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Foi passado um vídeo explicando o que é Lógica e seu objetivo. Em meu entendimento lógica
ficou definido como o estudo da reflexão e argumentação com o intuito de encontrar soluções
racionais para problemas, como no caso exemplificado pelo professor em que ele listou os
passos tomados para trocar uma lâmpada. Também foi dado um exercício de raciocínio
lógico.
Foi apresentado a importância do raciocínio lógico e sua aplicação prática, dando ênfase à
interpretação de detalhes, como no exercício das flores apresentado na aula. Foram
apresentados também os resultados do Brasil no PISA (Programa Internacional de Avaliação
de Alunos), estando abaixo da média esperada mundial e em alguns casos, como na disciplina
de Ciências, figurando entre os últimos da lista.
Lógica é a ciência do raciocínio e das leis ideais do pensamento para aplicá-los à pesquisa e
demonstração da verdade através da argumentação. O Objetivo principal da lógica é o estudo
da inteligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
Foi passado um exercício de álgebra e solicitado que se elabore um argumento de qualidade
para justificar o resultado da equação (explicação de como chegou àquele resultado).
Todo raciocínio ou argumento é uma ideia de evidência ou prova.
A construção do argumento é uma sequência de enunciados ou sequências em que uma delas
se apresenta como a conclusão das demais, sendo estas as premissas que servem para
fornecer evidências àquela conclusão. Cada uma dessas sentenças assumo o papel de
premissa ou conclusão de acordo com o papel do argumento. Ou seja, a construção do
argumento é uma sequência lógica, que faça sentido, de palavras de uma língua de acordo
com determinada gramática, que é o conjunto de regras que dizem de que forma se podem
combinar palavras.
Fórmula de construção do argumento:
Argumento = Raciocínio + Sentença de sustentação (premissas) + Sentença de conclusão
(tese)
A conclusão é o produto final do processo de inferência.
O bom argumento possui sentenças de sustentação e sentença de conclusão em que sempre as
premissas sustentarão a conclusão, pois sem defesa a conclusão não se sustenta.
Sentença é uma sequência de palavras de uma língua de acordo com determinada gramática.
Gramática é um conjunto de regras que dizem de que forma se podem combinar as palavras.
Sentenças interrogativas, imperativas, poemas sentenças abertas e oração não possuem valor
de verdade, uma vez que não podem ser consideradas nem verdadeiras nem falsas. Premissas
e conclusão exprimem ideias que podem ser afirmadas e negadas, portanto passíveis de serem
verdadeiras ou falsas, portanto as sentenças declarativas ajustam-se bem a esse papel.
A diferença entre lógica clássica e lógica formal é que a última se baseia em métodos e
técnicas matemáticas e a primeira não.
Uma sentença declarativa é um conjunto de palavras ou símbolos que exprime um
pensamento de sentido completo, podendo ser falso ou verdadeiro.
Há três princípios fundamentais que definem uma proposição, a saber: não contradição,
terceiro excluído e identidade.
Conectivos e Notações:
Os conectivos são os termos usados para formar novas proposições a partir de proposições
existentes. Podem ser representados simbolicamente por: não (~); e (^); ou... ou... (v); se...
então (->); se e somente se (<->).
Proposições Fechadas:
Uma proposição fechada é quando podemos garantir que ela é verdadeira ou falsa. Chama-se
de proposição a sentença declarativa à qual atribuímos ou o valor lógico verdadeiro (v) ou
falso (f). Exemplo: "Marcel é engenheiro".
Negação (~), ou modificador lógico de uma proposição p, é indicado por ~p (não p). Por
definição, o valor lógico é Verdadeiro quando p é falso, e F quando p é verdadeiro.
Exemplo:
p: Cuiabá é a capital do Rio de Janeiro
V(p) = F
p: Cuiabá NÃO é a capital do Rio de Janeiro
V(~p) = V
Conjunção (^) ou produto lógico de duas proposições p e q, que indicamos por p^q (lê-se p e
q), só é verdadeira quando as proposições proponentes forem ambas verdadeiras.
p:8 < 12
q: 3 é um número primo
p ^ q: 8<12 e 3 é um número primo
v(p) = V v(q) = V
v(p,q) = p^q
v(p) = V
Disjunção (v) ou soma lógica de duas proposições p e q, que indicamos por p v q (lemos p ou
q), é verdadeira quando pelo menos uma das proposições proponentes for verdadeira. A
disjunção só é falsa quando ambas as proposições forem falsas.
