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SST Bloco 4 CNU

Prof. Charles Oscar e Anderson Miron

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ITEM DO EDITAL:
Eixo Temático 4: 1. Noções conceituais de higiene do trabalho e suas
relações com o ambiente de trabalho:
1.3 Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias,
fisiopatologias.
1.5 Reconhecimento oficial de doenças relacionadas ao trabalho.
1.6 Nexo técnico previdenciário, individual, profissional e epidemiológico.

Assunto

REDES SOCIAIS 4

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA ................................................................................ 4

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO, CONCEITOS, ESPÉCIES,


ETIOLOGIAS, FISIOPATOLOGIAS. ...................................................................... 5

1. CONCEITOS INICIAIS................................................................................... 5

2. ESPÉCIES, ETIOLOGIAS, FISIOPATOLOGIAS. ................................................. 18

2.1 DOENÇAS DAS ORELHAS/OUVIDOS RELACIONADAS AO TRABALHO ................. 25

2.2 PNEUMOCONIOSES RELACIONADOS AO TRABALHO ...................................... 41

2.3 OUTRAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RELACIONADAS AO TRABALHO ................ 56

2.4 DERMATOSES OCUPACIONAIS ................................................................... 61

2.5 DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS RELACIONADAS COM O


TRABALHO 71

RECONHECIMENTO OFICIAL DE DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO ............. 82

NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO, INDIVIDUAL, PROFISSIONAL E


EPIDEMIOLÓGICO. ........................................................................................ 85

3 – QUESTÕES DE FIXAÇÃO ........................................................................... 99

4 – QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA........................................................ 123

5 – GABARITO 3

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Redes Sociais

@aftcharles
@miron.aft

Bibliografia Sugerida

Leitura obrigatória:
- Artigos 20 e 21, III, e 21-A da Lei 8.213/91
- Art. 337 do Decreto 3048/99
- Instrução Normativa n. 31, de 10 de setembro de 2008. Dispõe sobre
procedimentos e rotinas referentes ao Nexo Técnico Previdenciário, e dá
outras providências.

Material de apoio:
- Manual de DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO do Ministério da
Saúde, que possui a Lista de Doenças Relacionadas ao
Trabalho:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas
_trabalho_manual_procedimentos.pdf
- Anexo II do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3048/99)
- Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT) – Portaria GM/MS
1999/2023;

NOTA: Devido à quantidade de informações da aula, recomendo estudá-la


em dois períodos distintos!

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Doenças relacionadas ao trabalho, conceitos, espécies, etiologias,


fisiopatologias.

Inicialmente, é importante entender o que a Banca espera do


candidato nesse tópico. Vamos lá?
Na parte de “Conceitos”, é necessário entender que as Doenças
relacionadas ao trabalho são condições que se desenvolvem como
resultado direto ou indireto da atividade laboral. Essas doenças podem ser
causadas por vários fatores presentes no ambiente de trabalho e
geralmente estão categorizadas em duas principais classes: doenças
profissionais e doenças do trabalho.
Em relação às ‘Espécies”, espera-se que o candidato conheça as
principais doenças relacionadas ao trabalho, tais como: LER/DORT (Lesões
por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho), perda auditiva induzida por ruído (PAIR, PAINPSE), doenças
respiratórias ocupacionais, dermatoses ocupacionais, entre outras,
Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados ao Trabalho.
Quando falamos em “Etiologia”, estamos tratando das
causas/origens das doenças, que podem ser físicas (como ruído, radiação),
químicas (exposição a poeiras minerais, agrotóxicos), biológicas (vírus,
bactérias), ergonômicas (movimentos repetitivos), psicossociais (estresse,
assédio moral). Os riscos de acidentes/mecânicos estão relacionados com o
que chamamos de acidente de trabalho típico (queda de altura, por
exemplo), que veremos na próxima aula.
Já a parte de “Fisiopatologia” trata do processo pelo qual a doença
se desenvolve no organismo. Por exemplo, já vimos que a exposição
prolongada a vibrações e ao frio pode levar a alterações vasculares,
resultando na Síndrome de Raynaud.
Perceba, desde já, que não há exigência no Edital de que o candidato
tenha conhecimento sobre outros aspectos específicos das doenças
relacionadas ao trabalho, tais como: sinais e sintomas, diagnóstico e
tratamento médico das patologias.

1. Conceitos Iniciais
Cabe esclarecer que a legislação previdenciária equiparou1 as
doenças relacionadas ao trabalho ao acidente de trabalho. Esta equiparação

1
Lei 8.213/91:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:

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significa que, se um trabalhador ou uma trabalhadora desenvolve uma


doença relacionada ao trabalho, essa condição é reconhecida como um
acidente de trabalho para fins previdenciários e trabalhistas. Isso permite
que o(a) trabalhadora(a) tenha acesso a benefícios específicos, como o
auxílio-doença acidentário, estabilidade no emprego2, direito ao depósito
de FGTS quando do afastamento3, nas mesmas condições aplicáveis aos
casos de acidente de trabalho típico.
As doenças relacionadas ao trabalho se subdividem em: doença
profissional e doença do trabalho. É essencial sabermos a diferença de
uma para a outra, dada a grande exigência nos Concursos. Então vamos lá:
➢ Doença Profissional: entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social4.
Para não esquecerem:
Profissional: Peculiar

Ou seja, a doença profissional está diretamente ligada a


profissão do trabalhador, sendo causada por agentes físicos, químicos ou
biológicos inerentes a certas funções ou atividades. Como exemplos de
doença profissional têm-se a silicose – pois se sabe que há muito tempo os
trabalhadores de mineração estão sujeitos à exposição do pó de sílica, que

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionada no inciso I.”

2
A estabilidade acidentária é instituto previsto no art. 118 da Lei 8.213/91, a qual estabelece
que "o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-
doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

3
O período de afastamento por motivo de acidente do trabalho é considerado na contagem do
tempo de serviço, sendo devidos os respectivos depósitos do FGTS.

4
Essa “relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social” se encontra no
Anexo II do Decreto 3.048/1999(Regulamento da Previdência Social).

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vai se alojando em seus pulmões, de forma paulatina e progressiva,


desencadeando a doença -, o saturnismo (doença causada pelo chumbo), e
a asbestose (doença causada pelo asbesto ou amianto) são outros
exemplos.

➢ Doença do Trabalho: entendida a adquirida ou desencadeada em


função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente, constante da relação do MTE e
Previdência Social.
Isto é, a doença do trabalho é aquela que é causada pelas
circunstâncias do trabalho. Um exemplo é a Síndrome de Burnout, que
embora não seja exclusiva de uma profissão específica, pode ser
desencadeada por condições de trabalho estressantes e excessivamente
exigentes em qualquer campo profissional. Pode atingir profissionais de
saúde, mas também podem atingir professores e educadores, por exemplo.

Portanto, doença profissional é aquela característica de uma


determinada atividade ou profissão, também denominada doença
profissional típica, ergopatia ou tecnopatia. Um trabalhador, por exemplo,
que trabalha em uma cerâmica onde é utilizada a sílica, e contrai silicose.
Por isso, prescindem de comprovação de nexo de causalidade com o
trabalho, porquanto há uma relação de sua tipicidade, presumindo-se, por
lei, que decorrem de determinado trabalho, bastando o fato da prestação de
serviços na atividade e a aquisição da doença, sendo, portanto, o nexo
causal presumido.

A doença do trabalho, por sua vez, também conhecida como


mesopatia ou doença profissional atípica, muito embora tenha origem na
atividade desempenhada pelo trabalhador, resulta de condições
especiais em que o trabalho é desenvolvido e com ele se relaciona
diretamente. Não é determinada pelo tipo de trabalho ou profissão, mas
sim pela maneira em que o trabalho é executado. Assim, na doença do
trabalho, exige-se a comprovação de que a doença fora adquirida pelas
condições em que o trabalho foi desenvolvido, ou seja, o nexo causal
precisa ser provado.

Produzida ou desencadeada
Doença pelo exercício do trabalho Nexo Causal
Profissional peculiar a determinada Presumido
atividade

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Bizú: Associem a palavra “peculiar” a “doença profissional”, e não vai ter


confusão na hora da prova (P, de “profissional” e P, de “peculiar” – PP).

Adquirida ou desencadeada em
Doença do função de condições especiais Nexo deve ser
Trabalho em que o trabalho é realizado e comprovado
com ele se relacione diretamente

1- (CESPE - 2016 – Pol. Cientifica) A doença profissional é adquirida ou


desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado.
Resolução:
Errado. Essa é a definição de doença do trabalho. Lembrem que a doença
profissional é peculiar a determinada atividade.

Lei nº 8.213/91 - Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos


do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no
inciso I.

Gabarito 1: E

2- (CESGRANRIO - 2014 - CEFET RJ – Médico) A doença que é


produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade é definida, de acordo com a Lei no 8.213/1991,
como
A. acidente de trajeto e é equivalente ao acidente do trabalho
B. doença do profissional e não é considerada acidente do trabalho
C. doença profissional e é considerada acidente do trabalho
D. doença do trabalho e é considerada acidente do trabalho
E. doença do trabalho e não é considerada acidente do trabalho
Resolução:

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Lembrem:
Profissional: Peculiar
Além disso, a lei equipara as doenças profissionais a acidentes de trabalho,
garantindo aos trabalhadores afetados os mesmos direitos e benefícios
previstos para os casos de acidentes de trabalho convencionais.
Gabarito 2: C

3- (CESPE - 2008 - INSS - Analista do Seguro Social – Eng. Seg.)


Doença profissional típica é aquela em que não há nexo causal presumido
em lei, ou seja, não tem relação com a atividade que o empregado
desempenha, sendo reconhecida pela previdência social somente após a
realização de perícia.
Resolução:
Errado. Vimos que a doença profissional é a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social, existindo um nexo causal presumido. Para Humberto Theodoro
Junior, doenças profissionais são “consequências naturais de certas
profissões desenvolvidas em condições insalubres, e que são adredemente
relacionadas pelo próprio legislador. ”5
Em outras palavras, as doenças profissionais consistem naquelas
enfermidades vinculadas à profissão em si, e não à forma como a atividade
é realizada.
Gabarito 3: E

Pessoal, importante destacar que, de acordo com o § 1º do art. 20 da


Lei 8.213/91, NÃO são consideradas como doença do trabalho:
➢ a doença degenerativa;
São aquelas que, aliadas a um conjunto de fatores, levam à deterioração
progressiva da saúde. Exemplos: diabetes, mal de Alzheimer, esclerose
múltipla.
➢ a inerente a grupo etário;
A doença inerente a grupo etário é aquela ligada de modo inseparável à
idade como fator determinante de sua ocorrência. Sua causa não decorre
das atividades exercidas, e, sim, da própria idade. Como exemplo dessa

5
THEODORO JUNIOR, Humberto. Acidente do trabalho e responsabilidade civil comum. São
Paulo: Saraiva, 1987. p. 06.

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doença, tem-se a presbiacusia, que é a perda da acuidade auditiva iniciada


a partir dos 30 anos, resultante da degenerescência das células sensoriais.6
➢ a que não produza incapacidade laborativa;
Também não são consideradas doenças do trabalho aquelas que não
ensejam a perda ou redução da capacidade laboral, como um pequeno
incômodo no punho, não habitual, ao final de uma jornada de trabalho, sem
provocar qualquer limitação do empregado para o trabalho.
➢ a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de
exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
A quarta hipótese é a enfermidade própria de determinadas regiões do país,
como a malária em regiões tropicais, a menos que seja comprovado que a
exposição foi especificamente devido às condições de trabalho. O dispositivo
ressalva, expressamente, o fato de poder ser a doença adquirida pela
exposição ou contato direto determinado pelo trabalho. Nesse caso, se as
condições de trabalho forem determinantes no surgimento da doença, esta
será considerada ocupacional.
Sobre este rol taxativo, que exclui situações que NÃO são consideradas
doença do trabalho, Sebastião Geraldo de Oliveira ensina que “nas
hipóteses mencionadas nesse parágrafo, pode-se perceber que a doença
não tem nexo causal com o trabalho: apareceu no trabalho, mas não
pelo trabalho”.

Não se considera:
a) degenerativa
Doença do Trabalho b) grupo etário
c) sem incapacidade laborativa
d) endêmica (salvo se resultante do trabalho)

4- (CESPE - 2016 – INSS) Não é considerada doença do trabalho a


doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, mesmo que essa doença seja resultante de contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
Resolução:

6
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Indenizações por acidente do trabalho ou doenças
ocupacionais. 2005, p.45

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Errado. O termo “mesmo” tornou a questão incorreta.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior,


as seguintes entidades mórbidas:
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região
em que ela se desenvolva, SALVO comprovação de que é resultante
de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.

Gabarito 4: E

5- (CESPE - 2011 - Correios - Técnico de enfermagem do trabalho)


Acerca de acidente do trabalho e doenças profissionais, julgue os itens a
seguir.
1. Doença endêmica adquirida por trabalhador segurado habitante de região
em que ela se desenvolva, ainda que resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho, não é considerada doença do
trabalho.
2. São consideradas doenças do trabalho: doença degenerativa, doença
inerente ao grupo etário e a que não produz incapacidade laborativa.
Resolução:
1. Errado. Caso seja resultante de exposição ou contato direto determinado
pela natureza do trabalho, a doença endêmica adquirida por trabalhador
segurado habitante de região em que ela se desenvolva será considerada
doença do trabalho:
2. Errado:

“Art. 20. (...)


§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
(...).”

Gabarito 5: E/E

6- (CESGRANRIO - 2012 – BR - Engenharia/Mecânica) É considerada


como doença do trabalho a
A. doença degenerativa.
B. inerente a grupo etário.
C. que não produza incapacidade laborativa.

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D. doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela


se desenvolva, sem comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
E. adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e que com ele se relacione diretamente.
Resolução:
A letra “e” descreve precisamente a definição de "doença do trabalho"
conforme estabelecida na legislação brasileira, especificamente na Lei nº
8.213/91. Doenças do trabalho são aquelas que se desenvolvem ou são
agravadas pelas condições específicas em que o trabalho é realizado,
implicando uma relação entre a doença e a atividade profissional, mesmo
que essa doença não seja exclusiva dessa atividade.
Gabarito 6: E

7- (MPT - 2013 - MPT – Procurador – Adaptada) Não são consideradas


como doenças do trabalho a doença degenerativa; a doença inerente a
grupo etário; a doença mental; a doença que não produza incapacidade
laborativa; a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região
em que ela se desenvolva, salvo nas exceções previstas em lei em relação a
esta.
Resolução:
Errado. A doença mental não está entre as hipóteses que excluem a doença
do trabalho. Inclusive, na relação constante no Anexo II do Regulamento da
Previdência Social (Decreto Nº 3.048/ 1999), existe a previsão de
“transtornos mentais e do comportamento relacionados com o
trabalho”.
Gabarito 7: E

8- (ESAF - 2006 - MTE – AFT) Não é considerada como doença do


trabalho a doença degenerativa, bem como aquela inerente a grupo etário.
Resolução:
Certo. Como já visto, nas hipóteses mencionadas, pode-se perceber que a
doença degenerativa, bem como aquela inerente a grupo etário não têm
nexo causal com o trabalho: apareceu no trabalho, mas não pelo trabalho.
Gabarito 8: C

9- (FGV - 2023 - AL-MA - Engenheiro de Segurança do Trabalho) As


doenças do trabalho são aquelas adquiridas ou desencadeadas em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se

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relacionem diretamente. Desse modo, são consideradas doenças do


trabalho as doenças
A. degenerativas.
B. inerentes ao grupo etário.
C. que não produzem incapacidade laborativa.
D. endêmicas adquiridas por segurado habitante de região em que elas se
desenvolvem.
E. dermatológicas, tais como a dermatose ocupacional e algumas
dermatites alérgicas de contato.
Resolução:
As letras A a D indicam as exceções previstas ne legislação previdenciária.
Já a letra E é o nosso gabarito. As doenças dermatológicas, como a
dermatose ocupacional e dermatites alérgicas de contato, podem ser
consideradas doenças do trabalho, uma vez que são adquiridas ou
agravadas pelas condições de trabalho, como exposição a substâncias
químicas ou irritantes.

Figura 1 - Dermatite por cimento.

Gabarito 9: E

TOME NOTA:
O artigo 20 da Lei 8.213/91 prevê que para ser doença profissional
ou doença do trabalho a respectiva doença deve estar na relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, hoje prevista no Anexo
II do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999), abaixo
ilustrado:

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - ANEXO II

AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO


TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI Nº 8.213, DE 1991

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AGENTES TRABALHOS QUE CONTÊM O RISCO


PATOGÊNICOS
XVIII - SÍLICA LIVRE 1. extração de minérios (trabalhos no subsolo e a
(Óxido de silício - Si céu aberto);
O2)
2. decapagem, limpeza de metais, foscamento de
vidros com jatos de areia, e outras atividades
em que se usa areia como abrasivo;
3. fabricação de material refratário para fornos,
chaminés e cadinhos, recuperação de
resíduos;
4. fabricação de mós, rebolos, saponáceos, pós e
pastas para polimento de metais;
5. moagem e manipulação de sílica na indústria
de vidros e porcelanas;
6. trabalho em pedreiras; (...)

No entanto, em caso excepcional, constatando-se que uma doença


não incluída na relação do Ministério do Trabalho e da Previdência Social,
mas, comprovadamente, resultou de condições especiais em que o trabalho
é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social
deve considerá-la acidente do trabalho. É o caso, por exemplo, de um
trabalhador que desenvolve uma condição respiratória rara devido à
exposição a um químico específico em seu local de trabalho, que não está
listado nas doenças do trabalho, mas a relação causal é claramente
estabelecida.

10- (MPT - 2017 - MPT - Procurador do Trabalho) Sobre a disciplina da


infortunística prevista na Lei n. 8.213/91, que dispõe sobre os planos de
benefícios da Previdência Social, analise as proposições abaixo:
I - Doença do trabalho é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
II - Doença profissional é aquela adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e
da Previdência Social.
III - Não é considerada como doença do trabalho a doença endêmica
adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

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IV - Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na


relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social
resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele
se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá- la acidente
do trabalho.
Assinale a alternativa CORRETA:
A. Todas as assertivas estão corretas.
B. Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
C. Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
D. Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
E. Não respondida.
Resolução:
I. Errado. A definição aqui é de Doença profissional, e não do trabalho.
II. Errado. A definição aqui é de Doença do trabalho, e não profissional.
III. Certo. A lei exclui doenças endêmicas comuns a uma região, a menos
que se prove a ligação direta com as atividades laborais do indivíduo.
IV. Certo. Esta disposição permite o reconhecimento de doenças não
listadas como relacionadas ao trabalho, em situações excepcionais, desde
que comprovada a relação direta com as condições de trabalho.
Gabarito 10: B

Por fim, conforme a legislação previdenciária, a doença proveniente de


contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade é
equiparada a um acidente de trabalho. Isso significa que, se um trabalhador
sofre uma contaminação acidental — seja por exposição a substâncias
químicas, biológicas, ou por qualquer outro agente nocivo — durante a
execução de suas atividades laborais, essa doença é tratada como se fosse
um acidente de trabalho. Veja como isso caiu em prova:

11- (CESPE - 2009 - FUB - Técnico de Segurança do Trabalho) Se um


empregado contrair a gripe influenza A (vírus H1N1) no ambiente de
trabalho, nesse caso, para efeito da legislação previdenciária, a doença não
se equipara ao acidente do trabalho, já que ela é proveniente de
contaminação acidental.
Resolução:
Errado.

“Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos


desta Lei: (...)

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III - a doença proveniente de contaminação acidental do


empregado no exercício de sua atividade;”

Gabarito 11: E

Portanto, são Doenças Relacionadas ao Trabalho conforme a Lei


8.231/91:
• Doença profissional – Art. 20 inciso I
• Doença do trabalho – Art. 20 inciso II
• A doença resultante das condições especiais em que o trabalho é
executado - Art. 20, § 2º
• A doença proveniente de contaminação acidental – Art. 21 inciso III

12- Julgue os itens a seguir:


1. A doença profissional, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social, é considerada acidente de
trabalho.
2. Enquadra-se no conceito de acidente de trabalho a doença do trabalho
que não cause incapacidade laborativa.
Resolução:
1. Errado. Nesse caso, temos a definição de doença do trabalho (mesopatia;
doença profissional atípica). Lembrem-se do PP(“profissional-peculiar”). A
doença profissional (ou tecnopatia) é peculiar a determinada atividade ou
profissão.

Produzida ou desencadeada
Doença pelo exercício do trabalho Nexo Causal
Profissional peculiar a determinada Presumido
atividade

Adquirida ou desencadeada
em função de condições
Doença do
especiais em que o trabalho
Trabalho
é realizado e com ele se
relacione diretamente

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2. Errado. Vimos que algumas situações não são consideradas como doença
do trabalho, não podendo, portanto, enquadrar-se no conceito de acidente
de trabalho:

“ Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo


anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, (...)
II - doença do trabalho, (...)
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição
ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.”

Gabarito 12: E/E

13- (CESPE - 2011 - Correios – Tec. Enf. Trabalho)


1. Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar a determinada atividade.
2. Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente.
Resolução:
Definições corretas de doença profissional e de doença do trabalho.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior,


as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no
inciso I.

Gabarito 13: C/C

14- (CESPE - 2013 - ANCINE - Analista) A doença degenerativa enquanto


doença do trabalho é aquela relacionada diretamente às condições especiais
de execução do trabalho.

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Resolução:
Errado. A doença degenerativa não é considerada como doença do trabalho:

“Art. 20.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa; (...).”

Gabarito 14: E

15- (CESPE – 2021 - FSCMP / PA - Enfermagem do Trabalho) Assinale a


opção que melhor define o termo doença do trabalho.
A. Doença específica cuja causa é diretamente relacionada à profissão.
B. Doença cuja origem é obrigatoriamente decorrente do processo de
trabalho, é também chamada de tecnopatia.
C. Qualquer doença ou acidente ocorrido no ambiente de trabalho.
D. Doença que é resultante de condições especiais em que o trabalho é
executado e que com ele se relacione diretamente.
Resolução:
A. Errado. A doença peculiar a determinada profissão é a doença
profissional.
B. Errado. As doenças profissionais, conhecidas, ainda, com o nome de
“idiopatias”, “ergopatias”, “tecnopatias” ou “doenças profissionais típicas”
são doenças que decorrem necessariamente do exercício de uma profissão.
C. Errado. Esta definição é muito ampla e não precisa. Nem toda doença ou
acidente que ocorre no ambiente de trabalho é classificado como "doença
do trabalho".
D. Certo. As doenças do trabalho, também denominadas de “mesopatias”
ou “doenças profissionais atípicas”, são aquelas desencadeadas em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacionam diretamente.
Gabarito 15: D

2. Espécies, etiologias, fisiopatologias.


Entre as doenças mais relevantes e que discutiremos nessa ou em
outras aulas, temos as seguintes:
1. Doenças das orelhas/ouvidos relacionadas ao trabalho.
2. Pneumoconioses.
3. Outras doenças respiratórias relacionadas ao trabalho.

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4. LER/DORT (será vista no tópico 5 do Edital).


5. Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados ao Trabalho
(será vista no tópico 10 do Edital).
6. Dermatoses relacionadas ao trabalho.
7. Doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho.
8. Doenças do sistema circulatório relacionadas ao trabalho (discutiremos
dentro dos tópicos 3, 10).
9. Câncer relacionado ao trabalho (será discutido no tópico 3).

Respirem fundo, tomem uma água e vamos para cima!!

Inicialmente, vamos entender a 'Classificação de Schilling', que é a


referência utilizada pelo Ministério da Saúde para dimensionar a relação
entre a doença e o trabalho. Essa classificação ajuda a entender como
diferentes doenças se relacionam com o trabalho.
GRUPO I: doenças em que o trabalho é causa NECESSÁRIA, tipificadas
pelas doenças profissionais (ex: silicose), stricto sensu, e pelas
intoxicações agudas de origem ocupacional. Se você trabalha em uma local
exposto à sílica e desenvolve a silicose, isso é um exemplo do Grupo I.
Aqui, o trabalho é diretamente responsável pela doença. Só teve a doença
por conta do trabalho.

A relação causal ou nexo causal é direta e imediata. A eliminação do


agente causal, por medidas de controle ou substituição, pode assegurar a
prevenção, ou seja, sua eliminação ou erradicação.

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GRUPO II: doenças em que o trabalho pode ser um FATOR DE RISCO,


CONTRIBUTIVO, mas não necessário, exemplificadas pelas doenças
comuns, mais frequentes ou mais precoces em determinados grupos
ocupacionais e para as quais o nexo causal é de natureza eminentemente
epidemiológica. A hipertensão arterial e as neoplasias malignas (cânceres),
em determinados grupos ocupacionais ou profissões, constituem exemplo
típico. Além disso, outro exemplo são as doenças do aparelho locomotor
que são adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em
que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
GRUPO III: doenças em que o trabalho é PROVOCADOR de um
distúrbio latente, ou AGRAVADOR de doença já estabelecida ou
preexistente, ou seja, o trabalho é uma concausa de certas moléstias. Isso
significa que o trabalho em conjunto com outros fatores - concausas -
contribuiu diretamente para produzir certas lesões. A legislação brasileira
não exige que o trabalho seja causa única para a caracterização do acidente
ou doença do trabalho. Nosso ordenamento apenas exige que o trabalho
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, redução ou perda
da sua capacidade para caracterizar a doença ou acidente de trabalho. As
doenças alérgicas de pele e respiratórias e os distúrbios mentais, em
determinados grupos ocupacionais ou profissões, são exemplos de doenças
do grupo III. Digamos que um bibliotecário já tem alergia, só que ela é
exacerbada por causa da poeira dos livros.
Os outros dois grupos, Schilling II e III, são formados por doenças
consideradas de etiologia múltipla, ou causadas por múltiplos fatores de
risco. Nessas doenças, o trabalho poderia ser entendido como um fator de
risco, ou seja, um atributo ou uma exposição que estão associados com
uma probabilidade aumentada de ocorrência de uma doença, não
necessariamente um fator causal. Portanto, a caracterização etiológica ou
nexo causal será essencialmente de natureza epidemiológica, seja pela
observação de um excesso de frequência em determinados grupos
ocupacionais ou profissões, seja pela ampliação quantitativa ou qualitativa
do espectro de determinantes causais, que podem ser mais bem conhecidos
a partir do estudo dos ambientes e das condições de trabalho. A eliminação
dos fatores de risco reduz a incidência ou modifica o curso evolutivo da
doença ou agravo à saúde.
Nesse contexto, destaco a importância do Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário (NTEP), assunto ainda dessa aula, que permite o
reconhecimento pelo INSS do nexo entre o trabalho e o agravo quando se
verifica nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a
entidade mórbida motivadora da incapacidade (doença ocupacional).
O Quadro abaixo resume e exemplifica os grupos das doenças relacionadas
de acordo com a classificação proposta por Schilling (1984):

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Categoria Exemplos
• Intoxicação por chumbo
• Silicose
I - Trabalho como causa NECESSÁRIA
• Doenças profissionais
'efeito direto' legalmente reconhecidas
II - Trabalho como FATOR • Câncer
CONTRIBUTIVO, mas não necessário • Doenças osteomusculares
'contribuição do trabalho'
III – Trabalho como PROVOCADOR de um • Bronquite crônica
distúrbio latente, ou AGRAVADOR de • Dermatite de contato
doença já estabelecida alérgica
• Asma
o trabalho 'piora' algo que já existe
• Doenças mentais

16- (FCC - 2022 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Enfermagem do Trabalho) A


Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT) constitui um valioso
instrumento para definição de um perfil de morbimortalidade dos
trabalhadores e para orientação do planejamento, execução e avaliação das
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos trabalhadores.
Para sua elaboração foram utilizadas as categorias propostas por Schilling
(1984), que tem, dentre elas, as do Grupo I que são as Doenças em que o
Trabalho
A. desencadeia e ou agrava um distúrbio latente, ou doença já estabelecida
ou pré-existente.
B. pode ser um fator de risco, contributivo, mas não necessário,
exemplificadas por todas as doenças “comuns”, mais frequentes ou mais
precoces em determinados grupos ocupacionais.
C. é causa necessária, tipificadas pelas “doenças profissionais”, strictu
sensu, e pelas intoxicações profissionais agudas.
D. atua como concausa, tipificadas pelas doenças alérgicas de pele e
respiratórias e pelos distúrbios mentais, em determinados grupos
ocupacionais ou profissões.
E. estabelece o nexo causal e é de natureza eminentemente epidemiológica.
Resolução:
No Grupo I da Classificação de Schilling, o trabalho é a causa direta das
doenças, como nas doenças profissionais específicas e intoxicações
ocupacionais agudas.
Gabarito 16: C

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17- (CESGRANRIO - 2012 - Petrobras - Médico do Trabalho) Schilling, em


1984, classificou doenças, segundo sua relação com o trabalho, em três
categorias. Algumas doenças podem inclusive ser incluídas em mais de uma
categoria, dependendo do caso. Nesse contexto, considere uma conjuntivite
ocupacional desencadeada por exposição a irritantes, em trabalhador sem
história prévia da doença, e outra causada por alérgenos ambientais em
trabalhador portador de conjuntivite alérgica. Esses dois casos se
enquadram, respectivamente, nos seguintes grupos da Classificação de
Schilling:
a) I e II
b) I e III
c) II e I
d) II e III
e) III e I
Resolução:
Pessoal, conjuntivite é a inflamação da conjuntiva (membrana transparente
e fina que reveste a parte da frente do globo ocular- “o branco dos olhos” -
e o interior das pálpebras), e se manifesta por hiperemia (aumento da
quantidade de sangue circulante num determinado local- “vermelhidão”), e
granulações na conjuntiva, exsudação e lacrimejamento.

Por sua localização, a conjuntiva está exposta a numerosos


microorganismos e à ação de substâncias nocivas. Entre os agentes
causadores de conjuntivite estão os seguintes: cimento (fig. abaixo);
radiações ionizantes e radiações ultravioletas:

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1º caso: Conjuntivite Ocupacional Desencadeada por Exposição a Irritantes,


em Trabalhador Sem História Prévia da Doença: Este caso sugere que a
doença foi diretamente causada pelas condições de trabalho (exposição a
irritantes). Não havia histórico prévio da doença, indicando que o trabalho é
a causa necessária. Portanto, isso se enquadra no Grupo I de Schilling.
2º caso: Conjuntivite Causada por Alérgenos Ambientais em Trabalhador
Portador de Conjuntivite Alérgica: Aqui, o trabalhador já tinha uma
predisposição ou condição preexistente (conjuntivite alérgica) que foi
agravada ou desencadeada pelo ambiente de trabalho. Isso se enquadra no
Grupo III de Schilling, que se refere a doenças onde o trabalho é um fator
agravador de uma doença já estabelecida ou preexistente.
Gabarito 17: B

18- (CESGRANRIO - 2010 - Petrobras - Médico do Trabalho) Richard


Schilling classificou as doenças, segundo a relação delas com o trabalho.
Sobre essa classificação, analise as afirmativas.
I - O grupo I engloba as doenças que têm o trabalho como causa
necessária.
II - Intoxicação por chumbo é um exemplo de doença do grupo I.
III - No grupo II, estão as doenças já estabelecidas que são agravadas pelo
trabalho.
IV - O grupo III pode ser representado por doenças como silicose e doença
coronariana.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.

