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UNIVERSIDADE ABERTA-UNISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Ano de frequência : 1º Ano

Cadeira: Psicologia de Educação

Tema : A Psicologia de Desenvolvimento Humano

Nome do estudante: Ana Telma Bonifacio Meia. Codigo do Estudante: 61230710

Tete, Maio de 2023

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UNIVERSIDADE ABERTA-UNISCED
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA
Ano de frequência : 1º Ano

Cadeira: Psicologia de Educação

Tema : A Psicologia de Desenvolvimento Humano

Ana Telma Bonifacio Meia. Codigo do Estudante: 61230710

Trabalho de campo a ser submetido na


Universidade aberta UNISCED, faculdade de
de ciências de educação, como requisito para a
avaliação.

Tutor:

Tutora:

Tete, Maio de 2023

1
Índice
Introdução ............................................................................................................................ 3
1.1.1. Objectivos: .................................................................................................................. 3
1.1.2. Geral: .......................................................................................................................... 3
Explicar as fases e os processos do desenvolvimento humano, relacionando-as com o ciclo
de aprendizagem .................................................................................................................. 3
1.1.3. Especificos: .................................................................................................................. 3
1.1.4. Metodologias .............................................................................................................. 3
A Psicologia e o Desenvolvimento ......................................................................................... 4
Factores do Desenvolvimento Humano ................................................................................. 5
Concepação Inatista de Desenvolvimento ............................................................................. 7
O Inatismo ............................................................................................................................ 7
Implicações Educacionais da Concepção Inatista de Desenvolvimento .................................. 8
Concepcao Ambientalista de Desenvolvimento ..................................................................... 9
O Meio como factor de Desenvolvimento Humano ............................................................... 9
Conceitos chaves na teoria ambientalista: estímulo, reforço e extinção .............................. 10
O Associacionismo .............................................................................................................. 10
Concepção Interacionista de Desenvolvimento ................................................................... 12
Desenvolvimento como fruto da interacção entre o Organismo e o Meio ........................... 12
Conceitos principais na teoria interacionista de desenvolvimento ....................................... 13
CAPITULO III-CONCLUSÃO ................................................................................................... 14
Referência Bibliográfica....................................................................................................... 15

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Introdução

O surgimento da Psicologia como área científica de investigação sobre o


comportamento humano veio impulsionar a Pedagogia, dando-a suporte na
compreensão do ser humano, em todas as suas dimensões: fisico-motor, psíquico e
afectivo e no aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem. Nesta unidade
serão desenvolvidos os conceitos de Desenvolvimento, da Aprendizagem e a relação
entre ambos.

1.1.1. Objectivos:

1.1.2. Geral:

Explicar as fases e os processos do desenvolvimento humano, relacionando-as com o


ciclo de aprendizagem

1.1.3. Especificos:

Identificar os processos referentes ao desenvolvimento cognitivo, afectivo-


emocional, social e moral do ser humano
Explicar as teorias do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget
Explicar as teorias de desenvolvimento da linguagem de Skinner
Explicar o funcionamento do Sistema Nervoso

1.1.4. Metodologias

Para a elaboração do mesmo, assentou-se na pesquisa bibliografia que consiste na


procura de livro ou obra já publicadas para dar o uso ao tema em análise. Este trabalho
está dividido em três capitulo principalmente tema a parte tema introdutória do presente
em estudo e as metodologia no segundo o far-se a resolução das questões e no terceiro
termo a partir conclusiva do presente estudo e finalmente a referência bibliográfica.

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A Psicologia e o Desenvolvimento

No mundo educativo escolar parece ser concensual a ideia de que a Psicologia é uma
das disciplinas científicas que mais auxilia a Pedagogia na definição de procedimentos
didácticos-metodológicos que facilitam o processo de ensino-aprendizagem.
No sentido etimológico o termo Psicologia é uma aglutinação de duas palavras do
latim, Psyché, que significa psíquico ou mente elogia (logos) que quer dizer tratado ou
ciência. Assim, a Psicologia é a ciência ou o tratado sobre a mente, ou os factos
psíquicos.

