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CURSO COMPLETO

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RESUMO ESQUEMATIZADO

• Direito do Trabalho
• Legislação internacional
• Segurança e Saúde do Trabalho
• DIREITOS HUMANOS

Bônus

• PLANNER (INDICAÇÃO DE LEITURA 30 dias antes da prova)


• Legislação selecionada
• + 500 itens V/F comentados
• Garantia de Atualização com a publicação do edital

APRESENTAÇÃO DOS PROFESSORES

Olá, futuro (a) Auditor (a) Fiscal do Trabalho!

Nós, Prof. Mariana Matos e Prof. Bruno Bezerra, estamos juntos com você nesse Resumo
Esquematizado.

PROF. MARIANA MATOS

Sou Mariana Matos, advogada trabalhista e previdenciária, pós-graduada em Direito do


Trabalho e Processo do Trabalho pela Associação de Magistrados do TRT-12 (2015), pós-
graduada em “educação a distância e tecnologias educacionais” pela Universidade Paranaense
– UNIPAR (2020) e professora de Direito Material, Processo e Internacional do Trabalho no
tecconcursos.

Desde 2014 faço comentários de questões para concursos públicos – já são mais de 16
mil questões comentadas e, claro, familiaridades com as Bancas e provas de concursos públicos.
E por que decidi fazer essa breve introdução? Para lhe dizer que a única coisa que separa o meu
conhecimento do seu é: a experiência adquirida ao longo do tempo.

PROF. BRUNO BEZERRA


Opa, pessoal. Tudo bem? Atualmente exerço o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal
do Brasil (AFRFB). Sou pós-graduado em Direito Tributário e professor de Legislação Tributária
Federal na pós-graduação do Estratégia Concursos e no Passo Estratégico.

Estou há mais de 17 anos vivendo no mundo dos concursos, após decidir largar a
Odontologia. Em minha carreira concursística, fui aprovado e nomeado em 3 concursos públicos
federais:

• Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2006) – 3º lugar na 3ª RF


• Analista de Comércio Exterior do MDIC (2012) – 11º lugar
• Auditor Fiscal da Receita Federal (2012) – 25º lugar
Direito do trabalho
Direitos Constitucionais

1. Técnico Judiciário (TRT 3ª Região) / 2022 /Fumarc- Os direitos garantidos aos trabalhadores
pelo Art. 7º da Constituição vigente alcançam:

a) Apenas trabalhadores urbanos.

b) Homens e mulheres, vedada qualquer distinção, ainda que positiva.

c) Qualquer pessoa física remunerada pela prestação de serviço.

d) Relações de trabalho em geral.

e) Trabalhadores rurais e urbanos, incluindo os domésticos.

GABARITO: letra (E)

Sabe-se que toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas a recíproca não é
verdadeira. Nesse sentido, apesar de tendência extensiva dos direitos do art. 7º da CF ao
trabalho não subordinado, no que lhe for compatível, a corrente majoritária e clássica não
admite a aplicação generalizada a todos os trabalhadores.
Grosso modo, os direitos previstos no rol do art. 7º da CF/88 abrangem os trabalhadores que –
em tese – são hipossuficientes. Incluem-se neste grupo os:
• Empregados em geral;
• Rurícolas;
• Trabalhadores avulsos e;
• Empregados domésticos.
Diante de alguma incompatibilidade jurídica, a CF previu rol diferenciado aos servidores públicos
são aqueles do art. 39, § 3º da CF:
a) Apenas trabalhadores urbanos.
b) Homens e mulheres, vedada qualquer distinção, ainda que positiva.
c) Qualquer pessoa física remunerada pela prestação de serviço.
d) Relações de trabalho em geral.
e) Trabalhadores rurais e urbanos, incluindo os domésticos.

Suspensão e interrupção

2. Analista Judiciário (TRT 4ª Região) / 2022 / FCC Zeus foi convocado e compareceu para ser
testemunha em processo judicial, tendo ficado no fórum entre 10h e 14h no dia da audiência
em 26/05/2022; Hipócrates, no mesmo dia 26/05/2022, doou sangue, pela segunda vez no ano;
Mercúrio, também no dia 26/05/2022, acompanhou sua filha de 8 anos em consulta médica.
Considerando que os três trabalhadores regidos pela CLT se ausentaram do trabalho no dia
26/05/2022, à luz do que prevê o ordenamento jurídico trabalhista vigente.

a) todos terão o dia de ausência remunerado.

b) nenhum dos três terá o dia de ausência remunerado.

c) apenas Hipócrates e Zeus terão o dia de ausência remunerado.

d) apenas Mercúrio e Zeus terão o dia de ausência remunerado.

e) apenas Mercúrio terá o dia de ausência remunerado.

GABARITO: letra (B)

Questão maliciosa!!! Notem que em todas as assertivas a Banca considera a dispensa do DIA,
contudo, para comparecer em juízo, a interrupção do contrato será PELO TEMPO NECESSÁRIO.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
Quanto à interrupção para doação de sangue se conta sempre 12 meses de trabalho e não da
última doação. O prazo é de um dia e se justifica, porque não é recomendado ao doador realizar
grandes esforços físicos no dia da doação além, é claro, de ato altruísta. O Legislador optou por
limitar a um dia, por isso Hipócrates não fará jus, pois está em sua segunda doação no ano.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada;
Por fim, UM DIA para acompanhar o filho de até 06 anos em consulta médica:
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
Com base nisso, nenhum dos três terá o DIA de ausência remunerado, apesar de Zeus ter
justificada a sua ausência no período de 10h as 14h e, se voltou ao trabalho e cumpriu sua
jornada terá o DIA remunerado.

3. Analista Judiciário (TRT 8ª Região) / 2022 / Cebraspe - Com relação ao término do contrato
de trabalho, assinale a opção correta.

a) O empregado não tem direito ao seguro desemprego em caso de rescisão indireta do contrato
de trabalho.

b) O pedido de demissão e a demissão sem justa causa são formas de extinção voluntária
motivada do contrato de trabalho.
c) A incontinência de conduta, de acordo com a CLT, é causa ensejadora de demissão por justa
causa, diferentemente de mau procedimento, que poderá ensejar, no máximo, uma suspensão
ao empregado.

d) O pagamento da rescisão do contato de trabalho por culpa recíproca confere ao empregado


direito a receber, entre outras verbas, a integralidade do valor das férias proporcionais e 50%
do valor relativo ao décimo terceiro salário.

e) A rescisão indireta é aplicada quando o empregador comete falta grave, como, por exemplo,
tratar o empregado com rigor excessivo.

GABARITO: letra (E)

a) O empregado não tem direito ao seguro desemprego em caso de rescisão indireta do


contrato de trabalho.

INCORRETA: A extinção por rescisão indireta ocorre quando o empregador comete justa causa,
ou seja, dá motivo para o empregado requerer a extinção do contrato de trabalho, com direito
a todas as verbas correspondes à dispensa sem justa causa.
• Saldo de salários,
• Férias vencidas, simples e proporcionais,
• Décimo terceiro proporcional,
• Aviso prévio,
• Saque
• Multa do FGTS (40%),
• Seguro desemprego e
• Indenização equivalente a um salário mensal, se a demissão ocorrer 30 dias antes da
correção do salário base da categoria.

b) O pedido de demissão e a demissão sem justa causa são formas de extinção voluntária
motivada do contrato de trabalho.
INCORRETA: as modalidades de extinção do contrato de trabalho estão divididas em cinco
grupos:
a) extinção normal (final do prazo)
b) por ato voluntário imotivado (dispensa sem justa causa, pedido de demissão e acordo
bilateral)
c) por ato voluntário motivado (justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca);
d) atípica, por fato involuntário (força maior, morte e fato do príncipe).
c) A incontinência de conduta, de acordo com a CLT, é causa ensejadora de demissão por justa
causa, diferentemente de mau procedimento, que poderá ensejar, no máximo, uma
suspensão ao empregado.
INCORRETA: A incontinência de conduta é o desregramento sexual no ambiente de trabalho. É
o famoso (a) tarado (a) da empresa. Relacione a incontinência de conduta com aquela urinária,
já que esta lembra o órgão genital. Já o mau procedimento abarca qualquer violação moral que
não seja sexual.
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

d) O pagamento da rescisão do contato de trabalho por culpa recíproca confere ao empregado


direito a receber, entre outras verbas, a integralidade do valor das férias proporcionais e 50%
do valor relativo ao décimo terceiro salário.

INCORRETA: O reconhecimento desta modalidade de rescisão será realizado exclusivamente


por decisão judicial. Quanto às verbas rescisórias, elas serão devidas pela metade.
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o
tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do
empregador, por metade.
Súmula nº 14 do TST
CULPA RECÍPROCA. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do
décimo terceiro salário e das férias proporcionais.

e) A rescisão indireta é aplicada quando o empregador comete falta grave, como, por
exemplo, tratar o empregado com rigor excessivo.

CORRETA: as hipóteses de justa causa do empregador previstas no art. 483 da CLT que ensejam
a rescisão indireta do contrato de trabalho.
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização
quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da
honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando
tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
Remuneração

4. Oficial de Justiça Avaliador Federal / (TRT 23ª Região) / 2022 / FCC - Abdias presta serviços
de coleta de lixo hospitalar para o Hospital Cura Tudo, percebendo adicional de insalubridade
em grau médio. Após novo laudo ambiental, atestou-se a necessidade de pagamento de
adicional de insalubridade em grau máximo.

Nessa situação, Abdias deverá receber um acréscimo nessa verba de


a) 100%
b) 40%
c) 80%
d) 20%
e) 50%

GABARITO: letra (A)

Questão que mais parece raciocínio lógico do que direito do trabalho.


A percentagem de insalubridade de grau médio é de 20%. Já aquela de grau máximo é de 40%.
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da
região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Assim, o acréscimo que Abdias vai receber no adicional de insalubridade que já recebe será de
100%. Veja que ele já recebe 20%, ora, se ele precisa receber 40%, vai receber mais 20%, ou
seja, 100% dos 20% que já recebe. Não sei se me fiz entender, mas sei que essa questão pode
ter feito muito candidato errar a questão.
Assim, a letra (B) está errada porque não será 40% de 20%; da mesma forma a letra (C), não é
80% de 20% que já recebe; as demais também, nem 20% ou 50% de 20%.

