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PROFESSOR PLÍNIO GAÚCHO

RACIOCÍNIO LÓGICO
Princípios fundamentais da lógica

A Lógica matemática adota como regra fundamental três


princípios1 (ou axiomas):

I – PRÍNCIPIO DA IDENTIDADE: uma proposição


verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa.

II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma


proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo
1. Lógica proporcional. tempo.
2. Argumentação lógica.
III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda
proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.
ESTRUTURAS LÓGICAS

Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser


Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados,
entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos
NÃO podemos classificar uma frase como proposição.
que permitem estabelecer as condições de validade e
invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do
Valores lógicos das proposições
discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais
sentenças denominadas premissas e uma sentença
Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade,
denominada conclusão.
se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição
Em diversas provas de concursos são empregados toda
é falsa (F).
sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político,
Consideremos as seguintes proposições e os seus
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo
respectivos valores lógicos:
da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no
a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura.
b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F)
Conceito de proposição
A maioria das proposições são proposições contingenciais,
ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou
exemplo, se considerarmos a proposição simples:
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de
sentido completo. Assim, as proposições transmitem
“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem
ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou
da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor
entes.
lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
Elas devem possuir além disso:
- um sujeito e um predicado;
Classificação das proposições
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
As proposições podem ser classificadas em:
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma
1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por
proposição.
um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
Vejamos alguns exemplos:
ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .
A) Terra é o maior planeta do sistema Solar
B) Brasília é a capital do Brasil.
Exemplos:
C) Todos os músicos são românticos.
O céu é azul.
Hoje é sábado.
A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou
F).
2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem
TOME NOTA!!!
elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações,
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou
podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
letras maiusculas: P, Q, R, ... .
proposição, é pela presença de:
- sujeito simples: "Carlos é médico";
Exemplos:
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos";
O ceu é azul ou cinza.
- sujeito inexistente: "Choveu"
Se hoje é sábado, então vou a praia.
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
Observação: os termos em destaque são alguns dos
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada
conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
proposição.
matemática.
Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são
3) Proposição (ou sentença) aberta: quando não se
consideradas proposições lógicas.
pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou
valorar a proposição!), portanto, não é considerada frase
lógica. São consideradas sentenças abertas:

1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

Raciocínio Lógico 1
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou • O que é isto?
ontem? – Fez Sol ontem? Há exatamente:
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso! (A) uma proposição;
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue (B) duas proposições;
a televisão. (C) três proposições;
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, (D) quatro proposições;
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão (E) todas são proposições.
paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão
ambígua) – 2 + 3 + 7 Respostas

4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição 01. Resposta: D.


admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, Analisando as alternativas temos:
nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou (A) Frases interrogativas não são consideradas
sentença lógica. proposições.
(B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos
Observe os exemplos: definir quem é ele.
(C) Trata-se de uma proposição composta
Frase Sujeito Verbo Conclusão (D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o
Maria é Maria É (ser) É uma frase sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico.
baiana (simples) lógica
Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase 02. Resposta: E.
têm dois (composto) lógica Analisando as alternativas temos:
irmãos (A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
Ventou Inexistente Ventou É uma frase (B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é
hoje (ventar) lógica proposição.
Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma (C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
livro de livro verbo frase lógica (D) É uma frase interrogativa.
literatura (E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.
esse carro sujeito frase lógica
Existe vida Vida Existir É uma frase 03. Resposta: B.
em Marte lógica Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não
Sentenças representadas por variáveis podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma
a) x + 4 > 5; sentença lógica.
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; (B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
referem-se à quantidade de verbos presentes na frase. que tenhamos
Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será (D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
= 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de valor de V ou F a sentença).
um átomo (mais de um átomo = uma molécula). (E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Questões
Conceito de Tabela Verdade
01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,
classificada como uma proposição simples? previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
(A) Será que vou ser aprovado no concurso? simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou
(B) Ele é goleiro do Bangu. falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de
(C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista. uma determinada fórmula (proposição composta).
(D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos. De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais – valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
IF/PA/2016) Qual sentença a seguir é considerada uma Em se tratando de uma proposição composta, a
proposição? determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores
(A) O copo de plástico. lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
(B) Feliz Natal! no seguinte princípio, vamos relembrar:
(C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
(E) Francisco não tomou o remédio. O valor lógico de qualquer proposição composta
depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir: proposições simples componentes, ficando por eles
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” UNIVOCAMENTE determinados.
• A expressão x + y é positiva.
• O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.

Raciocínio Lógico 2
Para determinarmos esses valores recorremos a um Vejamos alguns exemplos:
dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da 01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo,
proposição composta (sua solução) correspondente a todas as então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas
possíveis atribuições de valores lógicos às proposições da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a:
simples componentes. (A) 2;
(B) 4;
Número de linhas de uma Tabela Verdade (C) 8;
O número de linhas de uma proposição composta depende (D) 16;
do número de proposições simples que a integram, sendo dado (E) 32.
pelo seguinte teorema:
Vamos contar o número de verbos para termos a
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* quantidade de proposições simples e distintas contidas na
proposições simples componentes contém 2n linhas.” (* proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair”
Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”) e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda Resposta D.
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com 02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições
repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a simples e distintas, então o número de linhas da tabela-
Análise Combinatória. verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
Construção da tabela verdade de uma proposição (B) 4;
composta (C) 8;
Para sua construção começamos contando o número de (D) 16;
proposições simples que a integram. Se há n proposições (E) 32.
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso,
atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante. acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Exemplos Resposta D.
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e
2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 Estudo dos Operadores e Operações Lógicas
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos
que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos Quando efetuamos certas operações sobre proposições
valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
a tabela propriamente dita. forma a determinarmos os valores das proposições.

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma


proposição representada por “não p” cujo valor lógico é
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p.
Pela tabela verdade temos:

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-
verdade.html)

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os Simbolicamente temos:


cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para ~V = F ; ~F = V
a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em V(~p) = ~V(p)
4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2
em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos Exemplos
valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).
Proposição Negação: ~p
(afirmações): p
Carlos é médico Carlos NÃO é médico
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca
Nicolas está de Nicolas NÃO está de
férias férias
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE
trabalhar Norberto foi trabalhar

A primeira parte da tabela todas as afirmações são


verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-
verdade.html)

Raciocínio Lógico 3
- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos - As proposições compostas, representadas, por exemplo,
considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao respectivos valores lógicos representados por:
negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).
NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno 3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção
NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas
verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo
valores lógicos a sua proposição primitiva. valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das
proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando
p ≡ ~(~p) ambas são falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Observação: O termo “equivalente” está associado aos Pela tabela verdade temos:
“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
natureza de seus valores lógicos.
Exemplo:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
2. Sete é um número real maior que cinco.

Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das


proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é
um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros Exemplos
(V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em (a)
termos de valores lógicos, entre si. p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
conjunção de duas proposições p e q a proposição
representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) (b)
quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e p: A neve é azul. (F)
falsidade (F) nos demais casos. q: 6 < 5. (F)
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”). V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F

Pela tabela verdade temos: (c)


p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
Exemplos
(a) 4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção
p: A neve é branca. (V) exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
q: 3 < 5. (V) verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
(b) ambas falsas.
p: A neve é azul. (F) Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
q: 6 < 5. (F) MAS NÃO AMBOS”).
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F Pela tabela verdade temos:

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V) Para entender melhor vamos analisar o exemplo.
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser
verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma
- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V), Podemos escrever:
escrevendo: Nathan é médico ^ Nathan é professor
V(p) = V
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas
escrevendo: não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva).
V(p) = F Reescrevendo:

Raciocínio Lógico 4
Mario é carioca v Mario é paulista. q: 6 < 5. (F)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V
Exemplos
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos. (c)
b) Ou Plínio pula ou Lucas corre. p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F
proposição condicional ou apenas condicional representada
por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em (d)
que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais p: A neve é azul. (F)
casos. q: 7 é número ímpar. (V)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente
para q; q é condição necessária para p). Transformação da linguagem corrente para a
p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de simbólica
símbolo de implicação. Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de
Pela tabela verdade temos: resolver questões deste tipo.

Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,


“q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Exemplos Sejam, agora, as seguintes proposições compostas


(a) denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ”
p: A neve é branca. (V) representadas por:
q: 3 < 5. (V) P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
estuda.
(b) R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
p: A neve é azul. (F) João não bebe.
q: 6 < 5. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos
(modificadores e conectivos) e as proposições. Depois
(c) reescrevermos de forma simbólica, vajamos:
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r
(d)
p: A neve é azul. (F)
Continuando:
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
estuda.
6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
proposição bicondicional ou apenas bicondicional
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas
e a falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p). Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
Pela tabela verdade temos: R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
João não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,


“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.
Exemplos
(a) - O uso de parêntesis
p: A neve é branca. (V) A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
q: 3 < 5. (V) proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte
proposições:
(b)
p: A neve é azul. (F)

Raciocínio Lógico 5
(I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção. Exemplo
(II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção. Vamos construir a tabela verdade da proposição:
P(p,q) = ~ (p ^ ~q)
As quais apresentam significados diferentes, pois os
conectivos principais de cada proposição composta dá valores 1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas
lógicos diferentes como conclusão. correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
colocando parêntesis as seguintes proposições: útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
a) ((p ^ q) → r) v s os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
b) p ^ ((q → r) v s) lógicos.
c) (p ^ (q → r)) v s
d) p ^ (q → (r v s)) p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
e) (p ^ q) → (r v s) V V F F V
V F V V F
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. F V F F V
Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos, F F V F V
a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para 2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas
isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
algumas convenções, das quais duas são particularmente colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
importantes: conectivos que compõem a proposição composta.
p q ~ (p ^ ~ q)
1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é: V V
(I) ~ (negação)
V F
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma
F V
precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda
F F
para direita).
(III) → (condicional)
Depois completamos, em uma determinada ordem as
(IV) ↔ (bicondicional)
colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
p q ~ (p ^ ~ q)
Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v. V V V V
V F V F
Exemplo F V F V
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma F F F F
condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa 1 1
condicional há que se usar parêntesis:
p →( q ↔ s ^ r ) p q ~ (p ^ ~ q)
E para convertê-la em uma conjunção: V V V F V
(p → q ↔ s) ^ r V F V V F
F V F F V
2ª) Quando um mesmo conectivo aparece F F F V F
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, 1 2 1
fazendo-se a associação a partir da esquerda.
p q ~ (p ^ ~ q)
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes V V V F F V
proposições se escrevem: V F V V V F
F V F F F V
Proposição Nova forma de escrever a F F F F V F
proposição
1 3 2 1
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p
((~p) → (q → (~(p v ~p→ (q → ~(p v r))
p q ~ (p ^ ~ q)
r))))
V V V V F F V
- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos): V F F V V V F
“¬” (cantoneira) para negação (~). F V V F F F V
“●” e “&” para conjunção (^). F F V F F V F
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→). 4 1 3 2 1

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores
facilitará na resolução de diversas questões lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos
(modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores
lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis
atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

(Fonte: http://www laifi.com.)