No entanto, ao se desvincular da Filosofia, no fim do século XIX, a evolução da


disciplina esteve marcada pelo behaviorismo (do inglês behavior que significa
comportamento). Este facto fez com a a Psicologia fosse definida como a ciência que
estuda o comportamento humano.

É sob o ponto de vista metodológico que se situa a Psicologia de Desenvolvimento,


sendo assim, ela é toda investigação que visa compreender o crescimento do indivíduo
em todos os ciclos da sua vida, da gestação à velhice. Para Rappaport (1981a) a
disciplina de Psicologia de Desenvolvimento busca a compreensão do indivíduo, através
da descrição e exploração das mudanças psicológicas que se verificam com o tempo.

Entenda-se por desenvolvimento o “conjunto de transformações que se sucedem ao


longo do tempo nas pessoas (...)” (UNISUL, 2000:17), podendo se expressar na
inteligência, no físico, na afectividade e na sociabilidade. É que ao longo da sua
existência, o organismo humano vai adquirindo certas características peculiares que
permitem entender seu comportamento.

O desenvolvimento é inerente a todo o ser humano. Ele é fruto das relações que o
indivíduo estabelece com o meio físico e social. Sendo assim, as características
humanas não são apenas biologicamente herdadas, mas também, historicamente
construídas.

O objectivo principal da Psicologia de Desenvolvimento é “(...) estudar como nascem e


como se desenvolvem as funções psicológicas que distiguem o homem [e a mulher] de
outras espécies” (DAVIS e OLIVEIRA, 1994: 19).

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Nesse sentido, o objecto de estudo da Psicologia de Desenvolvimento é a evolução da
percepção, da capacidade motora, intelectual, moral e afectiva do ser humano. Para ser
mais preciso a psicologia do desenvolvimento trata de estudar a dinâmica evolutiva da
psique humana centrando-se nos processos intra-individuais e ambientais, pois esses
processos influenciam nessa dinâmica evolutiva do ser humano. A partir desse estudo
pode-se compreender que todas as manifestações humanas são fruto de uma caminhada
que começa na gestação. Isto faz com que a disciplina seja de importância primordial
para os educadores, pois conhecendo-se os processos internos de desenvolvimento
pode-se ativá-los e aprimorar as condições de ensino-aprendizagem.

Factores do Desenvolvimento Humano

Segundo Davidoff (2001:417) a maturação do indivíduo, este conjunto de “padrões de


comportamento que dependem fundamentalmente do crescimento do corpo e do sistema
nervo” pode ser influenciado por três factores:

a) Universais. Estes são eventos comuns ao desenvolvimento de uma determinada


espécie. Por exemplo, há ocorrência de situações semelhantes entre os indivíduos da
espécie humana em todas as partes do mundo, que ocorrem obedecendo a mesma
ordem. Por isso, todos os bebés, independentemente das circunstâncias, gatinham antes
de ficarem de pé e andarem. Isso permite determinar o que é ‘normal’ ou ‘anormal’ em
cada idade. Por exemplo, que seria ‘anormal’, em qualquer parte do univereso, uma
criança andar sem que antes gatinhar.

b) Individuais. Mesmo admitindo-se que são percorridas as mesmas etapas no


desenvolvimento humano (etapas universais), os indivíduos crescem, cada um a sua
velocidade, que pode ser determinada pela hereditariedade, que actua com mais ênfase
nos primeiros anos da vida. No entanto, as diferenças individuias podem estar
relaccionadas com o contexto sócio-cultural em que a pessoa está inserida. Por exemplo,
alguns bebés, influenciadas pelas condições hereditárias podem desenvolver mais
rapidamente a linguagem que outros.

c) Ambientais. As experiências propiciadas pelo contexto em que o indivíduo se insere,


influem na sua maturação, no desenvolvimento das habilidades motoras, psíquicas e
afectivas. Em parte, os indivíduos são uma invenção das sociedades em que vivem, de
onde absorvem experiências sociais, económicas e culturais a partir de processos

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educativos, formais, informais ou não formais. E, aqui a educação (escolar ou não-
escolar) desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do ser humano.

