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Hoje, vamos explorar os fundamentos da lógica.

Quando nos propomos a estudar um conteúdo, é essencial entender o objeto desse estudo. Se
estamos entrando no mundo da lógica proposicional, precisamos compreender o que é uma
proposição lógica.

A primeira pergunta que surge é: todas as sentenças da língua portuguesa são consideradas
proposições lógicas? Vamos explorar isso agora.

Sentenças Abertas e Fechadas:

Quando trabalhamos com sentenças, podemos classificá-las como sentenças abertas ou


fechadas. Tomemos como exemplo sentenças matemáticas:

Sentença Matemática Aberta:


+
3
=
5
x+3=5
Esta é uma sentença aberta porque envolve uma incógnita, representada por

x. O valor de

x é desconhecido, tornando a sentença aberta.
Sentença Matemática Fechada:

2
+
3
=
6
2+3=6
Esta é uma sentença fechada, pois substituímos a incógnita (

x) por um valor específico (no caso,
2
2).
Avaliando Verdade ou Falsidade:

A diferença crucial entre essas sentenças é a possibilidade de avaliar sua verdade ou falsidade.
Na sentença aberta, como

x é uma incógnita, não podemos determinar se a sentença é verdadeira ou falsa. Já na
sentença fechada, como
2
+
3
2+3 é claramente igual a
5
5, podemos dizer que a sentença é falsa.

Resumindo, para termos uma proposição lógica, precisamos ser capazes de avaliá-la como
verdadeira ou falsa. Uma proposição lógica é uma sentença fechada em que podemos atribuir
os valores de verdadeiro (V) ou falso (F).

Exemplo com Língua Portuguesa:

Vamos agora aplicar isso à língua portuguesa. Considere a sentença "Ele é um grande cantor".
Esta é uma sentença aberta, pois não sabemos de quem estamos falando. Transformando-a
em "João é um grande cantor", tornamos a sentença fechada, e agora podemos avaliar se é
verdadeira ou falsa.

Dessa forma, assim como na matemática, na língua portuguesa temos sentenças abertas e
fechadas, e apenas as fechadas são consideradas proposições lógicas.

Esse é um ponto fundamental para entendermos o que é uma proposição lógica.


Tipos de Sentenças e Proposições Lógicas:
Vamos explorar diferentes tipos de sentenças para entender o que é considerado uma
proposição lógica.
 Sentenças Interrogativas e Exclamativas:
 Quando usamos frases interrogativas, como "Qual é o seu nome?", ou
exclamativas, como "Parabéns pela aprovação!", não estamos lidando com
proposições lógicas. Esses tipos de frases não podem ser avaliados como
verdadeiros ou falsos.
 Sentenças Sem Verbo (Imperativas):
 Frases do tipo imperativo, como "Não corra" ou "Cale a boca", que expressam
ordens, também não são consideradas proposições lógicas. Elas não podem
ser avaliadas em termos de verdade ou falsidade.
 Paradoxos:
 Sentenças paradoxais, como "Sei que nada sei", são frases sem sentido, pois se
alguém sabe algo, não pode ao mesmo tempo afirmar que nada sabe. Essas
sentenças também não são consideradas proposições lógicas.
Requisitos para uma Proposição Lógica:
Para ser considerada uma proposição lógica, uma sentença deve atender a certos critérios:
1. Ser Declarativa:
 Deve ser uma afirmação ou declaração sobre alguém ou algo. Por exemplo,
"Hoje é domingo" é uma afirmação.
2. Ser Afirmativa:
 Deve afirmar algo sobre o sujeito. Por exemplo, "Pedro é médico" é uma
afirmação.
Exemplo Prático:
Vamos analisar uma questão que ilustra esses conceitos:
"Julgue o item a seguir relativo ao raciocínio lógico e às operações com conjuntos: A sentença
'Bruna, acessem a internet e verifique a data da aposentadoria do senhor Carlos' é uma
proposição composta que pode ser escrita na forma �∧�P∧Q."
Aqui, o examinador tenta induzir um erro ao sugerir que a frase é uma proposição composta
com a conjunção 'e' (indicada por ∧∧). No entanto, a sentença "Bruna, acessem a internet..." é
uma ordem (sentença imperativa), não uma proposição lógica. Portanto, a análise do autor da
questão é incorreta.