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d) I, II e III
e) II, III e IV.
Resolução:
I e II. Certos. No grupo I temos as doenças em que o trabalho é causa
necessária, tipificadas pelas doenças profissionais, stricto sensu (silicose,
asbestose), e pelas intoxicações agudas de origem ocupacional
(saturnismo- intoxicação por chumbo).
III. Errado. As doenças já estabelecidas que são agravadas pelo trabalho
pertencem ao grupo III.
IV. Errado. A silicose, típico exemplo de doença profissional, tem o trabalho
como causa necessária (grupo I); já a doença coronariana tem o “trabalho
como fator contributivo, mas não necessário” (grupo II).
Gabarito 18: A

19- (CESPE - 2013 - FUB - Tec. Segurança do Trabalho) De acordo com a


classificação de Schilling, as doenças do grupo I, em que o trabalho é causa
necessária, são tipificadas pelas doenças profissionais e pelas intoxicações
agudas de origem ocupacional.
Resolução:
Certo. Vamos relembrar parte do quadro:
Categoria Exemplos
• Intoxicação por chumbo
• Silicose
Grupo I - Trabalho como causa necessária
• Doenças profissionais
'efeito direto' legalmente reconhecidas

Gabarito 19: C

20- (FCC - 2022 - TRF - 2ª REGIÃO - Médico do Trabalho) Em casos


particulares de trabalhadores previamente lábeis ou hipersuscetíveis,
circunstâncias, como o trabalho em turnos ou trabalho noturno, poderiam
eventualmente desencadear, agravar ou contribuir para a recidiva da
doença, o que levaria a enquadrá-la no Grupo III da Classificação de
Schilling.
Resolução:
Certo. Nesse caso, temos o trabalho em ‘turnos’ como provocador de um
distúrbio latente, ou agravador de doença já estabelecida, sendo, portanto,
classificado no grupo III de Schilling.

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Gabarito 20: C

21- (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Eng. Seg. do Trabalho) A


asbestose, por ser doença profissional dose-dependente dos níveis de
concentração de fibras de asbesto no ar, é classificada no grupo II da
classificação de Schilling.
Resolução:
Errado. A asbestose é a pneumoconiose causada pela inalação de fibras de
asbesto ou amianto, sendo uma doença profissional, tendo o trabalho
como causa necessária. Logo, é classificada no grupo I da classificação de
Schilling (e não no grupo II):

Grupo I - Trabalho Grupo II - Trabalho Grupo III – Trabalho como


como causa necessária como fator provocador de um distúrbio
(Doenças profissionais) contributivo, mas não latente, ou agravador de doença
necessário já estabelecida

Gabarito 21: E

22- (CESPE - 2020 – TRE/BA - Analista Judiciário – Medicina) Em


trabalhadores expostos a sulfeto de carbono, tolueno e outros solventes
aromáticos neurotóxicos, o diagnóstico de episódios depressivos, excluídas
outras causas não ocupacionais, pode ser enquadrado no grupo II da
classificação de Schilling, em que o trabalho desempenha o papel de causa
necessária.
Resolução:
Errado. No caso da exposição aos agentes químicos mencionados,
poderíamos ter intoxicações agudas de origem ocupacional, fazendo com
que o trabalho desempenhe o papel de causa necessária, sendo, assim,
enquadrado no grupo I da classificação de Schilling (e no não grupo II,
como apontado na assertiva).
Gabarito 22: E

2.1 Doenças das orelhas/ouvidos relacionadas ao trabalho


Quando se estuda as perdas auditivas de origem ocupacional, deve-
se levar em conta que há outros agentes causais que não somente podem
gerar perdas auditivas, independentemente de exposição ao ruído, mas

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também, ao interagir com este, potencializar os seus efeitos sobre a


audição. Entre outros, podem ser citados a exposição a certos produtos
químicos, as vibrações e o uso de alguns medicamentos.
E para começar, é essencial diferenciarmos som e ruído.
O som é uma onda longitudinal, que só se propaga em meios
materiais (sólidos, líquidos ou gases) e que tem frequência compreendida
na faixa entre 20 hertz e 20 000 hertz (20 KHz).
Ao contrário do que ocorre com a luz, o som não pode se propagar no
vácuo, ou seja, não é possível perceber o som se não existir um meio
material entre o corpo que vibra e o nosso ouvido. São denominadas ondas
de infrassom, as ondas que têm frequência menor que 20Hz, e ultrassom as
que possuem frequência acima de 20.000Hz. De maneira que:

Portanto, o som pode ser definido como energia na forma de ondas


mecânicas longitudinais audíveis que se propagam através de meio elástico,
sendo que a audibilidade humana está compreendida, em regra, entre
20Hz e 20kHz. Isso já foi exigido pela ESAF na prova de AFT, em 2006.

Já o ruído é um sinal acústico aperiódico, originado da superposição


de vários movimentos de vibração com diferentes frequências que não
apresentam relação entre si. Todavia, enquanto o som é utilizado para
descrever sensações prazerosas, o ruído é usado para descrever sons
indesejáveis ou desagradáveis, o que traz um aspecto de subjetividade à
sua definição. Quando o ruído é intenso e a exposição a ele é continuada,
em média 85dB(A) por oito horas por dia, ocorrem alterações estruturais na
orelha interna (ou ouvido interno), que determinam a ocorrência da
Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE)
ou Perda Auditiva Induzida pelo Ruído-PAIR. A orelha (ou ouvido) está
dividida anatomicamente em três partes: orelhas externa, média e

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interna (antigamente denominadas ouvido externo, ouvido médio e ouvido


interno). A cóclea (ou caracol, devido à sua forma) é a parte auditiva do
ouvido interno, onde se localiza o órgão de Corti- que o órgão sensorial da
audição, possuindo células ciliadas ou células sensoriais auditivas,
responsáveis pela audição (legenda abaixo):

CÓCLEA (órgão de Corti)

Figura 2 – Divisão anatômica da orelha. À direita, Cóclea, onde se encontra o órgão de Corti,
que contém os terminais nervosos responsáveis pela audição (detalhe das células ciliadas ou
células sensoriais auditivas).

A figura abaixo ilustra o papel do órgão de Corti (n.2) na audição:

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A PAINSPE está presente em diversos ramos de atividade, como


siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, vidraria, entre outros. Além dos
sintomas auditivos frequentes – quais sejam: perda auditiva, dificuldade de
compreensão de fala, zumbido e intolerância a sons intensos –, o
trabalhador portador de PAINSPE também apresenta outras queixas, como
cefaleia, tontura, irritabilidade e problemas digestivos, entre outros.
Aqui eu já chamo atenção para um detalhe óbvio: o ruído não
provoca apenas PAIR/PAINSPE. Há várias outras doenças, entre elas, o
trauma acústico. Quando a exposição ao ruído é de forma súbita e muito
intensa, pode ocorrer o trauma acústico, lesando, temporária ou
definitivamente, diversas estruturas do ouvido.

Exposição ao ruído
de forma súbita e TRAUMA ACÚSTICO
muito intensa

Geralmente, a intensidade sonora capaz de provocar trauma acústico é


de 120dB (NA) ou 140dB(NPS), tendo como origem explosões de fogos de
artifícios, disparos de armas de fogo, ruído de motores a explosão e alguns
tipos de máquinas de grande impacto. Normalmente, além da perda
auditiva que é percebida de imediato, o paciente costuma relatar a presença
de zumbido. Outro tipo de alteração auditiva provocado pela exposição ao
ruído intenso é a mudança transitória de limiar, que se caracteriza por uma
diminuição da acuidade auditiva que pode retornar ao normal, após um
período de afastamento do ruído.
Vejam a notícia abaixo que se relaciona ao tema:

23- (FJG - RIO - 2018 - COMLURB - Técnico Segurança) A perda auditiva


repentina após a exposição a um ruído intenso, causado por explosões ou
impactos sonoros, é chamada:

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a) efeito extra-auditivo
b) mudança temporária do limiar de audição
c) trauma acústico
d) surdez permanente
Resolução:
No caso, teríamos o trauma acústico!
Gabarito 23: C

24- (CESPE - 2014 - FUB - Engenharia de Segurança) A perda auditiva


induzida por ruído consiste em uma perda auditiva súbita relacionada à
exposição aguda a pressão sonora intensa.
Resolução:
Errado. A perda auditiva súbita, decorrente de uma única exposição a ruído
intenso refere-se ao trauma acústico, que não se confunde com a PAIR,
esta que apresenta evolução lenta e progressiva.
Gabarito 24: E

Enquanto o Trauma Acústico é causado por uma exposição súbita a um


som extremamente alto, a PAINPSE (Perda Auditiva Induzida por Níveis de
Pressão Sonora Elevados), ou PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído) é
uma condição crônica que ocorre devido à exposição prolongada a níveis
elevados de ruído no ambiente de trabalho.
A PAINSPE/PAIR7 configura-se como uma perda auditiva do tipo
neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com
o tempo de exposição ao ruído, não existindo, até o momento, tratamento.

7
Consideram-se como sinônimos: perda auditiva por exposição ao ruído no trabalho, perda
auditiva ocupacional, surdez profissional, disacusia ocupacional, perda auditiva induzida por
níveis elevados de pressão sonora, perda auditiva induzida por ruído ocupacional, perda
auditiva neurossensorial por exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora de
origem ocupacional.

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sempre neurossensorial

geralmente bilateral

PAIR/PAINSPE

Irreversível

Progressiva com o tempo de


exposição ao ruído

Temos, então, as seguintes características da PAIR/ PAINSPE:

• SEMPRE neurossensorial, uma vez que a lesão é no órgão de Corti da


orelha interna. Estas células são responsáveis por converter as ondas
sonoras em sinais elétricos que o cérebro interpreta como som. Quando elas
são danificadas, essa conversão é prejudicada, levando à perda da audição.
• Ser geralmente bilateral, com padrões similares. Bilateral significa que
afeta ambos os ouvidos. Isso é comum porque, na maioria dos casos, a
exposição ao ruído acontece de forma uniforme em ambos os ouvidos.
• Ser IRREVERSÍVEL. Uma vez que as células ciliadas do ouvido interno
são danificadas, elas não se regeneram. Isso significa que a perda auditiva
é permanente.
• Início e predominância de perda em altas frequências (6000, 4000,
3000 Hz), progredindo para as outras faixas com o tempo.
Veja abaixo uma audiometria dentro dos padrões de normalidade:

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Agora compare com uma audiometria típica de PAINSPE,


demonstrando perda auditiva nas frequências de 3, 4 e 6 kHz ( ou 3000,
4000 e 6000 Hz):

• A sua progressão cessa com o fim da exposição ao ruído intenso. Ou seja,


NÃO há progressão da PAIR se cessada a exposição.
• A presença de PAIR não torna a orelha mais sensível ao ruído; à medida
que aumenta o limiar, a progressão da perda se dá de forma mais lenta.

25- (FGV - 2021 - Analista Judiciário (TJ RO)/Médico/Trabalho)


Trabalhador de uma indústria metalúrgica, após cinco anos de trabalho,
teve diagnosticado início de perda auditiva induzida por ruído (PAIR).
Trata-se de uma característica da PAIR:
A. ser sempre do tipo neurossensorial, lesando na orelha interna as células
do Órgão de Corti;
B. apresentar progressão significativa bilateralmente mesmo na exposição
descontinuada;
C. ser sempre bilateral, de tipo misto, evoluindo com padrões audiométricos
distintos em cada um dos lados;
D. apresentar, inicialmente, perdas maiores nas frequências de 500, 1000 e
2000 hertz;
E. produzir perda auditiva tipo neurossensorial profunda, reversível se
cessada a exposição.
Resolução:

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A. Certo. A PAIR é uma perda auditiva sempre do tipo neurossensorial,


resultante de danos nas células ciliadas localizadas no Órgão de Corti na
orelha interna, causados pela exposição prolongada a ruídos elevados.
B. Errado. Embora a PAIR possa ser bilateral, a progressão da perda
auditiva após a descontinuação da exposição ao ruído não é comum. A
perda tende a estabilizar se a exposição ao ruído for reduzida ou eliminada.
C. Errado. A PAIR é geralmente ( não sempre) bilateral. Um exemplo pode
ser encontrado na situação de motoristas de ônibus que ficam
constantemente ao lado do motor (seta amarela abaixo). Neste caso, a
exposição ao ruído é assimétrica, com um ouvido (o mais próximo do
motor) exposto a um nível mais elevado de ruído em comparação com o
outro. Com o tempo, o motorista pode desenvolver perda auditiva
predominantemente no ouvido que está mais próximo do motor, devido à
exposição contínua e desigual ao ruído intenso gerado pelo motor do
ônibus. Este cenário ilustra uma exceção à bilateralidade típica da PAIR,
onde a perda auditiva ocorre de forma unilateral ou assimétrica devido às
condições específicas de exposição ao ruído.

D. Errado. A PAIR tipicamente se manifesta inicialmente com perdas


auditivas nas frequências mais altas, geralmente em torno de 3000 a 6000
Hertz, e não nas frequências mais baixas como 500, 1000 e 2000 Hertz.
E. Errado. Sendo uma perda auditiva neurossensorial, ela não é reversível.
Uma vez que as células ciliadas são danificadas, a perda é permanente,
independentemente de a exposição ao ruído cessar ou não. Cessar a
exposição apenas impede a progressão do quadro.
Gabarito 25: A

26- (CESGRANRIO - 2016 - UNIRIO - Médico do Trabalho) Uma das


características da perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) é a

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A. unilateralidade que acomete principalmente um dos ouvidos.


B. progressividade dos danos, mesmo com o afastamento do agente
sonoro.
C. seletividade da perda, com rebaixamento no limiar audiométrico,
ocorrendo nas frequências de 3, 4 ou 6 kHz.
D. progressividade relativa, em que a perda auditiva é menor nos primeiros
10 a 15 anos e tende a diminuir com a piora dos limiares
E. estabilidade do dano, pois o risco de perda sofre pouca alteração quando
a média da exposição for de 85dB por 8 horas diárias.
Resolução:
A. Errado. A PAIR geralmente é bilateral, afetando ambos os ouvidos, uma
vez que a exposição ao ruído normalmente ocorre de forma simétrica.
B. Errado. A progressão da PAIR tende a estabilizar após o afastamento da
exposição ao ruído. O dano existente é permanente, mas a condição
geralmente não se agrava se a exposição ao ruído for eliminada.
C. Certo. A PAIR é caracterizada por um rebaixamento seletivo no limiar
audiométrico, afetando inicialmente as frequências mais altas, tipicamente
em torno de 3, 4 ou 6 kHz.
D. Errado. A PAIR não apresenta uma tendência de diminuição na
progressão da perda auditiva com o tempo. A exposição contínua ao ruído
pode levar a um aumento da perda auditiva.
E. Errado. O risco de desenvolver PAIR aumenta com o nível e a duração da
exposição ao ruído. Exposições prolongadas a 85 dB de ruído contínuo ou
mais podem aumentar significativamente o risco de perda auditiva.
Gabarito 26: C

27- (FGV - 2022 - TJDFT- Medicina do Trabalho) A Perda Auditiva por


Ruído (PAIR) é caracterizada por:
A. perda auditiva tipo mista, atingindo orelha média e interna, com lesão
coclear, que pode ser agravada por otosclerose;
B. perda auditiva neurossensorial, com lesão irreversível do órgão de Corti
na orelha interna, e que pode ser agravada por exposição a solventes
orgânicos;
C. perda auditiva neurossensorial sempre bilateral, inicialmente com perdas
maiores nas frequências de 500, 1000 e 2000 hertz;
D. perda auditiva neurossensorial, com lesão da orelha interna (cóclea),
com diminuição progressiva da acuidade auditiva, mesmo se suspensa a
exposição;

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E. perda auditiva neurossensorial, com lesão coclear, reversível se houver o


afastamento da exposição de níveis de pressão sonora acima de 85 dB(A)
ou uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado.
Resolução:
A. Errado. A PAIR é tipicamente uma perda auditiva do tipo neurossensorial,
afetando a orelha interna, e não uma perda do tipo mista que envolveria
tanto a orelha média (parte condutiva – ossículos Martelo, Bigorna e
Estribo) quanto a interna.
B. Certo. Esta opção descreve corretamente a PAIR como uma perda
auditiva neurossensorial, resultante de danos irreversíveis ao Órgão de Corti
na orelha interna. A exposição a solventes orgânicos pode, de fato, agravar
a condição.
C. Errado. A PAIR normalmente se manifesta com perdas nas frequências
mais altas (geralmente 3000 a 6000 Hertz) inicialmente, não nas
frequências mais baixas de 500, 1000 e 2000 Hertz:

D. Errado. Embora a PAIR seja uma perda auditiva neurossensorial afetando


a cóclea, a condição geralmente não progride se a exposição ao ruído é
suspensa.
E. Errado. A PAIR é caracterizada por lesão coclear, mas é uma condição
irreversível. O afastamento da exposição ao ruído ou o uso de EPI pode
prevenir a progressão ou o agravamento da perda auditiva, mas não
reverte o dano já existente.
Gabarito 27: B

28- (CESGRANRIO - 2017 - Petrobras - Médico do Trabalho Júnior) A


perda auditiva induzida por ruído é uma causa frequente de adoecimento de
trabalhadores e possui um padrão bem caracterizado.

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Qual padrão é característico desse agravo?


A. Progressividade, pois seus danos prosseguem a despeito do afastamento
do agente sonoro.
B. Intensidade independente, já que sofre pouca alteração quando a
exposição é aumentada em dB.
C. Agravamento temporal, visto que é menos intensa nos primeiros dez a
quinze anos.
D. Unilateralidade, que advém do fato de normalmente acometer mais um
dos ouvidos.
E. Rebaixamento no limiar audiométrico, que ocorre em frequências
específicas.
Resolução:
A. Errado. Embora a PAIR seja progressiva enquanto há exposição ao ruído,
a perda auditiva geralmente estabiliza após o afastamento do agente
sonoro.
B. Errado. A intensidade da PAIR está relacionada com o nível e a duração
da exposição ao ruído. Aumentos na exposição tendem a piorar a perda
auditiva.
C. Errado. A PAIR pode se agravar com o tempo de exposição contínua ao
ruído, mas não há uma regra específica de ser menos intensa nos primeiros
10 a 15 anos.
D. Errado. A PAIR geralmente é bilateral, afetando ambos os ouvidos, pois a
exposição ao ruído costuma ser simétrica.
E. Certo. Um dos padrões característicos da PAIR é o rebaixamento no
limiar audiométrico, particularmente em frequências específicas,
normalmente altas (como 3, 4 ou 6 kHz).
Gabarito 28: E

29- (FGV - 2023 - Analista de Promotoria (MPE SP)/Médico do Trabalho)


Sobre a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), é correto afirmar que
A. a PAIR produz perda auditiva tipo neurossensorial e condutiva,
irreversível mesmo se cessada a exposição.
B. exame audiométrico com níveis de audição menores que 20dB na faixa
de 500Hz, uni ou bilateral, em trabalhadores expostos a níveis elevados de
pressão sonora, sugere quadro inicial de PAIR.
C. a PAIR se caracteriza por lesão irreversível do ouvido médio (ou orelha
média), com consequente prejuízo na condução sonora.

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D. a PAIR é uma patologia do ouvido interno (ou orelha interna) do tipo


neurossensorial, de caráter evolutivo, com agravamento progressivo mesmo
quando cessada a exposição aos níveis elevados de pressão sonora.
E. a fisiopatologia da PAIR se dá a partir de lesão da cóclea, caracterizando-
se assim como uma perda auditiva do tipo do tipo neurossensorial.
Resolução:
A. Errado. A PAIR é uma perda auditiva do tipo neurossensorial, envolvendo
danos na orelha interna, e não uma combinação de perda neurossensorial e
de condução. A parte irreversível está correta, mas o tipo de perda não é
misto.
B. Errado. A PAIR geralmente afeta inicialmente as frequências mais altas
(como 3, 4 ou 6 kHz), e não as baixas frequências (como 500 Hz).
C. Errado. A PAIR afeta o ouvido interno (orelha interna), especificamente
as células ciliadas da cóclea, e não o ouvido médio:

D. Errado. A PAIR é do tipo neurossensorial e afeta o ouvido interno,


porém, a condição geralmente não progride se a exposição ao ruído for
eliminada.
E. Certo. Esta é a descrição correta da PAIR. Ela é uma perda auditiva do
tipo neurossensorial resultante de lesão na cóclea, no ouvido interno.
Gabarito 29: E

Pessoal, a deficiência auditiva provocada pela exposição continuada a


ruído pode provocar diversas limitações auditivas funcionais, as quais
referem-se, além da alteração da sensibilidade auditiva, às alterações de
seletividade de frequência, das resoluções temporal e espacial, do
recrutamento e do zumbido.
Nesse contexto, o CESPE considerou a assertiva abaixo correta:
(CESPE – TRT5- Médico do Trabalho) A deficiência auditiva provocada pela
exposição continuada a ruído sonoro pode provocar limitação auditiva
funcional, com alterações de seletividade de frequência, recrutamento e
zumbido.

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Quando o indivíduo é portador de PAIR, que tem como característica


ser neurossensorial, ocorre uma redução na faixa dinâmica entre o
limiar auditivo e o limiar de desconforto, provocando um aumento
na ocorrência de recrutamento (fenômeno de crescimento rápido e
anormal da sensação de intensidade sonora) e, portanto, um aumento da
sensação de desconforto. Isso é comum nos ambientes de trabalho com
elevados níveis de pressão sonora.
Ou seja, a PAIR provoca um maior recrutamento, e, como
consequência, há um maior desconforto do trabalhador ao ruído.
O zumbido é um dos sintomas mais comumente relatados pelos
portadores de PAIR e provoca muito incômodo. As dificuldades de
compreensão de fala são as mais relatadas pelo trabalhador portador de
PAIR, cujo padrão de fala poderá sofrer alterações, de acordo com o grau
de perda auditiva.
A avaliação do trabalhador exposto a ruído consta de avaliação clínica
e ocupacional, na qual pesquisa-se a exposição ao risco, pregressa e atual,
considerando-se os sintomas característicos, descritos anteriormente. É
importante o detalhamento da exposição, para que seja possível buscar
relações entre a exposição e os sinais e sintomas. Dessa forma, a
anamnese ocupacional configura-se como instrumento fundamental para a
identificação do risco. O conhecimento sobre o ambiente de trabalho
também pode ser feito por meio de visita ao local, avaliação de laudos
técnicos da própria empresa e informações sobre fiscalizações, além do
relato do paciente.
A NR-07 estabelece que devem ser submetidos a exames
audiométricos de referência e sequenciais todos os empregados que
exerçam ou exercerão suas atividades em ambientes cujos níveis de
pressão sonora estejam acima dos níveis de ação, conforme informado no
PGR da organização, independentemente do uso de protetor auditivo.
A avaliação deve ser feita sob determinadas condições, dentre as quais:
➢ Utilização de cabine acústica.
➢ Utilização de equipamento calibrado.
➢ Repouso acústico de 14 horas.
➢ Profissional qualificado para a realização do exame (médico ou
fonoaudiólogo).
Essas condições são fundamentais para que o exame seja confiável,
considerando-se que a audiometria tonal é um exame subjetivo.

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Figura 3 - Exame audiológico.

Conforme a NR 7, o exame audiométrico será realizado, no mínimo,


no momento da admissão, anualmente a partir de então, e na demissão. O
intervalo entre os exames audiométricos pode ser reduzido a critério do
médico do trabalho responsável pelo PCMSO.
30- (ESAF - 2006 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho – Adaptada)
Analise as proposições sobre acústica e, a seguir, assinale a opção correta.
I. Define-se som como energia na forma de ondas mecânicas longitudinais
audíveis que se propagam através de meio elástico.
II. A audibilidade humana está compreendida, em regra, entre 20 Hz e 20
KHz.
III. O que diferencia o som do ruído é o caráter subjetivo deste,
notadamente desagradável ao ouvido humano.
IV. O sistema auditivo humano divide-se didaticamente em três partes,
quais sejam: epicraniana, mesocraniana e intracraniana.
a) Apenas três proposições estão corretas.
b) Todas as proposições estão corretas.
c) Apenas uma proposição está correta.
d) Apenas duas proposições estão corretas.
e) Todas as proposições estão erradas.
Resolução:
I. Certo. Correta definição para o som.
II. Certo. É considerado como som audível aquelas ondas que consigam
sensibilizar o ouvido humano, com frequências variando em torno de 20 a
20.000 Hz(20-20 KHz), em média. Abaixo da frequência mínima, ele é

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chamado de infrassom e acima da frequência máxima, denomina-se


ultrassom. Ambos os sons, ultrassom e infrassom, são inaudíveis para o
ouvido humano:

III. Certo. Enquanto o som é utilizado para descrever sensações prazerosas,


o ruído é usado para descrever sons indesejáveis ou desagradáveis, o que
traz um aspecto de subjetividade à sua definição.
IV. Errado. A orelha (ou ouvido) está dividida anatomicamente em três
partes: orelhas externa, média e interna (ouvido externo, ouvido médio e
ouvido interno).
Gabarito 30: A

31- (CESPE - 2011 - Correios - Médico do Trabalho) No portador de perda


auditiva induzida por ruído — que tem como característica ser
neurossensorial —, ocorre uma redução na faixa dinâmica entre o limiar
auditivo e o limiar de desconforto, provocando uma diminuição na
ocorrência de recrutamento.
Resolução:
Errado. A redução na faixa dinâmica entre o limiar auditivo e o limiar de
desconforto provoca um aumento na ocorrência de recrutamento
(fenômeno de crescimento rápido e anormal da sensação de intensidade
sonora) e, portanto, um aumento da sensação de desconforto. Quem tem
PAIR ainda pode ouvir sons altos, mas não toleram bem volumes que antes
eram confortáveis. Agora, até mesmo um barulho que antes era apenas um
pouco alto pode parecer extremamente alto e desconfortável. Isso acontece
por causa desse fenômeno chamado "recrutamento" - uma espécie de
"falha" no sistema de volume dos ouvidos causada pelo dano das células
internas.
Gabarito 31: E

32- (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO - Médico do Trabalho) O ruído é um


tipo de som que provoca efeitos nocivos no ser humano, sendo uma
sensação auditiva desagradável que interfere na percepção do som
desejado. A perda induzida pelo ruído é uma patologia cumulativa e
insidiosa, que cresce ao longo dos anos de exposição ao ruído associado ao
ambiente de trabalho. A lesão auditiva preferencialmente, nestes casos,
encontra-se

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a) no sáculo.
b) no nervo auditivo.
c) na trompa de Eustáquio.
d) no labirinto.
e) na cóclea.
Resolução:
A maior característica da Pair é a degeneração das células ciliadas do órgão
de Corti, localizado na cóclea, na orelha interna.
Gabarito 32: E

33- (CESPE - 2009 - FUB - Técnico Segurança) Na serralheria da


prefeitura do campus de uma universidade, existe um ambiente cuja
exposição ao ruído tem sido objeto frequente de reclamações por parte dos
trabalhadores locais. Nesse ambiente, estão instaladas duas máquinas
idênticas que geram altos níveis de ruído. Após uma avaliação da exposição
ao ruído no ambiente, o laudo apresentou a conclusão de que a dose de
exposição ao ruído no local é de 110%. Em relação a essa situação
hipotética, julgue os itens a seguir.
1. As únicas doenças profissionais que podem ser geradas pela exposição ao
ruído são a redução auditiva e a surdez.
2. Para controlar a exposição ao ruído no local, deve ser implantado um
Programa de Proteção Auditiva (PPA), em vez de um PGR.
Resolução:
1. Errado. Lembrem-se que uma causa pode gerar diversos efeitos. Assim,
embora o ruído possa provocar redução auditiva e a surdez, o ruído possui,
ainda, outros efeitos nocivos à saúde, não só os auditivos, como
nervosismo, irritabilidade, cefaléia, insônia, alterações circulatórias,
alteração de visão, alterações gastrointestinais, entre outros efeitos não-
auditivos.
2. Errado. O Programa de Proteção Auditiva ou Programa de Conservação
Auditiva complementa ou integra o PGR, não tendo o propósito de substituí-
lo.
Gabarito 33: E/E

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2.2 Pneumoconioses relacionados ao trabalho

O sistema respiratório constitui uma interface importante do


organismo humano com o meio ambiente, particularmente com o ar e seus
constituintes, gases e aerossóis. A poluição do ar nos ambientes de trabalho
associa-se a uma extensa gama de doenças do trato respiratório que
acometem desde o nariz até o espaço pleural. Entre os fatores que
influenciam os efeitos da exposição a esses agentes estão as propriedades
químicas e físicas dos gases e aerossóis e as características próprias do
indivíduo, como herança genética, doenças preexistentes e hábitos de vida,
como tabagismo.
As pneumoconioses são as principais doenças do Sistema
Respiratório Relacionadas ao Trabalho. Além das pneumoconioses, várias
outras doenças afetam o sistema respiratório e estão relacionadas ao
trabalho, dentre elas as rinites alérgicas; Rinite crônica; Sinusite crônica; e
Asma.
São centenas o número de substâncias causadoras da rinite
alérgica relacionada ao trabalho, bem como da asma ocupacional. Tais
doenças têm sido frequentemente descritas em trabalhadores expostos a
diversos agentes patogênicos, dentre os quais: - poeiras de algodão, linho,
cânhamo ou sisal – especialmente nas indústrias de fiação e tecelagem.
Pessoal, a Asma ocupacional é a obstrução variável das vias aéreas,
induzida por agentes inaláveis, particulares a um dado ambiente de
trabalho, na forma de gases, vapores ou fumos, sendo caracterizada por:
• obstrução do fluxo aéreo reversível (a reversibilidade não é completa
em alguns pacientes) espontaneamente ou com tratamento:

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Figura 4- Asma: obstrução do fluxo aéreo, em geral, é reversível.



inflamação;
• aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de
estímulos – hiper-responsividade brônquica (HRB);
Considera-se que o aumento da ocorrência de asma ocupacional
estaria relacionado com o aumento de novos produtos químicos na
indústria, simultaneamente ao avanço nos métodos diagnósticos.

34- (CESPE - 2011 - Correios - Médico do trabalho) A asma ocupacional é


uma obstrução irreversível ao fluxo aéreo e(ou) hiper-reatividade brônquica
devida a causas e condições atribuíveis a um determinado ambiente de
trabalho e não a estímulos externos.
Resolução:
Errado. Em geral, a obstrução do fluxo aéreo na asma é reversível
(espontaneamente ou com tratamento).
Gabarito 34: E

Agora vamos falar sobre um assunto bem explorado em Concursos: as


pneumoconioses. As pneumopatias relacionadas etiologicamente à
inalação de poeiras em ambientes de trabalho são genericamente
designadas como pneumoconioses (do grego, conion = poeira). São
excluídas dessa denominação as alterações neoplásicas, as reações de vias
aéreas, como asma e a bronquite, e o enfisema.
As pneumoconioses podem, didaticamente, ser divididas em
fibrogênicas e não fibrogênicas de acordo com o potencial da poeira em
produzir fibrose reacional.

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Nas pneumoconioses não-fibrogênicas não há produção de fibrose,


e a disfunção respiratória é praticamente ausente, sendo que a evolução
clínica é considerada benigna quando comparada à evolução possível
das pneumoconioses fibrogênicas. Devido ao seu caráter benigno, são
conhecidas como pneumoconioses por poeira inerte. Apesar da ausência de
fibrose, o padrão de alteração radiológica é bastante semelhante à silicose,
com opacidades micronodulares ou reticulonodulares difusas. A
radiopacidade se deve à presença do metal/mineral depositado no
interstício.
Exemplos: siderose (exposição ao ferro), baritose (exposição ao bário),
estanose (exposição ao estanho), pneumoconiose por carvão vegetal, rocha
fosfática.
Ocupações de risco: soldadores de arco elétrico, trabalhadores expostos a
carvão vegetal (produção, armazenamento e uso industrial), trabalhadores
de rocha fosfática, mineração e ensacamento de bário e estanho.

