Você está na página 1de 66

Aula 11

Curso: Matemática e Raciocínio Lógico


Professores: Custódio Nascimento e Fábio Amorim
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Aula 11 – Compreensão do processo lógico que, a partir de um


conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclusões
determinadas

Assunto Página

1. Lógica de argumentação 3

2. Questões comentadas 10

3. Resumo da aula 52

4. Questões apresentadas na aula 54

5. Gabarito 66

Caros amigos,

Iniciamos mais uma aula do curso de Matemática e Raciocínio Lógico


para os Tribunais Regionais Federais (TRFs), cargos de Analista e Técnico
Judiciário! O conteúdo de hoje tratará da argumentação. Há pouca teoria e
muitos exercícios, para que possamos saber como ele geralmente é cobrado em
prova. É um assunto fácil, mas que requer atenção, por conta dos detalhes que
as questões podem trazer.
Confira a lista das esquematizações que preparamos para facilitar a sua
compreensão da matéria:
Esquema 1 – Definição de argumento ................................................................................ 3
Esquema 2 – Conclusão verdadeira em um argumento válido ............................................... 3
Esquema 3 – Situações possíveis para um argumento ......................................................... 4
Esquema 4 – Estrutura de um argumento .......................................................................... 5
Esquema 5 – Definição de analogia ................................................................................... 5
Esquema 6 – Inferência, dedução e indução ....................................................................... 7
Esquema 7 – Verdades e mentiras .................................................................................... 8

Um forte abraço,

Custódio Nascimento

“Quem conhece os outros é inteligente.


Quem conhece a si mesmo é iluminado.
Quem vence os outros é forte.
Quem vence a si mesmo é invencível.”
Lao Tsé

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 2 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

1. Lógica de argumentação

Neste tópico, estudaremos os argumentos e os conceitos de analogias,


inferências, deduções e conclusões.

1.1 – Argumento
Argumento é a relação que associa um conjunto de proposições
denominadas premissas (ou hipóteses) a uma proposição denominada
conclusão (ou tese).

um conjunto de prepossições
(premissas ou hipóteses)
é a relação
Argumento
que associa
a uma proposição
(conclusão ou tese)

Esquema 1 – Definição de argumento

Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. A validade ou


invalidade de um argumento guarda relação com a sua forma, ou seja, se a
conclusão guarda relação com as premissas.
Se um argumento é válido e a sua premissa é verdadeira, a conclusão
deve ser verdadeira:

Argumento Premissas Conclusão


válido verdadeiras verdadeira

Esquema 2 – Conclusão verdadeira em um argumento válido

A validade de um argumento não é uma garantia da verdade da sua


conclusão. Um argumento válido pode ter premissas falsas e uma conclusão
falsa.
Quando as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa, dizemos que
o argumento é inválido. Um argumento inválido é chamado de falácia ou
sofisma.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 3 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
A tabela abaixo resume mostra todas as situações possíveis para um
argumento:
Quando um
e as premissas ... então a conclusão será:
argumento é
necessariamente
Válido são todas verdadeiras
verdadeira
(bem construído)
não são todas verdadeiras ou verdadeira ou falsa

Inválido são todas verdadeiras ou verdadeira ou falsa


(mal construído) não são todas verdadeiras ou verdadeira ou falsa

Esquema 3 – Situações possíveis para um argumento

Vamos ver como isso já foi cobrado em prova:

(CESPE / Agente de Polícia Federal – Abrangência


Nacional – Departamento de Polícia Federal / 2004) Uma noção básica da
lógica é a de que um argumento é composto de um conjunto de sentenças
denominadas premissas e de uma sentença denominada conclusão. Um
argumento é válido se a conclusão é necessariamente verdadeira sempre que
as premissas forem verdadeiras. Com base nessas informações, julgue os itens
que se seguem.
I. Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
II. Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
III. Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
IV. É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde
é vegetal, logo todo cachorro é vegetal.
Resolução:
I. Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
Como vimos na tabela acima, existe a possibilidade de termos um
argumento válido com premissas falsas. Logo, item errado.
II. Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
Como vimos na tabela, podemos ter um argumento válido com conclusão
falsa. Logo, item errado.
III. Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
Conforme a tabela anterior, podemos ter um argumento inválido com
uma conclusão verdadeira. Assim, item errado.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 4 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
IV. É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde
é vegetal, logo todo cachorro é vegetal.
Este é um exemplo de um argumento válido com a seguinte estrutura:
Todo A é B.
Premissas: {
Todo B é C.
Conclusão: Todo A é C.
Logo, item certo.

Podemos, portanto, dizer que a estrutura do argumento é:

𝑝1 ∧ 𝑝2 ∧ 𝑝3 ∧ 𝑝4 ⋯ 𝑝𝑛 ⟹ 𝐶
(premissas) (conclusão)

Esquema 4 – Estrutura de um argumento

1.2 – Analogias, inferências, deduções e conclusões


Vamos verificar alguns conceitos do assunto.

 Analogia
Analogia é uma comparação estabelecida entre diferentes conjuntos de
argumentos que obedecem a uma mesma estrutura lógica.
Temos, portanto, o seguinte esquema:

entre argumentos
Analogia comparação
com a mesma
estrutura lógica

Esquema 5 – Definição de analogia

 Inferência
Chamamos de inferência ao ato de obter uma conclusão a partir de um
conjunto de premissas iniciais.
Há dois casos especiais de inferência: dedução e indução.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 5 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

 Dedução
Um argumento será dedutivo quando sua conclusão traz apenas
informações obtidas das premissas (explícita ou implicitamente).
A questão abaixo exemplifica um argumento dedutivo:

(CESPE / Revisor de Texto – Fundação Universidade de


Brasília / 2014) Julgue o item seguinte, relativo a dedução e indução.
O seguinte trecho constitui exemplo de dedução: Se um texto vai ser publicado,
então ele deve ser revisado. O texto vai ser publicado. Desse modo, ele deve
ser revisado.
Resolução:
Neste caso, podemos identificar as premissas P1: Se um texto vai ser
publicado, então ele deve ser revisado; P2: O texto vai ser publicado; e a
conclusão C: ele (o texto) deve ser revisado.
Como podemos perceber, a conclusão traz apenas informações obtidas
das premissas. Logo, trata-se de uma dedução. Item certo.

 Indução
Um argumento será indutivo quando sua conclusão traz mais
informações do que as premissas fornecem.
Em outras palavras, a indução é probabilística, ou seja, partindo-se das
premissas, há uma chance da conclusão ocorrer. Consequentemente, a
conclusão da indução tem apenas a probabilidade de ser verdadeira.
A questão abaixo exemplifica um argumento indutivo:

(CESPE / Revisor de Texto – Fundação Universidade de


Brasília / 2014) Julgue o item seguinte, relativo a dedução e indução.
Constitui exemplo de indução o seguinte trecho: Ele sempre escreveu péssimos
textos. Por isso, não adianta, seu próximo texto também será péssimo.
Resolução:
Primeiramente, vamos identificar a premissa e a conclusão. A premissa é
P: Ele sempre escreveu péssimos textos. A conclusão é C: seu próximo texto
também será péssimo.
Como vemos, a premissa fala de textos que já foram escritos (no
passado), e a conclusão infere que o próximo texto (no futuro) terá determinada

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 6 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
característica. Com isso, percebemos que a conclusão vai além dos dados da
premissa, o que é característica de um argumento indutivo. Item certo.

Resumindo tudo em um esquema, temos:

obter conclusão a partir de premissas

conclusão traz apenas


Dedução informações obtidas das
Inferência premissas

conclusão traz mais


Indução informações do que as
premissas fornecem

Esquema 6 – Inferência, dedução e indução

 Conclusão
O conceito de conclusão já foi apresentado no item anterior, quando
estudamos a construção de um argumento.

1.3 – Verdades e mentiras


Um tipo muito importante de questão que possui relação com a lógica de
argumentação é o de verdades e mentiras. Trata-se de questões que falam de
culpados e inocentes ou sobre pessoas que falam somente verdades, somente
mentiras ou outras questões com assuntos semelhantes.
Vamos explicar a estratégia de resolução analisando uma questão que já
foi cobrada em prova.

(ESAF / Técnico do Ministério Público da União -


Administrativo / 2004) Uma empresa produz androides de dois tipos: os de
tipo V, que sempre dizem a verdade, e os de tipo M, que sempre mentem. Dr.
Turing, um especialista em Inteligência Artificial, está examinando um grupo de
cinco androides – rotulados de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon –, fabricados
por essa empresa, para determinar quantos entre os cinco são do tipo V.
Ele pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?” Alfa responde, mas Dr. Turing,
distraído, não ouve a resposta.
Os androides restantes fazem, então, as seguintes declarações:
Beta: “Alfa respondeu que sim”.
Gama: “Beta está mentindo”.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 7 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Delta: “Gama está mentindo”.
Épsilon: “Alfa é do tipo M”.
Mesmo sem ter prestado atenção à resposta de Alfa, Dr. Turing pôde, então,
concluir corretamente que o número de androides do tipo V, naquele grupo, era
igual a
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.
Resolução:
Esta é uma questão clássica nas bancas do CESPE e da ESAF! Para
resolvê-la, devemos nos atentar para o que acontece quando se diz que alguém
sempre mente ou sempre fala a verdade.
Vamos analisar o que acontece quando fazemos a pergunta “você fala a
verdade?” para cada tipo de pessoa.
Se a pessoa sempre fala a verdade, a resposta dela será “Sim”, pois ela
estaria falando a verdade. No entanto, se a pessoa sempre mente, a resposta
dela seria “Sim”, pois ela sempre mente. Ou seja, sempre que perguntarmos
“Você fala a verdade?” para qualquer dos tipos de pessoas, a resposta será
sempre “Sim”.
Um raciocínio análogo pode ser feito para a pergunta “você mente?”,
quando feita para cada tipo de pessoa. Se a pessoa sempre fala a verdade, a
resposta dela será “Não”, pois ela estaria falando a verdade. No entanto, se a
pessoa sempre mente, a resposta dela seria “Não”, pois ela sempre mente. Ou
seja, sempre que perguntarmos “Você mente?” para qualquer dos tipos de
pessoas, a resposta será sempre “Não”.
Podemos resumir tais situações no esquema abaixo:

sempre diz a verdade "Sim"


"Você diz a
verdade?"
sempre mente "Sim"

sempre diz a verdade "Não"

"Você mente?"

sempre mente "Não"

Esquema 7 – Verdades e mentiras

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 8 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Logo, quando o Dr. Turing fez a pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?”, em
outras palavras ele perguntou “Você mente?”. Sabemos, portanto, que a
resposta que foi dada foi “Não”. Note que não sabemos, de fato, se o androide
Alfa é do tipo V ou M, apenas sabemos a resposta que ele deu. A partir dessa
resposta, podemos analisar as respostas dos outros androides:
Beta: “Alfa respondeu que sim”. É uma mentira, pois vimos que Alfa respondeu
“não”. Logo, Beta é do tipo M.
Gama: “Beta está mentindo”. Está correto. Logo, Gama é do tipo V.
Delta: “Gama está mentindo”. Não está correto. Logo, Delta é do tipo M.
Épsilon: “Alfa é do tipo M”. Aqui, temos um probleminha, pois não temos como
saber se Alfa é do tipo V ou M. Temos duas opções:
i) Alfa é do tipo M. Logo, a declaração de Épsilon está correta, o que significa
que Épsilon é do tipo V;
ii) Alfa é do tipo V. Logo, a frase de Épsilon não está correta, indicando que
Épsilon é do tipo M.
No entanto, a questão pergunta quantos androides são do tipo V, ou seja,
desejamos saber apenas a quantidade. Podemos perceber que, em ambas as
opções levantadas, a quantidade total de androides do tipo V será 2. Logo, a
alternativa B é a resposta correta.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 9 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

2. Questões comentadas

2.1 – Múltipla escolha


01. (FCC / Técnico de Controle Externo - Administração – Tribunal de
Contas do Estado-CE / 2015) Considere as afirmações verdadeiras:
− Se compro leite ou farinha, então faço um bolo.
− Se compro ovos e frango, então faço uma torta.
− Comprei leite e não comprei ovos.
− Comprei frango ou não comprei farinha.
− Não comprei farinha.
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
a) fiz uma torta.
b) não fiz uma torta e não fiz um bolo.
c) fiz um bolo.
d) nada comprei.
e) comprei apenas leite e ovos.
Resolução:
Vamos começar numerando as premissas:
P1: Se compro leite ou farinha, então faço um bolo.
P2: Se compro ovos e frango, então faço uma torta.
P3: Comprei leite e não comprei ovos.
P4: Comprei frango ou não comprei farinha.
P5: Não comprei farinha.
Como todas as premissas são verdadeiras, começamos analisando P5
(proposição simples) e P3 (conjunção). Afinal, sabemos que uma conjunção
("E") somente será verdadeira quando ambas as proposições simples que a
formam forem V.
P5: Não comprei farinha.
V

P3: Comprei leite e não comprei ovos.

