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Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua
compreensão, e marcações das partes mais importantes.
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca Cesgranrio.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp.
Bons Estudos!
Rumo à Aprovação!!
2
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................................... 6
NOÇÕES CONCETUAIS DE HIGIENE DO TRABALHO.......................................................................... 8
1) Introdução ........................................................................................................................................... 8
2) Considerações iniciais ........................................................................................................................ 8
2.2) Relações com o ambiente de trabalho......................................................................................... 8
3) Agentes nocivos e os agravos à saúde do trabalhador ................................................................ 9
4) Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da exposição ocupacional ....................11
5) Doenças relacionadas ao trabalho: Conceitos, espécies e fisiopatologias ...............................13
6) Reconhecimento oficial de doenças relacionadas ao trabalho ..................................................15
7) Nexo técnico previdenciário, individual, profissional e epidemiológico .................................19
ACIDENTE DE TRABALHO: ASPECTOS GERAIS E PREVENÇÃO........................................................19
1) Introdução ..........................................................................................................................................19
2) Acidentes do trabalho: Definição e legislação previdenciária ...................................................20
2.1) Tipos de acidentes de trabalho ....................................................................................................20
3) Equiparação dos acidentes de trabalho às doenças relacionadas ao trabalho ........................22
4) Emissão de comunicação de acidente do trabalho (CAT) ...........................................................23
4.1) Tipos de comunicação de acidente do trabalho (CAT) e vias necessárias ............................24
4.2) Quando emitir a CAT? ....................................................................................................................25
5) Análise de Acidentes de Trabalho: Modelos, Metodologias e Etapas ......................................27
5.1) Condições inseguras e atos inseguros ........................................................................................28
5.2) Identificação de perigos, avaliação e controle de riscos..........................................................29
5.3) Métodos e técnicas de investigação de acidentes ....................................................................30
5.3 Prevenção e combate a sinistros e proteção contra incêndio e explosões ............................31
5.4) Estudo de fatores causais em eventos ocupacionais adversos ...............................................32
5.5) Acidentes ampliados, planificação de emergências e catástrofes .........................................32
5.6) Cuidados e protocolos com respeito ao trabalho em espaços confinados...........................33
5.7) Primeiros socorros ..........................................................................................................................35
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL .............................................................................................................36
1) Introdução ..........................................................................................................................................36
2) Perigo e risco, efeitos tóxicos e agente tóxico .............................................................................37
2.1) Efeitos tóxicos e agente tóxico ....................................................................................................37
2.2) Testes de avaliação de toxicidade aguda e crônica ..................................................................38
3
2.3) Fases da intoxicação.......................................................................................................................38
2.4) Limite de tolerância e limite de exposição ocupacional ..........................................................39
2.4.1) Limite de Exposição para Superfícies (TLV-SL).......................................................................40
2.4.2) Exposição de Curta Duração (TLV-STEL) .................................................................................41
2.5) Classificações quanto à intoxicação ............................................................................................41
2.6) Vias de penetração de um agente tóxico ...................................................................................42
2.6.1) Absorção e distribuição pelo organismo.................................................................................43
3) Dose, efeito e resposta e relações dose-efeito e dose-resposta ................................................44
DINÂMICA TÓXICA E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE NA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A
AGENTES QUÍMICOS ..............................................................................................................................46
1) Introdução ..........................................................................................................................................46
2) Toxicocinética e toxicodinâmica .....................................................................................................46
2.1 Controle da exposição e monitoramento biológico da exposição ocupacional....................47
2.2 Indicadores biológicos ....................................................................................................................49
3) Avaliação de toxicidade ....................................................................................................................49
3.1 Condições para manifestação da toxicidade ...............................................................................49
3.1.3 Dose letal e concentração letal...................................................................................................51
3.1.3 Efeitos mutagênicos e carcinogênicos ......................................................................................52
4) Classificação dos agentes tóxicos quanto à ação tóxica .............................................................52
4.1 Substâncias sensibilizantes.............................................................................................................53
4.2 Gases e vapores irritantes e asfixiantes........................................................................................54
4.3 Classificação dos contaminantes no ar.........................................................................................55
4.4 Partícula dos sólidos ........................................................................................................................56
FICHA DE INFORMAÇÕES SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS...............................................................57
1) Introdução ..........................................................................................................................................57
2) Ficha de dados de segurança (FDS) ................................................................................................58
ERGONOMIA ...........................................................................................................................................59
1) Introdução ..........................................................................................................................................59
2) Noções conceituais em ergonomia relacionadas a ergonomia física, cognitiva,
organizacional e análise ergonômica do trabalho ............................................................................59
2.1 Biomecânica e fisiologia do trabalho ...........................................................................................60
2.2 Aspectos cognitivos e psicossociais ..............................................................................................61
2.3 Organização do trabalho ................................................................................................................62
3) Assédio moral organizacional..........................................................................................................62
BIOSSEGURANÇA VIGILÂNCIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR ..........................64
1) Introdução ..........................................................................................................................................64
4
1.1 Noções conceituais em biossegurança, vigilância e promoção da saúde do trabalhador e
da trabalhadora ......................................................................................................................................64
1.1.2 Normas de precaução, práticas de biossegurança e controle de infecções em ambientes
de saúde ...................................................................................................................................................65
2) Perícia médica e reabilitação ocupacional.....................................................................................67
2.2 Noções conceituais em gestão de riscos relacionadas a programas prevencionistas ..........69
2.3 Prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos, instalações e serviços..........70
3) Prevenção e controle dos riscos psicossociais; gestão integrada de saúde, segurança e
meio ambiente ........................................................................................................................................72
3.1 Elenco de programas, laudos, ensaios e perícias em segurança e saúde no trabalho ..........73
3.2 Registros administrativos em segurança e saúde no trabalho.................................................75
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE .................................................................................................75
1) Introdução ..........................................................................................................................................75
1.2 Insalubridade ....................................................................................................................................75
1.2 Periculosidade ..................................................................................................................................76
PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL DO TRABALHO......................................................................78
1) Introdução ..........................................................................................................................................78
1.1 Considerações iniciais .....................................................................................................................78
1.2 Saneamento ambiental ...................................................................................................................79
1.3 Gestão de resíduos e meio ambiente............................................................................................80
1.4 Sinalização.........................................................................................................................................81
2) Organização do trabalho ..................................................................................................................82
3) Ferramentas da qualidade ................................................................................................................83
3.1 Certificações .....................................................................................................................................84
GESTÃO EPIDEMIOLÓGICA NO TRABALHO .......................................................................................85
1) Introdução ..........................................................................................................................................85
1.1 Aplicação da epidemiologia para a higiene ocupacional ..........................................................85
2) Estudo de acidentes de trabalho à luz da epidemiologia ...........................................................86
2.1 Notificação compulsória de agravos relacionados ao trabalho e seus instrumentos ..........86
PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO ......................................................................................................87
1) Introdução ..........................................................................................................................................87
1.1 A psicopatologia do trabalho ........................................................................................................87
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal!
CONTEÚDO - PARTE I
1 Noções conceituais de higiene do trabalho e suas relações com o ambiente de trabalho: 1.1 Agentes
nocivos e os agravos à saúde do trabalhador. 1.2 Antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da
exposição ocupacional. 1.3 Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias, fisiopatologias.
1.4 Fatores de risco. 1.5 Reconhecimento oficial de doenças relacionadas ao trabalho. 1.6 Nexo técnico
previdenciário, individual, profissional e epidemiológico.
2 Acidente do Trabalho: 2.1 Definição e legislação previdenciária. 2.2 Equiparação dos acidentes de trabalho
às doenças relacionadas ao trabalho. 2.3 Emissão de Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). 2.4
Modelos, metodologias, etapas da análise de acidentes de trabalho e tecnologias de prevenção e combate
a sinistros. 2.5 Estudo de fatores causais em eventos ocupacionais adversos. 2.6 Acidentes ampliados,
planificação de emergências e catástrofes. 2.7 Proteção contra incêndio e explosões. 2.8 Cuidados e
protocolos com respeito ao trabalho em espaços confinados. 2.9 Primeiros socorros.
3 Toxicologia Ocupacional: 3.1 Noções conceituais de toxicologia ocupacional relacionadas a perigo, risco,
efeitos tóxicos e agente tóxico.3.2 Testes de avaliação de toxicidade aguda e crônica. 3.3 Fases da intoxicação
3.4 Limite de tolerância e limite de exposição ocupacional. 3.5 Classificações quanto à intoxicação. 3.6 Vias
de penetração de um agente tóxico. 3.7 Absorção e distribuição pelo organismo. 3.8 Dose, efeito e resposta
e relações dose-efeito e dose-resposta. 3.9 Exposição ocupacional e efeitos. 3.10 Limite de tolerância; limite
de exposição ocupacional. 3.11 Toxicocinética e toxicodinâmica. 3.12 Controle da exposição e
monitoramento biológico da exposição ocupacional: 3.12.1 Indicadores biológicos. 3.12.2 Avaliação de
toxicidade. 3.12.3 Condições para manifestação da toxicidade. 3.12.4 Dose letal e concentração letal; 3.12.5
Efeitos mutagênicos e carcinogênicos. 3.13 Classificação dos agentes tóxicos quanto à ação tóxica: 3.13.1
Substâncias sensibilizantes. 3.13.2 Gases e vapores irritantes e asfixiantes. 3.14 Classificação dos
contaminantes no ar: 3.14.1 Particulados sólidos. 3.14.2 Sensibilizantes e seus efeitos para a saúde humana.
4 Ficha de Informações sobre Produtos Químicos (FISPQ)/Ficha com dados de segurança, e cuidados com
fabricação, preparação, armazenamento, transporte, uso e eliminação de resíduos tóxicos.
6
ambiente. 6.8 Elenco de programas, laudos, ensaios e perícias em segurança e saúde no trabalho. 6.9
Registros administrativos em segurança e saúde no trabalho.
7
NOÇÕES CONCETUAIS DE HIGIENE DO TRABALHO
1) Introdução
2) Considerações iniciais
Em síntese, as noções conceituais de higiene do trabalho não apenas abordam a prevenção de riscos
ocupacionais, mas também propõem a promoção de ambientes laborais que incentivem o bem-
estar, a segurança e a eficiência. Ao integrar esses conceitos, as organizações não apenas cumprem
normativas legais, mas também investem no maior ativo que possuem: a saúde e a qualidade de
vida de seus colaboradores.
A relação entre higiene do trabalho e o ambiente laboral engloba diversos aspectos, conforme
destacado no quadro a seguir:
8
Cultura Organizacional
Promover uma cultura de segurança através da conscientização e
participação ativa dos colaboradores, contribuindo para o sucesso das
práticas de higiene no trabalho.
Ergonomia
Adaptação do ambiente de trabalho às características físicas e cognitivas
dos colaboradores para prevenir lesões musculoesqueléticas e
aprimorar a eficiência das atividades.
Tome nota!
Em alguns casos, a exposição pode ocorrer dentro de limites estabelecidos e por tempo
determinado, com benefícios específicos, como a aposentadoria especial para aqueles
permanentemente expostos a riscos. Nesse contexto, a atuação da empresa envolve a gestão das
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jornadas de trabalho e o uso de estratégias de saúde e segurança no trabalho (SST), alinhadas com
as normas regulamentadoras.
Riscos Ambientais
Impacto na circulação e
Arranjo físico Inadequado:
segurança no deslocamento.
sem proteção:
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Posturas inadequadas
Mobiliário inadequado: podem causar lesões
musculoesqueléticas.
A gestão eficiente da segurança ocupacional envolve uma abordagem sistemática que compreende
quatro fases interligadas: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da exposição
ocupacional. Vamos explorar cada uma dessas etapas:
Antecipação:
Reconhecimento:
Ex.: Observação direta, análise de documentos, entrevistas com trabalhadores e revisão de dados
histórico.
Avaliação:
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A fase de avaliação envolve a mensuração quantitativa ou qualitativa da exposição dos
trabalhadores aos agentes nocivos identificados na fase de reconhecimento, com o objetivo de obter
dados concretos sobre a extensão da exposição, permitindo uma avaliação precisa dos riscos à
saúde.
