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LÍNGUA INGLESA I
GUARULHOS – SP
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
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5.1.2 Técnica de leitura em inglês – Scanning........................................................... 47
5.3 Inglês Instrumental – uma técnica que pode ser aplicada na leitura em inglês .. 50
5.4 Como fazer uma análise dos textos pode ajudar na leitura em inglês? .............. 51
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 USO DE ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EM INTERAÇÕES
COMUNICATIVAS DA VIDA COTIDIANA
Seja em nossa língua nativa ou em língua estrangeira, todos temos que nos
comunicar oralmente ou por escrito para que consigamos realizar nossas tarefas
cotidianas. Numa situação de sala de aula, um estudante, por exemplo, precisa utilizar
a linguagem para fazer uma apresentação, participar de uma discussão, elaborar uma
redação, fazer uma prova. Um profissional administrativo, por sua vez, tem que saber
escrever um e-mail comercial, atender uma ligação, elaborar um relatório e,
possivelmente, participar de reuniões e negociações. No nosso dia a dia, utilizamos
gêneros escritos ou orais para interagirmos em sociedade. Isso significa que a
organização da linguagem não é aleatória, mas segue um conjunto de regras
razoavelmente padronizadas que facilita, a quem nos ouve ou lê, ou seja, ao nosso
interlocutor, a compreensão adequada da mensagem.
A utilização desses padrões linguísticos, respeitando, também, o nível de
formalidade, permite a adequação do indivíduo ao seu contexto social e cultural.
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Utilizando essas formas de linguagem, podemos comunicar-nos de modo
escrito ou oral em variados graus de formalidade, como veremos a seguir.
Conforme Sangaletti et al. (2018, p. 47), uma das características que difere a
linguagem oral da escrita é o grau de interação dos participantes. Desse modo, na
comunicação escrita, temos maior distância entre os interlocutores e, assim, temos
que utilizar recursos de coerência e coesão, tais como marcadores discursivos (but, fi
nally, moreover), sinônimos para evitar repetições, dentre outros. Entretanto, quando
estamos cara a cara, podemos transmitir nossa mensagem não somente por meio da
fala, mas, também, com a entoação e a linguagem corporal. Podemos, além disso,
interagir com quem falamos, e esse interlocutor pode, por exemplo, pedir que
repitamos a mensagem ou que esclareçamos algum tópico mal compreendido.
Em geral, a linguagem formal é associada à escrita, já que, quando
escrevemos, temos maior tempo disponível para refletir sobre nossa escolha
linguística e utilizar a norma culta. Por outro lado, a linguagem informal é relacionada
à oralidade devido, especialmente, à espontaneidade e à improvisação da fala, visto
que, além da linguagem, utilizamos outros recursos para nos fazer entender.
Entretanto, essa separação não é tão categórica. Há momentos em que a
escrita pode ser muito informal, por exemplo, ao escrever cartões-postais, cartas para
amigos ou mensagens de texto no celular. Também há exemplos em que o inglês
falado pode ser muito formal, como, por exemplo, em um discurso ou palestra.
A linguagem formal e a informal podem estar ligadas a situações comunicativas
específicas e estão associadas a escolhas particulares de gramática e vocabulário,
como você pode ver no Quadro 1, a seguir.
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Contrastadas as diferenças no emprego do inglês formal e informal, sempre se
deve estar atento às situações comunicativas que exigem níveis de formalidade
diversos. Por exemplo, um entrevistador que irá questionar uma banda de rock,
utilizará um nível de linguagem diferente no caso de fazer uma entrevista com o
presidente de seu país, não é mesmo?
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Também por meio da tecnologia, cada vez mais, podemos expor nossas ideias,
nossos valores e convicções, bem como “ouvir” e discutir a partir da opinião de
terceiros locais ou estabelecidos em qualquer local do globo por meio de fóruns
virtuais, blogs ou das mídias sociais. (MARCUSCHI, 2008)
Cada gênero possui uma organização textual própria e uma linguagem
específica, seja na modalidade oral ou escrita. Para exemplificar isso, vamos analisar
uma carta do leitor (letter to the editor) (Quadro 3), apontando suas características
organizacionais (estruturação) e lexicais (de vocabulário).
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Segundo Antunes (2003), verifique que temos um vocabulário específico para:
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Agora, no Quadro 5, veja como essas expressões poderiam ser empregadas
em um diálogo.
Segundo Antunes (2003), seja no discurso oral ou escrito, você deve atentar
para a estrutura do gênero (o modo como está organizado), além do vocabulário
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específico que é comumente encontrado nesses textos. Essas expressões irão
auxiliá-lo a debater e expressar seu ponto de vista. Do you see what I mean? (Você
entende o que eu quero dizer?).
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Formas verbais, como o imperativo, que pode exprimir uma ordem,
orientação ou alerta, no contexto de instruções. É importante não
confundir o modo imperativo (que tem uma função comunicativa) com o
infinitivo verbal (verbo sem conjugação) (Quadro 6).
Certos verbos modais são comumente utilizados para esse fim, como:
Em suma, para fornecer instruções, você pode optar entre as várias formas
linguísticas, conforme mostra o Quadro 7.
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Ao escolher as formas linguísticas, a mesma instrução pode ser oferecida de
modo diverso. Veja, no exemplo a seguir, duas orientações de como aplicar um creme
hidratante (moisturizer). Optando pelo modo imperativo, o estilo é mais objetivo e
direto. A preferência pelo uso de modais pode tornar o texto mais polido. Marcadores
discursivos de sequência (first, then, next) tornam o trecho mais coeso. (MARCUSCHI,
2008)
Agora, vamos ver como vários itens linguísticos podem estar presentes em um
manual de instruções de uma máquina de lavar roupas?
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Veja que o manual, primeiramente, fornece a sequência de procedimentos para
que se consiga operar a máquina. A sequência deve ser seguida na ordem
estabelecida, ou seja, em primeiro lugar, deve-se colocar as roupas na máquina,
depois, o sabão liquido ou em pó (liquid or powdered detergent). Em seguida, deverá
ser adicionado a água sanitária (bleach) ou o amaciante (fabric softner) para,
finalmente, escolher o programa e apertar ou selecionar o botão de início (Start).
Essas instruções iniciais garantem o funcionamento do equipamento.
Num segundo momento, são feitas algumas recomendações com verbos
modais (You have to use detergents; You should call our hotline) e imperativos (Don’t
open the machine; please check the Troubleshooting section). O modal must utilizado
na forma negativa (You mustn’t add bleach water...) é mais incisivo, utilizado como um
alerta para que o usuário não coloque água sanitária diretamente nas roupas, evitando
maiores problemas. (DAVIDSON, 2006)
Também podemos dar instruções a partir do discurso oral, o que ocorre,
geralmente, com uma linguagem mais informal.