5. Analista Judiciário (TRT 16ª Região) / 2022 / FGV - Vanuzia trabalha em setor de uma empresa
em que há risco acentuado de morte, daí porque recebe adicional de periculosidade. Seu esposo
Vinicius trabalha em outra empresa e atua num setor no qual há um agente agressor à saúde
em grau médio.

Considerando a situação vivida pelo casal, e de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.

a) Vanuzia receberá 30% do salário-mínimo e Vinicius, 40% sobre o seu salário-base.

b) Não pode haver acúmulo dos adicionais de insalubridade e periculosidade para o mesmo
casal, e por isso um deles deverá abdicar do direito.

c) Vanuzia receberá 30% do seu salário-base e Vinicius, 20% sobre o salário-mínimo.


d) Vinicius receberá 10% sobre o salário básico e Vanuzia, 40% sobre o salário-mínimo.

e) Ambos receberão adicional de 30%, que incidirá sobre o salário de cada um deles.

GABARITO: letra (C)

O adicional de insalubridade é devido quando a atividade desenvolvida ocasionar


gradativamente prejuízo à saúde ou integridade física do empregado. Perceba que a
característica prejudicial se prolonga no tempo ao contrário da periculosidade, cujo perigo de
causar prejuízos à saúde é iminente, pode ocorrer a qualquer momento.
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo
da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Note pelo art. 192 da CLT que a base de cálculo é o salário mínimo, sendo este entendimento a
ser cobrado pelas Bancas, após decisão do STF que ratificou essa base de cálculo de forma
transitória.
Na periculosidade, é como se o empregado trabalhasse em cima de uma “bomba” que pode ou
não explodir, mas o risco está sempre presente. Esses adicionais serão devidos em percentagens
diferenciadas. O de insalubridade é de 40%, 20% ou 10% a depender do grau insalubre. Já o de
periculosidade é de 30%.
A base de cálculo do adicional de periculosidade, diferente do de insalubridade é bem definida:
é o salário básico, com exclusão de outros adicionais, inclusive para os eletricitários
(atualmente).
Art. 193§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios
ou participações nos lucros da empresa.

Por fim, os adicionais de insalubridade e periculosidade, segundo a legislação não são


cumuláveis já que o empregado que fizer jus aos dois deverá optar por um deles, indo de
encontro a Convenção da OIT.

Art. 193. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe
seja devido.

a) Vanuzia receberá 30% do salário-mínimo e Vinicius, 40% sobre o seu salário-base.

b) Não pode haver acúmulo dos adicionais de insalubridade e periculosidade para o mesmo
casal, e por isso um deles deverá abdicar do direito.

c) Vanuzia receberá 30% do seu salário-base e Vinicius, 20% sobre o salário-mínimo.

d) Vinicius receberá 10% sobre o salário básico e Vanuzia, 40% sobre o salário-mínimo.
e) Ambos receberão adicional de 30%, que incidirá sobre o salário de cada um deles.

6. Analista Judiciário (TRT 3ª Região) / 2022 / Fumarc - Em relação ao salário utilidade, NÃO é
correto afirmar:

a) Em relação aos trabalhadores urbanos, a habitação e a alimentação fornecidas como salário-


utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente,
a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.

b) O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

c) O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em
diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para
qualquer efeito.

d) O veículo fornecido pelo empregador ao empregado, quando indispensável para a realização


do trabalho, não tem natureza salarial, salvo no caso de veículo que seja utilizado pelo
empregado também em atividades particulares.

e) Os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no


local de trabalho para a prestação do serviço, são exemplos de utilidades que não são
consideradas como salário.

GABARITO: letra (D)

a) Em relação aos trabalhadores urbanos, a habitação e a alimentação fornecidas como


salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder,
respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.
CORRETA: O legislador previu percentual máximo para algumas utilidades – habitação e
alimentação –, mas não para as outras, cuja interpretação fica a cargo da jurisprudência.

URBANO: calculadas sobre o salário contratual – correspondentes à (mais moradia, menos


comida), portanto, Habitação: 25% e Alimentação: 20%. Aplica-se como base o salário
contratual.
Em caso de recebimento superior ao salário mínimo, apura-se o valor real da utilidade, conforme
entendimento do TST:

Súmula nº 258 do TST


SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS. Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in
natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-
se, nas demais, o real valor da utilidade.
Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a
empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso
algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins
a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e
20% (vinte por cento) do salário-contratual.

b) O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.


CORRETA: as características do salário-utilidade são:
• Habitualidade
• Contraprestação
• Não nocivas à saúde.
• Natureza salarial não afastada.

Súmula nº 367 do TST


UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.

c) O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido
em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para
qualquer efeito.

CORRETA: a reforma trabalhista ratificou que a parcela referente assistência por serviço
médico ou odontológico, incluído o reembolso de qualquer despesa médica, independente da
modalidade de plano e cobertura não integra o salário.
Art. 458.
§ 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou
não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido
em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para
qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do
art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

d) O veículo fornecido pelo empregador ao empregado, quando indispensável para a


realização do trabalho, não tem natureza salarial, salvo no caso de veículo que seja utilizado
pelo empregado também em atividades particulares.

INCORRETA: a habitação, energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador, quando


indispensáveis PARA o trabalho, nos termos da súmula n. 367 do TST, não tem natureza salarial,
ainda que o veículo seja utilizado em atividades particulares pelo empregado.

Súmula nº 367 do TST


UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO
I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando
indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso
de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde.
e) Os vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados
no local de trabalho para a prestação do serviço, são exemplos de utilidades que não são
consideradas como salário.

CORRETA: No tocante ao vestuário, equipamentos e outros acessórios (previstos no inciso I)


são prestações cujo caráter é nitidamente para o trabalho. Serão fornecidos para a sua
execução e, por isso, sua natureza salarial foi afastada por lei.

7. Analista Judiciário (TRT 8ª Região) / 2022 / Cebraspe - No que se refere às atividades


insalubres ou perigosas, assinale a opção correta.

a) A atividade é considerada perigosa quando o empregado permanece exposto


permanentemente a uma atividade de risco, sendo excluídos os casos de exposições
intermitentes.

b) Constitui atividade perigosa para os tripulantes de uma aeronave o fato de permanecerem a


bordo durante o abastecimento da aeronave.

c) A constatação de que a atividade é insalubre, por laudo pericial, é suficiente para que o
empregado receba o adicional correspondente.

d) Não constitui atividade insalubre o fato de o empregado trabalhar a céu aberto, sujeito à
radiação solar, exceto nas situações em que estiver exposto a calor acima dos limites de
tolerância.

e) A exposição do empregado a radiação ionizante ou a substância radioativa enseja a percepção


do adicional de insalubridade.

GABARITO: letra (D)

a) A atividade é considerada perigosa quando o empregado permanece exposto


permanentemente a uma atividade de risco, sendo excluídos os casos de exposições
intermitentes.
INCORRETA: o empregado exposto, ainda que de forma descontínua (intermitente), a
inflamáveis e explosivos faz jus ao adicional de periculosidade integralmente, previsão no item
I da Súmula 364 do TST.
SÚMULA Nº 364. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E
INTERMITENTE. (inserido o item II) (2016).
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que,
de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-
se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido.
b) Constitui atividade perigosa para os de uma aeronave o fato de permanecerem a bordo
durante o abastecimento da aeronave.
INCORRETA: Apesar da obviedade quando a manipulação de inflamáveis, o adicional não será
devido aos tripulantes ou motoristas, quando permanecem no veículo durante o
abastecimento, salvo se também auxiliarem.
SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O
ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Res. 193/2013, DEJT divulgado em 13, 16 e
17.12.2013. Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que,
no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional
de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE.
c) A constatação de que a atividade é insalubre, por laudo pericial, é suficiente para que o
empregado receba o adicional correspondente.
INCORRETA: o TST entende indispensável que a atividade exercida esteja definida como
insalubre para efeitos de percepção do respectivo adicional.
Súmula nº 448 do TST
ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15
DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado
tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre
na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e
a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14
da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.

d) Não constitui atividade insalubre o fato de o empregado trabalhar a céu aberto, sujeito à
radiação solar, exceto nas situações em que estiver exposto a calor acima dos limites de
tolerância.

CORRETA, com ressalva: a OJ – SDI –I nº 173 do TST não reconhece, por falta de previsão legal,
adicional de insalubridade por sujeição à radiação solar. No entanto, reconhece quando
trabalhador está sujeito à atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive
ambiente externo.

OJ – SDI-I nº 173.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR.
I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a
céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº
3214/78 do MTE).
II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao
calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas
condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE.

Contudo, atente-se que o anexo 3 da NR 15 sofreu alteração para dispor que “Este Anexo não
se aplica a atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de calor”, assim,
a OJ estaria prejudicada.

e) A exposição do empregado a radiação ionizante ou a substância radioativa enseja a


percepção do adicional de insalubridade.
INCORRETA: os casos de radiações ionizantes são classificados pela CLT como insalubres, mas
para o Ministério do Trabalho (Portarias ns. 3,393/87 e 518/03) elas são perigosas, de percentual
maior.

OJ nº 345 da SDI-I. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA


RADIOATIVA. DEVIDO.
A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção
do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do
Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade,
reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida
no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu
a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.

8. Analista Judiciário (TRT 5ª Região) / 2022 / FCC - Considere as assertivas abaixo.

I. Regulamento interno da empresa prevendo plano de cargos e salários, desde que depositado
junto à Delegacia Regional do Trabalho, é fator impeditivo de equiparação salarial.

II. É passível de multa equivalente até ao limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social a empresa que discriminar em termos salariais dois trabalhadores por motivo
de sexo ou etnia.

III. Para que o empregado possa requerer equiparação salarial com outro trabalhador da mesma
empresa, a diferença de tempo de casa de ambos não pode ser superior a 2 anos.

IV. A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na


função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.

Conforme o que prevê a Consolidação das Leis do Trabalho, está correto o que se afirma APENAS
em
a) I e III.

b) II e IV.

c) II.

d) IV.

e) I, II e III.

