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Aula 08

Curso: Matemática e Raciocínio Lógico


Professores: Custódio Nascimento e Fábio Amorim
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 08

Aula 08 – Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas,


lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações
das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para
estabelecer a estrutura daquelas relações. - Parte 1: estruturas
lógicas

Assunto Página

1. Sentenças e proposições 3

2. Tabela-verdade 6

3. Conectivos lógicos 9

4. Tautologia, contradição e contingência 17

5. Questões comentadas 21

6. Resumo 47

7. Questões apresentadas na aula 48

8. Gabarito 57

Caros amigos,

Iniciamos mais uma aula do curso de Matemática e Raciocínio Lógico


para os Tribunais Regionais Federais (TRFs), cargos de Analista e Técnico
Judiciário. Hoje abordaremos as estruturas lógicas, estudando as proposições
simples e compostas, as tabelas-verdade de cada conectivo lógico e as
definições de tautologia, contradição e contingência.
São as noções básicas de raciocínio lógico e, por isso mesmo, um assunto
essencial para a compreensão de temas futuros da disciplina. Para facilitar o
entendimento do assunto, montamos alguns diagramas e resumos para auxiliar
na memorização do conteúdo, conforme relação abaixo:
Esquema 1 – Relação entre sentenças e proposições ........................................................... 4
Esquema 2 – Situação (V/F) dos conectivos lógicos ............................................................ 16
Esquema 3 – Tautologia, contradição e contingência .......................................................... 20

Um forte abraço,
Custódio Nascimento

“O mais importante da vida não é a situação em que estamos,


mas a direção para a qual nos movemos.”
Oliver Wendell Holmes

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1. Sentenças e proposições

O objetivo principal desta aula será o estudo das proposições. Para tanto,
começaremos abordando a relação entre sentenças e proposições.

 Sentenças
Chamamos de sentença um conjunto de palavras e símbolos que
expressa um pensamento completo.
Você não precisará decorar essa definição, mas apenas saber diferenciar
uma sentença de uma proposição, conforme explicado no próximo item.

 Proposições
Chama-se proposição toda sentença declarativa que pode ser
classificada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como ambas.
Pela definição, já conseguimos excluir da definição de proposição as
sentenças exclamativas, imperativas e interrogativas. Sendo assim, não são
proposições as seguintes sentenças:
i) Quem é você? (interrogativa)
ii) Que lindo dia! (exclamativa)
iii) Pegue aquele documento. (imperativa)
Normalmente as proposições são representadas por letras maiúsculas ou
minúsculas, sendo as mais usuais: p, q, r, A ou B.
Exemplos: p: Emerson é professor.
q: O Brasil foi campeão de futebol em 1982.
Um importante tipo de sentença que não é proposição é a chamada
sentença aberta.
Exemplo: 𝑥 + 3 = 7
Uma vez que x assume um valor variável, não há possibilidade de julgar
se esta frase é verdadeira ou falsa. Trata-se, portanto, de uma sentença
aberta.
Vejamos outro exemplo de sentença aberta:
“Ele foi o campeão de Roland Garros em 2013”.
Neste caso, não sabemos quem é “ele”, o que não nos deixa classificar a
frase em V ou F. Caso “ele” seja Rafael Nadal, então a frase é Verdadeira. Caso
contrário, a frase será falsa.
Esquematicamente temos:

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Sentenças
•Exclamativas
•Interrogativas
Proposições
•Imperativas
•Declarativas
•Sentenças abertas

Esquema 1 – Relação entre sentenças e proposições

Vamos ver como o assunto já foi cobrado em prova:

(CESPE / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental – Secretaria Geral – ES / 2007) Na lista de afirmações
abaixo, há exatamente 3 proposições.
• Mariana mora em Piúma.
• Em Vila Velha, visite o Convento da Penha.
• A expressão algébrica x + y é positiva.
• Se Joana é economista, então ela não entende de políticas públicas.
• A SEGER oferece 220 vagas em concurso público.
Resolução:
Vamos analisar cada uma das frases:
• Mariana mora em Piúma. É uma proposição, pois é uma sentença
declarativa.
• Em Vila Velha, visite o Convento da Penha. Não é uma proposição, pois é
uma frase imperativa.
• A expressão algébrica x + y é positiva. Não é uma proposição, pois é uma
sentença aberta.
• Se Joana é economista, então ela não entende de políticas públicas. É uma
proposição composta por duas proposições simples. Atentar que, pelo contexto
da questão, devemos contar apenas como 1 proposição.
• A SEGER oferece 220 vagas em concurso público. É uma proposição, pois
se trata de uma sentença declarativa.
Logo, temos 3 proposições.
Item certo.

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 Princípios fundamentais da lógica proposicional
São três as leis do pensamento:
1. Princípio da identidade: afirma que se qualquer enunciado é
verdadeiro, então ele é verdadeiro; se qualquer enunciado é falso,
então ele é falso. Em outras palavras, toda proposição será idêntica
a si mesma.
2. Princípio da não contradição: afirma que nenhum enunciado
pode ser verdadeiro e falso. Este princípio serve para exemplificar
a contradição que existe em uma frase do tipo “Maria é e não é
brasileira”. Essa frase não pode ser válida, já que ela não pode ser
V e F ao mesmo tempo.
3. Princípio do terceiro excluído: afirma que um enunciado ou é
verdadeiro ou é falso. Isso quer dizer que não há uma outra
possibilidade.

(PC-SP / Delegado de Polícia – Polícia Civil – SP / 2011)


Em lógica, pelo princípio do terceiro excluído,
a) uma proposição falsa pode ser verdadeira e uma proposição falsa pode
ser verdadeira.
b) uma proposição verdadeira pode ser falsa, mas uma proposição falsa é
sempre falsa.
c) uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa, não há outra
possibilidade.
d) uma proposição verdadeira é verdadeira e uma proposição falsa é falsa.
e) nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
Resolução: Questão que cobra a literalidade do enunciado do princípio. A
alternativa C é a resposta correta.

 Proposições compostas
As proposições podem ser simples ou compostas. Serão proposições
simples aquelas que vêm sozinhas, desacompanhadas de outras proposições.
Todavia, se duas (ou mais) proposições vêm conectadas entre si,
formando uma só sentença, estaremos diante de uma proposição composta.
Em outras palavras, proposições compostas são aquelas que são formadas por
duas ou mais proposições simples.

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(CESPE / Auditor de Controle Externo - Área Direito –


Tribunal de Contas Estadual - RO / 2013 - adaptada) Julgue os itens
subsecutivos.
 A proposição “As pessoas têm o direito ao livre pensar e à liberdade de
expressão” é uma proposição lógica simples.
Resolução:
Primeiramente, temos que perceber que a frase dada é uma proposição,
pois é declarativa, traz uma ideia completa e pode ser classificada como V ou F.
Podemos notar que a frase só possui uma ideia completa, o que faz com que
ela seja uma proposição simples.
Item Certo.

 A proposição “Deve ser estimulada uma atuação repressora e preventiva


dos sistemas judicial e policial contra todo ato de intolerância” é uma proposição
composta.
Resolução:
Novamente, temos uma frase que só possui uma ideia completa, o que
nos leva a concluir que ela não pode ser uma proposição composta.
Item Errado.
Neste caso, cabe uma ressalva, pois devemos nos atentar que nenhuma
das palavras “e” utilizadas na frase possui o sentido lógico da conjunção. Ainda
que, no Português, tal palavra seja classificada como uma conjunção, não é isso
o que ocorre quando analisamos a frase pela ótica do Raciocínio Lógico.

2. Tabela-verdade

Tabela-verdade é o nome que damos à tabela que demonstra todas as


possibilidades de combinação de valores lógicos das proposições envolvidas.
Vamos agora tratar das regras para a construção da tabela-verdade,
bem como das questões de prova que exigem a sua construção.

 Cálculo do número de linhas


Para podermos listar todas as possibilidades, temos primeiro que saber
qual será o tamanho da tabela que precisaremos construir, ou seja, quantas
linhas ela terá. A fórmula é simples, mas extremamente importante.

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Sabendo o número de proposições simples a serem analisadas, podemos
chegar ao número de linhas da tabela-verdade, pelo uso da fórmula:

𝒏º 𝒅𝒆 𝒍𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 = 𝟐𝒏

em que n é o número de proposições simples.

Vamos ver como isso já foi cobrado em prova:

(CESPE / Analista Judiciário - Área Administrativa –


Tribunal Regional do Trabalho - 17ª Região / 2013) Considerando a
proposição P: “Se estiver sob pressão dos corruptores ou diante de uma
oportunidade com baixo risco de ser punido, aquele funcionário público será
leniente com a fraude ou dela participará”, julgue o item seguinte relativo à
lógica sentencial.
 A tabela-verdade da proposição P contém mais de 10 linhas.
Resolução:
Como vimos, o número de linhas de uma tabela-verdade guarda relação
com o número de proposições simples a serem analisadas. Logo, a primeira
coisa que devemos fazer é interpretar a proposição P que foi dada, para
identificar quais são as proposições simples envolvidas. Relendo o enunciado,
percebemos as seguintes proposições simples:
A: Aquele funcionário está sob pressão dos corruptores.
B: Aquele funcionário está diante de uma oportunidade com baixo risco de ser
punido.
C: Aquele funcionário é leniente com a fraude.
D: Aquele funcionário participa da fraude.
Vamos reescrever a proposição, identificando a posição das proposições
simples e dos conectivos:
P: “Se estiver sob pressão dos corruptores ou diante de uma oportunidade
A B
com baixo risco de ser punido, (então) aquele funcionário público será
C
leniente com a fraude ou dela participará.”
D
Podemos, também, identificá-la como 𝐴 ∨ 𝐵 → 𝐶 ∨ 𝐷 .

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Como vimos, temos 4 proposições simples envolvidas, logo o número de
linhas da tabela-verdade é:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 = 2𝑛 = 24 = 16
Item certo.

