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RACIOCÍNIO LÓGICO

RACIOCÍNIO LÓGICO

Professora Raissa Y. Y. Rodrigues 2 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO:


ANALOGIAS, INFERÊNCIAS,
Engenheira Eletricista com ênfase em eletrônica pela Uni-
DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
versidade Tecnológica Federal do Paraná.

1 ESTRUTURAS LÓGICAS. Argumento é uma relação que associa um conjunto de propo-


sições (p1, p2, p3,... pn), chamadas premissas ou hipóteses, e uma
proposição C chamada conclusão. Esta relação é tal que a estrutura
lógica das premissas acarretam ou tem como consequência a pro-
posição C (conclusão).
1. Proposição Exemplo:
Proposição ou sentença é um termo utilizado para exprimir P1: Todos os cariocas são alegres.
ideias, através de um conjunto de palavras ou símbolos. Este con- P2:Todas as pessoas alegres vão à praia.
junto descreve o conteúdo dessa ideia. C: Todos os cariocas vão à praia.
São exemplos de proposições: Neste exemplo temos o famoso silogismo categórico de forma
típica ou simplesmente silogismo. Os silogismos são os argumen-
p: Pedro é médico. tos que têm somente duas premissas e mais a conclusão, e utilizam
q: 5 > 8 os termos: todo, nenhum e algum, em sua estrutura.
r: Luíza foi ao cinema ontem à noite.
1. Analogias
Relaçao de semelhança (comparação) estabelecida entre dife-
2. Princípios fundamentais da lógica
rentes conjuntos de argumentos que obedecem uma mesma estru-
Princípio da Identidade: A é A. Uma coisa é o que é. O que
tura lógica, isto é, organização de argumentos.
é, é; e o que não é, não é. Esta formulação remonta a Parménides Por exemplo: “A luz está para o dia assim como a escuridão
de Eleia. para a noite” é uma analogia no qual se estabelece que para uma
Principio da não contradição: Uma proposição não pode ser fase do dia há um nível de luz. Então se pode-se estabelecer uma
verdadeira e falsa, ao mesmo tempo. nova fase (ex: tarde) e um nível de luminosidade (“meia-luz”) para
Principio do terceiro excluído: Uma alternativa só pode ser estabelecer uma frase que permita fazer analogia com a antiga fra-
verdadeira ou falsa. se “a meia-luz está para a tarde”.

3. Valor lógico  2. Argumentos dedutivos e indutivos


Considerando os princípios citados acima, uma proposição é
classificada como verdadeira ou falsa. Os argumentos podem ser classificados em dois tipos: Dedu-
Sendo assim o valor lógico será: tivos e Indutivos.
- a verdade (V), quando se trata de uma proposição verdadeira.
- a falsidade (F), quando se trata de uma proposição falsa. 1) O argumento será DEDUTIVO quando suas premissas for-
necerem informações suficientes para comprovar a veracidade da
4. Conectivos lógicos  conclusão, isto é, o argumento é dedutivo quando a conclusão é
completamente derivada das premissas.
Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar as pro-
posições formando novas sentenças.
EXEMPLO:
Os principais conectivos lógicos são: 
Todo ser humano têm mãe.
~ não Todos os homens são humanos.
∧ e Todos os homens têm mãe.
V Ou 2) O argumento será INDUTIVO quando suas premissas não
  se…então fornecerem o “apoio completo” para ratificar as conclusões. Por-
  se e somente se tanto, nos argumentos indutivos, a conclusão possui informações
que ultrapassam as fornecidas nas premissas. Sendo assim, não se
aplica, então, a definição de argumentos válidos ou não válidos
para argumentos indutivos.
EXEMPLO:
O Flamengo é um bom time de futebol.
O Palmeiras é um bom time de futebol.
O Vasco é um bom time de futebol.
O Cruzeiro é um bom time de futebol.

Didatismo e Conhecimento 1
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Todos os times brasileiros de futebol são bons. Pelo gráfico, observamos claramente que se todas as crian-
Note que não podemos afirmar que todos os times brasileiros ças gostam de passear no metrô e existem crianças inteligentes,
são bons sabendo apenas que 4 deles são bons. então  alguma criança que gosta de passear no Metrô de São
Paulo é inteligente. Logo, a alternativa correta é a opção B.
3. Validade de um argumento
Uma proposição é verdadeira ou falsa. No caso de um argu- 2- (CESPE) É válido o seguinte argumento: Se Ana cometeu
mento dedutivo diremos que ele é válido ou inválido. Atente- um crime perfeito, então Ana não é suspeita, mas (e) Ana não
-se para o fato que todos os argumentos indutivos são inválidos, cometeu um crime perfeito, então Ana é suspeita.
portanto não há de se falar em validade de argumentos indutivos. SOLUÇÃO:
A validade é uma propriedade dos argumentos que depende apenas Representando as premissas do enunciado na forma de dia-
da forma (estrutura lógica) das suas proposições (premissas e con- gramas lógicos (ver artigo sobre diagramas lógicos), obteremos:
clusões) e não do seu conteúdo.
 Premissas:
“Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspei-
Argumento Válido
ta” = “Toda pessoa que comete um crime perfeito não é suspeita”.
Um argumento será válido quando a sua conclusão é uma con-
sequência obrigatória de suas premissas. “Ana não cometeu um crime perfeito”.
Em outras palavras, podemos dizer que quando um argumen- Conclusão:
to é válido, a verdade de suas premissas deve garantir a verdade “Ana é suspeita”. (não se “desenha” a conclusão, apenas as
da conclusão do argumento. Isso significa que, se o argumento é premissas!)
válido, jamais poderemos chegar a uma conclusão falsa quando as
premissas forem verdadeiras.

Argumento Inválido
Dizemos que um argumento é inválido, quando a verdade das
premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão,
ou seja, quando a conclusão não é uma consequência obrigató-
ria das premissas.

Exercícios Resolvidos:

1- (FCC) Considere que as seguintes afirmações são verdadeiras:


“Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
“Existem crianças que são inteligentes.”
Assim sendo, certamente é verdade que: O fato do enunciado ter falado apenas que “Ana não cometeu
(A) Alguma criança inteligente não gosta de passear no Metrô um crime perfeito”, não nos diz se ela é suspeita ou não. Por isso
de São Paulo. temos duas possibilidades (ver bonecos). Logo, a questão está er-
(B) Alguma criança que gosta de passear no Metrô de São rada, pois não podemos afirmar, com certeza, que Ana é suspeita.
Paulo é inteligente. Logo, o argumento é inválido.
(C) Alguma criança não inteligente não gosta de passear no
Metrô de São Paulo.
(D) Toda criança que gosta de passear no Metrô de São Paulo
é inteligente.
3. LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSI-
(E) Toda criança inteligente não gosta de passear no Metrô de
São Paulo. CIONAL). 3.1. PROPOSIÇÕES SIMPLES E
COMPOSTAS. 3.2 TABELAS-VERDADE. 3.3
SOLUÇÃO: EQUIVALÊNCIAS. 3.4 LEIS DE MORGAN.
Representando as proposições na forma de conjuntos (dia- 3.5 DIAGRAMAS LÓGICOS.
gramas lógicos – ver artigo sobre diagramas lógicos) teremos:
“Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
“Existem crianças que são inteligentes.”
1. Proposições simples e compostas
As proposições simples são assim caracterizadas por apresen-
tarem apenas uma ideia. São indicadas pelas letras minúsculas: p,
q, r, s, t...
As proposições compostas são assim caracterizadas por apre-
sentarem mais de uma proposição conectadas pelos conectivos ló-
gicos. São indicadas pelas letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...
Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando que a
proposição composta Q é formada pelas proposições simples r, s
e t.

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Exemplo:

Proposições simples:
p: Meu nome é Raissa 
q: São Paulo é a maior cidade brasileira 
r: 2+2=5 
s: O número 9 é ímpar 
t: O número 13 é primo

Proposições compostas 
P: O número 12 é divisível por 3 e 6 é o dobro de 12. 
Q: A raiz quadrada de 9 é 3 e 24 é múltiplo de 3. 
R(s, t): O número 9 é ímpar e o número 13 é primo.

