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POLÍTICAS PÚBLICAS E

ANÁLISE DE DADOS
Implementação de Políticas
Públicas

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240112226368

ADRIEL SÁ

Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública


em diversos cursos presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área
administrativa desde 1999 e, atualmente, atuando no Ministério Público Federal.
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina,
com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo
Facilitado” e autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada
em Questões”, ambas publicadas pela Editora Juspodivm.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PATRICK ALLAN FERREIRA ALVES - 13255033632, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Políticas Públicas e Análise de Dados
Implementação de Políticas Públicas
Adriel Sá

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Implementação de Políticas Públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Implementação de Políticas Públicas: Problemas, Dilemas e Desafios: Arranjos
Institucionais para Implementação de Políticas Públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Problemas, Dilemas e Desafios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Exemplos Práticos no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Arranjos Institucionais para Implementação de Políticas Públicas . . . . . . . . 10
1.4. Ouvidorias, Consultas Públicas, Conferências Públicas e Audiências
Públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.5. Consórcios Públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
1.6. Modelos de Implementação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.7. Instrumentos e Alternativas de Implementação, como Fundos,
Consórcios e Transferências Obrigatórias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2. Avaliação de Políticas Públicas: Principais Componentes do Processo de
Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.1. Tipos de Avaliação de Políticas Públicas segundo Rua. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.2. Tipos de Avaliação de Políticas Públicas segundo o Guia Prático de Análise
Ex Post. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.3. Tipos de Avaliação de Políticas Públicas segundo Leonardo Sechi. . . . . . . . . 37
2.4. Avaliação de Larga Escala. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
2.5. Pesquisa e Avaliação Qualitativa e Quantitativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

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APRESENTAÇÃO
Olá, tudo bem com você? Espero que sim! Receba as minhas boas-vindas à nossa aula
sobre o tema “Políticas Públicas”.
Primeiramente, segue lá o meu perfil no Instagram @profadrielsa (https://www.instagram.
com/profadrielsa/), onde compartilho dicas super legais e incríveis mapas mentais para
desmistificar a disciplina de Administração e transformá-la num conteúdo leve para a
sua prova 😉📚
As provas de concursos que cobram o assunto “Políticas Públicas” tendem a avaliar o
conhecimento dos candidatos em diversos aspectos e disciplinas relacionadas ao processo
de formulação, implementação, avaliação e análise das políticas públicas.
Como assim, Adriel? Diversas disciplinas?
A resposta pra essa pergunta envolve assumir que a banca considera diversos temas
esparsos por diversos outros tópicos do edital. Por isso, não se estresse se não seguirmos
exatamente os tópicos do edital. O nosso trabalho quando montamos essa aula foi bem grande,
considerando uma visita a centenas de questões da banca para termos um direcionamento
preciso do que pode vir a ser cobrado em sua prova, ok?
Mais uma vez, fique tranquilo(a)! Temos certeza de que você estará pronto pra resolver
as questões da sua prova! Qualquer dúvida, não hesite em me chamar no fórum dessa
aula, beleza?

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IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

1. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PROBLEMAS,


DILEMAS E DESAFIOS: ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Vamos começar pelo começo?

O CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS é um modelo que descreve as etapas envolvidas no


desenvolvimento e implementação de políticas públicas.
Você já sabe que as bancas quase sempre adotam uma dessas duas possibilidades de
ciclo de políticas públicas:

No entanto, as fases do ciclo de políticas públicas podem variar, a depender do autor


considerado. Observe:

