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Índice

Introdução.........................................................................................................................................2
1.1.Objectivos...................................................................................................................................2
1.2.Objectivo Geral..........................................................................................................................2
1.3.Objectivos Específicos:..............................................................................................................2
2.Metodologia...................................................................................................................................2
2.IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA O EDUCADOR E O PEA.....................................3
2.1.Definição da Psicologia..............................................................................................................3
2.2. Perspectivas antigas e teórica da Psicologia/ Educador............................................................3
2.3.Teorias psicologicas da Aprendizagem da Educação.................................................................5
2.4.Educação e Psicologia................................................................................................................7
2.5.Importância Psicologia para o Processo de Ensino e Aprendizagem.........................................9
2.5.1.Compreende as etapas de desenvolvimento............................................................................9
2.5.2.Entende os métodos eficazes de ensino...................................................................................9
2.5.3.Conhece os estudantes e suas particularidades........................................................................9
2.5.4.Entender os princípios de avaliação......................................................................................10
2.5.5.Compreender a saúde mental dos alunos...............................................................................10
2.5.6.Resolver conflitos em sala de aula........................................................................................10
2.5.7.Estimula o interesse em ensinar e aprender...........................................................................11
2.6.Psicologia da Educação............................................................................................................11
2.7.Psicologia da Educação x Psicologia Escolar..........................................................................12
2.8.Processo Ensino Aprendizagem...............................................................................................12
Conclusão.......................................................................................................................................14
Bibliografia.....................................................................................................................................15

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Introdução

A aprendizagem pode ser definida como um processo de aquisição de novos conhecimentos


através de experiências vivenciadas e determinadas por fatores endógenos e exógenos que
resultam na modificação do comportamento humano e que dependem de condições essenciais,
tais como: mentais, físicas, sensoriais e sociais para se desenvolverem. A aprendizagem é um dos
temas mais estudados pela Psicologia da Educação, pois praticamente todo comportamento e todo
conhecimento humanos são aprendidos. Inúmeros são os autores que discutem as teorias da
aprendizagem; assim, procuramos seleccionar os principais teóricos para o desenvolvimento
deste artigo, dentre os principais, aparecem Wallon, Piaget, Vygotsky e Skinner; após analisar os
escritos e as teorias de cada um deles, é notável perceber as enormes contribuições dadas por eles
à educação.

1.1.Objectivos

1.2.Objectivo Geral
 Estudar a importância da psicologia para o educador e o PEA

1.3.Objectivos Específicos:
 Definir a Psicologia;
 Abordar Perspectivas antigas e teórica da Psicologia/ Educador;
 Explicar Teorias psicológicas da Aprendizagem da Educação e a Importância Psicologia
para o Processo de Ensino e Aprendizagem

2.Metodologia
Quanto a metodologia dizer para concretização do presente trabalho recorreu-se a consulta de
livros, artigos que continham a informação do tema, pesquisa na internet, técnica de resumo e
digitação, assim como as pesquisas e bibliotecas com o intuito de trazer o essencial e melhorar o
desenvolvimento científico do trabalho. Esse método é uma revisão do estado da arte do tema, o
qual permite identificar como e onde eles estão disponíveis, no âmbito académico-científico. Para
organizar a pesquisa, buscou-se publicações em livros e artigos científicos que abordam as
temáticas principais de género.

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2.IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA O EDUCADOR E O PEA

2.1.Definição da Psicologia

A psicologia é entendida como a ciência do comportamento, considerando-se como


comportamento toda e qualquer manifestação de um organismo vivo, como andar, falar, correr,
gritar, estudar, aprender, esquecer, gostar, odiar, amar, trabalhar e brincar.

A psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais, ou seja,
ela estuda o que motiva o comportamento humano, o que o sustenta, o que o finaliza, e seus
processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência.

