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MEMOREX AFT (Auditor Fiscal do Trabalho) – RODADA 02

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MEMOREX AFT (Auditor Fiscal do Trabalho) – RODADA 02

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo (a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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Rodada 03 08/11/2023
Rodada 04 15/11/2023
Rodada 05 22/11/2023
Rodada 06 29/11/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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MEMOREX AFT (Auditor Fiscal do Trabalho) – RODADA 02

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 11
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 17
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA .................................................................... 21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA ......................................................................................... 25
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 31
AUDITORIA .......................................................................................................................... 41
ECONOMIA DO TRABALHO .......................................................................................... 45
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 50
SEGURIDADE SOCIAL ..................................................................................................... 63
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ............................................................................... 66
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO................................................................... 72
LEGISLAÇÃO NO TRABALHO ...................................................................................... 81
CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 84
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 88

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL – HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.

Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar


Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
DICA 02
HÁ X A
O “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.

Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

→ O “A” pode ser artigo.


Ex.: A jovem chora muito.

→ O “A” pode ser uma preposição.


Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

→ Também pode indicar futuro.


Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.
DICA 03
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.

Portanto, lembre-se que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma conjunção
temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.

Ex.: Os maus pensamentos não nos fazem bem.

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DICA 04
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

Exceto: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.


DICA 05
ONDE X AONDE

Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.

Ex.: Onde Jonas mora?


Quero ficar onde está minha vó.
Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.
Ex.: Aonde estamos indo?
Ela foi aonde ontem de madrugada?
DICA 06
ACERCA DE X CERCA DE
Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.


A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 07
DEMAIS X DE MAIS

“DE MAIS” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.

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Havia gente demais na loja.


“DEMAIS” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou poderá
ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – Advérbio


É cedo demais para levantar. – Advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – Pronome indefinido.


DICA 08
MAIS X MAS

“MAS” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém,
contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.

→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “mais” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).

Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.


DICA 09
A FIM X AFIM
“A FIM DE” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a
finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.


“AFIM” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.
DICA 10
ABSOLVER E ABSORVER

A palavra absorver, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.

Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.

Ainda, pode significar “concentrar-se”. Ex.: Mônica absorve-se no trabalho.


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A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.

Ex.: O júri absolveu o réu.


DICA 11
EMINENTE E IMINENTE

Essas duas palavras sempre causam confusão, por isso, veja só:

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.

Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...

IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.

Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 12
ASCENDER E ACENDER

Fique atento (a):

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”.

→É verbo transitivo indireto (VTI), ou seja, aparece com preposição.


Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

DICA 13
CENSO E SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra “censo”


lembre-se do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.

Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

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DICA 14
MANDATO E MANDADO
Nada de cair em pegadinhas na hora da prova, hein?! Vejamos:

Mandato essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.

Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

Mandado Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.
Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”
Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”
DICA 15
RATIFICAR E RETIFICAR
RATIFICAR significa “confirmar”; “reafirmar”.

Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

RETIFICAR significa “corrigir” algo que está errado; “emendar”.

Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.

→ Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.


Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.
DICA 16
CONCERTO E CONSERTO
CONCERTO possui um sentido de “composição musical”.
Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.
CONSERTO possui um sentido de “reforma”; “reparo”.

Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”


Consertam-se sapatos – “reformar”
DICA 17
CESSÃO, SESSÃO E SEÇÃO
Não erre mais o uso dessas três palavras, veja só:

CESSÃO

Cessão possui o significado de “ceder”; “ato de repartir”.


Ex.: Foi determinada a cessão da herança.

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SESSÃO

Sessão possui o significado de “reunião”; “encontro”.


Ex.: Minha sessão com o psiquiatra foi péssima.

SEÇÃO

Seção possui o significado de “departamento”.


Ex.: A seção de roupas masculinas é logo ali.

DICA 18
TAMPOUCO X TÃO POUCO

TAMPOUCO: é um advérbio de negação e pode ser substituído por: “também não”,


“nem”, “sequer” e “muito menos”.
O advérbio “tampouco” é formado por aglutinação, ou seja, duas palavras que se unem e
formam uma só: tão + pouco.

Ex.: Mari não foi ao colégio, tampouco ao curso de espanhol.

TÃO POUCO: significa "muito pouco". Ela é formada pelo advérbio “tão” e pelo
advérbio de intensidade “pouco”.

Ex.: Comi tão pouco hoje!

QUESTÃO.
No trecho “as opções que conheci não pareciam muito apetitosas, não. Tampouco
saudáveis”, a palavra “tampouco” pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:
a) “muito menos”.
b) “pouco”.
c) “quase”.
d) “senão”
Gabarito: Letra a.

DICA 19
EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade das


sílabas nas palavras. Na Língua Portuguesa, os acentos gráficos são:

Acento Circunflexo (^): Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”, indica a vogal tônica e o
timbre fechado na pronúncia.
Ex.: Vovô; mês.

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Acento Agudo (´): aparece sobre as letras a, i, u e sobre o e (no caso de –em). Sua
função é indicar a as vogais tônicas.
Ex.: Saúde; Paraná.
Pode indicar um timbre aberto.
Ex.: chulé; herói.

Acento Grave (`): Mais conhecido como crase.

Ex.: à; àquela.
A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 20
REGRAS GERAIS

A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em relação


à sílaba tônica das palavras:

Palavras oxítonas: as últimas sílabas são tônicas.

Ex.: abacaxi / a-ba-ca-xi


urubu / u-ru-bu

Palavras paroxítonas: as penúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: levedo / le-ve-do


areia / a-rei-a

Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: pálido / pá-li-do


proparoxítona / pro-pa-ro-xí-to-na

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DIREITOS HUMANOS
DICA 21
ASPECTOS GERAIS DO TRATADO DE MARRAQUECHE
Promulgado em 2018, recebeu status de Emenda Constitucional, pois seguiu o rito
especial do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal de 1988, ou seja, foi aprovado, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros.

DECRETO Nº 9.522 (2018) e DECRETO Nº 10.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2021


Por meio dele, foram criadas condições para a disseminação de obras intelectuais em
formatos acessíveis;

Finalidade: Combater a carência de livros e outras obras vivenciada pelas pessoas com
deficiência;

Beneficiários: A pessoa cega; pessoa com deficiência visual que não possa ser corrigida;
pessoa com dificuldade de percepção ou de leitura considerada incorrigível; pessoa com
deficiência física que torne impossível sustentar ou manipular um livro, focar ou mover os
olhos de forma apropriada à leitura.
DICA 22
OBRAS E EXEMPLARES EM FORMATOS ACESSÍVEIS

Obras: a obra literária ou artística em forma de texto, de notação ou de ilustrações


conexas, que tenha sido publicada, distribuída, comunicada ou colocada à disposição do
público por qualquer meio, inclusive a fixada em fonogramas, como os audiolivros; (art. 2º,
II do Decreto 10.882).

Exemplar em formato acessível: a reprodução de uma obra em meio ou em formato


alternativo que dê aos beneficiários acesso à obra, inclusive para permitir que a pessoa
tenha acesso de maneira semelhante a uma pessoa sem deficiência visual ou outras
dificuldades para ter acesso ao texto impresso; (art. 2º, III do Decreto 10.882).
IMPORTANTE: Os exemplares em língua estrangeira também devem ser importados
em formatos acessíveis e não há necessidade de autorização do titular do direito
autoral sobre a obra, desde que para proveito exclusivo dos referidos beneficiários.
DICA 23
ENTIDADES AUTORIZADORAS E SUAS ATRIBUIÇÕES

Entidades Autorizadas: é uma organização pública ou privada sem fins


lucrativos, reconhecida pela administração pública federal para, de acordo com as
limitações previstas no Tratado de Marraqueche:

produzir e disponibilizar aos beneficiários exemplares de obras em formatos acessíveis;

obter ou ter acesso a obras em formatos acessíveis, por meio de outras entidades
autorizadas, sem a necessidade de autorização ou de remuneração ao autor ou ao titular
da obra.

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DICA 24
ENTIDADES AUTORIZADORAS E SUAS ATRIBUIÇÕES
As Entidades Autorizadas devem manter e atualizar os registros dos exemplares
disponíveis em formatos acessíveis; dos beneficiários; e das atividades relacionadas ao
cumprimento do Tratado de Marraqueche.
Além disso, cabe às Entidades Autorizadas a prevenção de falseamento de dados e fraudes,
sendo elas responsáveis pelos dados cadastrados.
DICA 25
REGRA DOS TRÊS PASSOS
O "Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas,
com Deficiência Visual ou com outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso"
adotou o "teste dos três passos", pelo qual é admissível a limitação do direito do autor de
determinada obra, mesmo sem o consentimento do titular dos direitos autorais (PGR-2017);

Regra dos três passos (three-step test): estabelece limitações aos direitos exclusivos
dos autores.

Foi introduzida na Convenção de Berna, em 1967 (ratificada pelo Brasil) e pode ser
utilizada:

em certos casos especiais;

que não conflitem com a exploração comercial normal da obra;

não prejudiquem injustificadamente os legítimos interesses do autor.


DICA 26
TÓPICOS IMPORTANTES PARA RECORDAR SOBRE O TRATADO DE MARRAQUECHE

Possui status de Emenda Constitucional: caso eventual lei ou ato normativo estiver
em confronto com ele deverá ser julgado inconstitucional.

Princípios que fundamentam o Tratado: Princípio da não discriminação; Princípio da


igualdade de oportunidades; Princípio da acessibilidade; Princípio da participação; Princípio
da inclusão plena e efetiva na sociedade.

Tratados internacionais de direitos humanos que possuem status constitucional:

Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;

Protocolo Facultativo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;

Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas,


com deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto impresso; e

Convenção Interamericana Contra o Racismo.

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DICA 27
MULHERES
A violência contra mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.

A Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a


mulher, adotada pela ONU e promulgada pelo Brasil pelo Decreto 4377/2002, busca
eliminar:
Toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher,
independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural
e civil ou em qualquer outro campo.
A Convenção possui um protocolo facultativo, que permite a apresentação de
denúncias sobre violação dos direitos por ela consagrados.

Nasce para os Estados, a responsabilidade de eliminar discriminação e assegurar


igualdade em relação aos homens.

A Lei 9.029/95 que proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras


práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica
de trabalho e rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, dá o direito à
reparação pelo dano moral e se quiser, a reintegração.
DICA 28
CRIANÇAS
As crianças são consideradas mais frágeis, necessitando assim, de proteção e cuidados
especiais.
A Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela ONU e promulgada pelo Brasil
(Decreto n. 99.710/1990) possui grande relevância para a proteção dos direitos existentes
hoje.
Para a Convenção, não existe distinção de criança e adolescente, considera criança, todo
ser humano com menos de dezoito anos, previsão diferente da que consta no Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA).
Prevê o direito à vida; liberdade de expressão (não é absoluto); manifestação do
pensamento; privacidade e honra, importância dos meios de comunicação; integridade
física e moral; educação e imagem, igualdade e liberdade.
DICA 29
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
A pessoa com deficiência possui pela capacidade civil. Hoje, a pessoa com deficiência deve
ser aceita como elas são e as barreiras devem ser eliminadas para que possuam as mesmas
oportunidades em relação as demais pessoas.

Ao longo do texto constitucional, foram estabelecidas diversos direitos e proibição


da discriminação, a saber:

Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência;

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Ao longo do texto constitucional, foram estabelecidas diversos direitos e proibição


da discriminação, a saber:

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de


aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos
termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de
deficiência.

A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de


contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família, conforme dispuser a lei;

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:


III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;

A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público
e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência.

Além da Constituição, a Lei 10.048/2000 trouxe a prioridade de atendimento as pessoas


com deficiência e a Lei 10.098/200 estabeleceu critérios para a promoção da
acessibilidade da pessoa com deficiência.

DICA 30
IDENTIDADE E EXPRESSÃO DE GÊNERO

Expressão de gênero é como a pessoa se manifesta publicamente, independente da


sua orientação sexual e identidade de gênero, por meio do seu nome, da vestimenta, dos
comportamentos, da forma de falar e/ou linguagem corporal.

Identidade de gênero é a percepção subjetiva que a pessoa tem de si mesmo, podendo


identificar-se como do gênero masculino, feminino, ou alguma combinação entre os
gêneros.
DICA 31
IDENTIDADE E EXPRESSÃO DE GÊNERO

São exemplos:

Cisgênero: pessoa cuja identidade de gênero está alinhada ao seu sexo biológico.

Transgênero: terminologia normalmente utilizada para descrever pessoas que transitam


entre os gêneros.

Travesti: pessoa que nasce com o sexo masculino e tem identidade de gênero feminina.

Agênero: Pessoa que não se identifica ou não se sente pertencente a nenhum gênero.
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Crossdresser: Pessoa que se veste com roupas do sexo oposto para vivenciar
momentaneamente papéis de gênero diferentes daqueles atribuídos ao seu sexo biológico,
mas, em geral, não realiza modificações corporais e não chega a estruturar uma identidade
transexual ou travesti.

Drag Queen: Homem que se veste com roupas femininas extravagantes para a
apresentação em shows e eventos, de forma artística, caricata, performática e/ou
profissional.

Drag King: Mulher que se veste com roupas masculinas com objetivos artísticos,
performáticos e/ou profissionais.
DICA 32
DIVERSIDADE SEXUAL
Conceito amplo que envolve expressões de sexualidade, sexo biológico, identidade de
gênero e orientação sexual.
Sexo biológico é entendido como um elemento da natureza, sendo um conjunto de
informações cromossômicas, órgãos genitais e reprodutores, com características fisiológicas
secundárias distinguidas pela medicina, diferenciando os corpos entre “machos” e “fêmeas”.
No caso em que seres humanos nascem com fatores biológicos e características anatômicas
de ambos os sexos, são chamados de intersexos/intersexuais (OBS: termo hermafrodita
não é mais utilizado).
DICA 33
DIVERSIDADE SEXUAL
Orientação Sexual trata-se de uma atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa se
manifesta em relação à outra. Vejamos:
Heterossexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do
sexo/gênero oposto.
Homossexual (Gays e Lésbicas): pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente
por pessoas do mesmo sexo/gênero.
Bissexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas de ambos
os sexos/gêneros.
Assexual: É um indivíduo que não sente nenhuma atração sexual, seja pelo sexo/gênero
oposto ou pelo sexo/gênero igual.
Pansexual: O prefixo PAN vem do grego e se traduz como “tudo”. Significa que as
pessoas pansexuais podem desenvolver atração física, amor e desejo sexual por outras
pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico, ou seja, rejeita
a noção de dois gêneros e até de orientação sexual específica.

Gênero: é uma construção social, é uma forma que os indivíduos se identificam,


podendo estar ou não de acordo com seu sexo.
DICA 34
A RESPONSABILIDADE DO ESTADO E OS DIREITOS DAS VÍTIMAS
O Estado possui responsabilidade pelos atos de seus agentes, que, por sua vez, não se
limita a eventuais reparações de cunho material, ante a possibilidade de indenizações por
danos morais.

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Princípios e garantias materializadas na Constituição Federal, podemos destacar a dignidade


da pessoa humana, o direito à vida, e o acesso à justiça.
Constitui direito das vítimas:
Direito à justiça: obrigação do Estado de iniciar uma investigação pronta e imparcial sobre
fatos alegados;
Identificação dos responsáveis identificados e sancionados e a consequente reparação
civil dos danos causados;
Direito de conhecer as circunstâncias dos crimes;
Dignidade, respeito à diferença, privacidade e confidencialidade, informação e proteção;
Direito a um processo e julgamento livres de estereótipos e preconceitos.
DICA 35
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra
alguém por causa do gênero ou orientação sexual.
Alcançar a igualdade entre os gêneros é um dos 17 objetivos na Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil é signatário.
A violência de gênero é resultado de uma questão cultural em um cenário em que o
masculino exerce domínio sobre o feminino em virtude de sua “fragilidade”.

Exemplo: Caso Ângela Diniz.

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RACIOCÍNIO LÓGICO
DICA 36
ESTRUTURA LÓGICA - TABELA DA VERDADE COM DISJUNÇÃO EXCLUSIVA

Tabela Verdade com disjunção exclusiva (ou..., ou...):

p q PVq

V V F

V F V

F V V

F F F

Na disjunção exclusiva, ela ficará feliz se ela andar em um veículo ou no outro, e não em
ambos (em apenas um veículo, exclusão).
Na 1ª linha (p e q são verdadeiras), ela vai ficar infeliz, e o resultado será falso (F).
Na 2ª linha (p é verdadeira e q é falsa), como é disjunção exclusiva, p=Ela anda de moto,
ou ~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou feliz então é verdadeira (V).
Na 3ª linha (p é falsa e q é verdadeira), como é disjunção exclusiva, ~p=Ela não anda de
moto, e q=Ela anda de bicicleta. Ela ficou feliz então é verdadeira (V).
Na 4ª linha (p é falsa e q é falsa), como é disjunção exclusiva, ~p=Ela não anda de moto,
e ~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso (F).
DICA 37
TABELA DA VERDADE COM CONDICIONAL

Tabela Verdade com condicional (→) “se.…, então”:

p q P→q

V V V

V F F

F V V

F F V

p→q: “Se Pedro vai ao parque, então Maria vai ao cinema.”;


Esse tipo de proposição composta também e conhecido por implicação;
Na condicional todas são verdadeiras, exceto a “Vera Fischer”, ou seja, apenas será Falsa
quando o p=V e o q=F.

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DICA 38
TABELA DA VERDADE COM BICONDICIONAL

Tabela Verdade com bicondicional (↔) “se e somente se”;


p↔ q: "Pedro vai ao parque se e somente se Maria vai ao cinema.";

p q P↔q

V V V

V F F

F V F

F F V

Na bicondicional, se p e q tiverem o mesmo sentido, o resultado será verdadeiro (V);


Na bicondicional, se p e q tiverem o sentido diferentes, o resultado será falso (F);
Na 1ª linha p é (V) e q é (V) são iguais, então o resultado é (V);
Na 2ª e 3ª linha p e q são diferentes, então o resultado é (F);
Na 4ª linha p é (F) e q é (F) são iguais, então o resultado é (V).
DICA 39
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO SIMPLES
A negação de uma proposição simples gera uma nova proposição simples;

Ex.: João é médico;(p). Negação: (~p) João não é médico;


Maria é estudante. Negação: Maria não é estudante;
Dupla negação gera a proposição original → ~ (~p) =p;
Número par de negações gera proposição equivalente a original e número ímpar de
negações gera nova proposição que é a negação da proposição original.
DICA 40
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO COMPOSTA
A negação de uma proposição conjunção composta (e);

Ex.: Seja p e q: João é médico e mora na Bahia;


Negação: ~ (p ^ q) João não é médico ou não mora na Bahia;
Nega-se o 1º termo, o 2º termo e troque o e por ou;
~ (p ^ q) = ~p v ~q.

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DICA 41
EQUIVALÊNCIAS - EQUIVALÊNCIA LÓGICA DA CONTRAPOSITIVA

Existe quando duas proposições têm a mesma resposta para o julgamento v ou f, então
teremos tabelas-verdade idênticas.
A equivalência contrapositiva é aplicada para a condicional (→).

EQUIVALÊNCIA DA REFLEXÃO

Uma proposição é equivalente a ela mesma para os conectivos (˄) e (˅).


As reflexivas são classificadas como equivalência básica, onde teremos:
P˅P=P e P˄P=P.

DICA 42
EQUIVALÊNCIA LÓGICA DA RECÍPROCA

Vejamos a equivalência lógica da recíproca:

Ocorre a reciprocidade para a conjunção e disjunção.

Lembrar sempre de aplicar a inversão de duas proposições distintas.

P˄Q=Q˄P
P˅Q=Q˅P

DICA 43
EQUIVALÊNCIA LÓGICA DA CONDICIONAL

Vejamos a equivalência lógica da condicional:


É conhecida como equivalência do SE...ENTÃO P → Q.

→ NEGAMOS a primeira proposição, trocamos o conectivo (→) pelo conectivo (˅)


→ MANTEMOS a segunda proposição, portanto temos ∼P ˅ Q.
MACETE:

NETROMAR = NEGAR-TROCAR-MANTER

DICA 44
EQUIVALÊNCIA CONTRAPOSITIVA
A equivalência da contrapositiva representa uma equivalência especial da condicional P
→ Q.
A contrapositiva será feita invertendo proposição, mantendo o conectivo e negando
as proposições. Então temos ∼Q → ∼P.
MACETE:

INMANE = INVERTER-MANTER-NEGAR
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LEIS DE EQUIVALÊNCIA
Fique atento a duas leis importantes para o e/ou:

Associativa: Distributiva:
(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C) A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C)
(A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C) A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C)

DICA 45
LEIS DE MORGAN - NEGAÇÃO DE MORGAN
Aplicada para os conectivos ˅ / ˄.
O que é afirmativo, vira negativo e o que é negativo vira afirmativo e o que é “OU” vira
“E”.
¬ (A v B) ≡ ¬ A ʌ ¬B
¬ (A ʌ B) ≡ ¬ A v ¬ B

QUESTÃO, 2021.
A negação de “Camila é advogada ou Bruno é analista técnico” está corretamente indicada
na seguinte opção:
a) Camila não é advogada ou Bruno não é analista técnico.
b) Camila não é advogada e Bruno não é analista técnico.
c) Camila não é advogada ou Bruno é analista técnico.
d) Camila não é advogada e Bruno é analista técnico.
Gabarito: Letra b.

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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA


DICA 46
TERMOS IMPORTANTES

Poder: dar poder às pessoas, delegando autoridade e responsabilidade em todos os


níveis da organização. Isso significa dar importância e confiar nas pessoas, dar-lhes
liberdade e autonomia de ação;

Motivação: proporcionar motivação às pessoas para incentivá-las continuamente. Isso


significa reconhecer o bom desempenho, recompensar os resultados, permitir que as
pessoas participem dos resultados de seu trabalho e festejem o alcance das metas;

Desenvolvimento: dar recursos às pessoas em termos de capacitação e


desenvolvimento pessoal e profissional. Isso significa treinar continuamente, proporcionar
informações e conhecimento, ensinar continuamente novas técnicas, criar e desenvolver
talentos na organização;

Liderança: proporcionar liderança na organização. Isso significa orientar as pessoas,


definir objetivos e metas, ABRIR NOVOS HORIZONTES, avaliar o desempenho e
proporcionar retroação.
DICA 47
MOTIVAÇÃO E OS MOTIVOS INTERNOS E EXTERNOS.
Para que um indivíduo esteja motivado para realização do trabalho, é necessário que haja
uma combinação entre os motivos internos e os estímulos advindos do ambiente (motivos
externos).
Os motivos internos são aqueles que visam satisfazer as necessidades, interesses e
aptidões dos indivíduos. Tratam-se de estímulos interiores de natureza fisiológica ou mesmo
psicológica.
Por sua vez, os motivos externos são os estímulos que advém do ambiente vivenciado
pelo indivíduo, ou ainda, pelos seus objetivos.
Portanto, os motivos internos somados aos externos geram a motivação.
DICA 48
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
O comportamento organizacional trata de estudar o comportamento individual e dos
grupos no ambiente de trabalho, buscando compreendê-los.
Através do comportamento organizacional é possível verificar os impactos sobre o
comportamento causados pelos indivíduos, grupos e a estrutura de determinada
organização.
Possui como finalidade melhorar o desempenho da organização através destes
conhecimentos extraídos.
DICA 49
REENGENHARIA
A Reengenharia, conceito introduzido por James Champy e Michael Hammer, consiste em
repensar e redesenhar radicalmente as práticas e processos da organização tais como o
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serviço ao cliente, o desenvolvimento de novos produtos, a cultura organizacional, a


resposta às encomendas, entre outras, a fim de aumentar a produtividade através
da redução de custos e do aumento do grau de satisfação do cliente.
Segundo Bennis e Mische (1999) “A reengenharia não pode ser feita de maneira
desestruturada e informal. Reinventar uma empresa é algo que tem a necessidade de uma
metodologia receptiva, abrangente e efetiva, desenvolvida especificamente para criar a
inovação dos processos e chegar à transformação duradoura da empresa. “(BENNIS E
MISCHE, 1999, p.53)
DICA 50
TIPOS DE REENGENHARIA

São alguns dos benefícios deste tipo reengenharia:

De negócio;

Cultural;

Estratégica;

De sistema;

De informação.
DICA 51
BENEFÍCIOS DA REENGENHARIA ORGANIZACIONAL

São alguns dos benefícios deste tipo reengenharia:

Atualizar os processos e também os recursos corporativos;

Resultados que sejam mensuráveis;

Oportunidade de crescimento e expansão empresarial;

Eliminar os erros, comportamentos e processos sabotadores.


DICA 52
REENGENHARIA X MELHORIA CONTÍNUA
CUIDADO!! Não se deve confundir Reengenharia com Melhoria Contínua, as
diferenças básicas são:
Enquanto a primeira ferramenta é uma abordagem radical, com alto risco, inicia-se do
zero e a participação dentro da estrutura é de cima pra baixo (por isso é top down), a
segunda é uma abordagem gradual, com baixo risco, inicia-se a partir de um processo
já existente e a participação dentro da estrutura é de baixo pra cima (por isso é botton up).

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DICA 53
CICLO PDCA- PLAN
É a fase no qual as ações que irão ajudar a organização chegar mais próximo do seu intuito
são traçadas. É de extrema importância que sempre que possível, o gestor trace um
resultado esperado para cada uma dessas ações.
O primeiro passo é que o gestor encontre o problema de forma objetiva. Depois, que se
determine os objetivos, verifique-se os possíveis motivos do problema e que se faça um
plano de ação para sana-los.
DICA 54
CICLO PDCA- DO
Quando se tem o plano de ação definido na fase do plano. Passado isto, é preciso que se
registrem as dúvidas, bem como os dados e também os problemas que porventura
surgirem.
IMPORTANTE: É preciso que se faça um comparativo entre os dados e as suas
previsões, trazendo o que ocorreu.
DICA 55
CICLO PDCA- CHECK
Passado isto, é preciso que se verifique e analise resultados. Um ponto que merece sua
atenção é que nesta fase, tomando como base os indicadores, é necessário que seja realizada
uma observação de como foi feita a incorporação do planejamento, se as metas alçandas
foram benéficas ou maléficas.
É nesta fase que o planejamento poderá sofrer um reajuste nos pontos principais da
verificação.
DICA 56
CICLO PDCA-ACT
Quando for feita a verificação, é chegado o momento de pôr em prática as mudanças. Assim
sendo, os equívocos existentes e problemas do primeiro planejamento deverão ser sanados
para desta forma criar uma melhoria frequente no processo.
Justamente nesta fase deverá ser feita a incorporação do que foi, de fato, aprendido e as
mudanças nos equívocos que porventura existirem.
DICA 57
QUEM PODE USAR O CICLO PDCA?
De uma forma bem resumida, qualquer pessoa, empresa ou organização pode fazer a
aplicação o PDCA.
Mas é mais comum que este seja feito em projetos de melhoria de processos ou
desenvolvimento de novos produtos. Contudo, esta não é sua única aplicação, alguns
especialistas inclusive trazem a informação de que o ciclo PDCA pode ser colocado até na
vida pessoal.

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DICA 58
MOTIVAÇÃO
De uma forma muito simplificada, a motivação se trata de um processo de cunho
psicológico, que impulsiona as pessoas a agirem em prol de um objetivo em comum,
pautada em uma cultura.

São muitos pontos que influenciam a motivação, incluso:

Nossos valores e crenças;

Nossas metas e objetivos;

Nossos interesses e paixões;

Nossas experiências anteriores;

Nossas emoções.
Ainda no assunto motivação, é preciso que se tenha metas alcançáveis. Quando a pessoa
tem conhecimento do que se quer alcançar, sendo, portanto, mais fácil ficar motivado.
DICA 59
GESTÃO DE CONFLITOS
A gestão de conflitos se trata de um processo de identificação, avaliação, mediação e
resolução de conflitos, com a devida eficácia. Um ponto que merece a atenção de quem
está gerindo um conflito na organização é identificar o problema.
Também é preciso que se tenha uma comunicação eficaz, bem como ser flexível.
DICA 60
GESTÃO DE CONFLITOS
Durante a Gestão de Conflitos, é preciso que a pessoa que está fazendo a mediação esteja
disposta a realizar concessões.

O mediador de conflitos pode ajudar as partes a negociar uma solução para o conflito. O
mediador pode ajudar as partes a chegar a um acordo que seja bom para ambas.
IMPORTANTE: Esteja disposto a realizar concessões para chegar a uma solução que
seja boa para todos.

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA
DICA 61
WINDOWS 10 - MENU DE CONTEXTO
Os Menus de Contexto mostram opções ao se utilizar o botão direito do mouse sobre o
elemento. O elemento pode ser a área de trabalho, um arquivo, o Windows Explorer.

No menu de contexto da área de trabalho tem as seguintes opções:

Vejamos alguns desses:

Exibir: Ícones Extra grande, Ícones Grandes, Ícones Médios, Ícones Pequenos, Lista,
Detalhes, Blocos e Conteúdo;

Classificar por: Nome, Data de modificação, Tipo, Tamanho, Ordem Crescente, Ordem
Decrescente;

Agrupar por: Nome, Data de Modificação, Tipo, Tamanho etc.

Novo: Pasta, Atalho, Microsoft Acess Database, Imagem de bitmap, Documento Microsoft
Word, Google Docs, Google Sheets, Google Slides, Apresentação do Microsoft PowerPoint,
Pasta Compactada etc.
DICA 62
PAINEL DE CONFIGURAÇÃO DO WINDOWS
O painel de configurações do Windows (WIN + I) acessível através do menu iniciar com o

ícone tem opções para gerenciamento do computador. A tendência é que este menu
substitua o Painel de Controle nas próximas versões do Windows. Porém, ambas continuam
existindo no Windows 10. Assim como o painel de controle, O painel de Configurações do
Windows tem funções como Instalar e Desinstalar programas através do menu Aplicativos,
gerenciamento de contas de usuário, através do menu Contas, gerenciamento de
Dispositivos como Impressoras, Scanners, dispositivos Bluetooth e também o menu de
Personalização para alterar Tela de Fundo, Tela de Bloqueio, Cores etc.

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DICA 63
SÍMBOLOS PROIBIDOS EM NOMES DE ARQUIVOS

Esse é um tema que não cai, “despenca”. Por isso, decore os símbolos que são proibidos
para nomes de arquivos: : * <> / | \ " ?

QUESTÃO.
No Sistema operacional Windows, o nome de um arquivo não pode conter alguns
caracteres. A alternativa que apresenta apenas caracteres proibidos é:
a) ¨ & * () §
b) “ ! @ # $ %
c) < >, ; :
d) \ / : * ? “< > |
e) { } [ ] ^ ~
Gabarito: Letra d.

DICA 64
ATALHOS WINDOWS 10

Fique atento (a) aos atalhos do Windows 10:

Abrir gerenciador de tarefas CTRL + SHIFT + ESC

Enviar uma interrupção e abrir opções


como Bloquear, Sair, Trocar Usuário e CTRL + ALT + DEL
abrir gerenciador de tarefas

Abrir Windows Explorer WIN + E

Abrir Janela Executar WIN + R

Abrir configurações do Windows WIN + I

Bloquear Computador WIN + L

Excluir arquivo sem enviá-lo à lixeira SHIFT + DEL

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Acesso rápido a ferramentas do sistema WIN + X

Alternar entre janelas ALT + TAB

Mostrar todas as janelas e permitir


CTRL + ALT + TAB
movimentação com as setas

Desfazer uma ação realizada CTRL + Z

Exibir menu de contexto SHIFT + F10

Abrir Menu Iniciar WIN ou CTRL + ESC

Ir para área de trabalho WIN + D

Abrir Visão de Tarefas WIN + TAB

Abrir Facilidade de acesso WIN + U

Abrir ajuda do Windows WIN + F1

DICA 65
GERENCIADOR DE TAREFAS

O gerenciador de tarefas é responsável por gerenciar os programas em execução do


Windows. Desde aqueles que são executados pelo usuário como os que são executados pelo
próprio Sistema Operacional. Além disso, o gerenciador de tarefas também tem uma lista
de programas que serão executados na inicialização através do menu Inicializar.
Apresenta o consumo de cada processo na aba Processos (Um processo é um programa
em execução) e apresenta também o desempenho do computador por processos, por
usuários. Além dos serviços do Windows e do Histórico de Aplicativos. O gerenciador de
tarefas é acessível através do atalho CTRL + SHIFT + ESC ou através do CTRL + ALT +
DEL. Nesta última opção, será necessário clicar na opção gerenciador de tarefas.

QUESTÃO.
São guias disponíveis na janela “Gerenciador de Tarefas do Windows” do Microsoft
Windows 10, versão português, EXCETO:
a) Processos.
b) Desempenho.
c) Dispositivos.
d) Histórico de Aplicativos.
Gabarito: Letra c.

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DICA 66
EXTENSÕES DE ARQUIVOS

As extensões de arquivos indicam o tipo de arquivo e auxiliam na abertura do arquivo.


Por exemplo, um arquivo do tipo texto terá a extensão .txt. Um arquivo .docx indica que é
um arquivo do tipo Documento do Word.

ALGUMAS EXTENSÕES DE ARQUIVOS:

.xlsx Arquivo de Planilha Excel

pptx Arquivo de Apresentação de PowerPoint

.html .htm Arquivo de página web

.pdf Documento de pdf

.exe Arquivo executável

.msi Pacote do Windows installer

.jpg .png .jfif .gif Arquivos de imagem

.mp3 .wav Arquivos de áudio

.mp4 .avi .mpeg Arquivos de vídeo

.zip .rar .7z Arquivos compactados

.iso Arquivo de imagem de disco

DICA 67
ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS E ROTAS NO WINDOWS

A estrutura de diretórios no Windows é em formato de árvore. Onde a raiz, que é a


unidade, será o início do diretório. No Windows, a unidade é representada, por padrão, por
uma letra, por exemplo, o Disco C:

A partir da raiz, ou seja, do disco C: todos os outros arquivos terão um caminho


exclusivo.

Ex.: C:\Usuários\Público\arquivo.txt

O exemplo acima indica o caminho do arquivo arquivo.txt na pasta público, dentro


do diretório usuários.

O caminho também por vezes chamado de endereço, pode ser encontrado clicando
com o botão direito do mouse sobre o arquivo e acessando a opção propriedades no menu
de contexto, bem como na barra de endereços do explorador de arquivos.

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DICA 68
LINUX - MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS NO LINUX

O Linux utiliza o gerenciador de arquivos para manipular pastas e arquivos. Porém, é


possível utilizar programas através da linha de comando para manipular arquivos,
conforme tabela abaixo:

Cp copiar um arquivo

Mv mover um arquivo, também serve para renomear


arquivos na linha de comando

Del deletar um arquivo

Mkdir criar um diretório

Cd mudar de diretório dentro do terminal

Ls listar conteúdo de uma pasta

pwd (print work directory) mostrar em qual pasta está atualmente

Passwd alterar senha do usuário

Rm remover arquivos ou diretórios.

Find procurar arquivos

Tail mostrar o final de um arquivo

Head mostrar o início de um arquivo

Sort utilizado para ordenar

Ln criar link entre arquivos

DICA 69
ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS DO LINUX

O Linux tem uma estrutura de diretórios padrão, composta das seguintes formas:
/bin /boot /usr /var /opt /home /etc /sbin /root /tmp /mnt /proc /dev
/lib
Todos os arquivos são divididos dentro dessas pastas. Cada uma delas tem uma função
na organização dos arquivos do Sistema. Por exemplo, /bin armazena arquivos
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executáveis e comandos essenciais do sistema. Arquivos de usuários ficam na pasta


/home. A pasta /usr armazena os arquivos executáveis de programas instalados
no sistema. O diretório /etc armazena arquivos de configuração, scripts de inicialização etc.

QUESTÃO.
Em relação à estrutura básica dos diretórios do sistema operacional Linux, correlacione
as colunas a seguir, numerando os parênteses:
Diretório Finalidade
I. /boot ( ) Contém arquivos para acessar periféricos.
II. /dev ( ) Contém os diretórios dos usuários.
III. /lib ( ) Contém arquivos necessários para a inicialização do sistema.
IV. /home ( ) Contém bibliotecas compartilhadas por programas.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) I, III, II, IV.
b) II, III, I, IV.
c) II, IV, I, III.
d) III, IV, I, II.
Gabarito: Letra c.

DICA 70
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PERMISSÕES NO LINUX
Os arquivos ocultos no Linux são identificados através de um ponto no início do arquivo.
Os arquivos e pastas no Linux tem permissões para saber quem pode ler, executar e
escrever um arquivo ou pasta. No Linux as permissões são divididas entre Dono, grupo e
outros. As permissões são representadas da seguinte maneira: R para leitura, X para
execução e W para escrita. Assim são nove campos para cada arquivo ou pasta.
Os três primeiros representam as permissões do dono, os três do meio do grupo e os últimos
de outros. Um exemplo de um arquivo que pode ser lido, escrito e executado pelo dono e
pelo grupo, mas não por outros: rwxrwx---

A notação de permissão de um arquivo também pode ser representada por números:

Read - 4

Write - 2

Execute – 1
Assim, para representar nesta notação o exemplo anterior temos, 770. O comando que
realiza essas alterações é o chmod. Podemos notar que o valor 7 é o resultado da soma
dos três campos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS - TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO
XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:

Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;

Soberania dos veredictos;

Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.


A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ser ampliada pelo legislador ordinário.
Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Em que
pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o patrimônio e não
contra a vida.

ATENÇÃO!!

Quando o agente que comete o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não
será do Tribunal do Júri.

DICA 72
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas, vejamos
o dispositivo em questão;

a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

privação ou restrição da liberdade;

perda de bens;

multa;

prestação social alternativa;

suspensão ou interdição de direitos.


DICA 73
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos tipos
de penalidades.

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Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do inciso
XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
IMPORTANTE!

De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

De caráter perpétuo;

De trabalhos forçados;

De banimento;

Cruéis.
DICA 74
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Trata-se de princípios corolários do princípio do devido processo legal.
Conforme dispõe o inciso LV, do artigo 5º, aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Princípio da ampla defesa: diz respeito ao direito do acusado em produzir de forma


ampla e irrestrita todos os meios lícitos de provas.

Princípio do contraditório: diz respeito ao direito do acusado poder contradizer tudo


àquilo que lhe foi imputado. É a oposição!
DICA 75
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA

Fique atento (a):

ATENÇÃO!!

Os princípios da ampla defesa e do contraditório não são aplicados ao inquérito


policial. Por esse motivo a sentença condenatória proferida exclusivamente em
fatos narrados no inquérito policial é nula.

O inquérito policial é procedimento administrativo inquisitivo cujo objetivo é a colheita de


elementos de informação (e não prova, a qual somente é produzida sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa), a fim de fornecer substratos a eventual e futura ação
penal.
Nota-se que os elementos de informação colhidos na fase do inquérito podem ser usados
pelo magistrado em sua decisão, o que não pode é serem utilizados de forma exclusiva.
Como consentâneo do devido processo legal e, consequentemente, do contraditório e da
ampla defesa, a Súmula Vinculante prevê ser direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgãos com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.

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DICA 76
PROVAS ILÍCITAS
Segundo o inciso LVI, do artigo 5º, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
meios ilícitos.
E o que é prova ilícita? É aquela obtida em desacordo com o direito material.
A vedação à utilização da prova ilícita alcança tanto o processo judicial, quanto o
administrativo.
A presença da prova ilícita não contamina, tampouco enseja a nulidade do processo.
Devendo ser expurgada do bojo dos autos.
DICA 77
DOS PARTIDOS POLÍTICOS - CLÁUSULA DE BARREIRA

Sobre o assunto, o art. 17, §3º da Constituição Federal preconiza que:


Art. 17, §3º. Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas;
ou

tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais distribuídos em pelo


menos um terço das unidades da Federação.

ATENÇÃO!

Essa rígida “cláusula de barreira”, contudo, somente será aplicada a partir das
eleições de 2030, prescrevendo a EC n. 97/2017 regras de transição.

CURIOSIDADE:

Na legislatura seguinte às eleições de 2018:


obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3
das unidades da Federação;
Na legislatura seguinte às eleições de 2022:
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;

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Na legislatura seguinte às eleições de 2026:


obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas;
tiverem elegido pelo menos 13 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação.

DICA 78
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios.
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação.
A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de
autoadministração, auto-organização e autogoverno.

Insta destacar que auto-organização é diferente de autogoverno que é diferente de


autoadministração! Calma, veja só:

AUTO-ORGANIZAÇÃO

Auto-organização corresponde a capacidade de o estado se organizar conforme a edição


da Constituição estadual e das leis estaduais.

AUTOGOVERNO

Autogoverno está configurado na existência dos três poderes: Poder Executivo


(Governador), Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF) e
Poder Judiciário (Justiça Estadual).

AUTOADMINISTRAÇÃO

Autoadministração, que é o exercício de competências administrativas,


legislativas e tributárias. Corresponde ao desenvolvimento da auto-organização e do
autogoverno.

DICA 79
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências corresponde ao papel que cada ente federativo (União,
estados, DF e municípios) exercerá.
No Brasil foi utilizado o critério da predominância de interesses, para a repartição das
competências.
Em caso de interesse geral, a competência será da União. Os interesses regionais são
de competência dos Estados. Os municípios têm competência para matérias de interesse
local.
O Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais.

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DICA 80
COMPETÊNCIAS

As competências podem ser divididas em:

Exclusiva: é atribuída a apenas um ente, mas não admite delegação.

Privativa: é atribuída a apenas um ente, mas admite delegação.

Comum: são as competências administrativas, é comum a todos os entes da


federação.

Concorrente: são competências legislativas, mais de um ente pode tratar do assunto.


Os municípios estão excluídos desta competência.
DICA 81
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
As competências exclusivas são enumeradas no art. 21, da CF.

Essas competências, em sua maioria, têm relação com a República Federativa do


Brasil, vejamos:

Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

Declarar a guerra e celebrar a paz;

Assegurar a defesa nacional;

Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

Emitir moeda;

Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,


especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
previdência privada;

Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social.

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DICA 82
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

Sobre a predominância do interesse, observam-se as seguintes competências:

Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de


telecomunicações;

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: radiodifusão


sonora, e de sons e imagens; os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água; a navegação aérea, aeroespacial e a
infraestrutura aeroportuária; os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou
Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres;

Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos


Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;

Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de


bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Conceder anistia;

Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio


estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e
o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e
condições:

toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos
e mediante aprovação do Congresso Nacional;

sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de


radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;

sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de


radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa.


DICA 83
COMPETÊNCIA PRIVATIVA

A Competência privativa está relacionada a matéria legislativa:

Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,


espacial e do trabalho;

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Mnemônico: CAPACETE PM

C Civil
A Agrário
P Penal
A Aeronáutico
C Comercial
E Eleitoral
T Trabalho
E Espacial
P Processual
M Marítimo

Desapropriação;

Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

Serviço postal;

Diretrizes da política nacional de transportes;

Trânsito e transporte;

Populações indígenas;

Sistemas de consórcios e sorteios;

Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação,


mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros
militares;

Seguridade social;

Diretrizes e bases da educação nacional;

Registros públicos;

Atividades nucleares de qualquer natureza;

Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

Propaganda comercial.
DICA 84
COMPETÊNCIA COMUM
A competência comum se relaciona com matérias administrativas e são compartilhadas
entre todos os entes federativos (União, estados, DF e municípios).

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As principais competências são:

Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,


os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à


pesquisa e à inovação;

Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

Preservar as florestas, a fauna e a flora;

Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.


DICA 85
COMPETÊNCIA CONCORRENTE

A competência concorrente se relaciona com matérias legislativas e são compartilhadas


entre a União, estados e DF:

ATENÇÃO!!

Os Municípios não compartilham da competência concorrente.

Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;


Mnemônico:

T Tributário

E Econômico

P Penitenciário

U Urbanístico

F Financeiro

Juntas comerciais;

Produção e consumo;

Responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de


valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento


e inovação;

Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

Procedimentos em matéria processual;

Previdência social, proteção e defesa da saúde;


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Proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

Proteção à infância e à juventude;

Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.


DICA 86
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
Na competência concorrente, a CF enumerou diversos assuntos que deverão ser
disciplinados pela União, estados e DF.

Com o objetivo de não causar divergência entre os entes federados, a Constituição


estabeleceu que:

A União tem competência para estabelecer normas gerais;

Os Estados e o DF poderão exercer a competência suplementar sobre os assuntos


tratados de forma geral pela União, de acordo com as particularidades de cada Estado e DF.

Se não houver legislação federal geral, os Estados e o DF exercerão a competência


legislativa plena, ou seja, disporão sobre os assuntos de forma geral e específica.

Caso a União edite uma norma GERAL depois que o Estado já disciplinou o tema de forma
plena (geral e específica), a norma federal suspende a lei estadual, no que for contrário.

ATENÇÃO!!

Haverá a suspensão da norma estadual. É comum colocarem as questões que lei


federal revoga a lei estadual, o que não é verdade, pois haverá a suspensão.

DICA 87
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS
A competência legislativa dos estados é residual, o que significa que o estado irá legislar
sobre as matérias que não sejam de competência da União e nem dos municípios.
Existem duas previsões importantes sobre a capacidade legislativa dos estados na CF.

Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de


gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação.

Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,


aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum.
DICA 88
COMPARATIVO DE COMPETÊNCIAS
ATENTE-SE!! Isso aqui não cai, “despenca”. Por isso, fique atento (a) as diferenças
entre a competência privativa e concorrente.

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Vejamos:

COMPETÊNCIA PRIVATIVA COMPETÊNCIA CONCORRENTE

Direito: civil, comercial, penal, processual, Direito: tributário, econômico,


eleitora, agrário, marítimo, aeronáutico, penitenciário, urbanístico e financeiro
espacial e do trabalho – CAPACETE PM; – TEPUF;
Seguridade social; Previdência social, proteção e
defesa da saúde;
Direito Processual.
Procedimentos em matéria
processual.

DICA 89
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ACESSO
Conforme o artigo 37, inciso I, da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei.
Os editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem,
salvo em situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais. Assim, caso uma pessoa que tenha uma tatuagem que faça apologia ao
nazismo por exemplo, será excluída do certame público.
Os requisitos para acesso aos cargos públicos devem ser comprovados na data da POSSE.

ATENÇÃO!!

Nos concursos para magistratura e Ministério Público, o requisito da atividade jurídica


deve ser comprovado na data da inscrição definitiva.

DICA 90
CONCURSO PÚBLICO
A exclusão do candidato que esteja respondendo a inquérito policial e ação penal não
transitada em julgado fere o princípio da presunção de inocência.
É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida
à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do
concurso público.
Caso seja cobrado no concurso matéria não prevista no edital, é possível que incida controle
judicial nesse caso.
Em respeito ao princípio da legalidade, somente será possível sujeitar candidato a exame
psicotécnico quando houver previsão legal.
É obrigatório a previsão de vagas em concurso público para pessoas portadoras de
deficiência. A Lei 8.112/90 prevê que serão reservadas até 20% das vagas.

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AUDITORIA
DICA 91
PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE AUDITORIA

Planejamento da auditoria:

Estabelecer os termos da auditoria;

Obter entendimento;

Realizar avaliação de risco ou análise do problema;

Identificar riscos de fraude;

Criar um plano de auditoria.


DICA 92
PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE AUDITORIA

Execução da auditoria:

Fazer os procedimentos de auditoria planejados para obter evidências;

Observar as evidências de auditoria e tirar conclusões.


DICA 93
PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE AUDITORIA

Relatório e Monitoramento:

Elaborar um relatório baseado nas conclusões alcançadas;

Monitorar as questões relatadas como relevantes.


DICA 94
NBC 530 - RISCO DE AMOSTRAGEM

Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra,


pudesse ser diferente se toda a população e fosse sujeita ao mesmo procedimento de
auditoria. O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:

no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do


que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de
conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma
opinião de auditoria não apropriada.

no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do


que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção
relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a
eficiência da auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para
estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.
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DICA 95
NBC 530- NATUREZA E CAUSA DE DESVIOS E DISTORÇÕES
O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções
identificadas e avaliar o possível efeito causado por eles na finalidade do procedimento de
auditoria e em outras áreas de auditoria. Em circunstâncias extremamente raras, quando o
auditor considera que uma distorção ou um desvio descoberto na amostra são anomalias,
o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não
sejam representativos da população.
O auditor deve obter esse grau de certeza mediante a execução de procedimentos adicionais
de auditoria, para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que a distorção
ou o desvio não afetam o restante da população.
DICA 96
NBC 530- UNIDADE DE AMOSTRAGEM

Segundo a NBC 530, as unidades de amostragem podem ser:

itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de depósito,


lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de
devedores) ou

unidades monetárias.
DICA 97
NBC 530- MÉTODOS DE SELEÇÃO DA AMOSTRA

Existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes:

Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como,


por exemplo, tabelas de números aleatórios).

Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem na população é


dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por
exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª
unidade de amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de início possa ser
determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja realmente aleatória se ela for
determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas
de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar
que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o
intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular da população.
DICA 98
NBC 530- MÉTODOS DE SELEÇÃO DA AMOSTRA

Existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes:

Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores, na qual


o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores
monetários.

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Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica
estruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim,
evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens
difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de
uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população
têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usa a
amostragem estatística.
DICA 99
NBC 530- MÉTODOS DE SELEÇÃO DA AMOSTRA

Existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes:

Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da


população. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria
porque a maioria das populações está estruturada de modo que esses itens em sequência
podem ter características semelhantes entre si, mas características diferentes de outros
itens de outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser
apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente
seria uma técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter
inferências válidas sobre toda a população com base na amostra.
DICA 100
RISCO DE AUDITORIA

O chamado risco de auditoria é o risco de que o auditor mostre uma opinião de


auditoria não adequada quando as demonstrações financeiras tiverem distorção relevante
(ISSAI 1200; ISA/NBC TA 200), em outras palavras, é o risco de que o auditor possa, de
forma não advertida, não mudar sua opinião a respeito das demonstrações financeiras que
possuam distorções relevantes.
Assim sendo, o risco de auditoria é uma função do risco de distorção relevante e do risco
de detecção.
DICA 101
AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA

Seleção aleatória dos itens da amostra;

Utilização da teoria das probabilidades para observar os resultados das amostras;

Deixa controlar e quantificar o risco de amostragem.


DICA 102
PRINCÍPIOS GERAIS DA AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO

Ética e independência;

Julgamento, devido zelo e ceticismo profissionais;

Controle de qualidade;

Gerenciamento de equipes e habilidades;

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Risco de auditoria;

Materialidade;

Documentação;

Comunicação.
DICA 103
RELATÓRIO DE AUDITORIA

O relatório de auditoria é um instrumento técnico elaborado por auditor, com a


finalidade de comunicar, inclusive em meio eletrônico, ao Tribunal, às partes interessadas,
aos responsáveis pela governança e ao público em geral, para que tomem ciência dos
trabalhos realizados, dos achados de auditoria, das responsabilidades imputadas e das
medidas a serem adotadas.
DICA 104
JULGAMENTO INSTITUCIONAL E JULGAMENTO PROFISSIONAL

Julgamento profissional: Análise técnica feita por auditores ou pela equipe de


auditoria.

Julgamento institucional: Realizado pelos colegiados do Tribunal no exercício da


competência estabelecida pelo art. 71, II, da CF/88.
IMPORTANTE: O julgamento profissional é preciso, em particular, em algumas decisões
sendo um exemplo deste tipo de materialidade e risco de auditoria.
DICA 105
PROCEDIMENTO SUBSTANTIVO

O procedimento substantivo tem por intuito observar a validade dos registros, ou


seja, a substância. Estão inclusos:

Testes de detalhes;

Procedimentos analíticos substantivos.

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ECONOMIA DO TRABALHO
DICA 106
DEMANDA E OFERTA
A Oferta de determinado produto se define pelas várias quantidades que os produtores
estão dispostos e aptos a oferecer ao Mercado, em função de vários níveis possíveis de
preços, em dado período de tempo.
Por sua vez, a Demanda (Procura) de determinado produto é delineada através das
várias quantidades que os consumidores estão dispostos e aptos a adquirir, em
função de vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo.
Portanto, demanda é a quantidade de bens que os consumidores desejam e podem adquirir.
DICA 107
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
Trata-se da relação técnica existente entre as quantidades físicas produzidas de
determinado produto e as quantidades físicas dos fatores empregados na sua produção em
determinada unidade de tempo.
Dessa forma, a função de produção consegue indicar o máximo de produto que se pode
obter com as quantidades dos fatores, uma vez escolhido o processo de produção que seja
mais conveniente.

Assim, a função de produção relaciona a produção (quantidade física gerada do produto)


e a quantidade física de fatores de produção utilizados, em um determinado período.
Vejamos a representação:
Q = F (mão de obra, Capital- K, Matéria-Prima, outros fatores)
DICA 108
PRODUTO MÉDIO DE INSUMO
Trata-se do produto total dividido pelo montante do insumo utilizado na produção deste
produto.

Ou seja, refere-se à proporção produto-insumo para cada nível de produção e o


correspondente volume de insumo.
DICA 109
PRODUTO MARGINAL
Trata-se do acréscimo do produto total atribuível ao aumento de uma unidade de
insumo variável no processo de produção, mantendo-se constante todos os demais
insumos.
O Produto Marginal somente se refere a comparações dos resultados de experimentos
simultâneos e não sucessivos aumentos de unidade do insumo variável em um experimento.
DICA 110
PRODUTO MARGINAL DE MÃO DE OBRA - PMG
Também tratado pelas siglas PmgL ou PMg, refere-se ao volume de produção adicional
criado ao se acrescentar um trabalhador.
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A Receita Marginal da Mão de Obra (RmgL) é o valor da produção adicional obtida.


Refere-se, assim, ao acréscimo obtido na receita total da empresa em consequência da
contratação de um trabalhador adicional.
Ou seja, quanto é o ganho de saída na produção com uma unidade extra de entrada na
organização (um trabalhador a mais/extra).
Associe, portanto, a palavra marginal a um acréscimo/incremento.
DICA 111
PRODUTO MÉDIO DE MÃO DE OBRA – PME
O Produto médio da mão de obra (PmeL ou PMe) trata da produção na organização por
trabalhador.
Dessa forma, tem que se dividir a produção total pela quantidade de trabalhadores.
DICA 112
CUSTOS DE PRODUÇÃO.
Os custos de produção se referem a TODOS os custos que uma empresa possui direta ou
indiretamente na produção de determinado bem ou na prestação de um serviço.
Os custos poderão ser fixos ou variáveis, a depender da quantidade de pedidos ou das
características inerentes do produto ou do serviço.
Além disso, os curtos de produção formam uma base de essencial importância no momento
da precificação de venda dos produtos e serviços.

Muitos itens são considerados nos custos de produção, destacando-se os seguintes:

matéria-prima;

logística;

remuneração da equipe;

manutenção e operação de maquinário;


IMPORTANTE: Não confunda os custos de produção com despesas e gastos!
Custos de produção: conforme já explanado, são todos os custos fixos ou variáveis que
que se relacionam com a produção de determinado produto ou serviço;
Despesas: são valores destinados a despesas necessárias, mas não ligadas a produção da
empresa. Como exemplo podemos citar o salário da equipe de marketing, do setor
financeiro e administrativo;
Gastos: referem-se aos valores não previstos inicialmente pela empresa, ou seja, custos
de manutenção corretiva, pedidos extras a fornecedores dentre outros.
DICA 113
CUSTO MARGINAL
O custo marginal é o aumento de custo total causado por uma unidade adicional de
produto produzida. O custo marginal informa o custo do aumento da produção em uma
unidade.

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Exemplificando: uma determinada empresa realiza uma produção de 200, para aumenta-
la para 201 (mais uma unidade) é necessário aumentar o custo total de 150 para 175. Neste
caso, o custo marginal será 25 referentes ao acréscimo de custo.

É possível representar de forma algébrica o Cmg dessa forma:

DICA 114
CUSTO MÉDIO
O custo médio é o custo total dividido pela quantidade de produtos produzidos (nível de
produção), ou seja, é o custo por unidade de produto.

Exemplificando: Uma firma com produção de 200 e custo total de 150, o custo médio
será 150/200=0,75.

Assim, a forma algébrica é:


Cme= CT/Q
DICA 115
LUCRO MÁXIMO
O lucro máximo de uma organização é atingido quando a receita marginal é igual ao
seu custo marginal.
Dessa forma, enquanto a empresa estiver produzindo com custo marginal inferior à receita
marginal, é necessário continuar produzindo e aumentando seu volume de produção, uma
vez que cada unidade adicional produzida gera mais receita que custo.
DICA 116
ECONOMIA E DESECONOMIAS DE ESCOPO
Economias de escopo é a situação na qual a produção conjunta de uma única empresa é
maior que as produções atingidas por duas empresas diferentes.

Ex.: Xampu e condicionador.


Por sua vez, deseconomias de escopo ocorrem na medida em que uma empresa
apresenta uma produção conjunta que é inferior do que a alcançada por empresas distintas.
Pode ocorrer naqueles casos em que as produções distintas não possuem o mesmo
escopo/finalidade, bem como também no caso de a produção de um produto for conflitante
por algum motivo com a produção do segundo produto.
DICA 117
FALHAS DE MERCADO
Em um cenário ideal, tem-se uma estrutura de mercado de concorrência perfeita, com o
emprego com a máxima eficiência dos recursos escassos.

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Assim, o seu resultado seria a situação de equilíbrio para cada agente e para a economia
de um todo, haja vista que nenhuma transação voluntária entre agentes poderia melhorar
a situação de um sem piorar a situação de outros. Estaria assim o chamado equilíbrio ótimo
de Pareto.
Contudo, na realidade de uma sociedade de economia moderna, não é bem isso que ocorre.
Na verdade, se verifica uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, onde ocorrem
falhas de mercado e, portanto, o uso eficiente dos recursos escassos requer intervenção
governamental.
Percebe-se, portanto, que o mercado funciona geralmente de modo imperfeito.

As chamadas falhas de mercado relacionadas pela Teoria Econômica, de uma forma


técnica, são as seguintes:

imperfeições na concorrência;

mercados incompletos;

assimetria de informações;

externalidades;

existência de bens públicos.


DICA 118
EXTERNALIDADES
As externalidades se fazem presente no momento em que alguma atividade de
produção/consumo possui efeitos indiretos sobre outras atividades de
produção/consumo que não estejam diretamente refletidas nos preços de mercado.
Essa interação entre os produtores e os compradores acaba por gerar várias vezes estes
efeitos externos ao mercado, afetando o bem-estar de terceiros estranhos àquela transação.
Por exemplo, quando um mercado de produtos químicos promove poluição, acaba por
ocasionar um custo a terceiros que não tem nenhuma relação direta com esse mercado,
mas que sofrerão os custos dessa poluição.
DICA 119
EXTERNALIDADES NEGATIVAS NA PRODUÇÃO
Quando os participantes de determinado mercado acabam por gerar os custos para terceiros
estranhos, conforme visto anteriormente, está-se diante da chamada externalidade
negativa na produção.
Com a externalidade negativa na produção, o custo privado é menor que o custo social e,
portanto, a “oferta social” é menor do que oferta privada.
O mercado produz mais do que o socialmente desejável. Isso faz com que o governo haja
para que ocorra a internalização destes curtos, como por exemplo, cobrando um imposto
sobre a emissão de poluentes.
DICA 120
EXTERNALIDADES NEGATIVAS NO CONSUMO
É possível ocorrer também externalidades negativas no consumo. Sendo um grande
exemplo o hábito de fumar, que gera impactos negativos não apenas ao fumante, mas
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também nas pessoas que convivem ou até mesmo que se deparam em algum momento
com o fumante.
Não bastando acarretar maiores custos no sistema de saúde, também interfere em outros
aspectos/pessoas, fazendo com que, geralmente, se tenham elevados impostos sobre este
tipo de produto.
Nesta seara das externalidades, acaba surgindo o chamado Teorema de Coase, segundo
o qual, em certas circunstâncias, as externalidades podem ser corrigidas e internalizadas
pela negociação entre as partes afetadas, não sendo necessária a intervenção estatal.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 121
CONTRATAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO
A contratação de servidor público, após a CF/88, sem prévia aprovação em concurso público,
encontra óbice no respectivo art. 37, II, 2°, somente lhe conferindo direito ao pagamento
da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o
valor da hora do salário mínimo; dos valores referentes dos depósitos do FGTS.
DICA 122
CTPS
A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o
exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.

→ O QUE O TST TEM ENTENDIDO SOBRE O EXTRAVIO DA CTPS?


A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que o empregador indenize
uma professora por ter retido sua carteira de trabalho e previdência social (CTPS) além do
prazo legal durante a rescisão contratual. A decisão do colegiado seguiu a jurisprudência do
TST. E mais: A retenção do documento por prazo superior ao previsto em lei justifica o
pagamento de indenização por dano moral, porque o dano é presumível, ou seja, prescinde
de prova do dano efetivo.
DICA 123
ALTERAÇÃO CONTRATUAL - REQUISITOS PARA SUA VALIDADE

Qualquer alteração contratual, conforme art. 468 da CLT, deve observar os seguintes
requisitos:

Mútuo consentimento (concordância) das partes;

Que da alteração o empregado não sofra nenhum prejuízo, direta ou indiretamente,


não só pecuniários, mas de qualquer natureza (como benefícios, jornada de trabalho,
vantagens, saúde e segurança e etc.) anteriormente garantidos.
Portanto, qualquer alteração em desconformidade com os requisitos acima não produzirá
qualquer efeito no contrato de trabalho.
DICA 124
MANUTENÇÃO DA ESSÊNCIA DO CONTRATO - CONDIÇÕES DE ALTERAÇÃO
UNILATERAL

A CLT estabelece algumas condições lícitas em que o empregador poderá alterar o


contrato de trabalho, a saber:

mudança do local de trabalho desde que não se caracterize a transferência, ou seja,


desde que não haja a mudança de domicílio do empregado;

mudança de horário (de manhã para tarde ou de noturno para diurno);

alteração de função, desde que não represente rebaixamento para o empregado;

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transferência para localidade diversa da qual resultar do contrato no caso do


empregado que exerça cargo de confiança;

transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o


empregado;

transferência do empregado para localidade diversa da qual resultar do contrato quando


desta decorra necessidade do serviço, sob pagamento suplementar, nunca inferior a 25%
do salário;

determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo,


anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
DICA 125
MANUTENÇÃO DA ESSÊNCIA DO CONTRATO - POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO
O empregador deve se atentar para as alterações que decorrem da sua liberalidade ou
simples falta de atenção em relação ao que foi contratado e o que de fato acontece, já que
o princípio da "Primazia da Realidade" (um dos princípios do Direito do Trabalho), dispõe
que havendo divergência entre a realidade fática e a realidade de documentos e acordos,
prevalece o mundo dos fatos.
DICA 126
EXEMPLOS DE NULIDADE DA ALTERAÇÃO CONTRATUAL POR LIBERALIDADE
Assim, se um empregado contratado para trabalhar 44 horas semanais (mundo das formas)
acaba trabalhando somente 36 horas (mundo dos fatos) por liberalidade ou por prática do
empregador, entende-se que houve uma alteração tácita de contrato de trabalho por
vontade exclusiva do empregador.
Neste caso, o empregador não poderá mais alterar o contrato de trabalho deste empregado
ou exigir que este trabalhe 44 semanais, sem que haja o aumento proporcional do salário
em razão das horas trabalhadas, uma vez que poderá caracterizar prejuízos ao empregado,
situação em que a alteração será considerada nula perante a Justiça do Trabalho.
DICA 127
ALTERAÇÃO CONTRATUAL BILATERAL
O art. 448 da CLT estabelece como regra geral que só é lícita a alteração das condições
do contrato de trabalho, por mútuo consentimento, o que significa que a alteração tem
de ser de forma bilateral com a concordância das duas partes, empregado e empregador.