A grande discussão no campo da Psicologia diz respeito a influência de cada um desses


factores no desenvolvimento humano. Assim, podemos encontrar três grupos de
pesquisadores. O primeiro, que privilegia os factores universais e conclui que todos os
traços para a maturação dos indivíduos estão escritos em si, bastando o tempo para
desenvolvê-los. O segundo, que resume o desenvolvimento humano, na gestão da ‘carga
génetica’ recebida dos progenitores. E, o terceiro diz que o ser humano é fruto da
sociedade em que vive, da qual aduire todas as peculiardades.

Esse debate vem caracterizando a História da Psicologia. Em termo mais genérico trata-
se da controvérsia entre a natureza (a herediteriedade) e a educação (o meio).

De um lado os teóricos da hereditariedade – que defenderam que “(...) os traços


psicológicos eram transmitidos directamente pelos genes, de geração em geração”
(SPRINTHALL, 1993:30). Por exemplo, um indivíduoque o pai fosse pastor e a mãe
com um Quociente de Inteligência (QI) abaixo da média não poderia aspirar a níveis de
ensino superior.
E de outro, os defensores do meio – como argumentavam de que “(...) toda a essência da
pessoa era moldada pelo modo e circunstâncias em que o ser era criado ou educado”
(ibdem). E neste sentido, qualquer criança poderia ser moldada em qualquer espécie de
adulto, desde que fossem satisfeitas as condições apropriadas.
A polarização desse debate tem tido repercussões extremas na educação escolar: alguns
educadores consideram que a “criança nasce pronta”, assim, não valeria a pena educar
certas crianças, pois pelas suas histórias, ou melhor, pela história das suas famílias,
jamais poderiam alcançar níveis superiores de escolaridade e; outros, que fundamentam
que a criança “é uma tábua rasa” e por isso mesmo, a sociedade poderíamos fazer dela o
que bem entender.
Como educador, qual seria a sua posição perante esse debate? Acha justo que as
crianças sejam tratadas como “criaturas prontas” ou “tábuas rasas”? Essas e outras
questões são importantes para a reflexão da relação entre o desenvolvimento e a
aprendizagem (e o ensino).

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Em síntese os factores de desenvolvimento podem ser sintetizados em dois grupos
principais: a) factores endógenos (hereditariedade, maturacao neurofisiológica) e b)
factores exogenos ou externos (meio ambiente, alimentação, a educação).

Concepação Inatista de Desenvolvimento

O Inatismo

Todos os teóricos inatistas enfatizam a importância de factores endógenos. Por


exemplo, sob o ponto de vista da Filosofia afirma-se a existência de idéias inatas e, na
linguística, destaca-se que os conhecimentos essenciais para o domínio da linguagem
não são adquiridos, pois já fazem parte da estrutura cognitiva que é comum em toda a
espécie humana.
O pensamento inatista tem dupla origem:
a) Na Teologia – a partir da ideia de que Deus é o Criador do Ser Humano e tudo o que
o indivíduo tem depende da “Graça Divina” e;

b) Nas Teorias Evolucionistas – de Darwin, Embrionária e Genética.

Para Darwin o papel do ambiente no desenvolvimento humano é limitado, as mudanças


graduais e cumulativas no desenvolvimentodas espécies decorreriam de “variações
hereditárias que fornecem vantagens adaptativas em relação às condições ambientais
prevalecentes (...) só os mais aptos de uma determinada espécie – aqueles capazes de se
adaptar ao meio sobreviveriam” (DAVIS e OLIVEIRA, 1994:28).
Porém, a teoria de Darwin teria sido mal interpretada pelos inatistas que a usaram como
base de sua fundamentação teórica, suprimindo dela as experiências individuais, que são
fruto de contextos socioculturais.
Os conhecimentos de embriologia também alimentaram o pensamento inatista. A
embriologia considera que as sequências do desenvolvimento seriam praticamente
invariáveis e “(...) reguladas por factores endógenos, ou seja, de origem interna” (idem).
E isso supõe que o desenvolvimento intra-uterino ocorre em um ambiente fisiológico
relativamente constante e isolado de estimulações externas. E, consequentemente, após
o nascimento, consideram os inatistas que toda a experiência individual não teria
impacto sobre o organismo, podendo ser desprezada.