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Saravia e Howlett, Ramesh


Secchi1 Rua3 Procopiuck4 Souza5
Ferrarezi2 e Perl6
(1) (1)
Identificação do Formação da
problema Agenda (1) (1) (1)
(1)
Formação da Definição de Construção da
(2) Iniciação
(2) agenda agenda agenda
Formação da
Elaboração
agenda
(3) (2) (2)
(2)
Formulação de Identificação Formulação da
Estimação
alternativas de alternativas política
(2)
(3)
Formação das (3)
Formulação
alternativas Avaliação das
(Tomada de
(4) e tomada de (3) opções (3)
Decisão)
Tomada de decisão decisão Seleção Tomada de decisão
(4)
Seleção das
opções
(4) (3)
Implementação Implementação
(5) (5) (4) (5) (4)
Implementação Execução (4) Implementação Implementação Implementação
(6) Monitoramento
Acompanhamento
(6) (5)
Avaliação (7) (5) Avaliação (6) (5)
(7) Avaliação Avaliação (6) Avaliação Avaliação
Extinção Conclusão

Lá no edital, na parte de conhecimentos gerais, as seguintes etapas dos ciclos de


políticas públicas consideradas são:
Nessa etapa, ocorre a identificação e seleção dos problemas ou temas que serão tratados
como políticas públicas. É a fase em que determinadas questões são colocadas na pauta
Agenda
do governo, podendo ser resultado de demandas da sociedade, pressões políticas ou
necessidades identificadas pelos governantes.

1
SECCHI, L. Análise de políticas públicas: diagnóstico de problemas, recomendação de soluções. São Paulo: Cengage, 2016.
2
SARAVIA, E.; FERRAREZI, E. Políticas Públicas: coletânea. Volume 1. Brasília: ENAP, 2006, p. 21-42.
3
RUA, M.G. As Políticas Públicas e a Juventude dos Anos 90. CNPD (Comissão Nacional de População e Desenvolvimento),
Jovens Acontecendo na Trilha das Políticas Públicas, Brasília 1998, pp. 731-752.
4
PROCOPIUCK, M. Políticas públicas e fundamentos da administração pública: análise e avaliação, governança e redes de
políticas, administração judiciária. São Paulo: Atlas, 2013.
5
SOUZA, C. Políticas Públicas: Questões Temáticas e de Pesquisa. Caderno CRH 39: 11-24, 2003.
6
HOWLETT, M.; RAMESH, M.; PERL. A. Studying Public Policy: Policy Cycles and Policy Subsystems. Oxford: Oxford University
Press, 2009.

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Nessa etapa, são elaboradas propostas concretas para lidar com os problemas ou temas
identificados na etapa anterior. A formulação das políticas públicas envolve a definição
Formulação
dos objetivos, estratégias, instrumentos e recursos que serão utilizados para solucionar
ou mitigar as questões em questão.
É o momento em que as propostas formuladas passam pelo processo de tomada de
Processos de
decisão. Envolve a análise dos diferentes pontos de vista, a discussão entre os atores
decisão
envolvidos, a negociação de interesses e a definição das alternativas que serão adotadas.
Após a decisão, a política pública entra em fase de implementação. Nesse estágio, são
desenvolvidos os planos, projetos e programas para colocar em prática as ações previstas na
política pública. São definidos os responsáveis pela implementação, os prazos, os recursos
necessários e os mecanismos de acompanhamento.
Planos são documentos (geralmente de longo prazo) que definem os objetivos gerais
da política e as estratégias para alcançá-los. Eles são geralmente elaborados por
órgãos governamentais de alto nível, como o Ministério da Fazenda ou o Ministério
Implementação
do Planejamento.
Projetos são documentos (geralmente de médio prazo) que definem ações específicas
para alcançar os objetivos da política. Eles são geralmente elaborados por órgãos
governamentais de nível intermediário, como secretarias estaduais ou municipais.
Programas são documentos (geralmente de curto prazo) que definem as ações e os
recursos necessários para implementar um projeto. Eles são geralmente elaborados por
órgãos governamentais de nível operacional, como unidades de execução de programas.
Durante e após a implementação da política pública, é necessário acompanhar e avaliar
seus resultados e impactos. O monitoramento busca verificar se as ações estão sendo
Monitoramento
realizadas conforme o planejado, enquanto a avaliação avalia o alcance dos objetivos
e avaliação
propostos e os efeitos da política na sociedade. Essas informações são fundamentais para
o aprimoramento das políticas públicas e a tomada de decisões futuras.