 Roteiro para preenchimento de uma tabela-verdade


Agora que já aprendemos a calcular a quantidade de linhas de uma
tabela-verdade, vamos aprender a melhor maneira de preenchê-la, para não
deixarmos escapar nenhuma das possibilidades.
Para tanto, montamos o seguinte roteiro, que será empregado para
construirmos a tabela-verdade de 3 proposições simples, que serão chamadas
de P, Q e R:

1. Calcular o número de linhas: 2n.


Neste caso, como temos 3 proposições simples (n=3), o número de linhas
da tabela-verdade será 23 = 8. Eis a nossa tabela parcial:

P Q R

2. Na primeira coluna da tabela, inserir V até a metade das linhas, e F na


outra metade. A nossa tabela fica assim:

P Q R
V
V
V
V
F
F
F
F

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3. Na segunda coluna da tabela, colocar V até a metade das linhas de
mesmo valor lógico da coluna anterior, e F na outra metade. Repetir
para cada valor lógico existente. Ficamos, então, com:

P Q R
V V
V V
V F
V F
F V
F V
F F
F F

4. A última coluna da tabela será sempre uma intercalação de V e F. Eis a


tabela-verdade resultante:
P Q R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

ATENÇÃO!!! A quantidade de conectivos lógicos em uma proposição


não altera o número de linhas de uma tabela-verdade, se a quantidade
de proposições simples não variar. Exemplificando, a tabela verdade da
proposição (P∨Q)∧(¬P) possui o mesmo número de linhas da proposição
(P∨Q)∧(¬P)→(P∧Q)∨(¬Q), já que ambas possuem apenas duas
proposições simples.

3. Conectivos lógicos

Como vimos, a ligação de proposições simples por meio de símbolos


lógicos dá origem às proposições compostas. Estudaremos, agora, alguns
desses símbolos lógicos, chamados também de conectivos lógicos.
Conectivos lógicos são expressões que servem para unir duas ou mais
proposições.

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Veremos que, para determinamos se uma proposição composta é
verdadeira ou falsa, dependeremos de duas coisas:
1º) do valor lógico das proposições componentes; e
2º) do tipo de conectivo que as une.

3.1 – Partícula "não" (negação)


A negação de uma proposição é a inversão do seu valor lógico. Ela é
representada pelos símbolos “¬“ ou “~”.
Exemplo:
p: O Brasil ganhou a Copa.
¬p: O Brasil não ganhou a Copa.
Eis a tabela-verdade:
p ¬p
V F
F V

Um ponto importante a ser estudado é a maneira como a negação


aparece nas frases que podem ser utilizadas nas provas. A maneira mais simples
é o acréscimo da palavra “não” na frase, como já foi mostrado anteriormente.
Além disso, as seguintes expressões são equivalentes a “não A”:
i) Não é verdade que A;
ii) É falso que A.
Deste modo, seja a proposição A: Passar em um concurso é fácil,
podemos formar a negação da proposição das seguintes maneiras:
¬A: Passar em um concurso não é fácil.
¬A: É falso que passar em um concurso é fácil.
¬A: Não é verdade que passar em um concurso é fácil.
Se estivermos atentos a esses pequenos detalhes, não teremos
dificuldade nas questões que envolvam a negação.

3.2 – Conectivo "e" (conjunção)


Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas
conjunções. Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “∧”.
Exemplo:

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p: Emerson é professor.
q: Maria dirigiu o carro.
p ∧ q: Emerson é professor e Maria dirigiu o carro.
Note que, na nossa língua, há outras palavras que também possuem a
mesma ideia lógica da conjunção, como: mas, porém, contudo, entretanto, etc.
Exemplo:
p: Emerson é professor.
q: Maria dirigiu o carro.
p ∧ q: Emerson é professor mas Maria dirigiu o carro.

Outra forma possível será: Emerson é professor contudo Maria dirigiu o


carro.
Uma proposição do tipo “p e q” será verdadeira quando ambas as
proposições forem verdadeiras. Consequentemente, será falsa se pelo menos
uma das proposições forem falsas.
A tabela-verdade é dada a seguir:
p q p ∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

ATENÇÃO!!! Uma conjunção só será verdadeira, se ambas as


proposições componentes forem também verdadeiras. Nos demais
casos, a conjunção será falsa.

(FCC / Auditor Fiscal da Receita Estadual – SP / 2006)


Considere a proposição "Paula estuda, mas não passa no concurso". Nessa
proposição o conectivo lógico é:
a. Disfunção inclusiva.
b. Conjunção.
c. Disfunção exclusiva.
d. Condicional.
e. Bicondicional.

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Resolução:
Como vimos, a palavra “mas” pode possuir o mesmo valor lógico da
palavra “e”, ou seja, ser empregada como uma conjunção. A proposição
apresentada no enunciado é um exemplo de uma situação em que isso ocorre.
A alternativa B é a resposta correta.

3.3 – Conectivo "ou" (disjunção)


Damos o nome de disjunção a toda proposição composta em que as
partes estejam unidas pelo conectivo “ou”. Simbolicamente, representaremos
esse conectivo por “∨”.
Exemplo:
p: A vida é dura.
q: Há luz no fim do túnel.
p ∨ q: A vida é dura ou há luz no fim do túnel.
Uma proposição do tipo “p ou q” será verdadeira quando pelo menos uma
das proposições for verdadeira. Consequentemente, será falsa se ambas as
proposições forem falsas.
Vejamos como fica a tabela-verdade:
p q p ∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

ATENÇÃO!!! Uma disjunção será falsa quando as duas partes que a


compõem forem ambas falsas. E nos demais casos, a disjunção será
verdadeira.

(CESPE / Agente de Polícia Civil – Polícia Civil do Distrito


Federal / 2013) Considerando que P e Q representem proposições conhecidas
e que V e F representem, respectivamente, os valores verdadeiro e falso, julgue
os próximos itens.
. Se P for F e P ∨ Q for V, então Q é V.
Resolução:
Vamos inserir os valores lógicos dados no enunciado:

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P ∨ Q
F
V
Pela regra da disjunção, ela será verdadeira quando pelo menos uma
das proposições componentes for V. Como P é F, temos que Q deve ser V.
Item Certo.

3.4 – Conectivo "ou... ou..." (disjunção exclusiva)


Há um terceiro tipo de proposição composta, bem parecido com a
disjunção que acabamos de ver, mas com uma pequena diferença. Comparemos
as duas sentenças abaixo:
“Giovani ganhará uma bola ou Giovani ganhará uma bicicleta.”
“Ou Giovani ganhará uma bola ou Giovani ganhará uma bicicleta.”
Conseguimos notar que a segunda estrutura apresenta duas situações
mutuamente excludentes, ou seja, apenas uma delas pode ser verdadeira,
sendo a outra necessariamente falsa. Ambas nunca poderão ser, ao mesmo
tempo, verdadeiras; ambas nunca poderão ser, ao mesmo tempo, falsas.
O símbolo que designa a disjunção exclusiva é o “𝛁” ou “v”. Note como fica a
tabela-verdade:
p q p 𝛁q
V V F
V F V
F V V
F F F

ATENÇÃO!!! Uma disjunção exclusiva só será verdadeira se houver uma


das sentenças verdadeira e a outra falsa. Nos demais casos, a
disjunção exclusiva será falsa.

3.5 – Conectivo "se... então..." (condicional)


A estrutura “se... então...” é chamada de condicional, e é representada
pelo símbolo “ →”.
Vejamos um exemplo:
p: Pedro é médico.
q: Maria é dentista.

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p → q: Se Pedro é médico, então Maria é dentista.
Chamaremos o primeiro termo da condicional de antecedente, e o seu
segundo termo de consequente, ou seja:

Se Pedro é médico, então Maria é dentista.


antecedente consequente

ATENÇÃO!!! Podemos omitir o termo “se” ou o termo “então” sem


prejuízo lógico no entendimento.

Ex: Se Pedro é médico, Maria é dentista.


Pedro é médico, então Maria é dentista.

Precisamos notar que existem outras palavras que também fornecem o


mesmo sentido lógico da condicional, e que podem ser cobradas na sua prova.
São elas: “quando...”, “sempre que...” e “... consequentemente...”.
Exemplos:
Quando Pedro é médico, Maria é dentista.
Sempre que Pedro é médico, Maria é dentista.
Pedro é médico; consequentemente, Maria é dentista.
A tabela verdade é dada a seguir:
p q p →q
V V V
V F F
F V V
F F V

ATENÇÃO!!! Uma condicional só será falsa quando a primeira parte


(antecedente) for verdadeira, e a segunda (consequente) for falsa.
Nos demais casos, a condicional será verdadeira.
Uma dica que auxilia na memorização: a condicional somente será falsa
quando a seta for “de V para F”. Veja a representação abaixo:
p q p →q
V V V
V F F
de V para F
F V V
F F V

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(CESPE / Analista Judiciário - Área Administrativa -


Especialidade: Análise de Sistemas – Tribunal de Justiça - SE / 2014)
Considerando que P seja a proposição “Se os seres humanos soubessem se
comportar, haveria menos conflitos entre os povos”, julgue o item seguinte.
Se a proposição “Os seres humanos sabem se comportar” for falsa, então
a proposição P será verdadeira, independentemente do valor lógico da
proposição “Há menos conflitos entre os povos”.
Resolução:
A questão afirma que a proposição “Os seres humanos sabem se
comportar” é falsa. Substituindo tal valor lógico na proposição P, temos:
P: Se os seres
humanos soubessem se comportar, haveria menos conflitos entre os povos.
F
Logo, pelas regras da condicional, como a antecedente é falsa, a
proposição P será verdadeira independentemente do valor lógico da
consequente (“Há menos conflitos entre os povos”).
Item Certo.

3.6 – Conectivo "se e somente se" (bicondicional)


A estrutura dita bicondicional apresenta o conectivo “se e somente se”,
separando as duas sentenças simples. Trata-se de uma proposição de fácil
entendimento. Se alguém disser:
“Eduardo fica alegre se e somente se Mariana sorri”.
É o mesmo que fazer a conjunção entre as duas proposições
condicionais:
“Se Eduardo fica alegre, então Mariana sorri e se Mariana sorri, então
Eduardo fica alegre.”
A tabela verdade é dada a seguir:
p q p ↔q
V V V
V F F
F V F
F F V

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ATENÇÃO!!! Uma bicondicional será verdadeira quando as duas


proposições tiverem o mesmo valor lógico, ou seja, quando ambas
forem verdadeiras, ou quando ambas forem falsas.

3.7 – Outras maneiras de encontramos negação em proposições


Mencionamos anteriormente que algumas expressões são equivalentes à
negação, em uma proposição simples. Para relembrar, as expressões
equivalentes a “não A” são:
i) Não é verdade que A;
ii) É mentira que A;
iii) É falso que A.
Pois bem, tais expressões também costumam aparecer nas proposições
compostas. Vejamos alguns exemplos de negações de proposições compostas.
Sejam as proposições A: João é alto; B: João é jogador de basquete.
¬(¬𝐴 → 𝐵) : Não é verdade que se João não é alto então ele é jogador
de basquete.
¬(¬𝐴 ↔ 𝐵): É mentira que João não é alto se e somente se ele é jogador
de basquete.