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E, os inatistas encontram sua sustentação teórica na Genética ao se referir que “(...)
todos os traços psicológicos eram transmitidos directamente pelos genes, de geração
para geração”. (idem, p.30) e, portanto, nada poderia ser acrescido a partir de factores
externos ao indivíduo.
No campo da Psicologia a concepção inatista parte do pressuposto de que tudo o que
ocorre após o nascimento não influi no desenvolvimento do indivíduo. Sendo assim, a
educação e o ambiente em geral não exerceriam qualquer impacto no processo de
desenvolvimento espontâneo do indivíduo. Isso porque se considera que o ser humano
nasce pronto, a educação e o ambiente apenas aprimoram aquilo que ele virá a ser.
Nessa perspectiva:
As qualidades e capacidades básicas de cada ser humano – sua personalidade, seus
valores, hábitos e crenças, sua forma de pensar, suas reações emocionais e mesmo sua
conduta social – já se encontrariam basicamente prontas e em sua forma final por
ocasião do nascimento, sofrendo pouca diferenciação qualitativa e quase nenhuma
transformação ao longo da existência (DAVIS e OLIVEIRA, 1994:27).
O que quer dizer que os seres humanos nascem com todas as predisposições para tudo o
que irão ser. É a lei do destino.

Implicações Educacionais da Concepção Inatista de Desenvolvimento

A concepção inatista de desenvolvimento tem grande impacto nos processos educativos.


No sentido mais extremo, essas teorias anulam a acção do meio e, consequentemente, da
educação no processo de desenvolvimento humano.
Na escola a concepção inatista se manifesta através de conceitos como aptidão
(disposição natural), prontidão (pré-condição para agir) e quocientes de inteligência
(índice que mede a capacidade intelectual dos indivíduos. Esses conceitos alimentam os
preconceitos na sala de aula.
Ao considerarem que as diferenças são apenas fruto da hereditariedade, como sendo
“algo dado” pela natureza, ou que os genes herdados dos pais seriam responsáveis para
a inteligência e pela motivação, essas teorias contribuíram para o fomento da
discriminação em ambientes escolares.
Por exemplo, crianças cujos pais são pobres e exercendo actividades que não exigem
grandes capacidades intelectuais não poderiam freqüentar a universidade e indivíduos

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“incapazes” de realizar certas actividades seriam “podadas” da escola sob o ditado de
que “pau que nasce torto morre torno”, portanto, nada haveria para endirectá-lo.

Concepcao Ambientalista de Desenvolvimento

O desenvolvimento e a apendizagem seriam meramente influenciados por factores


endógenos, inatos? Os que defendem a concepção ambientalista de desenvolvimento
vem dizer que o ser humano é fruto da sua interacção com o meio ambiente.

O Meio como factor de Desenvolvimento Humano

A concepção ambientalista de desenvolvimento parte do pressuposto de que o ambiente