2. Tabelas-verdade

A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógico de uma proposição composta, sendo que os valores das proposições simples já
são conhecidos. Pois o valor lógico da proposição composta depende do valor lógico da proposição simples. 
A seguir vamos compreender como se constrói essas tabelas-verdade partindo da árvore das possibilidades dos valores lógicos das
preposições simples, e mais adiante veremos como determinar o valor lógico de uma proposição composta.

Proposição composta do tipo P(p, q)

Proposição composta do tipo P(p, q, r)

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Proposição composta do tipo P(p, q, r, s)  P q pΛq
A tabela-verdade possui 24 = 16 linhas e é formada igualmente
as anteriores. F F F

Proposição composta do tipo P(p1, p2, p3,..., pn) 9. O conectivo ou e a disjunção


A tabela-verdade possui 2n  linhas e é formada igualmente as
anteriores. O conectivo ou e a disjunção de duas proposições p e q é outra
proposição que tem como valor lógico V se alguma das proposições
7. O conectivo não e a negação for verdadeira e F se as duas forem falsas. O símbolo p ∨ q (p ou
O conectivo não e a negação de uma proposição p é outra q) representa a disjunção, com a seguinte tabela-verdade: 
proposição que tem como valor lógico V se p for falsa e F se p é
verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a negação de p com P q pVq
a seguinte tabela-verdade: 
V V V
V F V
P ~P
F V V
V F
F F F
F V

Exemplo: Exemplo:
p = 7 é ímpar  p = 2 é par 
~p = 7 não é ímpar  q = o céu é rosa 
p ν q = 2 é par ou o céu é rosa 
P ~P
P q pVq
V F
V F V
q = 24 é múltiplo de 5 
~q = 24 não é múltiplo de 5  10. O conectivo se… então… e a condicional
A condicional se p então q é outra proposição que tem como
valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbolo p → q re-
q ~q presenta a condicional, com a seguinte tabela-verdade: 
F V
P q p→q
8. O conectivo e e a conjunção
O conectivo e  e a conjunção de duas proposições p  e q é V V V
outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem V F F
verdadeiras, e F em outros casos. O símbolo p Λ q (p e q) repre- F V V
senta a conjunção, com a seguinte tabela-verdade: 
F F V
P q pΛq Exemplo:
V V V P: 7 + 2 = 9 
V F F Q: 9 – 7 = 2 
p → q: Se 7 + 2 = 9 então 9 – 7 = 2 
F V F
F F F
P q p→q
Exemplo V V V
p = 2 é par 
q = o céu é rosa p = 7 + 5 < 4 
p Λ q = 2 é par e o céu é rosa  q = 2 é um número primo 
p → q: Se 7 + 5 < 4 então 2 é um número primo. 
P q pΛq
V F F P q p→q
F V V
p = 9 < 6 
q = 3 é par p = 24 é múltiplo de 3 q = 3 é par 
p Λ q: 9 < 6 e 3 é par  p → q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par. 

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P q p→q
V F F

p = 25 é múltiplo de 2 
q = 12 < 3 
p → q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3. 

P q p→q
F F V

11. O conectivo se e somente se e a bicondicional


A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras ou ambas falsas,
e F nos outros casos. 
O símbolo     representa a bicondicional, com a seguinte tabela-verdade: 

P q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

Exemplo
p = 24 é múltiplo de 3 
q = 6 é ímpar  
= 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar. 

P q p↔q
V F F

12. Tabela-Verdade de uma proposição composta

Exemplo
Veja como se procede a construção de uma tabela-verdade da proposição composta P(p, q) = ((p ⋁ q) → (~p)) → (p ⋀ q), onde p e q são
duas proposições simples.
Resolução
Uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p, q) possui 24 = 4 linhas, logo: 

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V          
V F          
F V          
F F          

Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos de P.

a) Valores lógicos de p ν q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V        
V F V        
F V V        
F F F        

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b) Valores lógicos de ~P

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F      
V F V F      
F V V V      
F F F V      

c) Valores lógicos de (p V p)→(~p)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F    
V F V F F    
F V V V V    
F F F V V    

d) Valores lógicos de p Λ q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V  
V F V F F F  
F V V V V F  
F F F V V F  

e) Valores lógicos de ((p V p)→(~p))→(p Λ q)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V V
V F V F F F V
F V V V V F F
F F F V V F F

13. Tautologia

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for sempre verdadeira,
independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplos:
• Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS
• Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé gotinha.
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso melhor.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p V ~p

Exemplo
A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela-verdade. 

p ~P pVq
V F V
F V V

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Exemplo
A proposição (p Λ q) → (p  q) é uma tautologia, pois a última coluna da tabela-verdade só possui V. 

p q pΛq p↔q (p Λ q)→(p↔q)


V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V

14. Contradição

Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma contradição se ela for sempre falsa, inde-
pendentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem
Exemplos:
• O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma porcaria
• Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Petrópolis
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso melhor.
Exemplo:
Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p
Exemplo
A proposição (p Λ q) Λ (p Λ q) é uma contradição, pois o seu valor lógico é sempre F conforme a tabela-verdade. Que significa que
uma proposição não pode ser falsa e verdadeira ao mesmo tempo, isto é, o princípio da não contradição.

p ~P q Λ (~q)
V F F
F V F

15. Contingência
Quando uma proposição não é tautológica nem contra válida, a chamamos de contingência ou proposição contingente ou proposição
indeterminada.
A contingência ocorre quando há tanto valores V como F na última coluna da tabela-verdade de uma proposição. Exem-
plos: P∧Q , P∨Q , P→Q ...

16. Implicação lógica


Definição
A proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P → Q for uma tautologia.
O símbolo P ⇒ Q (P implica Q) representa a implicação lógica. 
Diferenciação dos símbolos → e ⇒
O símbolo → representa uma operação matemática entre as proposições P e Q que tem como resultado a proposição P → Q, com valor
lógico V ou F.
O símbolo ⇒ representa a não ocorrência de VF na tabela-verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da condicional P → Q será
sempre V, ou então que P → Q é uma tautologia. 
Exemplo
A tabela-verdade da condicional (p Λ q) → (p ↔ q) será: 

p q pΛq P↔Q (p Λ q)→(P↔Q)


V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V

Portanto, (p Λ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p Λ q) ⇒ (p ↔q)

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17. Equivalência lógica

Definição
Há equivalência entre as proposições P e Q somente quando a bicondicional P ↔ Q for uma tautologia ou quando P e Q tiverem a
mesma tabela-verdade. P ⇔ Q (P é equivalente a Q) é o símbolo que representa a equivalência lógica. 
Diferenciação dos símbolos ↔ e ⇔
O símbolo ↔ representa uma operação entre as proposições P e Q, que tem como resultado uma nova proposição P ↔ Q com valor
lógico V ou F.
O símbolo ⇔ representa a não ocorrência de VF e de FV na tabela-verdade P ↔ Q, ou ainda que o valor lógico de P ↔ Q é sempre V,
ou então P ↔ Q é uma tautologia.
Exemplo
A tabela da bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) será: 

p q ~q ~p p→q ~q→~p (p→q)↔(~q→~p)


V V F F V V V
V F V F F F V
F V F V V V V
F F V V V V V

Portanto, p → q é equivalente a ~q → ~p, pois estas proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a bicondicional (p → q) ↔ (~q
→ ~p) é uma tautologia.
Veja a representação:
(p → q) ⇔ (~q → ~p)

18. Sentenças abertas

Definições
Supondo que U seja um conjunto e x um elemento desse conjunto, podemos considerar que:
- U é um conjunto-universo e x a variável. 
- a proposição p(x) será uma sentença aberta em U quando p(a) for verdadeira ou p(a) for falsa, ∀a ∈ U. 
- se a ∈ U e p(a) for verdadeira, nesse caso a confirma p(x) ou a é a solução de p(x). 
- O conjunto-verdade de p(x), em U, é formado por todos e somente os elementos de a ∈ U, onde p(a) é uma sentença verdadeira. Veja
a representação deste conjunto: {a ∈ U| p(a) é V}.

Exemplos: 

CONJUNTO
SENTENÇA ABERTA CONJUNTO UNIVERSO
VERDADE
x+2=1 Z {1}
x+3<6 N {0, 1, 2}
2x-4x-5=0 R+ {-1;5}
x é multiplo de 2 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,} {0, 2, 4, 6, 8}

19. Operações lógicas com sentenças abertas


É possível efetuar as sentenças abertas de forma análoga à das proposições lógicas, através dos conectivos já apresentados: não, e, ou, se
então, se e somente se.

