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Aula 7

2 Acidente do Trabalho: 2.1 Definição e


legislação previdenciária. 2.2 Equiparação dos
acidentes de trabalho às doenças relaciona...

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Trabalhador e da Trabalhadora para Bloco 4...

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Sumário
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DEFINIÇÃO E LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA................................................................................................. 3

MODELOS, METODOLOGIAS, ETAPAS DA ANÁLISE DE ACID 5

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Definição e legislação previdenciária


Acidente do Trabalho: Lei nº 8213
O acidente de trabalho é um evento que ocorre durante o exercício das atividades laborais a serviço de uma empresa,
empregador doméstico ou de segurados específicos mencionados na legislação pertinente. A definição legal para
acidente de trabalho no contexto mencionado refere-se à Lei nº 8.213/91, que trata dos Planos de Benefícios da
Previdência Social no Brasil. De acordo com a legislação, um acidente de trabalho é caracterizado por:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
Os segurados mencionados no inciso VII do art. 11 da Lei nº 8.213/91 são trabalhadores autônomos, avulsos,
equiparados a trabalhadores autônomos e empresários. Portanto, o escopo da legislação engloba não apenas os
empregados formalmente registrados, mas também outros profissionais que, de alguma forma, prestam
serviços para empresas ou empregadores domésticos.
De acordo com o Artigo 20 da Lei nº 8.213/91, consideram-se acidente de trabalho, para fins previdenciários, as
doenças profissionais e as doenças do trabalho. A primeira refere-se a enfermidades produzidas pelo exercício de
atividades específicas constantes em uma lista elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A
segunda diz respeito a condições adquiridas em função de circunstâncias especiais relacionadas ao trabalho,
também listadas pelo Ministério. Ambos os tipos de doença ampliam a definição de acidente de trabalho para incluir
não apenas lesões súbitas, mas também condições de saúde decorrentes do exercício laboral.
O parágrafo 1º do Artigo 20 da Lei nº 8.213/91 estabelece as condições que não são consideradas como doença do
trabalho para fins previdenciários. Essas condições excluídas são:
a) doença degenerativa;

b) doença inerente a grupo etário;

c) doença que não cause incapacidade laborativa;

d) doença endêmica adquirida por segurado habitante de região onde ela se desenvolve, a menos que haja
comprovação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Quase Acidente
Um quase acidente, também conhecido como "near miss" em inglês, refere-se a uma situação em que ocorre uma
falha crítica, mas, por sorte ou intervenção oportuna, não resulta em lesões pessoais, danos à propriedade ou
impactos significativos. É uma ocorrência que poderia ter levado a um acidente real, mas foi evitada por
circunstâncias fortuitas, uma intervenção rápida ou ações corretivas que impediram as consequências mais graves.
A análise de quase acidentes desempenha um papel fundamental na gestão de segurança ocupacional, pois oferece
oportunidades valiosas para identificar falhas no sistema, melhorar procedimentos e implementar medidas
preventivas antes que ocorram acidentes reais. Trata-se de reconhecer os sinais de alerta e agir proativamente para
evitar incidentes futuros, contribuindo para a criação de ambientes de trabalho mais seguros e para a prevenção de
danos à saúde dos trabalhadores.