A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do
conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do

Raciocínio Lógico 6
conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função F V F F F F F
de U em {V,F} F F V F F F F
F F F F F F F
P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um
diagrama sagital é a seguinte: 4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas.

p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w


V V F V F V V
F V F F F V V

Estas propriedades exprimem que t e w são


respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da
conjunção.
3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade
anterior as duas primeiras da esquerda relativas às Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e
proposições simples componentes p e q. Obtermos então a r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também
seguinte tabela verdade simplificada: simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
~ (p ^ ~ q)
V V F F V 1) Idempotente: p v p ⇔ p
F V V V F A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
V F F F V bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
V F F V F
4 1 3 2 1 p pvp pvp↔p
V V V
Referências F F V
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a
bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.
ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES
p q pvq qvp pvq↔qvp
Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e V V V V V
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também V F V V V
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F V V V V
F(falsidade), temos as seguintes propriedades: F F F F V

1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa 3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)


equivalência). A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou
A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica.
bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica. p q r p v q (p v q) v r q v r p v (q v r)
V V V V V V V
p p^p p^p↔p V V F V V V V
V V V V F V V V V V
F F V V F F V V F V
F V V V V V V
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p F V F V V V V
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a F F V F V V V
bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica. F F F F F F F

p q p^q q^p p^q↔q^p 4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p


V V V V V A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou
V F F F V seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas.
F V F F V p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p
F F F F V V V F V V V V
F V F V F V V
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas, Estas propriedades exprimem que t e w são
ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica. respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
disjunção.
p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r)
V V V V V V V Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
V V F V F F F proposições simples quaisquer.
V F V F F F F 1) Distributiva:
V F F F F F F - p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
F V V F F V F - p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)

Raciocínio Lógico 7
A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-
v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r) verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V
↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica. e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos
p q r q v p ^ (q v p ^ p ^ (p ^ q) v (p ^ verdadeiro e falso.
r r) q r r) Com base nessas informações e utilizando os conectivos
V V V V V V V V lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
V V F V V V F V
V F V V V F V V A última coluna da tabela-verdade referente à proposição
V F F F F F F F lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal
F V V V F F F F é igual a
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F
( ) Certo ( ) Errado
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua 02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de
bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica. Sistemas – FUNDATEC/2015)
A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a Qual operação lógica descreve a tabela verdade da função
conjunção é distributiva em relação à disjunção e a Z abaixo cujo operandos são A e B? Considere que V significa
equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a Verdadeiro, e F, Falso.
disjunção é distributiva em relação à conjunção.
Exemplo:
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à
seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge
viaja”.

2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p (A) Ou.
(B) E.
A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a (C) Ou exclusivo.
bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica. (D) Implicação (se...então).
p q p v q p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p (E) Bicondicional (se e somente se).
V V V V V
V F V V V 03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO
F V V F V AOCP/2015) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é
F F F F V correto afirmar que
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das (B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional (C) para que a proposição composta seja verdadeira é
p v (p ^ q) ↔ p é tautológica. necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
p q p ^ q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p (D) para que a proposição composta seja verdadeira é
V V V V V necessário que ambas, p e r sejam falsas.
V F F V V (E) para que a proposição composta seja falsa é necessário
F V F F V que ambas, p e r sejam falsas.
F F F F V
Respostas
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio 01. Resposta: Certo.
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
R Q P [P v (Q ↔ R) ]
Questões V V V V V V V V
V V F F V V V V
01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos V F V V V F F V
9,10,11 e 16 – CESPE/2015) V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

02. Resposta: D.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional.

Raciocínio Lógico 8
Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
Q, indica-se por:
P1, P2, ..., Pn |----- Q

Argumentos Válidos
Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
03. Resposta: E. quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
proposições são falsas. um argumento é válido quando a conclusão é uma
consequência obrigatória das verdades de suas premissas. Ou
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO seja:

No estudo da Lógica Matemática, a dedução formal é a A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da
principal ferramenta para o raciocínio válido de um conclusão.
argumento. Ela avalia de forma genérica as conclusões que a
argumentação pode tomar, quais dessas conclusões são Um argumento válido é denominado tautologia quando
válidas e quais são inválidas (falaciosas). Ainda na Lógica assumir, somente, valorações verdadeiras,
Matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de independentemente de valorações assumidas por suas
uma linguagem formal ou proposicional constituindo-se, estruturas lógicas.
assim, a teoria da argumentação.
Um argumento é um conjunto finito de premissas – Argumentos Inválidos
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou mal construído), quando as verdades das premissas são
consequência lógica das demais, é chamada conclusão. insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, em Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
que os Pis (P1, P2, P3...) e Q são fórmulas simples ou geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
compostas. Nesse argumento, as fórmulas Pis (P1, P2, P3...) são conclusão uma contradição (F).
chamadas premissas e a fórmula Q é chamada conclusão. Um argumento não válido diz-se um SOFISMA.

Conceitos - A verdade e a falsidade são propriedades das


Premissas (proposições): são afirmações que podem ser proposições.
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são - Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aos argumentos.
aceito. - Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou
falsa, mas nunca válida e inválida.
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais - Não é possível ter uma conclusão falsa se as
premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência premissas são verdadeiras.
é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, - A validade de um argumento depende exclusivamente
podendo ela ser utilizada em outras inferências. da relação existente entre as premissas e conclusões.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da


inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, Critérios de Validade de um argumento
...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras. Pelo teorema temos:

Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro. Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente
se a condicional:
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.
Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou
tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que
enuncia. Métodos para testar a validade dos argumentos
Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento
dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva para determinarmos uma conclusão verdadeira.
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam
conclusão é a terceira premissa. estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou
quantificadores: todo, algum e nenhum).
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação) Os métodos consistem em:
conforme dito no início temos: 1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na
dedução dos valores lógicos das premissas de um
argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que,
geralmente, será representado pelo valor lógico de uma
premissa formada por uma proposição simples. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do
pressuposto que todas as premissas que compõem esse
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como
auxílio a tabela-verdade dos conectivos.
Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos
acima são considerados silogismos.

Raciocínio Lógico 9
premissa P1 será falsa (5º passo). Lembramos que, sempre
que confirmarmos como falsa a 2ª parte de uma condicional,
devemos confirmar também como falsa a 1ª parte (6º passo),
já que F → F: V.

Exemplos
01. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. Se
Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. Nem Rita foi à
festa, nem Paula ficou em casa. Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
Sejam as seguintes premissas: podemos obter as seguintes conclusões: “Ana não vai à festa”;
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. “Marta vai à festa”; “Paula não fica em casa” e “Rita não foi
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. à festa”.
P3: Nem Rita foi à festa, nem Paula ficou em casa.
Inicialmente, reescreveremos a última premissa “P3” na 02. Seja um argumento formado pelas seguintes
forma de uma conjunção, já que a forma “nem A, nem B” pode premissas: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
ser também representada por “não A e não B”. Portanto, Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista. Paulo é porteiro se, e
teremos: somente se, Saulo não é síndico.
Então, sejam as premissas: Sejam as seguintes premissas:
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista.
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa. P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico.

Lembramos que, para que esse argumento seja válido, Lembramos que, para que esse argumento seja válido,
todas as premissas que o compõem deverão ser todas as premissas que o compõem deverão ser,
necessariamente verdadeiras. necessariamente, verdadeiras.
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa: (V) P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista: (V)
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa: (V) P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista: (V)
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa: (V) P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico:
(V)
Nesse caso, não há um “ponto de referência”, ou seja, não Caso o argumento não possua uma proposição simples
temos uma proposição simples que faça parte desse (ponto de referência inicial) ou uma conjunção ou uma
argumento; logo, tomaremos como verdade a conjunção da disjunção exclusiva, então as deduções serão iniciadas pela
premissa “P3”, já que uma conjunção é considerada verdadeira bicondicional, caso exista.
somente quando suas partes forem verdadeiras. Assim, Sendo P3 uma bicondicional, e sabendo-se que toda
teremos a confirmação dos seguintes valores lógicos bicondicional assume valoração verdadeira somente
verdadeiros: “Rita não foi à festa” (1º passo) e “Paula não ficou quando suas partes são verdadeiras ou falsas,
em casa” (2º passo). simultaneamente, então consideraremos as duas partes da
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. bicondicional como sendo verdadeiras (1º e 2º passos), por
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. dedução.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Confirmando-se a proposição simples “Saulo não é síndico”


Ao confirmar a proposição simples “Paula não fica em casa”
como verdadeira, então a 1ª parte da disjunção em P2 será
como verdadeira, estaremos confirmando, também, como
valorada como falsa (3º passo). Se uma das partes de uma
verdadeira a 1ª parte da condicional da premissa “P2” (3º
disjunção for falsa, a outra parte “Eduardo é eletricista” deverá
passo).
ser necessariamente verdadeira, para que toda a disjunção
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
assuma valoração verdadeira (4º passo).
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, logo, a 2ª


parte também deverá ser verdadeira, já que uma verdade
implica outra verdade. Assim, concluímos que “Marta vai à Ao confirmar como verdadeira a proposição simples
festa” (4º passo). “Eduardo é eletricista”, então a 2ª parte da condicional em P1
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. será falsa (5º passo). Se a 2ª parte de uma condicional for
valorada como falsa, então a 1ª parte também deverá ser
considerada falsa (6º passo), para que seu valor lógico seja
considerado verdadeiro (F → F: V).