Art. 468, CLT. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.

DICA 128
ALTERAÇÃO CONTRATUAL UNILATERAL
Unilateral é a alteração feita somente por uma das partes, o empregador. Ao determinar
o art. 468 como regra geral serem válidas somente as alterações feitas por mútuo
consentimento (bilateral), vedou as alterações feitas por vontade única (unilateral) do
empregador.

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DICA 129
ALTERAÇÃO PREJUDICIAL NULA
Pelo Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva é NULA qualquer alteração
lesiva no contrato de trabalho do empregado.
É o que se verifica na parte final do art. 468 da CLT, que estabelece que mesmo havendo a
concordância, são nulas as alterações que resultem direta ou indiretamente prejuízos ao
empregado.
Nulidade estabelecida no art. 9º da CLT que determina nulos de pleno direito todos os atos
praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar os preceitos da CLT.

CLT - Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.

DICA 130
ALTERAÇÃO REDUÇÃO DOS DIREITOS
Aplica-se as alterações do contrato de trabalho também o Princípio da
Irrenunciabilidade dos Direitos, pelo qual são irrenunciáveis todos os direitos
trabalhistas adquiridos pelo empregado.
Os direitos trabalhistas previstos na Constituição, em especial artigo 7º, são considerados
direitos adquiridos. Os direitos adquiridos não podem ser modificados ou suprimidos, nem
mesmo por lei, conforme o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.

Art. 5º, CRFB (...)


XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

DICA 131
ALTERAÇÃO DE FUNÇÃO- REBAIXAMENTO
O rebaixamento é a alteração da função do empregado, para outra de menor importância.
É proibido, exceto no caso de reversão. A Reforma Trabalhista inclui o parágrafo 2º ao
art. 468 da CLT, mudando o entendimento do TST por meio da Súmula 372, no que se
refere à retirada do valor da gratificação de função. Reversão, por sua vez, é o retorno do
empregado que exerce função de confiança ao cargo efetivo anteriormente ocupado. É
permitida por expressa disposição de lei. (art. 468, § 1º, da CLT).
De acordo com o novo parágrafo 2º do art. 468, na hipótese de o empregado permanecer
por dez anos ou mais na função de gerente, o empregador poderá revertê-lo à função
anterior, inclusive poderá deixar de pagar a gratificação que o empregado recebia pela
função, independentemente do tempo que a recebeu, o que vai contra o entendimento do
TST que, por meio da Súmula 372, entendia não ser possível a retirada da gratificação, se
o empregado a recebesse por dez anos ou mais.

Art. 468. ... § 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador


para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado,
deixando o exercício de função de confiança. § 2º A alteração de que trata o § 1o deste
artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do
pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada,
independentemente do tempo de exercício da respectiva função.

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SÚMULA Nº 372 DO TST

GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES (conversão das


Orientações Jurisprudenciais nos 45 e 303 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25-
04-2005 I – Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se
o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a
gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. (ex-OJ n. 45 da SBDI-
1 - inserida em 25-11-1996) II – Mantido o empregado no exercício da função
comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação. (ex-OJ n. 303 da
SBDI-1 – DJ 11-08-2003)

DICA 132
PROIBIÇÃO DE TRABALHO PARA OUTRO EMPREGADOR

Durante as férias eu posso trabalhar? Não, o art. 138 da CLT é bem específico nisto:

Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro
empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho
regularmente mantido com aquele.

Sendo assim, o empregado está vedado de trabalhar a outro empregador, exceto se ele
estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho pré-existente. Logo, a
proibição de trabalho durante as férias é apenas para aqueles empregados que tem um
emprego e que, durante as férias, procuram outro emprego ou até mesmo um “bico”.
DICA 133
CONTRATO PARA PRESTAÇÃO DE TRABALHO INTERMITENTE

A modalidade do contrato de “trabalho intermitente” foi acrescida ao art. 443 da CLT


pela Lei da Reforma Trabalhista nº 13.467/2017, que estabeleceu os direitos e obrigações
contratuais no art. 452-A da CLT:

a)Contrato escrito e anotado na CTPS;


b) Valor hora ou dia igual ao valor do salário mínimo por hora ou equivalente aos
salários dos demais empregados da empresa;
c) Convocação por meio idôneo com antecedência mínima de três dias;
d) O empregado tem um dia útil para responder, sendo que a recusa não exclui a
subordinação;
e) A recusa não descaracteriza a subordinação;
f) É devida multa de 50% da prestação do serviço, pelo descumprimento;
g) Durante o período de inatividade, o empregado poderá prestar serviços a outros
contratantes;
h) Com exceção ao saque do FGTS, todas as demais parcelas remuneratórias deverão
ser quitadas no término da prestação do serviço;
i) O empregador deverá efetuar o pagamento do FGTS e do INSS com base no valor
pago de salário durante o mês;
h) A cada doze meses, o empregado terá direito a um mês de férias, em que não poderá
ser acionado.

→ configura conduta abusiva e antissindical.


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DICA 134
DISPENSA, PANDEMIA E FORÇA MAIOR- TST
O TST decidiu que a pandemia da COVID-19 não justifica dispensa de mecânico de
empresa de ônibus por força maior. Isto porque, na visão do relator, a dificuldade financeira
enfrentada pelas empresas, por constituir risco previsível da atividade econômica, não se
enquadra como episódio de força maior. Um posicionamento bastante interessante, sobre o
uso da ideia da força maior para justificar uma dispensa, durante o período da pandemia,
justificativa esta que não foi seguida pelo Tribunal.
DICA 135
AFASTAMENTO - MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE
Tem o TST- Tribunal Superior do Trabalho editada a Súmula nº 440, com o entendimento
majoritário que assegura o direito à manutenção do plano de saúde ou de assistência
médica, oferecidos pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de
trabalho em virtude de Auxílio-doença ou Aposentadoria por invalidez.

TST – SÚMULA Nº 440

Auxílio-doença acidentário. Aposentadoria por invalidez. Suspensão do contrato de


trabalho. Reconhecimento do direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência
médica. (Res. nº 185/2012, DeJT 25.09.2012).

Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido


pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de
auxílio doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
DICA 136
GREVE SEM RECEBIMENTO DO SALÁRIO – SUSPENSÃO
No período de ausência do empregado por greve sem o recebimento do salário o
contrato de trabalho fica suspenso.
A greve é um direito assegurado pelo artigo 9º da Constituição Federal, que estabelece
que, compete aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e os interesses
que devam por meio dele defender.

Art. 9º, CRFB - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender.
Os parágrafos 1º e 2º do art. 9º da Constituição Federal estabelecem que, lei definirá os
serviços ou atividades essenciais, disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade, devendo os abusos cometidos sujeitarem os responsáveis às
penas da lei.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Como se verifica, o artigo 9º da Constituição Federal estabelece o direito à greve, contudo


nada menciona sobre os salários dos dias de paralisação/afastamento da empresa.

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DICA 137
AFASTAMENTO - MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE GREVE
CUIDADO COM A PEGADINHA!!!
Havendo acordo, convenção coletiva, laudo arbitral ou decisão da justiça do trabalho, é
estabelecida a matéria relativa à suspensão sem pagamento ou interrupção com
pagamento, dos salários dos dias em greve.
Em muitos casos, ficou estabelecido ou determinado como interrupção com pagamento do
salário, com a compensação posterior das horas dos dias de greve.

Independentemente dos posicionamentos contrários e favoráveis, relativamente à


matéria de suspensão e interrupção do contrato de trabalho, o que a define é o pagamento
ou não dos salários:

Afastamento em greve – SEM PAGAMENTO de salário é SUSPENSÃO do contrato de


trabalho.

Afastamento em greve – COM PAGAMENTO de salário é INTERRUPÇÃO do contrato


de trabalho.
DICA 138
LICENÇA NÃO REMUNERADA – SUSPENSÃO DO CONTRATO
No período de ausência do empregado por Licença Não Remunerada, SEM o
recebimento do salário, o contrato de trabalho fica suspenso.
A licença não remunerada do trabalho é aquela em que o empregado solicita ao
empregador para se ausentar da empresa por motivos de ordem particular ou familiar, sem
que o contrato de trabalho seja rescindido.
Durante o período de licença não remunerada o contrato de trabalho fica suspenso durante
a ausência do empregado, voltando a vigorar quando de seu retorno.
OBS.: No período da licença não remunerada, em virtude da suspensão do contrato,
o empregado não tem direito ao salário, não tem recolhimento de INSS, não tem FGTS,
não tem contagem para tempo de serviço, férias, 13º salário.
Entende-se que não pode licença ser proposta pelo empregador ao empregado, a solicitação
cabe somente por parte do empregado, não existindo obrigatoriedade de aceitação pelo
empregador, que pode ou não concordar com o pedido.
O permissivo legal para que o empregador aceite o pedido de licença do empregado, se
encontra no art. 444 da CLT que estabelece as relações contratuais de trabalho podem ser
objeto de livre estipulação, desde que respeitem as disposições de proteção ao trabalho,
normas coletivas e as decisões das autoridades competentes.
DICA 139
INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
Ocorre a interrupção do contrato, quando nos dias de afastamento, o contrato de trabalho
continua a vigorar, surte algum efeito jurídico.
Na interrupção o período conta como tempo de serviço como para FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço) ou férias, e/ou o empregado recebe do empregador o salário dos dias

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do afastamento, como ocorre por exemplo, na Falta Justificada Não descontada, Auxílio-
doença primeiros 15 dias, Greve Com Recebimento de Salário, Licença Remunerada.
Para que se configure em interrupção, o empregado deve ficar afastado por algum motivo
previsto em lei e ter direito ao recebimento do salário, configurando-se também em
interrupção, mesmo não tendo direito ao salário, todos os casos em que durante o
afastamento o contrato surtiu algum efeito, como por exemplo, a obrigatoriedade do
recolhimento do FGTS.
DICA 140
FGTS DURANTE A INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
Existindo a obrigatoriedade legal do recolhimento do FGTS durante o período de
afastamento, o período também se configura como interrupção, em virtude de o contrato
estar surtindo algum efeito.

De acordo com o estabelecido no art. 28 do Decreto nº 99.684 de 1990 que consolida as


normas regulamentares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), é obrigatório o
recolhimento nos casos de interrupção do contrato de trabalho, tais como:

Prestação de serviço militar;

Licença para tratamento de saúde até 15 dias;

Licença por acidente do trabalho;

Licença gestante; e

licença-paternidade.

Decreto 99.684/1990:

Art. 28. O depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório também nos casos de
interrupção do contrato de trabalho prevista em lei, tais como:
I - prestação de serviço militar;
II - licença para tratamento de saúde de até quinze dias;
III - licença por acidente de trabalho;
IV - licença à gestante; e
V - licença-paternidade.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a base de cálculo será revista sempre que
ocorrer aumento geral na empresa ou na categoria profissional a que pertencer o
trabalhador.

DICA 141
INTERRUPÇÃO DO CONTRATO

Temos a interrupção do contrato, por exemplo:


Ausência legal do empregado autorizada pelo art. 473 da CLT (falecimento de parentes,
casamento, nascimento de filho, doação de sangue, alistamento eleitoral, alistamento
militar, exame de vestibular, comparecimento em juízo).

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→Faltas Justificadas e Abonadas;


→Quinze Primeiros dias Doença (licença para tratamento de saúde até 15 dias);
→Todos os dias Acidente do Trabalho (licença por acidente do trabalho);
→ Dias em Férias;
→ DSRs - Descansos Semanais (domingos e feriados);
→ Licença Maternidade (licença gestante);
→ Aborto não criminoso;
→ Serviço Militar (prestação de serviço militar).
DICA 142
AFASTAMENTO AUXÍLIO-DOENÇA - 15 PRIMEIROS DIAS - INTERRUPÇÃO DO
CONTRATO
Nos 15 primeiros dias de afastamento do empregado, em auxílio doença ou auxílio
acidente, o contrato de trabalho fica interrompido.
Nos 15 primeiros dias de afastamento de auxílio-doença ou acidente, a interrupção do
contrato tem efeito somente no tocante a não prestação dos serviços. O empregado
tem direito ao salário, a contagem de tempo de serviço, FGTS, férias e 13º salário dos dias
ou período de afastamento.
O pagamento dos 15 primeiros dias é de responsabilidade do empregador, por determinação
do parágrafo 3º do art. 60 da lei 8.213/91 (lei da previdência social).

Art. 60, Lei 8.213/91. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar
do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a
contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
(...)
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário
integral.
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo
o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º,
somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando
a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.

DICA 143
AFASTAMENTO AUXÍLIO-ACIDENTE – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que o empregado estiver afastado do trabalho por motivo de acidente do
trabalho, dos 15 primeiros dias e também do 16º dia em diante, o contrato de trabalho
fica interrompido.

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O afastamento por até 15 dias, em virtude de doença, é interrupção do contrato,


devendo a empresa efetuar o pagamento do salário, nos termos do parágrafo 3º do art. 60
da lei da Previdência a de nº 8.213/91:

Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto
dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do
início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário
integral.

DICA 144
AFASTAMENTO AUXÍLIO-ACIDENTE – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
Se o empregado ficar afastado mais tempo, do 16º dia em diante, o pagamento é feito
pelo INSS, contudo continua o afastamento em auxílio-acidente, sendo interrupção do
contrato de trabalho.
Considera-se todo o período como interrupção do contrato, por determinar o parágrafo 1º
do art. 4º da CLT, que o período de afastamento em acidente do trabalho, entra na
contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade.

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à


disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando
serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.

De acordo com o art. 86 da lei 8.213/91, o auxílio-acidente devido a partir do dia seguinte
à cessação do auxílio-doença, será concedido como indenização ao empregado segurado,
por sequelas que impliquem na redução da capacidade para o trabalho.

Art. 86, Lei 8.213/91. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao


segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia.
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-
benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer
aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo
acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria,
observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-
acidente.
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do
auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a
doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho
que habitualmente exercia.

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DICA 145
DIAS EM FÉRIAS – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que o empregado estiver afastado do trabalho, em férias, o contrato de
trabalho fica interrompido.
Durante os dias de gozo das férias, o empregado recebe o seu pagamento a título de férias
e com o acréscimo de mais 1/3, como estabelecido pelo artigo 7º, inciso XVII da
Constituição Federal.

Art. 7º, CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
- gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;

Temos no artigo 130 da CLT a determinação legal de que o período de férias será
computado para todos os efeitos, como tempo de serviço:

Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.

Como durante as férias existe o pagamento e o período de ausência é contado como de


tempo de serviço, o contrato de trabalho continuou a surtir efeito, sendo considerado
interrompido.
DICA 146
DSRS – DESCANSOS SEMANAIS REMUNERADOS – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que o empregado estiver afastado do trabalho em descanso semanal
(domingos), com o pagamento do salário, o contrato de trabalho fica interrompido.
O Descanso Semanal Remunerado tem previsão na lei nº 605/49 que estabelece o direito
de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos.
Lei 605/49 - Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte
e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências
técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.
DICA 147
DSRS – DESCANSOS SEMANAIS REMUNERADOS – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O DSR – Descanso Semanal está previsto como sendo remunerado, tem o empregado o
direito a descansar as 24 horas e receber o dia do descanso.
Sendo remunerado o dia do DSR, recebe o empregado o pagamento pelo dia do descanso,
que também conta para tempo de serviço, tem efeito o contrato de trabalho, é considerado
interrompido.
Estabelece que o artigo 6º da Lei 605/49 que não tem direito a receber a remuneração do
descanso semanal remunerado (DSR) de 24 horas, o empregado que não tiver cumprido
durante a semana anterior integralmente sua jornada de trabalho.
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Art. 6º - Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu
horário de trabalho.

