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Índice

Introdução..........................................................................................................................4
1. Princípios da geografia...............................................................................................5
2. Principais etapas do surgimento da geografia física..................................................6
2.1. Impacto ambiental na geografia física....................................................................6
3. A influência da religião no direcionamento aos conhecimento geográficos na
idade média........................................................................................................................7
3.1. Os principais pensadores desta fase.......................................................................8
4. Diferença da geografia geral da geografia regional...................................................8
Conclusão........................................................................................................................10
Referência bibliográfica..................................................................................................11
Introdução

A Geografia Física é uma parte integrada das ciências da terra pela razão de ser um
assunto intrínseco a ela. Os homens não dominam a natureza simplesmente por que
eles não podem mudar suas leis. O “sistema natural da superfície terrestre” trabalha
estritamente sob estas leis e os processos podem não incluir o homem. Aqui nos
apresentamos um tipo de aproximação cronológica da Geografia e Geografia Física.
Outro ponto importante apresentado aqui refere-se ao problema das ciências
ambientais e seu efeito negativo sobre as ciências tradicionais hoje. A metodologia
usada para o trabalho em epígrafe, não foi tão fácil na sua realizava devido ao
empobrecimento teórico dos manuais oferecido pela UCM/CED, mas também, por
outro lado teve uma facilitação atrás de livros referenciados na última página do
trabalho.

Estruturação básica do trabalho: capa, rosto de capa, índice, introdução,


desenvolvimento, conclusão e referência bibliográfica.

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1. Princípios da geografia

Segundo ANDRADE (1998), os princípios são enunciados que podem ser


entendidos como fundamentos nunca últimos nem primeiros, mas que se vinculam
com os campos do conhecimento e são por eles assumidos de modo específico em
acordo com a “lógica” desse campo. Isso porque apresenta elementos estruturantes
que permitem a análise pautando-se em leis e acordos com os quais se podem
compreender aspectos específicos que os constituem.

1) Princípio da Extensão – enunciado por Frederico Ratzel, segundo o qual,


ao estudar um dos fatores geográficos ou uma área, deve-se inicialmente
procurar localizá-la e estabelecer seus limites, usando mapas disponíveis e o
conhecimento direto da área.
2) Princípio da geografia geral ou da analogia –enunciado por Karl Ritter,
segundo o qual, delimitada e observada uma área em estudo, ela deveria ser
comparada com o que se observa em outras áreas, estabelecendo
semelhanças e diferenças existentes.
3) Princípio da causalidade – enunciado por Alexandre Von Humboldt,
segundo o qual, observados os fatos, se deverá procurar as causas que os
determinaram, estabelecendo relações de causa e efeito.
4) Princípio da conexidade – enunciado por Jean Brunhes, por meio do qual
ele chamava a atenção para o fato de que os fatores físicos e humanos, ao
elaborarem as paisagens, não agiram separada e independentemente,
havendo uma interpenetração na ação dos vários fatores físicos entre si, e
ainda dos dois grandes grupos de fatores. Na elaboração das paisagens,
nenhum dos fatores físicos ou humanos age isoladamente; a ação é sempre
feita de forma integrada com outros fatores;
5) Princípio da atividade - também enunciado por Jean Brunhes, no qual o
mestre francês assinala o caráter dinâmico do fato geográfico, uma vez que
o espaço está em constante reorganização, em constante transformação,
graças à ação ininterrupta dos vários fatores.

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Argumentam os autores, que os princípios são parte da natureza intrínseca dos
fenómenos, fatos e acontecimentos. Segundo eles, referem-se a fatos naturais e
físicos, bem como sociais e espirituais.

2. Principais etapas do surgimento da geografia física

Dois processos desenvolvidos durante o século XIX tinham uma grande


importância no desenvolvimento da geografia física: o primeiro é o imperialismo
colonial europeu na Ásia, África, Austrália e mesmo da América em busca de
matérias-primas necessárias pela Revolução Industrial que ajudou a criar e investiu
nos departamentos de geografia das universidades das potências coloniais e do
nascimento e desenvolvimento das sociedades nacionais geográfica, dando origem
ao processo identificado por Horacio Capel como a institucionalização da
geografia.

