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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Resolução das actividades do modulo da I a XII unidades.

Nome completo:

Sidónia Eugénio Guila Docente:

Código Nr: 708190370 Maria de Lurdes Manhiça

Licenciatura em ensino de português

Psicolinguística

4ᵒ Ano

Maputo, Maio de 2022

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Nome completo: Docente:

Sidónia Eugénio Guila Maria de Lurdes Manhiça

Código nr: 708190370

Trabalho a ser apresentado a Instituição de


educação à distancia, centro de recurso de
Maputo, no curso de licenciatura em ensino
de português na cadeira de Psicolinguística,
4º ano.

Maputo, Maio de 2022

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Índice
1.0 Introdução.............................................................................................................................4

SECÇÃO I: Introdução a Psicolinguística..................................................................................5

1.1 Psicolinguística – conceito...............................................................................................5

1.2 Importância do estudo da psicolinguística.......................................................................6

1.4 Correntes da psicolinguística...........................................................................................7

1.5 Fases da psicolinguística..................................................................................................8

1.6 Relacao da psicolinguistica com outras ciencias..................................................................9

SECÇÃO II:................................................................................................................................9

2.1 Teorias de aquisição de L2...................................................................................................9

2.2 Relação de desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento


motor.........................................................................................................................................11

2.3 Erros de Percepção..............................................................................................................13

3.0 Conclusão............................................................................................................................13

4.0 Bibliografia.........................................................................................................................14

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1.0 Introdução
O presente estudo, surge no âmbito das actividades curriculares do módulo de
Psicolinguística, que se enquadrado na licenciatura de português, que de uma forma detalhada
vai analisar as primeiras doze unidades que compõem o modulo, fazendo ma análise de cada
unidade com vista o obter respostas que possam ajudar no processo de ensino e aprendizagem.

Para o levantamento bibliográfico, foram consultados materiais publicados em livros,


manuais, dissertações e web sites. A base de dados mais utilizada foi o modulo de
Psicolinguística da UCM.
O material foi selecionado de acordo com a relação destes artigos com o tema e foi analisado
segundo a interpretação dos mesmos, ou seja, “depois de recolhidos os dados, deve-se passar
para a interpretação dos dados, que devem ser analisados, controlados e classificados de
acordo com a análise do trabalho estatístico e na interpretação”. (Ciribelli, 2003, P.79).

Objectivos

Objectivo geral
 O presente estudo tem como objectivo geral compreender a aplicabilidade a
psicolinguística na vida cotidiana do homem.

Objectivos específicos
 Explicar a importância da psicolinguística
 Mencionar as fases da psicolinguística
 Descrever as teorias de aquisição de L1

Estrutura
Excluindo os elementos pré-textuais e introdução, este trabalho encontra-se dividido em duas
secções.
Na introdução, apresentamos a contextualização, os objectivos da investigação, e, de forma
breve, a metodologia de investigação e a definição da estrutura do trabalho.
Na secção I: Introdução a psicolinguística: A psicolinguística, seu surgimento, importância
do estudo da psicolinguística, suas fases assim como a sua relação com outras disciplinas.
Na secção II: Teorias de aquisição de L1: Aquisição de linguagem, seus princípios e suas
limitações, etapas de desenvolvimento sensório-motor, cognitivo e linguístico de uma criança
até a fase da adolescência. Na conclusão, procuramos responder de uma forma sucinta, as
questões de investigação através da triangulação de dados e das análises de conteúdo dos
documentos com o quadro teórico.