- Disfunção respiratória é Exemplos: siderose,


praticamente ausente baritose, estanose,
Pneumoconioses
pneumoconiose por
NÃO-fibrogênicas - Evolução clínica é carvão vegetal, rocha
considerada benigna fosfática.

Tendo em vista as características das pneumoconioses não-


fibrogênicas, e considerando a siderose (exposição ao ferro) com um
exemplo, o CESPE considerou a assertiva abaixo incorreta, haja vista que
a disfunção respiratória é praticamente ausente nos quadros de
pneumoconioses não-fibrogênicas:
35- (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A siderose,
decorrente da exposição a fumos de óxido de ferro, caracteriza-se por
alterações radiológicas pulmonares difusas, que são associadas ao
desenvolvimento precoce de insuficiência respiratória grave.
Errado. A siderose é uma condição resultante da inalação de poeira
contendo óxido de ferro, mas é considerada uma pneumoconiose sem
grandes repercussões.
Gabarito 35: E

Já as Pneumoconioses fibrogênicas, como o termo diz, são as reações


pulmonares à inalação de material particulado que leva à fibrose intersticial
do parênquima pulmonar, provocando maiores danos à saúde do
trabalhador quando comparado às pneumoconioses não fibrogênicas.
Imagine seus pulmões como duas esponjas que se enchem de ar quando
você respira. Dentro dessas "esponjas", há muitos pequenos espaços de ar,

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chamados alvéolos, onde o oxigênio passa para o sangue. O parênquima


pulmonar é o termo técnico para essas partes dos seus pulmões que fazem
o trabalho de trocar gases (oxigênio e dióxido de carbono) com o sangue.
Agora, a fibrose intersticial é como se essas "esponjas" começassem a
ficar rígidas e grossas. Isso acontece porque o tecido normal dos pulmões
começa a ser substituído por tecido cicatricial, que é mais duro e menos
flexível. Imagine uma esponja de cozinha que, depois de muitos usos, fica
dura e não absorve mais água como antes. Da mesma forma, quando os
pulmões têm fibrose, eles não podem se expandir e contrair tão facilmente,
o que torna mais difícil para eles fazerem seu trabalho de trazer oxigênio
para o sangue e remover o dióxido de carbono. Quando alguém tem fibrose
intersticial, pode sentir falta de ar, porque seus pulmões não estão
funcionando tão eficientemente quanto deveriam.

Exemplos: Silicose (exposição à Sílica livre); Asbestose (todas as fibras de


asbesto ou amianto); Pneumoconiose do trabalhador do carvão (poeiras
contendo carvão mineral).

Exemplos:Silicose;
- Maior gravidade asbestose;
Pneumoconioses
- Fibrose intersticial do pneumoconiose dos
fibrogênicas
parênquima pulmonar trabalhadores de
carvão

As pneumoconioses são doenças pulmonares causadas pela inalação


de diferentes tipos de poeira no local de trabalho. No Brasil, as três
principais são:
Silicose: É causada pela inalação de poeira contendo sílica, geralmente
encontrada em ambientes de trabalho como mineração, construção e
trabalho com pedras. A sílica leva a problemas respiratórios sérios.

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Pneumoconiose dos Trabalhadores do Carvão (PTC): Esta doença é


específica de trabalhadores que inalam poeira de carvão mineral, como os
mineiros. A poeira de carvão se acumula nos pulmões e causa danos ao
longo do tempo.
Asbestose: Causada pela inalação de fibras de amianto(asbesto), esta
condição é frequentemente encontrada em indústrias como a construção e a
fabricação de produtos que contêm amianto. Assim como a silicose e a PTC,
a asbestose danifica os pulmões e dificulta a respiração.
Dessas três, a silicose é a que mais frequentemente afeta os
trabalhadores no Brasil, devido à sua associação com indústrias comuns
como a de construção e mineração.

36- (FCC -2023 - TRT 18ª Região - Medicina do Trabalho) A


pneumoconiose mais prevalente no Brasil é:
A Pneumoconiose por poeira mista.
B Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão.
C Asbestose.
D Silicose.
E Pneumopatia por metal duro.
Resolução:
A pneumoconiose mais prevalente no Brasil é a Silicose.
Gabarito 36: D

37- ( CESGRANRIO - 2014 – PETROBRAS – Manutenção) Que tipo de


doença profissional é provocada pela inalação de minério de carvão?
A. Saturnismo
B. Carvocitose
C. Bissinose
D. Mineralose
E. Pneumoconiose
Resolução:
A pneumoconiose referente especificamente aos trabalhadores que inalam
poeira de carvão é conhecida como Pneumoconiose dos Trabalhadores de
Carvão (PTC).
Gabarito 37: E

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38- (CESGRANRIO - 2014 - CEFET-RJ – Enfermeiro) Identifica-se como


uma doença pulmonar ocupacional:
A. Asbestose
B. Micose fungoide
C. Doença de Hodgkin
D. Linfoma de Burkitt
E. Carcinoma ductal infiltrante
Resolução:
A resposta correta para essa questão é a alternativa A, Asbestose.
A asbestose é uma doença pulmonar ocupacional causada pela inalação de
fibras de asbesto (amianto). É uma condição crônica que se caracteriza pela
fibrose pulmonar (cicatrização do tecido pulmonar) e é comumente
associada a trabalhadores expostos ao asbesto em mineração, fabricação de
produtos de asbesto, construção civil, entre outros.
Gabarito 38: A

Considerando o maior potencial lesivo das Pneumoconioses fibrogênicas,


a NR7 determina que os trabalhadores expostos aos aerodispersóides
fibrogênicos (poeira contendo sílica, asbesto ou carvão mineral) sejam
submetidos aos exames complementares com mais frequência quando
comparado aos trabalhadores expostos aos demais aerodispersoides
(poeiras contendo partículas insolúveis ou pouco solúveis de baixa
toxicidade).
Uma das principais características dos nossos pulmões, e que nos
permite respirar, é sua propriedade elástica, sendo que a fibrose pulmonar
reduz a elasticidade do tecido pulmonar, o que, a longo prazo, vai tornando
mais difícil o processo de respiração. A fibrose irá ocorrer quando os
aerodispersóides fibrogênicos (poeira de sílica, por exemplo) penetrarem no
pulmão e gerarem uma reação tecidual, produzindo tecido fibroso.
Nesse contexto, para que ocorra pneumoconiose é necessário que o
material particulado seja inalado e atinja as vias respiratórias inferiores, em
quantidade capaz de superar os mecanismos de depuração (mecanismos de
defesa que tentam impedir a entrada de partículas suspensas no ar nos
pulmões). Assim, as pneumoconioses são doenças por inalação de poeiras,
substâncias que o organismo pouco consegue combater com seus
mecanismos de defesa imunológica e/ou leucocitária. Para ter eficácia em
atingir as vias respiratórias inferiores as partículas devem ter a mediana do
diâmetro aerodinâmico inferior a 10µm, pois acima deste tamanho são
retidas nas vias aéreas superiores. A fração respirável (<5µm) tem maior
chance de se depositar no trato respiratório baixo (bronquíolos terminais e

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respiratórios e os alvéolos), e dar início ao processo inflamatório que, se


perpetuado pela inalação crônica e/ou em quantidade que supera as
defesas, pode levar à instalação das alterações pulmonares. Partículas com
diâmetros de 5 a 10µm, embora em menor proporção, também têm
condição de se depositar nessas regiões e produzir doença.

PNEUMOCONIOSE DEVIDA À POEIRA DE SÍLICA (SILICOSE)


A Silicose é uma pneumoconiose caracterizada pela deposição de
poeiras no pulmão, com reação tissular decorrente causada pela inalação de
sílica livre (quartzo, SiO2 cristalizada), provocando fibrose progressiva do
parênquima pulmonar, e que se manifesta após longo período de
exposição, habitualmente superior a dez anos.
ATENÇÃO: No Brasil, a Silicose é a pneumoconiose de maior prevalência!!!!

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Constituem fatores de risco de adoecimento dependentes da exposição


ocupacional:
• concentração total de poeira respirável;
• dimensão das partículas (as menores de 10 µ m podem atingir os
alvéolos);
• composição mineralógica da poeira respirável (em % de sílica livre);
• tempo de exposição.

A silicose pode apresentar-se em três formas:


- SILICOSE AGUDA (forma rara);
- SILICOSE SUBAGUDA; e
- SILICOSE CRÔNICA(mais frequente).

Atividades como jateamento de areia (proibida pela NR-15) com a


finalidade de limpeza de metais são de alto risco. Outras atividades com
exposição potencialmente importante, dependendo do teor de sílica livre
cristalina, são:
• Beneficiamento de minerais: corte de pedras; britagem; moagem;
lapidação.
• Indústria de transformação: cerâmicas; fundições que utilizam areia no
processo; vidro.
• Abrasivos; marmorarias; corte e polimento de granito; cosméticos.

A maior casuística nacional de silicose provém da mineração de ouro


subterrânea de Minas Gerais, na qual já foram registrados cerca de quatro
mil casos. Outras casuísticas importantes foram investigadas na indústria
cerâmica. Alguns estudos descritivos transversais publicados até o
momento dão percentuais de ocorrência de silicose que variam de 3,5% no
ramo de pedreiras (exploração de granito e fabricação de pedra britada) a
23,6% no setor de indústria naval (operações de jateamento com areia).

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Figura 5- Jateamento de areia: Exposição à poeira de sílica.

Não há tratamento específico para a silicose, e, dada a possibilidade


da progressão, o trabalhador deve ser imediatamente afastado da
exposição. Dentre as medidas de controle ambiental que visam à eliminação
ou à redução da exposição a níveis considerados seguros está a substituição
de perfuração a seco por processos úmidos.

Exemplos de ocupações de risco:


Inalação de sílica indústria extrativa mineral-
SILICOSE livre mineração subterrânea(extração
cristalina(SiO2) de minérios) e de
superfície(marmorarias;pedreiras)

PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES DO CARVÃO


A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão -PTC- (ou dos
mineiros) é uma doença profissional causada pela inalação de poeiras
de carvão mineral, caracterizada pela deposição destas poeiras nos
alvéolos pulmonares e pela reação tissular provocada por sua presença. A
principal fonte de exposição é a extração de carvão mineral. É
importante não confundir carvão mineral com carvão vegetal.
A figura abaixo mostra o trabalhador na extração de carvão mineral e um
pulmão afetado pela PTC:

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39- (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A principal


causa da pneumoconiose em trabalhadores que lidam com o carvão é a
exposição ocupacional ao carvão vegetal proveniente da parte lenhosa de
madeiras não resinosas.
Resolução:
Errado. É importante não confundir carvão mineral com carvão vegetal, este
raramente associado à pneumoconiose.
Gabarito 39: E

A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão é uma doença crônica e


irreversível. O controle da exposição à poeira de carvão mineral pode
contribuir para a redução da incidência dessa pneumoconiose nos grupos
ocupacionais sob risco. As medidas de controle ambiental visam à
eliminação ou à redução da concentração da poeira de carvão no ar dentro
dos limites estabelecidos, por meio de:
• substituição de perfuração a seco por processos úmidos; ventilação
adequada após detonações, antes do reinício dos trabalhos;
• mudanças na organização do trabalho que permitam diminuir o número
de trabalhadores expostos e o tempo de exposição;
• fornecimento, pelo empregador, de equipamentos de proteção individual
adequados, em bom estado de conservação, nos casos indicados, de modo
complementar às medidas de proteção coletiva.

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Ocupações de risco:
PNEUMOCONIOSE mineiros de frente de lavra,
Inalação de
DOS detonadores, transporte e
poeiras de carvão
TRABALHADORES armazenamento de carvão
mineral
DO CARVÃO mineral em locais
confinados.

PNEUMOCONIOSE DEVIDA AO ASBESTO (ASBESTOSE)


A Asbestose é a pneumoconiose (deposição de poeiras no pulmão e
reação tissular que ocorre na sua presença) causada pela inalação de
fibras de asbesto ou amianto. Decorre, portanto, da exposição
ocupacional a poeiras de asbesto ou amianto. No estágio atual do
conhecimento, a asbestose é doença profissional dose-dependente dos
níveis de concentração de fibras de asbesto no ar, que se desenvolve
lentamente, após tempos de exposição variáveis. Outras doenças
associadas ao amianto podem ser desencadeadas com exposições a baixas
concentrações.
Hoje, a extração e o uso do asbesto, em qualquer uma das suas
formas, está proibida pelo STF. As situações de exposição potencialmente
importantes eram o trabalho em fábricas de artigos que utilizavam amianto,
como tecidos à prova de fogo, no setor de fibrocimento (fabricação de
telhas e caixas d’água) e o seu manuseio.

Figura 6 – Amianto. Usado na fabricação de telhas.

É uma doença profissional típica do Grupo I da Classificação de


Schilling, reconhecida em todo mundo, sendo o asbesto considerado um
carcinogênico humano. Por fim, o câncer de pulmão pode ser uma
complicação relativamente frequente na evolução da asbestose.

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Exposição Ocupações de risco:


inalatória a trabalhadores em
ASBESTOSE poeiras mineração e
contendo fibras transformação de
de asbesto asbesto

PNEUMOCONIOSE POR METAIS DUROS


É a pneumoconiose causada pela exposição a poeiras metálicas
provenientes de ligas compostas por tungstênio e outros metais duros,
como titânio (Ti), tântalo (Ta) nióbio e vanádio, associados ao cobalto na
propriedade de ligante. Ocupações de risco: trabalhadores na produção de
ferramentas e peças de metais duros; próteses dentárias.

40- (CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região - Médico do Trabalho) Pessoas que


trabalham na produção de ferramentas e próteses dentárias estão sujeitas a
desenvolver pneumoconiose por metais duros, causada pela exposição a
poeiras metálicas provenientes de ligas compostas por tungstênio e outros
metais duros.
Resolução:
Certo. A exposição aos metais duros ocorre na produção de ligas de
tungstênio com outros metais duros, na manufatura de motores de jato, no
tingimento de vidros, cerâmicas e pinturas, na produção de próteses
dentárias.
Gabarito 40: C

PNEUMOCONIOSE POR POEIRA MISTA


É a pneumoconiose causada pela exposição a poeiras minerais com baixo
conteúdo de sílica cristalina, como ocorre na exposição a poeiras de mica,
caulim, sericita, mármore, em processos com uso de abrasivos em
fundições e em alguns processos da indústria cerâmica.
Dentre as ocupações de risco estão: trabalhadores em mineração e
transformação de silicatos, como mineração, moagem e utilização de mica,
caulim, sericita, ceramistas, rebarbadores.

BERILIOSE
É uma doença causada pela exposição ao berílio e pode se manifestar na
forma aguda ou crônica até 10 a 15 anos após cessada a exposição. O
berílio é um metal que, por suas propriedades de leveza e resistência à

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tensão e à transmissão de raios X, é utilizado na indústria de fabricação de


ligas especiais junto com aço, alumínio e cobre, em cerâmicas especiais e
em aparelhos de raios X.
Nas Pneumoconioses não fibrogênicas, a disfunção respiratória é
praticamente ausente e a evolução clínica é considerada benigna quando
comparada à evolução possível das pneumoconioses fibrogênicas. Na
dependência do conhecimento do tipo de poeira inalada, a pneumoconiose
leva denominação específica como siderose (Fe), baritose (Ba), estanose
(Sn), etc. Vejamos alguns exemplos:
A SIDEROSE é caracterizada pelo achado de alterações radiológicas
pulmonares associadas à exposição a fumos de óxido de ferro. Durante
os procedimentos de corte de ferro com solda elétrica e de óxido de
acetileno são emitidos vapores de óxido ferroso que são oxidados a óxido
férrico.
41- (CEBRASPE - 2021 - SESAU AL - Medicina do Trabalho) Denomina-se
siderose, também conhecida como aviolete alérgica extrínseca, a doença do
interstício pulmonar provocada pela exposição repetida ao pó e bolor da
cortiça.
Resolução:
A siderose é uma doença pulmonar ocupacional causada pela inalação de
poeira de ferro. A condição descrita na afirmação, relacionada à exposição
repetida ao pó e bolor da cortiça, refere-se à suberose.

Figura 7 - Pó de cortiça está associado à suberose, que é um tipo de pneumonite por


hipersensibilidade à poeira orgânica.

Gabarito 41: E

A ESTANHOSE ocorre por inalação de fumos e poeiras e por deposição


de estanho nos pulmões e não provoca sintomas. Ocorre deposição de
partículas de estanho nas vias aéreas inferiores, que são fagocitadas (
“engolidos”) por macrófagos alveolares. Esses, carregados com material
cristalino, agregam-se ao redor de bronquíolos, vasos, septos interlobulares
e paredes alveolares, sem fibrose significativa. A função pulmonar é normal.

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42- (CESGRANRIO - 2010 – PETROBRAS - Medicina do Trabalho)


Pneumoconioses são as doenças causadas pela inalação de aerossóis sólidos
e a consequente reação tecidual do parênquima pulmonar. Dentre os
causadores de pneumoconioses listados, é considerado uma poeira inerte o
A. cobalto.
B. quartzo.
C. estanho.
D. alumínio.
E. tungstênio.
Resolução:
Entre as opções listadas, o agente considerado como uma poeira inerte, no
contexto das pneumoconioses, é o estanho. As poeiras inertes, como as de
estanho, tendem a causar menos danos aos pulmões em comparação com
poeiras mais reativas, como sílica, asbesto.
Gabarito 42: C

A PNEUMOCONIOSE POR EXPOSIÇÃO A ROCHA FOSFÁTICA é uma


pneumoconiose benigna, sem fibrose. A exposição à rocha fosfática dá-se
basicamente em ocupações relacionadas à produção de fertilizantes
fosfatados e outros, na mineração e nos depósitos dessa matéria-prima,
material de origem magmática.
A BARITOSE ocorre devido a exposição ocupacional à poeira de Sulfato de
bário (barita), presente na mineração e ensacamento de bário.

QUADRO-RESUMO DAS PNEUMOCONIOSES:


FATORES DE RISCO DE TIPO DE
DOENÇAS
NATUREZA OCUPACIONAL PNEUMOCONIOSE
PNEUMOCONIOSE DOS
TRABALHADORES DO Poeiras de carvão mineral
FIBROGÊNICAS
CARVÃO
maior potencial lesivo
ASBESTOSE Poeiras de asbesto ou amianto

SILICOSE Poeiras de sílica-livre

Pneumoconiose por poeira Poeiras variadas contendo


mista menos que 7,5% de sílica livre

Pneumoconiose por Metais Poeiras de metais duros (ligas


Duros de tungstênio com outros
metais duros contendo

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FATORES DE RISCO DE TIPO DE


DOENÇAS
NATUREZA OCUPACIONAL PNEUMOCONIOSE
Cobalto)

Exposição ocupacional a
Beriliose poeiras de berílio e seus
compostos tóxicos

Exposição ocupacional a
SIDEROSE poeiras de ferro (óxido de
ferro)

Exposição ocupacional a NÃO-FIBROGÊNICAS


ESTANHOSE
poeiras de estanho

Pneumoconiose por rocha


Poeira de rocha fosfática
fosfática

Baritose Sulfato de bário (barita)

43- (FGV - 2021 - FunSaúde CE - Medicina do Trabalho) As doenças


pulmonares ocupacionais podem ser classificadas em fibrogênicas e não
fibrogênicas. Assinale a opção que indica a doença que faz parte do
primeiro grupo.
A. Siderose.
B. Silicose.
C. Estanhose.
D. Baritose.
E. Asma.
Resolução:
A. Errado. A siderose é uma doença não fibrogênica.
B. Certo. A Silicose é uma doença fibrogênica causada pela inalação de
poeira contendo sílica e pode levar à formação de tecido fibroso nos
pulmões, resultando em fibrose pulmonar.
C. Errado, Semelhante à siderose, a estanhose é uma doença não
fibrogênica.
D. Errado. A Baritose é uma doença não fibrogênica, causada pela inalação
de poeira de bário. Não leva à formação de tecido fibroso nos pulmões.
E. A Asma é uma doença respiratória que pode ser exacerbada por fatores
ocupacionais, mas não é classificada como uma doença fibrogênica.
Gabarito 43: B

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44- (CESGRANRIO - 2014 – PETROBRAS - Medicina do Trabalho) As


pneumoconioses são doenças pulmonares relacionadas etiologicamente à
inalação de poeiras em ambientes de trabalho. Podem ter, no seu
mecanismo fisiopatogênico, o aparecimento ou não de fibrose. Entre as
pneumoconioses que cursam sem fibrose, têm-se as seguintes:
A. Asbestose, aluminose e pneumoconiose por poeira mista
B. Silicose, pneumoconiose por metais duros e beriliose
C. Baritose, pneumoconiose por carvão vegetal e estanhose
D. Pneumonite por hipersensibilidade, pneumoconiose por rocha fosfática e
siderose
E. Talcose, pneumoconiose por carvão mineral e pneumoconiose por
abrasivos
Resolução:
Aqui a Banca cobrou a diferença entre pneumoconioses fribrogênicas ( que
causam fibrose) e não fibrogênicas ( que cursam sem fibrose). De cara,
vamos já eliminar aquelas três pneumoconioses fribrogênicas clássicas:
Asbestose (letra A), Silicose (letra B) e pneumoconiose por carvão
mineral(letra E). Ficamos entre a C e a D. Olhando o quadro acima,
chegamos ao gabarito: letra C. E o erro da letra D? Ocorre que a
Pneumonite por Hipersensibilidade não é uma pneumoconiose, mas sim
uma reação inflamatória nos pulmões.
Gabarito 44: C

2.3 Outras doenças respiratórias relacionadas ao trabalho


BISSINOSE
A bissinose é uma doença profissional das vias aéreas causada pela
exposição a poeiras orgânicas de algodão, linho, cânhamo ou sisal,
afetando trabalhadores têxteis em muitos países do mundo, onde as
condições de higiene do trabalho são precárias.

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A fisiopatologia da doença permanece em debate. Os vários estudos


sugerem tanto a participação dos componentes da planta, dos níveis de
poeira, como de endotoxinas bacterianas contaminantes. Há uma nítida
relação dose-resposta e alguns estudos associam o tabagismo como fator
de risco para o desenvolvimento da bissinose.

45- (FGV - 2022 – TJDFT - Medicina do Trabalho) Um trabalhador de uma


indústria do ramo têxtil, que processa algodão, com 55 anos de idade,
fumante há mais de trinta anos, é atendido na atenção primária à saúde do
SUS com queixas de tosse seca, aperto no peito e dispneia há cerca de um
ano, com piora nos últimos três meses. A investigação clínica demonstrou
raio X de tórax com áreas de opacidades e redução do volume expiratório
forçado no primeiro minuto (FEV1).
Esse quadro é compatível com:
A. asma ocupacional;
B. bissinose;
C. antracose;
D. bagaçose;
E. hidatidose.
Resolução:
Aqui não precisava saber os sinais clínicos para acertar o item. A resposta
está logo no início, já que sabemos que a bissinose é uma doença
respiratória que afeta trabalhadores da indústria têxtil que lidam com
algodão.
Gabarito 45: B

Para fechar esta etapa, temos a alveolite alérgica extrínseca (também


conhecida como pneumonite por hipersensibilidade), que é uma reação
inflamatória nos pulmões provocada pela inalação de poeiras orgânicas e
outros agentes etiológicos. Esta condição é desencadeada pela exposição
repetida a materiais orgânicos, incluindo fungos, proteínas presentes em
penas e pelos de animais, e fezes de animais.
Sua ocorrência é ocasionada pela exposição a poeiras orgânicas em
ambientes agrícolas e industriais:
• pulmão do granjeiro (ou do fazendeiro, ou do agricultor): feno, palha,
grãos mofados;
• bagaçose: cana mofada;
• pulmão dos criadores de pássaros: excrementos e penas de aves;

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• suberose: cortiça;
• pulmão dos trabalhadores de malte;
• pulmão dos que trabalham com cogumelos;
• doença pulmonar devida a sistemas de ar condicionado e umidificação de
ar; • pneumonite de hipersensibilidade devida a outras poeiras orgânicas;
• exposição ocupacional a poeiras contendo microorganismos e parasitas
infecciosos vivos e seus produtos tóxicos;
• exposição ocupacional a outras poeiras orgânicas.

46- (ENADE – 2019 – Tec.Seg.) Tanto o manuseio de determinados


agentes químicos quanto o contato com eles, sem a devida proteção,
podem causar doenças ocupacionais, por isso o Ministério da Saúde instituiu
uma lista de doenças relacionadas ao trabalho.
Considerando o tema das doenças ocupacionais, avalie as afirmações a
seguir.
I. A exposição de trabalhadores à fibra de algodão, sem a devida proteção,
pode causar bissinose.
II. Os trabalhadores expostos à sílica livre, sem a proteção adequada, estão
sujeitos a silicose.
III. O trabalhador que, sem a proteção devida, fica exposto ao asbesto,
pode apresentar saturnismo.
IV. A siderose pode ser causada pela inalação da poeira de ferro por
trabalhadores expostos a essa poeira sem a proteção adequada.
É correto o que se afirma em
A II, apenas.
B I e III, apenas.
C III e IV, apenas.
D I, II e IV, apenas.
E I, II, III e IV.
Resolução:
I. Correto. A bissinose é uma doença respiratória causada pela inalação da
poeira de algodão, comum em trabalhadores de indústrias têxteis que não
utilizam proteção adequada.
II. Certo. A silicose é uma doença pulmonar causada pela inalação de poeira
contendo sílica livre, frequentemente encontrada em mineração, construção
civil e outras indústrias onde se manuseia areia ou rocha sem proteção
adequada.

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III. Incorreto. O saturnismo, ou envenenamento por chumbo, é causado


pela exposição ao chumbo, e não ao asbesto. A exposição ao asbesto está
associada a doenças como asbestose, mesotelioma e câncer de pulmão.
IV. Correto. A siderose é uma pneumoconiose causada pela inalação de
poeira de ferro. É uma condição onde partículas de ferro se depositam nos
pulmões, mas geralmente é considerada menos grave em comparação com
outras pneumoconioses.
Portanto, as afirmações corretas são:
D. I, II e IV, apenas.
Gabarito 46: D

47- (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Médico do Trabalho) A
silicose é uma forma de pneumoconiose causada pela inalação de finas
partículas de sílica cristalina e caracterizada por inflamação e cicatrização
em forma de lesões nodulares nos lóbulos superiores do pulmão. O
trabalhador que se encontra exposto a esta doença é o
a) agricultor.
b) escultor.
c) mineiro.
d) professor.
e) operário de indústria têxtil.
Resolução:
Como exemplos de ocupações de risco em relação à silicose, tem-se a
indústria extrativa mineral- que inclui a mineração subterrânea (extração de
minérios). Portanto, das alternativas, é o ‘mineiro’ que está exposto à
silicose.
Gabarito 47: C

48- (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Engenharia em Segurança do


Trabalho) A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão caracteriza-se por
pneumopatia de evolução rápida e muito sintomática, porém reversível.
Resolução:
Errado. A pneumoconiose dos trabalhadores do carvão, assim como a
maioria das pneumoconioses, trata-se de doença crônica, levando anos para
se manifestar (de evolução lenta). Além disso, é irreversível.
Gabarito 48: E

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49- (CESPE - 2013 - SESA/ES - Médico do Trabalho)


1. A pneumoconiose de ocorrência mais frequente no Brasil é a asbestose.
2.A prevenção das pneumoconioses é realizada por meio da ventilação
forçada do ambiente, não sendo indicada, no entanto, a umidificação
ambiental.
3. As poeiras inertes como a sílica, o estanho, o ferro e o carbono puro
causam acúmulo nos macrófagos pulmonares, mas não provocam danos
graves à saúde.
Resolução:
1. Errado. A pneumoconiose de ocorrência mais frequente no Brasil é a
silicose.
2. Errado. No intuito de se reduzir a exposição ocupacional às poeiras que
podem provocar pneumoconioses, deve-se, dentre outros, ocorrer a
umidificação dos processos em que haja produção de poeira, bem como
utilizar-se de sistemas de ventilação exaustora.
3. Errado. Nas Pneumoconioses fibrogênicas (silicose, por exemplo) ocorre
reações pulmonares à inalação de material particulado que leva à fibrose
intersticial do parênquima pulmonar, provocando importantes danos à
saúde. Assim, a sílica não pode ser considerada como poeira inerte. Já as
Pneumoconioses NÃO-fibrogênicas (siderose, estanhose) são causadas pela
exposição a poeiras com baixo potencial fibrogênico, também conhecida
como pneumoconiose por poeira inerte.
Gabarito 49: E/E/E

50- (CESGRANRIO - 2012 - Petrobras – Tec. Segurança) A exposição


ocupacional a poeiras de ferro provoca uma doença denominada
A. antracose
B. saturnismo
C. siderose
D. hidrargirismo
E. bissinose
Resolução:

Exposição ocupacional a
SIDEROSE poeiras de ferro (óxido
de ferro)

Gabarito 50: C

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2.4 Dermatoses ocupacionais

As dermatoses ocupacionais compreendem toda alteração das


mucosas, pele e seus anexos que seja direta ou indiretamente causada,
condicionada, mantida ou agravada por agentes presentes na atividade
ocupacional ou no ambiente de trabalho.

Figura 8 - Pele e anexos. Funções da pele: proteção física e imunológica, percepção, secreção,
termo regulação. Manto lipídico é formado a partir da secreção de glândulas sudoríparas e
sebáceas, funciona como regulador do pH da pele, regula a flora bacteriana e micótica
presentes na epiderme8.

As dermatoses ocupacionais são determinadas pela interação de dois


grupos de fatores:

• predisponentes ou causas INDIRETAS, como idade, sexo, etnia,


antecedentes mórbidos e doenças concomitantes, fatores ambientais, como
o clima (temperatura, umidade), hábitos e facilidades de higiene;

• causas DIRETAS constituídas pelos agentes biológicos, físicos, químicos


ou mecânicos presentes no trabalho que atuariam diretamente sobre o
tegumento, produzindo ou agravando uma dermatose preexistente.

8
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Dermatoses ocupacionais / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2006. 92 p.

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Idade: trabalhadores jovens são menos experientes, costumam


ser mais afetados por agirem com menor cautela na manipulação
de agentes químicos potencialmente perigosos para a pele. Por
outro lado, o tegumento ainda não se adaptou ao contatante, para
produzir o espessamento da camada córnea, tolerância ou
adaptação ao agente
Causas indiretas
ou fatores
Sexo: homens e mulheres são igualmente afetados. Contudo, as
predisponentes
mulheres apresentam maior comprometimento nas mãos e podem
apresentar quadros menos graves e de remissão mais rápida.

Etnia: pessoas da raça amarela e da raça negra são mais


protegidas contra a ação da luz solar que pessoas da raça branca;

Clima: O trabalho ao ar livre, temperatura e umidade influenciam


o aparecimento de dermatoses.

Agentes físicos: radiações não-ionizantes, calor, frio, eletricidade.

Agentes químicos9 (cerca de 80% das dermatoses). Os principais


são:

1. Irritantes → cimento, solventes, óleos de corte,


detergentes, ácidos e álcalis.

Causas DIRETAS
2. Alérgenos → aditivos da borracha, níquel, cromo e cobalto
como contaminantes do cimento, resinas, tópicos usados no
tratamento de dermatoses.

Agentes biológicos mais comuns são: bactérias, fungos, leveduras,


vírus e insetos.

