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ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
PDF SINTÉTICO
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
231023486371
MANUEL PIÑON
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PDF SINTÉTICO
AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
PDF Sintético – AFO Administração Financeira e Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1. Introdução ao Estudo da Administração Financeira e Orçamentária . . . . . . . . . . . 8
1.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2. Atividade Financeira do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Fontes do Direito Financeiro e Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público. 10
2. Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2. Dimensões do Orçamento Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3. Técnicas/Métodos/Espécies de Orçamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.4. Tipos de Orçamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.5. Aspectos Avançados do Orçamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6. Funções Clássicas do Orçamento Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Leis Orçamentárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2. PPA – Plano Plurianual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3. LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.4. LOA – Lei Orçamentária Anual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4. Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.2. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.3. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.4. Processo Legislativo Orçamentário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5. Créditos Adicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
6. Princípios Orçamentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6.1. Princípio da Unidade/Totalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
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Manuel Piñon
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência,
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência de 16 anos como concurseiro e de outros tantos ensinando
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Aragonê Fernandes
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Para você me conhecer melhor, sou Administrador de Empresas, com especialização em
Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
e Professor desde 2014, nas disciplinas Administração Financeira e Orçamentária (AFO),
Direito Financeiro e Finanças e Economia. Também fui Auditor de Finanças e Controle da CGU.
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
Como concurseiro, fiz meu primeiro concurso e fui aprovado em 1998, para Auditor da
Receita Federal. Trabalhei por dois anos, pedi exoneração e fui trabalhar na iniciativa privada.
Seis anos depois, voltei a estudar para concursos públicos. Tive algumas reprovações até
ser aprovado na CGU. Ainda na CGU, continuei os estudos até ser aprovado novamente
como Auditor da Receita Federal, em 2010, onde me encontro até hoje, super realizado
profissionalmente.
Assim, venho aprimorando nossos PDFs ao longo desses anos e este material procura
sintetizar toda essa experiência adquirida como concurseiro e como professor.
Espero que goste e que seja decisivo em sua aprovação.
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
1.1. CONCEITO
O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do
Estado sob o ponto de vista jurídico.
A Administração Financeira e Orçamentária (AFO) engloba o Direito Financeiro com
uma “pegada” administrativa, ou seja, abrange a atividade financeira do estado, focada
em sua aplicação na gestão pública.
Assim, AFO é o ramo da ciência administrativa que foca na gestão das finanças e
do orçamento público, desde sua concepção até a sua prestação de contas e avaliação de
resultados.
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
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A Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio de processo
legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples e materialmente
complementar, pois a matéria que ela trata é de Lei Complementar, com fulcro no artigo
165, § 9º, I, da CF/1988.
Embora não exista menção aos municípios, existe a possibilidade de esses entes disporem
sobre temas próprios e específicos de direito financeiro, conforme disposição expressa do
art. 30, II, da CF/1988, que diz que compete aos municípios suplementar a legislação federal
e a estadual no que couber.
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2. ORÇAMENTO PÚBLICO
2.1. CONCEITO
O Orçamento Público é um documento que prevê as receitas e fixa as despesas, com
especificação de suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas
mais relevantes.
Fique atento(a) aos termos: no orçamento, as receitas são previstas e as despesas
são fixadas.
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Os valores eram dimensionados apenas com base no valor gasto no ano anterior, sem
considerar, portanto, ações, planos e programas de trabalho previstos para o ano seguinte,
sendo a falta de planejamento da ação governamental uma das principais características
do orçamento tradicional.
Esse tipo de orçamentação pública ficou conhecido como “lei de meios”, já que focava
nos meios, e não nas metas e objetivos do Estado.
2.3.3. ORÇAMENTO-PROGRAMA
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por
um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a
sua execução.
O Orçamento-Programa explicita o princípio da programação ao apresentar os programas
de cada órgão do governo, incluindo os objetivos a serem alcançados, determinando as
ações que serão desenvolvidas para atingir esses objetivos e para calcular e consignar os
recursos para efetivar essas ações.
O Orçamento-Programa também explicita o princípio da especificação ou da
discriminação ao impedir que as dotações sejam feitas de forma globalizada, tanto no
que se refere à arrecadação de receitas quanto para gastar recursos financeiros obtidos.
É importante saber que, desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, o orçamento-
programa vem sendo adotado no Brasil.
Sua mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades
públicas, sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização,
de acordo com as suas prioridades. É notório que os seus aspectos administrativos e
econômicos são privilegiados em detrimento do aspecto político.
RESUMO DA ÓPERA: o Orçamento-Programa PRIORIZA atender os objetivos, metas e
prioridades definidos no planejamento das ações do Governo, integrando planejamento e
orçamento.
Características vantajosas do Orçamento-programa:
• permite melhor planejamento das ações do Governo;
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O foco desse modelo de orçamentação era identificar gastos, programas e até mesmo
órgãos que não tinham utilidade prática para a Administração Pública.
O grande legado trazido pela metodologia do Orçamento Base Zero foi o combate àquela
ideia, que existia até então, de gastos simplesmente repetidos de períodos anteriores,
acrescentado a expectativa de inflação. Tudo tinha que ser revisto e novamente justificado.
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2.3.8. PART
PART, sigla em inglês para “Program Assessment Rating Tool”, funciona por meio de um
questionário utilizado para avaliar o propósito, o desenho, o planejamento, a gestão, os
resultados e a prestação de contas, com o fito de verificar se um programa é realmente
eficaz. Como resultado das avaliações efetuadas, o PART ainda fornece informações e
sugestões para melhorar os resultados dos programas avaliados.
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De lá para cá, temos ainda que a maior parte do Orçamento Brasileiro continua sendo
autorizativo para as despesas discricionárias, MAS NÃO MAIS 100% AUTORIZATIVO.
Assim, HOJE, leve para a prova que a maior parte do Orçamento Federal Brasileiro
continua sendo autorizativo, mas em menor parte também impositivo, situação que a
Doutrina denominou de Orçamento Híbrido.
Entendendo esses conceitos, na hora da prova TENHA MUITA ATENÇÃO na redação da
assertiva, para não cair em uma eventual pegadinha.
No Brasil, o orçamento público é, em relação às despesas discricionárias, autorizativo,
e não impositivo, ou seja, a fixação de despesas é uma mera sugestão ou previsão de
gastos, sem que haja o dever legal de executá-los.
As despesas obrigatórias não podem ser objeto de contingenciamento, em contraste
com as despesas discricionárias, que podem ser contingenciadas.
A Doutrina então classifica os créditos orçamentários em autorizativos, para aqueles
que o governo está autorizado a realizar a despesa, e impositivos, para aqueles que o
governo está obrigado a realizar a despesa.
Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está
condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercício
financeiro.
RESUMO DA ÓPERA:
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3. LEIS ORÇAMENTÁRIAS
3.1. INTRODUÇÃO
O artigo 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos (leis) orçamentários
de planejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:
• o Plano Plurianual – PPA;
• a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e
• Lei Orçamentária Anual – LOA.
Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma
delas com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes
públicos nas três esferas de governo.
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No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas,
de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
Veja, na figura a seguir, o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em
termos de integração:
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DICA
Mnemônico: DOM – Diretrizes, Objetivos e Metas.
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É importante ter em mente que as despesas de capital, a que se refere o PPA, são
aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital,
como a construção ou ampliação de um aeroporto.
No caso da União, nem todas as despesas orçamentárias de capital constam no PPA.
No PPA federal, não constam as despesas dos programas de operações especiais, ou
seja, ficam de fora as despesas com amortização da dívida pública.
Atente ao significado do termo “e outras delas decorrentes”, que tem relação com o
fato de que as despesas de capital acabam gerando despesas correntes ainda dentro do
período de vigência do PPA.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser
iniciado sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instrumento central
de planejamento deve servir para promover, de maneira integrada, oportunidades de
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a
um desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões do País.
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A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO
não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por
outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.
O anexo de agregados fiscais deve ser elaborado para o exercício a que se refere e, pelo
menos, para os dois exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com previsão de
agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei
orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento.
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O ARF, outra inovação da LRF a constar na LDO, destaca aqueles fatos que poderão
impactar nos resultados fiscais (contas públicas) estabelecidos para o exercício e
informando as providências a serem tomadas, caso ocorram.
Os riscos fiscais englobam os riscos orçamentários e os riscos da dívida.
Os Riscos Fiscais Orçamentários estão relacionados à possibilidade de que as receitas
e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária anual não venham a
se confirmar durante o exercício financeiro.
Os Riscos Fiscais da Dívida estão diretamente relacionados às flutuações de variáveis
macroeconômicas que impactem o endividamento público, tais como taxa básica de juros,
variação cambial e inflação.
Esquematizando o ARF e o Anexo Específico da União, temos:
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A LRF elegeu a LDO como instrumento mais importante para a obtenção do equilíbrio
nas contas públicas, a partir de um conjunto de metas que, após aprovadas, passam a
ser compromisso de governo.
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A nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 6º, determina que o projeto da LOA seja
acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.
Embora seja uma única LOA, a CF a divide em três orçamentos.
O orçamento fiscal deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, com exceção apenas das
receitas e despesas que estiverem no orçamento da seguridade social e de investimento
das estatais.
O orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA,
como o nome já revela, não trata de todas as despesas e sim apenas dos investimentos e não
se refere a todas as estatais, mas apenas aquelas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas
controladas pela União.
Em termos de CF/1988 os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das
estatais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF... basta saber isso.
Entretanto, se considerarmos as LDOs de cada ano e a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal,
que trazem conceitos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes,
a coisa muda de figura.
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Obs.: O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do
Plano que estão associadas às Ações constantes da LOA. Deve haver, portanto,
uma compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale ressaltar que a
abrangência do PPA e da LDO vai além da dimensão orçamentária.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão
organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e
quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
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Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:
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4. CICLO ORÇAMENTÁRIO
4.1. CONCEITO
O ciclo orçamentário é um processo dinâmico, flexível e contínuo, que passa pelas
etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação, execução, controle e avaliação
no que diz respeito à programação de gastos do setor público do ponto de vista físico e
financeiro, integrando planejamento e orçamento.
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Enquanto o exercício financeiro, atualmente, no Brasil, coincide com o ano civil, o ciclo
orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior com as etapas de elaboração/
planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da Lei de
Orçamento e somente se encerra nos exercícios seguintes com a sua avaliação e controle.
4.4.1. PLANEJAMENTO/ELABORAÇÃO
No âmbito do Planejamento, ganha destaque o PPA, no qual o legislador cuidou de
garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território nacional, exigindo a
regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com base nas leis orçamentárias
anuais. Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais
resulte um aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço,
como a construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes.
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Obs.: Além das emendas individuais e das emendas de bancada, temos também as emendas
apresentadas pelas comissões – emendas de comissões permanentes da Câmara
e do Senado (materialmente ligadas à área de atuação, como educação e saúde).
O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria, no sentido de que não pode haver
aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executivo. Também as
emendas apresentadas não podem ser incompatíveis com o PPA e com a LDO.
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, não pode ser admitida emenda que:
• altere a dotação solicitada para despesa de custeio, exceto se provada, nesse ponto,
a inexatidão da proposta;
• conceda dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes;
• conceda dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado;
• conceda dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do
Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
Após discutido o projeto de lei (PLOA), deve haver a respectiva aprovação em cada uma
das casas que formam o Congresso Nacional, que ocorre por maioria simples, já que é
uma lei ordinária, embora com rito especial.
Nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não seja interrompida sem a
aprovação da LDO. Assim, não haverá recesso parlamentar se a LDO não for aprovada.
Entretanto, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA, pode haver esse recesso
mesmo com a LOA ou com o PPA ainda pendentes de aprovação.
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Com a sanção presidencial, encerra-se a essa fase. Entretanto, caso haja o veto,
seja parcial ou total, ele deve ser apreciado pelo Poder Legislativo, que pode rejeitar ou
confirmar o veto.
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Obs.: Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos,
ou seja, a execução orçamentária completa-se com a execução financeira, que
passa pela programação dos recursos financeiros de forma a garantir o atendimento à
demanda de recursos aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.
RESUMO DA ÓPERA: a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos
consignados na LOA, enquanto a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.
Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem concomitantemente,
por estarem atreladas uma à outra.
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Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentária, operacional
e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas três esferas: federal, estadual e municipal.
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4.4.5. PRAZOS
Vale deixar registrado que os prazos inerentes ao ciclo orçamentário estão dispostos
no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da nossa CF/1988.
Para os estados, DF e municípios, valem os prazos dispostos, respectivamente, nas suas
Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.
5. CRÉDITOS ADICIONAIS
Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.
A dotação inicial corresponde ao valor inicial constante da lei orçamentária sancionada
pelo Presidente, ou seja, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que constitui
o limite de recurso financeiro autorizado.
Visando dotar a administração pública de um mínimo de flexibilidade em termos de
dotação orçamentária, aos créditos orçamentários iniciais foi autorizado que possam ser
objeto de alterações qualitativas ou quantitativas por meio de créditos adicionais.
Uma alteração quantitativa apenas modifica o total de crédito constante na LOA através
de um crédito suplementar, reforçando a dotação já existente para uma determinada despesa.
Já a alteração qualitativa é aquela que modifica o conteúdo da LOA, incluindo nova
despesa não prevista (crédito especial) ou urgente (crédito extraordinário).
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Os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.
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O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna” e
“calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevisíveis para
a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e extraordinárias.
Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despesas correntes que
não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não justificam a abertura
de créditos extraordinários, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitucionais.
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6. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
São regras básicas estabelecidas por normas tanto constitucionais quanto
infraconstitucionais, e pela doutrina, que devem ser observadas rigorosamente durante
o ciclo orçamentário (planejamento, execução e controle do Orçamento Público) por todos
os poderes de todos os entes federados, para dotar o sistema orçamentário de maior
padronização.
Não existe uma lista exaustiva de quais são os Princípios Orçamentários, já que o
Orçamento Público está em constante evolução, podendo ser assim agrupados:
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Doutrinariamente falando, este princípio pode aparecer em sua prova com os seguintes
sentidos:
• Unidade, com a ideia de que o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas
um orçamento para cada ente da federação em cada exercício financeiro.
• Totalidade, aceita a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem
sofrer consolidação, como é o caso dos orçamentos fiscal, da seguridade social e
de investimentos das estatais, de modo a permitir que o governo tenha uma visão
geral do conjunto das finanças públicas.
Mas, professor, eu já li em nossa Constituição que existe uma tal de tripartição do or-
çamento? Isso não contraria o Princípio da Unidade ou Totalidade?
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Guarde que no Brasil, EM REGRA, a LOA não pode ser editada com vigência superior a um ano.
MAS TEMOS UMA EXCEÇÃO PREVISTA NA CF/1988. Veja o que dispõe o art. 167, § 2º, da CF/1988:
Atente também ao fato de que o PPA, com duração quatro anos, não é considerado
uma exceção ao princípio da anualidade, já que é considerado um plano estratégico, e
não efetivamente operacional, necessitando da LOA (que é anual) para se tornar efetivo.
