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Curso Técnico em Enfermagem

DISCIPLINA:
PORTUGUÊS
INSTRUMENTAL

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Curso Técnico em Enfermagem

APRESENTAÇÃO
Caro (a) aluno (a):

Apresentamos abaixo, uma coletânea diversificada de textos, atividades


complementares, portfólios, conteúdos de português instrumental, que você irá
utilizar em seu percurso profissional.

O Português Instrumental tem como objetivo dar condições para o desenvolvimento


da expressão oral e escrita, de forma a compreender e criar habilidades no exercício
de sua vida e em seu desempenho profissional.

Acreditamos que estamos fornecendo competências básicas que serão requeridas


pelo mercado de trabalho. Sempre que tiver dúvidas e necessitar, consulte os textos
e outros autores que lhes são fornecidos.

0s objetivos pedagógicos da disciplina Português Instrumental, no Curso de Técnico


de Enfermagem, visam levar o aluno a situações e aspectos em que possa
reconhecer os tipos e gêneros de textos, compreender as variações linguística,
debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de comunicação,
opinião e descrição orais, aceitando opiniões divergentes, produzir textos coesos,
claros, concisos, precisos e coerentes com os temas propostos na forma descritiva,
narrativa e dissertativa, simular situações para a elaboração de prontuários e outros
documentos, utilizar a norma culta da língua e comportar-se de acordo com as
situações de comunicação exigidas, percebendo a importância de moldar sua atitude
em função das necessidades do grupo.

Neste contexto, o professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a


aprendizagem, orientando os estudantes. 0 estudante deve aprender estratégias
intelectuais para ter acesso a novos conhecimentos. Não pode decorar sem
compreender, pois assim não poderia aplicar o conhecimento em outros contextos
que não fossem o da escola.

Além de todos os aspectos pedagógicos acima citados, não se descarta a formação


humana e cidadã, visando formar cidadãos éticos, comprometidos com a saúde, em
seus diversos postos de trabalhos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................... 04
O QUE É PORTUGUÊS INSTRUMENTAL? ................................................................... 05
ELEMENTOS DA LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................... 06
UNIDADE 1 - MORFOLOGIA
1.1 Classes de palavras ...................................................... ........................................... 07
UNIDADE 2 – SINTAXE
2.1 Frase, oração e período ............................................................................................ 12
2.2 Parágrafo: unidade de organização .......................................................................... 12
2.3 Coesão e coerência .................................................................................................. 15
UNIDADE 3 – SEMÂNTICA
3.1 Níveis de linguagem ......... ........................................................................................ 15
3.2Línguagem, língua e dialetos: conceitos e variações linguísticas .............................. 16
3.3 Comunicação ............................................................................................................. 17
3.4Linguagem verbal, não verbal e mista ....................................................................... 17
UNIDADE 4 – ESTILÍSTICA
4.1Significação das palavras .......................................................................................... 18
4.2 Funções da linguagem................................................................................................ 21
4.3Palavras parônimas e homônimas ............................................................................. 23

UNIDADE 5 – ORTOGRAFIA, ACENTUAÇÃO E PONTUAÇÃO


5.1 Ortografia ................................................................................................................. 26
5.2 Emprego de por que, porquê, porque e porquê ....................................................... 28
5.3 Pontuação.................................................................................................................. 28
UNIDADE 6 – ESTRUTURA DO TEXTO
6.1Estrutura de uma redação........................................................................................... 32
6.2 Formato e conteúdo................................................................................................... 34
6.3 Tipos textuais e gêneros textuais............................................................................... 34
6.4 Texto narrativo ........................................................................................................... 36
6.5 Discurso .................................................................................................................... 37
6.6 Texto dissertativo ...................................................................................................... 38
6.7 O ato de escrever ...................................................................................................... 39
6.8 Os gêneros e tipos textuais oficiais ........................................................................... 39
6.9 Textos técnicos e de instrução .................................................................................. 40
6.10 Prontuário ................................................................................................................. 42

UNIDADE 7 – DICAS PARA INTERPRETAR TEXTOS......................... 44


REFERÊNCIAS ...................................................................................... 46

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INTRODUÇÃO
Esta Apostila tem por objetivo a elucidação dos componentes que deverão
ser tratados na área de Português Instrumental ao longo do Curso de Técnico em
Enfermagem, onde trataremos os seguintes tópicos do Português Instrumental:

● Comunicação Oral e Escrita

● Níveis de Linguagem e Adequação Linguística

● Diversidade dos gêneros textuais. (Esfera hospitalar)

● O processo de produção textual.

● Gramática Aplicada

● Leitura e Compreensão de Textos de Área Profissional

● Redação Técnica

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O QUE É PORTUGUÊS INSTRUMENTAL?

Português Instrumental é o estudo da língua portuguesa, que objetiva a


capacitação para a compreensão, a interpretação e para a composição de textos.

Equívocos de concordância, de regência e a elaboração de textos sem clareza


e objetividade são as maiores deficiências apresentadas por quem redige
tecnicamente um texto.

Atualmente, as empresas investem cada vez mais nos treinamentos de seus


funcionários. Investem em cursos de informática, atendimento ao cliente e técnicas
de vendas, entretanto, se não houver domínio do idioma pátrio, o resultado final será
pouco satisfatório.

Comunicar-se bem, tanto na expressão oral quanto na escrita, exige


objetividade, clareza e coesão.

Evitar modismos e gírias, além de cuidar da ortografia, correção e coerência


das ideias apresentadas ajudam bastante na boa comunicação.

Vivemos em uma era altamente tecnológica e que exige rapidez nas


comunicações. Assim, as possibilidades de "erros", sejam elas por meio do correio
eletrônico (e-mail), memorandos, cartas comerciais e outros aumentam.

Se a agilidade é importante em plena era da "sociedade conectada",


comunicar-se bem e de forma eficiente em língua portuguesa, tornou-se algo
essencial.

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ELEMENTOS DA LÍNGUA PORTUGUESA

A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes campos de


estudo: a fonética, a morfologia, a semântica, e a sintaxe. A fonética que estuda os
sons da fala. A morfologia estuda a forma das palavras, ou seja, a representação
gráfica, o vocábulo. A semântica preocupa-se não só com a representação gráfica
do vocábulo, mas com seu significado. Portanto, é um campo da gramática que
estuda a palavra, não apenas o vocábulo. Sintaxe estuda a unidade linguística em
seu contexto oracional, estuda os termos que compõem uma oração.

UNIDADE 1 - MORFOLOGIA

Morfologia é a parte da gramática da língua que estuda os morfemas.

O termo morfologia vem da palavra morfema. Morfema, de acordo com a


definição do dicionário Aurélio, é o elemento que confere o aspecto gramatical ao
semantema, relacionando-o na oração e delimitando sua função e seu significado.

É definido também como o “radical” da palavra, a raiz, a parte imutável da


palavra.

Logo, o termo que encerra uma palavra ou sucede o seu radical é o


responsável por nos informar a respeito de gênero, número, tempo, modo, pessoa e
classe gramatical.

Partindo dessas informações, podemos concluir que Morfologia é a parte da


gramática da língua que estuda os morfemas.

Os morfemas são responsáveis por nos informar:

• o gênero: masculino ou feminino de uma palavra.

• o número: singular ou plural de uma palavra.


• tempo e modo de um verbo.
• o número e a pessoa de um verbo.
• a classe gramatical de uma palavra:

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1.1 CLASSES DE PALAVRAS

As classes de palavras ou classes gramaticais organiza os estudos sobre as


palavras da Língua Portuguesa em 10 grupos.
Esses grupos estudam a função de cada palavra da gramática no texto. São eles:
- Substantivo
- Artigo
- Adjetivo
- Numeral
- Pronome
- Verbo
- Advérbio
- Preposição
- Conjunção
- Interjeição

Esses grupos das classes de palavras ainda são divididos em 2 subgrupos:

• as classes de palavras variáveis (substantivo, adjetivo, numeral, pronome e


verbo) que são as palavras que têm variação em gênero, grau ou número
• classes de palavras invariáveis (advérbio, preposição, conjunção e
interjeição) que são as palavras que não têm variação.

Substantivos
Os substantivos são as palavras que têm a função de nomear todos os seres
em geral (objetos, lugares, conceitos, sentimentos, seres animados, seres
inanimados, qualidades). Eles possuem flexão em gênero (masculino ou feminino),
em número (singular ou plural) e em grau (aumentativo, diminutivo ou normal).
Eles são classificados em comum (mãe, pipa, cachorro), próprio (Alana,
Europa, África), concreto (mesa, telefone, computador), abstrato (ódio, tristeza,
preguiça), simples (caneta, papel, caderno), composto (bate-boca, tico-tico-
segunda-feira), primitivo (peso, algodão, quilo), derivado (folhagem, livraria, gatinho)
e coletivo (alcateia, elenco, bando).

