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FINANÇAS PÚBLICAS

LRF – Parte I

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240111534687

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Finanças Públicas
LRF – Parte I
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
LRF – Parte I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução ao Estudo da LRF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Aspectos Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2Abrangência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3. Pressupostos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.4. Princípios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2. Equilíbrio das Contas Públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. Planejamento e no Processo Orçamentário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1. PPA e LDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2. Anexo de Metas Fiscais da LDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3. Anexo de Riscos Fiscais da LDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.4. Lei Orçamentária Anual – LOA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4. Resultado Nominal e Resultado Primário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5. Execução Orçamentária e Cumprimento de Metas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6. Receita Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.1. Receita Corrente Líquida (RCL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.2. Renúncia de Receita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7. Despesa Pública – Parte I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
7.1. Geração da Despesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
7.2. Despesa Obrigatória de Caráter Continuado (DOCC). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.3. A Regra de Ouro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

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Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje é conhecer a primeira parte dos principais pontos da LRF – Lei de
Responsabilidade Fiscal que poderão ser cobrados em nossa prova.

Quero hoje chamar a sua atenção para que tente se concentrar ao máximo nesta
aula. Vamos conhecer vários detalhes da LRF e, para isso, seu foco deve estar voltado
completamente para o conteúdo. Assim, minha sugestão é colocar o celular no modo “avião”
e se desligar completamente das redes sociais e WhatsApp. Como disse Norman Peale: “o
pensamento positivo pode vir naturalmente para algumas pessoas, mas também pode ser
aprendido e cultivado. Mude seus pensamentos e você mudará o mundo”.
Então, pense positivo, acredite que você vai passar e comece melhorando hoje a sua
concentração na hora de estudar.
Desejo que tenha um excelente aproveitamento desta aula.
Como diria Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas
se você não fizer nada, não existirão resultados”.
Então, vamos nessa. Tenha um excelente aproveitamento deste curso!
Prof. Manuel Piñon

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LRF – PARTE I

1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LRF

1.1. ASPECTOS INICIAIS


Antes de mais nada, guarde que a LRF é a Lei Complementar de n. 101, aprovada em
2000, sendo interessante entendermos o contexto histórico do seu surgimento.

Nas décadas de 1980 e 1990, vivíamos um cenário econômico de inflação elevada


e descontrole das contas públicas, gerada em parte pelo aumento dos gastos públicos
especialmente após a CF/1988.
Assim, para dar conta do crescente aumento de gastos públicos, o Estado usou de
artícios para conseguir arcar com despesas maiores que as receitas arrecadadas, tais
como o aumento do envididamento público, seja via emissão de títulos públicos, seja via
contratação de empréstimos junto ao setor financeiro.
Também a inflação era um mecanismo de financiamento do déficit do Estado, via emissão
de papel moeda e via corrosão de valores de obrigações que não eram corrigidas pela
inflação gerada pelo postergamento dos pagamentos.
Com o advento do Plano e Real e a drástica redução da inflação, a real situação de
descontrole da contas públicas ficou mais evidente.
A nível internacional também existia todo um “clima” favorável ao surgimento de
uma norma como a LRF aqui no Brasil, que se baseou especialmente na Nova Zelândia com
o seu “Fiscal Responsabillity Act” de 1994.

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Nesse contexto surge a LRF como “Código de Boas Condutas Fiscais” buscando
estabelecer um novo paradigma para as finanças públicas de nosso país. Baseia-se nos
princípios da administração pública e tem como objetivos a diminuição da dívida pública,
estabilização dos preços, o desenvolvimento sustentável, dentre outros, de modo que o
orçamento público seja efetivamente mecanismo de limitação de gastos, organização
estatal e representação dos anseios sociais.
De acordo com a Doutrina, o seu objetivo foi a instrumentalização dos princípios
norteadores da administração pública: legalidade, publicidade, moralidade, impessoalidade e
eficiência, a partir de um eixo de quatro premissas básicas: planejamento, transparência,
controle e responsabilização.
Ainda de acordo com a Doutrina, a LRF traz uma mudança de cultura no trato da coisa
pública, mais especificamente do dinheiro púbico. Estabelece normas orientadoras das
finanças públicas no País e rígidas punições aos administradores que não mantiverem
o equilíbrio de suas contas.
A LRF regulamenta parte do artigo 163 e todo o contexto do artigo 169 da Constituição
Federal de 1988 no capítulo relativo às finanças públicas, e ainda estabelece normas
específicas de Contabilidade Pública, conforme previsão em seus artigos 50 e 51.
Em outras palavras, a LRF regulamenta, especificamente, as regras previstas nos artigos
163/169 da CF/1988, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal bem como disciplina outras providências.

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001. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item subsequente, relativo às finanças do


setor público.
A aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal colabora com a organização da gestão das
finanças públicas do setor público brasileiro.

É isso. Vamos ver o início da LRF com grifos nossos:

“Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.”

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Em outras palavras, a LRF regulamenta, especificamente, as regras previstas nos artigos


163 a 169 da CF/1988, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, bem como disciplina outras providências.
Certo.

Obs.: Sugiro que, se possível, após o estudo dessa aula, você dê uma lida na LRF. A leitura
da “Lei seca”, da “letra da Lei” é muito cobrada, especialmente no caso da LRF, em
provas de concurso. O link para ter acesso à LRF é:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm.
Sem dúvida, essa é a melhor fonte de consulta. Ao final do material, apresentamos
também algumas referências que podem servir como outras fontes de consulta, em
caso de dúvida ou necessidade de aprofundamento.
A ideia aqui é comentar os pontos mais importantes da LRF, especialmente os aspectos
mais cobrados, reproduzindo trechos dessa norma nas resoluções de questões. Para acertar
muitas questões, como veremos, basta saber a sua literalidade, sendo indicada a sua revisão
nas vésperas da prova.

Bom, tenha logo em mente que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações
que previnam riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, destacando-se o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização,
como premissas básicas.

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Embora a LRF estabeleça normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na


gestão fiscal, seu objetivo não é revogar nem preencher as lacunas da Lei n. 4.320/1964,
ou seja, a Lei n. 4.320/1964 continua valendo para o ciclo orçamentário, sendo que a LRF
aborda apenas alguns aspectos, como quando acrescenta funções à LOA e, especialmente
à LDO. Guarde, portanto, que a LRF não cumpre a função da vindoura Lei Complementar
que disciplinará todo o § 9º do artigo 165 da CF/1988 e que revogará a Lei n. 4.320/1964.

1.2ABRANGÊNCIA
Em verdade, em termos de abrangência, a LRF estabelece normas de finanças públicas
a serem observados pelos três Poderes nas três esferas de Governo: federal, estadual,
distrital e municipal, voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
No que diz respeito à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão
compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; bem como as respectivas Administrações
diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. Além disso, a
Estados entende-se considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos:
Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de
Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.

A LRF é uma lei federal com efeitos gerais ou nacionais, de modo que inexiste necessidade de
outra lei para dar aplicabilidade a seus dispositivos, assim como também inexiste previsão
de lei no âmbito de qualquer âmbito que venha sobrepor a LRF.

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Repare que a empresa estatal não dependente (ou independente) não faz parte do
campo de aplicação da LRF, já que é autossustentável, não sofrendo as restrições da LRF,
para poder concorrer com a iniciativa privada em igualdade de condições.
Nesse contexto, destaque-se que:
1) uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito
a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
2) uma empresa estatal dependente é uma empresa controlada que recebe do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio
em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária.

DICA
Nem toda empresa estatal controlada é obrigada a cumprir
a LRF, mas toda estatal que segue a LRF é uma estatal
controlada.

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Note que uma estatal pode ser controlada e não receber do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, ou
seja, nesse caso é uma estatal controlada independente.

002. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) A respeito do ciclo orçamentário e das normas legais de


orçamento, julgue o item seguinte.
Para efeito das normas de responsabilidade fiscal, uma empresa estatal pode ser caracterizada
como dependente sem constituir uma empresa controlada.

Conforme dispõe o artigo 2º da LRF, na verdade toda empresa estatal dependente é uma
empresa controlada do ente do qual depende.
Errado.

003. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


item a seguir.
O conceito legal de empresa estatal dependente inclui todas as empresas estatais controladas.

Na verdade, nem todas as empresas controladas são dependentes, apenas as que recebam
do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de
custeio em geral ou de capital. Confira no trecho do artigo 2º da LRF com grifos nossos:

“III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;”

Errado.

1.3. PRESSUPOSTOS
Importante destacar ainda que responsabilidade na gestão fiscal, por sua vez, pressupõe:
• ação planejada e transparente;
• prevenção de riscos e correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas;

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• garantia de equilíbrio nas contas, via cumprimento de metas de resultados entre


receitas e despesas, com limites e condições para a renúncia de receita e a geração
de despesas com pessoal, seguridade, dívida, operações de crédito, concessão de
garantia e inscrição em restos a pagar.

No que diz respeito ao seu amparo constitucional, a Lei de Responsabilidade Fiscal


visa a regulamentar a Constituição Federal, no Título “Da Tributação e do Orçamento”,
cujo Capítulo II estabelece as normas gerais de finanças públicas a serem observadas pelos
três níveis de governo. Em particular, a LRF vem atender à prescrição do artigo 163 da CF
de 1988, cuja redação é a seguinte:

Lei complementar disporá sobre:


I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades
controladas pelo poder público;
III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas
as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

Além disso, a LRF atende ao artigo 169 da Carta Magna, que determina o estabelecimento
de limites para as despesas com pessoal ativo e inativo da União a partir de Lei Complementar.
Um outro dispositivo atendido pela LRF consiste na prescrição do artigo 165, § 9º, II, da
Constituição. De acordo com esse dispositivo:

[…] cabe à lei complementar estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de Fundos.

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A Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu artigo 19, também se entrelaça com o artigo
169 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

LRF: Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados […].
CF/1988: Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

Finalmente, a partir do seu artigo 68, a LRF vem atender à prescrição do artigo 250 da
Constituição de 1988 assegurando:

[…] recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência
social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado
por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei, que disporá sobre a natureza e
administração desse fundo.

1.4. PRINCÍPIOS

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São quatro as vigas mestras que sustêm a LRF em seu audacioso projeto de moralizar
a gestão pública brasileira:
1) Planejamento.
2) Transparência.
3) Controle.
4) Responsabilização.
O planejamento serve para determinar os objetivos a alcançar e as ações a serem
realizadas, compatibilizando-as com os meios disponíveis para a sua execução.
Tenha em mente que o Planejamento em questão diz respeito às metas, aos limites e às
condições para renúncia e arrecadação de receitas e geração de despesas, refletidas nas
peças orçamentárias, ou seja: no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).

DICA
A LRF ocupou o espeço deixado pelas principais normas de
finanças públicas.

Nessa pegada, podemos dizer que, em verdade, o Planejamento é a base do processo


de gestão fiscal, já que é por meio dele que se programará a execução do orçamento,
adequando as ações governamentais ao que fora planejado.
Já a Transparência exige que todos os atos de entidades públicas sejam praticados com
publicidade e com ampla prestação de contas em diversos meios e para isso implica na
divulgação irrestrita dos projetos e dos resultados da administração pública, e para isso cria
novas peças e procedimentos, como o Anexo de Metas Fiscais (AMF), o Anexo de Riscos
Fiscais (ARF), o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de
Gestão Fiscal (RGF), com foco também no uso da internet para essa divulgação.

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No âmbito da Transparência, a LRF prevê ainda a participação popular no orçamento


público, indo além da simples divulgação de dado, buscando dar condições e subsídios à
população, por meio de informações claras e objetivas, para que a sociedade acompanhe
e fiscalize a atividade dos gestores públicos.

Por seu turno, o pilar do Controle diz respeito a um efetivo acompanhamento da


arrecadação e dos gastos públicos, de modo a possibilitar a efetiva correção nas condutas
gerenciais equivocadas dos administradores, gerenciando o risco por meio de ações
fiscalizadoras e de imposição de prazos na gestão de políticas e de procedimentos, que
podem ser de natureza legal, técnica ou de gestão.

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Importante destacar que a LRF, no âmbito do Controle, estabelece diversos mecanismos


de correção de desvios, definindo prazos, formas de adequação e, por último, sanções
institucionais, em caso de descumprimento.
Em verdade, a LRF nos traz um Sistema de Controle Institucional múltiplo que permite
que todos os poderes estejam sujeitos igualmente ao cumprimento de regras e a serem
fiscalizados nesse sentido.
Finalmente, no que diz respeito à Responsabilização, que é a obrigação de prestar
contas e responder por suas ações, a LRF imputa sanções administrativas ao agente e ao
Ente Federado que violar a norma, tais como: o impedimento de receber transferências
voluntárias, a proibição de contratar operações de crédito e prestação de garantias.
Vale destacar que as sanções para condutas, como as que citamos, estão previstas
na Lei n. 10.028/2000, na Lei de Improbidade n. 8.429/1992, dentre outras.
Os principais princípios específicos da LRF, que devem ser utilizados na sua
interpretação, são:
• Planejamento ou ação planejada.
• Transparência na gestão fiscal ou das contas públicas – ação transparente.
• Equilíbrio das contas públicas (a seguir comentado).
• Responsabilidade na gestão fiscal ou dos recursos públicos.
• Cumprimento de metas de resultado.
• Obediência a limites e condições para realização de operações de crédito, inclusive
por antecipação de receita orçamentária.
• Obediência a limites para a dívida consolidada, inclusive para a dívida mobiliária.
• Obediência a limites para despesas com pessoal.

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• Cumprimento de condições para geração de despesas de pessoal.


• Cumprimento de condições para geração de despesas da seguridade social (saúde,
previdência e assistência social).
• Cumprimento de condições para geração de despesas obrigatórias de caráter
continuado.
• Cumprimento de condições para renúncia de receita.

A ideia agora é apresentar os principais aspectos da LRF de modo a facilitar o seu


entendimento quando você fizer a leitura da lei. Registre-se, contudo, que tanto ao longo
da exposição teórica quanto na resolução das questões apresentaremos os trechos da LRF
mais cobrados em provas de concursos públicos.

2. EQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS

Segundo o princípio do equilíbrio orçamentário, o orçamento sempre estará equilibrado,


uma vez que se trata de uma demonstração contábil.

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Diferentemente do equilíbrio orçamentário preconizado pelo princípio do equilíbrio, a Lei


de Responsabilidade Fiscal traz uma nova noção de equilíbrio para as contas públicas: o
equilíbrio das chamadas “contas primárias”, traduzida no Resultado Primário equilibrado.

Significa, em outras palavras, que o equilíbrio a ser buscado é o equilíbrio autossustentável,


ou seja, aquele que prescinde de operações de crédito e, portanto, que não resulta em
aumento da dívida pública.
Esta é a verdadeira tradução do slogan “gastar apenas o que se arrecada” ou, “pay as
you go” como adotado no orçamento americano.
Uma leitura equivocada e apressada da LRF poderia dar margem a você pensar que, a
partir da publicação da LRF, nenhum ente público poderia contratar operações de crédito,
o que não é verdade.
A partir da análise do Capítulo VII da LRF, que trata da dívida e do endividamento público,
sabemos que, nos termos da Resolução n. 40 e da Resolução n. 43, aprovadas pelo Senado
Federal, foram definidos limites para a dívida pública de todos os entes nacionais.

3. PLANEJAMENTO E NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO


No quadro a seguir podemos ver a base legal do processo orçamentário brasileiro com
destaque para a LRF e para Lei n. 4.320/1964.

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3.1. PPA E LDO


Com relação ao PPA, embora o artigo 3º que tratava exclusivamente do PPA tenha
sido vetado, o que deve ser ressaltado pela atuação da LRF é a confirmação, em outros
dispositivos, da condição do PPA como documento de mais alta hierarquia no sistema de
planejamento de qualquer ente público, razão pela qual todos os demais planos e programas
devem subordinar-se às Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) nele estabelecidos.
Amigo (a), neste ponto, chamo a sua atenção para o fato de que a LRF procura aperfeiçoar
a sistemática traçada pela norma constitucional, atribuindo novas e importantes funções
ao Orçamento e à LDO.

Nos termos da LRF, a LDO recebe novas e importantes funções, dentre elas:
1) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas;
2) estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de arrecadação da
receita inferior ao esperado, de modo a NÃO comprometer as metas de resultado primário
e nominal previstas para o exercício;
3) dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas financiados
pelo orçamento;
4) disciplinar as transferências de recursos para entidades públicas e privadas.

004. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com


a Lei de Acesso à Informação, julgue o seguinte item.
Cabe à lei de diretrizes orçamentárias definir limites e condições para a expansão das
despesas obrigatórias de caráter continuado.

Importante informar que, em sua versão original, no inciso III do artigo 4º da LRF, a LDO,
atendendo ao disposto no § 2º do art. 165 da Constituição, a LDO definiria os limites e
condições para expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, entretanto
esse inciso foi vetado pelo Presidente da República:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
III – (VETADO)”

Errado.