é responsável pelo desenvolvimento humano, neste sentido, o indivíduo é reactivo à
acção do meio. A teoria ambientalista tem como base filosófica o empirismo, que dá
ênfase a experiência sensorial na construção do conhecimento.
Um dos expoentes máximos do empirismo foi o filósofo Inglês John Locke (1632-
1704), que desenvolveu em sua tese a idéia de que a mente é uma tábua rasa sobre a
qual se escreve a experiência. Nesta óptica, o ambiente, ou o meio seria o elemento mais
importante para o desenvolvimento do ser humano.
Daí que os ambientalistas considerem que “o homem [e a mulher] é concebido como um
ser extremamente plástico, que desenvolve suascaracterísticas em função das condições
presentes no meio em que se encontra” (DAVIS e OLIVEIRA, 1994:30).
Na verdade, para os defensores da concepção ambientalista de desenvolvimento “(...) o
bebé não é mais do que um pedaço de barro que pode ser moldado e trabalhado pelas
mãos de um mestre artesão, ou seja, o meio, de forma a ficar na forma que se pretenda”
(SPRINTHALL, 1990:31).
Isso significa dizer que os seres humanos não nascem assim, eles são construídos, são
condicionados a ser assim, pelas mãos do ambiente em que estão inseridos.
Desta forma, John Broadus Watson (1878-1958) – psicólogo americano e considerado o
fundador e principal teórico do behaviorismo – “acreditava que as pessoas eram feitas,
não nasciam; um bebé pode ser moldado de modo a vir a ter qualquer forma adulta –
artista de trapézio, músico, criminoso – através do uso de técnicas de condicionamento”
(ibidem).
Um dos principais defensores da teoria ambientalista na Psicologia é Burrhus Frederic
Skinner (1904-1990), psicólogo americano. Skinner propõe uma ciência de

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comportamento e defende que o ambiente “é mais importante do que a maturação
biológica. Na verdade, são estímulos presentes numa dada situação que levam ao
aparecimento de um determinado comportamento” (idem, p.31).

Conceitos chaves na teoria ambientalista: estímulo, reforço e extinção

Os conceitos de estímulo, reforço e extinção são deveras importantes no entendimento


da teoria ambientalista.
Assim, estímulo é um elemento presente no ambiente, que manipulado pode controlar o
comportamento de um indivíduo, fazendo com que apareça ou desapareça em situações
consideradas adequadas, ou fazendo que com o comportamento seja refinado ou
aprimorado.
Considera-se que no geral os indivíduos buscam maximizar o prazer e minimizar a dor.
É esse processo pode ser estimulado por algo que se encontra no meio (ambiente).
Sendo assim, as conseqüências ou os resultados positivos da mudança de
comportamento são denominadas de reforço. Este aumenta a frequência da
manifestação de um determinado comportamento.
E a extinção é o procedimento a partir do qual comportamentos inadequados são
eliminados totalmente nos indivíduos, “nele o objetivo é quebrar o elo que se
estabeleceu entre o comportamento visto como indesejável e determinadas
conseqüências do mesmo” (DAVIS e OLIVEIRA, 1994:32).

Portanto, a pessoa é resultado de aprendizagens realizadas ao longo da vida, a partir de


estímulos que reforçam ou punem seus comportamentos anteriores, pois “quando os
comportamentos modelos são reforçados, tende-se a imitá-los e quando são punidos,
procura-se evitá-los” (ibidem). E o comportamento é sempre resultado de associações
que são estabelecidas entre algo que o provoca – neste caso um estímulo antecedente – e
algo que segue e o mantém – ou seja, um estímulo conseqüente.
Outro conceito importante é o de generalização que é o fenómeno a partir do qual, certo
comportamento é associado a determinados estímulos e tendem a reaparecer na
presença de estímulos semelhantes.

O Associacionismo

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Esses teóricos consideram que a aprendizagem é resultado da formação de conexões
entre estímulos e respostas observáveis.
Edward Lee Thorndike “via a aprendizagem como uma série de conexões e vínculos
estímulo-resposta (E-R)” (SPRINTAHALL, p.209).
Sua teoria descreve as formas em que as conexões são estabelecidas (fortalecidas ou
enfraquecidas). “Achava que a aprendizagem era, basicamente, um empreendimento de
tentativas e erros e prestou pouca atenção à possibilidade de formação de conceito e de
pensamento” (idem, p.209);
Thorndike formulou três leis fundamentais de aprendizagem:
a) A lei da prontidão: quando o organismo se encontra num estado em que as unidades
de transmissão (as conexões E-R) estão prontas a transmitir, então a transmissão é
satisfatória, ao contrário ela será perturbada. Ele se refere a prontidão neurológica e não
maturacional.

b) A lei do exercício (uso e desuso): quanto mais uma conexão E-R for utilizada, mais
forte se tornará, quanto menos for utilizada mais fraca se tornará” e esclarece que a
prática apenas melhora se for seguida de uma informação retroactiva positiva
(conseqüência sobre o acto).

c) A lei do efeito: uma conesão E-R é fortalecida se for seguida de satisfação


(recompensa). Do mesmo modo, uma conexão é enfraquecida se for seguida de um
aborrecimento (punição).