Causas mecânicas: fricção, vibrações (calos), traumas

9 Segue questão que o CESPE considerou correta: ( CESPE - 2011 - EBC - Médico do
Trabalho - Adaptada)
Os principais agentes químicos causadores de dermatose ocupacional são metais, ácidos e
álcalis, hidrocarbonetos aromáticos, óleos lubrificantes e de corte e arsênico.

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As dermatites de contato são as dermatoses ocupacionais mais


frequentes.
As dermatites de contato (DCs) classificam-se em dermatite de contato
irritativa (DCI) e dermatite de contato alérgica (DCA). Quando o contato
com a pele, único ou repetido, produzir efeitos tóxicos imediatos ou tardios
de irritação local, elas serão rotuladas dermatites de contato por irritantes.
Quando causam alergia são denominadas dermatites alérgicas de contato.
A dermatite alérgica de contato resulta de uma reação cutânea eczematosa,
imunologicamente mediada por células-T, com resposta antígeno-específica,
tardia. Ao se afastar do contato com o alérgeno, pode haver remissão total
do quadro, mas a hipersensibilidade latente permanece e reexposições
voltam a desencadeá-lo.
Nas dermatites de contato irritativas, ao contrário das dermatites de
contato alérgicas, não é necessária a sensibilização prévia. A
fisiopatologia das dermatites de contato por irritantes não requer a
intervenção de mecanismos imunológicos. Assim, pode aparecer em todos
os trabalhadores expostos ao contato com substâncias irritantes,
dependendo da sua concentração e do tempo de exposição. Por fim,
destaco que as dermatites de contato por irritantes são mais frequentes que
as dermatites alérgicas.

Dermatite de NÃO é necessária a


contato irritativa sensibilização prévia.
(DCI) Mais frequente.
Dermatites de
contato
Dermatite de
É necessária a
contato alérgica
sensibilização prévia
(DCA)

Estima-se que, juntas, as dermatites alérgicas de contato e as dermatites


de contato por irritantes representem cerca de 90% dos casos das
dermatoses ocupacionais. Apesar de, na maioria dos casos, não produzirem
quadros considerados graves, são, com frequência, responsáveis por
desconforto, prurido, ferimentos, traumas, alterações estéticas e funcionais
que interferem na vida social e no trabalho. Vamos a alguns exemplos de
substâncias causadoras das dermatoses:
- CIMENTO (construção civil): é um agente irritante e o contato da pele com
o cimento úmido e em pó pode causar quadros clínicos variáveis na pele de
operários suscetíveis devido a, basicamente, dois mecanismos: irritação e

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sensibilização alérgica. Dentre eles, o que ocorre com maior frequência é a


Dermatite Irritativa de Contato (DIC).

Figura 9 - Dermatite Irritativa de Contato (DIC) em pedreiro devido ao contato habitual com
massa de cimento (à esquerda); À direita, DIC em servente de pedreiro. O contato da massa
úmida de cimento no dorso dos pés causou irritação com posterior infecção secundária. O uso
de chinelos nestas atividades facilita o contato e o aparecimento da dermatose10.

Além disso, certas impurezas presentes no cimento (como cromo, cobalto e


níquel) têm efeito alergênico, e, em contato com a pele do trabalhador, em
determinadas condições, o cimento pode provocar Dermatite Alérgica de
Contato.

- BORRACHA: Ocorre especialmente a dermatite de contato alérgica, tendo


como causas o uso de determinados EPI, artefatos de borracha em geral:

10
Dermatoses ocupacionais / Salim Amed Ali. – 2. ed. – São Paulo : Fundacentro, 2009.412 p.

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Figura 10 - Pedreiro desenvolveu dermatite irritativa nas mãos, pelo cimento. Usou luvas de
borracha para se proteger e desenvolveu alergia de contato pelos aditivos da borracha.

Como medida de proteção, deve haver a substituição do EPI de borracha


por similar de cloreto de polivinila (PVC), neoprene, vinil ou nitrila,
conforme indicação específica em cada caso.

- ÓLEOS DE CORTE (óleo mineral, bactericidas): Os óleos de corte-


agentes químicos irritantes- são substâncias químicas largamente utilizadas
nas indústrias metalúrgicas com a finalidade de melhorar o rendimento e
acabamento do material em operações de usinagem de metais, sendo um
agente químico envolvido na Dermatite Irritativa de Contato (DIC).
- DERIVADOS DE PETRÓLEO: A ação irritativa sobre a pele é,
geralmente, exercida pelos solventes orgânicos (thinner, gasolina, varsol,
aguarrás, querosene) utilizados na remoção de tintas e graxas.
- CROMATOS, DICROMATOS E ÁCIDO CRÔMICO: Utilizados na
galvanoplastia (cromação), na produção de ligas, na indústria do couro, na
fiação e tecelagem, na indústria fotográfica, na preservação de madeiras e,
como pigmento em tintas, borracha e cerâmica. Podem provocar
dermatoses por ação irritativa ou por mecanismos de sensibilização. É um
dos contaminantes do cimento. Nas galvanoplastias, o contato com líquidos
dos banhos de cromação pode provocar úlceras na pele, enquanto a
exposição crônica a névoas de ácido crômico pode ocasionar ulceração e
perfuração do septo nasal, crises asmáticas e câncer pulmonar.
Os quadros abaixo relacionam as dermatites de contato irritativas e
dermatites de contato alérgicas, conforme previsão na Lista “B” do Anexo II
do Regulamento da Previdência Social (Decreto nº3.048/1999):

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Dermatites Irritativas de Contato Dermatites Alérgicas de Contato

Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a


devida a Detergentes Metais
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a Óleos e Gorduras Adesivos
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a Solventes Cosméticos (fabricação/manipulação)
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a Cosméticos Drogas em contato com a pele
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a Drogas em contato com a pele Corantes
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a outros produtos químicos: outros produtos químicos
Arsênio, Berílio, Bromo, Cromo,
Cimento, Flúor, Fósforo, Inseticidas
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a Alimentos em contato com a Alimentos em contato com a pele
pele (fabricação/ manipulação)
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a Plantas, exceto alimentos Plantas (Não inclui plantas usadas como
alimentos)
Dermatite de Contato por Irritantes Dermatite Alérgica de Contato devida a
devida a outros agentes: Corantes outros agentes (Causa Externa
especificada)

51- (FCC - 2023 - TRT 18ª Região - Medicina do Trabalho) Quanto à


dermatose ocupacional, é correto afirmar:
A. A dermatite alérgica de contato é a dermatite mais comum nos expostos
a cimento.
B. As dermatoses causadas por radiação não ionizante são as mais
frequentes no país.
C. As dermatoses causadas por agentes químicos, como as dermatites de
contato, são as mais frequentes, sendo as irritativas as mais prevalentes.
D. A dermatite alérgica de contato pela borracha se dá pelo processo de
polimerização dos seus monômeros.
Resolução:

66
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A letra C é o nosso gabarito, sendo que as dermatites de contato


ocupacionais podem ser divididas em dois tipos principais: alérgica e
irritativa. A dermatite de contato irritativa é mais comum.
Gabarito 51: C

52- (CESPE – 2008 - SESA/ES – Médico do Trabalho) Sexo, idade e etnia


são algumas das causas indiretas ou fatores predisponentes para o
desenvolvimento de dermatoses ocupacionais.
Resolução:
Certo. Vimos que as dermatoses são determinadas pela interação de dois
grupos de fatores:(i) predisponentes ou causas indiretas, como idade,
sexo, etnia, antecedentes mórbidos e doenças concomitantes, fatores
ambientais, como o clima (temperatura, umidade), hábitos e facilidades de
higiene; e (ii) causas diretas constituídas pelos agentes biológicos, físicos,
químicos ou mecânicos presentes no trabalho que atuariam diretamente
sobre o tegumento, produzindo ou agravando uma dermatose preexistente.

Gabarito 52: C

53- (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO - Médico do Trabalho) Com relação às


dermatoses ocupacionais, é correto afirmar que
a) níquel, cromo e cobalto são considerados agentes químicos alérgenos.
b) agentes biológicos são considerados causas indiretas.
c) são aquelas causadas exclusivamente por agentes químicos.
d) radiações e eletricidade não são causas de dermatoses ocupacionais.
Resolução:
A. Certo. Dentre os agentes químicos que causam as dermatoses
ocupacionais, os principais são:
1. Irritantes → cimento, solventes, óleos de corte, detergentes, ácidos e
álcalis. 2. Alérgenos (necessária sensibilização prévia) → aditivos da
borracha, níquel, cromo e cobalto como contaminantes do cimento,
resinas, tópicos usados no tratamento de dermatoses.
B. Errado. Agentes biológicos são considerados causas diretas.
C. Errado. As causas de dermatoses ocupacionais são dois grandes grupos
de fatores: causas indiretas ou fatores predisponentes; e causas diretas.
D. Errado. Radiações e eletricidade são agentes físicos que podem ser
causas de dermatoses ocupacionais. TOME NOTA:

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Causas DIRETAS Agentes físicos: radiações não-ionizantes, calor, frio, eletricidade.

Agentes químicos (cerca de 80% das dermatoses). Os principais


são:

1. Irritantes → cimento, solventes, óleos de corte, detergentes,


ácidos e álcalis.

2. Alérgenos → aditivos da borracha, níquel, cromo e cobalto


como contaminantes do cimento, resinas, tópicos usados no
tratamento de dermatoses.

Agentes biológicos mais comuns são: bactérias, fungos,


leveduras, vírus e insetos.

Causas mecânicas: fricção, vibrações (calos), traumas

Gabarito 53: A

54- (FJG - RIO - 2008 - COMLURB - Médico do Trabalho) Considerando a


etiopatogenia das dermatoses ocupacionais, cabe afirmar:
a) os óleos de corte agem como alérgenos
b) o cimento, os detergentes e os solventes incluem-se entre os irritantes
c) a ocorrência da dermatite de contato alérgico prescinde da sensibilização
prévia
d) a dermatite de contato pela exposição ao cimento é mediada por
mecanismos imunológicos
Resolução:
A. Errado. Os óleos de corte agem como irritantes.
B. Certo. Cimento, solventes, óleos de corte, detergentes, ácidos e álcalis,
todos agem como irritantes.
C. Errado. Nas dermatites de contato alérgicas é necessária sensibilização
prévia, pois a fisiopatologia das dermatites de contato por alérgenos requer
a intervenção de mecanismos imunológicos.
D. Errado. Como o cimento está entre os irritantes, irá provocar,
principalmente, dermatite de contato irritativa, que, ao contrário das
dermatites de contato alérgicas, não é necessária sensibilização prévia, pois

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a fisiopatologia das dermatites de contato por irritantes não requer a


intervenção de mecanismos imunológicos.

Gabarito 54: B

55- (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrás - Engenheiro de Segurança) Em


uma obra de construção civil, as dermatoses ocupacionais causadas pelo
uso do cimento podem ser evitadas se o trabalhador adotar algumas
medidas preventivas, EXCETO
a) manter limpas as ferramentas do trabalho.
b) usar luvas e botas bem largas.
c) higienizar as partes do corpo atingidas.
d) trabalhar em piso apropriado e sem entulho
e) evitar usar sandálias de dedo.
Resolução:
O uso de luvas e botas bem largas favorece a queda de cimento ou de
concreto, ou mesmo pó de cimento dentro da bota ou luvas. Com o atrito e
pressão que ocorrerá na área de contato da pele com o cimento, poderá
acarretar algum tipo de dermatose ocupacional.
Gabarito 55: B

56- ( IBFC – 2017 – EBSERH/RJ – Tec.Enf. – Adap.)Assinale a alternativa


que contemple um exemplo de causa direta que pode ocasionar a
dermatose ocupacional.
A. Idade
B. Agente biológico
C. Sexo
D. Etnia
E. Clima
Resolução:
Idade, Sexo, Etnia e Clima são fatores predisponentes, ou seja,
responsáveis indiretos pelas dermatoses ocupacionais. Já os agentes
biológicos, tais como bactérias, fungos, leveduras, vírus e insetos, é
exemplo de causa direta que pode ocasionar a dermatose ocupacional.
Gabarito 56: B

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57- (CESPE - 2011 - EBC - Médico do Trabalho - Adaptada) As


dermatoses ocupacionais incluem dermatites de contato irritativas e
alérgicas.
Resolução:
Certo. Lembrando que as dermatites de contato são as dermatoses
ocupacionais mais frequentes, sendo que, juntas, as dermatites alérgicas de
contato e as dermatites de contato por irritantes respondam por cerca de
90% dos casos de dermatoses ocupacionais.

Gabarito 57: C

58- (FCC - 2021 - INFRAERO - Médico do Trabalho - Adaptada) Sobre as


dermatoses ocupacionais, julgue os itens abaixo.
1. As dermatites de contato são as formas mais comuns de dermatoses
relacionadas ao trabalho.
2. Os jovens são menos acometidos por possuir maior capacidade de
regeneração da camada córnea.
3. A dermatite alérgica de contato é mais comum que a dermatite de
contato irritativa.
Resolução:
1. Certo. As dermatites de contato são as dermatoses ocupacionais mais
frequentes. Temos que as dermatites alérgicas de contato e as dermatites
de contato por irritantes representem cerca de 90% dos casos das
dermatoses ocupacionais.
2. Errado. Os trabalhadores jovens são mais acometidos, pois são menos
experientes, costumam ser mais afetados por agirem com menor cautela na
manipulação de agentes químicos potencialmente perigosos para a pele. Por
outro lado, o tegumento ainda não se adaptou ao contatante, para produzir
o espessamento da camada córnea, tolerância ou adaptação ao agente.
3. Errado. As dermatites de contato por irritantes são mais frequentes que
as dermatites alérgicas.

Gabarito 58: C/E/E

59- (VUNESP - 2013 - FUNDAÇÃO CASA - Médico do Trabalho) Sabe-se


que o cimento, um importante agente relacionado às dermatoses
ocupacionais,
a) é responsável apenas pelas dermatites de contato do tipo alérgica.
b) é responsável apenas pelas dermatites de contato irritativas.

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c) é causador de dermatites de contato tanto alérgicas quanto irritativas.


d) requer um tempo de latência habitualmente longo, não menor que seis
meses para provocar manifestações que, comumente, não se cronificam.
e) tem seu efeito alergênico relacionado basicamente à presença de
tiosulfato na sua composição.
Resolução:
O cimento, sendo muito irritante para a pele em virtude de ser abrasivo e
altamente alcalino é responsável principalmente pelas dermatites de
contato irritativas. Além disso, certas impurezas presentes no cimento têm
efeito alergênico (cromo, cobalto e níquel), provocando, também,
dermatites de contato do tipo alérgica.
Gabarito 59: C

2.5 Doenças Infecciosas e Parasitárias Relacionadas com o Trabalho


Pessoal, as doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao
trabalho apresentam algumas características que as distinguem dos demais
grupos:
• os agentes etiológicos não são de natureza ocupacional;
• a ocorrência da doença depende das condições ou circunstâncias
em que o trabalho é executado e da exposição ocupacional, que
favorece o contato, o contágio ou a transmissão.
Entre os grupos mais expostos estão os trabalhadores da
agricultura, da saúde (em contato com pacientes ou materiais
contaminados) em centros de saúde, hospitais, laboratórios, necrotérios,
em atividades de investigações de campo e vigilância em saúde, controle de
vetores e aqueles que lidam com animais. Também podem ser afetadas as
pessoas que trabalham em habitat silvestre, como na silvicultura, em
atividades de pesca, produção e manipulação de produtos animais, como
abatedouros, curtumes, frigoríficos, indústria alimentícia (carnes e
pescados) e trabalhadores em serviços de saneamento e de coleta de lixo.
Dada a amplitude das situações de exposição e o caráter endêmico
de muitas dessas doenças, torna-se, por vezes, difícil estabelecer a relação
com o trabalho.
A prevenção das doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao
trabalho baseia-se nos procedimentos de vigilância em saúde do
trabalhador, e incluem, dentre outros:

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• medidas de educação e informação aos trabalhadores sobre os riscos e


efeitos para a saúde, os modos de transmissão e de controle dos agentes
envolvidos;
• identificação das medidas gerais e específicas necessárias para
eliminação ou controle da exposição aos fatores de risco e para proteção
dos trabalhadores;

Lista de Doenças Infecciosas e Parasitárias Relacionadas ao


Trabalho11:
• Tuberculose
• Carbúnculo (Antraz)
• Brucelose
• Leptospirose
• Tétano
• Psitacose, ornitose, doença dos tratadores de aves
• Dengue (dengue clássico)
• Febre amarela
• Hepatites virais
• Doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
• Dermatofitose e outras micoses superficiais
• Candidíase
• Paracoccidioidomicose
• Malária
• Leishmaniose cutânea ou leishmaniose cutâneo-mucosa

Nesse sentido, o CESPE considerou a assertiva abaixo correta:


(CESPE - 2013 - MPU - Médico do Trabalho) Tuberculose, carbúnculo,
brucelose, leptospirose, tétano, psitacose, ornitose, dengue, febre amarela,
hepatites virais, doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV),
dermatofitose, candidíase, paracoccidioidomicose, malária e leishmaniose
cutânea estão compreendidas no rol de doenças infecciosas e parasitárias
que podem ser relacionadas ao trabalho.

11
Conforme “LISTA B” do Decreto nº 3.048, de 1999(Regulamento da Previdência Social).

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TUBERCULOSE
A tuberculose é uma doença de evolução aguda, subaguda ou crônica que
compromete vários órgãos e sistemas (fígado, rins, ossos), em
especial as vias aéreas inferiores (pulmões).
As condições de trabalho podem favorecer a exposição ao Mycobacterium
tuberculosis (Bacilo de Koch) ou ao Mycobacterium bovis-agentes
causadores da tuberculose, como no caso de trabalhadores em
laboratórios de biologia e em atividades que propiciam contato direto
com produtos contaminados ou com doentes bacilíferos (cujos exames
bacteriológicos são positivos) - em hospitais, por exemplo.

Um aspecto importante é que a incidência de tuberculose em trabalhadores


portadores de silicose é maior que na população em geral, uma vez que tem
sido demonstrado, clínica e epidemiologicamente, que a exposição à sílica
pode favorecer a reativação da infecção tuberculosa latente, pois os
cristais de sílica no interior dos macrófagos alveolares (células de defesa do
pulmão) deprimem sua função fagocitária (reduzem a capacidade de
defesa) e aumentam sua destruição.
(CESPE - 2014 - TJ-SE - Médico do Trabalho)
A incidência de tuberculose em trabalhadores portadores de silicose é maior
que na população em geral. CORRETO

60- (FGV - 2023 - MPE SP - Médico do Trabalho) A silicose é uma


pneumoconiose causada por exposição à sílica livre.
Entre as patologias do aparelho respiratório, citadas a seguir, assinale
aquela que pode estar associada à silicose.
A. Pneumonite química.
B. Asma ocupacional.
C. Tuberculose.
D. DPOC.
E. Derrame pleural com infiltrado eosinofílico.
Resolução:
A silicose, uma pneumoconiose causada pela exposição à sílica livre, está
frequentemente associada a um risco aumentado de tuberculose. A
exposição à sílica pode causar danos aos pulmões e afetar o sistema
imunológico, tornando os indivíduos mais suscetíveis à tuberculose.
Gabarito 60: C

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Quanto à prevenção, como já visto, o empregador deve adotar medidas


de controle dos fatores de riscos ocupacionais e acompanhamento da saúde
identificadas no PGR (NR 01) e no PCMSO (NR 7), além de outros
regulamentos – sanitários e ambientais – existentes nos estados e
municípios. O exame periódico de saúde de trabalhadores expostos, parte
do PCMSO, deve incluir protocolos padronizados visando à detecção precoce
da doença e, se necessário, à pesquisa de bacilo BAAR em escarro e teste
cutâneo (teste tuberculínico -PPD). Em áreas rurais, deve ser feito controle
sanitário dos rebanhos com vacinação dos animais e, se necessário,
eliminação do gado contaminado e tuberculino-positivo, além da fiscalização
sanitária de produtos derivados, especialmente do leite, garantindo sua
pasteurização adequada.
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇA
OCUPACIONAL

- Exposição ocupacional ao Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de


Koch) ou Mycobacterium bovis, em atividades em laboratórios de biologia,
e atividades realizadas por pessoal de saúde, que propiciam contato direto
Tuberculose com produtos contaminados ou com doentes cujos exames bacteriológicos
são positivos;
- Hipersuscetibilidade do trabalhador exposto a poeiras de sílica (Sílico-
tuberculose)

CARBÚNCULO (Antraz)
É uma zoonose12 causada pelo Bacillus anthracis, atingindo os sistemas
cutâneo (pele e anexos), pulmonar e gastrintestinal.
Decorre da exposição humana ao bacilo, em atividades industriais,
artesanais, na agricultura ou em laboratórios, estando, portanto,
associada ao trabalho, como, por exemplo, pelo contato direto das pessoas
com pêlos de carneiro, lã, couro, pele e ossos, em especial de animais
originários da África e Ásia. Nas atividades agrícolas, ocorre no contato do
homem com gato, porco, cavalo doente ou com partes, derivados e
produtos de animais contaminados.
Os principais grupos de risco são os tratadores de animais, pecuaristas,
trabalhadores em matadouros, curtumes, moagem de ossos, tosa de
ovinos, manipuladores de lã crua, veterinários e seus auxiliares.
Por sua raridade e quase especificidade em determinados trabalhadores,
pode ser considerada doença profissional, do Grupo I da Classificação de
Schilling.

12
Zoonose é um termo da medicina que designa as doenças e infecções transmitidas para o
homem através dos animais. As zoonoses são transmitidas pelos animais através de vírus,
bactérias, fungos, protozoários e outros microorganismos diversos.

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Quanto à prevenção, deve-se, entre outros: existir limpeza regular e efetiva


de equipamentos e áreas de trabalho e facilidades para higiene pessoal dos
trabalhadores; descontaminação de materiais crus potencialmente
contaminados; vacinação dos trabalhadores de indústrias com alto risco de
contaminação pelo antraz; utilização dos EPI adequados.

BRUCELOSE
É, primariamente, uma zoonose de animais domésticos e selvagens, sendo
que o homem contrai a doença pelo contato com animais doentes,
sua carcaça, sangue, urina, secreções vaginais, fetos abortados, placenta
ou pela ingestão de leite ou derivados lácteos provenientes de animais
infectados. Também pode ocorrer contaminação por meio de acidente em
laboratório. Por fim, a transmissão de pessoa a pessoa tem sido suspeitada
em algumas situações especiais, mas parece ser extremamente rara.
DOENÇA AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE
RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
Atividades em abatedouros, frigoríficos,
manipulação de produtos de carne; ordenha e
Brucelose
fabricação de laticínios e atividades
assemelhadas.

LEPTOSPIROSE
As leptospiroses constituem verdadeiras zoonoses. Os roedores são os
principais reservatórios da doença, principalmente os domésticos. Atuam
como portadores os bovinos, ovinos e caprinos. A transmissão é realizada
pelo contato com água ou solo contaminados pela urina dos animais
portadores, mais raramente pelo contato direto com sangue, tecido, órgão e
urina destes animais. Não há transmissão inter-humana, exceto a
intrauterina para o feto.
A leptospirose relacionada ao trabalho tem sido descrita em trabalhadores
que exercem atividades em contato direto com águas contaminadas ou em
locais com dejetos de animais portadores de germes, como nos trabalhos
efetuados dentro de minas, túneis, galerias e esgoto; em cursos
d’água e drenagem; contato com roedores e com animais
domésticos; preparação de alimentos de origem animal, de peixes,
de laticínios e em outras atividades assemelhadas:

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Figura 11 - Trabalhador limpando esgotos na Índia.

DOENÇA AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO


DE NATUREZA OCUPACIONAL

Trabalhos expondo ao contato direto com águas sujas,


ou efetuado em locais suscetíveis de serem sujos por
dejetos de animais portadores de germes; trabalhos
efetuados dentro de minas, túneis, galerias, esgotos em
Leptospirose locais subterrâneos; trabalhos em cursos d’água;
trabalhos de drenagem; contato com roedores; trabalhos
com animais domésticos, e com gado; preparação de
alimentos de origem animal, de peixes, de laticínios, etc.

TÉTANO
Doença aguda produzida pela potente neurotoxina (tetanospasmina) do
Clostridium tetani, que é um bacilo(bactéria), encontrado na natureza em
ampla distribuição geográfica sob a forma de esporos, no solo,
principalmente quando tratado com adubo animal, em espinhos de arbustos
e pequenos galhos de árvores, em águas putrefatas, em pregos
enferrujados sujos, em instrumentos de trabalho ou latas contaminadas
com poeira da rua ou terra, em fezes de animais ou humanas, e agulhas de
injeção não convenientemente esterilizados.
A exposição ocupacional em trabalhadores é relativamente comum e dá-se,
principalmente, em acidentes de trabalho (agricultura, construção civil,
mineração, saneamento e coleta de lixo) ou em acidentes de trajeto.

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DOENÇA AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE


NATUREZA OCUPACIONAL

Exposição ao Clostridium tetani, em circunstâncias de


acidentes do trabalho na agricultura, na construção civil,
Tétano
na indústria, ou em acidentes de trajeto

PSITACOSE, ORNITOSE, DOENÇA DOS TRATADORES DE AVES


As fontes mais frequentes de infecção são periquitos, papagaios, pombos,
patos, perus, canários, entre outros, que transmitem a infecção por meio de
suas fezes dessecadas e disseminadas com a poeira, sendo aspiradas pelos
pacientes. Apesar de rara, é possível a transmissão via respiratória, de
pessoa a pessoa, na fase aguda da doença.
É uma zoonose que acomete trabalhadores de criadouros de aves,
clínicas veterinárias, zoológicos e de laboratórios biológicos.

DENGUE
A dengue pode ser considerado como doença relacionada ao trabalho, do
Grupo II da Classificação de Schilling, uma vez que as circunstâncias
ocupacionais da exposição aos mosquitos vetores (Aedes) e/ou aos agentes
infecciosos podem ser consideradas como fatores de risco, no conjunto de
fatores associados com a etiologia desta doença infecciosa.
O dengue relacionado ao trabalho tem sido descrito em trabalhadores que
exercem atividades em zonas endêmicas, em trabalhos de saúde
pública e em laboratórios de pesquisa, entre outras atividades em que
a exposição ocupacional pode ser identificada.

FEBRE AMARELA
Os casos humanos de febre amarela, pouco numerosos, incidem entre as
pessoas que trabalham ou mantêm contato com as florestas. A febre
amarela urbana teve o homem como único reservatório e o A. aegypti como
transmissor, na América do Sul. Outros trabalhadores eventualmente
expostos, por acidente, incluem os que exercem atividades de saúde
pública e que trabalham em laboratórios de pesquisa, agricultores,
trabalhadores florestais, em extração de madeira, em áreas e regiões
afetadas.

DERMATOFITOSE E OUTRAS MICOSES SUPERFICIAIS

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A dermatofitose13 relacionada ao trabalho tem sido descrita em


trabalhadores que exercem atividades em condições de temperatura
elevada e umidade (cozinhas, ginásios, piscinas, etc.) e em outras
situações específicas.

CANDIDÍASE
A candidíase relacionada ao trabalho poderá ser verificada em
trabalhadores que exercem atividades que requerem longas
imersões das mãos em água e irritação mecânica das mãos, tais
como trabalhadores de limpeza, lavadeiras, cozinheiras, entre outros,
com exposição ocupacional claramente caracterizada por meio de história
laborativa e de inspeção em ambiente de trabalho.

MALÁRIA
Doença infecciosa febril aguda, causada por parasitas do gênero
Plasmodium (vivax, malariae, falciparum, ovale), caracterizada por febre
alta acompanhada de calafrios, sudorese e cefaleia, que ocorre em padrões
cíclicos, a depender da espécie do parasito infectante.
A malária relacionada ao trabalho tem sido descrita em trabalhadores que
exercem atividades em mineração, construção de barragens ou rodovias,
em extração de petróleo e outras atividades que obrigam à presença
dos trabalhadores em zonas endêmicas.

61- (CESPE - 2018 - TRT - 5ª Reg. - Médico do Trabalho) Tuberculose,


carbúnculo, dengue e brucelose são doenças infecciosas que apresentam
relação com a atividade de trabalho.
Resolução:
Certo. Dentre as doenças infecciosas que apresentam relação com a
atividade de trabalho temos a Tuberculose, carbúnculo, dengue e brucelose.
Gabarito 61: C

62- (CESPE - 2013 - MPU - Médico do Trabalho) As doenças infecciosas e


parasitárias relacionadas ao trabalho caracterizam-se por decorrerem de
agentes etiológicos ocupacionais e por dependerem das condições ou

13
Termo geral para infecções micóticas que afetam a superfície epidérmica, devido a fungos
dermatófitos.

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circunstâncias em que o trabalho é executado e da exposição ocupacional, que


favorece o contato, o contágio ou a transmissão.
Resolução:
Errado. O erro está no início, pois as doenças infecciosas e parasitárias
relacionadas ao trabalho apresentam algumas características que as
distinguem dos demais grupos:
• os agentes etiológicos não são de natureza ocupacional;
• a ocorrência da doença depende das condições ou circunstâncias em que
o trabalho é executado e da exposição ocupacional, que favorece o contato,
o contágio ou a transmissão.
Gabarito 62: E

63- (CESGRANRIO - 2011 – PETROBRAS – Enfermagem) De acordo com


a Portaria nº 1.339/1999/MS, são doenças infecciosas e parasitárias
relacionadas ao trabalho, EXCETO
A. tuberculose.
B. dengue clássico.
C. malária.
D. candidíase.
E. hanseníase.
Resolução:
A única que não tem previsão é a letra E, hanseníase!

Gabarito 63: E

64- (CESPE - 2013 - FUB - Tec. Segurança do Trabalho) Considere que


um operador de caldeira, residente em região endêmica de dengue, tenha
sido acometido pela doença durante o período de trabalho, devido à sua
exposição a condições climáticas desfavoráveis no momento de carga e
transporte de carvão vegetal do pátio à fornalha. Nessa situação, conforme
a legislação pertinente, o trabalhador sofreu um acidente de trabalho.
Resolução:
Certo. Temos aqui a ocorrência da doença de trabalho, a qual se equipara a
acidente de trabalho, em virtude das condições ou circunstâncias em que o
trabalho é executado e da exposição ocupacional, que favorece o contato, o
contágio ou a transmissão. Importante lembrar a previsão contida na Lei
8.231/91:

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“ Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo


anterior, as seguintes entidades mórbidas:
(...)
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele
se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
(...)
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de
exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.”