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Nesse contexto, é importante destacar que a LRF criou 3 anexos que deverão integrar a
LDO: Anexo de Metas Fiscais (AMF), Anexo de Riscos Fiscais (ARF) e o anexo dos objetivos
das políticas monetária, creditícia e cambial, sendo esse último apenas para a União.
Os dois primeiros anexos são os mais cobrados em prova e serão abordados em tópicos
específicos adiante. Já o anexo com os objetivos das políticas monetária, creditícia e
cambial, engloba parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,
e também as metas de inflação para o exercício subsequente, sendo elaborado apenas
pela União.
Esquematizando, temos:

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3.2. ANEXO DE METAS FISCAIS DA LDO


A LRF veio fortalecer a LDO, especialmente a partir da exigência do Anexo de Metas
Fiscais, onde serão estabelecidas metas anuais em valores correntes e constantes
(expurgados os efeitos da inflação) para um período de três anos. De acordo com o
artigo 4º, § 2º, da LRF, o anexo de metas fiscais deve conter:

I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;


II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política
econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Essas metas correspondem às previsões para receitas e despesas, resultado nominal


e resultado primário, além do montante da dívida pública para o exercício a que se referir
a LDO e os dois seguintes.

005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue a assertiva:


O anexo de metas fiscais, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá integrar o
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), estabelecendo em valores correntes e
constantes a meta para o montante da dívida pública para o exercício a que se referir e
apara os dois seguintes.

Sem dúvida o anexo de metas fiscais, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá
integrar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), estabelecendo em valores
correntes e constantes as metas para o montante da dívida pública para o exercício a que
se referir e apara os dois seguintes (art. 4º, § 1º da LRF).
Certo.

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006. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2018) Acerca da receita e da despesa públicas, bem como de


dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.
A Lei de Responsabilidade Fiscal só trata de metas de resultados para as despesas públicas,
uma vez que as receitas públicas estão fora do controle dos órgãos públicos.

Na verdade, no anexo de metas fiscais devem ser estabelecidas metas anuais para receitas
e despesas. Confira:

Art. 4º – § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em


que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

Errado.

Nota-se que o legislador imputou ao administrador público um esforço maior para a


confecção do seu principal instrumento de planejamento. Além das metas a serem alcançadas,
o Anexo de Metas Fiscais deverá apresentar também uma avaliação do cumprimento das
metas de exercícios anteriores.
Esses resultados pretéritos deverão influenciar na elaboração das novas metas a serem
alcançadas, ainda segundo a Lei, “evidenciando a consistência delas com as premissas e os
objetivos da política econômica nacional”. Entenda-se neste caso como objetivos atuais
da política econômica nacional, o equilíbrio fiscal e o controle do endividamento em todos
os níveis de Governo.
Interessa também ao Anexo de Metas Fiscais apresentar a evolução do patrimônio líquido
dos entes públicos, com especial cuidado quanto à destinação dos recursos originários
das privatizações e alienações de ativos em geral.

Amigo(a), chamo a sua atenção ao fato de que as receitas de alienações de bens não
devem ser somadas ao cálculo da Receita Corrente Líquida, por tratar-se de receitas
de capital, e, igualmente, não serão elas computadas no cálculo do Resultado Primário,
por constituírem receitas de caráter eventual.

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007. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal e do novo


regime fiscal, julgue o item subsequente.
Se um órgão público alienar edifício de sua propriedade, os recursos obtidos com a alienação,
bem como a destinação desses recursos, devem ser demonstrados em anexo próprio da lei
de diretrizes orçamentárias.

Sim, guarde que os recursos gerados na alienação e a sua destinação desses recursos devem
constar no Anexo de Metas Fiscais que estará presente na LDO. Confira na LRF, com grifos
nossos:

Art. 4º § 2º O Anexo conterá, ainda:


III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

Certo.

O Anexo de Metas Fiscais (AMF) incluirá, ainda, a avaliação da situação dos fundos
de caráter previdenciário, utilizados em geral na complementação de aposentadorias,
ou simplesmente usado no pagamento de pensões e serviços médicos utilizados pelos
servidores e seus dependentes. No passado, recursos desses fundos eram utilizados com
frequência para finalidades diversas daquelas previstas em seus estatutos.
Busca a LRF, desta forma, proteger os regimes próprios de previdência, assegurando
a utilização dos seus recursos na finalidade específica e garantindo a sua viabilidade
econômico-financeira.
Guarde ainda que a LRF facultou os municípios com menos de 50 mil habitantes a elaborar
o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias a
partir do quinto exercício seguinte
ao da publicação daquela Lei Complementar, ou seja, esses municípios não foram
definitivamente dispensados de nenhum dos dois anexos.
Por último, o Anexo de Metas Fiscais deverá apresentar as estimativas dos efeitos
de incentivos fiscais ou qualquer tipo de renúncia que importe na perda de receitas
próprias da União, dos Estados ou dos Municípios.
Veja um exemplo hipotético de AMF:

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A apresentação da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter


continuado, definidas nos artigos 16 e 17, torna transparente os objetivos de longo
prazo do administrador público, além da herança que uma administração poderá deixar
para a sucessora.
Certamente que a renúncia fiscal e as despesas de caráter continuado trarão impacto
sobre a Receita Corrente Líquida e sobre o Resultado Primário, e o administrador deverá
observar a coerência entre as ações planejadas e os resultados pretendidos.
Esquematizando o AMF, guarde:

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3.3. ANEXO DE RISCOS FISCAIS DA LDO


O Anexo de Riscos Fiscais, outra inovação da LRF a constar da LDO, destaca aqueles
fatos que poderão impactar nos resultados fiscais (contas públicas) estabelecidos
para o exercício e informando as providências a serem tomadas, caso ocorram. Veja
um exemplo hipotético a seguir:

EXEMPLO

EXEMPLO
Para exemplificar cito as sentenças judiciais, que podem a qualquer momento gerar uma despesa
inesperada se não houver uma reserva para este tipo de contingência. O reconhecimento de
uma despesa potencial corresponderá a um novo elemento a ser avaliado nas metas propostas
no Anexo de Metas Fiscais.

Os riscos fiscais englobam os riscos orçamentários e os riscos da dívida.


Os Riscos Fiscais Orçamentários estão relacionados à possibilidade de que as receitas
e despesas projetadas na elaboração do projeto de lei orçamentária anual não venham a
se confirmar durante o exercício financeiro, enquanto os Riscos Fiscais da Dívida estão
diretamente relacionados às flutuações de variáveis macroeconômicas que impactem o
endividamento público, tais como taxa básica de juros, variação cambial e inflação.

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Para a LDO da União, a LRF determina a definição dos objetivos macroeconômicos


a serem alcançados, deixando clara a metodologia a ser utilizada. Para tanto, em anexo
específico (além dos demais anexos propostos), serão apresentados os parâmetros e
as projeções referentes à arrecadação de tributos, aos gastos com investimentos, às
transferências etc. Além disso, a União deverá apresentar na sua LDO a previsão de inflação
para o exercício seguinte.

008. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Com relação às disposições constantes na LRF a respeito


da lei orçamentária anual (LOA), à lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e ao plano plurianual
(PPA), julgue o item subsecutivo.
Passivos contingentes são despesas que envolvem certo grau de incerteza quanto a sua
efetiva ocorrência. Nesse sentido, a LDO contém o anexo de riscos fiscais, no qual são
avaliados os passivos contingentes e outros riscos fiscais.

Veja o que nos diz o § 3º do artigo 5º da LRF:

§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Bem, tendo em mente a letra da lei, bastava saber que realmente um passivo contingente
envolvem incerteza, já que, em tese, a discursão a seu respeito ainda não acabou.
Certo.

Esquematizando o ARF, temos:

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Guarde a ideia de que a LRF elegeu a LDO como instrumento mais importante para a
obtenção do equilíbrio nas contas públicas, a partir de um conjunto de metas que, após
aprovadas, passam a ser compromisso de governo.

A Lei Complementar – LC n. 200/2023, que instituiu o novo regime fiscal (arcabouço


fiscal) trouxe novos dispositivos para a LRF, ampliando ainda mais as atribuições da LRF.
Assim, a LDO deve apresentar um quadro demonstrativo do cálculo da meta do resultado
primário que evidencie os principais agregados de receitas e despesas, os resultados,
comparando-os com os valores programados para o exercício em curso e os realizados nos
dois exercícios anteriores, e as estimativas para o exercício a que se refere a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e para os subsequentes.
No caso da União, o Anexo de Metas Fiscais deve contemplar:

I – as metas anuais para o exercício a que se referir e para os 3 (três) seguintes, com o objetivo
de garantir sustentabilidade à trajetória da dívida pública;
II – o marco fiscal de médio prazo, com projeções para os principais agregados fiscais que
compõem os cenários de referência, distinguindo-se as despesas primárias das financeiras e as
obrigatórias daquelas discricionárias;

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III – o efeito esperado e a compatibilidade, no período de 10 (dez) anos, do cumprimento das


metas de resultado primário sobre a trajetória de convergência da dívida pública, evidenciando
o nível de resultados fiscais consistentes com a estabilização da Dívida Bruta do Governo Geral
(DBGG) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB);
IV – os intervalos de tolerância para verificação do cumprimento das metas anuais de resultado
primário, convertido em valores correntes, de menos 0,25 p.p. (vinte e cinco centésimos ponto
percentual) e de mais 0,25 p.p. (vinte e cinco centésimos ponto percentual) do PIB previsto no
respectivo projeto de lei de diretrizes orçamentárias;
V – os limites e os parâmetros orçamentários dos Poderes e órgãos autônomos compatíveis com
as disposições estabelecidas na LRF;
VI – a estimativa do impacto fiscal, quando couber, das recomendações resultantes da avaliação
das políticas públicas;

Os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão adotar essas medidas, total ou


parcialmente.
A LDO não pode dispor sobre a exclusão de quaisquer despesas primárias da apuração
da meta de resultado primário dos orçamentos fiscal e da seguridade social.

3.4. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA


Da mesma forma que na LDO, várias alterações também foram introduzidas, pela
LRF, na sistemática de elaboração do orçamento – Lei Orçamentária Anual (LOA). Dentre
as principais, destacam-se:
• O demonstrativo da compatibilidade da programação do orçamento com as metas
da LDO previstas no respectivo Anexo de Metas Fiscais.
• A previsão da reserva de contingência, em percentual da receita corrente líquida,
destinada ao pagamento de restos a pagar e passivos contingentes, além de outros
imprevistos fiscais.
• A LOA deverá apresentar as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual
e respectivas receitas, sendo o refinanciamento da dívida (e suas receitas) demonstrado
de forma separada, tanto na LOA como nas leis de créditos adicionais.
De acordo com o artigo 5º da LRF, a LOA demonstrará que está compatível e adequada
ao Anexo de Metas Fiscais, tendo ainda, por acompanhamento, o demonstrativo de efeitos
sobre as receitas e as despesas decorrentes anistias, isenções, subsídios etc.
Neste caso, a LOA, sendo orientada pela LDO, deve manter os objetivos definidos nesta.
É o que se observa, ainda, na reserva de contingência, que a LDO deverá prever para o
atendimento às despesas previstas no Anexo de Riscos Fiscais.

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009. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Responsabilidade


Fiscal, julgue o item subsecutivo.
O projeto de lei orçamentária deve demonstrar, em anexo próprio, o cumprimento das
metas fiscais estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.

Guarde que O projeto de lei orçamentária deve conter, em anexo próprio, demonstrativo do
cumprimento dos objetivos e metas constantes no Anexo de Metas Fiscais da LDO. Confira:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º; (Art. 4º A lei de
diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º e:§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

Certo.

010. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


item a seguir.
Os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial devem ser apresentados no projeto
da lei orçamentária anual.

Na verdade, o artigo 4º da LRF determina que os objetivos das políticas monetária, creditícia
e cambial devem ser apresentados em anexo específico da LDO e não da LOA. Confira com
grifos nossos:

Art. 4ª A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos
das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para
seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.

Errado.

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Ressalte-se ainda que a dívida pública tem um tratamento especial na LOA. Outro
ponto relevante na execução da LOA é que os pagamentos de sentenças judiciais (os famosos
precatórios) deverão identificar os respectivos beneficiados, de forma a evidenciar a ordem
cronológica da sua ocorrência (visou a inibir aquelas absurdas “furadas” de fila).

Com relação à LOA e aos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos, merece
destaque aqui o fato de que, no caso de uma empresa estatal considerada dependente,
ela participará do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social, mas não participa
do Orçamento de Investimentos, diferentemente das chamadas empresas estatais não
dependentes (independentes) que somente integram o orçamento de investimentos.

4. RESULTADO NOMINAL E RESULTADO PRIMÁRIO


Como vimos, o equilíbrio das contas públicas é a espinha dorsal da LRF. Nesse sentido,
já sabemos que a LRF orienta acerca do equilíbrio entre receitas e despesas, a limitação
de empenho e movimentação financeira, a não geração de despesas consideradas não
autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público e os critérios para criação, expansão
ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa.
Nessa toada, vamos conhecer os conceitos de resultados nominal e primário da LRF.

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Resultado primário: é a diferença entre receitas e despesas primárias, delas excluídos


os juros, receitas financeiras (aplicações), receita de privatizações, encargos e o principal
da dívida pública (pagos e recebidos) etc.
As receitas primárias correspondem ao total das receitas orçamentárias deduzidas as
operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações financeiras e retorno
de operações de crédito ( juros e amortizações), o recebimento de recursos oriundos de
empréstimos concedidos e as receitas de privatizações.
As despesas primárias correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as
despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de títulos de
capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno garantido.

Veja um exemplo com números aleatórios:

Resultado nominal: é a diferença entre todas as receitas arrecadadas e todas as


despesas empenhadas, incluindo os juros e o principal da dívida e ainda acrescentando
as receitas financeiras.

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O Demonstrativo do Resultado Nominal apresenta a apuração do resultado nominal.


Esse demonstrativo integra o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e
deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre.

DICA
O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a
evolução da Dívida Fiscal Líquida.

Bem, com relação ao cumprimento de metas de resultado primário ou nominal, a LRF


orienta a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente.
Visando sempre à responsabilização do titular do Poder ou órgão, no que se refere à
gestão dos recursos e do patrimônio públicos, a regra matriz do cumprimento de metas
de resultado é disciplinada nos artigos 14 e 17 da LRF.
O artigo 14, que trata da renúncia de receita, prevê que a concessão ou ampliação de
incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá
estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em
que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes
orçamentárias e ainda a demonstração, pelo proponente, de que a renúncia foi considerada
na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados
fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentária.

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O cumprimento de metas de resultado pode ser alcançado por meio do monitoramento


constante entre a arrecadação de receitas e o dispêndio de recursos. Assim, deve sempre
ser verificado, ao final de cada bimestre, se a realização da receita comporta a execução
das despesas fixadas, caso contrário, o cumprimento das metas de resultado primário e
nominal estaria comprometido.
Assim, caso seja verificado, ao final de cada bimestre, que a realização da receita
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão,
por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela LDO.

011. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Em relação a controle jurisdicional e atividade financeira


do Estado, julgue o item que se segue.
Mecanismo de controle da atividade financeira do Estado, a verificação bimestral da capacidade
de cumprimento das metas de resultado contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em face
do comportamento da receita, pode levar os Poderes e o Ministério Público a promoverem
contingenciamento das dotações orçamentárias e retenção dos recursos financeiros.

O artigo 9º da LRF determinou as ações a serem tomadas em caso de constatação de que a


receita não será suficiente para cumprir as metas estabelecidas no anexo de metas fiscais.
Vamos dar uma lida no artigo 9º da LRF:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação
e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. (Redação dada pela Lei Complementar n. 177, de 2021)
§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a
limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores
financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)

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Nessa pegada, vemos que a assertiva está plenamente de acordo com a letra da lei.
Certo.

