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Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Tipos de Gramática

Nome Completo: Hélder José Ngungulo


Código:41190565

Maxixe, Março de 2023

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Departamento de Ciências de Educação

Licenciatura em Ensino de Português

Tipos de Gramática

Trabalho do campo a ser submetido na


coordenação, do curso de Licenciatura em
ensino de Português da disciplina de: Sintaxe

Nome Completo: Hélder José Ngungulo

Código:41190565

Maxixe, Março de 2023

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Índice
1.0 Introdução...............................................................................................................................4

2.0Fundamentação teórica............................................................................................................5

2.1. Gramática- Conceito..............................................................................................................5

2.2Tipos de gramática...................................................................................................................5

2.2.1Gramática normativa.............................................................................................................5

2.2.2A gramática generativa transformacional.............................................................................6

2.2.3Gramatica descritiva.............................................................................................................6

2.2.4. Gramática tradicional..........................................................................................................7

2.2.5. Gramática estrutural............................................................................................................8

2.2.6Gramática histórica...............................................................................................................8

2.2.7. Gramática comparativa.......................................................................................................8

Conclusão......................................................................................................................................9

6.0Bibliografia............................................................................................................................10

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1.0 Introdução
O papel da escola é ensinar o português padrão, ou criar condições para que ele seja aprendido,
mas que durante seu ensino sejam observadas as diferenças presentes nos falares, cabendo a
gramatica activar uma reflexão constante sobre a língua. Dessa maneira, acredita-se ser
interessante utilizar as linguagens e a análise linguística através de explicitações, sem excluir o
saber intuitivo metalinguístico ou o linguístico natural, que o indivíduo já traz de casa.
A gramatica busca ditar as regras gramaticais de uma língua posicionando as suas prescrições
como a única forma correta de sua realização, categorizando as outras formas possíveis como
erradas. Diante desse fato e, principalmente, por perceber que os alunos encontram
dificuldades para assimilar essas regras, uma vez que a escola valoriza a gramática
descontextualizada, o ensino de língua portuguesa necessita urgentemente de mudanças quanto
à sua aplicabilidade nas salas de aula.
Este trabalho tem como objectivo geral analisar diferentes tipos de gramática. Em relação aos
objectivos específicos o presente estudo pretende: mencionar os tipos de gramática e
caracterizar os diferentes tipos de gramática como: gramática normativa, gramática tradicional,
gramática descritiva, gramática histórica, gramática comparativa, gramática generativa e
transformacional e gramática estrutural
A pesquisa realizada neste trabalho foi classificada como descritiva, pois, se buscou para a
construção do referencial teórico explorar o tema a partir de uma pesquisa bibliográfica,
ferramenta que permitiu a exploração mais profunda sobre o tema, como também, buscou-se
realizar uma pesquisa de campo com a finalidade de recolher e registar os dados que
embaçassem mais precisamente o assunto.

O presente trabalho para uma fácil compreensão se encontra dividido em capítulos, títulos e
subtítulos e estão postos em negrito ou itálico as partes necessárias para uma boa percepção.

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2.0Fundamentação teórica

2.1. Gramática- Conceito


Conforme Johnson & Johnson (1998) nos apresentam, o termo gramática é considerado
protiforme, uma vez que comporta diferentes significados. Os autores ainda enfatizam que um
mesmo falante pode usá-lo sob perspectivas diversas.
Perini, por exemplo, além de considerar a gramática um conhecimento internalizado da língua,
utiliza o termo para designar uma área de conhecimento, bem como para se referir ao conjunto
de regras.
Travaglia, (2001) considera a gramática como sendo um manual com regras de bom uso da
língua, isto é, trata-se de um compêndio com normas para falar e escrever correctamente. Tais
normas advêm do uso que os escritores consagrados fazem da língua (pag24).
Na visão do Neder (2001) gramática refere-se a um conjunto de regras que o cientista encontra
nos dados que analisa, à luz de determinada teoria e método.
Nessa concepção, a preocupação do gramático é a de descrever a estrutura e o funcionamento
da língua. Não há noção de certo e de errado, como na concepção anterior, porque é
considerado gramatical tudo o que está em consonância com as regras de funcionamento da
língua em qualquer uma de suas variantes – a noção de certo e de errado é substituído pela
noção da diferença. As gramáticas descritivas, as quais adoptam uma postura incluente e não
excludente, são as representantes desta segunda concepção.