Essas quatro fases formam um ciclo contínuo e interativo, pois a melhoria contínua da segurança
ocupacional envolve a constante revisão e atualização com base nas mudanças nas atividades
laborais, nos ambientes de trabalho e nas regulamentações pertinentes. O engajamento ativo dos
trabalhadores, aliado a uma cultura organizacional comprometida com a segurança, é fundamental
para o sucesso desse processo.
Momento da Questão
Questão inédita – Qual é a relação direta entre agentes nocivos presentes no ambiente de
trabalho e os agravos à saúde do trabalhador?
Gabarito: Letra C.
Vamos explorar algumas das principais espécies de doenças ocupacionais e suas respectivas
etiologias.
Espécies: Lesões por esforços repetitivos (LER): Causadas por movimentos repetitivos,
podem afetar músculos, tendões e nervos.
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Exposição a agentes físicos: A exposição a agentes físicos, como radiações
ionizantes, vibrações intensas ou temperaturas extremas, pode resultar em
condições como câncer e lesões térmicas.
Importante!
Atenção para não se confundir com armadilhas em questões de concursos: compreenda claramente
a distinção entre doença ocupacional e doença do trabalho. Em resumo, a diferença crucial reside
no fato de que a doença do trabalho está mais associada ao ambiente laboral, enquanto a doença
ocupacional é desencadeada pelas especificidades da atividade profissional em si.
Aprofundemos essa explicação:
Doença ocupacional:
• Causada pelas características específicas da atividade profissional que o trabalhador exerce.
• Relacionada diretamente às tarefas desempenhadas no trabalho.
• Ex.: Um soldador exposto à luz da solda pode desenvolver problemas oculares devido à natureza de
sua profissão.
Doença do trabalho:
• Definida legalmente como aquela adquirida em função de condições especiais em que o trabalho
é realizado, relacionando-se diretamente a ele.
• Provocada pela exposição a agentes presentes no ambiente de trabalho, mesmo que não façam parte
das tarefas específicas do trabalhador.
• Ex.: Um auxiliar de escritório que, devido à exposição contínua ao barulho dos soldadores, desenvolve
perda auditiva, mesmo que essa não seja uma parte direta de suas atividades.
Tome nota!
O levantamento ainda destacou que 26,8% das notificações ocorreram devido à exposição a material
biológico, 12,2% por acidentes com animais peçonhentos e 3,7% por lesões por esforços repetitivos
(LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Apenas neste ano, já foram
notificados mais de 390 mil casos de doenças relacionadas ao trabalho, ressaltando a importância
contínua de abordagens eficazes para a promoção da saúde e segurança no ambiente de trabalho.
Destaca-se que, no intervalo entre 2019 e os dias atuais, aproximadamente 80% das Normas
Regulamentadoras foram objeto de alterações. Na perspectiva de especialistas, essas mudanças
são percebidas como positivas, contribuindo para desburocratizar a área de segurança do trabalho
e otimizar as práticas regulatórias, sem comprometer a integridade e bem-estar dos trabalhadores.
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Coleta de Dados
Epidemiológicos
Acompanhamento Classificação
e Pesquisa Internacional de
Contínua Doenças (CID)
Reconhecimento Notificação
Legal Obrigatória
Regulamentação e
Avaliação das
Normas de
Condições de
Segurança
Trabalho
Essa etapa fornece a base para a compreensão das condições de saúde em diferentes setores e
ocupações.
Ex.: O ciclo começa com a coleta sistemática de dados epidemiológicos, envolvendo informações
de saúde relevantes, registros médicos e estudos epidemiológicos.
Notificação obrigatória:
Essa análise é crucial para identificar áreas de melhoria na segurança do ambiente de trabalho.
Estas incluem limites de exposição e padrões ergonômicos, visando reduzir os riscos e promover
um ambiente de trabalho mais seguro.
Ex.: Com base nas avaliações, são desenvolvidas e implementadas regulamentações e normas de
segurança ocupacional.
Reconhecimento legal:
Capacitação e sensibilização:
Ex.: Durante todo o ciclo, programas contínuos de capacitação são implementados para
trabalhadores, empregadores e profissionais de saúde, visando aumentar a conscientização sobre a
importância do reconhecimento precoce e da prevenção de doenças relacionadas ao trabalho.
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Acompanhamento e pesquisa contínua:
Essas práticas são essenciais para identificar novos riscos emergentes e adaptar estratégias de
prevenção ao longo do tempo, garantindo um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Ex.: O ciclo é fechado com o monitoramento contínuo das condições de trabalho, análise de dados
de saúde ocupacional e pesquisa constante.
Importante!
Tome nota!
Quando surgem dúvidas sobre o nexo causal ou a causalidade em casos relacionados à saúde
ocupacional, a avaliação médica ocupacional assume um papel crucial na tomada de decisões.
Nesse contexto, os médicos ocupacionais desempenham uma função central ao analisar a exposição
ocupacional, o histórico médico do indivíduo e outros fatores pertinentes. Em situações mais
complexas ou disputadas, a expertise de peritos médicos pode ser requisitada para uma avaliação
mais detalhada e abrangente. Essa abordagem visa esclarecer e estabelecer de maneira precisa a
relação entre as condições de trabalho e a saúde do trabalhador.
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7) Nexo técnico previdenciário, individual, profissional e epidemiológico
TIPOS DE NEXOS
1) Introdução
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Acidente do Trabalho (CAT). 2.4 Modelos, metodologias, etapas da análise de acidentes de
trabalho e tecnologias de prevenção e combate a sinistros. 2.5 Estudo de fatores causais em
eventos ocupacionais adversos. 2.6 Acidentes ampliados, planificação de emergências e
catástrofes. 2.7 Proteção contra incêndio e explosões. 2.8 Cuidados e protocolos com respeito
ao trabalho em espaços confinados. 2.9 Primeiros socorros.
Inicialmente, precisamos responder a seguinte pergunta: O que é acidente de trabalho e quando ele
ocorre?
A principal legislação que aborda o tema é a Lei nº 8.213/91. O artigo 19 desta lei define acidente
de trabalho como aquele que ocorre durante o exercício do trabalho a serviço da empresa,
empregador doméstico ou pelos segurados mencionados no inciso VII do artigo 11. Esse acidente
provoca lesão corporal ou perturbação funcional, resultando em morte, perda, ou redução, de forma
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
A confirmação ocorre por meio de perícia médica realizada pelo INSS, estabelecendo a relação entre
o acidente e a atividade do colaborador. Como resultado desse processo, é possível que o
funcionário seja temporariamente afastado de suas atividades devido à incapacidade de continuar
desempenhando suas tarefas diárias.
Isso ocorre especialmente quando o acidente provoca uma impactante e, por vezes, permanente
redução nas habilidades do colaborador, impossibilitando-o de exercer a mesma função. Essa
medida de afastamento temporário visa garantir a recuperação adequada do trabalhador e proteger
sua saúde, além de proporcionar tempo para avaliações médicas e a implementação de medidas
apropriadas para o retorno ao trabalho, quando possível.
Conforme estabelecido pela CLT, existem três principais tipos de acidentes de trabalho:
Essas categorias facilitam a análise pericial, assegurando que o acidente seja vinculado
corretamente à atividade exercida. Cada tipo apresenta características distintas, permitindo uma
diferenciação clara. Independentemente do tipo, as empresas devem seguir procedimentos padrão
estabelecidos por lei para garantir os direitos do profissional lesionado e facilitar sua recuperação.
Vejamos quais são essas categorias:
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Atípico:
Surge em casos específicos
Típico: com certa repetição de De Trajeto:
Ocorre no local de trabalho, atividades laborais ou Acontece durante o
seus arredores ou durante o doenças relacionadas ao deslocamento do
expediente. trabalho. profissional entre sua casa
Causas comuns incluem Exemplos incluem atos de e a sede da empresa, seja
imprudência, negligência e agressão, contaminação em veículo próprio ou
eventos naturais. durante o trabalho e transporte público.
acidentes durante períodos
de alimentação e descanso.
Tome nota!
Além disso, o acidente impacta o cálculo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) da empresa,
conforme estabelecido pelo art. 10 da Lei nº 10.666/2003. Este fator influencia diretamente as
contribuições previdenciárias da empresa, podendo aumentar ou diminuir dependendo do histórico
de acidentes.
Os acidentes de trabalho também geram custos para o Estado, com o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) encarregado da administração de benefícios como auxílio-doença acidentário, auxílio-
acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por
morte. Vamos examinar os diferentes tipos de benefícios oferecidos pelo INSS e entender como cada
um deles opera:
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Auxílio-doença Auxílio-acidente: Aposentadoria por Pensão por morte:
acidentário: invalidez:
Em casos excepcionais, se uma doença não constante na lista resultar das condições especiais do
trabalho e tiver relação direta com ele, a Previdência Social pode considerá-la como acidente de
trabalho. O § 2º do artigo da Lei nº 8.213/91 aborda situações em que não é possível listar todas as
hipóteses de doenças relacionadas ao trabalho. Vejamos o que o artigo 21 da mesma lei equipara a
acidente de trabalho:
I. Acidentes ligados ao trabalho que, mesmo não sendo a causa única, contribuem
diretamente para a morte, redução ou perda da capacidade para o trabalho, ou causam lesões
que exigem atenção médica para recuperação.
IV. Acidentes ocorridos com o segurado, mesmo fora do local e horário de trabalho, nos
casos de:
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c) Viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo financiado por ela, independentemente
do meio de locomoção.
Importante!
Além disso, a CAT desempenha um papel crucial na comunicação da situação a diversas entidades,
incluindo:
DRT
(Delegacia
Sindicato da Regional do
SUS (Sistema Categoria: INSS (Instituto
Trabalho): Nacional do
Único de Saúde) :
Quando Quando Quando Seguro Social):
Comunicação
de Acidente necessário, para necessário, necessário, Para que o
de Trabalho que o sistema de para que o para notificar a trabalhador
(CAT) saúde tenha sistema de autoridade tenha acesso a
conhecimento da saúde tenha competente benefícios
situação. conhecimento sobre o previdenciários
da situação. acidente.
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Essa abrangente comunicação é crucial para garantir que todas as partes interessadas estejam
cientes do ocorrido e possam tomar as medidas adequadas em relação à assistência ao trabalhador
e à investigação do acidente.
Tome nota!
Sindicato: O sindicato ao qual o trabalhador é filiado também tem a capacidade de emitir a CAT.
Os sindicatos desempenham um papel importante na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Médico: O médico que atende o trabalhador também pode emitir a CAT. Caso o empregador se
recuse, o médico pode ser uma alternativa para garantir que o incidente seja registrado
adequadamente.
Autoridades Públicas: Caso todas as opções anteriores falhem, o trabalhador pode procurar as
autoridades públicas responsáveis pela fiscalização e cumprimento das leis trabalhistas.
24
Comunicação de Comunicação de
Comunicação Inicial Óbito
Reabertura (CAT de
(CAT Inicial)
Reabertura) (CAT de Óbito)
1ª Via - INSS:
Enviada ao Instituto
Nacional do Seguro Social.
2ª Via - Sindicato:
A CAT deve ser preenchida em
Encaminhada ao sindicato
representativo da
4 (quatro) vias
categoria.
5ª via à Delegacia
Regional do Trabalho –
3ª Via - Empregado ou Caso o acidente cause o
Dependente: Fica com o DRT
óbito do trabalhador,
trabalhador ou seus também deve ser entregue
dependentes. a CAT ao: 6ª via ao Sistema Único
de Saúde
4ª Via - Empregador:
Mantida pela empresa no
local de trabalho.
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida nos seguintes prazos:
25
No caso de morte do
trabalhador, a emissão
da CAT deve ser
Até o primeiro dia útil imediata após a
seguinte ao da ciência constatação do óbito.
do diagnóstico da
Até o primeiro dia útil doença ocupacional ou
seguinte ao da profissional.
ocorrência do acidente
de trabalho ou de
trajeto.
Tome nota!
Este prazo se aplica mesmo nos casos em que o trabalhador não precise se afastar do trabalho.
Mesmo que não haja necessidade de atestado médico ou afastamento temporário ou
permanente, a CAT ainda deve ser aberta.