Incidente

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O termo "incidente" é utilizado de forma abrangente para descrever qualquer ocorrência ou evento que pode ter
implicações negativas, seja em termos de segurança, saúde, meio ambiente ou operações. Em contexto de
segurança ocupacional, o termo "incidente" pode incluir tanto acidentes como quase acidentes, sendo uma
categoria mais ampla que abrange eventos que não resultam necessariamente em lesões ou danos
significativos, mas que demandam atenção e análise.
Assim, um incidente pode envolver desde situações que causaram interrupções operacionais, danos materiais mínimos,
até eventos que, embora não tenham tido impactos imediatos, representam potenciais riscos que precisam ser
avaliados e corrigidos. A gestão eficaz de incidentes em um ambiente de trabalho inclui a identificação, registro,
investigação e análise desses eventos, visando implementar medidas preventivas e melhorar continuamente os
padrões de segurança e saúde ocupacional.
A gestão eficaz de segurança no local de trabalho envolve a identificação, registro e análise de acidentes, quase
acidentes e incidentes. Isso permite que as organizações adotem medidas preventivas, implementem melhorias nos
procedimentos e promovam uma cultura de segurança para reduzir riscos e proteger a saúde e bem-estar dos
trabalhadores. O aprendizado com essas situações contribui para a melhoria contínua das práticas de segurança no
ambiente de trabalho.

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Modelos, metodologias, etapas da análise de acidentes de


trabalho e tecnologias de prevenção e combate a sinistros
Investigação de Acidentes
A investigação de acidentes é um processo sistemático e detalhado que busca analisar as causas e circunstâncias que
levaram a um incidente, acidente ou quase acidente no ambiente de trabalho. O objetivo principal dessa investigação é
identificar as falhas no sistema, nos procedimentos ou nas práticas que contribuíram para o incidente, a fim de
implementar medidas corretivas e preventivas.
Os passos comuns na investigação de acidentes incluem:

1. Notificação do Acidente: Inicia-se com o relato e notificação do incidente, seja por parte dos trabalhadores
envolvidos, observadores ou gestores.
2. Preservação do Local: É importante isolar e preservar o local do acidente para garantir a integridade das evidências e
permitir uma investigação adequada.
3. Coleta de Evidências: Os investigadores reúnem informações relevantes, como depoimentos de testemunhas,
registros de segurança, fotografias, documentos e outros dados pertinentes ao incidente.
4. Análise de Causas: Uma análise minuciosa das causas imediatas e subjacentes é realizada. Causas imediatas podem
incluir ações diretas que levaram ao incidente, enquanto causas subjacentes abordam fatores mais profundos, como
falhas nos sistemas, falta de treinamento ou deficiências nos procedimentos.
5. Elaboração de Relatório: Os resultados da investigação são documentados em um relatório que destaca as
conclusões, recomendações de melhorias e, se aplicável, ações corretivas a serem tomadas.
6. Implementação de Medidas Corretivas: Com base nas conclusões, medidas corretivas são implementadas para
evitar a repetição do incidente. Isso pode envolver revisão de procedimentos, treinamento adicional, ajustes em
equipamentos, entre outras ações.
7. Feedback e Aprendizado: Os resultados da investigação e as medidas corretivas são comunicados a todos os
envolvidos. O processo visa não apenas corrigir problemas específicos, mas também promover uma cultura de
aprendizado contínuo e melhoria na segurança ocupacional.

Técnicas para o processo de avaliação de riscos


A identificação de riscos desempenha um papel fundamental ao explicitar a incerteza no contexto da avaliação. Todas
as fontes de incerteza, abrangendo tanto efeitos benéficos quanto prejudiciais, tornam-se pertinentes, dependendo do
contexto e do escopo da avaliação. As técnicas empregadas para identificar riscos envolvem a utilização do
conhecimento e da experiência de diversas partes interessadas, exemplo: APR, HAZOP, Árvore de Falhas entre
outras. Essas técnicas incluem a consideração de diversos aspectos:
1.Reconhecimento da existência da incerteza e compreensão de seus potenciais efeitos;

2.Avaliação de circunstâncias ou condições (tangíveis ou intangíveis) com potencial para desencadear futuras
consequências;
3.Identificação de fontes de risco presentes ou que possam se desenvolver;

4.Análise da eficácia dos controles existentes;

5.Exploração de eventos e consequências potenciais, abordando questões de o que, como, quando, onde e por quê;

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6.Consideração de eventos passados e sua relação razoável com o futuro;

7.Análise de aspectos humanos e fatores organizacionais aplicáveis.