GABARITO: letra (D)

I. Regulamento interno da empresa prevendo plano de cargos e salários, desde que


depositado junto à Delegacia Regional do Trabalho, é fator impeditivo de equiparação salarial.
INCORRETA: O plano de carreira é norma autônoma e unilateral estabelecida espontaneamente
pelo empregador, pelo qual organiza o quadro de cargos, funções e carreira dos seus
empregados. Uma vez existente, o empregador deve cumprir as determinações nele previstas.
Pois bem, o § 2º também sofreu alterações para ir de encontro ao entendimento disposto no
inciso I da Súmula 06 do TST que exigia a homologação do quadro de carreira pelo Mtb.
Art. 461. § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de
negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação
ou registro em órgão público.
Perceba que a instituição de quadro de carreira ou de plano de cargos e salários, por meio de
norma interna ou negociação coletiva, prescinde (não precisa) de qualquer homologação ou
registro em órgão público.
II. É passível de multa equivalente até ao limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social a empresa que discriminar em termos salariais dois trabalhadores por
motivo de sexo ou etnia.
INCORRETA: a reforma trabalhista incluiu o § 6° ao art. 461 da CLT para prever multa de 50%
do TETO do Regime de Previdência Social, quando a diferença salarial se der por discriminação
por motivo de sexo ou etnia. Entretanto, em 2023 houve alteração do dispositivo, além da
inclusão do § 7:
§ 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará,
além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado
discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social.”
§ 6º Na hipótese de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento
das diferenças salariais devidas ao empregado discriminado não afasta seu direito de ação de
indenização por danos morais, consideradas as especificidades do caso concreto. (Redação dada
pela Lei nº 14.611, de 2023)

§ 7º Sem prejuízo do disposto no § 6º, no caso de infração ao previsto neste artigo, a multa de
que trata o art. 510 desta Consolidação corresponderá a 10 (dez) vezes o valor do novo salário
devido pelo empregador ao empregado discriminado, elevada ao dobro, no caso de
reincidência, sem prejuízo das demais cominações legais. (Incluído pela Lei nº 14.611, de 2023)

III. Para que o empregado possa requerer equiparação salarial com outro trabalhador da
mesma empresa, a diferença de tempo de casa de ambos não pode ser superior a 2 anos.
INCORRETA: o § 1° do art. 461 teve nova redação, a manter o critério de inexistência de
diferença de tempo na função superior a 02 anos. Contudo, trouxe outro fato impeditivo.
Art. 461. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de
serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na
função não seja superior a dois anos.
Perceba que além de não ter mais de 02 anos de diferença na função, não poderão os
empregados terem mais de 04 anos de serviço com o mesmo estabelecimento empresarial.
Muito cuidado! A reforma trabalhista não passou a prever prazo de 04 anos na função, mas sim,
que não haja diferença superior a 04 anos contados da data de admissão. Assim, entre o
paradigma e o paragonado não poderá haver diferença de tempo de contrato superior a 04
anos.
IV. A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na
função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
CORRETA: A simultaneidade no exercício da função, também conhecido como
contemporaneidade, não tinha previsão legal até a reforma trabalhista. Com a Lei 13.467/17
exige-se que os empregados tenham laborado em momentos contemporâneos, circunstância
que já era reconhecida pela jurisprudência do TST na Súmula 06.
Art. 461. § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no
cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
Perceba pela redação do dispositivo que a contemporaneidade pode ser contada no cargo ou
na função. Assim, para esse requisito, a equiparação salarial será reconhecida mesmo que o
trabalho tenha se dado no mesmo cargo entre paradigma e paragonado, ainda que em função
diversa.
A doutrina e jurisprudência entendem por simultaneidade entre paradigma e paragonado o
período mínimo 30 dias. Portanto, ao menos por esse período eles devem ter trabalhado no
mesmo estabelecimento empresarial, ainda que em período de jornadas diferentes.

Alteração contratual

9. Oficial de Justiça Avaliador Federal / (TRT 23ª Região) / 2022 / FCC Basílio, empregado da
área financeira, por mútuo acordo com a sua empregadora Ra Tim Bum Eventos Ltda., trabalha
desde 2020 em regime de teletrabalho. Necessitando de uma presença constante nas
dependências da empresa, a empresa pretende retornar Basílio ao trabalho presencial.

Nessa hipótese, poderá implementar a retomada

a) com a concordância do empregado, desde que observe prazo mínimo de 45 dias para a
transição, registrado em aditivo contratual.
b) salvo recusa de Basílio, observando o período mínimo de 30 dias para a transição, registrado
em aditivo contratual.
c) com a concordância do empregado, desde que observe prazo mínimo de 60 dias para a
transição, registrado em aditivo contratual.
d) independente da concordância do empregado, observando o período mínimo de 30 dias
para a transição registrado em aditivo contratual.
e) por sua determinação própria, observando o período mínimo de 15 dias para a transição,
registrado em aditivo contratual.

GABARITO: letra (E)

Com a regulamentação do teletrabalho pela reforma trabalhista foi acrescentada outra


alteração lícita que não exige a anuência do empregado. É o caso de conversão do teletrabalho
para o regime presencial. A lei exigiu apenas o prazo de 15 dias de transição.
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente
do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo
empregado

§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por


determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual.

Do contrário, do regime presencial para o teletrabalho é preciso mútuo acordo, sob pena de ser
inválida, já que mais prejudicial, posto que o empregado não faz jus as regras de duração de
trabalho, por exemplo, horas extras e adicional noturno.
Art. 75-C.

§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja
mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual

a) com a concordância do empregado, desde que observe prazo mínimo de 45 dias para a
transição, registrado em aditivo contratual.
b) salvo recusa de Basílio, observando o período mínimo de 30 dias para a transição,
registrado em aditivo contratual.
c) com a concordância do empregado, desde que observe prazo mínimo de 60 dias para a
transição, registrado em aditivo contratual.
d) independente da concordância do empregado, observando o período mínimo de 30 dias
para a transição registrado em aditivo contratual.
e) por sua determinação própria, observando o período mínimo de 15 dias para a
transição, registrado em aditivo contratual.

10. Técnico Judiciário (TRT 3ª Região) / 2022 / Fumarc - O sócio retirante responde
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade?

a) Não, o sócio é responsável solidário.

b) Não, tal possibilidade é vedada em Lei.

c) Sim, quanto às relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, sem ordem de preferência.

d) Sim, quanto às relativas ao período em que figurou como sócio, por ações ajuizadas a
qualquer tempo, observada a ordem de legal de preferência.

e) Sim, quanto às relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a ordem legal de
preferência.

GABARITO: letra (E)


A inclusão do art. 10-A traz uma ordem de execução a ser observada e esclarece que o sócio
retirante SOMENTE responde pelas dívidas do período que foi sócio. Por sua vez, a ação que o
responsabilize deve ser ajuizada em até DOIS anos contados da AVERBAÇÃO de sua retirada.
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da
sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois
anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de
preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar
comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.

Perceba que o prazo de dois anos é contado da averbação da alteração contratual da sociedade.
Assim, aquele sócio que se retira apenas de FATO, sem a devida averbação, não fará jus a
limitação da responsabilidade.
a) Não, o sócio é responsável solidário.
b) Não, tal possibilidade é vedada em Lei.
c) Sim, quanto às relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, sem ordem de preferência.
d) Sim, quanto às relativas ao período em que figurou como sócio, por ações ajuizadas a
qualquer tempo, observada a ordem de legal de preferência.
e) Sim, quanto às relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a ordem legal de
preferência.

Jornada de trabalho

11. Analista Judiciário (TRT 16ª Região) / 2022 / FGV - As amigas Juliana, Rosa e Adriana
trabalham de 2ª a 6ª feira para o mesmo empregador em jornadas de trabalho variadas. Juliana
se ativa das 8:00 às 17:00h; Rosa, das 10:00 às 13:30h; Adriana, das 14:00 às 19:00h.

Marque, de acordo com a CLT, a opção que contempla o intervalo intrajornada mínimo que
deverá ser observado para as empregadas, sabendo-se que não existe norma coletiva tratando
do tema.

a) 1 hora para Juliana e Adriana, 15 minutos para Rosa.

b) 1 hora para Juliana, nenhum intervalo para Rosa e 15 minutos para Adriana.

c) 15 minutos para Rosa, 2 horas para Juliana e 30 minutos para Adriana.

d) 30 minutos para Juliana e nenhum intervalo para Rosa e Adriana.

e) 1 hora, no mínimo, para todas as empregadas indicadas.


GABARITO: letra (B)

Dados da questão:
• Juliana trabalha: 8h as 17h = 9h de duração de trabalho;
• Rosa: 10h as 13:30 = 3h30 de duração de trabalho;
• Adriana: 14h as 19h = 5h de duração de trabalho;
É preciso ter cuidado, inclusive na prática trabalhista para não confundir jornada de trabalho
com duração de trabalho. Esta é a definição do horário de entrada e saída do empregado para
cumprimento da jornada de trabalho, que consiste no tempo diário à disposição do empregador
(grosso modo, em atividade ou a espera dela). Já a jornada de trabalho consiste no tempo em
que o empregado está à disposição do empregador, trabalhando efetivamente ou não
Os descansos intrajornadas (dentro da jornada e não computados nela) são assim determinados:
• Jornadas superiores às 6h => no mínimo 1 hora e no máximo 2h, salvo negociação
coletiva ou acordo escrito;
• Jornadas de 4h até 6h => o intervalo será de 15 minutos;
• Jornadas até 4h => não há intervalo.

Perceba que Juliana com 8h de jornada de trabalho, tem direito a 1h, no mínimo, de intervalo,
pois superior a 6h diárias.

Do outro lado, tem Rosa com jornada não superior a 4h diárias, logo, não tem direito a intervalo
intrajornada.

Por fim, Adriana, com jornada superior a 4h e inferior a 6h, fazendo jus a 15 minutos de intervalo.