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SECÇÃO I: Introdução a Psicolinguística

1.1 Psicolinguística – conceito


Na óptica de (Dubois, 1993) Psicolinguista é o estudo cientifico dos comportamentos verbais
em seus aspetos psicológicos. Estuda os processos através dos quais os falantes atribuem uma
significação ao seu enunciado, às associações das palavras e a criação de hábitos verbais, aos
processos gerias da comunicação (motivação do sujeito, sua personalidade, situação de
comunicação), a aprendizagem de línguas, (p.494)

Para (cristal,1992) psicolinguística é o estudo da relação entre comportamento linguístico e os


psicólogos (por exemplo, memorias e atenção) que lhe são subjacentes. (p.412)

A psicolinguística é o ramo da linguística que estuda a relação entre os processos mentais e a


linguagem verbal. Essa relação implica estruturas cognitivas como a perceção, a memoria, a
atenção, por um lado, e processos de produção que permitem ao individuo construírem uma
interpretarão a partir de uma cadeia de sons, por outro, e, ainda, processos e mecanismos de
aquisição de uma língua natural, desenvolvimento da capacidade da linguagem. (Xavier,1992,
p.316).
Nesse sentido, podemos conclui que a psicolinguistica estuda a relação entre mente e linguagem.
É a ciência responsável por estudar como adquirimos, entendemos produzimos e elaboramos a
linguagem. a psicolinguística analisa qualquer processo que diz respeito a comunicação
humana, mediante o uso da linguagem. essa ciência estuda também os factores que afectam a
decodificação, ou seja, as estruturas psicológicas que nos capacitam a entender expressões,
palavras, orações e textos. Em forma de resumo podemos dizer que a psicolinguística é
composta por seguintes domínios: aquisição de fala e compreensão da linguagem, percepção
da fala, produção oral e escrita, leitura, distúrbios da linguagem e pensamentos.

1.2 Importância do estudo da psicolinguística


A psicologia é uma ciência muito importante facilita a compreensão de processos mentais que
participam na produção e compreensão da linguagem, seja ela oral ou escrita. A partir da
psicolinguística podemos responder uma serie de questões como:
 Como reconhecemos palavras sem esforço?
 Como ouvintes, como desenvolvemos nossa própria representação das ideias
expressadas a partir de um enunciado verbal?
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A psicolinguística também nos ajuda a entender os factores que afetam a decodificação, ou
seja, as estruturas psicológicas que nos capacitam a entender expressões, palavras, orações,
textos.
De uma forma resumida podemos dizer que, a psicolinguística ajuda a desvendar a natureza
da mente humana através da linguagem, isto é, mostrar como o cérebro funciona a partir de
como processa a linguagem.

1.3 Surgimento da psicolinguística

O termo psicolinguistica surgiu, pela primeira vez, provavelemte em um artigo de Poncko,


em que é sugerido que se trata de um campo interdisciplinar para o qual colaboram a Psicologia e
a Linguistica. Os estudos típicos dessa colaboração eram originalmente denominados
psicologia da linguagem, e abordavam uma questão central à psicologia e à linguística.
Segundo Balieiro (2003) os estudos típicos da colaboração da psicologia e da linguística eram
originalmente denominados Psicologia da linguagem, e abordavam a questão: o
relacionamento entre o pensamento (ou o comportamento) e a linguagem. Tais estudos eram
mais uma tentativa de responder questões comuns a duas disciplinas ainda em vias de
afirmação como disciplinas autônomas do que um programa de pesquisas comum que partisse
de bases filosóficas e epistemológicas consistentes. (p.172/173)

De acordo com o autor citado, havia, na pré-história da Psicolinguística dois movimentos opostos: um
que caminhava da Psicologia para a linguística e outro da Linguística para a Psicologia. O primeiro
movimento trazia duas concepções diferentes: uma oriunda da tradição europeia, essencialmente
mentalista e outra oriunda da tradição norte-americana, essencialmente comportamentalista. Após a
primeira Guerra Mundial, a corrente mentalista declinou de importância em função da desorganização
intelectual europeia.
O surgimento explicito da psicolinguística acontece no seminário de verão organizado pelo
Social Science Research Council na universidade de Cornell no ano de 1951 e outros, dois
anos depois em 1993, mas na Universidade de Indiana. Os psicólogos e as linguísticas que
participaram nos seminários chegaram a conclusão ao consenso de que os instrumentos
teóricos e metodológicos que estavam a ser desenvolvidos pelos psicólogos poderiam ser
usados par explicar as estruturas linguísticas que estavam a ser descobertos pelos linguistas.