Exemplo 
Observando a condicional (x > 5) → (x > 2), em N, podemos notar que: 

x x>5 x>2 (x>5)→(x>2)


{0, 1, 2} F F V
{3, 4, 5} F V V
{6, 7, 8, 9, …} V V V

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Exercícios resolvidos:

1-(SERPRO-2001/ESAF) Considere o seguinte argumento: “Se Soninha sorri, Sílvia é miss simpatia. Ora, Soninha não sorri. Logo,
Sílvia não é miss simpatia”. Este não é um argumento logicamente válido, uma vez que:
a) a conclusão não é decorrência necessária das premissas.
b) a segunda premissa não é decorrência lógica da primeira.
c) a primeira premissa pode ser falsa, embora a segunda possa ser verdadeira.
d) a segunda premissa pode ser falsa, embora a primeira possa ser verdadeira.
e) o argumento só é válido se Soninha na realidade não sorri.

Solução:
Trata-se de uma questão meramente conceitual, e de resolução, portanto, imediata.
Se o enunciado está afirmando que um argumento qualquer é inválido, isso significa, tão somente, que a conclusão não é decorrência
necessária (obrigatória) das premissas!
É o que diz a opção A.

2) Três alunos são suspeitos de não estarem matriculados no Curso de Raciocínio Lógico. O Aparecido entrevistou os três, para cobrar
a matrícula, e obteve os seguintes depoimentos:
AURO: “Joaquim não pagou e Cláudia pagou JOAQUIM”: “Se Auro não pagou, Cláudia também não pagou”.
CLÁUDIA: “Eu paguei, mas pelo menos um dos outros não pagou”
Pede-se:
1.         Exprimir simbolicamente os depoimentos
2.         Identificar os pagantes e os não pagantes, supondo que todos os depoimentos são verdadeiros
3.         Identificar os mentirosos, supondo que todos pagaram as matrículas.

Resolução:
a. Sejam as proposições
A = “Auro pagou a matrícula”
J = “Joaquim pagou a matrícula”
C = “Cláudia pagou a matrícula”

Depoimentos

Didatismo e Conhecimento 9
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b. Verificamos que se todos os depoimentos são verdadeiros estamos na terceira linha, logo VAL (A) = V, VAL (J) = F, VAL (C) = V
Portanto:
Os pagantes são Auro e Cláudia.
O não pagante é o Joaquim
c. Se todos pagaram a matrícula temos que VAL(A) = V, VAL(J) = V e VAL(C) = V, logo estamos na primeira linha, daí os depoimentos
mentirosos são do Auro e Cláudia.

3- (ESAF) José quer ir ao cinema assistir ao filme “Fogo Contra Fogo”, mas não tem certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus ami-
gos, Maria, Luis e Julio têm opiniões discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então Julio está enganado.
Se Julio estiver enganado, então Luis está enganado. Se Luis estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme “Fogo
contra Fogo” está sendo exibido, ou José não ira ao cinema. Verificou-se que Maria está certa. Logo,
a. O filme “Fogo contra Fogo” está sendo exibido.
b. Luis e Julio não estão enganados.
c. Julio está enganado, mas Luis não.
d. Luis está enganado, mas Julio não.
e. José não irá ao cinema.

Resolução:
Se Maria está certa, então
Julio está enganado
Se Julio está enganado, então 
Luis está enganado
Se Luis estiver enganado, então 
O Filme não está sendo exibido.
Ora, ou o filme está sendo exibido ou José não irá ao cinema.
Logo, concluímos que:
José não irá ao cinema.
Resposta “E”

3. Diagramas lógicos
Definição:
Os diagramas de Venn foram criados pelo matemático inglês John Venn, no intuito de facilitar as relações de união e intersecção entre
conjuntos. Eles possuem um papel fundamental na organização de dados obtidos em pesquisas, principalmente nas situações em que o en-
trevistado opta por duas ou mais opções.

Didatismo e Conhecimento 10
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Solução:
Esta questão traz, no enunciado, duas proposições categóri-
cas:
1. Alguns A são R
2. Nenhum G é R
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas por
círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta.
Na verdade, para esta questão, não é necessário fazer repre-
sentações gráficas, pois se observarmos as alternativas, já pode-
mos excluir as alternativas “b” e “d” (pois algum A é G é equiva-
Exemplos:
lente a algum G é A, e não podemos ter duas respostas corretas),
e também excluir as alternativas “c” e “e” (pois nenhum A é G é o
1-(Especialista em Políticas Públicas Bahia 2004 FCC)
mesmo que nenhum G é A). Só restando-nos
Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição ver- a alternativa “a” para marcar como correta.
dadeira, é correto inferir que: Mas para efeitos didáticos vamos também resolver esta ques-
a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessaria- tão por diagramas de círculos!
mente verdadeira. Vamos iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é
b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessaria- dada por dois círculos separados, sem nenhum ponto em comum.
mente verdadeira.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadei-
ra ou falsa.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessa-
riamente verdadeira.

Solução:
Como já foi visto, não há uma representação gráfica única
para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente
a representação em que os dois círculos se interceptam (mostrada
abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão.

Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições ca-


A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo” tegóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como a
implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos com a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G, en-
situação inversa! tão teremos diversas maneiras de representar graficamente os três
A opção B é perfeitamente escorreita! Percebam como todos conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aquela que é
os elementos do diagrama vermelho estão inseridos no diagrama verdadeira para quaisquer dessas representações.
Para facilitar a solução da questão não faremos todas as repre-
azul. Resta necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.
sentações gráficas possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma
Resposta: opção B.
(ou algumas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar
qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se ti-
2- (TTN-98 ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que vermos somente uma alternativa que satisfaça, então já achamos a
“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que: resposta correta, senão, desenhamos mais outra representação grá-
a) algum A não é G; fica possível e passamos a testar somente as alternativas que foram
b) algum A é G. verdadeiras no teste anterior.
c) nenhum A é G; Tomemos agora o seguinte desenho, em que fazemos duas
d) algum G é A; representações, uma em que o conjunto A intercepta parcialmente
e) nenhum G é A; o conjunto G, e outra em que não há intersecção entre eles.

Didatismo e Conhecimento 11
RACIOCÍNIO LÓGICO
Veja que há várias proposições categóricas, e devemos fazer
a representação gráfica de cada uma para encontrar a resposta cor-
reta.
Por qual proposição categórica devemos iniciar os desenhos
dos círculos? Não há uma ordem única na realização dos desenhos,
devemos ir rabiscando um a um, de forma que ao final dos dese-
nhos, tenhamos atendido a todas as proposições categóricas.
Após os rabiscos efetuados para cada proposição categórica,
chegamos ao seguinte desenho final:

Teste das alternativas:

1º) Teste da alternativa “a” (algum A não é G)