V V

Eliminamos a alternativa E, mas ainda precisamos continuar com a


análise das demais premissas. Vamos analisar P1:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 10 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
P3: Se compro leite ou farinha, então faço um bolo.
V F

Na antecedente, temos uma disjunção ("OU"), e sabemos que ela será V


se pelo menos uma das proposições for V. Se a antecedente é V, a consequente
também deve ser V, para que a premissa seja verdadeira. Logo:
P3: Se compro leite ou farinha, então faço um bolo.
V V

Com isso, já sabemos que "fiz um bolo" é V, então nem precisamos


continuar analisando as demais premissas.
A alternativa C é a resposta correta.

02. (FCC / Técnico de Controle Externo - Administração – Tribunal de


Contas do Estado-CE / 2015) Em uma família de 6 pessoas, um bolo foi
dividido no jantar. Cada pessoa ficou com 2 pedaços do bolo. Na manhã
seguinte, a avó percebeu que tinham roubado um dos seus dois pedaços de
bolo. Indignada, fez uma reunião de família para descobrir quem tinha roubado
o seu pedaço de bolo e perguntou para as outras 5 pessoas da família: “Quem
pegou meu pedaço de bolo?"
As respostas foram:
Guilherme: “Não foi eu"
Telma: “O Alexandre que pegou o bolo".
Alexandre: “A Caroline que pegou o bolo".
Henrique: “A Telma mentiu"
Caroline: “O Guilherme disse a verdade".
A avó, sabendo que uma pessoa estava mentindo e que as outras estavam
falando a verdade, pôde concluir que quem tinha pegado seu pedaço de bolo foi
a) Guilherme.
b) Telma.
c) Alexandre.
d) Henrique.
e) Caroline.
Resolução:
Nesse tipo de questão, a chave para a resposta geralmente está na
análise das frases “fulano mentiu” ou “fulano disse a verdade”. Desta forma,

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 11 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
começaremos analisando a afirmação de Henrique. Há duas opções a serem
analisadas: ou Henrique mentiu ou Henrique disse a verdade. Seguem as
análises:
1ª opção: Henrique mentiu. Temos:
Henrique disse (mentindo): “A Telma mentiu.” Logo, Telma não mentiu.
Mas como somente uma pessoa mentiu, as demais (Guilherme, Telma,
Alexandre e Caroline) disseram a verdade.
Telma disse: “O Alexandre que pegou o bolo.” Contradição, pois
Alexandre disse: “A Caroline que pegou o bolo.” somente um pegou.
Logo, essa opção não é válida.

2ª opção: Henrique disse a verdade. Temos:


Henrique disse (falando a verdade): “A Telma mentiu.”
Então Telma disse (mentindo): “O Alexandre que pegou o bolo.” Logo, a frase
verdadeira é “O Alexandre não pegou o bolo”.
Todos os demais disseram a verdade, então temos:
Guilherme disse: “Não foi eu".
Alexandre: “A Caroline que pegou o bolo".
Caroline: “O Guilherme disse a verdade".

Como não vimos nenhuma contradição, então quem pegou o bolo foi
Caroline.
A alternativa E é a resposta correta.

03. (FCC / Analista Judiciário – Engenharia Civil – TRT-19 / 2014) Se


o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga no computador e Tomás não
ouve rádio. Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não
veio. Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica mal humorada.
Gabriela não está mal humorada. A partir dessas informações, é possível
concluir, corretamente, que
A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.
B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não veio.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 12 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Resolução:
Inicialmente, vamos denominar as premissas. Lembre-se: todas elas são
verdadeiras!
P1: Se o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga no computador e
Tomás não ouve rádio.
P2: Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não veio.
P3: Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica mal humorada.
P4: Gabriela não está mal humorada.
Analisando as proposições, podemos notar que algumas delas seguem
um encadeamento de condicionais. O diagrama a seguir permite a melhor
visualização de tal encadeamento:

Gabriela
P2 P3 Gabriela fica
Tomás não pensa que
P1 mal
ouve rádio Tomás não
humorada
veio
O diretor está
no escritório E
Rodrigo não
joga no
computador

Pela premissa P4, Gabriela não está mal humorada. Logo, podemos
marcar F no último quadro do diagrama anterior:

Gabriela
P2 P3 Gabriela fica
Tomás não pensa que
P1 mal
ouve rádio Tomás não
humorada
veio
O diretor está F
no escritório E
Rodrigo não
joga no
computador

Pelas regras da condicional, temos que, para que P3 seja verdadeira, é


necessário que a proposição Gabriela pensa que Tomás não veio seja falsa:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 13 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Gabriela
P2 P3 Gabriela fica
Tomás não pensa que
P1 mal
ouve rádio Tomás não
humorada
veio
O diretor está F F
no escritório E
Rodrigo não
joga no
computador

Seguindo o mesmo raciocínio, para que P2 seja verdadeira,


necessariamente a proposição Tomás não ouve rádio deve ser falsa:

Gabriela
P2 P3 Gabriela fica
Tomás não pensa que
P1 mal
ouve rádio Tomás não
humorada
F veio
O diretor está F F
no escritório E
Rodrigo não
joga no
computador

Por fim, falta apenas analisar P1. Como já vimos que Tomás não ouve
rádio deve ser falsa, já sabemos que a consequente da condicional P1 será
falsa, pois a conjunção (conectivo “e”) será falsa quando pelo menos uma das
suas proposições é falsa. Concluímos, portanto que O diretor está no escritório
deve ser falsa.
Logo, Gabriela não está mal humorada, Gabriela não pensa que Tomás
não veio, Tomás ouve rádio e o diretor não está no escritório. Não há informação
para concluir se Rodrigo joga ou não no computador.
A alternativa E é a resposta correta.

Caros amigos, temos que esclarecer uma coisa que é óbvia para a
maioria, mas pode não ser tão óbvia para quem está começando. Em uma prova
com tempo tão curto para tantas questões, é claro que você não terá condições
de ficar reescrevendo frases ou montando correlações demoradas. Nós fazemos
isso aqui para que a explicação seja a mais didática possível. Mas, uma vez que
você entenda a dinâmica do processo, basta marcar o valor lógico das frases
acima das mesmas, no próprio enunciado, e sair eliminando as alternativas
incorretas. No final, a sua questão ficaria mais ou menos assim:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 14 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

COMO FAZER NA PROVA: Se o diretor está no escritório, então Rodrigo


não joga no computador e Tomás não ouve rádio. Se Tomás não ouve
rádio, então Gabriela pensa que Tomás não veio. Se Gabriela pensa que
Tomás não veio, então ela fica mal humorada. Gabriela não está mal
humorada. A partir dessas informações, é possível concluir, corretamente,
que

A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.


B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não
veio.

04. (ESAF / Assistente Técnico Administrativo – Ministério da


Fazenda / 2014) Em um argumento, as seguintes premissas são verdadeiras:
- Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
- Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
- Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
- A Polônia se classificou.
Logo, pode-se afirmar corretamente que:
a) a Itália e a França se classificaram.
b) a Itália se classificou e o Brasil não venceu o jogo.
c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo.
d) a França se classificou e o Brasil venceu o jogo.
e) a França se classificou se, e somente se, o Brasil venceu o jogo.
Resolução:
Inicialmente, vamos denominar as premissas:
P1: Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
P2: Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
P3: Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
P4: A Polônia se classificou.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 15 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Analisando as proposições, podemos notar que elas seguem um
sequenciamento de proposições condicionais (ou um encadeamento de
condicionais), conforme o diagrama a seguir:

P1 P2 P3
O Brasil A França A Polônia
A Itália se
vence o não se não se
classifica
jogo classifica classifica

Pela premissa P4, a Polônia se classificou. Logo, podemos marcar F no


último quadro do diagrama anterior:

O Brasil P1 A França P2 P3 A Polônia


A Itália se
vence o não se não se
classifica
jogo classifica classifica
F

Pelas regras da condicional, temos que, para que P3 seja verdadeira,


necessariamente a proposição a Itália se classifica deve ser falsa.
Seguindo o raciocínio, temos que, para que P2 seja verdadeira,
necessariamente a proposição a França não se classifica deve ser falsa.
Por fim, para que P1 seja verdadeira, necessariamente a proposição o
Brasil vence o jogo deve ser falsa.
Logo, o nosso quadro fica:

O Brasil P1 A França P2 P3 A Polônia


A Itália se
vence o não se não se
classifica
jogo classifica classifica
F F F F

Assim, a Itália não se classificou, a França se classificou e o Brasil não


venceu o jogo.
A alternativa C afirma que a França se classificou ou o Brasil venceu o
jogo. Ora, como o conectivo OU requer que pelo menos uma das proposições
seja verdadeira, a alternativa fica correta, já que a França se classificou.
A alternativa C é a resposta correta.

05. (ESAF / Engenheiro – Ministério do Turismo /2014) As seguintes


premissas são verdadeiras: - Se Paulo não trabalha terça-feira, então Maria
trabalha sábado. - Se Ana não trabalha domingo, então Samuel não trabalha
sexta-feira. - Se Samuel trabalha sexta-feira, então Maria não trabalha sábado.
- Samuel trabalha sexta-feira. Logo, pode-se afirmar que:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 16 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
A) Paulo trabalha terça-feira e Maria trabalha sábado.
B) Paulo não trabalha terça-feira ou Maria trabalha sábado.
C) Maria trabalha sábado e Ana não trabalha domingo.
D) Ana não trabalha domingo e Paulo trabalha terça-feira.
E) Se Maria trabalha sábado, então Ana não trabalha domingo.
Resolução:
Vamos numerar as premissas:
P1: Se Paulo não trabalha terça-feira, então Maria trabalha sábado.
P2: Se Ana não trabalha domingo, então Samuel não trabalha sexta-feira.
P3: Se Samuel trabalha sexta-feira, então Maria não trabalha sábado.
P4: Samuel trabalha sexta-feira.
Como sempre, iniciamos pela proposição mais simples, ou seja, P4.
P4: Samuel trabalha sexta-feira.
V

P2: Se Ana não trabalha domingo, então Samuel não trabalha sexta-feira.
F

Se a consequente é F, a antecedente deve também ser F, para que a


premissa seja verdadeira. Logo:

P2: Se Ana não trabalha domingo, então Samuel não trabalha sexta-feira.
F F

Vamos ver as demais premissas:


P3: Se Samuel trabalha sexta-feira, então Maria não trabalha sábado.
V

Se a antecedente é V, a consequente também deve ser V, para que a


premissa seja verdadeira. Logo:
P3: Se Samuel trabalha sexta-feira, então Maria não trabalha sábado.
V V

Por último, veremos a P1:


P1: Se Paulo não trabalha terça-feira, então Maria trabalha sábado.
F F

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 17 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Desta forma, concluímos que Ana trabalha domingo, Maria não trabalha
sábado e Paulo trabalha terça-feira. Vejamos as alternativas:
A) Paulo trabalha terça-feira e Maria trabalha sábado. Item errado.
B) Paulo não trabalha terça-feira ou Maria trabalha sábado. Item errado.
C) Maria trabalha sábado e Ana não trabalha domingo. Item errado.
D) Ana não trabalha domingo e Paulo trabalha terça-feira. Item errado.
E) Se Maria trabalha sábado, então Ana não trabalha domingo. Uma condicional
em que ambos os termos são F é verdadeira. Item certo.
A alternativa E é a resposta correta.

06. (CESPE / Analista Judiciário – Ciências da Computação – TJ-CE /


2014 - adaptada) Ao se defender da acusação de que teria causado
desperdício de recursos municipais em razão de má-fé nas tomadas de decisão,
determinado gestor apresentou o seguinte argumento, composto das premissas
P1 e P2 e da conclusão C.
P1: Se tivesse havido má-fé em minhas decisões, teria havido desperdício de
recursos municipais em minha gestão e eu teria sido beneficiado com isso.
P2: Se eu tivesse sido beneficiado com isso, teria ficado mais rico.
C: Não houve má-fé em minhas decisões.
Considere que para determinada proposição P3, o argumento formado pelas
premissas P1, P2 e P3 e pela conclusão C constitui um argumento válido. Nesse
caso, é correto afirmar que P3 poderia ser a seguinte proposição:
A) Eu não fiquei mais rico.
B) Eu me beneficiei das minhas decisões.
C) Houve desperdício de recursos municipais em minha gestão.
D) Como eu não me beneficiei, não houve má-fé em minhas decisões.
E) Como eu não fiquei mais rico, eu não me beneficiei das minhas decisões.
Resolução:
Vamos relembrar a teoria. Um argumento é válido quando as premissas
são verdadeiras e levam a uma conclusão verdadeira. Sendo assim, queremos
uma premissa P3 que, sendo verdadeira, torna a conclusão C verdadeira.
A pergunta-chave é: por onde começamos? Vamos analisar o conjunto
das proposições P1, P2 e C. Ora, vemos que C traz uma informação sobre P1,
mas não diz nada sobre P2. Logo, um ponto de partida seria testarmos as
alternativas que tragam alguma relação com as proposições simples da

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 18 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
premissa P2. Vemos que as letra A, B e E trazem tais informações.
Começaremos analisando a alternativa A.
1ª opção: P3: Eu não fiquei mais rico.
V

P2: Se eu tivesse sido beneficiado com isso, teria ficado mais rico.
F

Para ter P2 verdadeira, a antecedente deve ser F. Logo:


P2: Se eu tivesse sido beneficiado com isso, teria ficado mais rico.
F F

Lembrando que a conclusão deve ser verdadeira para que o argumento


seja válido, temos:
C: Não houve má-fé em minhas decisões.
V

Falta olharmos P1:


P1: Se tivesse havido má-fé em minhas decisões, teria havido desperdício de
F
recursos municipais em minha gestão e eu teria sido beneficiado com isso.
V/F F

Se notarmos, a proposição “Houve desperdício de recursos municipais em


minha gestão” pode ser V ou F, e ainda assim a premissa P1 ficará verdadeira.
Logo, encontramos um argumento válido.
A alternativa A é a resposta correta.

