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Apostila Digital Licenciada para Diego Milanez Weber - CPF:113.852.627-45 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.

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Secretaria Municipal de Saúde


do Rio de Janeiro – SMS-RJ

Agente de Documentação Médica

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de texto contemporâneo. .........................................................................................1
1.1 Localização de informações explícitas. 1.2 Inferência de informações implícitas ............................................6
1.3 Significado de vocábulos e expressões no contexto. ..............................................................................................7
2. Adequação da língua ao contexto de uso. 2.1 Redação e reescrita de frases – encadeamento lógico. .......... 13
2.2 Adequação vocabular e gramatical – uso coloquial e escrito; informal e formal. .......................................... 22
3. Ortografia oficial. .......................................................................................................................................................... 23
3.1 Acentuação gráfica. .................................................................................................................................................... 31
3.2 Emprego de letras. ..................................................................................................................................................... 32
4. Formação de palavras 4.1 Composição e derivação. 4.2 Significado e sentido de morfemas. ........................ 33
5. Uso e função das diferentes classes gramaticais na construção de sentido do texto escrito. 5.1 Artigo,
numeral e substantivo. 5.2 Pronomes. 5.3 Advérbio e adjetivo. 5.4 Preposição. .................................................. 35
6. Flexão verbal. ................................................................................................................................................................ 56
6.1 Emprego e valor semântico de tempos, modos e vozes verbais......................................................................... 59
6.2 Concordância verbal. ................................................................................................................................................ 61
7. Flexão e concordância nominal. ................................................................................................................................ 63
8. Regência nominal e verbal. ......................................................................................................................................... 67
9. Relações de sentido entre orações, frases e segmentos de texto. 9.1 Valor semântico das conjunções
coordenativas. ................................................................................................................................................................... 72
9.2 Identificação de coesão e coerência ao texto. ........................................................................................................ 84
10. Denotação e conotação. ............................................................................................................................................. 87

Legislação do SUS
1. Legislação ..........................................................................................................................................................................1
2. Diretrizes ........................................................................................................................................................................ 43
3. Participação da Comunidade e Controle Social 4. Atribuições dos três níveis de governo ............................. 45
5. Ações específicas da Atenção Básica ......................................................................................................................... 51
6. Políticas intersetoriais ................................................................................................................................................. 70

Conhecimentos Específicos
Arquivos: origem, conceito, finalidade, função e classificação .....................................................................................1
Política nacional de arquivos .............................................................................................................................................6
Terminologia arquivística................................................................................................................................................ 14
Tipos de arquivamento .................................................................................................................................................... 18
Classificação dos documentos ......................................................................................................................................... 19
práticas de gestão de documentos: métodos de arquivamento ................................................................................ 19
Noções básicas de conservação de documentos .......................................................................................................... 21
Microfilmagem ................................................................................................................................................................... 23
prontuário médico, digitalização de prontuário. ......................................................................................................... 25

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO

evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta


de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto,
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras
que formam a oração e as orações que formam o período e,
finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um
texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num
texto coeso.
1. Compreensão e
interpretação de texto Coerência
contemporâneo. A coerência está diretamente ligada à possibilidade de
estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com
que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da
COMPREENSÃO DO TEXTO coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto
dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os
Há duas operações diferentes no entendimento de um argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles
texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada
que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações
entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. e motivações.
Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas
não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o Tipos de Composição
significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto
dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma
do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos
discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa característicos, de pormenores individualizantes. Requer
operação de compreensão. observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito
E assim teremos: um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série
de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é
muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis o uso de palavras específicas, exatas.
de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de
reconhecimento. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o ou imaginários. São seus elementos constitutivos:
primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente,
preparando para a leitura interpretativa. Durante a o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A
tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. narração envolve:
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas - Quem? Personagem;
e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, - Quê? Fatos, enredo;
respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha - Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
adequada. - Onde? O lugar da ocorrência;
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. - Como? O modo como se desenvolveram os
Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global acontecimentos;
proposto pelo autor. - Por quê? A causa dos acontecimentos;
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer
pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é
conclusão do texto. estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor,
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O
menores, tendo em vista os diversos enfoques. raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante
mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. será o desempenho.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico
frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e Sentidos Próprio e Figurado
resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso
asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os
texto. exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um
tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado:
o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a “parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o
compressão da coesão e coerência. mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na
acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo.
Coesão O sentido tradicionalmente dito próprio sempre
corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o
elementos de coesão são os conectivos e vocábulos sentido preferencial, o que comumente ocorre.
gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou
partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos
adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente,
Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO

O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos,
metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem editoriais, etc.
que se obtém pela decifração da metáfora. Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito
da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O
mas nunca mais que esporadicamente. que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido
sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica
de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de perplexo diante de um oximoro.
crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de
categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais
conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são
poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido anteriores a ele.
figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta
interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o Sentido Preferencial
sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que Para compreender o sentido preferencial é preciso
não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto
perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma
impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido palavra no dicionário, dizemos que ela está
figurado é visto como anormal e o sentido próprio, não. Ele descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o
carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser
estetização e até a geração de categorias se ressente disso. o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o
Essa tendência para atribuir status às categorias é uma resultado médio, o que não impede que pela necessidade
constante do pensamento antigo, cuja índole era momentânea consideremos o significado preferencial para
hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal dado indivíduo.
para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas Algumas regularidades podem ser observadas nos
teorias modernas. significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para
conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras
atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se
totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos,
para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido
tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão
normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com
retóricos a serviço de sua concepção estética. cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o
que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o
Sentido Imediato “primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido
mais usado se impor sobre o menos usado.
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata Para certos termos é difícil estabelecer o sentido
que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de
ingênua ou leitura de máquina de ler. manga? O de fruto ou de uma parte da roupa?
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência
de uma série de premissas que restringem a decodificação tais Questões
como:
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar -
- O discurso é lógico. MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete:
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para “Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha
estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de:
respectivamente, identidade lógica e atribuição.
- Os significados são os encontrados no dicionário. (A) Adequação vocabular.
- Existe concordância entre termos sintáticos. (B) Falta de coesão.
- Abstrai-se a conotação. (C) Incoerência.
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. (D) Coesão.
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto (E) Coerência.
modificadores do código linguístico.
- Supõe-se pertinência ao contexto. 02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase:
- Abstrai-se iconias. Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada,
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. continuará inalterado, em:
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-
se o uso expressivo, cerimonial. (A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa
história e de nossa realidade.
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, (B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos
ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele de nossa história e de nossa realidade.
surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, (C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos
alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as sujeitos de nossa história e de nossa realidade.

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no
nossa história e de nossa realidade. texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em
(E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de outro homem. –, é empregado com sentido:
nossa história e de nossa realidade.
(A) próprio, equivalendo a inspiração.
03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - (B) próprio, equivalendo a conquistador.
VUNESP) (C) figurado, equivalendo a ave de rapina.
(D) figurado, equivalendo a alimento.
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira (E) figurado, equivalendo a predador.
que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um
levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir Gabarito
como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A 01.D / 02.E / 03.D / 04.E
conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais
atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do Interpretação de texto
mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que
número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas
correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão
primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o e interpretação de textos.
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de
povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para
ocupadas por países pobres. responder com muita confiança.
O estudo de Robert Levine associa a administração do Entender as técnicas de compreensão e interpretação de
tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, textos, além de ser importante para responder as questões
por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor específicas, é fundamental para que você compreenda o
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância enunciado das questões de atualidades, de matemática, de
às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos,
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por embora tenham bastante conhecimentos das matérias que
exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque
convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a não entendem o que a banca examinadora está pedindo.
uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os As questões de compreensão e interpretação de textos vêm
brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir
porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o de textos que as questões normalmente cobram a aplicação
trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia.
público? Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das
(Veja, 2009.) questões. Normalmente o candidato é convidado a:
identificar: Reconhecer elementos fundamentais
Há emprego do sentido figurado das palavras em:
apresentados no texto.
(A) ... os brasileiros estão entre os povos mais atrasados...
comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de
(B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar.
diferenças entre situações apresentadas no texto.
(C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações
comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma
sociais...
realidade, opinando a respeito.
(D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo...
resumir: Concentrar as ideias centrais em um só
(E) ... não se pode confiar no serviço público?
parágrafo.
parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras.
04. (UNESP - Assistente Administrativo -
continuar: Dar continuidade ao texto apresentado,
VUNESP/2016)
mantendo a mesma linha temática.
Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma
O gavião
correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí
Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco
incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e
voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos,
lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais
parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata
de observação, de síntese e de raciocínio.
pombas.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à Fonte:
contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/compreensao-e-
interpretacao-de-textos.html
pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar Dicas para melhorar a interpretação de textos
o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na A dificuldade na compreensão e interpretação de textos
verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da
que a pomba come seu grão de milho. leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas:
pombas e também o lance magnífico em que o gavião se 1: Não se assuste com o tamanho do texto.
despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint- 2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela.
com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se
o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa
pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro impressão de que ler não faz diferença.
homem. 3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999)

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO

leitura, vá até o fim, ininterruptamente. Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira metais, plásticos e borracha; a diminuição dos
leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que
as palavras mais importantes de cada parágrafo que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
constituem as palavras-chave do texto em torno das quais as da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a
outras se organizam para dar significação e produzirem economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro,
sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você nos impostos.
deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do No Brasil, está sendo implantado o sistema de
texto. compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da
sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA,
vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país
afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o
texto. projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
palavras desconhecidas do texto. Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5,
significado das palavras que você sublinhou no texto. podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às
8: Voltar ao texto quantas vezes precisar. 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já
9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos
autor. estratégicos.
10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não
melhor compreensão. está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem
11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou
do texto correspondente. desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu. Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas, verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
procurar a mais exata ou a mais completa. totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
fundamento de lógica objetiva. maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e
texto. deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
denuncia a resposta. que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
pelo autor, definindo o tema e a mensagem. as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
18: O autor defende ideias e você deve percebê-las. campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e
19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
importantíssimos na interpretação do texto.
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura (Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento
léxico, é fazer palavras cruzadas. 01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas. locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar- devido à falta de regulamentação.
interpretacao-de-textos (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades.
Questões (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores.
O uso da bicicleta no Brasil (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte.
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países arriscada e pouco salutar.
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez 02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa objetivos centrais do texto é
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
oferecem mais vantagens. ciclista.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na mais seguro do que dirigir um carro.
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e no Brasil.
prioridade sobre os automotores.

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APOSTILAS OPÇÃO

(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
de locomoção se consolidou no Brasil. clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
deve dar prioridade ao pedestre. não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
também se engajam num comportamento de risco – algumas
03. Considere o cartum de Evandro Alves. até agem especificamente para irritar o outro motorista ou
impedir que este chegue onde precisa.
Afogado no Trânsito Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto
comunitário do ato de dirigir.
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr.
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são
é os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
aprendem que as regras normais em relação ao
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
comportamento e à civilidade não se aplicam quando
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
Televisão sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
transformar um incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo
quando estiver tentado a agir só com a emoção.

(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-


no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é
É correto concluir que, de acordo com o cartum , correto afirmar que
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro (A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
ou pela TV são equivalentes. medida que os motoristas se envolvem em decisões
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma conscientes.
imaginação mais ativa. (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
que não sabe se distrair. comunitário do ato de dirigir.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o
assistir a um programa de televisão. principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo agressiva.
idêntico, embora ler seja mais prazeroso. (D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
experiências e atividades não só individuais como também
Leia o texto para responder às questões: sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
Propensão à ira de trânsito emoções positivas por parte dos motoristas.

Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente Respostas


perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)

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APOSTILAS OPÇÃO

implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas


podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma
1.1 Localização de leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler
informações explícitas. 1.2 nas entrelinhas.
Por exemplo, observe este enunciado:
Inferência de informações
implícitas - Patrícia parou de tomar refrigerante.
A informação explícita é “Patrícia parou de tomar
refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava
refrigerante antes”.
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS Agora, veja este outro exemplo:
- Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante.
Para que seja possível compreender o que vem a ser A informação explícita é “Patrícia parou de tomar
informação explícita1 em um texto, é preciso compreender que refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem
a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e implícita.
diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir
texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a informações a partir de um texto. Fazer uma inferência
seguir: significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida.
Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade
Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos
que horas são? enunciados.
Professora: [olha no relógio e responde] Podem guardar o A seguir, veremos dois tipos de informações que podem
material, pessoal! ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas.
Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por
outros colegas] Pressupostos
Uma informação é considerada pressuposta quando um
Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia enunciado depende dela para fazer sentido.
guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando
queria saber. A professora, interpretando a sua intenção, Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se
autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso, considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos
o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso
texto, autorizados pelas características da situação Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que
comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores torna o enunciado sem sentido.
sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas. Repare que as informações pressupostas estão marcadas
Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal – através de palavras e expressões presentes no próprio
ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no
explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como, enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra
por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as “ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como
autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam certa pelo falante.
executando as tarefas.
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é Subentendidos
constituído tanto por informações que são apresentadas Ao contrário das informações pressupostas, as
explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto informações subentendidas não são marcadas no próprio
por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser
facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas entendidas como insinuações.
com todas as letras. Já as segundas são dependentes do O uso de subentendidos faz com que o enunciador se
repertório prévio dos interlocutores e das características da esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se
situação comunicativa. comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos
A capacidade de localizar informações explícitas no texto é são de responsabilidade do receptor, enquanto os
fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores.
ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização, Em nosso cotidiano, somos cercados por informações
já no processo de alfabetização. subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e
Muitos consideram essa capacidade a mais simples de pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a
todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a
capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em quebra de subentendidos.
função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais
complexo ou extenso, o processo de localização da informação
solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser
igualmente mais complexo.

Informações Implícitas

Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar


sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é
preciso ter em mente que um texto é formado por informações
explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas
manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações

1http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-

texto/implicitos-e-pressupostos.html (Adaptado)

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APOSTILAS OPÇÃO

Questão
1.3 Significado de
01. Texto I
vocábulos e expressões no
contexto.

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

O significado das palavras2 é estudado pela semântica, a


parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras
como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre
si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia...
Compreender essas relações nos proporciona o
alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para
uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem)
diversos contextos e intenções comunicativas.
Texto II Sinônimos
Conexão Sem Fio no Brasil
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar Trata3 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos
publicações para o Kindle. iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da
intenção do falante.
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas,
se levarmos em conta as variações geográficas (aipim =
macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo =
salsão...).
Exemplos de sinônimos:
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.

(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo
ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos
A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de
anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto significação e certas propriedades que o escritor não pode
II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade desconhecer.
das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais
regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala
que o advento do livro digital no Brasil corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da
(A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e
informações antes restritas, uma vez que eliminará as tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
distâncias, por meio da distribuição virtual. Exemplos:
(B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da - Adversário e antagonista.
leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por - Translúcido e diáfano.
telefonia celular, ainda deficiente no país. - Semicírculo e hemiciclo.
(C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, - Contraveneno e antídoto.
em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais - Moral e ética.
gratuitamente distribuídos pela internet. - Colóquio e diálogo.
(D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no - Transformação e metamorfose.
país, levando em consideração as características de cada - Oposição e antítese.
região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à
informação. O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se
(E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos sinonímia, palavra que também designa o emprego de
brasileiros, uma vez que as características do produto sinônimos.
permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades
geopolíticas. Antônimos

Gabarito Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na


01.B forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente
ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com
prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária.
Exemplos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.

2 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ 3 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando

Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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APOSTILAS OPÇÃO

A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos
oposto ou negativo. de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento
Exemplos: daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e
- bendizer/maldizer sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos,
- simpático/antipático num longo enxurro de carcaças e molambos...
- progredir/regredir Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma
- concórdia/discórdia arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
- explícito/implícito mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças
- ativo/inativo envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade,
- esperar/desesperar escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos
Questões aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de
01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada (CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos.
participante das novas mídias terá um envolvimento Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de
meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de
informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa sinônimos?
pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a (A) Armistício – destruição
superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas (B) Claudicante – manco
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos (C) Reveses – infortúnios
participar. (D) Fealdade – feiura
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, (E) Opilados – desnutridos
apenas em número de atualizações nas páginas e na
capacidade dos usuários de distinguir essas variações como Gabarito
relevantes no conjunto virtualmente infinito das
possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no 01.B / 02.A
labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a
habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a Homônimos
extrair informações relevantes de um conjunto finito de
observações e reconhecer a organização geral da rede de que Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas
participam. com significados diferentes. Exemplos:
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos - Aço (substantivo) e asso (verbo).
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem Só o contexto é que determina a significação dos
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
sentimento de pânico experimentados por um número por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto
móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir
os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes
um veneno para o espírito. no timbre ou na intensidade das vogais.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. - Rego (substantivo) e rego (verbo).
Revista USP, no 92. Adaptado) - Colher (verbo) e colher (substantivo).
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho - Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos - Para (verbo parar) e para (preposição).
adequados respectivamente em: - Providência (substantivo) e providencia (verbo).
(A) procurar / gostar de / ilustrar - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
(B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer per+o).
(C) interferir / propor / embrutecer
(D) intrometer-se / prezar / esclarecer Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e
(E) contrapor-se / consolidar / iluminar diferentes na escrita.
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A - Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de
contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; consertar).
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o (acelerar).
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres - Censo (recenseamento) e senso (juízo).
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os - Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos - Paço (palácio) e passo (andar).
molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e - Hera (trepadeira), era (época), era (verbo).
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com anular).

Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO

- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão (C) “A diminuição __________ do nível da água dos
(tempo de uma reunião ou espetáculo). reservatórios trazia preocupação aos governadores de
Estado”. (eminente/iminente)
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na (D) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades
pronúncia. de __________ penas mais duras aos criminosos”.
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). (infligir/infringir)
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). (E) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). acerto das votações no Congresso Nacional”. (retificar /
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). ratificar)
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). Gabarito

Parônimos 01.C / 02.A / 03.D

São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: Hiperonímia e Hiponímia


- coro e couro,
- cesta e sesta, Partindo do princípio de que as palavras estabelecem
- eminente e iminente, entre si uma relação de significado, observe este enunciado4:
- degradar e degredar, Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão...
- cético e séptico, Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação.
- prescrever e proscrever, Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”,
- descrição e discrição, “melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma
- infligir (aplicar) e infringir (transgredir), relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao
- sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos
- comprimento e cumprimento, à conclusão pretendida. Note:
- deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente,
divergir, adiar), Hiperonímia5 - como o próprio prefixo já nos indica, esta
- ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste
- vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas.
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). Palavras e expressões de sentido mais geral.

Questões Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra


anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada
01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo – item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim,
FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com
palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior
(A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é que são as frutas.
crime!
(B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente. Questões
(C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão
agora expiar seus crimes. 01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da
(D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas
preciso o bom censo. regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo
(E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da
tomate. Amazônia.
Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são
02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico designados como:
e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em (A) hiperônimos.
que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: (B) hipônimos.
(A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem (C) cognatos.
gentil). (D) polissêmicos.
(B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). (E) parônimos.
(C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se
senta). 02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de
(D) Nenhuma das alternativas. proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima
a palavra “veículo” representa um caso de:
03. (Prefeitura de Salvador/BA – Técnico de (A) polissemia;
Enfermagem do Trabalho – FGV) Assinale a opção que (B) antonímia;
mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira (C) hiponímia;
das formas entre parênteses. (D) hiperonímia;
(A) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher (E) heteronímia.
sem primeiro tirar o chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro)
(B) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você Gabarito
acha que as pessoas andariam com os jeans apertados desse
jeito se não fosse pela conotação sexual?”. 01.B / 02.D
(vestiário/vestuário)

4 https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html 5 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-
hiponimia.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Polissemia Pois era um temperamento transbordante.


Sua arte preferida: água-forte.
A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do Seu provérbio predileto: "Quem tem capa, escapa".
contexto, muda de sentido (mas não muda de classe Sua piada favorita: "Ser como o rio:
gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de seguir o curso sem deixar o leito".
automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa Pois estudava: engenharia hidráulica.
peça”, “uma peça de carne” etc. Quando conheceu uma moça de primeira água.
Agora, observe mais estes exemplos: Foi na onda.
Desculpe o bolo que te dei ontem. Teve que desistir dos estudos quando
Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica. já estava na bica para se formar.
Tenho um bolo de revistas lá em casa.6 Então arranjou um emprego em Ribeirão das Lajes.
Donde desceu até ser leiteiro.
Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a Encarregado de pôr água no leite.
palavra tem um único significado. Ficou noivo e deu à moça uma água-marinha.
Mas ela o traiu com um escafandrista.
É possível perceber que alguns desses contextos passaram E fugiu sem dizer água vai.
a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas Foi aquela água.
adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que Desde então ele só vivia na chuva
o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece, Virou pau de água.
sendo os demais atribuídos pela analise contextual. Portanto, com hidrofobia.
Foi morar numa água-furtada.
Polissemia e Homonímia Deu-lhe água no pulmão.
Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete Rim flutuante.
a uma palavra que apresenta diversos significados que se Água no joelho.
encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere- Hidropsia.
se as duas ou mais palavras que apresentam origens e Bolha d’água.
significados distintos, mas possuem grafia e fonologia Gota.
idênticas. Catarata.
Por exemplo, “manga” é uma palavra que representa um Morreu afogado.
caso de homonímia. O termo designa tanto uma fruta quanto FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Editora Círculo do Livro:
São Paulo, 1975.
uma parte da camisa. Não se trata de uma polissemia por que
os dois significados são próprios da palavra e têm origens
O humor do texto é construído por meio do jogo entre
diferentes. Por esse motivo, muitos especialistas defendem
palavras denotativas e conotativas. O principal recurso de
que a palavra “manga” deveria possuir duas entradas distintas
sentido usado, portanto, foi a:
no dicionário.
(A) polissemia.
(B) ironia.
Polissemia e Ambiguidade
(C) intertextualidade.
Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos
(D) ambiguidade.
da linguagem que podem provocar confusões na interpretação
de frases. No caso da ambiguidade, geralmente, o enunciado
02. (SEDUC/PI - Professor Temporário - Língua
apresenta uma construção de palavras que permite mais de
Portuguesa - NUCEPE/2018)
uma interpretação para a frase em questão.
Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um
significado, mas de como as palavras estão dispostas na frase,
permitindo que as informações sejam interpretadas de mais
de uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua
amiga, que frequentava o mesmo clube que ele. Nesse caso, o
pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima.
Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir O efeito de humor, na tirinha, é explorado pelo recurso
mais de um significado, ela pode fazer com que as pessoas não semântico da:
compreendam o sentido usado no primeiro contato com a (A) Sinonímia.
frase e interpretem o enunciado de uma maneira diferente do (B) Polissemia
que ele era intencionado. Neste caso, para que isso não ocorra, (C) Contradição.
é importante que fique claro qual é o contexto em que a (D) Antonímia.
palavra foi usada. (E) Ambiguidade.
Questão 03. (SAMAE de Caxias do Sul/RS - Assistente de
Planejamento - OBJETIVA/2017)
01. (SANEAGO/GO - Agente de Saneamento - CS/2018)

Predestinação

Tinha no nome seu destino líquido: mar, rio e lago.


Pois chamava-se Mário Lago.
Viu a luz sob o signo de Piscis.
Brilhava no céu a constelação de Aquário. Considerando-se a representação semântica da palavra
Veio morar no Rio. “vendo” no contexto da tirinha abaixo, é CORRETO afirmar
Quando discutia, sempre levava um banho. que ocorre:

6 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013.

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) Denotação. “Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada


(B) Conotação. para designar o ato de viajar em um barco, ampliou
(C) Homonímia. consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de
(D) Homofonia. viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de
(E) Sinonímia. sentido, que um passageiro:
- embarcou em um trem.
04. (Pref. Videira/SC - Agente Administrativo - - embarcou no ônibus das dez.
ASSCONPP/2016) Observe as frases abaixo: - embarcou no avião da força aérea.
I. A mãe vela pelo sono do filho doente. - embarcou num transatlântico.
II. O barco à vela foi movido pelo vento.
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que
A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por
das palavras é denominada: ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de
(A) Homonímia; praticante de escalar montanhas.
(B) Polissemia;
(C) Sinonímia; Restrição de Sentido
(D) Antonímia; Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento
(E) Nenhuma das alternativas anteriores. inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade
mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o
05. (Pref. Fronteira/MG - Contador - MÁXIMA/2016) caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e
passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um
universo restrito do conhecimento.
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura
gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na
língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para
formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo
de formação de palavras por composição em que a junção dos
A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de
uma palavra através de um recurso: pernilongo (perna + longa).
(A) Vida - homonímia; Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais
(B) Balanço - polissemia; aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por
(C) Balanço - sinonímia; exemplo, que designa uma personagem de desenhos
(D) Vida - polissemia. animados, não se formou por aglutinação, mas por
justaposição.
Gabarito Em linguagem científica é muito comum restringir-se o
significado das palavras para dar precisão à comunicação.
01.D / 02.B / 03.C / 04.B / 05.B A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol,
não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que
Sentido Próprio e Sentido Figurado gira em torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve
para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou de acompanhar o movimento do Sol.
no sentido figurado. Exemplos: Há certas palavras que, além do significado explícito,
- Construí um muro de pedra. (Sentido próprio). contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são
- Ênio tem um coração de pedra. (Sentido figurado). muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica
- As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio). certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a
- As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado). existência de ao menos uma além daquela indicada.
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que
Denotação e Conotação nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu
outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao
Denotação é o sentido da palavra interpretada ao pé da menos um livro além daquele que está sendo autografado.
letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na
maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da Questões
palavra, aquele encontrado no dicionário. Exemplo: “Uma
pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” 01. (PC/CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP)
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou
seja, o objeto mesmo. A morte do narrador

Conotação é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, Recentemente recebi um e-mail de uma leitora
aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura
Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito,
atiradas pela mão.” em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo
usualmente significa, mas um insulto, uma ofensa produzida parecer com seus netos.
pelas palavras. Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter
me entendido mal, o que acontece com frequência quando se
Ampliação de Sentido discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente
designar uma quantidade mais ampla de significado do que o corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade",
seu original. entre outros.

Língua Portuguesa 11
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APOSTILAS OPÇÃO

Uma característica do politicamente correto é que, quando mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-
ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse se assim instituições que se destacam também no ensino.
uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma
marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em
articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais
Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à
que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não
abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara,
eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como seja capaz de ensinar.
metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo O gasto médio anual por aluno numa das três
que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as
devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa
contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e
vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do
intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos renúncias fiscais.
sintomas neuróticos descritos por Freud. Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber
Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete
na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer milhões de universitários em instituições com o padrão de
dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa
vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa
mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%,
a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.
sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA
é também desorganizador da própria juventude. Ouço (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção
cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu constitucional de que todas as universidades do país precisam
desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo
eles. como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para
Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo.
combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas O Brasil tem necessidade de ambas.
de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, (Hélio Schwartsman,: http://www1.folha.uol.com.br, 2013.)
aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do
acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, Assinale a alternativa em que a expressão destacada é
que questionam as “verdades constituídas do passado". A empregada em sentido figurado.
própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna (A) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a
– ciência, técnica, superação de tradição – agrava a nata dos especialistas...
invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (B) Os dados do Ranking Universitário publicados em
(que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: setembro de 2013...
idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou (C) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber
para as redes sociais. que o país não dispõe de recursos...
(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado) (D) ... das 20 universidades mais bem avaliadas em termos
de ensino...
O termo empregado com sentido figurado está em (E) ... todas as despesas que contribuem direta e
destaque na seguinte passagem do texto: indiretamente para a boa pesquisa...
(A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece
com frequência quando se discute o tema da velhice… 03. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP)
(segundo parágrafo). Leia o texto para responder a questão.
(B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de
minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e Um pé de milho
vovós… (primeiro parágrafo).
(C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra
que na modernidade o narrador da vida desapareceu. trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um
(Penúltimo parágrafo). pé de capim – mas descobri que era um pé de milho.
(D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa.
moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele
invisibilidade dos mais velhos. (Último parágrafo). reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um
(E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era
se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e
parágrafo). afirmou que era cana.
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu
02. (PC/CE – Escrivão de Polícia Civil – VUNESP) tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas
folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o
Ficção universitária leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto
centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho
Os dados do Ranking Universitário publicados em sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão, numa
setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo
desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e e independente. Suas raízes roxas se agarra mão chão e suas
ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem folhas longas e verdes nunca estão imóveis.
pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos
encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.

Língua Portuguesa 12
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APOSTILAS OPÇÃO

Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho querem dominar a língua dita culta, a correta, a ideal, não
não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, importa o nome que se lhe dê.
beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho O padrão de língua ideal a que as pessoas querem chegar é
vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma aquele convencionalmente utilizado nas instâncias públicas de
coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de uso da linguagem, como livros, revistas, documentos, jornais,
milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre textos científicos e publicações oficiais; em suma, é a que
homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou circula nos meios de comunicação, no âmbito oficial, nas
um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos. esferas de pesquisa e trabalhos acadêmicos.
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001) Não obstante, os linguistas entendem haver uma língua
circulante que é correta mas diferente da língua ideal e
Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há imaginária, fixada nas fórmulas e sistematizações da
termos empregados em sentido figurado. gramática. Eles fazem, pois, uma distinção entre o real e o
(A) ... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho ideal: a língua concreta com todas suas variedades de um lado,
é um belo gesto da terra. (3º §) e de outro um padrão ou modelo abstrato do que é “bom” e
(B) Mas ele reagiu. (1º §) / ... na verdade aquilo era capim. “correto”, o que conformaria, no seu entender, uma língua
(1º §) artificial, situada num nível hipotético.
(C) Secaram as pequenas folhas... (1º §) / Sou um Para os cientistas da língua, portanto, fica claro que há dois
ignorante... (2º §) estratos diferenciados: um praticamente intangível,
(D) Ele cresceu, está com dois metros... (2º §) / Tinha visto representado nas normas preconizadas pela gramática
centenas de milharais... (2º §) tradicional, que comporta as irregularidades e excrescências
(E) ... lança as suas folhas além do muro... (2º §) / Há muitas da língua, e outro concreto, o utilizado pelos falantes cultos,
flores belas no mundo... (3º §) qual seja, a “linguagem concretamente empregada pelos
cidadãos que pertencem aos segmentos mais favorecidos da
04. (IF/SC – Técnico de Laboratório) nossa população”, segundo Marcos Bagno (“ A norma oculta:
Assinale a opção em que NÃO há palavra usada em sentido língua e poder na sociedade brasileira”).
conotativo. Convém esclarecer que para a ciência sociolinguística
(A) Tuas atitudes são o espelho do teu caráter. somente a pessoa que tiver formação universitária completa
(B) Regras podem ser estabelecidas para uma convivência será caracterizada como falante culto(urbano).
pacífica. Sendo assim, como são presumivelmente cultos os sujeitos
(C) Pipocavam palavras no texto, como se fossem rabiscos que produzem os jornais, a documentação oficial, os trabalhos
coloridos do próprio pensamento científicos, só pode ser culta a sua linguagem, mesmo que a
(D) Choviam risadas naquela peça de humor. língua que tais pessoas falam e os textos que produzem nem
(E) A sabedoria abre as portas do conhecimento. sempre se coadunem com as regras rígidas impostas pela
gramática normativa, divulgada na escola e em outras
05. (FAPESE - Assistente em Administração - instâncias (de repressão linguística) como o vestibular.
UFS/2018) No período “Tomara que a revolta que eu e muitos Isso é o que pensam os linguistas. E o povo – saberá ele
sentiram não morra nas redes sociais”, a forma verbal “morra” fazer a distinção entre as duas modalidades e os dois termos
(do verbo morrer) é: que as descrevem?
(A) usada em sentido denotativo; Para os linguistas, a língua-padrão se estriba nas normas e
(B) 3ª. pessoa do singular do pretérito perfeito, do modo convenções agregadas num corpo chamado de gramática
indicativo; tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de
(C) uma flexão regular da 3ª. pessoa do singular, do correção para toda e qualquer forma de expressão linguística.
pretérito imperfeito, do modo subjuntivo; Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de
(D) a flexão de 3ª. pessoa do singular, do futuro do acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não
pretérito, do modo indicativo; pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta
(E) usada em sentido conotativo. uma heterogeneidade de comportamentos linguísticos, todos
igualmente corretos (não se pode associar “correto” somente
Gabarito a culto).
Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar
01.D / 02.A / 03.A / 04.B / 05.E diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a
possibilidade de imposição ou adoção como única de uma
língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por
2. Adequação da língua ao sua vez, está ancorada nos grandes escritores da língua,
sobretudo os clássicos, sendo pois conservadora. E justamente
contexto de uso por se valer de escritores é que as prescrições gramaticais se
2.1 Redação e reescrita de impõem mais na escrita do que na fala.
frases – encadeamento lógico. “A cultura escrita, associada ao poder social, desencadeou
também, ao longo da história, um processo fortemente
unificador (que vai alcançar basicamente as atividades verbais
escritas), que visou e visa uma relativa estabilização
Norma Culta linguística, buscando neutralizar a variação e controlar a
mudança. Ao resultado desse processo, a esta norma
Norma Culta e Língua-Padrão estabilizada, costumamos dar o nome de norma-padrão ou
língua-padrão” (Faraco, Carlos Alberto, “Norma-padrão
De acordo com M. T. Piacentini7, mesmo que não se brasileira”. In Bagno, M. (org.). Linguística da norma. SP:
mencione terminologia específica, é evidente que se lida no Loyola).
dia-a-dia com níveis diferentes de fala e escrita. É também
verdade que as pessoas querem “falar e escrever melhor”,

7 https://centraldefavoritos.wordpress.com/2011/07/22/norma-padrao-e-

nao-padrao/(Adaptado)

Língua Portuguesa 13
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Aryon Rodrigues (in Bagno) entra na discussão: A existência da civilização dá-se com o surgimento da
“Frequentemente o padrão ideal é uma regra de escrita. Suas regras são pautadas a partir da Norma Culta.
comportamento para a qual tendem os membros da sociedade, Sendo esta importante nos documentos formais que exigem a
mas que nem todos cumprem, ou não cumprem correta expressão do Português para que não haja mal
integralmente”. Mais adiante, ao se referir à escola, ele entendido algum. Ela nada mais é do que a modalidade
professa que nem mesmo os professores de Língua Portuguesa linguística escolhida pela elite de uma sociedade como modelo
escapam a esse destino: “Comumente, entretanto, o mesmo de comunicação escrita e verbal.
professor que ensina essa gramática não consegue observá-la A Norma Culta é uma expressão empregada pelos
em sua própria fala nem mesmo na comunicação dentro de seu linguistas brasileiros para designar o conjunto de variantes
grupo profissional”. linguísticas efetivamente faladas, na vida cotidiana pelos
Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há falantes cultos, sendo assim classificando os cidadãos nascidos
brasileiro – nem mesmo professores de português – que não e criados em zonas urbanas e com grau de instrução superior
fale assim: completo. “Fundamentam-se as regras da Gramática
– Me conta como foi o fim de semana… Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja
linguagem a classe ilustrada põe o seu ideal de perfeição,
– Te enganaram, com certeza! porque nela é que se espelha o que o uso idiomático e
consagrou”. (Rocha Lima).
– Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi Dentre as características que são pertinentes à Norma
mandado embora? Culta podemos citar que é: a variante de maior prestígio social
na comunidade, sendo realizada com certa uniformidade pelos
Ou mesmo assim: membros do grupo social de padrão cultural mais elevado;
cumpre o papel de impedir a fragmentação dialetal; ensinada
– Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem pela escola; usada na escrita em gêneros discursivos em que
machucados. há maior formalidade aproximando-a dos padrões da
prescrição da gramática tradicional; a mais empregada na
– Conheço ela há muito tempo – é ótima menina. literatura e também pelas pessoas cultas em diferentes
situações de formalidade; indicada precisamente nas marcas
– Acho que já lhe conheço, rapaz. de gênero, número e pessoa; usada em todas as pessoas
verbais, com exceção, talvez, da 2ª do plural, sendo utilizada
Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm principalmente na linguagem dos sermões; empregada em
acesso às regras padronizadas, incutidas no processo de todos os modos verbais em relação verbal de tempos e modos;
escolarização, se exprimem desse modo, essa é a norma culta. possuindo uma enorme riqueza de construção sintática, além
Já as formas propugnadas pela gramática tradicional e que de uma maior utilização da voz passiva; grande o emprego de
provavelmente só se encontrariam na escrita (conta-me como preposições nas regências aproveitando a organização
foi /enganaram-te / explica-me uma coisa / pois os encontrei gramatical cuidada da frase.
/ conheço-a há tempos / acho que já o conheço) configuram a De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa
norma-padrão ou língua-padrão. formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua
Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico,
polarização entre a norma-padrão (também denominada um repertório que, se não for erudito, também não será vulgar.
“norma canônica” por alguns linguistas) e o conjunto das Isso configura o que se entende por norma culta. A Norma
variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta, no Padrão está vinculada a uma língua modelo. Segue prescrições
senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os representadas na gramática, mas é marcada pela língua
leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem, produzida em certo momento da história e em uma
que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a determinada sociedade. Como a língua está em constante
norma culta. mudança, diferentes formas de linguagem que hoje não são
consideradas pela Norma Padrão, com o tempo podem vir a se
Norma culta, norma padrão e norma popular legitimar.
Dentro da Norma Padrão define-se um modelo de língua
A Norma é um uso linguístico concreto e corresponde ao idealizada prescrito pelas gramáticas normativas, como sendo
dialeto social praticado pela classe de prestígio, representando uma receita que nenhum usuário da língua emprega na fala e
a atitude que o falante assume em face da norma objetiva. A raramente utiliza na escrita. Sendo também uma referência
normatização não existe por razões apenas linguísticas, mas para os falantes da Norma Culta, mas não passam de um ideal
também culturais, econômicas, sociais, ou seja, a Norma na a ser alcançado, pois é um padrão extremamente enriquecido
língua origina-se de fatores que envolvem diferenças de de língua. Assim, as gramáticas tradicionais descrevem a
classes, poder, acesso à educação escrita, e não da qualidade Norma Padrão, não refletindo o uso que se faz realmente do
da forma da língua. Há um conceito amplo e um conceito Português no Brasil.
estreito de Norma. No primeiro caso, ela é entendida como um Marcos Bagno propõe, como alternativa, uma triangulação:
fator de coesão social. No segundo, corresponde onde a Norma Popular teria menos prestígio opondo-se à
concretamente aos usos e aspirações da classe social de Norma Culta mais prestigiada, e a Norma Padrão se eleva
prestígio. Num sentido amplo, a norma corresponde à sobre as duas anteriores servindo como um ideal imaginário e
necessidade que um grupo social experimenta de defender seu inatingível. A Norma Padrão subdivide-se em: Formal e
veículo de comunicação das alterações que poderiam advir no Coloquial. A Padrão Formal é o modelo culto utilizado na
momento do seu aprendizado. Num sentido restrito, a Norma escrita, que segue rigidamente as regras gramaticais.
corresponde aos usos e atitudes de determinado seguimento Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante
da sociedade, precisamente aquele que desfruta de prestígio tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como
dentro da Nação, em virtude de razões políticas, econômicas e porque é supervalorizada na nossa cultura. É a história do vale
culturais. Segundo Lucchesi, considera-se que a realidade o que está escrito. Já a Padrão Coloquial é a versão oral da
linguística brasileira deve ser entendida como um contínuo de língua culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco
normas, dentro do quadro de bipolarização do Português do mais de liberdade e está menos presa à rigidez das regras
Brasil. gramaticais. Entretanto, a margem de afastamento dessas

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APOSTILAS OPÇÃO

regras é estreita e, embora exista, a permissividade com Aquisição da Linguagem e o Propósito da Língua
relação às transgressões é pequena.
Assim, na linguagem coloquial, admitem-se sem grandes A aprendizagem da língua inicia-se em casa, no contexto
traumas, construções como: ainda não vi ele; me passe o arroz familiar, que é o primeiro círculo social para uma criança que
e não te falei que você iria conseguir? Inadmissíveis na língua imita o que ouve e aprende, aos poucos, o vocabulário e as leis
escrita. O falante culto, de modo geral, tem consciência dessa combinatórias da língua. Um jovem falante também vai
distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente as exercitando o aparelho fonador, ou seja, a língua, os lábios, os
construções acima na comunicação oral, evita-as na escrita. dentes, os maxilares, as cordas vocais para produzir sons que
Contudo, como se disse, não são muitos os desvios admitidos e se transformam, mais tarde, em palavras, frases e textos.
muitas formas peculiares da Norma Popular são condenadas Um falante ao entrar em contato com outras pessoas em
mesmo na linguagem oral. A Norma Popular é aquela diferentes ambientes sociais como a rua, a escola, etc., começa
linguagem que não é formal, ou seja, não segue padrões a perceber que nem todos falam da mesma forma. Há pessoas
rígidos, é a linguagem popular, falada no cotidiano. que falam de forma diferente por pertencerem a outras
O nível popular está associado à simplicidade da utilização cidades ou regiões do país, ou por fazerem parte de outro
linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e grupo ou classe social. Essas diferenças no uso da língua
semânticos. Esta decorrerá da espontaneidade própria do constituem as variedades linguísticas.
discurso oral e da natural economia linguística. É utilizado em A língua é um poderoso instrumento de ação social, ela
contextos informais. possibilita transmitir nossas ideias e transmitir um conjunto
Dentre as características da Norma Popular podemos de informações sobre nós mesmos. Desta forma, ela pode tanto
destacar: economia nas marcas de gênero, número e pessoa; facilitar quanto dificultar o nosso relacionamento com as
redução das pessoas gramaticais do verbo; mistura da 2ª com pessoas e com a sociedade no que diz respeito a nossa
a 3ª pessoa do singular; uso intenso da expressão a gente em capacidade de uso e articulação da língua.
lugar de eu e nós; redução dos tempos da conjugação verbal e Certas palavras e construções que empregamos acabam
de certas pessoas, como a perda quase total do futuro do denunciando quem somos socialmente, ou seja, em que região
presente e do pretérito-mais-que-perfeito no indicativo; do do país nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa
presente do subjuntivo; do infinitivo pessoal; falta de formação e, às vezes, até nossos valores, círculo de amizades e
correlação verbal entre os tempos; redução do processo hobbies, como skate, rock, surfe, etc. O uso da língua também
subordinativo em benefício da frase simples e da coordenação; pode informar nossa timidez, sobre nossa capacidade de nos
maior emprego da voz ativa em lugar da passiva; predomínio adaptarmos às situações novas e nossa insegurança.
das regências verbais diretas; simplificação gramatical da
frase; emprego dos pronomes pessoais retos como objetos. Variedades Linguísticas
Na visão de Preti, os falantes cultos “até em situação de
gravação consciente revelaram uma linguagem que, em geral, A língua escrita e falada apresenta uma série de variações
também pertence a falantes comuns”. Sendo mais espontânea e transformações ao passar do tempo. Tais variações decorrem
e criativa, a Norma Popular se afigura mais expressiva e das diferenças entre as épocas, condições sociais, culturais e
dinâmica. Temos, assim, alguns exemplos: estou preocupado regionais dos falantes. Tomemos como exemplo a
(Norma Culta); to preocupado (Norma Popular); to grilado transformação ortográfica do vocábulo “farmácia” que antes
(gíria, limite da Norma Popular). era grafado com “ph”, assim, a palavra era escrita “pharmácia”.
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde que
urge conhecer a língua popular, captando-lhe a cumpram com eficiência o papel fundamental da língua, o de
espontaneidade, expressividade e enorme criatividade para permitir e estabelecer a comunicação entre as pessoas.
viver, necessitando conhecer a língua culta para conviver.
Graus de Formalismo
REESCRITURA DE FRASES - NORMA CULTA
São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais
Norma Culta como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o
coloquial, que não tem um planejamento prévio,
A norma culta define um conjunto de rigorosos padrões caracterizando-se por construções gramaticais mais livres,
linguísticos que, por sua vez, servem para definir o uso correto repetições frequentes, frases curtas e conectores simples; o
e impecável de determinado idioma. Na maioria das vezes, informal, que se caracteriza pelo uso de ortografia simplificada
esse é o padrão utilizado por pessoas com nível de e construções simples (geralmente usado entre membros de
escolaridade elevado. uma mesma família ou entre amigos).
Quem quer dominar uma língua perfeitamente, escrever e As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de
falar de forma correta, seguindo os padrões da normal culta, formalismo existente na situação de comunicação; com o
precisa estudar – e muito – a gramática. Isto quer dizer que a modo de expressão, isto é, se trata de um registro formal ou
norma culta é forma mais correta de falar. escrito; com a sintonia entre interlocutores, que envolve
aspectos como graus de cortesia, deferência, tecnicidade
Norma Popular (domínio de um vocabulário específico de algum campo
científico, por exemplo).
É aquela linguagem que não é formal, ou seja, não segue
padrões rígidos, é a linguagem popular, falada no cotidiano. Atitudes não Recomendadas
O nível popular está associado à simplicidade da utilização
linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e Expressões
Uso recomendado
semânticos. Esta decorrerá da espontaneidade própria do condenáveis
discurso oral e da natural economia linguística. É utilizada em A nível de / Ao nível Em nível, No nível
contextos informais. Ante, Diante, Em face de, Em vista
Face a / Frente a
de, Perante
Onde (Quando não Em que, Na qual, Nas quais, No
exprime lugar) qual, Nos quais

Língua Portuguesa 15
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APOSTILAS OPÇÃO

Sob um ponto de - esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte


De um ponto de vista
vista (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do
Sob um prisma Por (ou através de) um prisma presente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).
Em virtude de, Por causa de, Em
Em função de consequência de, Por, Em razão Erros Comuns
de - "Hoje ao receber alguns presentes no qual completo vinte
anos tenho muitas novidades para contar”.
Expressões não Recomendadas Uso inadequado do pronome relativo. Ele provoca falta de
coesão, pois não consegue perceber a que antecedente ele se
- a partir de (a não ser com valor temporal). refere, portanto nada conecta e produz relação absurda.
Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se
de... - "Ainda brincava de boneca quando conheci Davi, piloto de
cart, moreno, 20 anos, com olhos cor de mel. "Tudo começou
- através de (para exprimir “meio” ou instrumento). naquele baile de quinze anos", "... é aos dezoito anos que se
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, começa a procurar o caminho do amanhã e encontrar as
segundo... perspectiva que nos acompanham para sempre na estrada da
vida”.
- devido a. Você pode ter conhecimento do vocabulário e das regras
Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa gramaticais e, assim, construir um texto sem erros. Entretanto,
de. se você reproduz sem nenhuma crítica ou reflexão expressões
gastas, vulgarizadas pelo uso contínuo. A boa qualidade do
- dito. texto fica comprometida.
Opção: citado, mencionado.
- Tema: Para você, as experiências genéticas de clonagem
- enquanto. põem em xeque todos os conceitos humanos sobre Deus e a
Opção: ao passo que. vida? "Bem a clonagem não é tudo, mas na vida tudo tem o seu
valor e os homens a todo momento necessitam de descobrir
- inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). todos os mistérios da vida que nos cerca a todo instante”.
Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. É de extrema importância seguir o que foi proposto no
tema. Antes de começar o texto leia atentamente todos os
- no sentido de, com vistas a. elementos que o examinador apresentou. Esquematize as
Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em ideias e perceba se não há falta de correspondência entre o
vista. tema proposto e o texto criado.

- pois (no início da oração). - "Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu primo
Opção: já que, porque, uma vez que, visto que. (...) mostrou que ele não era maligno”.
Esta frase está ambígua. Não se sabe se o pronome ele
- principalmente. refere-se ao fígado ou ao primo. Para se evitar a ambiguidade,
Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em deve-se observar se a relação entre cada palavra do texto está
particular. correta.

Expressões que Demandam Atenção - "Ele me tratava como uma criança, mas eu era apenas uma
criança”.
- acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se. Problema com o uso do conectivo “mas”. O conectivo mas
- aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e indica uma circunstância de oposição, de ideia contrária a.
estar, aceito. Portanto, a relação adversativa introduzida pelo "mas" no
- acendido, aceso (formas similares) – idem fragmento acima produz uma ideia absurda.
- à custa de – e não às custas de.
- à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, - "Entretanto, como já diziam os sábios: depois da
conforme. tempestade sempre vem a bonança. Após longo suplício, meu
- na medida em que – tendo em vista que, uma vez que. coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava que
- a meu ver – e não ao meu ver. só estaríamos separadas carnalmente”.
- a ponto de – e não ao ponto de. Não utilize provérbios ou ditos populares. Eles
- a posteriori, a priori – não tem valor temporal. empobrecem a redação e fazem parecer que o autor não tem
- em termos de – modismo; evitar. criatividade ao lançar mão de formas já gastas pelo uso
- enquanto que – o que é redundância. frequente.
- entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a.
- implicar em – a regência é direta (sem em). - "Todos os deputados são corruptos”.
- ir de encontro a – chocar-se com. Evite pensamentos radicais. É recomendável não
- ir ao encontro de – concordar com. generalizar e evitar, assim, posições extremistas.
- se não, senão – quando se pode substituir por caso não,
separado; quando não se pode, junto. - "Bem, acho que - você sabe - não é fácil dizer essas coisas.
- todo mundo – todos. Olhe, acho que ele não vai concordar com a decisão que você
- todo o mundo – o mundo inteiro. tomou, quero dizer, os fatos levam você a isso, mas você sabe -
- não pagamento = hífen somente quando o segundo termo todos sabem - ele pensa diferente. É bom a gente pensar como
for substantivo. vai fazer para, enfim, para ele entender a decisão”.
- este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a O ato de escrever é diferente do ato de falar. O texto escrito
tempo presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está não deve apresentar marcas de oralidade.
tratando).
- "Mal cheiro", "mau-humorado".

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APOSTILAS OPÇÃO

Mal opõe-se à bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de
cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
- A última "seção" de cinema.
- "Fazem" cinco anos. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a
Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de
/ Fazia dois séculos. / Fez 15 dias. Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de
pancadas, sessão do Congresso.
- "Houveram" muitos acidentes.
Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos - Vendeu "uma" grama de ouro.
acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro,
iguais. vitamina C de dois gramas.

- Para "mim" fazer. - "Porisso".


Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de
fazer, para eu dizer, para eu trazer.
- Não viu "qualquer" risco.
- Entre "eu" e você. Deve-se usar “nenhum”, e não "qualquer.
Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo.
/ Entre eles e ti. / Nunca promoveu nenhuma confusão.

- "Há" dez anos "atrás". - A feira "inicia" amanhã.


Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se
anos ou dez anos atrás. (inaugura-se) amanhã.

- "Entrar dentro". - O peixe tem muito "espinho".


Problema de redundância. O certo seria: entrar em. Peixe tem espinha.
Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível)
ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo)
viúva do falecido. vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).

- Vai assistir "o" jogo hoje. - Não sabiam "aonde" ele estava.
Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à O certo: Não sabiam onde ele estava.
missa, à sessão. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei
Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos.
/ Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu - "Obrigado", disse a moça.
à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça.
/ Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
- Preferia ir "do que" ficar.
Prefere-se sempre uma coisa à outra: Preferia ir a ficar. É - Ela era "meia" louca.
preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio
sem glória. amiga.

- Não há regra sem "excessão". - "Fica" você comigo.


O certo é exceção. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo
Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. /
correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), Chegue aqui.
"xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso"
(vultoso), "cincoenta" (cinquenta), "zuar" (zoar), "frustado" - A questão não tem nada "haver" com você.
(frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver.
"benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
(pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).
- Vou "emprestar" dele.
- Comprei "ele" para você. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou
Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao
Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou- meu irmão.
nos entrar, viu-a, mandou-me. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas
malas.
- "Aluga-se" casas.
O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem- - Ele foi um dos que "chegou" antes.
se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos
terrenos. / Procuram-se empregados. que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). /
Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
- Chegou "em" São Paulo.
Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica
Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo. arredondamento e não pode aparecer com números exatos:
Cerca de 20 pessoas o saudaram.
- Todos somos "cidadões".
- Tinha "chego" atrasado.

Língua Portuguesa 17
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APOSTILAS OPÇÃO

"Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. /
Era difícil apontar todas as contradições do texto.
- Queria namorar "com" o colega.
O com não existe: Queria namorar o colega. - Ela "mesmo" arrumou a sala.
“Mesmo” é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala.
- O processo deu entrada "junto ao" STF. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
Processo dá entrada no STF.
- Chamei-o e "o mesmo" não atendeu.
- As pessoas "esperavam-o". Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou
Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários
os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam- públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão
no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos. dos servidores (e não "dos mesmos").

- Vocês "fariam-lhe" um favor? - Vou sair "essa" noite.


Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) É este que designa o tempo no qual se está o objeto
depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está),
condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe- este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o
iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca século 21).
"imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um
presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me"). - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular
sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.
- Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos.
“Há” indica passado e equivale a faz, enquanto “a” exprime - Comeu frango "ao invés de" peixe.
distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): “Em vez de” indica substituição: Comeu frango em vez de
Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) peixe.
cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos “Ao invés de” significa apenas ao contrário: Ao invés de
de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias. entrar, saiu.

- Estávamos "em" quatro à mesa. - Se eu "ver" você por aí...


O “em” não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu
/ Ficamos cinco na sala. vier (de vir); se eu tiver (de ter); se ele puser (de pôr); se ele
fizer (de fazer); se nós dissermos (de dizer).
- Sentou "na" mesa para comer.
Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o - Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas
certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à em que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode, explodiram, etc.
máquina, ao computador. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda",

- Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. - Disse o que "quiz".
A locução não existe. Use porque: Ficou contente porque Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr:
ninguém se feriu. Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse,
puseram, puséssemos.
- O time empatou "em" 2 a 2.
A preposição é “por”: O time empatou por 2 a 2. Repare que - O homem "possue" muitos bens.
ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só
têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que
- Não queria que "receiassem" a sua companhia. admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia.
Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só - A tese "onde".
existe i quando o acento cai no “e” que precede a terminação Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. /
ear: receiem, passeias, enfeiam). Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use
em que: A tese em que ele defende essa ideia. / O livro em que...
- Eles "tem" razão. / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...
No plural, têm é com acento. Tem é a forma do singular. O
mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; - Já "foi comunicado" da decisão.
ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado"
de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado)
- Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os
só o último elemento varia: acordos político-partidários. empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria
Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi
econômico-financeiras, partidos social-democratas. comunicada aos empregados.

- Andou por "todo" país. - A modelo "pousou" o dia todo.


Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante,
(pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi etc.
demitida.
Sem “o”, “todo” quer dizer cada, qualquer: Todo homem - Espero que "viagem" hoje.
(cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma
inimigos. verbal é viajem (de viajar).
Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento
- "Todos" amigos o elogiavam. (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é

Língua Portuguesa 18
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APOSTILAS OPÇÃO

extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido Obviamente que outros fatores relacionados à
(concretizado). competência linguística do emissor participam deste processo,
entre estes: pontuação adequada, utilização correta dos
- O pai "sequer" foi avisado. elementos coesivos, de modo a estabelecer uma relação
Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi harmônica entre uma ideia e outra, coerência, oração e
avisado. / Partiu sem sequer nos avisar. período, dentre outros.

- O fato passou "desapercebido". Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de


Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. formalidade
Desapercebido significa desprevenido.
Os níveis de formalidade9 podem ser entendidos como
- "Haja visto" seu empenho... níveis de linguagem. Eles têm relação direta com a intenção
A expressão é “haja vista” e não varia: Haja vista seu comunicativa, isto é, qual é o objetivo do texto e qual o
empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas. contexto em que a comunicação é veiculada? Quem é o emissor
e para quem é dirigida a Comunicação?
- A moça "que ele gosta". Para entendermos melhor isso, pensemos no seguinte
Quem gosta, gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. exemplo: recorte a fala de um juiz em um tribunal e Enderece
a uma criança.
- É hora "dele" chegar. Certamente o juiz não vai ser entendido.
Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou Para que haja a devida comunicação, ele deve escolher
pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele palavras adequadas ao entendimento daquele público-alvo: a
chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado. / Depois de esses criança.
fatos terem ocorrido. Assim, os níveis de linguagem levam em conta esses
estratos (camadas sociais, econômicas, culturais, etárias,
- A festa começa às 8 "hrs.". situacionais), a cujo contexto a linguagem deve adaptar-se.
As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural O que determinará o nível de linguagem empregado é o
nem ponto. Assim: 8h, 2km (e não "kms."), 5m, 10kg. meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para
cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário,
- "Dado" os índices das pesquisas... um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira
A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... de se fazer a combinação das palavras, e assim por diante.
/ Dado o resultado... / Dadas as suas ideias... Com base nessas considerações, não se deve pensar a
comunicabilidade pelas noções de certo e errado, mas pelos
- Ficou "sobre" a mira do assaltante. conceitos de adequado e inadequado, segundo determinado
Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do contexto. Assim, não se espera que um adolescente, reunido
assaltante. / Escondeu-se sob a cama. com outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao
Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre shopping assistir a um filme”.
o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o Naturalmente, ele vai reestruturar o seu texto
piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz (retextualizar) para se adaptar ao seu meio: “Vamos no
alguma coisa e alguém vai para trás. shopping assistir um filme”.

- "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu 10Verifique a Equivalência Entre os Marcadores

ver, a seu ver, a nosso ver. Temporais

Substituição de palavras ou de trechos de texto Exemplo: “Nos últimos quarenta anos, um dos maiores
avanços tecnológicos mundiais foi a internet.”
As figuras de linguagem8 são recursos linguísticos a que os
autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e Reescrita: “Há quarenta anos, ocorreu um dos maiores
expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os avanços tecnológicos mundiais: a internet.”
utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da
linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o Note que a frase foi reescrita, porém o marcador temporal
pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido foi mantido. Há quarenta anos tem o mesmo significado de
não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e Nos últimos quarenta anos.
frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum
modo, de uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar Verifique a Equivalência Entre o Sentido das
destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem Conjunções
costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de
construção e figuras de palavras ou semânticas. Exemplo: “Desde que se tenha disposição para promover
algumas mudanças de comportamento, que, inicialmente,
Reorganização da estrutura de orações e de períodos podem parecer complicadas, será possível construir um novo
do texto cenário e passar definitivamente de devedor para investidor.”

A eficácia do texto dependerá da forma pela qual estas Desde que - caso - sentido de condição (afirmativo)
ideias se apresentarão mediante o transcorrer do discurso.
Partindo deste pressuposto, temos a noção de quão Reescrita: “A menos que se tenha disposição para
importante é a estruturação dos parágrafos, que permitem que promover algumas mudanças de comportamento, que,
o pensamento seja distribuído de forma lógica e precisa, com inicialmente, podem parecer complicadas, não será possível
vistas a permitir uma efetiva interação entre os interlocutores.

8 https://www.infoescola.com/portugues/figuras-de-linguagem/ 10 https://bit.ly/2KjUWVI.
9 https://centraldefavoritos.com.br/2016/12/20/reescrita-de-textos-de-
diferentes-generos-e-niveis-de-formalidade/(adaptado)

Língua Portuguesa 19
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APOSTILAS OPÇÃO

construir um novo cenário e passar definitivamente de 02. (Pref. de São Luís/MA - Auditor Fiscal de Tributos I
devedor para investidor.” - FCC/2018) Na primeira audiência, ele se esforçou em
manter-se calado. Indignado com tudo, rejeitava e respondia a
A menos que - caso não - condição (negativo) qualquer gesto que considerasse suspeito, de quem quer que
fosse. Via no banco quem o acusava do que não fizera. Era coisa
Apesar do exemplo apresentar um sentido de condição que levaria tempo para digerir. Ou então, seria motivo de
afirmativo e o segundo um negativo, o sentido original da frase vingança, até mesmo de crime.
foi mantido, pois ambas dizem que, para passar de devedor
para investidor, é preciso disposição e mudanças de ... respondia a qualquer gesto que considerasse suspeito,
comportamentos, que podem parecer difíceis no começo. de quem quer que fosse.

Verifique o sentido específico do vocabulário: Seguem propostas de alteração na frase acima. A redação
que está em conformidade com a norma-padrão e não
Exemplo: “Atualmente, há quatro idiomas oficiais na prejudica o sentido original é:
Suíça.” (A) respondia a quaisquer que fosse os gestos que
considerasse suspeito, de quem quer que fosse.
Reescrita “Atualmente, existem quatro idiomas oficiais na (B) respondia a quaisquer gestos que considerasse
Suíça.” suspeitos, fossem de quem fossem.
(C) respondia a todo e qualquer gesto que os considerasse
Nesse caso, existem é sinônimo de há. suspeitos, de quem quer que fosse.
(D) respondia a gestos, qualquer um, que considerasse
Verifique o Acréscimo ou a Retirada de Artigos, suspeitos, vindo de quem quer que fossem.
Pronomes, Preposições, Advérbios, Etc. (E) respondia a gesto qualquer que fosse, que o
considerasse suspeito, de quem fosse a pessoa.
Exemplo: “Todos os homens são intelectuais, pode-se
dizer, mas nem todos os homens têm na sociedade a função de 03. (PC/SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial -
intelectuais.” VUNESP/2018)

Reescrita: “Pode-se dizer que, apesar de não exercer


sempre, na sociedade, a função de intelectual, todo o ser
humano é intelectual.”

Nesse caso, a conjunção adversativa mas foi substituída


por apesar de, e todos os homens por todo o ser humano. A
frase foi modificada, porém seu sentido se manteve: mesmo
não exercendo, em sociedade, o papel de intelectual, todo ser (Bill Watterson, Existem tesouros em todo lugar: as aventuras de Calvin e
humano é um intelectual. Haroldo. 1a ed. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2013)

Verifique a Mudança da Voz Verbal A reescrita de “... ninguém diz para ele o que fazer.” e “... as
pessoas devem expressar sua individualidade...”, com as
“O cachorro mordeu o gato.” (voz ativa) expressões destacadas substituídas por pronomes, em
conformidade com a norma-padrão da língua, resulta,
“O gato foi mordido pelo cachorro.” (voz passiva) respectivamente, em:
(A) ninguém o diz o que fazer / as pessoas devem-na
Apesar da mudança da voz verbal, o sentido da frase é o expressar.
mesmo. (B) ninguém diz-lhe o que fazer / as pessoas devem
expressá-la.
Verifique o Deslocamento de Advérbio (C) ninguém lhe diz o que fazer / as pessoas devem
expressar-lhe.
“Hoje ele disse que limparia a casa.” (D) ninguém lhe diz o que fazer / as pessoas devem
“Ele, hoje, disse que limparia a casa.” expressá-la.
“Ele disse, hoje, que limparia a casa.” (E) ninguém diz-lhe o que fazer / as pessoas devem a
“Ele disse que limparia a casa hoje.” expressar.

Nos três primeiros exemplos, hoje quer dizer o momento 04. (CODEBA - Guarda Portuário - FGV) O lixo eletrônico
em que ele disse. Já no último exemplo, hoje quer dizer quando contém uma grande quantidade de material radioativo que
ele vai limpar a casa. causam danos a saúde e ao meio ambiente.
Reciclando seu lixo eletrônico você evita que esse material
Questões fique jogado por aí fazendo mal ao nosso planeta.

01. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - FEPESE) O texto do cartaz apresenta numerosos erros segundo a
Assinale a alternativa que apresenta incorreção na regência norma culta da Língua Portuguesa.
verbal de acordo com a norma culta: Assinale a opção em que o segmento retirado do texto está
(A) Quero a Pedro. correto.
(B) Custou-lhe aceitar a verdade (A) “O lixo eletrônico contém".
(C) Eles se referiram sobre o outro governo. (B) “material radioativo que causam danos".
(D) Esta é a cidade com a qual sonhamos. (C) “causam danos a saúde".
(E) Assisti à conferência e não gostei. (D) “a saúde e ao meio ambiemte".
(E) “esse material fique jogado por ai".

Língua Portuguesa 20
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APOSTILAS OPÇÃO

05. (SEDU/ES - Professor de Língua Portuguesa - FCC) Você diz que é operário, sai em busca do salário
Assim, a expressão norma culta deve ser entendida como Pra poder me sustentar, qual o quê
designando a norma linguística praticada, em determinadas
situações (aquelas que exigem certo grau de formalidade), por No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
aqueles grupos sociais mais diretamente relacionados com a Pra você comemorar, sei lá o quê
cultura escrita, em especial por aquela legitimada Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
historicamente pelos grupos que controlam o poder social. [...] Discutindo futebol
A cultura escrita, associada ao poder social, desencadeou E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
também, ao longo da história, um processo fortemente Coloridas pelo sol
unificador, que visou e visa uma relativa estabilização
linguística, buscando neutralizar a variação e controlar a Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
mudança. Ao resultado desse processo, a essa norma Você vai querer cantar
estabilizada, costumamos dar o nome de norma-padrão ou Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
língua padrão. Pra você rememorar
(FARACO, 2002, p.40)
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Depreende-se da leitura do texto que a Pra chorar o meu perdão, qual o quê
(A) norma culta é a língua falada pelos que, detendo maior Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
prestígio social, buscam impô-la aos menos favorecidos. Pra agradar meu coração
(B) norma culta e a norma–padrão são expressões E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
sinônimas, pois ambas neutralizam as variedades incultas e
populares. Como vou me aborrecer, qual o quê
(C) norma-padrão é escrita e refratária à variação Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
linguística, pois busca estabilizar a língua, normatizando-a. E abro meus braços pra você
(D) norma-padrão restringe-se às situações comunicativas Chico Buarque
sociais em que o falante tem reconhecido poder social.
(E) norma-padrão é aquela falada pela maioria da Releia esta passagem do texto:
população em situações que exijam formalidade discursiva. “Diz pra eu não ficar sentida".

06. (Pref. Itupeva/SP - Procurador Municipal - Essa é uma construção típica da oralidade, característica
FUNRIO) da linguagem brasileira de uso corrente, no entanto, segundo
a Norma Culta da Língua Portuguesa, o período acima
Dengue e vistoria configura alguns desvios em relação ao padrão normativo
gramatical escrito. Se fôssemos adequá-lo à Norma, em sua
As equipes de combate ao Aedes aegypti já vistoriaram totalidade, como deveríamos reescrevê-lo?
18,6 milhões de imóveis em todo país. O balanço é do segundo (A) Diz-me que não fique sentida.
ciclo de campanha de caça ao mosquito, iniciado este mês. Mas (B) Diz a mim para não ficar sentida.
nem todo mundo atendeu ao chamado dos agentes de saúde: (C) Diz-me não ficar sentida.
muitos imóveis visitados estavam fechados ou os moradores (D) Diz a mim para que não fique sentida.
não abriram suas portas. Até agora, a vistoria só aconteceu de (E) Diz para eu não ficar sentida.
fato em 33,4% do total de 67 milhões de residências que
deveriam ser monitoradas. 08. (Pref. Lauro Muller/SC - Auxiliar Administrativo -
Nesse segundo ciclo de visitas, os agentes já visitaram 22,4 FAEPESUL) Assinale o período em que a concordância verbal
milhões de imóveis. Desses, 3,8 milhões não foram vistoriados, NÃO é aceita pela gramática culta da Língua Portuguesa:
de acordo com informações do Ministério da Saúde. A (A) Promovem-se muitas festas beneficentes nesta
abrangência das visitas também foi divulgada. Dos 5.570 instituição de ensino.
municípios brasileiros, 4.438 já registraram as visitas no (B) Os Estados Unidos comemora novas eleições.
Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da (C) Fala-se de crises políticas, corrupção e propina.
República (SIM-PR), segundo o novo balanço, concluído no dia (D) Deve haver orientações para as famílias prejudicadas
24. Os agentes de saúde encontraram focos de larvas de Aedes pelas enchentes.
aegypti em 3,2% dos locais visitados. (E) Segundo a reportagem, fazia anos que estavam
afastados dos pais.
“Nesse segundo ciclo de visitas, os agentes já visitaram
22,4 milhões de imóveis. Desses, 3,8 milhões não foram Gabarito
vistoriados, de acordo com informações do Ministério da
Saúde”. As formas demonstrativas “nesse” e “desses”: 01.C / 02.B / 03.D / 04.A / 05.C / 06.A / 07.A / 08.B
(A) obedecem a uma mesma regra de estruturação textual.
(B) referem-se a termos afastados temporalmente. Comentários
(C) estão ligados a termos espacialmente próximos.
(D) comprovam um emprego contrário à norma culta. 01. Resposta: C
(E) demonstram um uso coloquial na língua portuguesa. Eles se referiram ao outro governo. - Correto
Eles se referiram sobre o outro governo. Errado
07. (CFP - Analista Técnico - Quadrix)
02. Resposta: B
Com açúcar, com afeto Atentem-se para a concordância entre as palavras
(singular e plural).
Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê 03. Resposta: D
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito Ninguém diz para ele (OI) o que fazer (OD) /as pessoas
Quando diz que não se atrasa devem expressar sua individualidade(OD)

Língua Portuguesa 21
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APOSTILAS OPÇÃO

1ª frase usa o lhe o ninguém obriga a próclise. conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido.
2ª objeto direito e verbos terminados em r, s, z retira-se a
consoante e acrescenta o lo(la), los(las) e a acentuação caso Como adequar as palavras? Uma das formas de adequação
necessária. vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou
hiperônimo.
04. Resposta: A
a) “O lixo eletrônico contém". Verbo conter no ele contém, Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado
eles contêm _ correto mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com significado
b) “material radioativo que (pronome relativo) causam mais restrito. É o que acontece com as palavras doença
danos". O pronome relativo "que" é o sujeito do verbo causar, (hiperônimo) e gripe (hipônimo).
porém ele se refere ao termo que o antecede (material
radioativo) e por isso deverá o verbo concordar com o termo Também podemos adequar bem as palavras usando e
que antecede o pronome relativo - material radioativo que aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia,
CAUSA danos antonímia, conotação e denotação. A adequação vocabular
c) “causam danos À saúde". (CRASE) depende de uma boa escolha lexical.
d) “à saúde e ao meio ambiemte". (Tinha que haver
paralelismo, ou seja, como "meio ambiente" estão antecedido A homonímia caracteriza duas palavras que possuem a
por ao, saúde tem que vir com crase) mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas com significação
e) “esse material fique jogado por AÍ" (ORTOGRAFIA) distinta, ou ainda palavras que apresentam pequenas
diferenças, mas que podem causar muitas dúvidas no
05. Resposta: C momento da escrita.
Assim, a expressão norma culta deve ser entendida como
designando a norma linguística praticada, em determinadas Ocorre paronímia quando há palavras parecidas na forma
situações (aquelas que exigem certo grau de formalidade), por e diferentes no significado: docente (relativo a professor)
aqueles grupos sociais mais diretamente relacionados com a discente (relativo a aluno).
cultura escrita, em especial por aquela legitimada
historicamente pelos grupos que controlam o poder social. [...] Sinonímias são palavras diferentes que apresentam
A cultura escrita, associada ao poder social, desencadeou significados aproximados, não necessariamente totalmente
também, ao longo da história, um processo fortemente equivalentes. Exemplos: desenvolvimento e crescimento.
unificador, que visou e visa uma relativa estabilização
linguística, buscando neutralizar a variação e controlar a Contrariamente à sinonímia, relação na qual as palavras
mudança. apresentam significados semelhantes, a antonímia indica a
Ao resultado desse processo, a essa norma estabilizada, relação de contrariedade existente entre palavras que
costumamos dar o nome de norma-padrão ou língua padrão. apresentam significados opostos. Exemplos: alegre e triste.

06. Resposta: A Sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é


Pertencem a mesma classe de "PRONOMES utilizada em sentido figurado, subjetivo ou expressivo. Já o
DEMONSTRATIVOS" sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar em seu sentido próprio, literal, original, real, objetivo.
a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, Adequação Linguística
tempo ou discurso. Fatores Contexto
Interlocuto
07. Resposta: A Com quem estamos falando?
res
Quem diz, diz alguma coisa a alguém. Logo, DIZER é VTDI: Situação É uma situação formal ou informal?
Diz-me (objeto indireto) que não fique sentida (objeto Tratamos de assuntos diferentes com
direto) o mesmo tipo de linguagem? O
Assunto
nascimento de um bebê é anunciado da
08. Resposta: B mesma forma que um velório?
Por conta do artigo " OS" o correto é a concordância no Estamos em uma festa ou no
plural: Os Estados Unidos comemoram novas eleições Ambiente
escritório?

Agostinho Dias Carneiro em seu livro Redação em


2.2 Adequação vocabular e Construção descreve seis critérios de adequação vocabular,
gramatical – uso coloquial e listados a seguir:

escrito; informal e formal. 1. A adequação ao referente: esse critério baseia-se na


utilização de vocábulos gerais frente a vocábulos específicos.
O exemplo que o autor dá é a palavra ver, que tem emprego
ADEQUAÇÃO VOCABULAR mais amplo que observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar
etc.
Adequação Vocabular11 é obter das palavras os melhores Se eu disser, por exemplo, Pedro estava muito triste com a
efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol,
em que elas são produzidas: para quem são produzidas, quem certamente causará estranhamento no interlocutor. Ao passo
produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. É que se eu disser Pedro estava muito triste com a separação.
conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso, Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol, não

11 http://slideplayer.com.br/slide/1270845/
http://conversadeportugues.com.br/2015/11/adequacao-e-inadequacao-
linguistica/

Língua Portuguesa 22
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APOSTILAS OPÇÃO

haverá nenhum problema na comunicação, pois houve Evaldo José repetiu que a partida Romênia X Suécia ia ser
adequação quanto ao uso do vocábulo. decidida por penalidade máxima. E sempre me impressiona a
capacidade de se falar sem pensar (psitacismo). Naturalmente
2. Adequação ao ponto de vista: aqui serão levados em a coisa só é penalidade (penalty) quando alguma falta foi
consideração os vocábulos positivos, neutros e negativos. cometida. Como na disputa final não houve qualquer falta se
Em “Você me deu um café gelado”, a palavra gelado assume trata apenas de um tiro livre ou chute livre, em gol".
valor negativo, entretanto, assume valor positivo em “Depois (Millôr Fernandes, adaptado)
do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada?”
O tema do texto trata do seguinte tópico:
(A) coesão formal entre elementos.
3. Adequação aos interlocutores: há, nesse critério,
(B) polissemia de alguns vocábulos.
quatro tipos de seleção vocabular:
(C) presença de intertextualidade.
- quanto à atividade profissional com o uso dos jargões;
(D) adequação vocabular.
- quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou seja,
(E) desconhecimento de estrangeirismos
um chefe de Estado se expressa como o que se espera de
alguém que ocupa tal cargo;
Gabarito
- quanto à idade com o uso de vocábulos modernos
01.E / 02.D
(luminária) ou antigos (abajur);
- quanto à origem dos interlocutores com emprego do
vocábulo regional (piá – criança).
3. Ortografia oficial.
4. Adequação à situação de comunicação: refere-se, esse
critério, ao uso de vocábulos formais ou informais e ainda aos
estrangeirismos.
Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas ORTOGRAFIA
entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando
necessárias, ou seja, quando forem importantes para o Alfabeto
entendimento; em uma situação de estilo ou quando não
houver palavra equivalente na Língua Portuguesa. O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A –
B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S–
5. Adequação ao código: é relevante para esse critério a T – U – V – W – X – Y – Z.
correção não só ortográfica, mas também semântica,
respeitando os significados dicionarizados. Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o
Agostinho ressalta que os empregos “de moda” devem ser fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
evitados, pois “em nada contribuem para o real
enriquecimento de um idioma” e dá um exemplo: colocar em Emprego das Letras e Fonemas
lugar de apresentar e assumir em lugar de responsabilizar-se:
– Vou colocar aqui um problema… Emprego das letras K, W e Y
– Se der errado, eu assumo… Utilizam-se nos seguintes casos:
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
6. Adequação ao contexto: as situações textuais revelam- derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo;
se nas relações desenvolvidas entre as palavras do texto. Por Taylor, taylorista.
exemplo:
- se há relação de causa e efeito – tropeçar/cair; 2) Em topônimos originários de outras línguas e seus
- se há relação de finalidade – livro/estudar; derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
- se há relação de parte e todo – rei/xadrez;
- se há relação de sinonímia – aroma/perfume; 3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como
- se há relação de antonímia – entrar/sair; unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K
- se há relação de unidade e coletivo – livro/biblioteca; (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.
- se há relação de objeto e ação – cadeira/sentar;
- se há relação simbólica – pomba/paz. Emprego do X
Se empregará o “X” nas seguintes situações:
O uso do vocábulo fora de um desses critérios e até mesmo 1) Após ditongos.
em critério inadequado à situação estará errado. Exemplos: caixa, frouxo, peixe.
Exceção: recauchutar e seus derivados.
Questões
2) Após a sílaba inicial “en”.
01. (PC/RJ - Inspetor de Polícia) Assinale a alternativa Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca.
correta quanto à grafia e à adequação vocabular. Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo
(A) Estudamos muito afim de sermos aprovados. “en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
(B) As ideias dela sempre vêm de encontro às minhas, ou encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
seja, sempre concordamos um com o outro.
(C) Naquela sessão da empresa, há funcionários pouco 3) Após a sílaba inicial “me-”.
esforçados. Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão.
(D) Somamos vultuosas quantias com o nosso esforço de Exceção: mecha.
poupar.
(E) Ele é sempre tachado de ignorante. 4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou
africana e em palavras inglesas aportuguesadas.
04. (AL/MA - Advogado - FGV) Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu,
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar,
"No mundial de futebol dos Estados Unidos, o locutor

Língua Portuguesa 23
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APOSTILAS OPÇÃO

rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, 5) Após ditongos.
xale, xingar, etc. Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea.

Emprego do Ch 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha, derivados.
bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse,
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera,
pechincha, salsicha, tchau, etc. quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos.

Emprego do G 7) Em nomes próprios personativos.


Se empregará o “G” em: Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa,
1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem. Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás.
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem.
Exceção: pajem. Observação - também se emprega com a letra “S” os
seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa,
2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio. mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio,
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo,
3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”. visita, etc.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
vertiginoso (de vertigem). Emprego do Z
Se empregará o “Z” nos seguintes casos:
Observação - também se emprega com a letra “G” os 1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, radical.
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio –
rabugento, vagem. esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro.

Emprego do J 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos


Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia a partir de adjetivos.
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio –
origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre
que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J” – pobreza / surdo – surdez.
nas seguintes situações:
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos: substantivos.
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar –
Despejar: despejo, despeje, despejem hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização.
Viajar: viajo, viaje, viajem
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita.
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica. Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito,
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji. avezita.

3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”. 5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade,
Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja – buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz,
lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo – proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar.
6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
Observação - também se emprega com a letra “J” os contraste entre o S e o Z. Exemplos:
seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, Cozer (cozinhar) e coser (costurar);
jeito, jejum, laje, traje, pegajento. Prezar (ter em consideração) e presar (prender);
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior).
Emprego do S
Utiliza-se “S” nos seguintes casos: Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z.
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir,
radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador / exótico, inexorável.
casa – casinha ou casebre / liso – alisar.
Emprego do Fonema S
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título Existem diversas formas para a representação do fonema “S”
ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa / no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim
chinês – chinesa / milanês – milanesa. vajamos algumas situações:

3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa. 1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos
Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa / terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir.
amoroso – amorosa / gasoso – gasosa / teimoso – teimosa. Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão /
verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão /
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa. suspender – suspensão / converter – conversão / repelir –
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, repulsão.
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose.
2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter
e torcer.

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção (extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir
/ distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer – som) e suar (transpirar).
contorção. - Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume,
moleque.
3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss. - Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel,
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, tábua.
sintaxe, texto, trouxe.
Emprego do H
4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos. Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor
Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da
discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo,
miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.
Assim vejamos o seu emprego:
5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos.
Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça / 1) Inicial, quando etimológico.
Descer - desço, desça. Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio.

6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh.
terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir. Exemplos: flecha, telha, companhia.
Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder –
cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão / 3) Final e inicial, em certas interjeições.
transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir – Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
repercussão.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo
7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss. elemento, se etimológico.
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.
exsudar.
Observações:
Atenção - não se esqueça que uso da letra X apresenta 1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note
algumas variações. Observe: que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou
1) O “X” pode representar os seguintes fonemas: baianinha ele não é utilizado.
“ch” - xarope, vexame;
“cs” - axila, nexo; 2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não iniciam com a
“z” - exame, exílio; letra “h”. No entanto, seus derivados eruditos sempre são
“ss” - máximo, próximo; grafados com h, como por exemplo: herbívoro, hispânico,
“s” - texto, extenso. hibernal.

2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- Questões


Exemplos: excelente, excitar.
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde
Emprego do E – FIOCRUZ/2016)
Se empregará o “E” nas seguintes situações:
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar O FUTURO NO PASSADO
Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue,
continues. 1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade
anterior). perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel
Exemplos: antebraço, antecipar. particular e só recentemente começou-se a experimentar
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando
3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de
empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de
convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da
Emprego do I impossibilidade da coexistência de desiguais.
Se empregará o “I” nas seguintes situações: 2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não
Exemplos: poupam civis, mas não trouxe a democratização da
Cair- cai prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema
Doer- dói prometiam ultrapassar os limites da imaginação.
Influir- influi Ultrapassaram, mas para o território da banalidade
espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída,
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As
Exemplos: anticristo, antitetânico. revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a
prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem,
3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que
digladiar, penicilina, privilégio, etc. a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço,
como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada.
Emprego do O/U Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não
de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento

Língua Portuguesa 25
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APOSTILAS OPÇÃO

contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global. estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pensamento e determinou a conduta.
pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só
falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de
espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão criminoso comum, que entendia o que fazia.
nuclear fria. Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime,
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro
passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência lado, é na maneira como o delito foi praticado que se
chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas encontram características 100% seguras da mente de quem o
procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica
quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram
do leigo. feitas revela muito da pessoa que as fez.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.) PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

“e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”,
cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em:
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma (A) apreenção do menor - sanção legal.
de emprego do sufixo–izar. (B) detenção do infrator - ascenção ao posto.
(C) presunção de culpa - coerção penal.
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está (D) interceção do juiz - contenção do distúrbio.
INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa (E) submição à lei - indução ao crime.
norma é:
(A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar. 04. (Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente
(B) catalizar / abalizado / amenizar. de Tradução e Interpretação – IBFC/2016)
(C) catequizar / cauterizado / climatizar. Leia as opções abaixo e assinale a alternativa que não
(D) contemporizado / corporizar / cretinizar apresenta erro ortográfico.
(E) esterilizar / estigmatizado / estilizar. (A) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir
(B) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016) (C) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir
De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a (D) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir
alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia:
(A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para 05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às
o final da tarde. Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”:
prazerosamente pelos alunos. (A) pesqui__a, ga__olina, ali__erce.
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos (B) e__ótico, talve__, ala__ão.
professores em greve. (C) atrá__, preten__ão, atra__o.
(D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os (D) bati__ar, bu__ina, pra__o.
produtos em falta. (E) valori__ar, avestru__, Mastru__.
(E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um
juiz federal. Gabarito

03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016) 01.B / 02.B / 03.C / 04.D / 05.C
Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-
Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas
a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Inicial Maiúscula
Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos:
100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a 1) No começo de um período, verso ou citação direta.
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E
revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em Disse o Padre Antônio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
outras palavras, mostra características comportamentais lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato,
em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite “Auriverde pendão de minha terra,
variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como Que a brisa do Brasil beija e balança,
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. Estandarte que à luz do sol encerra
E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por As promessas divinas da Esperança…”
conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e (Castro Alves)
sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de 2) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-
se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 3) Nos topônimos, reais ou fictícios.
100% objetivos. Basta juntar essas características Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o
praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é 4) Nos nomes mitológicos.
explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de Exemplos: Dionísio, Netuno.

Língua Portuguesa 26
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APOSTILAS OPÇÃO

5) Nos nomes de festas e festividades. c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. disciplinas.
Exemplos:
6) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Português ou português
Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª. Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
modernas
7) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, História do Brasil ou história do Brasil
políticos ou nacionalistas. Arquitetura ou arquitetura
Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado,
Nação, Pátria, União, etc. Questões

Observação: esses nomes escrevem-se com inicial 1.) (Câmara de Maringá/PR – Assistente Legislativo –
minúscula quando são empregados em sentido geral ou Instituto)
indeterminado.
Exemplo: Todos amam sua pátria. Longe é um lugar que existe?

Emprego Facultativo da Letra Maiúscula Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele
1) No início dos versos que não abrem período, é facultativo disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que
o uso da letra maiúscula, como por exemplo: menos entendo é o fato de estar indo a uma festa."
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de
“Aqui, sim, no meu cantinho, tão difícil de se compreender nisso?
vendo rir-me o candeeiro, Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma
gozo o bem de estar sozinho Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais
e esquecer o mundo inteiro.” pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de
uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada,
2) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água
Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade / Igreja do filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência
Rosário ou igreja do Rosário / Edifício Azevedo ou edifício existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou
Azevedo. viver presos em suas próprias armadilhas...
Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos
Inicial Minúscula ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer
Utiliza-se inicial minúscula nos seguintes casos: sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por
1) Em todos os vocábulos correntes da língua portuguesa. mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura?
Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e
2) Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas
usa-se letra minúscula. esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata
Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é
ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um
lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas
3) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no
Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. / segunda, sexta, horizonte e os pés socados em terra firme.
domingo, etc. / primavera, verão, outono, inverno. Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não
deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas,
4) Nos pontos cardeais. limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc
Exemplos: “Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.” lá.
/ “Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, <http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227>
sudoeste.”
O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, longo do texto se deve ao fato de que
os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. (A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais
Exemplos: Nordeste (região do Brasil) / Ocidente (europeu) próxima entre o leitor e o animal.
/Oriente (asiático). (B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não
haver importância da referência ao animal para o texto.
Emprego Facultativo da Letra Minúscula (C) há uma mudança no texto, em que, no início, as
1) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. personagens eram duas pessoas e, a partir do segundo
Exemplos: parágrafo, é uma gaivota.
Crime e Castigo ou Crime e castigo (D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar,
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas porém comparando os seres humanos com gaivotas.
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido (E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de
imponência, o que se relaciona à forma como os seres
2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em humanos são tratados no texto.
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor
reitor
Santa Maria ou santa Maria

Língua Portuguesa 27
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APOSTILAS OPÇÃO

2). (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental Palavras ou Expressões que geram dificuldades
Completo – IBFC/2017)
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar
Estranhas Gentilezas dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar
(Ivan Angelo) ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as incorporar tais palavras certas em situações apropriadas.
pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza.
Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo
ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de futuro)
espera, nos embates familiares, e depois economizam com a Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado)
gente. Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.
dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já
captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a
asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo respeito de)
estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o tempo)
engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e
que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade.
amizade, mas a inimizade morria ali. (estar a favor de)
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas.
algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em (oposição, choque)
meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até
pessoas distantes. E as próximas? A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade)
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante)
motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que
estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição,
número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com ao contrário de)
acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar
transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o de)
maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos
à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado,
homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me ciente)
cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou
na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal equivalência entre valores financeiros – câmbio)
chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.
[...] Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é conhecimento de)
este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza? Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino.
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz. (prender)
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco,
desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços
cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos
entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher, Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos
saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto)
a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma da gasolina.
poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa
sonhar com gentilezas. que bebe)
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem.
Vocabulário: (aparelho que fornece água)
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São
Paulo Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem.
2 funcionário que coordena agendamentos entre outras (adjetivo composto)
coisas nos restaurantes Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome
3 carros muito velozes próprio)

Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.
foi escrita com letra maiúscula por se tratar de: (local de trabalho)
(A) um erro de grafia. Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que
(B) um destaque do autor fotografa)
(C) um substantivo próprio.
(D) um substantivo coletivo. Champanha/Champanhe (do francês): O
champanha/champanhe está bem gelado.
Gabarito
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar)
01.D / 02.C Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de
tempo)

Língua Portuguesa 28
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso
pública, departamento) contrário)
Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá
Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de desta situação crítica. (se por acaso não)
intensidade)
Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou
aguardar. (equivale a “os outros”) qualquer justificativa. (Também não)
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana.
“de menos”) (intensidade)

Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele. Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar)
(inocentar, absolver de crime) Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer)
Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do
documento. (diferençar, distinguir, separar) Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso)
Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita. Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão
(descrever) no rosto)
Discrição: Você foi muito discreto. (reservado)
Há menos de= Quando há a ideia de passado, tempo
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar) transcorrido. Pode ser substituído por "aproximadamente" ou
Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com "mais ou menos". Ou ainda "faz" (do verbo fazer).
verbos de movimento) Exemplo: Ele saiu de casa há menos de dois anos.
Samuel terminou a obra da casa há menos de seis meses.
Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação.
(aquele que vê, assiste) A Menos De12= Locução prepositiva. Indica tempo futuro ou
Expectador: O expectador aguardava o momento da distância aproximada.
chamada. (que espera alguma coisa) Exemplo: Passou a menos de um metro do muro.
A menos de um mês estarei de férias.
Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum
lugar) Bastante ou Bastantes?13
Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais Está aí uma palavra-encrenca. O uso de “bastante” depende
algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga) muito de qual função ele está assumindo na frase, podendo ser
três: adjetivo, advérbio e pronome indefinido. Vejamos os três
Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha casos.
no escuro) Como advérbio
Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente.
(determinado tipo de luminosidade) O uso mais comum é usar “bastante” como advérbio, no
sentido de “muito”. Nesse caso, a palavra está relacionada ao
Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª verbo, então não sofre flexão e deve ficar sempre no singular.
pessoa singular do presente do subjuntivo) Veja exemplo:
Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa
singular do presente do subjuntivo) – O frio é bastante intenso por aqui em julho.
– As questões formuladas estão bastante ruins.
Houve: Houve um grande incêndio no centro de São – Você já comeu bastante por hoje.
Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do pretérito
perfeito) Como adjetivo
Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª
pessoa singular do presente do indicativo) Quando usado como adjetivo, “bastante” assume significado
de “suficiente”, devendo ser flexionado de acordo com o
Mal: Dormi mal. (oposto de bem) substantivo que o acompanha. Veja:
Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom)
– Há motivos bastantes para o divórcio.
Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária) – Os salgados e as bebidas não serão bastantes para a festa.
Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a – O álibi foi bastante para retirar as acusações.
menos)
Como pronome indefinido
Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
(equivale a nem um sequer) Se “bastante” assume a função de pronome, ele deverá
Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso. expressar qualidades ou quantidades não especificadas. Essa
(oposto de algum) função é menos usada na nossa língua.

Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se – Bastantes empresas fecharam as portas este mês.
está) – Camila tem bastantes amigos na escola.
Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento) – Encontrei bastantes produtos como os que você pediu

Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento)


Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta
minutos)

12 https://luconcursos.blogspot.com/2016/03/ha-menos-de-ou-menos- 13 https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-
de.html portugues/bastante-ou-bastantes

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APOSTILAS OPÇÃO

Questão Exemplos:
Função de substantivo –
Não é fácil encontrar o
01. (TCM/RJ – Técnico de Controle Externo – vem acompanhado de
Porquê porquê de toda confusão.
artigo ou pronome
IBFC/2016) Analise as afirmativas abaixo, dê valores Dê-me um porquê de sua
Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento saída.
circunflexo estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico.
( ) O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo 1. Por que (pergunta);
conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o verbo 2. Porque (resposta);
conjugado no presente). 3. Por quê (fim de frase: motivo);
( ) O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá 4. O Porquê (substantivo).
a mesma grafia de 'por' (preposição), diferenciando-se pelo
contexto de uso. Questões
( ) a queda do acento na conjugação da terceira pessoa do
plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, ter, 01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP)
vir e seus derivados. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até
sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de ........................ praticar atividade física..........................benefícios
cima para baixo. para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
(A) V F F terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
(B) F V F .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
(C) F F V avanço da idade.
(D) F V V (Ciência Hoje, março de 2012)
02. (Detran/CE – Vistoriador – UCE-CEV/2018) Na frase As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
“... as penalidades são as previstas pelo bom senso...”, a palavra pectivamente, com:
destacada é homônima de censo. Assinale a opção em que o (A) porque … trás … previnir
emprego dos homônimos destacados está adequado. (B) porque … traz … previnir
(A) O reitor da faculdade solicitou que todos os (C) porquê … tras … previnir
funcionários participassem do censo anual para verificar (D) por que … traz … prevenir
quem realmente está na ativa. (E) por quê … tráz … prevenir
(B) Foi pedido para que todos os motoristas respondessem
ao senso, a fim de se obter o número real de carros no pátio da 02. Pref. de Salvador/BA - Técnico de Nível Médio II –
universidade. FGV/2017)
(C) Os infratores são penalizados com a “multa moral” por
não demonstrarem censo crítico. Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir
(D) Se o infrator tiver censo, saberá o que dizer na hora da certos sons agudos – como unhas arranhando um quadro-
punição. negro?
Gabarito Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa
audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma
01.A / 02.A membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras
que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à
Emprego do Porquê audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela
audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por
Orações Interrogativas Exemplo: sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis,
(pode ser substituído Por que devemos nos são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
por: por qual motivo, por preocupar com o meio perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando
qual razão) ambiente? frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana,
Por as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a
Que
Exemplo: frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso,
Equivalendo a “pelo Os motivos por que não em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos,
qual” respondeu são mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou
desconhecidos. uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas
agudas.
Exemplos:
Você ainda tem coragem de Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão
Por Final de frases e seguidos
perguntar por quê? tem um número limitado e pequeno de frequências –
Quê de pontuação
Você não vai? Por quê? formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som
Não sei por quê!
proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de
Exemplos: atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um
A situação agravou-se porque número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com
Conjunção que indica muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da
ninguém reclamou.
explicação ou causa
Ninguém mais o espera, cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais
Porque porque ele sempre se atrasa. facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e
“crus”.
Conjunção de Finalidade Exemplos: Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.
– equivale a “para que”, Não julgues porque não te
“a fim de que”. julguem.
Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado
está equivocada.
(A) Por que sentimos calafrios?

Língua Portuguesa 30
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) A razão porque sentimos calafrios é conhecida. derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de
(C) Qual o porquê de sentirmos calafrios? Müller)
(D) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa
audição. Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
(E) Sentimos calafrios por quê? nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã

Gabarito Regras Fundamentais

01.D / 02.B Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas


terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s).

3.1 Acentuação gráfica. Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:

Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”,


seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
ACENTUAÇÃO
Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
Acentuação Tônica
seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô-
lo
Implica na intensidade com que são pronunciadas as
sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais
Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas
acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como
terminadas em:
são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas
- i, is
de átonas.
táxi – lápis – júri
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
- us, um, uns
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de
vírus – álbuns – fórum
levar acento gráfico:
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
- ã, ãs, ão, ãos
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
ímã – ímãs – órfão – órgãos
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque –
palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
retrato – passível
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará
mais fácil a memorização!
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara –
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de
tímpano – médico – ônibus
“s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei
Como podemos observar, mediante todos os exemplos
Regras Especiais
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
qual são os chamados de monossílabos, que quando
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de
pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à
acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras
intensidade.
paroxítonas.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
observar no exemplo a seguir:
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
Ex.:
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.”
Antes Agora
assembléia assembleia
Os monossílabos em destaque classificam-se como
idéia ideia
tônicos; os demais, como átonos (que, em e de).
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
Acentos Gráficos
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos,
Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
– baú – país – Luís
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público,
parabéns.
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e
“u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de
Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e”
ditongo. Ex.:
e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara –
Atlântico – pêssego – supôs
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
feiúra feiura
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles

Trema)¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente


abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras

Língua Portuguesa 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando Questões


seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-
tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
(A) Tem a última sílaba como tônica.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem (B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. (C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
(D) Não tem sílaba tônica.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem
receber acento.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, (A) virus, torax, ma.
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” (B) caju, paleto, miosotis.
não serão mais acentuadas. Ex.: (C) refem, rainha, orgão.
(D) papeis, ideia, latex.
Antes Agora (E) lotus, juiz, virus.
apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. mesmo motivo que:
Ex.: (A) túnel
Antes Agora (B) voluntário
crêem creem (C) até
vôo voo (D) insólito
(E) rótulos
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais 04. Analise atentamente a presença ou a ausência de
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em
que não há erro:
Repare: (A) ruím - termômetro - táxi – talvez.
1) O menino crê em você (B) flôres - econômia - biquíni - globo.
Os meninos creem em você. (C) bambu - através - sozinho - juiz
2) Elza lê bem! (D) econômico - gíz - juízes - cajú.
Todas leem bem! (E) portuguêses - princesa - faísca.
3) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os dados deem efeito! 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
4) Rubens vê tudo! (A) saúde
Eles veem tudo! (B) cooperar
(C) ruim
Cuidado! Há o verbo vir: (D) creem
Ele vem à tarde! (E) pouco
Eles vêm à tarde!
Gabarito
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do
plural de: 1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)

A regra prevalece também para os verbos conter, obter, 3.2 Emprego de letras.
reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm Letra
ele retém – eles retêm A letra é um símbolo que representa um som, é a
ele convém – eles convêm representação gráfica dos fonemas da fala. É bom saber dois
aspectos da letra: pode representar mais de um fonema ou
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes pode simplesmente ajudar na pronúncia de um fonema.
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes Por exemplo, a letra X pode representar os sons X
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, (enxame), Z (exame), S (têxtil) e KS (sexo; neste caso a letra X
como: representa dois fonemas – K e S = KS). Ou seja, uma letra pode
Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do representar mais de um fonema.
indicativo). Às vezes a letra é chamada de diacrítica, pois vem à direita
Pode (terceira pessoa do singular do presente do de outra letra para representar um fonema só. Por exemplo, na
indicativo). Ex.: palavra cachaça, a letra H não representa som algum, mas,
Ela pode fazer isso agora. nesta situação, ajuda-nos a perceber que CH tem som de X,
Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou. como em xaveco.
Vale a pena dizer que nem sempre as palavras apresentam
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da número idêntico de letras e fonemas.
preposição por. Ex.:
Faço isso por você. Ex.: bola > 4 letras, 4 fonemas
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? guia > 4 letras, 3 fonemas

Língua Portuguesa 32
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APOSTILAS OPÇÃO

Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e Quadro de vogais e semivogais


consoantes. Fonemas Regras
A Apenas VOGAL
Vogais VOGAIS, exceto quando está com A ou
São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da quando estão juntas
passagem do ar. São mais tônicos, ou seja, têm a pronúncia E-O
(Neste caso a segunda é semivogal)
mais forte que as semivogais. São o centro de toda sílaba. SEMIVOGAIS, exceto quando formam um
Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais hiato ou quando estão juntas
(indicadas pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem I-U
(Neste caso a letra “I” é vogal)
ser representadas pelas letras abaixo. Veja: Quando aparece no final da palavra é
AM SEMIVOGAL.
A: brasa (oral), lama (nasal) Ex.: Dançam
E: sério (oral), entrada (oral, timbre fechado), dentro Quando aparecem no final de palavras são
(nasal) EM - EN SEMIVOGAIS.
I: antigo (oral), índio (nasal) Ex.: Montem / Pólen
O: poste (oral), molho (oral, timbre fechado), longe (nasal)
U: saúde (oral), juntar (nasal) Consoantes
Y: hobby (oral) São fonemas produzidos com interferência de um ou mais
órgãos da boca (dentes, língua, lábios). Todas as demais letras
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou átonas. do alfabeto representam, na escrita, os fonemas consonantais:
Tônica aquela pronunciada com maior intensidade. Ex.: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com som de V,
café, bola, vidro. Wagner), X, Z.
Átona aquela pronunciada com menor intensidade. Ex.:
café, bola, vidro.

Semivogais 4. Formação de palavras 4.1


São as letras “e”, “i”, “o”, “u”, representadas pelos fonemas Composição e derivação. 4.2
(e, y, o, w), quando formam sílaba com uma vogal. Ex.: No
vocábulo “história” a sílaba “ria” apresenta a vogal “a” e a
Significado e sentido de
semivogal “i”. morfemas.
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I
e U (apoiados em uma vogal, na mesma sílaba). São menos ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. São
representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja: Observe as seguintes palavras:
- pai: a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada escol-a
em uma vogal, na mesma sílaba. escol-ar
- mouro: a letra U representa uma semivogal, pois está escol-arização
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. escol-arizar
- mãe: a letra E representa uma semivogal, pois tem som sub-escol-arização
de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
- pão: a letra O representa uma semivogal, pois tem som de Percebemos14 que há um elemento comum a todas elas: a
U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis,
- cantam: a letra M representa uma semivogal, pois tem responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por
som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se
cantãu). escolar pelo acréscimo do elemento destacável: ar.
- dancem: a letra M representa uma semivogal, pois tem Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= palavras que selecionamos, podemos depreender a existência
dancẽi). de diferentes elementos formadores. Cada um desses
- hífen: a letra N representa uma semivogal, pois tem som elementos formadores é uma unidade mínima de significação,
de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi). um elemento significativo indecomponível, a que damos o
- glutens: a letra N representa uma semivogal, pois tem nome de morfema.
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (=
glutẽis). Classificação dos Morfemas
- windsurf: a letra W representa uma semivogal, pois tem
som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. Radical: há um morfema comum a todas as palavras que
- office boy: a letra Y representa uma semivogal, pois tem estamos analisando: escol-.
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. É esse morfema comum - o radical - que faz com que as
consideremos palavras de uma mesma família de significação.
- Nos cognatos o radical é a parte da palavra responsável
por sua significação principal.

Afixos: como vimos, o acréscimo do morfema - ar - cria


uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o
acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de
afixos.

14 http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-

palavras-i.htm

Língua Portuguesa 33
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APOSTILAS OPÇÃO

Quando são colocados antes do radical, como acontece mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais
com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam
arização, surgem depois do radical os afixos são chamados vogal temática.
de sufixos.
- Prefixos e Sufixos, além de operar mudança de classe Vogais temáticas verbais: são -a, -e e- i, que caracterizam
gramatical, são capazes de introduzir modificações de três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações.
significado no radical a que são acrescentados. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira
conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à
Desinências: quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem
formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, à terceira conjugação.
amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo
vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa primeira conj. segunda conj. terceira conj.
(primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse
amasse, por exemplo). realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos
Assim, podemos concluir, que existem morfemas que
indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre Vogal ou consoante de ligação: as vogais ou consoantes
surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos,
desinências, no qual podem ser divididos em: ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma
determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação
a) Desinências nominais: indicam o gênero e o número na palavra escolaridade: o - i - entre os sufixos- ar- e -dade
dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos:
opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina. gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira,
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o tricota.
morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de
morfema, que indica o singular: garoto/garotos; Processos de Formação de Palavras
garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e– z, a desinência de Composição
plural assume a forma -es: Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
mar/mares; radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de
revólver/revólveres; composição: justaposição e aglutinação.
cruz/cruzes. a) Justaposição: ocorre quando os elementos que formam
o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos. Por
b) Desinências verbais: em nossa língua, as desinências exemplo: Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que
indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e b) Aglutinação: ocorre quando os elementos que formam
aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua
(desinência número-pessoais): integridade sonora. Por exemplo: Aguardente (água +
cant-á-va-mos ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta),
cant-á-sse-is vinagre (vinho + acre)
cant: radical
cant: radical Derivação por Acréscimo de Afixos
-á-: vogal temática É o processo pelo qual se obtêm palavras novas
-á-: vogal temática (derivadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A
derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.
-va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito
imperfeito do indicativo). a) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
-sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito acréscimo de prefixo.
imperfeito do subjuntivo). In------ --feliz des----------leal
-mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira Prefixo radical prefixo radical
pessoa do plural).
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda b) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
pessoa do plural). acréscimo de sufixo.
Feliz---- mente leal------dade
Vogal Temática: observe que, entre o radical cant- e as Radical sufixo radical sufixo
desinências verbais, surge sempre o morfema– a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado c) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem
constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal o sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não
temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos “existiria”). Por parassíntese formam-se principalmente
como os nomes apresentam vogais temáticas. verbos.
En-- -----trist- ----ecer
Vogais Temáticas Nominais: são -a, -e, e -o, quando Prefixo radical sufixo
átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola,
triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que en----- ---tard--- --ecer
essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois prefixo radical sufixo
a mesa, a escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão.
É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora Outros Tipos de Derivação
de plural:

Língua Portuguesa 34
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APOSTILAS OPÇÃO

Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem C) encruzilhada - estremeceu


que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva D) supersticiosa - valiosas
e a derivação imprópria. E) desatarraxou - estremeceu

a) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por 04. “Sarampo” é:


redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação A) forma primitiva
de substantivos derivados de verbos. B) formado por derivação parassintética
Por exemplo: A pesca está proibida. (pescar). Proibida a C) formado por derivação regressiva
caça. (caçar) D) formado por derivação imprópria
E) formado por onomatopeia
b) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é
obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra 05. As palavras são formadas através de derivação
primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão parassintética em
somente na classe gramatical. Por exemplo: A)infelizmente, desleal, boteco, barraco.
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer.
deriva da conjunção porque) C)caça, pesca, choro, combate.
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer.
substantivo)
Gabarito
Outros processos de formação de palavras
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos 01.B / 02.B / 03.B / 04.C / 05.B
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
5. Uso e função das
diferentes classes gramaticais
- Abreviação vocabular: cujo traço peculiar manifesta-se na construção de sentido do
por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no
intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente
texto escrito. 5.1 Artigo,
aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos: numeral e substantivo. 5.2
metropolitano – metrô Pronomes. 5.3 Advérbio e
extraordinário – extra
otorrinolaringologista – otorrino
adjetivo. 5.4 Preposição.
telefone – fone
pneumático – pneu
CLASSES DE PALAVRAS
- Onomatopeia: consiste em criar palavras, tentando
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum- Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo,
zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição,
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos
- Siglas: as siglas são formadas pela combinação das letras seu emprego e quando houver, sua flexão.
iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome.
Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Artigo
Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o
ser que haja mais de três letras e a sigla seja gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os
pronunciável sílaba por sílaba. artigos podem ser:
Por exemplo: Unicamp, Petrobras. Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma
Questões do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do
médio.”
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser
pelo mesmo processo: desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando
A) ajoelhar / antebraço / assinatura um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima)
B) atraso / embarque / pesca
C) o jota / o sim / o tropeço Usa-se o artigo definido:
D) entrega / estupidez / sobreviver - com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
E) antepor / exportação / sanguessuga foram punidos.
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano,
02. A palavra “aguardente” formou-se por: montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o
A) hibridismo oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço
B) aglutinação Brasília.
C) justaposição - depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos
D) parassíntese os vinte atletas participarão do campeonato.
E) derivação regressiva - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais
lindas flores da floricultura.
03. Que item contém somente palavras formadas por - com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo
justaposição? tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e
A) desagradável - complemente simpático.
B) vaga-lume - pé-de-cabra

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- antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da (E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas
primavera vem o verão. sofrimento de amor dura toda a vida.
- com expressões de peso e medida: O álcool custa um real
o litro. (=cada litro) 02. (IF/AP – Auxiliar em Administração –
FUNIVERSA/2016)
Não se usa o artigo definido:
- antes de pronomes de tratamento iniciados por
possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa
Alteza estará presente ao debate?
- antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em
maio de 2002.
- alguns nomes de países, como Espanha, França,
Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo,
principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu
muito tempo em Espanha.”
- antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos
quatro, amigos de João Luís e Laurinha.
- antes de palavras que designam matéria de estudo,
empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar,
ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.

O uso do artigo é facultativo:


- antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência
é irritante.
- antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou
Luciana / a Luciana?
Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>.
- “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a
frente: exige a preposição)
No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a
substantivo, pronome, artigo e advérbio:
Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao
(A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”.
/ de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
(B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”.
(C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”.
Usa-se o artigo indefinido:
(D) “por que”, “não”, “a” e “quando”.
- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
(E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”.
oito anos.
- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem -
pares: Usava umas calças largas e umas botas longas.
COMPERVE/2018)
- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
uma meiguice só.
Nas décadas subsequentes, vários estudos
- para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de
August é um Rui Barbosa.
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo,
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente
O artigo indefinido não é usado:
as chances de enfarte.
- em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte,
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro.
Com relação à quantidade de artigos no trecho, há
- com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.:
(A) cinco.
Não há suficiente espaço para todos.
(B) três.
- com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra
(C) quatro.
não morde.
(D) dois.
Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e
04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem -
em + um, uma = num, numa, dum, duma.
MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e
numeral e assinale a alternativa correta:
O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra
I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um,
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do
em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos
ler e do escrever.
entender a expressão como “um dia qualquer” e também como
“um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na
Questões
segunda, um é numeral.
II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo,
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do
expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que
artigo mostra inadequação é:
elas ocupam numa determinada sequência.
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já
III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam
foram novas;
uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem,
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas
posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a
novas;
um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no
proporcional a divisões, frações da unidade).
mundo, só falta aplicá-los;
IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte;
substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no
segundo, numeral adjetivo.

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) Apenas II, III e IV estão corretas. Substantivos Uniformes


(B) Apenas I, III e IV estão corretas. - Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero,
(C) Apenas I, II e III estão corretas. quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea
(D) Apenas I, II e IV estão corretas. / a cobra macho ou fêmea.
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam
Gabarito indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou
01.D / 02.E / 03.C / 04.C feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a
pianista.
Substantivo - Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a
É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher).
pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito, Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se
criança. troca o gênero:
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar);
Classificação o capital (dinheiro) - a capital (cidade);
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.: o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo);
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore. o guia (acompanhante) - a guia (documentação).
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil,
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete,
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo, o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa,
alma, Deus, vento, saci. o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o
sempre de um ser para existir. Designam qualidades, plasma, o estigma.
sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé,
beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a
ou estar triste para a tristeza manifestar-se. análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença),
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês,
Formação a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama,
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical: a Xerox, a aguardente.
chuva, tempo, sol, guarda.
- Compostos: são os que são formados por mais de dois Número (plural/singular)
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia. Acrescentam-se:
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; - S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo:
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro, povo, povos / feira, feiras / série, séries.
Pedro, mês, queijo. - S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens /
- Derivados: são formados de outra palavra já existente; abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes,
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão. abdômenes, hífenes.
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no - ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz,
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em
espécie. Ex.: R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter,
caracteres / sênior, seniores.
Álbum de fotografias Colmeia de abelhas - IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal,
de bispos em jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções:
Alcateia de lobos Concílio
assembleia mal, males / cônsul, cônsules / real, réis.
de textos - ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S:
Antologia Conclave de cardeais
escolhidos
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos.
Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas
Trocam-se:
Reflexão do Substantivo
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões
Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero
/ mamão, mamões.
(masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau
- ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão,
(aumentativo/diminutivo).
alemães / cão, cães.
- il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis /
Gênero (masculino/feminino)
pernil, pernis.
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis /
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a,
projétil, projéteis.
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra.
- m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
atum, atuns.
Formação do Feminino
- zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
O feminino se realiza de três modos: balões. 2º elimina-se o S + zinhos.
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos.
mestre, mestra / leão, leoa; Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos.
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um
Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul,
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora.
Alguns substantivos terminados em X são invariáveis
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix,
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro,
as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.
ovelha / cavalo, égua.

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APOSTILAS OPÇÃO

Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma Os dois elementos, vão para o plural:
no plural:
aldeão, aldeões, aldeãos; - substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis /
verão, verões, verãos; abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós /
anão, anões, anãos; tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe =
guardião, guardiões, guardiães; redatores-chefes.
corrimão, corrimãos, corrimões; - substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-
ancião, anciões, anciães, anciãos; perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte =
ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente
= cachorros-quentes.
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e - adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-
aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô), metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas /
impostos (ó). - numeral ordinal + substantivo: segunda-feira =
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras.
Substantivos que mudam de sentido quando usados no
plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. Composto com a palavra guarda só vai para o plural se
(Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda-
maravilhosas. (Descanso). florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis /
guarda-marinha = guardas-marinha.
Substantivos empregados somente no plural: Arredores,
belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas
férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, / os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os
viveres, idos, afazeres, algemas. Silvas.

Plural dos Substantivos Compostos Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs /
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs.
Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
Grau (aumentativo/diminutivo)
- palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir
= girassóis / autopeça = autopeças. intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha- que damos o nome de grau do substantivo. Os graus
céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = aumentativos e diminutivos são formados por dois processos:
guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição =
vale-refeições. - Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou
- elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou
sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém- isinho.
nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
escola = auto-escolas. - Analítico: formado com palavras de aumento: grande,
- palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico- enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme /
tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres. carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras
- substantivo composto de três ou mais elementos não de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena,
ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / peça minúscula, saia diminuta).
o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o
fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém - Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns
/ o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença
os bumba meu bois. em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo,
- quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer - Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho,
= bel-prazeres. Toninho, mãezinha.
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns
Somente o primeiro elemento vai para o plural: substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram
um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia (calendário).
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país =
paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza =
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: belezinha.
- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado,
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora minicalculadora.
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta
= os vai-e-volta.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis:


angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano.
01. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como:
(A) vulcão, abaixo-assinado; afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-
(B) irmão, salário-família; japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira;
(C) questão, manga-rosa; nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos
(D) bênção, papel-moeda; (alemão).
(E) razão, guarda-chuva.
Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor
02. Assinale a alternativa em que está correta a formação de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo.
do plural: Vejamos algumas locuções adjetivas:
(A) cadáver – cadáveis;
(B) gavião – gaviães; Angelical de anjo Etário de
(C) fuzil – fuzíveis; idade
(D) mal – maus; Abdominal de Fabril de
(E) atlas – os atlas. abdômen fábrica
Apícola de abelha Filatélico de selos
Aquilino de águia Urbano da
03. A palavra livro é um substantivo
cidade
(A) próprio, concreto, primitivo e simples.
(B) comum, abstrato, derivado e composto.
Flexões do Adjetivo
(C) comum, abstrato, primitivo e simples.
Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e
(D) comum, concreto, primitivo e simples.
grau:
04. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são
Gênero
masculinos:
(A) enigma – idioma – cal;
- uniformes: têm forma única para o masculino e o
(B) pianista – presidente – planta;
feminino. Funcionário incompetente = funcionária
(C) champanha – dó(pena) – telefonema;
incompetente.
(D) estudante – cal – alface;
- biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o
(E) edema – diabete – alface.
acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz
famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira.
05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm
um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a
Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas
alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-
seu significado:
religiosa / são – sã.
(A) O capital = dinheiro;
Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos
A capital = cidade principal;
ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como
(B) O grama = unidade de medida;
substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce
A grama = vegetação rasteira;
redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente).
(C) O rádio = aparelho transmissor;
A rádio = estação geradora;
Número
(D) O cabeça = o chefe;
A cabeça = parte do corpo;
O plural dos adjetivos simples flexiona de acordo com o
(E) A cura = o médico.
substantivo a que se referem: menino chorão = meninos
O cura = ato de curar.
chorões / garota sensível = garotas sensíveis.
Gabarito
- quando os dois elementos formadores são adjetivos, só o
segundo vai para o plural: questões político-partidárias, olhos
01.C / 02.E / 03.D / 04.C / 05.E
castanho-claros, senadores democrata-cristãos.
- composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se
Adjetivo
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis,
não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-
É a palavra variável em gênero, número e grau que
petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade,
canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo;
estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo.
substantivo canário).
Os adjetivos classificam-se em:
- as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo,
- simples: apresentam um único radical, uma única palavra
ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa /
em sua estrutura: alegre, medroso, simpático.
olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel.
- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas
- são invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias
palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos
sem-par, piadas sem-sal.
marrom-escuros.
- primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a
Grau
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando.
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz,
dos seres. O adjetivo apresenta duas variações de grau:
desconfortável.
comparativo e superlativo.
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem-
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas:
O grau comparativo é usado para comparar uma
qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais

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APOSTILAS OPÇÃO

qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade, de (A) “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por
superioridade e de inferioridade: mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. / restante
(B) “Sábio é aquele que conhece os limites da própria
- de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou ignorância”. / consciente dos limites da própria ignorância.
tão alto quão / quanto / como você. (As duas pessoas têm a (C) “A única coisa que vem sem esforço é a idade”. /
mesma altura) indiferente
(D) “Adoro a humanidade. O que não suporto são as
- de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que pessoas”. / insuportável
uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais (E) “Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas
elegante do que / que eu. (Das duas, a Manu é mais) Podem pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”. /
ser: falecidos
Analítico: mais bom / mais mau / mais grande / mais
pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário 02. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informação
pequeno e justo). Quando comparamos duas qualidades de um e Comunicação - FGV/2018) Temos uma notícia triste: o
mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau, coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não
mais bom, mais pequeno. é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele,
Sintético: bom, melhor / mau, pior / grande, maior / afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é
pequeno, menor: Esta sala é melhor do que / que aquela. superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de
bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica
- de inferioridade: um elemento é menor do que outro: Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração.
Somos menos passivos do que / que tolerantes. O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e
tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas
O grau superlativo apresenta característica intensificada. “bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as
Pode ser absoluto ou relativo: artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando
de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente
- Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo
ser: libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a
Analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente, pressão arterial”.
bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo (Nicola é (O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6)
extremamente simpático).
Sintético: adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo (Minha Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate
comadre Mariinha é agradabilíssima). mais rápido quando uma pessoa está apaixonada”, há dois
exemplos de variação de grau.
- o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos
terminados em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta.
(magro) = macérrimo; (A) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de
- forma popular: radical do adjetivo português + íssimo adjetivo.
(pobríssimo); (B) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos.
- adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável = (C) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau
amabilíssimo; comparativo do adjetivo.
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo (D) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por
apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo. meio de um sufixo.
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em (E) Apenas na primeira frase há variação de grau.
iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo /
frio = friíssimo. 03. (Banestes - Técnico Bancário - FGV/2018) O
adjetivo ilimitado corresponde à locução “sem limites”; a
Usa-se também, no superlativo: locução com igual estrutura que NÃO corresponde ao adjetivo
abaixo destacado é:
- prefixos: maxinflação / hipermercado / (A) Os turistas ficaram inertes durante a ação policial /
ultrassonografia / supersimpática. sem ação;
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem (B) O turista incauto ficou assustado com a ação policial /
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena. sem cautela;
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / (C) O vocalista da banda saiu ileso do acidente / sem
linda, linda (=lindíssima). ferimento;
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / (D) O presidente da Coreia passou incógnito pela França /
grandalhão / gostosão / bonitão. sem ser percebido;
- linguagem informal, sufixo érrimo, em vez de íssimo: (E) O novo livro do autor estava ainda inédito / sem editor.
chiquérrimo, chiquetérrimo, elegantérrimo.
04. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
- Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos, Contábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar
com a mesma qualidade. Pode ser: frequentemente entre uma construção de substantivo +
De Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água =
suas amigas. (Ela é a mais de todas) esportes aquáticos).
De Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos.
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído
Questões por um adjetivo é:
(A) A indústria causou a poluição do rio;
01. (COMPESA - Analista de Gestão - Advogado - (B) As águas do rio ficaram poluídas;
FGV/2016) A substituição da oração adjetiva por um adjetivo (C) As margens do rio estão cheias de lama;
de valor equivalente está feita de forma inadequada em: (D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;

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APOSTILAS OPÇÃO

(E) Os peixes do rio são bem saborosos. Flexão dos Numerais


Gênero
05. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo - - os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de
FGV/2016) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma
menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de
científicas.” (Machado de Assis) presunto e duzentas rosquinhas.
- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a
No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados nona colocada no vestibular.
possuem, respectivamente, os valores de - os numerais multiplicativos, quando usados com o valor
(A) qualidade e estado. de substantivos, são Invariáveis: A minha nota é o triplo da sua.
(B) estado e relação. (Triplo – valor de substantivo)
(C) relação e característica. - quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão
(D) característica e qualidade. de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na loto fácil. (Triplas
(E) qualidade e relação. valor de adjetivo)
- os numerais fracionários concordam com os cardinais
Gabarito que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram
contemplados.
01.C / 02.A / 03.E / 04.A / 05.E - o fracionário meio concorda em gênero e número com o
substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-
Numeral dia e meia. (Hora) / Usou apenas meias palavras.

Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série, Número


multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, - os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros,
respectivamente, em: variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a
festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros.
- Cardinal - indica número, quantidade: um, dois, três, - os numerais ordinais variam em número: As segundas
quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, colocadas disputarão o campeonato.
catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, vinte..., trinta..., cem..., - os numerais multiplicativos são invariáveis quando
duzentos..., oitocentos..., novecentos..., mil. usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da
sua. (Valor de substantivo – invariável)
- Ordinal - indica ordem ou posição: primeiro, segundo, - os numerais multiplicativos variam quando usados como
terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (Valor de adjetivo –
décimo primeiro, vigésimo..., trigésimo..., quingentésimo..., variável)
sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo..., - os numerais fracionários variam em número,
nongentésimo..., milésimo. concordando com os cardinais que indicam números das
partes.
- Fracionário - indica uma fração ou divisão: meia, metade, - Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos
terço, quarto, décimo, onze avos, doze avos, vinte avos..., trinta equivalem a 750 ml.
avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., milésimo.
Grau
- Multiplicativo - indica a multiplicação de um número: Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos
dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um
nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo. “gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola.

Os numerais que indicam conjunto de elementos de Emprego dos Numerais


quantidade exata são os coletivos: - para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na
poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo
BIMESTRE: período de dois meses II (segundo), Canto X (décimo), Luís IX (nono); os cardinais
CENTENÁRIO: período de cem anos para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis), Século XXI (vinte
DECÁLOGO: conjunto de dez leis e um).
DECÚRIA: período de dez anos - se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal.
DEZENA: conjunto de dez coisas O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século)
LUSTRO: período de cinco anos - com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral
MILÊNIO: período de mil anos ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro.
MILHAR: conjunto de mil coisas
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares,
NOVENA: período de nove dias
portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral
QUARENTENA: período de quarenta dias
QUINQUÊNIO: período de cinco anos
ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª
RESMA: quinhentas folhas de papel (portaria oitava); emprega-se o numeral cardinal, a partir de
SEMESTRE: período de seis meses dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis)
TRIÊNIO: período de três anos - enumeração de casa, páginas, folhas, textos,
TRINCA: conjunto de três coisas apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral
cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está
Algarismos na página sessenta e cinco.
Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, - se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o
5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)
15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40- - não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos
XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300- reais é muito para mim.
CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, - o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão,
1.000-M. milhar e bilhão, devem concordar no masculino:

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APOSTILAS OPÇÃO

- emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada Pronome


unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto:
10h20min – dez horas, vinte minutos. É a palavra que acompanha ou substitui o nome,
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três
Questões pessoas do discurso são:
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou
01. Marque o emprego incorreto do numeral: emissor;
(A) século III (três) 2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se
(B) página 102 (cento e dois) fala ou receptor;
(C) 80º (octogésimo) 3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de
(D) capítulo XI (onze) quem se fala ou referente.
(E) X tomo (décimo)
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento,
02. Indique o item em que os numerais estão corretamente possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e
empregados: relativos.
(A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro.
(B) após o parágrafo nono, virá o parágrafo dez. Pronomes Pessoais
(C) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro. Os pronomes pessoais dividem-se em:
(D) antes do artigo décimo vem o artigo nono. - Retos - exercem a função de sujeito da oração.
(E) o artigo vigésimo segundo foi revogado. - Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição
03. (Pref. Chapecó/SC - Procurador Municipal - ou átonos sem preposição.
IOBV/2016) Quanto à classificação dos numerais, os que
indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo ter Pessoas do Retos Oblíquos
valor de adjetivo ou substantivo são os numerais: Discurso Átonos Tônicos
(A) Multiplicativos. Singular 1ª pessoa eu me mim,
(B) Ordinais. 2ª pessoa tu te comigo
3ª pessoa ele/ela se, o, a, ti, contigo
(C) Cardinais.
lhe si, ele,
(D) Fracionários. consigo
Plural 1ª pessoa nós nos nós,
04. (Pref. Barra de Guabiraba/PE - IDHTEC/2016) 2ª pessoa vós vos conosco
Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por 3ª pessoa eles/elas se, os, as, vós,
extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase: lhes convosco
(A) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP), si, eles,
temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na consigo
Avenida Papa Pio X. (décima)
(B) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401 - Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
(quatrocentas e uma) pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo
(C) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve do teatro.
a sua página Classitêxtil reformulada. (vigésima segunda) - As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os
(D) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem.
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em - Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
erro, mediante artifício, ardil. (centésimo setésimo primeiro) pessoa apresentam as formas:
(E) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral:
século XX. (século ducentésimo) Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente.
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z,
05. (MPE/SP - Oficial de Promotoria I - VUNESP/2016) assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo,
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a
proprietário e principal apresentador: no próximo dia 12 lápis)
[12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a
em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá).
85 anos. (eis, nos, vos perdem o S)
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias) no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m,
ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa.
As informações textuais permitem afirmar que, em lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. do contrato. (o S permanece)
(B) octogésimo quinto aniversário. nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
(C) octingentésimo quinto aniversário. perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
(D) otogésimo quinto aniversário. me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos
(E) oitavo quinto aniversário. transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo
a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a
Gabarito esperança. (sua, dele, dela possessivo)

01.A / 02.B / 03.A / 04.C / 05.B Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação
mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados.
(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei.
/ Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos)

Língua Portuguesa 42
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APOSTILAS OPÇÃO

- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos - A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada
por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não
mim e ti. compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa)
- É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, - A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando
quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para
relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no um congresso. (falando a respeito do cardeal)
infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não - Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria,
compra, não anda. Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o
como complemento de verbos transitivos diretos ao passo verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que
que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos seus ministros o apoiarão.
de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga,
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa Pronomes Possessivos
comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas
indireto,VTI) da fala.

- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo Masculino Feminino


a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve Singular Plural Singular Plural
fazer caridade com os mais necessitados. meu meus minha minhas
- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes teu teus tua tuas
que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª seu seus sua suas
pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo) nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas
- Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
seu seus sua suas
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa,
Emprego dos Pronomes Possessivos
cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com
elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares.
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa /
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse
se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa /
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O
consigo- complemento, 3ª pessoa).
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se
- Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No
Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade.
Direto), assim:
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações
me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus
trouxe.
trinta anos.
nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem.
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu
te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos.
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma
lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas.
alteração fonética da palavra senhor.
vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e
No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to,
anotações.
lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me,
sofisticados.
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os
passos. (os seus passos)
Pronomes de Tratamento
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário,
pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns;
tratamento será familiar ou cerimonioso.
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te
preza.”
Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques;
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando
Vossa Eminência - V.Ema - cardeais;
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de
Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente,
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada
oficiais;
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão)
Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades;
Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores;
Pronomes Demonstrativos
Vossa Santidade - V.S. - Papa;
Indicam a posição dos seres designados em relação às
Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso.
pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo.
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a
Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis.
senhora, a senhorita, dona, você.
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
este, esta, isto, estes, estas
Ex.:
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente Não gostei deste livro aqui.
dois fechos: Neste ano, tenho realizado bons negócios.
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.
para o presidente da República. O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia mas esta é mais oprimida.
ou de hierarquia inferior. esse, essa, esses, essas
Ex.:
Não gostei desse livro que está em tuas mãos.
Nesse último ano, realizei bons negócios.
Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa.

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APOSTILAS OPÇÃO

aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.
Ex.:
Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe. Emprego dos Pronomes Relativos
Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano
realizei bons negócios.
- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
mas esta é mais oprimida que aquele. relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo
- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus.
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este - O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome
(e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis
e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e dizer. (o que = aquilo que).
orgulhosos, estas, elegantes e risonhas. - O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre
- dependendo do contexto os demonstrativos também precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a
servem como palavras de função intensificadora ou quem eu me referi.
depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma! - O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual,
(=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e
tranqueira! (=expressão depreciativa) o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos)
- as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de - O pronome relativo pode vir sem antecedente claro,
então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso, explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e
a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança. não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa;
- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as
elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer.
incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo. - Só se usa o relativo cujo quando o consequente é
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é
Pronomes Indefinidos paulista.
São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de - O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois
modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo de si.
César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis - O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a:
em gênero e número; outros são invariáveis. em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, mais barato. (= lugar em que)
certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer. - Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados
Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida
nada, cada, mais, menos, demais. comadre Naldete, falou tudo quanto sabia.

Emprego dos Pronomes Indefinidos Pronomes Interrogativos


São os pronomes em frases interrogativas diretas ou
- O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual,
substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem quanto:
dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.) - Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade?
- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos (interrogativa direta, COM o ponto de interrogação)
quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando - Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade.
colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da (interrogativa indireta, SEM a interrogação)
situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no
dia certo. (depois do substantivo=adjetivo). Questões
- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a
qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser; 01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal -
indetermina, generaliza). Quadrix/2018)
- Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o
pensamento de outrem.
- Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer
negócios.

Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções


pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem
ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que
seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou
outro / tal qual (=certo).

Pronomes Relativos
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por
o, a, os, as, qual / quais.
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
cujas, quanto, quantos;

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APOSTILAS OPÇÃO

Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras 04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo -
classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem, IDHTEC/2016)
como
(A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo.
(B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e
substantivo.
(C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo.
(D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome.
(E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e
adjetivo.

02. (IF/PA - Auxiliar em Administração -


FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de
acordo com as normas da língua-padrão em:
(A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto
por ele.
O emprego do pronome “aquela” na charge:
(B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho
(A) Dá uma conotação irônica à frase.
direito.
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal.
(C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere.
apresentou ontem.
(D) Indica posse do falante.
(D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros
(E) Evita a repetição do verbo.
nos orgulhamos.
(E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
muita sordidez.
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo:
03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do
“O professor discutiu............mesmos a respeito da
Trabalho - FCC/2016)
desavença entre .........e ........ .
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo
Assinale a alternativa que completa corretamente as
movido a energia solar
lacunas do texto.
(A) com nós - eu - ti
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo.
(B) conosco - eu - tu
Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por
(C) conosco - mim - ti
causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das
(D) conosco - mim - tu
maiores usinas de energia solar do mundo.
(E) com nós - mim - ti
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
Gabarito
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
poluir menos. Uma aposta no futuro.
01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
Verbo
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas
É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É
natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em:
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o
- número (singular e plural);
calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores
- pessoa (primeira, segunda e terceira);
de brisa.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a - modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas
energia solar”. Disponível nominais: gerúndio, infinitivo e particípio);
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi- - tempo (presente, passado e futuro);
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
- e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).
Considere as seguintes passagens do texto: De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi em três conjugações:
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia 1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
solar do mundo. (1º parágrafo) 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
fora. (3º parágrafo) compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça origem latina poer.
sombra no outro. (3º parágrafo)
Elementos Estruturais do Verbo
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o As formas verbais apresentam três elementos em sua
qual” APENAS em estrutura: radical, vogal temática e tema.
(A) I e II. Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o
(B) II e III. significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da
(C) I, II e IV. 1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses
(D) I e IV. verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela
(E) III e IV. está o significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar;

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APOSTILAS OPÇÃO

esper é o radical do verbo esperar; ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de
brinc é o radical do verbo brincar. minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes,
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida.
Se tirarmos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos - Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado,
verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava
antepor prefixos ao radical: desnutrir / reconduzir. muito bem.
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato
Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...
conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª - Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i. anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos
no congresso de música.
Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal - Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado
temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) = num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o no coro da igreja matriz.
radical (contei = cont ei). - Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria
Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou um carro se tivesse dinheiro
ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências
modo temporais e desinências número pessoais. 1ª Conjugação: -AR
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais,
Contávamos dançam.
Cont = radical Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou,
a = vogal temática dançamos, dançastes, dançaram.
va = desinência modo temporal Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava,
mos = desinência número pessoal dançávamos, dançáveis, dançavam.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras,
Flexões Verbais dançara, dançáramos, dançáreis, dançaram.
Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará,
o número e a pessoa. dançaremos, dançareis, dançarão.
- eu estudo – 1ª pessoa do singular; Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria,
- nós estudamos – 1ª pessoa do plural; dançaríamos, dançaríeis, dançariam.
- tu estudas – 2ª pessoa do singular;
- vós estudais – 2ª pessoa do plural; 2ª Conjugação: -ER
- ele estuda – 3ª pessoa do singular;
Presente: como, comes, come, comemos, comeis,
- eles estudam – 3ª pessoa do plural.
comem.
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos,
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
comestes, comeram.
diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia,
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens.
comíamos, comíeis, comiam.
- O pronome vós aparece somente em textos literários ou
bíblicos. Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras,
- Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª comera, comêramos, comêreis, comeram.
pessoa, é o mais usado no Brasil. Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá,
comeremos, comereis, comerão.
Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria,
ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em comeríamos, comeríeis, comeriam.
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, 3ª Conjugação: -IR
pretérito e futuro. Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos,
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação partistes, partiram.
ao fato que enuncia. São três os modos: Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia,
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, partíamos, partíeis, partiam.
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do partíramos, partíreis, partiram.
presente e futuro do pretérito. Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá,
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de partiremos, partireis, partirão.
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria,
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta partiríamos, partiríeis, partiriam.
presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência,
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; Emprego dos Tempos do Subjuntivo
Quando o vir, dê lembranças minhas. - Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.:
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e políticos.
imperativo negativo. - Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à
Emprego dos Tempos do Indicativo universidade.
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que

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APOSTILAS OPÇÃO

- Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, Assim, considera-se apenas o processo verbal. Ex.: Amar é
pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será sofrer.
generosamente gratificado. Podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é
lutar. (= vida é luta); É indispensável combater a corrupção. (=
1ª Conjugação –AR combate à)
Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
que nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem. (forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É
Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro.
se ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª
eles dançassem. pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo
Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas
ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo
quando eles dançarem. contexto da frase). Ex.: Para ler melhor, eu uso estes óculos.
(1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
2ª Conjugação -ER
Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que O infinitivo impessoal é usado:
nós comamos, que vós comais, que eles comam.
Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, - Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se
se ele comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se referir a um sujeito determinado. Ex. Querer é poder.
eles comessem. Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste
Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando muro.
- Quando tem valor de Imperativo. Ex. Soldados,
ele comer, quando nós comermos, quando vós comerdes,
marchar! (= Marchai!) Esquerda, volver!
quando eles comerem.
- Quando é regido de preposição (geralmente
precedido da preposição “de”) e funciona como
3ª conjugação – IR
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da
Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que
oração anterior. Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim.
nós partamos, que vós partais, que eles partam.
As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os
Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se convenci a aceitar.
ele partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles
partissem. No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar",
Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar)
ele partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, deve ser flexionado. Exs.:
quando eles partirem. Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
Emprego do Imperativo Os jogos que você me emprestou são agradáveis de serem
Imperativo Afirmativo jogados.
- Não apresenta a primeira pessoa do singular.
- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do - Nas locuções verbais. Ex.: Queremos acordar bem cedo
subjuntivo. amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar
- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”. no seu caso.
- O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo. - Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da
oração anterior. Ex. Eles foram condenados a pagar pesadas
Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns
amamos, vós amais, eles amam. livros por (para) publicar.
Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
nós, amai vós, amem vocês. (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do
período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação
Imperativo Negativo verbal. Exs.:
- É formado através do presente do subjuntivo sem a Na esperança de sermos atendidos, muito lhe
primeira pessoa do singular. agradecemos.
- Não retira os “s” do tu e do vós. Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
futebol.
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não crianças.
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês.
- Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e
Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal
Imperativo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: com o infinitivo que os segue. Ex.: Deixei-os sair cedo hoje.
infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio. - Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e
sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
Infinitivo Impessoal15 Ex.: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, festa.
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido,
não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável.

15 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php

Língua Portuguesa 47
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APOSTILAS OPÇÃO

Infinitivo Pessoal Gerúndio: dançando.


É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na Particípio: dançado.
1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona- 2ª Conjugação –ER
se da seguinte maneira: Infinitivo Impessoal: comer.
2ª pessoa do singular: radical + ES. Ex.: teres (tu) Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,
1ª pessoa do plural: radical + mos. Ex.: termos (nós) comermos nós, comerdes vós, comerem eles.
2ª pessoa do plural: radical + dês. Ex.: terdes (vós) Gerúndio: comendo.
3ª pessoa do plural: radical + em. Ex.: terem (eles) Particípio: comido.
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
3ª Conjugação –IR
colocação.
Infinitivo Impessoal: partir.
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele,
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles.
significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
flexionando-se. Gerúndio: partindo.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: Particípio: partido.

- Quando o sujeito da oração estiver claramente Questões


expresso. Exs.:
Se tu não perceberes isto... 01. (UNEMAT - Psicólogo - 2018)
Convém vocês irem primeiro.
O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito
implícito = nós) desta regra.

- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração


principal. Exs.:
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos
estudarem bastante para a prova. Disponível
Perdoo-te por me traíres. https://www.facebook.com/tirasamandinho/photos/a.488361671209144.11396
3.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. 488356901209621/1568398126538821/?type=3&theater.
O guarda fez sinal para os motoristas pararem. Acesso em: fev.2018.

- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na Na tirinha, Fê conversa com Camilo sobre o que ela
terceira pessoa do plural). Exs.: considera ser machismo na cerimônia de casamento, enquanto
Faço isso para não me acharem inútil. Pudim diz a Armandinho que tudo aquilo que a garota
Temos de agir assim para nos promoverem. questiona é algo natural.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua Nas falas atribuídas à menina, o verbo ter aparece em Tem
conduta. casamentos [...] (quadro 1) e em [...] essas coisas têm
significados! (quadro 2).
- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade
de ação. Exs.: Em relação a esses empregos do verbo ter, assinale a
Vi os alunos abraçarem-se alegremente. alternativa correta.
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com (A) Em ambos, o verbo é impessoal.
gentileza. (B) Ambos estão na terceira pessoa do plural do presente
Mandei as meninas olharem-se no espelho. do modo indicativo.
(C) Ambos estão na terceira pessoa do singular do presente
Gerúndio do modo indicativo.
Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de (D) Ambos estão no presente do modo indicativo, embora
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) terceira pessoa do plural.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; (E) Ambos estão no presente do modo subjuntivo, embora
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando, o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o terceira pessoa do plural.
valor do dinheiro.
02. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018)
Particípio
Quando não é empregado na formação dos tempos O drama dos viciados em dívidas
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.: Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para uma questão financeira decorrente do estado geral da
representar a escola. economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso,
há grupos especializados que promovem reuniões semanais
1ª Conjugação –AR com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre
Infinitivo Impessoal: dançar. consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).

Língua Portuguesa 48
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APOSTILAS OPÇÃO

Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém (B) Para falar bem em público, organize as ideias de acordo
do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que com o tempo que você terá e, antes de falar, ensaie sua
têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum apresentação.
que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas (C) A capacidade de os adolescentes virem a falar em
tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar público, teria dependido dos bons ensinamentos da escola.
gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um (D) Quem vier a comparar a fala dos jovens de hoje com os
empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento da geração passada, haveria de concluir que os jovens de hoje
recorrente entre os endividados. leem muito menos.
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo. (E) O contato visual também é importante ao falar em
Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima público. Passa empatia e envolveria o outro.
etapa é se planejar.
(Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado) Gabarito

Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados 01.D / 02.C / 03.A / 04.E / 05.B
de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos
destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros, Locução Verbal
como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo
padrão de vida. Uma locução verbal16 é a combinação de um verbo
(A) Poderia acontecer que ... mantêm auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo
(B) Pôde acontecer que ... mantessem juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal,
(C) Podia acontecer que ... mantivessem desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo:
(D) Pôde acontecer que ... manteram - estive pensando
(E) Podia acontecer que ... mantiveram - quero sair
- pode ocorrer
03. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) A vida - tem investigado
de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a - tinha decidido
Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais
violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais
marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o
passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na
realizado em Dorinha constatou a existência de _______ em seu conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o
corpo. A versão da legítima defesa era ______ . modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado) indicados pelo verbo auxiliar.

As expressões verbais empregadas em tempo que exprime


a ideia de hipótese são:
(A) seria e teria.
(B) foi e seria. Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”.
(C) teria e ter sido. Contudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares
(D) foi e constatou. nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer,
(E) ter sido e passou. começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.

04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - Função dos verbos principais nas locuções verbais
IDHTEC/2016) Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e
não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe o principal numa das formas nominais: no gerúndio, no
Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os infinitivo ou no particípio.
pilotos __________ medo de falar. "Um piloto não vai dizer nada
se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, Locução verbal com verbo principal no gerúndio
todos __________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com Ex.: Estou escrevendo
seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não verbo auxiliar flexionado: estou
conseguiu __________para evitar o choque. verbo principal no gerúndio: escrevendo
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilotos-da-f-1-
temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal-de-bianchi)
Locução verbal com verbo principal no infinitivo
Ex.: Quero sair
Complete com a sequência de verbos que está no tempo,
verbo auxiliar flexionado: quero
modo e pessoa corretos:
verbo principal no infinitivo: sair
(A) Tem – tem – vem - freiar
(B) Tem – tiveram – vieram - frear
Locução verbal com verbo principal no particípio
(C) Teve – tinham – vinham – frenar
Ex.: Tinha decidido
(D) Teve – tem – veem – freiar
verbo auxiliar flexionado: tinha
(E) Teve – têm – vêm – frear
verbo principal no particípio: decidido
05. (Prefeitura Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo
FEPESE/2016) Assinale a alternativa em que está correta a
principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de
correlação entre os tempos e os modos verbais nas frases
tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais,
abaixo.
os auxiliares não teriam sentido algum.
(A) A entonação correta ao falarmos colabora com o
entendimento que o outro tem do assunto tratado e reforçaria
a nossa persuasão.

16 https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/

Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões Gabarito

01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017) 01.C / 02.A / 03.C

Advérbio

É a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou


cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo
(Estava muito bonita).

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio


pode ser de:
Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente,
depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo,
novamente, outrora.
Assinale a alternativa que contém uma locução verbal
Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além,
extraída do cartum.
algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar),
(A) Não terão.
dentro, defronte, fora, longe, perto.
(B) Como andar.
Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ),
(C) Vai chegar.
devagar, mal, melhor, pior, e a maior parte dos advérbios que
(D) Todos terão.
termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente,
tristemente.
02. (CRQ 4ª REGIÃO/SP - Fiscal - QUADRIX)
Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente,
realmente, sim, seguramente.
Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito
nenhum, nem, não, tampouco (=também não).
Intensidade: apenas, assaz, bastante, bem, demais, mais,
meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco.
Dúvida: acaso, eventuamente, por ventura, quiçá,
possivelmente, talvez.

Locuçoes Adverbiais: são duas ou mais palavras que têm


o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às
escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de
chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de
medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando,
sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à
direta, a pé, a esmo, por ali, a distância.
- De repente o dia se fez noite.
- Por um triz eu não me denunciei.
- Sem dúvida você é o melhor.

Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são


palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau:
comparativo e superlativo.

Comparativo de:
Qual forma verbal substituiria, sem causar alteração de
Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
sentido, a locução verbal "vou ter", que aparece no primeiro
quanto / como você.
quadrinho?
Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais
(A) "terei".
elegante do que eu.
(B) "teria".
- Sintético: melhor, pior que. Ex.: Amanhã será melhor do
(C) "tivera".
que hoje.
(D) "tenha".
Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia.
(E) "tinha".
Superlativo Absoluto:
03. (Pref. João Pessoa/PB - Professor Língua
Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato
Portuguesa - FGV) Uma locução verbal é o conjunto formado
defendeu-se muito mal.
por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último
Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.
sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas
verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção
Emprego do Advérbio
de uma. Assinale‐a.
- Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do
(A) Todos podem entrar assim que chegarem.
sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo
(B) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou
sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho,
atendê‐los.
depressinha, rapidinho (bem rápido). Exs.: Rapidinho chegou
(C) Deixem entrar todos os atrasados.
a casa; Moro pertinho da universidade.
(D) Elas não sabem cozinhar como antigamente.
- Frequentemente empregamos adjetivos com valor de
(E) A plantação foi‐se expandindo para os lados
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente)

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APOSTILAS OPÇÃO

- Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai (D) concessão


para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante (E) fim
simpáticas e gentis.
- Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai 05. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018)
para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as
no céu. ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por
- Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não
(adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei-a de responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque
mau humor. o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las.
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia
Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo. as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não
- Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a
fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais) psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por
- Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a
particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades
emagrecia a olhos vistos. ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais
- Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que
último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que
todos. formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que
- A repetição de um mesmo advérbio assume o valor farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente,
superlativo: Levantei cedo, cedo. é sua frase menos citada. Por razões óbvias.
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado)
Palavras e Locuções Denotativas: São palavras
semelhantes a advérbios e que não possuem classificação Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja
especial. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A
palavras. São chamadas de denotativas e exprimem: Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas…
Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda – e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios
bem que você veio. destacados expressam, correta e respectivamente,
Designação, Indicação: eis. Ex.: Eis aqui o herói da turma. circunstância de:
Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, (A) lugar; tempo; modo; afirmação.
sequer: Ex.: Não me disse sequer uma palavra de amor. (B) lugar; tempo; afirmação; dúvida.
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso, (C) lugar; negação; modo; intensidade.
de mais a mais. Ex.: Também há flores no céu. (D) afirmação; negação; afirmação; afirmação.
Limitação: só, apenas, somente, unicamente. Ex.: Só Deus é (E) afirmação; negação; modo; dúvida.
perfeito.
Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele Gabarito
quis dizer!
Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à 01.B / 02.C / 03.D / 04.B / 05.B
Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.
Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo, Preposição
tem bom caráter.
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um
Questões termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As
preposições podem ser: essenciais ou acidentais.
01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
(A) Só quero meio quilo. As preposições essenciais atuam exclusivamente como
(B) Achei-o meio triste. preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
(C) Descobri o meio de acertar. entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exs.: Não dê
(D) Parou no meio da rua. atenção a fofocas; Perante todos disse, sim.
(E) Comprou um metro e meio.
As preposições acidentais são palavras de outras classes
02. Só não há advérbio em: que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na
(A) Não o quero. qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto,
(B) Ali está o material. mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia
(C) Tudo está correto. conforme sua vontade. (= de acordo com)
(D) Talvez ele fale.
(E) Já cheguei. - O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um
substantivo, é flexionado: a casa, as casas, a árvore, as árvores,
03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e
(A) Realmente ela errou. não estabelece concordância com o substantivo. Ex.: Fiz todo o
(B) Antigamente era mais pacato o mundo. percurso a pé. (não há concordância com o substantivo
(C) Lá está teu primo. masculino pé)
(D) Ela fala bem. - As preposições essenciais são sempre seguidas dos
(E) Estava bem cansado. pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim
rapidamente. Não vá sem mim.
04. Classifique a locução adverbial que aparece em
"Machucou-se com a lâmina". Locuções Prepositivas: é o conjunto de duas ou mais
(A) modo palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra
(B) instrumento é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de,
(C) causa acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de,

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APOSTILAS OPÇÃO

embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a, De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos.
junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás Lugar: Os corruptos vieram da capital.
de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de, Causa: O bebê chorava de fome.
através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de, Posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu.
(=no lugar de), ao invés de (=ao contrário de), para com, até a. Assunto: Falávamos do casamento da Mariele.
- Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. Matéria: Era uma casa de sapé.
Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim A preposição de não deve contrair-se com o artigo, que
no começo: Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”. precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos
(locução adverbial); O acidente ocorreu perto de meu atelier. estudarem. (e não: dos alunos estudarem)
(locução prepositiva)
- Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com Desde
outra preposição: Abola passou por entre as pernas do (afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem
goleiro. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até desde São Paulo.
18 anos; Financiamento em até 24 meses. Tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa.

Combinações e Contrações Em
Combinação: ocorre quando não há perda de fonemas: (lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos.
a+o, os= ao, aos / a+onde = aonde. Matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em
Contração: ocorre quando a preposição perde fonemas: Curitiba.
de+a, o, as, os, esta, este, isto = da, do, das, dos, desta, deste, Especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras.
disto. Tempo: Tudo aconteceu em doze horas.
- em+ um, uma, uns, umas, isto, isso, aquilo, aquele, aquela,
aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso, Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro
naquilo, naquele, naquela, naqueles. entre dois suportes.
- de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele,
daquela, daquilo. Para
- para+ a = pra. Direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa.
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes Tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana.
demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de Finalidade: Lute sempre para viver com dignidade.
crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: A preposição para indica permanência definitiva. Vou
à, às, àquele, àquela, àquilo. para o litoral. (ideia de morar)

Valores das Preposições Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante


todos.
A
(movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas
Anos Dourados. desconhecidas.
Modo: Partiu às pressas. Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive
Tempo: Iremos nos ver ao entardecer. novo.
Apreposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia. Espaço: Por cima dela havia um raio de luz.
(ideia de passear)
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento.
Ante
(diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar.
emoção. Viveu, sob pressão dos pais.
Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao
encontro antes das quatro horas. Sobre
(em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal
Após (depois de): Após alguns momentos desabou num sobre a toalha rendada.
choro arrependido. Assunto: Conversávamos sobre política financeira.

Até Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É


(aproximação): Correu até mim. substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha
Tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a vê-se muita falsidade.
semana que vem.
Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será
palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam
até quem os despreza. (inclusive)

Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade;


deve-se rir com alguém.
Causa: A cidade foi destruída com o temporal.
Instrumento: Feriu-se com as próprias armas.
Modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com
elegância.

Contra
(oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do
tribunal.
Direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu.

Língua Portuguesa 52
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões 03. (TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça


Avaliador - FGV/2018)
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)
Além do celular e da carteira, cuidado com as
figurinhas da Copa
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018

A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo


uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos
pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão
levando seus estoques para casa quando termina o expediente.
Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de
roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular.

No texto aparecem três ocorrências da preposição DE.


1. “troca-troca de figurinhas”;
2. “roubo de figurinha”;
3. “mensagens de celular”.

Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto


afirmar que:
(A) os termos precedidos da preposição DE indicam
pacientes dos vocábulos anteriores;
(B) os termos precedidos da preposição DE indicam
agentes dos termos anteriores;
(C) os termos “de figurinha” e “de celular” são
complementos dos termos anteriores;
No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da (D) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos
preposição “sem” e o das expressões que ela forma são, dos vocábulos precedentes;
respectivamente, de (E) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são
(A) negação e causa. complementos dos vocábulos precedentes.
(B) adição e condição.
(C) ausência e modo. 04. Assinale a alternativa em que a preposição destacada
(D) falta e consequência. estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz:
(E) exceção e intensidade. Criaram-se a pão e água.
(A) Desejo todo o bem a você.
02. (Pref. Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem - (B) A julgar por esses dados, tudo está perdido.
IDHTEC/2016) (C) Feriram-me a pauladas.
(D) Andou a colher alguns frutos do mar.
MAMÃ NEGRA (Canto de esperança) (E) Ao entardecer, estarei aí.
Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama 05. (TJ/AL - Técnico Judiciário - FGV/2018)
de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da Ressentimento e Covardia
ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os
gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma
semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a legislação específica que coíba não somente os usos mas os
enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A
teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol- maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam
posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune
vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos
demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação
firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando, indébita.
formando, anunciando -o dia da humanidade. No fundo, é um problema técnico que os avanços da
(Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império)
informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição
Em qual das alternativas o acento grave foi mal dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me
empregado, pois não houve crase? valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-
(A) “Milena Nogueira foi pela primeira vez à quadra da história.
escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio.” Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na
(B) "Os relatos dos casos mostram repetidas violações dos internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e
direitos à moradia, a um trabalho digno, à integridade cultural, escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos
a vida e ao território." ou deformados que circulam por aí e que não podem ser
(C) “O corpo de Lucilene foi encontrado próximo à ponte desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou
do Moa no dia 11 de maio.” revista é processado se publicar sem autorização do autor um
(D) “Fifa afirma que Blatter e Valcke enriqueceram às texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em
custas da entidade.” caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
(E) “Doriva saiu e Milton Cruz fez às vezes de técnico até a falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a
chegada de Edgardo Bauza no fim do ano passado.” desmentir e dar espaço ao contraditório.

Língua Portuguesa 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do (A) durante, entre, sobre
cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão (B) com, sob, depois
de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira (C) para, atrás, por
liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) (D) em, caso, após
(E) após, sobre, acima
O segmento do texto em que o emprego da preposição EM
indica valor semântico diferente dos demais é: 03. Observe as palavras grifadas da seguinte frase:
(A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas “Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital nº
crônicas”; 19/82.” Elas são, respectivamente:
(B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”; (A) verbo, substantivo, substantivo
(C) “... seriam crimes já especificados em lei”; (B) verbo, substantivo, advérbio
(D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”; (C) verbo, substantivo, adjetivo
(E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”. (D) pronome, adjetivo, substantivo
(E) pronome, adjetivo, adjetivo
Gabarito
04. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor
01.C / 02.E / 03.E / 04.C / 05.D adjetivo:
(A) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a
Interjeição utilizar com receio.”
(B) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.”
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, (C) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis.”
estados de espírito ou apelos. (D) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...”
(E) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem
Locução Interjetiva: é o conjunto de duas ou mais escrúpulos não se apoderassem do que era delas.”
palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena!
Quem me dera! Puxa, que legal! 05. O "que" está com função de preposição na alternativa:
(A) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!
Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas (B) Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és.
(C) João não estudou mais que José, mas entrou na
As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas de Faculdade.
acordo com o sentido que elas expressam em determinado (D) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode (E) Não chore que eu já volto.
exprimir emoções variadas.
Admiração ou Espanto: Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu Gabarito
Deus!, Céus!
Advertência: Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!, 01.E / 02.A / 03.C / 04.E / 05.D
Olha lá!
Alegria: Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!; Conjunções
Ânimo: Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca!
Aplauso: Bravo!, Parabéns!, Muito bem! Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma
Chamamento: Olá!, Alô!, Psiu!, Psit! oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de
Aversão: Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh! coordenação ou subordinação e são classificadas em:
Medo: Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai! Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas.
Pedido de Silêncio: Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!,
Chega!, Basta! Conjunções Coordenativas
Saudação: Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!
Concordância: Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida! 1. Aditivas (Adição)
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me E
dera! Nem
Não só... Mas também
Observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes Mas ainda
são formadas por palavras de outras classes gramaticais: Senão
Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo).
Exemplos:
Questões Viajamos e descansamos.
Eu não só estudo, mas também trabalho.
01. Assinale o par de frases em que as palavras destacadas
são substantivo e pronome, respectivamente: 2. Adversativas (posição contrária)
(A) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão
praticar o bem. Mas
(B) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia Porém
muito movimento na praça. Todavia
(C) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de
Entretanto
drogas é condenável.
No entanto
(D) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. /
Pesca-se muito em Angra dos Reis.
Exemplos:
(E) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. /
Ela era explorada, mas não se queixava.
Não entendi o que você disse.
Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as
notas necessárias.
02. Assinale o item que só contenha preposições:

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APOSTILAS OPÇÃO

3. Alternativas (alternância) 7. Comparativas (Comparação) – Como / Que / Do que /


Quanto / Que nem
Ou, ou Exemplos:
Ora, ora Os filhos comeram como leões.
Quer, quer A luz é mais veloz do que o som.
Já, já
8. Conformativas (Conformidade) – Como / Conforme /
Exemplos: Segundo
Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos. Exemplos:
Ora chovia, ora fazia sol. As coisas não são como parecem.
Farei tudo, conforme foi pedido.
4. Conclusivas (conclusão)
Logo 9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos
Portanto termos: tal, tão, tanto...) / De forma que
Por conseguinte Exemplos:
Pois (após o verbo) A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a escola.
Ontem estive viajando, de forma que não consegui
participar da reunião.
Exemplos:
O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado!
10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto /
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados.
Ainda que / Mesmo que / Por mais que
Exemplos:
5. Explicativas (explicação)
Todos gostaram, embora estivesse mal feito.
Que
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu.
Porque
Porquanto Questões
Pois (antes do verbo)
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)
Exemplos:
Não leia no escuro, que faz mal à vista.
Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.

Conjunções Subordinativas

Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa,


com verbo flexionado.

1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva


– Que / Se / Como

Exemplos:
Todos perceberam que você estava atrasado.
Aposto como você estava nervosa.

2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que /


Assim que / Desde que
Exemplos:
Logo que chegaram, a festa acabou. Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da
Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou. aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão
destacada estabelece entre as informações relação de sentido
3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que de
Exemplo: (A) comparação.
Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse. (B) finalidade.
(C) consequência.
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que (D) conclusão.
/ À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos... menos (E) concessão.
Exemplos:
À medida que se vive, mais se aprende. 02. (Prefeitura Trindade/GO - Auxiliar Administrativo
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece. - FUNRIO/2016)

5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma vez OMS recomenda ingerir menos de cinco gramas de sal
que por dia
Exemplo: Como estivesse doente, não pôde sair.
Se você tem o hábito de pegar no saleiro e polvilhar a
6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que comida com umas pitadas de sal, é melhor pensar duas vezes.
Exemplos: A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta
Comprarei o livro, desde que esteja disponível. quinta-feira que um adulto consuma por dia menos de dois
Se chover, não poderemos ir. gramas de sódio – ou seja, menos de cinco gramas de sal – para
reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
cardiovasculares.

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APOSTILAS OPÇÃO

Pela primeira vez, a OMS faz recomendações também para - Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar
as crianças com mais de dois anos de idade, para que as Ele daí.
doenças relacionadas com a alimentação não se tornem - Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se
crônicas na idade adulta. Neste caso, a OMS diz que os valores preocupe: Ele volta.
devem ainda ser mais baixos do que os dois gramas de sódio, A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na
devendo ser adaptados tendo em conta o tamanho, a idade e cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques,
as necessidades energéticas. ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses
Teresa Firmino Adaptado de publico.pt/ciencia africanos. Cristo sozinho não basta.
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket,
Em para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças 2009.)
cardiovasculares, a palavra para expressa o seguinte
significado: Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a
(A) oposição economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as
(B) finalidade orações,
(C) causalidade (A) uma relação de adição.
(D) comparação (B) uma relação de oposição.
(E) temporalidade (C) uma relação de conclusão.
(D) uma relação de explicação.
03. (SEDUC/PA - Professor Classe I - Português - (E) uma relação de consequência.
CONSULPLAN/2018)
05. (COPASA - Analista de Saneamento - Administrador
Coisas & Pessoas - FUMARC/2018)

Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque
Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava: sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda.
“Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!”. Mas eu ouvia o Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos
mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação
que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo
leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de
preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão
protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da corretas as afirmativas, EXCETO:
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia (A) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema)
contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de indicando oposição entre eles.
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte (B) A conjunção “porque” introduz uma relação de
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os causalidade entre as partes do período de que faz a ligação.
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que (C) O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse indica condicionalidade.
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina. (D) O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre substantivo que acompanha, “transtorno”.
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os
alegres incômodos e duvidosos encantos, um vulto junto à Gabarito
minha cama, senti-me estremunhado e olhei atônito para um
tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e 01.E / 02.B / 03.D / 04.B / 05.A
chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda
interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:
– Pois é! Não vê que eu sou o sereno…
E eis que, por milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei
6. Flexão verbal.
que se tratasse do sereno noturno em pessoa. [...]
(Mário Quintana. Caderno H. 5. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 153-154.)

FLEXÃO VERBAL
Após a leitura do texto e considerando seu conteúdo, pode-
se afirmar quanto ao emprego da conjunção em relação à 1) Número: singular ou plural
titulação do texto que o sentido produzido indica Ex.: ando, andas, anda → singular
(A) compensação de um elemento em relação ao outro. andamos, andais, andam → plural
(B) acrescentamento de um elemento em relação ao outro.
(C) sobreposição do último elemento em detrimento do 2) Pessoas: são três.
primeiro. a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes
(D) estabelecimento de uma relação de um elemento para eu (singular) e nós (plural).
com o outro. Ex.: escreverei, escreveremos.
04. (IF/PE - Técnico em Enfermagem - 2016) b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos
pronomes tu (singular) e vós (plural).
Crônica da cidade do Rio de Janeiro Ex.: escreverás, escrevereis.
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os aos pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural).
netos dos escravos encontram amparo. Ex.: escreverá, escreverão.
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e
apontando seu fulgor, diz, muito tristemente:

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APOSTILAS OPÇÃO

3) Modos: são três. bebais → não bebais (vós)


a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, bebam → não bebam (vocês)
indubitável. Ex.: vendo. Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não
bebais, não bebam.
b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira
duvidosa, hipotética. Ex.: que eu venda. Observações:
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular,
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma eu; a terceira pessoa é você.
ordem. Ex.: venda!
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do
4) Tempos: são três. presente do indicativo. Eis o seu imperativo:
a) Presente: falo - Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não
b) Pretérito: sejam.
- Perfeito: falei
- Imperfeito: falava c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode
- Mais-que-perfeito: falara mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos
passar para tu, e vice-versa.
Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
imperfeito, uma ação que se prolongava num determinado Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
ponto do passado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em
relação a outra ação, também passada. Ex.: d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo
Eu cantei aquela música. (perfeito) afirmativo, perder também a letra e que aparece antes da
Eu cantava aquela música. (imperfeito) desinência s.
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito) Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
dize (tu) ou diz (tu)
c) Futuro:
- Do presente: estudaremos e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego
- Do pretérito: estudaríamos do imperativo. É assunto muito cobrado em concursos
públicos.
Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos
simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o Tempos Primitivos e Tempos Derivados
futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados 1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira
mais adiante. pessoa do singular sai todo o presente do subjuntivo.
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
5) Vozes: são três. dizes
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal. diz
Ex.: O carro derrubou o poste. Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que
não apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal. Ex.: eu sou → que eu seja.
- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar. eu sei → que eu saiba.
Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda
- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se. pessoa do singular saem:
Ex.: Derrubou-se o poste.
a) o mais-que-perfeito.
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos,
partícula apassivadora) na sétima lição: concordância verbal. coubéreis, couberam.

c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece b) o imperfeito do subjuntivo.


um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou. Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse,
coubéssemos, coubésseis, coubessem.
Formação do Imperativo
1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo c) o futuro do subjuntivo.
menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo. Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos,
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber couberdes, couberem.
Bebo → beba
bebes → bebe (tu) bebas 3) Do infinitivo impessoal derivam:
bebe beba → beba (você)
bebemos bebamos → bebamos (nós) a) o imperfeito do indicativo.
bebeis → bebei (vós) bebais Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.
bebem bebam → bebam (vocês)
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam. b) o futuro do presente.
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,
2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra caberão.
não.
Ex.: beba c) o futuro do pretérito.
bebas → não bebas (tu) Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos,
beba → não beba (você) caberíeis, caberiam.
bebamos → não bebamos (nós)

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APOSTILAS OPÇÃO

d) o infinitivo pessoal. 6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo


Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, fechado em todos os tempos, inclusive o presente do
caberem. indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como
normalmente se diz).
e) o gerúndio.
Ex.: caber → cabendo. 7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir,
expelir, repelir:
f) o particípio. a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos,
Ex.: caber → cabido. aderimos, aderem.

Tempos Compostos b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos,


Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter adirais, adiram.
ou haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.
Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em
particípio do verbo principal. todas do presente do subjuntivo.
Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do
indicativo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do 8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:
subjuntivo. a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo,
enxáguas, enxágua.
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar
mais particípio do principal. b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue,
Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do enxágues, enxágue.
indicativo.
tivesse falado → mais-que-perfeito composto do 9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi,
subjuntivo. arguimos, arguis, argúem.

3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar. 10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do
Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos,
futuro do presente). apazigueis, apazigúem.

Verbos Irregulares Comuns em Concursos 11) Mobiliar:


É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília,
Eles estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mobiliamos, mobiliais, mobíliam.
mais problemáticos.
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie,
integralmente o verbo pôr. mobiliemos, mobilieis, mobíliem.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
pus → compus, repus, expus etc. 12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule,
polimos, polis, pulem.
2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente
o verbo ter. 13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros
Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc. terminados em ear)
tiveste → retiveste, mantiveste etc. a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia,
passeamos, passeais, passeiam.
3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie,
integralmente o verbo vir. passeemos, passeeis, passeiem.
Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.
vim → intervim, convim etc. Observações:
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o
4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o ditongo ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois
verbo ver. presentes.
Ex.: vi → revi, previ etc. - Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.
víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc. Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.

Observações: 14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.


- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.
segue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo
primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão Observações:
origem a verbos derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer. - Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas.
Para eles, vale a mesma regra explicada acima.
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente - Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar,
se fala por aí). apesar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais,
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis,
querer e ver. Eles serão mostrados mais adiante. medeiem.

5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, 15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do
cremos, crestes, creram. presente do indicativo e, consequentemente, em todo o
presente do subjuntivo.

Língua Portuguesa 58
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APOSTILAS OPÇÃO

Ex.: requeiro, requeres, requer financiamento para cinco novos transmissores, dez novos
requeira, requeiras, requeira pássaros serão libertados.”
requeri, requereste, requereu (C) “A mulher requereu o benefício em abril de 2014. Ela
apresentou diversos atestados médicos que comprovavam sua
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito situação delicada e seu histórico de risco, mas o pedido foi
perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no indeferido.”
futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos,
acompanha o verbo ver. (D) “A polícia interviu nos confrontos entre adeptos
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; ingleses, russos e franceses‟, disse o chefe local da polícia, que
provesse, provesses, provesse etc. teve de dispersar os apoiantes das duas seleções e cidadãos
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, franceses pelo terceiro dia consecutivo.”
proverás, proverá etc. (E) “A cada dois meses acumulados, ele sugere que
investidor se presentei com algo que deseja, para se sentir
17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, motivado a manter a reserva.”
colorir, ressarcir, demolir, acontecer, doer são verbos
defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior, 03. Leia o trecho:
no item sobre a classificação dos verbos. Ex.: Reaver, no Toda a gente dormia com a mulher do Jaqueira. Era só
presente do indicativo: reavemos, reaveis. empurrar a porta. Se a mulher não abria logo, Jaqueira ia abrir,
bocejando e ameaçando:
Questões
- Um dia eu mato um peste.
01. (FAPERP - Agente Administrativo - SeMAE) Matou. Escondeu-se por detrás de um pau e descarregou a
lazarina bem no coração do freguês.
HÁBITOS SAUDÁVEIS E QUALIDADE DE VIDA17 (Graciliano Ramos, São Bernardo)

Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida, é A forma verbal grifada:
fundamental a busca de hábitos saudáveis. Esses, não devem ser (A) está no pretérito, indicando uma ação durativa ou
feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda repetitiva que começa num passado mais ou menos distante e
vida). A adoção desses hábitos saudáveis tem por objetivos a perdura ainda no momento da fala.
manutenção da saúde física e psicológica, aumentando a (B) está no futuro do pretérito, indicando uma ação
qualidade de vida. hipotética.
(C) está no presente, indicando que a ação se dará num
PRINCIPAIS HÁBITOS SAUDÁVEIS: tempo futuro.
(D) está no futuro, indicando que a ação se dará num futuro
- Alimentação balanceada, nutritiva e de acordo com as do presente.
necessidades de cada organismo; (E) está no presente, indicando uma ação momentânea ou
- Prática regular de atividades físicas; - Atividades ao ar livre pontual.
e contato com a natureza;
- Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas); 04. (IESES - Auxiliar em Administração - IFC-SC)
- Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e Assinale a alternativa correta quanto à flexão dos verbos.
construtivas; (A) Quando não disporem de tempo, precavenham-se,
- Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse; adiantando alguns de seus compromissos.
- Valorizar a convivência social positiva; (B)Se o governo propor mudanças e intervier em favor da
- Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, população, será possível melhorar sua imagem.
teatro etc.); (C) Ele reaviu seus pertences apreendidos pela polícia.
- Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar (D) Mesmo que as autoridades interviessem, perceber-se-
doenças ou problemas psicológicos. ia logo que o candidato não previra as consequências que
adviriam de sua conduta.
Os verbos “buscar”, “controlar”, “valorizar” e “estimular”,
presentes no texto, foram empregados no infinitivo. Observe Gabarito
as alternativas abaixo e assinale aquela que contiver a 1.D / 2.C / 3.C / 4.D
adequada análise da relação forma verbal / flexão de tempo e
modo.
(A) Buscaria: futuro do subjuntivo. 6.1 Emprego e valor
(B) Controlo: presente do imperativo. semântico de tempos, modos e
(C) Valorizou: pretérito mais-que-perfeito do indicativo. vozes verbais.
(D) Estimularemos: futuro do presente do indicativo.

02. (Pref. Itaquitinga/PE - Psicólogo - IDHTEC/2016) Caro(a) Candidato(a) assuntos como; emprego, valor e
Em qual dos trechos a seguir a flexão do verbo reflete um uso modos dos verbos já foram abordados em: 5. Uso e função
adequado da língua das diferentes classes gramaticais na construção de
(A) “Enquanto a campanha de vacinação contra o H1N1 sentido do texto escrito. Portanto iremos abordar de forma
não começa, especialistas recomendam que a população se separada Vozes Verbais
precavenha redobrando os cuidados com a higiene e evitando
aglomerações e o contato com muitas pessoas VOZES DOS VERBOS
(B) “Cinco pássaros receberam transmissores para
monitorar sua adaptação à vida selvagem e se obter Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação.

17 http://www.todabiologia.com/saude/habitos_saudaveis.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

São três as vozes verbais: a imprensa – Objeto Direto


Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
expressa pelo verbo. Ex.: A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
Ele fez o trabalho. A imprensa – Sujeito da Passiva
(ele - sujeito agente) (fez - ação) (o trabalho - objeto por Gutenberg – Agente da Passiva18
paciente)
Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação - Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
expressa pelo verbo. Ex.: sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo
O trabalho foi feito por ele. assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
(O trabalho - sujeito paciente) (foi feito - ação) (por ele - Exemplos:
agente da passiva) Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva: Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva, mestres.
quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Ex.: Eu o acompanharei.
- Carla machucou-se. Ele será acompanhado por mim.
- Marcos cortou-se com a faca.
- Roberto matou-se. - Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
b) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva haverá complemento agente na passiva: Prejudicaram-me; Fui
recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um prejudicado.
pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o
primeiro. Ex.: - Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos,
- Paula e Renato amam-se. são chamados neutros: O vinho é bom; Aqui chove muito.
- Os jovens agrediram-se durante a festa.
- Os ônibus chocaram-se violentamente. - Há formas passivas com sentido ativo:
É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
Formação da Voz Passiva Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
A voz passiva pode ser formada por dois processos:
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido
Voz Passiva Analítica: constrói-se da seguinte maneira passivo:
(Verbo Ser + particípio do verbo principal). Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Ex.: A escola será pintada / O trabalho é feito por ele. Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
O agente da passiva geralmente é acompanhado da
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a - Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido
preposição de. Ex.: A casa ficou cercada de soldados. cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja sujeito é paciente.
explícito na frase. Ex.: A exposição será aberta amanhã. Chamo-me Luís.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar Ser, pois Batizei-me na Igreja do Carmo.
o particípio é invariável. Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe.
Observe a transformação das frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) Questões
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do 01. (Copebrás/PE - Analista Administrador - FCC)
indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) A velhinha contrabandista
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois
Nas frases com locuções verbais, o verbo Ser assume o países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe revistada pelos guardas da fronteira, à procura de
a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era
folhas. (gerúndio); As folhas iam sendo levadas pelo vento. contrabandista, mas revistavam a velhinha, revistavam a sua
(gerúndio) bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa:
É menos frequente a construção da voz passiva analítica nada. Até que um dia um dos guardas decidiu seguir a velhinha,
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela
auxiliares: A moça ficou marcada pela doença. contrabandeava e, principalmente, como. E seguiu a velhinha
até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas.
Voz Passiva Sintética: a voz passiva sintética ou Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo
pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal
pronome apassivador “se”: Abriram-se as inscrições para o aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de
concurso; Destruiu-se o velho prédio da escola. O agente não aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a
costuma vir expresso na voz passiva sintética. percepção do todo, ou que o hábito de só pensar o óbvio é a
pior forma de distração.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva (VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva,
2008, p. 41)
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
substancialmente o sentido da frase.
Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos
guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como
Gutenberg inventou a imprensa. (Voz Ativa)
contrabandista, as formas verbais resultantes deverão
Gutenberg – sujeito da Ativa
ser

18 CEGALA, Domingos. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) era seguida − fosse flagrada Coletados entre os anos de 2004 e 2008 (com participantes
(B) tinha seguido − vir a flagrá-la acompanhados por 8 ou 9 anos depois disso), os dados usados
(C) tinha sido seguida − se flagrasse eram de mais de 500 mil pessoas que residem em diferentes
(D) estava seguindo − se tivesse flagrado regiões da China e têm idades entre 30 e 79 anos. Dessa base,
(E) teria seguido − tivesse sido flagrada 13,1% dos participantes disseram consumir cerca de um ovo
por dia (0,76), enquanto 9,1% afirmaram nunca ou quase
02. (ELETROBRÁS - Técnico de Segurança do Trabalho nunca comer o alimento (0,29 ovo por dia).
- FCC) A conclusão dos pesquisadores foi de que o consumo
moderado de ovos, um por dia, em média, apresentou um nível
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo significativamente mais baixo de desenvolvimento de doenças
movido a energia solar cardiovasculares, sem que a ingestão do alimento
apresentasse efeitos que coloquem a saúde em risco.
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é No estudo, o alimento reduziu em 26% o risco de
extremo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi hemorragia cerebral e em 28% o risco de morte por essa
exatamente por causa da temperatura que foi construída em condição. Já o risco de morte por doença cardiovascular foi
Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo. diminuído em 18% devido ao consumo do ovo. No caso de
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes pessoas que comem, em média, 5 ovos por semana, o risco de
energéticas renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles doença cardíaca isquêmica foi reduzido em 12%, em relação
têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem às pessoas que afirmaram consumir ovos raramente.
é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro. (Texto adaptado. Disponível em: exame.abril.com.br)
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que Unidos e da China... (2o parágrafo)
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As
ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no A frase indicada acima fica com a forma verbal correta na
outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes voz ativa correspondente em:
isolam o calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar (A) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China realizam
corredores de brisa. a análise.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a (B) Foi pesquisadores dos Estados Unidos e da China que
energia solar”. Disponível em: realizaram a análise.
http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
(C) É que pesquisadores dos Estados Unidos e da China
realizaram a análise.
Os revestimentos das paredes isolam o calor. (3º (D) Realizou-se a análise pesquisadores dos Estados
parágrafo) Unidos e da China.
(E) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China
Essa oração está corretamente reescrita na voz passiva em: realizaram a análise.
(A) Isola o calor os revestimentos das paredes.
(B) O calor é isolado pelos revestimentos das paredes. Gabarito
(C) Isolam-se o calor ao ser revestido as paredes.
(D) O calor é que isola os revestimentos das paredes. 01.A / 02.B / 03.D / 04.A / 05.E
(E) Os revestimentos das paredes são isolado do calor.

03. (Pref. Caucaia/CE - Agente de Suporte a 6.2 Concordância verbal.


Fiscalização - CETREDE) O período “Fazem-se unhas” é
sintaticamente igual a
(A) faz-se unhas.
(B) precisa-se de empregados. CONCORDÂNCIA VERBAL
(C) trabalha-se muito.
(D) compram-se livros. Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
(E) unhas são feitas. referindo à relação de dependência estabelecida entre um
termo e outro mediante um contexto oracional.
04. (Pref. Carpina - Assistente Administrativo -
CONPASS) Identifique a alternativa que apresenta o verbo na Casos Referentes a Sujeito Simples
voz reflexiva: 1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em
(A) Os pais contemplam-se nos filhos. número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
(B) Desejo comprar um livro.
(C) As cidades serão enfeitadas. 2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do
(D) Abrir-se-ão novas escolas. singular, o verbo permanece na terceira pessoa do
(E) As despesas foram pagas por mim. singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de
05. (TRT 2ª Região/SP - Técnico Judiciário - FCC/2018) adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular
Comer um ovo por dia pode ajudar a evitar problemas ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos
cardíacos comuns, de acordo com um novo estudo científico gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
publicado no jornal Heart.
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados 3) Quando o sujeito é representado por expressões
Unidos e da China, que avaliaram a existência de uma relação partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a
entre o consumo de ovos e o menor risco de desenvolvimento metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode
de problemas coronários, problemas cardiovasculares, doença concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o
arterial coronariana, acidentes vasculares cerebrais substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar.
isquêmicos ou hemorrágicos. / A maioria dos alunos resolveram ficar.

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APOSTILAS OPÇÃO

4) No caso de o sujeito ser representado por expressões Cubas é uma criação de Machado de Assis.
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas. mundial.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele
5) Em casos em que o sujeito é representado pela nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais é uma potência mundial.
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
Observação: no caso da referida expressão aparecer Casos Referentes a Sujeito Composto
repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha relacionado a dois pressupostos básicos:
de doação de alimentos. / Mais de um formando se - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
abraçaram durante as solenidades de formatura. demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na
6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos.
verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais
trabalhar. 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer
anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai
7) Quanto aos relativos à concordância com locuções e seus dois filhos compareceram ao evento.
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao
nos atermos a duas questões básicas: verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
concordar com o pronome pessoal: Alguns
de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
de nós o receberá. mundo.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
singular ou poderá concordar com o antecedente desse poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu
Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é
fruto de meu esforço.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que Questões
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. 01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
alternativa?
10) No caso de o sujeito aparecer representado por (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa China, em breve, o ultrapassará.
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
Observações: (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de comê-las sem receio!
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. janela do hotel!
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no
singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da 02. Uma pergunta
diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e
11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira decisão: - Quem sofrerá?
pessoa do singular ou do plural: Vossas Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a
Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu se considerar.
com inteligência. (Salvador Nicola, inédito)

12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
que os determinam: (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás o peso de suas mais graves decisões.