Não confunda o princípio orçamentário da Anualidade com o princípio constitucional
tributário da anterioridade, que é um princípio tributário, e não orçamentário.
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Obs.: Mas temos uma exceção, que foi trazida pela Emenda Constitucional – EC n. 85/2015,
onde um ato do Poder Executivo, sem necessidade de prévia autorização legislativa,
poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação
no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de
viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.
É importante conhecer o significado dos termos e saber distingui-los:
• Transposição – destinação de recursos de um programa de trabalho para outro, por
meio de realocações do ente público dentro do mesmo órgão.
• Remanejamento – destinação de recursos de um órgão para outro, por meio de
realocações do ente público.
• Transferência – destinação de recursos dentro do mesmo órgão do mesmo programa
de trabalho, por meio de realocações de recursos entre as categorias econômicas de
despesas.
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A transparência é mais ampla que a publicidade formal, devendo ser interpretada como
estimuladora da prestação de contas por parte da Administração Pública em sentido amplo.
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7. EXECUÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários suas respectivas dotações
orçamentárias. Assim, o crédito orçamentário é composto pelo conjunto de categorias
classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto
a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário.
Em outras palavras, podemos dizer que para um crédito orçamentário temos uma
dotação, que é o limite de recurso financeiro autorizado para aquele crédito.
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente
é o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades
Orçamentárias, às quais são responsáveis pela execução das despesas.
A programação orçamentária e financeira é a adaptação do fluxo dos pagamentos
ao fluxo dos recebimentos, de modo que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado
da arrecadação do ente.
A programação visa customizar a velocidade de execução do orçamento ao fluxo de
recursos financeiros, de modo a garantir a execução dos programas anuais de trabalho,
realizados por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
– SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela legislação vigente, sendo as
diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA fixadas em Decreto.
Segundo o artigo 47 da Lei n. 4.320/1964, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos
limites nela fixados, o Poder Executivo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da
despesa que cada unidade orçamentária pode usar, sendo que essas cotas trimestrais podem
ser modificadas durante o ano em função, por exemplo, das oscilações na receita pública.
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Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o
quadro de cotas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites
nela fixados.
Além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da despesa
orçamentária abarca ainda os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária
ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de
desembolso ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA.
Após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da Despesa
(QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional, os
subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as
Unidades Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e
da seguridade social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria
econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação.
A descentralização dos créditos orçamentários corresponde às movimentações de
parte do orçamento para que outras unidades administrativas possam executar a despesa
orçamentária. Registre-se que devem ser mantidas as classificações institucional,
funcional, programática e econômica da despesa.
As descentralizações de créditos orçamentários NÃO se confundem com transferências
ou transposições, já que NÃO modificam a programação ou o valor de suas dotações
orçamentárias e não alteram classificação institucional (de um órgão para outro) do
crédito orçamentário aprovado pelo CN na LOA ou em Créditos Adicionais. Assim, tanto a
descentralização de crédito e quanto a descentralização de recursos NÃO estão vedadas
pelo artigo 167 da CF/1988.
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8. RECEITA PÚBLICA
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RESUMO DA ÓPERA: nem todo ingresso ou entrada no caixa do Estado será uma Receita
Pública em sentido estrito, mas apenas em sentido amplo.
8.2.2.1. PREVISÃO
A previsão (ou planejamento) é um meio de estimar a arrecadação da receita, presente
na Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante de metodologia de projeção de receitas
orçamentárias, de acordo com premissas e critérios estabelecidos no artigo 12 da LRF.
Os parâmetros para a previsão de receitas são os eventuais efeitos das alterações
na legislação, como mudanças de bases de cálculo e alíquotas dos tributos, dos efeitos
econômicos que também impactam na previsão da receita, como a variação da inflação e
do crescimento do PIB, dentre outros.
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8.2.2.2. LANÇAMENTO
Em seus artigos 52 e 53, a Lei n. 4.320/1964 define o lançamento como o segundo
estágio da receita, representando o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
No caso das receitas públicas de origem tributária, o lançamento deve observar o
disposto no art. 142 da Lei n. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) que o define como
procedimento privativo da autoridade administrativa tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Basicamente, em nosso Sistema Tributário Nacional temos três modalidades
diferentes de lançamento tributário:
1) Lançamento por declaração ou misto que é aquele concede a espontaneidade ao
sujeito passivo para declarar corretamente. Assim, O próprio contribuinte apura o valor devido
e presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação, como nos casos dos Impostos de Importação e de Exportação.
2) Lançamento por homologação ou autolançamento é aquele em que o pagamento
e as informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio
da autoridade administrativa, como nos casos do Imposto de Renda e do ICMS.
3) Lançamento de ofício ou direto que é aquele usado para tributos que têm como
fato gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros de suas Secretarias de
Fazenda, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros
para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta
forma, é efetuado pela Administração sem a participação do contribuinte, como nos casos
do IPTU e do IPVA.
8.2.2.3. ARRECADAÇÃO
A arrecadação da receita se dá no momento em que o contribuinte recolhe, ao agente
arrecadador, o valor do seu débito, ou seja, é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro,
realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados
pelo Ente Público.
8.2.2.4. RECOLHIMENTO
O recolhimento da receita acontece no momento que o agente arrecadador repassa o
produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal, ou seja, é a transferência dos
valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e pelo controle
da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa (ou de
Tesouraria), representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.
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Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e
Receitas de Capital.
As Receitas correntes são aquelas receitas públicas que se esgotam dentro do período
anual, normalmente alterando o patrimônio líquido da Entidade, como os casos das receitas
e impostos que se extinguem no decurso da execução orçamentária. Compreendem as
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, entre outras. São as receitas destinadas a
cobrir as despesas orçamentárias que visam à manutenção das atividades governamentais.
As Receitas de capital são aquelas receitas públicas que não alteram o patrimônio Líquido
do Estado, como os produtos de empréstimo contraídos pelo Estado a longo prazo. Compreendem,
assim, a constituição de dívidas, a conversão em espécie de bens e direitos, dentre outros.
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Obs.: Pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público e, via de regra,
por força do princípio orçamentário da universalidade, estão previstas na Lei
Orçamentária Anual – LOA.
A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo que não tenha sido incluída
(prevista) na LOA.
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As operações de crédito em geral são receitas orçamentárias, com exceção das operações de
crédito por ARO – Antecipação da Receita Orçamentária que são receitas extraorçamentárias.
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EXEMPLO
São exemplos de receitas correntes efetivas a Receita Tributária, a Receita Patrimonial e a
Receita de Serviços.
São exemplos de receitas de capital efetivas o resultado do BACEN e as Transferências de
Capital.
EXEMPLOS
São exemplos de receitas correntes não efetivas a cobrança de dívida ativa e a alienação
de bens caucionados ou apreendidos.
São exemplos de receitas de capital não efetivas a receita decorrente da alienação de
bens, de operações de crédito e de recebimento de amortização de empréstimo concedido
no passado.
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São exemplos os valores recebidos como cota-parte de Tributos Federais aos Estados e
Municípios oriundas do FPE e do FPM, como Cota-Parte de Tributos Estaduais aos Municípios
decorrentes da arrecadação do ICMS e do IPVA, os decorrentes de convênios firmados com
outros entes, dentre outros.
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DICA
Mnemônico: COEDDDDT
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(*) Modificado recentemente, mas a Lei n. 4.320/1964 ainda utiliza o Termo “Receitas
Tributárias”.
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RECEITAS DE CAPITAL
Operações de Crédito – Envolvem captação de recursos para atender desequilíbrios
orçamentários ou, ainda, financiar empreendimentos públicos. É por meio dessa conta de
receita, que são cobertos os déficits orçamentários que ensejam a formação da Dívida Pública.
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8.3.12.3. TAXAS
Aqui o interesse público prevalece sobre o interesse privado. Além disso, o interesse
privado na situação em tela é um interesse individual e mensurável para cada indivíduo.
Embora exista vantagem para o particular, é muito importante deixar registrado que aqui
a relação é de natureza obrigatória, e não contratual ou facultativa.
Guarde logo uma diferença relevante entre taxa e Contribuição de Melhoria: no caso da taxa
o interesse privado é individual e mensurável para cada indivíduo e no caso da Contribuição
de Melhoria é gerada uma vantagem para determinada classe ou categoria de indivíduos.
Merece destaque que a finalidade desse pagamento é ressarcir o Estado o custo dos
gastos incorridos e que sua natureza é obrigatória.
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Um bom exemplo de fundo especial é Fundo do RGPS – Regime Geral de Previdência Social.
Não confunda os fundos especiais com os fundos de incentivos fiscais, aqueles que usam
recursos oriundos de incentivos fiscais para aplicação em áreas específicas como o fundo
relativo a parte do Imposto de Renda destinado a projetos para desenvolver o cinema nacional.
Não confunda Dívida Ativa com a Dívida Pública (Passiva), que representa obrigações do Ente
Público para com terceiros. A Dívida Ativa abrange os créditos a favor da Fazenda Pública,
cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas
datas legalmente previstas.
Veja o procedimento de inscrição em dívida ativa como sendo um ato jurídico que
serve legitimar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, dotando todo o
procedimento dos requisitos jurídicos inerentes às ações de cobrança do mencionado
crédito a que a fazenda pública sabidamente tem direito.
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A Dívida Ativa não tributária representa os créditos a que faz jus a Fazenda Pública
que não são oriundos de tributos, tais como os originários de foros, laudêmios, aluguéis,
preços públicos, indenizações, dentre outros.
Por seu turno, a Dívida Ativa tributária refere-se a tributos, seus adicionais e multas
decorrentes do seu não pagamento.
A execução judicial para cobrança da dívida ativa da União, dos Estados, do DF, dos
municípios e de suas respectivas autarquias é regulada pela LEF – Lei de Execuções Fiscais
(Lei 8.630/1980) e, subsidiariamente, pelo CPC – Código de Processo Civil.
De acordo com o devido processo legal, a Procuradoria Geral da Fazenda confere a estes
débitos certeza, liquidez e exigibilidade, o que lhes permite ingressar judicialmente contra
o contribuinte, em processo de Execução Fiscal (regulado pela LEF).
A dívida ativa compreende, além do valor principal, atualização monetária, juros,
multa e demais encargos previstos. Entretanto, o valor relativo às custas e aos emolumentos
foi dispensado para os atos judiciais da Fazenda Pública, como expresso no artigo 39 da
Lei de Execuções Fiscais.
Obs.: A dívida ativa não deve ser classificada como “Outras Receitas Correntes” ou Outras
Receitas de Capital”, como já foi no passado, ou seja, a receita com dívida ativa
deve acompanhar a classificação da receita que a deu origem (principal) pelo não
recebimento no momento adequado, como receita de aluguel e receita de impostos.
Tanto a União como os Estados, DF e Municípios devem dispor sobre competências
de órgãos e entidades para gestão administrativa e judicial da sua dívida ativa.
É de responsabilidade do órgão ou unidade do ente público responsável pelo crédito a
iniciativa relativa à efetivação dos lançamentos contábeis e o conjunto de procedimentos
de registro e acompanhamento dos créditos da dívida desde a efetivação até o momento
da inscrição propriamente dita em dívida ativa.
A inscrição nada mais é do que um ato de controle administrativo da legalidade
efetivado pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito, para suspender
a sua prescrição por 180 dias ou até a distribuição da execução fiscal, o que ocorrer primeiro.
Após falarmos da inscrição e do seu registro contábil, passemos para o tratamento
das “baixas da dívida ativa”, que podem ocorrer por alguns motivos como o recebimento,
a concessão de abatimentos ou de anistias, ou ainda pelo cancelamento administrativo
ou judicial da inscrição.
Do ponto de vista orçamentário, a receita relativa à dívida ativa pertence ao exercício
em que for arrecadada.
Com a inscrição, fica registrada publicamente a dívida, mas, para efetivar a cobrança
judicial do crédito registrado, necessário se torna a emissão da certidão de inscrição
da dívida ativa.
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Durante o período em que a dívida não atinge o valor mínimo para inscrição, a prescrição
correrá ou não de acordo com sua natureza. Para as dívidas não tributárias, a prescrição
está suspensa pelo parágrafo único do art. 5º do Decreto-Lei n. 1.569/77. Já no caso das
dívidas tributárias, o prazo prescricional corre normalmente, conforme o fixado pela Súmula
Vinculante n. 8 do STF.
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Podemos lembrar dos seguintes exemplos: multas pelo exercício do poder de polícia, as
multas de qualquer origem ou natureza, como as administrativas, trabalhistas, penais e
eleitorais; créditos decorrentes da utilização do patrimônio como os foros, laudêmios, aluguéis
ou taxas de ocupação; dos créditos decorrentes de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval
ou outra garantia de contratos em geral ou de outras obrigações, como os créditos rurais;
créditos de ressarcimento ao erário; créditos de FGTS etc.
9. DESPESA PÚBLICA
9.1.1. DEFINIÇÕES
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, compondo o orçamento
público, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.
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EXEMPLO
Note, por exemplo, que uma despesa de capital relativa à amortização de um empréstimo
obtido não é considerada despesa sob a ótica patrimonial.
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EXEMPLO
Veja o caso da aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Enquanto no enfoque
patrimonial, temos a apropriação de um direito ao seguro. No enfoque orçamentário, a
despesa será reconhecida apenas na liquidação durante o exercício corrente e, ao final desse
exercício, por meio do empenho.
9.2.2. PLANEJAMENTO
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação (ou programação
da despesa orçamentária), a descentralização e movimentação de créditos, a programação
orçamentária e financeira e o processo de licitação com a formalização do contrato, embora
não esteja prevista na Lei n. 4.320/1964.
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Nesse sentido, é importante destacar que a legislação não permite a troca de ordem
entre os estágios, com exceção apenas para o estágio da programação e apenas para
aquelas as despesas realizadas via abertura de créditos extraordinários, que, tendo em
vista a sua natureza de imprevisibilidade e urgência não passa pela fase da programação.
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9.2.3.1. EMPENHO
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no
art. 58 da Lei n. 4.320/1964:
o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
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Obs.: O Decreto 93.872/1986 admite que, em caso de urgência, o ato do empenho seja
contemporâneo à realização da despesa, podendo ser dispensada a nota de
empenho, mas nunca o empenho.
A Nota de Empenho – NE é a materialização do empenho, sendo elaborada no SIAFI
quando da União (uma NE para cada empenho), e serve para registrar as operações que
geram o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do
credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da
dotação própria.
Obs.: Existem situações em que o valor do empenho original não é suficiente, sendo
necessário uma espécie de “empenho de reforço” para complementar o valor
original inicial.
Já o “empenho de anulação” é aquele empenho emitido posteriormente e que se
destina à anulação parcial ou total dos empenhos originais ou, eventualmente, dos
empenhos de reforço, que são chamados de empenho excedente (anulação parcial) e
empenho incorreto ou de objeto não cumprido (anulação total).