Se a empresa não emitir a CAT no prazo legal, estará sujeita a multas. A primeira falta de comunicação
resultará em uma multa no grau mínimo. Em caso de reincidência, o valor da multa será duplicado.
Importante!
É possível abrir a CAT após 24 horas, mas é essencial que seja feita o mais rápido possível para
cumprir o prazo legal e garantir a proteção dos direitos do trabalhador. Se a empresa não emitir a
CAT, o trabalhador pode procurar o CEREST, sindicato, médico ou autoridade pública. Caso não
consiga emitir por nenhum desses meios, o próprio trabalhador pode preencher a CAT, assegurando
que o documento seja emitido.
Momento da Questão
CESGRANRIO 2023 – Na última semana, ocorreram três acidentes fatais em uma fábrica
envolvendo os trabalhadores P, Q e R, com as seguintes circunstâncias:
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R sobreviveu inicialmente, mas veio a óbito uma semana depois, devido às complicações decorrentes
do acidente.
Diante dessas situações, a empresa deve emitir, até o primeiro dia útil seguinte ao do acidente:
a) A CAT de comunicação de óbito para cada trabalhador (P, Q e R), e, de imediato, comunicar à
autoridade competente.
b) A CAT inicial para cada trabalhador (P, Q e R), e, de imediato, comunicar à autoridade competente.
Gabarito: Letra B.
Comentário: A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida até o primeiro dia
útil seguinte ao do acidente, conforme previsto na legislação brasileira.
Para cada trabalhador envolvido nos acidentes fatais (P, Q e R), a empresa deve emitir a CAT inicial,
indicando a ocorrência do acidente. Mesmo que o óbito seja imediato ou ocorra posteriormente
devido a complicações, a CAT inicial deve ser emitida de imediato. Isso é fundamental para cumprir
os prazos legais e garantir a comunicação adequada às autoridades competentes.
A análise de acidentes de trabalho envolve modelos que identificam causas e metodologias que
analisam incidentes. As tecnologias de prevenção incluem sistemas avançados, treinamentos
virtuais e automação, enquanto as de combate envolvem detecção rápida, resgate eficiente e
comunicação ágil.
O termo acidente frequentemente evoca a ideia de um evento imprevisto, ocorrendo por acaso e
resultando em danos pessoais. No entanto, essa perspectiva é limitada e dificulta os esforços de
prevenção. Muitas vezes, os acidentes são percebidos apenas como ocorrências que causam danos
pessoais, ignorando as consideráveis perdas materiais, transtornos e custos associados.
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Os quase-acidentes são eventos imprevistos que, por um estreito margem, escaparam de se
transformar em acidentes completos. Essas ocorrências, longe de serem simples coincidências,
devem ser encaradas como alertas para os potenciais perigos que podem se materializar. Ignorar
esses avisos, por parte da empresa, pode levar à efetiva ocorrência de um acidente.
Quase-Acidentes:
Os quase-acidentes referem-se a incidentes ou situações que, por uma pequena margem, não
resultaram em danos significativos ou acidentes reais. São eventos que poderiam ter se transformado
em acidentes, mas por intervenção ou circunstâncias favoráveis, não atingiram seu potencial
máximo de dano, eles servem como alertas e indicadores de potenciais falhas nos sistemas,
processos ou comportamentos, oferecendo oportunidades para melhorias preventivas.
Ex.: Um operador de máquina quase esquece de desligar uma função crítica, mas é alertado a
tempo por um colega.
Acidentes:
Acidentes são eventos que resultam em danos reais, como lesões pessoais, danos materiais ou
impactos adversos à saúde, causados por falhas em sistemas, processos ou comportamentos.
Envolvem consequências prejudiciais e muitas vezes requerem intervenção médica, reparos materiais
ou medidas corretivas substanciais. Em suma, são eventos negativos que, em muitos casos, podem
ser evitados com base no aprendizado obtido a partir de quase-acidentes e outras análises
preventivas.
Ex.: Um trabalhador sofre uma lesão enquanto operava uma máquina devido à falta de
treinamento adequado ou falha no equipamento.
Ao adotar uma abordagem voltada para a prevenção, é imperativo considerar como potencial causa
de acidentes qualquer elemento que, se não for prontamente removido, possa resultar em um
incidente. A significância desse conceito reside na evidência incontestável de que os acidentes não
são inevitáveis ou aleatórios, mas sim têm origens específicas e são passíveis de prevenção. Isso é
possível por meio do entendimento e da eliminação atempada de suas causas fundamentais.
Vejamos duas categorias fundamentais na análise de incidentes:
28
Os atos inseguros referem-se a
comportamentos imprudentes dos
As condições inseguras
trabalhadores, como negligência em
compreendem variáveis ambientais,
procedimentos de segurança e uso
como máquinas desprotegidas,
inadequado de equipamentos de
iluminação inadequada e pisos
proteção. A responsabilidade
escorregadios, que são fontes diretas
individual desempenha um papel
de riscos no ambiente de trabalho.
crucial na prevenção desses atos,
Corrigir essas condições é vital para
sendo essencial promover práticas
assegurar um ambiente seguro.
seguras para garantir a segurança
pessoal e coletiva.
Avaliação de
Riscos
• A identificação de perigos • O controle de riscos
envolve a criação de um envolve a implementação
inventário de fontes de • A avaliação de riscos é uma de medidas eficazes de
risco potencial, como avaliação sistemática que mitigação ou eliminação de
máquinas desprotegidas classifica o risco como alto ou riscos, como o uso de EPIs
ou produtos químicos baixo, considerando a ou a instalação de
perigosos. probabilidade de ocorrência e dispositivos de segurança
a gravidade das em máquinas.
consequências.
Identificação de Controle de
Perigos Riscos
29
O cumprimento efetivo dessas etapas contribui para um ambiente de trabalho mais seguro e
saudável.
Investigação reativa:
Este método concentra-se na análise após a ocorrência do evento, buscando identificar suas causas
e consequências. Seu objetivo é entender por que um incidente ocorreu, avaliando fatores
contribuintes e falhas no sistema.
Ex.: Utilização de técnicas comuns de árvore de falhas, análise de causa raiz e entrevistas pós-
acidente.
Investigação pró-ativa:
30
5.3 Prevenção e combate a sinistros e proteção contra incêndio e explosões
Planejamento de Emergência:
Desenvolvimento e prática de planos
eficientes de evacuação.
Realização de exercícios regulares para
preparar equipes para situações críticas.
31
Utilização de Equipamentos: Uso
adequado e eficaz de ferramentas de
combate a incêndios.
Equipes de Resposta:
Utilização de ferramentas para resgate e
Designação de equipes
salvamento.
treinadas para responder
Combate a a emergências.
Evacuação e Salvamento: Garantir a saída
Sinistros segura de pessoas em Preparação para
resgate de pessoas em perigo.
Resposta Rápida
Comando e Controle: Estabelecimento de
um local de comando centralizado.
Alocação eficiente de recursos para áreas
Comunicação Eficiente: prioritárias.
Sistemas de comunicação
eficazes para coordenar Avaliação Pós-Sinistro: Determinação das
esforços de resposta. causas do sinistro para prevenção futura.
Revisão e aprimoramento contínuo dos
planos de emergência com base nas lições
aprendidas.
O estudo de fatores causais em eventos ocupacionais adversos é vital para a segurança no trabalho.
Começa com a coleta detalhada de dados e entrevistas. Analisa-se causas imediatas e, em seguida,
busca-se fatores subjacentes usando métodos como a análise de causa raiz. Avaliação de fatores
humanos, condições ambientais, e aspectos organizacionais são considerados. Recomendações são
desenvolvidas, documentadas em um relatório detalhado e compartilhadas com as partes
envolvidas. A implementação de medidas corretivas e monitoramento contínuo são cruciais para
a melhoria contínua e a promoção de práticas seguras no ambiente de trabalho.
32
Ex.: Desastres naturais, acidentes industriais graves, pandemias, entre outros eventos que
demandam coordenação abrangente.
Catástrofes: Catástrofes referem-se a eventos de grande escala que causam danos significativos,
afetando extensas áreas geográficas ou populações.
33
Considera-se espaço confinado qualquer área Considera-se atmosfera perigosa
ou ambiente que atenda simultaneamente aos aquela em que estejam presentes uma
seguintes requisitos: das seguintes condições:
a) não ser projetado para ocupação humana a) deficiência ou enriquecimento de
contínua; oxigênio; b) presença de contaminantes
NR 33
b) possuir meios limitados de entrada e saída; e com potencial de causar danos à saúde
c) em que exista ou possa existir atmosfera do trabalhador; ou c) seja caracterizada
perigosa. como uma atmosfera explosiva.
Antes da entrada, é obrigatória a realização de uma avaliação de riscos para identificar e controlar
os perigos associados ao espaço confinado, incluindo gases tóxicos, deficiência ou excesso de
oxigênio, inflamabilidade, entre outros.
O percentual de oxigênio (O2) é crucial para garantir condições seguras durante a entrada em
espaços confinados. A concentração aceitável varia de 19,5% a 23% de volume, com o padrão normal
de 20,9%.
A entrada e o trabalho em espaço confinado são proibidos se não houver uma autorização prévia,
conforme determinado pelos subitens 1.4.3 e 1.4.3.1 da NR-01. É proibida a entrada se não forem
realizadas avaliações atmosféricas antes do início das atividades no espaço confinado. Além disso,
é necessário o monitoramento contínuo durante as atividades para garantir condições seguras. A
entrada e permanência em espaço confinado são proibidas na ausência de um vigia. A entrada é
proibida se houver falta de capacitação adequada para supervisores de entrada, vigias,
trabalhadores autorizados e equipes de resgate.
Os trabalhadores designados para atividades em espaços confinados devem ser avaliados quanto à
aptidão física e mental, considerando os fatores de riscos psicossociais.
O plano de resgate deverá conter: A identificação dos perigos associados à operação de resgate;
designação da equipe de emergência e salvamento, interna ou externa, dimensionada conforme a
geometria, acessos e riscos das atividades e operação de resgate; O tempo de resposta para
34
atendimento à emergência; seleção das técnicas apropriadas, equipamentos pessoais e/ou coletivos
específicos e sistema de resgate disponíveis, de forma a reduzir o tempo de suspensão inerte do
trabalhador e sua exposição aos perigos existentes; e a previsão da realização de simulados dos
cenários identificados.
Todo estabelecimento, independentemente de seu segmento, deve estar equipado com o material
necessário para prestação de primeiros socorros, considerando as características específicas da
atividade desenvolvida. Conforme estabelecido pela NR-07, que trata do treinamento de primeiros
socorros, uma pessoa treinada deve ser designada para cuidar desse material, garantindo a eficácia
das práticas de emergência.
Tome nota!
Importante!
O treinamento de primeiros socorros, geralmente com uma carga horária média de oito horas, deve
ser integrado à jornada de trabalho dos empregados, assegurando que as aulas ocorram em horários
convenientes. Abaixo estão alguns dos principais procedimentos de primeiros socorros:
Chamado de Emergência:
Verificação da Consciência:
Caso a vítima não responda,
Avaliação da Cena: Tente conversar com a vítima e ou se a situação exigir, chame
Antes de se aproximar da verificar se ela está consciente. Se a imediatamente os serviços de
vítima, avalie a segurança vítima estiver inconsciente e emergência (SAMU,
da cena para evitar respirando, coloque-a na posição bombeiros) informando a
colocar-se em risco. lateral de segurança para prevenir localização e a condição da
obstrução das vias respiratórias. vítima.
35
Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP): Confira se a vítima está respirando normalmente. Se não
estiver, inicie a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Comprima o peito ritmicamente, realizando 30
compressões seguidas de duas ventilações boca a boca.
Em casos de:
Queimaduras: Resfrie a área queimada com água corrente por cerca de 10 minutos. Não utilize
gelo. Cubra a queimadura com um pano limpo.
Crises Convulsivas: Proteja a cabeça da vítima, afaste objetos ao redor, e coloque-a de lado após
a crise para facilitar a respiração.
Choque: Eleve as pernas da vítima, mantenha-a aquecida e chame ajuda médica. Evite oferecer
alimentos ou bebidas.
Lesões Oculares: Lave suavemente os olhos com água limpa em caso de contaminação. Não
esfregue os olhos.