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Artigo
Os artigos são as palavras utilizadas para definir o gênero, número e a forma
da flexão do substantivo. Eles podem ser definidos (o, a, os, as) ou indefinidos (um,
uma, uns, umas).

Adjetivo
Os adjetivos são as palavras que dão qualidade e/ou característica aos
substantivos. São flexionados em:

- Número (simples ou composto/singular ou plural)


- Gênero (uniforme ou biforme)
- Grau (comparativo e superlativo)

• Tipos de Adjetivos

- Adjetivo simples: apresenta apenas um radical. Exemplos: bonito, magro, claro.


- Adjetivo composto: apresenta mais de um radical. Exemplos: preto-escuro, azul-
marinho, rosa-claro.
- Adjetivo primitivo: dá origem a outros adjetivos. Exemplos: feliz, puro, bom.
- Adjetivo derivado: tem origem de substantivos ou verbos. Exemplos: infiel
(substantivo – fiel), visível (verbo – ver), amáveis (substantivo – amor).
• Número dos Adjetivos

Pode concordar com o substantivo que modifica. Exemplos: menino feio –


meninos feios, livro grande – livros grandes, cadeira alta – cadeiras altas.
Nos que são definidos como compostos e que são formados por dois
adjetivos, aplica-se o plural só na segunda palavra. Exemplo: olho castanho-escuro
- olhos castanho-escuros. Já os que possuem um substantivo como segunda palavra
não tem variação. Exemplo: cadeira vermelho-sangue – cadeiras vermelho-sangue.
• Gênero dos Adjetivos
Pode ser uniforme apresentando apenas uma forma, tanto para o feminino,
quanto para o masculino, exemplos: ruim, alegre, feliz ou pode ser biforme

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apresentando forma no feminino e no masculino, exemplos: chata-chato, gostosa-


gostoso, linda-lindo.

• Grau dos Adjetivos


É separado em duas classificações: adjetivo comparativo utilizado quando se
compara qualidades e adjetivo superlativo utilizado para dar intensidade na oração.

- adjetivo comparativo
- Comparativo de igualdade
- Comparativo de inferioridade
- Comparativo de superioridade
- adjetivo superlativo
- Superlativo absoluto
- Superlativo relativo de superioridade
- Superlativo relativo de inferioridade

• Adjetivos Pátrios
São os adjetivos utilizados quando se deseja exprimir a nacionalidade ou lugar
de origem do sujeito na frase.
• Locução adjetiva
É a junção de duas palavras para formar um adjetivo.

Numerais
Os numerais são a classe de palavras utilizada para definir a quantidade dos
objetos e pessoas dentro de uma oração. Os numerais que indicam uma sequência
são chamados de ordinais (exemplos: primeiro/primeira, décimo/décima,
vigésimo/vigésima) e os que indicam a forma mais comum dos números são
chamados de cardinais (exemplos: 1, 5, 10 - um, cinco, dez).
Os numerais que apresentam a fração de alguma coisa são chamados de
fracionários (exemplos: 1/2 - meio, 1/8 - um oitavo), os que apresentam a quantidade
das coisas por meio de múltiplos, são chamados de multiplicativos e ainda tem os
que fazem referência a um conjunto de coisas que são chamados de coletivos.

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Pronomes

Os pronomes são as palavras que definem a pessoa ligada ao substantivo.


Eles podem ser separados em pessoais do caso reto, pessoais oblíquos não-
reflexivos átonos, pessoais oblíquos não refletivos tônicos, interrogativos,
possessivos, de tratamento, demonstrativos, relativos e indefinidos.

- Pessoais do caso retos:


- Pessoais oblíquos não-reflexivos átonos
- Pessoais oblíquos não-reflexivos tônicos
- Interrogativos- Possessivos
- De tratamento
- Demonstrativos
- Relativos
- Indefinidos
Verbos
Os verbos são as palavras utilizadas para exprimir um estado, uma ação ou
um fenômeno da natureza. Essas palavras variam em tempo (presente, passado e
futuro), modo (imperativo, indicativo e subjuntivo), pessoa (primeira, segunda e
terceira), voz (ativa, reflexiva e passiva) e de número (singular ou plural).

Advérbios
Os advérbios são as palavras que se conectam com verbas para exprimir as
circunstâncias do tempo verbal da oração.
Elas podem ser de tempo (amanhã, depois), de dúvida (provavelmente, é
possível), de lugar (aqui, perto), de intensidade (demais, muito), de negação (não,
nunca), de afirmação (certamente, com certeza) ou de modo (bom, bem).

Preposições
As preposições são as palavras que criam uma conexão direta entre dois
elementos presentes em uma oração. Elas podem ser definidas como essenciais
(exemplos: entre, após, etc.) e acidentais (exemplos: afora, conforme, etc.)

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Conjunções
As conjunções são as palavras que têm como função principal conectar
elementos para dar sentido dentro de uma oração. Elas são divididas em
coordenadas e subordinadas. As conjunções coordenadas podem
ser adversativas, aditivas, alternativas, explicativas e conclusivas. E as
conjunções subordinadas podem ser causais, comparativas, integrantes,
concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e
proporcionais.

Interjeições
As interjeições são as palavras que apresentam uma reação, um sentimento
ou uma sensação. São classificadas de vinte e duas formas, entre elas
estão advertência, afugentamento, agradecimento, alegria, alívio, ânimo, apelo,
aplauso, chamamento, concordância, contrariedade, desculpa, desejo, despedida,
dor, dúvida, entre outros.

UNIDADE 2 – SINTAXE

A sintaxe é o campo da gramática que estuda a unidade linguística em seu


contexto oracional, ou seja, estuda os termos que compõem uma oração. A oração,
em Língua Portuguesa, basicamente pode ter sujeito, terá sempre um predicado, e
pode ter ou não complementos.
Pode-se dizer, então, que a fonética e a morfologia tratam cada qual de
um dos aspectos dos vocábulos, a semântica trata do significado que determinada
palavra assume e a sintaxe trata da colocação dos termos nas orações,
encarregando-se a fonética de estudar os sons das palavras
Quem deseja escrever bem, deve respeitar as normas da variante padrão,
empregar sua criatividade e ter ciência de que um texto é muito mais do que a soma
ou justaposição de orações. É antes uma unidade de sentido, coesa e bem articulada
acima de tudo.
Objetivos de aprendizagem:
--Reconhecer os diferentes tipos de linguagem e de gênero, e utilizá-los
adequadamente;
--Considerar a leitura como objeto de qualificação social, atentando para o potencial
crítico que ela confere ao indivíduo;

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--Compreender a relação indissociável entre leitura e escrita, explicitada pela


potencial facilidade em elaborar um texto após contato regular e contínuo com textos
de variadas origens e linguagens.
2.1 Frase, oração e período
Frase, oração e período são fatores constituintes de qualquer texto escrito em prosa,
pois o mesmo compõe-se de uma sequência lógica de ideias, todas organizadas e
dispostas em parágrafos minuciosamente construídos.
Por isso, é importante saber o conceito de cada um deles.

a) Frase é todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer


comunicação. Pode ser nominal ou verbal.

As frases são classificadas em:

- Frases declarativas: aquelas que informam ou declaram algo, podendo ser


afirmativas ou negativas;
- Frases interrogativas: aquelas que indicam perguntas ou questionamentos. As
frases interrogativas podem ser diretas ou indiretas, sendo que a principal
diferença entre elas é que a interrogativa direta vem sempre acompanhada de
interrogação;
- Frases imperativas: aquelas que denotam um pedido, uma ordem ou um
conselho. Assim como as frases declarativas, as frases imperativas podem ter um
sentido positivo ou negativo;
- Frases exclamativas: as frases exclamativas são as expressões que indicam
uma emoção ou estado emotivo;
- Frases optativas: são aquelas frases optativas utilizadas para expressar um
desejo.

b) Oração é um enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal.


c) Período : constitui-se de uma ou mais orações. Pode ser simples ou composto.

• Período simples: A menina ofereceu um livro a Joana.


• Período composto: O povo anseia que haja uma eleição justa, pois a última
obviamente não o foi.
2.2 Parágrafo: unidade de organização
O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de
um período, em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se
agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente
decorrentes dela.