p: 4 > 2
q: 8 é um número primo
p v q: 4 > 2 OU 8 é um número primo
v(p) = V
v(q) = F
v (p,q) = p v q
v(p) = V
Condicional ou Implicação de duas proposições, p e q, que indicamos por p->q (lemos 'se p
então q') só será falsa quando p for verdadeira e q falsa. Nos demais casos é verdadeira.
p: Vasco venceu o jogo. (V)
q: Vasco empatou o jogo. (F)
p->q: SE o Vasco venceu o jogo, ENTÃO o Vasco empatou o jogo.
v(p,q) = p->q
v(p) = F
Bicondicional ou dupla implicação (<->) de duas proposições p e q, indicamos p<->q (lê-se 'p
se e somente se q') é verdadeira somente quando as proposições componentes forem ambas
verdadeiras ou ambas falsas.
p: A grama está molhada. (V)
q: Choveu hoje. (V)
p<->q: A grama está molhada, SE E SOMENTE SE choveu hoje.
v(p,q) = p<->q
v(p) = V
O gênero dissertativo tem como objetivo expor acontecimentos e debater o tema. Uma
dissertação serve para expor uma ideia, problema ou questionamento. Nela, desenvolve-se
um raciocínio com base em argumentos que levarão a uma conclusão.
Processo de Argumentação:
No desenvolvimento, será necessário defender um posicionamento diante de um tema;
Deve-se encadear os argumentos, e não apenas listá-los, com as razões para pensar dessa
maneira;
Construir coerência lógica com argumentos convincentes;
Amarrar e explicar tudo para convencer o interlocutor a concordar com o ponto de vista
defendido.
Tipos de argumentos:
- Argumento de autoridade: é aquele que se apoia no conhecimento de um especialista da
área. É um modo de trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade citada.
Exemplo: "Conforme afirma Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais
seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela".
- Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a demonstração de um especialista
para que se prove o conteúdo argumentado. Neste caso, não precisamos citar uma fonte de
confiança. Exemplo: "O investimento na área da educação é indispensável para o
desenvolvimento enconômico do país".
- A comprovação pela experiência ou observação: Fundamentada na documentação com
dados que comprovam ou afirmam sua verdade. Exemplo: "O acaso pode dar origem a
grandes descobertas científicas". Alexander Flemming, que cultivava bactérias, por acaso
percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam. Seus
registros fundamentam sua descoberta.
- Fundamentação Lógica: Operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa
e efeito, consequência e causa, etc. Exemplo: "Ao se admitir que a vida humana é o bem mais
precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a
possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria irreparável".
A ideia: não se pode aceitar a pena de morte.
Argumento: foi mencionado o caso de falha humana na sentença, o que permitiu que se
chegasse a tal conclusão.
Construção do argumento:
Transformar o tema em um questionamento, e ao longo do texto tentar responder da melhor
maneira possível a essa questão. Por exemplo:
Tema: O desmatamento da Floresta Amazônica
Questão: Quais as principais causas, consequências e soluções do desmatamento na Floresta
Amazônica?
- Abordar causas, consequências e soluções.
No estudo sobre Proposições, verificamos que são sentenças declarativas, que nos permitem
raciocinar corretamente na investigação da verdade. Exprimem um pensamento de sentido
completo, e que assumem um de dois valores lógicos: verdadeiro (V) ou falso (F).
"Como aquele carro é lindo!" - Não é proposição; proposições NÃO podem ser exclamações.
"49 > 5 + 20" - é uma proposição; tem valor verdadeiro (49 > 25).
"X é menor do que 15" - não é uma proposição; é uma sentença aberta pois X pode ter
qualquer valor.
Dissertação argumentativa:
- Persuadir, convencer seu interlocutor de sua opinião;
- Fazer com que a sua hipótese seja aceita como válida.
Construção da argumentação:
Deve-se considerar três pontos básicos para se construir uma boa argumentação:
1) Tese: sua hipótese, sua opinião acerca do tema;
2) Interlocutor: aquele a ser convencido a concordar com a tese;
3) Argumentos: aquilo que se utiliza para convencer alguém a aceitar sua tese.
Argumentos e argumentação:
- Conhecer as preferências do interlocutor otimiza a escolha dos argumentos;
- Há situações em que não se conhece as preferências do interlocutor;
- Deve-se dar preferência aos argumentos que são reconhecidos como verdadeiros ou
aceitáveis por qualquer um;
- Nesse caso, temos argumentos universais para interlocutores universais.