Gabarito 64: C

65- (CESPE - 2015 – SERPRO - Médico do Trabalho – Adap.) Infecção


ocupacional por antraz ocorre em atividades industriais ou artesanais, na
agricultura ou em laboratórios.
Resolução:
Certo. O Carbúnculo (Antraz) decorre da exposição humana ao bacilo, em
atividades industriais, artesanais, na agricultura ou em laboratórios,
estando, portanto, associada ao trabalho, como, por exemplo, pelo contato
direto das pessoas com pelos de carneiro, lã, couro, pele e ossos, em
especial de animais originários da África e Ásia.
Gabarito 65: C

66- (Inédita) A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por


uma bactéria que afeta apenas os pulmões, não podendo ocorrer em outros
órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges.
Resolução:
Errado. Apesar de a tuberculose pulmonar ser a forma mais frequente e
generalizada da doença, o bacilo da tuberculose pode afetar também outros
órgãos e sistemas, como, por exemplo, laringe, ossos e as articulações, a
pele os intestinos, os rins e o sistema nervoso (que inclui as meninges).
Gabarito 66: E

67- (CESPE - 2014 - TJ-SE - Médico do Trabalho) Na brucelose


relacionada ao trabalho, a transmissão da doença de pessoa a pessoa é
bastante comum.
Resolução:

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Errado. A transmissão de pessoa a pessoa na brucelose tem sido suspeitada


em algumas situações especiais, mas parece ser extremamente rara.
Gabarito 67: E

68- (CESPE - 2008 - SERPRO - Médico do Trabalho - Adaptada) A


psitacose ou ornitose é uma doença infecciosa transmitida por aves.
Resolução:
Certo. A psitacose ou ornitose, também é conhecida como doença dos
tratadores de aves, tendo em vista que periquitos, papagaios, pombos,
patos, perus, canários, entre outros, transmitem a infecção por meio de
suas fezes dessecadas e disseminadas com a poeira, sendo aspiradas pelos
pacientes. É comum em trabalhos em criadouros de aves ou pássaros,
atividades de Veterinária, em zoológicos, e em laboratórios biológicos, etc
Gabarito 68: C

69- (CESPE - 2011 - Correios - Enfermeiro do Trabalho) A brucelose é


uma zoonose causada pela exposição ocupacional a Chlamydia psittaci ou
Chlamydia pneumoniae em criadouros de aves, serviços de veterinária e
zoológicos.
Resolução:
Errado. Acabamos de ver que criadouros de aves, serviços de veterinária e
zoológicos estão associados com a psitacose ou ornitose (doença dos
tratadores de aves). A brucelose, por sua vez, é uma doença ocorre pela
exposição ocupacional a Brucella melitensis, B. abortus, B. suis, B. canis em
abatedouros, frigoríficos, manipulação de carne ou de produtos derivados,
ordenha e fabricação de laticínios e atividades assemelhadas.
Gabarito 69: E

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Reconhecimento oficial de doenças relacionadas ao trabalho

A Lei nº 8.080/1990 conhecida como Lei Orgânica da Saúde


estabeleceu dentre as atribuições do SUS a revisão periódica da listagem
oficial de doenças originadas no processo de trabalho (Art. 6º, § 3º inciso
VII). Nesse sentido, a Portaria Ministério da Saúde (MS) Nº 1339/1999
instituiu a primeira Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho – LDRT para
ser adotada como referência dos agravos originados no processo de
trabalho no Sistema Único de Saúde, para uso clínico e epidemiológico.
A mesma listagem foi incorporada ao Decreto 3048/1999 (listas A e
B) passando a ser utilizada também para fins previdenciários. Embora
houvesse a obrigação de revisão periódica da LDRT, somente em 2020 foi
publicada Portaria Nº 2.309, com a nova Lista, incluindo diversos
transtornos mentais e a covid-19. Porém, o MS revogou a Portaria logo em
seguida. A nova LDRT foi elaborada para uso no âmbito da saúde e não
seria incorporada automaticamente à legislação previdenciária.
No fim do ano passado, a lista foi atualizada, incorporando 165 novas
doenças. A atualização da lista de Doenças e Agravos Relacionados ao
Trabalho (DART) no Brasil trouxe mudanças significativas que refletem a
evolução no entendimento de como o ambiente de trabalho afeta a saúde
dos trabalhadores:
- Inclusão do Burnout: A síndrome de Burnout, reconhecida como
resultado de fatores psicossociais relacionados à gestão organizacional, ao
conteúdo das tarefas e às condições do ambiente de trabalho, foi incluída na
lista.
- Ampliação dos Transtornos Mentais: Além de problemas como
abuso de álcool e estresse grave, a nova lista inclui transtornos decorrentes
do uso de sedativos, canabinoides, cocaína e abuso de cafeína, que podem
ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral no trabalho, entre
outros fatores.
- Ansiedade, Depressão e Tentativa de Suicídio: Esses transtornos,
que podem ser decorrentes do estresse psicológico vivido no trabalho,
foram adicionados. Anteriormente, episódios depressivos estavam
associados apenas ao contato com substâncias tóxicas.
- Covid-19: A doença foi adicionada como uma patologia
potencialmente associada ao trabalho, caso o vírus seja contraído no
ambiente corporativo.

A LDRT destina-se, no âmbito da saúde, às seguintes finalidades,


entre outras:

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I - orientar o uso clínico-epidemiológico, de forma a permitir a qualificação


da atenção integral à Saúde do Trabalhador;
II - facilitar o estudo da relação entre o adoecimento e o trabalho;
III - adotar procedimentos de diagnóstico;
IV - elaborar projetos terapêuticos mais acurados; e
V - orientar as ações de vigilância e promoção da saúde em nível individual
e coletivo.

Quanto à sua estrutura, a LDRT é organizada da seguinte forma:


Lista A: agentes e/ou fatores de risco com respectivas doenças relacionadas
ao trabalho;

Lista B: doenças relacionadas ao trabalho com respectivos agentes e/ou


fatores de risco.

70- (Inédita) Qual das seguintes afirmações melhor descreve as


atualizações na Lista de Doenças Relacionados ao Trabalho (LDRT) pelo
Ministério da Saúde?
A. A lista atualizada inclui apenas doenças físicas tradicionalmente
associadas a riscos ocupacionais, como lesões por esforços repetitivos e
doenças pulmonares.

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B. A nova lista de LDRT, revista após 24 anos, manteve o mesmo número


de códigos de diagnóstico, mas reclassificou algumas doenças existentes.
C. Transtornos como ansiedade, depressão e tentativa de suicídio, além da
Covid-19, foram adicionados à lista de LDRT, refletindo uma compreensão
mais ampla dos impactos do trabalho na saúde mental e física.
D. A atualização da lista de LDRT focou principalmente na inclusão de
doenças relacionadas a substâncias químicas e tóxicas, sem abordar
transtornos mentais ou doenças infecciosas.
E. A lista revisada excluiu todas as doenças e transtornos mentais
previamente incluídos, concentrando-se apenas em novas condições físicas
emergentes no ambiente de trabalho.
Resolução:
A alternativa C é a correta, e reflete as mudanças significativas feitas na
lista de DART, incluindo a adição de doenças e transtornos mentais e a
Covid-19, evidenciando um reconhecimento mais amplo dos diversos
impactos que o trabalho pode ter na saúde física e mental dos
trabalhadores.
Gabarito 70: C

71- (Inédita) Considerando as finalidades da Lista de Doenças


Relacionadas ao Trabalho (LDRT) e sua organização conforme estabelecido
pela legislação de saúde do trabalhador, qual das seguintes opções melhor
representa os objetivos e a estrutura da LDRT?
A. A LDRT é usada exclusivamente para fins de compensação
previdenciária, listando apenas as doenças ocupacionais reconhecidas para
esse fim, organizadas de acordo com a indústria específica e os riscos
ocupacionais.
B. A LDRT serve para orientar o diagnóstico clínico de doenças não
relacionadas ao trabalho e está organizada em uma única lista que inclui
todos os transtornos mentais e físicos possíveis no ambiente laboral.
C. A LDRT tem como finalidade orientar a qualificação da atenção integral à
saúde do trabalhador, facilitar o estudo do adoecimento relacionado ao
trabalho e orientar ações de vigilância e promoção da saúde, sendo dividida
em duas listas: uma relacionando agentes/fatores de risco às doenças e
outra relacionando doenças aos seus agentes/fatores de risco.
D. O principal objetivo da LDRT é proporcionar diretrizes para a indústria
farmacêutica sobre quais medicamentos devem ser desenvolvidos para
tratar doenças ocupacionais, organizada por categorias de medicamentos.

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E. A LDRT é uma ferramenta utilizada exclusivamente por médicos do


trabalho para diagnóstico de doenças relacionadas a profissões específicas,
organizada por categorias profissionais e doenças associadas.
Resolução:
A alternativa C corretamente resume as finalidades da LDRT, destacando
seu papel na atenção integral à saúde do trabalhador, no estudo das
relações entre trabalho e adoecimento, e na orientação para ações de
vigilância e promoção da saúde. Além disso, menciona corretamente a
estrutura da LDRT, dividida em duas listas conforme os agentes/fatores de
risco e as doenças relacionadas.
Gabarito 71: C

Nexo técnico previdenciário, individual, profissional e


epidemiológico.

Quando o trabalhador estiver afastado do trabalho em função de


causas ligadas direta ou indiretamente ao desempenho de sua função, seja
por acidente de trabalho ou por doenças ocupacionais, o segurado fará jus
ao percebimento de auxílio-doença acidentário ou de aposentadoria por
invalidez, além de permanecer algumas obrigações trabalhistas
(recolhimento do FGTS; estabilidade acidentária). Nesse caso, é obrigação
do empregador emitir a CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho,
reconhecendo a natureza acidentária da incapacidade.
Assim, a constatação de que a incapacidade laboral do empregado
decorreu de acidente do trabalho ou de doença ocupacional ou profissional
gera consequências na relação de emprego, causando obrigações para a
empresa, conforme visto. Por isso, há uma certa hesitação do empregador
em formalizar a CAT à Previdência Social, razão pela qual a Lei
11.430/2006 criou o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP). O
NTEP foi implementado nos sistemas informatizados do INSS, para
concessão de benefícios, em abril/2007 e de imediato provocou uma
mudança radical no perfil da concessão de auxílios-doença de natureza
acidentária: houve um incremento da ordem de 148%. Este valor permite
considerar a hipótese que havia um mascaramento na notificação de
acidentes e doenças do trabalho14.

http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/saude-e-seguranca-do-trabalhador/politicas-
14

de-prevencao/nexo-tecnico-epidemiologico-previdenciario-ntep/

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Dessa forma, com o nexo técnico epidemiológico, o problema de


sonegação de CAT deixa de existir, uma vez que a aplicação dele não
demanda iniciativa da empresa em comunicar o acidente. O próprio nexo
entre a morbidade do trabalhador e a atividade desenvolvida pela empresa
já é o suficiente para a concessão do benefício de natureza acidentária, que
pode, como será visto, elidida pelo empregador.
Conforme dispõe a legislação previdenciária, o Acidente do Trabalho
será caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica do INSS, mediante a
identificação do nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do
empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na CID (Classificação Internacional de
Doenças).

72- (CESGRANRIO – 2017 – PETROBRÁS – Med. Trab.) Um médico é


designado para avaliar as condições de saúde de determinado empregado
da empresa TT.
Nos termos da Lei nº 8.213/1991, caberá a esse profissional constatar o
nexo técnico epidemiológico (NTEP), observando a entidade mórbida
motivadora da incapacidade elencada na
A. Combinação de Protocolos Internacionais (CPI)
B. Relação Causal de Moléstias (RCM)
C. Classificação Internacional de Doenças (CID)
D. Projeção Nacional de Doenças (PND)
E. Previsão de Epidemias Conhecidas (PEC)
Resolução:
A lei 8.213/91 preceitua que:

Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)


considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando
constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e
o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do
empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade
elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em
conformidade com o que dispuser o regulamento.

Em termos simplificados, havendo relação entre a atividade da


empresa/empregado doméstico e a doença (descrita no CID), caracterizada
está a natureza acidentária.
Gabarito 72: C

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Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o


trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo15, serão devidas as
prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito.
A perícia médica do INSS poderá deixar de reconhecer o nexo técnico
epidemiológico, quando demonstrada a inexistência de nexo entre o
trabalho e o agravo.
Além disso, a própria empresa ou o empregador doméstico poderão
requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão
caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao
CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social).
Vejam, portanto que Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP)
permite o reconhecimento pelo INSS da incapacidade como sendo derivada
do trabalho através da simples correlação entre a atividade econômica da
empresa e a doença ocupacional manifestada pelo segurado. Como se sabe,
os riscos ambientais do trabalho são classificados pela atividade econômica
desenvolvida pela empresa conforme apontado pela Classificação Nacional
das Atividades Econômicas - CNAE. Esse critério será utilizado para se
verificar o nexo epidemiológico, ou seja, quando houver estatística
significativa da associação entre o código da Classificação Internacional de
Doenças-CID, e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica-CNAE.
Assim, a abordagem passa a ser coletiva, pois vincula o CNAE da empresa
ao CID das doenças relacionadas.

Relação entre a
Identificado o
ATIVIDADE da Caracterização
NEXO entre o
NTEP empresa(CNAE) e do Acidente de
trabalho e o
a entidade Trabalho
agravo
mórbida (CID)

Pessoal, o NTEP trata-se de presunção relativa favorável ao


trabalhador na medida em que estabelece a correlação entre a atividade da
empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade. O empregado
não pode ser prejudicado diante da inércia da empresa que, ademais,
sempre é quem assume o risco da atividade econômica (art. 2.º da CLT).
Nesse sentido, é o teor do Enunciado 42, aprovado na 1ª Jornada de Direito
Material e Processual na Justiça do Trabalho, ocorrida no Tribunal Superior
do Trabalho, em 23 de novembro de 2007:

15
Considera-se agravo: a lesão, a doença, o transtorno de saúde, o distúrbio, a disfunção ou a
síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive
morte, independentemente do tempo de latência.

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"Acidente de trabalho. Nexo técnico epidemiológico. Presume-se a


ocorrência de acidente de trabalho, mesmo sem a emissão da CAT –
Comunicação de Acidente de Trabalho, quando houver nexo técnico
epidemiológico conforme art. 21-A da Lei 8.213/1991".

Assim, o nexo técnico epidemiológico permite abandonar o CAT como único


instrumento de informação no caso dos acidentes de trabalho.
É bom lembrar que a CAT continua obrigatória!!!

Assim, verificada a existência do referido nexo técnico


epidemiológico, não cabe mais ao empregado (segurado) provar ou
demonstrar que a doença foi produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade, ou que a doença foi adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele se relacione diretamente.
Presente o nexo técnico epidemiológico, a presunção é de se tratar de
doença do trabalho ou profissional.
Importante ressaltar que o nexo técnico epidemiológico gera apenas
presunção relativa (juris tantum) da natureza ocupacional, podendo ser
afastada pela empresa mediante prova em contrário:

Lei 8213/91: Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro


Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da
incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico
entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da
empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em
conformidade com o que dispuser o regulamento.
§ 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a
NÃO aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá
recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou
do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social.

Assim, em todo o caso, a empresa poderá discordar do


enquadramento feito pela perícia médica mediante a demonstração
de inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo apresentado .
Nesse caso, a empresa deverá apresentar as provas com que pretende
demonstrar a inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo podendo
utilizar-se de laudos periciais, PGR e PCMSO, rol das CAT’s emitidas,
mapeamento de riscos e sinistros, exames e outros. O segurado deverá ser
informado sobre a contestação da empresa para, querendo, impugná-la.

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Verificação do Nexo Técnico Epidemiológico


Conforme mencionado, a perícia médica do INSS considerará
caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar
ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade
mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação
Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o
regulamento.
Portanto, existe o cruzamento da “entidade mórbida” (que poderá
ser a doença profissional ou a doença do trabalho) e a atividade da empresa
(ou ramo de atividade econômica da empresa, expresso pelo CNAE).

Espécies de nexo nas doenças do trabalho


Pessoal, a Instrução Normativa INSS nº 31/2008(IN 31/08) sobre
procedimentos e rotinas referentes ao Nexo Técnico Previdenciário, e dá
outras providências. No art.3º, inciso III, da referida IN, temos que o nexo
técnico epidemiológico previdenciário (NTEP), já debatido durante a aula, é
uma das espécies do gênero técnico.
Como visto, a Perícia Médica do INSS caracterizará tecnicamente o
acidente do trabalho mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e
o agravo. E para a caracterização do nexo entre a entidade mórbida e o
labor, ou seja, para a constatação da natureza ocupacional da doença, há
três formas (espécies de nexo técnico):
I- Nexo técnico profissional ou do trabalho (NTP/T), fundamentado nas
associações entre patologias e exposições constantes das listas A e
B do anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999(Regulamento da
Previdência Social-RPS). Nesse caso, há a constatação de que o agravo
decorre de agente etiológico ou fator de risco de natureza ocupacional das
Listas A e B do Anexo II do RPS, presente nas atividades econômicas do
empregador, cujo segurado tenha sido exposto, ainda que parcial ou
indiretamente.
A lista A relaciona fatores de risco com doenças relacionadas, enquanto a
Lista B relaciona a doença e seus fatores de risco ocupacionais. Assim, as
Listas A e B, organizam de modo distinto as doenças relacionadas ao
trabalho. Estas duas listas são de dupla entrada, isto é, relacionam primeiro
os fatores de risco ou agentes e suas respectivas doenças (lista A); depois,
relacionam as doenças e seus respectivos fatores de risco, causas ou
agentes (lista B).
Abaixo segue alguns pequenos extratos de tais listas:

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REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


A N E X O II
AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO
TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI Nº 8.213, DE 1991

90
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II - Nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo


técnico individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de
trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do § 2º do
art. 20 da Lei nº 8.213/9116. Aqui temos a verificação de hipótese
excepcional, em que a doença não está incluída no Regulamento da
Previdência Social (que é a Relação elaborada pela Previdência Social- vista
acima, em parte), mas resultou das condições especiais em que o trabalho
é executado e com ele se relaciona diretamente.
III - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), aplicável quando
houver significância estatística da associação entre o código da Classificação
Internacional de Doenças-CID, e o da Classificação Nacional de Atividade
Econômica-CNAE, na parte inserida pelo Decreto nº 6.042/07, na lista B do
anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999. Assim, considera-se

16
“Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la
acidente do trabalho.”

91
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epidemiologicamente estabelecido o nexo técnico entre o trabalho e o


agravo, sempre que se verificar a existência de associação entre a atividade
econômica da empresa, expressa pela CNAE e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade, relacionada na CID.

Verificação da existência da relação “agravo –


Nexo técnico profissional
exposição” ou “exposição – agravo” (Listas A
ou do trabalho(NTP/T)
Espécies - Nexo Técnico

e B do Anexo II do Decreto no 3.048/1999 *);


Previdenciário

Nexo técnico por doença Decorrente de acidentes de trabalho típicos ou


de trajeto, bem como de condições especiais
equiparada a acidente
em que o trabalho é realizado e com ele
de trabalho (NTDEAT) ou relacionado diretamente, mesmo não estando no
nexo técnico individual RPS*

Nexo Técnico Aplicável quando houver significância estatística


Epidemiológico da associação entre os códigos da CID, e da CNAE
Previdenciário(NTEP) (CIDxCNAE)

*RPS= Regulamento da Previdência Social (Decreto 3048/99).

A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide o nexo entre o


trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a caracterização técnica do
acidente do trabalho, fundamentadamente, sendo obrigatório o registro e a
análise do relatório do médico assistente, além dos exames
complementares que eventualmente o acompanhem.
Importante ressaltar, ainda, que a instituição do NTEP não desobriga a
empresa da emissão da CAT.
A IN 31/08 prevê que os agravos decorrentes de condições especiais em
que o trabalho é executado serão considerados doenças profissionais ou do
trabalho, ou ainda acidentes de trabalho.
Pessoal, a existência de nexo de qualquer espécie entre o trabalho e o
agravo não implica o reconhecimento automático da incapacidade
para o trabalho, que deverá ser definida pela perícia médica. Reconhecida
pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e estabelecido o
nexo técnico entre o trabalho e o agravo, serão devidas as prestações
acidentárias a que o beneficiário tenha direito, como auxílio-doença
acidentário, por exemplo.

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73- (CESGRANRIO - 2012 - Transpetro - Médico do Trabalho Júnior) Com


relação ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), para fins de
concessão de benefícios por incapacidade, e em consonância com a
Instrução Normativa INSS/Pres no 16, de 27/03/2007, a perícia médica do
INSS caracterizará tecnicamente o acidente do trabalho mediante o
reconhecimento do nexo entre
A. o trabalho e o agravo
B. o trabalho e as queixas clínicas do trabalhador
C. a doença e a história patológica pregressa do trabalhador
D. a doença e o agravo
E. o PPP e o LTCAT
Resolução:
O NTEP se baseia na correlação estatística entre a natureza da doença ou
agravo e a atividade exercida pelo trabalhador, conforme registrada na
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) da empresa. Se
uma determinada doença ou agravo é mais prevalente em uma dada
atividade econômica, o INSS pode estabelecer um nexo causal presumido
entre o trabalho e a doença ou agravo. Isso simplifica o processo de
reconhecimento de benefícios por incapacidade relacionados ao trabalho.
Gabarito 73: A

74- (CESPE - 2010 - BRB - Médico do Trabalho) O NTEP foi


implementado nos sistemas informatizados do INSS, para concessão de
benefícios, e de imediato provocou uma mudança radical no perfil de
concessão de auxílios doença de natureza acidentária.
Resolução:
Certo. O NTEP de imediato provocou uma mudança radical no perfil da
concessão de auxílios-doença de natureza acidentária, com um incremento
da ordem de 148%.
Gabarito 74: C

75- (CESPE - 2007 - AGU - Procurador Federal) Considera-se estabelecido


o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verifica nexo técnico
epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de
Doenças (CID).
Resolução:

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Certo. A legislação previdenciária dispões que o Acidente do Trabalho será


caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica do INSS, mediante a
identificação do nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade elencada na CID (Classificação Internacional de
Doenças).
Gabarito 75: C

76- (ESAF – 2010 – MTE – AFT) Com o advento do NTEP, o PCMSO


adquire, para além dos seus objetivos prevencionistas, um importante
caráter probante, pois enquanto aquele associa, por presunção, a
incapacidade do trabalhador ao CNAE do empregador, este funciona, uma
vez conduzido por idôneo delineamento epidemiológico, como gerador de
provas e evidências objetivas que, no caso concreto, permitem à empresa
se opor a essa presunção e com isso não ser onerada pelos desdobramentos
legais afetos ao acidente do trabalho.
Resolução:
Certo. O NTEP é um mecanismo que auxilia as análises periciais do INSS na
conclusão sobre a natureza da incapacidade para o trabalho apresentada
por um trabalhador, associando, por presunção, a incapacidade do
trabalhador ao CNAE do empregador, uma vez que este indicador se baseia
em estudos científicos associados à estatística e epidemiologia. Desse
modo, é possível que o NTEP indique (com base em dados epidemiológicos)
uma relação entre a doença do empregado e a atividade econômica da
empresa onde ele trabalha. Todavia, vimos que essa presunção é relativa.
Assim, caso a empresa demonstre a inexistência do nexo entre o trabalho e
o agravo, por exemplo, por meio da adoção de todas as medidas previstas
no PCMSO (NR 7), é possível se opor a essa presunção e com isso não ser
onerada pelos desdobramentos legais afetos ao acidente do trabalho:

“A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico


epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração de inexistência
de correspondente nexo entre o trabalho e o agravo”. (Art. 337, § 7º –
Dec.3048/99).

Gabarito 76: C

77- (MPT - 2013 - MPT – Procurador) O nexo técnico epidemiológico


previdenciário NTEP - gera uma presunção absoluta de que a motivação
determinante da inaptidão laboral decorre da atividade exercida pela
empresa.
Resolução:

94
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Errado. Vimos que tal presunção é relativa (“juris tantum”), conforme


previsto na Lei 8231/91:

“Art. 21-A. (....)


§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste
artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o
caput deste artigo.”

Gabarito 77: E

78- (TRT 2R - 2010 - TRT2- Juiz do Trabalho)


1. Perante o INSS o acidente de trabalho será caracterizado tecnicamente
pela perícia médica, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o
agravo.
2. Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se
verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a
entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação
Internacional de Doenças-CID.
Resolução:
Ambas as alternativas estão corretas, conforme prevê a Legislação
Previdenciária:

“Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela


perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e
o agravo.
(...)
§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando
se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a
entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação
Internacional de Doenças – CID(...).”

Em um primeiro momento, conforme no esquema abaixo, haverá o


cruzamento do CNAE com a entidade mórbida (CID). Verificando-se o nexo
técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a doença, será
estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo. Após isso, o Perito do
INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo, irá
caracterizar tecnicamente o acidente de trabalho:

Relação entre a
Identificado o
ATIVIDADE da Caracterizaçã
Nexo Técnico nexo entre o
empresa(CNAE) e o do Acidente
Epidemiológico trabalho e o
a entidade de Trabalho
agravo
mórbida (CID)

Gabarito 78: C/C

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79- (VUNESP – 2008 – UNESP – Médico Perito) O Nexo Técnico


Epidemiológico
A. tornou facultativa a emissão de comunicação de acidente do trabalho
(CAT) pelas empresas.
B. Pode ser aplicado somente para casos de agravos à saúde
excepcionalmente relacionados ao trabalho.
C. É um método de estabelecimento de nexo causal entre um agravo à
saúde e o trabalho, baseado em critérios epidemiológicos.
D. É sinônimo de fator acidentário de prevenção e tem o objetivo de
estabelecer a alíquota devida por cada ramo econômico ao Seguro de
Acidente do Trabalho.
Resolução:
A. Errado. Permanece obrigatória a emissão da CAT pelo empregador.
B. Errado. Não existe previsão nesse sentido, devendo ser aplicado o Nexo
Técnico Epidemiológico quando houver relação entre a ATIVIDADE da
empresa (CNAE) e a entidade mórbida elencada na CID.
C. Certo. Isso mesmo. É um sistema que foi adotado pelo INSS para,
através do cruzamento de dados entre doenças listadas no código
internacional de doenças – CID – e a estatística da ocorrência das mesmas
em determinadas atividades empresariais – CNAE, estabelecer um nexo
casual presumido entre aquela doença ou seu agravamento e a atividade
desenvolvida pelo trabalhador.
D. Errado. O Nexo Técnico Epidemiológico se relaciona, mas não se
confunde com o Fator Acidentário de Prevenção (FAP).
Gabarito 79: C

80- (Inédita)
1. O nexo técnico epidemiológico previdenciário-NTEP é decorrente de
acidentes de trabalho típicos ou de trajeto.
2. A Perícia Médica do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do
trabalho mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo,
sendo considerado agravo: a lesão, a doença, o transtorno de saúde, o
distúrbio, a disfunção ou a síndrome de evolução aguda, subaguda ou
crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,
independentemente do tempo de latência.
Resolução:
1. Errado. O NTEP é aplicável quando houver significância estatística da
associação entre os códigos CID e da CNAE. A assertiva fez menção ao
nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo

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técnico individual, que é aquele decorrente de acidentes de trabalho


típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho é
realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do § 2º do art. 20
da Lei nº 8.213/91.
2. Certo. Conforme previsão expressa na Legislação Previdenciária.
Gabarito 80: E/C

81- (CESPE - 2020 - SERPRO - Engenharia em Segurança do Trabalho)


A indicação de NTEP embasa-se em estudos científicos alinhados com
fundamentos de estatística e de epidemiologia, o que o torna uma
importante ferramenta para auxiliar a medicina pericial em análises sobre a
natureza da incapacidade ao trabalho.
Resolução:
Certo. A metodologia do NTEP prescreve a possibilidade de reconhecimento
do nexo de causalidade entre a doença elencada na Classificação
Internacional de Doenças - CID, e a atividade típica desempenhada na
empresa, através do cruzamento entre dados estatísticos epidemiológicos e
regulamentos específicos.
Gabarito 81: C

82- (CESPE – 2010 – INMETRO – Medicina do Trabalho) Assinale a opção


correta acerca do estabelecimento da relação entre uma doença e a
atividade de trabalho.
A. Cabe à perícia médica do INSS caracterizar tecnicamente o acidente do
trabalho, mediante o reconhecimento do nexo entre os sinais e sintomas
apresentados pelo trabalhador e a doença ocupacional.
B. O nexo técnico da espécie por doença equiparada a acidente de trabalho
ou nexo técnico individual fundamenta-se na associação entre determinadas
patologias e exposições constantes da relação elaborada pelos Ministérios
do Trabalho e Emprego, da Saúde e da Previdência Social.
C. O nexo técnico da espécie profissional decorre de condições especiais em
que o trabalho é executado.
D. O nexo técnico epidemiológico previdenciário será aplicável se houver
significância estatística da associação entre o código da Classificação
Internacional de Doenças (CID) e o da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE).
E. A caracterização de nexo de qualquer espécie entre o trabalho e o agravo
implica emissão de comunicação de acidente de trabalho e reconhecimento
da incapacidade para o trabalho.

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Resolução:
A. Errado. A Perícia do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do
trabalho mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o
agravo (e não entre os sinais e sintomas apresentados pelo trabalhador e a
doença ocupacional), conforme previsto na IN 31/08:

“Art. 2º A Perícia Médica do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do


trabalho mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, considera-se agravo:
a lesão, a doença, o transtorno de saúde, o distúrbio, a disfunção ou a
síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou
subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência.”

B. Errado. A assertiva traz a definição de nexo técnico profissional ou do


trabalho:

“Art. 3º O nexo técnico previdenciário poderá ser de natureza causal ou


não, havendo três espécies:
I - nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas
associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do
anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999;”

C. Errado. A assertiva trata do nexo técnico por doença equiparada a


acidente de trabalho ou nexo técnico individual:

“Art. 3º(...)
II - nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo
técnico individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto,
bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e
com ele relacionado diretamente, nos termos do § 2º do art. 20 da Lei
nº 8.213/91.”

D. Certo. O NTEP- nexo técnico epidemiológico previdenciário, é aplicável


quando houver significância estatística da associação entre o código da
Classificação Internacional de Doenças-CID, e o da Classificação Nacional de
Atividade Econômica-CNAE.
E. Errado. Vimos que a existência de nexo de qualquer espécie entre o
trabalho e o agravo não implica o reconhecimento automático da
incapacidade para o trabalho, que deverá ser definida pela perícia médica.
Gabarito 82: D

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3 – Questões de fixação

83- (CESPE – 2007- IPC - Médico Perito Previdenciário) A doença


degenerativa e a inerente a grupo etário não são consideradas doenças do
trabalho.
Resolução:
Certo. De fato, a legislação previdenciária prevê que doenças degenerativas
e inerentes a grupo etário não são consideradas doenças do trabalho
porque são condições que se desenvolvem devido a fatores genéticos,
envelhecimento ou características etárias, e não estão diretamente
relacionadas às condições ou atividades específicas do ambiente de
trabalho.
Gabarito 83: C

84- (FUNCAB - 2023 - SEPLAG-MG - Médico Perito adap.) Equipara-se ao


acidente de trabalho:
a) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva.
b) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade.
c) a lesão autoprovocada.
d) a doença degenerativa.
Resolução:
A. Errado. Via de regra, a doença endêmica adquirida por segurado
habitante de região em que ela se desenvolva NÃO pode ser considerada
como doença do trabalho (e como decorrência não se considera acidente de
trabalho), salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.
B. Certo. Imagine uma enfermeira, trabalhando em um hospital,
acidentalmente se fere com uma agulha usada em um paciente portador de
Hepatite C. Apesar de ter seguido todos os protocolos de segurança, o
acidente aconteceu, e, após alguns meses, testes confirmam que ela
contraiu Hepatite C. Neste caso, a infecção ocorreu como resultado direto
de um incidente acidental no ambiente de trabalho, e a doença seria
considerada consequência do exercício de suas funções profissionais.
C. Errado. Inexiste previsão legal nesse sentido.
D. Errado. A doença degenerativa, por não ser considerada doença do
trabalho, não deve ser considerada como acidente de trabalho.

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Gabarito 84: B

85- (TRT 3R - 2014 - TRT - 3ª Região - Juiz do Trabalho) As doenças ou


eventos abaixo relacionados são considerados acidente de trabalho ou são a
ele equiparados, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei n. 8.213/91, EXCETO:
a) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social
b) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade.
c) A doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
d) O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de ato de pessoa privada do uso da razão.
e) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva.
Resolução:
Vimos que, via de regra, a doença endêmica não será considerada acidente
de trabalho:

“§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:


(...)
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região
em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de
exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.”