A psicologia encontra-se, como uma das disciplinas que precisa ajudar o professor a desenvolver
conhecimento e habilidades, além de competências, atitudes e valores que o possibilite ir
construindo seus saberes-fazeres docentes, a partir das necessidades e desafios que o ensino,
como prático social, lhes coloca no cotidiano. Dessa forma, poderá contribuir para que o
professor desenvolva a capacidade de investigar a própria actividade, para, a partir dela, construir
e transformar os seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de sua
identidade como professor.

Ao transmitir o conhecimento para os alunos o professor desempenhará também a função de


formador da personalidade de seus alunos no processo ensino-aprendizagem, pois o aluno por sua
vez é um sujeito activo de seu processo de formação e desenvolvimento intelectual, afectivo e
social; e o professor tem o papel de mediador do processo de formação do aluno; a mediação
própria do trabalho do professor é favorecer/propiciar a inter-relação(encontro/confronto) entre
sujeito (aluno) e o objecto de seu conhecimento(conteúdo escolar); nessa mediação, o saber do
aluno é uma dimensão importante do seu processo de conhecimento(processo de ensino-
aprendizagem). (Silva, 2009)

2.2. Perspectivas antigas e teórica da Psicologia/ Educador

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A importância da psicologia na formação de professores’’, tem como objectivo realizar uma
análise sobre a importância e as diversas formas que a psicologia da educação tem a função de
actuar e orienta a prática docente. Têm sido uma das disciplinas obrigatórias nos cursos de
formação de professores.

Por estudar como ocorre o desenvolvimento humano e o processo de ensino e aprendizagem,


atribui-se grande importância a essa área da psicologia, que está directamente ligada à educação e
à prática docente .

É fundamental que o professor conheça as condições biológicas, cognitivas, psicológicas,


afectivas, e sociais, de seus alunos, a fim de perceber como deve prosseguir no ensino e na
convivência com os mesmos.

Numa perspectiva mais ampla, poder-se tratar a Psicologia Escolar e Educacional por algumas de
suas articulações mais antigas.

A Grécia Antiga, entre outras civilizações, constitui-se numa rica fonte de estudos, por sintetizar,
em sua produção filosófica, a teoria do conhecimento, as ideias psicológicas e as propostas
sistemáticas de educação da juventude e sua correspondente acção pedagógica. É possível, nessa
perspectiva, estudar Protágoras e os sofistas, Pitágoras e a escola pitagórica, Sócrates e a
maiêutica, Platão e a Academia, Aristóteles e o Liceu, entre muitos outros. Por esse mesmo foco
é possível estudar o pensamento medieval, em que filosofia/teologia, educação/pedagogia e ideias
psicológicas permaneceram intimamente articuladas.

A modernidade trará uma complexidade que amplia muito o espectro de análise dessas relações,
proporcionando um campo quase incomensurável de estudos, que estende para a
contemporaneidade suas determinações e nela se faz presente. Em última análise, pode-se afirmar
que a relação entre psicologia e educação, sobretudo em suas mediações com as teorias de
conhecimento, é algo que acompanha a própria história do pensamento humano e constitui-se
como complexo e extenso campo de estudo.

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O processo de compreensão do humano e suas perspectivas de desenvolvimento podem ser
analisados a partir de várias perspectivas e sob o olhar teórico-filosófico tanto das ciências
naturais e biológicas quanto das ciências humanas e sociais. (Silva, 2009)

2.3.Teorias psicologicas da Aprendizagem da Educação

O termo “psicologia” é usado pela primeira vez em 1590 como título de uma obra escrita por
Rudolf Goclenius (1547-1628), professor da Universidade de Marburgo na Alemanha e que ficou
muito conhecido na época por suas contribuições à terminologia filosófica. Logo de início, a
história da Psicologia irá se confundir com a história da Filosofia até meados do século XIX.

A partir do século XIX, com o positivismo de Auguste Comte (1798-1857) é que de fato a
construção do conhecimento psicológico é fortemente influenciada, a partir daí a Psicologia se
constitui num ramo de conhecimento definido, através de um objeto de estudo delimitado em que
busca compreender os processos mentais, os sentimentos, a razão, o inconsciente, as atividades
psíquicas e o comportamento humano e animal.