Outro grande evento no final do século XIX e início do século XX, dará um grande
impulso para o desenvolvimento da geografia e terá lugar na América. É o trabalho
do famoso geógrafo William Morris Davis, que não só fez contribuições
importantes para a criação de disciplina de seu país, mas revolucionou o campo
para desenvolver a teoria do ciclo geográfico que ele propôs como um paradigma
para a geografia em geral, embora em na verdade, serviu de paradigma para a
geografia física.

2.1. Impacto ambiental na geografia física

As mudanças ambientais incluem uma série de transformações que ocorrem na


superfície terrestre, de ordem quantitativa e qualitativa, envolvendo sectores
relacionados à climatologia, à hidrologia, à geomorfologia, à geologia, à biologia, à
ecologia e à organização do espaço.

Coltrinari (1997) destaca que, em algumas áreas das ciências sociais, utiliza-se o
termo meio ambiente ou ambiente, em referência ao meio social ou à vida humana.
Já nas ciências naturais e nas áreas das ciências humanas próximas a elas, sobretudo
a Geografia, os termos referem-se exclusivamente às condições físicas da Terra e
aos componentes e sistemas da geosfera-biosfera, ainda que modificados pela
actuação do homem.

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Para Cunha e Guerra (2000), pode-se observar uma discussão sobre as causas e
consequências da degradação ambiental integrando a Geomorfologia, a paisagem
degradada numa bacia hidrográfica e seus compartimentos, e, ainda, a degradação
ambiental abordada de forma global e holística, por meio da análise de sua
sociedade e relações com o meio natural.

A abordagem da questão ambiental pela Geografia Física também deve levar em


conta a escala em que o problema está se apresentando.

Um bom exemplo pode ser observado com relação aos problemas de ordem
climática, haja vista as mudanças climáticas de âmbito global, nos últimos anos,
que vêm sendo estudadas por instituições de pesquisa do mundo todo, à procura de
um responsável, ou dos responsáveis, pelo aumento das temperaturas médias no
Globo, seja de origem natural, seja de origem antrópica. O mesmo pode ser
destacado quanto aos estudos climáticos em menor escala, considerando-se que os
elementos que compõem o clima (temperatura, ventos, precipitação etc.) sofrem
modificações em seu comportamento, em virtude do crescimento e expansão das
áreas urbanas, como os fenômenos da “ilha de calor” e o da chamada “inversão
térmica”.

3. A influência da religião no direcionamento aos conhecimento


geográficos na idade média

a Igreja Católica representa o maior poder europeu associada às diversas


aristocracias, uma vez que se constitui na única instituição com infl uência sobre
todos os feudos. Dessa maneira, as respostas para as questões da vida cotidiana,
individual, social e políticas passaram a ser dadas a partir de interpretações bíblicas.

É claro que o homem continua se perguntando sobre as questões geográfi cas.


Entretanto, indagações sobre “como” e “onde” continuam a ser feitas, só que agora
as respostas são buscadas nas ordens religiosas e não nas cosmologias, como era
mais comum anteriormente. A Bíblia era um instrumento que continha referências
cosmológicas e geográfi cas, as quais davam respostas a tais perguntas. Veja que,
no fundo, é a Igreja e não a ciência que busca respostas para indagações da
realidade sócio-espacial.

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Vale destacar que nesse período ocorre certo imobilismo populacional e uma
diminuição dos eventos das viagens e, com isso, um maior desconhecimento do
mundo real. Esses factores aliados ao poder da Igreja provocam a diminuição da
busca de respostas nas ciências. “Era natural que em um período de lutas constantes
houvesse grande dificuldade de comunicação e uma queda no ritmo do comércio e
nas preocupações filosóficas e, consequentemente, um retrocesso do conhecimento
na Europa Ocidental”. (ANDRADE, 2006, p. 46)

3.1. Os principais pensadores desta fase

Os principais pensadores da Geografia na idade média foram: Os dois primeiros a


tratarem a Geografia como ciência moderna, isto é, com o seu próprio objecto de
estudo e a sua própria sistematização epistemológica, foram Alexander Von
Humboldt (1769-1859) e Carl Ritter (1779-1859). Esses dois pensadores foram
sucedidos por Vidal de La Blache e Friedrich Ratzel.

