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CONCEITUAISEEÁREAS
ÁREAS DE
DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL
DE ATUAÇÃO
ATUAÇÃODODOPROFISSIONAL
PROFISSIONAL
Sumário
Historia..................................................................................................... 3
DIAGNÓSTICO .................................................................................. 24
SESSÕES LÚDICAS E ENQUADRE COM O PACIENTE ................. 27
DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO ......................................................... 30
DIAGNÓSTICO PROJETIVO ............................................................. 31
DIAGNÓSTICO LECTO-ESCRITA .................................................... 32
MOVIMENTO CORPO E EXPRESSÃO............................................. 33
CONTATO COM A ESCOLA E OUTROS PROFISSIONAIS ............. 34
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ............................................................... 35
DEVOLUÇÃO ..................................................................................... 36
INTERVENÇÃO ................................................................................. 36
REFERENCIAS ..................................................................................... 38
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FACUMINAS
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Historia
A psicopedagogia surgiu com o intuito de ajudar as pessoas com
problemas de aprendizagem, e seus ramos de atuação situam-se, sobretudo,
nas ações preventivas em instituições e na clínica com atendimentos
individualizados (BOSSA, 2011, p.48). Portanto, a psicopedagogia propõe-se a
buscar uma resposta para os conflitos na aprendizagem com técnicas de
trabalho que podem ser desenvolvidas de maneira individual ou em grupo, para
assim resgatar a vontade de aprender, de modo a observar quais fatores,
possivelmente, podem contribuir ou não para a processo de ensino-
aprendizagem.
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Considerando a construção e evolução da psicopedagogia, o presente
estudo tem como objetivo levantar as principais fundamentações teóricas que
contribuíram e continuam a dar corpo à psicopedagogia. Para isso, será
realizado um breve histórico sobre sua origem e influências teóricas, com
destaque ao construtivismo de Piaget. Pois, acreditamos que com essa
incursão histórica poderemos colaborar para um melhor entendimento das
práticas psicopedagógicas.
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Na Psicanálise analisa-se o mundo inconsciente, representado por
sintomas e símbolos, dando acesso aos desejos do homem.
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realizando o trabalho de intervenção. Toda essa análise é realizada pelo
educador até o limite de seu conhecimento e quando ultrapassado, recorre-se
a outros profissionais.
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na epistemologia: o esquema evolutivo da aprendizagem, o modelo
nosográfico, a matriz de pensamento diagnóstico, o processo diagnóstico, a
entrevista operativa centrada na aprendizagem e o processo corretor.
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Orientação de estudos, auxiliando a criança na organização escolar, em
como programar seu estudo, anotações em agenda, leitura de texto e escrita,
estudo para avaliações.
Influências na psicopedagogia
Assim que é gerado o indivíduo inicia-se uma longa trajetória de
variadas aprendizagens. O sujeito durante a sua vida acaba se constituindo,
aprendendo e reaprendendo. Pela aprendizagem o ser humano passa a se
desenvolver, de maneira a constituir sua própria identidade a partir de suas
vivências, segundo Martini, (1994, p.1) ‘‘o [...] processo de aprendizagem pode
ser positivo, prazeroso e eficaz, mas, por outro lado, o inverso pode ocorrer, e
aprender torna-se uma dificuldade e um desprazer’’.
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aprender para que consiga, assim, oportunizar possíveis meios para intervir
adequadamente junto ao problema.
Muitos críticos designam esta tese por psicologia da mente vazia, tanto
por se recusar a estudar a vida mental, quanto por defender que esta surge,
não de potencialidades mentais inatas no organismo, mas sim da associação
entre reflexos automáticos e determinados estímulos do meio. Segundo
Watson, qualquer comportamento humano ou animal (desde uma simples
emoção até à resolução de um complicado problema matemático) pode ser
explicado pelo encadeamento de associações simples entre estímulos e
respostas. De acordo com esta posição, Watson opôs-se vigorosamente aos
defensores de teorias inatistas (segundo as quais a aprendizagem depende do
potencial de inteligência com que nascemos) e maturacionistas (segundo as
quais a aprendizagem depende do processo de maturação fisiológica)
(GONÇALVES, 2007, p. 27).