Gabarito 85: E

86- (CESPE - 2020 - BRB – Advogado) Suponha que Marcos adquiriu


enfermidade em função de condições especiais em que seu trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente. Todavia, sua enfermidade
não consta da relação elaborada pelo órgão competente. Nessa situação,
considerando a legislação acidentária de regência, a Previdência Social deve
considerar essa enfermidade um acidente de trabalho.
Resolução:
Certo:

100
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Art. 20, § 2º, Lei. 8213/91: “Em caso excepcional, constatando-se que a
doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo
resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele
se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do
trabalho.”

Gabarito 86: C

87- (CESPE -2008 - SEBRAE - Analista Técnico) Doença proveniente de


contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade é
equiparada a acidente do trabalho.
Resolução:
Certo. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade equipara-se também ao acidente do trabalho.
Gabarito 87: C

88- (FEPESE – 2022 – Pref. Concórdia/GO – Téc.Seg.Trab.) O conceito de


acidente de trabalho está apresentado na Lei no 8.213/91, que também
descreve que as doenças profissional e de trabalho são consideradas
acidentes de trabalho.
São condições consideradas como doença de trabalho:
1. Um administrador com surdez devido ao trabalho realizado em local com
alto nível de ruído.
2. Um soldador com doença degenerativa.
3. Um auxiliar de limpeza com doença endêmica adquirida por segurado
habitante de região em que ela se desenvolva, sem comprovação de
exposição pela natureza do trabalho.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A. É correta apenas a afirmativa 1.
B. É correta apenas a afirmativa 3.
C. São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
D. São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
E. São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
Resolução:
1. Certa.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior,


as seguintes entidades mórbidas:

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II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em


função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

2. Errada.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior,


as seguintes entidades mórbidas:
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;

3. Errada.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior,


as seguintes entidades mórbidas:
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Gabarito 88: A

89- (CESPE - 2010 - INCA - Medicina do Trabalho) As doenças infecciosas


e parasitárias relacionadas ao trabalho são classificadas no grupo I de
Schilling.
Resolução:
Errado. Em muitos casos, as doenças infecciosas e parasitárias podem ser
influenciadas por fatores de risco ocupacionais, mas também por outros
fatores não relacionados ao trabalho, como condições socioeconômicas,
ambientais e de saúde pessoal. Portanto, a classificação dessas doenças
como pertencentes ao Grupo I (onde o trabalho é a causa necessária) não é
o correto. Em vez disso, elas se encaixam melhor no Grupo II, onde o
trabalho é um fator de risco contributivo, mas não o único necessário para o
desenvolvimento da doença.
Gabarito 89: E

90- (CESPE - 2009 - FUB - Médico do Trabalho) Um operador de


máquinas, com 35 anos de idade e 17 anos de profissão, queixa-se de dor
no cotovelo direito há cerca de seis meses. O trabalhador locomove
manivelas pesadas, necessitando fletir o punho direito contra resistência
várias vezes durante sua jornada de trabalho. Ao exame, apresenta dor à
palpação da projeção do epicôndilo medial durante flexão e pronação de
punho e dedos direitos.
A doença descrita deve ser enquadrada no grupo I de Schilling.

102
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Resolução:
Errado. As doenças do aparelho locomotor em que se tem o trabalho como
fator contributivo, mas não necessário, enquadram-se no grupo II de
Schilling, sendo doenças causadas por múltiplos fatores de risco, ao
contrário das doenças do grupo I de Schilling, em que há um fator
específico. Esta tem a relação causal direta e imediata (ex: poeira de sílica
provocando silicose; intoxicação por chumbo provocando saturnismo).
Gabarito 90: E

91- (CESPE - 2011 - EBC - Médico do Trabalho) Uma operadora de caixa


de supermercado, com trinta anos de idade, queixa-se de dor intensa na
nuca e nos ombros, com radiação para os membros superiores,
principalmente à direita. Apresenta dor à movimentação do pescoço, tremor
na mão direita e alteração da circulação periférica no membro superior
direito.
O quadro apresentado pode ser inserido no grupo II da classificação de
Schilling.
Resolução:
Certo. Acabamos de ver que as doenças do aparelho locomotor em que se
tem o trabalho como fator contributivo, mas não necessário, enquadram-se
no grupo II de Schilling.
Gabarito 91: C

92- (FCC - 2011 - INFRAERO - Médico do Trabalho) A Classificação


proposta por Schilling agrupa as doenças segundo sua relação com o
trabalho. De acordo com essa Classificação, as doenças em que o trabalho é
a) fator contributivo ou provocador de um distúrbio latente estão no Grupo
I de Schilling e têm como exemplo a asma e a asbestose.
b) fator contributivo, mas não necessário, estão no Grupo III de Schilling e
têm como exemplos o câncer e a asma.
c) provocador de um distúrbio latente, estão no Grupo II de Schilling e têm
como exemplos a silicose e as varizes.
d) causa necessária, estão no Grupo I de Schilling e têm como exemplos a
intoxicação pelo chumbo e a silicose.
e) causa necessária, estão no Grupo II de Schilling e têm como exemplos o
câncer e as doenças mentais.
Resolução:
Categoria Exemplos

103
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• Intoxicação por chumbo


• Silicose
I - Trabalho como causa necessária
• Doenças profissionais
legalmente reconhecidas
II - Trabalho como fator contributivo, mas • Doença coronariana
não necessário • Doenças do aparelho
locomotor
• Câncer

III – Trabalho como provocador de um • Asma


distúrbio latente, ou agravador de doença já • Doenças mentais
estabelecida

A única correlação correta está presenta na letra D.


Gabarito 92: D

93- (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Eng. Seg.) A PAIR apresenta


evolução lenta e progressiva, usualmente é bilateral e se caracteriza por ser
irreversível.
Resolução:
Certo. O esquema ilustra as principais características da PAIR:

sempre
neurossensorial

geralmente bilateral

PAIR

Irreversível

Progressiva com o
tempo de exposição
ao ruído

Gabarito 93: C

104
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94- (CESPE - 2007 – Pref.Cariacica/ES – Perito Previdenciário) A perda


auditiva induzida por ruído ocupacional (PAIR) resulta da exposição crônica a
ruídos excessivos.
Resolução:
Certo. A Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela
exposição por tempo prolongado ao ruído, sendo que o risco de PAIR
aumenta muito quando a média da exposição está acima de 85dB(A) por
oito horas diárias.

Gabarito 94: C

95- (CESPE - 2014 - FUB – Eng. de Segurança - Adaptada) A perda


auditiva induzida por ruído atinge trabalhadores de diversos ramos de
atividade, principalmente na indústria siderúrgica, metalúrgica, têxtil, de
papel e em gráficas e vidrarias.
Resolução:
Certo. Todas as atividades listadas apresentam como um dos riscos
ambientes, o agente físico ruído.

Gabarito 95: C

96- (Instituto CONSULPAM - 2023 - Médico do Trabalho) Sobre a Perda


Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), assinale a alternativa CORRETA.
A. Consiste em todos os casos de Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair)
caracterizados pela diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da
exposição continuada ao ruído, associado sempre a substâncias químicas,
no ambiente de trabalho.
B. É sempre neurossensorial, geralmente unilateral.
C. É reversível e passível de não progressão, uma vez cessada a exposição
ao ruído.
D. A maior característica da Pair é a degeneração das células ciliadas do
órgão de Corti.
Resolução:
A. Errado. A PAIR é caracterizada pela diminuição gradual da acuidade
auditiva devido à exposição ao ruído, mas não está sempre associada a
substâncias químicas. A exposição a certas substâncias químicas pode
agravar a PAIR, mas não é uma condição obrigatória para sua ocorrência.

105
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B. Errado. A PAIR é neurossensorial, mas geralmente é bilateral, não


unilateral, porque a exposição ao ruído normalmente afeta ambos os
ouvidos.
C. Errado. A PAIR é uma condição irreversível. Embora a progressão da
perda auditiva possa ser interrompida se a exposição ao ruído for cessada,
o dano existente não é reversível.
D. Certo. A perda auditiva na PAIR ocorre devido à degeneração das células
ciliadas do órgão de Corti, localizado na cóclea do ouvido interno. Esta
degeneração é causada pela exposição contínua a níveis elevados de ruído.

Gabarito 96: D

97- (FGV - 2022 - SEMSA – Médico Trabalho) A Perda Auditiva por Ruído –
PAIR Relacionada ao Trabalho, diferentemente do Trauma Acústico, é uma
diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da exposição continuada a
níveis elevados de pressão sonora.
Sobre a evolução da PAIR relacionada ao trabalho, assinale a afirmativa
correta.
A. A PAIR é sempre condutiva, em razão do dano causado às células do
órgão de Córti.
B. A exposição associada a outros agentes (químicos ou físicos) não tem
influência na sua evolução.
C. Uma vez instalada, a PAIR continua progredindo mesmo cessada a
exposição.
D. Manifesta-se nas frequências de 6, 4 ou 3 KHz., e, com o agravamento
da lesão, estende-se às frequências mais baixas.
E. A susceptibilidade individual não tem influência na sua evolução.

106
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Resolução:
A. Errado. A PAIR não é condutiva, mas sim neurossensorial. Ela ocorre
devido a danos nas células ciliadas do órgão de Corti na orelha interna,
afetando a conversão de ondas sonoras em impulsos nervosos.
B. Errado. A exposição a outros agentes, como substâncias químicas, pode
agravar a perda auditiva induzida por ruído. Portanto, esses agentes têm
influência na evolução da PAIR.
C. Errado. A progressão da PAIR tende a estabilizar após a cessação da
exposição ao ruído.
D. Certo. Esta opção é correta. A PAIR normalmente começa afetando as
frequências mais altas (como 3, 4 ou 6 kHz) e, com o agravamento da
lesão, pode se estender às frequências mais baixas.
E. Errado. A susceptibilidade individual, incluindo fatores genéticos e
condições de saúde, pode influenciar a evolução da PAIR. Algumas pessoas
podem ser mais suscetíveis a danos auditivos devido à exposição ao ruído
do que outras.
Gabarito 97: D

98- (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE - 2012 - EMAP – Tec. enfermagem do


trabalho) A asbestose é uma pneumopatia ocasionada por exposição ao
a) mercúrio.
b) amianto.
c) cloro.
d) chumbo.
e) benzeno.
Resolução:
Asbestose é a pneumoconiose causada pela inalação de fibras de asbesto ou
amianto.
Gabarito 98: B

99- (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) No Brasil, o uso da


maior parte dos asbestos é proibido, exceto o crocidolita, cujo limite de
tolerância mostra-se inferior ao proposto pelos organismos internacionais de
saúde e segurança do trabalho.
Resolução:

107
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Errado. O crocidolita, também conhecido como asbesto- azul, é PROIBIDO.


Ademais, conforme decisão do STF, qualquer uso do asbesto no Brasil
(inclusive o crisotila) é proibido.
Gabarito 99: E

100- (CESPE - 2007 - TCU - Médico do Trabalho) As partículas, quando


contêm sílica livre cristalizada, podem levar o trabalhador a desenvolver a
silicose, um tipo de pneumoconiose.
Resolução:
Certo. A Silicose é um tipo de pneumoconiose e é caracterizada pela
deposição de poeiras no pulmão, com reação tissular decorrente causada
pela inalação de sílica livre (quartzo, SiO2 cristalizada), provocando fibrose
progressiva do parênquima pulmonar, e que se manifesta após longo
período de exposição, habitualmente superior a dez anos.
Gabarito 100: C

101- (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) A siderose,


decorrente da exposição a fumos de óxido de ferro, caracteriza-se por
alterações radiológicas pulmonares difusas, que são associadas ao
desenvolvimento precoce de insuficiência respiratória grave.
Resolução:
Errado. De fato, a siderose é decorrente da exposição a fumos de óxido de
ferro, todavia, lembrem-se que se trata de pneumoconiose não-fibrogênica,
sendo que a disfunção respiratória é praticamente ausente, e a evolução
clínica é considerada benigna quando comparada à evolução possível
das pneumoconioses fibrogênicas . Ou seja, é uma doença pulmonar que
não resulta em muitos problemas para os seus portadores.
Gabarito 101: E

102- (FGV - 2021 - Analista Judiciário (TJ RO)/Médico/Trabalho

A pneumoconiose mais frequentemente associada à tuberculose é causada


pelo seguinte agente patogênico de exposição:
A. amianto;
B. berílio;
C. algodão;
D. ferro;
E. sílica.

108
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Resolução:
A silicose aumenta significativamente o risco de desenvolver tuberculose,
pois o dano causado aos pulmões pela inalação de sílica pode torná-los mais
suscetíveis a infecções bacterianas, como a tuberculose.

Gabarito 102: E

103- (FGV - 2022 – TJDFT - Medicina do Trabalho) O trabalho em


marmorarias pode apresentar risco aumentado para:
A. pneumoconiose não fibrogênica;
B. bissinose;
C. asbestose;
D. antracose;
E. silicose.
Resolução:
Nas marmorarias, os trabalhadores são frequentemente expostos à poeira
de sílica, que é gerada durante o corte e o polimento do mármore e outras
pedras.

Gabarito 103: E

104- (FGV - 2023 – ALEMA - Médico do Trabalho) Assinale a opção que


indica uma atividade econômica que apresenta risco aumentado para o
desenvolvimento de bissinose em seus respectivos trabalhadores.
A. Tecelagem de algodão.
B. Avicultura.
C. Agricultura de grãos.
D. Comércio de alimentos.
E. Indústria de panificação.
Resolução:
A bissinose é uma doença respiratória associada à inalação da poeira de
algodão em ambientes industriais. Trabalhadores envolvidos na tecelagem
de algodão, especialmente em áreas onde o algodão é processado e
manuseado, estão em risco de exposição a essa poeira e, portanto, de
desenvolver bissinose.

Gabarito 104: A

109
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105- (CESGRANRIO - 2017 – PETROBRAS – Segurança) Os agentes


etiológicos como as poeiras orgânicas contendo fungos, proteínas de penas,
pelos e fezes de animais podem provocar uma pneumoconiose denominada
A. alveolite alérgica extrínseca
B. antracose
C. bissinose
D. siderose
E. silicose
Resolução:
A. Certo. É o nosso gabarito.
B. Errado. Antracose está associada à inalação de poeira de carvão.
C. Errado. Bissinose é causada pela inalação de poeira de algodão em
indústrias têxteis.
D. Errado. Siderose é uma pneumoconiose causada pela inalação de poeira
de ferro.
E. Errado. Silicose resulta da inalação de poeira contendo sílica.

Gabarito 105: A

106- (CESGRANRIO - 2012 - Técnico Júnior (BR)/Segurança) A Antracose é


uma doença ocupacional provocada pelo(a)
A. pó de carvão
B. poeira de cana-de-açúcar
C. poeira de algodão
D. exposição ao berílio
E. exposição ao óxido de ferro
Resolução:
A. Certo. Antracose, também conhecida como "pulmão preto", caracteriza-
se pelo acúmulo de pó de carvão nos pulmões.
As outras opções não estão corretas:
B. Poeira de Cana-de-Açúcar: Relacionada à bagaçose, e não à antracose.
C. Poeira de Algodão: Associada à bissinose, e não à antracose.
D. Exposição ao Berílio: Causa beriliose, e não antracose.
E. Exposição ao Óxido de Ferro: Causa siderose, e não antracose.

110
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Gabarito 106: A

107- (CESGRANRIO - 2005 - Perito Médico Previdenciário (INSS) A situação


abaixo deverá ser base para responder à questão.
Paciente do sexo feminino, 40 anos, não tabagista, trabalhando há cerca de
20 anos na confecção de roupas isolantes térmicas com fios de crisotila,
comparece pela primeira vez à perícia médica do INSS, portando CAT e com
queixas respiratórias recentes e progressivamente mais intensas.
Dentre as patologias ocupacionais citadas a seguir, o diagnóstico provável
é:
A. antracose.
B. asbestose.
C. bissinose.
D. beriliose aguda.
E. silicose crônica.
Resolução:
Para resolver questões como esta, basta verificar a atividade laboral
informada. O crisotila, informado na questão, é um tipo de asbesto que era
permitido no Brasil, mas foi proibido por decisão do STF. Assim, por se
tratar de exposição ao asbesto, o provável diagnóstico é a asbestose.
Gabarito 107: B

108- (CESPE - 2013 - MPU - Analista – Eng.Seg.) A silicose é classificada


como doença profissional típica do grupo I de Schilling.
Resolução:
Certo. A silicose é uma doença profissional típica, do Grupo I da
Classificação de Schilling, em que o trabalho é causa necessária.
Gabarito 108: C

109- (CESPE - 2013 - FUB - Tec. Seg.) Devido à grande utilização da fibra
do asbesto na construção civil, a asbestose é a pneumoconiose mais
frequente no Brasil.
Resolução:
Errado. A silicose (e não a asbestose) é a pneumoconiose de mais elevada
prevalência no Brasil.
Gabarito 109: E

111
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110- (CESPE - 2009 - FUB - Médico do Trabalho) O desenvolvimento e a


evolução da silicose dependem da suscetibilidade individual do trabalhador,
bem como da concentração de sílica livre respirável, do tempo de exposição
e do tamanho das partículas a que o indivíduo é exposto.
Resolução:
Certo. A silicose é causada pela inalação de partículas de sílica livre
(quartzo, sílica cristalina, SiO2). Constituem fatores de risco de
adoecimento dependentes da exposição ocupacional:
• concentração total de poeira respirável;
• dimensão das partículas (as menores de 10 µ m podem atingir os
alvéolos);
• composição mineralógica da poeira respirável (em % de sílica livre);
• tempo de exposição.
Gabarito 110: C

111- (CESGRANRIO - 2012 - TERMOBAHIA – Tec.Seg.) De acordo com o


Decreto Lei no 3.048, a silicose é considerada doença profissional e está
relacionada à atividade ocupacional de:
a) tecelagem
b) soldagem
c) distribuição de combustível
d) lapidação de mármores
e) fabricação de telhas
Resolução:
Atividades com exposição potencialmente importante, dependendo do teor
de sílica livre cristalina, referem-se às atividades em marmorarias:

112
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Figura 12 – Lapidação em marmoraria. Exposição à sílica.

Gabarito 111: D

112- (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Médico do Trabalho)


Pneumoconiose é uma doença pulmonar ocupacional causada por acúmulo
de poeira nos pulmões e reação tissular à presença dessas poeiras.
Trabalhador de minas de ferro são mais propensos a desenvolver
a) berilose.
b) siderose.
c) asbestose.
d) bissinose.
e) silicose.
Resolução:
Se falou em “ferro”, associe com a siderose:

Exposição ocupacional a
SIDEROSE poeiras de ferro (óxido de
ferro)

Gabarito 112: B

113- (PUC/PR - 2012 - FEAES/PR - Médico do Trabalho - Adaptada) Com


relação a pneumopatias relacionadas ao trabalho, assinale a alternativa
CORRETA:
A. Pneumoconioses são pneumopatias, como o caso de câncer pulmonar,
relacionadas etiologicamente à inalação exclusivamente de poeiras
metálicas em ambientes de trabalho.

113
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B. Para que ocorra pneumoconiose é necessário que o material particulado


seja inalado e atinja as vias respiratórias intermediárias, em quantidade
capaz de superar os mecanismos de depuração.
C. Como exemplo de pneumoconioses fibrogênicas pode-se citar:
asbestose, e silicose e Pneumoconiose dos Trabalhadores do Carvão.
D. Silicose é uma pneumoconiose causada pela inalação de sílica livre
cristalina que se manifesta após curto período de exposição, habitualmente
não superior a 6 meses, caracterizada por fibrose progressiva do
parênquima pulmonar.
Resolução:
A. Errado. As pneumopatias relacionadas etiologicamente à inalação de
poeiras em ambientes de trabalho são genericamente designadas como
pneumoconioses. São excluídas dessa denominação as alterações
neoplásicas (como câncer de pulmão), as reações de vias aéreas, como
asma e a bronquite, e o enfisema. Além disso, não se relacionam
exclusivamente a poeiras metálicas.
B. Errado. Para que ocorra pneumoconiose é necessário que o material
particulado seja inalado e atinja as vias respiratórias inferiores, em
quantidade capaz de superar os mecanismos de depuração.
C. Certo. Listou as três principais pneumoconioses fibrogênicas.
D. Errado. A silicose é causada pela inalação de sílica livre cristalina que se
manifesta após longo período de exposição, habitualmente superior a
dez anos, caracterizada por fibrose progressiva do parênquima pulmonar.
Lembrem-se que as pneumoconioses geralmente levam anos para
aparecer.
Gabarito 113: C

114- (CONSULPLAN – 2021 - CBTU - Médico do Trabalho) A


pneumoconiose é considerada uma doença relacionada ao trabalho, sendo
caracterizada como conjunto de doenças pulmonares causadas pelo
acúmulo de poeira nos pulmões e reação tissular à presença dessas poeiras,
presentes no ambiente de trabalho. Assinale a alternativa que apresenta um
agente etiológico causador de pneumoconiose simples, ou não fibrogênica,
com depósito macular de material particulado e infiltrado inflamatório leve,
sem enfisema.
A. Sílica.
B. Ferro.
C. Berílio.
D. Abesto.

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Resolução:
Errado. Das alternativas, apenas o ferro (óxido de ferro) -que causa a
siderose- está envolvido em uma pneumoconiose do tipo NÃO fibrogênica.
Os demais agentes provocam pneumoconiose fibrogênicas.
Gabarito 114: B

115- (CESPE - 2011 - EBC – Eng.Segurança do Trabalho) A siderose pode


ser desencadeada pela exposição ocupacional a poeiras de ferro.
Resolução:
Certo. A siderose é relacionada à exposição ocupacional a poeiras de ferro.
Gabarito 115: C

116- (CESPE - 2013 - UNIPAMPA - Médico do Trabalho) A fibrose pulmonar


desencadeada pelo acúmulo de poeira inalada contendo dióxido de silício
(SiO2) é conhecida como silicose.
Resolução:
Certo:

Exemplos de ocupações de risco:


Inalação de indústria extrativa mineral-
SILICOSE sílica livre mineração subterrânea(extração
cristalina(SiO2) de minérios) e de
superfície(marmorarias;pedreiras)

Gabarito 116: C

117- (IADES – 2014 - Metrô/DF - Médico do Trabalho – Adaptada)


1. A asbestose é uma doença que não pode ser considerada como de cunho
eminentemente ocupacional, pois é frequentemente diagnosticada em
pessoas que jamais trabalharam com exposição ao asbesto.
2. A asbestose comumente aparece após um ano de exposição continuada
ao asbesto.
3. O câncer de pulmão não tem sido observado como uma complicação na
evolução da asbestose.
Resolução:
1. Errado. A asbestose é uma doença profissional típica, reconhecida em
todo mundo, relacionada à exposição inalatória a poeiras contendo fibras de
asbesto.

115
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2. Errado. A asbestose desenvolve lentamente, após tempos de exposição


variáveis.
3. Errado. O câncer de pulmão pode ser uma complicação relativamente
frequente na evolução da asbestose.
Gabarito 117: E/E/E

118- (CESPE - 2017 - TRE AP – Eng.Civil)


A. O asbesto é responsável por fibrose do tecido pulmonar, mas não, pelo
aparecimento de neoplasias malignas.
B.Embora cause expressivas alterações radiológicas, a poeira do carvão
mineral não está associada ao aparecimento de patologias pulmonares.
C.A silicose, causada pela exposição à sílica, é a pneumoconiose mais
freqüente no Brasil.
D.A baritose, causada pela exposição ao berílio, tem evolução grave,
levando à falência pulmonar em poucos anos.
E.A exposição ao estanho, apesar de resultar em poucas alterações
radiológicas, causa quadro clínico severo.
Resolução:
A. Errado. O câncer de pulmão (tipo de neoplasia maligna) pode ser uma
complicação relativamente frequente na evolução da asbestose, esta
causada pela exposição ao asbesto. Além disso, o asbesto está associado ao
surgimento de diversas outras neoplasias malignas, conforme ilustrado
abaixo:

AGENTES ETIOLÓGICOS OU DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS


FATORES DE RISCO DE NATUREZA COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU
OCUPACIONAL FATORES DE RISCO

1. Neoplasia maligna do estômago

2. Neoplasia maligna da laringe

ASBESTO OU AMIANTO 3. Neoplasia maligna dos brônquios e do


pulmão

4. Mesotelioma da pleura

5. Mesotelioma do peritônio
6. Mesotelioma do pericárdio

7. Placas epicárdicas ou pericárdicas


8. Asbestose

9. Derrame Pleural
10. Placas Pleurais

116
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B. Errado. A poeira do carvão mineral está associada ao aparecimento de


patologias pulmonares. Lembrem-se da PTC - PNEUMOCONIOSE DOS
TRABALHADORES DO CARVÃO:

PNEUMOCONIOSE DOS
Inalação de poeiras de
TRABALHADORES DO
carvão mineral
CARVÃO

C. Certo. De fato, a silicose, que é causada pela exposição à sílica, é a


pneumoconiose mais frequente no Brasil.
D. Errado. Cuidado: o nome é parecido, mas não confundam: a baritose é
causada devido a exposição à barita (e a berilose ocorre pela exposição ao
berílio):
FATORES DE RISCO DE TIPO DE
DOENÇAS
NATUREZA OCUPACIONAL PNEUMOCONIOSE
PNEUMOCONIOSE DOS
TRABALHADORES DO Poeiras de carvão mineral
FIBROGÊNICAS
CARVÃO
maior potencial lesivo
ASBESTOSE Poeiras de asbesto ou amianto

SILICOSE Poeiras de sílica-livre

Pneumoconiose por poeira Poeiras variadas contendo


mista menos que 7,5% de sílica livre
Poeiras de metais duros (ligas
Pneumoconiose por Metais de tungstênio com outros
Duros metais duros contendo
Cobalto)
Exposição ocupacional a
Beriliose poeiras de berílio e seus
compostos tóxicos

Exposição ocupacional a
SIDEROSE poeiras de ferro (óxido de
ferro)

Exposição ocupacional a NÃO-FIBROGÊNICAS


ESTANHOSE
poeiras de estanho

Pneumoconiose por rocha


Poeira de rocha fosfática
fosfática

117
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FATORES DE RISCO DE TIPO DE


DOENÇAS
NATUREZA OCUPACIONAL PNEUMOCONIOSE

Baritose Sulfato de bário (barita)

Além disso, percebam que a baritose trata-se de pneumoconiose não


fibrogênica, ou seja, a disfunção respiratória é praticamente ausente,
sendo, assim, incompatível com o quadro clínico descrito na questão.
E. Errado. Da mesma forma que a baritose e a siderose, a estanhose é
pneumoconiose não fibrogênica, sendo uma das características que a
disfunção respiratória é praticamente ausente. Assim, mais uma vez,
incompatível com o quadro clínico descrito na questão.
Gabarito 118: C

119- (CETRO - 2013 - ANVISA - Analista Adm.) Considerando o que diz o


Ministério da Saúde a respeito das doenças infecciosas e parasitárias
relacionadas ao trabalho, analise as assertivas abaixo.
I. Tuberculose, carbúnculo e brucelose podem ser considerados doenças
relacionadas ao trabalho.
II. Dengue, hepatites virais e malária não podem ser consideradas doenças
relacionadas ao trabalho.
III. Tétano, febre amarela e leishmaniose cutânea não podem ser
consideradas doenças relacionadas ao trabalho.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
Resolução:
Lista de Doenças Infecciosas e Parasitárias Relacionadas ao Trabalho:
• Tuberculose
• Carbúnculo (Antraz)
• Brucelose
• Leptospirose

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• Tétano
• Psitacose, ornitose, doença dos tratadores de aves
• Dengue (dengue clássico)
• Febre amarela
• Hepatites virais
• Doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
• Dermatofitose e outras micoses superficiais
• Candidíase
• Paracoccidioidomicose
• Malária
• Leishmaniose cutânea ou leishmaniose cutâneo-mucosa
Portanto, todas as doenças elencadas nas assertivas acima podem ser
consideradas doenças relacionadas ao trabalho, tornado apenas o item I
correto.
Gabarito 119: A

120- (FCC - 2022 - TRT 4ª Região - Medicina do Trabalho) A dermatose


ocupacional mais comum que ocorre em trabalhadores expostos ao
cimento, como pedreiros e serventes de obra, é a
A. dermatite de contato irritativa.
B. dermatite de contato alérgica.
C. hiperceratose.
D. miliária.
E. elaioconiose.
Resolução:

NÃO é necessária
Dermatite de a sensibilização
contato irritativa prévia.
(DCI)
Dermatites de Mais frequente.
contato
Dermatite de É necessária a
contato alérgica sensibilização
(DCA) prévia

Gabarito 120: A

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121- (ESPP - 2012 - BANPARÁ - Médico do Trabalho) Analise as atividades


abaixo:
I. Trabalho em galerias e esgotos.
II. Trabalho em minas e túneis.
III. Trabalho em cursos de água e drenagem.
Associa(m)-se a maior risco de leptospirose:
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
Resolução:
Todos os itens estão corretos, senão vejamos a seguinte passagem do
Manual de Doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da Saúde17:

“A leptospirose relacionada ao trabalho tem sido descrita em trabalhadores


que exercem atividades em contato direto com águas contaminadas ou em
locais com dejetos de animais portadores de germes, como nos trabalhos
efetuados dentro de minas, túneis, galerias e esgoto; em cursos
d’água e drenagem; contato com roedores e com animais domésticos;
preparação de alimentos de origem animal, de peixes, de laticínios e em
outras atividades assemelhadas.”

Gabarito 121: A

122- (CESPE - 2005 - SERPRO - Médico do Trabalho) A exposição


ocupacional ao tétano é comum; acomete trabalhadores da agricultura,
construção civil, saneamento e coletores de lixo, entre outros.
Resolução:
Certo. Vejamos a seguinte passagem do Manual de Doenças relacionadas ao
trabalho do Ministério da Saúde:

“A exposição ocupacional em trabalhadores é relativamente comum e dá-se,


principalmente, em acidentes de trabalho (agricultura, construção civil,
mineração, saneamento e coleta de lixo) ou em acidentes de trajeto.”

17
Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde /
Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil; organizado por
Elizabeth Costa Dias; colaboradores Idelberto Muniz Almeida et al. – Brasília: Ministério da
Saúde do Brasil, 2001.