1.1. PROBLEMAS, DILEMAS E DESAFIOS


A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS é um processo complexo e desafiador.
Envolve uma série de atores e fatores, suscetível a uma variedade de problemas, dilemas
e desafios.

1.1.1. PROBLEMAS
Alguns dos problemas mais comuns associados à implementação de políticas
públicas incluem:
As políticas públicas geralmente exigem recursos financeiros, humanos e materiais
Falta de recursos para serem implementadas. A falta desses recursos pode dificultar ou impedir a
implementação eficaz das políticas.
As pessoas podem resistir à mudança, mesmo quando ela é necessária. Essa resistência
Resistência à pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo medo do desconhecido,
mudança falta de confiança nos agentes de mudança ou insegurança sobre os resultados da
mudança.
A implementação de políticas públicas pode envolver a coordenação de diferentes
Conflitos de
atores, cada um com seus próprios interesses. Esses conflitos de interesses podem
interesses
dificultar a tomada de decisões e a execução de ações.

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Complexidade das As políticas públicas são muitas vezes complexas e envolvem uma série de variáveis.
políticas Essa complexidade pode dificultar a compreensão e a implementação das políticas.

1.1.2. DILEMAS
A implementação de políticas públicas também envolve uma série de dilemas, que
são escolhas difíceis que devem ser feitas entre alternativas igualmente desejáveis ou
indesejáveis. Alguns dos dilemas mais comuns associados à implementação de políticas
públicas incluem:
A implementação de políticas públicas pode ser mais eficiente se for direcionada para
Eficiência versus um pequeno grupo de pessoas, mas isso pode prejudicar a equidade. Por outro lado,
equidade a implementação de políticas públicas pode ser mais equitativa se for direcionada
para um grande grupo de pessoas, mas isso pode prejudicar a eficiência.
A implementação de políticas públicas pode ser centralizada no governo federal ou
descentralizada para os governos estaduais ou municipais. A centralização pode
Centralização versus
garantir a uniformidade da implementação, mas pode dificultar a adaptação das
descentralização
políticas às necessidades locais. A descentralização pode facilitar a adaptação das
políticas às necessidades locais, mas pode dificultar a coordenação da implementação.
A implementação de políticas públicas pode ser controlada rigidamente pelo
governo ou ser mais flexível. O controle rígido pode garantir que as políticas sejam
Controle versus implementadas de acordo com as intenções do governo, mas pode dificultar a
flexibilidade adaptação das políticas às mudanças nas circunstâncias. A flexibilidade pode facilitar
a adaptação das políticas às mudanças nas circunstâncias, mas pode dificultar o
controle da implementação.

1.1.3. DESAFIOS
Além dos problemas e dilemas, a implementação de políticas públicas também
enfrenta uma série de desafios, que são fatores externos que podem dificultar ou impedir
a implementação eficaz das políticas. Alguns dos desafios mais comuns associados à
implementação de políticas públicas incluem:
Instabilidade política A instabilidade política pode dificultar a tomada de decisões e a execução de ações.
A crise econômica pode reduzir os recursos disponíveis para a implementação de
Crise econômica
políticas públicas.
A globalização pode dificultar a implementação de políticas públicas nacionais, pois
Globalização
os países estão cada vez mais interconectados.

