundário – ocorre como consequência do pela intensidade (extensão).Assim pode ser mais grave uma
consumo de drogas, especialmente de álcool (o álcool é a queimadura de primeiro grau e mais extensa que uma de
principal causa de morte por afogamento em adultos), crises terceiro grau pequena.
agudas de doenças, como infarto do miocárdio, AVC e Complicações:
convulsões. Pode ocorrer também em razão de traumatismos 1. Choque devido á dor.
cranianos e de coluna decorrentes de mergulho em águas 2. Choque hipovolêmico por perda de água.
rasas, hiperventilação voluntária antes dos mergulhos livres, 3. Problemas respiratórios e renais.
doença da descompressão nos mergulhos profundos, 4. Infecção.
hipotermia e exaustão (VARELLA, 2012). 5. Deformidade.
Tratamento:
SINTOMAS PÓS-AFOGAMENTO - Aliviar a dor
Os sintomas variam de acordo com a gravidade do caso, - Repor perdas liquidas
e estão associados ao tempo de submersão, à temperatura - Prevenir complicações renais e ou respiratórios.
da água, ao volume ingerido e ao comprometimento - Evitar ou tratar infecções.
pulmonar. - Prevenir deformidades.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Cuidados de enfermagem Em caso de substâncias ácidas ou alcalinas, corrosivos
1° imediatos como derivados do petróleo, a indução ao vômito é
- Receber o paciente queimado em sala limpa. contraindicada. Caso seja necessário o uso de SNG, esta
- Usar técnica asséptica rigorosa. deve ser colocada por endoscopia.
- Utilizar as roupas do paciente com cuidado. Os animais podem representar muitos riscos para os
- Colocando-o sobre a maca forrada com lençol. homens. Não só os animais que possuem veneno, como
- Puncionar veia. também os animais domésticos.
- Controle hídrico rigoroso. As mordidas de cachorros ou de gatos podem causar
- Controle de sinais vitais a cada hora. pequenas, médias ou grandes lesões, que podem levar a
- Auxiliar no curativo das áreas queimadas. deformações permanentes e até mesmo à morte. A
- Observar estado mental do paciente (confusão, torpor e gravidade será determinada pela extensão e pelo local das
delírios). lesões. Tem-se ainda o risco da transmissão de doenças
2º imediato como a raiva (hidrofobia), embora, felizmente, esta já seja
- Controle de sinas vitais. uma doença erradicada na maioria dos estados brasileiros.
- Controle hídrico. As picadas de animais peçonhentos como cobras,
- Dar cuidados higiênicos. aranhas e escorpiões são ainda mais graves, pois podem
- Prevenir escaras e deformidades. causar lesões sistêmicas.
- Mudar de decúbito freqüentemente. Entretanto, as manifestações sistêmicas podem levar
- Movimentação no leito. algumas horas ou mesmo dias para se estabelecerem,
- Incentivar a deambulação. sendo assim, a afirmação do paciente em relação ao
- Incentivar dieta. acontecido e alguma manifestação local, como edema ou
mesmo algum ponto de aparente inserção de veneno,
INTOXICAÇÃO podem servir como diagnóstico inicial e como determinante
Infelizmente, é registrado um grande número de para o tratamento. A identificação correta do animal também
intoxicações exógenas, tanto acidentais quanto intencionais. determina qual o tratamento adequado.
Apesar do empenho de campanhas alertando sobre os
riscos e orientando quanto aos cuidados, o número de O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
crianças atendidas nas emergências devido à ingesta de • Ter sido mordido por um cachorro, gato ou algum
medicamentos ou produtos químicos ainda é bastante animal doméstico.
expressivo. VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
Entretanto, se tem percebido também um aumento das • Lesões irregulares com perda de tecido em uma
intoxicações exógenas por tentativa de suicídio, ou seja, extremidade.
ingesta intencional de grande quantidade de medicamentos • Sangramento.
ou outras substâncias com intuito de provocar a própria • Ansiedade.
morte. Nesses casos, além do atendimento aos aspectos • Palidez e pele fria.
físicos, ver a abordagem em transtornos psiquiátricos. CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
Independentemente dos motivos, a identificação do agente É importante determinar o tempo decorrido entre o
ingerido, a quantidade e o horário do ocorrido são os dados de acidente e a chegada à instituição para se ter ideia da
maior relevância a serem colhidos com o acompanhante ou com possível perda sanguínea.
o paciente, quando possível. Entretanto, muitas vezes os • Posicionar o paciente de forma a expor ao máximo o
indivíduos são trazidos aos serviços de emergência por pessoas ferimento.
que os socorreram, mas que não possuem informações seguras • Verificar e comunicar PA, P e FR, caso você acredite
sobre o que realmente aconteceu, dificultando o que houve volumosa perda sanguínea.
estabelecimento da terapêutica. • Obter acesso venoso calibroso, caso você perceba que
Na falta de informações, a observação de sinais e houve volumosa perda sanguínea.
sintomas passa a ser fundamental, sendo uma tarefa de toda • Iniciar a limpeza do local com água e sabão ou solução
a equipe de saúde que prestar atendimento ao paciente. fisiológica, conforme rotina da instituição.
• Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS rigorosamente os procedimentos prescritos.
Independentemente do produto de intoxicação, os Quando as mordidas ocorrerem em locais como tórax,
primeiros cuidados de enfermagem serão: crânio, pescoço e abdome, ou nos casos de criança ou idoso, o
- Verificar os sinais vitais e comunicar as alterações. paciente pode chegar à instituição em situação muito grave.
- Intervir nas complicações imediatas, como convulsões. Nesse caso, as condutas deverão ser imediatamente
(Ver cuidados durante e pós crise convulsiva.) comandadas pelo médico.
- Manter o paciente com a cabeça lateralizada caso haja
risco de vômitos. O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
- Instalar um oxímetro. • Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo
- Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio, se Sat do animal.
≤ 90%, ou conforme protocolo. • Pouca ou nenhuma dor local.
- Instalar monitoração cardíaca logo que possível. • Dores musculares em uma ou em várias partes do corpo.
- Manter-se alerta quanto ao nível de consciência. • Diminuição ou visão dupla.
- Manter as grades laterais do leito elevadas. • Urina com volume diminuindo
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar • Urina com cor de “coca-cola”.
rigorosamente os procedimentos prescritos. VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
Alguns procedimentos serão realizados após a • Pálpebras superiores caídas ou semicerradas.
prescrição médica, sendo determinados pelo tipo de • Leve edema e discreto eritema no local da picada.
substância ingerida, tempo e dose, por exemplo: POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO
- indução de vômito (xarope de Ipeca) • Picada de cobra do grupo crotálico (cascavel)
- lavagem gástrica
- instalação de via de acesso venoso para os casos de O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
uso de medicamentos antagonistas • Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo
- uso de carvão ativado do animal.
No caso do uso de carvão ativado, a dose recomendada ENFERMAGEM: CUIDADOS BÁSICOS AO INDIVÍDUO
é de 1 g/kg de peso, podendo ser diluída em água ou HOSPITALIZADO
refrigerantes na proporção de 1:4. A dose para crianças é • Dor local persistente que parece aumentar de forma
1/2 g/kg de peso. progressiva.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Após algumas horas (mais de 12 horas), podem
• Edema, hiperemia e cianose no local, podendo haver aparecer sinais e sintomas sistêmicos como: febre, calafrios,
bolhas, abscesso ou necrose de tecidos. mialgias, hematúria e IRA. O paciente pode chegar ao
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO quadro de choque, mas raramente a óbito.
• Picada de cobra do grupo botrópico (jararaca, cruzeira, POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO
jararaca pintada). • Picada da aranha Loxosceles (Fig. 1.9B).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO • Manter o paciente em repouso.
• Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo • Lavar bem o local do ferimento.
do animal. • Medir e comunicar SV.
• Pouca ou nenhuma dor. • Manter cuidados conforme a sintomatologia.
• Sensação de adormecimento da região atingida. • Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
• Saliva grossa, dificuldade de engolir e até de falar. rigorosamente os procedimentos prescritos.
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
• POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO ENFERMAGEM EM SAÚDE PUBLICA
• Picada de cobra do grupo elapídico (coral verdadeira). POLITICA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO
• Ter sido picado por uma cobra, sem determinar o grupo Com o objetivo de promover a vacinação da população
do animal. brasileira e assim diminuir, ou até mesmo erradicar, várias
• Dor local persistente que parece aumentar de forma doenças no território brasileiro, o Ministério da Saúde, por
progressiva. meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, mantém o
• Diarreia. Programa Nacional de Imunizações (PNI).
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Criado em 1973, o PNI contribuiu de forma significativa
• Sinais semelhantes aos da picada do grupo botrópico, para a erradicação da febre amarela urbana e da varíola no
como edema, hiperemia e cianose no local, podendo haver Brasil. Outro resultado de destaque é a ausência de registros
bolhas, abscesso ou necrose de tecidos, acrescidos de da paralisia infantil há 14 anos e do sarampo há três.
bradicardia e hipotensão. Além da imunização de crianças, o PNI também prevê a
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO vacinação de adultos, principalmente de mulheres em idade
• Picada de cobra do grupo laquético (surucucu pico-de- fértil e de idosos a partir de 60 anos de idade. Leia mais
jaca). sobre o programa.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) coordena o
• Deitar a vítima, elevando o membro atingido. Programa Nacional de Imunizações (PNI). Define normas e
• Retirar anéis ou pulseiras que possam garrotear a procedimentos técnicos, mediante ações estratégicas
extremidade, devido ao edema. sistemáticas de vacinação da população, com base na
• Manter o paciente em repouso. vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e no
• Lavar bem o local. conhecimento técnico e científico da área. Também é papel
• Medir PA e P, caso o paciente demonstre sinais como: da SVS a aquisição, conservação e distribuição dos
– palidez imunobiológicos que integram o PNI.
– pele fria e sudorética O MS, por meio do PNI, em atenção a Constituição da
– diarreia República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica da Saúde,
• Observar e comunicar a cor da urina, caso o paciente com vistas ao atendimento equitativo da população
deseje urinar. brasileira, oferece os chamados imunobiológicos especiais,
• Preparar o paciente para coleta de exames como disponibilizados nos Centros de Referência para
sangue e urina. Imunobiológicos Especiais - CRIE, estes destinados a
• Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar vacinação de grupos portadores de quadros clínicos
rigorosamente os procedimentos prescritos. especiais, isto é, portadores de imunodeficiências, seus
comunicantes, usuários que apresentaram evento adverso
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO pós-vacinação aos Imunobiológicos disponibilizados pelo MS
• Ter sido picado há mais de 3 horas por um animal e profilaxia pré e pós-exposição aos agentes
pequeno e escuro que pode ser preto ou amarronzado. imunopreveníveis.
• Dor no local da picada, náuseas e vômitos, diarreia, Além disso, grupos, como a população indígena.
“dor na boca do estômago” e vontade de urinar. Encontra-se em discussão recomendações de vacinas para
• Ter estado em local com muita vegetação, pedras e viajantes nacionais e internacionais.
fendas no solo.
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Vacinação no Brasil - Histórico
• Sudorese, dispneia, palidez e sialorreia. 1804 - Instituída a primeira vacinação no País - contra a
• Local do ferimento com um ou mais orifícios de picada. varíola
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS 1885 - Introdução da primeira geração da vacina
• Picada de escorpião ou de aranha “armadeira”. antirrábica
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS 1897 - Primeira geração da contra a peste
• Manter o paciente em repouso. 1904 - Decreto da obrigatoriedade da vacinação contra
• Lavar bem o local do ferimento. varíola
• Medir SV, principalmente FR, caso perceba dispneia. 1937 - Produção e introdução da vacina contra a Febre
• Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar Amarela Início da década de 1950 - implantação do toxidez
rigorosamente os procedimentos prescritos. tetânico (TT) e a vacina DTP, em alguns estados
1961 - Primeira campanha contra a poliomielite, projeto
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO experimental em Petrópolis - RJ e Santo André – SP
• Náuseas e vômitos, coceira generalizada e insônia. 1962 - Primeira campanha nacional conta a varíola
• Ter sido picado há mais de 12 horas por um animal 1967 - Introdução da vacina contra o sarampo para as
pequeno e escuro. crianças de oito meses a quatro anos de idade
• Que se encontrava em casa quando picado. 1968 - Inicia-se a vacinação com a vacina BCG 1970 -
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Registros oficiais do Ministério da Saúde sobre casos de
• Edema no local, mancha equimótica com desenho doenças preveníveis por vacinação:
irregular e área isquêmica ao redor do ferimento. Pode haver 11.545 casos – poliomielite
flictenas. 1.771 casos – varíola

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
10.496 casos – difteria ativa e passiva de doentes com neoplasias e de pessoas
81.014 casos – coqueluche infectadas pelo HIV.
109.125 casos – sarampo Definição da SVS como ponto focal nacional, perante a
111.945 casos – tuberculose OMS, para os propósitos previstos no RSI (2005) e criação
1971 - Ocorrência no Brasil do último caso de varíola do Comitê Permanente responsável por implementar e
1973 - Criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI acompanhar as ações relativas ao Regulamento no âmbito
1975 - Instituição do Programa Nacional de Imunizações do SUS.
- PNI e do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Estabelecimento de ajuste complementar ao Acordo de
(Lei 6.259) Cooperação Técnica entre o Brasil e o Canadá para
1976 - Regulamentado o PNI implementar projeto tripartite de Aprimoramento do
1977 - Instituído em Portaria nº 452 o primeiro Programa Haitiano de Imunizações para – entre outros
Calendário Básico e o Cartão de Vacinas com as vacinas objetivos – implantar sistema de informação, estruturar a
obrigatórias para os menores de 1 ano de idade rede de frio e capacitar profissionais de saúde.
1992 a 2002 - Implantação gradativa nos estados da
vacina dupla (sarampo e rubéola) ou tríplice viral (sarampo, Criação do Centro de Informações Estratégicas em
caxumba e rubéola) Vigilância em Saúde (Cievs), responsável pelo
1996 - Redefinição das estratégias de vacinação contra monitoramento e pelas ações de forma contínua para o
Hepatite B em menores de 1 ano de idade em todo o país e enfrentamento de situações que envolvam as doenças de
ampliação da faixa etária para 15 anos na Amazônia Legal, notificação imediata, emergências em Saúde Pública e
SC, ES, PR e DF agravos, ampliando e qualificando a capacidade de vigilância
1999 - Substituição da vacina TT pela dupla tipo adulto e resposta do SUS a essas ocorrências.
(difteria e Tétano) no calendário básico para a faixa etária de Aprovação e divulgação das diretrizes do Pacto pela
7 anos e mais Saúde – Consolidação do SUS – com três componentes: (i)
2002 - Introdução da vacina Tetravalente para os Pacto pela Vida; (ii) Pacto em Defesa do SUS; e (iii) Pacto
menores de 1 ano de Gestão.
2003 - Atualização do calendário na faixa etária de 12 Aprovação da Política Nacional da Atenção Básica, com
meses a 11 anos de idade revisão de diretrizes e normas, apontando como um dos
2004 - instituído o Calendário Básico de Vacinação em requisitos mínimos para manutenção da transferência do
Portaria de nº 597 Piso da Atenção Básica (PAB) o indicador cobertura vacinal,
2004 - Campanha de Vacinação de Seguimento contra com a terceira dose da tetravalente em menores de um ano
Sarampo Caxumba e Rubéola para as crianças de 12 meses de idade igual ou maior que 95%.
a 4 anos, na qual foram vacinadas 12.777.709 crianças,
92.80% de cobertura vacinal 2007
2006 - inclusão da vacina contra o rotavírus humano Realização de inquérito domiciliar para estimar a
para os menores de 6 meses de idade cobertura vacinal nas 27 capitais brasileiras, mostrando a
alta participação das crianças nos dias nacionais de
Vacinação e Programas atuais vacinação e evidenciando esses eventos como importante
2006 estratégia para recuperação da cobertura vacinal.
Atualização e adequação do Calendário Básico de Avaliação da gestão do PNI na esfera nacional,
Vacinação da Criança, com a introdução da vacina oral utilizando-se metodologia qualitativa, desenvolvida por grupo
contra o rotavírus humano (VORH), mantendo-se as demais de avaliadores da SVS e convidados, tendo-se como foco a
vacinas para este calendário e para o Calendário de gerência dos diversos componentes internos do Programa e
Vacinação do Adolescente e o Calendário de Vacinação do a capacidade de coordenação, de decisão e de articulação
Adulto e Idoso, publicados em 2004. internamente e com setores externos no âmbito da SVS e do
Alcance do objetivo de eliminação do tétano neonatal MS.
como problema de Saúde Pública no território brasileiro, Publicação do Manual de rede de frio para a manutenção
segundo critérios da OMS. de equipamentos de refrigeração, ar-condicionado e geração
Realização de estudo de coorte da população não de emergência, com o objetivo de subsidiar a atuação de
vacinada para a rubéola, entre 1997 e 2006, utilizando-se profissionais técnicos, operadores e usuários da rede de frio,
dados do SI-API como base para a decisão sobre a adoção fundamentando a formulação de diagnósticos, a instalação e
de uma estratégia de eliminação da rubéola e da SRC no a manutenção dessa Rede, bem como a preparação de
País. recursos humanos e o desenvolvimento de atividades de
Criação do Programa Nacional de Competitividade em supervisão, monitoramento e avaliação.
Vacinas (Inovacina), gerado no âmbito do projeto Inovação Instituição de Comitê Permanente para acompanhar e
em Saúde, da Fiocruz, integrado por quatro componentes: monitorar a implementação de ações relativas à vacina
definição de políticas e organização da produção; contra papilomavírus humano (HPV), coordenado pelo
modernização do parque produtivo; avaliação e regulação; Diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
desenvolvimento e inovação. Formação de Comitê Técnico responsável pela análise
Constituição de Grupo de Trabalho para elaborar plano documental para comprovação da interrupção da
de ação visando à incorporação, no âmbito do SUS, da transmissão do vírus endêmico do sarampo, da rubéola e da
vacina quadrivalente recombinante contra papiloma vírus SRC, aprovado pela 27ª Conferência Sanitária Pan-
humano (HPV) tipos 6, 11, 16 e 18, para a profilaxia de Americana e pela 59ª sessão do Comitê Regional da Opas.
doença relacionada a esses tipos de agentes. Passa a vigorar o RSI de 1969, cuja adoção foi acordada
Suspensão da administração da segunda dose da vacina em 2005 pelos Estados membros da Opas. O Regulamento
BCG para a faixa etária de 6 a 10 anos, considerando-se o tem por finalidade aumentar a segurança sanitária mundial
resultado de estudos que apontam baixa proteção em com a mínima interferência nas viagens e no comércio
adolescentes e adultos jovens e o efeito protetor da primeira internacional.
dose ao nascer, com evidências de duração por mais de 15
anos. A indicação, no entanto, ficou mantida para os contatos 2008
domiciliares de doentes com hanseníase, conforme Realização da Campanha Nacional de Vacinação para
normatizado. Eliminação da Rubéola, considerada uma megaoperação
Publicação da 3ª edição do Manual dos Centros de pela sua abrangência e complexidade, tendo como grupo-
Referência para Imunobiológicos Especiais, agregando alvo 70 milhões de brasileiros, homens e mulheres, com
normas publicadas em outros documentos do MS, como o idades de 20 a 39 anos em todo o País, acrescendo-se o
Guia de Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV, o Manual grupo de 12 a 19 anos em cinco unidades federadas (MA,
de Hepatites Virais e as recomendações para a imunização RN, MG, RJ e MT).

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Utilização intensiva da internet na Campanha Nacional históricas e sazonalidade) dessas taxas nas regiões do
de Vacinação para Eliminação da Rubéola, possibilitando Brasil no período de 1992 a 2005, mediante comparativo
uma interatividade permanente entre os coordenadores da entre a fase anterior e a posterior ao início das campanhas
campanha (das esferas federal, estadual e municipal), a de vacinação contra a influenza.
população e os profissionais de saúde, especialmente na Implementação de capacitações em rede de frio: curso
resposta imediata a dúvidas relativas aos aspectos técnicos de especialização, em parceria com a EPSJV, para técnicos
e operacionais. da Cenadi e municípios do Rio de Janeiro. Treinamento para
Criação do vacinômetro com o Zé Gotinha, caracterizado uso e manutenção de sistema de refrigeração a energia
como masculino e feminino, ao lado de uma seringa que se solar, envolvendo técnicos da Região Norte (das sete UF).
enchia gradativamente à medida que o sistema era Curso piloto para uso do sistema datalogger (controle de
alimentado a partir do município, método utilizado para temperaturas ao longo da rede de frio) no transporte de
fornecer informações sobre resultados da campanha quase imunobiológicos.
em tempo real, mediante registro on-line, por meio do site: Inclusão do indicador 95% da população-alvo (menores
<http://pni.datasus.gov.br>. de um ano) vacinada em 70% dos municípios no mínimo
Realização do Monitoramento Rápido de Coberturas para o monitoramento e a avaliação do Pacto pela Saúde e
(MRC) após a Campanha Nacional de Vacinação para do indicador cobertura vacinal por tetravalente em menor de
Eliminação da Rubéola, quando foram entrevistadas cerca um ano no Pacto de Gestão.
de 1,5 milhão de pessoas do grupo alvo, encontrando Inclusão das imunizações como um dos eixos da
coberturas vacinais para a área monitorada da ordem de Programação das Ações de Vigilância em Saúde (Pavs),
92%, bem próxima da cobertura alcançada, o que contribui envolvendo ações de vacinação e a vigilância de eventos
para avaliar o êxito da operação. adversos pós-vacinação. A Pavs constitui instrumento norteador
Definição, pela Opas, dos critérios de verificação da das ações de vigilância para as demais esferas do SUS.
eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da Proposição de investimento nos produtores públicos de
rubéola congênita (SRC). imunobiológicos, por meio do Programa Mais Saúde 2008–
Publicação da 2ª edição do Manual de Vigilância 2011 – Eixo 3: Complexo Industrial da Saúde,257 dotando-
Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. os de capacitação tecnológica e competitiva, de modo a
Alteração na composição do Comitê Técnico Assessor atender a pelo menos 80% das necessidades do PNI e
em Imunizações (CTAI),248 que, periodicamente renovado, produzir novos imunobiológicos.
oferece ao PNI a consultoria necessária e qualificada para as Aprovação do Regulamento Técnico para a Orientação e o
decisões emanadas da esfera federal. Controle Sanitário do Viajante, contendo as recomendações
Criação do Comitê Técnico Operacional (Cato) no âmbito do sobre as principais vacinas de interesse para os viajantes
PNI, mediante portaria do secretário de Vigilância em Saúde, nacionais e internacionais, bem como as orientações quanto à
com a finalidade de trazer para a esfera nacional o emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia
conhecimento e a experiência de profissionais que vivenciam as (Civip).
questões práticas em imunizações nos níveis local e estadual.
Criação do Comitê Interinstitucional de 2009
Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos Realização de capacitações para o uso da metodologia de
(Cifavi), constituído pela Agência Nacional de Vigilância vigilância das coberturas de vacinação, com o objetivo de
Sanitária (Anvisa), pela SVS, por intermédio da CGPNI, e melhorar a capacidade de avaliar a qualidade dos dados e, em
pelo INCQS da Fiocruz, para promover ações articuladas consequência, aprimorar a qualidade do numerador (doses
entre entes do Sistema de Vigilância em Saúde na vigilância administradas) utilizado para o cálculo das coberturas.
pós-registro de vacinas e outros Imunobiológicos. Declaração, pela OMS, de emergência de saúde pública
Realização de estudo com a comparação de coberturas de importância internacional (Espii), de acordo com o RSI
vacinais obtidas a partir da utilização de diferentes bases (2005), relacionada a uma pandemia provocada por um novo
populacionais como denominador, na perspectiva de vírus da influenza A (H1N1) 2009, que nunca havia circulado
identificar a base mais adequada para a avaliação e o entre humanos, o que levou o MS a instituir o Gabinete
planejamento das ações de vacinação no âmbito do PNI. Permanente de Emergências em Saúde Pública (Gape)
Participação do Brasil, sob a coordenação do PNI, de (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004c).
estudo, em âmbito internacional, de monitoramento da Aprovação das diretrizes para execução e financiamento
segurança da vacina VORH, para determinar vínculo entre a das ações de vigilância em saúde pela União, pelos estados,
vacinação e a ocorrência de invaginação intestinal ou pelo Distrito Federal e pelos municípios, estabelecendo,
intussuscepção, patrocinado pela Gavi com o apoio do CDC e entre outros aspectos, que o PNI é um dos programas de
da Opas, envolvendo sete UF: BA, CE, MG, PR, RJ, RS e SP. prevenção e controle de doenças de relevância em Saúde
Desenvolvimento de metodologia de vigilância das Pública integrantes do Sistema Nacional de Vigilância em
coberturas vacinais como estratégia de sinalização de Saúde, coordenado pela SVS.261
situações críticas, caracterizadas como de risco Reafirmação das competências das três esferas de
epidemiológico’ em razão de baixas coberturas e da gestão do SUS com relação ao PNI (com destaque para a
existência de bolsões de suscetíveis. responsabilidade da União no tocante ao abastecimento de
Retomada, após três anos, da Operação Gota com o Imunobiológicos) e da esfera estadual relativa ao provimento
objetivo de realização de missões aéreas para de seringas e agulhas, bem como à gestão do SI-PNI.261
multivacinação em áreas de difícil acesso.
A Operação Gota integra dois setores – Saúde e Defesa 2010
– numa parceria entre o PNI e o Comando da Aeronáutica, Atualização e adequação do Calendário Básico de
por meio do Comgar, mediante um Termo de Cooperação Vacinação da Criança, com a introdução da vacina
Técnica para utilização de horas-voo em aeronaves da Força meningocócica 10 (conjugada), mantendo-se as demais
Aérea Brasileira (FAB). vacinas para este calendário e para o Calendário de
Iniciadas a revisão e a adequação do conteúdo e da Vacinação do Adolescente e o Calendário de Vacinação do
metodologia do Treinamento de Pessoal da Sala de Adulto e Idoso, conforme publicação de 2006.262
Vacinação (Manual do Monitor e Manual do Treinando), Instituição, em todo o território nacional, do Calendário de
assim como do processo de articulação, tendo-se em vista a Vacinação para os Povos Indígenas.
capacitação de monitores desse treinamento na modalidade Introdução da vacina pneumocócica 10-valente
de educação a distância (EAD). (conjugada) no calendário de vacinação do PNI para
Constatação da diminuição nas taxas de mortalidade por crianças de dois meses a menos de dois anos (24 meses),
pneumonias, influenza, bronquites e obstrução das vias protegendo-as contra doença invasiva e otite média aguda
respiratórias em pessoas com 60 anos e mais de idade, a causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5,
partir de estudo sobre as séries temporais (tendências 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Introdução da vacina meningocócica C (conjugada) no organização desse nível de atenção, bem como para a
calendário de vacinação do PNI para crianças com idades entre Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
três meses a menos de dois anos de idade no primeiro ano da Comunitários de Saúde (Pacs).
introdução, prevenindo doenças provocadas pela bactéria Regulamentação da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº
Neisseria meningitidis do sorogrupo C, que causa infecções 8.080/90), que trata da organização do SUS, do
graves e, às vezes, até fatais, como a meningite e a sepse. planejamento da saúde, da assistência à saúde e da
Instituição do Comitê Técnico Assessor de Erradicação articulação interfederativa, com destaque, nesta última, para
do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde.
Rubéola Congênita, de caráter consultivo, para assessorar a
condução do processo de preparação para certificação da 2012
erradicação no território nacional. Introdução da vacina pentavalente no calendário de
Apresentação, pelo Ministério da Saúde, de relatório vacinação da criança. A pentavalente resulta da combinação
pleiteando a certificação da eliminação do sarampo e de quatro vacinas (a DTP, a hepatite B e a Hib), para
apontando as recomendações, os compromissos e os crianças com menos de sete anos de idade, trazendo como
encaminhamentos relativos à eliminação da transmissão do grande vantagem a diminuição do número de injeções.
vírus da rubéola, com vistas à cer tificação regional em 2012. Introdução da vacina contra a poliomielite de vírus
O relatório registra o resultado do trabalho desenvolvido no inativados (VIP) no calendário de vacinação da criança,
País, focado no tripé vigilância epidemiológica, vigilância substituindo as duas primeiras doses da vacina oral (VOP), que
laboratorial e imunização. é mantida no esquema para mais duas doses. O objetivo é
Realização de estudo sobre a efetividade da vacina 10- minimizar o risco (raríssimo) de paralisia associada à VOP, mas
valente contra a doença pneumocócica invasiva, após sua mantendo a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco
introdução no calendário de vacinação da criança, com potencial de introdução de poliovírus selvagem em nosso meio,
participação de 10 UF: BA, PE, CE, MG, PR, RS, SP, DF, a exemplo de pessoas oriundas de localidades que ainda
GO e AM.267 apresentam casos autóctones da poliomielite.
Realização de avaliação tecnológica de vacinas para a Iniciado o processo de implementação de mudanças na
prevenção de infecção pelo HPV e estudo do potencial de estratégia de vacinação pos-certificação, com a realização
custo-efetividade da incorporação dessa vacinação ao de uma única etapa anual da campanha de vacinação contra
calendário de vacinação do PNI. a poliomielite, tendo-se em vista, de modo especial, a
Publicação, em versão traduzida para a língua prevenção da reintrodução do poliovírus selvagem no País,
portuguesa, dos Módulos de Princípios de Epidemiologia e incluindo a agregação da VIP ao calendário de vacinação.
Controle de Doenças (Mopece), em sete volumes, produto Realização de mobilização nacional para atualização do
da cooperação técnica entre a Opas e a SVS, como esquema de vacinação dos menores de cinco anos –
instrumento de capacitação em epidemiologia básica, Campanha Nacional de Multivacinação –, ocorrida no mês
voltado para profissionais de saúde, especialmente aqueles de agosto, com oferta de todas as vacinas do calendário da
que atuam nos serviços de saúde locais. criança, administradas de forma seletiva mediante avaliação
Aprovação, pelo Conselho Diretor da Opas, em sua 50ª da situação vacinal, quando foram administradas 3,3 milhões
reunião, de Resolução (CD50.R5) destacando os avanços na de doses de vacinas.
vacinação e aconselhando Estados membros a reiterar o Expansão da faixa etária para vacinação contra hepatite
apoio aos programas nacionais de imunização como um bem B na rotina dos serviços de saúde, mediante inclusão de
público e o compromisso com a visão e a estratégia regional pessoas com idades entre 25 e 29 anos.
de vacinação, para manter os resultados, abordar a agenda Realização do monitoramento rápido de cobertura (MRC)
inacabada na imunização e enfrentar com sucesso os novos após a Campanha de Atualização do Esquema de
desafios da região. Vacinação, com o objetivo de avaliar a situação vacinal dos
menores de cinco anos de idade e resgatar não vacinados,
2011 de acordo com metodologia preconizada pelo PNI.
Realização da 5ª Campanha Nacional de Seguimento Realização de estudo para caracterizar o perfil clínico e
contra o Sarampo, dirigida a crianças entre um e sete anos, epidemiológico da invaginação intestinal antes e depois da
com a vacina tríplice viral, com cobertura vacinal de 98,5%. introdução da VORH no calendário brasileiro de vacinação da
Expansão da faixa etária para vacinação contra hepatite criança.
B na rotina dos serviços de saúde, mediante inclusão de Realização de estudo, de abrangência nacional, com o
pessoas com idades entre 20 e 24 anos. objetivo de analisar coberturas de vacinação, homogeneidade e
Inclusão de gestantes, indígenas, crianças com idades proporção do abandono de esquemas de vacinação e sua
de seis meses a dois anos incompletos e trabalhadores da relação com a ocorrência de doenças imunopreveníveis,
Saúde como população-alvo da Campanha Nacional de considerando o período 1982–2012.
Vacinação contra Influenza, realizada no País desde 1999. Realização de estudo para avaliar a qualidade dos registros
Instituição de Comitê Gestor para promover, coordenar e administrativos da atividade de vacinação, identificando fatores
acompanhar o desenvolvimento tecnológico e a produção que influenciam a realidade/veracidade das informações sobre
das vacinas pentavalente (DTP, Hib e hepatite B) e doses aplicadas, da consolidação e da transferência dos dados
heptavalente (DTP, Hib, hepatite B, meningite C conjugada e gerados no nível local, objetivando subsidiar e instrumentalizar
poliomielite inativada). os gestores no tocante a iniciativas para melhor qualificar o
Publicação do Manual de Rede de Frio, que contém Sistema de Informação do PNI.
orientações técnicas para o planejamento arquitetônico e de Fortalecimento da rede de frio, especialmente a partir da
engenharia na construção, reforma e/ou ampliação das ampliação de estruturas nas instâncias estaduais e
Centrais Estaduais de Rede de Frio. municipais, mediante repasse de recursos para ampliação da
Definição de procedimentos para a triagem clínica de capacidade de armazenamento dos imunobiológicos.
doadores de sangue no tocante ao tempo de inaptidão Fomento à implantação do SI-PNI nas unidades de saúde
relacionado a algumas vacinas e soros. com sala de vacinação, cadastradas no SI-API, mediante
Estabelecimento, pelo MS, dos princípios e das diretrizes repasse financeiro, em parcela única, para aquisição de
relativos à incorporação de tecnologias em saúde no âmbito do equipamentos.
SUS, incluindo a criação da Comissão Nacional de Incorporação
de Tecnologias (Conitec), responsável pela incorporação, 2013
exclusão ou alteração de novos medicamentos, produtos e Inclusão da vacina contra varicela no Calendário de
procedimentos, bem como pela constituição ou alteração de Vacinação da Criança, mediante substituição da vacina
protocolo clínico ou de diretriz terapêutica. tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) pela vacina
Aprovação da Política Nacional de Atenção Básica, que combinada tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela),
estabelece a revisão de diretrizes e normas para a para a população de um ano de idade.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Inclusão, como população-alvo da Campanha Nacional A presença do Brasil no contexto internacional já é
de Vacinação contra Influenza, de pessoas portadoras de relevante e será, certamente, revigorada, especialmente pelo
doenças crônicas não transmissíveis e outras condições fato de representar um mercado consumidor de peso, em
especiais, bem como puérperas até 45 dias depois do parto, função do contingente formado pelos grupos-alvo do PNI,
com indicativo de exigência de apresentação de documento mas não podemos desconhecer que a dependência
comprobatório dessas condições. brasileira no tocante à tecnologia de produção de
Realização de estudo, tipo caso-controle, para imunobiológicos ainda é muito significativa e precisa ser
determinação de fatores de risco associados à ocorrência de reduzida ao máximo.
invaginação intestinal após a introdução da VORH no O investimento, por parte do Ministério da Saúde, em
calendário de vacinação do PNI. inovação tecnológica tem alcançado fortemente o PNI, e
essas iniciativas precisam ser mantidas e expandidas para
Vacinação é atenção básica que o Programa se consolide definitivamente como
É essencial reconhecer e reafirmar a vacinação como alternativa para a proteção da população brasileira.
ação intrinsecamente vinculada à atenção básica em saúde, A articulação entre a SVS e a Secretaria de Ciência,
como um cuidado preventivo de promoção e de proteção da Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) é fundamental para
saúde, oferecido, de modo geral, na porta de entrada do que a capacidade tecnológica nacional em imunobiológicos se
SUS. Conceber a vacinação nessa perspectiva é amplie cada dia mais. Iniciativas governamentais que envolvem
imprescindível a todos os envolvidos: equipes, gestores e orçamento e financiamento para o complexo industrial da Saúde
profissionais. – especialmente no tocante à indução do desenvolvimento
Uma ação de Saúde Pública que se concretiza a partir tecnológico dos insumos para a Saúde, entre os quais têm forte
de uma unidade básica de saúde que integra um sistema presença os imunobiológicos – precisam ser fortalecidas e seus
municipal que compõe o sistema nacional de saúde. Uma encaminhamentos e suas decisões devem ser olhados como
ação realizada por uma equipe na qual o vacinador é peça- prioridade governamental.
chave, mas que não prescinde da atuação e intervenção dos Como alerta Homma, faz-se imprescindível o [...] apoio
demais profissionais. ao fortalecimento da capacidade nacional quanto à inovação
Essas são premissas que estão respaldadas na própria tecnológica, modernização e construção de novos
Política Nacional de Atenção Básica, especialmente quando laboratórios de produção.
define esse nível de atenção como um [...] conjunto de ações A utilização do poder de compra como instrumento
de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a importante nos acordos de transferência de tecnologia
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o fortalece a capacitação tecnológica nacional e garante a
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da oferta de vacinas essenciais a um preço compatível com o
saúde. [...] orçamento governamental.
É o contato preferencial dos usuários com os sistemas A atuação do CTAI, no seu papel de suporte qualificado
de saúde. [...] Considera o sujeito em sua singularidade, na às decisões do Programa, é de alta importância no contexto
complexidade, na integralidade e na inserção sociocultural e da expansão da política de imunizações, do mesmo modo
busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento como o estreitamento de parcerias com organizações e
de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que instituições nacionais e internacionais, com destaque para
possam comprometer suas possibilidades de viver de modo as sociedades científicas e os organismos da ONU, além do
saudável.289 intercâmbio de experiências com outros povos e países.
Esses pressupostos, inclusive, nos levam a afirmar que,
independentemente da estratégia proposta, especialmente Vacinação segura
quando das grandes mobilizações pensadas e articuladas na A política de imunizações, como já pontuado, concretiza-
esfera nacional, em razão de situações epidemiológicas se numa rede de prestação de serviços que precisa estar,
específicas, a ação se concretiza a partir da unidade de cada vez mais, próxima daqueles que dela precisam, com
saúde, pelas equipes de vacinação, sob a coordenação da salas de vacinas devidamente equipadas, com condições
esfera gestora municipal, com o apoio, o suporte e a físicas e materiais dignas das equipes de vacinação e dos
cooperação técnica, logística e financeira das esferas usuários e suas famílias. Uma rede de serviços que sabe
estadual e nacional. usar com eficiência, quando necessárias, operações
E o PNI, no contexto dessas esferas de gestão massivas de rápido alcance, com oferta do máximo possível
autônomas, mas interdependentes, é o exemplo maior da de produtos destinados àquela população-alvo.
necessidade do aperfeiçoamento dessa interdependência, O conceito de vacinação segura, de uma forma ampla e
especialmente pela presença do Programa, com suas abrangente, envolve um conjunto diferenciado de aspectos
proposições e seus desafios, nos fóruns e colegiados de relacionados ao processo de vacinação, que se inicia ainda
negociação e pacto no âmbito da gestão da política de no âmbito do processo de produção e na aquisição do
saúde, como as comissões intergestores e os colegiados imunobiológico dentro das especificações e com a qualidade
regionais, nos quais ocorrem discussões, decisões e exigida, seguindo-se a sua distribuição nas condições
adequações de ações de alcance nacional, regional e local. adequadas, desde o laboratório produtor até a sala de
A autonomia de cada esfera também exige o fortalecimento vacinação, destacando-se nesse trajeto a eficiência da rede
e a qualificação das equipes de coordenação e de execução, de frio.
além do olhar da gestão para a prioridade que deve ser dada Também fazem parte do conjunto de responsabilidades
à política de imunizações ao lado de outras políticas de determinantes de uma vacinação segura os procedimentos e
saúde no universo da saúde coletiva. os métodos relacionados ao manejo dos produtos, ao uso de
seringas e agulhas indicadas, à definição da via e à seleção
Incorporação de novas vacinas do local apropriado para a administração do produto
e novos grupos populacionais imunobiológico, além dos cuidados quanto ao
Uma política de imunizações cada vez mais inserida acondicionamento e destino adequados do material
numa realidade de futuro pressupõe um compromisso com a perfurocortante e de sobras de vacinas.
contínua inserção de novas vacinas (incluindo a redução de Ainda dentro do conceito de vacinação segura, têm-se
injeções) e a agregação de outros grupos da população. questões que estão diretamente vinculadas a atitudes e
São imprescindíveis, no entanto, o compromisso e o comportamentos de prevenção e cuidados a serem adotados
incentivo da gestão do SUS ao desenvolvimento científico e pelos profissionais de saúde que trabalham com a
tecnológico, bem como de estudos e pesquisas que vacinação, mas que também estão atreladas às condições e
demonstrem a efetividade e a factibilidade de iniciativas aos ambientes de trabalho, incluindo medidas a serem
ampliadoras do alcance do Programa e que considerem adotadas quando do contato acidental com o líquido vacinal
primordialmente as imposições trazidas por situações ou quando da ocorrência de acidente perfurocortante com
epidemiológicas internas e externas. material utilizado na vacinação.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Esses e outros aspectos relacionados à vacinação Altas e homogêneas coberturas: compromisso
segura precisam estar sustentados em diretrizes, normativas Somente altas e homogêneas coberturas poderão
e protocolos, cuja formulação deve ser liderada pela esfera produzir impacto no comportamento epidemiológico das
nacional do Programa, de forma articulada e pactuada com doenças imunopreveníveis.
as demais esferas, tendo como suporte estudos, pesquisas e O PNI do futuro também estará buscando as estratégias
a expertise de instituições e organizações. O propósito é mais adequadas para chegar o mais próximo possível dos
estabelecer uma unidade nacional em termos de grupos-alvo, garantindo a proteção efetiva, evitando a
procedimentos e condutas tanto na rotina quanto em formação e manutenção de bolsões de não vacinados.
operações massivas de vacinação. A vigilância das coberturas e o monitoramento da
Essas diretrizes, normativas e protocolos devem ser homogeneidade são instrumentos potentes para garantir o
publicados e disseminados massivamente por toda a rede, objetivo final e definitivo do PNI, que é contribuir
utilizando-se material impresso e as possibilidades ofertadas efetivamente para o controle de doenças em nosso País,
pela tecnologia da informação, bem como todas as provocando e mantendo mudanças profundas no cenário
oportunidades de contato, especialmente em reuniões, epidemiológico e servindo como experiência modelar para
eventos e processos de capacitação. muitas regiões do planeta.
O SUS – por intermédio do Ministério da Saúde e dos
Vigilância dos eventos adversos associados à gestores das esferas estadual e municipal –, os parceiros
vacinação institucionais, governamentais e não governamentais e as
A vigilância atenta quanto à possível ocorrência de representações da sociedade civil demonstraram, ao longo
eventos adversos que venham a ser associados à vacinação destes 40 anos da política brasileira de imunizações, um
é uma exigência cada vez maior. compromisso de avançar e continuar avançando cada vez
Martins e Maia ponderam que [...] enquanto existia mais para fazer cumprir com eficiência e efetividade a
grande incidência de doenças imunoevitáveis no Brasil, o missão do PNI, com a discussão permanente sobre normas,
PNI e a sociedade organizada tinham atenções voltadas metas e resultados.
para o seu controle. Pouco se discutia acerca de segurança São 40 anos de luta, de conquistas, de resultados
de vacinas e sobre eventos adversos relacionados às concretos, de defesa e atuação na perspectiva da prevenção
vacinações [...].291 e da promoção da saúde da população brasileira.
Hoje, com a ampliação dos grupos-alvo e com o
aumento do quantitativo de vacinas administradas, CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS,
especialmente quando da utilização de estratégias NÃO TRANSMISSÍVEIS
massivas, inclusive com o uso de produtos mais
reatogênicos, é esperada a ocorrência de eventos locais E SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
e sistêmicos que devem ser notificados, investigados e
analisados, com a adoção de medidas pertinentes, Doenças transmissíveis
objetivando atuar sobre os fatores que condicionaram a O Brasil vem alcançando resultados cruciais na
ocorrência, incluindo o monitoramento e a avaliação dos prevenção e no controle de doenças transmissíveis e dispõe
eventos identificados. do mais completo programa de imunizações do mundo. O
País saltou de 214 milhões para 322 milhões de doses
Força de trabalho: o sustentáculo anuais de vacinas e soros de meados da década para 2001.
Olhar o futuro do PNI também passa por profissionais de Tem em seu calendário básico todas as vacinas
saúde capacitados e conscientes da grande recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. São 45
responsabilidade que está em suas mãos, o que requer, para tipos de imunobiológicos disponíveis gratuitamente em todo
tanto, formação e qualificação das equipes de vacinação e o País para toda a população. Em caráter de rotina, há
dos outros profissionais nas diferentes esferas de gestão. também vacinação, nas crianças menores de dois anos de
Preparação e atualização permanentes colocam-se idade, contra a bactéria causadora da meningite infantil.
como fundamentais, mediante o uso de todo o potencial das
tecnologias de acesso à educação, ao conhecimento técnico, A seguir, alguns dos principais resultados obtidos:
científico e operacional e às decisões que fundamentam o • Poliomielite – O Brasil é o único país que consegue, em
seu processo de trabalho. um único dia, como acontece nas campanhas de vacinação
Responsabilidade que, do mesmo modo, aprimora o contra poliomielite (paralisia infantil), ativar 131 mil postos de
registro da atividade de vacinação e a busca incessante do saúde, mobilizar 530 mil pessoas, entre profissionais de
alcance dos públicos-alvo representados por altas e saúde e voluntários, e vacinar mais de 17 milhões de
homogêneas coberturas, aspectos de vital importância para crianças. A doença, que pode deixar seqüelas graves e até
a avaliação dos resultados do Programa, que, em sua mesmo matar, chegou a acometer 3.596 crianças no ano de
essência, visa ao controle e à eliminação ou erradicação de 1975, mas foi totalmente erradicada do nosso País a partir
doenças imunopreveníveis. de 1990. O Governo Federal manteve essa erradicação
Olhar o futuro do PNI é pensar uma Rede de Frio de apesar das epidemias que ocorreram em vários países da
imunobiológicos cada vez mais eficiente, mais capaz de África e da Ásia durante a última década.
identificar situações de risco e de garantir um produto com • Sarampo – Chegava a atingir de 2 a 3 milhões de
qualidade, do começo ao fim da cadeia, quando a vacina crianças nos anos epidêmicos na década de 70, encontra-se
cumpre o propósito para o qual foi concebida: a capacidade sem registro de casos autóctones no País desde dezembro
de proteger a pessoa vacinada. de 2000.
É pensar, certamente, em um imunobiológico mais • Difteria – Também era muito presente entre as
resistente à temperatura ambiente e aos riscos a que está crianças. Apresentou, em 2001, apenas 19 casos
submetido ao longo da cadeia. confirmados de 130 notificados, isto é, houve uma redução
O PNI do futuro também estará cada vez mais “ligado” à superior a 99%, quando comparado ao registrado em 1980,
população -alvo do Programa, pois respeito, direito à que foi de 4.646. Os óbitos por essa doença reduziram-se de
informação, transparência e acolhimento são predicados 266 para 10 nesse mesmo período.
indispensáveis a uma política pública que quer se manter no • Tétano neonatal – A redução obtida foi de 584 casos,
imaginário coletivo com todos os seus atributos afirmativos e, em 1982, para 33 casos em 2001. As mortes por essa causa
para isso, vai buscar realizar tal finalidade nos meios de também se reduziram 17 vezes, de 470 ocorrências, em
comunicação, na mídia, vai se aproximar e se fazer 1982, para 27, em 2001. Com esses dados, o Brasil já
compreender por parte de todos os segmentos da atingiu a meta de incidência inferior a um caso por mil
população, mantendo nessa relação o personagem Zé nascidos vivos, considerada pela Organização
Gotinha, que, cada vez mais, atualiza-se e credencia-se para Panamericana de Saúde (Opas) como indicativa da
representar a vacina e o processo de imunização. eliminação dessa doença como problema de saúde pública.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
• Cólera – Em 1998, ocorreram 2.745 casos de cólera No segundo, tornou-se mais clara e expressiva a
em todo País. Em 2001, esse número caiu para apenas sete ocorrência simultânea, e em quase igual importância, de
casos. Em 2002, não há registro de casos. Esse resultado é doenças transmissíveis e não transmissíveis no perfil de
fruto das várias ações implantadas, como o monitoramento, morbimortalidade da população.
pelas secretarias municipais e estaduais de saúde, das Estratégias e ações de prevenção e combate às doenças
doenças diarréicas agudas em 3.371 municípios, distribuição transmissíveis (DNT) foram desenvolvidas no país ao longo
de hipoclorito e de material informativo para populações com de quase um século, sendo mantidas, reforçadas ou
dificuldades de acesso à água tratada. reformuladas com base no acúmulo de experiências, quer
• Doença de Chagas – Responsável por cerca de 100 mil nos sucessos alcançados e erros cometidos, quer na
casos novos por ano ao final da década de 1970, a Doença de emergência de novos desafios.
Chagas encontra-se com a transmissão vetorial pelo Triatoma A abordagem das doenças não transmissíveis, por outro
infestans completamente interrompida em dez estados, inclusive lado, vem exigindo, de instituições e profissionais do setor,
em Minas Gerais, onde foi descoberta. Espera-se para 2003 a um esforço criativo na proposição de ações e na busca de
certificação da interrupção pela Opas no Paraná, no Rio Grande iniciativas bem sucedidas, no nível local e em outros países,
do Sul e na Bahia, os três estados restantes. que possam ser integradas ao sistema de saúde brasileiro
• Malária – Em 1999, o número de casos de malária no de forma eficaz, respeitando ainda as peculiaridades das
país atingiu 637 mil, com tendência de crescimento. Em diversas regiões do país e a capacidade de gasto do Estado.
agosto de 2000, foi lançado o Plano de Intensificação das O chamado "estilo de vida moderno", a que todos estão
Ações de Controle da Malária (PIACM), no qual foram sujeitos, é o grande fator de risco á saúde. Os hábitos
priorizadas ações em 254 municípios da Amazônia Legal, alimentares inadequados, o sedentarismo e o tabagismo
em parceria com estados e prefeituras. Em 2001, foram compõem as principais causas para o desenvolvimento das
registrados 389 mil casos da doença, isto é, 248 mil a menos doenças crônicas não transmissíveis.
que dois anos antes, uma redução de 40%. Estima-se que Embora o grupo de Doenças e Agravos Não
foram evitadas 800 mil novas vítimas da malária no período Transmissíveis (DANT) seja muito abrangente, as doenças
2000-2001. Nas áreas indígenas, a redução alcançada foi de cardiovasculares (doenças isquêmicas do coração, doenças
63%. cérebros-vasculares e hipertensão), as chamadas crônico-
• Filariose – Está sendo interrompida a transmissão de degenerativas (câncer, diabetes, doenças renais e
filariose, que permanecia de forma endêmica em três reumáticas, etc.), os agravos decorrentes das causas
capitais: Belém, Recife e Maceió. Em Maceió, a prevalência externas (acidentes, violências e envenenamentos) e os
está próxima de zero, bastante próxima da interrupção da transtornos de natureza mental são reconhecidos como os
transmissão da doença. Na região metropolitana de Recife, mais prevalentes no Brasil, contribuindo sobremaneira na
onde a doença tinha sua maior prevalência, o número de carga global de doenças do país.
casos caiu de 1.713, em 2000, para 897 casos, em 2001. A relevância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis
• Febre amarela – A partir de 1998, foi intensificada a (DANT) pode ser demonstrada por meio do sistema de
vacinação nas áreas endêmicas e de risco, assim como de informações sobre mortalidade (SIM), que registrou entre os
pessoas que para lá se destinassem. No período 1998-2001, óbitos com causas definidas, 32% foram devidos a doenças
aplicaram-se 63,4 milhões de doses da vacina. Essa ação do aparelho circulatório, 15% a neoplasias, 14,5% a causas
possibilitou manter sob controle a febre amarela silvestre externas, 11% a doenças do aparelho respiratório e 5,5% a
(em 2000, foram registrados 85 casos e 41 em 2001) e, doenças infecciosas e parasitárias.
principalmente, manteve-se erradicada a febre amarela As ações de vigilância epidemiológica e monitoramento
urbana. da morbimortalidade e do comportamento da população
• Dengue – O Brasil sofreu importantes surtos frente aos fatores de risco para DANT15 se colocam como
epidêmicos de dengue, assim como vários países tropicais uma prioridade atual para o Sistema Único de Saúde, pois
do mundo. O número de municípios infestados pelo mosquito possibilitam a obtenção das informações que conformam as
Aedes aegypti, vetor da doença, chegou a 3.529 em 2001, bases de evidências para desencadeamento de ações que
com um número de 358 mil casos notificados entre janeiro e minimizem tais impactos e contribuam no sentido da
junho daquele ano. Já em 1995, o Governo Federal promoção da saúde.
implementou um plano de intensificação das ações de Na instrução normativa que instituiu o Subsistema Nacional
controle da doença. de Vigilância das DANT, publicada pelo Ministério da Saúde,
Entre 1997 e 2000, foi colocado em prática um plano de foram definidos como pertinentes a esse campo de atuação,
controle do mosquito Aedes aegypti, levado a todo o País, nesse momento, (a) os fatores de risco dessas doenças, quais
especialmente nos municípios localizados nas áreas de sejam sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e outras
maior incidência da doença. O Ministério da Saúde transferiu drogas, hábitos alimentares irregulares, obesidade, hipertensão
a 4.210 municípios o equivalente a R$ 374 milhões para o arterial e os decorrentes de atividades ocupacionais; e (b)
combate à dengue. morbimortalidade por doenças cérebro e cardiovasculares,
Em julho de 2002, o Ministério da Saúde lançou o diabetes mellitus, câncer, doenças mentais e agravos
Programa Nacional de Controle da Dengue, ampliando os decorrentes das causas externas.
recursos que chegam a mais de R$ 1 bilhão e incluindo um Como estratégias de monitoramento estão previstas e/ou
forte componente de informação e mobilização social. em desenvolvimento a realização de inquéritos e pesquisas,
• Hanseníase – Tem apresentado uma redução bem como a utilização de dados secundários, provenientes
significativa de sua prevalência, de 16,4 casos por 10 mil de sistemas de informação existentes dedicados
habitantes, em 1985, para 4,7 em 2000, aproximando-se da primariamente a outras finalidades.
meta proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Outra vertente de estratégias para implementação da
de eliminar essa doença como problema de saúde pública, vigilância das DANT inclui a contratação de Centros
com a redução de sua prevalência para 1,0 por 10 mil Colaboradores para o desenvolvimento de estudos e
habitantes no ano de 2005. modelos de monitoramento e vigilância; a inclusão, na
Programação Pactuada Integrada de 2002 (União, estados e
Doenças não transmissíveis municípios), de meta relacionada á vigilância de DANT;
No despertar do século XXI, mais evidentes e intensos capacitação de técnicos de secretarias estaduais e
têm se mostrado os processos de transição demográfica e municipais de saúde; e a proposição de uma política
polarização epidemiológica no Brasil, a exemplo do que vem nacional para a vigilância das DANT. Até o momento, foram
ocorrendo na maioria dos países das Américas. contratados pelo Ministério da Saúde quatro Centros
No primeiro caso, as grandes reduções das taxas de Colaboradores, entre instituições de ensino e/ou pesquisa
natalidade, fertilidade e mortalidade geral e o aumento que gozam de credibilidade nacional, os quais abordam os
significativo da esperança de vida ao nascer levaram a um seguintes temas: (i) violência, (ii) doenças cardiovasculares e
crescimento sem paralelo da proporção de idosos. diabetes, (iii) câncer e (iv) envelhecimento.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Doenças sexualmente transmissíveis Ministério da Saúde, que vinha atender às crescentes
Em 1988, foi criado o Programa Nacional de Controle de necessidades das instituições já envolvidas no processo
Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, que teria um desde a identificação da doença no Brasil.
papel-chave no âmbito das ações de combate à doença, e Em síntese, e a partir do modelo de análise de Kingdon
cujo contexto histórico está situado no final do primeiro (1995) se pode concluir que o Programa Nacional de DST e
governo civil após o regime militar. Aids consiste na transformação da demanda evidenciada a
Alguns autores mencionam (Teixeira, 1997; Galvão, partir de determinados segmentos da sociedade em
2000; VIllela, 1999; Parker, 1994) que durante todo esse diretrizes e ações formalizadas e estruturadas no âmbito do
primeiro momento de elaboração de uma proposta brasileira Ministério da Saúde, que visava atender à crescente
de enfrentamento da epidemia, as relações entre o mobilização em torno do tema da aids no Brasil.
Programa Nacional e as organizações não governamentais Essa forma particular de concepção do Programa
que participavam ativamente para o enfrentamento da Nacional, considerando o contexto social e político em que
doença, eram bastante tensas, devido à sua característica foi criado e as especificidades que o têm caracterizado
centralizadora. desde o início, aliando o caráter oficial de resposta do
Essa situação se reverte, posteriormente, quando as governo à uma questão de saúde pública e, ao mesmo
parcerias com as ONGs se consolidam. tempo, expressando a capacidade que o próprio governo
O processo de redemocratização do País, o tem de negociar suas alternativas, propiciou a sua
fortalecimento dos movimentos sociais e a criação do SUS continuidade apesar dos percalços políticos e garantiu a sua
na Constituição Federal de 1988, estabelecendo um novo visibilidade mesmo em momentos de crise.
paradigma para o acesso à saúde, que deixava de ter um
caráter assistencialista e previdenciário para ser assumida ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM
como direito de todo cidadão e dever do Estado em provê-la, HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES,
forma o pano de fundo aonde vai se destacar o surgimento
de uma nova doença no panorama nacional, que se DOENÇAS CARDIOVASCULARES, OBESIDADE,
caracterizava por aparecer em grupos restritos da sociedade DOENÇA RENAL CRÔNICA, HANSENÍASE,
e que trazia no seu rastro grandes doses de preconceito, TUBERCULOSE, DENGUE E DOENÇAS DE
estigma e discriminação contra as pessoas afetadas. NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS
Aliado ao que alguns autores chamaram de falta de
percepção da expansão da epidemia, os modos para Atendimento aos pacientes com
enfrentamento da doença se restringiam a ações pontuais, a Hipertensão arterial e Diabetes
princípio em alguns estados e depois em quase todas as A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes
unidades da Federação, baseados no modelo seguido pela Mellitus (DM) constituem os principais fatores de risco para
Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. as doenças do aparelho circulatório (Brasil, 2006). No ano de
A grande exposição dos casos da doença na mídia, a 2003, 27,4% dos óbitos ocorridos no Brasil, foram
morte de pessoas famosas ou conhecidas do grande público decorrentes de doenças cardiovasculares e a principal causa
e a criação das primeiras organizações não-governamentais de morte em todas as regiões do país foi devido ao acidente
de combate à aids, trazem a tona discussões sobre a vascular cerebral (AVC) (V DBHA, 2007). Segundo o
deficiência da atuação do Estado sobre uma epidemia que já Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
estava afetando outros segmentos da sociedade, além dos (DATASUS), em 2005 ocorreram 1.180.184 internações por
grupos identificados no início da doença. doenças cardiovasculares, com custo global de R$
A sucessão dos acontecimentos e a pressão exercida 1.323.775.008,28.
pelos grupos que trabalhavam para o controle da doença Dentre as internações, a insuficiência cardíaca é a
conseguiram criar um ambiente favorável para que as principal causa de hospitalização entre as doenças
negociações começassem a ocorrer em nível federal. cardiovasculares, sendo duas vezes mais frequente que as
O aumento do número de casos, a falta de perspectiva internações por AVC (Brasil, 2002).
de vida das pessoas doentes e as consequências sociais e A não adesão ao tratamento farmacológico é um
econômicas que estes fatores poderiam gerar em um futuro problema multifatorial que pode ser caracterizado pela
próximo fizeram com que as discussões se prolongassem divergência entre a prescrição médica e o comportamento do
até que a Portaria nº 236, do Ministério da Saúde, de 2 de paciente (Nichols-English & Poirier, 2000).
maio de 1985, estabelecesse as diretrizes para um programa Além disso, investimentos na ordem de U$ 14 bilhões,
de controle da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, sob foram aplicados no ano de 1997 nos EUA, em gastos por
a Coordenação da Divisão Nacional de Dermatologia internações hospitalares para tratar pacientes hipertensos,
Sanitária. que não aderiram à farmacoterapia (Benson et al., 2000).
Os relatos permitem afirmar que o tema da aids somente No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu em 2001, um
começou a fazer parte das negociações para a agenda plano de reorganização da Atenção a Saúde, através de
pública a partir das pressões sofridas, seja por parte das Portaria 393/ GM de 29/03/2001. Este Plano tinha como
Secretarias Estaduais de Saúde que já estavam trabalhando estratégia aumentar a prevenção, o diagnóstico e o controle
com o tema, seja por parte da sociedade civil que sentia a da HAS e do DM, com objetivo de reduzir o número de
necessidade da centralização de diretrizes e normas para a internações, a procura por pronto-atendimento, gastos
incorporação do problema na agenda governamental. desnecessários com tratamento por complicações evitáveis,
O sentimento de gravidade da epidemia e a consciência aposentadorias precoces e a mortalidade cardiovascular.
das deficiências e problemas enfrentados pelos serviços de Em 2002, por meio da Portaria GM nº 371/02, surgiu o
saúde no país foram a mola propulsora dos movimentos de Programa Nacional de Assistência Farmacêutica para HAS e
pressão sobre o Estado para que este se posicionasse e DM, denominado de Hiperdia. O programa é parte
começasse a estabelecer os caminhos que deveriam ser complementar do Plano Nacional de Reorganização da
seguidos. Atenção primária e define como responsabilidade do Gestor
A resposta do setor público é reativa aos movimentos Federal a aquisição e fornecimento aos municípios dos
sociais de pressão que exigiam ações de responsabilidade medicamentos selecionados para o tratamento da HAS
federal para que se formasse um perfil único de estratégias (hidroclorotiazida 25 mg, propranolol 40 mg e captopril 25
de controle da doença. mg) e para DM (metformina 850 mg, glibenclamida 5mg e
Assim, após uma série de medidas que tiveram por insulina NPH 100UI) de forma a contemplar todos os
objetivo a criação da Comissão de Assessoramento em Aids, usuários cadastrados.
atual Comissão Nacional de Aids – CNAIDS, e da Portaria Apesar dos avanços políticos na saúde e do declínio dos
Ministerial nº 542/86 que estabelece que a aids passa a ser índices, a mortalidade no Brasil ainda é elevada em
uma doença de notificação compulsória, em 1988 é comparação a outros países, tanto para doença
finalmente criado o Programa Nacional de Aids, no âmbito do cerebrovascular como para doenças do coração (Brasil,
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
2002). Para tanto, conhecer as características dos usuários Cuidados de Enfermagem:
que frequentam os serviços de saúde é o primeiro passo - Verificar a PA a cada 5 minutos;
para se traçar estratégias de ação que melhorem o - Avaliar o nível de consciência;
atendimento a esta população e reduza a morbimortalidade. - Controlar o débito urinário;
É importante conhecer a origem dos usuários, o - Controlar rigorosamente o gotejamento do soro;
ambiente no qual vivem, a escolaridade, os hábitos de vida e - Administrar medicações prescritas com cautela,
os fatores de risco para adequar o serviço oferecido às suas observando reações do paciente;
necessidades (Santos, 2006). Estratégias como o serviço de - Estar alerta aos sinais de complicações.
Atenção Farmacêutica, podem contribuir para redução da
morbimortalidade dos usuários portadores de HAS e DM. Doenças cardiovasculares,
De acordo com a V Diretriz Brasileira de Hipertensão Os distúrbios cardiovasculares são muitos e podem
Arterial (2007), o farmacêutico faz parte da equipe apresentar diversas manifestações. Aqui estão citadas
multiprofissional e desempenha entre outras atividades a apenas as situações que aparecem com mais frequência nas
Atenção Farmacêutica. emergências.
Segundo Hepler & Strand (1990), a Atenção Os diagnósticos diferenciais e definitivos são de
Farmacêutica é a “provisão responsável do tratamento responsabilidade do médico, assim como as intervenções
farmacológico com o propósito de alcançar os resultados mais complexas e específicas devem aguardar a prescrição
concretos que melhore a qualidade de vida do paciente”. desse profissional.
Desta forma, esta prática farmacêutica desloca a
centralidade da terapêutica do medicamento para o ser O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA
humano, considerando suas necessidades relacionadas aos - Referindo dor, sensação de aperto no peito,
medicamentos (Renovato & Bagnato, 2007). desconforto que se irradia para o braço esquerdo, dor nas
Diante deste contexto, foi realizado um levantamento das costas, dor no estômago, náuseas, fadiga, podendo incluir
características dos usuários, buscando conhecer o nível de dificuldade respiratória.
compreensão da doença e o grau de adesão ao tratamento - Relatando história de cardiopatia, com ou sem uso de
farmacológico. medicamentos.
Bem como, a partir deste levantamento, verificar a
importância de se implantar um serviço de Atenção O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA SEM
Farmacêutica no programa Hiperdia na Unidade Básica de CONDIÇÕES DE VERBALIZAR E O ACOMPANHANTE
Saúde Pública. REFERE
- Que o paciente tem história de cardiopatia e/ou usa
Crise Hipertensiva: medicamentos para o coração.
É toda situação clínica que tem como característica uma - Que o paciente mencionou dor no peito, ou colocou a
elevação importante da Pressão Arterial(PA),colocando em mão no peito e fez fácies de dor, tendo perdido os sentidos
risco de vida órgãos ou sistemas vitais. logo depois.
O conceito de crise hipertensiva não deve ter
exclusivamente uma implicação numérica pois em um VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE
individuo normotenso pode surgir sintomas, com elevações - Palidez cutânea, sudorese, agitação, fácies de dor,
apenas moderadas de P.A, por outro lado, na hipertensão de dispneia ou
longa duração, encontramos pacientes com cifras muito - Que este está desacordado, com cianose em
elevadas e assintomática. extremidades, ou ainda
- Apneia e falta de pulso = parada cardiorrespiratória
Classificação da Hipertensão Arterial: (PCR).
Hipertensão Essencial: PA diastólica maior ou igual a
90mmHg e não esta associada a nenhuma patologia de POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS
base. Pode ser benigna, presença de hipertensão - Síndrome coronariana aguda (infarto agudo do
assintomática durante anos. miocárdio [IAM] ou angina instável).
- Parada cardiorrespiratória, nesse caso, ver
Moderada: apresenta níveis intermitentemente atendimento em PCR.
elevados.
Maligna: aumento repentino e intenso da PA, CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
produzindo muitos sintomas e danos vasculares. - Atentar o relato do início dos sinais e sintomas.
- Colocar o paciente confortável e em repouso,
Hipertensão Secundaria: associada a outras mantendo a cabeceira da maca elevada.
patologias, tais como: - Instalar monitor cardíaco, oxímetro ou monitor
- Patologia renal; multiparâmetros, logo que possível.
- Estenose da aorta; - Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio, se
- Distúrbios endócrinos; permitido pela rotina.
- Problemas cardiovasculares; - Medir sinais vitais, priorizando PA e P.
- Verificar e comunicar a qualidade do pulso: pulso fraco
Sinais e Sintomas: ou fino; pulso arrítmico.
- PA diastólica elevada(geralmente maior que - Instalar um acesso venoso, mantendo heparinizado ou
140mmHg); instalando uma SF 0,9% até a prescrição médica, se
- Redução da função renal; permitido pela rotina.
- Cefaleia, alterações visuais; - Providenciar material de desfibrilação e intubação, se
- Náuseas e vômitos; for o caso (ver atendimento PCR).
- desorientação e tonturas; - Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
- Sonolência ou agitação; rigorosamente os procedimentos prescritos.
- Coma;
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA
Tratamento: - Referindo dor de cabeça, normalmente localizada na
O objetivo do tratamento é baixar a pressão sanguínea a nuca e que pode variar de intensidade, sensação de vazio na
níveis normais (PA diastólica abaixo de 100mmHg) o mais cabeça, tonturas, visão borrada ou presença de
rapidamente possível a fim de evitar o agravamento das “mosquinhas” ou “pontos pretos” em frente aos olhos.
lesões. A droga escolhida deverá ser de fácil manuseio, de - Apresentando ou referindo episódios de sangramento
ação imediata e de metabolização rápida. nasal.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE confortável.
- Epistaxe abundante, fácies avermelhadas, - Instalar oxímetro.
ingurgitamento de carótida. - Instalar cateter nasal ou máscara de oxigênio,
conforme rotina.
POSSÍVEL DIAGNÓSTICO MÉDICO - Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
- Hipertensão arterial sistêmica rigorosamente os procedimentos prescritos.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS OBESIDADE


- Manter o paciente sentado ou na maca com a A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado
cabeceira elevada. quase sempre por um consumo excessivo de calorias na
- Medir e comunicar a PA, manter monitoração rigorosa. alimentação, superior ao valor usada pelo organismo para
- Medir a frequência e verificar a qualidade do P, sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou
comunicar: valor da frequência; pulso fraco ou fino e pulso seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é
arrítmico. maior que o gasto energético correspondente.
- Instalar um acesso venoso e manter heparinizado ou
instalar uma SF 0,9% até a prescrição médica, se permitido Diagnóstico
pela rotina. A obesidade é determinada pelo Índice de Massa
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg)
rigorosamente os procedimentos prescritos. pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o
peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO - revelando sobrepeso ou obesidade.
- Dor em um dos membros (em geral, membro inferior),
dor na panturrilha quando da dorsiflexão do pé. Classificação do IMC:
- Menor que 18,5 Abaixo do peso
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE - Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal
- A inflamação local da parede venosa ou dos tecidos ao - Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)
redor de uma veia, extremidades edemaciadas e - Igual ou acima de 30 - Obesidade.
pigmentadas, podendo haver formação de úlceras de estase Cálculo do IMC:
venosa. Área afetada hiperemiada, edemaciada, quente e - IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)
hipersensível, verificando-se o sinal de Homans (dor na - Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m
panturrilha quando da dorsiflexão do pé). - Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
- IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS - O resultado de 27,10 de IMC indica que João está
- Trombose venosa ou tromboflebite. acima do peso desejado (sobrepeso).

CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS Tratamento de Obesidade


- Colocar o paciente em repouso absoluto no leito, Como a obesidade é provocada por uma ingestão de
mantendo o membro inferior elevado. energia que supera o gasto do organismo, a forma mais
- Evitar manipulação e massagem no local afetado, pelo simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais
risco de desprendimento do coágulo. saudável, com menor ingestão de calorias e aumento
- Monitorar o edema, a dor e a inflamação, comunicando das atividades físicas. Essa mudança não só provoca
aumento de qualquer uma das manifestações. redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a
- Verificar sinais vitais e comunicar principalmente manutenção do quadro saudável.
alterações de movimentos respiratórios.
Medicamentos
ENFERMAGEM: CUIDADOS BÁSICOS AO INDIVÍDUO A utilização de medicamentos contribui de forma
HOSPITALIZADO modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca devem
- Angústia respiratória, sente-se como se estivesse se ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das
afogando nas próprias secreções. substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar
- Dor aguda no peito, relato de doenças vasculares, reações adversas graves, como: nervosismo, insônia,
insuficiência cardíaca, estado de pós-parto ou pós-operatório aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos
recente. acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos mais
- História de viagem longa, tendo permanecido sentado preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar
por muito tempo. dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da
obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE alguns tipos de pacientes.
- Dispneia severa, atitude ortopneica, com ou sem tosse,
acompanhada de tiragens, batimento de asa de nariz e Cirurgia bariátrica
cianose, ansiedade e agitação. Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades,
- Dispneia moderada ou severa, cianose, pele como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a
acinzentada, respiração barulhenta, podendo apresentar cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair
catarro espumoso com secreção sanguinolenta. da obesidade. Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia
bariátrica para obesidade reconhecidas pelo Conselho
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável,
- Edema agudo de pulmão (EAP), crise aguda de asma, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação
insuficiência respiratória aguda por diferentes causas, Bileopancreática. A escolha da cirurgia dependerá do quadro
embolia pulmonar ou derrame pleural. do paciente, do grau de obesidade e das doenças
relacionadas.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
Atentar e comunicar ao médico caso o paciente ou DOENÇA RENAL CRÔNICA
acompanhante relate história de insuficiência cardíaca, DISTÚRBIOS RENAIS E URINÁRIOS
doenças vasculares, estado de pós-parto ou pós-operatório Os distúrbios urinários, em sua maioria, não necessitam
recente, história de viagem longa, tendo permanecido de intervenções de emergência quando tratados
sentado por muito tempo. adequadamente. Entretanto, podem levar a condições renais
- Colocar o paciente sentado e manter alguém próximo graves, sendo o diagnóstico correto e as intervenções
para auxiliá-lo a permanecer na posição, seguro e eficientes fundamentais para o bom prognóstico da situação.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
O PACIENTE CHEGA À EMERGÊNCIA REFERINDO O tempo entre o contágio e o aparecimento dos
- Urinar várias vezes ao dia, em pouca quantidade, sintomas é longo.
apresentando dor ao urinar com ou sem presença de Pode variar de 2 a até mais de 10 anos.
filamentos de sangue. A hanseníase pode causar deformidades físicas, que
- Dor “nas costas” e/ou “do lado, acima do quadril” podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e
(região costovertebral ou nos flancos). Dor que não passa o tratamento imediato.
com a mudança de posição.
- Diminuição do volume urinário, mal-estar geral, história Sinais e Sintomas
de “inchaço” ou ganho de peso. Náuseas e/ou vômitos. Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou
- Não conseguir urinar ou urinar pequenos jatos, não amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou
aliviando a sensação de bexiga cheia. alteração de sensibilidade.
- História de hipertensão não tratada, diabete, cirrose, Área de pele seca e com falta de suor.
cardiopatias. História de infecção na garganta ou na pele Área da pele com queda de pelos, especialmente nas
causada por estreptococos. sobrancelhas.
Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade.
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Sensação de formigamento (Parestesias) ou diminuição
- Fácies de dor constante e a mão colocada sobre a da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se
região costovertebral. O paciente não permanece por muito queima ou machuca sem perceber.
tempo na mesma posição. Às vezes apresenta-se pálido ou Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo
com uma cor “pardacenta”. dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
- Presença de edema periorbital ou em outras regiões, Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face
como membros inferiores ou abdome. devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem
- Presença de “globo vesical”. estar engrossados e doloridos.
Nos casos de distúrbios renais graves, o paciente pode Úlceras de pernas e pés.
apresentar sinais de distúrbios neurológicos, devido à Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos
toxicidade das substâncias que permanecem na corrente avermelhados e dolorosos.
sanguínea caso os rins deixem de funcionar. Febre, edemas e dor nas juntas.
Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS nariz.
- Infecção do trato urinário (ITU), glomerulonefrite, Ressecamento nos olhos.
cálculos renais, insuficiência renal aguda ou crônica. Mal estar geral, emagrecimento.
- Retenção urinária por hiperplasia prostática (mais Locais com maior predisposição para o surgimento das
comum em homens idosos). manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS sem manchas.
- Colocar o paciente em repouso e em posição
confortável. Transmissão
- Verificar sinais vitais, priorizando PA e T. A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que
- Avaliar e comunicar sinais de edema. apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB) e
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias
rigorosamente os procedimentos prescritos. respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo
Para os casos de retenção urinária, preparar material assim infectar outras pessoas suscetíveis.
para sondagem de alívio. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande
- Febre. número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque
- Alimentação em local não habitual ou ingestão de a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo
algum alimento não habitual. contra o bacilo.
A hanseníase não transmite por:
VOCÊ PERCEBE NO PACIENTE Meio de copos, pratos, talheres, portanto não há
- Fácies de dor. necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa
- Turgor da pele diminuído e os “olhos encovados”, com hanseníase.
principalmente em pacientes idosos e crianças. Assentos, como cadeiras, bancos.
Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS MÉDICOS transporte coletivos ou serviços de saúde.
- Disenteria, intoxicação alimentar ou quadro viral. Picada de inseto.
Relação sexual.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS Aleitamento materno.
- Verificar e comunicar sinais vitais. Doação de sangue.
- Manter o paciente, principalmente se for idoso, próximo Herança genética ou congênita (gravidez).
ao banheiro.
- Acompanhar o paciente ao banheiro ou solicitar que o Importante!
acompanhante não dê a descarga até que você possa Assim que a pessoa começa o tratamento deixa de
avaliar as fezes (cor, quantidade, cheiro). transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa
- Instalar um acesso venoso e colocar SF 0,9% até a ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar.
prescrição médica, se permitido pela rotina. (Nessas Período de incubação
situações, o acesso venoso deve ser calibroso, pois Em média de 2 a 5 anos.
provavelmente o paciente irá necessitar de reposição de Período de transmissibilidade
volume.) Enquanto a pessoa não for tratada.
- Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar
rigorosamente os procedimentos prescritos. Diagnóstico
Para os casos de retenção urinária, preparar material O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico,
para sondagem de alívio. baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda
a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da
Hanseníase sensibilidade superficial e da força muscular dos membros
A Hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a superiores e inferiores.
pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, Em raros casos será necessário solicitar exames
orelhas, olhos e nariz. complementares para confirmação diagnóstica.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Tratamento Através delas, reduzem-se as fontes de infecção e o
O tratamento é ambulatorial, com doses mensais impacto da doença na comunidade.
supervisionadas administradas na unidade de saúde e doses Desde a década de 60, o Brasil padronizou os esquemas
auto administradas no domicílio. terapêuticos e, a partir de 1979, implantou o esquema de
Os medicamentos utilizados consistem na associação de curta duração, o Esquema-1 (E-1).
antibióticos, denominados poliquimioterapia (PQT), que são O país, entretanto, não optou por um único esquema de
adotados conforme a classificação operacional, sendo: tratamento, mas por um “sistema terapêutico” com um
Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses em até 9 tratamento de primeira linha (E-1); uma variação para o
meses; tratamento da meningoencefalite tuberculosa (Esquema-2
Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 (E-2) e, um tratamento de reserva, para os falidos com o E-1
doses em até 18 meses. (Esquema-3 (E-3)(3). Passados mais de 30 anos, a grande
eficácia do E-1 (2RHZ/4RH) continua indiscutível, embora as
Prevenção taxas crescentes de abandono do tratamento venham
Apesar de não haver uma forma de prevenção causando níveis decrescentes de sua efetividade. O mesmo
especifica, existem medidas que podem evitar as não parece ocorrer com a opção de reserva, o E-3
incapacidades e as formas multibacilares, tais como: (SZEEt/9EEt).
Diagnóstico precoce. Elaborado com base nos conhecimentos e ofertas de
Exame dos contatos intradomiciliares (pessoas que medicamentos existentes na época, associa drogas com
residem ou residiram nos últimos cinco anos com o maior potencial de toxicidade e menor poder bactericida.
paciente). Essas características podem fazer supor que seus
Aplicação da BCG (ver item vacinação). resultados práticos sejam inferiores aos do E-1.
Uso de técnicas de prevenção de incapacidades. No Brasil, entre outros sucessos recentes que podem
concorrer para fortalecer as ações de controle e, assim,
Controle colocar a tuberculose em foco, destacam-se: Revisão do
O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico Manual de Normas para o Controle da Tuberculose.
precoce de casos, seu tratamento e cura, visando eliminar Este trabalho, realizado pelo Comitê Técnico-Científico de
fontes de infecção e evitar sequelas. Assessoramento à Tuberculose com a colaboração do Comitê
A detecção de casos novos de hanseníase em menores Assessor para a co-infecção HIV-Tuberculose, ambos do
de 15 anos foi adotada como principal indicador de Ministério da Saúde, a ser editado pelo Centro de Referência
monitoramento da endemia, com meta de redução Hélio Fraga da Fundação Nacional de Saúde, procurou retratar
estabelecida em 10%, até 2011 e está inserida no Programa a inteligência e o conhecimento do país nesta área.
Mais Saúde: Direitos de Todos (2008-2011). Os autores consideraram o aporte advindo das
O Programa Nacional de Controle da Hanseníase experiências e práticas internacionais de campo, sem
(PNCH) estabeleceu diretrizes operacionais para a execução descuidar-se da importância dos saberes adquiridos ao
de diferentes ações, articuladas e integradas, que pudessem longo de mais de cinquenta anos de luta organizada contra a
em todas as frentes de trabalho propiciar às pessoas que tuberculose no Brasil.
adoecem sejam atendidas nas suas necessidades e direitos. Houve um consenso de que este documento deveria ser
Sem perder de vista o desafio da horizontalização e da mais abrangente que o anterior, de tal sorte a não só definir
descentralização, organizou-se as ações do PNCH, a partir a norma técnica aplicada na ponta do sistema, mas também
de cinco componentes/áreas: vigilância epidemiológica; oferecer elementos de doutrina aos níveis de formação de
gestão; atenção integral; comunicação e educação e recursos humanos e de organização do programa.
pesquisa. Entre muitos tópicos revisados ou introduzidos, cabe
destacar: o tratamento supervisionado - na verdade uma
Tuberculose variante dele, os métodos avançados de diagnóstico, a
A literatura internacional vem classificando a tuberculose tuberculose na criança e no adolescente, o tratamento da
como ”reemergente no mundo”. associação tuberculose/HIV, o manejo das reações adversas às
Tal classificação, entretanto, não corresponde à drogas antituberculosas, as medidas de controle ocupacional -
realidade, se considerarmos que doenças reemergentes são biossegurança, e, muito importante, um capítulo novo sobre a
aquelas que reaparecem após um período de declínio estrutura por módulos, operacionalização, programação,
significativo, o que não se adequa à tuberculose. supervisão, avaliação e sistema de informação do Programa de
Sua incidência mantém-se alta há muito tempo nos Controle da Tuberculose.
países em desenvolvimento, onde é amplamente dominante. A contribuição da Dra. Margareth Dalcolmo que validou o
Reemerge, apenas, em áreas restritas dos países principal regime de tratamento normalizado pelo PNCT, e
desenvolvidos, seja pela co-ínfecção do M. tuberculosis e o apresentou a este Programa alternativas de regimes
HIV, por bolsões de pobreza, como pela imigração de intermitentes cuja eficácia ficou comprovada, merece
populações pobres para regiões mais desenvolvidas. destaque neste repasse de focalização da tuberculose.
A questão que realmente importa é por que uma doença Em verdade, o estudo conduzido pela Dra. Dalcolmo - um
milenar como a tuberculose, cujas estratégias de controle, ensaio clínico, randomizado, controlado, multicêntrico sobre
cujos cuidados preventivos, terapêuticos e profiláticos são quimioterapia intermitente parcialmente supervisionada, tema de
sobejamente conhecidos não foi dominada e continua sua tese de doutorado apresentada à Universidade Federal de
matando milhões de pessoas a cada ano? São Paulo, ofereceu um aporte da maior valia para dirimir velhas
Infelizmente, o desenvolvimento de esquemas questões sobre tratamento auto administrado diário versus
quimioterápicos cada vez mais práticos e efetivos não se supervisionado intermitente.
traduziu em redução da sua magnitude, mantendo-a como Observando rigorosa metodologia científica, a autora
uma doença ainda não controlada em grande parte do comparou três regimes: 2RHZ/4RH autoadministrado, diário,
mundo. esquema 1 do PNCT; 2RHZ/4R2H2 auto-administrado,
Doença com profundas raízes sociais, a tuberculose é intermitente e 2RHZ/4R2H2 supervisionado uma vez por
adubada pela fome e por condições desfavoráveis de semana, intermitente. Ao final concluiu que os regimes diário e
habitação e de saneamento. intermitente eram semelhantes em sua efetividade para a cura e
Enquanto esses problemas existirem, enquanto as que os três regimes estudados não apresentaram diferenças
desigualdades sociais se mantiverem em patamares significantes quanto às taxas de cura e abandono e, concluiu
absurdos, a tuberculose continuará sendo um problema de mais que os resultados obtidos - superiores aos registrados pelo
Saúde Pública. PNCT - não se devem à supervisão isoladamente, mas também
A descoberta e o consequente tratamento adequado do a um complexo de fatores presentes na investigação e
doente são consideradas as principais estratégias de relacionados com a organização do serviço e a oferta de alguns
intervenção sobre a doença. incentivos aos pacientes e ao pessoal.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Em outras palavras, este estudo confirmou uma velha • Medir: - pressão arterial em duas posições
sentença - o resultado do tratamento da tuberculose é (deitado/sentado e em pé); - frequência do pulso; -
função da qualidade da atenção oferecida pelo serviço de temperatura axilar.
saúde. • Realizar prova do laço.
Como parte da política de desenvolvimento de ações • Se indicado, coletar sangue para realização de
básicas, crescem no Ministério da Saúde, os esforços para hemograma e plaquetas na urgência.
estender o Programa de Saúde da Família e, bem assim, o • Coletar sangue para sorologia e/ou isolamento viral no
de Agentes Comunitários de Saúde. momento apropriado.
A tuberculose é pioneira em viabilizar, em todos os • Preencher o cartão da dengue.
níveis de atendimento, as ações recomendadas para seu • Notificar todo caso suspeito em duas vias (uma para
controle. Há quarenta anos, o Comitê de Peritos em epidemiologia e uma para o laboratório/sorologia). Em caso
Tuberculose da OMS, dizia em seu sétimo informe que este de solicitação de isolamento viral preencher 3ª via.
é um problema da comunidade cujo controle deve ser
planificado e organizado como parte dos programas gerais Roteiro de atendimento
de saúde pública. Histórico de enfermagem (entrevista e exame físico)
Em 1964, este mesmo Comitê, em seu oitavo informe, a) Data do início dos sintomas.
com base no desenvolvimento e simplificação das técnicas, b) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar,
definia os requisitos para o Programa de Controle da frequência respiratória, temperatura.
Tuberculose que compreendiam, entre outros, a necessidade c) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice
de ter cobertura nacional e ser uma ação permanente e de massa corporal (IMC).
integrada nas atividades dos serviços gerais de saúde. d) Pesquisar sinais de alarme.
Com os postulados da Conferência de Alma Ata, de e) Realizar prova do laço na ausência de manifestações
1978, sobre a Atenção Primária de Saúde, que destacaram a hemorrágicas.
política intersetorial, a distribuição equitativa dos recursos, a f) Segmento da pele: pesquisar pele fria ou quente,
participação da comunidade e a necessidade de oferecer sinais de desidratação, exantema, petéquias, hematomas,
atendimento na ponta do sistema, ali na área de encontro do sufusões e outros.
indivíduo com o serviço de saúde, firmou-se uma g) Segmento cabeça: observar sensibilidade à luz,
consciência de que só a descentralização poderia levar, para edema subcutâneo palpebral, hemorragia conjuntival,
bem perto de quem necessita, os recursos básicos de saúde petéquias de palato, epistaxe e gengivorragia.
viabilizados pela simplificação da tecnologia. h) Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto
No Brasil, as estratégias de descentralização e respiratório, de derrame pleural e pericárdico.
integração de atividades, base de sustentação do Programa i) Segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia,
de Controle da Tuberculose, datam da década de setenta e ascite, timpanismo, macicez e outros.
têm sua eficiência comprovada. Qualquer iniciativa que j) Segmento neurológico: pesquisar cefaleia, convulsão,
possa ampliar e tornar mais efetivas estas ações, como esta sonolência, delírio, insônia, inquietação, irritabilidade e
de incorporar a prática das medidas de controle da depressão.
tuberculose às demais atividades das equipes dos k) Sistema músculo-esquelético: pesquisar mialgias,
Programas de Saúde da Família e de Agentes Comunitários artragias e edemas.
de Saúde, deve ser aceita e estimulada. Não obstante, deve- l) Realizar a notificação e investigação do caso.
se ter presente que as atividades destas equipes não m) Registrar no prontuário as condutas prestadas de
substituem aquelas realizadas pelo PNCT mas, a elas se enfermagem.
somam.
O controle da tuberculose, por seus princípios, requer Referência de normalidade para pressão arterial em
uma ação permanente, sustentada e organizada como um crianças
sistema em que a porta de entrada pode estar situada tanto - Recém-Nascido até 92 horas: sistólica = 60 a 90mmHg
em um nível mínimo como em um de alta complexidade, diastólica = 20 a 60mmHg
contanto que ao doente, quando necessário, seja - Lactentes < de 1 ano: sistólica = 87 a 105mmHg
assegurado o direito de fluir para os níveis de maior diastólica = 53 a 66mmHg
qualificação. Espera-se que as forças comprometidas com a Pressão média sistólica (percentil 50) para crianças > de
luta contra a tuberculose não deixem passar este momento 1 ano = idade em anos x 2 + 90
em que o grave problema social desta pandemia, ao lado de Para determinar hipotensão arterial, considerar: pressão
outras, figura entre as políticas voltadas para o rompimento sistólica limite inferior (percentil 5) para crianças > de 1 ano:
do ciclo vicioso doença e pobreza, aprovadas pelos idade em anos x 2 + 70.
organismos internacionais de desenvolvimento social e Achados de pressão arterial sistólica abaixo deste
econômico. percentil ou valor sinaliza hipotensão arterial.
- Em crianças, usar manguito apropriado para a idade e
Dengue peso.
Cabe ao profissional de enfermagem coletar e registrar
dados da forma mais detalhada possível no prontuário do Prova do laço
paciente. A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente
Esses dados são necessários para o planejamento e a em todos os casos suspeitos de dengue durante o exame
execução dos serviços de assistência de enfermagem. físico.
- Desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área
Como identificar um caso suspeito de dengue ao redor da falange distal do polegar) no antebraço da
Paciente com febre há menos de 7 dias, acompanhada pessoa e verificar a pressão arterial (deitada ou sentada). •
de pelo menos dois dos seguintes sintomas: • Cefaléia; Calcular o valor médio: (PAS+PAD)/2.
• Dor retro-orbitária; - Insuflar novamente o manguito até o valor médio e
• Mialgia; manter por cinco minutos em adultos (em crianças, 3
• Artralgia; minutos) ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses.
• Prostração; - Contar o número de petéquias no quadrado. A prova
• Exantema. será positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e
Pesquisar situações que aumentam o risco de evolução 10 ou mais em crianças.
desfavorável e ficar atento ao diagnóstico diferencial.
• Pesquisar sinais e sintomas de alarme durante A prova do laço é importante para a triagem do
anamnese e exame físico. paciente suspeito de dengue, pois é a única manifestação
• Pesquisar sinais de choque durante exame físico. hemorrágica de FHD representando a fragilidade capilar.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Sinais de alarme saúde de notificação compulsória (Portaria GM nº 2.325, de
a) Dor abdominal intensa e contínua. 8 de dezembro de 2003) ou de interesse nacional, estadual
b) Vômitos persistentes. ou municipal, e encaminhada pelas unidades assistenciais
c) Hipotensão postural e/ou lipotímia. aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância
d) Hepatomegalia dolorosa. epidemiológica.
e) Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena). É também utilizada para a notificação negativa.
f) Sonolência e/ou irritabilidade.
g) Diminuição da diurese. Notificação negativa - é a notificação da não-ocorrência
h) Diminuição repentina da temperatura corpórea ou de doenças de notificação compulsória na área de
hipotermia. abrangência da unidade de saúde. Indica que os
i) Aumento repentino do hematócrito. profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas
j) Queda abrupta de plaquetas. para a ocorrência de tais eventos.
k) Desconforto respiratório. A notificação de surtos também deve ser feita por esse
instrumento, obedecendo os seguintes critérios:
Importante: deve-se realizar hidratação oral dos - casos epidemiologicamente vinculados de agravos
pacientes com suspeita de dengue ainda na sala de espera inusitados. Sua notificação deve estar consoante com a
enquanto aguardam consulta médica. abordagem sindrômica, de acordo com as seguintes
• Volume diário da hidratação oral: categorias: síndrome diarréica aguda, síndrome ictérica
• Adultos: 60-80 ml/kg/dia aguda, síndrome hemorrágica febril aguda, síndrome
• Crianças (< 13 anos de idade): orientar paciente e o respiratória aguda, síndrome neurológica aguda e síndrome
cuidador para hidratação, de preferência por via oral com da insuficiência renal aguda, dentre outras;
volume de líquidos estimados de acordo com o peso (Regra de - casos agregados, constituindo uma situação epidêmica de
Holliday-Segar): - 100 ml/kg/dia até 10 Kg de peso corporal - doenças não constantes da lista de notificação compulsória;
1.000 ml + 50 ml/kg/d para cada kg entre 10 e 20 kg e - 1.500 ml - casos agregados das doenças constantes da lista de
+ 20 ml/kg/d para cada kg de peso corporal acima de 20 Kg - notificação compulsória, mas cujo volume de notificações
Observação: acrescentar 50 a 100 ml (crianças menores de 2 operacionalmente inviabiliza o seu registro individualizado.
anos) ou 100 a 200 ml (crianças maiores de 2 anos de idade)
para eventuais perdas por vômitos e diarreia. Ficha Individual de Investigação (FII) - na maioria das
• Oferecer 1/3 na forma de soro de reidratação oral vezes, configura-se como roteiro de investigação, distinto
(SRO) e o restante através da oferta de água, sucos e chás. para cada tipo de agravo, devendo ser utilizado,
• Especificar em receita médica ou no cartão da dengue preferencialmente, pelos serviços municipais de vigilância ou
o volume a ser ingerido. unidades de saúde capacitadas para a realização da
• Manter a hidratação durante todo o período febril e por investigação epidemiológica.
até 24-48 horas após a de fervescência da febre. Esta ficha, como referido no tópico sobre investigação de
• A alimentação não deve ser interrompida durante a surtos e epidemias, permite obter dados que possibilitam a
hidratação, mas administrada de acordo com a aceitação do identificação da fonte de infecção e mecanismos de
paciente. O aleitamento materno dever ser mantido e transmissão da doença.
estimulado. Os dados, gerados nas áreas de abrangência dos
respectivos estados e municípios, devem ser consolidados e
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS analisados considerando aspectos relativos à organização,
sensibilidade e cobertura do próprio sistema de notificação,
bem como os das atividades de vigilância epidemiológica.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE
Além dessas fichas, o sistema também possui planilha e
NOTIFICAÇÃO (SINAN)
boletim de acompanhamento de surtos, reproduzidos pelos
O mais importante sistema para a vigilância
municípios, e os boletins de acompanhamento de
epidemiológica foi desenvolvido entre 1990 e 1993, visando
hanseníase e tuberculose, emitidos pelo próprio sistema.
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória
A impressão, distribuição e numeração desses formulários é
de Doenças (SNCD) e substituí-lo, tendo em vista o razoável
de responsabilidade do estado ou município. O sistema conta,
grau de informatização disponível no país.
ainda, com módulos para cadastramento de unidades
O Sinan foi concebido pelo Centro Nacional de
notificadoras, população e logradouros, dentre outros.
Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus e da
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte para ser operado a
A Figura 1 traz o fluxo de informação definido pelo
partir das unidades de saúde, considerando o objetivo de
Ministério da Saúde.
coletar e processar dados sobre agravos de notificação em
Após o preenchimento dos referidos formulários, as
todo o território nacional, desde o nível local.
fontes notificadoras deverão encaminhá-los para o primeiro
Mesmo que o município não disponha de
nível informatizado.
microcomputadores em suas unidades, os instrumentos deste
A partir daí, os dados serão enviados para os níveis
sistema são preenchidos neste nível e o processamento
hierárquicos superiores por meio magnético (arquivos de
eletrônico é feito nos níveis centrais das secretarias municipais
transferência gerados pelo Sistema).
de saúde (SMS), regional ou secretarias estaduais (SES).
É alimentado, principalmente, pela notificação e
Figura 1: Fluxo de informação do Sinan.
investigação de casos de doenças e agravos constantes da
lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de
saúde regionalmente importantes.
Por isso, o número de doenças e agravos contemplados
pelo Sinan, vem aumentando progressivamente desde seu
processo de implementação, em 1993, sem relação direta com a
compulsoriedade nacional da notificação, expressando as
diferenças regionais de perfis de morbidade registradas no
Sistema.
No Sinan, a entrada de dados ocorre pela utilização de
alguns formulários padronizados:

Ficha Individual de Notificação (FIN) - é preenchida


para cada paciente, quando da suspeita de problema de

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Os agravos e doenças relacionados abaixo devem ser - cabe ao 1º nível informatizado emitir o boletim de
prontamente notificados às Secretarias Estaduais de Saúde, acompanhamento para os municípios não-informatizados;
as quais deverão informar tal fato imediatamente à - após retornar das unidades os boletins devem ser
Secretaria de Vigilância em Saúde, por meio do correio analisados criticamente e as correções devem ser solicitadas
eletrônico notifica@saude. gov.br ou às áreas técnicas do de imediato à unidade de saúde;
Ministério da Saúde responsáveis por seu acompanhamento, - a digitação das informações na tela de
sem prejuízo do registro das notificações pelos acompanhamento e arquivamento dos boletins deve ser
procedimentos rotineiros do Sinan. realizada no 1º nível informatizado.

Agravos de notificação imediata via fax, telefone ou e- O encerramento das investigações referentes aos casos
mail, além da digitação e transferência imediata por meio notificados como suspeitos e/ou confirmados deve ocorrer
magnético, no Sinan. até o prazo máximo de 60 dias da data de notificação,
exceto:
Caso suspeito de:
Febre hemorrágica do dengue Sarampo e
Botulismo 30 dias da data de notificação
rubéola
Hantavirose
Carbúnculo ou antraz Gestante HIV+ 540 dias da data do
Paralisia flácida aguda e criança exposta parto/nascimento da criança exposta
Cólera
Peste Leishmaniose
Difteria tegumentar
Raiva humana americana e 180 dias da data de notificação
Doença meningocócica leishmaniose
Varíola visceral
Febre amarela
Síndrome da 180 dias da data de nascimento
Tularemia
rubéola congênita da criança
Caso confirmado de: Hepatites
240 dias da data de notificação
Poliomielite virais
Tétano neonatal A partir da data do diagnóstico,
Sarampo 270 dias para os casos
paucibacilares (PB) e 540 dias para
Surto, agregação de casos ou agregação de óbitos os casos multibacilares (MB)
por:
Agravos inusitados Hanseníase Para os casos que abandonam o
Doenças de etiologia não esclarecida tratamento:
Febre hemorrágica ou etiologia não esclarecida PB - 2 anos após a data do
Propõe-se, de maneira geral, que as fichas individuais de diagnóstico
notificação sejam preenchidas pelos profissionais de saúde MB - 4 anos após a data do
nas unidades assistenciais, as quais devem manter uma diagnóstico
segunda via arquivada pois a original é remetida para o
serviço de vigilância epidemiológica responsável pelo 270 dias para os casos em
desencadeamento das medidas de controle necessárias. tratamento de esquema I e IR
Este, por sua vez, além dessa incumbência, deve 360 dias para os casos em
encaminhar os formulários para o setor de digitação das tratamento de esquema II e 50 dias
secretarias municipais, para que posteriormente os arquivos Tuberculose para os casos em tratamento de
de transferência sejam enviados por meio magnético às esquema III, após a data do
secretarias estaduais e, em seguida, ao Ministério da Saúde, diagnóstico, conforme normas
conforme periodicidade definida na Figura 2. do Manual Técnico para Controle da
Tuberculose
Figura 2: Periodicidade para envio dos arquivos de
transferência do Sinan.
Preconiza-se que em todas as instâncias os dados
aportados pelo Sinan sejam consolidados e analisados e que
haja uma retroalimentação dos níveis que o precederam,
além de sua redistribuição, segundo local de residência dos
pacientes objetos das notificações.
No nível federal, os dados do Sinan são processados,
analisados juntamente com aqueles que chegam por outras
vias e divulgados pelo Boletim Epidemiológico do SUS e
informes epidemiológicos eletrônicos, disponibilizados no
site www.saude.gov.br.
Casos de hanseníase e tuberculose, além do Ao contrário dos demais sistemas, em que as críticas de
preenchimento da ficha de notificação/investigação, devem consistência são realizadas antes do seu envio a qualquer
constar do boletim de acompanhamento, visando a outra esfera de governo, a necessidade de
atualização de seu acompanhamento até o encerramento desencadeamento imediato de uma ação faz com que,
para avaliação da efetividade do tratamento, de acordo com nesse caso, os dados sejam remetidos o mais rapidamente
as seguintes orientações: possível, ficando a sua crítica para um segundo momento -
- o primeiro nível informatizado deve emitir o Boletim de quando do encerramento do caso e, posteriormente, o da
Acompanhamento de Hanseníase e Tuberculose, análise das informações para divulgação.
encaminhando-o às unidades para complementação dos No entanto, apesar desta peculiaridade, esta análise é
dados; fundamental para que se possa garantir uma base de dados
- os meses propostos para a alimentação da informação com qualidade, não podendo ser relegada a segundo plano,
são, no mínimo: janeiro, abril, julho e outubro, para a tendo em vista que os dados já foram encaminhados para os
tuberculose; janeiro e julho, para a hanseníase; níveis hierárquicos superiores.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
A partir da alimentação do banco de dados do Sinan, cuidado com a própria espiritualidade, da solidariedade para
pode-se calcular a incidência, prevalência, letalidade e com os outros, da responsabilidade de manter a harmonia
mortalidade, bem como realizar análises de acordo com as social, da justiça como uma atitude etc.
características de pessoa, tempo e lugar, particularmente no Assim entendemos que a saúde tem que ser analisada
que tange às doenças transmissíveis de notificação de forma universal, em todos seus fatores, baseada
obrigatória, além de outros indicadores epidemiológicos e principalmente nas necessidades humanas básicas
operacionais utilizados para as avaliações local, municipal, essenciais no dia a dia ao ser humano.
estadual e nacional. A harmonia de todas essas necessidades tem o que
As informações da ficha de investigação possibilitam entendemos de estar com saúde.
maior conhecimento acerca da situação epidemiológica do A consolidação do conhecimento sobre a saúde cultural
agravo investigado, fontes de infecção, modo de transmissão brasileira se completa com a proposição de estratégias que
e identificação de áreas de risco, dentre outros importantes permitam o estabelecimento de políticas e programas
dados para o desencadeamento das atividades de controle. voltados à correção da desigualdade social e discriminação.
A manutenção periódica da atualização da base de (Nébia, 2005).
dados do Sinan é fundamental para o acompanhamento da No intuito do estabelecimento da saúde a todos os
situação epidemiológica dos agravos incluídos no Sistema. cidadãos foi criado a Atenção Básica que se caracteriza por
Dados de má qualidade, oriundos de fichas de um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e
notificação ou investigação com a maioria dos campos em coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde,
branco, inconsistências nas informações (casos com a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
diagnóstico laboratorial positivo, porém encerrado como reabilitação e a manutenção da saúde, depois
critério clínico) e duplicidade de registros, entre outros regulamentado com o Plano Nacional da Atenção Básica –
problemas frequentemente identificados nos níveis PNAB.
estadual ou federal, apontam para a necessidade de uma É desenvolvida por meio do exercício de práticas
avaliação sistemática da qualidade da informação coletada gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob
e digitada no primeiro nível hierárquico de entrada de forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de
dados no Sistema, que torna possível a obtenção de dados territórios bem delimitados, pelas quais assume a
confiáveis, indispensáveis para o cálculo de indicadores responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade
extremamente úteis, tais como as taxas de incidência, existente no território em que vivem essas populações.
letalidade, mortalidade e coeficiente de prevalência, entre A Atenção Básica foi gradualmente se fortalecendo e
outros. deve se constituir como porta de entrada preferencial do
Roteiros para a realização da análise da qualidade da Sistema Único de Saúde (SUS), sendo o ponto de partida
base de dados e cálculos dos principais indicadores para a estruturação dos sistemas locais de saúde.
epidemiológicos e operacionais estão disponíveis para os Aprovada e publicada, pode-se afirmar que o ano de
agravos de notificação compulsória, bem como toda a 2006 tem a marca da maturidade no que se refere à Atenção
documentação necessária para a correta utilização do Básica em Saúde.
Sistema (dicionário de dados e instrucionais de Afinal, o Pacto pela Vida definiu como prioridade:
preenchimento das fichas Manual de Normas e Rotinas e consolidar e qualificar a estratégia Saúde da Família como
Operacional). modelo de Atenção Básica e centro ordenador das redes de
Para que o Sinan se consolide como a principal fonte de atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
informação de morbidade para as doenças de notificação A Atenção Básica considera o sujeito em sua
compulsória, faz-se necessário garantir tanto a cobertura singularidade, na complexidade, na integralidade e na
como a qualidade das informações. inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a
Sua utilização plena, em todo o território nacional, prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos
possivelmente possibilitará a obtenção dos dados ou de sofrimentos que possam comprometer suas
indispensáveis ao cálculo dos principais indicadores possibilidades de viver de modo saudável.
necessários para o monitoramento dessas doenças, gerando A Atenção Básica tem a Saúde da Família como
instrumentos para a formulação e avaliação das políticas, estratégia prioritária para sua organização de acordo com os
planos e programas de saúde, subsidiando o processo de preceitos do Sistema Único de Saúde. (Brasil, 2009)
tomada de decisões e contribuindo para a melhoria da Assim a Atenção Básica é de suma importância para a
situação de saúde da população. Indicadores são variáveis saúde pública brasileira, pois ela é voltada à assistência
susceptíveis à mensuração direta, produzidos com individual e coletiva, buscando a prevenção e promoção da
periodicidade definida e critérios constantes. saúde através da Estratégia Saúde da Família – ESF, que
A disponibilidade de dados, simplicidade técnica, atua em todo o país.
uniformidade, sinteticidade e poder discriminatório são A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de
requisitos básicos para sua elaboração. reorientação do modelo assistencial, operacionalizada
Os indicadores de saúde refletem o estado de saúde da mediante a implantação de equipes multiprofissionais em
população de determinada comunidade. unidades básicas de saúde.
Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA de um número definido de famílias, localizadas em uma área
INTEGRADA A SAÚDE DA CRIANÇA, geográfica delimitada.
As equipes atuam com ações de promoção da saúde,
MULHER, HOMEM, ADOLESCENTE E IDOSO prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos
mais frequentes, e na manutenção da saúde desta
Atenção Básica e Estratégia Saúde da Família comunidade. (Brasil, 2009).
Saúde é estar bem. Temos saúde quando não sentimos No sentido de operacionalizar os enunciados
dores, quando nada em nosso corpo indica que estamos constitucionais, em 1994, o Ministério da Saúde adotou
doentes. É quando podemos realizar nossas atividades como política, a implementação da ESF. Para que este fosse
cotidianas (trabalhar, brincar, passear etc.). adotado nos municípios houve um movimento para a adesão
E para isso é preciso que tenhamos trabalho, moradia, dos mesmos ao convênio proposto, a partir do ano de 1994.
alimentação, educação, amor da família e de outros entes Esta Estratégia priorizou as ações de promoção,
queridos, necessidades básicas atendidas, o direito de proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e das
sonhar e desejar. (Nébia, 2005). famílias, nos diferentes momentos do ciclo de vida, de forma
Para a OMS a saúde depende de diversas condições: do integral e contínua, por meio de ações e intervenções das
meio ambiente em que a pessoa vive do equilíbrio ecológico, equipes de saúde, que promovem e desenvolvem o
do equilíbrio afetivo entre as pessoas, do conhecimento do atendimento à saúde na Unidade Local de Saúde e na
próprio corpo, da visão da vida como uma passagem, do própria comunidade. (Oliveira, 2008).

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
O Programa Saúde da Família (PSF) como estratégia de Foram considerados áreas prioritárias o
reorganização da atenção à saúde propõe uma assistência acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento, a
diferenciada, que vê o indivíduo como um todo e prioriza as sexualidade, a saúde bucal, a saúde mental, a saúde
ações de promoção de saúde uma nova relação de confiança, reprodutiva, a saúde do escolar ao adolescente, a prevenção
de atenção e de respeito. Esta relação fortalece o vínculo e o de acidentes, o trabalho cultural, o lazer e o esporte.
envolvimento entre profissionais e usuários favorecendo o ato de
cuidar. Programa de Atenção à Saúde do Trabalhador –
Assim, a proposta do PSF de certa forma, visa trabalhar PAST
o cuidado com a família e a comunidade numa perspectiva O processo de trabalho causa desgaste à saúde do
cultural e transpessoal, referindo ações de cuidado humano trabalhador, o que muitas vezes traduz-se pelo adoecimento
com ações mais humanísticas. (Medeiros, 2008) do corpo. Efeitos positivos ou negativos podem ser
Cada equipe interdisciplinar é responsável por no máximo produzidos sobre nossa saúde em função da forma de
4.000 habitantes, sendo a média recomendada de 3.000 organização e execução do trabalho. Compreender como se
habitantes, com jornada de trabalho de 40 horas semanais para dá o processo de desenvolvimento da doença a partir da
todos os seus integrantes e composta por, no mínimo, médico, relação do homem (e das coletividades) com o trabalho é
enfermeiro, auxiliar de enfermagem ou técnico de Enfermagem uma tarefa complexa, já que o trabalho organiza a vida do
e Agentes Comunitários de Saúde. (Brasil, 2009). homem nas coletividades.
O trabalho junto à ESF deve, primeiramente, levar em conta
o conhecimento da realidade do território onde se vai atuar, o Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso –
que significa ir além dos muros da Unidade de Saúde (US). É PAISI
fundamental conhecer o modo de vida da população da área de Segundo o Ministério da Saúde (2001), o objetivo
abrangência da Unidade de Saúde e assim, identificar como são fundamental do PAISI é “conseguir a manutenção de um
determinadas as doenças e mortes das pessoas que ali vivem, estado de saúde com a finalidade de atingir um máximo de
pois será fundamentado nesta realidade que se promoverá a vida ativa, na comunidade, junto à família com o maior grau
assistência à saúde. Esta estratégia de ação em saúde se possível de independência funcional e autonomia”.
contrapõe às propostas de criação de programas de atenção à A partir dele, algumas soluções vem sendo propostas.
saúde que foram, historicamente, aplicados indistintamente em No âmbito da promoção à saúde, a ênfase está na difusão
todo o território nacional o que não gerou as mudanças na de informações sobre o idoso para: o próprio idoso, sua
saúde da população (BRASIL, 2009). família, seus cuidadores, a sociedade em geral.
Na Atenção Básica são desenvolvidos programas de
atenção à saúde a cada grupo de pessoas segundo NÉBIA CONDUTA ÉTICA DOS
foram distribuídos assim:
PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto –
PAISA ÉTICA: se refere à reflexão crítica sobre o
A priorização de alguns agravos específicos (hipertensão comportamento humano e no ensino de enfermagem a
arterial, diabetes mellitus, tuberculose, hanseníase), pautada disciplina faz “parar para pensar” a responsabilidade
no perfil epidemiológico da população, veio articular ações profissional, busca da autonomia, do agir com competência,
de caráter individual e coletivo. em mobilizar conhecimentos para julgar e eleger decisões
É fato comprovado que a promoção de programas para a prática profissional democrática. Ao conceituar ética,
educativos pode reduzir bastante o número de hospitalizações, enquanto disciplina, FORTES (1998) se refere à reflexão
melhorar significativamente as complicações agudas e crônicas, crítica sobre o comportamento humano, reflexão que
além de prevenir ou retardar o aparecimento de enfermidades. interpreta, discute e problematiza, investiga os valores,
Foi baseado nestes dados, juntamente com a demanda princípios e o comportamento moral, à procura do “bom”, da
detectada na comunidade, que surgiu o Programa de “boa vida”, do “bem-estar da vida em sociedade”. A tarefa da
Assistência Integral à Saúde do Adulto (PAISA). O PAISA atua ética é à procura de estabelecimento das razões que
na promoção dos cuidados primários de saúde junto à justificam o que “deve ser feito”, e não o “que pode ser feito”.
comunidade adulta, enfocando preventivamente as É a procura das razões de fazer ou deixar de fazer algo, de
complicações da hipertensão arterial, bem como as aprovar ou desaprovar algo, do que é bom e do que é mau,
transformações pelas quais passam os indivíduos a partir da 5ª do justo e do injusto. A ética pode ser considerada como
década de vida. uma questão de indagações e não de normatização do que é
certo e do que é errado. A Ética teria surgido com Sócrates,
Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher – pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica as
PAISM normas morais, pois leva o homem a agir não só por
Os conteúdos da assistência integral à saúde da mulher tradição, educação ou hábito, mas principalmente por
serão desenvolvidos através de atividades de assistência convicção e inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética
clínico-ginecológica, assistência pré-natal e assistência ao é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente
parto e puerpério imediato. Por assistência clínico-ginecológica prática. Uma completa a outra, havendo um inter-
compreende-se o conjunto de ações e procedimentos voltados relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o
para a identificação, diagnóstico e tratamento das patologias conhecer e o agir são indissociáveis.
sistêmicas e das patologias do aparelho reprodutivo, inclusive
a prevenção do câncer de colo uterino e mama, e orientação MORAL: é um conjunto de normas que regulam o
sobre planejamento familiar. comportamento do homem em sociedade, e estas normas são
adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano.
Programa de Atenção à Saúde da Criança – PAISC Durkheim explicava Moral como à “ciência dos costumes”,
Envolve o acompanhamento do crescimento e sendo algo anterior à própria sociedade. A Moral tem caráter
desenvolvimento, aleitamento materno e orientação para o obrigatório. A Moral sempre existiu, pois todo ser humano
desmame, controle de doenças diarréicas, controle de possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do
infecções respiratórias agudas e controle de doenças que se mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o
podem prevenir por imunização. homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu
nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos.
Programa de Atenção à Saúde do Adolescente –
PROSAD DEONTOLOGIA: O termo Deontologia surge das palavras
As ações básicas propostas pelo PROSAD gregas “déon, déontos” que significa dever e “lógos” que se
fundamentam-se numa política de promoção de saúde, traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria
identificação de grupos de risco, detecção precoce dos o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e
agravos, tratamento adequado e reabilitação. normas adotadas por um determinado grupo profissional.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
A deontologia é uma disciplina da ética especial condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde
adaptada ao exercício da uma profissão. Existem inúmeros dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.
códigos de deontologia, sendo esta codificação da Segundo a O.M.S.-Organização Mundial de Saúde, a
responsabilidade de associações ou ordens profissionais. verificação de condições de Higiene e Segurança consiste
Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as "num estado de bem-estar físico, mental e social e não
grandes declarações universais e esforçam-se por traduzir o somente a ausência de doença e enfermidade ".
sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto,
às particularidades de cada país e de cada grupo A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto
profissional. Para, além disso, estes códigos propõem de vista não médico, as doenças profissionais, identificando
sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o
para os infratores do mesmo. trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos
Alguns códigos não apresentam funções normativas e profissionais (condições inseguras de trabalho que podem
vinculativas, oferecendo apenas uma função reguladora. A afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
declaração dos princípios éticos dos psicólogos da
Associação dos Psicólogos Portugueses, por exemplo, é A segurança do trabalho propõe-se combater,
exclusivamente um instrumento consultivo. Embora os também dum ponto de vista não médico, os acidentes de
códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma trabalho, quer eliminando as condições inseguras do
garantia de conformidade com os Direitos Humanos, esses ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem
podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de medidas preventivas.
uma determinada área ou grupo de questões, relativas a Para além disso, as condições de segurança, higiene e
toda a sociedade, por um conjunto de profissionais. saúde no trabalho constituem o fundamento material de
qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e
BIOÉTICA: No termo bioética, bio representa o contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade
conhecimento biológico, a ciência dos sistemas viventes, com diminuição da sinistralidade.
enquanto ética, representa o conhecimento dos sistemas dos
valores humanos. O nascimento da bioética como disciplina - Segurança ; Estudo, avaliação e controlo dos riscos de
coincide, com um retorno do interesse da parte da ética operação
filosófica pela ética prática; um interesse motivado pela
urgência de fornecer um adequado fundamento ao debate - Higiene ; Identificar e controlar as condições de
público e as legislações e de conduzir o diálogo no contexto trabalho que possam prejudicar a saúde do trabalhador
das sociedades pluralistas e democráticas.
A bioética atribui-se a função fascinante de dar plenitude - Doença Profissional ; Doença em que o trabalho é
de sentido, conhecimentos no campo das ciências da vida e determinante para o seu aparecimento.
da saúde e orientar a expansão dos conhecimentos técnicos
e científicos para o bem autêntico e integral da pessoa FATORES QUE AFETAM A HIGIENE E SEGURANÇA
humana. A definição mais aceita do termo bioética é, sem Em geral a atividade produtiva encerra um conjunto de
dúvida aquela dada pela - Enciclopédia da Bioética: “É o riscos e de condições de trabalho desfavoráveis em
estudo sistemático do comportamento perspectivo a luz dos resultado da especificidades próprias de alguns processos
valores e princípios morais”. ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e
Segurança costuma ser cuidado com atenção.
PRINCÍPIOS GERAIS DE SEGURANÇA NO Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar
TRABALHO. PREVENÇÃO E CAUSAS um conjunto de fatores relacionados com a negligência ou
desatenção por regras elementares e que potenciam a
DOS ACIDENTES DO TRABALHO. possibilidade de acidentes ou problemas.
PRINCÍPIOS DE ERGONOMIA NO TRABALHO.
Acidentes devido a CONDIÇÕES PERIGOSAS;
Até meados do século 20, as condições de trabalho - Máquinas e ferramentas
nunca foram levadas em conta, sendo sim importante a - Condições de organização (Lay-Out mal feito,
produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença armazenamento perigoso, falta de Equipamento de Proteção
ou mesmo à morte dos trabalhadores. Individual - E.P.I.)
Para tal contribuíam dois fatores, uma mentalidade em - Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio,
que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível poeiras, ruído)
e uma total ausência por parte dos Estados de leis que Acidentes devido a ACÕES PERIGOSAS;
protegessem o trabalhador. - Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)
Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem as - Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
primeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadores em - Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal,
atividades devidamente adequadas às suas capacidades. manobrar empilhadores à Fangio, distrações, brincadeiras)
Atualmente em Portugal existe legislação que permite
uma proteção eficaz de quem integra atividades industriais, AS PERDAS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse
melhor meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e até que ponto as condições de trabalho e a produtividade se
os Trabalhadores na salvaguarda dos aspectos relacionados encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a percepção
com as condições ambientais e de segurança de cada posto da incidência econômica dos acidentes de trabalho onde só
de trabalho. eram considerados inicialmente os custos diretos
Na atualidade, em que certificações de Sistemas de (assistência médica e indenizações) e só mais tarde se
Garantia da Qualidade e Ambientais ganham tanta consideraram as doenças profissionais.
importância, as medidas relativas à Higiene e Segurança no
Trabalho tardam em ser implementados pelo que o despertar Na atividade corrente de uma empresa, compreendeu-se
de consciências é fundamental. que os custos indiretos dos acidentes de trabalho são bem
É precisamente este o objetivo principal deste curso, o mais importantes que os custos diretos, através de fatores
de SENSIBILIZAR para as questões da Higiene e Segurança de perda como os seguintes:
no Trabalho. - perda de horas de trabalho pela vítima,
- perda de horas de trabalho pelas testemunhas e
DEFINIÇÕES Responsáveis,
A higiene e a segurança são duas atividades que estão - perda de horas de trabalho pelas pessoas
intimamente relacionadas com o objetivo de garantir encarregadas dos inquéritos,

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- interrupções da produção, Como princípios de prevenção na área da Higiene e
- danos materiais, Segurança industrial, poderemos apresentar os seguintes:
- atraso na execução do trabalho, 1. Tal como se verifica no domínio da segurança, a
- custos inerentes às peritagens e ações legais eventuais, prevenção mais eficaz em matéria de higiene industrial
- diminuição do rendimento durante a substituição. exerce-se, também, no momento da concepção do edifício,
- a retoma de trabalho pela vítima. das instalações e dos processos de trabalho, pois todo o
Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo melhoramento ou alteração posterior já não terá a eficácia
mesmo representar quatro vezes os custos diretos do desejada para proteger a saúde dos trabalhadores e será
acidente de trabalho. certamente muito mais dispendiosa.
A diminuição de produtividade e o aumento do número 2. As operações perigosas (as que originam a poluição
de peças defeituosas e dos desperdícios de material do meio ambiente ou causam ruído ou vibrações) e as
imputáveis à fadiga provocada por horários de trabalho substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a atmosfera
excessivos e por más condições de trabalho, nomeadamente do local de trabalho, devem ser substituídas por operações e
no que se refere à iluminação e à ventilação, demonstraram substâncias inofensivas ou menos nocivas.
que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade de 3. Quando se torna impossível instalar um equipamento
adaptação, tem um rendimento muito maior quando o de segurança coletivo, é necessário recorrer a medidas
trabalho decorre em condições ótimas. complementares de organização do trabalho, que, em
Com efeito, existem muitos casos em que é possível certos casos, podem comportar a redução dos tempos de
aumentar a produtividade simplesmente com a melhoria das exposição ao risco.
condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão das 4. Quando as medidas técnicas coletivas e as medidas
Empresas não explora suficientemente a melhoria das administrativas não são suficientes para reduzir a exposição
condições de higiene e a segurança do trabalho nem mesmo a um nível aceitável, deverá fornecer-se aos trabalhadores
a ergonomia dos postos de trabalho como forma de um equipamento de proteção individual (EPI) apropriado.
aumentar a Produtividade e a Qualidade. 5. Salvo casos excepcionais ou específicos de trabalho, não
A relação entre o trabalho executado pelo operador e as deve considerar-se o equipamento de proteção individual como
condições de trabalho do local de trabalho, passou a ser o método de segurança fundamental, não só por razões
melhor estudada desde que as restrições impostas pela fisiológicas mas também por princípio, porque o trabalhador
tecnologia industrial moderna constituem a fonte das formas pode, por diversas razões, deixar de utilizar o seu equipamento.
de insatisfação que se manifestam sobretudo entre os Um qualquer posto de trabalho representa o ponto
trabalhadores afetos às tarefas mais elementares, onde se juntam os diversos meios de produção (Homem,
desprovidas de qualquer interesse e com caráter repetitivo e Máquina, Energia, Matéria-prima, etc) que irão dar origem a
monótono. uma operação de transformação, daí resultando um produto
Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos ou um serviço.
casos a Produtividade é afetada, pela conjugação de dois Para a devida avaliação das condições de segurança de um
aspectos importantes: Posto de Trabalho é necessário considerar um conjunto de
- um meio ambiente de trabalho que exponha os fatores de produção e ambientais em que se insere esse mesmo
trabalhadores a riscos profissionais graves (causa direta de posto de trabalho. Para que a atividade de um operador decorra
acidentes de trabalho e de doenças profissionais) com o mínimo de risco, têm que se criar diferentes condições
- a insatisfação dos trabalhadores face a condições de passivas ou ativas de prevenção da sua segurança.
trabalho que não estejam em harmonia com as suas Os principais aspectos a levar em contas num diagnóstico
características físicas e psicológicas das condições de segurança (ou de risco) de um Posto de
Em geral as consequências revelam-se numa baixa Trabalho, podem ser avaliados pelas seguintes questões:
quantitativa e qualitativa da produção, numa rotação
excessiva do pessoal e a num elevado absentismo. Claro 1. O LOCAL DE TRABALHO;
que as consequências de uma tal situação variarão segundo - Tem acesso fácil e rápido?
os meios socioeconômicos. - É bem iluminado?
Fica assim explicado que as condições de trabalho e as - O piso é aderente e sem irregularidades?
regras de segurança e Higiene correspondentes, constituem um - É suficientemente afastado dos outros postos de
fator da maior importância para a melhoria de desempenho das Trabalho?
Empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em - As escadas têm corrimão ou proteção lateral?
condições de menor absentismo e sinistralidade.
Por parte dos trabalhadores de uma Empresa, o 2. MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
Emprego não deve representar somente o trabalho que se - As cargas a movimentar são grandes ou pesadas?
realiza num dado local para auferir um ordenado, mas - Existem e estão disponíveis equipamento de transporte
também uma oportunidade para a sua valorização pessoal e auxiliar?
profissional, para o que contribuem em mito as boas - A cadencia de transporte é elevada?
condições do seu posto de trabalho. - Existem passagens e corredores com largura
Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos compatível?
humanos e monetários e a longo prazo garantir a - Existem marcações no solo delimitando zonas de
competitividade da Empresa, deverá prestar-se maior atenção movimentação?
às condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus - Existe carga exclusivamente Manual?
colaboradores, reconhecendo-se que, uma Empresa
desempenha não só uma função técnica e econômica mas 3. POSIÇÕES DE TRABALHO;
também um importante papel social. - O Operador trabalha de pé muito tempo?
- O Operador gira ou baixa-se frequentemente?
SEGURANÇA DO POSTO DE TRABALHO - O operador tem que e afastar para dar passagem a
SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO máquinas ou outros operadores?
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir - A altura e a posição da máquina é adequada?
ou eliminar as possibilidades de ocorrerem problemas de - A distancia entre a vista e o trabalho é correta?
segurança com o Trabalhador. A prevenção consiste na
adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão 4. CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS DO TRABALHO
de que a segurança física do operador possa ser colocada - O trabalho é em turnos ou normal?
em risco durante a realização do seu trabalho. Nestes - O Operador realiza muitas Horas extras?
termos, pode-se acrescentar que as medidas a tomar no - A Tarefa é de alta cadencia de produção?
domínio da higiene industrial não diferem das usadas na - É exigida muita concentração dados os riscos da
prevenção dos acidentes de trabalho. operação?

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
5. MAQUINA As características físicas e psicológicas do individuo são
- A engrenagens e partes móveis estão protegidas? determinadas pela hereditariedade transmitida pelos Pais.
- Estão devidamente identificados os dispositivos de Por outro lado o comportamento de cada um é muitas vezes
segurança? influenciado pelo ambiente social em que cada um vive (A
- A formação do Operador é suficiente? moda tanto.é usar cabelos longos, como usar a cabeça
- A operação é rotineira e repetitiva? raspada).

6. RUÍDOS E VIBRAÇÕES A causa pessoal está relacionada com o conjunto de


- No PT sentem-se vibrações ou ruído intenso? conhecimentos e habilidades que cada um possui para
- A máquina a operar oferece trepidação? desempenhar uma tarefa num dado momento. A
- Existem dispositivos que minimizem vibrações e ruído? probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta
quando as condições psicológicas não são as melhores
7. ILUMINAÇÃO; (depressão), ou quando não existe preparação e treino
- A iluminação é natural? suficiente.
- Está bem orientada relativamente a PT?
- Existe alguma iluminação intermitente as imediações do A causa mecânica diz respeito às falhas materiais
PT? existentes no ambiente de trabalho. Quando o equipamento
não apresenta proteção para o trabalhador, quando a
8. RISCOS QUÍMICOS; iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando
- O ar circundante tem Poeiras ou fumos? não há boa manutenção do equipamento, os riscos de
- Existe algum cheiro persistente? acidente aumentam consideravelmente.
- Existem ventilação ou exaustão de ar do local? Quando um ou mais dos fatores anteriores se
- Os produtos químicos estão bem embalados? manifestam, ocorre o acidente que pode provocar ou não
- Os produtos químicos estão bem identificados? lesão no trabalhador.
- Existem resíduos de produtos no chão ou no PT?
Segurança de Máquinas
9. RISCOS BIOLÓGICOS; Muitos processos produtivos dependem da utilização de
- Há contato direto com animais? máquinas, pelo que é importante a existência e o
- À contacto com sangue ou resíduos animais? cumprimento dos requisitos de segurança em máquinas
- Existem meios de desinfecção no PT? industriais ou a sua implementação no terreno de modo a
garantir a maior segurança aos operadores.
10.PESSOAL DE SOCORRO
- EXISTE alguém com formação em primeiros socorros? Máquina: Todo o equipamento, (inclusive acessórios e
- Os números de alerta estão visíveis e atualizados? equipamentos de segurança), com movimento,
- Existem caixas de primeiros socorros e Macas? (engrenagens), e com fonte de energia que não a humana

Com a redução dos acidentes poderão ser eliminados Os Requisitos de segurança de uma máquina podem
problemas que afetam o homem e a produção. ser identificados, nomeadamente o que diz respeito ao seu
acionamento a partir de Comandos:
Para que isso aconteça, é necessário que tanto os - Devem estar visíveis e acessíveis a partir do posto de
empresários (que têm por obrigação fornecer um local de trabalho normal
trabalho com boas condições de segurança e higiene, - Devem estar devidamente identificados em português
maquinaria segura e equipamentos adequados) como os ou então por símbolos
trabalhadores (aos quais cabe a responsabilidade de - O COMANDO DE ARRANQUE: a máquina só entra em
desempenhar o seu dever com menor perigo possível para si funcionamento quando se aciona este comando, não
e para os companheiros) estejam comprometidos com uma devendo arrancar sozinho quando volta a corrente
mentalidade de Prevenção de Acidentes - O COMANDO DE PARAGEM: deve sempre sobrepor-
se ao comando de arranque
Prevenir quer dizer: “...ver antecipadamente; chegar - STOP DE EMERGÊNCIA: corta a energia, pode ter um
antes do acidente; tomar todas as providências para que o aspecto de barra botão ou cabo
acidente não tenha possibilidade de ocorrer...”
Dispositivos de Proteção
O EFEITO DOMINÓ E OS ACIDENTES DE TRABALHO
Há muito tempo, que especialistas se vêm a dedicar ao - Protetores Fixos: os mais vulgarmente utilizados são
estudo dos acidentes e de suas causas e um dos fatos já as
comprovados é que, quando um acidente acontece, vários guardas. São estruturas metálicas aparafusadas à
fatores entraram em ação anteriormente por forma a permitir estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos
o acidente. de transmissão. O acesso só para ações de manutenção.
Um acidente laboral, pode muitas vezes ser comparado
com o que acontece quando enfileiramos pedras de um - Protetores Móveis: neste caso as guardas são fixadas
dominó e depois damos um empurrãozinho numa uma delas. à estrutura por dobradiças ou calhas o que as torna
Em resultado, as pedras acabam por se derrubarem umas ás amovíveis. A abertura da proteção deve levar à paragem
outras, até que a ultima pedra caia por terra. automática do “movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um
Podemos imaginar que algo semelhante acontece sistema de encravamento elétrico).
quando um acidente ocorre, considerando que se podem
conjugar r cinco fatores que se complementam da seguinte - Comando Bi-Manual: para uma determinada
forma: operação, em vez de uma só betoneira existem duas que
- Ambiente social devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o
- Causa pessoal trabalhador mantenha as duas mãos ocupadas evitando
- Causa mecânica cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas)
- Acidente
- Lesão - Barreiras Ópticas: Dispositivo constituído por duas
“colunas”, uma emissora e a outra receptora, entre elas existe
O Ambiente Social do trabalhador relaciona-se com dois uma “cortina” de raios infravermelhos. Quando alguém ou algum
fatores principais a saber: Hereditariedade e Influencia objeto atravessa esta “cortina” surge uma interrupção de sinalo
Social. que leva á paragem de movimentos mecânicos perigosos.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
- Distâncias de Segurança: Define-se distância de - Face: máscara de solda, que protege contra impactos
segurança, a distância necessária que impeça que os de partículas, respingos de produtos químicos, radiação
membros superiores alcancem zonas perigosas do (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento. Um operador
equipamento. derramou metal fundido dentro de um molde, com uma
concha. Sem reparar que havia um pouco de água no fundo
REDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTE do molde. Ao derramar o metal, este reagiu com a água,
Como já vimos, os acidentes são evitados com a causando uma explosão que lhe atingiu o rosto. Dado que o
aplicação de medidas específicas de segurança, operador usava mascara, Isso impediu que o rosto e os
selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na olhos fossem atingidos. Graças ao uso correto do EPI, o
prevenção da segurança. operador não teve nenhuma lesão.

As prioridades são: - Ouvidos: Auriculares, que previne a surdez, o cansaço, a


irritação e outros problemas psicológicos. Deve ser usada
Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores
inexistente. (exemplo: uma escada com piso escorregadio aos aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.
apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser
eliminado com um piso antiderrapante) - Mãos e braços: luvas, que evitam problemas de pele,
choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser
Neutralização do risco: o risco existe, mas está usadas em trabalhos com solda elétrica, produtos químicos,
controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.
temporária ou definitiva da eliminação de um risco. (exemplo:
as partes móveis de uma máquina como polias, - Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam
engrenagens, correias etc. - devem ser neutralizadas com isolamento contra eletricidade e umidade. Devem ser
anteparos de proteção, uma vez que essas peças das utilizadas em ambientes úmidos e em trabalhos que exigem
máquinas não podem ser simplesmente eliminadas. contato com produtos químicos.

Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada - Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos,
quando não for possível eliminar ou isolar o risco. (exemplo: gotas de produtos químicos, choque elétrico, queimaduras e
máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem
placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem elétrica, oxiacetilénica, corte a quente.
ser devidamente sinalizados. A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo
Ministério do Trabalho, mediante certificados de aprovação
PROTEÇÃO COLETIVA E PROTEÇÃO INDIVIDUAL (CA). As empresas devem fornecer os EPIs gratuitamente
As medidas de proteção coletiva, através dos aos trabalhadores que deles necessitarem. A lei estabelece
equipamentos de proteção coletiva (EPC), devem ter também que é obrigação dos empregados usar os
prioridade, conforme determina a legislação. uma vez que equipamentos de proteção individual onde houver risco,
beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente Os EPCs assim como os demais meios destinados a sua segurança.
devem ser mantidos nas condições que os especialistas em
segurança estabelecerem, devendo ser reparados sempre SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
que apresentarem qualquer deficiência. No interior e exterior das instalações da Empresa, devem
Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs: existir formas de aviso e informação rápida, que possam
- sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou auxiliar os elementos da Empresa a atuar em conformidade
poeiras contaminantes do local de trabalho; com os procedimentos de segurança.
- enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o Com este objetivo, existe m conjunto de símbolos e
ambiente do ruído excessivo; sinais especificamente criados para garantir a fácil
- comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir
fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina; nas diversas situações laborais que podem ocorrer no
- cabo de segurança para conter equipamentos interior de uma Empresa ou em lugares públicos. Em
suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se seguida dão-se alguns exemplos do tipo de sinalização
desprender. existente e a ser aplicada nas Empresas.
Quando não for possível adotar medidas de segurança de
ordem geral, para garantir a proteção contra os riscos de Sinais de Perigo
acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os Indicam situações de risco potencial de acordo com o
equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI. pictograma inserido no sinal.
São considerados equipamentos de proteção individual São utilizados em instalação, acessos, aparelhos,
todos os dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a instruções e procedimentos, etc. Têm forma triangular, o
integridade física e a saúde do trabalhador contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de
forma eficaz com a proteção coletiva. Apenas diminuem ou Sinais de Proibição
evitam lesões que podem decorrer de acidentes. Indicam comportamentos proibidos de acordo com o
pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação,
Veja um exemplo: acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm
Existem EPIs para proteção de praticamente todas as forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o
partes do corpo. Veja alguns exemplos: fundo branco.