Traumas na Coluna: Evite movimentar a vítima. Imobilize a cabeça e o pescoço, chamando ajuda
médica imediatamente.
Controle de Hemorragias: Aplique pressão direta sobre feridas para controlar sangramentos.
Use luvas descartáveis, se possível, para evitar contaminação.
Fraturas: Imobilize fraturas usando talas, faixas ou materiais disponíveis. Evite movimentar a
vítima desnecessariamente.
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
1) Introdução
36
3.5 Classificações quanto à intoxicação. 3.6 Vias de penetração de um agente tóxico. 3.7
Absorção e distribuição pelo organismo. 3.8 Dose, efeito e resposta e relações dose-efeito e
dose-resposta. 3.9 Exposição ocupacional e efeitos. 3.10 Limite de tolerância; limite de
exposição ocupacional. 3.11 Toxicocinética e toxicodinâmica. 3.12 Controle da exposição e
monitoramento biológico da exposição ocupacional: 3.12.1 Indicadores biológicos. 3.12.2
Avaliação de toxicidade. 3.12.3 Condições para manifestação da toxicidade. 3.12.4 Dose letal
e concentração letal. 3.12.5 Efeitos mutagênicos e carcinogênicos. 3.13 Classificação dos
agentes tóxicos quanto à ação tóxica. 3.13.1 Substâncias sensibilizantes. 3.13.2 Gases e
vapores irritantes e asfixiantes. 3.14 Classificação dos contaminantes no ar. 3.14.1 Particulados
sólidos. 3.14.2. Sensibilizantes e seus efeitos para a saúde humana.
Perigo Risco
• O termo "perigo" refere-se à capacidade • Por outro lado, "risco" é a probabilidade de que
intrínseca de uma substância causar danos à a exposição a esse perigo realmente cause
saúde. Um exemplo claro é o benzeno, um danos. Se os trabalhadores estão
solvente comum na indústria, que é classificado frequentemente expostos ao benzeno sem
como cancerígeno. Portanto, o benzeno precauções adequadas, o risco de
apresenta um perigo potencial. desenvolverem problemas de saúde, como
câncer, aumenta consideravelmente.
Os efeitos tóxicos são manifestações adversas que um organismo pode experimentar quando
exposto a uma substância química, seja de forma aguda ou crônica. Esses efeitos podem variar
amplamente, desde danos imediatos até impactos cumulativos ao longo do tempo.
Um agente tóxico é uma substância capaz de causar efeitos adversos à saúde quando presente em
concentrações suficientemente elevadas. Exemplos comuns incluem produtos químicos industriais,
37
metais pesados, solventes e pesticidas. A toxicidade de um agente pode depender de vários fatores,
incluindo a via de exposição (inalação, ingestão, contato cutâneo) e a duração da exposição.
Ex.: Para ilustrar, considere o benzeno, um agente tóxico encontrado em certos ambientes de
trabalho. A exposição prolongada a esse solvente pode aumentar o risco de distúrbios sanguíneos,
como a leucemia. O benzeno, portanto, exemplifica como diferentes agentes tóxicos podem ter
efeitos específicos no corpo humano.
Exposição: A exposição marca o início do contato entre o organismo e o agente tóxico. Diversos
fatores, como dose, concentração, via de exposição, frequência e duração, além das propriedades
físico-químicas do agente, influenciam a disponibilidade química do xenobiótico para absorção. A
suscetibilidade individual também desempenha um papel crucial nessa fase, moldando a resposta
do organismo à exposição.
Ex.: Trabalhadores em uma fábrica de produtos químicos que inalam vapores de solventes
orgânicos durante o processo de produção, como o tolueno. A dose, concentração, frequência e
duração da exposição dependem da natureza do trabalho e das práticas de segurança adotadas.
38
Toxicocinética: Esta fase abrange os processos relacionados à absorção, distribuição,
armazenamento, biotransformação e excreção do agente tóxico no organismo. As propriedades
físico-químicas do toxicante determinam seu acesso aos órgãos-alvo e a velocidade de eliminação.
O equilíbrio desses movimentos define a biodisponibilidade da substância, influenciando a
quantidade que está disponível para exercer seus efeitos.
Ex.: Um trabalhador exposto a metais pesados, como o chumbo, através da ingestão de água
contaminada no local de trabalho. Nesta fase, o chumbo é absorvido no trato gastrointestinal,
distribuído pelo sangue para órgãos como o cérebro e os ossos, metabolizado no fígado e,
eventualmente, excretado na urina.
Ex.: Trabalhadores de uma indústria que desenvolvem sintomas de intoxicação por solventes,
como dores de cabeça, tonturas e irritação ocular. Os exames clínicos e laboratoriais revelam
alterações patológicas, como danos hepáticos e renais, confirmando a exposição e seus efeitos no
organismo.
Esses limites são estabelecidos por órgãos reguladores de saúde e segurança ocupacional e são
expressos em unidades específicas, como partes por milhão (ppm) ou miligramas por metro
cúbico de ar (mg/m³). Ultrapassar o Limite de Tolerância pode resultar em efeitos prejudiciais à
saúde dos trabalhadores.
39
Ex.: O LT para o benzeno, um solvente amplamente utilizado em indústrias químicas, pode ser
estabelecido em 1 ppm (parte por milhão) em um ambiente de trabalho. Isso significa que a
concentração de benzeno no ar não deve exceder 1 ppm para evitar efeitos adversos à saúde dos
trabalhadores.
O Limite de Exposição Ocupacional é uma terminologia mais abrangente que inclui não apenas os
limites de tolerância, mas também outros valores que podem ser usados na avaliação de riscos
ocupacionais, como valores biológicos de referência e índices biológicos. O LEO é uma medida mais
ampla que considera diferentes formas de avaliar e controlar a exposição ocupacional, incluindo
limites de curto prazo (como o Limite de Exposição de Curto Prazo - LEC).
Ex.: Além do LT para o benzeno, o LEO pode considerar outros aspectos, como limites de
exposição de curto prazo para períodos específicos. Por exemplo, o LEC para o benzeno pode ser
estabelecido em 5 ppm para um período de 15 minutos.
O Valor Teto é a concentração máxima que não pode ser ultrapassada em nenhum momento
durante a jornada de trabalho. Essa medida é específica para substâncias que têm ação aguda e
rápida sobre o organismo. O VT é estabelecido para garantir uma proteção imediata contra efeitos
adversos significativos, mesmo em exposições breves.
Ex.: Considere um ambiente de trabalho em que os trabalhadores lidam com um produto químico
altamente corrosivo, conhecido por suas propriedades irritantes e potencialmente nocivas. O Valor
Teto para essa substância é estabelecido em 2 partes por milhão (ppm).
Durante uma inspeção de rotina, é identificado que, devido a uma falha temporária no sistema de
ventilação, a concentração dessa substância no ar atingiu 3 ppm por um curto período de tempo,
não ultrapassando 15 minutos. Nesse caso, mesmo que a exposição tenha sido breve, ela ultrapassou
o Valor Teto estabelecido. Consequentemente, as medidas de segurança e evacuação são
imediatamente acionadas para garantir que os trabalhadores não permaneçam no local afetado por
mais tempo do que o necessário.
Ex.: Consideremos uma fábrica que lida com um solvente tóxico. O TLV-SL para esse solvente é
definido em 5 mg/100 cm². Isso significa que, durante uma jornada de trabalho de oito horas, a
40
quantidade desse solvente não deve exceder 5 mg em cada área de 100 cm². Essa medida visa
proteger os trabalhadores contra efeitos adversos por contato dérmico ou ingestão ocasional,
proporcionando uma abordagem abrangente à segurança ocupacional, além dos limites no ar
atmosférico.
O Limite de Exposição de Curta Duração (TLV-STEL) representa o acúmulo máximo ao qual a maioria
dos colaboradores pode ser continuamente exposta por até 15 minutos. Esse padrão permite uma
regularidade máxima de quatro vezes em um mesmo dia, com intervalo superior a 60 minutos entre
duas exposições consecutivas. Essa abordagem é projetada considerando o Limite de Tolerância
Ponderado no Tempo (TLV-TWA) como referência, assegurando que mesmo exposições breves não
causem danos à saúde dos trabalhadores.
Ex.: Considere um ambiente industrial onde os trabalhadores lidam com um solvente volátil
durante seus processos. O TLV-STEL para esse solvente é estabelecido em 50 partes por milhão
(ppm). Durante uma tarefa específica, os trabalhadores podem ser expostos a picos de concentração
do solvente, por exemplo, ao realizar a limpeza de equipamentos. Se durante esses procedimentos
a concentração do solvente atingir 60 ppm, isso estaria acima do TLV-STEL, que é estipulado em 50
ppm.
41
Substâncias que causam irritação nos
tecidos com os quais entram em contato.
Irritantes Podem afetar a pele, olhos, trato
respiratório ou digestivo. Exemplo: ácidos
fortes.
Essas classificações são fundamentais para avaliar os riscos ocupacionais, desenvolver medidas de
segurança apropriadas e fornecer informações sobre como manipular, armazenar e descartar
substâncias químicas de maneira segura.
Os agentes tóxicos podem entrar no corpo humano por diferentes vias de penetração, sendo essas
as principais:
Inalação: A via de inalação ocorre quando substâncias tóxicas são inaladas pelo sistema
respiratório. Isso inclui gases, vapores, poeiras ou aerossóis.
Ingestão: A ingestão ocorre quando substâncias tóxicas são ingeridas através da boca.
42
Absorção Cutânea: A absorção cutânea refere-se à entrada de substâncias tóxicas através da
pele.
Ex.: Isso pode ocorrer quando uma pessoa entra em contato direto com substâncias químicas
líquidas, sólidas ou em forma de vapor. Algumas substâncias são absorvidas mais facilmente pela
pele do que outras.
Injeção: A injeção ocorre quando substâncias tóxicas são introduzidas diretamente no corpo por
meio de agulhas, picadas de insetos, mordidas de animais venenosos ou acidentes com objetos
perfurantes.
Ex.: Toxinas presentes em picadas de cobras ou veneno injetado por agulhas contaminadas.
A absorção é o processo pelo qual os agentes tóxicos entram no organismo a partir do ponto de
exposição.
As principais vias de absorção são inalação (pulmões), ingestão (trato gastrointestinal), absorção
cutânea (pele) e injeção (injeção direta no corpo). A taxa e a eficiência da absorção dependem das
propriedades físico-químicas da substância e da via de exposição.
Ex.: Substâncias gasosas podem ser prontamente absorvidas pelos pulmões durante a inalação.
Após a absorção, os agentes tóxicos se distribuem pelo corpo através da corrente sanguínea. A
distribuição é influenciada pelas propriedades da substância, características do sistema circulatório
e afinidade por tecidos específicos.
Alguns agentes tóxicos têm afinidade por órgãos específicos, enquanto outros são distribuídos
de maneira mais ampla. A distribuição pode ocorrer rapidamente para substâncias solúveis em água,
enquanto substâncias lipossolúveis podem se acumular em tecidos adiposos.
43
• O corpo possui barreiras biológicas que podem modular a
absorção e distribuição de agentes tóxicos. Ex.: a barreira
hematoencefálica protege o sistema nervoso central, limitando a
Barreiras entrada de substâncias químicas. No entanto, algumas
Biológicas substâncias tóxicas conseguem ultrapassar essas barreiras,
impactando órgãos vitais.
A dose refere-se à quantidade total de um agente tóxico que entra no organismo durante um
determinado período de exposição. Geralmente, é expressa em termos de massa ( por exemplo,
miligramas) por unidade de peso corporal ou volume. A dose é um fator crítico na toxicologia, pois
a magnitude dos efeitos muitas vezes está relacionada à quantidade de substância recebida.
O efeito é a resposta observada após a exposição a uma determinada dose de um agente tóxico.
Os efeitos podem variar desde respostas agudas, como náuseas e irritação, até efeitos crônicos,
como danos aos órgãos.
Por outro lado, a resposta é a manifestação específica dos efeitos no organismo. Pode incluir
alterações fisiológicas, bioquímicas, comportamentais ou patológicas. A resposta é a tradução visível
ou mensurável dos efeitos que ocorrem em nível celular, tecidual ou sistêmico.