É importante ressaltar que a Psicologia surge como ciência de fato no século XX. Uma visão
abreviada de seu nascimento nos remete ao primeiro laboratório de psicofisiologia criado por
Wilhem Wundt (1832-1920), na Universidade de Leipizig (Alemanha). No entanto, se essa foi a
condição científica para que a Psicologia recebesse o status de ciência, tal feito não explicita
questões muito mais amplas e cruciais à luz dessa nova área do conhecimento humano.

Jean Piaget (1896-1980), Wallon (1879-1962) e Vygotsky (1896-1934) têm sido considerados os
representantes mais eminentes de um grupo de teóricos que procuram explicar a aprendizagem e
o conhecimento humano dentro de uma linha histórica na qual o sujeito e o objeto interagem em
um processo que resulta na construção e reconstrução das estruturas cognitivas. Sendo assim,
esses teóricos foram denominados de teóricos interacionistas.

As Teorias Interacionistas ou Cognitivistas são de Base Dialéctica; no interacionismo, como o


próprio nome já diz, há uma interacção entre o sujeito e o objecto para a construção do seu
conhecimento e para a construção dos próprios objectos. Assim, podemos perceber que as
crianças constroem seu próprio conhecimento, em que o professor é apenas um mediador desse

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processo, pois conhecemos as coisas na forma em que elas são aprendidas pela nossa mente, que
possui, a priori, conhecimento, sensibilidade, noções de tempo e de espaço.
As Teorias da Aprendizagem são modelos teóricos desenvolvidos cientificamente para explicar
como ocorrem os processos de ensino-aprendizagem no transcorrer da história da Psicologia do
Desenvolvimento Humano e da Psicologia da Educação, buscando dar respostas às perguntas e
indagações surgidas nas instituições de ensino.
Nesse sentido, segundo Lepre (2008), “a teoria de Piaget é a matriz do Construtivismo, linha
teórica proposta pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para o planejamento, execução e
avaliação das atividades pedagógicas nas escolas brasileiras”. No entanto, é importante
ressaltarmos que Piaget não teve uma preocupação eminentemente pedagógica e sim
epistemológica, ou seja, esse autor teve como centro de suas investigações o sujeito epistêmico e
não o sujeito do ensino-aprendizagem.
Para Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1985, p. 28), “a teoria de Piaget não é uma teoria
particular sobre um domínio particular, mas sim um marco de referência teórico, muito mais
vasto, que nos permite compreender de maneira nova qualquer processo de aquisição de
conhecimento” onde o professor é um mediador do desenvolvimento cognitivo do educando para
ampliação da aprendizagem.
Dessa forma, Piaget não propôs um método de ensino ou elaborou materiais pedagógicos, mas
ofereceu à educação esclarecimentos sobre o modo peculiar de raciocinar que as crianças
apresentam em diferentes estádios e momentos da vida.
As Teorias Comportamentalistas ou Behavioristas Radicais de Base Empírica postuladas por
Skinner surgem nos EUA, em 1945. Adotadas por vários outros psicólogos, surgiu na área da
Psicologia como uma proposta filosófica e como um projeto de pesquisa em oposição ao
Behaviorismo Metodológico de orientação positivista de John Watson.

Nas teorias comportamentalistas, de base empirista, o ambiente, entre outros fatores, é primordial
na aprendizagem, desenvolvimento e interação da criança com o meio em que está inserida, pois
o comportamento, as ações e atos humanos são mensuráveis; logo, é possível serem medidos,
comparados e avaliados os fenômenos, ações e reações comportamentais existentes dos mais
diversos tipos.

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O behaviorismo deu contribuições eminentes na educação com controle e organização das
situações de aprendizagem, elaboração de tecnologias de ensino, métodos de instrução e ensino
programado em computadores que trouxe muitos avanços no processo de aprendizagem para
testes em concursos, vestibulares e simulados eletrônicos.