ADPF 708
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO
Julgamento: 04/07/2022
Publicação: 28/09/2022
Ementa
Ementa: Direito constitucional ambiental. Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental. Fundo Clima. Não destinação dos recursos voltados à mitigação das
mudanças climáticas. Inconstitucionalidade. Violação a compromissos internacionais.
1. Trata-se de arguição de descumprimento de preceito fundamental por meio da qual
se alega que a União manteve o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima)
inoperante durante os anos de 2019 e 2020, deixando de destinar vultosos recursos para
o enfrentamento das mudanças climáticas. Pede-se: (i) a retomada do funcionamento do
Fundo; (ii) a decretação do dever da União de alocação de tais recursos e a determinação
de que se abstenha de novas omissões; (iii) a vedação ao contingenciamento de tais
valores, com base no direito constitucional ao meio ambiente saudável. 2. Os documentos
juntados aos autos comprovam a efetiva omissão da União, durante os anos de 2019 e
2020. Demonstram que a não alocação dos recursos constituiu uma decisão deliberada
do Executivo, até que fosse possível alterar a constituição do Comitê Gestor do Fundo,
de modo a controlar as informações e decisões pertinentes à alocação de seus recursos.
A medida se insere em quadro mais amplo de sistêmica supressão ou enfraquecimento
de colegiados da Administração Pública e/ou de redução da participação da sociedade
civil em seu âmbito, com vistas à sua captura. Tais providências já foram consideradas
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal em reiteradas decisões. Nesse sentido:
ADI 6121, Rel. Min. Marco Aurélio (referente à extinção de múltiplos órgãos colegiados);
ADPF 622, Rel. Min. Luís Roberto Barroso (sobre alteração do funcionamento do Conselho
Nacional da Criança e do Adolescente – CONANDA); ADPF 623-MC, Relª. Minª. Rosa Weber
(sobre a mesma problemática no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA);
ADPF 651, Relª. Minª. Cármen Lúcia (pertinente ao Conselho Deliberativo do Fundo
Nacional do Meio Ambiente – FMNA). 3. O funcionamento do Fundo Clima foi retomado
às pressas pelo Executivo, após a propositura da presente ação, liberando-se: (i) a
integralidade dos recursos reembolsáveis para o BNDES; e (ii) parte dos recursos não
reembolsáveis, para o Projeto Lixão Zero, do governo de Rondônia. Parcela remanescente

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dos recursos não reembolsáveis foi mantida retida, por contingenciamento alegadamente
determinado pelo Ministério da Economia. 4. Dever constitucional, supralegal e legal
da União e dos representantes eleitos, de proteger o meio ambiente e de combater
as mudanças climáticas. A questão, portanto, tem natureza jurídica vinculante, não se
tratando de livre escolha política. Determinação de que se abstenham de omissões na
operacionalização do Fundo Clima e na destinação dos seus recursos. Inteligência dos
arts. 225 e 5º, § 2º, da Constituição Federal (CF). 5. Vedação ao contingenciamento dos
valores do Fundo Clima, em razão: (i) do grave contexto em que se encontra a situação
ambiental brasileira, que guarda estrita relação de dependência com o núcleo essencial
de múltiplos direitos fundamentais; (ii) de tais valores se vincularem a despesa objeto
de deliberação do Legislativo, voltada ao cumprimento de obrigação constitucional
e legal, com destinação específica. Inteligência do art. 2º, da CF e do art. 9º, § 2º, da
Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000 (LRF). Precedente: ADPF 347-MC, Rel.
Min. Marco Aurélio. 6. Pedido julgado procedente para: (i) reconhecer a omissão da
União, em razão da não alocação integral dos recursos do Fundo Clima referentes
a 2019; (ii) determinar à União que se abstenha de se omitir em fazer funcionar
o Fundo Clima ou em destinar seus recursos; (iii) vedar o contingenciamento das
receitas que integram o Fundo. 7. Tese: O Poder Executivo tem o dever constitucional
de fazer funcionar e alocar anualmente os recursos do Fundo Clima, para fins de
mitigação das mudanças climáticas, estando vedado seu contingenciamento, em
razão do dever constitucional de tutela ao meio ambiente (CF, art. 225), de direitos
e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil (CF, art. 5º, § 2º), bem como do
princípio constitucional da separação dos poderes (CF, art. 2º, c/c o art. 9º, § 2º, LRF).

Amigo (a), chamo a sua atenção para o fato de que o cumprimento das metas de
resultado primário e nominal é demonstrado no Anexo de Metas Fiscais.
De acordo com o estabelecido na LRF, os Poderes e o Ministério Público promoverão,
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Pode-se observar que a essência da LRF (em termos de resultado) são
as metas de resultado primário e nominal.

5. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E CUMPRIMENTO DE METAS


De acordo com o artigo 8º da LRF, até trinta dias após a publicação dos orçamentos (da
LOA), nos termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

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012. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira e


orçamentária, julgue o item seguinte.
A verificação do cumprimento das metas fiscais durante o exercício financeiro depende
da programação financeira.

Guarde que de acordo com a LRF a programação financeira serve para verificar o cumprimento
das metas fiscais, podendo, inclusive, gerar limitação de empenho. Confira, com grifos nossos:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira.

Certo.

Importante destacar que, em atendimento ao artigo 8º parágrafo único da LRF, aqueles recursos
legalmente vinculados à finalidade específica deverão ser utilizados exclusivamente para atender
ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

013. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


É vedada a utilização de recursos em finalidade distinta da especificada pelo código de
fonte de recursos.

Guarde que existindo um recurso vinculado a uma finalidade específica, não pode se dar
outra destinação. Confira LRF:

Art. 8 Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão


utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício
diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Certo.

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No que diz respeito aos precatórios, a LRF em seu artigo 10 dispõe que:

[…] a execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças


judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância
da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.

Por sua vez, o artigo 13º da LRF determina que o Poder Executivo deve, até trinta dias
após a publicação do orçamento anual, efetuar o desdobramento das receitas em metas
bimestrais de arrecadação, informando quais medidas serão adotadas para o combate
à sonegação, na cobrança da dívida ativa e referente aos créditos executáveis pela via
administrativa.

Ressalte-se a importância dessa medida, uma vez que tais metas bimestrais de receita
servirão de parâmetro para a limitação de empenho e movimentação financeira.

Falando em limitação de empenho e movimentação financeira, o artigo 9º, caput, da


LRF dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no
anexo de metas fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela LDO.

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Por seu turno, o artigo 31, § 1º, II, da LRF determina que limitação de empenho também
será promovida pelo ente que ultrapassar o limite para a dívida consolidada, para que
obtenha o resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite.
Seguindo essa linha de raciocínio, caso aconteça uma frustração da receita estimada
no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira,
com o objetivo de obter os resultados previstos na LDO e impedir assumir compromissos
sem respaldo financeiro.

JURISPRUDÊNCIA
Em função de decisão do STF, tomada em setembro de 2020, em sede da ADIN 2238,
atualmente o Poder Executivo não pode limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o
Ministério Público caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput
do artigo 9º, ou seja, existe a limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio e não pelo executivo.
Essa decisão do STF, que julgou como inconstitucional o § 3º do artigo 9º da LRF foi
baseada na ideia de que esse dispositivo feria o Princípio da Separação dos Poderes.

Importante destacar que a LRF, em seu artigo 9º, § 2º, apresenta despesas que não
podem sofrer a limitação de empenho, que é o caso das despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da
dívida, além daquelas ressalvadas pela LDO. Lembre-se de que a LC 177, de 12/01/2021
também incluiu nesse rol as relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e
tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade.
Ainda sobre esse tema, a LRF, em seu artigo 9º, § 1º, dispõe que caso ocorra o
restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados ocorrerá de forma proporcional às reduções efetivadas.
Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 65 da LRF, em situações extremas,
como estado de defesa e/ou de sítio, decretado na forma da Constituição, ou na ocorrência
de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas
Assembleias Legislativas, na hipótese dos estados e municípios, enquanto perdurar a
situação serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho
prevista no art. 9º dessa norma.

6. RECEITA PÚBLICA
No âmbito da Receita Pública, a LRF nos diz ser requisito essencial da responsabilidade
na gestão fiscal, a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos
da competência constitucional do Ente.

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Fica proibida a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal
determinação no que se refere aos impostos, ou seja, a vedação quanto às transferências
voluntárias se refere apenas aos impostos e não aos tributos, não alcançando, entretanto,
as transferências voluntárias destinadas às ações nas áreas de assistência social, saúde
e educação.

014. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Responsabilidade


Fiscal, julgue o item subsecutivo.
O município que deixar de arrecadar parcela do imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana ficará proibido de receber transferências voluntárias da União.

Vamos ler o artigo 11 da LRF, com grifos nossos:

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,


previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da
Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe
o disposto no caput, no que se refere aos impostos.

Perceba, portanto, que a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos


da competência constitucional do ente são requisitos essenciais da responsabilidade na
gestão fiscal, mas a sanção de vedação de recebimento de transferências voluntárias
aplica-se somente ao ente que deixar de prever, instituir e arrecadar impostos.
Note que o CESPE não levou em consideração a exceção prevista no artigo 25, parágrafo
3º, da LRF. Confira:

§ 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes


desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência
social.

Assim, a afirmativa ficaria mais adequada se tivesse escrito “poderá ficar suspenso”, já que
há possibilidade de receber, mesmo o município não arrecadando o Imposto mencionado
na assertiva.
Certo.

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No que tange às previsões de receitas, a LRF em seu artigo 12 assim dispõe:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.

Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 13 da LRF, as receitas previstas serão
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a
especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação,
da quantidade e dos valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como
da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.

6.1. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)


A Receita Corrente Líquida (RCL) representa o total das receitas correntes, diminuídas
de algumas receitas estabelecidas pela própria LRF. Veja um exemplo hipotético:

EXEMPLO

A RCL constitui parâmetro para quase todos os cálculos relacionados à execução


orçamentária, elaboração de relatórios e adequação dos poderes e órgãos aos limites
estabelecidos pela norma, como no cálculo do limite para as despesas de pessoal, dívida
pública, operações de crédito e concessão de garantia.
Aí eu sei que você deve estar doido(a) para me perguntar:

Professor, e como se apura a receita corrente líquida?”

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— Amigo (a), a RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em


referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (art. 2º, § 3º, da LRF).
Em outras palavras: a RCL corresponde ao somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências
correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
Na União: os valores transferidos aos estados e municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea “a” do inciso I e no inciso II do art. 195
(relacionadas à seguridade social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP).
Nos estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.
Na União, nos estados e nos municípios: a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas
previdenciários).
No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União decorrentes da
competência da própria União para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério
Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; organizar
e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do DF, bem como
prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo
próprio; e, ainda, despesas da União com servidores de ex territórios Amapá e de Roraima.
Dessa forma, no DF, Amapá e Roraima existem deduções especiais, quais sejam:
1 – Recursos transferidos pela União decorrentes da competência da própria União
para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e
dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios.
2 – Gastos da União para organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
3 – Despesas da União com servidores de ex territórios Amapá e de Roraima.
Importante destacar que que devem ser computados no cálculo da RCL dos Estados
e DF os valores recebidos em decorrência da Lei Complementar n. 87/1996 – Lei Kandir.
A Lei Kandir, como é conhecida a Lei Complementar n. 87/1996, prevê a isenção do
pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações
de produtos primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços. Dessa forma, a
Lei Kandir nada mais é do que uma medida de isenção fiscal tem o objetivo de dar maior
competitividade ao produto brasileiro no mercado internacional.
Por conta da desoneração deste tributo de competência estadual, a lei sempre provocou
polêmica entre os governadores e exportadores, que alegam perda de arrecadação devido
à isenção do imposto nesses produtos. Para compensar as perdas, a Lei Kandir obrigou

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a União a incluir na lei orçamentária anual, recursos específicos para ressarcir os cofres
estaduais, conhecido como seguro receita.
Mesmo com a “chiada” dos Governadores, a LRF entendeu que devem ser computados no
cálculo da RCL os valores recebidos PELOS ESTADOS em decorrência da Lei Complementar
n. 87/1996 – Lei Kandir.
Repito que a RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em
referência e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades. Assim, a apuração da RCL é
feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o ano civil
e que o mês de referência, ou atual, é o mês imediatamente anterior àquele em que a
receita corrente líquida estiver sendo apurada (art. 6º, Parágrafo único, da Portaria
STN n. 589/01).

EXEMPLO
Se a RCL estiver sendo apurada em dezembro, o mês de referência será novembro do mesmo
ano e assim por diante.

Lembre-se de que as receitas correntes são, via de regra, aquelas provenientes de


arrecadações de tributos, contribuições, de aluguéis de prédios públicos, serviços, e de
alguma outra atividade estatal, ou seja, são as receitas operacionais arrecadadas de forma
contínua e “quase” permanentes.

015. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal,


julgue o item a seguir.
As transferências recebidas de outros entes não integram a receita corrente líquida.

Na verdade, as transferências correntes recebidas de outros entes integram SIM a


receita corrente líquida. Confira a maneira correta de calcular a RCL no inciso IV do artigo
2º da LRF, com grifos nossos:

IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,


industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, deduzidos[…]

Errado.

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Dessa maneira, a LRF, por meio do conceito de RCL, separou as receitas disponíveis a cada
um dos entes daquelas que eles não têm autonomia para gerenciar, de modo a evitar que
o ente faça cálculos e determine percentuais em cima de receitas brutas, que na verdade
não estejam realmente disponíveis.

O MANUAL DE DEMONSTRATIVOS FISCAIS (MDF) trouxe algumas novidades em relação


ao Demonstrativo da Receita Corrente Líquida (RCL) no que diz respeito às deduções
da Receitas para fins de cálculo da RCL.

Assim, de acordo com a nova forma de cálculo trazida pelo novo MDF, na UNIÃO as
deduções passam a ser as seguintes:
a) valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal;
b) contribuições sociais para a seguridade social do trabalhador e dos demais segurados
da previdência social;
c) contribuições sociais para a seguridade social do empregador, da empresa e da
entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
d) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência;
e) arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS)
e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP);
f) as receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de
previdência, na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas
estejam adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem. Quando
a compensação for entre o Regime Próprio de Previdência do Servidor e o Regime Geral de
Previdência Social, essa receita deverá ser computada como intraorçamentária.

DICA
Para o cálculo da RCL da União, não se aplica a dedução
das Transferências obrigatórias relativas às emendas
individuais e de bancada, não havendo o conceito de RCL
ajustada para o cálculo dos limites de endividamento e
da despesa com pessoal, por ser a própria União o ente
transferidor dos recursos.
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Vamos agora ver como fica o cálculo da RCL para os Estados trazida pelo novo MDF.
Importante destacar que para os Estados, DF e Municípios não se aplicam as Contribuições
do Empregador e Trabalhadores para a Seguridade Social, pois se referem às contribuições
para o RGPS, exclusivo da União. Também não se aplicam às Contribuições para PIS/PASEP.
Para os Estados, nas parcelas entregues aos municípios por determinação constitucional
ou legal, serão consideradas as transferências constitucionais ou legais entre entes, de modo
a identificar a receita que efetivamente pertence a cada ente, ou seja, são consideradas
apenas as transferências que tratam de repartição de receita tributária. Nesse contexto, estão
inseridas as repartições da arrecadação do ICMS, do IPVA, bem como das receitas provenientes
da Lei Complementar n. 61/1989, que dispõe sobre o IPI, e da Lei Complementar n. 87/1996
(Lei Kandir). Serão computados, ainda, os valores pagos e recebidos em decorrência do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB), estabelecido no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
De acordo com a nova forma de cálculo para os Estados, as deduções passam a ser
as seguintes:
a) as parcelas entregues aos Municípios, por determinação constitucional ou legal;
b) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência;
c) as receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de previdência,
na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade
privada, rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas estejam
adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem.
Registre-se que devem ser computados, os valores pagos e recebidos em decorrência
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB), estabelecido no art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
Na RCL dos Estados do Amapá e de Roraima, não serão considerados os recursos
recebidos para atendimento das despesas com pessoal a cargo da União prevista nos incisos
XIII e XIV do art. 21 da Constituição e no art. 31 da Emenda Constitucional n. 19.
Vamos agora ver como fica o cálculo da RCL para os Municípios trazida pelo novo MDF.
Note que as Transferências Constitucionais e Legais não se aplicam aos municípios,
pois esses não possuem transferências para União ou Estados, nem as Contribuições para
o Custeio de Pensões Militares, visto que não possuem força militar.
De acordo com a nova forma de cálculo para os Municípios, as deduções passam a
ser as seguintes:
a) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência;
b) as receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de
previdência, na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas
estejam adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem.

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No caso do DF temos particularidades inerente ao fato de que esse ente tem


competências tributárias de Estado e de Município e que na RCL do Distrito Federal, não
serão considerados os recursos recebidos para atendimento das despesas com pessoal
a cargo da União prevista nos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e no art. 31 da
Emenda Constitucional n. 19.

6.2. RENÚNCIA DE RECEITA


A concessão indiscriminada dos chamados “incentivos fiscais” (principal arma usada
na chamada “guerra fiscal”) é prática danosa às finanças de qualquer Ente público, e deve
estar sujeita a regras disciplinadoras.
De acordo com o artigo 14, § 1º, da LRF, a renúncia de receitas compreende anistia,
remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração
de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos
ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
A partir da vigência da LRF, tais iniciativas deverão atender, não só ao que dispuser a
LDO, mas também aos seguintes requisitos:
• Estimar o impacto orçamentário financeiro no exercício inicial de sua vigência e nos
dois seguintes.
• Demonstrar que a renúncia delas decorrente foi considerada ao se estimar a receita
do orçamento e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na LDO.
• Prever medidas de compensação nos três exercícios já referidos, podendo ser por
meio de: elevação de alíquota, ampliação da base de cálculo ou novos tributos ou
contribuições, sendo que nos dois últimos casos o benefício só entrará em vigor após
a ocorrência do aumento da receita.

016. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus preceitos,


julgue o item.
Isenções e anistias financeiras podem ser concedidas pela União, desde que seus efeitos
sejam apresentados em demonstrativos que acompanhem o projeto de lei orçamentária
submetido à apreciação legislativa.