Observando os desenhos dos círculos, verificamos que esta
alternativa é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
representações há elementos em A que não estão em G.
Passemos para o teste da próxima alternativa.
Teste das Alternativas
2º) Teste da alternativa “b” (algum A é G) 1°) Teste da alternativa “a” (pelo menos um aluno de portu-
guês é aluno de inglês)
Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para o Pelo desenho, já descartamos essa alternativa.
desenho de A que está mais a direita, esta alternativa não é verda- 2°) Teste da alternativa “b” (pelo menos um aluno de mate-
deira, isto é, tem elementos em A que não estão em G. mática é aluno de história) Também pelo desenho, descartamos
essa alternativa.
Pelo mesmo motivo a alternativa “d” não é correta.
3°) Teste da alternativa “c” (nenhum aluno de português é alu-
no de matemática)
Passemos para a próxima.
Observando o desenho, vemos claramente que este item é ver-
dadeiro.
3º) Teste da alternativa “c” (Nenhum A é G)
4°) Teste da alternativa “d” (todos os alunos de informática
são alunos de matemática)
Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para
Pelo desenho, temos que esta alternativa está errada.
o desenho de A que está mais a esquerda, esta alternativa não é 5°) Teste da alternativa “e” (todos os alunos de informática
verdadeira, isto é, tem elementos em A que estão em G. são alunos de português)
Pelo mesmo motivo a alternativa “e” não é correta. Pelo desenho, temos que esta alternativa também está errada.
Portanto, a resposta é a alternativa “A”.
Resposta: alternativa C.
3- (SERPRO 2001 ESAF) Todos os alunos de matemática
são, também, alunos de inglês, mas nenhum aluno de inglês é alu-
no de história. Todos os alunos de português são também alunos de
informática, e alguns alunos de informática são também alunos de 4. LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM
história. Como nenhum aluno de informática é aluno de inglês, e
como nenhum aluno de português é aluno de história, então:
a) pelo menos um aluno de português é aluno de inglês.
b) pelo menos um aluno de matemática é aluno de história. Sentenças abertas e quantificadores
c)) nenhum aluno de português é aluno de matemática.
d) todos os alunos de informática são alunos de matemática. Sentenças Abertas
e) todos os alunos de informática são alunos de português. No capítulo um, comentamos sobre as sentenças abertas, que
são sentenças do tipo:
Solução: a) x + 3 = 10
b) x > 5
O enunciado traz as seguintes proposições categóricas: c) (x+1)² – 5 = x²
1. Todos os alunos de matemática são, também, alunos de in- d) x – y = 20
glês e) Em 2004 foram registradas 800+z acidentes de trânsito em
2. Nenhum aluno de inglês é aluno de história São Paulo.
3. Todos os alunos de português são também alunos de infor- f) Ele é o juiz do TRT da 5ª Região.
mática Tais sentenças não são consideradas proposições porque seu
4. Alguns alunos de informática são também alunos de história valor lógico (V ou F) depende do valor atribuído à variável (x, y,
5. Nenhum aluno de informática é aluno de inglês z,...). O pronome ele que aparece na última sentença acima, funcio-
6. Nenhum aluno de português é aluno de história na como uma variável, a qual se pode atribuir nomes de pessoas.

Didatismo e Conhecimento 12
RACIOCÍNIO LÓGICO
Há, entretanto, duas maneiras de transformar sentenças aber- Podemos simplificar a notação simbólica das proposições,
tas em proposições: conforme mostrado abaixo:
1ª) atribuir valor às variáveis; (x)(xN)(x + 3 = 10) pode ser escrita como (x N)(x + 3 = 10);
2ª) utilizar quantificadores. (x)(xZ)(x² x) pode ser escrita como (x Z) (x² x)
A primeira maneira foi mostrada no capítulo um, mas vejamos
outros exemplos: O Quantificador Existencial
Ao atribuir a x o valor 5 na sentença aberta x + 3 = 10, esta O quantificador existencial é indicado pelo símbolo que se lê:
transforma-se na proposição 5 + 3 = 10, cujo valor lógico é F. existe pelo menos um, existe um, existe, para algum.
Ao atribuir a x o valor 2 na sentença aberta (x+1)² – 5 = x², Passemos a exemplos de transformações de sentenças abertas
esta transforma-se na proposição (2+1)²– 5 = 2², que resulta em 4 em proposições usando o quantificador existencial:
= 4, tendo, portanto, valor lógico V.
A seguir, veremos a transformação de uma sentença aberta 1) (x)(xN)(x² = 4)
numa proposição por meio de quantificadores. O símbolo é o quantificador existencial, x é a variável, N é o
conjunto dos números naturais e x²=4 é a sentença aberta.
Quantificadores
A proposição (x)(xN)(x² = 4) se lê da seguinte maneira: “Exis-
Consideremos as afirmações:
te pelo menos um x pertencente ao conjunto dos números naturais
a) Todo sangue é vermelho.
b) Cada um dos alunos participará da excursão. tal que x² = 4”.
c) Algum animal é selvagem. Qual o valor lógico dessa proposição? Ao resolver a equação
d) Pelo menos um professor não é rico. x²= 4, encontramos como raízes os valores 2 e -2, sendo apenas o
e) Existe uma pessoa que é poliglota. primeiro um número natural. Como existe uma raiz que é um nú-
f) Nenhum crime é perfeito. mero natural, então a proposição tem valor lógico Verdade.

Expressões como “todo”, “cada um”, “algum”, “pelo menos 2) (y)(yR)(y + 1 = y + 2)


um”, “existe”, “nenhum” são quantificadores. O símbolo é o quantificador existencial, y é a variável, R é
Há fundamentalmente dois tipos de quantificadores: Univer- o conjunto dos números reais e y + 1 = y + 2 é a sentença aberta.
sal e Existencial. A proposição (y)(yR)(y + 1 = y + 2) se lê da seguinte maneira:
“Existe pelo menos um y pertencente ao conjunto dos números
O Quantificador Universal reais tal que y + 1 = y + 2”.
Podemos simplificar a sentença y + 1 = y + 2, cortando o y de
O quantificador universal é indicado pelo símbolo que se lê: cada lado da igualdade, resultando em 1 = 2. Não há y que dê jeito
para todo, para cada, qualquer que seja. de fazer 1 igual a 2, portanto a proposição é Falsa.
Veremos agora exemplos de transformações de sentenças
abertas em proposições: Há outro quantificador que deriva do quantificador existencial,
ele é chamado de quantificador existencial de unicidade, simboli-
1) (x)(xN)(x + 3 = 10) zado por | que se lê: existe um único, existe um e um só. Exemplos:
O símbolo “ é o quantificador universal, x é a variável, N é o
conjunto dos números naturais e x + 3 = 10 é a sentença aberta. (É 1) (| x)(xN)(x + 5 = 7) que se lê: “existe um único número x
frequente em questões de concurso a sentença aberta ser chamada pertencente ao conjunto dos números naturais tal que x + 5 = 7”.
de predicado ou propriedade.) Realmente, só existe o número 2 que satisfaz essa sentença, daí a
A proposição (x)(xN)(x² = 4) se lê da seguinte maneira: “Para proposição tem valor lógico Verdade.
todo elemento x do conjunto dos números naturais, temos que x +
3 = 10”.
Da mesma forma que o quantificador universal, também po-
Qual o valor lógico dessa proposição? É claro que é Falso,
demos simplificar a representação simbólica das proposições com
pois se fizermos, por exemplo, o x igual ao número natural 1, tere-
mos 1 + 3 = 10 (resultado falso!). quantificador existencial, por exemplo:

2) (x)(xZ)(x² x) - (| x)(xZ)(x³= 5x2) pode ser escrita como ((| x N)(x³= 5x2);
O símbolo é o quantificador universal, x é a variável, Z é o
conjunto dos números inteiros e x² xé a sentença aberta. Representação Simbólica das Proposições Categóricas
A proposição (x)(xZ)(x² x) se lê da seguinte maneira: “Para
todo elemento x do conjunto dos números inteiros, temos que x² x. A tabela abaixo mostra a representação simbólica (na lingua-
Qual o valor lógico dessa proposição? Os números inteiros gem da lógica de 1.ª ordem) de cada uma das proposições categó-
são {... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}. Se substituirmos qualquer um desses ricas.
números na sentença x² x, o resultado será sempre verdadeiro.
Portanto, o valor lógico da proposição é Verdade.
Se mudássemos do conjunto dos inteiros (Z) para o conjunto
dos números racionais (Q), a proposição (x)(xZ)(x² x) tornar-se-ia
Falsa. Pois, se substituirmos x por 1/2, teremos (1/2)² 1/2, que re-
sulta em 1/4 1/2 (resultado falso!).

