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Aprendizagem
Artigo científico
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
Professora na Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa. Doutoranda em
Educação na Universidade Federal de Pernambuco. E-mail: repaulasmoura@gmail.com.
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contextualizar sobre o que trata a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sobre a
Educação Inclusiva.
O primeiro item desse artigo tem como objetivo pontuar reflexões em torno do
conceito de aprendizagem. Em seguida, os aspectos que circundam a não
aprendizagem e as causas e caracterizações das Dificuldades de Aprendizagem
(DA) no âmbito escolar, sobretudo, na escrita, leitura e matemática.
Inicialmente, é importante pontuar que o tema em discussão retoma um
julgamento a respeito do conhecimento psicológico, como em outros campos e
teorias científicas. Enfatiza-se que não existe uma definição única sobre
“aprendizagem” e sendo assim, não se constitui uma definição linear e harmoniosa
sobre o que vem sendo produzido. Ou seja, diferentes correntes versam de
perspectivas sobre o que seria “aprendizagem”, mas neste artigo trata-se de um
apanhado considerando as correntes que rompem com a visão meramente
positivista fundada apenas numa “ciência do indivíduo”, no sentido de uma
subjetividade essencialmente pura, e consente deliberar como a ciência da conduta.
Deste modo, consideram-se os comportamentos de forma ampla, ou seja, o
que notamos: os possíveis de observar, e os processos tanto conscientes, quanto
inconscientes. A análise trará uma dimensão de indivíduo a partir da sua condição
de sujeito na dimensão individual e como parte pertencente e por isso, relacional de
uma sociedade, localizado em um determinado grupo social, comunidade e relações
plurais e diversas que vão se constituindo ao longo da sua trajetória. A crítica
respalda-se em considerar a importância de romper com a visão positivista de tratar
o conceito de aprendizagem como algo pronto e unilateral. Enfatiza-se a diversidade
que permeia essa discussão relativa à aprendizagem, um tema em constante
construção e modificações a partir da relação indivíduo-sociedade.
A definição do que seria aprendizagem surgiu dos estudos no campo da
Psicologia, a partir de investigações empíricas defendo o preceito de que todo
conhecimento decorre de experimentação, mas assim como iniciamos uma
problematização, essa seria uma visão essencialista que trata do sujeito como
desprovido de conhecimentos prévios, como se este fosse uma tabula rasa que só
teria acesso ao conhecimento a partir de um saber científico que considera a
experiência, do contato com o desconhecido.
Neste sentido, é uma concepção que trata do conhecimento simplesmente
como uma “cópia do real”, advindo de registros associativos de fatos. De tal modo, o
associacionismo, expresso pelo behaviorismo arquiteta uma psicologia “científica” e
fundada numa metodologia “materialista” que tenha como escopo a objetividade das
“ciências da natureza”. Neste contexto, a objetividade enfocada pelo behaviorismo é
igual a do positivismo em geral.
Quando discutimos sobre o conceito de aprendizagem direcionamos o nosso
debate para a educação, como área de conhecimento e intervenção, esta é uma
área onde a sociedade como um todo deposita expectativas e uma parcela
considerável de recursos financeiros, mas também uma espera, um retorno
processual. É através da educação que teremos realizações de projetos de vida,
assim como uma formação integral para o mercado de trabalho e como cidadão que
irá exercer seus direitos e deveres qualitativamente.
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Esse item tem como objetivo trazer um panorama geral a respeito dos
distúrbios de aprendizagem e dos distúrbios do processamento auditivo central.
Desse modo, também se apresenta uma análise teórica e reflexões sobre a prática,
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2.1.1. A Dislexia
de não ser o local que realiza o diagnóstico, é o lugar onde se percebe as principais
evidencias como colocado anteriormente. É a escola que muitas vezes faz esse
encaminhamento e caso não tenha a presença da equipe responsável ela direciona,
visto que o diagnóstico é dado por profissionais da área da saúde que compõem a
equipe multidisciplinar.
A escola não pode fazer o uso do TDAH para justificar o baixo rendimento das
crianças ou um comportamento fora do “padrão” rotulado por muitos educadores,
sem dúvidas, existe uma necessidade de uma avaliação criteriosa pela equipe
multidisciplinar, a presença de uma avaliação psicopedagógica para assim ter
critérios fundamentados no que se refere ao transtorno. Algumas crianças passam
despercebidas e não recebem o tratamento necessário, por isso a importância de
acompanhar e encaminhar essa criança aos especialistas para a realização do
diagnóstico correto.
“(...) pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com
uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
https://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/publicacoes/convenc
aopessoascomdeficiencia.pdf. Acesso em: 06/06/2020.
___________. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olympio Editora,
1994.
REIS, Maria das Graças Faustino; CAMARGO, Dulce Maria Pompêo de. Práticas
escolares e desempenho acadêmico de alunos com TDAH. Psicol. Esc. Educ.
(Impr.), Campinas, v. 12, n. 1, p. 89-100, 2008.
SÁ, Elizabet Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina.
Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento
Educacional Especializado: Deficiência Visual. SEESP/ SEED/ MEC. Brasília,
2007.