07. (ESAF / Analista de Finanças e Controle / Secretaria do Tesouro


Nacional / 2013) P não é número, ou R é variável. B é parâmetro ou R não é
variável. R não é variável ou B não é parâmetro. Se B não é parâmetro, então
P é número. Considerando que todas as afirmações são verdadeiras, conclui-se
que:
a) B é parâmetro, P é número, R não é variável.
b) P não é número, R não é variável, B é parâmetro.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 19 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
c) B não é parâmetro, P é número, R não é variável.
d) R não é variável, B é parâmetro, P é número.
e) R não é variável, P não é número, B não é parâmetro.
Resolução:
Começamos denominando as premissas:
P1: P não é número, ou R é variável.
P2: B é parâmetro ou R não é variável.
P3: R não é variável ou B não é parâmetro.
P4: Se B não é parâmetro, então P é número.
Analisando as premissas, notamos que P2 e P3 tratam sobre a situação
de B: ser ou não ser parâmetro. Isso nos indica o ponto de partida para a
resolução da questão.
Assim, temos que estabelecer uma hipótese e testar a sua validade (ou,
eventualmente, chegarmos a uma contradição).
1ª opção: B não é parâmetro.
Vamos, então, analisar as premissas:
P2: B é parâmetro ou R não é variável.
F

Para que a premissa P2 seja V, precisamos que R não é variável seja V:


P2: B é parâmetro ou R não é variável.
F V

Analisando as demais premissas:


P3: R não é variável ou B não é parâmetro.

V V

P1: P não é número, ou R é variável.


F

Para que a premissa P1 seja V, precisamos que P não é número seja V:


P1: P não é número, ou R é variável.
V F

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 20 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Por fim, analisando P4, temos:


P4: Se B não é parâmetro, então P é número.
V F

Assim, temos que P4 será falsa. Ops! Temos uma contradição, pois o
enunciado afirmou que todas as premissas são verdadeiras. Assim, tal hipótese
não é válida.

2ª opção: B é parâmetro.
Vamos, então, analisar as premissas:
P3: R não é variável ou B não é parâmetro.
F

Para que P3 seja V, é necessário que R não é variável seja V:


P3: R não é variável ou B não é parâmetro.

V F

Analisando as demais premissas:


P2: B é parâmetro ou R não é variável.
V V

P1: P não é número, ou R é variável.


V F

Para que P1 seja V, é necessário que P não é número seja V:


P1: P não é número, ou R é variável.
V F

Por fim, analisando P4, temos:


P4: Se B não é parâmetro, então P é número.
F F

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 21 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Assim, temos que P4 será verdadeira. Como não encontramos qualquer
contradição, esta é a nossa resposta: B é parâmetro, R não é variável e P não
é número.
A alternativa B é a resposta correta.

08. (ESAF / Engenheiro – Ministério da Fazenda / 2013) Considere


verdadeiras as premissas a seguir:
– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.
Resolução:
Vamos começar designando as premissas, lembrando que todas são
verdadeiras:
P1: se Ana é professora, então Paulo é médico.
P2: ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante.
P3: Marta não é estudante.
Como P3 já nos afirma que Marta não é estudante, então podemos
analisar P2:
P2: ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante.
F
Como vimos na aula anterior, uma disjunção exclusiva (“ou..., ou...”)
somente será verdadeira quando os valores lógicos de suas proposições simples
forem opostos. Assim, se Marta é estudante é F, temos que Paulo não é médico
é V.
P2: ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante.
V F

Por fim, inserimos os valores lógicos já conhecidos em P1:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 22 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
P1: se Ana é professora, então Paulo é médico.
F

Pelas regras da condicional, para que P1 seja verdadeira,


necessariamente a proposição Ana é professora deve ser falsa. Assim:
P1: se Ana é professora, então Paulo é médico.
F F

Logo, Ana não é professora, Paulo não é médico e Marta não é estudante.
A alternativa C afirma que Ana não é professora ou Paulo é médico. Ora,
como o conectivo OU requer que pelo menos uma das proposições seja
verdadeira, a alternativa fica correta, já que Ana não é professora.
A alternativa C é a resposta correta.

09. (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental - MPOG / 2013) Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha. Se
Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha. Se Eva bebe caipirinha, ela não
vai ao cinema. Se Eva não vai à praia, ela vai ao cinema. Segue-se, portanto,
que Eva:
A) vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
B) não vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
C) vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.
D) não vai à praia, não vai ao cinema, não bebe caipirinha.
E) não vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.
Resolução:
Vamos numerar as premissas.
P1: Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha.
P2: Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha.
P3: Se Eva bebe caipirinha, ela não vai ao cinema.
P4: Se Eva não vai à praia, ela vai ao cinema.
Eis uma questão diferente das anteriores, pois possui 4 premissas do tipo
condicional. Em questões deste tipo, temos que testar as opções:
1ª opção: “Eva vai à praia” é verdadeiro. Eis a análise:
P1: Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 23 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Logo, se a antecedente é V, a consequente deve ser V.


P1: Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha.
V V

P2: Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha.

F
Logo, a antecedente é F.
P2: Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha.
F F

P3: Se Eva bebe caipirinha, ela não vai ao cinema.


V F

Oooops! Chegamos a uma premissa com valor lógico falso! Logo, não dá
para ser neste caminho. Temos que abandonar esta opção e testar a outra.

2ª opção: “Eva vai à praia” é falso. Eis a análise:


P4: Se Eva não vai à praia, ela vai ao cinema. A consequente deve ser V.
V V

P3: Se Eva bebe caipirinha, ela não vai ao cinema. A antecedente deve ser F.
F F

P2: Se Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha. Premissa válida.
F V
P1: Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha. Premissa válida.
F F

Logo, temos coerência nas premissas, com Eva não vai à praia, vai ao
cinema e não bebe caipirinha.
A alternativa B é a resposta correta.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 24 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
10. (FCC / Analista de Procuradoria – Área Administrativa –
Procuradoria Geral do Estado – BA / 2013) Alice irá ao País das Maravilhas
quando imaginar ou perder o medo. Se Alice perder o medo,
A) Alice não irá ao País das Maravilhas, pois não vai imaginar.
B) Alice irá ao País das Maravilhas.
C) Alice vai necessariamente imaginar.
D) Alice não irá, também, imaginar.
E) Alice não vai imaginar.
Resolução:
Neste item, temos que compreender que a palavra “quando” tem o
mesmo sentido lógico da palavra “se”. Logo, a frase do enunciado pode ser
reescrita como Se Alice imaginar ou perder o medo, (então) irá ao País das
Maravilhas. Temos, então:
Se Alice imaginar ou perder o medo, (então) irá ao País das Maravilhas.
V/F V
V
Logo, pelas regras da condicional, se o antecedente é V, o consequente
deve ser V. Desta forma, Alice irá ao País das Maravilhas.
A alternativa B é a resposta correta.

11. (CESPE / Professor – Secretaria de Estado de Educação – CE /


2013) Um professor, desconfiado que seus alunos — A, B e C — colaram em
uma prova, indagou cada um deles e recebeu as seguintes respostas.
A disse: “Quem colou foi B.”
B disse: “Quem colou foi C.”
C disse: “A está mentindo.”
Posteriormente, os fatos mostraram que A não colou, que apenas um deles
mentiu e que apenas um deles colou na prova. Considerando-se essa situação,
é correto afirmar que
A) A mentiu, B disse a verdade e não colou, C disse a verdade e colou.
B) A disse a verdade, B disse a verdade e não colou, C mentiu e colou.
C) A disse a verdade, B disse a verdade e colou, C mentiu e não colou.
D) A disse a verdade, B mentiu e colou, C disse a verdade e não colou.
E) A mentiu, B disse a verdade e colou, C disse a verdade e não colou.
Resolução:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 25 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Nesse tipo de questão, a chave para a resposta geralmente está na
análise das frases “fulano mentiu” ou “fulano disse a verdade”. Desta forma,
começaremos analisando C. Há duas opções a serem analisadas: ou C mentiu
ou C disse a verdade. Seguem as análises:
1ª opção: C mentiu. Temos:
C disse (mentindo): “A está mentindo.” Mas como somente um aluno mentiu,
os demais (A e B) disseram a verdade.
A disse: “Quem colou foi B.”
Contradição, pois somente um colou.
B disse: “Quem colou foi C.”
Logo, essa opção não é válida.

2ª opção: C disse a verdade. Temos:


C disse (falando a verdade): “A está mentindo.”
A disse (mentindo): “Quem colou foi B.” Logo, a frase verdadeira é “B não
colou”.
B disse: “Quem colou foi C.” Isso é verdade, pois somente um aluno mentiu.
Logo, temos que A mentiu, B e C disseram a verdade e C colou.
Alternativa A é a resposta correta.

12. (CESPE / Médico – Secretaria de Estado de Saúde – ES / 2013) Em


uma aldeia, dois grupos em disputa, Krinxen e Amins, designaram um mediador
para estabelecer a paz entre eles. Os membros dos dois grupos dizem a verdade
no domingo. Na segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, quem é Krinxen diz a
verdade enquanto quem é Amins mente; e na quinta-feira, sexta-feira e sábado,
os Amins dizem a verdade, enquanto os Krinxen mentem. Passados alguns dias
de sua designação, o mediador voltou à aldeia, e indagou sobre os avanços nas
negociações. Tanto os Krinxen quanto os Amins responderam: Ontem era dia
de o nosso grupo mentir . Com base nessas informações, assinale a opção que
apresenta o dia da semana em que os dois grupos responderam ao mediador.
A) quinta-feira
B) sábado
C) quarta-feira
D) domingo
E) segunda-feira
Resolução:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 26 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Vamos começar elaborando um quadro para resumir as opiniões de cada
grupo em cada dia da semana:
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
Krinxen V V V V F F F
Amins V F F F V V V

A informação que define o nosso raciocínio é que, em um determinado


dia, ambos os grupos disseram: Ontem era dia de o nosso grupo mentir. Isso
nos mostra que tal frase foi dita em um dia em que há a mudança de opinião
de pelo menos um dos grupos, ou seja, pode ter sido no domingo, na
segunda ou na quinta. Vejamos as opções:

1ª opção: domingo: Vejamos as frases:


Krinxen (dizendo a verdade): Ontem era dia de o nosso grupo mentir. Está
correto, pois sábado é dia do grupo mentir.
Amins (dizendo a verdade): Ontem era dia de o nosso grupo mentir. Está
errado, pois sábado não é dia do grupo mentir. Logo, a opção não é válida.

2ª opção: segunda-feira: Veja a frase:


Krinxen (dizendo a verdade): Ontem era dia de o nosso grupo mentir. Está
errado, pois domingo não é dia do grupo mentir. Logo, a opção não é válida.

3ª opção: quinta-feira: Vejamos as frases:


Krinxen (mentindo): Ontem era dia de o nosso grupo mentir. Frase verdadeira:
Ontem (quarta) não era dia de mentir. Está correto.
Amins (dizendo a verdade): Ontem era dia de o nosso grupo mentir. Está
correto, pois quarta era dia do grupo mentir.
Logo, o dia da conversa foi na quinta-feira.
A alternativa A é a resposta correta.

13. (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Federal / 2012) Se Anamara é


médica, então Angélica é médica. Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou
Andrea são médicas. Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta. Se
Andrea é médica, então Anamara é médica. Considerando que as afirmações
são verdadeiras, segue- se, portanto, que:
a) Anamara, Angélica e Andrea são arquitetas.
b) Anamara é médica, mas Angélica e Andrea são arquitetas.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 27 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
c) Anamara, Angélica e Andrea são médicas.
d) Anamara e Angélica são arquitetas, mas Andrea é médica.
e) Anamara e Andrea são médicas, mas Angélica é arquiteta.
Resolução:
Antes de começarmos a responder a questão, vamos considerar que as
únicas profissões possíveis são médica e arquiteta, e que uma pessoa não pode
ter as duas profissões ao mesmo tempo. Esta informação deveria ter vindo na
questão, mas não veio, e sem ela poderia gerar questionamentos. Novamente,
temos uma questão com 4 premissas do tipo condicional:
P1: Se Anamara é médica, então Angélica é médica.
P2: Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são médicas.
P3: Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta.
P4: Se Andrea é médica, então Anamara é médica.
Como vimos anteriormente, para resolver esse tipo de questão
precisamos fazer tentativas:

1ª opção: Anamara é médica. Neste caso, temos:


P1: Se Anamara é médica, então Angélica é médica.
V V

P3: Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta.