9.2.3.2. LIQUIDAÇÃO
A liquidação é o segundo estágio da execução despesa e é caracterizada pela entrega
dos bens e serviços contratados.
Nos termos do disposto no artigo 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação da despesa
consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Aí você me pergunta:
Serve para verificar a correção da execução do contrato pelo fornecedor, para apurar:
• a origem e o objeto do que se deve pagar;
• a importância exata a pagar;
• a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
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A liquidação visa verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para
extinguir a obrigação, sendo realizada no SIAFI, por meio da Nota de Lançamento – NL,
nos casos de despesas federais.
Além disso, é na fase de liquidação que é cobrada a prestação dos serviços ou a entrega
dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o
implemento de condição.
De acordo com a Doutrina existe ainda a fase denominada “em liquidação”, entre o
empenho e a liquidação propriamente dita.
Ocorre por exemplo quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se
o serviço foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso,
registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”.
9.2.3.3. PAGAMENTO
O pagamento é o terceiro e último estágio execução da despesa. Regulado no artigo
64 da Lei n. 4.320/1964, “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
competente, determinando que a despesa seja paga”.
Em regra, o pagamento deve ser realizado via ordem bancária, precedida da autorização
do titular da Unidade Gestora ou seu preposto. Em termos de União, é realizado via SIAFI,
mediante ordem bancária correspondente à respectiva dívida líquida. Em outros termos,
equivale à assinatura do gestor público determinando o pagamento.
RESUMO DA ÓPERA: no quadro seguinte, temos as principais características dos estágios
de execução da despesa:
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Em outras palavras, são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos
adicionais, instituídas em bases legais, dependendo de autorização legislativa e obedecendo
aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Contabilmente falando, constituem despesas orçamentárias a redução do Ativo em
decorrência de desembolso financeiro pela execução da despesa à vista ou aumento do
Passivo em decorrência da despesa a prazo, posto que a despesa orçamentária deve seguir
o regime da competência.
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Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.
Geralmente, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente, mas pode haver
despesa corrente não efetiva como a despesa com a aquisição de materiais para estoque
e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos, embora sejam
despesas correntes.
Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, mas existem
despesas de capital que são efetivas como as transferências de capital, que causam variação
patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam
despesas de capital.
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É importante destacar também que além das subdivisões de cada Órgão, são também
Unidades Orçamentárias os chamados órgãos autônomos, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
O código da classificação Institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois
primeiros identificam o Órgão e os três últimos, a Unidade Orçamentária.
Destaca-se a função Encargos Especiais, que engloba as despesas que não podem
ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais
como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma
agregação neutra. A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.
A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado
subconjunto de despesas do setor público.
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Guarde que, para alcançar os objetivos estratégicos definidos no PPA toda a ação do
governo deve estar estruturada em programas.
EXEMPLOS:
Despesas com manutenção, com atividades de fiscalização e monitoramento e campanhas
anuais de vacinação.
Ação 4339 – Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.
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EXEMPLOS:
Construção de uma escola ou de um hospital.
Ação 7M63 – Adequação de Trecho Rodoviário – km 714 – km 725 – na BR-364/RO.
EXEMPLO
Pense, por exemplo, em uma despesa com juros da dívida pública ou em uma despesa com
contribuição para organismos internacionais como a ONU. Essas despesas não contribuem
para a manutenção das ações do governo e não geram bens e serviços para a população
sendo, portanto, operações especiais.
Obs.: Destaque-se que as operações especiais têm como característica não retratar
a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir
para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por
transferências a outros entes.
O Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial
(não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir
que tanto a elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da
execução ocorram em um nível mais detalhado do que o do subtítulo (localizador de gasto)
da ação. O código do PO é uma identificação alfanumérica de quatro posições.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em programação
qualitativa e programação quantitativa.
Programação qualitativa – o programa de trabalho define qualitativamente a programação
orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que
caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes
blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação
Funcional, Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.
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EXEMPLO
O exemplo clássico é o da vacinação dos idosos contra a gripe, onde a meta é regionalizada
de acordo com o número de idosos de cada Estado, mesmo sendo uma campanha nacional
e as vacinas sejam compradas pelo Governo Federal.
Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da
natureza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações
de crédito, identificador de resultado primário, dotação e justificativa.
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Obs.: É importante informar que a classificação econômica foi instituída pela Lei n.
4.320/1964, sendo adotada até hoje, com as devidas atualizações instituídas pela
Portaria SOF/STN 163/2001. Aqui temos um ponto importante: as bancas cobram
tanto as classificações da Lei n. 4.320/1964 quanto da PORTARIA 163/2001. Por isso
precisamos conhecer as duas classificações e prestar MUITA ATENÇÃO AO COMANDO
DA QUESTÃO, de modo a identificar exatamente qual classificação a banca quer.
Pela Lei n. 4.320/1964, as despesas correntes são divididas em despesas de custeio e
transferências correntes. Já as despesas de capital são divididas em investimentos,
inversões financeiras e transferências de capital.
A Lei n. 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e
elementos em seus artigos 12 e 13, mas atualmente, em regra, devemos seguir o
Anexo II da Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001. Registre-se ainda que, de
acordo com o artigo 6º dessa Portaria, “Na LOA, a discriminação da despesa, quanto
à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza
de despesa e modalidade de aplicação”.
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
DICA
Mnemônico: C-G-MM-EE-DD ou CGMMEE.
Dessa forma, constitui-se um código de seis dígitos, no qual o primeiro dígito indica
a categoria econômica (3-corrente ou 4-capital), o segundo, o grupo de natureza de
despesa (1 a 6), o terceiro e quarto indicam a modalidade de aplicação e os dois últimos,
o elemento de despesa.
Memorize:
• Com 6 dígitos (sem os desdobramentos dos subelementos que são facultativos)
C-G-MM-EE.
• Com 8 dígitos (completo, com os subelementos) C-G-MM-EE-DD.
No que diz respeito a Categoria econômica obedece ao critério econômico, e denota o
impacto dos gastos públicos na economia do país, sendo classificada em duas categorias
econômicas, com os seguintes códigos:
3 – Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
4 – Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
No que diz respeito ao Grupo de natureza de despesa – GND, podemos dizer que é um
agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
No que diz respeito à Modalidade de aplicação, podemos dizer que, visando eliminar a
dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, indica se os recursos serão
aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização
orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para
entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela
unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do
mesmo nível de Governo. Ressalte-se que a modalidade de Aplicação 90 é a mais utilizada,
pois é a aplicação direta do recurso público pelo próprio ente.
No que diz respeito ao Elemento de despesa, podemos dizer que tem por finalidade
identificar os objetos de gasto, enquanto o seu desdobramento facultativo visa atender
necessidades específicas de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
Obs.: A título meramente exemplificativo, podemos mencionar o caso das despesas com aquisição
de material de consumo que tem a natureza da despesa classificada como 3.3.90.30.
São classificadas como “3 – Despesas Correntes”, no grupo de despesa “3 – Outras
Despesas Correntes”. Como essa despesa executada diretamente pela União, quanto
à modalidade de aplicação é classificada “90 – Aplicações Diretas. Já o elemento
de despesa no qual devem ser registrados os gastos com aquisição de material de
consumo é o “30 – Material de Consumo”.
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AFO – Administração Financeira e Orçamentária
Manuel Piñon
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Saiba que o Produto Interno Bruto (PIB) se refere ao valor agregado de todos os bens
e serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente
da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Assim, a despesa de capital só impacta o PIB se servir para agregar valor aos bens e
serviços finais dessa economia.
No caso de uma inversão financeira, como a aquisição de um prédio já pronto (usado)
para a instalação de um serviço público não agrega valor à economia, não alterando o PIB.
Já os investimentos são as despesas de capital que agregam valor aos bens e,
gerando acréscimos ao PIB.
Transferências de Capital: são as dotações para investimentos ou inversões financeiras
que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de
contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios
ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
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Obs.: Guarde que o grupo “amortização da dívida” deve ser classificado na categoria
econômica das despesas de capital.
Guarde ainda que o grupo “juros e encargos da dívida” deve ser classificado na
categoria econômica de despesas correntes.
40 – Transferências a Municípios
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos
Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.
50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem
fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.
60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com
fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.
70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades nacionais,
criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação.
80 – Transferências ao Exterior
Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos e entidades
governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a fundos instituídos
por diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam os recursos no Brasil.
90 – Aplicações Diretas
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos
de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da
Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. Essa é a modalidade de aplicação
mais usada, já que é a aplicação direta do recurso pelo órgão.
99 – A Definir
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para classificação orçamentária
da Reserva de Contingência e da Reserva do RPPS, vedada a execução orçamentária enquanto
não houver sua definição.
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9.4.1. CONCEITO
São restos a pagar todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual
ou anterior, mas não pagas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente.
É importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho
uma despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.
Obs.: Não confunda Restos a pagar com obrigações a pagar. Veja o termo obrigações a
pagar como sendo o gênero da qual restos a pagar é espécie, assim como outras
obrigações passadas, atuais e até mesmo futuras.
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Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a
despesas com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.
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Existem três possíveis classificações para os restos a pagar de acordo com a Lei n.
4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
1 – por fase da despesa (processada e não processada)
2 – por ano de inscrição
3 – por credor
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste muita atenção no comando da
questão e nas assertivas ou alternativas, já que todas as classificações apresentadas
são válidas e podem ser cobradas em sua prova.
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I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida,
mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o
cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
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Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de
eventual cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária
Anual ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer
o reconhecimento da dívida.
Guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processadas,
deve ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou execução
da obra, obedecendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orçamentárias
pagas no exercício.
Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser
feita via SIAFI ou SIAFEM mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO – AP.
Em casos excepcionais poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua
definitiva inscrição, utilizando-se para esta finalidade a emissão de AP – AUTORIZAÇÃO
DE PAGAMENTO em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o
respectivo código de inscrição de Restos a Pagar.
Lembre-se de que, de acordo com a Doutrina existe a fase ou etapa da despesa
denominada em liquidação, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.
EXEMPLO
Ocorre, por exemplo, quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço
foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa
nota fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).
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Obs.: Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com
vigência plurianual. Os que não tenham sido liquidados, só devem ser computados
como restos a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores
somente devem ser inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.
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Entenda que quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou
total. Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.
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Pelo que determina esse Decreto, quando da inscrição dos restos a pagar processados,
como se trata de uma despesa já liquidada que recebeu o ateste, não há necessidade de
nenhuma confirmação do ordenador de despesas quanto à necessidade de inscrição.
Entretanto, esse entendimento não é pacífico na Doutrina e no meio Jurídico. Boa parte
dos Doutrinadores e Juristas, considera que a prescrição dos Restos a Pagar continua sendo
de cinco anos, já que esse tema permanece regulado pelo Código Civil (Lei 10.406/2002).
Assim, para boa parte da Doutrina, apesar da revogação do artigo 70 do Decreto
n. 93.872/1986, considerando o disposto no Código Civil, permanece válido o prazo
prescricional de cinco anos para os restos a pagar, contado da data de sua inscrição
(31/12 do ano de da emissão da nota de empenho).
Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos
Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
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9.7.1. CONCEITO
Considerando a lentidão do processo tradicional da realização de despesas, principalmente
quando se exige prévia licitação, excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar
a realização da despesa por meio de suprimento de fundos (Regime de Adiantamentos),
quando essa não puder ser realizada pelo processo normal da execução orçamentária.
Sendo uma exceção à realização de um processo licitatório, o suprimento de fundos não
pode ser usado para despesas com caráter repetitivo que são tipicamente previsíveis,
sendo aplicável apenas os casos de despesas expressamente definidas em lei.
RESUMO DA ÓPERA: suprimento de fundos ou regime de adiantamentos é um
procedimento que consiste na entrega de numerário a um servidor, sempre precedida
de empenho na dotação própria à despesa a realizar, que não possa subordinar-se ao
processo orçamentário normal.
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Obs.: Entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de
suprimento, no prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas
em virtude de desvio, desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores
confiados a sua guarda, verificados na prestação de contas.
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Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá
ser procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas
para apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
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No caso da União a referência é só para a Administração Direta, mas no caso dos demais
entes engloba também a Administração Indireta.
A EC n. 109/2021 trouxe o artigo 164-A, que nos diz que a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais de forma a manter a dívida
pública em níveis sustentáveis. Importante atentar para o fato de o parágrafo único
do artigo 164-A definiu que a elaboração e a execução de planos e orçamentos devem
refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida.
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No Projeto da LOA, além de termos o detalhamento das receitas previstas e das despesas
fixadas, é necessário apresentar mais informações, especificamente o demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Note que o demonstrativo deve ser regionalizado, ou seja, deve ser apresentado por região do país.
Note também que quando são concedidas isenções fiscais (redução de impostos), anistias
e remissões (perdão de valores a receber), subsídios e outros benefícios que tenham
impacto nas contas públicas, os seus respectivos efeitos nas receitas e despesas precisam
ser demonstrados no Projeto de LOA (de modo regionalizado).
São os orçamentos fiscal e de investimento das estatais não dependentes que têm entre
suas funções reduzir as desigualdades regionais, ou seja, o orçamento da seguridade
social não tem essa função.
No § 8º do artigo 165 temos que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita, nos termos da lei (Princípio Orçamentário da Pureza ou
Exclusividade e suas exceções). A ideia básica é que a Lei Orçamentária deve tratar de
orçamento e não de matérias estranhas a esse tema.
No parágrafo 9º temos algumas matérias que devem ser objeto de Lei Complementar,
que ainda não foi promulgada, tendo seu papel sido exercido pela Lei n. 4.320/1964.
Na ADI 4.081, o STF decidiu que cabe à lei complementar de âmbito nacional dispor
sobre a elaboração do plano plurianual, de modo que é incabível ao Tribunal de Contas de
Estado-membro tratar da matéria por meio de ato infralegal.
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Obs.: Leve para a prova que a LOA fixa a despesa, mas pode conter (aqui não extrapole a
literalidade) previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação
dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento.
O § 15 do artigo 165 basicamente diz que a União deve organizar e manterá registro
centralizado de projetos de investimento contendo, por Estado ou Distrito Federal, pelo menos,
análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a execução física e financeira.
No § 16 temos que as leis orçamentárias devem observar, no que couber, os resultados do
monitoramento e da avaliação das políticas públicas. A ideia é que a legislação orçamentária
também atue no sentido de promover a transparência da avaliação das políticas públicas
e os resultados alcançados.
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Obs.: Na ADI 4.629, o STF decidiu que no ano em que for editado o PPA, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias deve ser compatível com o plano então vigente (CF, art. 166, § 4º).
No âmbito do processo legislativo orçamentário, enquanto não iniciada a votação, na
Comissão Mista (não é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da
República pode enviar mensagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO,
da LOA e de Crédito Adicionais.
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Basicamente, § 10 do artigo 166 diz que o percentual da RCL – Receita Corrente Líquida
fica vinculado às emendas individuais dos deputados e senadores, sendo que parte desse
percentual deve ser destinado às ações e serviços públicos da área de saúde e que tais
gastos são computados no montante anual de gastos com saúde para atender a vinculação
constitucional de mínimo de gastos com essa natureza, não podendo ser usado para
pagamento de despesas com pessoal e seus encargos.
No Com a entrada em vigor da EC 100/2019, passou a ser obrigatória também a
execução da programação orçamentária proveniente de emendas de bancada dos
parlamentares. Assim, a execução obrigatória das emendas de bancada deve corresponder
a 1% da RCL a partir de 2021.
De acordo com a redação dos parágrafos 13 e 14 do artigo 166 da CF/1988, só não haverá
execução obrigatória nos casos de impedimento de ordem técnica que impossibilitem
a realização do empenho da despesa.
De acordo com § 17 do artigo 166, que tratou dos restos a pagar no âmbito do orçamento
impositivo, fica determinado que os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias
previstas nos § 11 e 12 (emendas impositivas individuais e de bancada) poderão ser considerados
para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 1% (um por cento) da RCL
realizada no exercício anterior, para as programações das emendas individuais, e até o limite
de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de bancada.
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Obs.: Ainda de acordo esse artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão
deixar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de
endividamento e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios
em seu território.
Por meio da transferência especial o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade
de convênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído
o repasse.
Obs.: Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deve ser aplicado em
programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo, devendo
ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capital, exceto encargos da
dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio, como insumos,
materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
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No inciso XIV temos uma nova vedação absoluta. A ideia é proibir a criação de fundo
público, quando seus objetivos puderem ser alcançados por meio da vinculação de
receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação
orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública.
De acordo com o § 1º do artigo 167, nenhum investimento cuja execução ultrapasse
um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Já § 2º do artigo 167 diz que os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado
nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
O §3º determina que a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
O § 4º trouxe um ajuste no princípio da não afetação da Receita Pública. Na prática, a
União pode exigir como garantia ou contragarantia para quitar débitos todas as receitas
e respectivas repartições de recursos, exceto aquelas relativas à CIDE – Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico.
O § 5º nos revela que a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos
de uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados
de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade
da prévia autorização legislativa.
Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A, relativo a um regime fiscal
facultativo para Estados e Municípios. A aplicação do ajuste fiscal, que ocorre com a
verificação de que a relação entre despesas e receitas correntes é superior a 95% no período
de 12 meses. Existem diversas vedações a serem aplicadas caso o limite seja atingido.
Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos
167-B a 167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São
regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública
e que tratam da aplicação do ajuste fiscal pelos entes.
O artigo 167-B dispõe acerca da adoção do regime extraordinário fiscal durante o
estado de calamidade pública, mas será cabível somente naquilo em que a urgência for
incompatível com o regime regular.
Já no artigo 167-C temos a permissão para adoção de processos simplificados de
contratação de pessoal e a possibilidade de dispensa da observância de limites legais pelas
proposições legislativas quando tiverem propósito exclusivo de enfrentar a calamidade e
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suas consequências sociais e econômicas, sendo a vigência restrita à sua duração e não
podendo tratar de despesa obrigatória de caráter continuado.
A EC 109/2021, para preservar a previdência social, definiu ainda que a pessoa jurídica em
débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar
com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
Tivemos ainda outras previsões aplicáveis durante a vigência da calamidade pública,
como a dispensa, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade
pública, dos limites, das condições e demais restrições aplicáveis à União para a contratação
de operações de crédito, bem como sua verificação.
Durante a vigência da calamidade pública o superávit financeiro apurado em 31 de
dezembro do ano imediatamente anterior ao reconhecimento pode ser destinado à cobertura
de despesas oriundas das medidas de combate à calamidade pública de âmbito nacional
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De acordo com o § 3º, para o cumprimento dos limites estabelecidos durante o prazo
fixado na LRF, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem reduzir, em pelo
menos vinte por cento, as despesas com cargos em comissão e funções de confiança,
e depois, a exoneração dos servidores não estáveis.
No § 4º é determinado que se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior
não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da LRF, o servidor
estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução
de pessoal. As normas gerais a serem obedecidas na efetivação dessas medidas deve ser
uma Lei federal.
O servidor estável que perder fará jus a indenização correspondente a um mês de
remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas
pelo prazo de quatro anos.
É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido
nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
A CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A LRF estabeleceu os limites máximos para a despesa total com pessoal de cada
Poder e órgão, sendo que a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para as
despesas com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre.
A LDO de cada Ente Federado pode definir limites inferiores aos estabelecidos na LRF. A
própria LRF estabeleceu como limite de alerda 90% do limite que não poder ser ultrapassado.
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RESUMO DA ÓPERA:
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A LRF surge como “Código de Boas Condutas Fiscais”, buscando estabelecer um novo
paradigma para as finanças públicas de nosso país, após anos de alta inflação, sucessivas
crises econômicas e aumento do endividamento público.
A LRF baseia-se nos princípios da administração pública e tem como objetivos
diminuição da dívida pública, estabilização dos preços, desenvolvimento sustentável, entre
outros, de modo que o orçamento público seja efetivamente mecanismo de limitação de
gastos, organização estatal e representação dos anseios sociais.
A LRF regulamenta parte do artigo 163 e todo o contexto do artigo 169 da Constituição
Federal de 1988, no capítulo relativo às finanças públicas, estabelecendo normas de
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, bem como disciplina
outras providências.
RESUMO DA ÓPERA: a LRF não cumpre a função da vindoura Lei Complementar que
disciplinará todo o § 9º do artigo 165 da CF/1988 e que revogará a Lei n. 4.320/1964.
11.1.2. ABRANGÊNCIA
Em verdade, em termos de abrangência, a LRF estabelece normas de finanças públicas,
a serem observados pelos três Poderes nas três esferas de Governo: federal, estadual,
distrital e municipal, voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
No que diz respeito à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão
compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; bem como as respectivas Administrações
diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados
entende-se considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal
de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos
Municípios e Tribunal de Contas do Município.
A LRF é uma lei federal com efeitos gerais ou nacionais, de modo que inexiste necessidade
de outra lei para dar aplicabilidade a seus dispositivos, assim como também inexiste
previsão de lei no âmbito de qualquer âmbito que venha sobrepor a LRF.
Repare que a empresa estatal não dependente (ou independente) não faz parte do
campo de aplicação da LRF, já que é autossustentável, não sofrendo as restrições da LRF,
para poder concorrer com a iniciativa privada em igualdade de condições.
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11.1.3. PRESSUPOSTOS
É importante destacar ainda que responsabilidade na gestão fiscal, por sua vez,
pressupõe:
• ação planejada e transparente;
• prevenção de riscos e correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas;
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11.1.4. PRINCÍPIOS
São quatro as vigas mestras que sustentam a LRF em seu audacioso projeto de moralizar
a gestão pública brasileira:
1) Planejamento.
2) Transparência.
3) Controle.
4) Responsabilização.
O Planejamento serve para determinar os objetivos a alcançar e as ações a serem
realizadas, compatibilizando-as com os meios disponíveis para a sua execução.
O Planejamento em questão diz respeito às metas, limites e condições para renúncia
e arrecadação de receitas e geração de despesas, refletidas nas peças orçamentárias,
ou seja, no PPA, na LDO e na LOA.
Podemos dizer que o Planejamento é a base do processo de gestão fiscal, já que é por
meio dele que se programará a execução do orçamento, adequando as ações governamentais
ao que fora planejado.
Já a Transparência exige que todos os atos de entidades públicas sejam praticados
com publicidade e com ampla prestação de contas em diversos meios e para isso implica
na divulgação irrestrita dos projetos e dos resultados da administração pública, e para isso
cria novas peças e procedimentos, como o AMF – Anexo de Metas Fiscais, o ARF – Anexo
de Riscos Fiscais, o RREO – Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o RGF –
Relatório de Gestão Fiscal, com foco também no uso da internet para essa divulgação.
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Obs.: Caso seja verificado, ao final de cada bimestre, que a realização da receita poderá
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão,
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes,
limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados
pela LDO.
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Amigo(a), chamo a sua atenção para o fato de que o cumprimento das metas de
resultado primário e nominal é demonstrado no Anexo de Metas Fiscais.
Pode-se observar que a essência da LRF (em termos de resultado) são as metas de
resultado primário e nominal.
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Fica proibida a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal
determinação no que se refere aos impostos, ou seja, a vedação quanto às transferências
voluntárias se refere apenas aos impostos e não aos tributos, não alcançando, entretanto,
as transferências voluntárias destinadas às ações nas áreas de assistência social, saúde
e educação.
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.
Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 13 da LRF, as receitas previstas serão
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a
especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação,
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da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da
evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
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contribuições, sendo que nos dois últimos casos o benefício só entrará em vigor após
a ocorrência do aumento da receita.
Essas medidas deverão observar ainda, o princípio da anterioridade, nos termos do
Código Tributário Nacional. Guarde que estão isentos das restrições anteriores apenas
os cancelamentos de débitos em valor inferior aos seus custos de cobrança, assim como
às alterações das alíquotas dos tributos de natureza extrafiscal (II, IE, IPI, IOF).
Ainda a respeito da renúncia de receitas, lembre-se que, de acordo com artigo 5º, II,
da LRF, o projeto de LOA, elaborado de forma compatível com o PPA e com a LDO será
acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e
ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.
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Atenção: a despesa precisa estar adequada à LOA e compatível com o PPA e a LDO.
Cuidado com um eventual trocadilho de palavras!
Uma despesa é adequada à LOA quando dispõe de dotação específica e suficiente,
ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas todas as despesas
da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
Podemos dizer que uma despesa é compatível com PPA e LDO quando está de acordo
com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas neles previstos e não contrarie suas
disposições.
Essa norma é condição prévia, não só para a aquisição de bens, serviços e obras, como
também para a desapropriação de imóveis urbanos, que, de acordo com a Constituição,
deverá ser paga em dinheiro.
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O roteiro é o seguinte:
Ao se criar uma despesa obrigatória de caráter continuado, o poder público deverá
inserir no ato de sua criação, comprovação de que a despesa criada ou aumentada não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais, devendo seus
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente
de receita ou pela redução permanente de despesa.
Essa comprovação anteriormente mencionada será efetivada mediante demonstração
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo da compatibilidade da
despesa com as demais regras do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
Por sua vez, o aumento permanente de receita é o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
A despesa de caráter continuado não poderá ser executada antes da comprovação de que
esse gasto não afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais.
Observe que já listamos uma série de vedações impostas pela LRF aos Gestores Públicos
no intuito de torná-los responsáveis. Essa é a idéia da LRF.
A geração de despesa de caráter continuado destinada ao serviço da dívida e
ao reajustamento de remuneração ou subsídio dos servidores públicos dispensa a
demonstração da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes.
Em relação ao reajustamento de remuneração ou subsídio dos servidores público
anteriormente excepcionada, estamos falando apenas daquela revisão geral anual, sempre
na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos servidores e do subsídio de
membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, de Ministros de Estado e de Secretários
Estaduais e Municipais, que é uma revisão para apenas manter o poder de compra.
Os reajustes para aumentar o poder aquisitivo, como os que ocorrem em percentuais
acima da inflação do período, devem seguir as regras da LRF.
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A LRF estabeleceu em seu artigo 18 o que se entende por despesa total com pessoal,
compreendendo o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e
os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares
e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos
e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,
bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
É importante destacar que outras despesas consideradas como indenizatórias não
são consideradas espécies remuneratórias, não entrando, dessa forma, no cálculo do
percentual de despesas com pessoal, tais como auxílio-alimentação, assistência pré-
escolar e auxílio-transporte.
É importante destacar ainda que os Tribunais de Contas devem alertar os Poderes
quando constatarem que a despesa com pessoal chegou a 90% do limite, os montantes
de dívida consolidada e mobiliária forem superiores a 90% do limite (LIMITE DE ALERTA) e
quando os gastos com inativos e pensionistas esteja acima do limite definido em lei.
Vale ressaltar que se a despesa com pessoal exceder 95% dos limites (LIMITE
PRUDENCIAL) estabelecidos, o Poder ou órgão NÃO PODE: dar aumento aos servidores –
ressalvada a revisão anual (inflação), criar cargo, emprego ou função, conceder hora extra,
fazer alteração na estrutura que gere aumento de despesa, dar provimento de cargo
público (a não ser que haja aposentadoria ou falecimento do servidor nas áreas de saúde,
educação e segurança.
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Em relação aos estouros das Despesas com pessoal, a LRF determina que deve ser
reconduzida ao limite nos próximos 2 quadrimestres, sendo de pelo menos 1/3 nos
primeiros 4 meses. No tocante à Dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite
nos próximos 3 quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
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Mas aqui também temos exceções, ou seja, é dispensada da compensação por aumento
permanente de receita ou pela redução permanente de outras despesas se o aumento
de despesa decorrer de:
1) concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista
na legislação pertinente;
2) expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;
3) reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
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Vale ressaltar ainda que, para os Municípios, de acordo com a CF/1988, as contas devem
permanecer, durante 60 dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação,
o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. Assim, a LRF ampliou o
prazo constitucional de 60 dias para todo o exercício também para as contas municipais.
No caso da prestação de contas da União, guarde que ela deve conter demonstrativos
do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o BNDES,
especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos
orçamentos fiscais e da seguridade social e no caso das agências financeiras, avaliação
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
Ainda em relação à Transparência na Gestão Fiscal, a LRF enfatiza o papel da fiscalização
da gestão fiscal.
Assim, o Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas,
e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o
cumprimento das normas da LRF, com ênfase no que se refere a:
1) Atingimento das metas estabelecidas na LDO.
2) Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em restos a pagar;
3) Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal.
4) Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e
mobiliária aos respectivos limites.
5) Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos.
6) Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.
É de competência privativa do Presidente da República prestar, anualmente, ao
Congresso Nacional, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior.
Em decisão proferida na ADIN 2324, o STF suspendeu a aplicação do caput dos artigos
56 e 57 da LRF no sentido de que esses dispositivos são incompatíveis com o texto da
CF/1988, no que diz respeito ao fato de que apenas as contas do Poder Executivo devem ser
julgadas pelo Poder Legislativo, cabendo ao TCU a competência de julgar as contas dos demais
poderes. Assim, tais dispositivos não tem aplicabilidade prática, estando suspensos.
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Se na questão falar “nos termos da literalidade da LRF”, você pode marcar como
está escrito na LRF. Entretanto, se na questão disser “de acordo com a jurisprudência”
siga o entendimento do STF na ADIN 2324.
Guarde ainda que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do
Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas na LRF.
Falando em Tribunais de Contas, é importante destacar que eles cumprem o relevante
papel de verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder
e órgão e de alertar os Poderes ou órgãos quando constatarem:
1) A possibilidade de a realização da receita não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO.
2) Quando o montante da despesa total com pessoal e das dívidas consolidada e mobiliária,
das operações de crédito e da concessão de garantia se encontrarem acima do limite de
alerta, ou seja, acima de 90% dos respectivos limites.