3.8 – Resumo dos conectivos lógicos


Podemos resumir a situação dos conectivos no seguinte quadro:
Estrutura
É verdadeira quando É falsa quando
lógica
¬A A for falsa A for verdadeira
A ∧B ambas forem verdadeiras nos demais casos

A ∨B nos demais casos ambas forem falsas


os valores lógicos de A e B os valores lógicos de A e B
A 𝛁B
forem distintos forem iguais
A →B nos demais casos A for verdadeira e B for falsa
os valores lógicos de A e B os valores lógicos de A e B
A ↔B
forem iguais forem distintos

Esquema 2 – Situação (V/F) dos conectivos lógicos

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4. Tautologia, contradição e contingência

O objetivo desta seção é apresentar os conceitos de tautologia,


contradição e contingência. Você logo perceberá que são coisas muito
simples. Para chegarmos a tais conceitos lógicos, precisaremos desenvolver a
tabela-verdade de algumas proposições compostas.

4.1 – Tautologia
Tautologia é a proposição composta que é sempre verdadeira,
independentemente dos valores lógicos das proposições simples que a
compõem.
Para saber se uma proposição composta é uma tautologia, basta construir
a sua tabela-verdade. Se a última coluna apresentar apenas verdadeiro (e
nenhum falso), estaremos diante de uma tautologia.
Exemplo: A proposição (𝑝 ∧ 𝑞) → (𝑝 ∨ 𝑞) é uma tautologia, pois é sempre
verdadeira, independentemente dos valores lógicos de p e de q, como se pode
observar na tabela-verdade:
p q 𝑝∧𝑞 𝑝∨𝑞 (𝑝 ∧ 𝑞) → (𝑝 ∨ 𝑞)
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V
verdadeiro

(CESPE / Agente de Polícia Civil – Polícia Civil do Distrito


Federal / 2013) Considerando que P e Q representem proposições conhecidas
e que V e F representem, respectivamente, os valores verdadeiro e falso, julgue
o próximo item.
 A proposição (𝑃 ∨ 𝑄) → 𝑄 é uma tautologia.
Resolução:
Para resolvermos a questão, vamos construir a tabela-verdade.
Inicialmente, vemos que temos 2 proposições simples, logo teremos 22 = 4
linhas na nossa tabela-verdade. Aplicando o roteiro de construção explicado
anteriormente, temos o seguinte:
P Q 𝑃∨𝑄 (𝑃 ∨ 𝑄) → 𝑄
V V
V F
F V
F F

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Vamos começar preenchendo a coluna 𝑃 ∨ 𝑄:
P Q 𝑃∨𝑄 (𝑃 ∨ 𝑄) → 𝑄
V V V
V F V
F V V
F F F

Agora, preenchemos a última coluna:


P Q 𝑃∨𝑄 (𝑃 ∨ 𝑄) → 𝑄
V V V V
V F V F
F V V V
F F F V

Como há pelo menos um valor lógico falso, concluímos que não se trata
de uma tautologia.
Item errado.

4.2 –Contradição
Contradição é a proposição composta que é sempre falsa,
independentemente dos valores lógicos das proposições simples que a
compõem.
Para saber se uma proposição composta é uma contradição, basta
construir a sua tabela-verdade. Se a última coluna apresentar apenas falso (e
nenhum verdadeiro), estaremos diante de uma contradição.
Exemplo: A proposição 𝑝 ↔ ¬𝑝 é uma contradição, pois é sempre falsa,
independentemente dos valores lógicos de p, como se pode observar na tabela-
verdade:
p ¬p 𝑝 ↔ ¬𝑝
V F F
F V F
falso

(ESAF / Engenheiro – Ministério da Fazenda / 2013)


Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ∼ 𝑃 ∧ 𝑃 é:
a) uma tautologia.
b) equivalente à proposição ∼ 𝑃 ∨ 𝑃.
c) uma contradição.
d) uma contingência.

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e) uma disjunção.
Resolução:
Para resolvermos a questão, vamos construir a tabela-verdade. Como
temos apenas uma proposição simples, sabemos que a nossa tabela-verdade
terá apenas duas linhas, conforme a seguir:
P ~𝑃 ~𝑃 ∧ 𝑃
V
F

Preenchendo as demais colunas, temos:


P ~𝑃 ~𝑃 ∧ 𝑃
V F F
F V F

Como todos os valores da tabela-verdade são falsos, temos uma


contradição.
A alternativa C é a resposta correta.

4.3 – Contingência
Vimos que, se todos os valores lógicos forem V, trata-se de uma
tautologia. Se todos eles forem F, temos uma contradição. Mas e se tivermos
alguns valores V e outros F? A resposta é que teremos uma contingência.
Vejamos um exemplo:
Exemplo: A proposição 𝑝 ↔ (𝑝 ∧ 𝑞) é uma contingência, pois apresenta
alguns valores V e outros F, conforme mostra a sua tabela-verdade:
p q 𝑝∧𝑞 𝑝 ↔ (𝑝 ∧ 𝑞)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V
alguns V,
outros F

Em resumo, temos:

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Tautologia Sempre V

Contradição Sempre F

Contingência Alguns V, outros F

Esquema 3 – Tautologia, contradição e contingência

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5. Questões comentadas

Múltipla escolha
01. (FCC / Técnico de Controle Externo - Administração - Tribunal de
Contas do Estado-CE / 2015) Considere as afirmações:
I. Se a música toca no rádio, então você escuta.
II. A música não tocou no rádio.
III. Renato é bom em matemática ou é bom em português.
IV. Se as nuvens estão escuras, então vai chover.
Sabe-se que as afirmações I e II são verdadeiras, e as afirmações III e IV são
falsas. A partir dessas afirmações, é correto concluir que
a) Você escutou a música, e Renato não é bom em matemática, e não é bom
em português.
b) A música não tocou no rádio, e as nuvens não estão escuras, e vai chover.
c) Você escutou a música, e Renato é bom somente em matemática, e está
chovendo.
d) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em português, e as nuvens
estão escuras.
e) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em matemática, e é bom
em português, e não vai chover.
Resolução:
Pelos dados do enunciado, a afirmação II é V:
II. A música não tocou no rádio.
V

Analisamos, agora, a afirmação I, que também é V:


I. Se a música toca no rádio, então você escuta.
F

Se a antecedente é F, a consequente pode ser V/F pois de qualquer


forma a afirmação será verdadeira. Logo:
I. Se a música toca no rádio, então você escuta.
F V/F

Continuando os dados do enunciado, a afirmação III é F:

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III. Renato é bom em matemática ou é bom em português.
Ora, vimos que, para uma disjunção ("OU") ser falsa, é necessário que
ambas as proposições simples sejam F. Logo:
III. Renato é bom em matemática ou é bom em português.
F F

Por fim, a questão afirma que IV é F:


IV. Se as nuvens estão escuras, então vai chover.
Vimos, na parte teórica de nossa aula, que a única maneira de uma
condicional ser falsa é quando a proposição antecedente é V e a consequente é
F. Assim:
IV. Se as nuvens estão escuras, então vai chover.
V F

Analisando cada alternativa da questão, temos:


a) Você escutou a música, e Renato não é bom em matemática, e não é bom
em português. V
V/F V

Como a primeira parte pode ser V/F, então este item não pode ser
correto. Alternativa errada.

b) A música não tocou no rádio, e as nuvens não estão escuras, e vai chover.
V F F

As proposições falsas tornam a alternativa errada.

c) Você escutou a música, e Renato é bom somente em matemática, e está


chovendo. V/F

Idem alternativa A, logo está errada. Além disso, o "somente" que


aparece na alternativa sempre a tornará F, pois não sabemos das demais áreas
de conhecimento não mencionadas na questão. Alternativa errada.

d) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em português, e as nuvens


estão escuras.
V V
V
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Todas as proposições são V, logo a alternativa é correta.


A alternativa D é a resposta correta.

02. (IBFC / Técnico em Contabilidade - Empresa Brasileira de Serviços


Hospitalares / 2015) Dentre as alternativas, a única correta, em relação aos
conectivos lógicos, é:
a) O valor lógico da disjunção entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.
b) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é verdade se, o valor
lógico de somente uma das proposições for verdade.
c) O valor lógico do condicional entre duas proposições é falsa se o valor lógico
das duas proposições for falso.
d) O valor lógico do bicondicional entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.
e) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.
Resolução:
Vamos analisar cada uma das alternativas:
a) O valor lógico da disjunção entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.
Como vimos, a disjunção ("OU") somente será falsa quando ambas as
preposições forem falsas. Item errado.

b) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é verdade se, o valor


lógico de somente uma das proposições for verdade.
Como vimos, a conjunção ("E") somente será verdadeira quando ambas
as preposições forem verdadeiras. Item errado.

c) O valor lógico do condicional entre duas proposições é falsa se o valor lógico


das duas proposições for falso.
Quando ambas as proposições da condicional ("SE, ENTÃO") forem falsas,
ela se torna verdadeira. Item errado.

d) O valor lógico do bicondicional entre duas proposições é falsa se o valor lógico


de somente uma das proposições for falso.

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Como vimos, a bicondicional ("SE E SOMENTE SE") é verdadeira quando
o ambas as proposições têm o mesmo valor lógico. Assim, se uma delas for
falsa e a outra for verdadeira, a bicondicional fica falsa. Item correto.

e) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é falsa se o valor lógico


de somente uma das proposições for falso.
Analogamente ao que dissemos na letra B, item errado.
A alternativa D é a resposta correta.