F F

Logo, Andrea é médica. Vamos, agora, testar a validade das demais


premissas:
P2: Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou Andrea são médicas.
F V V

Pelas regras da condicional, a premissa P2 é verdadeira.


P4: Se Andrea é médica, então Anamara é médica.
V V

Pelas regras da condicional, a premissa P4 é verdadeira.


Logo, temos que, nesta opção, todas as nossas premissas são
verdadeiras. Sendo assim, Anamara, Angélica e Andrea são médicas.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 28 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
A alternativa C é a resposta correta.

14. (ESAF / Analista Tributário – Receita Federal / 2012) Se Paulo é


irmão de Ana, então Natália é prima de Carlos. Se Natália é prima de Carlos,
então Marta não é mãe de Rodrigo. Se Marta não é mãe de Rodrigo, então Leila
é tia de Maria. Ora, Leila não é tia de Maria. Logo
a) Marta não é mãe de Rodrigo e Paulo é irmão de Ana.
b) Marta é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
c) Marta não é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
d) Marta é mãe de Rodrigo e Paulo não é irmão de Ana.
e) Natália não é prima de Carlos e Marta não é mãe de Rodrigo.
Resolução:
Mais um caso de sequenciamento de proposições condicionais. Vamos
começar denominando as premissas:
P1: Se Paulo é irmão de Ana, então Natália é prima de Carlos.
P2: Se Natália é prima de Carlos, então Marta não é mãe de Rodrigo.
P3: Se Marta não é mãe de Rodrigo, então Leila é tia de Maria.
P4: Leila não é tia de Maria.
Montamos, então, o seguinte diagrama:

P1 P2 P3
Paulo é Natália é
Marta não é Leila é tia
irmão de prima de
mãe de Rodrigo de Maria
Ana Carlos

Pela premissa P4, Leila não é tia de Maria. Logo, podemos marcar F no
último quadro do diagrama anterior:

P1 P2 P3
Paulo é Natália é
Marta não é Leila é tia
irmão de prima de
mãe de Rodrigo de Maria
Ana Carlos
F

Pelas regras da condicional, para que P3 seja V, a proposição Marta não


é mãe de Rodrigo deve ser F. Analogamente, para que P2 seja V, a proposição
Natália é prima de Carlos deve ser F. Da mesma maneira, para que P1 seja V,
a proposição Paulo é irmão de Ana deve ser F. Logo, o nosso quadro fica:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 29 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

P1 P2 P3
Paulo é Natália é
Marta não é Leila é tia
irmão de prima de
mãe de Rodrigo de Maria
Ana Carlos
F F F F

Concluímos que Paulo não é irmão de Ana, Natália não é prima de Carlos,
Marta é mãe de Rodrigo e Leila não é tia de Maria.
A alternativa D é a resposta correta.

15. (ESAF / Auditor-Fiscal - Receita Federal / 2009)


3 3
Se 𝛼 = √𝑒, então 𝛽 = √𝑒.
3
Se 𝛼 = 𝑒 3 , então 𝛽 ou 𝛿 são iguais a √𝑒 .
Se 𝛿 = 𝑒 3, então 𝛽 = 𝑒 3 .
3 3
Se 𝛿 = √𝑒, então 𝛼 = √𝑒.
Considerando que as afirmações são verdadeiras, segue-se, portanto, que:

A) 𝛼 = 𝛽 = 𝛿 = 𝑒3
3
B) 𝛼 = 𝛽 = 𝑒 3 , mas 𝛿 = √𝑒
3
C) 𝛼 = √𝑒, mas 𝛽 = 𝛿 = 𝑒 3
3
D) 𝛼 = 𝛽 = 𝛿 = √𝑒
3
E) 𝛼 = 𝛿 = √𝑒, mas 𝛽 = 𝑒 3
Resolução:
Dada a dificuldade das expressões, vamos adotar as seguintes
substituições, no intuito de simplificar a nomenclatura:
3
𝛼 = 𝐴; 𝛽 = 𝐵; 𝛿 = 𝐷; 𝑒 3 = 𝑋; √𝑒 = 𝑌
Feito isso, podemos reescrever as premissas da seguinte maneira:
P1: Se A=Y, então B=Y.
P2: Se A=X, então ( B=Y ou D=Y ).
P3: Se D=X, então B=X.
P4: Se D=Y, então A=Y
Temos que nos atentar que cada variável pode ter apenas um valor. Por
exemplo, ou A=X, ou A=Y. Além disso, vemos, pelas alternativas da questão,

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 30 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
3
que os únicos valores possíveis para as variáveis são 𝑒3 ou √𝑒 . Então vamos
para as hipóteses:

1ª opção: A=X é verdadeira:


Neste caso, temos que A=Y é falsa; assim, o ponto de partida é P4:
P4: Se D=Y, então A=Y.
F

Pelas regras da condicional, para que P4 seja V, a proposição D=Y deve


ser F. Assim:
P4: Se D=Y, então A=Y.
F F

Logo, temos que D=X é V. Vamos, então, para P3:


P3: Se D=X, então B=X.
V

Para que P3 seja V, a proposição B=X deve ser V. Assim:


P3: Se D=X, então B=X.
V V

Logo, temos que B=Y é F. Analisando P2, temos:


P2: Se A=X, então ( B=Y ou D=Y ).

V F F
Ops! Para tais valores lógicos, encontramos que P2 é falsa, o que gera
uma contradição em relação às premissas da questão. Logo, devemos
abandonar esta hipótese.

2ª opção: A=Y é verdadeira:


Neste caso, temos que A=X é falsa. Neste caso, o melhor ponto de
partida é P1:
P1: Se A=Y, então B=Y.
V

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 31 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Para que P1 seja V, a proposição B=Y deve ser V. Assim:
P1: Se A=Y, então B=Y.
V V

Logo, temos que B=X é F. Analisando P3, temos:


P3: Se D=X, então B=X.
F
Para que P3 seja V, a proposição D=X deve ser F. Assim:
P3: Se D=X, então B=X.
F F

Logo, temos que D=Y é V. Vamos, então, para P2 e P4:


P2: Se A=X, então ( B=Y ou D=Y ).

F V V

P4: Se D=Y, então A=Y.


V V

Vemos que tanto P2 como P4 são V. Concluímos, portanto, que a hipótese


é válida, e que A=Y, B=Y e D=Y. Retomando os valores iniciais, temos que
3
𝛼 = 𝛽 = 𝛿 = √𝑒 .
A alternativa D é a resposta correta.

16. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento – Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão / 2009) Há três suspeitos para um
crime e pelo menos um deles é culpado. Se o primeiro é culpado, então o
segundo é inocente. Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado. Se o
terceiro é inocente, então ele não é o único a sê-lo. Se o segundo é culpado,
então ele não é o único a sê-lo. Assim, uma situação possível é:
a) Os três são culpados.
b) Apenas o primeiro e o segundo são culpados.
c) Apenas o primeiro e o terceiro são culpados.
d) Apenas o segundo é culpado.
e) Apenas o primeiro é culpado.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 32 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Resolução:
Inicialmente, vamos reescrever a premissa Se o terceiro é inocente, então
ele não é o único a sê-lo, para transformá-la em algo mais simples. Se “ele não
é o único a ser inocente”, significa que pelo menos um dos outros dois suspeitos
também é inocente (ou seja, pode ser um deles, ou ambos). Assim, o conectivo
correto a ser empregado é o “ou”. Logo, podemos reescrever a frase da seguinte
maneira: “Se o terceiro é inocente, então o primeiro ou o segundo são
inocentes”.
Analogamente, podemos reescrever a premissa Se o segundo é culpado,
então ele não é o único a sê-lo da seguinte maneira: “Se o segundo é culpado,
então o primeiro ou o terceiro são culpados”.
Temos, então, as seguintes premissas:
P1: Se o primeiro é culpado, então o segundo é inocente.
P2: Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado.
P3: Se o terceiro é inocente, então o primeiro ou o segundo são inocentes.
P4: Se o segundo é culpado, então o primeiro ou o terceiro são culpados.
O caminho é testar as alternativas.
1ª opção: O primeiro é culpado:
P1: Se o primeiro é culpado, então o segundo é inocente.
V V

P2: Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado.

F F

Note que já descobrimos a situação dos três suspeitos. Agora, temos que
aplicar os valores lógicos correspondentes nas demais premissas, para vermos
se elas se confirmam ou se ocorre alguma contradição.
P3: Se o terceiro é inocente, então o primeiro ou o segundo são inocentes.

F F V

Podemos observar que tais valores lógicos tornam P3 verdadeira. OK!


P4: Se o segundo é culpado, então o primeiro ou o terceiro são culpados.

F V V

Podemos observar que tais valores lógicos tornam P4 verdadeira. OK!

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 33 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Logo, como não encontramos qualquer contradição em nosso raciocínio,
concluímos que a hipótese é válida, ou seja, o primeiro e o terceiro são culpados,
enquanto que o segundo é inocente.
A alternativa C é a resposta correta.

17. (CESPE / Analista de Controle Externo – TCE-AC/ 2009) Considere


que as seguintes afirmações sejam verdadeiras:
• Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema.
• Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
Considerando que, em determinada noite, Márcia não foi ao cinema, é correto
afirmar que, nessa noite,
a) não fez frio, Paulo não foi ao cinema e choveu.
b) fez frio, Paulo foi ao cinema e choveu.
c) fez frio, Paulo não foi ao cinema e choveu.
d) fez frio, Paulo não foi ao cinema e não choveu.
e) não fez frio, Paulo foi ao cinema e não choveu.
Resolução:
Vamos numerar as proposições que servem de premissas:
P1: Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema.
P2: Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
P3: É noite.
P4: Márcia não foi ao cinema.

Sabemos que as premissas são verdadeiras, logo P3 e P4 são V.


P2: Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
F F

Sabemos que, pelas regras do conectivo “ou”, para que a disjunção seja
falsa, é necessário que ambas as proposições sejam F. Logo:
P2: Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
F F F

Agora é a vez de olharmos P1:


P1: Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema.
V F

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 34 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Pelas regras da condicional, se o termo consequente é F, temos que o


termo antecedente também deve ser F. Mas o termo antecedente é uma
proposição composta, com um conectivo “e”. Para que ele seja F, é preciso que
ao menos uma das proposições simples sejam F. Logo:
P1: Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema.
V F F

Desta forma, concluímos que chove, faz frio e Paulo não vai ao cinema.
A alternativa C é a resposta correta.

18. (ESAF / Técnico de Finanças e Controle – Controladoria-Geral da


União / 2008) Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar. Sou amiga de Nara
ou não sou amiga de Abel. Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar. Ora,
não sou amiga de Clara. Assim,
A) não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.
B) não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.
C) sou amiga de Nara e amiga de Abel.
D) sou amiga de Oscar e amiga de Nara.
E) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara.
Resolução:
Vamos montar as premissas dadas na questão:
P1: Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar.
P2: Sou amiga de Nara ou não sou amiga de Abel.
P3: Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar.
P4: não sou amiga de Clara.
Como as premissas P1 a P3 contemplam disjunções, fica muito fácil
analisar a questão, bastando partir da informação de P4 e preencher as demais,
lembrando que a disjunção (“OU”) exige que pelo menos uma proposição seja
V. Temos, então:
P1: não sou amiga de Clara.
V

P3: Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar.

F V

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 35 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

P1: Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar.

V F

P2: Sou amiga de Nara ou não sou amiga de Abel.

V F

A alternativa C é a resposta correta.

19. (ESAF / Analista de Finanças e Controle – Secretaria do Tesouro


Nacional / 2008) As seguintes afirmações, todas elas verdadeiras, foram
feitas sobre a ordem dos valores assumidos pelas variáveis X, Y, Z, W e Q: i) X
< Y e X > Z; ii) X < W e W < Y se e somente se Y > Z; iii) Q ≠ W se e somente
se Y = X. Logo:
A) Y > W e Y = X
B) Q < Y e Q > Z
C) X = Q
D) Y = Q e Y > W
E) W < Y e W = Z
Resolução:
Vamos listar as premissas:
P1: X < Y e X > Z
P2: ( X < W e W < Y ) se e somente se ( Y > Z )
P3: Q ≠ W se e somente se Y = X
O ponto de partida é a proposição P1, pois, como conjunção (“E”), ela
será verdadeira somente quando ambas as proposições simples forem V.
Assim, temos:
P1: X < Y e X > Z.
V V

Assim, já sabemos que Z < X < Y. Vamos, agora, para P2. Como é uma
bicondicional (“se e somente se”), ela será verdadeira quando ambas as
proposições tiverem o mesmo valor lógico (ambas V ou ambas F). Assim,
temos:
P2: ( X < W e W < Y ) se e somente se ( Y > Z ).