3) Quando os gastos com inativos e pensionistas se encontrarem acima do limite
definido em lei.
4) Fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de
irregularidades na gestão orçamentária.
O TCU ainda exerce, especificamente, o papel de acompanhar o Banco Central (BACEN)
para garantir que ele apenas compre diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar
a dívida mobiliária federal que estiver vencendo em sua carteira, e o papel e de garantir que
o Tesouro Nacional não compre títulos da dívida pública federal existentes na carteira do
BACEN, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.
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O descumprimento do prazo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o Ente
receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas
ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Constam, portanto, do RGF:
• as informações necessárias à verificação da conformidade, com os limites de que trata
a LRF, das despesas com pessoal, das dívidas consolidada e mobiliária, da concessão
de garantias, das operações de crédito e das despesas com juros;
• elenco de medidas adotadas com vistas à adequação das variáveis fiscais aos seus
respectivos limites; tratando-se do último quadrimestre, demonstração do montante das
disponibilidades ao final do exercício financeiro e das despesas inscritas em restos a pagar.
Somente no último quadrimestre, o RGF deve conter os seguintes demonstrativos:
1) Do montante das disponibilidades de caixa em 31/12;
2) Da inscrição em restos a pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e não
liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade
de caixa; não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram
cancelados; e
3) Do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do artigo 38, que
trata das operações de crédito por ARO – Antecipação de Receita Orçamentária.
É importante destacar ainda que o RREO e o RGF devem ser elaborados de forma
padronizada e seus modelos podem ser atualizados pelo conselho de Gestão Fiscal – CGF.
Falando em conselho de Gestão Fiscal – CGF, que ainda não existe por falta de lei
para sua implementação, é importante informar que a ele caberá o acompanhamento e a
avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal, sendo
composto representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público
e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:
1) harmonização e coordenação entre os entes da Federação.
2) disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do
gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência
da gestão fiscal.
3) adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações
de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata a LRF, normas
e padrões mais simples para os pequenos municípios, bem como outros, necessários ao
controle social.
4) divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
No âmbito da LRF, o CGF deve fomentar premiação e reconhecimento público aos titulares
de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de desenvolvimento social,
conjugados com a prática de uma gestão fiscal.
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Seguindo a mesma linha do que vale para o RGF e para o RREO, o descumprimento dos
mencionados prazos, até que a situação seja regularizada, impede que o ente da Federação
receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas
ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Importante registrar que os principais dispositivos da LRF que tratam sobre prestação
de contas estão com eficácia liminarmente suspensa devido a uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade – ADIN no STF.
Nesse ponto, o STF diz que qualquer prestação de contas por órgão não vinculado ao
Executivo somente pode ser objeto de julgamento pelo respectivo Tribunal de Contas e
que a inclusão das contas referentes às atividades financeiras dos Poderes Legislativo,
Judiciário e do Ministério Público, dentre aquelas prestadas anualmente pelo Chefe do
EXECUTIVO, tornaria inócua a distinção entre apreciar e julgar as contas, já que todas as
contas seriam passíveis de controle técnico, a cargo do Tribunal de Contas, e político, de
competência do Legislativo.
Dessa forma, o caput do artigo 56 da LRF, que determina que “as contas prestadas
pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes
dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, as quais
receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas” está suspenso.
O STF também suspendeu os seguintes dispositivos:
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de
sessenta dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais
ou nas leis orgânicas municipais.
§ 1º No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes
o prazo será de cento e oitenta dias.
§ 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de Poder, ou
órgão referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Essa decisão reforça esse entendimento o fato de que essa regra disciplina o procedimento
de apreciação das contas especificadas no artigo 56 da LRF, que também pretendia as
contas resultantes da atividade financeira dos órgãos componentes de outros poderes à
opinião do Tribunal de Contas.
Obs.: Por seu turno, o TCU – Tribunal de Contas da União manifestou entendimento de
que a medida cautelar concedida pelo STF em que foi suspensa a eficácia do caput
dos artigos 56 e 57 da LRF não alterou a estrutura do relatório sobre as contas do
Governo da República, já que continua contemplando a gestão e o desempenho dos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do MPU – Ministério Público da União.
Ressalte-se, entretanto, que o parecer prévio é exclusivo para o Chefe do Poder Executivo,
cujas contas serão julgadas posteriormente pelo Congresso Nacional, mas o TCU pode apreciar,
em processo específico, o cumprimento, por parte dos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, das disposições da LRF.
Guarde ainda que continuam válidas as demais determinações da LRF sobre as prestações
de contas:
1) as contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito da União, pelos
Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos
respectivos tribunais; dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando
as dos demais tribunais.
2) A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à
previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e
combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa
e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de
contribuições.
3) Deve ser dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas
ou tomadas.
4) Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas próprias contas, a CMO
– Comissão Mista de Orçamento prevista na CF/1988, ou equivalente das Casas Legislativas
estaduais e municipais, deve emitir parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas.
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Em regra, o ente que estivesse descumprindo a LRF não podia contratar novos convênios,
nem mesmo aqueles destinados às ações de saúde, educação e assistência social. Entretanto
com a modificação no artigo 65 da LRF trazida pela LC 173/2020, tal exigência foi
excepcionada.
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Obs.: Uma empresa controlada é aquela sociedade cuja maioria do capital social com
direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.
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federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito
final seja semelhante à permuta. Ressalte-se que essa proibição não se aplica ao estoque
de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das instituições
financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
A LRF veda ao BACEN conceder garantia, sendo proibido ao Tesouro Nacional adquirir
títulos da dívida pública federal da carteira do BACEN, mesmo com cláusula de reversão,
exceto se for para reduzir a dívida mobiliária.
Cabe ao TCU fazer o acompanhamento do cumprimento dessas proibições.
Ainda em relação ao BACEN você deve ir para a prova sabendo que as suas despesas
relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a
benefícios e assistência aos servidores e a investimentos integram as despesas da União
e devem ser incluídas na LOA.
Guarde também que o resultado positivo do BACEN, apurado após a constituição
ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o
décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais.
O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro e deve ser consignado em
dotação específica no orçamento.
RESUMO DA ÓPERA: o Tesouro Nacional se beneficia dos resultados positivos do BACEN,
apurados após a constituição ou a reversão de reservas, e é prejudicado por seus resultados
negativos.
A LRF determina ainda que tanto o impacto quanto o custo fiscal das operações realizadas
pelo BACEN sejam demonstrados trimestralmente, de acordo com o disposto na LDO.
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Não confundir dívida pública (que é um passivo) com dívida ativa (que é um ativo).
Enquanto a dívida pública representa as obrigações do Ente Público para com terceiros, a
dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da Fazenda Pública.
Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
ou da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
Vale destacar que a dívida consolidada ou fundada tem prazo de amortização superior a
doze meses, com exceção das autorizações de operações de crédito feitas no orçamento
e os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento que tiverem
sido incluídos.
LRF, artigo 29, inciso III:
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Ainda não existe a definição da dívida consolidada federal, bem como da dívida mobiliária
federal, por falta, respectivamente, de Resolução do Senado e de Lei Ordinária Federal.
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3) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, de suas autarquias e demais
entidades controladas pelo Poder Público federal.
4) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações
de crédito externo e interno.
5) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Exercendo essa competência, a Resolução do Senado Federal n. 43/01 conceituou
dívida pública consolidada, mobiliária e dívida consolidada líquida da seguinte forma:
• Dívida pública consolidada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras, inclusive as decorrentes de emissão de títulos, do Estado, do Distrito
Federal ou do Município, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito para amortização em prazo superior
a 12 (doze) meses, dos precatórios judiciais emitidos a partir de 5 de maio de 2000
e não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos, e
das operações de crédito, que, embora de prazo inferior a 12 (doze) meses, tenham
constado como receitas no orçamento;
• Dívida pública mobiliária: “dívida pública representada por títulos emitidos pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios”;
• Dívida consolidada líquida: “Dívida pública consolidada deduzidas as disponibilidades
de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros”. Deve-se considerar
ainda as obrigações a pagar, posto que devam ser deduzidas das disponibilidades
financeiras.
O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não deve exceder, ao final de cada
ano, o valor final do ano anterior somado ao valor total das operações de crédito autorizadas
no orçamento e efetivamente realizadas, acrescido da respectiva atualização monetária.
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As despesas com juros e encargos não devem ser computadas como refinanciamento
da dívida.
Como as operações de crédito do tipo ARO integram a dívida flutuante, não são
computadas nos limites ao endividamento público (dívida fundada).
Também não são computadas para efeito do que dispõe a regra de ouro, mas somente
se forem liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro
de cada ano.
As operações de créditos normais ou usuais são subdivididas nas seguintes espécies:
• compromisso financeiro assumido em razão de mútuo;
• abertura de crédito;
• emissão e aceite de título;
• aquisição financiada de bens;
• recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços;
• arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de
derivativos financeiros.
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Os contratos de operação de crédito externo não podem conter cláusula que importe
na compensação automática de débitos e créditos.
Um ente público pode alterar da finalidade de operação de crédito, sem a necessidade
de nova verificação pelo Ministério da Fazenda, desde que:
• haja prévia e expressa autorização para tanto, no texto da lei orçamentária, em
créditos adicionais ou em lei específica;
• que se demonstre a relação custo-benefício e o interesse econômico e social da
operação; e
• que não configure infração a dispositivo da LRF.
Obs.: Uma operação realizada com infração do disposto na LRF deve ser considerada
nula e, assim, cancelada e efetuada a devolução do principal, vedados o pagamento
de juros e demais encargos financeiros. Caso a devolução não seja efetuada no
exercício de ingresso dos recursos, deve ser consignada reserva específica na
LOA do exercício seguinte.
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A LRF determina que, enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido
está sujeito às seguintes sanções:
1) fica proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação
de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
2) terá que obter resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite,
promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho.
Nos casos em que o ente não consegue readequar sua dívida ao limite no prazo, enquanto
perdurar o excesso, ele fica impedido de receber transferências voluntárias da União ou do
estado, exceto aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.
Exceções aos prazos do artigo 31 da LRF para recondução da dívida aos limites:
1) as restrições devem ser aplicadas imediatamente se o montante da dívida exceder o
limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
2) em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da
União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos estados e municípios; e em caso
de estado de defesa ou de sítio decretado na forma da constituição, enquanto perdurar a
situação, ficam suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo 31.
3) em caso de crescimento real baixo ou negativo do PIB – Produto Interno Bruto nacional,
regional ou estadual, por período igual ou superior a quatro trimestres, os prazos do artigo 31
ficam duplicados. Baixo crescimento, nesse caso, é a taxa de variação real acumulada do PIB
inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres.
4) quando ocorrerem mudanças drásticas na condução das políticas monetária e
cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo poderá ser ampliado em até quatro
quadrimestres.
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12. SIAFI
No âmbito federal existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa
gestão pública, conhecidos como sistemas estruturadores. Os principais são:
SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal –
tendo a STN – Secretaria do Tesouro Nacional – como responsável, é usado para registro,
acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial da União.
SIOP – Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal – tendo a
SOF – Secretaria de Orçamento Federal – como responsável.
SIASG – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – funciona como um
conjunto informatizado de ferramentas para operacionalizar internamente o funcionamento
sistêmico das atividades relacionadas ao Sistema de Serviços Gerais, como a gestão de
materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações administrativas, licitações
e contratos.
Obs.: O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais
instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira,
patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das
autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia
mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da
Seguridade Social da União.
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No Manual do SIAFI, que pode ser encontrado no site do Tesouro Nacional (https://
conteudo.tesouro.gov.br/manuais/), temos todas as informações detalhadas sobre esse
importante sistema.
O SIAFI operacionaliza, ou melhor, viabiliza a centralização e a uniformização do
processamento da execução orçamentária, em parceria com as unidades executoras e
setoriais, gerando integração dos procedimentos relativos à programação financeira, à
contabilidade e à Administração Financeira e Orçamentária.
O SIAFI abarca as informações pertinentes às três tarefas básicas da gestão pública
federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade:
• Execução orçamentária.
• Execução financeira.
• Elaboração das demonstrações contábeis consolidadas na prestação de contas
anual do Presidente da República.
Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e a
STN – Secretaria do Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem
utilizar o SIAFI.
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A tabela de eventos, que está sob a “batuta” da STN, é o instrumento utilizado pelas
UGs – Unidades Gestoras para preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no
SIAFI. Serve para transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros
contábeis automáticos.
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O órgão setorial da Casa Civil da PR – Presidência da República tem como área de atuação
todos os órgãos integrantes da PR, exceto nos casos previstos em legislação específica.
Integram o SPOF:
1 – Órgão Central – Ministério do Planejamento e Orçamento.
2 – Órgãos Setoriais – Unidades de Planejamento e Orçamento dos Ministérios, da
AGU, da Vice-Presidência da República e da Casa Civil da Presidência da República.
São representados pela figura do SPOA – Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e
Administração).
O órgão setorial atua como articulador no âmbito da sua estrutura e coordena o processo
de decisão no nível subsetorial, ou seja, no nível das Unidades Orçamentárias – UOs.
3 – Órgãos Específicos – vinculados ou subordinados ao órgão central, cuja missão
compreenda atividades de planejamento e orçamento. Os Órgãos específicos são:
SUPLAG – Subsecretaria de Planejamento Governamental, SOF – Secretaria de Orçamento
Federal e SEST – Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais.
Importante salientar que os órgãos setoriais e específicos se sujeitam à orientação
normativa e à supervisão técnica do Órgão Central do SPOF, sem prejuízo da subordinação
do órgão a que estiverem integrados. Podemos diz, portanto, que hierarquicamente a
SPOA fica submetida ao ministro, mas tecnicamente e normativamente deve seguir as
orientações dos órgãos específicos.
Ressalte-se ainda que as unidades de planejamento e orçamento das entidades
vinculadas e subordinadas aos Ministérios e Órgãos Setoriais ficam sujeitas à orientação
normativa e à supervisão técnica do Órgão Central do SPOF, e também no que couber,
do respectivo órgão setorial.
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Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades
responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do Sistema.
Por seu turno, o artigo 8º da Lei 10.180/2001 dispõe acerca das competências do
Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO. Compete
às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento:
1 – Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimento das empresas estatais.
2 – Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação
dos orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual.
3 – Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento
do processo orçamentário federal.
4 – Acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da
competência atribuída a outros órgãos.
5 – Estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua
harmonização com o planejamento e o controle.
6 – Propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das
diversas esferas de governo.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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ORÇAMENTO PÚBLICO
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LEIS ORÇAMENTÁRIAS
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CICLO ORÇAMENTÁRIO
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) pesquisa.
b) fixação.
c) elaboração.
d) aprovação.
e) execução.