03. (ESAF / Analista Técnico Administrativo - Ministério do Turismo /


2014) Assinale qual das proposições das opções a seguir é uma tautologia.
A) 𝑝 ∨ 𝑞 → 𝑞

B) 𝑝 ∧ 𝑞 → 𝑞

C) 𝑝 ∧ 𝑞 ↔ 𝑞
D) (𝑝 ∧ 𝑞) ∨ 𝑞

E) 𝑝 ∨ 𝑞 ↔ 𝑞
Resolução:
Vamos construir a tabela-verdade de cada alternativa. Para começar,
vemos que temos 2 proposições simples, logo teremos 22 = 4 linhas em cada
tabela-verdade.
A) 𝑝 ∨ 𝑞 → 𝑞
Aplicando o roteiro de construção explicado, temos o seguinte:

p q 𝑝∨𝑞 (𝑝 ∨ 𝑞) → 𝑞
V V
V F
F V
F F

Vamos começar preenchendo a coluna 𝑃 ∨ 𝑄:

p q 𝑝∨𝑞 (𝑝 ∨ 𝑞) → 𝑞
V V V
V F V
F V V
F F F

Agora, preenchemos a última coluna:

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p q 𝑝∨𝑞 (𝑝 ∨ 𝑞) → 𝑞
V V V V
V F V F
F V V V
F F F V

Como há pelo menos um valor lógico falso, concluímos que não se trata
de uma tautologia. Alternativa incorreta.

B) 𝑝 ∧ 𝑞 → 𝑞
Repetindo o procedimento mostrado anteriormente, temos a tabela-
verdade:

p q 𝑝∧𝑞 (𝑝 ∧ 𝑞) → 𝑞
V V V V
V F F V
F V F V
F F F V

Como todos os valores lógicos são V, temos uma tautologia. Alternativa


correta.
Poderíamos parar por aqui, pois já encontramos a resposta, mas
mostraremos o resultado das demais alternativas, para fins didáticos.

C) 𝑝 ∧ 𝑞 ↔ 𝑞
A tabela-verdade resultante é a seguinte:

p q 𝑝∧𝑞 (𝑝 ∧ 𝑞) ↔ 𝑞
V V V V
V F F V
F V F F
F F F V

D) (𝑝 ∧ 𝑞) ∨ 𝑞
A tabela-verdade resultante é mostrada a seguir:

p q 𝑝∧𝑞 (𝑝 ∧ 𝑞) ∨ 𝑞
V V V V
V F F F
F V F V
F F F F

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E) 𝑝 ∨ 𝑞 ↔ 𝑞
Eis a tabela-verdade resultante:

p q 𝑝∨𝑞 (𝑝 ∨ 𝑞) ↔ 𝑞
V V V V
V F V F
F V V V
F F F V
A alternativa B é a resposta correta.

04. (ESAF / Assistente Técnico Administrativo – Ministério da


Fazenda / 2014) A proposição 𝑝 ∧ (𝑝 → 𝑞) é logicamente equivalente à
proposição:
A) 𝑝 ∨ 𝑞 B) ∼ 𝑝 C) p D) ∼ 𝑞 E) 𝑝 ∧ 𝑞
Resolução:
Para sabermos a equivalência, vamos montar uma tabela-verdade da
proposição dada no enunciado. Como vimos, o número de linhas da tabela será
22 = 4. Assim, temos:

p q 𝑝→𝑞 𝑝 ∧ (𝑝 → 𝑞)
V V V V
V F F F
F V V F
F F V F

A seguir, temos que analisar as alternativas da questão, na busca pela


resposta. Ora, a sequência resultante na tabela (V, F, F, F) é a sequência
resultante do conectivo E, conforme tabela a seguir:

p q 𝑝∧𝑞
V V V
V F F
F V F
F F F

A alternativa E é a resposta correta.

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05. (FCC / Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-5 / 2013) Leia a
instrução fictícia reproduzida a seguir e suponha que ela seja sempre cumprida.
Sempre que um Oficial de Justiça executar uma intimação, ele deverá estar
acompanhado por um Policial Federal. Nessas condições, é correto concluir que,
necessariamente,
A) os Oficiais de Justiça deverão estar acompanhados por um Policial Federal
durante todo seu horário de trabalho.
B) um Oficial de Justiça só deverá solicitar o acompanhamento de um Policial
Federal quando for executar uma intimação.
C) sempre que um Oficial de Justiça estiver acompanhado por um policial, ele
deverá estar executando uma intimação.
D) se um Oficial de Justiça não estiver executando uma intimação, então ele
não poderá estar acompanhado por um Policial Federal.
E) se um Oficial de Justiça não estiver acompanhado por um Policial Federal,
então ele não estará executando uma intimação.
Resolução:
Como vimos no item que tratou do conectivo condicional (se..., então...),
a expressão “sempre que...” pode ter o mesmo valor lógico da expressão “se...,
então...”. A proposição apresentada no enunciado é um desses casos, e pode
ser substituída por:
Se um Oficial de Justiça executar uma intimação, então ele deverá estar
acompanhado por um Policial Federal.
Relembrando, a tabela-verdade da condicional é:
A B A →B
V V V 1
V F F 2
F V V 3
F F V 4

Em que as proposições são:


A: Oficial de Justiça executa uma intimação.
B: Oficial de Justiça está acompanhado por um Policial Federal.
Analisaremos cada alternativa apresentada:
A) os Oficiais de Justiça deverão estar acompanhados por um Policial Federal
durante todo seu horário de trabalho.

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A alternativa diz que a proposição B deveria ser V o tempo todo. No
entanto, a tabela-verdade nos mostra, na 4ª linha, que ela pode ser F, e ainda
assim termos uma condicional verdadeira. Alternativa incorreta.

B) um Oficial de Justiça só deverá solicitar o acompanhamento de um Policial


Federal quando for executar uma intimação.
Esta alternativa aponta uma situação em que B é V, mencionando que
isso somente seria verdade quando A fosse V. No entanto, a tabela-verdade nos
mostra, nas linhas 1 e 3, que A pode ser tanto V como F, e ainda assim a
proposição continua sendo verdadeira. Alternativa incorreta.

C) sempre que um Oficial de Justiça estiver acompanhado por um policial, ele


deverá estar executando uma intimação.
Raciocínio idêntico ao da letra B. Alternativa incorreta.

D) se um Oficial de Justiça não estiver executando uma intimação, então ele


não poderá estar acompanhado por um Policial Federal.
Neste caso, a alternativa nos conduz à situação em que A é F, e pede a
análise do valor de B. Consultando as linhas 3 e 4 da tabela-verdade, notamos
que B pode ser ou V ou F, e ainda assim a proposição permanece verdadeira.
Alternativa incorreta.

E) se um Oficial de Justiça não estiver acompanhado por um Policial Federal,


então ele não estará executando uma intimação.
Aqui, temos que B é F, e temos que avaliar o valor de A. Ora, a tabela-
verdade nos mostra nas linhas 2 e 4 que, para que a proposição seja verdadeira,
a única alternativa é que A seja F. Alternativa correta.
A alternativa E é a resposta correta.

06. (FCC / Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-1 / 2013) Leia


os Avisos I e II, colocados em um dos setores de uma fábrica.
Aviso I: “Prezado funcionário, se você não realizou o curso específico, então não
pode operar a máquina M.”
Aviso II: “Prezado funcionário, se você realizou o curso específico, então pode
operar a máquina M.”
Paulo, funcionário desse setor, realizou o curso específico, mas foi proibido, por
seu supervisor, de operar a máquina M. A decisão do supervisor
(A) opõe-se apenas ao Aviso I.

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(B) opõe-se ao Aviso I e pode ou não se opor ao Aviso II.
(C) opõe-se aos dois avisos.
(D) não se opõe ao Aviso I nem ao II.
(E) opõe-se apenas ao Aviso II
Resolução:
Para começar, vamos olhar para as informações relativas a Paulo
fornecidas no enunciado:
i) Paulo realizou curso específico.
Logo, é verdadeira a proposição A: Paulo realizou curso específico.
Consequentemente, é falsa a proposição ¬A: Paulo não realizou curso
específico.
ii) Paulo foi proibido, pelo seu supervisor, de operar a máquina M.
Logo, é verdadeira a proposição B: Paulo não pode operar a máquina M.
Em conseqüência, é falsa a proposição ¬B: Paulo pode operar a máquina M.
Substituindo tais valores lógicos em cada um dos avisos, temos:
Aviso I: “Prezado funcionário,
se você não realizou o curso específico, então não pode operar a máquina M.”
F V
Pelas regras da condicional, percebemos que tal proposição é Verdadeira.
Logo, para o caso de Paulo, o Aviso I está sendo obedecido.
Aviso II: “Prezado funcionário,
se você realizou o curso específico, então pode operar a máquina M.”
V F
Pelas regras da condicional, percebemos que a proposição é Falsa, o que
nos indica que, na situação de Paulo, o Aviso II não foi obedecido.
A alternativa E é a resposta correta.

07. (FCC / Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT-11 / 2012)


Um analista esportivo afirmou:
“Sempre que o time X joga em seu estádio marca pelo menos dois gols.”
De acordo com essa afirmação, conclui-se que, necessariamente,
(A) o time X marca mais gols em seu estádio do que fora dele.
(B) o time X marca menos de dois gols quando joga fora de seu estádio.
(C) se o time X marcar um único gol em um jogo, este terá ocorrido fora de seu
estádio.

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(D) se o time X marcar três gols em um jogo, este terá ocorrido em seu estádio.
(E) o time X nunca é derrotado quando joga em seu estádio.
Resolução:
Pela premissa exposta no enunciado, a única conclusão que temos é que,
se o time X marcou menos de dois gols, o jogo não foi no seu estádio.
A alternativa C é a resposta correta.

08. (ESAF / Analista Administrativo - Área Administração -


Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes / 2012) A
proposição composta p → p Λ q é equivalente à proposição:
A) p v q B) p Λ q C) p D) ~ p v q E) q
Resolução:
Para sabermos a equivalência, vamos montar uma tabela-verdade da
proposição dada no enunciado. Como vimos, o número de linhas da tabela será
22 = 4. Assim, temos:
p q 𝑝∧𝑞 𝑝 → (𝑝 ∧ 𝑞)
V V V V
V F F F
F V F V
F F F V

A seguir, temos que analisar as alternativas da questão, na busca pela


resposta. De antemão, eliminamos as alternativas B, C e E, pois elas já foram
listadas na tabela anterior, e nenhuma delas tem a sequência resultante na
tabela (V, F, V, V).
Resta-nos, então, testar as demais alternativas, conforme tabela a
seguir:

p q ~p 𝑝∨𝑞 ∼𝑝∨𝑞
V V F V V
V F F F F
F V V F V
F F V F V

Logo, há equivalência com a proposição ~ p v q.


A alternativa D é a resposta correta.