120
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Gabarito 122: C

123- (FCC - 2011 - TRT23- Médico do trabalho)


1. No Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), ocorre a inversão
do ônus da prova entre o trabalho e o agravo, quando baseado no CNAE e
na Classificação Internacional de Doenças para fins previdenciários,
cabendo ao trabalhador ou a DRT com- provar a exposição ao agente
causal.
2. Considera-se estabelecido nexo entre o trabalho e o agravo quando se
verificar a ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o ramo de
atividade econômica da empresa (CNAE) e a entidade mórbida motivadora
da incapacidade, relacionada na Classificação Internacional de Doenças.
Resolução:
1. Errado. O NTEP, como visto, trata-se de uma metodologia que consiste
em identificar quais doenças e acidentes estão relacionados com a prática
de uma determinada atividade profissional. Assim, com o NTEP, quando o
empregado contrair uma enfermidade diretamente relacionada à atividade
profissional, fica caracterizado o acidente de trabalho. Com a adoção dessa
metodologia, a empresa deverá provar que as doenças e os acidentes de
trabalho não foram causados pela atividade desenvolvida pelo trabalhador,
ou seja, o ônus da prova passa a ser do empregador, e não mais do
empregado. Até a entrada em vigor do NTEP, ao sofrer um acidente ou
contrair doença, o INSS ou o trabalhador ainda eram os responsáveis por
comprovar que o dano havia sido causado pela atividade então
desempenhada.
2. Certo. Previsão expressa na legislação previdenciária.
Gabarito 123: E/C

124- (CESPE - 2010 - BRB - Médico do trabalho) O nexo técnico


epidemiológico previdenciário (NTEP) foi elaborado a partir do cruzamento
das informações do código da classificação internacional de doenças (CID-
10) com o código da classificação nacional de atividade econômica (CNAE).
Ele aponta a existência de relação entre a lesão ou agravo e a atividade
desenvolvida pelo trabalhador.
Resolução:
Certo. Relembrando:

121
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Relação entre a
ATIVIDADE da Identificado o NEXO
NTEP empresa(CNAE) e a entre o trabalho e o
entidade mórbida agravo
(CID)

Gabarito 124: C

125- ( CESPE - 2010 - SERPRO - Médico do trabalho) O NTEP introduz, por


força da epidemiologia, um movimento, chancelado política e
cientificamente, em direção à maior aceitação do erro falso-positivo —, na
dúvida é acidente do trabalho —, em detrimento ao falso-negativo —, na
dúvida não é acidente do trabalho —, a partir do momento que exige da
medicina do trabalho a prova peremptória de que trabalhar não faz mal à
saúde do trabalhador.
Resolução:
Certo. Antes da implementação do NTEP, o acidente de trabalho estava
vinculado à emissão de CAT. É sabido por todos que, por diversos motivos,
muitos acidentes de trabalho, principalmente ocasionados por doenças
profissionais ou do trabalho, não tinham a CAT emitida, e nesses casos o
benefício era caracterizado com o previdenciário, em vez de sê-lo como
acidentário. Era o que se chamava de falso negativo (era acidentário e não
era enquadrado como tal). Essa abordagem era individual, pois se vinculava
a emissão da CAT para a ocorrência.
Com o NTEP passou, em alguns casos, a se proceder ao enquadramento
como acidentário, vinculando a atividade da empresa (CNAE), aos CID das
doenças relacionadas a essa atividade (presunção relativa), e nesse caso
alguns eventos podem ser enquadrados como acidentário sem sê-lo. Passou
a ocorrer, eventualmente, o falso positivo, pois alguns benefícios não são
acidentários e tinham esse enquadramento. Essa situação é benéfica para o
trabalhador, pois fica a cargo da empresa oferecer durante sua defesa, ou
recurso, prova de que a ocorrência não é acidentária. Importante registrar
que a CAT continuará existindo e sua emissão continuará caracterizando a
ocorrência de acidente de trabalho.
Gabarito 125: C

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4 – Questões apresentadas em aula

1- (CESPE - 2016 – Pol. a doença endêmica adquirida por


Cientifica) A doença profissional é segurado habitante de região em
adquirida ou desencadeada em que ela se desenvolva, mesmo que
função de condições especiais em essa doença seja resultante de
que o trabalho é realizado. contato direto determinado pela
natureza do trabalho.

2- (CESGRANRIO - 2014 -
CEFET RJ – Médico) A doença que 5- (CESPE - 2011 - Correios -
é produzida ou desencadeada pelo Técnico de enfermagem do
exercício do trabalho peculiar a trabalho) Acerca de acidente do
determinada atividade é definida, trabalho e doenças profissionais,
de acordo com a Lei no julgue os itens a seguir.
8.213/1991, como
1. Doença endêmica adquirida por
A. acidente de trajeto e é trabalhador segurado habitante de
equivalente ao acidente do região em que ela se desenvolva,
trabalho ainda que resultante de exposição
ou contato direto determinado
B. doença do profissional e não é
pela natureza do trabalho, não é
considerada acidente do trabalho
considerada doença do trabalho.
C. doença profissional e é
2. São consideradas doenças do
considerada acidente do trabalho
trabalho: doença degenerativa,
D. doença do trabalho e é doença inerente ao grupo etário e
considerada acidente do trabalho a que não produz incapacidade
E. doença do trabalho e não é laborativa.
considerada acidente do trabalho

6- (CESGRANRIO - 2012 – BR
3- (CESPE - 2008 - INSS - - Engenharia/Mecânica) É
Analista do Seguro Social – Eng. considerada como doença do
Seg.) Doença profissional típica é trabalho a
aquela em que não há nexo causal A. doença degenerativa.
presumido em lei, ou seja, não
B. inerente a grupo etário.
tem relação com a atividade que o
empregado desempenha, sendo C. que não produza incapacidade
reconhecida pela previdência laborativa.
social somente após a realização
D. doença endêmica adquirida por
de perícia.
segurado habitante de região em
4- (CESPE - 2016 – INSS) Não que ela se desenvolva, sem
é considerada doença do trabalho comprovação de que é resultante

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de exposição ou contato direto D. endêmicas adquiridas por


determinado pela natureza do segurado habitante de região em
trabalho. que elas se desenvolvem.
E. adquirida ou desencadeada em E. dermatológicas, tais como a
função de condições especiais em dermatose ocupacional e algumas
que o trabalho é realizado e que dermatites alérgicas de contato.
com ele se relacione diretamente.

10- (MPT - 2017 - MPT -


7- (MPT - 2013 - MPT – Procurador do Trabalho) Sobre a
Procurador – Adaptada) Não são disciplina da infortunística prevista
consideradas como doenças do na Lei n. 8.213/91, que dispõe
trabalho a doença degenerativa; a sobre os planos de benefícios da
doença inerente a grupo etário; a Previdência Social, analise as
doença mental; a doença que não proposições abaixo:
produza incapacidade laborativa; a
I - Doença do trabalho é aquela
doença endêmica adquirida por
produzida ou desencadeada pelo
segurado habitante de região em
exercício do trabalho peculiar a
que ela se desenvolva, salvo nas
determinada atividade e constante
exceções previstas em lei em
da respectiva relação elaborada
relação a esta.
pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.
8- (ESAF - 2006 - MTE – AFT) II - Doença profissional é aquela
Não é considerada como doença adquirida ou desencadeada em
do trabalho a doença função de condições especiais em
degenerativa, bem como aquela que o trabalho é realizado e com
inerente a grupo etário. ele se relacione diretamente,
constante da relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da
9- (FGV - 2023 - AL-MA - Previdência Social.
Engenheiro de Segurança do
III - Não é considerada como
Trabalho) As doenças do trabalho
doença do trabalho a doença
são aquelas adquiridas ou
endêmica adquirida por segurado
desencadeadas em função de
habitante de região em que ela se
condições especiais em que o
desenvolva, salvo comprovação de
trabalho é realizado e com ele se
que é resultante de exposição ou
relacionem diretamente. Desse
contato direto determinado pela
modo, são consideradas doenças
natureza do trabalho.
do trabalho as doenças
IV - Em caso excepcional,
A. degenerativas.
constatando-se que a doença não
B. inerentes ao grupo etário. incluída na relação elaborada pelo
C. que não produzem incapacidade Ministério do Trabalho e da
laborativa. Previdência Social resultou das

3
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condições especiais em que o trabalho que não cause


trabalho é executado e com ele se incapacidade laborativa.
relaciona diretamente, a
13- (CESPE - 2011 - Correios –
Previdência Social deve considerá-
Tec. Enf. Trabalho)
la acidente do trabalho.
1. Doença profissional é aquela
Assinale a alternativa CORRETA:
produzida ou desencadeada pelo
A. Todas as assertivas estão exercício do trabalho peculiar a
corretas. determinada atividade.
B. Apenas as assertivas III e IV 2. Doença do trabalho é aquela
estão corretas. adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em
C. Apenas as assertivas I, II e III
que o trabalho é realizado e com
estão corretas.
ele se relacione diretamente.
D. Apenas as assertivas I, II e IV
estão corretas.
14- (CESPE - 2013 - ANCINE -
E. Não respondida.
Analista) A doença degenerativa
enquanto doença do trabalho é
11- (CESPE - 2009 - FUB - aquela relacionada diretamente às
Técnico de Segurança do condições especiais de execução
Trabalho) Se um empregado do trabalho.
contrair a gripe influenza A (vírus
H1N1) no ambiente de trabalho,
15- (CESPE – 2021 - FSCMP /
nesse caso, para efeito da
PA - Enfermagem do Trabalho)
legislação previdenciária, a doença
Assinale a opção que melhor
não se equipara ao acidente do
define o termo doença do
trabalho, já que ela é proveniente
trabalho.
de contaminação acidental.
A. Doença específica cuja causa é
diretamente relacionada à
12- Julgue os itens a seguir: profissão.
1. A doença profissional, assim B. Doença cuja origem é
entendida a adquirida ou obrigatoriamente decorrente do
desencadeada em função de processo de trabalho, é também
condições especiais em que o chamada de tecnopatia.
trabalho é realizado e com ele se
C. Qualquer doença ou acidente
relacione diretamente, constante
ocorrido no ambiente de trabalho.
da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da D. Doença que é resultante de
Previdência Social, é considerada condições especiais em que o
acidente de trabalho. trabalho é executado e que com
ele se relacione diretamente.
2. Enquadra-se no conceito de
acidente de trabalho a doença do

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16- (FCC - 2022 - TRT - 23ª Schilling, em 1984, classificou


REGIÃO (MT) - Enfermagem do doenças, segundo sua relação com
Trabalho) A Lista de Doenças o trabalho, em três categorias.
Relacionadas ao Trabalho (LDRT) Algumas doenças podem inclusive
constitui um valioso instrumento ser incluídas em mais de uma
para definição de um perfil de categoria, dependendo do caso.
morbimortalidade dos Nesse contexto, considere uma
trabalhadores e para orientação do conjuntivite ocupacional
planejamento, execução e desencadeada por exposição a
avaliação das ações de promoção, irritantes, em trabalhador sem
proteção e recuperação da saúde história prévia da doença, e outra
dos trabalhadores. Para sua causada por alérgenos ambientais
elaboração foram utilizadas as em trabalhador portador de
categorias propostas por Schilling conjuntivite alérgica. Esses dois
(1984), que tem, dentre elas, as casos se enquadram,
do Grupo I que são as Doenças em respectivamente, nos seguintes
que o Trabalho grupos da Classificação de
Schilling:
A. desencadeia e ou agrava um
distúrbio latente, ou doença já a) I e II
estabelecida ou pré-existente.
b) I e III
B. pode ser um fator de risco,
c) II e I
contributivo, mas não necessário,
exemplificadas por todas as d) II e III
doenças “comuns”, mais e) III e I
frequentes ou mais precoces em
determinados grupos
ocupacionais. 18- (CESGRANRIO - 2010 -
C. é causa necessária, tipificadas Petrobras - Médico do Trabalho)
pelas “doenças profissionais”, Richard Schilling classificou as
strictu sensu, e pelas intoxicações doenças, segundo a relação delas
profissionais agudas. com o trabalho. Sobre essa
classificação, analise as
D. atua como concausa, tipificadas
afirmativas.
pelas doenças alérgicas de pele e
respiratórias e pelos distúrbios I - O grupo I engloba as doenças
mentais, em determinados grupos que têm o trabalho como causa
ocupacionais ou profissões. necessária.

E. estabelece o nexo causal e é de II - Intoxicação por chumbo é um


natureza eminentemente exemplo de doença do grupo I.
epidemiológica. III - No grupo II, estão as doenças
já estabelecidas que são
agravadas pelo trabalho.
17- (CESGRANRIO - 2012 -
Petrobras - Médico do Trabalho)

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IV - O grupo III pode ser grupo II da classificação de


representado por doenças como Schilling.
silicose e doença coronariana.
22- (CESPE - 2020 – TRE/BA -
Está correto APENAS o que se Analista Judiciário – Medicina) Em
afirma em trabalhadores expostos a sulfeto
de carbono, tolueno e outros
a) I e II.
solventes aromáticos
b) II e III. neurotóxicos, o diagnóstico de
c) III e IV. episódios depressivos, excluídas
outras causas não ocupacionais,
d) I, II e III
pode ser enquadrado no grupo II
e) II, III e IV. da classificação de Schilling, em
que o trabalho desempenha o
papel de causa necessária.
19- (CESPE - 2013 - FUB - Tec.
Segurança do Trabalho) De acordo
com a classificação de Schilling, as 23- (FJG - RIO - 2018 -
doenças do grupo I, em que o COMLURB - Técnico Segurança) A
trabalho é causa necessária, são perda auditiva repentina após a
tipificadas pelas doenças exposição a um ruído intenso,
profissionais e pelas intoxicações causado por explosões ou
agudas de origem ocupacional. impactos sonoros, é chamada:
a) efeito extra-auditivo

20- (FCC - 2022 - TRF - 2ª b) mudança temporária do limiar


REGIÃO - Médico do Trabalho) Em de audição
casos particulares de c) trauma acústico
trabalhadores previamente lábeis
d) surdez permanente
ou hipersuscetíveis,
circunstâncias, como o trabalho
em turnos ou trabalho noturno,
24- (CESPE - 2014 - FUB -
poderiam eventualmente
Engenharia de Segurança) A perda
desencadear, agravar ou contribuir
auditiva induzida por ruído
para a recidiva da doença, o que
consiste em uma perda auditiva
levaria a enquadrá-la no Grupo III
súbita relacionada à exposição
da Classificação de Schilling.
aguda a pressão sonora intensa.

21- (CESPE - 2010 - MPU -


25- (FGV - 2021 - Analista
Analista – Eng. Seg. do Trabalho)
Judiciário (TJ
A asbestose, por ser doença
RO)/Médico/Trabalho) Trabalhador
profissional dose-dependente dos
de uma indústria metalúrgica,
níveis de concentração de fibras
após cinco anos de trabalho, teve
de asbesto no ar, é classificada no

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diagnosticado início de perda E. estabilidade do dano, pois o


auditiva induzida por ruído (PAIR). risco de perda sofre pouca
alteração quando a média da
Trata-se de uma característica da
exposição for de 85dB por 8 horas
PAIR:
diárias.
A. ser sempre do tipo
neurossensorial, lesando na orelha
interna as células do Órgão de 27- (FGV - 2022 - TJDFT-
Corti; Medicina do Trabalho) A Perda
Auditiva por Ruído (PAIR) é
B. apresentar progressão
caracterizada por:
significativa bilateralmente mesmo
na exposição descontinuada; A. perda auditiva tipo mista,
atingindo orelha média e interna,
C. ser sempre bilateral, de tipo
com lesão coclear, que pode ser
misto, evoluindo com padrões
agravada por otosclerose;
audiométricos distintos em cada
um dos lados; B. perda auditiva neurossensorial,
com lesão irreversível do órgão de
D. apresentar, inicialmente,
Corti na orelha interna, e que pode
perdas maiores nas frequências de
ser agravada por exposição a
500, 1000 e 2000 hertz;
solventes orgânicos;
E. produzir perda auditiva tipo
C. perda auditiva neurossensorial
neurossensorial profunda,
sempre bilateral, inicialmente com
reversível se cessada a exposição.
perdas maiores nas frequências de
500, 1000 e 2000 hertz;
26- (CESGRANRIO - 2016 - D. perda auditiva neurossensorial,
UNIRIO - Médico do Trabalho) com lesão da orelha interna
Uma das características da perda (cóclea), com diminuição
auditiva induzida pelo ruído (PAIR) progressiva da acuidade auditiva,
éa mesmo se suspensa a exposição;
A. unilateralidade que acomete E. perda auditiva neurossensorial,
principalmente um dos ouvidos. com lesão coclear, reversível se
B. progressividade dos danos, houver o afastamento da
mesmo com o afastamento do exposição de níveis de pressão
agente sonoro. sonora acima de 85 dB(A) ou uso
de Equipamento de Proteção
C. seletividade da perda, com
Individual (EPI) adequado.
rebaixamento no limiar
audiométrico, ocorrendo nas
frequências de 3, 4 ou 6 kHz. 28- (CESGRANRIO - 2017 -
D. progressividade relativa, em Petrobras - Médico do Trabalho
que a perda auditiva é menor nos Júnior) A perda auditiva induzida
primeiros 10 a 15 anos e tende a por ruído é uma causa frequente
diminuir com a piora dos limiares de adoecimento de trabalhadores

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e possui um padrão bem D. a PAIR é uma patologia do


caracterizado. ouvido interno (ou orelha interna)
do tipo neurossensorial, de caráter
Qual padrão é característico desse
evolutivo, com agravamento
agravo?
progressivo mesmo quando
A. Progressividade, pois seus cessada a exposição aos níveis
danos prosseguem a despeito do elevados de pressão sonora.
afastamento do agente sonoro.
E. a fisiopatologia da PAIR se dá a
B. Intensidade independente, já partir de lesão da cóclea,
que sofre pouca alteração quando caracterizando-se assim como
a exposição é aumentada em dB. uma perda auditiva do tipo do tipo
C. Agravamento temporal, visto neurossensorial.
que é menos intensa nos primeiros
dez a quinze anos.
30- (ESAF - 2006 - MTE -
D. Unilateralidade, que advém do Auditor Fiscal do Trabalho –
fato de normalmente acometer Adaptada) Analise as proposições
mais um dos ouvidos. sobre acústica e, a seguir, assinale
E. Rebaixamento no limiar a opção correta.
audiométrico, que ocorre em I. Define-se som como energia na
frequências específicas. forma de ondas mecânicas
longitudinais audíveis que se
propagam através de meio
29- (FGV - 2023 - Analista de
elástico.
Promotoria (MPE SP)/Médico do
Trabalho) Sobre a Perda Auditiva II. A audibilidade humana está
Induzida por Ruído (PAIR), é compreendida, em regra, entre 20
correto afirmar que Hz e 20 KHz.

A. a PAIR produz perda auditiva III. O que diferencia o som do


tipo neurossensorial e condutiva, ruído é o caráter subjetivo deste,
irreversível mesmo se cessada a notadamente desagradável ao
exposição. ouvido humano.

B. exame audiométrico com níveis IV. O sistema auditivo humano


de audição menores que 20dB na divide-se didaticamente em três
faixa de 500Hz, uni ou bilateral, partes, quais sejam: epicraniana,
em trabalhadores expostos a mesocraniana e intracraniana.
níveis elevados de pressão sonora, a) Apenas três proposições estão
sugere quadro inicial de PAIR. corretas.
C. a PAIR se caracteriza por lesão b) Todas as proposições estão
irreversível do ouvido médio (ou corretas.
orelha média), com consequente
c) Apenas uma proposição está
prejuízo na condução sonora.
correta.

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d) Apenas duas proposições estão universidade, existe um ambiente


corretas. cuja exposição ao ruído tem sido
objeto frequente de reclamações
e) Todas as proposições estão
por parte dos trabalhadores locais.
erradas.
Nesse ambiente, estão instaladas
duas máquinas idênticas que
geram altos níveis de ruído. Após
31- (CESPE - 2011 - Correios -
uma avaliação da exposição ao
Médico do Trabalho) No portador
ruído no ambiente, o laudo
de perda auditiva induzida por
apresentou a conclusão de que a
ruído — que tem como
dose de exposição ao ruído no
característica ser neurossensorial
local é de 110%. Em relação a
—, ocorre uma redução na faixa
essa situação hipotética, julgue os
dinâmica entre o limiar auditivo e
itens a seguir.
o limiar de desconforto,
provocando uma diminuição na 1. As únicas doenças profissionais
ocorrência de recrutamento. que podem ser geradas pela
exposição ao ruído são a redução
auditiva e a surdez.
32- (FCC - 2011 - TRT - 1ª
2. Para controlar a exposição ao
REGIÃO - Médico do Trabalho) O
ruído no local, deve ser
ruído é um tipo de som que
implantado um Programa de
provoca efeitos nocivos no ser
Proteção Auditiva (PPA), em vez
humano, sendo uma sensação
de um PGR.
auditiva desagradável que
interfere na percepção do som
desejado. A perda induzida pelo
34- (CESPE - 2011 - Correios -
ruído é uma patologia cumulativa
Médico do trabalho) A asma
e insidiosa, que cresce ao longo
ocupacional é uma obstrução
dos anos de exposição ao ruído
irreversível ao fluxo aéreo e(ou)
associado ao ambiente de
hiper-reatividade brônquica devida
trabalho. A lesão auditiva
a causas e condições atribuíveis a
preferencialmente, nestes casos,
um determinado ambiente de
encontra-se
trabalho e não a estímulos
a) no sáculo. externos.
b) no nervo auditivo.
c) na trompa de Eustáquio. 35- (CESPE - 2013 - MTE -
d) no labirinto. Auditor Fiscal do Trabalho) A
siderose, decorrente da exposição
e) na cóclea.
a fumos de óxido de ferro,
caracteriza-se por alterações
radiológicas pulmonares difusas,
33- (CESPE - 2009 - FUB -
que são associadas ao
Técnico Segurança) Na serralheria
da prefeitura do campus de uma

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desenvolvimento precoce de 39- (CESPE - 2013 - MTE -


insuficiência respiratória grave. Auditor Fiscal do Trabalho) A
principal causa da pneumoconiose
em trabalhadores que lidam com o
36- (FCC -2023 - TRT 18ª carvão é a exposição ocupacional
Região - Medicina do Trabalho) A ao carvão vegetal proveniente da
pneumoconiose mais prevalente parte lenhosa de madeiras não
no Brasil é: resinosas.
A Pneumoconiose por poeira
mista.
40- (CESPE - 2008 - TRT - 5ª
B Pneumoconiose dos Região - Médico do Trabalho)
trabalhadores de carvão. Pessoas que trabalham na
C Asbestose. produção de ferramentas e
próteses dentárias estão sujeitas a
D Silicose.
desenvolver pneumoconiose por
E Pneumopatia por metal duro. metais duros, causada pela
exposição a poeiras metálicas
provenientes de ligas compostas
37- ( CESGRANRIO - 2014 – por tungstênio e outros metais
PETROBRAS – Manutenção) Que duros.
tipo de doença profissional é
provocada pela inalação de
minério de carvão? 41- (CEBRASPE - 2021 - SESAU
A. Saturnismo AL - Medicina do Trabalho)
Denomina-se siderose, também
B. Carvocitose conhecida como aviolete alérgica
C. Bissinose extrínseca, a doença do interstício
pulmonar provocada pela
D. Mineralose
exposição repetida ao pó e bolor
E. Pneumoconiose da cortiça.

38- (CESGRANRIO - 2014 - 42- (CESGRANRIO - 2010 –


CEFET-RJ – Enfermeiro) Identifica- PETROBRAS - Medicina do
se como uma doença pulmonar Trabalho) Pneumoconioses são as
ocupacional: doenças causadas pela inalação de
A. Asbestose aerossóis sólidos e a consequente
reação tecidual do parênquima
B. Micose fungoide pulmonar. Dentre os causadores
C. Doença de Hodgkin de pneumoconioses listados, é
considerado uma poeira inerte o
D. Linfoma de Burkitt
A. cobalto.
E. Carcinoma ductal infiltrante
B. quartzo.

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C. estanho. E. Talcose, pneumoconiose por


carvão mineral e pneumoconiose
D. alumínio.
por abrasivos
E. tungstênio.

45- (FGV - 2022 – TJDFT -


43- (FGV - 2021 - FunSaúde CE Medicina do Trabalho) Um
- Medicina do Trabalho) As trabalhador de uma indústria do
doenças pulmonares ocupacionais ramo têxtil, que processa algodão,
podem ser classificadas em com 55 anos de idade, fumante há
fibrogênicas e não fibrogênicas. mais de trinta anos, é atendido na
Assinale a opção que indica a atenção primária à saúde do SUS
doença que faz parte do primeiro com queixas de tosse seca, aperto
grupo. no peito e dispneia há cerca de um
A. Siderose. ano, com piora nos últimos três
meses. A investigação clínica
B. Silicose.
demonstrou raio X de tórax com
C. Estanhose. áreas de opacidades e redução do
D. Baritose. volume expiratório forçado no
primeiro minuto (FEV1).
E. Asma.
Esse quadro é compatível com:
A. asma ocupacional;
44- (CESGRANRIO - 2014 –
PETROBRAS - Medicina do B. bissinose;
Trabalho) As pneumoconioses são C. antracose;
doenças pulmonares relacionadas
D. bagaçose;
etiologicamente à inalação de
poeiras em ambientes de trabalho. E. hidatidose.
Podem ter, no seu mecanismo
fisiopatogênico, o aparecimento ou
46- (ENADE – 2019 – Tec.Seg.)
não de fibrose. Entre as
Tanto o manuseio de
pneumoconioses que cursam sem
determinados agentes químicos
fibrose, têm-se as seguintes:
quanto o contato com eles, sem a
A. Asbestose, aluminose e devida proteção, podem causar
pneumoconiose por poeira mista doenças ocupacionais, por isso o
B. Silicose, pneumoconiose por Ministério da Saúde instituiu uma
metais duros e beriliose lista de doenças relacionadas ao
trabalho.
C. Baritose, pneumoconiose por
carvão vegetal e estanhose Considerando o tema das doenças
ocupacionais, avalie as afirmações
D. Pneumonite por
a seguir.
hipersensibilidade, pneumoconiose
por rocha fosfática e siderose

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I. A exposição de trabalhadores à 48- (CESPE - 2013 - MPU -


fibra de algodão, sem a devida Analista - Engenharia em
proteção, pode causar bissinose. Segurança do Trabalho) A
pneumoconiose dos trabalhadores
II. Os trabalhadores expostos à
do carvão caracteriza-se por
sílica livre, sem a proteção
pneumopatia de evolução rápida e
adequada, estão sujeitos a
muito sintomática, porém
silicose.
reversível.
III. O trabalhador que, sem a
proteção devida, fica exposto ao
asbesto, pode apresentar 49- (CESPE - 2013 - SESA/ES -
saturnismo. Médico do Trabalho)
IV. A siderose pode ser causada 1. A pneumoconiose de ocorrência
pela inalação da poeira de ferro mais frequente no Brasil é a
por trabalhadores expostos a essa asbestose.
poeira sem a proteção adequada.
2.A prevenção das
É correto o que se afirma em pneumoconioses é realizada por
meio da ventilação forçada do
A II, apenas.
ambiente, não sendo indicada, no
B I e III, apenas. entanto, a umidificação ambiental.
C III e IV, apenas. 3. As poeiras inertes como a sílica,
D I, II e IV, apenas. o estanho, o ferro e o carbono
puro causam acúmulo nos
E I, II, III e IV.
macrófagos pulmonares, mas não
provocam danos graves à saúde.
47- (FCC - 2011 - TRT - 14ª
Região (RO e AC) - Médico do
Trabalho) A silicose é uma forma 50- (CESGRANRIO - 2012 -
de pneumoconiose causada pela Petrobras – Tec. Segurança) A
inalação de finas partículas de exposição ocupacional a poeiras de
sílica cristalina e caracterizada por ferro provoca uma doença
inflamação e cicatrização em denominada
forma de lesões nodulares nos A. antracose
lóbulos superiores do pulmão. O
B. saturnismo
trabalhador que se encontra
exposto a esta doença é o C. siderose

a) agricultor. D. hidrargirismo

b) escultor. E. bissinose

c) mineiro.
d) professor. 51- (FCC - 2023 - TRT 18ª
e) operário de indústria têxtil. Região - Medicina do Trabalho)

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Quanto à dermatose ocupacional, d) radiações e eletricidade não


é correto afirmar: são causas de dermatoses
ocupacionais.
A. A dermatite alérgica de contato
é a dermatite mais comum nos
expostos a cimento.
54- (FJG - RIO - 2008 -
B. As dermatoses causadas por COMLURB - Médico do Trabalho)
radiação não ionizante são as mais Considerando a etiopatogenia das
frequentes no país. dermatoses ocupacionais, cabe
afirmar:
C. As dermatoses causadas por
agentes químicos, como as a) os óleos de corte agem como
dermatites de contato, são as mais alérgenos
frequentes, sendo as irritativas as
b) o cimento, os detergentes e os
mais prevalentes.
solventes incluem-se entre os
D. A dermatite alérgica de contato irritantes
pela borracha se dá pelo processo
c) a ocorrência da dermatite de
de polimerização dos seus
contato alérgico prescinde da
monômeros.
sensibilização prévia
d) a dermatite de contato pela
52- (CESPE – 2008 - SESA/ES – exposição ao cimento é mediada
Médico do Trabalho) Sexo, idade e por mecanismos imunológicos
etnia são algumas das causas
indiretas ou fatores
predisponentes para o 55- (CESGRANRIO - 2011 -
desenvolvimento de dermatoses Petrobrás - Engenheiro de
ocupacionais. Segurança) Em uma obra de
construção civil, as dermatoses
ocupacionais causadas pelo uso do
53- (FCC - 2010 - TRT - 9ª cimento podem ser evitadas se o
REGIÃO - Médico do Trabalho) trabalhador adotar algumas
Com relação às dermatoses medidas preventivas, EXCETO
ocupacionais, é correto afirmar
a) manter limpas as ferramentas
que
do trabalho.
a) níquel, cromo e cobalto são
b) usar luvas e botas bem largas.
considerados agentes químicos
alérgenos. c) higienizar as partes do corpo
atingidas.
b) agentes biológicos são
considerados causas indiretas. d) trabalhar em piso apropriado e
sem entulho
c) são aquelas causadas
exclusivamente por agentes e) evitar usar sandálias de dedo.
químicos.

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56- ( IBFC – 2017 – EBSERH/RJ um importante agente relacionado


– Tec.Enf. – Adap.)Assinale a às dermatoses ocupacionais,
alternativa que contemple um
a) é responsável apenas pelas
exemplo de causa direta que pode
dermatites de contato do tipo
ocasionar a dermatose
alérgica.
ocupacional.
b) é responsável apenas pelas
A. Idade
dermatites de contato irritativas.
B. Agente biológico
c) é causador de dermatites de
C. Sexo contato tanto alérgicas quanto
irritativas.
D. Etnia
d) requer um tempo de latência
E. Clima
habitualmente longo, não menor
que seis meses para provocar
manifestações que, comumente,
57- (CESPE - 2011 - EBC -
não se cronificam.
Médico do Trabalho - Adaptada) As
dermatoses ocupacionais incluem e) tem seu efeito alergênico
dermatites de contato irritativas e relacionado basicamente à
alérgicas. presença de tiosulfato na sua
composição.

58- (FCC - 2021 - INFRAERO -


Médico do Trabalho - Adaptada) 60- (FGV - 2023 - MPE SP -
Sobre as dermatoses Médico do Trabalho) A silicose é
ocupacionais, julgue os itens uma pneumoconiose causada por
abaixo. exposição à sílica livre.
1. As dermatites de contato são as Entre as patologias do aparelho
formas mais comuns de respiratório, citadas a seguir,
dermatoses relacionadas ao assinale aquela que pode estar
trabalho. associada à silicose.
2. Os jovens são menos A. Pneumonite química.
acometidos por possuir maior
B. Asma ocupacional.
capacidade de regeneração da
camada córnea. C. Tuberculose.

3. A dermatite alérgica de contato D. DPOC.


é mais comum que a dermatite de E. Derrame pleural com infiltrado
contato irritativa. eosinofílico.

59- (VUNESP - 2013 - 61- (CESPE - 2018 - TRT - 5ª


FUNDAÇÃO CASA - Médico do Reg. - Médico do Trabalho)
Trabalho) Sabe-se que o cimento, Tuberculose, carbúnculo, dengue e
brucelose são doenças infecciosas

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que apresentam relação com a o trabalhador sofreu um acidente


atividade de trabalho. de trabalho.