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Divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é


mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o
restante do texto.
O parágrafo obedece a uma lógica maior, a de ser, inegavelmente, produto
e produtor do encadeamento das ideias de um texto.
Se desenvolve em torno e a partir de um núcleo central, seja este uma ideia,
um acontecimento, ou uma paisagem. Por outro lado, o parágrafo permite ao leitor
entrever o desenrolar das ideias que o texto carrega consigo.
Portanto, cada parágrafo, independentemente de seu tamanho, tem um
núcleo.
É claro que alguns parágrafos, muitas vezes, além de desenvolver seu
núcleo central (uma ideia, uma paisagem, um acontecimento), apresentam outros
pequenos núcleos (ideias) que vão tomar forma ao longo do texto.
A extensão de um parágrafo pode variar bastante, tanto por opção de estilo,
de efeito, como por melhor adequação à sua ideia central.
Deste modo, podemos concluir, há parágrafos de duas páginas e há aqueles
de apenas uma linha.
Como saber a hora de usá-los? Curso Técnico em Enfermagem
Diferentes Maneiras de Fazer um Parágrafo
a. Declaração Inicial - Esta parece a feição mais comum: o autor afirma ou nega
alguma coisa logo de saída para, em seguida, justificar ou fundamentar a declaração,
apresentando argumentos sob a forma de exemplos, confrontos, analogias, razões,
restrições – fatos ou evidências.
b. Definição ou Explicação - É uma forma muito presente nos textos dissertativos.
Exige do redator segurança intelectual, a fim de não apresentar uma definição
equivocada.
c. Divisão - É uma maneira bastante didática de construção do parágrafo. Segundo
o professor Jayme, “o tópico frasal é apenas a discriminação das ideias que serão
expostas”.
d. Oposição ou Tema Polêmico - O redator estabelece o rumo da sua
argumentação, a partir das duas ideias que se confrontam no parágrafo.
e. Alusão Histórica - Esse tipo de construção do parágrafo requer, obviamente, do
leitor um conhecimento seguro da história, para que ele, o redator, tenha condições
de apresentar dados coerentes. Segundo o prof. Jayme Barros, esse caminho
“desperta a curiosidade do leitor. Reportar-se a fatos históricos, lendas, tradições,
anedotas ou acontecimentos. É artifício empregado por oradores e por cronistas que,

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com frequência, aproveitam incidentes do cotidiano como assunto ‘não apenas para
um parágrafo, mas até para toda a crônica’”.
f. Uma Pergunta - Com este recurso, o redator visa a chamar atenção do leitor para
a ideia fundamental daquele parágrafo. É um recurso elegante, pois o redator chama,
inevitavelmente, o leitor a acompanhá-lo naquele exercício de reflexão.
Perceba, todavia, que não se cria o vínculo direto redator x leitor, condenável
no texto dissertativo, como se o primeiro estivesse “batendo papo” com o segundo.
Por isso, devem ser evitadas palavras do tipo: você, eu, nós, nosso (a) e verbos em
1ª pessoa.
g. Confrontação Espacial - Esse tipo de parágrafo serve para a confrontação de
duas regiões, duas áreas, duas localidades de uma mesma cidade, estado, país, ou
não. Para que o redator faça uma boa confrontação é necessário que ele conheça o
assunto, as especificidades de cada lugar, para não fugir da realidade, não cometer
erros, não contrariar a lógica.
h. Adjetivação - A partir dos adjetivos apresentados acerca de uma determinada
ideia, o redator define a base para desenvolvê-la em seguida. Curso Técnico em
Enfermagem
i. Citação - O redator traz ao seu texto um pensamento de outrem, coerente, é óbvio,
com o que ele pretende defender no seu parágrafo. Este pensamento geralmente é
colhido no mundo da cultura, da arte, da política, da filosofia, cujos pensadores, pela
própria atividade intelectual que desenvolvem, constroem afirmações, observações
muito inteligentes sobre os mais diversificados temas relacionados à vida humana.
Ressalte-se que é indispensável ao redator apontar a autoria da frase, do
pensamento que ele coloca em seu texto, para que sobre ele não recaia qualquer
suspeita de falsidade ideológica.
j. Citação Indireta - Devemos usar esta forma quando não sabemos reproduzir
textualmente a citação que pretendemos registrar. A mente humana às vezes é
traiçoeira e, por isso mesmo, recria fatos e pensamentos. Portanto, para nos
salvaguardar de qualquer omissão ou invenção do que não é de nossa autoria
quando não lembrarmos a ideia de forma exata, textual, recorremos à citação
indireta, afinal, como salienta o prof. Antônio Viana, em Roteiro de Redação: “é
melhor citar de forma indireta que de forma errada”.
k. Exposição de um Ponto de Vista Oposto - Apresenta-se um pensamento que
será refutado, combatido pelo redator.
l. Retomada de um Provérbio - A partir de um dito popular, o escrevente
fundamenta seu posicionamento defendido no parágrafo. Cuidado para não utilizar
aforismos, máximas e provérbios populares de forma clichê, senso comum.
m. Omissão de Dados Identificadores - Com esse mecanismo, o redator cria uma
expectativa no leitor acerca da ideia que será desenvolvida no parágrafo. Também
pode ser chamado de parágrafo indutivo, pois vai deixando o tópico para o final.

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n. Parágrafos de Causa e Consequência - Muitos temas propiciam a elaboração


levando-se em conta os fatores causais e os decorrentes. Assim, o melhor é abordar
o assunto de forma que se possa argumentar das duas formas: apresentando as
causas e também as consequências.
2.3 Coesão e coerência
a) Coesão: ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos
conectivos da linguagem, o que permite expressar uma ideia de cada vez, omitindo
o desnecessário e prendendo-se às relações existentes entre a ideia principal e as
secundárias. Tal resultado em muito se deve ao correto emprego do tópico frasal.
b) Coerência: valendo-nos da definição primariamente apresentada para coerência
(a ligação perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo), podemos
auferir que esta consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica
e de acordo com um plano definido.

UNIDADE 3 – SEMÂNTICA

3.1 - Níveis de linguagem

A) O que é a linguagem

A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas,


para a comunicação entre pessoas e para a expressão de ideias, valores e
sentimentos. Indica os signos linguísticos, função indicativa ou denotativa.

B) A importância da linguagem

Aristóteles afirma que somente o homem é um “animal político”, social e


cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. 0s animais possuem a voz, mas
o homem possui a palavra e com ela, exprimem o bom e o mau, o justo e o injusto.

C) A força da linguagem

A linguagem tem um poder encantatório, isto é, uma capacidade para reunir


o sagrado e o profano, trazer os deuses e as forças cósmicas para o meio do mundo.
0 poder mágico-religioso da palavra aparece ainda num outro contexto: o do direito.

Diferença entre Linguagem Oral e Escrita

A língua portuguesa encontra-se em constante alteração, evolução e


atualização, não sendo um sistema estático e fechado. O uso faz a regra e os

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falantes usam a língua de modo a suprir suas necessidades comunicativas,


adaptando-a conforme suas intenções e necessidades.

Sendo uma sociedade complexa, formada por diferentes grupos sociais, com
diferentes hábitos linguísticos e diferentes graus de escolarização, ocorrem
variações na língua, principalmente de caráter local, temporal e social.

Nem todas as variações linguísticas usufruem do mesmo prestígio, sendo


algumas consideradas menos cultas. Contudo, todas as variações devem ser
encaradas como 1fator de enriquecimento e cultura e não como erros ou desvios.

Níveis de linguagem

O objetivo principal do estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a


reconhecer as diferenças entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para
que possa selecionar o registro adequado nas mais diferentes situações de
comunicação.

A fim de entendermos os diferentes níveis de linguagem e suas mudanças,


temos de recorrer à sociolinguística, que é o ramo da linguística que tem como foco
de estudos a relação direta entre língua e sociedade.

O domínio dos diferentes níveis de linguagem propicia oportunidades mais


efetivas ao falante, de promover a adequação da sua linguagem às exigências do
contexto social e, dessa forma, estabelecer uma comunicação mais eficiente e
aumentar seu nível de compreensão, interação e interlocução nas várias instâncias
sociais nas quais estará inserido.

3.2 - Linguagem, língua e dialetos: conceitos e variedades linguísticas

Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamental que você


os assimile e entenda. Contamos com sua participação e sua interação afetivo-
educativa.

a) Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem


a comunicação e a interação entre as pessoas. Há outras concepções de linguagem
que você pode pesquisar para ampliar o seu conceito.

b) Língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também,


semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela.
Martinet (1978) foi um dos primeiros linguistas a apresentar uma distinção clara entre
língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa propriamente a faculdade de
que os homens dispõem para se compreenderem por meio de signos vocais.

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c) Dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo,


de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.: gíria).

d) Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo


com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.

e) Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social.

f) Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão.

3.3 Comunicação:

Elementos da comunicação

As funções da linguagem estão intimamente relacionadas com a comunicação


e seus efeitos de sentido, já que cada elemento da comunicação está associado a
uma função da linguagem.