Sobre as três propostas de emenda, de acordo com o que estabelece a Lei federal no 4.320,
de 17 de março de 1964,
a) nenhuma poderá ser admitida.
b) somente duas, poderão ser admitidas, porque é vedada a apresentação de emenda em
relação a projetos cujos benefícios se estendam, voluntária ou involuntariamente, para
além das fronteiras interestaduais, como acontece com os sinais da internet, em relação
às cidades fronteiriças do Estado.
c) somente uma poderá ser admitida, e será aquela que tiver sido protocolizada em primeiro lugar.
d) todas poderão ser admitidas.
e) somente uma poderá ser admitida, e será aquela que tiver o menor custo no orçamento.
CRÉDITOS ADICIONAIS
062. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2022) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item a seguir.
Os créditos adicionais classificados como suplementares terão vigência adstrita ao exercício
financeiro em que forem abertos.
063. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2022) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item a seguir.
É vedada a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais
autorizados em lei.
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À luz das disposições legais sobre a abertura de créditos adicionais, deve-se considerar que:
a) este procedimento não pode ser realizado no último quadrimestre do exercício;
b) o ato deve ser questionado pelo tribunal de contas pela ausência de audiência pública prévia;
c) o crédito adicional aberto deve priorizar como fonte de recursos aqueles alocados na
reserva de contingência;
d) o crédito adicional aberto não pode ser reaberto no exercício seguinte, caso reste saldo
a empenhar;
e) o ente não pode promover a anulação de dotação em função de despesa diversa da do
crédito adicional pretendido.
072. (FGV/TJ-MS/JUIZ/2023) O orçamento necessita de previsão anterior, até para que haja
um planejamento da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Contudo, muitas vezes
surgem despesas que não estavam computadas ou estavam insuficientemente dotadas
na Lei de Orçamento.
Essas são autorizadas por meio de:
a) créditos especiais, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
b) créditos suplementares, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
c) créditos adicionais, que podem ser especiais, suplementares ou extraordinários;
d) créditos extraordinários, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
e) créditos adicionais que podem ser apenas os especiais e suplementares.
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d) efetuado a abertura por decreto do poder executivo do referido ente e dado imediato
conhecimento da abertura ao poder legislativo do referido ente.
e) utilizado o crédito do tipo extraorçamentário.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
086. (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2022) Os princípios são normas gerais que, por sua relevância,
abrangência e valor intrínseco, fundamentam o sistema jurídico, permitindo a interpretação
de situações concretas com base nos fins a que se destinam. A respeito dos princípios
orçamentários, julgue o item a seguir.
A existência de um plano plurianual não é contrária ao princípio da anualidade.
087. (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2022) Os princípios são normas gerais que, por sua relevância,
abrangência e valor intrínseco, fundamentam o sistema jurídico, permitindo a interpretação
de situações concretas com base nos fins a que se destinam. A respeito dos princípios
orçamentários, julgue o item a seguir.
A destinação de recursos para ações e serviços públicos de saúde, para a manutenção e
desenvolvimento do ensino e para as atividades da administração tributária constitui a
única exceção ao princípio da não vinculação de receitas.
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10. Transparência
11. Profundidade de Análise
12. Responsabilidade
Nos princípios orçamentários, devem-se considerar as seguintes características:
a) 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 e 11.
b) 1, 2, 4, 6, 7, 8, 10 e 12.
c) 1, 3, 4, 6, 7, 8 e 11.
d) 1, 4, 5, 6, 9, 11 e 12.
e) 1, 2, 3, 4, 8 e 11.
a) a unidade gestora.
b) o órgão executante.
c) a entidade responsável.
d) a estrutura programática.
e) o ente federativo original.
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Considere ainda que as unidades orçamentárias são também unidades gestoras. De acordo
com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, na descentralização de créditos
orçamentários da unidade orçamentária 07.011 para a unidade orçamentária
a) 07.014, a classificação institucional da unidade detentora do crédito deve ser alterada
para a classificação institucional da unidade receptora do crédito.
b) 04.035, a classificação institucional da unidade detentora do crédito deve ser alterada
para a classificação institucional da unidade receptora do crédito.
c) 04.035, a classificação funcional da unidade detentora do crédito deve ser mantida.
d) 07.014 ocorre descentralização interna, também chamada de destaque.
e) 07.014 ocorre descentralização interna, também chamada de cota.
RECEITA PÚBLICA
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DESPESA PÚBLICA
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d) os restos a pagar processados devem ser inscritos para liquidação em até no máximo 2
anos e efetuado o pagamento em até 5 (cinco) anos, sob pena de prescrição e cancelamento.
e) a despesa deve ser liquidada no mesmo exercício de seu empenho, admitindo-se o
diferimento apenas da etapa de pagamento, o que ocorre mediante inscrição em restos a
pagar processados.
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a) ampla e irrestrita.
b) finalística.
c) qualificada.
d) equitativa.
e) procedimental.
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184. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2022) No que diz respeito à LRF, julgue o item que se segue.
Independentemente do empenho, a despesa total com pessoal será apurada somando-se
a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, de acordo
com o regime de competência.
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Para que o tribunal de contas emitisse o alerta, foi suficiente que a despesa total com
pessoal do período, no âmbito do Poder Legislativo, ultrapassasse o valor de:
a) R$ 360.000.000,00;
b) R$ 450.000.000,00;
c) R$ 540.000.000,00;
d) R$ 570.000.000,00;
e) R$ 1.080.000.000,00.
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SIAFI
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GABARITO
1. C 35. E 69. E
2. E 36. d 70. d
3. e 37. d 71. c
4. E 38. d 72. c
5. E 39. c 73. c
6. C 40. a 74. e
7. C 41. b 75. d
8. C 42. a 76. e
9. E 43. c 77. d
10. C 44. b 78. d
11. E 45. c 79. b
12. a 46. E 80. E
13. c 47. C 81. E
14. c 48. C 82. C
15. d 49. c 83. E
16. b 50. E 84. E
17. d 51. C 85. E
18. d 52. d 86. C
19. d 53. c 87. E
20. c 54. c 88. E
21. d 55. b 89. E
22. e 56. e 90. E
23. e 57. c 91. d
24. c 58. d 92. b
25. b 59. a 93. c
26. E 60. C 94. d
27. E 61. E 95. c
28. C 62. C 96. c
29. E 63. E 97. b
30. E 64. E 98. a
31. C 65. E 99. a
32. C 66. E 100. E
33. C 67. C 101. C
34. C 68. C 102. a
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GABARITO COMENTADO
Na verdade, desenvolver normas sobre gestão monetária e a emissão de moeda são tratados
pela Política Monetária do Estado, cuja responsabilidade, no Brasil, é do Banco Central, e
está mais relacionada à disciplina Economia. A administração financeira e orçamentária
no setor público está relacionada à atividade financeira do Estado, que envolve a receita
pública, a despesa pública, o orçamento público e o crédito público.
Errado.
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Letra e.
Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a
atividade financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de recursos), o
crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa
pública (dispêndio de recursos).
Por seu turno, o SFN – Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico,
que disciplina o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por
particulares quanto pelo próprio Estado.
Note, portanto, que o SFN não está relacionado à receita pública (obtenção de recursos),
ao crédito público (criação de recursos), ao orçamento público (gestão de recursos) e à
despesa pública (dispêndio de recursos).
Errado.
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
Errado.
ORÇAMENTO PÚBLICO
A assertiva pode ser entendida como uma das definições do CESPE para o Orçamento Público.
Aproveite para consolidar os seus conhecimentos acerca da abordagem dessa banca.
Certo.
Essa é a ideia-chave do orçamento base zero, já que não é levada em consideração a série
histórica de gastos. Funciona por meio da definição de prioridades, da verificação do custo-
benefício de cada gasto e do seu exame crítico.
Certo.
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O orçamento público é caracterizado por possuir uma multiplicidade de aspectos: político, jurídico,
contábil, econômico, financeiro, administrativo etc. Seu conceito tem sofrido significativas
mudanças ao longo do tempo, em decorrência da evolução de suas funções, hoje marcadamente
diversas daquelas que o distinguiam no passado. Assim, o entendimento de sua conceituação atual
fica facilitado a partir da análise que caracterizou a transformação de seus papéis principais, que,
por sua vez, determinaram alterações na importância relativa de cada um dos aspectos citados.
Certo.
Na verdade, era o orçamento público tradicional que tinha como finalidade o controle
político do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, mas como atualmente usamos no
Brasil o Orçamento-Programa que serve de instrumento de planejamento, gerenciamento
e controle dos recursos públicos, de forma a otimizar o cumprimento dos objetivos
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previamente definidos, não podemos mais dizer que o orçamento público é um mecanismo
de controle político dos órgãos de representação sobre o Poder Executivo. Também o trecho
da assertiva que fala “independentemente das mudanças ocorridas nas funções do Estado”
serve para reforçar o entendimento de que ela está errada.
Errado.
Note que a questão pede para marcarmos a orientação incorreta, que é a da letra A, já que
as despesas legais e constitucionais não podem ser alteradas pela população. Guarde que no
Orçamento Participativo, a população participa apenas das discussões acerca da destinação
de parte dos recursos públicos, especificamente aqueles relativos a investimentos em obras
e serviços a serem realizados em sua área.
Todas as demais alternativas estão corretas.
Letra a.
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c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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O Orçamento Clássico ou Tradicional foca apenas explicar o objeto do gasto, ou seja, “em
que” está sendo aplicado os recursos públicos. Servia basicamente como instrumento
de controle político do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, privilegiando as
questões contábeis, desconsiderando as necessidades coletivas.
Letra b.
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Trata-se do orçamento base zero, aquele que quando da elaboração da proposta orçamentária
para o ano posterior, toda informação prévia relativa aos anos anteriores era desprezada,
ou seja, a necessidade e a utilidades de cada despesa deveria ser vista como se fosse
completamente nova. A sua ideia-chave é fazer com que todas as despesas de todos os
órgãos sejam justificadas detalhadamente, sem permitir que o simples fato de que uma
despesa que já estivesse no orçamento do ano anterior, fosse simplesmente repetida,
tratando cada gasto demandado como um novo gasto.
Letra d.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Orçamento-Programa deve ser visto como um plano de trabalho expresso por um conjunto
de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução. Sua
mola mestra é fixar as Despesas Públicas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de determinado nível de governo e da sua organização,
de acordo com as suas prioridades. É notório que os seus aspectos administrativos e
econômicos são privilegiados em detrimento do aspecto político.
A ideia do orçamento-programa é fazer com que o gasto público possa ser detalhado de modo
a enfatizar a sua finalidade, identificando para cada gasto a respectiva a ação, definindo
o responsável pela respectiva execução de cada ação, além de apresentar individualmente
os resultados esperados para cada uma delas. Guarde que Orçamento-Programa PRIORIZA
atender aos objetivos, metas e prioridades definidos no Planejamento das ações do Governo,
integrando planejamento e orçamento.
Letra c.
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A resposta da questão pode ser encontrada na obra Orçamento público / James Giacomoni.
– 15. ed, ampliada, revista e atua lizada – São Paulo: Atlas, 2010. Confira o trecho precípuo
sobre o tema:
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
julgamento em 22-2-2011, Primeira Turma, DJE de 15-3-2011; ADI 4.049-MC, rel. min.
Carlos Britto, julgamento em 5-11-2008, Plenário, DJE de 8-5-2009.
Letra e.
A situação em tela apresenta a alocativa do Estado, visto que apresenta uma situação em
que o fornecimento de bens e serviços não é adequadamente oferecido pelo sistema
de mercado, visto que a entrega de correspondência em localidades distantes a preço
módico é um serviço que não seria oferecido adequadamente pelo sistema de mercado.
Letra c.
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LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Na verdade, cada ente federativo elabora seu próprio PPA, ou seja, existe um PPA federal,
além dos PPAs estaduais, municipais e do DF, inexistindo dessa forma um PPA de forma
unificada em nível nacional.
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Confira na CF/1988:
Art. 165, § 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios
seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele s em andamento.
Certo.
Note que o PPA é quem estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal e que a LDO deve ser elaborada de acordo com o PPA. Confira na CF/1988:
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Errado.
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Errado.
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O projeto do PPA deve ser enviado ao Congresso Nacional no primeiro ano do mandato do
governante e sua vigência é de quatro anos (segundo ano do mandato até o encerramento
do primeiro exercício financeiro seguinte). Confira nos ADCTs da CF/1988:
Art. 35.
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Certo.
Confira na CF/1988:
Certo.
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Totalmente errada. O PPA só é apresentado a cada 4 anos. A LDO deve ser anualmente antes
da LOA, já que serve para orientá-la. Confira os prazos para envio do PPA, da LDO e da LOA,
conforme disposto no ADCT:
Art. 35 § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
Errado.
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III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
Letra d.
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
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Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Letra d.
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Letra c.
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Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ao final
do décimo quinto exercício financeiro contado a partir do encerramento do ano de publicação
desta Resolução, não poderá exceder, respectivamente, a:
I – no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente líquida, definida
na forma do art. 2; e
II – no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida,
definida na forma do art. 2.
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Letra c.
O princípio da exclusividade dispõe que a LOA não pode ter dispositivo estranho à fixação
das despesas e previsão das receitas, com as exceções previstas na Constituição Federal.
Confira:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Confira na CF/1988:
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
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CICLO ORÇAMENTÁRIO
Confira na obra Contabilidade pública: teoria e prática / Héilio Kohama. – 15ª ed. – São
Paulo: Atlas, 2016:
Daí a necessidade de compreensão do Ciclo Orçamentário, que é a sequência das etapas
desenvolvidas pelo processo orçamentário, assim consubstanciadas: elaboração; estudo e
aprovação; execução; e avaliação.
Elaboração
A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes orçamentárias,
compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo
dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização.
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Estudo e aprovação
Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na
necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas
próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.
Execução
A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados
para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de recursos
humanos, materiais e financeiros.
Avaliação
A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos
objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; à eficiência
com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de racionalidade na utilização
dos recursos correspondentes.
Certo.
I – Errado. O ciclo orçamentário, mesmo em sua versão resumida tem quatro fases:
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração,
discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa,
com a sua avaliação e controle.
Letra c.
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Errado.
Sem dúvida, as emendas ao PLOA devem ser compatíveis com o PPA e a LDO. Confira na
CF/1988 com grifos nossos:
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Certo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Letra d.
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Essa emenda deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, devendo respeitar as imposições do
§ 3º do art. 166 da CF/1988:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Deve ser compatível com o PPA.
b) Deve ser apresentada na CMO e os recursos podem ser oriundos de anulação de despesas.
d) Deve ser compatível com a LDO.
e) Deve ser apresentada na CMO.
Letra c.
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Letra c.
Confira na CF/1988:
Art. 166 § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
A alternativa E é que se refere à etapa da avaliação. Note que, segundo Paludo, existe
diferença entre controle e avaliação: o controle consiste na verificação da conformidade,
propõe ações corretivas e tem foco retrospectivo. A avaliação visa ao aperfeiçoamento
da gestão, avalia resultados e tem foco prospectivo.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Refere-se ao controle.
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
...
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
...
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
Letra d.