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma)
hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de
15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

a) 1 hora para Juliana e Adriana, 15 minutos para Rosa.

b) 1 hora para Juliana, nenhum intervalo para Rosa e 15 minutos para Adriana.

c) 15 minutos para Rosa, 2 horas para Juliana e 30 minutos para Adriana.

d) 30 minutos para Juliana e nenhum intervalo para Rosa e Adriana.

e) 1 hora, no mínimo, para todas as empregadas indicadas.


12. Técnico Judiciário (TRT 5ª Região) / 2022 / FCC - Ganimedes utiliza ônibus fretado pago pelo
seu empregador para ir e voltar do local de trabalho. O fornecimento da condução se dá pelo
fato de a empresa se situar em local de difícil acesso, sem a existência de linha regular de
transporte público. O tempo gasto pelo empregado dentro da condução é de 4 horas, sendo 2
horas na ida e 2 horas na volta. Nessa situação, com base no que prevê a Consolidação das Leis
do Trabalho, o empregado

a) não faz jus a horas extras pelo tempo de trajeto, por não se considerar como tempo à
disposição do empregador, ainda que a condução seja por ele fornecida.

b) é credor de 4 horas extras diárias pela jornada in itinere, eis que sendo local de difícil acesso
e a condução fornecida pelo empregador, considera-se as horas como tempo à disposição.

c) é credor de horas extras diárias pela jornada in itinere, eis que sendo local de difícil acesso e
a condução fornecida pelo empregador, considera-se as horas como tempo à disposição,
limitadas, todavia, a duas horas.

d) não faz jus a horas extras pela jornada in itinere eis que a hipótese retrata local de difícil
acesso, sendo que essa circunstância exime o empregador do referido encargo.

e) é credor de 4 horas extras diárias pela jornada in itinere, eis que sendo local de difícil acesso
e a condução fornecida pelo empregador, considera-se as horas como tempo à disposição,
todavia sem o direito ao adicional.

GABARITO: letra (A)

Antes da reforma a teoria das horas in itinere, desde que cumpridos os requisitos, também fazia
parte da definição de jornada de trabalho. Contudo, o percurso da residência até o posto
efetivo de ocupação não é mais computado na jornada de trabalho, ainda que o empregador
forneça a transporte.
A lei 13.467/17 deu nova redação ao § 2° do art. 58 e excluiu a possibilidade das horas que
compreendiam o percurso da residência até a empresa com transporte fornecido pelo
empregador fosse computada na jornada. Portanto, não se trata mais de tempo à disposição.
Art. 58 § 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação
do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte,
inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não
ser tempo à disposição do empregador.
Com regulamentação também na Súmula n. 91 do TST (que deve ser cancelada) as horas in
itinere consistiam em computar o percurso da residência até a empresa e vice-versa na jornada
de trabalho do empregado como efetivamente trabalhadas, desde que cumprido alguns
requisitos.
1. Local de difícil acesso OU não servido por transporte público REGULAR;
2. Fornecimento de condução pelo empregador, independente da cobrança pelo transporte;
13. (TRT 17ª Região) / 2022 / Oficial de Justiça Avaliador Federal / FCC - Ornela é atendente do
Hospital Dores do Mundo, registrada em CTPS, trabalhando de segunda a sexta-feira, das 8:00
às 17:00 horas, usufruindo de 20 minutos de intervalo para refeição, em virtude de laborar
sozinha na função. Nessa situação, com base no que prevê a CLT, Ornela faz jus a

a) 40 minutos diários, pagos como indenização, com acréscimo de 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal.

b) 1 hora diária, como indenização, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da
hora normal.

c) 40 minutos diários, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal, e
reflexos nas demais verbas contratuais.

d) 1 hora diária, sobre o valor da remuneração da hora normal, paga como indenização.

e) 40 minutos diários, sobre o valor da remuneração da hora normal, com reflexos nas demais
verbas contratuais.

GABARITO: letra (A)


Entende-se por intervalos aqueles descansos realizados dentro da jornada de trabalho
(intrajornada) e entre duas jornadas (interjornada). Ambos são de natureza cogente e não
podem ser suprimidos, nem mesmo por instrumento coletivo. Já a redução do período é
possível, nos termos da lei.
Quando não forem concedidos os intervalos legais, haverá pagamento como horas
suplementares, isto é, acrescidas de, no mínimo, 50% sobre a hora normal.
Art. 71 da CLT.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho. (redação dada pela Lei 13.467/17)

Perceba que a reforma trabalhista deu nova redação ao § 4° do art. 71 da CLT, para esclarecer
que apenas o período suprimido terá incidência com acréscimo de 50% sobre a hora normal e
caráter indenizatório, logo, não possuem reflexos em outra verbas contratuais.

a) 40 minutos diários, pagos como indenização, com acréscimo de 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal.

b) 1 hora diária, como indenização, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da
hora normal.

c) 40 minutos diários, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal, e
reflexos nas demais verbas contratuais.

d) 1 hora diária, sobre o valor da remuneração da hora normal, paga como indenização.
e) 40 minutos diários, sobre o valor da remuneração da hora normal, com reflexos nas demais
verbas contratuais.

Férias

14. Analista Judiciário (TRT 16ª Região) / 2022 / FGV - Ribamar é empregado numa empresa,
tendo iniciado seu contrato em 05/08/2020. Em 02/05/2022 o empregador comunicou a
Ribamar que ele iria usufruir as férias de 30 dias no período de 08/06/2022 a 07/07/2022. O
valor das férias foi depositado na conta de Ribamar em 05/06/2022.

Sobre a situação retratada, e considerando o que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta.

a) O período concessivo previsto em Lei não foi observado pelo empregador.

b) As férias eram indevidas porque somente após 2 anos de trabalho o empregado a elas faz
jus.

c) O pagamento das férias foi intempestivo.

d) A comunicação foi intempestiva, devendo as férias serem pagas em dobro.

e) A dinâmica da concessão das férias nos termos indicados está regular.

GABARITO: letra (E)

Dados da questão:

• Admissão: 05/08/2020
• 1º período aquisitivo de férias: 04/08/2021;
• 1º período CONCESSIVO: até 04/08/2022.
• Comunicação: 02/05/2022: (+ de 30 dias de antecedência)
• Concessão dada em: 08/06/2022 a 07/07/2022 (dentro do período concessivo)
• Pagamento das férias: 05/06/2022 (antes de dois dias da fruição)

a) O período concessivo previsto em Lei não foi observado pelo empregador.

b) As férias eram indevidas porque somente após 2 anos de trabalho o empregado a elas faz
jus.

INCORRETAS: Grosso modo, o empregado trabalha 12 meses (período aquisitivo) e aguarda até
12 meses (período concessivo) para usufruir as férias.
Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, [...].
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze)
meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

c) O pagamento das férias foi intempestivo.


INCORRETA: O pagamento das férias deve ser realizado em até dois dias antes de sua fruição,
não sendo mais devida a dobro prevista pela Súmula 450 do TST, pois declarada inconstitucional
pelo STF.
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art.
143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.
Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo
das férias.

d) A comunicação foi intempestiva, devendo as férias serem pagas em dobro.

INCORRETA: A concessão de férias será formalizada por escrito com antecedência de 30 dias,
mediante recibo ao empregado, o qual deverá entregar a CTPS para a devida anotação, antes
do gozo de férias. Essas são as formalidades que tornam regular a concessão das férias.
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência
de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos
empregados.

e) A dinâmica da concessão das férias nos termos indicados está regular.

CORRETA: a comunicação foi dentro do prazo (30 dias de antecedência); o pagamento (02 dias
antes da fruição), concessão dentro do prazo (04/08/2022).

15. Analista Judiciário (TRT 3ª Região) / 2022 / Fumarc

NÃO terá direito às férias o empregado que, no curso do período aquisitivo,


a) deixar de trabalhar, com percepção do salário, por até de 15 (quinze) dias, em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa.

b) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída.
c) faltar por 10 (dez) dias ou mais, de forma injustificada.

d) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por até 30 (trinta) dias.

e) tiver percebido da Previdência Social prestações de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses,
embora descontínuos, salvo se o motivo do afastamento decorrer de acidente de trabalho.

GABARITO: letra (B)

As hipóteses do art. 133 da CLT ensejam a perda TOTAL das férias:


Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença
por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
O inciso (I) – não readmissão dentro de 60 dias – no que se refere à remuneração, há uma
ilógica, pois ao ser dispensado, o empregado recebe as férias proporcionais, salvo justa causa.
Em todo caso, é o disposto no art.133 que somente perderá o direito às férias se o empregado
não for readmitido dentro dos 60 dias à sua saída. O que cai em prova? A literalidade do
dispositivo.
Os incisos (II) e (III) possuem a mesma lógica: remuneração sem prestação de serviço por mais
de 30 dias, tem o mesmo objetivo das férias: fazer com que o empregado descanse, por isso,
não há que se falar em novos 30 dias para descanso anual, pois não houve prejuízo à
remuneração! Lembre-se que aqui não há terço constitucional.
O inciso (IV), por sua vez, em decorrência de incapacidade laboral – condição alheia à vontade
do empregado – estende o prazo para 06 meses, ainda que descontínuos. Apesar de não ser
efetivamente um descanso, o empregado deixa de comparecer a rigorosa disciplina do ambiente
de trabalho e isso é considerado descanso anual para a CLT, logo, há perda do direito às férias.
Por sua vez, até 05 faltas injustificadas nada é descontado de seus dias de férias e o empregado
fará jus a 30 dias corridos. A partir de 05 faltas injustificadas, haverá uma redução de acordo
com o art. 130 da CLT. No caso do item (C), o empregado teria direito a 24 dias de férias.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.

a) deixar de trabalhar, com percepção do salário, por até de 15 (quinze) dias, em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa.
b) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua
saída.
c) faltar por 10 (dez) dias ou mais, de forma injustificada.
d) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por até 30 (trinta) dias.
e) tiver percebido da Previdência Social prestações de auxílio-doença por mais de 6 (seis)
meses, embora descontínuos, salvo se o motivo do afastamento decorrer de acidente de
trabalho.
Extinção do contrato