44
Momento da Questão
Substância Química A:
Substância Química B:
Limite de Exposição Ocupacional (LEO): Concentração dérmica não deve exceder 3 mg/cm²
durante uma jornada de trabalho de 8 horas.
Gabarito: Letra B
Gabarito: Letra C
45
Questão Inédita - Como a empresa pode garantir o cumprimento do Limite de Exposição
Ocupacional (LEO) para a Substância Química B?
Gabarito: Letra D
Comentário: Para garantir o cumprimento do LEO, a empresa deve monitorar não apenas a
concentração no ar, mas também realizar avaliações regulares da exposição dérmica,
implementando medidas de controle, como o uso de equipamentos de proteção pessoal adequados.
1) Introdução
2) Toxicocinética e toxicodinâmica
46
Toxicocinética:
A toxicocinética refere-se ao estudo do movimento de substâncias químicas no corpo, desde o momento em que
são absorvidas até o momento em que são eliminadas.
• Processos envolvidos:
• Absorção: Como e em que quantidade a substância entra no organismo (geralmente ocorre através do trato
gastrointestinal, pulmões ou pele).
• Distribuição: Como a substância é distribuída pelos diferentes tecidos e órgãos do corpo.
• Metabolismo (biotransformação): Como a substância é transformada em metabólitos, muitas vezes por
enzimas no fígado.
• Excreção: Como os metabólitos são eliminados do corpo, geralmente através dos rins (urina) ou do fígado
(bile).
Toxicodinâmica:
A toxicodinâmica refere-se ao estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos das substâncias químicas no
organismo, ou seja, como essas substâncias interagem com os sistemas biológicos para produzir efeitos tóxicos.
• Processos envolvidos:
• Receptores: Interação da substância com receptores específicos no corpo, como proteínas, enzimas, ou outras
moléculas.
• Transdução de sinal: Como os sinais bioquímicos são transmitidos dentro da célula em resposta à exposição
à substância.
• Resposta celular e tecidual: Como as células e os tecidos respondem aos sinais e às alterações induzidas pela
substância.
• Manifestações clínicas: Desenvolvimento de sinais e sintomas observáveis de toxicidade.
Em resumo, a toxicocinética aborda a trajetória da substância no corpo, desde sua entrada até sua
eliminação, enquanto a toxicodinâmica se concentra nos efeitos da substância nos processos
biológicos e nas respostas do organismo.
O controle da exposição refere-se às medidas adotadas para reduzir ou eliminar a exposição dos
trabalhadores a substâncias perigosas no ambiente de trabalho. Vamos conhecer as medidas de
controle:
47
Controles Administrativos: Mudanças nos procedimentos de trabalho ou na organização para
minimizar a exposição, como rotação de tarefas, limitação do tempo de exposição e implementação
de práticas seguras.
Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Quando outras medidas não são
suficientes, EPIs, como máscaras respiratórias, luvas e óculos de proteção, podem ser utilizados.
Identificar
Avaliar a possíveis efeitos
Avaliar a eficácia
quantidade da adversos à
das medidas de
substância que saúde antes que
controle
foi absorvida sintomas
implementadas.
pelo organismo. clínicos
apareçam.
Outras Matrizes
Biológicas: Em alguns
casos, podem ser
Amostragem de analisadas amostras de
Sangue: Análise de saliva, cabelo, unhas,
amostras de sangue entre outros.
Amostragem de Urina: para medir a
Coleta de amostras de concentração de
urina para avaliar a substâncias específicas.
presença de substâncias
químicas ou seus
metabólitos.
48
2.2 Indicadores biológicos
Ex.: Esses indicadores são mensuráveis em amostras biológicas, como sangue, urina, saliva, cabelo,
entre outros.
3) Avaliação de toxicidade
Avaliação de toxicidade refere-se ao estudo dos efeitos nocivos que uma substância química pode
causar à saúde, considerando fatores como dose, duração da exposição e via de administração.
Utilizamos esse tipo de avaliação para identificar potenciais riscos para a saúde humana e definir
limites de exposição ocupacional. Vamos conhecer os métodos mais comuns utilizados na avaliação
de toxicidade:
Testes In Vitro:
Definição: São realizados em sistemas celulares isolados fora do organismo.
Exemplo: Testes de citotoxicidade, genotoxicidade ou ensaios de metabolismo em
células cultivadas.
Aplicações: Identificação de efeitos tóxicos em nível celular.
Estudos Epidemiológicos:
Definição: Avaliação de efeitos tóxicos em populações humanas expostas a substâncias
químicas no ambiente.
Exemplo: Investigação de comunidades expostas a poluentes do ar ou trabalhadores de
indústrias químicas.
Aplicações: Identificação de correlações entre exposição e efeitos na saúde humana.
As condições para a manifestação da toxicidade são variáveis e existem diversos fatores que
influenciam como e quando os efeitos adversos de uma substância tóxica podem ocorrer. Alguns
dos principais elementos a considerar são:
49
Refere-se à
Geralmente, a toxicidade está relacionada
quantidade da
Dose: à dose. Doses mais altas aumentam o
substância que entra
risco de efeitos adversos.
no organismo.
Refere-se à forma
como a substância A via de exposição pode influenciar a
Via de entra no organismo rapidez com que a substância atinge os
Exposição: (por exemplo, tecidos-alvo e, portanto, a manifestação
Condições inalação, ingestão, dos efeitos tóxicos.
para contato dérmico).
manifestação
da toxicidade: Algumas substâncias
Interações podem interagir entre A presença de outras substâncias no
com Outras si, aumentando ou ambiente ou no corpo pode modular a
Substâncias: diminuindo os efeitos toxicidade de uma substância específica.
tóxicos.
A saúde geral do
indivíduo pode
Estado de influenciar a Indivíduos com condições de saúde pré-
capacidade do existentes podem ser mais vulneráveis aos
Saúde Geral:
organismo de lidar efeitos tóxicos.
com substâncias
tóxicas.
Importante!
Momento da Questão
50
c) Toxicologia clínica estuda os sinais e os sintomas indesejáveis causados pelo toxicante.
d) Toxicologia analítica tem como objetivo identificar e/ou quantificar o toxicante nos tecidos e
fluidos biológicos.
Gabarito: Letra B.
"Dose letal" (DL) e "Concentração letal" (CL) são termos frequentemente utilizados em toxicologia
para expressar a quantidade ou concentração de uma substância tóxica que é letal, ou seja, que
causa a morte de uma determinada porcentagem de organismos expostos. Vamos explorar a
diferença desses conceitos:
Tome nota!
A DL50 e a CL50 são valores médios que representam uma população, e a resposta individual
pode variar dependendo de fatores como a saúde do organismo, a via de exposição, o tempo de
exposição, entre outros.
51
3.1.3 Efeitos mutagênicos e carcinogênicos
Efeitos Mutagênicos: Mutagênicos são agentes que têm a capacidade de causar mutações, ou
seja, alterações no material genético de um organismo. Os mutagênicos podem atuar interferindo
no processo normal de replicação do DNA, causando mudanças na sequência de bases. As mutações
genéticas podem ter efeitos variados, desde nenhum impacto até o desenvolvimento de doenças
genéticas ou câncer.
Ex.: Radiações ionizantes, certas substâncias químicas presentes em cigarros e alguns agentes
quimioterápicos.
Importante!
Nem todos os mutagênicos são carcinogênicos, mas muitos carcinogênicos têm potencial
mutagênico, pois a ocorrência de mutações genéticas é um dos mecanismos que pode levar ao
desenvolvimento do câncer. O entendimento e identificação dessas substâncias são fundamentais
para avaliações de risco, regulação e medidas de prevenção em saúde ocupacional e ambiental.
Os agentes tóxicos podem ser classificados de várias maneiras com base em sua ação tóxica e nos
efeitos que causam no organismo. Uma classificação comum envolve categorias amplas,
considerando diferentes critérios. Vamos conhecer algumas das principais classificações:
52
Quanto ao Sistêmicos: Afetam o organismo como um Locais ou Locais de Contato: Exercem efeitos
Local de todo após absorção, atuando em órgãos ou no local de contato direto, como irritantes
Ação: sistemas específicos. dérmicos ou oculares.
Quanto ao
Nefrotóxicos: Tóxicos para os Hepatotóxicos: Tóxicos para Neurotóxicos: Afetam o
Mecanismo
de Ação: rins. o fígado. sistema nervoso.
Quanto ao
Gasosos: Substâncias no Líquidos: Substâncias em Sólidos: Substâncias em
Estado
Físico: estado gasoso. forma líquida. forma de partículas sólidas.
Substâncias sensibilizantes são agentes químicos que têm a capacidade de induzir uma resposta
imunológica específica no organismo, levando à sensibilização. A sensibilização é um processo no
qual o sistema imunológico do indivíduo desenvolve uma resposta de hipersensibilidade a uma
substância específica após exposição inicial. Essa resposta imunológica pode se manifestar em
exposições subsequentes, resultando em reações alérgicas ou dermatites de contato.
Sensibilização dérmica:
Ex.: Dermatites de contato alérgicas. Substâncias como certos metais (níquel, cromo), produtos
químicos em cosméticos, corantes têxteis, entre outros, podem causar reações alérgicas na pele.
Sensibilização respiratória:
Ex.: Asma ocupacional. Substâncias como poeiras de madeira, isocianatos (encontrados em tintas
e adesivos), proteínas de animais, podem desencadear reações alérgicas nos pulmões.
53
Agora vamos conhecer as características das substâncias sensibilizantes:
Período de Latência: A
Baixa Dose Sensibilizante: Em sensibilização muitas vezes não
muitos casos, a sensibilização pode ocorre imediatamente após a
ocorrer com exposição a doses exposição inicial. Pode haver um
relativamente baixas da substância. período de latência antes que a
resposta alérgica se desenvolva.
Gases e Vapores Irritantes: São substâncias que, ao entrarem em contato com os tecidos do
corpo, podem causar irritação ou inflamação. Essa irritação pode afetar principalmente as mucosas,
como olhos, nariz, garganta e pulmões.
Ex.: Cloro (Cl2): Um gás irritante que pode causar danos nas vias respiratórias e nos olhos; Amônia
(NH3): Gás comum em processos industriais, pode ser irritante para os olhos, nariz e garganta;
Dióxido de Enxofre (SO2): Pode irritar o sistema respiratório.
Ex.: Gás Nitrogênio (N2): Pode deslocar o oxigênio no ambiente, causando falta de oxigênio;
Monóxido de Carbono (CO): Pode interferir no transporte de oxigênio no corpo.
Tome nota!
54
Gases e vapores podem apresentar características tanto irritantes quanto asfixiantes, dependendo
da substância e da concentração.
Importante!
Os Limites de Exposição Ocupacional (LEO) no Brasil, conforme estabelecidos pela NR-15, são
chamados de Limites de Tolerância (LT). Esses LT são compilados das tabelas dos valores de TLV-
TWA (Time Weight Average) propostos pela ACGIH-USA. Referem-se às concentrações médias
máximas que não devem ser ultrapassadas em uma jornada de 8 horas por dia, 48 horas por semana.
Os LT brasileiros são extrapolados dos TLV por meio de uma média aritmética, proporcionando
uma margem para flutuações ao longo da jornada de trabalho, onde:
NA= LEO
2
Poluentes Respiratórios: Causam impacto no Óxidos de Nitrogênio (NOx): Incluem óxido nítrico
sistema respiratório, como partículas finas, ozônio e (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2), provenientes de
dióxido de nitrogênio. processos de combustão.
Poluentes Tóxicos: Substâncias que podem causar Compostos Orgânicos Voláteis (COVs):
danos ao sistema nervoso, fígado, rins, entre outros, Substâncias químicas orgânicas que evaporam
como metais pesados e compostos orgânicos facilmente, como benzeno, formaldeído e tolueno.
voláteis.
Partículas Inaláveis: Partículas sólidas ou líquidas
Poluentes Cancerígenos: Substâncias associadas ao em suspensão no ar, com tamanho pequeno o
aumento do risco de câncer, como benzeno, suficiente para serem inaladas, incluindo PM10
asbestos e alguns poluentes atmosféricos orgânicos (partículas com diâmetro menor que 10
persistentes. micrômetros) e PM2.5 (partículas com diâmetro
menor que 2.5 micrômetros).