Didatismo e Conhecimento 13
RACIOCÍNIO LÓGICO
Como era de se esperar a representação do todo A é B é uma Desse modo, podemos dizer que o número de formas diferente
condicional. O Algum A é B significa intersecção entre A e B, por- que pode ocorrer em um acontecimento é igual ao produto m . n. 
tanto é representado pela conjunção. O Nenhum A é B é a negação
do Algum A é B, por isso que sua representação é a do algum com Exemplo: 
um til (~) na frente. E por último, o Algum A não é B é a negação Alice decidiu comprar um carro novo, e inicialmente ela quer
de Todo A é B. Poder-se-ia colocar apenas um til (~) na frente. se decidir qual a modelo e a cor do seu novo veículo. Na conces-
sionária onde Alice foi há 3 tipos de modelos que são do interesse
Exercícios Resolvidos: dela: Siena, Fox e Astra, sendo que para cada carro há 5 opções de
1) (ICMS-SP 2006/FCC) Considere as seguintes frases: cores: preto, vinho, azul, vermelho e prata. 
I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Qual é o número total de opções que Alice poderá fazer? 
II. (x+y)/5 é um número inteiro.
III. João da Silva foi o secretário da Fazenda do Estado de São Resolução: 
Paulo em 2000.
É verdade que apenas: Segundo o Principio Fundamental da Contagem, Alice tem 3×5
a) I e II são sentenças abertas. opções para fazer, ou seja,ela poderá optar por 15 carros diferentes. 
b) I e III são sentenças abertas Vamos representar as 15 opções na árvore de possibilidades: 
c) II e III são sentenças abertas
d) I é uma sentença aberta.
e) II é uma sentença aberta

Solução:
A frase I é uma sentença aberta, pois “Ele” pode, nesta ques-
tão, estar se referindo a uma homem qualquer. Não podemos
classificá-la em V ou F, porque não sabemos sobre quem estamos
falando. A frase I seria uma proposição se, por exemplo, o locutor
apontasse para uma pessoa e falasse “Ele foi o melhor jogador do
mundo em 2005”.
A frase II é, sem dúvida, uma sentença aberta, pois há duas variá-
veis e infinitos valores que podem tornar a frase verdadeira ou falsa. 
Já a frase III não é uma sentença aberta, pois facilmente podemos
verificar o sujeito e classificá-la em V ou F.

2) Identifique com F as sentenças fechadas e com A as abertas


a) ( ) 4 + 7 = 10      e) ( ) 18x + 3 = 3
b) ( ) 6 + x = 2        f) ( ) z - 6 = -10
c) ( ) 2 - 1 < 5         g) ( ) 5 - 2 = 9
d) ( ) y - 3 = 6         h) ( ) A baleia é um mamífero

Respostas:
1) A
2) a) F  b) A  c) F  d) A  e) A  f) A  g) F  h) F

5 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM
E PROBABILIDADE.

Generalizações:
Um acontecimento é formado por k estágios sucessivos e in-
Princípio fundamental da contagem  dependentes, com n1, n2, n3, … , nk possibilidades para cada. O
total de maneiras distintas de ocorrer este acontecimento é n1 . n2 .
Princípio Fundamental da Contagem é o mesmo que a Regra n3 . … . nk. 
do Produto, um princípio combinatório que indica quantas vezes e
as diferentes formas que um acontecimento pode ocorrer.  Cálculo Combinatório
Técnicas de contagem 
O acontecimento é formado por dois estágios caracterizados
como sucessivos e independentes:  Na Técnica de contagem não importa a ordem. 
• O primeiro estágio pode ocorrer de m modos distintos.  Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por 10
• O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos.  elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”. 

Didatismo e Conhecimento 14
RACIOCÍNIO LÓGICO
ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se diferenciam pela natureza de um dos elemento. 
ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela ordem dos elementos. 
Quando os elementos de um determinado conjunto A forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes algarismos pretendemos obter
números, neste caso, os agrupamentos de 13 e 31 são considerado distintos, pois indicam números diferentes. 
Quando os elementos de um determinado conjunto A forem pontos, A= {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes pontos pretendemos obter
retas, neste caso os agrupamentos   são iguais, pois indicam a mesma reta.

Conclusão 

Os agrupamentos 
1. Em alguns problemas de contagem, quando os agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos um de seus elementos, os
agrupamentos serão considerados distintos. 
Neste caso os agrupamentos são denominados combinações. 

Pode ocorrer: 
O conjunto A é formado por pontos e o problema é saber quantas retas esses pontos determinam. 
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela ordem de seus elementos, os problemas de contagem serão agrupados e conside-
rados distintos.
  Neste caso os agrupamentos são denominados arranjos. 

Pode ocorrer: 
O conjunto A é formado por algarismos e o problema é contar os números por eles determinados.

Arranjos Simples

Definição 
Arranjos Simples são agrupamentos sem repetições em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem ou pela natureza dos ele-
mentos componentes. 
Seja A um conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual a n. 
Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem entre si ou pela natu-
reza ou pela ordem de seus elementos. 

Cálculos do número de arranjos simples:

Na formação de todos os arranjos simples dos n elementos de A, tomados k a k: 

No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o número total de arranjos simples dos n elementos de A (tomados k a k), temos: 

                         (é o produto de k fatores) 

Didatismo e Conhecimento 15
RACIOCÍNIO LÓGICO
Multiplicando e dividindo por (n – k)!.  Exemplo 

Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com elementos dis-


tintos. Com os elementos de A podemos formar 4 combinações de
três elementos cada uma: 

Permutações

Definição 

Considere A como um conjunto com n elementos. Os arranjos


simples n a n dos elementos de A, são denominados permutações
simples de n elementos. 
De acordo com a definição, as permutações têm os mesmos
elementos. São os n elementos de A. As duas permutações diferem
entre si somente pela ordem de seus elementos. 

Cálculo do número de permutação simples:

O número total de permutações simples de n elementos indi- Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações obtemos to-
cado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An , k = n (n – 1) (n – 2) . dos os arranjos 3 a 3:
… . (n – k + 1), temos: 

(4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos 

Logo: 

Combinações simples 

Definição 

Combinação simples são agrupamentos formados com os ele-


mentos de um conjunto que se diferenciam somente pela natureza Cálculo do número de combinações simples: O número to-
de seus elementos.  tal de combinações simples dos n elementos de A representados
Considere A como um conjunto com n elementos k um na- por C n , k, tomados k a k, analogicamente ao exemplo apresen-
tural menor ou igual a n. Os agrupamentos de k elementos dis- tado, temos: 
tintos cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k, obte-
elementos são denominados combinações simples k a k, dos n mos Pk arranjos distintos. 
elementos de A.  b) Trocando os k elementos das Cn , k . Pk arranjos distintos. 

Didatismo e Conhecimento 16
RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto:  Exercícios:

1- Quantos são os números naturais de dois algarismos que


são múltiplos de 5?
Como o zero à esquerda de um número não é significativo, para
que tenhamos um número natural com dois algarismos ele deve
começar com um dígito de 1 a 9, temos portanto 9 possibilidades.
Lembrando que: Para que o número seja um múltiplo de 5, o mesmo deve ter-
minar em 0 ou 5, portanto temos apenas 2possibilidades.
A multiplicação de 9 por 2 nos dará o resultado desejado.
Logo: São 18 os números naturais de dois algarismos que são
múltiplos de 5.

Também pode ser escrito assim: 2- Eu possuo 4 pares de sapatos e 10 pares de meias. De quan-
tas maneiras poderei me calçar utilizando um par de meias e um
de sapatos?
Pelo princípio fundamental da contagem temos que mul-
tiplicar 4, que é o número de elementos do primeiro conjunto,
por 10 que corresponde ao número de elementos do segundo
conjunto.
Combinações completas  Portanto: Poderei me calçar de 40 maneiras diferentes.

Combinações completas de n elementos, de k a k, são combi- 3- De quantas formas podemos dispor as letras da pala-
nações de k elementos não necessariamente distintos.  vra FLUOR de sorte que a última letra seja sempre a letra R?
Em vista disso, quando vamos calcular as combinações com- Para a última letra, segundo o enunciado temos apenas uma
pletas devemos levar em consideração as combinações com ele- possibilidade que é a letra R.
mentos distintos (combinações simples) e as combinações com Para a primeira, segunda, terceira e quarta letras temos respec-
elementos repetidos.  tivamente 4, 3, 2 e 1 possibilidades. Assim temos:
O total de combinações completas de n elementos, de k a k, 4.3.2.1.1=24
indicado por   : Note que este exemplo é semelhante ao caso dos livros, ex-
plicado no início da página, só que neste caso teríamos mais um
livro, digamos de ciências, que sempre seria colocado na pilha por
último.
Podemos dispor as letras da palavra FLUOR de 24 formas
diferentes, tal que a última letra seja sempre a letra R.
  4) Quantas palavras com significado ou não de 3 letras pode-
mos formar com as letras A,L,I? 
Arranjos completos  Resolução:
Vamos denotar o conjunto das letras A,L,I sendo X= {A,L,I}
Arranjos completos de n elementos, de k a k são os arranjos de Como estamos trabalhando com permutações, então P=n ,
k elementos não necessariamente distintos.  logo temos
Em vista disso, quando vamos calcular os arranjos completos, 3 possibilidades para a 1º posição
deve-se levar em consideração os arranjos com elementos distintos 3-1 possibilidades para a 2º posição
(arranjos simples) e os elementos repetidos.  3-2 possibilidades para a 3º posição
O total de arranjos completos de n elementos, de k a k, e indi- Note que sempre que tratarmos sobre permutações, e não
cado simbolicamente por A*n,k dado por:  existir nenhuma condição para permutar os elementos do conjun-
to, P(n) = n!
Considerando:  Ou seja se temos 3 elementos, então P3 =3! = 6 palavras dife-
α elementos iguais a a, β elementos iguais a b,  rentes.
γ elementos iguais a c, …, 
λ elementos iguais a l,  5) De quantas maneiras uma família de 5 pessoas pode sentar-
Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos.  -se num banco de 5 lugares para tirar uma foto?
Simbolicamente representado por Pnα, β, γ, …, λo número de Vamos denotar o conjunto destas cinco pessoas sendo X={
permutações distintas que é possível formarmos com os n elemen- P,M,F1,F2,F3}
tos:  Note que sempre que tratarmos sobre permutações, e não
existir nenhuma condição para permutar os elementos do conjun-
to, P(n) = n!
Ou seja se temos 5 elementos, então P5  =5! = 120 maneiras
diferentes.