Veja, no exemplo a seguir, como seria um diálogo entre uma mãe que está
ensinando o filho a preparar uma omelete. As figuras colaboram na compreensão da
sequência.
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Tom: Hey mum can you teach me how to cook an omelet?
Tina: Sure dear. It’s very simple. Go get the ingredients: 2 eggs, salt, butter. Do
you want some filling: cheese, bacon, ham?
Tom: Wow! Cheese and ham would be great!
Tina: OK. Ah! Get a bowl to make the mixture and a skillet to cook it.
Tom: Here you are.
Tina: Now, pay attention. First you must beat the eggs with salt.
Tom: OK, ready.
Tina: Next, heat the butter in the skillet for 2 minutes and then pour in the
mixture.
Tom: That’s easy!
Tina: When the top surface of the eggs in thickened and you can’t see no liquid
egg, flip the omelet and wait until is completely cooked. You should be careful
when you flip it because it can fall apart.
Tom: Let me try! Oops! I’ve ruined it! Sorry mum!
Tina: Easy does it! No worries, I’ll fix that.
Tom: Now I know: I have to fold the omelet and add the filling.
Tina: Great! Now some extra tips: Always add fillings in small pieces because
they can tear the omelet. Bacon should be coooked first and refrigerated fillings
have to be heated.
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Tom: OK I got it! Now, it’s just practice.
Tina: Absolutely
Observe que o diálogo acerca de como preparar uma omelete segue a mesma
estruturação dos textos instrutivos. No caso de uma receita culinária, primeiramente,
os ingredientes, depois, o modo de fazer. (ANTUNES, 2003)
Quanto aos itens linguísticos, o imperativo é muito utilizado. Por exemplo, em
Go get the ingredientes: “Vá pegar os ingredientes”; Get a bowl: “pegue uma tijela”;
Flip the omelete: “Vire a omelete”, seguido dos verbos modais, indicando
recomendação. Por exemplos, You should be careful: “Você deve ter cuidado”; Bacon
should be coooked first and refrigerated fillings have to be heated: “O bacon deve ser
cozido primeiro e os recheios refrigerados devem ser aquecidos”.
Naturalmente, estão presentes uma série de palavras típicas do discurso oral,
tais como Wow (Uau), Great (Maravilha), Absolutely! (Certíssimo!), bem como
expressões idiomáticas: Here you are (Aqui está); I got it (Entendi) Easy does it! (Vai
com calma!).
Como você deve ter verificado, as várias situações comunicativas que
vivenciamos cotidianamente estão cercadas de práticas ritualizadas e são repetidas
pelas gerações. Essa sistematização facilita aos falantes, leitores e escritores a
compreensão dos gêneros que estão presentes em cada atividade. Esses gêneros
vão evoluindo com o passar do tempo, em especial na atualidade, por causa do
desenvolvimento tecnológico. Vemos, por exemplo, que, agora, nossos pontos de
vista podem ser ouvidos ou lidos por pessoas do mundo inteiro pela internet. Você
lembra do famoso livro de receitas? Agora, as instruções escritas também possuem
hiperlinks e as pessoas podem até seguir a receita assistindo a um vídeo. Entretanto,
como você pode notar, as características básicas desse gênero não foram alteradas,
pelo menos por enquanto, de modo que é importante atentar-se a elas.
Para que possamos participar ativamente de nossa comunidade, devemos
conhecer e utilizar os gêneros que dela fazem parte, observando como eles evoluem
e buscando uma constante atualização.
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3 OS TIPOS DE FRASES EM INGLÊS
Nesses exemplos, that tall student pode ser tanto o sujeito quanto o objeto nas
frases. As palavras that, “aquele” ou “aquela”, tall, “alto” ou “alta”, e student, “aluno”
ou “aluna”, não têm uma terminação indicando se são masculinas ou femininas ou,
ainda, se juntas podem ocupar a posição de sujeito ou objeto. (SANGALETTI, 2018)
Algumas palavras têm a propriedade de combinar-se, e essa combinação pode
ocupar o lugar de sujeito ou de objeto em uma frase, vindo antes ou depois dos verbos.
Nesses exemplos, antes dos verbos can play (pode jogar) e depois de invited
(convidamos). É o que acontece com that tall student. Essa combinação pode ser
usada nessas posições, pois pronomes como that e adjetivos como tall acompanham
substantivos como student em inglês.
Apesar de só entendermos algumas mensagens dentro de um contexto ou de
uma situação contextual, as frases são formadas desta forma em inglês. A
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compreensão dessas frases é possível porque há uma ordem em que essa
combinação é feita. A palavra central nessa combinação é o substantivo, que pode
ser acompanhado por artigos, adjetivos e alguns pronomes. Veja no Quadro 1, a
seguir, algumas possíveis combinações.
Os verbos na língua inglesa são palavras que apresentam mais variações que
os substantivos, pois podem estar no presente, no passado e no futuro, além de serem
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flexionados no singular e no plural. Os verbos can play e invited estão no presente e
no passado, respectivamente. Can é um verbo auxiliar, usado no presente, e é
acompanhado por um verbo principal no infinitivo. O verbo invited está no passado;
ele é um verbo principal e regular, por isso recebe o sufixo ed para informar seu tempo
passado.
Agrupando as palavras que compõem uma frase (artigos, substantivos,
adjetivos e verbos), formamos uma frase afirmativa, negativa ou interrogativa. As
frases são utilizadas para informar algo ou dizer algo para alguém, além de serem
usadas para transmitir detalhes suficientes para a compreensão da mensagem, dados
essenciais para uma comunicação eficaz. Uma frase escrita também deve começar
sempre com letra maiúscula e terminar com um ponto final, uma exclamação ou uma
interrogação (DAVIDSON, 2006). Essas características fazem parte da formação de
frases em inglês, que apresentam os seguintes tipos:
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I can’t believe it!
What a nice day!
Oh, I love it!
That’s very kind of you!
Poor little thing!
Frases imperativas: as frases imperativas são frases que carregam um
verbo no presente porque transmitem ordens ou pedidos no momento
em que a pessoa pronuncia essa ordem ou esse pedido a quem se
dirige: you (você). Exemplos:
Wait here, please.
Be quiet.
Don’t be late tomorrow.
Come in and take a seat.
Don’t enter.
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Either she is late, or she is coming tomorrow.