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) Respostas


tomar decisões sem medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... 01.C / 02.C / 03.E / 04.C
(costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor 7. Flexão e concordância
humana.
nominal.
03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando
a constatação do satélite Kepler de que existem muitos
planetas com características físicas semelhantes ao nosso, FLEXÃO NOMINAL
reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que
a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Flexão de número
Universo. Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral,
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo admitem a flexão de número: singular e plural.
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida Ex.: animal – animais.
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Palavras Simples
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, 1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S.
o que, se não permite estimar o número de civilizações extra Ex.: ponte – pontes / bonito – bonitos.
terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas
expectativas. 2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES.
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da Ex.: éter – éteres / avestruz – avestruzes.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos Observação: o pronome qualquer faz o plural no meio:
complexos leva necessariamente à consciência e à quaisquer.
inteligência?
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais 3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES.
matemático do que biológico: complexidade engendra Ex.: ananás – ananases.
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre Observação: as paroxítonas e as proparoxítonas são
espécies cujo subproduto é a inteligência. invariáveis. Ex.: o pires − os pires / o ônibus − os ônibus.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e 4) Palavras terminadas em IL:
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade a) átono: trocam IL por EIS. Ex.: fóssil – fósseis.
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se b) tônico: trocam L por S. Ex.: funil – funis.
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes 5) Palavras terminadas em EL:
as chances de não chegarmos a nada parecido com a a) átono: plural em EIS. Ex.: nível – níveis.
inteligência. b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: carretel – carretéis.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.)
6) Palavras terminadas em X são invariáveis.
Ex.: o clímax − os clímax.
A frase em que as regras de concordância estão
plenamente respeitadas é: 7) Há palavras cuja sílaba tônica avança.
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, Ex.: júnior – juniores / caráter – caracteres.
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos Observação: a palavra caracteres é plural tanto de
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. caractere quanto de caráter.
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na
natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se 8) Palavras terminadas em ÃO, ÃOS, ÃES e ÕES.
valerem de criatividade e planejamento. Fazem o plural, por isso veja alguns muito importantes:
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões.
energia por meio de alimentos, os organismos simples podem b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos.
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio Observação: os paroxítonos, como os dois últimos,
de dificuldades para obter a energia necessária a sua sempre fazem o plural em ÃOS.
sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães.
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos,
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. anões/anãos
e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães,
04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, guardiões/guardiães, cirugiões/cirurgiães.
a concordância verbal está correta em: f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães,
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois ermitões/ermitãos/ermitães.
acabou os créditos.
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis 9) Plural dos diminutivos com a letra Z
que executa diversos serviços para os clientes. Coloca-se a palavra no plural, corta-se o S e acrescenta-se
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis zinhos (ou zinhas). Exemplo:
para os passageiros que chegavam à cidade. Coraçãozinho → corações → coraçõe → coraçõezinhos.
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas Azulzinha → azuis → azui → azuizinhas.
lembranças que seu tio lhe deixou.
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de
táxi para bater um papo com o motorista.

Língua Portuguesa 63
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APOSTILAS OPÇÃO

10) Plural com metafonia (ô → ó) Observações:


Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre - Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma
da vogal o; outras, não. Veja a seguir. alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais.
- Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois
Com metafonia singular (ô) e plural (ó) no plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas.
coro - coros
corvo - corvos 4) Quando nenhum elemento varia.
destroço - destroços - Quando há verbo mais palavra invariável. Ex.: o cola-tudo
forno - fornos − os cola-tudo.
fosso - fossos - Quando há dois verbos de sentido oposto. Ex.: o perde-
poço - poços ganha − os perde-ganha.
rogo - rogos - Nas frases substantivas (frases que se transformam em
substantivos). Ex.: O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-
Sem metafonia singular (ô) e plural (ô) com-as-outras.
adorno - adornos
bolso - bolsos Observações:
endosso - endossos - São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha,
esgoto - esgotos sem-teto e sem-terra.
estojo - estojos Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
gosto - gostos
- Admitem mais de um plural:
11) Casos especiais: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
aval − avales e avais padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos
cal − cales e cais terra-nova − terras-novas ou terra-novas
cós − coses e cós salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos
fel − feles e féis xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate
mal e cônsul − males e cônsules
- Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras.
Palavras Compostas o bem-me-quer − os bem-me-queres
Quanto a variação das palavras compostas: o joão-ninguém − os joões-ninguém
o lugar-tenente − os lugar-tenentes
1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos o mapa-múndi − os mapas-múndi
são formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo,
substantivo, numeral, pronome). Ex.: Flexão de gênero
amor-perfeito − amores-perfeitos
couve-flor − couves-flores Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase
segunda-feira − segundas-feiras admitem a flexão de gênero: masculino e feminino. Ex.:
Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário.
2) Variação só do primeiro elemento: neste caso quando Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
há preposição no composto, mesmo que oculto. Ex.: A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
pé-de-moleque − pés-de-moleque
cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor) 1) Com a troca de o ou e por a. Ex.: lobo – loba / mestre –
mestra.
3) A palavra também irá variar quando o segundo
substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.: 2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero,
banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã) muitas vezes com alterações do radical. Veja alguns femininos
navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola) importantes:
ateu − ateia
Observações: bispo − episcopisa
- Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos, conde − condessa
porém é uma situação polêmica. duque − duquesa
Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas. frade − freira
ilhéu − ilhoa
- Quando apenas o último elemento varia: judeu − judia
a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano- marajá − marani
americano − hispano-americanos. monje − monja
Observação: a exceção é surdo-mudo, em que os dois pigmeu − pigmeia
adjetivos se flexionam: surdos-mudos.
b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO, Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou
GRÃ e BEL. Ex.: grão-duque − grão-duques / grã-cruz − grã- seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. E
cruzes / bel-prazer − bel-prazeres. podem ser divididos em:
c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo
elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais designar os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a testemunha.
substantivo ou adjetivo. Ex.: arranha-céu − arranha-céus / b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos,
sempre-viva − sempre-vivas / super-homem − super-homens. podendo então ser masculinos ou femininos. Ex.: o estudante
d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos − a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota.
(representam sons). Ex.: reco-reco − reco-recos / pingue- c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os
pongue − pingue-pongues / bem-te-vi − bem-te-vis. animais. Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Observações: comparativo de superioridade.)


- O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é Ele é o pior do grupo. (pior - mais mau = superlativo
correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. relativo de superioridade.)
- Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado
epiceno. É algo discutível. c) Alguns superlativos absolutos sintéticos também podem
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas apresentar dúvidas.
costumam trocar. Veja alguns que convém gravar. acre − acérrimo
Masculinos - Femininos amargo − amaríssimo
champanha - aguardente amigo − amicíssimo
dó - alface antigo − antiquíssimo
eclipse - cal cruel − crudelíssimo
formicida - cataplasma doce − dulcíssimo
grama (peso) - grafite fácil − facílimo
milhar - libido feroz − ferocíssimo
plasma - omoplata fiel − fidelíssimo
soprano - musse geral − generalíssimo
suéter - preá humilde − humílimo
telefonema magro − macérrimo
negro − nigérrimo
- Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.: pobre − paupérrimo
diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc. sagrado − sacratíssimo
sério − seriíssimo
Flexão de grau soberbo – superbíssimo

Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre Questões


os processos de flexão.
01. (Pref. Fortaleza/CE - Educação Física - 2016) Com
Grau do substantivo base nas regras de flexão nominal e flexão verbal e com base
1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.: no aspecto semântico (o sentido das palavras e da
chapéu. interpretação dos enunciados de acordo com o contexto),
observe o seguinte excerto:
2) Aumentativo:
a) Sintético: chapelão; “Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina”.
b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc.
Aponte a alternativa em que todas as palavras desse
3) Diminutivo: excerto foram corretamente flexionadas apenas em número,
a) Sintético: chapeuzinho; de acordo com o contexto.
b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc. (A) Nós nunca nos esqueceremos de histórias daquelas
Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; outras meninas.
analítico, por meio de outras palavras. (B) Nós nunca nos esquecemos das histórias daquelas outras
meninas.
Grau do adjetivo (C) Nós nunca nos esquecíamos da história daquelas outras
1) Normal ou positivo: João é forte. meninas.
(D) Nós nunca nos esquecemos das histórias daquela outra
2) Comparativo: menina.
a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do
que); 02. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como
b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do órfão e mata-burro, respectivamente:
que); (A) cristão / guarda-roupa
c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como); (B) questão / abaixo-assinado
(C) alemão / beija-flor
3) Superlativo: (D) tabelião / sexta-feira
a) Absoluto (E) cidadão / salário-família
Sintético: João é fortíssimo.
Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais 03. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão
etc.) do nome composto:
(A) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) Relativo: (B) tico-ticos, salários-família, obras-primas
De superioridade: João é o mais forte da turma. (C) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas
De inferioridade: João é o menos forte da turma. (D) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
(E) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças
Observações:
a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento 04. (INSTITUTO AOCP - Assistente Administrativo –
do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo EBSERH) Assinale a alternativa cujas palavras em destaque
ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, aceitam flexão de número e gênero.
demasiadamente, enorme etc. (A) “E, ainda, aumenta a capacidade sanguínea e faz bem
ao coração, combate a depressão e, o melhor, é democrática,
b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem aceita pessoas de todas as idades e raças.”.
sempre graus de superioridade. Ex.: (B) “Entre os mais comuns estão samba, bolero, forró,
O carro é menor que o ônibus. (menor - mais pequeno = zouk, salsa, lindy hop, tango, valsa e muito mais’. Ele revela

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APOSTILAS OPÇÃO

que, apesar de sempre ser um desejo feminino, os homens e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
estão cada vez mais presentes.”. Concordam com o substantivo a que se referem.
(C) “A dança tem diferentes linguagens e provoca efeitos e As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa.
sensações diversas. Sem se ater ao profissional, ela tem o
poder de aproximar as pessoas, provocar romances, estimular f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
o cérebro, tonificar [...]”. Após essas expressões o substantivo fica sempre no
(D) “O bailarino, coreógrafo e professor Welbert de Melo singular e o adjetivo no plural.
Nascimento, formado em pedagogia do movimento para o Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e
ensino da dança pela UFMG, diz que a dança é sociocultural, noutra bandeja rasas o peixe.
fundamental em um mundo cada vez mais individualista e de
isolamento diante da tecnologia e da internet.”. g) É bom, é necessario, é proibido
(E) “No antigo Egito, ela homenageava o deus Osíris. Na Essas expressões não variam se o sujeito não vier
Grécia, fazia parte dos Jogos Olímpicos. Na era atual, ela existe precedido de artigo ou outro determinante.
como manifestação artística [...]”. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
Gabarito é proibida.

01.B / 02.A / 03.E / 04. D h) Muito, pouco, caro


1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é
suficiente para mim.
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
demais termos da oração para que concordem em gênero e 2- Como advérbios: são invariáveis.
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos a batalha.
também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
i) Mesmo, bastante
Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome 1- Como advérbios: invariáveis
concordam em gênero e número com o substantivo. Preciso mesmo da sua ajuda.
A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
era muito gentil e simpático.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
geral mostrada acima. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

a) Um adjetivo após vários substantivos j) Menos, alerta


1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o Em todas as ocasiões são invariáveis.
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta
Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão para com suas chamadas.
e primo recém-chegados estiveram aqui.
k) Tal Qual
2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
plural masculino ou concorda com o substantivo mais consequente.
próximo. As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram
Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura. fantasiados tais quais os filhos.

3- Adjetivo funciona como predicativo: vai l) Possível


obrigatoriamente para o plural. Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou
O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
esposa estiveram hospedados aqui. A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais cidade.
próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta m) Meio
e suco. 1- Como advérbio: invariável.
2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: Estou meio (um pouco) insegura.
concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os 2- Como numeral: segue a regra geral.
filhos. Comi meia (metade) laranja pela manhã.

c) Um substantivo e mais de um adjetivo n) Só


1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava 1- apenas, somente (advérbio): invariável.
fluentemente a língua inglesa e a espanhola. Só consegui comprar uma passagem.
2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as
línguas inglesa e espanhola. 2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
d) Pronomes de tratamento
Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade
esteve no Brasil.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões
8. Regência nominal e
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou
nominal:
verbal.
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
(C) Alguma solução é necessária, e logo!
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a Regência Verbal
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
não pode prosperar. A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
obter certa autonomia econômica. capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
conhecermos as diversas significações que um verbo pode
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de assumir com a simples mudança ou retirada de uma
gênero, número ou pessoa): preposição.
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer Observe:
a diferença.” A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar,
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil. contentar.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. ou prazer", satisfazer.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
longe... Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais "agradar a alguém".
compreensivo.
Saiba que:
03. A concordância nominal está INCORRETA em: O conhecimento do uso adequado das preposições é um
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
envolvimento da empresa. também nominal). As preposições são capazes de modificar
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
desnecessária. exemplos:
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da Cheguei ao metrô.
empresa e a campanha. Cheguei no metrô.
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
desnecessárias. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração
04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o
parênteses. lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua,
(A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem
necessária) divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
(B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas) verbos, e a regência culta.
(C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
bastantes) Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de
(D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios) acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é
(E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino. um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
(meio/ meia) formas em frases distintas.

05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em: Verbos Intransitivos


(A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos. Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
o assunto. aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
(C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e a) Chegar, Ir;
criança viciadas. Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais
(D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
parentes. indicar destino ou direção são: a, para.
Fui ao teatro.
Respostas Adjunto Adverbial de Lugar
01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c)
bastantes d) vazia e) meio / 05. C Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar

b) Comparecer;
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido
por em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último
jogo.

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Verbos Transitivos Diretos Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


Os verbos transitivos diretos são complementados por Os verbos transitivos diretos e indiretos são
objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses destaque, nesse grupo:
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem Agradecer, Perdoar e Pagar
assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais São verbos que apresentam objeto direto
terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, Veja os exemplos:
quando complementos verbais, objetos indiretos. Agradeço aos ouvintes a audiência.
São verbos transitivos diretos: abandonar, abençoar, Objeto Indireto Objeto Direto
aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar,
alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.
condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, Objeto Direto Objeto Indireto
estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, Paguei o débito ao cobrador.
proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar, dentre Objeto Direto Objeto Indireto
outros.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
o verbo amar: particular cuidado. Observe:
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Amo aquela moça. / Amo-a. Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
adnominais). Informar
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
Verbos Transitivos Indiretos preços)
Os verbos transitivos indiretos são complementados por
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma - Na utilização de pronomes como complementos, veja as
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os construções:
pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, eles)
as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com
os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os
pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Comparar
a) Consistir - tem complemento introduzido pela Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
preposição "em". preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para indireto.
todos. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
criança.
b) Obedecer e Desobedecer - possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "a". Pedir
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
Eles desobedeceram às leis do trânsito. forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
pessoa.
c) Responder - tem complemento introduzido pela Pedi-lhe favores.
preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a Objeto Indireto Objeto Direto
quem" ou "ao que" se responde.
Respondi ao meu patrão. Pedi-lhe que mantivesse em silêncio.
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Respondemos às perguntas. Objetiva Direta
Respondeu-lhe à altura.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto Saiba que:
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva 1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem
analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. / cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. entanto, é considerada correta quando a
palavra licença estiver subentendida.
d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos
introduzidos pela preposição "com". Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma
para uma minoria privilegiada. oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo
(para ir entregar-lhe os catálogos em casa).

Língua Portuguesa 68
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APOSTILAS OPÇÃO

2) A construção "dizer para", também muito usada Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-
popularmente, é igualmente considerada incorreta. la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
Preferir - Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere
indireto introduzido pela preposição "a". Por Exemplo: predicativo preposicionado ou não.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. A torcida chamou o jogador mercenário.
Prefiro trem a ônibus. A torcida chamou ao jogador mercenário.
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado A torcida chamou o jogador de mercenário.
sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, A torcida chamou ao jogador de mercenário.
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo
existente no próprio verbo (pre). Custar
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
Mudança de Transitividade versus Mudança de ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Significado Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Há verbos que, de acordo com a mudança de - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
transitividade, apresentam mudança de significado. O transitivo indireto.
conhecimento das diferentes regências desses verbos é um
recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a Muito custa viver tão longe da família.
correta interpretação de passagens escritas, oferece Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Intransitivo Reduzida de Infinitivo
possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
principais, estão:
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela
Agradar atitude.
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva -
- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, Subjetiva Reduzida de Infinitivo
acariciar.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
quando o revê. atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. Custei para entender o problema.
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado Forma correta: Custou-me entender o problema.
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido
pela preposição "a". Implicar
O cantor não agradou aos presentes. - Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
O cantor não lhes agradou. a) dar a entender, fazer supor, pressupor
Suas atitudes implicavam um firme propósito.
Aspirar b) Ter como consequência, trazer como consequência,
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar acarretar, provocar
(o ar), inalar. Liberdade de escolha implica amadurecimento político de
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) um povo.
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter
como ambição. - Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a envolver
elas) Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" não é Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas indireto e rege com preposição "com".
"lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
o exemplo:
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) Proceder
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
Assistir cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de
assistência a, auxiliar. Por Exemplo: adjunto adverbial de modo.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. As afirmações da testemunha procediam, não havia como
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. refutá-las.
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, Você procede muito mal.
presenciar, estar presente, caber, pertencer. - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a
preposição" de") e fazer, executar (rege complemento
Exemplos: introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto.
Assistimos ao documentário. O avião procede de Maceió.
Não assisti às últimas sessões. Procedeu-se aos exames.
Essa lei assiste ao inquilino. O delegado procederá ao inquérito.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de Querer
lugar introduzido pela preposição "em". - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
Assistimos numa conturbada cidade. vontade de, cobiçar.
Querem melhor atendimento.
Chamar Queremos um país melhor.
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, - Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
solicitar a atenção ou a presença de. estimar, amar.

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APOSTILAS OPÇÃO

Quero muito aos meus amigos. Análogo a


Ele quer bem à linda menina. Fácil de
Despede-se o filho que muito lhe quer. Preferível a
Ansioso de, para, por
Visar Fanático por
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, Prejudicial a
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Apto a, para
O homem visou o alvo. Favorável a
O gerente não quis visar o cheque. Prestes a
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Ávido de
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a". Generoso com
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Propício a
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar Benéfico a
público. Grato a, por
Próximo a
Regência Nominal Capaz de, para
Hábil em
É o nome da relação existente entre Relacionado com
um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos Compatível com
regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada Habituado a
por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso Relativo a
levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o Contemporâneo a, de
mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime Idêntico a
de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos Satisfeito com, de, em, por
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os Contíguo a
nomes correspondentes: todos regem complementos Impróprio para
introduzidos pela preposição "a". Veja: Semelhante a
Obedecer a algo/ a alguém. Contrário a
Obediente a algo/ a alguém. Indeciso em
Sensível a
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da Curioso de, por
preposição ou preposições que os regem. Observe-os Insensível a
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses Sito em
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Descontente com
Liberal com
Substantivos Suspeito de
Admiração a, por Desejoso de
Devoção a, para, com, por Natural de
Medo a, de Vazio de
Aversão a, para, por
Doutor em Advérbios
Obediência a - Longe de;
Atentado a, contra - Perto de.
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir
Bacharel em o regime dos adjetivos de que são formados: paralela à;
Horror a paralelamente a; relativa a; relativamente a.19
Proeminência sobre
Capacidade de, para Questões
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por 01. (Administrador - FCC)
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
Adjetivos ciências ...
Acessível a O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
Diferente de grifado acima está empregado em:
Necessário a (A) ...astros que ficam tão distantes...
Acostumado a, com (B) ...que a astronomia é uma das ciências...
Entendido em (C) ...que nos proporcionou um espírito...
Nocivo a (D) ...cuja importância ninguém ignora...
Afável com, para com (E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro...
Equivalente a
Paralelo a 02. (Agente de Apoio Administrativo - FCC)
Agradável a ...pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos
Escasso de do sueco.
Parco em, de O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de
Alheio a, de complementos que o grifado acima está empregado em:
Essencial a, para (A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO...
Passível de (B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?

19 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
(D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro... seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
(E) O delegado apenas olhou-a espantado com o notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
atrevimento. outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
03. (Agente de Defensoria Pública - FCC) rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
desiguais... exemplo!, do que em outros.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
grifado acima está empregado em: rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
(A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
extremos de sutileza. exemplo, do que em outros.
(B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
troncos mais robustos. rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
(C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
não raro, quem... exemplo - do que em outros.
(D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
serra de Tunuí... seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
(E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
gentio, mestre e colaborador... outros.

04. (Agente Técnico - FCC) 07. (Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a


... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
frase acima se encontra em: responsabilidade pelo problema.
(A) A palavra direito, em português, vem de directum, do (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se
verbo latino dirigere... perdido.
(B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
sociedades... um índio na porta do prédio.
(C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
justiça. perdido de sua família.
(D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações (E) A família toda se organizou para realizar a procura à
da justiça... garotinha.
(E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
sentimento de justiça. 08. (Analista de Sistemas - VUNESP) Assinale a
alternativa que completa, correta e respectivamente, as
05. Leia a tira a seguir. lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a
mídia pode exercer sobre os jovens.
(A) dos … na
(B) nos … entre a
(C) aos … para a
(D) sobre os … pela
(E) pelos … sob a

09. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças


Públicas - VUNESP) Considerando a norma-padrão da língua,
assinale a alternativa em que os trechos destacados estão
corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
dez mil tomadas.
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar
logotipos e negociar.
Considerando as regras de regência da norma-padrão da
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de
língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
tomadas do edifício.
corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em:
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor
(A) Ter amigos ajuda contra o combate pela depressão.
reparasse a um prédio na marginal.
(B) Ter amigos ajuda o combate sob a depressão.
(C) Ter amigos ajuda do combate com a depressão.
10. (Assistente de Informática II - VUNESP) Assinale a
(D) Ter amigos ajuda ao combate na depressão.
alternativa que substitui a expressão destacada na frase,
(E) Ter amigos ajuda no combate à depressão.
conforme as regras de regência da norma-padrão da língua e
sem alteração de sentido.
06. (Escrevente TJ SP - VUNESP) Assinale a alternativa
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de
direitos dos trabalhadores domésticos.
junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à
(A) da
pontuação.

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APOSTILAS OPÇÃO

(B) na Atenção: Algumas frases só podem ser entendidas quando


(C) pela compreendemos o contexto em que são empregadas, como por
(D) sob a exemplo em frases que contém ironia, sarcasmo, deboche e
E) sobre a escárnio. Pois estas as vezes acabam expressando o contrário
do que aparentemente se diz.
Respostas
1.D / 2.D / 3.A / 4.A / 5.E / 6.D / 7.A / 8.C / 9.A / 10.C Questões

01. Marque apenas as frases nominais:


9. Relações de sentido entre (A) Que voz estranha!
(B) A lanterna produzia boa claridade.
orações, frases e segmentos de (C) As risadas não eram normais.
texto. 9.1 Valor semântico das (D) Luisinho, não!
conjunções coordenativas.
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
exclamativa, optativa ou imperativa.
(A) Você está bem?
Frase (B) Não olhe; não olhe, Luisinho!
(C) Que alívio!
É todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer (D) Tomara que Luisinho não fique impressionado!
comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação, (E) Você se machucou?
estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou (F) A luz jorrou na caverna.
exteriorizar emoções20. São exemplos de frases21: (G) Agora suma, seu monstro!
(H) O túnel ficava cada vez mais escuro.
“Por favor!”
“Bom dia, tudo bem com você?” 03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
modelo:
Os sinais de pontuação são as pausas especiais nas frases, Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
e quando ocorre a inversão do sujeito + predicado, a sua Lusinho, fique para trás. (imperativa)
compreensão depende do contexto.
(A) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos.
Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o (B) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
verbo ou seja frases constituídas apenas por nomes, (C) Os meninos olharam à sua volta.
substantivo, adjetivo e pronome.
Exemplo: Cada louco com sua mania. 04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm
verbos. Assinale, pois, as frases verbais:
Tipos de Frases (A) Deus te guarde!
Declarativas: anuncia algo de forma afirmativa ou (B) As risadas não eram normais.
negativa, ou juízo acerca de alguma coisa ou alguém: (C) Que ideia absurda!
Pedro estuda muito. (afirmativa) (D) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
Jamais comprarei aquele carro. (negativa) (E) Tão preta como o túnel!
(F) Quem bom!
Interrogativas: pergunta alguma coisa (com ponto de (G) As ovelhas são mansas e pacientes.
interrogação) ou de forma indireta (sem o ponto de (H) Que espírito irônico e livre!
interrogação).
Por que quebraste o vidro? Respostas
Gostaria de comprar uma casa.
01. “a” e “d”
Imperativas: expressa uma ordem, pedido, pode ser
afirmativa ou negativa. 02. a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d)
“Silêncio! Respeite o professor.” (afirmativa) optativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h)
Não faça loucuras. (negativa) declarativa

Exclamativas: expressa uma admiração, surpresa, 03. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
arrependimento e etc. procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
Como ela é inteligente!
Não acertaram mais! 04. a = guarde / b = eram / d = quebrou / g = são

Optativas: exprimir um desejo. Oração


Deus te acompanhe!
Que você consiga passar no concurso. É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há,
necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma
Imprecativas: uma imprecação (lançar uma praga, frase (ou segmento de frase), várias frases ou um período,
maldição). completando um pensamento e concluindo o enunciado
Não conseguindo atingir seu intento, dirigiu maldições através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns
contra seu desafeto. casos, através de reticências.
Maldito seja quem encontrar você. Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
elípticos - ocultos).

20 OTHON, Garcia, Comunicação em Prosa Moderna. FGV.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, determinado.


assim não podem ser analisadas sintaticamente frases como: sujeito: inexistente.

Socorro! O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma


Com licença! nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse
Que rapaz impertinente! nome se refere a objetos da primeira e segunda pessoa, o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto
Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como (eu, tu, ele, etc.).
partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua
as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração representação pode ser feita através de um substantivo, de um
desempenha uma função sintática. pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras,
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.
Os termos da oração na língua portuguesa são classificados Exemplos:
em três grandes níveis:
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. Eu acompanho você até o guichê.
- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa.
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e
Agente da Passiva). Vocês disseram alguma coisa?
- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa (tu)
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
Termos Essenciais da Oração Marcos: sujeito = substantivo próprio.
Dois termos fundamentais da oração: sujeito e predicado.
Ninguém entra na sala agora.
Sujeito Predicado ninguém: sujeito = pronome substantivo.
Felicidade é estar satisfeito.
O andar deve ser uma atividade diária.
Os jovens compraram os
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa
doces.
oração.
Um carro tombou nas ruas.
forte
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que
oração substantiva subjetiva:
pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma
coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto
É difícil optar por esse ou aquele doce...
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto
É difícil: oração principal.
estilístico (o tópico da sentença).
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva
Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática,
subjetiva.
vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na
sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do
O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
predicado.
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um
verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um
O sino era grande.
nome. 22Tendo assim por características básicas:
Ela tem uma educação fina.
- Estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
- Apresentar-se como elemento determinante em relação
ao predicado;
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
- Constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. Exemplo:
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas,
etc.). Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham
O banco está interditado hoje.
uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
está interditado hoje: predicado nominal.
interditado: nome adjetivo = núcleo do predicado.
Classificação dos Sujeitos
O banco: sujeito.
Simples - tem um só núcleo, no singular ou plural: O
Banco: núcleo do sujeito - nome masculino singular.
cachorro tem uma casinha linda.
Composto - apresenta mais de um núcleo: O garoto e a
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo
menina brincavam alegremente.
determinante, ao passo que o predicado é o termo
Expresso - está explícito, enunciado: Eu trabalharei
determinado. Essa posição de determinante do sujeito em
amanhã.
relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser
Oculto (ou elíptico) - está implícito, não está expresso,
possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas
funciona como algo que não está claro, porém, no texto está o
nunca uma sentença sem predicado. Exemplos:
significado dele: Trabalharei amanhã. (se deduz “eu” a partir
da desinência do verbo).
As formigas invadiram minha casa.
Agente - ação expressa pelo verbo da voz ativa: O garoto
as formigas: sujeito = termo determinante.
chutou a bola.
invadiram minha casa: predicado = termo determinado.
Paciente - recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo
passivo: A bola é chutada pelo menino. Construíram-se
Há formigas na minha casa.
açudes. (= Açudes foram construídos.)
há formigas na minha casa: predicado = termo

22 www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/sujeito

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APOSTILAS OPÇÃO

Agente e Paciente - quando o sujeito realiza a ação Victor era jogador.


expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe predicado: era jogador.
os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; núcleo do predicado: jogador = atributo do sujeito.
Regina trancou-se no quarto. tipo de predicado: nominal.
Indeterminado - quando não se indica o agente da ação
verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem A prefeitura comprou várias coisas na licitação.
atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a predicado: comprou várias coisas na licitação.
atropelou.); Come-se bem naquele restaurante (quem come).23 núcleo do predicado: comprou = nova informação sobre o
sujeito
Observações: tipo de predicado: verbal
- Não confunda sujeito indeterminado com sujeito oculto.
- Sujeito formado por pronome indefinido não é Os meninos jogavam bola contentes.
indeterminado, mas expresso: Ninguém lhe telefonou. predicado: jogavam bola contentes.
- Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o núcleos do predicado: jogavam = nova informação sobre o
verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente sujeito; contentes = atributo do sujeito.
já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com tipo de predicado: verbo-nominal.
admiração. “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a
moça”. Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo responsável também por definir os tipos de elementos que
ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho
O pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do basta para compor o predicado (verbo intransitivo).
sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos. Exemplos: Em outros casos é necessário um complemento que,
Aqui paga-se bem. juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre
Devagar se vai ao longe. o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo
Quando se é jovem, a vida é vigorosa. não interferem na tipologia do predicado.
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo,
- O verbo no infinitivo impessoal, ocorre a indeterminação quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por
do sujeito. Exemplo: É legal assistir a estes filmes clássicos. estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:

Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a “A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo
língua. Exemplo: Da casa próxima apareceu aquela moça. / É é depois de algozes)
difícil esta situação. “Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
Sem Sujeito - são enunciados através do predicado, o
verbo não é atribuído a nenhum sujeito. Construídas com Predicativo do sujeito - é o nome dado ao núcleo do
verbos impessoais na 3ª pessoa do singular: Havia gatos na predicado nominal, é atribuído uma qualidade ou
sala. / Choveu durante a festa. característica ao sujeito. Os verbos de ligação (ser, estar,
parecer, etc.) são a ligação entre o sujeito e o predicado.
São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir, Exemplo: A atriz é talentosa.
acontecer, realizar-se, decorrer). Sujeito – A atriz
Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. Verbo de ligação - é
Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, Predicativo - talentosa
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos.
Predicação verbal - tem como núcleo um verbo que
Predicado - é a soma de todos os termos da oração, exceto transmite ideia de ação, pode ser uma locução verbal (dois
o sujeito e o vocativo. É tudo o que se declara na oração verbos). Alguns verbos, por natureza, têm sentido completo,
referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre apresenta podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
um verbo.24 Exemplo: de predicação completa denominados intransitivos.
Exemplos: A planta nasceu. / Os meninos correm.
Victor conhece os amigos do rei.
sujeito: Victor = termo determinante. Outros verbos, que tem predicação incompleta (sentido
predicado: conhece os amigos do rei = termo determinado. incompleto) conhecido como transitivos (precisam de
complemento) Exemplos: Paulo comprou cinco pães. / A casa
No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, pertence ao Júlio.
quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração,
ou um verbo (ou locução verbal). Observe que, sem os seus complementos, os verbos
Predicado nominal - (seu núcleo significativo é um nome, “comprou” e “pertence” não transmitiriam informações
substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo completas, pois ainda fica a dúvida: Comprou o quê? Pertence
de ligação). a quem?
Predicado verbal - (seu núcleo é um verbo, seguido, ou
não, de complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num Os verbos de predicação completa denominam-se de
mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, intransitivos e os de predicação incompleta de transitivos.
ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos
predicado verbo-nominal (tem dois núcleos significativos: diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e
um verbo e um nome). Exemplos: indiretos (bitransitivos).

Além dos verbos transitivos e intransitivos, que encerram

23 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 24 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

uma noção definida ou conteúdo significativo, ainda existem Observações: Entre os verbos transitivos indiretos
os de ligação, verbos que entram na formação do predicado importa distinguir os que se constroem com os pronomes
nominal, relacionando o predicativo com o sujeito. objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a
preposição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe,
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: desagrada-lhe, desobedecem-lhe, etc.
Intransitivos: são os que não precisam de complemento, Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os
pois têm sentido completo. Exemplo: “Três contos bastavam, que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas lhe,
insistiu ele.” (Machado de Assis) lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de
preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele,
Observações: Os verbos intransitivos podem vir depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um
predicativo (qualidade, características). Exemplos: Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e
Fui cedo; Passeamos pela cidade; Cheguei atrasado; pouco mais, usados também como transitivos diretos.
Entrei em casa aborrecido. Exemplos:
João paga (perdoa, obedece) o médico.
As orações formadas com verbos intransitivos não podem O médico é pago (perdoado, obedecido) por João.
“transitar” (= passar) para a voz passiva. 25
Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir,
quando construídos com o objeto direto ou indireto. Exemplo: contentar-se, etc., que admitem mais de uma preposição, sem
mudança de sentido. Outros mudam de sentido com a troca da
“Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do preposição. Exemplos:
Nascimento) Trate de sua vida. (tratar=cuidar).
“Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar).
Jardim)
“Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de
Dias) significação conforme sejam usados como transitivos diretos
“Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo ou indiretos.
que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
Transitivos Diretos e Indiretos: utilizam com dois
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, objetos: um direto, outro indireto, ao mesmo tempo.
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, Exemplos:
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. A jornalista fornece informações para os concorrentes.
Oferecemos rosas a nossa amiga.
Transitivos Diretos: pedem um objeto direto, ou seja, Ceda o carro para sua mãe.
sempre um complemento sem preposição. Alguns verbos
deste grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, De Ligação: ligam ao sujeito o predicativo, uma palavra.
designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: Esses verbos, formam o predicado nominal. Exemplos:
Comprei um terreno e construí a casa. A casa é feia.
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de A carroça está torta.
Maricá) A menina anda (=está) alegre.
A vizinha parecia uma mulher virtuosa.
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o Observações: os verbos de ligação não servem apenas de
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
Consideramos a situação difícil. se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
Fernando trazia os documentos. exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
Em geral, os verbos transitivos diretos são usados na voz transitório. Exemplos:
passiva. Ele é doente. (aspecto permanente)
Podem receber como objeto direto, os pronomes o, a, os, Ele está doente. (aspecto transitório).
as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as. Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos
Podem ser construídos acidentalmente com preposição, a em frases como por exemplo: Era = existia) uma vez uma
qual lhes acrescenta novo sentido: arrancar da espada; puxar princesa.;
da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lápis; cumprir Eu não estava em casa. / Fiquei à sombra. / Anda com
com o dever; dificuldades. / Parece que vai chover.26
Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher,
avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar, Os verbos, relativamente à predicação, não fixos. Variam
desculpar, dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir, conforme apresentado na frase, a sua regência e sentido
imitar, levar, perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer, podem pertencer a outro grupo. Exemplos:
ter, unir, ver, etc. O homem anda. (intransitivo)
O homem anda triste. (de ligação)
Transitivos Indiretos: são os que reclamam um
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto. O cego não vê. (intransitivo)
Exemplos: O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma
adolescente.” (Ciro dos Anjos) Predicativo: expressa estado, qualidade ou condição do
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e ser ao qual se refere, ou seja, é um atributo. Dois predicativos
neutros.” (Érico Veríssimo) são apontados.

25 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 26 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 75
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APOSTILAS OPÇÃO

Predicativo do Sujeito: exprime um atributo, estado ou do livro, ela o faz com cuidado; “Que teria o homem percebido
modo de ser do sujeito, aparece como verbo de ligação, no nos meus escritos?”
predicado nominal. Exemplos:
O aluno é estudioso e exemplar. Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos,
A casa era toda feita de pedras raras. dando-se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da
mesma esfera semântica. Exemlos:
Outro tipo de predicativo, aparece no predicado verbo- “Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
nominal. Exemplos: (Vivaldo Coaraci)
José chegou cansado. “Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal
Os meninos chegaram cansados. Machado)
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.”
O predicativo subjetivo pode estar preposicionado; E pode (Machado de Assis)
o predicativo ser antes do sujeito e do verbo. Exemplo: Em tais construções é de rigor que o objeto venha
São horríveis essas coisas! acompanhado de um adjunto.27
Que linda estava Amélia!
Completamente feliz ninguém é. Objeto Direto Preposicionado: antecipado por preposição
não obrigatória. Exemplos:
Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto Identifiquei a vocês todos naquela foto (quem identifica,
de um verbo transitivo. Exemplos: identifica a algo, o verbo não pede preposição).
As paixões tornam os homens felizes.
Nós julgamos o fato estranho. Em certos casos, o objeto direto, vem precedido de
preposição, e ocorrerá:
Observações: O predicativo objetivo, pode estar regido de - Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
preposição. É facultativo, as vezes. E o predicativo objetivo em Deste modo, prejudicas a ti e a ela; “Mas dona Carolina amava
geral se refere ao objeto direto. Em casos especiais, pode mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Exemplo: hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava
Chamavam-lhe poeta. o seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”.
Podemos também antepor o predicativo a seu objeto como - Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
por exemplo: O advogado considerava indiscutíveis os Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a
direitos da herdeira. / Julgo inoportuna essa viagem. / “E até todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo
embriagado o vi muitas vezes.” / “Tinha estendida a seus pés desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia
uma planta rústica da cidade.” / “Sentia ainda muito abertos manobrar com ele, com aquele homem a quem na realidade
os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara.” também temia, como todos ali”.
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando
Termos Integrantes da Oração que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo
Complementam o sentido de certos verbos e nomes para construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado;
que a oração fique completa, são chamados de: “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como
a um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
- Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto); - Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza
- Complemento Nominal; e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos
- Agente da Passiva. outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às outras.”;
“Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra”.
Objeto Direto: complementa o sentido de um verbo - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
transitivo direto, não regido por preposição. Dica: faça as principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
perguntas “o quê?” ou “quem?”. Exemplos: eufonia da frase: Judas traiu a Cristo; Amemos a Deus sobre
O menino matou o passarinho. (o menino matou quem ?) todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O
Geraldo ama Andressa. (Geraldo ama o quê?) estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto
Características do objeto direto: direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este
- Normalmente, não vem regido de preposição; confrade conheço desde os seus mais tenros anos”.
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
verbo ativo. Ex. Caim matou Abel. caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva. Ex. Abel foi ambos...”.
morto por Caim. - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes
a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e
O objeto direto pode ser constituído: odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O também aos outros.; A quantos a vida ilude!.
lavrador cultiva a terra; Unimos o útil ao agradável. - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever,
Espero-o na estação; Estimo-os muito; Sílvia olhou-se ao atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas
espelho; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” do caso.”
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
loja; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativo; A

27 PESTANA, Fernando. Gramática para concursos. Elsevier.2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome Objeto Indireto Pleonástico: sempre representado por
oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) um pronome oblíquo átono para dar ênfase a um objeto
e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo indireto que já tem na frase. Exemplos:
(convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa a mim o
ocorre com verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, incapazes de
as razões ou finalidades do emprego do objeto direto se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a
ênfase ou a força da expressão. Complemento Nominal: completa o sentido de um (nome)
substantivo, de um adjetivo e um advérbio, sempre regido por
Objeto Direto Pleonástico: aquele que se repete na preposição. Exemplos: A defesa da pátria; “O ódio ao mal é
sequência da frase. Quando queremos dar destaque ou ênfase amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; “Ah,
à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase não fosse ele surdo à minha voz!”
e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome
oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama- Observações: O complemento nominal representa o
se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos: recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
O pão, Paulo o trazia dentro da sacola. nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de
Seus cachorros, ele os cuidava em amor. assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de
músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas no
Objeto Indireto: por meio de uma preposição obrigatória, objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Dica: faça complementar verbos, complementa nomes (substantivos,
às perguntas “para quê, em quê, de quê, ou preposição mais adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que
quem?” requerem complemento nominal correspondem, geralmente,
Exemplos:Meu irmão cuidava de toda a sua casa. (cuidava a verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o
de quê ?) João gosta de goiaba. (gosta do quê ?) próximo ;perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente
aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à
- Transitivos Indiretos: Assisti ao filme; Assistimos à pátria; etc.28
festa e à folia; Aludiu ao fato; Aspiro a uma casa boa.
Agente da Passiva: complementa um verbo na voz
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva. Sempre representa quem pratica a ação expressa pelo
passiva): Dou graças a Deus; Dedicou sua vida aos doentes e verbo passivo. Vem regido na maioria das vezes pela
aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) preposição por, e menos frequentemente pela preposição de:
O vencedor foi escolhido pelos jurados.
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras O menino estava cercado pelo seu pai e mãe.
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe ou pelos pronomes:
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. O cão foi atropelado pelo carro.
Este caderno foi rabiscado por mim.
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na
Deus por nós; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para voz ativa:
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto A menina foi penteada pela mãe. (voz passiva)
direto com o complemento nominal nem com o adjunto A mãe penteou a menina. (voz ativa)
adverbial; Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”, Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
“Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque
podem ser considerados adjuntos adverbiais. Observações: Frase de forma passiva analítica sem
complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi
ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As florestas
objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. são devastadas. (Devastam as florestas.); Na passiva
Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam-se
(=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas eram
Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
preposição é expressa, como característica do objeto indireto: Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)
Recorro a Deus; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com
pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Termos Acessórios da Oração
Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti São os que desempenham na oração uma função
agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os
que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a substantivos, exprimir alguma circunstância. São três os
conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
pessoas com quem conto são poucas. adverbial e aposto.

Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é Adjunto adnominal: é o termo (expressão) que se junta a
representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) um nome para melhor função especificar, detalhar ou
ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: caracterizar o sentido desse nome (substantivos).29 Exemplo:
a, com, contra, de, em, para e por. Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu determina o
substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas
caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto

28 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 29 AMARAL, Emília. Novas Palavras. Editora FTD.2016.

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APOSTILAS OPÇÃO

adnominal). sujeito. Ex.


O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos: Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
água fresca, animal feroz; Pelos artigos: o mundo, as ruas; As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal, cores.
muitas rãs ,país cuja história conheço, que rua? Pelos
numerais: dois pés ,quinto ano; Pelas locuções ou expressões Os apostos, em geral, têm pausas, indicadas, na escrita, por
adjetivas que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não
especificação: haverá vírgula, como nestes exemplos:
- presente de rei (=régio): qualidade O romance Tróia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença Colégio Tiradentes, etc.
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
- fio de aço, casa de madeira: matéria (Graciliano Ramos)
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
Observações: Não confundir o adjunto adnominal vezes, está elíptico. Exemplos:
formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da
eleição do presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, alma humana.
empréstimo de dinheiro, plantio de árvores, colheita de
trigo, destruidor de matas, descoberta de petróleo, amor ao O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
próximo, etc. O adjunto adnominal formado por locução Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
adjetiva representa o agente da ação, ou a origem, pertença, tempestade iminente.
qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
presidente, aviso de amigo, declaração do ministro,
empréstimo do banco, a casa do fazendeiro, folhas de Um aposto refere a outro aposto, às vezes:
árvores, farinha de trigo, beleza das matas, cheiro de “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
petróleo, amor de mãe.30 velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)

Adjunto adverbial: termo que exprime uma circunstância O aposto pode vir antecedido das expressões explicativas,
(de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que ou da preposição acidental como:
modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na Dois países sul-americanos, isto é, a Colômbia e o Chile,
praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos advérbios: não são banhados pelo mar.
Cheguei tarde; Maria é mais alta; Não durma na cabana; Ele
fala bem, fala corretamente; Talvez esteja enganado.; Pelas O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
locuções ou expressões adverbiais: Compreendo sem nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:
esforço.; Saí com meu pai.; Paulo reside em São Paulo.; O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Escureceu de repente. “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das
coisas.” (Raquel Jardim)
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não Vocativo: termo que exprime um nome, título, apelido,
dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No usado para chamar o interlocutor.
domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto de Lourdes Teixeira)
adverbial de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado
companhia, meio, assunto, negação, etc. É importante saber de Assis)
distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal, de objeto “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela)
indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad. adv.);
água do mar (adj. adn.); gosta do mar (obj. indir.); ter medo Observação: Profere-se o vocativo com entoação
do mar (compl. nom.). exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo
inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um
Aposto: um termo ou expressão que associa a um nome chamado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª
anterior, e explica ou esclarece o sentido desse nome. pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma
Geralmente, separado dos outros termos da oração por dois coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos
pontos, travessão e vírgula. antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!):
Exemplos:
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de estômago. “Tem compaixão de nós, ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
(Carlos Drummond de Andrade) (Graciliano Ramos)
“Esconde-te, ó sol de maio ,ó alegria do mundo!” (Camilo
O núcleo do aposto pode ser expresso por um substantivo Castelo Branco)
ou por um pronome substantivo. Exemplo: O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura
Os responsáveis pelo projeto, tu e a arquiteta, não podem da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.31
se ausentar.

O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases


seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do

30 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004. 31 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)


Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
01. O termo em destaque é adjunto adverbial de Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
intensidade em: oração)
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas
(B) enfrentamos MUITAS novidades locuções verbais, duas orações)
(C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
(D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes Há três tipos de período composto: por coordenação, por
(E) assumimos MUITO conflito e confusão subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
tempo (também chamada de período misto).
02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são Período Composto por Coordenação – Orações
respectivamente: Coordenadas
(A) sujeito – objeto direto;
(B) sujeito – aposto; Considere, por exemplo, este período composto:
(C) objeto direto – aposto; Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
(D) objeto direto – objeto direto; tempos de infância.
(E) objeto direto – complemento nominal. 1ª oração: Passeamos pela praia
2ª oração: brincamos
03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é 3ª oração: recordamos os tempos de infância
objeto indireto. As três orações que compõem esse período têm sentido
(A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência
Quintana) sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma
(B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende
teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” da outra sintaticamente.
(Fernando Pessoa) As orações independentes de um período são chamadas de
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a orações coordenadas (OC), e o período formado só de
sonhar / Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” orações coordenadas é chamado de período composto por
(Alphonsus de Guimarães) coordenação.
(D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para As orações coordenadas são classificadas em assindéticas
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães e sindéticas.
Rosa) - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
o sujeito de “fez”? OCA OCA OCA
(A) o prêmio;
(B) o jogador; “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
(C) que; Assis)
(D) o gol; “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(E) recebeu. (Antônio Olavo Pereira)
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde (Coelho Neto)
há predicativo do sujeito:
(A) como o povo anda tristonho! - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando
(B) agradou ao chefe o novo funcionário; vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
(C) ele nos garantiu que viria; O homem saiu do carro / e entrou na casa.
(D) no Rio não faltam diversões; OCA OCS
(E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
Gabarito acordo com o sentido expresso pelas conjunções
coordenativas que as introduzem. E podem ser:
01.D \ 02.C \ 03.D \ 04.C \ 05.A
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não
Período só... mas também, não só... mas ainda.
Saí da escola / e fui à lanchonete.
Toda frase com uma ou mais orações constitui um período, OCA OCS Aditiva
que se encerra com ponto de exclamação, interrogação ou
reticências. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
O período de uma oração pode ser: simples quando só traz conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com
uma oração, também conhecida como oração absoluta; ou referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
composto quando traz mais de uma oração. Exemplo: coordenativa aditiva.
Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)
Quero que você aprenda. (Período composto.) O menino comprou pães e um leite.
As crianças não gritavam e nem choravam.
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há Os celulares não somente instruem mas também
num período, e para isso basta contar os verbos ou locuções divertem.
verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os
verbos ou as locuções verbais neles existentes. Exemplos: - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Língua Portuguesa 79
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APOSTILAS OPÇÃO

Estudei bastante / mas não passei no teste. (B) oposição


OCA OCS Adversativa (C) condição
(D) lugar
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (E) consequência
conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou
seja, por uma conjunção coordenativa adversativa. 04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem,
entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas. 1. Correu demais, ... caiu.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles) 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, 4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
por isso, pois, logo. detalhes.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
OCA OCS Conclusiva (A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
(B) por isso, porque, mas, portanto, que
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (C) logo, porém, pois, porque, mas
conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato (D) porém, pois, logo, todavia, porque
enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção (E) entretanto, que, porque, pois, portanto
coordenativa conclusiva.
05. Reúna as três orações em um período composto por
Vives mentindo; logo, não mereces fé. coordenação, usando conjunções adequadas.
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
Os dias já eram quentes.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou, A água do mar ainda estava fria.
ora... ora, seja... seja, quer... quer. As praias permaneciam desertas.

Seja mais educado / ou retire-se da reunião! Respostas


OCA OCS Alternativa
01. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma surgiram.
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
conjunção coordenativa alternativa.
02. E\03. C\04. B
Cale-se agora ou nunca mais fale.
Ora colocava a luca, ora a retirava. 05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda
estava fria, por isso as praias permaneciam desertas.
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que,
porque, pois, porquanto. Período Composto por Subordinação
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. Observe os termos destacados em cada uma destas
OCA OCS Explicativa orações:
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à Todos querem sua participação. (objeto direto)
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
explicativa. causa)

Não comprei o carro, porque estava muito caro. Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário. orações com a mesma função sintática:
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
Questões com função de adjunto adnominal)
Todos querem / que você participe. (oração subordinada
01. Relacione as orações coordenadas por meio de com função de objeto direto)
conjunções: Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
surgiram.
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de: subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
(A) causa é classificado como período composto por subordinação.
(B) explicação As orações subordinadas são classificadas de acordo com a
(C) conclusão função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
(D) proporção
(E) comparação Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração oração principal (OP). São classificadas de acordo com a
sublinhada pode indicar uma ideia de: conjunção subordinativa que as introduz:
(A) concessão

Língua Portuguesa 80
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APOSTILAS OPÇÃO

- Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, OP OSA Final
visto que.
Não fui à escola / porque fiquei doente. “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
OP OSA Causal (Marquês de Maricá)
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
O tambor soa porque é oco. “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. para que)
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
Sousa) para que não deixasse)

- Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a - Consecutivas: expressam a consequência do que foi
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. (= porque), pois que, visto que.
Irei à sua casa / se não chover. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Condicional OP OSA Consecutiva

Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
ofensores. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.”
Se o conhecesses, não o condenarias. (José J. Veiga)
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
de Andrade) As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência prolongar minha viagem.
tenha êxito.
- Comparativas: expressam ideia de comparação com
- Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais com menos ou mais).
que, mesmo que. Ela é bonita / como a mãe.
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. OP OSA Comparativa
OP OSA Concessiva
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. ferro.” (Marquês de Maricá)
Embora não possuísse informações seguras, ainda Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
assim arriscou uma opinião. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à
quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos luz daquele olhar.
critiquem.
Por mais que gritasse, não me ouviram. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
- Conformativas: expressam a conformidade de um fato subentendido o verbo ser (como a mãe é).
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. - Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona
OP OSA Conformativa proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
O homem age conforme pensa. quanto mais, quanto menos.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. OSA Proporcional OP
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de
informação. À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
- Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, diminuindo.
assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal
(=assim que). Orações Subordinadas Substantivas
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. As orações subordinadas substantivas (OSS) são
OP OSA Temporal aquelas que, num período, exercem funções sintáticas
próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas
Formiga, quando quer se perder, cria asas. conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
(Marquês de Maricá) principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O grupo quer / que você ajude.
OP OSS Objetiva Direta
- Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
que, porque (=para que), que. mestre exigia a presença de todos.)
Mariana esperou que o marido voltasse.

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APOSTILAS OPÇÃO

Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício
O fiscal verificou se tudo estava em ordem. do país.
OP OSS Apositiva
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto coisa: a sua felicidade)
indireto) Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
Necessito / de que você me ajude. “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto:
OP OSS Objetiva Indireta de que virias a morrer...” (Osmã Lins)
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua motivo oculto?” (Machado de Assis)
viagem.) As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de
Aconselha-o a que trabalhe mais. dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à
Daremos o prêmio a quem o merecer. oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
Lembre-se de que a vida é breve. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.

- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. orações substantivas podem ser introduzidas por outros
Observe :É importante sua colaboração. (sujeito) conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
É importante / que você colabore. Não sei quando ele chegou.
OP OSS Subjetiva Diga-me como resolver esse problema.

A oração subjetiva geralmente vem: Orações Subordinadas Adjetivas


- Depois de um verbo de ligação + predicativo, em As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc. função de adjunto adnominal de algum termo da oração
Ex.: É certo que ele voltará amanhã. principal. Observe como podemos transformar um adjunto
- Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- adnominal em oração subordinada adjetiva:
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
- Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e adjetiva)
seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos
participem da reunião. As orações subordinadas adjetivas são sempre
introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem,
É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é etc.) e podem ser classificadas em:
necessária.)
Parece que a situação melhorou. - Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas
Aconteceu que não o encontrei em casa. quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que
Importa que saibas isso bem. se referem. Exemplo:
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
- Oração Subordinada Substantiva Completiva OP OSA Restritiva
Nominal: É aquela que exerce a função de complemento
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
convencido de sua inocência. (complemento nominal) o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
Estou convencido / de que ele é inocente. aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º
OP OSS Completiva Nominal lugar. Exemplo:

Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão Pedra que rola não cria limo.
dele.) Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Estava ansioso por que voltasses. carnívoros.
Sê grato a quem te ensina. Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão escreveram.
cedo.” (Graciliano Ramos) “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
Mariano)
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração - Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas
principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
importante é sua felicidade. (predicativo) referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
O importante é / que você seja feliz. restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
OP OSS Predicativa O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) novo livro.
Minha esperança era que ele desistisse. OP OSA Explicativa OP
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
Não sou quem você pensa. Deus, que é nosso pai, nos salvará.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
que exerce a função de aposto de um termo da oração Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em Observação: As explicativas são isoladas por pausas, que
benefício do país. (aposto) na escrita se indicam por vírgulas.32

32 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

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APOSTILAS OPÇÃO

Orações Reduzidas imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Observe que as orações subordinadas eram sempre Essa noção de causa e efeito não existe no período
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e composto por coordenação. Exemplo:
apresentavam o verbo na forma do indicativo ou do Rosa chorou porque levou uma surra. Está claro que a
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi
outras que se apresentam com o verbo numa das formas sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos: Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O
período agora é composto por coordenação, pois a oração
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se
(infinitivo) revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e
Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. causa de ela ter chorado.
(particípio)
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa OP OSA Comparativa OSA Condicional
das formas nominais são chamadas de reduzidas.
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, Questões
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo:
colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que
sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou estava para ser mãe”, a oração destacada é:
subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma (A) subordinada substantiva objetiva indireta
classificação da oração desenvolvida. (B) subordinada substantiva completiva nominal
(C) subordinada substantiva predicativa
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. (D) coordenada sindética conclusiva
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de (E) coordenada sindética explicativa
inglês.
OSA Temporal 02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
temporal, reduzida de infinitivo. realidade.” A oração sublinhada é:
(A) adverbial conformativa
Precisando de ajuda, telefone-me. (B) adjetiva
Se precisar de ajuda, / telefone-me. (C) adverbial consecutiva
OSA Condicional (D) adverbial proporcional
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial (E) adverbial causal
condicional, reduzida de gerúndio.
03. “Esses produtos podem ser encontrados nos
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o características adaptadas às dificuldades para mastigar e para
vestiário. engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus
OSA Temporal hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em
reduzida de particípio. (A) para se encaixarem.
(B) para seu encaixotamento.
Observações: (C) para que se encaixassem.
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de (D) para que se encaixem.
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas (E) para que se encaixariam.
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa 04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
cidade. oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações seguintes?
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
Exemplos: (B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
Preciso terminar este exercício. (C) O aluno fez-se passar por doutor.
Ele está jantando na sala. (D) Precisa-se de operários.
Essa casa foi construída por meu pai. (E) Não sei se o vinho está bom.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
reduzida. Exemplo: 05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. oração sublinhada é:
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração (A) subordinada substantiva completiva nominal
coordenada sindética aditiva) (B) subordinada substantiva objetiva indireta
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de (C) subordinada substantiva predicativa
gerúndio. (D) subordinada substantiva subjetiva
Qual é a diferença entre as orações coordenadas (E) subordinada substantiva objetiva direta
explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas
podem ser iniciadas por que e porquê? Às vezes não é fácil Respostas
estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como 01.B \ 02.A \ 03.D \ 04.E \ 05.B
o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de
algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a
oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,

Língua Portuguesa 83
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APOSTILAS OPÇÃO

- quer dizer (exemplificação, esclarecimento)


- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento)
9.2 Identificação de coesão
e coerência ao texto. Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor
qualidade de vida.

COESÃO - Coesão por referência: existem palavras que têm a


função de fazer referência, são elas:
Coesão33 é a conexão e a harmonia entre os elementos de - pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal - pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
definição quando lemos um texto e verificamos que as - pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um - pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
dando continuidade ao outro. - pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Os elementos de coesão determinam a transição de ideias
entre as frases e os parágrafos. Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para
Observe a coesão presente no texto a seguir: alcançar o objetivo que tanto almejava.

“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a - Coesão por substituição: substituição de um nome
política agrária do país, porque consideram injusta a atual (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de
sem-terra.” Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital
(JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007) gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do Escravos”;
texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do João Paulo II: Sua Santidade;
texto. Vênus: A Deusa da Beleza.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os
principais são: Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária.
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o
- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela mais importante da geração a qual representou.
coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os
enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados
conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. agrupados em conjuntos.

Veja algumas palavras e expressões de transição e Questões


seus respectivos sentidos:
- inicialmente (começo, introdução) 01. Bem tratada, faz bem
- primeiramente (começo, introdução)
- antes de tudo (começo, introdução) O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória:
- desde já (começo, introdução) “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a
- além disso (continuação) reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?
- do mesmo modo (continuação) Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente.
- acresce que (continuação) Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou
- ainda por cima (continuação) o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo
- bem como (continuação) ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve
- outrossim (continuação) entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los
- enfim (conclusão) Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.
- dessa forma (conclusão) Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta
- em suma (conclusão) geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento
- nesse sentido (conclusão) global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é
- portanto (conclusão) agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que
- afinal (conclusão) a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)
- logo após (tempo) O transporte também esteve no centro dos protestos de
- ocasionalmente (tempo) junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a
- posteriormente (tempo) moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões
- atualmente (tempo) para o debate do tema.
- enquanto isso (tempo) (Sérgio Magalhães, O Globo)
- imediatamente (tempo)
- não raro (tempo) “Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.”
- concomitantemente (tempo)
- igualmente (semelhança, conformidade) Substituindo o termo destacado por uma oração
- segundo (semelhança, conformidade) desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
- conforme (semelhança, conformidade) (A) para que se debatesse o tema;

33 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm

Língua Portuguesa 84
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) para se debater o tema; (B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS
(C) para que se debata o tema; (C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(D) para debater-se o tema; (D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) –
(E) para que o tema fosse debatido. gravidade da situação
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade
02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a internacional
poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
A oração em forma desenvolvida que substitui correta e 4. Leia o texto para responder a questão.
adequadamente o gerúndio “advertindo” é: As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são,
(A) com a advertência de; sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma
(B) quando adverte; universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o
(C) em que adverte; princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo
(D) no qual advertia; dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os
(E) para advertir. candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi
de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A
03. Corrida contra o ebola diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ
entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é
Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de
mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios
refrear o avanço da doença tenham sido eficazes. privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas
Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode,
contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos
três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade
enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas
Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A
afirmar que a epidemia está fora de controle. maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela
um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi
afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”.
Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um (www.istoe.com.br)
contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
localidades afetadas. Para responder a questão, considere a passagem – A
Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%.
explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da O pronome eles tem como referente:
entidade vêm de contribuições compulsórias dos países- (A) candidatos convencionais e cotistas.
membros – o restante é formado por doações voluntárias. (B) beneficiados.
A crise econômica mundial se fez sentir também nessa (C) dados do Sistema de Seleção Unificada.
área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu (D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos.
orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para (E) pontos.
comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013,
com cerca de US$ 6 bilhões. 05. Leia os quadrinhos para responder a questão.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A
agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades
globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O
departamento de respostas a epidemias e pandemias foi
dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais
experimentados deixaram seus cargos.
Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais
foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África portuguesa, é:
Ocidental, com representantes dos países afetados. (A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um
Espera-se também maior comprometimento das potências capacete.
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que (B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de
possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné, levar um capacete.
respectivamente. (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
A comunidade internacional tem diante de si um desafio capacete.
enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. (D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta de levar um capacete.
a favor da doença. (E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade,
leva um capacete.
( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-
ebola.shtml, 2014)
Respostas
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o 01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.C
referente do termo em destaque.
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) –
organização

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APOSTILAS OPÇÃO

COERÊNCIA Coerência temática: todos os enunciados de um texto


precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção
A coerência textual34 não está na superfície do texto: a das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser
construção de sentidos será feita de acordo com o evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência
conhecimento prévio de cada leitor temática.
Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se
lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma
também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são
para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer- exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às
se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a
diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
certo? pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém,
Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma
básico para uma boa redação, chamado de coerência textual. negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo
Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas,
da linguística textual, mas possivelmente evita construções temos como resultado a incoerência pragmática.
ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus
conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma
conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início
nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A
construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por incoerência estilística não provoca prejuízos para a
serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros
coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o - como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem
responsável pela constituição dos significados do texto. formal - deve ser evitada, principalmente nos textos não
literários.
Três princípios básicos são necessários para
compreendermos melhor o que é coerência textual: Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do
1) Princípio da Não Contradição: um texto deve gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do
apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social
se contradigam; exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem
2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem
do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras seja concisa e objetiva, pois essas são as características
diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão,
da informação; entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos
3) Princípio da Relevância: um texto com informações encontrar um determinado gênero assumindo a forma de
fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada outro.
fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias É importante ressaltar que em alguns tipos de texto,
não dialogam entre si, então elas são irrelevantes. especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos
de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos
É importante ressaltarmos que o uso adequado dos demais textos, a coerência contribui para a construção de
conectivos também colabora na construção de um texto enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na
coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência
estruturação do texto, presente em dois movimentos depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico
essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a
coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade.
a você depreender os sentidos do texto.
Sendo assim não se esqueça que coerência35 é a relação
Tipos de Coerência semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto,
criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento,
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê.
temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias
contribui para a escrita de uma boa redação. no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e
sentido.
Coerência sintática: está relacionada com a estrutura
linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção Questões
lexical etc., e também à coesão. Quando empregada,
eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado 01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar:
dos conectivos. (A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias,
própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos
Coerência semântica: para que a coerência semântica associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à
esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o articulação das ideias.
texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está (B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos
relacionada com as relações de sentido entre as estruturas. dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma responsável pela constituição dos significados do texto.
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e (C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual.
inferência. Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de

34http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm 35 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011.


http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html

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APOSTILAS OPÇÃO

interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um Julgue as seguintes proposições:
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases
(D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da interrogativas sem ligação entre si, configurando então um
relevância são elementos básicos que garantem a coerência texto desprovido de coerência.
textual. II. Embora o texto apresente uma série de interrogações
(E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos
conectivos, elementos que apenas colaboram para a linguísticos que nos permitem construir a coerência textual.
estruturação do texto sem apresentar relação direta com a III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das
semântica textual. perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o
02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill grande número de questionamentos que povoam o imaginário
Watterson, e responda à questão: infantil.
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos,
prejudica a construção de sentidos do texto.

(A) Todas estão corretas.


(B) Apenas II e III estão corretas.
(C) Apenas I e IV estão corretas.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) I, III e IV estão corretas.

Gabarito
Para cada situação interativa existe uma variedade de
língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão 01.E / 02.C / 03.D / 04.B
ou pela variedade não padrão.

Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos 10. Denotação e conotação.
afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma
(A) incoerência pragmática.
(B) incoerência genérica.
(C) incoerência estilística. Caro Candidato este assunto já foi abordado no
(D) incoerência temática. tópico: 1.3 Significado de vocábulos e expressões no
(E) incoerência semântica. contexto.

03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão:


A identificação de elementos textuais como as figuras de
linguagem é essencial para a interpretação de textos.
Anotações
A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser
explicada através da seguinte figura de linguagem:
(A) Eufemismo.
(B) Hipérbole.
(C) Paradoxo.
(D) Ironia.
(E) Personificação.

04.
Oito Anos

“Por que você é Flamengo


E meu pai Botafogo
O que significa
“Impávido colosso”?
Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
Por que os dedos murcham
quando estou no banho
Por que as ruas enchem
quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos
Well, well, well
Gabriel (...)”.

(Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo,


2004)

Língua Portuguesa 87
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APOSTILAS OPÇÃO

pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de


que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei a ele equiparar.
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da
União.
1. Legislação § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus
BRASIL DE 19881. recursos.
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da
[...] seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou
TÍTULO VIII incentivos fiscais ou creditícios. (Vide Medida Provisória nº
DA ORDEM SOCIAL 526, de 2011) (Vide Lei nº 12.453, de 2011)
CAPÍTULO I § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a
DISPOSIÇÃO GERAL garantir a manutenção ou expansão da seguridade social,
obedecido o disposto no art. 154, I.
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.
CAPÍTULO II § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só
DA SEGURIDADE SOCIAL poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da
SEÇÃO I publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não
DISPOSIÇÕES GERAIS se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto as entidades beneficentes de assistência social que atendam às
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da exigências estabelecidas em lei.
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário
à previdência e à assistência social. rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia
lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a
objetivos: seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre
I - universalidade da cobertura e do atendimento; o resultado da comercialização da produção e farão jus aos
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços benefícios nos termos da lei.
às populações urbanas e rurais; § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput
III - seletividade e distributividade na prestação dos deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo
benefícios e serviços; diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição
V - equidade na forma de participação no custeio; estrutural do mercado de trabalho.
VI - diversidade da base de financiamento; § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos
VII - caráter democrático e descentralizado da para o sistema único de saúde e ações de assistência social da
administração, mediante gestão quadripartite, com União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos Estados para os Municípios, observada a respectiva
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. contrapartida de recursos.
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos complementar.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para
contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b;
1998) e IV do caput, serão não-cumulativas.
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: substituição gradual, total ou parcial, da contribuição
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe ou o faturamento.
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento; SEÇÃO II
c) o lucro; DA SAÚDE
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à

1 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
Acesso em: 07.08.2019

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redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei,
proteção e recuperação. para o seu exercício.

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins
uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um lucrativos.
sistema único, organizado de acordo com as seguintes § 3º - É vedada a participação direta ou indireta de
diretrizes: empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no
I - descentralização, com direção única em cada esfera de País, salvo nos casos previstos em lei.
governo; § 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que
II - atendimento integral, com prioridade para as facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a
assistenciais; coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
III - participação da comunidade. derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos
do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, outras atribuições, nos termos da lei:
além de outras fontes. I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios substâncias de interesse para a saúde e participar da produção
aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais hemoderivados e outros insumos;
calculados sobre: II - executar as ações de vigilância sanitária e
I - no caso da União, a receita corrente líquida do epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a III - ordenar a formação de recursos humanos na área de
15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda saúde;
Constitucional nº 86, de 2015) IV - participar da formulação da política e da execução das
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da ações de saneamento básico;
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos V - incrementar, em sua área de atuação, o
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
respectivos Municípios; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas
da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos para consumo humano;
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § VII - participar do controle e fiscalização da produção,
3º. transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a psicoativos, tóxicos e radioativos;
cada cinco anos, estabelecerá: VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; compreendido o do trabalho.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados [...]
à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Questões
Municípios, objetivando a progressiva redução das
disparidades regionais; 01. (IF/BA - Assistente de Alunos - FUNRIO) A
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das Constituição Federal de 1988 dispõe que a ordem social tem
despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e como base
municipal; (A) o bem estar.
IV - (Revogado). (Redação dada pela Emenda (B) o primado do trabalho.
Constitucional nº 86, de 2015) (C) a justiça social.
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão (D) a integração nacional.
admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate (E) a equidade de direitos.
às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e 02. (Prefeitura de Natal/RN - Advogado - IDECAN)
requisitos específicos para sua atuação. Estabelece a Constituição da República Federativa do Brasil
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso que compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a
salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de seguridade social, com base em alguns objetivos. Dentre os
Carreira e a regulamentação das atividades de agente objetivos citados está o caráter democrático e descentralizado
comunitário de saúde e agente de combate às endemias, da administração, mediante gestão quadripartite, com
competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência participação:
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos (A) Da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. Municípios, nos órgãos colegiados.
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § (B) Dos aposentados, dos servidores, da comunidade e dos
4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça empresários, nos órgãos colegiados.
funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Dos trabalhadores, dos empregadores, dos EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29, DE 13 DE


aposentados e do Governo nos órgãos colegiados SETEMBRO DE 20002
(D) Dos aposentados, dos pensionistas, dos contribuintes e
dos empregadores, nos órgãos colegiados. Altera os arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição
Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposições
03. (EBSERH - Fisioterapeuta - INSTITUTO AOCP) De Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos
acordo com o que dispõe a Constituição Federal, a proposta de mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos
orçamento da seguridade social será elaborada de saúde.
(A) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal,
metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus
recursos. Art. 1º A alínea e do inciso VII do art. 34 passa a vigorar
(B) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela com a seguinte redação:
saúde, educação, previdência social e assistência social, tendo
em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de "Art.34............................................
diretrizes orçamentárias, ficando a gestão dos recursos de
cada área sob a competência exclusiva do Ministério da Saúde. ......................................................"
(C) pelo órgão responsável pela previdência social, tendo
em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de "VII-..............................................
diretrizes orçamentárias para saúde e assistência social,
ficando a gestão dos recursos sob a competência exclusiva do ......................................................"
Ministério da Previdência Social.
(D) pelo órgão responsável pela previdência social, tendo "e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de
em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
diretrizes orçamentárias para saúde, educação e assistência transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e
social assegurada a cada área a gestão de seus recursos. nas ações e serviços públicos de saúde." (NR)
(E) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela
saúde, educação, previdência social e assistência social, tendo Art. 2º O inciso III do art. 35 passa a vigorar com a seguinte
em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de redação:
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de
seus recursos. "Art.35............................................
"III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita
04. (MPE/SP - Analista Técnico Científico - Pedagogo - municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas
VUNESP) Nos termos do artigo 196 da Constituição Federal de ações e serviços públicos de saúde;" (NR)
1988, a saúde, no Brasil, é dever do Estado, garantido
mediante Art. 3º O § 1º do art. 156 da Constituição Federal passa a
(A) atendimento especializado, voltado à população em vigorar com a seguinte redação:
situação de vulnerabilidade econômica e social. "Art.156................................................................................"
(B) atendimento regionalizado, o mais próximo da "§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se
residência, a toda a população. refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I
(C) atendimento diferenciado a cada faixa etária da poderá:" (NR)
população. "I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e" (AC)*
(D) acesso universal igualitário às ações e aos serviços "II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e
voltados à promoção da saúde, à proteção e à recuperação. o uso do imóvel." (AC)
(E) política pública centralizada de atendimento à
população, com prioridade ao primeiro ano de vida Art. 4º O parágrafo único do art. 160 passa a vigorar com a
seguinte redação:
05. (MPE/SP - Analista Técnico Científico - Pedagogo - "Art.160............................................"
VUNESP) A Constituição Federal de 1988 (art.197) estabelece
que são de relevância pública as ações e serviços de saúde "Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não
pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de
sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo recursos:" (NR)
sua execução ser feita
(A) diretamente ou por meio de terceiros e, também, por "I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas
pessoa física ou jurídica de direito privado. autarquias;" (AC)
(B) por empresas filantrópicas, exclusivamente em "II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos
convênio com o Governo Federal. II e III." (AC)
(C) pelos Estados, que poderão estabelecer convênio,
desde que autorizados pelo Governo Federal. Art. 5º O inciso IV do art. 167 passa a vigorar com a
(D) diretamente pelos serviços terceirizados contratados seguinte redação:
unicamente pelo Governo Federal. "Art.167...........................................
(E) por pessoas físicas, desde que credenciadas pelo "IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
Ministério da Saúde. despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação
Gabarito de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para
01. B / 02.C/ 03.A / 04.D/ 05.A manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado,

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm -
Acesso em 07/08/2019 às 13h07min.

Legislação do SUS 3
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APOSTILAS OPÇÃO

respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, e 212, e a prestação de "§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, Municípios destinados às ações e serviços públicos de saúde e
previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste os transferidos pela União para a mesma finalidade serão
artigo;" (NR) aplicados por meio de Fundo de Saúde que será acompanhado
e fiscalizado por Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto
Art. 6º O art. 198 passa a vigorar acrescido dos seguintes no art. 74 da Constituição Federal." (AC)
§§ 2º e 3º, numerando-se o atual parágrafo único como § 1º: "§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere o art.
"Art.198.......................................... 198, § 3º, a partir do exercício financeiro de 2005, aplicar-se-á
"§ 1º (parágrafo único original).................." à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o
"§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disposto neste artigo." (AC)
aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde
recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais Art. 8º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data
calculados sobre:" (AC) de sua publicação.
"I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei
complementar prevista no § 3º;" (AC) Brasília, 13 de setembro de 2000
"II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto
da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos Mesa da Câmara dos Deputados
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos Mesa do Senado Federal
respectivos Municípios;" (AC)
"III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o Deputado Michel Temer
produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 Presidente
e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea
b e § 3º." (AC) Senador Antonio Carlos Magalhães
"§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a Presidente
cada cinco anos, estabelecerá:" (AC)
"I – os percentuais de que trata o § 2º;" (AC) Deputado Heráclito Fortes
"II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados 1º Vice-Presidente
à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Senador Geraldo Melo
Municípios, objetivando a progressiva redução das 1º Vice-Presidente
disparidades regionais;" (AC)
"III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das Deputado Severino Cavalcanti
despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e 2º Vice-Presidente
municipal;" (AC)
"IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela Senador Ademir Andrade
União." (AC) 2º Vice-Presidente

Art. 7º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Deputado Ubiratan Aguiar


passa a vigorar acrescido do seguinte art. 77: 1º Secretário
"Art. 77. Até o exercício financeiro de 2004, os recursos
mínimos aplicados nas ações e serviços públicos de saúde Senador Ronaldo Cunha Lima
serão equivalentes:" (AC) 1º Secretário
"I – no caso da União:" (AC)
Deputado Nelson Trad
"a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e 2º Secretário
serviços públicos de saúde no exercício financeiro de 1999
acrescido de, no mínimo, cinco por cento;" (AC) Senador Carlos Patrocínio
"b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano 2º Secretário
anterior, corrigido pela variação nominal do Produto Interno
Bruto – PIB;" (AC) Deputado Jaques Wagner
"II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por 3º Secretário
cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere
o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, Senador Nabor Júnior
inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem 3º Secretário
transferidas aos respectivos Municípios; e" (AC)
"III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze Deputado Efraim Morais
por cento do produto da arrecadação dos impostos a que se 4º Secretário
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e
159, inciso I, alínea b e § 3º." (AC)
"§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que
apliquem percentuais inferiores aos fixados nos incisos II e III
deverão elevá-los gradualmente, até o exercício financeiro de
2004, reduzida a diferença à razão de, pelo menos, um quinto
por ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicação será de pelo
menos sete por cento." (AC)
"§ 2º Dos recursos da União apurados nos termos deste
artigo, quinze por cento, no mínimo, serão aplicados nos
Municípios, segundo o critério populacional, em ações e
serviços básicos de saúde, na forma da lei." (AC)

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APOSTILAS OPÇÃO

LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 19903 II - a formulação de política de saúde destinada a


promover, nos campos econômico e social, a observância do
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de
serviços correspondentes e dá outras providências. promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização
integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do
Sistema Único de Saúde (SUS):
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as b) de vigilância epidemiológica;
ações e serviços de saúde, executados isolada ou c) de saúde do trabalhador; e
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por d) de assistência terapêutica integral, inclusive
pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. farmacêutica;
II - a participação na formulação da política e na execução
TÍTULO I de ações de saneamento básico;
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS III - a ordenação da formação de recursos humanos na área
de saúde;
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele
pleno exercício. compreendido o do trabalho;
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na VI - a formulação da política de medicamentos,
formulação e execução de políticas econômicas e sociais que equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse
visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no para a saúde e a participação na sua produção;
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e
e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, substâncias de interesse para a saúde;
proteção e recuperação. VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, bebidas para consumo humano;
das empresas e da sociedade. IX - a participação no controle e na fiscalização da
produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e
Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e X - o incremento, em sua área de atuação, do
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o desenvolvimento científico e tecnológico;
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a XI - a formulação e execução da política de sangue e seus
educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos derivados.
bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de
de 2013) ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de
garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar serviços de interesse da saúde, abrangendo:
físico, mental e social. I - o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas
TÍTULO II todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE II - o controle da prestação de serviços que se relacionam
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR direta ou indiretamente com a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou
por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
municipais, da Administração direta e indireta e das fundações condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
Saúde (SUS). controle das doenças ou agravos.
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta
públicas federais, estaduais e municipais de controle de lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações
qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção
inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à
saúde. recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de
Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de
CAPÍTULO I trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;
Dos Objetivos e Atribuições II - participação, no âmbito de competência do Sistema
Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes processo de trabalho;
e determinantes da saúde; III - participação, no âmbito de competência do Sistema
Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm -


Acesso em: 07.08.2019.

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das condições de produção, extração, armazenamento, reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de
transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017)
produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam
riscos à saúde do trabalhador; CAPÍTULO III
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à Da Organização, da Direção e da Gestão
saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo
sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante
doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de participação complementar da iniciativa privada, serão
fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis
admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos de complexidade crescente.
da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única,
dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal,
empresas públicas e privadas; sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças órgãos:
originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
colaboração das entidades sindicais; e II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria
serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver de Saúde ou órgão equivalente.
exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos
trabalhadores. Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para
desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que
CAPÍTULO II lhes correspondam.
Dos Princípios e Diretrizes § 1º Aplica-se aos consórcios administrativos
intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços atos constitutivos disporão sobre sua observância.
privados contratados ou conveniados que integram o Sistema § 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS),
Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e
diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a
obedecendo ainda aos seguintes princípios: cobertura total das ações de saúde.
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos
os níveis de assistência; Art. 11. (Vetado).
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
todos os níveis de complexidade do sistema; integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de entidades representativas da sociedade civil.
sua integridade física e moral; Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou finalidade de articular políticas e programas de interesse para
privilégios de qualquer espécie; a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das
serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de atividades:
prioridades, a alocação de recursos e a orientação I - alimentação e nutrição;
programática; II - saneamento e meio ambiente;
VIII - participação da comunidade; III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IX - descentralização político-administrativa, com direção IV - recursos humanos;
única em cada esfera de governo: V - ciência e tecnologia; e
a) ênfase na descentralização dos serviços para os VI - saúde do trabalhador.
municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de
saúde; integração entre os serviços de saúde e as instituições de
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ensino profissional e superior.
ambiente e saneamento básico; Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a
materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal formação e educação continuada dos recursos humanos do
e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente,
saúde da população; assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os essas instituições.
níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite
duplicidade de meios para fins idênticos. são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre
XIV - organização de atendimento público específico e gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único
especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica de Saúde (SUS).
em geral, que garanta, entre outros, atendimento, Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores
acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas Bipartite e Tripartite terá por objetivo:

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I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e a autoridade competente da esfera administrativa


administrativos da gestão compartilhada do SUS, em correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de
conformidade com a definição da política consubstanciada em pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada
planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; justa indenização;
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue,
intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações e Componentes e Derivados;
serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança XV - propor a celebração de convênios, acordos e
institucional e à integração das ações e serviços dos entes protocolos internacionais relativos à saúde, saneamento e
federados; meio ambiente;
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção,
sanitário, integração de territórios, referência e proteção e recuperação da saúde;
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização
das ações e serviços de saúde entre os entes federados. do exercício profissional e outras entidades representativas da
sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde para pesquisa, ações e serviços de saúde;
(Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de XVIII - promover a articulação da política e dos planos de
Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades saúde;
representativas dos entes estaduais e municipais para tratar XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e
pública e de relevante função social, na forma do regulamento. fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária;
§ 1º O Conass e o Conasems receberão recursos do XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos
orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de estratégicos e de atendimento emergencial.
Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais,
podendo ainda celebrar convênios com a União. Seção II
§ 2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde Da Competência
(Cosems) são reconhecidos como entidades que representam
os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde
matérias referentes à saúde, desde que vinculados (SUS) compete:
institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e
seus estatutos. nutrição;
II - participar na formulação e na implementação das
CAPÍTULO IV políticas:
Da Competência e das Atribuições a) de controle das agressões ao meio ambiente;
Seção I b) de saneamento básico; e
Das Atribuições Comuns c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III - definir e coordenar os sistemas:
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as b) de rede de laboratórios de saúde pública;
seguintes atribuições: c) de vigilância epidemiológica; e
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, d) vigilância sanitária;
avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde; IV - participar da definição de normas e mecanismos de
II - administração dos recursos orçamentários e controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou
financeiros destinados, em cada ano, à saúde; dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de V - participar da definição de normas, critérios e padrões
saúde da população e das condições ambientais; para o controle das condições e dos ambientes de trabalho e
IV - organização e coordenação do sistema de informação coordenar a política de saúde do trabalhador;
de saúde; VI - coordenar e participar na execução das ações de
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de vigilância epidemiológica;
padrões de qualidade e parâmetros de custos que VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de
caracterizam a assistência à saúde; portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
padrões de qualidade para promoção da saúde do trabalhador; VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o
VII - participação de formulação da política e da execução controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e
das ações de saneamento básico e colaboração na proteção e serviços de consumo e uso humano;
recuperação do meio ambiente; IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde; fiscalização do exercício profissional, bem como com
IX - participação na formulação e na execução da política entidades representativas de formação de recursos humanos
de formação e desenvolvimento de recursos humanos para a na área de saúde;
saúde; X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único execução da política nacional e produção de insumos e
de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde; equipamentos para a saúde, em articulação com os demais
XI - elaboração de normas para regular as atividades de órgãos governamentais;
serviços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância XI - identificar os serviços estaduais e municipais de
pública; referência nacional para o estabelecimento de padrões
XII - realização de operações externas de natureza técnicos de assistência à saúde;
financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
Federal; substâncias de interesse para a saúde;
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados,
urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo ao Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento
iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, da sua atuação institucional;

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APOSTILAS OPÇÃO

XIV - elaborar normas para regular as relações entre o I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os
Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de
contratados de assistência à saúde; saúde;
XV - promover a descentralização para as Unidades II - participar do planejamento, programação e
Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema
respectivamente, de abrangência estadual e municipal; Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema estadual;
Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; III - participar da execução, controle e avaliação das ações
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os referentes às condições e aos ambientes de trabalho;
serviços de saúde, respeitadas as competências estaduais e IV - executar serviços:
municipais; a) de vigilância epidemiológica;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no b) vigilância sanitária;
âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, c) de alimentação e nutrição;
Municípios e Distrito Federal; d) de saneamento básico; e
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e e) de saúde do trabalhador;
coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o V - dar execução, no âmbito municipal, à política de
Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, insumos e equipamentos para a saúde;
Municípios e Distrito Federal. (Vide Decreto nº 1.651, de 1995) VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio
Parágrafo único. A União poderá executar ações de ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e
vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais
especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, competentes, para controlá-las;
que possam escapar do controle da direção estadual do VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
disseminação nacional. IX - colaborar com a União e os Estados na execução da
vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar
(SUS) compete: contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços
I - promover a descentralização para os Municípios dos privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
serviços e das ações de saúde; XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes privados de saúde;
hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS); XII - normatizar complementarmente as ações e serviços
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e públicos de saúde no seu âmbito de atuação.
executar supletivamente ações e serviços de saúde;
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições
e serviços: reservadas aos Estados e aos Municípios.
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária; CAPÍTULO V
c) de alimentação e nutrição; e Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
d) de saúde do trabalhador;
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o
agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde atendimento das populações indígenas, em todo o território
humana; nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto
VI - participar da formulação da política e da execução de nesta Lei.
ações de saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde
condições e dos ambientes de trabalho; Indígena, componente do Sistema Único de Saúde - SUS, criado
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro
acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos de 1990, com o qual funcionará em perfeita integração.
para a saúde;
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios,
e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.
estadual e regional;
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema
pública e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam instituído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela
em sua organização administrativa; Política Indígena do País.
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o
controle e avaliação das ações e serviços de saúde; Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter governamentais e não-governamentais poderão atuar
suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para complementarmente no custeio e execução das ações.
produtos e substâncias de consumo humano;
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; consideração a realidade local e as especificidades da cultura
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à
indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem
unidade federada. diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência
à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e
compete: integração institucional.

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Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a
deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do
regionalizado. protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;
§ 1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime
como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas
§ 2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde -
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, SUS, realizados no território nacional por serviço próprio,
ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas conveniado ou contratado.
regiões onde residem as populações indígenas, para propiciar
essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são
sem discriminações. adotadas as seguintes definições:
§ 3º As populações indígenas devem ter acesso garantido I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses,
ao SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, bolsas coletoras e equipamentos médicos;
de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que
primária, secundária e terciária à saúde. estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo
à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a demais produtos apropriados, quando couber; as posologias
participar dos organismos colegiados de formulação, recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos,
o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e a serem seguidos pelos gestores do SUS.
Municipais de Saúde, quando for o caso.
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes
CAPÍTULO VI terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da
DOMICILIAR doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles
indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo
Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha.
§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou
internação domiciliares incluem-se, principalmente, os produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles
procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-
psicológicos e de assistência social, entre outros necessários efetividade para as diferentes fases evolutivas da doença ou do
ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. agravo à saúde de que trata o protocolo.
§ 2º O atendimento e a internação domiciliares serão
realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz
níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. terapêutica, a dispensação será realizada:
§ 3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo
ser realizados por indicação médica, com expressa gestor federal do SUS, observadas as competências
concordância do paciente e de sua família. estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo
fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores
CAPÍTULO VII Tripartite;
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO forma suplementar, com base nas relações de medicamentos
instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na
SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a Comissão Intergestores Bipartite;
permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar,
acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos
parto e pós-parto imediato. gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo
§ 1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de Saúde.
indicado pela parturiente.
§ 2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo
direitos de que trata este artigo constarão do regulamento da SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem
lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo. como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de
§ 3º Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, diretriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde,
em local visível de suas dependências, aviso informando sobre assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de
o direito estabelecido no caput deste artigo. (Incluído pela Lei Tecnologias no SUS.
nº 12.895, de 2013) § 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
no SUS, cuja composição e regimento são definidos em
Art. 19-L. (VETADO) regulamento, contará com a participação de 1 (um)
representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde e de
CAPÍTULO VIII 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO Conselho Federal de Medicina.
DE § 2º O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de
TECNOLOGIA EM SAÚDE” Tecnologias no SUS levará em consideração, necessariamente:
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere efetividade e a segurança do medicamento, produto ou
a alínea d do inciso I do art. 6º consiste em: procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse competente para o registro ou a autorização de uso;
para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as

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APOSTILAS OPÇÃO

II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar
custos em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no ou explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital
hospitalar, quando cabível. especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada;
e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído
refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de pela Lei nº 13.097, de 2015)
processo administrativo, a ser concluído em prazo não III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa,
superior a 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que por empresas, para atendimento de seus empregados e
foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e
(noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, IV - demais casos previstos em legislação específica.
no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
1999, e as seguintes determinações especiais:
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se CAPÍTULO II
cabível, das amostras de produtos, na forma do regulamento, Da Participação Complementar
com informações necessárias para o atendimento do disposto
no § 2º do art. 19-Q; Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem
II - (VETADO); insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde
do parecer emitido pela Comissão Nacional de Incorporação (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa
de Tecnologias no SUS; privada.
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de Parágrafo único. A participação complementar dos
decisão, se a relevância da matéria justificar o evento. serviços privados será formalizada mediante contrato ou
§ 2º (VETADO). convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.

Art. 19-S. (VETADO). Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades


filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de
medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão
experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde
de Vigilância Sanitária - ANVISA; (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o § 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e
reembolso de medicamento e produto, nacional ou importado, de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a direção
sem registro na Anvisa.” nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar
seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo efetiva qualidade de execução dos serviços contratados.
fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a § 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas
saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do
pactuada na Comissão Intergestores Tripartite. Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico
e financeiro do contrato.
TÍTULO III § 3° (Vetado).
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE § 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de
CAPÍTULO I entidades ou serviços contratados é vedado exercer cargo de
Do Funcionamento chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde
(SUS).
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde
caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de TÍTULO IV
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas DOS RECURSOS HUMANOS
jurídicas de direito privado na promoção, proteção e
recuperação da saúde. Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde
será formalizada e executada, articuladamente, pelas
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes
objetivos:
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à I - organização de um sistema de formação de recursos
saúde, serão observados os princípios éticos e as normas humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-
expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde graduação, além da elaboração de programas de permanente
(SUS) quanto às condições para seu funcionamento. aperfeiçoamento de pessoal;
II - (Vetado)
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, III - (Vetado)
inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro na IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do
assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Sistema Único de Saúde (SUS).
Lei nº 13.097, de 2015) Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o
I - doações de organismos internacionais vinculados à Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática
Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação para ensino e pesquisa, mediante normas específicas,
técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.
nº 13.097, de 2015)

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários
assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da
só poderão ser exercidas em regime de tempo integral. União, além de outras fontes, serão administrados pelo
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.
ou empregos poderão exercer suas atividades em mais de um § 2º (Vetado).
estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). § 3º (Vetado).
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos § 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu
servidores em regime de tempo integral, com exceção dos sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada
ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios.
assessoramento. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos
recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas
Art. 29. (Vetado). previstas em lei.

Art. 30. As especializações na forma de treinamento em Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da
serviço sob supervisão serão regulamentadas por Comissão receita efetivamente arrecadada transferirão
Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS),
garantida a participação das entidades profissionais observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
correspondentes. recursos financeiros correspondentes às dotações
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos e
TÍTULO V atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de
DO FINANCIAMENTO Saúde (SUS).
CAPÍTULO I Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros
Dos Recursos da Seguridade Social será observada a mesma proporção da
despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Social.
Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita
estimada, os recursos necessários à realização de suas Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua direção transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será
nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo
e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades análise técnica de programas e projetos:
estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos III - características quantitativas e qualitativas da rede de
provenientes de: saúde na área;
I - (Vetado) IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da período anterior;
assistência à saúde; V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos
III - ajuda, contribuições, doações e donativos; estaduais e municipais;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital; VI - previsão do plano quinquenal de investimentos da
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos rede;
arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. para outras esferas de governo.
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da § 1º (Revogado)
receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada § 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados. processo de migração, os critérios demográficos mencionados
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de nesta lei serão ponderados por outros indicadores de
Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas crescimento populacional, em especial o número de eleitores
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder registrados.
onde forem arrecadadas. § 3º (Vetado).
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas § 4º (Vetado).
supletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão § 5º (Vetado).
financiadas por recursos tarifários específicos e outros da § 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a
União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a
do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de
§ 4º (Vetado). irregularidades verificadas na gestão dos recursos
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento transferidos.
científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo CAPÍTULO III
orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento Do Planejamento e do Orçamento
e financiamento ou de origem externa e receita própria das
instituições executoras. Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do
§ 6º (Vetado). Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local
até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos,
CAPÍTULO II compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com
Da Gestão Financeira a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde § 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e
(SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de programações de cada nível de direção do Sistema Único de
sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva
Conselhos de Saúde. proposta orçamentária.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º É vedada a transferência de recursos para o seu âmbito de atuação, bem como quaisquer outros órgãos e
financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, serviços de saúde.
exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, § 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os
na área de saúde. serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se ao
Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as convênio que, para esse fim, for firmado.
diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de
saúde, em função das características epidemiológicas e da Art. 46. O Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá
organização dos serviços em cada jurisdição administrativa. mecanismos de incentivos à participação do setor privado no
investimento em ciência e tecnologia e estimulará a
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e transferência de tecnologia das universidades e institutos de
auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e
finalidade lucrativa. Municípios, e às empresas nacionais.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis
estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS),
Art. 39. (Vetado). organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de
§ 1º (Vetado). informações em saúde, integrado em todo o território
§ 2º (Vetado). nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de
§ 3º (Vetado). prestação de serviços.
§ 4º (Vetado).
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps Art. 48. (Vetado).
para órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) será
feita de modo a preservá-los como patrimônio da Seguridade Art. 49. (Vetado).
Social.
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os
inventariados com todos os seus acessórios, equipamentos e Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas
outros bens móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à
órgão de direção municipal do Sistema Único de Saúde - SUS proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema
ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição Único de Saúde (SUS).
administrativa se encontrem, mediante simples termo de
recebimento. Art. 51. (Vetado).
§ 7º (Vetado).
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui
mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades diversas das
congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a previstas nesta lei.
permitir a gerencia informatizada das contas e a disseminação
de estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico- Art. 53. (Vetado).
hospitalares.
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as
Art. 40. (Vetado) atividades de apoio à assistência à saúde são aquelas
desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana,
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das produção e fornecimento de medicamentos e produtos para
Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer, saúde, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e
supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de de diagnóstico por imagem e são livres à participação direta ou
Saúde (SUS), permanecerão como referencial de prestação de indireta de empresas ou de capitais estrangeiros. (Incluído
serviços, formação de recursos humanos e para transferência pela Lei nº 13.097, de 2015)
de tecnologia.
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 42. (Vetado).
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais
preservada nos serviços públicos contratados, ressalvando-se disposições em contrário.
as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as
entidades privadas. Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência
e 102º da República.
Art. 44. (Vetado).
FERNANDO COLLOR
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e
de ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), Questões
mediante convênio, preservada a sua autonomia
administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos 01. (Prefeitura do Rio Janeiro/RJ - Enfermeiro -
humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ/2019) De acordo com o
conferidos pelas instituições a que estejam vinculados. artigo 35 da Lei nº 8.080/90, para o estabelecimento dos
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e valores a serem transferidos a Estados, Municípios e Distrito
municipais de previdência social deverão integrar-se à direção Federal, será utilizado, entre outros, o seguinte critério:
correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme (A) composição do Conselho de Saúde
(B) estabelecimento de Plano de Saúde

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) desempenho técnico, econômico e financeiro no III. No âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de
período anterior Saúde ou órgão equivalente.
(D) contrapartida de recursos para a saúde no respectivo Quais estão corretas?
orçamento (A) Apenas I.
(B) Apenas II.
02. (UERJ - Técnico em Enfermagem - CEPUERJ/2019) (C) Apenas III.
A lei nº 8.080/1990 dispõe sobre as condições para a (D) Apenas I e II.
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o (E) I, II e III.
funcionamento dos serviços correspondentes, entre outras
providências, e regula, em todo o território nacional, as ações Gabarito
e serviços de saúde. Sobre os objetivos e as atribuições dessa
lei, é correto afirmar que: 01.C / 02.B / 03.D / 04.C / 05.E
(A) as ações que possibilitam o conhecimento, a detecção
ou prevenção de quaisquer mudanças nos fatores DECRETO Nº 7.508 DE 28 DE JUNHO DE 20114
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva são feitas pela vigilância sanitária Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
(B) o SUS contribui diretamente para o aparecimento de para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde -
doenças e agravos em saúde, quando não identifica e nem SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a
divulga os fatores que determinam e condicionam a saúde articulação interfederativa, e dá outras providências.
(C) a garantia da saúde é de responsabilidade privativa do
Estado, que não contribui diretamente para o aparecimento de A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
doenças e agravos em saúde lhe confere o art. 84º, inciso IV, da Constituição, e tendo em
(D) a formulação política de saúde centra-se em políticas vista o disposto na Lei nº 8.080, 19 de setembro de 1990,
econômicas voltadas para cura e procedimentos que
determinam e condicionam a saúde DECRETA:

03. (Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ - Técnico de CAPÍTULO I


Enfermagem - Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ/2019) Em DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
relação aos serviços privados de saúde no Sistema Único de
Saúde (SUS), a legislação pertinente determina que é Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de
permitido: setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema
(A) comercializar órgãos e tecidos, em casos excepcionais Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à
(B) haver complementação por parte do usuário, quando o saúde e a articulação interfederativa.
valor do procedimento for maior que o estipulado na Tabela
de Procedimentos Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:
(C) subvencionar diretamente empresas de capital I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo
estrangeiro, no caso de pesquisas para tratamento de doenças constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes,
de alta complexidade delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e
(D) às instituições privadas participar de forma sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de
complementar transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de ações e serviços
04. (AL/GO – Técnico em Enfermagem do Trabalho - de saúde;
IADES/2019) Acerca dos princípios e diretrizes do Sistema II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde -
Único de Saúde (SUS), descritos pelo artigo 7 da Lei Orgânica acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a
de Saúde, Lei no 8.080/1990, a utilização da epidemiologia é finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde
indicada para na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de
(A) organização de atendimento público específico e responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de
especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão
em geral. disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua
(B) defesa da integridade física e moral dos indivíduos, da execução e demais elementos necessários à implementação
família e da comunidade. integrada das ações e serviços de saúde;
(C) estabelecimento de prioridades, alocação de recursos e III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à
orientação programática. saúde do usuário no SUS;
(D) integração em nível executivo das ações de saúde, meio IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação
ambiente e saneamento básico. consensual entre os entes federativos para definição das
(E) regionalização e hierarquização da rede de serviços de regras da gestão compartilhada do SUS;
saúde. V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de
recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados
05. (IMESF - Enfermeiro - FUNDATEC/2019) A Lei nº pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a
8.080/1990, no verso em trata da organização, da direção e da capacidade instalada existente, os investimentos e o
gestão do Sistema Único de Saúde, determina que a direção do desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do
Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com a sistema;
Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços
governo pelos seguintes órgãos: de saúde articulados em níveis de complexidade crescente,
I. No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde. com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à
II. No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela saúde;
respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7508.htm - Acesso em 07/08/2019 às 13h10min.

Legislação do SUS 13
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APOSTILAS OPÇÃO

VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de
saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:
de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento I - de atenção primária;
especial; e II - de atenção de urgência e emergência;
VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento III - de atenção psicossocial; e
que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do IV - especiais de acesso aberto.
agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo
medicamentos e demais produtos apropriados, quando com o pactuado nas Comissões Intergestores, os entes
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de federativos poderão criar novas Portas de Entrada às ações e
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos serviços de saúde, considerando as características da Região
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do de Saúde.
SUS.
Art. 10º Os serviços de atenção hospitalar e os
CAPÍTULO II ambulatoriais especializados, entre outros de maior
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados
pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º.
Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das ações e
serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde Art. 11º O acesso universal e igualitário às ações e aos
executados pelos entes federativos, de forma direta ou serviços de saúde será ordenado pela atenção primária e deve
indireta, mediante a participação complementar da iniciativa ser fundado na avaliação da gravidade do risco individual e
privada, sendo organizado de forma regionalizada e coletivo e no critério cronológico, observadas as
hierarquizada. especificidades previstas para pessoas com proteção especial,
conforme legislação vigente.
Seção I Parágrafo único. A população indígena contará com
Das Regiões de Saúde regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas
especificidades e com a necessidade de assistência integral à
Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da Saúde.
em articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes
gerais pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT a Art. 12º Ao usuário será assegurada a continuidade do
que se refere o inciso I do art. 30º.30§ 1º Poderão ser cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, nos serviços,
instituídas Regiões de Saúde interestaduais, compostas por hospitais e em outras unidades integrantes da rede de atenção
Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respectivos da respectiva região.
Estados em articulação com os Municípios. Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as
§ 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas regras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de
de fronteira com outros países deverá respeitar as normas que saúde na respectiva área de atuação.
regem as relações internacionais.
Art. 13º Para assegurar ao usuário o acesso universal,
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS,
no mínimo, ações e serviços de: caberá aos entes federativos, além de outras atribuições que
I - atenção primária; venham a ser pactuadas pelas Comissões Intergestores:
II - urgência e emergência; I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no
III - atenção psicossocial; acesso às ações e aos serviços de saúde;
IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de
V - vigilância em saúde. saúde;
Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e
observará cronograma pactuado nas Comissões Intergestores. IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde.

Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as Art. 14º O Ministério da Saúde disporá sobre critérios,
transferências de recursos entre os entes federativos. diretrizes, procedimentos e demais medidas que auxiliem os
entes federativos no cumprimento das atribuições previstas
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão no art. 13º.
compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de
várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas CAPÍTULO III
Comissões Intergestores. DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Parágrafo único. Os entes federativos definirão os
seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde: Art. 15º O processo de planejamento da saúde será
I - seus limites geográficos; ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os
II - população usuária das ações e serviços; respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as
III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de
IV - respectivas responsabilidades, critérios de recursos financeiros.
acessibilidade e escala para conformação dos serviços. § 1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes
públicos e será indutor de políticas para a iniciativa privada.
Seção II § 2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada
Da Hierarquização no âmbito dos planos de saúde, os quais serão resultado do
planejamento integrado dos entes federativos, e deverão
Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações conter metas de saúde.
e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e § 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
se completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de
com a complexidade do serviço. saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da

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organização de serviços nos entes federativos e nas Regiões de Art. 26º O Ministério da Saúde é o órgão competente para
Saúde. dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes
Art. 16º No planejamento devem ser considerados os pactuadas pela CIT.
serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, de forma Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde
complementar ou não ao SUS, os quais deverão compor os consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do
Mapas da Saúde regional, estadual e nacional. respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas.
Art. 17º O Mapa da Saúde será utilizado na identificação
das necessidades de saúde e orientará o planejamento Art. 27º O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão
integrado dos entes federativos, contribuindo para o adotar relações específicas e complementares de
estabelecimento de metas de saúde. medicamentos, em consonância com a RENAME, respeitadas
as responsabilidades dos entes pelo financiamento de
Art. 18º O planejamento da saúde em âmbito estadual deve medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões
ser realizado de maneira regionalizada, a partir das Intergestores.
necessidades dos Municípios, considerando o estabelecimento
de metas de saúde. Art. 28º O acesso universal e igualitário à assistência
farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
Art. 19º Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde
de que trata o inciso II do art. 30º pactuar as etapas do do SUS;
processo e os prazos do planejamento municipal em II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de
consonância com os planejamentos estadual e nacional. saúde, no exercício regular de suas funções no SUS;
III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e
CAPÍTULO IV os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE relação específica complementar estadual, distrital ou
municipal de medicamentos; e
Art. 20º A integralidade da assistência à saúde se inicia e se IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela
completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante direção do SUS.
referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, § 1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso do
conforme pactuado nas Comissões Intergestores. usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de
saúde pública o justifiquem.
Seção I § 2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
RENASES especializado.

Art. 21º A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - Art. 29º A RENAME e a relação específica complementar
RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS estadual, distrital ou municipal de medicamentos somente
oferece ao usuário para atendimento da integralidade da poderão conter produtos com registro na Agência Nacional de
assistência à saúde. Vigilância Sanitária - ANVISA.

Art. 22º O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES CAPÍTULO V


em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA
CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde Seção I
consolidará e publicará as atualizações da RENASES. Das Comissões Intergestores

Art. 23º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Art. 30º As Comissões Intergestores pactuarão a
Municípios pactuarão nas respectivas Comissões organização e o funcionamento das ações e serviços de saúde
Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol de integrados em redes de atenção à saúde, sendo:
ações e serviços constantes da RENASES. I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da
Saúde para efeitos administrativos e operacionais;
Art. 24º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria
poderão adotar relações específicas e complementares de Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais;
ações e serviços de saúde, em consonância com a RENASES, e
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo seu III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito
financiamento, de acordo com o pactuado nas Comissões regional, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos
Intergestores. administrativos e operacionais, devendo observar as
diretrizes da CIB.
Seção II
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - Art. 31º Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos
RENAME de saúde poderão ser representados pelo Conselho Nacional
de Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho Nacional de
Art. 25º A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho
RENAME compreende a seleção e a padronização de Estadual de Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de
agravos no âmbito do SUS. Art. 32º As Comissões Intergestores pactuarão:
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da
Formulário Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a gestão compartilhada do SUS, de acordo com a definição da
prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos. política de saúde dos entes federativos, consubstanciada nos

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seus planos de saúde, aprovados pelos respectivos conselhos II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde,
de saúde; promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito
II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de regional e inter-regional;
limites geográficos, referência e contrarreferência e demais III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos
aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde perante a população no processo de regionalização, as quais
entre os entes federativos; serão estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o
III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e perfil, a organização e a capacidade de prestação das ações e
interestadual, a respeito da organização das redes de atenção dos serviços de cada ente federativo da Região de Saúde;
à saúde, principalmente no tocante à gestão institucional e à IV - indicadores e metas de saúde;
integração das ações e serviços dos entes federativos; V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de saúde;
Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e seu VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de
desenvolvimento econômico-financeiro, estabelecendo as monitoramento permanente;
responsabilidades individuais e as solidárias; e VII - adequação das ações e dos serviços dos entes
V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais federativos em relação às atualizações realizadas na RENASES;
de atenção à saúde para o atendimento da integralidade da VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas
assistência. responsabilidades; e
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por
pactuação: cada um dos partícipes para sua execução.
I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES; Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir
II - dos critérios para o planejamento integrado das ações formas de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à
e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do melhoria das ações e serviços de saúde.
compartilhamento da gestão; e
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das Art. 37º O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde
questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em observará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia
fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os casos, da gestão participativa:
as normas que regem as relações internacionais. I - estabelecimento de estratégias que incorporem a
avaliação do usuário das ações e dos serviços, como
Seção II ferramenta de sua melhoria;
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde II - apuração permanente das necessidades e interesses do
usuário; e
Art. 33º O acordo de colaboração entre os entes federativos III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde
para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde em todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades
será firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação privadas que dele participem de forma complementar.
Pública da Saúde.
Art. 38º A humanização do atendimento do usuário será
Art. 34º O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública fator determinante para o estabelecimento das metas de saúde
da Saúde é a organização e a integração das ações e dos previstas no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.
serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes
federativos em uma Região de Saúde, com a finalidade de Art. 39º As normas de elaboração e fluxos do Contrato
garantir a integralidade da assistência aos usuários. Organizativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo
Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública CIT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua
da Saúde resultará da integração dos planos de saúde dos implementação.
entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como
fundamento as pactuações estabelecidas pela CIT. Art. 40º O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do
SUS, por meio de serviço especializado, fará o controle e a
Art. 35º O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde fiscalização do Contrato Organizativo de Ação Pública da
definirá as responsabilidades individuais e solidárias dos Saúde.
entes federativos com relação às ações e serviços de saúde, os § 1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art.
indicadores e as metas de saúde, os critérios de avaliação de 4º da Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, conterá seção
desempenho, os recursos financeiros que serão específica relativa aos compromissos assumidos no âmbito do
disponibilizados, a forma de controle e fiscalização da sua Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde.
execução e demais elementos necessários à implementação § 2º O disposto neste artigo será implementado em
integrada das ações e serviços de saúde. conformidade com as demais formas de controle e fiscalização
§ 1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais previstas em Lei.
de garantia de acesso às ações e aos serviços de saúde no
âmbito do SUS, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano Art. 41º Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a
Nacional de Saúde. execução do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde,
§ 2º O desempenho aferido a partir dos indicadores em relação ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu
nacionais de garantia de acesso servirá como parâmetro para desempenho e à aplicação dos recursos disponibilizados.
avaliação do desempenho da prestação das ações e dos Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o
serviços definidos no Contrato Organizativo de Ação Pública Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde no sistema de
de Saúde em todas as Regiões de Saúde, considerando-se as informações em saúde organizado pelo Ministério da Saúde e
especificidades municipais, regionais e estaduais. os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde para
monitoramento.
Art. 36º O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde
conterá as seguintes disposições essenciais:
I - identificação das necessidades de saúde locais e
regionais;

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CAPÍTULO VI RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da
assistência à saúde e deverá ser atualizada
Art. 42º Sem prejuízo das outras providências legais, o (A) de acordo com a necessidade do município.
Ministério da Saúde informará aos órgãos de controle interno (B) a cada 6 meses.
e externo: (C) juntamente com o plano diretor municipal.
I - o descumprimento injustificado de responsabilidades (D) a cada 02 anos.
na prestação de ações e serviços de saúde e de outras (E) a cada 04 anos juntamente com as conferências de
obrigações previstas neste Decreto; saúde.
II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se
refere o inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142, de 1990; 04. (EBSERH/HU-UFGD - Enfermeiro - Saúde Indígena
III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos – AOCP) De acordo com o Decreto 7.508/2011, os serviços de
financeiros; e saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão
IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento
conhecimento. especial, denominam-se
(A) Portas de Entrada.
Art. 43º A primeira RENASES é a somatória de todas as (B) Serviços Especiais de Acesso Primário.
ações e serviços de saúde que na data da publicação deste (C) Serviços Especiais de Acesso Aberto.
Decreto são ofertados pelo SUS à população, por meio dos (D) Atenção Primária.
entes federados, de forma direta ou indireta. (E) Atenção Psicossocial.

Art. 44º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as 05. (EBSERH/HU-UFMS - Enfermeiro – Vigilância –
diretrizes de que trata o § 3º do art. 15º no prazo de cento e AOCP) Analise as assertivas e assinale a alternativa que
oitenta dias a partir da publicação deste Decreto. aponta as corretas. De acordo com o Decreto Presidencial n°
Art. 45º Este Decreto entra em vigor na data de sua 7.508, de 28 de junho de 2011, são Portas de Entrada às ações
publicação. e aos serviços de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os
serviços
Brasília, 28 de junho de 2011; 190o da Independência e I. de atenção primária.
123o da República. II. de atenção de urgência e emergência.
III. de atenção psicossocial.
DILMA ROUSSEFF IV. especiais de acesso aberto.
Alexandre Rocha Santos Padilha
(A) Apenas I, II e IV.
Questões (B) Apenas II e III.
(C) Apenas III e IV.
01. (UERJ – Técnico em Enfermagem – CEPUERJ/2019) (D) Apenas I, II e III.
O decreto nº 7.508/2011 estabelece alguns arranjos (E) I, II, III e IV.
organizativos de forma a garantir a integralidade da
assistência. Assim, se algum usuário do SUS necessitar de Gabarito
cuidado mais complexo e de tecnologia mais densa, as equipes
dos serviços de saúde devem se articular e se complementar, 01.B / 02.A / 03.D / 04.C / 05.E
originando um (a):
(A) região de saúde PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 20065
(B) rede de atenção à saúde
(C) contrato organizativo da ação pública da saúde Divulga o Pacto pela Saúde 2006 - Consolidação do SUS e
(D) programa de melhoria do acesso e da qualidade da aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.
assistência
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, INTERINO, no uso de
02. (UERJ – Técnico em Enfermagem - CEPUERJ/2019) suas atribuições, e
O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e aos
serviços de saúde se inicia pelas portas de entrada do SUS e se Considerando o disposto no art. 198 da Constituição
completa na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo Federal de 1988, que estabelece as ações e serviços públicos
com a complexidade do serviço. Portas de entrada às ações e que integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
aos serviços de saúde, nas Redes de Atenção à Saúde, são os constituem o Sistema Único de Saúde - SUS;
serviços que compreendem, entre outros, os de atenção básica Considerando o art. 7º da Lei nº 8080/90 dos princípios e
e os de: diretrizes do SUS de universalidade do acesso, integralidade
(A) urgência e emergência, atenção psicossocial e os da atenção e descentralização político-administrativa com
especiais de acesso aberto direção única em cada esfera de governo;
(B) urgência e emergência, as maternidades e os especiais Considerando a necessidade de qualificar e implementar o
de acesso aberto processo de descentralização, organização e gestão do SUS à
(C) atenção especializada, atenção psicossocial e atenção luz da evolução do processo de pactuação intergestores;
hospitalar Considerando a necessidade do aprimoramento do
(D) atenção especializada, atenção hospitalar e as processo de pactuação intergestores objetivando a
maternidades qualificação, o aperfeiçoamento e a definição das
responsabilidades sanitárias e de gestão entre os entes
03. (EBSERH/ HC-UFMG - Enfermeiro – Vigilância – federados no âmbito do SUS;
AOCP) A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde -

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0399_22_02_2006.html -
Acesso em 07/08/2019 às 13h11min.

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Considerando a necessidade de definição de compromisso esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas
entre os gestores do SUS em torno de prioridades que gerais a um país tão grande e desigual; de outro, pela sua
apresentem impacto sobre a situação de saúde da população fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-
brasileira; processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e
Considerando o compromisso com a consolidação e o enorme complexidade.
avanço do processo de Reforma Sanitária Brasileira,
explicitada na defesa dos princípios do SUS; Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os
Considerando a aprovação das Diretrizes Operacionais do gestores do SUS assumem o compromisso público da
Pacto pela Saúde em 2006 - Consolidação do SUS na reunião construção do PACTO PELA SAÚDE 2006, que será anualmente
da Comissão Intergestores Tripartite realizada no dia 26 de revisado, com base nos princípios constitucionais do SUS,
janeiro de 2006; e ênfase nas necessidades de saúde da população e que
Considerando a aprovação das Diretrizes Operacionais do implicará o exercício simultâneo de definição de prioridades
Pacto pela Saúde em 2006 - Consolidação do SUS, na reunião articuladas e integradas nos três componentes: Pacto pela
do Conselho Nacional de Saúde realizada no dia 9 de fevereiro Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.
de 2006,
Estas prioridades são expressas em objetivos e metas no
R E S O L V E: Termo de Compromisso de Gestão e estão detalhadas no
documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006
Art. 1º Dar divulgação ao Pacto pela Saúde 2006 -
Consolidação do SUS, na forma do Anexo I a esta portaria. I - O PACTO PELA VIDA:

Art 2º Aprovar as Diretrizes Operacionais do Pacto pela O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de
Saúde em 2006 - Consolidação do SUS com seus três compromissos sanitários, expressos em objetivos de
componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão, processos e resultados e derivados da análise da situação de
na forma do Anexo II a esta Portaria. saúde do País e das prioridades definidas pelos governos
federal, estaduais e municipais.
Art. 3º Ficam mantidas, até a assinatura do Termo de
Compromisso de Gestão constante nas Diretrizes Operacionais Significa uma ação prioritária no campo da saúde que
do Pacto pela Saúde 2006, as mesmas prerrogativas e deverá ser executada com foco em resultados e com a
responsabilidades dos municípios e estados que estão explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e
habilitados em Gestão Plena do Sistema, conforme financeiros para o alcance desses resultados.
estabelecido na Norma Operacional Básica - NOB SUS 01/96 e
na Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS SUS As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos para
2002. 2006 são:

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua SAÚDE DO IDOSO:


publicação.
Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa,
JOSÉ AGENOR ÁLVARES DA SILVA buscando a atenção integral.

ANEXO I CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:


PACTO PELA SAÚDE 2006
Consolidação do SUS Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de
colo do útero e de mama.
O Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que
acaba de completar uma década e meia de existência. Nesses MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:
poucos anos, foi construído no Brasil, um sólido sistema de
saúde que presta bons serviços à população brasileira. Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil
por doença diarréica e por pneumonias.
O SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades
ambulatoriais e de cerca de 6 mil unidades hospitalares, com DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA
mais de 440 mil leitos. Sua produção anual é DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E
aproximadamente de 12 milhões de internações hospitalares; INFLUENZA
1 bilhão de procedimentos de atenção primária à saúde; 150
milhões de consultas médicas; 2 milhões de partos; 300 Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde
milhões de exames laboratoriais; 132 milhões de às doenças emergentes e endemias.
atendimentos de alta complexidade e 14 mil transplantes de
órgãos. Além de ser o segundo país do mundo em número de PROMOÇÃO DA SAÚDE:
transplantes, o Brasil é reconhecido internacionalmente pelo
seu progresso no atendimento universal às Doenças Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da
Sexualmente Transmissíveis/AIDS, na implementação do Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte
Programa Nacional de Imunização e no atendimento relativo à da população brasileira, de forma a internalizar a
Atenção Básica. O SUS é avaliado positivamente pelos que o responsabilidade individual da prática de atividade física
utilizam rotineiramente e está presente em todo território regula,r alimentação saudável e combate ao tabagismo.
nacional.
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Ao longo de sua história houve muitos avanços e também
desafios permanentes a superar. Isso tem exigido, dos gestores Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família
do SUS, um movimento constante de mudanças, pela via das como modelo de atenção básica à saúde e como centro
reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.

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APOSTILAS OPÇÃO

II - O PACTO EM DEFESA DO SUS: As prioridades do Pacto de Gestão são:

O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e DEFINIR DE FORMA INEQUÍVOCA A RESPONSABILIDADE
articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de SANITÁRIA DE CADA INSTÂNCIA GESTORA DO SUS: federal,
reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de estadual e municipal, superando o atual processo de
governos; e de defender, vigorosamente, os princípios habilitação.
basilares dessa política pública, inscritos na Constituição
Federal. ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS,
com ênfase na Descentralização; Regionalização;
A concretização desse Pacto passa por um movimento de Financiamento; Programação Pactuada e Integrada;
repolitização da saúde, com uma clara estratégia de Regulação; Participação e Controle Social; Planejamento;
mobilização social envolvendo o conjunto da sociedade Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.
brasileira, extrapolando os limites do setor e vinculada ao
processo de instituição da saúde como direito de cidadania, Este PACTO PELA SAÚDE 2006 aprovado pelos gestores do
tendo o financiamento público da saúde como um dos pontos SUS na reunião da Comissão Intergestores Tripartite do dia 26
centrais. de janeiro de 2006, é abaixo assinado pelo Ministro da Saúde,
o Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde -
As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são: CONASS e o Presidente do Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde - CONASEMS e será operacionalizado por
IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE meio do documento de Diretrizes Operacionais do Pacto pela
MOBILIZAÇÃO SOCIAL COM A FINALIDADE DE: Saúde 2006.

Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como Ministério da Saúde


sistema público universal garantidor desses direitos;
Conselho Nacional de Secretários de Saúde-CONASS
Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda
Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional; Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde-
CONASEMS
Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos
orçamentários e financeiros para a saúde. Anexo II
DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PACTO PELA SAÚDE
Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos EM 2006 - CONSOLIDAÇÃO DO SUS
das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada
uma delas. Transcorridas quase duas décadas do processo de
institucionalização do Sistema Único de Saúde, a sua
ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS implantação e implementação evoluíram muito,
USUÁRIOS DO SUS especialmente em relação aos processos de descentralização e
municipalização das ações e serviços de saúde. O processo de
III - O PACTO DE GESTÃO DO SUS descentralização ampliou o contato do Sistema com a
realidade social, política e administrativa do país e com suas
O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades claras especificidades regionais, tornando-se mais complexo e
de cada ente federado de forma a diminuir as competências colocando os gestores a frente de desafios que busquem
concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, superar a fragmentação das políticas e programas de saúde
contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão através da organização de uma rede regionalizada e
compartilhada e solidária do SUS. hierarquizada de ações e serviços e da qualificação da gestão.

Esse Pacto parte de uma constatação indiscutível: o Brasil Frente a esta necessidade, o Ministério da Saúde, o
é um país continental e com muitas diferenças e iniquidades Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e o
regionais. Mais do que definir diretrizes nacionais é necessário Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde -
avançar na regionalização e descentralização do SUS, a partir CONASEMS, pactuaram responsabilidades entre os três
de uma unidade de princípios e uma diversidade operativa que gestores do SUS, no campo da gestão do Sistema e da atenção
respeite as singularidades regionais. à saúde. O documento a seguir contempla o pacto firmado
entre os três gestores do SUS a partir de uma unidade de
Esse Pacto radicaliza a descentralização de atribuições do princípios que, guardando coerência com a diversidade
Ministério da Saúde para os estados, e para os municípios, operativa, respeita as diferenças loco-regionais, agrega os
promovendo um choque de descentralização, acompanhado pactos anteriormente existentes, reforça a organização das
da desburocratização dos processos normativos. Reforça a regiões sanitárias instituindo mecanismos de co-gestão e
territorialização da saúde como base para organização dos planejamento regional, fortalece os espaços e mecanismos de
sistemas, estruturando as regiões sanitárias e instituindo controle social, qualifica o acesso da população a atenção
colegiados de gestão regional. integral à saúde, redefine os instrumentos de regulação,
programação e avaliação, valoriza a macro função de
Reitera a importância da participação e do controle social cooperação técnica entre os gestores e propõe um
com o compromisso de apoio à sua qualificação. financiamento tripartite que estimula critérios de equidade
nas transferências fundo a fundo.
Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento
público tripartite: busca critérios de alocação equitativa dos A implantação desse Pacto, nas suas três dimensões - Pacto
recursos; reforça os mecanismos de transferência fundo a pela Vida, Pacto de Gestão e Pacto em Defesa do SUS -
fundo entre gestores; integra em grandes blocos o possibilita a efetivação de acordos entre as três esferas de
financiamento federal e estabelece relações contratuais entre gestão do SUS para a reforma de aspectos institucionais
os entes federativos. vigentes, promovendo inovações nos processos e

Legislação do SUS 19
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APOSTILAS OPÇÃO

instrumentos de gestão que visam alcançar maior efetividade, Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
eficiência e qualidade de suas respostas e ao mesmo tempo,
redefine responsabilidades coletivas por resultados sanitários 2 - Ações estratégicas:
em função das necessidades de saúde da população e na busca Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa - Instrumento de
da equidade social. cidadania com informações relevantes sobre a saúde da
pessoa idosa, possibilitando um melhor acompanhamento por
I - PACTO PELA VIDA parte dos profissionais de saúde.
O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do
SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a Manual de Atenção Básica e Saúde para a Pessoa Idosa -
situação de saúde da população brasileira. Para indução de ações de saúde, tendo por referência as
diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa
A definição de prioridades deve ser estabelecida através de Idosa.
metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais.
Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas às Programa de Educação Permanente à Distância -
prioridades nacionais, conforme pactuação local. Implementar programa de educação permanente na área do
envelhecimento e saúde do idoso, voltado para profissionais
Os estados/região/município devem pactuar as ações que trabalham na rede de atenção básica em saúde,
necessárias para o alcance das metas e dos objetivos contemplando os conteúdos específicos das repercussões do
propostos. processo de envelhecimento populacional para a saúde
individual e para a gestão dos serviços de saúde.
São seis as prioridades pactuadas:
Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento à
Saúde do idoso; pessoa idosa nas unidades de saúde, como uma das estratégias
de enfrentamento das dificuldades atuais de acesso.
Controle do câncer de colo de útero e de mama;
Assistência Farmacêutica - Desenvolver ações que visem
Redução da mortalidade infantil e materna; qualificar a dispensação e o acesso da população idosa.

Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças Atenção Diferenciada na Internação - Instituir avaliação


emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, geriátrica global realizada por equipe multidisciplinar, a toda
tuberculose, malária e influenza; pessoa idosa internada em hospital que tenha aderido ao
Programa de Atenção Domiciliar.
Promoção da Saúde;
Atenção domiciliar - Instituir esta modalidade de
Fortalecimento da Atenção Básica. prestação de serviços ao idoso, valorizando o efeito favorável
do ambiente familiar no processo de recuperação de pacientes
A - SAÚDE DO IDOSO e os benefícios adicionais para o cidadão e o sistema de saúde.

Para efeitos desse Pacto será considerada idosa a pessoa B- CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE
com 60 anos ou mais. MAMA:

1 - O trabalho nesta área deve seguir as seguintes 1 - Objetivos e metas para o Controle do Câncer de Colo
diretrizes: de Útero:

Promoção do envelhecimento ativo e saudável; Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do
colo de útero, conforme protocolo, em 2006.
Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa;
Incentivo da realização da cirurgia de alta frequência
Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da técnica que utiliza um instrumental especial para a retirada de
atenção; lesões ou parte do colo uterino comprometidas (com lesões
intra-epiteliais de alto grau) com menor dano possível, que
A implantação de serviços de atenção domiciliar; pode ser realizada em ambulatório, com pagamento
diferenciado, em 2006.
O acolhimento preferêncial em unidades de saúde,
respeitado o critério de risco; 2 - Metas para o Controle do Câncer de mama:

Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da Ampliar para 60% a cobertura de mamografia, conforme
atenção à saúde da pessoa idosa; protocolo.

Fortalecimento da participação social; Realizar a punção em 100% dos casos necessários,


conforme protocolo.
Formação e educação permanente dos profissionais de
saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; C - REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA E
INFANTIL:
Divulgação e informação sobre a Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e 1 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade
usuários do SUS; infantil

Promoção de cooperação nacional e internacional das Reduzir a mortalidade neonatal em 5%, em 2006.
experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;

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APOSTILAS OPÇÃO

Reduzir em 50% os óbitos por doença diarréica e 20% por Promover medidas concretas pelo hábito da alimentação
pneumonia, em 2006. saudável;

Apoiar a elaboração de propostas de intervenção para a Elaborar e pactuar a Política Nacional de Promoção da
qualificação da atenção as doenças prevalentes. Saúde que contemple as especificidades próprias dos estados
e municípios devendo iniciar sua implementação em 2006;
Criação de comitês de vigilância do óbito em 80% dos
municípios com população acima de 80.000 habitantes, em F - FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
2006.
2 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade 1 - Objetivos
materna
Assumir a estratégia de saúde da família como estratégia
Reduzir em 5% a razão de mortalidade materna, em 2006. prioritária para o fortalecimento da atenção básica, devendo
seu desenvolvimento considerar as diferenças loco-regionais.
Garantir insumos e medicamentos para tratamento das
síndromes hipertensivas no parto. Desenvolver ações de qualificação dos profissionais da
atenção básica por meio de estratégias de educação
Qualificar os pontos de distribuição de sangue para que permanente e de oferta de cursos de especialização e
atendam as necessidades das maternidades e outros locais de residência multiprofissional e em medicina da família.
parto.
Consolidar e qualificar a estratégia de saúde da família nos
D - FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTAS pequenos e médios municípios.
ÀS DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA
DENGUE, HANSENIASE, TUBERCULOSE, MALARIA E Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família nos
INFLUENZA. grandes centros urbanos.

Objetivos e metas para o Controle da Dengue Garantir a infra-estrutura necessária ao funcionamento


das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de recursos
Plano de Contingência para atenção aos pacientes, materiais, equipamentos e insumos suficientes para o
elaborado e implantado nos municípios prioritários, em 2006; conjunto de ações propostas para esses serviços.

Reduzir a menos de 1% a infestação predial por Aedes Garantir o financiamento da Atenção Básica como
aegypti em 30% dos municípios prioritários ate 2006; responsabilidade das três esferas de gestão do SUS.

2 - Meta para a Eliminação da Hanseníase: Aprimorar a inserção dos profissionais da Atenção Básica
nas redes locais de saúde, por meio de vínculos de trabalho que
Atingir o patamar de eliminação enquanto problema de favoreçam o provimento e fixação dos profissionais.
saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por 10.000 habitantes
em todos os municípios prioritários, em 2006. Implantar o processo de monitoramento e avaliação da
Atenção Básica nas três esferas de governo, com vistas à
3 - Metas para o Controle da Tuberculose: qualificação da gestão descentralizada.

Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de Apoiar diferentes modos de organização e fortalecimento
tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano; da Atenção Básica que considere os princípios da estratégia de
Saúde da Família, respeitando as especificidades loco-
4- Meta para o Controle da Malária regionais.

Reduzir em 15% a Incidência Parasitária Anual, na região II - PACTO EM DEFESA DO SUS


da Amazônia Legal, em 2006;
A - DIRETRIZES
5 - Objetivo para o controle da Influenza
O trabalho dos gestores das três esferas de governo e dos
Implantar plano de contingência, unidades sentinelas e o outros atores envolvidos dentro deste Pacto deve considerar
sistema de informação - SIVEP-GRIPE, em 2006. as seguintes diretrizes:

E - PROMOÇÃO DA SAÚDE Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com


a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na
1 - Objetivos: defesa dos princípios do Sistema Único de Saúde estabelecidos
na Constituição Federal.
Elaborar e implementar uma Política de Promoção da
Saúde, de responsabilidade dos três gestores; Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de
competência e em conjunto com os demais gestores, que visem
Enfatizar a mudança de comportamento da população qualificar e assegurar o Sistema Único de Saúde como política
brasileira de forma a internalizar a responsabilidade pública.
individual da prática de atividade física regular, alimentação
adequada e saudável e combate ao tabagismo;

Articular e promover os diversos programas de promoção


de atividade física já existentes e apoiar a criação de outros;

Legislação do SUS 21
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APOSTILAS OPÇÃO

2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar através de As deliberações das Comissões Intergestores Bipartite e
iniciativas que busquem: Tripartite devem ser por consenso;

A repolitização da saúde, como um movimento que retoma A Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da
a Reforma Sanitária Brasileira aproximando-a dos desafios Saúde promoverão e apoiarão processo de qualificação
atuais do SUS; permanente para as Comissões Intergestores Bipartite;

A Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização O detalhamento deste processo, no que se refere à
social tendo a questão da saúde como um direito; descentralização de ações realizadas hoje pelo Ministério da
Saúde, será objeto de portaria específica.
A garantia de financiamento de acordo com as
necessidades do Sistema; Regionalização

3 - Ações do Pacto em Defesa do SUS: A Regionalização é uma diretriz do Sistema Único de Saúde
e um eixo estruturante do Pacto de Gestão e deve orientar a
As ações do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar: descentralização das ações e serviços de saúde e os processos
de negociação e pactuação entre os gestores.
Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e
desenvolvimento da cidadania, tendo a questão da saúde como Os principais instrumentos de planejamento da
um direito; Regionalização são o Plano Diretor de Regionalização - PDR, o
Plano Diretor de Investimento - PDI e a Programação Pactuada
Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos e Integrada da Atenção em Saúde - PPI, detalhados no corpo
limites institucionais do SUS; deste documento.

Ampliação e fortalecimento das relações com os O PDR deverá expressar o desenho final do processo de
movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da identificação e reconhecimento das regiões de saúde, em suas
saúde e cidadania; diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal,
objetivando a garantia do acesso, a promoção da equidade, a
Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários garantia da integralidade da atenção, a qualificação do
do SUS; processo de descentralização e a racionalização de gastos e
otimização de recursos.
Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional, com
aprovação do PL nº 01/03, já aprovado e aprimorado em três Para auxiliar na função de coordenação do processo de
comissões da Câmara dos Deputados; regionalização, o PDR deverá conter os desenhos das redes
regionalizadas de atenção à saúde, organizadas dentro dos
Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos territórios das regiões e macrorregiões de saúde, em
orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o articulação com o processo da Programação Pactuada
compromisso de cada uma delas em ações e serviços de saúde Integrada.
de acordo com a Constituição Federal.
O PDI deve expressar os recursos de investimentos para
III - PACTO DE GESTÃO atender as necessidades pactuadas no processo de
planejamento regional e estadual. No âmbito regional deve
Estabelece Diretrizes para a gestão do sistema nos refletir as necessidades para se alcançar a suficiência na
aspectos da Descentralização; Regionalização; Financiamento; atenção básica e parte da média complexidade da assistência,
Planejamento; Programação Pactuada e Integrada - PPI; conforme desenho regional e na macrorregião no que se refere
Regulação; Participação Social e Gestão do Trabalho e da à alta complexidade. Deve contemplar também as
Educação na Saúde. necessidades da área da vigilância em saúde e ser
desenvolvido de forma articulada com o processo da PPI e do
DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS PDR.

Premissas da descentralização 2.1- Objetivos da Regionalização:

Buscando aprofundar o processo de descentralização, com Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações e
ênfase numa descentralização compartilhada, são fixadas as serviços de saúde cuja complexidade e contingente
seguintes premissas, que devem orientar este processo: populacional transcenda a escala local/municipal;

Cabe ao Ministério da Saúde a proposição de políticas, Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e
participação no co-financiamento, cooperação técnica, territoriais e promover a equidade, ampliando a visão nacional
avaliação, regulação, controle e fiscalização, além da mediação dos problemas, associada à capacidade de diagnóstico e
de conflitos; decisão loco-regional, que possibilite os meios adequados para
a redução das desigualdades no acesso às ações e serviços de
Descentralização dos processos administrativos relativos saúde existentes no país;
à gestão para as Comissões Intergestores Bipartite;
Garantir a integralidade na atenção a saúde, ampliando o
As Comissões Intergestores Bipartite são instâncias de conceito de cuidado à saúde no processo de reordenamento
pactuação e deliberação para a realização dos pactos das ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação
intraestaduais e a definição de modelos organizacionais, a com garantia de acesso a todos os níveis de complexidade do
partir de diretrizes e normas pactuadas na Comissão sistema;
Intergestores Tripartite;

Legislação do SUS 22
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APOSTILAS OPÇÃO

Potencializar o processo de descentralização, fortalecendo As regiões podem ter os seguintes formatos:


estados e municípios para exercerem papel de gestores e para
que as demandas dos diferentes interesses loco-regionais Regiões intraestaduais, compostas por mais de um
possam ser organizadas e expressadas na região; município, dentro de um mesmo estado;

Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, Regiões Intramunicipais, organizadas dentro de um


possibilitando ganho em escala nas ações e serviços de saúde mesmo município de grande extensão territorial e densidade
de abrangência regional. populacional;

- Regiões de Saúde Regiões Interestaduais, conformadas a partir de


municípios limítrofes em diferentes estados;
As Regiões de Saúde são recortes territoriais inseridos em
um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de municípios
municipais e estaduais a partir de identidades culturais, limítrofes com países vizinhos.
econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-
estrutura de transportes compartilhados do território; Nos casos de regiões fronteiriças o Ministério da Saúde
deve envidar esforços no sentido de promover articulação
A Região de Saúde deve organizar a rede de ações e entre os países e órgãos envolvidos, na perspectiva de
serviços de saúde a fim de assegurar o cumprimento dos implementação do sistema de saúde e consequente
princípios constitucionais de universalidade do acesso, organização da atenção nos municípios fronteiriços,
equidade e integralidade do cuidado; coordenando e fomentando a constituição dessas Regiões e
participando do colegiado de gestão regional.
A organização da Região de Saúde deve favorecer a ação
cooperativa e solidária entre os gestores e o fortalecimento do - Mecanismos de Gestão Regional
controle social;
Para qualificar o processo de regionalização, buscando a
Para a constituição de uma rede de atenção à saúde garantia e o aprimoramento dos princípios do SUS, os gestores
regionalizada em uma determinada região, é necessário a de saúde da Região deverão constituir um espaço permanente
pactuação entre todos os gestores envolvidos, do conjunto de de pactuação e co-gestão solidária e cooperativa através de um
responsabilidades não compartilhadas e das ações Colegiado de Gestão Regional. A denominação e o
complementares; funcionamento do Colegiado devem ser acordados na CIB;
O conjunto de responsabilidades não compartilhadas se
refere à atenção básica e às ações básicas de vigilância em O Colegiado de Gestão Regional se constitui num espaço de
saúde, que deverão ser assumidas por cada município; decisão através da identificação, definição de prioridades e de
pactuação de soluções para a organização de uma rede
As ações complementares e os meios necessários para regional de ações e serviços de atenção à saúde, integrada e
viabilizá-las deverão ser compartilhados e integrados a fim de resolutiva;
garantir a resolutividade e a integralidade de acesso;
O Colegiado deve ser formado pelos gestores municipais
Os estados e a união devem apoiar os municípios para que de saúde do conjunto de municípios e por representantes
estes assumam o conjunto de responsabilidades; do(s) gestor(es) estadual(ais), sendo as suas decisões sempre
por consenso, pressupondo o envolvimento e
O corte no nível assistencial para delimitação de uma comprometimento do conjunto de gestores com os
Região de Saúde deve estabelecer critérios que propiciem compromissos pactuados.
certo grau de resolutividade àquele território, como
suficiência em atenção básica e parte da média complexidade; Nos casos onde as CIB regionais estão constituídas por
representação e não for possível a imediata incorporação de
Quando a suficiência em atenção básica e parte da média todos os municípios da Região de Saúde deve ser pactuado um
complexidade não forem alcançadas deverá ser considerada cronograma de adequação, no menor prazo possível, para a
no planejamento regional a estratégia para o seu inclusão de todos os municípios nos respectivos colegiados
estabelecimento, junto com a definição dos investimentos, regionais.
quando necessário;
O Colegiado deve instituir processo de planejamento
O planejamento regional deve considerar os parâmetros regional, que defina as prioridades, as responsabilidades de
de incorporação tecnológica que compatibilizem economia de cada ente, as bases para a programação pactuada integrada da
escala com equidade no acesso; atenção a saúde, o desenho do processo regulatório, as
estratégias de qualificação do controle social, as linhas de
Para garantir a atenção na alta complexidade e em parte da investimento e o apoio para o processo de planejamento local.
média, as Regiões devem pactuar entre si arranjos inter-
regionais, com agregação de mais de uma Região em uma O planejamento regional, mais que uma exigência formal,
macrorregião; deverá expressar as responsabilidades dos gestores com a
saúde da população do território e o conjunto de objetivos e
O ponto de corte da média complexidade que deve estar na ações que contribuirão para a garantia do acesso e da
Região ou na macrorregião deve ser pactuado na CIB, a partir integralidade da atenção, devendo as prioridades e
da realidade de cada estado. Em alguns estados com mais responsabilidades definidas regionalmente estar refletidas no
adensamento tecnológico, a alta complexidade pode estar plano de saúde de cada município e do estado;
contemplada dentro de uma Região.
Os colegiados de gestão regional deverão ser apoiados
através de câmaras técnicas permanentes que subsidiarão
com informações e análises relevantes.

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APOSTILAS OPÇÃO

- Etapas do Processo de Construção da Regionalização Priorizar linhas de investimento

- Critérios para a composição da Região de Saúde, expressa Estimular estratégias de qualificação do controle social
no PDR:
Contiguidade entre os municípios; Apoiar o processo de planejamento local

Respeito à identidade expressa no cotidiano social, Constituir um processo dinâmico de avaliação e


econômico e cultural; monitoramento regional

Existência de infra-estrutura de transportes e de redes de - Reconhecimento das Regiões


comunicação, que permita o trânsito das pessoas entre os As Regiões Intramunicipais deverão ser reconhecidas
municípios; como tal, não precisando ser homologadas pelas Comissões
Intergestores.
Existência de fluxos assistenciais que devem ser alterados,
se necessário, para a organização da rede de atenção à saúde; As Regiões Intraestaduais deverão ser reconhecidas nas
Comissões Intergestores Bipartite e encaminhadas para
Considerar a rede de ações e serviços de saúde, onde: conhecimento e acompanhamento do MS.

Todos os municípios se responsabilizam pela atenção As Regiões Interestaduais deverão ser reconhecidas nas
básica e pelas ações básicas de vigilância em saúde; respectivas Comissões Intergestores Bipartite e encaminhadas
para homologação da Comissão Intergestores Tripartite.
O desenho da região propicia relativo grau de
resolutividade àquele território, como a suficiência em As Regiões Fronteiriças deverão ser reconhecidas nas
Atenção Básica e parte da Média Complexidade. respectivas Comissões Intergestores Bipartite e encaminhadas
para homologação na Comissão Intergestores Tripartite.
A suficiência está estabelecida ou a estratégia para alcançá-
la está explicitada no planejamento regional, contendo, se O desenho das Regiões intra e interestaduais deve ser
necessário, a definição dos investimentos. submetida a aprovação pelos respectivos Conselhos Estaduais
de Saúde.
O desenho considera os parâmetros de incorporação
tecnológica que compatibilizem economia de escala com Financiamento do Sistema Único de Saúde
equidade no acesso.
3.1 - São princípios gerais do financiamento para o
O desenho garante a integralidade da atenção e para isso Sistema Único de Saúde:
as Regiões devem pactuar entre si arranjos inter-regionais, se
necessário com agregação de mais de uma região em uma Responsabilidade das três esferas de gestão - União,
macrorregião; o ponto de corte de média e alta-complexidade Estados e Municípios pelo financiamento do Sistema Único de
na região ou na macroregião deve ser pactuado na CIB, a partir Saúde;
da realidade de cada estado.
Redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e
- Constituição, Organização e Funcionamento do Colegiado regionais, a ser contemplada na metodologia de alocação de
de Gestão Regional: recursos, considerando também as dimensões étnico-racial e
social;
A constituição do colegiado de gestão regional deve
assegurar a presença de todos os gestores de saúde dos Repasse fundo a fundo, definido como modalidade
municípios que compõem a Região e da representação preferêncial de transferência de recursos entre os gestores;
estadual.
Nas CIB regionais constituídas por representação, quando Financiamento de custeio com recursos federais
não for possível a imediata incorporação de todos os gestores constituído, organizados e transferidos em blocos de recursos;
de saúde dos municípios da Região de saúde, deve ser O uso dos recursos federais para o custeio fica restrito a
pactuado um cronograma de adequação, com o menor prazo cada bloco, atendendo as especificidades previstas nos
possível, para a inclusão de todos os gestores nos respectivos mesmos, conforme regulamentação específica;
colegiados de gestão regionais;
As bases de cálculo que formam cada Bloco e os montantes
Constituir uma estrutura de apoio ao colegiado, através de financeiros destinados para os Estados, Municípios e Distrito
câmara técnica e eventualmente, grupos de trabalho formados Federal devem compor memórias de cálculo, para fins de
com técnicos dos municípios e do estado; histórico e monitoramento.

Estabelecer uma agenda regular de reuniões; - Os blocos de financiamento para o custeio são:

O funcionamento do Colegiado deve ser organizado de Atenção básica


modo a exercer as funções de:
Atenção de média e alta complexidade
Instituir um processo dinâmico de planejamento regional
Vigilância em Saúde
Atualizar e acompanhar a programação pactuada
integrada de atenção em saúde Assistência Farmacêutica

Desenhar o processo regulatório, com definição de fluxos e Gestão do SUS


protocolos

Legislação do SUS 24
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APOSTILAS OPÇÃO

Bloco de financiamento para a Atenção Básica O Fundo de Ações Estratégicas e Compensação - FAEC se
destina, assim, ao custeio de procedimentos, conforme
O financiamento da Atenção Básica é de responsabilidade detalhado a seguir:
das três esferas de gestão do SUS, sendo que os recursos
federais comporão o Bloco Financeiro da Atenção Básica Procedimentos regulados pela CNRAC - Central Nacional
dividido em dois componentes: Piso da Atenção Básica e Piso de Regulação da Alta Complexidade;
da Atenção Básica Variável e seus valores serão estabelecidos
em Portaria específica, com memórias de cálculo anexas. Transplantes;

O Piso de Atenção Básica - PAB consiste em um montante Ações Estratégicas Emergenciais, de caráter temporário,
de recursos financeiros, que agregam as estratégias destinadas implementadas com prazo pré-definido;
ao custeio de ações de atenção básica à saúde;
Novos procedimentos: cobertura financeira de
Os recursos financeiros do PAB serão transferidos aproximadamente seis meses, quando da inclusão de novos
mensalmente, de forma regular e automática, do Fundo procedimentos, sem correlação à tabela vigente, até a
Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos Municípios e do formação de série histórica para a devida agregação ao MAC.
Distrito Federal.
c) Bloco de financiamento para a Vigilância em Saúde
O Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável consiste
em um montante financeiro destinado ao custeio de Os recursos financeiros correspondentes às ações de
estratégias específicas desenvolvidas no âmbito da Atenção Vigilância em Saúde comporão o Limite Financeiro de
Básica em Saúde. Vigilância em Saúde dos Estados, Municípios e do Distrito
Federal e representam o agrupamento das ações da Vigilância
O PAB Variável passa a ser composto pelo financiamento Epidemiológica, Ambiental e Sanitária;
das seguintes estratégias:
O Limite Financeiro da Vigilância em Saúde é composto por
Saúde da Família; dois componentes: da Vigilância Epidemiológica e Ambiental
em Saúde e o componente da Vigilância Sanitária em Saúde;
Agentes Comunitários de Saúde;
O financiamento para as ações de vigilância sanitária deve
Saúde Bucal; consolidar a reversão do modelo de pagamento por
procedimento, oferecendo cobertura para o custeio de ações
Compensação de especificidades regionais coletivas visando garantir o controle de riscos sanitários
inerentes ao objeto de ação, avançando em ações de regulação,
Fator de incentivo da Atenção Básica aos Povos Indígenas controle e avaliação de produtos e serviços associados ao
conjunto das atividades.
Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário
O Limite Financeiro de Vigilância em Saúde será
Os recursos do PAB Variável serão transferidos ao transferido em parcelas mensais e o valor da transferência
Município que aderir e implementar as estratégias específicas mensal para cada um dos Estados, Municípios e Distrito
a que se destina e a utilização desses recursos deve estar Federal, bem como o Limite Financeiro respectivo será
definida no Plano Municipal de Saúde; estabelecido em Portaria específica e detalhará os diferentes
componentes que o formam, com memórias de cálculo anexas.
O PAB Variável da Assistência Farmacêutica e da Vigilância
em Saúde passam a compor os seus Blocos de Financiamento Comporão ainda, o bloco do financiamento da Vigilância
respectivos. em Saúde - Sub-bloco Vigilância Epidemiológica, os recursos
que se destinam às seguintes finalidades, com repasses
Compensação de Especificidades Regionais é um montante específicos:
financeiro igual a 5% do valor mínimo do PAB fixo
multiplicado pela população do Estado, para que as CIBs Fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde em
definam a utilização do recurso de acordo com as Estados e Municípios (VIGISUS II)
especificidades estaduais, podendo incluir sazonalidade,
migrações, dificuldade de fixação de profissionais, IDH, Campanhas de Vacinação
indicadores de resultados. Os critérios definidos devem ser
informados ao plenário da CIT. Incentivo do Programa DST/AIDS

b) Bloco de financiamento para a Atenção de Média e Os recursos alocados tratados pela Portaria MS/GM nº
Alta Complexidade 1349/2002, deverão ser incorporados ao Limite Financeiro de
Vigilância em Saúde do Município quando o mesmo comprovar
Os recursos correspondentes ao financiamento dos a efetiva contratação dos agentes de campo.
procedimentos relativos à média e alta complexidade em
saúde compõem o Limite Financeiro da Média e Alta No Componente da Vigilância Sanitária, os recursos do
Complexidade Ambulatorial e Hospitalar do Distrito Federal, Termo de Ajuste e Metas - TAM, destinados e não transferidos
dos Estados e dos Municípios. aos estados e municípios, nos casos de existência de saldo
superior a 40% dos recursos repassados no período de um
Os recursos destinados ao custeio dos procedimentos semestre, constituem um Fundo de Compensação em VISA,
pagos atualmente através do Fundo de Ações Estratégicas e administrado pela ANVISA e destinado ao financiamento de
Compensação - FAEC serão incorporados ao Limite Financeiro gestão e descentralização da Vigilância Sanitária.
de cada Estado, Município e do Distrito Federal, conforme
pactuação entre os gestores.

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APOSTILAS OPÇÃO

Em Estados onde o valor per cápita que compõe o TAM não A responsabilidade pelo financiamento e aquisição dos
atinge o teto orçamentário mínimo daquele Estado, a União medicamentos de dispensação excepcional é do Ministério da
assegurará recurso financeiro para compor o Piso Estadual de Saúde e dos Estados, conforme pactuação e a dispensação,
Vigilância Sanitária - PEVISA. responsabilidade do Estado.

d) Bloco de financiamento para a Assistência O Ministério da Saúde repassará aos Estados,


Farmacêutica mensalmente, valores financeiros apurados em encontro de
contas trimestrais, de acordo com as informações
A Assistência Farmacêutica será financiada pelos três encaminhadas pelos Estados, com base nas emissões das
gestores do SUS devendo agregar a aquisição de Autorizações para Pagamento de Alto Custo - APAC.
medicamentos e insumos e a organização das ações de
assistência farmacêutica necessárias, de acordo com a O Componente de Medicamentos de Dispensação
organização de serviços de saúde. Excepcional será readequado através de pactuação entre os
gestores do SUS, das diretrizes para definição de política para
O Bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica se medicamentos de dispensação excepcional.
organiza em três componentes: Básico, Estratégico e
Medicamentos de Dispensação Excepcional. As Diretrizes a serem pactuadas na CIT, deverão nortear-
se pelas seguintes proposições:
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica
consiste em financiamento para ações de assistência Definição de critérios para inclusão e exclusão de
farmacêutica na atenção básica em saúde e para agravos e medicamentos e CID na Tabela de Procedimentos, com base
programas de saúde específicos, inseridos na rede de cuidados nos protocolos clínicos e nas diretrizes terapêuticas.
da atenção básica, sendo de responsabilidade dos três gestores
do SUS. Definição de percentual para o co-financiamento entre
gestor federal e gestor estadual;
O Componente Básico é composto de uma Parte Fixa e de
uma Parte Variável, sendo: Revisão periódica de valores da tabela;

Parte Fixa: valor com base per capita para ações de Forma de aquisição e execução financeira, considerando-
assistência farmacêutica para a Atenção Básica, transferido se os princípios da descentralização e economia de escala.
Municípios, Distrito Federal e Estados, conforme pactuação
nas CIB e com contrapartida financeira dos estados e dos e) Bloco de financiamento para a Gestão do Sistema
municípios. Único de Saúde

Parte Variável: valor com base per capita para ações de O financiamento para a gestão destina-se ao custeio de
assistência farmacêutica dos Programas de Hipertensão e ações específicas relacionadas com a organização dos serviços
Diabetes, exceto insulina; Asma e Rinite; Saúde Mental; Saúde de saúde, acesso da população e aplicação dos recursos
da Mulher; Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo. financeiros do SUS.

A parte variável do Componente Básico será transferida ao O financiamento deverá apoiar iniciativas de
município ou estado, conforme pactuação na CIB, à medida que fortalecimento da gestão, sendo composto pelos seguintes
este implementa e organiza os serviços previstos pelos sub-blocos:
Programas específicos.
Regulação, controle, avaliação e auditoria
O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica
consiste em financiamento para ações de assistência Planejamento e Orçamento
farmacêutica de programas estratégicos.
Programação
O financiamento e o fornecimento de medicamentos,
produtos e insumos para os Programas Estratégicos são de Regionalização
responsabilidade do Ministério da Saúde e reúne:
Participação e Controle Social
Controle de Endemias: Tuberculose, Hanseníase, Malária e
Leischmaniose, Chagas e outras doenças endêmicas de Gestão do Trabalho
abrangência nacional ou regional;
Educação em Saúde
Programa de DST/AIDS (anti-retrovirais);
Incentivo à Implementação de políticas específicas
Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados;
Os recursos referentes a este Bloco serão transferidos
Imunobiológicos; fundo a fundo e regulamentados por portaria específica.
- Financiamento para Investimentos
Insulina;
Os recursos financeiros de investimento devem ser
O Componente Medicamentos de Dispensação Excepcional alocados com vistas á superação das desigualdades de acesso
consiste em financiamento para aquisição e distribuição de e à garantia da integralidade da atenção à saúde.
medicamentos de dispensação excepcional, para tratamento
de patologias que compõem o Grupo 36 - Medicamentos da Os investimentos deverão priorizar a recuperação, a
Tabela Descritiva do SIA/SUS. readequação e a expansão da rede física de saúde e a
constituição dos espaços de regulação.

Legislação do SUS 26
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APOSTILAS OPÇÃO

Os projetos de investimento apresentados para o Promover a análise e a formulação de propostas


Ministério da Saúde deverão ser aprovados nos respectivos destinadas a adequar o arcabouço legal no tocante ao
Conselhos de Saúde e na CIB, devendo refletir uma prioridade planejamento no SUS;
regional.
Implementar e difundir uma cultura de planejamento que
São eixos prioritários para aplicação de recursos de integre e qualifique as ações do SUS entre as três esferas de
investimentos: governo e subsidiar a tomada de decisão por parte de seus
gestores;
Estímulo à Regionalização - Deverão ser priorizados
projetos de investimentos que fortaleçam a regionalização do Desenvolver e implementar uma rede de cooperação entre
SUS, com base nas estratégicas nacionais e estaduais, os três entes federados, que permita um amplo
considerando os PDI (Plano de Desenvolvimento Integrado) compartilhamento de informações e experiências;
atualizados, o mapeamento atualizado da distribuição e oferta
de serviços de saúde em cada espaço regional e parâmetros de Promover a institucionalização e fortalecer as áreas de
incorporação tecnológica que compatibilizem economia de planejamento no âmbito do SUS, nas três esferas de governo,
escala e de escopo com equidade no acesso. com vistas a legitimá-lo como instrumento estratégico de
gestão do SUS;
Investimentos para a Atenção Básica - recursos para
investimentos na rede básica de serviços, destinados Apoiar e participar da avaliação periódica relativa à
conforme disponibilidade orçamentária, transferidos fundo a situação de saúde da população e ao funcionamento do SUS,
fundo para municípios que apresentarem projetos provendo os gestores de informações que permitam o seu
selecionados de acordo com critérios pactuados na Comissão aperfeiçoamento e ou redirecionamento;
Intergestores Tripartite.
Promover a capacitação contínua dos profissionais que
4 - Planejamento no SUS atuam no contexto do planejamento no SUS;

4.1 - O trabalho com o Planejamento no SUS deve Promover a eficiência dos processos compartilhados de
seguir as seguintes diretrizes: planejamento e a eficácia dos resultados, bem como da
participação social nestes processos;
O processo de planejamento no âmbito do SUS deve ser
desenvolvido de forma articulada, integrada e solidária entre Promover a integração do processo de planejamento e
as três esferas de gestão. Essa forma de atuação representará orçamento no âmbito do SUS, bem como a sua
o Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde baseado intersetorialidade, de forma articulada com as diversas etapas
nas responsabilidades de cada esfera de gestão, com definição do ciclo de planejamento;
de objetivos e conferindo direcionalidade ao processo de
gestão do SUS, compreendendo nesse sistema o Monitorar e avaliar o processo de planejamento, as ações
monitoramento e avaliação. implementadas e os resultados alcançados, de modo a
fortalecer o planejamento e a contribuir para a transparência
Este sistema de planejamento pressupõe que cada esfera do processo de gestão do SUS.
de gestão realize o seu planejamento, articulando-se de forma
a fortalecer e consolidar os objetivos e diretrizes do SUS, 4.3 - Pontos de pactuação priorizados para o
contemplando as peculiaridades, necessidades e realidades de Planejamento
saúde locorregionais.
Considerando a conceituação, caracterização e objetivos
Como parte integrante do ciclo de gestão, o sistema de preconizados para o sistema de planejamento do SUS,
planejamento buscará, de forma tripartite, a pactuação de configuram-se como pontos essenciais de pactuação:
bases funcionais do planejamento, monitoramento e avaliação
do SUS, bem como promoverá a participação social e a Adoção das necessidades de saúde da população como
integração intra e intersetorial, considerando os critério para o processo de planejamento no âmbito do SUS;
determinantes e condicionantes de saúde.
Integração dos instrumentos de planejamento, tanto no
No cumprimento da responsabilidade de coordenar o contexto de cada esfera de gestão, quanto do SUS como um
processo de planejamento se levará em conta as diversidades todo;
existentes nas três esferas de governo, de modo a contribuir
para a consolidação do SUS e para a resolubilidade e qualidade, Institucionalização e fortalecimento do Sistema de
tanto da sua gestão, quanto das ações e serviços prestados à Planejamento do SUS, com adoção do processo planejamento,
população brasileira. neste incluído o monitoramento e a avaliação, como
instrumento estratégico de gestão do SUS;
4.2 - Objetivos do Sistema de Planejamento do SUS:
Revisão e adoção de um elenco de instrumentos de
Pactuar diretrizes gerais para o processo de planejamento planejamento - tais como planos, relatórios, programações - a
no âmbito do SUS e o elenco dos instrumentos a serem serem adotados pelas três esferas de gestão, com adequação
adotados pelas três esferas de gestão; dos instrumentos legais do SUS no tocante a este processo e
instrumentos dele resultantes;
Formular metodologias e modelos básicos dos
instrumentos de planejamento, monitoramento e avaliação Cooperação entre as três esferas de gestão para o
que traduzam as diretrizes do SUS, com capacidade de fortalecimento e a equidade no processo de planejamento no
adaptação às particularidades de cada esfera administrativa; SUS.

Legislação do SUS 27
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APOSTILAS OPÇÃO

Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde - Contratação - o conjunto de atos que envolvem desde a
PPI habilitação dos serviços/prestadores até a formalização do
contrato na sua forma jurídica.
A PPI é um processo que visa definir a programação das
ações de saúde em cada território e nortear a alocação dos Regulação do Acesso à Assistência ou Regulação
recursos financeiros para saúde a partir de critérios e Assistencial - conjunto de relações, saberes, tecnologias e
parâmetros pactuados entre os gestores. ações que intermedeiam a demanda dos usuários por serviços
de saúde e o acesso a estes.
A PPI deve explicitar os pactos de referência entre
municípios, gerando a parcela de recursos destinados à Complexos Reguladores - uma das estratégias de
própria população e à população referenciada. Regulação Assistencial, consistindo na articulação e integração
de Centrais de Atenção Pré-hospitalar e Urgências, Centrais de
As principais diretrizes norteadoras do processo de Internação, Centrais de Consultas e Exames, Protocolos
programação pactuada são: Assistenciais com a contratação, controle assistencial e
avaliação, assim como com outras funções da gestão como
A programação deve estar inserida no processo de programação e regionalização. Os complexos reguladores
planejamento e deve considerar as prioridades definidas nos podem ter abrangência intra-municipal, municipal, micro ou
planos de saúde em cada esfera de gestão; macro regional, estadual ou nacional, devendo esta
abrangência e respectiva gestão, serem pactuadas em
Os gestores estaduais e municipais possuem flexibilidade processo democrático e solidário, entre as três esferas de
na definição de parâmetros e prioridades que irão orientar a gestão do SUS.
programação, ressalvados os parâmetros pactuados nacional
e estadualmente. Auditoria Assistencial ou clínica - processo regular que
visa aferir e induzir qualidade do atendimento amparada em
A programação é realizada prioritariamente, por áreas de procedimentos, protocolos e instruções de trabalho
atuação a partir das ações básicas de saúde para compor o rol normatizados e pactuados. Deve acompanhar e analisar
de ações de maior complexidade; criticamente os históricos clínicos com vistas a verificar a
execução dos procedimentos e realçar as não conformidades.
A tabela unificada de procedimentos deve orientar a
programação das ações que não estão organizadas por áreas Como princípios orientadores do processo de regulação,
de atuação, considerando seus níveis de agregação, para fica estabelecido que:
formar as aberturas programáticas;
Cada prestador responde apenas a um gestor;
A programação da assistência devera buscar a integração
com a programação da vigilância em saúde; A regulação dos prestadores de serviços deve ser
preferêncialmente do município conforme desenho da rede da
Os recursos financeiros das três esferas de governo devem assistência pactuado na CIB, observado o Termo de
ser visualizados na programação. Compromisso de Gestão do Pacto e os seguintes princípios:

O processo de programação deve contribuir para a da descentralização, municipalização e comando único;


garantia de acesso aos serviços de saúde, subsidiando o
processo regulatório da assistência; da busca da escala adequada e da qualidade;

A programação deve ser realizada a cada gestão, revisada considerar a complexidade da rede de serviços locais;
periodicamente e sempre que necessário, em decorrência de
alterações de fluxo no atendimento ao usuário; de oferta de considerar a efetiva capacidade de regulação;
serviços; na tabela de procedimentos; e no teto financeiro,
dentre outras. considerar o desenho da rede estadual da assistência;

A programação pactuada e integrada deve subsidiar a a primazia do interesse e da satisfação do usuário do SUS.
programação física financeira dos estabelecimentos de saúde.
A regulação das referências intermunicipais é
A programação pactuada e integrada deve guardar relação responsabilidade do gestor estadual, expressa na coordenação
com o desenho da regionalização naquele estado. do processo de construção da programação pactuada e
integrada da atenção em saúde, do processo de regionalização,
Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assistencial do desenho das redes;

Para efeitos destas diretrizes, serão adotados os seguintes A operação dos complexos reguladores no que se refere a
conceitos: referência intermunicipal deve ser pactuada na CIB, podendo
ser operada nos seguintes modos:
Regulação da Atenção à Saúde - tem como objeto a
produção de todas as ações diretas e finais de atenção à saúde, Pelo gestor estadual que se relacionará com a central
dirigida aos prestadores de serviços de saúde, públicos e municipal que faz a gestão do prestador.
privados. As ações da Regulação da Atenção à Saúde
compreendem a Contratação, a Regulação do Acesso à Pelo gestor estadual que se relacionará diretamente com o
Assistência ou Regulação Assistencial, o Controle Assistencial, prestador quando este estiver sob gestão estadual.
a Avaliação da Atenção à Saúde, a Auditoria Assistencial e as
regulamentações da Vigilância Epidemiológica e Sanitária. Pelo gestor municipal com co-gestão do estado e
representação dos municípios da região;

Legislação do SUS 28
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APOSTILAS OPÇÃO

Modelos que diferem do item ‘d’ acima devem ser Promover relações de trabalho que obedeçam a exigências
pactuados pela CIB e homologados na CIT. do princípio de legalidade da ação do Estado e de proteção dos
direitos associados ao trabalho;
São metas para este Pacto, no prazo de um ano:
Desenvolver ações voltadas para a adoção de vínculos de
Contratualização de todos os prestadores de serviço; trabalho que garantam os direitos sociais e previdenciários
dos trabalhadores de saúde, promovendo ações de adequação
Colocação de todos os leitos e serviços ambulatoriais de vínculos, onde for necessário, nas três esferas de governo,
contratualizados sob regulação; com o apoio técnico e financeiro aos Municípios, pelos Estados
e União, conforme legislação vigente;
Extinção do pagamento dos serviços dos profissionais
médicos por meio do código 7. Os atores sociais envolvidos no desejo de consolidação dos
SUS atuarão solidariamente na busca do cumprimento deste
Participação e Controle Social item, observadas as responsabilidades legais de cada
segmento;
A participação social no SUS é um princípio doutrinário e
está assegurado na Constituição e nas Leis Orgânicas da Saúde Estimular processos de negociação entre gestores e
(8080/90 e 8142/90), e é parte fundamental deste pacto. trabalhadores através da instalação de Mesas de Negociação
7.1 - As ações que devem ser desenvolvidas para junto às esferas de gestão estaduais e municipais do SUS;
fortalecer o processo de participação social, dentro deste
pacto são: As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde devem
envidar esforços para a criação ou fortalecimento de
Apoiar os conselhos de saúde, as conferências de saúde e estruturas de Recursos Humanos, objetivando cumprir um
os movimentos sociais que atuam no campo da saúde, com papel indutor de mudanças, tanto no campo da gestão do
vistas ao seu fortalecimento para que os mesmos possam trabalho, quanto no campo da educação na saúde;
exercer plenamente os seus papéis;
8.2 - Serão priorizados os seguintes componentes na
Apoiar o processo de formação dos conselheiros; estruturação da Gestão do Trabalho no SUS:

Estimular a participação e avaliação dos cidadãos nos Estruturação da Gestão do Trabalho no SUS - Esse
serviços de saúde; componente trata das necessidades exigidas para a
estruturação da área de Gestão do Trabalho integrado pelos
Apoiar os processos de educação popular em saúde, para seguintes eixos: base jurídico-legal; atribuições específicas;
ampliar e qualificar a participação social no SUS; estrutura e dimensionamento organizacional e estrutura física
e equipamentos. Serão priorizados para este Componente,
Apoiar a implantação e implementação de ouvidorias nos Estados, Capitais, Distrito Federal e nos Municípios com mais
estados e municípios, com vistas ao fortalecimento da gestão de 500 empregos públicos, desde que possuam ou venham a
estratégica do SUS; criar setores de Gestão do Trabalho e da Educação nas
secretarias estaduais e municipais de saúde;
Apoiar o processo de mobilização social e institucional em
defesa do SUS e na discussão do pacto; Capacitação de Recursos Humanos para a Gestão do
Trabalho no SUS - Esse componente trata da qualificação dos
Gestão do Trabalho gestores e técnicos na perspectiva do fortalecimento da gestão
do trabalho em saúde. Estão previstos, para seu
8.1 - As diretrizes para a Gestão do Trabalho no SUS desenvolvimento, a elaboração de material didático e a
são as seguintes: realização de oficinas, cursos presenciais ou à distância, por
meio das estruturas formadoras existentes;
A política de recursos humanos para o SUS é um eixo
estruturante e deve buscar a valorização do trabalho e dos Sistema Gerencial de Informações - Esse componente
trabalhadores de saúde, o tratamento dos conflitos, a propõe proceder à análise de sistemas de informação
humanização das relações de trabalho; existentes e desenvolver componentes de otimização e
implantação de sistema informatizado que subsidie a tomada
Estados, Municípios e União são entes autônomos para de decisão na área de Gestão do Trabalho.
suprir suas necessidades de manutenção e expansão dos seus
próprios quadros de trabalhadores de saúde; Educação na Saúde

O Ministério da Saúde deve formular diretrizes de 9.1 - A - As diretrizes para o trabalho na Educação na
cooperação técnica para a gestão do trabalho no SUS; Saúde são:

Desenvolver, pelas três esferas de gestão, estudos quanto Avançar na implementação da Política Nacional de
às estratégias e financiamento tripartite de política de Educação Permanente por meio da compreensão dos
reposição da força de trabalho descentralizada; conceitos de formação e educação permanente para adequá-
los às distintas lógicas e especificidades;
As Diretrizes para Planos de Cargos e Carreira do SUS
devem ser um instrumento que visa regular as relações de Considerar a educação permanente parte essencial de uma
trabalho e o desenvolvimento do trabalhador, bem como a política de formação e desenvolvimento dos trabalhadores
consolidação da carreira como instrumento estratégico para a para a qualificação do SUS e que comporta a adoção de
política de recursos humanos no Sistema; diferentes metodologias e técnicas de ensino-aprendizagem
inovadoras, entre outras coisas;

Legislação do SUS 29
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APOSTILAS OPÇÃO

Considerar a Política Nacional de Educação Permanente prevenção de riscos, danos e agravos; ações de assistência,
em Saúde uma estratégia do SUS para a formação e o assegurando o acesso ao atendimento às urgências;
desenvolvimento de trabalhadores para o setor, tendo como
orientação os princípios da educação permanente; promover a equidade na atenção à saúde, considerando as
diferenças individuais e de grupos populacionais, por meio da
Assumir o compromisso de discutir e avaliar os processos adequação da oferta às necessidades como princípio de justiça
e desdobramentos da implementação da Política Nacional de social, e ampliação do acesso de populações em situação de
Educação Permanente para ajustes necessários, atualizando-a desigualdade, respeitadas as diversidades locais;
conforme as experiências de implementação, assegurando a
inserção dos municípios e estados neste processo; participar do financiamento tripartite do Sistema Único de
Saúde;
Buscar a revisão da normatização vigente que institui a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, assumir a gestão e executar as ações de atenção básica,
contemplando a consequente e efetiva descentralização das incluindo as ações de promoção e proteção, no seu território;
atividades de planejamento, monitoramento, avaliação e
execução orçamentária da Educação Permanente para o assumir integralmente a gerência de toda a rede pública de
trabalho no SUS; serviços de atenção básica, englobando as unidades próprias e
as transferidas pelo estado ou pela união;
Centrar, o planejamento, programação e acompanhamento
das atividades educativas e consequentes alocações de com apoio dos estados, identificar as necessidades da
recursos na lógica de fortalecimento e qualificação do SUS e população do seu território, fazer um reconhecimento das
atendimento das necessidades sociais em saúde; iniquidades, oportunidades e recursos;

Considerar que a proposição de ações para formação e desenvolver, a partir da identificação das necessidades, um
desenvolvimento dos profissionais de saúde para atender às processo de planejamento, regulação, programação pactuada
necessidades do SUS deve ser produto de cooperação técnica, e integrada da atenção à saúde, monitoramento e avaliação;
articulação e diálogo entre os gestores das três esferas de
governo, as instituições de ensino, os serviços e controle social formular e implementar políticas para áreas prioritárias,
e podem contemplar ações no campo da formação e do conforme definido nas diferentes instâncias de pactuação;
trabalho.
organizar o acesso a serviços de saúde resolutivos e de
B - RESPONSABILIDADE SANITÁRIA qualidade na atenção básica, viabilizando o planejamento, a
programação pactuada e integrada da atenção à saúde e a
Este capítulo define as Responsabilidades Sanitárias e atenção à saúde no seu território, explicitando a
atribuições do Município, do Distrito Federal, do Estado e da responsabilidade, o compromisso e o vínculo do serviço e
União. A gestão do Sistema Único de Saúde é construída de equipe de saúde com a população do seu território,
forma solidária e cooperada, com apoio mútuo através de desenhando a rede de atenção e promovendo a humanização
compromissos assumidos nas Comissões Intergestores do atendimento;
Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT).
organizar e pactuar o acesso a ações e serviços de atenção
Algumas responsabilidades atribuídas aos municípios especializada a partir das necessidades da atenção básica,
devem ser assumidas por todos os municípios. As outras configurando a rede de atenção, por meio dos processos de
responsabilidades serão atribuídas de acordo com o pactuado integração e articulação dos serviços de atenção básica com os
e/ou com a complexidade da rede de serviços localizada no demais níveis do sistema, com base no processo da
território municipal. programação pactuada e integrada da atenção à saúde;

No que se refere às responsabilidades atribuídas aos pactuar e fazer o acompanhamento da referência da


estados devem ser assumidas por todos eles. atenção que ocorre fora do seu território, em cooperação com
o estado, Distrito Federal e com os demais municípios
Com relação à gestão dos prestadores de serviço fica envolvidos no âmbito regional e estadual, conforme a
mantida a normatização estabelecida na NOAS SUS 01/2002. programação pactuada e integrada da atenção à saúde;
As referências na NOAS SUS 01/2002 às condições de gestão
de estados e municípios ficam substituídas pelas situações garantir estas referências de acordo com a programação
pactuadas no respectivo Termo de Compromisso de Gestão. pactuada e integrada da atenção à saúde, quando dispõe de
serviços de referência intermunicipal;
RESPONSABILIDADES GERAIS DA GESTÃO DO SUS
garantir a estrutura física necessária para a realização das
- MUNICÍPIOS ações de atenção básica, de acordo com as normas técnicas
vigentes;
Todo município é responsável pela integralidade da
atenção à saúde da sua população, exercendo essa promover a estruturação da assistência farmacêutica e
responsabilidade de forma solidária com o estado e a união; garantir, em conjunto com as demais esferas de governo, o
acesso da população aos medicamentos cuja dispensação
Todo município deve: esteja sob sua responsabilidade, promovendo seu uso racional,
observadas as normas vigentes e pactuações estabelecidas;
garantir a integralidade das ações de saúde prestadas de
forma interdisciplinar, por meio da abordagem integral e assumir a gestão e execução das ações de vigilância em
contínua do indivíduo no seu contexto familiar, social e do saúde realizadas no âmbito local, compreendendo as ações de
trabalho; englobando atividades de promoção da saúde, vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, de acordo
com as normas vigentes e pactuações estabelecidas;

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APOSTILAS OPÇÃO

elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da Executar algumas ações de vigilância em saúde, em caráter
saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no âmbito permanente, mediante acordo bipartite e conforme
nacional. normatização específica;

- ESTADOS Supervisionar as ações de prevenção e controle da


vigilância em saúde, coordenando aquelas que exigem ação
Responder, solidariamente com municípios, Distrito articulada e simultânea entre os municípios;
Federal e união, pela integralidade da atenção à saúde da
população; Apoiar técnica e financeiramente os municípios para que
executem com qualidade as ações de vigilância em saúde,
Participar do financiamento tripartite do Sistema Único de compreendendo as ações de vigilância epidemiológica,
Saúde; sanitária e ambiental, de acordo com as normas vigentes e
pactuações estabelecidas;
Formular e implementar políticas para áreas prioritárias,
conforme definido nas diferentes instâncias de pactuação; Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da
saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no âmbito
Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito estadual, a nacional;
implementação dos Pactos Pela Vida e de Gestão e seu Termo
de Compromisso; Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de saúde
pública;
Apoiar técnica e financeiramente os municípios, para que
estes assumam integralmente sua responsabilidade de gestor Assumir a gestão e a gerência de unidades públicas de
da atenção à saúde dos seus munícipes; hemonúcleos / hemocentros e elaborar normas
complementares para a organização e funcionamento desta
Apoiar técnica, política e financeiramente a gestão da rede de serviço.
atenção básica nos municípios, considerando os cenários
epidemiológicos, as necessidades de saúde e a articulação - DISTRITO FEDERAL
regional, fazendo um reconhecimento das iniquidades,
oportunidades e recursos; Responder, solidariamente com a união, pela integralidade
da atenção à saúde da população;
Fazer reconhecimento das necessidades da população no
âmbito estadual e cooperar técnica e financeiramente com os Garantir a integralidade das ações de saúde prestadas de
municípios, para que possam fazer o mesmo nos seus forma interdisciplinar, por meio da abordagem integral e
territórios; contínua do indivíduo no seu contexto familiar, social e do
trabalho; englobando atividades de promoção da saúde,
Desenvolver, a partir da identificação das necessidades, prevenção de riscos, danos e agravos; ações de assistência,
um processo de planejamento, regulação, programação assegurando o acesso ao atendimento às urgências;
pactuada e integrada da atenção à saúde, monitoramento e
avaliação; Promover a equidade na atenção à saúde, considerando as
diferenças individuais e de grupos populacionais, por meio da
Coordenar o processo de configuração do desenho da rede adequação da oferta às necessidades como princípio de justiça
de atenção, nas relações intermunicipais, com a participação social, e ampliação do acesso de populações em situação de
dos municípios da região; desigualdade, respeitadas as diversidades locais;

Organizar e pactuar com os municípios, o processo de Participar do financiamento tripartite do Sistema Único de
referência intermunicipal das ações e serviços de média e alta Saúde;
complexidade a partir da atenção básica, de acordo com a
programação pactuada e integrada da atenção à saúde; Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito estadual, a
Realizar o acompanhamento e a avaliação da atenção implementação dos Pactos Pela Vida e de Gestão e seu Termo
básica no âmbito do território estadual; de Compromisso de Gestão;

Apoiar técnica e financeiramente os municípios para que Assumir a gestão e executar as ações de atenção básica,
garantam a estrutura física necessária para a realização das incluindo as ações de promoção e proteção, no seu território;
ações de atenção básica;
Assumir integralmente a gerência de toda a rede pública
Promover a estruturação da assistência farmacêutica e de serviços de atenção básica, englobando as unidades
garantir, em conjunto com as demais esferas de governo, o próprias e as transferidas pela união;
acesso da população aos medicamentos cuja dispensação
esteja sob sua responsabilidade, fomentando seu uso racional Garantir a estrutura física necessária para a realização das
e observando as normas vigentes e pactuações estabelecidas; ações de atenção básica, de acordo com as normas técnicas
vigentes;
Coordenar e executar e as ações de vigilância em saúde,
compreendendo as ações de média e alta complexidade desta Realizar o acompanhamento e a avaliação da atenção
área, de acordo com as normas vigentes e pactuações básica no âmbito do seu território;
estabelecidas;
Identificar as necessidades da população do seu território,
Assumir transitoriamente, quando necessário, a execução fazer um reconhecimento das iniquidades, oportunidades e
das ações de vigilância em saúde no município, recursos;
comprometendo-se em cooperar para que o município
assuma, no menor prazo possível, sua responsabilidade;

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APOSTILAS OPÇÃO

Desenvolver, a partir da identificação das necessidades, Formular e implementar políticas para áreas prioritárias,
um processo de planejamento, regulação, programação conforme definido nas diferentes instâncias de pactuação;
pactuada e integrada da atenção à saúde, monitoramento e
avaliação; Coordenar e acompanhar, no âmbito nacional, a pactuação
e avaliação do Pacto de Gestão e Pacto pela Vida e seu Termo
Formular e implementar políticas para áreas prioritárias, de Compromisso;
conforme definido nas instâncias de pactuação;
Apoiar o Distrito Federal, os estados e conjuntamente com
Organizar o acesso a serviços de saúde resolutivos e de estes, os municípios, para que assumam integralmente as suas
qualidade na atenção básica, viabilizando o planejamento, a responsabilidades de gestores da atenção à saúde;
programação pactuada e integrada da atenção à saúde e a
atenção à saúde no seu território, explicitando a Apoiar financeiramente o Distrito Federal e os municípios,
responsabilidade, o compromisso e o vínculo do serviço e em conjunto com os estados, para que garantam a estrutura
equipe de saúde com a população do seu território, física necessária para a realização das ações de atenção básica;
desenhando a rede de atenção e promovendo a humanização
do atendimento; Prestar cooperação técnica e financeira aos estados, ao
Distrito Federal e aos municípios para o aperfeiçoamento das
Organizar e pactuar o acesso a ações e serviços de atenção suas atuações institucionais na gestão da atenção básica;
especializada a partir das necessidades da atenção básica,
configurando a rede de atenção, por meio dos processos de Exercer de forma pactuada as funções de normatização e
integração e articulação dos serviços de atenção básica com os de coordenação no que se refere à gestão nacional da atenção
demais níveis do sistema, com base no processo da básica no SUS;
programação pactuada e integrada da atenção à saúde;
Identificar, em articulação com os estados, Distrito Federal
Pactuar e fazer o acompanhamento da referência da e municípios, as necessidades da população para o âmbito
atenção que ocorre fora do seu território, em cooperação com nacional, fazendo um reconhecimento das iniquidades,
os estados envolvidos no âmbito regional, conforme a oportunidades e recursos; e cooperar técnica e
programação pactuada e integrada da atenção à saúde; financeiramente com os gestores, para que façam o mesmo nos
seus territórios;
Promover a estruturação da assistência farmacêutica e
garantir, em conjunto com a união, o acesso da população aos Desenvolver, a partir da identificação de necessidades, um
medicamentos cuja dispensação esteja sob sua processo de planejamento, regulação, programação pactuada
responsabilidade, fomentando seu uso racional e observando e integrada da atenção à saúde, monitoramento e avaliação;
as normas vigentes e pactuações estabelecidas;
Promover a estruturação da assistência farmacêutica e
Garantir o acesso de serviços de referência de acordo com garantir, em conjunto com as demais esferas de governo, o
a programação pactuada e integrada da atenção à saúde; acesso da população aos medicamentos que estejam sob sua
responsabilidade, fomentando seu uso racional, observadas as
Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da normas vigentes e pactuações estabelecidas;
saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no âmbito
nacional; Definir e pactuar as diretrizes para a organização das ações
e serviços de média e alta complexidade, a partir da atenção
Assumir a gestão e execução das ações de vigilância em básica;
saúde realizadas no âmbito do seu território, compreendendo
as ações de vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, de Coordenar e executar as ações de vigilância em saúde,
acordo com as normas vigentes e pactuações estabelecidas; compreendendo as ações de média e alta complexidade desta
área, de acordo com as normas vigentes e pactuações
Executar e coordenar as ações de vigilância em saúde, estabelecidas;
compreendendo as ações de média e alta complexidade desta
área, de acordo com as normas vigentes e pactuações Coordenar, nacionalmente, as ações de prevenção e
estabelecidas; controle da vigilância em saúde que exijam ação articulada e
simultânea entre os estados, Distrito Federal e municípios;
Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de saúde
pública; Proceder investigação complementar ou conjunta com os
demais gestores do SUS em situação de risco sanitário;
Assumir a gestão e a gerência de unidades públicas de
hemonúcleos / hemocentros e elaborar normas Apoiar e coordenar os laboratórios de saúde pública - Rede
complementares para a organização e funcionamento desta Nacional de laboratórios de saúde Pública/RNLSP - nos
rede de serviço. aspectos relativos à vigilância em saúde;