De acordo com a LRF, isenções e anistias são tipos de renúncia de receita. Veja:

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Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.

Nessa toada, o inciso II do art. 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal confirma o que nos diz
a assertiva. Confira com grifos nossos:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;
II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como
das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias
de caráter continuado;

Certo.

Essas medidas deverão observar, ainda, o princípio da anterioridade, nos termos do


Código Tributário Nacional. Guarde que estão isentos das restrições anteriores apenas
os cancelamentos de débitos em valor inferior aos seus custos de cobrança, assim como
às alterações das alíquotas dos tributos de natureza extrafiscal (II, IE, IPI, IOF).

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Ainda a respeito da renúncia de receitas, lembre-se que, de acordo com artigo 5º, II,
da LRF, o projeto de LOA, elaborado de forma compatível com o PPA e com a LDO será
acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e
ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.

O artigo 4º da EC – 109/2021, de 15/03/2021, trata sobre plano de redução gradual de


incentivos e benefícios federais de natureza tributária. Embora não tenha alterado o texto
da CF/1988, trouxe comandos sobre a renúncia de receita.

Vamos ler juntos:

Art. 4º O Presidente da República deve encaminhar ao Congresso Nacional, em até 6 (seis) meses
após a promulgação desta Emenda Constitucional, plano de redução gradual de incentivos e
benefícios federais de natureza tributária, acompanhado das correspondentes proposições
legislativas e das estimativas dos respectivos impactos orçamentários e financeiros.

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Note que esse plano de redução gradual de incentivos fiscais e benefícios federais
de natureza tributária certamente trará impacto sobre os artigos da LRF que tratam da
renúncia de receitas.

7. DESPESA PÚBLICA – PARTE I

7.1. GERAÇÃO DA DESPESA


Podemos entender geração de despesa como aquele aumento de despesa por meio
de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental.

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A regra básica da LRF para todo e qualquer aumento de despesa pode ser assim traduzida:
toda e qualquer despesa que não esteja acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro nos três primeiros exercícios de sua vigência, da sua adequação (declarada pelo
Ordenador da despesa) orçamentária e financeira com a LOA, e compatibilidade com o
PPA e a LDO e, no caso de despesa obrigatória de caráter continuado, de suas medidas
compensatórias, é considerada não autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público.

017. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Responsabilidade


Fiscal, julgue o item subsecutivo.
Caso decida expandir a ação governamental sob sua responsabilidade, o gestor poderá
empenhar as despesas relacionadas à expansão, mas a liquidação e o pagamento dessas
despesas somente poderão ser realizados depois da apresentação da estimativa de impacto
orçamentário e financeiro e da declaração de compatibilidade das despesas.

Guarde que o empenho, a liquidação e o pagamento das despesas somente poderão ser
realizados depois da apresentação da estimativa de impacto orçamentário e financeiro
e da declaração de compatibilidade das despesas, e não somente a liquidação e o
pagamento, como consta na assertiva. Confira o artigo 16, incisos I e II e seu § 4º da LRF:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.

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§ 4º As normas do caput constituem condição prévia para:


I – empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras;
II – desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3º do art. 182 da Constituição.

Errado.

Note que a despesa precisa estar adequada à LOA e compatível com o PPA e a LDO.
Cuidado com um eventual trocadilho de palavras.

Uma despesa é adequada à LOA quando dispõe de dotação específica e suficiente,


ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas todas as despesas
da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
Podemos dizer que uma despesa é compatível com PPA e LDO quando está de acordo
com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas neles previstos e não contrarie suas
disposições.
Essa norma é condição prévia, não só para a aquisição de bens, serviços e obras, como
também para a desapropriação de imóveis urbanos, que, de acordo com a Constituição,
deverá ser paga em dinheiro.

7.2. DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO (DOCC)


A Despesa Obrigatória de Caráter Continuado (DOCC) é a despesa corrente derivada
de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação
legal de sua execução por um período superior a dois exercícios financeiros.

DICA
A LRF considerou que as DOCCs são despesas com maior
potencial ofensivo ao equilíbrio das contas públicas. Logo,
devem ser objeto de maior rigor para serem contraídas.

A despesa obrigatória de caráter continuado é a despesa corrente:


• derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo; e
• geradora de obrigação legal de sua execução por um período superior a dois
exercícios.

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Guarde esses 5 pontos relevantes para que seja possível a criação ou aumento das DOCCs:
1) Os atos que criarem ou aumentarem despesa deverão ser instruídos com a estimativa
prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
2) O ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada
não afetará as metas de resultados fiscais, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos
seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente
de despesa.
3) Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
4) A comprovação referida no item 3, apresentada pelo proponente, conterá as premissas
e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa
com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
5) A DOCC não será executada antes da implementação das medidas referidas no item
2, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.
Ao se criar uma despesa obrigatória de caráter continuado, o poder público deverá
inserir no ato de sua criação, comprovação de que a despesa criada ou aumentada não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais, devendo seus
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente
de receita ou pela redução permanente de despesa.
Essa comprovação anteriormente mencionada será efetivada mediante demonstração
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo da compatibilidade da
despesa com as demais regras do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
Por sua vez, o aumento permanente de receita é o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
A despesa de caráter continuado não poderá ser executada antes da comprovação de que
esse gasto não afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais.

018. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2018) Acerca da receita e da despesa públicas, bem como de


dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Um órgão público executa regularmente determinada despesa corrente,
que foi fixada por obrigação legal por um período superior a dois exercícios.
Assertiva: Nessa situação, essa despesa só poderá ser aumentada se a estimativa do
impacto orçamentário e financeiro do aumento for calculada e demonstrada, além de ser
comprovada a origem dos recursos para o seu custeio.

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Atente ao fato de que uma despesa corrente fixada por obrigação legal por um período
superior a dois exercícios configura uma Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
(DOCC). As DOCC devem cumprir alguns requisitos dispostos no artigo 17 da LRF. Confira:

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal
de sua execução por um período superior a dois exercícios.
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com
a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.

Certo.

Observe que já listamos uma série de vedações impostas pela LRF aos Gestores Públicos
no intuito de torná-los responsáveis. Essa é a idéia da LRF.

A geração de despesa de caráter continuado destinada ao serviço da dívida e ao reajustamento


de remuneração ou subsídio dos servidores públicos dispensa a demonstração da
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor
e nos dois subsequentes.

Importante destacar que, no que diz respeito ao reajustamento de remuneração ou


subsídio dos servidores público anteriormente excepcionada, estamos falando apenas daquela
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos
servidores e do subsídio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, de Ministros
de Estado e de Secretários Estaduais e Municipais, que é uma revisão para apenas manter
o poder de compra.
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Dessa forma, guarde que os reajustes para aumentar o poder aquisitivo, como os que
ocorrem em percentuais acima da inflação do período, devem seguir as regras da LRF.

DICA
Também considera-se aumento de despesa a prorrogação
daquela despesa criada por prazo determinado.

Importante destacar que a LC n. 176, publicada em 29/12/2020, que tratou principalmente


das transferências obrigatórias da União para os Estados, DF e Municípios, também alterou
os parágrafos do artigo 17 da LRF, que trata da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
(DOCC) que passou a ter a redação seguinte. Confira com grifos nossos, confira a nova
redação desse dispositivo:

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios. (Vide ADI 6357)
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos
com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para
seu custeio. (Vide Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que
a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no
anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes,
ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de
despesa. (Vide Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição. (Vide Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 4º A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo proponente, conterá as premissas
e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa
com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. (Vide Lei
Complementar n. 176, de 2020)
§ 5º A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das
medidas referidas no § 2º, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. (Vide
Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 6º O disposto no § 1º não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao
reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.
§ 7º Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

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7.3. A REGRA DE OURO

Segundo o artigo 167, III, da Constituição Federal:

É vedada a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital, ressalvadas


as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Esse comando constitucional traz a chamada “regra de ouro”, que pretende dificultar
a contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o Ente tome
dinheiro emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou outros gastos de
custeio, ou seja, o endividamento público deve ser vinculado à realização de investimentos
e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços.
Veja a literalidade do § 2º artigo 12 da LRF que reforça a regra de ouro, julgado
constitucional pelo STF na ADIN 2.238-5:

§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior
ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.

A “regra de ouro”, prevista na CF/1988, previu exceção, mas pela redação da LRF, não são
admitidas exceções.

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A “regra de ouro”, prevista na CF/1988, que visa a coibir o financiamento, via operação de
crédito, de despesas correntes, era matéria orçamentária, ou seja, o limite das operações
de crédito é o montante das despesas de capital previsto na lei orçamentária anual, mas
após a LRF passou a ser também matéria financeira.

O cumprimento do limite a que se refere o inciso III, do artigo 167 da Constituição,


deverá ser comprovado mediante apuração das operações de crédito e das despesas de
capital conforme os critérios definidos no artigo 32, § 3º, da LRF, que determina:

§ 3º Para fins do disposto no inciso V do § 1º, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total
dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas,
observado o seguinte:
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou
financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo
de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição
financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas
de capital;

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Verificar-se-ão, separadamente, o exercício anterior e o exercício corrente, tomando-


se por base:
1) no exercício anterior, as receitas de operações de crédito nele realizadas e as despesas
de capital nele executadas; e
2) no exercício corrente, as receitas de operações de crédito e as despesas de capital
constantes da lei orçamentária.
Não serão computadas como despesas de capital para esta finalidade:
1) o montante referente às despesas realizadas, ou constantes da lei orçamentária,
conforme o caso, em cumprimento da devolução a que se refere o art. 33 da Lei Complementar
n. 101, de 2000, transcrito a seguir:

Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto
quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação
atende às condições e limites estabelecidos.
§ 1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada nula,
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento
de juros e demais encargos financeiros.
§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada
reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte.
§ 3º Enquanto não for efetuado o cancelamento ou a amortização ou constituída a reserva
de que trata o § 2º, aplicam-se ao ente as restrições previstas no § 3º do art. 23. (Redação
dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021)
§ 4º Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o
disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3º do art. 32.

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2) as despesas realizadas e as previstas que representem empréstimo ou financiamento


a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de
competência do ente da Federação, se resultar na diminuição, direta ou indireta, do
ônus deste; e
3) as despesas realizadas e as previstas que representem inversões financeiras na
forma de participação acionária em empresas que não sejam controladas, direta ou
indiretamente, pela União ou pelos demais entes da Federação, excetuando-se aquelas
decorrentes da participação em organismos financeiros internacionais.
As receitas das operações de crédito efetuadas no contexto da gestão da dívida pública
mobiliária federal somente serão consideradas no exercício financeiro em que for realizada
a respectiva despesa.
As operações de antecipação de receitas orçamentárias não serão computadas para os
fins de cumprimento da regra de ouro, desde que liquidadas no mesmo exercício em que
forem contratadas.
Aqui, além de as empresas controladas não dependentes (independentes) não
integrarem o orçamento, cabe o comentário de que a contabilidade empresarial, que é
utilizada pelas sociedades de economia mista, se sociedade anônima, obrigatoriamente,
por força da Lei n. 6.404 e empresas públicas, não apresenta a dicotomia, própria da
administração pública, entre despesas de capital e despesas correntes.
Aliás, admitir-se que a “regra de ouro” alcança as estatais não dependentes levaria a
uma situação no mínimo esdrúxula: a administração direta, pela exceção constante do
art. 167, III, pode, presente autorização orçamentária excepcional, realizar operações de
crédito além do montante das despesas de capital. Às estatais não dependentes, por não
serem, de modo algum, objeto de legislação orçamentária, o impedimento seria absoluto.
Por outro lado, como as receitas e despesas das controladas não dependentes
(independentes) não integram o orçamento do ente político, não há como onerar o
limite de operações de crédito deste com as operações daquelas.

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RESUMO

Com relação à sua abrangência, guarde que estão obrigados a cumprir os dispositivos da
LRF os órgãos, autarquias, fundações, entidades de todos os entes federativos e empresas
estatais dependentes (que recebem recursos do ente para pagamento dos gastos com
pessoal ou custeio), com exceção apenas das empresas estatais independentes. Visualize:

Os principais Princípios inerentes à LRF são o Equilíbrio entre despesas e receitas, a


Responsabilidade fiscal, a Limitação de empenho (sendo necessário avaliar bimestralmente
a arrecadação e impedir a realização de despesas caso a arrecadação for menor que o
previsto), Antecipação, Transparência e a Exatidão (as previsões de receitas devem ser
calculadas com base em métodos científicos e próximas da realidade).

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O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:

A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios
e formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos. Os seus 2
Anexos são o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.

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Já à LOA deve conter o Demonstrativo da compatibilidade da programação dos


orçamentos com os objetivos e metas do Anexo de Metas Fiscais, o Demonstrativo
regionalizado do efeito das renúncias de receitas, bem como medidas de compensação e a
Reserva de contingência, obtida com base na receita corrente líquida, para o atendimento
a passivos contingentes e outros riscos fiscais imprevistos.

Amigo(a): Guarde que a receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades
(portanto pode exceder um exercício financeiro).
Importante ter em mente que após a publicação dos orçamentos, o Executivo tem 30
dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execução mensal.
Caso seja verificado ao final de um bimestre que a realização da receita não cumprirá as
metas de resultado definidas no Anexo de Metas, os Poderes e o MP deverão fazer a limitação
de empenho nos 30 dias subsequentes. Entretanto, se, porventura, os Poderes e o MP não
fizerem tal limitação no prazo, o próprio Executivo é autorizado a limitar tais valores.
A LRF também determinou que as renúncias de receitas devem ser acompanhadas de
estimativa do impacto financeiro no exercício e nos 2 seguintes. Além disso, deve atender
a pelo menos uma dessas condições:
1) Demonstração de que tal renúncia foi considerada na estimativa de receita da LOA;

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2) Medidas de compensação, por meio do aumento de receita (elevação de alíquotas,


ampliação da base de cálculo, majoração de tributos etc.).
Atenção aos Anexos citados na LRF:
Anexo de Metas Fiscais: avaliação do cumprimento das metas do ano anterior,
demonstrativo das metas anuais, evolução do patrimônio líquido nos últimos 3 exercícios,
avaliação da situação financeira e demonstrativo de estimativa e compensação de renúncia
de receita.
Anexo de Riscos Fiscais: são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes
de afetar as contas públicas.
Veja como se classificam as despesas na LRF:

Agora confira os principais pontos relativos às DOCCs:

A LRF definiu e deu grande importância à gestão da chamada Despesa de caráter


continuado, que é aquela que fixa despesas por um período superior a 2 exercícios, obrigando
que estejam acompanhadas da estimativa do impacto financeiro e do demonstrativo da
origem dos recursos para o seu custeio. Deve ser acompanhada de comprovação de que não
afetará o cumprimento das metas fiscais, devendo seus efeitos financeiros ser compensados
pelo aumento da receita nos períodos seguintes.
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A seguir um fluxograma resumindo o processo orçamentário e de prestação de contas


trazido pela LRF:

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MAPAS MENTAIS

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item subsequente, relativo às finanças do


setor público.
A aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal colabora com a organização da gestão das
finanças públicas do setor público brasileiro.

002. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) A respeito do ciclo orçamentário e das normas legais de


orçamento, julgue o item seguinte.
Para efeito das normas de responsabilidade fiscal, uma empresa estatal pode ser caracterizada
como dependente sem constituir uma empresa controlada.

003. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


item a seguir.
O conceito legal de empresa estatal dependente inclui todas as empresas estatais controladas.

004. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com


a Lei de Acesso à Informação, julgue o seguinte item.
Cabe à lei de diretrizes orçamentárias definir limites e condições para a expansão das
despesas obrigatórias de caráter continuado.

005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue a assertiva:


O anexo de metas fiscais, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá integrar o
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), estabelecendo em valores correntes e
constantes a meta para o montante da dívida pública para o exercício a que se referir e
apara os dois seguintes.

006. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2018) Acerca da receita e da despesa públicas, bem como de


dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.
A Lei de Responsabilidade Fiscal só trata de metas de resultados para as despesas públicas,
uma vez que as receitas públicas estão fora do controle dos órgãos públicos.

007. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal e do novo


regime fiscal, julgue o item subsequente.
Se um órgão público alienar edifício de sua propriedade, os recursos obtidos com a alienação,
bem como a destinação desses recursos, devem ser demonstrados em anexo próprio da lei
de diretrizes orçamentárias.

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008. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Com relação às disposições constantes na LRF a respeito


da lei orçamentária anual (LOA), à lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e ao plano plurianual
(PPA), julgue o item subsecutivo.
Passivos contingentes são despesas que envolvem certo grau de incerteza quanto a sua
efetiva ocorrência. Nesse sentido, a LDO contém o anexo de riscos fiscais, no qual são
avaliados os passivos contingentes e outros riscos fiscais.

009. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Responsabilidade


Fiscal, julgue o item subsecutivo.
O projeto de lei orçamentária deve demonstrar, em anexo próprio, o cumprimento das
metas fiscais estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.

010. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


item a seguir.
Os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial devem ser apresentados no projeto
da lei orçamentária anual.

011. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Em relação a controle jurisdicional e atividade financeira


do Estado, julgue o item que se segue.
Mecanismo de controle da atividade financeira do Estado, a verificação bimestral da capacidade
de cumprimento das metas de resultado contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em face
do comportamento da receita, pode levar os Poderes e o Ministério Público a promoverem
contingenciamento das dotações orçamentárias e retenção dos recursos financeiros.

012. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação às técnicas de execução financeira e


orçamentária, julgue o item seguinte.
A verificação do cumprimento das metas fiscais durante o exercício financeiro depende
da programação financeira.

013. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo a receita e despesa públicas.


É vedada a utilização de recursos em finalidade distinta da especificada pelo código de
fonte de recursos.

014. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Responsabilidade


Fiscal, julgue o item subsecutivo.
O município que deixar de arrecadar parcela do imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana ficará proibido de receber transferências voluntárias da União.

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015. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal,


julgue o item a seguir.
As transferências recebidas de outros entes não integram a receita corrente líquida.

016. (CESPE/IPHAN/AUXILIAR/2018) Em relação ao orçamento público e seus preceitos,


julgue o item.
Isenções e anistias financeiras podem ser concedidas pela União, desde que seus efeitos
sejam apresentados em demonstrativos que acompanhem o projeto de lei orçamentária
submetido à apreciação legislativa.

017. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Em relação às disposições da Lei de Responsabilidade


Fiscal, julgue o item subsecutivo.
Caso decida expandir a ação governamental sob sua responsabilidade, o gestor poderá
empenhar as despesas relacionadas à expansão, mas a liquidação e o pagamento dessas
despesas somente poderão ser realizados depois da apresentação da estimativa de impacto
orçamentário e financeiro e da declaração de compatibilidade das despesas.

018. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2018) Acerca da receita e da despesa públicas, bem como de


dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Um órgão público executa regularmente determinada despesa corrente,
que foi fixada por obrigação legal por um período superior a dois exercícios.
Assertiva: Nessa situação, essa despesa só poderá ser aumentada se a estimativa do
impacto orçamentário e financeiro do aumento for calculada e demonstrada, além de ser
comprovada a origem dos recursos para o seu custeio.

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QUESTÕES DE CONCURSO

019. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um determinado ente público mantinha o


controle das empresas discriminadas no Quadro a seguir.
Área de atuação/ Receita Operacional
% do ente no capital Pessoal + Custeio
Atividade fim Líquida
Coleta e tratamento
Empresa A 100% R$ 2,3 R$ 23
de resíduos
Gestão e fomento
Empresa B 95% R$ 11,5 R$ 9
ao turismo
Empresa C Serviços financeiros 51% R$ 79 R$ 19

Adicionalmente, sabe-se que:


O valor da receita operacional líquida de cada empresa foi exclusivamente auferido pelo
exercício de sua atividade fim junto a terceiros e não contempla repasses do ente controlador.
Os valores da receita operacional líquida e das despesas de pessoal + custeio estão expressos
em milhões de reais, referem-se ao último exercício financeiro encerrado e não apresentaram
alterações significativas em relação aos exercícios anteriores.
O capital social das três empresas é composto apenas por ações com direito a voto.
O percentual de participação do ente no capital de todas as empresas não foi alterado
desde a criação das mesmas.
A partir de tais informações hipotéticas, no contexto do planejamento e do orçamento
governamental e à luz do conceito de empresa estatal dependente, disposto na LRF,
verifica-se que
a) a empresa B não pode ser enquadrada como empresa estatal dependente, pois gerou
resultado positivo no período.
b) ainda que despesas de capital da empresa A sejam custeadas pelo ente, ela pode continuar
enquadrada como empresa estatal dependente.
c) as três empresas devem constar no orçamento fiscal do ente, em decorrência de serem
empresas controladas.
d) por atuar na área de serviços financeiros, a empresa C não pode ser enquadrada como
empresa estatal dependente.
e) se o ente aumentar o capital da empresa C, esta pode ser enquadrada como empresa
estatal dependente.

020. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um analista foi designado para analisar


a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso de um
ente público, que é um instrumento tratado na LRF no contexto do controle da execução
orçamentária e financeira.
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Esse instrumento deve ser publicado após a aprovação do orçamento anual dos entes
públicos, e, na análise da sua adequação, o analista deve considerar que
a) atos que limitam a execução orçamentária financeira são prerrogativas exclusivas do
Poder Executivo do ente.
b) limitações para execução orçamentária não devem ser baseadas no comportamento da
programação financeira, dado o seu caráter estimativo.
c) o cronograma de execução mensal de desembolso deve contemplar somente despesas
empenhadas no exercício a que se refere.
d) a programação financeira indica que recursos arrecadados em um exercício não podem
custear despesas de outro exercício.
e) recursos legalmente vinculados devem ser alocados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que arrecadados em exercícios anteriores.

021. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um integrante da comissão de orçamento de


órgão público busca analisar as despesas continuadas.
De acordo com a Lei Complementar no 101/2000, considera- se obrigatória de caráter
continuado a despesa corrente derivada de lei que fixe para o ente a obrigação legal de sua
execução por um período superior a
a) dois exercícios
b) trinta dias
c) quatro meses
d) vinte horas
e) três anos

022. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) Um parâmetro definido pela LRF para


acompanhamento dos limites fiscais é a Receita Corrente Líquida (RCL), que consiste
no somatório das receitas correntes, deduzido de valores também definidos em lei,
correspondentes a destinações de recursos vinculados.
Na apuração da RCL da União, uma das deduções previstas corresponde a
a) recursos para pagamento de serviço da dívida
b) recursos para aplicação mínima em saúde e educação
c) transferências de convênios firmados com outros entes
d) compensação financeira entre regimes previdenciários
e) repasse para os poderes Legislativo e Judiciário

023. (CESGRANRIO/UNIRIO/TÉCNICO/2019) O orçamento foi aprovado no prazo estabelecido,


e os órgãos públicos aguardam a liberação das verbas previstas.
Nos termos da Lei Complementar n. 101/2000, caberá ao Poder Executivo estabelecer a
programação financeira e o cronograma de execução de desembolso
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a) diário
b) quinzenal
c) mensal
d) bimensal
e) trimestral

024. (CESGRANRIO/UNIRIO/TÉCNICO/2019) OP trabalha no setor de orçamento do Congresso


Nacional e recebe os números de determinadas pessoas jurídicas para integrá-las nas
rubricas orçamentárias.
Nos termos da Lei Complementar n. 101/2000, integrarão as despesas da União, e serão
incluídas na lei orçamentária, as despesas de um determinado banco relativas a pessoal e
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência
aos servidores e a investimentos.
Tal banco é o
a) Banco Central do Brasil
b) Banco de Descontos
c) Banco do Estado do RJ
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Social
e) Banco Regional Financeiro

025. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) A Constituição Federal e a Lei de


Responsabilidade Fiscal especificam os conteúdos dos instrumentos de planejamento
orçamentário, mas há pontos que são tratados de forma complementar na LDO e na LOA.
Um desses pontos refere-se
a) à renúncia de receita
b) às alterações na legislação tributária
c) ao controle de custos
d) aos critérios para limitação de empenho
e) aos objetivos das políticas macroeconômicas

026. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) Um servidor defende, no âmbito das


receitas que compõem o orçamento, a necessidade de renúncia de receita para gerar
desenvolvimento em determinada região.
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a renúncia pode compreender crédito
a) presumido
b) especial
c) majorado
d) provisório
e) extensivo
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027. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal o


resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas,
constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o
a) primeiro dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
b) terceiro dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
c) quinto dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
d) oitavo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
e) décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais

028. (CESGRANRIO/FINEP/ANALISTA/2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar


n. 101/2000) estabelece os procedimentos de finanças públicas a serem seguidos, visando
ao planejamento e à transparência das ações governamentais.
Essa lei
a) é aplicável à União e ao Distrito Federal, apenas.
b) é aplicável aos Estados e aos Municípios, apenas.
c) é aplicável ao Poder Executivo, apenas.
d) impõe limites e condições a respeito da renúncia de receitas pelos governos.
e) determina as despesas de capital para o próximo exercício financeiro.

029. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal foi considerada uma


Lei nacional aplicável a todas as esferas de governo, criando limitações aos administradores
públicos de todos os matizes e estabelecendo severas sanções para o seu descumprimento.
No caso de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete
aumento da despesa, a sua adequação orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária
Anual e a compatibilidade com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias
será acompanhada de declaração do
a) chefe do executivo
b) ordenador de despesa
c) gerente geral do órgão
d) controlador orçamentário interno
e) fiscal orçamentário externo

030. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022-ADAPTADA) São considerados vários tipos de receitas


orçamentárias para fins de apuração da receita corrente líquida (RCL) de acordo com a Lei
Complementar n. 101/2000 (LRF), exceto
a) as receitas patrimoniais.
b) a receita obtida com a venda de produtos industriais.
c) a receita corrente própria das autarquias e fundações.
d) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência.
e) os valores recebidos da receita agropecuária.

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031. (VUNESP/PREF-JUNDIAÍ-SP/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa que contém


informações disponíveis no Anexo de Metas Fiscais.
a) As despesas e receitas orçamentárias do exercício.
b) Avaliação do cumprimento das metas relativas ao exercício anterior e avaliação do valor
das empresas públicas dependentes.
c) Demonstrativo da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias
de caráter continuado.
d) Metas de resultado atuarial do regime próprio de previdência dos servidores públicos e
da assistência social e a memória e a metodologia de cálculo das metas anuais.
e) Metas fiscais dos três exercícios anteriores e avaliação do patrimônio líquido dos fundos
e natureza atuarial.

032. (VUNESP/PREF-JUNDIAÍ-SP/ANALISTA/2022) “No, são avaliados os passivos contingentes


e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.” Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna
do texto, quanto ao processo orçamentário no Brasil.
a) Anexo de Metas Fiscais, da lei de diretrizes orçamentárias
b) Anexo de Riscos Fiscais, da lei orçamentária anual
c) Anexo de Metas Fiscais, da lei orçamentária anual
d) Anexo de Avaliação da Situação Atuarial, da lei de diretrizes orçamentárias
e) Anexo de Riscos Fiscais, da lei de diretrizes orçamentárias

033. (VUNESP/PREF-PIRACICABA-SP/AGENTE-FISCAL/2022) A Lei Complementar no 101/2000


prevê alguns mecanismos para adequação das despesas orçamentárias à realidade da
arrecadação e de recolhimento das receitas públicas, durante a fase de execução do orçamento.
Alguns desses dispositivos, porém, foram objeto de controle de constitucionalidade pelo
Supremo Tribunal Federal.
A respeito deste tema, é correto afirmar, com base na legislação e na jurisprudência
nacionais, que
a) se verificado que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas
fiscais, poderá ser realizada a desvinculação de recursos de fundos especiais.
b) não serão objeto de limitação de empenho as despesas relativas à inovação e ao
desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade.
c) no caso de os Poderes Legislativo e Judiciário não promoverem a limitação de empenho
em 15 (quinze) dias, é o Poder Executivo autorizado a realizar tal limitação em seus lugares.
d) podem ser objeto de limitação de empenho as despesas destinadas ao pagamento do
serviço da dívida.
e) o acúmulo de restos a pagar e das chamadas “despesas de exercícios anteriores” é
mecanismo válido de gestão das disponibilidades financeiras.
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034. (VUNESP/PREF-PIRACICABA-SP/AGENTE-FISCAL/2022) “Considera-se (i) a despesa


corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para
o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a (ii).”
O trecho citado está em conformidade com a Lei Complementar no 101/2000 com os
espaços sendo preenchidos com as expressões contidas na alternativa:
a) (i) despesa de pessoal … (ii) dois semestres
b) (i) despesa de custeio … (ii) três exercícios
c) (i) obrigatória de caráter continuado … (ii) três exercícios
d) (i) obrigatória de caráter continuado … (ii) dois exercícios
e) (i) despesa de custeio … (ii) dois meses

035. (VUNESP/UNIFAI/ENCARREGADO/2019) Para os efeitos da Lei Complementar n. 101/00,


entende -se como receita corrente líquida:
a) somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias,
de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos as
determinações relativas à União, Estado e Municípios na forma mesma lei.
b) somatório de todas as receitas do período deduzidas as despesas relativas à dívida
pública, mobiliária ou contratual.
c) somatório de todas as receitas arrecadadas deduzida a reserva de contingência cuja
forma de utilização e montante serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
d) da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão,
em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital.
e) resultado líquido do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado
na demonstração a que se refere o anexo 1 da Lei n. 4.320/64.

036. (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA/2019) No intuito de compatibilizar o orçamento e o


planejamento, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que
a) o projeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
b) o projeto de lei do plano plurianual de cada ente abrangerá os respectivos Poderes e
será devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.
c) as leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais.
d) as emendas ao plano plurianual não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com
o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
e) a lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a
um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual em hipótese alguma.
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037. (VUNESP/CM-SERTÃOZINHO/PROCURADOR/2019) Nos termos da Lei de Responsabilidade


Fiscal, o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem
de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado deverá constar
a) dos planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos no Plano Plurianual.
b) de anexo próprio contido no projeto de Lei Orçamentária Anual.
c) da Programação Financeira estabelecida na Execução Orçamentária.
d) do Anexo de Metas Fiscais que integra o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) do Anexo de Política Fiscal do Plano Plurianual.

038. (VUNESP/UFABC/ADMINISTRADOR/2019) No âmbito da Lei Complementar n. 101/2000,


que trata das finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, assinale a
alternativa que aponta corretamente o(s) pressuposto(s) para essa forma de gestão pública.
a) A gestão fiscal responsável parte da noção de equilíbrio entre as receitas e despesas públicas,
ou seja, pressupõe ações coordenadas dos agentes públicos guiados pela ética pública.
b) A transparência, o uso de recursos de forma responsável, a omissão do Estado diante de
déficits primários são pressupostos da responsabilidade na gestão final e nas finanças públicas.
c) Os agentes públicos são responsáveis pelo bom uso dos recursos, tanto em termos de arrecadação
como também na aplicação do dinheiro em programas, projetos e atividades públicas.
d) A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que
se previnem riscos e se corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
e) Os dispêndios financeiros do Estado devem ter, em contrapartida, recursos orçamentários
suficientes para as dívidas correntes, os quais dependem da capacidade arrecadatória
governamental.

039. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/PROCURADOR/2019) Para os efeitos da Lei Complementar


101/00, entende -se como receita corrente líquida o somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes
e outras receitas também correntes, deduzidas, no caso dos Estados,
a) as contribuições previdenciárias do Estado, bem como a cota parte do Município, também
deduzido das contribuições previdenciárias.
b) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira tratadas pela LDO.
c) as despesas de custeio, correntes e patrimoniais, bem como as parcelas entregues aos
Municípios.
d) da taxa de administração por conta da gestão da cota parte, distribuída aos Municípios.
e) as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.

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040. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/PROCURADOR/2019) Para fins da Lei de Responsabilidade


Fiscal, empresa estatal dependente é definida como
a) sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente,
a ente da Federação.
b) empresa com autonomia financeira cujo capital pertença, integralmente, ao Poder Público.
c) empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento
de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
d) sociedade de capital misto que receba, anualmente, aumento de participação acionária
de ente da Federação.
e) empresa sem autonomia administrativa cujo capital pertença, integralmente, ao Poder Público.

041. (VUNESP/CM-SERRANA/CONTADOR/2019) De acordo com o art. 11 da LC n. 101/00,


constitui(em) requisito(s) essencial(is) da responsabilidade na gestão fiscal:
a) o controle econômico do fluxo financeiro da arrecadação e dos desembolsos, observando
os princípios gerais da economia pública.
b) a instituição de normas técnicas e legais, que considerarão os efeitos das alterações
na legislação, relacionadas a arrecadação de receitas e dos desembolsos das despesas do
ente da Federação.
c) a previsão e a destinação dos recursos da arrecadação, incluindo os créditos de competência
dos estados e municípios.
d) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação.
e) a fiscalização e o acompanhamento dos estágios da receita orçamentária, incluindo
previsão, lançamento, arrecadação, recolhimento e a destinação dos recursos.

042. (VUNESP/CM-SERRANA/CONTROLADOR/2019) Considerando a disciplina constante da


Lei de Responsabilidade Fiscal sobre a renúncia de receitas, é correto afirmar que
a) a renúncia não compreende isenções de caráter não geral, bem como outros benefícios
que correspondam a tratamento diferenciado, tendo em vista que somente medidas de
caráter geral têm o potencial de gerar perdas de arrecadação.
b) deve o proponente da renúncia demonstrar que esta foi considerada na estimativa
de receita na lei orçamentária, podendo, inclusive, afetar as metas de resultados fiscais
previstas na lei de diretrizes orçamentárias, desde que demonstrada a plausibilidade de
cumprimento daquelas durante a vigência do plano plurianual.
c) o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de
cobrança sempre implica em renúncia de receitas, tendo em vista que a soma de vários
créditos de pequeno valor tem o potencial de gerar grandes receitas.
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d) a renúncia deve estar acompanhada de medidas de compensação, por meio do aumento


de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição, somente entrando em vigor após a implementação destas.
e) a renúncia deverá estar acompanhada apenas da estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e no ano seguinte, tendo em
vista que nos anos posteriores haverá a possibilidade de sua previsão na lei de diretrizes
orçamentárias e no plano plurianual.