O processo de comunicação envolve alguns elementos para que se


estabeleça. O linguista Roman Jakobson teorizou que, para a comunicação ocorrer,
é necessário que um remetente (ou emissor) envie uma mensagem a um destinatário
(ou receptor), dentro de um contexto (ou referente), por meio de um código passado
via contato (ou canal).

● Remetente/Emissor: é quem produz o enunciado e emite a mensagem para


estabelecer a comunicação.

● Destinatário/Receptor: é quem recebe o enunciado emitido pelo remetente.

● Mensagem: é o enunciado em si, o que foi comunicado pelo emissor ao receptor.

● Contexto: é o assunto do enunciado, indicando seu significado. Pelo contexto, os


interlocutores terão maior clareza sobre a mensagem.

● Contato: é o canal através do qual se estabelece a comunicação.

● Código: é o sistema seguido pelos interlocutores para estabelecer a comunicação.

• Feed-back : resposta do receptor ao emissor

3.4 - LINGUAGEM VERBAL, NÃO VERBAL E MISTA

Todo ato comunicativo se dá pela ação da linguagem, que podem ser


definidas como linguagem verbal e não verbal. Em outras palavras, essas formas de
linguagem são definidas como modalidades comunicativas. Isso significa que será
necessário a ação de um emissor e de um receptor, com o intuito de receber ou
transmitir uma mensagem.

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Linguagem verbal: também chamada de linguagem verbalizada, é expressa por


meio de palavras escritas ou faladas.

Linguagem não verbal: utiliza signos visuais, como, por exemplo, os gestos,
postura, ilustrações, placas, músicas.

Além dessas, uma outra forma de linguagem pode ser utilizada no dia a dia
que é linguagem mista, também conhecida como linguagem híbrida. Nela é
possível encontrar as linguagens verbal e não verbal juntas, com objetivo de passar
uma única mensagem.

Um exemplo de linguagem mista pode ser encontrado em uma charge,


quando se encontra uma imagem e um espaço com um texto acerca da imagem.
Tanto a foto quanto o texto contribuíram significativamente para a compreensão da
mensagem.

UNIDADE 4 – ESTILÍSTICA

A Estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que


permitem a quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio
das palavras. Além disso, estabelece princípios capazes de explicar as escolhas
particulares feitas por indivíduos e grupos sociais no que se refere ao uso da língua.

4.1 – Significação das palavras

São elas:

• Denotação
• Conotação
• Sinônimo
• Antônimo
• Hiperônimo
• Hipônimo
• Homônimos

• Parônimos

• Polissemia

• Ambiguidade

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4.1.1- Denotação e Conotação

Conceito: À raiz semântica ou protossignificado podemos chamar denotação; ao


processo de desenvolvimento de um protossignificado, chamaremos conotação.

A distinção entre denotação e conotação faz-se por via analítica. Em um


discurso autêntico, seja de natureza literária ou não, seja de caráter técnico ou de
caráter científico.

Denotação e conotação são, na maior parte das situações comuns de


comunicação verbal, simultâneas e dialógicas.

Denotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido literal,


dicionarizado.

A conotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido


figurado.

4.1.2- Sinonímia

No estudo semântico, sinonímia acontece quando duas palavras com


significados diferentes são colocadas em um contexto em que passam a ser
sinônimas. Isto quer dizer que não são palavras sinônimas, mas dentro daquela
determinada oração assume significados iguais.

Cuidado! Essas expressões não são sinônimos, apenas estabelecem uma


relação de sinonímia dentro de um contexto.

Entenda: Os substantivos "paz", "tranquilidade", "frágil e "fraca" quando


separados do contexto não são sinônimos. Contudo, dentro do contexto de cada
sentença, elas possuem o mesmo significado, ou seja, estão estabelecendo uma
relação de sinonímia.

4.1.3- Antonímia

Antonímia é a relação que ocorre quando duas ou mais palavras não são
necessariamente contrárias, mas ao serem colocadas dentro de um contexto
assumem sentido de antônimos.

Entenda: “caridosa” e “agressivo” não são antônimos, mas transmitem esse


sentido dentro desse contexto. Já as palavras “mau” e “boa” estão estabelecendo
uma relação de antonímia, no entanto, também são palavras antônimas, pois o
contrário de mau é bom e vice e versa.

4.1.4- Hiperônimo
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São palavras que tem um sentido mais abrangente, ou seja, englobam um


conjunto de palavras relacionadas a ela e que estão dentro do mesmo grupo
semântico.

4.1.5- Hipônimo

Ao contrário do “hiper” que é algo mais amplo, “hipo” é mais restrito. Isto é,
está relacionado a elementos mais específicos dentro do conjunto dos hiperônimos.

Frutas é hiperônimo de maçã e uva, e maçã e uva são hipônimos de frutas.

4.1.6- Paronímia

São palavras parônimas aquelas que têm a escrita e a pronúncia


semelhantes, mas possuem diferentes significados. A relação parônima acontece
quando duas ou mais expressões possuem significados distintos, mas são parecidas
na sonoridade e ortografia.

4.1.7- Homonímia

É a relação presente entre duas ou mais palavras que possuem a mesma


pronúncia ou escrita, mas diferentes significados.

A homônima é subdivida em:

• Palavras homógrafas: expressões com sentidos diferentes, mas a mesma escrita.

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• Palavras homófonas: expressões que têm a escrita diferente, mas a pronúncia é


igual. • Perfeitas (homográficas): são palavras homógrafas e homófonas ao mesmo
tempo, ou seja, tem a escrita e a pronúncia iguais, mas diferentes significados.

4.1.8- Polissemia

A polissemia acontece quando uma mesma palavra pode ser interpretada em


diversos significados, proporciona mais de uma leitura.

Entenda: as palavras mostradas acima podem ter vários significados. Os


sentidos mudam apenas no contexto em que forem inseridas.

4.1.9- Ambiguidade

Ambiguidade anda ao lado da polissemia, porém a ambiguidade não está


atrelada a vários significados, mas sim as possíveis interpretações em uma
frase. Isto é, ambiguidade está relacionada ao duplo sentindo de uma sentença ou
palavra, enquanto que a polissemia caracteriza-se pelos vários significados de uma
única palavra.

Então, ambiguidade é a abertura que uma palavra ou oração pode deixar para
interpretações, a possibilidade de olhar por vários ângulos uma mesma coisa

4.2 – Funções da Linguagem

As funções da linguagem estão relacionados com os estudos da linguagem e da


comunicação. As funções da linguagem são:

● função referencial;

● função poética;

● função fática;

● função conativa;

● função emotiva;

● função metalinguística.

4.2.1- Função referencial ou denotativa

Quando o enunciado se centra no contexto, dizemos que a linguagem possui


função referencial ou denotativa. Nesse caso, o emissor transmite a mensagem da
maneira mais realista e objetiva possível. Costuma ser a função predominante em
notícias de jornais e em artigos científicos.

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4.2.2- Função poética

Na função poética, o enunciado centra-se na mensagem. Significa que há


muito mais preocupação estética e nos efeitos que a mensagem pode causar. Por
isso mesmo, costuma ser um enunciado que pode gerar muitas interpretações
pessoais. Tende a ser a função predominante em poemas, músicas, quadros e obras
artísticas em geral. Curso Técnico em Enfermagem

4.2.3- Função fática

Quando o enunciado se centra no contato (ou no canal), dizemos que a


linguagem possui função fática. Nesse caso, a mensagem está sempre voltada para
o contato em si, a fim de certificar-se de que o canal está aberto, funcionando
eficientemente, e de prolongar a comunicação. Costuma estar presente em
determinados momentos de ligações telefônicas ou contatos por escrito (cartas e e-
mails), além de algumas construções orais.

4.2.4- Função conativa ou apelativa

Se o enunciado centra-se no receptor da mensagem, a linguagem possui


função conativa (ou apelativa). Aqui, o enunciado procura estabelecer um vínculo
muito forte com o receptor, chamando sua atenção. Por isso, muitas vezes é um
enunciado na 2ª pessoa. Essa função está fortemente relacionada a anúncios
publicitários.

4.2.5- Função emotiva ou expressiva

A função emotiva, por outro lado, está centrada no próprio emissor. Assim
sendo, costuma tratar-se de um enunciado repleto de lirismo e de subjetividade,
comumente construído na 1ª pessoa. O eu-lírico mostra-se de maneira muito
evidente. Costuma estar presente em diários e em obras artísticas narradas em 1ª
pessoa ou baseadas na autorrepresentação.

4.2.6- Função metalinguística

Quando o código é que se mostra o centro do enunciado, trata-se da função


metalinguística. Como o próprio nome diz, o enunciado foca o código por meio do
qual se estabelece a mensagem, citando-o e/ou descrevendo-o explicitamente. Está
presente sempre que o código é explicitado de alguma forma.