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[...]”. Para Watson, o meio era o fator que influenciaria o comportamento, se
houvesse o controle do meio se obteria o comportamento desejado.
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[...] a educação nunca pode ser vista desatrelada do processo histórico.
A História é a palavra chave de toda a nossa fundamentação, pois é por meio
da História que se pode analisar o presente, ou seja, é somente conhecendo o
passado que se compreende o momento vivido em que se estabelecem
relações. Ressalta-se sempre em formar e não informar, formar pessoas
capazes de refletirem, de pensarem, de fazerem indagações (BARROS;
FRANCO 2008, p.4).
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entender que o conhecimento deve exigir procedimentos que não privilegie
apenas o cognitivo ou afetivo do aluno, segundo Moreira:
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cooperativo com o outro, são muitos. Quanto à criança, as primeiras relações
que estabelece são as de coação – pai, mãe/filhos (as); adulto,
professor/criança. Isso, pelo fato de que o infante é aquele que deverá ser
educado e orientado pelo adulto. O próprio Piaget afirma ser esta fase
obrigatória e necessária para se estabelecer o processo de socialização da
criança. (GOMEZ et al, 2010, p.1)
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Há sempre um objeto, o objeto a ser conhecido ou aquele que impulsiona para
o conhecimento. Pode ser a mãe, o pai ou o professor. É ele quem dá
condições para que as aprendizagens aconteçam. Nesse momento, o vínculo
recebe maior destaque, pois ele ocorre como uma ponte, que estabelece
conexões, para que tanto o emocional, quanto o intelectual consigam se
desenvolver de forma adequada. (2010, p.4).
Psicopedagogia Clínica
A psicopedagogia clínica é realizada terapeuticamente. O
psicopedagogo que atende em clínica se concentra em descobrir o porquê o
sujeito não aprende, para auxilia-lo (BOSSA, 2000). Com o desenvolvimento do
trabalho o psicopedagogo colabora na construção da autoestima, que se
desfez na trajetória estudantil. Dessa forma o sujeito é conduzido a descobrir
suas competências e aptidões, construindo seu saber. O atendimento clinico é
praticado em centros de saúde e clinicas e normalmente os atendimentos são
feitos individualmente (VERCELLI, 2012, p.73).
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de atividades em diferentes disciplinas, testes que verificam o nível de
desenvolvimento e sondagens (MORAES, 2010, p.4).
Psicopedagogia Institucional
A psicopedagogia institucional pode ser desenvolvida no contexto
hospitalar, no setor empresarial, em organizações assistenciais e na instituição
escolar. No entanto, o enfoque deste trabalho está embasado apenas no
contexto escolar, local que a psicopedagogia pode ser realizada
preventivamente e sua função é, principalmente, de antecipar os problemas
que podem ocorrer na aprendizagem e assim combater o fracasso escolar. Por
isso, a psicopedagogia institucional se coloca, atentamente às variadas
possibilidades de construção do conhecimento e valoriza o imenso universo de
informações que envolve a vida escolar (OLIVEIRA, 2009, p. 39).
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todos e, portanto, a inclusão é fundamental (VERCELLI, 2012, p.73). O
professor tem que assumir uma postura de renovação, ajudando nas
estratégias propostas, segundo Vercelli:
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pulsional da criança. Se tudo correu bem no desenvolvimento da criança,
estará estruturado o seu desejo de saber: a epistemofilia (2011, p.144).
17
Primeiramente, observamos que a práxis psicopedagógica dos
profissionais/psicopedagogos estava apoiada numa visão orgânica do processo
de aprendizagem.
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dificuldades, problema de aprendizagem, no desenvolvimento integral dos
alunos.