Sabendo-se que “Marta vai à festa” é uma proposição


simples verdadeira, então a 2ª parte da condicional da

Raciocínio Lógico 10
Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo
a passo):
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r

V V V V V V V F V

Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos, V V F V V V V V F


podemos obter as seguintes conclusões: “Pedro não é pintor”;
“Eduardo é eletricista”; “Saulo não é síndico” e “Paulo é V F V V F F F F V
porteiro”.
V F F V F F F V F
Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto
de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela F V V F V V V F V
conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção
exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. F V F F V V V V F

2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos F F V F V F F F V


que levar em considerações dois casos.
1º caso: quando o argumento é representado por uma F F F F V F F V F
fórmula argumentativa.
1º 2º 1º 1º 1º 1º
Exemplo:
A → B ~A = ~B
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos
a validade do argumento. V V V V V V V F F V

V V F V V V V V V F

V F V V F F F V F V

V F F V F F F V V F

F V V F V V V F F V

(Fonte: http://www.marilia.unesp.br) F V F F V V V V V F

O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão


F F V F V F F V F V
é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco. Observe
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
F F F F V F F V V F
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido.
1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º
2o caso: quando o argumento é representado por uma
sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e
é questionada a sua validade. P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
Exemplo:
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não V V V V V V F V F F V
compreendo. Logo, compreendo.”
P1: Se leio, então entendo. V V F V V V V V V V F
P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo. V F V V F F F F V F V
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
V F F V F F F F V V F
P1 ∧ P2 → C
F V V F V V F V F F V
Representando inicialmente as proposições primitivas
“leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”,
“q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa: F V F F V V V V V V F
P1: p → q
P2: q → ~r F F V F V F V F V F V
C: r
F F F F V F V F V V F
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º

Raciocínio Lógico 11
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r 3.6 – Modus Tollens (MT)

V V V V V V F V F F V V

V V F V V V V V V V F F
3.7 – Dilema construtivo (DC)
V F V V F F F F V F V V

V F F V F F F F V V V F

F V V F V V F V F F V V
3.8 – Dilema destrutivo (DD)
F V F F V V V V V V F F

F F V F V F V F V F V V

F F F F V F V F V V F F
3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º 1º caso:

Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma


contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de 2º caso:
sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade


em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principalmente
quando o número de proposições simples que compõe o
argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros 3.10 – Silogismo hipotético (SH)
métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

3.1 - Método da adição (AD)

3.11 – Exportação e importação.

3.2 - Método da adição (SIMP) 1º caso: Exportação


1º caso:

2º caso: Importação
2º caso:

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na


3.3 - Método da conjunção (CONJ) dedução de uma condicional conclusiva – que será a
1º caso: conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de
várias outras premissas formadas por, apenas,
condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições
simples iguais que se localizam em partes opostas das
2º caso: condicionais que formam a premissa do argumento,
resultando em uma condicional denominada condicional
conclusiva. Vejamos o exemplo:

3.4 - Método da absorção (ABS)

3.5 – Modus Ponens (MP)

Raciocínio Lógico 12
Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos: 3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em,
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas apenas, uma parte das premissas do argumento.
proposições simples que aparecem apenas uma vez no Exemplo
conjunto das premissas do argumento. Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense.
Exemplo Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino.
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu .Se há nuvens no corintiano, então Márcio não é palmeirense.
céu ,então o dia está claro. Então as premissas que formam esse argumento são:
Temos então o argumento formado pelas seguintes P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é
premissas: palmeirense.
P1: Se chove, então faz frio. P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-
P2: Se neva, então chove. paulino.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu. P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro. P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é
palmeirense.
Vamos denotar as proposições simples: Denotando as proposições temos:
p: chover p: Nivaldo é corintiano
q: fazer frio q: Márcio é palmeirense
r: nevar r: Pedro é são paulino
s: existir nuvens no céu Efetuando a soma lógica:
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas


Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”. (P1,P2,P3) teremos:

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está


claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, Conclusão: “Márcio é palmeirense”.


apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da Referências
outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo
processo natural do produto lógico. ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
VERDADEIRA.
Questões
Tome Nota:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de 01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016)
equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
proposições simples de uma determinada condicional que • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
resulte no produto lógico desejado. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
(p → q) ~q → ~p • Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Exemplo Tendo como referência as proposições apresentadas,
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. julgue o item subsecutivo.
Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
trabalha. ( ) Certo ( ) Errado
Temos então o argumento formado pelas seguintes
premissas:
P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha. 02. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha. CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande
P3: Se Carlos estuda, Ana viaja. apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito
Denotando as proposições simples teremos: difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana
p: Ana trabalha é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na
q: Beto estuda faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
r: Carlos viaja chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela
Montando o produto lógico teremos: não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada
nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
Conclusão: “Beto não estuda”.
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de

Raciocínio Lógico 13
Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c: (A → B) ∧ (B →C)
“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar (A →B) ∧ (B → F)
que o argumento formado pelas premissas p e q e pela Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
conclusão c é um argumento válido. que ser F:
( ) Certo ( ) Errado (A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
03. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo (F → F) ∧ (V)
Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso
fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então que o “A” seja falso:
Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então (A → F) ∧ (V)
Tristeza é uma bruxa. (F → F) ∧ (V)
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo (V) ∧ (V)
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo. (V)
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um Então, é possível que o conjunto de premissas seja
centauro. verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro. leva a concluir que esse argumento não é válido.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo. 03. Resposta: B.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza
Respostas não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como
conclusão o valor lógico (V), então:
01. Resposta: Errado. (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as (F) → V
premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um
premissas: centauro (F) → V
A = Chove (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
B = Maria vai ao cinema bruxa(F) → V
C = Cláudio fica em casa (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
D = Faz frio Logo:
E = Fernando está estudando Temos que:
F = É noite Esmeralda não é fada(V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Bongrado não é elfo (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Monarca não é um centauro (V)
Então concluímos que:
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
falsa, utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
3. Raciocínio sequencial.
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A →
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando
chove tem que ser F. LÓGICA SEQUENCIAL OU SEQUÊNCIAS LOGICAS
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental.
Maria vai ao cinema tem que ser V. Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições,
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C para concluir através de mecanismos de comparações e
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando abstrações, quais são os dados que levam às respostas
Cláudio sai de casa tem que ser F. verdadeiras, falsas ou prováveis. Logo, resumidamente o
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove raciocínio pode ser considerado também um dos integrantes
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está dos mecanismos dos processos cognitivos superiores da
estudando pode ser V ou F. formação de conceitos e da solução de problemas, sendo parte
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V do pensamento.
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria
foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou Sequências Lógicas
F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à As sequências podem ser formadas por inúmeros fatores,
conclusão (V ou F). dentre eles temos pessoas, figuras, letras, números, etc.
Existem várias formas de se estabelecer uma sequência, o
02. Resposta: Errado. importante é que existem pelo menos três elementos que
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento: séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica.
P1 ∧ P2 → C Algumas sequências são bastante conhecidas e todos que
Organizando e resolvendo, temos: estudam lógica devem conhece-las, tais como as progressões
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1 aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os números
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral primos e os quadrados perfeitos.
C: Mariana é aprovada em Química Geral
Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e
as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o
argumento é válido:
Testando C para falso:

Raciocínio Lógico 14
Exemplo 1

(D) (E)

A sequência numérica proposta envolve multiplicações


por 4.
6 x 4 = 24 02. Considere que a sequência de figuras foi construída
24 x 4 = 96 segundo um certo critério.
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4 Se tal critério for mantido, para obter as figuras
22 – 17 = 5 subsequentes, o total de pontos da figura de número 15 deverá
28 – 22 = 6 ser:
35 – 28 = 7 (A) 69
(B) 67
Questões (C) 65
(D) 63
01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada (E) 61
linha do esquema seguinte:
03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990,
970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos


hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um deles
que pode ser:

(A) 76
(B) 10
A carta que está oculta é: (C) 20
(D) 78
(A) (B) (C)
05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de
fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos

Raciocínio Lógico 15
(C) 28 palitos (A) 4
(D) 22 palitos (B) 20
(C) 31
06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu (D) 21
em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo, ela deseja
que a soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A 11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados
única alternativa cuja figura representa a planificação desse segundo determinado critério.
cubo tal como deseja Ana é:
LACRAÇÃO → cal
AMOSTRA → soma
LAVRAR → ?

Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o


lugar do ponto de interrogação é:
(A) alar
(B) rala
(C) ralar
(D) larva
(E) arval

12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a


07. As figuras da sequência dada são formadas por partes linha, segundo determinado padrão.
iguais de um círculo.

Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16


círculos completos na:
(A) 36ª figura
(B) 48ª figura
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

08. Analise a sequência a seguir:


Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:

(A) (B) (C) (D) (E)

Admitindo-se que a regra de formação das figuras


seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura
13. Observe que na sucessão seguinte os números foram
que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:
colocados obedecendo a uma lei de formação.

(A) (B) (C)


Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X
+ Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(D) (E) (E) 48

14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em


forma de triângulo, segundo determinado critério.
09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o
próximo número?
(A) 20
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo


número?