V V
Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 36 de 66
www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

Note que, na antecedente de P2, temos uma conjunção, e vimos que ela
é verdadeira. Logo, adotando o mesmo raciocínio já empregado na análise da
P1, temos que ambas as proposições simples devem ser V, ou seja:
Antecedente de P2: X < W e W < Y.
V V

Assim, sabemos que X < W < Y. Falta apenas P3 que, por ser
bicondicional, terá o mesmo raciocínio de P2 (ambas V ou ambas F). Assim:
P3: Q ≠ W se e somente se Y = X.
F F

Assim, descobrimos que Q = W. Reunindo todas as informações, temos


que Z < X < W = Q < Y.
A alternativa B é a resposta correta.

2.2 – Certo ou errado


(CESPE / Analista de Administração Pública – Todas as Áreas– Tribunal
de Contas do Distrito Federal / 2014) Considere as proposições P1, P2, P3
e P4, apresentadas a seguir. P1: Se as ações de um empresário contribuírem
para a manutenção de certos empregos da estrutura social, então tal
empresário merece receber a gratidão da sociedade. P2: Se um empresário tem
atuação antieconômica ou antiética, então ocorre um escândalo no mundo
empresarial. P3: Se ocorre um escândalo no mundo empresarial, as ações do
empresário contribuíram para a manutenção de certos empregos da estrutura
social. P4: Se um empresário tem atuação antieconômica ou antiética, ele
merece receber a gratidão da sociedade. Tendo como referência essas
proposições, julgue o item seguinte.

20. O argumento que tem como premissas as proposições P1, P2 e P3 e como


conclusão a proposição P4 é válido.
Resolução:
Como vimos, um argumento é válido quando, ao partirmos de premissas
verdadeiras, obtemos uma conclusão verdadeira. Logo, para testar a validade
do argumento, temos que admitir que as proposições P1, P2 e P3 são
verdadeiras.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 37 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Analisando as proposições, podemos notar que elas seguem um
sequenciamento de proposições condicionais (ou em encadeamento de
condicionais), conforme o diagrama a seguir:

As ações do
Um P2 P3 P1 O empresário
Ocorre um empresário
empresário merece
escândalo no contribuíram para
tem atuação receber a
mundo a manutenção de
antieconômica gratidão da
empresarial certos empregos
ou antiética sociedade
da estrutura social

P4

Saiba que, sempre que ocorrer esse tipo de encadeamento de


condicionais entre as premissas e a conclusão, teremos um argumento
válido, ou seja, sempre que as premissas forem verdadeiras, a conclusão
necessariamente também será verdadeira.
Item Certo.

(CESPE / Administrador – Superintendência da Zona Franca de Manaus


/ 2014) Pedro, um jovem empregado de uma empresa, ao receber a proposta
de novo emprego, fez diversas reflexões que estão traduzidas nas proposições
abaixo. P1: Se eu aceitar o novo emprego, ganharei menos, mas ficarei menos
tempo no trânsito. P2: Se eu ganhar menos, consumirei menos. P3: Se eu
consumir menos, não serei feliz. P4: Se eu ficar menos tempo no trânsito, ficarei
menos estressado. P5: Se eu ficar menos estressado, serei feliz. A partir dessas
proposições, julgue os itens a seguir.

21. Considerando que as proposições P1, P2, P3, P4 e P5 sejam todas


verdadeiras, é correto concluir que Pedro não aceitará o novo emprego.
Resolução:
Analisando as proposições dada na questão, podemos perceber que
temos um encadeamento de condicionais, quando as escrevemos da seguinte
maneira:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 38 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

P2 Pedro P3
Pedro ganha Pedro não é
P1 consome
menos feliz
menos
Pedro aceita
o novo E
emprego
Pedro fica P4 Pedro fica P5
menos tempo menos Pedro é feliz
no trânsito estressado

Note que, ao final da sequência, chegamos à proposição simples Pedro


é/não é feliz, o que significa que, quando uma delas for verdadeira, a outra
necessariamente será falsa. Vamos assumir que Pedro é feliz seja verdadeira.
Logo, Pedro não é feliz será falsa. Vejamos como fica o nosso quadro:

P2 Pedro P3
Pedro ganha Pedro não é
P1 consome
menos feliz
menos
Pedro aceita F
o novo E
emprego
Pedro fica P4 Pedro fica P5
menos tempo menos Pedro é feliz
no trânsito estressado
V

Pelas regras da condicional, temos que, para que P3 seja verdadeira,


necessariamente a proposição Pedro consome menos deve ser falsa.
Seguindo o raciocínio, temos que, para que P2 seja verdadeira,
necessariamente a proposição Pedro ganha menos deve ser falsa.
Logo, o nosso quadro fica:

Pedro
Pedro ganha P2 P3 Pedro não é
consome
P1 menos feliz
menos
Pedro aceita F F F
o novo
emprego
E
Pedro fica Pedro fica
menos tempo P4 menos P5 Pedro é feliz
no trânsito estressado
V

No entanto, a questão afirma que todas as proposições são verdadeiras,


então temos que preencher a linha de baixo. Para que P5 seja verdadeira, a
proposição Pedro fica menos estressado pode ser verdadeira ou falsa. Se ela
for verdadeira, então a proposição Pedro fica menos tempo no trânsito pode ser

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 39 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
verdadeira ou falsa. No entanto, se Pedro fica menos estressado for falsa,
então Pedro fica menos tempo no trânsito será falsa. Assim, temos o nosso
quadro completo:

P2 Pedro P3
Pedro ganha Pedro não é
P1 consome
menos feliz
menos
Pedro aceita F F F
o novo E
emprego
Pedro fica P4 Pedro fica P5
menos tempo menos Pedro é feliz
no trânsito estressado
V/F V/F V

Analisando P1, temos que o termo consequente (aquele que fica após o
“então”) é formado por uma conjunção (“E”). Vimos na aula de conectivos que
a conjunção será falsa sempre que ao menos um dos termos seja falso. Neste
caso, temos que Pedro ganha menos é falso, logo Pedro ganha menos, mas
ficarei menos tempo no trânsito também é falso. Assim, pelas regras da
condicional, para que P1 seja verdadeira, temos que Pedro aceita o novo
emprego deve ser falsa:

P2 Pedro P3
Pedro ganha Pedro não é
P1 consome
menos feliz
menos
Pedro aceita F F F
o novo E
emprego
F Pedro fica P4 Pedro fica P5
menos tempo menos Pedro é feliz
no trânsito estressado
V/F V/F V

Ressaltamos que chegaremos à mesma conclusão se testarmos a outra


hipótese, ou seja, que Pedro é feliz seja falsa. Somente para ilustrar, o quadro
ficaria da seguinte maneira:

P2 Pedro P3
Pedro ganha Pedro não é
P1 consome
menos feliz
menos
Pedro aceita V/F V/F V
o novo E
emprego
F Pedro fica P4 Pedro fica P5
menos tempo menos Pedro é feliz
no trânsito estressado F
F F

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 40 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Item Certo.

22. É válido o argumento em que as proposições P1, P2, P3, P4 e P5 são as


premissas e a proposição Se aceitar o novo emprego, serei feliz e não serei feliz
é a conclusão.
Resolução:
A primeira reação que a maioria dos candidatos tem ao ler esse item é
que temos uma contradição, pois temos uma proposição composta formada por
duas proposições simples com valores lógicos necessariamente distintos.
No entanto, como vimos nos quadros do item anterior, é perfeitamente
possível termos as proposições P1 a P5 sendo todas verdadeiras. Resta saber
se a conclusão proposta no item também é verdadeira. Aproveitando os valores
lógicos do quadro do item anterior, temos:
Se aceitar o novo emprego, serei feliz e não serei feliz.
F V F
F
Logo, pelas regras da condicional, tal proposição é verdadeira.
Assim, se as premissas levam a uma conclusão verdadeira, temos que o
argumento é válido.
Item Certo.

(CESPE / Revisor de Texto – Fundação Universidade de Brasília / 2014)


No que se refere a argumentos, julgue os itens a seguir.

23. O período seguinte expressa um argumento: Esse texto está mal escrito
e parece ter sido copiado da Internet .
Resolução:
Para que seja um argumento, devemos ter uma estrutura de premissas
que levem a uma conclusão. Neste caso, temos apenas uma proposição
composta, logo não há estrutura formal para termos um argumento.
Item Errado.

24. As palavras daí , logo , assim , pois e porque são indicadoras de


premissas.
Resolução:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 41 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Como vimos, tais palavras são utilizadas para indicar as conclusões, e
não as premissas.
Item Errado.

(CESPE / Administrador – Departamento de Polícia Federal / 2014) Ao


planejarem uma fiscalização, os auditores internos de determinado órgão
decidiram que seria necessário testar a veracidade das seguintes afirmações:
P: Os beneficiários receberam do órgão os insumos previstos no plano de
trabalho. Q: Há disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos previstos no
plano de trabalho. R: A programação de aquisição dos insumos previstos no
plano de trabalho é adequada. A respeito dessas afirmações, julgue os itens
seguintes, à luz da lógica sentencial.

25. O seguinte argumento é um argumento válido: Se a programação de


aquisição dos insumos previstos no plano de trabalho fosse adequada, haveria
disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos previstos no plano de
trabalho. Se houvesse disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos
previstos no plano de trabalho, os beneficiários teriam recebido do órgão os
insumos previstos no plano de trabalho. Mas os beneficiários não receberam do
órgão os insumos previstos no plano de trabalho. Logo, a programação de
aquisição dos insumos previstos no plano de trabalho não foi adequada.
Resolução:
Vamos separar as premissas e a conclusão do argumento proposto no
item, conforme as proposições simples P, Q, R dadas no comando da questão:
P1: R → Q
P2: Q → P
P3: ¬P
C: ¬R
Temos, aqui, um sequenciamento de condicionais:

P1 P2
R Q P
F

Para que P2 seja verdadeira, é necessário que Q seja falsa.


Analogamente, para que P1 seja verdadeira, é necessário que R seja falsa.
Assim, temos o quadro:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 42 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

P1 P2
R Q P
F F F

Assim, temos que R é falsa. Logo, a conclusão C: ¬R é verdadeira.


Assim, se as premissas levam a uma conclusão verdadeira, significa que o
argumento é válido.
Item Certo.

(CESPE / Escrivão de Polícia – Polícia Civil do Distrito Federal / 2013)


Em uma pescaria, os pescadores Alberto, Bruno e Carlos colocavam os peixes
que pescavam em um mesmo recipiente. Ao final da pescaria, o recipiente
continha 16 piaus e 32 piaparas. Na divisão dos peixes, cada um deles afirmou
que teria pescado mais peixes que os outros dois. Julgue os itens a seguir, a
respeito dessa situação.

26. Considere que, a um amigo comum, cada um dos pescadores afirmou ter
pescado mais peixes que os outros dois e que, além disso, eles fizeram as
seguintes afirmações:
Alberto: — Bruno ou Carlos está mentindo.
Bruno: — Carlos está mentindo.
Carlos: — Alberto está mentindo.
Nessa situação, é correto afirmar que apenas Carlos está mentindo.
Resolução:
Vamos começar analisando a afirmação de que cada um deles pescou
mais peixes que os outros dois. Ora, como o total de peixes é 48, temos 3
opções:
1) Os três pescaram a mesma quantidade de peixes (16 para cada);
2) Dois deles pescaram a mesma quantidade, e o outro pescou menos (ex: 17,
17 e 14);
3) Um deles pescou mais do que os outros dois (ex: 17, 16 e 15, ou 18, 15 e
15).
Note que, na opção 1, todos pescaram a mesma quantidade, logo todos
mentiram ao afirmar que teria pescado mais do que os outros dois. Isto já seria
suficiente para afirmar que a questão está errada, pois o item diz que "apenas
Carlos está mentindo".

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 43 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Caso queiramos prosseguir com a análise, veremos que, também na
opção 2, os três estarão mentindo, pois se houve empate na primeira colocação,
então ninguém pescou "mais do que os outros dois".
Por fim, na opção 3, teríamos dois mentirosos: os dois que pescaram
menos do que o campeão.
Em suma, não há necessidade de analisarmos as afirmações adicionais
feitas pelos pescadores, pois eles já estarão mentindo na afirmação base (feita
no comando da questão).
Item errado.

27. Considere que, a um amigo comum, além de afirmar que pescou mais
peixes que os outros dois, cada um dos pescadores afirmou que os outros dois
estariam mentindo. Nessa situação, é correto afirmar que dois deles estão
mentindo.
Resolução:
Como vimos no item anterior, há casos em que dois deles estarão
mentindo, e há casos em que os três estarão mentindo.
Aqui, cabe uma análise do pedido do item. Note como são diferentes os
seguintes pedidos: "é correto afirmar que dois deles estão mentindo" e "é
correto afirmar que apenas dois deles estão mentindo". Notaram a diferença?
Para quem não conseguiu perceber, a diferença é que, na primeira opção, se
dois ou três estiverem mentindo, a questão estará correta (pois 3 é maior do
que 2), enquanto que, na segunda opção, ela somente estará correta quando
apenas dois estiverem mentindo.
Em suma, consideramos o item correto.
Item Certo.