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Diante desse quadro, e considerando que o projeto de construção da referida ponte ainda
será concluído e aprovado pelos órgãos competentes, que o serviço estadual de “Internet
Grátis para Todos” deverá estar instalado e começando a funcionar dentro de dois a três anos,
e que a majoração da dotação solicitada para despesas de custeio deverá proporcionar uma
sensível melhoria no que diz respeito ao atendimento a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis, o Deputado apresentou emendas ao referido Projeto de Lei. A primeira
destina-se a conceder dotação para o início de obra de construção da referida ponte, a
segunda, a conceder dotação para a instalação ou funcionamento do serviço “Internet Grátis
para Todos”, e a terceira, a alterar a dotação solicitada para as referidas despesas de custeio.
Sobre as três propostas de emenda, de acordo com o que estabelece a Lei federal no 4.320,
de 17 de março de 1964,
a) nenhuma poderá ser admitida.
b) somente duas, poderão ser admitidas, porque é vedada a apresentação de emenda em
relação a projetos cujos benefícios se estendam, voluntária ou involuntariamente, para
além das fronteiras interestaduais, como acontece com os sinais da internet, em relação
às cidades fronteiriças do Estado.
c) somente uma poderá ser admitida, e será aquela que tiver sido protocolizada em primeiro
lugar.
d) todas poderão ser admitidas.
e) somente uma poderá ser admitida, e será aquela que tiver o menor custo no orçamento.
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
Podemos verificar, portanto, que a primeira emenda não poderá ser admitida, visto que o
projeto ainda será concluído e aprovado pelos órgãos competentes (art. 33 – b).
Também a segunda emenda não poderá ser admitida, visto que o serviço estadual de
“Internet Grátis para Todos” deverá estar instalado e começando a funcionar dentro de
dois a três anos (art. 33 – c)
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A terceira emenda também não pode ser admitida, visto que não se admite a dotação
solicitada para despesa de custeio (art. 33 – a), salvo quando provada a inexatidão da
proposta, o que não ficou demonstrado no enunciado da questão.
Letra a.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Certo.
Contraia a Lei n. 4.320/1964, pois essa regra vale para os créditos extraordinários. Confira:
Art. 43, § 4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
Errado.
062. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2022) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item a seguir.
Os créditos adicionais classificados como suplementares terão vigência adstrita ao exercício
financeiro em que forem abertos.
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De acordo com o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para
um período determinado, usualmente um ano. Especificamente a reabertura dos créditos
especiais e extraordinários no exercício seguinte representa uma exceção ao princípio da
anualidade. Confira na CF/1988:
Nessa toada, guarde que os créditos adicionais suplementares terão vigência adstrita ao
exercício financeiro em que forem abertos. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Certo.
063. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2022) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item a seguir.
É vedada a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais
autorizados em lei.
Art. 43 § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na verdade, os créditos adicionais especiais e suplementares devem ser abertos por decreto
do executivo e autorizados por Lei. Em contraste, os créditos extraordinários devem ser
abertos por decreto do executivo, não necessitando de autorização legal prévia (normalmente
usa-se MP). Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto
executivo.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Errado.
Certo.
Certo.
Vamos ver o que nos diz sobre o tema o MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público:
Assim, podemos dizer que os créditos suplementares são adicionados à dotação orçamentária
original, enquanto os créditos extraordinários e suplementares são demonstrados
separadamente, conservando, desse modo, suas especificidades.
Errado.
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À luz das disposições legais sobre a abertura de créditos adicionais, deve-se considerar que:
a) este procedimento não pode ser realizado no último quadrimestre do exercício;
b) o ato deve ser questionado pelo tribunal de contas pela ausência de audiência pública prévia;
c) o crédito adicional aberto deve priorizar como fonte de recursos aqueles alocados na
reserva de contingência;
d) o crédito adicional aberto não pode ser reaberto no exercício seguinte, caso reste saldo
a empenhar;
e) o ente não pode promover a anulação de dotação em função de despesa diversa da do
crédito adicional pretendido.
Note que como é um crédito suplementar, não se admite a reabertura no exercício seguinte,
por falta de previsão legal, em atendimento ao princípio orçamentário da anualidade.
Importante atentar ao detalha de que a reabertura dos créditos especiais e extraordinários
no exercício seguinte pode ser feita, sendo uma exceção ao princípio da anualidade.
Confira na CF/1988:
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las.
e) Errada. Se forem abertos nos 4 últimos meses, podem ser reabertos no exercício seguinte.
Letra c.
072. (FGV/TJ-MS/JUIZ/2023) O orçamento necessita de previsão anterior, até para que haja
um planejamento da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Contudo, muitas vezes
surgem despesas que não estavam computadas ou estavam insuficientemente dotadas
na Lei de Orçamento.
Essas são autorizadas por meio de:
a) créditos especiais, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
b) créditos suplementares, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
c) créditos adicionais, que podem ser especiais, suplementares ou extraordinários;
d) créditos extraordinários, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
e) créditos adicionais que podem ser apenas os especiais e suplementares.
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Letra c.
O princípio da anualidade é aquele que diz que o orçamento deve ser elaborado e autorizado
para um período determinado, usualmente um ano e a reabertura dos créditos especiais e
extraordinários no exercício seguinte representa uma exceção ao princípio da anualidade.
Confira na CF/1988:
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Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas,
projetos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao
princípio da especificação.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Letra c.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.
Letra e.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
No caso dos créditos extraordinários, levando em consideração a sua urgência, essa exigência
não se aplica.
Letra d.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto
executivo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
...
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Letra d.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 43 § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las.
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações
de credito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.
Letra b.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
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É o Princípio da Universalidade que diz isso. O Princípio do Orçamento Bruto, por sua vez,
diz que todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus
valores brutos, não sendo admitida qualquer tipo de dedução.
Errado.
Como os mencionados orçamentos são unificados em uma única peça, a LOA, inexiste
afronta ao princípio da unidade/totalidade, aquele que diz que o orçamento deve ser UNO,
ou seja, um orçamento por exercício.
Errado.
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Certo.
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Errado.
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Errado.
Embora o princípio da universalidade exija que todas as receitas e todas as despesas constem
na LOA, como as receitas são apenas previstas na LOA, não é necessária autorização na
LOA para a arrecadação de novas receitas ainda que não previstas, mas de acordo com a
respectiva legislação.
Errado.
086. (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2022) Os princípios são normas gerais que, por sua relevância,
abrangência e valor intrínseco, fundamentam o sistema jurídico, permitindo a interpretação
de situações concretas com base nos fins a que se destinam. A respeito dos princípios
orçamentários, julgue o item a seguir.
A existência de um plano plurianual não é contrária ao princípio da anualidade.
Segundo o art. 34 da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou
seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.
Certo.
087. (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2022) Os princípios são normas gerais que, por sua relevância,
abrangência e valor intrínseco, fundamentam o sistema jurídico, permitindo a interpretação
de situações concretas com base nos fins a que se destinam. A respeito dos princípios
orçamentários, julgue o item a seguir.
A destinação de recursos para ações e serviços públicos de saúde, para a manutenção e
desenvolvimento do ensino e para as atividades da administração tributária constitui a
única exceção ao princípio da não vinculação de receitas.
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Errado.
Na verdade, o Princípio da programação é o que diz que o orçamento deve expressar suas
ações de modo programado (planejado). É o Princípio do Orçamento Bruto que diz que
todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores
brutos, ou seja, sem qualquer dedução.
Errado.
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Confira no MCASP:
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem
integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual (LOA)
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. O Princípio da exclusividade diz que a LOA não pode ter dispositivo estranho à
fixação das despesas e previsão das receitas.
b) Errada. O Princípio da não afetação ou não vinculação veda a vinculação da receita de
impostos.
c) Errada. O Princípio da programação revela as diretrizes, metas e prioridades da Administração
Pública, inclusive os programas de duração continuada
e) Errada. O Princípio da universalidade determina que a LOA de cada ente federado deverá
conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Letra d.
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a) anualidade;
b) legalidade;
c) transparência;
d) unidade;
e) universalidade.
2.6. LEGALIDADE
Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública,
segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei
expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da lei.
Letra b.
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Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
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c) do orçamento bruto.
d) da uniformidade.
e) da universalidade.
Previsto no art. 6º da Lei no 4.320/1964, o Princípio do Orçamento Bruto diz que todas as
parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos,
sem qualquer tipo de dedução.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. De acordo com o Princípio da Clareza, o orçamento deve ser claro e de fácil
compreensão a qualquer indivíduo.
b) Errada. De acordo com o Princípio do Equilíbrio, o orçamento deve manter o equilíbrio,
do ponto de vista financeiro, entre os valores de receita e despesa.
d) Errada. De acordo com o Princípio da Uniformidade, os dados apresentados devem ser
homogêneos nos exercícios, no que se refere à classificação e demais aspectos envolvidos
na metodologia de elaboração do orçamento, permitindo comparações ao longo do tempo.
e) Errada. De acordo com o Princípio da Universalidade, estabelecido, de forma expressa,
pelo caput do art. 2º da Lei n. 4.320/ 1964, e recepcionado e normatizado pelo § 5º do art.
165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado deverá conter
todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Letra c.
A Lei n. 4.320/1964, aquela que estatui as normas gerais de Direito Financeiro e que também
é conhecida como a Lei Geral dos Orçamentos, em seu artigo 2º, determina obediência a três
Princípios: UNIDADE, ANUALIDADE E UNIVERSALIDADE. Para quem gosta de mnemônicos,
esses 3 Princípios formam a sigla UAU.
Letra c.
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Vamos avaliar cada uma das características apresentadas e verificar se pode ser “encaixada”
em um dos princípios orçamentários existentes.
1. Objetividade – relacionado ao princípio da clareza orçamentária.
2. Clareza – é o próprio princípio da clareza orçamentária.
3. Sigilo – nada a ver.
4. Equilíbrio – o orçamento deve equilibrar receitas e despesas.
5. Abrangência – não está relacionada a nenhum princípio orçamentário.
6. Exclusividade – previsto na CF/1988, determina que a LOA não pode ter dispositivo
estranho à fixação das despesas e previsão das receitas, com as exceções previstas na
própria Carta Magna.
7. Legalidade – princípio geral da administração pública, mas com aplicabilidade orçamentária.
8. Não Afetação – previsto na CF/1988, veda a vinculação da receita de impostos.
9. Vinculação – não está relacionada a nenhum princípio orçamentário.
10. Transparência – trazido pela LRF, esse princípio tem aplicabilidade orçamentária.
11. Profundidade de Análise – nada a ver.
12. Responsabilidade – trazido pela LRF, esse princípio tem aplicabilidade orçamentária.
Letra b.
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O Princípio do Orçamento Bruto, que foi previsto pelo art. 6º da Lei no 4.320/1964, obriga
registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
A ideia é impedir a inclusão no orçamento apenas do saldo positivo ou negativo resultante
do confronto entre receitas e as despesas de determinado serviço. Se for fazer uma
dedução de uma receita, o ente público não pode apenas registrar o valor líquido a ser
arrecadado. Tanto a arrecadação bruta, quanto a respectiva dedução, devem ser explicitados
no orçamento em tela.
Letra a.
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a) cota.
b) duodécimo.
c) repasse.
d) sub-repasse.
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Na verdade, inexiste essa garantia em relação a parcela do PPA, como diz a assertiva.
A programação orçamentária busca compatibilizar o fluxo dos recebimentos com o dos
pagamentos, sendo que a Lei Orçamentária Anual é responsável pela fixação da despesa e
previsão da receita, com as metas de resultado primário e nominal sendo estabelecidos na LDO.
Errado.
Confira no MCASP:
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Letra a.
Confira no MCASP:
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Letra e.
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Considere ainda que as unidades orçamentárias são também unidades gestoras. De acordo
com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, na descentralização de créditos
orçamentários da unidade orçamentária 07.011 para a unidade orçamentária
a) 07.014, a classificação institucional da unidade detentora do crédito deve ser alterada
para a classificação institucional da unidade receptora do crédito.
b) 04.035, a classificação institucional da unidade detentora do crédito deve ser alterada
para a classificação institucional da unidade receptora do crédito.
c) 04.035, a classificação funcional da unidade detentora do crédito deve ser mantida.
d) 07.014 ocorre descentralização interna, também chamada de destaque.
e) 07.014 ocorre descentralização interna, também chamada de cota.
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RECEITA PÚBLICA
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Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas
como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive
as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Certo.
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Diferentemente do seu sentido estrito, em que são receitas públicas apenas as receitas
orçamentárias, em seu sentido amplo, todo ingresso de recursos nos cofres do Estado é
uma receita pública. Confira no MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:
Certo.
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Na verdade, existem sim vinculações das receitas da União, como nos casos do FPM e do
FPE, composto por valores arrecadados de IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados e
IR – Imposto de renda, e que são distribuídos para estados e municípios. Confira no MCASP
– Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:
Errado.
Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas
públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de
recursos financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam
apenas entradas compensatórias.
Certo.
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Note que existem ingressos de recursos que não compõem a receita pública e, portanto, não
podem custear as ações orçamentárias, como é o caso da receita de depósitos em garantia,
que é um ingresso extraorçamentário que representa um recurso financeiro de caráter
temporário e que, em regra, deve ser devolvido para o depositante ao final do contrato.
Nas demais alternativas temos receitas orçamentárias correntes que podem custear as
ações orçamentárias.
Letra b.
a) Correntes – patrimoniais.
b) Correntes – de contribuições.
c) De capital – alienação de bens.
d) De capital – operações de crédito.
e) Correntes – outras receitas correntes.
Letra a.
Letra d.
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Note, portanto, que, em regra, as receitas de capital não provocam efeito sobre o patrimônio
líquido da entidade, enquanto as receitas correntes provocam esse aumento.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, tanto a arrecadação de receita corrente quanto de receita de capital
gera aumento das disponibilidades financeiras do Estado.
b) Errada. Na verdade, as operações intraorçamentárias podem ser Receitas Correntes ou
de Capital.
d) Errada. Na verdade, tanto na arrecadação de receita corrente quanto na de receita de
capital aplica-se o enfoque orçamentário.
e) Errada. Regra inexistente na legislação.
Letra c.
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No recebimento de uma multa decorrente de dívida ativa de aluguéis, que é uma receita
patrimonial, a classificação obedecerá a natureza da receita de aluguéis, devendo, portanto,
ser classificada como Receita Patrimonial.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, registra-se em outras receitas correntes.
b) Errada. Na verdade, registra-se em receita tributária, já que decorre de impostos.
c) Errada. Na verdade, registra-se em outras receitas correntes.
e) Errada. Na verdade, registra-se em receita tributária, já que decorre de impostos.
Letra d.
Receitas Públicas Originárias, segundo a doutrina, seriam aquelas arrecadadas por meio da
exploração de atividades econômicas pela Administração Pública. Resultariam, principalmente,
de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de preços públicos,
de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários.