Raciocínio Lógico 16
Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o
as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui corretamente o próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o
ponto de interrogação é: próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.
(A) P
(B) O 05. Resposta: D.
(C) N Observe a tabela:
(D) M Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
(E) L
N° de Palitos 4 7 10 13 16 19 22
15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que os
algarismos sejam separados.
1234567891011121314151617181920... Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de
palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber
O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de
sequência é: palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma,
(A) 9 fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a
(B) 8 quantidade de palitos da 7ª figura.
(C) 6
(D) 3 06. Resposta: A.
(E) 1 Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a
planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto ao 6,
Respostas
somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da
01. Resposta: A. mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando 8, não
A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2, formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria em face
em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª carta e, além oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura
disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao
opções dadas só pode ser a da opção (A). número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado.
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na
02. Resposta: D. letra “A” é a única para representar um lado.
Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de
simetria, tem-se: 07. Resposta: B.
Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no total. Como na 3ª figura completou-se um círculo, para
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no total. completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16: 3. 16 =
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no total. 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado 08 pontos no total.
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no total. 08. Resposta: B.
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim,
Em particular: continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de
Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no total. número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que
representam número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria, corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”.
tem-se:
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no 09. Resposta: D.
total. A regularidade que obedece a sequência acima não se dá
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada
total. número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito,
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com
total. “D”: Duzentos.
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no
total. 10. Resposta: C.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1) pontos Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três,
no total. Treze, Trinta, ... O próximo só pode ser o número Trinta e um,
pois ele inicia com a letra “T”.
Em particular:
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos no 11. Resposta: E.
total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi considerado, Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras
temos para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30 letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da
+ 32 + 1 = 63 pontos. mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da
palavra AMOSTRA, pelas 4 primeira letras invertidas. Com
03. Resposta: B. isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras letras,
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 na ordem invertida, obtém-se ARVAL.
e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, entre
940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o 12. Resposta: C.
próximo número é 60, dessa forma concluímos que o próximo Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por
número é 790, pois: 850 – 790 = 60. quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças com
círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
04. Resposta: D. faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão levantadas,
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter
24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas).
As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna

Raciocínio Lógico 17
levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse - A soma de dois números consecutivos: x + (x + 1);
caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna - O quadrado de um número mais 10: x2 + 10;
levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça - O triplo de um número adicionado ao dobro do número:
quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a 3x + 2x;
𝑥
esquerda. - A metade da soma de um número mais 15: + 15;
2
𝑥
- A quarta parte de um número: .
13. Resposta: A. 4
Existem duas leis distintas para a formação: uma para a
parte superior e outra para a parte inferior. Na parte superior, Exemplos:
tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma 1) A soma de três números pares consecutivos é igual a 96.
multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve uma Determine-os.
subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado 1º número: x
por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo 2º número: x + 2
para o 2º termo ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º 3º número: x + 4
termo para o 3º, houve uma subtração de 2 unidades. Assim, Y (x) + (x + 2) + (x + 4) = 96
é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 +
30 = 40. Resolução:
x + x + 2 + x + 4 = 96
14. Resposta: A. 3x = 96 – 4 – 2
A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita do 3x = 96 – 6
triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a esquerda; 3x = 90
90
continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na x=
3
ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então, x = 30
as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra 1º número: x = 30
que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra 2º número: x + 2 = 30 + 2 = 32
“P”. 3º número: x + 4 = 30 + 4 = 34
Os números são 30, 32 e 34.
15. Resposta: B.
A sequência de números apresentada representa a lista 2) O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao
dos números naturais. Mas essa lista contém todos os quadrado de 5. Calcule-o:
algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por
exemplo: 101112 representam os números 10, 11 e 12. Com Resolução:
isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos. Do 3x + 4 = 52
número 10 até o número 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos. 3x = 25 – 4
Do número 100 até o número 124 existem: 3 x 25 = 75 3x = 21
algarismos. E do número 124 até o número 128 existem mais x=
21
12 algarismos. Somando todos os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 3
+ 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-se que o algarismo que x=7
ocupa a 276ª posição é o número 8, que aparece no número O número procurado é igual a 7.
128.
3) A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho.
Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade do
filho. Qual é a idade atual de cada um?
4. Raciocínio lógico
quantitativo. Resolução:
Atualmente
Filho: x
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO (MATEMÁTICO). Pai: 4x
Futuramente
Caros alunos, assuntos como raciocínio lógico quantitativo Filho: x + 5
(matemático), devem ser trabalhados com questões que Pai: 4x + 5
exploram conteúdos básicos, como porcentagem, razões, regra
de três, combinatória, operações fundamentais, etc. 4x + 5 = 3 . (x + 5)
4x + 5 = 3x + 15
Vejamos então o conteúdo principal necessário: 4x – 3x = 15 – 5
X = 10
PROBLEMAS MATEMÁTICOS Pai: 4x = 4 . 10 = 40
O filho tem 10 anos e o pai tem 40.
Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando
inúmeros recursos matemáticos, destacando, entre todos, os 4) O dobro de um número adicionado ao seu triplo
princípios algébricos, os quais são divididos de acordo com o corresponde a 20. Qual é o número?
nível de dificuldade e abordagem dos conteúdos.
Primeiramente os cálculos envolvem adições e subtrações, Resolução
posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os 2x + 3x = 20
problemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos 5x = 20
20
algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores x=
5
desconhecidos (letras). Observe algumas situações que podem x=4
ser descritas com utilização da álgebra. O número corresponde a 4.
- O dobro de um número adicionado com 4: 2x + 4;

Raciocínio Lógico 18
5) Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando Respostas
35 animais, os quais somam juntos 100 pés. Determine o
número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara. 01. Resposta: B.
Escrevendo em forma de equações, temos:
Galinhas: G C = M + 0,05 ( I )
Coelhos: C C = A – 0,10 ( II )
G + C = 35 A = D + 0,03 ( III )
D não é mais baixa que C
Cada galinha possui 2 pés e cada coelho 4, então: Se D = 1,70 , então:
2G + 4C = 100 ( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
Sistema de equações ( I ) 1,63 = M + 0,05
Isolando C na 1ª equação: M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
G + C = 35
C = 35 – G 02. Resposta: E.
A = B + 10000 ( I )
Substituindo C na 2ª equação: Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja, A = 2.B + 2000 ( II
2G + 4C = 100 )
2G + 4 . (35 – G) = 100 Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2G + 140 – 4G = 100 2.B + 2000 = B + 10000
2G – 4G = 100 – 140 2.B – B = 10000 – 2000
- 2G = - 40 B = 8000 litros (no início)
40 Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início)
G=
2
Portanto, após a transferência, fica:
G = 20
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros
Calculando C
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros
C = 35 – G
C = 35 – 20
03. Resposta: B.
C = 15
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.
Questões
5h35 = 60.5 + 35 = 335 minutos
335min: 40min = 8 equipamentos + 15 minutos (resto)
01. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de
15min: 5min = 3 etapa.
Matemática – CAIPIMES/2014) Sobre 4 amigos, sabe-se que
Clodoaldo é 5 centímetros mais alto que Mônica e 10
MÚLTIPLOS E DIVISORES
centímetros mais baixo que Andreia. Sabe-se também que
Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e que Doralice
Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 metros,
Podemos dizer então que:
então é verdade que Mônica tem, de altura:
“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5)
(A) 1,52 metros.
que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
(B) 1,58 metros.
Um número natural a é divisível por um número natural b,
(C) 1,54 metros.
não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a.
(D) 1,56 metros.
Conjunto dos múltiplos de um número natural: É
02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP –
obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos
Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico –
números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
VUNESP/2014) Em um condomínio, a caixa d’água do bloco A
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo,
contém 10 000 litros a mais de água do que a caixa d’água do
multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos
bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de água da caixa
naturais:
d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco A com o
7x0=0
dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a
7x1=7
transferência, a diferença das reservas de água entre as caixas
7 x 2 = 14
dos blocos A e B, em litros, vale
7 x 3 = 21
(A) 4 000.

(B) 4 500.
(C) 5 000.
O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o
(D) 5 500.
conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, ...}.
(E) 6 000.
Observações:
03. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos/2014)
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
Uma linha de produção monta um equipamento em oito etapas
- Todo número natural é múltiplo de 1.
bem definidas, sendo que cada etapa gasta exatamente 5
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos
minutos em sua tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e
múltiplos.
trinta e cinco minutos depois do início do funcionamento, que
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
a linha parou de funcionar. Como a linha monta apenas um
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números
equipamento em cada processo de oito etapas, podemos
pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k N). Os demais
afirmar que o problema foi na etapa:
são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses
(A) 2
números é 2k + 1 (k N).
(B) 3
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.
(C) 5
(D) 7

Raciocínio Lógico 19
Critérios de divisibilidade Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um
número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais.
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando Exemplo:
termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. - 43813:
Exemplo: 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos
9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.)
4 3 8 1 3
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando 2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos
a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por algarismos de posição par:3 + 1 = 4)
3.
Exemplo: 15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é
65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 11.
divisível por 3.
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível Exemplo:
por 4. ) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3
Exemplos: + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
divisível por 4. quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.
Exemplo:
Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 +
termina em 0 ou 5. 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
Exemplos:
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0. Fatoração numérica
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5. Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores
primos. Para decompormos um número natural em fatores
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo,
é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor
Exemplos: divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 produto de todos os fatores primos representa o número
+ 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18). fatorado.
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 Exemplo:
+ 0 + 5 + 3 + 0 = 16).

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando


o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído
do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a
quantidade de algarismos a serem analisados quanto à Divisores de um número natural
divisibilidade por 7. Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma
Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos fatorada:
conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413 12 = 22 . 31
→ 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7. O número de divisores naturais é igual ao produto dos
expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando Logo o número de divisores de 12 são:
seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um 22 . 3⏟1 → (2 + 1) .(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais

número divisível por 8. (2+1) (1+1)
Exemplos:
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos
algarismos são 000. cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos que varia de zero até o expoente com o qual o fator se
algarismos formam o número 24, que é divisível por 8. apresenta na decomposição do número natural.
Exemplo:
Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando 12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um 20 . 30=1
número divisível por 9. 20 . 31=3
Exemplos: 21 . 30=2
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 21 . 31=2.3=6
27 é divisível por 9. 22 . 31=4.3=12
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 22 . 30=4
14 não é divisível por 9. O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28
Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
quando seu algarismo da unidade termina em zero.
Exemplo:
563040 é divisível por 10, pois termina em zero.

Raciocínio Lógico 20
Observação 𝒙
𝒙% =
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, 𝟏𝟎𝟎
basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois divisores, um
negativo e o outro positivo). Exemplo:
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros. Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
Questões Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de
18
alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
01. O número de divisores positivos do número 40 é: centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
(A) 8
(B) 6 18 𝑥
(C) 4 = ⟹ 𝑥 = 60
30 100
(D) 2
(E) 20 E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter
divido 18 por 30, obtendo:
02. O máximo divisor comum entre dois números naturais
é 4 e o produto dos mesmos 96. O número de divisores 18
positivos do mínimo múltiplo comum desses números é: = 0,60(. 100%) = 60%
30
(A) 2
(B) 4 - Lucro e Prejuízo
(C) 6 É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
(D) 8 Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja
(E) 10 negativa, temos prejuízo(P).