Por Estado Físico: Por Fonte de Origem:
55
Por Características Específicas:
Poluentes Atmosféricos Tropicais: Como o ozônio troposférico, que é formado em níveis mais baixos da
atmosfera devido à interação de poluentes sob a influência da luz solar.
Poluentes Secundários: Formados por reações químicas na atmosfera, como o ozônio troposférico e as
partículas secundárias.
A expressão "partícula dos sólidos" refere-se a partículas sólidas suspensas no ar, também
conhecidas como particulados ou aerossóis. Essas partículas podem variar em tamanho, origem e
composição, e podem ter efeitos significativos na qualidade do ar e na saúde humana. A NHO-08 é
uma fonte completa para a avaliação e classificação de diversos partícula dos sólidos. Algumas
dessas classificações incluem:
Tome nota!
A NHO-08 estabelece diretrizes para avaliar a exposição ocupacional a particulados sólidos, incluindo
poeiras, fumos metálicos, carvão vegetal, negro de fumo, madeira, cereais, farinha e PNOS (partículas
não especificadas de outra maneira).
Momento da Questão
56
1. Material particulado são partículas sólidas produzidas por ruptura de material originalmente
sólido, suspensas ou capazes de se manterem suspensas no ar.
2. Particulado inalável é a fração do material particulado suspensa no ar constituída por
partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 100 μm, com capacidade de entrar pelas
narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a inalação.
3. Particulado toráxico é a fração de material particulado suspensa no ar constituída por
partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 20 μm, com capacidade de passar pela
laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias aéreas dos pulmões.
4. Particulado respirável é a fração de material particulado suspensa no ar constituída por
partículas de diâmetro aerodinâmico menor que 10 μm, com capacidade de penetrar além
dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca de gases dos pulmões, causando
efeito adverso nesse local.
5. Particulado total é o material particulado suspenso no ar coletado em porta-filtro de
poliestireno de 50 mm de diâmetro, de 2 peças, com face fechada e orifício para a entrada
do ar de 4 mm de diâmetro, conhecido como cassete.
Gabarito: Letra B.
1) Introdução
57
2) Ficha de dados de segurança (FDS)
Controle de Estabilidade e
Identificação: Exposição e Reatividade:
Informações sobre Proteção Estabilidade,
o produto, usos Individual: Limites reatividade, Outras
recomendados, de exposição, condições a serem Informações:
detalhes do medidas de evitadas e materiais Detalhes sobre a
fornecedor e engenharia e incompatíveis. preparação e revisão
telefone de equipamentos de da FDS.
emergência. proteção.
Informações
Toxicológicas:
Identificação de Regulamentações:
Manuseio e Efeitos à saúde,
Perigos: Referências a
Armazenamento: rotas de exposição e
Classificação GHS, normas de saúde,
Orientações para medidas numéricas
elementos de segurança e meio
manuseio seguro e de toxicidade.
rotulagem e outros ambiente aplicáveis.
condições de
perigos específicos.
armazenamento.
Informações Informações sobre
Composição e Ecológicas: Transporte:
Informações sobre Controle de Ecotoxicidade, Regulamentações
Ingredientes: Derramamento ou persistência e para transporte e
Detalhes sobre Vazamento: potencial de precauções
substâncias ou Precauções, bioacumulação. necessárias.
misturas, incluindo equipamentos e
identidade química procedimentos para
e concentrações. contenção e Propriedades Destinação Final:
limpeza. Físicas e Químicas: Disposição segura
Informações sobre de resíduos e
Medidas de características do embalagens
Primeiros Medidas de produto. contaminadas.
Socorros: Combate a
Procedimentos em Incêndio: Meios de
caso de exposição, extinção, perigos
sintomas e cuidados específicos e
médicos equipamentos de
necessários. proteção.
Tome nota!
A FDS é disponibilizada pelo fabricante/fornecedor junto com o produto e deve estar acessível a
todos os que trabalham com a substância. Ela serve como um guia abrangente para o manuseio
seguro de produtos químicos, oferecendo informações essenciais para treinamento e
conscientização dos usuários. Em situações em que a FDS não é fornecida, os usuários devem
solicitá-la ao fabricante/fornecedor.
58
Importante!
Não é todo e qualquer produto químico que exige uma FISPQ; apenas os classificados como
perigosos, segundo o GHS (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos). Alguns exemplos de produtos químicos para quais a FISPQ é obrigatória são:
ERGONOMIA
1) Introdução
A ergonomia é uma disciplina que visa otimizar a interação entre o ser humano, as máquinas, os
equipamentos, o ambiente e os sistemas de trabalho. Ela busca melhorar o bem-estar, a segurança,
o desempenho e a satisfação no trabalho. As noções conceituais em ergonomia são geralmente
categorizadas em três principais áreas:
59
Ergonomia Cognitiva:
Ergonomia Física: Ergonomia Organizacional:
Relaciona-se ao entendimento
Refere-se à adaptação das Definição: Envolvente o projeto de
dos processos mentais e da
condições de trabalho ao sistemas de trabalho, políticas
percepção humana no
corpo humano, considerando organizacionais, estruturas de
contexto do trabalho,
características físicas, comunicação e gestão para
buscando otimizar a cognição,
biomecânicas e promover um ambiente de trabalho
a atenção, a memória e a
antropométricas. eficiente, saudável e produtivo.
tomada de decisões.
Tome nota!
Essas três áreas da ergonomia frequentemente interagem entre si. Por exemplo, um ambiente de
trabalho bem projetado fisicamente pode contribuir para a eficiência cognitiva e a saúde
organizacional. A abordagem holística da ergonomia busca considerar o ser humano em sua
totalidade, promovendo ambientes de trabalho que sejam seguros, saudáveis e eficientes.
Ex.: A fisiologia do trabalho contribui para entender como o corpo humano responde às
exigências laborais, ajudando a prevenir condições relacionadas ao estresse e à fadiga.
Relevância no Trabalho:Carga
Relevância no Trabalho:
Cognitiva: Avalia a quantidade de
esforço mental exigido para realizar uma Relações Interpessoais: A qualidade das
tarefa. Tarefas complexas ou multitarefas relações no trabalho, incluindo o apoio social
podem aumentar a carga cognitiva. e o trabalho em equipe, desempenha um
papel crucial no bem-estar psicológico.
Desempenho Cognitivo: Relaciona-se
com a capacidade de processar Estresse Ocupacional: Pressões no trabalho,
informações e tomar decisões eficazes falta de controle sobre as tarefas e conflitos
no ambiente de trabalho. podem contribuir para o estresse ocupacional.
Fadiga Mental: Excesso de demandas Equilíbrio Trabalho-Vida: A capacidade de
cognitivas ao longo do tempo pode equilibrar as demandas profissionais e
levar à fadiga mental, afetando o pessoais é essencial para o bem-estar geral
desempenho e a segurança no trabalho. dos trabalhadores.
Tome nota!
A pressão cognitiva decorrente de situações que demandam uma alta carga mental pode ser um
fator contribuinte para o estresse, especialmente quando combinada com desafios psicossociais.
Nesse contexto, a resiliência mental, que se refere à habilidade de enfrentar e superar desafios
mentais, está intrinsecamente conectada à resiliência psicossocial, que se manifesta na capacidade
de lidar com adversidades de natureza social e emocional.
61
2.3 Organização do trabalho
Estrutura Organizacional voltada para a Segurança: Uma estrutura organizacional que coloca
a segurança como prioridade demonstra o comprometimento da liderança com a proteção da saúde
e bem-estar dos trabalhadores.
Jornada de Trabalho Segura: A definição de jornadas de trabalho que evitem a fadiga excessiva
e permitam períodos adequados de descanso é crucial para garantir a vigilância e a atenção dos
trabalhadores às práticas seguras durante suas tarefas.
Ex.: Uma cultura que promove a comunicação aberta sobre incidentes, aprendizado contínuo em
segurança e responsabilização mútua fortalece os valores relacionados à segurança.
Importante!
62
A recente portaria do MTP Nº 4.219, trouxe uma alteração significativa na nomenclatura da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) para organizações que agora são obrigadas a
instituí-la conforme as diretrizes da NR-05. Desde março de 2023, a nova designação é Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio.
Essa mudança reflete uma abordagem mais abrangente da CIPA, incluindo não apenas a prevenção
de acidentes físicos, mas também o combate ao assédio no ambiente de trabalho. Dentre as
orientações estabelecidas, destaca-se:
I- Inclusão de regras explícitas sobre assédio sexual e outras formas de violência nas normas
internas da empresa, com divulgação abrangente entre os colaboradores.
III- Realização, pelo menos a cada 12 meses, de ações de capacitação, orientação e sensibilização
para todos os níveis hierárquicos da empresa. Essas ações devem abordar temas relacionados à
violência, assédio, igualdade e diversidade no ambiente de trabalho, sendo apresentadas em
formatos acessíveis, apropriados e que maximizem a efetividade dessas iniciativas.
Tome nota!
Entre as várias modificações, o §2º do artigo 23 da Lei 14.457/2022 determina que as empresas têm
a obrigação de criar um ambiente de trabalho seguro e saudável, implementando medidas para
prevenir e combater o assédio sexual e outras formas de violência. Essas ações devem ser
conduzidas por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Momento da Questão
Questão inédita – A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) tem por
atribuições, EXCETO:
a) Acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos da NR-01 e
propor, quando for o caso, medidas para a solução dos problemas identificados.
b) Incluir temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual e a outras formas de violência
no trabalho nas suas atividades e práticas.
c) Elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva em segurança e saúde
no trabalho.
d) Verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar situações que possam trazer
riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
63
e) Elaborar plano de trabalho e monitorar metas, indicadores e resultados de segurança e saúde no
trabalho.
Gabarito: Letra E.
1) Introdução
Iniciaremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco
4 – Trabalho e Saúde do Servidor:
Por outro lado, a biossegurança refere-se às medidas adotadas para prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e
o meio ambiente.
64
NORMAS E PRINCÍPIOS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA
Treinamento e Todos os profissionais que lidam com agentes biológicos devem receber
educação: treinamento adequado sobre práticas de biossegurança, incluindo o uso
correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e procedimentos
operacionais padrão (POPs).
Fornecimento de epis: Garantir acesso fácil e adequado a Equipamentos de Proteção Individual, como
luvas, óculos de proteção, jalecos, uniformes, capacetes, máscaras,
dependendo das necessidades do ambiente de trabalho.
Vacinação e imunização: Incentivo à vacinação e imunização dos profissionais de saúde e outros grupos
expostos a agentes biológicos, quando disponíveis.
Sinalização de áreas de Instalação de placas de identificação em áreas onde existem riscos específicos,
risco: como substâncias químicas perigosas, agentes biológicos ou radiações.
Diante de casos de infecção profissional pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), relacionados
ao contato com sangue, secreções sexuais e fluídos, os Centers for Disease Control and Prevention
65
(CDC) recomendaram medidas de barreira, independentemente do conhecimento do estado
sorológico dos pacientes, denominadas Precauções Universais (PU). Vamos abordar algumas das
principais medidas destacadas, com foco no uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs):
Tome nota!
As Precauções Padrão (PP) envolvem o uso de barreiras, como equipamentos de proteção individual
(EPIs), sempre que há possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções, fluidos corpóreos
(exceto suor), mucosas e pele não íntegra. Além disso, incluem isolamentos específicos, como
precauções com aerossóis, gotículas e de contato, cada uma adaptada às características das doenças
envolvidas.
Momento da Questão
66
b) Gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica, avental impermeável de mangas
compridas e luvas de procedimento.
c) Gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara PFF2, avental impermeável de mangas
compridas e luvas de procedimento.
d) Óculos de proteção ou protetor facial, gorro, avental impermeável de mangas compridas e luvas
de procedimento.
Gabarito: Letra C.
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é uma obrigação estabelecida pela
Norma Regulamentadora 7 (NR 7) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Brasil. O PCMSO
tem como objetivo promover e preservar a saúde dos trabalhadores, bem como prevenir e
diagnosticar precocemente possíveis danos à saúde relacionados ao trabalho.