Tom is going to travel next month, and Jude must stay in the office.
Frases complexas: as frases complexas são frases com dois ou mais
verbos, contendo duas ou mais orações, nas quais uma oração é
independente e a outra é dependente, porque precisa da oração
independente para completar seu sentido. Exemplos:
Betty was leaving home when her phone rang.
They want to tell you the truth because it is important.
George had arrived before I went home.
If we had time, we could speak to you.
We are living in a nice neighborhood although we have to commute every
day.
Uma frase envolve alguns elementos que são, basicamente, o sujeito, o verbo
e o objeto. Observando esse sistema de formação de frases, você produz essas frases
e as usa para se comunicar. Lembrando que você deve observar a combinação das
palavras para formar frases em inglês, observe os exemplos abaixo:
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We have this project to execute him?
She hads a pain in the head.
They not went to gym.
I pretend to study more.
Carlo will can to go tomorrow.
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Caso contrário, a equivalência dessa frase seria: Eu finjo estudar mais. No quinto e
último exemplo, temos *Carlo will can to go tomorrow (Carlo não poderá ir amanhã).
O problema que essa frase tem é em relação aos dois verbos modais: will, auxiliar que
marca o futuro em inglês, e can, auxiliar que equivale a “poder”, ocupam o mesmo
lugar em uma frase. Logo, quando se usa will, não se pode usar can, e vice-versa, de
modo que é preciso fazer uma escolha. Ainda há mais um problema nessa frase:
depois de verbos modais, como will e can, não se usa a preposição to para separá-
los do verbo principal, com algumas exceções. A frase correta é Carlo will go tomorrow
ou Carlo can go tomorrow.
Essas frases são alguns exemplos de problemas que podem aparecer em
relação à combinação de palavras e à construção de frases em inglês: posição do
sujeito e do verbo auxiliar em perguntas, uso de auxiliares em frases negativas, grafia
de palavras parecidas com palavras que fazem parte do idioma de quem está falando
e confusão com as regras do próprio idioma que se está estudando. (SANGALETTI,
2018)
Há ainda outros casos, como a concordância do sujeito, que podem causar
dúvidas ao serem utilizados.
Acompanhe alguns exemplos no Quadro 3.
The man in black has just left. (The man in black = sujeito)
He left the party early. (He = sujeito)
That went wrong. (That = sujeito)
My parrot speaks four languages. (My parrot = sujeito)
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left (acabou de sair); left the party early (deixou a festa cedo); went wrong (deu errado);
speaks four languages (fala quatro línguas). (SANGALETTI, 2018)
O predicado contém verbos que podem pedir complemento direto ou indireto,
chamados objeto direto e objeto indireto. Geralmente, completamos o significado da
maioria dos verbos em inglês, formando, então, o predicado. Há casos em que um
verbo pede os dois complementos: um objeto direto e outro objeto indireto. Entretanto,
há alguns verbos que não precisam de complemento porque são verbos que
apresentam uma ideia completa e seu significado é suficiente para a compreensão
das frases. Esses verbos são intransitivos. Lembre-se que essa variação pode
acontecer em frases simples, compostas ou complexas, como os exemplos que
estudamos no início do capítulo. Veja alguns exemplos no Quadro 5.
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4 ESTRUTURAS GRAMATICAIS
Rim: rins
Anel: anéis
Barril: barris
Cachecol: cachecóis
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A seguir, apresentamos uma relação desses casos especiais de formação do
plural em Inglês:
Substantivos que terminam em ch, s, ss, sh, x, z e a maioria dos substantivos
que terminam em o: acrescenta-se es no final. (ANTUNES, 2003)
Exemplos:
-ch:
Church - churches (igrejas)
Match - matches (fósforos)
Watch - watches (relógios)
-s:
Bus - buses (ônibus)
-ss:
Class - classes (aulas)
Glass - glasses (copos)
Kiss - kisses (beijos)
-sh:
brush -brushes (escovas)
crash - crashes (colisões)
flash - flashes (lampejos)
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wish - wishes (desejos)
-x:
Box - boxes (caixas)
Fox - foxes (raposas)
-z:
Topaz - topazes (topázios)
-o:
Echo - echoes (ecos)
Superhero - superheroes (super-heróis)
Potato - potatoes (batatas)
Tomato - tomatoes (tomates)
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Radio - radios (rádios)
Solo - solos (solos)
Soprano - sopranos (sopranos)
Studio - studios (estúdios)
Tango - tangos (tangos)
Video - videos (vídeos)
Virtuoso - virtuosos (virtuosos)
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4.2 Os Pronomes (The Pronouns)
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Os Pronomes Pessoais do Caso Reto desempenham papel
de sujeito (subject) da oração:
Rachel and I go to the park every day. (Eu e Raquel vamos ao parque todos os
dias.)
She is Brazilian. (Ela é Brasileira)
OBSERVAÇÕES:
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He saw us at the bookstore. (Ele nos viu na livraria.)
(s.) (o.)
I gave you a flower. (Eu lhe dei uma flor.)
(s.) (o.)
You sent me a letter. (Você me mandou uma carta.)
(s.) (o.)
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formações verbais e a constituição lexical em inglês, as possibilidades de se
experimentar diferentes realidades se expandem, já que há uma grande oferta de
diversas fontes culturais e intelectuais nessa língua. A maioria dos sujeitos
contemporâneos pode se deparar com textos em língua inglesa mais de uma vez ao
dia durante a sua rotina, como, por exemplo, ao acessar as redes sociais, ao utilizar
algum dispositivo eletrônico, ao interagir com aplicativos de celular, entre outras
possibilidades.
Considerando os verbos to be, tem-se, como formas non-finite desse verbo: (to)
be, (to) have been, being, been | (to) see, (to) have seen, seing, seen. Já como formas
finite dos mesmos verbos, tem-se: am, is, are, was, were | see, sees, saw.
Quando os finite verbs são utilizados com to, eles são chamados de to infinitive.
Já quando são utilizados sem o to, eles são chamados de bare infinitive. Exemplos de
to infinitive são: to dream (sonhar), to have (ter), to sleep (dormir). Observe que,
embora em português haja três terminações verbais para indicar o infinitivo (-ar, er,
ir), em inglês, essa forma verbal é indicada pelo to em frente aos verbos sem
conjugação. Exemplos de bare infinitive, por sua vez, podem ser encontrados nos
modal verbs, como can, should, may, entre outros. (ANTUNES, 2003)
O Quadro 1, a seguir, apresentada os finite e os non-finite verbs.