03. Considere um número divisível por 6, composto por 3 Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
algarismos distintos e pertencentes ao conjunto
A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser Podemos ainda escrever:
formados sob tais condições é: C + L = V ou L = V - C
(A) 6 P = C – V ou V = C - P
(B) 7
(C) 9 A forma percentual é:
(D) 8
(E) 10
Respostas

01. Resposta: A.
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a Exemplo:
cada expoente: Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e Determinar:
multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de 40. a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
02. Resposta: D.
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é: Resolução:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100
o produto entre eles 96, logo: → Lucro = R$ 25,00
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) =
24, fatorando o número 24 temos: 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33%
24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores, 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
pela regra, somamos 1 a cada expoente e multiplicamos o
resultado: 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑏) . 100% = 25%
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

03. Resposta: D. - Aumento e Desconto Percentuais


Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
mesmo tempo, e por isso deverá ser par também, e a soma dos por (𝟏 + ).V .
𝟏𝟎𝟎
seus algarismos deve ser um múltiplo de 3. Logo:
Logo os finais devem ser 4 e 6: 𝒑
VA = (𝟏 + ).V
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 𝟏𝟎𝟎
números.
Exemplo:
PORCENTAGEM 1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-
lo por 1,20, pois:
20
Razões de denominador 100 que são chamadas de (1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100
razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de
porcentagem. Servem para representar de uma B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
maneira prática o "quanto" de um "todo" se está por (𝟏 −
𝒑
).V.
referenciando. 𝟏𝟎𝟎
Logo:
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do 𝒑
símbolo % (Lê-se: “por cento”). V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎

Raciocínio Lógico 21
Exemplo: Precisamos encontrar o preço original (100%) da
Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
0,60, pois: Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
40 R$ %
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100
108 ---- 120
𝒑 𝒑 X ----- 100
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para 90,00
resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
acréscimo ou decréscimo no valor do produto. representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
- Aumentos e Descontos Sucessivos Então Marcos pagou R$ 67,50.
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos 02. Resposta: B.
uso dos fatores de multiplicação. * Dep. Contabilidade:
15
. 20 =
30
= 3 → 3 (estagiários)
100 10
Vejamos alguns exemplos: 20 200
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um * Dep. R.H.: . 10 = = 2 → 2 (estagiários)
100 100
único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
100 ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
significam um único aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 03. Resposta: D.
21% e não a 20%. 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um Referências


IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
único desconto de: Estatística Descritiva
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
100 http://www.porcentagem.org
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que http://www.infoescola.com
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que RAZÃO
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36% É o quociente entre dois números (quantidades, medidas,
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a grandezas).
36% e não a 40%. Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a
para b:
Questões
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já 𝑏
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com Onde:
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50
Exemplo:
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram
02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem
3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O
vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a = =
(A) 1/5. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24
(B) 1/6. Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.
(C) 2/5.
(D) 2/9. - Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza,
(E) 3/5. essas devem ser expressas na mesma unidade.
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como - Razões Especiais
resultado Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias
(A) 150 muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala,
(B) 159,50; que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas
(C) 165,60; na mesma unidade).
(D) 169,50. 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
Respostas 𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙
01. Resposta: A. Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
preço original, temos que: m/s, entre outras.
100% + 20% = 120%

Raciocínio Lógico 22
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 Resolução:
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu Resposta “B”


volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 Questões
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades
PROPORÇÃO formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere
que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos
É uma igualdade entre duas razões. mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro
irmãos, é igual a
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama- (A) 30
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
se proporção. (B) 32;
Onde: (C) 34;
(D) 36.

02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da


universidade na qual estudou. Para a biblioteca de
matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca
- Propriedades da Proporção de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de
1 - Propriedade Fundamental química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca
de física será
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto (A) 16.
é, a . d = b . c (B) 22.
(C) 20.
Exemplo: (D) 24.
45 9 (E)18.
Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como
30 6
9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos: 03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
45.6 = 30.9 = 270 entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois reservatórios, em litros, é igual a
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). (A) 8000.
(B) 6000.
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 (C) 4000.
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 (D) 6500.
(E) 9000.
3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o Respostas
primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto 01. Resposta: D.
termo). Pelo enunciado temos que:
A=3
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 B=C–3
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 C
D = 18
4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos Como eles são proporcionais podemos dizer que:
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu 𝐴 𝐶 3 𝐶
consequente. = → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐 Vamos resolver a equação do 2º grau:
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos 𝑥=
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu 2𝑎
consequente.
−(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐 → →
= → = 𝑜𝑢 = 2.1 2
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
3 ± 15

2
- Problema envolvendo razão e proporção
Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram 3 + 15 18 3 − 15 −12
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados 2 2 2 2
para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3 Como não existe idade negativa, então vamos considerar
B) 3/5 somente o 9. Logo C = 9
C) 5/10 B=C–3=9–3=6
D) 2/7 Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36
E) 6/7

Raciocínio Lógico 23
02. Resposta: E. De forma resumida, e rápida podemos também montar
X = total de livros através do princípio multiplicativo o número de
Matemática = ¾ x , restou ¼ de x possibilidades:
Física = 1/3.1/4 = 1/12 4 saias x 2 sapatos = 8 possibilidades
Química = 36 livros
Podemos dizer que, um evento B pode ser feito de n
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x maneiras, então, existem m • n maneiras de fazer e
Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12 executar o evento B.
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 FATORIAL DE UM NÚMERO NATURAL
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥
12 Produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
432 Matematicamente:
→ 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = →𝑥
2 Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:
n! = n. (n – 1 ). (n – 2). ... . 1
= 216 Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-
Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos: se: “n fatorial”)
1 216 Por convenção temos que:
. 216 = = 18
12 12 0! = 1
1! = 1
03. Resposta: B.
Primeiro:2k Exemplo:
Segundo:5k De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2 fila.
Primeiro: 2.2 = 4 Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos
Segundo5.2=10 na fila nas mais variadas posições:
Diferença: 10 – 4 = 6 m³
1m³------1000L
6--------x
x = 6000 l
Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
Estatística Descritiva - Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a ordem dos seus
http://educacao.globo.com elementos é o que diferencia.
Exemplo:
ANÁLISE COMBINATÓRIA Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6}
quantos números de 3 algarismos podemos formar com este
A Análise Combinatória é a parte da Matemática que conjunto?
desenvolve meios para trabalharmos com problemas de
contagem.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM-PFC


(PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO)
O princípio multiplicativo ou fundamental da
contagem constitui a ferramenta básica para resolver
problemas de contagem sem que seja necessário enumerar
seus elementos, através da possibilidades dadas. É uma das
técnicas mais utilizadas para contagem, mas também Observe que 123 é diferente de 321 e assim
dependendo da questão pode se tornar trabalhosa. sucessivamente, logo é um Arranjo.
Se fossemos montar todos os números levaríamos muito
Exemplo: tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar a fórmula do
Valéria foi convidada para uma festa. Ela quer muito ir com arranjo.
sua camisa nova branca e usando uma das suas 4 saias e um Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos
dos seus 2 sapatos preferidos. De quantas maneiras Valéria tomados p a p).
pode se vestir para ir a essa festa? Montando a árvore de Então:
𝒏!
possibilidades temos: 𝑨𝒏, 𝒑 =
(𝒏 − 𝒑)!

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!
Então podemos formar com o conjunto S, 120 números
com 3 algarismos.

- Permutação simples: sequência ordenada de n


elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos todos os
elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a
ordem.

Raciocínio Lógico 24
Pn! = n!

Exemplo:
Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Utilizando a fórmula da permutação temos: Uma corda fica determinada quando escolhemos dois
n = 4 (letras) pontos entre os dez.
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) →24 . Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então
1 = 24 anagramas sabemos que se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados
- Combinação simples: agrupamento de n elementos 2 a 2.
distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que diferencia a n! 10! 10! 10.9.8! 90
combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é C10,2 = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
importante.
Exemplo: 45 cordas
Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles
deverão representar a escola em um congresso. Quantos - Permutação com repetição: Na permutação com
grupos de 4 professores são possíveis? repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione
o número de elementos, n, e as vezes em que o mesmo
elemento aparece.
𝒏!
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = …
𝜶! 𝜷! 𝜸!

Com α + β + γ + ... ≤ n
Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles
de posição não alteramos o grupo formado, os grupos Exemplo:
formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
as seguintes possibilidades que podemos considerar sendo n=5
como grupo equivalentes. α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, β = 2 (temos 2 vezes a letra R)
P4 – P4, P3, P1, P2 ...
Equacionando temos:
Com isso percebemos que a ordem não é importante! 𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒
Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos 𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = =
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏
cálculos:
𝑨𝒏, 𝒑 𝒏!
𝑪𝒏, 𝒑 = → 𝑪𝒏, 𝒑 = 𝟐𝟎
𝒑! (𝒏 − 𝒑)! 𝒑! = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝟐
Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar - Permutação circular: a permutação circular com
todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 = P4, P2, P1, P3= repetição pode ser generalizada através da seguinte forma:
P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula: 𝑷𝒄𝒏 = (𝒏 − 𝟏)!
n! 7! 7! 7.6.5.4!
Cn, p = → C7,4 = = =
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! Exemplo:
De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda
210 210 podem formá-la?
= = = 35 grupos de professores
3.2.1 6 Fazendo um esquema, observamos que são posições
iguais:
- Combinação circular: aqui os elementos estão dispostos
em uma circunferência. Exemplo:
Considerando dez pontos sobre uma circunferência,
quantas cordas podem ser construídas com extremidades em
dois desses pontos?

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só


permutação circular. Assim, o total de permutações circulares
será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

Raciocínio Lógico 25
Questões 02. Resposta: C.
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000,
01. Em um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 logo para o primeiro algarismo só podemos usar os números
tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos
tipos de sucos. Se o cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de para o segundo algarismo poderemos usar os números (0,1,2,3
cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 –
de opções diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, 1 = 6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5
é: possibilidades e para o último, o quarto algarismo, teremos 4
(A) 19 possibilidades, montando temos:
(B) 480
(C) 420
(D) 90 Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4
= 360.
02. Seja N a quantidade máxima de números inteiros de Logo N é 360.
quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 03. Resposta: B.
6. Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
O valor de N é: n!
(A) 120 Cn, p =
(n − p)! p!
(B) 240
(C) 360 Onde n = 12 e p = 3
(D) 480 n! 12! 12!
Cn, p = → C12,3 = =
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3!
03. Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 12.11.10.9! 1320 1320
3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que = = = = 220
9! 3! 3.2.1 6
pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas
possíveis de se fazer esse grupo é: Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo
(A) 4 tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
(B) 660
(C) 1 320 04. Resposta: A.
(D) 3 960 Teremos 8 peças com números iguais.