Este monitoramento pode incluir avaliação clínica, análise de exames complementares, como
análises laboratoriais, e acompanhamento de condições específicas.
A perícia médica ocupacional refere-se à avaliação médica especializada realizada com o objetivo
de verificar as condições de saúde dos trabalhadores em relação aos riscos e ambientes laborais.
Essa prática é fundamental para assegurar a segurança, a saúde e o bem-estar dos profissionais no
ambiente de trabalho.
67
A elaboração do PCMSO é de responsabilidade da empresa, devendo ser coordenada por um
médico do trabalho, especialista em medicina ocupacional. Além disso, o programa deve ser
desenvolvido em conjunto com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), quando
existente, e com a participação dos trabalhadores. Vamos conhecer os tipos exames médicos
ocupacionais exigidos pela NR 7:
Exame de mudança de função: Este exame é realizado quando o trabalhador muda de função
dentro da empresa e essa mudança pode expô-lo a riscos diferentes dos existentes na função
anterior.
Tome nota!
A Norma Regulamentadora 7 (NR 7) estabelece que o exame clínico demissional deve ser realizado
em até 10 (dez) dias contados do término do contrato de trabalho, todavia, o exame clínico
demissional pode ser dispensado caso o trabalhador tenha realizado um exame clínico ocupacional
mais recente em prazos específicos:
68
Para organizações classificadas como graus de risco 1 e 2, o exame clínico demissional pode ser
dispensado se o exame ocupacional mais recente tiver sido realizado há menos de 135 (cento e
trinta e cinco) dias.
Para organizações classificadas como graus de risco 3 e 4, a dispensa ocorre se o exame ocupacional
mais recente tiver sido realizado há menos de 90 (noventa) dias.
Importante!
A NR-1, que trata das disposições gerais sobre saúde e segurança no trabalho, estabelece requisitos
importantes para o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). De acordo com essa norma, o PGR
deve conter, no mínimo, dois documentos essenciais:
69
Este documento desempenha um papel crucial ao caracterizar os processos, o
ambiente de trabalho e as atividades que podem representar riscos à saúde dos
colaboradores. O Inventário de Riscos Ocupacionais monitora a exposição a
Inventário de
agentes ou fatores potencialmente prejudiciais e inclui a definição dos critérios de
riscos
avaliação de riscos. É fundamental que esse inventário seja continuamente
ocupacionais: atualizado para refletir as mudanças nas condições de trabalho e os avanços nas
práticas de segurança. O histórico de atualizações deve ser mantido por um período
mínimo de 20 anos.
Tome nota!
A validade do PGR é de, no máximo, dois anos. Além disso, A NR-1 dispensa a elaboração do PGR
para alguns tipos de empresa, sendo elas: Microempreendedores individuais (MEI); Microempresas
(ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), desde que tenham graus de risco 1 ou 2 e que, no
levantamento preliminar de perigos, não identifiquem exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos, em conformidade com a NR9. As empresas também precisam ter declarado
as informações ao governo pelo e-Social.
Importante!
Quanto à diferença entre PGR e PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PGR é mais
abrangente, incorporando não apenas os riscos ambientais, mas também riscos ergonômicos e de
acidentes. Ele substituiu o PPRA e visa proporcionar uma abordagem mais completa na gestão dos
riscos ocupacionais.
70
Avaliação de
Riscos:
A empresa deve
realizar uma
avaliação detalhada
dos riscos presentes
em cada máquina ou
equipamento,
identificando
possíveis perigos
para os
trabalhadores.
Elaboração do Inventário de
Capacitação dos Trabalhadores:
Máquinas:
Os trabalhadores devem receber
Deve ser elaborado um inventário
capacitação específica para operar
de máquinas, que é um documento
as máquinas de forma segura,
detalhado que caracteriza os
compreendendo os riscos
processos, o ambiente de trabalho e
associados e as práticas seguras de
as atividades que possam
trabalho.
representar riscos ocupacionais.
Adoção de Medidas
de Proteção:
Com base na
avaliação de riscos, a
empresa deve
adotar medidas de
proteção
apropriadas para
cada máquina,
visando eliminar ou
reduzir os riscos
identificados.
Ex.: Em uma prensa industrial, as proteções fixas podem ser estruturas físicas ao redor das partes
móveis, enquanto as proteções móveis podem ser painéis intertravados que só permitem a operação
quando fechados.
71
Sistemas de parada de emergência: Para situações de risco iminente, a NR 12 preconiza a
instalação de sistemas de parada de emergência.
Sistemas de bloqueio: A norma enfatiza o uso de sistemas de bloqueio para evitar acionamentos
não autorizados durante intervenções, como manutenção.
Ex.: Em um cenário real, isso pode envolver o uso de cadeados ou travas que impeçam a
energização da máquina enquanto procedimentos de manutenção estão em andamento.
Tome nota!
A norma estabelece requisitos para inspeções periódicas, as quais devem ser realizadas
regularmente para verificar a integridade dos dispositivos de segurança. Vejamos:
Estabelecer um plano de inspeção periódica, indicando a periodicidade das inspeções e os pontos a serem verificados
em cada máquina ou equipamento.
Avaliar a integridade e o funcionamento dos dispositivos de segurança, como proteções fixas e móveis, sistemas de
parada de emergência e sistemas de bloqueio.
Verificar a documentação relacionada à segurança da máquina, como manuais do fabricante, instruções de operação e
manutenção, e registros de intervenções anteriores.
Realizar medições e testes específicos conforme necessário, como verificações de níveis de ruído, avaliação de
emissões de substâncias perigosas, testes de funcionamento de dispositivos elétricos, entre outros.
Verificar as condições de componentes mecânicos, como engrenagens, correias, rolamentos, e componentes elétricos,
como fiações e painéis elétricos.
Além disso, para manter um registro consistente, é obrigatório manter um histórico de atualizações
do inventário de máquinas por no mínimo 20 anos. Cada alteração realizada, como a instalação de
novos dispositivos de segurança, deve ser documentada para referência futura.
A prevenção e controle dos riscos psicossociais e a gestão integrada de saúde, segurança e meio
ambiente são aspectos fundamentais para promover ambientes de trabalho saudáveis, seguros e
sustentáveis. Esses temas estão relacionados ao bem-estar dos colaboradores, à qualidade de vida
72
no trabalho e à responsabilidade socioambiental das organizações. Vamos nos aprofundar nesses
conceitos:
Ambiente de trabalho
hostil
Riscos psicossociais
referem-se a fatores
do ambiente de
trabalho e à forma
Excesso de carga de como o trabalho é
Falta de reconhecimento
trabalho organizado, que
podem afetar a saúde
mental, o bem-estar e
o desempenho dos
trabalhadores.
Tome nota!
A implementação de sistemas de gestão integrada, como ISO 45001 para saúde e segurança no
trabalho e ISO 14001 para gestão ambiental, é destacada como uma prática eficaz. O
estabelecimento de indicadores de desempenho permite o monitoramento contínuo dessas áreas.
Programas, laudos, ensaios e perícias são fundamentais para garantir a conformidade com as
normas regulamentadoras, promover um ambiente de trabalho seguro e saudável, prevenir
acidentes e proteger a saúde dos trabalhadores. A abrangência e a necessidade de cada um desses
elementos podem variar de acordo com a natureza e as atividades específicas da empresa. Vejamos
os mais comuns e utilizados pelas empresas:
73
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional): Estabelecimento de diretrizes
para o monitoramento da saúde dos trabalhadores.
AET – Análise Ergonômica do Trabalho (NR-17): A NR-17 trata das condições ergonômicas no
ambiente de trabalho. A AET é um documento que avalia os fatores ergonômicos nas atividades
laborais, visando a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores.
Laudo de Caldeiras e Vasos de Pressão (NR-13): A NR-13 trata das condições mínimas para
garantir a segurança na operação de caldeiras e vasos de pressão. O laudo relacionado a essa norma
tem o objetivo de avaliar as condições desses equipamentos, garantindo sua operação segura.
Tome nota!
74
3.2 Registros administrativos em segurança e saúde no trabalho
Registro de
Registro de Registro de PPP - Perfil
equipamentos de
acidentes e treinamentos e profissiográfico
proteção individual
incidentes: capacitações: previdenciário: (EPIS):
• Documentação • Manutenção de • Registro • Controle do
detalhada de registros que previdenciário que fornecimento, uso e
acidentes de comprovem a contempla substituição de EPIs,
trabalho, lesões ou realização de informações sobre a registrando datas de
incidentes, incluindo treinamentos em história laboral do distribuição,
informações sobre as segurança e trabalhador, inspeções e trocas
circunstâncias, capacitações para os incluindo atividades dos equipamentos.
gravidade e medidas trabalhadores, desenvolvidas,
corretivas adotadas. incluindo datas, exposição a agentes
temas abordados e nocivos e períodos
participantes. trabalhados.
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
1) Introdução
Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco
4 – Trabalho e Saúde do Servidor:
1.2 Insalubridade
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e
do tempo de exposição aos seus efeitos.
A fim de complementar este artigo, destaca-se que a Portaria n° 3.214/78 aprovou a Norma
Regulamentadora 15 (NR-15), a qual elenca diversos fatores que caracterizam um trabalho como
insalubre. Entre esses fatores incluem-se:
75
Ruídos contínuos ou Exposição ao calor Condições
Vibrações;
intermitentes; ou frio excessivos; hiperbáricas;
Agentes químicos e
Umidade; Poeiras minerais; Benzeno.
biológicos;
Radiações ionizantes
e não ionizantes;
Tome nota!
Quando é identificado que o trabalho está em condições insalubres, a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) estabelece a necessidade de implementar ações que visem manter o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância definidos pela Norma Regulamentadora 15 (NR-15) e
normas técnicas, como aquelas estipuladas pela American Conference of Governmental Industrial
Hygienists (ACGIH).
Cabe ressaltar que para que o trabalho seja comprovado como insalubre pelo Ministério do
Trabalho (MTE), é necessário realizar uma perícia, conduzida por um médico ou engenheiro do
trabalho devidamente autorizado por esse órgão.
Importante!
40% do salário-mínimo
para grau máximo de 20% para grau médio; 10% para grau baixo.
insalubridade;
1.2 Periculosidade
76
bem como em situações de risco acentuado. É regulamentada pela NR-16, que estabelece os critérios
para identificação das atividades perigosas. A avaliação é realizada por meio do LTCAT. Vejamos o
que diz o Art. 193 da CLT:
Tome nota!
A empresa pode deixar de conceder os adicionais se adotar medidas que mantenham o ambiente
de trabalho dentro dos limites de tolerância ou se incentivar o uso de equipamentos de proteção
individual que reduzam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. O direito do
empregado a esses adicionais cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física.
Momento da Jurisprudência
O artigo 193 da CLT permite que o profissional escolha entre os adicionais de insalubridade e
periculosidade, definindo qual deseja receber. No entanto, essa escolha estava sujeita a
interpretações que permitiam a acumulação dos dois adicionais, uma vez que eram compensações
por motivos semelhantes, embora pagas por razões diferentes.
Em setembro de 2019, uma decisão do Supremo Tribunal do Trabalho (TST) vetou a possibilidade
de cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
Importante!
Conforme estabelecido no artigo 392 da CLT, durante a gestação, as trabalhadoras têm o direito
assegurado à "transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho".
Para efetivar essa transferência, é necessário apresentar um atestado médico que comprove a
condição de insalubridade ou periculosidade na atividade desempenhada. Uma vez confirmada a
transferência, a funcionária não terá direito ao adicional durante esse período, retomando a
compensação apenas ao retornar à sua função original após o período de licença-maternidade.
77
PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL DO TRABALHO
1) Introdução
Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco
4 – Trabalho e Saúde do Servidor:
Barreiras físicas para isolar áreas de risco: Utilização de barreiras físicas, como cercas, grades,
ou paredes, para isolar áreas específicas que apresentam riscos aos trabalhadores.
Ex.: Em uma fábrica, a instalação de barreiras ao redor de máquinas perigosas para evitar acesso
não autorizado ou acidentes.
Sinalização de segurança para alertar sobre perigos: Uso de sinais visuais, como placas, cores
e símbolos, para comunicar informações importantes sobre segurança, alertando os trabalhadores
sobre possíveis perigos no ambiente.