Didatismo e Conhecimento 17
RACIOCÍNIO LÓGICO
A seguir indicaremos o numero de elementos comuns de (I n
6 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS II), (I n III) e (II n III) por “x”. Logo, os elementos excedentes a “
x” , são, respectivamente: (21 - x); (13 - x) e (11 - x). Assim, então,
podemos representar o que se segue:

1. (CHESF – Administração – Cesgranrio/2012) Para


preencher vagas disponíveis, o departamento de pessoal de uma
empresa aplicou um teste em 44 candidatos, solicitando, entre ou-
tras informações, que o candidato respondesse se já havia traba-
lhado:
I - em setor de montagem eletromecânica de equipamentos;
II - em setor de conserto de tubulações urbanas;
III - em setor de ampliações e reformas de subestações de bai-
xa e de alta tensão.
Analisados os testes, o departamento concluiu que todos os Completando o restante do diagram a de Venn com os valores
candidatos tinham experiência em pelo menos um dos setores cita- citados no enunciado, temos:
dos anteriormente e que tinham respondido afirmativamente:
-28 pessoas a RESPOSTA: I;
-4 pessoas somente a RESPOSTA: I;
-1 pessoa somente a RESPOSTA: III;
-21 pessoas as RESPOSTA: s I e II;
-11 pessoas as RESPOSTA: s II e III;
-13 pessoas as RESPOSTA: s I e III.
Com base nas informações anteriores, assinale a opção incor-
reta:
A) Apenas 10 candidatos tem experiência nos 3 setores.
B)O Somente 36 candidatos tem experiência no setor de con-
serto de tubulações urbanas.
C) Apenas 15 candidatos tem experiência no setor de amplia-
ções e reformas de subestações. Para determinarmos os valores de “ x” e “ y ” , consideramos
D) Somente 2 candidatos tem experiência apenas nos setores o primeiro dado do enunciado:
de montagem e de ampliações e reformas de subestações. -28 pessoas a RESPOSTA: I.
E) Somente 1 candidato tem experiência apenas nos setores Logo, podemos dizer que:
de conserto de tubulações urbanas e de ampliações e reformas de 4 + (13 - x) + x + (21 - x) = 28 4 + 13 - x + x + 21 - x = 28 ^
subestações. 38 - x = 28 - x = 28-38 - x = - 10x(- 1) x = 10 candidatos.
De acordo com os dados da questão, a soma de todos os ele-
A representação dos três conjuntos, I, II e III, por diagrama s mentos contidos no diagrama de Venn acima e 44. Assim sendo,
de Venn, pode ser dada por: podemos determinar o valor de “ y ” :
4 + (13 - 10) + 10 + (21 - 10) + (11 - x) + 1 + y = 44, e substi-
tuindo “x = 10”, vem:
30 + y = 44 y = 44 - 30 -> y=14 candidatos
Concluímos, então, que o diagrama de Venn pode ser apresen-
tado das seguintes formas abaixo:

Convém indicar inicialmente por “ x” o numero de elementos


de (I n II n III), isto e, o numero de candidatos que tinham expe-
riência nos três setores classificados.

Assim sendo, a única RESPOSTA: que discorda do diagrama


de Venn acima e o item c, que afirma que somente 2 (e não 3!!!)
candidatos tem experiência apenas nos setores de montagem e de
ampliações e reformas de subestações.
RESPOSTA: “C”.

Didatismo e Conhecimento 18
RACIOCÍNIO LÓGICO
2. (HUB/EBSERH – Área administrativa - IBFC/2013) Devemos fazer o digrama, começando pelas interseções:
Numa pesquisa, sobre a preferência entre 2 produtos, foram entre- - Escolheram os dois produtos: x.
vistadas 320 pessoas e chegou-se ao seguinte resultado: 210 prefe- - Escolheram somente o produto A: 175 - x.
riram o produto A, 190 preferiram o produto B e 45 nenhum dos - Escolheram somente o produto B: 120 - x.
dois. Portanto, o total de entrevistados que preferiram somente um - Não opinaram: 35 pessoas.
dos produtos foi de: - Total: 320 pessoas.
A) 150
B) 125
C) 35
D) 85

Devemos fazer o digrama, começando pelas interseções:


- Preferiram os dois produtos: x.
- Preferiram somente o produto A: 210 - x.
- Preferiram somente o produto B: 190 - x
- Não opinaram: 45 pessoas.
- Total: 320 pessoas. 175 – x + x + 120 – x + 35 = 320
330 – x = 320
- x = -10
x = 10

Substituindo o valor de x, teremos:

210 – x + x + 190 - x + 45 = 320


445 – x = 320
- x = 320 – 445
- x = -125
x = 125
-10 pessoas escolheram os dois produtos.
- 165 pessoas escolheram somente o produto A.
Substituindo o valor de x, teremos:
- 110 pessoas escolheram apenas o produto B.
- 165 + 10 + 110 = 285 pessoas gostam do produto A ou do
produto B.
RESPOSTA: “B”.

4. (HUB/EBSERH – Área administrativa - IBFC/2013)


Dos 320 alunos de uma academia de ginástica, sabe-se que 170
praticam aeróbica, 148 praticam natação, 172 praticam boxe, 80
praticam aeróbica e boxe, 75 praticam natação e boxe, 62 praticam
aeróbica e natação e 23 praticam os três. Nessas condições pode-
O total de entrevistados que preferiram somente um dos pro- mos afirmar que:
dutos (ou o A ou o B) foi de: A) 40 alunos praticam somente natação.
85 + 65 = 150 B) 74 alunos praticam natação ou aeróbica.
RESPOSTA: “A”. C) 91 alunos praticam aeróbica ou boxe.
D) O total de alunos que não fazem aeróbica, boxe e natação
3. (HUB/EBSERH – Área administrativa - IBFC/2013) é igual a 34.
Numa pesquisa com 320 pessoas sobre a escolha entre dois produ- E) 51 alunos praticam somente boxe.
tos A e B constatou-se que: 175 escolheram o produto A, 120 esco-
lheram o produto B e 35 não opinaram, podemos dizer então que: Devemos fazer o digrama, começando pelas interseções de
A) 20 pessoas escolheram os dois produtos. dentro par fora:
B) 110 pessoas escolheram somente o produto B. - Praticam os três: 23 alunos
C) 155 pessoas escolheram somente o produto A. - Praticam somente aeróbica e natação = 62 – 23 = 39 alunos.
D) 275 pessoas gostam do produto A ou do produto B. - Praticam somente natação e boxe: 75 – 23 = 52 alunos.
E) Menos de 10 pessoas escolheram os dois produtos. - Praticam somente aeróbica e natação: 80 – 23 = 57 alunos.

Didatismo e Conhecimento 19
RACIOCÍNIO LÓGICO
- praticam somente natação: 34 alunos
- praticam natação ou aeróbica: 51 + 39 + 34 + 57 + 23 + 52
= 256 alunos.
- praticam aeróbica ou boxe: 51 + 39 + 57 + 23 + 52 + 40 =
262 alunos.
- O total de alunos que não fazem aeróbica, boxe e natação é
igual a 24.
- praticam somente boxe: 40 alunos
Essa questão não possui RESPOSTA: correta. Deveria ter
sido anulada. O gabarito apontado pela IBFC foi a letra C.