16. Analista Judiciário (TRT 4ª Região) / 2022 / FCC Hera, empregada não estável da empresa
de eventos Deixa a Vida Me Levar, teve seu contrato de trabalho rescindido pela empresa
durante a pandemia de Covid-19, sob alegação de força maior em virtude de impossibilidade
não evitável de celebração de contratos. Sabendo-se que Hera faria jus a R$ 7.000,00 em uma
rescisão contratual sem justa causa comum, nessa situação, com base no dispositivo da
Consolidação das Leis do Trabalho que regula a matéria, o valor que a empresa, sustentando sua
alegação, pagou de rescisão foi:

a) R$ 2.800,00

b) R$ 4.200,00

c) R$ 2.100,00

d) R$ 1.750,00

e) R$ 3.500,00

GABARITO: letra (E)

O art. 501 da CLT traz a definição de força maior como um acontecimento inevitável e alheio à
vontade do empregador.
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do
empregador,
Para o contrato por prazo indeterminado, o art. 502 da CLT menciona quais verbas serão
devidas em caso de extinção ou fechamento da empresa por motivo de força maior:
Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um
dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando despedido,
uma indenização na forma seguinte:
II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem justa
causa;
Com base no artigo acima, Hera fará jus a R$ 7.000,00 / 2 = R$ 3.500,00

17. (TRT 22ª Região) / 2022 / Oficial de Justiça Avaliador Federal /- FCC - Na rescisão do
contrato de trabalho por mútuo acordo são devidos, conforme previsão na Consolidação das
Leis do Trabalho.
a) o aviso prévio, as férias acrescidas do terço constitucional, o décimo terceiro salário, pela
metade, e, na integralidade, a indenização do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
o ingresso no Programa de Seguro- Desemprego; e a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos depósitos.
b) as verbas rescisórias, na integralidade, a movimentação da conta vinculada do trabalhador
no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, limitada até 80% do valor dos depósitos; mas, não
é permitido o ingresso no Programa de Seguro- Desemprego.
c) o aviso prévio; a indenização do saldo do FGTS, na integralidade; e a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no FGTS; as demais verbas trabalhistas, pela metade.
d) as verbas trabalhistas; o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego, pela metade; e a
movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos
depósitos.
e) o aviso prévio e a indenização do saldo do FGTS, pela metade; e, na integralidade, as demais
verbas; permitida a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até 80%
do valor dos depósitos.

GABARITO: letra (E)

A reforma trabalhista regularizou uma modalidade de rescisão contratual bastante utilizada de


forma manipulada na prática: acordo bilateral, ou seja, distrato.
Na extinção por acordo das partes o empregado não vai perder todas as verbas como ocorre
quando ele faz o comunicado de sua demissão. O art. 484-A inserido pela Lei 13.467/17 traz as
regras desta nova modalidade legal.
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do
art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
Note que todas as verbas da demissão sem justa causa serão devidas, com exceção do aviso
prévio e da indenização sobre o valor do FGTS, os quais serão devidos por metade.
Ainda sobre essa modalidade, haja vista que não se trata de uma demissão por desemprego
involuntário, o empregado não fará jus ao seguro desemprego, certamente. Ademais, o
Legislador previu que o saque do FGTS será limitado a 80%.
Art. 484-A
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do
art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos
depósitos.
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso
no Programa de Seguro-Desemprego.
a) o aviso prévio, as férias acrescidas do terço constitucional, o décimo terceiro salário, pela
metade, e, na integralidade, a indenização do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço; o ingresso no Programa de Seguro- Desemprego; e a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos depósitos.
b) as verbas rescisórias, na integralidade, a movimentação da conta vinculada do trabalhador
no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, limitada até 80% do valor dos depósitos; mas,
não é permitido o ingresso no Programa de Seguro- Desemprego.
c) o aviso prévio; a indenização do saldo do FGTS, na integralidade; e a movimentação da conta
vinculada do trabalhador no FGTS; as demais verbas trabalhistas, pela metade.
d) as verbas trabalhistas; o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego, pela metade; e a
movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos
depósitos.
e) o aviso prévio e a indenização do saldo do FGTS, pela metade; e, na integralidade, as demais
verbas; permitida a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até
80% do valor dos depósitos.

18. Consultor Legislativo (SEN) / 2022 / Direito do Trabalho e Direito Previdenciário /FGV -
Roberval foi contratado em 2022 por uma empresa de metalurgia, a título de experiência, pelo
prazo de 30 dias. O contrato de Roberval contém cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão. Ocorre que 15 dias após a admissão, a empresa dispensou Roberval sem justa causa.

Considerando os fatos narrados e a previsão contida na CLT, assinale a afirmativa correta.


a) Roberval receberá a indenização pelos 30 dias originalmente contratados porque não teve
culpa pela ruptura, além de indenização por dano moral pela dispensa precoce.

b) O empregado em questão receberá apenas os proporcionais de 13º salário e férias, sendo


estas acrescidas de 1/3.

c) Uma vez que Roberval não trabalhou sequer 30 dias, não terá direito a qualquer indenização
do ex-empregador.

d) Roberval terá direito aos proporcionais de 13º salário e férias, saque do FGTS e uma
indenização de metade da remuneração a que teria direito até o término do contrato.

e) Roberval receberá, entre outros direitos, o aviso prévio de 30 dias e a indenização de 40%
sobre o FGTS.

GABARITO: letra (E)

O contrato de trabalho por prazo determinado tem suas hipóteses previstas em lei. O §2º do
art. 443 traz as modalidades de contratos por prazo determinado dentre elas o contrato de
experiência, que será de 90 dias, prorrogável por uma única vez, dentro deste prazo.
Art. 443.
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
Quando uma das partes decide extinguir o contrato de trabalho a termo surge para a outra (que
tem expectativa integral do cumprimento do contrato) direito a uma indenização, regra geral.
Quando o empregador decide rescindir o contrato de trabalho a termo será devido ao
empregado uma indenização que corresponderá à metade da remuneração devida até o termo
fixado para a extinção do contrato.
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa,
despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a
remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
Essas regras, no entanto, podem não vigorarem no contrato a termo, desde que as partes
prevejam a cláusula assecuratória do direito recíproco de extinção antecipada.
Com essa cláusula, as regras da extinção antes do prazo final deverão respeitar àquelas
consideradas para o contrato por prazo indeterminado. Grosso modo, é dizer que caberá o
aviso prévio e não as indenizações do arts. 479 e 480 da CLT.
Art. 481 da CLT - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória
do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos
por prazo indeterminado.
Súmula nº 163 do TST
AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos
contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT.
Então, na rescisão contratual com cláusula assecuratória do direito recíproco, o empregado faz
jus, quando a extinção se der pelo empregador:

• Saldo de salários,
• 13º proporcional,
• Férias vencidas e/ou proporcionais com 1/3 constitucional, e conforme o caso.
• Multa do FGTS (40%)
• Aviso prévio.
• Levantamento do FGTS
• Seguro desemprego.

a) Roberval receberá a indenização pelos 30 dias originalmente contratados porque não teve
culpa pela ruptura, além de indenização por dano moral pela dispensa precoce.
b) O empregado em questão receberá apenas os proporcionais de 13º salário e férias, sendo
estas acrescidas de 1/3.
c) Uma vez que Roberval não trabalhou sequer 30 dias, não terá direito a qualquer indenização
do ex-empregador.
d) Roberval terá direito aos proporcionais de 13º salário e férias, saque do FGTS e uma
indenização de metade da remuneração a que teria direito até o término do contrato.
e) Roberval receberá, entre outros direitos, o aviso prévio de 30 dias e a indenização de 40%
sobre o FGTS.

Aviso prévio
19. Analista Judiciário (TRT 4ª Região) / 2022 / FCC - Platão trabalhou na empresa de alimentos
processados Churrasco no Pote Ltda. de 10/01/2014 a 10/12/2021, percebendo como último
salário o valor de R$ 3.000,00. Na rescisão do seu contrato de trabalho por iniciativa da empresa,
a mesma optou por indenizar o aviso prévio de Platão. Nessa hipótese, com base na legislação
federal que disciplina a matéria, a indenização do aviso prévio de Platão será de

a) R$ 3.000,00

b) R$ 5.400,00

c) R$ 5.100.00

d) R$ 4.800,00

e) R$ 6.000,00

GABARITO: letra (C)

Um dos dados essenciais para o cálculo do aviso prévio é encontrar os anos completos de
contrato de trabalho. No caso, foram 7 anos COMPLETOS (10/01/2014 a 10/01/2021). Lembre-
se que a partir do primeiro ano completo já será acrescido os 03 dias proporcionais.
Art. 1o O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na
proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma
empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de
serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total
de até 90 (noventa) dias.
Se você não lembrar disso e também para evitar ficar fazendo tabelas, há um jeito muito fácil
de calcular o aviso prévio proporcional:
1. Encontre o nº de anos COMPLETOS de contrato de trabalho;
2. Multiplique por 3;
3. Some por 30.
Vamos testar?
• 7 anos completos X 3 (dias de acréscimo) + 30 (mínimo de aviso prévio) = 51
dias de aviso prévio proporcional.
• Agora é só encontrar o salário. Se R$ 3.000 / 30 = 100 por dia, os 51 dias de aviso
prévio proporcional de R$ 5.100,00

20. Analista Judiciário (TRT 3ª Região) / 2022 / Fumarc - Em relação ao aviso prévio,
considerando o entendimento sumulado do TST e a legislação vigente, NÃO é correto afirmar:
a) A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os
salários correspondentes ao prazo respectivo.
b) A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado,
tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja,
salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso
prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício
previdenciário.
c) É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a
incompatibilidade dos dois institutos.
d) Na contagem do prazo do aviso prévio, inclui-se o dia da comunicação e o dia final do
vencimento, uma vez que não se trata de prazo processual, mas sim de direito material.
e) O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de
cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver
o prestador dos serviços obtido novo emprego.