Avaliação de Questões:
1. Questão sobre Bruna e aposentadoria:
A questão apresentada pela banca CESPE/CEBRASPE é astuta e busca testar o conhecimento
do aluno sobre proposições lógicas. No entanto, o enunciado não se enquadra como uma
proposição lógica, pois é uma sentença imperativa, uma ordem, e não pode ser avaliada como
verdadeira ou falsa. Portanto, a análise original está incorreta.
2. Questão sobre o calor:
Nessa questão, o examinador afirma que a frase "O calor tá de matar" não é um exemplo de
proposição lógica, e ele está correto. A sentença é exclamativa, o que a exclui da categoria de
proposições lógicas.
3. Tipos de Proposições:
Em lógica, podemos classificar proposições em simples e compostas, assim como orações na
língua portuguesa.
 Proposições Simples:
 Exemplos dados são "Pedro é dentista" e "Anna é arquiteta". Cada uma dessas
frases é uma proposição simples.
 Proposições Compostas:
 Ao unir proposições simples, criamos proposições compostas. Utilizamos
conectivos lógicos para isso. A análise inclui a introdução do termo "ou" como
um exemplo, que será explorado com mais detalhes nas próximas aulas.
Próximos Conceitos:
Na próxima aula, vamos abordar conectivos lógicos, com destaque para o "ou" exclusivo e a
introdução de símbolos específicos. A ideia é fornecer uma base sólida para compreensão de
proposições compostas.
Agora, continuando com o assunto, estamos abordando os conectivos lógicos. Temos cinco
conectivos principais que são essenciais para formar proposições compostas. Vamos
recapitular cada um deles:
1. E (Conjunção): Conecta duas proposições, como em "Pedro é dentista e Ana é
arquiteta." Ambas as proposições devem ser verdadeiras para que a composta seja
verdadeira.
2. Então (Condicional): Relaciona duas proposições de tal forma que a segunda ocorre se
a primeira ocorrer. Por exemplo, "Se Pedro é dentista, então Ana é arquiteta."
3. Bicondicional: Representado por "se e somente se." Ambas as proposições devem ser
verdadeiras ou ambas falsas para que a composta seja verdadeira. Por exemplo,
"Pedro é dentista se e somente se Ana é arquiteta."
4. Ou (Disjunção): Liga duas proposições, e a composta é verdadeira se pelo menos uma
das proposições simples é verdadeira. Exemplo: "Pedro é dentista ou Ana é arquiteta."
5. Ou Exclusivo: Representa uma disjunção exclusiva, ou seja, a composta é verdadeira
se apenas uma das proposições simples é verdadeira. Por exemplo, "Pedro é dentista
ou Ana é arquiteta, mas não ambos."
Aplicação Prática:
Uma questão prática foi apresentada, onde foi necessário identificar proposições simples e
compostas. A análise cuidadosa das sentenças e a aplicação dos conceitos de proposições
lógicas levaram à resolução correta da questão.

Conclusão da Aula:
Essa aula focou nos fundamentos essenciais da lógica proposicional. A compreensão de
proposições simples e compostas, bem como o papel dos conectivos lógicos, é crucial.
Resolvemos questões práticas para solidificar o aprendizado.

Próximos Passos:
Para praticar, uma lista de exercícios foi disponibilizada no link abaixo do vídeo. Resolver esses
exercícios ajudará a consolidar o conhecimento adquirido nesta aula.
Encerramento:
A aula foi encerrada com um convite para se inscrever no canal, deixar um like, compartilhar o
vídeo e também disseminar conhecimento. O próximo encontro será na aula número 2.
Finalização:
Espero que tenha gostado desta aula introdutória. Fique à vontade para tirar dúvidas, praticar
os exercícios e se preparar para a próxima aula. Até lá!

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