Na maioria das empresas é estabelecido com o empregado um valor pelo salário mensal, no
qual já está incluída a remuneração dos domingos DSRS.
É o motivo pelo qual escutamos dizer que o empregado quando falta, perde o dia da falta e
o domingo, o salário mensal já está com o valor de todos os dias úteis e dos domingos.
Ao faltar não cumpriu toda a jornada semanal, não adquiriu o direito ao domingo da semana
da falta, tendo o desconto da falta e do domingo DSR.
DICA 148
AFASTAMENTO LICENÇA MATERNIDADE – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que a empregada estiver afastada do trabalho por motivo licença maternidade,
o contrato de trabalho fica interrompido.
De acordo com o inciso XVIII do artigo 7º da Constituição Federal, o período de licença
maternidade é de 120 dias corridos.

Art. 7º, CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;

O Artigo 392 da CLT, também trata da licença maternidade, estabelecendo que o


afastamento pode ocorrer entre o 28º dia antes do parto e ocorrência deste.

Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e


vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
§ 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data
do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo)
dia antes do parto e ocorrência deste.
§ 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2
(duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.
§ 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais
direitos:
I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

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DICA 149
AFASTAMENTO LICENÇA MATERNIDADE – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
A licença maternidade de 180 dias já existe desde a lei 11.770/08 que criou o Programa
Empresa Cidadã. Pela referida lei as empresas que aderirem ao programa têm incentivos
fiscais, para conceder a licença maternidade de até 180 dias.
Estabelece o artigo 72 da Lei 8.213/91 (Lei da Previdência), que o salário-maternidade
consistirá de renda mensal igual a remuneração integral, estabelecendo seu parágrafo
1º que, deve a empresa pagar a empregada para depois efetuar a compensação com as
contribuições previdenciárias a serem recolhidas.

Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa


consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral.
§ 1º Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada
gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição
Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e
demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço.

Como durante a licença maternidade existe o pagamento, o contrato de trabalho continuou


a surtir efeito, sendo considerado interrompido.
DICA 150
AFASTAMENTO ABORTO NÃO CRIMINOSO – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO

O período em que a empregada estiver afastada do trabalho em repouso em virtude de


aborto não criminoso, o contrato de trabalho fica interrompido.
Aborto não criminoso é o aborto espontâneo, aquele que acontece de forma natural, sem
a ocorrência de ato criminoso praticado pela grávida.
Estabelece o art. 395 da CLT que em caso de aborto espontâneo (não criminoso),
comprovado por atestado médico oficial, o contrato de trabalho será interrompido, tendo
direito a mulher a um repouso remunerado de 2 semanas.

Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a
mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o
direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.

O Decreto nº 3.048/99 que aprovou o regulamento da previdência social, através do


parágrafo 5º de seu art. 395, estabelece as 2 semanas de repouso remunerado, como
salário-maternidade, determinando em seu art. 94 que a empresa efetue o pagamento e
efetue a compensação em seus recolhimentos previdenciários.

Decreto 3048/99 - Art. 93 (...)


§ 5º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a
segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.

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Decreto 3048/99 - Art. 94. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste


numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa,
efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição, quando
do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,
devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no art. 198.

Tanto o artigo 395 da CLT, como o parágrafo 5º do art. 93 do Decreto 3048/99 estabelecem
que a empregada, recebe as 2 semanas de ausência que estiver afastada em decorrência
de aborto não criminoso.
Como durante a ausência por repouso remunerado em virtude de aborto não criminoso
existe o pagamento, o contrato de trabalho continuou a surtir efeito, sendo considerado
interrompido.

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SEGURIDADE SOCIAL
DICA 151
ARRECADAÇÃO - COMPETÊNCIA

A arrecadação é de competência da Secretaria da Receita Federal, devendo:

Executar;

Planejar;

Acompanhar;

Avaliar;
As atividades referentes de fiscalização, cobrança, arrecadação, e recolhimento das
contribuições da seguridade social.
Ao INSS, cabe tão somente administrar o plano de benefícios do RGPS.
DICA 152
ARRECADAÇÃO
O ente credor referente às contribuições previdenciárias é a Dívida Ativa da União,
conforme Lei 11.457/07.
A Secretaria da Receita Federal deverá proceder com a fiscalização de recolhimento das
contribuições patronais e de trabalhadores, e das contribuições devidas a outros
fundos e para outras entidades.
A prerrogativa para examinar contabilidade de empresas pertence aos Auditores fiscais da
Receita Federal.

ATENÇÃO!!

Foi extinta a Secretaria da Receita Previdenciária, do Ministério da Previdência


Social.

As contribuições sociais devidas a terceiros - outras entidades e fundos (SESI/ SENAI,


SESC/SENAC, SEST/SENAT, etc..) também serão arrecadas pela Receita Federal.
DICA 153
ARRECADAÇÃO
As dívidas pelas contribuições previdenciárias, serão executadas judicialmente pela
União, por intermédio da Procuradoria-Geral da Fazenda, e não pelo INSS, por não ter
mais legitimidade passiva para as ações de repetição de indébito previdenciário.
As dívidas pelas contribuições previdenciárias do empregador, empresas e equiparados, e
do trabalhador, serão executadas de ofício pela Justiça do Trabalho, resultado das
sentenças proferidas pela própria Justiça do Trabalho, haja vista a previsão constitucional.

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DICA 154
ARRECADAÇÃO
O produto resultante da arrecadação com as contribuições previdenciárias e seus acréscimos
legais deverão ser exclusivamente destinados ao pagamento dos benefícios do Regime Geral
de Previdência Social e creditados no Fundo Geral de Previdência Social -FGPS.

O recolhimento pela empresa deverá observar:


Recolhimento da “cota patronal”;

Recolhimento das contribuições dos empregados.


No prazo de até o dia 20 do mês subsequente ao da prestação do serviço, ou dia
útil anterior se não houver expediente bancário.
DICA 155
ARRECADAÇÃO – DO RECOLHIMENTO

O recolhimento pela Cooperativa de trabalho deverá observar:


Recolher até o dia 20 do mês seguinte ao da prestação dos serviços, ou dia útil
imediatamente anterior se não houver expediente bancário;

Desconto de 20% do valor da cota distribuída ao cooperado por


serviços prestados a empresas, pessoas físicas e entidades em gozo
de isenção.
DICA 156
ARRECADAÇÃO – DO RECOLHIMENTO

O recolhimento pela empresa contratante de cessão de mão-de-obra, inclusive


em regime de trabalho temporário, deverá observar:
Recolhimento em nome da cedente de mão-de-obra;
Reter 11% do valor bruto da nota fiscal/fatura de prestação de
serviços;
Prazo até o dia 20 do mês subsequente, ou dia útil anterior.
DICA 157
ARRECADAÇÃO – DO RECOLHIMENTO
O recolhimento pelo Contribuinte individual e facultativo deverá observar:
Recolhem as próprias contribuições;
Prazo até o dia 15 do mês subsequente, ou dia útil posterior;
Poderá escolher recolhimento trimestral caso a contribuição seja sobre o salário mínimo.
DICA 158
INSTITUIÇÃO DO CRÉDITO DA SEGURIDADE SOCIAL
O crédito da seguridade social possui característica tributária, sendo assim, constituído
por lançamento, propenso à apuração do fato gerador, efetuando o cálculo do valor do
tributo devido, matéria, indicando o sujeito passivo (devedor) da obrigação tributária,

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indicando aplicação da penalidade cabível ao caso. As contribuições pertencentes à


seguridade social serão lançadas por homologação.
DICA 159
INSTITUIÇÃO DO CRÉDITO DA SEGURIDADE SOCIAL
O pagamento da contribuição para a seguridade social funciona como causa de extinção
do crédito securitário, quitação que deverá ser realizada por iniciativa própria do
contribuinte (sujeito passivo) da relação.
Em caso de não pagamento regular, o Fisco promoverá o lançamento da dívida de ofício,
que poderá ser feita por aferição indireta.
DICA 160
INSTITUIÇÃO DO CRÉDITO DA SEGURIDADE SOCIAL
Caso seja constatada pela fiscalização a inexistência de legítimo registro contábil de
movimento das remunerações efetivadas dos segurados, de lucro e faturamento,
será realizada apuração por aferição indireta das contribuições devidas de fato, ficando à
cargo da empresa o ônus da prova, contraditar o apresentado pela fiscalização.

ATENÇÃO!!

A confissão de débito das contribuições para a seguridade social corresponde ao


lançamento por homologação.

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LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
DICA 161
DOS BENEFÍCIOS – DA CARÊNCIA – DA LIMITAÇÃO DA RENDA MENSAL
Lista das doenças que não exigem carência:

ISENTAM DE CARÊNCIA

Tuberculose ativa Espondiloartrose anquilosante

Hanseníase Nefropatia grave

Alienação mental Mal de Parkinson

Neoplasia maligna Cardiopatia grave

Cegueira Hepatopatia grave

Paralisia irreversível e incapacitante

Contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada

Estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante)

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida — AIDS

DICA 162
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO-ACIDENTE
O conceito de acidente é fato fortuito, inesperado, danoso que gere trauma ou exponha o
segurado a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos).

Para definição, consideram-se dois elementos:

Acidente decorrente de fatores externos (exógenos);

Acidente de origem traumática.


Ainda que o dano seja mínimo, o benefício de auxílio-acidente é devido.
Até a Lei 9.032/95, o auxílio-acidente era devido somente em situações de acidente
relacionado ao trabalho ou situações equiparadas ao trabalho.

STJ

Também será devido o auxílio-acidente se a sequela que acometer o segurado


empregado, avulso ou especial, decorrer de moléstia ocupacional (doença do trabalho
ou profissional), pois é equiparada legalmente ao acidente de trabalho, uma vez que há
o nexo causal entre a enfermidade e o labor.

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Entretanto, em caso de perda auditiva, só será devido o benefício quando a redução ou


perda da capacidade laboral entre a função habitual exercida, tenha nexo causal entre o
trabalho e a doença.
DICA 163
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO-ACIDENTE

Renda Inicial no auxílio-acidente será:

Correspondente a 50% do salário-de-benefício;

Renda Inicial no auxílio-acidente para o segurado especial será:

Correspondente a 50% do salário-mínimo;

Se estiver contribuindo facultativamente, o benefício será concedido com base no


salário de contribuição.

ATENÇÃO!!

É vedada a cumulação do auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

DICA 164
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19
A incapacidade laborativa acontece quando o segurado está incapacitado de exercer suas
atividades.

A incapacidade laborativa pode ser classificada:

Quanto a duração:

poderá ser temporária, quando houver prazo de recuperação;

poderá ser indefinido, quando NÃO houver prazo de recuperação.

Quanto ao grau:

poderá ser total; ou

poderá ser parcial.

Não será devido auxílio-doença ao segurado recluso em regime fechado.

A incapacidade laborativa poderá ser classificada, conforme a incapacidade para a


profissão desenvolvida:

Uniprofissional: quando o empecilho alcança apenas uma atividade laboral;

Multiprofissional: quando o empecilho alcança diversas atividades laborais;

Omniprofissional: quando o empecilho alcança o desempenho de qualquer atividade


laboral.

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ATENÇÃO!!

Quando o segurado que exerce mais de uma atividade laboral, ficar incapaz de forma
definitiva, de exercer uma delas, o auxílio-doença, deverá ser pago indefinitivamente.

DICA 165
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19
O auxílio doença passou a ser chamado auxílio por incapacidade temporária e poderá
ser concedido nas modalidades previdenciária e acidentária, observado, quanto ao cálculo
do valor do benefício.

ANTES DA EC 103/19 (Reforma da PÓS A EC 103/19 (Reforma da


Previdência) Previdência)

Considerava-se para cálculo do salário- Não serão excluídos os 20% menores


benefício somente 80% dos maiores salários de contribuição.
salários de contribuição das competências
Considera-se para cálculo do salário-
após julho de 1994.
benefício 100% dos salários de
contribuição a partir de julho de 1994 ou
desde o início da contribuição, se posterior
a julho de 1994.

Renda Inicial no auxílio por incapacidade temporária será:

Calculada em 91% do salário de benefício, (também para o segurado especial, que


contribuía facultativamente com 20% sobre o salário de contribuição). (art. 61 da Lei
8.213/91).

Renda Inicial calculada em 1 salário mínimo, para o segurado especial que não
contribua facultativamente com 20% sobre o salário de contribuição.
Ressalvado o direito adquirido.

ATENÇÃO!!

O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média dos 12 últimos
salários de contribuição.

DICA 166
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19
A data de início do pagamento do auxílio por incapacidade temporária será da seguinte
forma:

SEGURADO EMPREGADO

A partir do 16º dia após o afastamento do trabalho;


A partir da data do requerimento: para requerimentos feitos após 30 dias do
afastamento do emprego.

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DEMAIS SEGURADOS

A partir da data de início da incapacidade.


A partir da data do requerimento: para requerimentos feitos após 30 dias do
afastamento do emprego.

Segurados que exercem mais de uma atividade laborativa: Que fique impossibilitado
para exercer atividade laborativa em uma delas:

Deverá informar na perícia todas as atividades laborativas exercidas;

Será identificado em qual das atividades o segurado está incapacitado.


DICA 167
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19

Para atividades distintas:

será utilizado somente o período de carência relacionado à atividade que resultou no


afastamento.
Neste caso, o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá ser inferior a um
salário mínimo desde que, somado às demais remunerações recebidas, resultar valor
superior a este.
DICA 168
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19

Em caso de indeferimento do auxílio por incapacidade temporária, o segurado poderá:

recorrer da decisão do INSS;

no prazo de 30 dias a partir da data da comunicação da decisão;

recurso deve ser apresentado ao Conselho de Recursos do Seguro Social.


Em caso de necessidade de realização e nova perícia médica será realizada pelo assistente
técnico médico da junta de recursos do seguro social, com perito diferente daquele
que indeferiu o benefício (art. 60, § 11º, da Lei 8213/91).
DICA 169
PENSÃO ESPECIAL DESTINADA A CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA
VÍRUS – LEI 13.985/2020
A microcefalia é um defeito congênito em que a cabeça do bebê é menor do que o esperado
quando comparado com bebês de mesmo sexo e idade. Os bebês com microcefalia
geralmente têm cérebros menores que podem não ter se desenvolvido adequadamente.
A infecção pelo zika vírus durante a gravidez é uma causa de microcefalia. Durante a
gravidez, a cabeça do bebê cresce porque o cérebro do bebê cresce. Pode ocorrer
microcefalia porque o cérebro do bebê ainda não se desenvolveu adequadamente durante
a gravidez ou parou de crescer após o nascimento.

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No caso que vamos falar aqui, os bebês tinham a chamada Síndrome congênita de zika, que
os fizeram nascer com algumas condições, dentre elas, a microcefalia. Deste modo, a Lei
13.985/2020 institui a chamada pensão especial destinada a crianças com síndrome
congênita do zika vírus.
IMPORTANTE: A pensão especial será MENSAL, VITALÍCIA E INTRANSFERÍVEL e
terá o valor de um salário mínimo. Lembrando sempre que essa pensão especial NÃO
GERARÁ direito a abono ou a pensão por morte.
DICA 170
PENSÃO ESPECIAL DESTINADA A CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA
VÍRUS – LEI 13.985/2020
A SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA (SCZ) traz
um grupo de anomalias congênitas que incluem alterações visuais, auditivas e
neuropsicomotoras que ocorrem em embriões ou fetos expostos à infecção pelo vírus Zika
durante a gravidez.
Quais são os sintomas e sinais? São vários, sendo o mais conhecido a microcefalia.
Porém, há outros também, como por exemplo hidrocefalia congênita, testa estreita com
depressões bilaterais, danos no ouvido interno e nervo auditivo, crises epiléticas, contratura
do quadril, artrogripose congênita múltipla entre outros.
E como este assunto pode cair na minha prova?