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09. (ESAF / Analista de Finanças e Controle – CGU / 2012) Seja D um


conjunto de pontos da reta. Sejam K, F e L categorias possíveis para classificar
D. Uma expressão que equivale logicamente à afirmação “D é K se e somente
se D é F e D é L” é:
a) Se D é F ou D é L, então D é K e, se D não é K, então D não é F e D não é L.
b) Se D é F e D é L, então D é K e, se D não é K, então D não é F ou D não é L.
c) D não é F e D não é L se e somente se D não é K.
d) Se D é K, então D é F e D é L e, se D não é K, então D não é F ou D não é L.
e) D é K se e somente se D é F ou D é L.
Resolução:
Você se lembra quando falamos que o conectivo bicondicional significa
uma condição necessária e suficiente? Ou seja, literalmente ele significa duas
condições que devem ser satisfeitas ao mesmo tempo. Desta forma é correto
dizer que:
(𝐴 ↔ 𝐵) ≡ ((𝐴 → 𝐵) ∧ (𝐵 → 𝐴))

Para facilitar o entendimento, vamos dar nomes às proposições simples


envolvidas:
P: D é K
Q: D é F
R: D é L
Assim, a expressão do enunciado é:
𝑃 ↔ (𝑄 ∧ 𝑅)

Como vimos, ela obedece à equivalência a seguir:

𝑃 ↔ (𝑄 ∧ 𝑅) ≡ (𝑃 → (𝑄 ∧ 𝑅)) ∧ ((𝑄 ∧ 𝑅) → 𝑃)

Mas, como vimos na propriedade da condicional chamada de


contrarrecíproca, temos:

((𝑄 ∧ 𝑅) → 𝑃) ≡ (¬𝑃 → ¬(𝑄 ∧ 𝑅))

Assim, temos a equivalência que queríamos:

𝑃 ↔ (𝑄 ∧ 𝑅) ≡ (𝑃 → (𝑄 ∧ 𝑅)) ∧ (¬𝑃 → ¬(𝑄 ∧ 𝑅))

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Como vimos, a negação do E é feita negando ambas as frases e trocando


o E pelo OU, o que nos leva a:

𝑃 ↔ (𝑄 ∧ 𝑅) ≡ (𝑃 → (𝑄 ∧ 𝑅)) ∧ (¬𝑃 → (¬𝑄 ∨ ¬𝑅))

Vamos traduzir, com o auxílio das setas:

(𝑃 → (𝑄 ∧ 𝑅 )) ∧ (¬𝑃 → (¬𝑄 ∨ ¬𝑅))

Se D é K então D é F e D é L e Se D não é K então D não é F ou D não é L


A alternativa D é a resposta correta.

10. (FCC / Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-6 / 2012) Um


mecânico sabe que todo veículo de determinada marca, quando apresenta
algum problema no sistema de freios, automaticamente aciona um bloqueio que
impede que seja dada a partida no veículo. Dois veículos X e Y dessa marca
foram levados à oficina desse mecânico com algum problema. No veículo X, a
partida podia ser dada normalmente, mas no veículo Y ela estava bloqueada. A
partir dessas informações, o mecânico concluiu que
A) tanto o veículo X quanto o veículo Y certamente apresentavam algum
problema no sistema de freios.
B) o veículo X podia ou não apresentar algum problema no sistema de freios,
enquanto que o veículo Y certamente apresentava.
C) o veículo X certamente não apresentava problema no sistema de freios, mas
o veículo Y certamente apresentava.
D) o veículo X certamente não apresentava problema no sistema de freios,
enquanto que o veículo Y podia ou não apresentar.
E) tanto o veículo X quanto o veículo Y certamente não apresentavam qualquer
problema no sistema de freios.
Resolução:
Sejam as proposições:
A: o veículo apresenta problema no sistema de freios.
B: o veículo aciona um bloqueio que impede que seja dada a partida.
O enunciado nos diz que 𝐴 → 𝐵. Vamos analisar os valores lógicos de A e
B para os carros X e Y.

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No carro X, B é F, pois a partida não está bloqueada. Logo, pela regra da
condicional, A necessariamente é F. Logo, o carro X não apresenta problema no
sistema de freios.
Com o carro Y, o enunciado nos disse que B é V. Logo, pelas regras da
condicional, A pode ser V ou F. Isso quer dizer que o carro Y pode ou não
apresentar problema no sistema de freios.
A alternativa D é a resposta correta.

11. (ESAF / Fiscal de Rendas – Secretaria Municipal de Fazenda – RJ


/ 2010) A proposição “um número inteiro é par se e somente se o seu quadrado
for par” equivale logicamente à proposição:
a) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se um número
inteiro não for par, então o seu quadrado não é par.
b) se um número inteiro for ímpar, então o seu quadrado é ímpar.
c) se o quadrado de um número inteiro for ímpar, então o número é ímpar.
d) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se o quadrado
de um número inteiro não for par, então o número não é par.
e) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par.
Resolução:
Como vimos, o conectivo bicondicional significa uma condição necessária
e suficiente, ou seja, estas duas condições que devem ser satisfeitas ao mesmo
tempo. Desta forma é correto dizer que:
(𝐴 ↔ 𝐵) ≡ ((𝐴 → 𝐵) ∧ (𝐵 → 𝐴))

Além disso, vamos também empregar a equivalência:


(𝐵 → 𝐴) ≡ (¬𝐴) → (¬𝐵)

Logo, é correto dizer:


(𝐴 ↔ 𝐵) ≡ ((𝐴 → 𝐵) ∧ ((¬𝐴) → (¬𝐵)))

Sendo as proposições simples: A: um número inteiro é par; B: o quadrado


do número inteiro é par; podemos escrever a equivalência como:
“Se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se um número
inteiro não for par, então o seu quadrado não é par”.
A alternativa A é a resposta correta.

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12. (ESAF / Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
Públicas – Secretaria da Fazenda do Estado - SP / 2009) Assinale a opção
verdadeira.
A) 3 = 4 e 3 + 4 = 9
B) Se 3 = 3, então 3 + 4 = 9
C) Se 3 = 4, então 3 + 4 = 9
D) 3 = 4 ou 3 + 4 = 9
E) 3 = 3 se e somente se 3 + 4 = 9
Resolução:
Vamos analisar cada alternativa.
A) 3 = 4 e 3 + 4 = 9
3=4e3+4=9
F e F
F

B) Se 3 = 3, então 3 + 4 = 9
Se 3 = 3, então 3 + 4 = 9
Se V então F
F

C) Se 3 = 4, então 3 + 4 = 9
Se 3 = 4, então 3 + 4 = 9
Se F então F
V

D) 3 = 4 ou 3 + 4 = 9
3 = 4 ou 3 + 4 = 9
F ou F
F

E) 3 = 3 se e somente se 3 + 4 = 9
3 = 3 se e somente se 3 + 4 = 9
V se e somente se F

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F
A alternativa C é a resposta correta.

13. (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão /
2009) Entre as opções abaixo, a única com valor lógico verdadeiro é:
A) Se Roma é a capital da Itália, Londres é a capital da França.
B) Se Londres é a capital da Inglaterra, Paris não é a capital da França.
C) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital
da França.
D) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital
da Inglaterra.
E) Roma é a capital da Itália e Londres não é a capital da Inglaterra.
Resolução:
Primeiramente, vamos relembrar a geopolícita da Europa: Roma é a
capital da Itália, Paris é a capital da França e Londres é a capital da Inglaterra.
Assim, vamos analisar cada alternativa:
A) Se Roma é a capital da Itália, (então) Londres é a capital da França.
V F
Vimos que uma condicional do tipo “Se V então F” é falsa. Alternativa
incorreta.

B) Se Londres é a capital da Inglaterra, (então) Paris não é a capital da França.


V F
Vimos que uma condicional do tipo “Se V então F” é falsa. Alternativa
incorreta.

C) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou


V F
Paris é a capital da França.
V
Temos uma sentença do tipo ”V e F ou V”. Como não há parênteses, vamos
analisá-la na ordem de leitura:
V e F ou V
F ou V

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V
Assim, temos que a alternativa é correta. Vamos analisar as demais, para fins
didáticos.

D) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou


V F
Paris é a capital da Inglaterra.
F
Temos uma sentença do tipo ”V e F ou F”. Novamente, como não há
parênteses, vamos analisá-la na ordem de leitura:
V e F ou F
F ou F
F

E) Roma é a capital da Itália e Londres não é a capital da Inglaterra.


V F
Vimos que uma conjunção do tipo “V e F” é falsa. Alternativa incorreta.
A alternativa C é a resposta correta.

14. (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão /
2009) Suponha que um pesquisador verificou que um determinado defensivo
agrícola em uma lavoura A produz o seguinte resultado: "Se o defensivo é
utilizado, as plantas não ficam doentes", enquanto que o mesmo defensivo em
uma lavoura distinta B produz outro resultado: "Se e somente se o defensivo é
utilizado, as plantas não ficam doentes". Sendo assim, se as plantas de uma
lavoura A e de uma lavoura B não ficaram doentes, pode-se concluir apenas
que:
A) o defensivo foi utilizado em A e em B.
B) o defensivo foi utilizado em A.
C) o defensivo foi utilizado em B.
D) o defensivo não foi utilizado em A e foi utilizado em B.
E) o defensivo não foi utilizado nem em A nem em B.
Resolução:
A questão afirma que as plantas de A e de B não ficaram doentes.

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Assim, para a lavoura A, temos:
Se o defensivo é utilizado, (então) as plantas não ficam doentes.
V

Como vimos no estudo da condicional, se a proposição consequente é V,


podemos ter a antecedente V/F, e ainda assim a proposição composta será V.
Em outras palavras, não podemos garantir que o defensivo tenha (ou não tenha)
sido utilizado em A:
Se o defensivo é utilizado, (então) as plantas não ficam doentes.
V/F V

Para a lavoura B, temos:


Se e somente se o defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes.
V

Conforme estudamos na bicondicional, a sentença somente será V


quando as proposições tiverem o mesmo valor lógico. Assim, temos que,
necessariamente, a antecedente é V, o seja, o defensivo foi utilizado em B.
Se e somente se o defensivo é utilizado, as plantas não ficam doentes.
V V
A alternativa C é a resposta correta.

Certo ou errado
(CESPE / Analista de Administração Pública - Área Arquivologia –
Tribunal de Contas do Distrito Federal / 2014) Julgue os itens que se
seguem, considerando a proposição P a seguir: “Se o tribunal entende que o
réu tem culpa, então o réu tem culpa”.