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1.4 Correntes da psicolinguística

Ao longo dos tempos existiram varias correntes que procuraram estudar a psicolinguística.
Estes avançaram varias ideias ao longo das décadas 50 a 90. Nos anos 50 surge a
psicolinguística como ciência autónoma com a publicação da obra verbal Behavior de Skinner
na qual se estabeleceu uma relação entre a psicologia e a linguagem de uma forma mais
sofisticada, argumentando que a tarefa da psicologia da linguagem era dupla.

Nos anos 60, sob influencia da teoria Chomskyana, os psicólogos concentram –se
fundamentalmente nas variáveis sintáticas do processo de orações.

Nos anos 70, a psicolinguística vai marcar alguma distanciação em relação a linguística
generativa. a distinção refletisse no ano seguinte.

Nos anos 80 ressurgiu o interesse no papel da estrutura da linguística. a psicolinguística


beneficiou- sedo desenvolvimento da linguística computacional e da cognitiva.

Nos anos 90, os estudiosos são mais variados e focam aspectos o da LI e L2, do bilinguismo,
produção e compreensão do discurso, aspectos não verbais da comunicação, semiótica,
distúrbios de linguagem, tradução e analise de textos literários tecnologia de discursos e
modelos de comunicação humano.

Portanto, por cada período nessas décadas de 50 a 90 a psicolinguística teve o seu foco de
estudo, divergindo de época por época.

1.5 Fases da psicolinguística


Na psicolinguística podemos destacar duas fases principais. Na primeira fase os psicólogos
foram mais rceptivos as contribuições da linguística do que vice-versa, isto é, nesta fase, a
psicolinguística defronta-se com fenómenos que decorreram no tempo e é a obra de Skinner
que marca o coroamento dessa fase.

Em relação a segunda fase, esta foi designada, fase de revolução Chamskyana, isto por
causa da publicação da sua primeira obra e a critica ao verbal behaviour.

Em 1957, Chomsky publica Syntact Structures, lançando os fundamentos da sua Gramática


Gerativa Transformacional, em seguida, com uma publicação crítica à obra Verbal Behavior
de Skinner, em 1959, Chomsky abala os fundamentos comportamentalistas e promove uma
grande mudança no campo da Psicolinguística. Com isso, ocorre uma guinada do enfoque
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empiricista para o enfoque racionalista que usa o método introspectivo lógico para formular
hipóteses empiricamente testáveis sobre o conhecimento linguístico (Scliar-Cabral, 1991,
p.20).

É via Chomsky que a idéia de energeia de Humboldt ressurge, pois considera a língua
enquanto atividade dinâmica. Ele não empresta nenhuma importância à teoria do signo e
confere à língua as propriedades da recursividade e da criatividade. No âmbito de sua
gramática gerativa, o homem é dotado de uma faculdade de linguagem, uma dotação genética,
cujo desenvolvimento resultará em certa competência lingüística.
Segundo Chomsky(1957), os métodos indutivos não podem explicar quais os conhecimentos
lingüísticos que os indivíduos possuem de sua língua. Sendo assim, ele sugere que um modelo
lingüístico deve utilizar o método hipotético-dedutivo e que possa fornecer hipóteses
empiricamente testáveis desse conhecimento armazenado.(P.108).
Devido a convergência para a teoria com base racionalista, Chomsky promove a adoção de
uma nova corrente em psicolingüística denominada cognitivista. Com isso, criou-se uma
subdivisão da psicolingüística: a cognitivista e a experimental.