04. Um heptaminó é um jogo formado por diversas peças


com as seguintes características:
• Cada peça contém dois números do conjunto {0, 1, 2, 3, 4,
5,6, 7}.
• Todas as peças são diferentes.
• Escolhidos dois números (iguais ou diferentes) do Depois, cada número com um diferente
conjunto acima, existe uma, e apenas uma, peça formada por 7+6+5+4+3+2+1
esses números. 8+7+6+5+4+3+2+1=36
A figura a seguir mostra exemplos de peças do heptaminó.
05. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
O número de peças do heptaminó é Anagramas de JORGE
(A) 36. _____
(B) 40. 5.4.3.2.1=120
(C) 45.
(D) 49. Razão dos anagramas: =6
720
(E) 56. 120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos
05. Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão
Referências
entre o número de anagramas de seus nomes representa a IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume
Renato é Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e
(A) 24. prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia
(B) 25. Cristina Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28. 5. Raciocínio lógico
Respostas
analítico.

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, RACIOCÍNIO ANALÍTICO OU VERDADES E MENTIRAS
logo vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o
pedido: Raciocínio Analítico trabalha com uma área da lógica
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras. conhecida como “lógica informal”. Ao contrário da lógica
formal, onde os argumentos são classificados como V ou F, a
“lógica informal” possui uma série de possibilidades: um
Raciocínio Lógico 26
argumento pode ser mais sólido ou menos sólido, uma tem sido maior nos últimos anos também são as regiões que
premissa pode reforçar ou enfraquecer um argumento, uma têm registrado os maiores aumentos na incidência de câncer.
conclusão pode ser mais provável ou menos provável… (D) todos os conhecidos do autor bebem café.
Você verá que as questões de Raciocínio Analítico exigem
bastante senso crítico, bastante capacidade de interpretação, Resolução: (“enfraquecer” o argumento é aquela afirmação
observe o exemplo citado abaixo. que deixa a conclusão mais longe da sua validade) repare que
Vejamos: duas das alternativas de resposta não enfraquecem o
argumento, mas sim o reforçam: A e C. As outras duas
“Beber café causa câncer. Afinal, todas as pessoas com alternativas enfraquecem o argumento, como vimos acima.
câncer que eu conheço bebiam café. Além disso, uma médica Mas preste atenção na pergunta feita no enunciado: nós
bastante conhecida parou de ingerir este alimento para evitar a devemos marcar aquela informação que MAIS enfraquece o
doença. É bom lembrar também que o número de casos de argumento. Com base na análise que fizemos acima, creio que
câncer tem aumentado, assim como o consumo de café”. você não tenha dificuldade de marcar a alternativa D. Afinal,
na alternativa B, o mero fato de a médica ter estudado
Aqui temos as premissas e as conclusões na qual podemos oncologia por um curto período e há muito tempo atrás não
montar a estrutura deste argumento, para assim analisa-lo. invalida totalmente a opinião dela, embora realmente
Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço enfraqueça um pouco a argumentação do autor do texto.
bebiam café
Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de Mais alguns exemplos:
ingerir este alimento para evitar a doença
Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado, 1) Cinco aldeões foram trazidos à presença de um velho
assim como o consumo de café rei, acusados de haver roubado laranjas do pomar real. Abelim,
Conclusão: Beber café causa câncer o primeiro a falar, falou tão baixo que o rei que era um pouco
surdo não ouviu o que ele disse. Os outros quatro acusados
A conclusão deste argumento está logo no início do texto. disseram: Bebelim: Cebelim é inocente, Cebelim: Dedelim é
inocente, Dedelim: Ebelim é culpado, Ebelim: Abelim é
Conforme dito no início ao estudar Raciocínio Analítico, culpado.
estamos no campo da “lógica informal”, que é menos O mago Merlim, que vira o roubo das laranjas e ouvira as
rigorosa/extremista. De qualquer forma, a uma primeira vista declarações dos cinco acusados, disse então ao rei: Majestade,
podemos fazer um julgamento preliminar desse argumento. O apenas um dos cinco acusados é culpado e ele disse a verdade;
seu senso crítico não deve ter deixado que você fique os outros quatro são inocentes e todos os quatro mentiram. O
inteiramente convencido da ideia que estava sendo defendida velho rei, que embora um pouco surdo era muito sábio, logo
pelo texto. Isto porque, de fato, essa fala apresenta alguns concluiu corretamente que o culpado era:
erros de argumentação que são as falácias. (A) Abelim
Observe que: (B) Bebelim
(C) Cebelim
Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço (D) Dedelim
bebiam café (E) Ebelim
Quantas pessoas de fato a pessoa que faz tal afirmação
conhecia? 100? 200? O fato que isto não significa generalizar é Resolução: se quatro dos inocentes mentiram e somente
afirmar que TODO mundo que bebe café vai morrer de câncer. um culpado disse a verdade temos no quadro abaixo duas
informações conflitantes: as duas primeiras pois se ambas
Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de mentem não poderia haver dois culpados!!!. Então somente
ingerir este alimento para evitar a doença um dos dois que disseram que são inocentes está correto.
Será essa médica especialista em oncologia (especialidade Desta forma se acha o culpado! Como consequência os outros
médica que se dedica ao estudo e tratamento da neoplasia, últimos estão mentindo pois há 4 inocentes que mentem.
incluindo sua etiologia e desenvolvimento)? Ou será ela Testemos quem é o culpado:
pediatra? Aqui a pessoa que escreve este texto baseou suas
informações prestadas por uma médica que ele conhecia, nem Dica: Não poderá ter dois inocentes que mentem pois só
sabemos de fato a especialidade desta médica. pode ter um culpado.

Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado, Para hipótese 1 temos: Supondo que quem diz a verdade
assim como o consumo de café é B e disse que Cebelim é inocente (e que pela questão todo
Uma informação não pode afirmar a correlação entre as inocente mente) conclui-se que Dedelim é culpado (Cebelim
mesmas. Há estudos que comprovem isso? Este fato é isolado mente). Na terceira linha vemos que Dedelim mente (veja a
a uma região? coluna da hipótese 1). Isto não pode acontecer (dizer que D é
culpado e a tabela na hipótese dizer que mente).
Logo a conclusão não pode ser aceita como válida ou como
uma verdade, pois nossos questionamentos nos levam a crer Para a hipótese 2 temos: Bebelim mente e C é culpado
que este argumento não é dito como válido. Pois podem existir (que diz a verdade sempre), desta forma pela segunda linha da
pessoas com câncer que não bebem café e pessoas que bebem tabela D é inocente. Se D é inocente e mente então E é inocente
café e não tem câncer. e se E é inocente e mete então A é inocente. Sendo assim, o
culpado é C (Cebelim).
Se na prova perguntasse: “Qual das informações abaixo, se
for verdadeira, mais enfraquece o argumento apresentado?”
Acusados Disseram Hipótese 1 Hipótese 2
(A) O autor do texto conhece 100 pessoas com câncer.
(B) a médica referida pelo autor é pediatra, só tendo Bebelim (B) C é inocente Verdade Mentira
estudado oncologia brevemente durante a faculdade há 20
anos. Cebelim (C) D é inocente Mentira Verdade
(C) as regiões do país onde o aumento do consumo de café

Raciocínio Lógico 27
Bete: − Ciça tem 7/8 da minha idade, a mais velha de nós
Dedelim (D) E é culpado Mentira Mentira
tem 4 anos a mais do que a mais nova; Ciça disse apenas uma
Ebelim (E) A é culpado Mentira Mentira mentira.