As Pesquisas físicas também podem ser úteis para identificar fontes de risco ou detectar sinais precoces de potenciais
consequências. A saída da identificação de riscos pode ser documentada como uma lista de riscos, destacando
eventos, causas e consequências, ou utilizando outros formatos apropriados. Independentemente das técnicas
utilizadas, é crucial que a identificação de riscos seja abordada de maneira metódica e iterativa, assegurando que seja
abrangente e eficiente. A identificação do risco deve ocorrer com antecedência suficiente para possibilitar a
implementação de ações sempre que possível. Entretanto, reconhecendo a possibilidade de alguns riscos não serem
identificados durante o processo, é recomendável estabelecer um mecanismo para capturar riscos emergentes e
identificar precocemente os sinais de alerta de potencial sucesso ou fracasso.

Termos e Definições

Probabilidade
A Probabilidade se refere à chance de ocorrência de um evento, independentemente da forma como é definida,
medida ou determinada, seja de maneira objetiva ou subjetiva, qualitativa ou quantitativa, e
independentemente de ser descrita por meio de termos gerais ou matemáticos, como probabilidade ou
frequência ao longo de um período específico. Na terminologia de gestão de riscos, o termo "probability" é utilizado
para expressar a probabilidade de um evento ocorrer.

Oportunidade
Oportunidade refere-se à combinação de circunstâncias esperadas para serem favoráveis aos objetivos. Na gestão,
uma oportunidade é uma situação positiva na qual o ganho é provável e existe um nível razoável de controle sobre ela.
É importante observar que o conceito de oportunidade pode ser relativo, já que o que representa uma oportunidade
para uma parte pode ser percebido como uma ameaça por outra. Além disso, a decisão de aproveitar ou não uma
oportunidade pode ser uma fonte de risco, pois envolve avaliações e escolhas estratégicas.

Fator de Risco
O Fator de risco, por sua vez, é um condutor de risco, sendo um elemento que exerce uma significativa influência
nos níveis de risco associados a uma determinada situação. Esses fatores, ao serem identificados e avaliados,
contribuem para uma compreensão mais abrangente dos desafios e incertezas envolvidos em determinada empreitada.
Decidir aproveitar ou não uma oportunidade, por exemplo, é uma escolha que frequentemente está ligada à análise
desses fatores de risco, pois influenciam diretamente as possíveis consequências associadas às decisões tomadas.

Incerteza
A Incerteza é um termo que engloba diversos conceitos subjacentes, e diversas tentativas foram feitas, e ainda estão
em desenvolvimento, para categorizar os tipos de incertezas. Estes incluem:

Incerteza intrínseca: Reconhece a variabilidade inerente a alguns fenômenos, a qual não pode ser reduzida
por meio de pesquisas adicionais. Um exemplo seria o ato de jogar dados, frequentemente referido como
incerteza aleatória.
Incerteza epistêmica: Geralmente resulta da falta de conhecimento e, portanto, pode ser reduzida ao
coletar mais dados, aprimorar modelos, ou refinando técnicas de amostragem.
Incerteza linguística: Reconhece a imprecisão e ambiguidade inerente à linguagem falada.

Risco

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Os riscos abrangem os efeitos de qualquer forma de incerteza. A incerteza pode resultar em consequências positivas,
negativas ou ambas. A descrição do risco frequentemente envolve identificar fontes de risco, eventos potenciais,
suas consequências e as probabilidades associadas. Um evento pode ter várias causas e levar a diversas
consequências. As consequências podem ser discretas, contínuas ou desconhecidas. Elas podem não ser inicialmente
discerníveis ou mensuráveis, mas podem se acumular ao longo do tempo.
As fontes de risco podem incluir variabilidades inerentes ou incertezas relacionadas a diversos fatores, como o
comportamento humano, estruturas organizacionais ou influências sociais. Prever eventos específicos pode ser
desafiador. Às vezes, é difícil tabular o risco de maneira direta como um conjunto de eventos, suas consequências e
suas probabilidades, devido à complexidade e à interconexão dos elementos envolvidos. A gestão eficaz de riscos
exige, portanto, uma compreensão abrangente dessas dinâmicas e a capacidade de lidar com a incerteza de
maneira adaptativa e proativa.