15. Se a proposição “O tribunal entende que o réu tem culpa” for verdadeira,
então a proposição P também será verdadeira, independentemente do valor
lógico da proposição o réu tem culpa.
Resolução:
A questão afirma que a proposição “O tribunal entende que o réu tem
culpa” é verdadeira. Logo, temos a seguinte situação na proposição P:
P: Se o tribunal entende que o réu tem culpa, então o réu tem culpa.

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V
Pelas regras da condicional, percebemos que, se a proposição “o réu tem
culpa” for falsa, isso tornará P falsa.
Item Errado.

16. A negação da proposição “O tribunal entende que o réu tem culpa” pode
ser expressa por “O tribunal entende que o réu não tem culpa”.
Resolução:
Neste caso, a proposição trazida no item foi construída sobre o verbo
“entender”. Desse modo, a negação correta é “O tribunal não entende que o
réu tem culpa”.
Item errado.

(CESPE / Analista Técnico Administrativo – Superintendência da Zona


Franca de Manaus / 2014) Considerando que P seja a proposição “O atual
dirigente da empresa X não apenas não foi capaz de resolver os antigos
problemas da empresa como também não conseguiu ser inovador nas soluções
para os novos problemas”, julgue os itens a seguir a respeito de lógica
sentencial.

17. Se a proposição “O atual dirigente da empresa X não foi capaz de resolver


os antigos problemas da empresa” for verdadeira e se a proposição “O atual
dirigente da empresa X não conseguiu ser inovador nas soluções para os novos
problemas da empresa” for falsa, então a proposição P será falsa.
Resolução:
Primeiramente, temos que compreender o sentido lógico de algumas
palavras do nosso Português que foram empregadas na proposição P.
Quando a proposição P afirma que o dirigente “não apenas não foi capaz
de (...) como também não conseguiu (...)”, isso possui o mesmo sentido lógico
da proposição “O atual dirigente da empresa X não foi capaz de resolver os
antigos problemas da empresa e não conseguiu ser inovador nas soluções para
os novos problemas da empresa”. Ou seja, trata-se de uma conjunção.
Vamos inserir os valores lógicos trazido no item: “O atual dirigente da
empresa X não foi capaz de resolver os antigos problemas da empresa” é
verdadeira e “O atual dirigente da empresa X não conseguiu ser inovador nas
soluções para os novos problemas da empresa” é falsa. Logo:

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P: O atual dirigente da empresa X não foi capaz de resolver os antigos
problemas da empresa e não conseguiu ser inovador nas soluções para os novos
problemas da empresa.
Assim, pelas regras da conjunção, se pelo menos uma das proposições
componentes for falsa, a proposição P será falsa.
Item Certo.

(CESPE / Analista Contábil – Ministério da Educação / 2014)


Considerando a proposição P: Nos processos seletivos, se o candidato for pós-
graduado ou souber falar inglês, mas apresentar deficiências em língua
portuguesa, essas deficiências não serão toleradas , julgue os itens seguintes
acerca da lógica sentencial.

18. Se a proposição “O candidato apresenta deficiências em língua


portuguesa” for falsa, então a proposição P será verdadeira, independentemente
dos valores lógicos das outras proposições simples que a constituem.
Resolução:
Vamos dar nomes às proposições simples envolvidas no enunciado:
A: o candidato é pós-graduado.
B: o candidato sabe falar inglês.
C: o candidato apresenta deficiências em língua portuguesa.
D: as deficiências não são toleradas.
Lembrando que a palavra “mas” traz o mesmo sentido lógico da
conjunção (“e”), temos a seguinte proposição composta:
𝑃 = ((𝐴 ∨ 𝐵) ∧ 𝐶) → 𝐷

Como foi dito que C é falsa, então temos:


((𝐴 ∨ 𝐵) ∧ 𝐶) → 𝐷
F

Mas, pela regra da conjunção, se uma das proposições componentes for


falsa, a proposição composta será falsa, temos que (𝐴 ∨ 𝐵) ∧ 𝐶) é falsa. Logo:
((𝐴 ∨ 𝐵) ∧ 𝐶) → 𝐷
F
F

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Agora, pela regra da condicional, a proposição D pode apresentar


qualquer valor lógico, que a proposição P permanecerá verdadeira.
Item certo.

(CESPE / Oficial de Controle Externo - Tribunal de Contas do Estado -


RS / 2013) Com base na proposição P: "Quando o cliente vai ao banco solicitar
um empréstimo, ou ele aceita as regras ditadas pelo banco, ou ele não obtém
o dinheiro", julgue os itens que se seguem.

19. Se for falsa a proposição “O cliente vai ao banco solicitar um empréstimo”,


então a proposição P também será falsa, independentemente dos valores lógicos
das demais proposições constituintes de P.
Resolução:
Conforme o enunciado, é falsa a proposição: “O cliente vai ao banco
solicitar um empréstimo”. Ao lermos a proposição P, temos que compreender
que a palavra “quando” possui o mesmo significado lógico da condicional “Se”.
Com isso, podemos reescrever a proposição P da seguinte maneira:
P: Se o cliente vai ao banco solicitar um empréstimo, (então) ou ele aceita
F
as regras ditadas pelo banco, ou ele não obtém o dinheiro.
Neste caso, temos uma disjunção exclusiva (“ou... ou”) no segundo termo
da condicional. No entanto, nem precisaremos avaliar o seu valor lógico pois,
pela regra da condicional, quando o primeiro termo é F, a proposição será
verdadeira, independentemente do valor lógico do segundo termo.
Item errado.

(CESPE / Engenharia de Saúde Pública – Fundação Nacional de Saúde /


2013) Considere que, durante uma discussão entre dois servidores de
determinado órgão acerca da regularidade da prestação de contas de um
convênio, tenham surgido as seguintes colocações:
C1: Se nós aprovarmos a prestação de contas, mas o tribunal a rejeitar, nós
seremos obrigados a instaurar a TCE.
C2: Se nós rejeitarmos a prestação de contas, mas o tribunal a aprovar, nós
seremos obrigados a cancelar a TCE.

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Considerando as sentenças acima e que “não aprovar” seja equivalente a
“rejeitar”, julgue o próximo item.

20. Se as proposições “O tribunal rejeita a prestação de contas” e “Seremos


obrigados a instaurar a TCE” forem verdadeiras, então a proposição C1 será
verdadeira, independentemente do valor lógico da proposição “Nós aprovamos
a prestação de contas”.
Resolução:
Conforme anuncia a questão, são verdadeiras as proposições: “O
tribunal rejeita a prestação de contas” e “Seremos obrigados a instaurar a TCE”.
Na leitura da proposição C1, temos que perceber que a palavra “mas”
possui o mesmo sentido lógico da conjunção (“e”). Assim, podemos reescrever
C1 da seguinte maneira:
C1: Se nós aprovarmos a prestação de contas e o tribunal a rejeitar,
V
(então) nós seremos obrigados a instaurar a TCE.
V
Pelas regras da condicional, quando o termo consequente (segundo termo) é V,
a proposição composta será verdadeira, independentemente do valor lógico
do termo antecedente (primeiro termo).
Item certo.

(CESPE / Analista – Todas as áreas – Banco Central do Brasil / 2013 -


adaptada) Considere a seguinte proposição:
P4: Se o governo quer que a ferrovia seja construída e se os empresários não
tiverem interesse em investir seus recursos próprios na construção e operação,
o governo deverá construí-la com recursos da União e conceder a operação à
iniciativa privada.
Julgue o item seguinte.

21. Se a proposição P4 for verdadeira, então o governo deverá conceder a


operação da ferrovia à iniciativa privada.
Resolução:
Primeiramente, vamos reescrever a proposição P4 de maneira a visualizar
melhor os conectivos empregados:

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P4: Se o governo quer que a ferrovia seja construída e (se) os
empresários não tiverem interesse em investir seus recursos próprios na
construção e operação, (então) o governo deverá construí-la com recursos da
União e conceder a operação à iniciativa privada.
Desta forma, fica fácil perceber que temos uma condicional do tipo:
(𝐴 ∧ 𝐵) → (𝐶 ∧ 𝐷)

Em que:
A: o governo quer que a ferrovia seja construída.
B: os empresários não têm interesse em investir seus recursos próprios na
construção e operação da ferrovia.
C: o governo deverá construir a ferrovia com recursos da União.
D: o governo deverá conceder a operação à iniciativa privada.
A questão afirma que P4 é verdadeira, e quer saber qual o valor lógico
da proposição D. Relembrando a tabela-verdade da condicional, temos as
seguintes opções:
p q p →q
V V V (1)
V F F (2)
F V V (3)
F F V (4)

Conforme vimos na tabela-verdade, as opções 1, 3 e 4 possibilitam que


a condicional seja verdadeira. Nelas, temos que os termos antecedente e
consequente da condicional podem ser V ou F, a depender da combinação entre
eles. Por exemplo, se o termo antecedente for F, o termo consequente pode ser
V ou F. Desta forma, podemos a proposição D como V ou F.
Assim, não há como garantir que a proposição simples D tenha um
determinado valor lógico, se não temos nenhuma informação sobre os valores
de A, B ou C.
Item errado.

(CESPE / Especialista em Regulação de Saúde Suplementar – Agência


Nacional de Saúde Suplementar / 2013) Com relação às proposições
lógicas, julgue os próximos itens.

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22. A frase “O ser humano precisa se sentir apreciado, valorizado para crescer
com saúde física, emocional e psíquica” é uma proposição lógica simples.
Resolução:
Primeiramente, temos que perceber que a frase dada é uma proposição,
pois é declarativa, traz uma ideia completa e pode ser classificada como V ou F.
Podemos notar que a frase só possui uma ideia completa, o que faz com
que ela seja uma proposição simples.
Item certo.

23. A expressão “Como não se indignar, assistindo todos os dias a atos de


violência fortuitos estampados em todos os meios de comunicação do Brasil e
do mundo?” é uma proposição lógica que pode ser representada por 𝑃 → 𝑄, em
que P e Q são proposições lógicas convenientemente escolhidas.
Resolução:
Novamente, temos uma frase interrogativa. Como vimos, sentenças
interrogativas não são proposições.
Item errado.

(CESPE / Analista de Sistemas – Tribunal de Justiça - AC / 2012)


Considerando que as proposições lógicas sejam representadas por letras
maiúsculas, julgue os próximos itens, relativos a lógica proposicional e de
argumentação.