Desenvolve-se então um raciocínio com base em argumentos que levarão a uma conclusão.
Tipos de argumentos universais:
- Autoridade;
- Consenso;
- Comprovação pela experiência ou observação;
- Fundamentação lógica.
Silogismo: é todo argumento constituído de duas premissas ou mais que resultam em uma
conclusão.
- Exemplo:
p1 = todo carro novo é bonito.
p2 = aquele carro é novo.
q = então, aquele carro é bonito.
- Exemplo:
p1 = hoje é sábado ou domingo.
p2 = hoje não é domingo.
q = logo, hoje é sábado.
Silogismo é, portanto, uma forma de raciocínio dedutivo, pois partimos de premissas e
inferimos a conclusão.
- Exemplo:
p1 = todo animal voa.
p2 = nenhum homem voa.
q = portanto, nenhum homem é animal.
A construção está perfeita, logo, é um argumento válido, apesar da premissa "todo animal
voa" ser falsa.
Sofisma ou Falácia:
- Exemplo:
p1 = todo brasileiro gosta de samba.
p2 = Juan não é brasileiro.
q = logo, Juan não gosta de samba.
Note que apesar da conclusão estar correta, esse argumento é SOFISMA porque a primeira
premissa não afirmou que somente os brasileiros gostam de samba.
- Exemplo:
p1 = todo torcedor do curitibense é fanático.
p2 = Juan não torce para o curitibense.
q = logo, Juan não é fanático.
Note que apesar da conclusão estar correta, esse argumento também é um sofisma porque a
premissa não afirmou que somente os torcedores do curitibense são fanáticos.
Paradoxo:
Um paradoxo é uma declaração que vai contra o senso comum, as expectativas ou definições.
Na filosofia e na lógica, por exemplo, os paradoxos são importantes argumentos críticos e já
foram responsáveis pela organização ou reorganização de fundamentos de várias áreas do
conhecimento.
É um raciocínio que se faz a partir de premissas não contraditórias, mas que levam a uma
conclusão contraditória.
- Exemplo:
"Um homem diz que está mentindo. O que ele diz é verdade ou mentira?"
Se o homem estiver mentindo, então ele está falando a verdade. Se o homem estiver falando a
verdade, então ele está mentindo.
Há sentenças declarativas que são sempre verdadeiras. Outras sempre falsas. Há ainda
aquelas cuja tabela verdade apresenta tanto linhas verdadeiras como falsas ao se analisas
proposições compostas. Quando se olha para uma proposição composta você sabe dizer se ela
é uma tautologia, uma contradição ou contingência? Faz-se necessário conhecer antes a
tabela verdade da proposição para a resposta.
Tabela Verdade: é um dispositivo prático que mostra todos os valores lógicos de uma
proposição. Em uma proposição simples temos como possíveis valores lógicos F (falso) ou V
(verdadeiro).
Como saber quantas linhas haverá para uma proposição composta? Para uma proposição
simples é possível apenas dois resultados, F ou V, ou seja, duas linhas na tabela verdade. Já
para uma proposição composta, eleva-se ao quadrado o número de proposições simples que
compõe a composta.
- Exemplo:
p = A grama está molhada,
q = Hoje choveu.
P <-> = A grama está molhada *se e somente se* hoje choveu.
- Neste caso temos duas proposições simples que foram uma composta, portanto 2² = 4.
Uma proposição composta não nos permite visualizar rapidamente os valores lógicos de cada
linha da tabela verdade, pois envolve vários conectivos numa sentença declarativa.
TAUTOLOGIA:
Caso o valor lógico de uma proposição composta seja sempre verdadeiro, ela é uma
tautologia.
p = está calor.
~p = não está calor.
pv~p = está calor ou não está calor.
p ~p pv~p
VFV
FVV
CONTRADIÇÃO:
Caso o valor lógico de uma proposição composta seja sempre falso, ela é uma contradição.
p = está calor.
~p = não está calor.
p^~p = está calor e não está calor.
p ~p p^~p
VFF
FVF
CONTINGÊNCIA:
Caso o valor lógico de uma proposição composta forem nem todos verdadeiros e nem todos
falsos, ela é uma contingência.
p = a temperatura ultrapassou os 26°.
q = está calor.
p^q = a temperatura ultrapassou os 26° e está calor.
p q p^q
VVV
VFF
FVF
FFF