- UNIÃO Assumir transitoriamente, quando necessário, a execução


das ações de vigilância em saúde nos estados, Distrito Federal
Responder, solidariamente com os municípios, o Distrito e municípios, comprometendo-se em cooperar para que
Federal e os estados, pela integralidade da atenção à saúde da assumam, no menor prazo possível, suas responsabilidades;
população;
Apoiar técnica e financeiramente os estados, o Distrito
Participar do financiamento tripartite do Sistema Único de Federal e os municípios para que executem com qualidade as
Saúde; ações de vigilância em saúde, compreendendo as ações de
vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, de acordo
com as normas vigentes e pactuações estabelecidas;

Legislação do SUS 32
Pedido N.: 2758726 - Apostila Licenciada para heromic@live.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

Elaborar, pactuar e implementar a política de promoção da - DISTRITO FEDERAL


saúde.
Contribuir para a constituição e fortalecimento do
RESPONSABILIDADES NA REGIONALIZAÇÃO processo de regionalização solidária e cooperativa, assumindo
os compromissos pactuados;
- MUNICÍPIOS
Coordenar o processo de organização, reconhecimento e
Todo município deve: atualização das regiões de saúde, conformando o plano diretor
de regionalização;
contribuir para a constituição e fortalecimento do
processo de regionalização solidária e cooperativa, assumindo Apoiar técnica e financeiramente as regiões de saúde,
os compromissos pactuados; promovendo a equidade inter-regional;

participar da constituição da regionalização, Participar dos colegiados de gestão regional, cumprindo


disponibilizando de forma cooperativa os recursos humanos, suas obrigações técnicas e financeiras, conforme pactuação
tecnológicos e financeiros, conforme pactuação estabelecida; estabelecida;

participar dos colegiados de gestão regionais, cumprindo Participar dos projetos prioritários das regiões de saúde,
suas obrigações técnicas e financeiras. Nas CIB regionais conforme definido no plano estadual de saúde, no plano
constituídas por representação, quando não for possível a diretor de regionalização, no planejamento regional e no plano
imediata incorporação de todos os gestores de saúde dos regional de investimento;
municípios da região de saúde, deve-se pactuar um
cronograma de adequação, no menor prazo possível, para a Propor e pactuar diretrizes e normas gerais sobre a
inclusão de todos os municípios nos respectivos colegiados de regionalização, observando as normas vigentes, participando
gestão regionais. da sua constituição, disponibilizando de forma cooperativa os
recursos humanos, tecnológicos e financeiros, conforme
participar dos projetos prioritários das regiões de saúde, pactuação estabelecida.
conforme definido no plano municipal de saúde, no plano
diretor de regionalização, no planejamento regional e no plano - UNIÃO
regional de investimento;
Contribuir para a constituição e fortalecimento do
A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo com processo de regionalização solidária e cooperativa, assumindo
o pactuado e/ou com a complexidade da rede de serviços os compromissos pactuados;
localizada no território municipal
Coordenar o processo de regionalização no âmbito
Executar as ações de referência regional sob sua nacional, propondo e pactuando diretrizes e normas gerais
responsabilidade em conformidade com a programação sobre a regionalização, observando as normas vigentes e
pactuada e integrada da atenção à saúde acordada nos pactuações na CIT;
colegiados de gestão regionais.
Cooperar técnica e financeiramente com as regiões de
- ESTADOS saúde, por meio dos estados e/ou municípios, priorizando as
regiões mais vulneráveis, promovendo a equidade inter-
Contribuir para a constituição e fortalecimento do regional e interestadual;
processo de regionalização solidária e cooperativa, assumindo
os compromissos pactuados; Apoiar e participar da constituição da regionalização,
disponibilizando de forma cooperativa os recursos humanos,
Coordenar a regionalização em seu território, propondo e tecnológicos e financeiros, conforme pactuação estabelecida;
pactuando diretrizes e normas gerais sobre a regionalização,
observando as normas vigentes e pactuações na CIB; Fomentar a constituição das regiões de saúde fronteiriças,
participando do funcionamento de seus colegiados de gestão
Coordenar o processo de organização, reconhecimento e regionais.
atualização das regiões de saúde, conformando o plano diretor
de regionalização; - RESPONSABILIDADES NO PLANEJAMENTO E
PROGRAMAÇÃO
Participar da constituição da regionalização,
disponibilizando de forma cooperativa os recursos humanos, - MUNICÍPIOS
tecnológicos e financeiros, conforme pactuação estabelecida;
Todo município deve:
Apoiar técnica e financeiramente as regiões de saúde,
promovendo a equidade inter-regional; formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo
permanente de planejamento participativo e integrado, de
Participar dos colegiados de gestão regional, cumprindo base local e ascendente, orientado por problemas e
suas obrigações técnicas e financeiras; necessidades em saúde, com a constituição de ações para a
promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação em saúde,
Participar dos projetos prioritários das regiões de saúde, construindo nesse processo o plano de saúde e submetendo-o
conforme definido no plano estadual de saúde, no plano à aprovação do Conselho de Saúde correspondente;
diretor de regionalização, no planejamento regional e no plano
regional de investimento. formular, no plano municipal de saúde, a política municipal
de atenção em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas
para a promoção da saúde;

Legislação do SUS 33
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APOSTILAS OPÇÃO

elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e necessidades em saúde, com a constituição de ações para a
submetido à aprovação do Conselho de Saúde correspondente; promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação em saúde,
construindo nesse processo o plano estadual de saúde,
operar os sistemas de informação referentes à atenção submetendo-o à aprovação do Conselho de Saúde do Distrito
básica, conforme normas do Ministério da Saúde, e alimentar Federal;
regularmente os bancos de dados nacionais, assumindo a
responsabilidade pela gestão, no nível local, dos sistemas de Formular, no plano estadual de saúde, a política estadual
informação: Sistema de Informação sobre Agravos de de atenção em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas
Notificação - SINAN, Sistema de Informação do Programa para a promoção da saúde;
Nacional de Imunizações - SI-PNI, Sistema de Informação
sobre Nascidos Vivos - SINASC, Sistema de Informação Elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
Ambulatorial - SIA e Cadastro Nacional de Estabelecimentos e submetido à aprovação do Conselho Estadual de Saúde;
Profissionais de Saúde - CNES; e quando couber, os sistemas:
Sistema de Informação Hospitalar - SIH e Sistema de Operar os sistemas de informação epidemiológica e
Informação sobre Mortalidade - SIM, bem como de outros sanitária de sua competência, bem como assegurar a
sistemas que venham a ser introduzidos; divulgação de informações e análises;

assumir a responsabilidade pela coordenação e execução Operar os sistemas de informação referentes à atenção
das atividades de informação, educação e comunicação, no básica, conforme normas do Ministério da Saúde, e alimentar
âmbito local; regularmente os bancos de dados nacionais, assumindo a
responsabilidade pela gestão, no nível local, dos sistemas de
elaborar a programação da atenção à saúde, incluída a informação: Sistema de Informação sobre Agravos de
assistência e vigilância em saúde, em conformidade com o Notificação - SINAN, Sistema de Informação do Programa
plano municipal de saúde, no âmbito da Programação Nacional de Imunizações - SI-PNI, Sistema de Informação
Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde; sobre Nascidos Vivos - SINASC, Sistema de Informação
Ambulatorial - SIA e Cadastro Nacional de Estabelecimentos e
A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo com Profissionais de Saúde - CNES; Sistema de Informação
o pactuado e/ou com a complexidade da rede de serviços Hospitalar - SIH e Sistema de Informação sobre Mortalidade -
localizada no território municipal SIM, bem como de outros sistemas que venham a ser
introduzidos;
Gerir os sistemas de informação epidemiológica e
sanitária, bem como assegurar a divulgação de informações e Assumir a responsabilidade pela coordenação e execução
análises. das atividades de informação, educação e comunicação, no
âmbito do seu território;
- ESTADOS
Elaborar a programação da atenção à saúde, incluída a
Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo assistência e vigilância em saúde, em conformidade com o
permanente de planejamento participativo e integrado, de plano estadual l de saúde, no âmbito da Programação Pactuada
base local e ascendente, orientado por problemas e e Integrada da Atenção à Saúde.
necessidades em saúde, com a constituição de ações para a
promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação em saúde, - UNIÃO
construindo nesse processo o plano estadual de saúde,
submetendo-o à aprovação do Conselho Estadual de Saúde; Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo
permanente de planejamento participativo e integrado, de
Formular, no plano estadual de saúde, e pactuar no âmbito base local e ascendente, orientado por problemas e
da Comissão Intergestores Bipartite - CIB, a política estadual necessidades em saúde, com a constituição de ações para a
de atenção em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação em saúde,
para a promoção da saúde; construindo nesse processo o plano nacional de saúde,
submetendo-o à aprovação do Conselho Nacional de Saúde;
Elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
submetido à aprovação do Conselho Estadual de Saúde; Formular, no plano nacional de saúde, e pactuar no âmbito
da Comissão Intergestores Tripartite - CIT, a política nacional
Coordenar, acompanhar e apoiar os municípios na de atenção em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas
elaboração da programação pactuada e integrada da atenção à para a promoção da saúde;
saúde, no âmbito estadual, regional e interestadual;
Elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
Apoiar, acompanhar, consolidar e operar quando couber, submetido à aprovação do Conselho Nacional de Saúde;
no âmbito estadual e regional, a alimentação dos sistemas de
informação, conforme normas do Ministério da Saúde; Formular, pactuar no âmbito a CIT e aprovar no Conselho
Nacional de Saúde, a política nacional de atenção à saúde dos
Operar os sistemas de informação epidemiológica e povos indígenas e executá-la, conforme pactuação com
sanitária de sua competência, bem como assegurar a Estados e Municípios, por meio da Fundação Nacional de
divulgação de informações e análises e apoiar os municípios Saúde - FUNASA;
naqueles de responsabilidade municipal.
Coordenar, acompanhar e apoiar os municípios, os estados
- DISTRITO FEDERAL e Distrito Federal na elaboração da programação pactuada e
integrada da atenção em saúde, no âmbito nacional;
Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo
permanente de planejamento participativo e integrado, de Gerenciar, manter, e elaborar quando necessário, no
base local e ascendente, orientado por problemas e âmbito nacional, os sistemas de informação, conforme normas

Legislação do SUS 34
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APOSTILAS OPÇÃO

vigentes e pactuações estabelecidas, incluindo aqueles Elaborar contratos com os prestadores de acordo com a
sistemas que garantam a solicitação e autorização de política nacional de contratação de serviços de saúde e em
procedimentos, o processamento da produção e preparação conformidade com o planejamento e a programação pactuada
para a realização de pagamentos; e integrada da atenção à saúde;

Desenvolver e gerenciar sistemas de informação Monitorar e fiscalizar os contratos e convênios com


epidemiológica e sanitária, bem como assegurar a divulgação prestadores contratados e conveniados, bem como das
de informações e análises. unidades públicas;

RESPONSABILIDADES NA REGULAÇÃO, CONTROLE, Monitorar e fiscalizar a execução dos procedimentos


AVALIAÇÃO E AUDITORIA realizados em cada estabelecimento por meio das ações de
controle e avaliação hospitalar e ambulatorial;
4.1- MUNICÍPIOS
Monitorar e fiscalizar e o cumprimento dos critérios
Todo município deve: nacionais, estaduais e municipais de credenciamento de
serviços;
monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros
provenientes de transferência regular e automática (fundo a Implementar a avaliação das ações de saúde nos
fundo) e por convênios; estabelecimentos de saúde, por meio de análise de dados e
realizar a identificação dos usuários do SUS, com vistas à indicadores e verificação de padrões de conformidade;
vinculação de clientela e à sistematização da oferta dos
serviços; Implementar a auditoria sobre toda a produção de serviços
de saúde, públicos e privados, sob sua gestão, tomando como
monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde, referência as ações previstas no plano municipal de saúde e em
realizadas em seu território, por intermédio de indicadores de articulação com as ações de controle, avaliação e regulação
desempenho, envolvendo aspectos epidemiológicos e assistencial;
operacionais;
Realizar auditoria assistencial da produção de serviços de
manter atualizado o Sistema Nacional de Cadastro de saúde, públicos e privados, sob sua gestão;
Estabelecimentos e Profissionais de Saúde no seu território,
segundo normas do Ministério da Saúde; Elaborar normas técnicas, complementares às das esferas
estadual e federal, para o seu território.
adotar protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, em
consonância com os protocolos e diretrizes nacionais e - ESTADOS
estaduais;
Elaborar as normas técnicas complementares à da esfera
adotar protocolos de regulação de acesso, em consonância federal, para o seu território;
com os protocolos e diretrizes nacionais, estaduais e regionais;
Monitorar a aplicação dos recursos financeiros recebidos
controlar a referência a ser realizada em outros por meio de transferência regular e automática (fundo a
municípios, de acordo com a programação pactuada e fundo) e por convênios;
integrada da atenção à saúde, procedendo à solicitação e/ou
autorização prévia, quando couber; Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros
transferidos aos fundos municipais;
As responsabilidades a seguir serão atribuídas de acordo
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de serviços Monitorar o cumprimento pelos municípios: dos planos de
localizada no território municipal saúde, dos relatórios de gestão, da operação dos fundos de
saúde, indicadores e metas do pacto de gestão, da constituição
Definir a programação físico-financeira por dos serviços de regulação, controle avaliação e auditoria e da
estabelecimento de saúde; observar as normas vigentes de participação na programação pactuada e integrada da atenção
solicitação e autorização dos procedimentos hospitalares e à saúde;
ambulatoriais; processar a produção dos estabelecimentos de
saúde próprios e contratados e realizar o pagamento dos Apoiar a identificação dos usuários do SUS no âmbito
prestadores de serviços; estadual, com vistas à vinculação de clientela e à
sistematização da oferta dos serviços;
Operar o complexo regulador dos serviços presentes no
seu território, de acordo com a pactuação estabelecida, Manter atualizado o cadastramento no Sistema Nacional
realizando a co-gestão com o Estado e outros Municípios, das de Cadastro de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde,
referências intermunicipais. bem como coordenar e cooperar com os municípios nesta
atividade;
Executar o controle do acesso do seu munícipe aos leitos
disponíveis, às consultas, terapias e exames especializados, Elaborar e pactuar protocolos clínicos e de regulação de
disponíveis no seu território, que pode ser feito por meio de acesso, no âmbito estadual, em consonância com os protocolos
centrais de regulação; e diretrizes nacionais, apoiando os Municípios na
implementação dos mesmos;
Planejar e executar a regulação médica da atenção pré-
hospitalar às urgências, conforme normas vigentes e Controlar a referência a ser realizada em outros estados,
pactuações estabelecidas; de acordo com a programação pactuada e integrada da atenção
à saúde, procedendo a solicitação e/ou autorização prévia,
quando couber;

Legislação do SUS 35
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APOSTILAS OPÇÃO

Operar a central de regulação estadual, para as referências Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
interestaduais pactuadas, em articulação com as centrais de realizadas pelos municípios e pelo gestor estadual;
regulação municipais;
Supervisionar a rede de laboratórios públicos e privados
Coordenar e apoiar a implementação da regulação da que realizam análises de interesse da saúde pública;
atenção pré-hospitalar às urgências de acordo com a
regionalização e conforme normas vigentes e pactuações Elaborar normas complementares para a avaliação
estabelecidas; tecnológica em saúde;

Estimular e apoiar a implantação dos complexos Avaliar e auditar os sistemas de saúde municipais de
reguladores municipais; saúde;

Participar da co-gestão dos complexos reguladores Implementar auditoria sobre toda a produção de serviços
municipais, no que se refere às referências intermunicipais; de saúde, pública e privada, sob sua gestão e em articulação
com as ações de controle, avaliação e regulação assistencial;
Operar os complexos reguladores no que se refere no que
se refere à referência intermunicipal, conforme pactuação; Realizar auditoria assistencial da produção de serviços de
saúde, públicos e privados, sob sua gestão.
Monitorar a implementação e operacionalização das
centrais de regulação; - DISTRITO FEDERAL

Cooperar tecnicamente com os municípios para a Elaborar as normas técnicas complementares à da esfera
qualificação das atividades de cadastramento, contratação, federal, para o seu território;
controle, avaliação, auditoria e pagamento aos prestadores
dos serviços localizados no território municipal e vinculados Monitorar a aplicação dos recursos financeiros recebidos
ao SUS; por meio de transferência regular e automática (fundo a
fundo) e por convênios;
Monitorar e fiscalizar contratos e convênios com
prestadores contratados e conveniados, bem como das Realizar a identificação dos usuários do SUS no âmbito do
unidades públicas; Distrito Federal, com vistas à vinculação de clientela e à
sistematização da oferta dos serviços;
Elaborar contratos com os prestadores de acordo com a
política nacional de contratação de serviços de saúde, em Manter atualizado o cadastramento no Sistema Nacional
conformidade com o planejamento e a programação da de Cadastro de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde no
atenção; seu território, segundo normas do Ministério da Saúde;
Credenciar os serviços de acordo com as normas vigentes
e com a regionalização e coordenar este processo em relação Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
aos municípios; realizadas em seu território, por intermédio de indicadores de
desempenho, envolvendo aspectos epidemiológicos e
Fiscalizar e monitorar o cumprimento dos critérios operacionais;
estaduais e nacionais de credenciamento de serviços pelos
prestadores; Elaborar e implantar protocolos clínicos, terapêuticos e de
regulação de acesso, no âmbito do Distrito Federal, em
Monitorar o cumprimento, pelos municípios, das consonância com os protocolos e diretrizes nacionais;
programações físico-financeira definidas na programação
pactuada e integrada da atenção à saúde; Controlar a referência a ser realizada em outros estados,
de acordo com a programação pactuada e integrada da atenção
Fiscalizar e monitorar o cumprimento, pelos municípios, à saúde, procedendo a solicitação e/ou autorização prévia;
das normas de solicitação e autorização das internações e dos
procedimentos ambulatoriais especializados; Operar a central de regulação do Distrito Federal, para as
referências interestaduais pactuadas, em articulação com as
Estabelecer e monitorar a programação físico-financeira centrais de regulação estaduais e municipais;
dos estabelecimentos de saúde sob sua gestão; observar as
normas vigentes de solicitação e autorização dos Implantar e operar o complexo regulador dos serviços
procedimentos hospitalares e ambulatoriais, monitorando e presentes no seu território, de acordo com a pactuação
fiscalizando a sua execução por meio de ações de controle, estabelecida;
avaliação e auditoria; processar a produção dos
estabelecimentos de saúde próprios e contratados e realizar o Coordenar e apoiar a implementação da regulação da
pagamento dos prestadores de serviços; atenção pré-hospitalar às urgências de acordo com a
regionalização e conforme normas vigentes e pactuações
Monitorar e avaliar o funcionamento dos Consórcios estabelecidas
Intermunicipais de Saúde;
Executar o controle do acesso do seu usuário aos leitos
Monitorar e avaliar o desempenho das redes regionais disponíveis, às consultas, terapias e exames especializados,
hierarquizadas estaduais; disponíveis no seu território, que pode ser feito por meio de
centrais de regulação;
Implementar avaliação das ações de saúde nos
estabelecimentos, por meio de análise de dados e indicadores Definir a programação físico-financeira por
e verificação de padrões de conformidade; estabelecimento de saúde; observar as normas vigentes de
solicitação e autorização dos procedimentos hospitalares e

Legislação do SUS 36
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APOSTILAS OPÇÃO

ambulatoriais; processar a produção dos estabelecimentos de Propor e pactuar os critérios de credenciamento dos
saúde próprios e contratados e realizar o pagamento dos serviços de saúde;
prestadores de serviços;
Propor e pactuar as normas de solicitação e autorização
Monitorar e fiscalizar contratos e convênios com das internações e dos procedimentos ambulatoriais
prestadores contratados e conveniados, bem como das especializados, de acordo com as Políticas de Atenção
unidades públicas; Especializada;

Elaborar contratos com os prestadores de acordo com a Elaborar, pactuar e manter as tabelas de procedimentos
política nacional de contratação de serviços de saúde, em enquanto padrão nacional de utilização dos mesmos e de seus
conformidade com o planejamento e a programação da preços;
atenção;
Estruturar a política nacional de regulação da atenção à
Credenciar os serviços de acordo com as normas vigentes saúde, conforme pactuação na CIT, contemplando apoio
e com a regionalização; financeiro, tecnológico e de educação permanente;

Monitorar e avaliar o funcionamento dos Consórcios de Estimular e apoiar a implantação dos complexos
Saúde; reguladores;

Monitorar e avaliar o desempenho das redes regionais Cooperar na implantação e implementação dos complexos
hierarquizadas; reguladores;

Implementar avaliação das ações de saúde nos Coordenar e monitorar a implementação e


estabelecimentos, por meio de análise de dados e indicadores operacionalização das centrais de regulação interestaduais,
e verificação de padrões de conformidade; garantindo o acesso às referências pactuadas;

Monitorar e fiscalizar a execução dos procedimentos Coordenar a construção de protocolos clínicos e de


realizados em cada estabelecimento por meio das ações de regulação de acesso nacionais, em parceria com os estados, o
controle e avaliação hospitalar e ambulatorial; Distrito Federal e os municípios, apoiando-os na utilização dos
mesmos;
Supervisionar a rede de laboratórios públicos e privados
que realizam análises de interesse da saúde pública; Acompanhar, monitorar e avaliar a atenção básica, nas
demais esferas de gestão, respeitadas as competências
Elaborar normas complementares para a avaliação estaduais, municipais e do Distrito Federal;
tecnológica em saúde;
Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
Implementar auditoria sobre toda a produção de serviços realizadas pelos municípios, Distrito Federal, estados e pelo
de saúde, pública e privada, em articulação com as ações de gestor federal, incluindo a permanente avaliação dos sistemas
controle, avaliação e regulação assistencial. de vigilância epidemiológica e ambiental em saúde;

- UNIÃO Normatizar, definir fluxos técnico-operacionais e


supervisionar a rede de laboratórios públicos e privados que
Cooperar tecnicamente com os estados, o Distrito Federal realizam análises de interesse em saúde pública;
e os municípios para a qualificação das atividades de
cadastramento, contratação, regulação, controle, avaliação, Avaliar o desempenho das redes regionais e de referências
auditoria e pagamento aos prestadores dos serviços interestaduais;
vinculados ao SUS;
Responsabilizar-se pela avaliação tecnológica em saúde;
Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros
transferidos fundo a fundo e por convênio aos fundos de saúde Avaliar e auditar os sistemas de saúde estaduais e
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; municipais.

Monitorar o cumprimento pelos estados, Distrito Federal e 5 - RESPONSABILIDADES NA GESTÃO DO TRABALHO


municípios dos planos de saúde, dos relatórios de gestão, da
operação dos fundos de saúde, dos pactos de indicadores e 5.1 - MUNICÍPIOS
metas, da constituição dos serviços de regulação, controle
avaliação e auditoria e da realização da programação pactuada Todo município deve:
e integrada da atenção à saúde; promover e desenvolver políticas de gestão do trabalho,
considerando os princípios da humanização, da participação e
Coordenar, no âmbito nacional, a estratégia de da democratização das relações de trabalho;
identificação dos usuários do SUS;
adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos
Coordenar e cooperar com os estados, o Distrito Federal e sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na sua
os municípios no processo de cadastramento de esfera de gestão e de serviços, promovendo ações de
Estabelecimentos e Profissionais de Saúde; adequação de vínculos, onde for necessário, conforme
legislação vigente;
Definir e pactuar a política nacional de contratação de
serviços de saúde; As responsabilidades a seguir serão atribuídas de acordo
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de serviços
localizada no território municipal

Legislação do SUS 37
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APOSTILAS OPÇÃO

Estabelecer, sempre que possível, espaços de negociação Propor e pactuar diretrizes para políticas de educação e de
permanente entre trabalhadores e gestores; gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a fixação de
trabalhadores de saúde, no âmbito do Distrito Federal,
Desenvolver estudos e propor estratégias e financiamento notadamente em regiões onde a restrição de oferta afeta
tripartite com vistas à adoção de política referente aos diretamente a implantação de ações estratégicas para a
recursos humanos descentralizados; atenção básica.

Considerar as diretrizes nacionais para Planos de 5.4 - UNIÃO


Carreiras, Cargos e Salários para o SUS - PCCS/SUS, quando da
elaboração, implementação e/ou reformulação de Planos de Promover, desenvolver e pactuar políticas de gestão do
Cargos e Salários no âmbito da gestão local; trabalho considerando os princípios da humanização, da
participação e da democratização das relações de trabalho,
Implementar e pactuar diretrizes para políticas de apoiando os gestores estaduais e municipais na
educação e gestão do trabalho que favoreçam o provimento e implementação das mesmas;
a fixação de trabalhadores de saúde, no âmbito municipal,
notadamente em regiões onde a restrição de oferta afeta Desenvolver estudos e propor estratégias e financiamento
diretamente a implantação de ações estratégicas para a tripartite com vistas à adoção de políticas referentes à força de
atenção básica. trabalho descentralizada;

5.2 - ESTADOS Fortalecer a Mesa Nacional de Negociação Permanente do


SUS como um espaço de negociação entre trabalhadores e
Promover e desenvolver políticas de gestão do trabalho, gestores e contribuir para o desenvolvimento de espaços de
considerando os princípios da humanização, da participação e negociação no âmbito estadual, regional e/ou municipal;
da democratização das relações de trabalho;
Adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos
Desenvolver estudos e propor estratégias e financiamento sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na sua
tripartite com vistas à adoção de política referente aos esfera de gestão e de serviços, promovendo ações de
recursos humanos descentralizados; adequação de vínculos, onde for necessário, conforme
legislação vigente e apoiando técnica e financeiramente os
Promover espaços de negociação permanente entre estados e municípios na mesma direção;
trabalhadores e gestores, no âmbito estadual e regional;
Formular, propor, pactuar e implementar as Diretrizes
Adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos Nacionais para Planos de Carreiras, Cargos e Salários no
sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na sua âmbito do Sistema Único de Saúde - PCCS/SUS;
esfera de gestão e de serviços, promovendo ações de
adequação de vínculos, onde for necessário, conforme Propor e pactuar diretrizes para políticas de educação e de
legislação vigente e apoiando técnica e financeiramente os gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a fixação de
municípios na mesma direção; trabalhadores de saúde, no âmbito nacional, notadamente em
regiões onde a restrição de oferta afeta diretamente a
Considerar as diretrizes nacionais para Planos de implantação de ações estratégicas para a atenção básica.
Carreiras, Cargos e Salários para o SUS - PCCS/SUS, quando da
elaboração, implementação e/ou reformulação de Planos de RESPONSABILIDADES NA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
Cargos e Salários no âmbito da gestão estadual;
6.1 - MUNICÍPIOS
Propor e pactuar diretrizes para políticas de educação e
gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a fixação de Todo município deve:
trabalhadores de saúde, no âmbito estadual, notadamente em
regiões onde a restrição de oferta afeta diretamente a formular e promover a gestão da educação permanente em
implantação de ações estratégicas para a atenção básica. saúde e processos relativos à mesma, orientados pela
integralidade da atenção à saúde, criando quando for o caso,
5.3 - DISTRITO FEDERAL estruturas de coordenação e de execução da política de
formação e desenvolvimento, participando no seu
Desenvolver estudos quanto às estratégias e financiamento;
financiamento tripartite de política de reposição da força de
trabalho descentralizada; promover diretamente ou em cooperação com o estado,
com os municípios da sua região e com a união, processos
Implementar espaços de negociação permanente entre conjuntos de educação permanente em saúde;
trabalhadores e gestores, no âmbito do Distrito Federal e
regional; apoiar e promover a aproximação dos movimentos de
educação popular em saúde na formação dos profissionais de
Adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos saúde, em consonância com as necessidades sociais em saúde;
sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na sua
esfera de gestão e de serviços, promovendo ações de incentivar junto à rede de ensino, no âmbito municipal, a
adequação de vínculos, onde for necessário, conforme realização de ações educativas e de conhecimento do SUS;
legislação vigente; As responsabilidades a seguir serão atribuídas de acordo
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de serviços
Considerar as diretrizes nacionais para Planos de localizada no território municipal
Carreiras, Cargos e Salários para o SUS - PCCS/SUS, quando da
elaboração, implementação e/ou reformulação de Planos de
Cargos e Salários no âmbito da gestão do Distrito Federal;

Legislação do SUS 38
Pedido N.: 2758726 - Apostila Licenciada para heromic@live.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para Diego Milanez Weber - CPF:113.852.627-45 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br

APOSTILAS OPÇÃO

Articular e cooperar com a construção e implementação de Promover e articular junto às Escolas Técnicas de Saúde
iniciativas políticas e práticas para a mudança na graduação uma nova orientação para a formação de profissionais técnicos
das profissões de saúde, de acordo com as diretrizes do SUS; para o SUS, diversificando os campos de aprendizagem;

Promover e articular junto às Escolas Técnicas de Saúde Apoiar e promover a aproximação dos movimentos de
uma nova orientação para a formação de profissionais técnicos educação popular em saúde da formação dos profissionais de
para o SUS, diversificando os campos de aprendizagem; saúde, em consonância com as necessidades sociais em saúde;

6.2 - ESTADOS Incentivar, junto à rede de ensino, a realização de ações


educativas e de conhecimento do SUS;
Formular, promover e apoiar a gestão da educação
permanente em saúde e processos relativos à mesma no 6.4 - UNIÃO
âmbito estadual;
Formular, promover e pactuar políticas de educação
Promover a integração de todos os processos de permanente em saúde, apoiando técnica e financeiramente
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à política estados e municípios no desenvolvimento das mesmas;
de educação permanente, no âmbito da gestão estadual do
SUS; Promover a integração de todos os processos de
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à política
Apoiar e fortalecer a articulação com os municípios e entre de educação permanente, no âmbito da gestão nacional do
os mesmos, para os processos de educação e desenvolvimento SUS;
de trabalhadores para o SUS;
Propor e pactuar políticas regulatórias no campo da
Articular o processo de vinculação dos municípios às graduação e da especialização das profissões de saúde;
referências para o seu processo de formação e
desenvolvimento; Articular e propor políticas de indução de mudanças na
graduação das profissões de saúde;
Articular e participar das políticas regulatórias e de
indução de mudanças no campo da graduação e da Propor e pactuar com o sistema federal de educação,
especialização das profissões de saúde; processos de formação de acordo com as necessidades do SUS,
articulando os demais gestores na mesma direção;
Articular e pactuar com o Sistema Estadual de Educação,
processos de formação de acordo com as necessidades do SUS, RESPONSABILIDADES NA PARTICIPAÇÃO E CONTROLE
cooperando com os demais gestores, para processos na SOCIAL
mesma direção;
7.1 - MUNICÍPIOS
Desenvolver ações e estruturas formais de educação
técnica em saúde com capacidade de execução descentralizada Todo município deve:
no âmbito estadual;
apoiar o processo de mobilização social e institucional em
6.3 - DISTRITO FEDERAL defesa do SUS;

Formular e promover a gestão da educação permanente prover as condições materiais, técnicas e administrativas
em saúde e processos relativos à mesma, orientados pela necessárias ao funcionamento do Conselho Municipal de
integralidade da atenção à saúde, criando quando for o caso, Saúde, que deverá ser organizado em conformidade com a
estruturas de coordenação e de execução da política de legislação vigente;
formação e desenvolvimento, participando no seu
financiamento; organizar e prover as condições necessárias à realização
de Conferências Municipais de Saúde;
Promover a integração de todos os processos de
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à política estimular o processo de discussão e controle social no
de educação permanente; espaço regional;

Articular e participar das políticas regulatórias e de apoiar o processo de formação dos conselheiros de saúde;
indução de mudanças no campo da graduação e da
especialização das profissões de saúde; promover ações de informação e conhecimento acerca do
SUS, junto à população em geral;
Articular e cooperar com a construção e implementação de
iniciativas políticas e práticas para a mudança na graduação Apoiar os processos de educação popular em saúde, com
das profissões de saúde, de acordo com as diretrizes do SUS; vistas ao fortalecimento da participação social do SUS;

Articular e pactuar com o Sistema Estadual de Educação, A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo com
processos de formação de acordo com as necessidades do SUS, o pactuado e/ou com a complexidade da rede de serviços
cooperando com os demais gestores, para processos na localizada no território municipal
mesma direção;
Implementar ouvidoria municipal com vistas ao
Desenvolver ações e estruturas formais de educação fortalecimento da gestão estratégica do SUS, conforme
técnica em saúde com capacidade de execução descentralizada diretrizes nacionais.
no âmbito do Distrito Federal;

Legislação do SUS 39
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APOSTILAS OPÇÃO

7.2 - ESTADOS Promover ações de informação e conhecimento acerca do


SUS, junto à população em geral;
Apoiar o processo de mobilização social e institucional em
defesa do SUS; Apoiar os processos de educação popular em saúde, com
vistas ao fortalecimento da participação social do SUS;
Prover as condições materiais, técnicas e administrativas
necessárias ao funcionamento do Conselho Estadual de Saúde, Apoiar o fortalecimento dos movimentos sociais,
que deverá ser organizado em conformidade com a legislação aproximando-os da organização das práticas da saúde e com
vigente; as instâncias de controle social da saúde;

Organizar e prover as condições necessárias à realização Formular e pactuar a política nacional de ouvidoria e
de Conferências Estaduais de Saúde; implementar o componente nacional, com vistas ao
Estimular o processo de discussão e controle social no fortalecimento da gestão estratégica do SUS.
espaço regional;
V - IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PACTOS
Apoiar o processo de formação dos conselheiros de saúde; PELA VIDA E DE GESTÃO

Promover ações de informação e conhecimento acerca do A - PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO


SUS, junto à população em geral;
Para a implantação destes Pactos ficam acordados os
Apoiar os processos de educação popular em saúde, com seguintes pontos:
vistas ao fortalecimento da participação social do SUS;
A implantação dos Pactos pela Vida e de Gestão, enseja
Implementar ouvidoria estadual, com vistas ao uma revisão normativa em várias áreas que serão
fortalecimento da gestão estratégica do SUS, conforme regulamentadas em portarias específicas, pactuadas na CIT.
diretrizes nacionais.
Fica definido o Termo de Compromisso de Gestão, Federal,
7.3 - DISTRITO FEDERAL Estadual, do DF e Municipal, como o documento de
formalização deste Pacto nas suas dimensões Pela Vida e de
Apoiar o processo de mobilização social e institucional em Gestão.
defesa do SUS;
O Termo de Compromisso de Gestão, a ser regulamentado
Prover as condições materiais, técnicas e administrativas em normatização específica, contém as metas e objetivos do
necessárias ao funcionamento do Conselho Estadual de Saúde, Pacto pela Vida, referidas no item I deste documento; as
que deverá ser organizado em conformidade com a legislação responsabilidades e atribuições de cada gestor, constantes do
vigente; item III e os indicadores de monitoramento.

Organizar e prover as condições necessárias à realização Os Termos de Compromisso de Gestão devem ser
de Conferências Estaduais de Saúde; aprovados nos respectivos Conselhos de Saúde.

Estimular o processo de discussão e controle social no Nos Termos de Compromisso de Gestão Estadual e
espaço regional; Municipal, podem ser acrescentadas as metas municipais,
regionais e estaduais, conforme pactuação;
Apoiar o processo de formação dos conselheiros de saúde;
Anualmente, no mês de março, devem ser revistas as
Promover ações de informação e conhecimento acerca do metas, os objetivos e os indicadores do Termo de
SUS, junto à população em geral; Compromisso de Gestão.

Apoiar os processos de educação popular em saúde, com O Termo de Compromisso de Gestão substitui o atual
vistas ao fortalecimento da participação social do SUS; processo de habilitação, conforme detalhamento em portaria
específica.
Implementar ouvidoria estadual, com vistas ao
fortalecimento da gestão estratégica do SUS, conforme Fica extinto o processo de habilitação para estados e
diretrizes nacionais municípios, conforme estabelecido na NOB SUS 01/- 96 e na
NOAS SUS 2002.
7.4 - UNIÃO
Ficam mantidas, até a assinatura do Termo de
Apoiar o processo de mobilização social e institucional em Compromisso de Gestão constante nas Diretrizes Operacionais
defesa do SUS; do Pacto pela Saúde 2006, as mesmas prerrogativas e
responsabilidades dos municípios e estados que estão
Prover as condições materiais, técnicas e administrativas habilitados em Gestão Plena do Sistema, conforme
necessárias ao funcionamento do Conselho Nacional de Saúde, estabelecido na Norma Operacional Básica - NOB SUS 01/96 e
que deverá ser organizado em conformidade com a legislação na Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS SUS
vigente; 2002.

Organizar e prover as condições necessárias à realização B - PROCESSO DE MONITORAMENTO


de Conferências Nacionais de Saúde;
O processo de monitoramento dos Pactos deve seguir as
Apoiar o processo de formação dos conselheiros de saúde; seguintes diretrizes:

Legislação do SUS 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Ser um processo permanente, de cada ente com relação ao Questões


seu próprio âmbito, dos estados com relação aos municípios
do seu território, dos municípios com relação ao estado, dos 01. (Prefeitura de Piraúba - MG - Enfermeiro - MS
municípios e estado com relação à União e da união com CONCURSOS/2017) Em 22 de fevereiro de 2006, a Portaria nº
relação aos estados, municípios e Distrito Federal; 399 divulga o Pacto pela Saúde 2006 - Consolidação do SUS e
aprova as diretrizes operacionais do referido Pacto. Esse passa
Ser orientado pelos indicadores, objetivos, metas e a ser o novo instrumento de gestão interfederativo do SUS, em
responsabilidades que compõem o respectivo Termo de que a habilitação é substituída pelo termo de compromisso de
Compromisso de Gestão; formalização dos acordos entre os gestores de saúde. O Pacto
pela Saúde 2006 apresenta três componentes, são eles:
Estabelecer um processo de monitoramento dos (A) O Pacto pela Vida, o Pacto em Defesa do SUS e o Pacto
cronogramas pactuados nas situações onde o município, de Gestão do SUS.
estado e DF não tenham condições de assumir plenamente (B) O Pacto pela Vida, o Pacto em Defesa da Informação e o
suas responsabilidades no momento da assinatura do Termo Pacto de Gestão do SUS.
de Compromisso de Gestão; (C) O Pacto pela Vida, o Pacto em Defesa do SUS e o Pacto
de Organização do SUS.
Desenvolver ações de apoio para a qualificação do (D) O Pacto pela Vida, o Pacto em Defesa da Informação e
processo de gestão. o Pacto de Organização do SUS.

A operacionalização do processo de monitoramento deve 02. (Prefeitura de Catolé do Rocha/PB - Agente


ser objeto de regulamentação específica em cada esfera de Comunitário de Saúde - CPCON) A Portaria Nº 399/GM DE
governo, considerando as pactuações realizadas. 22 DE FEVEREIRO DE 2006 divulgou o Pacto pela Saúde
indicando aspectos relevantes para a consolidação do SUS e
VI - DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DO SUS aprovando as diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Nesse
sentido, assinale a alternativa correta:
A direção do SUS, em cada esfera de governo, é composta (A) As prioridades do Pacto pela vida são: implementar um
pelo órgão setorial do poder executivo e pelo respectivo projeto permanente de mobilização social e elaborar e
Conselho de Saúde, nos termos das Leis Nº 8.080/90 e Nº divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS.
8.142/1990. (B) Os blocos de financiamento para o custeio são: Atenção
básica, Atenção de média e alta complexidade, Vigilância
O processo de articulação entre os gestores, nos diferentes epidemiológica e Farmácia Popular.
níveis do Sistema, ocorre, preferencialmente, em dois (C) A Assistência Farmacêutica é responsabilidade da
colegiados de negociação: a Comissão Intergestores Tripartite instância federal do SUS devendo agregar a aquisição de
- CIT e a Comissão Intergestores Bipartite - CIB, que pactuarão medicamentos e insumos eva organização das ações de
sobre a organização, direção e gestão da saúde. assistência farmacêutica necessárias, de acordo com a
organização de serviços de saúde.
A CIT é composta, paritariamente, por representação do (D) As prioridades do pacto em defesa do SUS são: saúde
Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de do idoso, câncer de colo de útero e de mama, mortalidade
Saúde - CONASS e do Conselho Nacional de Secretários infantil e materna, doenças emergentes e endemias, com
Municipais de Saúde - CONASEMS, sendo um espaço tripartite ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e
para a elaboração de propostas para a implantação e influenza; promoção da saúde e atenção básica à saúde.
operacionalização do SUS. (E) O PAB Variável passa a ser composto pelo
financiamento das seguintes estratégias: Saúde da
A CIB, composta igualmente de forma paritária, é integrada Família;Agentes Comunitários de Saúde; Saúde Bucal;
por representação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Compensação de especificidades regionais, Fator de incentivo
Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde da Atenção Básica aos Povos Indígenas e Incentivo à Saúde no
(COSEMS) ou órgão equivalente é a instância privilegiada de Sistema Penitenciário.
negociação e decisão quanto aos aspectos operacionais do SUS.
Um dos representantes dos municípios é, necessariamente, o 03. (Fundação do ABC - Enfermeiro - Atenção
Secretário de Saúde da Capital. Como parte do processo de Domiciliar - CAIPIMES) Considerando o Pacto pela Saúde, em
constituição das regiões de saúde devem ser constituídos seu componente Pacto de Gestão, entre as diretrizes para a
Colegiados de Gestão Regionais. gestão do SUS, definidas neste pacto, não se inclui:
(A) regionalização.
A definição sobre o número de membros de cada CIB deve (B) humanização.
considerar as diferentes situações de cada estado, como (C) planejamento.
número de municípios, número de regiões de saúde, buscando (D) programação pactuada e integrada.
a maior representatividade possível.
04. (Pref. São Jorge do Patrocínio/PR - Enfermeiro -
As decisões da CIB e CIT serão tomadas sempre por RUFFO) O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas
consenso. institucionais do SUS, pactuado entre as três esferas de gestão
- União, Estados e Municípios. Sobre o pacto, assinale a
As conclusões das negociações pactuadas na CIT e na CIB alternativa INCORRETA:
serão formalizadas em ato próprio do gestor respectivo. (A) O Pacto pela Saúde tem como objetivo promover a
melhoria dos serviços ofertados à população e a garantia de
As decisões das Comissões Intergestores que versarem acesso a todos.
sobre matéria da esfera de competência dos Conselhos de (B) É formado por três Pactos: o Pacto pela Vida, o Pacto
Saúde deverão ser submetidas à apreciação do Conselho em defesa do SUS e o Pacto de Ampliação do Sistema de Saúde.
respectivo. (C) O Pacto pela Vida estabelece compromissos de atingir
metas sanitárias entre os gestores do SUS, com base na

Legislação do SUS 41
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APOSTILAS OPÇÃO

definição de prioridades que resultem em real impacto no necessidade de aprimoramento do Pacto pela Saúde e de
nível de vida e saúde da população brasileira. implantação do Decreto nº 7.508, a CIT em Reunião Ordinária,
(D) O Pacto em Defesa do SUS estabelece compromissos ocorrida em 12 de Junho de 2012, pactuou as seguintes
políticos envolvendo o Estado, ou seja, o governo e a sociedade normativas vigentes:
civil, a fim de consolidar a efetivação do processo da Reforma
Sanitária Brasileira, nos moldes em que foi inscrito na Resolução nº 4, de 19 de julho de 2012, que dispõe sobre a
Constituição Federal. pactuação tripartite acerca das regras relativas às
responsabilidades sanitárias no âmbito do SUS, para fins de
05. (HUGO2 - Enfermeiro - Centro Cirúrgico - transição entre os processos operacionais do Pacto pela Saúde
AGIR/UEG) O Pacto pela Saúde (2006) apresenta como uma e a sistemática do Contrato Organizativo da Ação Pública da
de suas dimensões o Pacto pela Vida, em que há o Saúde (COAP);
compromisso entre os gestores do SUS em torno de Portaria nº 1.580, de 19 de julho de 2012, que afasta a
prioridades que apresentam impacto sobre a situação de exigência de adesão ao Pacto pela Saúde ou assinatura do
saúde da população brasileira. Entre esses compromissos Termo de Compromisso de Gestão, de que trata a Portaria nº
estão a 399/GM/MS, de 22 de fevereiro de 2006, para fins de repasse
(A) saúde da mulher, saúde do adolescente, saúde do idoso. de recursos financeiros pelo Ministério da Saúde a Estados,
(B) promoção da saúde, atenção básica à saúde, saúde do Distrito Federal e Municípios e revoga Portarias.
idoso.
(C) promoção da saúde, controle do câncer de colo de útero PACTUAÇÃO DE COMPROMISSOS PELA SAÚDE 2006 -
e de mama, saúde indígena. PACTOS PELA VIDA, EM DEFESA DO SUS E DE GESTÃO7
(D) saúde da criança, saúde da mulher, saúde indígena.
O Sistema Único de Saúde é uma política pública que acaba
Gabarito de completar uma década e meia de existência. Nesses poucos
anos, foi construído no Brasil, um sólido sistema de saúde que
01.A / 02.E / 03.B / 04.B / 05.B presta bons serviços à população brasileira.
Ao longo de sua história houve muitos avanços e também
PACTO PELA SAÚDE6 desafios permanentes a superar. Isso tem exigido, dos gestores
do SUS, um movimento constante de mudanças, pela via das
O Pacto pela Saúde, seus eixos temáticos, prioridades, reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se
objetivos e metas, divulgado por meio da Portaria GM/MS nº esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas
399, de 22 de Fevereiro de 2006foi contemplado de forma gerais a um país tão grande e desigual; de outro, pela sua
permanente na pauta de reflexões, debates e decisões no fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-
âmbito das Comissões Intergestores do Sistema Único de processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e
Saúde (SUS). enorme complexidade.
Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os
Considerado como ordenador do processo de gestão do gestores do SUS assumem o compromisso público, da
SUS, o Pacto pela Saúde fez parte da agenda prioritária da construção de um processo de pactuação de compromissos
Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no período de 2006 a pela saúde, anualmente revisada, que tenha como base os
2011. A agenda de trabalho teve como objetivo: princípios constitucionais do SUS, com ênfase nas
- orientar as pactuações de políticas, evitando ações necessidades de saúde da população e que implicará o
fragmentadas e desconectadas às suas prioridades; exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e
- garantir que no processo de pactuação de estratégias integradas sob a forma de três pactos: Pacto pela Vida, Pacto
para implementação das políticas fossem definidas diretrizes em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. Saiba mais.
nacionais que refletissem a unidade de princípios,
assegurando, no processo de descentralização, a diversidade Os três Pactos que Compõem a Agenda:
operativa em cada Estado;
- retomar o processo de redução das desigualdades I - O Pacto pela Vida:
regionais e monitorar de forma permanente o Pacto pela
Saúde e as ações definidas para sua implementação. O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de
compromissos sanitários, expressos em objetivos de
O consolidado com as Portarias referentes às adesões ao processos e resultados e derivados da análise da situação de
Pacto pela Saúde por Estado; saúde do País e das prioridades definidas pelos governos
federal, estaduais e municipais.
Quadros de Homologações dos Termos de Compromisso Significa uma ação prioritária no campo da saúde que
de Gestão Estadual e dos Termos de Compromisso de Gestão deverá ser executada com foco em resultados e com a
Municipal na Comissão Intergestores Tripartite. explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e
financeiros para o alcance desses resultados.
Todavia, nesse mesmo ano, foi sancionado o Decreto 7.508,
de 28 de junho de 2011, que dispõe sobre a organização do As prioridades do pacto pela vida e seus objetivos para
SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a 2006 são:
articulação interfederativa, possibilitando o aprimoramento 1. Saúde do Idoso:
do Pacto Federativo. - Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa,
buscando a atenção integral.
O Decreto preencheu a lacuna que existia no arcabouço
jurídico do SUS e regulamentou, após 20 anos, a Lei 8.080/90, 2. Câncer de Colo de Útero e de Mama:
contribuindo efetivamente na garantia do direito à saúde a - Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de
todos os cidadãos brasileiros. Nesse sentido, considerando a colo do útero e de mama.

6 http://portalms.saude.gov.br/gestao-do-sus/articulacao- 7 http://200.214.130.60:8080/cooperasus/boletim/bv06/mat01.htm
interfederativa/comissao-intergestores-tripartite/pacto-pela-saude

Legislação do SUS 42
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APOSTILAS OPÇÃO

3. Mortalidade Infantil e Materna: de uma unidade de princípios, e uma diversidade operativa


- Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil que respeite as singularidades regionais.
por doença diarreica e por pneumonias. Reitera a importância da participação e do controle social
com o compromisso de apoio a sua qualificação.
4. Doenças Emergentes e Endemias, com Ênfase na Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento
Dengue, Hanseníase, Tuberculose, Malária e Influenza público tripartite: busca critérios de alocação equitativa dos
- Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde recursos; reforça os mecanismos de transferência fundo a
às doenças emergentes e endemias. fundo entre gestores; integra em grandes blocos o
financiamento federal e estabelece relações contratuais entre
5. Promoção da Saúde: os entes federativos.
- Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Reitera a importância da participação e do controle social
Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte com o compromisso de apoio a sua qualificação.
da população brasileira, de forma a internalizar a
responsabilidade individual da prática de atividade física As prioridades do Pacto de Gestão são:
regular alimentação saudável e combate ao tabagismo.
1) Definir de Forma Inequívoca a Responsabilidade
6. Atenção Básica à Saúde Sanitária de cada Instância Gestora do SUS: federal, estadual e
- Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família municipal, superando o atual processo de habilitação.
(PSF) como modelo de atenção básica à saúde e como centro
ordenador das redes de atenção à saúde do SUS. 2) Estabelecer as Diretrizes para a Gestão do SUS, com
ênfase na Descentralização; Regionalização; Financiamento;
II - O Pacto em Defesa do SUS: Programação Pactuada e Integrada; Regulação; Participação e
Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação
O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e na Saúde.
articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de
reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de Questões
governos; e de defender, vigorosamente, os princípios
basilares dessa política pública, inscritos na Constituição 01. (CISSUL/MG - Enfermeiro - IBGP/2017) Está
Federal. CORRETO afirmar que as prioridades do Pacto pela Vida e
A concretização desse Pacto passa por um movimento de alguns dos seus objetivos são baseados na(s)/no(s):
repolitização da saúde, com uma clara estratégia de (A) Saúde do idoso, mortalidade infantil e câncer de
mobilização social envolvendo o conjunto da sociedade pâncreas.
brasileira, extrapolando os limites do setor e vinculada ao (B) Câncer de colo de útero e de mama, promoção da saúde
processo de instituição da saúde como direito de cidadania, e atenção de média e alta complexidade.
tendo o financiamento público da saúde como um dos pontos (C) Mortalidades infantil e materna, atenção básica à saúde
centrais. e doenças neurológicas dismielinizantes.
(D) Saúde do idoso, atenção básica à saúde e doenças
As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são: emergentes e endemias.
1. Implementar um Projeto Permanente de Mobilização
Social com a Finalidade de: Gabarito
- Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como
sistema público universal garantidor desses direitos; 01.D
- Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda
Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional;
- Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos
orçamentários e financeiros para a saúde. 2. Diretrizes
- Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos
das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada
uma delas.
BASES LEGAIS DO SUS8
2. Elaborar e Divulgar a Declaração dos Direitos e Deveres
do Exercício da Cidadania na Saúde Diretrizes

III - O Pacto de Gestão do SUS Conforme a Constituição Federal de 1988, o SUS é


definido pelo artigo 198 do seguinte modo: As ações e
O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades claras serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
de cada ente federado de forma a diminuir as competências hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de
concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, acordo com as seguintes diretrizes:
contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão - Descentralização, com direção única em cada esfera
compartilhada e solidária do SUS. de governo;
Esse Pacto parte de uma constatação indiscutível: o Brasil - Atendimento integral, com prioridade para as
é um país continental e com muitas diferenças e iniquidades atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
regionais. Mais do que definir diretrizes nacionais, temos que assistenciais;
avançar na regionalização e descentralização do SUS, a partir - Participação da comunidade.

8BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional das Secretarias Municipais
Saúde. Brasília. CONASS, 2011. de Saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. 3. ed. Brasília,
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. 2009.
ABC DO SUS: Doutrinas e princípios. Brasília, 1990. CARVALHO, Antônio Ivo de. Políticas de saúde: fundamentos e diretrizes
do SUS. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC.
[Brasília]: CAPES: UAB, 2010.

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APOSTILAS OPÇÃO

Princípios Doutrinários e Organizativos e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde


(PPI).
Universalidade: "A saúde é um direito de todos", como A política de regionalização prevê a formação dos
afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o colegiados de gestão regionais que têm a responsabilidade de
Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é instituir processo de planejamento regional que defina
impossível tornar todos sadios por força de lei. Significa que o prioridades e pactue soluções para organizar a rede de ações e
Sistema de Saúde deve atender a todos, sem distinções ou serviços de atenção à saúde das populações locais.
restrições, oferecendo toda a atenção necessária, sem
qualquer custo. Municipalização: estratégia que reconhece o município
como principal responsável pela saúde de sua população.
Integralidade: a atenção à saúde inclui tanto os meios Municipalizar é transferir para as cidades a responsabilidade
curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto e os recursos necessários para exercerem plenamente as
os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das funções de coordenação, negociação, planejamento,
pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração acompanhamento, controle, avaliação e auditoria da saúde
mesmo que não sejam iguais às da maioria. local, controlando os recursos financeiros, as ações e os
serviços de saúde prestados em seu território.
Equidade: todos devem ter igualdade de oportunidade em O princípio da descentralização político-administrativa da
usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém saúde foi definido pela Constituição de 1988, preconizando a
disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde autonomia dos municípios e a localização dos serviços de
variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, saúde na esfera municipal, próximos dos cidadãos e de seus
tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais problemas de saúde.
importante lutar pela equidade do SUS.
Trata-se da igualdade da atenção à Saúde, sem privilégios Complementariedade do setor privado: a Constituição
ou preconceitos. O SUS deve disponibilizar recursos e serviços definiu que, quando por insuficiência do setor público, for
de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. O necessária a contratação de serviços privados, isso deve se dar
que determina o tipo de atendimento é a complexidade do sob três condições:
problema de cada usuário. - a celebração de contrato, conforme as normas de direito
público, ou seja, interesse público prevalecendo sobre o
Participação da comunidade: o controle social, como particular;
também é chamado esse princípio, foi mais bem regulado pela - a instituição privada deverá estar de acordo com os
Lei n.º 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem,
das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos assim, os princípios da universalidade, equidade, etc., como se
em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são o serviço privado fosse público, uma vez que, quando
órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos contratado, atua em nome deste;
de Saúde ocorre a chamada paridade, isto é, enquanto os - a integração dos serviços privados deverá se dar na
usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição
trabalhadores outro quarto. definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços.
Dessa forma, em cada região, deverá estar claramente
Descentralização político-administrativa: o SUS existe estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados
em três níveis, também chamado de esferas nacional, estadual contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar.
e municipal, onde cada uma apresenta comando único e
atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada Dentre os serviços privados, devem ter preferência os
vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços não lucrativos, conforme determina a Constituição.
serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo a
fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de Questões
serviço oferecido, e não no número de atendimentos.
01. (TJ/SP – Enfermeiro Judiciário - VUNESP/2019) A
Resolubilidade: é a exigência de que, quando um indivíduo Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que
busca o atendimento ou quando surge um problema de as ações e serviços públicos de saúde integrem uma rede
impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente regionalizada e hierarquizada, constituindo um sistema único,
esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da que deve ser organizado de acordo com diretrizes, entre elas,
sua competência. (A) a centralização, com protagonismo do município, por
meio das unidades básicas de saúde (UBS).
Hierarquização: os serviços de saúde são divididos em (B) a descentralização, com direção única em cada esfera
níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido de governo.
diretamente à população, enquanto os outros devem ser (C) a centralização, com protagonismo da esfera federal
utilizados apenas quando necessário. representada pelo Ministério da Saúde.
(D) o atendimento integral, com prioridade para as
Regionalização: constitui eixo estruturante do Pacto de atividades curativas, sem prejuízo dos serviços de atenção
Gestão do SUS, o que evidencia a importância da articulação primária à saúde.
entre os gestores estaduais e municipais na implementação de (E) a implantação do programa de Saúde da Família como
políticas, ações e serviços de saúde qualificados e estratégia para a efetivação da atenção básica à saúde.
descentralizados.
Neste processo são identificadas e constituídas as regiões 02. (Pref. Guarda Mor/MG – Enfermeiro – REIS & REIS
de saúde – espaços territoriais nos quais serão desenvolvidas Implica a delimitação de uma base territorial para o sistema de
as ações de atenção à saúde, objetivando alcançar maior saúde, que leva em conta a divisão político-administrativa do
resolutividade e qualidade nos resultados, assim como maior país, mas também contempla a delimitação de espaços
capacidade de cogestão regional. Os principais instrumentos territoriais específicos para a organização das ações de saúde,
de planejamento da regionalização são o Plano Diretor de subdivisões ou agregações do espaço político-administrativo.
Regionalização (PDR), o Plano Diretor de Investimentos (PDI)

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APOSTILAS OPÇÃO

(A) Hierarquização dos serviços de Saúde;


(B) Centralização dos serviços de Saúde; 3. Participação da
(C) Regionalização dos Serviços de Saúde;
(D) Integralização dos Serviços de Saúde. Comunidade e Controle Social
4. Atribuições dos três níveis
03. (Pref. Apiacá/ES – Enfermeiro-PSF – IDECAN) Em de governo
relação aos princípios do SUS, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.
( ) Universalidade: o SUS deve atender a todos, sem
distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária, PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE SOCIAL
sem qualquer custo.
( ) Integralidade: o SUS deve oferecer a atenção necessária As conquistas populares no Brasil têm apresentado
à saúde da população, promovendo ações contínuas de trajetória emblemática para a mobilização social em defesa do
prevenção e tratamento aos indivíduos e às comunidades, em direito à saúde. A década de 80 representou o momento de
quaisquer níveis de complexidade. institucionalização das práticas inovadoras para o setor,
( ) Participação social: o SUS deve disponibilizar recursos fundamentadas na concepção da saúde como produção social
e serviços com justiça, de acordo com as necessidades de cada e direito, que foram consolidadas na década de 90, nas
um, canalizando maior atenção aos que mais necessitam. Conferências e nos Conselhos de Saúde.
( ) Equidade: é um direito e um dever da sociedade A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986,
participar das gestões públicas em geral e da saúde pública em tornou-se um marco por ter discutido o aprofundamento dos
particular; é dever do Poder Público garantir as condições para grandes temas que subsidiaram a Assembleia Nacional
essa participação, assegurando a gestão comunitária do SUS. Constituinte culminando na inscrição, na Constituição Federal,
da participação da comunidade como uma das diretrizes do
A sequência está correta em Sistema Único de Saúde criado pelo artigo 198, cujo inciso III
(A) V, F, F, F. assegura essa participação.
(B) V, V, F, F. As últimas Conferências Nacionais de Saúde, da 9ª à 12ª,
(C) F, V, V, V. reafirmam como indispensáveis a implementação e o
(D) F, V, F, V. fortalecimento dos mecanismos de controle social existentes.
(E) V, F, V, V. A 12ª Conferência Nacional de Saúde afirma a necessidade
de “estimular e fortalecer a mobilização social e a participação
04. (SEMSA - Pref. Manaus/AM - Enfermeiro em Saúde cidadã nos diversos setores organizados da sociedade, com a
Pública – CETRO) Baseado nos preceitos constitucionais, a aplicação dos meios legais disponíveis, visando efetivar e
construção do SUS (Sistema Único de Saúde) norteia-se pelos fortalecer o Controle Social na formulação, regulação e
seguintes princípios doutrinários: execução das políticas públicas, de acordo com as mudanças
I. universalidade: a garantia de atenção à saúde por parte desejadas para a construção do SUS que queremos”.
do sistema, a todo e qualquer cidadão. Nesse processo, algumas propostas emanadas das
II. integralidade: cada pessoa é um todo indivisível e Conferências devem ser destacadas e valorizadas como
integrante de uma comunidade. desafios à consolidação e ao fortalecimento do controle social
III. equidade: assegurar ações e serviços de todos os níveis no SUS:
de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o - Garantia de efetiva implantação dos Conselhos de Saúde
cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. estaduais e municipais, assegurando aos mesmos
IV. descentralização: a garantia constitucional de que a infraestrutura e apoio para o seu fortalecimento e pleno
população usufruirá das unidades e das entidades funcionamento;
representativas das políticas de saúde em todos os níveis, - Consolidação do caráter deliberativo e fiscalizador dos
desde o federal até o local. Conselhos de Saúde, com composição paritária entre usuários
e demais segmentos;
É correto o que está contido em - Reafirmação da participação popular e do controle social
(A) I e IV, apenas. na construção do modelo de atenção à saúde, requerendo o
(B) I, III e IV, apenas. envolvimento dos movimentos sociais considerados sujeitos
(C) I, II, III e IV. estratégicos para a gestão participativa;
(D) I, II e III, apenas. - Aperfeiçoamento dos atuais canais de participação social,
(E) II, III e IV, apenas. criação e ampliação de novos canais de interlocução entre
usuários e sistema de saúde, e de mecanismos de escuta do
05. (Pref. Piripiri/PI - Enfermeiro – Urgência - cidadão, como serviços de ouvidoria e outros.
INSTITUTO LUDUS) Permitir o acesso à tecnologia de alto
custo apenas aos cidadãos que possuam seguros privados de 1- Diretriz
saúde contraria um dos princípios básicos do SUS e significa Fortalecer a participação e o controle social sobre todas as
ausência de: instâncias e os agentes que fazem parte do SUS, fortalecendo
(A) Integridade. os laços políticos que garantem a sustentabilidade das ações
(B) Hierarquização. em saúde.
(C) Universalização.
(D) Municipalização. Medidas
(E) Equidade. - Dotar os Conselhos de Saúde de infraestrutura e apoio
logístico para exercer seu papel no controle social.
Gabarito - Apoiar a educação permanente de agentes e conselheiros
para o controle social e a ação participativa.
01.B / 02.C / 03.B / 04.D / 05.E - Implantar o Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS.
- Expandir a divulgação e o uso pela população da Carta de
Direitos do Usuário da Saúde e implantar o Portal dos Direitos
do Usuário dos Serviços de Saúde.

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APOSTILAS OPÇÃO

Ao longo dos últimos anos, os Conselhos de Saúde 2 Nota sobre a atualização das diretrizes
instituídos pela da Lei n.º 8.142/90 (BRASIL, 1990) e As “Diretrizes Nacionais para a Capacitação de
reforçados pela Emenda Constitucional n.º 29, de 13 de Conselheiros de Saúde” foram elaboradas em 1999 para
setembro de 2000 (BRASIL, 2000), vêm sendo gradativamente atender a demanda sobre formação de conselheiros que vinha
estruturados nos estados e municípios brasileiros, se configurando desde a realização do I Congresso Nacional de
acumulando as mais variadas experiências em busca de ações Conselhos de Saúde, em abril de 1995, na cidade de Salvador –
e instrumentos que favoreçam o desempenho de suas BA (CONGRESSO..., 1995). Depois de formuladas e aprovadas
atribuições legais e políticas, que são: no Conselho Nacional de Saúde, passaram a ser o maior
- Atuar na formulação de estratégias de operacionalização referencial para as iniciativas de capacitação de conselheiros
da política de saúde; e de saúde em todo o território nacional.
- Atuar no controle social da execução da política de saúde. Entretanto, da sua concepção até hoje, fatos novos
ocorreram e que precisavam ser considerados para efeito de
Essa busca vem sendo legitimada nas reuniões dos qualquer discussão sobre o fortalecimento do controle social
Conselhos de Saúde, nos encontros e plenárias regionais, no SUS. Foram realizadas, por exemplo, Conferências
estaduais e nacionais de conselhos e conselheiros. Passa Nacionais de Saúde e diversas Conferências Temáticas que
também por permanentes negociações entre os interesses trazem em seus relatórios propostas importantes e
específicos de cada segmento representado no Conselho de abrangentes que devem ser contempladas na formação para o
Saúde e por maior clareza nas relações entre o controle social controle social no Sistema Único de Saúde.
e o gestor do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de Com o objetivo de ampliar o conhecimento junto à
atuação – municipal, estadual e nacional – e outras instâncias sociedade e as informações sobre os princípios, as diretrizes e
da política de saúde. Nesse contexto, cidadania e saúde o modo de organização do Sistema Único de Saúde, a 11.ª
compreendem direitos sociais, aspectos legais e conceituais, Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2001) e a
que são pontos de apoio para a construção da 12.ª Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2005)
intersetorialidade. propuseram que fosse articulada, pactuada e implementada
Por conta disso, aumentam as solicitações dos Conselhos uma política de educação permanente para o controle social
de Saúde de todas as regiões do País por informações e no SUS, envolvendo os conselheiros de saúde, para atuarem no
diretrizes que venham balizar o processo de educação controle social e também serem, se necessário,
permanente e contribuir para a efetividade do controle social multiplicadores das iniciativas de formação de outros sujeitos
no SUS. sociais.
O Conselho Nacional de Saúde, em 1999, discutiu e Logo, uma política para um público mais abrangente,
deliberou pela formulação de diretrizes gerais para a objetivando possibilitar, tanto aos conselheiros como aos
capacitação de Conselheiros de Saúde. O documento foi, então, representantes da sociedade, a participação no processo de
elaborado com a participação de representantes do Programa acompanhamento e de avaliação das ações e serviços de saúde.
de Educação em Saúde, da Secretaria de Políticas de Saúde do O Conselho Nacional de Saúde promoveu a atualização
Ministério da Saúde, de universidades, de organizações não dessas diretrizes para atender as deliberações da 11.ª
governamentais, de trabalhadores, das Secretarias de Saúde e Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2001) e da
dos Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde que possuíam 12.ª
experiências em atividades de capacitação e teve como título
“Diretrizes Nacionais para Capacitação de Conselheiros de Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2005) e
Saúde”. as contidas nos relatórios das Conferências Temáticas. Assim,
Entretanto, para atender as orientações da 11.ª as questões sobre capacitação de conselheiros de saúde estão
Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2001) e 12.ª incorporadas ao processo de educação permanente para o
Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2005), o controle social no SUS. O que significa dizer que toda e
Grupo de Trabalho de Capacitação de Conselheiros de Saúde, qualquer iniciativa de formação para o controle social deve:
instituído pelo Conselho Nacional de Saúde em sua 143.ª a) priorizar os conselheiros de saúde e outros sujeitos
Reunião Ordinária, em 2004 (REUNIÃO..., 2004), e sociais;
reestruturado na 152.ª Reunião Ordinária, em 2005 b) considerar o mundo de significação – familiar, social e
(REUNIÃO..., 2005), realizou a atualização do documento na profissional – dos participantes, utilizando-se de recursos
perspectiva de educação permanente para o controle social no voltados à reflexão crítica do conhecimento, habilidades,
SUS. atitudes, hábitos e convicções para que possam efetivamente
Para efeito dessas diretrizes, considera-se educação exercer a sua cidadania.
permanente para o controle social no SUS, os processos
formais de transmissão e construção de conhecimentos por Desse modo, todas as alterações procedidas no documento
meio de encontros, cursos, oficinas de trabalho, seminários e o “Diretrizes Nacionais para a Capacitação de Conselheiros de
uso de metodologias de educação à distância, bem como os Saúde” (BRASÍLIA, 1999), publicado em 1999, estiveram
demais processos participativos e fóruns de debates – voltadas para:
Conferências de Saúde, Plenárias de Conselhos de Saúde, a) a garantia da capacitação de conselheiros de saúde;
Encontros de Conselheiros, seminários, oficinas, dentre b) a ampliação do processo da capacitação para a educação
outros. permanente para o controle social no SUS;
Ressalta-se que a capacitação de Conselheiros de Saúde c) a inclusão de outros sujeitos sociais no processo de
está incluída nessa proposta mais ampla de educação educação permanente para o controle social no SUS;
permanente para o controle social no SUS. Assim, a educação d) o envolvimento de sujeitos sociais, de conselheiros de
permanente trata da aprendizagem que se processa no ritmo saúde ou ex-conselheiros que possuem experiência em
das diferenças sociais, culturais e religiosas dos sujeitos educação popular e participação nos Conselhos de Saúde;
sociais. e) a ampliação da concepção do conceito de cidadania
Considera as necessidades sentidas, as condições e as conforme previsto na Constituição Federal;
oportunidades dos sujeitos sociais de absorver e refletir sobre f) a ampliação do conceito e da prática da democracia.
o conhecimento ao longo da vida, requerendo um tempo Grupo de Trabalho do Processo de Educação Permanente
adequado e diferenciados momentos. no Controle Social do SUS/CNS

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APOSTILAS OPÇÃO

3 Justificativa planejamento quanto à execução das ações do SUS, mostra-se


É reconhecido por todos a relevância dos Conselhos de de fundamental importância no dimensionamento das
Saúde na descentralização das ações do SUS, no controle do dificuldades e possibilidades de efetivação das políticas de
cumprimento de seus princípios e na promoção da saúde voltadas para a cidadania, sobretudo nos momentos em
participação da população na sua gestão. que se discute a ampliação da participação social nas
Em seu processo de consolidação no âmbito das políticas instâncias de governo.
públicas, os Conselhos de Saúde, como instâncias colegiadas e Nesse sentido, é oportuno desencadear processos de
deliberativas à estrutura do SUS, representam espaços educação permanente para o controle social no SUS que
participativos nos quais emerge uma nova cultura política, possibilite à sociedade, além da compreensão da estrutura e
configurando-se como uma prática na qual se faz presente o funcionamento do SUS e do processo de construção do modelo
diálogo, a contestação e a negociação a favor da democracia e assistencial voltado aos seus princípios e diretrizes, um
da cidadania. entendimento ampliado de saúde. Sendo, desse modo, possível
A dinâmica de funcionamento dos Conselhos de Saúde é uma maior articulação intersetorial para que as ações dos
estabelecida nas relações entre usuários, gestores, Conselhos de Saúde possam ser caracterizadas como de
prestadores de serviço e trabalhadores de saúde, sendo, formulação e deliberação de políticas públicas comprometidas
portanto, suas deliberações, em geral, resultado de com a qualidade de vida da população brasileira.
negociações que contemplam a diferença de interesses de cada Processos de educação permanente para o controle social
segmento e representações. Garantem, ainda, transparência de no SUS devem ter como nível de abrangência a sociedade, na
relação entre os distintos grupos que o constituem, no trato qual o cidadão tem o direito de conhecer, propor, fiscalizar e
das questões de saúde sob sua avaliação, e que reforçam a contribuir para o fortalecimento do controle social no SUS e o
necessidade de interatividade desses segmentos. aperfeiçoamento dos Conselhos de Saúde, como instâncias
Essas relações que têm como contexto a deliberativas da política de saúde, promovendo, assim, a
representatividade, a qualificação e a capacidade de superação dos limites de sua atuação enquanto meros
formulação de seus membros, a visibilidade de suas propostas, legitimadores de propostas aparentemente complexas, de
a transparência de sua atuação, a permeabilidade e a domínio dos técnicos e políticos mais experientes. É, pois, de
comunicação com a sociedade vão definir em cada Conselho de fundamental importância uma política voltada para o controle
Saúde a qualidade de sua ação. social, de iniciativa de cada Conselho de Saúde, e que garanta
É possível observar que o desempenho dos Conselhos de a atualização de demandas de informações sobre questões
Saúde – espaços de consolidação da cidadania – está apresentadas como temas da agenda política do SUS.
relacionado à maneira como seus integrantes se articulam com É, pois, de responsabilidade intransferível dos Conselhos
as bases sociais, como transformam os direitos e as de Saúde as ações de educação permanente para o controle
necessidades de seus segmentos em demandas e projetos de social no SUS, de seus conselheiros. Quanto às iniciativas de
interesse público e como participam da deliberação da política educação permanente para o controle social no SUS, dos
de saúde a ser adotada em cada esfera de governo. sujeitos sociais, poderão ser desenvolvidas por instituições e
Em face da diversidade que ocorre no processo de entidades parceiras dos Conselhos de Saúde. Porém precisam
desenvolvimento da organização dos movimentos sociais e de estar direcionadas para a socialização das informações, dos
mobilização das forças políticas nos estados, municípios e conhecimentos e para a efetividade do controle social,
Distrito Federal, a atuação dos Conselhos de Saúde no reiteradas nos textos da legislação vigente, no acúmulo de
direcionamento das políticas de saúde deve promover a experiências políticas e em consonância com estas diretrizes.
mesma oportunidade de acesso de todas as representações da A partir dessa visão, devem ser elaboradas pelos Conselhos
sociedade às informações sobre o SUS, quer seja de ordem de Saúde e deliberadas as respectivas políticas e planos de
técnico-normativa, quer de ordem econômico-jurídica. De ação sobre o processo de educação permanente para o
igual forma deve promover a avaliação de como as controle social no SUS, com definição de valores
informações são entendidas e utilizadas para fundamentar as orçamentários, sistemas de monitoramento e de avaliação.
conquistas de cada segmento e, principalmente, a luta pela
garantia dos princípios do SUS. 4 Objetivos
As dificuldades para que os Conselhos de Saúde exerçam A implantação da política de educação permanente para o
suas atribuições, definidas e garantidas pela legislação, têm controle social no SUS comprometida com a garantia dos
sido ressaltadas e debatidas por organizações direitos sociais, com o fortalecimento dos Conselhos de Saúde
governamentais, não-governamentais e pelos próprios e com o envolvimento de outros sujeitos sociais deve ter como
Conselhos de Saúde. Essas iniciativas resultam no objetivos:
desenvolvimento de experiências que contribuem para a a) oportunizar aos Conselheiros de Saúde e demais
atuação na formulação de estratégias, de diretrizes, no representantes da sociedade brasileira condições de acesso às
controle da execução das políticas e nas deliberações acatadas informações e aos conhecimentos sobre o SUS para o exercício
pelo gestor. Configurando-se assim, o fortalecimento do da cidadania, a partir da compreensão de que as ações e
controle social no SUS. serviços de saúde são direitos constitucionais, que
Os resultados de experiências realizadas em vários representam retorno dos tributos e contribuições sociais, que
estados, municípios e Distrito Federal, por iniciativa do são pagos ao Estado;
governo e da sociedade civil voltadas para o controle social do b) discutir as diretrizes, as políticas e os princípios do SUS,
SUS, têm demonstrado que, apesar das dificuldades peculiares que definem o modelo de atenção à saúde, a efetivação de sua
à conjuntura social e política de cada realidade, muitos gestão nos diversos níveis, papel das Comissões Intergestores
avanços qualitativos ocorreram. Ainda assim, os relatórios das e dos Conselhos de Saúde, as metas a serem alcançadas e os
Conferências de Saúde, dos Encontros Nacionais e Encontros obstáculos reais que dificultam a sua efetivação;
Estaduais de Conselheiros e de Conselhos de Saúde, e das c) fortalecer a atuação dos conselheiros de saúde e sujeitos
Plenárias de Conselhos de Saúde, enfatizam a necessidade do sociais como articuladores da participação da sociedade no
desenvolvimento de atividades de educação permanente para processo de implementação do SUS;
controle social no SUS, envolvendo Conselheiros de Saúde e d) propiciar aos conselheiros de saúde e demais
demais sujeitos sociais. representantes da sociedade a compreensão do espaço dos
Ressalta-se que a atuação dos Conselhos de Saúde como Conselhos como locus de manifestação de interesses plurais
órgãos deliberativos, tanto no que diz respeito ao frequentemente conflitantes e negociáveis, tendo como

Legislação do SUS 47
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APOSTILAS OPÇÃO

horizonte as políticas públicas e de saúde congruentes com os Para promover o alcance dos objetivos do processo de
princípios do SUS; educação permanente para o controle social no SUS,
e) desenvolver estratégias que promovam o intercâmbio recomenda-se a utilização de metodologias que busquem a
de experiências entre as instâncias do controle social do SUS e construção coletiva de conhecimentos, baseada na experiência
o incremento da articulação com suas bases; do grupo, levando-se em consideração o conhecimento como
f) contribuir para a formação de uma consciência sanitária prática concreta e real dos sujeitos a partir de suas vivências e
que considere a compreensão ampliada de saúde e contemple histórias. Metodologias essas que ultrapassem as velhas
sua articulação intersetorial com outras áreas das políticas formas autoritárias de lidar com a aprendizagem e muitas
públicas; vezes utilizadas como, por exemplo, a da comunicação
g) contribuir para a estruturação e articulação de canais unilateral, que transforma o indivíduo num mero receptor de
permanentes de informações sobre os instrumentos legais – teorias e conteúdo.
leis, normas, decretos e outros documentos presentes na Recomenda-se, também, a utilização de dinâmicas que
institucionalização do SUS – alimentados pelos Conselhos de propiciem um ambiente de troca de experiências, de reflexões
Saúde Nacional, Estaduais, Municipais, do Distrito Federal, pertinentes à atuação dos Conselheiros de Saúde e dos sujeitos
entidades e instituições; sociais e de técnicas que favoreçam a sua participação e
h) contribuir para formação de formadores e de integração, como, por exemplo, reuniões de grupo, plenárias,
multiplicadores para o controle social; estudos dirigidos, seminários, oficinas, todos envolvendo
i) propiciar discussões referentes ao controle público debates.
externo; e A 12.ª Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA...,
j) aprofundar os debates das Diretrizes Nacionais de 2005) recomendou a realização de ações para educação
Educação Permanente do Conselho Nacional de Saúde junto permanente e propôs que as atividades do Conselheiro de
aos Conselhos de Saúde. Saúde fossem consideradas de relevância pública. Essa
proposição foi contemplada na Resolução n.º 333/2003
5 Estratégias operacionais e metodológicas para o (BRASIL, 2003c), aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde,
controle social que garante ao Conselheiro de Saúde a dispensa, sem prejuízo,
Recomenda-se que o processo de educação permanente do seu trabalho, para participar das reuniões, eventos,
para o controle social no SUS ocorra de forma descentralizada, capacitações e ações específicas do Conselho de Saúde.
respeitando as especificidades e condições locais a fim de que Assim, o processo proposto, especialmente, no que diz
possa ter maior efetividade. respeito aos Conselhos de Saúde deve dar conta da intensa
Considerando que os membros do Conselho de Saúde renovação de Conselheiros de Saúde, que ocorre em razão do
renovam-se periodicamente e outros sujeitos sociais final dos mandatos, ou por decisão da instituição ou entidade
alternam-se em suas representações, e o fato de estarem de substituir o seu representante. Isto requer, no mínimo, a
sempre surgindo novas demandas oriundas das mudanças oferta de material básico informativo, uma capacitação inicial
conjunturais, torna-se necessário que o processo de educação promovida pelo Conselho de Saúde e a garantia de
permanente para o controle social esteja em constante mecanismos que disponibilizem informações aos novos
construção e atualização. Conselheiros.
A operacionalização do processo de educação permanente
para o controle social no SUS deve considerar a seleção, Sugestões de material de apoio:
preparação do material e a identificação de sujeitos sociais que - Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas
tenham condições de transmitir informações e possam atuar (ONU);
como facilitadores e incentivadores das discussões sobre os - Declaração dos Direitos da Criança e Adolescente
temas a serem tratados. Para isso é importante: (Unicef);
- identificar as parcerias a serem envolvidas, como: - Declaração de Otawa, Declaração de Bogotá e outras;
universidades, núcleos de saúde, escolas de saúde pública, - Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 2003) – Capítulo
técnicos e especialistas autônomos ou ligados a instituições, da Ordem Social;
entidades dos segmentos sociais representados nos - Leis Federais: 8.080/90 (BRASIL, 1990a), 8.142/90
Conselhos, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), (BRASIL, 1990b), 8.689/93 (BRASIL, 1993), 9.656/98
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), (BRASIL, 1998) e respectivas Medidas Provisórias;
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a - Relatórios das Conferências Nacionais de Saúde;
Cultura (Unesco), Instituto Brasileiro de Administração - Normas Operacionais do SUS;
Municipal (Ibam), Associação Brasileira de Pós-Graduação em - Princípios e Diretrizes para a Gestão do Trabalho (NOB/
Saúde Coletiva (Abrasco) e outras organizações da sociedade RH – SUS), 2005 (BRASIL, 2005), Diretrizes e Competências da
que atuem na área de saúde. Na identificação e articulações Comissão Intergestora Tripartite (CIT), Comissões
das parcerias, deve ficar clara a atribuição dos conselhos, Intergestoras Bipartites (CIBs) e das Condições de Gestão dos
conselheiros e parceiros; Estados e Municípios;
- realizar as atividades de educação permanente para os - Constituição do Estado e Leis Orgânicas do Estado, do
conselheiros e os demais sujeitos sociais de acordo com a Distrito Federal e Município;
realidade local, garantindo uma carga horária que possibilite a - Seleção de Deliberações do Conselho Estadual de Saúde
participação e a ampla discussão dos temas, democratização (CES), Conselho Municipal de Saúde (CMS) e pactuações das
das informações e a utilização de técnicas pedagógicas para o Comissões Intergestoras Tripartite e Bipartite;
controle social que facilitem a construção dos conteúdos - Resoluções e deliberações do Conselho de Saúde
teóricos e, também, a interação do grupo. relacionadas à Gestão em Saúde: Plano de Saúde,
Sugere-se que as atividades de educação permanente para Financiamento, Normas, Direção e Execução, Planejamento –
o controle social no SUS sejam enfocadas em dois níveis: um que compreende programação, orçamento, acompanhamento
geral, garantindo a representação de todos os segmentos, e e avaliação;
outro específico, que poderá ser estruturado e oferecido de - Resolução do Conselho Nacional de Saúde n.º 333/2003
acordo com o interesse ou a necessidade dos segmentos que (BRASIL, 2003c), Resolução n.º 322/2003 (BRASIL, 2003b),
compõem os Conselhos de Saúde e os demais órgãos da Resolução n.º 196/96 (BRASIL, 1996) e outras
sociedade. correspondentes com mesmo mérito, e deliberações no campo

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APOSTILAS OPÇÃO

do controle social – formulação de estratégias e controle da Conselhos Municipais de Saúde, o processo de educação
execução pelos Conselhos de Saúde e pela sociedade. permanente desenvolvidos no País.

A definição dos conteúdos básicos de educação 6.4 Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do
permanente para o controle social no SUS deve ser objeto de Distrito Federal
deliberação pelos plenários dos Conselhos de Saúde nas suas a) Viabilizar, no âmbito de sua esfera de governo, recursos
respectivas esferas governamentais. financeiros, materiais e humanos para a execução das
Recomenda-se que, para esse processo, seja prevista a atividades relacionadas com a educação permanente para o
criação de instrumentos de acompanhamento e avaliação dos controle social no SUS;
resultados das atividades. b) Apoiar financeira e tecnicamente a realização e a
participação de conselheiros de saúde em eventos sobre o
6 Responsabilidades controle social no SUS.
6.1 Esferas governamentais
Compete ao Estado, nas três esferas do governo: 6.5 Conselhos de Saúde Estaduais, Municipais e do
a) Oferecer todas as condições necessárias para que o Distrito Federal
processo de educação permanente para o controle social a) Elaborar, em conjunto com a Secretaria de Saúde, a
ocorra, garantindo o pleno funcionamento dos Conselhos de política e o plano de ação do processo de educação
Saúde e a realização das ações para a educação permanente e permanente para o controle social no SUS, e deliberar sobre a
controle social dos demais sujeitos sociais. respectiva política e plano de ação, em sintonia com política
b) Promover o apoio à produção de materiais didáticos nacional, com definição de valores orçamentários e sistemas
destinados às atividades de educação permanente para o de monitoramento e avaliação;
controle social no SUS, ao desenvolvimento e utilização de b) Desenvolver o processo de educação permanente para
métodos, técnicas e fomento à pesquisa que contribuam para o controle social no SUS, considerando as especificidades
esse processo. locais;
c) Estabelecer, parcerias com instituições e entidades
6.2 Ministério da Saúde locais, para a realização do processo de educação permanente
a) Incentivar e apoiar, inclusive nos aspectos financeiros e para o controle social no SUS, em conformidade com estas
técnicos, as instâncias estaduais, municipais e do Distrito diretrizes;
Federal para o processo de elaboração e execução da política d) Promover, com instituições e entidades, processo de
de educação permanente para o controle social no SUS; comunicação, informação e troca de experiências sobre
b) Manter disponível e atualizado o acervo de referências educação permanente para o controle social no SUS;
sobre saúde e oferecer material informativo básico e e) Viabilizar a realização de eventos sobre o controle social
audiovisual que propicie a veiculação de temas de interesse no SUS; e
geral em saúde, tais como: legislação, orçamento, direitos em f) garantir a participação de conselheiros de Saúde em
saúde, modelo assistencial, modelo de gestão e outros. eventos do controle social.

6.3 Conselho Nacional de Saúde Destaca-se que os processos autônomos de educação


a) Elaborar, em conjunto com o Ministério da Saúde, a permanente para o controle social do SUS e a mobilização de
política nacional e o plano de ação sobre o processo de representantes, por parte das entidades com participação no
educação permanente para o controle social no SUS e deliberar Conselho de Saúde, devem ser reconhecidos e incentivados.
sobre a respectiva política e plano de ação, com definição de
valores orçamentários e sistemas de monitoramento e 7 Mecanismos de acompanhamento e avaliação
avaliação; Considerando os objetivos propostos pelo processo de
b) Manter disponível e atualizado, na sua sede, o acervo de educação permanente para o controle social no SUS, é
referências sobre o controle social; importante garantir que as atividades de acompanhamento e
c) Instituir mecanismos de divulgação e troca de avaliação sejam desenvolvidas para oferecer subsídios às
experiências sobre o processo de educação permanente para o etapas de adequação e aperfeiçoamento desse processo. No
controle social no SUS de conselheiros, por meio de: que se refere à definição das atividades de educação
- espaço na página do Conselho Nacional de Saúde na permanente para o controle social, as estratégias adotadas
internet; devem possibilitar o acompanhamento e avaliação contínuos
- espaço no Jornal do Conselho Nacional de Saúde; durante a execução e não somente no seu final, incluindo a
- relatos de experiências apresentados em diversos participação dos sujeitos sociais envolvidos nesse processo.
eventos nacionais de saúde; No tocante à avaliação, esta deverá ter como base os
- apoio à realização de Plenárias Nacionais de Conselhos de objetivos alcançados, conteúdos desenvolvidos, metodologias
Saúde, Encontros Nacionais de Conselheiros de Saúde, bem aplicadas, troca de experiências e, principalmente, o reflexo
como impressão e distribuição dos seus documentos, nas deliberações do Conselho de Saúde e participação da
relatórios ou anais; população na gestão do SUS. Os mecanismos de
- promoção de cursos, seminários e eventos relacionados acompanhamento e avaliação adotados devem estar voltados
ao controle social e democracia participativa; e tanto para o processo de educação permanente para o controle
- divulgação de experiências exitosas sobre controle social. social no SUS em si, quanto para seus resultados.
d) Aprovar os materiais didáticos destinados às atividades Sobre os resultados, deve-se enfatizar a necessidade da
de educação permanente para o controle social no SUS; realização de estudos que possam identificar o impacto das
e) Propor, em conjunto com os Conselhos Estaduais e ações de educação permanente para o controle social no SUS,
Municipais de Saúde, e Conselho de Saúde do Distrito Federal, além de estudos sobre a prática, atuação e a contribuição dos
mecanismos de acompanhamento e avaliação que permitam a Conselheiros de Saúde e dos demais sujeitos sociais para o
consolidação de resultados e estudos comparativos de fortalecimento da organização e funcionamento do Sistema
experiências de educação permanente desenvolvidos nos Único de Saúde.
estados, municípios e Distrito Federal;
f) Acompanhar, monitorar e avaliar, com os Conselhos
Estaduais de Saúde, Conselho de Saúde do Distrito Federal e

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões III - investimentos previstos no Plano Quinquenal do


Ministério da Saúde;
01. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Técnico de IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem
Enfermagem – Prefeitura de Fortaleza/CE/2018) O implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
Controle Social é uma Diretriz e um Princípio do Sistema Único Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste
de Saúde (SUS), utilizada como mecanismo de participação da artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à
comunidade nas ações de saúde em todas as esferas de cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais
governo. Essa participação ocorre de forma institucionalizada ações de saúde.
por meio de:
(A) dos Conselhos de Saúde. Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei
(B) das Secretarias de Saúde dos Estados e dos Municípios. serão repassados de forma regular e automática para os
(C) dos líderes comunitários municipais e estaduais. Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os
(D) dos Conselhos de Saúde e da Conferência de Saúde. critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro
de 1990.
Gabarito § 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos
critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro
01.D de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos,
exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do mesmo
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 19909 artigo.
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados,
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o
Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências restante aos Estados.
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde § 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para
e dá outras providências. execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si,
parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3°
desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei deverão contar com:
n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera I - Fundo de Saúde;
de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, II - Conselho de Saúde, com composição paritária de
com as seguintes instâncias colegiadas: acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
I - a Conferência de Saúde; e III - plano de saúde;
II - o Conselho de Saúde. IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de
com a representação dos vários segmentos sociais, para 1990;
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, orçamento;
convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e
esta ou pelo Conselho de Saúde. Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e implantação.
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos
execução da política de saúde na instância correspondente, concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas Estados ou pela União.
decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo. Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para
e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde aplicação desta lei.
(Conasems) terão representação no Conselho Nacional de
Saúde. Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde
e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
demais segmentos.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência
terão sua organização e normas de funcionamento definidas e 102° da República.
em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Questões
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS)
serão alocados como: 01. (IABAS - Técnico de Enfermagem - IBADE/2019) O
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, controle social do SUS está previsto em lei e deve ser realizado
seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; pelos órgãos competentes. Segundo a Lei n° 8.142/90, existe
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de um órgão que possui caráter permanente e deliberativo, com
iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso posto por representantes do governo, prestadores de serviço,
Nacional; profissionais de saúde e usuários, que atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na

9 Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8142_281290.htm - Acesso em
07/08/2019 às 13h16min.