GABARITO: letra (D)

a) A do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao


prazo respectivo.
CORRETA: A obrigatoriedade em conceder o aviso prévio é recíproca, isto é, é dever tanto do
empregado quanto do empregador.
Art. 487 da CLT.
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo
de serviço.
§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar
os salários correspondentes ao prazo respectivo.

b) A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio


indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso,
ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no
curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o
benefício previdenciário.
CORRETA: dado o aviso não cabe a estabilidade. Contudo, não saindo da normalidade, há
algumas exceções quanto a essa regra, o empregado acidentado que tenha se afastado por mais
de 15 dias e recebido auxílio doença previdenciário. Nos termos do art. 118 da Lei n. 8.213/91 o
empregado acidentado não poderá ter seu contrato cessado antes de 12 meses, contados da
cessação do benefício previdenciário.
Súmula nº 371 do TST
AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO
DESTE. A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio
indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou
seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do
aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício
previdenciário.

c) É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a


incompatibilidade dos dois institutos.
CORRETA: Uma das questões mais recorrentes em concursos públicos refere-se à
incompatibilidade da concessão de aviso prévio no período de garantia de emprego.
Súmula nº 348 do TST - AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE EMPREGO.
INVALIDADE. É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a
incompatibilidade dos dois institutos.

d) Na contagem do prazo do aviso prévio, inclui-se o dia da comunicação e o dia final do


vencimento, uma vez que não se trata de prazo processual, mas sim de direito material.
INCORRETA: A contagem do prazo se dá pela regra geral do Código Civil, isto é, exclui-se o dia
do começo e inclui o do final.

Súmula nº 380 do TST


AVISO PRÉVIO. INÍCIO DA CONTAGEM. ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. Aplica-se a regra
prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio,
excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento.

e) O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de


cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de
haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.

CORRETA: a liberação do cumprimento do aviso prévio não exime o empregador de pagar o


respectivo valor, pois se trata de direito irrenunciável do empregado, salvo quando este já tiver
novo emprego.
Súmula nº 276 do TST
AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO. O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo
empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o
respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.

Garantia provisória de emprego

21. Analista Judiciário (TRT 16ª Região) / 2022 / FGV - Numa grande empresa metalúrgica
localizada no Maranhão, Bruna foi eleita pelos empregados e Flávia foi indicada pelo
empregador para comporem a CIPA. Paralelamente a isso, Leonardo foi eleito dirigente sindical
da categoria dos metalúrgicos e Mateus foi eleito suplente.

Considerando esses fatos e o que dispõe a CLT e demais normas de regência, assinale a
afirmativa correta em relação à garantia no emprego.

a) Somente Flávia não terá garantia no emprego.

b) Todos os empregados indicados terão garantia no emprego.

c) Somente Bruna e Leonardo terão garantia no emprego.

d) Nenhum dos empregados indicados terá garantia no emprego.

e) Somente Mateus não terá garantia no emprego.

GABARITO: letra (A)

Dados da questão:
• Bruna = eleita da CIPA;
• Flávia = indicada da CIPA;
• Leonardo = eleito dirigente sindical;
• Mateus = eleito suplente sindical.

Com regulamentação na NR 5, a CIPA tem por objetivo prevenir acidentes e doenças


decorrentes do trabalho para salvaguardar a vida e a promoção da saúde do trabalhador.
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
O art. 164 da CLT esclarece que a composição da CIPA será paritária, isto é, representantes dos
empregados e da empresa. Este será designado e os representantes dos empregados serão
eleitos.
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo
com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único
do artigo anterior.
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados:
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.
O presidente da CIPA é, obrigatoriamente, um dos representantes designados pelo empregador
(e por isso não há estabilidade, pois só a eleição garante essa prerrogativa).
CLT.
Art. 164 -.
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da
CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
A base legal da garantia de emprego ao empregado ELEITO dirigente sindical, ainda que
suplente, é retirada do art. 8º VIII da CF/88:
Art. 8º
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
a) Somente Flávia não terá garantia no emprego.
b) Todos os empregados indicados terão garantia no emprego.
c) Somente Bruna e Leonardo terão garantia no emprego.
d) Nenhum dos empregados indicados terá garantia no emprego.
e) Somente Mateus não terá garantia no emprego.

22. Analista Judiciário (TRT 13ª Região) / 2022 / FGV - Nelson é empregado numa pousada para
turistas no litoral sul da Paraíba, local conhecido por suas belas praias. Nelson sofreu um
acidente do trabalho típico em março de 2022, afastou-se do trabalho por 90 dias em benefício
previdenciário acidentário, e retornou ao emprego em julho de 2022. Contudo, o empregador
de Nelson começou a desconfiar de algumas de suas condutas, ao mesmo tempo em que notou
o desaparecimento de vários produtos da pousada. Então, o titular da empresa acessou as
câmeras de segurança e, para sua surpresa, viu as gravações de Nelson furtando toalhas, lençóis,
pratos e talheres, além de acessar indevidamente a caixa registradora da pousada e retirar R$
150,00 para si. Indignado, o proprietário decidiu terminar o contrato com Nelson.

Diante dos fatos narrados e da CLT, assinale a afirmativa correta.

a) Uma vez que Nelson está em período estabilitário, a dispensa somente poderá ocorrer sem
justa causa.

b) É possível a dispensa por justa causa, mas a empresa deverá instaurar previamente inquérito
judicial para apurar a falta grave.

c) Estando o empregado no período de garantia no emprego, a empresa não poderá romper o


contrato de Nelson por 12 meses a partir do retorno.

d) Apesar da atitude de Nelson ser reprovável, o valor dos produtos furtados não é expressivo,
daí não há tipificação para a justa causa.

e) A falta grave está caracterizada e Nelson poderá ser dispensado imediatamente por justa
causa.

Contrato intermitente

23. Analista Judiciário (TRT 5ª Região) / 2022 / FCC - Belarmino é empregado na empresa Flor
de Lotus, mediante contrato intermitente. Por ter cumprido o período aquisitivo, no próximo
mês o referido empregado poderá gozar de férias. Com base na Consolidação das Leis do
Trabalho, nessa situação, o descanso em férias será
a) de um mês, embora possa ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços,
dada a peculiaridade do contrato intermitente.
b) de um mês, não podendo ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços.
c) vinte dias úteis, embora possa ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços,
dada a peculiaridade do contrato intermitente.
d) proporcional à quantidade de dias trabalhados durante o período aquisitivo, limitada a vinte
dias corridos, não podendo ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços.
e) de vinte dias corridos, embora possa ser convocado pelo mesmo empregador para prestar
serviços, dada a peculiaridade do contrato intermitente.

GABARITO: letra (B)

O § 9º do art. 452-A faz referência ao direito de “férias” do empregado intermitente. O prazo de


aquisição é idêntico aquele da regra geral, ou seja, doze meses. A diferença está em não
considerar a habitualidade neste período, pois adquire o direito após doze meses de efetivo
trabalho ou NÃO. Neste período não poderá o empregador convocá-lo.

Art. 452-A
§ 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes,
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo
empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Note que o dispositivo apenas menciona a cada doze meses, sem restringir ao efetivo trabalho.
O período concessivo de 12 meses segue a regra geral, diferente do pagamento, já que as férias
com o terço constitucional foram pagas de maneira antecipada no prazo do § 6° do art. 452-A.
quanto ao prazo será de um MÊS.

a) de um mês, embora possa ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços,
dada a peculiaridade do contrato intermitente.
b) de um mês, não podendo ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços.
c) vinte dias úteis, embora possa ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços,
dada a peculiaridade do contrato intermitente.
d) proporcional à quantidade de dias trabalhados durante o período aquisitivo, limitada a vinte
dias corridos, não podendo ser convocado pelo mesmo empregador para prestar serviços.
e) de vinte dias corridos, embora possa ser convocado pelo mesmo empregador para prestar
serviços, dada a peculiaridade do contrato intermitente.

Contrato temporário e terceirização

24.(TRT 9ª Região) / 2022 / Oficial de Justiça Avaliador Federal / FCC - Antonieta é contratada
da empresa Auxilius Serviços Temporários, sendo que atualmente está prestando serviços na
empresa Potência Máquinas e Equipamentos Ltda. que, em razão de uma demanda
complementar de serviços, contratou a Auxilius para suprir a necessidade de mão de obra.
É requisito para a validade dessa contratação que:

a) a demanda de serviços seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de


fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.

b) a Auxilius tenha registro no Ministério do Trabalho e possua capital social de, no mínimo, R$
150.000,00.
c) o contrato de trabalho temporário de Antonieta, em relação ao mesmo empregador, não
exceda o prazo de 120 dias, consecutivos ou não.

d) o contrato de trabalho temporário de Antonieta contenha cláusula prevendo proibição de


contratação da mesma pela Potência Máquinas e Equipamentos ao fim do prazo em que foi
colocada à sua disposição.

e) o contrato firmado entre Antonieta e a Auxilius seja registrado no Ministério do Trabalho.

GABARITO: letra (A)


a) a demanda de serviços seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de
fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.
CORRETA: Quanto ao objeto do contrato temporário, houve alterações que, a priori, parecem
irrelevantes, mas foram substanciais para sua prova:
Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa
de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para
atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda
complementar de serviços.
Entende-se por necessidade transitória de substituição de pessoal permanente certo tempo
para substituir empregado regular, por exemplo, o caso de férias do empregado da empresa
(tomadora) ou o afastamento por doença. Neste caso, salvo se empresa realocar outro
empregado seu, precisará contratar trabalhador temporário para substituir o empregado
afastado.
Outra hipótese de trabalho temporário é a demanda complementar de serviços que substituiu
o acréscimo extraordinário de serviços e, segundo Ricardo Resende, amplia o conceito
anteriormente previsto, já que permite o trabalho temporário mesmo que tenha natureza
intermitente.[1] Isso porque a expressão “extraordinário” remete ao incomum ou algo intenso.
Diferente é a expressão “complementar”, de natureza comum, ordinária, mediana ou apenas
útil.
Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa
de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para
atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda
complementar de serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017)
§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores
imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente,
periódica ou sazonal. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
Perceba que a demanda complementar de serviços abarca fatores imprevisíveis ou previsíveis
(intermitente, periódico ou sazonal). Entende-se por intermitente aquele que cessa e recomeça
em intervalos; periódico aquele com intervalo conhecido, esperado, fixo e regular; sazonal
aquele referente a estação do ano, normalmente, irregulares.