De acordo com Chomsky(1957), lingüística é uma parte da psicologia cognitiva teórica que
dá conta do conhecimento que um falante tem da sua língua – a sua competência. No entanto,
ele acredita que ela não deva explicar como a língua é usada. Ela descreve somente o
conhecimento relativamente estático armazenado na sua faculdade mental. Para ele, a
explicação do uso lingüístico é de responsabilidade da psicolinguística que descreve o acesso
e a utilização desse conhecimento armazenado na faculdade de linguagem.(P 89).
Com relação aos processos subjacentes da linguagem verbal, devemos esclarecer aqui
o conceito de gramática que é uma das importantes contribuições do teórico para a
psicolinguística.

1.6 Relacao da psicolinguistica com outras ciencias

Partindo do pressuposto de que a psicolinguista tem duas ciências que tem uma relação muito
forte com a psicologia e a linguística, portanto, na linguística ela se interessa com o
conhecimento sobre os universais linguísticos e sobre a estrutura e a função de cada língua
particular. Portanto, na linguística a psicolinguística se preocupa com a gramatica generativa,
isto é, propriedades comuns das línguas humanas. Essas características estão presentes em

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todas as línguas naturais, mesmo aquelas que nunca tiveram contacto entre si e nem tem
ascendência comum.

SECÇÃO II:

2.1 Teorias de aquisição de L2


O termo aquisição é geralmente reservado para a língua materna, e outras línguas, ou seja, L2.
Isto quer dizer que o termo aprendizagem implica o estudo formal da língua segunda, ou seja,
o estudo que se desenrola geralmente na aula, com professor, com explicações gramaticas,
exercícios etc., e aquisição da L2 se realiza de forma similar a como uma criança aprende L1,
por contato direito. Muitos cientistas têm tratado a dar resposta às grandes perguntas sobre a
capacidade humana de linguagem; como por exemplo: como e porque os seres humanos
começam a falar? Qual é a relação entre linguagem e pensamento? Quais são os fatores
envolvidos na aprendizagem? O que é que todas as línguas naturais têm em comum?
Aprendem-se L1 e outras línguas na maneira igual? etc.

Há muitas teorias sobre aquisição da L1, mas os mais importantes são

2.1.1 Teoria Behaviorista


A teoria behaviorista, popularizada por B.H. Skinner, 1957, acreditava que aprendizagem se
dava por meio de imitação, repetição e formação de hábito; e que aprendizagem se baseia na
sequencia estímulo-resposta-reforço.

Por exemplo, os crianças imitam a lingua produzida pelos seus país e por seu esforço, ele
recebe um feedback postitivo, que pode tomar forma de um cumprimento ou de continuação
de comunicação.

Suas limitações

Esta teoria tem como limitações o seguinte aspecto: ao privilegiarem o papel do meio-
ambiente e da experiência, os behaviouristas concebem a linguagem como uma mera coleção
de
hábitos e não como um sistema de regras interiorizadas.
Ao consideram os estímulos linguísticos e a imitação essenciais para a aprendizagem ignoram
a capacidade que qualquer ser humano tem de produzir frases e expressões nunca antes vi ou
ouvidas, ou seja, ignoram o aspecto criativo da linguagem

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2.1.2 Teoria Cognitivista
A teorias cognitiva, que considera que a aquisição de linguagem não se difere do qualquer
outro aprendizagem e que se trata de um processo mental que implica o desenvolvimento
gradual de conhecimento das estruturas linguísticas. Essa teoria c é defendida por J. PIAGET
que enfatizou a relação entre a linguagem e a cognição, questionando se a capacidade da
linguagem estava ou não isolada de outras capacidades cognitivas. Para Piaget, o pensamento
precede a linguagem e pode existir sem ele. O desenvolvimento cognitivo resulta da interacção
com o contexto.
Os processos centrais de aprendizagem incluem a assimilação (acção do sujeito sobre o objecto) e
a acomodação (acção do objecto sobre o sujeito).
No que refere a linguagem considera que o cérebro assimila informação linguística nova e,
simultaneamente, acomoda as estruturas linguísticas já existentes para permitir a inclusão de
novos inputs linguísticos.
O desenvolvimento é um processo gradual que decorre da resposta da criança aos estímulos do
meio-ambiente num nível cada vez mais adequado e, simultaneamente, da influência que meio
ambiente exerce na promoção do desenvolvimento da criança. Esta teoria ao considerar o
desenvolvimento como resultado da interacção com o meio-ambiente, recusa a acção da
programação genética.