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O termo anômalo é aplicado para as 24 formas dos finite verbs do Quadro 1. A
característica mais evidente dos finite verbs (e, aqui, anômalos) é que eles podem ser
unidos para se contrair com o not para construir a forma negativa (isn’t, weren’t,
haven’t, don’t, didn’t, can’t, shouldn’t, oughtn’t). O termo anômalo é restrito aos finite
verbs que podem ser combinados com not. Assim, o verbo have pode ser considerado
anômalo quando é auxiliar, como em I haven’t done that (Eu não fiz isso), mas não
quando é o verbo principal, como em I have lunch everyday (Eu almoço todos os dias).
No exemplo em que have opera como verbo principal, ele funciona como um ordinary
verb.
Os verbos em forma anômala podem funcionar como verbos de ligação. Nos
exemplos a seguir, os finite verb forms de be e de have são anômalos e verbos de
ligação, porém não são auxiliares (HORNBY, 1975).
She is a teacher.
Ela é professora
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podem ser aplicados em inversões sintáticas, como em Little did they know, referente
a They little knew that (Mal sabiam eles/Mal eles sabiam). Hornby (1975) menciona,
inclusive, que algumas classes específicas de advérbios podem ter a sua posição
definida em frases de acordo com a ocorrência de verbos anômalos nessas estruturas.
Um exemplo disso é a posição intermediária de advérbios que precedem verbos
anômalos não finitos e são seguidos de anômalos finitos (a menos que estes sejam
acentuados stressed). A disposição dos advérbios pode mudar de acordo com o tipo
de verbo anômalo em questão.
Com verbos anômalos não finitos (HORNBY, 1975):
Além disso, os verbos anômalos são aplicados para formar modos verbais que
não existem originalmente flexionados em língua inglesa. Quando funcionam dessa
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forma, são chamados de verbos modais (modal é o adjetivo referente a mode ou mood
em língua inglesa, referente a “modo”). Alguns exemplos de verbos modais são:
Condicional:
Subjuntivo:
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O tempo verbal, por sua vez, determina um ponto específico no tempo ou um
período determinado de tempo (CELCE-MURCIA; LARSEN-FREEMAN, 1999;
MURPHY, 2004). Em termos estritos, existem dois tempos verbais morfologicamente
expressos nos verbos em inglês: passado e presente. Isso porque, embora haja a
ideia de futuro, que vem a ser expressa por verbos auxiliares (p. ex., o caso do will),
esse tempo verbal não é formalmente evidente nas desinências verbais de tempo.
Seguindo essa ideia, Lewis (1986) define o tempo verbal como uma mudança
morfológica expressa na forma do verbo. Assim, uma forma verbal que é expressa
através de um verbo auxiliar não se configuraria como um tempo verbal.
Para melhor compreensão de passado e presente como tempos verbais em
língua inglesa, é interessante relacionar esses tempos em termos de percepção com
relação à noção de distância remoto e próximo. Dessa forma, deve-se considerar três
características importantes: tempo, realidade e registro. O tempo refere-se ao
momento em que uma determinada ação foi performada. Já a realidade considera
alguma relação entre o que está expresso por uma determinada oração através de
um verbo e o real referente a tal fato. Por fim, o registro diz respeito a alguma
adequação discursiva situacional expressa pelo falante através do verbo.
A Figura 1, a seguir, apresenta um esquema com exemplos sobre as noções
acerca de tempo, realidade e registro.
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Já que uma primeira apresentação sobre os conceitos de tense e aspect foi
desenvolvida, parte-se, agora, para as possíveis combinações verbais, que resultam
em 12 formas para expressar as ações em língua inglesa. Conforme Yule (1998), as
formas verbais em inglês são: simple present, present progressive, simple past, past
progressive, simple future, future progressive, present perfect, present perfect
progressive, past perfect, past perfect progressive, future perfect e future perfect
progressive.
O Quadro 2, a seguir, apresenta as formas verbais em questão, acompanhadas
de exemplos.
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4.3.4 Adjetivos de três ou mais sílabas
Os adjetivos com mais de duas sílabas não comportam sufixos como -er ou -
est. Por isso, ao se formar o comparativo e o superlativo em língua inglesa, é preciso
utilizar as palavras more e most para estabelecer esses modos com os adjetivos.
(SANGALETTI, 2018)
Confira, a seguir, alguns exemplos:
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4.3.5 Adjetivos irregulares
Alguns adjetivos não se encaixam nas regras apresentadas e, por esse motivo,
são considerados adjetivos irregulares para a formação de comparativo e superlativo
em língua inglesa. Esses adjetivos são: good, bad, little, much, many e far. O Quadro
3, a seguir, apresenta os comparativos e superlativos desses adjetivos, seguidos de
um exemplo para cada um deles.
Sujeito da passiva + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo
principal da ação conjugado no particípio + agente da passiva.
A voz passiva é bastante utilizada em linguagem formal, jornalística e
acadêmica. Isso se dá pelo fato de, nessas situações, a ação performada per se ser
hierarquicamente mais relevante do que o sujeito que a operou. Além disso, os
profissionais dessas áreas têm como responsabilidade reportar os fatos da forma mais
impessoal e imparcial ou não enviesada possível. Um exemplo de voz passiva no
discurso jornalístico pode ser conferido na Figura 2. O mais importante, na notícia em
questão, é o número de cidadãos que podem vir a ser infectados, e não quem os pode
infectar, em si. Além disso, sendo o agente infeccioso mundialmente conhecido e
divulgado de forma incessantemente massiva no momento histórico em que se
encontra a reportagem, ele pôde, inclusive, ser omitido funcionamento comum no
agente da passiva. (DAVIDSON, 2006)
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A voz passiva é construída da seguinte forma: desloca-se o objeto direto para
a posição de sujeito da oração e transforma-se o sujeito da voz ativa em agente da
passiva. Assim, em uma oração como Coronavirus could infect millions of Americans,
tem-se, em sua forma passiva, Millions of Americans could be infected [by
coronavirus]. O agente da passiva pode ser omitido em algumas situações, caso a
sua explicitude na oração seja dispensável. (SANGALETTI, 2018)
Nessa oração, destacam-se os seguintes constituintes:
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Após revisar formas, aspectos e tempos verbais, além de distinguir os casos
comparativos e superlativos, é possível compreender o funcionamento e os usos da
voz passiva em língua inglesa. Toda essa revisão instrumentaliza o conhecimento
para fins acadêmicos e para a formação intelectual em geral. Lembre-se de que é
necessário estar atento à aplicação e aos usos das estruturas revisadas neste
capítulo, principalmente em artigos científicos, textos jornalísticos, na linguagem
empregada em telejornais e na interação entre pessoas. Além disso, deve-se sempre
buscar informações e fontes diversas para complementar os estudos, já que as
possibilidades de combinação de palavras e estruturas para a formação de novas
unidades de sentido são infinitas.
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faladas nos próximos posts, cada qual, separadamente. Antes de adentrarmos no
assunto, vamos lembrar um pouco sobre pontos chaves para melhorar sua leitura em
inglês.
Ao final de cada leitura, o bom leitor deve estar atento para tudo o que lhe foi
transmitido através do texto, procurando responder perguntas como: O texto é
interessante? …por que? A leitura do texto acrescentou algo novo aos seus
conhecimentos? O texto foi apresentado de modo objetivo, superficial, profundo,
confuso...? Você discorda ou concorda com as ideias do autor? O autor foi imparcial
ou tendencioso? Você conseguiu captar alguma segunda intenção nas entrelinhas do
texto? Você acrescentaria algo que não foi mencionado?
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5.1.2 Técnica de leitura em inglês – Scanning
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encontrar a ideia principal do texto e ver se um artigo pode ser de interesse em sua
pesquisa.
Observações:
Muitas pessoas consideram scanning e skimming como técnicas de pesquisa
do que estratégias de leitura. Entretanto, quando é necessário ler um grande volume
de informação, elas são muito práticas, como exemplo durante a procura de uma
informação específica, de dicas, ou ao revisar informações. Assim, scanning e
skimming auxiliam-no na definição de material que será lido ou descartado
Cognates
São comuns na língua inglesa, os cognatos são termos de origem grega ou
latina bastante parecidos com o Português tanto na forma escrita como no significado.
Isso pode ajudá-lo a saber sobre o assunto principal de um texto através das palavras
que conhece ou que são parecidas com o nosso idioma. Contudo, é preciso soma-las
a demais técnicas de leitura em inglês para funcionar, porque existem muitos falsos
cognatos.
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Repeated words
Quando certas palavras se repetem várias vezes no texto, mesmo com formas
diferentes, normalmente são importantes para a compreensão. As palavras repetidas
aparecem especialmente na forma de verbos, substantivos e adjetivos e nem sempre
são cognatas.
Typography
As marcas tipográficas (impressas) são elementos que, no texto, transmitem
informações nem sempre representadas por palavras. Reconhecê-las é um auxílio
bastante útil à leitura. Key words: Aquelas que estão mais de perto associadas
especificamente ao assunto do texto são as palavras-chave, podendo aparecer
repetidas e algumas vezes na forma de sinônimos. Identificar as key words através do
skimming nos leva a ter uma visão geral do texto.
Prediction
É a atividade pela qual o aluno é levado a prever ou deduzir o conteúdo de um
texto através do título ou de outros elementos tipográficos, como ilustrações, por
exemplo. Quanto mais cultura geral o leitor tiver, mais fácil será a sua prediction. É a
primeira coisa a fazer antes de começar a leitura do texto. É possível, muitas vezes,
antecipar ou prever o conteúdo de um texto, também através do título, de um subtítulo,
gráfico ou figura incluídos. O título, quando bem escolhido, identifica o assunto do
texto de cara.
Nominal groups
Grupos nominais são expressões de caráter nominal em que prevalecem os
substantivos e adjetivos, cuja ordem na frase ordinariamente não corresponde ao
português. (DAVIDSON, 2006)
Contextual Reference
É normal existirem no texto elementos de referência que são usados para evitar
repetições e para ligar as sentenças, tornando a leitura mais compreensível e fluente.
Esses elementos aparecem na forma de pronomes diversos:
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Pessoais: he, she, it, they, etc…
Demonstrativos: this, that, those, such…
Relativos: who, whom, whose, that, which…
Adjetivos possessivos: his, her, our…
5.3 Inglês Instrumental – uma técnica que pode ser aplicada na leitura em
inglês
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Para aprender a ler em inglês, o aluno deve dominar alguns rudimentos da
estrutura da língua. Este domínio é passivo, ou seja, é necessário apenas que se
saiba identificar as estruturas para obter a compreensão da mensagem.
E o vocabulário, que é a preocupação maior de todos, não constitui
impedimento algum no domínio do idioma. A língua inglesa e a portuguesa possuem
diversos elementos em comum. Os cognatos, palavras de origem latina, como por
exemplo, “communication” (comunicação), “program” (programa), “Machine”
(Maquina), “memory” (memoria) etc. são facilmente identificáveis, como dissemos
anteriormente. Os cognatos representam aproximadamente 20% dos termos entre os
dois idiomas, ou seja, português e inglês, o que ajuda muito no aprendizado e na
melhora do reading.
Por exemplo, no caso do ramo da informática, as 250 palavras mais frequentes
da Língua Inglesa são responsáveis por 57% do total das palavras dos textos
instrumentais desse assunto. Portanto, se vice dominar essas 250 palavras você já
conhece aproximadamente 60% de qualquer texto em inglês instrumental de
informática. Assim, você poderá dominar a leitura em inglês pelo menos em uma
determinada área.
O inglês instrumental, basicamente, serve para isso: conhecer o vocabulário e
as principais informações em inglês de um determinado assunto. Outro bom exemplo
disso são o inglês para negócios, que foca num aprendizado sobre o mundo business.
Juntando-se a essas palavras específicas da área de interesse mais os
cognatos, você terá a possibilidade de identificar 80% do vocabulário dos textos
instrumentais sobre o assunto que quer aprender.
5.4 Como fazer uma análise dos textos pode ajudar na leitura em inglês?
51
Elas têm sua origem na análise dos elementos que compõem o texto.
Consequentemente, sua utilidade como instrumento para analisarmos os textos que
lemos é muito grande.
No Inglês Instrumental, a função de maior ocorrência é a referencial, pois é
aquela em que o referente é o objeto ou a situação de que a mensagem trata. Esta
função predomina nos manuais técnicos, textos científicos, guias do usuário, anúncios
de emprego, gráficos etc.
Além destas funções, um texto pode ser visto como descritivo, narrativo,
dissertativo ou semiótico.
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seguintes dão exemplos para provar que a oração tópica é verdadeira ou então discute
o tópico com mais detalhes.
No final do parágrafo, há, usualmente, uma oração ou período que conclui a
ideia do parágrafo, ela repete as palavras-chave da oração tópica
Para entender o texto instrumental e fazer uma boa leitura em inglês, você deve
utilizar duas estratégias: a ascendente e a descendente.
Na ascendente, você deverá processar a informação a partir das unidades
menores (combinação de letras, sílabas, palavras, orações, períodos, parágrafos e
finalmente o significado do texto).
Na descendente, você deverá fazer previsões sobre o significado do texto
baseado no seu conhecimento de mundo e do assunto (verifique no texto as palavras
cognatas e as que você conhece), progredindo gradualmente para as unidades
menores (parágrafos, períodos, orações, palavras, sílabas e combinações de letras).
Utilize as duas estratégias simultaneamente para melhor a compreensão do texto.
O rumo ideal para você aprender ou melhorar sua leitura em inglês é aliar o uso
das técnicas e das estratégias de leitura em inglês para conseguir extrair o máximo
de informação de um texto. (MARCUSCHI, 2008)
Além disso, também é preciso que o estudante conheça um número de
palavras básicas, ou seja, tenho o mínimo de vocabulário exigido. Esse mínimo de
conhecimento seria conhecer o verbo To Be, pronomes, verbos básicos, substantivos
básicos etc. Desta forma, você será capaz de compreender os textos de forma mais
eficiente, melhorando assim a sua leitura em inglês.
O que é tema? O tema de um texto responde à pergunta “Do que trata este
texto? ” E serve de base para que as ideias sejam desenvolvidas. Chamamos de tema
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o assunto a ser abordado: ele dará as diretrizes do texto ao expor a ideia principal que
será abordada ao longo do texto.
E por que é importante identificar o tema de um texto? A identificação do tema
é importante para monitorar a sua capacidade de compreensão do conteúdo de um
texto. Afinal, quando você é capaz de identificar o tema, você consegue determinar
mais facilmente a ideia principal do autor do texto. (SANGALETTI, 2018)
Por onde começar? Primeiro, pergunte-se: “Sobre o que trata o texto? ”. A
resposta pode estar no título. Porém, se você achar que o título não deixa o tema
claro, você pode buscar mais informações no subtítulo, além de observar as figuras e
tabelas, que podem lhe dar pistas sobre o assunto do texto a ser lido. Reflita, também,
sobre o gênero textual que você está lendo. É provável que você não encontre uma
receita de bolo de chocolate em um artigo científico, ao menos não como tema
principal. Feito isso, se você ainda estiver incerto sobre o tema, leia a introdução ou o
primeiro parágrafo. Caso o texto tenha apenas um parágrafo de extensão, leia a
primeira e a última frase. Observe, além disso, as palavras que se repetem com
frequência no texto. A ideia é conseguir obter o máximo de informação antes de ler
todo o texto. O tema de um texto é normalmente referido na primeira frase, mas outras
posições também são possíveis. Veja o parágrafo a seguir:
The family heard the siren warning them that the tornado was coming. They
hurried to the cellar. The roar of the tornado was deafening, and the children started
crying. Suddenly it was silent. They waited a while before they went outside to survey
the damage.
O tema pode ainda estar implícito, ou seja, presente no texto sem estar
explicitamente declarado. Veja um exemplo no parágrafo a seguir:
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The sky became dark and threatening. A funnel of dust began forming in the air
and soon reached down to touch the ground. Debris was seen swirling around as
everything was swallowed up, twisted, and then dropped.
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Procure o tema no título, subtítulo ou manchete, se houver.
Re-entry students é o tema geral (este tema é abrangente). Existem muitos elementos
na vida de um aluno que pede reingresso na universidade. Quais elementos são
discutidos pelo autor? Para encontrar o tema específico, procure por ideias repetidas
no texto. (ANTUNES, 2003)
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não é exclusivamente sobre re-entry students na sala de aula, pois o autor repete as
palavras community, além de private businesses e government agencies.
A leitura crítica faz com que o leitor amplie seu conhecimento e capacidade de
análise e compreensão. (SANGALETTI, 2018)
Muitos testes, como o SAT, e testes de proficiência, como Toefl e Cambridge,
pedem que o leitor faça uma leitura crítica dos textos. Para tanto, os leitores devem:
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Reconhecer se o autor foi tendencioso de alguma forma
Observe que nenhum desses objetivos se refere a algo que esteja só no papel,
somente na junção de palavras e frases de um texto. Cada um desses objetivos requer
que o leitor faça inferências a partir das evidências que o texto traz.
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Veja, a seguir, exemplos de leitura crítica em amostras de artigos científicos.
Trecho do texto:
The aim of the study was to describe how patients perceive involvement in
decisions concerning their own treatment and nursing care.
Sample:
A convenience sample of 12 patients was selected from three mixed-sex
medical wards. The only criterion for inclusion in the study was a willingness to
participate.
Trecho do texto:
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Gloom and doom; sadness and madness; melancholy; doldrums; languor;
sorrowfulness depression has many names. Often described as the common cold of
psychiatry, depression is a very common problem and, indeed, it is a rare human being
that does not feel depressed at some time. There are many different types of
depression, with widely differing symptoms. Depression can be unipolar (medical
language for ‘simple’) or bipolar. The latter is also known as manic depression and one
variant of it is manic depressive psychosis. Then there is SADS, or Seasonal Affective
Disorders Syndrome. There is also PPD (post-partum depression) and endogenous
(from within) and reactive depression. This last means you are depressed because
that is how you react to something that has happened to you.
Análise:
O autor parece estar associando sentimentos comuns de tristeza e melancolia
com doenças depressivas como distúrbio bipolar e SADS.
Pergunte-se: isso é factualmente correto? Em uma leitura crítica, é importante
analisar se o conteúdo trazido no texto corresponde aos fatos na realidade. Caso
contrário, seria muito fácil para o autor afirmar o que lhe viesse à cabeça, sem uma
pesquisa mais aprofundada. Se você desconhecer os fatos e se o texto parecer deixar
dúvidas sobre a veracidade das informações, faça uma pesquisa mais aprofundada.
Mas lembre-se: as fontes de sua pesquisa são de extrema importância. Com a
facilidade da internet, as informações se tornaram cada vez mais acessíveis, mas nem
sempre elas são confiáveis. Procure informações de pessoas gabaritadas, ou seja,
que tenham conhecimento sobre o assunto. Se você for pesquisar sobre
medicina/psiquiatria, como no texto deste exemplo, busque informações de médicos
psiquiatras, de sites de associações de psiquiatria e assim por diante.
Ao associar todos esses fatores, o autor pretende causar medo no leitor? Essa
pergunta é um exemplo de questionamento subjetivo. Qual é a intenção do autor? Às
vezes, a intenção do autor fica muito clara no texto, às vezes não. Contudo, tentar
identificar a intenção do autor com seu texto é um exercício importante de se fazer na
leitura crítica. (ANTUNES, 2003)
Ler um texto é diferente de interpretá-lo. Ao ler um texto, você vai além da
codificação das palavras e extrai informações; contudo, isso não quer dizer que você
compreendeu as informações extraídas. Ao interpretar um texto, por outro lado, você
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dá um passo além: compreende o que foi lido e o que o autor quis dizer com o que
escreveu.
Portanto, procure desenvolver uma leitura crítica dos textos, de modo que a
interpretação do conteúdo leve você a outros patamares de compreensão da
informação. Comece identificando o tema do texto, assim, você iniciará sua leitura
com uma ideia mais clara da mensagem que o autor pretende passar com o texto. Se
for um texto longo, você pode identificar o tema dos parágrafos ou capítulos do texto.
Mas não pare por aí! Para fazer uma leitura mais aprofundada, você deve se perguntar
sobre o conteúdo do texto. Qual a mensagem que o texto quer passar? Como o texto
foi construído? Por que o texto é escrito dessa forma? Além disso, analise as partes
mais significativas do texto e como elas estão inter-relacionadas para formar o todo.
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desenvolvimento de parágrafos, conclusão e adequação de vocabulário ao contexto
e ao gênero são fundamentais para que a habilidade da escrita possa avançar em
termos de proficiência linguística.
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estimular o cérebro de formas diversas, permitem que se trabalhe com uma variedade
de respostas àqueles estímulos.
As estratégias práticas para se trabalhar a habilidade auditiva se baseiam na
percepção global do áudio, ou seja, o tópico discutido; a combinação fonética que
constrói palavras e sentenças e o uso de inferência e conhecimento anterior para
tornar possível a compreensão do contexto. Esses itens devem ser levados em
consideração e usados de forma equilibrada para garantir que se avance na
habilidade auditiva.
Underwood (1993, p. 21) enfatiza que os objetivos de alguém que se propõe
trabalhar a compreensão oral devem incluir, pelo menos, quatro itens:
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advérbios, e as functional words, ou seja, palavras que têm uma função gramatical,
como artigos, pronomes, preposições e conjunções. Na comunicação oral,
normalmente, apenas as content words são pronunciadas claramente, a menos que
se queira enfatizar uma functional word para trazer um contraste, esclarecer algum
ponto da mensagem. Por exemplo, na frase I até pizza yesterday, normalmente o
pronome I seria dito de forma sutil, a menos que se quisesse enfatizar que eu (I) comi
pizza ontem, e não outra pessoa. Essa particularidade da língua inglesa falada muitas
vezes prejudica o entendimento, bem como a maneira como as palavras soam na fala
conectada, ou seja, uma palavra liga-se a outra e sua pronúncia difere um pouco
daquela que se dá quando a palavra é falada isoladamente. Por isso, o conhecimento
do contexto e dos marcadores de discurso serão grandes aliados na compreensão
oral, já que permitirão a identificação de pontos relevantes e irrelevantes do que se
escuta.
Outro ponto interessante a ser mencionado são as diferentes maneiras de se
escutar. Podemos distinguir pelo menos quatro tipos de audição: inativa, ativa, seletiva
e reflexiva. A primeira delas, a inativa, é apenas ouvir, sem prestar atenção no
conteúdo que está sendo passado. Esse tipo de escuta habitua o ouvido à
musicalidade da língua, ao ritmo e à entonação. Seria uma forma também de audição
incidental, ou seja, quando não se tem o objetivo de escutar e absorver o que se
escuta, mas acaba-se adquirindo vocabulário ou estruturas presentes naquela
amostra sem que se perceba. (HUEI-CHUN, 1998)
A audição ativa, ao contrário da anterior, tem por objetivo compreender o que
se escutou. Por isso, o ouvinte concentra-se no conteúdo que está sendo dito e busca
compreender a mensagem. A audição seletiva, por sua vez, é uma escolha do ouvinte.
Nem todo o conteúdo é absorvido, mas apenas o que se espera ou é interessante
para o ouvinte, não exatamente o que está sendo dito. Já a audição reflexiva exige,
além do esforço de concentração do ouvinte, também o esforço interpretativo e de
observação a respeito da maneira como o conteúdo está sendo expressado.
Quando buscamos aprimorar a habilidade auditiva em língua inglesa, devemos
ter um propósito e treinar os diferentes tipos de escuta. Nossa atenção e concentração
deverão estar direcionadas para a ideia geral, detalhes, partes específicas ou até
mesmo o desenvolvimento das inferências a respeito de determinada amostra. Tomar
notas é outro recurso muito útil para tornar a audição em língua inglesa mais produtiva.
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Dessa forma, aumenta-se o vocabulário, percebe-se as sutilezas de pronúncia e
entonação e aprende-se não só a respeito do assunto abordado, mas também da
riqueza linguística presente naquela amostra. Lembre-se, ao estudar com vídeos e
áudios, de ouvir e assistir mais de uma vez, para que se tire o maior proveito possível
da mensagem passada no que se escuta.
A fala é uma habilidade muito valorizada e, talvez, a mais almejada por quem
começa a aprender uma língua estrangeira. A motivação para que se aprenda uma
nova língua é a possibilidade de se comunicar e compreender o que é dito naquele
idioma. E como se pode aprimorar a expressão oral em língua inglesa? Bem, como
você viu antes neste capítulo, a compreensão auditiva é essencial para que se
desenvolva a habilidade de fala. Isso acontece mesmo em nossa língua-mãe. Como
a criança aprende a se comunicar? Ouvindo sua família e outras pessoas falantes de
seu idioma nativo, associando objetos e sentimentos a determinadas palavras.
Sabemos que a aprendizagem de uma língua estrangeira, após determinada idade,
será diferente da aquisição da primeira língua, mas o processo de ouvir será
determinante para o sucesso desse processo. Há diversos estudos que tratam
especificamente desses processos de aquisição e de aprendizagem de língua-
materna (L1) e língua estrangeira (L2), mas não é esse o foco desta seção. O objetivo,
aqui, é discutir estratégias práticas para o aprimoramento da expressão oral em língua
inglesa, sendo que o primeiro ponto é a importância da exposição à língua.