Para Piaget (1999 cit in Netto, e Costa, 2017), no Construtivismo a aprendizagem só ocorre
mediante a consolidação das estruturas de pensamento, portanto a aprendizagem sempre se dá
após a consolidação do esquema que a suporta, da mesma forma a passagem de um estágio para
outro da criança estaria dependente da consolidação e superação do estágio anterior. Sendo assim,
a aprendizagem em si nada mais é do que a substituição de uma resposta generalizada por outra
mais complexa.

Com base em Piaget, para Coutinho e Moreira (1998), “a criança (sujeito) constitui com o meio
(objeto) uma totalidade”; quando esse meio é a escola, o processo de ensino-aprendizagem deve
propiciar à criança a capacidade de desenvolver seu conhecimento cognitivo e afetivo, em que
suas demais aptidões para cada tipo de disciplina específica presente no sistema de ensino e suas
fases e processos pedagógicos surtam efeitos para que tenha uma boa formação.
Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da individualidade como
unidade afetiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do desenvolvimento humano deve ser feito na
sucessão das etapas e dos conflitos no decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que
fornecem ao pensamento as ferramentas para a sua evolução; a sua interação com o mundo
biológico não depende apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais
complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.

Segundo Vygotsky (1998 cit in Netto, e Costa, 2017), a aprendizagem sempre inclui relações
entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de
nós que vai se atualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é pensado como um
processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida
pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.

2.4.Educação e Psicologia

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Na visão da personalidade como constituída com base em um processo relacional, que portanto se
forma também nas relações dentro da escola. Percebe-se então que, dessa maneira a aliança entre
Educação e Psicologia é incontestável e bastante antiga, não tendo sido preciso esperar o
momento recente da constituição da Psicologia como ciência independente da grande mãe, a
Filosofia, para buscar respostas sobre como se aprende, quem é o sujeito da aprendizagem, como
se deve ensinar, levando em conta as características psicológicas dos alunos, se é ou não válido
aplicar punições e prémios, qual é a importância da informação no desenvolvimento humano, em
que consiste o ato de comunicação, o que interessa e dá prazer ao aluno quanto ao aprendizado
escolar.

Assim a psicologia também, aplica à educação e ao ensino , busca mostrar como, através da
interacção entre professor e alunos, entre os alunos , é possível a aquisição do saber e da cultura
acumulados. por tanto papel do professor nesse processo, é fundamental. Ele procura estruturar
condições para a ocorrência de interacções professor-alunos-objecto de estudo, que levam à
apropriação do conhecimento.

A sua contribuição no campo Educacional, é um tema cativante e desafiador que permanece


actual e proporcionando estudos e pesquisas de vários e renomados cientistas. Ocupa papel de
fundamental importância e tende a intensificar-se cada vez mais.

Deve-se lembrar sempre que essas contribuições precisam ser caracterizadas como um espaço de
reflexão envolvendo a realidade escolar, assim como um espaço propício para a expressão das
angústias e das ansiedades inerentes ao processo de formação.

A Psicologia no âmbito da escolar deve também contribuir para optimizar as relações entre
professores e alunos, além dos pais, direcção e demais pessoas que interagem nesse ambiente. É
neste contexto e neste lugar que a Psicologia poderá contribuir para uma visão mais abrangente
dos processos educativos que se passam no contexto educacional. Pois, uma vez que, as
contribuições da psicologia inserida na equipe educacional, prepara os conteúdos a serem
ensinados visando estabelecer outros e novos patamares para a compreensão dos fatos que
ocorrem no dia a dia da escola, propiciando uma reflexão conjunta que possibilite o levantamento
de estratégias que venham a sanar as dificuldades enfrentadas. (Cavalcanti, 2002)

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2.5.Importância Psicologia para o Processo de Ensino e Aprendizagem

A base da Psicologia contribuiu directamente para a criação do sistema educacional moderno que


conhecemos hoje.