2.1.3. Teoria Inatista ou Mentalista

Teoria Inatista ou mentalista: surge nos anos 50 por oposição directa a teoria Behaviourista. O seu
mentor é CHOMSKY o qual defende que a existência de uma capacidade inata, exclusivamente
humana, para a aquisição da linguagem o qual contém os princípios da Gramática
Universal.
A teoria innatista, que rejeitou a teoria behaviorista. As crianças não aprendem falar por meio
da imitação, mas aprendizagem linguística se se produz graças a existência de um mecanismo
inato para aquisição da língua. Chomsky cunhou o conceito de gramática universal , ou seja, a
pré-programação linguística que permite o processamento de qualquer língua natural.

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2.2 Relação de desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento da linguagem e
desenvolvimento motor.

1ª fase : do 1º mês ao 24 º mês

Nesta fase do desenvolvimento da criança há uma certa ligação entre o desenvolvimento da


linguagem e desenvolvimento cognitivo, visto que no desenvolvimento cognitivo a criança
localiza o som e fixa o lugar de onde cai um objeto e no desenvolvimento da linguagem
criança produz cadeias de consoantes e imita tons com diferentes variações de intensidade .
Neste caso, tanto no desenvolvimento cognitivo assim como no desenvolvimento da linguagem a
criança passa a produzir ou usar o som em diferentes situações.
2ª fase:do 3 º ano ao 5 º ano
No que diz respeito a relação a esta fase a relação entre o desenvolvimento cognitivo e o
desenvolvimento da linguagem nota se de varias formas isto porque, a criança já tem um
vocabulário de certas palavras, percebe os conceitos básicos como “antes” e “depois” -
desenvolvimento da linguagem. Conhecimento esse que vai usar no desenvolvimento
cognitivo, visto que a criança já pode contar ate 13, pode mostrar 4 ou 5 objectos.
Neste caso, o conhecimento das palavras que é desenvolvimento da linguagem vai usar para
mostrar o que é grande ou maior -desenvolvimento cognitivo.
3ª fase: do 6 º ano ao 12 º ano
Assim como verifica- se relacao entre desenvolvimento cognitivo e de linguagem na terceira
fase nota- se tambem essa relacao, visto que ,no dominio da lingagem a crianca tem um
vocabulário passivode 50.000 palavras. Domina as regras da gramática da sua LM.Produz
facilmente estruturas sintácticas com relações de subordinação cocabulario esse que ele vai
usar no dominio cognitivo para atinge o pensamento abstracto.

2.3 Períodos de aquisição de língua por parte da criança.


Existem três períodos distintos pelos quais as crianças passam aolongo da aprendizagem da
língua: 1º mês ao 24 º mês; do 3 º ano ao 5 º ano; do 6 º ano ao 12 º ano
 1º mês ao 24 º mês

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 Desenvolvimento Sensório-motor: Detém o controlo voluntário do corpo. Segura a cabeça
sem grandes oscilações quandosenta. Alcança e agarra objectos, mas tem frequentemente
as mãos abertas.
 Desenvolvimento cognitivo: localiza o som e fixa o lugar de onde cai um objecto. Tem
uma memória visual de 5 a 7 segundos.
 Desenvolvimento da linguagem: produz cadeias de consoantes e imita tons com diferentes
variações de intensidade.
 do 3 º ano ao 5 º ano
 Desenvolvimento sensório-motor: anda sem olhar para os pés. Balança momentaneamente
num só pé.
 Desenvolvimento cognitivo: fica menos restringida pelosobjectos domina o conceito de
“dois” e é capaz de participar num jogo de “faz- de-conta”
 Desenvolvimento da linguagem: possui um vocabulário de 900 a 1000 palavras. Produz
frases simples de 3 ou mais palavras. Fala acerca do presente (aqui e agora).