Ouvir sons, palavras, ritmo da fala, sotaques, tons, temas, gramática e
vocabulário, quer assistindo vídeos, filmes, podcasts ou conversando, é uma maneira
de se expor à língua. Buscar compreender a ideia geral e prestar atenção também
aos detalhes nos fazem aumentar o repertório linguístico e nossa capacidade de
expressar ideias. Uma boa ideia é memorizar e repetir o que se ouve em um vídeo ou
áudio, ou mesmo repetir junto com o áudio ou vídeo para que se imite o ritmo e a
pronúncia daquilo que se ouve. (HUEI-CHUN, 1998)
Praticar é a chave para o aprimoramento da expressão oral. Fale com nativos,
não nativos, sozinho, leia em voz alta, descreva fotografias ou faça um resumo mental
de uma matéria, decore histórias ou piadas e conte a alguém, o importante é articular
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os sons e as palavras. Existem vários grupos de conversação na internet e
estrangeiros visitam e, muitas vezes, vivem em nosso país. Não desperdice
oportunidades. Se a sua cidade tem potencial turístico e recebe estrangeiros, procure
conversar com eles, frequente pubs ou outros locais onde possa ter contato direto
com pessoas de outros países. A língua inglesa, hoje em dia, é uma espécie de língua
franca, sendo usada como instrumento de comunicação entre pessoas de diferentes
nacionalidades. Se você gosta de cantar, cante em inglês. Depois observe a letra, leia
em voz alta, verifique vocabulário e estrutura, reflita sobre o conteúdo e converse
consigo mesmo em inglês. Quando estiver na rua observe tudo à sua volta, pensando
em inglês e falando. Parece estranho, mas essas são algumas ideias divertidas para
que você se exponha ao inglês e aumente a sua prática diária.
Segundo Williams e Burden (2000, p. 146), estudos sobre estudantes de língua
estrangeira bem-sucedidos indicam que eles desenvolveram uma série de estratégias
que são selecionadas e adaptadas de acordo com as suas necessidades e com base
nos estudos de aquisição de língua estrangeira. Wenden (1991, p. 15) enfatiza a
importância de aprender a aprender. A autora enfatiza a importância de o indivíduo se
responsabilizar pela sua aprendizagem, porque as características individuais
indicarão a maneira mais adequada de se abordar uma determinada atividade. Por
isso, quando pensamos em melhorar a expressão oral, bem como as outras
habilidades no aprendizado da língua estrangeira, devemos ser criativos e perceber
quais atividades nos deixam mais à vontade, mais motivados a praticar e a aprender.
Uma boa ideia é procurar uma atividade que lhe interesse, como filmes, culinária ou
viagens, e buscar na internet cursos em inglês sobre o assunto. Procure manter
contato com o professor e os colegas, utilizando a língua inglesa como instrumento
de comunicação. Sua curiosidade em relação ao assunto do curso fará com que você
aprenda um vocabulário mais específico, socialize com pessoas de todo o mundo e
divirta-se bastante.
O ato da escrita difere da fala por ser menos espontâneo e mais permanente e
por permitir um planejamento verbal mais cuidadoso. Por este motivo, as convenções
da escrita tendem a ser mais rígidas do que as da conversação e a linguagem usada
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tende a ser mais padronizada (BROUGHTON et al., 1980, p. 116). Escrever
apropriada e eficientemente é uma habilidade da qual muitos de nós não pratica
mesmo em nossa língua materna, mas aprender a produzir textos, respeitando as
convenções da língua e da comunicação, é uma condição para a integração na vida
social e profissional.
De acordo com Kato (1999, p. 91), “[...] a escrita é um processo de descoberta,
e o ponto de vista e as metas do escritor podem mudar a evolução do ato de escrever,
ou seja, o planejamento”. Nessa mesma linha, Antunes (2003) salienta a importância
de se desenvolver uma prática de escrita que considere o leitor, que tenha delimitado
um destinatário e a finalidade ao escrever. Acrescenta que quem escreve, escreve
para alguém ler, não existe a escrita “para nada”, “para nada dizer”. Ainda que
escrevamos para nós mesmos, como você verá nas sugestões a seguir, existe uma
finalidade, que é a de se treinar, praticar e se sentir confortável em se expressar em
língua inglesa por meio da escrita.
Assim como a audição é essencial para a expressão oral, analogamente a
leitura também é para a expressão escrita. O primeiro passo para se escrever bem
em inglês é ler muito nesse idioma. Leia extensivamente, a maior variedade possível
de textos: jornais, revistas, livros, blogs, websites, nos mais diversos gêneros textuais,
como notícias, relatos, ficção, biografia, poesia, teatro, artigos, sinopses, cartas, etc.
Essa variedade vai permitir que você observe modelos que devem ser seguidos por
cada gênero, bem como os registros de linguagem (formal, neutro e informal),
estruturas gramaticais, vocabulário, tom, figuras de linguagem e organização sintática
e semântica. Uma boa ideia é observar as características de gêneros textuais. Como
se deve desenvolver uma resenha, um ensaio ou uma entrevista? Perceber que,
assim como no português, as frases se desenvolvem a partir de um tópico frasal, que
devemos usar conectivos para criar relações entre as frases e os parágrafos, que se
deve introduzir o assunto, desenvolvê-lo e concluí-lo.
Além da leitura, a prática da escrita é a maneira mais eficiente de aprimorar
essa habilidade. Escreva todos os dias, se possível. Faça suas anotações e escreva
recados em inglês. Escreva cartas, e-mails, textos expressando a sua opinião sobre
assuntos do seu dia a dia ou sobre seus estudos, crie um blog, etc. Antes de começar,
pense sobre o tema que vai escrever. Use a técnica do brainstorming, ou seja, escreva
tudo o que vier à sua mente referente ao assunto e depois selecione as ideias que
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considere interessantes. Depois disso, planeje o que vai escrever, qual o gênero, a
quem se destina, vocabulário, exemplos e outros aspectos que você considere
relevantes para a produção do texto. Escreva. Após escrever, leia, revise e corrija
seus textos.
Uma dica interessante é ouvir um podcast e transcrever o que foi dito, fazendo
depois as devidas correções. Escreva resumos, ensaios, descrições, narrativas de
histórias, entrevistas e o que mais a sua imaginação permitir. O mais importante,
assim como em tudo na vida, é praticar para que se possa obter maestria no que se
faz. (HUEI-CHUN, 1998)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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DREY, Rafaela Fetzner; SELISTRE, Isabel Cristina Tedesco; AIUB, Tânia. Inglês:
práticas de leitura e escrita. Porto Alegre: Penso, 2015.
Bibliografia Complementar
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70
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PEREZ, L. C. A. Dicas para uma boa interpretação de texto. 2016. Disponível em:
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UOL PORTUGUÊS. Título e tema. 2018. Disponível em: . Acesso em: 06 maio 2021.
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