(CESPE / Agente de Polícia Civil – Polícia Civil do Distrito Federal /


2013) P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta. P2: A
impunidade é alta ou a justiça é eficaz. P3: Se a justiça é eficaz, então não há
criminosos livres. P4: Há criminosos livres. C: Portanto a criminalidade é alta.
Considerando o argumento apresentado acima, em que P1, P2, P3 e P4 são as
premissas e C, a conclusão, julgue o item subsequente.
28. O argumento apresentado é um argumento válido.
Resolução:
Como vimos, um argumento é válido quando, partindo de premissas
verdadeiras, chegamos a uma conclusão necessariamente verdadeira.
Assim, para testar a validade do argumento, temos que assumir que as
proposições P1 a P4 são verdadeiras.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 44 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
P4: Há criminosos livres.
V
P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
F F
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.
V F
P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
V V
Logo, temos que a criminalidade é alta, ou seja, que a conclusão é
verdadeira. Assim, trata-se de um argumento válido.
Item Certo.

(CESPE / Analista em Geociências - Área Administração – Companhia


de Pesquisa de Recursos Minerais / 2013) Márcia, ao interrogar os filhos,
Ana, Bernardo, Carla, Deise e Eugênio, sobre qual deles havia quebrado um
espelho, obteve as seguintes declarações:
O culpado é Eugênio ou Deise, disse Bernardo;
O culpado é uma menina, disse Eugênio;
Se Bernardo é culpado, então Carla é inocente, disse Deise.
Com base nessa situação e admitindo que somente um seja culpado, julgue os
itens seguintes.

29. Se Deise disse a verdade, então Bernardo é o culpado.


Resolução:
A afirmação de Deise, Se Bernardo é culpado, então Carla é inocente, é
uma condicional. Se Deise disse a verdade, então tal condicional é verdadeira.
Pelas regras da condicional, temos que ela será verdadeira nas seguintes
hipóteses:

Bernardo é culpado Carla é inocente Se Bernardo é culpado, então Carla é


inocente
V V V
V F F
F V V
F F V

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 45 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Logo, vemos que há possibilidade de Bernardo ser culpado (V) ou
inocente (F). Assim, não podemos garantir que Bernardo seja culpado, o que
torna o item errado.
Item Errado.

30. Admitindo-se que, nessa situação, caso tenha dito algo, o culpado tenha
mentido e os inocentes tenham dito a verdade, é correto inferir que foi Bernardo
quem quebrou o espelho.
Resolução:
Primeiramente, temos que perceber que, em uma prova do tipo
certo/errado, não precisamos saber quem quebrou o espelho; basta testarmos
o item que foi pedido na questão, ou seja, basta sabermos se foi Bernardo quem
quebrou o espelho.
Dito isto, vamos testar tal hipótese: Bernardo é culpado, e todos os
demais são inocentes. Logo, de acordo com as regras estabelecidas no
enunciado do item, Bernardo mentiu e todos os outros disseram a verdade.
Vamos, então, analisar as afirmações de cada criança, começando por
Eugênio, que disse: O culpado é uma menina; Ora, se Eugênio disse a verdade
(por ser inocente), então o culpado seria uma menina. Mas, na nossa hipótese,
o culpado é Bernardo, e todas as meninas são inocentes. Temos, de cara, uma
contradição, o que indica que a hipótese não é correta, ou seja, que Bernardo
não é culpado. Logo, o item é errado.
Item Errado.

(CESPE / Analista Legislativo - Área Informática – Assembleia


Legislativa / 2011) A fim de convencer um cliente a contratar os serviços de
cartão pré-pago, o gerente de uma instituição financeira argumentou com as
seguintes proposições: P1: Se uma pessoa não possui conta-corrente nem
cartão pré-pago, então ela efetua seus pagamentos em dinheiro. P2: Se uma
pessoa efetua seus pagamentos em dinheiro, então ela carrega muito dinheiro
no bolso. P3: Se uma pessoa carrega muito dinheiro no bolso, então ela corre o
risco de ser assaltada. P4: Se uma pessoa possui conta-corrente mas não possui
cartão pré-pago, então ela efetua seus pagamentos com débito em conta. P5:
Se uma pessoa efetua seus pagamentos com débito em conta, então ela corre
o risco de perder o controle financeiro. Com base na situação apresentada
acima, julgue os itens subsequentes.

31. O argumento composto pelas premissas P1, P2 e P3 e pela conclusão Se


uma pessoa possui conta-corrente ou cartão pré-pago, então ela não corre o
risco de ser assaltada é um argumento válido.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 46 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Resolução:
Podemos inserir as proposições P1 a P3 no seguinte quadro de
encadeamento de condicionais:

Uma pessoa P1 P2 P3
não possui Ela efetua seus Ela corre o
Ela carrega muito
conta-corrente pagamentos risco de ser
nem cartão dinheiro no bolso
em dinheiro assaltada
pré-pago

Assim, vemos que a conclusão correta do argumento será Se uma pessoa


não possui conta-corrente ou cartão pré-pago, então ela corre o risco de ser
assaltada.
Como vimos na nossa aula de equivalências lógicas, tal frase não é
equivalente à frase do item Se uma pessoa possui conta-corrente ou cartão pré-
pago, então ela não corre o risco de ser assaltada.
Logo, não se trata de um argumento válido.
Item Errado.

(CESPE / Especialista em Desenvolvimento Humano – Todas as Área –


Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos - ES/ 2011)
— Começo de mês é tempo de receber salário.
— Se as contas chegam, o dinheiro (salário) sai.
— Se o dinheiro (salário) sai, a conta fica no vermelho muito rapidamente.
— Se a conta fica no vermelho muito rapidamente, então a alegria dura pouco.
— As contas chegam.
Pressupondo que as premissas apresentadas acima sejam verdadeiras e
considerando as propriedades gerais dos argumentos, julgue os itens
subsequentes.
32. A afirmação Começo do mês é tempo de receber salário, porém a alegria
dura pouco é uma conclusão válida a partir das premissas apresentadas acima.
Resolução:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 47 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

P1 P2 a conta fica no P3
As contas a alegria dura
o dinheiro sai vermelho muito
chegam pouco
rapidamente
V

Assim, pelo encadeamento da condicional, temos o seguinte:

P1 P2 a conta fica no P3
As contas a alegria dura
o dinheiro sai vermelho muito
chegam pouco
rapidamente
V V V V

Já que a proposição simples guarda pouca relação com o restante da


argumentação, ela pode ser simplesmente inserida ao final, ficando com:
Começo do mês é tempo de receber salário, porém a alegria dura pouco.
Item Certo.

33. A afirmação Se as contas chegam, então a alegria dura pouco é uma


conclusão válida a partir das premissas apresentadas acima.
Resolução:
Como vimos pelo diagrama exposto acima, tal conclusão é verdadeira a
partir das premissas indicadas.
Item Certo.

(CESPE/ Técnico - TCU / 2004) A seguinte forma de argumentação é


considerada válida. Para cada x, se P(x) é verdade, então Q(x) é verdade e,
para x = c, se P(c) é verdade, então conclui-se que Q(c) é verdade. Com base
nessas informações, julgue os itens a seguir.

34. Considere o argumento seguinte. “Toda prestação de contas submetida


ao TCU que expresse, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos
contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do
responsável é julgada regular. A prestação de contas da Presidência da
República expressou, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos
contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do
responsável. Conclui-se que a prestação de contas da Presidência da República
foi julgada regular”. Nesse caso, o argumento não é válido.
Resolução:
As premissas e a conclusão do argumento são:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 48 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
P1: Toda prestação de contas submetida ao TCU que expresse, de forma clara
e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade
e a economicidade dos atos de gestão do responsável é julgada regular.
P2: A prestação de contas da Presidência da República expressou, de forma
clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a
legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável.
C: A prestação de contas da Presidência da República foi julgada regular.
Como vemos, sendo as premissas verdadeiras, temos que P2 é V. E como
P2 é o termo antecedente da condicional expressa em P1, isso nos leva a afirmar
que o termo consequente de P1 necessariamente deve ser V. Desta forma, a
conclusão é verdadeira, e o argumento é válido.
O item afirma que o argumento não é válido, logo ele está errado.
Item Errado.

35. Considere o seguinte argumento. “Cada prestação de contas submetida


ao TCU que apresentar ato antieconômico é considerada irregular. A prestação
de contas da prefeitura de uma cidade foi considerada irregular. Conclui-se que
a prestação de contas da prefeitura dessa cidade apresentou ato
antieconômico”. Nessa situação, esse argumento é válido.
Resolução:
Neste caso, as premissas e a conclusão são:
P1: Cada prestação de contas submetida ao TCU que apresentar ato
antieconômico é considerada irregular.
P2: A prestação de contas da prefeitura de uma cidade foi considerada irregular.
C: A prestação de contas da prefeitura dessa cidade apresentou ato
antieconômico.
Analogamente, temos que P2 é V. Mas P2 é justamente o termo
consequente da condicional expressa em P1. Ora, sabemos que, pelas regras
da condicional, se o termo consequente é V, significa que o termo antecedente
pode ser V ou F, e ainda assim a proposição será verdadeira. Logo, a conclusão
pode ter valor lógico V ou F, o que torna o argumento inválido.
Item Errado.

(CESPE / Analista Legislativo – Câmara dos Deputados / 2012) Em uma


comissão parlamentar de inquérito, um lobista, ao esclarecer que não teria
recebido dinheiro de certo empresário para pressionar pela aprovação de
projeto de lei de interesse da empresa deste, assim argumentou: “Não conheço
esse empresário nem ouvi falar de sua empresa. Se não conheço o empresário

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 49 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
nem ouvi falar de sua empresa, não forneci meus dados bancários a ele. Se não
forneci meus dados bancários a ele, ele não depositou dinheiro em minha conta.
Se ele não depositou dinheiro em minha conta, eu não recebi dinheiro para
pressionar pela aprovação desse projeto de lei. Logo, eu não ouvi falar dessa
empresa nem recebi dinheiro para pressionar pela votação desse projeto de lei”.
A partir da situação hipotética descrita acima, julgue o item a seguir.

36. Admitindo-se que a proposição “Eu não recebi dinheiro para pressionar
pela aprovação desse projeto de lei” seja verdadeira, também será verdadeira
a proposição “Se ele não depositou dinheiro em minha conta, eu não recebi
dinheiro para pressionar pela aprovação desse projeto de lei”, mesmo que seja
falsa a proposição “Ele não depositou dinheiro em minha conta”.
Resolução:
Temos que considerar apenas as três proposições expostas no item.
Sendo assim, temos:
P1: Eu não recebi dinheiro para pressionar pela aprovação desse projeto de lei.
(V)
P2: Se ele não depositou dinheiro em minha conta, eu não recebi dinheiro para
pressionar pela aprovação desse projeto de lei.
P3: Ele não depositou dinheiro em minha conta. (F)
Queremos encontrar o valor lógico de P2, a partir dos valores lógicos
fornecidos para P1 e P3. Temos:
P2: Se ele não depositou dinheiro em minha conta,
F
eu não recebi dinheiro para pressionar pela aprovação desse projeto de lei.
V
Pelas regras da condicional, uma proposição do tipo 𝑭 → 𝑽 é verdadeira.
Item Certo.

37. (CESPE / Agente – Polícia Civil – ES / 2009) Julgue o item a seguir.


Se as proposições “Se chove, as ruas da cidade de Vitória estão molhadas”; “As
ruas da cidade de Vitória estão molhadas” e “Está chovendo na cidade de
Vitória”, em que duas primeiras são premissas e a terceira é a conclusão de um
argumento, então é correto afirmar que esse argumento é um argumento
válido.
Resolução:

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 50 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Primeiramente, vamos nos lembrar de que argumento válido é aquele
em que as premissas são verdadeiras e levam a uma conclusão verdadeira.
Sendo as premissas e a conclusão expostas a seguir:
P1: Se chove, as ruas da cidade de Vitória estão molhadas.
P2: As ruas da cidade de vitória estão molhadas.
C: Está chovendo na cidade de vitória.
Sendo assim, para avaliarmos se o argumento é válido, temos que considerar
as premissas como verdadeiras, e avaliar o valor lógico da conclusão.
P1: Se chove, as ruas da cidade de Vitória estão molhadas. (V)
P2: As ruas da cidade de Vitória estão molhadas. (V)
Ora, pelas regras da condicional, se o termo consequente é V, o termo
antecedente pode ser V ou F, que a premissa continuará sendo verdadeira.
Logo, a proposição “chove em Vitória”, que também poderia ser escrita como
“está chovendo na cidade de Vitória”, pode ser V ou F.
Sendo assim, a conclusão não necessariamente é verdadeira, o que faz
com que o argumento não seja válido.
Item errado.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 51 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

3. Resumo da aula

Vimos nesta aula como trabalhar com os argumentos.

um conjunto de prepossições
(premissas ou hipóteses)
é a relação
Argumento
que associa
a uma proposição
(conclusão ou tese)

Se um argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a conclusão


deve ser verdadeira:

Argumento Premissas Conclusão


válido verdadeiras verdadeira

Vimos, também, os conceitos de analogia, inferência dedução e indução.