- Cabeça e crânio: capacete de segurança contra Sinais de Obrigação


impactos, perfurações, ação dos agentes meteorológicos etc. Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o
pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação,
- Olhos: óculos contra impactos, que evita a cegueira acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm
total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado em trabalhos onde forma circular, fundo azul e pictograma a branco
existe o risco de impacto de estilhaços e limalhas.
Sinais de Emergência
- Vias respiratórias: protetor respiratório, que previne Fornecem informações de salvamento de acordo com o
problemas pulmonares e das vias respiratórias, e deve ser pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação,
utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou acessos e equipamentos, etc.. Têm forma retangular, fundo
fumos nocivos. verde e pictograma a branco.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
HIGIENE E CONDIÇÕES AMBIENTAIS RISCOS FÍSICOS
O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho,
como as edificações, os equipamentos, os móveis, as gastamos uma certa quantidade de energia para produzir um
condições de temperatura, de pressão, a umidade do ar, a determinado resultado.
iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas, Em geral, quando dispomos de boas as condições
fazem parte das condições de trabalho e constituem assim o físicas do ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a
que se designa por ambiente. temperatura são aceitáveis, produzimos mais com menor
Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses esforço.
elementos gera produtos e serviços. A todo esse conjunto de Mas, quando essas condições fogem muito aos nossos
elementos e ações denominamos condições ambientais. limites de tolerância, atinge-se facilmente o incômodo e a
Em muitos casos, o ambiente de trabalho é agressivo irritação determinando muitas vezes o aparecimento de
para o trabalhador, dadas as condições de ruído, cansaço, a queda de produção, falta de motivação e
temperatura, esforço, etc, a que o mesmo se encontra sujeito desconcentração.
durante o cumprimento das suas funções. Por outras palavras, os fatores físicos do ambiente de
O desenvolvimento tecnológico permitiu que em algumas trabalho interferem diretamente no desempenho de cada
das condições mais duras de trabalho para o ser humano, trabalhador e na produção obtida, pelo que se justifica a sua
sejam usados robots ou dispositivos mecânicos que analise com o maior cuidado.
substituem total ou parcialmente a ação direta do trabalhador Ao estudar cada um dos fatores apresentados a seguir,
(Siderurgia, Pintura, Indústria química, etc). pense no seu próprio local de trabalho. Identifique os
Entretanto, apesar de todo o avanço científico e problemas, liste-os e proponha uma medida de correção
tecnológico, ainda há situações em que o homem é obrigado para esse problema
a enfrentar condições desfavoráveis ou perigosas na
realização de determinadas tarefas (Minas, Construção civil, Ruído
etc) Quando um de nós se encontra num ambiente de
trabalho e não consegue ouvir perfeitamente a fala das
O INIMIGO INVISÍVEL pessoas no mesmo recinto, isso é uma primeira indicação de
Qualquer um de nós já se submeteu a um exame de raio que o local é demasiado ruidoso.
X por indicação médica. Nada sentimos ou vemos sair do Os especialistas no assunto definem o ruído como todo
aparelho de raio X ao fazermos esse exame. som que causa sensação desagradável ao homem.
Porém, para executar a radiografia, o equipamento As perdas de audição são derivadas da frequência e
liberta uma grande carga de energia eletromagnética não intensidade do ruído. A fadiga evidencia-se por uma menor
percebida por nós. acuidade auditiva. As ondas sonoras transmitem-se tanto
Essa radiação, em doses elevadas, é prejudicial ao pelo ar como por materiais sólidos. Quanto maior for a
organismo humano, pois provoca alterações no sistema de densidade do meio condutor, menor será a velocidade de
reprodução das células, ocasionando doenças e, em alguns propagação do ruído.
casos, a morte.
Essa é uma das razões pelas quais consideramos certos O ruído é pois um agente físico que pode afetar de modo
riscos ambientais como inimigos invisíveis: alguns deles não significativo a qualidade de vida. Mede-se o ruído utilizando
são captados pelos órgãos dos sentidos (audição, visão, um instrumento denominado medidor de pressão sonora, e a
olfato, paladar e tato), fazendo com que o trabalhador não se unidade usada como medida é o decibel ou abreviadamente
sinta ameaçado. Inconsciente do perigo, a tendência é ele dB.
não dar importância à prevenção. - Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo de
As experiências e os estudos médicos demonstram que ruído estabelecido é de 85 decibéis.
muitas pessoas adquiriram doenças pulmonares depois de - O ruído emitido por uma britadeira é equivalente a 100
trabalhar anos a fio, sem nenhuma proteção, com algum tipo decibéis.
de produto químico ou produtos minerais. Este tipo de - O limite máximo de exposição contínua do trabalhador
doença progride lentamente, tornando difícil seu diagnóstico a esse ruído, sem proteção auditiva, é de 1 hora.
inicial, acabando a doença por se manifestar muito mais Sem medidas de controle ou proteção, o excesso de
tarde e muitas vezes sem recuperação. intensidade do ruído, acaba por afetar o cérebro e o sistema
Em resumo, o desconhecimento de como os fatores nervoso.
ambientais geram riscos à saúde é um dos mais sérios Em condições de exposição prolongada ao ruído por
problemas enfrentados pelo trabalhador parte do aparelho auditivo, os efeitos podem resultar na
surdez profissional cuja cura é impossível, deixando o
OS RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DE TRABALHO trabalhador com dificuldades para se relacionar com os
Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no colegas e família, assim como dificuldades acrescidas em se
desenvolvimento das suas tarefas diárias. aperceber da movimentação de veículos ou máquinas,
Alguns destes riscos atingem grupos específicos de agravando as suas condições de risco por acidente físico.
profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que
-12
trabalham submetidos a altas pressões e a baixas dB Intensidade do som 10 W/m2
temperaturas.
Por esse fato, são obrigados a usar roupas especiais, Exemplos típicos
para conservar a temperatura do corpo, e passam por
cabines de compressão e descompressão, cada vez que 130 10 limiar da dor
mergulham ou sobem à superfície. 120 1,0 grande avião a jacto
110 0,1 grande orquestra
Outros fatores de risco não escolhem profissão: 100 0,01 Colocação de rebites
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agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis 90 10 comboio
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ocupacionais, de maneira subtil, praticamente imperceptível. 80 10 escritório ruidoso
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Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais 70 10 motor de carro
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ignorados. 50 10 escritório médio
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Os principais tipos de risco ambiental que afetam os 40 10 escritório sossegado
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trabalhadores de um modo geral, estão separados em: 30 10 biblioteca
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- Riscos físicos 20 10 sussurro
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- Riscos químicos 10 10 murmúrio
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- Riscos Biológicos 0 10 limiar da audibilidade
- Riscos Ergonômicos

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Vibrações Os sintomas de exposição a ambientes térmicos hostis
As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e podem ser descritos por:
frequência. Apresentam geralmente baixas frequências e
conduzem-se por materiais sólidos Ambiente Térmico Quente:
(Exprimem-se em m/s 2 ou em dB. Consoante a posição - Temperatura superficial da pele aumenta
do corpo humano, (de pé, sentado ou deitado), a sua (vasodilatação dos capilares, o indivíduo cora)
resposta às vibrações será diferente sendo igualmente - Temperatura interna aumenta ligeiramente
Importante o ponto de aplicação da força vibratória. - Sudação
Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser - Mal estar generalizado
resumidos nos seguintes casos: - Tonturas e desmaios
- Esgotamento e morte
Frequência entre 8 e 1000 Hz; O uso prolongado de
martelos pneumáticos ou motosserras, conduz a Ambientes Térmicos Frios:
complicações nos vasos sanguíneos e articulações e á - Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés
diminuição na circulação sanguínea, Estas lesões podem ser - Alteração circulatória do sangue leva a que as
permanentes. extremidades do corpo humano adquiram uma coloração
vermelho-azulada
Frequência acima de 1000 Hz; O efeito restringe-se a - Pé-das Trincheiras, surge em situações de grande
nível da epiderme (danos em células e efeitos térmicos). umidade, os pés ficam extremamente frios e com cor
Com o passar do tempo, afecções a nível das articulações e violácea
da coluna - Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a
exposição a temperaturas muito baixas ou por contato com
Exemplos práticos: superfícies muito frias
Automóvel que passa lomba no asfalto; Alta Amplitude; As medidas a tomar para minimizar os efeitos do Stress
Baixa Frequência Térmico podem passar por;
Automóvel em piso de paralelo; Baixa Amplitude; Alta - Em primeiro lugar uma correta dieta alimentar de modo
Frequência a fortalecer o organismo.
Barco à deriva; Alta Amplitude; Baixa Frequência - Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não
Barco a motor; Baixa Amplitude; Alta Frequência beber álcool
Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a - Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas
altas-frequências. As massas grandes, às baixas retêm os líquidos no organismo, moderar o consumo de
frequências. cafeína.
- Em situações de elevadas temperaturas, como por
Amplitudes Térmicas exemplo uma siderurgia a água a ingerir deve conter uma
Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um pequena porção de sal de modo a compensar as perdas
ambiente quente para um ambiente frio ou vice-versa, devido á transpiração.
também são prejudiciais à saúde. Nos ambientes onde há a - Devem ser tomadas a nível de layout medidas de
necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo ventilação.
de material utilizado e características das construções - Implementar turnos com menor carga horária em
(insuficiência de janelas, portas ou outras aberturas situações onde ocorre exposição a ambientes hostis.
necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação - Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é
pode gerar alta temperatura prejudicial à saúde do essencial, pois a radiação emitida por materiais em fusão
trabalhador. levam ao surgimento de cataratas a nível ocular.
A sensação de calor que sentimos é proveniente da
temperatura resultante existente no local e do esforço físico RISCOS QUÍMICOS
que fazemos para executar um trabalho. A temperatura Certas substâncias químicas, utilizadas nos processos
resultante é função dos seguintes fatores: de produção industrial, são lançadas no ambiente de
- umidade relativa do ar trabalho através de processos de pulverização,
- velocidade e temperatura do ar fragmentação ou emanações gasosas.
- calor radiante (produzido por fontes de calor do Essas substâncias podem apresentar-se nos estados
ambiente, como fornos e maçaricos. sólido, líquido e gasoso.
A unidade de medida da temperatura adotada é o grau No estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e
Celsius, abreviadamente ºC. De um modo geral, a vegetal, como a poeira mineral de sílica encontrada nas areias
temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC enquanto a para moldes de fundição. No estado gasoso, como exemplo,
umidade relativa do ar deve estar entre 55% a 65%, e a temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como
velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s. combustível, ou gases libertados nas queimas ou nos processos
de transformação das matérias primas.
Condições ambientais aconselhadas; Quanto aos agentes líquidos, eles apresentam-se sob a
- a temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC forma de solventes, tintas, vernizes ou esmaltes.
- a umidade relativa do ar deve estar entre 55% a 65% Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e
- a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s podem penetrar no organismo do trabalhador por:
Os ambientes térmicos podem ser classificados como:
Via respiratória: essa é a principal porta de entrada dos
- Quentes (Fundições, Cerâmicas, Padarias), agentes químicos, porque respiramos continuadamente, e
- Frios (armazéns frigoríficos, atividades piscatórias) tudo o que está no ar acaba por passar nos pulmões.
- Neutros (escritórios).
Logicamente que as situações mais preocupantes Via digestiva: se o trabalhador comer ou beber algo
ocorrem em ambientes térmicos frios e quentes ou sobretudo com as mãos sujas, ou que ficaram muito tempo expostas a
quando as duas possibilidades existem na mesma empresa produtos químicos, parte das substâncias químicas serão
ou no mesmo posto de trabalho. ingeridas com o alimento, atingindo o estômago e podendo
provocar sérios riscos à saúde.
Stress Térmico
Em geral está relacionado com o desconforto do Epiderme: essa via de penetração é a mais difícil, mas
trabalhador em condições de trabalho em que a temperatura se o trabalhador estiver desprotegido e tiver contacto com
ambiente é muito elevada, podendo-se conjugar uma substâncias químicas, havendo deposição no corpo, serão
umidade baixa e uma circulação de ar deficiente. absorvidas pela pele.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Via ocular: alguns produtos químicos que permanecem Poluentes sólidos
no ar causam irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra Poeiras - Partículas esferoidais de pequeno tamanho
que a penetração dos agentes químicos pode ocorrer que se encontram em suspensão no ar. As mais perigosas
também pela vista. são as de quartzo, (originam a silicose),
Fibras - Partículas não esféricas, geralmente o seu
Falso remédio! comprimento excede em 3 vezes o seu diâmetro.
Quando se respira um ar com produtos químicos, eles Fumos - partículas esféricas em suspensão, geralmente
são arrastados para os pulmões. têm origem em combustões.
Quando se bebe um copo de leite, ele vai para o Aerossol - suspensão em meio gasoso de partículas
estômago. Daí a pergunta: o que o leite tem a ver como esféricas e líquidas, em conjunto ou não. A sua velocidade
desintoxicante pulmonar por substâncias nocivas? de queda é desprezável (< 0.25 m/s ).
Resposta: Nada! O leite pode ser considerado alimento, Os poluentes químicos são uma presença constante nos
nunca um preventivo de intoxicação. Sua utilização é até processos produtivos.
prejudicial, uma vez que acreditando no seu valor, as Com o fim de proteger o trabalhador os Valores Limite de
medidas de higiene industrial e os cuidados higiênicos ficam Exposição, referenciados na legislação devem ser
em segundo plano cumpridos. Deve ser feita igualmente a identificação dos
As medidas ou avaliações dos agentes químicos em contaminantes para de seguida se efetuar a respectiva
suspensão no ar são obtidas por meio de aparelhos especiais medição da sua concentração.
que medem a concentração, ou seja, percentagem existente em Mediante os valores obtidos há que tomar medidas,
relação ao ar atmosférico. Os limites máximos de concentração devendo-se recorrer a equipamento de proteção pessoal
de cada um dos produtos diferem de acordo com o seu grau de sempre que possível, bem como a alterações no processo
perigo para a saúde. produtivo que permitam a redução das emissões de
poluentes. Estas alterações podem ser ao nível do
Valores Limite de Exposição equipamento ou de matérias-primas.
Na legislação ambiental Portuguesa constam os Valores
Limite de Exposição de diferentes substâncias (NP – 1796). Riscos biológicos
Estes tipo de riscos relaciona-se com a presença no
Os Valores Limite de Exposição não são mais do que ambiente de trabalho de microrganismos como bactérias,
concentrações no ar dos locais de trabalho de diferentes vírus, fungos, bacilos, etc, normalmente presentes em alguns
substâncias. Abaixo destes valores a exposição contínua do ambientes de trabalho, como:
trabalhador não representa risco para este. - Hospitais,
Pode ser determinada uma “concentração média” no - Laboratórios de análises clínicas,
tempo inerente a um turno de trabalho de 8 horas. - Recolha de lixo,
- Indústria do couro,
Concentração Limite é um valor que nunca deve ser - Tratamento de Efluentes líquidos.
ultrapassado mesmo que a “concentração média” esteja Penetrando no organismo do homem por via digestiva,
abaixo do Valor Limite. As substâncias químicas quando respiratória, olhos e pele, são responsáveis por algumas
absorvidas pelo organismo em quantidades suficientes, doenças profissionais, podendo dar origem a doenças
podem provocar lesões no mesmo. Assim surge a definição menos graves como infecções intestinais ou a simples gripe,
de DOSE: Quantidade de substância absorvida pelo ou mais graves como a hepatite, meningite ou Sida.
organismo. Como estes microrganismos se adaptam melhor e se
Os efeitos no organismo, vão pois depender da dose reproduzem mais em ambientes sujos, as medidas
absorvida e da quantidade de tempo de exposição a essa preventivas a tomar terão de ser relacionadas com:
dose. - A rigorosa higiene de Locais de trabalho,
Assim, os graus de Intoxicação com produtos Químicos - A rigorosa higiene de Corpo e das roupas;
podem ser classificadas em: - Destruição por processos de elevação da temperatura
(esterilização) ou uso de cloro;
- Intoxicação Aguda, corresponde a uma absorção - uso de equipamentos individuais para evitar contacto
rápida num curto período de tempo (geralmente ocorrem em direto com os microrganismos;
situações de acidente). - ventilação permanente e adequada;
- Intoxicação Crônica, absorção de pequenas doses em - controle médico constante,
certos períodos de tempo (ocorrem no local de trabalho, num - vacinação sempre que possível.
turno ou em parte dele). A verificação da presença de agentes biológicos em
ambientes de trabalho é feita por meio de recolha de
Efeitos dos Poluentes Químicos amostras de ar e de água, que serão analisadas em
Sensibilizantes: produtos que levam a reações laboratórios especializados.
alérgicas. Manifestam-se por afecções da pele ou
respiratórias. (Isocianatos usados, por exemplo, no fabrico OS RISCOS ERGONÓMICOS
de espumas.) Verifica-se que algumas vezes que os postos de trabalho
Irritantes: produtos que levam a inflamações no tecido não estão bem adaptados ás características do operador,
onde atuam. Também nesta situação os produtos inaláveis quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer
são os que levantam mais preocupação. (ácido no espaço disponível ou na posição das ferramentas e
clorídrico,óxidos de azoto). materiais que utiliza nas suas funções.
Anestésicos ou narcóticos: produtos que atuam sobre Para estudar as implicações destes problemas existe
o sistema nervoso central, tais como os solventes usados na uma ciência que avalia as condições de trabalho do
indústria das colas ou tintas, (toluol, acetato butilo, hexano, operador, quanto ao esforço que o mesmo realiza para
etc...) executar as suas tarefas.
Asfixiantes: produtos que dificultam o transporte de Ergonomia é a ciência que procura alcançar o
oxigênio a nível sanguíneo. (Monóxido de Carbono) ajustamento mútuo ideal entre o homem e o seu ambiente de
Cancerígenos: substâncias que podem provocar o trabalho.
cancro Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento
Corrosivas: substâncias que atuam quimicamente sobre mútuo ideal entre o homem e o seu ambiente de trabalho
os tecidos quando em contacto com estes. Segundo um conceito Ergonômico A execução de tarefas deve
Pneumoconióticas: apresentam-se sob a forma de poeiras ser feita com o mínimo de consumo energético de modo a
ou fumo. São exemplo destas substâncias a sílica livre cristalina sobrar "atenção" para o controlo das tarefas e dos produtos,
comum em minas (provoca a silicose a nível pulmonar). assim como para a proteção do próprio trabalhador.

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Um dos aspectos mais curiosos da Ergonomia está - Precisão de movimentos – Ter em atenção a sua
relacionado com a indústria automóvel em que muitas vezes amplitude, posição e quais os membros a utilizar.
o dimensionamento do habitáculo do condutor, varia - Rapidez dos movimentos – Salientar sinais visuais ou
consoante o país onde o veículo é comercializado. auditivos.
Entretanto, se não existir esse ajuste, teremos a - Esforço estático – Uma cadeira deve fornecer vários
presença de agentes ergonômicos que causam doenças e pontos de apoio no corpo humano. Altura do assento
lesões no trabalhador. regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve ter
apoio para os pés sempre que necessário, etc...
Exemplo: Guilhotina manual que serve para cortar - Rampas e Escadas – Para rampas a inclinação deve
chapas de aço ser entre 0 e 20 º. Para escadas a inclinação deve ser entre
A haste de movimentação da guilhotina, que tem 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e 20 Cm. Largura
contacto com as mãos do trabalhador, deve ter uma forma mínima do degrau é de 51 Cm. Etc...
adequada, de modo a permitir que todos os dedos nela se - Portas e Tetos – Altura mínima de uma porta é de 200
apóiem, conforme mostra a ilustração abaixo. Cm. Altura mínima de um teto é de 200 Cm. Corredor com
Dessa forma é respeitada a anatomia das mãos, passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152
proporcionando conforto ao trabalhador. cm.
Os agentes ergonômicos presentes nos ambientes de
trabalho estão relacionados com: CÓDIGOS E SÍMBOLOS ESPECÍFICOS
- exigência de esforço físico intenso, DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
- levantamento e transporte manual de pesos,
- postura inadequada no exercício das atividades, Sendo a visão a capacidade sensitiva mais usada
- exigências rigorosas de produtividade, pelo homem e como em muitos casos há necessidade
- períodos de trabalho prolongado ou em turnos, de uma rápida distinção entre o que é perigoso e o
- atividades monótonas ou repetitivas seguro, ou da localização de certos equipamentos, com
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, segurança e rapidez, resolveu-se padronizar o uso das
da cabeça e do tronco produzem monotonia muscular e cores.
levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, Com o uso de cores padronizadas, pode-se, em caso
curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não de incêndio, localizar os equipamentos de combate ao
tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por fogo, com rapidez distinguir os dispositivos de parada de
esforços repetitivos emergência de máquinas ou notar suas partes perigosas.
As doenças que se enquadram nesse grupo O uso de tubulações pintadas em cores
caracterizam-se por causar fadiga muscular, que gera padronizadas permite distinguir cada elemento
fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos transportado em uma tubulação entre diversas
atingidos. Há registros de que essas doenças já atacavam os tubulações existentes dentro de uma empresa.
escribas e notários, há séculos. Hoje afetam diversas
categorias de profissionais como funcionários bancários, Cores e Sinalização na Segurança do Trabalho
metalúrgicos, costureiras, pianistas, telefonistas, operadores Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas
informáticos, empacotadores, enfim, todos os profissionais nos locais de trabalho para prevenção de acidentes,
que realizam movimentos automáticos e repetitivos. identificando máquinas e equipamentos de segurança,
Contra os males provocados pelos agentes delimitando áreas, identificando as canalizações
ergonômicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção, empregadas nas empresas para a condução de líquidos
o que pode ser conseguido a partir de: e gases, e advertindo contra riscos. Deverão ser
- Rotação do Pessoal adotadas cores para segurança em locais de trabalho e
- Intervalos mais frequentes estabelecimentos, a fim de indicar e advertir acerca dos
- Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos riscos existentes. A utilização de cores não dispensa o
repetitivos; emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
- Exames médicos periódicos O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a
- Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao
para mulheres trabalhador.
- Postura correta sentado, em pé, ou carregando e Vermelho: Utilizado para tubulações, equipamentos e
levantando pesos aparelhos de proteção e combate a incêndio.
Outros fatores de risco ergonômico podem ser Amarelo: Utilizado para identificar gases não
encontrados em circunstâncias aparentemente impensáveis, liquefeitos (Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio). Também é
como: empregado para indicar “Cuidado!”.
- falhas de projeto de máquinas, Preto: Empregado para indicar as canalizações de
- equipamentos, ferramentas, veículos e prédios; inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex.: óleo
- deficiências de layout ; lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.).
- iluminação excessiva ou deficiente; Azul: O azul será utilizado para indicar “Cuidado!”,
- uso inadequado de cores; ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e
A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio movimentação de equipamentos, que deverão permanecer
envolvente ás dimensões e capacidades humanas onde fora de serviço. Empregado também canalizações de ar
máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam comprimido (GLP).
utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia. Verde: O verde é a cor que caracteriza “segurança”.
Deverá ser empregado para identificar canalizações de
A análise e intervenção ergonômica traduz-se em: água; caixas de equipamentos de socorro de urgência;
- Melhores condições de trabalho caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de
- Menores riscos de incidente e acidente segurança; macas.
- Menores custos humanos Laranja: O laranja deverá ser empregado para
- Formação com o objetivo de prevenir identificar: canalizações contendo ácidos; partes móveis de
- Maior produtividade máquinas e equipamentos.
- Otimizar o sistema homem / máquina Púrpura: A púrpura deverá ser usada para indicar os
perigos provenientes das radiações eletromagnéticas
Algumas medidas da Ergonomia penetrantes de partículas nucleares.
- Corpo em Movimento – Tornar os movimentos Lilás: O lilás deverá ser usado para indicar
compatíveis com a ação. Reduzir o esforço de músculos e canalizações contenham álcalis. As refinarias de petróleo
Tendões. poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificante.
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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -
Cinza Claro: Deverá ser usado para identificar
canalizações em vácuo.
Cinza Escuro: Deverá ser usado para identificar
eletrodutos.
Alumínio: Será utilizado em canalizações contendo
gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa
viscosidade (ex.: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo
lubrificante etc.).
Marrom: Pode ser adotado, a critério da empresa,
para identificar qualquer fluido não identificável pelas
demais cores.

Alguns Símbolos Específicos de Saúde e Segurança


no Trabalho
- CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho.
- CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
- DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho.
- LER – Lesão por Esforço Repetitivo.
- PCA – Programa de Conservação Auditiva.
- PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos.
- PGRS – Programa de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.
- PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde.
- SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes
de Trabalho.
- SESMT – Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho.
- PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

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- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS -

PLACAS DE ALERTA

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- LEGISLAÇÃO BÁSICA – EBSERH & SUS


LEI FEDERAL Nº 12.550, necessária essa cooperação, em especial na implementação
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011 das residências médica, multiprofissional e em área
profissional da saúde, nas especialidades e regiões
Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública estratégicas para o SUS;
denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - IV - prestar serviços de apoio à geração do
o
EBSERH; acrescenta dispositivos ao Decreto-Lei n 2.848, conhecimento em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras nos hospitais universitários federais e a outras instituições
providências. congêneres;
V - prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o hospitais universitários e federais e a outras instituições
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: congêneres, com implementação de sistema de gestão único
com geração de indicadores quantitativos e qualitativos para
o
Art. 1 Fica o Poder Executivo autorizado a criar o estabelecimento de metas; e
empresa pública unipessoal, na forma definida no inciso II do VI - exercer outras atividades inerentes às suas
o o
art. 5 do Decreto-Lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967, e finalidades, nos termos do seu estatuto social.
o
o o
no art. 5 do Decreto-Lei n 900, de 29 de setembro de 1969, Art. 5 É dispensada a licitação para a contratação da
denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH pela administração pública para realizar atividades
EBSERH, com personalidade jurídica de direito privado e relacionadas ao seu objeto social.
o
patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Educação, Art. 6 A EBSERH, respeitado o princípio da autonomia
com prazo de duração indeterminado. universitária, poderá prestar os serviços relacionados às
o
§ 1 A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito suas competências mediante contrato com as instituições
Federal, e poderá manter escritórios, representações, federais de ensino ou instituições congêneres.
o
dependências e filiais em outras unidades da Federação. § 1 O contrato de que trata o caput estabelecerá, entre
o
§ 2 Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para outras:
o desenvolvimento de atividades inerentes ao seu objeto I - as obrigações dos signatários;
social, com as mesmas características estabelecidas II - as metas de desempenho, indicadores e prazos de
no caput deste artigo, aplicando-se a essas subsidiárias o execução a serem observados pelas partes;
o o o o
disposto nos arts. 2 a 8 , no caput e nos §§ 1 , 4 e 5 do
o III - a respectiva sistemática de acompanhamento e
o
art. 9 e, ainda, nos arts. 10 a 15 desta Lei. avaliação, contendo critérios e parâmetros a serem
o
Art. 2 A EBSERH terá seu capital social integralmente aplicados; e
sob a propriedade da União. IV - a previsão de que a avaliação de resultados obtidos,
Parágrafo único. A integralização do capital social será no cumprimento de metas de desempenho e observância de
realizada com recursos oriundos de dotações consignadas prazos pelas unidades da EBSERH, será usada para o
no orçamento da União, bem como pela incorporação de aprimoramento de pessoal e melhorias estratégicas na
qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação atuação perante a população e as instituições federais de
em dinheiro. ensino ou instituições congêneres, visando ao melhor
o
Art. 3 A EBSERH terá por finalidade a prestação de aproveitamento dos recursos destinados à EBSERH.
o
serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar, § 2 Ao contrato firmado será dada ampla divulgação
ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à por intermédio dos sítios da EBSERH e da entidade
comunidade, assim como a prestação às instituições contratante na internet.
o
públicas federais de ensino ou instituições congêneres de § 3 Consideram-se instituições congêneres, para
serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao efeitos desta Lei, as instituições públicas que desenvolvam
ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da atividades de ensino e de pesquisa na área da saúde e que
saúde pública, observada, nos termos do art. 207 da prestem serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde -
Constituição Federal, a autonomia universitária. SUS.
o o
o
§ 1 As atividades de prestação de serviços de Art. 7 No âmbito dos contratos previstos no art. 6 , os
assistência à saúde de que trata o caput estarão inseridas servidores titulares de cargo efetivo em exercício na
integral e exclusivamente no âmbito do Sistema Único de instituição federal de ensino ou instituição congênere que
Saúde - SUS. exerçam atividades relacionadas ao objeto da EBSERH
§ 2
o
No desenvolvimento de suas atividades de poderão ser a ela cedidos para a realização de atividades de
assistência à saúde, a EBSERH observará as orientações da assistência à saúde e administrativas.
o
Política Nacional de Saúde, de responsabilidade do § 1 Ficam assegurados aos servidores referidos
Ministério da Saúde. no caput os direitos e as vantagens a que façam jus no
o
§ 3 É assegurado à EBSERH o ressarcimento das órgão ou entidade de origem.
o
despesas com o atendimento de consumidores e respectivos § 2 (Revogado pela Lei nº 12.863, de 2013)
o
dependentes de planos privados de assistência à saúde, na Art. 8 Constituem recursos da EBSERH:
o
forma estabelecida pelo art. 32 da Lei n 9.656, de 3 de I - recursos oriundos de dotações consignadas no
junho de 1998, observados os valores de referência orçamento da União;
estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde II - as receitas decorrentes:
Suplementar. a) da prestação de serviços compreendidos em seu
o objeto;
Art. 4 Compete à EBSERH:
b) da alienação de bens e direitos;
I - administrar unidades hospitalares, bem como prestar
c) das aplicações financeiras que realizar;
serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de
d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros,
apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do
dividendos e bonificações; e
SUS;
e) dos acordos e convênios que realizar com entidades
II - prestar às instituições federais de ensino superior e a
nacionais e internacionais;
outras instituições congêneres serviços de apoio ao ensino, III - doações, legados, subvenções e outros recursos que
à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à lhe forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de
formação de pessoas no campo da saúde pública, mediante direito público ou privado; e
as condições que forem fixadas em seu estatuto social; IV - rendas provenientes de outras fontes.
III - apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será
de instituições federais de ensino superior e de outras reinvestido para atendimento do objeto social da empresa,
instituições congêneres, cuja vinculação com o campo da excetuadas as parcelas decorrentes da reserva legal e da
saúde pública ou com outros aspectos da sua atividade torne reserva para contingência.
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- LEGISLAÇÃO BÁSICA – EBSERH & SUS


o
Art. 9 A EBSERH será administrada por um Conselho Art. 19. O Título X da Parte Especial do Decreto-Lei nº
de Administração, com funções deliberativas, e por uma 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passa a
Diretoria Executiva e contará ainda com um Conselho Fiscal vigorar acrescido do seguinte Capítulo V:
e um Conselho Consultivo.
o
§ 1 O estatuto social da EBSERH definirá a CAPÍTULO V
composição, as atribuições e o funcionamento dos órgãos DAS FRAUDES EM CERTAMES
referidos no caput. DE INTERESSE PÚBLICO
o
§ 2 (VETADO). Fraudes em certames de interesse público
o
§ 3 (VETADO). ‘Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o
o
§ 4 A atuação de membros da sociedade civil no fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a
Conselho Consultivo não será remunerada e será credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
considerada como função relevante. I - concurso público;
o
§ 5 Ato do Poder Executivo aprovará o estatuto da II - avaliação ou exame públicos;
EBSERH. III - processo seletivo para ingresso no ensino superior;
Art. 10. O regime de pessoal permanente da EBSERH ou
será o da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
o o
aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
o
e legislação complementar, condicionada a contratação à § 1 Nas mesmas penas incorre quem permite ou
prévia aprovação em concurso público de provas ou de facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não
provas e títulos, observadas as normas específicas editadas autorizadas às informações mencionadas no caput.
o
pelo Conselho de Administração. § 2 Se da ação ou omissão resulta dano à
Parágrafo único. Os editais de concursos públicos para administração pública:
o preenchimento de emprego no âmbito da EBSERH Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
o
poderão estabelecer, como título, o cômputo do tempo de § 3 Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é
exercício em atividades correlatas às atribuições do cometido por funcionário público.’ (NR)”
respectivo emprego. Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua
Art. 11. Fica a EBSERH, para fins de sua implantação, publicação.
autorizada a contratar, mediante processo seletivo
o
simplificado, pessoal técnico e administrativo por tempo Brasília, 15 de dezembro de 2011; 190 da
o
determinado. Independência e 123 da República.
o
§ 1 Os contratos temporários de emprego de que trata
o caput somente poderão ser celebrados durante os 2 (dois) DILMA ROUSSEFF
anos subsequentes à constituição da EBSERH e, quando
destinados ao cumprimento de contrato celebrado nos EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ORGANIZAÇÃO
o
termos do art. 6 , nos primeiros 180 (cento e oitenta) dias de DO SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL E A
vigência dele. CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE
o
§ 2 Os contratos temporários de emprego de que trata SAÚDE (SUS) – PRINCÍPIOS,
o caput poderão ser prorrogados uma única vez, desde que DIRETRIZES E ARCABOUÇO LEGAL
a soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 5 (cinco) anos.
Art. 12. A EBSERH poderá celebrar contratos O seguro social surgiu no Brasil em 1923 com a
temporários de emprego com base nas alíneas a e b do § 2º promulgação, pelo Presidente Artur Bernardes, da Lei nº
do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, 4.682 de 24 de janeiro, de autoria do Deputado Eloy
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, Chaves.
mediante processo seletivo simplificado, observado o prazo Com esta lei ficou instituído o sistema de Caixas de
máximo de duração estabelecido no seu art. 445. Aposentadorias e Pensão (CAPs), que atendeu, em um
Art. 13. Ficam as instituições públicas federais de ensino primeiro momento, aos trabalhadores ferroviários e,
e instituições congêneres autorizadas a ceder à EBSERH, no posteriormente, aos marítimos e estivadores.
o
âmbito e durante a vigência do contrato de que trata o art. 6 , Ao final de 1932, existiam 140 CAPs com quase 19
bens e direitos necessários à sua execução. mil segurados ativos, 10.300 aposentados e
Parágrafo único. Ao término do contrato, os bens serão aproximadamente 8.800 pensionistas.
devolvidos à instituição cedente. Entre as prestações oferecidas aos segurados das
Art. 14. A EBSERH e suas subsidiárias estarão sujeitas CAPs, constavam, além das de natureza previdenciária, a
à fiscalização dos órgãos de controle interno do Poder assistência médica e o fornecimento de medicamentos.
Executivo e ao controle externo exercido pelo Congresso Mas havia grandes diferenças entre os planos de
Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União. benefícios, porque inexistiam regras comuns de
Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade funcionamento técnico e administrativo.
fechada de previdência privada, nos termos da legislação Cada órgão estabelecia seu regulamento, que refletia
vigente. parcialmente os anseios de cada segmento da classe
Parágrafo único. O patrocínio de que trata trabalhadora e dependia da capacidade de receita
o caput poderá ser feito mediante adesão a entidade fechada disponível por meio das contribuições.
de previdência privada já existente. Em substituição ao sistema extremamente
Art. 16. A partir da assinatura do contrato entre a fragmentário das CAPs, foram fundados os Institutos de
EBSERH e a instituição de ensino superior, a EBSERH Aposentadoria e Pensão (IAPs), congregando o conjunto
disporá de prazo de até 1 (um) ano para reativação de leitos dos trabalhadores de um dado ofício ou setor de
e serviço inativos por falta de pessoal. atividade. O primeiro Instituto, destinado aos funcionários
Art. 17. Os Estados poderão autorizar a criação de públicos federais, foi criado em 1926, mais tarde
empresas públicas de serviços hospitalares. denominado Instituto de Previdência e Assistência dos
Art. 18. O art. 47 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Servidores do Estado (IPASE).
dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar acrescido O último a ser criado foi o dos Ferroviários e
do seguinte inciso V: Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP), em 1953.
“Art. 47. ........................................... Na assistência à saúde, a maior inovação aconteceu
.......................................................... em 1949, durante o segundo governo Vargas, quando foi
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de
exame públicos.” (NR) Urgência (SAMDU).

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A importância histórica desse evento decorre de três de Janeiro em 1942.
características inovadoras da iniciativa: o atendimento No decorrer de sua existência, o SESP (transformado,
médico domiciliar até então inexistente no setor público, em 1960, em fundação do Ministério da Saúde) destacou-se
embora comum na prática privada; o financiamento pela atuação em áreas geográficas distantes e carentes e
consorciado entre todos os IAPs e, principalmente, o pela introdução de inovações na assistência médico-
atendimento universal ainda que limitado aos casos de sanitária, tais como técnicas de programação e avaliação e
urgência. métodos de capacitação de pessoal em saúde pública.
Foi também pioneiro na atenção básica domiciliar, com o
Apesar de o atendimento médico ser uma das uso de pessoal auxiliar e, sobretudo, na implantação de
prerrogativas dos beneficiários da previdência, desde a redes hierarquizadas de atenção integrada à saúde,
promulgação da Lei Elloy Chaves, as legislações dos vários proporcionando serviços preventivos e curativos, inclusive
IAPs revelam que os serviços de saúde tinham importância internação em especialidades básicas em suas Unidades
secundária e restrições que variavam de órgão para órgão. Mistas. A atuação bem-sucedida e o decorrente prestígio
Assim, no Instituto dos Marítimos (IAPM), o período de como organização devem-se em grande medida à gestão
internação era limitado a trinta dias, e a despesa do Instituto profissional viabilizada pela adoção de regime de trabalho
com atenção médica não poderia ultrapassar 8% da receita em tempo integral e dedicação exclusiva de seus quadros.
do ano anterior. Já em outros IAPs, como o dos industriários Foi no período 1966-1976 que se consolidou a
e o dos trabalhadores em transportes e cargas, a atenção duplicidade de responsabilidades federais no campo da
médica poderia implicar a cobrança de contribuição saúde, divididas entre o Ministério da Saúde (MS) e o
suplementar. Ministério da Previdência Social. Isto porque a fusão das
Dessa forma, as disparidades normativas entre os IAPs instituições de seguro social fortaleceu a previdência social
contribuíram para que surgissem reivindicações em favor de tanto administrativa como, sobretudo, financeira e
um sistema de previdência unificado e menos desigual. politicamente, contribuindo para o fracasso das tentativas
Mas existiam vozes contrárias que viam, na unificação integracionistas conduzidas na órbita do Ministério da Saúde.
dos IAPs, a perda de poder por parte dos trabalhadores e o O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) foi
risco de centralização e concentração de poder no Estado. criado pelo Decreto Lei nº 72 de 21/11/1966, com o objetivo
Esse cenário originou uma solução intermediária. A Lei central de corrigir os inconvenientes da segmentação
Orgânica da Previdência Social (LOPS - Lei nº 3807 de institucional e, com isto, aumentar a eficiência do sistema.
26/8/1960), posteriormente regulamentada pelo Decreto nº Foram ainda introduzidas algumas modificações na
48.959, em setembro do mesmo ano, uniformizou as regras, LOPS e no extinto o SAMDU. A despeito da justificativa
mas manteve a organização institucional segmentada. racionalizadora, a rapidez e eficácia da fusão podem ser
De qualquer forma, a promulgação da LOPS trouxe um atribuídas fundamentalmente ao instrumento autoritário
avanço significativo no sentido de viabilizar a futura (Decreto-Lei) que a gerou, em plena vigência do regime de
unificação da previdência social, visto que uniformizava os exceção instaurado em abril de 1964.
tipos de benefícios concedidos, a forma de contribuição para Este período registra também o maior avanço em termos
o financiamento do sistema e os procedimentos de extensão de cobertura, com a incorporação da população
administrativos dos institutos. rural, ainda que em regime diferenciado, tanto em benefícios
A vigência da LOPS, contudo, não corrigiu todas as quanto na de forma de contribuição.
distorções originárias da multiplicidade de institutos: após A assistência médico-hospitalar aos trabalhadores rurais
sua promulgação ainda prevalecia uma falta de uniformidade foi condicionada, a partir de 1971, à disponibilidade de
na distribuição dos gastos entre os diversos programas. Por recursos orçamentários. A mesma lei determinou que a
exemplo, enquanto, o instituto dos bancários despendia 33% “gratuidade” seria total ou parcial segundo a renda familiar
do seu orçamento em assistência médica, no instituto dos do trabalhador. Toda a legislação previdenciária foi
industriários esse percentual era inferior a 8,5%. estabelecida com a Consolidação das Leis da Previdência
Entretanto, havia ociosidade nos serviços de saúde Social (CLPS), de 1976. A assistência médico-hospitalar
oferecidos por certos institutos, sem que os trabalhadores previdenciária continuou sob a responsabilidade do
pertencentes a outras categorias pudessem ter acesso a Ministério do Trabalho e Previdência Social (MPAS).
eles. Objeto de ampla polêmica em 1968 (governo Costa e
Em que pese o crescimento gradual do número de Silva), o assim denominado Plano Nacional de Saúde (PNS)
categorias profissionais e do elenco de benefícios em quatro foi elaborado por iniciativa do então Ministro da Saúde,
de décadas, a previdência social, na primeira metade dos Leonel Miranda, caracterizando-se como a principal
anos 60, ainda estava longe da universalização. preocupação para o setor saúde após a instauração do
Em 1960, no final do período desenvolvimentista de regime de 1964.
Kubitschek, os segurados da previdência somavam pouco O PNS se notabilizou por algumas características
mais de 5 milhões (dos quais 4 milhões eram contribuintes centrais que, se implementadas, teriam modificado
ativos e o restante composto por aposentados e substancialmente o sistema de saúde vigente no país, entre
pensionistas), ou seja, apenas 7,3% de uma população da elas, a universalização do acesso e a integração da
ordem de 70 milhões. assistência médica no Ministério da Saúde, o que foi objeto
Enquanto a assistência médica evoluía de forma de forte resistência, ainda que não explícita, da área
segmentada e restrita aos contribuintes urbanos da previdenciária.
previdência social, no âmbito da saúde pública surgia a Aspectos particularmente polêmicos do plano incluíam a
primeira mudança na cultura campanhista de atuação privatização da rede pública e a adoção do preceito de livre
verticalizada do governo federal com a criação, em 1942, do escolha, pelo paciente, do profissional e hospital de sua
Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). preferência, sendo a remuneração aos provedores
Esse serviço, criado em função do acordo entre os proporcional ao número e complexidade dos procedimentos.
governos do Brasil e dos Estados Unidos, tinha por objetivo A iniciativa mobilizou entidades representativas das
fundamental proporcionar o apoio médico-sanitário às profissões de saúde, organizações sindicais de
regiões de produção de materiais estratégicos que trabalhadores, governos estadual, como os de São Paulo e
representavam, na época, uma inestimável contribuição do Rio Grande do Sul, entre outros, que manifestaram oposição
Brasil ao esforço de guerra das democracias no desenrolar e perplexidade ao inusitado da proposta. A repercussão
da II Guerra Mundial. Por isto, seu espaço geográfico inicial negativa na mídia e, certamente, a resistência velada da
de atuação limitou-se à Amazônia (minérios). Seu primeiro área previdenciária, - já que a proposta implicava perda de
plano de trabalho foi esboçado na III Conferência do Ministro poder da medicina previdenciária em favor do Ministério da
do Exterior de 21 Repúblicas Americanas, realizada no Rio Saúde - conduziram o governo a cancelar o Plano.

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No vácuo deixado pelo cancelamento do PNS, o novo de Almeida Machado) toma a iniciativa de organizar o setor
ministro da Saúde, Mário Machado de Lemos, tentou saúde sob forma sistêmica.
implementar um conjunto de princípios e diretrizes Promulgada em 17 de julho de 1975, a Lei nº 6229,
destinados a orientar a ação e decisão do governo, definindo dispondo sobre organização do SNS, definiu dois grandes
os postulados básicos a serem observados na campos institucionais: 1) o do Ministério da Saúde, de
institucionalização e implementação do Sistema Nacional de caráter eminentemente normativo, com ação executiva
Saúde (SNS). A prestação de serviços gerais de saúde preferencialmente (sic) voltada para as medidas e os
seguiria alguns princípios, que hoje regem o Sistema Único atendimentos de interesse coletivo, inclusive vigilância
de Saúde (SUS), tais como a universalização da assistência, sanitária; e 2) o do Ministério da Previdência e Assistência
a regionalização dos serviços e a integração entre serviços Social, com atuação voltada principalmente (sic) para o
preventivos e de assistência individual. Ao forçar, entretanto, atendimento médico-assistencial individualizada.
o cumprimento do disposto no art. 156 do Decreto Lei nº 200, O Sistema Nacional de Saúde, então instituído
de 25 de fevereiro de 1967, ou seja, ao assumir de fato e de oficialmente pela Lei nº 6229 de 1975, com o objetivo
direito a competência para implantar e coordenar a Política principal de corrigir a multiplicidade institucional
Nacional de Saúde, o Ministério de Saúde provocou forte descoordenada no setor público, ficou conceituado como: “O
antagonismo. complexo de serviços do setor público e do setor privado,
A integração no nível federal adviria da criação do voltados para as ações de interesse de saúde, organizado e
Instituto Nacional de Assistência Médica, autarquia vinculada disciplinado nos termos desta Lei, abrangendo as atividades
ao Ministério da Saúde e que absorveria todos os que visem a promoção, proteção e recuperação da saúde”.
organismos até então na órbita da previdência social Caberia ao Conselho de Desenvolvimento Social (CDS)
(MPAS). apreciar a Política Nacional de Saúde formulada pelo
O projeto abortou e os elementos que estavam no seu Ministério da Saúde, bem como os planos setoriais do MPAS
cerne (universalização, regionalização, hierarquização da e MEC, no que se refere, respectivamente, à assistência
rede e comando único) só seriam retomados quinze anos médica e à formação de recursos humanos para saúde,
mais tarde, na VIII Conferência Nacional de Saúde e na fixando as diretrizes para sua execução.
assembleia Nacional Constituinte. Os estados, territórios e o Distrito Federal teriam como
Se a busca de um sistema de saúde universal fracassou atribuições o planejamento integrado de saúde, criação e
nas tentativas hegemônicas do Ministério da Saúde, o operação de serviços de saúde em apoio às atividades
Ministério da Previdência (ministro Nascimento e Silva), um municipais. Enquanto aos municípios caberia a manutenção
ano depois, deu um passo importante com o Plano de Pronta de serviços de saúde, especialmente os de pronto-socorro
Ação (PPA). Este passo, embora coerente com a estratégia (sic); vigilância epidemiológica. A função do setor privado foi
gradualista de extensão de cobertura adotada pela referida como de “prestação de serviços de saúde as
previdência social, rompeu - mais uma vez (a primeira foi pessoas”, sobretudo mediante contratos com a previdência
com a criação do SAMDU) - a lógica da vinculação do direito social e sob sua fiscalização.
de assistência médica à condição de contribuinte da A despeito de suas limitações, a chamada Lei do SNS
previdência. pode ser reconhecida como um passo adiante. Não só por
O PPA consistia num conjunto de mecanismos se tratar da primeira tentativa concreta para racionalizar o
normativos cuja finalidade maior, como explicitado então, era sistema, dentro dos limites permitidos no contexto político
proporcionar condições para que fosse progressivamente então vigente, como por representar o reconhecimento oficial
atingida a universalização da previdência social. Sua de algumas das imperfeições na organização do sistema há
principal inovação foi a determinação de que os casos de muito apontadas por estudiosos do setor.
emergência deveriam ser atendidos por todos os serviços Na assembleia da Organização Mundial de Saúde
próprios e contratados independentemente do paciente ser (OMS) realizada em 1975, Halfdan Mahler, seu diretor geral,
ou não um beneficiário (segurado ou dependente) da afirmou: “para vencer a dramática falta de médicos no
previdência. Quando o atendido não fosse previdenciário, as mundo inteiro é indispensável aproveitar todo o pessoal
despesas com os serviços prestados limitar-se-iam à disponível, as parteiras curiosas, o pessoal de nível
duração do estado de emergência.
elementar e até mesmo os curandeiros”. O pronunciamento
A importância histórica dessa política está no fato de
que, pela primeira vez após a extinção do SAMDU, a da OMS vinha ao encontro do que, na época, era consensual
previdência social admitia o uso de seus recursos no e corrente entre parte significativa de formadores de opinião
atendimento universal. Isto só foi possível em um contexto nacionais no setor saúde: a única possibilidade de levar a
criado pelas repetidas denúncias na imprensa sobre omissão assistência médico-sanitária a todos dos que dela carecem é
de socorro que, em alguns casos, tinha consequências através da utilização de técnicas simples e de baixo custo,
trágicas, a que acrescia a existência de uma relativa folga no aplicáveis sem dificuldade ou risco, por pessoal de nível
caixa previdenciário. Na década de 1970, as receitas elementar recrutado na própria comunidade e remunerado
previdenciárias cresciam em ritmo superior ao da economia de acordo com os padrões locais.
como um todo, já que o dinamismo do sistema dependia, O Programa de Interiorização de Ações de Saúde e
sobretudo, dos setores mais modernos da economia, em que Saneamento (PIASS), aprovado pelo o Decreto nº 76.307 de
as relações formais de trabalho estavam mais presentes.
24/8/1976, foi criado com linhas de ação ajustadas a esse
Este aspecto e a importância política de mostrar a face social
propósito. O Programa reconhecia que a complexidade
do regime autoritário também explicam, em alguma medida,
outras políticas de ampliação de direitos sociais da época, nosológica de uma comunidade aumenta na medida em que
tais como a extensão da previdência ao trabalhador rural e a cresce o seu grau de desenvolvimento. Essa circunstância
criação do beneficio mensal aos idosos não contribuintes. recomenda que os serviços de saúde sejam organizados de
Como era previsível, dada a vigência da modalidade de forma hierarquizada, descentralizando - para unidades mais
remuneração dos serviços contratados por unidade de simples localizadas na periferia - as ações de saúde de
serviço, adotada pela previdência na sua pactuação com maior frequência e de fácil aplicação, mas centralizando - em
rede privada, a universalização do atendimento de locais estratégicos - os recursos e serviços especializados
emergência, na década de 1970, gerou inúmeras distorções, ou de maior porte.
entre as quais um excesso de internações hospitalares, O objeto central do Programa era dotar as comunidades
principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, do Nordeste - cidades, vilas e povoados até 20 mil
Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, conforme
habitantes - de uma estrutura básica e permanente de saúde
reconheceu o próprio presidente do INSS.
Em 1975, o governo federal (ministro da Saúde: Paulo pública capaz de contribuir na solução dos problemas
médico-sanitários de maior reflexo social.
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A rede de serviços, fundamentalmente estadual e setorial, configurando o que se pode chamar de ‘fase das
municipal, se desdobrava em três níveis de atuação: estratégias racionalizadas’. Foram iniciativas importantes do
elementar, intermediário e de apoio. Os dois primeiros período:
estavam constituídos por unidades operadas por pessoal de • criação, em 1980, da Comissão Interinstitucional de
nível elementar. As unidades de apoio, estrategicamente Planejamento (CIPLAN), cuja principal função era fixar os
localizadas, estavam formadas por unidades integradas de repasses federais dos dois ministérios (Saúde e Previdência
saúde, dispondo de recursos humanos de nível profissional Social) para o financiamento de serviços prestados pelas
e, em alguns casos, de facilidades para hospitalização. redes estaduais e municipais, além de estabelecer normas
Tão importante quanto o financiamento destinado aos de articulação programática entre Ministério da Saúde,
diversos projetos que compunham o PIASS, parte dele Previdência e Educação (hospitais universitários e de
oriundo do FAS, operado pela Caixa econômica Federal ensino);
(CEF), eram a previsão do remanejamento dos recursos e a • instituição, em 1982, do Plano de Reorientação da
reorientação doutrinária, determinadas para as atividades Assistência à Saúde no âmbito da Previdência Social, mais
desenvolvidas pelo INPS e, sobretudo, pelo Funrural na conhecido como Plano do CONASP, que seguia diretrizes
região. A contribuição da previdência social foi considerada como a prioridade para a atenção primária, a integração das
indispensável para viabilizar o custeio do programa depois diferentes agências públicas de saúde em um sistema
de sua fase de implantação. A participação do MPAS no regionalizado e hierarquizado e a diminuição da capacidade
custeio da rede, sob o respaldo formal da Lei nº 6229, que ociosa do setor público. O Plano CONASP, elaborado em
lhe atribuía competência, dentro do Sistema Nacional de 1982, propôs - como forma de controlar os gastos com
Saúde, para experimentar “novas modalidades de prestação saúde e, simultaneamente, viabilizar a expansão da
de serviço de assistência, avaliando sua melhor adequação cobertura - a reversão do modelo centrado na assistência
as necessidades do país”, representava uma revisão tática hospitalar, a eliminação da capacidade ociosa do setor
da previdência social visando a acelerar a universalização de público e a melhoria da operação da rede, através do
aumento da produtividade, da racionalização e da qualidade
suas prestações.
dos serviços.
Inicialmente restrito ao Nordeste, o Programa foi
Integrando, mediante convênios, os sistemas públicos
estendido às demais regiões a partir de 1979, marcando,
estaduais e municipais à prestação de serviços de saúde, o
desde seu começo, um ponto importante de inflexão na
Plano, mesmo sem ter sido implementado integralmente,
forma de atuação da previdência. Até então atuando, de
criou as bases para novas políticas públicas de expansão de
forma direta, por intermédio de sua rede própria concentrada cobertura nos anos seguintes, quais sejam:
nos centros de maior porte e, indiretamente, mediante • implantação, em 1984, das Ações Integradas de Saúde
contratos com a rede privada, o INPS, com o PIASS, (AIS), que reforçou a atuação da CIPLAN na área federal, e
expande sua atuação indireta formalizada pelos convênios estimulou a criação de Comissões Interinstitucionais de
com as secretarias de Saúde dos governos subnacionais. Saúde, no âmbito dos estados, das regionais estaduais de
Essa forma de parceria com instância subnacional só tinha saúde e dos municípios. Como decorrência desse esforço de
acontecido antes no Distrito Federal, a partir da criação de articulação e coordenação da ação pública na área da
Brasília em 1960. saúde, até o final de 1987, 2.500 municípios já eram
No final dos anos 1970 e no início da década seguinte, signatários do convênio das AIS;
repercutiam sobre o setor saúde os primeiros movimentos da • início do Programa de Desenvolvimento de Sistemas
transição democrática e a profunda crise econômica do país, Unificados e Descentralizados de Saúde nos Estados
com especial repercussão no financiamento do Estado. Com (SUDS), em 1987. Esse programa, como as AIS, enfatizava
a abertura política - “lenta, gradual e segura” – para usar a os mecanismos de programação e orçamentação integradas
expressão cunhada na época (governo Ernesto Geisel) – e as decisões colegiadas tomadas no âmbito das Comissões
emergem novos atores e movimentos sociais. Interinstitucionais.
Reivindicações por serviços e ações de saúde passam a Avançando no sentido da descentralização da gestão do
integrar com mais destaque a pauta de demandas. sistema, tinha como foco as secretarias estaduais de saúde,
A crise econômica teve duplo efeito. Por um lado, que deveriam assumir as responsabilidades de órgãos
agravou a distribuição da renda e a qualidade de vida da reitores dos sistemas estaduais de saúde.
população, o que aumentou as necessidades de atenção à Uma antecipação, em certa medida, do modelo
saúde; por outro, diminuiu as receitas fiscais e as posteriormente adotado pelo SUS com a Comissão
contribuições sociais, com impacto sobre o volume de Interinstitucional Tripartite e as Comissões Bipartites.
recursos destinados à saúde. Nesse cenário, consolidou-se Ao lado desse quadro político-institucional, crescia, a
no país o movimento pela Reforma Sanitária, cujas principais partir de 1985, um amplo movimento político setorial que
bandeiras eram: teve, como pontos culminantes, a realização da VIII CNS
1) a melhoria das condições de saúde da população; (1986), os trabalhos técnicos desenvolvidos pela Comissão
2) o reconhecimento da saúde como direito social Nacional de Reforma Sanitária (CNRS), criada pelo
universal; Ministério da Saúde, em atendimento a proposta da VIII
3) a responsabilidade estatal na provisão das condições CNS, e o projeto legislativo de elaboração da Carta
de acesso a esse direito; Constitucional de 1988.
4) a reorientação do modelo de atenção, sob a égide dos O reconhecimento da saúde como direito inerente à
princípios da integralidade da atenção e da equidade; cidadania, o consequente dever do Estado na promoção
5) a reorganização do sistema com a descentralização desse direito, a instituição de um sistema único de saúde,
da responsabilidade pela provisão de ações e serviços. tendo como princípios a universalidade e integralidade da
A construção de sólida aliança política em torno dessas atenção, a descentralização, com comando único em cada
teses foi legitimada, em 1986, na VIII Conferência Nacional esfera de governo, como forma de organização e a
de Saúde (CNS). participação popular como instrumento de controle social,
As sete primeiras conferências haviam sido eventos foram teses defendidas na VIII CNS e na CNRS que se
técnicos, com presença seletiva de especialistas, em sua incorporaram ao novo texto constitucional.
maioria vinculada ao Ministério da Saúde e à problemática
sanitária de responsabilidade dessa agência. A VIII CNS não Políticas de promoção da saúde no Brasil
só ampliou a participação de outros segmentos técnicos, Do ponto de vista legal e normativo, a promoção da
sobretudo da previdência social, como incluiu ampla saúde faz parte do elenco de responsabilidades do Estado,
representação de usuários dos serviços de saúde. enunciadas na conceitualização de saúde, nos princípios e
A década de 1980, em particular a sua primeira metade, diretrizes organizacionais do SUS, que contemplam a
foi bastante fértil para o processo de articulação intra- participação comunitária e a integralidade do sistema, com
gestão descentralizada, e apontam para a intersetorialidade.
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As normas pactuadas nacionalmente que regulam o numa área de 248,8 quilômetros quadrados, com 645
processo de descentralização e a reorganização do modelo municípios. A região metropolitana de São Paulo, por sua
de atenção vêm introduzindo, com maior ou menor vez, é a segunda maior do mundo, com mais de 16 milhões
intensidade, a perspectiva da promoção da saúde. de habitantes. Num processo de planejamento de dois anos,
A Norma Operacional Básica do SUS - NOB 01/96, a o CELAFISCS buscou a parceria de profissionais dos
mais explícita em relação a um novo modelo de atenção principais centros do Brasil e do exterior, como o Center for
orientado para promover a saúde, apresenta como bases Diseases Control and Prevention (CDC), dos Estados
para sua estruturação: Unidos, o Health Education Authority, na Inglaterra, e o
• participação da população não somente nas instâncias Programa Agita Mundo.
formais, mas em outros espaços constituídos por atividades Para desenvolver o programa, parcerias foram adotadas
sistemáticas e permanentes, dentro dos próprios serviços de como estratégia chave. Parcerias intelectuai foram o
atendimento, favorecendo a criação de vínculos entre o instrumento para obter experiências de outras nações e
serviço e os usuários, e caracterizando uma participação programas internacionais. Vários profissionais experientes
mais criativa e realizadora para as pessoas; foram convidados a visitar o Centro Agita e compor um corpo
• concentração das ações de saúde na qualidade de vida científico nacional e internacional. As organizações parceiras
das pessoas e no seu meio ambiente, bem como nas governamentais e não governamentais representaram o
relações da equipe de saúde com a comunidade, fator-chave para o sucesso do Agita.
especialmente com as famílias; Mais de 220 instituições fortes formaram seus quadros
• modelo epidemiológico considerado como eixo de executivos, que discutem as principais ações do Agita em
análise dos problemas de saúde, segundo o entendimento reuniões mensais. Diferentes setores da sociedade foram
de que este incorpora como objeto de ação as pessoas, o representados neste quadro, como educação, esportes,
ambiente e os comportamentos interpessoais; saúde, indústria, comércio e serviços. A estrutura do Agita
• uso de tecnologias de educação e de comunicação São Paulo mostra a relação entre os quadros científico e
social, elementos essenciais em qualquer nível de ação; executivo.
• construção da ética coletiva, que agrega as relações O Agita tem sua mensagem principal associada às
entre usuário, sistema e ambiente, e possibilita mudanças noções de ‘vida ativa’ e ‘atividade física para a saúde’, em
nos fatores determinantes, estimulando as pessoas a serem substituição a termos tradicionais, como ‘esporte’ e ‘fitness’.
agentes de sua própria saúde; Pelo modelo ‘um passo à frente’, uma mensagem solicita aos
• intervenções ambientais que suscitem articulações Inter sedentários que sejam mais ativos; aos ativos, que passem a
setoriais para promover, proteger e recuperar a saúde. ser regularmente ativos; e a quem já é ativa, que se torne
Considera-se, portanto, que, no processo de muito ativo, para continuar a atividade sem lesões.
institucionalização do SUS, a promoção da saúde emerge e Três contextos foram selecionados: lar, transporte e
se fortalece como diretriz orientadora de uma Política tempo livre. Atividades caseiras diárias foram as mais
Nacional de Saúde que represente a concretização das reforçadas, concentrando-se na importância da caminhada
estratégias de promoção da saúde, isto é, que tenha como (mesmo com um cachorro), jardinagem, tarefas de casa,
objetivo maior a saúde dos cidadãos, a ser construída com a comportamentos para evitar o sedentarismo (ficar sentado,
participação da população, que propicie o desenvolvimento
assistir TV), mostrando-se o significado das atividades
das potencialidades dos cidadãos e que reforce a ação
comunitária, além de demonstrar potencialidades para domésticas com humor para atrair a atenção dos brasileiros.
reorganizar o sistema de atenção na perspectiva da saúde. Andar e subir escadas foram estimulados como meio de
Se bem que os princípios e diretrizes da promoção da transporte. Dançar se tornou a inclusão mais importante para
saúde estejam enunciados nas formulações jurídico-políticas as atividades no tempo livre, pois crianças, adultos e idosos
da Política Nacional de Saúde, ainda não existe no Brasil podem dançar, e os brasileiros amam dançar.
uma política explícita, formalizada e instituída, que O programa tem se difundido por outros estados,
compreenda todas as dimensões da promoção de saúde. desenvolvendo uma rede brasileira e lançando o Agita Bahia
Um exemplo que ilustra a potencialidade de intervenções e o Mexe Campina, entre outros, o que levou o Ministério da
que articulam diferentes setores e ganham o apoio da Saúde a convidar o Centro Agita para organizar o Agita
sociedade está representado pelo conjunto de leis, normas e Brasil. Com o objetivo de assegurar a implantação e
atos administrativos de combate ao uso do tabaco. Tais
implementação das atividades e ações do Programa Agita
ações compreendem a obrigatoriedade do registro de
Brasil, o Ministério da Saúde vem estabelecendo parcerias
produtos fumígenos pelas empresas produtoras, a proibição
de venda de cigarros a crianças e adolescentes, a restrição com os gestores estaduais e municipais do Sistema Único de
de propaganda em veículos de comunicação, a proibição do Saúde (SUS), além de contar com o respaldo técnico-
uso de fumo em dependências de prédios públicos, a científico do CELAFISCS para desenvolver ações de
regulação dos teores máximos permitidos de alcatrão, educação e promoção da saúde. Ao lado dessas alianças
nicotina e monóxido de carbono, e a proibição de fumo nas estão a Organização Pan-Americana da Saúde, o Conselho
aeronaves em todo o território nacional. Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho
Uma Iniciativa Exemplar de Promoção da Saúde: a Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).
experiência do Programa Agita São Paulo, foi criado em
1996 para combater o sedentarismo no estado de São
Paulo, aumentando o nível de atividade física e o
conhecimento sobre os benefícios para a saúde de um estilo CONTROLE SOCIAL NO SUS
de vida ativo.
É o resultado de um convênio entre a Secretaria de Ao longo dos últimos anos, os Conselhos de Saúde
Estado da Saúde e o Centro de Estudos do Laboratório de instituídos pela da Lei n.º 8.142/90 (BRASIL, 1990b) e
Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) , em reforçados pela Emenda Constitucional n.º 29, de 13 de
parcerias que hoje envolvem mais de 200 instituições setembro de 2000 (BRASIL, 2000), vêm sendo
governamentais, não-governamentais e empresas privadas. gradativamente estruturados nos estados e municípios
Dois desafios maiores tiveram que ser enfrentados na brasileiros, acumulando as mais variadas experiências em
criação do programa. busca de ações e instrumentos que favoreçam o
Primeiro, a escassez de trabalhos científicos na
desempenho de suas atribuições legais e políticas, que são:
promoção da atividade física em países em
desenvolvimento. Segundo, o estado de São Paulo • atuar na formulação de estratégias de
compreendia uma população de 35 milhões de habitantes, operacionalização da política de saúde; e

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• atuar no controle social da execução da política de negociações que contemplam a diferença de interesses de
saúde. cada segmento e representações. Garantem, ainda,
Essa busca vem sendo legitimada nas reuniões dos transparência de relação entre os distintos grupos que o
Conselhos de Saúde, nos encontros e plenárias regionais, constituem, no trato das questões de saúde sob sua
estaduais e nacionais de conselhos e conselheiros. Passa avaliação, e que reforçam a necessidade de interatividade
também por permanentes negociações entre os interesses desses segmentos.
específicos de cada segmento representado no Conselho de Essas relações que têm como contexto a
Saúde e por maior clareza nas relações entre o controle representatividade, a qualificação e a capacidade de
social e o gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) em formulação de seus membros, a visibilidade de suas
cada esfera de atuação – municipal, estadual e nacional – e propostas, a transparência de sua atuação, a permeabilidade
outras instâncias da política de saúde. Nesse contexto, e a comunicação com a sociedade vão definir em cada
cidadania e saúde compreendem direitos sociais, aspectos Conselho de Saúde a qualidade de sua ação.
legais e conceituais, que são pontos de apoio para a É possível observar que o desempenho dos Conselhos
construção da intersetorialidade. de Saúde – espaços de consolidação da cidadania – está
Por conta disso, aumentam as solicitações dos relacionado à maneira como seus integrantes se articulam
Conselhos de Saúde de todas as regiões do País por com as bases sociais, como transformam os direitos e as
informações e diretrizes que venham balizar o processo de necessidades de seus segmentos em demandas e projetos
educação permanente e contribuir para a efetividade do de interesse público e como participam da deliberação da
controle social no SUS. política de saúde a ser adotada em cada esfera de governo.
O Conselho Nacional de Saúde, em 1999, discutiu e Em face da diversidade que ocorre no processo de
deliberou pela formulação de diretrizes gerais para a desenvolvimento da organização dos movimentos sociais e
capacitação de Conselheiros de Saúde. O documento foi, de mobilização das forças políticas nos estados, municípios
então, elaborado com a participação de representantes do e Distrito Federal, a atuação dos Conselhos de Saúde no
Programa de Educação em Saúde, da Secretaria de direcionamento das políticas de saúde deve promover a
Políticas de Saúde do Ministério da Saúde, de universidades, mesma oportunidade de acesso de todas as representações
de organizações não governamentais, de trabalhadores, das da sociedade às informações sobre o SUS, quer seja de
Secretarias de Saúde e dos Conselhos Estaduais e ordem técnico-normativa, quer de ordem econômico-jurídica.
Municipais de Saúde que possuíam experiências em De igual forma deve promover a avaliação de como as
atividades de capacitação e teve como título “Diretrizes informações são entendidas e utilizadas para fundamentar
Nacionais para Capacitação de Conselheiros de Saúde”. as conquistas de cada segmento e, principalmente, a luta
Entretanto, para atender as orientações da 11.ª pela garantia dos princípios do SUS.
Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2001) e As dificuldades para que os Conselhos de Saúde
12.ª Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., exerçam suas atribuições, definidas e garantidas pela
2005), o Grupo de Trabalho de Capacitação de Conselheiros legislação, têm sido ressaltadas e debatidas por
de Saúde, instituído pelo Conselho Nacional de Saúde em organizações governamentais, não-governamentais e pelos
sua 143.ª Reunião Ordinária, em 2004 (REUNIÃO..., 2004), e próprios Conselhos de Saúde.
reestruturado na 152.ª Reunião Ordinária, em 2005 Essas iniciativas resultam no desenvolvimento de
(REUNIÃO..., 2005), realizou a atualização do documento na experiências que contribuem para a atuação na formulação
perspectiva de educação permanente para o controle social de estratégias, de diretrizes, no controle da execução das
no SUS. políticas e nas deliberações acatadas pelo gestor.
Para efeito dessas diretrizes, considera-se educação Configurando-se assim, o fortalecimento do controle social
permanente para o controle social no SUS, os processos no SUS.
formais de transmissão e construção de conhecimentos por Os resultados de experiências realizadas em vários
meio de encontros, cursos, oficinas de trabalho, seminários e estados, municípios e Distrito Federal, por iniciativa do
o uso de metodologias de educação à distância, bem como governo e da sociedade civil voltadas para o controle social
os demais processos participativos e fóruns de debates – do SUS, têm demonstrado que, apesar das dificuldades
Conferências de Saúde, Plenárias de Conselhos de Saúde, peculiares à conjuntura social e política de cada realidade,
Encontros de Conselheiros, seminários, oficinas, dentre muitos avanços qualitativos ocorreram.
outros. Ainda assim, os relatórios das Conferências de Saúde,
Ressalta-se que a capacitação de Conselheiros de dos Encontros Nacionais e Encontros Estaduais de
Saúde está incluída nessa proposta mais ampla de Conselheiros e de Conselhos de Saúde, e das Plenárias de
educação permanente para o controle social no SUS. Assim, Conselhos de Saúde, enfatizam a necessidade do
a educação permanente trata da aprendizagem que se desenvolvimento de atividades de educação permanente
processa no ritmo das diferenças sociais, culturais e para controle social no SUS, envolvendo Conselheiros de
religiosas dos sujeitos sociais. Saúde e demais sujeitos sociais.
Considera as necessidades sentidas, as condições e as Ressalta-se que a atuação dos Conselhos de Saúde
oportunidades dos sujeitos sociais de absorver e refletir como órgãos deliberativos, tanto no que diz respeito ao
sobre o conhecimento ao longo da vida, requerendo um planejamento quanto à execução das ações do SUS, mostra-
tempo adequado e diferenciados momentos. se de fundamental importância no dimensionamento das
É reconhecido por todos a relevância dos Conselhos de dificuldades e possibilidades de efetivação das políticas de
Saúde na descentralização das ações do SUS, no controle saúde voltadas para a cidadania, sobretudo nos momentos
do cumprimento de seus princípios e na promoção da em que se discute a ampliação da participação social nas
participação da população na sua gestão. instâncias de governo.
Em seu processo de consolidação no âmbito das Nesse sentido, é oportuno desencadear processos de
políticas públicas, os Conselhos de Saúde, como instâncias educação permanente para o controle social no SUS que
colegiadas e deliberativas à estrutura do SUS, representam possibilite à sociedade, além da compreensão da estrutura e
espaços participativos nos quais emerge uma nova cultura funcionamento do SUS e do processo de construção do
política, configurando-se como uma prática na qual se faz modelo assistencial voltado aos seus princípios e diretrizes,
presente o diálogo, a contestação e a negociação a favor da um entendimento ampliado de saúde. Sendo, desse modo,
democracia e da cidadania. possível uma maior articulação intersetorial para que as
A dinâmica de funcionamento dos Conselhos de Saúde é ações dos Conselhos de Saúde possam ser caracterizadas
estabelecida nas relações entre usuários, gestores, como de formulação e deliberação de políticas públicas
prestadores de serviço e trabalhadores de saúde, sendo, comprometidas com a qualidade de vida da população
portanto, suas deliberações, em geral, resultado de brasileira.