QUESTÃO INÉDITA E SIMULADA.


Joana é mãe da pequena Clara, que nasceu com a Síndrome Congênita associada à
Infecção pelo Vírus Zika. Certo dia, Joana começa a ter dúvidas a respeito da Pensão
Especial destinada às crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus, pois ela deseja
saber de maiores informações, e por causa destas dúvidas que ela tem, procura você, na
qualidade de advogado (a), que lhe informa corretamente o seguinte:
a) A pensão especial será mensal, vitalícia e intransferível e terá o valor de um salário
mínimo. E sendo importante ressaltar que essa pensão especial não gerará direito a
abono ou a pensão por morte.
b) A pensão especial será semestral, vitalícia e transferível e terá o valor de um salário
mínimo. E sendo importante ressaltar que essa pensão especial gerará direito a abono
ou a pensão por morte.
c) A pensão especial será mensal, vitalícia e transferível e terá o valor de um salário
mínimo. E sendo importante ressaltar que essa pensão especial não gerará direito a
abono, mas sim a pensão por morte.
d) A pensão especial será mensal, perpétua e intransferível e terá o valor de dois salários
mínimos. E sendo importante ressaltar que essa pensão especial não gerará direito a
abono ou a pensão por morte.
Gabarito: Letra a.

DICA BÔNUS
DESAPOSENTAÇÃO (RENÚNCIA DA APOSENTADORIA)
A desaposentação é a renúncia da aposentadoria via requerimento do segurado, visando
obter alguma vantagem previdenciária.

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Antes da reforma da Previdência de EC 103/2019 (13/11/2019) era possível se aposentar


pelo RGPS e continuar trabalhando no mesmo emprego.

Conforme a Lei 8.213/91, no artigo 11, §3º, o aposentado que permanecer exercendo
atividade laboral será afiliado obrigatório, devendo efetuar o pagamento das contribuições
previdenciárias.

ATENÇÃO!!

Ainda que proibida a cumulação de duas aposentadorias pelo RGPS, o pagamento das
contribuições previdenciárias será obrigatório devido ao princípio da solidariedade.

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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


DICA 171
DOENÇA PROFISSIONAL
Doença profissional é aquela referente à determinada atividade ou profissão, também
conhecida como doença profissional típica, tecnopatia ou ergopatia.
Assim, advém do fato de exercer determinada profissão, o que pode produzir ou
desencadear certas patologias, de modo que, nessa hipótese, o nexo da doença com a
atividade desempenhada é presumido.
DICA 172
DOENÇA DO TRABALHO
Embora tenha origem na atividade do trabalhador, não será necessariamente vinculada
à profissão.
Desenvolve-se pelo modo em que o trabalho é desempenhado ou das condições específicas
do ambiente de trabalho.
Portanto, não possui nexo presumido, sendo necessário comprovar que a patologia
decorreu das condições em que o trabalho foi exercido.
DICA 173
ACIDENTE DO TRABALHO

Doença do Trabalho: relaciona-se diretamente ao trabalho. É, portanto, adquirida ou


desencadeada devido condições especiais em que o trabalho é realizado.

Doença profissional: é aquela produzida ou desencadeada devido ao exercício de


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação expedida pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
DICA 174
DOENÇA OCUPACIONAL DECORRENTE DE NTEP (NEXO TÉCNICO
EPIDEMIOLÓGICO)
A doença ocupacional decorrente de NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico), prevista no artigo
21-A da Lei n. 8.213/1991, refere-se àquela doença cuja incidência estatística e
epidemiológica é resultante do cruzamento da CID (Classificação Internacional de Doença)
com a atividade da empresa (CNAE – Classificação Nacional de Atividade Econômica).
DICA 175
DOENÇAS QUE NÃO SÃO CONSIDERADAS DO TRABALHO

Não são consideradas como doença do trabalho:

a doença degenerativa;

a inerente a grupo etário;

a que não produza incapacidade laborativa;

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a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se


desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
DICA 176
EPIDEMOLOGIA OCUPACIONAL
Segundo Sebastião Ivone Vieira, a epidemiologia ocupacional refere-se ao estudo sobre
os fatores aos quais os indivíduos estão expostos em seu ambiente de trabalho e seu efeito
sobre a saúde dessa população.
Portanto, a utilização da epidemiologia nesses casos delineia os problemas de saúde em
contextos espaciais, mapeando a morbimortalidade; identifica tendências temporais e
grupos de trabalhadores com maiores riscos, por exemplo.
DICA 177
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

De acordo com o próprio o Ministério da Saúde:


A investigação epidemiológica das doenças e dos agravos relacionados ao trabalho -
acidentes de trabalho; acidentes com exposição a material biológico; perda auditiva
induzida por ruído (Pair); dermatoses relacionadas ao trabalho; câncer relacionado ao
trabalho; pneumoconioses; transtornos mentais relacionados ao trabalho; e lesão por
esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (LER/Dort) —
constitui-se uma atividade obrigatória a ser realizada a partir da suspeita do caso
ou da informação sobre outros trabalhadores expostos aos mesmos fatores de risco.
Deve-se avaliar as circunstâncias da ocorrência da doença ou agravo, assim como a
relação com o trabalho.
DICA 178
INDICADORES DE SAÚDE - ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO
Refere-se ao número de faltas e atrasos dos colaboradores de uma determinada
organização.
Por este indicador, também serão investigadas as razões da baixa frequência na
organização, haja vista que quando é acima da média de 3% a 4%, há possibilidade de as
razões estarem relacionadas com problemas de saúde, como por exemplo, estresse
crônico, ansiedade e síndrome de Burnout.
Portanto, o elevado índice de absenteísmo destaca-se como um dos primeiros sinais da
existência de problemas na saúde ocupacional.
DICA 179
NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP
Trata-se de indicador utilizado para demonstrar os tipos de doenças e acidentes
relacionados com a prática de determinadas atividades profissionais.
Através dessa análise, é possível compreender a correlação de patologias ou demais
problemas de saúde.
Divide-se em três espécies: Nexo Técnico Individual, Profissional ou do Trabalho.

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O INSS utiliza o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) há mais de uma década
a fim de associar riscos de ocorrência de incapacidade laboral com classes de atividades
econômicas.
Além disso, o NTEP também serve para demonstrar a falta de relação entre um problema
de saúde e a função exercida.
DICA 180
Fator Acidentário de Prevenção – FAP
Trata-se de um multiplicador que atualmente é calculado por estabelecimento e que varia
de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação
coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para
custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de
trabalho.
Esse fator varia anualmente, sendo calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo
o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social.
É utilizado como cálculo para o valor de afastamentos ou aposentadorias especiais,
caso um profissional tenha adoecido ou sofrido acidentes no ambiente corporativo. O FAP,
portanto, está relacionado com os Riscos Ambientais do Trabalho (RAT).
DICA 181
FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO – FAP E BONIFICAÇÃO POR MENOR
ACIDENTALIDADE
O Fator Acidentário de Prevenção – FAP aumenta a bonificação das empresas que
registram acidentalidade menor. No caso de nenhum evento de acidente de trabalho, a
empresa é bonificada com a redução de 50% da alíquota.
Por outro lado, prevê a metodologia do FAP, que as empresas que registrarem maior número
de acidentes ou doenças ocupacionais pagam mais.
DICA 182
INDICADORES RELATIVOS À SINISTRALIDADE DO PLANO DE SAÚDE
A sinistralidade do plano de saúde, possui estreita relação entre a quantidade de
procedimentos usados no plano de saúde e o valor pago por eles.
Portanto, é utilizada para definição da relação existente entre o custo por acionar o
plano de saúde (no caso de ocorrência de sinistro) e o valor recebido pela empresa
responsável pelo plano (denominado de prêmio).
É um indicador cuja finalidade é analisar se os valores gastos com o plano estão
equilibrados e em consonância com o propósito da empresa.
Pode-se afirmar ainda que a sinistralidade de determinada organização é estipulada
sobretudo pelo volume de utilização do plano de saúde.
O cálculo geralmente utilizado para se determinar qual a taxa ou índice de sinistralidade é
dividir o valor do sinistro pelo prêmio e multiplicá-lo por 100.

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DICA 183
INDICADORES DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
A periculosidade e a insalubridade estão diretamente relacionadas ao ambiente de
trabalho odferecido pela empresa.
Os indicadores, no geral, relacionam-se com a ideia de acréscimos financeiros associados
ao salário dos trabalahdores e que são pagos como compensação ao desgaste ou o risco no
exercício da atividade laboral.
Através desses indicadores verificam-se os gastos tidos pela organização com o pagamento
dos adicionais correspondentes com reflexos remuneratórios.
A periculosidade e a insalubridade são muito frequentes na rotina de grande parte
das organizações, requerendo muita atenção no momento do cálculo por terem
porcentagens próprias.

Em síntese, o adicional de periculosidade é classificado de acordo com o risco à vida


que o trabalhador se expõe ao realizar as suas atividades laborais.

Já a insalubridade decorre da exposição do trabalhador durante as atividades a agentes


nocivos à saúde, como ruídos, produtos químicos, exposição ao calor ou frio etc.
DICA 184
NEXO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO COMO MERO INDÍCIO DE RELAÇÃO DE
CAUSA E EFEITO ENTRE A ATIVIDADE EMPRESARIAL E A DOENÇA INCAPACITANTE
Para o Tribunal Superior do Trabalho, o Nexo Epidemiológico Previdenciário, previsto
no artigo 21-A da Lei nº 8.213/1991, representa mero indício de relação de causa e efeito
entre a atividade empresarial e a doença incapacitante elencada na Classificação
Internacional de Doenças (CID).
Configura, portanto, uma presunção meramente relativa de vínculo entre a doença do
trabalhador e as atividades profissionais.
DICA 185
SAÚDE DO TRABALHADOR
De acordo com o Ministério da Saúde: A Saúde do Trabalhador é o conjunto de atividades
do campo da saúde coletiva que se destina, por meio das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
DICA 186
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DO TRABALHADOR E DA
TRABALHADORA - PEPSATT.
Esse programa é, na verdade, uma estratégia organizada e coordenada para ofertar e
promover iniciativas educacionais para a formação de profissionais do Sistema Único de
Saúde nos temas de Saúde do Trabalhador, com base na política nacional de STT.

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Conforme definição do Ministério da Saúde define: O PEPSATT tem o objetivo de


promover a formação e a capacitação em saúde do trabalhador dos técnicos,
profissionais e gestores que atuam nas Redes do SUS, em consonância com a Política
Nacional de Educação Permanente em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
DICA 187
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR - VISAT
Segundo o Ministério da Saúde, a Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat) é um dos
componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS), e consiste num conjunto
de ações que visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos
e vulnerabilidades na população trabalhadora e, que devem ser realizadas de forma
contínua e sistemática, ao longo do tempo, visando a detecção, conhecimento, pesquisa e
análise dos fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde que são
relacionados aos processos e ambientes de trabalho, tendo em vista seus diferentes
aspectos (tecnológico, social, organizacional e epidemiológico), de modo a fornecer
subsídios para o planejamento, execução e avaliação de intervenções sobre esses aspectos,
visando a eliminação ou controle.
DICA 188
CIPA - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DE ASSÉDIO E NR-5

Segundo a NR 5:

5.4.1 A CIPA será constituída por estabelecimento e composta de representantes da


organização e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I
desta NR, ressalvadas as disposições para setores econômicos específicos.

5.4.2 A CIPA das organizações que operem em regime sazonal devem ser
dimensionadas tomando- se por base a média aritmética do número de trabalhadores do
ano civil anterior e obedecido o Quadro I desta NR.

5.4.3 Os representantes da organização na CIPA, titulares e suplentes, serão por ela


designados.

5.4.4 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

5.4.5 A organização designará dentre seus representantes o Presidente da CIPA, e


os representantes eleitos dos empregados escolherão dentre os titulares o vice-
presidente.

5.4.6 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida
uma reeleição.

5.4.7 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia


útil após o término do mandato anterior.

5.4.8 A organização deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos
membros titulares e suplentes da CIPA.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para
PUBLIO ALVES ABADIO DOS REIS - 11214963692, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos
infratores à responsabilização civil e criminal.

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5.4.9 Quando solicitada, a organização encaminhará a documentação referente ao


processo eleitoral da CIPA, podendo ser em meio eletrônico, ao sindicato dos
trabalhadores da categoria preponderante, no prazo de até 10 (dez) dias.

5.4.10 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como
não poderá ser desativada pela organização, antes do término do mandato de seus
membros, ainda que haja redução do número de empregados, exceto no caso de
encerramento das atividades do estabelecimento.

5.4.11 É vedada à organização, em relação ao integrante eleito da CIPA:


a alteração de suas atividades normais na organização que prejudique o exercício
de suas atribuições; e
a transferência para outro estabelecimento, sem a sua anuência, ressalvado o
disposto nos parágrafos primeiro e segundo do art. 469 da CLT.
É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo
de direção da CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu
mandato.

5.4.12.1 O término do contrato de trabalho por prazo determinado não


caracteriza dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção da CIPA.

5.4.13 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I e não for atendido


por SESMT, nos termos da Norma Regulamentadora n. 4 (NR-04), a organização nomeará
um representante da organização dentre seus empregados para auxiliar na execução das
ações de prevenção em segurança e saúde no trabalho, podendo ser adotados
mecanismos de participação dos empregados, por meio de negociação coletiva.

5.4.13.1 No caso de atendimento pelo SESMT, este deverá desempenhar as


atribuições da CIPA.

5.4.13.2 O microempreendedor individual MEI está dispensado de nomear o


representante da NR-05.

5.4.14 A nomeação de empregado como representante da NR-05 e sua forma de


atuação devem ser formalizadas anualmente pela organização.

DICA 189
CIPA E O COMBATE AO ASSÉDIO SEXUAL E A OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA NO
ÂMBITO DO TRABALHO

Segundo dispõe o Art. 23 da Lei nº 14.457/2022, para a promoção de um ambiente


laboral sadio, seguro e que favoreça a inserção e a manutenção de mulheres no
mercado de trabalho, as empresas com Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e
de Assédio (Cipa) deverão adotar as seguintes medidas, além de outras que
entenderem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate ao assédio sexual e
às demais formas de violência no âmbito do trabalho:

inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de


violência nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos
empregados e às empregadas;

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fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para


apuração dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas
aos responsáveis diretos e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido
o anonimato da pessoa denunciante, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis;

inclusão de temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual e a outras


formas de violência nas atividades e nas práticas da Cipa; e

realização, no mínimo a cada 12 (doze) meses, de ações de capacitação, de orientação


e de sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da
empresa sobre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no
âmbito do trabalho, em formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima
efetividade de tais ações.
DICA 190
ACIDENTE DO TRABALHO NOS TERMOS LEGAIS

Conforme previsão do art. 20 da Lei nº 8.213/1991, consideram-se acidente do


trabalho as seguintes entidades mórbidas:

doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a doença degenerativa;

a inerente à grupo etário;

a que não produza incapacidade laborativa;

a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista
nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la
acidente do trabalho.
DICA 191
PERÍCIA MÉDICA
Segundo o artigo 21-A da Lei n. 8.213/1991, A perícia médica do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade
quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o
agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e
a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de
Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.

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A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto acima quando demonstrada a


inexistência do nexo.
DICA 192
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO À PREVIDÊNCIA SOCIAL
Conforme o artigo 22 da Lei nº 8.213/1991, a empresa ou o empregador doméstico deverão
comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte
ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de
multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição,
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou
qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto.
DICA 193
DIA DO ACIDENTE

Segundo o Art. 23 da Lei n. 8.213/1991, considera-se como dia do acidente no caso de


doença profissional ou do trabalho:

a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual; ou

o dia da segregação compulsória; ou

o dia em que for realizado o diagnóstico.