 do 6 º ano ao 12 º ano
 Desenvolvimento sensório-motor: tem maior controlo motor. Anda de bicicleta.
Aparecem-lhe os novos dentes.
 Desenvolvimento cognitivo tem maior capacidade de atenção.Distrai-se menos com
informação adicional quando está a resolver um problema. Embora e repete três dígitos.
 Desenvolvimento da linguagem: tem um vocabulário expressivo de 2600 palavras e
reconhece 20.000 a 24.000. Produz muitas frases complexas bem formadas.

2.3 Erros de Percepção


 Supressão de fonema

“exempo” (exemplo)

“pano” (plano)

 Supressão da consoante dupla

“Corespondência” (correspondência)

 Confusão entre as diferentes formas gráficas de um fonema

“madate” (mandante)

 Identificação de grafemas

“eeencial” (essencial)

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‘Padonizados” (padronizados)

3.0 Conclusão
Chegados a esta fase, importa referir que a psicolingüística analisa qualquer processo que diz
respeito àcomunicação humana, mediante o uso da linguagem. Essa ciência também estuda os
fatores queafetam a decodificação, ou seja, as estruturas psicológicas que noscapacitam a
entender expressões, palavras, orações, textos.
Em relação a sua importância, podemos dizer que, a psicolinguística ajuda a desvendar a
natureza da mente humana através da linguagem, isto é, mostrar como o cérebro funciona a
partir de como processa a linguagem. E longo dos tempos existiram varias correntes que
procuraram estudar a psicolinguística. Estes avançaram varias ideias ao longo das décadas 50
a 90 diferenciando - se de década em década.

No que diz respeito a relação de psicolinguística com outras ciências podemos dizer que ela
tem duas ciências com que mantém uma interdisciplinaridade muito forte que são: a
Psicologia e a Linguística. Neste caso, da Psicologia, interessa à Psicolinguística às teorias de
aquisição e aprendizagem do conhecimento, o fundamento dos processos cognitivos bem
como as teorias do comportamento humano e da Linguística, interessa à Psicolinguística o
conhecimento sobre os universais linguísticos e sobre a estrutura e a função de cada língua
particular.

Em relação a aquisição de L1 podemos dizer que, são três teorias principais que explicam a
aquisição de L1 que são: teoria behaviorista; teoria cognitivista e teoria inatista ou mentalista.

Salientar que, existe uma forte relação entre o desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento
de linguagem em uma criança, isto é, em varias fases do seu desenvolvimento tem se
verificado uma interdependência de um dos domínios para poder adquirir conhecimentos de
outro domino.

No que diz respeito aos erros de percepção, podemos dizer, que os erros mais comuns na
aprendizagem de linguagem são: Identificação de grafemas, Supressão de Fonema, Supressão
da consoante dupla e por fim a Confusão entre as diferentes formas gráficas de um fonema.

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4.0 Bibliografia

Universidade católica de Moçambique (2015) Manual de investigação científica. Beira,


Moçambique.
Universidade Pedagógica (2017). Regulamento académico para os cursos de graduação e
de pós-graduação. Maputo, Moçambique
Chomsky, N.(1997) Reflexões sobre a linguagem. Lisboa: Edições 70
Vigotski, L. S., (1998), Pensamento e Linguagem, 2ª ed., São Paulo: Livraria Martins
Fontes Editora Ltda.
Xavier, m. F. E Mateus, M. H. (org.) (1992), Dicionário de Termos Linguísticos, Vol.
II, Lisboa: Edições Cosmos

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