62- (CESPE - 2013 - MPU - 65- (CESPE - 2015 – SERPRO -


Médico do Trabalho) As doenças Médico do Trabalho – Adap.)
infecciosas e parasitárias Infecção ocupacional por antraz
relacionadas ao trabalho ocorre em atividades industriais ou
caracterizam-se por decorrerem artesanais, na agricultura ou em
de agentes etiológicos laboratórios.
ocupacionais e por dependerem
das condições ou circunstâncias
em que o trabalho é executado e 66- (Inédita) A tuberculose é
da exposição ocupacional, que uma doença infecto-contagiosa
favorece o contato, o contágio ou causada por uma bactéria que
a transmissão. afeta apenas os pulmões, não
podendo ocorrer em outros órgãos
do corpo, como ossos, rins e
63- (CESGRANRIO - 2011 – meninges.
PETROBRAS – Enfermagem) De
acordo com a Portaria nº
1.339/1999/MS, são doenças 67- (CESPE - 2014 - TJ-SE -
infecciosas e parasitárias Médico do Trabalho) Na brucelose
relacionadas ao trabalho, EXCETO relacionada ao trabalho, a
transmissão da doença de pessoa
A. tuberculose.
a pessoa é bastante comum.
B. dengue clássico.
C. malária.
68- (CESPE - 2008 - SERPRO -
D. candidíase. Médico do Trabalho - Adaptada) A
psitacose ou ornitose é uma
E. hanseníase.
doença infecciosa transmitida por
aves.
64- (CESPE - 2013 - FUB - Tec.
Segurança do Trabalho) Considere
69- (CESPE - 2011 - Correios -
que um operador de caldeira,
Enfermeiro do Trabalho) A
residente em região endêmica de
brucelose é uma zoonose causada
dengue, tenha sido acometido pela
pela exposição ocupacional a
doença durante o período de
Chlamydia psittaci ou Chlamydia
trabalho, devido à sua exposição a
pneumoniae em criadouros de
condições climáticas desfavoráveis
aves, serviços de veterinária e
no momento de carga e transporte
zoológicos.
de carvão vegetal do pátio à
fornalha. Nessa situação,
conforme a legislação pertinente,

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70- (Inédita) Qual das seguintes representa os objetivos e a


afirmações melhor descreve as estrutura da LDRT?
atualizações na Lista de Doenças
A. A LDRT é usada exclusivamente
Relacionados ao Trabalho (LDRT)
para fins de compensação
pelo Ministério da Saúde?
previdenciária, listando apenas as
A. A lista atualizada inclui apenas doenças ocupacionais
doenças físicas tradicionalmente reconhecidas para esse fim,
associadas a riscos ocupacionais, organizadas de acordo com a
como lesões por esforços indústria específica e os riscos
repetitivos e doenças pulmonares. ocupacionais.
B. A nova lista de LDRT, revista B. A LDRT serve para orientar o
após 24 anos, manteve o mesmo diagnóstico clínico de doenças não
número de códigos de diagnóstico, relacionadas ao trabalho e está
mas reclassificou algumas doenças organizada em uma única lista que
existentes. inclui todos os transtornos mentais
e físicos possíveis no ambiente
C. Transtornos como ansiedade,
laboral.
depressão e tentativa de suicídio,
além da Covid-19, foram C. A LDRT tem como finalidade
adicionados à lista de LDRT, orientar a qualificação da atenção
refletindo uma compreensão mais integral à saúde do trabalhador,
ampla dos impactos do trabalho na facilitar o estudo do adoecimento
saúde mental e física. relacionado ao trabalho e orientar
ações de vigilância e promoção da
D. A atualização da lista de LDRT
saúde, sendo dividida em duas
focou principalmente na inclusão
listas: uma relacionando
de doenças relacionadas a
agentes/fatores de risco às
substâncias químicas e tóxicas,
doenças e outra relacionando
sem abordar transtornos mentais
doenças aos seus agentes/fatores
ou doenças infecciosas.
de risco.
E. A lista revisada excluiu todas as
D. O principal objetivo da LDRT é
doenças e transtornos mentais
proporcionar diretrizes para a
previamente incluídos,
indústria farmacêutica sobre quais
concentrando-se apenas em novas
medicamentos devem ser
condições físicas emergentes no
desenvolvidos para tratar doenças
ambiente de trabalho.
ocupacionais, organizada por
categorias de medicamentos.
71- (Inédita) Considerando as E. A LDRT é uma ferramenta
finalidades da Lista de Doenças utilizada exclusivamente por
Relacionadas ao Trabalho (LDRT) e médicos do trabalho para
sua organização conforme diagnóstico de doenças
estabelecido pela legislação de relacionadas a profissões
saúde do trabalhador, qual das específicas, organizada por
seguintes opções melhor

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categorias profissionais e doenças B. o trabalho e as queixas clínicas


associadas. do trabalhador
C. a doença e a história patológica
pregressa do trabalhador
72- (CESGRANRIO – 2017 –
PETROBRÁS – Med. Trab.) Um D. a doença e o agravo
médico é designado para avaliar
E. o PPP e o LTCAT
as condições de saúde de
determinado empregado da
empresa TT. 74- (CESPE - 2010 - BRB -
Nos termos da Lei nº 8.213/1991, Médico do Trabalho) O NTEP foi
caberá a esse profissional implementado nos sistemas
constatar o nexo técnico informatizados do INSS, para
epidemiológico (NTEP), concessão de benefícios, e de
observando a entidade mórbida imediato provocou uma mudança
motivadora da incapacidade radical no perfil de concessão de
elencada na auxílios doença de natureza
acidentária.
A. Combinação de Protocolos
Internacionais (CPI)
B. Relação Causal de Moléstias 75- (CESPE - 2007 - AGU -
(RCM) Procurador Federal) Considera-se
estabelecido o nexo entre o
C. Classificação Internacional de
trabalho e o agravo quando se
Doenças (CID)
verifica nexo técnico
D. Projeção Nacional de Doenças epidemiológico entre a atividade
(PND) da empresa e a entidade mórbida
motivadora da incapacidade,
E. Previsão de Epidemias
elencada na Classificação
Conhecidas (PEC)
Internacional de Doenças (CID).

73- (CESGRANRIO - 2012 -


76- (ESAF – 2010 – MTE – AFT)
Transpetro - Médico do Trabalho
Com o advento do NTEP, o PCMSO
Júnior) Com relação ao Nexo
adquire, para além dos seus
Técnico Epidemiológico
objetivos prevencionistas, um
Previdenciário (NTEP), para fins de
importante caráter probante, pois
concessão de benefícios por
enquanto aquele associa, por
incapacidade, e em consonância
presunção, a incapacidade do
com a Instrução Normativa
trabalhador ao CNAE do
INSS/Pres no 16, de 27/03/2007,
empregador, este funciona, uma
a perícia médica do INSS
vez conduzido por idôneo
caracterizará tecnicamente o
delineamento epidemiológico,
acidente do trabalho mediante o
como gerador de provas e
reconhecimento do nexo entre
evidências objetivas que, no caso
A. o trabalho e o agravo

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concreto, permitem à empresa se C. É um método de


opor a essa presunção e com isso estabelecimento de nexo causal
não ser onerada pelos entre um agravo à saúde e o
desdobramentos legais afetos ao trabalho, baseado em critérios
acidente do trabalho. epidemiológicos.
D. É sinônimo de fator acidentário
de prevenção e tem o objetivo de
77- (MPT - 2013 - MPT –
estabelecer a alíquota devida por
Procurador) O nexo técnico
cada ramo econômico ao Seguro
epidemiológico previdenciário
de Acidente do Trabalho.
NTEP - gera uma presunção
absoluta de que a motivação
determinante da inaptidão laboral
80- (Inédita)
decorre da atividade exercida pela
empresa. 1. O nexo técnico epidemiológico
previdenciário-NTEP é decorrente
de acidentes de trabalho típicos ou
78- (TRT 2R - 2010 - TRT2- Juiz de trajeto.
do Trabalho)
2. A Perícia Médica do INSS
1. Perante o INSS o acidente de caracterizará tecnicamente o
trabalho será caracterizado acidente do trabalho mediante o
tecnicamente pela perícia médica, reconhecimento do nexo entre o
mediante a identificação do nexo trabalho e o agravo, sendo
entre o trabalho e o agravo. considerado agravo: a lesão, a
2. Considera-se estabelecido o doença, o transtorno de saúde, o
nexo entre o trabalho e o agravo distúrbio, a disfunção ou a
quando se verificar nexo técnico síndrome de evolução aguda,
epidemiológico entre a atividade subaguda ou crônica, de natureza
da empresa e a entidade mórbida clínica ou subclínica, inclusive
motivadora da incapacidade, morte, independentemente do
elencada na Classificação tempo de latência.
Internacional de Doenças-CID.

81- (CESPE - 2020 - SERPRO -


79- (VUNESP – 2008 – UNESP – Engenharia em Segurança do
Médico Perito) O Nexo Técnico Trabalho)
Epidemiológico A indicação de NTEP embasa-se
A. tornou facultativa a emissão de em estudos científicos alinhados
comunicação de acidente do com fundamentos de estatística e
trabalho (CAT) pelas empresas. de epidemiologia, o que o torna
uma importante ferramenta para
B. Pode ser aplicado somente
auxiliar a medicina pericial em
para casos de agravos à saúde
análises sobre a natureza da
excepcionalmente relacionados ao
incapacidade ao trabalho.
trabalho.

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82- (CESPE – 2010 – INMETRO 83- (CESPE – 2007- IPC -


– Medicina do Trabalho) Assinale a Médico Perito Previdenciário) A
opção correta acerca do doença degenerativa e a inerente
estabelecimento da relação entre a grupo etário não são
uma doença e a atividade de consideradas doenças do trabalho.
trabalho.
A. Cabe à perícia médica do INSS
84- (FUNCAB - 2023 - SEPLAG-
caracterizar tecnicamente o
MG - Médico Perito adap.)
acidente do trabalho, mediante o
Equipara-se ao acidente de
reconhecimento do nexo entre os
trabalho:
sinais e sintomas apresentados
pelo trabalhador e a doença a) a doença endêmica adquirida
ocupacional. por segurado habitante de região
em que ela se desenvolva.
B. O nexo técnico da espécie por
doença equiparada a acidente de b) a doença proveniente de
trabalho ou nexo técnico individual contaminação acidental do
fundamenta-se na associação empregado no exercício de sua
entre determinadas patologias e atividade.
exposições constantes da relação c) a lesão autoprovocada.
elaborada pelos Ministérios do
d) a doença degenerativa.
Trabalho e Emprego, da Saúde e
da Previdência Social.
C. O nexo técnico da espécie 85- (TRT 3R - 2014 - TRT - 3ª
profissional decorre de condições Região - Juiz do Trabalho) As
especiais em que o trabalho é doenças ou eventos abaixo
executado. relacionados são considerados
acidente de trabalho ou são a ele
D. O nexo técnico epidemiológico
equiparados, nos termos dos arts.
previdenciário será aplicável se
20 e 21 da Lei n. 8.213/91,
houver significância estatística da
EXCETO:
associação entre o código da
Classificação Internacional de a) A doença profissional, assim
Doenças (CID) e o da Classificação entendida a produzida ou
Nacional de Atividades Econômicas desencadeada pelo exercício do
(CNAE). trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da
E. A caracterização de nexo de
respectiva relação elaborada pelo
qualquer espécie entre o trabalho
Ministério do Trabalho e da
e o agravo implica emissão de
Previdência Social
comunicação de acidente de
trabalho e reconhecimento da b) A doença proveniente de
incapacidade para o trabalho. contaminação acidental do
empregado no exercício de sua
atividade.

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c) A doença do trabalho, assim conceito de acidente de trabalho


entendida a adquirida ou está apresentado na Lei no
desencadeada em função de 8.213/91, que também descreve
condições especiais em que o que as doenças profissional e de
trabalho é realizado e com ele se trabalho são consideradas
relacione diretamente, constante acidentes de trabalho.
da respectiva relação elaborada
São condições consideradas como
pelo Ministério do Trabalho e da
doença de trabalho:
Previdência Social.
1. Um administrador com surdez
d) O acidente sofrido pelo
devido ao trabalho realizado em
segurado no local e no horário do
local com alto nível de ruído.
trabalho, em consequência de ato
de pessoa privada do uso da 2. Um soldador com doença
razão. degenerativa.

e) A doença endêmica adquirida 3. Um auxiliar de limpeza com


por segurado habitante de região doença endêmica adquirida por
em que ela se desenvolva. segurado habitante de região em
que ela se desenvolva, sem
comprovação de exposição pela
86- (CESPE - 2020 - BRB – natureza do trabalho.
Advogado) Suponha que Marcos
Assinale a alternativa que indica
adquiriu enfermidade em função
todas as afirmativas corretas.
de condições especiais em que seu
trabalho é executado e com ele se A. É correta apenas a afirmativa 1.
relaciona diretamente. Todavia, B. É correta apenas a afirmativa 3.
sua enfermidade não consta da
C. São corretas apenas as
relação elaborada pelo órgão
afirmativas 1 e 2.
competente. Nessa situação,
considerando a legislação D. São corretas apenas as
acidentária de regência, a afirmativas 1 e 3.
Previdência Social deve considerar E. São corretas apenas as
essa enfermidade um acidente de afirmativas 2 e 3.
trabalho.

89- (CESPE - 2010 - INCA -


87- (CESPE -2008 - SEBRAE - Medicina do Trabalho) As doenças
Analista Técnico) Doença infecciosas e parasitárias
proveniente de contaminação relacionadas ao trabalho são
acidental do empregado no classificadas no grupo I de
exercício de sua atividade é Schilling.
equiparada a acidente do trabalho.

90- (CESPE - 2009 - FUB -


88- (FEPESE – 2022 – Pref. Médico do Trabalho) Um operador
Concórdia/GO – Téc.Seg.Trab.) O

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de máquinas, com 35 anos de latente estão no Grupo I de


idade e 17 anos de profissão, Schilling e têm como exemplo a
queixa-se de dor no cotovelo asma e a asbestose.
direito há cerca de seis meses. O
b) fator contributivo, mas não
trabalhador locomove manivelas
necessário, estão no Grupo III de
pesadas, necessitando fletir o
Schilling e têm como exemplos o
punho direito contra resistência
câncer e a asma.
várias vezes durante sua jornada
de trabalho. Ao exame, apresenta c) provocador de um distúrbio
dor à palpação da projeção do latente, estão no Grupo II de
epicôndilo medial durante flexão e Schilling e têm como exemplos a
pronação de punho e dedos silicose e as varizes.
direitos. d) causa necessária, estão no
A doença descrita deve ser Grupo I de Schilling e têm como
enquadrada no grupo I de exemplos a intoxicação pelo
Schilling. chumbo e a silicose.
e) causa necessária, estão no
Grupo II de Schilling e têm como
91- (CESPE - 2011 - EBC -
exemplos o câncer e as doenças
Médico do Trabalho) Uma
mentais.
operadora de caixa de
supermercado, com trinta anos de
idade, queixa-se de dor intensa na 93- (CESPE - 2010 - MPU -
nuca e nos ombros, com radiação Analista – Eng. Seg.) A PAIR
para os membros superiores, apresenta evolução lenta e
principalmente à direita. progressiva, usualmente é
Apresenta dor à movimentação do bilateral e se caracteriza por ser
pescoço, tremor na mão direita e irreversível.
alteração da circulação periférica
no membro superior direito.
94- (CESPE - 2007 –
O quadro apresentado pode ser
Pref.Cariacica/ES – Perito
inserido no grupo II da
Previdenciário) A perda auditiva
classificação de Schilling.
induzida por ruído ocupacional
(PAIR) resulta da exposição
92- (FCC - 2011 - INFRAERO - crônica a ruídos excessivos.
Médico do Trabalho) A
Classificação proposta por Schilling
95- (CESPE - 2014 - FUB – Eng.
agrupa as doenças segundo sua
de Segurança - Adaptada) A perda
relação com o trabalho. De acordo
auditiva induzida por ruído atinge
com essa Classificação, as doenças
trabalhadores de diversos ramos
em que o trabalho é
de atividade, principalmente na
a) fator contributivo ou indústria siderúrgica, metalúrgica,
provocador de um distúrbio

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têxtil, de papel e em gráficas e B. A exposição associada a outros


vidrarias. agentes (químicos ou físicos) não
tem influência na sua evolução.
C. Uma vez instalada, a PAIR
96- (Instituto CONSULPAM -
continua progredindo mesmo
2023 - Médico do Trabalho) Sobre
cessada a exposição.
a Perda Auditiva Induzida por
Ruído (PAIR), assinale a D. Manifesta-se nas frequências de
alternativa CORRETA. 6, 4 ou 3 KHz., e, com o
agravamento da lesão, estende-se
A. Consiste em todos os casos de
às frequências mais baixas.
Perda Auditiva Induzida por Ruído
(Pair) caracterizados pela E. A susceptibilidade individual não
diminuição gradual da acuidade tem influência na sua evolução.
auditiva, decorrente da exposição
continuada ao ruído, associado
sempre a substâncias químicas, no 98- (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
ambiente de trabalho. - 2012 - EMAP – Tec. enfermagem
do trabalho) A asbestose é uma
B. É sempre neurossensorial,
pneumopatia ocasionada por
geralmente unilateral.
exposição ao
C. É reversível e passível de não
a) mercúrio.
progressão, uma vez cessada a
exposição ao ruído. b) amianto.

D. A maior característica da Pair é c) cloro.


a degeneração das células ciliadas d) chumbo.
do órgão de Corti.
e) benzeno.

97- (FGV - 2022 - SEMSA –


99- (CESPE - 2013 - MTE -
Médico Trabalho) A Perda Auditiva
Auditor Fiscal do Trabalho) No
por Ruído – PAIR Relacionada ao
Brasil, o uso da maior parte dos
Trabalho, diferentemente do
asbestos é proibido, exceto o
Trauma Acústico, é uma
crocidolita, cujo limite de
diminuição gradual da acuidade
tolerância mostra-se inferior ao
auditiva, decorrente da exposição
proposto pelos organismos
continuada a níveis elevados de
internacionais de saúde e
pressão sonora.
segurança do trabalho.
Sobre a evolução da PAIR
relacionada ao trabalho, assinale a
afirmativa correta. 100- (CESPE - 2007 - TCU -
Médico do Trabalho) As
A. A PAIR é sempre condutiva, em
partículas, quando contêm sílica
razão do dano causado às células
livre cristalizada, podem levar o
do órgão de Córti.
trabalhador a desenvolver a

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silicose, um tipo de 104- (FGV - 2023 – ALEMA -


pneumoconiose. Médico do Trabalho) Assinale a
opção que indica uma atividade
econômica que apresenta risco
101- (CESPE - 2013 - MTE - aumentado para o
Auditor Fiscal do Trabalho) A desenvolvimento de bissinose em
siderose, decorrente da exposição seus respectivos trabalhadores.
a fumos de óxido de ferro,
A. Tecelagem de algodão.
caracteriza-se por alterações
radiológicas pulmonares difusas, B. Avicultura.
que são associadas ao
C. Agricultura de grãos.
desenvolvimento precoce de
insuficiência respiratória grave. D. Comércio de alimentos.
E. Indústria de panificação.

102- (FGV - 2021 - Analista


Judiciário (TJ RO)/Médico/Trabalho 105- (CESGRANRIO - 2017 –
A pneumoconiose mais PETROBRAS – Segurança) Os
frequentemente associada à agentes etiológicos como as
tuberculose é causada pelo poeiras orgânicas contendo
seguinte agente patogênico de fungos, proteínas de penas, pelos
exposição: e fezes de animais podem
provocar uma pneumoconiose
A. amianto;
denominada
B. berílio;
A. alveolite alérgica extrínseca
C. algodão;
B. antracose
D. ferro;
C. bissinose
E. sílica.
D. siderose
E. silicose
103- (FGV - 2022 – TJDFT -
Medicina do Trabalho) O trabalho
em marmorarias pode apresentar 106- (CESGRANRIO - 2012 -
risco aumentado para: Técnico Júnior (BR)/Segurança) A
Antracose é uma doença
A. pneumoconiose não
ocupacional provocada pelo(a)
fibrogênica;
A. pó de carvão
B. bissinose;
B. poeira de cana-de-açúcar
C. asbestose;
C. poeira de algodão
D. antracose;
D. exposição ao berílio
E. silicose.
E. exposição ao óxido de ferro

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107- (CESGRANRIO - 2005 - suscetibilidade individual do


Perito Médico Previdenciário trabalhador, bem como da
(INSS) A situação abaixo deverá concentração de sílica livre
ser base para responder à respirável, do tempo de exposição
questão. e do tamanho das partículas a que
o indivíduo é exposto.
Paciente do sexo feminino, 40
anos, não tabagista, trabalhando
há cerca de 20 anos na confecção
111- (CESGRANRIO - 2012 -
de roupas isolantes térmicas com
TERMOBAHIA – Tec.Seg.) De
fios de crisotila, comparece pela
acordo com o Decreto Lei no
primeira vez à perícia médica do
3.048, a silicose é considerada
INSS, portando CAT e com queixas
doença profissional e está
respiratórias recentes e
relacionada à atividade
progressivamente mais intensas.
ocupacional de:
Dentre as patologias ocupacionais
a) tecelagem
citadas a seguir, o diagnóstico
provável é: b) soldagem

A. antracose. c) distribuição de combustível

B. asbestose. d) lapidação de mármores

C. bissinose. e) fabricação de telhas

D. beriliose aguda.
E. silicose crônica. 112- (FCC - 2011 - TRT - 1ª
REGIÃO (RJ) - Médico do
Trabalho) Pneumoconiose é uma
108- (CESPE - 2013 - MPU - doença pulmonar ocupacional
Analista – Eng.Seg.) A silicose é causada por acúmulo de poeira
classificada como doença nos pulmões e reação tissular à
profissional típica do grupo I de presença dessas poeiras.
Schilling. Trabalhador de minas de ferro são
mais propensos a desenvolver
a) berilose.
109- (CESPE - 2013 - FUB - Tec.
Seg.) Devido à grande utilização b) siderose.
da fibra do asbesto na construção
c) asbestose.
civil, a asbestose é a
pneumoconiose mais frequente no d) bissinose.
Brasil. e) silicose.

110- (CESPE - 2009 - FUB - 113- (PUC/PR - 2012 - FEAES/PR


Médico do Trabalho) O - Médico do Trabalho - Adaptada)
desenvolvimento e a evolução da Com relação a pneumopatias
silicose dependem da

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relacionadas ao trabalho, assinale fibrogênica, com depósito macular


a alternativa CORRETA: de material particulado e infiltrado
inflamatório leve, sem enfisema.
A. Pneumoconioses são
pneumopatias, como o caso de A. Sílica.
câncer pulmonar, relacionadas
B. Ferro.
etiologicamente à inalação
exclusivamente de poeiras C. Berílio.
metálicas em ambientes de D. Abesto.
trabalho.
B. Para que ocorra pneumoconiose
115- (CESPE - 2011 - EBC –
é necessário que o material
Eng.Segurança do Trabalho) A
particulado seja inalado e atinja as
siderose pode ser desencadeada
vias respiratórias intermediárias,
pela exposição ocupacional a
em quantidade capaz de superar
poeiras de ferro.
os mecanismos de depuração.
C. Como exemplo de
pneumoconioses fibrogênicas 116- (CESPE - 2013 - UNIPAMPA
pode-se citar: asbestose, e silicose - Médico do Trabalho) A fibrose
e Pneumoconiose dos pulmonar desencadeada pelo
Trabalhadores do Carvão. acúmulo de poeira inalada
contendo dióxido de silício (SiO2)
D. Silicose é uma pneumoconiose
é conhecida como silicose.
causada pela inalação de sílica
livre cristalina que se manifesta
após curto período de exposição, 117- (IADES – 2014 - Metrô/DF -
habitualmente não superior a 6 Médico do Trabalho – Adaptada)
meses, caracterizada por fibrose
progressiva do parênquima 1. A asbestose é uma doença que
pulmonar. não pode ser considerada como de
cunho eminentemente
ocupacional, pois é
114- (CONSULPLAN – 2021 - frequentemente diagnosticada em
CBTU - Médico do Trabalho) A pessoas que jamais trabalharam
pneumoconiose é considerada uma com exposição ao asbesto.
doença relacionada ao trabalho, 2. A asbestose comumente
sendo caracterizada como aparece após um ano de exposição
conjunto de doenças pulmonares continuada ao asbesto.
causadas pelo acúmulo de poeira
nos pulmões e reação tissular à 3. O câncer de pulmão não tem
presença dessas poeiras, sido observado como uma
presentes no ambiente de complicação na evolução da
trabalho. Assinale a alternativa asbestose.
que apresenta um agente
etiológico causador de
pneumoconiose simples, ou não

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118- (CESPE - 2017 - TRE AP – ser consideradas doenças


Eng.Civil) relacionadas ao trabalho.
A. O asbesto é responsável por É correto o que se afirma em:
fibrose do tecido pulmonar, mas
a) I, apenas
não, pelo aparecimento de
neoplasias malignas. b) II, apenas.

B.Embora cause expressivas c) III, apenas.


alterações radiológicas, a poeira d) I e III, apenas.
do carvão mineral não está
e) II e III, apenas.
associada ao aparecimento de
patologias pulmonares.
C.A silicose, causada pela 120- (FCC - 2022 - TRT 4ª Região
exposição à sílica, é a - Medicina do Trabalho) A
pneumoconiose mais freqüente no dermatose ocupacional mais
Brasil. comum que ocorre em
trabalhadores expostos ao
D.A baritose, causada pela
cimento, como pedreiros e
exposição ao berílio, tem evolução
serventes de obra, é a
grave, levando à falência
pulmonar em poucos anos. A. dermatite de contato irritativa.

E.A exposição ao estanho, apesar B. dermatite de contato alérgica.


de resultar em poucas alterações C. hiperceratose.
radiológicas, causa quadro clínico
severo. D. miliária.
E. elaioconiose.

119- (CETRO - 2013 - ANVISA - 121- (ESPP - 2012 - BANPARÁ -


Analista Adm.) Considerando o Médico do Trabalho) Analise as
que diz o Ministério da Saúde a atividades abaixo:
respeito das doenças infecciosas e I. Trabalho em galerias e esgotos.
parasitárias relacionadas ao
II. Trabalho em minas e túneis.
trabalho, analise as assertivas
abaixo. III. Trabalho em cursos de água e
drenagem.
I. Tuberculose, carbúnculo e
brucelose podem ser considerados Associa(m)-se a maior risco de
doenças relacionadas ao trabalho. leptospirose:

II. Dengue, hepatites virais e a) I, II e III.


malária não podem ser b) I e III, apenas.
consideradas doenças relacionadas
ao trabalho. c) I, apenas.

III. Tétano, febre amarela e d) II, apenas.


leishmaniose cutânea não podem e) III, apenas.

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122- (CESPE - 2005 - SERPRO - 124- (CESPE - 2010 - BRB -


Médico do Trabalho) A exposição Médico do trabalho) O nexo
ocupacional ao tétano é comum; técnico epidemiológico
acomete trabalhadores da previdenciário (NTEP) foi
agricultura, construção civil, elaborado a partir do cruzamento
saneamento e coletores de lixo, das informações do código da
entre outros. classificação internacional de
doenças (CID-10) com o código da
classificação nacional de atividade
123- (FCC - 2011 - TRT23- econômica (CNAE). Ele aponta a
Médico do trabalho) existência de relação entre a lesão
1. No Nexo Técnico Epidemiológico ou agravo e a atividade
Previdenciário (NTEP), ocorre a desenvolvida pelo trabalhador.
inversão do ônus da prova entre o
trabalho e o agravo, quando
125- ( CESPE - 2010 - SERPRO -
baseado no CNAE e na
Médico do trabalho) O NTEP
Classificação Internacional de
introduz, por força da
Doenças para fins previdenciários,
epidemiologia, um movimento,
cabendo ao trabalhador ou a DRT
chancelado política e
com- provar a exposição ao
cientificamente, em direção à
agente causal.
maior aceitação do erro falso-
2. Considera-se estabelecido nexo positivo —, na dúvida é acidente
entre o trabalho e o agravo do trabalho —, em detrimento ao
quando se verificar a ocorrência de falso-negativo —, na dúvida não é
nexo técnico epidemiológico entre acidente do trabalho —, a partir do
o ramo de atividade econômica da momento que exige da medicina
empresa (CNAE) e a entidade do trabalho a prova peremptória
mórbida motivadora da de que trabalhar não faz mal à
incapacidade, relacionada na saúde do trabalhador.
Classificação Internacional de
Doenças.

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5 – Gabarito

GABARITO 1: E GABARITO 34:E GABARITO 64:C GABARITO 96:D


GABARITO 2: C GABARITO 35:E GABARITO 65:C GABARITO 97:D
GABARITO 3: E GABARITO 36:D GABARITO 66:E GABARITO 98:B
GABARITO 4: E GABARITO 37:E GABARITO 67:E GABARITO 99:E
GABARITO 5: E/E GABARITO 38:A GABARITO 68:C GABARITO 100: C
GABARITO 6: E GABARITO 39:E GABARITO 69:E GABARITO 101: E
GABARITO 7: E GABARITO 40:C GABARITO 70:C GABARITO 102: E
GABARITO 8: C GABARITO 41:E GABARITO 71:C GABARITO 103: E
GABARITO 9: E GABARITO 42:C GABARITO 72:C GABARITO 104: A
GABARITO 10:B GABARITO 43:B GABARITO 73:A
GABARITO 105: A
GABARITO 11:E GABARITO 44:C GABARITO 74:C
GABARITO 106: A
GABARITO 12:E/E GABARITO 45:B GABARITO 75:C
GABARITO 107: B
GABARITO 13:C/C GABARITO 46:D GABARITO 76:C
GABARITO 108: C
GABARITO 14:E GABARITO 47:C GABARITO 77:E
GABARITO 109: E
GABARITO 15:D GABARITO 48:E GABARITO 78:C/C
GABARITO 110: C
GABARITO 16:C GABARITO 49: GABARITO 79:C
GABARITO 111: D
GABARITO 17:B E/E/E GABARITO 80:E/C
GABARITO 112: B
GABARITO 18:A GABARITO 50:C GABARITO 81:C
GABARITO 113: C
GABARITO 19:C GABARITO 51:C GABARITO 82:D
GABARITO 114: B
GABARITO 20:C GABARITO 52:C GABARITO 83:C
GABARITO 115: C
GABARITO 21:E GABARITO 53:A GABARITO 84:B
GABARITO 116: C
GABARITO 22:E GABARITO 54:B GABARITO 85:E
GABARITO 117: E/E/E
GABARITO 23:C GABARITO 55:B GABARITO 86:C
GABARITO 118: C
GABARITO 24:E GABARITO 56:B GABARITO 87:C
GABARITO 119: A
GABARITO 25:A GABARITO 57:C GABARITO 88:A
GABARITO 120: A
GABARITO 26:C GABARITO 58: GABARITO 89:E
GABARITO 121: A
GABARITO 27:B C/E/E GABARITO 90:E
GABARITO 122: C
GABARITO 28:E GABARITO 59:C GABARITO 91:C
GABARITO 123: E/C
GABARITO 29:E GABARITO 60:C GABARITO 92:D
GABARITO 124: C
GABARITO 30:A GABARITO 61:C GABARITO 93:C
GABARITO 125: C
GABARITO 31:E GABARITO 62:E GABARITO 94:C
GABARITO 32:E GABARITO 63:E GABARITO 95:C
GABARITO 33:E/E

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