Valerá para produção de efeitos o que ocorrer primeiro.
DICA 194
GARANTIA DE EMPREGO

Conforme explica Godinho (2019, p. 1.525): É a vantagem jurídica de caráter


transitório deferida ao empregado em virtude de uma circunstância contratual ou pessoal
obreira de caráter especial, de modo a assegurar a manutenção do vínculo empregatício por
um lapso temporal definido, independentemente da vontade do empregador.
Tais garantias têm sido chamadas, também, de estabilidades temporárias ou estabilidades
provisórias (expressões algo contraditórias, mas que se vêm consagrando). As figuras da
estabilidade no emprego e das estabilidades provisórias são extremamente próximas, como
se percebe, já que ambas restringem as alternativas de extinção do contrato de trabalho.
Ambas se voltam, de modo essencial, contrariamente ao exercício unilateral do poder
empregatício pelo empregador, inviabilizando a ruptura contratual por sua vontade
meramente arbitrária, isto é, a dissolução do contrato sem motivo considerado relevante
pelo Direito.
DICA 195
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO
TRABALHO - SESMT
O principal objetivo do SESMT é a promoção de medidas de saúde ocupacional dentro
das empresas.

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Essas iniciativas vão além de mera previsão legal, sendo imprescindíveis para evitar
acidentes e doenças ocupacionais, além de prevenir as perdas tangíveis e intangíveis para
os trabalhadores, empresas e a sociedade.
Além disso, é de responsabilidade do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho a recomendação ao empregador da utilização dos EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual) adequados de acordo com o risco de cada atividade,
devendo ser ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e trabalhadores
usuários, conforme previsão da NR 06.

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LEGISLAÇÃO NO TRABALHO
DICA 196
AUTO DE INFRAÇÃO: PODE ANULAR?
Como já sabemos, é de competência doa Auditores Fiscais do Trabalho a promoção da
fiscalização das empresas, em consonância ao cumprimento das normas de proteção ao
trabalho, tendo estes mesmos Auditores Fiscais do Trabalho a legitimidade de promover a
lavratura de autos de infração sempre que observadas violações trabalhistas que terminam
por resultar na imposição de multas, algumas com valores exorbitantes.
Mas caso haja algum excesso por parte dos Auditores Fiscais do Trabalho, podemos anular
o auto? Sim, por meio da Ação Anulatória de Auto de Infração.
DICA 197
AUDITOR FISCAL DO TRABALHO TEM COMPETÊNCIA PARA RECONHECER VÍNCULO
DE EMPREGO?
Segundo o TST, sim. A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho entendeu que um
auditor fiscal do trabalho tem competência para reconhecer a existência de relação de
emprego e, por consequência, proceder à autuação da empresa e aplicar as multas
decorrentes.
CUIDADO: A competência da Justiça do Trabalho permanece.
DICA 198
FISCALIZAÇÃO DAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO TRABALHO E DE SAÚDE E
SEGURANÇA NO TRABALHO
Compete exclusivamente aos Auditores-Fiscais do Trabalho do Ministério do Trabalho e
Previdência, autoridades trabalhistas no exercício de suas atribuições legais, nos termos do
disposto na Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002, a fiscalização do cumprimento das
normas de proteção ao trabalho e de saúde e segurança no trabalho.
E mais: A autoridade nacional, as autoridades máximas regionais e as autoridades regionais
em matéria de inspeção do trabalho serão Auditores-Fiscais do Trabalho.
DICA 199
ATUAÇÃO ESTRATÉGICA E PREVENTIVA DA INSPEÇÃO DO TRABALHO
O planejamento da inspeção do trabalho contemplará atuação estratégica por meio de ações
especiais setoriais para a prevenção de acidentes de trabalho, de doenças relacionadas ao
trabalho e de irregularidades trabalhistas, a partir da análise dos dados de acidentalidade e
adoecimento ocupacionais e do mercado de trabalho, na forma estabelecida em ato do
Ministro de Estado do Trabalho e Previdência.
IMPORTANTE: A atuação estratégica por meio das ações especiais setoriais incluirá:

a realização de ações coletivas para prevenção e

o saneamento das irregularidades.

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DICA 200
AUTUAÇÃO PELA INSPEÇÃO DO TRABALHO
Incumbe exclusivamente à autoridade máxima regional em matéria de inspeção do trabalho
a aplicação de multas, na forma prevista no art. 634 da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, e em ato do Ministro de Estado do Trabalho
e Previdência.
O auto de infração lavrado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho deverá indicar
EXPRESSAMENTE os dispositivos legais e infralegais ou as cláusulas de instrumentos
coletivos que houverem sido infringidos.

ATENÇÃO!!

A análise de defesa administrativa, sempre que os meios técnicos permitirem, será feita
em unidade federativa diferente daquela onde tiver sido lavrado o auto de infração.

DICA 201

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


O equipamento de proteção individual somente poderá ser comercializado com a obtenção
do certificado de aprovação, nos termos do disposto no art. 167 da Consolidação das Leis
do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, emitido pela Secretaria de
Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência.

→ EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL= EPI


IMPORTANTE: O certificado de aprovação de equipamento de proteção individual será
emitido por meio de sistema eletrônico simplificado.
DICA 202
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS COLETIVOS DE TRABALHO
Os trabalhadores, por intermédio de entidades sindicais representantes, e os empregadores,
por si ou por intermédio de entidades sindicais representantes, poderão solicitar à Secretaria
de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência a realização de MEDIAÇÃO, com vistas
à composição de conflito coletivo.

Na hipótese de NÃO ENTENDIMENTO ENTRE AS PARTES, o mediador deverá:

encerrar o processo administrativo de mediação; e

lavrar a ata de mediação.


DICA 203
NORMA REGULAMENTADORA N. 4 (NR-4)
Esta Norma estabelece os parâmetros e os requisitos para constituição e manutenção dos
Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade
de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador.
IMPORTANTE: Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro
profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos
instrumentos normativos emitidos pelo respectivo conselho profissional, quando existente.
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DICA 204
NR-4: MODALIDADE DE SESMT INDIVIDUAL

O SESMT deve ser constituído nas modalidades:

Individual

Regionalizado ou

Estadual
Na modalidade de SESMT individual, caso a organização possua mais de um técnico de
segurança do trabalho, conforme dimensionamento previsto nesta NR, as escalas de
trabalho devem ser estabelecidas de forma a garantir o atendimento por pelo menos um
desses profissionais em cada turno que atingir cento e um ou mais trabalhadores, para a
atividade de grau de risco 3, e cinquenta ou mais trabalhadores, para a atividade de grau
de risco 4, sem implicar em acréscimo no número de profissionais previstos no Anexo
II.
DICA 205
NR-4: REGISTRO
A organização deve registrar os SESMT de que trata esta NR por meio de sistema eletrônico
disponível no portal gov.br.

A organização deve informar e manter atualizados os seguintes dados:

número de Cadastro de Pessoa Física - CPF dos profissionais integrantes do SESMT;

qualificação e número de registro dos profissionais;

grau de risco estabelecido, conforme item 4.5.1 e seus subitens e o número de


trabalhadores atendidos, por estabelecimento; e

horário de trabalho dos profissionais do SESMT.

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CONTABILIDADE GERAL
DICA 206
AJUSTES, CLASSIFICAÇÕES E AVALIAÇÕES DOS ITENS PATRIMONIAIS:
Elementos Patrimoniais são os elementos que compõe o patrimônio de uma entidade. Eles
podem ser bens, direitos e obrigações da entidade, classificados em ativo e passivo.

No Balanço Patrimonial (BP), os elementos do Ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios: as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em
direitos e títulos de créditos, classificados no Ativo Circulante (AC) ou no Realizável a Longo
Prazo (RLP):

A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em “circulante” e


“não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade.

O quadro principal do BP está estruturado em:

Ativo Circulante Passivo Circulante


Ativo não Circulante Passivo não Circulante

Patrimônio Líquido

SISTEMATIZANDO:

Disponíveis para realização imediata.


Ativo
Circulante
Expectativa de realização até doze meses
após a data das demonstrações contábeis.
Ativo

Ativo não Os demais ativos que se realizarão após o


Circulante término do exercício seguinte.

Passivo Valores exigíveis até doze meses após a data


Circulante das demonstrações contábeis.

Passivo
Passivo não Os demais passivos que se realizarão após o
Circulante término do exercício seguinte.

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DICA 207
CONTABILIZAÇÃO
Como determinar o Ajuste de Avaliação Patrimonial. Para realizar o Ajuste de Avaliação
Patrimonial, é preciso calcular a diferença entre o valor dos custos ativos e o valor justo, e
subtrair a depreciação acumulada.
A rubrica contábil “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, contida no patrimônio líquido, foi
criada pela reforma na lei das sociedades anônimas. Esta conta é uma exigência para as
entidades consideradas de grande porte e as anônimas.
DICA 208
AJUSTE DA AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
O ajuste da avaliação patrimonial é o resultado do valor da avaliação dos bens em relação
ao seu valor justo. O valor justo é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um
passivo liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes entre si.

Função da conta: Registrar os ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não


computados no resultado do exercício, em obediência ao regime de competência.
DICA 209
ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis definidas no campo de aplicação das entidades do setor público
são: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstrações das Variações Patrimoniais,
Balanço Patrimonial, Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstrações do Resultado
Econômico.
As demonstrações contábeis são a representação estruturada da situação patrimonial,
financeira e do desempenho da entidade”. Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da
Fazenda Organização e publicação do balanço consolidado das contas da União, Estados,
Municípios e Distrito Federal.
DICA 210
DEMONSTRAÇÕES E RELATÓRIOS CONTÁBEIS
As demonstrações e relatórios contábeis retratam a situação do ente público e, tendo
em vista a importância dessas informações, que englobam todos os atos e fatos contábeis
que interessam à administração, possibilita que os seus usuários tenham plena capacidade
para gerir a máquina pública.
Elementos contábeis: Trata-se da maneira de elaborar e divulgar os relatórios que são
apresentados as entidades, com ênfase no Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício.
DICA 211
DEFINIÇÕES
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

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ATIVO PASSIVO RECEITA DESPESA

Aumentada por D Aumentada por Aumentada por Aumentada por D


C C

Diminui por C Diminui por D Diminui por D Diminui por C

Natureza: DEVEDORA Natureza: Natureza: Natureza: DEVEDORA


CREDORA CREDORA

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja


liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar
benefícios econômicos.
DICA 212
RECEITAS X DESPESAS

Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que
resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a
contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;

Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob
a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos
detentores dos instrumentos patrimoniais.
DICA 213
O QUE SIGNIFICA DÉFICIT E SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO DO SETOR PÚBLICO
O resultado orçamentário é obtido através da diferença entre as Receitas Orçamentárias
deduzidas das Despesas Orçamentárias.
Se o resultado for positivo, temos Superávit Orçamentário.
Caso o resultado seja negativo, então se caracteriza o Déficit Orçamentário.

SUPERÁVIT NEUTRO DÉFICIT

Arrecadou mais do que gastou, Gastou Gastou mais do que arrecadou,


restando um valor que poderá exatamente o restando um valor a ser financiado
ser poupado para gasto futuro ou que arrecadou por meio de operações de crédito,
para pagamento da dívida pública aumento de impostos ou de títulos
da dívida.

DICA 214
TIPOS DE SUPERÁVIT

Superávit Primário: Corresponde ao excedente positivo entre receitas e despesas


primárias, o cálculo desconsidera quaisquer juros de dívidas.

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Superávit Nominal: O Superávit Nominal, além dos juros, também considera a


correção monetária da dívida no passivo.
DICA 215
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) refere-se aos custos diretos necessários para
produzir as mercadorias ou serviços vendidos por uma empresa durante um determinado
período.
São os gastos com a produção ou compra do item do preço final de venda e o CMV ajuda a
descobrir quanto foi lucrado com a transação. Ou seja, o quanto recebeu pela venda após
a dedução dos custos de produção/compra.
CMV (Custo da Mercadoria Vendida) é a soma de tudo que a empresa gasta para
comprar, produzir e estocar seus produtos e mercadorias até que eles sejam
comercializados. Inclui o pagamento dos fornecedores, custo do frete, incidência de
impostos, seguros, dentre outros gastos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 216
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade


jurídica:

Autarquias;

Fundações;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista.


As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia. A autarquia possuí
personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex.: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex.:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.


Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.

DICA 217
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

Esse é um dos assuntos mais cobrados em prova! Isso porque, a Banca pode colocar
muita pegadinha sobre isso, mas, você não vai cair em nenhuma delas, hein? Vejamos:

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder público


detém a maioria do capital votante).
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DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

DICA 218
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AUTARQUIA – CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA

Natureza:

pessoa jurídica de direito público;

Atividade: Típica de Estado.

Regime de pessoal:

Presidente (cargo em comissão) / Demais servidores (Cargo efetivo);

Bens: impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis;

Imunidade tributária: não paga impostos sobre o patrimônio, bens e serviços;

Prescrição: dívidas e direitos prescrevem em 5 anos;

Se sujeita a lei de licitações.


DICA 219
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FUNDAÇÕES

Natureza:

Direito público - Lei cria;

Direito privado - Lei autoriza.

Atividades de caráter social, isto é, não exclusivas do Estado;

Regime de pessoal:

Direito público - servidores estatutários;

Direito privado – CLT.

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DICA 220
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.

Cria, restringe, declara ou extingue direitos.

São sujeitos ao controle judicial.


DICA 221
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

São 2 as formas de controle dos atos administrativos:

Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou


autotutela.
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.

Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:

SÚMULA 346 STF

A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

SÚMULA 473 STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.


Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não
lhes competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.

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DICA 222
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
A anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por
consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.
Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade
apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.

O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.
DICA 223
REVOGAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
A revogação tem como fundamento a conveniência e oportunidade, não se tratando de
retirada do ato em razão de ilegalidade.

A revogação acarreta efeito ex nunc, ou seja, a partir da revogação, sendo mantidos os


direitos adquiridos em respeito ao Princípio da Segurança Jurídica.

Não há prazo para revogação, podendo ocorrer a qualquer momento, conforme o


interesse público assim se apresente.

Alguns atos não podem ser revogados, quais sejam, aqueles que já se consumaram.

Ex.: Licitação já consumada com a celebração do contrato com o vencedor.

A anulação e revogação dos atos administrativos se encontram prescritos no artigo 53


da Lei nº 9.784/99:

Artigo 53 – A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos.

QUADRO RESUMO:

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

MOTIVO Ilegalidade Conveniência e Oportunidade

TITULAR Administração e Judiciário Administração

EFEITOS Ex Tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos, salvo má-fé Sem prazo

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DICA 224
ATOS ADMINISTRATIVOS

Vejamos quais os requisitos de validade dos atos administrativos:

MACETE: CO-FI-FO-MO-OB

(CO) (FI) (FO) (MO) (OB)


COMPETÊNCIA FINALIDADE FORMA MOTIVO OBJETIVO

COMPETÊNCIA OU SUJEITO: É o poder atribuído ao agente público, ou seja,


atribuição para praticar o ato. A competência resulta e é delimitada pela lei.

Ex.: competência para aplicar multas tributárias é do auditor fiscal, não do técnico da
Receita Federal.
DICA 225
COMPETÊNCIA – CARACTERÍSTICAS

Irrenunciável: – o agente não pode recusar sua competência.

Improrrogável: Ato praticado por agente incompetente, mesmo sem alegação de


qualquer interessado, não torna esse agente competente pelo decurso do tempo.

Imprescritível: Não se perde a competência pelo decurso do tempo.


Somente a lei pode retirar uma competência, assim como somente a lei estipula
competência.

Inderrogável: A competência não pode ser transferida por simples vontade das
partes.

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