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4.3 - Palavras parônimas e homônimas

Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e


na grafia, porém se constituem de significados diferentes. E por falar em significado,
cabe-nos ressaltar que esse é um fator preponderante na construção de nossos
discursos – na oralidade e, principalmente, na escrita.

Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja
equivocado, é essencial dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos
enunciados, tais como a prática constante da leitura, o uso de um bom dicionário,
enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para o aprimoramento da
competência linguística.

Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que


imperam no processo de significação das palavras, passemos a partir de agora a
estabelecer familiaridade com alguns aspectos relacionados à homonímia e à
paronímia.

4.3.1- Homônimos

São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao


som) ou igualdade gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada
essa particularidade, temos que os homônimos se subdividem em três grupos.

Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no


significado.

Vejamos alguns exemplos:

Almoço = substantivo/ almoço = verbo

Colher = substantivo/ colher = verbo

Começo = substantivo/ começo = verbo

Jogo = substantivo/ jogo = verbo

Sede = substantivo / sede = localidade

Homófonos - São palavras iguais na pronúncia , porém diferentes na grafia e no


significado.

Vejamos alguns exemplos:

Acender = atear fogo/ ascender = subir

Acento = sinal gráfico/ assento = lugar de sentar-se

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Caçar = pegar animais/ cassar = anular

Cela = quarto pequeno/ sela = arreio

Cerrar = fechar/ serrar = cortar

Cesto = balaio/ sexto = numeral ordinal

Cheque = ordem de pagamento/ xeque = lance do jogo de xadrez

Conserto = reparo/ concerto = seção musical

Coser = costurar/ cozer = cozinhar

Espiar = espionar; observar/ expiar = sofrer castigo

Estático = imóvel/ extático = admirado

Incerto = não certo/ inserto = incluído

Laço = nó/ lasso = gasto; cansado

Paço = palácio/ passo = passada

Ruço = desbotado/ russo = da Rússia

Sexta = redução de sexta-feira, numeral ordinal/ cesta = recipiente; balaio

Seção/secção = parte, divisão/ sessão = reunião

Tacha = pequeno prego/ taxa = imposto

Homônimos perfeitos – São aquelas palavras iguais na grafia e na pronúncia, mas


diferentes no significado.

Vejamos alguns exemplos:

Cedo = verbo/ cedo = advérbio

Caminho = substantivo/ caminho = verbo

Livre = adjetivo/ livre = verbo

4.3.2- Parônimos

São palavras semelhantes na grafia e na pronúncia, mas diferentes no significado.

Vejamos alguns exemplos:

Absolver = inocentar; perdoar/ absorver = sorver; consumir

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Aprender = instruir-se/ apreender = assimilar

Arrear = pôr arreios/ arriar = descer; abaixar

Comprimento = extensão/ cumprimento = ato de cumprimentar; saudação

Deferir = conceder; atender/ diferir = diferenciar

Descrição = ato de descrever/ discrição = ser discreto; reservado

Emergir = vir à tona/ imergir = mergulhar

Emigrar = sair da pátria/ imigrar = entrar em um país estranho para nele residir

Flagrante = evidente/ fragrante = perfumado

Incidente = ocorrência; episódio/ acidente = desastre

Inflação = desvalorização do dinheiro/ infração = violação

Infligir = aplicar castigo/ infrigir = desrespeitar; violar

Mandato = procuração; incumbência/ mandado = ordem judicial

Ótico = relativo ao ouvido/ óptico = relativo a visão

Peão = peça do jogo de xadrez; amansador de cavalo/ pião = brinquedo

Pleito = disputa eleitoral/ preito = homenagem

Ratificar = confirmar/ retificar = corrigir

Recreação = diversão/ recriação = ato de recriar

Soar = emitir som/ suar = transpirar

Sortir = prover/ surtir = resultar

Tráfego = trânsito; fluxo de veículos/ tráfico = comércio ilícito

Vultoso = volumoso; de grande vulto/ vultuoso = inchado

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UNIDADE 5 – ORTOGRAFIA, ACENTUAÇÃO E PONTUAÇÃO

5.1 - Ortografia

Observamos que a linguagem e a comunicação integram os membros de uma


sociedade, e há quem diga que essa integração é maior quando nos comunicamos
pela escrita. Mas já vimos que tanto a linguagem oral como a escrita são importantes
no processo de interação entre os seres humanos.

Para iniciarmos nosso diálogo, vamos definir o que é ortografia. A ortografia


é um sistema convencionado de representar, grafar a fala. Foi estabelecida como
forma de padronizar a grafia das palavras, pois, conforme Faraco e Tezza (2010, p.
56), “[...] no seu primeiro momento, lá pelo século XII, a escrita da língua portuguesa
pretendia imitar a fala das pessoas [...], que não falam de modo uniforme”.

Como forma de sistematizar a língua escrita, tivemos ao longo da história


ortográfica brasileira três grandes reformas: a do ano de 1943, com alterações nos
encontros consonantais, como a mudança de phármacia para farmácia; de 1971,
que se ateve à acentuação, com a queda de quase todos os acentos diferenciais,
como de côr para cor, êle para ele; e a de 2009, Novo Acordo Ortográfico, com prazo
de adaptação prorrogado até 2016, com alterações novamente na acentuação, no
hífen, no alfabeto e no trema.

5.1.1 O que mudou?

A reforma ortográfica do ano de 2009 trouxe algumas alterações


significativas, como a inclusão de mais três letras em nosso alfabeto (K, W e Y), a
extinção do trema, salvo em nomes próprios e seus derivados. As alterações
também aconteceram na acentuação das palavras paroxítonas (penúltima sílaba
tônica) que possuem ditongos abertos éi e ói, bem como perderam os acentos as
palavras com ee e oo dobrados. Ainda na ortografia, a supressão do hífen aconteceu
em alguns casos. Na tabela abaixo você poderá identificar o que mudou e como ficou
agora, exemplificado.

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O que deve ficar claro quando falamos de ortografia, é que se trata da grafia
oficial e única da Língua Portuguesa, pois a norma escrita é convencionada,
sistematizada. Você, como técnico(a) em Informática para Internet, deve atentar para
as questões ortográficas, uma vez que a produção textual oficial ou científica deve
seguir e garantir o uso correto da língua escrita, da língua padrão. Para o bom
entendimento do texto escrito, dependemos da relação direta de todos os tópicos
que estudamos neste fascículo e não poderia ser diferente com a ortografia, ou seja,
o entendimento da mensagem pelo receptor também depende de uma correta grafia
das palavras que vão compor o texto.

5.2- Emprego de por que, porquê, porque e porquê

Por que, por quê, porque e porquê. Você já deve ter percebido que todas
essas formas existem e que todas estão corretas, não é mesmo? Você certamente
notou também que os diferentes porquês são empregados em situações específicas,
pois, embora sejam muito parecidos, não devem ser confundidos na modalidade
escrita.

Porque – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais)

Ex: Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.

Por que – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído pela expressão
“pelo qual” e suas variações.

Ex: Esses são direitos porque (pelos quais) estamos lutando.

Porquê – quando tiver o significado de “motivo”, “razão”.

Ex: Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

Por quê - no final de frase interrogativa.

Ex: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?

5.3 – Pontuação

Pontuação

● Serve para assinalar as pausas e as inflexões da voz (entonação) na leitura;

● Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;

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● Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.

5.3.1 – Vírgula e ponto e vírgula

Vírgula (,)

● para separar palavras ou orações justapostas ou assindéticas (que não possuem


relação sintática com as demais orações);

● para separar vocativos (termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um
ouvinte real ou hipotético);

● para separar apostos (que podem ser Explicativo: usado para explicar o termo
anterior; Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido
genérico; Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou
especificar um termo anterior; Resumidor: resume termos anteriores) e certos
predicativos (termo que confere ao sujeito ou ao objeto uma qualidade, uma
característica).

● para separar orações intercaladas e outras de caráter explicativo;

● para separar certas expressões explicativas ou retificativas (correção), como isto


é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.;

● para separar orações adjetivas explicativas (acrescentam uma qualidade


acessória ao antecedente e são separadas da oração principal por vírgulas);

● para separar orações adverbiais reduzidas (são aquelas que apresentam o verbo
em uma de suas formas nominais: Infinitivo - terminações –ar, -er, -ir - , Particípio -
terminações –ado, -ido - ou Gerúndio - terminação –ndo. Nestas orações,
geralmente, o tempo verbal vem representado por uma locução verbal, na qual o
verbo auxiliar está em uma de suas formas nominais. Diferentemente das demais
orações subordinadas, as subordinadas reduzidas não são ligadas por conectivo.);

● para separar adjuntos adverbiais (indica uma circunstância - dando ideia de tempo,
lugar, modo, causa, finalidade, etc.. Ele é o termo que modifica o sentido de um
verbo, de um adjetivo ou de um advérbio);

● para indicar a elipse (que consiste na omissão de um ou mais termos numa oração
que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes
na própria oração, quanto pelo contexto) de um termo;

● para separar certas conjunções pospositivas, como porém, contudo, pois,


entretanto, portanto, etc.;
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● para separar elementos paralelos de um provérbio;

● para separar termos que desejamos realçar;

● para separar, nas datas, o nome do lugar.