043. (VUNESP/UFABC/ADMINISTRADOR/2019) São requisitos essenciais da responsabilidade na


gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação. De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, as
previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
a) das alterações na legislação; da variação do índice de preços, do crescimento econômico
ou de qualquer outro fator relevante ao longo dos últimos três anos.
b) da transição de governos; do índice de variação do PIB e da inflação; do mercado externo
e das tendências dos últimos cinco anos.
c) do aumento da capacidade de arrecadação; do combate à evasão de recursos; da
variabilidade de concessões, das Leis de incentivo e da potencialidade de crescimento
econômico.
d) do índice de formalização econômica; da variação da inflação; da compra e da venda de
estatais; da quantidade de parcerias público-privadas previstas para os próximos cinco anos.
e) do comportamento dos gastos e arrecadação dos últimos três anos; da projeção de
crescimento econômico e da fiscalização e das tendências do mercado externo.

044. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/CONTADOR/2019) Em conformidade com o art. 2º da LC n.


101/00, a receita corrente líquida, excluídas as duplicidades, será apurada somando-se as
receitas arrecadadas
a) no mês em referência e nos onze anteriores.
b) conforme a determinação da lei orçamentária anual.
c) nos doze meses anteriores, somente.
d) no mês atual e nos doze anteriores.
e) nos doze meses próximos, conforme determina a lei das diretrizes orçamentárias.

045. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/PROCURADOR/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei


Complementar n. 101/00) disciplina as hipóteses consideradas como renúncia de receita,
exigindo que estejam acompanhadas de estimativa do impacto orçamentário- financeiro
e outras condições legais. Todavia, o administrador poderá, sem que seja considerada
renúncia de receita, conceder o seguinte benefício:

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a) anistia.
b) remissão.
c) isenção de caráter geral.
d) subsídio.
e) incentivo tributário diferenciado.

046. (VUNESP/TRANSERP/CONTADOR/2019) Um dos conceitos mais importantes na LRF


(Lei de Responsabilidade Fiscal) é o de Receita Corrente Líquida (RCL), pois é a base para
apuração dos limites legais de despesas orçamentárias. Para efeito de cálculo da RCL
Municipal considera-se:
a) Receita corrente total, menos as transferências constitucionais, a contribuição de
servidores para o custeio de sistema de previdência e assistência e as compensações
referentes à Lei Hauly.
b) Receita corrente total, menos contribuições ao regime próprio de previdência e assistência
social, além das compensações relativas à Lei Hauly.
c) Receita corrente total, menos os valores pagos e recebidos em função da Lei Complementar
no 87 (Lei Kandir) e os valores pagos e recebidos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.
d) Receita corrente total, menos transferências constitucionais.
e) Receita corrente bruta, menos transferências a fundações de apoio a pesquisa.

047. (VUNESP/CM-COTIA/CONTADOR/2017) O Anexo de Riscos Fiscais, no qual serão avaliados


os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando
as providências a serem tomadas, caso se concretizem, deverá constar
a) da avaliação de riscos operacionais da entidade.
b) da Lei do Orçamento Anual.
c) da execução fiscal e do cumprimento de metas.
d) da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) do relatório orçamentário.

048. (VUNESP/CM-COTIA/CONTADOR/2017) A despesa corrente derivada de lei, medida


provisória ou ato administrativo normativo, que fixem para o ente a obrigação legal de sua
execução por um período superior a dois exercícios, é considerada
a) extraorçamentária.
b) restos a pagar.
c) obrigatória de caráter continuado.
d) despesa a empenhar.
e) crédito adicional a empenhar.

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049. (CONSULPAM/TCM-PA/CONSELHEIRO/2023) No exercício 2022, uma sociedade de


economia mista recebeu de seu ente controlador o valor de R$ 23.250.431,24, para o
pagamento de despesas com pessoal.
Neste sentido, e considerando a origem e a destinação dos recursos recebidos, é CORRETO
afirmar que tal sociedade é:
a) Uma empresa pública.
b) Uma empresa estatal independente.
c) Uma empresa estatal dependente.
d) Uma empresa governamental.

050. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) Previamente à elaboração do orçamento de cada


ano, o Poder Executivo prepara e encaminha para ser discutida no Poder Legislativo a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Neste aspecto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é um
instrumento construído anualmente, visando indicar as prioridades para o exercício financeiro
seguinte e, com isso, orientar a criação da LOA, com base no que foi apontado no PPA.
A Lei de Responsabilidade Fiscal incorporou ao ordenamento jurídico uma série de novas
atribuições para a LDO. Assinale a alternativa que contenha uma dessas atribuições.
a) Disposições sobre alterações na legislação tributária da União.
b) Política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.
c) Fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira.
d) Estrutura e organização dos orçamentos.

051. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) O Anexo de Metas Fiscais foi uma inovação de


Lei de Responsabilidade Fiscal.
A respeito deste, assinale a alternativa CORRETA.
a) Deve conter a avaliação do cumprimento das metas relativas aos três anos anteriores.
b) Integrará o projeto de lei orçamentária anual.
c) Nele serão estabelecidas metas plurianuais, em valores correntes e constantes, relativas
a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.
d) Deve conter a avaliação da situação atuarial do regime geral de previdência social.

052. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um dos


planejamentos mais importantes do governo. Afinal, é a LOA que viabiliza todas as ações
públicas e determina os detalhes de cada repasse do orçamento.
Também é na LOA que fica previsto o orçamento dos valores para pagamento dos precatórios.
Por esse motivo, é fundamental acompanhar a LOA e saber quais as metas, prioridades e
propostas do Poder Público. A respeito da LOA, assinale a alternativa CORRETA.

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a) Conterá passivo contingente, cuja forma de utilização e montante, definido com base
na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
b) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada, deverá ser igual
ou inferior a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias.
c) Todas as despesas relativas à dívida pública, exceto mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
d) O refinanciamento da dívida pública constará conjuntamente com a lei orçamentária.

053. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) Para uma estrutura federativa como o Brasil, o


planejamento público estadual e municipal transcende à esfera federal, sendo este processo
tão mais difícil quanto maior a descentralização dos gastos e quanto menor sua padronização.
Neste sentido, uma regra fiscal que estime os gastos e as arrecadações públicas, inclusive
quanto ao alcance das políticas públicas e sociais, é vista como benéfica para a sociedade.
Nesse sentido, é possível identificar um papel próprio para os procedimentos fiscais –
regras e instituições por meio das quais os planejamentos e orçamento são elaborados – na
explicação da dinâmica de gestão dos recursos públicos.
A partir disso, assinale a alternativa CORRETA.
a) A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de
sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para
fins de observância da ordem cronológica.
b) Até quinze dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
c) Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente
para atender ao objeto de sua vinculação, exceto quando em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.
d) No prazo de sessenta dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do
Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária.

054. (CONSULPAM/TCM-PA/CONSELHEIRO/2023) A concessão ou ampliação de incentivo


ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes, atender à disposição na LDO e a, pelo menos, uma das
seguintes condições:
a) Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de
receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias.

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b) Exposição e justificação da política econômica e financeira do governo.


c) Justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital.
d) Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

055. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) De acordo com os dispositivos da Lei de


Responsabilidade Fiscal, considera-se Renúncia de Receita:
a) Crédito presumido.
b) Concessão de imunidade.
c) Concessão de isenção em caráter geral.
d) Cancelamento de débito, cujo montante seja inferior ao respectivo custo de cobrança.

056. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) O pressuposto básico para que os gestores


possam aplicar os recursos públicos de maneira responsável é o uso adequado das
ferramentas de planejamento por meio do estabelecimento de metas fiscais, que forçaram
os administradores a se comprometer com um padrão mínimo de disciplina fiscal que
não existia anteriormente no país. Portanto, a LRF inova o campo jurídico fiscal pátrio ao
determinar que os entes públicos gerenciem os recursos e os gastos orçamentários do
exercício financeiro, mas também, para um horizonte temporal de curto prazo.
A partir do contexto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva entrar em vigor e nos três posteriores.
b) A estimativa do impacto orçamentário-financeiro será acompanhada das premissas e
metodologia de cálculo utilizadas.
c) É compatível com a lei orçamentária anual e com o Manual Técnico do Orçamento, a
despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que estejam abrangidas por crédito
genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar,
previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para
o exercício.
d) É adequado com o plano plurianual e a lei orçamentária anual, a despesa que se conforme
com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não
infrinja qualquer de suas disposições.

057. (CONSULPAM/PREF-IRUÇUBA/ADMINISTRADOR/2022) A Lei complementar 101 de 04


de maio de 2000, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal. A lei de diretrizes orçamentárias – LDO orienta a elaboração de orçamentos
fiscais no âmbito da administração pública e disporá sobre, EXCETO:

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a) Equilíbrio entre receitas e despesas.


b) Critérios e forma de limitação de empenho.
c) Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos.
d) Atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

058. (CONSULPLAN/PREF-POA/CONTADOR/2021) A Lei Complementar n. 101/2000, intitulada


Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, estabeleceu os aspectos referentes aos Demonstrativos
Fiscais. Sobre esses demonstrativos, assinale a alternativa correta.
a) O Anexo de Metas Fiscais deve ser anexado ao Plano Plurianual.
b) Mesmo que um risco ocorra todos os anos, ele não deixa de ser risco.
c) O Anexo de Riscos Fiscais deve ser anexado à Lei Orçamentária Anual.
d) A restituição de tributos realizada a maior não é considerada um risco.
e) A ocorrência de uma enchente que não foi planejada constitui um risco.

059. (CONSULPLAN/FUNPREV/PROCURADOR/2021) A renúncia compreende anistia, remissão,


subsídio, crédito presumido, rendimento negativo de aplicações financeiras, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos
ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.” Nos
termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, o trecho apresentado é:
a) Verdadeiro, pois corresponde a um dispositivo legal.
b) Falso, pois a remissão não configura renúncia de receita.
c) Falso, pois rendimentos negativos não configuram renúncia de receita.
d) Falso, pois a redução de alíquota não configura renúncia de receita.

060. (CONSULPLAN/PREF-CAPANEMA/CONTADOR/2020) No decorrer do exercício, é necessário


o acompanhamento da arrecadação das receitas e do nível de execução das despesas, a
fim de monitorar todo o processo de cumprimento das metas de superávit primário. Caso
esse acompanhamento sinalize o não cumprimento das metas estabelecidas, o governo
providenciará:
a) Aumento da previsão de receitas.
b) Aumento das metas de arrecadação.
c) Redução dos limites financeiros e orçamentários.
d) Redução dos limites com gastos com pessoal, somente.
e) Recomposição dos limites do poder executivo, somente.

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GABARITO

1. C 21. a 41. d
2. E 22. d 42. d
3. E 23. c 43. a
4. E 24. a 44. a
5. C 25. a 45. c
6. E 26. a 46. b
7. C 27. e 47. d
8. C 28. d 48. c
9. C 29. b 49. c
10. E 30. d 50. c
11. C 31. c 51. d
12. C 32. e 52. b
13. C 33. b 53. a
14. C 34. d 54. a
15. E 35. a 55. a
16. C 36. a 56. b
17. E 37. d 57. d
18. C 38. d 58. e
19. b 39. e 59. c
20. e 40. c 60. c

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GABARITO COMENTADO

019. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um determinado ente público mantinha o


controle das empresas discriminadas no Quadro a seguir.
Área de atuação/ Receita Operacional
% do ente no capital Pessoal + Custeio
Atividade fim Líquida
Coleta e tratamento
Empresa A 100% R$ 2,3 R$ 23
de resíduos
Gestão e fomento
Empresa B 95% R$ 11,5 R$ 9
ao turismo
Empresa C Serviços financeiros 51% R$ 79 R$ 19

Adicionalmente, sabe-se que:


O valor da receita operacional líquida de cada empresa foi exclusivamente auferido pelo
exercício de sua atividade fim junto a terceiros e não contempla repasses do ente controlador.
Os valores da receita operacional líquida e das despesas de pessoal + custeio estão expressos
em milhões de reais, referem-se ao último exercício financeiro encerrado e não apresentaram
alterações significativas em relação aos exercícios anteriores.
O capital social das três empresas é composto apenas por ações com direito a voto.
O percentual de participação do ente no capital de todas as empresas não foi alterado
desde a criação das mesmas.
A partir de tais informações hipotéticas, no contexto do planejamento e do orçamento
governamental e à luz do conceito de empresa estatal dependente, disposto na LRF,
verifica-se que
a) a empresa B não pode ser enquadrada como empresa estatal dependente, pois gerou
resultado positivo no período.
b) ainda que despesas de capital da empresa A sejam custeadas pelo ente, ela pode continuar
enquadrada como empresa estatal dependente.
c) as três empresas devem constar no orçamento fiscal do ente, em decorrência de serem
empresas controladas.
d) por atuar na área de serviços financeiros, a empresa C não pode ser enquadrada como
empresa estatal dependente.
e) se o ente aumentar o capital da empresa C, esta pode ser enquadrada como empresa
estatal dependente.

Vamos começar vendo como a LRF trata o tema:


Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a ente da Federação;

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III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

Agora vamos identificar as empresas controladas e dependentes:


Área de Receita
% do ente no
atuação/ Operacional Pessoal + Custeio
capital
Atividade fim Líquida
Coleta e
Empresa A tratamento 100% (controlada) R$ 2,3 R$ 23 (Dependente)
de resíduos
Gestão e
Empresa B fomento 95% (controlada) R$ 11,5 R$ 9 (Dependente)
ao turismo
Serviços
Empresa C 51% (controlada) R$ 79 R$ 19 (Dependente)
financeiros

Note que a alternativa correta é a letra B, já que a empresa A é enquadrada como empresa
estatal dependente.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, a empresa B é uma empresa controlada e dependente.
c) Na verdade, as empresas estatais dependentes integram o orçamento fiscal e da
seguridade social.
d) Na verdade, a empresa C é uma empresa controlada e dependente.
e) Na verdade, para enquadrar uma empresa como dependente, devem ser excluídos os
recursos recebidos provenientes de aumento de participação acionária.
Letra b.

020. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um analista foi designado para analisar


a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso de um
ente público, que é um instrumento tratado na LRF no contexto do controle da execução
orçamentária e financeira.
Esse instrumento deve ser publicado após a aprovação do orçamento anual dos entes
públicos, e, na análise da sua adequação, o analista deve considerar que
a) atos que limitam a execução orçamentária financeira são prerrogativas exclusivas do
Poder Executivo do ente.
b) limitações para execução orçamentária não devem ser baseadas no comportamento da
programação financeira, dado o seu caráter estimativo.
c) o cronograma de execução mensal de desembolso deve contemplar somente despesas
empenhadas no exercício a que se refere.

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d) a programação financeira indica que recursos arrecadados em um exercício não podem


custear despesas de outro exercício.
e) recursos legalmente vinculados devem ser alocados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que arrecadados em exercícios anteriores.

Confira na LRF:

Art. 8º Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele
em que ocorrer o ingresso.

a) Contrariou a LRF. Confira:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo
os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

b) Na verdade, a limitação para execução orçamentária também considera a programação


financeira. Confira na LRF:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

c) Também contempla o pagamento de restos a pagar de exercícios anteriores.


d) Na verdade, os recursos podem sim ser oriundo de exercícios anteriores.
Letra e.

021. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um integrante da comissão de orçamento de


órgão público busca analisar as despesas continuadas.
De acordo com a Lei Complementar no 101/2000, considera- se obrigatória de caráter
continuado a despesa corrente derivada de lei que fixe para o ente a obrigação legal de sua
execução por um período superior a
a) dois exercícios
b) trinta dias
c) quatro meses
d) vinte horas
e) três anos

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Confira na LRF:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.

Letra a.

022. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) Um parâmetro definido pela LRF para


acompanhamento dos limites fiscais é a Receita Corrente Líquida (RCL), que consiste
no somatório das receitas correntes, deduzido de valores também definidos em lei,
correspondentes a destinações de recursos vinculados.
Na apuração da RCL da União, uma das deduções previstas corresponde a
a) recursos para pagamento de serviço da dívida
b) recursos para aplicação mínima em saúde e educação
c) transferências de convênios firmados com outros entes
d) compensação financeira entre regimes previdenciários
e) repasse para os poderes Legislativo e Judiciário

A Receita Corrente Líquida (RCL) é o somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I (contribuições sobre a folha
de salários) e no inciso II do art. 195 (contribuição sobre os salários dos empregadores e
demais segurados da previdência social), e no art. 239 da Constituição (PIS/PASEP);
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira (previdenciária) citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
Note que as rubricas apresentadas nas demais alternativas não estão relacionadas entre
aquelas que devem ser deduzidas na apuração da RCL, ou seja, inexiste previsão legal para tal.
Letra d.