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Em trabalhos psicopedagógicos muito recentes e em algumas
monografias que foram apresentadas no Encontro Cultural patrocinado pala
Associação Brasileira de Psicopedagogia em São Paulo notou-se uma
tendência a novas possibilidades de atuação em Psicopedagogia. São
trabalhos que apontam para uma nova abordagem sistêmica. Tem também os
trabalhos de Alicia Fernández e Sara Paín, quando falam que o indivíduo é
organismo, desejo e corpo, embora elas não se intitulem sistêmicas. Pois,
quem pensa sistematicamente, não trabalha com erros, trabalha com situações
no máximo inadequadas. Como a vida é processo, tudo é válido.
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trabalho multidisciplinar em escolas e hospitais também teve sua trajetória de
luta, como em muitos momentos nos apontaram Jorge Visca e Alicia
Fernández. Realmente em nosso país, está atuação ainda é restrita de fato. E
um ponto essencial para tal é a regulamentação da profissão: esta questão é
primordial para o avançar da profissionalidade do psicopedagogo. A meu ver, é
um processo muito rico a ser vivido por todos nós psicopedagogos.
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A cada psicopedagogo como tal, e o conjunto deles como profissão,
elaborar uma imagem do que é a Psicopedagogia, pela definição de sua
própria identidade ocupacional em conexão com a tarefa, com seus êxitos e
dificuldades. A identidade profissional deve ser elaborada através de uma
contribuição intencional e institucionalizada. Não podemos prescindir, em
nossa tarefa, nem das atividades de aprendizagem que cada psicopedagogo
realiza, em especial com respeito a seu próprio campo profissional. (p. 53)
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lugar se producen, ha sido el gran protagonista del acto psicopedagógico. (p.
62)
23
procurando compreender as dificuldades e suas causas, possibilitando ao
sujeito um tratamento.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da causa do problema de aprendizagem consiste na
análise do resultado de vários fatores que devem ser considerados presentes
no sujeito. Paín (1985, p. 69) diz que: “Diagnosticar o não-aprender como
sintoma consiste em encontrar sua funcionalidade. Isto é, sua articulação na
situação integrada pelo paciente e seus pais.”
CONTATO TELEFÔNICO
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Paín (1985) sinaliza que pelo contato telefônico conseguimos identificar
a ansiedade da família quanto ao tratamento do paciente
MOTIVO DA CONSULTA
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do sintoma para a família, as expectativas dos pais quanto à intervenção e as
modalidades de comunicação do casal diante um terceiro.
HISTÓRIA VITAL
26
Desenvolvimento: Desenvolvimento motor; Desenvolvimento da
linguagem; Desenvolvimento de hábitos.
Aprendizagem: Modalidade do processo assimilativo-
acomodativo;
27
observação do jogo do paciente, e fazermos isto através de uma sessão que
denominamos “hora de jogo”.
MODALIDADE DE APRENDIZAGEM
28
A história das aprendizagens, especialmente algumas cenas
paradigmáticas que fazem a novela pessoal de aprendente que
cada um constrói;
A maneira de jogar;
A modalidade de aprendizagem familiar;
A modalidade ensinante dos pais.
1. Hipoassimilação – Hipoacomodação;
2. Hipoassimilação – Hipoacomodação;
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DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO
É importante que o diagnóstico operatório ocorra depois de um vínculo
formado entre o profissional especializado e o paciente, pois é preciso que o
paciente aja de uma maneira confortável, sentindo-se confiante, para tornar
resultado efetivo. As provas operatórias foram criadas por Jean Piaget, a fim,
de identificar em que nível de estrutura a criança se encontra e para isso, cada
nível de desenvolvimento, possui uma série de provas. Piaget (1975), quando
explica sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a,
basicamente, em quatro estados, que ele próprio chama de fases de transição.
Essas quatro fases são:
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Operações formais (dos 11 aos 12 anos ou dos 14 aos 15 anos):
as operações formais representam uma evolução extremamente
importante em relação às operações concretas, pois nesta fase,
as crianças já aplicam a lógica aos objetos reais ou que são
imagináveis.