1.2. EXEMPLOS PRÁTICOS NO BRASIL


No Brasil, a implementação de políticas públicas é um desafio constante. Vejamos
alguns exemplos práticos de problemas, dilemas e desafios associados à implementação
de políticas públicas no Brasil:

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A reforma agrária é uma política pública que visa redistribuir a terra improdutiva para
famílias de agricultores pobres. No entanto, a reforma agrária tem enfrentado grandes
A reforma agrária
dificuldades de implementação no Brasil, devido à resistência dos proprietários de
terras, à falta de recursos e à complexidade da legislação.
A educação pública brasileira é considerada uma das piores do mundo. A implementação
A educação pública de políticas públicas voltadas para a melhoria da educação pública tem enfrentado
dificuldades, devido à falta de recursos, à corrupção e à falta de vontade política.
O sistema de saúde brasileiro é universal, mas o acesso aos serviços de saúde ainda
é desigual. A implementação de políticas públicas voltadas para a redução das
A saúde pública desigualdades no acesso aos serviços de saúde tem enfrentado dificuldades, devido
à falta de recursos, à falta de coordenação entre os diferentes níveis de governo e
à resistência dos setores privados.
A segurança pública brasileira é um problema grave. A implementação de políticas
públicas voltadas para a redução da violência tem enfrentado dificuldades, devido
A segurança pública
à corrupção, à falta de recursos e à falta de integração entre as diferentes forças
de segurança.
O Brasil é um país com grande biodiversidade, mas a proteção ambiental tem
A proteção enfrentado dificuldades. A implementação de políticas públicas voltadas para a
ambiental proteção do meio ambiente tem enfrentado dificuldades, devido à falta de recursos,
à falta de vontade política e à resistência de setores econômicos.

001. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/CGDF/PLANEJAMENTO E


ORÇAMENTO/2023) No que se refere à implementação de políticas públicas, assinale a
opção que apresenta mecanismos eficientes no combate à corrupção.
a) fortalecimento do clientelismo; nepotismo; fortalecimento das práticas de controle
interno e externo; melhorias no acesso às informações públicas
b) fortalecimento do clientelismo; nepotismo; melhorias no acesso às informações públicas;
fortalecimento do princípio da pessoalidade
c) transparência dos atos promovidos pela administração pública; melhorias no acesso às
informações públicas; fortalecimento do princípio da pessoalidade
d) transparência dos atos promovidos pela administração pública; fortalecimento de práticas
de controle interno e externo; melhorias no acesso às informações públicas.

O gabarito é a letra D. A alternativa é a correta porque apresenta mecanismos eficientes


no combate à corrupção na implementação de políticas públicas.
• Transparência: a transparência permite que a sociedade civil tenha acesso às
informações sobre a implementação de políticas públicas, o que facilita o controle
social e a identificação de possíveis irregularidades.

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• Controle interno e externo: o controle interno e externo é fundamental para identificar


e punir irregularidades na implementação de políticas públicas.
• Acesso às informações: o acesso às informações públicas permite que a sociedade civil
participe do processo de implementação de políticas públicas, o que pode contribuir
para a prevenção da corrupção.
Sobre as demais alternativas incorretas:
a) Errada. O fortalecimento do clientelismo e do nepotismo são práticas que podem levar à
corrupção, pois favorecem a nomeação de pessoas sem qualificação ou competência para
cargos públicos.
b) e c) Erradas. Além das alternativas incorretas já mencionadas anteriormente, o
fortalecimento do princípio da impessoalidade (e não pessoalidade) é que é uma medida
importante para o combate à corrupção.
Letra d.

1.3. ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS


PÚBLICAS
A participação social pode oferecer uma série de benefícios para a implementação de
políticas públicas no Brasil.
Por exemplo, a melhor compreensão das necessidades da população. A participação
social pode ajudar a identificar as necessidades reais da população, que podem ser diferentes
das necessidades identificadas pelo governo.
Ainda, temos a maior legitimidade das políticas públicas. A participação social pode
aumentar a legitimidade das políticas públicas, pois elas são mais propensas a ser aceitas
pela população se forem desenvolvidas com a participação da sociedade civil.
Podemos citar, também, a redução da resistência à mudança. A participação social
pode ajudar a reduzir a resistência à mudança, pois os interessados podem se sentir mais
envolvidos no processo e, portanto, mais propensos a apoiar as mudanças.
A melhor coordenação entre os diferentes atores também é um benefício para a
implementação de políticas públicas no Brasil. A participação social pode ajudar a melhorar a
coordenação entre os diferentes atores envolvidos na implementação de políticas públicas,
pois os interessados podem compartilhar informações e experiências.

