Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Psicopedagogia
Elementos do grupo
Adélia Morteiro
Docente:
Introdução
1
Problemas Epistemológico
2
campos do saber é oriunda no télos, ou seja, da finalidade pois cada ciência visa um
diferente fim, tem como objecto de análise diferentes matérias e, dessa forma, devem
ser distinguidas e consideradas de acordo com critérios próprios.
As ciências poiéticas- assim denominadas devido ao fato de que poiêsis tem origem no
grego e significa criar, fabricar, fazer- tem sob seu domínio as artes e as técnicas de
fabricação de um produto, de uma obra. A finalidade das mesmas é fabricar algo que
tenha como resultado um objecto que seja diferente do agente, a acção do agente é
diferente do agente. Essas ciências lidam com a contigência, com o devir, com o
mutável. Enquadram-se aqui a arquitetura, a medicina, a economia, a arte da guerra, a
pintura, a navegação e a escultura.
Dentro das ciências práticas, estão a política e a ética-sendo a segunda englobada pela
primeira. Esses saberes ligam-se às actividades práticas, ou seja, as mesmas são a
finalidade destas ciências. As actividades práticas, por sua vez, ligam-se à conduta do
homem, ao fim que essa conduta leva, dizem do devir. A política é a ciência prática
suprema e todas as outras lhe são subordinadas e auxiliares, inclusive a ética: ”Ninguém
duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e mais verdadeira que se
possa chamar a arte mestra. (ARENDT, 2007. )
As outras ciências são as teorética, que são superiores às ciências práticas e às ciências
políticas, embora estas não estejam em detrimento daquelas. As ciências teoréticas
estudam as coisas que não foram fabricadas pelo homem, coisas que escapam ao mundo
sensível e que, logo, só podem ser contempladas. Os objectos de contemplação são as
coisas divinas e a natureza. São coisas que existem por si mesmas e em si mesmas. As
mesmas também são submetidas à uma hierarquização: as coisas divinas são superiores
às naturais. O que é divino é imutável, não se submete ao mundo do devir, do fazer. São
inalteráveis, são- não tem potência de ser.
3
Conclusão
A Escola, entendida como uma instituição social, responsabiliza-se por contribuir com a
educação de homens e mulheres, crianças, jovens ou adultos. Sua educação diferencia-
se da familiar, da sindical, da partidária, da religiosa, etc., podendo, talvez até devendo,
reflectir e interagir com essas modalidades educacionais, sem perder de vista o que lhe é
específico, ou seja, favorecer seus sujeitos numa reflexão sistematizada, periódica,
paulatina e contínua acerca dos conhecimentos produzidos pela humanidade, de forma a
procurar superar a aleatoriedade, o acaso, o senso comum nas aprendizagens. Diferentes
elementos pedagógicos vão procurar materializar essa responsabilidade, sendo o
currículo um deles. Este, mantendo intersecção com os demais elementos, constitui os
saberes escolares, fazendo uma selecção cultural e configurando-os como uma cultura
escolar, devido às suas características peculiares.
4
Bibliográficas
REALE, G. A História da Filosofia Antiga. v.II. São Paulo: Edições Loyola, 1994.