Analogia é uma comparação estabelecida entre diferentes conjuntos de
argumentos que obedecem a uma mesma estrutura lógica.

entre argumentos

Analogia comparação

com a mesma
estrutura lógica

Chamamos de inferência ao ato de obter uma conclusão a partir de um


conjunto de premissas iniciais.
Um argumento será dedutivo quando sua conclusão traz apenas
informações obtidas das premissas (explícita ou implicitamente).
Um argumento será indutivo quando sua conclusão traz mais
informações do que as premissas fornecem.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 52 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

obter conclusão a partir de premissas

conclusão traz apenas


Inferência Dedução informações obtidas das
premissas

conclusão traz mais


Indução informações do que as
premissas fornecem

Vimos também as respostas que sempre são dadas por quem sempre
diz a verdade ou por quem sempre mente:

sempre diz a verdade "Sim"


"Você diz a
verdade?"
sempre mente "Sim"

sempre diz a verdade "Não"

"Você mente?"

sempre mente "Não"

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 53 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

4. Questões apresentadas na aula

4.1 – Múltipla escolha


01. (FCC / Técnico de Controle Externo - Administração – Tribunal de
Contas do Estado-CE / 2015) Considere as afirmações verdadeiras:
− Se compro leite ou farinha, então faço um bolo.
− Se compro ovos e frango, então faço uma torta.
− Comprei leite e não comprei ovos.
− Comprei frango ou não comprei farinha.
− Não comprei farinha.
A partir dessas afirmações, é correto concluir que
a) fiz uma torta.
b) não fiz uma torta e não fiz um bolo.
c) fiz um bolo.
d) nada comprei.
e) comprei apenas leite e ovos.

02. (FCC / Técnico de Controle Externo - Administração – Tribunal de


Contas do Estado-CE / 2015) Em uma família de 6 pessoas, um bolo foi
dividido no jantar. Cada pessoa ficou com 2 pedaços do bolo. Na manhã
seguinte, a avó percebeu que tinham roubado um dos seus dois pedaços de
bolo. Indignada, fez uma reunião de família para descobrir quem tinha roubado
o seu pedaço de bolo e perguntou para as outras 5 pessoas da família: “Quem
pegou meu pedaço de bolo?"
As respostas foram:
Guilherme: “Não foi eu"
Telma: “O Alexandre que pegou o bolo".
Alexandre: “A Caroline que pegou o bolo".
Henrique: “A Telma mentiu"
Caroline: “O Guilherme disse a verdade".
A avó, sabendo que uma pessoa estava mentindo e que as outras estavam
falando a verdade, pôde concluir que quem tinha pegado seu pedaço de bolo foi
a) Guilherme.
b) Telma.
c) Alexandre.
d) Henrique.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 54 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
e) Caroline.

03. (FCC / Analista Judiciário – Engenharia Civil – TRT-19 / 2014) Se


o diretor está no escritório, então Rodrigo não joga no computador e Tomás não
ouve rádio. Se Tomás não ouve rádio, então Gabriela pensa que Tomás não
veio. Se Gabriela pensa que Tomás não veio, então ela fica mal humorada.
Gabriela não está mal humorada. A partir dessas informações, é possível
concluir, corretamente, que
A) o diretor não está no escritório e Tomás não ouve rádio.
B) Gabriela pensa que Tomás não veio e Tomás não ouve rádio.
C) o diretor está no escritório e Tomás ouve rádio.
D) Tomás não ouve rádio e Gabriela não pensa que Tomás não veio.
E) o diretor não está no escritório e Gabriela não pensa que Tomás não veio.

04. (ESAF / Assistente Técnico Administrativo – Ministério da


Fazenda / 2014) Em um argumento, as seguintes premissas são verdadeiras:
- Se o Brasil vencer o jogo, então a França não se classifica.
- Se a França não se classificar, então a Itália se classifica.
- Se a Itália se classificar, então a Polônia não se classifica.
- A Polônia se classificou.
Logo, pode-se afirmar corretamente que:
a) a Itália e a França se classificaram.
b) a Itália se classificou e o Brasil não venceu o jogo.
c) a França se classificou ou o Brasil venceu o jogo.
d) a França se classificou e o Brasil venceu o jogo.
e) a França se classificou se, e somente se, o Brasil venceu o jogo.

05. (ESAF / Engenheiro – Ministério do Turismo /2014) As seguintes


premissas são verdadeiras: - Se Paulo não trabalha terça-feira, então Maria
trabalha sábado. - Se Ana não trabalha domingo, então Samuel não trabalha
sexta-feira. - Se Samuel trabalha sexta-feira, então Maria não trabalha sábado.
- Samuel trabalha sexta-feira. Logo, pode-se afirmar que:
A) Paulo trabalha terça-feira e Maria trabalha sábado.
B) Paulo não trabalha terça-feira ou Maria trabalha sábado.
C) Maria trabalha sábado e Ana não trabalha domingo.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 55 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
D) Ana não trabalha domingo e Paulo trabalha terça-feira.
E) Se Maria trabalha sábado, então Ana não trabalha domingo.

06. (CESPE / Analista Judiciário – Ciências da Computação – TJ-CE /


2014 - adaptada) Ao se defender da acusação de que teria causado
desperdício de recursos municipais em razão de má-fé nas tomadas de decisão,
determinado gestor apresentou o seguinte argumento, composto das premissas
P1 e P2 e da conclusão C.
P1: Se tivesse havido má-fé em minhas decisões, teria havido desperdício de
recursos municipais em minha gestão e eu teria sido beneficiado com isso.
P2: Se eu tivesse sido beneficiado com isso, teria ficado mais rico.
C: Não houve má-fé em minhas decisões.
Considere que para determinada proposição P3, o argumento formado pelas
premissas P1, P2 e P3 e pela conclusão C constitui um argumento válido. Nesse
caso, é correto afirmar que P3 poderia ser a seguinte proposição:
A) Eu não fiquei mais rico.
B) Eu me beneficiei das minhas decisões.
C) Houve desperdício de recursos municipais em minha gestão.
D) Como eu não me beneficiei, não houve má-fé em minhas decisões.
E) Como eu não fiquei mais rico, eu não me beneficiei das minhas decisões.

07. (ESAF / Analista de Finanças e Controle / Secretaria do Tesouro


Nacional / 2013) P não é número, ou R é variável. B é parâmetro ou R não é
variável. R não é variável ou B não é parâmetro. Se B não é parâmetro, então
P é número. Considerando que todas as afirmações são verdadeiras, conclui-se
que:
a) B é parâmetro, P é número, R não é variável.
b) P não é número, R não é variável, B é parâmetro.
c) B não é parâmetro, P é número, R não é variável.
d) R não é variável, B é parâmetro, P é número.
e) R não é variável, P não é número, B não é parâmetro.

08. (ESAF / Engenheiro – Ministério da Fazenda / 2013) Considere


verdadeiras as premissas a seguir:
– se Ana é professora, então Paulo é médico;
– ou Paulo não é médico, ou Marta é estudante;

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 56 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
– Marta não é estudante.
Sabendo-se que os três itens listados acima são as únicas premissas do
argumento, pode-se concluir que:
a) Ana é professora.
b) Ana não é professora e Paulo é médico.
c) Ana não é professora ou Paulo é médico.
d) Marta não é estudante e Ana é Professora.
e) Ana é professora ou Paulo é médico.

09. (ESAF / Especialista em Políticas Públicas e Gestão


Governamental - MPOG / 2013) Se Eva vai à praia, ela bebe caipirinha. Se
Eva não vai ao cinema, ela não bebe caipirinha. Se Eva bebe caipirinha, ela não
vai ao cinema. Se Eva não vai à praia, ela vai ao cinema. Segue-se, portanto,
que Eva:
A) vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
B) não vai à praia, vai ao cinema, não bebe caipirinha.
C) vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.
D) não vai à praia, não vai ao cinema, não bebe caipirinha.
E) não vai à praia, não vai ao cinema, bebe caipirinha.

10. (FCC / Analista de Procuradoria – Área Administrativa –


Procuradoria Geral do Estado – BA / 2013) Alice irá ao País das Maravilhas
quando imaginar ou perder o medo. Se Alice perder o medo,
A) Alice não irá ao País das Maravilhas, pois não vai imaginar.
B) Alice irá ao País das Maravilhas.
C) Alice vai necessariamente imaginar.
D) Alice não irá, também, imaginar.
E) Alice não vai imaginar.

11. (CESPE / Professor – Secretaria de Estado de Educação – CE /


2013) Um professor, desconfiado que seus alunos — A, B e C — colaram em
uma prova, indagou cada um deles e recebeu as seguintes respostas.
A disse: “Quem colou foi B.”
B disse: “Quem colou foi C.”
C disse: “A está mentindo.”

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 57 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
Posteriormente, os fatos mostraram que A não colou, que apenas um deles
mentiu e que apenas um deles colou na prova. Considerando-se essa situação,
é correto afirmar que
A) A mentiu, B disse a verdade e não colou, C disse a verdade e colou.
B) A disse a verdade, B disse a verdade e não colou, C mentiu e colou.
C) A disse a verdade, B disse a verdade e colou, C mentiu e não colou.
D) A disse a verdade, B mentiu e colou, C disse a verdade e não colou.
E) A mentiu, B disse a verdade e colou, C disse a verdade e não colou.

12. (CESPE / Médico – Secretaria de Estado de Saúde – ES / 2013) Em


uma aldeia, dois grupos em disputa, Krinxen e Amins, designaram um mediador
para estabelecer a paz entre eles. Os membros dos dois grupos dizem a verdade
no domingo. Na segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, quem é Krinxen diz a
verdade enquanto quem é Amins mente; e na quinta-feira, sexta-feira e sábado,
os Amins dizem a verdade, enquanto os Krinxen mentem. Passados alguns dias
de sua designação, o mediador voltou à aldeia, e indagou sobre os avanços nas
negociações. Tanto os Krinxen quanto os Amins responderam: Ontem era dia
de o nosso grupo mentir . Com base nessas informações, assinale a opção que
apresenta o dia da semana em que os dois grupos responderam ao mediador.
A) quinta-feira
B) sábado
C) quarta-feira
D) domingo
E) segunda-feira

13. (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Federal / 2012) Se Anamara é


médica, então Angélica é médica. Se Anamara é arquiteta, então Angélica ou
Andrea são médicas. Se Andrea é arquiteta, então Angélica é arquiteta. Se
Andrea é médica, então Anamara é médica. Considerando que as afirmações
são verdadeiras, segue- se, portanto, que:
a) Anamara, Angélica e Andrea são arquitetas.
b) Anamara é médica, mas Angélica e Andrea são arquitetas.
c) Anamara, Angélica e Andrea são médicas.
d) Anamara e Angélica são arquitetas, mas Andrea é médica.
e) Anamara e Andrea são médicas, mas Angélica é arquiteta.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 58 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
14. (ESAF / Analista Tributário – Receita Federal / 2012) Se Paulo é
irmão de Ana, então Natália é prima de Carlos. Se Natália é prima de Carlos,
então Marta não é mãe de Rodrigo. Se Marta não é mãe de Rodrigo, então Leila
é tia de Maria. Ora, Leila não é tia de Maria. Logo
a) Marta não é mãe de Rodrigo e Paulo é irmão de Ana.
b) Marta é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
c) Marta não é mãe de Rodrigo e Natália é prima de Carlos.
d) Marta é mãe de Rodrigo e Paulo não é irmão de Ana.
e) Natália não é prima de Carlos e Marta não é mãe de Rodrigo.

15. (ESAF / Auditor-Fiscal - Receita Federal / 2009)


3 3
Se 𝛼 = √𝑒, então 𝛽 = √𝑒.
3
Se 𝛼 = 𝑒 3 , então 𝛽 ou 𝛿 são iguais a √𝑒 .
Se 𝛿 = 𝑒 3, então 𝛽 = 𝑒 3 .
3 3
Se 𝛿 = √𝑒, então 𝛼 = √𝑒.
Considerando que as afirmações são verdadeiras, segue-se, portanto, que:

A) 𝛼 = 𝛽 = 𝛿 = 𝑒3
3
B) 𝛼 = 𝛽 = 𝑒 3 , mas 𝛿 = √𝑒
3
C) 𝛼 = √𝑒, mas 𝛽 = 𝛿 = 𝑒 3
3
D) 𝛼 = 𝛽 = 𝛿 = √𝑒
3
E) 𝛼 = 𝛿 = √𝑒, mas 𝛽 = 𝑒 3

16. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento – Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão / 2009) Há três suspeitos para um
crime e pelo menos um deles é culpado. Se o primeiro é culpado, então o
segundo é inocente. Se o terceiro é inocente, então o segundo é culpado. Se o
terceiro é inocente, então ele não é o único a sê-lo. Se o segundo é culpado,
então ele não é o único a sê-lo. Assim, uma situação possível é:
a) Os três são culpados.
b) Apenas o primeiro e o segundo são culpados.
c) Apenas o primeiro e o terceiro são culpados.
d) Apenas o segundo é culpado.
e) Apenas o primeiro é culpado.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 59 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

17. (CESPE / Analista de Controle Externo – TCE-AC/ 2009) Considere


que as seguintes afirmações sejam verdadeiras:
• Se é noite e não chove, então Paulo vai ao cinema.
• Se não faz frio ou Paulo vai ao cinema, então Márcia vai ao cinema.
Considerando que, em determinada noite, Márcia não foi ao cinema, é correto
afirmar que, nessa noite,
a) não fez frio, Paulo não foi ao cinema e choveu.
b) fez frio, Paulo foi ao cinema e choveu.
c) fez frio, Paulo não foi ao cinema e choveu.
d) fez frio, Paulo não foi ao cinema e não choveu.
e) não fez frio, Paulo foi ao cinema e não choveu.

18. (ESAF / Técnico de Finanças e Controle – Controladoria-Geral da


União / 2008) Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar. Sou amiga de Nara
ou não sou amiga de Abel. Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar. Ora,
não sou amiga de Clara. Assim,
A) não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.
B) não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.
C) sou amiga de Nara e amiga de Abel.
D) sou amiga de Oscar e amiga de Nara.
E) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara.

19. (ESAF / Analista de Finanças e Controle – Secretaria do Tesouro


Nacional / 2008) As seguintes afirmações, todas elas verdadeiras, foram
feitas sobre a ordem dos valores assumidos pelas variáveis X, Y, Z, W e Q: i) X
< Y e X > Z; ii) X < W e W < Y se e somente se Y > Z; iii) Q ≠ W se e somente
se Y = X. Logo:
A) Y > W e Y = X
B) Q < Y e Q > Z
C) X = Q
D) Y = Q e Y > W
E) W < Y e W = Z

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 60 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
4.2 – Certo ou errado
(CESPE / Analista de Administração Pública – Todas as Áreas– Tribunal
de Contas do Distrito Federal / 2014) Considere as proposições P1, P2, P3
e P4, apresentadas a seguir. P1: Se as ações de um empresário contribuírem
para a manutenção de certos empregos da estrutura social, então tal
empresário merece receber a gratidão da sociedade. P2: Se um empresário tem
atuação antieconômica ou antiética, então ocorre um escândalo no mundo
empresarial. P3: Se ocorre um escândalo no mundo empresarial, as ações do
empresário contribuíram para a manutenção de certos empregos da estrutura
social. P4: Se um empresário tem atuação antieconômica ou antiética, ele
merece receber a gratidão da sociedade. Tendo como referência essas
proposições, julgue o item seguinte.
20. O argumento que tem como premissas as proposições P1, P2 e P3 e como
conclusão a proposição P4 é válido.

(CESPE / Administrador – Superintendência da Zona Franca de Manaus


/ 2014) Pedro, um jovem empregado de uma empresa, ao receber a proposta
de novo emprego, fez diversas reflexões que estão traduzidas nas proposições
abaixo. P1: Se eu aceitar o novo emprego, ganharei menos, mas ficarei menos
tempo no trânsito. P2: Se eu ganhar menos, consumirei menos. P3: Se eu
consumir menos, não serei feliz. P4: Se eu ficar menos tempo no trânsito, ficarei
menos estressado. P5: Se eu ficar menos estressado, serei feliz. A partir dessas
proposições, julgue os itens a seguir.
21. Considerando que as proposições P1, P2, P3, P4 e P5 sejam todas
verdadeiras, é correto concluir que Pedro não aceitará o novo emprego.

22. É válido o argumento em que as proposições P1, P2, P3, P4 e P5 são as


premissas e a proposição Se aceitar o novo emprego, serei feliz e não serei feliz
é a conclusão.

(CESPE / Revisor de Texto – Fundação Universidade de Brasília / 2014)


No que se refere a argumentos, julgue os itens a seguir.
23. O período seguinte expressa um argumento: Esse texto está mal escrito
e parece ter sido copiado da Internet .

24. As palavras daí , logo , assim , pois e porque são indicadoras de


premissas.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 61 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
(CESPE / Administrador – Departamento de Polícia Federal / 2014) Ao
planejarem uma fiscalização, os auditores internos de determinado órgão
decidiram que seria necessário testar a veracidade das seguintes afirmações:
P: Os beneficiários receberam do órgão os insumos previstos no plano de
trabalho. Q: Há disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos previstos no
plano de trabalho. R: A programação de aquisição dos insumos previstos no
plano de trabalho é adequada. A respeito dessas afirmações, julgue os itens
seguintes, à luz da lógica sentencial.
25. O seguinte argumento é um argumento válido: Se a programação de
aquisição dos insumos previstos no plano de trabalho fosse adequada, haveria
disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos previstos no plano de
trabalho. Se houvesse disponibilidade, no estoque do órgão, dos insumos
previstos no plano de trabalho, os beneficiários teriam recebido do órgão os
insumos previstos no plano de trabalho. Mas os beneficiários não receberam do
órgão os insumos previstos no plano de trabalho. Logo, a programação de
aquisição dos insumos previstos no plano de trabalho não foi adequada.

(CESPE / Escrivão de Polícia – Polícia Civil do Distrito Federal / 2013)


Em uma pescaria, os pescadores Alberto, Bruno e Carlos colocavam os peixes
que pescavam em um mesmo recipiente. Ao final da pescaria, o recipiente
continha 16 piaus e 32 piaparas. Na divisão dos peixes, cada um deles afirmou
que teria pescado mais peixes que os outros dois. Julgue os itens a seguir, a
respeito dessa situação.
26. Considere que, a um amigo comum, cada um dos pescadores afirmou ter
pescado mais peixes que os outros dois e que, além disso, eles fizeram as
seguintes afirmações:
Alberto: — Bruno ou Carlos está mentindo.
Bruno: — Carlos está mentindo.
Carlos: — Alberto está mentindo.
Nessa situação, é correto afirmar que apenas Carlos está mentindo.

27. Considere que, a um amigo comum, além de afirmar que pescou mais
peixes que os outros dois, cada um dos pescadores afirmou que os outros dois
estariam mentindo. Nessa situação, é correto afirmar que dois deles estão
mentindo.

(CESPE / Agente de Polícia Civil – Polícia Civil do Distrito Federal /


2013) P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta. P2: A
impunidade é alta ou a justiça é eficaz. P3: Se a justiça é eficaz, então não há

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 62 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
criminosos livres. P4: Há criminosos livres. C: Portanto a criminalidade é alta.
Considerando o argumento apresentado acima, em que P1, P2, P3 e P4 são as
premissas e C, a conclusão, julgue o item subsequente.
28. O argumento apresentado é um argumento válido.

(CESPE / Analista em Geociências - Área Administração – Companhia


de Pesquisa de Recursos Minerais / 2013) Márcia, ao interrogar os filhos,
Ana, Bernardo, Carla, Deise e Eugênio, sobre qual deles havia quebrado um
espelho, obteve as seguintes declarações:
O culpado é Eugênio ou Deise, disse Bernardo;
O culpado é uma menina, disse Eugênio;
Se Bernardo é culpado, então Carla é inocente, disse Deise.
Com base nessa situação e admitindo que somente um seja culpado, julgue os
itens seguintes.
29. Se Deise disse a verdade, então Bernardo é o culpado.

30. Admitindo-se que, nessa situação, caso tenha dito algo, o culpado tenha
mentido e os inocentes tenham dito a verdade, é correto inferir que foi Bernardo
quem quebrou o espelho.

(CESPE / Analista Legislativo - Área Informática – Assembleia


Legislativa / 2011) A fim de convencer um cliente a contratar os serviços de
cartão pré-pago, o gerente de uma instituição financeira argumentou com as
seguintes proposições: P1: Se uma pessoa não possui conta-corrente nem
cartão pré-pago, então ela efetua seus pagamentos em dinheiro. P2: Se uma
pessoa efetua seus pagamentos em dinheiro, então ela carrega muito dinheiro
no bolso. P3: Se uma pessoa carrega muito dinheiro no bolso, então ela corre o
risco de ser assaltada. P4: Se uma pessoa possui conta-corrente mas não possui
cartão pré-pago, então ela efetua seus pagamentos com débito em conta. P5:
Se uma pessoa efetua seus pagamentos com débito em conta, então ela corre
o risco de perder o controle financeiro. Com base na situação apresentada
acima, julgue os itens subsequentes.
31. O argumento composto pelas premissas P1, P2 e P3 e pela conclusão Se
uma pessoa possui conta-corrente ou cartão pré-pago, então ela não corre o
risco de ser assaltada é um argumento válido.

(CESPE / Especialista em Desenvolvimento Humano – Todas as Área –


Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos - ES/ 2011)
— Começo de mês é tempo de receber salário.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 63 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
— Se as contas chegam, o dinheiro (salário) sai.
— Se o dinheiro (salário) sai, a conta fica no vermelho muito rapidamente.
— Se a conta fica no vermelho muito rapidamente, então a alegria dura pouco.
— As contas chegam.
Pressupondo que as premissas apresentadas acima sejam verdadeiras e
considerando as propriedades gerais dos argumentos, julgue os itens
subsequentes.
32. A afirmação Começo do mês é tempo de receber salário, porém a alegria
dura pouco é uma conclusão válida a partir das premissas apresentadas acima.

33. A afirmação Se as contas chegam, então a alegria dura pouco é uma


conclusão válida a partir das premissas apresentadas acima.

(CESPE/ Técnico - TCU / 2004) A seguinte forma de argumentação é


considerada válida. Para cada x, se P(x) é verdade, então Q(x) é verdade e,
para x = c, se P(c) é verdade, então conclui-se que Q(c) é verdade. Com base
nessas informações, julgue os itens a seguir.
34. Considere o argumento seguinte. “Toda prestação de contas submetida
ao TCU que expresse, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos
contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do
responsável é julgada regular. A prestação de contas da Presidência da
República expressou, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos
contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do
responsável. Conclui-se que a prestação de contas da Presidência da República
foi julgada regular”. Nesse caso, o argumento não é válido.

35. Considere o seguinte argumento. “Cada prestação de contas submetida


ao TCU que apresentar ato antieconômico é considerada irregular. A prestação
de contas da prefeitura de uma cidade foi considerada irregular. Conclui-se que
a prestação de contas da prefeitura dessa cidade apresentou ato
antieconômico”. Nessa situação, esse argumento é válido.

(CESPE / Analista Legislativo – Câmara dos Deputados / 2012) Em uma


comissão parlamentar de inquérito, um lobista, ao esclarecer que não teria
recebido dinheiro de certo empresário para pressionar pela aprovação de
projeto de lei de interesse da empresa deste, assim argumentou: “Não conheço
esse empresário nem ouvi falar de sua empresa. Se não conheço o empresário
nem ouvi falar de sua empresa, não forneci meus dados bancários a ele. Se não
forneci meus dados bancários a ele, ele não depositou dinheiro em minha conta.
Se ele não depositou dinheiro em minha conta, eu não recebi dinheiro para

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 64 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11
pressionar pela aprovação desse projeto de lei. Logo, eu não ouvi falar dessa
empresa nem recebi dinheiro para pressionar pela votação desse projeto de lei”.
A partir da situação hipotética descrita acima, julgue o item a seguir.
36. Admitindo-se que a proposição “Eu não recebi dinheiro para pressionar
pela aprovação desse projeto de lei” seja verdadeira, também será verdadeira
a proposição “Se ele não depositou dinheiro em minha conta, eu não recebi
dinheiro para pressionar pela aprovação desse projeto de lei”, mesmo que seja
falsa a proposição “Ele não depositou dinheiro em minha conta”.

37. (CESPE / Agente – Polícia Civil – ES / 2009) Julgue o item a seguir.


Se as proposições “Se chove, as ruas da cidade de Vitória estão molhadas”; “As
ruas da cidade de Vitória estão molhadas” e “Está chovendo na cidade de
Vitória”, em que duas primeiras são premissas e a terceira é a conclusão de um
argumento, então é correto afirmar que esse argumento é um argumento
válido.

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 65 de 66


www.exponencialconcursos.com.br
Curso: Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRFs
Teoria e Questões comentadas
Prof. Custódio Nascimento e Fábio Amorim - Aula 11

5. Gabarito

01. C 11. A 21. C 31. E


02. E 12. A 22. C 32. C
03. E 13. C 23. E 33. C
04. C 14. D 24. E 34. E
05. E 15. D 25. C 35. E
06. A 16. C 26. E 36. C
07. B 17. C 27. C 37. E
08. C 18. C 28. C
09. B 19. B 29. E
10. B 20. C 30. E

Prof. Custódio Nascimento e Prof. Fábio Amorim 66 de 66


www.exponencialconcursos.com.br

Você também pode gostar