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Processos de educação permanente para o controle Conselhos de Saúde:
social no SUS devem ter como nível de abrangência a
sociedade, na qual o cidadão tem o direito de conhecer, DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE
propor, fiscalizar e contribuir para o fortalecimento do Primeira Diretriz: o Conselho de Saúde é uma instância
controle social no SUS e o aperfeiçoamento dos Conselhos colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Único de
de Saúde, como instâncias deliberativas da política de Saúde (SUS) em cada esfera de Governo, integrante da
saúde, promovendo, assim, a superação dos limites de sua estrutura organizacional do Ministério da Saúde, da
atuação enquanto meros legitimadores de propostas Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos
aparentemente complexas, de domínio dos técnicos e Municípios, com composição, organização e competência
políticos mais experientes. É, pois, de fundamental fixadas na Lei no 8.142/90. O processo bem-sucedido de
importância uma política voltada para o controle social, de descentralização da saúde promoveu o surgimento de
iniciativa de cada Conselho de Saúde, e que garanta a Conselhos Regionais, Conselhos Locais, Conselhos
atualização de demandas de informações sobre questões Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos dos Distritos
apresentadas como temas da agenda política do SUS. Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação dos
É, pois, de responsabilidade intransferível dos Conselhos Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os
de Saúde as ações de educação permanente para o controle Conselhos de Saúde são espaços instituídos de participação
social no SUS, de seus conselheiros. Quanto às iniciativas da comunidade nas políticas públicas e na administração da
de educação permanente para o controle social no SUS, dos saúde.
sujeitos sociais, poderão ser desenvolvidas por instituições e Parágrafo único. Como Subsistema da Seguridade
entidades parceiras dos Conselhos de Saúde. Porém Social, o Conselho de Saúde atua na formulação e
precisam estar direcionadas para a socialização das proposição de estratégias e no controle da execução das
informações, dos conhecimentos e para a efetividade do Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos
controle social, reiteradas nos textos da legislação vigente, e financeiros.
no acúmulo de experiências políticas e em consonância com
estas diretrizes. DA INSTITUIÇÃO E
A partir dessa visão, devem ser elaboradas pelos REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Conselhos de Saúde e deliberadas as respectivas políticas e Segunda Diretriz: a instituição dos Conselhos de Saúde
planos de ação sobre o processo de educação permanente é estabelecida por lei federal, estadual, do Distrito Federal e
para o controle social no SUS, com definição de valores municipal, obedecida a Lei no 8.142/90.
orçamentários, sistemas de monitoramento e de avaliação. Parágrafo único. Na instituição e reformulação dos
Conselhos de Saúde o Poder Executivo, respeitando os
princípios da democracia, deverá acolher as demandas da
RESOLUÇÃO 453/2012
população aprovadas nas Conferências de Saúde, e em
DO CONSELHO NACIONAL DA SAÚDE
consonância com a legislação.
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua A ORGANIZAÇÃO
Ducentésima Trigésima Terceira Reunião Ordinária, DOS CONSELHOS DE SAÚDE
realizada nos dias 9 e 10 de maio de 2012, no uso de suas Terceira Diretriz: a participação da sociedade
competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei organizada, garantida na legislação, torna os Conselhos de
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei no 8.142, Saúde uma instância privilegiada na proposição, discussão,
de 28 de dezembro de 1990, e pelo Decreto no 5.839, de 11 acompanhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da
de julho de 2006, e implementação da Política de Saúde, inclusive nos seus
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de aspectos econômicos e financeiros. A legislação estabelece,
Saúde, nas três esferas de Governo, na X Plenária Nacional ainda, a composição paritária de usuários em relação ao
de Conselhos de Saúde, nas Plenárias Regionais e conjunto dos demais segmentos representados. O Conselho
Estaduais de Conselhos de Saúde, nas 9a, 10a e 11a de Saúde será composto por representantes de entidades,
Conferências Nacionais de Saúde, e nas Conferências instituições e movimentos representativos de usuários, de
Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Saúde; entidades representativas de trabalhadores da área da
Considerando a experiência acumulada do Controle saúde, do governo e de entidades representativas de
Social da Saúde à necessidade de aprimoramento do prestadores de serviços de saúde, sendo o seu presidente
Controle Social da Saúde no âmbito nacional e as reiteradas eleito entre os membros do Conselho, em reunião plenária.
demandas dos Conselhos Estaduais e Municipais referentes Nos Municípios onde não existem entidades, instituições e
às propostas de composição, organização e funcionamento, movimentos organizados em número suficiente para compor
conforme o § 5o inciso II art. 1o da Lei no 8.142, de 28 de o Conselho, a eleição da representação será realizada em
dezembro de 1990; plenária no Município, promovida pelo Conselho Municipal
Considerando a ampla discussão da Resolução do CNS de maneira ampla e democrática.
no 333/03 realizada nos espaços de Controle Social, entre I - O número de conselheiros será definido pelos
os quais se destacam as Plenárias de Conselhos de Saúde; Conselhos de Saúde e constituído em lei.
Considerando os objetivos de consolidar, fortalecer, II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e
ampliar e acelerar o processo de Controle Social do SUS, 333/03 do CNS e consoante com as Recomendações da 10a
por intermédio dos Conselhos Nacional, Estaduais, e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão
Municipais, das Conferências de Saúde e Plenárias de ser distribuídas da seguinte forma:
Conselhos de Saúde; a) 50% de entidades e movimentos representativos
Considerando que os Conselhos de Saúde, consagrados de usuários;
pela efetiva participação da sociedade civil organizada, b) 25% de entidades representativas dos
representam polos de qualificação de cidadãos para o trabalhadores da área de saúde;
Controle Social nas esferas da ação do Estado; e c) 25% de representação de governo e prestadores
Considerando o que disciplina a Lei Complementar no de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
141, de 13 de janeiro de 2012, e o Decreto nº 7.508, de 28 III - A participação de órgãos, entidades e movimentos
de junho de 2011, que regulamentam a Lei Orgânica da sociais terá como critério a representatividade, a
Saúde. abrangência e a complementaridade do conjunto da
sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde. De
Resolve: acordo com as especificidades locais, aplicando o princípio
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição, da paridade, serão contempladas, dentre outras, as
reformulação, reestruturação e funcionamento dos seguintes representações:
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a) associações de pessoas com patologias; Conselho de Saúde, dotação orçamentária, autonomia
b) associações de pessoas com deficiências; financeira e organização da secretaria-executiva com a
c) entidades indígenas; necessária infraestrutura e apoio técnico:
d) movimentos sociais e populares, organizados I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à
(movimento negro, LGBT...); sua estrutura administrativa e o quadro de pessoal;
e) movimentos organizados de mulheres, em saúde; II - o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-
f) entidades de aposentados e pensionistas; executiva coordenada por pessoa preparada para a função,
g) entidades congregadas de sindicatos, centrais para o suporte técnico e administrativo, subordinada ao
sindicais, confederações e federações de trabalhadores Plenário do Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e
urbanos e rurais; dimensão;
h) entidades de defesa do consumidor; III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;
i) organizações de moradores; IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no
j) entidades ambientalistas; mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando
k) organizações religiosas; necessário, e terá como base o seu Regimento Interno. A
l) trabalhadores da área de saúde: associações, pauta e o material de apoio às reuniões devem ser
confederações, conselhos de profissões regulamentadas, encaminhados aos conselheiros com antecedência mínima
federações e sindicatos, obedecendo as instâncias de 10 (dez) dias;
federativas; V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são
m) comunidade científica; abertas ao público e deverão acontecer em espaços e
n) entidades públicas, de hospitais universitários e horários que possibilitem a participação da sociedade;
hospitais campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento; VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições
o) entidades patronais; mediante o funcionamento do Plenário, que, além das
p) entidades dos prestadores de serviço de saúde; e comissões intersetoriais, estabelecidas na Lei no 8.080/90,
q) governo. instalará outras comissões intersetoriais e grupos de trabalho
IV - As entidades, movimentos e instituições eleitas no de conselheiros para ações transitórias. As comissões
Conselho de Saúde terão os conselheiros indicados, por poderão contar com integrantes não conselheiros;
escrito, conforme processos estabelecidos pelas respectivas VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora
entidades, movimentos e instituições e de acordo com a sua eleita em Plenário, respeitando a paridade expressa nesta
organização, com a recomendação de que ocorra renovação Resolução;
de seus representantes. VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas
V - Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de mediante quórum mínimo (metade mais um) dos seus
representações de usuários, trabalhadores e prestadores de integrantes, ressalvados os casos regimentais nos quais se
serviços, ao seu critério, promovam a renovação de, no exija quórum especial, ou maioria qualificada de votos;
mínimo, 30% de suas entidades representativas. a) entende-se por maioria simples o número inteiro
VI - A representação nos segmentos deve ser distinta e imediatamente superior à metade dos membros presentes;
autônoma em relação aos demais segmentos que compõem b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro
o Conselho, por isso, um profissional com cargo de direção imediatamente superior à metade de membros do Conselho;
ou de confiança na gestão do SUS, ou como prestador de c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do
serviços de saúde não pode ser representante dos(as) total de membros do Conselho;
Usuários(as) ou de Trabalhadores(as). IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos
VII - A ocupação de funções na área da saúde que de Saúde preservará o que está garantido em lei e deve ser
interfiram na autonomia representativa do Conselheiro(a) proposta pelo próprio Conselho e votada em reunião
deve ser avaliada como possível impedimento da plenária, com quórum qualificado, para depois ser alterada
representação de Usuário(a) e Trabalhador(a), e, a juízo da em seu Regimento Interno e homologada pelo gestor da
entidade, indicativo de substituição do Conselheiro(a). esfera correspondente;
VIII - A participação dos membros eleitos do Poder X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da
Legislativo, representação do Poder Judiciário e do pauta o pronunciamento do gestor, das respectivas esferas
Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos de governo, para que faça a prestação de contas, em
Conselhos de Saúde. relatório detalhado, sobre andamento do plano de saúde,
IX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído agenda da saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre
ou em atividade no Município, caberá ao Conselho Estadual o montante e a forma de aplicação dos recursos, as
de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a auditorias iniciadas e concluídas no período, bem como a
convocação e realização da Conferência Municipal de produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria,
Saúde, que terá como um de seus objetivos a estruturação e contratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei no
composição do Conselho Municipal. O mesmo será atribuído 8.689/93 e com a Lei Complementar no 141/2012;
ao Conselho Nacional de Saúde, quando não houver XI - os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa,
Conselho Estadual de Saúde constituído ou em buscarão auditorias externas e independentes sobre as
funcionamento. contas e atividades do Gestor do SUS; e
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-
não serão remuneradas, considerando-se o seu exercício de se por meio de resoluções, recomendações, moções e
relevância pública e, portanto, garante a dispensa do outros atos deliberativos. As resoluções serão
trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de obrigatoriamente homologadas pelo chefe do poder
justificativa junto aos órgãos, entidades competentes e constituído em cada esfera de governo, em um prazo de 30
instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o
participação de seus membros durante o período das prazo mencionado e não sendo homologada a resolução e
reuniões, representações, capacitações e outras atividades nem enviada justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde
específicas. com proposta de alteração ou rejeição a ser apreciada na
XI - O conselheiro, no exercício de sua função, responde reunião seguinte, as entidades que integram o Conselho de
pelos seus atos conforme legislação vigente. Saúde podem buscar a validação das resoluções, recorrendo
à justiça e ao Ministério Público, quando necessário.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde Nacional,
DOS CONSELHOS DE SAÚDE Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão competências definidas nas leis federais, bem como em
autonomia administrativa para o pleno funcionamento do indicações advindas das Conferências de Saúde, compete:

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I - fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, instituições públicas e privadas para a promoção da Saúde;
mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas
defesa dos princípios constitucionais que fundamentam o sobre assuntos e temas na área de saúde pertinente ao
SUS; desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS);
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e
normas de funcionamento; incorporação científica e tecnológica, observados os padrões
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de éticos compatíveis com o desenvolvimento sociocultural do País;
operacionalização das diretrizes aprovadas pelas XXIII - estabelecer ações de informação, educação e
Conferências de Saúde; comunicação em saúde, divulgar as funções e competências
IV - atuar na formulação e no controle da execução da do Conselho de Saúde, seus trabalhos e decisões nos meios
política de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e de comunicação, incluindo informações sobre as agendas,
financeiros, e propor estratégias para a sua aplicação aos datas e local das reuniões e dos eventos;
setores público e privado; XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de permanente para o controle social, de acordo com as Diretrizes
saúde e deliberar sobre o seu conteúdo, conforme as e a Política Nacional de Educação Permanente para o Controle
diversas situações epidemiológicas e a capacidade Social do SUS;
organizacional dos serviços; XXV - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do sistemático com os poderes constituídos, Ministério Público,
relatório de gestão; Judiciário e Legislativo, meios de comunicação, bem como
VII - estabelecer estratégias e procedimentos de setores relevantes não representados nos conselhos;
acompanhamento da gestão do SUS, articulando-se com os XXVI - acompanhar a aplicação das normas sobre ética
demais colegiados, a exemplo dos de seguridade social, em pesquisas aprovadas pelo CNS;
meio ambiente, justiça, educação, trabalho, agricultura, XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de
idosos, criança e adolescente e outros; Gestão do Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
VIII - proceder à revisão periódica dos planos de saúde; XXVIII - acompanhar a implementação das propostas
IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar constantes do relatório das plenárias dos Conselhos de
projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo, propor Saúde; e
a adoção de critérios definidores de qualidade e XXIX - atualizar periodicamente as informações sobre o
resolutividade, atualizando-os face ao processo de Conselho de Saúde no Sistema de Acompanhamento dos
incorporação dos avanços científicos e tecnológicos na área Conselhos de Saúde (SIACS).
da Saúde; Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de
X - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a novembro de 2003.
organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
do SUS; Presidente do Conselho Nacional de Saúde
XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e
convênios, conforme as diretrizes dos Planos de Saúde CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais; ARTIGOS DE 194 A 200
XII - acompanhar e controlar a atuação do setor privado
credenciado mediante contrato ou convênio na área de CAPÍTULO II
saúde; DA SEGURIDADE SOCIAL
XIII - aprovar a proposta orçamentária anual da saúde,
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei Seção I
de Diretrizes Orçamentárias, observado o princípio do DISPOSIÇÕES GERAIS
processo de planejamento e orçamento ascendentes, Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto
conforme legislação vigente; integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
XIV - propor critérios para programação e execução sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
financeira e orçamentária dos Fundos de Saúde e à previdência e à assistência social.
acompanhar a movimentação e destino dos recursos; Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos
XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre da lei, organizar a seguridade social, com base nos
critérios de movimentação de recursos da Saúde, incluindo o seguintes objetivos:
Fundo de Saúde e os recursos transferidos e próprios do I - universalidade da cobertura e do atendimento;
Município, Estado, Distrito Federal e da União, com base no II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços
que a lei disciplina; às populações urbanas e rurais;
XVI - analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, III - seletividade e distributividade na prestação dos
com a prestação de contas e informações financeiras, benefícios e serviços;
repassadas em tempo hábil aos conselheiros, e garantia do IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
devido assessoramento; V - equidade na forma de participação no custeio;
XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das VI - diversidade da base de financiamento, identificando-
ações e dos serviços de saúde e encaminhar denúncias aos se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as
respectivos órgãos de controle interno e externo, conforme receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde,
legislação vigente; previdência e assistência social, preservado o caráter
XVIII - examinar propostas e denúncias de indícios de contributivo da previdência social; (Redação dada pela
irregularidades, responder no seu âmbito a consultas sobre Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
assuntos pertinentes às ações e aos serviços de saúde, bem VII - caráter democrático e descentralizado da
como apreciar recursos a respeito de deliberações do Conselho administração, mediante gestão quadripartite, com participação
nas suas respectivas instâncias; dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do
XIX - estabelecer a periodicidade de convocação e Governo nos órgãos colegiados.
organizar as Conferências de Saúde, propor sua convocação Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
ordinária ou extraordinária e estruturar a comissão organizadora, sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
submeter o respectivo regimento e programa ao Pleno do mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
Conselho de Saúde correspondente, convocar a sociedade para dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
a participação nas pré-conferências e conferências de saúde; seguintes contribuições sociais:
XX - estimular articulação e intercâmbio entre os I - do empregador, da empresa e da entidade a ela
Conselhos de Saúde, entidades, movimentos populares, equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho Constitucional nº 103, de 2019)
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que § 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a
b) a receita ou o faturamento; competência cuja contribuição seja igual ou superior à
c) o lucro; contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,
II - do trabalhador e dos demais segurados da assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela
previdência social, podendo ser adotadas alíquotas Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
progressivas de acordo com o valor do salário de
contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria Seção II
e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência DA SAÚDE
Social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
103, de 2019) garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
quem a lei a ele equiparar. promoção, proteção e recuperação.
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Art. 197. São de relevância pública as ações e
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e
União. controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social através de terceiros e, também, por pessoa física ou
será elaborada de forma integrada pelos órgãos jurídica de direito privado.
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a sistema único, organizado de acordo com as seguintes
gestão de seus recursos. diretrizes:
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da I - descentralização, com direção única em cada esfera
seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá de governo;
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios II - atendimento integral, com prioridade para as
ou incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
nº 526, de 2011) assistenciais;
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a III - participação da comunidade.
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos
obedecido o disposto no art. 154, I. termos do art. 195, com recursos do orçamento da
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a e dos Municípios, além de outras fontes.
correspondente fonte de custeio total. § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação
da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, de percentuais calculados sobre:
não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". I - no caso da União, a receita corrente líquida do
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a
social as entidades beneficentes de assistência social que 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda
atendam às exigências estabelecidas em lei. Constitucional nº 86, de 2015)
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto
rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I,
economia familiar, sem empregados permanentes, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação transferidas aos respectivos Municípios;
de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o
produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I,
caput deste artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em alínea b e § 3º.
razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos
de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do a cada cinco anos, estabelecerá:
mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do §
bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de
"b" e "c" do inciso I do caput. (Redação dada pela Emenda 2015)
Constitucional nº 103, de 2019) II - os critérios de rateio dos recursos da União
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito
recursos para o sistema único de saúde e ações de Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus
assistência social da União para os Estados, o Distrito respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução
Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda
observada a respectiva contrapartida de recursos. Constitucional nº 29, de 2000)
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das
prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e
complementar, a remissão e a anistia das contribuições municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de
sociais de que tratam a alínea "a" do inciso I e o inciso II do 2000)
caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, IV - (revogado). (Redação dada pela Emenda
de 2019) Constitucional nº 86, de 2015)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde
para os quais as contribuições incidentes na forma dos poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de
incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído combate às endemias por meio de processo seletivo público,
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) de acordo com a natureza e complexidade de suas
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda atribuições e requisitos específicos para sua atuação.

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§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento,
salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue
Carreira e a regulamentação das atividades de agente e seus derivados, sendo vedado todo tipo de
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, comercialização.
competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e outras atribuições, nos termos da lei:
aos Municípios, para o cumprimento do referido piso I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
salarial. substâncias de interesse para a saúde e participar da
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
§ 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que hemoderivados e outros insumos;
exerça funções equivalentes às de agente comunitário de II - executar as ações de vigilância sanitária e
saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
o cargo em caso de descumprimento dos requisitos III - ordenar a formação de recursos humanos na área de
específicos, fixados em lei, para o seu exercício. saúde;
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e IV - participar da formulação da política e da execução
dos agentes de combate às endemias fica sob das ações de saneamento básico;
responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito V - incrementar, em sua área de atuação, o
Federal e aos Municípios estabelecer, além de outros desenvolvimento científico e tecnológico e a
consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
e indenizações, a fim de valorizar o trabalho desses 85, de 2015)
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o
profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120,
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas
de 2022)
para consumo humano;
§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do
VII - participar do controle e fiscalização da produção,
vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos
agentes de combate às endemias serão consignados no
psicoativos, tóxicos e radioativos;
orçamento geral da União com dotação própria e VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele
exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de compreendido o do trabalho.
2022)
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e
SISTEMA ÚNICO
dos agentes de combate às endemias não será inferior a 2
DE SAÚDE - SUS:
(dois) salários mínimos, repassados pela União aos
LEI Nº 8080/90
Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 120, de 2022)
§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que o
combate às endemias terão também, em razão dos riscos Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
especial e, somado aos seus vencimentos, adicional de
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as
insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
ações e serviços de saúde, executados isolada ou
120, de 2022)
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por
§ 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos
pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para
pagamento do vencimento ou de qualquer outra vantagem TÍTULO I
dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
combate às endemias não serão objeto de inclusão no Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano,
cálculo para fins do limite de despesa com devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de seu pleno exercício.
2022) § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na
§ 12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais formulação e execução de políticas econômicas e sociais
nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o que visem à redução de riscos de doenças e de outros
auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por agravos e no estabelecimento de condições que assegurem
pessoas jurídicas de direito público e de direito acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a
privado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de sua promoção, proteção e recuperação.
2022) § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
§ 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os família, das empresas e da sociedade.
o
Municípios, até o final do exercício financeiro em que for Art. 3 Os níveis de saúde expressam a organização
publicada a lei de que trata o § 12 deste artigo, adequarão a social e econômica do País, tendo a saúde como
remuneração dos cargos ou dos respectivos planos de determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação,
carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
estabelecidos para cada categoria profissional. (Incluído trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o
pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022) transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864/2013)
privada. Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de ações que, por força do disposto no artigo anterior, se
forma complementar do sistema único de saúde, segundo destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou de bem-estar físico, mental e social.
convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as
sem fins lucrativos. TÍTULO II
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
lucrativos. Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde,
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de prestados por órgãos e instituições públicas federais,
empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e
País, salvo nos casos previstos em lei. das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos Sistema Único de Saúde (SUS).
que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias
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§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as II - participação, no âmbito de competência do Sistema
instituições públicas federais, estaduais e municipais de Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e
controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes
medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de no processo de trabalho;
equipamentos para saúde. III - participação, no âmbito de competência do Sistema
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e
Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
CAPÍTULO I substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos
Dos Objetivos e Atribuições que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à
I - a identificação e divulgação dos fatores saúde;
condicionantes e determinantes da saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva
II - a formulação de política de saúde destinada a entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes
promover, nos campos econômico e social, a observância do de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os
disposto no § 1º do art. 2º desta lei; resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,
promoção, proteção e recuperação da saúde, com a respeitados os preceitos da ética profissional;
realização integrada das ações assistenciais e das VI - participação na normatização, fiscalização e controle
atividades preventivas. dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do empresas públicas e privadas;
Sistema Único de Saúde (SUS): VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças
I - a execução de ações: originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a
a) de vigilância sanitária; colaboração das entidades sindicais; e
b) de vigilância epidemiológica; VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de
c) de saúde do trabalhador; e requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de
d) de assistência terapêutica integral, inclusive setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando
farmacêutica; houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos
II - a participação na formulação da política e na trabalhadores.
execução de ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na
área de saúde; CAPÍTULO II
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; Dos Princípios e Diretrizes
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os
compreendido o do trabalho; serviços privados contratados ou conveniados que integram
VI - a formulação da política de medicamentos, o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de
equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
interesse para a saúde e a participação na sua produção; Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e princípios:
substâncias de interesse para a saúde; I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e todos os níveis de assistência;
bebidas para consumo humano; II - integralidade de assistência, entendida como
IX - a participação no controle e na fiscalização da conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
X - o incremento, em sua área de atuação, do III - preservação da autonomia das pessoas na defesa
desenvolvimento científico e tecnológico; de sua integridade física e moral;
XI - a formulação e execução da política de sangue e IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos
seus derivados. ou privilégios de qualquer espécie;
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre
ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde sua saúde;
e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
de serviços de interesse da saúde, abrangendo: VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento
I - o controle de bens de consumo que, direta ou de prioridades, a alocação de recursos e a orientação
indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas programática;
todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e VIII - participação da comunidade;
II - o controle da prestação de serviços que se IX - descentralização político-administrativa, com direção
relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
única em cada esfera de governo:
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um
conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a a) ênfase na descentralização dos serviços para os
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores municípios;
determinantes e condicionantes de saúde individual ou b) regionalização e hierarquização da rede de serviços
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as de saúde;
medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. X - integração em nível executivo das ações de saúde,
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins meio ambiente e saneamento básico;
desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos,
das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal
à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos saúde da população;
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os
condições de trabalho, abrangendo:
níveis de assistência; e
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de
trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar
duplicidade de meios para fins idênticos.
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XIV – organização de atendimento público específico e governança institucional e à integração das ações e serviços
especializado para mulheres e vítimas de violência dos entes federados;
doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito
acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas sanitário, integração de territórios, referência e
reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração
agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017) das ações e serviços de saúde entre os entes federados.
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de
CAPÍTULO III Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias
Da Organização, da Direção e da Gestão Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo entidades representativas dos entes estaduais e municipais
Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de
mediante participação complementar da iniciativa privada, utilidade pública e de relevante função social, na forma do
serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada regulamento.
o
em níveis de complexidade crescente. § 1 O Conass e o Conasems receberão recursos do
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de
única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a
o
seguintes órgãos: União. § 2 Os Conselhos de Secretarias Municipais de
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades que
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela representam os entes municipais, no âmbito estadual, para
respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e tratar de matérias referentes à saúde, desde que vinculados
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem
de Saúde ou órgão equivalente. seus estatutos.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para
desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde CAPÍTULO IV
que lhes correspondam. Da Competência e das Atribuições
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos Seção I
intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos Das Atribuições Comuns
atos constitutivos disporão sobre sua observância. Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as
(SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e seguintes atribuições:
articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a I - definição das instâncias e mecanismos de controle,
cobertura total das ações de saúde. avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;
Art. 11. (Vetado). II - administração dos recursos orçamentários e
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível
integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por de saúde da população e das condições ambientais;
entidades representativas da sociedade civil. IV - organização e coordenação do sistema de
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a informação de saúde;
finalidade de articular políticas e programas de interesse V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de
para a saúde, cuja execução envolva áreas não padrões de qualidade e parâmetros de custos que
compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde caracterizam a assistência à saúde;
(SUS). VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo de padrões de qualidade para promoção da saúde do
das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as trabalhador;
seguintes atividades: VII - participação de formulação da política e da
I - alimentação e nutrição; execução das ações de saneamento básico e colaboração
II - saneamento e meio ambiente; na proteção e recuperação do meio ambiente;
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; VIII - elaboração e atualização periódica do plano de
IV - recursos humanos; saúde;
V - ciência e tecnologia; e IX - participação na formulação e na execução da política
VI - saúde do trabalhador. de formação e desenvolvimento de recursos humanos para a
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes saúde;
de integração entre os serviços de saúde e as instituições X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema
de ensino profissional e superior. Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por saúde;
finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a XI - elaboração de normas para regular as atividades de
formação e educação continuada dos recursos humanos do serviços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância
Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente, pública;
assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica XII - realização de operações externas de natureza
entre essas instituições. financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Federal;
Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e XIII - para atendimento de necessidades coletivas,
pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo
do Sistema Único de Saúde (SUS). iminente, de calamidade pública ou de irrupção de
Parágrafo único. A atuação das Comissões epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa
Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo: correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada
administrativos da gestão compartilhada do SUS, em justa indenização;
conformidade com a definição da política consubstanciada XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue,
em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; Componentes e Derivados;
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e XV - propor a celebração de convênios, acordos e
intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações protocolos internacionais relativos à saúde, saneamento e
e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua meio ambiente;

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XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, municipais;
proteção e recuperação da saúde; XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no
XVII - promover articulação com os órgãos de âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados,
fiscalização do exercício profissional e outras entidades Municípios e Distrito Federal;
representativas da sociedade civil para a definição e controle XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e
dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o
saúde; Território Nacional em cooperação técnica com os Estados,
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de Municípios e Distrito Federal.
saúde; § 1º A União poderá executar ações de vigilância
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde; epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais,
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que
fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária; possam escapar do controle da direção estadual do Sistema
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de
projetos estratégicos e de atendimento emergencial. disseminação nacional. (Renumerado do parágrafo único
pela Lei nº 14.141, de 2021)
Seção II § 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem
Da Competência emergência em saúde pública, poderá ser adotado
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde procedimento simplificado para a remessa de patrimônio
(SUS) compete: genético ao exterior, na forma do regulamento. (Incluído
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e pela Lei nº 14.141, de 2021)
nutrição; § 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica
II - participar na formulação e na implementação das de produto acabado ou material reprodutivo oriundo de
políticas: acesso ao patrimônio genético de que trata o § 2º deste
a) de controle das agressões ao meio ambiente; artigo serão repartidos nos termos da Lei nº 13.123, de 20 de
b) de saneamento básico; e maio de 2015. (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde
III - definir e coordenar os sistemas: (SUS) compete:
a) de redes integradas de assistência de alta I - promover a descentralização para os Municípios dos
complexidade; serviços e das ações de saúde;
b) de rede de laboratórios de saúde pública; II - acompanhar, controlar e avaliar as redes
c) de vigilância epidemiológica; e hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
d) vigilância sanitária; III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e
IV - participar da definição de normas e mecanismos de executar supletivamente ações e serviços de saúde;
controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente IV - coordenar e, em caráter complementar, executar
ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde ações e serviços:
humana; a) de vigilância epidemiológica;
V - participar da definição de normas, critérios e padrões b) de vigilância sanitária;
para o controle das condições e dos ambientes de trabalho e c) de alimentação e nutrição; e
coordenar a política de saúde do trabalhador; d) de saúde do trabalhador;
VI - coordenar e participar na execução das ações de V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos
vigilância epidemiológica; agravos do meio ambiente que tenham repercussão na
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária saúde humana;
de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser VI - participar da formulação da política e da execução
complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; de ações de saneamento básico;
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o VII - participar das ações de controle e avaliação das
controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e condições e dos ambientes de trabalho;
serviços de consumo e uso humano; VIII - em caráter suplementar, formular, executar,
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos
de fiscalização do exercício profissional, bem como com para a saúde;
entidades representativas de formação de recursos humanos IX - identificar estabelecimentos hospitalares de
na área de saúde; referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na referência estadual e regional;
execução da política nacional e produção de insumos e X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde
equipamentos para a saúde, em articulação com os demais pública e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam
órgãos governamentais; em sua organização administrativa;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o
referência nacional para o estabelecimento de padrões controle e avaliação das ações e serviços de saúde;
técnicos de assistência à saúde; XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e suplementar, de procedimentos de controle de qualidade
substâncias de interesse para a saúde; para produtos e substâncias de consumo humano;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos XIII - colaborar com a União na execução da vigilância
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
aperfeiçoamento da sua atuação institucional; XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da
Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados unidade federada.
contratados de assistência à saúde; Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS)
XV - promover a descentralização para as Unidades compete:
Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os
saúde, respectivamente, de abrangência estadual e serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de
municipal; saúde;
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema II - participar do planejamento, programação e
Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; organização da rede regionalizada e hierarquizada do
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua
serviços de saúde, respeitadas as competências estaduais e direção estadual;

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III - participar da execução, controle e avaliação das participar dos organismos colegiados de formulação,
ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho; acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais
IV - executar serviços: como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos
a) de vigilância epidemiológica; Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso.
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; CAPÍTULO VI
d) de saneamento básico; e DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO
e) de saúde do trabalhador; E INTERNAÇÃO DOMICILIAR
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único
insumos e equipamentos para a saúde; de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar.
o
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio § 1 Na modalidade de assistência de atendimento e
ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os
atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos,
competentes, para controlá-las; psicológicos e de assistência social, entre outros necessários
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais; ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.
o
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; § 2 O atendimento e a internação domiciliares serão
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos
vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.
o
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar § 3 O atendimento e a internação domiciliares só
contratos e convênios com entidades prestadoras de poderão ser realizados por indicação médica, com expressa
serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar concordância do paciente e de sua família.
sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços CAPÍTULO VII
privados de saúde; DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços DURANTE O TRABALHO DE PARTO,
públicos de saúde no seu âmbito de atuação. PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de
reservadas aos Estados e aos Municípios. Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam
obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1
CAPÍTULO V (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de
Do Subsistema de parto, parto e pós-parto imediato.
o
Atenção à Saúde Indígena § 1 O acompanhante de que trata o caput deste artigo
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o será indicado pela parturiente.
o
atendimento das populações indígenas, em todo o território § 2 As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício
nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao dos direitos de que trata este artigo constarão do
disposto nesta Lei. regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à do Poder Executivo.
o
Saúde Indígena, componente do Sistema Único de Saúde – § 3 Ficam os hospitais de todo o País obrigados a
o
SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei n 8.142, de manter, em local visível de suas dependências, aviso
28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em perfeita informando sobre o direito estabelecido no caput deste
integração. artigo. (Incluído pela Lei nº 12.895, de 2013)
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, Art. 19-L. (VETADO)
financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do
Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos CAPÍTULO VIII
responsáveis pela Política Indígena do País. DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE
governamentais e não-governamentais poderão atuar Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se
complementarmente no custeio e execução das ações. o
refere a alínea d do inciso I do art. 6 consiste em:
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em I - dispensação de medicamentos e produtos de
consideração a realidade local e as especificidades da interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em
cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em
atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma
protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser
abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos
de assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o
habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação disposto no art. 19-P;
sanitária e integração institucional. II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas
deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde -
regionalizado. SUS, realizados no território nacional por serviço próprio,
o
§ 1 O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá conveniado ou contratado.
como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são
o
§ 2 O SUS servirá de retaguarda e referência ao adotadas as seguintes definições:
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses,
isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS
bolsas coletoras e equipamentos médicos;
nas regiões onde residem as populações indígenas, para
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que
propiciar essa integração e o atendimento necessário em
todos os níveis, sem discriminações. estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do
o
§ 3 As populações indígenas devem ter acesso agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os
garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de centros medicamentos e demais produtos apropriados, quando
especializados, de acordo com suas necessidades, couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de
compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos
saúde. resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a SUS.

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Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes III - realização de consulta pública que inclua a
terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou divulgação do parecer emitido pela Comissão Nacional de
produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da Incorporação de Tecnologias no SUS;
doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como IV - realização de audiência pública, antes da tomada de
aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de decisão, se a relevância da matéria justificar o evento.
surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, V - distribuição aleatória, respeitadas a especialização e
provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de a competência técnica requeridas para a análise da matéria;
primeira escolha. (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos VI - publicidade dos atos processuais. (Incluído pela
ou produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles Lei nº 14.313, de 2022)
o
avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e § 2 (VETADO).
custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da Art. 19-S. (VETADO).
doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz do SUS:
terapêutica, a dispensação será realizada: I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de
I - com base nas relações de medicamentos instituídas medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico
pelo gestor federal do SUS, observadas as competências experimental, ou de uso não autorizado pela Agência
estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA;
fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o
Tripartite; reembolso de medicamento e produto, nacional ou
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de importado, sem registro na Anvisa.”
forma suplementar, com base nas relações de Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo:
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na I - medicamento e produto em que a indicação de uso
Comissão Intergestores Bipartite; seja distinta daquela aprovada no registro na Anvisa, desde
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, que seu uso tenha sido recomendado pela Comissão
com base nas relações de medicamentos instituídas pelos Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único
gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo de Saúde (Conitec), demonstradas as evidências científicas
fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança, e
Saúde. esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo Ministério
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração da Saúde; (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
pelo SUS de novos medicamentos, produtos e II - medicamento e produto recomendados pela Conitec
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de e adquiridos por intermédio de organismos multilaterais
protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do internacionais, para uso em programas de saúde pública do
Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional Ministério da Saúde e suas entidades vinculadas, nos termos
de Incorporação de Tecnologias no SUS. do § 5º do art. 8º da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999.
o
§ 1 A Comissão Nacional de Incorporação de (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo
definidos em regulamento, contará com a participação de 1 fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a
(um) representante indicado pelo Conselho Nacional de saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será
Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, pactuada na Comissão Intergestores Tripartite.
indicado pelo Conselho Federal de Medicina.
o
§ 2 O relatório da Comissão Nacional de Incorporação TÍTULO III
de Tecnologias no SUS levará em consideração, DOS SERVIÇOS PRIVADOS
necessariamente: DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia,
a efetividade e a segurança do medicamento, produto ou CAPÍTULO I
procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão Do Funcionamento
competente para o registro ou a autorização de uso; Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
dos custos em relação às tecnologias já incorporadas, profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas
inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, jurídicas de direito privado na promoção, proteção e
ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. recuperação da saúde.
§ 3º As metodologias empregadas na avaliação Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa
econômica a que se refere o inciso II do § 2º deste artigo privada.
serão dispostas em regulamento e amplamente divulgadas, Art. 22. Na prestação de serviços privados de
inclusive em relação aos indicadores e parâmetros de custo- assistência à saúde, serão observados os princípios éticos
efetividade utilizados em combinação com outros critérios. e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema
(Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022) Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a funcionamento.
que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta,
instauração de processo administrativo, a ser concluído em inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro
prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da na assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação
data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando as I - doações de organismos internacionais vinculados à
circunstâncias exigirem. Organização das Nações Unidas, de entidades de
o
§ 1 O processo de que trata o caput deste artigo cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;
o
observará, no que couber, o disposto na Lei n 9.784, de 29 (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
de janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais: II - pessoas jurídicas destinadas a instalar,
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se operacionalizar ou explorar:
cabível, das amostras de produtos, na forma do a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital
regulamento, com informações necessárias para o especializado, policlínica, clínica geral e clínica
o
atendimento do disposto no § 2 do art. 19-Q; especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
II - (VETADO); b) ações e pesquisas de planejamento familiar;

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III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade garantida a participação das entidades profissionais
lucrativa, por empresas, para atendimento de seus correspondentes.
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) TÍTULO V
IV - demais casos previstos em legislação DO FINANCIAMENTO
específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) CAPÍTULO I
Dos Recursos
CAPÍTULO II Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao
Da Participação Complementar Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem estimada, os recursos necessários à realização de suas
insuficientes para garantir a cobertura assistencial à finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua
população de uma determinada área, o Sistema Único de direção nacional, com a participação dos órgãos da
Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as
iniciativa privada. metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Parágrafo único. A participação complementar dos Orçamentárias.
serviços privados será formalizada mediante contrato ou Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos
convênio, observadas, a respeito, as normas de direito provenientes de:
público. I - (Vetado)
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da
filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para assistência à saúde;
participar do Sistema Único de Saúde (SUS). III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos
estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e
Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde. VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste § 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade
e de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá mensalmente, a qual será destinada à recuperação de
fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro viciados.
que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços § 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de
contratados. Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas
§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de
técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do poder onde forem arrecadadas.
Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio § 3º As ações de saneamento que venham a ser
econômico e financeiro do contrato. executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde
§ 3° (Vetado). (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em
entidades ou serviços contratados é vedado exercer cargo particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
de chefia ou função de confiança no Sistema Único de § 4º (Vetado).
Saúde (SUS). § 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento
científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo
TÍTULO IV Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo
DOS RECURSOS HUMANOS orçamento fiscal, além de recursos de instituições de
Art. 27. A política de recursos humanos na área da fomento e financiamento ou de origem externa e receita
saúde será formalizada e executada, articuladamente, pelas própria das instituições executoras.
diferentes esferas de governo, em cumprimento dos § 6º (Vetado).
seguintes objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos CAPÍTULO II
humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós- Da Gestão Financeira
graduação, além da elaboração de programas de Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de
permanente aperfeiçoamento de pessoal; Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada
II e III - (Vetados) esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do respectivos Conselhos de Saúde.
Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros,
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros
Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática Orçamentos da União, além de outras fontes, serão
para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo
elaboradas conjuntamente com o sistema educacional. Nacional de Saúde.
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e § 2º (Vetado).
assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde § 3º (Vetado).
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo § 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu
integral. sistema de auditoria, a conformidade à programação
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e
cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não
mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde
(SUS). aplicar as medidas previstas em lei.
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da
aos servidores em regime de tempo integral, com exceção receita efetivamente arrecadada transferirão
dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou automaticamente ao Fundo Nacionais de Saúde (FNS),
assessoramento. observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
Art. 29. (Vetado). recursos financeiros correspondentes às dotações
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos
serviço sob supervisão serão regulamentadas por Comissão e atividades a serem executados no âmbito do Sistema
Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, Único de Saúde (SUS).

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Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros a permitir a gerencia informatizada das contas e a
da Seguridade Social será observada a mesma proporção da disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas
despesa prevista de cada área, no Orçamento da médico-hospitalares.
Seguridade Social. Art. 40. (Vetado)
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das
transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer,
utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de
análise técnica de programas e projetos: Saúde (SUS), permanecerão como referencial de prestação
I - perfil demográfico da região; de serviços, formação de recursos humanos e para
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta; transferência de tecnologia.
III - características quantitativas e qualitativas da rede de Art. 42. (Vetado).
saúde na área; Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no preservada nos serviços públicos contratados, ressalvando-
período anterior; se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos
V - níveis de participação do setor saúde nos com as entidades privadas.
orçamentos estaduais e municipais; Art. 44. (Vetado).
VI - previsão do plano quinquenal de investimentos da Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários
rede; e de ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS),
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados mediante convênio, preservada a sua autonomia
para outras esferas de governo. administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012) humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a limites conferidos pelas instituições a que estejam
notório processo de migração, os critérios demográficos vinculados.
mencionados nesta lei serão ponderados por outros § 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e
indicadores de crescimento populacional, em especial o municipais de previdência social deverão integrar-se à
número de eleitores registrados. direção correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS),
§ 3º ao 5º (Vetados). conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a outros órgãos e serviços de saúde.
atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a § 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os
aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se
irregularidades verificadas na gestão dos recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em
transferidos. convênio que, para esse fim, for firmado.
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá
CAPÍTULO III mecanismos de incentivos à participação do setor privado no
Do Planejamento e do Orçamento investimento em ciência e tecnologia e estimulará a
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do transferência de tecnologia das universidades e institutos de
Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito
local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos,
Federal e Municípios, e às empresas nacionais.
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde
com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União. níveis estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema
programações de cada nível de direção do Sistema Único de nacional de informações em saúde, integrado em todo o
Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e
respectiva proposta orçamentária. de prestação de serviços.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o Art. 48. e Art. 49. (Vetados).
financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os
exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas
na área de saúde. Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
à proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo
diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de
Sistema Único de Saúde (SUS).
saúde, em função das características epidemiológicas e da
organização dos serviços em cada jurisdição administrativa. Art. 51. (Vetado).
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis,
e auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas
com finalidade lucrativa. públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos
financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades
diversas das previstas nesta lei.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 53. (Vetado).
Art. 39. (Vetado). Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde,
§ 1º ao § 4º (Vetados). as atividades de apoio à assistência à saúde são aquelas
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana,
Inamps para órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde
produção e fornecimento de medicamentos e produtos para
(SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio da
Seguridade Social. saúde, laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão e de diagnóstico por imagem e são livres à participação
inventariados com todos os seus acessórios, equipamentos direta ou indireta de empresas ou de capitais
e outros estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 7º (Vetado). Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de publicação.
dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro
do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos disposições em contrário.
congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma FERNANDO COLLOR

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LEI Nº 8.142/1990 acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que o IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de
1990;
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada orçamento;
esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira,
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos
I - a Conferência de Saúde; e para sua implantação.
II - o Conselho de Saúde. Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios,
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos
anos com a representação dos vários segmentos sociais, estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos
para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, Estados ou pela União.
convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do
por esta ou pelo Conselho de Saúde. Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e aplicação desta lei.
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da FERNANDO COLLOR
execução da política de saúde na instância correspondente,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.508,
decisões serão homologadas pelo chefe do poder DE 28 DE JUNHO DE 2011
legalmente constituído em cada esfera do governo.
o
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde Regulamenta a Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990,
(Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais para dispor sobre a organização do Sistema Único de
de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à
Nacional de Saúde. saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de providências.
Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto
dos demais segmentos.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição
Saúde terão sua organização e normas de funcionamento que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo
o
definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo em vista o disposto na Lei n 8.080, 19 de setembro de
conselho. 1990,
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS)
serão alocados como: DECRETA:
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da
Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e
indireta; CAPÍTULO I
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
o o
iniciativa do Poder Legislativo e aprovado pelo Congresso Art. 1 Este Decreto regulamenta a Lei n 8.080, de 19
Nacional; de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do
III - investimentos previstos no Plano Quinquenal do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a
Ministério da Saúde; assistência à saúde e a articulação interfederativa.
o
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem Art. 2 Para efeito deste Decreto, considera-se:
implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal. I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes,
artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e
cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de
ações de saúde. transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta organização, o planejamento e a execução de ações e
lei serão repassados de forma regular e automática para os serviços de saúde;
Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde -
critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a
setembro de 1990. finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde
§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de
critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de
setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão
recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua
mesmo artigo. execução e demais elementos necessários à implementação
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, integrada das ações e serviços de saúde;
pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à
restante aos Estados. saúde do usuário no SUS;
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação
execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre consensual entre os entes federativos para definição das
si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° regras da gestão compartilhada do SUS;
desta lei. V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° de recursos humanos e de ações e serviços de saúde
desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-
deverão contar com: se a capacidade instalada existente, os investimentos e o
I - Fundo de Saúde; desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de sistema;

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VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e III - de atenção psicossocial; e
serviços de saúde articulados em níveis de complexidade IV - especiais de acesso aberto.
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de
assistência à saúde; acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores, os
VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de entes federativos poderão criar novas Portas de Entrada às
saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão ações e serviços de saúde, considerando as características
de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento da Região de Saúde.
especial; e Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os
VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - ambulatoriais especializados, entre outros de maior
documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados
o
doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9 .
com os medicamentos e demais produtos apropriados, Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos
quando couber; as posologias recomendadas; os serviços de saúde será ordenado pela atenção primária e
mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco
verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos individual e coletivo e no critério cronológico, observadas as
pelos gestores do SUS. especificidades previstas para pessoas com proteção
especial, conforme legislação vigente.
CAPÍTULO II Parágrafo único. A população indígena contará com
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas
o
Art. 3 O SUS é constituído pela conjugação das ações especificidades e com a necessidade de assistência integral
e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da
executados pelos entes federativos, de forma direta ou Saúde.
indireta, mediante a participação complementar da iniciativa Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do
privada, sendo organizado de forma regionalizada e cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, nos
hierarquizada. serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da rede de
atenção da respectiva região.
Seção I Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão
Das Regiões de Saúde as regras de continuidade do acesso às ações e aos
o
Art. 4 As Regiões de Saúde serão instituídas pelo serviços de saúde na respectiva área de atuação.
Estado, em articulação com os Municípios, respeitadas as Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal,
diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS,
Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30. caberá aos entes federativos, além de outras atribuições que
o
§ 1 Poderão ser instituídas Regiões de Saúde venham a ser pactuadas pelas Comissões Intergestores:
interestaduais, compostas por Municípios limítrofes, por ato I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no
conjunto dos respectivos Estados em articulação com os acesso às ações e aos serviços de saúde;
Municípios. II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços
o
§ 2 A instituição de Regiões de Saúde situadas em de saúde;
áreas de fronteira com outros países deverá respeitar as III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de
normas que regem as relações internacionais. saúde; e
o
Art. 5 Para ser instituída, a Região de Saúde deve IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de
conter, no mínimo, ações e serviços de: saúde.
I - atenção primária; Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios,
II - urgência e emergência; diretrizes, procedimentos e demais medidas que auxiliem os
III - atenção psicossocial; entes federativos no cumprimento das atribuições previstas
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e no art. 13.
V - vigilância em saúde.
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde
observará cronograma pactuado nas Comissões CAPÍTULO III
Intergestores. DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
o
Art. 6 As Regiões de Saúde serão referência para as Art. 15. O processo de planejamento da saúde será
transferências de recursos entre os entes federativos. ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos
o
Art. 7 As Redes de Atenção à Saúde estarão os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as
compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade
várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas de recursos financeiros.
o
Comissões Intergestores. § 1 O planejamento da saúde é obrigatório para os
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os entes públicos e será indutor de políticas para a iniciativa
seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde: privada.
o
I - seus limites geográficos; § 2 A compatibilização de que trata o caput será
II - população usuária das ações e serviços; efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais serão
III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e resultado do planejamento integrado dos entes federativos, e
IV - respectivas responsabilidades, critérios de deverão conter metas de saúde.
o
acessibilidade e escala para conformação dos serviços. § 3 O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de
saúde, de acordo com as características epidemiológicas e
Seção II da organização de serviços nos entes federativos e nas
Da Hierarquização Regiões de Saúde.
o
Art. 8 O acesso universal, igualitário e ordenado às Art. 16. No planejamento devem ser considerados os
ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, de
do SUS e se completa na rede regionalizada e forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão
hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional.
o
Art. 9 São Portas de Entrada às ações e aos serviços de Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação
saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: das necessidades de saúde e orientará o planejamento
I - de atenção primária; integrado dos entes federativos, contribuindo para o
II - de atenção de urgência e emergência; estabelecimento de metas de saúde.

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Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve respeitadas as responsabilidades dos entes pelo
ser realizado de maneira regionalizada, a partir das financiamento de medicamentos, de acordo com o pactuado
necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento nas Comissões Intergestores.
de metas de saúde. Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar as etapas do I - estar o usuário assistido por ações e serviços de
processo e os prazos do planejamento municipal em saúde do SUS;
consonância com os planejamentos estadual e nacional. II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de
saúde, no exercício regular de suas funções no SUS;
CAPÍTULO IV III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia relação específica complementar estadual, distrital ou
e se completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante municipal de medicamentos; e
referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas
conforme pactuado nas Comissões Intergestores. pela direção do SUS.
o
§ 1 Os entes federativos poderão ampliar o acesso do
Seção I usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de
Da Relação Nacional de Ações saúde pública o justifiquem.
o
e Serviços de Saúde - RENASES § 2 O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços que especializado.
o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da Art. 29. A RENAME e a relação específica
assistência à saúde. complementar estadual, distrital ou municipal de
Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES medicamentos somente poderão conter produtos com
em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
CIT. ANVISA.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da
Saúde consolidará e publicará as atualizações da CAPÍTULO V
RENASES. DA ARTICULAÇÃO
Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os INTERFEDERATIVA
Municípios pactuarão nas respectivas Comissões Seção I
Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol Das Comissões Intergestores
de ações e serviços constantes da RENASES. Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a
Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organização e o funcionamento das ações e serviços de
poderão adotar relações específicas e complementares de saúde integrados em redes de atenção à saúde, sendo:
ações e serviços de saúde, em consonância com a I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da
RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo Saúde para efeitos administrativos e operacionais;
seu financiamento, de acordo com o pactuado nas II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria
Comissões Intergestores. Estadual de Saúde para efeitos administrativos e
operacionais; e
Seção II III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito
Da Relação Nacional de Medicamentos regional, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para
Essenciais - RENAME efeitos administrativos e operacionais, devendo observar as
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos diretrizes da CIB.
Essenciais - RENAME compreende a seleção e a Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores
padronização de medicamentos indicados para atendimento públicos de saúde poderão ser representados pelo Conselho
de doenças ou de agravos no âmbito do SUS. Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS
Formulário Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a e pelo Conselho Estadual de Secretarias Municipais de
prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos. Saúde - COSEMS.
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:
para dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos
Diretrizes Terapêuticas em âmbito nacional, observadas as da gestão compartilhada do SUS, de acordo com a definição
diretrizes pactuadas pela CIT. da política de saúde dos entes federativos, consubstanciada
Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e nos seus planos de saúde, aprovados pelos respectivos
publicará as atualizações: (Nova Redação dada pelo conselhos de saúde;
Decreto 11.161/2022) II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração
I - da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, de limites geográficos, referência e contrarreferência e
nesse prazo, a lista de tecnologias incorporadas, excluídas e demais aspectos vinculados à integração das ações e
alteradas pela CONITEC e com a responsabilidade de serviços de saúde entre os entes federativos;
financiamento pactuada de forma tripartite, até que haja a III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e
consolidação da referida lista; interestadual, a respeito da organização das redes de
II - do FTN, à medida que sejam identificadas novas atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão
evidências sobre as tecnologias constantes na RENAME institucional e à integração das ações e serviços dos entes
vigente; e federativos;
III - de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de
quando da incorporação, alteração ou exclusão de Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e seu
tecnologias em saúde no SUS e da existência de novos desenvolvimento econômico-financeiro, estabelecendo as
estudos e evidências científicas identificados a partir de responsabilidades individuais e as solidárias; e
revisões periódicas da literatura relacionada aos seus V - referências das regiões intraestaduais e
objetos. interestaduais de atenção à saúde para o atendimento da
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município integralidade da assistência.
poderão adotar relações específicas e complementares de Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da
medicamentos, em consonância com a RENAME, CIT a pactuação:

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I - das diretrizes gerais para a composição da melhoria das ações e serviços de saúde.
RENASES; Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de
II - dos critérios para o planejamento integrado das Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para fins de
ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão garantia da gestão participativa:
do compartilhamento da gestão; e I - estabelecimento de estratégias que incorporem a
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das avaliação do usuário das ações e dos serviços, como
questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em ferramenta de sua melhoria;
fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os II - apuração permanente das necessidades e interesses
casos, as normas que regem as relações internacionais. do usuário; e
III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na
saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas
Seção II unidades privadas que dele participem de forma
Do Contrato Organizativo complementar.
da Ação Pública da Saúde Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos fator determinante para o estabelecimento das metas de
para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde saúde previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública
será firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde.
da Saúde. Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Organizativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados
Pública da Saúde é a organização e a integração das ações pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual
e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes coordenar a sua implementação.
federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do
garantir a integralidade da assistência aos usuários. SUS, por meio de serviço especializado, fará o controle e a
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da
Pública da Saúde resultará da integração dos planos de Saúde.
o
saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, § 1 O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV
o o
tendo como fundamento as pactuações estabelecidas pela do art. 4 da Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990,
CIT. conterá seção específica relativa aos compromissos
Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da assumidos no âmbito do Contrato Organizativo de Ação
Saúde definirá as responsabilidades individuais e solidárias Pública de Saúde.
o
dos entes federativos com relação às ações e serviços de § 2 O disposto neste artigo será implementado em
saúde, os indicadores e as metas de saúde, os critérios de conformidade com as demais formas de controle e
avaliação de desempenho, os recursos financeiros que serão fiscalização previstas em Lei.
disponibilizados, a forma de controle e fiscalização da sua Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a
execução e demais elementos necessários à implementação execução do Contrato Organizativo de Ação Pública de
integrada das ações e serviços de saúde. Saúde, em relação ao cumprimento das metas
o
§ 1 O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos
garantia de acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito recursos disponibilizados.
do SUS, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o
de Saúde. Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde no sistema
o
§ 2 O desempenho aferido a partir dos indicadores de informações em saúde organizado pelo Ministério da
nacionais de garantia de acesso servirá como parâmetro Saúde e os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde
para avaliação do desempenho da prestação das ações e para monitoramento.
dos serviços definidos no Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde,
considerando-se as especificidades municipais, regionais e
estaduais. CAPÍTULO VI
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Saúde conterá as seguintes disposições essenciais: Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o
I - identificação das necessidades de saúde locais e Ministério da Saúde informará aos órgãos de controle interno
regionais; e externo:
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, I - o descumprimento injustificado de responsabilidades
promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito na prestação de ações e serviços de saúde e de outras
regional e inter-regional; obrigações previstas neste Decreto;
III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se
perante a população no processo de regionalização, as quais
refere o inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142, de 1990;
serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o
III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos
perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e
dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde; financeiros; e
IV - indicadores e metas de saúde; IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de conhecimento.
saúde; Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de ações e serviços de saúde que na data da publicação deste
monitoramento permanente; Decreto são ofertados pelo SUS à população, por meio dos
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes entes federados, de forma direta ou indireta.
federativos em relação às atualizações realizadas na Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
RENASES; o
diretrizes de que trata o § 3 do art. 15 no prazo de cento e
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas oitenta dias a partir da publicação deste Decreto.
responsabilidades; e
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por
cada um dos partícipes para sua execução. publicação.
o
Brasília, 28 de junho de 2011; 190 da Independência e
o
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir 123 da República.
formas de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à DILMA ROUSSEFF

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DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE ao papel dos determinantes sociais no fenômeno do
adoecimento humano tem motivado diversos países a
Determinantes sociais da saúde são as condições reformularem seus objetivos estratégicos na área da saúde.
econômicas e sociais que afetam a saúde. Virtualmente As metas de redução das taxas de morbidade e
todas as doenças mais comuns são primariamente mortalidade passam a ser acompanhadas pela busca de
criação de condições sociais que assegurem uma boa saúde
determinados por uma série de fatores socioeconômicos que
para toda a população.
aumentam ou diminuem o risco de contrair tal doença, em
As preocupações com as iniquidades em saúde levam à
particular, doença cardiovascular e diabetes tipo II.
organização, no interior da OMS, de uma Divisão para tratar
Determinantes sociais da saúde incluem renda,
dessa temática (WHO Equity Iniciative).
educação, emprego, desenvolvimento infantil, cultura,
A equidade em saúde, então, passa a ser definida em
gênero e condições ambientais. relação à posição dos indivíduos na hierarquia social e,
Pessoas e famílias em boa situação socioeconômica, e consequentemente, aos gradientes de poder social,
que possuem boa educação, possuem menor risco de serem econômico e político acumulados.
adquirirem ou serem afetados por doenças, devido ao maior Na 57ª Assembleia Geral da OMS, realizada em maio de
conhecimento e acesso aos meios pelo qual as doenças 2004, foi anunciada a intenção de criar uma Comissão
podem ser tratadas, enquanto que gênero e cultura estão Global sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CDSH),
comumente correlacionados com fatores socioeconômicos, e para fazer a agenda pró-equidade avançar e para aumentar
visto, são incluídos como determinantes sociais. o apoio da Organização aos Estados-membros na
Sabe-se que alguns grupos da população são mais implementação de abordagens abrangentes dos problemas
saudáveis que outros. de saúde, incluindo suas raízes sociais e ambientais.
Se deixarmos de lado as desigualdades de adoecimento Com base nestas preocupações, em março de 2006 foi
de acordo com a faixa etária e as diferenças ocasionadas criada no Brasil, no âmbito do Ministério da Saúde, a
pelas doenças específicas de cada sexo, e voltarmos nossa Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde
atenção ao cruzamento e relacionamento de informações, (CNDSS), que tem como principais objetivos:
evidenciam- se as desigualdades decorrentes das condições - Produzir conhecimentos e informações sobre as
sociais em que as pessoas vivem e trabalham. relações entre os determinantes sociais e a situação de
Ao contrário das outras, tais desigualdades são injustas saúde, particularmente as iniquidades de saúde;
e inaceitáveis, e por isso são denominadas iniquidades - Promover e avaliar políticas, programas e intervenções
(Brasil, 2006). governamentais e não-governamentais realizadas em nível
Exemplo de iniquidade é a probabilidade cinco vezes local, regional e nacional, relacionadas aos determinantes
maior de uma criança morrer antes de alcançar o primeiro sociais da saúde;
ano de vida pelo fato de ter nascido no Nordeste e não no - Atuar junto a diversos setores da sociedade civil para
Sudeste. promover uma tomada de consciência sobre a importância
O outro exemplo é a chance três vezes maior de uma das relações entre saúde e condições de vida e sobre as
criança morrer antes de chegar aos cinco anos de idade pelo possibilidades de atuação para diminuição das iniquidades
fato de sua mãe ter quatro anos de estudo e não oito. de saúde.
As relações entre os determinantes e aquilo que
determinam é mais complexa e mediada do que as relações Base Legal
de causa e efeito. Os fatores determinantes e condicionantes da saúde
Daí a denominação ‘determinantes sociais da saúde’ e implícitos no artigo 3o da Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de
não ‘causas sociais da saúde’. 1990. Dada pela redação da Lei nº 12.864 de 24 de
Por exemplo, o bacilo de Koch causa a tuberculose, mas Setembro de 2013, que alterou o caput do artigo 3o da Lei
são os determinantes sociais que explicam porque no 8.080/90, incluindo a atividade física como fator
determinados grupos da população são mais susceptíveis do determinante e condicionante da saúde.
que outros para contrair a tuberculose. (Brasil, 2006: 1) A cita lei “Dispõe sobre as condições para a promoção,
Os determinantes sociais da saúde incluem as condições proteção e recuperação da saúde, a organização e o
mais gerais – socioeconômicas, culturais e ambientais – de funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
uma sociedade, e se relacionam com as condições de vida e providências”. A luz do Decreto Nº 7.508 de 28 de Junho de
trabalho de seus membros, como habitação, saneamento, 2011, que veio regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro
ambiente de trabalho, serviços de saúde e educação, de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de
incluindo também a trama de redes sociais e comunitárias. Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde
Dentre os vários modelos propostos para a sua e a articulação interfederativa, e dá outras providências.
compreensão (Solar & Irwin, 2005), destaca-se um esquema Promovendo assim, uma articulação universal e igualitária nas
que permite visualizar as relações hierárquicas entres os políticas públicas de saúde para o sistema interfederativo do
diversos determinantes da saúde. Brasil.
Se quisermos combater as iniquidades de saúde,
devemos conhecer melhor as condições de vida e trabalho No contexto saúde, para a Organização Mundial de
dos diversos grupos da população. Saúde, a OMS exemplifica que: “Saúde é o estado de
Precisamos, ainda, saber estabelecer as relações completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a
dessas condições de vida e trabalho, por um lado, com ausência de doença”.
determinantes mais gerais da sociedade e, por outro, com Não obstante, este conceito adotado pela Organização
determinantes mais específicos próprios dos indivíduos que Mundial de Saúde - OMS em 1948, estar longe de ser uma
compõem esses grupos. realidade. Em nosso ponto de vista, este conceito tantas vezes
Devemos também definir, implementar e avaliar políticas exemplificado pode simbolizar um compromisso, talvez um
e programas que pretendam interferir nessas determinações horizonte a ser vislumbrado. Este conceito remete-nos à ideia
– o Programa de Saúde da Família (PSF), sem dúvida de saúde, como orienta a OMS, é por tanto, e provavelmente
alguma, é uma das mais importantes estratégias nessa inatingível. Entendemos ainda como utópico, posto que, as
direção. mudanças nas condições de saúde são constantes, e não
Por fim, devemos fazer com que a sociedade se são linearmente estáveis, e nem tão pouco, apresentam
conscientize do grave problema que as iniquidades de saúde estabilidade. Porém, o que podemos perceber e observar
representam, não somente para os mais desfavorecidos, como real é a predominância da vida e da existência dos
como também para o conjunto social, buscando, com isso, seres indivíduos (no geral) ou seres individualizados
obter o apoio político necessário à implementação de (únicos). Todavia, Saúde não é um “estado estável” mais sim
intervenções. uma variância das condições sociais, do ambiente e do meio
A partir dos anos 90, o crescente consenso em relação ao qual estamos inseridos.