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Já as receitas financeiras são aquelas que não contribuem para o resultado primário no
exercício financeiro correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um
direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo, alterando
concomitantemente o ativo e o passivo financeiros. São adquiridas junto ao mercado
financeiro, decorrentes da emissão de títulos, da contratação de operações de crédito por
organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da União ( juros recebidos, por
exemplo), das privatizações, amortização de empréstimos concedidos e outras.
Letra b.
Confira no MCASP:
A receita com dividendos deve ser classificada como receita corrente – receita patrimonial.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. É uma receita de capital.
b) Errada. É uma receita de capital.
c) Errada. É um ingresso extraorçamentário.
d) Errada. É uma receita de capital – operação de Crédito.
Letra e.
O § 1º do artigo 39 da Lei n. 4.320/1964 deixa claro que a inscrição em dívida ativa deve ser
efetuada apenas para créditos líquidos, certos e vencidos. Confira:
Art. 39
[...]
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento
(vencidos), serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio,
após apurada a sua liquidez (líquidos) e certeza (certos), e a respectiva receita será escriturada
a esse título.
Letra b.
DESPESA PÚBLICA
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Certo.
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Na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de quatro dígitos, acrescido
de quatro dígitos do localizador:
Certo.
Certo.
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Na verdade, apenas no caso das Despesas com Exercícios Anteriores – DEAs é que cabe à
autoridade competente o reconhecimento da obrigação de pagamento. Confira no MCASP
– Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela
autoridade competente, deverá ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo
necessário, no mínimo, os seguintes elementos:
a. Identificação do credor/favorecido;
b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c. Data de vencimento do compromisso;
d. Importância exata a pagar;
e. Documentos fiscais comprobatórios;
f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
Errado.
As despesas para serem pagas precisam ser liquidadas. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Certo.
Se tiver em processo de liquidação, pode sim ser inscrito em restos a pagar em liquidação.
Confira no MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:
4.7.4.2. Inscrição De Restos a Pagar Não Processados em Liquidação
Ocorrido o fato gerador da obrigação antes do término do exercício em curso, sem que se tenha
procedido o estágio da liquidação, deve-se reconhecer o impacto patrimonial da despesa. Nesse sentido,
as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como RP não processados “em liquidação”.
Errado.
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Certo.
Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa,
na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
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Por seu turno, a classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, é composta
por Categoria Econômica, GND – Grupo de Natureza da Despesa e Elemento de Despesa.
Errado.
4 – Investimentos
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive
com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Por sua vez, as despesas com serviços de consultoria são classificadas no grupo outras
despesas correntes. Confira no MCASP:
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Letra b.
Confira no MCASP:
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria n. 42/1999, do então Ministério do
Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem
como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de
Governo. Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e
obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o que
permite a consolidação nacional dos gastos do setor público
Cabe ressaltar que um órgão orçamentário ou uma unidade orçamentária não correspondem
necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns
fundos especiais e com as unidades orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal e
Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento
da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
As subfunções podem ser combinadas com funções diferentes daquelas às quais estão
relacionadas na Portaria MOG n. 42/1999. Deve-se adotar como função aquela que é típica
ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão, via de regra, é classificada em uma
única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo com a especificidade de cada
ação governamental. A exceção à combinação encontra-se na função 28 – Encargos Especiais e
suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas
Letra c.
De acordo com o MTO, os programas são utilizados com o objetivo de responder a seguinte
pergunta: O que se pretende alcançar com a implementação da Política Pública?
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, a classificação responde à pergunta em que área de despesa a ação
governamental será realizada.
c) Errada. Na verdade, responde à pergunta acerca da contrapartida na destinação.
d) Errada. Na verdade, responde à pergunta acerca da forma de aplicação dos recursos.
e) Errada. Na verdade, responde à pergunta acerca de qual classe de gasto corresponde a
despesa.
Letra b.
As despesas correntes são aquelas em que se tem a ideia de consumo de recursos (não
contribuem para a formação ou aquisição de um bem de capital), enquanto as despesas
de capital representam gastos que contribuem para a formação ou aquisição de um
bem de capital.
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Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo
por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Letra d.
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a) os restos a pagar não processados podem ser objeto de cancelamento, dado que não
aperfeiçoada a etapa de liquidação, o mesmo não ocorrendo com os processados, por
constituírem direito do credor, observada a prescrição quinquenal.
b) restos a pagar processados, apenas, são considerados despesas de exercício anterior,
eis que nos restos a pagar não processados a fase de empenho é diferida para o exercício
subsequente.
c) ambas as modalidades constituem despesas extraorçamentárias, demandando a abertura
de créditos especiais para seu pagamento, sob pena de cancelamento.
d) os restos a pagar processados devem ser inscritos para liquidação em até no máximo 2
anos e efetuado o pagamento em até 5 (cinco) anos, sob pena de prescrição e cancelamento.
e) a despesa deve ser liquidada no mesmo exercício de seu empenho, admitindo-se o
diferimento apenas da etapa de pagamento, o que ocorre mediante inscrição em restos a
pagar processados.
Note que, no caso dos restos a pagar não processados, ou seja, quando as despesas não
foram liquidadas, pode haver cancelamento, enquanto que no caso dos restos a pagar
processados, ou seja, quando as despesas já foram liquidadas, pode haver cancelamento
apenas no caso de cumprimento irregular das obrigações pelo contratado ou quando haja
ausência de liquidação da despesa ou outras situações incompatíveis com o pagamento.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
b) Errada. Nos dois casos tivemos o empenho da despesa.
c) Errada. Não precisa da abertura de créditos adicionais para pagamentos destas obrigações.
d) Errada. Inexiste prazo máximo.
e) Errada. Lembre-se do caso dos restos a pagar não processados, quando as despesas não
foram liquidadas no mesmo ano.
Letra a.
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Os restos a pagar são despesas empenhadas, mas que não foram pagas no mesmo exercício,
podendo ser classificados como processados (quando a liquidação ocorre no mesmo exercício
do empenho) ou não processados (quando apenas o empenho é realizado no exercício).
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Note que a dotação contingenciada já constava na LOA e estava apenas bloqueada.
b) Errada. Na verdade, nem todas as etapas da despesa precisam ocorrer no mesmo exercício.
d) Errada. O empenho deve ser realizado no exercício.
e) Errada. Note que as despesas extraorçamentárias não percorrem as etapas de execução
da despesa orçamentária.
Letra c.
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São classificadas como Restos a Pagar (ou resíduos passivos) as despesas que já foram
empenhadas, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as
processadas das não processadas. De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os “Processados”
são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o estágio da liquidação,
enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução
abrangeu apenas o estágio do empenho.
Letra a.
Errado.
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Confira na CF/1988:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação
de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa
de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
Certo.
Na verdade, a aprovação é do Poder Legislativo, que pode incluir emendas, desde que
respeitadas as condições impostas na própria CF/1988. Confira:
Art. 166 § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
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Errado.
Confira na CF/1988:
Art. 166 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite
de 2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento
do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde.
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de emendas
individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste artigo, conforme
os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista
no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no § 9º-A deste artigo.
Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, apenas os orçamentos fiscal e de investimento têm essa
função. Confira:
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III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.
...
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
Errado.
Certo.
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Certo.
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Confira na CF/1988:
Art. 165....
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância
com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
Certo.
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Em relação às demais alternativas, note que, na verdade, o repasse pode se dar por meio de
transferência especial, a qual dispensa a celebração de convênio ou instrumento congênere.
Letra a.
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Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve adotar
regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades dele
decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos
termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta
Constituição.
[...]
Art. 167. São vedados:
[...]
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Letra e.
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Art. 166 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento
do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores.
Letra e.
Art. 165, § 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios
seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele s em andamento.
Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
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Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Essa emenda deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, devendo respeitar as imposições do
§ 3º do art. 166 da CF/1988:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
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Letra c.
A CF/1988, em seu artigo 164, §1º, proíbe ao Banco Central conceder empréstimos a qualquer
órgão ou entidade que não seja instituição financeira, com o fito de evitar que o Governo
Federal se autofinancie por meio de operações junto a essa Instituição, gerando aumento
artificial da base monetária e, consequentemente, da inflação.
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Quando o enunciado fala em “independente da autoria” está indicando que todos devem
ser tratados igualmente, revelando o caráter equitativo que deve prevalecer nas emendas
parlamentares.
Letra d.
Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta
Constituição.
Art. 167. São vedados:
(...)
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Letra a.
Confira na LRF:
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
Certo.
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Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Errado.
Confira na LRF:
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos
com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;
Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
Certo.
Confira na LRF:
Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.
Certo.
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Confira na LRF:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com
a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que a
despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo
referido no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser
compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.
§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
Certo.
Confira na LRF:
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal,
em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais
da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I – União: 50% (cinquenta por cento);
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Certo.
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada
ao final de cada quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do
limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I – concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título,
salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a
revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;
Errado.
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A assertiva contraria a decisão do STF na ementa da Ação Cível Originária 1.214. Confira:
Errado.
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada
ao final de cada quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do
limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I – concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título,
salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a
revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;
II – criação de cargo, emprego ou função;
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV – provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título,
ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de
educação, saúde e segurança;
V – contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição
e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
Certo.
184. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2022) No que diz respeito à LRF, julgue o item que se segue.
Independentemente do empenho, a despesa total com pessoal será apurada somando-se
a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, de acordo
com o regime de competência.
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Confira na LRF:
Art. 18, § 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em
referência com as dos 11 (onze) imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência,
independentemente de empenho.
Certo.
Confira na LRF:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
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Confira na LRF:
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Uma análise da geração de despesa, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, deve concluir
que a despesa é considerada adequada à lei orçamentária anual quando:
a) colaborar com a expansão da ação pública;
b) for discutida em audiências públicas temáticas;
c) for objeto de dotação específica e suficiente;
d) possibilitar procedimentos específicos de controle prévio e concomitante;
e) tiver seu ciclo de execução concluído no exercício financeiro de referência.
Confira a LRF:
Letra c.
Note que se for concedida uma isenção a um beneficiário, ou seja, uma isenção de caráter
não geral, é considerada uma renúncia de receita. Confira na LRF:
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Confira na LRF:
Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal
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Antes de fazer os cálculos, vamos rever o percentual limite da despesa com pessoal do
Poder Legislativo Estadual na LRF:
Já o limite de alerta é de 90% do limite máximo das despesas de pessoal, ou seja, 90% dos
3% da RCL.
Agora vamos aos cálculos:
Limite de alerta = 20.000.000.000 x 0,03 x 0,9 = R$ 540.000.000,00.
Letra c.
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Confira na LRF:
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao
final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
Letra e.
Note que as operações de crédito por ARO integram a dívida flutuante (e não dívida fundada).
Confira no Decreto 93.872/1986:
Art. 115 § 1º A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe
de autorização orçamentária, assim entendidos:
d) as operações de crédito por antecipação de receita;
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Note ainda que para ser classificado como dívida fundada, seria necessário que o prazo de
amortização fosse superior a 12 meses. Confira na LRF:
Art. 29, I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;
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c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) II e III.
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos
à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por
eles controladas, direta ou indiretamente.
§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos
técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social
da operação e o atendimento das seguintes condições:
I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária,
em créditos adicionais ou lei específica;
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação,
exceto no caso de operações por antecipação de receita;
III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;
V – atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição;
VI – observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar.
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas,
observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os
limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal e as normas emitidas pelo Ministério
da Economia acerca da classificação de capacidade de pagamento dos mutuários.
Letra e.
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SIAFI
A assertiva está errada por afirmar que a nota de lançamento é utilizada para o registro
da dotação estabelecida em créditos adicionais, já que tal registro também é feito pela
nota de dotação.
Guarde que a nota de dotação é utilizada para o detalhamento da dotação constante na
LOA, sendo o documento que detalha as dotações fixadas por meio de créditos adicionais.
Errado.
3.1. A Conformidade dos Registros de Gestão (CONFREG) consiste na certificação dos registros dos
atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI e da existência de documentos hábeis
que comprovem as operações.
Certo.
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Certo.
CAPÍTULO IV
MODALIDADE DE USO
12. O SIAFI permite aos órgãos a sua utilização nas modalidades total ou parcial.
13. As principais características da utilização do sistema na modalidade de uso total são as
seguintes:
13.1 – Processamento de todos atos e fatos de determinado órgão pelo SIAFI, incluindo as
eventuais receitas próprias;
13.2 – Identificação de todas as disponibilidades financeiras do órgão por meio da Conta Única
do Governo Federal ou das contas fisicamente existentes na rede bancária;
13.3 – Sujeição dos procedimentos orçamentários e financeiros do órgão ao tratamento padrão
do SIAFI, incluindo o uso do Plano de Contas do Governo Federal; e
13.4 – O SIAFI se constituir na base de dados orçamentários, financeiros e contábeis para todos
os efeitos legais.
14. As principais características da utilização do sistema na modalidade de uso parcial são as
seguintes:
14.1 – Execução financeira dos recursos previstos no Orçamento Geral da União efetuada pelo SIAFI;
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Errado.
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Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem
implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total
controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
III – Certo. Confira na IN STN 03/2020:
Letra c.
Art. 10. As principais características da utilização do sistema na modalidade de uso parcial são
as seguintes:
§ 1º Não substituir a contabilidade do órgão, sendo necessário, portanto, o envio de balancetes
para integração de saldos para prestação de contas;
§ 2º Ter disponibilidade financeira na Conta Única através de formalização de um Termo
de Cooperação Técnica estabelecido entre a Secretaria do Tesouro Nacional e a entidade.
Agora vamos correlacionar as demais alternativas com a Instrução STN 30/2021. Note os erros:
Letra d.
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Note que o examinador pediu para marcar a alternativa errada, que é a letra C, já que não
apresentou um instrumento de segurança do SIAFI. Confira na Instrução STN 30/2021 os
dispositivos que justificam as demais alternativas.
a) Certa.
b) Certa.
d) Certa.
e) Certa.
Letra c.
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Certo.
Na verdade, as empresas estatais dependentes, não podem possuem conta bancária, vale
dizer, somente se utilizam da Conta Única do Tesouro Nacional, assemelhando-se nas suas
atividades como órgãos da Administração Pública Federal.
Errado.
Letra a.
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Art. 1º A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, tem por finalidade
acolher as disponibilidades financeiras da União a serem movimentadas pelas Unidades Gestoras
da Administração Pública Federal, inclusive Fundos, Autarquias, Fundações, e outras entidades
integrantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, na
modalidade “on-line”.
Letra e.
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Letra a.
Certo.
Errado.
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- fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação
das propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de
suas respectivas UO;
- análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e
- consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.
As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa
por programa, ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
- estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações
orçamentárias;
- estudos de adequação da estrutura programática;
- formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a
responsabilidade de suas unidades administrativas;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do
cadastro de ações orçamentárias;
- fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e
dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas unidades
administrativas;
- análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
- consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.
Errado.
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REFERÊNCIAS
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público (AFO e LRF). 10. ed. Salvador: JusPodivm, 2020.
PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Método, 2020.
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caminhos
crie
futuros
gran.com.br
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