4. Diferença da geografia geral da geografia regional

O dualismo na Geografia relacionava-se com o contraste entre a Geografia Geral


(sistemática, chamada hoje com mais frequência Tópica) e a Geografia Especial
(Regional). Enquanto a Geografia Tópica se ocupa de um determinado grupo de
características produzidas por um tipo de processo, independente das características
que possam ocorrer no mundo, a Geografia Regional tem o seu enfoque numa área
específica que revela certa homogeneidade, resultante de características
relacionadas dentro da área.

Para Jan BROEK, pode-se resolver esse dualismo considerando os aspectos tópicos
e regionais como duas aplicações do método regional:

Se, por exemplo, estivermos interessados na localização


tópica das indústrias de manufatura, procuramos as regiões
do mundo que são homogêneas em termos desse critério
específico. Por outro lado, quando praticamos a chamada
Geografia Regional, selecionamos certas características
(tópicos) como critérios para marcar a região. Afinal, todos
os lugares da Terra são singulares e cheios de coisas

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peculiares. Será inútil pensar que podemos dominar a
totalidade de conteúdo de qualquer área. Uma região,
portanto, é uma área homogênea em termos dos critérios
específicos escolhidos para delimitá-la das outras regiões
(BROEK, 1967: 8 1-82).

A exigência de alguns estudiosos de que a “Geografia Regional” deveria ser


eliminada da Geografia, alegando a impossibilidade de uma análise objetiva da
complexa integração dos fenómenos heterogéneos, existentes nas áreas, com o
emprego das ciências sistemáticas, foi levada por LE LANNOU ao campo dos seus
opositores.

Embora essa teoria das regiões como entidades legítimas tenha sido de breve
duração, deixou um resíduo de convicções segundo as quais poderiam ser
elaborados conceitos genéricos de regiões em termos do seu carácter total. Na
Alemanha a Geografia “Sistemática” ou “Geral’ foi relegada a um nível inferior e,
muitas vezes, afastada inteiramente do campo da disciplina. Nos Estados Unidos,
por outro lado, muitos geógrafos reagiram contra as teorias exageradamente
optimistas sobre a Geografia Regional, a ponto de impugnarem a legitimidade do
seu lugar na Geografia. Até mesmo na França, onde os geógrafos sempre foram
particularmente festejados por suas monografias de carácter regional, alguns
estudiosos vieram a encarar a “Geografia Geral” como o coroamento dos
conhecimentos geográficos, a meta derradeira da Geografia

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Conclusão

As considerações sobre os princípios servem à reflexão sobre a perspectiva


científica e didáctica, porque oferecem uma ideia da articulação e da identidade à
Geografia em torno de seu objecto. Não podem nem devem, porém, ser entendidos
como naturalizados. Muito longe de esgotar o assunto, procurou-se, com essa breve
articulação de idéias, demonstrar que, atualmente, o ensino dos conteúdos ligados à
Geografia Física reassumiu um papel de destaque no tratamento e na análise das
questões relacionadas à ordem ambiental. As expressões “Geografia Geral” e
“Geografia Sistemática” tendem, uma e outra, a dar realce aos estudos genéricos de
fenômenos particulares, e não aos estudos de fenômenos em inter-relação, em
lugares específicos.

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Referência bibliográfica

ANDRADE, M. C. Geografia Econômica. Atlas. São Paulo, 1998.


ANDRADE, Manuel Correia de. Geografi a: ciência da sociedade. Recife:
Editora Universitária/ UFPE, 2006.
BROEK, J. O .M. Iniciação ao estudo da Geografia. Rio de janeiro: Zahar
Editores, 1967.
COLTRINARI, L. Geomorfologia e mudanças globais: algumas
considerações. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, n. 11,
1997
CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Degradação ambiental. In: ______.
Geomorfologia e meio ambiente. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2000. cap. 7, p. 337-379
DAVIS, W.M. (Nov 1899). «The geographical cycle» (PDF). The
Geographical Journal. 14(5): 481–504
VESENTINI, J. W.; VLACH, V. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2001.

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