DIAGNÓSTICO PROJETIVO
O diagnóstico projetivo que se dá através das provas projetivas, tem o
objetivo de analisar a relação do sujeito com a aprendizagem, bem como as
suas manifestações. Paín (1985), quando fala nas provas projetivas, diz que
para traçarmos o diagnóstico dos problemas, devemos examinar os conteúdos
manifestos e as relações do paciente com os seus sentimentos, sejam eles
agressivos e/ou de medo associados às situações representadas.
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Desenho da figura humana: o corpo é um instrumento de ação
sobre o mundo, e quando o sujeito o desenha, representa este
instrumento por esse meio;
Relatos: criação de história ou simplesmente antecipar seu final;
• Desiderativo: hierarquização significativa dos elementos
vegetais, animais e objetos.
DIAGNÓSTICO LECTO-ESCRITA
O diagnóstico do paciente nas áreas da leitura e da escrita é
fundamental no trabalho do psicopedagogo, e muitas vezes, a dificuldade de
aprendizagem está relacionada a estas duas áreas, normalmente quando se
trata de crianças nos anos iniciais. A nossa cultura exige que o indivíduo saiba
ler e escrever, desde o nascimento a criança entra em contato com o mundo
das letras, e é a escola que tem obrigação de ensiná-las, porém, muitas
crianças apresentam dificuldade nisso.
O domínio visual;
O domínio perceptivo-motor;
A organização do espaço;
A integração da linguagem falada;
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A competência semiológica;
A avaliação consciente e inconsciente que o sujeito faz da
leitura.
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Seu desenvolvimento se processa através das influências mútuas entre
esses três aspectos – cognitivo, emocional e corporal – e qualquer alteração
que ocorra em um destes se refletirá nos demais. (GOMES, 1994, p. 127).
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Por isso, torna-se essencial a visita do profissional à escola do paciente,
para conhecimento de como o sujeito é visto dentro da instituição, o que há
para beneficiá-lo e o que prejudica o mesmo perante a aprendizagem. Porém,
não é fácil chegarmos numa instituição de ensino apontando os erros que ela
contém, na verdade, nem temos o direito de fazer isso. Para Fernández (1991)
a, devemos contatar a escola com o objetivo de aproximar as necessidades do
sujeito, frisando que a intervenção está focada nas dimensões do corpo,
organismo, da inteligência e do desejo.
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
Após realizados os primeiros passos para diagnosticarmos o motivo do
problema de aprendizagem, como a história vital, as sessões lúdicas, entre
outros, construímos a hipótese diagnóstica, que se resume em buscar o “para
que” do sintoma, o “por quê” e o “como” do processo de aprendizagem.
35
Para isso é importante considerarmos todos os dados coletados até o
momento, para que possamos traçar essa hipótese diagnóstica o mais correta
possível.
DEVOLUÇÃO
Acredito que o momento da devolução, possa ser considerado o
momento mais importante para a família, que espera ansiosa para saber o que
o profissional “descobriu”, como ele agirá, à quais conclusões ele chegou.
INTERVENÇÃO
Quando o diagnóstico está concluído e aceito pela família e paciente, é
hora de determinarmos o tratamento que se adequa a esta dificuldade de
aprendizagem específica.
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A intervenção baseia-se nas diversas atividades que o profissional
trabalha com paciente, a fim, de intervir diretamente no processo de
aprendizagem do mesmo. Rubinstein (2003), diz que nós devemos procurar
verificar como o paciente interage com as atividades que lhe são propostas.
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Indicação.
REFERENCIAS
LCÁNTARA, A. SILVA, M. A da R. Semejanzas y diferencias em las
políticas de educación superior em América Latina: cambios recientes em
Argentina, Brasil, Chile y México. In: SILVA, JR. & OLIVEIRA, J. F. (Orgs).
Reforma universitária: dimensões e perspectivas. Campinas/SP: Alínea, 2006,
p. 11-26.
38
Acesso em 15/09/2014.
39
LEFRANÇOIS, Guy R. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Cengage
Learning, 2008.
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