2.2Tipos de gramática

2.2.1Gramática normativa
Para Travaglia (2009) a gramática normativa é concebida como um manual com regras de bom
uso da língua a serem seguidas por aqueles que querem se expressar adequadamente. é um
conjunto sistemático de normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos especialistas,
com base no uso da língua consagrado pelos bons escritores. (pág. 2).
Esta, por estudar apenas os fatos da língua padrão, baseia-se em geral na escrita, dando pouca
relevância à variedade oral da língua, apresentando e ditando normas para a correta utilização
do idioma, prescrevendo o que deve e o que não se deve usar. neste sentindo, travaglia afirma
que “não há um bom ensino sem o conhecimento profundo do objeto de ensino e dos elementos
que dão forma ao que realizamos em sala de aula.

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Parece consenso entre Marcos Bagno (2009), Sírio Possenti (2009) e Luiz Carlos Travaglia
(2009) que o ideal do trabalho da gramatica normativa em sala de aula seria através de textos
distintos, de tipologias diversas, onde a mesma seria percebida em todo seu funcionamento,
ficando evidente a gramática como a própria língua em uso. A ela deveria ser integrada tudo o
que deve ser utilizado na construção dos textos em interação comunicativa, não somente
atividades que envolvessem conhecimento de algumas unidades e regras da língua que estão
restritas ao campo morfológico e sintático.

2.2.2A gramática generativa transformacional


A gramática transformacional é um tipo particular de gramática generativa, noção introduzida
na linguística na década de 1950 por Noam Chomsky, que renovou completamente a
investigação nesta área do conhecimento.
Chomsky (1957) advoga que a gramática generativa à gramática que tem por objecto de estudo
a descrição e a explicitação das regras gramaticais que os falantes aplicam para produção e
compreensão de um número infinito de frases.
A formalização das regras da gramática permite generalizações explícitas e ajuda-nos a pôr à
prova os objectivos da gramática.
De acordo com Wiképida (2020) a gramática gerativa ou generativa é uma teoria linguística
elaborada por Noam Chomsky e pelos linguistas do Massachusetts Institute of Technology a
partir do fim da década de 1950.

2.2.3Gramatica descritiva
Travaglia (2002), afirma que a gramática descritiva é a que descreve e registar, para uma
determinada variedade da língua, um dado momento de sua existência, portanto, numa
abordagem sincrónica. A língua é um sistema de signos, fenómeno social, passível de descrição
e sujeita às variações históricas, sociais e culturais. (pag 89)
Na visão do Crystal (2000) uma gramática descritiva é, em primeiro lugar, a descrição de uma
língua da forma como ela é encontrada em amostras da fala e da escrita. Na tradição mais
antiga, a abordagem “descritiva” se opunha à abordagem prescritiva de alguns gramáticos, que
tentavam estabelecer regras para o uso social ou estilisticamente correcto da língua (pag129).

Portanto, podemos considerar gramática descritiva aquela que busca descrever o mecanismo
pelo qual uma dada língua funciona, num dado momento, como meio de comunicação entre os
seus falantes, e da analisar a estrutura, ou configuração formal, que nesse momento a
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carateriza. A gramática descritiva propõe-se a descrever as regras da língua falada, as quais
independem do que a gramática normativa prescreve como correcto.

A partir da constatação de que a gramática normativa não era capaz de dar conta do uso real da
língua por seus falantes, surgiram outras concepções e, consequentemente, outras acepções de
gramática.

A gramática descritiva está ligada a uma determinada comunidade linguística e reúne as formas
gramaticais aceitas por estas comunidades. Como a língua sofre mudanças, frequentemente
muito do que é prescrito na gramática normativa já não é mais usado pelos falantes de uma
língua. A gramática descritiva não tem o objetivo de apontar erros, mas sim identificar todas as
formas de expressão existentes e verificar quando e por quem são produzidas.

Enquanto a gramática normativa considera como erro o uso de formas diferentes da norma
culta da língua (tornada oficial), na perspectiva da gramática descritiva, o erro gramatical não
existe, ou, explicando melhor: ao adotar um critério social, não linguístico, de correção, a
gramática descritiva considera erradas apenas as formas ou estruturas gramaticais não presentes
regularmente nas variedades linguísticas reconhecidas pelos falantes de uma língua.