b) a Auxilius tenha registro no Ministério do Trabalho e possua capital social de, no mínimo,
R$ 150.000,00.
INCORRETA: Além do registro no Ministério do Trabalho, a lei exigiu prova de CNPJ no Ministério
da Fazenda, prova na Junta Comercial e capital social mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 6o São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário no


Ministério do Trabalho:
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda
II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;
III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Atente-se que a prova da personalidade jurídica se dá com o registro do ato na Junta Comercial,
diferente da prova de CNPJ que é a inscrição na Receita Federal cuja prova se dá com a certidão
retirada no site da instituição.
c) o contrato de trabalho temporário de Antonieta, em relação ao mesmo empregador, não
exceda o prazo de 120 dias, consecutivos ou não.
INCORRETA: O prazo do contrato temporário do trabalhador foi alterado pela Lei 13.429/17.
Antes era de 03 meses, prorrogável por até 09 meses por autorização do Ministério do Trabalho.
A nova redação estende este prazo para 180 dias, consecutivos ou não, prorrogável por mais
90 dias, consecutivos ou não, conquanto comprovada as condições que o ensejaram.
Art. 10 § 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá
exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. (Incluído pela Lei nº 13.429,
de 2017)
§ 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do
prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que
o ensejaram. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)
d) o contrato de trabalho temporário de Antonieta contenha cláusula prevendo proibição de
contratação da mesma pela Potência Máquinas e Equipamentos ao fim do prazo em que foi
colocada à sua disposição.
INCORRETA: A Lei veda expressamente a existência de cláusula que impeça o trabalhador
temporário de ser contratado pela empresa tomadora de serviço.
Art. 11 -
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a
contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha
sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.
e) o contrato firmado entre Antonieta e a Auxilius seja registrado no Ministério do Trabalho.
INCORRETA: exigência de formalidade (antes não prevista) para seu funcionamento: registro no
Ministério do Trabalho (extinto em 2019, mas recriado em 2021) da empresa e não do contrato!

[1]
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho. 8º Ed. Método, 2020.

25. Técnico Judiciário (TRT 16ª Região) / 2022 /FGV - Lívia foi empregada da sociedade
empresária Jardins Lindos Ltda. E, nesta condição, trabalhava como terceirizada na empresa de
cosméticos Unhas Maravilhosas Ltda., cuidando da manutenção e limpeza dos vastos jardins
desta empresa. Lívia foi dispensada sem justa causa em 2022, mas não recebeu as verbas pela
sua saída e, por isso, ajuizou reclamação trabalhista contra as empresas Jardins Lindos Ltda. (o
ex-empregador), Jardins Perfeitos Ltda. (empresa do mesmo grupo econômico do ex-
empregador) e Unhas Maravilhosas Ltda.. Caso Lívia tenha sucesso, assinale, de acordo com a
norma de regência, a afirmativa correta em relação à espécie de responsabilidade das empresas
Jardins Perfeitos Ltda. e Unhas Maravilhosas Ltda..

a) Jardins Perfeitos Ltda. terá responsabilidade solidária e Unhas Maravilhosas Ltda.,


subsidiária.

b) Ambas as empresas terão responsabilidade solidária juntamente com o ex-empregador.

c) Unhas Maravilhosas Ltda. terá responsabilidade solidária e Jardins Perfeitos Ltda., subsidiária.

d) Ambas as empresas terão responsabilidade subsidiária juntamente com o ex-empregador.


e) As empresas Jardins Perfeitos Ltda. e Unhas Maravilhosas Ltda. não terão qualquer
responsabilidade.

GABARITO: letra (A)

Dados da questão:

• Unhas Maravilhosas Ltda = tomadora de serviços;


• Jardins Lindos Ltda = empregadora real (empresa de prestação de serviços)
• Jardins Perfeitos Ltda = empresa do grupo econômico.

Para efeitos trabalhistas, a caracterização do grupo econômico tem por intento reconhecer a
responsabilidade solidária das empresas pelas verbas trabalhistas o que, evidentemente, traz
maior garantia ao empregado de garantia de recebimento dos créditos trabalhistas.
Entende-se por grupo econômico a vinculação, direta ou indireta, por um mesmo contrato entre
duas ou mais entidades de natureza econômica. Tem base legal no § 2º do art.2º da CLT.
Art. 2º
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego

É por isso que a responsabilidade da empresa Jardins Perfeitos Ltda é solidária.

No caso da tomadora de serviços, segundo prevê a legislação, a responsabilidade será


subsidiária. Por isso, Unhas Maravilhosas Ltda responde de forma subsidiária.

Art. 5o-A. C§ 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações


trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das
contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de
1991.

a) Jardins Perfeitos Ltda. terá responsabilidade solidária e Unhas Maravilhosas Ltda.,


subsidiária.

b) Ambas as empresas terão responsabilidade solidária juntamente com o ex-empregador.

c) Unhas Maravilhosas Ltda. terá responsabilidade solidária e Jardins Perfeitos Ltda., subsidiária.

d) Ambas as empresas terão responsabilidade subsidiária juntamente com o ex-empregador.

e) As empresas Jardins Perfeitos Ltda. e Unhas Maravilhosas Ltda. não terão qualquer
responsabilidade.

Direito coletivo

26.Oficial de Justiça Avaliador Federal / (TRT 23ª Região) / 2022 / FCC Considere
hipoteticamente que, após diversas reuniões, o sindicato de trabalhadores da indústria de
móveis de Cuiabá pretende celebrar novo Acordo Coletivo com a Fábrica Madeira da Boa S/C
Ltda., tendo em vista a queda de faturamento da empresa e com o objetivo de preservação dos
empregos.

Dentre as diversas cláusulas pactuadas estariam:

I. Redução para 6% dos depósitos de FGTS pelo período de 18 meses.

II. Banco de Horas anual.

III. Intervalo intrajornada de 30 minutos para todos os trabalhadores.

IV. Aviso prévio de 30 dias para todos os empregados porventura dispensados, excluída a
proporcionalidade por tempo de serviço pelo prazo de 12 meses.

V. Prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do


Trabalho.

Com base no que prevê a Consolidação das Leis do Trabalho, as cláusulas supra lícitas são as
contidas APENAS em:

a) II, III e V.

b) I, II e III.

c) III, IV e V.

d) I e IV.

e) IV e V.

GABARITO: letra (A), com ressalvas.

A Lei 13.467/17 trouxe o art. 611-A que traz cláusulas consubstanciadas na prevalência do
negociado sobre o legislado. A lei também trouxe o art. 611-B, rol de direitos que são vedadas
as supressões ou reduções de direitos por meio de ACT ou CCT.
Pois bem, você vai perceber que o rol de vedação é praticamente o rol do art. 7º da CF. Portanto,
não há dúvidas de que não pode haver a redução dos depósitos de FGTS. Assim, assertivas (A)
e (D) estão descartadas.
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho,
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS);
XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
da lei;
O banco anula e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres sem licença prévia, esta
última muito criticada pela doutrina, são previsões expressas do art. 611-A da CLT. Assim,
assertivas (C) e (E) estão descartadas.
“Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores
a seis horas;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho;
Veja que há somente um gabarito a ser respondido (A), que trata da redução intrajornada de 30
minutos para todos os trabalhadores. Ocorre que o art. 611-A , III da CLT autoriza tal medida
somente para os trabalhadores com jornadas superiores a seis horas. Somente com a presunção
de que os todos os trabalhadores têm jornada superior a 6horas é que podemos afirmar a
correção do item (III).
I. Redução para 6% dos depósitos de FGTS pelo período de 18 meses.
II. Banco de Horas anual.
III. Intervalo intrajornada de 30 minutos para todos os trabalhadores.
IV.Aviso prévio de 30 dias para todos os empregados porventura dispensados, excluída a
proporcionalidade por tempo de serviço pelo prazo de 12 meses.
V. Prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do
Trabalho.
a) II, III e V.
b) I, II e III.
c) III, IV e V.
d) I e IV.
e) IV e V.

27.Técnico Judiciário (TRT 3ª Região) / 2022 / Fumarc - Sobre a associação sindical, é CORRETO
afirmar:

a) É garantida apenas à categoria profissional.

b) É livre a criação de múltiplas organizações sindicais em qualquer grau, representativas de


categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.

c) É obrigatória para categoria profissional.

d) É sujeita à autorização estatal da respectiva base territorial.


e) É vedada a criação de mais de uma organização sindical em qualquer grau, representativa de
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.

GABARITO: letra (E)

a) É garantida apenas à categoria profissional.


INCORRETA: a categoria de empregadores também tem direito de associação. A criação por
categoria reafirma o paralelismo simétrico sindical, consistente na exigência de um sindicato
representativo da categoria dos trabalhadores (profissional) e dos empregadores (econômica).
Foge a essa regra, todavia, a categoria diferenciada, adotada no art. 511, § 3º da CLT.
Art. 511. § 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que
exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em
consequência de condições de vida singulares.
b) É livre a criação de múltiplas organizações sindicais em qualquer grau, representativas de
categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.
INCORRETA: explicado no item (E).
c) É obrigatória para categoria profissional.
INCORRETA: O sindicalismo não restringe sua estrutura apenas ao sindicato, mas tem sua
composição em três níveis, em gradação crescente: sindicato; federação e confederação.
d) É sujeita à autorização estatal da respectiva base territorial.
INCORRETA: o princípio da autonomia sindical ratifica a não intervenção do Estado na
organização do sindicato, inclusive, inexistindo exigência de autorização para a sua criação.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
organização sindical;
e) É vedada a criação de mais de uma organização sindical em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.

CORRETA: Entende-se por unicidade sindical a criação de um único sindicato para a categoria
dentro de uma determinada área. Esta, segundo a CF/88, tem por base um município, segundo
inciso II do art. 8º: e abarca também as organizações de segundo (federações) e terceiro grau
(confederações).

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;
Portanto, a unicidade sindical significa afirmar que dentro de um mesmo município haverá
apenas um sindicato para a categoria respectiva, profissional e econômica. Isso não impede
que municípios limítrofes se unam para formar um único sindicato na região. Ademais, a
existência desses sindicatos “regionais” é que permite o seu desmembramento, desde que
respeitam a base mínima de um município.