Sabendo que Ana sempre diz a verdade, é correto afirmar


Resposta C. que
(A) Ciça disse apenas uma mentira.
2) Há 2 anos, a Universidade Delta implantou um processo (B) Ciça disse três mentiras.
em que os alunos da graduação realizam uma avaliação da (C) Bete disse três mentiras.
qualidade didática de todos os seus professores ao final do (D) Bete disse apenas verdades.
semestre letivo. Os professores mal avaliados pelos alunos em (E) Bete disse apenas uma verdade.
três semestres consecutivos são demitidos da instituição.
Desde então, as notas dos alunos têm aumentado: a média das 02. (Prefeitura de Teresina/PI – Técnico em
notas atuais é 70% maior do que a média de 2 anos atrás. A Saneamento- FCC/2016) Paulo, Francisco, Carlos, Henrique
causa mais provável para o aumento de 70% nas notas é: e Alexandre são irmãos, sendo que apenas um deles quebrou
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na um vaso na sala de casa. Ao investigar o ocorrido, a mãe dos
Universidade Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo processo cinco ouviu de cada um as seguintes afirmações:
de avaliação dos docentes. Paulo: − Fui eu quem quebrou o vaso.
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são Francisco: − Eu não quebrei o vaso.
substituídos por professores mais jovens, com mais energia Carlos: − Foi Alexandre quem quebrou o vaso.
para motivar os alunos para o estudo. Henrique: − Francisco está mentindo.
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que Alexandre: − Não foi Carlos quem quebrou o vaso.
tem sido observado, nos Se apenas um dos cinco irmãos disse a verdade, quem
últimos anos, nas principais instituições educacionais quebrou o vaso foi:
brasileiras.
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações (A) Henrique.
elaboradas pelos professores, receosos de serem mal (B) Francisco.
avaliados pelos alunos caso sejam exigentes. (C) Paulo.
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que (D) Carlos.
garante que os alunos aprendam os conteúdos de maneira (E) Alexandre.
mais profunda, elevando a média das avaliações.
03. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Analista de
Resolução: antes de avaliar as alternativas, repare que um Planejamento e Gestão – Prefeitura de Fortaleza – 2016)
aumento de 70% significa que, se a nota média dos alunos Quatro pessoas estão conversando. Sabe-se que exatamente
anteriormente era 6 (em 10 pontos), após o aumento a nota uma delas fala a verdade e as demais mentem. A conversa é
média passou a ser 10 (nota máxima!). Isto é, estamos diante descrita abaixo.
de um aumento muito expressivo das notas. - Ana diz: “Todos aqui falam a verdade”.
(A) ERRADO. Pode até ser que alunos melhores tenham - Maria diz: “Ana fala a verdade”.
sido atraídos pelo processo mais rigoroso de avaliação dos - João diz: “Maria mente”.
docentes, mas é improvável que isto justifique um aumento tão - José diz: “João mente”.
grande nas notas. Seriam necessários alunos MUITO
melhores. Quem falou a verdade?
(B) ERRADO. Note que a medida foi implementada há (A) Ana.
apenas 4 semestres (2 anos), e são necessários pelo menos 3 (B) Maria.
semestres completos para que os professores mal avaliados (C) João.
começassem a ser demitidos. Isto é, é improvável acreditar que (D) José.
os efeitos da substituição de professores estivessem sendo
sentidos de maneira tão intensa em tão pouco tempo. Respostas
(C) ERRADO. Se de fato houve aumento da cola, é provável 01. Resposta: E.
que isso tenha influenciado um aumento das notas, mas um Como a Ana fala a verdade:
aumento tão expressivo como o citado no item A (de 6 para 10 Ana: 22 anos
pontos) exigiria um aumento massivo da cola. Bete: 24 anos
(D) CORRETO. É possível acreditar que uma redução na Ciça: 21 anos
dificuldade das provas seja capaz de gerar um aumento
expressivo nas notas dos alunos. Basta cobrar os tópicos mais Portanto Ciça diz 2 mentiras (que ela tem 27 anos e que
básicos e/ou mais intuitivos de cada disciplina. Esta tese é Bete tem 28 anos)
mais crível que as demais. Bete diz que Ciça tem 7/8 da sua idade:
(E) ERRADO. Ainda que os professores, com medo da
demissão, tenham melhorado a qualidade de suas aulas, é
improvável que está melhoria de qualidade seja responsável
por uma variação tão expressiva nas notas.
Resposta: D.
Portanto, verdade.
Questões A mais velha é Bete que tem 24 anos e a mais Nova é Ciça
com 21 anos, portanto são 3 anos de diferença e não 4.
01. Ana, Bete e Ciça conversam sobre suas idades dizendo: E Ciça disse 2 mentiras.
Ana: − Tenho 22 anos, dois a menos do que Bete, e um ano Ou seja, Bete também disse 2 mentiras (a diferença de
a mais do que Ciça. idade e que Ciça disse apenas uma mentira).
Ciça: − Tenho 27 anos, Ana tem 22 anos, e Bete tem 28
anos. Ana: 3 verdades
Ciça: 2 mentiras e 1 verdade

Raciocínio Lógico 28
Bete: 2 mentiras e 1 verdade a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
02. Resposta: D. c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
Francisco dizendo a verdade é a única afirmação que não
conflita com as outras proposições, as outras têm contradições No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
que não chegam a um argumento valido. Logo, Carlos quebrou quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
o vaso. seguinte tabela:
Jornais Leitores
03. Resposta: C. A 300
Se João fala a verdade, então ele diz que Maria mente B 250
quando ela diz que Ana fala a verdade. Se analisarmos a fala de C 200
Ana, por sua vez diz que todos falam a verdade. Porém, o AeB 70
enunciado da questão diz que apenas uma pessoa fala a AeC 65
verdade e as demais mentem. Logo, a afirmação de Ana é falsa BeC 105
e João está certo. A, B e C 40
Nenhum 150

6. Diagramas lógicos.
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos
inicialmente montar os diagramas que representam cada
conjunto. A colocação dos valores começará pela intersecção
DIAGRAMAS LÓGICOS dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e
por último às regiões que representam cada conjunto
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários individualmente. Representaremos esses conjuntos dentro de
problemas. Uma situação em que esses diagramas poderão ser um retângulo que indicará o conjunto universo da pesquisa.
usados, será na determinação da quantidade de elementos que
apresentam uma determinada característica.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro,


18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
carro ou ainda quantas dirigem somente motos. Vamos
inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
representam os motoristas de motos e motoristas de carros. leitores de nenhum dos três jornais.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
e depois completaremos os outros espaços. Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os
seguintes elementos:

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A
partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.

Raciocínio Lógico 29
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas desenhadas sobre um plano, de forma a simbolizar os
leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem conjuntos e permitir a representação das relações de pertença
o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda entre conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas
que 700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de continência (inclusão) entre os
25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150. conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas
curvas que não se tocam e estão uma no espaço interno da
Diagrama de Euler outra simbolizam conjuntos que possuem continência; ao
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, passo que o ponto interno a uma curva representa um
mas não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é elemento pertencente ao conjunto.
definida como a área de intersecção entre dois ou mais Os diagramas de Venn são construídos com coleções de
contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir um curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas
universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema no curvas representa, simbolicamente, a coleção de elementos do
qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas. conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio
Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos para desses diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam
Animal, Mineral e quatro patas teria que conter intersecções representadas por regiões, com tal relação entre si que todas
onde alguns estão em ambos animal, mineral e de quatro patas. as relações lógicas possíveis entre as classes possam ser
Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra todas as indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço
possíveis combinações ou conjunções. para qualquer relação possível entre as classes, e a relação
dada ou existente pode então ser definida indicando se alguma
região em específico é vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever
uma definição mais formal do seguinte modo: Seja C = (C1, C2,
... Cn) uma coleção de curvas fechadas simples desenhadas em
um plano. C é uma família independente se a região formada
por cada uma das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o
interior ou o exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se
todas as curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis.
Se, além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas um número finito de pontos de interseção entre as curvas,
(geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os então C é um diagrama de Venn para n conjuntos.
tamanhos e formas das curvas não são importantes: a Nos casos mais simples, os diagramas são representados
significância do diagrama está na forma como eles se por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
sobrepõem. As relações espaciais entre as regiões delimitadas referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
por cada curva (sobreposição, contenção ou nenhuma) cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
correspondem relações teóricas (subconjunto interseção e como completamente inseridos dentro de um retângulo, que
disjunção). Cada curva de Euler divide o plano em duas regiões representa o conjunto universo daquele particular contexto (já
ou zonas estão: o interior, que representa simbolicamente os se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
elementos do conjunto, e o exterior, o que representa todos os abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
elementos que não são membros do conjunto. Curvas cujos mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto
interiores não se cruzam representam conjuntos disjuntos. universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo
Duas curvas cujos interiores se interceptam representam modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos
conjuntos que têm elementos comuns, a zona dentro de ambas representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
as curvas representa o conjunto de elementos comuns a ambos espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
os conjuntos (intersecção dos conjuntos). Uma curva que está representa sua união.
contido completamente dentro da zona interior de outro John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
representa um subconjunto do mesmo. ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
representando todas as combinações de inclusão / exclusão de surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F.
motivou Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso,
necessidade de criar diagramas em que pudessem ser encontram-se em uso outros diagramas similares aos de Venn,
observadas, por meio de suposição, quaisquer relações entre entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
as zonas não apenas as que são “verdadeiras”.
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo:
largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no suponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes e
campo da matemática ou lógica matemática no campo da o conjunto B representa os animais capazes de voar. A área
lógica. Eles também podem ser utilizados para representar onde os dois círculos se sobrepõem, designada por intersecção
relacionamentos complexos com mais clareza, já que A e B ou intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao
representa apenas as relações válidas. Em estudos mais mesmo tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.
aplicados esses diagramas podem ser utilizados para provar /
analisar silogismos que são argumentos lógicos para que se
possa deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn
Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados
em matemática para simbolizar graficamente propriedades,
axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os
respetivos diagramas consistem de curvas fechadas simples

Raciocínio Lógico 30
Considere-se agora que cada espécie viva está características); tal conjunto seria representado pela união de
representada por um ponto situado em alguma parte do A e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais
diagrama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro os que não voam e possuem duas patas, seriam representados
do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o círculo pela diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são
B, já que ambos são bípedes mas não podem voar. Os mostrados nas imagens a seguir, que incluem também outros
mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam dois casos.
representados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os
canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-
B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não
fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou serpentes,
seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de
cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há União de dois conjuntos: AB
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas
estão em um círculo ou no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam
(sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB
(branco - fora).

Essas configurações são representadas, respectivamente,


pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar
de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as
seguintes áreas (mais escuras) no diagrama:

Complementar de A em U: AC = U \ A

Diferença de A para B: A\B

Complementar de B em U: BC = U \ B

Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-


se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o
exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos
animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete
Diferença de B para A: B\A áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.

Intersecção de dois conjuntos: AB Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções


possíveis entre A, B e C.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)


União de três conjuntos: ABC
Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16
formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre os
animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das

Raciocínio Lógico 31
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-
versa).

Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas


Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B,
Intersecção de três conjuntos: ABC Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a
verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras.

1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as


duas representações possíveis:

A \ (B U C) Nenhum A é B. É falsa.
Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa.

2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos


somente a representação:
Todo A é B. É falsa.
(B U C) \ A Algum A é B. É falsa.
Algum A não é B. É verdadeira.
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS

- Todo A é B 3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as


- Nenhum A é B quatro representações possíveis:
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é


um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo
B é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os
conjuntos A e B são disjuntos, isto é ,não tem elementos em
comum. Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente
equivalente a dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando
dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B.
Entretanto, no sentido lógico de algum, está perfeitamente Nenhum A é B. É falsa.
correto afirmar que “alguns de meus colegas estão me Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e
elogiando”, mesmo que todos eles estejam. Dizer que Algum A 2).
é B é logicamente equivalente a dizer que Algum B é A. Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa
Também, as seguintes expressões são equivalentes: Algum A é (em 3 e 4) – é indeterminada.
B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o 4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as
conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao três representações possíveis:
conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se
também as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais
como é ,são ,está ,foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.

