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Universidade Mussa Bim Bique

Psicopedagogia

Resumo

Elementos do grupo

Carmen Dinis dos Santos Gomes

Docente:

MA. Olga Delfim

Introdução

O trabalho em alusão é um resumo de todos trabalhos orientados pela docente, que pretende
trazer à tona a fundamentação teórica dos temas em epígrafe neste resumo. Portanto,
primeiramente a autora na sua abordagem sequenciou os temas, tendo iniciado pelos
Problemas Epistemológico; de seguida foi falar da Pedagogia como ciência da educação; da
Actuação do psicólogo e finalmente, duma forma sintética também falou da Psicologia como
ciências da educação. O objectivo deste estudo, é de engendrar a capacidade de compreensão e
resumo de obras científicas que é o pão de cada dia dos estudantes.

Nampula, Maio de 2022


Problemas Epistemológico

A epistemologia é o estudo ou ciência do conhecimento. Dois dos grandes problemas da


epistemologia são o das origens e fundamentação do conhecimento (quais os processos pelos
quais o adquirimos, em que ele se fundamenta) e o dos seus limites, ou extensão (quais as
coisas que podem, em princípio, ser conhecidas e quais as que não podem). Porém, para fins
de análise a distinção é útil, e podemos classificar as doutrinas epistemológicas em dois
grupos principais, conforme se ocupem de um ou de outro desses problemas. (REALE, 1994)

A Epistemologia aborda problemas lógicos, problemas semânticos, problemas gnosiológicos,


problemas metodológicos, problemas ontológicos, problemas axiológicos, problemas éticos,
problemas estéticos e problemas pedagógicos. A questão epistemológica na escola.

No caso do problema das origens e fundamentação do conhecimento, há essencialmente duas


posições antagónicas:

Empirismo. Sustenta que o conhecimento se baseia e se adquire através do que se


apreende pelos sentidos.
Racionalismo. Mantém que as fontes do verdadeiro conhecimento encontram-se não
na experiência, mas na razão.

Pedagogia como ciência da educação

Historicamente, a Pedagogia se organiza cientificamente dentro de pressupostos da ciência


positivista, com a promessa de um método científico sendo capaz de explicar todas as
qualidades da ciência. O método, originado nas ciências exactas, desfruta de um grande
prestígio, fazendo que todos os fenómenos naturais ou sociais fossem submetidos ao rigor do
método. Com o intuito de conceber a Pedagogia como ciência da educação, Libânio (2001, p.
6) a define como “um campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na sua
totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma directriz orientadora da acção educativa.”
A Pedagogia se ocupa do acto educativo; interessa-se pela prática educativa, fazendo parte da
actividade humana e da vida social do indivíduo.

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Não deixando para atrás, Libâneo (1999, p. 10) diz que:

A Pedagogia, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e


técnico-profissionais, investiga a realidade educacional em
transformação, para explicitar objectivos e processos de intervenção
metodológica e organizativas referentes à transmissão/assimilação de
saberes e modos de acção. Ela visa o entendimento, global e
intencionalmente dirigido, dos problemas educativos e, para isso,
recorre aos aportes teóricos providos pelas demais ciências da
educação.

A Pedagogia é a ciência que tem a educação como objecto de estudo, diz Libânio (2001). A
sociologia, a psicologia, a economia, entre outras, também podem e tem se ocupado com os
problemas educativos, abordando-os segundo o referencial teórico construídos por estas
ciências. Entretanto, “é a Pedagogia que pode postular o educativo, propriamente dito, e ser
ciência integradora dos aportes das demais áreas. Isto não quer dizer, todavia, que ela, por
isso, passa ocupar lugar hierarquicamente superior às demais” (LIBÂNEO, 1999, p. 118).

De acordo com LUZURIAGA (1989, p.172), a Pedagogia é uma ciência da educação,


juntamente com as outras ciências da educação, embora distinguindo-se delas por causa do seu
carácter científico e, por conseguinte, formando um grupo à parte. As ciências da educação
incluem a Pedagogia: mas a Pedagogia não inclui as Ciências da Educação tenhamos em conta
que a pedagogia deve fundamentar-se nas "Ciências da educação". Os educadores têm menos
necessidade de técnicas, de receitas ou de truques talhados à medida do que de uma profunda
concepção.

No caso da Pedagogia o seu objecto de estudo é a educação e o sujeito que a investiga é o ser
humano. Reflectindo a respeito das ideias dessa autora, concordamos pela imbricação e
constituição mútua entre o homem e a educação, ou seja, o sujeito transforma a educação por
meio da pesquisa e, por sua vez, também é transformado por ela, acarretando a modificação do
processo investigativo.

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Actuação do psicólogo

Cabe ressaltar que o trabalho prático, a que se refere Vygotsky, não é um trabalho afastado
da teoria, nem uma superposição do campo psicológico sobre o educacional, e sim um
trabalho de reflexão da prática a partir da teoria.

Assim, apoiado em seus pressupostos teóricos e estes, por sua vez, já articulado ao
conhecimento educativo, a grande contribuição do psicólogo escolar reside nos
bastidores da instituição, isto é, sua acção deve desenvolver-se prioritariamente com os
professores e não com os alunos, contribuindo para que eles estejam cada vez mais
fortalecidos e instrumentalizados para uma actuação de qualidade junto ao alunado.