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Neste entendimento, a própria compreensão de saúde, A compreensão ampla dos fatores intervenientes da
bem como dos fatores determinantes e condicionantes saúde como determinantes e condicionantes de saúde
sociais, tem um alto grau de subjetividade pela sua provém de compromissos políticos e ações
concepção histórica, na medida em que saúde depende do intergovernamentais voltadas para as características de cada
momento, condição, situação ou do referencial que é “Estado ou Região” como instrumentos necessários às
atribuído e este valor. Não se pode compreender ou exigências de cada população e localização geográfica para
transformar a situação de saúde de um indivíduo ou de uma a efetivação dos direitos sociais estabelecidos nas leis do
coletividade sem levar em conta, que “Ela” é produzida nas Brasil.
relações com o meio físico, psíquico, social, político, Mesmo com estes direitos determinantes e condicionantes
econômico, cultural, ambiental de uma sociedade. garantidos em leis o “Estado” brasileiro é marcado por grandes
A constituição brasileira de 1988 legitima a saúde como diferenças sociais, políticas, culturais e econômicas. O
um direito de todos como também um dever do “Estado”, “Estado” como um todo, para a efetivação destes
sem qualquer discriminação nas ações voltadas a saúde, condicionantes e determinantes deve adotar estratégias que
que estar balizada em princípios doutrinários que dão valor permitam ampliar o acesso às ações e as políticas públicas
legal ao exercício de uma prática de saúde ética, que intergovernamentais de saúde para alcançar, a enorme
respondam não, as relações de mercado, mas sim, os parcela dos menos favorecidos destes serviços e com menos
direitos dos seres humanos. recursos, portanto, com menos escolhas.
Apesar de poucas pessoas poderem elaborar as
Não obstantes estas ações estão fundamentadas nos políticas públicas para a saúde, embora todos sejam
princípios da: capazes de avalia-las, qualquer pessoa pode observar que
• Universalidade: que estabelece a garantia de atenção os determinantes e condicionantes da saúde de uma
à saúde a todos e qualquer cidadão. população, passam exatamente pelos direitos não
• Equidade: que deve ser entendida como direito ao efetivados. Contudo, quando estes direitos garantidos em
atendimento adequado às necessidades de cada indivíduo e leis não são efetivados conforme rege os princípios
da coletividade. constitucionais e doutrinários do SUS, parte da população
• Integralidade: da pessoa como um todo indivisível mais esclarecida busca o Poder Judiciário para fazer valer os
inserido em uma comunidade ou meio social. seus direitos sociais que estão instituídos e implícitos e
O SUS, na forma como estar definido em lei, segue em garantidos nas leis do país, configurando assim, a
todo país, as mesmas doutrinas e os mesmos princípios judicialização da saúde.
organizativos, prevendo atividades de promoção, proteção e Não obstante, a população menos favorecida e com
recuperação da saúde. No artigo 3º da lei 8080/90, consta menos esclarecimentos e poder aquisitivo, padece da
que: A saúdes têm como fatores “determinantes e condição do “não ter, pelo não conhecer e pelo não saber
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o fazer” Mesmo assim, estes direitos sociais estão garantidos na
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a Carta Magna da República Federativa do Brasil, intitulada de
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso Constituição Cidadã de 1988, na Lei 8080 de 1990,
aos bens e serviços essenciais”. regulamentada pelo Decreto Presidencial Nº 7.508 de 2011.
Porém, os Determinantes Sociais de Saúde – (DSS) são
as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
ou “as características sociais dentro das quais a vida
transcorre” (Tarlov,1996). Contudo, a comissão homônima Para a implantação de programas locais, são previstos
da Organização Mundial da Saúde (OMS) adota uma os seguintes passos: cadastramento da comunidade com
definição mais curta, segundo a qual os DSS são “as realização de entrevistas (com moradores, lideranças etc.);
condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham”. consolidação das informações, identificação das microáreas
Dentre os inúmeros fatores determinantes da condição de risco (fatores de risco e/ou barreiras geográficas ou
de saúde, incluem-se também os condicionantes biológicos culturais, indicadores de saúde muito ruins etc.); elaboração
como: (idade, sexo, características pessoais eventualmente de um plano de ação; mapeamento da área de atuação da
determinadas pela herança genética), o meio físico (que Estratégia Saúde da Família (ESF); programação das
abrange condições geográficas, características da ocupação atividades da ESF; e acompanhamento e avaliação da ESF.
humana, fontes de água para consumo, disponibilidade e Quando falamos em situação de saúde, sempre estamos
qualidade dos alimentos, condições de habitação), bem nos referindo à situação de saúde de uma população, ou
como, o meio socioeconômico e cultural, que expressa os seja, de um grupo de pessoas.
níveis de ocupação e renda, o acesso à educação formal e Sendo assim, nossa preocupação concentra-se em
ao lazer, os graus de liberdade, hábitos e formas de conhecer os diferentes perfis de saúde que são expressões
relacionamento interpessoal, a possibilidade de acesso aos das diferentes condições de vida e trabalho às quais as
serviços voltados para a promoção e recuperação da saúde pessoas estão submetidas.
e da qualidade da atenção nos serviços prestados e Atualmente, ainda temos uma forma limitada de
dispensados aos utentes. conhecer a situação de saúde, pois recorremos ao estudo de
Todavia, entendemos que a promoção da saúde se faz características de adoecimento e morte das pessoas para
por meio da educação, da adoção de estilos de vida inferir sobre a saúde.
saudáveis, do desenvolvimento de aptidões e capacidades Idealmente, seria adequado medir o ‘nível de vida’ das
individuais, da produção de um ambiente saudável, estando populações, por meio de um indicador global que
estreitamente vinculadas as políticas públicas voltadas para expressasse diversos componentes do nível de vida, como:
a qualidade de vida e ao desenvolvimento de capacidades saúde, nutrição, educação, condições e mercado de
para analisar criticamente a realidade e promover a trabalho, transporte, habitação, consumo, vestuário,
transformação positiva dos fatores determinantes da recreação, segurança social, liberdade humana etc.
condição de saúde da população. Frente à impossibilidade de criar este indicador único,
Sem dúvida, a melhoria das condições de vida, saúde, utilizamos vários indicadores, tais como os de morbidade e
alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, mortalidade, como uma medida indireta da saúde das
trabalho, renda, educação, transporte, lazer, atividades populações.
físicas, e o acesso aos bens e serviços essenciais, não são As populações não se distribuem por acaso nos
constituídas automaticamente, e nem tão pouco, está diferentes municípios que compõem um estado, nem em
garantido pelo passar do tempo, assim como o progresso e o diferentes bairros de um município.
desenvolvimento não trazem necessariamente em seu Os grupos populacionais têm características comuns, de
arcabouço saúde e longevidade. acordo com o espaço que ocupam.

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Um exemplo claro são as populações que vivem em Usando o mesmo exemplo da temperatura, devemos
favelas que, independentes do município em que se padronizar a unidade (geralmente graus Celsius), o modo
localizam, geralmente apresentam maior frequência de (onde e quando medir) e o instrumento de medida (um
doenças e morrem mais jovens do que grupos que vivem em termômetro calibrado).
bairros com melhor infraestrutura e acesso a serviços. Somente se esses procedimentos forem adotados,
Para identificar a população a ser enfocada, deve-se levar poderemos comparar a temperatura tomada em um
em consideração o território sob sua responsabilidade e a ambiente com outro.
população dessa área de atuação. O uso de indicadores para o diagnóstico e
É dentro deste território que os indivíduos interagem e acompanhamento de condições sociais, ambientais e de
se organizam socialmente. saúde parte de um processo de simplificação dos objetos
Nem sempre há informações disponíveis para a estudados.
população de micro áreas, ou distritos de saúde, mas essa Os indicadores têm um caráter instantâneo e
dificuldade diminui à medida que nos aproximamos do nível simplificado, mas devem representar processos
municipal, estadual até o nacional. dinâmicos e complexos.
Hoje é muito fácil obter indicadores dos estados e O calor que cada pessoa sente depende da
municípios, por exemplo usando as informações temperatura ambiente, da umidade, dos ventos e de
disponibilizadas pelo IBGE e Datasus. características dessas pessoas.
Mas é muito difícil conseguir esses mesmos indicadores Existem pessoas que sentem mais calor, e outras
para o nível local, dentro das cidades, nos bairros ou menos.
distritos. Mas, para dar uma ideia muito simplificada desse
Para caracterizar a situação de saúde, recorremos ao calor, pode-se resumir todos esses dados em uma única
uso de indicadores quantitativos, como taxas de mortalidade medida de temperatura.
por causas específicas, condições de nascimento, mas Os indicadores que permitem a análise de situação
também é importante conhecer o entendimento que os de saúde e a avaliação de tendências devem ser
diversos atores sociais locais têm sobre o que são produzidos com periodicidade definida e baseados em
necessidades e problemas, pois, muitas vezes, o que é critérios constantes e padronizados (para permitir a
considerado um problema prioritário para um grupo pode ser comparação).
pouco importante para outros.
Se pudermos considerar estes aspectos, a análise da São requisitos para a formulação de indicadores:
situação de saúde propiciará a definição de perfis de - disponibilidade de dados;
necessidades e problemas com a identificação de uma - simplicidade técnica;
hierarquização de prioridades com base no conhecimento - uniformidade;
dos diferentes atores sociais institucionais e das respostas - sinteticidade; e
sociais que estes são capazes de realizar frente a estes - poder discriminatório.
problemas.
Isto é importante porque o perfil de morbimortalidade é Os indicadores de saúde são medidas diretas que
resultante da interação entre a presença dos problemas e a devem refletir o estado de saúde da população de um
capacidade de resposta de cada população, por intermédio território.
da sua organização social às suas necessidades.
Os perfis de situação de saúde são diferentes em cada A OMS divide os indicadores de saúde em cinco
grupo de população. grandes grupos:
O importante é identificarmos quando estas - Indicadores de política de saúde;
diferenças são redutíveis ou evitáveis, muitas vezes por - Indicadores socioeconômicos;
estarem vinculadas a condições de vida adversas (áreas - Indicadores de provisão de serviços de saúde;
e situações de risco). - Indicadores de provisão/cobertura de serviços de
Nesse caso, essas condições podem ser modificadas atenção básica de saúde;
tendo em vista a mobilização da comunidade e de ações - Indicadores básicos de saúde.
interinstitucionais.
Um dos objetivos básicos das informações em saúde Sistemas de Informação
é permitir a análise da situação de saúde no nível local. Os sistemas de informação em saúde são instrumentos
Para se obter esse diagnóstico, deve-se ter claro, padronizados de monitoramento e coleta de dados, que tem
desde o início do trabalho, o que se quer medir e avaliar. como objetivo o fornecimento de informações para análise e
Indicar é um verbo transitivo direto, isto é, seu uso melhor compreensão de importantes problemas de saúde da
exige a definição do objeto a ser indicado. população, subsidiando a tomada de decisões nos níveis
Por exemplo, o colesterol é um indicador da municipal, estadual e federal.
quantidade de gordura no sangue e serve para avaliar o A seguir estão relacionados os sistemas de informação
risco de desenvolver doenças do coração. relativos ao tema em questão:
A temperatura é um indicador da quantidade de calor
existente em um ambiente. Sistema de Informações sobre Mortalidade
Desse modo, deve-se selecionar indicadores que - SIM
apontem os processos que realmente queremos estudar. Criado pelo Ministério da Saúde em 1975 para a
Os indicadores são medidas selecionadas para obtenção regular de dados sobre mortalidade no país,
representar um fenômeno de interesse ou que não pode possibilitou a captação de dados sobre mortalidade, de
ser observado diretamente. forma abrangente e confiável, para subsidiar as diversas
Um indicador serve, antes de tudo, para comparação. esferas de gestão na saúde pública.
Pode se comparar territórios, grupos populacionais Com base nessas informações é possível realizar
ou períodos de tempo. análises de situação, planejamento e avaliação das ações e
Por isso, ao usar indicadores, deve-se pensar na programas na área.
padronização de todas as fases de trabalho: coleta, O SIM proporciona a produção de estatísticas de
armazenamento de dados, manipulação e análise. mortalidade e a construção dos principais indicadores de
Esses procedimentos incluem a adoção e saúde.
documentação de unidades de medida, de procedimentos A análise dessas informações permite estudos não
de coleta de dados, de metodologias de análise e de apenas do ponto de vista estatístico e epidemiológico, mas
sistemas de informação. também sócio demográfico.

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Sistema de Informações de Nascidos Vivos SEÇÃO II
- SINASC ABRANGÊNCIA
Implantado pelo Ministério da Saúde em 1990 com o Art. 3º Este Regulamento Técnico se aplica a todos os
objetivo de reunir informações epidemiológicas referentes serviços de saúde no país, sejam eles públicos, privados,
aos nascimentos informados em todo território nacional, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem
apresenta atualmente um número de registros maior do que ações de ensino e pesquisa.
o publicado pelo IBGE, com base nos dados de Cartório de
Registro Civil.
Por intermédio desses registros é possível subsidiar as SEÇÃO III
intervenções relacionadas à saúde da mulher e da criança DEFINIÇÕES
para todos os níveis do Sistema Único de Saúde - SUS, Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico são
como ações de atenção à gestante e ao recém-nascido. adotadas as seguintes definições:
O acompanhamento da evolução das séries históricas do I – garantia da qualidade: totalidade das ações
SINASC permite a identificação de prioridades de sistemáticas necessárias para garantir que os serviços
intervenção, o que contribui para efetiva melhoria do prestados estejam dentro dos padrões de qualidade
sistema. exigidos, para os fins a que se propõem;
II - gerenciamento de tecnologias: procedimentos de
Sistema de Informação de Agravos de Notificação - gestão, planejados e implementados a partir de bases
Sinan científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de
O Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade,
investigação de casos de doenças e agravos que constam segurança e em alguns casos o desempenho das
da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas tecnologias de saúde utilizadas na prestação de serviços de
é facultado a estados e municípios incluir outros problemas saúde, abrangendo cada etapa do gerenciamento, desde o
de saúde importantes em sua região. planejamento e entrada das tecnologias no estabelecimento
Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico de saúde até seu descarte, visando à proteção dos
dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio
fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de ambiente e a segurança do paciente;
notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as III - humanização da atenção e gestão da saúde:
pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as
da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o
compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o
Sistema de Informação do Programa Nacional de respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação
Imunizações - SI-PNI sexual e às populações específicas, garantindo o acesso dos
O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores usuários às informações sobre saúde, inclusive sobre os
envolvidos no programa uma avaliação dinâmica do risco quanto profissionais que cuidam de sua saúde, respeitando o direito
à ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos a acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre
escolha), e a valorização do trabalho e dos trabalhadores;
imunos aplicados e do quantitativo populacional vacinado, que
IV – licença atualizada: documento emitido pelo órgão
são agregados por faixa etária, em determinado período de sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos
tempo, em uma área geográfica. Por outro lado, possibilita Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos
também o controle do estoque de imunos necessário aos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de
administradores que têm a incumbência de programar sua vigilância sanitária;
aquisição e distribuição. V - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve as
RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011 QUE ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas
DISPÕE SOBRE OS REQUISITOS DE BOAS suas características e riscos, no âmbito dos
estabelecimentos de saúde, contemplando os aspectos
PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO
referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta,
PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE
armazenamento, transporte, tratamento e disposição final,
bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância ambiente.
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. VI - política de qualidade: refere-se às intenções e
11, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de diretrizes globais relativas à qualidade, formalmente
abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § expressa e autorizada pela direção do serviço de saúde.
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno nos termos do Anexo I VII - profissional legalmente habilitado: profissional com
da Portaria nº. 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, formação superior ou técnica com suas competências
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião atribuídas por lei;
realizada em 24 de novembro de 2011, adota a seguinte VIII - prontuário do paciente: documento único,
Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretora-presidente constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens
Substituta, determino a sua publicação: registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele
estabelece os Requisitos de Boas Práticas para Funcionamento prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita
de Serviços de Saúde, nos termos desta Resolução. a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e
a continuidade da assistência prestada ao indivíduo;
CAPÍTULO I IX - relatório de transferência: documento que deve
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS acompanhar o paciente em caso de remoção para outro
serviço, contendo minimamente dados de identificação,
SEÇÃO I resumo clínico com dados que justifiquem a transferência e
OBJETIVO descrição ou cópia de laudos de exames realizados, quando
Art. 2º Este Regulamento Técnico possui o objetivo de existentes;
estabelecer requisitos de Boas Práticas para funcionamento X - responsável técnico - RT: profissional de nível
de serviços de saúde, fundamentados na qualificação, na superior legalmente habilitado, que assume perante a
humanização da atenção e gestão, e na redução e controle vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço
de riscos aos usuários e meio ambiente. de saúde, conforme legislação vigente;

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XI - segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas Art. 10 Os serviços objeto desta resolução devem
à proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e possuir licença atualizada de acordo com a legislação
danos desnecessários durante a atenção prestada nos sanitária local, afixada em local visível ao público.
serviços de saúde. Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da
XII - serviço de saúde: estabelecimento de saúde Administração Pública ou por ela instituídos independem da
destinado a prestar assistência à população na prevenção de licença para funcionamento, ficando sujeitos, porém, às
doenças, no tratamento, recuperação e na reabilitação de exigências pertinentes às instalações, aos equipamentos e à
pacientes. aparelhagem adequada e à assistência e responsabilidade
técnicas, aferidas por meio de fiscalização realizada pelo
CAPÍTULO II órgão sanitário local.
DAS BOAS PRÁTICAS Art. 11 Os serviços e atividades terceirizadas pelos
DE FUNCIONAMENTO estabelecimentos de saúde devem possuir contrato de
SEÇÃO I prestação de serviços.
DO GERENCIAMENTO DA QUALIDADE § 1º Os serviços e atividades terceirizados devem estar
Art. 5º O serviço de saúde deve desenvolver ações no regularizados perante a autoridade sanitária competente,
sentido de estabelecer uma política de qualidade envolvendo quando couber.
estrutura, processo e resultado na sua gestão dos serviços. § 2º A licença de funcionamento dos serviços e
Parágrafo único. O serviço de saúde deve utilizar a atividades terceirizados deve conter informação sobre a sua
Garantia da Qualidade como ferramenta de gerenciamento. habilitação para atender serviços de saúde, quando couber.
Art. 6º As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os Art. 12 O atendimento dos padrões sanitários
componentes da Garantia da Qualidade que asseguram que estabelecidos por este regulamento técnico não isenta o
os serviços são ofertados com padrões de qualidade serviço de saúde do cumprimento dos demais instrumentos
adequados. normativos aplicáveis.
§ 1º As BPF são orientadas primeiramente à redução Art. 13 O serviço de saúde deve estar inscrito e manter
dos riscos inerentes a prestação de serviços de saúde. seus dados atualizados no Cadastro Nacional de
§ 2º Os conceitos de Garantia da Qualidade e Boas Estabelecimentos de Saúde – CNES.
Práticas de Funcionamento (BPF) estão inter-relacionados Art. 14 O serviço de saúde deve ter um responsável
estando descritos nesta resolução de forma a enfatizar as técnico (RT) e um substituto. Parágrafo único. O órgão
suas relações e sua importância para o funcionamento dos sanitário competente deve ser notificado sempre que houver
serviços de saúde. alteração de responsável técnico ou de seu substituto.
Art. 7º As BPF determinam que: Art. 15 As unidades funcionais do serviço de saúde
I. o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços devem ter um profissional responsável conforme definido em
dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos legislações e regulamentos específicos.
requisitos das legislações e regulamentos vigentes. Art. 16 O serviço de saúde deve possuir profissional
II - o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos legalmente habilitado que responda pelas questões
necessários, incluindo: operacionais durante o seu período de funcionamento.
a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e Parágrafo único. Este profissional pode ser o próprio RT
identificado; ou técnico designado para tal fim.
b) ambientes identificados; Art. 17 O serviço de saúde deve prover infraestrutura
c) equipamentos, materiais e suporte logístico; e física, recursos humanos, equipamentos, insumos e
d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes. materiais necessários à operacionalização do serviço de
III - as reclamações sobre os serviços oferecidos devem acordo com a demanda, modalidade de assistência prestada
ser examinadas, registradas e as causas dos desvios da e a legislação vigente.
qualidade, investigadas e documentadas, devendo ser Art. 18 A direção e o responsável técnico do serviço de
tomadas medidas com relação aos serviços com desvio da saúde têm a responsabilidade de planejar, implantar e
qualidade e adotadas as providências no sentido de prevenir garantir a qualidade dos processos.
reincidências. Art. 19 O serviço de saúde deve possuir mecanismos
que garantam a continuidade da atenção ao paciente quando
SEÇÃO II houver necessidade de remoção ou para realização de
DA SEGURANÇA exames que não existam no próprio serviço.
DO PACIENTE Parágrafo único. Todo paciente removido deve ser
Art. 8º O serviço de saúde deve estabelecer estratégias acompanhado por relatório completo, legível, com
e ações voltadas para Segurança do Paciente, tais como: identificação e assinatura do profissional assistente, que
I. Mecanismos de identificação do paciente; deve passar a integrar o prontuário no destino,
II. Orientações para a higienização das mãos; permanecendo cópia no prontuário de origem.
III. Ações de prevenção e controle de eventos adversos Art. 20 O serviço de saúde deve possuir mecanismos
relacionada à assistência à saúde; que garantam o funcionamento de Comissões, Comitês e
IV. Mecanismos para garantir segurança cirúrgica; Programas estabelecidos em legislações e normatizações
V. Orientações para administração segura de vigentes.
medicamentos, sangue e hemocomponentes; Art. 21 O serviço de saúde deve garantir mecanismos
VI. Mecanismos para prevenção de quedas dos para o controle de acesso dos trabalhadores, pacientes,
pacientes; acompanhantes e visitantes.
VII. Mecanismos para a prevenção de úlceras por Art. 22 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de
pressão; identificação dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e
VIII. Orientações para estimular a participação do visitantes.
paciente na assistência prestada. Art. 23 O serviço de saúde deve manter disponível,
segundo o seu tipo de atividade, documentação e registro
SEÇÃO III referente à:
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS I - Projeto Básico de Arquitetura (PBA) aprovado pela
Art. 9º O serviço de saúde deve possuir regimento vigilância sanitária competente.
interno ou documento equivalente, atualizado, contemplando II - controle de saúde ocupacional;
a definição e a descrição de todas as suas atividades III - educação permanente;
técnicas, administrativas e assistenciais, responsabilidades e IV - comissões, comitês e programas;
competências. V - contratos de serviços terceirizados;

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VI - controle de qualidade da água; II - medidas de controle que minimizem a exposição aos
VII - manutenção preventiva e corretiva da edificação e agentes;
instalações; III - normas e procedimentos de higiene;
VIII - controle de vetores e pragas urbanas; IV - utilização de equipamentos de proteção coletiva,
IX - manutenção corretiva e preventiva dos individual e vestimentas de trabalho;
equipamentos e instrumentos; V - medidas para a prevenção de acidentes e incidentes;
X - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de VI - medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no
Saúde; caso de ocorrência de acidentes e incidentes;
XI - nascimentos; VII - temas específicos de acordo com a atividade
XII - óbitos; desenvolvida pelo profissional.
XIII - admissão e alta;
XIV - eventos adversos e queixas técnicas associadas a SEÇÃO VI
produtos ou serviços; DA GESTÃO DE INFRAESTRUTURA
XV - monitoramento e relatórios específicos de controle Art. 34 O serviço de saúde deve ter seu projeto básico
de infecção; de arquitetura atualizado, em conformidade com as
XVI - doenças de Notificação Compulsória; atividades desenvolvidas e aprovado pela vigilância sanitária
XVII - indicadores previstos nas legislações vigentes; e demais órgãos competentes.
XVIII - normas, rotinas e procedimentos; Art. 35 As instalações prediais de água, esgoto, energia
XIX - demais documentos exigidos por legislações elétrica, gases, climatização, proteção e combate a incêndio,
específicas dos estados, Distrito Federal e municípios. comunicação e outras existentes, devem atender às
exigências dos códigos de obras e posturas locais, assim
SEÇÃO IV como normas técnicas pertinentes a cada uma das
DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE instalações.
Art. 24 A responsabilidade pelo registro em prontuário Art. 36 O serviço de saúde deve manter as instalações
cabe aos profissionais de saúde que prestam o atendimento. físicas dos ambientes externos e internos em boas
Art. 25 A guarda do prontuário é de responsabilidade do condições de conservação, segurança, organização, conforto
serviço de saúde devendo obedecer às normas vigentes. e limpeza.
§ 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos Art. 37 O serviço de saúde deve executar ações de
prontuários no que se refere à confidencialidade e gerenciamento dos riscos de acidentes inerentes às
integridade. atividades desenvolvidas.
§ 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em Art. 38 O serviço de saúde deve ser dotado de
local seguro, em boas condições de conservação e iluminação e ventilação compatíveis com o desenvolvimento
organização, permitindo o seu acesso sempre que das suas atividades.
necessário. Art. 39 O serviço de saúde deve garantir a qualidade da
Art. 26 O serviço de saúde deve garantir que o água necessária ao funcionamento de suas unidades.
prontuário contenha registros relativos à identificação e a § 1º O serviço de saúde deve garantir a limpeza dos
todos os procedimentos prestados ao paciente. reservatórios de água a cada seis meses.
Art. 27 O serviço de saúde deve garantir que o § 2º O serviço de saúde deve manter registro da
prontuário seja preenchido de forma legível por todos os capacidade e da limpeza periódica dos reservatórios de
profissionais envolvidos diretamente na assistência ao água.
paciente, com aposição de assinatura e carimbo em caso de Art. 40 O serviço de saúde deve garantir a continuidade
prontuário em meio físico. do fornecimento de água, mesmo em caso de interrupção do
Art. 28 Os dados que compõem o prontuário pertencem fornecimento pela concessionária, nos locais em que a água
ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis é considerada insumo crítico.
aos mesmos ou aos seus representantes legais e à Art. 41 O serviço de saúde deve garantir a continuidade
autoridade sanitária quando necessário. do fornecimento de energia elétrica, em situações de
interrupção do fornecimento pela concessionária, por meio
SEÇÃO V de sistemas de energia elétrica de emergência, nos locais
DA GESTÃO DE PESSOAL em que a energia elétrica é considerada insumo crítico.
Art. 29 As exigências referentes aos recursos humanos Art. 42 O serviço de saúde deve realizar ações de
do serviço de saúde incluem profissionais de todos os níveis manutenção preventiva e corretiva das instalações prediais,
de escolaridade, de quadro próprio ou terceirizado. de forma própria ou terceirizada.
Art. 30 O serviço de saúde deve possuir equipe
multiprofissional dimensionada de acordo com seu perfil de
demanda. SEÇÃO VII
Art.31 O serviço de saúde deve manter disponíveis DA PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR
registros de formação e qualificação dos profissionais Art. 43 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de
compatíveis com as funções desempenhadas. orientação sobre imunização contra tétano, difteria, hepatite
Parágrafo único. O serviço de saúde deve possuir B e contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores
documentação referente ao registro dos profissionais em possam estar expostos.
conselhos de classe, quando for o caso. Art. 44 O serviço de saúde deve garantir que os
Art. 32 O serviço de saúde deve promover a capacitação trabalhadores sejam avaliados periodicamente em relação à
de seus profissionais antes do início das atividades e de saúde ocupacional mantendo registros desta avaliação.
forma permanente em conformidade com as atividades Art. 45 O serviço de saúde deve garantir que os
desenvolvidas. trabalhadores com agravos agudos à saúde ou com lesões
Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas nos membros superiores só iniciem suas atividades após
contendo data, horário, carga horária, conteúdo ministrado, avaliação médica.
nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e Art. 46 O serviço de saúde deve garantir que seus
dos trabalhadores envolvidos. trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes
Art. 33 A capacitação de que trata o artigo anterior deve biológicos, físicos ou químicos utilizem vestimentas para o
ser adaptada à evolução do conhecimento e a identificação trabalho, incluindo calçados, compatíveis com o risco e em
de novos riscos e deve incluir: condições de conforto.
I - os dados disponíveis sobre os riscos potenciais à § 1º Estas vestimentas podem ser próprias do
saúde; trabalhador ou fornecidas pelo serviço de saúde.

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§ 2º O serviço de saúde é responsável pelo fornecimento vigentes.
e pelo processamento das vestimentas utilizadas nos centros
cirúrgicos e obstétricos, nas unidades de tratamento SEÇÃO IX
intensivo, nas unidades de isolamento e centrais de material DO CONTROLE INTEGRADO
esterilizado. DE VETORES E PRAGAS URBANAS
Art. 47 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de Art. 63 O serviço de saúde deve garantir ações eficazes
prevenção dos riscos de acidentes de trabalho, incluindo o e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o
fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou
em número suficiente e compatível com as atividades proliferação dos mesmos.
desenvolvidas pelos trabalhadores. Parágrafo único. O controle químico, quando for
Parágrafo único. Os trabalhadores não devem deixar o necessário, deve ser realizado por empresa habilitada e
local de trabalho com os equipamentos de proteção possuidora de licença sanitária e ambiental e com produtos
individual desinfetantes regularizados pela Anvisa.
Art. 48 O serviço de saúde deve manter registro das Art. 64 Não é permitido comer ou guardar alimentos nos
comunicações de acidentes de trabalho. postos de trabalho destinados à execução de procedimentos
Art. 49 Em serviços de saúde com mais de vinte de saúde.
trabalhadores é obrigatória a instituição de Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes – CIPA. CAPÍTULO III
Art. 50 O Serviço de Saúde deve manter disponível a DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
todos os trabalhadores: Art. 65 Os estabelecimentos abrangidos por esta
I - Normas e condutas de segurança biológica, química, resolução terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
física, ocupacional e ambiental; contados a partir da data de sua publicação para promover
II - Instruções para uso dos Equipamentos de Proteção as adequações necessárias ao Regulamento Técnico.
Individual – EPI; Parágrafo único. A partir da publicação desta resolução,
III - Procedimentos em caso de incêndios e acidentes; os novos estabelecimentos e aqueles que pretendam
IV - Orientação para manuseio e transporte de produtos reiniciar suas atividades, devem atender na íntegra às
para saúde contaminados. exigências nela contidas.
Art. 66 O descumprimento das disposições contidas nesta
SEÇÃO VIII resolução e no regulamento por ela aprovado constitui infração
DA GESTÃO DE sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977,
TECNOLOGIAS E PROCESSOS sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal
Art. 51 O serviço de saúde deve dispor de normas, cabíveis.
procedimentos e rotinas técnicas escritas e atualizadas, de Art. 67 Esta resolução entra em vigor na data de sua
todos os seus processos de trabalho em local de fácil acesso publicação.
a toda a equipe. MARIA CECÍLIA MARTINS BRITO
Art. 52 O serviço de saúde deve manter os ambientes
limpos, livres de resíduos e odores incompatíveis com a RESOLUÇÃO CNS Nº 553, DE 9 DE AGOSTO
atividade, devendo atender aos critérios de criticidade das DE 2017, QUE DISPÕE SOBRE
áreas. A CARTA DOS DIREITOS E DEVERES
Art. 53 O serviço de saúde deve garantir a DA PESSOA USUÁRIA DA SAÚDE.
disponibilidade dos equipamentos, materiais, insumos e
medicamentos de acordo com a complexidade do serviço e O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua 61ª
necessários ao atendimento da demanda. Reunião Extraordinária, realizada no dia 9 de agosto de 2017,
Art. 54 O serviço de saúde deve realizar o no uso de suas atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19
gerenciamento de suas tecnologias de forma a atender as de setembro de 1990, pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de
necessidades do serviço mantendo as condições de seleção, 1990 e pelo Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006,
aquisição, armazenamento, instalação, funcionamento, cumprindo as disposições da Constituição da República
distribuição, descarte e rastreabilidade. Federativa do Brasil de 1988, da legislação brasileira correlata; e
Art. 55 O serviço de saúde deve garantir que os Considerando a necessidade de atualização da Carta
materiais e equipamentos sejam utilizados exclusivamente dos Direitos dos Usuários da Saúde, publicada por meio da
para os fins a que se destinam. Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, a partir da
Art. 56 O serviço de saúde deve garantir que os colchões, legislação e avanços do Sistema Único de Saúde (SUS);
colchonetes e demais mobiliários almofadados sejam revestidos Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
de material lavável e impermeável, não apresentando furos, 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a
rasgos, sulcos e reentrâncias. proteção e a recuperação da saúde a organização e
Art. 57 O serviço de saúde deve garantir a qualidade dos funcionamento dos serviços correspondentes;
processos de desinfecção e esterilização de equipamentos e Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de
materiais. 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade na
Art. 58 O serviço de saúde deve garantir que todos os gestão do SUS;
usuários recebam suporte imediato a vida quando Considerando a Lei nº 9.836, de 23 de setembro de
necessário. 1999, que acrescenta dispositivos à Lei nº 8.080, de 19 de
Art. 59 O serviço de saúde deve disponibilizar os setembro de 1990, que institui o Subsistema de Atenção à
insumos, produtos e equipamentos necessários para as Saúde Indígena;
práticas de higienização de mãos dos trabalhadores, Considerando a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, que
pacientes, acompanhantes e visitantes. institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
Art. 60 O serviço de saúde que preste assistência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
nutricional ou forneça refeições deve garantir a qualidade Considerando a Lei nº 12.527 (Lei de Acesso à
nutricional e a segurança dos alimentos. Informação), de 18 de novembro de 2011; Considerando a
Art. 61 O serviço de saúde deve informar aos órgãos Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, que dispõe sobre a
competentes sobre a suspeita de doença de notificação participação, a proteção e a defesa dos direitos do usuário
compulsória conforme o estabelecido em legislação e dos serviços públicos da administração pública;
regulamentos vigentes. Considerando o Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de
Art. 62 O serviço de saúde deve calcular e manter o 2007, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento
registro referente aos Indicadores previstos nas legislações Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais;

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Considerando a Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009, §1º O acesso se dará preferencialmente nos serviços de
que institui a Política Nacional de Saúde Integral da Atenção Básica.
População Negra; Considerando a Portaria nº 2.836, de 1º §2º Nas situações de urgência e emergência, qualquer
de dezembro de 2011, que institui a Política Nacional de serviço de saúde deve receber e cuidar da pessoa bem
Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e como encaminhá-la para outro serviço no caso de
Transexuais; necessidade.
Considerando a Portaria nº 2.866, de 02 de dezembro de §3º Em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá ser
2011, que institui a Política Nacional de Saúde Integral das assegurada a remoção do usuário, em tempo hábil e em
Populações do Campo e da Floresta; Considerando as condições seguras para um serviço de saúde com
Diretrizes estabelecidas na Política Nacional de capacidade para resolver seu tipo de problema.
Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, de 2003; §4º O encaminhamento às especialidades e aos
Considerando a Política Nacional de Gestão Estratégica hospitais, pela Atenção Básica, será estabelecido em função
e Participativa no SUS, Portaria nº 3.027, de 26 de novembro da necessidade de saúde e indicação clínica, levando-se em
de 2007; Considerando a Política Nacional de Educação conta a gravidade do problema a ser analisado pelas
Popular em Saúde no âmbito do SUS (PNEPS-SUS), centrais de regulação, com transparência.
Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013; §5º Quando houver alguma dificuldade temporária para
Considerando a Política Nacional de Educação atender as pessoas é da responsabilidade da direção e da
Permanente para o Controle Social no SUS, Resolução CNS equipe do serviço, acolher, dar informações claras e
nº 363, de 11 de agosto de 2006; encaminhá-las sem discriminação e privilégios.
Considerando a Portaria nº 971/GM/MS, de 3 de maio de Segunda diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento
2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas integral, aos procedimentos adequados e em tempo hábil a
e Complementares no SUS (PNPIC); resolver o seu problema de saúde, de forma ética e
Considerando as diretrizes estabelecidas nas humanizada.
Conferências de Saúde, nas esferas Municipal, Estadual e Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento
Nacional, e no Conselho Nacional de Saúde, em defesa do adequado, inclusivo e acessível, com qualidade, no tempo
SUS e dos seus princípios; certo e com garantia de continuidade do tratamento, e para
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho do isso deve ser assegurado:
Conselho Nacional de Saúde, que elaborou propostas e I - atendimento ágil, com estratégias para evitar o
sistematizou as contribuições da Consulta à Sociedade, agravamento, com tecnologia apropriada, por equipe
realizada de maio a junho de 2017, para atualização da multiprofissional capacitada e com condições adequadas de
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde; e atendimento;
Considerando que compete ao Conselho Nacional de II - disponibilidade contínua e acesso a bens e serviços
Saúde o fortalecimento da participação e do controle social de imunização conforme calendário e especificidades
no SUS (artigo 10, IX da Resolução nº 407, de 12 de regionais;
setembro de 2008). II - espaços de diálogo entre usuários e profissionais da
Resolve: Aprovar a atualização da Carta dos Direitos e saúde, gestores e defensoria pública sobre diferentes formas
Deveres da Pessoa Usuária da Saúde, que dispõe sobre as de tratamentos possíveis.
diretrizes dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da III - informações sobre o seu estado de saúde, de forma
Saúde anexa a esta Resolução. objetiva, respeitosa, compreensível, e em linguagem
RONALD FERREIRA DOS SANTOS adequada a atender a necessidade da usuária e do usuário,
Presidente do Conselho Nacional de Saúde Homologo a quanto a:
Resolução CNS nº 553, de 9 de agosto de 2017, com base a) possíveis diagnósticos;
no Decreto de Delegação de Competência de 12 de b) diagnósticos confirmados;
novembro de 1991. c) resultados dos exames realizados;
RICARDO BARROS d) tipos de exames solicitados, as justificativas e riscos;
Ministro de Estado da Saúde ANEXO DA e) objetivos, riscos e benefícios de procedimentos
diagnósticos, cirúrgicos, preventivos ou de tratamento;
RESOLUÇÃO Nº 553, f) duração prevista do tratamento proposto;
DE 9 DE AGOSTO DE 2017 g) quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos
Primeira diretriz: toda pessoa tem direito, em tempo invasivos ou cirúrgicos;
hábil, ao acesso a bens e serviços ordenados e organizados h) a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e
para garantia da promoção, prevenção, proteção, tratamento duração;
e recuperação da saúde. i) partes do corpo afetadas pelos procedimentos,
I - Cada pessoa possui direito de ser acolhida no momento instrumental a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou
em que chegar ao serviço e conforme sua necessidade de consequências indesejáveis;
saúde e especificidade, independentemente de senhas ou j) duração prevista dos procedimentos e tempo de
procedimentos burocráticos, respeitando as prioridades recuperação;
garantidas em Lei. k) evolução provável do problema de saúde;
II - A promoção e a proteção da saúde devem estar l) informações sobre o custo das intervenções das quais
relacionadas com as condições sociais, culturais e a pessoa se beneficiou;
econômicas das pessoas, incluídos aspectos como: m) outras informações que forem necessárias;
a) segurança alimentar e nutricional; I - que toda pessoa tem o direito de decidir se seus
b) saneamento básico e ambiental; familiares e acompanhantes deverão ser informados sobre
c) tratamento às doenças negligenciadas conforme cada seu estado de saúde;
região do País; II - o registro atualizado e legível no prontuário, das
d) iniciativas de combate às endemias e doenças seguintes informações:
transmissíveis; a) motivo do atendimento ou internação;
e) combate a todas as formas de violência e b) dados de observação e da evolução clínica;
discriminação; c) prescrição terapêutica;
f) educação baseada nos princípios dos Direitos d) avaliações dos profissionais da equipe;
Humanos; e) procedimentos e cuidados de enfermagem;
g) trabalho digno; e f) quando for o caso, procedimentos cirúrgicos e
h) acesso à moradia, transporte, lazer, segurança anestésicos, odontológicos, resultados de exames
pública e previdência social. complementares laboratoriais e radiológicos;

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g) a quantidade de sangue recebida e dados que permanente dos equipamentos, bens e serviços para
garantam a qualidade do sangue, como origem, sorologias prevenir interrupções no atendimento.
efetuadas e prazo de validade; §11 É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde,
h) identificação do responsável pelas anotações; ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer
i) data e local e identificação do profissional que realizou discriminação, restrição ou negação em virtude de idade,
o atendimento; raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de
j) outras informações que se fizerem necessárias; gênero, condições econômicas ou sociais, estado de saúde,
I - o acesso à anestesia em todas as situações em que de anomalia, patologia ou deficiência, garantindo-lhe:
for indicada, bem como a medicações e procedimentos que I - identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo
possam aliviar a dor e o sofrimento; existir em todo documento do usuário e usuária um campo
II - o recebimento das receitas e prescrições para se registrar o nome social, independente do registro
terapêuticas, deverão conter: civil, sendo assegurado o uso do nome de preferência, não
a) o nome genérico das substâncias prescritas; podendo ser identificado por número, nome ou código da
b) clara indicação da dose e do modo de usar; doença ou outras formas desrespeitosas ou
c) escrita impressa, datilografada ou digitada, ou em preconceituosas;
caligrafia legível; II - a identificação dos profissionais, por crachás visíveis,
d) textos sem códigos ou abreviaturas; legíveis e por outras formas de identificação de fácil
e) o nome legível do profissional e seu número de percepção;
registro no conselho profissional; e III - nas consultas, nos procedimentos diagnósticos,
f) a assinatura do profissional e a data; preventivos, cirúrgicos, terapêuticos e internações, o
I - o recebimento dos medicamentos, quando prescritos, seguinte:
que compõem a farmácia básica e, nos casos de a) integridade física;
necessidade de medicamentos de alto custo, deve ser b) a privacidade e ao conforto;
garantido o acesso conforme protocolos e normas do c) a individualidade;
Ministério da Saúde; d) aos seus valores éticos, culturais, religiosos e
II - a garantia do acesso à continuidade da atenção no espirituais;
domicílio, quando pertinente, com estímulo e orientação ao e) a confidencialidade de toda e qualquer informação
autocuidado que fortaleça sua autonomia e a garantia de pessoal;
acompanhamento em qualquer serviço que for necessário, f) a segurança do procedimento;
extensivo à rede de apoio; g) o bem-estar psíquico e emocional;
III - o encaminhamento para outros serviços de saúde h) a confirmação do usuário sobre a compreensão das
deve ser por meio de um documento que contenha: questões relacionadas com o seu atendimento e possíveis
a) caligrafia legível ou datilografada ou digitada ou por encaminhamentos.
meio eletrônico; I - o atendimento agendado nos serviços de saúde,
b) resumo da história clínica, possíveis diagnósticos, preferencialmente com hora marcada;
tratamento realizado, evolução e o motivo do II - o direito a acompanhante, pessoa de sua livre
encaminhamento; escolha, nas consultas e exames;
c) linguagem clara evitando códigos ou abreviaturas; III - o direito a acompanhante, nos casos de internação,
d) nome legível do profissional e seu número de registro nas situações previstas em lei, assim como naqueles em que
no conselho profissional, assinado e datado; e a autonomia da pessoa estiver comprometida, com oferta de
e) identificação da unidade de saúde que recebeu a orientação específica e adequada para os acompanhantes;
pessoa, assim como da Unidade a que está sendo IV - o direito a visita diária não inferior a duas horas,
encaminhada. preferencialmente, abertas em todas as unidades de
Terceira diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento internação, ressalvadas as situações técnicas não indicadas;
inclusivo, humanizado e acolhedor, realizado por V - a continuidade das atividades escolares, bem como o
profissionais qualificados, em ambiente limpo, confortável e estímulo à recreação, em casos de internação de criança ou
acessível. adolescente;
§1º Nos serviços de saúde haverá igual visibilidade aos VI - a informação a respeito de diferentes possibilidades
direitos e deveres das pessoas usuárias e das pessoas que terapêuticas de acordo com sua condição clínica, baseado
trabalham no serviço de saúde. em evidências e a relação custo-benefício da escolha de
§2º A Rede de Serviços do SUS utilizará as tecnologias tratamentos, com direito à recusa, atestado pelo usuário ou
disponíveis para facilitar o agendamento de procedimentos acompanhante;
nos serviços de saúde em todos os níveis de complexidade. VII - a escolha do local de morte;
§3º Os serviços de saúde serão organizados segundo a VIII - o direito à escolha de tratamento, quando houver,
demanda da população, e não limitados por produção ou inclusive as práticas integrativas e complementares de
quantidades de atendimento pré-determinados. saúde, e à consideração da recusa de tratamento proposto;
§4º A utilização de tecnologias e procedimentos nos IX - o recebimento de visita, quando internado, de outros
serviços deverá proporcionar celeridade na realização de profissionais de saúde que não pertençam àquela unidade
exames e diagnósticos e na disponibilização dos resultados. hospitalar sendo facultado a esse profissional o acesso ao
§5º Haverá regulamentação do tempo de espera em filas prontuário;
de procedimentos. X - a opção de marcação de atendimento pessoalmente,
§6º A lista de espera de média e alta complexidade deve por telefone e outros meios tecnológicos disponíveis e
considerar a agilidade e transparência. acessíveis;
§7º As medidas para garantir o atendimento incluem o XI - o recebimento de visita de religiosos de qualquer
cumprimento da carga horária de trabalho dos profissionais credo, sem que isso acarrete mudança da rotina de
de saúde. tratamento e do estabelecimento e ameaça à segurança ou
§8º Nas situações em que ocorrer a interrupção perturbações a si ou aos outros;
temporária da oferta de procedimentos como consultas e XII - a não-limitação de acesso aos serviços de saúde
exames, os serviços devem providenciar a remarcação
por barreiras físicas, tecnológicas e de comunicação;
destes procedimentos e comunicar aos usuários.
§9º As redes de serviço do SUS deverão se organizar e XIII - a espera por atendimento em lugares protegidos,
pactuar no território a oferta de plantão de atendimento 24 limpos e ventilados, tendo a sua disposição água potável e
horas, inclusive nos finais de semana. sanitários, e devendo os serviços de saúde se organizarem
§10 Cada serviço deverá adotar medidas de manutenção de tal forma que seja evitada a demora nas filas;

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XIV - soluções para que não haja acomodação de d) demais informações sobre seu estado de saúde.
usuários em condições e locais inadequados. II - expressar se compreendeu as informações e
Quarta diretriz: toda pessoa deve ter seus valores, orientações recebidas e, caso ainda tenha dúvidas, solicitar
cultura e direitos respeitados na relação com os serviços de esclarecimento sobre elas;
saúde. III - seguir o plano de tratamento proposto pelo
Parágrafo único: os direitos do caput serão garantidos profissional ou pela equipe de saúde responsável pelo seu
por meio de: cuidado, que deve ser compreendido e aceito pela pessoa
I - escolha do tipo de plano de saúde que melhor lhe que também é responsável pelo seu tratamento;
convier, de acordo com as exigências mínimas constantes IV - informar ao profissional de saúde ou à equipe
da legislação e a informação pela operadora sobre a responsável sobre qualquer fato que ocorra em relação a
cobertura, custos e condições do plano que está adquirindo; sua condição de saúde;
II - sigilo e a confidencialidade de todas as informações V - assumir a responsabilidade formal pela recusa a
pessoais, mesmo após a morte, salvo nos casos de risco à procedimentos, exames ou tratamentos recomendados e
saúde pública; pelo descumprimento das orientações do profissional ou da
III - acesso da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou equipe de saúde;
de pessoa por ele autorizada e a garantia de envio e VI - contribuir para o bem-estar de todas e todos nos
fornecimento de cópia, em caso de encaminhamento a outro serviços de saúde, evitar ruídos, uso de fumo e derivados do
serviço ou mudança de domicílio; tabaco e bebidas alcoólicas, colaborar com a segurança e a
IV - obtenção de laudo, relatório e atestado sempre que limpeza do ambiente;
justificado por sua situação de saúde; VII - adotar comportamento respeitoso e cordial com as
V - consentimento livre, voluntário e esclarecido, a demais pessoas que usam ou que trabalham no
quaisquer procedimentos diagnósticos, preventivos ou estabelecimento de saúde;
terapêuticos, salvo nos casos que acarretem risco à saúde VIII - realizar exames solicitados, buscar os resultados e
pública, considerando que o consentimento anteriormente apresentá-los aos profissionais dos serviços de saúde;
dado poderá ser revogado a qualquer instante, por decisão IX - ter em mão seus documentos e, quando solicitados,
livre e esclarecida, sem que sejam imputadas à pessoa os resultados de exames que estejam em seu poder;
sanções morais, financeiras ou legais; X - cumprir as normas dos serviços de saúde que devem
VI - pleno conhecimento de todo e qualquer exame de resguardar todos os princípios desta Resolução;
saúde admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de XI - adotar medidas preventivas para situações de sua
mudança de função, ou demissional realizado e seus vida cotidiana que coloquem em risco a sua saúde e da
resultados; comunidade;
VII - a indicação de sua livre escolha, a quem confiará a XII - comunicar aos serviços de saúde, às ouvidorias ou
tomada de decisões para a eventualidade de tornar-se à vigilância sanitária irregularidades relacionadas ao uso e à
incapaz de exercer sua autonomia; oferta de produtos e serviços que afetem a saúde em
VIII - o recebimento ou a recusa à assistência religiosa, ambientes públicos e privados;
espiritual, psicológica e social; XIII - desenvolver hábitos, práticas e atividades que
IX - a liberdade, em qualquer fase do tratamento, de melhorem a sua saúde e qualidade de vida;
procurar segunda opinião ou parecer de outro profissional ou XIV - comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência
serviço sobre seu estado de saúde ou sobre procedimentos de caso de doença transmissível, quando a situação
recomendados; requerer o isolamento ou quarentena da pessoa ou quando a
X - a não-participação em pesquisa que envolva ou não doença constar da relação do Ministério da Saúde; e
tratamento experimental sem que tenha garantias claras da XV - não dificultar a aplicação de medidas sanitárias,
sua liberdade de escolha e, no caso de recusa em participar bem como as ações de fiscalização sanitária.
ou continuar na pesquisa, não poderá sofrer Sexta diretriz: toda pessoa tem direito à informação
constrangimentos, punições ou sanções pelos serviços de sobre os serviços de saúde e aos diversos mecanismos de
saúde, sendo necessário, para isso: participação.
a) que o dirigente do serviço cuide dos aspectos éticos §1º A educação permanente em saúde e a educação
da pesquisa e estabeleça mecanismos para garantir a permanente para o controle social devem estar incluídas em
decisão livre e esclarecida da pessoa; todas as instâncias do SUS, e envolver a comunidade.
b) que o pesquisador garanta, acompanhe e mantenha a §2º As unidades básicas de saúde devem constituir
integridade da saúde dos participantes de sua pesquisa, conselhos locais de saúde com participação da comunidade.
assegurando-lhes os benefícios dos resultados encontrados; §3º As ouvidorias, Ministério Público, audiências públicas
e e outras formas institucionais de exercício da democracia
c) que a pessoa assine o termo de consentimento livre e garantidas em lei, são espaços de participação cidadã.
esclarecido; §4º As instâncias de controle social e o poder público
XI - o direito de se expressar e ser ouvido nas suas devem promover a comunicação dos aspectos positivos do
queixas, denúncias, necessidades, sugestões e outras SUS.
manifestações por meio das ouvidorias, urnas e qualquer §5º Devem ser estabelecidos espaços para as pessoas
outro mecanismo existente, sendo sempre respeitado na usuárias manifestarem suas posições favoráveis ao SUS e
privacidade, no sigilo e na confidencialidade; e promovidas estratégias para defender o SUS como
XII - a participação nos processos de indicação e eleição patrimônio do povo brasileiro.
de seus representantes nas Conferências, nos Conselhos de §6º O direito previsto no caput deste artigo, inclui a
Saúde e nos Conselhos Gestores da Rede SUS. informação, com linguagem e meios de comunicação
Quinta diretriz: toda pessoa tem responsabilidade e adequados sobre:
direitos para que seu tratamento e recuperação sejam I - o direito à saúde, o funcionamento dos serviços de
adequados e sem interrupção. saúde e o SUS;
Parágrafo único. Para que seja cumprido o disposto no II - os mecanismos de participação da sociedade na
caput deste artigo, as pessoas deverão: formulação, acompanhamento e fiscalização das políticas e
I - prestar informações apropriadas nos atendimentos, da gestão do SUS;
nas consultas e nas internações sobre: III - as ações de vigilância à saúde coletiva
a) queixas; compreendendo a vigilância sanitária, epidemiológica e
b) enfermidades e hospitalizações anteriores; ambiental; e
c) história de uso de medicamentos, drogas, reações IV - a interferência das relações e das condições sociais,
alérgicas, exames anteriores; econômicas, culturais, e ambientais na situação da saúde
das pessoas e da coletividade.
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§7º Os órgãos de saúde deverão informar as pessoas RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013 QUE
sobre a rede SUS mediante os diversos meios de INSTITUI AÇÕES PARA A SEGURANÇA DO
comunicação, bem como nos serviços de saúde que PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚDE
compõem essa rede de participação popular, em relação a: E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
I - endereços;
II - telefones; A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância
III - horários de funcionamento; e Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos
IV - ações e procedimentos disponíveis. III e IV, do Art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999,
§8º Em cada serviço de saúde deverá constar, em local o inciso II, e §§ 1° e 3° do Art. 54 do Regimento Interno
visível e acessível à população: aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da
I - nome do responsável pelo serviço; ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de
II - nomes dos profissionais; 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o
III - horário de trabalho de cada membro da equipe, disposto nos incisos III, do Art. 2º, III e IV, do Art. 7º da Lei
inclusive do responsável pelo serviço e; n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo
IV - ações e procedimentos disponíveis. de Regulamentação da Agência, instituído por meio da
§9º As informações prestadas à população devem ser Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada
claras, para propiciar a compreensão por toda e qualquer em 23 de julho de 2013, adota a seguinte Resolução da
pessoa. Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
§10. Os Conselhos de Saúde deverão informar à publicação:
população sobre:
I - formas de participação; CAPÍTULO I
II - composição do Conselho de Saúde; DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
III - regimento interno dos Conselhos;
IV - Conferências de Saúde; SEÇÃO I
V - data, local e pauta das reuniões; e OBJETIVO
VI - deliberações e ações desencadeadas. Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações
§11. O direito previsto no caput desse artigo inclui a para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da
participação de Conselhos e Conferências de Saúde, o qualidade nos serviços de saúde.
direito de representar e ser representado em todos os
mecanismos de participação e de controle social do SUS. SEÇÃO II
Sétima diretriz: toda pessoa tem direito a participar dos ABRANGÊNCIA
Conselhos e Conferências de Saúde e de exigir que os Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde,
gestores cumpram os princípios anteriores. sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares,
§1º As Conferências Municipais de Saúde são espaços incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
de ampla e aberta participação da comunidade, Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução
complementadas por Conferências Livres, distritais e locais, os consultórios individualizados, laboratórios clínicos e os
além das de plenárias de segmentos. serviços móveis e de atenção domiciliar.
§2º Respeitada a organização da democracia brasileira,
toda pessoa tem direito a acompanhar dos espaços de SEÇÃO III
controle social, como forma de participação cidadã, DEFINIÇÕES
observando o Regimento Interno de cada instância. Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as
§3º Os gestores do SUS, das três esferas de governo, seguintes definições:
para observância dessas diretrizes, comprometem-se a: I – boas práticas de funcionamento do serviço de saúde:
I - promover o respeito e o cumprimento desses direitos componentes da garantia da qualidade que asseguram que
e deveres, com a adoção de medidas progressivas, para sua os serviços são ofertados com padrões de qualidade
efetivação; adequados;
II - adotar as providências necessárias para subsidiar a II – cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes,
divulgação desta Resolução, inserindo em suas ações as competências e comportamentos que determinam o
diretrizes relativas aos direitos e deveres das pessoas; comprometimento com a gestão da saúde e da segurança,
III - incentivar e implementar formas de participação dos substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de
trabalhadores e usuários nas instâncias e participação de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde;
controle social do SUS; III – dano: comprometimento da estrutura ou função do
IV - promover atualizações necessárias nos regimentos e corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças,
estatutos dos serviços de saúde, adequando-os a esta lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção,
Resolução; podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
V - adotar estratégias para o cumprimento efetivo da IV – evento adverso: incidente que resulta em dano à
legislação e das normatizações do SUS; saúde;
VI - promover melhorias contínuas, na rede SUS, como a V – garantia da qualidade: totalidade das ações
informatização para implantar o Cartão SUS e o Prontuário sistemáticas necessárias para garantir que os serviços
Eletrônico com os objetivos de: prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos
a) otimizar o financiamento; para os fins a que se propõem;
b) qualificar o atendimento aos serviços de saúde; VI – gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de
c) melhorar as condições de trabalho; políticas, procedimentos, condutas e recursos na
d) reduzir filas; e identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de
e) ampliar e facilitar o acesso nos diferentes serviços de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde
saúde. Oitava diretriz: Os direitos e deveres dispostos nesta humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a
Resolução constituem a Carta dos Direitos Usuária da imagem institucional;
Saúde. VII – incidente: evento ou circunstância que poderia ter
Parágrafo único. A Carta dos Direitos e Deveres da resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde;
Pessoa Usuária da Saúde será disponibilizada nos serviços VIII – núcleo de segurança do paciente (NSP): instância
do SUS e conselhos de saúde por meios acessíveis e na do serviço de saúde criada para promover e apoiar a
internet, em http://www.conselho.saude.gov.br. implementação de ações voltadas à segurança do paciente;

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IX – plano de segurança do paciente em serviços de serviços de saúde;
saúde: documento que aponta situações de risco e descreve IX – analisar e avaliar os dados sobre incidentes e
as estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de
a gestão de risco visando a prevenção e a mitigação dos saúde;
incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o X – compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais
óbito do paciente no serviço de saúde; do serviço de saúde os resultados da análise e avaliação dos
X – segurança do paciente: redução, a um mínimo dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da
aceitável, do risco de dano desnecessário associado à prestação do serviço de saúde;
atenção à saúde; XI – notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
XI – serviço de saúde: estabelecimento destinado ao os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de
desenvolvimento de ações relacionadas à promoção, saúde;
proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer XII– manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade
que seja o seu nível de complexidade, em regime de sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos
internação ou não, incluindo a atenção realizada em adversos;
consultórios, domicílios e unidades móveis; XIII – acompanhar os alertas sanitários e outras
XII – tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos, comunicações de risco divulgadas pelas autoridades
medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na sanitárias.
atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a
infraestrutura e a organização do serviço de saúde. SEÇÃO II
DO PLANO DE SEGURANÇA
CAPÍTULO II DO PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚDE
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços
SEÇÃO I de Saúde (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer
DA CRIAÇÃO DO NÚCLEO estratégias e ações de gestão de risco, conforme as
DE SEGURANÇA DO PACIENTE atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para:
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o I – identificação, análise, avaliação, monitoramento e
Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma
composição, conferindo aos membros autoridade, sistemática;
responsabilidade e poder para executar as ações do Plano II – integrar os diferentes processos de gestão de risco
de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. desenvolvidos nos serviços de saúde;
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a III – implementação de protocolos estabelecidos pelo
estrutura de comitês, comissões, gerências, coordenações Ministério da Saúde;
ou núcleos já existentes para o desempenho das atribuições IV – identificação do paciente;
do NSP. V – higiene das mãos;
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser VI – segurança cirúrgica;
constituído um NSP para cada serviço de saúde ou um NSP VII – segurança na prescrição, uso e administração de
para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do medicamentos;
SUS. VIII – segurança na prescrição, uso e administração de
Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do sangue e hemocomponentes;
NSP a direção do serviço de saúde deve disponibilizar: IX – segurança no uso de equipamentos e materiais;
I – recursos humanos, financeiros, equipamentos, X - manter registro adequado do uso de órteses e
insumos e materiais; próteses quando este procedimento for realizado;
II – um profissional responsável pelo NSP com XI – prevenção de quedas dos pacientes;
participação nas instâncias deliberativas do serviço de XII – prevenção de úlceras por pressão;
saúde. XIII – prevenção e controle de eventos adversos em
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à
diretrizes: assistência à saúde;
I – A melhoria contínua dos processos de cuidado e do XIV– segurança nas terapias nutricionais enteral e
uso de tecnologias da saúde; parenteral;
II – A disseminação sistemática da cultura de segurança; XV – comunicação efetiva entre profissionais do serviço
III – A articulação e a integração dos processos de de saúde e entre serviços de saúde;
gestão de risco; XVI – estimular a participação do paciente e dos
IV – A garantia das boas práticas de funcionamento do familiares na assistência prestada.
serviço de saúde. XVII – promoção do ambiente seguro
Art.7º Compete ao NSP:
I – promover ações para a gestão de risco no serviço de
saúde; CAPÍTULO III
II – desenvolver ações para a integração e a articulação DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA
multiprofissional no serviço de saúde; NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
III – promover mecanismos para identificar e avaliar a Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos
existência de não conformidades nos processos e adversos será realizado pelo Núcleo de Segurança do
procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, Paciente – NSP.
medicamentos e insumos propondo ações preventivas e Art. 10 A notificação dos eventos adversos, para fins
corretivas; desta Resolução, deve ser realizada mensalmente pelo NSP,
IV – elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao
Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde; mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas
V – acompanhar as ações vinculadas ao Plano de disponibilizadas pela Anvisa.
Segurança do Paciente em Serviços de Saúde; Parágrafo único – Os eventos adversos que evoluírem
VI – implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e para óbito devem ser notificados em até 72 (setenta e duas)
realizar o monitoramento dos seus indicadores; horas a partir do ocorrido.
VII – estabelecer barreiras para a prevenção de Art. 11 Compete à ANVISA, em articulação com o
incidentes nos serviços de saúde; Sistema Nacional de Vigilância Sanitária:
VIII – desenvolver, implantar e acompanhar programas I – monitorar os dados sobre eventos adversos
de capacitação em segurança do paciente e qualidade em notificados pelos serviços de saúde;

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II – divulgar relatório anual sobre eventos adversos com CAPÍTULO III
a análise das notificações realizadas pelos serviços de DOS COMPROMISSOS DE CONDUTA
saúde; Art. 5º O exercício da governança e os compromissos de
III – acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, conduta constantes deste código estarão em conformidade e
estadual e municipal as investigações sobre os eventos decorrerão dos princípios e valores fundamentais indicados
adversos que evoluíram para óbito. neste Código.
§1º Os princípios e valores indicados devem estar
refletidos nos relacionamentos nos âmbitos interno e externo
CAPÍTULO IV à Empresa, em conformidade com o que dispõem os artigos
DAS DISPOSIÇÕES 3° e 4° deste Código, sempre zelando pela imagem,
FINAIS E TRANSITÓRIAS reputação e integridade da Ebserh.
Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta § 2º A marca da empresa e o conhecimento produzido
Resolução terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para a internamente no desenvolvimento de suas atividades ou em
estruturação dos NSP e elaboração do PSP e o prazo de parceria são patrimônios institucionais e devem ser sempre
210 (duzentos e dez) dias para iniciar a notificação mensal protegidos por todos os colaboradores.
dos eventos adversos, contados a partir da data da § 3º A propriedade intelectual da empresa diz respeito ao
publicação desta Resolução. (Redação dada pela Resolução seu direito de proteção às ideias e criação desenvolvidas
- RDC nº 53, de 14 de novembro de 2013) internamente e inclui sua marca, patentes, direitos autorais,
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas registro de software, dentre outros.
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos da § 4º A marca e a propriedade intelectual serão
Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das protegidas do mau uso, de desvios ou da utilização para
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. benefícios pessoais, cabendo o mesmo zelo e respeito à
Art. 14 Esta Resolução entra em vigor na data de sua propriedade intelectual de terceiros.
publicação. § 5º O acesso e o tratamento de dados pessoais deverão
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO ser protegidos nos termos da Lei nº 13.709, de 14/08/2018, a
Lei Geral de Proteção de Dados, bem como dos dispositivos
CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA EBSERH – específicos das normas profissionais específicas que regem
PRINCÍPIOS ÉTICOS E COMPROMISSOS a proteção de dados dos pacientes, incluindo as limitações
DE CONDUTA de divulgação interna junto a outros colaboradores, bem
como a terceiros.
CAPÍTULO I Art. 6º A preservação ambiental e iniciativas de
DOS OBJETIVOS sustentabilidade serão levadas em consideração pela Ebserh
Art. 1º O Código de Ética e Conduta da Empresa nas ações, projetos e relações de que seja parte.
Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) tem por objetivo Art. 7º As ações e recursos da Ebserh deverão estar
estruturar os princípios e valores que norteiam as ações e os alinhados com o Propósito, Visão, Valores e Objetivos
compromissos de conduta institucionais, nas relações Estratégicos, bem como com a busca constante pela
internas e externas à Rede Ebserh. excelência na gestão.
Art. 2º Este Código de Ética e Conduta é de observância Art. 8º A atuação dos agentes da Ebserh deverá estar
obrigatória por todos os membros do Conselho de alinhada com o interesse público, respeitadas as razões que
Administração, do Conselho Fiscal, da Diretoria Executiva, motivaram a criação da Empresa, sem concessões à
profissionais do quadro permanente da Empresa, ocupantes ingerência de interesses e favorecimentos particulares,
de cargos de confiança, profissionais ou servidores partidários ou pessoais, tanto nas ações e decisões
requisitados ou cedidos de outros órgãos públicos, gerenciais, quanto na ocupação de cargos.
profissionais de empresas prestadoras de serviços, Art. 9º O agente público, no exercício da liberdade de
servidores públicos que encontram-se desempenhando suas expressão, deve utilizar adequadamente os canais formais
atividades nas unidades da Ebserh, pessoas físicas e mantidos pela empresa para manifestar opiniões, sugestões,
jurídicas prestadoras de serviços à Ebserh, estagiários, reclamações, críticas e denúncias, engajando-se na melhoria
estudantes, residentes e todos aqueles que, de forma contínua dos processos e procedimentos da Empresa,
individual ou coletiva, por força de lei, contrato ou qualquer resguardando sua reputação e a de seus colaboradores.
outro ato jurídico, prestem serviços à Empresa, de natureza
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem
retribuição financeira, direta ou indiretamente
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
CAPÍTULO II E DEVERES DO COLABORADOR
DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS Art. 10. São responsabilidades e deveres do
Art. 3º A Ebserh observará os princípios constantes no colaborador:
art. 37 da Constituição Federal, zelando pela predominância I. ter consciência de que sua atuação é regida por
da probidade administrativa, da integridade, da dignidade da princípios éticos, efetivados na correta execução dos
pessoa humana, da urbanidade, da transparência, da trabalhos realizados na Rede Ebserh;
honestidade, da lealdade, do repúdio ao preconceito e ao II. abster-se sempre de exercer sua função, seu poder ou
assédio, do respeito à diversidade, da responsabilidade sua autoridade com finalidade estranha ao interesse da
social e do desenvolvimento sustentável, do interesse Ebserh;
público, do sigilo profissional, e dos demais princípios III. resistir, denunciar e não se submeter às pressões de
norteadores já consagrados da Administração Pública colegas, superiores hierárquicos e partes interessadas que
Federal. visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens
Art. 4º Os princípios éticos, tais como o decoro, o zelo, a indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou
eficácia e a consciência dos princípios morais, deverão ser antiéticas;
considerados em todas as decisões dos gestores, bem como IV. comunicar às instâncias de gestão sobre convites
em todos os relacionamentos empreendidos no âmbito da para eventos oferecidos por fornecedores ou empresas do
empresa, com o objetivo de contribuir para a construção e a setor privado;
consolidação da identidade da Ebserh como uma instituição V. declarar qualquer situação, com respeito ao seu
que preza pela preservação da ética em todos os seus atos envolvimento em atividades profissionais, que constitua
e instâncias. conflito de interesse real, aparente ou possível;

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VI. cumprir as tarefas relativas ao seu cargo e aos XIV. consumir bebida alcóolica ou ter consigo,
trabalhos que lhe forem confiados, sempre com critério, armazenar ou fazer uso de substâncias que comprometam a
segurança, agilidade e confidencialidade, escolhendo, atividade laboral, nas dependências da Rede Ebserh, bem
sempre, quando estiver diante de duas opções, a que como apresentar-se ao trabalho sob efeito das mesmas;
garanta a lisura de sua atuação na Ebserh; XV. interferir inadequadamente em quaisquer
VII. manter o sigilo de informações, dados e procedimentos operacionais realizados no âmbito da Ebserh,
conhecimentos recebidos em razão do seu cargo; ou tentar obstruí-los, especialmente aqueles relacionados à
VIII. preservar a confidencialidade profissional mesmo segurança;
após o desligamento da instituição; XVI. lesar a Ebserh em qualquer de seus recursos
IX. atuar sempre de forma a observar as normas de patrimoniais, tanto tangíveis quanto intangíveis;
segurança do trabalho e a não permitir que haja qualquer XVII. manusear aparelho celular, para fins pessoais, de
risco para si ou para terceiros nos serviços prestados, modo a comprometer a atividade laboral ou colocar em risco
colaborando com os setores responsáveis pela segurança a segurança do paciente.
institucional, informando ou reportando defeitos, falhas
técnicas, atividades ou atitudes suspeitas que possam CAPÍTULO VI
colocar em risco a atuação da Empresa; DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO INTERNO
X. ser cortês e ter urbanidade, disponibilidade e atenção, Art. 12. A Ebserh buscará adotar medidas para que não
respeitando a capacidade e as limitações individuais de haja distinção de tratamento entre as pessoas que atuam na
todos, sem qualquer espécie de preconceito; Empresa, com respeito à hierarquia e ao desempenho das
XI. acolher pacientes e seus acompanhantes de forma competências de cada um, em conformidade com os
humanizada, com profissionalismo, dedicação, cordialidade, princípios e valores fundamentais.
presteza e respeito. Art. 13. Todas as pessoas que atuam no âmbito da
Ebserh deverão contribuir para o estabelecimento e a
CAPÍTULO V manutenção de um ambiente de trabalho em que
DAS VEDAÇÕES AO COLABORADOR prevaleçam a cooperação, a eficiência, a dedicação, a
Art. 11. É vedado ao colaborador: iniciativa, a justiça, a responsabilidade, a transparência e a
I. alegar desconhecimento deste Código para tentar urbanidade.
defender-se em caso de cometimento de infração; Art. 14. Todos os que atuam na Ebserh devem se
II. utilizar pessoal ou recursos materiais da Ebserh na comprometer no sentido de não serem coniventes com
execução de atividades particulares ou para outros fins que qualquer infração a este Código, bem como aos demais atos
não aqueles relacionados aos objetivos da Empresa e às normativos da Empresa.
suas atividades profissionais desempenhadas;
III. agir em benefício ou por interesse de pessoa jurídica CAPÍTULO VII
de que participe o próprio colaborador ou seus sócios, DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO EXTERNO
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, Art. 15. A Ebserh se pautará, em suas relações externas,
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau; pelo mais elevado padrão ético, bem como pelos princípios e
IV. utilizar o cargo ou função pública para captar clientes valores fundamentais orientadores deste Código, assumindo
para negócios privados de qualquer natureza; o compromisso de regular tais relações por meio de
V. atuar, com ganho financeiro ou não, em conflito com o procedimentos imparciais, isonômicos, transparentes,
desenvolvimento das atividades da organização; idôneos e em conformidade com a legislação vigente.
VI. aceitar, para benefício próprio, direta ou Art. 16. A atuação da Ebserh se pautará pelo
indiretamente, quaisquer tipos de brindes ou gratificações de compromisso com os projetos e as políticas governamentais
qualquer pessoa física ou jurídica com a qual a Ebserh vigentes, buscando a prestação de serviços de forma
mantenha ou pretenda manter relação comercial, salvo nos responsável e em consonância com o interesse público, com
casos protocolares, e quando não houver valor comercial do foco no paciente, corpos docente e discente e de
objeto; pesquisadores.
VII. permitir que perseguições, simpatias, antipatias, Art. 17. A Ebserh atuará permanentemente na prevenção
caprichos ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato e repressão ao surgimento e manutenção de práticas que
com usuários dos serviços ou colegas e superiores possam resultar em vantagens ou benefícios pessoais que
hierárquicos; caracterizem conflito de interesse para os envolvidos, bem
VIII. assediar, de qualquer forma, outro colaborador ou, como participação em práticas ilegais, desleais ou contrárias
ainda, compactuar com tal conduta; aos princípios éticos.
IX. fazer uso de quaisquer informações, dados ou Art. 18. A Ebserh deve nortear suas ações com intuito de
conhecimentos pertinentes ao trabalho realizado na Ebserh preservar o bom relacionamento com seus públicos,
em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de pautando-se sempre pelo compromisso e satisfação no seu
terceiros; atendimento, preservando o princípio da equidade.
X. divulgar, sem expressa autorização do Art.19. A Ebserh buscará prevenir corrupções e fraudes,
Superintendente, nos hospitais, ou do vice-presidente, na bem como o conflito entre o interesse público e os interesses
Administração Central, em qualquer meio, informações ou privados de seus colaboradores. Parágrafo único. Não serão
imagens dos bens móveis ou imóveis, de profissionais e/ou tolerados quaisquer atos lesivos à Administração Pública ou
de usuários dos hospitais da Rede, sejam eles pacientes ou a qualquer outra instituição ou indivíduos com os quais a
acompanhantes; Ebserh mantenha vínculo.
XI. manifestar-se, nos veículos de comunicação, redes
sociais ou grupos de trocas de mensagem, de forma a CAPÍTULO VIII
denegrir a imagem da empresa ou de seus colegas de DAS DENÚNCIAS
trabalho e superiores hierárquicos, bem como para incitar Art. 20. Os tratamentos de denúncias referentes às
ações que vão contra o interesse público; transgressões éticas serão feitos conforme disciplinados nos
XII. prover informações ou dados falsos com a finalidade normativos referenciados no inciso VI do art. 37 deste
de ser admitido em emprego, cargo, ou, ainda, obter Código, os editados pela Comissão de Ética Pública e no
promoção ou vantagem pessoal ou salarial; Regimento Interno da Comissão de Ética da Ebserh (CEE).
XIII. apropriar-se de bens que não lhe pertençam, assim Art. 21. A denúncia de uma conduta contrária aos
como remover materiais e equipamentos das instalações da preceitos éticos poderá ser feita por qualquer cidadão,
Rede Ebserh sem observar os procedimentos necessários empregado da Ebserh ou não, por meio dos canais
para tanto; adequados da Ouvidoria-Geral.