Quando aplicada no âmbito escolar, ela ajuda tanto os professores quanto os alunos dos mais
diversos modos. Nesse sentido, a importância da disciplina para o processo de ensino se dá por
diversas razões, como:

2.5.1.Compreende as etapas de desenvolvimento

A vida humana passa por diferentes estágios de desenvolvimento, que vão desde o momento do
nascimento até que se atinja a idade adulta sendo que, entre esse período, estão a infância e a
adolescência. Além disso, para cada uma dessas fases, existem padrões de comportamento
característicos.

Saber identificar tudo isso, com base nos princípios da Psicologia da Educação, é fundamental.
Dessa forma, o educador pode entender quais são os métodos mais adequados para o
desenvolvimento do aprendizado, a depender de qual estágio se encontra o educando.

2.5.2.Entende os métodos eficazes de ensino

Segundo a Psicologia da Educação, existem algumas técnicas e abordagens que,


comprovadamente, fazem toda a diferença para o processo de ensino e aprendizagem. Tendo em
mente essas informações, o educador pode inserir no cotidiano escolar alguns desses princípios
em benefício de seus alunos.

Já foi entendido, por exemplo, que a dinâmica em sala de aula bem como os jogos e brincadeiras
voltadas para a educação são bastante relevantes para facilitar a aprendizagem. Isso porque esses
recursos são capazes de fazer com que os alunos (sobretudo crianças) absorvam o conteúdo
ensinado de uma maneira divertida, porém saudável e eficaz.

2.5.3.Conhece os estudantes e suas particularidades

Conhecer o aluno é algo fundamental para o bom desenvolvimento da aprendizagem, uma vez
que ele é o factor-chave desse processo. É aí que entra a Psicologia da Educação, que ajuda na

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compreensão geral do educando, ao levantar questionamentos como:  Em qual estágio ele se
encontra em seu desenvolvimento intelectual, físico, emocional e social; Quais são os seus
interesses; quais são as suas habilidades adquiridas ou inatas.

Há também aqueles aspectos pessoais do aluno que, muito comumente, são deixados de lado no
ambiente educacional. A Psicologia entende que esses são factores que interferem (e muito) no
processo de ensino e aprendizagem. Assim, essa ciência busca entender como o aluno se
comporta em grupo, como está a sua saúde mental e quais são os seus desejos.

2.5.4.Entender os princípios de avaliação

Avaliar o nível de aprendizado do aluno é um processo inerente às práticas de ensino. Por meio
de ferramentas e métodos de avaliação, é possível identificar as limitações do educando, assim
como reconhecer e aprovar seus pontos fortes.

Com o conhecimento da Psicologia, o educador passa a compreender que há vários aspectos


envolvidos na capacidade de assimilar e armazenar o conteúdo. Não se trata apenas de uma
escala de inteligência, mas também da interacção das funções cognitivas e, sem dúvidas, da
vivência emocional da criança e do adolescente.

2.5.5.Compreender a saúde mental dos alunos

Interferências negativas quanto à saúde mental do aluno podem ser responsáveis pela falta de
eficácia no processo de aprendizagem. Nesse sentido, é papel da Psicologia Educacional fazer
com que o professor esteja apto a reconhecer o que está acontecendo, ou seja, quais componentes
podem contribuir para determinado estado mental.

Fornecendo essa visão ao educador, ele não só conseguirá sugerir o procedimento mais adequado
para cada caso, como também estará preparado para lidar com a situação de maneira mais eficaz.

2.5.6.Resolver conflitos em sala de aula

O professor precisa ter em mente que, por reunir pessoas dos mais diferentes contextos e com as
mais diversas opiniões, a sala de aula é um lugar onde podem surgir inúmeros problemas e
conflitos, tensões éticas, brigas, pressão dos colegas, entre outros.

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A Psicologia fornece ao educador ferramentas para auxiliar os alunos a lidar melhor com essas e
outras situações, instruindo-os com o que for necessário para superar o problema. Isso ocorre
porque são estudadas na disciplina as características dos potenciais problemas em sala de aula, o
comportamento dos alunos e os ajustes necessários para reverter a situação.