Hoje não temos dúvidas de que o trabalho mais importante que um psicólogo possa
desenvolver nas instituições de educação é a formação em serviço de seus educadores.

Neste sentido, sua contribuição pode apontar algumas direcções: Ajudar o educador a
reflectir sobre sua infância, para melhor compreender a infância de seus alunos;
Contribuir para que o educador infantil possa rever sua identidade enquanto
profissional, encontrando um sentido cada mais significativo par seu fazer pedagógico;
Auxiliar o educador no convívio das relações grupais; Ajudar o educador a reflectir
sobre sua família para melhor compreender a dinâmica familiar de seus alunos e novo
perfil familiar; Ajudar o educador a reflectir e conhecer sobre o desenvolvimento humano
e os processos ensino/aprendizagem com base nos fundamentos teóricos que sustentam
sua prática, possibilitando que ele possa compreender e encaminhar, com clareza, o
percurso de escolarização de seus alunos evitando os excessivos encaminhamentos a
sessões psicopedagógicas.

Além disso, não se deve perder de vista algumas questões éticas e políticas: É preciso
que o psicólogo compreenda que no cenário escolar, da mesma forma que outros
técnicos presentes na escola, ele não é o protagonista da cena. Seu trabalho é nos
bastidores, buscando promover o educador em suas necessidades de reflexão e de
construção de conhecimento. Para isso é fundamental que tenha uma visão integrada
desse educador sujeito, pois seu trabalho é ajudá-lo a se descobrir, a se desvelar,

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alcançando segurança, autonomia na sala de aula. E isso só é possível através do
respeito – respeito por um conhecimento que o professor construiu referente ao
quotidiano da sala de aula e que é o objectivo primeiro da escola; e respeito pela
pessoa do educador, não lhe lançando interpretações que não está preparado para ouvir
– a escola não espaço para clínica psicológica. Mas, além disso o que pode fazer o
psicólogo escolar? Pode: desenvolver trabalhos de Orientação Vocacional e Profissional
com os alunos; desenvolver ações preventivas junto com o corpo docente no que se
refere à uso de drogas ; desenvolver acções esclarecedoras junto com o corpo docente
para os alunos sobre sexualidade, ética, agressividade.

Psicologia como ciências da educação

A Psicologia interage com várias ciências tais como: a Biologia, a Filosofia, a Antropologia, a
Sociologia, além da Pedagogia. Estes ramos do conhecimento estão emersos uns nos outros de
tal forma que, muitas vezes, é difícil saber em que domínio se está actuando. A Psicologia da
Educação contribui para que a escola ou instituição educacional seja um espaço democrático
de acesso ao saber historicamente e socioculturalmente constituído e da produção de novos
saberes, de alegria, de desejo de conhecer e de paixão pela vida.

A partir do século XX, as teorias psicológicas foram tendo cada vez maior influência sobre a
compreensão do processo de ensino e aprendizagem nas instituições de ensino. Não somente a
influência da psicologia como ciência, mas também o próprio senso comum produziu uma
mistura de concepções sobre o assunto. Cabe à Psicologia da Educação fornecer subsídios à
prática pedagógica para os profissionais da área. Uma compreensão do processo de
desenvolvimento e de aprendizagem do aluno, com possibilidades para aperfeiçoar e
contribuir para a qualidade do processo educacional.

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Conclusão

Ao terminar, depois de tanta leitura dos trabalhos anteriormente orientados pela docente, a
autora chegou a concluir, começando pela epistemologia que é o estudo ou ciência do
conhecimento, que aborda problemas lógicos, problemas semânticos, problemas
gnosiológicos, problemas metodológicos, problemas ontológicos, problemas axiológicos,
problemas éticos, problemas estéticos e problemas pedagógicos. A seguir a Pedagogia é uma
ciência da educação, juntamente com as outras ciências da educação, embora distinguindo-se
delas por causa do seu carácter científico e, por conseguinte, formando um grupo à parte.
Ajudar um psicólogo a reflectir e conhecer sobre o desenvolvimento humano e os
processos ensino/aprendizagem com base nos fundamentos teóricos que sustentam sua
prática, possibilitando que ele possa compreender e encaminhar, com clareza, o percurso
de escolarização de seus alunos evitando os excessivos encaminhamentos a sessões
psicopedagógicas. E por fim, de salientar que a Psicologia da Educação contribui para que a
escola ou instituição educacional seja um espaço democrático de acesso ao saber
historicamente e socioculturalmente constituído e da produção de novos saberes, de alegria, de
desejo de conhecer e de paixão pela vida.

Referência bibliográfica

LIBÂNEO, J. C.; PIMENTA, S. G. Formação dos profissionais da educação:  visão crítica e


perspectivas de  mudanças. Educação e Sociedade, Campinas, v. 20, n. 68, p. 239-77, 1999.

LUZURIAGA, L. História da educação e da pedagogia. São Paulo: Nacional, 1971.

REALE, G. A História da Filosofia Antiga. v.II. São Paulo: Edições Loyola, 1994.

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