A partir das leis de Thorndike começou a ser realçado a importância da motivação na


educação.
O russo Ivan Pavlov (prémio Nobel da medicina em 1904) notou que os cães salivavam,
não só quando a carne era directamente colocada nas suas bocas, mas também antes
disso (ao som de passos, sinos...).
Para descrever esse fenômeno criou a expressão “reflexo condicionado”, que é fruto de
um estímulo incondicionado, tal como acontece quandouma luz forte incide sobre os
olhos e a pessoa os fecha, ou quando a carne é colocada na boca do cão e esse começa a
salivar.
Ele notou também que se um estímulo neutro – que por si só não desencadeia
determinada resposta – for repetidamente associado a um estímulo incondicionado –

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que automaticamente desencadeia uma determinada resposta – o estímulo neutro acaba
por adquirir o poder de desencadear a resposta. A esse processo chamou o nome de
condicionamento clássico.
Exemplo do cão que saliva ao som do sino. O cão associa o som à carne. A carne seria o
estímulo incondicionado (EI) pois origina uma resposta que não depende da experiência
ou aprendizagem anterior. O som ou sinal denomina-se de estímulo condicionado (EC),
pois a resposta que dá origem precisa ser aprendida. A salivação à carne chama-se
resposta incondicionada (RI) e a salivação ao som resposta condicionada (RC).
Outro conceito importante desenvolvido por Pavlov refere-se a Generalização do
Estímulo. Isso acontece quando “quando um estímulo condicionado é associado a um
reflexo, outros estímulos similares também adquirem o poder de dar a resposta”
(SPRINTHAL, 1993:212). O estímulo condicionado inicial generaliza-se e o organismo
começa a responder a outros estímulos que, de algum modo, se assemelham ao inicial.

Concepção Interacionista de Desenvolvimento

Será que o desenvolvimento humano é nato, apenas? Ou é fruto somente da acção do


meio? Neste unidade, será explica a teoria que estabelce a relação dialética dos factores
endógenos e exógenos no desenvolvimento humano, a concepção interaccionista do
desenvolvimento. De entre vários interacionistas como Vygotsky, Bruner, Ausebel,
tomamos em conta a teoria interaccionista de Piaget como suporte teórico.

Desenvolvimento como fruto da interacção entre o Organismo e o Meio

Para os interaccionistas o desenvolvimento humano não é apenas inato, nem apenas


fruto da ação do meio, eles destacam que “(...) o organismo e o meio exercem ação
recíproca. Um influencia o outro e essa interação acarreta mudanças sobre o indivíduo”
(DAVIS e OLIVEIRA, 1994:36).
A concepção interaccionista de desenvolvimento apóia-se, portanto, na idéia de
interação entre organismo e meio e vê a aquisição de conhecimento como um processo
construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto ao nascer nem
sendo adquirido passivamente graças às pressões do meio.

Essa concepção é secundada por Jean Piaget que sustenta que o desenvolvimento
envolve um processo contínuo de trocas entre o organismo vivo e o meio ambiente.

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Conceitos principais na teoria interacionista de desenvolvimento

Segundo Davis e Oliveira (1994) os conceitos principais desta teoria são:


a) Equilíbrio – a concepção de que todo organismo vivo – quer seja uma ameba, um
animal, uma criança – procura manter um estado de equilíbrio ou de adaptação com seu
meio, agindo de forma a superar perturbações na relação que ele estabelece como o
meio.

b) Equilibração – que é o processo dinâmico e constante do organismo em busca de um


novo e superior estado de equilíbrio.