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Art. 22. O denunciante deverá indicar o responsável ou ESTATUTO SOCIAL DA EBSERH
os responsáveis pela possível transgressão ética, devendo a
denúncia ser clara, objetiva, específica, e conter a
apresentação dos elementos de prova ou indicação de onde CAPÍTULO I
podem ser encontrados. DA RAZÃO SOCIAL, NATUREZA JURÍDICA,
Art. 23. É garantido sigilo, confidencialidade e proteção SEDE, REPRESENTAÇÃO GEOGRÁFICA
institucional ao denunciante de boa fé e aos integrantes da E PRAZO DE DURAÇÃO
comissão responsável pelo processamento das denúncias Art. 1°. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares -
de transgressões éticas. Ebserh, empresa pública de capital fechado, com
§ 1º É vedado à CEE divulgar informação sobre qualquer personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio,
processo instaurado. vinculada ao Ministério da Educação, é regida por este
§ 2º A Ebserh estabelecerá mecanismo de proteção que Estatuto Social, pela Lei n°6.404, de 15 de dezembro de
impeça qualquer espécie de retaliação às pessoas que 1976, pela Lei n° 12.550, de 15 de dezembro de 2011, pela
utilizem o canal de denúncias. Lei n° 13.303, de 30 de junho de 2016, pelo Decreto n°
Art. 24. Será assegurado ao investigado o direito à 8.945, de 27 de dezembro de 2016, e demais legislações
ampla defesa e ao contraditório aplicáveis.
Art. 2°. A Ebserh tem sede e foro em Brasília, Distrito
CAPÍTULO IX Federal, e pode criar escritórios, representações,
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS dependências, filiais e subsidiárias no País, para o
Art. 25. Constituem referências e devem ser utilizados desenvolvimento de atividades inerentes ao seu objeto
conjunta ou subsidiariamente na aplicação do Código de social, nos termos da Lei n° 12.550, de 2011.
Ética e Conduta, os seguintes normativos. Parágrafo único. A Rede Ebserh é composta pela
I. Constituição Federal; Administração Central, pelos hospitais universitários federais
II. Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor geridos pela Ebserh, além de escritórios, representações,
Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo dependências, filiais e subsidiárias criadas pela empresa no
Decreto nº 1.171, de 1994; País.
III. Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Art. 3°. O prazo de duração da Ebserh é indeterminado.
Federal, instituído pelo Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro
de 2007; CAPÍTULO II
IV. Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013; DO OBJETO SOCIAL
V. Código de Conduta da Alta Administração Federal, Art. 4°. Ebserh tem por objeto social:
aprovado em 21 de agosto de 2000; I - prestar serviços gratuitos de assistência médico-
VI. Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008, da hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico
Comissão de Ética Pública, da Presidência da República; à população, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
VII. Códigos de Ética das categorias profissionais que II - administrar unidades hospitalares;
atuam na Ebserh; III - prestar serviços de apoio à gestão hospitalar, com
VIII. Regulamento de Pessoal da Ebserh; otimização de processos e serviços, implementação de
IX. Regimento Interno da Ebserh; sistema de gestão, monitoramento de resultados, bem como
X. Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016; o desenvolvimento de outras atividades afins;
XI. Decreto 8.945, de 27 de dezembro de 2016. Art. 26. IV - prestar serviços de consultoria e assessoria em sua
Compete à CEE a divulgação, implementação e atualização área de atuação;
deste Código de Ética e Conduta, a resposta a consultas V - prestar a terceiros serviços secundários operacionais
éticas, bem como a apuração de denúncias por transgressão contínuas que sejam relacionados às atividades de
ética. assistência à saúde;
§ 1º Qualquer pessoa poderá entrar em contato com a VI - participar de iniciativas de promoção da inovação,
CEE, pelos canais de comunicação indicados na intranet e como incubadoras, centros de inovação e aceleradoras de
internet, sendo assegurado total sigilo e confidencialidade empresas;
das informações. VII - prestar serviços de apoio ao ensino, pesquisa e
§ 2º A CEE será composta, na forma do seu regimento extensão nas diversas áreas do conhecimento com vistas à
interno, por três agentes públicos da Ebserh e respectivos inovação, ensino-aprendizagem e formação de pessoas no
suplentes, todos designados pela Presidência da Empresa, campo da saúde pública, inclusive mediante intermediação e
contando com o apoio de representantes indicados pelos apoio financeiro, observada, nos termos do art. 207 da
Colegiados Executivos nas filiais. Constituição, a autonomia universitária e as políticas
Art. 27. A CEE possui competência para celebrar acadêmicas estabelecidas no âmbito das instituições de
acordos de conduta ética e aplicar sanção de censura. ensino;
§ 1º A censura ética é aplicável nos casos de VIII - promover, estimular, coordenar, apoiar e executar
descumprimento ao que dispõe o presente Código de Ética e programas de formação profissional contribuindo para
Conduta da Rede Ebserh ou quando constatado desvio qualificação profissional no campo da saúde pública no País;
ético. IX - apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa,
§ 2º A censura ética não é publicizada, sendo cuja vinculação com o campo da saúde pública torne
consignada em parecer da CEE, encaminhado, conforme o necessária a cooperação, em especial na implementação de
caso, à área de gestão de gestão da Ebserh ou à Comissão residência médica, uniprofissional ou multiprofissional, no
de Ética Pública, da Presidência da República. campo da saúde, nas especialidades e regiões estratégicas
Art. 28. Todas as pessoas que atuam no âmbito da para o SUS;
Ebserh devem tomar conhecimento e implementar as X - prestar serviços de apoio à geração do conhecimento
orientações estabelecidas neste Código. em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas, promovendo,
Art. 29. A Ebserh disponibilizará treinamento periódico, estimulando, coordenando, apoiando e executando
no mínimo anual, sobre o Código de Ética e Conduta, para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com o
empregados e administradores. objetivo de produzir conhecimentos e tecnologia para o
Art. 30. No ato da contratação, será disponibilizado ao desenvolvimento da saúde pública do País;
empregado o acesso a este Código. XI - realizar, na forma fixada pela Diretoria Executiva e
Art. 31. Este Código entra em vigor na data de sua aprovada pelo Conselho de Administração, aplicações não
publicação. reembolsáveis ou parcialmente reembolsáveis destinadas a
apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão e inovação na
área de saúde;
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XII - atuar em projetos e programas de cooperação direito público ou privado;
técnica nacional e internacional com vistas ao IV - rendas provenientes de outras fontes.
desenvolvimento de suas atividades e ao aprimoramento da Parágrafo único. A empresa poderá receber recursos
formação profissional e da saúde pública; dos orçamentos fiscal e da seguridade social da União para
XIII - prestar serviços delegados pelo Governo Federal o pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
com vistas ao cumprimento do seu objeto social; e geral, conforme expressamente autorizado pela Lei n°
XIV - exercer outras atividades inerentes às suas 12.550, de 2011.
atividades.
§ 1° As atividades de prestação de serviços de CAPÍTULO V
assistência à saúde desenvolvidas pela Ebserh estarão DA ASSEMBLEIA GERAL
inseridas integral e exclusivamente no âmbito do SUS. Seção I
§ 2° No desenvolvimento de suas atividades de ensino, a Caracterização
Ebserh observará as orientações da Política Nacional de Art. 8°. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente,
Educação, de responsabilidade do Ministério da Educação. uma vez por ano, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes
§ 3° No desenvolvimento de suas atividades de ao encerramento de cada exercício social, para deliberação
assistência à saúde, a Ebserh observará as orientações da das matérias previstas em lei e extraordinariamente, sempre
Política Nacional de Saúde, de responsabilidade do que os interesses sociais, a legislação ou as disposições
Ministério da Saúde. deste Estatuto Social exigirem.

CAPÍTULO III Seção II


DO INTERESSE PÚBLICO Composição
Art. 5°. A Ebserh poderá ter suas atividades, sempre que Art. 9°. A Assembleia Geral é composta pela União,
consentâneas com seu objeto social, orientadas pela União representada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
de modo a contribuir para o interesse público que justificou a nos termos do Decreto-Lei n° 147, de 3 de fevereiro de 1967.
sua criação. § 1° Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos
§ 1° No exercício da prerrogativa de que trata o caput pelo presidente do Conselho de Administração da Ebserh ou
deste artigo, a União somente poderá orientar a Ebserh a pelo substituto que esse vier a designar, que escolherá o
assumir obrigações ou responsabilidades, incluindo a secretário da Assembleia Geral.
realização de projetos de investimento e assunção de custos § 2° Fica assegurada a participação do Presidente da
operacionais específicos, em condições diversas às de Ebserh nas reuniões da Assembleia Geral como convidado,
qualquer outra sociedade do setor privado que atue no sem direito a voto.
mesmo mercado, quando:
I - estiver definida em lei ou regulamento, bem como Seção III
prevista em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o Convocação e Deliberação
ente público competente para estabelecê-la, observada a Art. 10. A Assembleia Geral será convocada pelo
ampla publicidade desses instrumentos; e Presidente do Conselho de Administração ou pelo substituto
II - tiver seu custo e receitas discriminados e divulgados que esse vier a designar, ressalvadas as exceções previstas
de forma transparente, inclusive no plano contábil. na Lei n° 6.404, de 1976, respeitados os prazos previstos na
§ 2° Para fins de atendimento ao inciso II do caput, a legislação.
administração da companhia deverá: Parágrafo único. As pautas das Assembleias Gerais
I - evidenciar as obrigações ou responsabilidades serão constituídas, exclusivamente, dos assuntos constantes
assumidas em notas explicativas específicas das dos editais de convocação, não se admitindo a inclusão de
demonstrações contábeis de encerramento do exercício; e, assuntos gerais.
II - descrevê-las em tópico específico do relatório de Art. 11. As deliberações serão registradas no livro de
administração. atas, que podem ser lavradas na forma de sumário dos fatos
§ 3° O exercício das prerrogativas de que tratam os ocorridos e serão divulgadas em sítio eletrônico oficial
parágrafos anteriores será objeto da Carta Anual, subscrita atualizado.
pelos membros do Conselho de Administração, prevista no
art. 13, inciso I, do Decreto n° 8.945, de 2016. Seção IV
Competências
CAPÍTULO IV Art. 12. A Assembleia Geral, além das matérias previstas
DO CAPITAL SOCIAL E RECURSOS na Lei n° 6.404, de 1976, e no Decreto n° 1.091, de 21 de
Art. 6°. O capital social da Ebserh é de R$ março de 1994, e respeitadas às disposições da Lei n°
562.503.264,72 (quinhentos e sessenta e dois milhões, 13.303, de 2016, e do Decreto n° 8.945, de 2016, reunir-se-á
quinhentos e três mil, duzentos e sessenta e quatro reais e para deliberar sobre alienação, no todo ou em parte, de
setenta e dois centavos), integralmente sob a propriedade da ações do capital social da Ebserh ou, quando não competir
União. ao Conselho de Administração, de suas controladas.
Parágrafo único. O capital social poderá ser alterado nas
hipóteses previstas em lei, vedada a capitalização direta do
lucro sem trâmite pela conta de reservas. CAPÍTULO VI
Art. 7°. Constituem recursos da Ebserh: DAS REGRAS GERAIS DA
I - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA
da União;
II - as receitas decorrentes: Seção I
a) da prestação de serviços compreendidos em seu Órgãos Sociais e Estatutários
objeto; Art. 13. A Ebserh terá Assembleia Geral e os seguintes
b) da alienação de bens e direitos; órgãos estatutários:
c) das aplicações financeiras que realizar; I - Conselho de Administração;
d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, II- Diretoria Executiva;
dividendos e bonificações; e III - Conselho Fiscal;
e) dos acordos e convênios que realizar com entidades IV - Conselho Consultivo;
nacionais e internacionais. V - Comitê de Auditoria;
III - doações, legados, subvenções e outros recursos que VI - Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e
lhe forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de Remuneração.

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Art. 14. A Ebserh será administrada pelo Conselho de Seção III
Administração e pela Diretoria Executiva, de acordo com as Da Verificação dos Requisitos
atribuições e poderes conferidos pela legislação aplicável e e Vedações para Administradores
pelo presente Estatuto Social. Art. 19. Os requisitos e as vedações exigíveis para os
Parágrafo único. Os administradores deverão orientar a Administradores deverão ser respeitados em todas as
execução das atividades da Ebserh com observância aos nomeações e eleições realizadas, inclusive em caso de
princípios e às melhores práticas adotados e formulados por recondução.
instituições e fóruns nacionais e internacionais que sejam § 1° Os requisitos deverão ser comprovados
referência no tema da governança corporativa, observadas
documentalmente, na forma exigida pelo formulário
às legislações aplicáveis à administração pública indireta.
padronizado, aprovado pela Secretaria de Coordenação e
Seção Il Governança das Empresas Estatais e disponibilizado em seu
Requisitos e Vedações para Administradores sítio eletrônico.
Art. 15. Os administradores da Ebserh, inclusive o § 2° A ausência dos documentos referidos no § 1°
conselheiro representante dos empregados, deverão atender importará em rejeição do formulário pelo Comitê de Pessoas,
aos requisitos obrigatórios e observar as vedações para o Elegibilidade, Sucessão e Remuneração da empresa.
exercício de suas atividades previstos na Lei n° 6.404, de § 3° O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e
1976, na Lei n° 13.303, de 2016 e no Decreto n° 8.945, de Remuneração deverá verificar se os requisitos e vedações
2016. estão atendidos, por meio da análise da autodeclaração
Parágrafo único. É vedado o ingresso ou permanência apresentada pelo indicado e sua respectiva documentação.
no Conselho de Administração e na Diretoria Executiva, além
dos impedidos por lei, de ascendente, descendente ou
Seção IV
parente colateral ou afim, até o terceiro grau, de membro do
Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e do Posse e Recondução
Conselho Fiscal. Art. 20 No prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
Art. 16. Sem prejuízo de outras condições a serem eleição ou nomeação, os eleitos para o Conselho de
detalhadas em Política de Indicação da Ebserh, será Administração e Diretoria Executiva serão investidos em
considerado cidadão com reputação ilibada aquele que: seus cargos mediante assinatura de termo de posse lavrado
a) não possuir contra si processos judiciais ou no respectivo livro de atas, entrando em exercício imediato.
administrativos com acórdão desfavorável ao indicado, em Art. 21. O Termo de Posse deverá conter, sob pena de
segunda instância, observada a atividade a ser nulidade, a indicação de, pelo menos, um domicílio no qual o
desempenhada; administrador receberá citações e intimações em processos
b) não possuir falta grave relacionada ao administrativos e judiciais relativos a atos de sua gestão, as
descumprimento do Código de Ética e Conduta da Ebserh ou
quais se reputarão cumpridas mediante entrega no domicílio
outros normativos internos, quando aplicável;
c) não ter sofrido penalidade trabalhista ou administrativa indicado, cuja modificação somente será válida após
na Ebserh ou em outra pessoa jurídica de direito público ou comunicação por escrito à Ebserh, além da sujeição do
privado nos últimos 3 (três) anos em decorrência de administrador ao Código de Conduta e às políticas internas
apurações intemas, quando aplicável. da Ebserh.
Art. 17. Além dos requisitos legais obrigatórios aplicáveis Art. 22. Os membros do Conselho Fiscal serão
aos administradores da Ebserh, aos membros da Diretoria investidos em seus cargos independentemente da assinatura
Executiva será exigida a comprovação do exercício, nos de termo de posse, desde a data da respectiva eleição ou
últimos dez anos, de uma das experiências profissionais nomeação.
abaixo, sem prejuízos aos demais requisitos estabelecidos Parágrafo único. Os membros do Comitê de Auditoria
na Política de Indicação da Ebserh: serão investidos em seus cargos mediante assinatura do
I - cargos gerenciais relevantes em instituições que
termo de posse, desde a data da respectiva eleição.
atuam na área da saúde ou educação, por, no mínimo, 2
Art. 23. Antes de entrar no exercício da função e ao
(dois) anos;
II - função gratificada ou cargo comissionado na deixar o cargo, cada membro estatutário deverá apresentar à
Administração Central ou Unidades Hospitalares da Rede Ebserh, que zelará pelo sigilo legal, Declaração de Ajuste
Anual do Imposto de Renda Pessoa Fisica e das respectivas
Ebserh, por, no mínimo, 2 (dois) anos;
III - cargos estatutários ou cargos gerenciais relevantes retificações apresentadas à Receita Federal do Brasil ou
em um dos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários mais autorização de acesso às informações nela contidas.
Parágrafo único. No caso dos Diretores, a declaração
altos em empresa de grande porte, por, no mínimo, quatro
anos; anual de bens e rendas também deve ser apresentada à
IV - cargos em comissão ou função de confiança Comissão de Ética Pública da Presidência da República -
CEP/PR.
equivalente a nível 4, ou superior, do Grupo Direção e
Assessoramento Superiores DAS, em órgãos ou entidades
da administração pública, por, no mínimo, 4 (quatro) anos. Seção V
Perda do Cargo para Administradores,
§ 1° Os membros da Diretoria Executiva deverão residir
na mesma cidade da Administração Central da Ebserh. Conselheiros Fiscais, membros do Comitê de
§ 2° A Ebserh divulgará o currículo profissional resumido Auditoria e demais Comitês de Assessoramento
Art. 24. Além dos casos previstos em lei, dar-se-á
dos Administradores e dos membros dos Órgãos
Estatutários, em sítio eletrônico oficial atualizado, com vacância do cargo quando:
acesso fácil e organizado, com atualização das informações I - o membro do Conselho de Administração ou Fiscal ou
do Comitê de Auditoria ou de Comitês de Assessoramento
sempre que houver modificação.
Art. 18. O Conselho de Administração fará deixar de comparecer a duas reuniões consecutivas ou 3
recomendação não vinculante de novos membros desse (três) intercaladas, nas últimas 12 (doze) reuniões, sem
justificativa; e
colegiado e perfis para aprovação da Assembleia Geral,
sempre relacionadas aos resultados do processo de II - o membro da Diretoria Executiva se afastar do
avaliação e às diretrizes da política de indicação e do plano exercício do cargo por mais de 30 (trinta) dias consecutivos,
salvo em caso de licença, inclusive férias, ou nos casos
de sucessão.
autorizados pelo Conselho de Administração.
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Seção VI assegurar aos integrantes e ex-integrantes da Diretoria
Remuneração Executiva e dos Conselhos de Administração e Fiscal a
Art. 25. A remuneração dos membros estatutários e, defesa em processos judiciais e administrativos contra eles
quando aplicável, dos demais comitês de assessoramento, instaurados, pela prática de atos no exercício do cargo ou
será fixada anualmente em Assembleia Geral, nos termos da função, nos casos em que não houver incompatibilidade com
legislação vigente, sendo vedado o pagamento de qualquer os interesses da Ebserh.
forma de remuneração não prevista em Assembleia Geral. § 1° Fica assegurado aos administradores e conselheiros
Parágrafo único. A Ebserh divulgará toda e qualquer fiscais, bem como aos ex-administradores e ex-conselheiros,
remuneração dos membros de órgãos estatutários. o conhecimento de informações e documentos constantes de
Art. 26. Os membros dos Conselhos de Administração e registros ou de bancos de dados da Ebserh, indispensáveis
Fiscal, Comitê de Auditoria e demais órgãos estatutários à defesa administrativa ou judicial, em ações propostas por
terão ressarcidas suas despesas de locomoção e estada terceiros, de atos praticados durante o seu prazo de gestão
necessárias ao desempenho da função, sempre que ou de atuação, conforme o caso.
residentes fora da cidade em que for realizada a reunião. § 2° O benefício previsto no caput aplica-se, no que
Parágrafo único. Caso o membro resida na mesma couber e a critério do Conselho de Administração, aos
cidade da Administração Central da Ebserh, esta custeará as membros dos comitês estatutários e àqueles que figuram no
despesas de locomoção e alimentação. polo passivo de processo judicial ou administrativo, em
Art. 27. A remuneração mensal devida aos membros dos decorrência de atos que tenham praticado no exercício de
Conselhos de Administração e Fiscal da Ebserh não competência delegada pelos Administradores.
excederá a dez por cento da remuneração mensal média dos § 3° A forma da defesa em processos judiciais e
membros da Diretoria Executiva, sendo vedado o pagamento administrativos será definida pelo Conselho de
de participação, de qualquer espécie, nos lucros da Ebserh. Administração.
Parágrafo único. A remuneração dos membros do § 4° Na defesa em processos judiciais e administrativos,
Comitê de Auditoria será fixada em Assembleia Geral em se o beneficiário da defesa for condenado, em decisão
montante não inferior à remuneração dos Conselheiros judicial transitada em julgado, com fundamento em violação
Fiscais. de lei ou do Estatuto, ou decorrente de ato culposo ou
doloso, ele deverá ressarcir à empresa todos os custos e
Seção VII despesas decorrentes da defesa feita pela Ebserh, além de
Treinamento eventuais prejuízos causados.
Art. 28. Os administradores e os conselheiros fiscais,
inclusive o representante de empregados, devem participar, Seção XI
na posse e anualmente, de treinamentos específicos Seguro de Responsabilidade
disponibilizados direta ou indiretamente pela Ebserh, Art. 34. A Ebserh poderá manter contrato de seguro de
conforme disposições da Lei n° 13.303, de 2016, e do responsabilidade civil permanente em favor dos
Decreto n° 8.945, de 2016. Administradores e Conselheiros Fiscais, na forma e extensão
Art. 29. É vedada a recondução do administrador ou do definidas pelo Conselho de Administração, para cobertura
Conselheiro Fiscal que não participar de nenhum das despesas processuais e honorários advocatícios de
treinamento anual disponibilizado pela Ebserh nos últimos processos judiciais e administrativos instaurados contra eles
dois anos. relativos às suas atribuições junto à empresa.

Seção VIII Seção XII


Código de Conduta Quarentena Para a Diretoria Executiva
Art. 30. A Ebserh disporá de Código de Conduta e Art. 35. Os membros da Diretoria Executiva ficam
Integridade, elaborado e divulgado na forma da Lei n° impedidos do exercício de atividades que configurem conflito
13.303, de 2016, e do Decreto n° 8.945 de 2016. de interesse, observados a forma e o prazo estabelecidos na
legislação pertinente.
Seção IX § 1° Após o exercício da gestão, o ex-membro da
Conflito de Interesses Diretoria Executiva, que estiver em situação de impedimento,
Art. 31. Nas reuniões dos órgãos colegiados, poderá receber remuneração compensatória equivalente
anteriormente à deliberação, o membro que não seja apenas ao honorário mensal da função que ocupava,
independente em relação à matéria em discussão deve observados os §§ 2° e 3° deste artigo.
manifestar seu conflito de interesses ou interesse particular, § 2° Não terá direito à remuneração compensatória, o
retirando-se da reunião. ex-membro da Diretoria Executiva que retomar, antes do
§ 1° Caso não o faça, qualquer outro membro poderá término do periodo de impedimento, ao desempenho da
manifestar o conflito, caso dele tenha ciência, devendo o função que ocupava na administração pública ou privada
órgão colegiado deliberar sobre o conflito conforme seu anteriormente à sua investidura, desde que não caracterize
Regimento e legislação aplicável. conflito de interesses.
§ 2° Aos integrantes dos órgãos estatutários é vedado § 3° A configuração da situação de impedimento
intervir em operação em que, direta ou indiretamente, sejam dependerá de prévia manifestação da Comissão de Ética
interessadas sociedades de que detenham o controle ou Pública da Presidência da República.
participação superior a cinco por cento do capital social.
§ 3° O impedimento referido no § 2° aplica-se, ainda,
quando se tratar de empresa em que os integrantes dos CAPÍTULO VII
órgãos estatutários ocupem ou tenham ocupado cargos de DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
administração ou controle, em periodo de até 3 (três) anos
anterior à investidura na Ebserh. Seção I
Caracterização
Seção X Art. 36. O Conselho de Administração é órgão de
Defesa Judicial e Administrativa deliberação estratégica e colegiada da Ebserh e deve
Art. 32. Os Administradores e os Conselheiros Fiscais exercer suas atribuições considerando os interesses de
são responsáveis, na forma da lei, pelos prejuízos ou danos longo prazo da empresa, os impactos decorrentes de suas
causados no exercício de suas atribuições. atividades na sociedade e no meio ambiente e os deveres
Art. 33. A Ebserh, por intermédio de seu órgão jurídico fiduciários de seus membros, em alinhamento ao disposto na
ou mediante advogado especialmente contratado, deverá Lei n° 13.303, de 2016.

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Seção II conselheiros remanescentes a Assembleia Geral para
Composição proceder nova eleição de membros.
Art. 37. O Conselho de Administração é composto por 9 § 2° No caso de vacância de todos os cargos do
(nove) membros, eleitos pela Assembleia Geral, obedecendo Conselho de Administração, compete à Diretoria Executiva
a seguinte composição: convocar a Assembleia Geral.
I - 3 (três) membros indicados pelo Ministro de Estado da Art. 40. Para o Conselho de Administração proceder à
Educação; nomeação de membros para o colegiado na forma do caput
II - o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a do Art. 39 deste Estatuto, deverão ser verificados pelo
Presidência do Conselho, ainda que interinamente; Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração
III - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da todos os requisitos de elegibilidade exigidos para eleição
Economia; pela Assembleia Geral.
IV - 2 (dois) membros indicados pelo Ministro de Estado Art. 41. A função de Conselheiro de Administração é
da Saúde; pessoal e não admite substituto temporário ou suplente,
V - 1 (um) membro representante dos empregados, na inclusive para representante dos empregados.
forma da Lei n° 12.353, de 28 de dezembro de 2010; e Parágrafo único. No caso de ausências ou impedimentos
VI - 1 (um) membro indicado pela Associação Nacional eventuais de qualquer membro do Conselho, o colegiado
dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior - deliberará com os remanescentes.
ANDIFES, sendo reitor de universidade federal.
§ 1° O Conselho de Administração deve ser composto Seção V
por, no mínimo, 02 (dois) membros independentes, sendo 1 Da Reunião
(um) indicado pelo Ministro de Estado da Educação e 1 (um) Art. 42. O Conselho de Administração se reunirá, com a
indicado pelo Ministro de Estado da Saúde. presença da maioria dos seus membros, ordinariamente,
§ 2° Serão considerados, para o cômputo das vagas uma vez por mês e extraordinariamente, sempre que
destinadas a membros independentes, aqueles que se necessário.
enquadrarem nas hipóteses previstas no § 1° do art. 22 da § 1° O Conselho de Administração será convocado por
Lei n° 13.303, de 2016, bem como no § 1° do art. 36 do seu Presidente ou pela maioria dos membros do colegiado.
Decreto n° 8.945, de 2016. § 2° As reuniões do Conselho de Administração podem
§ 3° O Presidente do Conselho de Administração e seu ser presenciais, virtuais ou mistas, com a participação de um
substituto serão escolhidos pelo colegiado, dentre os ou mais membro por tele ou videoconferência.
membros indicados pelo Ministro de Estado da Educação, § 3° Em casos excepcionais, e a critério do Conselho de
que não estejam na condição de membro independente. Administração, poder-se-á convocar reuniões
§ 4° O representante dos empregados, de que trata o exclusivamente presenciais.
inciso V deste artigo será escolhido dentre os empregados § 4° A pauta da reunião e a respectiva documentação
ativos da Ebserh, pelo voto direto de seus pares, em eleição serão distribuídas com antecedência minima de 5 (cinco)
organizada pela empresa em conjunto com as entidades dias úteis, salvo nas hipóteses justificadas e acatadas pelo
sindicais que os representem, na forma da Lei n° 12.353, 28 colegiado.
de dezembro de 2010, e sua regulamentação. Art. 43. As deliberações serão tomadas pelo voto da
§ 5° Para o exercício do cargo, o conselheiro maioria dos membros presentes e serão registradas no livro
representante dos empregados está sujeito a todos os de atas, podendo ser lavradas de forma sumária.
critérios, exigências, requisitos, impedimentos e vedações § 1° Nas deliberações colegiadas do Conselho de
previstas na Lei n° 13.303, de 2016, e do Decreto n° 8.945 Administração, o Presidente terá o voto de desempate, além
de 2016. do voto pessoal.
§ 6° O representante dos empregados não participará § 2° Em caso de decisão não-unánime, a justificativa do
das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam voto divergente será registrada, a critério do respectivo
relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, membro, observado que se exime de responsabilidade o
inclusive assistenciais ou de previdência complementar, conselheiro dissidente que faça consignar sua divergência
hipóteses em que fica configurado o conflito de interesse, em ata de reunião ou, não sendo possível, dela dê ciência
sendo tais assuntos deliberados em reunião separada e imediata e por escrito ao Conselho de Administração.
exclusiva para tal fim. § 3° As atas do Conselho de Administração devem ser
redigidas com clareza e registrar as decisões tomadas, as
Seção III pessoas presentes, os votos divergentes e as abstenções.
Prazo de Gestão
Art. 38. O Conselho de Administração terá prazo de Seção VI
gestão unificado de 2 (dois) anos, permitidas, no máximo, 3 Das Competências
(três) reconduções consecutivas. Art. 44. Compete ao Conselho de Administração:
§ 1° No prazo estabelecido no caput serão considerados I - fixar a orientação geral dos negócios da Ebserh;
os períodos anteriores de gestão, na Ebserh, ocorridos há II - avaliar, a cada 4 (quatro) anos, o alinhamento
menos de 2 (dois) anos. estratégico, operacional e financeiro das participações da
§ 2° Atingido o limite a que se referem o caput e §1°, o Companhia ao seu objeto social, devendo, a partir dessa
retorno de membro do Conselho de Administração a esse avaliação, recomendar a sua manutenção, a transferência
colegiado ocorrerá após período equivalente a um prazo de total ou parcial de suas atividades para outra estrutura da
gestão. administração pública ou o desinvestimento da participação;
§ 3° O prazo de gestão dos membros do Conselho de III - eleger e destituir os membros da Diretoria Executiva
Administração se prorrogará até a efetiva investidura dos da Ebserh, inclusive o Presidente, fixando-lhes as
novos membros. atribuições;
IV - fiscalizar a gestão dos membros da Diretoria
Seção IV Executiva, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da
Vacância e Substituição Eventual empresa, solicitar informações sobre contratos celebrados
Art. 39. Em caso de vacância do cargo de conselheiro de ou em via de celebração, e quaisquer outros atos;
administração, o substituto será nomeado pelos conselheiros V - manifestar-se previamente sobre as propostas a
remanescentes e servirá até a primeira Assembleia Geral serem submetidas à deliberação dos acionistas em
assembleia;
subsequente.
VI - aprovar a inclusão de matérias no instrumento de
§ 1° Em caso de vacância da maioria dos cargos de
conselheiros de administração, deverá ser convocada pelos convocação da Assembleia Geral, não se admitindo a rubrica
"assuntos gerais";

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VII - convocar a Assembleia Geral; Contratos;
VIII - manifestar-se sobre o relatório da administração e XXX - aprovar a prática de atos que importem em
as contas da Diretoria Executiva; renúncia, transação ou compromisso arbitral, observada a
IX - manifestar-se previamente sobre atos ou contratos política de alçada da Ebserh;
relativos à sua alçada decisória; XXXI - discutir, deliberar e monitorar práticas de
X - autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, governança corporativa e relacionamento com partes
a constituição de ónus reais e a prestação de garantias a interessadas;
obrigações de terceiros; XXXII - aprovar e divulgar a Carta Anual com explicação
XI - autorizar e homologar a contratação de auditores dos compromissos de consecução de objetivos de políticas
independentes, bem como a rescisão dos respectivos públicas, na forma prevista na Lei 13.303, de 2016;
contratos; XXXIII - aprovar e fiscalizar o cumprimento das metas e
XII - aprovar as Políticas de Controle Interno, resultados específicos a serem alcançados pelos membros
Conformidade e Gerenciamento de Riscos, Participações da Diretoria Executiva;
Societárias, bem como outras políticas gerais da empresa; XXXIV - promover anualmente análise das metas e
XIII - aprovar e acompanhar o plano de negócios, resultados na execução do plano de negócios e da estratégia
estratégico e de investimentos, e as metas de desempenho, de longo prazo, sob pena de seus integrantes responderem
que deverão ser apresentados pela Diretoria Executiva; por omissão, devendo publicar suas conclusões e informá-
XIV - analisar, ao menos trimestralmente, as las ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da
demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela União;
empresa, sem prejuízo da atuação do Conselho Fiscal; XXXV - propor à Assembleia Geral a remuneração dos
administradores e dos membros dos demais órgãos
XV - determinar a implantação e supervisionar os
estatutários da Ebserh;
sistemas de gestão de riscos e de controle interno
XXXVI - executar e monitorar a remuneração de que
estabelecidos para a prevenção e mitigação dos principais
trata o inciso XXXV deste artigo, dentro dos limites
riscos a que está exposta a Ebserh, inclusive os riscos
aprovados pela Assembleia Geral;
relacionados à integridade das informações contábeis e
XXXVII - autorizar a constituição de subsidiárias;
financeiras e os relacionados à ocorrência de corrupção e XXXVIII - aprovar o Regulamento de Pessoal, bem como
fraude; quantitativo de pessoal próprio e de cargos em comissão,
XVI - definir os assuntos e valores para sua alçada acordos coletivos de trabalho, plano de cargos e salários,
decisória e da Diretoria Executiva; plano de funções, benefícios de empregados e programa de
XVII - identificar a existência de ativos não de uso desligamento de empregados;
próprio da empresa e avaliar a necessidade de mantê-los; XXXIX - aprovar o patrocínio a plano de benefícios;
XVIII - autorizar a alteração dos limites estabelecidos nos XL - estabelecer a Politica de Seleção para os titulares
incisos I e 11 do art. 29 da Lei 13.303, de 2016, que trata da das unidades de auditoria interna, área de controle interna,
realização de contratação por dispensa de licitação, para conformidade e gestão de riscos, e ouvidoria;
refletir a variação de custos; XLI - estabelecer política de divulgação de informações
XIX - aprovar o Plano Anual de Atividades de Auditoria visando a transparência, clareza e equidade;
Interna - PAINT e o Relatório Anual das Atividades de XLII - autorizar a formalização dos contratos de gestão,
Auditoria Interna - RAINT, sem a presença do Presidente da previstos no Art. 6° da Lei 12.550, de 2011; e
empresa; XLIII - autorizar as tratativas e condições para a
XX - criar comitês de assessoramento ao Conselho de incorporação de novas unidades hospitalares à Rede
Administração, para aprofundamento dos estudos de Ebserh.
assuntos estratégicos, de forma a garantir que a decisão a Parágrafo único. Excluem-se da obrigação de publicação
ser tomada pelo Colegiado seja tecnicamente bem a que se refere o inciso XXXIV as informações de natureza
fundamentada; estratégica cuja divulgação possa ser comprovadamente
XXI - eleger e destituir os membros de comitês de prejudicial ao interesse da empresa.
assessoramento ao Conselho de Administração, bem como
do Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Seção VII
Remuneração; Competências do Presidente
XXII - atribuir formalmente a responsabilidade pelas do Conselho de Administração
áreas de Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento Art. 45. Compete ao Presidente do Conselho de
de Riscos a membros da Diretoria Executiva; Administração:
XXIII - avaliar anualmente o desempenho do próprio I - presidir as reuniões do colegiado, observando o
Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, cumprimento do Estatuto Social e do Regimento interno;
individual e coletivamente, e dos membros de comitês de II - interagir, isoladamente ou em conjunto com o
assessoramento ao Conselho de Administração, nos termos Presidente da Ebserh, com o ministério supervisor, e demais
do inciso III do art. 13 da Lei 13.303, de 2016, com o apoio representantes do acionista controlador, no sentido de
metodológico e procedimental do Comitê de Pessoas, esclarecer a orientação geral dos negócios, assim como
Elegibilidade, Sucessão e Remuneração; questões relacionadas ao interesse público a ser perseguido
XXIV - nomear e destituir os titulares da Auditoria Interna pela Ebserh, observado o disposto no Art. 89 da Lei n°
e, após, submeter a decisão à aprovação da Controladoria 13.303, de 2016;
Geral da União; III - estabelecer os canais e processos para interação
XXV - conceder afastamento e licença ao Presidente da entre os acionistas e o Conselho de Administração,
Ebserh, inclusive a titulo de férias; especialmente no que tange às questões de estratégia,
XXVI - aprovar o Regimento Interno do Conselho de governança, remuneração, sucessão e formação do
Administração, do Comité de Auditoria e dos demais comitês Conselho de Administração, observado o disposto no Art. 89
de assessoramento, bem como o Código de Conduta e da Lei n° 13.303, de 2016.
Integridade da Ebserh;
XXVII - aprovar e manter atualizado um plano de CAPÍTULO VIII
sucessão não-vinculante dos membros do Conselho de DIRETORIA EXECUTIVA
Administração e da Diretoria Executiva, cuja elaboração Seção I
deve ser coordenada pelo Presidente do Conselho de Caracterização
Administração; Art. 46. A Diretoria Executiva é o órgão gestor central de
XXVIII - aprovar as atribuições da Diretoria Executiva administração e representação, cabendo-lhe assegurar o
não previstas no Estatuto Social; funcionamento regular da Ebserh em conformidade com a
XXIX - aprovar o Regulamento Interno de Licitações e orientação geral traçada pelo Conselho de Administração.

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Seção II § 1° Nas deliberações colegiadas da Diretoria Executiva,
Composição e Investidura o Presidente terá o voto de desempate, além do voto
Art. 47. A Diretoria Executiva é composta pelo pessoal.
Presidente e Vice-Presidente da Empresa e até 5 (cinco) § 2° Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do
Diretores, todos eleitos pelo Conselho de Administração. voto divergente será registrada, a critério do respectivo
Art. 48. É condição para investidura em cargo da membro, observado que se exime de responsabilidade o
Diretoria Executiva da Ebserh a assunção de compromissos membro dissidente que faça consignar sua divergência em
com metas e resultados específicas a serem alcançados, ata de reunião ou, não sendo possível, dela dê ciência
que deverão ser aprovados pelo Conselho de Administração. imediata e por escrito à Diretoria Executiva.
§ 3° Cabe à secretaria da Diretoria Executiva proceder
Seção III ao registro das deliberações tomadas em reuniões ordinárias
Prazo de Gestão e extraordinárias, que deverão constar em ata, a qual sera
Art. 49. O prazo de gestão da Diretoria Executiva será assinada pelo Presidente, pelo Vice-Presidente, pelos
unificado e de 2 (dois) anos, sendo permitidas, no máximo, 3 Diretores e pelo representante da Consultoria Jurídica,
(três) reconduções consecutivas. quando presentes, que constará no mínimo:
§ 1° No prazo estabelecido no caput serão considerados a) o dia, a hora e o local de sua realização e quem a
os períodos anteriores de gestão ocorridos há menos de 2 presidiu;
(dois) anos e a transferência de Diretor para outra Diretoria b) os nomes dos membros da Diretoria Executiva
da Ebserh. presentes, dos ausentes, consignando, a respeito destes, a
§ 2° Atingido o limite a que se refere o caput e o §1°, o justificativa da ausência, se houver;
retomo de membro da Diretoria Executiva para o cargo de c) a presença das demais autoridades participantes;
Diretor da empresa só poderá ocorrer após decorrido d) os fatos ocorridos; e
período equivalente a um prazo de gestão. e) a síntese da deliberação das matérias, os votos
§ 3° O prazo de gestão dos membros da Diretoria divergentes e as abstenções.
Executiva se prorrogará até a efetiva investidura dos novos Art. 54. A Diretoria Executiva poderá convidar agentes
membros. públicos ou terceiros a prestarem informações ou assistirem
às suas reuniões, sem direito a voto.
Seção IV Parágrafo único. É vedada a participação de agente
Licença, Vacância e Substituição Eventual público ou terceiro estranho ao funcionamento da reunião,
Art. 50. Em caso de vacância, ausências ou com exceção dos casos previstos no caput deste artigo.
impedimentos eventuais de qualquer membro da Diretoria
Executiva, o Presidente designará o substituto dentre os
membros da Diretoria Executiva. Seção VI
§ 1° Em caso de vacância, ausência ou impedimentos Competências
eventuais, o Presidente da empresa será substituído pelo Art. 55. Compete à Diretoria Executiva, no exercício das
Vice-Presidente, o qual terá os mesmos deveres e suas atribuições e respeitadas as diretrizes fixadas pelo
atribuições. Conselho de Administração:
§ 2° Em caso de vacância, ausência ou impedimentos I - gerir as atividades da empresa e avaliar os seus
eventuais do Presidente e do Vice-Presidente da empresa, resultados;
excepcionalmente, o Conselho de Administração designará o II - monitorar a sustentabilidade dos negócios, os riscos
seu substituto dentre os membros da Diretoria Executiva. estratégicos e respectivas medidas de mitigação, elaborando
§ 3° Em caso de vacância de todos os cargos da relatórios gerenciais com indicadores de gestão;
Diretoria Executiva, o Conselho de Administração deverá III - elaborar os orçamentos anuais e plurianuais da
imediatamente eleger, entre seus membros, o Presidente empresa e acompanhar sua execução;
interino para praticar, até a realização de nova eleição, os IV- definir a estrutura organizacional da empresa e a
atos urgentes de administração da Ebserh, após verificação distribuição interna das atividades administrativas;
pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e V - aprovar as normas internas de funcionamento da
Remuneração do atendimento de todos os requisitos de empresa;
elegibilidade exigidos neste Estatuto Social, na Lei n° VI - promover a elaboração, em cada exercício, do
13.303, de 2016, e no Decreto n° 8.945, de 2016. relatório da administração e submetê-lo aos Conselhos de
Art. 51. Os membros da Diretoria Executiva farão jus, Administração e Fiscal e ao Comitê de Auditoria;
anualmente, a 30 dias de licença-remunerada, que podem VII - promover a elaboração, em cada exercício, das
ser acumulados até o máximo de 2 (dois) períodos, sendo demonstrações financeiras e submetê-las à Auditoria
vedada sua conversão em espécie e indenização. Independente e aos Conselhos de Administração e Fiscal e
ao Comitê de Auditoria;
Seção V VIII - autorizar previamente os atos e contratos relativos
Reunião à sua alçada decisória;
Art. 52. A Diretoria Executiva se reunirá, com a presença IX- indicar os representantes da empresa nos órgãos
da maioria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por estatutários de suas participações societárias;
semana e extraordinariamente, sempre que necessário. X - submeter, instruir e preparar adequadamente os
§ 1° A Diretoria Executiva será convocada pelo assuntos que dependam de deliberação do Conselho de
Presidente da Ebserh ou pela maioria dos membros do Administração, manifestando-se previamente quando não
colegiado. houver conflito de interesse;
§ 2° As reuniões da Diretoria Executiva devem ser, XI - cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as
preferencialmente, presenciais, admitindo,
deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de
excepcionalmente, a reunião virtual ou a participação de
membro por tele ou videoconferência, mediante justificativa Administração, bem como avaliar as recomendações do
aprovada pelo colegiado. Conselho Fiscal;
§ 3° A pauta da reunião e a respectiva documentação XII - colocar à disposição dos outros órgãos sociais
serão distribuídas com antecedência de 4 (quatro) dias, pessoal qualificado para secretariá-los e prestar o apoio
salvo nas hipóteses justificadas e acatadas pelo colegiado. técnico necessário;
Art. 53. As deliberações serão tomadas pelo voto da XIII - aprovar o seu Regimento Interno;
maioria dos membros presentes e serão registradas no livro XIV - deliberar sobre os assuntos que lhe submeta
de atas, podendo ser lavradas de forma sumária. qualquer Diretor;

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XV - apresentar, até a última reunião ordinária do que lhe forem atribuídas em regimento ou delegadas pelo
Conselho de Administração do ano anterior, plano de Presidente.
negócios para o exercício anual seguinte e estratégia de Parágrafo único. As demais atribuições e poderes de
longo prazo atualizada com análise de riscos e cada um dos membros da Diretoria Executiva serão
oportunidades para, no mínimo, os próximos (5) cinco anos; detalhadas em Regimento Interno.
XVI - propor a constituição de subsidiárias;
XVII - realizar a avaliação anual de desempenho CAPÍTULO IX
individual dos membros dos Colegiados Executivos dos CONSELHO FISCAL
hospitais universitários da Rede Ebserh, observados os Seção I
quesitos mínimos: Caracterização
a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à Art. 58. O Conselho Fiscal é órgão permanente de
licitude e à eficácia da ação administrativa; fiscalização da Ebserh, de atuação colegiada e individual.
b) contribuição para o resultado do exercício; Parágrafo único. Além das normas previstas na Lei n°
c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de 13.303, de 2016 e sua regulamentação, aplicam-se aos
negócios e atendimento à estratégia de longo prazo. membros do Conselho Fiscal da empresa as disposições
XVIII - convocar assembleia geral, nas hipóteses para esse colegiado previstas na Lei n° 6.404, de 1976,
admitidas em lei. inclusive aquelas relativas a seus poderes, deveres e
responsabilidades, a requisitos e impedimentos para
Seção VII investidura e a remuneração.
Atribuições do Presidente
Art. 56. Sem prejuízo das demais atribuições da Diretoria Seção II
Executiva, compete especificamente ao Presidente da Da Composição
empresa: Art. 59. O Conselho Fiscal será composto de 3 (três)
I - dirigir, supervisionar, coordenar e controlar as membros efetivos e respectivos suplentes, eleitos pela
atividades e a política administrativa da empresa; Assembleia Geral, sendo:
II - coordenar as atividades dos membros da Diretoria I - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da
Executiva; Educação;
III - interagir, isoladamente ou em conjunto com o II - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da
Presidente do Conselho de Administração, com o ministério Saúde; e
supervisor, e demais representantes do acionista III - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da
controlador, no sentido de esclarecer a orientação geral dos Economia, como representante do Tesouro Nacional.
negócios, assim como questões relacionadas ao interesse § 1° O membro representante do Ministério da Economia
público a ser perseguido pela Ebserh, observado o disposto deverá ser servidor público com vínculo permanente com a
no Art. 89 da Lei n° 13.303, de 2016; administração pública.
IV - representar a Empresa em juízo e fora dele, § 2° Na primeira reunião após a eleição, os membros do
podendo, para tanto, constituir procuradores "ad-negotia»e Conselho Fiscal assinarão o termo de adesão ao Código de
"ad-judicia», especificando os atos que poderão praticar nos Ética e Conduta da Ebserh e outros normativos internos,
respectivos instrumentos do mandato; assim como escolherão o seu Presidente, ao qual caberá dar
V - assinar, com o Diretor da área competente, os atos cumprimento às deliberações do órgão, com registro no livro
que constituam ou alterem direitos ou obrigações da de atas e pareceres do Conselho Fiscal.
empresa, bem como aqueles que exonerem terceiros de
obrigações para com ela, podendo, para tanto, delegar Seção III
atribuições ou constituir procurador para esse fim; Prazo de Atuação
VI - expedir atos de admissão, designação, promoção, Art. 60. O prazo de atuação dos membros do Conselho
cessão, transferência, dispensa, suspensão de contrato de Fiscal será de 2 (dois) anos, permitidas, no máximo, 2 (duas)
trabalho e licença de empregados; reconduções consecutivas.
VII - baixar as resoluções da Diretoria Executiva; § 1° Atingido o limite a que se referem o caput, o retomo
VIII - criar e homologar os processos de licitação, de membro do Conselho Fiscal a esse colegiado ocorrerá
podendo delegar tais atribuições; após periodo equivalente a um prazo de gestão.
IX - conceder afastamento e licenças aos demais § 2° No prazo a que se refere o § 1° deste artigo serão
membros da Diretoria Executiva, inclusive a título de férias; considerados os períodos anteriores de gestão ocorridos há
X - designar os substitutos dos membros da Diretoria menos de 2 (dois) anos.
Executiva;
XI - convocar e presidir as reuniões da Diretoria Seção IV
Executiva; Requisitos
XII - manter o Conselho de Administração e Fiscal Art. 61. Os membros do Conselho Fiscal deverão
informados das atividades da empresa; e atender aos requisitos obrigatórios e observar as vedações
XIII - exercer outras atribuições que lhe forem fixadas para exercício das suas atividades determinados pela Lei n°
pelo Conselho de Administração. 6.404, de 1976, pela Lei n° 13.303, de 2016, pelo Decreto n°
8.945, de 2016, e por demais normas que regulamentem a
Seção VIII matéria.
Atribuições dos Demais Diretores § 1° O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e
Art. 57. São atribuições dos demais Diretores: Remuneração deverá opinar sobre a observância dos
I - gerir as atividades da sua área de atuação; requisitos e vedações para investidura dos membros no
II - participar das reuniões da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal.
concorrendo para a delimitação das políticas a serem § 2° As vedações serão verificadas por meio da
seguidas pela Rede Ebserh e relatando os assuntos da sua autodeclaração apresentada pelo indicado nos moldes do
respectiva área de atuação; formulário padronizado.
III - cumprir e fazer cumprir a orientação geral dos
negócios da Rede Ebserh estabelecida pelo Conselho de Seção V
Administração na gestão de sua área específica de atuação; Vacância e Substituição Eventual
e Art. 62. Os membros do Conselho Fiscal serão
IV - auxiliar o Presidente na direção e coordenação das substituídos em suas ausências ou impedimentos eventuais
atividades da Ebserh e exercer as tarefas de coordenação pelos respectivos suplentes.

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Parágrafo único. Na hipótese de vacância, renúncia ou XIV - fiscalizar o cumprimento do limite de participação
destituição do membro titular, o suplente assume até a da empresa no custeio dos benefícios de assistência à
eleição do novo titular. saúde e de previdência complementar.

Seção VI CAPÍTULO X
Reunião CONSELHO CONSULTIVO
Art. 63. O Conselho Fiscal se reunirá, com a presença da Seção I
maioria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por Caracterização
mês e extraordinariamente, sempre que necessário. Art. 66. Conselho Consultivo é órgão permanente da
§ 1° O Conselho Fiscal será convocado por seu Ebserh que tem as finalidades de consulta, controle social e
Presidente ou pela maioria dos membros do colegiado. apoio à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração.
§ 2° As reuniões do Conselho Fiscal podem ser
presenciais, virtuais ou mistas, com a participação de um ou Seção II
mais membro por tele ou videoconferência. Composição
§ 3° Em casos excepcionais, e a critério do Conselho Art. 67. O Conselho Consultivo é composto pelos
Fiscal, poder-se-á convocar reuniões exclusivamente seguintes membros:
presenciais. I - o Presidente da Ebserh, que o preside;
§ 4° A pauta da reunião e a respectiva documentação II - todos os ex-presidentes efetivos da Ebserh, desde
serão distribuídas com antecedência mínima de 5 (cinco) que não estejam no exercício de função gratificada ou cargo
dias úteis, salvo nas hipóteses justificadas e acatadas pelo em comissão na Empresa.
colegiado. Parágrafo único. A atuação de membros do Conselho
Art. 64. As deliberações serão tomadas pelo voto da Consultivo é considerada atividade de relevante interesse
maioria dos membros presentes e serão registradas no livro público, de caráter voluntário e não remunerada, assegurado
de atas, podendo ser lavradas de forma sumária. o reembolso das despesas de locomoção e estada
§ 1° Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do necessárias ao desempenho da função.
voto divergente será registrada, a critério do respectivo
membro, observado que se exime de responsabilidade o Seção III
conselheiro fiscal dissidente que faça consignar sua Reunião
divergência em ata de reunião ou, não sendo possível, dela Art. 68. O Conselho Consultivo reunir-se-á
dê ciência imediata e por escrito ao Conselho Fiscal. ordinariamente pelo menos uma vez por ano e,
§ 2° As atas do Conselho Fiscal devem ser redigidas extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente
com clareza e registrar as decisões tomadas, as pessoas da Ebserh, por sua iniciativa ou por solicitação do Conselho
presentes, os votos divergentes e as abstenções. de Administração.

Seção VII Seção IV


Competências Competências
Art. 65. Compete ao Conselho Fiscal: Art. 69. Compete ao Conselho Consultivo emitir
I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos pareceres opinativos, anualmente ou quando solicitado pelo
Administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres Conselho de Administração ou Diretoria Executiva, sobre as
legais e estatutários; linhas gerais das políticas, diretrizes e estratégias da Ebserh.
II - opinar sobre o relatório anual da administração e as
demonstrações financeiras do exercício social; CAPÍTULO XI
III - manifestar-se sobre as propostas dos órgãos da COMITÊ DE AUDITORIA
administração, a serem submetidas à Assembleia Geral, Seção I
relativas à modificação do capital social e bônus de Caracterização
subscrição, planos de investimentos ou orçamentos de Art. 70. O Comitê de Auditoria é o órgão de
capital, transformação, incorporação, fusão ou cisão; assessoramento ao Conselho de Administração, auxiliando
IV - denunciar, por qualquer de seus membros, aos este, entre outros, no monitoramento da qualidade das
órgãos de administração e, se estes não adotarem as demonstrações financeiras, dos controles internos, da
providências necessárias para a proteção dos interesses da conformidade, do gerenciamento de riscos e das auditorias
empresa, à Assembleia Geral, os erros, fraudes ou crimes interna e independente.
que descobrirem, e sugerir providências; Parágrafo único. O Comitê de Auditoria terá autonomia
V - convocar a Assembleia Geral Ordinária, se os órgãos operacional e dotação orçamentária, anual ou por projeto,
da administração retardarem por mais de um mês essa dentro de limites aprovados pelo Conselho de Administração,
convocação, e a Extraordinária, sempre que ocorrerem para conduzir ou determinar a realização de consultas,
motivos graves ou urgentes; avaliações e investigações dentro do escopo de suas
VI - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e atividades, inclusive com a contratação e utilização de
demais demonstrações financeiras elaboradas especialistas externos independentes.
periodicamente pela empresa;
VII - fenecer, sempre que solicitadas, informações sobre Seção Il
matéria de sua competência à União; Composição
VIII - exercer essas atribuições durante a eventual Art. 71. O Comitê de Auditoria, eleito e destituído pelo
liquidação da empresa; Conselho de Administração, será integrado por 03 (três)
IX - examinar o RAINT e PAINT; membros.
X - assistir às reuniões do Conselho de Administração ou § 1° É vedada a existência de membro suplente no
da Diretoria Executiva em que se deliberar sobre assuntos Comitê de Auditoria.
que ensejam parecer do Conselho Fiscal; § 2° Os membros do Comitê de Auditoria devem ser
XI - aprovar seu Regimento Interno e seu plano de escolhidos, preferencialmente, entre pessoas residentes na
trabalho anual; cidade onde se situa a Administração Central da Ebserh.
XII - realizar a auto avaliação anual de seu desempenho, § 3° Os membros do Comitê de Auditoria, em sua
individual e coletiva; primeira reunião, elegerão o seu Presidente, que deverá ser
XIII - acompanhar a execução patrimonial, financeira e membro independente do Conselho de Administração, a
orçamentária, podendo examinar livros, quaisquer outros quem caberá dar cumprimento às deliberações do órgão,
documentos e requisitar informações; e com registro no livro de atas.

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Art. 72. São condições mínimas para integrar o Comitê dos serviços prestados e a adequação de tais serviços às
de Auditoria as estabelecidas no Art. 25 da Lei n° 13.303, de necessidades da Ebserh;
2016 e no Art. 39 do Decreto n° 8.945, de 2016, além das III - supervisionar as atividades desenvolvidas nas áreas
demais normas aplicáveis. de controle interno, de auditoria interna e de elaboração das
§ 1° Os membros do Comitê de Auditoria Estatutário demonstrações financeiras da Ebserh;
devem ter experiência profissional ou formação acadêmica IV - monitorar a qualidade e a integridade dos
compatível com o cargo, preferencialmente na área de mecanismos de controle intemo, das demonstrações
contabilidade, auditoria ou no setor de atuação da Ebserh, financeiras e das informações e medições divulgadas pela
sendo que pelo menos 1 (um) membro deve ter reconhecida Ebserh;
experiência profissional em assuntos de contabilidade V - avaliar e monitorar exposições de risco da Ebserh,
societária e ao menos 1 (um) deve ser conselheiro podendo requerer, entre outras, informações detalhadas
independente da Ebserh. sobre políticas e procedimentos referentes a:
§ 2° O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e a) remuneração da administração;
Remuneração deverá opinar sobre a observância dos b) utilização de ativos da Ebserh; e
requisitos e vedações para os membros do Comitê de c) gastos incorridos em nome da Ebserh.
Auditoria. VI - avaliar e monitorar, em conjunto com a
§ 3° O atendimento às previsões deste artigo deve ser administração da Ebserh e a área de auditoria interna, a
comprovado por meio de documentação mantida na adequação e o fiel cumprimento das transações com partes
Administração Central da Ebserh pelo prazo mínimo de 5 relacionadas aos critérios estabelecidos na Política de
(cinco) anos, contado do último dia de mandato do membro Transações com Partes Relacionadas e sua divulgação;
do Comitê de Auditoria. VII - elaborar relatório anual com informações sobre as
Art. 73. O Conselho de Administração poderá convidar atividades, os resultados, as conclusões e suas
membros do Comitê de Auditoria para assistir suas reuniões, recomendações, registrando, se houver, as divergências
sem direito a voto. significativas entre administração, auditoria independente e o
próprio Comitê de Auditoria em relação às demonstrações
Seção III financeiras.
Mandato Art. 81. Ao menos um dos membros do Comitê de
Art. 74. O mandato dos membros do Comitê de Auditoria Auditoria deverá participar das reuniões do Conselho de
será de 3 (três) anos, não coincidente para cada membro, Administração que tratem das demonstrações contábeis
permitida uma única reeleição. periódicas, da contratação do auditor independente e do
Parágrafo único. Para assegurar a não coincidência, os PAINT.
mandatos dos primeiros membros do Comitê de Auditoria Art. 82. O Comitê de Auditoria deverá possuir meios para
serão de um, dois e três anos, a ser estabelecido quando de receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas à
sua eleição. Ebserh, em matérias relacionadas ao escopo de suas
Art. 75. Os membros do Comitê de Auditoria poderão ser atividades.
destituídos pelo voto justificado da maioria absoluta do
Conselho de Administração. CAPÍTULO XII
COMITÊ DE PESSOAS, ELEGIBILIDADE,
Seção IV SUCESSÃO E REMUNERAÇÃO
Vacância e Substituição Eventual Seção I
Art. 76. No caso de vacância de membro do Comitê de Caracterização
Auditoria, o Conselho de Administração elegerá o novo Art. 83. A Ebserh disporá de Comitê de Pessoas,
membro para completar o mandato do membro anterior. Elegibilidade, Sucessão e Remuneração que visará
Art. 77. O cargo de membro do Comitê de Auditoria é assessorar a União e o Conselho de Administração nos
pessoal e não admite substituto temporário. processos de indicação, de avaliação, de sucessão e de
Parágrafo único. No caso de ausências ou impedimentos remuneração dos administradores, conselheiros fiscais e
eventuais de qualquer membro do comitê, este deliberará demais membros de órgãos estatutários.
com os remanescentes.
Seção Il
Seção V Composição
Reunião Art. 84 O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e
Art. 78. O Comitê de Auditoria deverá realizar pelo Remuneração será constituído por 3 (três) membros
menos 2 (duas) reuniões mensais, de modo que as integrantes do Conselho de Administração ou do Comitê de
informações contábeis sejam sempre apreciadas antes de Auditoria, sem remuneração adicional, observando-se os
sua divulgação. artigos 153 à 156 da Lei n° 6.404, de 1976.
Art. 79. A Ebserh deverá divulgar as atas de reuniões do § 1° Caso o Comitê seja constituído apenas por
Comitê de Auditoria em sítio eletrônico próprio. integrantes do Conselho de Administração, a maioria deverá
§ 1° Na hipótese de o Conselho de Administração ser de conselheiros independentes.
considerar que a divulgação da ata possa por em risco § 2° A remuneração dos membros do Comitê de
interesse legítimo da Ebserh, apenas o seu extrato será Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração será
divulgado. fixada em Assembleia Geral em montante não superior à
§ 2° A restrição de que trata o § 1° não será oponível aos remuneração dos Conselheiros Fiscais.
órgãos de controle, que terão total e irrestrito acesso ao § 3° Os integrantes do Comitê de Pessoas, Elegibilidade,
conteúdo das atas do Comitê de Auditoria, observada a Sucessão e Remuneração deverão possuir a qualificação e a
transferência de sigilo. experiência necessárias para o exercício de suas atividades.