Planejar o processo de avaliação


É recomendável que o propósito do processo de avaliação seja claramente estabelecido, o que inclui a identificação
das decisões ou ações relacionadas, os tomadores de decisão envolvidos, as partes interessadas relevantes, e a
especificação do tempo e da natureza do resultado requerido. Por exemplo, é importante determinar se a
informação necessária é qualitativa, semiquantitativa ou quantitativa. Além disso, é apropriado definir o escopo, a
profundidade e o nível de detalhe do processo de avaliação, fornecendo uma descrição clara do que está incluído ou
excluído. A delimitação dos tipos de consequências a serem considerados no processo de avaliação também é crucial.
Condições, premissas, restrições ou recursos necessários para a condução efetiva do processo de avaliação devem ser
especificados de forma clara e abrangente. Esta abordagem detalhada e transparente garante uma execução
consistente e compreensível do processo, contribuindo para a qualidade e relevância dos resultados obtidos.

Compreender o contexto
Compreender o contexto é crucial ao realizar um processo de avaliação de riscos. É recomendável que os envolvidos
estejam cientes das circunstâncias mais amplas em que as decisões e ações serão baseadas nesse processo de
avaliação. Isso inclui a compreensão das questões internas e externas que contribuem para o contexto da organização,
bem como os aspectos sociais e ambientais mais amplos.
É apropriado analisar criticamente e verificar qualquer declaração de contexto relevante para garantir que seja atual e
apropriada. Essa prática é especialmente importante em situações de significativa complexidade, onde a compreensão
do contexto geral desempenha um papel fundamental na tomada de decisões informadas e na gestão eficaz de riscos.

Engajar as partes interessadas


É recomendável identificar as partes interessadas e aquelas que podem contribuir com conhecimento útil ou
perspectivas pertinentes, mesmo que não estejam formalmente incluídas como participantes no processo de avaliação
de riscos. O envolvimento apropriado das partes interessadas desempenha um papel essencial para garantir a
validade e aplicabilidade das informações baseadas no processo de avaliação de riscos, além de garantir que as
razões por trás das decisões sejam compreendidas. O envolvimento das partes interessadas pode:
1.Fornecer informações para compreender o contexto do processo de avaliação.

2.Integrar diferentes áreas de conhecimento e expertise para uma identificação e compreensão mais efetivas do risco.

3.Contribuir com expertise relevante para o uso das técnicas de avaliação de riscos.

4.Permitir que os interesses das partes interessadas sejam compreendidos e considerados.

5.Oferecer insights ao processo de determinação da aceitabilidade de um risco, especialmente quando as partes


interessadas são impactadas.

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6.Atender a requisitos de informação e consulta.

7.Obter apoio para as conclusões e decisões decorrentes do processo de avaliação de riscos.

8.Identificar lacunas no conhecimento que precisam ser abordadas antes ou durante o processo de avaliação de riscos.

Definir Objetivos
Recomenda-se que os objetivos do sistema ou processo específico que será submetido a uma avaliação de riscos sejam
definidos e, sempre que possível, documentados. Essa prática facilitará a identificação de riscos e a compreensão de
suas implicações. Na medida do possível, é apropriado que esses objetivos sejam:

Específicos ao escopo do processo de avaliação.

Mensuráveis tanto qualitativa quanto quantitativamente.

Alcançáveis dentro das restrições impostas pelo contexto.

Pertinentes para os objetivos gerais ou contexto da organização.

Viáveis dentro do prazo estipulado.