24. A sentença “A justiça e a lei nem sempre andam pelos mesmos caminhos”
pode ser representada simbolicamente por 𝑃 ∧ 𝑄, em que as proposições P e Q
são convenientemente escolhidas.
Resolução:
Primeiramente, temos que perceber que a sentença apresentada é uma
proposição simples. Nela, temos apenas uma ideia completa, ou seja, não há
como separá-la em duas proposições, com o consequente emprego de um
conectivo. Sendo assim, não podemos representá-la como uma proposição
composta.
Item errado.

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(CESPE / Tecnologista em Propriedade Industrial – Instituto Nacional
da Propriedade Industrial / 2012) Em cada um dos itens a seguir, é
apresentada uma proposição que deve ser julgada se, do ponto de vista lógico,
é equivalente à proposição "Se for autorizado por lei, então o administrador
detém a competência para agir".
25. Quando for autorizado por lei, o administrador terá a competência para
agir.
Resolução:
“Se” e “quando” possuem o mesmo sentido lógico, e a ausência do
“então” não descaracteriza a condicional. Logo, o item é equivalente ao do
enunciado.
Item certo.

26. Sempre que for autorizado por lei, o administrador deterá a competência
para agir.
Resolução:
A proposição também expressa uma condicional, que é equivalente à do
comando da questão.
Item certo.

27. Desde que seja autorizado por lei, o administrador detém a competência
para agir.
Resolução:
Novamente, trata-se de uma condicional que é equivalente à do
enunciado.
Item certo.

28. O administrador detém a competência para agir, pois foi autorizado por
lei.
Resolução:
Esta frase possui o mesmo sentido de “Como foi autorizado por lei, o
administrador detém a competência para agira”, ou seja, é uma condicional
equivalente à do enunciado.
Item certo.

29. Somente se for autorizado por lei, o administrador deterá a competência


para agir.

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Resolução:
Neste caso, não há equivalência com a frase do enunciado, pois a
expressão “somente se” não equivale à expressão “se”.
Item errado.

(CESPE / Tecnologista em Propriedade Industrial – Instituto Nacional


da Propriedade Industrial / 2012) Considerando a proposição P: "Se cada
um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de
estratégias similar a um jogo, quando você toma uma decisão, o resultado de
sua escolha depende da reação dos outros jogadores", julgue os próximos itens
a respeito de proposições logicamente equivalente.
30. A proposição P é logicamente equivalente a: "Se cada um busca o melhor
para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a
um jogo e você toma uma decisão, então o resultado de sua escolha depende
da reação dos outros jogadores".
Resolução:
Primeiramente, temos que perceber que a proposição P pode ser expressa
por 𝐴 → (𝐵 → 𝐶), em que:
A: “cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de
interdependência de estratégias similar a um jogo”.
B: “você toma uma decisão”.
C: “o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores”.
Com tal nomenclatura, a frase do item, "Se cada um busca o melhor para
si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um
jogo e você toma uma decisão, então o resultado de sua escolha depende da
reação dos outros jogadores", é expressa por (𝐴 ∧ 𝐵) → 𝐶).
Para verificarmos se são equivalentes, montaremos a tabela-verdade:
A B C 𝑩→𝑪 𝑨 → (𝑩 → 𝑪) 𝑨∧𝑩 (𝑨 ∧ 𝑩) → 𝑪)
V V V V V V V
V V F F F V F
V F V V V F V
V F F V V F V
F V V V V F V
F V F F V F V
F F V V V F V
F F F V V F V

Logo, percebemos que são equivalentes.

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Item certo.

(CESPE / Técnico de Controle Externo – Tribunal de Contas da União /


2004)
Suponha que P represente a proposição Hoje choveu, Q represente a
proposição José foi à praia e R represente a proposição Maria foi ao
comércio. Com base nessas informações e no texto, julgue os itens seguintes.

31. A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José
não foi à praia pode ser corretamente representada por (¬P) → (¬R ^ ¬Q).
Resolução:
A representação está correta.
Item Certo.

32. A sentença Hoje choveu e José não foi à praia pode ser corretamente
representada por P ^ ¬Q.
Resolução:
A representação está correta.
Item Certo.

33. Se a proposição Hoje não choveu for valorada como F e a proposição


José foi à praia for valorada como V, então a sentença representada por ¬P
→ Q é falsa.
Resolução:
Pelo enunciado do item, ¬P é F, e Q é V. Logo, ¬P → Q é V.
Item Errado.

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6. Resumo

Podemos resumir a situação dos conectivos lógicos conforme o quadro a


seguir:
Estrutura
É verdadeira quando É falsa quando
lógica
¬A A for falsa A for verdadeira
A ∧B ambas forem verdadeiras nos demais casos

A ∨B nos demais casos ambas forem falsas


os valores lógicos de A e B os valores lógicos de A e B
A 𝛁B
forem distintos forem iguais
A →B nos demais casos A for verdadeira e B for falsa
os valores lógicos de A e B os valores lógicos de A e B
A ↔B
forem iguais forem distintos

Vimos nesta aula como construir uma tabela-verdade, e que o


número de linhas de uma tabela-verdade de n proposições simples é dado
por:

𝒏º 𝒅𝒆 𝒍𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 = 𝟐𝒏
Vimos, também, os seguintes conceitos relacionados às proposições
compostas:

Tautologia Sempre V

Contradição Sempre F

Contingência Alguns V, outros F

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7. Questões apresentadas na aula

Múltipla escolha
01. (FCC / Técnico de Controle Externo - Administração - Tribunal de
Contas do Estado-CE / 2015) Considere as afirmações:
I. Se a música toca no rádio, então você escuta.
II. A música não tocou no rádio.
III. Renato é bom em matemática ou é bom em português.
IV. Se as nuvens estão escuras, então vai chover.
Sabe-se que as afirmações I e II são verdadeiras, e as afirmações III e IV são
falsas. A partir dessas afirmações, é correto concluir que
a) Você escutou a música, e Renato não é bom em matemática, e não é bom
em português.
b) A música não tocou no rádio, e as nuvens não estão escuras, e vai chover.
c) Você escutou a música, e Renato é bom somente em matemática, e está
chovendo.
d) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em português, e as nuvens
estão escuras.
e) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom em matemática, e é bom
em português, e não vai chover.

02. (IBFC / Técnico em Contabilidade - Empresa Brasileira de


Serviços Hospitalares / 2015) Dentre as alternativas, a única correta, em
relação aos conectivos lógicos, é:
a) O valor lógico da disjunção entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.
b) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é verdade se, o valor
lógico de somente uma das proposições for verdade.
c) O valor lógico do condicional entre duas proposições é falsa se o valor lógico
das duas proposições for falso.
d) O valor lógico do bicondicional entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.
e) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é falsa se o valor lógico
de somente uma das proposições for falso.

03. (ESAF / Analista Técnico Administrativo - Ministério do Turismo


/ 2014) Assinale qual das proposições das opções a seguir é uma tautologia.

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A) 𝑝 ∨ 𝑞 → 𝑞

B) 𝑝 ∧ 𝑞 → 𝑞

C) 𝑝 ∧ 𝑞 ↔ 𝑞
D) (𝑝 ∧ 𝑞) ∨ 𝑞

E) 𝑝 ∨ 𝑞 ↔ 𝑞

04. (ESAF / Assistente Técnico Administrativo – Ministério da


Fazenda / 2014) A proposição 𝑝 ∧ (𝑝 → 𝑞) é logicamente equivalente à
proposição:
A) 𝑝 ∨ 𝑞 B) ∼ 𝑝 C) p D) ∼ 𝑞 E) 𝑝 ∧ 𝑞

05. (FCC / Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-5 / 2013) Leia


a instrução fictícia reproduzida a seguir e suponha que ela seja sempre
cumprida. Sempre que um Oficial de Justiça executar uma intimação, ele deverá
estar acompanhado por um Policial Federal. Nessas condições, é correto concluir
que, necessariamente,
A) os Oficiais de Justiça deverão estar acompanhados por um Policial Federal
durante todo seu horário de trabalho.
B) um Oficial de Justiça só deverá solicitar o acompanhamento de um Policial
Federal quando for executar uma intimação.
C) sempre que um Oficial de Justiça estiver acompanhado por um policial, ele
deverá estar executando uma intimação.
D) se um Oficial de Justiça não estiver executando uma intimação, então ele
não poderá estar acompanhado por um Policial Federal.
E) se um Oficial de Justiça não estiver acompanhado por um Policial Federal,
então ele não estará executando uma intimação.

06. (FCC / Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-1 / 2013) Leia


os Avisos I e II, colocados em um dos setores de uma fábrica.
Aviso I: “Prezado funcionário, se você não realizou o curso específico, então não
pode operar a máquina M.”
Aviso II: “Prezado funcionário, se você realizou o curso específico, então pode
operar a máquina M.”
Paulo, funcionário desse setor, realizou o curso específico, mas foi proibido, por
seu supervisor, de operar a máquina M. A decisão do supervisor
(A) opõe-se apenas ao Aviso I.
(B) opõe-se ao Aviso I e pode ou não se opor ao Aviso II.

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(C) opõe-se aos dois avisos.
(D) não se opõe ao Aviso I nem ao II.
(E) opõe-se apenas ao Aviso II

07. (FCC / Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT-11 / 2012)


Um analista esportivo afirmou:
“Sempre que o time X joga em seu estádio marca pelo menos dois gols.”
De acordo com essa afirmação, conclui-se que, necessariamente,
(A) o time X marca mais gols em seu estádio do que fora dele.
(B) o time X marca menos de dois gols quando joga fora de seu estádio.
(C) se o time X marcar um único gol em um jogo, este terá ocorrido fora de seu
estádio.
(D) se o time X marcar três gols em um jogo, este terá ocorrido em seu estádio.
(E) o time X nunca é derrotado quando joga em seu estádio.

08. (ESAF / Analista Administrativo - Área Administração -


Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes / 2012) A
proposição composta p → p Λ q é equivalente à proposição:
A) p v q B) p Λ q C) p D) ~ p v q E) q

09. (ESAF / Analista de Finanças e Controle – CGU / 2012) Seja D um


conjunto de pontos da reta. Sejam K, F e L categorias possíveis para classificar
D. Uma expressão que equivale logicamente à afirmação “D é K se e somente
se D é F e D é L” é:
a) Se D é F ou D é L, então D é K e, se D não é K, então D não é F e D não é L.
b) Se D é F e D é L, então D é K e, se D não é K, então D não é F ou D não é L.
c) D não é F e D não é L se e somente se D não é K.
d) Se D é K, então D é F e D é L e, se D não é K, então D não é F ou D não é L.
e) D é K se e somente se D é F ou D é L.