Seção VI Seção III


Competências Competências
Art. 80. Compete ao Comitê de Auditoria, sem prejuízo Art. 85. Compete ao Comitê de Pessoas, Elegibilidade,
de outras competências previstas na legislação: Sucessão e Remuneração:
I - opinar sobre a contratação e destituição de auditor I - opinar, de modo a auxiliar os acionistas na indicação
independente; de membros do Conselho de Administração e conselheiros
II - supervisionar as atividades dos auditores fiscais, sobre o preenchimento dos requisitos e a ausência
independentes, avaliando sua independência, a qualidade de vedações para as respectivas eleições;

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II - opinar, de modo a auxiliar os membros do Conselho exigidas por legislação específica.
de Administração na indicação de diretores e membros do
Comitê de Auditoria; Seção II
Ill - verificar a conformidade do processo de avaliação e Destinação do Lucro
dos treinamentos dos administradores e conselheiros fiscais; Art. 89. O lucro líquido da Ebserh será reinvestido para
IV - auxiliar o Conselho de Administração na elaboração atendimento do objeto social da empresa, excetuadas as
e no acompanhamento do plano de sucessão de parcelas decorrentes da reserva legal e da reserva para
administradores; contingência, conforme disposto no Art. 8°, parágrafo único,
V - auxiliar o Conselho de Administração na avaliação da Lei n° 12.550, de 2011.
das propostas relativas à política de pessoal e no seu
acompanhamento; e CAPÍTULO XIV
VI - auxiliar o Conselho de Administração na elaboração UNIDADES INTERNAS DE GOVERNANÇA
da proposta de remuneração dos administradores para Seção I
submissão à Assembleia Geral. Descrição
§ 1° O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Art. 90. A Ebserh terá Auditoria Interna, Área de
Remuneração se reunirá sempre que necessitar deliberar Conformidade, Controle Interno e Gerenciamento de Riscos
assunto de sua competência, convocado pelo Presidente do e Ouvidoria-Geral.
Comitê e terá o seu funcionamento e atribuições regulados Parágrafo único. O Conselho de Administração
em regimento interno aprovado pelo Conselho de estabelecerá Política de Seleção para os titulares dessas
Administração. unidades, com assessoramento do Comitê de Pessoas,
§ 2° Nas hipóteses dos incisos I e II deste artigo, o Elegibilidade, Sucessão e Remuneração.
comitê deverá se manifestar no prazo máximo de 8 (oito)
dias úteis, a partir do recebimento de formulário padronizado Seção II
da entidade da Administração Pública responsável pelas Auditoria Interna
indicações, sob pena de aprovação tácita e Art. 91. A Auditoria Interna deverá ser vinculada ao
responsabilização de seus membros, caso se comprove o Conselho de Administração, diretamente ou por meio do
descumprimento de algum requisito. Comitê de Auditoria.
§ 3° As manifestações do Comitê, que serão deliberadas Art. 92. A Auditoria Interna compete:
por maioria de votos com registro em ata, deverão ser I - executar as atividades de auditoria de natureza
lavradas na forma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive contábil, financeira, orçamentária, administrativa, patrimonial
dissidências e protestos, e conter a transcrição apenas das e operacional da empresa;
deliberações tomadas. II - propor as medidas preventivas e corretivas dos
§ 4° A manifestação do Comitê referente à indicação de desvios detectados;
membro aos Conselhos de Administração e Fiscal será III - verificar o cumprimento e a implementação pela
submetida a apreciação do Conselho de Administração, que empresa das recomendações ou determinações da
o encaminhará para deliberação da Assembleia Geral. Controladoria-Geral da União - CGU, do Tribunal de Contas
§ 5° O mesmo procedimento descrito no § 4° deste artigo da União - TCU e do Conselho Fiscal;
deverá ser observado na indicação de membros da Diretoria IV - avaliar a adequação do controle interno, a
Executiva e do Comitê de Auditoria, para deliberação do efetividade do gerenciamento dos riscos e dos processos de
Conselho de Administração. governança e a confiabilidade do processo de coleta,
§ 6° As atas das reuniões do Conselho de Administração mensuração, classificação, acumulação, registro e
que deliberarem sobre os assuntos mencionados nos divulgação de eventos e transações, visando ao preparo de
parágrafos anteriores deverão ser divulgadas. demonstrações financeiras; e
§ 7° Na hipótese de o Comitê de Elegibilidade, Pessoas V - outras atividades correlatas definidas pelo Conselho
e Sucessão considerar que a divulgação da ata possa por de Administração.
em risco interesse legítimo da Ebserh, apenas o seu extrato Art. 93. Serão enviados relatórios trimestrais ao Comitê
será divulgado. de Auditoria sobre as atividades desenvolvidas pela área de
§ 8° A restrição de que trata o § 7° deste artigo não será Auditoria Interna.
oponível aos órgãos de controle, que terão total e irrestrito
acesso ao conteúdo das atas do Comitê de Elegibilidade,
Pessoas e Sucessão, observada a transferência de sigilo. Seção III
Área de Controle Interno, Conformidade
CAPÍTULO XIII e Gerenciamento de Riscos
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Art. 94. A área de Controle Interno, Conformidade e
Seção I Gerenciamento de Riscos se vincula diretamente ao
Exercício Social Presidente, podendo ser conduzida por ele próprio ou por
Art. 86. O exercício social coincidirá com o ano civil e outro Diretor estatutário.
obedecerá, quanto às demonstrações financeiras, aos Art. 95. A área de Controle Interno, Conformidade e
preceitos deste Estatuto e da legislação pertinente. Gerenciamento de Riscos deverá se reportar diretamente ao
Art. 87. A Ebserh deverá elaborar demonstrações Conselho de Administração, em situações em que se
financeiras trimestrais e divulgá-las em sítio eletrônico, suspeite do envolvimento do Presidente em irregularidades
observando as regras de escrituração e elaboração de ou quando este se furtar à obrigação de adotar medidas
demonstrações financeiras contidas na Lei n° 6.404, de necessárias em relação à situação a ele relatada.
1976, e nas normas da Comissão de Valores Mobiliários, Art. 96. À área de Controle Interno, Conformidade e
inclusive quanto à obrigatoriedade de auditoria independente Gerenciamento de Riscos compete:
por auditor registrado naquela autarquia. I - propor políticas de Controle Interno, Conformidade e
Art. 88. Ao fim de cada exercício social, a Diretoria Gerenciamento de Riscos para a empresa, as quais deverão
Executiva fará elaborar, com base na legislação vigente e na ser periodicamente revisadas e aprovadas pelo Conselho de
escrituração contábil, as demonstrações financeiras Administração, e comunicá-las a todo o corpo funcional da
aplicáveis às empresas de capital aberto, discriminando com organização;
clareza a situação do patrimônio da Ebserh e as mutações II - verificar a aderência da estrutura organizacional e
ocorridas no exercício. dos processos, produtos e serviços da empresa às leis,
Parágrafo único. Outras demonstrações financeiras normativos, políticas e diretrizes internas e demais
intermediárias serão preparadas, caso necessárias ou regulamentos aplicáveis;

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III - comunicar à Diretoria Executiva, aos Conselhos de jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, à
Administração e Fiscal e ao Comitê de Auditoria a ocorrência legislação complementar e aos regulamentos internos da
de ato ou conduta em desacordo com as normas aplicáveis à Ebserh.
empresa; § 1° A admissão de empregados será realizada mediante
IV - verificar a aplicação adequada do princípio da prévia aprovação em concurso público de provas ou de
segregação de funções, de forma que seja evitada a provas e títulos.
ocorrência de conflitos de interesse e fraudes; § 2° Os requisitos para o provimento de cargos, exercido
V - verificar o cumprimento do Código de Conduta e de funções e respectivos salários, serão fixados em Plano de
Integridade, conforme art. 18 do Decreto n° 8.945, de 2016, Cargos e Salários e Plano de Funções.
bem como promover treinamentos periódicos aos § 3° Os cargos em comissão de livre nomeação e
empregados e dirigentes da empresa sobre o tema; exoneração, aprovados pelo Conselho de Administração nos
VI - coordenar os processos de identificação, termos do inciso XXXVIII do art. 44 deste Estatuto Social,
classificação e avaliação dos riscos a que está sujeita a serão submetidos, nos termos da lei, à aprovação da
empresa; Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas
VII - coordenar a elaboração e monitorar os planos de
Estatais - Sest, que fixará, também, o limite de seu
ação para mitigação dos riscos identificados, verificando
continuamente a adequação e a eficácia da gestão de riscos; quantitativo.
VIII - estabelecer planos de contingência para os § 4° O empregado público efetivo da Ebserh que for
principais processos de trabalho da organização; eleito para ocupar cargo na Diretoria Executiva da Ebserh,
IX - elaborar relatórios quadrimestrais de suas terá o respectivo contrato de trabalho suspenso, restando
atividades, submetendo-os à Diretoria Executiva, aos afastada, durante o período de gestão, a subordinação
Conselhos de Administração e Fiscal e ao Comitê de jurídica inerente à relação de emprego.
Auditoria; Art. 102. Integram o quadro de pessoal da Ebserh:
X - disseminar a importância do Controle Interno, I - os empregados públicos efetivos, admitidos sob o
Conformidade e do Gerenciamento de Riscos, bem como a regime celetista, mediante prévia aprovação em concurso
responsabilidade de cada área da empresa nestes aspectos; público de provas ou de provas e títulos;
e
II - os ocupantes de cargo em comissão sem vínculo
XI - outras atividades correlatas definidas pela
efetivo com a Administração Pública;
Presidência da Ebserh.
III - os servidores, civis e militares, e empregados
Seção IV públicos a ela cedidos.
Ouvidoria-Geral Parágrafo único. Os empregados temporários,
Art. 97. A Ouvidoria-Geral se vincula ao Conselho de contratados na forma do art. 11, §§ 1° e 2°, e do art. 12 da
Administração, ao qual deverá se reportar diretamente. Lei n° 12.550, de 2011, não farão parte do quadro de
Parágrafo único. As ouvidorias locais dos hospitais pessoal próprio da Ebserh e não poderão integrar o Plano de
universitários da Rede Ebserh ficarão sujeitas à orientação Cargos, Carreiras e Salários da empresa.
normativa e à supervisão técnica da Ouvidoria-Geral e terão Art. 103. As formas e requisitos para ingresso na Ebserh,
suporte administrativo das respectivas Superintendências, a política de desenvolvimento na carreira, as políticas de
que proverão os meios e as condições necessárias à remuneração, os benefícios e as demais relações funcionais
execução das suas competências.
e trabalhistas serão disciplinados pelos Regulamento de
Art. 98. À Ouvidoria-Geral compete:
I - estabelecer diretrizes e procedimentos para a Pessoal; Plano de Cargos, Carreiras e Salários; Plano de
sistematização e padronização das ações das ouvidorias no Cargos em Comissão e Funções Gratificadas e Plano de
âmbito dos hospitais universitários federais da Rede Ebserh; Benefícios da Ebserh.
II - receber, analisar e responder as sugestões,
reclamações, elogios, solicitações e denúncias de cidadão; CAPÍTULO XVI
III - propor metodologia e coordenar a realização de DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
pesquisa de satisfação de usuário e da pesquisa de Art. 104. É incompatível com a participação nos órgãos
satisfação do residente no âmbito da Rede Ebserh; de administração da Ebserh a candidatura a mandato público
IV - promover a transparência passiva e ativa, nos eletivo, devendo o interessado requerer seu afastamento,
termos da legislação vigente; sob pena de perda do cargo, a partir do momento em que
V - elaborar, anualmente, relatório de atividades, que
tomar pública sua pretensão à candidatura.
deverá consolidar as informações mencionadas no inciso II
Parágrafo único. Durante o período de afastamento
deste artigo, e, com base nelas, apontar falhas e sugerir
melhorias na prestação de serviços públicos prestados pela referido no caput não será devida qualquer remuneração ao
Ebserh. membro do órgão de administração, o qual perderá o cargo a
VI - outras atividades correlatas definidas pelo Conselho partir da data do registro da candidatura.
de Administração. Art. 105. Os membros do Conselho de Administração, da
Art. 99. A Ouvidoria-Geral deverá dar encaminhamento Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal e os ocupantes de
aos procedimentos necessários para a solução dos cargos comissionados ou funções gratificadas prestarão
problemas suscitados e fornecer meios suficientes para os declaração de bens ao assumirem suas funções e ao
interessados acompanharem as providências adotadas. deixarem o cargo, renovada anualmente durante o prazo de
Parágrafo único. As atribuições das ouvidorias locais dos gestão ou atuação.
hospitais universitários federais da Rede Ebserh serão Art. 106. O Regimento lnterno da Ebserh e os
detalhadas no Regimento Interno da Rede de Ouvidoria da
regimentos previstos no art. 44, inciso XXVI, deverão ser
Ebserh.
elaborados ou revisados pelas áreas respectivas e
CAPÍTULO XV submetidos à aprovação do Conselho de Administração em
PESSOAL até 180 dias após a publicação deste Estatuto.
Art. 100. A estrutura organizacional da Ebserh e a Art. 107. Os casos omissos surgidos no cumprimento
respectiva distribuição de competências serão estabelecidas deste Estatuto serão resolvidos pelo Conselho de
no Regimento Interno da Ebserh, aprovado pelo Conselho de Administração.
Administração, mediante proposta da Diretoria Executiva. Art. 108. O presente Estatuto Social entra em vigor na
Art. 101. Os empregados estarão sujeitos ao regime data da sua aprovação pela Assembleia Geral.

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REGIMENTO INTERNO DA EBSERH Assessoria – ACONJUR;
b. Assessoria de Inteligência de Dados e Apoio
CAPÍTULO I Administrativo – AIDA; c. Serviço Jurídico de Contencioso
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Geral – SCOG;
d. Serviço Jurídico de Contencioso Trabalhista – SCOT;
Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e. Serviço Jurídico de Consultivo Administrativo – SCAD;
(Ebserh), empresa pública de capital fechado, com e
personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, f. Serviço Jurídico de Consultivo Trabalhista – SCTR;
vinculada ao Ministério da Educação (MEC), regida pelo VI. Coordenadoria da Corregedoria-Geral – COGER;
Estatuto Social, pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, VII. Coordenadoria de Comunicação Social – CCS:
pela Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011, pela Lei nº a. Serviço de Produção de Conteúdo – SPC;
13.303, de 30 de junho de 2016, pelo Decreto nº 8.945, de b. Serviço de Eventos e Promoção Institucional – SEPI;
27 de dezembro de 2016, reger-se-á pelas disposições e
legais que lhe forem aplicáveis e pelos dispositivos deste c. Serviço de Relacionamento com a Imprensa – SRI.
Regimento. Art. 7º São áreas vinculadas à Vice-Presidência – VP:
Art. 2º A Rede Ebserh é composta pela Administração I. Chefia de Gabinete da Vice-Presidência;
Central e pelos Hospitais Universitários Federais (HUFs), II. Assessoria – AVP;
sendo que, para os fins deste Regimento, considera-se: III. Coordenadoria de Gestão da Rede – CGR:
I. Administração Central: com foro em Brasília/DF, é a. Supervisão de Contratos de Gestão – SCG;
constituída pelos Órgãos Sociais e Estatutários, pela b. Supervisão de Programas Governamentais – SPG;
Presidência, Vice-Presidência e Diretorias, juntamente com c. Supervisão de Desempenho dos HUFs – SDHUF; e
as suas áreas vinculadas, cuja competência prioritária é a d. Supervisão de Relacionamento dos HUFs – SRHUF;
gestão da Rede Ebserh; e IV. Coordenadoria de Estratégia e Inovação Corporativa
II. Hospitais Universitários Federais (HUFs): também – CEIC:
denominados como Filiais, são os hospitais geridos pela a. Serviço de Gestão por Processos – SGPS;
Ebserh, por meio de contrato de gestão especial firmado b. Serviço de Gestão Estratégica – SEGES;
com as Universidades Federais, para a prestação de c. Serviço de Gestão de Projetos – SGP; e
serviços de ensino, pesquisa e de atenção à saúde, sendo d. Serviço de Gestão da Inovação Corporativa e do
esse último exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Conhecimento – SGIC.
Saúde (SUS), com o objetivo de oferecer assistência Art. 8º São áreas vinculadas à Diretoria de Orçamento e
humanizada e de qualidade em média e alta complexidade, Finanças – DOF:
oferecer campo de prática de excelência para a formação I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de
profissional, inovação e conhecimento científico para o Orçamento e Finanças – APDOF;
fortalecimento do SUS, por meio de aplicação de boas II. Coordenadoria de Planejamento e Execução
práticas de gestão hospitalar e de governança corporativa. Orçamentária – CPEO:
a. Serviço de Execução Orçamentária e Financeira –
CAPÍTULO II SEOF;
DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS b. Serviço de Gestão Orçamentária – SGO; e
Art. 3º Para atendimento do objeto social da empresa, a c. Serviço de Planejamento Orçamentário – SPO;
Administração Central da Rede Ebserh terá Assembleia III. Coordenadoria de Contabilidade e Finanças – CCF:
Geral e os seguintes órgãos estatutários: a. Serviço de Informações Gerenciais e Gestão de
I. Conselho de Administração; Custos – SIGC;
II. Diretoria Executiva; b. Serviço de Contabilidade – SC; e
III. Conselho Fiscal; c. Serviço de Gestão Financeira – SGF.
IV. Conselho Consultivo; Art. 9º São áreas vinculadas à Diretoria de Gestão de
V. Comitê de Auditoria; e Pessoas – DGP:
VI. Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Gestão de
Remuneração. Pessoas – APDGP;
Art. 4º São Unidades internas de governança da Ebserh: II. Coordenadoria de Planejamento de Pessoal – CPP:
I. Auditoria Interna; a. Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de
II. Área de Controle Interno, Conformidade e Pessoal – SEDIMP;
Gerenciamento de Riscos, denominada na Administração b. Serviço de Análise e Estudo de Pessoal – SAEP; e
Central de Assessoria de Conformidade, Controle Interno e c. Serviço de Seleção e Provimento de Pessoal – SESP;
Gerenciamento de Riscos - ACCIGR; e III. Coordenadoria de Administração de Pessoal – CAP:
III. Ouvidoria-Geral. a. Serviço de Documentação e Registro – SDR;
Art. 5º As competências e demais informações sobre a b. Serviço de Pagamento de Pessoal – SPP; e
Assembleia Geral, órgãos sociais e estatutários e unidades c. Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do
internas de governança que compõem a estrutura da Trabalho – SSOST;
Administração Central da Rede Ebserh constam do Estatuto IV. Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas –
CDP:
Social da empresa e em seus respectivos regimentos
a. Serviço de Capacitação e Avaliação de Desempenho
internos.
– SECAD; e
b. Serviço de Relações de Trabalho – SERET.
CAPÍTULO III
Art. 10. São áreas vinculadas à Diretoria de Ensino,
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Pesquisa e Atenção à Saúde – DEPAS:
E SUAS VINCULAÇÕES
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Ensino,
Art. 6º São áreas vinculadas à Presidência – PRES: Pesquisa e Atenção à Saúde – APDEPAS;
I. Chefia de Gabinete da Presidência – CG: II. Coordenadoria de Gestão do Ensino – CGEN:
a. Secretaria-Geral – SG; e a. Serviço de Gestão de Pós-Graduação – SGPOS; e
b. Assessoria Técnica – ASTEC; b. Serviço de Gestão da Graduação, Ensino Técnico e
II. Assessoria Parlamentar – ASPAR; Extensão – SGETE.
III. Assessoria de Conformidade, Controle Interno e III. Coordenadoria de Gestão da Pesquisa e Inovação
Gerenciamento de Riscos – ACCIGR; Tecnológica em Saúde – CGPITS:
IV. Assessoria – APRES; a. Serviço de Gestão da Inovação Tecnológica em
V. Coordenadoria da Consultoria Jurídica – CONJUR; a. Saúde – SGITS; e
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b. Serviço de Gestão da Pesquisa – SGPQ; IV. Comitê: de duração perene, atua de forma consultiva
IV. Coordenadoria de Gestão da Clínica – CGC: no nível estratégico, formulando e avaliando políticas e
a. Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial – SGCA; diretrizes de natureza corporativa, planejando e coordenando
b. Serviço de Gestão da Qualidade – SGQ; e c. Serviço ações transversais à organização com ampla abrangência,
de Regulação Assistencial – SRA; propondo soluções integradas para problemas complexos;
V. Coordenadoria de Gestão da Atenção Hospitalar – V. Escritório: de duração perene, atua de forma
CGAH: consultiva ou executiva no nível estratégico, tático e
d. Serviço de Contratualização Hospitalar – SCH; operacional, analisando detalhadamente temas específicos e
a. Serviço de Gestão da Informação, Monitoramento e de grande amplitude, com o objetivo de disseminar, zelar,
Avaliação – SGIMA; b. Serviço de Planejamento Assistencial propor e apoiar padrões e práticas de gestão estabelecidos
– SPA; e no âmbito da Rede Ebserh;
c. Serviço de Planejamento de Insumos Assistenciais – VI. Grupo de Trabalho: de duração temporária, atua de
SPIA. forma consultiva ou executiva no nível técnico operacional,
Art. 11. São áreas vinculadas à Diretoria de na execução de ações ou projetos específicos, com prazo
Administração e Infraestrutura – DAI: preestabelecido, propondo soluções para problemas
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de determinados ou executando ações transversais que
Administração e Infraestrutura – APDAI; envolvam mais de uma área organizacional; e
II. Coordenadoria de Gestão de Suprimentos – CGS: a. VII. Núcleo Técnico Operacional: de duração perene,
Serviço de Gestão de Estoque – SGE; e b. Serviço de atua de forma consultiva ou executiva no nível técnico
Gestão de Patrimônio – SGPA; operacional, em temas específicos, instituídos em
III. Coordenadoria de Administração – CAD: consonância com as orientações da Administração Central
a. Serviço de Contratos e Convênios – SCC; da Ebserh ou por normativos e políticas públicas
b. Serviço de Compras e Licitações – SCL; relacionados ao ensino e à gestão hospitalar.
c. Serviço de Administração da Sede – SADS; e Parágrafo único. Poderão ser instituídos outros
d. Serviço de Compras Centralizadas – SCCEN; colegiados internos, além dos previstos nesse artigo, desde
IV. Coordenadoria de Infraestrutura Hospitalar e que não haja sobreposição e conflito de competências com
Hotelaria – CIH: os definidos neste Regimento Interno e atendam ao disposto
a. Serviço de Manutenção Predial, Projetos e Obras – no § 1º do artigo 14.
SMPO; Art. 14. Os Colegiados Internos com atuação no âmbito
b. Serviço de Engenharia Clínica – SEC; e da Administração Central serão instituídos por meio de
c. Serviço de Hotelaria Hospitalar – SHH. portaria emitida pela autoridade competente.
Art. 12. São áreas vinculadas à Diretoria de Tecnologia § 1º A portaria de instituição dos colegiados internos
da Informação – DTI: deverá conter, no mínimo, os seguintes itens:
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de I. objetivos e competências do colegiado;
Tecnologia da Informação – APDTI; II. composição, com a indicação de nomes dos cargos e
II. Serviço de Governança de Tecnologia da Informação funções específicas que representem as áreas
– SGTI; imprescindíveis à realização dos respectivos trabalhos, bem
III. Coordenadoria de Sistemas da Informação – CDSI: como previsão de substituição;
a. Serviço de Desenvolvimento de Sistemas – SDS; III. coordenador do colegiado interno;
b. Serviço de Arquitetura de Sistemas – SAS; e IV. área organizacional a qual o colegiado interno terá
c. Serviço de Saúde Digital e Inteligência de Dados – vínculo temático e de suporte ao seu funcionamento;
SDID; V. área(s) organizacional(is) ou gestor(es) ao qual o
IV. Coordenadoria de Infraestrutura, Suporte e colegiado interno deverá submeter os resultados da sua
Segurança de Tecnologia da Informação – CISTI: atuação;
a. Serviço de Infraestrutura e Segurança de Tecnologia VI. prazo para início e, no caso de comissões
da Informação – SISEG; e temporárias e grupos de trabalho, de encerramento das
b. Serviço de Suporte de Tecnologia da Informação – atividades com a previsão sobre a possibilidade de
STI. prorrogação;
VII. órgão superior responsável pela aprovação do
CAPÍTULO IV regimento interno do colegiado, com exceção de colegiados
DOS COLEGIADOS INTERNOS temporários; e
Art. 13. Para fins deste Regimento Interno os Colegiados VIII. previsão de participação de convidados.
Internos serão constituídos para atender as necessidades § 2º A portaria de que trata o parágrafo anterior deverá
explícitas e reconhecidas como relevantes, cujos objetos de ser precedida por nota técnica que apresente as motivações
atuação não possam ser resolvidos pelas áreas para sua instituição.
organizacionais isoladamente e podem organizar-se sob as § 3º A participação nos colegiados internos não será
seguintes formas: remunerada.
I. Câmara Técnica: de duração perene, atua de forma § 4º Os comitês e comissões permanentes terão seus
consultiva no nível tático, composta por profissionais de regimentos aprovados pela respectiva autoridade
referência na área de atuação, analisando detalhadamente competente.
temas específicos e de grande amplitude, como
padronizações técnicas e definições de melhores práticas; CAPÍTULO V
II. Centro de Competência: de duração perene ou DAS COMPETÊNCIAS
temporária, atua de forma consultiva no nível operacional, Seção I
composta por equipe multidisciplinar da Administração Das Competências Comuns
Central e dos HUFs da Rede Ebserh, analisando Art. 15. São competências comuns à Presidência, Vice-
detalhadamente temas de tecnologia da informação e Presidência, Diretorias, Coordenadorias, Supervisões e
propondo padronizações técnicas e definições de melhores Serviços:
práticas, quanto a sistemas e a infraestrutura de TI; I. acompanhar e apoiar a evolução dos projetos
III. Comissão: de duração perene ou temporária, atua de relacionados ao Planejamento Estratégico Organizacional
forma consultiva ou executiva no nível tático operacional, executados sob sua responsabilidade;
II. coordenar a integração e articulação entre os
analisando detalhadamente temas específicos e de grande
processos sob sua responsabilidade e destes com as demais
amplitude, procurando aprofundar discussões técnicas ou
áreas da Administração Central e dos HUFs da Rede
administrativas;
Ebserh;

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III. cumprir e fazer cumprir os Instrumentos Normativos e V. fomentar ações de atualização e projetos voltados ao
Decisórios de conteúdo técnico e administrativo necessários desenvolvimento científico e incorporação de novas
ao desenvolvimento dos processos sob sua tecnologias vinculadas às áreas e temas de sua competência
responsabilidade; VI. editar normas e procedimentos administrativos e
IV. estabelecer diretrizes, bem como procedimentos técnicos relativos à sua área de atuação, em articulação com
internos e fluxos de trabalho dentro da sua esfera de as demais Diretorias e a Consultoria Jurídica;
competência e em conformidade com os normativos da Rede VII. apoiar a estruturação dos hospitais da Rede Ebserh
Ebserh; para o processo de certificação e de recertificação como
V. prestar suporte e orientações técnicas, no âmbito de hospital de ensino;
suas competências, às áreas responsáveis pela execução VIII. promover eventos institucionais relacionados aos
dos processos sob sua responsabilidade nos HUFs da Rede temas sob sua responsabilidade;
Ebserh; IX. divulgar as atividades desenvolvidas no âmbito de
VI. monitorar o desenvolvimento da integridade e sua atuação;
transparência nos processos executados sob sua X. trabalhar de maneira articulada com as demais
responsabilidade; Diretorias, Vice-Presidência e Presidência, prestando o apoio
VII. realizar a identificação e avaliação de eventos de necessário ao desenvolvimento da Rede Ebserh;
riscos nos processos executados sob sua responsabilidade, XI. realizar articulação institucional com órgãos e
bem como estabelecer e monitorar atividades de controle entidades relacionadas à sua área de atuação; e
interno e mitigação de riscos; XII. gerenciar processos e celebrar parcerias que não
VIII. definir, registrar, monitorar, avaliar e compartilhar os exigem repasses financeiro, mediante a aprovação prévia da
resultados dos processos e projetos executados sob sua Diretoria Executiva.
responsabilidade, por meio da avaliação de indicadores e Parágrafo único. A edição de normas que sejam afetas a
metas; mais de uma diretoria serão aprovadas em Diretoria
IX. promover a gestão e melhoria contínua de processos Executiva.
sob sua responsabilidade, buscando a priorização daqueles Art. 17. São competências comuns às Assessorias de
que se alinham aos instrumentos norteadores da Rede Planejamento das Diretorias:
Ebserh; I. assessorar a organização e o funcionamento da
X. propor, acompanhar e apoiar os processos de Diretoria;
planejamento de compras, seleção de fornecedores e II. proceder a articulação da Diretoria em suas relações
fiscalização de contratos, das contratações realizadas sob administrativas com as demais Diretorias, com os HUFs da
sua responsabilidade no âmbito da Administração Central; Rede Ebserh, órgãos e entidades;
XI. atuar na elaboração do plano anual de compras III. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem
centralizadas, planejamento da contratação e seleção de discutidos e deliberados nas reuniões em que participe o
fornecedores de compras centralizadas das categorias de Diretor;
compras sob sua responsabilidade; IV. preparar os expedientes a serem despachados ou
XII. fornecer informações e relatórios gerenciais sobre assinados pelo Diretor;
todos os atos relacionados aos processos sob sua V. organizar a agenda de compromissos, eventos e
responsabilidade, para subsidiar a avaliação por parte de reuniões da Diretoria;
seus superiores e a elaboração de respostas institucionais VI. organizar viagens e visitas institucionais do Diretor,
aos órgãos de gestão, à coordenadoria da consultoria promovendo as medidas necessárias para a sua realização;
jurídica e aos órgãos de controle interno e externo; VII. realizar o recebimento, registro, triagem, distribuição,
XIII. propor, monitorar e apoiar a institucionalização e controle e arquivo de documentos e processos
melhoria de ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) encaminhados à Diretoria;
que suportem a execução dos processos sob sua VIII. realizar a manutenção e organização de arquivos
responsabilidade; digitais e físicos e demais materiais de interesse da Diretoria;
XIV. promover ações de sustentabilidade na instituição, IX. realizar estudos e pesquisas de interesse da
buscando a viabilidade econômica/ambiental/social nos Diretoria;
processos executados sob sua responsabilidade ou no X. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos de
âmbito das áreas gestoras sob sua responsabilidade; caráter transversal da Diretoria;
XV. promover o desenvolvimento de estudos e XI. conduzir o processo de solicitação e concessão de
coordenar ações que visem à inovação, à racionalização e diárias e passagens no âmbito da Diretoria;
ao dimensionamento otimizado dos serviços no âmbito de XII. coordenar as ações relacionadas ao planejamento
suas competências; tático e estratégico no âmbito da Diretoria; e
XVI. apoiar tecnicamente a Rede Ebserh em processos XIII. assessorar o Diretor em outros assuntos que lhe
de avaliação de necessidades de aquisição de tecnologias forem designados no âmbito da atuação da Diretoria.
em saúde, no âmbito das suas competências; Art. 18. São competências comuns às Coordenadorias e
XVII. gerir colegiados internos especificados no artigo aos Serviços:
13, relacionados aos temas sob sua responsabilidade; e I. orientar tecnicamente os HUFs da Rede Ebserh nos
XVIII. identificar lacunas de conhecimento no âmbito da assuntos relacionados à sua área de atuação;
sua área de atuação e propor, em conjunto com a Diretoria II. avaliar tecnicamente o planejamento, a execução e as
de Gestão de Pessoas (DGP), ações de capacitação da(s) revisões dos planos de aplicação de recursos e do Contrato
equipe(s) de trabalho. de Objetivos no que tange as categorias de compras sob sua
Art. 16. São competências comuns às Diretorias: responsabilidade;
I. propor e gerir as políticas relacionadas à área de III. subsidiar a diretoria na elaboração e no
atuação da Diretoria; monitoramento da execução do planejamento orçamentário
II. elaborar e monitorar a execução do planejamento da Administração Central no que tange as categorias de
orçamentário da Administração Central no que tange as compras sob sua responsabilidade;
categorias de compras sob sua responsabilidade; IV. propor e gerir as políticas relacionadas à área de
III. atuar na avaliação de pleitos assistenciais em relação
atuação da Diretoria;
a avaliação de alteração da oferta de serviços assistenciais
nos HUFs da Rede Ebserh, no que tange sua área de V. propor normas e procedimentos administrativos e
atuação; técnicos relativos à sua área de atuação; e
IV. contribuir com a formulação e qualificação de VI. realizar, no âmbito da área de atuação, atividades
políticas públicas relacionadas à sua área de atuação; demandadas pela Diretoria à qual se encontram vinculados.

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Seção II decisões.
Das Competências Específicas Art. 24. São competências da Assessoria – APRES:
Subseção I I. fazer a interlocução com as coordenadorias e serviços
Das Competências Específicas da Presidência da Presidência, sobre os assuntos afetos à Presidência;
Art. 19. São competências da Presidência – PRES: II. auxiliar o Presidente na articulação com a Vice-
I. dirigir os processos relacionados à comunicação Presidência, Diretorias, equipes de governança dos HUFs da
social e gestão documental; Rede Ebserh, órgãos e entidades;
II. dirigir os processos relacionados gestão de órgãos III. estudar e emitir pareceres nos assuntos que lhe
colegiados estatutários; forem submetidos para apoio à tomada de decisão do
III. dirigir os processos relacionados a apuração de Presidente;
responsabilidade, ao relacionamento com órgãos de controle IV. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos em
e à atuação jurídica da empresa; e articulação com as coordenadorias e assessorias da
IV. dirigir os processos relacionados à conformidade, Presidência; e
controle interno e gerenciamento de riscos. V. assessorar o Presidente em outros assuntos que lhe
Art. 20. São competências da Chefia de Gabinete da forem designados no âmbito da sua atuação.
Presidência – CG: Art. 25. São competências da Coordenadoria da
I. prestar assistência direta e imediata ao Presidente na Consultoria Jurídica – CONJUR:
preparação, na análise e no despacho do expediente; I. assessorar a Presidência, a Diretoria Executiva, o
II. coordenar os trabalhos da Secretaria-Geral e da Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, o Conselho
Assessoria Técnica; Consultivo, os Colegiados Executivos, as Superintendências
III. organizar as agendas internas e externas que tenham e demais áreas da empresa em assuntos de natureza
participação do Presidente; jurídica;
IV. subsidiar e auxiliar o Presidente na preparação de II. realizar advocacia preventiva na Rede Ebserh;
documentos para apresentação em eventos internos e III. avaliar a legalidade e a regularidade de atos e
externos à Ebserh, com a participação da Coordenadoria de procedimentos submetidos à análise;
Gestão da Rede (CGR) da Vice-Presidência e da IV. formular e supervisionar as teses jurídicas da Ebserh,
Coordenadoria de Comunicação Social (CCS), quando a serem uniformemente seguidas em sua área de atuação;
necessário; V. defender os interesses da empresa em ações judiciais
V. redigir, revisar, tramitar e organizar a correspondência e procedimentos extrajudiciais;
e outros documentos da Presidência da Ebserh; VI. prestar informações em mandado de segurança, com
VI. supervisionar o trabalho da Secretaria–Geral relativo subsídios prestados pelas áreas da empresa;
à gestão documental na empresa; e VII. Atuar em processos judiciais e extrajudiciais na
VII. supervisionar a operação dos órgãos colegiados. defesa de gestor e ex-gestor nos casos autorizados,
Art. 21. São competências da Secretaria-Geral – SG: conforme Norma de Defesa de Gestor da Ebserh;
I. gerir a operação dos órgãos colegiados e manter os VIII. assistir ao Presidente no controle interno da
registros das reuniões e resoluções; legalidade administrativa dos atos a serem por ele praticados
II. organizar e participar das reuniões dos órgãos ou já efetivados, e daqueles oriundos de órgão ou entidade
colegiados estatutários, bem como elaborar os documentos sob sua supervisão jurídica;
pertinentes relacionados às reuniões; IX. recomendar, de ofício, providências de natureza
III. editar e publicar o Boletim de Serviço da jurídica a serem adotadas em atendimento ao interesse
Administração Central; público e às normas vigentes, mediante elaboração de
IV. orientar a gestão documental na empresa; e manifestação jurídica própria;
V. gerir o repositório dos atos administrativos publicados X. editar portarias e atos normativos inerentes às suas
no Boletim de Serviço da Administração Central e os atribuições;
emitidos pelos órgãos sociais e estatutários da Ebserh. XI. propor à gestão da empresa a criação ou alteração
Art. 22. São competências da Assessoria Técnica – de normas;
ASTEC: XII. analisar e autorizar a não propositura de ações e a
I. dispensar assistência direta à Presidência; não interposição de recursos, assim como a estratégia de
II. assessorar a Presidência em viagens, promovendo e extinção das ações em curso ou de desistência dos
monitorando as ações necessárias; respectivos recursos judiciais, nos termos da legislação
III. contribuir com as atividades de expediente relativas à vigente e normativos internos;
Presidência; e XIII. autorizar pagamento de custas processuais,
IV. exercer outras atividades que lhe sejam atribuídas depósitos recursais, honorários periciais, condenações,
pela Presidência. multas e outras despesas processuais, conforme alçadas
Art. 23. São competências da Assessoria Parlamentar – estabelecidas em normativo próprio;
ASPAR: XIV. coordenar o desenvolvimento do Plano de Ações de
I. dispensar assistência direta e imediata ao Presidente Riscos Jurídicos;
em sua representação política; XV. controlar e monitorar os passivos contingentes
II. acompanhar, junto ao Congresso Nacional, os prováveis, possíveis e remotos da empresa; e
projetos de lei de interesse da empresa; XVI. realizar a projeção das despesas judiciais passíveis
III. analisar e elaborar respostas a requerimentos de de execução orçamentária e financeira em cada exercício.
informação de parlamentares; Parágrafo único. A Coordenadoria da Consultoria
IV. acompanhar a Presidência em audiências com Jurídica poderá, sem prejuízo do disposto nesse regimento
parlamentares; interno, elaborar regulamento próprio especificando as
V. atender a parlamentares e assessores parlamentares; competências dos Serviços, Divisões, Setores e Unidades
VI. coordenar e acompanhar a captação de recursos que compõem a estrutura centralizada de serviços dessa
orçamentários por intermédio de emendas parlamentares Coordenadoria.
para a administração central e para os hospitais Art. 26. São competências da Assessoria – ACONJUR:
universitários; I. assessorar o Consultor Jurídico nos assuntos de sua
VII. monitorar matérias de interesse da empresa relativas competência;
a assuntos legislativos e orientar as ações da Ebserh, em II. proceder a articulação da CONJUR em suas relações
articulação com a Consultoria Jurídica; e administrativas com as áreas assessoradas,
VIII. estudar e emitir parecer nos assuntos que lhe forem III. coordenar a distribuição de processos e documentos
submetidos, para que contribuam com a tomada de recebidos no Gabinete da Consultoria Jurídica;

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IV. gerenciar a capacitação dos colaboradores da Contencioso Geral – SCOG:
CONJUR; I. defender os interesses da empresa nas ações judiciais
V. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem em trâmite na justiça comum e em procedimentos
discutidos e deliberados nas reuniões em que participe o extrajudiciais;
Consultor Jurídico; II. acompanhar ações de controle abstrato de
VI. preparar os expedientes a serem despachados ou constitucionalidade e reclamações de interesse da Ebserh,
assinados pelo Consultor Jurídico; nos temas de sua competência; e III. coordenar a elaboração
VII. realizar estudos e pesquisas de interesse da das informações a serem prestadas em mandado de
CONJUR; segurança.
VIII. coordenar as ações relacionadas ao planejamento Art. 30. São competências do Serviço Jurídico de
tático e estratégico no âmbito da CONJUR; e Contencioso Trabalhista – SCOT:
IX. exercer outras funções delegadas pelo Consultor I. defender os interesses da empresa nas ações judiciais
Jurídico e demais competências estabelecidas em em trâmite na Justiça do Trabalho;
regulamento próprio. II. acompanhar ações de controle abstrato de
Art. 27. São competências da Assessoria de Inteligência constitucionalidade e reclamações de interesse da Ebserh,
de Dados e Apoio Administrativo – AIDA: nos temas de sua competência; e
I. coordenar a distribuição de processos e documentos III. coordenar a elaboração das informações a serem
destinados à Consultoria Jurídica; prestadas em mandado de segurança.
II. formular métodos, monitorar, otimizar e automatizar Art. 31. São competências do Serviço Jurídico de
processos internos, visando o aumento da eficiência Consultivo Administrativo – SCAD:
operacional da Consultoria Jurídica; I. prestar assessoramento jurídico, elaborar
III. realizar análises descritivas e preditivas, dando manifestações jurídicas e realizar estudos em matérias
suporte à Consultoria Jurídica em tomada de decisões e na administrativas ou finalísticas, em especial:
advocacia preventiva; a. governança corporativa;
IV. articular com outras áreas o desenho e estruturação b. proteção de dados pessoais; c. orçamento público e
de banco de dados e demais recursos tecnológicos; assuntos relacionados ao direito tributário e ao direito
V. coordenar as atividades desenvolvidas pelo apoio financeiro;
administrativo da Consultoria Jurídica; d. assuntos relacionados ao direito constitucional, ao
VI. gerenciar as atividades que envolvam análise contábil direito administrativo, ao direito empresarial, ao direito
ambiental e ao direito eleitoral; e. contratos de gestão
e elaboração de cálculos em processos judiciais;
especial com as Instituições Federais de Ensino Superior e
VII. exercer atividades de planejamento, elaboração e
protocolos de intenções;
acompanhamento do orçamento e despesas judiciais; e
f. assuntos relacionados ao Programa de Reestruturação
VIII. exercer outras funções delegadas pelo Consultor
dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf);
Jurídico e demais competências estabelecidas em
g. instrumentos formais de contratualização no âmbito
regulamento próprio. do SUS; h. assuntos relacionados à gestão hospitalar e à
Art. 28. São competências comuns dos Serviços assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio
Jurídicos: diagnóstico e terapêutico à população;
I. coordenar, supervisionar e orientar as respectivas i. biodireito;
áreas vinculadas, nas matérias de suas competências, j. assuntos relacionados ao ensino, pesquisa, extensão,
conforme especificado no Regulamento da Consultoria inovação, propriedade intelectual e ao relacionamento com
Jurídica; fundações de apoio e startups;
II. elaborar ações de planejamento das atividades k. licitações, contratos, convênios e instrumentos
jurídicas desenvolvidas pela área e suas vinculadas; congêneres; e
III. auxiliar na elaboração da proposta de Plano de l. assuntos relacionados à doação, alienação, cessão e
Gestão da Consultoria Jurídica; transferência de bens ou serviços.
IV. apresentar proposições normativas de Art. 32. São competências do Serviço Jurídico de
aprimoramento ou atualização de interesse da Consultoria Consultivo Trabalhista – SCTR:
Jurídica e da Ebserh; I. prestar assessoramento jurídico, elaborar
V. aprovar teses, modelos e manifestações, em matérias manifestações jurídicas e realizar estudos sobre:
relevantes de sua competência; a. matérias trabalhistas e previdenciárias, quando não
VI. propor orientações normativas e pareceres abrangidas pelas competências das demais áreas;
referenciais nas matérias de sua competência; b. matéria tributária, quando relacionada aos tributos
VII. submeter ao Consultor Jurídico propostas e decorrentes do vínculo de empregatício;
recomendações que impliquem criação ou alteração de c. proposição legislativa de interesse da Ebserh que trate
normas da empresa; de matéria relacionada a pessoal;
VIII. avocar processos das áreas vinculadas sempre que d. procedimentos éticos e disciplinares; e
julgar necessário; e. Estatuto Social, Regimento Interno e outros
IX. resolver divergências de entendimentos jurídicos normativos da Ebserh, exceto aqueles nos quais a matéria
entre as áreas vinculadas; predominante esteja abrangida pelas competências das
X. deliberar sobre conflito de competências, positivo ou demais áreas.
negativo, entre áreas vinculadas; Art. 33. São competências da Coordenadoria da
XI. submeter à deliberação superior conflito de Corregedoria-Geral – COGER:
competências, positivo ou negativo, que envolva a sua área I. coordenar, orientar e supervisionar a execução das
com outra não vinculada; atividades inerentes à sua área de atuação, inclusive no que
XII. estudar e propor medidas com vistas à prevenção e se refere às ações preventivas, objetivando a melhoria do
ao encerramento de litígios judiciais e extrajudiciais; padrão de qualidade no processo de gestão e, como
XIII. propor treinamento e capacitação de sua equipe de consequência, na prestação de serviços à sociedade;
trabalho; II. propor ao Conselho de Administração a redação e/ou
XIV. propor a implementação de novas ferramentas e revisão de normas relativas às atividades de apuração de
tecnologias com vistas à otimização das rotinas responsabilidade administrativa de agentes públicos e de
administrativas da Consultoria Jurídica; e pessoas jurídicas no âmbito da Ebserh;
XV. desenvolver quaisquer outras atividades que lhe III. editar resoluções administrativas correcionais para
forem atribuídas pelos superiores hierárquicos. orientar a aplicação das normas de apuração de
Art. 29. São competências do Serviço Jurídico responsabilidade e a adequação da Ebserh às instruções
normativas da Controladoria–Geral da União;
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IV. receber denúncias envolvendo desvio de conduta de acordo com normas de Cerimonial e Protocolo;
agentes públicos em atuação na Ebserh e de pessoa XI. desenvolver, regulamentar e monitorar o uso correto
jurídica, nos termos da Lei nº 12.846/2013, realizar o juízo de e padronizado da marca e demais elementos relacionados à
admissibilidade e adotar os procedimentos correcionais identidade visual da empresa, disponibilizadas na intranet,
cabíveis, nos termos das normas internas de apuração de internet, redes sociais, banners, cartazes, folders e demais
responsabilidade; publicações institucionais;
V. fiscalizar o andamento dos procedimentos XII. coordenar, elaborar ou editar material gráfico ou
correcionais previstos nas normas internas de apuração de audiovisual com vistas à divulgação da empresa para o
responsabilidade e o preenchimento dos sistemas público interno ou externo;
correcionais mantidos pela Controladoria–Geral da União no XIII. estabelecer, em parceria com os HUFs da Rede
âmbito da Ebserh, podendo solicitar relatórios periódicos dos Ebserh, diretrizes para envio de mensagens dos diversos
Superintendentes; setores da Ebserh aos empregados da Administração
VI. coordenar, capacitar e orientar tecnicamente as Central e das filiais;
comissões internas de apuração de responsabilidade, XIV. planejar, gerenciar, propor e monitorar ações de
podendo solicitar empregados públicos para compor comunicação para meios digitais como internet, tecnologia
comissões internas de apuração de responsabilidade móvel, redes sociais e blogs, em parceria com a Diretoria de
referentes a fatos praticados em áreas distintas; Tecnologia da Informação (DTI); e
VII. encaminhar anualmente ao Conselho de XV. desenvolver a estratégia de imagem, prevenção e
Administração dados consolidados e sistematizados, tratamento de crises em comunicação.
relativos aos resultados procedimentos de apuração de Art. 35. São competências do Serviço de Produção de
responsabilidade de agentes públicos; Conteúdo – SPC:
VIII. avocar, em qualquer fase processual, os processos I. executar o mapeamento de pautas institucionais e, a
investigativos ou punitivos instaurados nos HUFs da Rede partir do levantamento, produzir conteúdo jornalístico para a
Ebserh, nos termos da norma interna de apuração de empresa;
responsabilidade, quando verificada a omissão da autoridade
II. planejar e executar conteúdo para as redes sociais da
responsável ou devido à complexidade e relevância da
matéria; empresa; III. produzir e orientar os trabalhos para a produção
IX. examinar e instruir, a qualquer tempo antes da de vídeos institucionais e jornalísticos;
decisão final, processos de apuração de responsabilidade IV. produzir, gerenciar e alimentar o site institucional e a
que lhe forem encaminhados; intranet com conteúdos jornalísticos, mediante consulta às
X. julgar processos disciplinares em face de quaisquer áreas responsáveis;
empregados públicos da Ebserh nas hipóteses de infração V. criar e produzir informativos internos dirigidos aos
leve; empregados da empresa;
XI. encaminhar recursos em processos de apuração de VI. realizar cobertura jornalística e fotográfica de eventos
responsabilidade de agentes públicos à Diretoria Executiva institucionais; e
ou ao Presidente para julgamento, nos termos da norma VII. gerenciar a publicação de conteúdos administrativos
interna específica;
no site da internet e intranet.
XII. atuar como unidade Setorial do Sistema de
Art. 36. São competências do Serviço de Eventos e
Correição do Poder Executivo Federal, conforme previsão do
Decreto nº 10.768/2021, zelando pelo cumprimento de atos Promoção Institucional – SEPI:
normativos da Controladoria-Geral da União; e I. elaborar e implementar estratégias de relacionamento
XIII. assessorar os membros da Diretoria Executiva e do com os diversos públicos da Ebserh;
Conselho de Administração em matérias inerentes à sua II. planejar e executar a gestão de eventos institucionais,
área de atuação. incluindo as atividades de cerimonial e protocolo;
Art. 34. São competências da Coordenadoria de III. definir as diretrizes táticas da comunicação
Comunicação Social – CCS: organizacional em alinhamento com as diretrizes da
I. planejar, orientar, coordenar e supervisionar as governança corporativa e a comunicação institucional;
atividades de comunicação da Ebserh, quanto a jornalismo, IV. desenvolver e avaliar o uso correto e padronizado da
publicidade e relações públicas, alinhadas às políticas de marca da Ebserh; e
Comunicação do MEC;
V. produzir e orientar os trabalhos de editoração e
II. elaborar, supervisionar e avaliar a execução do Plano
Anual de Comunicação; produção gráfica de materiais relacionados à Ebserh com
III. difundir objetivos, serviços, ações, imagem, papel e vistas à divulgação da empresa para o público interno ou
importância da Ebserh; externo.
IV. orientar tecnicamente as Unidades de Comunicação Art. 37. São competências do Serviço de
Social das filiais da Ebserh na execução de suas atividades; Relacionamento com a Imprensa – SRI:
V. intermediar o relacionamento da Ebserh com os I. intermediar, assessorar, orientar e promover o
veículos e profissionais de imprensa; relacionamento da Rede Ebserh com os veículos e
VI. produzir, organizar e divulgar, interna e profissionais de imprensa;
externamente, material de comunicação institucional relativo II. responder demandas da imprensa sobre as atividades
ao trabalho da empresa; da Ebserh e dar apoio nas demandas dos HUFs da Rede
VII. subsidiar os órgãos de direção da Ebserh em relação
Ebserh;
ao comportamento e à imagem da empresa na mídia, por
III. editar, produzir, organizar e divulgar para a imprensa
meio de monitoramento e avaliação das informações a
respeito da instituição, divulgadas pelos veículos de material jornalístico relativo às ações da Ebserh e hospitais,
imprensa; mediante consulta às áreas responsáveis;
VIII. orientar os empregados porta–vozes da empresa IV. monitorar, selecionar e avaliar as informações sobre
sobre como lidar adequadamente com a imprensa; a Ebserh, divulgadas pelos veículos de imprensa, de forma a
IX. assessorar a Presidência, as Diretorias e demais subsidiar os gestores para a tomada de decisão e proteger a
órgãos da Ebserh nas ações que envolvam comunicação imagem da empresa; e
social, promoção institucional e realização de eventos V. gerir e monitorar crises de comunicação na imprensa.
institucionais; Art. 38. As competências da Assessoria de
X. estabelecer e administrar processos e procedimentos Conformidade, Controle Interno e Gerenciamento de Riscos
para a realização de solenidades e eventos institucionais, de – ACCIGR estão previstas no artigo 96 do Estatuto Social.

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Subseção II da Rede – CGR:
Das Competências Específicas da Vice-Presidência I. coordenar os processos de planejamento para
Art. 39. Sem prejuízo do disposto no artigo 57 do incorporação de novos HUFs à Rede Ebserh;
Estatuto Social da empresa, são atribuições do Vice- II. coordenar os processos de formalização, alteração e
Presidente: monitoramento dos Contratos de Gestão Especial com as
I. assistir ao Presidente na supervisão, coordenação, Instituições Federais de Ensino Superior;
monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas pelas III. coordenar os processos de monitoramento,
Diretorias e pelas Filiais; articulação e integração da Rede Ebserh;
II. substituir o Presidente em suas ausências e IV. coordenar o processo de planejamento, avaliação e
impedimentos; monitoramento da aplicação de recursos nos HUFs da Rede
III. deliberar sobre pleitos de alteração da oferta de Ebserh;
serviços assistenciais nos HUFs da Rede Ebserh; e V. coordenar a Comissão Permanente de Análise de
IV. coordenar e articular a atuação dos(as) Diretores(as) Pleitos Assistenciais na avaliação de alteração da oferta de
para o alcance dos resultados institucionais. serviços assistenciais nos HUFs da Rede Ebserh;
Art. 40. São competências da Vice-Presidência – VP: VI. coordenar o processo de monitoramento de
I. dirigir os processos relacionados à Estratégia resultados dos HUFs da Rede Ebserh; e
Organizacional, Arquitetura Organizacional e Arquitetura de VII. coordenar a operacionalização do Programa de
Processos da Rede Ebserh; Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais
II. dirigir a elaboração, revisão e implementação do (Rehuf).
Estatuto Social e do Regimento Interno da Administração Art. 44. São competências da Supervisão de Contratos
Central e dos HUFs da Rede Ebserh; de Gestão – SCG:
III. dirigir ações de implementação e fortalecimento da I. avaliar a viabilidade de incorporações de novos HUFs
gestão por processos, de gestão da mudança, de gestão de à Rede Ebserh, em conjunto com as Diretorias da
projetos, de gestão da inovação corporativa e da gestão do Administração Central;
conhecimento na Rede Ebserh; II. conduzir o processo de formalização e alteração dos
IV. dirigir acordos e projetos de cooperação técnica com Contratos de Gestão Especial com as Instituições Federais
organismos internacionais; de Ensino Superior; e
V. dirigir o planejamento para incorporação de novos III. monitorar e avaliar o cumprimento das obrigações
HUFs à Rede Ebserh; pactuadas nos Contratos de Gestão Especial.
VI. gerir os processos relacionados aos Contratos de Art. 45. São competências da Supervisão de Programas
Gestão Especial; Governamentais – SPG:
VII. dirigir os processos de monitoramento, articulação e I. conduzir o processo de elaboração, formalização,
integração da Rede Ebserh; e monitoramento, avaliação e alterações dos Planos de
VIII. coordenar o processo de Tomada de Contas Aplicação de Recursos e dos Contratos de Objetivos;
Especial. II. elaborar estudos e análises estratégicas acerca da
Art. 41. São competências da Chefia de Gabinete da execução orçamentária da Rede Ebserh; e
Vice-Presidência - CGVP: III. operacionalizar o Rehuf.
I. auxiliar na condução da gestão interna e execuções Art. 46. São competências da Supervisão de
das atividades administrativas vinculadas à Vice-Presidência Desempenho dos HUFs – SDHUF:
da Ebserh em articulação com as Assessorias de I. promover a cultura de gestão por indicadores com
planejamento, Assessoria da Vice-Presidência e Chefia de vistas a acompanhar os resultados da Rede Ebserh e
Gabinete da Presidência; fomentar o aprimoramento da gestão;
II. auxiliar o Vice-Presidente em suas relações II. orientar a Rede Ebserh na formulação e análise de
administrativas com a Presidência, Diretorias, equipes de indicadores;
governança dos HUFs da Rede Ebserh, órgãos e entidades; III. monitorar o desempenho dos HUFs da Rede Ebserh;
III. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem e
discutidos e deliberados nas reuniões em que participe o IV. consolidar informações gerenciais dos HUFs da Rede
Vice-Presidente; Ebserh com o apoio das demais Diretorias para subsidiar a
IV. organizar os expedientes a serem despachados ou alta gestão da Ebserh na avaliação e tomada de decisão.
assinados pelo Vice-Presidente; Art. 47. São competências da Supervisão de
V. gerir a agenda do Vice-Presidente; Relacionamento dos HUFs – SRHUF:
VI. assistir ao Vice-Presidente em viagens e visitas, I. acompanhar, em conjunto com as Diretorias, os HUFs
promovendo as medidas necessárias para a sua realização; da Rede Ebserh, identificando necessidades de suporte,
VII. realizar o recebimento, registro, triagem, distribuição, orientação e atuação para aprimoramento da gestão;
controle e arquivo de documentos e processos recebidos na II. coordenar ações transversais e integradas para
Vice-Presidência; e atendimento de demandas dos hospitais priorizadas pela alta
VIII. realizar a manutenção e organização de arquivos gestão da Ebserh; e
digitais e físicos e demais materiais de interesse da Vice- III. conduzir com o apoio das Diretorias o processo de
Presidência. planejamento da incorporação de novos HUFs à Rede
Art. 42. São competências da Assessoria – AVP: Ebserh.
VI. fazer a interlocução com as coordenadorias, Art. 48. São competências da Coordenadoria de
supervisões e serviços da Vice-Presidência, sobre os Estratégia e Inovação Corporativa – CEIC:
assuntos afetos à Vice-Presidência; I. coordenar os processos de elaboração, revisão e
VII. auxiliar o Vice-Presidente na articulação com a implementação da Arquitetura Organizacional da Rede
Presidência, Diretorias, equipes de governança dos HUFs da Ebserh;
Rede Ebserh, órgãos e entidades; II. coordenar a elaboração, revisão e implementação do
VIII. estudar e emitir pareceres nos assuntos que lhe Estatuto Social e do Regimento Interno da Administração
forem submetidos para apoio à tomada de decisão do Vice- Central e dos HUFs da Rede Ebserh;
Presidente; III. coordenar os processos de definição,
IX. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos em desdobramento, monitoramento e revisão da estratégia
articulação com as coordenadorias da VicePresidência; e organizacional da Rede Ebserh;
X. assessorar o Vice-Presidente em outros assuntos que IV. coordenar os processos de elaboração e revisão da
lhe forem designados no âmbito da sua atuação. Cadeia de Valor e Arquitetura de Processos da Rede
Art. 43. São competências da Coordenadoria de Gestão Ebserh;

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V. coordenar as ações de implementação e Subseção III
fortalecimento da gestão por processos, de gestão da Das Competências Específicas da Diretoria de
mudança, de gestão de projetos, de gestão da inovação Orçamento e Finanças
corporativa e da gestão do conhecimento na Rede Ebserh; e Art. 53. São competências da Diretoria de Orçamento e
VI. coordenar a elaboração, execução, monitoramento e Finanças – DOF:
revisão dos projetos de cooperação técnica. I. planejar, implementar e controlar as políticas e
Art. 49. São competências do Serviço de Gestão por diretrizes de gestão orçamentária, financeira e contábil no
Processos – SGPS: âmbito da Administração Central e filiais;
I. gerir a elaboração e revisão da Cadeia de Valor e II. apoiar e monitorar as filiais da Ebserh no
Arquitetura de Processos da Rede Ebserh; planejamento, implementação e controle de seus respectivos
II. gerir o Escritório de Processos da Administração orçamentos e desempenhos institucionais, de acordo com as
Central e orientar a estruturação e funcionamento dos características definidas no planejamento de cada HUF da
Escritórios de Processos no âmbito dos HUFs da Rede Rede Ebserh;
Ebserh; III. planejar, gerenciar e monitorar a execução
III. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão e melhoria orçamentária e financeira da Rede Ebserh com as medidas
contínua de processos; necessárias à manutenção da sustentabilidade orçamentária
IV. conduzir iniciativas de gestão e melhoria contínua de e financeira da empresa;
processos priorizados no âmbito da Administração Central; e IV. disponibilizar para a Rede Ebserh informações
V. orientar e monitorar a priorização de processos nos gerenciais atualizadas de natureza orçamentária, financeira
e de desempenho com a finalidade de contribuir para a
HUFs da Rede Ebserh, promovendo a articulação entre os
tomada de decisão nas diversas instâncias de gestão e para
HUFs, entre as Diretorias e os HUFs, e entre as Diretorias a sustentabilidade da empresa;
para potencializar iniciativas de gestão por processos em V. estabelecer diretrizes para a gestão de custos da
rede. empresa, bem como monitorar e avaliar a implantação de
Art. 50. São competências do Serviço de Gestão sistemas e indicadores de custos; e
Estratégica – SEGES: VI. apresentar à Diretoria Executiva as Demonstrações
I. gerir a elaboração, revisão e implementação da Financeiras da empresa.
Arquitetura Organizacional da Rede Ebserh; Art. 54. São competências da Coordenadoria de
II. gerir a elaboração, revisão e implementação do Planejamento e Execução Orçamentária – CPEO:
Estatuto Social e do Regimento Interno da Administração I. coordenar a elaboração e consolidação da
Central e dos HUFs da Rede Ebserh; programação e reprogramação dos orçamentos anuais e
plurianuais no âmbito da Rede Ebserh;
III. conduzir a elaboração do Plano Estratégico da Rede
II. coordenar, analisar e acompanhar as atividades afetas
Ebserh, promovendo sua revisão e atualização
ao planejamento, programação, acompanhamento, controle
tempestivamente; e execução orçamentária no âmbito da Ebserh,
IV. conduzir a priorização de projetos, indicadores e resguardados os devidos limites de alçada das instâncias
metas estratégicas; responsáveis em cada unidade gestora (UG) vinculada à
V. monitorar e avaliar os indicadores e metas do Plano empresa;
Estratégico; III. realizar a interlocução junto às demais áreas da
VI. orientar as Diretorias e os HUFs da Rede Ebserh empresa e às setoriais dos órgãos superiores envolvidos,
quanto ao desdobramento da estratégia em seus Planos quanto às ações necessárias ao tratamento das questões
Diretores; e VII. monitorar e avaliar o alinhamento entre o relativas ao planejamento e a execução do orçamento no
Plano Estratégico da Rede Ebserh e os Planos Diretores âmbito da Rede Ebserh; e
Estratégicos (PDEs) dos HUFs da Rede Ebserh. IV. acompanhar, bem como fazer divulgar, e orientar
com vistas ao cumprimento das determinações,
Art. 51. São competências do Serviço de Gestão de
recomendações e orientações emanadas pelos órgãos de
Projetos – SGP: controle e órgãos setorial e central dos Sistemas de
I. orientar e avaliar a elaboração dos projetos Planejamento, Orçamento e de Administração Financeira
estratégicos e dos projetos previstos nos PDEs; Federal, no que se refere à sua área de competência.
II. monitorar e avaliar a execução dos projetos do Plano Art. 55. São competências do Serviço de Execução
Estratégico da Rede Ebserh; Orçamentária e Financeira – SEOF:
III. monitorar a execução do portfólio dos projetos dos I. controlar e realizar a execução orçamentária e
PDEs; e financeira da Administração Central, em todas as suas
IV. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão de projetos e etapas;
gestão da mudança. II. analisar a instrução de processos de solicitação de
Art. 52. São competências do Serviço de Gestão da empenho, emitir as notas de empenho e monitorar seus
respectivos saldos;
Inovação Corporativa e do Conhecimento – SGIC:
III. analisar a instrução de processos de solicitação de
I. gerir processos de inovação corporativa e gestão do
pagamento, realizar a liquidação da despesa e a emissão da
conhecimento no âmbito da Administração Central; ordem de pagamento; e
II. gerir o Escritório de Gestão do Conhecimento da Rede IV. acompanhar o resultado dos pagamentos
Ebserh e orientar a estruturação e funcionamento dos
executados, manter interlocuções com as entidades
Escritórios no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh;
envolvidas no processo, notificar as áreas demandantes e
III. prospectar parcerias e cooperações técnicas visando
providenciar a regularização de inconsistências, conforme
o alcance dos objetivos estratégicos organizacionais;
orientação, no âmbito da Administração Central.
IV. gerir os processos de elaboração, execução,
Art. 56. São competências do Serviço de Gestão
monitoramento e revisão dos projetos de cooperação técnica
Orçamentária – SGO:
com organismos internacionais;
I. gerenciar as dotações orçamentárias no âmbito da
V. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão do
Ebserh, resguardados os devidos limites de alçada das
conhecimento, gestão da inovação corporativa e
instâncias responsáveis;
cooperações técnicas; e
II. realizar e monitorar os pedidos de alterações
VI. orientar a elaboração dos projetos de cooperação
orçamentárias no âmbito da Ebserh, providenciado as
técnica e parcerias firmadas pelas diretorias e pelos HUFs
articulações necessárias com as demais áreas envolvidas;
da Rede Ebserh.
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III. recepcionar e avaliar as demandas que promovam VI. realizar e controlar os cadastros de usuários no Siafi,
impacto no orçamento, indicar a classificação e conceder a no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais
disponibilidade e, se necessário, descentralização de (Siasg) e demais sistemas oficiais na alçada da
créditos no âmbito da Ebserh, observando o planejamento e contabilidade;
programação aprovados, os limites orçamentários VII. realizar e controlar os cadastros de pessoa jurídica
disponíveis, respeitadas as competências das demais áreas da empresa nos órgãos competentes; e
responsáveis pelas solicitações; e VIII. realizar conformidade de registro de gestão no Siafi.
IV. recepcionar e avaliar as demandas de Art. 61. São competências do Serviço de Gestão
descentralização de créditos no âmbito da Ebserh, Financeira – SGF:
observando o planejamento e programação aprovados, os I. elaborar e monitorar a programação financeira mensal
limites orçamentários disponíveis, respeitando as da Ebserh;
competências das demais áreas demandantes. II. gerenciar o fluxo de caixa de recursos financeiros da
Art. 57. São competências do Serviço de Planejamento Ebserh, monitorando os saldos de recursos a receber e a
Orçamentário – SPO: repassar e as disponibilidades financeiras da empresa;
I. promover, orientar, e consolidar o planejamento III. apurar, gerenciar e monitorar o fluxo de receita de
orçamentário anual e plurianual, no âmbito da Ebserh; produção SUS da Rede Ebserh; e
II. orientar e avaliar as demandas, justificar e elaborar a IV. realizar apuração de contas contábeis para um
proposta, realizar o acompanhamento, monitoramento e as adequado encerramento do exercício financeiro da Ebserh. 2
revisões do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal, da
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Subseção IV
Anual (LOA) no âmbito da Ebserh; Das Competências Específicas
III. realizar e consolidar, dentro dos seus limites de da Diretoria de Gestão de Pessoas
alçada, as projeções e estudos necessários ao planejamento Art. 62. São competências da Diretoria de Gestão de
orçamentário da Ebserh, incluindo despesas obrigatórias e Pessoas – DGP:
discricionárias; e IV. estruturar, controlar e monitorar as I. gerir e articular ações relativas aos processos de
principais bases de dados orçamentárias da Diretoria. planejamento, administração, avaliação e desenvolvimento
Art. 58. São competências da Coordenadoria de da força de trabalho, com todas as instâncias de gestão da
Contabilidade e Finanças – CCF: Ebserh e com outras entidades públicas ou privadas;
I. coordenar, supervisionar, avaliar e propor melhorias às II. dirigir e articular com as demais diretorias os
atividades relacionadas à contabilidade, finanças e controle processos de gerenciamento de vagas, dimensionamento de
de custos; pessoas, seleção e provimento, monitoramento de pessoas e
II. avaliar, monitorar e controlar o fluxo das receitas dos decisão sobre contratações, observando as necessidades
HUFs da Rede Ebserh no âmbito do SUS; que garantam o pleno funcionamento da Rede da Ebserh;
III. avaliar, monitorar, controlar e apurar a necessidade III. dirigir as ações de Segurança e Medicina do Trabalho
de recursos financeiros a receber do Órgão Setorial, bem na Rede Ebserh, em articulação com as demais Diretorias e
como do Fundo Nacional de Saúde/MS; órgãos da Presidência;
IV. coordenar a elaboração das Demonstrações IV. articular, desenvolver e implementar, em conjunto
Financeiras, trimestrais e anuais, da empresa; com outras entidades públicas ou privadas, projetos e ações,
V. solicitar às demais áreas da empresa as informações bem como quaisquer outras contribuições que possibilitem
necessárias para a correta compatibilidade dos registros melhoria dos processos de gestão de pessoas na Ebserh;
contábeis; V. gerir o aperfeiçoamento dos Planos de Cargos,
VI. acompanhar a regularidade da empresa nos órgãos Carreiras e Salários, de Benefícios e de Cargos em
fiscais e comerciais; Comissão e Funções Gratificadas para a Ebserh, em
VII. coordenar a elaboração e envio das declarações articulação com as demais Diretorias e os órgãos da
acessórias; Administração Pública Federal;
VIII. supervisionar e orientar as atividades de VI. dirigir a formação, capacitação e a avaliação dos
conformidade de gestão e contábil; colaboradores da Ebserh, em consonância com o presente
IX. coordenar, supervisionar e propor métodos de Regimento Interno e com o planejamento da instituição, bem
apuração e mensuração da eficiência do gasto; e como de acordo com as necessidades institucionais da
X. disciplinar os prazos e procedimentos para o Ebserh;
encerramento de exercício financeiro. VII. implementar políticas de integração da força de
Art. 59. São competências do Serviço de Informações trabalho, em articulação com as demais Diretorias, Equipes
Gerenciais e Gestão de Custos – SIGC: de Governança das filiais e órgãos da Administração Pública;
I. apurar, monitorar e analisar as informações de custos VIII. gerir a divulgação de informações relativas à política
hospitalares da Rede Ebserh; de gestão de pessoas, bem como sobre as atribuições,
II. propor e realizar, dentro de suas competências, funções, direitos e deveres de empregados e demais
estudos técnicos e indicadores que contribuam para colaboradores no âmbito da Ebserh, em articulação com a
apuração do desempenho financeiro e mensuração da Coordenadoria de Comunicação Social;
eficiência do gasto da empresa; e IX. articular, no âmbito de suas atribuições, com órgãos
III. gerenciar plataforma de informações gerenciais de de classe e sindicais, informações e condições relacionados
natureza orçamentária, financeira e de desempenho da ao trabalho na Ebserh;
empresa. X. negociar acordos coletivos de trabalho da Ebserh com
Art. 60. São competências do Serviço de Contabilidade – as entidades sindicais representativas dos empregados,
SC: mediante assessoramento da Coordenadoria da Consultoria
I. elaborar e analisar relatórios e documentos pertinentes Jurídica; e
à contabilidade da Ebserh; XI. formular os programas de estágio não obrigatório e
II. elaborar as Demonstrações Financeiras Consolidadas de jovens aprendizes da Ebserh.
da Ebserh; Art. 63. São competências da Coordenadoria de
III. realizar registros Contábeis Patrimoniais e orientar a Planejamento de Pessoal – CPP:
execução orçamentária e financeira, quando couber; I. coordenar os processos de solicitação e controle de
IV. realizar a conformidade contábil da Unidade no vagas, dimensionamento, monitoramento, seleção e
Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi); provimento da força de trabalho própria e cedida da Ebserh,
V. elaborar as declarações acessórias para os órgãos de acordo com as necessidades de cada HUF da Rede
fazendários; Ebserh;