28.Analista Judiciário (TRT 5ª Região) / 2022 /FCC A Construtora Equilíbrio, visando redução da
sua folha de pagamento, com a finalidade de evitar dispensa de parte do seu quadro de
empregados pretende celebrar acordo coletivo de trabalho com o sindicato da categoria. Na
minuta do acordo estão:

I. Banco de horas anual.

II. Redução do intervalo para 30 minutos para empregados com jornada de 8 horas diárias.

III. Adicional de horas extras de 30%, pelo prazo de 12 meses.

IV. Férias anuais de 20 dias para todos os empregados por 24 meses.

V. Alteração do enquadramento do grau de insalubridade.

Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho, são lícitas apenas as cláusulas


a) I, III e V.

b) II, III e IV.

c) I, II e V.

d) III e IV.

e) I e II.

GABARITO: letra (C)

O ACT e a CCT só podem negociar direitos indisponíveis relativos, isto é, aqueles que admitem
tratativas, excluídos, portanto, os direitos indisponíveis absolutamente, quais sejam, aqueles
direitos assegurados pela legislação como o mínimo a ser cumprido na relação de trabalho.
Antes da reforma trabalhista, o rol de direitos indisponíveis absolutos era desenvolvido por
meio da doutrina e da jurisprudência com base na teoria geral do direito do trabalho, o que
dificultava a sua vida.
Pois bem, o Legislador trouxe no art. 611-B o rol de direitos que o instrumento coletivo está
proibido de negociar a redução ou supressão. Você vai ler alguns milhares de vezes e perceber
que esse rol é praticamente aquele do art. 7° da CF. Para a questão é suficiente:
“Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho,
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à
do normal;
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;
As demais cláusulas são válidas, por força do art. 611-A da CLT:
“Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores
a seis horas;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;

I. Banco de horas anual.


II. Redução do intervalo para 30 minutos para empregados com jornada de 8 horas diárias.
III. Adicional de horas extras de 30%, pelo prazo de 12 meses.
IV. Férias anuais de 20 dias para todos os empregados por 24 meses.
V. Alteração do enquadramento do grau de insalubridade.

29. (TRT 18ª Região) / 2023 / Oficial de Justiça Avaliador Federal / Judiciária / FCC - O sindicato
dos empregados nas Indústrias de Móveis de Goiânia pretende celebrar uma nova Convenção
Coletiva com o respectivo sindicato patronal de modo a se ajustarem à nova realidade
econômica enfrentada após o término da pandemia de Covid-19. Para que seja válida a referida
Convenção Coletiva, a mesma
a) deverá ter vigência igual ou inferior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.
b) não poderá ter prazo de vigência superior a quatro anos, admitida a ultratividade.
c) deverá ter vigência igual ou inferior a quatro anos, sendo vedada a ultratividade.
d) não poderá ter prazo de vigência superior a dois anos, admitida a ultratividade.
e) deverá ter vigência igual ou inferior dezoito meses, sendo vedada a ultratividade.

Jurisprudência Trabalhista

Analista Judiciário (TRT 22ª Região) / 2022 / FCC

As empresas Refresh Indústrias de Bebidas S/A e Sol Maior Empreendimentos Imobiliários Ltda.
integram o mesmo grupo econômico. Pretendendo concentrar seus esforços no negócio de
produção de bebidas, os proprietários e gestores das empresas vendem a Sol Maior para a
empresa HWSS Incorporações Ltda. Após um ano da venda da Sol Maior para a HWSS, a Refresh
começou a passar por dificuldades financeiras e não vem pagando diversos direitos trabalhistas
de seus empregados. Considerando esse cenário, os trabalhadores que não receberem seus
direitos da empregadora Refresh, conforme a CLT e entendimento pacificado do TST.

a) podem pleitear a responsabilização solidária da Sol Maior, pois esta empresa foi integrante
do mesmo grupo econômico.
b) podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, como sucessora, pois esta adquiriu a
Sol Maior, que era empresa integrante do mesmo grupo econômico da Refresh.

c) não podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, pois o sucessor não responde por
débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da
empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea
economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.

d) não podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, pois a mesma fez uma aquisição
apenas parcial, ou seja, de apenas uma das empresas integrantes do grupo econômico, o que
não caracteriza sucessão.

e) não podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, mas sim a responsabilidade


subsidiária em razão da aquisição de empresa integrante do grupo econômico, ainda que, à
época, a empresa devedora direta fosse solvente ou idônea economicamente.

GABARITO: letra (C)

Para caracterizar a sucessão de empregados em caso de grupo econômico irá depender da


solvência da empresa sucedida e, integrante do grupo econômico, à época da transferência. Se
a empresa era solvente ou idônea economicamente, portanto, sem indícios de fraude, o grupo
econômico não se responsabilizaria pelos créditos da sucedida.
OJ nº 411 da SDI-I
SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO
ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de
empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando,
à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a
hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.
Por fim, para efeitos trabalhistas, a caracterização do grupo econômico tem por intento
reconhecer a responsabilidade solidária das empresas pelas verbas trabalhistas o que,
evidentemente, traz maior garantia ao empregado de garantia de recebimento dos créditos
trabalhistas.

a) podem pleitear a responsabilização solidária da Sol Maior, pois esta empresa foi integrante
do mesmo grupo econômico.
b) podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, como sucessora, pois esta adquiriu a
Sol Maior, que era empresa integrante do mesmo grupo econômico da Refresh.
c) não podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, pois o sucessor não responde por
débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da
empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea
economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão.
d) não podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, pois a mesma fez uma aquisição
apenas parcial, ou seja, de apenas uma das empresas integrantes do grupo econômico, o
que não caracteriza sucessão.
e) não podem pleitear a responsabilidade solidária da HWSS, mas sim a responsabilidade
subsidiária em razão da aquisição de empresa integrante do grupo econômico, ainda que, à
época, a empresa devedora direta fosse solvente ou idônea economicamente.
30 . Técnico Judiciário (TRT 9ª Região) / 2022 / FCC Mirtes, em contrato de experiência firmado
com a Confecção Elegance Ltda., acidentou-se nas dependências da empresa, escorregando no
piso que estava molhado e sofrendo uma luxação no tornozelo direito. Ao término do contrato
de experiência a empresa informou a Mirtes que a relação entre as partes estava encerrada,
pagando-lhe as verbas rescisórias correspondentes.

Com base em jurisprudência sumulada que cuida do tema.

a) o contrato, ainda que por experiência, não poderia ser encerrado porque Mirtes sofreu
acidente do trabalho, o que lhe garante, pela simples ocorrência do acidente, o direito à
estabilidade no emprego.

b) ainda que o empregado submetido a contrato por prazo determinado goze de garantia de
emprego decorrente de acidente do trabalho, o direito à estabilidade somente seria
reconhecido se Mirtes tivesse ficado afastada por mais de 15 dias, com a consequente
percepção do auxílio-doença acidentário.

c) ainda que o empregado submetido a contrato por prazo determinado goze de garantia de
emprego decorrente de acidente do trabalho, o direito de Mirtes à estabilidade somente seria
reconhecido se, do acidente sofrido, tivesse decorrido doença profissional.

d) a estabilidade por acidente do trabalho não pode ser reconhecida nos contratos de
experiência, tendo em vista que o seu prazo máximo de 90 dias é incompatível com o prazo da
estabilidade assegurada ao empregado acidentado, que é de 12 meses.

e) a estabilidade por acidente do trabalho não pode ser reconhecida nos contratos de
experiência, tendo em vista que para esta modalidade contratual inexiste o requisito da
continuidade da relação de emprego.

GABARITO: letra (B)

A estabilidade do empregado que sofre acidente de trabalho está prevista em legislação


previdenciária, no art. 118 da Lei 8.213/91.
Segundo dispõe o art. 118 da Lei 8.213/91, o segurado que sofrer acidente de trabalho fará jus
à garantia de emprego ao seu retorno, por período mínimo de doze meses.
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de
doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-
doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Segundo a Súmula 378, II do TST, além do acidente de trabalho, há mais dois os requisitos para
aquisição da estabilidade provisória do empregado acidentado:
• Afastamento por período superior a 15 dias e
• Percepção de auxílio-doença acidentário.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a
consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida,
doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.
A própria Súmula na parte final do item II esclarece que sendo constatada doença profissional
que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego, após a despedida,
a garantia também pode ser reconhecida.
Assim como a gestante, a estabilidade provisória do acidentado é compatível com os contratos
por prazo determinado, nos termos da Súmula 378 do TST.
Súmula nº 378 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991.
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº
8.213/91.

a) o contrato, ainda que por experiência, não poderia ser encerrado porque Mirtes sofreu
acidente do trabalho, o que lhe garante, pela simples ocorrência do acidente, o direito à
estabilidade no emprego.
b) ainda que o empregado submetido a contrato por prazo determinado goze de garantia de
emprego decorrente de acidente do trabalho, o direito à estabilidade somente seria
reconhecido se Mirtes tivesse ficado afastada por mais de 15 dias, com a consequente
percepção do auxílio-doença acidentário.
c) ainda que o empregado submetido a contrato por prazo determinado goze de garantia de
emprego decorrente de acidente do trabalho, o direito de Mirtes à estabilidade somente
seria reconhecido se, do acidente sofrido, tivesse decorrido doença profissional.
d) a estabilidade por acidente do trabalho não pode ser reconhecida nos contratos de
experiência, tendo em vista que o seu prazo máximo de 90 dias é incompatível com o prazo
da estabilidade assegurada ao empregado acidentado, que é de 12 meses.
e) a estabilidade por acidente do trabalho não pode ser reconhecida nos contratos de
experiência, tendo em vista que para esta modalidade contratual inexiste o requisito da
continuidade da relação de emprego.
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RESUMO ESQUEMATIZADO

• Direito do Trabalho
• Legislação internacional
• Segurança e Saúde do Trabalho
• DIREITOS HUMANOS

Bônus

• PLANNER (INDICAÇÃO DE LEITURA 30 dias antes da prova)


• Legislação selecionada
• + 500 itens V/F comentados
• Garantia de Atualização com a publicação do edital

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