10. (FCC / Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT-6 / 2012) Um


mecânico sabe que todo veículo de determinada marca, quando apresenta
algum problema no sistema de freios, automaticamente aciona um bloqueio que
impede que seja dada a partida no veículo. Dois veículos X e Y dessa marca
foram levados à oficina desse mecânico com algum problema. No veículo X, a

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partida podia ser dada normalmente, mas no veículo Y ela estava bloqueada. A
partir dessas informações, o mecânico concluiu que
A) tanto o veículo X quanto o veículo Y certamente apresentavam algum
problema no sistema de freios.
B) o veículo X podia ou não apresentar algum problema no sistema de freios,
enquanto que o veículo Y certamente apresentava.
C) o veículo X certamente não apresentava problema no sistema de freios, mas
o veículo Y certamente apresentava.
D) o veículo X certamente não apresentava problema no sistema de freios,
enquanto que o veículo Y podia ou não apresentar.
E) tanto o veículo X quanto o veículo Y certamente não apresentavam qualquer
problema no sistema de freios.

11. (ESAF / Fiscal de Rendas – Secretaria Municipal de Fazenda – RJ


/ 2010) A proposição “um número inteiro é par se e somente se o seu quadrado
for par” equivale logicamente à proposição:
a) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se um número
inteiro não for par, então o seu quadrado não é par.
b) se um número inteiro for ímpar, então o seu quadrado é ímpar.
c) se o quadrado de um número inteiro for ímpar, então o número é ímpar.
d) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par, e se o quadrado
de um número inteiro não for par, então o número não é par.
e) se um número inteiro for par, então o seu quadrado é par.

12. (ESAF / Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças


Públicas – Secretaria da Fazenda do Estado - SP / 2009) Assinale a opção
verdadeira.
A) 3 = 4 e 3 + 4 = 9
B) Se 3 = 3, então 3 + 4 = 9
C) Se 3 = 4, então 3 + 4 = 9
D) 3 = 4 ou 3 + 4 = 9
E) 3 = 3 se e somente se 3 + 4 = 9

13. (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão /
2009) Entre as opções abaixo, a única com valor lógico verdadeiro é:
A) Se Roma é a capital da Itália, Londres é a capital da França.

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B) Se Londres é a capital da Inglaterra, Paris não é a capital da França.
C) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital
da França.
D) Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Paris é a capital
da Inglaterra.
E) Roma é a capital da Itália e Londres não é a capital da Inglaterra.

14. (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão /
2009) Suponha que um pesquisador verificou que um determinado defensivo
agrícola em uma lavoura A produz o seguinte resultado: "Se o defensivo é
utilizado, as plantas não ficam doentes", enquanto que o mesmo defensivo em
uma lavoura distinta B produz outro resultado: "Se e somente se o defensivo é
utilizado, as plantas não ficam doentes". Sendo assim, se as plantas de uma
lavoura A e de uma lavoura B não ficaram doentes, pode-se concluir apenas
que:
A) o defensivo foi utilizado em A e em B.
B) o defensivo foi utilizado em A.
C) o defensivo foi utilizado em B.
D) o defensivo não foi utilizado em A e foi utilizado em B.
E) o defensivo não foi utilizado nem em A nem em B.

Certo ou errado
(CESPE / Analista de Administração Pública - Área Arquivologia –
Tribunal de Contas do Distrito Federal / 2014) Julgue os itens que se
seguem, considerando a proposição P a seguir: “Se o tribunal entende que o
réu tem culpa, então o réu tem culpa”.

15. Se a proposição “O tribunal entende que o réu tem culpa” for verdadeira,
então a proposição P também será verdadeira, independentemente do valor
lógico da proposição o réu tem culpa.

16. A negação da proposição “O tribunal entende que o réu tem culpa” pode
ser expressa por “O tribunal entende que o réu não tem culpa”.

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(CESPE / Analista Técnico Administrativo – Superintendência da Zona
Franca de Manaus / 2014) Considerando que P seja a proposição “O atual
dirigente da empresa X não apenas não foi capaz de resolver os antigos
problemas da empresa como também não conseguiu ser inovador nas soluções
para os novos problemas”, julgue os itens a seguir a respeito de lógica
sentencial.

17. Se a proposição “O atual dirigente da empresa X não foi capaz de resolver


os antigos problemas da empresa” for verdadeira e se a proposição “O atual
dirigente da empresa X não conseguiu ser inovador nas soluções para os novos
problemas da empresa” for falsa, então a proposição P será falsa.

(CESPE / Analista Contábil – Ministério da Educação / 2014)


Considerando a proposição P: Nos processos seletivos, se o candidato for pós-
graduado ou souber falar inglês, mas apresentar deficiências em língua
portuguesa, essas deficiências não serão toleradas , julgue os itens seguintes
acerca da lógica sentencial.

18. Se a proposição “O candidato apresenta deficiências em língua


portuguesa” for falsa, então a proposição P será verdadeira, independentemente
dos valores lógicos das outras proposições simples que a constituem.

(CESPE / Oficial de Controle Externo - Tribunal de Contas do Estado -


RS / 2013) Com base na proposição P: "Quando o cliente vai ao banco solicitar
um empréstimo, ou ele aceita as regras ditadas pelo banco, ou ele não obtém
o dinheiro", julgue os itens que se seguem.

19. Se for falsa a proposição “O cliente vai ao banco solicitar um empréstimo”,


então a proposição P também será falsa, independentemente dos valores lógicos
das demais proposições constituintes de P.

(CESPE / Engenharia de Saúde Pública – Fundação Nacional de Saúde /


2013) Considere que, durante uma discussão entre dois servidores de

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determinado órgão acerca da regularidade da prestação de contas de um
convênio, tenham surgido as seguintes colocações:
C1: Se nós aprovarmos a prestação de contas, mas o tribunal a rejeitar, nós
seremos obrigados a instaurar a TCE.
C2: Se nós rejeitarmos a prestação de contas, mas o tribunal a aprovar, nós
seremos obrigados a cancelar a TCE.
Considerando as sentenças acima e que “não aprovar” seja equivalente a
“rejeitar”, julgue o próximo item.

20. Se as proposições “O tribunal rejeita a prestação de contas” e “Seremos


obrigados a instaurar a TCE” forem verdadeiras, então a proposição C1 será
verdadeira, independentemente do valor lógico da proposição “Nós aprovamos
a prestação de contas”.

(CESPE / Analista – Todas as áreas – Banco Central do Brasil / 2013 -


adaptada) Considere a seguinte proposição:
P4: Se o governo quer que a ferrovia seja construída e se os empresários não
tiverem interesse em investir seus recursos próprios na construção e operação,
o governo deverá construí-la com recursos da União e conceder a operação à
iniciativa privada.
Julgue o item seguinte.

21. Se a proposição P4 for verdadeira, então o governo deverá conceder a


operação da ferrovia à iniciativa privada.

(CESPE / Especialista em Regulação de Saúde Suplementar – Agência


Nacional de Saúde Suplementar / 2013) Com relação às proposições
lógicas, julgue os próximos itens.

22. A frase “O ser humano precisa se sentir apreciado, valorizado para crescer
com saúde física, emocional e psíquica” é uma proposição lógica simples.

23. A expressão “Como não se indignar, assistindo todos os dias a atos de


violência fortuitos estampados em todos os meios de comunicação do Brasil e
do mundo?” é uma proposição lógica que pode ser representada por 𝑃 → 𝑄, em
que P e Q são proposições lógicas convenientemente escolhidas.

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(CESPE / Analista de Sistemas – Tribunal de Justiça - AC / 2012)


Considerando que as proposições lógicas sejam representadas por letras
maiúsculas, julgue os próximos itens, relativos a lógica proposicional e de
argumentação.

24. A sentença “A justiça e a lei nem sempre andam pelos mesmos caminhos”
pode ser representada simbolicamente por 𝑃 ∧ 𝑄, em que as proposições P e Q
são convenientemente escolhidas.

(CESPE / Tecnologista em Propriedade Industrial – Instituto Nacional


da Propriedade Industrial / 2012) Em cada um dos itens a seguir, é
apresentada uma proposição que deve ser julgada se, do ponto de vista lógico,
é equivalente à proposição "Se for autorizado por lei, então o administrador
detém a competência para agir".
25. Quando for autorizado por lei, o administrador terá a competência para
agir.

26. Sempre que for autorizado por lei, o administrador deterá a competência
para agir.

27. Desde que seja autorizado por lei, o administrador detém a competência
para agir.

28. O administrador detém a competência para agir, pois foi autorizado por
lei.

29. Somente se for autorizado por lei, o administrador deterá a competência


para agir.

(CESPE / Tecnologista em Propriedade Industrial – Instituto Nacional


da Propriedade Industrial / 2012) Considerando a proposição P: "Se cada
um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de
estratégias similar a um jogo, quando você toma uma decisão, o resultado de

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sua escolha depende da reação dos outros jogadores", julgue os próximos itens
a respeito de proposições logicamente equivalente.
30. A proposição P é logicamente equivalente a: "Se cada um busca o melhor
para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a
um jogo e você toma uma decisão, então o resultado de sua escolha depende
da reação dos outros jogadores".

(CESPE / Técnico de Controle Externo – Tribunal de Contas da União /


2004)
Suponha que P represente a proposição Hoje choveu, Q represente a
proposição José foi à praia e R represente a proposição Maria foi ao
comércio. Com base nessas informações e no texto, julgue os itens seguintes.

31. A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e José
não foi à praia pode ser corretamente representada por (¬P) → (¬R ^ ¬Q).

32. A sentença Hoje choveu e José não foi à praia pode ser corretamente
representada por P ^ ¬Q.

33. Se a proposição Hoje não choveu for valorada como F e a proposição


José foi à praia for valorada como V, então a sentença representada por ¬P
→ Q é falsa.

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8. Gabarito

01. D 10. D 19. E 28. C


02. D 11. A 20. C 29. E
03. B 12. C 21. E 30. C
04. E 13. C 22. C 31. C
05. E 14. C 23. E 32. C
06. E 15. E 24. E 33. E
07. C 16. E 25. C
08. D 17. C 26. C
09. D 18. C 27. C

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