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E, como qualquer trabalho científico, na parte final, constam as referências bibliográficas que
são as obras autorais consultadas.
CORRENTES GEOGRÁFICAS
O tratamento da Geografia como ciência teve inicia em meados do século XIX, devido ao
surgimento de varias correntes ou teoria que pretendiam contribuir para o desenvolvimento da
geografia como disciplina científica. Assim, destacam-se como correntes de pensamento
geográfico: o Determinismo Ambiental, o Possibilismo, o Método Regional, a Nova
Geografia e a Geografia Crítica.
Segundo CORREA (2000) cada uma delas com suas práticas teóricas, empíricas e políticas,
seguindo uma sequência histórica predominante e, ou coexistente com outra corrente.
O determinismo também conhecido por corrente determinista, foi fundada por Frederich
Ratzel (1844-1904) pertencente à escola alemã mais tarde defendida por Ellen Semple e
William Davis.
A corrente determinista apoia-se também no positivismo de August Comte que defende que o
pensamento evoluiu em forma de progressão a três níveis:
Os métodos do determinismo
A corrente determinista foi muito marcada pelos métodos comparativos, apoiando-se nos
princípios da casualidade e de extensão, recorrendo explicação dedutiva-comparativa, para a
formulação de leis e verificação das relações causa-efeito.
Esta corrente surgiu nos finais do século XIX e marcou o pensamento Geográfico até 1950. A
corrente possibilista resulta da evolução científica e de todo o debate científico e filosófico de
então. Tinha como objectivo opor-se ao determinismo geográfico, sobretudo na questão de
submissão do Homem ao meio ambiente e no objectos além disso o possibilismo queria
combater os excessos da escola alemã no que se refere a passividade do Homem perante ao
meio. Portanto para a corrente possibilista, não há uma submissão fatal do Homem ao Meio,
mas sim várias possibilidades que a sua disposição pode ou não valorizar.
De acordo com esta corrente, a Geografia possui dois objectos de estudo: o Homem para a
Geografia Humana e a Terra para a Geografia Física. Ou seja, estabelecem-se relações
biunívocas; Homem-Meio que definem a reciprocidade e não a dependência como acontece
no Determinismo. O Possibilismo defende que o Homem pode optar perante as várias
possibilidades que o Meio oferece para desenvolver um género de Vida próprio.
O Possibilismo deu muita importância ao método historicista e indutivo analítico. Por isso,
Vidal De La Blache estruturou o seu estudo na análise do meio físico, seguido pelo estudo das
formas de ocupação e finalmente o impacto da integração do Homem no seu habitat.
Vidal De La Blache (1845-1918) o pai da Geografia regional pertence à escola francesa. Foi
professor universitário em Paris com muitos trabalhos publicados sendo responsável pela
revista Annales de Geographie. Estudou muitas zonas rurais, defendia que a Natureza põe e o
Homem dispõe. Valorizava a acção humana e, além disso, dizia que os fenómenos deviam ser
estudados na sua região tendo como base as análises regionais e passando para uma análise
morfo-funcional.
Por outro lado, critica-se no Possibilismo o facto de prestar mais atenção à análise das zonas
rurais em detrimento das cidades numa altura em que a cidade já era o Pólo de
desenvolvimento da humanidade.
A Nova Geografia foi mais uma corrente geográfica. As principais ideias sobre a Nova
Geografia encontram-se nos livros de geógrafos do Círculo de Viena que emigraram para os
Estados Unidos nos anos 50, fugidos da II Guerra Mundial.
Entre essas obras temos «Excepcionalism in Geography» de Fred Schaefer, 1953 e «The
Oritical Geography», de William Burge, 1962. Nestas obras, os seus autores condenam a
concepção possibilista da Geografia ao considerá-la uma ciência ideográfica e regional. Para
eles, a Geografia tem de ascender ao estatuto de ciência, com uma perspectiva genérica, que
permita a formulação de leis que regem a distribuição espacial dos fenómenos na superfície
terrestre. A Geografia devia dispor de teorias básicas necessárias para a formulação de
hipóteses, que posteriormente podem ser verificadas experimentalmente.
A Nova Geografia associa os métodos indutivo e dedutivo nas suas análises. Entretanto, o uso
abusivo de linguagem matemática torna imperioso o tratamento estatístico, dando lugar à
designação de Geografia Quantitativa. A localização de fenómenos deixa de ser de forma
absoluta, passando a ser relativa. Schaefer altera substancialmente o conceito de espaço
Vitaliano ao individualizar o espaço e usá-lo como um critério de classificação.
Conclusão
Terminado o trabalho com base no uso de materiais disponíveis na internet, como autores,
concluímos que o tratamento da Geografia como ciência teve inicia em meados do século
XIX, devido ao surgimento de varias correntes ou teoria que pretendiam contribuir para o
desenvolvimento da geografia como disciplina científica. Assim, de entre várias, destacamos
os contributos do determinismo, corrente que afirma que as condições naturais, em especial as
condições climáticas é que determinaram a evolução do Homem, e consequentemente da
sociedade. Ela preocupa-se na relação Homem-Meio ambiente. Do possibilismo que se
opunha ao determinismo geográfico, sobretudo na questão de submissão do Homem ao meio
ambiente e no objectos além disso, a corrente queria combater os excessos da escola alemã no
que se refere a passividade do Homem perante ao meio. E, finalmente da nova geografia que
segundo ela, a Geografia tem de ascender ao estatuto de ciência, com uma perspectiva
genérica, que permita a formulação de leis que regem a distribuição espacial dos fenómenos
na superfície terrestre.
Referências bibliográficas
CORRÊA, Roberto Lobato. Região e Organização Espacial. São Paulo: Ática, 2000.