023. (CESGRANRIO/UNIRIO/TÉCNICO/2019) O orçamento foi aprovado no prazo estabelecido,


e os órgãos públicos aguardam a liberação das verbas previstas.
Nos termos da Lei Complementar n. 101/2000, caberá ao Poder Executivo estabelecer a
programação financeira e o cronograma de execução de desembolso
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a) diário
b) quinzenal
c) mensal
d) bimensal
e) trimestral

Confira na LRF:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Letra c.

024. (CESGRANRIO/UNIRIO/TÉCNICO/2019) OP trabalha no setor de orçamento do Congresso


Nacional e recebe os números de determinadas pessoas jurídicas para integrá-las nas
rubricas orçamentárias.
Nos termos da Lei Complementar n. 101/2000, integrarão as despesas da União, e serão
incluídas na lei orçamentária, as despesas de um determinado banco relativas a pessoal e
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência
aos servidores e a investimentos.
Tal banco é o
a) Banco Central do Brasil
b) Banco de Descontos
c) Banco do Estado do RJ
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Social
e) Banco Regional Financeiro

Confira na LRF:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
§ 6º Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco
Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os
destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.

Letra a.

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025. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) A Constituição Federal e a Lei de


Responsabilidade Fiscal especificam os conteúdos dos instrumentos de planejamento
orçamentário, mas há pontos que são tratados de forma complementar na LDO e na LOA.
Um desses pontos refere-se
a) à renúncia de receita
b) às alterações na legislação tributária
c) ao controle de custos
d) aos critérios para limitação de empenho
e) aos objetivos das políticas macroeconômicas

Deve ser apresentado no anexo de metas fiscais, que integra a LDO, e na LOA. Confira na LRF:

Art. 4º, § 2º O Anexo conterá, ainda:


V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem
como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias
de caráter continuado;

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


b) As alterações na legislação tributária são apresentadas apenas na LDO.
c) Também só na LDO.
d) Também só na LDO.
e) Esse conteúdo não é apresentado nem na LOA nem na LDO.
Letra a.

026. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) Um servidor defende, no âmbito das


receitas que compõem o orçamento, a necessidade de renúncia de receita para gerar
desenvolvimento em determinada região.
Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a renúncia pode compreender crédito
a) presumido
b) especial
c) majorado
d) provisório
e) extensivo

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Confira na LRF:
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (Vide Medida
Provisória n. 2.159, de 2001) (Vide Lei n. 10.276, de 2001) (Vide ADI 6357)
§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção
em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.

Letra a.

027. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal o


resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas,
constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o
a) primeiro dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
b) terceiro dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
c) quinto dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
d) oitavo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais
e) décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais

Confira na LRF:
Art. 7º O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas,
constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subsequente à
aprovação dos balanços semestrais.

Letra e.

028. (CESGRANRIO/FINEP/ANALISTA/2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar


n. 101/2000) estabelece os procedimentos de finanças públicas a serem seguidos, visando
ao planejamento e à transparência das ações governamentais.
Essa lei
a) é aplicável à União e ao Distrito Federal, apenas.
b) é aplicável aos Estados e aos Municípios, apenas.
c) é aplicável ao Poder Executivo, apenas.
d) impõe limites e condições a respeito da renúncia de receitas pelos governos.
e) determina as despesas de capital para o próximo exercício financeiro.
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A alternativa correta é a letra D, já que o artigo 14 da LRF apresenta os limites e as condições


para se conceder ou ampliar incentivos ou benefícios de natureza tributária da qual decorra
renúncia de receitas.
No que diz respeito à sua abrangência, a LRF compreende todos os entes federativos (União,
Estado, DF e Municípios) e seus respectivos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),
Tribunais de Contas e Ministérios Públicos. Vale ressaltar que os Territórios (Autarquias
Federais) e as Empresas Estatais Dependentes estão incluídas, o que torna erradas as
alternativas A, B e C.
Note ainda que as receitas e despesas devem ser apresentados na LOA e não na LRF, o que
torna equivocada a letra E.
Letra d.

029. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal foi considerada uma


Lei nacional aplicável a todas as esferas de governo, criando limitações aos administradores
públicos de todos os matizes e estabelecendo severas sanções para o seu descumprimento.
No caso de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete
aumento da despesa, a sua adequação orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária
Anual e a compatibilidade com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias
será acompanhada de declaração do
a) chefe do executivo
b) ordenador de despesa
c) gerente geral do órgão
d) controlador orçamentário interno
e) fiscal orçamentário externo

Confira na LRF:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.

Letra b.

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030. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022-ADAPTADA) São considerados vários tipos de receitas


orçamentárias para fins de apuração da receita corrente líquida (RCL) de acordo com a Lei
Complementar n. 101/2000 (LRF), exceto
a) as receitas patrimoniais.
b) a receita obtida com a venda de produtos industriais.
c) a receita corrente própria das autarquias e fundações.
d) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência.
e) os valores recebidos da receita agropecuária.

A única alternativa que apresenta não apresenta uma receita orçamentária corrente que
integre a Receita Corrente Líquida (RCL) de acordo com a LRF é a letra D. Na verdade, a
contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência é uma dedução
para fins de apuração da RCL. Confira na LRF:

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:


IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também
correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

Letra d.

031. (VUNESP/PREF-JUNDIAÍ-SP/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa que contém


informações disponíveis no Anexo de Metas Fiscais.
a) As despesas e receitas orçamentárias do exercício.
b) Avaliação do cumprimento das metas relativas ao exercício anterior e avaliação do valor
das empresas públicas dependentes.
c) Demonstrativo da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias
de caráter continuado.
d) Metas de resultado atuarial do regime próprio de previdência dos servidores públicos e
da assistência social e a memória e a metodologia de cálculo das metas anuais.
e) Metas fiscais dos três exercícios anteriores e avaliação do patrimônio líquido dos fundos
e natureza atuarial.
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Confira na LRF:

Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política
econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Letra c.

032. (VUNESP/PREF-JUNDIAÍ-SP/ANALISTA/2022) “No, são avaliados os passivos contingentes


e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.” Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna
do texto, quanto ao processo orçamentário no Brasil.
a) Anexo de Metas Fiscais, da lei de diretrizes orçamentárias
b) Anexo de Riscos Fiscais, da lei orçamentária anual
c) Anexo de Metas Fiscais, da lei orçamentária anual
d) Anexo de Avaliação da Situação Atuarial, da lei de diretrizes orçamentárias
e) Anexo de Riscos Fiscais, da lei de diretrizes orçamentárias

Confira na LRF:

Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Letra e.

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033. (VUNESP/PREF-PIRACICABA-SP/AGENTE-FISCAL/2022) A Lei Complementar no 101/2000


prevê alguns mecanismos para adequação das despesas orçamentárias à realidade da
arrecadação e de recolhimento das receitas públicas, durante a fase de execução do orçamento.
Alguns desses dispositivos, porém, foram objeto de controle de constitucionalidade pelo
Supremo Tribunal Federal.
A respeito deste tema, é correto afirmar, com base na legislação e na jurisprudência
nacionais, que
a) se verificado que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas
fiscais, poderá ser realizada a desvinculação de recursos de fundos especiais.
b) não serão objeto de limitação de empenho as despesas relativas à inovação e ao
desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade.
c) no caso de os Poderes Legislativo e Judiciário não promoverem a limitação de empenho
em 15 (quinze) dias, é o Poder Executivo autorizado a realizar tal limitação em seus lugares.
d) podem ser objeto de limitação de empenho as despesas destinadas ao pagamento do
serviço da dívida.
e) o acúmulo de restos a pagar e das chamadas “despesas de exercícios anteriores” é
mecanismo válido de gestão das disponibilidades financeiras.

Confira na LRF:

Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Gera limitação de empenho e movimentação financeira. Confira na LRF:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

c) Na verdade, o prazo é de 30 dias.


d) Na verdade, não podem ser objeto de limitação de empenho.
e) Na verdade, nos últimos dois quadrimestres do mandato é vedada a inscrição de despesas
em restos a pagar, salvo se houve disponibilidade financeira. Confira na LRF:

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Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.

Letra b.

034. (VUNESP/PREF-PIRACICABA-SP/AGENTE-FISCAL/2022) “Considera-se (i) a despesa


corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para
o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a (ii).”
O trecho citado está em conformidade com a Lei Complementar no 101/2000 com os
espaços sendo preenchidos com as expressões contidas na alternativa:
a) (i) despesa de pessoal … (ii) dois semestres
b) (i) despesa de custeio … (ii) três exercícios
c) (i) obrigatória de caráter continuado … (ii) três exercícios
d) (i) obrigatória de caráter continuado … (ii) dois exercícios
e) (i) despesa de custeio … (ii) dois meses

Confira na LRF:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.

Letra d.

035. (VUNESP/UNIFAI/ENCARREGADO/2019) Para os efeitos da Lei Complementar n. 101/00,


entende -se como receita corrente líquida:
a) somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias,
de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos as
determinações relativas à União, Estado e Municípios na forma mesma lei.
b) somatório de todas as receitas do período deduzidas as despesas relativas à dívida
pública, mobiliária ou contratual.
c) somatório de todas as receitas arrecadadas deduzida a reserva de contingência cuja
forma de utilização e montante serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
d) da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão,
em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público
ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital.
e) resultado líquido do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado
na demonstração a que se refere o anexo 1 da Lei n. 4.320/64.
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Vamos conferir o conceito de Receita Corrente Líquida presente na LRF:

Art. 2º, IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

Letra a.

036. (VUNESP/MPE-SP/ANALISTA/2019) No intuito de compatibilizar o orçamento e o


planejamento, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que
a) o projeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
b) o projeto de lei do plano plurianual de cada ente abrangerá os respectivos Poderes e
será devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.
c) as leis de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais.
d) as emendas ao plano plurianual não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com
o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
e) a lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a
um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual em hipótese alguma.

A resposta está na literalidade do disposto no Art. 5º da LRF. Confira:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias.

b) Errada. Na verdade, o PPA deve ser devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa, conforme artigo 35, § 2,º I do ADCT.
c) Errada. É uma Lei de Iniciativa do Poder Executivo.
d) Errada. As emendas ao projeto de LDO é que não podem ser aprovadas quando incompatíveis
com o PPA.

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e) Errada. É possível uma lei autorizar a inclusão de dotação para investimento com duração
superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no PPA, como previsto na LRF.
Confira o dispositivo:

Art. 5º, § 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior
a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a
sua inclusão.

Letra a.

037. (VUNESP/CM-SERTÃOZINHO/PROCURADOR/2019) Nos termos da Lei de Responsabilidade


Fiscal, o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem
de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado deverá constar
a) dos planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos no Plano Plurianual.
b) de anexo próprio contido no projeto de Lei Orçamentária Anual.
c) da Programação Financeira estabelecida na Execução Orçamentária.
d) do Anexo de Metas Fiscais que integra o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) do Anexo de Política Fiscal do Plano Plurianual.

Guarde que o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da


margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado deve constar no
Anexo de Metas Fiscais que integra o projeto de LDO. Confira diretamente na LRF:

Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

Letra d.

038. (VUNESP/UFABC/ADMINISTRADOR/2019) No âmbito da Lei Complementar n. 101/2000,


que trata das finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, assinale a
alternativa que aponta corretamente o(s) pressuposto(s) para essa forma de gestão pública.
a) A gestão fiscal responsável parte da noção de equilíbrio entre as receitas e despesas públicas,
ou seja, pressupõe ações coordenadas dos agentes públicos guiados pela ética pública.
b) A transparência, o uso de recursos de forma responsável, a omissão do Estado diante de
déficits primários são pressupostos da responsabilidade na gestão final e nas finanças públicas.
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c) Os agentes públicos são responsáveis pelo bom uso dos recursos, tanto em termos de arrecadação
como também na aplicação do dinheiro em programas, projetos e atividades públicas.
d) A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que
se previnem riscos e se corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
e) Os dispêndios financeiros do Estado devem ter, em contrapartida, recursos orçamentários
suficientes para as dívidas correntes, os quais dependem da capacidade arrecadatória
governamental.

A resposta está na literalidade do disposto no § 1º do Art. 1º da LRF. Confira:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que
se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas,
mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a
limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

Letra d.

039. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/PROCURADOR/2019) Para os efeitos da Lei Complementar


101/00, entende -se como receita corrente líquida o somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes
e outras receitas também correntes, deduzidas, no caso dos Estados,
a) as contribuições previdenciárias do Estado, bem como a cota parte do Município, também
deduzido das contribuições previdenciárias.
b) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira tratadas pela LDO.
c) as despesas de custeio, correntes e patrimoniais, bem como as parcelas entregues aos
Municípios.
d) da taxa de administração por conta da gestão da cota parte, distribuída aos Municípios.
e) as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.

Nessa questão a VUNESP exigiu o conhecimento da disposição específica para os Estados


acerca das deduções da receita corrente, para se chegar à Receita Corrente Líquida (RCL),
previstas na LRF. Confira:

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Art. 2º, IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

Letra e.

040. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/PROCURADOR/2019) Para fins da Lei de Responsabilidade


Fiscal, empresa estatal dependente é definida como
a) sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente,
a ente da Federação.
b) empresa com autonomia financeira cujo capital pertença, integralmente, ao Poder Público.
c) empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento
de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
d) sociedade de capital misto que receba, anualmente, aumento de participação acionária
de ente da Federação.
e) empresa sem autonomia administrativa cujo capital pertença, integralmente, ao Poder
Público.

A resposta está na literalidade da parte da LRF em que tem a definição de empresa estatal
dependente. Confira:

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:


I – ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

Letra c.

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041. (VUNESP/CM-SERRANA/CONTADOR/2019) De acordo com o art. 11 da LC n. 101/00,


constitui(em) requisito(s) essencial(is) da responsabilidade na gestão fiscal:
a) o controle econômico do fluxo financeiro da arrecadação e dos desembolsos, observando
os princípios gerais da economia pública.
b) a instituição de normas técnicas e legais, que considerarão os efeitos das alterações
na legislação, relacionadas a arrecadação de receitas e dos desembolsos das despesas do
ente da Federação.
c) a previsão e a destinação dos recursos da arrecadação, incluindo os créditos de competência
dos estados e municípios.
d) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação.
e) a fiscalização e o acompanhamento dos estágios da receita orçamentária, incluindo
previsão, lançamento, arrecadação, recolhimento e a destinação dos recursos.

Resposta no artigo 11 da LRF:

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,


previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente
da Federação.

Letra d.

042. (VUNESP/CM-SERRANA/CONTROLADOR/2019) Considerando a disciplina constante da


Lei de Responsabilidade Fiscal sobre a renúncia de receitas, é correto afirmar que
a) a renúncia não compreende isenções de caráter não geral, bem como outros benefícios
que correspondam a tratamento diferenciado, tendo em vista que somente medidas de
caráter geral têm o potencial de gerar perdas de arrecadação.
b) deve o proponente da renúncia demonstrar que esta foi considerada na estimativa
de receita na lei orçamentária, podendo, inclusive, afetar as metas de resultados fiscais
previstas na lei de diretrizes orçamentárias, desde que demonstrada a plausibilidade de
cumprimento daquelas durante a vigência do plano plurianual.
c) o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de
cobrança sempre implica em renúncia de receitas, tendo em vista que a soma de vários
créditos de pequeno valor tem o potencial de gerar grandes receitas.
d) a renúncia deve estar acompanhada de medidas de compensação, por meio do aumento
de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição, somente entrando em vigor após a implementação destas.

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e) a renúncia deverá estar acompanhada apenas da estimativa do impacto orçamentário-


financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e no ano seguinte, tendo em
vista que nos anos posteriores haverá a possibilidade de sua previsão na lei de diretrizes
orçamentárias e no plano plurianual.

Acerca da renúncia de receitas, confira o disposto na LRF:

Art. 14, II – estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput,


por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 2º Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste
artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando
implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.

Agora vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. As 2 situações são consideradas como renúncia de receita.
b) Errada. A renúncia deve ter demonstrada a sua não afetação nas metas de resultados
fiscais.
c) Errada. O cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao custo de cobrança
não implica em renúncia de receita
e) Errada. Deve ser no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.
Letra d.

043. (VUNESP/UFABC/ADMINISTRADOR/2019) São requisitos essenciais da responsabilidade na


gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação. De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, as
previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
a) das alterações na legislação; da variação do índice de preços, do crescimento econômico
ou de qualquer outro fator relevante ao longo dos últimos três anos.
b) da transição de governos; do índice de variação do PIB e da inflação; do mercado externo
e das tendências dos últimos cinco anos.
c) do aumento da capacidade de arrecadação; do combate à evasão de recursos; da
variabilidade de concessões, das Leis de incentivo e da potencialidade de crescimento
econômico.
d) do índice de formalização econômica; da variação da inflação; da compra e da venda de
estatais; da quantidade de parcerias público-privadas previstas para os próximos cinco anos.
e) do comportamento dos gastos e arrecadação dos últimos três anos; da projeção de
crescimento econômico e da fiscalização e das tendências do mercado externo.

