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Índice

Introdução..................................................................................................................................5

Unidade I....................................................................................................................................6

1.Durante a evolução do pensamento geografico duas correntes se destacaram, o


possibilismo e o determinimo.Apresente a visao de cada uma delas.....................................6

2.Fale sobre alguns dos metodos usados nos estudos geograficos.Dê exemplos da sua
aplicação.................................................................................................................................7

3.Ao longo dos tempos a geografia, assim como outras ciencias ,passou por diferentes
fases,e uma delas é a idade média. Se debruce sobre o impacto que esta fase teve nessa
ciência.....................................................................................................................................8

4.Descobrir a relação entre o homem e o seu meio, tem sido um dos objectivos
fundamentais da geografia, fundamente?...............................................................................9

5.Evidencia a posição da geografia no ramo das ciências......................................................9

6.Diferencia a geografia de outras ciências............................................................................9

7.Explique porque os metodos directo e indirecto são por excelência específicos para a
geografia...............................................................................................................................10

8.Sobre os metodos hipotético – dedutivo de balanço, deia exemplos concretos ou pratico


da sua aplicação no seu quotidiano......................................................................................10

11.Fale das evidências que retrocederam a geografia na época romana..............................11

13.Fale da emergência da geografia regional.......................................................................12

14.Evidencia a importancia da corrente possibilista no estudo da geografia.......................12

15.Faça uma reflexão das criticas feitas á região vidaliana..................................................12

16.Explique a influência da corrente positivista na construção do pensamento geografia? 13

17.Que influencia teve o historicismo no desenvolvimento da geografia?..........................13

18.Descuta sobre as diferentes acepções do conceito de região...........................................14

19.Evidencia os factores do surgimento da geografia quantitativa......................................14

20.Caracteriza a geografia qualitativa e geografia quantitativa...........................................14

21.Fale resumidamente do contributo dos romanos para a evolução do conhecimento......15


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22.A geografia passou a ser considerado como uma ciência que se refere a formulação de
leis que regem a distribuição espacial de certas caracteristicas na superficie da
terra.Fundamente..................................................................................................................15

23.A aplicação de métodos de outras ciências a geografia foi aceite por Ratzel a partir de
pressupostos positivistas. A única impossibilidade para a geografia era a de efectuar........15

Referência bibliográfica...........................................................................................................18
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Introdução

Aprender através da geografia – se ganha através da aprendizagem formal ou


experimentalmente através de trabalho de campo, viagens e expedições – ajuda-nos a todos a
ser mais social e ambientalmente sensível, informada e responsável dos cidadãos e
profissionais. No entanto, a geografia moderna é uma disciplina abrangente que tudo procura
compreender a Terra e toda a sua complexidade humana e natural, não apenas onde os
objectos são, mas como eles mudaram e vir a ser. O presente trabalho da cadeira de Evolução
do pensamento Geográfico, abordara sobre os exercícios que iram ser resolvido e posterior a
sua conclusão e referência bibliográfica.
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Unidade I

1.Durante a evolução do pensamento geografico duas correntes se destacaram, o


possibilismo e o determinimo.Apresente a visao de cada uma delas.
R.  Possibilismo Geográfico:  é uma corrente de estudo da Geografia francesa, surgido no
final do século XIX, como resposta às colocações deterministas de Ratzel, que visava a
compreensão da influência do meio na formação e nas ideias da sociedade.

Teve origem na França, com Paul Vidal de la Blache. Enquadrado no pensamento político
dominante, num momento em que a França tornou-se uma grande soberania, ele realizou
estudos regionais procurando provar que a natureza exercia influências sobre o homem, mas
que homem tinha possibilidades de modificar e de melhorar o meio, dando origem ao
possibilismo. A natureza passou a ser considerada fornecedora de possibilidades e o homem o
principal agente geográfico.

Determinismo: é a concepção segundo a qual o meio ambiente define ou influencia


fortemente a fisiologia e a psicologia humana, de modo que seria possível explicar a história
dos povos em função das relações de causa e efeito que se estabeleceriam na interação
natureza/homem.
Teoria formulada no século XIX pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel que fala das
influências que as condições naturais exerceriam sobre o ser humano, sustentando a tese de
que o meio natural determinaria o homem. Nesse sentido, os homens procurariam organizar o
espaço para garantir a manutenção da vida. As afirmações de Ratzel estavam fortemente
ligadas ao momento histórico que vivia, durante a unificação da alemã. O expansionismo do
Império Alemão, arquitectado pelo primeiro-ministro da Prússia Otto von Bismarck (1815-
1898), foi legitimado pelas duas principais correntes de pensamento ratzeliano, o
determinismo geográfico e o espaço vital (espaço necessário à sobrevivência de uma dada
comunidade). A primeira explicaria a superioridade de algumas raças - nesse caso, a alemã -,
que naturalmente se desenvolveriam mais do que outras, e a segunda justificaria a conquista
de novos territórios para suprir a maior demanda de recursos para seu desenvolvimento, ou
seja, ou expansionismo
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2.Fale sobre alguns dos metodos usados nos estudos geograficos.Dê exemplos da sua
aplicação.
R: A Geografia se originou e se desenvolveu sistematicamente como ciência, utilizando
conceitos, métodos e procedimentos tanto das ciências humanas e sociais, quanto das ciências
naturais (Amorim e Nunes, 2006).
Metodos:
O método Fenomenológico: que trata essencialmente dos fenómenos sociais, determinando
que a acção entre os indivíduos de forma individual ou colectiva, devem ser tratadas
considerando a análise dos fenómenos neles mesmos por meio dos sentidos (Silva, 2004).
O Materialismo Histórico e Dialético, conforme Gomes (1997), permite a passagem da
imagem do real para uma estrutura racional, na maioria das vezes organizada e
operacionalizada por um sistema de pensamento. A primeira etapa desse método é a busca
dos elementos essenciais comuns que estruturam o real, o instrumento projecta a percepção
para além do fenomenológico. Dessa maneira, o marxismo afirma que o sujeito do
conhecimento historicamente determinado e socialmente contextualizado é capaz de ser
apreendido pela ciência a partir das categorias essenciais que o envolvem, como por exemplo:
produção, consumo, troca.). A aplicação do método dialético na área de Geografia Física,
pode ser destacado dois trabalhos: Quanto ao trabalho feito por Suertegaray (1987). A
Trajectória da Natureza: Um Estudo geomorfológico Sobre as Areais de Quaraí-RS”, esta
tese faz uma análise geomorfológica, geológica e climática a respeito do fenómeno da
arenização, estabelecendo uma sequência evolutiva dos processos morfogenéticos atuantes,
denominados de feições de degradação.
O método Positivista é baseado nas ideias e teorias propostas pelos empiristas (Bacon,
Hobbes, Locke, Hume) e sua premissa central é a indução, processo mental que parte de
dados particulares constatados para inferirse uma verdade geral ou universal não contida na
parte analisada. Primeiro os fatos a observar, depois hipóteses a confirmar. Consiste na
observação sistemática da sucessão de fatos da realidade, resultando na explicação do
fenômeno. O método positivista é busca o raciocínio proveniente de todos os métodos
particulares (dedução, indução, observação, experiência e descrição físico-matemática).

Um exemplo de aplicação do método positivista é descrito pelo seguinte raciocínio: A


galinha tem penas. Todo animal de penas voa. Então a galinha é um animal que voa.
Portanto, todos os animais voadores têm penas.
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Bunge (1985) afirma que, por sua vez, o método hipotético-dedutivo baseia-se na dedução
do processo mental contrário à indução. Através da dedução, os princípios reconhecidos
como verdadeiros (premissa maior), permitem que o pesquisador estabeleça relações com
uma segunda proposição (premissa menor). A partir disso pode-se chegar à verdade daquilo
que propõe (conclusão). Uma comparação universalmente feita, tentando exemplificar o
desenvolvimento desse método é aquela que afirma que: Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos. Logo, todos os cães têm um coração.

3.Ao longo dos tempos a geografia, assim como outras ciencias ,passou por diferentes
fases,e uma delas é a idade média. Se debruce sobre o impacto que esta fase teve nessa
ciência.
R: A Geografia aparecia, antes de definir o seu campo, os seus métodos, as suas técnicas,
como conhecimento subordinado a outras áreas de conhecimentos. Estava, ainda, carregada
de mitos, lendas e deformações (Sodré, 1989, p. 19). Já na Idade Média, sob o Modo de
Produção Feudal, ocorrerá pouco desenvolvimento da geografia, e grande parte de seus
estudos estarão influenciados e sob o domínio da Igreja e do conhecimento Teológico. O
modo de produção feudal substitui o modo de produção escravista da Antiguidade. O modo
de produção feudal que surge na Idade Média tinha por base a economia agrária, de escassa
circulação monetária, autosuficiente. A propriedade feudal pertencia a uma camada
privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja (o clero). : Devido
à queda do Império Romano no Ocidente, o conhecimento geográfico greco-romano foi
perdido na Europa. Porém, entre os séculos XI e XII foi preservado, revisto e ampliado por
geógrafos muçulmanos da Península Arábica. Mas os acréscimos e acertos feitos pelos
geógrafos árabes Edrisi, ibne Batuta e ibne Caldune foram ignorados pelos pensadores
europeus. Durante as cruzadas, foram retomadas as primeiras teorias. Assim, os erros de
Ptolomeu continuaram no Ocidente até as Grandes Navegações. As Grandes
Navegações passaram a reabastecer a Europa de informações mais detalhadas e exatas sobre
o restante do mundo. Enquanto a ciência decaía no mundo ocidental, no mundo árabe, com o
estabelecimento do Império Muçulmano, depois do ano 800 d.C., passou a verificar um
desenvolvimento científico, decorrentes de estudos e viagens que eram feitas pelos árabes
(Ferreira; Simões, 1994, p. 47). Segundo Ferreira e Simões (1994, p. 49) os mulçumanos
promoveram as ciências e as artes. Traduziram para o árabe a obra de Ptolomeu.
Desenvolveram a geografia, a astronomia, a astrologia e a matemática. Nos finais da Idade
Média, as cruzadas, as peregrinações aos lugares santos e o renascimento do comércio entre a
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Europa e o Oriente levaram a um ressurgimento da curiosidade pelo mundo desconhecido e,


portanto, a uma nova etapa no desenvolvimento da geografia. Segundo Andrade (1987, p.
36), fazendo um balanço do conhecimento geográfico na Idade Média, observa-se que ele
sofreu descontinuidade em relação à Idade Antiga, devido ao período de grandes
conturbações que se observou nos séculos V e VI, com a destruição do Império Romano do
Ocidente; mas, surgidas novas estruturas e iniciado o intercâmbio com os árabes, esses
estudos voltaram a se desenvolver, quer pelo enriquecimento de informações e de
descobertas, quer pela retomada dos ensinamentos dos sábios gregos – Aristóteles, Ptolomeu,
Estrabão, Heródoto.

4.Descobrir a relação entre o homem e o seu meio, tem sido um dos objectivos
fundamentais da geografia, fundamente?
R: Fundamentando sobre o objectivo da geografia, Ela ajuda ao homem a entender o espaço
em que vive, o espaço geográfico. Pode-se compreender o objectivo da geograafia como
sendo a leitura crítica das acções, usos e transformações humanas sobre o espaço, assim como
a incidência e o condicionamento exercidos pelo espaço sobre a sociedade e suas acções.

5.Evidencia a posição da geografia no ramo das ciências.


R: A Geografia é uma ciência que foi construída, ou desconstruída, ao longo dos anos. Isso
ocorreu pelo facto de que, ao longo do tempo, essa ciência passou por diversas alterações em
relação às correntes filosóficas e aos processos históricos vividos pelas sociedades. Ao longo
de toda essa transformação, os conceitos-chaves que norteavam o estudo da Geografia
renovaram-se, alterando a abrangência dessa área de estudo.

6.Diferencia a geografia de outras ciências.


R: A Geografia é a ciência responsável por compreender o espaço e a relação que ele possui
com o ser humano. Dizer que a Geografia é uma ciência implica considerar que ela possui as
suas próprias perspectivas metodológicas e o seu objecto de estudo, sendo uma área
abrangente do conhecimento e responsável por influenciar várias aplicabilidades, além de
possuir várias subáreas. A Geografia estuda o espaço geográfico, ou seja, todo o espaço
terrestre produzido pelo homem ou que possui directa ou indirecta relação com este.

A História é uma ciência social e humana, que se debruça sobre o passado humano. Ela
relaciona-se com as outras ciências para poder explicar os vários acontecimentos históricos
que ocorreram nas sociedades humanas e para reconstituir o passado humano.
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7.Explique porque os metodos directo e indirecto são por excelência específicos para a
geografia.
R: Os métodos directo e indirecto são por excelência especificos para a geografia porque
estuda a estrutura interna da terra,baseando na sua composição no material do interior da
terra,e suas propriedades fisicas. Para que as excursões geográficas ou expedições científicas
sejam productivas, devem ser antecedidas de uma Clara definição do objectivo e uma boa
selecção dos fenómenos em análise. no ensino-aprendizagem para a localização de
fenómenos naturais e humanos devido a possibilidade de explicitarem os fenómenos
geográficos na sala de aulas, biblioteca entre outros lugares.

8.Sobre os metodos hipotético – dedutivo de balanço, deia exemplos concretos ou


pratico da sua aplicação no seu quotidiano.
R: Exemplo dos metodos: Quando se tem varios fenomenos particulares leis ou hipoteses
que se quer explicar ou unificar,formula-se uma ou mais hipoteses.

Segundo exemplos: Para se sustentar, com certeza e evidencia todos os cisnes são
brancos,seria necessario verificar cada cisne particular possivel de presente ,do passado e
do futuro,porque na realidade a soma dos casos concretos dá apenas um numero finito,ao
passo que ao enunciado geral pretende ser infinito.

9.Evidencia a importancia dos principios geograficos para a geografia.

R: Princípios Geográficos: Os princípios Geografico são importantes para o estudo


aprofundado de todo o globo terrestre e dos aspectos físicos deste.

No século XIX, do surgimento da Geografia como ciência, fez-se necessária a fixação de


princípios metodológicos, que conferem-lhe o devido carácter científico. Os princípios
formulados são os seguintes:

• O princípio da extensão, concebido por Friedrich Ratzel (1844-1904). O princípio reza que
é preciso delimitar o facto a ser estudado, localizando-se na superfície terrestre.

• O princípio da analogia, também chamado Geografia Geral, exposto por Karl Ritter
(1779-1859) e Paul Vidal de La Blache (1845-1918). Estes autores mostraram que é preciso
comparar o facto ou área estudada com outros factos ou áreas da superfície terrestre, em
busca de semelhanças e diferenças.

• O princípio da causalidade, formulado por Alexander Von Humboldt (1769-1859), que
diz respeito à necessidade de explicar o porquê dos factos.
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• O princípio da conexidade ou interação, apresentado por Jean Brunhes (1869-1930).


Segundo ele, os factos não são isolados, e sim inseridos num sistema de relações, tanto locais
quanto interlocais.

• O princípio da actividade, formulado também por Brunhes, que afirma ter os factos um
carácter dinâmico, mutável, o que demanda o conhecimento do passado para a compreensão
do presente e previsão do futuro.

 10.Explica o papel de ptolomeu no desenvolvimento da Geografia.

R: O papel de Ptolomeu no desenvolvimento da Geografia foi o mapeamento de todo o


mundo antigo conhecido em sua época, sendo que o mesmo produziu mapas que possuíam
altitude e latitude de todo o território do mundo greco-romano que o mesmo foi capaz de
explorar.Isso gerou conhecimentos que permitiam o comércio, o deslocamento e o
desenvolvimento das economias de sua época, sendo que tais conhecimentos foram
compilados e guardados na biblioteca de Alexandria, redescobertos somente depois de mais
de mil anos pelos bizantinos. Essa é a grande contribuição de Ptolomeu para a geografia.

11.Fale das evidências que retrocederam a geografia na época romana.


R: Andrade (2006), os cartógrafos romanos elaboraram um mapa, a Orbis Terrarum no qual
os três continentes estão dispostos mas ou menos simetricamente. No entanto os romanos
foram importantes em relação ao conhecimento do mundo. Sempre que havia expedições
militares recolhiam informações e faziam levantamentos prévios das regiões que pretendiam
atravessar e conquistar. Deram assim a conhecer o interior do continente europeu
principalmente o mundo celta e Germânico e as suas migrações

12.O que representa o renascimento do comercio e as peregrinação no final da idade


media para o desenvolvimento da geografia?

R: Nos finais da Idade Média, as cruzadas, as peregrinações aos lugares santos e o


renascimento do comércio entre a Europa e o Oriente levaram a um ressurgimento da
curiosidade pelo mundo desconhecido e, portanto, a uma nova etapa no desenvolvimento da
geografia.

O renascimento comercial na Idade Média beneficiou principalmente as cidades italianas,


alguns dos motivos foram:

 Localização geográfica favorável (mar Mediterrâneo);


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 Fortalecimentos das ligações comerceia com o Oriente, durante a Quarta Cruzada, onde
se obteve o direito à distribuição de mercadorias orientais pelo continente europeu.
 Na Europa Setentrional, o comércio ampliou-se na região dos mares Báltico e do Norte,
destacando-se a região de Flandres, devido a sua produção de lã.
 As regiões norte e sul da Europa foram interligadas por rotas terrestres e fluviais criadas
pelas atividades comerciais. As feiras eram os locais de compra e venda de produtos dos
negociantes. Até o século XIV, as feiras mais importantes eram na região
de Champanhe, França.
 Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da
moeda, ou seja, deu vida às atividades bancárias. Com isso a terra deixava de ser a única
fonte de riqueza e um novo grupo social surgiu, os mercadores ou comerciantes.

13.Fale da emergência da geografia regional.


R: Esta corrente da Geografia, não se deu de forma isolada, e sim na ebulição da corrente
historicista, no século XVIII, expandindo-se ao longo de todo o século XIX. Essa corrente se
anunciava como um movimento de oposição ao Positivismo e ao Naturalismo e noticiava
uma crítica ao modelo epistemológico físico-matemático do Positivismo, o qual era adequado
ao conhecimento dos fenômenos naturais.

14.Evidencia a importancia da corrente possibilista no estudo da geografia.


R: Nesta corrente considera-se a natureza fornecedora de possibilidades para que o homem a
modificasse. O homem é o principal agente geográfico. Na França La Blache passou a
estudar profundamente a geografia desenvolvida pelos alemães, principalmente os trabalhos
de Ratzel, para quem dedicou profundas críticas (Moreira, 2008). Assim, La Blache
desenvolveu outra concepção da relação “homem-meio”, na qual passou a pensar a
possibilidade que o homem tem de superar as imposições naturais, dependendo do nível
cultural, das condições técnicas e da disposição de recursos, podendo, dessa forma, atuar
sobre a natureza e modifica-la. Em uma área fisicamente delimitável eram integrados e
descritos, tantos os aspectos físicos, como os humanos/sociais e econômicos, dando origem
ao Possibilismo (Moraes, 2003).

15.Faça uma reflexão das criticas feitas á região vidaliana


R: É importante notar que a carga naturalista e positivista se mantinha, apesar de serem
inseridos os factores históricos. A Escola Francesa, embora contestando alguns pressupostos
positivistas, herdaria muitos conceitos evolucionistas, vigentes no pensamento científico da
época. As críticas vidalianas à postura marcadamente política de Friedrich Ratzel acabam
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“mascarando” o profundo carácter ideológico de suas próprias declarações, como confirma


Lacoste (1997, p.57). Cada país seria considerado uma unidade, com suas várias regiões.
Concebendo um historicismo conservador, as fronteiras seriam algo dado, demarcadas
principalmente por meios naturais, sendo pertencentes à nação desde tempos imemoriais.
Nessa ideia, engendra-se o conceito de gênero de vida. Acrescentando os elementos
humanos, Paul Vidal de La Blache acreditava que as regiões constituiriam uma unidade, um
organismo compondo o meio físico que daria o suporte para os homens e os grupos
desenvolverem, ao longo da história, um gênero de vida.

16.Explique a influência da corrente positivista na construção do pensamento


geografia?

R: Um dos primeiros geógrafos a incorporar os pressupostos do positivismo evolucionista foi


Friedrich Ratzel (1844-1804) colocando a influência dos factores naturais como cruciais para
explicar os povos. Enquadrado no pensamento político dominante, num momento em que a
França tornou-se uma grande soberania, ele realizou estudos regionais procurando provar que
a natureza exercia influências sobre o homem, mas que homem tinha possibilidades de
modificar e de melhorar o meio, dando origem ao possibilismo.

17.Que influencia teve o historicismo no desenvolvimento da geografia?


R: O desenvolvimento da Geografia do século XIX à segunda metade do século XX oferece
um arco interessante e diversificado de posições relacionadas à questão da oposição e
interação entre historicismo, portanto entre objectividade e subjectividade. Mediante isto é
constituída, por parte da literatura geográfica, uma narrativa, que visava de certa forma,
evidenciar um “confronto” entre essas duas geografias.

De acordo com Barros (2010), o historicismo se opõem fundamentalmente em três aspectos


fundamentais:

1) existe uma dicotomia – objectividade/subjectividade quanto à possibilidade da História


chegar ou não a leis gerais válidas para todas as sociedades humanas;

2) quanto ao padrão metodológico mais adequado às ciências humanas ser aquele de acordo
com o modelo das Ciências Naturais; e

3) a posição do historiador ou do cientista humano face ao conhecimento que produz


contrária àquela assumida pelo cientista “modelado
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18.Descuta sobre as diferentes acepções do conceito de região


R: O conceito de Região passou por diferentes transformações ao longo da história do
pensamento geográfico. No entanto, não existe um conceito único e acabado do que seria
região, mas diferentes compreensões ao longo da história. No início, por exemplo, os estudos
do autor Vidal de La Blache consideravam a região como uma área pautada por uma
característica que a diferenciava de seu entorno. Outros autores clássicos consideravam a
região como uma área natural marcada por um conjunto específico de elementos climáticos,
geológicos, hidrográficos e biosféricos. Para outro autor da Geografia, Richard Hartshorne, a
região não seria algo natural e já existente, mas uma criação intelectual adoptada pela
compreensão humana, ou seja, em uma linha kantiana de raciocínio, a região não existiria de
facto, sendo apenas uma apreensão humana sobre o espaço geográfico com base em um
critério específico.

19.Evidencia os factores do surgimento da geografia quantitativa.


R: A Geografia Quantitativa surge após a 2ª Guerra Mundial (anos 50), paralela as mudanças
ocorridas nos sectores económico, social, tecnológico e científico em âmbito mundial. Nesse
contexto, tal corrente nasce com o escopo de inserir, definitivamente, a Geografia no universo
científico global. Por conseguinte, a mencionada corrente representou o modelo de revolução
da ciéncia geográfica, tendo tido como base a escola anglo/saxônica. Metodologicamente, ela
adoptou o Neopositivismo como base filosófica, fundamentando-se, assim, na aplicação da
Matemática, Estatística, Computação, Teoria dos Sistemas e dos Modelos aos estudos
geográficos (Leite e Rosa, 2006, p.181).

20.Caracteriza a geografia qualitativa e geografia quantitativa.


R: Geografia qualitativa Caracteriza-se pela tensão entre uma geografia
profissional/estratégica e uma geografia universitária. A primeira estaria ligada à utilização
de diversos conhecimentos, inclusive da estatística, para fins econômicos, coloniais, militares
e políticos, com lócus de produção e disseminação nas Sociedades Geográficas criadas na
Europa entre 1820 e 1830 (de Paris, de Berlim e de Londres), com forte vinculação com os
Estados europeus imperialistas. A segunda ligar-se-ia ao que era ensinado na academia, com
forte influência de Vidal de la Blache (ícone da criação da geografia universitária na França).

Geografia quantitativa: Corrente de pensamento da década de 1950 que surgiu da


necessidade de exactidão, através de conceitos mais teóricos e apoiados em uma explicação
matemático-estatística.As principais características dessa corrente geográfica são:
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 Todo o conhecimento é apoiado na experiência

 Defende a existência de uma linguagem comum a todas as ciência


 Recusa o dualismo científico entre as ciências naturais e as ciências sociais
 Defende um maior rigor na aplicação da metodologia;
 Para os autores filiados a esta corrente, o temário geográfico poderia ser explicado,
totalmente com o uso de métodos matemáticos". Moraes, 1999.
 A investigação científica bem como os seus resultados devem ser expressos de uma
forma clara e lógica através de uma linguagem matemática

21.Fale resumidamente do contributo dos romanos para a evolução do conhecimento.