Ex.: Colocação de placas de advertência indicando áreas de risco elétrico, pisos escorregadios ou
locais onde é necessário o uso de equipamentos de proteção individual.
Ex.: Em um laboratório químico, a instalação de sistemas de exaustão para eliminar vapores tóxicos
durante processos de manipulação de substâncias químicas.
78
Estas medidas coletivas são eficazes porque visam eliminar ou reduzir os riscos no ambiente de
trabalho, beneficiando a todos os trabalhadores que atuam naquela área. Elas são parte integrante
de uma abordagem preventiva à segurança no trabalho, conforme preconizado por
regulamentações e normas de segurança ocupacional.
Instalações Devem ser proporcionais ao número de trabalhadores, com separação por sexo
sanitárias: quando houver mais de dez funcionários.
Deve haver pelo menos um vaso sanitário para cada grupo de 20 trabalhadores.
Para atividades que exijam esforço físico, como a construção civil, deve ser
disponibilizado um mictório para cada 20 trabalhadores.
Devem ser mantidas em condições de higiene e limpeza adequadas.
Controle de Devem ser adotadas medidas para reduzir a exposição dos trabalhadores a
poeira e poeiras e substâncias tóxicas.
substâncias Isso pode incluir o uso de sistemas de ventilação, a umidificação de áreas secas
tóxicas: para evitar a dispersão de poeira, e o uso de equipamentos de proteção
respiratória quando necessário.
Áreas de Devem ser proporcionadas áreas adequadas para refeições, com espaços limpos
refeição: e confortáveis.
As áreas de refeição devem ser separadas das áreas de trabalho para evitar
contaminação.
Devem ser disponibilizados utensílios de cozinha e armazenamento de alimentos
seguros.
79
Vestiários e Devem ser fornecidos vestiários e alojamentos em condições adequadas de
alojamentos: higiene e conforto.
Os vestiários devem ter armários individuais para guardar roupas e objetos
pessoais.
Os alojamentos devem proporcionar condições de conforto térmico e ventilação
adequada.
Condições de Devem ser mantidas condições de conforto térmico nos locais de trabalho,
conforto considerando temperatura, umidade e ventilação.
térmico: Devem ser adotadas medidas para evitar o desconforto térmico, como a
instalação de sistemas de climatização.
Na gestão de resíduos e meio ambiente, é imperativo adotar práticas sustentáveis para minimizar
o impacto ambiental e promover a responsabilidade socioambiental. A abordagem eficaz dessas
questões encontra-se refletida em diversos pontos essenciais.
Ex.: A coleta seletiva e o descarte apropriado de resíduos sólidos, aliados ao tratamento adequado
de efluentes líquidos, desempenham um papel central nesse processo. Adicionalmente, a redução
da geração de resíduos e o estímulo à reciclagem contribuem para a promoção de práticas
ambientais responsáveis.
A Norma ISO 14001 estabelece requisitos para sistemas de gestão ambiental (SGA) e oferece um
quadro para as organizações implementarem práticas sustentáveis, minimizando o impacto
ambiental de suas operações.
Política ambiental:
Planejamento:
Implementação e operação:
80
Além disso, a efetiva gestão ambiental requer um diligente monitoramento e medição,
contemplando a implementação de processos para monitorar e medir de forma regular os diversos
aspectos ambientais relacionados às operações da organização.
1.4 Sinalização
Azul:
Verde:
Pode ser empregado para identificar
Pode ser associado a áreas de segurança,
equipamentos de combate a incêndio,
como saídas de emergência e rotas de fuga.
como hidrantes e extintores. Também é
Também é comumente utilizado para
utilizado em sinalizações relacionadas à
indicar equipamentos de segurança, como
presença de água ou outras substâncias
chuveiros de emergência.
que possam representar riscos.
Laranja:
Branco:
Pode ser associado a áreas ou
Geralmente, é utilizado para sinalizar áreas
equipamentos que representem perigos,
ou rotas de tráfego interno, como
indicando a necessidade de atenção e
corredores ou zonas de circulação,
contribuindo para a organização e precaução. Também é utilizado em
sinalizações temporárias de obras ou
segurança dentro de instalações.
manutenções.
Marrom: Pode ser associado a áreas de Cinza: Pode ser utilizado para sinalizar áreas
resíduos sólidos ou materiais perigosos, ou equipamentos que não estão em uso ou
indicando locais de descarte específicos. que estão temporariamente desativados.
Tome nota!
As cores também são usadas para delimitar áreas específicas, como áreas de armazenamento de
materiais inflamáveis, zonas de tráfego de veículos industriais e áreas de primeiros socorros.
81
Importante!
2) Organização do trabalho
Acesso facilitado a
Redução de riscos de
Otimização dos fluxos equipamentos de
acidentes:
de trabalho: segurança:
A disposição estratégica
Busca-se assegurar a Garante-se que os
visa minimizar os riscos
otimização dos fluxos de equipamentos de
de acidentes,
trabalho, facilitando a segurança, como
contemplando a
movimentação eficiente extintores de incêndio e
localização adequada de
de trabalhadores, saídas de emergência,
máquinas e
materiais e estejam
equipamentos. Esse
equipamentos. Essa estrategicamente
planejamento visa
otimização contribui para posicionados. Isso
prevenir situações
a produtividade e reduz assegura fácil
indesejadas, como
os desperdícios de acessibilidade em
colisões, quedas ou
tempo. situações de
interferências.
necessidade.
Evitar sobrecarga e fadiga: Distribuição de tarefas de maneira equitativa para evitar que alguns
trabalhadores sejam sobrecarregados, o que poderia levar à fadiga, estresse e redução da eficiência.
82
3) Ferramentas da qualidade
Plan (Planejar):
Nesta etapa, a organização identifica e
analisa riscos, estabelece metas e
desenvolve planos de ação para
melhorar a segurança e saúde
ocupacional.
Check (Verificar):
Realização de auditorias e avaliações
para verificar se as ações
implementadas estão alcançando os
resultados desejados. É uma fase de
monitoramento para garantir a eficácia
das mudanças realizadas.
Momento da Questão
a) O PDCA é um ciclo contínuo projetado para identificar e corrigir possíveis falhas no processo.
c) Executar o trabalho planejado, conforme o plano de ação original, promove eficiência no processo
produtivo, sendo, portanto, aconselhável.
d) É aceitável efetuar alterações no projeto original durante a execução do trabalho planejado, desde
que esteja em conformidade com o plano de ação.
e) A primeira etapa do PDCA consiste no planejamento do trabalho a ser realizado, por meio de um
Plano de Ação, após a identificação, reconhecimento das características e descoberta das causas
principais do trabalho a ser executado.
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Gabarito: Letra E.
Comentário: Para alcançar seus objetivos, é essencial começar com o reconhecimento de sua
situação atual e definir claramente para onde deseja ir. Isso estabelece as bases para o primeiro
passo fundamental: o PLANEJAMENTO, expresso através de um sólido PLANO DE AÇÃO.
A cada iteração do ciclo PDCA, mesmo que os avanços sejam pequenos, há progresso. É crucial
entender que nunca se retorna ao mesmo ponto. Cada implementação bem-sucedida de mudanças
inicia um novo ciclo, construído sobre as lições aprendidas e conquistas anteriores. Essa abordagem
caracteriza a espiral da melhoria contínua, onde cada ciclo se torna uma plataforma para o próximo.
3.1 Certificações
A busca por certificações, como a ISO 45001, reflete o comprometimento de uma organização com
padrões internacionais rigorosos de gestão de saúde e segurança ocupacional. Essa norma
internacional estabelece requisitos abrangentes para sistemas de gestão, proporcionando um guia
valioso para as organizações que buscam assegurar ambientes de trabalho seguros e saudáveis.
A ISO 45001 tem como objetivo proporcionar uma estrutura para que as organizações desenvolvam,
implementem e melhorem continuamente sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional
eficazes. Essa norma destaca a importância da prevenção de lesões, doenças ocupacionais e
incidentes, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
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Política de saúde e segurança ocupacional:
Estabelecer uma política que demonstre o compromisso da
organização com a saúde e segurança ocupacional.
Planejamento:
Identificar riscos e oportunidades, estabelecer objetivos e
Implementação e operação:
Executar os planos estabelecidos, proporcionando recursos
adequados e promovendo a conscientização e competência
dos colaboradores.
A combinação do uso de ferramentas da qualidade, como o ciclo PDCA, e a busca por certificações,
como a ISO 45001, reflete um comprometimento robusto com a segurança e saúde ocupacional,
contribuindo para ambientes de trabalho mais seguros, saudáveis e eficientes.
1) Introdução
Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco
4 – Trabalho e Saúde do Servidor:
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2) Estudo de acidentes de trabalho à luz da epidemiologia
O estudo dos acidentes de trabalho à luz da epidemiologia é uma abordagem que busca
compreender os fatores de risco e as condições que contribuem para a ocorrência de incidentes
ocupacionais. A epidemiologia, nesse contexto, utiliza métodos científicos para analisar a
distribuição e os determinantes dos acidentes de trabalho, visando identificar padrões e causas
que podem orientar a prevenção. Vejamos de que maneira isso é feito:
Identificação de padrões A epidemiologia busca analisar dados estatísticos para identificar padrões na
de ocorrência: ocorrência de acidentes de trabalho. Isso inclui a análise de setores específicos,
tipos de acidentes, gravidade das lesões, entre outros.
Desenvolvimento de Com base nas análises, são propostas estratégias preventivas direcionadas
estratégias preventivas: aos fatores de risco identificados. Isso pode envolver mudanças nas práticas
de trabalho, melhorias nos equipamentos, treinamento de pessoal e outras
intervenções.
86
Tome nota!
PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO
1) Introdução
Seguiremos os estudos dos conhecimentos específicos do Concurso Nacional Unificado para o bloco
4 – Trabalho e Saúde do Servidor:
A psicopatologia do trabalho é uma área de estudo que se dedica a compreender as relações entre
o trabalho e a saúde mental dos indivíduos.
O ambiente de trabalho pode ser tanto fonte de satisfação quanto de sofrimento para os
trabalhadores. Aspectos psicossociais, como o relacionamento com colegas, a autonomia no
trabalho e o reconhecimento, desempenham papéis cruciais nesse contexto. O sofrimento no
trabalho pode surgir de condições adversas, tais como:
87
assédio ou carga sofrimento
falta de pressão
de trabalho no
reconhecimento excessiva
desproporcional trabalho
Por outro lado, a busca por significado, desafios e realização pessoal pode contribuir para o prazer
no trabalho. A psicopatologia do trabalho examina essas dinâmicas para compreender como elas
afetam o bem-estar psicológico dos trabalhadores.
O modo como o trabalho é estruturado e organizado pode ter impactos diretos na saúde mental
dos trabalhadores. O processo de trabalho, incluindo aspectos como ritmo, carga horária, demandas
cognitivas e emocionais, influencia o desenvolvimento de doenças psicológicas e psicossomáticas,
vejamos sobre essas condições:
Transtornos do estresse pós-traumático (TEPT): Úlcera péptica: Embora influenciada por fatores
Desenvolvem-se após a exposição a eventos físicos, o estresse e outros fatores psicológicos
traumáticos e podem envolver flashbacks, pesadelos podem agravar ou desencadear úlceras pépticas.
e hipervigilância.
88
Tome nota!
Essas categorias não são mutuamente exclusivas, e muitas condições de saúde envolvem uma
interação complexa entre fatores psicológicos e físicos.
Importante!
Doença de grupo etário: Doenças associadas a um grupo etário específico não são consideradas
doenças ocupacionais, pois estão mais relacionadas à idade do que às condições de trabalho.
Doença que não produza incapacidade laborativa: Se uma doença não resultar em
incapacidade para o trabalho, ela não será considerada uma doença ocupacional.
Momento da Questão
Gabarito: Letra B.
89
partículas de sílica, frequentemente associada a trabalhos que envolvem exposição a poeira
contendo sílica, como na indústria de mineração, construção e manuseio de pedras. Essas condições
têm uma relação mais direta com o ambiente de trabalho, tornando-as exemplos de doenças em
que o trabalho é considerado causa necessária.
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