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APOSTILAS OPÇÃO

instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os
e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do Estados e o Distrito Federal deverão contar com, exceto:
poder legalmente constituído em cada esfera do governo. O (A) Fundo de Saúde;
órgão ao qual o texto se refere é o (a): (B) Conselho de Saúde, com composição na integralidade
(A) Fundação de Saúde, de assistência
(B) Ministério da Saúde. (C) Plano de saúde
(C) Conselho de Saúde. (D) Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
(D) Regional de Saúde. orçamento;
(E) Unidade de Saúde.
Gabarito
02. (TJ/SP - Enfermeiro Judiciário - VUNESP/2019) A
participação da comunidade na gestão do Sistema Único de 01.C / 02.E / 03.C / 04.A / 05.B
Saúde (SUS) se dá por meio da atuação de representantes dos
usuários
(A) na administração do Fundo Nacional de Saúde (FNS). 5. Ações específicas da
(B) no Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass). Atenção Básica
(C) no Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde (Conasems).
(D) na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 201710
(E) no Conselho de Saúde.
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica,
03. (IF/TO - Enfermeiro - IF/TO/2019) Em relação à Lei estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da
nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
participação da comunidade na gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das
recursos financeiros na área da saúde, identifique a alternativa atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo
correta: único do art. 87 da Constituição, e
(A) O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro 1990, que
8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
as seguintes instâncias colegiadas: Conselho de Saúde, serviços correspondentes, e dá outras providências,
Conferência Nacional de Saúde e Conselho Nacional dos considerando:
Secretários municipais de Saúde. Considerando a experiência acumulada do Controle Social
(B) O Conselho de Saúde, em caráter transitório e da Saúde à necessidade de aprimoramento do Controle Social
consultivo, é um órgão colegiado composto por representantes da Saúde no âmbito nacional e as reiteradas demandas dos
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e Conselhos Estaduais e Municipais referentes às propostas de
usuários, atuando na formulação de estratégias e no controle composição, organização e funcionamento, conforme o art. 1º,
da execução da política de saúde na instância correspondente. § 2º, da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
(C) São condições para a transferência de recursos do SUS Considerando a Portaria nº 971/GM/MS, de 3 de maio de
aos municípios, aos estados e ao Distrito Federal: a existência 2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e
de fundo de saúde; conselho de saúde, plano de saúde, Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde;
relatórios de gestão, contrapartida de recursos para a saúde, Considerando a Portaria nº 2.715/GM/MS, de 17 de
além de comissão de elaboração do plano de carreira, cargos e novembro de 2011, que atualiza a Política Nacional de
salários. Alimentação e Nutrição;
(D) 85% dos recursos do Fundo Nacional são destinados Considerando a Portaria Interministerial Nº 1, de 2 de
para cobertura das ações e dos serviços de saúde e devem ser janeiro de 2014, que institui a Política Nacional de Atenção
destinados aos municípios, sendo o restante destinado ao Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema
Estado. Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema Único de Saúde
(E) A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada 4 anos com (SUS);
a representação de vários segmentos sociais para avaliar a Considerando as Diretrizes da Política Nacional de Saúde
situação da saúde e propor diretrizes orçamentárias a serem Bucal;
utilizadas em cada nível de atenção à saúde. Considerando a Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013,
que Institui o Programa Mais Médicos, alterando a Lei no
04. (Pref. Indaiatuba/SP - Enfermeiro da Família - IBC) 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e a Lei no 6.932, de 7 de julho
Define-se no § 3° do art. 1º da lei Federal 8142/90 que o de 1981;
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Considerando o Decreto nº 7.508, de 21 de junho de 2011,
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde que regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
(Conasems) terão representação no: para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde -
(A) Conselho Nacional de Saúde. (CNS) SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde, e a
(B) Fundo Nacional de Assistência à Saúde (FNAS) articulação interfederativa;
(C) Ministério da Saúde (MS) Considerando a Portaria nº 204/GM/MS, de 29 de janeiro
(D) Fundo Nacional de Saúde (FNS) de 2007, que regulamenta o financiamento e a transferência de
recursos federais para as ações e serviços de saúde, na forma
05. (Pref. Indaiatuba/SP - Enfermeiro da Família - IBC) de blocos de financiamento, com respectivo monitoramento e
No que tange o Art. 4° da lei Federal 8142/90 Para receberem controle;

10

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html -
Acesso 07/08/2019 às 13h17min.

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APOSTILAS OPÇÃO

Considerando a Portaria nº 687, de 30 de março de 2006, Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de
que aprova a Política de Promoção da Saúde; Atenção Básica, desde que observados os princípios e
Considerando a Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter
2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de transitório, devendo ser estimulada sua conversão em
Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); Estratégia Saúde da Família.
Considerando a Resolução CIT Nº 21, de 27 de julho de
2017 Consulta Pública sobre a proposta de revisão da Política Art. 5º A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção
Nacional de Atenção Básica (PNAB). Agosto de 2017; e Básica é condição essencial para o alcance de resultados que
Considerando a pactuação na Reunião da Comissão atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da
Intergestores Tripartite do dia 31 de agosto de 2017, resolve: integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos
de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e
Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de Atenção danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade.
Básica - PNAB, com vistas à revisão da regulamentação de
implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde que prestem
Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de
para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de acordo com esta portaria serão denominados Unidade Básica
Atenção à Saúde – RAS. de Saúde – UBS.
Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica Parágrafo único. Todas as UBS são consideradas potenciais
considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à espaços de educação, formação de recursos humanos,
Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica
de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes para a RAS.
definidas neste documento.
CAPÍTULO I
Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde DAS RESPONSABILIDADES
individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção,
prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de
redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, governo:
desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção e
gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e de gestão com base nos princípios e nas diretrizes contidas
dirigida à população em território definido, sobre as quais as nesta portaria;
equipes assumem responsabilidade sanitária. II - apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da
§1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e Família - ESF como estratégia prioritária de expansão,
centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e consolidação e qualificação da Atenção Básica;
ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. III - garantir a infraestrutura adequada e com boas
§ 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e condições para o funcionamento das UBS, garantindo espaço,
gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas mobiliário e equipamentos, além de acessibilidade de pessoas
necessidades e demandas do território, considerando os com deficiência, de acordo com as normas vigentes;
determinantes e condicionantes de saúde. IV - contribuir com o financiamento tripartite para
§ 3º É proibida qualquer exclusão baseada em idade, fortalecimento da Atenção Básica;
gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, orientação V - assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e
sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, além de outras
socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, atribuições que venham a ser pactuadas pelas Comissões
funcional e outras. Intergestores;
§ 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º, serão VI - estabelecer, nos respectivos Planos Municipais,
adotadas estratégias que permitam minimizar Estaduais e Nacional de Saúde, prioridades, estratégias e
desigualdades/iniquidades, de modo a evitar exclusão social metas para a organização da Atenção Básica;
de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou VII - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias
discriminação, de maneira que impacte na autonomia e na organizacionais de qualificação da força de trabalho para
situação de saúde. gestão e atenção à saúde, estimular e viabilizar a formação,
educação permanente e continuada dos profissionais, garantir
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem direitos trabalhistas e previdenciários, qualificar os vínculos
operacionalizados na Atenção Básica: de trabalho e implantar carreiras que associem
I – Princípios: desenvolvimento do trabalhador com qualificação dos
a) Universalidade; serviços ofertados às pessoas;
b) Equidade; e VIII - garantir provimento e estratégias de fixação de
c) Integralidade. profissionais de saúde para a Atenção Básica com vistas a
II – Diretrizes: promover ofertas de cuidado e o vínculo;
a) Regionalização e Hierarquização: IX - desenvolver, disponibilizar e implantar os Sistemas de
b) Territorialização; Informação da Atenção Básica vigentes, garantindo
c) População Adscrita; mecanismos que assegurem o uso qualificado dessas
d) Cuidado centrado na pessoa; ferramentas nas UBS, de acordo com suas responsabilidades;
e) Resolutividade; X - garantir, de forma tripartite, dispositivos para
f) Longitudinalidade do cuidado; transporte em saúde, compreendendo as equipes, pessoas
g) Coordenação do cuidado; para realização de procedimentos eletivos, exames, dentre
h) Ordenação da rede; e outros, buscando assegurar a resolutividade e a integralidade
i) Participação da comunidade. do cuidado na RAS, conforme necessidade do território e
planejamento de saúde;
Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia XI - planejar, apoiar, monitorar e avaliar as ações da
prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. Atenção Básica nos territórios;

Legislação do SUS 52
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APOSTILAS OPÇÃO

XII - estabelecer mecanismos de autoavaliação, controle, Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao
regulação e acompanhamento sistemático dos resultados Distrito Federal a coordenação do componente estadual e
alcançados pelas ações da Atenção Básica, como parte do distrital da Atenção Básica, no âmbito de seus limites
processo de planejamento e programação; territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e
XIII - divulgar as informações e os resultados alcançados prioridades estabelecidas, sendo responsabilidades dos
pelas equipes que atuam na Atenção Básica, estimulando a Estados e do Distrito Federal:
utilização dos dados para o planejamento das ações; I - pactuar, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e
XIV - promover o intercâmbio de experiências entre Colegiado de Gestão no Distrito Federal, estratégias, diretrizes
gestores e entre trabalhadores, por meio de cooperação e normas para a implantação e implementação da Política
horizontal, e estimular o desenvolvimento de estudos e Nacional de Atenção Básica vigente nos Estados e Distrito
pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação Federal;
de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica; II - destinar recursos estaduais para compor o
XV - estimular a participação popular e o controle social; financiamento tripartite da Atenção Básica, de modo regular e
XVI - garantir espaços físicos e ambientes adequados para automático, prevendo, entre outras formas, o repasse fundo a
a formação de estudantes e trabalhadores de saúde, para a fundo para custeio e investimento das ações e serviços;
formação em serviço e para a educação permanente e III - ser corresponsável pelo monitoramento das ações de
continuada nas Unidades Básicas de Saúde; Atenção Básica nos municípios;
XVII - desenvolver as ações de assistência farmacêutica e IV - analisar os dados de interesse estadual gerados pelos
do uso racional de medicamentos, garantindo a sistemas de informação, utilizá-los no planejamento e divulgar
disponibilidade e acesso a medicamentos e insumos em os resultados obtidos;
conformidade com a RENAME, os protocolos clínicos e V - verificar a qualidade e a consistência de arquivos dos
diretrizes terapêuticas, e com a relação específica sistemas de informação enviados pelos municípios, de acordo
complementar estadual, municipal, da união, ou do distrito com prazos e fluxos estabelecidos para cada sistema,
federal de medicamentos nos pontos de atenção, visando a retornando informações aos gestores municipais;
integralidade do cuidado; VI - divulgar periodicamente os relatórios de indicadores
XVIII - adotar estratégias para garantir um amplo escopo da Atenção Básica, com intuito de assegurar o direito
de ações e serviços a serem ofertados na Atenção Básica, fundamental de acesso à informação;
compatíveis com as necessidades de saúde de cada localidade; VII - prestar apoio institucional aos municípios no
XIX - estabelecer mecanismos regulares de auto avaliação processo de implantação, acompanhamento e qualificação da
para as equipes que atuam na Atenção Básica, a fim de Atenção Básica e de ampliação e consolidação da Estratégia
fomentar as práticas de monitoramento, avaliação e Saúde da Família;
planejamento em saúde; e VIII - definir estratégias de articulação com as gestões
XX - articulação com o subsistema Indígena nas ações de municipais, com vistas à institucionalização do
Educação Permanente e gestão da rede assistencial. monitoramento e avaliação da Atenção Básica;
IX - disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e
Art. 8º Compete ao Ministério da Saúde a gestão das ações pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação
de Atenção Básica no âmbito da União, sendo permanente dos membros das equipes de gestão e de atenção;
responsabilidades da União: X - articular instituições de ensino e serviço, em parceria
I - definir e rever periodicamente, de forma pactuada, na com as Secretarias Municipais de Saúde, para formação e
Comissão Intergestores Tripartite (CIT), as diretrizes da garantia de educação permanente aos profissionais de saúde
Política Nacional de Atenção Básica; das equipes que atuam na Atenção Básica; e
II - garantir fontes de recursos federais para compor o XI - fortalecer a Estratégia Saúde da Família na rede de
financiamento da Atenção Básica; serviços como a estratégia prioritária de organização da
III - destinar recurso federal para compor o financiamento Atenção Básica.
tripartite da Atenção Básica, de modo mensal, regular e
automático, prevendo, entre outras formas, o repasse fundo a Art. 10 Compete às Secretarias Municipais de Saúde a
fundo para custeio e investimento das ações e serviços; coordenação do componente municipal da Atenção Básica, no
IV - prestar apoio integrado aos gestores dos Estados, do âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política,
Distrito Federal e dos municípios no processo de qualificação diretrizes e prioridades estabelecidas, sendo
e de consolidação da Atenção Básica; responsabilidades dos Municípios e do Distrito Federal:
V - definir, de forma tripartite, estratégias de articulação I - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de
junto às gestões estaduais e municipais do SUS, com vistas à Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu território,
institucionalização da avaliação e qualificação da Atenção incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela
Básica; União;
VI - estabelecer, de forma tripartite, diretrizes nacionais e II - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua
disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que base territorial de acordo com as necessidades de saúde
facilitem o processo de gestão, formação e educação identificadas em sua população, utilizando instrumento de
permanente dos gestores e profissionais da Atenção Básica; programação nacional vigente;
VII - articular com o Ministério da Educação estratégias de III - organizar o fluxo de pessoas, inserindo-as em linhas de
indução às mudanças curriculares nos cursos de graduação e cuidado, instituindo e garantindo os fluxos definidos na Rede
pós-graduação na área da saúde, visando à formação de de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de atenção de
profissionais e gestores com perfil adequado à Atenção Básica; diferentes configurações tecnológicas, integrados por serviços
e de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a
VIII - apoiar a articulação de instituições, em parceria com integralidade do cuidado.
as Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e do Distrito IV - estabelecer e adotar mecanismos de encaminhamento
Federal, para formação e garantia de educação permanente e responsável pelas equipes que atuam na Atenção Básica de
continuada para os profissionais de saúde da Atenção Básica, acordo com as necessidades de saúde das pessoas, mantendo
de acordo com as necessidades locais. a vinculação e coordenação do cuidado;
V - manter atualizado mensalmente o cadastro de equipes,
profissionais, carga horária, serviços disponibilizados,

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APOSTILAS OPÇÃO

equipamentos e outros no Sistema de Cadastro Nacional de ANEXO


Estabelecimentos de Saúde vigente, conforme regulamentação POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
específica; OPERACIONALIZAÇÃO
VI - organizar os serviços para permitir que a Atenção
Básica atue como a porta de entrada preferencial e ordenadora CAPÍTULO I
da RAS; DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DA ATENÇÃO BÁSICA À
VII - fomentar a mobilização das equipes e garantir espaços SAÚDE
para a participação da comunidade no exercício do controle
social; A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado
VIII - destinar recursos municipais para compor o da experiência acumulada por um conjunto de atores
financiamento tripartite da Atenção Básica; envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a
IX - ser corresponsável, junto ao Ministério da Saúde, e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como
Secretaria Estadual de Saúde pelo monitoramento da movimentos sociais, população, trabalhadores e gestores das
utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos três esferas de governo.
município; Esta Portaria, conforme normatização vigente no SUS, que
X - inserir a Estratégia de Saúde da Família em sua rede de define a organização em Redes de Atenção à Saúde (RAS) como
serviços como a estratégia prioritária de organização da estratégia para um cuidado integral e direcionado às
Atenção Básica; necessidades de saúde da população, destaca a Atenção Básica
XI - prestar apoio institucional às equipes e serviços no como primeiro ponto de atenção e porta de entrada
processo de implantação, acompanhamento, e qualificação da preferencial do sistema, que deve ordenar os fluxos e contra
Atenção Básica e de ampliação e consolidação da Estratégia fluxos de pessoas, produtos e informações em todos os pontos
Saúde da Família; de atenção à saúde.
XII - definir estratégias de institucionalização da avaliação Esta Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da
da Atenção Básica; Família sua estratégia prioritária para expansão e
XIII - desenvolver ações, articular instituições e promover consolidação da Atenção Básica. Contudo reconhece outras
acesso aos trabalhadores, para formação e garantia de estratégias de organização da Atenção Básica nos territórios,
educação permanente continuada aos profissionais de saúde que devem seguir os princípios e diretrizes da Atenção Básica
de todas as equipes que atuam na Atenção Básica implantadas; e do SUS, configurando um processo progressivo e singular
XIV - selecionar, contratar e remunerar os profissionais que considera e inclui as especificidades locorregionais,
que compõem as equipes multiprofissionais de Atenção ressaltando a dinamicidade do território e a existência de
Básica, em conformidade com a legislação vigente; populações específicas, itinerantes e dispersas, que também
XV - garantir recursos materiais, equipamentos e insumos são de responsabilidade da equipe enquanto estiverem no
suficientes para o funcionamento das UBS e equipes, para a território, em consonância com a política de promoção da
execução do conjunto de ações propostas; equidade em saúde A Atenção Básica considera a pessoa em
XVI - garantir acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir
necessário ao cuidado resolutivo da população; a atenção integral, incorporar as ações de vigilância em saúde
XVII - alimentar, analisar e verificar a qualidade e a - a qual constitui um processo contínuo e sistemático de coleta,
consistência dos dados inseridos nos sistemas nacionais de consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos
informação a serem enviados às outras esferas de gestão, relacionados à saúde - além disso, visa o planejamento e a
utilizá-los no planejamento das ações e divulgar os resultados implementação de ações públicas para a proteção da saúde da
obtidos, a fim de assegurar o direito fundamental de acesso à população, a prevenção e o controle de riscos, agravos e
informação; doenças, bem como para a promoção da saúde.
XVIII - organizar o fluxo de pessoas, visando à garantia das Destaca-se ainda o desafio de superar compreensões
referências a serviços e ações de saúde fora do âmbito da simplistas, nas quais, entre outras, há dicotomia e oposição
Atenção Básica e de acordo com as necessidades de saúde das entre a assistência e a promoção da saúde. Para tal, deve-se
mesmas; e partir da compreensão de que a saúde possui múltiplos
IX - assegurar o cumprimento da carga horária integral de determinantes e condicionantes e que a melhora das
todos os profissionais que compõem as equipes que atuam na condições de saúde das pessoas e coletividades passa por
Atenção Básica, de acordo com as jornadas de trabalho diversos fatores, os quais grande parte podem ser abordados
especificadas no Sistema de Cadastro Nacional de na Atenção Básica.
Estabelecimentos de Saúde vigente e a modalidade de atenção.
1- PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA
Art. 11 A operacionalização da Política Nacional de
Atenção Básica está detalhada no Anexo a esta Portaria. Os princípios e diretrizes, a caracterização e a relação de
serviços ofertados na Atenção Básica serão orientadores para
Art. 12 Fica revogada a Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de a sua organização nos municípios, conforme descritos a seguir:
outubro de 2011.
1.1- Princípios
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua - Universalidade: possibilitar o acesso universal e contínuo
publicação. a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados
como a porta de entrada aberta e preferencial da RAS
RICARDO BARROS (primeiro contato), acolhendo as pessoas e promovendo a
vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas
necessidades de saúde. O estabelecimento de mecanismos que
assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica
de organização e funcionamento do serviço de saúde que parte
do princípio de que as equipes que atuam na Atenção Básica
nas UBS devem receber e ouvir todas as pessoas que procuram
seus serviços, de modo universal, de fácil acesso e sem

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APOSTILAS OPÇÃO

diferenciações excludentes, e a partir daí construir respostas - Resolutividade: reforça a importância da Atenção Básica
para suas demandas e necessidades. ser resolutiva, utilizando e articulando diferentes tecnologias
- Equidade: ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica
nas condições de vida e saúde e de acordo com as necessidades ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções
das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na
diferenciações sociais e deve atender à diversidade. Ficando perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos
proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, cor, indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a
crença, nacionalidade, etnia, orientação sexual, identidade de grande maioria dos problemas de saúde da população,
gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS,
escolaridade ou limitação física, intelectual, funcional, entre quando necessário.
outras, com estratégias que permitam minimizar VI. - Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a
desigualdades, evitar exclusão social de grupos que possam vir continuidade da relação de cuidado, com construção de
a sofrer estigmatização ou discriminação; de maneira que vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao
impacte na autonomia e na situação de saúde.- longo do tempo e de modo permanente e consistente,
Integralidade: É o conjunto de serviços executados pela acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de
equipe de saúde que atendam às necessidades da população outros elementos na vida das pessoas, evitando a perda de
adscrita nos campos do cuidado, da promoção e manutenção referências e diminuindo os riscos de iatrogenia que são
da saúde, da prevenção de doenças e agravos, da cura, da decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da
reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos. Inclui falta de coordenação do cuidado.
a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos VII. - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e
de atenção à saúde e o reconhecimento adequado das organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das
necessidades biológicas, psicológicas, ambientais e sociais RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos
causadoras das doenças, e manejo das diversas tecnologias de pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos
cuidado e de gestão necessárias a estes fins, além da ampliação usuários em qualquer destes pontos através de uma relação
da autonomia das pessoas e coletividade. horizontal, contínua e integrada, com objetivo de produzir a
gestão compartilhada da atenção integral. Articulando
1.2- Diretrizes também as outras estruturas das redes de saúde e
- Regionalização e Hierarquização: dos pontos de atenção intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.
da RAS, tendo a Atenção Básica como ponto de comunicação VIII. - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de
entre esses. Considera-se regiões de saúde como um recorte saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as
espacial estratégico para fins de planejamento, organização e necessidades desta população em relação aos outros pontos de
gestão de redes de ações e serviços de saúde em determinada atenção à saúde, contribuindo para que o planejamento das
localidade, e a hierarquização como forma de organização de ações, assim como, a programação dos serviços de saúde, parta
pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e referências das necessidades de saúde das pessoas.
estabelecidos. - Territorialização e Adstrição: de forma a IX. - Participação da comunidade: estimular a participação
permitir o planejamento, a programação descentralizada e o das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como
em um território específico, com impacto na situação, nos forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção
condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do
coletividades que constituem aquele espaço e estão, portanto, território. Considerando ainda o enfrentamento dos
adstritos a ele. Para efeitos desta portaria, considerasse determinantes e condicionantes de saúde, através de
Território a unidade geográfica única, de construção articulação e integração das ações intersetoriais na
descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de
destinadas à vigilância, promoção, prevenção, proteção e lógicas mais centradas nas pessoas e no exercício do controle
recuperação da saúde. Os Territórios são destinados para social.
dinamizar a ação em saúde pública, o estudo social, econômico,
epidemiológico, assistencial, cultural e identitário, 2 - A ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO À
possibilitando uma ampla visão de cada unidade geográfica e SAÚDE
subsidiando a atuação na Atenção Básica, de forma que
atendam a necessidade da população adscrita e ou as Esta portaria, conforme normatização vigente do SUS,
populações específicas. define a organização na RAS, como estratégia para um cuidado
III - População Adscrita: população que está presente no integral e direcionado às necessidades de saúde da população.
território da UBS, de forma a estimular o desenvolvimento de As RAS constituem- se em arranjos organizativos formados
relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a por ações e serviços de saúde com diferentes configurações
população, garantindo a continuidade das ações de saúde e a tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma
longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser complementar e com base territorial, e têm diversos atributos,
referência para o seu cuidado. entre eles, destaca-se: a Atenção Básica estruturada como
- Cuidado Centrado na Pessoa: aponta para o primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do
desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada, sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda
que auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo
aptidões, competências e a confiança necessária para gerir e as necessidades de saúde das pessoas do seu território. O
tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu Decreto nº 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a
cuidado de saúde de forma mais efetiva. O cuidado é Lei nº 8.080/90, define que "o acesso universal, igualitário e
construído com as pessoas, de acordo com suas necessidades ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas portas de
e potencialidades na busca de uma vida independente e plena. entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e
A família, a comunidade e outras formas de coletividade são hierarquizada". Para que a Atenção Básica possa ordenar a
elementos relevantes, muitas vezes condicionantes ou RAS, é preciso reconhecer as necessidades de saúde da
determinantes na vida das pessoas e, por consequência, no população sob sua responsabilidade, organizando-as em
cuidado. relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo
para que a programação dos serviços de saúde parta das

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necessidades das pessoas, com isso fortalecendo o As UBS devem ser construídas de acordo com as
planejamento ascendente. normassanitárias e tendo como referência as normativas de
A Atenção Básica é caracterizada como porta de entrada infraestrutura vigentes, bem como possuir identificação
preferencial do SUS, possui um espaço privilegiado de gestão segundo os padrões visuais da Atenção Básica e do SUS.
do cuidado das pessoas e cumpre papel estratégico na rede de Devem, ainda, ser cadastradas no Sistema de Cadastro
atenção, servindo como base para o seu ordenamento e para a Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), de acordo
efetivação da integralidade. Para tanto, é necessário que a com as normas em vigor para tal.
Atenção Básica tenha alta resolutividade, com capacidade As UBS poderão ter pontos de apoio para o atendimento de
clínica e de cuidado e incorporação de tecnologias leves, leve populações dispersas (rurais, ribeirinhas, assentamentos,
duras e duras (diagnósticas e terapêuticas), além da áreas pantaneiras, etc.), com reconhecimento no SCNES, bem
articulação da Atenção Básica com outros pontos da RAS. Os como nos instrumentos de monitoramento e avaliação. A
estados, municípios e o distrito federal, devem articular ações estrutura física dos pontos de apoio deve respeitar as normas
intersetoriais, assim como a organização da RAS, com ênfase gerais de segurança sanitária. A ambiência de uma UBS refere-
nas necessidades locorregionais, promovendo a integração se ao espaço físico (arquitetônico), entendido como lugar
das referências de seu território. Recomenda-se a articulação social, profissional e de relações interpessoais, que deve
e implementação de processos que aumentem a capacidade proporcionar uma atenção acolhedora e humana para as
clínica das equipes, que fortaleçam práticas de pessoas, além de um ambiente saudável para o trabalho dos
microrregulação nas Unidades Básicas de Saúde, tais como profissionais de saúde.
gestão de filas próprias da UBS e dos exames e consultas Para um ambiente adequado em uma UBS, existem
descentralizados/programados para cada UBS, que propiciem componentes que atuam como modificadores e qualificadores
a comunicação entre UBS, centrais de regulação e serviços do espaço, recomenda-se contemplar: recepção sem grades
especializados, com pactuação de fluxos e protocolos, apoio (para não intimidar ou dificultar a comunicação e também
matricial presencial e/ou a distância, entre outros. garantir privacidade à pessoa), identificação dos serviços
Um dos destaques que merecem ser feitos é a consideração existentes, escala dos profissionais, horários de
e a incorporação, no processo de referenciamento, das funcionamento e sinalização de fluxos, conforto térmico e
ferramentas de telessaúde articulado às decisões clínicas e aos acústico, e espaços adaptados para as pessoas com deficiência
processos de regulação do acesso. A utilização de protocolos em conformidade com as normativas vigentes.
de encaminhamento servem como ferramenta, ao mesmo Além da garantia de infraestrutura e ambiência
tempo, de gestão e de cuidado, pois tanto orientam as decisões apropriadas, para a realização da prática profissional na
dos profissionais solicitantes quanto se constituem como Atenção Básica, é necessário disponibilizar equipamentos
referência que modula a avaliação das solicitações pelos adequados, recursos humanos capacitados, e materiais e
médicos reguladores. insumos suficientes à atenção à saúde prestada nos municípios
Com isso, espera-se que ocorra uma ampliação do cuidado e Distrito Federal.
clínico e da resolutividade na Atenção Básica, evitando a
exposição das pessoas a consultas e/ou procedimentos 3.2.Tipos de unidades e equipamentos de Saúde
desnecessários. Além disso, com a organização do acesso, São considerados unidades ou equipamentos de saúde no
induz-se ao uso racional dos recursos em saúde, impede âmbito da Atenção Básica:
deslocamentos desnecessários e traz maior eficiência e a) Unidade Básica de Saúde
equidade à gestão das listas de espera. A gestão municipal deve Recomenda-se os seguintes ambientes: consultório
articular e criar condições para que a referência aos serviços médico e de enfermagem, consultório com sanitário, sala de
especializados ambulatoriais, sejam realizados procedimentos, sala de vacinas, área para assistência
preferencialmente pela Atenção Básica, sendo de sua farmacêutica, sala de inalação coletiva, sala de procedimentos,
responsabilidade: sala de coleta/exames, sala de curativos, sala de expurgo, sala
a. Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de de esterilização, sala de observação e sala de atividades
atenção da RAS; coletivas para os profissionais da Atenção Básica. Se forem
b. Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário
de atenção; e consultório odontológico com equipo odontológico completo;
c. Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das a. área de recepção, local para arquivos e registros, sala
pessoas do território. multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea, sala
de administração e gerência, banheiro público e para
3 - INFRAESTRUTURA, AMBIÊNCIA E funcionários, entre outros ambientes conforme a necessidade.
FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA b) Unidade Básica de Saúde Fluvial
Recomenda-se os seguintes ambientes: a. consultório
Este item refere-se ao conjunto de procedimentos que médico; consultório de enfermagem; área para assistência
objetiva adequar a estrutura física, tecnológica e de recursos farmacêutica, laboratório, sala de vacina; sala de
humanos das UBS às necessidades de saúde da população de procedimentos; e, se forem compostas por profissionais de
cada território. saúde bucal, será necessário consultório odontológico com
equipo odontológico completo;
3.1.Infraestrutura e ambiência b. área de recepção, banheiro público; banheiro exclusivo
A infraestrutura de uma UBS deve estar adequada ao para os funcionários; expurgo; cabines com leitos em número
quantitativo de população adscrita e suas especificidades, bem suficiente para toda a equipe; cozinha e outro ambientes
como aos processos de trabalho das equipes e à atenção à conforme necessidade.
saúde dos usuários. Os parâmetros de estrutura devem, c) Unidade Odontológica Móvel
portanto, levar em consideração a densidade demográfica, a Recomenda-se veículo devidamente adaptado para a
composição, atuação e os tipos de equipes, perfil da população, finalidade de atenção à saúde bucal, equipado com:
e as ações e serviços de saúde a serem realizados. É importante Compressor para uso odontológico com sistema de filtragem;
que sejam previstos espaços físicos e ambientes adequados aparelho de raios-x para radiografias periapicais e
para a formação de estudantes e trabalhadores de saúde de interproximais; aventais de chumbo; conjunto peças de mão
nível médio e superior, para a formação em serviço e para a contendo micro-motor com peça reta e contra ângulo, e alta
educação permanente na UBS. rotação; gabinete odontológico; cadeira odontológica, equipo

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odontológico e refletor odontológico; unidade auxiliar parâmetros estabelecidos nas Regiões de Saúde. A oferta
odontológica; mocho odontológico; autoclave; amalgamador; deverá ser pública, desenvolvida em parceria com o controle
fotopolimerizador; e refrigerador. social, pactuada nas instâncias interfederativas, com
financiamento regulamentado em normativa específica.
3.3 - Funcionamento Caberá a cada gestor municipal realizar análise de demanda do
Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham território e ofertas das UBS para mensurar sua capacidade
seu funcionamento com carga horária mínima de 40 resolutiva, adotando as medidas necessárias para ampliar o
horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 acesso, a qualidade e resolutividade das equipes e serviços da
meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. sua UBS.
Horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados A oferta de ações e serviços da Atenção Básica deverá estar
através das instâncias de participação social, desde que disponível aos usuários de forma clara, concisa e de fácil
atendam expressamente a necessidade da população, visualização, conforme padronização pactuada nas instâncias
observando, sempre que possível, a carga horária mínima gestoras. Todas as equipes que atuam na Atenção Básica
descrita acima. Como forma de garantir a coordenação do deverão garantir a oferta de todas as ações e procedimentos
cuidado, ampliando o acesso e resolutividade das equipes que do Padrão Essencial e recomenda-se que também realizarem
atuam na Atenção Básica, recomenda-se: ações e serviços do Padrão Ampliado, considerando as
I.- População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) necessidades e demandas de saúde das populações em cada
e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localidade. Os serviços dos padrões essenciais, bem como os
localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e equipamentos e materiais necessários, devem ser garantidos
diretrizes da Atenção Básica. igualmente para todo o país, buscando uniformidade de
Além dessa faixa populacional, podem existir outros atuação da Atenção Básica no território nacional. Já o elenco
arranjos de adscrição, conforme vulnerabilidades, riscos e de ações e procedimentos ampliados deve contemplar de
dinâmica comunitária, facultando aos gestores locais, forma mais flexível às necessidades e demandas de saúde das
conjuntamente com as equipes que atuam na Atenção Básica e populações em cada localidade, sendo definido a partir de suas
Conselho Municipal ou Local de Saúde, a possibilidade de especificidades locorregionais. As unidades devem organizar o
definir outro parâmetro populacional de responsabilidade da serviço de modo a otimizar os processos de trabalho, bem
equipe, podendo ser maior ou menor do que o parâmetro como o acesso aos demais níveis de atenção da RAS. Toda UBS
recomendado, de acordo com as especificidades do território, deve monitorar a satisfação de seus usuários, oferecendo o
assegurando-se a qualidade do cuidado. registro de elogios, críticas ou reclamações, por meio de livros,
II. - 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde caixas de sugestões ou canais eletrônicos. As UBS deverão
da Família), para que possam atingir seu potencial resolutivo. assegurar o acolhimento e escuta ativa e qualificada das
III. - Fica estipulado para cálculo do teto máximo de pessoas, mesmo que não sejam da área de abrangência da
equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), unidade, com classificação de risco e encaminhamento
com ou sem os profissionais de saúde bucal, pelas quais o responsável de acordo com as necessidades apresentadas,
Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao articulando-se com outros serviços de forma resolutiva, em
recebimento de recursos financeiros específicos, conforme a conformidade com as linhas de cuidado estabelecidas. Deverá
seguinte fórmula: População/2.000. estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS:
IV.- Em municípios ou territórios com menos de 2.000 - Identificação e horário de atendimento;
habitantes, que uma equipe de Saúde da Família (eSF) ou de - Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
Atenção Básica (eAB) seja responsável por toda população; - Identificação do Gerente da Atenção Básica no território
Reitera-se a possibilidade de definir outro parâmetro e dos componentes de cada equipe da UBS;
populacional de responsabilidade da equipe de acordo com - Relação de serviços disponíveis; e
especificidades territoriais, vulnerabilidades, riscos e - Detalhamento das escalas de atendimento de cada
dinâmica comunitária respeitando critérios de equidade, ou, equipe.
ainda, pela decisão de possuir um número inferior de pessoas
por equipe de Atenção Básica (eAB) e equipe de Saúde da 3.4- Tipos de Equipes:
Família ( eSF) para avançar no acesso e na qualidade da 1. - Equipe de Saúde da Família (eSF): É a estratégia
Atenção Básica. prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização da
Para que as equipes que atuam na Atenção Básica possam Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS. É
atingir seu potencial resolutivo, de forma a garantir a considerada como estratégia de expansão, qualificação e
coordenação do cuidado, ampliando o acesso, é necessário consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma
adotar estratégias que permitam a definição de um amplo reorientação do processo de trabalho com maior potencial de
escopo dos serviços a serem ofertados na UBS, de forma que ampliar a resolutividade e impactar na situação de saúde das
seja compatível com as necessidades e demandas de saúde da pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante
população adscrita, seja por meio da Estratégia Saúde da relação custo-efetividade.
Família ou outros arranjos de equipes de Atenção Básica Composta no mínimo por médico, preferencialmente da
(eAB), que atuem em conjunto, compartilhando o cuidado e especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro,
apoiando as práticas de saúde nos territórios. Essa oferta de preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar
ações e serviços na Atenção Básica devem considerar políticas e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde
e programas prioritários, as diversas realidades e (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às
necessidades dos territórios e das pessoas, em parceria com o endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-
controle social. dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e
As ações e serviços da Atenção Básica, deverão seguir auxiliar ou técnico em saúde bucal. O número de ACS por
padrões essenciais e ampliados: equipe deverá ser definido de acordo com base populacional,
Padrões Essenciais - ações e procedimentos básicos critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos,
relacionados a condições básicas/essenciais de acesso e de acordo com definição local.
qualidade na Atenção Básica; e - Padrões Ampliados - ações e Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e
procedimentos considerados estratégicos para se avançar e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da
alcançar padrões elevados de acesso e qualidade na Atenção população com número máximo de 750 pessoas por ACS.
Básica, considerando especificidades locais, indicadores e

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APOSTILAS OPÇÃO

Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de Busca-se que essa equipe seja membro orgânico da
carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os Atenção Básica, vivendo integralmente o dia a dia nas UBS e
profissionais de saúde membros da ESF. Dessa forma, os trabalhando de forma horizontal e interdisciplinar com os
profissionais da ESF poderão estar vinculados a apenas 1 demais profissionais, garantindo a longitudinalidade do
(uma) equipe de Saúde da Família, no SCNES vigente. cuidado e a prestação de serviços diretos à população. Os
2. - Equipe da Atenção Básica (eAB): esta modalidade deve diferentes profissionais devem estabelecer e compartilhar
atender aos princípios e diretrizes propostas para a AB. A saberes, práticas e gestão do cuidado, com uma visão comum
gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica e aprender a solucionar problemas pela comunicação, de
(eAB) de acordo com características e necessidades do modo a maximizar as habilidades singulares de cada um.
município. Como modelo prioritário é a ESF, as equipes de Deve estabelecer seu processo de trabalho a partir de
Atenção Básica (eAB) podem posteriormente se organizar tal problemas, demandas e necessidades de saúde de pessoas e
qual o modelo prioritário. grupos sociais em seus territórios, bem como a partir de
As equipes deverão ser compostas minimamente por dificuldades dos profissionais de todos os tipos de equipes que
médicos preferencialmente da especialidade medicina de atuam na Atenção Básica em suas análises e manejos. Para
família e comunidade, enfermeiro preferencialmente tanto, faz-se necessário o compartilhamento de saberes,
especialista em saúde da família, auxiliares de enfermagem e práticas intersetoriais e de gestão do cuidado em rede e a
ou técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros realização de educação permanente e gestão de coletivos nos
profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou territórios sob responsabilidade destas equipes.
técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e Ressalta-se que os Nasf-AB não se constituem como
agentes de combate à endemias. A composição da carga serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e
horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 não são de livre acesso para atendimento individual ou
(dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas
categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semanais. O equipes que atuam na Atenção Básica). Devem, a partir das
processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes,
dos profissionais das equipes e os horários e dias de atuar de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus
funcionamento devem ser organizados de modo que garantam diversos pontos de atenção, além de outros equipamentos
amplamente acesso, o vínculo entre as pessoas e profissionais, sociais públicos/privados, redes sociais e comunitárias.
a continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado. Compete especificamente à Equipe do Núcleo Ampliado de
A distribuição da carga horária dos profissionais é de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf- AB):
responsabilidade do gestor, devendo considerar o perfil a. Participar do planejamento conjunto com as equipes que
demográfico e epidemiológico local para escolha da atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas;
especialidade médica, estes devem atuar como generalistas b. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários
nas equipes de Atenção Básica (eAB). Importante ressaltar que do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica,
para o funcionamento a equipe deverá contar também com auxiliando no aumento da capacidade de análise e de
profissionais de nível médio como técnico ou auxiliar de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto
enfermagem. em termos clínicos quanto sanitários; e
3. - Equipe de Saúde Bucal (eSB): Modalidade que pode c. Realizar discussão de casos, atendimento individual,
compor as equipes que atuam na atenção básica, constituída compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos
por um cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou terapêuticos, educação permanente, intervenções no
auxiliar de saúde bucal. Os profissionais de saúde bucal que território e na saúde de grupos populacionais de todos os
compõem as equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção ciclos de vida, e da coletividade, ações intersetoriais, ações de
Básica (eAB) e de devem estar vinculados à uma UBS ou a prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de
Unidade Odontológica Móvel, podendo se organizar nas trabalho das equipes dentre outros, no território.
seguintes modalidades: Modalidade I: Cirurgião-dentista e Poderão compor os NASF-AB as ocupações do Código
auxiliar em saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal (TSB) Brasileiro de Ocupações - CBO na área de saúde: Médico
e; Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, ou outro TSB. Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de
Independente da modalidade adotada, os profissionais de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta;
Saúde Bucal são vinculados a uma equipe de Atenção Básica Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico
(eAB) ou equipe de Saúde da Família (eSF), devendo Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico
compartilhar a gestão e o processo de trabalho da equipe, Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico
tendo responsabilidade sanitária pela mesma população e Internista (clínica médica), Médico do Trabalho, Médico
território adstrito que a equipe de Saúde da Família ou Veterinário, profissional com formação em arte e educação
Atenção Básica a qual integra. (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja,
Cada equipe de Saúde de Família que for implantada com profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em
os profissionais de saúde bucal ou quando se introduzir pela saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma
primeira vez os profissionais de saúde bucal numa equipe já dessas áreas conforme normativa vigente. A definição das
implantada, modalidade I ou II, o gestor receberá do Ministério categorias profissionais é de autonomia do gestor local,
da Saúde os equipamentos odontológicos, através de doação devendo ser escolhida de acordo com as necessidades do
direta ou o repasse de recursos necessários para adquiri-los territórios.
(equipo odontológico completo). 5- Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS): É
4- Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica prevista a implantação da Estratégia de Agentes Comunitários
(Nasf-AB): Constitui uma equipe multiprofissional e de Saúde nas UBS como uma possibilidade para a
interdisciplinar composta por categorias de profissionais da reorganização inicial da Atenção Básica com vistas à
saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. implantação gradual da Estratégia de Saúde da Família ou
É formada por diferentes ocupações (profissões e como uma forma de agregar os agentes comunitários a outras
especialidades) da área da saúde, atuando de maneira maneiras de organização da Atenção Básica. São itens
integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) necessários à implantação desta estratégia:
aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e de a. a existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita no
Atenção Básica (eAB). SCNES vigente que passa a ser a UBS de referência para a
equipe de agentes comunitários de saúde;

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APOSTILAS OPÇÃO

b. o número de ACS e ACE por equipe deverá ser definido preferencialmente especialista em Saúde da Família e 1 (um)
de acordo com base populacional (critérios demográficos, auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo acrescentar a esta
epidemiológicos e socioeconômicos), conforme legislação composição, como parte da equipe multiprofissional, o ACS e
vigente. ACE e os profissionais de saúde bucal:1 (um) cirurgião
c. o cumprimento da carga horária integral de 40 horas dentista, preferencialmente especialista em saúde da família e
semanais por toda a equipe de agentes comunitários, por cada 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde bucal.
membro da equipe; composta por ACS e enfermeiro Nas hipóteses de grande dispersão populacional, as ESFR
supervisor; podem contar, ainda, com: até 24 (vinte e quatro) Agentes
d. o enfermeiro supervisor e os ACS devem estar Comunitários de Saúde; até 12 (doze) microscopistas, nas
cadastrados no SCNES vigente, vinculados à equipe; regiões endêmicas; até 11 (onze) Auxiliares/Técnicos de
e. cada ACS deve realizar as ações previstas nas enfermagem; e 1 (um) Auxiliar/Técnico de saúde bucal. As
regulamentações vigentes e nesta portaria e ter uma ESFR poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois) profissionais da
microárea sob sua responsabilidade, cuja população não área da saúde de nível superior à sua composição, dentre
ultrapasse 750 pessoas; enfermeiros ou outros profissionais previstos nas equipes de
f. a atividade do ACS deve se dar pela lógica do Nasf-AB.
planejamento do processo de trabalho a partir das Os agentes comunitários de saúde, os auxiliares/técnicos
necessidades do território, com priorização para população de enfermagem extras e os auxiliares/técnicos de saúde bucal
com maior grau de vulnerabilidade e de risco epidemiológico; cumprirão carga horária de até 40 (quarenta) horas semanais
g. a atuação em ações básicas de saúde deve visar à de trabalho e deverão residir na área de atuação. As eSFR
integralidade do cuidado no território; e prestarão atendimento à população por, no mínimo, 14
h. cadastrar, preencher e informar os dados através do (quatorze) dias mensais, com carga horária equivalente a 8
Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (oito) horas diárias.
vigente. Para as comunidades distantes da UBS de referência, as
3.5- Equipes de Atenção Básica para Populações eSFR adotarão circuito de deslocamento que garanta o
Específicas: Todos os profissionais do SUS e, especialmente, atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos a
da Atenção Básica são responsáveis pela atenção à saúde de cada 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução das ações
populações que apresentem vulnerabilidades sociais de Atenção Básica. Caso necessário, poderão possuir unidades
específicas e, por consequência, necessidades de saúde de apoio, estabelecimentos que servem para atuação das eSFR
específicas, assim como pela atenção à saúde de qualquer e que não possuem outras equipes de Saúde da Família
outra pessoa. Isso porque a Atenção Básica possui vinculadas. Para operacionalizar a atenção à saúde das
responsabilidade direta sobre ações de saúde em determinado comunidades ribeirinhas dispersas no território de
território, considerando suas singularidades, o que possibilita abrangência, a eSFR receberá incentivo financeiro de custeio
intervenções mais oportunas nessas situações específicas, com para logística, que considera a existência das seguintes
o objetivo de ampliar o acesso à RAS e ofertar uma atenção estruturas:
integral à saúde. Assim, toda equipe de Atenção Básica deve a) até 4 (quatro) unidades de apoio (ou satélites),
realizar atenção à saúde de populações específicas. Em vinculadas e informadas no Cadastro Nacional de
algumas realidades, contudo, ainda é possível e necessário Estabelecimento de Saúde vigente, utilizada(s) como base(s)
dispor, além das equipes descritas anteriormente, de equipes da(s) equipe(s), onde será realizada a atenção de forma
adicionais para realizar as ações de saúde à populações descentralizada; e
específicas no âmbito da Atenção Básica, que devem atuar de b) até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte exclusivas
forma integrada para a qualificação do cuidado no território. para o deslocamento dos profissionais de saúde da(s)
Aponta-se para um horizonte em que as equipes que atuam equipe(s) vinculada(s) ao Estabelecimento de Saúde de
na Atenção Básica possam incorporar tecnologias dessas Atenção Básica. Todas as unidades de apoio ou satélites e
equipes específicas, de modo que se faça uma transição para embarcações devem estar devidamente informadas no
um momento em que não serão necessárias essas equipes Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, a qual
específicas, e todas as pessoas e populações serão as eSFR estão vinculadas.
acompanhadas pela eSF. Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): São equipes
São consideradas equipes de Atenção Básica para que desempenham suas funções em Unidades Básicas de
Populações Específicas: Saúde Fluviais (UBSF), responsáveis por comunidades
dispersas, ribeirinhas e pertencentes à área adstrita, cujo
3.6- ESPECIFICIDADES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA acesso se dá por meio fluvial. A eSFR será formada por equipe
FAMÍLIA multiprofissional composta por, no mínimo: 1 (um) médico,
1. - Equipes de Saúde da Família para o atendimento da preferencialmente da especialidade de Família e Comunidade,
População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira: 1 ( um) enfermeiro, preferencialmente especialista em Saúde
Considerando as especificidades locorregionais, os municípios da Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de enfermagem,
da Amazônia Legal e Pantaneiras podem optar entre 2 (dois) podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe
arranjos organizacionais para equipes Saúde da Família, além multiprofissional, o ACS e ACE e os profissionais de saúde
dos existentes para o restante do país: bucal:1 (um) cirurgião dentista, preferencialmente
a. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR): São especialista em saúde da família e 1 (um) técnico ou auxiliar
equipes que desempenham parte significativa de suas funções em saúde bucal. Devem contar também, com um (01) técnico
em UBS construídas e/ou localizadas nas comunidades de laboratório e/ou bioquímico. Estas equipes poderão incluir,
pertencentes à área adstrita e cujo acesso se dá por meio na composição mínima, os profissionais de saúde bucal, um (1)
fluvial e que, pela grande dispersão territorial, necessitam de cirurgião dentista, preferencialmente especialista em saúde da
embarcações para atender as comunidades dispersas no família, e um (01) Técnico ou Auxiliar em Saúde Bucal.
território. As eSFR são vinculadas a uma UBS, que pode estar Poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois) profissionais da
localizada na sede do Município ou em alguma comunidade área da saúde de nível superior à sua composição, dentre
ribeirinha localizada na área adstrita. enfermeiros ou outros profissionais previstos para os Nasf –
A eSFR será formada por equipe multiprofissional AB Para as comunidades distantes da Unidade Básica de Saúde
composta por, no mínimo: 1 (um) médico, preferencialmente de referência, a eSFF adotará circuito de deslocamento que
da especialidade de Família e Comunidade, 1 (um) enfermeiro, garanta o atendimento a todas as comunidades assistidas, ao

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APOSTILAS OPÇÃO

menos a cada 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução financeiro, diretrizes de funcionamento, monitoramento e
das ações de Atenção Básica. acompanhamento das equipes de consultório na rua entre
Para operacionalizar a atenção à saúde das comunidades outras disposições.
ribeirinhas dispersas no território de abrangência, onde a UBS 1.- Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): São
Fluvial não conseguir aportar, a eSFF poderá receber incentivo compostas por equipe multiprofissional que deve estar
financeiro de custeio para logística, que considera a existência cadastrada no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde
das seguintes estruturas: vigente, e com responsabilidade de articular e prestar atenção
a. até 4 (quatro) unidades de apoio (ou satélites), integral à saúde das pessoas privadas de liberdade.Com o
vinculadas e informadas no Cadastro Nacional de objetivo de garantir o acesso das pessoas privadas de
Estabelecimento de Saúde vigente, utilizada(s) como base(s) liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS, é
da(s) equipe(s), onde será realizada a atenção de forma previsto na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das
descentralizada; e Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP),
b. até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte exclusivas que os serviços de saúde no sistema prisional passam a ser
para o deslocamento dos profissionais de saúde da(s) ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do SUS,
equipe(s) vinculada(s)s ao Estabelecimento de Saúde de qualificando também a Atenção Básica no âmbito prisional
Atenção Básica. como porta de entrada do sistema e ordenadora das ações e
1. - Equipe de Consultório na Rua (eCR) - equipe de saúde serviços de saúde, devendo realizar suas atividades nas
com composição variável, responsável por articular e prestar unidades prisionais ou nas Unidades Básicas de Saúde a que
atenção integral à saúde de pessoas em situação de rua ou com estiver vinculada, conforme portaria específica.
características análogas em determinado território, em
unidade fixa ou móvel, podendo ter as modalidades e 4- ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO
respectivos regramentos descritos em portaria específica. BÁSICA
São itens necessários para o funcionamento das equipes de
Consultório na Rua (eCR): As atribuições dos profissionais das equipes que atuam na
a. Realizar suas atividades de forma itinerante, Atenção Básica deverão seguir normativas específicas do
desenvolvendo ações na rua, em instalações específicas, na Ministério da Saúde, bem como as definições de escopo de
unidade móvel e também nas instalações de Unidades Básicas práticas, protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, além de
de Saúde do território onde está atuando, sempre articuladas outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores
e desenvolvendo ações em parceria com as demais equipes federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.
que atuam na atenção básica do território (eSF/eAB/UBS e
Nasf-AB), e dos Centros de Atenção Psicossocial, da Rede de 4.1. Atribuições Comuns a todos os membros das
Urgência/Emergência e dos serviços e instituições Equipes que atuam na Atenção Básica:
componentes do Sistema Único de Assistência Social entre - Participar do processo de territorialização e mapeamento
outras instituições públicas e da sociedade civil; da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e
b. Cumprir a carga horária mínima semanal de 30 horas. indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;
Porém seu horário de funcionamento deverá ser adequado às - Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros
demandas das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de
em período diurno e/ou noturno em todos os dias da semana; informação da Atenção Básica vigente, utilizando as
e informações sistematicamente para a análise da situação de
c. As eCR poderão ser compostas pelas categorias saúde, considerando as características sociais, econômicas,
profissionais especificadas em portaria específica. Na culturais, demográficas e epidemiológicas do território,
composição de cada eCR deve haver, preferencialmente, o priorizando as situações a serem acompanhadas no
máximo de dois profissionais da mesma profissão de saúde, planejamento local; - Realizar o cuidado integral à saúde da
seja de nível médio ou superior. Todas as modalidades de eCR população adscrita, prioritariamente no âmbito da Unidade
poderão agregar agentes comunitários de saúde. O agente Básica de Saúde, e quando necessário, no domicílio e demais
social, quando houver, será considerado equivalente ao espaços comunitários (escolas, associações, entre outros), com
profissional de nível médio. Entende-se por agente social o atenção especial às populações que apresentem necessidades
profissional que desempenha atividades que visam garantir a específicas (em situação de rua, em medida socioeducativa,
atenção, a defesa e a proteção às pessoas em situação de risco privada de liberdade, ribeirinha, fluvial, etc.).
pessoal e social, assim como aproximar as equipes dos valores, - Realizar ações de atenção à saúde conforme a
modos de vida e cultura das pessoas em situação de rua. necessidade de saúde da população local, bem como aquelas
previstas nas prioridades, protocolos, diretrizes clínicas e
Para vigência enquanto equipe, deverá cumprir os terapêuticas, assim como, na oferta nacional de ações e
seguintes requisitos: serviços essenciais e ampliados da AB;
I - demonstração do cadastramento da eCR no Sistema de V. Garantir a atenção à saúde da população adscrita,
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES); e buscando a integralidade por meio da realização de ações de
II - alimentação de dados no Sistema de Informação da promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de
Atenção Básica vigente, conforme norma específica. Em doenças e agravos e da garantia de atendimento da demanda
Municípios ou áreas que não tenham Consultórios na Rua, o espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e
cuidado integral das pessoas em situação de rua deve seguir de vigilância em saúde, e incorporando diversas
sendo de responsabilidade das equipes que atuam na Atenção racionalidades em saúde, inclusive Práticas Integrativas e
Básica, incluindo os profissionais de saúde bucal e os Núcleos Complementares;
Ampliados à Saúde da Família e equipes de Atenção Básica VI. Participar do acolhimento dos usuários,
(NasfAB) do território onde estas pessoas estão concentradas. proporcionando atendimento humanizado, realizando
Para cálculo do teto das equipes dos Consultórios na Rua de classificação de risco, identificando as necessidades de
cada município, serão tomados como base os dados dos censos intervenções de cuidado, responsabilizando- se pela
populacionais relacionados à população em situação de rua continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do
realizados por órgãos oficiais e reconhecidos pelo Ministério vínculo;
da Saúde. As regras estão publicadas em portarias específicas VII. Responsabilizar-se pelo acompanhamento da
que disciplinam composição das equipes, valor do incentivo população adscrita ao longo do tempo no que se refere às

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APOSTILAS OPÇÃO

múltiplas situações de doenças e agravos, e às necessidades de XXII. Articular e participar das atividades de educação
cuidados preventivos, permitindo a longitudinalidade do permanente e educação continuada;
cuidado; XXIII. Realizar ações de educação em saúde à população
VIII. Praticar cuidado individual, familiar e dirigido a adstrita, conforme planejamento da equipe e utilizando
pessoas, famílias e grupos sociais, visando propor abordagens adequadas às necessidades deste público;
intervenções que possam influenciar os processos saúde- XXIV. Participar do gerenciamento dos insumos
doença individual, das coletividades e da própria comunidade; necessários para o adequado funcionamento da UBS;
IX. Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a XIV Promover a mobilização e a participação da
coordenação do cuidado mesmo quando necessita de atenção comunidade, estimulando conselhos/colegiados, constituídos
em outros pontos de atenção do sistema de saúde; de gestores locais, profissionais de saúde e usuários,
X. Utilizar o Sistema de Informação da Atenção Básica viabilizando o controle social na gestão da Unidade Básica de
vigente para registro das ações de saúde na AB, visando Saúde;
subsidiar a gestão, planejamento, investigação clínica e XXV Identificar parceiros e recursos na comunidade que
epidemiológica, e à avaliação dos serviços de saúde; possam potencializar ações intersetoriais; XXVI Acompanhar e
XI. Contribuir para o processo de regulação do acesso a registrar no Sistema de Informação da Atenção Básica e no
partir da Atenção Básica, participando da definição de fluxos mapa de acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF),
assistenciais na RAS, bem como da elaboração e e/ou outros programas sociais equivalentes, as
implementação de protocolos e diretrizes clínicas e condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias;e
terapêuticas para a ordenação desses fluxos; XXVII Realizar outras ações e atividades, de acordo com as
XII. Realizar a gestão das filas de espera, evitando a prática prioridades locais, definidas pelo gestor local.
do encaminhamento desnecessário, com base nos processos
de regulação locais (referência e contrarreferência), 4.2. São atribuições específicas dos profissionais das
ampliando-a para um processo de compartilhamento de casos equipes que atuam na Atenção Básica:
e acompanhamento longitudinal de responsabilidade das 4.2.1 – Enfermeiro:
equipes que atuam na atenção básica; I.- Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias
XIII. Prever nos fluxos da RAS entre os pontos de atenção vinculadas às equipes e, quando indicado ou necessário, no
de diferentes configurações tecnológicas a integração por domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
meio de serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para associações entre outras), em todos os ciclos de vida;
garantir a integralidade do cuidado; II. - Realizar consulta de enfermagem, procedimentos,
XIV. Instituir ações para segurança do paciente e propor solicitar exames complementares, prescrever medicações
medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos; conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou
XV. Alimentar e garantir a qualidade do registro das outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal,
atividades nos sistemas de informação da Atenção Básica, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as
conforme normativa vigente; disposições legais da profissão;
XVI. Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de III. - Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta
notificação compulsória, bem como outras doenças, agravos, qualificada e classificação de risco, de acordo com protocolos
surtos, acidentes, violências, situações sanitárias e ambientais estabelecidos;
de importância local, considerando essas ocorrências para o IV. - Realizar estratificação de risco e elaborar plano de
planejamento de ações de prevenção, proteção e recuperação cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no
em saúde no território; território, junto aos demais membros da equipe;
XVII. Realizar busca ativa de internações e atendimentos V. - Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando
de urgência/emergência por causas sensíveis à Atenção necessário, usuários a outros serviços, conforme fluxo
Básica, a fim de estabelecer estratégias que ampliem a estabelecido pela rede local;
resolutividade e a longitudinalidade pelas equipes que atuam VI. - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas
na AB; pelos técnicos/auxiliares de enfermagem, ACS e ACE em
XVIII. Realizar visitas domiciliares e atendimentos em conjunto com os outros membros da equipe;
domicílio às famílias e pessoas em residências, Instituições de VII. - Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de
Longa Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos de enfermagem e ACS;
moradia existentes em seu território, de acordo com o VIII. - Implementar e manter atualizados rotinas,
planejamento da equipe, necessidades e prioridades protocolos e fluxos relacionados a sua área de competência na
estabelecidas; UBS; e
XIX. Realizar atenção domiciliar a pessoas com problemas IX. - Exercer outras atribuições conforme legislação
de saúde controlados/compensados com algum grau de profissional, e que sejam de responsabilidade na sua área de
dependência para as atividades da vida diária e que não podem atuação.
se deslocar até a Unidade Básica de Saúde; 4.2.2 - Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem:
XX. Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe, I.- Participar das atividades de atenção à saúde realizando
integrando áreas técnicas, profissionais de diferentes procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão
formações e até mesmo outros níveis de atenção, buscando na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou
incorporar práticas de vigilância, clínica ampliada e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre
matriciamento ao processo de trabalho cotidiano para essa outros);
integração (realização de consulta compartilhada - reservada II. - Realizar procedimentos de enfermagem, como
aos profissionais de nível superior, construção de Projeto curativos, administração de medicamentos, vacinas, coleta de
Terapêutico Singular, trabalho com grupos, entre outras material para exames, lavagem, preparação e esterilização de
estratégias, em consonância com as necessidades e demandas materiais, entre outras atividades delegadas pelo enfermeiro,
da população); de acordo com sua área de atuação e regulamentação; e
XXI. Participar de reuniões de equipes a fim de III.- Exercer outras atribuições que sejam de
acompanhar e discutir em conjunto o planejamento e responsabilidade na sua área de atuação.
avaliação sistemática das ações da equipe, a partir da 4.2.1- Médico:
utilização dos dados disponíveis, visando a readequação I.- Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua
constante do processo de trabalho; responsabilidade;

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APOSTILAS OPÇÃO

II. - Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos II. - Coordenar a manutenção e a conservação dos
cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou equipamentos odontológicos;
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços III. - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
comunitários (escolas, associações entre outros); em referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe,
conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma
terapêuticas, bem como outras normativas técnicas multidisciplinar;
estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou IV. - Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de
Distrito Federal), observadas as disposições legais da prevenção e promoção da saúde bucal;
profissão; V.- Participar do treinamento e capacitação de auxiliar em
III. - Realizar estratificação de risco e elaborar plano de saúde bucal e de agentes multiplicadores das ações de
cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no promoção à saúde;
território, junto aos demais membros da equipe; VI. - Participar das ações educativas atuando na promoção
IV. - Encaminhar, quando necessário, usuários a outros da saúde e na prevenção das doenças bucais;
pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sob VII - Participar da realização de levantamentos e estudos
sua responsabilidade o acompanhamento do plano epidemiológicos, exceto na categoria de examinador;
terapêutico prescrito; VIII. - Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de
V.- Indicar a necessidade de internação hospitalar ou saúde bucal;
domiciliar, mantendo a responsabilização pelo IX. - Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicação
acompanhamento da pessoa; técnica definida pelo cirurgião-dentista;
VI. - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas X. - Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico
pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros da exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas;
equipe; e XI. - Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais
VII. - Exercer outras atribuições que sejam de odontológicos na restauração dentária direta, sendo vedado o
responsabilidade na sua área de atuação. uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-
4.2.2- Cirurgião-Dentista: dentista;
I.- Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção XII. - Auxiliar e instrumentar o cirurgião-dentista nas
da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, intervenções clínicas e procedimentos demandados pelo
acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde) mesmo;
individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos XIII. - Realizar a remoção de sutura conforme indicação do
específicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou Cirurgião Dentista;
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços XIV - Executar a organização, limpeza, assepsia,
comunitários (escolas, associações entre outros), de acordo desinfecção e esterilização do instrumental, dos equipamentos
com planejamento da equipe, com resolubilidade e em odontológicos e do ambiente de trabalho;
conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e XV. - Proceder à limpeza e à antissepsia do campo
terapêuticas, bem como outras normativas técnicas operatório, antes e após atos cirúrgicos;
estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do XVI. - Aplicar medidas de biossegurança no
Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão; armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos
II. - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil odontológicos;
epidemiológico para o planejamento e a programação em XVII. - Processar filme radiográfico;
saúde bucal no território; XVIII. - Selecionar moldeiras;
III. - Realizar os procedimentos clínicos e cirúrgicos da AB XIX. - Preparar modelos em gesso;
em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, XX. - Manipular materiais de uso odontológico.
pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos XXI. Exercer outras atribuições que sejam de
relacionados com as fases clínicas de moldagem, adaptação e responsabilidade na sua área de atuação.
acompanhamento de próteses dentárias (elementar, total e 4.2.4- Auxiliar em Saúde Bucal (ASB ):
parcial removível); I.- Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal
IV. - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento
promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais; local e protocolos de atenção à saúde;
V.- Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades II. - Executar organização, limpeza, assepsia, desinfecção e
referentes à saúde com os demais membros da equipe, esterilização do instrumental, dos equipamentos
buscando aproximar saúde bucal e integrar ações de forma odontológicos e do ambiente de trabalho;
multidisciplinar; III. - Auxiliar e instrumentar os profissionais nas
VI. - Realizar supervisão do técnico em saúde bucal (TSB) intervenções clínicas
e auxiliar em saúde bucal (ASB); IV - Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de
VII. - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas saúde bucal;
pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros da V.- Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
equipe; referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de
VIII. Realizar estratificação de risco e elaborar plano de Atenção Básica, buscando aproximar e integrar ações de saúde
cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no de forma multidisciplinar;
território, junto aos demais membros da equipe; e VI. - Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento,
IX. - Exercer outras atribuições que sejam de transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos
responsabilidade na sua área de atuação. odontológicos;
4.2.3- Técnico em Saúde Bucal (TSB): VII. -Processar filme radiográfico;
I.- Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva VIII. - Selecionar moldeiras;
das famílias, indivíduos e a grupos específicos, atividades em IX. - Preparar modelos em gesso;
grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio X. - Manipular materiais de uso odontológico realizando
e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações manutenção e conservação dos equipamentos;
entre outros), segundo programação e de acordo com suas XI. - Participar da realização de levantamentos e estudos
competências técnicas e legais; epidemiológicos, exceto na categoria de examinador; e

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XII. Exercer outras atribuições que sejam de melhorias no processo de trabalho, na qualidade e
responsabilidade na sua área de atuação. resolutividade da atenção, e promover a Educação
4.2.5- Gerente de Atenção Básica Permanente, seja mobilizando saberes na própria UBS, ou com
Recomenda-se a inclusão do Gerente de Atenção Básica parceiros;
com o objetivo de contribuir para o aprimoramento e XIII. - Desenvolver gestão participativa e estimular a
qualificação do processo de trabalho nas Unidades Básicas de participação dos profissionais e usuários em instâncias de
Saúde, em especial ao fortalecer a atenção à saúde prestada controle social;
pelos profissionais das equipes à população adscrita, por meio XIV. - Tomar as providências cabíveis no menor prazo
de função técnico gerencial. A inclusão deste profissional deve possível quanto a ocorrências que interfiram no
ser avaliada pelo gestor, segundo a necessidade do território e funcionamento da unidade; e
cobertura de AB. XV. - Exercer outras atribuições que lhe sejam designadas
Entende-se por Gerente de AB um profissional qualificado, pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, de acordo com
preferencialmente com nível superior, com o papel de garantir suas competências.
o planejamento em saúde, de acordo com as necessidades do 4.2.6- Agente Comunitário de Saúde (ACS) e Agente de
território e comunidade, a organização do processo de Combate a Endemias (ACE)
trabalho, coordenação e integração das ações. Importante Seguindo o pressuposto de que Atenção Básica e Vigilância
ressaltar que o gerente não seja profissional integrante das em Saúde devem se unir para a adequada identificação de
equipes vinculadas à UBS e que possua experiência na Atenção problemas de saúde nos territórios e o planejamento de
Básica, preferencialmente de nível superior, e dentre suas estratégias de intervenção clínica e sanitária mais efetivas e
atribuições estão: eficazes, orienta-se que as atividades específicas dos agentes
I.- Conhecer e divulgar, junto aos demais profissionais, as de saúde (ACS e ACE) devem ser integradas.
diretrizes e normas que incidem sobre a AB em âmbito Assim, além das atribuições comuns a todos os
nacional, estadual, municipal e Distrito Federal, com ênfase na profissionais da equipe de AB, são atribuições dos ACS e ACE:
Política Nacional de Atenção Básica, de modo a orientar a a) Atribuições comuns do ACS e ACE I.- Realizar
organização do processo de trabalho na UBS; diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental,
II. - Participar e orientar o processo de territorialização, epidemiológico e sanitário do território em que atuam,
diagnóstico situacional, planejamento e programação das contribuindo para o processo de territorialização e
equipes, avaliando resultados e propondo estratégias para o mapeamento da área de atuação da equipe;
alcance de metas de saúde, junto aos demais profissionais; II. - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de
III. - Acompanhar, orientar e monitorar os processos de prevenção de doenças e agravos, em especial aqueles mais
trabalho das equipes que atuam na AB sob sua gerência, prevalentes no território, e de vigilância em saúde, por meio
contribuindo para implementação de políticas, estratégias e de visitas domiciliares regulares e de ações educativas
programas de saúde, bem como para a mediação de conflitos e individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e outros espaços
resolução de problemas; da comunidade, incluindo a investigação epidemiológica de
IV. - Mitigar a cultura na qual as equipes, incluindo casos suspeitos de doenças e agravos junto a outros
profissionais envolvidos no cuidado e gestores assumem profissionais da equipe quando necessário;
responsabilidades pela sua própria segurança de seus colegas, III. - Realizar visitas domiciliares com periodicidade
pacientes e familiares, encorajando a identificação, a estabelecida no planejamento da equipe e conforme as
notificação e a resolução dos problemas relacionados à necessidades de saúde da população, para o monitoramento
segurança; da situação das famílias e indivíduos do território, com
V. - Assegurar a adequada alimentação de dados nos especial atenção às pessoas com agravos e condições que
sistemas de informação da Atenção Básica vigente, por parte necessitem de maior número de visitas domiciliares;
dos profissionais, verificando sua consistência, estimulando a IV. - Identificar e registrar situações que interfiram no
utilização para análise e planejamento das ações, e divulgando curso das doenças ou que tenham importância epidemiológica
os resultados obtidos; relacionada aos fatores ambientais, realizando, quando
VI. - Estimular o vínculo entre os profissionais favorecendo necessário, bloqueio de transmissão de doenças infecciosas e
o trabalho em equipe; agravos;
VII. Potencializar a utilização de recursos físicos, V. - Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e
tecnológicos e equipamentos existentes na UBS, apoiando os agentes transmissores de doenças e medidas de prevenção
processos de cuidado a partir da orientação à equipe sobre a individual e coletiva;
correta utilização desses recursos; VI. Identificar casos suspeitos de doenças e agravos,
VIII. - Qualificar a gestão da infraestrutura e dos insumos encaminhar os usuários para a unidade de saúde de referência,
(manutenção, logística dos materiais, ambiência da UBS), registrar e comunicar o fato à autoridade de saúde responsável
zelando pelo bom uso dos recursos e evitando o pelo território;
desabastecimento; VII. - Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver
IX. - Representar o serviço sob sua gerência em todas as medidas simples de manejo ambiental e outras formas de
instâncias necessárias e articular com demais atores da gestão intervenção no ambiente para o controle de vetores;
e do território com vistas à qualificação do trabalho e da VIII. - Conhecer o funcionamento das ações e serviços do
atenção à saúde realizada na UBS; seu território e orientar as pessoas quanto à utilização dos
X.- Conhecer a RAS, participar e fomentar a participação serviços de saúde disponíveis;
dos profissionais na organização dos fluxos de usuários, com IX. - Estimular a participação da comunidade nas políticas
base em protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, públicas voltadas para a área da saúde;
apoiando a referência e contrarreferência entre equipes que X. - Identificar parceiros e recursos na comunidade que
atuam na AB e nos diferentes pontos de atenção, com garantia possam potencializar ações intersetoriais de relevância para a
de encaminhamentos responsáveis; promoção da qualidade de vida da população, como ações e
XI. - Conhecer a rede de serviços e equipamentos sociais do programas de educação, esporte e lazer, assistência social,
território, e estimular a atuação intersetorial, com atenção entre outros; e
diferenciada para as vulnerabilidades existentes no território; XI. - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas
XII. - Identificar as necessidades de formação/qualificação por legislação específica da categoria, ou outra normativa
dos profissionais em conjunto com a equipe, visando instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.

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b) Atribuições do ACS: IV. - Realizar e manter atualizados os mapas, croquis e o


I- Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em reconhecimento geográfico de seu território; e
base geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua V.- Executar ações de campo em projetos que visem avaliar
área, mantendo os dados atualizados no sistema de novas metodologias de intervenção para prevenção e controle
informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de forma de doenças; e
sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de VI. - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas
saúde, considerando as características sociais, econômicas, por legislação específica da categoria, ou outra normativa
culturais, demográficas e epidemiológicas do território, e instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.
priorizando as situações a serem acompanhadas no O ACS e o ACE devem compor uma equipe de Atenção
planejamento local; Básica (eAB) ou uma equipe de Saúde da Família ( eSF) e serem
II - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que coordenados por profissionais de saúde de nível superior
apoiem no diagnóstico demográfico e sociocultural da realizado de forma compartilhada entre a Atenção Básica e a
comunidade; Vigilância em Saúde. Nas localidades em que não houver
III - Registrar, para fins de planejamento e cobertura por equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de
acompanhamento das ações de saúde, os dados de Saúde da Família (eSF), o ACS deve se vincular à equipe da
nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). Já o ACE,
garantido o sigilo ético; nesses casos, deve ser vinculado à equipe de vigilância em
IV - Desenvolver ações que busquem a integração entre a saúde do município e sua supervisão técnica deve ser realizada
equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as por profissional com comprovada capacidade técnica,
características e as finalidades do trabalho de podendo estar vinculado à equipe de atenção básica, ou saúde
acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou da família, ou a outro serviço a ser definido pelo gestor local.
coletividades;
V - Informar os usuários sobre as datas e horários de 5- DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA
consultas e exames agendados;
VI - Participar dos processos de regulação a partir da A Atenção Básica como contato preferencial dos usuários
Atenção Básica para acompanhamento das necessidades dos na rede de atenção à saúde orienta-se pelos princípios e
usuários no que diz respeito a agendamentos ou desistências diretrizes do SUS, a partir dos quais assume funções e
de consultas e exames solicitados; características específicas. Considera as pessoas em sua
VII - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a
por legislação específica da categoria, ou outra normativa atenção integral, por meio da promoção da saúde, da
instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal. prevenção de doenças e agravos, do diagnóstico, do
tratamento, da reabilitação e da redução de danos ou de
Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente sofrimentos que possam comprometer sua autonomia.
Comunitário de Saúde, a serem realizadas em caráter
excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível Dessa forma, é fundamental que o processo de trabalho na
superior, membro da equipe, após treinamento específico e Atenção Básica se caracteriza por:
fornecimento de equipamentos adequados, em sua base I.- Definição do território e Territorialização - A gestão
geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a deve definir o território de responsabilidade de cada equipe, e
unidade de saúde de referência. esta deve conhecer o território de atuação para programar
I - aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o suas ações de acordo com o perfil e as necessidades da
objetivo de promover saúde e prevenir doenças e agravos; comunidade, considerando diferentes elementos para a
II - realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no cartografia: ambientais, históricos, demográficos, geográficos,
domicílio, para o acompanhamento dos casos diagnosticados econômicos, sanitários, sociais, culturais, etc.
de diabetes mellitus e segundo projeto terapêutico prescrito Importante refazer ou complementar a territorialização
pelas equipes que atuam na Atenção Básica; sempre que necessário, já que o território é vivo.
III- aferição da temperatura axilar, durante a visita Nesse processo, a Vigilância em Saúde (sanitária,
domiciliar; ambiental, epidemiológica e do trabalhador) e a Promoção da
IV - realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas Saúde se mostram como referenciais essenciais para a
com material limpo, água corrente ou soro fisiológico e identificação da rede de causalidades e dos elementos que
cobertura estéril, com uso de coberturas passivas, que exercem determinação sobre o processo saúde-doença,
somente cobre a ferida; e auxiliando na percepção dos problemas de saúde da população
V - orientação e apoio, em domicílio, para a correta por parte da equipe e no planejamento das estratégias de
administração da medicação do paciente em situação de intervenção.
vulnerabilidade. Além dessa articulação de olhares para a compreensão do
Importante ressaltar que os ACS só realizarão a execução território sob a responsabilidade das equipes que atuam na
dos procedimentos que requeiram capacidade técnica AB, a integração entre as ações de Atenção Básica e Vigilância
específica se detiverem a respectiva formação, respeitada em Saúde deve ser concreta, de modo que se recomenda a
autorização legal. adoção de um território único para ambas as equipes, em que
c) Atribuições do ACE: o Agente de Combate às Endemias trabalhe em conjunto com
I - Executar ações de campo para pesquisa entomológica, o Agente Comunitário de Saúde e os demais membros da
malacológica ou coleta de reservatórios de doenças; equipe multiprofissional de AB na identificação das
II. - Realizar cadastramento e atualização da base de necessidades de saúde da população e no planejamento das
imóveis para planejamento e definição de estratégias de intervenções clínicas e sanitárias.
prevenção, intervenção e controle de doenças, incluindo, Possibilitar, de acordo com a necessidade e conformação
dentre outros, o recenseamento de animais e levantamento de do território, através de pactuação e negociação entre gestão e
índice amostral tecnicamente indicado; equipes, que o usuário possa ser atendido fora de sua área de
III. Executar ações de controle de doenças utilizando as cobertura, mantendo o diálogo e a informação com a equipe de
medidas de controle químico, biológico, manejo ambiental e referência.
outras ações de manejo integrado de vetores; II. - Responsabilização Sanitária - Papel que as equipes
devem assumir em seu território de referência (adstrição),

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considerando questões sanitárias, ambientais (desastres, multidisciplinar, etc. A saber, o acolhimento à demanda
controle da água, solo, ar), epidemiológicas (surtos, epidemias, espontânea na Atenção Básica pode se constituir como:
notificações, controle de agravos), culturais e a. Mecanismo de ampliação/facilitação do acesso - a equipe
socioeconômicas, contribuindo por meio de intervenções deve atender todos as pessoas que chegarem na UBS,
clínicas e sanitárias nos problemas de saúde da população com conforme sua necessidade, e não apenas determinados grupos
residência fixa, os itinerantes (população em situação de rua, populacionais, ou agravos mais prevalentes e/ou
ciganos, circenses, andarilhos, acampados, assentados, etc) ou fragmentados por ciclo de vida. Dessa forma a ampliação do
mesmo trabalhadores da área adstrita. acesso ocorre também contemplando a agenda programada e
III. - Porta de Entrada Preferencial - A responsabilização é a demanda espontânea, abordando as situações conforme suas
fundamental para a efetivação da Atenção Básica como contato especificidades, dinâmicas e tempo.
e porta de entrada preferencial da rede de atenção, primeiro b. Postura, atitude e tecnologia do cuidado - se estabelece
atendimento às urgências/emergências, acolhimento, nas relações entre as pessoas e os trabalhadores, nos modos
organização do escopo de ações e do processo de trabalho de de escuta, na maneira de lidar com o não previsto, nos modos
acordo com demandas e necessidades da população, através de construção de vínculos (sensibilidade do trabalhador,
de estratégias diversas (protocolos e diretrizes clínicas, linhas posicionamento ético situacional), podendo facilitar a
de cuidado e fluxos de encaminhamento para os outros pontos continuidade do cuidado ou facilitando o acesso sobretudo
de atenção da RAS, etc). Caso o usuário acesse a rede através para aqueles que procuram a UBS fora das consultas ou
de outro nível de atenção, ele deve ser referenciado à Atenção atividades agendadas.
Básica para que siga sendo acompanhado, assegurando a c. Dispositivo de (re)organização do processo de trabalho
continuidade do cuidado. em equipe - a implantação do acolhimento pode provocar
IV. - Adscrição de usuários e desenvolvimento de relações mudanças no modo de organização das equipes, relação entre
de vínculo e responsabilização entre a equipe e a população do trabalhadores e modo de cuidar. Para acolher a demanda
seu território de atuação, de forma a facilitar a adesão do espontânea com equidade e qualidade, não basta distribuir
usuário ao cuidado compartilhado com a equipe (vinculação senhas em número limitado, nem é possível encaminhar todas
de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, as pessoas ao médico, aliás o acolhimento não deve se
com o objetivo de ser referência para o seu cuidado). restringir à triagem clínica. Organizar a partir do acolhimento
V.- Acesso - A unidade de saúde deve acolher todas as exige que a equipe reflita sobre o conjunto de ofertas que ela
pessoas do seu território de referência, de modo universal e tem apresentado para lidar com as necessidades de saúde da
sem diferenciações excludentes. Acesso tem relação com a população e território. Para isso é importante que a equipe
capacidade do serviço em responder às necessidades de saúde defina quais profissionais vão receber o usuário que chega;
da população (residente e itinerante). Isso implica dizer que as como vai avaliar o risco e vulnerabilidade; fluxos e protocolos
necessidades da população devem ser o principal referencial para encaminhamento; como organizar a agenda dos
para a definição do escopo de ações e serviços a serem profissionais para o cuidado; etc. Destacam-se como
ofertados, para a forma como esses serão organizados e para o importantes ações no processo de avaliação de risco e
todo o funcionamento da UBS, permitindo diferenciações de vulnerabilidade na Atenção Básica o Acolhimento com
horário de atendimento (estendido, sábado, etc), formas de Classificação de Risco (a) e a Estratificação de Risco (b). a)
agendamento (por hora marcada, por telefone, e-mail, etc), e Acolhimento com Classificação de Risco: escuta qualificada e
outros, para assegurar o acesso. Pelo mesmo motivo, comprometida com a avaliação do potencial de risco, agravo à
recomenda-se evitar barreiras de acesso como o fechamento saúde e grau de sofrimento dos usuários, considerando
da unidade durante o horário de almoço ou em períodos de dimensões de expressão ( física, psíquica, social, etc) e
férias, entre outros, impedindo ou restringindo a acesso da gravidade, que possibilita priorizar os atendimentos a eventos
população. Destaca-se que horários alternativos de agudos ( condições agudas e agudizações de condições
funcionamento que atendam expressamente a necessidade da crônicas) conforme a necessidade, a partir de critérios clínicos
população podem ser pactuados através das instâncias de e de vulnerabilidade disponíveis em diretrizes e protocolos
participação social e gestão local. assistenciais definidos no SUS.
Importante ressaltar também que para garantia do acesso O processo de trabalho das equipes deve estar organizado
é necessário acolher e resolver os agravos de maior incidência de modo a permitir que casos de urgência/emergência tenham
no território e não apenas as ações programáticas, garantindo prioridade no atendimento, independentemente do número
um amplo escopo de ofertas nas unidades, de modo a de consultas agendadas no período. Caberá à UBS prover
concentrar recursos e maximizar ofertas. atendimento adequado à situação e dar suporte até que os
VI. - O acolhimento deve estar presente em todas as usuários sejam acolhidos em outros pontos de atenção da RAS.
relações de cuidado, nos encontros entre trabalhadores de As informações obtidas no acolhimento com classificação
saúde e usuários, nos atos de receber e escutar as pessoas, suas de risco deverão ser registradas em prontuário do cidadão
necessidades, problematizando e reconhecendo como (físico ou preferencialmente eletrônico).
legítimas, e realizando avaliação de risco e vulnerabilidade das Os desfechos do acolhimento com classificação de risco
famílias daquele território, sendo que quanto maior o grau de poderão ser definidos como: 1- consulta ou procedimento
vulnerabilidade e risco, menor deverá ser a quantidade de imediato;
pessoas por equipe, com especial atenção para as condições 1.consulta ou procedimento em horário disponível no
crônicas. mesmo dia;
Considera-se condição crônica aquela de curso mais ou 2. agendamento de consulta ou procedimento em data
menos longo ou permanente que exige resposta e ações futura, para usuário do território;
contínuas, proativas e integradas do sistema de atenção à 3. procedimento para resolução de demanda simples
saúde, dos profissionais de saúde e das pessoas usuárias para prevista em protocolo, como renovação de receitas para
o seu controle efetivo, eficiente e com qualidade. Ressalta-se a pessoas com condições crônicas, condições clínicas estáveis ou
importância de que o acolhimento aconteça durante todo o solicitação de exames para o seguimento de linha de cuidado
horário de funcionamento da UBS, na organização dos fluxos bem definida;
de usuários na unidade, no estabelecimento de avaliações de 4. encaminhamento a outro ponto de atenção da RAS,
risco e vulnerabilidade, na definição de modelagens de escuta mediante contato prévio, respeitado o protocolo aplicável; e
(individual, coletiva, etc), na gestão das agendas de 5. orientação sobre territorialização e fluxos da RAS, com
atendimento individual, nas ofertas de cuidado indicação específica do serviço de saúde que deve ser

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procurado, no município ou fora dele, nas demandas em que a domicílio, em locais do território (salões comunitários,
classificação de risco não exija atendimento no momento da escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem
procura do serviço. a ação planejada.
b) Estratificação de risco: É o processo pelo qual se utiliza IX. - Realização de ações de atenção domiciliar destinada a
critérios clínicos, sociais, econômicos, familiares e outros, com usuários que possuam problemas de saúde
base em diretrizes clínicas, para identificar subgrupos de controlados/compensados e com dificuldade ou
acordo com a complexidade da condição crônica de saúde, com impossibilidade física de locomoção até uma Unidade Básica
o objetivo de diferenciar o cuidado clínico e os fluxos que cada de Saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência
usuário deve seguir na Rede de Atenção à Saúde para um e menor necessidade de recursos de saúde, para famílias e/ou
cuidado integral. A estratificação de risco da população pessoas para busca ativa, ações de vigilância em saúde e
adscrita a determinada UBS é fundamental para que a equipe realizar o cuidado compartilhado com as equipes de atenção
de saúde organize as ações que devem ser oferecidas a cada domiciliar nos casos de maior complexidade.
grupo ou estrato de risco/vulnerabilidade, levando em X. - Programação e implementação das atividades de
consideração a necessidade e adesão dos usuários, bem como atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da
a racionalidade dos recursos disponíveis nos serviços de população, com a priorização de intervenções clínicas e
saúde. sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de
VII. - Trabalho em Equipe Multiprofissional - Considerando frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o
a diversidade e complexidade das situações com as quais a planejamento e organização da agenda de trabalho
Atenção Básica lida, um atendimento integral requer a compartilhada de todos os profissionais, e recomenda- se
presença de diferentes formações profissionais trabalhando evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de
com ações compartilhadas, assim como, com processo saúde, ciclos de vida, gênero e patologias dificultando o acesso
interdisciplinar centrado no usuário, incorporando práticas de dos usuários. Recomenda-se a utilização de instrumentos de
vigilância, promoção e assistência à saúde, bem como planejamento estratégico situacional em saúde, que seja
matriciamento ao processo de trabalho cotidiano. É possível ascendente e envolva a participação popular (gestores,
integrar também profissionais de outros níveis de atenção. trabalhadores e usuários).
VIII. - Resolutividade - Capacidade de identificar e intervir XI. - Implementação da Promoção da Saúde como um
nos riscos, necessidades e demandas de saúde da população, princípio para o cuidado em saúde, entendendo que, além da
atingindo a solução de problemas de saúde dos usuários. A sua importância para o olhar sobre o território e o perfil das
equipe deve ser resolutiva desde o contato inicial, até demais pessoas, considerando a determinação social dos processos
ações e serviços da AB de que o usuário necessite. Para tanto, saúde-doença para o planejamento das intervenções da
é preciso garantir amplo escopo de ofertas e abordagens de equipe, contribui também para a qualificação e diversificação
cuidado, de modo a concentrar recursos, maximizar as ofertas das ofertas de cuidado. A partir do respeito à autonomia dos
e melhorar o cuidado, encaminhando de forma qualificada o usuários, é possível estimular formas de andar a vida e
usuário que necessite de atendimento especializado. comportamentos com prazer que permaneçam dentro de
Isso inclui o uso de diferentes tecnologias e abordagens de certos limites sensíveis entre a saúde e a doença, o saudável e
cuidado individual e coletivo, por meio de habilidades das o prejudicial, que sejam singulares e viáveis para cada pessoa.
equipes de saúde para a promoção da saúde, prevenção de Ainda, numa acepção mais ampla, é possível estimular a
doenças e agravos, proteção e recuperação da saúde, e redução transformação das condições de vida e saúde de indivíduos e
de danos. Importante promover o uso de ferramentas que coletivos, através de estratégias transversais que estimulem a
apoiem e qualifiquem o cuidado realizado pelas equipes, como aquisição de novas atitudes entre as pessoas, favorecendo
as ferramentas da clínica ampliada, gestão da clínica e mudanças para modos de vida mais saudáveis e sustentáveis.
promoção da saúde, para ampliação da resolutividade e Embora seja recomendado que as ações de promoção da
abrangência da AB. saúde estejam pautadas nas necessidades e demandas
Entende-se por ferramentas de Gestão da Clínica um singulares do território de atuação da AB, denotando uma
conjunto de tecnologias de microgestão do cuidado destinado ampla possibilidade de temas para atuação, destacam-se
a promover uma atenção à saúde de qualidade, como alguns de relevância geral na população brasileira, que devem
protocolos e diretrizes clínicas, planos de ação, linhas de ser considerados na abordagem da Promoção da Saúde na AB:
cuidado, projetos terapêuticos singulares, genograma, alimentação adequada e saudável; práticas corporais e
ecomapa, gestão de listas de espera, auditoria clínica, atividade física; enfrentamento do uso do tabaco e seus
indicadores de cuidado, entre outras. Para a utilização dessas derivados; enfrentamento do uso abusivo de álcool; promoção
ferramentas, deve-se considerar a clínica centrada nas da redução de danos; promoção da mobilidade segura e
pessoas; efetiva, estruturada com base em evidências sustentável; promoção da cultura de paz e de direitos
científicas; segura, que não cause danos às pessoas e aos humanos; promoção do desenvolvimento sustentável.
profissionais de saúde; eficiente, oportuna, prestada no tempo XII. - Desenvolvimento de ações de prevenção de doenças
certo; equitativa, de forma a reduzir as desigualdades e que a e agravos em todos os níveis de acepção deste termo
oferta do atendimento se dê de forma humanizada. (primária, secundária, terciária e quartenária), que priorizem
VIII. - Promover atenção integral, contínua e organizada à determinados perfis epidemiológicos e os fatores de risco
população adscrita, com base nas necessidades sociais e de clínicos, comportamentais, alimentares e/ou ambientais, bem
saúde, através do estabelecimento de ações de continuidade como aqueles determinados pela produção e circulação de
informacional, interpessoal e longitudinal com a população. A bens, prestação de serviços de interesse da saúde, ambientes e
Atenção Básica deve buscar a atenção integral e de qualidade, processos de trabalho. A finalidade dessas ações é prevenir o
resolutiva e que contribua para o fortalecimento da autonomia aparecimento ou a persistência de doenças, agravos e
das pessoas no cuidado à saúde, estabelecendo articulação complicações preveníveis, evitar intervenções desnecessárias
orgânica com o conjunto da rede de atenção à saúde. Para o e iatrogênicas e ainda estimular o uso racional de
alcance da integralidade do cuidado, a equipe deve ter noção medicamentos.
sobre a ampliação da clínica, o conhecimento sobre a realidade Para tanto é fundamental a integração do trabalho entre
local, o trabalho em equipe multiprofissional e Atenção Básica e Vigilância em Saúde, que é um processo
transdisciplinar, e a ação intersetorial. contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e
Para isso pode ser necessário realizar de ações de atenção disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde,
à saúde nos estabelecimentos de Atenção Básica à saúde, no visando ao planejamento e a implementação de medidas de

