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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
2. Objectivos...............................................................................................................................4
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2.1. Geral.....................................................................................................................................4
2.2. Específicos...........................................................................................................................4
3. Metodologia do Trabalho........................................................................................................4
4. Provérbios...............................................................................................................................5
4.2.1. Enquadramento.................................................................................................................6
Considerações Finais................................................................................................................11
Referências Bibliográficas........................................................................................................12
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1. Introdução
Neste presente trabalho de campo referente à disciplina de Didáctica de Literatura,
consiste em demonstrar as estratégias do uso de provérbios nos textos, na aula de Língua
Portuguesa. Nele, no âmbito das actividades obrigatórias do módulo DL, irá se traçar um
breve caminho sobre o conceito de provérbios e importância do uso dos mesmos em textos,
concretamente na aula da disciplina de Língua Portuguesa. Assim, dotados de uma estrutura
sintáctica condensada e adequada aos padrões da língua, os provérbios possuem uma carga
semântica que, sinteticamente, diz muitas coisas, constituindo verdadeiros recursos lexicais.
2. Objectivos
2.1. Geral
Demonstrar as estratégias do uso de provérbios no texto na aula de Língua Portuguesa.
2.2. Específicos
Definir o conceito de provérbio;
Descrever a importância de uso dos provérbios na aula de Língua Portuguesa;
Descrever as características dos provérbios;
Identificar as propriedades dos provérbios aplicadas na aula de Língua Portuguesa.
3. Metodologia do Trabalho
Para Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.
Assim sendo, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho
bibliográfico, que consistiu na consulta de materiais electrónicos e também o Módulo de
Didáctica de Literatura, do Curso de Licenciatura em Ensino de Português do CED da UCM,
e outros estudos científicos e académicos que relatam este tema, para que, em um primeiro
instante fossem identificados os princípios do conhecimento dessas abordagens sobre o uso de
provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa.
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4. Provérbios
Para Jacques Pineaux (S./d.) Apud Andrade (S./d., p. 2), o provérbio é uma forma
metafórica, pela qual a sabedoria popular exprime sua experiência de vida. Surgiu pela
primeira vez nos textos do século XII.
Neste sentido, importa aqui frisar que, provérbio é como uma expressão linguística
que retrata o fazer e o viver da humanidade. Está inserido na tradição de um povo e pertence-
lhe como algo universal, aceite como verdade e como evidência incontestável. Assim, pode-se
então considerar os provérbios como uma lexia textual, uma unidade significante máxima.
Estes, estão inscritos no código de nossa memória, fazem parte de nosso acervo cultural,
constituem um sistema com estatuto formal que leva a postular, por hipótese, a existência de
um domínio semântico independente em um determinado contexto, conforme diz Greimas,
S./d. Apud Simon, 1989).
Entretanto, Coseriu (Apud Pereira, 1998, p. 13) considera o provérbio como sendo um
discurso repetido, inserindo-o no nível linguístico do texto. São unidades lexicais, pouco
importa o número e a complexibilidade dos elementos constituintes discerníveis. Neste
diapasão, os provérbios são expressões formadas pela união de vários lexemas, há
solidariedade lexical entre eles, formando uma unidade semântica e lexicológica. Eles,
representam um verdadeiro manancial na língua de uma comunidade, principalmente na
modalidade oral. (Andrade, S./d., p. 3).
Segundo o Dicionário Brasileiro de Sintaxe (S./d.) citado por Santos (2020, p. 4-5), o
provérbio é uma das mais importantes expressões da literatura oral de todos os tempos e de
todas as civilizações. Nesse sentido, trata-se do provérbio como um elemento linguístico-
literário que pode ser reconhecido por suas características formais e semânticas. Formalmente
é um verso ou quase verso, apresentando muitas vezes rimas, assonâncias, metáforas, elipse
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etc. Do ponto de vista semântico deve encerrar uma mensagem aconselhadora, também sendo
encontrados na moral do género fábulas.
No entanto, para Xatara e Succi (2008), Provérbio é uma unidade lexical fraseológica
fixa e, consagrada por determinada comunidade linguística, que recolhe experiências
vivenciadas em comum e as formula como um enunciado conotativo, sucinto e completo,
empregado com a função de ensinar, aconselhar, consolar, advertir, repreender, persuadir ou
até mesmo praguejar. (Xatara e Succi, 2008, p.35).