5. (HUB/EBSERH – Área administrativa - IBFC/2013)


Dois candidatos A e B disputaram um cargo numa empresa. Os
funcionários da empresa poderiam votar nos dois ou em apenas
um deles ou em nenhum deles. O resultado foi o seguinte: 55% dos
funcionários escolheram o candidato A, 75% escolheram o candi-
Prosseguindo, temos que: dato B, 10% dos votos foram em branco. Pode-se afirmar então
- 170 praticam aeróbica: 170 – (39 + 23 + 57) = 51 praticam que o total de funcionários que escolheram somente um dentre os
somente aeróbica. dois candidatos foi de:
- 148 praticam natação: 148 – (39 + 23 + 52) = 34 praticam A) 50%
somente natação. B) 40%
- 172 praticam boxe: 172 – (57 + 23 + 52) = 40 praticam so- C) 90%
mente boxe. D) 120%

Mais uma vez devemos fazer o digrama, começando pelas in-


terseções:
- Votaram nos dois candidatos: x %.
- Votaram somente no candidato A: 55% - x %.
- Escolheram somente o produto B: 75% - x %.
- Votos em branco: 10%
- Total: 100%

Somando todos os valores: 51 + 39 + 34 + 57 + 23 + 52 + 40 55 – x + x + 75 – x + 10 = 100


= 296, como no total são 320 alunos, podemos concluir que 320 – 140 – x = 100
296 = 24 alunos não praticam aeróbica, boxe, ou natação. - x = - 40
x = 40

Então:

Pode-se afirmar então que o total de funcionários que esco-


lheram somente um dentre os dois candidatos foi de: 15% + 35%
= 50%.
RESPOSTA: “A”.

Didatismo e Conhecimento 20
RACIOCÍNIO LÓGICO
6. (HUB/EBSERH – Área administrativa - IBFC/2013) 8. (ANVISA - Técnico Administrativo – CETRO/2013)
Uma pesquisa, envolvendo 1.000 pessoas, verificou que todas es- Considere as premissas:
tavam contaminadas por um dos vírus X ou Y ou por ambos. Se P1: Todos os ϫ são ¥.
havia 450 pessoas contaminadas pelo vírus X e, dessas, 60 esta- P2: Todos os ¥ são Ϯ.
vam contaminadas por ambos os vírus, qual o número de pessoas P3: Quem é € não é Ϯ.
contaminadas apenas pelo vírus Y? Assinale a RESPOSTA: que não é uma consequência lógica
A) 390 das três premissas apresentadas.
B) 490 A) Os ϫ não são €.
C) 510 B) Os ¥ não são €.
D) 550 C) Os Ϯ não são €.
E) 610 D) Os Ϯ são ¥.
E) Os ϫ são Ϯ.
Novamente devemos começar pela interseção: 60 pessoas es-
tavam contaminadas pelos dois vírus. Representando as premissas P1, P2 e P3 por diagramas lógi-
Contaminadas somente pelo vírus X: 450 – 60 = 390 cos, teremos:

P1: Todos os ϫ são ¥.

390 + 60 + y = 1000
450 + y = 1000
y = 1000 – 450
y = 550
RESPOSTA: “D”.

7. (HUB/EBSERH – Área administrativa - IBFC/2013)


Em uma escola, são praticados dois esportes – futebol e basquete
– do seguinte modo: 54 alunos praticam apenas um esporte; 32
praticam futebol; 12 praticam ambos e 74 não praticam basquete.
Qual é o total de alunos da escola?
A) 108.
B) 120.
C) 124.
D) 128.
E) 132.

- Praticam os dois: 12 alunos


- Praticam apenas futebol: 32 – 12 = 20 alunos
- Se 54 alunos praticam apenas um esporte e 20 alunos pra-
ticam apensa futebol, então 54-20=34 praticam apenas basquete.
- Os alunos que não praticam basquete são aqueles que pra-
ticam apenas futebol mais aqueles que não praticam nenhum dos
dois esportes, logo, 74 – 20 = 54 não praticam nenhum dos dois
esportes.

U = 20 + 12 + 34 + 54
U = 120 alunos
RESPOSTA: “B”.

Didatismo e Conhecimento 21
RACIOCÍNIO LÓGICO
Logo, podemos concluir que:
(a) Se todos os ϫ são ¥ e todos os ¥ são Ϯ, portanto, Todos os ϫ são Ϯ.
(b) Quem é € não é Ϯ, logo, também não será nem ϫ, nem ¥.
RESPOSTA: “D”.

9. (ANVISA - Técnico Administrativo – CETRO/2013) Em um pote de doces, sabe-se que existe pelo menos um chiclete que é de
hortelã. Sabe-se, também, que todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes. Segue-se, portanto, necessariamente que
A) todo doce verde é de hortelã.
B) todo doce verde é chiclete.
C) nada que não seja verde é chiclete.
D) algum chiclete é verde.
E) Algum chiclete não é verde.

Sejam as premissas:
P1: Existe pelo menos um chiclete que é de hortelã.
P2: Todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes.
Portanto, representando as premissas P1 e P2 na forma de diagramas lógicos,obteremos a seguinte situação conclusiva:

P2: Todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes.

Podendo ser representa de duas formas:

Por esses diagramas, podemos concluir que:


(a) Nem todo chiclete é de hortelã e verde.
(b) algum chiclete é de hortelã e verde.
(c) todos os chicletes podem ser verdes ou não.
RESPOSTA: “D”.

Didatismo e Conhecimento 22
RACIOCÍNIO LÓGICO
DSI - DSP = 3
7 RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO E depois considerar que nessa distância de três metros o robô
PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRI- A é 10 segundos mais lento por metro, ou seja, a diferença total de
COS E MATRICIAIS. tempo é igual a:
Diferença de tempo = ( DSI - DSP) * (30 - 20)
Sendo 30 o tempo que o robô A leva para percorrer o trecho
ímpar e 20 o tempo que o robô B leva para percorrer o trecho ímpar.
1. (TCU – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - CES- Diferença de tempo = 3 * 10 = 30
PE/2013) Efetuando as multiplicações 2 × 2 , 4 × 4 , 6 × 6 , 8 × 8 , RESPOSTA: “C”.
... , obtemos uma sequência de números representada a seguir pelos
seus quatro primeiros elementos: (4 , 16 , 36 , 64 , ... ). 3. (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/
Seguindo a mesma lógica, o 1000° elemento dessa sequência UnB/2013) A figura abaixo mostra quatro cilindros que rolam uns
será 4.000.000 e o 1001° elemento será 4.008.004. Dessa forma, o contra os outros, sem deslizamento. Sabe-se que os diâmetros de A
1002° elemento será e D medem 4 e 8 centímetros respectivamente; o diâmetro de B é
A) 4.016.008. quatro vezes o diâmetro de C; a soma dos diâmetros de A e D é a
B) 4.008.036. metade do diâmetro de B; e a velocidade de A é 180 rotações por
C) 4.016.036. minuto (r.p.m.). A velocidade de D, em r.p.m., é:
D) 4.008.016. A) 60;
E) 4.016.016. B) 90;
C) 120;
Temos multiplicação de números pares. D) 180;
Logo, an=2n.2n E) 360.
an=2n²
an=4n² Se os cilindros A e D somam 12 centímetros e o cilindro B tem
Então temos: o dobro desta soma, tem-se que B possui 24 centímetros de diâme-
RESPOSTA: “E”. tro. Logo, o cilindro C possui um quarto de 24 centímetros, ou seja,
6 centímetros. Quando um cilindro é maior que o anterior, deve-se
2. (TCE/SE – Técnico de Controle Externo – FCC/2012) O dividir a velocidade deste pela razão. Quando um cilindro é menor
robô A percorre um segmento de reta com medida par, em metros, que o anterior, deve-se multiplicar a velocidade deste pela razão.
em 20 segundos cada metro; um segmento de reta com medida ím-
par, em metros, é percorrido em 30 segundos cada metro. O robô
B percorre em 20 segundos cada metro os segmentos de medida Cilindro Diâmetro (cm) Razão Velocidade (RPM)
ímpar, em metros. Os segmentos de medida par, em metros, o robô A 4   180
B percorre em 30 segundos.
B 24 A/6 30
Um percurso com segmentos de reta de 2 metros, 3 metros, 4
metros, 7 metros, 4 metros e 3 metros será percorrido pelo robô mais C 6 B=4C 120
rápido, neste percurso, com uma vantagem, em segundos, igual a D 8 0,75C 90
A) 10
B) 20 RESPOSTA: ”B”.
C) 30
D) 35 4. (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/
E) 40 UnB/2013) Uma empresa pretende construir um deposito de mate-
rial em forma de um paralelepípedo, cuja base retangular tem 40 m
A forma mais rápida de resolver a questão é começar fazendo a de comprimento. A base e a altura das tesouras do telhado do depo-
soma do total das distâncias pares e ímpares: sito tem, respectivamente, 32 m e 5 m, conforme ilustra a figura ao
Vamos chamar de DSP a soma dos segmentos pares e de DSI a lado. Considerando as informações acima e a figura apresentada, e
soma dos segmentos ímpares, assim temos: correto afirmar que a área do telhado a ser coberta, em m2, é:
DSP = 2 + 4 + 4 = 10
DSI = 3 + 7 + 3 = 13
Agora considerando a informação de que DSI é maior que DSP
podemos concluir que o robô B, que é mais rápido nos segmentos
ímpares, percorrerá o percurso em menor tempo.
A velocidade com que o robô A percorre os segmentos pares é
igual à velocidade com que o robô B percorre os segmentos ímpares
e vice-versa, dessa forma podemos concluir que se a distância dos
segmentos ímpares fosse igual à distância dos segmentos ímpares
os dois robôs percorreriam o percurso no mesmo tempo. Assim, po-
demos concluir que a forma mais rápida de calcular a diferença de
tempo entre um robô e outro consiste em calcular a diferença entre
DSI e DSP:

Didatismo e Conhecimento 23
RACIOCÍNIO LÓGICO
A) inferior a 900;
B) superior a 900 e inferior a 1.000;
C) superior a 1.000 e inferior a 1.100;
D) superior a 1.100 e inferior a 1.200;
E) superior a 1.200.

Área do telhado = 2x (b x l)

Calculo do lado (“l”) de um dos dois retângulos que compõem o telhado:

Aplicando o Teorema de Pitágoras em um dos triângulos retângulos formados pelas 2 tesouras, temos:
L² = 5² + 16² L² = 25 + 256 L² = 281 L = L = 16,76 m
L=2x40x 16,76=1.340,8 M²
RESPOSTA: “E”.

5. (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/UnB/2013) Dadas as matrizes , calcule o deter-


minante do produto A.B.
A) 8
B) 12
C) 9
D) 15
E) 6

Ao multiplicarmos uma matriz quadrada A de ordem 2 por outra matriz quadrada B, também de ordem 2, o resultado obtido será uma
terceira matriz quadrada C, de mesma ordem:

Didatismo e Conhecimento 24
RACIOCÍNIO LÓGICO
onde, c11, c12, c21 e c22, são os elementos da matriz C formados pela multiplicação entre as linhas da matriz A pelas colunas da matriz B.

c11=2.2+3.1=7
c12=2.4+3.1=17
c21=1.2+3.1=5
c22=1.4+3.3=13

O determinante é o valor numérico de uma matriz de ordem quadrada. No caso de uma matriz de ordem 2, tem-se que o determinante
é calculado pela “diferença entre os produtos dos elementos que se encontram, respectivamente, nas diagonais principais e secundárias”:

RESPOSTA: “E”.

6. (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/UnB/2013) Dado o sistema de equações lineares

O valor de x + y + z é igual a
A) 8
B) 16
C) 4
D) 12
E) 14

RESPOSTA: “E”.

Didatismo e Conhecimento 25
RACIOCÍNIO LÓGICO
7. (IBGE – Analista de sistemas - CESGRANRIO/2013) O carpinteiro José teve de dividir (sem sobras) uma placa retangular de
dimensões 7 dm por 6 dm, em quadrados de lados expressos por um número inteiro de decímetros, de modo a obter o menor número de
quadrados possível. Depois de vários ensaios, ele conseguiu resolver o problema, obtendo apenas 5 quadrados, cuja solução está indicada
na Figura abaixo, com as medidas em decímetros.

Agora José tem de resolver o mesmo problema, porém no caso do retângulo de dimensões 6 dm por 5 dm. Nesse caso, o menor número
de quadrados obtidos será
A) 12
B) 9
C) 6
D) 5
E) 4

Questão de percepção mesmo. Raciocínio lógico puro.


Segue desenho

RESPOSTA: “D”.

8. (IBGE – Analista de sistemas - CESGRANRIO/2013) Renato vai preencher cada quadrado da fila abaixo com um número, de
forma que a soma de quaisquer três números consecutivos na fila (vizinhos) sempre seja 2.014.

O número que Renato terá de colocar no lugar de N é


A) 287
B) 745
C) 982
D) 1.012
E) 1.032

Suponha soma 10 em três consecutivos.


5, 2, 3, 5, 2, 3. Veja que o “trio” se repete.
Veja que o 745 está no lugar do 5 no exemplo e o 287 está no lugar do 2 no exemplo. 
Logo o trio é 745 + 287 + X = 2014
X = 2014 – 745 – 287
X = 982 

Didatismo e Conhecimento 26
RACIOCÍNIO LÓGICO
Tendo como base o exemplo dado, teremos
745, 287, 982, 745, 287, 982… ANOTAÇÕES
O N está na 11ª posição.
O 745 assume a 1ª, 4ª, 7ª, 10ª posição
287 assume a 2ª, 5ª, 8ª, 11ª posição. Será 287.
RESPOSTA: “A”.
—————————————————————————
9. (Banco do Brasil – Escriturário - FCC/2013) – Depois
de ter comprado 15 livros de mesmo preço unitário, Paulo veri- —————————————————————————
ficou que sobraram R$ 38,00 em sua posse, e faltaram R$ 47,00
para comprar outro livro desse mesmo preço unitário. O valor —————————————————————————
que Paulo tinha inicialmente para comprar seus livros era, em —————————————————————————
R$, de:
A) 1.225,00. —————————————————————————
B) 1.305,00.
C) 1.360,00. —————————————————————————
D) 1.313,00. —————————————————————————
E) 1.228,00.
—————————————————————————
Sejam V o valor que Paulo dispunha para comprar os livros
—————————————————————————
e x o preço unitário do livro. Se comprando 15 livros sobraram
38 reais, então: —————————————————————————
V = 15x + 38
Se comprando 16 livros faltaram 47 reais, então: —————————————————————————
V = 16x – 47 —————————————————————————
Igualando as equações, temos:
16x – 47 = 15x + 38 —————————————————————————
16x – 15x = 38 + 47
x = 85
—————————————————————————
Se cada livro custava 85 reais, para encontrar o valor que —————————————————————————
Paulo dispunha basta substituir x por 85 em qualquer uma das
equações anteriores. Substituindo na primeira, por exemplo, te- —————————————————————————
mos:
—————————————————————————
V = 15x + 38
V = 15 . 85 + 38 —————————————————————————
V = 1313
Portanto, Paulo possuía 1313 reais. —————————————————————————
RESPOSTA: “D”. —————————————————————————
10. (Banco do Brasil – Escriturário - FCC/2013) Renato —————————————————————————
aplicou R$ 1.800,00 em ações e, no primeiro dia, perdeu 1/2 do
—————————————————————————
valor aplicado. No segundo dia Renato ganhou 4/5 do valor que
havia sobrado no primeiro dia, e no terceiro dia perdeu 4/9 do —————————————————————————
valor que havia sobrado no dia anterior. Ao final do terceiro dia
de aplicação, Renato tinha, em R$, —————————————————————————
A) 820,00.
—————————————————————————
B) 810,00.
C) 800,00. —————————————————————————
D) 900,00.
E) 1.200,00. —————————————————————————
—————————————————————————
Início: 1800
1º dia: Perdeu , ou seja, sobrou 1800 – 900 = 900 —————————————————————————
2º dia: Ganhou , ou seja, ficou com 900 + 720 = 1620
—————————————————————————
3º dia: Perdeu , ou seja, ficou com 1620 – 720 = 900
Logo, ao final do terceiro dia Renato ficou com 900 reais. —————————————————————————
RESPOSTA: “D”.

Didatismo e Conhecimento 27
RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 28
RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 29
RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 30

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