Raciocínio Lógico 32
Todo A é B. É falsa. (D)
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e
2 – é indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e
2 – é ideterminada).
02. Resposta: B
Questões

01. Represente por diagrama de Venn-Euler


(A) Algum A é B
(B) Algum A não é B
(C) Todo A é B A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é
(D) Nenhum A é B instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. E
estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeitamente
02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) correta. Percebam como todos os elementos do diagrama
Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição “livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Resta
verdadeira, é correto inferir que: necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira. 03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
necessariamente verdadeira. de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá
verdadeira ou falsa. visualizar o problema e sempre comece a preencher os dados
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira de dentro para fora.
ou falsa. Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição fazermos o diagrama, este número vai no meio.
necessariamente verdadeira. Passo 2:
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só
03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60 b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:
desta Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?

04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que


“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que: Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil
(A) algum A não é G; achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica
(B) algum A é G. tocam:
(C) nenhum A é G; a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
(D) algum G é A; problema: 100 + 60 + 180 = 340
(E) nenhum G é A; b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
280
05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 =
não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não 160
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo,
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de 04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições
alunos da classe é: categóricas:
(A) 30. - Alguns A são R
(B) 35. - Nenhum G é R
(C) 37. Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas
(D) 42. por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos
(E) 44. iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por
Respostas dois círculos separados, sem nenhum ponto em comum.
01.
(A)

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única


para a proposição categórica do Alguns A são R, mas
(B) geralmente a representação em que os dois círculos se
interceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para
resolver qualquer questão.

(C)

Raciocínio Lógico 33
Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística
categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. e com diversos ramos do conhecimento.
Como a questão não informa sobre a relação entre os
conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras de Definições:
representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). A A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que
alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para cria e desenvolve modelos matemáticos para estudar os
quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução da experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários
questão não faremos todas as representações gráficas para efetuarmos os cálculos probabilísticos.
possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas) - Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam
representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as
alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se condições sejam semelhantes.
tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já Exemplos:
achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces
representação gráfica possível e passamos a testar somente as voltadas para cima
alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
seguinte desenho, em que fazemos duas representações, uma c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número da suas faces.
em que o conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e
outra em que não há intersecção entre eles. - Espaço amostral: conjunto de todos os resultados
possíveis de ocorrer em um determinado experimento
aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U,
S , A, Ω ... variando de acordo com a bibliografia estudada.
Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces
Teste das alternativas:
voltadas para cima, sendo as faces da moeda cara (c) e coroa
Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os
(k), o espaço amostral deste experimento é:
desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c);
verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
(k,k,c)}, onde o número de elementos do espaço amostral n(A)
representações há elementos em A que não estão em G.
=8
Passemos para o teste da próxima alternativa.
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
- Evento: é qualquer subconjunto de um espaço amostral
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
(S); muitas vezes um evento pode ser caracterizado por um
que está mais à direita, esta alternativa não é verdadeira, isto
fato. Indicamos pela letra E.
é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo
a alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais à esquerda, esta alternativa não é verdadeira,
isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo
a alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a
alternativa “A”.
Exemplo:
05. Resposta: E. a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

n = 20 + 7 + 8 + 9 Veremos agora alguns eventos particulares:


n = 44 - Evento certo: que possui os mesmos elementos do
espaço amostral (todo conjunto é subconjunto de si mesmo);
E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a
7. Análise combinatória. 12.

- Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


Caro (a) Candidato(a), esse assunto já foi abordado no E: o número de uma das faces de um dado ser 7.
tópico: 4. Raciocínio lógico quantitativo. E: Ø

- Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
8. Probabilidade. E: {(6,6)}

- Evento complementar: se E é um evento do espaço


amostral S, o evento complementar de E indicado por C tal que
PROBABILIDADE
C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não
ocorre.
A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser
estudo dos jogos de azar, tais como jogos de cartas e roleta.
menor ou igual a 2.

Raciocínio Lógico 34
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral,
maior que 2. vamos dividir os dois membros da equação por n(S) a fim de
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo: obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) =
P(A) + P(B) – P
(A ∩ B)

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3)


(2,4), (2,5), (2,6)} Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a
Como, C = S – E equação será:
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3),
(4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1),
(6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}
P (A U B) =
- Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos P(A) + P(B)
são mutuamente exclusivos quando a ocorrência de um deles
implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos
mutuamente exclusivos, então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada Exemplo:
para cima é par. A probabilidade de que a população atual de um país seja
A = {2,4,6} de 110 milhões ou mais é de 95%. A probabilidade de ser 110
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110
para cima é divisível por 5. milhões.
B = {5} Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais:
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = P(A) = 95% = 0,95
Ø. Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos:
P(B) = 8% = 0,08
Probabilidade em espaços equiprováveis P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B)
Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um =?
evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de ocorrer o evento E é P (A U B) = 100% = 1
o número real P (E), tal que: Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
𝐧(𝐄) 1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
𝐏(𝐄) = P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
𝐧(𝐒)
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%
Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja,
todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer. Probabilidade condicional
Onde: Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral
n(E) = número de elementos do evento E. S, definimos como probabilidade condicional do evento A,
𝐴
n(S) = número de elementos do espaço amostral S. tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 ( ), a
𝐵
razão:
Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número 𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
ímpar na face voltada para cima é obtida da seguinte forma: 𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3 Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou
“sabendo que” a probabilidade de B.
n(E) 3 1 Exemplo:
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2 No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima,
para calcular a probabilidade de sair o número 5 no primeiro
Probabilidade da união de dois eventos dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um Montando temos:
mesmo espaço amostral A, o número de elementos da reunião S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3),
de A com B é igual ao número de elementos do evento A (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1),
somado ao número de elementos do evento B, subtraindo o (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5),
número de elementos da intersecção de A com B. (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5),
(5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

Raciocínio Lógico 35
A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}
P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36
A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o
Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k
sucessivos)
A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem
um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro. ocupar qualquer ordem. Então, precisamos considerar uma
Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem permutação de n elementos dos quais há repetição de k
dois eventos simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é elementos e de (n – k) elementos, em outras palavras isso
preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles P(B) significa:
pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro
já ocorreu P (A | B). 𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k
Sendo: 𝑘.(𝑛−𝑘)!
𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) vezes o evento E no n experimentos é dada:
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
- Eventos independentes: dois eventos A e B de um 𝒌
espaço amostral S são independentes quando P(A|B) = P(A) ou
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:
P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:
- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
as n vezes.
- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
Exemplo:
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda,
vezes.
determine a probabilidade de se obter 3 ou 5 na dado e cara na
- Cada experimento é independente dos demais.
moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.
Exemplo:
S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de
(5,k), (6,c), (6,k)} ocorrência 3 caras?
Evento A: 3 ou 5 no dado Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)} coroa. Umas das possíveis situações, que satisfaz o problema,
4 1 pode ser:
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)} Temos que:
6 1
𝑃(𝐵) = = n=4
12 2 k=3
1 1
Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o ̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
evento A não modifica a probabilidade de ocorrer o evento B. 2 2
Com isso temos: Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada
P (A ∩ B) = P(A). P(B) por:
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . = 1 3 1 1
3 2 6 ( ) . (1 − ) , como essa não é a única situação de ocorre
2 2
3 caras e 1 coroa. Vejamos:
Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder
ser calculada também por:
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = = 4! 4
𝑛(𝑆) 12 6 𝑃4 3!.1! = =( )
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é 3! .1! 3
=4
fácil dependendo do nosso espaço amostral.

Lei Binomial de probabilidade


Vamos considerar um experimento que se repete n
número de vezes. Em cada um deles temos: Podemos também resolver da seguinte forma: (43)
P(E) = p , que chamamos de probabilidade de ocorrer o 1 3 1 1
maneiras de ocorrer o produto ( ) . (1 − ) , portanto:
evento E com sucesso. 2 2
P(𝐸̅ ) = 1 – p , probabilidade de ocorrer o evento E com 4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
insucesso (fracasso). 3 2 2 8 2 4

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o


experimento se repete é dado por uma lei binomial.

Raciocínio Lógico 36
Questões 1 199 198 3
𝑃(𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ =
200 199 198 200
01. Em uma escola, a probabilidade de um aluno
compreender e falar inglês é de 30%. Três alunos dessa escola, Modo II é
que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, 1 1 9 8 3
𝑃(𝐼𝐼) = ∙3∙ ∙ ∙ =
em uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao 20 10 9 8 200
invés de chamá-los um a um, o entrevistador entra na sala e
faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser Modo III é
respondida por qualquer um dos alunos. 1 19 18 1 10 10 3
𝑃(𝐼𝐼𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ =
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua 20 19 18 10 10 10 200
pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7% A equipe dele pode ser a primeira, a segunda ou a terceira
(B) 30,0% a ser sorteada e a probabilidade dele ser o sorteado na equipe
(C) 44,1% é 1/10
(D) 65,7% P(I)=P(II)=P(III)
(E) 90,0%
03. Resposta: C.
02. Uma competição esportiva envolveu 20 equipes com A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a
10 atletas cada. Uma denúncia à organização dizia que um dos 20 é 20/100, pois são 20 números entre 100.
atletas havia utilizado substância proibida.
Os organizadores, então, decidiram fazer um exame
antidoping. Foram propostos três modos diferentes para
escolher os atletas que irão realizá-lo: Anotações
Modo I: sortear três atletas dentre todos os participantes;
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, desta, sortear
três atletas;
Modo III: sortear primeiro três equipes e, então, sortear
um atleta de cada uma dessas três equipes.

Considere que todos os atletas têm igual probabilidade de


serem sorteados e que P(I), P(II) e P(III) sejam as
probabilidades de o atleta que utilizou a substância proibida
seja um dos escolhidos para o exame no caso do sorteio ser
feito pelo modo I, II ou III. Comparando-se essas
probabilidades, obtém-se
(A) P(I) < P(III) < P(II)
(B) P(II) < P(I) < P(III)
(C) P(I) < P(II) = P(III)
(D) P(I) = P(II) < P(III)
(E) P(I) = P(II) = P(III)

03. Em uma central de atendimento, cem pessoas


receberam senhas numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é
sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número
de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100
Respostas

01. Resposta: D.
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à
pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% –
34 ,3% = 65,7%

02. Resposta: E.
Em 20 equipes com 10 atletas, temos um total de 200
atletas, dos quais apenas um havia utilizado substância
proibida.
A probabilidade desse atleta ser um dos escolhidos pelo:
Modo I é

Raciocínio Lógico 37
Raciocínio Lógico 38

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