Neste sentido, é explícita a força dos provérbios não só no folclore, mas também em
textos de diversos géneros em circulação, forte expressão da actividade oral de um povo, por
constituir uma rica ferramenta discursiva, o estudo dos provérbios deve se fazer presente em
sala de aula, durante as aulas de Língua Portuguesa, explorando sua forma, suas
características e as possíveis situações de uso, tanto nos discursos formais, quanto nos
informais. Apesar da importância dessas unidades e da sua forte presença em textos de
circulação, as práticas em sala de aula, em sua maioria, não contemplam o trabalho com
provérbios e com os demais fraseologismos. (Santos, 2020, p. 5).
4.2.1. Enquadramento
Os provérbios são utilizados no ensino do Português, quer enquanto língua materna,
quer enquanto língua não materna. Surgem ainda no Programa de Português Língua Segunda
para Alunos Surdos (Baptista et al. 2011). Neste tópico, far-se-á uma breve análise de alguns
dos textos ordenadores para aula de Língua Portuguesa, com o objectivo de caracterizar a
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Neste sentido, as Metas Curriculares de Português de Ensino Básico têm por principal
objectivo, o de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem nos nove anos do ensino
básico, definindo os marcos a atingir pelos alunos no final de cada ano lectivo, os quais são
avaliados por meio de descritores de desempenho. Vê-se que nos Programas, são definidos os
conteúdos por ano de escolaridade bem como a organização sequencial e hierárquica dos
mesmos.
1. Propriedades semânticas:
Operam com aspectos inerentes à vida humana, como trabalho, riqueza, amor, saúde,
idade;
Dizem respeito mais a expressões de forma genérica;
Advogam conselhos e dão estratégias;
Estabelecem uma verdade em geral de acordo com o contexto de uso.
2. Propriedades sintácticas:
pobres empresta a Deus. Acredita-se que este provérbio tenha sua forma original em Quem dá
aos pobres e empresta – adeus.
Considerações Finais
O léxico de uma língua constitui no registo do conhecimento do universo. É o
inventário dos lexemas de uma língua, complemento da gramática para o aprendizado dessa
língua. Desta feita, concluindo, conclui-se que, apesar de só haver uma referência explícita a
provérbios nos textos da aula de Língua Portuguesa no 1º ciclo secundário de estudos (7ª, 8ª e
9ª classes), este tipo de expressões aparece disseminado ao longo de todo o percurso escolar,
mas com frequências baixas (média de poucos provérbios por manual), visto que, os
provérbios surgem com maior frequência nos manuais do 2º ciclo. Daí que, considerando que
os provérbios mais usados se encontram já representados nas colectâneas e dicionários de
provérbios e gramáticas, muitos dos provérbios observados e analisados não são dos mais
usuais em salas de aulas da disciplina de Língua Portuguesa. Neste sentido, considerando o
uso dos provérbios na disciplina de Língua Portuguesa, percebeu-se que a necessidade de
estudos mais aprofundados na área do léxico e da semântica a partir das lexias textuais
presentes em todas as circunstâncias da vida humana.
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Referências Bibliográficas
Andrade, T. L. S. (S./d.). Os Provérbios: Recursos semântico-lexicais da oralidade. UNEB,
Campus Iv. Recuperado de:
<http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/SENALE_IV/IV_SENALE/
Tadeu_L_de_Andrade.htm>.
Baptista, J. A.; Santiago, A.; Almeida, D.; Antunes, P. & Gaspar, R. (2011). Programa de
Português L2 para Alunos Surdos - Ensinos Básico e Secundário. Ministério da Educação.
Buescu, H. C.; Morais, J.; Rocha, M. R. & Magalhães, V. F. (2015). Programa e Metas
Curriculares de Português no Ensino Básico. Governo de Portugal, Ministério da
Educação e da Ciência.
Reis, S. & Baptista, J. (S./d.). O uso de provérbios no Ensino de Português. Lisboa, Portugal,
Universidade do Algarve, INESC-ID.
Simon, M. L. M. (1989). Para uma estrutura proverbial nas línguas românicas. Rio de
Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro.