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1772185 E-book gerado especialmente para GABRIELLI DARDENGO

Banco do Brasil
Escriturário - Agente Comercial

Matemática

1772185 E-book gerado especialmente para GABRIELLI DARDENGO


Obra

BB — Banco do Brasil
Escriturário - Agente Comercial

Autores

MATEMÁTICA • Kairton Batista (Prof. Kaká), Rafael Cardoso e Sérgio Mendes

ISBN: 978-65-5451-019-6

Edição: Dezembro/2022

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
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SUMÁRIO

MATEMÁTICA..........................................................................................................................5
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS........................................................................................ 5

PROBLEMAS DE CONTAGEM............................................................................................................. 17

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS........................................................................................................... 24

RAZÕES E PROPORÇÕES................................................................................................................... 28

DIVISÃO PROPORCIONAL.................................................................................................................................31

REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS....................................................................................................33

PORCENTAGENS...............................................................................................................................................37

LÓGICA PROPOSICIONAL.................................................................................................................. 39

NOÇÕES DE CONJUNTOS.................................................................................................................. 49

RELAÇÕES E FUNÇÕES...................................................................................................................... 58

FUNÇÕES POLINOMIAIS...................................................................................................................................60

FUNÇÕES EXPONENCIAIS................................................................................................................................64

FUNÇÕES LOGARÍTMICAS................................................................................................................................64

MATRIZES............................................................................................................................................ 65

DETERMINANTES............................................................................................................................... 74

SISTEMAS LINEARES......................................................................................................................... 81

SEQUÊNCIAS....................................................................................................................................... 89

PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS............................................... 90

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MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS

NÚMEROS NATURAIS

Operações e Propriedades

Os números construídos com os algarismos de 0 a 9 são chamados de naturais. O símbolo


desse conjunto é a letra N, e podemos escrever os seus elementos entre chaves:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, …}
As reticências indicam que este conjunto tem infinitos números naturais.
O zero não é um número natural propriamente dito, pois não é um número de “contagem
natural”. Por isso, utiliza-se o símbolo N* para designar os números naturais positivos, isto é,
excluindo o zero. Vejam: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7…}

Dica
O símbolo do conjunto dos números naturais é a letra N e podemos ter ainda, o símbolo
N*, que representa os números naturais positivos, isto é, excluindo o zero.

Conceitos básicos relacionados aos números naturais:

z Sucessor: é o próximo número natural.

Exemplo: o sucessor de 4 é 5, e o sucessor de 51 é 52. E o sucessor do número “n” é o núme-


ro “n+1”.

z Antecessor: é o número natural anterior.

Exemplo: o antecessor de 8 é 7, e o antecessor de 77 é 76. E o antecessor do número “n” é


o número “n-1”.

z Números consecutivos: são números em sequência.


MATEMÁTICA

Exemplo: 5, 6, 7 são números consecutivos, porém 10, 9, 11 não são. Assim, (n-1, n e n+1)
são números consecutivos.

z Números naturais pares: são aqueles que, ao serem divididos por 2, não deixam resto.
Por isso o zero também é par. Logo, todos os números que terminam em 0, 2, 4, 6 ou 8 são
pares.
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z Números naturais ímpares: ao serem divididos por 2, deixam resto 1. Todos os números
que terminam em 1, 3, 5, 7 ou 9 são ímpares.

Importante!
A soma ou subtração de dois números pares tem resultado par.
Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4.
A soma ou subtração de dois números ímpares tem resultado par.
Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6.
A soma ou subtração de um número par com outro ímpar tem resultado ímpar.
Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9.
A multiplicação de números pares tem resultado par.
Ex.: 8 x 6 = 48.
A multiplicação de números ímpares tem resultado ímpar:
Ex.: 3 x 7 = 21.
A multiplicação de um número par por um número ímpar tem resultado par:
Ex.: 4 x 5 = 20.

Números Inteiros

Os números inteiros são os números naturais e seus respectivos opostos (negativos). Veja:
Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa importante é saber que todos os números
naturais são inteiros, mas nem todos os números inteiros são naturais. Logo, podemos repre-
sentar através de diagramas e afirmar que o conjunto de números naturais está contido no
conjunto de números inteiros ou ainda que N é um subconjunto de Z. Observe:

Z N

Podemos destacar alguns subconjuntos de números. Veja:

z Números Inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja que são os números naturais.
z Números Inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0}. Veja que o zero também faz parte deste
conjunto, pois ele não é positivo nem negativo.
z Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero não faz parte.
z Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamente, o zero não faz parte.

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OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS

Há quatro operações básicas que podemos efetuar com estes números. São elas: adição,
subtração, multiplicação e divisão.

Adição

É dada pela soma de dois números. Ou seja, a adição de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25


Veja mais alguns exemplos:
Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18
Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85

Principais propriedades da operação de adição:

z Propriedade comutativa: a ordem dos números não altera a soma.

Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115.

z Propriedade associativa: quando é feita a adição de 3 ou mais números, podemos somar


2 deles, primeiramente, e depois somar o outro, em qualquer ordem, que vamos obter o
mesmo resultado.

Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10

z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da adição, pois qualquer número somado a
zero é igual a ele mesmo.

Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55.

z Propriedade do fechamento: a soma de dois números inteiros sempre gera outro número
inteiro.

Ex.: a soma dos números inteiros 8 e 2 gera o número inteiro 10 (8 + 2 = 10).

Subtração

Subtrair dois números é o mesmo que diminuir, de um deles, o valor do outro. Ou seja,
subtrair 7 de 20 significa retirar 7 de 20, restando 13: 20 – 7 = 13.
MATEMÁTICA

Veja mais alguns exemplos:


Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20

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Principais propriedades da operação de subtração:

z Propriedade comutativa: como a ordem dos números altera o resultado, a subtração de


números não possui a propriedade comutativa.

Ex.: 250 – 120 = 130 e 120 – 250 = -130.

z Propriedade associativa: não há essa propriedade na subtração.


z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da subtração, pois, ao subtrair zero de qual-
quer número, este número permanecerá inalterado.

Ex.: 13 – 0 = 13.

z Propriedade do fechamento: a subtração de dois números inteiros sempre gera outro


número inteiro.

Ex.: 33 – 10 = 23.

Multiplicação

A multiplicação funciona como se fosse uma repetição de adições. Veja:


A multiplicação 20 x 3 é igual à soma do número 20 três vezes (20 + 20 + 20), ou à soma do
número 3 vinte vezes (3 + 3 + 3 + ... + 3).
Algo que é muito importante e você deve lembrar sempre são as regras de sinais na mul-
tiplicação de números.

SINAIS NA MULTIPLICAÇÃO
Operações Resultados
+ + +
- - +
+ - -
- + -

Dica
� A multiplicação de números de mesmo sinal tem resultado positivo.
Ex.: 51 × 2 = 102; (-33) × (-3) = 99
� A multiplicação de números de sinais diferentes tem resultado negativo.
Ex.: 25 × (-4) = -100; (-15) × 5 = -75

Principais propriedades da operação de multiplicação:

z Propriedade comutativa: A x B é igual a B x A, ou seja, a ordem não altera o resultado.

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Ex.: 8 x 5 = 5 x 8 = 40.

z Propriedade associativa: (A x B) x C é igual a (C x B) x A, que é igual a (A x C) x B.

Ex.: (3 x 4) x 2 = 3 x (4 x 2) = (3 x 2) x 4 = 24.

z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neutro da multiplicação, pois ao multiplicar


1 por qualquer número, este número permanecerá inalterado.

Ex.: 15 x 1 = 15.

z Propriedade do fechamento: a multiplicação de números inteiros sempre gera um número


inteiro.

Ex.: 9 x 5 = 45

z Propriedade distributiva: essa propriedade é exclusiva da multiplicação. Veja como fica:


Ax(B+C) = (AxB) + (AxC)

Ex.: 3x(5+7) = 3x(12) = 36


Usando a propriedade:
3x(5+7) = 3x5 + 3x7 = 15+21 = 36

Divisão

Quando dividimos A por B, queremos repartir a quantidade A em partes de mesmo valor,


sendo um total de B partes.
Ex.: Ao dividirmos 50 por 10, queremos dividir 50 em 10 partes de mesmo valor. Ou seja,
nesse caso teremos 10 partes de 5 unidades, pois se multiplicarmos 10 x 5 = 50. Ou ainda
podemos somar 5 unidades 10 vezes consecutivas, ou seja, 5+5+5+5+5+5+5+5+5+5=50.
Algo que é muito importante e você deve lembrar sempre são as regras de sinais na divi-
são de números.

SINAIS NA DIVISÃO
Operações Resultados
+ + +
- - +
+ - -
MATEMÁTICA

- + -

Dica
� A divisão de números de mesmo sinal tem resultado positivo.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3
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� A divisão de números de sinais diferentes tem resultado negativo.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24

Esquematizando:

Dividendo
Divisor

30 5
0 6
Resto Quociente

Dividendo = Divisor × Quociente + Resto


30 = 5 · 6 + 0

Principais propriedades da operação de divisão:

z Propriedade comutativa: a divisão não possui essa propriedade.


z Propriedade associativa: a divisão não possui essa propriedade.
z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neutro da divisão, pois ao dividir qualquer
número por 1, o resultado será o próprio número.

Ex.: 15 / 1 = 15.

z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em uma diferença enorme dentro das ope-
rações de números inteiros, pois a divisão não possui essa propriedade, uma vez que ao
dividir números inteiros podemos obter resultados fracionários ou decimais.

Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos números inteiros).


Realize os exercícios comentados a seguir para fixar o conteúdo aprendido.

1. (VUNESP – 2015) Dividindo-se um determinado número por 18, obtém-se quociente n e resto
15. Dividindo-se o mesmo número por 17, obtém-se quociente (n + 2) e resto 1. Desse modo, é
correto afirmar que n(n + 2) é igual a

a) 440.
b) 420.
c) 400.
d) 380.
e) 340.

Dividendo = 18 x n + 15
Dividendo = 17 x (n+2) + 1
18 x n + 15 = 17 x (n+2) + 1
18n + 15 = 17n + 34 + 1
18n – 17n = 35 – 15
n = 20
10 Logo, n.(n+2) = 20.(20+2) = 20.22 = 440. Resposta: Letra A.
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2. (FGV – 2019) O resultado da operação 2+3×4−1 é

a) 13.
b) 15.
c) 19.
d) 22.
e) 23.

Primeiro vamos fazer a multiplicação e depois as demais operações:


2 + 3 × 4 − 1 = 2 + 12 − 1 = 13
Resposta: Letra A

3. (INSTITUTO AOCP – 2018) O total de números que estão entre o dobro de 140 e o triplo de 100
é igual a

a) 17.
b) 19.
c) 21.
d) 23.
e) 25.

Dobro de 140 = 280


Triplo de 100 = 300
Total de números entre 280 e 300:
281 até 291 = 10 números
291 até 299 = 9 números
10 + 9 = 19 números.
Resposta: Letra B.

5. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2019) Os símbolos das operações que deverão ser inseridos nos
quadrados para que o cálculo seja verdadeiro são, respectivamente: 4_3_2_1 = 10

a) + / x / +
b) x / – / ÷
c) + / ÷ / –
d) x / + / +

4 * 3 – 2/1=
4 * 3 = 12
MATEMÁTICA

–2/1= –2 =
12 – 2 = 10
Resposta: Letra B.

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NÚMEROS RACIONAIS

São aqueles que podem ser escritos na forma da divisão (fração) de dois números inteiros.
Ou seja, escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B são números inteiros.
Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também, que os números 87, 321 e 1221 são racio-
nais, pois são divididos pelo número 1.

Dica
Qualquer número natural é também inteiro e todo número inteiro é também racional.

O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos representar por meio de diagramas a rela-
ção entre os conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja:

Z N

Representação Fracionária e Decimal

Há 3 tipos de números no conjunto dos Números Racionais:

z Frações:

Ex.: 38 3 7 etc.
, 5 , 11

z Números decimais.

Ex.: 1,75

z Dízimas periódicas.

Ex.: 0,33333...

Operações e Propriedades dos Números Racionais

z Adição de números decimais: segue a mesma lógica da adição comum.


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Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4

z Subtração de números decimais: segue a mesma lógica da subtração comum.

Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18

z Multiplicação de números decimais: aplicamos o mesmo procedimento da multiplicação


comum.

Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05

z Divisão de números decimais: devemos multiplicar ambos os números (divisor e dividen-


do) por uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de modo a retirar todas as casas
decimais presentes. Após isso, é só efetuar a operação normalmente.

Ex.: 5,7 ÷ 1,3


5,7 × 100 = 570
1,3 × 100 = 130

570 ÷ 130 = 4,38

Realize os exercícios comentados a seguir para fixar o conteúdo aprendido.

1. (FGV– 2010) Julgue as afirmativas a seguir:

a) 0,555... é um número racional.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

Repare que o número 0,555... é uma dízima periódica. Vimos na teoria que as dízimas perió-
dicas são um tipo de número racional. Resposta: Certo.

b) Todo número inteiro tem antecessor.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

Qualquer número inteiro é possível obter o seu antecessor. Basta subtrair 1 unidade. Veja: o
antecessor de 35 é o 34. O antecessor de 0 é -1. E o antecessor de -299 é o -300. Resposta: Certo.
MATEMÁTICA

2. (FCC – 2018) Os canos de PVC são classificados de acordo com a medida de seu diâmetro em
polegadas. Dentre as alternativas, aquela que indica o cano de maior diâmetro é

a) 1/2.
b) 1 ¼.
c) 3/4.
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d) 1 ½.
e) 5/8.

Vamos deixar todos na forma decimal. Ou seja, vamos dividir o numerador pelo denomina-
dor da fração. Veja:
5/8 = 0,625
½ = 0,5
1 ¼ = 1 + 0,25 = 1,25
¾ = 0,75
1 ½ = 1 + 0,5 = 1,5
Logo, o maior diâmetro será 1 ½ polegadas, que corresponde a 1,5 polegadas. Resposta:
Letra D.

3. (FCC – 2017) Sabendo que o número decimal F é 0,8666 . . . , que o número decimal G é 0,7111 .
. . e que o número decimal H é 0,4222 . . . , então, o triplo da soma desses três números decimais,
F, G e H, é igual a

a) 6,111 . . .
b) 5,888 . . .
c) 6
d) 3
e) 5,98

Podemos resolver de forma aproximada, somando:


0,8666 + 0,7111 + 0,4222 = 1,9999 (aproximadamente 2)
A soma é aproximadamente 3×2 = 6. Resposta: Letra C.

4. (FGV – 2016) Durante três dias, o capitão de um navio atracado em um porto anotou a altura
das marés alta (A) e baixa (B), formando a tabela a seguir.

A B A B A B A B A B A
1,0 0,3 1,1 0,2 1,3 0,4 1,4 0,5 1,2 0,4 1,0

A maior diferença entre as alturas de duas marés consecutivas foi

a) 1,0.
b) 1,1.
c) 1,2.
d) 1,3.
e) 1,4.

Vamos calcular as diferenças entre os valores da tabela. Veja:


0,3 – 1 = -0,7
1,1 – 0,3 = 0,8
0,2 – 1,1 = -0,9
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1,3 – 0,2 = 1,1
0,4 – 1,3 = -0,9
1,4 – 0,4 = 1
0,5 – 1,4 = -0,9
1,2 – 0,5 = 0,7
0,4 – 1,2 = -0,8
1,0 – 0,4 = 0,6
Note que a maior diferença é 1,1. Resposta: Letra B.

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

Representação na Reta Real

Na geometria plana, as retas são consideradas entidades primitivas, ou seja, não necessi-
tam de definição formal, pois são intuitivamente concebidas pelos seres humanos. Em geral,
elas são representadas graficamente por meio de um traço contínuo sem lacunas e sem pon-
tos em suas extremidades.
O que se estipula para elas, no entanto, são as consequências de existirem, como colocam
Dolce e Pompeo (2013, p. 2): “Numa reta, bem como fora dela, há infinitos pontos.”. Ora, bem
assim são os números reais, infinitos, não só positiva e negativamente, como também entre
si, pois entre e 2, por exemplo, temos o 1,5; 1,23; 1,0001; √2 = 1,412..., entre outros. Portanto,
podemos representá-los graficamente em uma reta à qual daremos o nome de reta real. A
seguir, acompanhe a representação básica desse elemento gráfico.

5

–3 2 –2 –1 0 1 2 3

–5 –
1 1 3 9 11 π
3 4 2 2 2 4 4
– √3 – √2
3

Fonte: Iezzi e Murakami (2013).

Note a presença dos exemplos de números irracionais, √2 e π, mas também de números


inteiros, 0, ,1 , –3 entre outros. Também podemos identificar alguns dos números racionais
presentes entre dois inteiros quaisquer, como 12 e 94 , por exemplo.

RELAÇÃO DE ORDEM

A relação de ordem que incide sobre o conjunto dos números reais fornece-nos uma fer-
ramenta para podermos compará-los de forma direta quanto a sua magnitude. Sejam a e b
números reais, dizer que a é maior que b (a > b) equivale a afirmar que b é menor que a
MATEMÁTICA

(b < a). A mesma ideia é válida para as noções de maior ou igual que (≥) e menor ou igual
que (≤).
A seguir, veja algumas propriedades principais dessas relações, considerando w, x, y e z
como números reais.

z Se x ≤ y e w ≤ z, então ≤ y + z.
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Exemplo: Sendo 1 ≤ 2 e 3 e ≤ 4, teremos que 1+3 ≤ 2 + 4 ⟺ 4 ≤ 6 .

z Se 0 ≤ x ≤ y e 0 ≤ z ≤ w, então 0 ≤ xy ≤ yw.

Exemplo: Sendo 0 ≤ 2 ≤ 3 e 0 ≤ 4 ≤ 5, teremos que 0 ≤ 2 4 ≤ 3 ‧ 5 ⟺ 0 ≤ 8 ≤ 15.

z Se , então .

Exemplo: Sendo –4 ≤ 0, teremos que – (-4) ≥ 0 ⟺ 4 ≥ 0.

Resolução De Problemas

1. (CPCAR — 2021) A tabela de preços para refeições em um restaurante indica quatro opções
como descritas a seguir:

OPÇÃO VALOR DE ACORDO COM A OPÇÃO


1ª Self service livre (por pessoa) R$ 35,00
2ª Self service com balança (por kg) R$ 50,00
3ª Prato feito pequeno (máximo de até 350 g) R$ 15,00
4ª Prato feito grande (máximo de até 700 g) R$ 30,00

Fonte: Iezzi e Murakami (2013).

O cliente faz a escolha ao entrar no estabelecimento sem que possa alterá-la posteriormente e
servindo-se uma única vez. Naturalmente, os clientes desejam escolher a opção que lhes faça
pagar um menor valor para uma refeição com quantidade x, em kg. Assim, é correto afirmar que

a) se x = 0,29, então a melhor escolha é a 3ª opção.


b) a 2ª opção é a melhor escolha para todo x < 0,35.
c) se x > 0,7, então a 1ª opção é a melhor escolha.
d) qualquer que seja x tal que 0,35 < x < 0,7, a 4ª opção é a melhor escolha.

O item “a” é incorreto, pois, considerando x = 0,29, teremos que essa quantidade na 2ª opção
equivale ao valor de 0,29 ‧ 50 = R$ 14,50, o que é R$ 0,50 mais barato do que a opção 3.
O item “b” é incorreto, pois se x = 0,30, afinal 0,30,< 0,35, teríamos que na opção 2 o consumi-
dor pagaria 0,31 ‧ 50 = R$15,50, o que faria dela menos vantajosa do que a 3ª opção.
O item “d” é incorreto, uma vez que se x = 0,36, por exemplo, teremos que o valor da refeição
na 2ª opção será dado por 0,36 ‧ 50 = R$ 18,00, fazendo ela ser mais vantajosa do que a 4ª.
O item “c” é correto, pois se x = 0,7, então, na 2ª opção, a pessoa pagaria 0,7 ‧ 50 = R$35,00,
fazendo com que qualquer valor acima de x = 0,7 fique mais caro do que R$ 35,00 logo, a 1ª
opção seria de fato mais vantajosa para x > 0,7. Resposta: Letra C.

2. (CPCAR — 2019) Sobre o conjunto solução, na variável x, x ∈ ℜ, da equação x + 2 = √x2 + 2√4x2 + 8x + 2


pode-se afirmar que

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a) é vazio.
b) possui somente um elemento.
c) possui dois elementos de sinais iguais.
d) possui dois elementos de sinais opostos.

Primeiramente, devemos realizar as seguintes passagens com foco maior nas radiciações, de
modo a simplificar a expressão:
x + 2 = √x2 + 2√4x2 + 8x + 2
x + 4x + 4 = x2 + 2 √4x2 + 8x + 2
x + 4x + 4– x2 = 2 √4x2 + 8x + 2
4x + 4 = 2 √4x2 + 8x + 2
2x + 2 = √4x2 + 8x + 2
(2x + 2)2 =4x2 + 8x + 2
4x2 + 8x + 4 = 4x2 + 8x + 2
4x2 + 8x + 4 = 4x2 + 8x = 2
4=2
O que é nitidamente contraditório, uma vez que 4 ≠ 2. Logo, não existe nenhum valor de x
capaz de satisfazer a equação dada. Portanto, o conjunto solução será vazio. Resposta: Letra
A.

3. (CPCAR — 2017) Considere a = 1150, b = 4100 e C = 2150 e assinale a alternativa correta.

a) c < a < b
b) c < b < a
c) a < b < c
d) a < c < b

Como a = 4100 = (22)100 = 2200, então b = 2200, logo 2200 > 2150, ou seja, b > c. Como c = (22)75 = ((22)5)15
= (((22)5)5)3 = (250)3 = (23)50 =850, portanto, c = 850. Não somente, como 11 > 8, teremos que 1150
> 850, ou seja, a > c. Por fim, como b = (22)100 = ((22)4)25 = ((22)4)25 = (24)50 = 1650 , teremos que b =
1650. Para tanto, como 16 > 11, teremos que 1650 > 1150, ou seja, b > a. Assim, c < a. Resposta:
Letra A.

PROBLEMAS DE CONTAGEM

Para estudarmos probabilidade é necessário uma boa base em noções básicas de conta-
gem, ou seja, você precisa saber muito bem o Princípio Fundamental da Contagem e é isso
MATEMÁTICA

que vamos estudar agora.


Primeiro, vamos aprender uma ferramenta importante para o nosso estudo: Fatorial.

Fatorial de um Número Natural

Serve para facilitar e acelerar resolução de questões. Veja sua representação simbólica:

17
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Fatorial de N = n!

Sendo “n” um número natural, observe como desenvolver o fatorial de n:

n! = n · (n-1) · (n-2) · ... · 2 · 1, para n ≥ 2


1! = 1
0! = 1

Exemplos:

3! = 3 · 2 · 1= 6
4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120

Agora, veja esse outro exemplo:

Calcular 6!
4!

Resolução:

6!
4!
=
6·5·4·3·2·1
4·3·2·1
= 6 · 5 = 30

Poderíamos, também, resolver abrindo o 6! até 4! e depois simplificar. Veja:

6! 6·5·4!
4!
=
4! = 6 · 5 = 30

Princípio Fundamental da Contagem

Podemos, também, encontrar como princípio multiplicativo. Vamos esquematizar uma


maneira que vai ser bem simples para resolvermos problemas sobre o tema, observe o
lembrete:

z Identificar as etapas do enunciado;


z Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
z Multiplicar.

Exemplo: Para fazer uma viagem São Paulo-Fortaleza-São Paulo, você pode escolher como
meio de transporte ônibus, carro, moto ou avião. De quantas maneiras posso escolher os
transportes?
Resolução: Usando o lembrete acima:

z Identificar as etapas do enunciado;


Escolher o meio de transporte para ida e para a volta;
z Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
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Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou avião) e para a volta
temos 4 possibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou avião);
z Multiplicar:

4 · 4 = 16 maneiras.

E se o problema dissesse que você não pode voltar no mesmo transporte que viajou na ida.
Qual seria a resolução? O desenvolvimento é o mesmo, apenas vai mudar na quantidade de
possibilidades de escolhas para voltar. Veja:
Resolução: Usando o lembrete:

z Identificar as etapas do enunciado;


Escolher o meio de transporte para ida e para a volta;
z Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou avião) e para a volta
temos 3 possibilidades de escolha (não posso voltar no mesmo meio de transporte);
z Multiplicar:

4 · 3 = 12 maneiras.

Permutação Simples

Imagine que temos 5 livros diferentes para serem ordenados em uma estante. De quan-
tas maneiras é possível ordenar? Para questões envolvendo permutação simples, devemos
encarar de um modo geral que temos n modos de escolhermos um objeto (livro) que ocupará
o primeiro lugar, n-1 modos de escolher um objeto (um outro livro) que ocupará o segundo
lugar, ..., 1 modo de escolher o objeto (um outro livro) que ocupará o último lugar. Então,
temos:
Modos de ordenar:

n · (n-1) · ... 1 = n!

Então, resolvendo, teremos 5! = 5·4·3·2·1 = 120 maneiras de ordenar os livros na estante.


Agora, observe um outro exemplo:
Quantos são os anagramas da palavra CAJU?
Resolução:
Cada anagrama de CAJU é uma ordenação das letras que a compõem, ou seja, C, A, J, U.

CAJU CUJA ACJU AUJC


MATEMÁTICA

CAUJ CJUA ACUJ ...

CUAJ CJAU AUCJ ...

Desta maneira, o número de anagramas é 4! = 4·3·2·1 = 24 anagramas.

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Dica
Anagrama é a ordenação de maneira distinta das letras que compõem uma determinada
palavra.

Permutação com Repetição

Quantos anagramas tem na palavra ARARA? O problema é causado por conta da repetição
de letras na palavra ARARA.
Veja que temos 3 letras A e 2 letras R. De maneira tradicional, faríamos 5! (número de
letras na palavra), mas é preciso que descontemos as letras repetidas. Assim, devemos dividir
pelo número de letras fatorial, ou seja, 3! e 2!.

5!
3!·2!
=
5·4·3!
3!·2·1
= 5·4
2
= 10

Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.

Dica
Na permutação com repetição devemos descontar os anagramas iguais, por isso dividi-
mos pelo fatorial do número de letras repetidas.

Permutação com Repetição

Vamos imaginar que temos uma mesa circular com 5 lugares e queremos ordenar 5 pes-
soas de maneiras distintas. Observe as duas disposições das pessoas A, B, C, D, e E ao redor
da mesa:

A E

B A
E D
MESA MESA

D C C B

Diante do conceito de permutação, essas duas disposições são iguais, ou seja, a pessoa A
tem à sua direita E, e à sua esquerda B, e assim sucessivamente). Não podemos contar duas
vezes a mesma disposição. Repare ainda que, antes da primeira pessoa se sentar à mesa,
todas as 5 posições disponíveis são equivalentes. Isto porque não existe uma referência espa-
cial (ponto fixo determinado). Nestes casos, devemos utilizar a fórmula da permutação circu-
lar de n pessoas, que é:

Pc (n) = (n-1)!

Em nosso exemplo, o número de possibilidades de posicionar 5 pessoas ao redor de uma


mesa será:
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Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24

Arranjo Simples

Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pessoas nas cadeiras de uma praça, mas
tínhamos apenas 3 cadeiras à disposição. De quantas formas poderíamos fazer isso?
Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponíveis, isto é, 5 possibilidades. Já para a
segunda cadeira, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi utilizada na primeira
cadeira. Por último, na terceira cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas restantes.
Observe que sempre sobrarão duas pessoas em pé, pois temos apenas 3 cadeiras. A quantida-
de de formas de posicionar essas pessoas sentadas é dada pela multiplicação a seguir:
Formas de organizar 5 pessoas em 3 cadeiras =

5 · 4 · 3 = 60

O exemplo acima é um caso típico de arranjo simples. Sua fórmula é dada a seguir:

n!
A(n, p) = (n - p) !

Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” elementos em “p” posições (p sendo menor
que n), e onde a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade da outra.
Observe a resolução do nosso exemplo usando a fórmula:

A(5, 3) =
5! 5!
(5 - 3) !
=
2!
= 5·4·3·2·1
2·1
= 60

Uma outra informação muito importante é que nos problemas envolvendo arranjo sim-
ples a ordem dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente de uma possibilidade para
outra. Vamos supor que as 5 pessoas sejam: Ana, Bianca, Clara, Daniele e Esmeralda. Agora
observe uma maneira de posicionar as pessoas na praça:

CADEIRA 1ª 2ª 3ª
OCUPANTE Ana Bianca Clara

Perceba que Daniele e Esmeralda ficaram em pé nessa disposição.

CADEIRA 1ª 2ª 3ª
OCUPANTE Clara Bianca Ana
MATEMÁTICA

A Daniele e a Esmeralda continuam de fora e a Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que


mudou foi a posição da Ana em relação a Clara. Assim, uma simples mudança na posição da
ordem gera uma nova possibilidade de posicionamento.

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Combinação

Para entendermos esse tema, vamos imaginar que queremos fazer uma salada de frutas e
precisamos usar 3 frutas das 4 que temos disponíveis: maçã, banana, mamão e morango. Cor-
tando as frutas maçã, banana e morango e depois colocando em um prato. Agora cortando as
frutas banana, morango e maçã para colocar em um outro prato.
Você percebeu que a ordem aqui não importou? É exatamente isso, a ordem não importa e
estamos diante de um problema de Combinação. Será preciso calcular quantas combinações
de 4 frutas, 3 a 3, é possível formar.
Para resolvermos é necessário usar a fórmula:

C(n, p) = (n - n!
p) !p!

Substituindo na fórmula, os valores do exemplo, temos:

4!
C(4, 3) =
(4 - 3) !3!

C(4, 3) = 4 · 3 · 2 · 1
1·3·2·1

C(4, 3) = 4

Dica
No arranjo a ordem importa.
Na combinação a ordem não importa.

Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (VUNESP – 2016) Um Grupamento de Operações Especiais trabalha na elucidação de um crime.


Para investigações de campo, 6 pistas diferentes devem ser distribuídas entre 2 equipes, de
modo que cada equipe receba 3 pistas. O número de formas diferentes de se fazer essa distri-
buição é

a) 6.
b) 10.
c) 12.
d) 18.
e) 20.

Vamos descobrir o número de formas de escolher 3 pistas em 6, visto que ao escolher 3


pistas, restarão outras 3 pistas que vão compor o outro grupo de pistas. Dessa maneira, de
quantas formas podemos escolher 3 pistas em um grupo de 6? Aqui a ordem não é relevante,
então, vamos usar a combinação:
C(6, 3) = 6!
= 6 · 5 · 4 · 3! = 6·5·4
= 6·5·4
=
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
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5 · 4 = 20.
Resposta: Letra E.

2. (IDECAN – 2016) Felipe é uma criança muito bagunceira e sempre espalha seus brinquedos
pela casa. Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode levar 3 brinquedos. Felipe sem-
pre escolhe 1 carrinho, 1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carrinhos, 5 bonecos e 4
aviões diferentes, quantas vezes Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo conjunto de
brinquedos já levados antes?

a) 100 vezes.
b) 115 vezes.
c) 130 vezes.
d) 140 vezes.

Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para escolher 1, 5 bonecos para escolher 1 e 4 aviões para
escolher 1, queremos formar grupos de 3 brinquedos, sendo um de cada tipo. O total de pos-
sibilidades será dado por: 7 x 5 x 4 = 140 possibilidades (conjuntos de brinquedos diferentes).
Resposta: Letra D.

3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um aeroporto, 30 passageiros que desembarcaram de deter-


minado voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais ocorre uma epidemia infecciosa,
foram selecionados para ser examinados. Constatou-se que exatamente 25 dos passageiros
selecionados estiveram em A ou em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6 desses
25 passageiros estiveram em A e em B.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que segue.
A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2 dos 30 passageiros selecionados de modo
que pelo menos um deles tenha estado em C é superior a 100.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

Se 25 passageiros tiveram em A ou B e nenhum deles em C, então, C teve 5 passageiros (é o


que falta para o total de 30). Vamos escolher 2 passageiros, de modo que pelo menos um seja
de C, teremos:
Podemos achar o total para escolha dos 2 passageiros que seria:
C30,2 = 30.29/2 = 15.29 = 435
Agora, tiramos a opção de nenhum deles ser de C, que seria:
C25,2 = 25.24/2 = 25.12 = 300
Então, pelo menos um deles é de C, teremos:
435 - 300 = 135.
MATEMÁTICA

Resposta: Certo.

4. (IBFC – 2015) Paulo quer assistir um filme e tem disponível 5 filmes de terror, 6 filmes de aven-
tura e 3 filmes de romance. O total de possibilidades de Paulo assistir a um desses filmes é de:

a) 90.
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b) 33.
c) 45.
d) 14.

Paulo tem disponível 14 filmes no total, 5 de terror, 6 de aventura e 3 de romance; e dentre


esses 14 filmes disponíveis tem que escolher um, portanto o total de possibilidades será dado
pela combinação de 14 elementos, tomados um a um.
C(14,1) = 14 possibilidades.
Resposta: Letra D.

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS

MÉTRICA, ÁREAS, VOLUMES, ESTIMATIVAS E APLICAÇÕES

Quando estudamos o sistema de medidas, nos atentamos ao fato de que ele serve para
quantificar dimensões que podem ter uma variação gigantesca. Porém, existem as conver-
sões entre as unidades para uma melhor interpretação e leitura.

Medidas de Comprimento

A unidade principal tomada como referência é o metro. Além dele, temos outras seis uni-
dades diferentes que servem para medir dimensões maiores ou menores. A conversão de
unidades de comprimento segue potências de 10. Veja o esquema abaixo:

km hm dam m dm cm mm
(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10

Km hm dam m dm cm mm

:10 :10 :10 :10 :10 :10

Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros:


Para sair do metro e chegar no centímetro devemos multiplicar por 100 (10x10), pois
“andamos” duas casas até chegar em centímetro. Logo,

5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm.

Medidas de Área (Superfície)

A unidade principal tomada como referência é o metro quadrado. Além dele, temos outras
seis unidades diferentes que servem para medir dimensões maiores ou menores. A conver-
são de unidades de superfície segue potências de 100. Veja o esquema a seguir:

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km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

:100 :100 :100 :100 :100 :100

Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2:


Para sair do metro quadrado e chegar no centímetro quadrado devemos multiplicar por
10000 (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro quadrado. Logo, 5,3m2
= 5,3 x 10000 = 53000 cm2.

Medidas de Volume (Capacidade)

A unidade principal tomada como referência é o metro cúbico. Além dele, temos outras
seis unidades diferentes que servem para medir dimensões maiores ou menores. A conver-
são de unidades de superfície segue potências de 1000. Veja o esquema a seguir

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3


(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000

Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

:1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000

Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3:


Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro cúbico devemos multiplicar por 1000000
(1000x1000), pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro cúbico. Logo,

5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.

Veja, agora, algumas relações interessantes e que você precisa ter em mente para resolver
a diversas questões.

UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE


1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
MATEMÁTICA

1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)


1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)

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Medidas de Tempo

Medindo intervalos de tempos temos (hora – minuto – segundo) que são os mais conheci-
dos. Veja como se faz a relação nessa unidade.
Para transformar de uma unidade maior para a unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:

1 hora = 60 minutos
h = 4 x 60 = 240 minutos

Para transformar de uma unidade menor para a unidade maior, divide-se por 60. Veja:

20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.

Para medir ângulos a unidade básica é o grau. Temos as seguintes relações:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Aqui vale fazer uma observação que os minutos e os segundos dos ângulos não são os mes-
mos do sistema (hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes, mas os símbolos que
os indicam são diferentes, veja:

1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.


1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Medidas de Massa

As unidades a seguir são as mais utilizadas quando estamos trabalhando a massa de uma
matéria. Veja quais são:

z Tonelada (t);
z Quilograma (kg);
z Grama (g) e;
z Miligrama (mg).

Vamos tomar como base as relações a seguir para converter uma unidade em outra.
Observe:

z 1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas);


z 1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas);
z 1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas).

Observe o exemplo a seguir de uma conversão:

Vamos transformar 3,5 kg em gramas.


26 Sabemos que 1 kg equivale a 1000 gramas, logo:
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1 kg — 1000 g
3,5 Kg — x
x = 3,5 × 1000
x = 3500 g

Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500 g.

Medidas de Temperatura

O instrumento para a medição de temperatura é o termômetro, que é um tubo graduado


com um líquido em seu interior (mercúrio ou álcool). As escalas mais comuns para medir
temperatura são:

z Celsius: Medida em graus centígrados;


z Kelvin: Medido em Kelvin;
z Fahrenheit: Medida em graus Fahrenheit.

As conversões entre essas escalas termométricas são dadas pelas fórmulas a seguir:

„ De graus Celsius para Kelvin: TK = ToC + 273;


„ De graus Celsius para Fahrenheit: ToC / 5 = (ToF-32) / 9.

Veja os exemplos a seguir:

Exemplo 1: Transformar 250 K para °C:

TK = ToC + 273
250 = ToC + 273
ToC = 273 – 250
ToC = –23°

Exemplo 2: Transformar 85 oC para oF:

ToC / 5 = (ToF-32) / 9
85/5 = (ToF-32) / 9
17 = (ToF-32) / 9
17 × 9 = ToF-32
153 + 32 = ToF
MATEMÁTICA

ToF = 185°

Veja, agora, algumas relações que você precisar ter em mente para resolver diversas
questões:

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UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE
1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)

RAZÕES E PROPORÇÕES

A razão entre duas grandezas é igual a divisão entre elas, veja:

2
5

Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está para 5).


Já a proporção é a igualdade entre razões, veja:

2 4
=
3 6

Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 está para 3 assim como 4 está para 6).
Os problemas mais comuns que envolvem razão e proporção é quando se aplica uma
variável qualquer dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor dela. Veja o exemplo:

2 x
= ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
3 6

Para resolvermos esse tipo de problema devemos usar a Propriedade Fundamental da


razão e proporção: produto dos meios pelos extremos.
Meio: 3 e x;
Extremos: 2 e 6.
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles numa igualdade. Observe:

3·X=2.6
3X = 12
X = 12/3
X=4

Lembre-se de que a maioria dos problemas envolvendo esse tema são resolvidos utilizan-
do essa propriedade fundamental. Porém, algumas questões acabam sendo um pouco mais
complexas e pode ser útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Vamos a elas.

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Propriedade das Proporções

z Somas Externas

a c a+c
= =
b d b+d

Vamos entender um pouco melhor resolvendo uma questão-exemplo:


Suponha que uma fábrica vai distribuir um prêmio de R$10.000 para seus dois emprega-
dos (Carlos e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma proporcional ao tempo de serviço
deles na fábrica. Carlos está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na fábrica. Quanto
cada um vai receber?
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C a quantia que Carlos vai receber e D a
quantia que Diego vai receber, temos:

C D
=
3 2

Utilizando a propriedade das somas externas:

C D C+D
3
=
2
= 3+2

Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), então podemos substituir na proporção:

C D C+D
3
=
2
= = 10.000 = 2.000
3+2 5

Aqui cabe uma observação importante!


Esse valor de 2.000, que chamamos de “Constante de Proporcionalidade”, é que nos mostra
o valor real das partes dentro da proporção. Veja:

C
3
= 2.000

C = 2000 x 3
C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
D
= 2.000
2

D = 2.000 x 2
D = 4.000 (esse é o valor de Diego)
MATEMÁTICA

Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai receber R$4.000.

z Somas Internas

a c a+b +
= = = c d
b d b d

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É possível, ainda, trocar o numerador pelo denominador ao efetuar essa soma interna,
desde que o mesmo procedimento seja feito do outro lado da proporção.

a c a+b +
= = = c d
b d a c

Vejamos um exemplo:

x 2
=
-
14 x 5

x + 14 - x 2+5
x
= 2
14 7
=
x 2

7 . x = 2 · 14
x = 14 · 2 = 4
7

Portanto, encontramos que x = 4.

Importante!
Vale lembrar que essa propriedade também serve para subtrações internas.

z Soma com Produto por Escalar

a c a + 2b c + 2d
b
=
d
=
b
= d

Vejamos um exemplo para melhor entendimento:


Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000 proporcionalmente ao número de anos
trabalhados. São dois funcionários que trabalham há 2 anos na empresa e três funcionários
que trabalham há 3 anos.
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B o prêmio dos funcionários com 3 anos de
empresa, temos:

A B
=
2 3

Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3 funcionários na categoria B, podemos


escrever que a soma total dos prêmios é igual a R$13.000.

2A + 3B = 13.000

Agora, multiplicando em cima e embaixo de um lado por 2 e do outro lado por 3, temos:

2A 3B
=
4 9

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Aplicando a propriedade das somas externas, podemos escrever o seguinte:

2A 3B 2A + 3B
= =
4 9 4+9

Substituindo o valor da equação 2A + 3B na proporção, temos:

2A 3B 2A + 3B
= = = 13.000 = 1.000
4 9 4+9 13

Logo,

2A
= 1.000
4

2A = 4 x 1.000
2A = 4.000
A = 2.000

Fazendo a mesma resolução em B:

3B
= 1.000
9

3B = 9 × 1.000
3B = 9.000
B = 3.000

Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa receberão R$2.000 de bônus. Já os funcio-
nários com 3 anos de casa receberão R$3.000 de bônus.
O total pago pela empresa será:

2.2000 + 3.3000 = 4000 + 9000 = 13000

DIVISÃO PROPORCIONAL

Diretamente Proporcional

Um dos tópicos mais comuns em questões de prova é “dividir uma determinada quantia
em partes proporcionais a determinados números. Vejamos um exemplo para entendermos
melhor como esse assunto é cobrado:
Exemplo:
MATEMÁTICA

A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em partes proporcionais aos números 4, 5 e 6.
A menor dessas partes corresponde a:
Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes proporcionais, respectivamente a 4, 5 e 6.
Sendo assim, X é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é proporcional a 6, ou seja, pode-
mos representar na forma de razão. Veja:

31
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X Y Z
= = = constante de proporcionalidade.
4 5 6

Usando uma das propriedades da proporção, somas externas, temos:

X+Y+Z 900.000
4+5+6 15
= 60.000

A menor dessas partes é aquela que é proporcional a 4, logo:

X
4
= 60.000

X = 60.000 x 4
X = 240.000

Inversamente Proporcional

É um tipo de questão menos recorrente, mas não menos importante. Consiste em distri-
buir uma quantia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um quinhão inversamente
proporcional a três números. Vejamos um exemplo:
Exemplo:
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
Vamos chamar de X as quantias que devem ser distribuídas inversamente proporcionais
a 4, 5 e 6, respectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao total que dever ser distri-
buído para facilitar o nosso cálculo, veja:

X
+ X + X = 740.000
4 5 6

Agora vamos precisar tirar o M.M.C (mínimo múltiplo comum) entre os denominadores
para resolvermos a fração.

4–5–6|2
2–5–3|2
1–5–3|3
1–5–1|5
1 – 1 – 1 | 2 x 2 x 3 x 5 = 60

Assim, dividindo o M.M.C. pelo denominador e multiplicando o resultado pelo numerador


temos:

15x 12x
+ + 10x
60 60 60 = 740.000
37x
= 740.000
60

X = 1.200.000

32
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Agora basta substituir o valor de X nas razões para achar cada parte da divisão inversa.

x
= 1.200.000 = 300.000
4 4
x 1.200.000
5
= 5
= 240.000
x
= 1.200.000 = 200.000
6 6

Logo, as partes dividas inversamente proporcionais aos números 4, 5 e 6 são, respectiva-


mente 300.000, 240.000 e 200.000.

REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS

Regra de Três Simples

A regra de três simples envolve apenas duas grandezas. São elas:

z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se deseja calcular a partir da grandeza


explicativa;
z Grandeza Explicativa ou Independente: é aquela utilizada para calcular a variação da
grandeza dependente.

Existem dois tipos principais de proporcionalidades que aparecem frequentemente em


provas de concursos públicos. Veja a seguir:

z Grandezas diretamente proporcionais: o aumento de uma grandeza implica o aumento


da outra;
z Grandezas inversamente proporcionais: o aumento de uma grandeza implica a redução
da outra;

Vamos esquematizar para sabermos quando será direta ou inversamente proporcionais:

DIRETAMENTE
+ / + OU - / -
PROPORCIONAL

Aqui, as grandezas aumentam ou diminuem juntas (sinais iguais)

PROPORCIONAL + / - OU - / +
MATEMÁTICA

Aqui, uma grandeza aumenta e a outra diminui (sinais diferentes)


Agora, vamos esquematizar a maneira que iremos resolver os diversos problemas:

33
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DIRETAMENTE
Multiplica cruzado
PROPORCIONAL

INVERSAMENTE
Multiplica na horizontal
PROPORCIONAL

Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco mais como funciona:

z Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2.160 tijolos. Caso queira construir um
muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão necessários?

Primeiro vamos montar a relação entre as grandezas e depois identificar se é direta ou


inversamente proporcional.

12 m -------- 2160 (tijolos)

30 m -------- X (tijolos)

Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+) e que para fazermos um muro maior
vamos precisar de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado (+). Logo, as grande-
zas são diretamente proporcionais e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe:

12 m -------- 2.160 (tijolos)

30 m -------- X (tijolos)
12 · X = 30 . 2160
12X = 64800
X = 5400 tijolos

Assim, comprovamos que realmente são necessários mais tijolos.

z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para corrigir as provas de um vestibular.


Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão 30 professores para corrigir as
provas?

Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos montar a relação e analisar:

5 (prof.) --------- 12 (dias)


30 (prof.) -------- X (dias)

Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um aumento (+), mas, como agora estamos
com uma equipe maior, o trabalho será realizado de forma mais rápida. Logo, a quantidade
de dias deverá diminuir (-). Desta forma, as grandezas são inversamente proporcionais e
vamos resolver multiplicando na horizontal. Observe:

5 (prof.) 12 (dias)
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30 (prof.) X (dias)
30 · X = 5 · 12
30X = 60
X=2

A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias para corrigir as provas.

Regra de Três Composta

A regra de três composta envolve mais de duas variáveis. As análises sobre se as grandezas
são diretamente e inversamente proporcionais devem ser feitas cautelosamente levando em
conta alguns princípios:

z As análises devem sempre partir da variável dependente em relação às outras variáveis;


z As análises devem ser feitas individualmente, ou seja, deve-se comparar as grandezas
duas a duas, mantendo as demais constantes;
z A variável dependente fica isolada em um dos lados da proporção.

Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática como isso tudo funciona:

z Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos em 40 minutos, em quanto tempo 3 des-


sas impressoras produziriam 2000 desses panfletos?

Da mesma forma que na regra de três simples, vamos montar a relação entre as grandezas
e analisar cada uma delas isoladamente duas a duas.

6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)


3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)

Vamos escrever a proporcionalidade isolando a parte dependente de um lado e igualan-


do as razões da seguinte forma – se for direta, vamos manter a razão, agora, se for inversa,
vamos inverter a razão. Observe:

40 ? ?
= ·
X ? ?

Analisando isoladamente duas a duas:

6 (imp.) -------- 40 (min)


MATEMÁTICA

3 (imp.) ---- ---- X (min)

Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras o valor diminui (-) e que o tempo irá
aumentar (+), pois agora teremos menos impressoras para realizar a tarefa. Logo, as grande-
zas são inversas e devemos inverter a razão.

40 3 ?
= ·
X 6 ? 35
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Analisando isoladamente duas a duas:

1000 (panf.) -------- 40 (min)


2000 (panf.) ------ -- X (min)

Perceba que de 1000 panfletos para 2000 panfletos o valor aumenta (+) e que o tempo tam-
bém irá aumentar (+). Logo, as grandezas são diretas e devemos manter a razão.

40 3 1000
= ·
X 6 2000

Agora, basta resolver a proporção para acharmos o valor de X.

40 3000
X
= 12000

3X = 40 · 12
3X = 480
X = 160

As três impressoras produziriam 2000 panfletos em 160 minutos, que correspondem a 2


horas e 40 minutos.
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento, vamos analisar mais um exemplo.

„ Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada
linha. Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o número de linhas por página e
para 40 o número de letras (ou espaços) por linha. Considerando as novas condições,
determine o número de páginas ocupadas.

Já aprendemos o passo a passo no exemplo anterior. Aqui vamos resolver de maneira mais
rápida.

6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)


X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
6 ? ?
X
=
?
·?

Analisando isoladamente duas a duas:

6 (pág.) -------- 45 (linhas)


X (pág.) -- ----- 30 (linhas)

Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor diminui (-) e que o número de páginas irá
aumentar (+). Logo, as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.

6 30 ?
= ·
X 45 ?

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Analisando isoladamente duas a duas:

6 (pág.) -------- 80 (letras)


X (pág.) ------- 40 (letras)

Veja que de 80 letras para 40 letras o valor diminui ( - ) e que o número de páginas irá
aumentar ( + ). Logo, as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.

6 30 40
X
=
45
· 80
6 2 1
= ·
X 3 2
6 2
=
X 6

2X = 36
X = 18

O número de páginas a serem ocupadas pelo texto respeitando as novas condições é igual
a 18.

PORCENTAGENS

A porcentagem é uma medida de razão com base 100. Ou seja, corresponde a uma fração
cujo denominador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar como podemos represen-
tar um número porcentual.

30% = 30 (forma de fração)


100

30% = 30 = 0,3 (forma decimal)


100

30% = 30 = 3 (forma de fração simplificada)


100 10

Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de várias maneiras:

30% = 30 = 0,3 = 3
100 10

Também é possível fazer a conversão inversa, isto é, transformar um número qualquer


em porcentual. Para isso, basta multiplicar por 100. Veja:
MATEMÁTICA

25 x 100 = 2500%
0,35 x 100 = 35%
0,586 x 100 = 58,6%

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Número Relativo

A porcentagem traz uma relação entre uma parte e um todo. Quando dizemos 10% de
1000, o 1000 corresponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo que estamos especi-
ficando. Para descobrir a quanto isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000.

10% de 1000 = 10 x 1000 = 100


100

Dessa maneira, 1000 é todo, enquanto 100 é a parte que corresponde a 10% de 1000.

Dica
Quando o todo varia, a porcentagem também varia!

Veja um exemplo:
Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira. Sabendo que o curso que ele comprou
possui um total de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas por Roberto?
O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual, devemos dividir a parte pelo todo e obter
uma fração.

2 1
=
8 4

Precisamos transformar em porcentagem, ou seja, vamos multiplicar a fração por 100:

1 × 100 = 25%
4

Soma e Subtração de Porcentagem

As operações de soma e subtração de porcentagem são as mais comuns. É o que acontece


quando se diz que um número excede, reduziu, é inferior ou é superior ao outro em tantos
por cento. A grandeza inicial corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou subtrair
o percentual fornecido dos 100% e multiplicar pelo valor da grandeza.
Exemplo 1:
Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula. Porém, com a publicação do edital, a esco-
la precisou aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de horas-aula do curso ao final?
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total de 200 horas-aula que correspondiam a
100%. Com o aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% + 15% das aulas inicial-
mente previstas. Portanto, o total de horas-aula do curso será:
(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula

Dica
A avaliação do crescimento ou da redução percentual deve ser feita sempre em relação
ao valor inicial da grandeza.

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Variação percentual = Final - Inicial
Inicial

Veja mais um exemplo para podermos fixar melhor.


Exemplo 2:
Juliano percebeu que ainda não assistiu a 200 aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o
número de aulas não assistidas a 180. É correto afirmar que, se Juliano chegar às 180 aulas
almejadas, o número terá caído 20%?
A variação percentual de uma grandeza corresponde ao índice:

- -
Variação percentual = Final Inicial = 180 200 = – 20 = - 0,10
Inicial 200 200

Como o resultado foi negativo, podemos afirmar que houve uma redução percentual de
10% nas aulas ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está errado ao afirmar que essa
redução foi de 20%.

LÓGICA PROPOSICIONAL

VALORES LÓGICOS

Na lógica temos apenas dois valores lógicos – verdadeiro ou falso. Quando temos uma
declaração verdadeira, o seu valor lógico é Verdade (V) e quando é falsa, dizemos que seu
valor lógico é Falso (F).

PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES

Vamos começar nosso estudo falando sobre o que é uma proposição lógica. Observe a frase
a seguir:
Ex.: Paula vai à praia.
Para saber se temos ou não uma proposição, precisamos de três requisitos fundamentais:

z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos;


z Oração declarativa: a frase precisa estar apresentando uma situação, um fato;
z Pode ser classificada como Verdadeira ou Falsa : ou seja, podemos atribuir o valor lógi-
co verdadeiro ou o valor lógico falso para a declaração.

Tendo isso em vista, podemos afirmar claramente que a frase “Paula vai à praia” é uma
MATEMÁTICA

proposição lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma informação completa (temos
o sujeito claro na oração) e podemos afirmar se é verdade ou falsa.

Importante!
Proposição Lógica é uma oração declarativa que admite apenas um valor lógico: V ou F.

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Ou então podemos também esquematizar o que é uma proposição lógica assim:
Chama-se proposição toda sentença declarativa que pode ser valorada ou só como verda-
deira ou só como falsa. A presença do verbo é obrigatória juntamente com o sentido com-
pleto (caráter informativo).

Verdadeira

Sentença
Ou Sentido
Declarativa
completo

Falsa

Obrigatório

Verbo

Toda proposição pode ser representada simbolicamente pelas letras do alfabeto, veja no
exemplo:

z p: Sabino é um pintor esperto;


z r: Kate é uma mulher alta.

Na situação temos duas proposições sendo representadas pelas letras p e r.


Bom! Agora que já sabemos o que são proposições lógicas, fica tranquilo distinguir o que
não são proposições. Isto é fundamental, pois várias questões de prova perguntam exata-
mente isso – são apresentadas algumas frases e você precisa identificar qual delas não é uma
proposição. Vejamos os casos em que mais aparecem:

� Perguntas: são as orações interrogativas.


Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
Essa pergunta não pode ser classificada como verdadeira ou falsa;
� Exclamações: são frases exclamativas.
Exemplo: Que lindo cabelo!
Essa exclamação não pode ser valorada, pois apresentam percepções subjetivas;
� Ordens: são orações com verbo no imperativo.
Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.

Uma ordem não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. Muito cuidado com esse
tipo de oração, pois pode ser facilmente confundida com uma proposição lógica.
Não são proposições – perguntas, exclamações e ordens.
Temos um outro caso menos cobrado em provas, mas que também não é proposição lógi-
ca, sendo o paradoxo. Para ficar mais claro, veja o exemplo a seguir:
Ex.: Esta frase é uma mentira.
Quando atribuímos um valor de verdade para a frase, então na verdade, ele mentiu, uma
vez que a própria frase já diz isso, e se atribuirmos o valor falso, então a frase é verdade, pois
ela diz ser uma mentira e já sabemos que isso é falso.

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Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos resulta um valor contrário, ou seja,
estamos diante de uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a definição de um
paradoxo.

SENTENÇA ABERTA

Dizemos que uma sentença é aberta quando não conseguimos ter a informação completa
que a oração nos mostra. Veja o exemplo a seguir:
Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.
Perceba que há presença do verbo e que conseguimos parcialmente entender o que a frase
quer dizer. Todavia, logo surge a pergunta: Ele quem? Aqui nossa informação não consegue
ser completa e por isso temos mais um caso que não é proposição lógica. Observe outros
exemplos:

X + 5 = 10

Aquele carro é amarelo.

5+5
X – Y = 20

Todos os exemplos acima são sentenças abertas, então podemos resumir da seguinte
forma:
As variáveis: Ele, aquele ou variáveis matemáticas (X ou Y) tornam a sentença aberta.
Sempre será uma proposição lógica na escrita matemática e podemos notar que há verbos
nos casos a seguir:

z = (é igual);
z ≠ (é diferente);
z > (é maior);
z < (é menor);
z ≥ (é maior ou igual);
z ≤ (é menor ou igual);

Esquematizando o que não são proposições lógicas:

Sentenças Interrogativas(?)

Sentenças sem Verbo


NÃO SÃO
PROPOSIÇÕES
MATEMÁTICA

Sentenças com Verbo no Imperativo

Sentenças Abertas

Paradoxo

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PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL

É fundamental que você conheça três princípios para deixarmos tudo alinhado com as
proposições lógicas. Veja:

z Princípio do terceiro excluído: uma proposição deve ser Verdadeira ou Falsa, não haven-
do outra possibilidade. Não é possível que uma proposição seja “quase verdadeira” ou
“quase falsa”;
z Princípio da não contradição: dizemos que uma mesma proposição não pode ser, ao
mesmo tempo, verdadeira e falsa;
z Princípio da Identidade: cada ser é único, ou seja, uma proposição não assume o signifi-
cado de outra proposição lógica.

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Temos proposições compostas quando há duas ou mais proposições simples ligadas por
meio dos conectivos lógicos. Veja os exemplos:

z Sabino corre e Marcos compra leite;


z O gato é azul ou o pato é preto;
z Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar.

Cada conectivo tem sua representação simbólica e sua nomenclatura. Veja a relação de
conectivos:

CONECTIVOS NOMENCLATURA SIMBOLOGIA


e Conjunção ^
ou Disjunção v
ou...ou Disjunção Exclusiva v
se...então Condicional →
se e somente se Bicondicional ⟷

Exemplos:

z Na linguagem natural:

„ O macaco bebe leite e o gato come banana;


„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta;
„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;
„ Se estudar, então vai passar;
„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber dinheiro.

z Na linguagem simbólica:

„ p ^ q;
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„ p v q;
„ p v q;
„ p → q;
„ p ⟷ q.

Agora que conhecemos os conectivos lógicos, vamos ver algumas camuflagens dos opera-
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja:

� Conectivos “e” usando “mas”:


Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não ambos”:
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas não ambos;
� Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso, Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda
vez que”:
Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia;
Caso você estude, irá passar no concurso;
Basta Ana comer massas, e engordará;
Quem joga bola é rápido;
Todos os médicos sabem operar;
Qualquer criança anda de bicicleta;
Toda vez que chove, não vou à praia.

É importante saber que na condicional a primeira proposição é o termo antecedente e a


segunda é o termo consequente.

P→Q
P = antecedente
Q = consequente

TABELA VERDADE

Trata-se de uma tabela na qual conseguimos apresentar todos os valores lógicos possíveis
de uma proposição.

Números de Linhas de Tabela Verdade

Neste momento, vamos aprender a construir tabelas verdade para proposições compostas.

z 1º passo: contar a quantidade de proposições envolvidas no enunciado.


MATEMÁTICA

Exemplo: P v Q (temos duas proposições).

z 2º passo: calcular a quantidade de linhas da tabela usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n


é o número de proposições).

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Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas.

P Q PVQ

z 3º passo: dispor os valores “V” e “F” na primeira coluna fazendo o agrupamento pela
metade do número de linhas da tabela.

Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas = (agrupamento da primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).

P Q PVQ
V
V
F
F

z 4º passo: preencher as demais colunas com agrupamento de valores lógicos (V ou F) sem-


pre pela metade do agrupamento anterior.

Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima será de 1 em 1).

P Q PVQ
V V
V F
F V
F F

Pronto! A nossa tabela já está montada, agora precisamos aprender qual o resultado que
teremos quando combinamos os valores lógicos usando os conectivos lógicos.
Número de linhas da tabela verdade:
2n = 2proposições (onde n é o número de proposições).
Bom! Vamos caminhar mais um pouco e aprender todas as combinações lógicas possíveis
para cada conectivo lógico.

Negação (~P)

Uma proposição, quando negada, recebe valores lógicos opostos ao da proposição original.
O símbolo que iremos utilizar é ¬ p ou ~p.

P ~P
V F
F V
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Dupla Negação ~(~P)

A dupla negação nada mais é do que a própria proposição. Isto é, ~(~P) = P

P ~P ~(~P)
V F V
F V F

Conectivo Conjunção “e” (^)

Só teremos uma resposta verdadeira quando todos os valores lógicos envolvidos forem
verdadeiros.

P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F

Conectivo Disjunção “ou” (v)

Teremos resposta verdadeira quando, pelo menos, um dos valores lógicos envolvidos for
verdadeiro.

P Q PVQ
V V V
V F V
F V V
F F F

Conectivo Disjunção Exclusiva “ou...ou” ( v )

Teremos resposta verdadeira quando os valores lógicos envolvidos forem diferentes.

P Q PVQ
V V F
V F V
F V V
F F F
MATEMÁTICA

Conectivo Bicondicional “se e somente se” ()

Teremos resposta verdadeira quando os valores lógicos envolvidos forem iguais.

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P Q PQ
V V V
V F F
F V F
F F V

Conectivo Condicional “se...,então” (→)

Especialmente nesse caso, vamos aprender quando teremos o resultado falso, pois o conec-
tivo condicional só tem uma possibilidade de tal ocorrência Somente teremos resposta falsa
quando o valor lógico do antecedente for verdadeiro e o consequente falso.

P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V

Condicional falsa: Vai Ficar Falsa

VF=F

TAUTOLOGIA

É uma proposição cujo valor lógico é sempre verdadeiro.


Exemplo 1: A proposição P ∨ (~P) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre V, con-
forme a tabela verdade.

P ~P P V ~P
V F V
F V V

Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PQ) é uma tautologia, pois a última coluna da tabe-


la verdade só possui V.

P Q (P^Q) (PQ) (P^Q)→(PQ)


V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V

CONTRADIÇÃO

É uma proposição cujo valor lógico é sempre falso.


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Exemplo: A proposição P ^ (~P) é uma contradição, pois o seu valor lógico é sempre F, con-
forme a tabela verdade.

P ~P P ^ (~P)
V F F
F V F

CONTINGÊNCIA

Sempre que uma proposição composta recebe valores lógicos falsos e verdadeiros, inde-
pendentemente dos valores lógicos das proposições simples componentes, dizemos que a
proposição em questão é uma contingência. Ou seja, é quando a tabela verdade apresenta,
ao mesmo tempo, alguns valores verdadeiros e alguns falsos.
Exemplo: A proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma contingência, conforme a tabela verdade.

P Q [P^(~Q)] (P→~Q) [P^(~Q)]V(P→~Q)


V V F F F
V F V V V
F V F V V
F F F V V

z Tautologia: uma proposição que é sempre verdadeira;


z Contradição: uma proposição que é sempre falsa;
z Contingência: uma proposição que pode assumir valores lógicos V e F, conforme o caso.

CONECTIVOS LÓGICOS

Conceito

Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como também podem ser chamados, servem
para ligar duas ou mais proposições simples e formar, assim, proposições compostas.
Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada um tem sua nomenclatura e represen-
tação simbólica. Veja a tabela abaixo:

Tabela de Conectivos

CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA


e Conjunção ^ peq
MATEMÁTICA

ou Disjunção v p ou q
ou...ou Disjunção exclusiva v Ou p ou q
Condicional
se...,então → Se p, então q
(implicação)
Bicondicional
se e somente se ⃡ p se e somente se q
(bi-implicação)

47
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z Conjunção (conectivo “e”): Sua representação simbólica é ^.

Exemplo:

„ Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o gato come banana;


„ Na linguagem simbólica: p ^ q.

z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): sua representação simbólica é v.

Exemplo:

„ Na linguagem natural: Maria é bailarina ou Juliano é atleta;


„ Na linguagem simbólica: p v q.

z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): sua representação simbólica é: v.

Exemplo:

„ Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;


„ Na linguagem simbólica: p v q.

z Condicional (conectivos “se, então”): sua representação simbólica é →.

Exemplo:

„ Na linguagem natural: Se estudar, então vai passar;


„ Na linguagem simbólica: p → q.

z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): sua representação simbólica é ⟷.

Exemplo:

„ Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e somente se ele receber dinheiro;


„ Na linguagem simbólica: p⟷q.

z Negação: uma proposição quando negada, recebe valores lógicos opostos dos valores lógi-
cos da proposição original. O símbolo que iremos utilizar é ¬p ou ~p.

Exemplos:

„ p: O gato é amarelo;
„ ~p: O gato não é amarelo;
„ q: Raciocínio Lógico é difícil;
„ ~q: É falso que raciocínio lógico é difícil;
„ r: Maria chegou tarde em casa ontem;
48 „ ~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em casa ontem.
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Dica
A negação além da forma convencional, pode ser escrita com as expressões a seguir:
É falso que ...
Não é verdade que...

Agora que já fomos apresentados aos conectivos lógicos, vamos ver algumas “camufla-
gens” dos operadores lógicos que podem aparecer na prova. Veja:

z Conectivo “e” usando “mas”

„ Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor;

z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não ambos”

„ Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas não ambos;

z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso, Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda
vez que”

„ Exemplos:

Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia;


Caso você estude, irá passar no concurso;
Basta Ana comer massas, e engordará;
Quem joga bola é rápido;
Todos os médicos sabem operar;
Qualquer criança anda de bicicleta;
Toda vez que chove, não vou à praia.

Dica
Na condicional a 1° proposição é o termo antecedente e a 2° é o termo consequente.
PQ
P = antecedente
Q = consequente

NOÇÕES DE CONJUNTOS
MATEMÁTICA

INTRODUÇÃO À TEORIA DE CONJUNTOS

Conjunto é uma reunião de elementos ou pessoas que possuem a mesma característica,


por exemplo, numa festa pode haver o conjunto de pessoas que só bebem cerveja ou o con-
junto daquelas que só gostam de músicas eletrônicas.
Representamos um conjunto da seguinte forma: 49
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Conjunto X

Podemos afirmar que no interior do círculo há todos os elementos que pertencem (com-
põem) ao conjunto X, já na parte externa do círculo estão todos os elementos que não fazem
parte de X, ou seja, “y” não pertence ao conjunto X.
No gráfico acima podemos dizer que o elemento “x” pertence ao conjunto X e o elemento
“y” não pertence.
Matematicamente, usamos o símbolo Є para indicar essa relação de pertinência. Isto é: x Є
X, já o elemento “y” não pertence ao conjunto X, onde usamos o símbolo ∉ para essa relação
de não pertinência. Matematicamente:

y ∉ X.

Complemento de um Conjunto

O complemento de X é o conjunto formado por todos os elementos do Universo e o ele-


mento “y” faz parte dele, claro que com exceção daqueles que estão presentes em X. Repre-
sentamos o complemento ou complementar pelo símbolo XC. Podemos afirmar que “y” não
pertence à X, mas pertence ao conjunto complementar de X: matematicamente: y Є XC.

Interpretando Regiões e Conhecendo a Interseção e União de Conjuntos

Uma outra situação é quando temos dois conjuntos (X e Y), podemos representar da seguin-
te forma, no geral:

X Y

a b c

Interpretando os conjuntos anterior temos:

z O elemento “a” pertence apenas ao conjunto X, pois ele está numa região que não tem
contato com o conjunto Y;
z O elemento “c” faz parte somente ao conjunto Y;

50
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z O elemento “b” pertence aos dois conjuntos, ou seja, faz parte da interseção entre os con-
juntos X e Y. A representação simbólica é feita por X ∩ Y. Como o elemento “b” faz parte
dessa região, temos:

„ b Є (X ∩ Y) – o elemento “b” pertence à interseção dos conjuntos X e Y;

z O elemento “d” não faz parte de nenhum dos dois conjuntos. Logo, podemos dizer que
“d” não pertence à União entre os conjuntos X e Y. A união é a junção das regiões dos dois
conjuntos e é representada simbolicamente por X ∪ Y. Assim, d ∉ (X ∪ Y) – o elemento “d”
não pertence à união entre os conjuntos X e Y.

Vamos analisar uma outra situação:

X Y

X–Y X∩Y Y–X

Nesta representação, podemos interpretar a região X – Y (diferença de conjuntos) como


sendo a região formada pelos elementos de X que não fazem parte do conjunto Y. Veja o
exemplo:

X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}

Y = {5, 6, 7, 9, 10}

X – Y = basta tirar de X os elementos que estão nele e também em Y, ou seja, X – Y = {2, 3,


4, 8}
Já no caso da região Y – X, temos:

X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}

Y = {5, 6, 7, 9, 10}

Y – X = {9, 10}
MATEMÁTICA

Podemos falar, também, da região de interseção dos conjuntos X ∩ Y.

X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}

Y = {5, 6, 7, 9, 10}

X ∩ Y = {5, 6, 7} 51
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E por fim, vamos identificar a união entre os conjuntos X e Y. Observe que vamos juntar
todos os elementos dos dois conjuntos, mas sem repetir os elementos presentes na interse-
ção. Veja:

X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}

Y = {5, 6, 7, 9, 10}

X ∪ Y = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}

Relação de “Contém”/“Não Contém” e “Está Contido”/“Não Está Contido” entre Conjuntos

Em algumas situações, a intersecção entre os conjuntos X e Y pode ser todo o conjunto Y,


por exemplo. Isso acontece quando todos os elementos de B são também elementos de A. Veja
isso no gráfico a seguir:

Perceba que realmente X ∩ Y = Y. Quando temos a situação acima, podemos dizer que o
conjunto Y está contido no conjunto X, representado matematicamente por Y ⊂ X. Ou pode-
mos dizer, ainda, que o conjunto X contém o conjunto Y, representado matematicamente
por X ⊃ Y.

Importante!
Entenda a diferença:
● Falamos que um elemento pertence ou não pertence a um conjunto;
● Falamos que um conjunto está contido ou não está contido em outro conjunto.

Representação de Conjunto usando Chaves

Geralmente usamos letras maiúsculas para representar os nomes de conjuntos e minúscu-


las para representar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b, c, d} etc. Ainda podemos utilizar
notações matemáticas para representar os conjuntos. Veja o exemplo a seguir:

A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}

Podemos entender e fazer a leitura do conjunto anterior da seguinte maneira: o conjunto


A é composto por todo x pertencente ao conjunto dos números inteiros, tal que x é maior ou
52
igual a zero.
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Agora, veja um outro exemplo:

B = {∃ x Є Z | x > 5}

Uma interpretação para o conjunto é: no conjunto B existe x pertencente ao conjunto dos


números inteiros, tal que x é maior do que 5.
Agora vamos esquematizar todas as simbologias para que você possa gravar mais facil-
mente e aplicar na hora de resolver as questões. Observe a tabela a seguir:

SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO


Ex: X = {a,b,c} representa o conjunto X composto
{,} chaves
por a, b e c
Significa que o conjunto não tem elementos, é um con-
{ } ou  ∅ conjunto vazio
junto vazio
∀ para todo Significa “Para todo” ou “Para qualquer que seja”

Є pertence Indica relação de pertinência de elementos

∉ não pertence Indica relação de não pertinência de elementos


∃ existe Indica relação de existência.
∄ não existe Indica que não há relação de existência
⊂ está contido Indica que um conjunto está contido em outro conjunto
Indica que um conjunto não está contido em outro
⊄ não está contido
conjunto
⊃ contém Indica que determinado conjunto contém outro conjunto
Indica que determinado conjunto não contém outro
⊅ não contém
conjunto
Serve para fazer a ligação entre a composição de um
| tal que
conjunto na “representação em chaves”
A ∪ B união de conjuntos Lê-se como “X união Y”.
A ∩ B interseção de conjuntos Lê-se como “X intersecção Y”
A-B diferença de conjuntos Lê-se como “diferença de A com B”
XC complementar Refere-se ao complemento do conjunto X

Diagrama de VENN

Vamos entender como se resolve questões que envolvem Operações com Conjuntos
se relacionando. Acompanhe os exemplos a seguir e a maneira como desenvolvemos suas
resoluções:
MATEMÁTICA

z Em uma sala de aula, 20 alunos gostam de Matemática, 30 gostam de Português, e 10 gos-


tam das duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam de nenhuma dessas duas maté-
rias, quantos alunos há nessa sala de aula?

Siga os passos abaixo:

53
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z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas;
z Preencha as informações de dentro para fora (da interseção para as demais informações);
z Preencha as demais informações no diagrama;
z Some todas as regiões e iguale ao total de elementos envolvidos.

Vamos à resolução:

z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas:

Matemática Português

z Preencha as informações de dentro para fora (da interseção para as demais informações):

Matemática Português

10

z Preencha as demais informações no diagrama:

Matemática (20) Português (30)

20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20

Total = X
54
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20 gostam de Matemática;
30 gostam de Português;
10 gostam dos dois;
10 gostam apenas de Matemática;
20 gostam apenas de Português;
5 não gostam de nenhuma.

z Some todas as regiões e iguale ao total de elementos envolvidos:

Matemática (20) Português (30)

20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20

10+10+20+5 = X
X = 45 alunos é o total dessa sala.

Também seria possível resolver esse tipo de questão usando a seguinte fórmula:

n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) – n(X ∩ Y)

Esta fórmula nos diz que o número de elementos da União entre os conjuntos X e Y (X ∪ Y)
é dado pelo número de elementos de X, somado ao número de elementos de Y, subtraído do
número de elementos da interseção (X ∩ Y). Aplicando no exemplo, temos:
Matemática (M)
Português (p)

n(M ∪ P) = n(M) + n(P) – n(M ∩ P)

n(M ∪ P) = 20 + 30 – 10

n(M ∪ P) = 40

Temos 40 alunos que gostam de Matemática ou Português (aqui já está incluso quem gosta
MATEMÁTICA

das duas matérias). Para finalizar a resolução, devemos apenas somar os 5 alunos que não
gostam das duas matérias. Assim, 40 + 5 = 45 alunos no total dessa sala.
Assim como nos problemas com 2 conjuntos, quando nós tivermos 3 conjuntos será possí-
vel resolver o problema por meio de Diagramas de Venn ou por meio de fórmula. Acompanhe
a resolução do exemplo:

55
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André, Bernardo e Carol ouviram certa quantidade de músicas. Nenhum deles gostaram
de seis músicas e os três gostaram de dez músicas. Além disso, houve doze músicas que só
André e Bernardo gostaram, nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro músicas
que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve música alguma que somente um deles tenha
gostado. O número de músicas que eles ouviram foi?
Siga os passos a seguir:

z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas;
z Preencha as informações de dentro para fora (da interseção para as demais informações);
z Preencha as demais informações no diagrama;
z Some todas as regiões e iguale ao total de elementos envolvidos.

Vamos à resolução:

z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas:

André Bernardo

Carol

z Preencha as informações de dentro para fora (da interseção para as demais informações):

André Bernardo

10

Carol

56 z Preencha as demais informações no diagrama:


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André Bernardo

0 12 0

10

9 4

0 Carol

Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabemos que os três gostaram de dez músicas,
depois preenchemos com as demais informações:

z 12 músicas que somente André e Bernardo gostaram (na interseção entre os 2 apenas);
z 9 que somente André e Carol gostaram;
z 4 que somente Bernardo e Carol gostaram;
z 6 músicas que ninguém gostou (de fora dos três conjuntos).
z Os “zeros” representam o fato de que não houve música que somente um deles tenha
gostado.

Logo, vem a última etapa:

z Some todas as regiões e iguale ao total de elementos envolvidos;

Total = X
6+0+12+10+9+0+4+0=X
X = 41 músicas

Questões com três conjuntos podem ser resolvidas usando a seguinte fórmula:

n(X ∪ Y ∪ Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) – n(X ∩ Y) – n(X ∩ Z) – n(Y ∩ Z) + n(X ∩ Y ∩ Z)

Traduzindo a fórmula:
Total de elementos da união = soma dos conjuntos – interseções dois a dois + interseção
dos três.
MATEMÁTICA

57
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RELAÇÕES E FUNÇÕES

FUNÇÃO

Quando temos a relação entre elementos de dois conjuntos, sendo que cada elemento de
um conjunto tenha ligação com somente um outro elemento do outro conjunto, dizemos que
é uma função. Para ficar mais fácil de entender esse conceito, veja o exemplo abaixo:

Função Não É Função


A B C D
2 4 1 4
4 8 3 6
6 16 5
8 20

Note que o conjunto A tem todos os seus elementos ligados apenas em um único elemen-
to do conjunto B, então, dizemos que é uma função. Já o conjunto C, além de não ter todos
os seus elementos sendo ligados ao único elemento de D, ainda tem o “elemento 3” sendo
relacionado a mais de um elemento do conjunto D. Então, não há relação de função nessa
situação.

DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM

Veremos alguns pontos que você precisa saber identificar em uma função:

z Domínio da função (D): é o conjunto em que a função é definida, ou seja, contém todos
os elementos que serão ligados aos elementos de outros conjuntos (olhando para o nosso
exemplo – de onde saem as setas), trata-se do conjunto A apenas, pois o conjunto C não é
uma função;
z Contradomínio da função (CD): é o conjunto onde se encontram todos os elementos que
poderão ser ligados aos elementos do Domínio. Neste caso, trata-se do conjunto B somente,
pois, como já vimos, o conjunto D não é uma função;
z Imagem da função (I): é formado apenas pelos valores do contradomínio efetivamente
ligados a algum elemento do Domínio.

Vamos analisar um exemplo para entendermos melhor:

A B
2 4
4 8
6 16
8 20

58
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Temos o conjunto A como domínio, o conjunto B como contradomínio e o conjunto ima-
gem definido pelo conjunto formado apenas pelos elementos 8 e 16, pois os elementos 4 e 20
do conjunto B não estão ligados a nenhum termo do conjunto A.
Logo, eles fazem parte do Contradomínio, porém não fazem parte do conjunto Imagem.

Dica
Função: relação de cada elemento do Domínio com apenas um único elemento do
Contradomínio.

FUNÇÃO INJETORA, SOBREJETORA E BIJETORA

z Função Injetora: se cada elemento do conjunto imagem estiver ligado a um único elemen-
to do Domínio, a função é chamada injetora. Ex.:

A B

2 4
4 8
6 16
8 20

O conjunto imagem é I = {4, 8, 16, 20}. Vemos que cada elemento da imagem está ligado a
apenas um elemento do Domínio A;

z Função Sobrejetora: quando todos os elementos do Contradomínio fizerem parte do con-


junto imagem, temos uma função sobrejetora. Em outras palavras, Contradomínio é igual
a imagem. Ex.:

A B
2 4
4 8
6 12
10 20
12 24

z Função Bijetora: se os elementos acima acontecerem ao mesmo tempo, ou seja, a função


for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo, a função é dita bijetora. Ex.:

A B
2 4
MATEMÁTICA

4 8
6 16
8 20

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FUNÇÕES POLINOMIAIS

Função Afim ou Função do 1° Grau

Veja a função do tipo f(x) = ax + b. Chamaremos de função de primeiro grau, onde a = coe-
ficiente angular e b = coeficiente linear. Esta função também é chamada de função linear ou
então de função afim. O gráfico dessa função é uma reta.
O coeficiente angular dá a inclinação da reta. Se a > 0, a reta será crescente e se a < 0 a reta,
decrescente. Já o coeficiente linear, indica em que ponto a da reta do gráfico cruza o eixo das
ordenadas (eixo y, ou eixo f(x)). Vejamos um exemplo:
Seja f(x) = -3x + 5, então, temos:

z Uma função de primeiro grau (pois o maior expoente de x é 1);


z O coeficiente angular é a = -3 e o coeficiente linear é b = 5;
z Logo, seu gráfico é uma reta decrescente (a < 0), que cruza o eixo y na posição y = 5 (pois
este é o valor de b).

Vamos construir um gráfico da função afim f(x) = 2x +3.


Atribuindo valores aleatórios para “x”, temos:

f(x) = 2x +3
f(-1) = 2(-1) +3 = 1 Temos (x,y) = (-1,1)
f(0) = 2.0 +3 = 3 Temos (x,y) = (0,3)
f(1) = 2.1 +3 = 5 Temos (x,y) = (1,5)
f(2) = 2.2 +3 = 7 Temos (x,y) = (2,7)

Colocando os pontos no plano cartesiano, temos:

10

E
6

D
4

C
2
B

x
-6 -4 -2 0 2 4 6 8

-2

-4

-6

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Raiz de uma Função Afim

Para tirar a raiz de uma função do 1° grau, basta igualar a zero. Veja:

f(x) = 2x +3
2x +3 = 0
2x = -3
x = -3/2

Isso significa que x = -3/2 deixa a função com a imagem igual a zero. Veja:

f(-3/2) = 2x +3
f(-3/2) = 2(-3/2) +3
f(-3/2) = -3 +3 = 0

Funções de 2º Grau ou Funções Quadráticas

As funções de segundo grau são representadas por f(x) = ax2 + bx + c, ou seja, são aquelas
em que as funções de variável x aparecem elevada ao quadrado. Sabemos, então, o seguinte:
Que a, b e c são os coeficientes da equação.

z a é sempre o coeficiente do termo em x²;


z b é sempre o coeficiente do termo em x;
z c é sempre o coeficiente ou termo independente.

As funções de segundo grau têm 2 raízes, isto é, existem 2 valores de x que tornam a igual-
dade verdadeira.

Cálculo das Raízes da Função Quadrática

Vamos achar as raízes por meio da fórmula de bhaskara. Basta identificar os coeficientes
a, b e c e colocá-los na seguinte expressão:

2
b ! b - 4ac
x= -
2a

Veja o sinal ± presente na expressão acima. É ele que permitirá obtermos dois valores para
as raízes, um valor utilizando o sinal positivo (+) e outro valor utilizando o sinal negativo (-).
MATEMÁTICA

Vamos aplicar em um exemplo:


Calcular as raízes da função f(x) = x2 - 3x + 2.
Iguala a zero:

x2 - 3x + 2 = 0

Identificando os valores de a, b e c:
61
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a=1
b = -3
c=2

Substituindo na fórmula:

2
b ! b - 4ac
x= -
2a

- (3) ± √(-3)2 - 4 ×1 ×2
x=
2×1

3! 9-8
x=
2
3!1
x= 2
3+1
x1 = =2
2
-
x2 = 3 1 = 1
2

As raízes da função f(x) = x2 - 3x + 2 são 1 e 2.


Na fórmula de bhaskara, podemos usar um discriminante que é representado por “Δ”. Seu
valor é igual a:

Δ = b2 - 4ac

Assim, podemos escrever a fórmula de bhaskara:

-b ! D
x= 2a

O discriminante fornece importantes informações de uma função do 2ª grau:

z Se Δ > 0 → A função possui duas raízes reais e distintas.


z Se Δ = 0 → A função possui duas raízes reais e idênticas.
z Se Δ < 0 → A função não possui raízes reais.

As funções de segundo grau têm um gráfico na forma de parábola. Veja:

„ f(x) = x2 - 3x + 2;
„ f(-2) = (-2)2 – 3(-2) + 2 = 12;
„ f(-1) = (-1)2 - 3(-1) + 2 = 6;
„ f(0) = (0)2 - 3(0) + 2 = 2;
„ f(1) = 12 – 3.1 + 2 = 0;
„ f(2) = 22 – 3.2 + 2 = 0;
„ f(3) = 32 – 3.3 + 2 = 2;
„ f(4) = 42 – 3.4 + 2 = 6;
62
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„ f(5) = 52 – 3.5 + 2 = 12.

12

10

0
-2 -1 0 1 2 3 4 5
x

Aqui vale ressaltar que quando “a < 0”, a parábola tem concavidade para baixo, ou seja,
a função terá um ponto máximo que chamamos de “vértice”. Já quando “a > 0”, teremos a
concavidade para cima e um ponto mínimo, também chamado de vértice da função.

a>0 a<0

Concavidade para cima Concavidade para baixo

Resumindo os tipos de gráficos olhando para o valor de “a” e para o discriminante, temos:

a>0eΔ<0 a<0eΔ<0

a>0eΔ=0 a<0eΔ=0

x
a>0eΔ>0 a<0eΔ>0

x
x

Pontos de Máximo ou Mínimo


MATEMÁTICA

O ponto de máximo ou mínimo da função de segundo grau é chamado de vértice (xv, yv).
Para calcularmos as coordenadas dele, basta saber que:

XV - b
2a

63
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YV - D
4a

No gráfico fica:

V
yV

0 XV 0
x xV x
yV
V

Se a > 0, yv = Δ é o valor Δ é o valor


Se a < 0, yv =
4a 4a
mínimo da função máximo da função

FUNÇÕES EXPONENCIAIS

A função f(x) = 2x é uma função exponencial. Perceba que a variável x encontra-se no expoente. De modo geral,
representamos as funções exponenciais assim f(x) = ax. O coeficiente “a” precisa ser maior do que zero, e também
diferente de 1. A função é crescente se a > 1. Já se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Além disso, a função exponencial tem domínio no conjunto dos números reais (R) e contra-
domínio no conjunto dos números reais positivos, ou seja, f: R → R+*. Observe os gráficos das
funções f(x) = 2x (crescente) e de g(x) = 0,5x (decrescente):

f(x) g(x)

3
1

-5 -3 -1 -1 1 3 5

-3

-5

FUNÇÕES LOGARÍTMICAS

Antes de falarmos sobre função logarítmica, é interessante relembrar algumas proprieda-


des importantes. Veja:
Na expressão logab = c, chamamos o número “a” de base do logaritmo. Veja que o resultado
do logaritmo (c) é justamente o expoente ao qual deve ser elevada a base “a” para atingir o
valor b, assim, as propriedades mais importantes são:

z Logb 1 = 0, porque b0 = 1;
z Logb b = 1, porque b1 = b;
z Logb bk = K, porque bK = bK;
z bLogbM = M;
64 z Loga (b · c) = logab + logac;
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z Loga (b ÷ c) = logab - logac;
z Loga bn = n · logab;
1
z Logam b = logab.
m

A função f(x) = log5(x) é um exemplo de função logarítmica. Veja que nela a variável x
encontra-se dentro do operador logaritmo. De maneira geral, podemos representá-las da
seguinte forma f(x) = loga(x). Assim, como nas exponenciais, o coeficiente “a” precisa ser posi-
tivo (a > 0) e diferente de 1.
O domínio é formado apenas pelos números reais positivos, pois não há logaritmo de
número negativo. Por sua vez, o contradomínio é o conjunto dos números reais, ou seja,
temos uma função do tipo f: R+* → R.
Se a > 1, a função é crescente, já se 0 < a < 1, a função é decrescente. Como exemplo, veja os
gráficos de f(x) = log2x e de g(x) = log0,5x:

f(x) g(x)

3
1

-5 -3 -1 -1 1 3 5

-3

-5

MATRIZES

MATRIZES

Matrizes podem ser definidas da seguinte maneira: sejam dois números naturais m e n
diferentes de zero, denominamos matriz de ordem m por n (indica-se m x n) qualquer
tabela M formada por números pertencentes ao conjunto dos reais, sendo esses números
distribuídos em m linhas e n colunas.
Exemplos:

A= > H
-2 1 0
2 4 3
MATEMÁTICA

É uma matriz de ordem 2·3,

B= = G
0 -1
3 5

É uma matriz de ordem 2·2, 65


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JK 9 1 NO
K O
C = KK- 8 3 7 OO
KK OO
4 0
L P

É uma matriz de ordem 3·2.

Toda matriz m · n tem os seus elementos representados por (aij), onde i representa a linha
e j a coluna em que o elemento está localizado.
Exemplo:

A= e o
a11 a12
a21 a22

{
(lê - se a um um) elemento que está na 1ª linha
a11
e 1ª coluna.
(lê - se a um dois) elemento que está na 1ª linha
a12
e 2ª coluna.
(lê - se a um um) elemento que está na 2ª linha
a21
e 1ª coluna.
(lê - se a um um) elemento que está na 2ª linha
a22
e 2ª coluna.

Observação: Uma matriz M de ordem m ⨉ n também pode ser indicada por M = (aij) ou M
= (aij) m ⨉ n.

TIPOS DE MATRIZES

Matriz Linha

É toda matriz do tipo 1 ⨉ n, ou seja, é uma matriz que possui apenas uma linha.
Exemplos:
C = [–3 4 1] é uma matriz linha de ordem 1·3
M = (–9 7 0 –√15) é uma matriz linha de ordem 1·4

Matriz Coluna

É toda matriz do tipo m ⨉ 1, ou seja, é uma matriz que possui apenas uma coluna.
Exemplos:

RS VW
SS - 2 WW
S1 W
A = SS 7 WW
SS 0 WW
SS WW
S- 17W
T X

É uma matriz coluna de ordem 4·1

66
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B= e o
-6
1

É uma matriz coluna de ordem 2·1

Matriz Nula

É a matriz que possui todos os elementos iguais a zero.


Exemplos:

E= = G
0 0 0 0
0 0 0 0

É uma matriz nula de ordem 2·4

N= e o
0 0
0 0

É a matriz nula de ordem 2·2

Matriz Quadrada de Ordem n

É toda matriz do tipo n ⨉ n, ou seja, em uma matriz quadrada de ordem n o número de


linhas e colunas são iguais.
Exemplo:

A= e o
2 -8
7 0

É uma matriz quadrada de ordem 2·2

RS VW
SS - 7 4 2 WW
B = SS 2 3
9 0W WW
SS 2
S-5 - 1 22 W W
T X

É uma matriz quadrada de ordem 3·3


Observação: Para toda matriz quadrada, no lugar de mencionarmos que sua ordem é n
⨉ m, dizemos apenas que ela é uma matriz de ordem n. Por exemplo, ao nos referirmos a
MATEMÁTICA

uma matriz quadrada de ordem 3, estamos dizendo que essa matriz possui três linhas e três
colunas.

67
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Diagonal Principal

Chamamos de diagonal principal de uma matriz quadrada de ordem n, o conjunto dos


elementos que possui índices iguais.
Exemplo:

A= e o
2 -8
7 0

É uma matriz quadrada de ordem 2, cuja diagonal principal é uma matriz composta pelos
elementos a11 = 2, e a22 = 0

Diagonal Secundária

Chamamos de diagonal secundária de uma matriz quadrada de ordem n, o conjunto dos


elementos que possui a soma dos índices igual a n + 1.
Exemplo:

A= e o
2 -8
7 0

É uma matriz quadrada de ordem 2, cuja diagonal secundária é composta pelos elementos
a12 = - 8, e a21 = 7

Matriz Diagonal

É a matriz em que todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais
a zero.
Exemplo:

–15 0 0

B= 0 1 0

0 0 – √7

Matriz Identidade de Ordem n

É toda matriz quadrada em que os elementos da diagonal principal são iguais a 1. A matriz
identidade é representada pela letra maiúscula I, seguida da sua ordem, ou seja, In.
Exemplos:

I2 = = G
1 0
0 1

É uma matriz identidade de ordem 2


68
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JK1 0 0N
O
K OO
I3 = KK0 1 0O
KK OO
0 0 1
L P

É uma matriz identidade de ordem 3

RS W V
SS1 0 0 0W
W
SS0 1 0 0W
WW
I4 = SS
SS0 0 1 0WWW
SS0 0 0 1W W
T X

É uma matriz identidade de ordem 4.

IGUALDADE DE MATRIZES

Duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n serão iguais quando aij = bij para todo i ∈ {1,2, ∙∙∙ ,
m } e todo j ∈ {1,2, ∙∙∙ , n }. Portanto, para que duas matrizes sejam iguais, elas devem ser do
mesmo tipo e apresentar todos os elementos correspondentes iguais.
Exemplo:

[ 9 – 6]
Seja A = X 2 e B = 7 2 [ z y ],
A matriz A será igual à matriz B, se, e somente se, x = 7, y = – 6 e z = 9.

ADIÇÃO DE MATRIZES

Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n , chamamos soma de A + B a matriz C = (cij)


m⨉n
tal que cij = aij + bij, para todo i e todo j. Isso significa que a soma de duas matrizes A e B
do tipo m ⨉ n é uma matriz C do mesmo tipo, em que cada elemento é a soma dos elementos
correspondentes em A e B.
Exemplo:

[ –14 09 27 ] + [ –31 –01 05 ] = [ –14+–31 90 +– 10 27 ++ 05 ]


= [ 4 –1 7 ]
–5 9 7

Propriedades da Adição de Matrizes


MATEMÁTICA

A adição de matrizes do tipo admite as seguintes propriedades:

z Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
z Comutativa: A + B = B + A
z Elemento Neutro: A + 0 = A, em que 0 é a matriz nula
z Elemento simétrico: A + (- A) = 0, em que -A é a matriz oposta de A.
69
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PRODUTO DE NÚMERO POR MATRIZ

Dado um número k e uma matriz A = (aij)m ⨉ n, chama-se produto kA a matriz B = (bij)m ⨉ n tal
que bij = kaij, para todo i e todo j. Isso significa que multiplicar uma matriz A por um número
k é construir uma matriz B formada por todos os elementos de A multiplicados por k.

[ ][
4 –1 2 ∙ 4 2 ∙ (– 1)
2. 0 5 = 2 ∙ 0 2 ∙ 5
3 √2 2 ∙ 3 2 ∙ √2
8 –2
= 0 10
6 2 ∙ √2 ][ ]
Propriedades do Produto de um Número por uma Matriz

O produto de um número por uma matriz admite as seguintes propriedades:

z a · (b · A) = (a · b) · A
z a · (A + B) = a . A + a · B
z (a + b) · A = a · A + b · A
z 1 · A = A

PRODUTO DE MATRIZES

Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)n ⨉ p , denominamos o produto AB a matriz C = (cik)


m⨉p
tal que cik = ai1 · b1k + ai2 · b2k + ai3 · b3k + . . . + ain · bnk = Ʃn aij · bjk para todo i ∈ {1,2, ... ,m} e k
J=1

∈ {1,2, ... ,p}.


Observações: A definição dada garante a existência do produto AB somente se o número
de colunas de A for igual ao número de linhas de B, pois A é do tipo m ⨉ n e B é do tipo n ⨉ p.
A definição dada afirma que o produto AB é uma matriz que tem o número de linhas de A
e o número de colunas de B, pois AB é do tipo m ⨉ p.
Exemplos:

[ ] [ ]
1 –2
2 4 2
∙ 0 5
–1 –3 5 4 0
2x3 3x2

[ (– 1)2 ∙∙ 11 ++ 4(–∙ 3)0 +∙ 02+∙ 45 ∙ 4 (– 1)2∙(–(–2)2)++4(–∙ 53)+∙ 25 ∙+05 ∙ 0 ]


[ 1019 –1613 ] 2x2

[ ]
1
–2 ∙ [ 3 –5 4 0 ]
1x4
12
3x1

[ 1∙3 1 ∙ (– 5)
(– 2) ∙ 3 (– 2) ∙ (– 5)
12 ∙ 3 12 ∙ (– 5)
1∙4
(– 2) ∙ 4
12 ∙ 4
1∙0
(– 2) ∙ 0
12 ∙ 0
]
[ ]
3 –5 4 0
– 6 10 – 8 0
36 –60 48 0
3x4

[ 05 –33 –12 ] 3x2



[ ]1
–1
10 3x1

[ 05 ∙∙ 11 ++ (–3 ∙3)(–∙1)(–+1)(–+2)1 ∙∙ 1010 ] = [ –1823 ] 1x2


70
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Propriedades do Produto de Matrizes

O produto de matrizes admite as seguintes propriedades:

z Associativa: (A · B) · C = A · (B · C)
z Distributiva à direita em relação à adição: (A + B) · C = A · C + B ·C
z Distributiva à esquerda: C · (A + B) = C· A + C · B
z (k · A) ·B = A · (k · B) = k · (A · B)

Observações: É muito importante notar que, em geral, a multiplicação de matrizes não é


comutativa, ou seja, para duas matrizes quaisquer A e B, temos AB ≠ BA.
Quando A e B são tais que AB = BA, dizemos que A e B comutam. Notemos que uma con-
dição necessária para A e B comutarem é que sejam matrizes quadradas e de mesma ordem.
É importante observar também que a implicação AB = 0 → A = 0 ou B = 0 não é válida para
matrizes, ou seja, é possível encontrar duas matrizes não nulas cujo produto é a matriz nula.
Exemplo:

[ 01 00 ] ∙ [ 00 01 ] = [ 00 00 ]
MATRIZ TRANSPOSTA

Dada a matriz A = (aij)m ⨉ n, chamamos transposta de A a matriz At = (a´ji)n ⨉m tal que aji’ = aij
para todo i e todo j. Isso significa que as colunas de At são ordenadamente iguais às linhas de
A.
Exemplos:

Se A = > H
4 2 -1
2
5 7 5 2x3

Sua transposta é:

RS VW
SS 4 5 WW
A = SS2
t
7W W
SS 2 W W
S-1 5 W3x2
T X
Se B = [– 1 0 ⁵√19 – 6]1·4,

Sua transposta é:
RS V
SS - 1 WWW
MATEMÁTICA

SS 0 WW
Bt = SS5 WW
SS 19WW
SS - 6 WW
4x1
T X

71
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Propriedades de uma Matriz Transposta

A matriz transposta admite as seguintes propriedades:

z P1) (At)t = A
z P2) (A + B)t = At + Bt
z P3) (k · A)t = k · At
z P4) (A ·B)t = Bt · At

MATRIZ SIMÉTRICA

Denominamos matriz simétrica toda matriz quadrada A, de ordem n, tal que At = A.


Exemplo:

Se C = [ –21 –31 ],
Sua transposta é

[
Ct = –21 –31 . ]
Portanto, a matriz C é simétrica, pois Ct = C.

MATRIZ ANTISSIMÉTRICA

Denominamos matriz antissimétrica toda matriz quadrada A, de ordem n, tal que At = - A.

[
Se D = –04 04 , ]
Sua transposta é

Dt = [ 04 –4
0 ].
Portanto, a matriz D é antissimétrica, pois Dt = -D.

MATRIZ INVERSA

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Dizemos que A é uma matriz invertível se existir
uma matriz A-1 tal que A · A-1 = A-1 · A = In, onde In é a matriz identidade de ordem n.
Observações: Se A não é invertível, dizemos que A é uma matriz singular.
Se A é invertível, então é única a matriz A-1.
Exemplos:

A matriz A = [ 1
2
3
7 ]
72
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É inversível e:

[
A– 1 = –72 –13 ]
Pois

A ∙ A– 1 = [ 21 73 ] ∙ [ –72 –13 ]
[ 21 ∙∙ 77 ++ 37 ∙∙ (–(– 2)2) 21 ∙∙ (–(– 3)3) ++ 37 ∙∙ 11 ] = [ 01 01 ] = I
2

A∙A = [
1 ] [ 2 7 ]
–1 7 –3 ∙ 1 3
–2

[ 7–∙21∙ +1 (–3)+1∙2 –2∙3+1∙7 ] [ 0 1 ]


∙ 2 7 ∙ 3 + (– 3) ∙ 7
=
1 0
=I
2

Qual é a inversa da matriz A = [ 02 1


3 ]?
Fazendo A-1 = , temos:

A– 1 ∙ A = [ ac bd ] ∙ [ 02 31 ] = [ 01 01 ]
[ ac ∙∙ 22 ++ db ∙∙ 00 ac ∙∙ 11 ++ db ∙∙ 33 ] = [ 01 01 ]
{ a +2a3b= 1= 0
1 1
⇒a= eb=–
2 6

{ c +2c3d= 0= 1
1
⇒c=0ed=
3

Portanto,

> H
1
2
- 16
A =
-1
1
0 3

� Propriedades de uma matriz inversa

A matriz inversa admite as seguintes propriedades:

z (A-1)-1 = A
z (A · B)-1 = B-1 · A-1
MATEMÁTICA

z (At)-1 = (A-1)t

73
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DETERMINANTES

Determinantes podem ser definidos do seguinte modo: considere o conjunto das matrizes
quadradas de elementos reais. Seja M uma matriz de ordem n desse conjunto. Denominamos
determinante da matriz M (e indicamos por det M) o número que associamos à matriz M,
operando seus elementos conforme a ordem dessa matriz.

DETERMINANTE DE MATRIZ QUADRADA DE ORDEM 1

Se M é de ordem 1, então o det M é o único elemento de M.


Exemplo:
Se M = [4], então o det M = 4

DETERMINANTE DE MATRIZ QUADRADA DE ORDEM 2

Se M é de ordem 2, então o det M é o produto dos elementos da diagonal principal de M,


menos o produto dos elementos da diagonal secundária de M.
Exemplo:

Se M = , então:

det M = 2 ∙ 5 – [6 ∙ (– 1)· = 10 – (– 6) = 10 + 6 = 16

DETERMINANTE DE MATRIZ QUADRADA DE ORDEM 3

Se M é de ordem 3, então o det M é dado por:

det M = a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32 – a13 ∙ a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙ a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33

Podemos memorizar essa definição da seguinte maneira:

z Repetimos, ao lado da matriz, as duas primeiras colunas;


z Os termos precedidos pelo sinal + são obtidos multiplicando-se os elementos seguindo as
flechas situadas na direção da diagonal principal;
z Os termos precedidos pelo sinal – são obtidos multiplicando-se os elementos seguindo as
flechas situadas na direção da diagonal secundária.

Tal processo é conhecido como Regra de Sarrus e é utilizado para o cálculo de determi-
nantes de ordem 3.
Vejamos agora um exemplo numérico:

RS V
SS1 2 1W
W W
Seja M = SS5 3 - 2W
WW
SS
2 4 - 1W
T X
74
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Calcule o seu determinante.

Utilizando a regra de Sarrus, temos que:

1 2 1 1 2
det M = 5 3 -2 5 3 =
2 4 -1 2 4

= 1 ∙ 3 ∙ (–1) + 2 ∙ (- 2) ∙ 2 + 1 ∙ 5 ∙ 4 - (1 ∙ 3 ∙ 2 + 1 ∙ (- 2) ∙ 4 + 2 ∙ 5 ∙ (-1)
1 2 1 1 2
det M = 5 3 -2 5 3 =
2 4 -1 2 4

= - 3 - 8 + 20 - (6 - 8 - 10) = 9 - (- 12) = 9 + 12 = 21

Portanto o det de M = 21

MENOR COMPLEMENTAR

Considere uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja aij um elemento de M. Definimos menor com-
plementar do elemento aij, e indicamos por Dij, como sendo o determinante da matriz que se
obtém suprimindo a linha i e a coluna j de M.
Exemplo:

RS V
SS1 -2 3 WWW
Seja M = SS1 -1 5W WW
SS
S2 4 - 2W W , então:
T X
D11 = - 1 5 = - 18,
4 -2

Note que suprimimos a primeira linha e a primeira coluna da matriz:

M=
[ 1
1
2
-2 3
-1 5
4 -2 ]
Calculando assim o determinante dos elementos restantes.
O raciocínio é análogo para os demais termos, portanto teremos:

D12 = 1 5 = - 12, D13 = 1 -1 =6


2 -2 2 4

D21 = - 2 3 = - 8, D22 = 1 3 =-8


4 -2 2 -2

D23 = 1 -2 = 8, D31 = - 2 3 =-7


MATEMÁTICA

2 4 -1 5

D32 = 1 3 = 2, D33 = 1 -2 =1
1 5 1 -1

75
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COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR)

Consideremos uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja aij um elemento de M. Definimos comple-


mento algébrico do elemento aij, e indicamos por Aij, como sendo o número ( - 1)i + j . Dij
Exemplo:

RS VW
SS1 -2 3W
WW
S
Seja M = SS1 -1 5W WW, então:
SS - 2W
2 4
T X
A11 = (- 1)1+1 ∙ D11 = (- 1)2 ∙ - 1 5 = 1 ∙ (- 18) = – 18
4 -2

A12 = (- 1)1+2 ∙ D12 = (- 1)3 ∙ 1 5 = (- 1) ∙ (- 12) = 12


2 -2

A13 = (- 1)1+3 ∙ D13 = (- 1)4 ∙ 1 5 = 1 ∙ (6) = 6


2 -2

A21 = (- 1)2+1 ∙ D21 = (- 1)3 ∙ - 2 3 = (- 1) ∙ (- 8) = 8


4 -2

A22 = (- 1)2+2 ∙ D22 = (- 1)4 ∙ 1 3 = 1 ∙ (- 8) = - 8


2 -2

A23 = (- 1)2+3 ∙ D23 = (- 1)5 ∙ 1 -2 = (- 1) ∙ (8) = - 8


2 4

A31 = (- 1)3+1 ∙ D31 = (- 1)4 ∙ - 2 3 = 1 ∙ (- 7) = - 7


-1 5

A32 = (- 1)3+2 ∙ D32 = (- 1)5 ∙ 1 3 = (- 1) ∙ (2) = - 2


1 5

A33 = (- 1)3+3 ∙ D33 = (- 1)6 ∙ 1 -2 = 1 ∙ (1) = 1


1 -1

TEOREMA FUNDAMENTAL DE LAPLACE

O determinante de uma matriz de ordem n ≥ 2 é a soma dos produtos dos elementos de


uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.

RS V
SS1 3 4W
W
W
Seja M = SS5 2 - 3W
WW , então:
SS
1 4 2W
T X
1 3 4
5 2 -3
det M = 1 4 2 =
= a11 ∙ A11 + a12 ∙ A12 + a13 ∙ A13 = 1 ∙ (– 1)1+1 ∙ D11 + 3 ∙ (–1)1+2 ∙
D12 + 4 ∙ (– 1)1+3 ∙ D13 = 1 ∙ (– 1)2 ∙
2 -3 + 3 ∙ (– 1)3 ∙
4 2
5 -3 + 4 ∙ (– 1)4 ∙
1 2
5 2 =
1 4

= 1 ∙ 1 ∙ (4 + 12) + 3 ∙ (– 1) ∙ (10 + 3) + 4 ∙ 1 ∙ (20 – 2) =


= 16 – 39 + 72 = 49
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Observações: podemos utilizar Sarrus ou Laplace no cálculo do determinante de uma
matriz qualquer, os resultados obtidos serão os mesmos. Na utilização de Laplace, qualquer
fila (linha ou coluna) escolhida produzirá o mesmo valor de determinante. De preferência,
escolha sempre a fila com a maior quantidade de elementos iguais a zero. Esse procedimento
facilita os cálculos do determinante.

PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES

A definição de determinante e o teorema de Laplace nos permitem fazer o cálculo de qual-


quer determinante, no entanto, é possível simplificar o cálculo com a aplicação de certas
propriedades. Vejamos:

Matriz Transposta

Se M é a matriz de ordem n e Mt sua transposta, então det Mt = det M


Exemplo:
Seja a Matriz:

RS V
SS- 1 2 0W
W W
M = SS 3 4 - 6W
WW , o det M = - 10
SS
S2 1 - 2WW
T X

Logo,

RS V
SS- 1 3 2W
W W
Mt = SS 2 4 1WWW , e o det Mt = - 10
SS
S0 -6 - 2WW
T X

Fila Nula

Se os elementos de uma fila (linha ou coluna) qualquer de uma matriz M de ordem n forem
todos nulos, então det M = 0
Seja:

RS V
SS 3 - 1 4W
WW
M = SS 0 0 0W
WW , o det de M = 0
SS W
S- 3 5 2W
T X
MATEMÁTICA

Multiplicação de uma Fila por uma Constante

Se multiplicarmos uma fila qualquer de uma matriz M de ordem n por um número k, o


determinante da nova matriz M’ obtida será o produto de k pelo determinante de M, isto é
det M’ = k · det M
Exemplo:
Seja: 77
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RS V
SS2 - 1 3W
WW
M = SS4 5 0W
WW , o det M = - 28
SS W
S2 -1 1W
T X

Se multiplicarmos a primeira linha da matriz por 2, teremos:

RS V
SS4 - 1 6W
W W
M’ = SS4 5 0W
WW , o det de M’ = - 56
SS W
S2 -1 1W
T X

Ou seja, det M’ = 2 . det M, o det de M’ = - 56, ou seja, caso fosse multiplicada a primeira
coluna da matriz M por 2, o determinante da nova matriz M’ seria o dobro do det M.

RS VW
SS4 -1 3W
S WW
M’ = SS8 5 0W WW , o det M’ = - 56
SS
4 -1 1W
T X

Multiplicação da Matriz por uma Constante

Se A é uma matriz de ordem n, então det (ɑ · A) = ɑn · det A


Exemplo:

Se A = e o , o det A = 14
4 -1
2 3

Se quiséssemos descobrir o determinante de 3 · A, faríamos:

det 3 · A = (3)2 · det A = 9 · 14 = 126

Troca de Filas Paralelas

Seja M uma matriz de ordem n ≥ 2. Se trocarmos de posição duas filas paralelas, obteremos
uma nova matriz M’ tal que det M’ = - det M
Exemplo:

RS W V
SS 1 - 1 2W
W
Seja M = SS 0 3 4W
WW , o det M = 13
SS W
S- 3 5 1W
T X

Se trocarmos de posição a primeira coluna com a segunda coluna, teremos:

RS V
SS- 1 1 2W
W W
M’ = SS 3 0 4W
WW o det M’ = - 13
SS W
S5 -3 1W
78 T X
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Portanto a conclusão que chegamos é que: det M’ = - det M
O raciocínio é análogo, caso fosse feita a troca de linhas paralelas.

Filas Paralelas Iguais

Se uma matriz M de ordem n ≥ 2 tem duas filas paralelas formadas por elementos respec-
tivamente iguais, então det M = 0.
Exemplo:

RS W V
SS- 1 0 2W
W
Seja M = SS 4 5 7W
WW , o det de M = 0
SS W
S- 1 0 2W
T X

Pois a 1ª e 3ª linhas são iguais.

Filas Paralelas Proporcionais

Se uma matriz de ordem n ≥ 2 tem duas filas paralelas formadas por elementos respecti-
vamente proporcionais, então det M = 0.
Exemplo:

RS V
SS 1 2 6W
WW
Seja M = SS 3 -1 - 3W
WW , o det M = 0
SS
-2 4 12W
T X

Pois a 3ª coluna é a 2ª coluna multiplicada por 3.

Combinação Linear de Filas Paralelas

Se uma matriz quadrada M, de ordem n, tem uma linha (ou coluna) que é combinação
linear de outras linhas (ou colunas), então det M = 0
Exemplos:

JK 1 - 2 - 1N
O
KK OO
Seja M = KK 3 4 7O
O, o det M = 0
KK- - 3O
O
5 2
L P

Pois a 3ª coluna é a soma da 1ª coluna com a 2ª coluna.


MATEMÁTICA

JK2 -3 NO
KK 5 OO
Seja N = KK1 4 0O OO , o det N = 0
KK
3 - 10 10 O
L P

Pois a 3ª linha é o dobro da 1ª linha menos a 2ª linha.


79
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Teorema de Binet

Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então det (AB) = det A · det B


Exemplo:

Seja A = e o , o det A = 5
3 2
-1 1

B= e o , o det B = 3
-2 -7
1 2

Logo, pelo Teorema de Binet, o det (A · B) = det A · det B = 5 · 3 = 15


Observação: decorre a seguinte relação do Teorema de Binet:

1
det A–1 =
det A

Exemplo:
Seja:

RS V
SS0 3 - 1W
W
W
A = SS2 -4 3WWW , o det A = 19
SS
S1 2 - 3WW
T X

Logo,

1 1
det A–1 = =
det A 19

Matriz Triangular

O determinante de uma matriz triangular (aquela cujos elementos acima ou abaixo da


diagonal principal são todos iguais a zero) é dado pelo produto dos elementos da diagonal
principal.
Exemplos:
Seja

RS V
SS- 3 0 0W
WW
A = SSS 1 2 0WWW
SS 4 -5 - 1WW
T X

80
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Como temos uma matriz triangular superior, ou seja, todos os elementos acima da diago-
nal principal são nulos, logo o determinante de A será dado pelo produto dos elementos da
diagonal principal da matriz A.
Portanto: det A = ( - 3) · 2 · ( - 1) = 6

RS V
SS1 -2 7 W
W W
Seja B = SSS0 4 2WWW
SS0 0 - 3WW
T X

Como temos uma matriz triangular inferior, ou seja, todos os elementos acima da diagonal
principal são nulos, logo o determinante de B será dado pelo produto dos elementos da dia-
gonal principal da matriz B.
Portanto: det B = 1 · 4 · ( - 3) = - 12

SISTEMAS LINEARES

EQUAÇÃO LINEAR

Denominamos equação linear toda equação do tipo:

a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c

Onde: a1, a2, a3, . . . , xn: são coeficientes reais, não todos nulos.
x1, x2, x3, . . . , xn: São as incógnitas.
c: é o termo independente.
Quando o termo independente é nulo, dizemos que a equação linear é homogênea.
Exemplos:

z 4x + 3y - z = - 1
z 2x - y = 3
z - 2x - y + 5z = 0 (Equação linear homogênea)

Não são equações lineares as equações abaixo:

z x2 + y - z3 = 3
z xy - 5z = -7
z x - 2y + √z = 3
MATEMÁTICA

� Sistema linear:

Denominamos sistema linear o conjunto de duas ou mais equações lineares com n


incógnitas.
Exemplos:
81
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{ 4x - y = 2
x + 7y = 1

Nesse caso, temos um sistema linear de duas incógnitas, sendo elas x e y. O 2 e o 1 são os
termos independentes desse sistema.

{
- 3x + 2y - z = - 1
x + y - 5z = 3
2x - 5y + 2z = 4

Nesse caso, temos um sistema linear de três incógnitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os
termos independentes desse sistema.
Um sistema linear de m equações com n incógnitas, indicado por m · n (lemos “m por n”),
pode ser representado por um conjunto de equações do tipo:

{
a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c1
a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a2nxn = c2
S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a3nxn = c3
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + amnxn = cm

Note que, pela definição do produto de matrizes, o sistema linear genérico acima pode ser
escrito na forma matricial da seguinte maneira:

[ ][ ] [ ]
a11 a12 a13 ... a1n x1 c1
a21 a22 a23 ... a2n x2 c2
a31 a32 a33 ... a3n x3 = c3
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ ∙ ∙
am1 am2 am3 ... amn xn cn

Exemplos:
Escrevendo na forma matricial os dois exemplos anteriores, temos:

{ x4x+ -7yy == 21 ⇒ [ 1 ] ∙ [ y ] = [1 ]
4 -1 x 2
7

{ [ ][][ ]
- 3x + 2y - z = - 1 -3 2 -1 x -1
x + y - 5z = 3 ⇒ 1 1 -5 ∙ y = 3
2x - 5y + 2z = 4 2 -5 2 z 4

SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR

Seja uma sequência ou n-upla ordenada de números reais (a1, a2, a3, . . . , an), a qual será
solução de um sistema linear S, se for a solução de todas as equações lineares de S, ou seja:

82
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a11a1 + a12a2 + a13a3 + . . . + a1nan = c1 (sentença
verdadeira)
a21a1 + a22a2 + a23a3 + . . . + a2nan = c2 (sentença
verdadeira)
a31a1 + a32a2 + a33a3 + . . . + a3nan = c3 (sentença verdadeira)
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
am1a1 + am2a2 + am3a3 + . . . + amnan = cm (sentença
verdadeira)

Exemplo:

{
x + 2y - 2z = - 5
2x - 3y + z = 9
3x - y + 3z = 8

O sistema acima admite como solução a tripla ordenada (1, -2, 1), pois substituindo essas
coordenadas em cada uma das equações lineares, temos:

{ {
(1) +2 (- 2) - 2 (1) = - 5 1-4-2=-5
2(1) - 3 (- 2) + (1) = 9 ⇒ 2+6+1=9
3+2+3=8
3(1) - (- 2) + 3(1) = 8

{ -5=-5
9 = 9 Todas as sentenças são verdadeiras.
8=8

SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO

Chamamos de sistema linear homogêneo aquele que possui todos os termos independen-
tes nulos, ou seja, iguais a zero.
Exemplo:

{
x + y + 2z = 0
3x + 4y - z = 0
2x + 3y - 3z = 0

Todo sistema linear homogêneo admite a solução nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução tri-
vial. Além dessa um sistema linear homogêneo pode ter outras soluções.
MATEMÁTICA

MÉTODOS PRÁTICOS PARA A RESOLUÇÃO DE UM SISTEMA

Regra de Cramer

Inicialmente, consideremos o seguinte sistema linear:

83
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{ aa xx ++ bb yy == cc
1
2
1
2
1
2

É a matriz incompleta do sistema c1 e c2, são os termos independentes do sistema.

a1 b1
D=
a2 b2

É o determinante da matriz incompleta do sistema.

c1 b1
Dx =
c2 b2

É o determinante da matriz obtida por meio da troca dos coeficientes de x, pelos termos
independentes, na matriz incompleta.

a1 c1
Dy =
a2 c2

É o determinante da matriz obtida por meio da troca dos coeficientes de y, pelos termos
independentes, na matriz incompleta.
O exemplo acima é análogo para qualquer sistema linear n · n, portanto a regra de Cramer
pode ser aplicada para resolver qualquer sistema linear n · n, onde D ≠ 0. A solução será dada
pelas seguintes razões:

( X1 =
D1
D
,X2 =
D2
D
,X3 =
D3
D
, . . . , xn =
Dn
D )
Exemplos:
Vamos resolver os seguintes sistemas pela Regra de Cramer:

� { 3x2x- +4yy == -45


3 -4 -5 -4 = 11, 3 -5
D= = 11, Dx = = 22
2 1 4 1 Dy = 2 4

Portanto:

Dx 11 Dy 22
x= = = 1, y = = =2
D 11 D 11

Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)

84
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{ x - 2y + z = 0
2x + y - 3z = - 5
4x - y - z = - 1

1 -2 1 0 -2 1
D = 2 1 - 3 = 10, Dx = - 5 1 - 3 = 10
4 -1 -1 -1 -1 -1
1 0 1 1 -2 0
Dy = 2 - 5 - 3 = 20, Dz = 2 1 - 5 = 30
4 -1 -1 4 -1 -1

Portanto:

Dx 10 Dy 20
x= = = 1, y = = =2
D 10 D 10

Dz 30
z= = =3
D 10

Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, 2, 3).

CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS LINEARES

Os sistemas lineares podem ser classificados conforme o esquema abaixo:

Determinado

Possível
Sistema Indeterminado

Impossível

Sistema Possível e Determinado

Um sistema será possível e determinado (SPD) quando o determinante D da matriz incom-


pleta for diferente de zero, ou seja, D ≠ 0.

Sistema Possível e Indeterminado

Um sistema será possível e indeterminado (SPI) quando o determinante D da matriz


incompleta for igual a zero (D = 0) e os determinantes das incógnitas também: (D1 = D2 = D3 =
... = Dn = 0)
MATEMÁTICA

Sistema Impossível

Um sistema será impossível (SI) quando o determinante D da matriz incompleta for igual
a zero (D = 0) e pelo menos um dos determinantes das incógnitas for diferente de zero.
Vamos classificar cada um dos sistemas lineares abaixo:
85
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{2x + 3y = 5
� 4x - y = 1

D = 4 - 1 = 14
2 3

Como D ≠ 0, o sistema é SPD


{ x + 2y - z = 1
2x - 3y + 4z = 2
3x - y + 3z = 3

1 2 -1
D= 2 -3 4 = 0,
3 -1 3

Como D = 0, o sistema não é SPD vamos verificar se é SPI ou SI.

1 2 -1 1 1 -1 1 2 1
Dx = 2 - 3 4 = 0, Dy = 2 2 4 = 0, Dz = 2 - 3 2 = 0
3 -1 3 33 3 3 -1 3

Como D = 0, Dx = 0, Dy = 0 e Dz = 0, o sistema é SPI.


{ - 2x + y - 3z = 0
x - y - 5z = 2
3x - 2y + 2z = - 3

-2 1 -3
D= 1 -1 -5 =0
3 -2 -2

Como D = 0, o sistema não é SPD, vamos verificar se é SPI ou SI.

0 1 -3
Dx = 2 - 1 - 5 = 40
-3 -2 -2

Como Dx ≠ 0, o sistema é SI. Não é necessário analisar o determinante das incógnitas y e z,


uma vez que um deles já apresenta resultado diferente de zero.

ESCALONAMENTO DE SISTEMAS LINEARES

Nem sempre a Regra de Cramer é um instrumento prático para a resolução de sistemas


lineares. Para a resolução de sistemas de três ou mais equações, podemos fazer a solução
de uma forma escalonada, ou seja, vamos fazer o escalonamento do sistema. Um sistema
estará escalonado quando, de equação para equação, no sentido de cima para baixo, houver
aumento dos coeficientes nulos situados antes dos coeficientes não nulos.
Exemplos:

S1
{ x+y+z=3
0x + y + z = 2 , S2
0x + 0y + z = 1 { x+y+z-t=6
0x - y - 4z + 3t = - 13
0x + 0y + 12z - 6t = 20
86
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Vejamos um exemplo prático de como resolver um sistema linear por escalonamento:

{ 2x - 3y + z = 9
x + 2y - 2z = - 5
3x - y + 3z = 8

Primeiramente vamos trocar de posição a linha 2 com a linha 1, para que a incógnita x que
possui o coeficiente 1 fique na primeira linha.

{ x + 2y - 2z = - 5
2x - 3y + z = 9
3x - y + 3z = 8

Substituiremos a segunda linha por uma nova, fazendo a seguinte operação:

z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 2) e adicionar o resultado a 2ª equação.

Substituiremos a terceira linha por uma nova, fazendo a seguinte operação:

z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 3) e adicionar o resultado a 3ª equação.

{ x + 2y - 2z = - 5
- 7y + 5z = 19
- 7y + 9z = 23

Substituiremos a terceira linha por uma nova, fazendo a seguinte operação:

z Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicionar o resultado a 3ª equação.

{ x + 2y - 2z = - 5
- 7y + 5z = 19
4z = 4

Com o sistema escalonado, podemos determinar os valores das incógnitas da seguinte


forma:
Obtendo z na 3ª equação:

4z = 4
4
z=
4

z=1
MATEMÁTICA

Obtendo y na 2ª equação:
Como z = 1, vamos substituir o seu valor na 2ª equação e encontrar o y:

- 7y + 5z = 19
- 7y + 5(1) = 19
- 7y + 5 = 19
87
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- 7y = 19 - 5
- 7y = 14
14
y=
-7

y=-2

Obtendo x na 1º equação:
Como y = - 2 e z = 1, vamos substituir os seus valores na 1ª equação e encontrar o x:

x + 2y - 2z = - 5
x + 2 (- 2) - 2(1) = - 5
x-4-2=-5
x-6=-5
x=-5+6
x=1

Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, -2, 1).


Acompanhe os exercícios comentados para fixar o conteúdo aprendido.

1. (ESAF – 2009) O determinante da matriz:

[ ]
2 1 0
B= a b c é:
4+a 2+b c

a) 0
b) 2b - c
c) a + b + c
d) 6 + a + b + c
e) 2bc + c - a

A matriz B é uma matriz quadrada de ordem 3, para calcular os seus determinantes, vamos
utilizar a Regra de Sarrus:
2 1 0 2 1
a b c a b
4+a 2+b c 4+a 2+b

Vamos fazer o produto das diagonais principais, menos o produto das diagonais secundárias.
2 ∙ b ∙ c + 1 ∙ c ∙ (4 + a) + 0 ∙ a ∙ (2 + b) - [0 ∙ b ∙ (4 + a) + 2 ∙ c ∙ (2 + b) + 1 ∙ a ∙ c] = 2bc +4c + ac - [4c
+ 2bc + ac] = 2bc + 4c + ac - 4c - 2bc - ac = 0 Resposta: Letra A.

2. (ESAF – 2012) Dada as matrizes:

A= (21 33) e B = (12 34)


Calcule o determinante do produto AB:
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a) 8
b) 12
c) 9
d) 15
e) 6

Pelo Teorema de Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det A ∙ det B


Calculando separadamente cada um dos determinantes, teremos:
2 3
Det A = = 2 ∙ 3 - (3 ∙ 1) = 6 - 3 = 3
1 3
2 4
Det B = =2∙3-4∙1=6-4=2
1 3

Portanto o det (A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Resposta: Letra E.

SEQUÊNCIAS

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS

Esse tema é cobrado de uma maneira que pode parecer como também pode ser compli-
cado. Descobrir a lei de formação ou padrão da sequência é o seu principal objetivo, pois
nas questões sobre sequências/raciocínio sequencial, você será apresentado a um conjunto
de dados dispostos de acordo com alguma “regra” implícita, alguma lógica de formação. O
desafio é exatamente descobrir essa “regra” para, com isso, encontrar outros termos daquela
mesma sequência.
Veja o exemplo abaixo:

2, 4, 6, 8,...

A primeira pergunta que podemos fazer para achar a lei de formação é: os números estão
aumentando ou diminuindo?
Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as operações de soma ou multiplicação
entre os termos. Veja no exemplo colocado acima: 2, 4, 6, 8,.. Do primeiro termo para o segun-
do, somamos o número dois e depois repetimos isso.

2+2=4
4+2=6
6+2=8
MATEMÁTICA

Logo, o nosso próximo termo será o número 10, pois 8+2 = 10.

Caso os números estejam diminuindo, você pode buscar uma lógica envolvendo subtra-
ções ou divisões entre os termos.
Agora, observe essa outra sequência:
89
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2, 3, 5, 7, 11, 13, ...

Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem a dizer que o próximo termo é o 15,
mesmo tendo percebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendência é relevar esse “pro-
bleminha” e marcar logo o valor 15. Muito cuidado! Como já disse, o padrão encontrado deve
ser capaz de explicar toda a sequência!
Nesse caso, estamos diante dos números primos! Sim, aqueles números que só podem ser
divididos por eles mesmos ou então pelo número 1. No caso, o próximo seria o 17, e não o 15.
A propósito, os próximos números primos são: 17, 19, 23, 29, 31, 37...

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS ALTERNADAS

É bem comum aparecerem questões que envolvem uma sequência que tem mais de uma
lei de formação. Podemos ter 2 sequências que se alternam, como neste exemplo:

2, 5, 4, 10, 6, 15, 8, 20, ...

Se analisarmos mais minuciosamente, podemos dizer que temos uma sequência que, de
um número para outro, devemos somar 2 unidades e também podemos notar que temos a
sequência que, de um número para o outro, basta somar 5 unidades, elas estão em sequên-
cias numéricas alternadas. Veja:
1° Sequencia: 2, 4, 6, 8,...
2° Sequencia: 5, 10, 15, 20, ...

PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS

PROGRESSÃO ARITMÉTICA

Uma progressão aritmética é aquela em que os termos crescem, sendo adicionados a uma
razão constante, normalmente representada pela letra r.

z Termo inicial: valor do primeiro número que compõe a sequência;


z Razão: regra que permite, a partir de um termo, obter o seguinte.

Observe o exemplo abaixo:

{1,3,5,7,9,11,13, ...}

Veja que 1+2=3, 3+2=5, 5+2=7, 7+2=9 e assim sucessivamente. Temos um exemplo nítido de
uma Progressão Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e termo inicial igual a 1. Em
questões envolvendo progressões aritméticas, é importante você saber obter o termo geral e
a soma dos termos, conforme veremos a seguir.

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Termo Geral da PA

Trata-se de uma fórmula que, a partir do primeiro termo e da razão da PA, permite calcu-
lar qualquer outro termo. Temos a seguinte fórmula:

an = a1 + (n-1)r

Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o “n-ésimo” termo); a1 é o termo inicial, r é


a razão e n é a posição do termo na PA.
Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir o termo de posição 10. Já temos as infor-
mações que precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}

z O termo que buscamos é o da décima posição, isto é, a10;


z A razão da PA é 2, portanto r = 2;
z O termo inicial é 1, logo a1 = 1;
z n, ou seja, a posição que queremos é a de número 10: n = 10

Logo,

an = a1 + (n– 1)r
a10 = 1 + (10 – 1)2
a10 = 1 + 2 × 9
a10 = 1 + 18
a10 = 19

Isto é, o termo da posição 10 é o 19. Volte na sequência e confira. Perceba que, com essa
fórmula, podemos calcular qualquer termo da PA. O termo da posição 200 é:

an = a1 + (n – 1)r
a200 = 1 + (200 – 1)2
a200 = 1 + 2 × 199
a200 = 1 + 398
a200 = 399

Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PA

A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos “n” primeiros termos de uma progres-
são aritmética:
MATEMÁTICA

n # (a1 + an)
Sn =
2

Para entendermos um pouco melhor, vamos calcular a soma dos 7 primeiros termos do
nosso exemplo que já foi apresentado: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}.

91
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Já sabemos que a1 = 1, e n = 7. O termo an será, neste caso, o termo a7, que observando na
sequência é o número 13, ou seja, a7 = 13. Substituindo na fórmula, temos:

n # (a1 + an)
Sn =
2

7 # (1 + 13)
S7 =
2

#
S7 = 7 14
2

S7 = 98 = 49
2

Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:

z PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem crescente.

Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3;

z PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem decrescente.

Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1;

z PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão iguais.

Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0.

Dica
PA crescente: se r > 0;
PA decrescente: se r < 0;
PA constante: se r = 0.

Em uma progressão aritmética de 3 termos, o segundo termo ou o termo do meio é a média


aritmética entre o primeiro e terceiro termo. Veja:

PA (a1, a2, a3)  a2 = (a1 + a3)/2


PA (2, 4, 6)  4 = (2+6)/2  4 = 4.

Acompanhe os exercícios comentados para fixar o conteúdo aprendido.

1. (IBFC – 2015) O total de múltiplos de 4 existentes entre os números 23 e 125 é:

a) 25.
b) 26.
92
c) 27.

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d) 28.
e) 24.

O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o último é 124. Veja que os múltiplos de 4 for-
mam uma PA de razão igual a 4. Então, temos as seguintes informações:
a1 = 24
an = 124
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para obter os múltiplos).
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos encontrar a quantidade de elementos
(múltiplos):
an = a1 + (n-1)r
124 = 24 + (n – 1)4
124 = 24 + 4n – 4
124 – 24 + 4 = 4n
104 = 4n
n = 26. Resposta: Letra B.

2. (FCC – 2018) Rodrigo planejou fazer uma viagem em 4 dias. A quantidade de quilômetros que
ele percorrerá em cada dia será diferente e formará uma progressão aritmética de razão igual
a − 24. A média de quilômetros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a 310 km. Desse modo, é
correto concluir que o número de quilômetros que Rodrigo percorrerá em seu quarto e último dia
de viagem será igual a

a) 334.
b) 280.
c) 322.
d) 274.
e) 310.

Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos o a4. Devemos colocar tudo em função de
a1, para podermos substituir na média. Usando a fórmula do termo geral:
r = -24
an= a1 + (n-1).r
Achando a1:
a1 = a1 + (1-1).r
a1 = a1
Colocando a2 em função de a1:
a2= a1+ (2-1)r
a2 = a1 + r
MATEMÁTICA

Colocando a3 em função de a1:


a3= a1+ (3-1)r
a3 = a1 + 2r
Colocando a4 em função de a1:
a4 = a1 + (4-1)r
a4 = a1 + 3r
Substituindo na fórmula da média aritmética: 93
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(a1 + a2 + a3 + a4 )/4 = 310
(a1+ a1 + r + a1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310
4 a1 + 6r = 310 . 4
4 a1 + 6. (-24) = 1240
4 a1 - 144 = 1240
a1 = 346
Encontrando a4:
a4= 346 + (4-1).r
a4= 346 + 3r
a4= 346 + 3. (-24)
a4 = 274. Resposta: Letra D.

3. (CEBRASPE-CESPE – 2017) Em cada item a seguir é apresentada uma situação hipotética,


seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito de modelos lineares, modelos periódicos e
geometria dos sólidos.
Manoel, candidato ao cargo de soldado combatente, considerado apto na avaliação médica das
condições de saúde física e mental, foi convocado para o teste de aptidão física, em que uma
das provas consiste em uma corrida de 2.000 metros em até 11 minutos. Como Manoel não é
atleta profissional, ele planeja completar o percurso no tempo máximo exato, aumentando de
uma quantidade constante, a cada minuto, a distância percorrida no minuto anterior.
Nesse caso, se Manoel, seguindo seu plano, correr 125 metros no primeiro minuto e aumentar
de 11 metros a distância percorrida em cada minuto anterior, ele completará o percurso no tem-
po regulamentar.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

Veja que no primeiro minuto ele percorre 125 metros, no segundo 125 + 11 = 136 metros,
no terceiro 125 + 2×11 = 147 metros, e assim por diante. Estamos diante de uma progressão
aritmética (PA) de termo inicial a1 = 125 e razão r = 11. O décimo primeiro termo (correspon-
dente ao 11º minuto) é:
an= a1 + (n-1).r
a11 = 125 + (11 – 1).11
a11 = 125 + 110 = 235 metros
A soma das distâncias percorridas nos 11 primeiros minutos é dada pela fórmula da soma
dos termos da PA:
n # (a1 + an)
Sn =
2

11 # (125 + 235)
S11 =
2

11 # 360
S11 = 2

S11 = 180 · 11
S11 = 1.980

94
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A distância total percorrida é menor do que 2.000 metros. Logo, Manoel não completará o
percurso no tempo regulamentar de 11 minutos. Resposta: Errado.

4. (FCC – 2017) Em um experimento, uma planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas de água, no 1° dia do experi-
mento ela recebeu

a) 64 gotas.
b) 49 gotas.
c) 59 gotas.
d) 44 gotas.
e) 54 gotas.

Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374, então, o a1 é dado por:


a65= a1 + (n-1).r
374 = a1 + (65-1)5
374 = a1 + 64 x 5
374 = a1 + 320
a1 = 54 gotas.
Resposta: Letra E.

5. (CEBRASPE-CESPE – 2014) Em determinado colégio, todos os 215 alunos estiveram presentes


no primeiro dia de aula; no segundo dia letivo, 2 alunos faltaram; no terceiro dia, 4 alunos falta-
ram; no quarto dia, 6 alunos faltaram, e assim sucessivamente.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens, sabendo que o número de alunos pre-
sentes às aulas não pode ser negativo.
No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

P.A. (215, 213, 211, 209,..., a25)


Termo Geral da P.A.
an= a1 + (n-1).r
a25 = 215 + (25-1) · (-2)
a25 = 215 + (24· -2)
a25 = 215 - 48
a25 = 167 alunos
Logo, 215 - 167 = 48 alunos ausentes. Resposta: Errado.
MATEMÁTICA

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Observe a sequência a seguir:

{2, 4, 8, 16, 32...}

95
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Cada termo é igual ao anterior multiplicado por 2. Esse é um exemplo típico de Progressão
Geométrica, ou simplesmente, PG. Em uma PG, cada termo é obtido a partir da multiplicação
do anterior por um mesmo número, o que chamamos de razão da progressão geométrica. A
razão é simbolizada pela letra q.
No exemplo acima, temos q = 2 e o termo inicial é a1 = 1. Da mesma maneira que vimos
para o caso de PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral e a soma dos termos.

Termo Geral da PG

A fórmula a seguir nos permite obter qualquer termo (an) da progressão geométrica, par-
tindo-se do primeiro termo (a1) e da razão (q):

an = a1 × qn-1

No nosso exemplo, o quinto termo, a5 (n = 5), pode ser encontrado assim:

{2, 4, 8, 16, 32...}


a5 = 2 × 25-1
a5 = 2 × 24
a5 = 2 × 16
a5 = 32

Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PG

A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n” primeiros termos da progressão
geométrica:

n
a1 # (q - 1)
Sn =
q-1

Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a soma dos 4 primeiros termos (n = 4),
temos: {2, 4, 8, 16, 32...}

# 4-
S4 = 2 (2 1)
2-1

2 # (16 - 1)
S4 = 1

2 # 15
S4 = 1

S4 = 30

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Soma dos Infinitos Termos de uma Progressão Geométrica

Suponha que você corra 1000 metros, depois, você corra 500 metros, depois, você corra
250 metros e, depois, 125 metros – sempre metade do que você correu anteriormente. Quanto
você correrá no total? Observe que o que temos é exatamente uma progressão geométrica
infinita, porém, essa PG é decrescente.
Quando temos uma PG infinita com razão 0 < q < 1, teremos que qn = 0. Entendemos, então,
que quanto maior for o expoente, mais próximo de zero será. Portanto, substituindo, teremos:

a1 # (0 - 1)
S∞ =
q-1

a1
S∞ =
1-q

Dica
Em uma progressão geométrica, o quadrado do termo do meio é igual ao produto dos
extremos. {a1, a2, a3}  (a2)2 = a1 × a3
Veja: {2, 4, 8, 16, 32...}
82 = 4 × 16
64 = 64.

Realize os exercícios comentados a seguir para fixar o conteúdo aprendido.

1. (FUMARC – 2018) Se a sequência numérica representada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Pro-
gressão Geométrica crescente de razão igual a q, então, é CORRETO afirmar que o valor de q é
igual a:

a) 2.
b) 3.
c) 4.
d) 8.

Vamos substituir os valores que já temos na fórmula geral da PG para acharmos a razão:
an = a1 × qn-1
a6 = a1 × q6-1
192 = 6 × q5
192/6 = q5
MATEMÁTICA

32 = q5

q= 5
32

q=2
Resposta: Letra A.

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2. (IBFC – 2016) Se a soma dos elementos de uma P.G. (progressão geométrica) de razão 3 e
segundo termo 12 é igual a 484, então o quarto termo da P.G. é igual a:

a) 324.
b) 36.
c) 108.
d) 216.

Temos que a2 = 12 e q = 3. Para calcularmos o quarto termo, devemos usar a fórmula do ter-
mo geral da PG. Veja:
a4 = a2 × q4-2
a4 = 12 × 32
a4 = 12 × 9
a4 = 108
Resposta: letra C.

3. (IDECAN – 2014) Observe a progressão geométrica (P.G.) e assinale o valor de y.

P.G. = (y + 30; y; y – 60)

a) +30.
b) +60.
c) –30.
d) –60.
e) –90.

Em uma progressão geométrica, o quadrado do termo do meio é igual ao produto dos extre-
mos. Logo:
y² = (y + 30) × (y - 60)
y² = y² -60y +30y -1800
y² - y² +60y -30y = -1800
30y = -1800
y = -1800/30
y = -60
Resposta: Letra D.

4. (FUNDATEC – 2019) A sequência (x-120; x; x+600) forma uma progressão geométrica. O valor
de x é:

a) 40.
b) 120.
c) 150.
d) 200.
e) 250.

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Em uma progressão geométrica, o quadrado do termo do meio é igual ao produto dos extre-
mos. Logo:
x2 = (x-120) × (x+600)
x2 = x2 + 600x – 120x -72000
x2 - x2 = 480x – 72000
480x = 72000
x = 72000/480
x = 150
Resposta: Letra C.

5. (IESES – 2019) Em uma progressão geométrica de razão r = 3 a soma dos 5 primeiros termos é
igual a 968.
Então, o primeiro termo dessa progressão é:

a) Maior que 18.


b) Maior que 15 e menor que 18.
c) Maior que 12 e menor que 15.
d) Maior que 9 e menor que 12.
e) Menor que 9.

Vamos usar a fórmula da soma da PG:


n
a1 # (q - 1)
Sn =
q-1

n
a1 # (3 - 1)
968 =
3-1

a1 # (243 - 1)
968 = 2

1936 = 242a1
a1 = 1936 / 242
a1 = 8
Resposta: Letra E.

HORA DE PRATICAR!
1. (CESGRANRIO — 2021) Antes de iniciar uma campanha publicitária, um banco fez uma pes-
quisa, entrevistando 1000 de seus clientes, sobre a intenção de adesão aos seus dois novos
MATEMÁTICA

produtos. Dos clientes entrevistados, 430 disseram que não tinham interesse em nenhum dos
dois produtos, 270 mostraram- -se interessados no primeiro produto, e 400 mostraram-se inte-
ressados no segundo produto.
Qual a porcentagem do total de clientes entrevistados que se mostrou interessada em ambos
os produtos?

99
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a) 10%
b) 15%
c) 20%
d) 25%
e) 30%

2. (CESGRANRIO — 2021) Um banco está selecionando um novo escriturário e recebeu um total


de 50 currículos. Para o exercício desse cargo, três habilidades foram especificadas: comunica-
ção, relacionamento interpessoal e conhecimento técnico. As seguintes características foram
detectadas entre os candidatos a essa vaga:

� 15 apresentavam habilidade de comunicação;


� 18 apresentavam habilidade de relacionamento interpessoal;
� 25 apresentavam conhecimento técnico;
� Seis apresentavam habilidade de relacionamento interpessoal e de comunicação;
� Oito apresentavam habilidade de relacionamento interpessoal e conhecimento técnico;
� Dois candidatos apresentavam todas as habilidades;
� Oito candidatos não apresentavam nenhuma das habilidades.

Com base nessas informações, qual o número total de candidatos que apresentam apenas uma
das três habilidades apontadas?

a) 28
b) 38
c) 21
d) 13
e) 15

3. (CESGRANRIO — 2021) O método da bisseção é um algoritmo usado para encontrar aproxima-


ções das raízes de uma equação. Começa- -se com um intervalo [a,b], que contém uma raiz,
e, emcada passo do algoritmo, reduz-se o intervalo pela metade, usando-se um teorema para
determinar se a raiz está à esquerda ou à direita do ponto médio do intervalo anterior. Ou seja,
b—a
após o passo 1, obtém-se um intervalo de comprimento 2
; após o passo 2, obtém-se um
b—a
intervalo de comprimento 4
; e após o passo n,obtém- -se um intervalo de comprimento
b—a
2
n. Esse processo continua até que o intervalo obtido tenha comprimento menor que o erro
máximo desejado para aaproximação. Para aplicar esse método no intervalo [1,5], quantos pas-
sos serão necessários para obter-se um intervalo de comprimento menor que 10—3?

a) 9
b) 10
c) 11
d) 12
e) 13

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4. (CESGRANRIO — 2021) De quantas formas diferentes, em relação à ordem entre as pessoas,
dois homens e quatro mulheres poderão ser dispostos em fila indiana, de modo que entre os
dois homens haja, pelo menos, uma mulher?

a) 10
b) 20
c) 48
d) 480
e) 720

5. (CESGRANRIO — 2021) Uma empresa paga um salário bruto mensal de R$ 1.000,00 a um de


seus funcionários. Além desses honorários, a empresa deve recolher o FGTS desse empregado.
Sabendo-se que o valor pago corresponde a, aproximadamente, 8,33% do salário bruto, qual o
valor pago, a título de FGTS, por esse funcionário?

a) R$ 1.008,33
b) R$ 8,33
c) R$ 83,30
d) R$ 991,67
e) R$ 1.083,30

6. (CESGRANRIO — 2021) Uma profissional liberal comprou dois apartamentos com o objetivo
de vendê-los. Na venda do primeiro deles, obteve um lucro de 36% sobre o preço de compra
e, na do segundo, um lucro de 12%, também sobre o preço de compra. Ela recebeu por essas
duas vendas uma quantia 27% maior do que a soma das quantias pagas na compra dos dois
apartamentos.
Nessas condições, sendo P a quantia paga pelo primeiro apartamento, e S a quantia paga pelo
segundo, a razão P/S é igual a

a) 8/5
b) 5/3
c) 12/5
d) 17/14
e) 9/8

7. (CESGRANRIO — 2021) J modelou um problema de matemática por uma função exponencial do


tipo a(x)=1000ekx, e L, trabalhando no mesmo problema, chegou à modelagem b(x)=102x+3.
Considerando-se que ambos modelaram o problema corretamente, e que ln x = logex, qual o
valor de k?
MATEMÁTICA

a) ln 2
b) ln 3
c) ln 10
d) ln 30
e) ln 100
101
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8. (CESGRANRIO — 2021) Um garçom ganha um salário fixo por mês mais gorjetas diárias. Como
regra, ele se propôs a cada dia do mês guardar um pouco do que ganha de gorjetas para fazer
uma reserva financeira, que é depositada no banco ao fim do dia 30, exceto em fevereiro. No dia
1, ele guarda R$ 1,00; no dia 2, guarda R$ 2,00; no dia 3, R$ 3,00, e assim, sucessivamente, até
que no dia 30, ele junta R$ 30,00 ao que vinha guardando e faz o depósito. Em um determinado
mês de 30 dias, ele precisou gastar tudo que havia juntado até o fim do dia 15, mas quis repor
esse gasto. Para isso, guardou do dia 16 até o dia 30 um valor fixo de x reais por dia, de modo
que, no fim do mês, depositou a mesma quantia que vinha depositando todos os meses, exceto
em fevereiro.
Qual é o valor de x?

a) 20
b) 23
c) 25
d) 27
e) 31

9. (CESGRANRIO — 2021) Para os seis primeiros meses de um investimento, a evolução, em


1
milhares de reais, de um certo investimento de R$ 3.000,00 é expressa pela fórmula M(x)= — 4
(x—4)2+7 ,onde M(x) indica quantos milhares de reais a pessoa poderá retirar após x meses
desse investimento. Um cliente pretende deixaresse investimento por seis meses.
Nesse caso, de quanto será a sua perda, em reais, em relação ao máximo que ele poderia ter
retirado?

a) 1.000
b) 3.000
c) 4.000
d) 5.000
e) 6.000

10. (CESGRANRIO — 2021) Um banco está planejando abrir uma nova agência em uma cidade do
interior. O departamento de Marketing estima que o número de clientes da agência (NC) em
função do número de meses decorridos (t) desde a inauguração seguirá a seguinte função
exponencial:

NC(t)=100×(2t)

Quantos meses completos, após a inauguração, o número estimado de clientes da agência


será superior a 2.000?

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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11. (CESGRANRIO — 2021) Uma loja vende um produto em dois tipos de embalagem: unitária (com
uma unidade do produto) e dupla (com duas unidades do produto). Em certo mês, foram ven-
didas 16 embalagens duplas e 20 unitárias, gerando uma receita para a loja de R$ 488,00. No
mês seguinte, foram vendidas 30 embalagens duplas e 25 unitárias, gerando uma receita de R$
790,00.
Qual foi a porcentagem do desconto dado em cada unidade do produto ao se comprar a emba-
lagem dupla?

a) 5%
b) 8%
c) 10%
d) 12%
e) 15%

12. (CESGRANRIO — 2021) Um banco tem agências em três regiões do país. Em cada região, tra-
balha-se com a comercialização de três segmentos: seguros (X), previdência (Y) e consórcios
(Z).
Cada equação linear que compõe o sistema abaixo representa a capacidade de uma regional
produzir valor agregado para o banco, em cada segmento de atuação (lado esquerdo das equa-
ções), visando ao alcance das metas de lucro operacional em milhares de reais (lado direito das
equações).

2x + 5y + 4z = 690 região Sul


5x + 2y + 4z = 720 região Sudeste
3x + 3y + 2z = 540 região Norte

De acordo com esses dados, verifica-se que a contribuição de um dado segmento que atinge
exatamente a meta de sua região é de

a) R$160.000,00 no segmento seguros, na região Sul


b) R$400.000,00 no segmento previdência, na região Sudeste
c) R$180.000,00 no segmento consórcio, na região Norte
d) R$90.000,00 no segmento seguros, na região Norte
e) R$180.000,00 no segmento previdência, na região Sul

13. (CESGRANRIO — 2021) Um estudante precisa fazer um trabalho escolar em seu aparelho de
telefone celular. Para isso, usará dois aplicativos, A e B, um de cada vez. Ele sabe que a bateria
do seu aparelho, estando com carga total, é suficiente para até 4 horas de uso do aplicativo A
e sabe também que, com carga total, a bateria é suficiente para até 1 hora e 20 minutos de uso
do aplicativo B. Após se certificar de que a bateria de seu aparelho estava com carga total, deu
MATEMÁTICA

início ao trabalho com o uso do aplicativo A. Depois de algum tempo, ele interrompeu o uso
desse aplicativo e, imediatamente, iniciou o uso do aplicativo B, até a bateria descarregar com-
pletamente, 3 horas depois do início do trabalho.
Por quanto tempo o estudante usou o aplicativo A?

a) 2h 10min
103
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b) 2h 15min
c) 2h 20min
d) 2h 30min
e) 2h 50min

14. (CESGRANRIO — 2021) A sequência de Fibonacci é bastante utilizada para exemplificar sequên-
cias definidas por recorrência, ou seja, sequências em que se pode determinar um termo a par-
tir do conhecimento de termos anteriores. No caso da sequência de Fibonacci, escreve-se que
Tn+2 = Tn+1 + Tn os dois termos anteriores.
Considerando o exposto acima, determine o termo T2021 da sequência de Fibonacci, sabendo
que T2018 = m e T2020 = p.

p+m
a) 2
p—m
b) 2
c) p + 2m
d) 2p — m
e) 2m — 2p

9 GABARITO

1 A

2 A

3 D

4 D

5 C

6 B

7 E

8 E

9 A

10 E

11 C

12 A

13 D

14 D

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