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II. planejar e gerir os processos de contratação de V. executar o Programa de Estágio não obrigatório da
recursos humanos, através da realização de concursos Ebserh; e
públicos, processos seletivos e contratação de estagiários e VI. executar o Programa Jovem aprendiz da Ebserh.
aprendizes; Art. 67. São competências da Coordenadoria de
III. coordenar processo de movimentação da força de Administração de Pessoal – CAP:
trabalho; I. coordenar a elaboração da proposta orçamentária
IV. desenvolver a integração dos empregados da relativa à folha de pagamento da Ebserh;
Ebserh, em articulação com as demais Diretorias, os órgãos II. manter atualizado o controle de cargos
da Presidência e as Equipes de Governança das filiais; e comissionados, funções e gratificações do quadro de
V. implantar e gerir os Programas de Estágio e pessoal da Rede Ebserh;
Aprendizagem da Rede Ebserh. III. preparar atos de nomeação e exoneração de cargos
Art. 64. São competências do Serviço de efetivos e comissionados;
Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal – SEDIMP: IV. coordenar a admissão e demissão dos empregados
I. realizar dimensionamento de pessoal, de acordo com o da Ebserh;
planejamento assistencial e os processos de trabalho, em V. coordenar os processos relativos à Segurança e
articulação com as demais áreas técnicas e equipe de Medicina do Trabalho e à Saúde e Segurança do Trabalho
governança dos HUFs da Rede Ebserh; da Rede Ebserh;
II. instruir processo, em conjunto com as demais áreas VI. gerenciar a elaboração da política salarial e de
técnicas, de solicitação de vagas junto aos órgãos concessão de gratificações e benefícios, elaborando os
competentes; estudos de impacto financeiro;
III. elaborar, validar e revisar metodologia de VII. coordenar a execução da folha de pagamentos da
dimensionamento de pessoal; empresa, conforme o Plano de Cargos, Carreiras, Salários e
IV. gerir o quadro de vagas autorizadas; Plano de Vantagens e Benefícios; e
V. monitorar e orientar os HUFs da Rede Ebserh quanto VIII. coordenar o cadastro, documentação e registro dos
a lotação dos colaboradores da empresa; empregados efetivos, temporários e cedidos à Ebserh.
VI. acompanhar a tabela de Cargos da Rede Ebserh com Art. 68. São competências do Serviço de Documentação
o objetivo de sugerir a alteração, extinção e/ou criação de e Registro – SDR:
novos cargos/especialidades, baseado em tendências e I. gerir o cadastro dos empregados efetivos, temporários
pesquisas; e ocupantes de cargo em comissão ou função gratificada da
VII. manter atualizado os dados e informações referentes Ebserh;
à força de trabalho da Rede Ebserh; II. gerenciar os processos de cessão e requisição de
VIII. monitorar, permanentemente, o quadro de pessoal empregados e servidores da Rede Ebserh e elaborar atos
da Rede Ebserh, considerando todos os regimes e natureza relativos à gestão de pessoas;
de contratação; III. manter e conservar o arquivo de documentos
IX. elaborar proposta com plano de ação visando a funcionais dos empregados e colaboradores da Ebserh;
adequação de serviços, realocação e/ou ampliação do IV. gerir processos relativos ao cadastro, concessão de
quadro de pessoal em articulação com as demais áreas férias, afastamentos funcionais não relacionados à saúde,
técnicas e equipe de governança dos HUFs da Rede Ebserh; frequência, banco de horas e escalas de trabalho;
e V. elaborar atos de pessoal, de nomeação, transferência,
X. pesquisar, estudar e buscar metodologias/técnicas apostilamentos, substituição e exoneração e controlar o
utilizadas e/ou propostas para monitoramento de pessoal, provimento dos Cargos Comissionados e Funções
considerando as necessidades da Rede Ebserh. Gratificadas; e
Art. 65. São competências do Serviço de Análise e VI. providenciar relatórios e declarações de dados
Estudo de Pessoal – SAEP: cadastrais dos empregados efetivos, temporários e
I. gerenciar plataforma de informações gerenciais ocupantes de cargo em comissão ou função gratificada da
relativas a dimensionamento e monitoramento de pessoal, Rede Ebserh.
seleção e provimento de pessoal, cadastro de pessoal, Art. 69. São competências do Serviço de Pagamento de
saúde ocupacional, pagamento de pessoal, desenvolvimento Pessoal – SPP:
de pessoal e relações do trabalho; I. gerir a folha de pagamento da Rede Ebserh;
II. prover a DGP de indicadores de resultado e pontos de II. gerir as atividades necessárias aos recolhimentos dos
avaliação, através de estudos técnicos sobre os dados encargos sociais;
produzidos pelos Serviços vinculados; III. analisar os documentos de cobrança e providenciar o
III. articular, junto aos Serviços da DGP, a construção de ressarcimento de salários e encargos sociais de servidores
projetos e programas de aperfeiçoamento da política de cedidos por outros órgãos à Rede Ebserh;
gestão de pessoas; e IV. efetuar a cobrança de salários e encargos sociais de
IV. propor inovações e auxiliar na implementação de empregados da EBSERH cedidos para outros órgãos;
melhorias dos processos e metodologias de trabalho dos V. orientar as Divisões de Gestão de Pessoas (DivGPs)
Serviços vinculados à DGP. dos HUFS da Rede Ebserh sobre procedimentos de cálculos
Art. 66. São competências do Serviço de Seleção e e pagamento de remuneração, utilização dos sistemas e
Provimento de Pessoal – SESP: aplicação da legislação, normativos e fluxos pertinentes às
I. implementar processos de contratação de recursos atividades e processos de pagamento de pessoal;
humanos para a Ebserh, incluindo concurso público e a VI. elaborar e executar as rotinas anuais referentes à
realização de processos seletivos para as diversas formas Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF); e
de provimento para cargos temporários, emergenciais ou VII. elaborar projeção detalhada de gastos com pessoal
comissionados; para inclusão e acompanhamento no Orçamento Anual, bem
II. executar a Política de movimentação de empregados como fundamentar possíveis necessidades de
na Rede Ebserh, propondo normativos e observando as suplementação de recursos orçamentários e financeiros.
legislações vigentes; Art. 70. São competências do Serviço de Saúde
III. realizar a convocação de candidatos aprovados nos
Ocupacional e Segurança do Trabalho – SSOST:
concursos públicos e/ou processos seletivos acompanhando
o provimento dos cargos. I. gerir, no âmbito da Administração Central, e orientar e
IV. analisar a conformidade dos processos de acompanhar, no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh, os
provimento para os cargos e funções comissionadas de processos relacionados à saúde e segurança do trabalho na
acordo com o normativo interno; Rede Ebserh;

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II. propor e acompanhar ações de vigilância em saúde, Trabalho – SERET:
por meio de estudos e análises epidemiológicas, indicadores I. identificar as entidades sindicais por categoria e região
de avaliação e gerenciamento de dados sobre a saúde e dos empregados da Ebserh;
segurança dos colaboradores; II. organizar, supervisionar e gerenciar a Mesa Nacional
III. receber e registrar as informações de licenças de Negociação Permanente da Ebserh - MNNP/Ebserh;
médicas e outros afastamentos por motivos de saúde dos III. promover ações referentes ao Clima Organizacional,
colaboradores da Administração Central e prestar em conjunto com as ações de Qualidade de Vida no
orientações aos HUFs da Rede Ebserh quanto ao tema; Trabalho;
IV. gerir as ações e políticas de prevenção e promoção IV. atuar na administração, mediação e negociação para
na área de saúde e segurança dos trabalhadores o tratamento de conflitos decorrentes das relações de
desenvolvidas no âmbito da Rede Ebserh; trabalho;
V. desenvolver programas e ações de promoção de V. propor, acompanhar e promover ações afirmativas e
qualidade de vida do trabalhador da Rede Ebserh; preventivas de combate ao assédio moral e ao assédio
VI. prestar orientações técnicas acerca da elaboração de sexual; e
Laudos Técnicos de Insalubridade/ Periculosidade e de VI. gerir e executar as ações relativas às relações de
outros documentos técnicos relacionados à saúde e trabalho.
segurança do trabalho na Rede Ebserh, bem como monitorar
a aplicação dos referidos documentos; Subseção V
VII. orientar, encaminhar e acompanhar os empregados Das Competências Específicas da Diretoria de Ensino,
da Administração Central em demandas relativas ao Instituto Pesquisa e Atenção à Saúde
Nacional de Seguridade Social (INSS), bem como orientar os Art. 74. São competências da Diretoria de Ensino,
HUFs da Rede Ebserh sobre como encaminhar e Pesquisa e Atenção à Saúde – DEPAS:
acompanhar demandas dessa natureza relativas aos I. promover a qualificação do ensino, da pesquisa, da
empregados dos HUFs; e inovação tecnológica em saúde e da assistência;
VIII. desenvolver programas e ações de promoção de II. promover, em conjunto com a DAI, a modernização da
qualidade de vida do trabalhador da Rede Ebserh. estrutura para ensino, pesquisa, inovação tecnológica em
Art. 71. São competências da Coordenadoria de saúde e assistência dos HUFs da Rede Ebserh;
Desenvolvimento de Pessoas – CDP: III. propor modelo de avaliação da estrutura de ensino e
I. gerir o processo de desenvolvimento de pessoas da pesquisa dos HUFs da Rede Ebserh;
Rede Ebserh; IV. estabelecer princípios e diretrizes para análise de
II. planejar e coordenar o processo de Gestão do mérito relativo à alteração de oferta de serviços
Desempenho por Competências (GDC) dos colaboradores assistenciais, de ensino, pesquisa e inovação de tecnologias
da Ebserh; em saúde no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh;
III. planejar e coordenar o processo de avaliação do V. definir diretrizes e apoiar a Rede Ebserh nos
período de experiência dos novos empregados da Ebserh; processos de negociação e pactuação da contratualização
IV. monitorar a gestão do ambiente virtual de junto aos gestores do SUS;
aprendizagem (AVA) da Escola Ebserh de Educação VI. promover a integração das ações assistenciais com o
Corporativa (3EC); ensino, a pesquisa e a inovação tecnológica;
V. planejar e coordenar a gestão do Plano de Cargos, VII. qualificar a atuação dos HUFs da Rede Ebserh junto
Carreiras e Salários e o Plano de Cargos Comissionados e à Rede de Atenção à Saúde, por meio de dispositivos de
Funções Gratificadas da Rede Ebserh; gestão da atenção hospitalar e de gestão da clínica;
VI. coordenar as ações referentes aos processos de VIII. definir a utilização de protocolos assistenciais,
afastamento do país para capacitação dos empregados da diretrizes terapêuticas e de tecnologias em saúde, alinhados
Rede Ebserh; com os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT)
VII. planejar e coordenar a política e o processo de do Ministério da Saúde (MS), a serem adotados pelos HUFs
negociações coletivas da Rede Ebserh; da Rede Ebserh;
VIII. planejar e coordenar a execução de ações IX. definir estratégias para captação de recursos
preventivas de combate ao Assédio Moral e ao Assédio orçamentários e financeiros destinados ao ensino, à
Sexual; pesquisa e à inovação tecnológica em saúde;
IX. planejar e coordenar ações referentes ao Clima X. promover o acesso da Rede Ebserh às bases de
Organizacional, em conjunto com as ações de Qualidade de dados de evidências científicas para o ensino, pesquisa,
Vida no Trabalho; e inovação e assistência;
X. monitorar a mediação dos conflitos de relação de XI. propor ações referentes à assistência hospitalar e à
trabalho junto aos HUFs da Rede Ebserh. vigilância em saúde, inclusive em eventos de importância em
Art. 72. São competências do Serviço de Capacitação e saúde pública;
Avaliação de Desempenho – SECAD: XII. promover e apoiar os Núcleos de Avaliação de
I. executar o processo de desenvolvimento de pessoas Tecnologias em Saúde (NATS) na Rede Ebserh; XIII. propor
da Rede Ebserh; estratégias para o fortalecimento e a expansão das
II. propor e executar ações de capacitação para a Rede atividades de avaliação em tecnologias de saúde;
demandadas pelas Diretorias ou identificadas na GDC; XIV. promover e fortalecer as atividades de ensino,
III. propor, implementar e monitorar o processo de GDC pesquisa e inovação tecnológica em saúde;
dos colaboradores da Ebserh; I XV. gerir os convênios relacionados a atividades de
V. propor metodologia e gerir o processo de avaliação de ensino, inovação tecnológica em saúde, pesquisa científica e
período de experiência dos novos empregados, na os instrumentos formais de contratualização estabelecidos
Administração Central e acompanhar o processo nos HUFs com os gestores de saúde, considerando o seu caráter
da Rede Ebserh; finalístico;
V. gerir o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da XVI. definir e autorizar a utilização de dados e
Escola Ebserh de Educação Corporativa (3EC); informações relacionados à assistência, incluindo
VI. gerir o Plano de Cargos, Carreiras e Salários - PCCS informações dos prontuários médicos e seus correlatos, para
da Ebserh e o Plano de Cargos Comissionados e Funções fins de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e
Gratificadas - PCCFG da Ebserh; e outros usos dos dados assistenciais de pacientes;
VII. gerir o processo de afastamento do País para XVII. definir e promover o processo de monitoramento e
capacitação dos empregados da Ebserh. avaliação do desempenho da atenção hospitalar da Rede
Art. 73. São competências do Serviço de Relações de Ebserh; e

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XVIII. estabelecer estratégias para a qualificação do graduação, ensino técnico e da extensão;
registro das informações assistenciais. II. monitorar o cumprimento dos normativos e diretrizes
Art. 75. São competências da Coordenadoria de Gestão internas voltados à Rede Ebserh, enquanto campo de prática
do Ensino – CGEN: das atividades de graduação, ensino técnico e extensão;
I. coordenar o planejamento da área de ensino da Rede III. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas
Ebserh, coerente com as políticas e diretrizes gerais do MEC GEPs da Rede Ebserh no âmbito da graduação, ensino
e do MS, alinhado ao Planejamentos Estratégico da empresa técnico e extensão;
e suas respectivas Diretorias e áreas técnicas; IV. desenvolver modelo de avaliação do campo de
II. propor políticas, diretrizes e normativos para orientar prática das atividades de graduação, ensino técnico e
os processos de gestão do campo de prática para o ensino; extensão;
III. apoiar as Gerências de Ensino e Pesquisa (GEPs) V. monitorar a implementação do modelo de atuação da
para o desenvolvimento das condições técnicas necessárias preceptoria na Rede Ebserh; e
para ações da área de ensino na Rede Ebserh; VI. elaborar diretrizes e normas para a realização das
IV. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas atividades de ensino de graduação, ensino técnico e
GEPs da Rede Ebserh no âmbito do ensino; extensão nos HUFs da Rede Ebserh.
V. apoiar o processo de articulação dos HUFs da Rede Art. 78. São competências da Coordenadoria de Gestão
Ebserh junto às instâncias acadêmicas das universidades; da Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde – CGPITS:
VI. articular, junto às instâncias gestoras, estratégias de I. propor e gerir a política de inovação de tecnologia em
apoio e incentivo à adoção de metodologias pedagógicas saúde e propriedade intelectual na Rede Ebserh;
inovadoras que integrem as ações de atenção à saúde, II. apoiar a gestão da inovação tecnológica em saúde na
ensino, pesquisa e extensão na Rede Ebserh; Rede Ebserh;
VII. monitorar a estruturação dos HUFs da Rede Ebserh III. apoiar as GEPs da Rede Ebserh para o
para o processo de certificação e de recertificação como desenvolvimento das condições técnicas necessárias para
hospital de ensino; ações da área de pesquisa e inovação tecnológica em saúde
VIII. propor modelo de avaliação do campo de prática na Rede Ebserh;
para o ensino; IV. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas
IX. propor modelo de atuação da preceptoria na Rede GEPs da Rede Ebserh no âmbito da pesquisa e inovação
Ebserh; tecnológica em saúde;
X. coordenar programa de mobilidade em Rede para V. apoiar o processo de articulação dos HUFs da Rede
residentes; Ebserh junto às instâncias acadêmicas das universidades;
XI. apoiar a estruturação e gestão dos programas de VI. articular, junto às instâncias gestoras da Saúde e da
residência da Rede Ebserh; Ciência, Tecnologia e Inovação, estratégias de apoio e
XII. realizar articulação institucional e interinstitucional incentivo às ações de pesquisa e inovação tecnológica em
para o fortalecimento dos programas de residência na Rede saúde com foco no fortalecimento do SUS;
Ebserh; VII. estruturar e desenvolver processos que apoiem a
XIII. promover o ensino baseado em competências e Rede Ebserh na certificação e recertificação dos HUFs da
EPAs (Atividades Profissionais Confiáveis); Rede Ebserh como hospitais de ensino;
XIV. apoiar a implementação de práticas de ensino VIII. propor e gerenciar modelo de captação de recursos
baseadas em simulação; e para a pesquisa e inovação tecnológica em saúde;
XV. promover o desenvolvimento de atividades voltadas IX. coordenar a estruturação e gestão da pesquisa,
ao Ensino em Rede. inovação tecnológica em saúde e dos Núcleos de Avaliação
Art. 76. São competências do Serviço de Gestão de Pós- Tecnológica em Saúde (NATS) da Rede Ebserh; e
Graduação – SGPOS: X. participar do processo de análise e proposição de
I. orientar os HUFs da Rede Ebserh no planejamento das políticas públicas relacionadas à pesquisa clínica, inovação
atividades da pós-graduação e na gestão do campo de em tecnologias em saúde e avaliação de tecnologias em
prática; saúde.
II. monitorar o cumprimento dos normativos e diretrizes Art. 79. São competências do Serviço de Gestão da
internos voltados à Rede Ebserh, enquanto campo de prática Inovação Tecnológica em Saúde – SGITS:
das atividades de pós-graduação; I. gerir a política de inovação tecnológica em saúde na
III. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas Rede Ebserh;
GEPs no âmbito do ensino da pósgraduação; II. apresentar propostas de inovação tecnológica
IV. avaliar as atividades de estruturação dos HUFs da aplicáveis à saúde no âmbito da Rede Ebserh;
Rede Ebserh para a execução de processos de certificação III. realizar prospecção de inovação tecnológica em
e recertificação como hospital de ensino; saúde para a Rede Ebserh;
V. desenvolver modelo de avaliação do campo de prática IV. identificar e propor a ampliação e diversificação de
para o ensino; fontes de recursos para o fortalecimento da inovação
VI. apoiar as GEPs na implementação do modelo de tecnológica aplicáveis aos HUFs da Rede Ebserh;
atuação da preceptoria na Rede Ebserh; V. identificar, prospectar, avaliar, articular e propor
VII. desenvolver e monitorar o programa de mobilidade parcerias para o desenvolvimento de soluções tecnológicas
em rede para residentes; em saúde aplicáveis aos HUFs da Rede Ebserh;
VIII. monitorar a estruturação e gestão dos programas de VI. propor e gerir programas, projetos, estratégias,
residência da Rede Ebserh; soluções tecnológicas inovadoras em saúde e realização de
IX. participar da elaboração e gerenciamento do plano de provas de conceito no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh;
ação decorrente do desdobramento estratégico da Rede VII. avaliar e propor estratégias de implementação e
Ebserh na área de ensino; escalonamento de soluções tecnológicas em saúde nos
X. apoiar o desenvolvimento de atividades voltadas ao HUFs da Rede Ebserh;
VIII. gerenciar e estimular registro de propriedade
ensino em rede para a pós-graduação; e
intelectual (produtos e patentes);
XI. elaborar diretrizes e normas para realização das
IX. monitorar as atividades de inovação tecnológica em
atividades de ensino da pós-graduação nos HUFs da Rede
saúde na Rede Ebserh e apoiar sua divulgação;
Ebserh.
X. promover e fomentar atividades de iniciação
Art. 77. São competências do Serviço de Gestão da
tecnológica aplicada aos HUFs da Rede Ebserh para
Graduação, Ensino Técnico e Extensão – SGETE:
estimular a transferência de inovações tecnológicas em
I. apoiar os HUFs da Rede Ebserh na execução dos
saúde e formação de recursos humanos focados em
processos de gestão do campo de prática para atividades da
atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D);

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XI. estimular, acompanhar e orientar o processamento de apoio à decisão clínica a serem adotados pelos HUFs da
dos pedidos de registro de propriedade intelectual na Rede Rede Ebserh, em especial a classificação de risco;
Ebserh; e III. orientar a definição e a implementação, bem como
XII. realizar articulação institucional e interinstitucional monitorar a estruturação de linhas de cuidado no âmbito da
para promover a ampliação e fortalecimento da Inovação Rede Ebserh;
Tecnológica em Saúde e Saúde Digital no âmbito da Rede IV. promover e monitorar a implantação nas filiais
Ebserh. Ebserh, dos protocolos clínico-assistenciais, diretrizes
Art. 80. São competências do Serviço de Gestão da terapêuticas assistenciais, guias, instrutivos e outras
Pesquisa – SGPQ: documentações assistenciais, a serem adotados na Rede,
I. gerir a política de pesquisa e de avaliação de visando qualificar os processos e a gestão do cuidado em
tecnologias em saúde na Rede Ebserh; saúde;
II. identificar a necessidade de capacitação de V. atuar de maneira articulada com o SPIA no
profissionais em pesquisa clínica e no uso de bancos de desenvolvimento de dispositivos que assegurem a utilização
dados para fins de pesquisa; de medicamentos e produtos para saúde padronizados nos
III. apoiar a gestão da pesquisa na Rede Ebserh; protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas;
IV. monitorar e aprimorar o sistema de gestão de VI. orientar os HUFs da Rede Ebserh na implementação,
pesquisa e o controle de acesso à plataforma de coleta de monitoramento e avaliação da farmácia clínica e
dados; dispensação farmacêutica;
V. acompanhar os processos de gestão e modernização VII. apoiar a gestão dos processos envolvidos no
da estrutura para realização de pesquisa nos HUFs da Rede cuidado integrado especializado no âmbito hospitalar,
inclusive os mediados por tecnologias de telessaúde,
Ebserh;
relativos ao diagnóstico, tratamento, prevenção e
VI. monitorar o registro de Grupos Temáticos e
reabilitação;
Pesquisadores que atuam na Rede Ebserh;
VIII. apoiar a Rede na gestão dos processos de alta por
VII. promover a realização de pesquisas multicêntricas
óbitos, busca ativa de doadores de órgãos e tecidos, e
de relevância para o SUS na Rede Ebserh;
necrópsia;
VIII. apoiar a captação de recursos para o IX. apoiar a Rede na padronização do processamento de
desenvolvimento de pesquisa na Rede Ebserh; materiais hospitalares;
IX. monitorar os resultados da produção científica na X. apoiar a Rede na organização e gestão de estruturas
Rede Ebserh e fomentar a sua divulgação; de bioética, de forma a mitigar conflitos e instrumentalizar as
X. monitorar a execução de projetos de pesquisa com decisões difíceis na prática assistencial; e
fomento Ebserh; XI. promover a implantação e gestão das comissões
XI. fomentar atividades de iniciação científica nos HUFs hospitalares obrigatórias relacionadas ao cuidado
da Rede Ebserh; assistencial.
XII. monitorar e avaliar as condições técnicas e Art. 83. São competências do Serviço de Gestão da
operacionais para a implantação e/ou aprimoramento dos Qualidade – SGQ:
Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS); I. estabelecer diretrizes e parâmetros para a gestão da
XIII. promover a instituição de uma rede colaborativa de qualidade, da segurança do paciente, da humanização e das
avaliações de tecnologias em saúde no âmbito da Rede ações de vigilância em saúde, nos componentes
Ebserh; e epidemiológicos, controle de infecção hospitalar e gestão de
XIV. propor estratégias para o fortalecimento e a riscos de tecnologias em saúde, nas filiais Ebserh;
expansão das atividades de avaliação em tecnologias em II. gerir a implementação do Programa Ebserh de Gestão
saúde. da Qualidade, do Programa Ebserh Gestão à Vista, do
Art. 81. São competências da Coordenadoria de Gestão Programa Ebserh de Segurança do Paciente e das ações de
da Clínica – CGC: humanização, estabelecendo indicadores e metas,
I. coordenar a integração, implantação e implementação incentivando a avaliação crítica dos dados e a realização dos
de dispositivos de gestão da clínica; ciclos de melhoria por meio da análise dos planos de ação;
II. coordenar ações estratégicas e as atividades III. gerir a execução do processo de avaliação externa do
multidisciplinares com vistas a promover a integralidade do Programa Ebserh de Gestão da Qualidade e Selo Ebserh da
cuidado; Qualidade;
III. coordenar a elaboração, padronização e implantação IV. orientar tecnicamente as filiais Ebserh para
dos guias, instrutivos, manuais, protocolos clínicos qualificação do processo de gestão da informação relativa às
assistenciais e diretrizes terapêuticas e outros documentos doenças e agravos de notificação compulsória (DNC), bem
normativos relativos à assistência à saúde; como no controle de infecções relacionadas à assistência de
IV. coordenar a implantação de instrumentos de apoio à saúde (IRAS);
decisão clínica a serem adotados pelos HUFs da Rede V. orientar tecnicamente as filiais Ebserh na estruturação
Ebserh; e desenvolvimento de atividades de gestão de riscos e
V. coordenar os processos de organização e incidentes em saúde, incluindo os assistenciais e aqueles
funcionamento das comissões hospitalares obrigatórias relacionados às tecnologias em saúde, como a
relacionadas à gestão da clínica; farmacovigilância, tecnovigilância, hemovigilância e vigilância
VI. coordenar e monitorar as ações de regulação de produtos saneantes;
assistencial junto às filiais Ebserh, de maneira articulada ao VI. atuar de maneira articulada com o SPIA no
gestor local do SUS; desenvolvimento de dispositivos que assegurem a qualidade
VII. coordenar a gestão da informação clínica em dos medicamentos e produtos para saúde;
consonância com a Política de Gestão Documental da VII. orientar tecnicamente as filiais Ebserh para
Ebserh e com as legislações sanitária e arquivística vigentes; qualificação do processo de identificação, tratamento da
VIII. coordenar a implementação de ações de gestão da informação e comunicação de riscos e incidentes em saúde;
qualidade, segurança do paciente e humanização; e VIII. gerir o sistema de Vigilância em Saúde e Gestão de
IX. propor, no âmbito de sua atuação, ações referentes à Riscos Assistenciais Hospitalares (Vigihosp), o Painel de
assistência hospitalar, à vigilância em saúde e no que se Indicadores de Qualidade em Saúde e Segurança do
refere a eventos de importância em saúde pública. Paciente e demais sistemas de informação relacionados à
Art. 82. São competências do Serviço de Gestão do gestão da qualidade, vigilância em saúde, segurança do
Cuidado Assistencial – SGCA: paciente e humanização, orientando e incentivando a
I. orientar e monitorar a implantação de dispositivos de notificação e investigação de eventos adversos e queixas
gestão do cuidado assistencial no âmbito da Rede Ebserh; técnicas em sistema próprio e nas plataformas dos órgãos
II. promover e monitorar a implantação de instrumentos sanitários competentes;

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IX. identificar e avaliar o perfil de morbimortalidade do SUS;
hospitalar, auxiliando a análise de situação de saúde e o V. representar a Ebserh perante os gestores de saúde; e
processo de melhorias para subsidiar a tomada de decisão VI. atuar junto ao MS na resolução de problemas e/ou de
gerencial; regularização de repasses de recursos, considerando os
X. apoiar a implantação e atuação das Comissões acordos e valores estabelecidos nos instrumentos formais de
Obrigatórias diretamente relacionadas à vigilância em saúde, contratualização dos HUFs da Rede Ebserh.
à humanização, à qualidade e à segurança do paciente; Art. 87. São competências do Serviço de Gestão da
XI. monitorar e avaliar as ações de gestão da qualidade Informação, Monitoramento e Avaliação – SGIMA:
da assistência à saúde, segurança do paciente, I. desenvolver e operacionalizar metodologia de gestão
humanização e vigilância em saúde nas filiais Ebserh; da informação, incluindo monitoramento e avaliação de
XII. orientar o desenvolvimento de capacidades técnicas indicadores da atenção hospitalar na Rede Ebserh;
em gestão da qualidade da assistência à saúde, da II. implementar ferramentas para o monitoramento e
segurança do paciente, da humanização e das ações de avaliação dos indicadores da produção assistencial da Rede
vigilância em saúde no âmbito das filiais da Ebserh; e Ebserh definidos pela DEPAS;
XIII. orientar os HUFs da Rede Ebserh a respeito da III. monitorar e avaliar o desempenho da atenção
elaboração e gestão de documentos do sistema de Gestão hospitalar da Rede Ebserh no âmbito dos sistemas de
da Qualidade, incluindo formas de controle e padronização informação em saúde de base nacional do SUS;
de formatação de acordo com a política de gestão IV. subsidiar a gestão no processo de tomada de decisão
documental da Ebserh. com o fornecimento de informações relativas à atenção
Art. 84. São competências do Serviço de Regulação hospitalar da Rede Ebserh;
Assistencial – SRA: V. desenvolver e implementar estratégias de qualificação
I. propor diretrizes para organização dos processos de do registro das informações assistenciais no âmbito dos
gestão da oferta de consultas, exames, leitos e cirurgias; sistemas de informação em saúde de base nacional do SUS;
II. promover o desenvolvimento de capacidades técnicas VI. subsidiar a integração do sistema de informação em
relativas à elaboração, uso e aplicação de protocolos de saúde da Rede Ebserh com os sistemas de informação em
regulação do acesso; saúde de base nacional do SUS; e
III. elaborar diretrizes para os processos de gestão da VII. fornecer subsídios técnicos para a operacionalização
lista de espera cirúrgica (LEC); de sistemas de informação em saúde de base nacional do
IV. monitorar a gestão da informação relacionada à SUS.
oferta de consultas, internações, cirurgias e exames; Art. 88. São competências do Serviço de Planejamento
V. promover os ciclos de melhoria dos processos Assistencial – SPA:
regulatórios assistenciais por meio do monitoramento e I. realizar estudos para a definição de perfil assistencial,
avaliação dos seus indicadores; a partir da análise da situação de saúde, diagnóstico,
VI. propor diretrizes para pactuação e gestão dos projeção assistencial dos HUFs e estrutura organizacional
processos relacionados a transferências internas, admissão das Gerências de Atenção à Saúde (GAS) dos HUFs da
e alta, referência e contrarreferência de pacientes; Rede Ebserh;
VII. apoiar as filiais em discussões com gestores locais II. estabelecer parametrização de serviços assistenciais
de saúde, dentro do escopo da regulação assistencial; e para o planejamento assistencial;
VIII. propor diretrizes e apoiar a gestão da informação III. fornecer subsídios técnicos aos HUFs da Rede
clínica no âmbito da Rede Ebserh, incluindo as informações Ebserh nos processos de planejamento e programação
clínicas em meio físico, a digitalização de prontuários físicos assistencial para definição de seu perfil assistencial;
e o prontuário eletrônico do paciente. IV. analisar o perfil assistencial dimensionado para o
Art. 85. São competências da Coordenadoria de Gestão HUF da Rede Ebserh, a fim de subsidiar a tomada de
da Atenção Hospitalar – CGAH: decisões pela gestão;
I. coordenar o processo de planejamento e programação V. orientar tecnicamente os HUFs da Rede Ebserh no
assistencial e aqueles relacionados à contratualização processo de habilitação de serviços assistenciais
hospitalar da Rede Ebserh; especializados no âmbito do SUS;
II. validar os estudos de dimensionamento de serviços VI. monitorar as habilitações de serviços assistenciais
assistenciais da Rede Ebserh; especializados no âmbito do SUS; e
III. validar análises dos Instrumentos Formais de VII. analisar e subsidiar a emissão de parecer de mérito
Contratualização (IFCs) e estabelecer medidas de apoio à assistencial para as demandas de criação, ampliação,
implementação de processos de planejamento assistencial e suspensão ou extinção de serviços assistenciais no âmbito
contratualização hospitalar; dos HUFs da Rede Ebserh.
IV. coordenar o processo de padronização de Art. 89. São competências do Serviço de Planejamento
medicamentos e produtos para saúde para uso na Rede de Insumos Assistenciais - SPIA:
Ebserh; I. definir o processo de seleção e padronização de
V. coordenar o processo de monitoramento e avaliação medicamentos e produtos para saúde a serem adotados na
do desempenho da atenção hospitalar da Rede Ebserh; e Rede Ebserh;
VI. propor estratégias para qualificação do registro das II. padronizar medicamentos e produtos para saúde para
informações assistenciais. uso pela Rede Ebserh;
Art. 86. São competências do Serviço de III. definir em conjunto com a DAI os medicamentos e
Contratualização Hospitalar – SCH: produtos para saúde para contratação centralizada em casos
I. prestar apoio técnico aos HUFs da Rede Ebserh para a de desabastecimento por cenários de mercado;
(re)pactuação dos Instrumentos Formais de Contratualização IV. propor diretrizes e atuar no âmbito das Comissões de
(IFC) no âmbito do SUS, incluindo a construção das bases e Padronização de medicamentos e produtos para saúde para
estratégias de negociação; seu pleno funcionamento;
II. monitorar e avaliar a situação de vigência dos IFC e o V. subsidiar a Rede Ebserh na identificação de
desempenho dos HUFs da Rede Ebserh no cumprimento de necessidades quanto à incorporação, alteração ou exclusão
metas;
de medicamentos e produtos para saúde em consonância
III. fornecer subsídios técnicos aos HUFs da Rede
Ebserh para o monitoramento e a avaliação de desempenho com as diretrizes do SUS;
dos IFC; VI. atuar de maneira articulada com o SGQ no
IV. atuar na mediação de eventuais conflitos inerentes à desenvolvimento de dispositivos que assegurem a qualidade
contratualização, entre os HUFs da Rede Ebserh e a gestão dos medicamentos e produtos para saúde;

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VII. atuar de maneira articulada com o SGCA no II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que
desenvolvimento de dispositivos que assegurem a utilização visem à racionalização e ao dimensionamento otimizado de
de medicamentos e produtos para saúde padronizados nos estoque;
protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas; III. fomentar o uso racional e sustentável dos materiais;
VIII. estruturar e implementar a forma e o conteúdo do IV. orientar e monitorar a elaboração de relatórios
Catálogo de Padronização de Tecnologias em Saúde gerenciais de estoque na Rede Ebserh.
Nacional e dos HUFs da Rede Ebserh; e V. acompanhar e avaliar os Relatórios Mensais de
IX. definir em conjunto com a DOF as naturezas de Movimentação de Almoxarifados, de composição analítica e
despesa de medicamentos e produtos para saúde a serem sintética de Gestão de Estoque da Rede Ebserh;
utilizadas pela Rede Ebserh. VI. monitorar e orientar os processos relacionados à
movimentação de estoques entre os HUFs da Rede Ebserh;
Subseção VI VII. orientar, monitorar e consolidar o inventário geral de
Das Competências Específicas da estoques da Rede Ebserh.
Diretoria de Administração e Infraestrutura Art. 93. São competências do Serviço de Gestão de
Art. 90. São competências da Diretoria de Administração Patrimônio – SGPA:
e Infraestrutura – DAI: I. acompanhar e orientar as atividades de registro e
I. propor, implementar e monitorar as políticas de controle patrimonial na Rede Ebserh;
licitações, contratos e convênios, compras centralizadas, II. orientar e monitorar a elaboração de relatórios
patrimonial, suprimentos, infraestrutura física, engenharia gerenciais de patrimônio na Rede Ebserh;
clínica, hotelaria no âmbito da Administração Central, e dos III. acompanhar e avaliar os Relatórios Mensais de
HUFs da Rede Ebserh, bem como a logística administrativa Movimentação de Bens, de composição analítica e sintética
da Administração Central; de Gestão de Patrimônio da Rede Ebserh;
II. dirigir o planejamento das compras centralizadas de IV. elaborar relatórios consolidados de gestão
bens e serviços necessários ao pleno funcionamento da patrimonial e de conciliação contábil da Rede Ebserh;
Rede Ebserh; V. orientar, monitorar e consolidar o inventário geral,
III. dirigir os procedimentos para o desenvolvimento das avaliação e classificação, testes de recuperabilidade
seguintes atividades na Rede Ebserh: (impairment test) e desfazimento dos bens na Rede Ebserh;
a. compras regulares e compras centralizadas de bens e VI. conduzir as atividades de registro patrimonial da
serviços; Administração Central, bem como prestar informações sobre
b. gerenciamento e fiscalização de contratos e classificação de bens às equipes de planejamento de
convênios; contratações;
c. planejamento e gerenciamento dos serviços de apoio VII. proceder com o registro de bens recebidos na
hospitalares; Administração Central, após o seu recebimento definitivo
d. gestão patrimonial; e. planejamento e gestão de pelas equipes de fiscalização dos contratos; e
suprimentos; VIII. elaborar os relatórios de composição analítica e
f. planejamento e gestão da infraestrutura física; sintética de ativo imobilizado e intangível da Administração
g. planejamento e gestão da engenharia clínica; Central.
h. planejamento e gestão da hotelaria hospitalar; e Art. 94. São competências da Coordenadoria de
i. logística administrativa no âmbito da Administração Administração – CAD:
Central; I. coordenar o desenvolvimento do modelo de gestão das
IV. dirigir a gestão do almoxarifado, do patrimônio, da contratações da Ebserh; II. coordenar o modelo de
infraestrutura física e dos serviços administrativos da categorias de compras da Rede Ebserh ;
III. coordenar as atividades de compras centralizadas;
Administração Central;
IV. monitorar as contratações realizadas pela Rede
V. orientar e supervisionar os processos relacionados à
Ebserh;
emissão de passagens e diárias no âmbito da Rede Ebserh;
V. propor e coordenar ações estruturantes para
e
aprimorar o grau de maturidade da governança das
VI. estabelecer parâmetros para o provimento de
aquisições da Ebserh;
infraestrutura física e de engenharia clínica das filiais. VI. coordenar as atividades para realização das
Parágrafo único. As competências constantes da DAI e contratações da Administração Central da Ebserh;
áreas correlacionadas não abrangem os convênios VII. coordenar as atividades de acompanhamento dos
relacionados a atividades de inovação e pesquisa científica e contratos, convênios, atas de registro de preços e demais
tecnológica, convênios relacionados a cooperações instrumentos obrigacionais firmados pela Administração
internacionais ou os instrumentos formais de Central da Ebserh, observado o exposto no parágrafo único
contratualização estabelecidos pelos gestores de saúde, do Art. 90 deste Regimento Interno;
considerando o seu caráter finalístico. VIII. coordenar a gestão dos recursos logísticos e da
Art. 91. São competências da Coordenadoria de Gestão infraestrutura física necessários ao funcionamento da
de Suprimentos – CGS: Administração Central;
I. coordenar o desenvolvimento do modelo de gestão de IX. coordenar a gestão do protocolo e do arquivo central
estoque e de patrimônio da Ebserh; da Administração Central;
II. monitorar a gestão de estoque e de patrimônio da X. coordenar a gestão do almoxarifado e do patrimônio
Rede Ebserh, de forma a propor melhorias nas políticas e da Administração Central; e
diretrizes sobre o tema; XI. coordenar a gestão do processo de trabalho de
III. coordenar a prestação de suporte especializado aos emissão de passagens e de concessão de diárias.
gestores de estoque e de patrimônio da Rede Ebserh; e Art. 95. São competências do Serviço de Contratos e
IV. supervisionar o desenvolvimento de estudos e Convênios – SCC:
coordenar as ações que visem à racionalização e ao I. formalizar e acompanhar os contratos, convênios, atas
dimensionamento otimizado da gestão de estoque e de de registro de preços e demais instrumentos obrigacionais
patrimônio. firmados pela Administração Central, observado o exposto
Art. 92. São competências do Serviço de Gestão de no parágrafo único do Art. 90 deste Regimento Interno;
Estoque – SGE: II. promover a designação dos responsáveis pela gestão
I. acompanhar e orientar as atividades relacionadas a e fiscalização dos contratos, convênios e demais
registro e controle de estoque, recebimento, instrumentos obrigacionais firmados pela Administração
armazenamento, movimentação, distribuição e dispensação Central, observado o exposto no parágrafo único do Art. 90
de produtos na Rede Ebserh; deste Regimento Interno;

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III. instruir processos de solicitação de pagamento de compras centralizadas, realizando estudos técnicos e
despesas contratadas pela Administração Central, após prospecções de mercado, com suporte das áreas específicas
ateste dos documentos hábeis; das demais Diretorias;
IV. conduzir procedimentos de apuração de V. monitorar a efetividade das compras centralizadas e
irregularidades cometidas por fornecedores na execução de seus indicadores de eficiência e economicidade;
contratos firmados pela Administração Central; e VI. articular, com demais centrais de compras nacionais
V. elaborar relatórios gerenciais sobre a execução de e internacionais, o desenvolvimento de ações colaborativas
contratos, convênios, atas de registro de preços e demais visando aprimorar as compras centralizadas;
instrumentos obrigacionais firmados pela Rede Ebserh VII. propor e manter atualizado o cronograma de
observado o exposto no parágrafo único do Art. 90 deste compras centralizadas; e
Regimento Interno. VIII. propor estratégias de profissionalização dos
Art. 96. São competências do Serviço de Compras e compradores da Rede Ebserh.
Licitações – SCL: Art. 99. São competências da Coordenadoria de
I. promover a designação e apoiar as equipes de Infraestrutura Hospitalar e Hotelaria – CIH:
planejamento das contratações da Administração Central; I. avaliar e coordenar a implementação de diretrizes para
II. instruir processos de contratação da Administração o planejamento e a gestão de serviços da área de
Central, atuando como controle interno sobre a fase de infraestrutura física hospitalar, engenharia clínica e hotelaria
planejamento das contratações; hospitalar no âmbito da Rede Ebserh;
III. conduzir a fase das contratações relacionada à II. coordenar a prestação de suporte especializado aos
seleção de fornecedores, na Administração Central; e gestores de infraestrutura física, engenharia clínica e
IV. acompanhar as compras diretas e licitações hotelaria hospitalar da Rede Ebserh;
conduzidas pela Rede Ebserh. III. supervisionar o desenvolvimento de estudos e
Art. 97. São competências do Serviço de Administração coordenar ações que visem à inovação, à racionalização e
da Sede – SADS: ao dimensionamento otimizado dos serviços no âmbito de
I. gerir os serviços logísticos gerais e a infraestrutura suas competências;
física necessários ao funcionamento da Administração IV. coordenar iniciativas de compartilhamento do
Central; conhecimento técnico e a integração das equipes de
II. promover e monitorar o uso racional e sustentável dos infraestrutura física, engenharia clínica e hotelaria hospitalar
recursos logísticos e da infraestrutura física da da Rede Ebserh;
Administração Central; V. coordenar ações estruturantes para aprimorar o grau
III. gerenciar e acompanhar a utilização e a destinação de maturidade da governança relacionada à infraestrutura
dos espaços físicos da Administração Central; física, engenharia clínica e hotelaria hospitalar da Rede
IV. operacionalizar as atividades de protocolo e de Ebserh; e
arquivo central da Administração Central; VI. prover e subsidiar a DAI com informações técnicas
V. operacionalizar as atividades do almoxarifado e do sobre os projetos e ações de sua competência para a
patrimônio da Administração Central; definição e execução de investimentos e demais atividades
VI. gerir o processo de trabalho da emissão de no âmbito da sua atuação.
passagens e concessão de diárias na Rede Ebserh; Art. 100. São competências do Serviço de Manutenção
VII. operacionalizar a incorporação, a guarda, o controle Predial, Projetos e Obras – SMPO:
e a distribuição dos materiais do almoxarifado da I. elaborar, propor e promover orientações e diretrizes
Administração Central; técnicas para a Rede Ebserh no planejamento e gestão dos
VIII. elaborar os Relatórios Mensais de Movimentação de serviços relacionados a estudos especializados e projetos de
Almoxarifados, de composição analítica e sintética de arquitetura e engenharia, capacidade da infraestrutura física,
Gestão de Estoque da Administração Central; serviços comuns de engenharia, obras e manutenção
IX. recepcionar os bens móveis entregues por predial;
fornecedores na Administração Central, acionando as II. orientar e monitorar a Rede Ebserh quanto a
respectivas equipes de fiscalização dos contratos para elaboração, implementação, gestão e atualização do Plano
registro de seu recebimento provisório e condução de Diretor Físico Hospitalar (PDFH);
demais trâmites de fiscalização contratual; III. promover ações para a adequação da infraestrutura
X. emitir os termos de responsabilidade, com a carga física da Rede Ebserh às diretrizes presentes nas normativas
patrimonial do material, nos processos de distribuição e vigentes;
movimentação de bens, após a manifestação das áreas IV. promover o compartilhamento do conhecimento
requisitantes dos bens; técnico e a integração das equipes de infraestrutura física da
XI. comunicar formalmente às instâncias superiores Rede Ebserh;
sobre o extravio ou a identificação de danos sobre os bens V. monitorar e avaliar a gestão de infraestrutura física
móveis; dos HUFs da Rede Ebserh e a execução dos serviços a ela
XII. conduzir o armazenamento provisório, a relacionados; e
movimentação os processos de classificação, avaliação, VI. gerir informações e indicadores de infraestrutura
desfazimento, testes de recuperabilidade e inventários de física da Rede Ebserh para subsidiar a tomada de decisões
bens móveis e estoque da Administração Central; e no âmbito da gestão da Rede Ebserh.
XIII. promover a regularização imobiliária da Art. 101. São competências do Serviço de Engenharia
Administração Central. Clínica – SEC:
Art. 98. São competências do Serviço de Compras I. elaborar, propor e promover orientações e diretrizes
Centralizadas – SCCEN: técnicas para a Rede Ebserh quanto ao planejamento e a
I. gerir o modelo de categorias de compras da Rede gestão de serviços da área de engenharia clínica;
Ebserh e de câmaras técnicas de padronização nacional II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que
referentes às categorias de compras; visem à racionalização e ao dimensionamento otimizado dos
II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que serviços no âmbito de sua competência;
visem à implementação de estratégias e soluções III. Promover a qualificação das equipes de engenharia
inovadoras relativas às contratações; clínica da Rede Ebserh, bem como o compartilhamento do
III. planejar as compras centralizadas, fomentando a conhecimento técnico e a integração das equipes;
incorporação das necessidades e do conhecimento técnico IV. gerir o dimensionamento e monitorar o parque
dos HUFs da Rede Ebserh; tecnológico de equipamentos médico-hospitalares da Rede
IV. instruir os procedimentos de planejamento das Ebserh;

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V. orientar e monitorar a Rede Ebserh acerca da funcionalidades concorrentes ao sistema de gestão
atualização tecnológica e dos planos de substituição de hospitalar da Rede Ebserh;
equipamentos médico hospitalares; e X. coordenar o desenvolvimento, implantação e
VI. orientar os HUFs da Rede Ebserh quanto à manutenção de sistemas de informações com foco nos
realização de treinamentos e manutenções preventivas e processos institucionais;
programadas, relacionados aos equipamentos médico- XI. coordenar a integração, quando couber, dos sistemas
hospitalares. de informações da Ebserh com os sistemas de informações
Art. 102. São competências do Serviço de Hotelaria do SUS, de forma a qualificar os sistemas internos da
Hospitalar – SHH: instituição;
I. propor, elaborar e divulgar orientações e diretrizes XII. coordenar o alinhamento dos sistemas, da
técnicas para a Rede Ebserh que tratem sobre o infraestrutura e da segurança cibernética da Ebserh com as
planejamento e a gestão de serviços relacionados à estratégias e as políticas públicas do Governo Federal;
produção e distribuição de dietas orais e enterais, XIII. coordenar a integração das redes de dados e de
higienização hospitalar, reposição e uso do gestão do telecomunicações entre a Administração Central e os HUFs
enxoval hospitalar, colchões hospitalares e travesseiros, da Rede Ebserh; XIV. manter a segurança, a integridade e a
transporte interno e externo de pacientes, utilização de áreas confiabilidade das bases de dados institucionais geridas pela
de áreas de uso comum, controle de pragas e vetores e Administração Central; e
gerenciamento de resíduos sólidos hospitalares; XV. gerir acesso lógico às bases de dados institucionais
II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que da Administração Central, conforme regulamento específico
visem à racionalização e ao dimensionamento otimizado dos ou, em sua ausência, conforme deliberação da Diretoria
serviços no âmbito de sua competência; Executiva da Ebserh.
III. promover a qualificação das equipes de hotelaria Art. 104. São competências do Serviço de Governança
hospitalar da Rede Ebserh, bem como o compartilhamento de Tecnologia da Informação – SGTI:
do conhecimento técnico e a integração das equipes; e I. propor o alinhamento das ações de TI ao planejamento
IV. monitorar a gestão dos serviços da hotelaria estratégico da Ebserh;
hospitalar na Rede Ebserh com vistas ao seu II. elaborar, monitorar e avaliar o modelo de governança
aprimoramento. de TI;
III. propor, apoiar e monitorar políticas, normas e
procedimentos relacionados à TI;
Subseção VII IV. elaborar e monitorar o PETI e o PDTI da
Das Competências Específicas Administração Central e orientar a elaboração dos PDTIs dos
da Diretoria de Tecnologia da Informação HUFs da Rede Ebserh;
Art. 103. São competências da Diretoria de Tecnologia V. prover informações relacionadas à DTI aos órgãos de
da Informação – DTI: controle internos e externos;
I. propor e gerir, em articulação com as demais VI. coordenar a elaboração e o acompanhamento do
Diretorias, Vice-Presidência e Presidência da Ebserh, o orçamento anual da DTI e acompanhar a descentralização
modelo de governança de Tecnologia da Informação (TI) da do orçamento dos HUFs da Rede Ebserh relacionados à TI;
empresa, que permita a padronização e o controle dos e
recursos de TI, além da implantação de políticas, planos, VII. apoiar o monitoramento das contratações de
metodologias, normas e regulamentos; soluções de TI no âmbito da Administração Central.
II. propor e apoiar, em articulação com as demais Art. 105. São competências da Coordenadoria de
Diretorias, Vice-Presidência e Presidência da Ebserh, Sistemas da Informação – CDSI:
soluções tecnológicas relacionadas à transformação digital, I. coordenar as ações de sistemas de informação
no âmbito das atividades institucionais, administrativas, de assegurando seu alinhamento aos objetivos estratégicos e
ensino, pesquisa e atenção à saúde, inclusive promovendo e políticas institucionais da Ebserh;
propondo parcerias, prospecção tecnológica e intercâmbio II. coordenar o alinhamento dos sistemas da Ebserh com
de experiências e informações; as estratégias de saúde digital e políticas públicas correlatas
III. propor, em articulação com as demais Diretorias, do Governo Federal;
Vice-Presidência e Presidência da Ebserh, estratégias de III. apoiar ações de inovação em sistemas de
inteligência de dados, visando qualificar a governança e a informação, saúde digital e inteligência de dados;
gestão dos dados da Ebserh; IV. apoiar a elaboração e executar o modelo de
IV. coordenar a elaboração, submeter à aprovação do governança de TI em sua esfera de atuação;
Comitê Gestor de Tecnologia da Informação, gerir, e avaliar V. coordenar a elaboração de estratégias de inteligência
o Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI), de dados visando a definição da arquitetura de tecnologia
que atenda à Administração Central e aos HUFs da Rede para a integração de dados e de sistemas de informação no
Ebserh, em consonância com o planejamento estratégico âmbito da Ebserh;
institucional; VI. apoiar a elaboração e executar o PETI e o PDTI da
V. coordenar a elaboração, atualização e execução do Administração Central, no que tange aos sistemas de
Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) da informação;
Administração Central da Ebserh, e submetê-lo à aprovação VII. gerir a implantação das políticas e diretrizes de
do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação, assim como segurança da informação, no que tange aos sistemas de
orientar a elaboração e acompanhar a execução do PDTI informação;
dos HUFs da Rede Ebserh; VIII. propor, avaliar, coordenar e monitorar a contratação
VI. coordenar e promover a implantação de políticas e e implantação de soluções de sistemas de informação, no
diretrizes de segurança cibernética e de segurança da âmbito da Administração Central da Ebserh;
informação; IX. coordenar o desenvolvimento, evolução e
VII. orientar a Rede Ebserh quanto às contratações e implantação do sistema padronizado e único de gestão
implantações de soluções de TI; hospitalar, com módulos assistenciais e administrativos, para
VIII. coordenar o desenvolvimento, evolução, a Ebserh, com o apoio das demais Diretorias e dos HUFs da
implantação e infraestrutura tecnológica do sistema de Rede Ebserh;
gestão hospitalar da Rede Ebserh; X. acompanhar, coordenar e avaliar o desenvolvimento,
IX. prover, em articulação com as áreas interessadas, a implantação, a manutenção, a disponibilidade e o suporte
soluções complementares aos sistemas de suporte dos sistemas de informação e de inteligência de dados, com
assistencial e administrativo que não possuam foco nos processos institucionais;

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XI. coordenar a integração dos sistemas de informação segurança cibernética;
da Administração Central da Ebserh com os sistemas de VI. apoiar a elaboração e executar o PETI e o PDTI da
informação dos HUFs da Rede Ebserh e sistemas federais; Administração Central, no que tange a infraestrutura, suporte
XII. coordenar os centros de competência de e segurança cibernética;
desenvolvimento de sistemas de informação; e VII. propor, avaliar, coordenar e monitorar a contratação
XIII. promover a padronização e a modernização dos e implantação de soluções de infraestrutura, suporte e
sistemas de informação. segurança cibernética, no âmbito da Administração Central
Art. 106. São competências do Serviço de da Ebserh;
Desenvolvimento de Sistemas – SDS: VIII. orientar o planejamento e acompanhar as
I. propor e executar ações de inovação no contratações e implantações de equipamentos e serviços de
desenvolvimento e sustentação de sistemas de informação; infraestrutura, suporte e segurança cibernética na Rede
II. propor, planejar e executar a contratação e Ebserh;
implantação de soluções e serviços de desenvolvimento de IX. coordenar as ações de sustentação da infraestrutura
sistemas de informação no âmbito da Administração Central de TI para sistema padronizado e único de gestão hospitalar,
da Ebserh e apoiar a contratação e implantação nos HUFs com módulos assistenciais e administrativos, para Rede
da Rede Ebserh; Ebserh;
III. desenvolver, evoluir e sustentar sistema padronizado X. coordenar e monitorar as redes de dados da
e único de gestão hospitalar, com módulos assistenciais e Administração Central e dos HUFs da Rede Ebserh; e
administrativos para a Rede Ebserh; XI. promover a padronização e a modernização do
IV. desenvolver, implantar, manter e integrar sistemas de parque de equipamentos e serviços de infraestrutura e
informação com foco nos processos institucionais da Ebserh; segurança cibernética.
e Art. 110. São competências do Serviço de Infraestrutura
V. definir e acompanhar aspectos tecnológicos do e Segurança de Tecnologia da Informação – SISEG:
desenvolvimento de sistemas de informação. I. especificar, prover, integrar e administrar as soluções
Art. 107. São competências do Serviço de Arquitetura de de infraestrutura e segurança cibernética relativas a redes de
Sistemas – SAS: computadores, seus serviços e aos demais equipamentos de
I. propor e executar ações na arquitetura e nas TI;
integrações dos sistemas de informação em conformidade II. prover orientação e suporte técnico aos serviços e
com a Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas (MDS); equipamentos de infraestrutura e segurança cibernética;
II. implantar, manter e integrar sistemas de informação III. propor e executar ações de segurança cibernética na
com foco nos processos institucionais da Ebserh; Administração Central e orientar tais ações no âmbito dos
III. prover a gestão de configuração de ambientes de HUFs da Rede Ebserh;
sistemas de informação; IV. orientar aspectos tecnológicos IV. promover e monitorar ações de segurança
de projetos de desenvolvimento de sistemas de informação; cibernética;
V. garantir a implementação de padrões de identidade V. sustentar a infraestrutura de TI e zelar pela segurança
visual de sistemas de informação e portais; e cibernética para o sistema padronizado e único de gestão
VI. propor, planejar e executar a contratação e hospitalar, com módulos assistenciais e administrativos para
implantação de sistemas de informação no âmbito da a Rede Ebserh;
Administração Central da Ebserh e apoiar a contratação e VI. executar a gerência de configuração dos
implantação nos HUFs da Rede Ebserh. equipamentos e serviços relacionados à infraestrutura e
Art. 108. São competências do Serviço de Saúde Digital segurança cibernética;
e Inteligência de Dados – SDID: VII. executar e monitorar a padronização e a
I. prospectar, prover e integrar sistemas de saúde digital modernização do parque de equipamentos e serviços de
e inteligência de dados no âmbito das atividades infraestrutura e segurança cibernética; e
institucionais da Ebserh; VIII. propor e executar ações de inovação em
II. atuar na governança de dados, elaborando a infraestrutura e segurança cibernética.
estratégia de inteligência de dados, identificando e provendo Art. 111. São competências do Serviço de Suporte de
fontes de dados gerenciais para a Ebserh; Tecnologia da Informação – STI:
III. desenvolver, implantar e manter painéis de análise de I. prover suporte técnico aos serviços e equipamentos de
dados, com foco nos processos institucionais, propondo TI no âmbito da Administração Central e orientar a prestação
padrões de implementação para a Rede Ebserh; dos serviços nos HUFs da Rede Ebserh;
IV. implantar sistema padronizado e único de gestão II. propor, planejar e executar a contratação e
hospitalar, com módulos assistenciais e administrativos para implantação de equipamentos e soluções de suporte de TI,
Rede Ebserh, bem como outros sistemas de saúde digital no âmbito da Administração Central e apoiar a contratação e
com o apoio das demais Diretorias e dos HUFs da Rede implantação nos HUFs da Rede Ebserh;
Ebserh; e III. executar a gerência de configuração dos
V. definir e acompanhar aspectos tecnológicos do equipamentos e serviços relacionados ao suporte de TI;
desenvolvimento de sistemas para a saúde digital. IV. promover a padronização e a modernização do
Art. 109. São competências da Coordenadoria de parque de equipamentos e serviços de TI de acordo com a
Infraestrutura, Suporte e Segurança de Tecnologia da necessidade da rede;
Informação – CISTI: V. manter e atualizar o catálogo de serviços e o
I. coordenar as ações de infraestrutura, suporte e inventário de equipamentos de TI; e
segurança cibernética, assegurando seu alinhamento com os VI. propor e executar ações de inovação em suporte de
objetivos estratégicos e políticas institucionais da Ebserh; TI.
II. coordenar o alinhamento das iniciativas de
infraestrutura, suporte e segurança cibernética da Ebserh CAPÍTULO VI
com as estratégias e políticas públicas correlatas do DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Governo Federal; Art. 112. Fica revogado o Regimento Interno da Ebserh
III. coordenar ações de infraestrutura de TI para (3ª Revisão), aprovado na 49ª Reunião do Conselho de
sustentação dos sistemas de informação da Ebserh; Administração, realizada no dia 10 maio de 2016.
IV. apoiar a elaboração e executar o modelo de Art. 113. Até a publicação de regimentos internos
governança de TI em sua esfera de atuação; próprios dos HUFs da Rede Ebserh os atos de indicação,
V. propor e executar políticas e diretrizes de segurança aprovação e nomeação de superintendentes e gerentes
da informação no que tange à infraestrutura, suporte e obedecerão aos seguintes critérios:

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I. os Superintendentes serão indicados pelo Reitor, ___________________________________________
conforme critérios estabelecidos de titulação acadêmica e
comprovada experiência em gestão pública no campo da ___________________________________________
saúde, definidos pela Ebserh, nos termos do artigo 6º da Lei
n°. 12.550, de 2011; e
II. as Gerências serão ocupadas por pessoas ___________________________________________
selecionadas por uma comissão, composta por membros da
Diretoria Executiva da Ebserh e pelo Superintendente do ___________________________________________
HUF, indicadas a partir de análise curricular que comprove
qualificação para o atendimento das competências ___________________________________________
específicas de cada Gerência. 43 Parágrafo único - A
aprovação e a nomeação de Superintendentes e Gerentes ___________________________________________
serão realizadas pelo Presidente da Ebserh.
Art. 114. Os casos omissos e as dúvidas referentes à
aplicação deste Regimento Interno, não solucionadas no ___________________________________________
âmbito da Diretoria Executiva, serão dirimidos pelo Conselho
de Administração. ___________________________________________
Art. 115. O presente Regimento Interno entra em vigor
na data da publicação de seu extrato no Diário Oficial da ___________________________________________
União (DOU) e da sua disponibilidade integral na página
oficial da Ebserh. ___________________________________________
ESPAÇO DESTINADO PARA ANOTAÇÕES ___________________________________________
________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
___________________________________________ ___________________________________________
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