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As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos


previstos na LRF. Confira:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.

Letra a.

044. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/CONTADOR/2019) Em conformidade com o art. 2º da LC n.


101/00, a receita corrente líquida, excluídas as duplicidades, será apurada somando-se as
receitas arrecadadas
a) no mês em referência e nos onze anteriores.
b) conforme a determinação da lei orçamentária anual.
c) nos doze meses anteriores, somente.
d) no mês atual e nos doze anteriores.
e) nos doze meses próximos, conforme determina a lei das diretrizes orçamentárias.

A resposta está na literalidade do artigo 2º, § 3º, da LRF. Confira:

Art. 2º, § 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês
em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

Letra a.

045. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/PROCURADOR/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei


Complementar n. 101/00) disciplina as hipóteses consideradas como renúncia de receita,
exigindo que estejam acompanhadas de estimativa do impacto orçamentário- financeiro
e outras condições legais. Todavia, o administrador poderá, sem que seja considerada
renúncia de receita, conceder o seguinte benefício:
a) anistia.
b) remissão.
c) isenção de caráter geral.
d) subsídio.
e) incentivo tributário diferenciado.

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A isenção que é considerada renúncia de receita é aquela dada em caráter não geral, ou
seja, para ser renúncia de receita, o benefício deve ser de caráter individual ou diferenciado.
Assim isenção em caráter geral não se encaixa nas hipóteses previstas na LRF. Confira:

Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo
que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.

Letra c.

046. (VUNESP/TRANSERP/CONTADOR/2019) Um dos conceitos mais importantes na LRF


(Lei de Responsabilidade Fiscal) é o de Receita Corrente Líquida (RCL), pois é a base para
apuração dos limites legais de despesas orçamentárias. Para efeito de cálculo da RCL
Municipal considera-se:
a) Receita corrente total, menos as transferências constitucionais, a contribuição de
servidores para o custeio de sistema de previdência e assistência e as compensações
referentes à Lei Hauly.
b) Receita corrente total, menos contribuições ao regime próprio de previdência e assistência
social, além das compensações relativas à Lei Hauly.
c) Receita corrente total, menos os valores pagos e recebidos em função da Lei Complementar
no 87 (Lei Kandir) e os valores pagos e recebidos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.
d) Receita corrente total, menos transferências constitucionais.
e) Receita corrente bruta, menos transferências a fundações de apoio a pesquisa.

Vamos ver na LRF, para efeito de cálculo da RCL Municipal, o que deve ser considerado:

Art. 2º, IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
§ 1º Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em
decorrência da Lei Complementar no 87,..., e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.

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a) Errada. As transferências constitucionais não são deduções da RCL no âmbito municipal.


b) Certa. Guarde que as contribuições ao regime próprio de previdência e assistência social
e as compensações relativas à Lei Hauly (compensações financeiras entre Regime Geral de
Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores) são deduções do cálculo da RCL.
c) Errada. Na verdade, as deduções incluem os valores pagos e recebidos referente ao
FUNDEB, conforme ADCT. Confira:

Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o
caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica
e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:
I – a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus
Municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação – FUNDEB, de natureza contábil;

d) Errada. Transferências constitucionais não são deduções da RCL no âmbito municipal.


e) Errada. Diverge do disposto no artigo 2º IV da LRF.
Letra b.

047. (VUNESP/CM-COTIA/CONTADOR/2017) O Anexo de Riscos Fiscais, no qual serão avaliados


os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando
as providências a serem tomadas, caso se concretizem, deverá constar
a) da avaliação de riscos operacionais da entidade.
b) da Lei do Orçamento Anual.
c) da execução fiscal e do cumprimento de metas.
d) da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) do relatório orçamentário.

Essa questão deve ser respondida como base no § 3º do artigo 4º da LRF. Confira:

§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretize.

Letra d.

048. (VUNESP/CM-COTIA/CONTADOR/2017) A despesa corrente derivada de lei, medida


provisória ou ato administrativo normativo, que fixem para o ente a obrigação legal de sua
execução por um período superior a dois exercícios, é considerada
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a) extraorçamentária.
b) restos a pagar.
c) obrigatória de caráter continuado.
d) despesa a empenhar.
e) crédito adicional a empenhar.

A resposta dessa questão está no artigo 17 da LRF. Confira:

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.

Letra c.

049. (CONSULPAM/TCM-PA/CONSELHEIRO/2023) No exercício 2022, uma sociedade de


economia mista recebeu de seu ente controlador o valor de R$ 23.250.431,24, para o
pagamento de despesas com pessoal.
Neste sentido, e considerando a origem e a destinação dos recursos recebidos, é CORRETO
afirmar que tal sociedade é:
a) Uma empresa pública.
b) Uma empresa estatal independente.
c) Uma empresa estatal dependente.
d) Uma empresa governamental.

É uma empresa estatal dependente. Confira na LRF:

Art. 2º, II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

Letra c.

050. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) Previamente à elaboração do orçamento de cada


ano, o Poder Executivo prepara e encaminha para ser discutida no Poder Legislativo a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Neste aspecto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é um
instrumento construído anualmente, visando indicar as prioridades para o exercício financeiro
seguinte e, com isso, orientar a criação da LOA, com base no que foi apontado no PPA.
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A Lei de Responsabilidade Fiscal incorporou ao ordenamento jurídico uma série de novas


atribuições para a LDO. Assinale a alternativa que contenha uma dessas atribuições.
a) Disposições sobre alterações na legislação tributária da União.
b) Política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.
c) Fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira.
d) Estrutura e organização dos orçamentos.

Confira na LRF:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea
b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;

a) Atribuição prevista na CF/1988. Confira:


Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas,
em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

b) Atribuição prevista na CF/1988, conforme dispositivo reproduzido anteriormente.


d) Nada a ver.
Letra c.

051. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) O Anexo de Metas Fiscais foi uma inovação de


Lei de Responsabilidade Fiscal.
A respeito deste, assinale a alternativa CORRETA.
a) Deve conter a avaliação do cumprimento das metas relativas aos três anos anteriores.
b) Integrará o projeto de lei orçamentária anual.
c) Nele serão estabelecidas metas plurianuais, em valores correntes e constantes, relativas
a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.
d) Deve conter a avaliação da situação atuarial do regime geral de previdência social.

Confira na LRF:
Art. 4º, § 2º O Anexo conterá, ainda:
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

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a) Na verdade, as metas são do ano anterior. Confira na LRF:

Art. 4º, § 2º O Anexo conterá, ainda:


I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

b) Na verdade, integram o projeto da LDO. Confira na LRF:

Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

c) Na verdade, as metas são anuais. Confira na LRF:

Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

Letra d.

052. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é um dos


planejamentos mais importantes do governo. Afinal, é a LOA que viabiliza todas as ações
públicas e determina os detalhes de cada repasse do orçamento.
Também é na LOA que fica previsto o orçamento dos valores para pagamento dos precatórios.
Por esse motivo, é fundamental acompanhar a LOA e saber quais as metas, prioridades e
propostas do Poder Público. A respeito da LOA, assinale a alternativa CORRETA.
a) Conterá passivo contingente, cuja forma de utilização e montante, definido com base
na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
b) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada, deverá ser igual
ou inferior a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias.
c) Todas as despesas relativas à dívida pública, exceto mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
d) O refinanciamento da dívida pública constará conjuntamente com a lei orçamentária.

Confira na LRF:

Art. 5º, § 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá
superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação
específica.

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Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Na verdade, conterá reserva de contingência. Confira na LRF:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

c) Na verdade, não tem essa exceção. Confira na LRF:

Art. 5º, § 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.

d) Na verdade, é separadamente. Confira na LRF:

Art. 5º, § 2º O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária


e nas de crédito adicional.

Letra b.

053. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) Para uma estrutura federativa como o Brasil, o


planejamento público estadual e municipal transcende à esfera federal, sendo este processo
tão mais difícil quanto maior a descentralização dos gastos e quanto menor sua padronização.
Neste sentido, uma regra fiscal que estime os gastos e as arrecadações públicas, inclusive
quanto ao alcance das políticas públicas e sociais, é vista como benéfica para a sociedade.
Nesse sentido, é possível identificar um papel próprio para os procedimentos fiscais –
regras e instituições por meio das quais os planejamentos e orçamento são elaborados – na
explicação da dinâmica de gestão dos recursos públicos.
A partir disso, assinale a alternativa CORRETA.
a) A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de
sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para
fins de observância da ordem cronológica.
b) Até quinze dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
c) Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente
para atender ao objeto de sua vinculação, exceto quando em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.
d) No prazo de sessenta dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do
Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária.

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Confira na LRF:

Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de


sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins
de observância da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.

b) Na verdade, é até 30 dias. Confira na LRF:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

c) Não tem essa exceção. Confira na LRF:

Art. 8º, Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele
em que ocorrer o ingresso.

d) Na verdade, é até 90 dias. Confira na LRF:

Art. 9º, § 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central
do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e
cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados
nos balanços.

Letra a.

054. (CONSULPAM/TCM-PA/CONSELHEIRO/2023) A concessão ou ampliação de incentivo


ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes, atender à disposição na LDO e a, pelo menos, uma das
seguintes condições:
a) Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de
receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias.
b) Exposição e justificação da política econômica e financeira do governo.
c) Justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital.
d) Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior.

Confira na LRF as medidas que o ente deve adotar nos casos de renúncia de receita:

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Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I – demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II – estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio
do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo,
majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção
em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.

Letra a.

055. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) De acordo com os dispositivos da Lei de


Responsabilidade Fiscal, considera-se Renúncia de Receita:
a) Crédito presumido.
b) Concessão de imunidade.
c) Concessão de isenção em caráter geral.
d) Cancelamento de débito, cujo montante seja inferior ao respectivo custo de cobrança.

Confira na LRF:

Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:
I – às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da
Constituição, na forma do seu § 1º;
II – ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança

Letra a.

056. (CONSULPAM/TCM-PA/AUDITOR/2023) O pressuposto básico para que os gestores


possam aplicar os recursos públicos de maneira responsável é o uso adequado das
ferramentas de planejamento por meio do estabelecimento de metas fiscais, que forçaram

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os administradores a se comprometer com um padrão mínimo de disciplina fiscal que


não existia anteriormente no país. Portanto, a LRF inova o campo jurídico fiscal pátrio ao
determinar que os entes públicos gerenciem os recursos e os gastos orçamentários do
exercício financeiro, mas também, para um horizonte temporal de curto prazo.
A partir do contexto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva entrar em vigor e nos três posteriores.
b) A estimativa do impacto orçamentário-financeiro será acompanhada das premissas e
metodologia de cálculo utilizadas.
c) É compatível com a lei orçamentária anual e com o Manual Técnico do Orçamento, a despesa
objeto de dotação específica e suficiente, ou que estejam abrangidas por crédito genérico,
de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas
no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
d) É adequado com o plano plurianual e a lei orçamentária anual, a despesa que se conforme
com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não
infrinja qualquer de suas disposições.

Confira na LRF:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia
de cálculo utilizadas.

a) Na verdade, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete


aumento da despesa será acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes.
c) Confira na LRF:

Art. 16, § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:


I – adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou
que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma
espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os
limites estabelecidos para o exercício;

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d) Na verdade, deve ser compatível com o PPA e com a LDO.


Letra b.

057. (CONSULPAM/PREF-IRUÇUBA/ADMINISTRADOR/2022) A Lei complementar 101 de 04


de maio de 2000, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal. A lei de diretrizes orçamentárias – LDO orienta a elaboração de orçamentos
fiscais no âmbito da administração pública e disporá sobre, EXCETO:
a) Equilíbrio entre receitas e despesas.
b) Critérios e forma de limitação de empenho.
c) Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos.
d) Atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Na verdade, essa finalidade é da reserva de contingência. Confira na LRF:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com
base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

As demais estão corretas. Confira os dispositivos da LRF correspondentes:


a) Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da
Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da
Constituição e:
I – disporá também sobre:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na
alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
c) Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da
Constituição e:
I – disporá também sobre:
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos;
Letra d.

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058. (CONSULPLAN/PREF-POA/CONTADOR/2021) A Lei Complementar n. 101/2000, intitulada


Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, estabeleceu os aspectos referentes aos Demonstrativos
Fiscais. Sobre esses demonstrativos, assinale a alternativa correta.
a) O Anexo de Metas Fiscais deve ser anexado ao Plano Plurianual.
b) Mesmo que um risco ocorra todos os anos, ele não deixa de ser risco.
c) O Anexo de Riscos Fiscais deve ser anexado à Lei Orçamentária Anual.
d) A restituição de tributos realizada a maior não é considerada um risco.
e) A ocorrência de uma enchente que não foi planejada constitui um risco.

O disposto na alternativa E está de acordo com o descrito no Manual de Demonstrativos


Fiscais (MDF). Confira:

Os riscos orçamentários referem-se à possibilidade de as obrigações explícitas diretas sofrerem


impactos negativos devido a fatores tais como as receitas previstas não se realizarem ou à
necessidade de execução de despesas inicialmente não fixadas ou orçadas a menor. Como riscos
orçamentários, podem-se citar, dentre outros casos:
e) Ocorrência de epidemias, enchentes, abalos sísmicos, guerras e outras situações de calamidade
pública que não possam ser planejadas e que demandem do Estado ações emergenciais, com
consequente aumento de despesas;

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Na verdade, o Anexo de Metas Fiscais (AMF) integra a LDO.
b) Na verdade, riscos repetitivos deixam de ser riscos. Confira no MDF:

É importante ressaltar que riscos repetitivos deixam de ser riscos, devendo ser tratadas no âmbito
do planejamento, ou seja, devem ser incluídas como ações na Lei de Diretrizes Orçamentárias
e na Lei Orçamentária Anual do ente federativo. Por exemplo, se a ocorrência de catástrofes
naturais – como secas ou inundações – ou de epidemias – como a dengue – tem sazonalidade
conhecida, as ações para mitigar seus efeitos, assim como as despesas decorrentes, devem ser
previstas na LDO e na LOA do ente federativo afetado, e não ser tratada como risco fiscal no
Anexo de Riscos Fiscais.

c) Na verdade, o Anexo de Riscos Fiscais (ARF) integra a LDO.


d) Na verdade, é um risco. Confira no MDF:

Como riscos orçamentários, podem-se citar, dentre outros casos:


b) Restituição de tributos realizada a maior que a prevista nas deduções da receita orçamentária;

Letra e.

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059. (CONSULPLAN/FUNPREV/PROCURADOR/2021) A renúncia compreende anistia, remissão,


subsídio, crédito presumido, rendimento negativo de aplicações financeiras, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos
ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.” Nos
termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, o trecho apresentado é:
a) Verdadeiro, pois corresponde a um dispositivo legal.
b) Falso, pois a remissão não configura renúncia de receita.
c) Falso, pois rendimentos negativos não configuram renúncia de receita.
d) Falso, pois a redução de alíquota não configura renúncia de receita.

Confira na LRF:

Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.

Letra c.

060. (CONSULPLAN/PREF-CAPANEMA/CONTADOR/2020) No decorrer do exercício, é necessário


o acompanhamento da arrecadação das receitas e do nível de execução das despesas, a
fim de monitorar todo o processo de cumprimento das metas de superávit primário. Caso
esse acompanhamento sinalize o não cumprimento das metas estabelecidas, o governo
providenciará:
a) Aumento da previsão de receitas.
b) Aumento das metas de arrecadação.
c) Redução dos limites financeiros e orçamentários.
d) Redução dos limites com gastos com pessoal, somente.
e) Recomposição dos limites do poder executivo, somente.

Caso seja verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, os Poderes e o MP
deverão promover redução dos limites financeiros e orçamentários por meio de limitação
de empenho e movimentação financeira. Confira na LRF:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,

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nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os


critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias

Letra c.

Colega, agora quero pedir um favor:


Avalie nossa aula! É rápido e fácil deixar sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
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Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo. Tenha fé que tudo vai dar certo!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com. Siga-me (profmanuelpinon) no instagran e facebook. Temos
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REFERÊNCIAS

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm

http://www.portaltransparencia.gov.br/

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/

https://www1.siop.planejamento.gov.br/

https://www12.senado.leg.br/orcamento/documentos/legislacao

Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir
Pascoal.

Orçamento Público– Editora Atlas – Autor James Giacomoni.

Finanças Públicas – Editora Campus – Autor Sávio Nascimento.

Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição – Editora Juspodivm – Autor Giovanni


Pacelli.

Orçamento Público (AFO e LRF) – 10ª Edição – Editora Juspodivm – Autor Augustinho
Paludo.

Manual de Direito Financeiro – 9ª Edição – Editora Juspodivm – Autor Harrison Leite.

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