2.5.7.Estimula o interesse em ensinar e aprender

A Psicologia também fornece respaldo ao educador para atrair a atenção do educando de modo
positivo. Por meio de estratégias educativas criativas, é possível inspirar os alunos e suscitar a
vontade de aprender e, por que não, o interesse em ensinar.

O aluno não precisa enxergar os estudos como um processo tedioso ou desgastante. Isso pode ser
feito de maneira mais leve e interactiva, inclusive com actividades que envolvem troca de papéis.
Dessa forma, o educando adquire mais participação activa em sua aprendizagem, desenvolve
autodisciplina e passa a perceber o papel do educador com outro olhar.

Em cada idade, são utilizados diferentes métodos e instrumentos para incentivar o aluno a ser
protagonista de seu aprendizado. Os mais jovens são motivados com jogos e actividades lúdicas,
enquanto os mais velhos apreciam competições e até debates.

2.6.Psicologia da Educação

A Psicologia da Educação (ou Psicologia Educacional, como também é conhecida) corresponde


ao ramo da Psicologia que se aprofunda no processo de ensino e aprendizado nas mais diversas
vertentes, sendo algumas delas:

 O funcionamento dos mecanismos de aprendizagem em crianças e adultos;


 A eficácia das estratégias educacionais;
 O funcionamento da própria escola enquanto organização.

Ela também é responsável por entender tudo aquilo que pode ser um entrave para a absorção do
fluxo de informação por parte dos alunos, como as dificuldades de aprendizagem (transtornos de
déficit de atenção, dislexia, dislalia, entre outras) e os problemas emocionais.

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Para ser eficiente em seu propósito, a Psicologia da Educação precisa ser desenvolvida junto
aos educadores, de modo a tornar o processo de aprendizagem mais significativo para o aluno
sobretudo no que diz respeito às dificuldades de aprendizagem e à motivação.

Além disso, é mais interessante ainda que os próprios educadores, em suas formações, tenham
acesso a essa disciplina, de modo estarem aptos a lidar com as mais diversas situações em sala de
aula

2.7.Psicologia da Educação x Psicologia Escolar

Embora os termos “Psicologia da Educação” e “Psicologia Escolar” possam soar parecidos, é


preciso reforçar que eles não devem ser usados como sinónimos.

Isso porque, enquanto a Psicologia Escolar é uma subdisciplina aplicada ao processo prático, a
Psicologia Educacional diz respeito à pesquisa teórica. Nesse sentido, o psicólogo educacional
auxilia com o diagnóstico de interferências no processo de aprendizagem e, então, fornece as
devidas ferramentas para tratamento, ajudando ou lidando com comportamentos e desvios.

Agora, você provavelmente deve estar se perguntando por que a Psicologia da Educação é uma
disciplina importante justamente para quem deseja se tornar professor, não é mesmo? A seguir,
vamos listar algumas de suas principais vantagens.1

2.8.Processo Ensino Aprendizagem

Segundo Ribeiro (1995 Cit in Sordi, e Regina, 2003), o processo ensino/aprendizagem em


contexto escolar, ganha pois em ser concebido e organizado no quadro global da educação
enquanto processo permanente ao longo da vida, que não se circunscreve a um tempo
determinado nem a um espaço privilegiado mas abarca todo o espectro da vida individual e
social. Nesta linha de ideia iremos discorrer sobre o significado dos dois termos que o compõe.

Na óptica de Altet (2000:13), o ensino pode ser definido como um “processo interpessoal,
intencional, que utiliza essencialmente a comunicação verbal, o discurso dialógico finalizado
como meios para provocar, favorecer e garantir o sucesso da aprendizagem”. De acordo com
Marques (2000:58), adopta a concepção do ensino como “processo pelo qual o professor

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https://blog.unyleya.edu.br/guia-de-carreiras/psicologia-da-educacao-a-importancia-da-disciplina-para-
quem-quer-ser-professor/#Qual_e_a_importancia_dessa_disciplina_para_o_processo_de_ensino
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transmite ao aluno o legado cultural em qualquer ramo do saber ou seja, postula a comunicação
de um saber já construído ao estudante.”