R: No período romano, ainda na época clássica, no império Romano, o pensamento


geográfico desenvolveu-se sob impulso das conquistas do espaço por via militar. Neste
contexto, foram elaborados itinerários (cartas simples, sem escala, representando as terras e
principais caminhos concêntricos cidade de Roma). Tratava-se, pois de mapas concebidos
para responder as exigências militares e comerciais do império. Orientando-se pelos
objectivos descritos, os romanos desprezaram os métodos matemáticos e cartográficos dos
gregos que têm na tábua Peutinger um dos exemplos mais notáveis e cuja cópia se mantém
até hoje no museu.

22.A geografia passou a ser considerado como uma ciência que se refere a formulação
de leis que regem a distribuição espacial de certas caracteristicas na superficie da
terra.Fundamente.
R: Fundamentando, a Geografia coloca a compreensão dos processos físicos e sociais dentro
do contexto dos lugares e regiões – reconhecer as grandes diferenças de culturas, sistemas
políticos, economias, paisagens e ambientes em todo o mundo, e as ligações entre eles.
Compreender as causas das diferenças e desigualdades entre lugares e grupos sociais
subjacentes a grande parte dos desenvolvimentos mais recentes em geografia humana.

23.A aplicação de métodos de outras ciências a geografia foi aceite por Ratzel a partir
de pressupostos positivistas. A única impossibilidade para a geografia era a de efectuar
a experimentação. Quais foram as alternativas para ultrapassar esta limitação?
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R:  Exigindo um saber sistematizado e a possibilidade de afirmar proposições a partir de um


certo grau:

(1) Todo conhecimento do mundo material decorre dos dados "positivos" da experiência, e é
somente a eles que o investigador deve ater-se;

(2) Existe um âmbito puramente formal, no qual se relacionam as idéias, que é o da lógica
pura e da matemática; e

(3) Todo conhecimento dito "transcendente" -- metafísica, teologia e especulação acrítica --


que se situa além de qualquer possibilidade de verificação prática, deve ser descartado

24.A agricultura só é pratica em planicies porque em montanhas, o homem tem suas


limitações devido a inclinação do terreno.De que concepção geográfica se trata
(Determinista ou possibilista)? Justifique.

R: Determinista. Teoria formulada no século XIX pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel que
fala das influências que as condições naturais exerceriam sobre o ser humano, sustentando a
tese de que o meio natural determinaria o homem. Nesse sentido, os homens procurariam
organizar o espaço para garantir a manutenção da vida.
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Conclusão

Conclui-se que Geografia é o estudo científico da superfície da Terra com o objectivo de


descrever e analisar a variação espacial de fenómenos físicos, biológicos e humanos que
acontecem na superfície do globo terrestre. Possibilismo Geográfico  é uma corrente de
estudo da Geografia francesa, surgido no final do século XIX, como resposta às colocações
deterministas de Ratzel, que visava a compreensão da influência do meio na formação e nas
ideias da sociedade. . O homem é o principal agente geográfico. Na França La Blache passou
a estudar profundamente a geografia desenvolvida pelos alemães, principalmente os trabalhos
de Ratzel, para quem dedicou profundas críticas (Moreira, 2008). Orientando-se pelos
objectivos descritos, os romanos desprezaram os métodos matemáticos e cartográficos dos
gregos que têm na tábua Peutinger um dos exemplos mais notáveis e cuja cópia se mantém
até hoje no museu.
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Referência bibliográfica

1.Andrade, M. C. Geografia ciência da sociedade, Recife, Ed. Universitária UFPE, 2008.

2.Capel, Horácio – Geografia Humana y Ciências sociales, Barcelona, Montesinos, 1989.


3.CAPEL, Horácio; URTEAGA, Luis – Las nuevas Geografías, Madrid, Aula Abierta
Salvat, 1984.
4.Claval, Paul – A Nova Geografia, Coimbra, 1978.

5.Correa, M. Para onde vai o pensamento geográfico? São Paulo: Contexto, 2006.

6. Ganimi, R. N., A sistematização da Geografia: trilhas e trilhos de um caminho. Belo


Horizonte, 2003, dissertação de mestrado.

7. Santos, Milton. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1978.

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