Assim, o desenvolvimento cognitivo é resultado de constantes desequilíbrios e


equilibrações, o aparecimento de uma nova possibilidade orgânica no indivíduo ou a
mudança de alguma característica do meio ambiente, por mínima que seja, provoca a
ruptura do estado de repouso – da harmonia entre o organismo e meio – causando
desequilíbrio.
c) Assimilação – é mecanismo a partir do qual o organismo – sem alterar suas estruturas
– desenvolve ações destinadas a atribuir significações, a partir da sua experiência
anterior, aos elementos exteriores com os quais interage.

d) Acomodação – é o mecanismo através do qual o organismo tenta restabelecer um


equilíbrio superior com o meio ambiente. Neste momento, o organismo é impelido a se
modificar, a se transformar para se ajustar as demandas impostas pelo ambiente.
O cognitivismo
Uma dos grandes resultados da concepção interaccionista de desenvolvimento e a teoria
cognitivista de aprendizagem a ser detalhada nesta unidade.
Para os cognitivistas o papel do ensino é aumentar o número de conhecimentos dos
alunos. A aprendizagem é vista como um processo activo do aprendiz. Normalmente a
aprendizagem é por Insight “processo que ocorre quando se dá a compreensão rápida e
inesperada dos dados de um problema e da forma de organizar para p resolver”
(ABRUNHOSA e LEITÃO, 2009:161)
Os defensores da concepção interaccionistas de desenvolvimento acreditam que
diante a relação do indivíduo com o meio, este é capaz de recolher, selecicionar,
processar e armazenar informações através de seus próprios processos mentais.

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CAPITULO III-CONCLUSÃO

Para descrever esse fenômeno criou a expressão “reflexo condicionado”, que é fruto de
um estímulo incondicionado, tal como acontece quandouma luz forte incide sobre os
olhos e a pessoa os fecha, ou quando a carne é colocada na boca do cão e esse começa a
salivar.
Ele notou também que se um estímulo neutro – que por si só não desencadeia
determinada resposta – for repetidamente associado a um estímulo incondicionado –
que automaticamente desencadeia uma determinada resposta – o estímulo neutro acaba
por adquirir o poder de desencadear a resposta. A esse processo chamou o nome de
condicionamento clássico.
Exemplo do cão que saliva ao som do sino. O cão associa o som à carne. A carne seria o
estímulo incondicionado (EI) pois origina uma resposta que não depende da experiência
ou aprendizagem anterior. O som ou sinal denomina-se de estímulo condicionado (EC),
pois a resposta que dá origem precisa ser aprendida. A salivação à carne chama-se
resposta incondicionada (RI) e a salivação ao som resposta condicionada (RC).
Outro conceito importante desenvolvido por Pavlov refere-se a Generalização do
Estímulo. Isso acontece quando “quando um estímulo condicionado é associado a um
reflexo, outros estímulos similares também adquirem o poder de dar a resposta”
(SPRINTHAL, 1993:212). O estímulo condicionado inicial generaliza-se e o organismo
começa a responder a outros estímulos que, de algum modo, se assemelham ao inicial.

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Referência Bibliográfica

ALMEIDA, Saulo Pereira de. (2011) A atuação do psicólogo escolar no ensino médio:
um estudo de caso.21-Set.
Arancibia, Violeta; Strasser, Katherine; Herrera, Paulina. (2007) Manual de Psicologia
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ABRUNHOSA, Maria Antónia e LEITÃO, Miguel. (2009) Psicologia B. Lisboa:
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Cláudia, DAVIS e OLIVEIRA Zilma de.(1990) Psicologia na Educação. São Paulo:
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MWAMWENDA, Tuntufye S. (2004) Psicologia Educacional: Uma perspectiva
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PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. São Paulo: Editora Ática, 1995.
RAPPAPORT, Clara Regina.(1981) Psicologia de Desenvolvimento: Teorias de
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SPRINTALL, Norman A., SPRINTALL, Richard C. (2000) Psicologia Educacional,
Lisboa: MP-Graw-Hil.

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