Estabelecer objetivos claros e alinhados ao escopo do processo de avaliação de riscos não apenas facilita a identificação
de potenciais riscos, mas também contribui para uma avaliação mais precisa e eficaz. Além disso, a mensurabilidade e a
pertinência dos objetivos garantem que o processo de avaliação esteja alinhado aos objetivos mais amplos da
organização.

Considerar fatores humanos, organizacionais e sociais


Convém que fatores humanos, organizacionais e sociais sejam explicitamente considerados e levados em conta
conforme apropriado. Aspectos humanos são pertinentes no processo de avaliação de riscos nas seguintes maneiras:
1. Por meio de influências na maneira em que as técnicas são selecionadas e aplicadas

2. Como uma fonte de incerteza

3. Como a informação é interpretada e usada (por exemplo, por causa das diferentes percepções de risco).

O desempenho humano (seja acima ou abaixo do esperado) é uma fonte de risco que pode também afetar a
efetividade dos controles. É necessário que o potencial de desvio dos comportamentos esperados ou presumidos seja
especificamente considerado, quando do processo de avaliação de risco. Fatores humanos também influenciam a
seleção e o uso de técnicas, em particular quando julgamentos precisam ser feitos ou abordagens de equipe são
usadas. Os objetivos e valores das pessoas podem variar e ser diferentes daqueles da organização. Isto pode
resultar em diferentes percepções acerca do nível de risco e diferentes critérios a partir dos quais os indivíduos
tomam decisões. Convém que a organização se esforce para atingir uma compreensão comum do risco internamente
e leve em conta as diferentes percepções das partes interessadas.

Determinação de Fontes, Causas e Fatores de Risco


A identificação das fontes, causas e fatores de risco desempenha um papel fundamental em diversas frentes.
Primeiramente, contribui para a estimativa da probabilidade de ocorrência de um evento ou consequência,
fornecendo uma base sólida para análises de risco. Além disso, essa identificação é útil para a busca de tratamentos
que possam modificar o risco, permitindo a implementação de medidas preventivas eficazes. Ainda, apoia a
determinação de indicadores de alerta precoce e a definição de seus limites de referência, proporcionando meios para
antecipar e responder rapidamente a possíveis ameaças. Adicionalmente, a identificação de causas comuns facilita o

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desenvolvimento de prioridades para o tratamento de riscos, bem como situações existentes, mas com resultados
incertos, proporcionando uma abordagem mais estratégica e eficiente na gestão de riscos.

Avaliação da Eficácia dos Controles Existentes


A eficácia global de todos os controles existentes impacta diretamente o nível de risco associado a uma determinada
situação. Recomenda-se a consideração dos seguintes aspectos relacionados aos controles:
1.O mecanismo pelo qual os controles buscam modificar o risco;

2. A capacidade dos controles existentes de operar conforme planejado e de alcançar os resultados esperados;

3. A identificação de deficiências no design ou na implementação dos controles;

4. A detecção de lacunas nos controles;

5. A análise de se os controles operam de forma independente ou se dependem de uma atuação coletiva para eficácia;

6.A avaliação de fatores, condições, vulnerabilidades ou circunstâncias que possam comprometer a eficácia do
controle, incluindo falhas comuns de causa;
7.A verificação de se os próprios controles introduzem riscos adicionais.

É relevante observar que um risco pode ser influenciado por mais de um controle, e, reciprocamente, os controles
podem afetar mais de um risco. É aconselhável fazer uma distinção entre controles que alteram a probabilidade, as
consequências, ou ambos, e controles que modificam a distribuição do ônus do risco entre as partes interessadas.