2.2.4. Gramática tradicional


A gramática tradicional refere a descrição do funcionamento da morfologia e da sintaxe de uma
língua. Radica na tradição grego-latina da compreensão da língua enquanto conjunto de regras
que durante séculos se resumiram ao funcionamento da morfologia e da sintaxe.

A gramática tradicional foi crida com objectivo de oferecer os padrões linguísticos das obras de
escritores tidos como consagrados

Como explica o Lyons (1995) exclusivamente com a linguagem literária, padrão; e tendiam a
desconsiderar ou a condenar como “incorrecto” o emprego de formas não consagradas ou
coloquiais, tanto no falar como no escrever. Com frequência, deixavam de compreender que a
linguagem padrão é, de um ponto de vista histórico, tão-somente o dialecto regional ou social
que adquiriu projecção, tornando-se o instrumento da administração, da educação e da
literatura (pag 23).

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2.2.5. Gramática estrutural
A gramática estrutural é um meio de analisar a linguagem escrita e falada.
Ela esta preocupada com a forma como os elementos de uma frase como morfemas, fonemas,
frases, orações e partes do discurso estão juntos. Sob esta forma de análise linguística, é como
esses elementos funcionam juntos, que é o mais importante, como as relações entre os
elementos normalmente têm um significado maior do que qualquer um dos elementos
individuais. O estudo deste método é, portanto, uma ferramenta importante para melhorar a
clareza na comunicação. Os Princípio fundamentais da gramática estrutural operam sob a
suposição de que o que é visto na superfície é também o significado por trás das palavras
simples de uma frase.

2.2.6Gramática histórica
Para Camera Jr (1984) a gramática histórica é definida como sendo a apresentações sistemática
da história interna de uma língua, ou seja, analisa a evolução histórica de uma língua. (pag 130)

A gramática histórica trata justamente da historia da língua ao longo do tempo, desde a sua
origem, as transformações, ou seja, é diacrónica.

2.2.7. Gramática comparativa

Na visão do Luft (1994) a gramática comparativa estuda a gramática fazendo uma comparação
com as gramáticas pertencentes as mesmas famílias linguísticas.
Estabelece comparação da língua com outras línguas de uma mesma família. No caso de nossa
língua portuguesa, as análises comparativas são feitas com as línguas românicas.
Neste caso, quanto a nós a gramática comparativa estuda a gramática fazendo uma comparação
com as gramáticas pertencentes às mesmas famílias linguísticas. O português pertence à família
das línguas indo-europeias, em que se inclui as línguas itálicas. São exemplos as línguas
espanhola e francesa.

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Conclusão
Por meio de todos os teóricos apresentados neste estudo, entende-se que o ensino da gramática
deve ser contextualizado, levando o aluno a assumir sua função de sujeito no momento do uso
efetivo da língua. Porém, isso não acontece na escola em questão, em que as aulas são
basicamente expositivas. O professor expõe os conteúdos, utiliza exemplos similares e os
alunos anotam acerca de um ou outro ponto abordado, respondendo as atividades solicitadas,
que posteriormente são corrigidas.
Contudo, partindo do pressuposto de que o papel da escola é ensinar o português padrão
(Possenti, 2009), faz-se necessário interligar a esse posicionamento estudos linguísticos que
favoreçam e enfatizem uma aprendizagem significativa para o estudante. Não se concebe mais
um ensino fechado em si mesmo, com regras preestabelecidas sem espaço para a reflexão
dessas normas, esse não cabe mais no contexto atual.
Importa salientar que o estudo da língua consta de quatro níveis: o nível fonético-fonológico, o
nível sintáctico-morfológico, o nível léxico-semântico e o nível pragmático. Ainda que a
separação entre estes níveis não seja precisa, costuma restringir-se ao estudo da gramática ao
nível sintáctico-morfológico.

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6.0Bibliografia
Cunha, Celso e Cintra. (1984). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa. 13ª
Edição.: João Sá da Costa.

Mateus et al. (1990). Fonética, Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa: Universidade


Aberta
Azeredo, J.C. (200) Fundamentos de Gramática do Português. Rio de Janeiro: Zahar.

Bagno, M.(1999) Preconceito linguístico: o que é, como faz. 37ª ed. São Paulo: Loyola.

Castilho, A T.(1998). A língua falada e o ensino de português. São Paulo: Contexto,

Câmara Jr.(1985) Dicionário de Linguística e Gramática. 12ª ed. Petrópolis: Vozes.

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