Não se emprega Vírgula (,)

● entre sujeito e o verbo da oração quando juntos.

● entre o verbo e seus complementos, quando juntos;

● em geral, antes de oração adverbial consecutiva (indica uma consequência ou


efeito atribuído à ação da oração principal).

Ponto e Vírgula (;)

Denota uma pausa mais sensível que a vírgula e emprega-se principalmente:

● para separar orações coordenadas de certa extensão;

● em enumeração;

● para separar os considerados de um decreto, de uma sentença, de uma petição,


etc.

● para separar os itens de um artigo de lei, de um regulamento.

5.3.2 Ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação e dois pontos

Ponto Final (.)

● para fechar o período;

● para abreviaturas.

Ponto de Interrogação (?)

● usa-se no fim de uma palavra, oração ou frase, para indicar pergunta direta, que
se faz com entoação ascendente;

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● aparece, às vezes, no fim de uma pergunta intercalada, que pode, ao mesmo


tempo, estar entre parênteses;

Ponto de Exclamação (!)

● usa-se depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas, que se proferem


com entonação descendente, exprimindo surpresa, espanto, susto, indignação,
piedade, ordem, súplica, etc.

● substitui a vírgula depois de um vocativos enfático.

Dois pontos (:)

● para anunciar a fala dos personagens nas histórias de ficção;

● antes de uma citação;

● antes de certos apostos, principalmente nas enumerações;

● antes de orações apositivas (exerce função de aposto de algum termo da oração


principal);

● para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse.

5.3.3 Travessão, reticências e aspas

Travesão ( - )

Traço maior que o hífen

• Nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor ou, simplesmente inicio da


fala de um personagem
• Para separar expressão ou frases explicativas, intercaladas
• Para isolar palavras ou orações que se quer realçar ou enfatizar
• As vezes substitui parênteses e mesmo a virgula e os dois-pontos

Reticências ( ... )

• Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento, ou ainda, corte da


frase de um personagem pelo interlocutor nos diálogos

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• No meio do período, para indicar certa hesitação ou breve interrupção do


pensamento
• No de um período gramaticalmente completo, para sugerir certo
prolongamento da ideia
• Para sugerir movimento ou a continuação de um fato
• Para indicar chamamento ou interpelação, em lugar do ponto interrogativo
• Para indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita, caso em que se
podem usar quatro pontos ao invés de três.

Aspas ( “ ’’ )

Usa-se antes e depois de uma citação textual (palavra, expressão, frases ou trechos)

• Costuma-se usar em expressões ou conceitos que se deseja pôr em


evidência
• Coloca-se entre aspas ou, então, grifam-se palavras estrangeiras, termos da
gíria, expressões que devem ser destacadas
• Títulos de livros, jornais, filmes, etc. são, de preferência, grifados.

UNIDADE 6 – ESTRUTURA DO TEXTO

Objetivo de aprendizagem

--Entender a relevância comunicativa na produção textual: ter o que dizer, querer


dizê-lo para si mesmo ou para alguém, colocando-se como sujeito de suas próprias
palavras.

6.1 - A estrutura de uma redação

O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes: a introdução,
o desenvolvimento e a conclusão.

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O texto da redação deve ter a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.


Isto facilita o trabalho de quem se habilita a escrever, especialmente uma redação
como a que é solicitada para ingresso na universidade ou num processo de seleção
para quem pleiteia um emprego.

A figura apresenta as três partes de uma redação, que são elementos


primordiais para o trabalho inicial de quem escreve. É partindo do conhecimento das
partes que compõem o texto de uma redação que se pode planejar aquilo que se vai
escrever.

O processo de planejamento começa com a escolha do tema sobre o qual se


vai escrever. Outro fator de sucesso para uma boa redação é que se faça uma
pesquisa sobre o assunto, lendo o maior número possível de textos sobre o tema
que será abordado no processo de uma nova escrita.

Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem é, antes de tudo, aprender a
pensar. No fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a organizar as ideias e a
planejar o que vai escrever, para que no momento da escrita as palavras obedeçam
a uma lógica e possam conduzir o leitor até o final do texto, com pleno entendimento
de tudo o que foi dito.

É importante lembrar que os textos literários possuem a especial licença para


provocar suspense e, às vezes, demandar outras leituras para uma compreensão
mais ampla. Assim, existe um jogo de palavras, muitas vezes travestidas de seu
sentido denotativo, ganhando, pois, um sentido novo e especial dentro do texto, ou
seja, um sentido conotativo, uma nova roupagem um papel diferente do que
comumente possuem.

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Podemos dizer que, na linguagem literária, as palavras usam máscaras


temporárias e específicas para um determinado contexto literário; portanto seu
sentido está intimamente ligado a esse contexto.

6.2 - Formato e conteúdo

A separação entre forma e conteúdo nos livros didáticos tem o único fim de
facilitar o aprendizado. No entanto, forma e conteúdo vivem intimamente ligados.

Podemos dizer que a forma é o modo que você usa para pôr suas sensações,
seus pensamentos e suas opiniões num papel, compondo o que chamamos de texto.
A forma é algo pessoal, é o "jeito" que cada um tem de escrever. Poderia ser
chamada de estilo, pois a forma se caracteriza pelas palavras escolhidas
(vocabulário), as conjunções e preposições (conectivos), os tempos verbais e os
sinais de pontuação.

Esses símbolos formam o código (a Língua Portuguesa) e são tomados por


empréstimo para as pessoas se expressarem. Se todas as pessoas fizessem o
mesmo "empréstimo" dos símbolos do código, na mesma sequência, com o mesmo
sentido, etc., os textos escritos em qualquer lugar seriam todos iguais. Portanto, a
forma é o modo particular que cada autor escolhe para expressar suas ideias.

O conteúdo é o assunto sobre o qual se vai escrever. Suponhamos que você


seja solicitado a redigir um texto sobre o calor. Você teria que saber o que é, onde,
como e por que ocorre o fenômeno, enumerando, ainda, as causas, consequências
e exemplos, bem como os fatos complementares.

Percebemos, então, que os conteúdos (assuntos) podem ser os mesmos para


várias redações. No entanto, mudará a forma como cada pessoa irá tratá-lo em seu
texto. Neste caso você teria dois tipos de escolha de palavras para dois gêneros de
textos diferentes. Um texto ficcional, literário, no qual as palavras teriam um sentido
mais

conotativo e dois textos técnicos: um descritivo e outro dissertativo, ambos de


natureza informativa nos quais as palavras estariam em seu sentido denotativo e
referencial.

6.3 – Tipos textuais e Gêneros Textuais

Tipo textual é a forma como um texto se apresenta, ou seja, se refere às


estruturas linguísticas dos textos. Possuem estrutura fixa e objetivos bem definidos.

Gêneros textuais exercem uma determinada função social e acontecem em


situações cotidianas da comunicação. Eles são classificados a partir de suas

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Curso Técnico em Enfermagem

características e do contexto que envolve. São identificados por meio dos objetivos,
circunstâncias, funções. A intenção comunicativa, as particularidades, a estrutura e
o conteúdo são os aspectos que possibilitam a variação dos gêneros textuais.

Os processos de comunicação do cotidiano acontecem por meio dos gêneros


textuais, pois estão ligados a histórias. Apesar de eles terem estruturas próprias, os
gêneros são flexíveis e se adaptam a linguagem. Vivem assim em constante
evolução e a depender das necessidades podem surgir novos gêneros textuais.

Alguns textos apresentam mais de um tipo de linguagem e para identificar o


gênero é necessário observar qual a predominante. Mas para isso é importante
entender a diferença entre tipos e gêneros textuais.

Diferença entre tipos e gêneros textuais

Quando estão estudando para o Enem ou outra prova de ingresso em


Universidades, os estudantes normalmente confundem os conceitos de tipos de
textos e gêneros textuais. Apesar da confusão, há diferenças entre os conceitos.

A classificação dos tipos de textos é gerada a partir dos formatos. Possuem


número limitado, ou seja, não são gerados novos. São divididos em:

• Narrativo;

• Dissertativo argumentativo;

• Dissertativo expositivo;

• Descritivo;

• Injuntivo.

Os gêneros textuais, por sua vez, são particularizados conforme o seu


conteúdo. São flexíveis e permitem a criação de novos modelos. Além disso, suas
estruturas e temáticas permitem que sejam colocados em modelos predefinidos de
tipos textuais, o que significa que para cada tipo há um gênero. Alguns gêneros
textuais são:

• Romance;

• Conto;

• Fábula;

• Lenda;

• Editorial;

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• Notícia;

• Carta;

• Bula de medicamento;

• Lista de compras;

• Cardápio de restaurante;

• Anotação de enfermagem
• Solicitação de exames laboratoriais e de imagem
• Outros.

Enquanto, por meio da dissertação, quem escreve defende uma ideia e se


posiciona a respeito do assunto sobre o qual escolheu dissertar, em uma descrição,
a ênfase objetivará com maior detalhe descrever objetos, ambientes, estado de
espírito, etc.

O importante da descrição é que quem escreve consiga fazer com que o leitor
entenda claramente aquilo que é descrito. Lembramos que outro fator importante na
descrição é que o redator tenta apenas descrever algo, sem tomar partido, sem se
envolver, apenas descrevendo de modo distanciado o que está observando.

Enfatizamos, ainda, que a descrição "pura" não existe e que descrever é


colocar no papel as características de objetos, de imagens, de locais, de pessoas,
da forma mais próxima possível do real para, assim, o leitor ser capaz de reconstruir
o que foi descrito. É como se o tempo não existisse e o leitor mergulhasse no assunto
com a sensação de que a descrição é atual, não importando o tempo a que ela
remete ou em que foi escrita.

6.4 – Texto narrativo

Narração é uma redação por meio da qual se escreve uma história, uma
piada, um conto, uma novela ou qualquer outro tipo de texto que tenha dois
elementos essenciais: ação e personagem. Quando se trata de uma narração
literária, tentar narrar algo de maneira diferente do que as pessoas costumam
imaginar é o primeiro passo para quem pensa em "escrever bem".

Quem escreve não deve esquecer que "escrever bem" é fazer boas escolhas,
ter boas ideias, é dedicar atenção no trato dos padrões linguísticos já apontados
aqui, é ser criativo procurando sempre ser entendido pelas pessoas que estão lendo
o texto escrito.

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Lembramos, ainda, que você deve considerar os componentes básicos da


narração, já comentados neste caderno, pois eles o auxiliarão a obter sucesso na
escrita de sua narrativa. Assim, será sempre importante que as narrativas
respondam às seguintes questões:

a) QUEM? A resposta a esta pergunta aponta o personagem ou os personagens da


narração.

b) O QUÊ? Conduz ao fato central; é o que se pode chamar de "fio condutor". É


como se fosse a estrutura do enredo (assunto). Na narração, poderíamos simplificar
e dizer que se trata do conteúdo.

c) QUANDO? É o tempo em que os fatos narrados ocorreram.

d) ONDE? Marca o espaço, o local onde os fatos ocorreram ou estão ocorrendo.

e) COMO? O enredo, ou seja, o conteúdo baseia-se nas respostas a essa pergunta.

f) POR QUÊ? As razões, os motivos, as causas que levaram ao fato que se está
narrando.

Como podemos ver, a narração carrega, em si, uma ideia de ação, de movimento. É
como se quem narra estivesse acompanhando os fatos no exato momento em que
se desenrolam. O narrador seria, pois, uma espécie de testemunha ocular do que
está acontecendo, enquanto narra.

6.5 – Discurso

Na dissertação, existem três formas de o autor se posicionar. Isso implica nas formas
do discurso que ele empregará em seu texto. Conheça-as a seguir.

6.5.1 Discurso direto

É aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:

a) emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;

b) uso, especificamente para introduzir os diálogos, dos seguintes sinais de


pontuação: dois-pontos e travessão.

6.5.2 Discurso indireto

É aquele em que o narrador reproduz com suas próprias palavras aquilo que escutou
de outra pessoa ou leu sobre ela. No discurso indireto eliminamos os sinais de
pontuação que introduzem o diálogo e usamos conjunções: que, se, como, etc.

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6.5.3 Discurso indireto livre

É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria,
servindo-se de orações.

6.6 – Texto dissertativo

Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram


justificativas para a elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades,
para a repressão dos pais. É mundial a preocupação com a Floresta Amazônica, a
AIDS, a solidão, a poluição. Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões,
cada um defende seu ponto de vista em relação ao tema que está sendo discutido,
como por exemplo, o futebol, o cinema, a música. Agora pense em ARGUMENTAR
e CONVENCER.

A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de ideias


pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros
a adotarem ou aceitarem uma nova forma de pensar.

Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para


dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da
apresentação de ideias, dados e conceitos, chegar a conclusões.

Em suma, dissertar ou escrever uma dissertação implica apresentar uma


discussão de ideias, oferecer argumentação e organização do pensamento, expor a
defesa de pontos de vista, oferecer a descoberta de soluções. É, portanto,
necessário que se tenha conhecimento sobre o assunto que se vai abordar, aliado a
uma tomada de posição diante dele.

Nas dissertações aceita-se o uso do plural majestático, ou seja, o uso da


primeira pessoa do plural, e, modernamente, passou-se a aceitar o uso da primeira
pessoa do singular. Mas, se você optar pela primeira pessoa do singular, evite
"aparecer" no texto, usando inteligentemente essa escolha como um instrumento
argumentativo, fazendo parecer ao leitor que as ideias expostas por você são de
aceitação universal.

Vejamos alguns exemplos de frases para você compreender como é


"aparecer" em uma dissertação:

-"Eu acho que o problema dos escândalos na política só terá solução quando os
partidos..."

-"Eu penso que o autor tem razão quando afirma..."

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-"As pessoas, na minha opinião, deveriam ser conscientizadas da participação


social..."

Agora, exemplos de frases de dissertação em que você não "aparece":

-"O problema dos escândalos na política ..."

-"O autor tem razão quando afirma..."

-"As pessoas deveriam ser conscientizadas..."

Lembramos que na dissertação sempre haverá um tema (geralmente um


problema social, educacional, político, etc.) e uma delimitação desse mesmo tema.
O desenvolvimento pode estar dividido em dois ou três parágrafos.

Na conclusão o autor fala da impressão final sobre o assunto. Essa parte da


redação pode conter em torno de cinco a dez linhas. Pode-se fazer uma reafirmação
do tema e apresentar possíveis soluções para o problema apresentado.

6.7 O ato de escrever

Considerando que o redator só alcança o objetivo de produzir resposta,


tornar comum suas ideias e persuadir se estiver usando um código conhecido do
leitor, que é seu receptor, e que em certas circunstâncias a redação é feita para
satisfazer necessidades curriculares, a pessoa que escreve uma redação escolar ou
de vestibular, por exemplo, não pode esquecer que os examinadores estarão sempre
levando em conta os conhecimentos básicos de Língua Portuguesa, bem como a
clareza de raciocínio, demonstrada no modo como a redação é estruturada. De
forma simplificada, isso significa que toda boa redação deve ter começo, meio e fim.
Cada uma dessas partes deve ter ligação com a parte anterior, para dar unidade
(coesão) ao texto.

Não se deve esquecer que o emissor codifica a mensagem que será enviada
ao receptor e que este, ao recebê-la, inicia o processo de decodificação,
interpretando-a. Por isso, é fundamental que os códigos utilizados pelo emissor
sejam conhecidos do receptor. No caso de uma redação, o código (a Língua
Portuguesa) deve ser entendido por todos os que escrevem e leem. Daí, ser uma
necessidade básica de quem escreve ter conhecimentos da Língua Portuguesa.

6.8 – Os Gêneros e tipos textuais oficiais

Objetivos de aprendizagem

--Reconhecer gêneros do discurso;

--Redigir documentos
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6.8.1 Redação oficial

Redação Oficial "é a maneira pela qual o Poder Público redige atos
normativos e comunicações" (MENDES; FOSTER JR., 2002).

Segundo a Constituição Federal, são princípios fundamentais de toda a


Administração Pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade
e a eficiência, sendo inadmissível que um documento expedido pelo Poder Público
esteja redigido de maneira obscura ou ambígua. Dessa forma, impessoalidade,
clareza, concisão, formalidade, uniformidade e o uso do padrão culto da linguagem
deverão ser características norteadoras da redação de documentos e
correspondências oficiais, a fim de produzir-se um texto transparente e inteligível
para todo o conjunto de cidadãos ( MENDES; FOSTER JR., 2002).

Procure não esquecer:

Impessoalidade – O "tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos


que constam das comunicações oficiais decorre:

- "da ausência de impressões individuais de quem comunica, [...] de quem


recebe a comunicação,[...] do caráter impessoal do próprio assunto tratado[...]

A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos


para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a
necessária impessoalidade."(Id.Ibid.,p.4-5)

6.8.2 A linguagem dos atos e comunicações oficiais

A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e


expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e
comunicações; de outro, de sua finalidade.[...]

[...] por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo
de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso
de que o padrão culto é aquele em que:

a) se observam as regras da gramática formal, e

b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma


(MENDES; FOSTER JR.,2002).

6.9 Textos técnicos e de instrução

6.9.1 - Mensagem eletrônica (e-mail)

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Curso Técnico em Enfermagem

As mensagens eletrônicas, que também podem ter cunho técnico-


administrativo, estão sendo muito usadas atualmente, e a celeridade de sua
circulação requer cuidados quando utilizadas para fins profissionais. O emissor da
mensagem deve atentar para sua clareza, coerência e coesão, não se esquecendo
do uso de uma linguagem padrão, formal, uma vez que nas mensagens eletrônicas
institucionais e profissionais não cabem abreviaturas, gírias, linguagem coloquial, tal
qual usamos em mensagens eletrônicas pessoais.

6.9.2 - Ata

É um texto elaborado a partir de relatos, fatos, deliberações ocorridos em uma


reunião, encontro, assembleia. Suas principais características são:

• Texto constituído sem parágrafos, emendas ou rasuras, uma vez que a ata é um
documento, não se admitindo modificações posteriores. Caso seja necessária
alguma alteração, deve-se usar a expressão “Em tempo:”, com a anuência do
presidente;

• Números são grafados por extenso;

• O texto poderá ser manuscrito em livro próprio para este fim ou digitado, este último
com numeração para cada ata;

• A ata deverá ser assinada, obrigatoriamente, pelo presidente da reunião e pelo


secretário desta. Poderá ser assinada pelos demais presentes à reunião, desde que
necessário;

• Obrigatoriamente, o texto/ata deverá conter dia, mês, ano e hora da reunião,


grafados por extenso; local da reunião; relação nominal dos presentes à reunião;
pauta (ordem do dia) e o fecho da ata.

6.9.3 Requerimento

É um texto produzido com a finalidade de solicitar, requerer algo dentro de


uma mesma instituição pública ou privada. Esse documento é elaborado quando se
tem a presunção de que a solicitação tem amparo legal. Como exemplo, tomemos a
solicitação, via requerimento, da licença-maternidade.

6.9.4 - Declaração

É um documento em que se declara, conceitua, ou explica algo a alguém.


Quando queremos comprovar que estamos estudando em determinada instituição,
por exemplo, solicitamos da secretaria escolar uma declaração de que estamos
matriculados.

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Curso Técnico em Enfermagem

6.9.5 – Resumo

Nessa aula vimos o conceito de texto técnico e de instrução e as principais


características de cada tipo de texto/gênero textual abordado. Oferecemos um
endereço eletrônico para você revisar alguns pronomes de tratamento, os quais
garantem a formalidade da comunicação. Observamos que o uso da linguagem
formal na redação de textos oficiais e comerciais se faz necessário, uma vez que,
além de serem claros, concisos e coesos, tais textos fogem da esfera pessoal, e têm
valor de documento.

6.10 - Prontuário

A Comunicação Escrita na Enfermagem

A comunicação escrita representa um meio de documentar as informações


relevantes sobre os cuidados prestados por diversos profissionais da saúde que
podem integrar-se, também por meio dos registros realizados. No ambiente médico-
hospitalar, a comunicação escrita tem recebido cada vez maior ênfase nos dias
atuais. Antes, muitas informações eram transmitidas somente de maneira verbal.
Hoje, cresce a importância do registro escrito enquanto respaldo legal para o
profissional e para a instituição. Por isso, enfocaremos à partir de agora no maior
representante desse tipo de comunicação na Enfermagem:

O PRONTUÁRIO

O que é o Prontuário?

O prontuário é um documento que se origina da passagem de um paciente


em um serviço de saúde, seja para uma simples consulta e/ou uma internação
hospitalar.

Qual a sua importância?

Ele é um importante documento onde se registra não só a anamnese do


paciente e sim toda assistência prestada, onde se inclui o exame físico, as
prescrições terapêuticas, os resultados dos exames complementa e relatórios de
várias equipes que atuam no processo de saúde-doença. Além disso, serve também
para analisar a evolução da doença e os resultados alcançados, bem como constitui-
se em fonte de dados estatísticos e defesa do profissional de saúde.

Funções do Prontuário

O prontuário do paciente tem as seguintes funções:

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● Apoiar o processo de atenção, servindo de fonte de informação clínica e


administrativa para tomada de decisão e meio de comunicação compartilhada entre
todos os profissionais que atuam nestes processo.

● É o registro legal das ações realizadas pela equipe multiprofissional.

● Deve apoiar a pesquisa, estudos clínicos, epidemiológicos, avaliação de qualidade,


entre outros .

● Deve promover o ensino e gerenciamento dos serviços, fornecendo dados para


cobrança e reembolso, autorização dos seguros, suporte para aspectos
organizacionais e gerenciamento do custo.

O que encontramos em um Prontuário?

Alguns documentos que compõem o prontuário do cliente:

1.Formulários com dados de identificação.

2.Folha de anamnese e exame físico.

3.Evoluções e prescrições da equipe multidisciplinar.

4.Exames complementares (laboratoriais, radiológicos, ultrassonográficos e outros)


e seus respectivos resultados.

5.Formulário de descrição cirúrgica

6.Partograma (em obstetrícia)

7.Anestesia - ficha de avaliação pré-anestésica, ficha de anestesia, ficha da sala de


recuperação pós-anestésica.

8.Formulário de débitos do centro cirúrgico ou obstétrico (gasto de sala)

9.Formulários de interconsultas

Tipos de Relatórios de Enfermagem

Os relatórios de enfermagem podem ser apresentados em diferentes formatos


(gráficos, numéricos, descritivos...) e em diferentes locais (prontuários do cliente,
livro ata, cadernos administrativos, impressos comuns...). Podem ser realizados
manual ou eletronicamente.

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UNIDADE 7 – DICAS PARA INTERPRETAR TEXTOS

Interpretação textual

Interpretar não é afirmar, pressupor, deduzir o que o autor/emissor quis


dizer, mas estabelecer relações, levantar hipóteses e comprová-las no texto.

Cabe ao receptor levantar os implícitos e pressupostos da mensagem,


sempre ancorado no texto.

A intelecção é entender e compreender as reais intenções do emissor em


relação à mensagem. É retirar do texto o que está explícito e claro. A exemplo, se o
emissor expõe em um texto que é favorável ao aborto, na intelecção desse texto o
receptor deve descrever o que está explícito, ou seja, mesmo o receptor não
concordando com as ideias do autor/emissor, não se pode deduzir, ou achar que
essa não era a ideia principal do texto, simplesmente porque o receptor não é
favorável a tais ideias. Assim, a intelecção não admite o uso de termos como “o autor
quis dizer”, mas sim de termos que demonstrem, afirmem o que realmente está
explícito na mensagem/texto/ discurso.

No processo de leitura, é importante que haja interação entre o emissor e o


receptor da mensagem, mediada pelo texto, de modo que haja compreensão e
interpretação da mensagem.

Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de


cada um. Na realidade isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução
por meio de sofisma (=argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não
conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta). Podemos,
tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos
observar o seguinte:

01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;

02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim,


ininterruptamente;

03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;

05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;

06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;

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07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;

08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;


09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;

10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não, correta, incorreta,
certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas
perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se
pediu;

11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais
completa;

12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;

14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção
que melhor se enquadre no sentido do texto;

15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;

16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o
tema e a mensagem;

17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;

18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na


interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa,
determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando
morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias
estão coordenadas entre si;

20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão,
aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.

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REFERÊNCIAS

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Loyola, 1999.

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BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 13 ed. São Paulo, Ática,
1995.

BELTRÃO, Odaci& BELTRÃO, Mariúsa. Correspondência: linguagem e


comunicação: oficial comercial, bancária e particular. 21. ed. São Paulo: Altas, 2002.

FÁVERO, Leonor. Coerência e coesão textuais. 4. Ed. São Paulo, Ática, 1992.

FIORIN, Jose Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


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1996. POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na Escola? Campinas, SP:
Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil: 1996. PRETTI, Dino.

LIMA, Renira Lisboa de Moura. Como se faz um resumo. Maceió: EDUFAL, 1994.

MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de


acordo com as atuais normas da ABNT. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

NEVES, Iara Conceição Bitencourt et al. (Org.). Ler e escrever: compromisso de


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SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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VILARINHO, Sabrina. "Morfologia"; Brazil Escola. Disponível em:


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