Altet (2000:182). acrescenta que a ideia de ensinar a aprender numa dinâmica interactiva para
levar ao sucesso, em que o efeito-professor tem, a par de outros, uma importância fundamental na
articulação do processo ensino/aprendizagem.” A aprendizagem é fundamentalmente um
processo individual, onde cada pessoa se movimenta com níveis de realização unicamente seus.
Entretanto, Arends (1999), chama atenção de que este é um “processo social mediante o qual
os aprendizes constroem significados e influenciada pela interacção entre o
conhecimento previamente adquirido e as novas experiências de aprendizagem.”

Já Arénila et al (2000), define a “ aprendizagem como o período durante o qual uma


pessoa aprende um novo saber para si e o processo pelo qual este novo saber se adquire”.
Concluímos que a aprendizagem pode ser entendida como um processo de assimilação que
acontece dentro da pessoa, e conduz á transformação e mudanças de comportamento
provocado pelos factores de ordem intrínseco e extrínseco. O ensino/aprendizagem constitui
um processo inter-relacionado envolvendo vários intervenientes da comunidade
educativa.

Na perspectiva de Altet (2000), o Processo de ensino/aprendizagem “é um sistema que


termina num projecto pedagógico com objectivos que o professor, a partir da sua planificação,
tenta realizar com os seus alunos na sala de aula, por meio de uma série de sucessivas
adaptações”

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Conclusão

Para o Campo da Educação, a Psicologia da Aprendizagem pode apresentar inicialmente


conhecimentos sobre a natureza humana e os padrões evolutivos normais de desenvolvimento e
aprendizagem que contribuirão para o planejamento e execução de programas de recuperação e
assistência àqueles que se distanciavam dessa pretensa “normalidade” na sociedade.

A Psicologia da Aprendizagem foca o indivíduo e o desenvolvimento intelectual de suas


capacidades; a Psicologia Experimental aplicada à Educação busca normalizar comportamentos e
ações em que culpabilizavam aqueles que por algum motivo não se desenvolviam ou não
aprendiam dentro do esperado.

Assim, é fundamental estudar a Psicologia da Aprendizagem e suas teorias que tratam da sua
importância para o campo do ensino-aprendizagem e das contribuições que ela pode dar para a
área da educação e conforme ressalta Bock et all (2008), “assim, a Psicologia transforma a
aprendizagem em um processo a ser investigado” pela ciência.

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Bibliografia

Arends, R. I. (1995) Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw-Hill,.

Ferreiro, Emilia; Teberosky, Ana. (1985). Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes
Médicas,

Netto, Arthur Prado e Costa, Orlando Santana (2017) A Importância da Psicologia da


Aprendizagem e Suas Teorias para o Campo do Ensino-Aprendizagem. Goiânia, abr./jun.

Silva, Rafael Bianchi. (2009) Desenvolvimento e comportamento humano: pedagogia/Rafael


Bianchi silva.São Paulo: Pearson Education do Brasil,.

Cavalcanti, L.S. (2002) Geografia e Práticas de Ensino. Goiânia: Alternativa,

Coutinho, Maria Tereza da Cunha; Moreira, Mércia. (1998) Psicologia da educação: um estudo
dos processos psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem humanos, voltado para a
educação. 6. ed. Belo Horizonte, MG: LÊ,.

Bock, Ana Mercês Bahia; et all (2008) Psicologia da aprendizagem. In: Psicologias: uma
introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva,

https://blog.unyleya.edu.br/guia-de-carreiras/psicologia-da-educacao-a-importancia-da-
disciplina-para-quem-quer-ser-professor/
#Qual_e_a_importancia_dessa_disciplina_para_o_processo_de_ensino a cessado aos 04 de
Outubro de 2020

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