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saúde pública para a proteção da saúde da população, a epidemiológica, áreas de risco e vulnerabilidade do território
prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como adscrito.
para a promoção da saúde. As ações em saúde planejadas e propostas pelas equipes
As ações de Vigilância em Saúde estão inseridas nas deverão considerar o elenco de oferta de ações e de serviços
atribuições de todos os profissionais da Atenção Básica e prestados na AB, os indicadores e parâmetros, pactuados no
envolvem práticas e processos de trabalho voltados para: âmbito do SUS.
a. vigilância da situação de saúde da população, com As equipes que atuam na AB deverão manter atualizadas
análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de as informações para construção dos indicadores estabelecidos
prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das pela gestão, com base nos parâmetros pactuados alimentando,
ações de saúde pública; de forma digital, o sistema de informação de Atenção Básica
b. detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para vigente;
a resposta de saúde pública; XVII. - Implantar estratégias de Segurança do Paciente na
c. vigilância, prevenção e controle das doenças AB, estimulando prática assistencial segura, envolvendo os
transmissíveis; e pacientes na segurança, criando mecanismos para evitar erros,
d) vigilância das violências, das doenças crônicas não garantir o cuidado centrado na pessoa, realizando planos
transmissíveis e acidentes. locais de segurança do paciente, fornecendo melhoria
A AB e a Vigilância em Saúde deverão desenvolver ações contínua relacionando a identificação, a prevenção, a detecção
integradas visando à promoção da saúde e prevenção de e a redução de riscos.
doenças nos territórios sob sua responsabilidade. Todos XVIII. - Apoio às estratégias de fortalecimento da gestão
profissionais de saúde deverão realizar a notificação local e do controle social, participando dos conselhos locais de
compulsória e conduzir a investigação dos casos suspeitos ou saúde de sua área de abrangência, assim como, articular e
confirmados de doenças, agravos e outros eventos de incentivar a participação dos trabalhadores e da comunidade
relevância para a saúde pública, conforme protocolos e nas reuniões dos conselhos locais e municipal; e
normas vigentes. Compete à gestão municipal reorganizar o XIX. - Formação e Educação Permanente em Saúde, como
território, e os processos de trabalho de acordo com a parte do processo de trabalho das equipes que atuam na
realidade local. Atenção Básica. Considera-se Educação Permanente em Saúde
A integração das ações de Vigilância em Saúde com (EPS) a aprendizagem que se desenvolve no trabalho, onde o
Atenção Básica, pressupõe a reorganização dos processos de aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das
trabalho da equipe, a integração das bases territoriais organizações e do trabalho, baseando-se na aprendizagem
(território único), preferencialmente e rediscutir as ações e significativa e na possibilidade de transformar as práticas dos
atividades dos agentes comunitários de saúde e do agentes de trabalhadores da saúde. Nesse contexto, é importante que a
combate às endemias, com definição de papéis e EPS se desenvolva essencialmente em espaços
responsabilidades. institucionalizados, que sejam parte do cotidiano das equipes
A coordenação deve ser realizada por profissionais de (reuniões, fóruns territoriais, entre outros), devendo ter
nível superior das equipes que atuam na Atenção Básica. espaço garantido na carga horária dos trabalhadores e
XIII. - Desenvolvimento de ações educativas por parte das contemplar a qualificação de todos da equipe
equipes que atuam na AB, devem ser sistematizadas de forma multiprofissional, bem como os gestores.
que possam interferir no processo de saúde-doença da Algumas estratégias podem se aliar a esses espaços
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e institucionais em que equipe e gestores refletem, aprendem e
coletiva, e na busca por qualidade de vida e promoção do transformam os processos de trabalho no dia-a-dia, de modo a
autocuidado pelos usuários. potencializá-los, tais como Cooperação Horizontal, Apoio
XIV. - Desenvolver ações intersetoriais, em interlocução Institucional, Tele Educação, Formação em Saúde. Entende-se
com escolas, equipamentos do SUAS, associações de que o apoio institucional deve ser pensado como uma função
moradores, equipamentos de segurança, entre outros, que gerencial que busca a reformulação do modo tradicional de se
tenham relevância na comunidade, integrando projetos e fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em
redes de apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma saúde. Ele deve assumir como objetivo a mudança nas
atenção integral; organizações, tomando como matéria-prima os problemas e
XV. - Implementação de diretrizes de qualificação dos tensões do cotidiano Nesse sentido, pressupõe-se o esforço de
modelos de atenção e gestão, tais como, a participação coletiva transformar os modelos de gestão verticalizados em relações
nos processos de gestão, a valorização, fomento a autonomia e horizontais que ampliem a democratização, autonomia e
protagonismo dos diferentes sujeitos implicados na produção compromisso dos trabalhadores e gestores, baseados em
de saúde, autocuidado apoiado, o compromisso com a relações contínuas e solidárias.
ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a A Formação em Saúde, desenvolvida por meio da relação
constituição de vínculos solidários, a identificação das entre trabalhadores da AB no território (estágios de graduação
necessidades sociais e organização do serviço em função delas, e residências, projetos de pesquisa e extensão, entre outros),
entre outras; beneficiam AB e instituições de ensino e pesquisa,
XVI. - Participação do planejamento local de saúde, assim trabalhadores, docentes e discentes e, acima de tudo, a
como do monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe, população, com profissionais de saúde mais qualificados para
unidade e município; visando à readequação do processo de a atuação e com a produção de conhecimento na AB.
trabalho e do planejamento frente às necessidades, realidade, Para o fortalecimento da integração entre ensino, serviços
dificuldades e possibilidades analisadas. e comunidade no âmbito do SUS, destaca-se a estratégia de
O planejamento ascendente das ações de saúde deverá ser celebração de instrumentos contratuais entre instituições de
elaborado de forma integrada nos âmbitos das equipes, dos ensino e serviço, como forma de garantir o acesso a todos os
municípios, das regiões de saúde e do Distrito Federal, estabelecimentos de saúde sob a responsabilidade do gestor
partindo-se do reconhecimento das realidades presentes no da área de saúde como cenário de práticas para a formação no
território que influenciam a saúde, condicionando as ofertas âmbito da graduação e da residência em saúde no SUS, bem
da Rede de Atenção Saúde de acordo com a como de estabelecer atribuições das partes relacionadas ao
necessidade/demanda da população, com base em parâmetros funcionamento da integração ensino-serviço comunidade.
estabelecidos em evidências científicas, situação Além dessas ações que se desenvolvem no cotidiano das
equipes, de forma complementar, é possível oportunizar

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processos formativos com tempo definido, no intuito de mês anterior ao da respectiva competência financeira. O valor
desenvolver reflexões, conhecimentos, competências, do repasse mensal dos recursos para o custeio das equipes de
habilidades e atitudes específicas, através dos processos de Saúde da Família será publicado em portaria específica
Educação Continuada, igualmente como estratégia para a 2 . Equipe de Atenção Básica (eAB): os valores dos
qualificação da AB. As ofertas educacionais devem, de todo incentivos financeiros para as equipes de Atenção Básica (
modo, ser indissociadas das temáticas relevantes para a eAB) implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como
Atenção Básica e da dinâmica cotidiana de trabalho dos base o número de equipe de Atenção Básica ( eAB) registrados
profissionais. no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde vigente no mês anterior ao da respectiva competência
6- DO FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO financeira. O percentual de financiamento das equipes de
BÁSICA Atenção Básica ( eAB), será definido pelo Ministério da Saúde,
a depender da disponibilidade orçamentária e demanda de
O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite e credenciamento.
com detalhamento apresentado pelo Plano 3. Equipe de Saúde Bucal (eSB): Os valores dos incentivos
Municipal de Saúde garantido nos instrumentos conforme financeiros quando as equipes de Saúde da Família (eSF) e/ou
especificado no Plano Nacional, Estadual e Municipal de gestão Atenção Básica (eAB) forem compostas por profissionais de
do SUS. No âmbito federal, o montante de recursos financeiros Saúde Bucal, serão transferidos a cada mês, o valor
destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde correspondente a modalidade, tendo como base o número de
compõe o bloco de financiamento de Atenção Básica (Bloco equipe de Saúde Bucal (eSB) registrados no Sistema de
AB) e parte do bloco de financiamento de investimento e seus Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente no
recursos deverão ser utilizados para financiamento das ações mês anterior ao da respectiva competência financeira. O
de Atenção Básica. repasse mensal dos recursos para o custeio das Equipes de
Os repasses dos recursos da AB aos municípios são Saúde Bucal será publicado em portaria específica.
efetuados em conta aberta especificamente para este fim, de 4. Equipe Saúde da Família comunidades Ribeirinhas e
acordo com a normatização geral de transferências de Fluviais
recursos fundo a fundo do Ministério da Saúde com o objetivo 4.1. Equipes Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR): os
de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos de Saúde no valores dos incentivos financeiros para as equipes de Saúde da
âmbito dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. Família Ribeirinhas (eSFR) implantadas serão transferidos a
O financiamento federal para as ações de Atenção Básica cada mês, tendo como base o número de equipe de Saúde da
deverá ser composto por: Família Ribeirinhas (eSFR) registrados no sistema de Cadastro
I.- Recursos per capita; que levem em consideração Nacional vigente no mês anterior ao da respectiva
aspectos sociodemográficos e epidemiológicos; competência financeira. O valor do repasse mensal dos
II.- Recursos que estão condicionados à implantação de recursos para o custeio das equipes de Saúde da Família
estratégias e programas da Atenção Básica, tais como os Ribeirinhas (eSFR) será publicado em portaria específica e
recursos específicos para os municípios que implantarem, as poderá ser agregado um valor nos casos em que a equipe
equipes de Saúde da Família (eSF), as equipes de Atenção necessite de transporte fluvial para acessar as comunidades
Básica (eAB), as equipes de Saúde Bucal (eSB), de Agentes ribeirinhas adscritas para execução de suas atividades.
Comunitários de Saúde ( EACS), dos Núcleos Ampliado de 4.2. Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): os valores
Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB), dos Consultórios dos incentivos financeiros para as equipes de Saúde da Família
na Rua ( eCR), de Saúde da Família Fluviais (eSFF) e Fluviais (eSFF) implantadas serão transferidos a cada mês,
Ribeirinhas (eSFR) e Programa Saúde na Escola e Programa tendo como base o número de Unidades Básicas de Saúde
Academia da Saúde; Fluviais (UBSF) registrados no sistema de Cadastro Nacional
III. - Recursos condicionados à abrangência da oferta de vigente no mês anterior ao da respectiva competência
ações e serviços; financeira.
IV. - Recursos condicionados ao desempenho dos serviços O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio das
de Atenção Básica com parâmetros, aplicação e Unidades Básicas de Saúde Fluviais será publicado em portaria
comparabilidade nacional, tal como o Programa de Melhoria específica. Assim como, os critérios mínimos para o custeio das
de Acesso e Qualidade; Unidades preexistentes ao Programa de Construção de
V.- Recursos de investimento; Unidades Básicas de Saúde Fluviais.
Os critérios de alocação dos recursos da AB deverão se 4.3 . Equipes Consultório na Rua (eCR) Os valores do
ajustar conforme a regulamentação de transferência de incentivo financeiro para as equipes dos Consultórios na Rua
recursos federais para o financiamento das ações e serviços (eCR) implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como
públicos de saúde no âmbito do SUS, respeitando base a modalidade e o número de equipes cadastradas no
especificidades locais, e critério definido na LC 141/2012. sistema de Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao da
I- Recurso per capita: respectiva competência financeira.
O recurso per capita será transferido mensalmente, de Os valores do repasse mensal que as equipes dos
forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Consultórios na Rua (eCR) farão jus será definido em portaria
Fundos Municipais de Saúde e do Distrito Federal com base específica.
num valor multiplicado pela população do Município. A 5. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica
população de cada município e do Distrito Federal será a (NASF-AB) O valor do incentivo federal para o custeio de cada
população definida pelo IBGE e publicada em portaria NASFAB, dependerá da sua modalidade (1, 2 ou 3) e será
específica pelo Ministério da Saúde. determinado em portaria específica. Os valores dos incentivos
financeiros para os NASF-AB implantados serão transferidos a
II- Recursos que estão condicionados à implantação de cada mês, tendo como base o número de NASF-AB cadastrados
estratégias e programas da Atenção Básica no SCNES vigente.
1 . Equipe de Saúde da Família (eSF): os valores dos 6. Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) Os
incentivos financeiros para as equipes de Saúde da Família valores dos incentivos financeiros para as equipes de ACS
implantadas serão prioritário e superior, transferidos a cada (EACS) implantadas são transferidos a cada mês, tendo como
mês, tendo como base o número de equipe de Saúde da Família base o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS),
(eSF) registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no registrados no sistema de Cadastro Nacional vigente no mês

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anterior ao da respectiva competência financeira. Será a. inconsistência no Sistema de Cadastro Nacional de


repassada uma parcela extra, no último trimestre de cada ano, Estabelecimentos de Saúde (SCNES) por duplicidade de
cujo valor será calculado com base no número de Agentes profissional, ausência de profissional da equipe mínima ou
Comunitários de Saúde, registrados no cadastro de equipes e erro no registro, conforme normatização vigente; e
profissionais do SCNES, no mês de agosto do ano vigente. b. não envio de informação (produção) por meio de
A efetivação da transferência dos recursos financeiros Sistema de Informação da Atenção Básica vigente por três
descritos no item B tem por base os dados de alimentação meses consecutivos, conforme normativas específicas.
obrigatória do Sistema de Cadastro Nacional de - identificado, por meio de auditoria federal, estadual e
Estabelecimentos de Saúde, cuja responsabilidade de municipal, malversação ou desvio de finalidade na utilização
manutenção e atualização é dos gestores dos estados, do dos recursos. Sobre a suspensão do repasse dos recursos
Distrito Federal e dos municípios, estes devem transferir os referentes ao item
dados mensalmente, para o Ministério da Saúde, de acordo II :O Ministério da Saúde suspenderá os repasses dos
com o cronograma definido anualmente pelo SCNES. incentivos referentes às equipes e aos serviços citados acima,
III - Do credenciamento nos casos em que forem constatadas, por meio do
Para a solicitação de credenciamento dos Serviços e de monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da
todas as equipes que atuam na Atenção Básica, pelos Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde ou por auditoria do
Municípios e Distrito Federal, deve-se obedecer aos seguintes DENASUS ou dos órgãos de controle competentes, qualquer
critérios: uma das seguintes situações:
I - Elaboração da proposta de projeto de credenciamento I.- inexistência de unidade básica de saúde cadastrada para
das equipes que atuam na Atenção Básica, pelos o trabalho das equipes e/ou;
Municípios/Distrito Federal; II.- ausência, por um período superior a 60 dias, de
a. O Ministério da Saúde disponibilizará um Manual com as qualquer um dos profissionais que compõem as equipes
orientações para a elaboração da proposta de projeto, descritas no item B, com exceção dos períodos em que a
considerando as diretrizes da Atenção Básica; contratação de profissionais esteja impedida por legislação
b. A proposta do projeto de credenciamento das equipes específica, e/ou;
que atuam na Atenção Básica deverá estar aprovada pelo III.- descumprimento da carga horária mínima prevista
respectivo Conselho de Saúde Municipal ou Conselho de Saúde para os profissionais das equipes; e
do Distrito Federal; e - ausência de alimentação regular de dados no Sistema de
c. As equipes que atuam na Atenção Básica que receberão Informação da Atenção Básica vigente.
incentivo de custeio fundo a fundo devem estar inseridas no Especificamente para as equipes de saúde da família (eSF)
plano de saúde e programação anual. e equipes de Atenção Básica (eAB) com os profissionais de
II - Após o recebimento da proposta do projeto de saúde bucal.
credenciamento das eABs, as Secretarias Estaduais de Saúde, As equipes de Saúde da Família (eSF) e equipes de Atenção
conforme prazo a ser publicado em portaria específica, Básica (eAB) que sofrerem suspensão de recurso, por falta de
deverão realizar: profissional conforme previsto acima, poderão manter os
a. Análise e posterior encaminhamento das propostas para incentivos financeiros específicos para saúde bucal, conforme
aprovação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB); e modalidade de implantação.
b. após aprovação na CIB, encaminhar, ao Ministério da Parágrafo único: A suspensão será mantida até a
Saúde, a Resolução com o número de equipes por estratégia e adequação das irregularidades identificadas.
modalidades, que pleiteiam recebimento de incentivos
financeiros da atenção básica. 6.2- Solicitação de crédito retroativo dos recursos
Parágrafo único: No caso do Distrito Federal a proposta de suspensos Considerando a ocorrência de problemas na
projeto de credenciamento das equipes que atuam na Atenção alimentação do SCNES e do sistema de informação vigente, por
Básica deverá ser diretamente encaminhada ao Departamento parte dos estados, Distrito Federal e dos municípios, o
de Atenção Básica do Ministério da Saúde. Ministério da Saúde poderá efetuar crédito retroativo dos
III. - O Ministério da Saúde realizará análise do pleito da incentivos financeiros deste recurso variável. A solicitação de
Resolução CIB ou do Distrito Federal de acordo com o teto de retroativo será válida para análise desde que a mesma ocorra
equipes, critérios técnicos e disponibilidade orçamentária; e em até 6 meses após a competência financeira de suspensão.
IV. - Após a publicação de Portaria de credenciamento das Para solicitar os créditos retroativos, os municípios e o Distrito
novas equipes no Diário Oficial da União, a gestão municipal Federal deverão:
deverá cadastrar a(s) equipe(s) no Sistema de Cadastro - preencher o formulário de solicitação, conforme será
Nacional de Estabelecimento de Saúde, num prazo máximo de disponibilizado em manual específico; - realizar as adequações
4 (quatro) meses, a contar a partir da data de publicação da necessárias nos sistemas vigentes (SCNES e/ou SISAB) que
referida Portaria, sob pena de descredenciamento da(s) justifiquem o pleito de retroativo; enviar ofício à Secretaria de
equipe(s) caso esse prazo não seja cumprido. Para Saúde de seu estado, pleiteando o crédito retroativo,
recebimento dos incentivos correspondentes às equipes que acompanhado do anexo referido no item I e documentação
atuam na Atenção Básica, efetivamente credenciadas em necessária a depender do motivo da suspensão.
portaria e cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Parágrafo único: as orientações sobre a documentação a
Estabelecimentos de Saúde, os Municípios/Distrito Federal, ser encaminhada na solicitação de retroativo constarão em
deverão alimentar os dados no sistema de informação da manual específico a ser publicado.
Atenção Básica vigente, comprovando, obrigatoriamente, o As Secretarias Estaduais de Saúde, após analisarem a
início e execução das atividades. documentação recebida dos municípios, deverão encaminhar
1 . Suspensão do repasse de recursos do Bloco da Atenção ao Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção
Básica à Saúde, Ministério da Saúde (DAB/SAS/MS), a solicitação de
O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos da complementação de crédito dos incentivos tratados nesta
Atenção Básica aos municípios e ao Distrito Federal, quando: Portaria, acompanhada dos documentos referidos nos itens I e
I - Não houver alimentação regular, por parte dos II. Nos casos em que o solicitante de crédito retroativo for o
municípios e do Distrito Federal, dos bancos de dados Distrito Federal, o ofício deverá ser encaminhado diretamente
nacionais de informação, como: ao DAB/SAS/MS.

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O DAB/SAS/MS procederá à análise das solicitações conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas
recebidas, verificando a adequação da documentação enviada que:
e dos sistemas de informação vigentes (SCNES e/ou SISAB), (A) serão ofertadas integralmente e gradualmente a todas
bem como a pertinência da justificativa do gestor, para as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas.
deferimento ou não da solicitação. (B) têm nas ações de urgência e emergência sua estratégia
prioritária para expansão e consolidação.
RICARDO BARROS (C) se consolidam na atenção generalista, que se traduz nas
ações e práticas de diagnóstico, prevenção e orientação para o
Questões autocuidado.
(D) envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico,
01. (Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ - Técnico de tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados
Enfermagem - Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ/2019) De paliativos e vigilância em saúde
acordo com a Lei nº 2.436/2017, é atribuição exclusiva dos (E) têm como princípios norteadores a centralização das
municípios: ações e a implementação de práticas de cuidado integrado.
(A) apoiar e estimular a adoção da Estratégia de Saúde da
Família como plano de expansão e qualificação da Atenção 05. (UFSC- Enfermeiro - COPERVE-UFSC/2018) - Por
Básica meio da Portaria MS nº 2.436/2017, o Ministério da Saúde
(B) garantir a infraestrutura adequada e boas condições aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) com
para o funcionamento da Unidades Básicas de Saúde vistas à revisão da regulamentação de implantação e
(C) assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema Único de
ordenado às ações e serviços de saúde do SUS Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a organização
(D) organizar os serviços para permitir que a Atenção do componente atenção básica na Rede de Atenção à Saúde
Básica atue como porta de entrada preferencial e ordenadora (RAS). De acordo com essa portaria analise as afirmativas
da Rede de Atenção à Saúde abaixo e assinale a alternativa correta.
I. A atenção básica é a principal porta de entrada e centro
02. (UFF - Técnico em Enfermagem - COSEAC/2019) A de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e
nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), aprovada ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.
pela Portaria nº 2.436 de setembro de 2017, considera que a II. A PNAB tem na saúde da família sua estratégia
Atenção Básica: prioritária, considerada a única opção de modelo para
(A) é uma ação subsequente à Atenção Primária à Saúde, expansão e consolidação da atenção básica.
com princípios e diretrizes pactuadas na Reunião da Comissão III. Os Agentes Comunitários da Saúde (ACS) são essenciais
Intergestores e de operacionalização nas Redes de Atenção à na composição da equipe de atenção básica, sendo
Saúde (RAS). recomendadas até 750 pessoas por ACS em áreas de grande
(B) é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares dispersão territorial, risco e vulnerabilidade social.
e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, IV. São atribuições específicas do(a) enfermeiro(a) na
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, atenção básica a realização de consultas de enfermagem,
cuidados paliativos e vigilância em saúde. procedimentos, solicitação de exames complementares,
(C) será ofertada gradativa e parcialmente a todas as prescrição de medicações conforme protocolos, diretrizes
pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do clínicas e terapêuticas ou outras normativas técnicas,
território, considerando os determinantes e condicionantes de observadas as disposições legais da profissão.
saúde. V. Na organização do processo de trabalho da atenção
(D) é a estratégia prioritária para expansão e consolidação básica, é possível, de acordo com a necessidade e conformação
da Saúde da Família, potencial espaço de educação, pesquisa, do território, através de pactuação e negociação entre gestão e
ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a equipes, que o usuário seja atendido fora de sua área de
Unidade Básica. cobertura, mantendo o diálogo e a informação com a equipe de
(E) adotará estratégias, de caráter transitório, para referência.
garantir um amplo escopo de ações e serviços a serem
ofertados na rede de atendimento à saúde compatíveis com as (A) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.
necessidades de saúde de cada localidade/território. (B) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
(C) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.
03. (Prefeitura de Jardim de Piranhas/RN - Técnico em (D) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.
Enfermagem - FUNCERN/2019) A Atenção Básica é (E) Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas.
desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e
capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das Gabarito
pessoas. Segundo a Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), as equipes da atenção básica, compostas por 01.D / 02.B / 03.C / 04.D / 05.E
profissionais de saúde com responsabilidade exclusiva de
articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em
situação de rua. Essa descrição refere-se as equipes
(A) de Saúde da Família para o Atendimento da População 6. Políticas intersetoriais
Ribeirinha da Amazônia Lega.
(B) de apoio à saúde da família.
(C) do Consultório na Rua.
(D) de Saúde da Família para população indígena. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

04. (UFF - Enfermeiro - COSEAC/2019) De acordo com a Lucchese11 define Políticas Públicas como conjuntos de
Portaria 2.436 do Ministério da Saúde, a Atenção Básica é o disposições, medidas e procedimentos que traduzem a

11 LUCCHESE, Patrícia T. R. (coord.). Políticas Públicas em Saúde Pública.

São Paulo: IBIREME/OPAS/OMS, 2002.

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orientação política do Estado e regulam as atividades Política Nacional de Plantas Medicinais e


governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. Fitoterápicos
Portanto, as políticas públicas de saúde fazem parte do campo Decreto nº 5813, de 22/6/2006
de ação do Estado orientado para a melhoria das condições de
saúde da população e consiste em organizar as funções Garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso
públicas governamentais para a promoção, proteção e racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o
recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade. uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da
A promulgação da Constituição Federal de 1988 garantiu a cadeia produtiva e da indústria nacional.
efetivação das políticas públicas de saúde como um direito
universal e igual para todos, além de promover uma Política Nacional de Atenção Básica
descentralização da gestão entre seus entes federados.12
A política de saúde está inserida em um contexto mais Portaria nº 2.436, de 21 de Setembro de 201713
amplo que adotou um modelo de seguridade social (Art. 194
da Constituição Federal) que envolve a saúde, a assistência Aprova a Política Nacional de Atenção Básica,
social, a previdência e estabeleceu que a saúde é direito de estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da
todos e dever do Estado. Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além da Constituição Federal é preciso mencionar as leis
que regulamentam as políticas públicas de saúde no Brasil. São Política Nacional de Atenção Oncológica
elas: a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080/90), a lei
complementar da Saúde (Lei 8142/90), a Lei Orgânica da O Ministério da Saúde está propondo por meio de portaria
Seguridade Social (Lei 8212/91) e a Lei Orgânica da instituir a Política Nacional de Atenção Oncológica
Assistência Social (Lei 8742/93). contemplando ações de Promoção, Prevenção, Diagnóstico,
Tratamento, Reabilitação e Cuidados Paliativos, a ser
Como exemplo de Políticas Públicas citaremos: implantada em todas as unidades federadas. A proposta
estabelece que a Política Nacional de Atenção Oncológica deva
Política Nacional de Assistência Farmacêutica ser organizada de forma articulada com o Ministério da Saúde
Resolução nº 338, de 06 de Maio de 2004 e com as Secretarias de Saúde dos estados e municípios.

- Deve ser compreendida como política pública norteadora Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
para a formulação de políticas setoriais, entre as quais Mulher
destacam-se as políticas de medicamentos, de ciência e
tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formação de - Promover a melhoria das condições de vida e saúde das
recursos humanos, dentre outras, garantindo a mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos
intersetorialidade inerente ao sistema de saúde do país (SUS) legalmente constituídos e a ampliação do acesso aos meios e
e cuja implantação envolve tanto o setor público como privado serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação
de atenção à saúde; da saúde em todo território brasileiro.
- Trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, - Contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como femininas no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em
coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais,
visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve sem discriminação de qualquer espécie.
a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos - Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à
e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos
e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na Política Nacional de Atenção às Urgências
perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria Portaria nº 1.600, de 7 de Julho de 2011
da qualidade de vida da população;
- As ações de Assistência Farmacêutica envolvem àquelas - Ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos
referentes à Atenção Farmacêutica, considerada como um demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de
modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da atenção, contemplando a classificação de risco e intervenção
Assistência Farmacêutica e compreendendo atitudes, valores adequada e necessária aos diferentes agravos;
éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e - Garantia da universalidade, equidade e integralidade no
corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a
É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando causas externas (traumatismos, violências e acidentes);
uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados - Regionalização do atendimento às urgências com
definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado
qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as aos serviços de saúde;
concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas - Humanização da atenção garantindo efetivação de um
especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades
das ações de saúde. de saúde;
- Garantia de implantação de modelo de atenção de caráter
multiprofissional, compartilhado por trabalho em equipe,
instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado
na gestão de linhas de cuidado;

12 RONCALLI, Ângelo Giuseppe. O desenvolvimento das políticas de saúde no 13

Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde. In: PEREIRA, A. C. Odontologia http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html


em saúde coletiva: planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre: Artmed,
2003.

Legislação do SUS 71
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APOSTILAS OPÇÃO

- Articulação e integração dos diversos serviços e intersetorialidade e a integralidade de ações para a redução
equipamentos de saúde, constituindo redes de saúde com dos danos sociais, à saúde e à vida causados pelo consumo
conectividade entre os diferentes pontos de atenção; desta substância, bem como as situações de violência e
- Atuação territorial, definição e organização das regiões de criminalidade associadas ao uso prejudicial de bebidas
saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de alcoólicas na população brasileira.
saúde destas populações, seus riscos e vulnerabilidades
específicas; Política de Redução de Danos
- Participação e controle social dos usuários sobre os Portaria nº 1.028, de 1º de Julho de 2005
serviços;
- Fomento, coordenação e execução de projetos Definir que a redução de danos sociais e à saúde,
estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em decorrentes do uso de produtos, substâncias ou drogas que
saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de causem dependência, desenvolva-se por meio de ações de
situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de saúde dirigidas a usuários ou a dependentes que não podem,
acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de não conseguem ou não querem interromper o referido uso,
mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de tendo como objetivo reduzir os riscos associados sem,
prevenção, atenção e mitigação dos eventos; necessariamente, intervir na oferta ou no consumo.

Política Nacional de Humanização Questões

- Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos 01. (SEAD-SE (FPH) – Auxiliar de Necrópsia – CESP) As
diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde; funções das políticas de saúde pública incluem a coordenação
- Orientar as práticas de atenção e gestão do SUS a partir e a organização do programa de atenção à saúde.
da experiência concreta do trabalhador e usuário, construindo ( ) Certo
um sentido positivo de humanização, desidealizando “o ( ) Errado
Homem”. Pensar o humano no plano comum da experiência de
um homem qualquer; 02. (SEAD-SE (FPH) – Auxiliar de Necrópsia – CESP)
- Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla Uma das práticas desenvolvidas no âmbito dessas políticas de
tarefa de produção de saúde e produção de sujeitos; saúde é coordenar atividades de vigilância epidemiológica
- Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, para prevenir surtos de doenças em diferentes regiões do país.
destacando o aspecto subjetivo nelas presente; ( ) Certo
- Contagiar, por atitudes e ações humanizadoras, a rede do ( ) Errado
SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários;
- Posicionar-se, como política pública: 03. (SEAD-SE (FPH) – Auxiliar de Necrópsia – CESP)
a) nos limites da máquina do Estado onde ela se encontra Constitui finalidade dessas políticas estimular o aumento da
com os coletivos e as redes sociais; rede de farmácias privadas no país para a garantia de acesso
b) nos limites dos Programas e Áreas do Ministério da popular aos medicamentos.
Saúde, entre este e outros ministérios (intersetorialidade). ( ) Certo
( ) Errado
Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no SUS 04. (CISSUL-MG – Técnico de Enfermagem –
Portaria MS/GM nº 971, de 03/5/2006 IBGP/2017) A Constituição Federal de 1988, em seu artigo
196º, faz afirmações acerca da saúde.
Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) Sobre essas afirmações assinale a alternativa INCORRETA.
vem estimulando o uso da Medicina Tradicional/Medicina (A) A saúde é direito de todos e dever do Estado.
Complementar/Alternativa nos sistemas de saúde de forma (B) O direito à saúde é garantido mediante políticas sociais
integrada às técnicas da medicina ocidental modernas e que e econômicas.
em seu documento “Estratégia da OMS sobre Medicina (C) As políticas referentes à saúde devem visar à redução
Tradicional” preconiza o desenvolvimento de políticas do risco de doença e de outros agravos apenas aos menos
observando os requisitos de segurança, eficácia, qualidade, favorecidos na sociedade.
uso racional e acesso; (D) As políticas referentes à saúde devem visar ao acesso
Esta Política, de caráter nacional, recomenda a adoção universal e igualitário às ações e serviços para promoção,
pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e proteção e recuperação do indivíduo.
dos Municípios, da implantação e implementação das ações e
serviços relativos às Práticas Integrativas e Complementares. Gabarito

Política Nacional de Promoção à Saúde 01.Certo / 02.Certo / 03.Errado / 04.C


Portaria nº 687/GM de 30 de Março de 2006

Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e


riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e
condicionantes – modos de viver, condições de trabalho,
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e
serviços essenciais.

Política Nacional sobre o Álcool


Decreto nº 6.117, de 22 de Maio de 2007

Contém princípios fundamentais à sustentação de


estratégias para o enfrentamento coletivo dos problemas
relacionados ao consumo de álcool, contemplando a

Legislação do SUS 72
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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APOSTILAS OPÇÃO

Princípio da Organicidade: as relações administrativas


orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A
organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos
espelham a estrutura, funções e atividades da entidade
produtora/acumuladora em suas relações internas e externas.

Princípio da Unicidade: não obstante, forma, gênero, tipo


ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter
único, em função do contexto em que foram produzidos.
Arquivos: origem, conceito,
finalidade, função e Princípio da Indivisibilidade ou Integridade: os fundos
de arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação,
classificação alienação, destruição não autorizada ou adição indevida.

Princípio da Cumulatividade: o arquivo é uma formação


Arquivologia é a ciência que estuda as funções, os progressiva, natural e orgânica.
princípios, as técnicas do arquivo. O profissional que exerce
atividade ligada a arquivologia pode ser chamado de Princípio do Respeito pela Ordem Original: princípio
arquivista. segundo o qual os arquivos de uma mesma proveniência
Busca gerenciar informações que possam ser registradas devem conservar a organização estabelecida pela entidade
em documentos de arquivos, é muito comum utilizar-se de produtora, a fim de se preservar as relações entre os
técnicas, normas e outros procedimentos no processo de documentos como testemunho do funcionamento daquela
identificação, organização, desenvolvimento, processamentos, entidade. Em outras palavras, princípio segundo o qual o
análise, coleta, utilização, publicação, fornecimento, arquivo deveria conservar o arranjo dado pela entidade
circulação, recuperação e armazenamento das informações. coletiva, pessoa ou família que o produziu.

Profissional Arquivista Princípio da Pertinência (ou Temático): os documentos


Algumas atribuições do profissional são: deveriam ser reclassificados por assunto, sem levar em
- Gerenciar as informações; consideração a proveniência e a classificação original.
- Realizar atividades de conservação;
- Preservação de documentos Princípio da Reversibilidade: todo procedimento ou
- Gestão documental; tratamento empreendido em arquivos pode ser revertido, se
- Disseminação da informação que se encontra nos necessário.
documentos;
- Atuar em prol da preservação do patrimônio documental Princípio da Proveniência Territorial (ou Princípio da
de uma pessoa física ou pessoa jurídica, entre outras. Territorialidade): os arquivos deveriam ser conservados em
serviços de arquivo do território no qual foram produzidos,
O arquivista pode atuar tanto em instituições públicas exceto os documentos elaborados pelas representações
como privadas, agindo na manutenção dos seus arquivos, diplomáticas ou resultantes de operações militares.
centros de documentação, instituições culturais entre outras.
Outras atividades realizadas pelo profissional arquivista é a Princípio da Proveniência Funcional: com a
elaboração de instrumentos de pesquisa e recuperação da transferência de funções de uma autoridade para outra como
informação. resultado de mudança política ou administrativa, documentos
O gerenciamento da informação, o desenvolvimento das relevantes ou cópias são também transferidos para assegurar
teorias, e as práticas de gestão foram extremamente a continuidade administrativa. Também chamado Pertinência
importantes, intensamente revolucionárias e fundamentais Funcional.
para o desenvolvimento da arquivologia. Esse gerenciamento
da informação conta ainda com desenvolvimento de projetos, Os princípios referidos unanimemente pelos diferentes
planejamentos, estudos e técnicas de organização sistemática autores, como fundamentais, são os Princípios da
e implantação de instituições e sistemas arquivísticas. Proveniência e do Respeito pela Ordem Original.
Embora existam muitas técnicas, ferramentas, estudos que Só através do respeito a estes princípios, se pode proceder
buscam a conservação de arquivos, um grande desafio corretamente à organização dos arquivos. De fato, tentativas
encontrado nesta área é que muitas empresas/organizações de realizar por outras formas, que não pelo seguimento destes
não tem uma preocupação específica pelos seus arquivos. princípios, falharam, pois levaram muitas vezes à perda da
informação (essencial) sobre o significado e contexto dos
Princípios Arquivísticos documentos e sobre as suas relações, assim como dificultaram
o seu acesso e o trabalho do arquivista.
Constituem o marco principal da diferença entre a
arquivística e as outras ciências documentárias. São eles: O nível de importância dos arquivos está relacionado com
a maneira como são geridos. Para que os arquivos alcancem
Princípio da Proveniência: fixa a identidade do um nível de importância ainda maior, é necessário que sejam
documento, relativamente a seu produtor. Por este princípio, geridos da forma correta, a fim de evitar o acúmulo de massas
os arquivos devem ser organizados em obediência à documentais desnecessárias, de agilizarem ações dentro de
competência e às atividades da instituição ou pessoa uma instituição, enfim, que cumpram a sua função, seja desde
legitimamente responsável pela produção, acumulação ou o valor probatório até o cultural.
guarda dos documentos. Arquivos originários de uma Sendo assim, ter seus documentos arquivados
instituição ou de uma pessoa devem manter a respectiva corretamente e devidamente organizados é uma iniciativa que
individualidade, dentro de seu contexto orgânico de produção, precisa ser cultivada sempre, e os motivos vão desde agilidade
não devendo ser mesclados a outros de origem distinta. na hora de encontrar o que procura, até a praticidade de

Conhecimentos Específicos 1
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APOSTILAS OPÇÃO

dividir o espaço com outras pessoas e trazer eficiência ao d) o local onde o acervo documental arquivístico deverá
trabalho. ser conservado, de acordo com denominações específicas:
É extremamente importante que os documentos de Arquivo, Arquivo Central, Arquivo Geral, ou até mesmo
arquivos estejam sempre organizados por datas, colocados em Arquivo Morto.
pastas separadas e devidamente identificados com etiquetas e) o órgão governamental ou institucional cujo objetivo
ou marcações nas caixa-arquivos, de modo que sua localização seja o de guardar e conservar documentos de arquivo.
seja rápida caso necessária.
Durante a atividade arquivística adota-se o seguinte
Dica: Entidade Produtora é Pessoa Física ou Jurídica glossário:
identificada como geradora de arquivo. Pode ser chamada Arquivo: Conjunto de documentos produzidos e
também de Produtor. acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada,
pessoa ou família, no desempenho de suas atividades,
Documentos independentemente da natureza do suporte.

Um documento é qualquer meio que comprove a existência Arquivo central: Arquivo responsável pela normalização
de um fato, a exatidão ou a verdade de uma afirmação. É uma dos procedimentos técnicos aplicados aos arquivos de uma
unidade de registro de informação independente do suporte administração, podendo ou não assumir a centralização do
utilizado. Juridicamente, os documentos podem ser armazenamento. Também chamado arquivo geral. Em alguns
considerados como atos, cartas ou escritos que carregam um países, a expressão designa o arquivo nacional.
valor probatório. Os documentos preservados pelo arquivo
podem ser classificados por diferentes tipos em vários Fundo: Conjunto de documentos de uma mesma
suportes. proveniência. Termo que equivale a um arquivo.
O documento arquivístico pode ser produzido ou recebido Quanto ao conceito de fundos, concebido como o conjunto
durante uma atividade realizada por uma pessoa ou por uma de documentos provenientes de um órgão, deve-se atentar
organização, deve possuir conteúdo, contexto e estrutura de para duas classificações constantes da Teoria Arquivística:
modo que sirva como prova da atividade. É uma informação
registrada. a) Fundo Fechado: quando o órgão gerador da
Assim, todo documento é uma fonte de informação como, documentação não mais produz ou acumula documentos em
por exemplo: o livro, a revista, o jornal, o manuscrito, a virtude geralmente da cessação de suas atividades. Por
fotografia, o selo, a medalha, o filme, o disco, a fita magnética exemplo, uma instituição governamental que deixou de
etc. funcionar e foi extinta ou uma pessoa física que faleceu.
Dessa forma, observa-se que os documentos de arquivos
são gerados, recebidos e acumulados, devido às funções b) Fundo Aberto: quando o organismo produtor e
naturais de uma entidade coletiva ou corporativa, pessoa ou acumulador da documentação ainda se encontra em atividade,
família, podendo estar registrados em diversos suportes continuando a gerar documentos arquivísticos. Por exemplo, o
informacionais. arquivo da Rede Globo de Televisão é considerado um fundo
aberto.
Arquivo
O Arquivo1 é um conjunto de documentos criados ou A principal finalidade dos arquivos é servir à
recebidos por uma organização, firma ou indivíduo. Esses administração, constituindo-se, com o decorrer do tempo, em
documentos são fontes das informações utilizadas para a base do conhecimento da história. Além disso, deve-se
execução de tarefas/atividades, reunidos por acumulação ao considerar que a função básica do arquivo é tornar disponíveis
longo das atividades e isso ocorre independentemente do as informações contidas do acervo documental sob sua guarda.
suporte ou da natureza, sejam em atividades que envolvem Suas principais funções:
pessoas físicas ou empresas em geral. • Guarda
O arquivo é: a reunião de documentos conservados, • Conservação
visando à oportunidade que poderão oferecer futuramente. • Disponibilização
Para ser funcional um arquivo deve ser planejado, instalado,
organizado e mantido de acordo com as necessidades Logo, deve facilitar o acesso aos documentos pelos
inerentes aos setores. consulentes. Pode se perceber que o setor de arquivo auxilia a
Os arquivos são mantidos por entidades públicas federais, empresa nos seus processos de tomada de decisão, além de ser
estaduais e municipais, assim como institucionais comerciais. importante também para provar fatos organizacionais. Seu
Para Martins2 o arquivo também pode ser definido como “a papel objetiva também salvaguardar a documentação
entidade ou órgão administrativo responsável pela custódia, histórica relevante para a constituição da memória
pelo tratamento documental e pela utilização dos arquivos sob institucional.
sua jurisdição”.
Os conjuntos de atas de reuniões da Diretoria, de projetos Conceitos Complementares
de pesquisa e de relatórios de atividades, mais os conjuntos de
dossiês de empregados, prontuários médicos, de boletins de - A totalidade dos documentos conservados em um arquivo
notas, de fotografias etc., constituem-se o Arquivo de uma recebe o nome de acervo.
Unidade por exemplo, e devem naturalmente refletir as suas - O acesso é a disponibilidade de um arquivo para consulta.
atividades. - As embalagens destinadas à proteção dos documentos e
O termo arquivo pode também ser usado para designar: a facilitar o seu manuseio, são chamadas de acondicionamento.
a) um documento de arquivo ou um documento digital - O conjunto de operações de armazenamento e
(Ex.: Word, Excel); acondicionamento de documentos é o arquivamento.
b) um conjunto de documentos; Armazenamento → guarda
c) um móvel para guarda de documentos;

1 VALENTINI, Renato. Arquivologia para concursos / Renato Valentini. – [4. 2 Martins, N.R. Noções básicas para organização de arquivos ativos e

ed.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. semiativados. Rio de Janeiro: 1998.

Conhecimentos Específicos 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Acondicionamento → embalagem (proteção aos Extensão De Sua Atuação


documentos) a) Setoriais: quando existem arquivos espalhados nos
Por exemplo: alguns documentos deixaram de ser mais diversos setores da organização.
consultados com frequência, tendo sido, por essa razão, b) Gerais ou centrais: quando todos os documentos
transferidos ao arquivo intermediário, a fim de aguardarem a gerados estão reunidos em um único arquivo.
sua destinação final. Neste arquivo, tais documentos foram
empacotados e colocados nas estantes de aço. Os documentos de arquivos são classificados da seguinte
a) Qual foi a forma de acondicionamento usada? forma:
Os pacotes, que servem para proteger o documento. • o gênero;
• a espécie;
b) Qual o local de armazenamento dos documentos • a natureza do assunto.
empacotados?
Eles foram guardados nas estantes de aço. Sobre o Gênero

A Gestão de Documentos é o conjunto de procedimentos e O gênero dos documentos está ligado à maneira de
operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, representá-los, de acordo com os seus diversos suportes. São
avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, eles:
visando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda
permanente. Textuais: manuscritos, datilografados ou impressos.
Para melhor compreender o que foi exposto, é essencial São documentos cuja informação esteja em modo escrito
entender as 3 idades dos documentos (Ciclo de vida dos ou textual. Os documentos textuais se apresentam,
documentos): basicamente, manuscritos, datilografados ou impressos. Esses
tipos de documentos constituem a grande parte dos acervos
1. Arquivo de Primeira Idade ou Corrente: trata-se do arquivísticos administrativos, principalmente no âmbito da
conjunto de documentos estreitamente vinculados aos Administração Pública.
objetivos imediatos para os quais foram produzidos ou Figuram como exemplos contratos, atas, relatórios,
recebidos no cumprimento de atividades-meio e atividades- certidões etc. devidamente redigidos e apresentados em texto.
fim e que se conservam junto aos órgãos produtores em razão
de sua vigência e da frequência com que são por eles Cartográficos: aqueles que representam, de forma
consultados. reduzida, uma área maior. Apresentam-se em formatos e
dimensões variáveis, contendo representações geográficas,
2. Arquivo de Segunda Idade ou Intermediário: arquitetônicas ou de engenharia (mapas, plantas, perfis,
conjunto de documentos originários de arquivos correntes, layouts etc.). Essa denominação para tais tipos de documentos
com uso pouco frequente, que aguardam, em depósito de deve-se à Cartografia, ciência que se dedica, inclusive, ao
armazenamento temporário, sua destinação final. estudo de áreas e confecção de mapas.

3. Arquivo de Terceira Idade ou Permanente: Iconográficos: são os que têm suas informações em forma
constituído de documentos que perderam todo valor de de imagem estática. Recebem essa denominação porque
natureza administrativa e que se conservam em razão de seu apresentam ícones, figuras e imagens que não estejam em
valor histórico ou documental e que constituem os meios de movimento. Como exemplos podem-se citar as fotografias
conhecer o passado e a sua evolução. Estes são os arquivos (que mais especificamente podem ser chamadas de
históricos propriamente ditos, pois é nessa fase que os documentos fotográficos), negativos, diapositivos, slides,
documentos são arquivados de forma definitiva. desenhos e demais gravuras, em modo estático. O arquivo
fotográfico de um Jornal, a título de ilustração, é considerado
CLASSIFICAÇÃO DE ARQUIVOS um arquivo iconográfico.

A Classificação de Arquivos é o esquema elaborado a partir Filmográficos: documentos com imagens em movimento.
do estudo das estruturas e funções da instituição e análise do Exemplos: filmes, fitas videomagnéticas. Lembre-se do cinema
arquivo por ela produzido, pelo qual se distribuem os antigo, em que não havia ainda a tecnologia sonora inserida
documentos em classes, de acordo com métodos de nos filmes daquela época. Há instituições arquivistas
arquivamento específicos. dedicadas apenas ao tratamento de tal tipo de documento.
Com base na obra da professora Marilena Leite Paes3,
podemos classificá-los de acordo com: Sonoros: documentos com registros fonográficos, ou seja,
- As entidades mantenedoras; aqueles cuja informação esteja em forma de som. Um arquivo
- Os estágios de sua evolução; de fitas K7, de discos de vinil, de CDs musicais, por exemplo,
- A extensão de sua atuação; e são arquivos sonoros.
- A natureza dos documentos.
Micrográficos: são arquivos em suporte fílmico
Entidades Mantenedoras resultantes da microrreprodução de documentos. Eles se
apresentam como microformas, tais como os microfilmes e as
a) Públicos: federal, estadual e municipal. microfichas. A microfilmagem, por exemplo, é a técnica de
b) Institucionais: instituições educacionais, igrejas, reprodução de documentos aplicada para a geração desse tipo
corporações não lucrativas, sociedades e associações. documental
c) Comerciais: empresas, corporações e companhias.
d) Famílias ou pessoais. Informático: São documentos que necessitam do
computador para que sejam lidos. Essa leitura se dá através de
um software, que tem a capacidade de decifrar as informações

3 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 questões


comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Recurso
eletrônico.

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APOSTILAS OPÇÃO

em linguagem de máquina (bits e bytes) contidas num - Atos enunciativos – emitem uma opinião, esclarecendo
hardware e traduzi-las para a linguagem humana. Esse sobre certo assunto. São aqueles de caráter opinativo, que
hardware (ou suporte) que comporta as informações pode ser esclarecem os assuntos, visando fundamentar uma solução.
um HD (disco rígido), um CD-ROM, um CD-R, um CD-RW etc. Exemplos: pareceres, votos, relatórios.
Eles são também denominados documentos digitais, uma
vez que são constituídos por dígitos binários (Zeros e Uns – 0 - Atos de assentamento – São os configurados por
e 1). Ex.: um arquivo do processador de texto MSWord, da registros, consubstanciando assentamento sobre fatos ou
planilha MSExcel, um arquivo de áudio do formato MP3 etc.). ocorrências. Exemplos: apostilas, atas, termos e autos de
Na literatura arquivística, alguns autores também os infração,
denominam “documentos eletrônicos”.
- Atos comprobatórios – São documentos que
Audiovisuais: são documentos que têm suas informações comprovam assentamentos, decisões etc. Como o próprio
em forma de som e imagem em movimento. Observe que a nome sugere, são direcionados a certificar ou atestar
junção da ideia de documentos sonoros com a de documentos determinadas situações. Temos como exemplo: traslados,
filmográficos resulta na classificação dos documentos certidões, atestados, cópias autênticas ou idênticas.
audiovisuais. Nesse sentido, pode-se exemplificar esse tipo
documental citando os arquivos de emissoras de televisão, a - Atos de ajuste – representam acordos firmados (entre
título de ilustração, os quais são constituídos por fitas de vídeo duas ou mais partes). São representados pelos documentos
VHS, DVDs etc., decorrentes da acumulação de registros pactuais, sendo acordos em que a Administração Pública
próprios de sua produção televisiva. Federal, Estadual ou Municipal é parte. Exemplos desta
espécie de documentos: tratados, convênios, contratos, termos
Formato Documental: está relacionado com as aditivos
características “físicas” de um suporte (material físico onde se
registra a informação). - Atos de correspondência – Objetivam a execução dos
Exemplos: caderno, códice (livro de registro), livro. atos normativos em sentido amplo. Temos como exemplos:
avisos, cartas, ofícios, memorando, mensagem, edital,
Os termos gênero, espécie e tipo documental possuem as intimação, notificação, telegrama, telex, telefax, alvará e
seguintes definições: circular.
Gênero: “configuração que assume um documento de
acordo com o sistema de signos de que seus executores se
serviram para registrar a mensagem”.
Espécie: “configuração que assume um documento de
acordo com a disposição e a natureza das informações nele
contidas”.
Tipo: “configuração que assume a espécie documental de
acordo com a atividade que a gerou”.

Assim sendo, um relatório é exemplo de “espécie


documental”. Quando especificamos a espécie (relatório Fonte: Santos e Reis, 2013.
financeiro, relatório de recursos humanos), temos a
caracterização de “tipos documentais”. Deve-se destacar aqui que espécie documental é diferente
Logo, podemos exemplificar: de tipo documental.
Contrato, Edital e Certidão são espécies documentais. De acordo com Bellotto, enquanto a espécie documental é
Contrato de Prestação de Serviços, Edital de Concurso a configuração que assume um documento de acordo com a
Público e Certidão de Nascimento são tipos documentais. disposição e a natureza das informações nele contidas, o tipo
Portanto, podemos concluir que o tipo documental é a documental é a configuração que assume a espécie
espécie mais a sua atividade ou razão funcional. documental de acordo com a atividade que a gerou.
Observe-se o exemplo a seguir, que tem a finalidade de
Estas categorias classificatórias podem ocorrer distinguir tais categorias teóricas:
simultaneamente em alguns casos quando, em um determinado
documento, existirem características peculiares tanto a um Espécie Tipo
gênero quanto a outro.
Contrato Contrato de Aluguel
Sobre a Espécie4 Relatório Relatório de Viagem
Termo Termo de Posse
A espécie dos documentos está ligada ao seu aspecto
formal. Existem vários atos que dão origem às espécies, além Natureza dos documentos
da maneira de se registrar as informações nos documentos
(como estão dispostas). De acordo com Heloísa Bellotto, são a) Arquivos especiais – custodiam documentos de formas
eles: físicas distintas, que merecem tratamento especial no seu
armazenamento, acondicionamento, registro, controle,
- Atos normativos – ditam regras e normas expedidas por conservação, entre outros procedimentos técnicos.
autoridades administrativas (de cumprimento obrigatório). Exemplos: slides (diapositivos), filmes, fotografias, discos,
Exemplos: leis, decretos, medidas provisórias, regulamentos, mapas, cd-rom etc.;
portarias. b) Especializados – custodiam documentos procedentes
da experiência do homem em um campo específico, não

4 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 questões


comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Recurso
eletrônico.

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APOSTILAS OPÇÃO

importando a forma física apresentada por eles. Tais arquivos Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 – inerente
são conhecidos, indevidamente, como “arquivos técnicos”. à Lei de Acesso à Informação Pública), diz o artigo 47, inciso
Exemplos: de engenharia, contábeis, de imprensa, médicos IV: Compete à Comissão Mista de Reavaliação de Informações
ou hospitalares, etc. “prorrogar por uma única vez, e por período determinado não
superior a vinte e cinco anos, o prazo de sigilo de informação
Sobre a Natureza do assunto 5 classificada no grau ultrassecreto, enquanto seu acesso ou
divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania
Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser nacional, à integridade do território nacional ou grave risco às
caracterizados como: relações internacionais do País, limitado ao máximo de
cinquenta anos o prazo total da classificação.”
- Ostensivos ou Ordinários – Qualquer pessoa pode
consultar o documento (a sua divulgação não prejudica a Portanto, somente no maior grau de sigilo – o
instituição). “ultrassecreto” –, pode ocorrer a prorrogação (uma vez, por
igual período). Nos demais graus de sigilo (secreto e
- Sigilosos – Tais documentos são limitados a um número reservado) não existe a possibilidade de prorrogação do prazo
restrito de pessoas. Por essa razão, devem ser adotadas de restrição do documento.
medidas especiais de salvaguarda (segurança, proteção) na
sua custódia e disseminação. Questões

Quanto ao grau de sigilo, os documentos públicos podem 01. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PE - Perito Papiloscopista -
ser: Ultrassecreto, secreto e reservado (não existe mais o grau CESPE) O instrumento técnico utilizado para a classificação de
confidencial). documentos em arquivos é o(a)
(A) catálogo seletivo.
Ultrassecreto - Esta classificação é dada aos assuntos que (B) quadro de arranjo.
requeiram excepcional grau de segurança e cujo teor ou (C) plano de destinação.
características só devam ser do conhecimento de pessoas (D) tabela de temporalidade.
intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. São assuntos (E) inventário.
normalmente classificados como ultrassecretos aqueles da
política governamental de alto nível e segredos de Estado, tais 02. (DPU - Agente Administrativo - CESPE) A respeito da
como: negociações para alianças políticas e militares, planos gestão da informação e de documentos e dos tipos
de guerra, descobertas e experimentos científicos de valor documentais, julgue o item que se segue.
excepcional, informações sobre política estrangeira de alto Os documentos de arquivo, quanto à natureza do assunto,
nível. podem ser ostensivos ou sigilosos.
( ) Certo ( ) Errado.
Secreto - Consideram-se secretos os assuntos que
requeiram alto grau de segurança e cujo teor ou características 03. (UFF - Auxiliar em Administração - COSEAC) Quanto
podem ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem ao gênero, como ensina Paes no livro “Arquivo: teoria e
intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio, sejam prática”, os documentos em suporte fílmico resultantes da
autorizadas a deles tomar conhecimento, funcionalmente. São microrreprodução de imagens, mediante utilização de técnicas
documentos considerados secretos os referentes a planos, específicas, são classificados como:
programas e medidas governamentais, os assuntos extraídos (A) cartográficos.
de matéria ultrassecreta que, sem comprometer o excepcional (B) sonoros.
grau de sigilo da matéria original, necessitam de maior difusão, (C) micrográficos.
tais como: planos ou detalhes de operações militares, planos (D) iconográficos.
ou detalhes de operações econômicas ou financeiras, (E) textuais.
aperfeiçoamento em técnicas ou materiais já existentes, dados
de elevado interesse sob aspectos físicos, políticos, 04. (UFF - Auxiliar Administrativo - COSEAC) No que se
econômicos, psicossociais e militares de países estrangeiros e refere à classificação dos documentos, segundo Marilena Leite
meios de processos pelos quais foram obtidos, materiais Paes, os documentos podem ser:
criptográficos importantes que não tenham recebido (A) iconográficos: documentos em formatos e dimensões
classificação inferior (PAES, 2005, p. 30). variáveis, contendo representações geográficas,
arquitetônicas ou de engenharia.
Reservado - Esta classificação diz respeito aos assuntos (B) sonoros: documentos manuscritos, datilografados ou
que não devem ser do conhecimento do público em geral. impressos.
Recebem essa classificação, entre outros, partes de planos, (C) micrográficos: documentos em suporte fílmico
programas e projetos e suas respectivas ordens de execução; resultantes da microrreprodução de imagens, mediante
cartas, fotografias aéreas e negativos que indiquem instalações utilização de técnicas específicas.
importantes. (D) cartográficos: documentos com dimensões e rotações
variáveis, contendo registro fonográficos.
Prazos máximos de classificação (restrição) de acesso (E) filmográficos: documentos em suportes sintéticos, em
à informação: papel emulsionado ou não, contendo imagens estáticas.
- No grau Ultrassecreto - 25 anos;
- No grau Secreto - 15 anos; e 05. (MPU - UNB/CESPE) Quanto às tipologias
- No grau Reservado - 5 anos. documentais e aos suportes físicos, julgue o próximo item.

Observação Importante6: De acordo com o Decreto


Federal nº 7.724, de 16 de maio de 2012 (que regulamenta a

5 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 questões 6 SANTOS, J.T; REIS, L. Arquivologia Facilitada. Teoria e mais de 500 questões
comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Recurso comentadas. 2ª edição – Campus Concursos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Recurso
eletrônico. eletrônico.

Conhecimentos Específicos 5
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APOSTILAS OPÇÃO

Os documentos do gênero iconográfico têm suporte CAPÍTULO I


sintético, em papel emulsionado ou não, e contêm imagens DISPOSIÇÕES GERAIS
estáticas, tais como ampliações fotográficas, slides,
diapositivos e gravuras. Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a
proteção especial a documentos de arquivos, como
Gabarito instrumento de apoio à administração, à cultura, ao
desenvolvimento científico e como elementos de prova e
01.B / 02.Certo / 03. C / 04. C / 05.CERTO informação.

Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os


Política nacional de conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos
públicos, instituições de caráter público e entidades privadas,
arquivos em decorrência do exercício de atividades específicas, bem
como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da
informação ou a natureza dos documentos.
O Conselho Nacional de Arquivos7– CONARQ no qual é um
órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de
da Justiça que tem por finalidade definir a política nacional de procedimentos e operações técnicas referentes à sua
arquivos públicos e privados, como órgão central de um produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase
Sistema Nacional de Arquivos, exercer orientação normativa corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
visando à gestão documental e à proteção especial aos recolhimento para guarda permanente.
documentos de arquivo e disponibilizar a legislação brasileira
arquivista. Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
O CONARQ promove e desenvolve ainda importantes ações informações de seu interesse particular ou de interesse
técnico-científicas, como seminários, oficinas, workshops, coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos que
cursos, por intermédio de suas Câmaras Técnicas e Setoriais, e serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
Comissões Especiais, constituídas não só por especialistas da ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança
área arquivística como de outras áreas do conhecimento, tais da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da
como ciência da informação, biblioteconomia, tecnologia da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das
informação, administração e direito. pessoas.
O CONARQ, como uma das principais fontes de informação
sobre arquivos, padrões e melhores práticas arquivísticas, Art. 5º A administração pública franqueará a consulta aos
vem produzindo e divulgando um amplo e significativo documentos públicos na forma da Lei.
repertório de publicações técnicas, com o objetivo de
disseminar conhecimento arquivístico. As publicações do Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano
CONARQ são consideradas referência para a prática material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem
arquivística em instituições públicas e privadas em território prejuízo das ações penal, civil e administrativa.
nacional e na América Latina.
Dentre as normas vigentes, temos umas das mais CAPÍTULO II
importantes a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 que consta DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
na Constituição Federal de 1988, no qual dispõe sobre a
política nacional de arquivos públicos e privados, onde Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de
delegaram ao Poder Público estas responsabilidades, documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas
consubstanciadas pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do
2002, que consolidou os decretos anteriores - nºs 1.173, de 29 Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções
de junho de 1994; 1.461, de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20 administrativas, legislativas e judiciárias.
de março de 1997 e 82.942, de 18 de janeiro de 1999. § 1º São também públicos os conjuntos de documentos
De acordo com estes dispositivos legais, as ações visando à produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por
consolidação da política nacional de arquivos deverão ser entidades privadas encarregadas da gestão de serviços
emanadas do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, onde públicos no exercício de suas atividades.
é responsável pela edição de decretos regulamentadores da § 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de
Lei n. 8.159, e de resoluções que tratam de temas diversos caráter público implica o recolhimento de sua documentação
relativos à gestão de documentos convencionais e digitais, à instituição arquivística pública ou a sua transferência à
microfilmagem, digitalização, transferência e recolhimento de instituição sucessora.
documentos de qualquer suporte, classificação, temporalidade
e destinação de documentos, acesso aos documentos públicos, Art. 8º Os documentos públicos são identificados como
capacitação de recursos humanos, terceirização de serviços correntes, intermediários e permanentes.
arquivísticos públicos, dentre outros. § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em
Abaixo vamos transcrever algumas leis e decretos curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto
importantes que tratam da legislação arquivistica referente a de consultas frequentes
arquivos, documentos e componentes relacionados. § 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles
que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por
LEGISLAÇÃO ARQUIVISTICA razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 19919 ou recolhimento para guarda permanente.
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e documentos de valor histórico, probatório e informativo que
privados e dá outras providências. devem ser definitivamente preservados.

7Disponível em: http://conarq.arquivonacional.gov.br/o-conselho.html 9 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8159.htm.

Acesso em 07/08/2019

Conhecimentos Específicos 6
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
instituições públicas e de caráter público será realizada implementar a política nacional de arquivos.
mediante autorização da instituição arquivística pública, na Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o
sua específica esfera de competência. Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais.

Art. 10 Os documentos de valor permanente são Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo
inalienáveis e imprescritíveis. Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos
e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício de suas
CAPÍTULO III funções, bem como preservar e facultar o acesso aos
DOS ARQUIVOS PRIVADOS documentos sob sua guarda.

Art. 11 Consideram-se arquivos privados os conjuntos de Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário
documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos
jurídicas, em decorrência de suas atividades. e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas
funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e
Art. 12 Os arquivos privados podem ser identificados pelo secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos
Poder Público como de interesse público e social, desde que documentos sob sua guarda.
sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para
a história e desenvolvimento científico nacional. Art. 21 Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal
definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos
Art. 13 Os arquivos privados identificados como de estaduais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos
interesse público e social não poderão ser alienados com documentos, observado o disposto na Constituição Federal, e
dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos nesta Lei.
para o exterior.
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder CAPÍTULO V
Público exercerá preferência na aquisição. DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS

Art. 14 O acesso aos documentos de arquivos privados [Os artigos de nº 22 a 24 foram revogados pela Lei nº
identificados como de interesse público e social poderá ser 12.527, de 18 de novembro de 2011]
franqueado mediante autorização de seu proprietário ou
possuidor. DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 15 Os arquivos privados identificados como de Art. 25 Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e
interesse público e social poderão ser depositados a título administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que
revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas. desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou
considerado como de interesse público e social.
Art. 16 Os registros civis de arquivos de entidades
religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código Civil Art. 26 Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos -
ficam identificados como de interesse público e social. CONARQ, órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a
política nacional de arquivos, como órgão central de um
CAPÍTULO IV Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES § 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo
ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por
representantes de instituições arquivísticas e acadêmicas,
Art. 17 A administração da documentação pública ou de públicas e privadas.
caráter público compete às instituições arquivísticas federais, § 2º A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste
estaduais, do Distrito Federal e municipais. artigo serão estabelecidos em regulamento.
§ 1º São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder
Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Art. 27 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo os
arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Art. 28 Revogam-se as disposições em contrário.
Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério da
Aeronáutica. Brasília, em 08 de janeiro de 1991; 170º da Independência
§ 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, e 103º da República.
o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
§ 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder DECRETO N° 4.073, DE 3 DE JANEIRO DE 200210
Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder
Judiciário. Regulamenta a Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que
§ 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e
e o arquivo do Poder Legislativo. privados.
§ 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organizados
de acordo com sua estrutura político-jurídica. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista
Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o o disposto na Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo
Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o

10 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4073.htm. Acessado:
26/11/2018.

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DECRETA: VII - dois representantes dos Arquivos Públicos


Municipais;
Capítulo I VIII - um representante das instituições mantenedoras de
DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS curso superior de arquivologia;
IX - um representante de associações de arquivistas;
Art. 1° O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão X - três representantes de instituições que congreguem
colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 profissionais que atuem nas áreas de ensino, pesquisa,
da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade preservação ou acesso a fontes documentais.
definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem § 1° Cada Conselheiro terá um suplente.
como exercer orientação normativa visando à gestão § 2° Os membros referidos nos incisos III e IV e respectivos
documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. suplentes serão designados pelo Presidente do Supremo
Tribunal Federal e pelos Presidentes da Câmara dos
Art. 2° Compete ao CONARQ: Deputados e do Senado Federal, respectivamente.
I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema § 3° Os conselheiros e suplentes referidos nos inciso II e V
Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação a X serão designados pelo Presidente da República, a partir de
e ao acesso aos documentos de arquivos; listas apresentadas pelo Ministro de Estado da Justiça,
II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos mediante indicações dos dirigentes dos órgãos e entidades
e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica representados. (Redação dada pelo Decreto no 7.430, de
das atividades arquivísticas; 2011).
III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais § 4° O mandato dos Conselheiros será de dois anos,
necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política permitida uma recondução.
nacional de arquivos públicos e privados; (Redação dada pelo § 5° O Presidente do CONARQ, em suas faltas e
Decreto no 7.430, de 2011) impedimentos, será substituído por seu substituto legal no
IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos Arquivo Nacional.
constitucionais e legais que norteiam o funcionamento e o
acesso aos arquivos públicos; Art. 4° Caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e
V - estimular programas de gestão e de preservação de administrativo ao CONARQ.
documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito
Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência Art. 5° O Plenário, órgão superior de deliberação do
das funções executiva, legislativa e judiciária; CONARQ, reunir-se-á, em caráter ordinário, no mínimo, uma
VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de vez a cada quatro meses e, extraordinariamente, mediante
desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política convocação de seu Presidente ou a requerimento de dois
nacional de arquivos públicos e privados; terços de seus membros.
VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos § 1° O CONARQ funcionará na sede do Arquivo Nacional. §
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos 2o As reuniões do CONARQ poderão ser convocadas para local
Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e fora da sede do Arquivo Nacional, por deliberação do Plenário
Legislativo dos Municípios; ou ad referendum deste, sempre que razão superior indicar a
VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos conveniência de adoção dessa medida.
públicos e privados;
IX - identificar os arquivos privados de interesse público e Art. 6° O CONARQ somente se reunirá para deliberação
social, nos termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991; com o quorum mínimo de dez conselheiros.
X - propor ao Presidente da República, por intermédio do
Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse Art. 7° O CONARQ poderá constituir câmaras técnicas e
público e social de arquivos privados; (Redação dada pelo comissões especiais, com a finalidade de elaborar estudos,
Decreto no 7.430, de 2011) normas e outros instrumentos necessários à implementação
XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos da política nacional de arquivos públicos e privados e ao
que desenvolvam atividades de arquivo nas instituições funcionamento do SINAR, bem como câmaras setoriais,
integrantes do SINAR; visando a identificar, discutir e propor soluções para questões
XII - recomendar providências para a apuração e a temáticas que repercutirem na estrutura e organização de
reparação de atos lesivos à política nacional de arquivos segmentos específicos de arquivos, interagindo com as
públicos e privados; câmaras técnicas.
XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de Parágrafo único. Os integrantes das câmaras e comissões
arquivos públicos e privados, bem como desenvolver serão designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum
atividades censitárias referentes a arquivos; do Plenário.
XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e
instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou Art. 8° É considerado de natureza relevante, não ensejando
complementares às suas, para prover e receber elementos de qualquer remuneração, o exercício das atividades de
informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações; Conselheiro do CONARQ e de integrante das câmaras e
XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público comissões.
formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação,
cultura, ciência, tecnologia, informação e informática. Art. 9° A aprovação do regimento interno do CONARQ,
mediante proposta deste, é da competência do Ministro de
Art. 3° São membros conselheiros do CONARQ: Estado da Justiça. (Redação dada pelo Decreto no 7.430, de
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá; 2011)
II - dois representantes do Poder Executivo Federal;
III - dois representantes do Poder Judiciário Federal; Capítulo II
IV - dois representantes do Poder Legislativo Federal; DO SISTEMA NACIONAL DE ARQUIVOS
V - um representante do Arquivo Nacional;
VI - dois representantes dos Arquivos Públicos Estaduais e Art. 10. O SINAR tem por finalidade implementar a política
do Distrito Federal; nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à

Conhecimentos Específicos 8
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preservação e ao acesso aos documentos de arquivo. no exercício de seu cargo ou função ou deles decorrente;
III - produzidos e recebidos pelas empresas públicas e
Art. 11. O SINAR tem como órgão central o CONARQ. pelas sociedades de economia mista;
Art. 12. Integram o SINAR: IV - produzidos e recebidos pelas Organizações Sociais,
I - o Arquivo Nacional; definidas como tal pela Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e
II - os arquivos do Poder Executivo Federal; pelo Serviço Social Autônomo Associação das Pioneiras
III - os arquivos do Poder Legislativo Federal; Sociais, instituído pela Lei no 8.246, de 22 de outubro de 1991.
IV - os arquivos do Poder Judiciário Federal; Parágrafo único. A sujeição dos entes referidos no inciso IV
V - os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, às normas arquivísticas do CONARQ constará dos Contratos de
Legislativo e Judiciário; Gestão com o Poder Público.
VI - os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo, Art. 16. Às pessoas físicas e jurídicas mencionadas no art.
Legislativo e Judiciário; 15 compete a responsabilidade pela preservação adequada
VII - os arquivos municipais dos Poderes Executivo e dos documentos produzidos e recebidos no exercício de
Legislativo. atividades públicas.
§ 1° Os arquivos referidos nos incisos II a VII, quando
organizados sistemicamente, passam a integrar o SINAR por Art. 17. Os documentos públicos de valor permanente, que
intermédio de seus órgãos centrais. integram o acervo arquivístico das empresas em processo de
§ 2° As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, desestatização, parcial ou total, serão recolhidos a instituições
detentoras de arquivos, podem integrar o SINAR mediante arquivísticas públicas, na sua esfera de competência.
acordo ou ajuste com o órgão central. § 1° O recolhimento de que trata este artigo constituirá
cláusula específica de edital nos processos de desestatização.
Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR: § 2° Para efeito do disposto neste artigo, as empresas,
I - promover a gestão, a preservação e o acesso às antes de concluído o processo de desestatização,
informações e aos documentos na sua esfera de competência, providenciarão, em conformidade com as normas
em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do arquivísticas emanadas do CONARQ, a identificação,
órgão central; classificação e avaliação do acervo arquivístico.
II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e § 3° Os documentos de valor permanente poderão ficar sob
normas estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo seu a guarda das empresas mencionadas no § 2o, enquanto
cumprimento; necessários ao desempenho de suas atividades, conforme
III - implementar a racionalização das atividades disposto em instrução expedida pelo CONARQ.
arquivísticas, de forma a garantir a integridade do ciclo § 4° Os documentos de que trata o caput são inalienáveis e
documental; não são sujeitos a usucapião, nos termos do art. 10 da Lei no
IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor 8.159, de 1991.
permanente; § 5° A utilização e o recolhimento dos documentos públicos
V - apresentar sugestões ao CONARQ para o de valor permanente que integram o acervo arquivístico das
aprimoramento do SINAR; empresas públicas e das sociedades de economia mista já
VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ; desestatizadas obedecerão às instruções do CONARQ sobre a
VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de matéria.
dispositivos legais necessários ao aperfeiçoamento e à
implementação da política nacional de arquivos públicos e Capítulo IV
privados; DA GESTÃO DE DOCUMENTOS
VIII - promover a integração e a modernização dos DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
arquivos em sua esfera de atuação; Seção I
IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam Das Comissões Permanentes de Avaliação de
ser considerados de interesse público e social; Documentos
X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências,
atos lesivos ao patrimônio arquivístico nacional; Art. 18. Em cada órgão e entidade da Administração
XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de Pública Federal será constituída comissão permanente de
arquivos públicos e privados, bem como no desenvolvimento avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de
de atividades censitárias referentes a arquivos; orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da
XII - possibilitar a participação de especialistas nas documentação produzida e acumulada no seu âmbito de
câmaras técnicas, câmaras setoriais e comissões especiais atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para
constituídas pelo CONARQ; guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor.
XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos § 1° Os documentos relativos às atividades-meio serão
técnicos da área de arquivo, garantindo constante atualização. analisados, avaliados e selecionados pelas Comissões
Permanentes de Avaliação de Documentos dos órgãos e das
Art. 14. Os integrantes do SINAR seguirão as diretrizes e entidades geradores dos arquivos, obedecendo aos prazos
normas emanadas do CONARQ, sem prejuízo de sua estabelecidos em tabela de temporalidade e destinação
subordinação e vinculação administrativa. expedida pelo CONARQ.
§ 2° Os documentos relativos às atividades-meio não
Capítulo III constantes da tabela referida no § 1o serão submetidos às
DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos dos
órgãos e das entidades geradores dos arquivos, que
Art. 15. São arquivos públicos os conjuntos de estabelecerão os prazos de guarda e destinação daí
documentos: decorrentes, a serem aprovados pelo Arquivo Nacional.
I - produzidos e recebidos por órgãos e entidades públicas § 3° Os documentos relativos às atividades-fim serão
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais, em avaliados e selecionados pelos órgãos ou entidades geradores
decorrência de suas funções administrativas, legislativas e dos arquivos, em conformidade com as tabelas de
judiciárias; temporalidade e destinação, elaboradas pelas Comissões
II - produzidos e recebidos por agentes do Poder Público, mencionadas no caput, aprovadas pelo Arquivo Nacional.

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APOSTILAS OPÇÃO

Seção II Decreto no 7.430, de 2011).


Da Entrada de Documentos Arquivísticos Públicos no
Arquivo Nacional Art. 24. O proprietário ou detentor de arquivo privado
declarado de interesse público e social deverá comunicar
Art. 19. Os documentos arquivísticos públicos de âmbito previamente ao CONARQ a transferência do local de guarda do
federal, ao serem transferidos ou recolhidos ao Arquivo arquivo ou de quaisquer de seus documentos, dentro do
Nacional, deverão estar avaliados, organizados, higienizados e território nacional.
acondicionados, bem como acompanhados de instrumento
descritivo que permita sua identificação e controle. Art. 25. A alienação de arquivos privados declarados de
Parágrafo único. As atividades técnicas referidas no caput, interesse público e social deve ser precedida de notificação à
que precedem à transferência ou ao recolhimento de União, titular do direito de preferência, para que manifeste, no
documentos, serão implementadas e custeadas pelos órgãos e prazo máximo de sessenta dias, interesse na aquisição, na
entidades geradores dos arquivos. forma do parágrafo único do art. 13 da Lei n° 8.159, de 1991.

Art. 20. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Art. 26. Os proprietários ou detentores de arquivos
deverá, tão logo sejam nomeados os inventariantes, privados declarados de interesse público e social devem
liquidantes ou administradores de acervos para os órgãos e manter preservados os acervos sob sua custódia, ficando
entidades extintos, solicitar ao Ministro de Estado da Justiça a sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, na
assistência técnica do Arquivo Nacional para a orientação forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou
necessária à preservação e à destinação do patrimônio destruir documentos de valor permanente.
documental acumulado, nos termos do § 2o do art. 7o da Lei
no 8.159, de 1991. (Redação dada pelo Decreto no 7.430, de Art. 27. Os proprietários ou detentores de arquivos
2011) privados declarados de interesse público e social poderão
firmar acordos ou ajustes com o CONARQ ou com outras
Art. 21. O Ministro de Estado da Justiça, mediante proposta instituições, objetivando o apoio para o desenvolvimento de
do Arquivo Nacional, baixará instrução detalhando os atividades relacionadas à organização, preservação e
procedimentos a serem observados pelos órgãos e entidades divulgação do acervo.
da administração pública federal, para a plena consecução das
medidas constantes desta Seção. (Redação dada pelo Decreto Art. 28. A perda acidental, total ou parcial, de arquivos
no 7.430, de 2011). privados declarados de interesse público e social ou de
quaisquer de seus documentos deverá ser comunicada ao
Capítulo V CONARQ, por seus proprietários ou detentores.
DA DECLARAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO E SOCIAL DE
ARQUIVOS PRIVADOS Capítulo VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 22. Os arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas
que contenham documentos relevantes para a história, a Art. 29. Este Decreto aplica-se também aos documentos
cultura e o desenvolvimento nacional podem ser declarados de eletrônicos, nos termos da lei.
interesse público e social por decreto do Presidente da
República. Art. 30. O Ministro de Estado da Justiça baixará instruções
§ 1° A declaração de interesse público e social de que trata complementares à execução deste Decreto. (Redação dada
este artigo não implica a transferência do respectivo acervo pelo Decreto no 7.430, de 2011).
para guarda em instituição arquivística pública, nem exclui a
responsabilidade por parte de seus detentores pela guarda e a Art. 31. Fica delegada competência ao Ministro de Estado
preservação do acervo. da Justiça, permitida a subdelegação, para designar os
§ 2° São automaticamente considerados documentos membros do CONARQ de que trata o § 3° do art. 3°. (Redação
privados de interesse público e social: dada pelo Decreto no 7.430, de 2011).
I - os arquivos e documentos privados tombados pelo Art. 32. Este Decreto entra em vigor na data de sua
Poder Público; II - os arquivos presidenciais, de acordo com o publicação.
art. 3o da Lei no 8.394, de 30 de dezembro de 1991;
III - os registros civis de arquivos de entidades religiosas Art. 33. Ficam revogados os Decretos nos 1.173, de 29 de
produzidos anteriormente à vigência da Lei no 3.071, de 1o de junho de 1994, 1.461, de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20 de
janeiro de 1916, de acordo com o art. 16 da Lei no 8.159, de março de 1997, e 2.942, de 18 de janeiro de 1999.
1991.
Art. 23. O CONARQ, por iniciativa própria ou mediante Brasília, 3 de janeiro de 2002; 181° da Independência e
provocação, encaminhará solicitação, acompanhada de 114° da República.
parecer, ao Ministro de Estado da Justiça, com vistas à FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
declaração de interesse público e social de arquivos privados Silvano Gianni
pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto no [Diário Oficial da União, de 4 de janeiro de 2002]
7.430, de 2011).
§ 1° O parecer será instruído com avaliação técnica LEI N° 6.546, DE 4 DE JULHO DE 197811
procedida por comissão especialmente constituída pela
CONARQ. Dispõe sobre a regulamentação das profissões de
§ 2° A avaliação constituída referida no pelo § 1° será Arquivista e de Técnico de Arquivo, e dá outras providências.
homologada pelo Presidente do CONARQ. O Presidente da República. Faço saber que o Congresso
§ 3° Da decisão homologatória caberá recurso das partes Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
afetadas ao Ministro de Estado da Justiça, na forma prevista na
Lei n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999. (Redação dada pelo

11 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/l6546.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 1° O exercício das profissões de Arquivista e de Art. 6° O exercício da profissão de Técnico de Arquivo, com
Técnico de Arquivo, com as atribuições estabelecidas nesta as atribuições previstas no art. 3o, com dispensa da exigência
Lei, só será permitido: constante do art. 1o, item III, será permitido, nos termos
I - aos diplomados no Brasil por curso superior de previstos no regulamento desta Lei, enquanto o Poder
Arquivologia, reconhecido na forma da lei; Executivo não dispuser em contrário.
II - aos diplomados no exterior por cursos superiores de
Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na Art. 7º Esta Lei será regulamentada no prazo de noventa
forma da lei; dias, a contar da data de sua vigência.
III - aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de
conclusão de ensino de 2o grau; Art. 8º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
IV - aos que, embora não habilitados nos termos dos itens
anteriores, contem, pelo menos, cinco anos ininterruptos de Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 4
atividade ou dez intercalados, na data do início da vigência de julho de 1978; 157° da Independência e 90° da República.
desta Lei, nos campos profissionais da Arquivologia ou da
Técnica de Arquivo; ERNESTO GEISEL Arnaldo Prieto
V - aos portadores de certificado de conclusão de curso de [Diário Oficial da União, de 05 de julho de 1978]
2o grau que recebam treinamento específico em técnicas de
arquivo em curso ministrado por entidades credenciadas pelo LEI Nº 12.682, DE 9 DE JULHO DE 201212
Conselho Federal de Mão de obra, do Ministério do Trabalho,
com carga horária mínima de 1.100 hs. nas disciplinas Dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de
específicas. documentos em meios eletromagnéticos
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o
Art. 2° São atribuições dos Arquivistas: I - planejamento, Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
organização e direção de serviços de Arquivo; II -
planejamento, orientação e acompanhamento do processo Art. 1° A digitalização, o armazenamento em meio
documental e informativo; eletrônico, óptico ou equivalente e a reprodução de
III - planejamento, orientação e direção das atividades de documentos públicos e privados serão regulados pelo disposto
identificação das espécies documentais e participação no nesta Lei.
planejamento de novos documentos e controle de multicópias; Parágrafo único. Entende-se por digitalização a conversão
IV - planejamento, organização e direção de serviços ou da fiel imagem de um documento para código digital.
centro de documentação e informação constituídos de acervos
arquivísticos e mistos; Art. 2° (VETADO).
V - planejamento, organização e direção de serviços de
microfilmagem aplicada aos arquivos; Art. 3° O processo de digitalização deverá ser realizado de
VI - orientação do planejamento da automação aplicada forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário,
aos arquivos; a confidencialidade do documento digital, com o emprego de
VII - orientação quanto à classificação, arranjo e descrição certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de
de documentos; Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil.
VIII - orientação da avaliação e seleção de documentos, Parágrafo único. Os meios de armazenamento dos
para fins de preservação; documentos digitais deverão protegê-los de acesso, uso,
IX - promoção de medidas necessárias à conservação de alteração, reprodução e destruição não autorizados.
documentos;
X - elaboração de pareceres e trabalhos de complexidade Art. 4° As empresas privadas ou os órgãos da
sobre assuntos arquivísticos; Administração Pública direta ou indireta que utilizarem
XI - assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou procedimentos de armazenamento de documentos em meio
técnico-administrativa; eletrônico, óptico ou equivalente deverão adotar sistema de
XII - desenvolvimento de estudos sobre documentos indexação que possibilite a sua precisa localização, permitindo
culturalmente importantes. a posterior conferência da regularidade das etapas do
Art. 3° São atribuições dos Técnicos de Arquivo: I - processo adotado.
recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem
como controle de sua movimentação; Art. 5° (VETADO).
II - classificação, arranjo, descrição e execução de demais
tarefas necessárias à guarda e conservação dos documentos, Art. 6° Os registros públicos originais, ainda que
assim como prestação de informações relativas aos mesmos; digitalizados, deverão ser preservados de acordo com o
III - preparação de documentos de arquivos para disposto na legislação pertinente.
microfilmagem e conservação e utilização do microfilme;
IV - preparação de documentos de arquivo para Art. 7°(VETADO).
processamento eletrônico de dados.
Art. 8° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4° O exercício das profissões de Arquivista e de
Técnico de Arquivo, depende de registro na Delegacia Regional Brasília, 9 de julho de 2012; 191o da Independência e 124o
do Trabalho do Ministério do Trabalho. da República.
DILMA ROUSSEFF Márcia Pelegrini Guido Mantega Jorge
Art. 5° Não será permitido o exercício das profissões de Hage Sobrinho Luis Inácio Lucena Adams
Arquivista e de Técnico de Arquivo aos concluintes de cursos [Diário Oficial da União, de 10 de julho de 2012]
resumidos, simplificados ou intensivos, de férias, por
correspondência ou avulsos.