Análise de Consequências
A análise de consequências pode variar desde uma descrição narrativa dos resultados até uma modelagem quantitativa
detalhada ou análise de vulnerabilidade. É recomendável considerar os efeitos subsequentes (efeitos em cascata
ou em cadeia) quando uma consequência leva a outra, quando aplicável. O risco pode estar associado a
diferentes tipos de consequências, impactando objetivos diversos. A decisão sobre os tipos de consequências a
serem analisadas deve ser tomada durante o planejamento da avaliação. A verificação da declaração de contexto é
fundamental para garantir que as consequências a serem analisadas estejam alinhadas com o propósito da avaliação e
que as decisões sejam tomadas. Essa verificação pode ser revisitada ao longo da avaliação à medida que mais
informações são obtidas.
A magnitude das consequências pode ser expressa quantitativamente como um valor pontual ou como uma
distribuição. O uso de distribuições é apropriado em situações em que o valor da consequência é incerto, varia
conforme as circunstâncias ou depende de parâmetros variáveis. A consideração completa da distribuição oferece
informações abrangentes, e é possível resumir essa distribuição por meio de medidas como o valor esperado, variação
ou percentis relevantes. Para qualquer método que forneça um valor pontual ou representação de distribuição de
consequências, é essencial reconhecer as premissas e incertezas subjacentes à escolha da forma da distribuição, à
representação apropriada da distribuição como um valor pontual e à estimativa pontual devido às incertezas nos
dados.
Não deve ser presumido que os dados pertinentes ao risco sigam necessariamente uma distribuição normal. Em
alguns casos, as informações podem ser resumidas qualitativa ou semi-quantitativamente para facilitar comparações
de riscos. A magnitude das consequências também pode variar conforme outros parâmetros. Por exemplo, as
consequências para a saúde devido à exposição a um produto químico geralmente dependem da dose. Nesses casos, o
risco é frequentemente representado por uma curva de resposta à dose. Além disso, as consequências podem evoluir
ao longo do tempo, como os impactos adversos de uma falha que podem se agravar com a duração da falha. A seleção
de técnicas apropriadas é essencial para considerar essa variação temporal.

Tecnologias de Prevenção e Combate a Sinistros

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A prevenção e o combate a sinistros no ambiente de trabalho envolvem a implementação de várias tecnologias e


práticas para garantir a segurança dos trabalhadores. É preciso que as empresas sigam regulamentações específicas
de segurança no trabalho e realizem avaliações de risco para implementar as tecnologias mais adequadas ao
seu contexto. Além disso, a manutenção regular de equipamentos de segurança e a atualização constante de
protocolos são essenciais para garantir um ambiente de trabalho seguro. Algumas tecnologias e abordagens são
importantes para sua prova, veja as mais utilizadas:
1. Sistemas de Detecção de Incêndio: Sensores de fumaça, calor ou chama para detectar sinais precoces de
incêndios; sistemas de alarme que alertam os ocupantes sobre a presença de fumaça ou fogo.
2.Sistemas de Supressão de Incêndio: Extintores de incêndio adequados para diferentes tipos de materiais
inflamáveis; sprinklers automáticos que liberam água ou outros agentes extintores em caso de detecção de incêndio.
3. Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Uso de EPI adequado, como capacetes, óculos de proteção, luvas e
calçados de segurança.
4. Sistemas de Ventilação e Exaustão: Sistemas de ventilação para garantir uma boa circulação de ar e reduzir a
concentração de substâncias perigosas.
5. Sistemas de Monitoramento Ambiental: Monitores para detectar gases perigosos ou níveis prejudiciais de
substâncias químicas; equipamentos de medição de ruído, temperatura e umidade para garantir condições de trabalho
seguras.
6. Sistemas de Controle de Acesso: Restrição de acesso a áreas perigosas apenas a pessoal autorizado; sistemas de
identificação, como crachás eletrônicos, para controlar quem entra em determinadas áreas.
7.Treinamento e Simulações: Programas de treinamento para conscientizar os trabalhadores sobre práticas seguras e
procedimentos de evacuação; simulações regulares de evacuação para garantir que os trabalhadores estejam
preparados para emergências.

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