12 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12682.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

DECRETO Nº 82.590, DE 06 DE NOVEMBRO DE 197813 microfilmagem e conservação e utilização de microfilme;


IV - preparação de documentos de arquivo para
Regulamenta a Lei no 6.546, de 4 de julho de 1978, que processamento eletrônico de dados;
dispõe sobre a regulamentação das profissões de Arquivista e
de técnico de Arquivo. Art. 4° O exercício das profissões de Arquivista e de
Técnico de Arquivo, depende de registro na Delegacia Regional
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que do Trabalho do Ministério do Trabalho.
lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em
vista o disposto no artigo 7o, da Lei no 6.546, de 4 de julho de Art. 5° O regime a que se refere o artigo anterior será
1978, efetuado a requerimento do interessado, instruído com os
DECRETA: seguintes documentos:
I - para Arquivista:
Art. 1° O exercício das profissões de Arquivista e de a) diploma mencionado no item I ou no item II do artigo
Técnico de Arquivo, com as atribuições estabelecidas nos 1o; ou documentos comprobatórios de atividade profissional
artigos 2o e 3o deste Decreto, só será permitido: de Arquivista, incluindo as de magistério no campo de
I - aos diplomados no Brasil por curso superior de Arquivologia, durante cinco anos ininterruptos ou dez
Arquivologia, reconhecido na forma da lei; intercalados, até 5 de julho de 1978;
II - aos diplomados no exterior por cursos superiores de b) Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na II - para Técnico de Arquivos:
forma da lei; a) certificado mencionado no item III do artigo 1°; ou
III - aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de certificado de conclusão de curso de treinamento específico
conclusão de ensino de 2o grau; previsto no item V do artigo 1°; ou documentos
IV - aos que, embora não habilitados nos termos dos itens comprobatórios do exercício das atividades mencionadas no
anteriores, contem, em 5 de julho de 1978, pelo menos, cinco art. 3°, durante cinco anos ininterruptos, até 5 de julho de
anos ininterruptos de atividade ou dez intercalados, nos 1978;
campos profissionais da Arquivologia ou da Técnica de b) Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Arquivo; § 1° - O requerimento mencionado neste artigo deverá
V - aos portadores de certificado de conclusão de curso de conter, além do nome do interessado, a filiação, o local e data
2o grau que recebam treinamento específico em técnicas de de nascimento, o estado civil, os endereços residencial e
arquivo em curso ministrado por entidades credenciadas pelo profissional, o número da Carteira de Identidade, seu órgão
Conselho Federal de Mão de obra, do Ministério do Trabalho, expedidor e a data, e o número de inscrição no Cadastro de
com carga horária mínima de 1.110 horas nas disciplinas Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda.
específicas. § 2° - Para comprovação das atividades profissionais de
Arquivista e de Técnico de Arquivo, durante o período
Art. 2° São atribuições dos Arquivistas: I - planejamento, mencionado no item IV do artigo 1o, o interessado deverá
organização e direção de serviços de Arquivo; II - juntar documentos que demonstrem, irrefutavelmente, o
planejamento, orientação e acompanhamento do processo exercício.
documental e informativo;
III - planejamento, orientação e direção das atividades de Art. 6° - O exercício da profissão de Técnico de Arquivo,
identificação das espécies documentais e participação no com as atribuições previstas no artigo 3° e dispensa do
planejamento de novos documentos e controle de multicópias; certificado de conclusão de ensino de 2° grau, depende de
IV - planejamento, organização e direção de serviços ou registro provisório na Delegacia Regional do Trabalho, do
centros de documentação e informação constituídos de Ministério do Trabalho.
acervos arquivísticos e mistos; § 1° - O registro provisório de que trata este artigo terá
V - planejamento, organização e direção de serviços de validade de 5 anos, podendo ser esse prazo prorrogado, por
microfilmagem aplicada aos arquivos; ato do Ministro do Trabalho, caso comprove a inexistência de
VI - orientação do planejamento da automação aplicada cursos em determinadas cidades ou regiões.
aos arquivos; § 2° - O registro provisório será efetuado a requerimento
VII - orientação quanto à classificação, arranjo e descrição do interessado, instruído com a Carteira de Trabalho e
de documentos; Previdência Social e declaração, do empregador ou da empresa
VIII - orientação da avaliação e seleção de documentos, par interessada na sua contratação, de que se encontra
fins de preservação; desempenhando ou em condições de desempenhar as
IX - promoção de medidas necessárias à conservação de atribuições previstas no artigo 3°.
documentos;
X - elaboração de pareceres e trabalhos de complexidade Art. 7° - Não será permitido o exercício das profissões de
sobre assuntos arquivísticos; Arquivista e de Técnico de Arquivo aos concluintes de cursos
XI - assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou resumidos, simplificados ou intensivos, de férias, por
técnico- administrativa; correspondência ou avulsos.
XII - desenvolvimento de estudos sobre documentos
culturalmente importantes. Art. 8° - Este Decreto entrará em vigor na data da sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 3o - São atribuições dos Técnicos de Arquivo: I -
recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem Brasília, DF, em 06 de novembro de 1978; 157° da
como controle de sua movimentação; Independência e 90° da República.
II - classificação, arranjo, descrição e execução de demais ERNESTO GEISEL
tarefas necessárias à guarda e conservação dos documentos, Arnaldo Prieto
assim como prestação de informações relativas aos mesmos; [Diário Oficial da União, de 07 de novembro de 1978]
III - preparação de documentos de arquivo para

13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D82590.htm

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Pedido N.: 2758726 - Apostila Licenciada para heromic@live.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

DECRETO N° 4.915, DE 12 DE DEZEMBRO DE 200314 informações de interesse para o aperfeiçoamento do sistema


junto aos órgãos setoriais do SIGA;
Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos de IV - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica
Arquivo - SIGA, da administração pública federal, e dá outras com instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais;
providências. V - estimular e promover a capacitação, o aperfeiçoamento,
o treinamento e a reciclagem dos servidores que atuam na área
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que de gestão de documentos de arquivo.
lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição,
e tendo em vista o disposto no art. 30 do Decreto-Lei n° 200, Art. 5° Compete aos órgãos setoriais:
de 25 de fevereiro de 1967, no art.18 da Lei n° 8.159, de 8 de I - implantar, coordenar e controlar as atividades de gestão
janeiro de 1991, e no Decreto n° 4.073, de 3 de janeiro de 2002, de documentos de arquivo, em seu âmbito de atuação e de seus
seccionais, em conformidade com as normas aprovadas pelo
DECRETA: Chefe da Casa Civil da Presidência da República;
II - implementar e acompanhar rotinas de trabalho
Art. 1° Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a desenvolvidas, no seu âmbito de atuação e de seus seccionais,
denominação de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo visando à padronização dos procedimentos técnicos relativos
- SIGA, as atividades de gestão de documentos no âmbito dos às atividades de produção, classificação, registro, tramitação,
órgãos e entidades da administração pública federal. arquivamento, preservação, empréstimo, consulta, expedição,
§1° Para os fins deste Decreto, consideram-se documentos avaliação, transferência e recolhimento ou eliminação de
de arquivo aqueles produzidos e recebidos por órgãos e documentos de arquivo e ao acesso e às informações neles
entidades da administração pública federal, em decorrência do contidas;
exercício de funções e atividades específicas, qualquer que seja III - coordenar a elaboração de código de classificação de
o suporte da informação ou a natureza dos documentos. documentos de arquivo, com base nas funções e atividades
§ 2° Considera-se gestão de documentos, com base no art. desempenhadas pelo órgão ou entidade, e acompanhar a sua
3o da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, o conjunto de aplicação no seu âmbito de atuação e de seus seccionais;
procedimentos e operações técnicas referentes à produção, IV - coordenar a aplicação do código de classificação e da
tramitação, uso, avaliação e arquivamento dos documentos, tabela de temporalidade e destinação de documentos de
em fase corrente e intermediária, independente do suporte, arquivo relativos as atividades- meio, instituída para a
visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda administração pública federal, no seu âmbito de atuação e de
permanente. seus seccionais; de Documentos
V – elaborar, por intermédio da Comissão Permanente de
Art. 2° O SIGA tem por finalidade: Avaliação de Documentos e de que trata o art. 18 do Decreto
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da n°4.073, de 3 de janeiro de 2002, e aplicar, após aprovação do
administração pública federal, de forma ágil e segura, o acesso Arquivo Nacional, a tabela de temporalidade e destinação de
aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, documentos de arquivo relativos às atividades-fim;
resguardados os aspectos de sigilo e as restrições VI - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica
administrativas ou legais; com instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais;
II - integrar e coordenar as atividades de gestão de VII - proporcionar aos servidores que atuam na área de
documentos de arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e gestão de documentos de arquivo a capacitação, o
seccionais que o integram; aperfeiçoamento, o treinamento e a reciclagem garantindo
III - disseminar normas relativas à gestão de documentos constante atualização.
de arquivo;
IV - racionalizar a produção da documentação arquivística Art. 6° Fica instituída, junto ao órgão central, a Comissão
pública; de Coordenação do SIGA, cabendo-lhe:
V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de I - assessorar o órgão central no cumprimento de suas
armazenagem da documentação arquivística pública; atribuições;
VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da II - propor políticas, diretrizes e normas relativas à gestão
administração pública federal; de documentos de arquivo, a serem implantadas nos órgãos e
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta entidades da administração pública federal, após aprovação do
ou indiretamente na gestão da informação pública federal. Chefe da Casa Civil da Presidência da República;
III - propor aos órgãos integrantes do SIGA as alterações ou
Art. 3° Integram o SIGA: adaptações necessárias ao aperfeiçoamento dos mecanismos
I - como órgão central, o Arquivo Nacional; de gestão de documentos de arquivo;
II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela IV - avaliar os resultados da aplicação das normas e propor
coordenação das atividades de gestão de documentos de os ajustamentos que se fizerem necessários, visando à
arquivo nos Ministérios e órgãos equivalentes; modernização e ao aprimoramento do SIGA.
III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos
Ministérios e órgãos equivalentes. Art. 7° Compõem a Comissão de Coordenação do SIGA:
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que a presidirá;
Art. 4° Compete ao órgão central: II - um representante do órgão central, responsável pela
I - acompanhar e orientar, junto aos órgãos setoriais do coordenação do SIGA, designado pelo Diretor-Geral do
SIGA, a aplicação das normas relacionadas à gestão de Arquivo Nacional;
documentos de arquivos aprovadas pelo Chefe da Casa Civil da III - um representante do Sistema de Administração dos
Presidência da República; Recursos de Informação e Informática - SISP, indicado pelo
II - orientar a implementação, coordenação e controle das Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão;
atividades e rotinas de trabalho relacionadas à gestão de IV - um representante do Sistema de Serviços Gerais - SISG,
documentos nos órgãos setoriais; indicado pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
III - promover a disseminação de normas técnicas e V - os coordenadores das subcomissões dos Ministérios e

14 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4915.htm

Conhecimentos Específicos 13
Pedido N.: 2758726 - Apostila Licenciada para heromic@live.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

órgãos equivalentes. arquivos privados de interesse público e social,


§1° Poderão participar das reuniões como membros ad- regulamentando a Lei no:
hoc, por solicitação de seu Presidente, especialistas e A) 6.737/1944.
consultores com direito a voz e não a voto, quando julgado B) 581/1850.
necessário pela maioria absoluta de seus membros. C) 8.159/1991
§2° O Arquivo Nacional promoverá, quarenta e cinco dias D) 7.802/1989.
após a publicação deste Decreto, a instalação da Comissão de E) 6.938/1981.
Coordenação do SIGA, em Brasília, para discussão e
deliberação, por maioria absoluta de seus membros, de seu 03. (IF/AP - Técnico em Arquivo - FUNIVERSA/2016) A
regimento interno a ser encaminhado pelo órgão central do política nacional de arquivos públicos e privados no Brasil é
SIGA para a aprovação do Chefe da Casa Civil da Presidência da definida pelo:
República. A) Conselho Nacional de Arquivos.
B) Ministério da Cultura.
Art. 8° Deverão ser constituídas nos Ministérios e nos C) Arquivo Nacional.
órgãos equivalentes, no prazo máximo de trinta dias após a D) Sistema Nacional de Arquivos.
publicação deste Decreto, subcomissões de coordenação que E) Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos.
reúnam representantes dos órgãos seccionais de seu âmbito
de atuação com vistas a identificar necessidades e harmonizar 04. (UFF - Técnico em Arquivo - COSEAC/2017) O SINAR
as proposições a serem apresentadas à Comissão de tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos
Coordenação do SIGA. públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao
Parágrafo único. As subcomissões serão presididas por acesso aos documentos de arquivo. O SINAR tem como órgão
representante designado pelo respectivo Ministro. central, o(a):
A) GED.
Art. 9° Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão B) Agência Espacial Brasileira.
central para os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem C) Centro de Estudos de Pessoal.
prejuízo da subordinação ou vinculação administrativa D) Gabinete de Segurança Institucional.
decorrente de sua posição na estrutura organizacional dos E) CONARQ.
órgãos e entidades da administração pública federal.
05. (IF/TO - Técnico em Arquivo - IF-TO/2016) Sobre as
Art. 10 Fica instituído sistema de informações destinado à competências do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ,
operacionalização do SIGA, com a finalidade de integrar os marque a alternativa incorreta.
serviços arquivísticos dos órgãos e entidades da A) Recomendar providências para a apuração e a
administração pública federal. reparação de atos lesivos à política nacional de arquivos
Parágrafo único. Os órgãos setoriais e seccionais são públicos e privados.
responsáveis pela alimentação e processamento dos dados B) Identificar os arquivos privados de interesse público e
necessários ao desenvolvimento e manutenção do sistema de social, nos termos do Art. 12, da Lei nº 8.159, de 1991.
que trata o caput deste artigo. C) Estimular a integração e modernização dos arquivos
públicos e privados.
Art. 11 Compete ao Arquivo Nacional, como órgão central D) Implementar a política nacional de arquivos.
do SIGA, o encaminhamento, para aprovação do Ministro- E) Promover o inter-relacionamento de arquivos públicos
Chefe da Casa Civil da Presidência da República, das normas e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica
complementares a este Decreto, deliberadas pela Comissão de das atividades arquivísticas.
Coordenação do SIGA.
Gabarito
Art. 12 Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação. 01.C / 02. C / 03. A / 04. E/ 5.D

Brasília, 12 de dezembro de 2003; 182° da Independência


e 115° da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Terminologia arquivística
José Dirceu de Oliveira e Silva
[Diário Oficial da União, de 15 de dezembro de 2003]

Questões TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA15

01. (IF/TO - Técnico em Arquivo - IF-TO/2016) Assinale Acesso


a alternativa que corresponde à lei que define a Política Possibilidade de consulta a documentos e informações.
Nacional de Arquivos no Brasil. Função arquivística destinada a tornar acessíveis os
A) Lei nº 8.195/1991 documentos e a promover sua utilização.
B) Lei nº 8.191/1991
C) Lei nº 8.159/1991 Acondicionamento
D) Lei nº 8.159/1990 Embalagem ou guarda de documentos visando à sua
E) Lei nº 8.195/1990 preservação e acesso.

02. (UFF - Arquivista - COSEAC/2017) O Capítulo I do Arquivamento


Decreto 4.073/2002 atribui ao CONARQ a identificação dos Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à
guarda ordenada de documentos.

15 ARQUIVO NACIONAL, Dicionário brasileiro de terminologia arquivística.

Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. 232 p.

Conhecimentos Específicos 14
Pedido N.: 2758726 - Apostila Licenciada para heromic@live.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um Avaliação


documento cessada a sua tramitação. Processo de análise de documentos de arquivo que
estabelece os prazos de guarda e a destinação de acordo com
Arquivista os valores que lhes são atribuídos.
Profissional de nível superior, com formação em
arquivologia ou experiência reconhecida pelo Estado. Catálogo
Instrumento de pesquisa organizado segundo critérios
Arquivo temáticos, cronológicos, onomásticos ou toponímicos,
Conjunto de documentos produzidos e acumulados por reunindo a descrição individualizada de documentos
uma entidade coletiva pública ou privada, pessoa ou família, pertencentes a um ou mais fundos de forma sumária ou
no desempenho de suas atividades, independentemente da analítica.
natureza do suporte.
Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia o Ciclo Vital dos Documentos
processamento técnico a custódia, o processamento técnico a Sucessivas fases por que passam os documentos de um
conservação e o acesso a documentos. arquivo da sua produção à guarda permanente ou eliminação.
Instalações onde funcionam arquivos.
Móvel destinado à guarda de documentos. Classificação
Organização dos documentos de um arquivo ou coleção de
Arquivo Administrativo acordo com um plano de classificação, código de classificação
Arquivo com predominância de documentos decorrentes ou quadro de arranjo.
do exercício das atividades-meio de uma instituição ou Análise e identificação do conteúdo de documentos seleção
unidade administrativa. da categoria de assunto sob documentos, a qual sejam
recuperados, podendo-se lhes atribuir códigos.
Arquivo Central Atribuição a documentos ou às informações neles contidas,
Arquivo responsável pela normalização dos de graus de sigilo conforme legislação específica. Também
procedimentos técnicos aplicados aos arquivos de uma chamada classificação de segurança.
administração, podendo ou não assumir a centralização do
armazenamento. Também chamado arquivo geral. Código de Classificação
Código derivado de um plano de classificação.
Arquivo Corrente
Conjunto de documentos em tramitação ou não, que, pelo Código de Referência
seu valor primário é objeto de consultas frequentes pela Código elaborado de acordo com a Norma Geral
entidade que o produziu, a quem compete a sua administração. Internacional de Descrição Arquivística –ISAD(G), destinado a
Arquivo responsável pelo arquivo corrente. identificar qualquer unidade de descrição.

Arquivo Intermediário Coleção


Conjunto de documentos originários de arquivos correntes Conjunto de documentos com características comuns,
com uso pouco frequente, que aguarda destinação. reunidos intencionalmente.
Arquivo responsável pelo arquivo intermediário. Também
chamado pré-arquivo. Comissão de Avaliação e Destinação
Depósito de arquivos intermediários. Grupo multidisciplinar encarregado da avaliação de
documentos de um arquivo responsável pela elaboração de
Arquivo Permanente tabela de temporalidade.
Conjunto de documentos preservados em caráter
definitivo em função de seu valor. Conservação
Arquivo responsável pelo arquivo permanente. Também Promoção da preservação e da restauração dos
chamado arquivo histórico. documentos.

Arquivologia Consulta
Disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios Busca direta ou indireta de informações.
e técnicas a serem observados na produção, organização,
guarda, preservação e utilização dos arquivos. Também Custódia
chamada arquivística. Responsabilidade jurídica de guarda e proteção de
arquivos independentemente de vínculo de propriedade.
Arranjo
Sequência de operações intelectuais e físicas que visam à Descarte
organização dos documentos de um arquivo ou coleção de Exclusão de documentos de um arquivo após avaliação.
acordo com um plano ou quadro previamente estabelecido.
Desclassificação
Assinatura Digital Ato pelo qual a autoridade competente libera à consulta no
Assinatura em meio eletrônico, que permite aferir a todo ou em parte, documento anteriormente sujeito a grau de
origem e a integridade do documento. sigilo.

Atividade-Fim Descrição
Atividade desenvolvida em decorrência da finalidade de Conjunto de procedimentos que leva em conta os
uma instituição. Também chamada atividade finalística. elementos formais e de conteúdo dos documentos para
elaboração de instrumentos de pesquisa.
Atividade-Meio
Atividade que dá apoio à consecução das atividades-fim de Desinfestação
uma instituição. Também chamada atividade mantenedora. Processo de destruição ou inibição da atividade de insetos.

Conhecimentos Específicos 15
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APOSTILAS OPÇÃO

Destinação arquivamento de documentos em fase corrente e


Decisão, com base na avaliação, quanto ao intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento.
encaminhamento de documentos para guarda permanente,
descarte ou eliminação. Grau de Sigilo
Gradação de sigilo atribuída a um documento em razão da
Documentação natureza de seu conteúdo e com o objetivo de limitar sua
Conjunto de documentos. divulgação a quem tenha necessidade de conhecê-lo.
Ato ou serviço de coleta, processamento técnico e
disseminação de informações e documentos. Guia
Instrumento de pesquisa que oferece informações gerais
Documento sobre fundos e coleções existentes em um ou mais arquivos.
Unidade de registro de informações qualquer que seja o
suporte ou formato. Higienização
Retirada, por meio de técnicas apropriadas, de poeira e
Documento Especial outros resíduos, com vistas à preservação dos documentos.
Documento em linguagem não-textual, em suporte não
convencional, ou, no caso de papel, em formato e dimensões Indexação
excepcionais, que exige procedimentos específicos para seu Processo pelo qual documentos ou informações são
processamento técnico, guarda e preservação e cujo acesso representados por termos, palavras-chave ou descritores
depende, na maioria das vezes, intermediação tecnológica. propiciando a recuperação da informação.

Documento Pessoal Índice


Documento cujo teor é de caráter estritamente particular. Relação sistemática de nomes de pessoas, lugares,
Documento que serve à identificação de uma pessoa. assuntos ou datas contidos em documentos ou em
instrumentos de pesquisa acompanhados das referências para
Documento Público sua localização.
Do ponto de vista da acumulação, documento de arquivo
público. Instrumento de Pesquisa
Do ponto de vista da propriedade, documento pertencente Meio que permite a identificação localização ou consulta a
ao poder público. documentos ou a informações neles contidas. Expressão
Do ponto de vista da produção, documento emanado do normalmente empregada em arquivos permanentes.
poder público.
Inventário
Dossiê Instrumento de pesquisa que descreve, sumária ou
Conjunto de documentos relacionados entre si por assunto analiticamente, as unidades de arquivamento de um fundo ou
(ação, evento, pessoa, lugar, projeto), que constitui uma parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica
unidade de arquivamento. que poderá refletir ou não a disposição física dos documentos.

Edital de Ciência de Eliminação Item Documental


Ato publicado em periódicos oficiais que tem por objetivo Menor unidade documental, intelectualmente indivisível,
anunciar e tornar pública a eliminação. integrante de dossiês ou processos.
Unidade documental fisicamente indivisível. Também
Eliminação chamada peça.
Destruição de documentos que, na avaliação foram
considerados sem valor permanente. Também chamada Listagem de Eliminação
expurgo de documentos. Relação de documentos cuja eliminação foi autorizada por
autoridade competente. Também chamada lista de eliminação.
Empréstimo
Transferência física e temporária de documentos para Listagem Descritiva do Acervo
locação interna ou externa, com fins de referência, consulta Relação elaborada com o objetivo de controlar a entrada
reprodução pesquisa ou exposição. de documentos em arquivos intermediários e em arquivos
permanentes.
Fundo
Conjunto de documentos de uma mesma proveniência. Microfilmagem
Termo que equivale a arquivo. Produção de imagens fotográficas de um documento em
formato altamente reduzido.
Fundo Aberto
Fundo ao qual podem ser acrescentados novos Organicidade
documentos em função do fato de a entidade produtora Relação natural entre documentos de um arquivo em
continuar em atividade. decorrência das atividades da entidade produtora.

Fundo Fechado Plano de Classificação


Fundo que não recebe acréscimos de documentos, em Esquema de distribuição de documentos em classes de
função de a entidade produtora não se encontrar mais em acordo com métodos de arquivamento específicos, elaborado
atividade. a partir do estudo das estruturas e funções de uma instituição
e da análise do arquivo por ela produzido. Expressão
Gestão de Documentos geralmente adotada em arquivos correntes.
Conjunto de procedimentos e operações técnicas
referentes à produção, tramitação uso, avaliação e

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APOSTILAS OPÇÃO

Prazo de Eliminação documentos produzidos e acumulados por unidade(s)


Prazo fixado em tabela de temporalidade ao fim do qual os administrativa(s) com competências específicas. Também
documentos não considerados de valor permanente deverão chamada subfundo.
ser eliminados.
Série
Prazo de Guarda Subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma
Prazo, definido na tabela de temporalidade e baseado em sequência de documentos relativos a uma mesma função,
estimativas de uso, em que documentos deverão ser mantidos atividade, tipo documental ou assunto.
no arquivo corrente ou no arquivo intermediário ao fim do
qual a destinação é efetivada. Também chamado período de Serviço de Referência
retenção ou prazo de retenção. Conjunto de atividades destinadas a orientar o usuário
quanto aos documentos relativos ao tema de seu interesse, aos
Preservação instrumentos de pesquisa disponíveis e às condições de
Prevenção da deterioração e danos em documentos por reprodução.
meio de adequado controle ambiental e/ou tratamento físico Unidade administrativa responsável pelo serviço de
e/ou químico. referência.

Processamento Técnico Sistema de Arquivos


Expressão utilizada para indicar as atividades de Conjunto de arquivos que, independentemente da posição
identificação classificação, arranjo, descrição e conservação de que ocupam nas respectivas estruturas administrativas,
arquivos. Também chamado processamento arquivístico, funcionam de modo integrado e articulado na persecução de
tratamento arquivístico ou tratamento técnico. objetivos comuns.

Protocolo Sistema de Gestão de Documentos


Serviço encarregado do recebimento, registro, Conjunto de procedimentos e operações técnicas cuja
classificação, distribuição, controle da tramitação e expedição interação permite a eficiência e a eficácia na produção,
de documentos. tramitação uso, avaliação arquivamento e destinação de
documentos.
Quadro de Arranjo
Esquema estabelecido para o arranjo dos documentos de Subsérie
um arquivo a partir do estudo das estruturas, funções ou Num quadro de arranjo a subdivisão da série.
atividades da entidade produtora e da análise do acervo.
Expressão adotada em arquivos permanentes. Tabela de Temporalidade
Instrumento de destinação aprovado por autoridade
Recolhimento competente, que determina prazos e condições de guarda
Entrada de documentos públicos em arquivos tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou
permanentes com competência formalmente estabelecida. eliminação de documentos.
Operação pela qual um conjunto de documentos passa do
arquivo intermediário para o arquivo permanente. Técnico de Arquivo
Profissional de arquivo de nível médio, por formação ou
Relação de Recolhimento experiência reconhecida pelo Estado.
Listagem descritiva do acervo adotada em arquivos
permanentes. Termo de Doação
Instrumento legal particular que define e formaliza uma
Relação de Transferência doação a arquivo.
Listagem descritiva do acervo adotada em arquivos
intermediários. Termo de Eliminação
Instrumento do qual consta o registro de informações
Reprodução sobre documentos eliminados após terem cumprido o prazo
Processo de produção de cópia de um documento no de guarda.
conteúdo e na forma, mas não necessariamente em suas
dimensões. Termo de Recolhimento
Instrumento legal que define e formaliza o recolhimento
Reprografia de documentos ao arquivo permanente.
Conjunto dos processos e técnicas de duplicação e
reprodução de documentos que não recorrem à impressão tais Termo de Transferência
como fotocópia processo eletrostático termografia e Instrumento legal que define e formaliza a transferência de
microfilmagem. documentos para o arquivo intermediário.

Restauração Usuário
Conjunto de procedimentos específicos para recuperação Pessoa física ou jurídica que consulta arquivos. Também
e reforço de documentos deteriorados ou danificados. chamada consulente, leitor ou pesquisador.

Restrição de Acesso Vocabulário Controlado


Limitação do acesso em virtude do estado de conservação Conjunto normalizado de termos que serve à indexação e à
do estágio de organização ou da natureza do conteúdo. recuperação da informação.

Seção
Subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma
primeira fração lógica do fundo em geral reunindo

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APOSTILAS OPÇÃO

Após a ordenação, os documentos classificados sob o


mesmo código formarão dossiês acondicionados em capas
Tipos de arquivamento apropriadas com prendedores plásticos, com exceção dos
processos e volumes. Os dados referentes ao seu conteúdo
(código, assunto e, se for o caso, nome de pessoa, órgão, firma
ou lugar) serão registrados na capa de forma a facilitar sua
Consiste na guarda do documento no local devido (pasta identificação. Os dossiês, processos e volumes serão
suspensa, prateleira, caixa), de acordo com a classificação arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com
dada. Nesta fase deve-se ter muita atenção, pois um suas dimensões. Esta operação possibilita:
documento arquivado erroneamente poderá ficar perdido, – Racionalizar o arquivamento, uma vez que numa mesma
sem possibilidades de recuperação quando solicitado pasta poderão ser arquivados vários dossiês correspondentes
posteriormente. ao mesmo grupo ou subclasse, diminuindo, assim, o número de
pastas.
Rotinas Correspondentes às Operações de
Arquivamento Exemplo:
Pasta: 061 – PRODUÇÃO EDITORIAL
1. Verificar a existência de antecedentes (documentos que Dossiês: 061.1 – EDITORAÇÃO. PROGRAMAÇÃO VISUAL
tratam do mesmo assunto); 061.2 – DISTRIBUIÇÃO. PROMOÇÃO.
2. Reunir os antecedentes, colocando-os em ordem DIVULGAÇÃO
cronológica decrescente, sendo o documento com data mais
recente em primeiro lugar e assim sucessivamente; – Organizar internamente cada pasta, separando os
3. Ordenar os documentos que não possuem antecedentes, documentos referentes a cada pessoa, órgão, firma ou lugar,
de acordo com a ordem estabelecida (cronológica, alfabética, sempre que a quantidade de documentos justificar e desde que
geográfica ou outra), formando dossiês. Verificar a existência relativos a um mesmo assunto.
de cópias, eliminando-as. Caso o original não exista, manter Exemplo:
uma única cópia; Pasta: 021.2 – EXAMES DE SELEÇÃO
4. Fixar cuidadosamente os documentos às capas Dossiês: Será criado um dossiê para cada tipo de exame e
apropriadas com prendedores plásticos, com exceção dos título de concurso, ordenados alfabeticamente.
processos e volumes que, embora inseridos nas pastas
suspensas, permanecem soltos para facilitar o manuseio; A Retirada e Controle (empréstimo): esta operação
5. Arquivar os documentos nos locais devidos, ocorre quando processos, dossiês ou outros documentos são
identificando de maneira visível as pastas suspensas, gavetas retirados do arquivo para:
e caixas; – Emprestar aos usuários;
6. Manter reunida a documentação seriada, como por – Prestar informações;
exemplo boletins e atas, em caixas apropriadas, procedendo o – Efetuar uma juntada.
registro em uma única folha de referência, arquivada em pasta
suspensa, no assunto correspondente, repetindo a operação Nesta fase é importante o controle de retirada, efetuado
sempre que chegar um novo número. por meio do recibo de empréstimo (ver item 2.3), no qual são
registradas informações sobre processos, dossiês ou outros
Etapas dos Arquivamentos: documentos retirados, além do setor, nome, assinatura do
1) Inspeção - verificar se é um documento para servidor responsável pela solicitação e, posteriormente, a data
arquivamento da devolução do documento. O recibo de empréstimo tem
2) Estudos - leitura cuidadosa do documento para como finalidade controlar o prazo para devolução do
Verificar a entrada dela documento e servir como indicador de sua frequência de uso,
3) Classificação - Determinação da entrada fator determinante para o estabelecimento dos prazos para
4) Codificação - colocar no documento o código que irá sua transferência e recolhimento.
identifica-lo Por meio desse controle é possível informar com precisão
5) Ordenação - como será disposto o documento e segurança a localização do(s) documento(s) retirado(s).
6) Guarda - é a ação de guardar no lugar adequado e O recibo de empréstimo é preenchido em duas vias, sendo:
definido nas etapas anteriores. – 1ª via: tal como guia-fora substitui o documento na pasta
de onde foi retirado, devendo ser eliminada quando da
A Inspeção e Ordenação são as operações que possibilitam devolução do documento;
o arquivamento correto dos documentos. – 2ª via: arquivada em fichário à parte, em ordem
cronológica, para controle e cobrança, quando vencido o prazo
Inspeção de devolução.
Consiste no exame do(s) documento(s) para verificar se
o(s) mesmo(s) se destina(m) realmente ao arquivamento, se Questões
possui(em) anexo(s) e se a classificação atribuída será
mantida ou alterada. 01. (TCE/ES - Analista Administrativo - Arquivologia -
CESPE) Assinale a opção que apresenta a ordem cronológica
Ordenação correta das operações realizadas na organização dos
Consiste na reunião dos documentos classificados sob um documentos de arquivo.
mesmo assunto. A ordenação tem por objetivo agilizar o (A) classificação, arquivamento e ordenação
arquivamento, minimizando a possibilidade de erros. Além (B) ordenação, classificação e arquivamento
disso, estando ordenados adequadamente, será possível (C) classificação, ordenação e arquivamento
manter reunidos todos os documentos referentes a um mesmo (D) arquivamento, ordenação e classificação
assunto, organizando-os previamente para o arquivamento. (E) ordenação, arquivamento e classificação
Neste sentido, podemos definir a Ordenação como a forma de
disposição dos documentos.

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APOSTILAS OPÇÃO

02. (CNMP - Técnico do CNMP - FCC) A operação de Escolha do Método Adequado


reunir os documentos classificados sob um mesmo assunto
corresponde a: Cada organismo deve adotar métodos de arquivamento
(A) Ordenação. que atendam às suas necessidades específicas, levando-se em
(B) Arquivamento. consideração a estrutura da entidade e as características dos
(C) Estudo. documentos a serem arquivados.
(D) Codificação. O ideal é a instituição não adotar um único método de
(E) Inspeção. arquivamento, e sim vários deles, considerando sempre a
documentação existente nos setores componentes de
03. (DPE/TO - Assistente de Defensoria Pública - UFT) determinada empresa.
A ordenação corresponde à disposição dos documentos em
pastas e destas dentro de arquivos. A escolha da forma de Métodos de Arquivamento
ordenação depende muito da natureza dos documentos. São
métodos básicos de ordenação, EXCETO: Os métodos de arquivamento são determinados pela
(A) Ordenação alfabética natureza dos documentos a serem arquivados e pela estrutura
(B) Ordenação cronológica da entidade. São divididos em: Básicos e Padronizados.
(C) Ordenação aleatória
(D) Ordenação geográfica Básicos
Podemos divididos em:
04. (MEC - Agente Administrativo - CESPE) • alfabético (principal elemento a ser considerado num
Arquivamento é o conjunto das operações de documento: nome)
acondicionamento e armazenamento de documentos. • geográfico (principal elemento: local ou procedência)
( ) Certo ( ) Errado • numérico (principal elemento: número)
• ideográfico (principal elemento: assunto)
05. (UFPA - Técnico em Arquivo - UFPA/2017) A
classificação é uma das atividades do processo de gestão de Padronizados
documentos arquivísticos, o qual inclui procedimentos e São divididos em:
rotinas específicas que possibilitam maior eficiência e - Variadex: é o método alfabético, acrescentando cores
agilidade no gerenciamento e controle das informações. Com (excelente auxiliar mnemônico) às letras.
base nesta definição, analise a questão Trabalha-se com 5 cores diferentes. As cores são atribuídas
Uma vez classificado e tramitado, o documento deverá ser em função da 2ª letra do nome de entrada no arquivo. As guias
arquivado, obedecendo às seguintes operações: são coloridas e as notações alfabéticas.
(A) Inspeção, higienização e arquivamento. Ex.: LETRAS → CORES
(B) Higienização, ordenação e arquivamento. O, P, Q e abreviações → azul
(C) Indexação, inspeção e arquivamento. Cores convencionadas:
(D) Organização, ordenação e arquivamento. A – D e abreviações – ouro ou laranja
(E) Inspeção, ordenação e arquivamento. E – H e abreviações – rosa ou amarelo
I – N e abreviações – verde
Gabarito O – Q e abreviações – azul
R – Z e abreviações – palha ou violeta
01 C / 02. A / 03. C / 04. Certo / 05. E
As cores são cambiáveis, de acordo com as nossas
conveniências
Classificação dos Obs.: Não precisa memorizar a tabela acima. Numa prova,
aparece um nome específico, e aí basta ao candidato usar as
documentos regras de alfabetação, e atribuir a cor em função da segunda
letra do nome de entrada no arquivo, como mostra o exemplo
da cliente Carolina Souto Neto. A tabela vem inserida na prova.
CARO CANDIDATO, o assunto acima já foi abordado no tópico
“Arquivos: origem, conceito, finalidade, função e classificação”. - Automático: usa-se para arquivar nomes, evitando
acumular pastas de sobrenomes iguais. Combina letras,
números e cores
Práticas de gestão de - Soundex: usa-se para arquivar nomes, reunindo-os pela
documentos: métodos de semelhança da pronúncia, apesar de a grafia ser diferente.
arquivamento
- Mnemônico: usa-se para codificar os assuntos através da
combinação de letras em lugar de números. As letras são
Conceito dado pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia consideradas símbolos, pelo fato de este método pretender
Arquivística, revela que métodos de arquivamento é: auxiliar a memória do arquivista, a fim de possibilitar, de
Sequência de operações que determina a disposição dos forma mais ágil, a recuperação da informação.
documentos de um arquivo ou coleção, uns em relação aos
outros, e a identificação de cada unidade. Resumindo, consiste - Rôneo: combina letras, números e cores. Está obsoleto.
na guarda de documentos.
Observações:
O uso de métodos de arquivamento apropriados é muito 1ª) Os métodos numéricos podem ser:
importante para o organismo, pois dessa forma quem trabalha simples/cronológico/dígito-terminal
com a documentação irá organizá-la melhor (arranjo, 2ª) Os métodos ideográficos podem ser:
disposição), a fim de recuperá-la com rapidez quando for • alfabético (enciclopédico/dicionário)
necessário.

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APOSTILAS OPÇÃO

• numérico (duplex/decimal /unitermo ou indexação Método Específico ou por Assunto


coordenada) Indiscutivelmente, o método específico, representado por
palavras dispostas alfabeticamente, é um dos mais difíceis
Sistemas processos de arquivamento, pois, consistindo em agrupar as
pastas por assunto, apresenta a dificuldade de se escolher o
Os métodos básicos e padronizados fazem parte de dois melhor termo ou expressão que defina o assunto. Temos o
grandes sistemas, o Direto e Indireto vocabulário todo da língua à nossa disposição e justamente o
fato de ser tão amplo o campo da escolha nos dificulta a seleção
Sistema Direto acertada, além do que entra muito o ponto de vista pessoal do
O próprio nome sugere: busca direta ao local de guarda do arquivista, nesta seleção.
documento, sem o auxílio de índice ou quaisquer outros
instrumentos de pesquisa. Método Decimal
Exemplos: métodos alfabético e geográfico. Este método foi inspirado no Sistema Decimal de Melvil
Dewey. Dewey organizou um sistema de classificação para
Sistema Indireto bibliotecas, muito interessante, o qual conseguiu um grande
Para recuperar o documento é necessário recorrer a um sucesso. Fora publicado em 1876.
índice alfabético remissivo ou a um determinado código. Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes, as
Exemplo: métodos numéricos. quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, e assim por
diante, sendo infinita essa possibilidade de subdivisão, graças
à sua base decimal.

Método Simplificado
Este a rigor não deveria ser considerado propriamente um
método, pois, na realidade, nada mais é do que a utilização de
vários métodos ao mesmo tempo, com a finalidade de reunir
num só móvel as vantagens de todos eles.

Questões
Descrição dos Métodos
01. (UFABC - Assistente em Administração -
Método Alfabético VUNESP/2019) Na biblioteca da Universidade Saberes e
É o sistema mais simples, fácil, lógico e prático, porque Conhecimentos optou-se por organizar documentos tendo
obedecendo à ordem alfabética pode-se logo imaginar que não por base a divisão por 10 classes principais, que, por sua vez,
apresentará grandes dificuldades nem para a execução do são divididas em subclasses. O nome desse método de
trabalho de arquivamento, nem para a procura do documento arquivamento é
desejado, pois a consulta é direta. (A) Variadex.
(B) Duplex.
Método Numérico Simples (C) Numérico dígito-terminal.
Consiste em numerar as pastas em ordem da entrada do (D) De classificação decimal.
correspondente ou assunto, sem nenhuma consideração à (E) Numérico cronológico.
ordem alfabética dos mesmos, dispensando assim qualquer
planejamento anterior do arquivo. Para o bom êxito deste 02. (LIQUIGAS - Assistente Administrativo I -
método, devemos organizar dois índices em fichas; numas CESGRANRIO/2018) O conceito de arquivamento é um dos
fichas serão arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que mais significativos na arquivística brasileira, sendo assim
numero recebeu o correspondente ou assunto desejado, e no definido:
outro são arquivadas numericamente, de acordo com o (A) Série de etapas na qual passam os documentos,
número que recebeu o cliente ou o assunto, ao entrar para o caracterizados em intervalos de tempo, de acordo com sua
arquivo. Este último índice pode ser considerado tombo frequência de utilização e vigência.
(registro) de pastas ocupadas e, graças a ele, sabemos qual é o (B) Operação que consiste na guarda de documentos.
último número preenchido e assim destinaremos o número (C) Forma ou modelo de cada móvel destinado à guarda
seguinte a qualquer novo cliente que seja registrado. de documentos.
(D) Ordenação estrutural ou funcional dos documentos.
Método Alfabético Numérico (E) Processo de análise de documentos de arquivo que
Como se pode deduzir pelo seu nome, é um método que visa a estabelecer o tempo de guarda.
procurou reunir as vantagens dos métodos alfabéticos simples
e numérico simples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta 03. (AL/RO - Assistente Legislativo - FGV/2018) O
combinação resultou um método que apresenta ao mesmo sistema de arquivamento em que é necessária a consulta de
tempo a simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no um índice para localizar o documento, é chamado de
arquivamento, do outro. É conhecido também pelo nome de (A) Numérico.
numeralfa e alfanumérico. (B) Alfabético.
(C) Direto.
Método Geográfico (D) Indireto.
Este método é muito aconselhável quando desejamos (E) Variável
ordenar a documentação de acordo com a divisão geográfica,
isto é, de acordo com os países, estados, cidades, municípios 04. (ARCON/PA - Auxiliar de Regulação de Serviços
etc. Nos departamentos de vendas, por exemplo, é de especial Públicos - IADES/2018) O método de arquivamento é
utilidade para agrupar os correspondentes de acordo com as determinado pela(o)
praças onde operam ou residem. (A) Natureza dos documentos.
(B) Espécie documental.
(C) Formato do documento.

Conhecimentos Específicos 20
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Suporte do documento. Restauração: é um conjunto de medidas que objetivam a


(E) Gênero do documento. estabilização ou a reversão de danos físicos ou químicos
adquiridos pelo documento ao longo do tempo e do uso,
Gabarito intervindo de modo a não comprometer sua integridade e seu
caráter histórico.
01.D / 02. B / 03.D / 04.A
Técnicas de Conservação

Noções básicas de No processo de conservação, a primeira etapa a ser


realizada é o diagnóstico das condições físicas do documento e
conservação de documentos os fatores que influenciam na conservação e preservação.

Fatores de Deterioração em Arquivos e Bibliotecas


Os acervos bibliográficos possuem um ciclo de vida e desde Temperatura e Umidade Relativa: o calor e a umidade
o momento da sua criação inicia-se o processo de relativa do ar influenciam diretamente na conservação dos
envelhecimento. Dessa forma, deduz-se a difícil tarefa das documentos, principalmente quando for em papel. O calor
bibliotecas que possuem materiais passíveis de alterações em acelera a deterioração do documento, e a umidade
decorrência de agentes como microrganismos, roedores, proporciona as condições necessárias para desencadear
insetos e outras pragas que encontram no próprio acervo sua reações químicas nos materiais. A temperatura recomendada
fonte de alimentação. é o mais próximo de 20ºC e a umidade entre 45% e 50%. A
Fatores naturais também podem influir na vida útil do circulação do vento também é importante para a amenizar os
acervo, tal como, a poluição atmosférica que provoca a efeitos da temperatura e umidade do ar. O monitoramento
oxidação da celulose, até mesmo a umidade e luminosidade desses dois fatores é feito através do termo-higrômetro ou
inadequadas são capazes de provocar mudanças químicas no termohigrógrafo (aparelho medidor de temperatura e
papel resultando em sua degeneração. umidade).
Um documento deve ser conservado em local apropriado,
com temperatura e umidade baixas, em um local elevado, e Radiação da Luz: toda fonte de luz (natural e artificial)
acondicionado de maneira adequada. emitem radiação nociva aos documentos, principalmente a
A identificação da natureza dos materiais componentes oxidação, tornando os papeis amarelados, quebradiços,
dos acervos e seu comportamento diante dos fatores aos quais escurecidos, e as tintas podem desbotar ou mudar de cor,
estão expostos, torna-se bastante fácil detectar elementos alterando a legibilidade dos documentos.
nocivos e traçar políticas de conservação para minimizá-los.
Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral constituídos Qualidade do Ar: o controle da qualidade do ar é essencial
de livros, mapas, fotografias, obras de arte, revistas, para conservação dos documentos, e os poluentes contribuem
manuscritos, que utilizam, em grande parte, o papel como para a deterioração dos documentos e acervos. Há dois tipos
suporte da informação, além de tintas das mais diversas de poluentes, os gases e as partículas sólidas, que podem vir
composições. do ambiente externo ou podem ser gerados no próprio
ambiente.
Principais Operações de Conservação
Agentes Biológicos: os agentes biológicos que deterioram
a) Desinfestação: combate ou inibe as atividades dos os acervos são, entre outros, insetos (baratas, brocas, cupins),
insetos. O método mais eficiente para combatê-los é a roedores e os fungos, e a presença destes dependem das
fumigação. condições ambientais onde se encontram os documentos. As
b) Limpeza: fase posterior à fumigação. Os documentos características ambientais que proporciona o aparecimento
devem ser limpos com um pano macio, um aspirador de pó, desses agentes são a temperatura e umidade elevadas, pouca
uma escova adequada. circulação do ar, falta de higiene, etc.
c) Alisamento: documentos são passados a ferro.
d) Restauração: são utilizados determinados Conservação
procedimentos para recuperar documentos em mau estado
físico de conservação. É feita por especialistas dessa área Principais critérios para boa conservação dos arquivos:
(requer muito conhecimento desses profissionais). Higienização: A sujidade é o agente de deterioração que
mais afeta os documentos, portanto, a higienização do
Moi16 define preservação, conservação e restauração da ambiente deve ser um hábito de rotina, tornando-se uma ação
seguinte forma: preventiva para a conservação. Cada item deve ser avaliado
para receber a higienização adequada, exceto nos casos em
Preservação: é um conjunto de medidas e estratégias de que o objeto apresenta condições como fragilidade física
ordem administrativa, política e operacional que contribuem (rasgos, objetos com áreas finas), e papéis de textura muito
direta ou indiretamente para a preservação da integridade dos porosa (papel japonês, papel de textura fragilizada).
materiais. Os materiais utilizados para a limpeza superficial é
realizada com pincéis, flanela macia, aspirador de pó, e outros
Conservação: é um conjunto de ações estabilizadoras que materiais (pinça, bisturi, cotonete, agulha).
visam desacelerar o processo de degradação de documentos
ou objetos, por meio de controle ambiental e de tratamentos Para uma melhor preservação de documentos17, veja
específicos (higienização, reparos e acondicionamento). algumas dicas relevantes:

 16 MOI, C. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. São


Tratamento químico realizado com produtos voláteis (gás) em um sistema
hermético, visando a desinfestação de materiais que não podem ser submetidos à Paulo: 2000
outras formas de tratamento. 17 Arquivo Nacional. VALENTINI, 2013.

Conhecimentos Específicos 21
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APOSTILAS OPÇÃO

1) A luz do dia (natural) deve ser abolida na área de interesse não é que pareçam novas, mas que vivam um pouco
armazenamento, porque enfraquece o papel. A própria luz mais.
artificial deve ser usada com cuidado.
O trato correto aos suportes de informação viabiliza a
2) O ar seco e a umidade enfraquecem o papel, e esta pesquisa, a construção da história e do conhecimento de forma
provoca mofo. sólida. No âmbito da biblioteconomia, quando se fala de
preservação e conservação de documentos, o bibliotecário
3) A temperatura deve ser baixa. O calor constante deve assumir uma posição de gestor da informação, ou seja,
destrói as fibras do papel. A umidade também deve ser baixa. deve assumir, deve ter uma postura de um profissional bem
Tentar mantê-las estáveis sempre, sem oscilações. informado com noções mínimas dos agentes que podem
deteriorar o acervo.
4) As mãos devem estar sempre limpas e livres de
sujeira e gorduras. Sempre que possível, utilize luvas de Questões
algodão para manipular documentos, fotografias e gravuras.
01. (Polícia Científica/PE - Auxiliar de Perito - CESPE)
5) Tintas e grafites podem causar danos à No tratamento de uma massa documental acumulada, o
documentação, manchando, causando riscos, perfurações ou primeiro procedimento a ser realizado com foco na
rasgos. conservação e preservação deve ser o(a)
(A) transferência.
6) Não dobre o canto da folha para marcar páginas. (B) recolhimento.
Esta dobra, no futuro, poderão causar o rompimento do papel. (C) emulação.
Utilize marcadores de livros em papel livre de acidez. (D) transcrição.
(E) higienização.
7) Não umedeça o dedo com a saliva para virar as
folhas de um livro. Ela afeta a sua saúde e pode provocar o 02. (ANS - Técnico Administrativo - FUNCAB) A
desenvolvimento de micro-organismos na documentação. preservação de documentos visa à manutenção da integridade
dos suportes documentais e do teor informacional dos
8) Não use clipes e grampos metálicos. Utilize clipes documentos ao longo das épocas.
plásticos ou proteja os documentos com um pequeno pedaço No que se refere à preservação e conservação de
de papel na área de contato. documentos, assinale a opção que contém uma medida
preventiva correta acerca dos procedimentos adotados nos
9) Evite cópias xerox de documentos. A luz ultravioleta arquivos.
causa danos cumulativos irreversíveis e o manuseio provoca (A) É indicado o uso de cola plástica comum para pequenas
dobras e rasgos nas lombadas. restaurações dos documentos em suporte papel.
(B) O uso de luvas de borracha é recomendável para o
10) Cuidado ao retirar um documento de uma estante manuseio das fotografias e dos negativos existentes no acervo
ou caixa. Evite rasgos, danos nas capas e lombadas, arquivístico.
segurando-o corretamente na parte mediana da (C) As embalagens devem ser de tamanho maior que os
encadernação. documentos em suporte papel a fim de se evitar dobras e
demais danos.
11) Os poluentes são os principais agentes de (D) A higienização dos documentos deve ser realizada
deterioração dos acervos, catalisando reações químicas somente nas fases corrente e intermediária.
danosas (levando à formação de ácidos; e sujam, arranham e (E) Para o registro de código de classificação nos
desfiguram os materiais). documentos, deve ser utilizada caneta esferográfica de cor
preta.
12) Utilizar aparelhos de ar condicionado somente se
puderem ficar ligados durante o dia e à noite; caso 03. (ANP - Técnico Administrativo - CESGRANRIO) Os
contrário, os danos são muito maiores. documentos de arquivo exigem cuidados específicos para não
se deteriorarem. A luz direta, o ar seco, a umidade e a oscilação
13) Fitas de vídeo devem ser rebobinadas de temperatura são fatores prejudiciais aos documentos.
periodicamente e mantidas na posição vertical com a Considerando-se que a umidade relativa do ar, no interior
bitola cheia voltada para baixo. de um arquivo, encontra-se entre 70% e 90%, o que pode
acontecer com os documentos?
14) Disquetes e outros meios eletrônicos devem ser (A) Surgimento de gelatina
mantidos longe de campos eletromagnéticos (B) Desenvolvimento de laminação
(computadores, aparelhos de som e TV etc.) e livres de poeira, (C) Oxidação da celulose
umidade e temperaturas altas. (D) Ressecamento do papel
(E) Desenvolvimento de fungos
Restauração
04. (ANP - Técnico Administrativo - CESGRANRIO)
A restauração só é feita mediante diversos testes. O Muitos arquivos têm grande parte de seus acervos danificados,
material de que a obra é feita tem de ser estudado, para se pois os cuidados restringem-se ao controle de insetos, por
desenvolver o melhor tratamento. meio de inseticidas que são tóxicos e que agridem o papel. Para
Mas se não há outro jeito e o livro está prestes a rasgar evitar problemas futuros nos arquivos, recomenda-se
e/ou desmontar, é preciso levá-lo aos cuidados de técnicos desenvolver um programa de preservação que deve ser
especialistas em restauração. iniciado pelo controle preventivo de agentes patogênicos.
É importante mencionar que o reparo não faz com que os Para isso, o programa de preservação deverá ser
livros fiquem como se tivessem acabado de sair da loja. A ética desenvolvido com a adoção do seguinte procedimento:
dos restauradores é respeitar a história de vida das obras, o (A) profusão de enxofre
(B) higienização sistemática

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) desestabilização de temperatura Microfilmagem19


(D) compactação periódica
(E) encapsulação sistêmica Microfilme é o resultado do processo de reprodução em
filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos
05. (FUB - Técnico em Arquivo - CESPE) Em relação à ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. O microfilme
preservação e à conservação de documentos, julgue o item a reduz os espaços em aproximadamente 98%, em relação ao
seguir. documento original. Dessa forma, há um domínio maior da
O documento de arquivo pode sofrer danos caso haja massa documental, implicando a busca mais eficiente da
flutuações de temperatura e de umidade relativa do ar no local informação.
onde esteja armazenado. A microfilmagem não elimina o prévio tratamento da
( ) Certo ( ) Errado documentação. O objetivo da microfilmagem é reduzir o
volume documental e garantir a durabilidade das informações
Gabarito documentais. Um microfilme tem vida útil de 500 anos.

01.E. / 02. C / 03. E / 04. B / 05.CERTA

Microfilmagem
A microfilmagem está prevista na Lei Nº 5.433, de 8 de
maio de 1968, regulamentada pelo Decreto Nº 1.799/1996.
Ressaltamos o Art. 1º da Lei Nº 5.433, de 08 de maio de
De acordo com a obra Estudos Avançados em 1968 que trata da autorização da utilização da microfilmagem
Arquivologia18, as organizações podem apresentar as de documentos particulares e oficiais, e do arquivamento e
seguintes tipologias documentais, que constem as informações eliminação dos microfilmes; e o Art. 2º apresenta o fato de que
a seguir: os documentos “históricos” não devem ser eliminados,
- Informação estratégica que apoia o planejamento e o podendo ser arquivados em local diferente do organismo
processo de tomada de decisão e, por sua vez, possibilita detentor dos mesmos.
definir ações de médio e longo prazo;
- Informação sobre o negócio que possibilita a prospecção LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 196820
e o monitoramento de concorrentes e entrantes, bem como
observar o comportamento dos clientes; Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá
- Informação financeira que possibilita o processamento outras providências.
de custos, lucros, riscos e controles; O Presidente da República. Faço saber que o Congresso
- Informação comercial que subsidia as atividades Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
relacionadas às transações comerciais no país e no exterior; Art. 1° É autorizada, em todo o território nacional, a
- Informação estatística como séries históricas, estudos microfilmagem de documentos particulares e oficiais
comparativos etc.; arquivados, estes de órgãos federais, estaduais e municipais.
- Informação gerencial que auxilia a gestão da qualidade, o
gerenciamento de projetos, a gestão de pessoas etc.; §1° Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as
- Informação tecnológica que subsidia a pesquisa e certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas
desenvolvimento (P&D) buscando a inovação de produtos, diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos em
materiais e processos. juízos ou fora dele.
§2° Os documentos microfilmados poderão, a critério da
Cada tipologia congrega inúmeros tipos documentais que, autoridade competente, ser eliminados por incineração,
por sua vez, são relacionados às responsabilidades, funções, destruição mecânica ou por outro processo adequado que
atividades e tarefas desempenhadas na organização, dessa assegure a sua desintegração.
forma os documentos devem ser gerenciados desde a sua §3° A incineração dos documentos microfilmados ou sua
gênese, por meio da gestão documental. transferência para outro local far-se-á mediante lavratura de
A gestão documental permite a integração, importação e termo, por autoridade competente, em livro próprio.
exportação de conteúdos de diversos tipos, formatos, produtos §4° Os filmes negativos resultantes de microfilmagem
e ambientes: texto, imagem, folhas de dados, gráficos, áudio, ficarão arquivados na repartição detentora do arquivo, vedada
vídeo, e-mail, fax e páginas web. sua saída sob qualquer pretexto.
A impressão de documentos ou a gravação em CD-ROM, §5° A eliminação ou transferência para outro local dos
DVD, ou outro suporte eletrônico/digital poderá ser feita, documentos microfilmados far-se-á mediante lavratura de
desde que o usuário tenha sido autorizado (níveis de acesso) termo em livro próprio pela autoridade competente.
para tal ação. Além disso, a gestão documental propicia maior §6° Os originais dos documentos ainda em trânsito,
segurança no que tange às assinaturas eletrônicas, à microfilmados não poderão ser eliminados antes de ser
certificação cronológica e controle de acessos aos arquivados.
documentos/informações. §7° Quando houver conveniência, ou por medida de
O suporte físico é o meio empregado para registrar segurança, poderão excepcionalmente ser microfilmados
documentos, ou seja, é a base onde se encontra determinada documentos ainda não arquivados desde que autorizados por
informação ou mesmo um documento. autoridade competente.

Art. 2° Os documentos de valor histórico não deverão ser


eliminados, podendo ser arquivados em local diverso da
repartição detentora dos mesmos.

Estudos avançados em Arquivologia/Marta Lígia Pomim Valentim (org.) –


18 19VALENTINI, Renato. Arquivologia para concursos. Elsevier, 4. ed. Rio de Janeiro,
Marília. Oficina Universitária; São Paulo. Cultura Acadêmica, 2012. 2013.
20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5433.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 3° O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 90 conservação dos documentos devem ser levados em
(noventa) dias, a presente Lei, indicando as autoridades consideração ao escolher os equipamentos a serem utilizados.
competentes, nas esferas federais, estaduais e municipais para
a autenticação de traslados e certidões originais de Etapa 3: Processamento
microfilmagem de documentos oficiais. O processamento é o procedimento que dará visibilidade
§1° O decreto de regulamentação determinará, igualmente, ao documento microfilmado.
quais os cartórios e órgãos públicos capacitados para
efetuarem a microfilmagem de documentos particulares bem Etapa 4: Duplicação
como os requisitos que a microfilmagem realizada, por aqueles A microforma original deve ser preservada em um arquivo
cartórios e órgãos públicos devem preencher para serem de segurança, e as cópias poderão ser acessadas por quem
autenticados, a fim de produzirem efeitos jurídicos em juízos possuir os direitos.
ou fora dele, quer os microfilmes, quer os seus traslados e
certidões originárias. A seguir apresenta-se um quadro com as vantagens e as
§2° Prescreverá também o decreto as condições que os desvantagens da microfilmagem:
cartórios competentes terão de cumprir para autenticação de
reproduções realizados por particulares, para produzir efeitos Vantagens Desvantagens
jurídicos com a terceiros. Validade legal (confere ao Alto custo
microfilme o mesmo valor do
Art. 4° É dispensável o reconhecimento da firma da documento original);
autoridade que autenticar os documentos oficiais arquivados, Economia de espaço; Dificuldade de
para efeito de microfilmagem e os traslados e certidões comparação entre
originais de microfilmes. imagens em um
mesmo documento.
Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Redução do volume de papéis e
documentos;
Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 8 Segurança na conservação dos
de maio de 1968; 147° da Independência e 80° da República. documentos vitais da empresa;
Facilidade de consulta a documentos
A. COSTA E SILVA Luís Antônio da Gama e Silva arquivados;
[Diário Oficial da União, de 10 de maio de 1968] Durabilidade do suporte;
Complementação de acervos;
O Decreto Nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996 regulamenta Reprodução fiel e exata do
a Lei Nº 5.433/1968. documentos microfilmado (às vezes,
Ressaltamos o Art. 3º que define microfilme como o um documento encontra-se em mau
resultado do processo de reprodução em filme, de estado de conservação, mas a
documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou
imagem não será a reprodução exata
eletrônicos, em diferentes graus de redução; os artigos 7º e 8º
do documento original, e sim do
que tratam dos elementos de imagem de abertura, e dos
documento microfilmado).
elementos de imagem de encerramento, respectivamente; e o
Preservação dos documentos
Art. 13 que trata da guarda permanente dos documentos
originais;
oficiais e públicos após a microfilmagem pelo arquivo público
Favorece o sigilo documental.
ou órgão detentor, pois os documentos microfilmados não
poderão mais ser eliminados.
Questões
A microfilmagem serve a dois propósitos:
01. A respeito de digitalização e microfilmagem aplicada
- Microfilmagem de Substituição: ocorre quando o
aos arquivos, julgue os itens que se seguem.
documento microfilmado não tem valor permanente
O processo de microfilmagem de documentos arquivísticos
(secundário), podendo, dessa forma, ser eliminado. Assim,
deve adotar símbolos ISO nas sinaléticas.
libera espaço nos arquivos correntes e intermediários. Como o
documento original (no suporte papel) será eliminado, ( ) Certo ( ) Errado
substituiremos o mesmo pelo microfilme.
02. Pode-se eliminar documentos arquivísticos
- Microfilmagem de Preservação: ocorre quando o
submetidos a processos de digitalização mesmo que a
documento original tem valor permanente (secundário). Por
eliminação não esteja prevista na tabela de temporalidade de
essa razão, mesmo microfilmado, ele nunca poderá ser
documentos.
eliminado. Será preservado em definitivo. A razão da
( ) Certo ( ) Errado
microfilmagem é preservar o documento original, sendo
utilizado o microfilme para fins de consulta.
03. Com relação aos sistemas informatizados de gestão
arquivística de documentos (SIGAD) e à microfilmagem de
O processo de microfilmagem possui 4 etapas:
documentos, julgue o item a seguir.
Etapa 1: Preparo do documento
De acordo com a legislação em vigor, o original do
Para preparar os documentos para a microfilmagem é
documento permanente microfilmado não pode ser eliminado.
necessário remover os grampos e clips, desamassar todos os
documentos e definir o arranjo da documentação. Outros ( ) Certo ( ) Errado
procedimentos do preparo pode envolver pequenos remendos
04. Conforme estabelece o Decreto nº 1.799, de 30 de
e reparos.
janeiro de 1996, assinale, entre os elementos a seguir, aquele
que não consta na imagem de abertura de uma série de
Etapa 2: Microfilmagem
documentos microfilmados.
Depois que os documentos estiverem preparados os
(A) Identificação do detentor dos documentos a serem
documentos serão microfilmados por microfilmadoras
microfilmados.
rotativas ou planetárias. Fatores como tamanho e estado de
(B) Local e data da microfilmagem.

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Registro no Ministério da Justiça. - Conter apenas abreviaturas previstas na literatura;


(D) Identificação do equipamento utilizado, da unidade - Devem ser referente aos dados simples, que não
filmadora e do grau de redução. requeiram maior aprofundamento científico. Não é correto,
(E) Menção, quando for o caso, de que a série de por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar
documentos microfilmados continua em microfilme posterior. dados referentes ao exame físico do paciente, como abdome
distendido, timpânico, etc.; visto que, para a obtenção destes
05. Para que os documentos de um acervo arquivístico dados, é necessário ter realizado o exame físico prévio, que
possam ser microfilmados, é necessário que, além de estarem constitui ação privativa do enfermeiro.
higienizados:
(A) possuam as mesmas dimensões; Tipos de Registro na Enfermagem
(B) possuam um mesmo assunto; As anotações de enfermagem se tratam de registros, nos
(C) estejam devidamente organizados; quais podem se referir a:
(D) estejam fora de uso corrente; - Todos os cuidados prestados ao paciente: incluem as
(E) não possuam mais valor de uso. prescrições de enfermagem e médicas cumpridas, além dos
cuidados de rotina, medida de segurança adotadas,
Gabarito encaminhadas ou transferência de setor, entre outros;
- Sinais e sintomas: incluem os identificados através da
01.Certo / 02.Errado / 03.Certo / 04.E / 05.C simples observação e os referidos pelo paciente. Importante
destacar que os sinais vitais mensurados devem ser
registrados pontualmente, ou seja, os valores exatos aferidos,
Prontuário médico; e não normotenso, normocárdico, etc.; e
- Intercorrências: no qual incluem os fatos ocorridos com
digitalização de prontuário. o paciente e medidas adotadas.

As anotações devem ser registradas em


ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM formulário/documentos, com cabeçalho devidamente
preenchido com os dados do paciente, de acordo com os
21As Anotações de Enfermagem, fornecem dados que irão critérios estabelecidos pela instituição.
subsidiar o enfermeiro e a equipe de enfermagem nos
estabelecimentos de saúde para planejamento e prescrição de Prontuário do Paciente
cuidados. Também, suporte para análise reflexiva dos
cuidados ministrados, respectivas respostas do paciente e É todo acervo documental padronizado, organizado e
resultados esperados da Evolução de Enfermagem. conciso, referente ao registro dos cuidados prestados ao
Portanto, a Anotação de Enfermagem é fundamental para paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência.
o desenvolvimento da Sistematização de Enfermagem (SAE), Para uma assistência de qualidade, o profissional de saúde
pois é fonte de informações essenciais para assegurar a precisa de acesso a informações:
continuidade da assistência. Contribui, ainda, para a - Corretas;
identificação das alterações do estado e das condições do - Organizadas;
paciente, favorecendo a detecção de novos problemas, a - Seguras;
avaliação dos cuidados prescritos e, por fim, possibilitando a - Completas;
comparação das respostas do paciente aos cuidados - Disponíveis.
prestados.
Com o objetivo de:
Regras para Anotações na Enfermagem - Atender às Legislações vigentes;
-Garantir a continuidade da assistência;
Algumas regras são importantes para elaboração de - Segurança do paciente;
registros na enfermagem, sendo assim as anotações devem - Segurança dos profissionais;
ser: - Ensino e Pesquisa;
- Legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e - Auditoria.
cronológica;
- Precedidas da data e hora, conter assinatura e A lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018 trata sobre a
identificação do profissional ao final de cada registro; digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a
- Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de
espaços; paciente, assim como a RESOLUÇÃO CFM Nº 1.821/2007
- Não escrever de lápis, sempre caneta azul, vermelha e/ou aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso
preta (varia com cada norma de cada instituição); dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos
- Conter observações efetuadas, cuidados prestados, seja, documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a
eles os já padronizados, de rotina e específico; eliminação do papel e a troca de informação identificada em
- Devem, ainda, constar das respostas do paciente frente ao saúde.
cuidados prescritos pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e
sintomas observados; LEI Nº 13.787, DE 27 DE DEZEMBRO DE 201822.
- Devem priorizar a descrição de características, como
tamanho mensurado (cm, mm, etc.), quantidade (ml, l, etc.), Dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas
coloração e forma; informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio
- Não conter termos que deem conotação de valor (bem, de prontuário de paciente.
mal, muito, pouco, etc.);

21 CIANCIARULLO, T.I. et al (Orgs). Sistema de assistência de enfermagem: evolução 22 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-


e tendências. São Paulo: Ícone, 2001. 2018/2018/lei/L13787.htm
EBISUI, C.T.N. Procedimentos de Enfermagem. Reedição revisada e ampliada. São
Paulo: Copidart, 2002.

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APOSTILAS OPÇÃO

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o regulamento, de acordo com o potencial de uso em estudos e
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: pesquisas nas áreas das ciências da saúde, humanas e sociais,
bem como para fins legais e probatórios.
Art. 1º A digitalização e a utilização de sistemas
informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio § 2º Alternativamente à eliminação, o prontuário poderá
de prontuário de paciente são regidas por esta Lei e pela Lei nº ser devolvido ao paciente.
13.709, de 14 de agosto de 2018.
§ 3º O processo de eliminação deverá resguardar a
Art. 2º O processo de digitalização de prontuário de intimidade do paciente e o sigilo e a confidencialidade das
paciente será realizado de forma a assegurar a integridade, a informações.
autenticidade e a confidencialidade do documento digital.
§ 4º A destinação final de todos os prontuários e a sua
§ 1º Os métodos de digitalização devem reproduzir todas eliminação serão registradas na forma de regulamento.
as informações contidas nos documentos originais.
§ 5º As disposições deste artigo aplicam-se a todos os
§ 2º No processo de digitalização será utilizado certificado prontuários de paciente, independentemente de sua forma de
digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas armazenamento, inclusive aos microfilmados e aos arquivados
Brasileira (ICP-Brasil) ou outro padrão legalmente aceito. eletronicamente em meio óptico, bem como aos constituídos
por documentos gerados e mantidos originalmente de forma
§ 3º O processo de digitalização deve obedecer a requisitos eletrônica.
dispostos em regulamento.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Os documentos originais poderão ser destruídos
após a sua digitalização, observados os requisitos constantes Brasília, 27 de dezembro de 2018; 197º da Independência
do art. 2º desta Lei, e após análise obrigatória de comissão e 130º da República.
permanente de revisão de prontuários e avaliação de RESOLUÇÃO CFM Nº 1.821/200723
documentos, especificamente criada para essa finalidade. (Publicada no D.O.U. de 23 nov. 2007, Seção I, pg. 252)

§ 1º A comissão a que se refere o caput deste artigo Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e
constatará a integridade dos documentos digitais e avalizará a uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos
eliminação dos documentos que os originaram. documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a
eliminação do papel e a troca de informação identificada em
§ 2º Os documentos de valor histórico, assim identificados saúde.
pela comissão a que se refere o caput deste artigo, serão
preservados de acordo com o disposto na legislação O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das
arquivística. atribuições que lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro
de 1957, alterada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de
Art. 4º Os meios de armazenamento de documentos 2004, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho
digitais deverão protegê-los do acesso, do uso, da alteração, da de 1958, e
reprodução e da destruição não autorizados.
CONSIDERANDO que o médico tem o dever de elaborar um
Parágrafo único. Os documentos oriundos da digitalização prontuário para cada paciente a que assiste;
de prontuários de pacientes serão controlados por meio de
sistema especializado de gerenciamento eletrônico de CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina
documentos, cujas características e requisitos serão (CFM) é a autoridade certificadora dos médicos do Brasil (AC)
especificados em regulamento. e distribuirá o CRM-Digital aos médicos interessados, que será
um certificado padrão ICP- Brasil;
Art. 5º O documento digitalizado em conformidade com as
normas estabelecidas nesta Lei e nos respectivos CONSIDERANDO que as unidades de serviços de apoio,
regulamentos terá o mesmo valor probatório do documento diagnóstico e terapêutica têm documentos próprios, que
original para todos os fins de direito. fazem parte dos prontuários dos pacientes;

§ 1º Para fins do disposto no caput deste artigo é CONSIDERANDO o crescente volume de documentos
mandatório que a guarda, o armazenamento e o manuseio dos armazenados pelos vários tipos de estabelecimentos de saúde,
documentos digitalizados também estejam em conformidade conforme definição de tipos de unidades do Cadastro Nacional
com as normas estabelecidas nesta Lei e nos respectivos de Estabelecimentos de Saúde, do Ministério da Saúde;
regulamentos.
CONSIDERANDO os avanços da tecnologia da informação e
§ 2º Poderão ser implementados sistemas de certificação de telecomunicações, que oferecem novos métodos de
para a verificação da conformidade normativa dos processos armazenamento e transmissão de dados;
referida no caput deste artigo.
CONSIDERANDO o teor das Resoluções CFM nos 1.605, de
Art. 6º Decorrido o prazo mínimo de 20 (vinte) anos a 29 de setembro de 2000, e 1.638, de 9 de agosto de 2002;
partir do último registro, os prontuários em suporte de papel
e os digitalizados poderão ser eliminados. CONSIDERANDO o teor do Parecer CFM nº 30/02,
aprovado na sessão plenária de 10 de julho de 2002, que trata
§ 1º Prazos diferenciados para a guarda de prontuário de de prontuário elaborado em meio eletrônico;
paciente, em papel ou digitalizado, poderão ser fixados em

23 http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2007/1821_2007.pdf

Conhecimentos Específicos 26
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APOSTILAS OPÇÃO

CONSIDERANDO que o prontuário do paciente, em § 2º Os arquivos digitais oriundos da digitalização dos


qualquer meio de armazenamento, é propriedade física da documentos do prontuário dos pacientes deverão ser
instituição onde o mesmo é assistido − independente de ser controlados por sistema especializado (Gerenciamento
unidade de saúde ou consultório −, a quem cabe o dever da eletrônico de documentos - GED), que possua, minimamente,
guarda do documento; as seguintes características:

CONSIDERANDO que os dados ali contidos pertencem ao a) Capacidade de utilizar base de dados adequada para
paciente e só podem ser divulgados com sua autorização ou a o armazenamento dos arquivos digitalizados;
de seu responsável, ou por dever legal ou justa causa;
b) Método de indexação que permita criar um
CONSIDERANDO que o prontuário e seus respectivos arquivamento organizado, possibilitando a pesquisa de
dados pertencem ao paciente e devem estar maneira simples e eficiente;
permanentemente disponíveis, de modo que quando
solicitado por ele ou seu representante legal permita o
fornecimento de cópias autênticas das informações
c) Obediência aos requisitos do “Nível de garantia de
segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no Manual de Certificação
pertinentes; CONSIDERANDO que o sigilo profissional, que
para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde;
visa preservar a privacidade do indivíduo, deve estar sujeito às
normas estabelecidas na legislação e no Código de Ética
Art. 3° Autorizar o uso de sistemas informatizados para a
Médica, independente do meio utilizado para o
guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca
armazenamento dos dados no prontuário, quer eletrônico
de informação identificada em saúde, eliminando a
quer em papel; CONSIDERANDO o disposto no Manual de
obrigatoriedade do registro em papel, desde que esses
Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde,
sistemas atendam integralmente aos requisitos do “Nível de
elaborado, conforme convênio, pelo Conselho Federal de
garantia de segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no Manual de
Medicina e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde;
Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde;
CONSIDERANDO que a autorização legal para eliminar o
Art. 4º Não autorizar a eliminação do papel quando da
papel depende de que os sistemas informatizados para a
utilização somente do “Nível de garantia de segurança 1
guarda e manuseio de prontuários de pacientes atendam
(NGS1)”, por falta de amparo legal.
integralmente aos requisitos do “Nível de garantia de
segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no referido manual;
Art. 5º Como o “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”,
exige o uso de assinatura digital, e conforme os artigos 2º e 3º
CONSIDERANDO que toda informação em saúde
desta resolução, está autorizada a utilização de certificado
identificada individualmente necessita de proteção em sua
digital padrão ICP-Brasil, até a implantação do CRM Digital
confidencialidade, por ser principio basilar do exercício da
pelo CFM, quando então será dado um prazo de 360 (trezentos
medicina;
e sessenta) dias para que os sistemas informatizados
incorporem este novo certificado.
CONSIDERANDO os enunciados constantes nos artigos
102 a 109 do Capítulo IX do Código de Ética Médica, o médico
Art. 6° No caso de microfilmagem, os prontuários
tem a obrigação ética de proteger o sigilo profissional;
microfilmados poderão ser eliminados de acordo com a
legislação específica que regulamenta essa área e após análise
CONSIDERANDO o preceituado no artigo 5º, inciso X da
obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários da unidade
Constituição da República Federativa do Brasil, nos artigos
médico-hospitalar geradora do arquivo.
153, 154 e 325 do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940) e no artigo 229, inciso I do Código Civil (Lei
Art. 7º Estabelecer a guarda permanente, considerando a
nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002);
evolução tecnológica, para os prontuários dos pacientes
arquivados eletronicamente em meio óptico, microfilmado ou
CONSIDERANDO, finalmente, o decidido em sessão
digitalizado.
plenária de 11/7/2007,
Art. 8° Estabelecer o prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a
RESOLVE:
partir do último registro, para a preservação dos prontuários
dos pacientes em suporte de papel, que não foram arquivados
Art. 1º Aprovar o Manual de Certificação para Sistemas de
eletronicamente em meio óptico, microfilmado ou digitalizado.
Registro Eletrônico em Saúde, versão 3.0 e/ou outra versão
aprovada pelo Conselho Federal de Medicina, anexo e também
Art. 9º As atribuições da Comissão Permanente de
disponível nos sites do Conselho Federal de Medicina e
Avaliação de Documentos em todas as unidades que prestam
Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS),
assistência médica e são detentoras de arquivos de
respectivamente, www.portalmedico.org.br e
prontuários de pacientes, tomando como base as atribuições
www.sbis.org.br.
estabelecidas na legislação arquivística brasileira, podem ser
exercidas pela Comissão de Revisão de Prontuários.
Art. 2º Autorizar a digitalização dos prontuários dos
pacientes, desde que o modo de armazenamento dos
Art. 10° Estabelecer que o Conselho Federal de Medicina
documentos digitalizados obedeça a norma específica de
(CFM) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
digitalização contida nos parágrafos abaixo e, após análise
(SBIS), mediante convênio específico, expedirão selo de
obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários, as normas
qualidade dos sistemas informatizados que estejam de acordo
da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da
com o Manual de Certificação para Sistemas de Registro
unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
Eletrônico em Saúde, aprovado nesta resolução.
§ 1º Os métodos de digitalização devem reproduzir todas
Art. 11° Ficam revogadas as Resoluções CFM nos 1.331/89
as informações dos documentos originais.
e 1.639/02, e demais disposições em contrário.

Conhecimentos Específicos 27
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 12° Esta resolução entra em vigor na data de sua A Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991 (Lei dos Arquivos),
publicação. dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e dá
outras providências e os Decretos nos 2.134, de 20 de janeiro
Brasília, 11 de julho de 2007 de 1997; 2.942, de 18 de janeiro de 1999, e 4.073, de 3 de
Edson de Oliveira Andrade janeiro de 2002, a regulamentam.
Lívia Barros Garção
Presidente Secretária-Geral A Lei nº 8.394, de 30 de dezembro de 1991, dispõe sobre a
preservação, organização e proteção dos acervos documentais
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS privados dos presidentes da República.

O prontuário do paciente, em qualquer meio de O Decreto nº 1.173, de 29 de junho de 1994, dispõe sobre
armazenamento, é propriedade física da instituição onde o a competência, organização e funcionamento do Conselho
mesmo é assistido, quer seja uma unidade de saúde quer seja Nacional de Arquivos e do Sistema Nacional de Arquivos.
um consultório, a quem cabe o dever da guarda do documento.
Assim, ao paciente pertencem os dados ali contidos, os quais O Decreto nº 2.182, de 20 de março de 1997, estabelece
só podem ser divulgados com a sua autorização ou a de seu normas para a transferência e o recolhimento de acervos
responsável, ou por dever legal ou justa causa. Estes dados arquivísticos públicos federais para o Arquivo Nacional.
devem estar permanentemente disponíveis, de modo que,
quando solicitados por ele ou seu representante legal, O Decreto nº 2.910, de 29 de dezembro de 1998, estabelece
permitam o fornecimento de cópias autênticas das normas para a salvaguarda de documentos, materiais, áreas,
informações a ele pertinentes. comunicações e sistemas de informação de natureza sigilosa.

Existe, hoje, um volume crescente de documentos O Decreto nº 3.505, de 13 de junho de 2000, instituiu a
armazenados pelos vários tipos de estabelecimentos de saúde, Política de Segurança da Informação nos órgãos e entidades da
conforme definição de tipos de unidades do Cadastro Nacional administração pública federal.
de Estabelecimentos de Saúde, do Ministério da Saúde. As
unidades de serviços de apoio, diagnóstico e terapêutica têm O Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002, dispõe
documentos próprios, que fazem parte dos prontuários dos sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e
pacientes. Além disso, os avanços da tecnologia da informação materiais sigilosos de intersegurança da sociedade e do
e de telecomunicações oferecem novos métodos de Estado;
armazenamento e transmissão de dados.
O Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, dispõe
O disposto no Manual de Certificação para Sistemas de sobre o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo – Siga.
Registro Eletrônico em Saúde, elaborado, conforme convênio,
pelo Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de A Resolução Conarq nº 7, de 20 de maio de 1997, dispõe
Informática em Saúde garante que, para eliminar o papel, os sobre procedimentos para a eliminação de documentos no
sistemas informatizados para guarda e manuseio de âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público.
prontuários de pacientes, atendam integralmente aos
requisitos do “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”. A Resolução Conarq nº 22, de 30 de junho de 2005, dispõe
sobre as diretrizes para a avaliação de documentos em
Ao atender o “Nível de garantia de segurança 1 (NGS1)”, o instituições de saúde.
sistema informatizado já possui um bom nível de segurança,
entretanto, a eliminação do papel só é possível com a utilização A NBR ABNT nº 10.519/88, de 1º de outubro de 1988, fixa
de certificado digital padrão ICP-Brasil, segundo determinação as condições exigíveis para a racionalização dos arquivos
da legislação em vigor sobre documento eletrônico no Brasil, brasileiros, públicos e privados, estabelecendo preceitos
descrita abaixo. capazes de orientar a ação dos responsáveis pela análise e
seleção de documentos, com vistas à fixação de prazos para
A validade jurídica dos documentos eletrônicos como sua guarda e/ou eliminação.
prova é garantida conforme o disposto nos artigos 104, 212,
221, 225 e 421 do Código Civil e nos artigos 131, 154, 244, 332 Existem, ainda, mais disposições na legislação sobre o
e 383 do Código de Processo Civil. O Decreto nº 3.587, de 5 de assunto:
setembro de 2000, estabelece normas para a Infra-Estrutura
de Chaves Públicas do Poder Executivo Federal – ICP-Gov. A Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, regulamenta o
art. 236 da Constituição Federal, dispondo sobre serviços
A Medida Provisória nº 2.200, de 24 de agosto de 2001, notariais e de registros e dispõe sobre o uso do arquivamento
instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras – eletrônico pelos serviços notariais e de registros (cartórios).
ICP-Brasil e concedeu validade jurídica plena aos documentos
públicos e privados desde que tenham uma certificação (arts. A Lei nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, define
1º e 10); e o Decreto nº 3.872, de 18 de julho de 2001, dispõe competência, regulamenta os serviços concernentes ao
sobre o Comitê Gestor da Infra-Estrutura de Chaves Públicas protesto de títulos e outros documentos de dívida e estabelece
Brasileira – CG ICP-Brasil, sua Secretaria Executiva e Comissão em seu art. 41 que “Para os serviços previstos nesta Lei os
Técnica Executiva. Tabeliães poderão adotar, independentemente de autorização,
sistemas de computação, microfilmagem, gravação eletrônica
A legislação arquivística brasileira normatiza a guarda, a de imagem e quaisquer outros meios de reprodução”.
temporalidade e a classificação dos documentos, inclusive dos
prontuários médicos. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, institui o Código
Nacional de Trânsito Brasileiro e determina que as repartições
A Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, regulamenta a de trânsito deverão manter em arquivo, por 5 (cinco) anos, os
microfilmagem de documentos oficiais por meio do Decreto nº documentos referentes a habilitação, registro e licenciamento
1.799, de 30 de janeiro de 1996. de veículos, podendo as repartições fazerem uso da tecnologia

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APOSTILAS OPÇÃO

de microfilmagem ou meio magnético. O Parecer nº 16, de 4 de novembro de 1997, do Conselho


Nacional de Educação, dispõe sobre o arquivamento eletrônico
A Lei n.º 9.800, de 26 de maio de 1999, permite às partes a em CDs ou outros meios, dos documentos escolares das
utilização de sistema de transmissão de dados para a prática instituições de ensino (Ministério da Educação) que em seu
de atos processuais, isto é, o envio de petições via e-mail, art. 1º. dispõe que: “O arquivamento de documentos escolares,
observados certos requisitos. das instituições de ensino, observará as seguintes modalidades:
(c) em disquete ou CD-ROM obtido por sistema
A Lei nº 9.983, de 14 de julho de 2000, altera o Decreto-Lei computadorizado”.
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.
Com isso, o Conselho Federal de Medicina reconhece a
A Lei n.º 10.259, de 12 de julho de 2001, dispõe sobre a importância do uso de sistemas informatizados para a guarda
instituição dos juizados especiais civis e criminais no âmbito e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de
da Justiça Federal e seu artigo 8º normatiza a intimação informação identificada em saúde, bem como a digitalização
eletrônica na área civil para todas as pessoas jurídicas de dos prontuários em papel, como instrumento de
direito público. modernização, com conseqüente melhoria no atendimento ao
paciente. É dever do CFM garantir ao médico amplo respaldo
O Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, institui o legal na utilização desses sistemas, motivo pelo qual publica
Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex. e autoriza esta Resolução.
os importadores/exportadores a utilizarem a emissão da
documentação, relacionada ao comércio exterior, por meio do MICHEL TEMER
processamento eletrônico de dados e imagens on line e meio Torquato Jardim
magnético. Gustavo do Vale Rocha

O Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de 1999, estabelece Ainda sobre o Prontuário Médico há a RECOMENDAÇÃO
regras para a redação de atos normativos de competência dos CFM Nº 3/14 o qual trataremos abaixo:
órgãos do Poder Executivo.
RECOMENDAÇÃO CFM Nº 3/14
O Decreto n° 3.714, de 3 de janeiro de 2001, dispõe sobre
a remessa de documentos por meio eletrônico a que se refere Ementa: Recomendar aos profissionais médicos e
o art. 57-A do Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de 1999. instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou
hospitalar no sentido de: a) fornecerem, quando solicitados
O Decreto nº 3.779, de 23 de março de 2001, acresce pelo cônjuge/companheiro sobrevivente do paciente morto, e
dispositivo ao art. 1º do Decreto nº 3.714, de 3 de janeiro de sucessivamente pelos sucessores legítimos do paciente em
2001, que dispõe sobre remessa de documentos por meio linha reta, ou colaterais até o quarto grau, os prontuários
eletrônico.O Decreto n° 3.996, de 31 de outubro de 2001, médicos do paciente falecido: desde que documentalmente
dispõe sobre a prestação de serviços de certificação digital no comprovado o vínculo familiar e observada a ordem de
âmbito da administração pública federal. vocação hereditária; b) informarem aos pacientes acerca da
necessidade de manifestação expressa da objeção à divulgação
O Decreto n° 4.414, de 7 de outubro de 2002, altera o do seu prontuário médico após a sua morte.
Decreto n° 3.996, de 31 de outubro de 2001, que dispõe sobre
a prestação de serviços de certificação digital no âmbito da O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das
administração pública federal. atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de
1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho
A Portaria nº 1.121, de 8 de novembro de 1995, do de 1958, alterada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de
Ministério do Trabalho, dispõe sobre a informatização do 2004, e pelo Decreto n.º 6821, de 14 de abril de 2009, e
registro de empregados e demais dados relacionados ao
contrato de trabalho (utilização do armazenamento eletrônico CONSIDERANDO a tutela antecipada concedida nos autos
de documentos na área trabalhista). do processo Ação Civil Pública n.º nº 26798-
86.2012.4.01.3500, movida pelo MPF, em trâmite na 3ª Vara
A Resolução n° 1, de 25 de setembro de 2001, do Com itê Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás;
Gestor da ICP-Brasil, aprova a Declaração de Práticas de
Certificação da AC- Raiz da ICP-Brasil. CONSIDERANDO que a decisão acima citada está sendo
atacada por intermédio do recurso Agravo de Instrumento nº
A Resolução n° 4, de 22 de novembro de 2001, do Com itê 0015632-13.2014.4.01.0000, em trâmite no TRF 1ª Região;
Gestor da ICP-Brasil, altera a Declaração de Práticas de
Certificação da AC Raiz da ICP-Brasil. CONSIDERANDO, finalmente, o decidido pelo plenário em
sessão realizada em 28 de março de 2014,
A Resolução n° 13, de 26 de abril de 2002, do Comit ê
Gestor da ICP-Brasil, altera a Declaração de Práticas de RECOMENDA-SE:
Certificação da AC Raiz da ICP-Brasil (autoridade
certificadora), estabelecendo o vínculo entre o par Raiz da ICP- Art. 1º - Que os médicos e instituições de tratamento
Brasil, os critérios e procedimentos de chaves e seu titular. médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar: a) forneçam,
quando solicitados pelo cônjuge/companheiro sobrevivente
A Resolução n° 19, de 8 de maio de 2003, do Comitê Gestor do paciente morto, e sucessivamente pelos sucessores
da ICP-Brasil, aprova o modelo eletrônico Revalidação dos legítimos do paciente em linha reta, ou colaterais até o quarto
Dados Cadastrais e Solicitação de Novo Certificado, de que grau, os prontuários médicos do paciente falecido: desde que
trata a Resolução n° 1, de 25 de setembro de 2001, do Comitê documentalmente comprovado o vínculo familiar e observada
Gestor da ICP-Brasil. a ordem de vocação hereditária, e

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APOSTILAS OPÇÃO

b) informem os pacientes acerca da necessidade de (B) ler a anotação anterior antes de realizar o novo
manifestação expressa da objeção à divulgação do seu registro.
prontuário médico após a sua morte. (C) utilizar terminologia adequada, evitando abreviaturas
não previstas na literatura.
Art. 2º - Esta Recomendação entra em vigor na data de sua (D) priorizar a descrição de características como tamanho,
publicação. quantidade, coloração e formato.
(E) registrar todas as medidas de segurança utilizadas par
Brasília/DF, 28 de março de 2014 proteger o paciente.

ROBERTO LUIZ D’AVILA HENRIQUE BATISTA E 02. (Pref. Fortaleza/CE - Técnico em Enfermagem) A
SILVA importância do registro no prontuário reside no fato de que a
Presidente Secretário-geral equipe de enfermagem é a única que permanece
continuamente ao lado do paciente, podendo informar, com
FUNDAMENTAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO CFM Nº 3/14 detalhes, todas as ocorrências clínicas. Sobre a anotação de
enfermagem, marque o item correto.
O CFM editou o Parecer Consulta CFM n.º 6/2010 e a Nota (A) Caso o tratamento prescrito não seja realizado, não é
Técnica n.º 2/2012 do Setor Jurídico. necessário fazer anotação.
(B) Os dados podem ser registrados a caneta ou lápis,
Todavia, tais manifestações/orientações estão sendo preferencialmente sem rasuras.
objeto de discussão judicial, que acarretou a concessão parcial (C) O registro deve ser realizado após a prestação do
de tutela antecipada nos seguintes moldes, verbis cuidado, verificando intercorrências e identificando a hora
exata do evento.
“Posto isso, defiro em parte medida antecipatória, para (D) Ao final do registro, deve-se assinar a anotação e
determinar ao Conselho Federal de Medicina que, no prazo de colocar o número de inscrição do Conselho Regional de
10 (dez) dias, adote as devidas providências de orientação aos Enfermagem, quando for norma da instituição de saúde.
profissionais médicos e instituições de tratamento médico,
clínico, ambulatorial ou hospitalar no sentido de: a) 03. (TJ/PE - Técnico em Enfermagem - FCC) Ao proceder
fornecerem, quando solicitados pelo cônjuge/companheiro o registro de informações escritas na anotação de enfermagem
sobrevivente do paciente morto, e sucessivamente pelos recomenda-se
sucessores legítimos do paciente em linha reta, ou colaterais (A) realizar o registro imediatamente após a ocorrência
até o quarto grau, os prontuários médicos do paciente falecido: dos fatos e da execução do procedimento.
desde que- documentalmente comprovado o vínculo familiar e (B) utilizar termos como “bom”, “regular”, “normal”, pois
observada a ordem de vocação hereditária; b) informarem aos tornam a leitura mais objetiva.
pacientes acerca da necessidade de manifestação expressa da (C) manter espaço em branco entre um registro e outro.
objeção à divulgação do seu prontuário médico após a sua (D) usar corretivos e borrachas para correção de erros de
morte. documentação, ocultando o registro inicial.
Fixo em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a multa diária (E) descrever o fato, emitir opiniões e juízo de valor,
para o caso de descumprimento da presente medida, sem baseando-se em princípios pessoais e éticos da profissão.
prejuízo das sanções penais e administrativas aplicáveis ao
presidente da entidade em caso de descumprimento, inclusive 04. (TER/AL - CESPE) As anotações de enfermagem são
no que tange à configuração de ato de improbidade registros realizados pelos membros da equipe de enfermagem
administrativa.” sobre as ocorrências e sobre todos os cuidados prestados aos
pacientes, devendo, obrigatoriamente, ser acompanhadas da
O Conselho Federal de Medicina defende a ideia de que o assinatura e do número do registro no COREN da pessoa que
sigilo médico deve ser respeitado e, que o fornecimento dos as realizou.
documentos em questão devem ocorrer da forma preconizada ( )Certo ( )Errado
nas manifestações acima, em observância ao Código de Ética
Médica e à Resolução CFM n.º 1605/2000. 05. (UFRN) Em relação aos registros e às anotações de
enfermagem no prontuário do paciente, é importante que:
Todavia, visando dar imediato cumprimento à aludida (A) as anotações se limitem aos aspectos relativos à doença
decisão judicial o Conselho Federal de Medicina expedirá ou ao agravo do paciente, pois as demais anotações são
recomendação para esclarecer os médicos e as instituições desnecessárias.
hospitalares acerca dos pontos acima suscitados. (B) as informações sejam breves e resumidas, devendo-se
usar abreviaturas e códigos, pois o importante são os dados
O CFM esclarece, ainda, que está buscando a reforma da estatísticos.
decisão liminar em questão junto ao egrégio TRF 1ª Região (C) as informações sejam registradas de forma clara,
(Agravo de Instrumento nº 0015632-13.2014.4.01.0000). objetiva e completa, com grafia legível, a devida assinatura e o
número do registro do profissional no Conselho.
ROBERTO LUIZ D’AVILA (D) as anotações de enfermagem e checagem não
Presidente contenham a assinatura nem o número do registro do
profissional no Conselho, pois não se trata de um documento
Questões oficial.

01. (IF/PA - Auxiliar de Enfermagem - FUNRIO) As Gabarito


anotações de enfermagem são registros importantes para a
continuidade e avaliação da assistência prestada aos usuários 01.A / 02.C / 03.A / 04.Certo / 05.C
da unidade de saúde. A correta anotação de enfermagem deve
obedecer aos seguintes princípios, EXCETO:
(A) fazer sempre as anotações somente ao final da jornada
de trabalho para evitar rasuras.

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