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1.3.1. CONSELHOS GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS


Os CONSELHOS DE GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS7 correspondem à novidade
mais substantiva das políticas públicas ao longo da década de 1990.
Dotados de caráter interinstitucional, esses conselhos são instrumentos mediadores
da relação Estado-sociedade, sendo compostos tanto por representantes (os conselheiros)
do poder público quanto da sociedade civil organizada. Portanto, são instâncias
institucionalizadas de expressão, de representação e de participação social.
Os conselhos gestores viabilizam a participação de segmentos sociais na formulação,
na implementação e na avaliação de políticas públicas e possibilitam à população o acesso
aos espaços nos quais se tomam as decisões políticas.

O CEBRASPE, em especial, já cobrou várias vezes em suas provas aspectos do Conselho


de Gestão Fiscal (CGF), previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar
101/2000). Vai que a banca CESGRANRIO dê uma passeada nesse assunto... Então, vejamos:

Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade


da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes
de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas
representativas da sociedade, visando a:

7
RUA, M. G.; ROMANINI, R. Para aprender políticas públicas. Brasília: IGEPP, 2013.

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I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;


II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto
público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de
contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar,
normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários
ao controle social;
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
§ 1º O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimento
público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de
desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas
desta Lei Complementar.

002. (CESGRANRIO/ANALISTA/IBGE/GESTÃO E INFRAESTRUTURA/2010) No Brasil,


paralelamente à evolução da Administração Pública de um modelo burocrático para um
modelo gerencial, percebe-se que cada vez mais a população se aproxima dos aparelhos
governamentais. Assim, inicia-se um processo de busca por uma democracia participativa
na qual a população exerce o poder não apenas por meio de seus representantes, mas
também por meio de uma participação direta.
Pode(m) ser considerado(s) instrumento(s) de participação, controle e avaliação social da
ação governamental
a) o Supremo Tribunal Federal.
b) as associações de moradores.
c) os sindicatos.
d) os conselhos de gestão.
e) os Tribunais de Conta.

O gabarito é a letra D. Os conselhos de gestão são órgãos colegiados compostos por


representantes da sociedade civil e do governo. Eles são responsáveis por auxiliar na gestão
de políticas públicas, garantindo a participação da sociedade na tomada de decisões.
Os conselhos de gestão podem ser considerados instrumentos de participação, controle e
avaliação social da ação governamental, pois:

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• Participação: os conselhos permitem que a sociedade civil participe da gestão de


políticas públicas, contribuindo para a definição de objetivos, metas e estratégias.
• Controle: os conselhos podem fiscalizar a execução de políticas públicas, garantindo
que elas sejam realizadas de acordo com os objetivos estabelecidos.
• Avaliação: os conselhos podem avaliar os resultados de políticas públicas, fornecendo
informações para a tomada de decisões.
Análise das demais alternativas incorretas:
a) Errada. O Supremo Tribunal Federal é um órgão do Poder Judiciário, responsável pela
interpretação da Constituição Federal. Ele não é um instrumento de participação, controle
ou avaliação social da ação governamental.
b) Errada. As associações de moradores são organizações da sociedade civil que representam
os interesses de moradores de uma determinada área. Elas podem participar da gestão de
políticas públicas, mas não são órgãos oficiais do governo.
c) Errada. Os sindicatos são organizações da sociedade civil que representam os interesses
de trabalhadores de uma determinada categoria profissional. Eles podem participar da
gestão de políticas públicas, mas não são órgãos oficiais do governo.
e) Errada. Os Tribunais de Conta são órgãos do Poder Legislativo, responsáveis pelo controle
da gestão financeira e orçamentária do governo. Eles podem avaliar a ação governamental,
mas não são instrumentos de participação social.
Letra d.

003. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/


ADMINISTRAÇÃO/2022) Acerca da administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
Constitui exemplo de processo participativo de gestão pública a participação de cidadãos
em conselhos gestores, nos quais pode haver participação paritária de membros do Estado
e da sociedade civil.

Inicialmente, a banca considerou o item como certo. Após recursos, houve anulação do
item. E, de fato, a questão mereceu ser anulada, já que a composição dos conselhos deve
ser de participação paritária, ou seja, deve ocorrer o equilíbrio entre os representantes.
Logo, a expressão “pode haver” acabou comprometendo o julgamento objetivo do item.
Anulado.

004. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA/DP DF/


ADMINISTRAÇÃO/2022) A respeito de transparência, accountability e representação social,
julgue o item subsequente.
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A participação cidadã na gestão pública por meio de conselhos municipais, por exemplo, é
uma estratégia para a promoção da legitimidade das políticas públicas.

Como vimos, o objetivo dos conselhos centra-se na aproximação do Estado e Sociedade,


com foco de integração, participação, fortalecimento, fiscalização e controle de pautas de
efetivação de direitos fundamentais.
No caso dos conselhos municipais, esses são formados, basicamente, por representantes
do Poder Público e da sociedade civil, que contribuem para a definição dos planos de ação
da cidade, através de reuniões periódicas e discussões. Cada conselho atua de maneira
diferente, de acordo com a realidade local e com a sua especificação.
Certo.

005. (CEBRASPE-CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito dos processos participativos


de gestão pública, julgue o próximo item.
O Conselho de Gestão Fiscal (CGF), nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao
institucionalizar a participação da sociedade civil na avaliação da gestão fiscal, constitui
espaço de interseção entre o aparelho administrativo estatal e o público não-estatal, como
um instrumento de controle social do Estado.

Ainda que não tenha sido implementado até o momento, o Conselho de Gestão Fiscal
(CGF) está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Todavia, a questão não entrou nesse
mérito, solicitando apenas informações sobre o que está previsto. Então, segundo a LRF
(Lei Complementar 101/2000), temos:

Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade


da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes
de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas
representativas da sociedade, visando a:
I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;
II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto
público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de
contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar,
normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários
ao controle social;
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
§ 1º O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimento
público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de

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desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas
desta Lei Complementar.
§ 2º Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho (grifei).

Nesse sentido, o CGF é um espaço de interseção entre:


• Aparelho administrativo estatal: “(...) representantes de todos os Poderes e esferas
de Governo, do Ministério Público (...)”; e
• Público não-estatal: “(...) entidades técnicas representativas da sociedade”.
Certo.

1.3.2. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO


O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO surge no país ainda na fase do regime militar instalado
em 1964; no final dos anos 70, experimentos em Lages (SC), Vila Velha (ES) e Pelotas (RS)
tiveram pouca visibilidade, dados as condições restritivas do contexto político.
A previsão constitucional mais evidente desse tipo de participação social está no art.
29, inciso XII, da CF/88:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado
e os seguintes preceitos:
(...)
XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado
do inciso X, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992)
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado
do inciso XI, pela Emenda Constitucional n. 1, de 1992) (grifei)

A partir da promulgação da Constituição de 88, a experiência mais incisiva desse modelo


foi a registrada no município de Porto Alegre (RS), a partir de 1989.
Participação aberta a todos os cidadãos A decisão de alocação de recurso
do município, na implementação de municipal estará sob poder dos indivíduos
Orçamento assembleias onde a atuação da sociedade participantes da sociedade, mas tal
Participativo civil ocorre de forma direta e, em decisão estará firmada junto a critérios
outro momento, através da forma de técnicos e gerais.
representação.

O Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001) foi editado para regulamentar os arts. 182 e
183 da Constituição Federal de 1988, que dispõe, respectivamente, sobre a função social
da propriedade urbana e sobre a função social da propriedade rural. No entanto, temos
diversos dispositivos que se relacionam com o orçamento participativo. Vejamos:

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Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
(...)
II - gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas
dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos,
programas e projetos de desenvolvimento urbano;
(...)
Art. 4º Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
(...)
III - planejamento municipal, em especial:
(...)
f) gestão orçamentária participativa;
(...)
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os
seguintes instrumentos:
I - órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II - debates, audiências e consultas públicas;
III - conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
IV - iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano;
V - (VETADO)
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso
III do art. 4º desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as
propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como
condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal (grifei).

006. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) Em relação


aos processos participativos de gestão pública, julgue o item seguinte.
O orçamento participativo municipal pode ser organizado mediante dois ciclos distintos:
o preparatório e o consultivo.

Fique ligado(a)! Não existe uma receita universal para o funcionamento do orçamento
participativo. Cada situação local será diferente da outra. No entanto, é bem comum o
ciclo envolver discussão, negociação e elaboração do orçamento.
Nesse sentido, vejamos o que prevê o Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001):

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Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do
inciso III do art. 4º desta Lei incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento
anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal. (Grifos nossos)

Por fim, cabe destacar que a banca pode ter usado como base para essa questão o caso
da Prefeitura de Fortaleza que, por meio da Coordenadoria do Orçamento Participativo e
das Secretarias Executivas Regionais, iniciou o processo de construção dos mecanismos
de participação popular na elaboração do PPA, denominado PPA participativo, realizado
em dois ciclos:
• Preparatório: são apresentadas informações sobre o PPA e o planejamento público
municipal;
• Deliberativo: os participantes têm a oportunidade de apresentar propostas de
Programa e Ações para o PPA do município e definir, por meio do voto, as principais
prioridades de cada região e segmento.
Logo, pode ser que além do erro apontado no início do comentário, essa seja a referência
da banca para a questão.
Errado.

1.3.3. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE


PÚBLICO
A denominação TERCEIRO SETOR é conferida às entidades não estatais sem fins lucrativos,
que desenvolvem atividades de interesse público. Nesse universo de pessoas jurídicas de
direito privado, destacam-se as entidades paraestatais. Etimologicamente, paraestatal
é quem se coloca ao lado do Estado, mas não o integra.
Considerando o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE (instrumento
que guiou a reforma administrativa de 1995)e a doutrina, temos a seguinte ideia principal:

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O surgimento do Terceiro Setor possui relação direta com o aumento das carências e
das ameaças de falência do Estado, com a consequente preocupação da iniciativa privada
com essas questões sociais.
As mais importantes entidades paraestatais são as Organizações Sociais (OS) e as
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

007. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/JUDICIÁRIA 2018) Acerca das organizações


da sociedade civil de interesse público (OSCIP) e dos atos administrativos, julgue o
item seguinte.
A concessão, pelo poder público, da qualificação como OSCIP de entidade privada sem fins
lucrativos é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos legais estabelecidos para tal.

Segundo a Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999, para se ter o requerimento de qualificação


como OSCIP aprovado pelo Ministério da Justiça, a entidade deverá preencher certos
requisitos que, uma vez cumpridos, a entidade terá o direito de exigir tal qualificação,
configurando-se, assim, como ato vinculado a concessão dessa qualificação.
Certo.

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1.3.4. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)


No âmbito federal, as ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS), disciplinadas pela Lei 9.637/1998,
são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas, em regra, por
iniciativa de particulares, qualificadas pelo Poder Executivo como OS e cujas atividades
se destinem taxativamente às seguintes atividades:

Nenhuma entidade nasce com o nome de organização social. A entidade é criada como
associação ou fundação e, habilitando-se perante o Poder Público (ato discricionário),
recebe a qualificação. Trata-se de título jurídico outorgado e cancelado pelo Poder Público.

Vejamos as principais características da Organização Social:


Personalidade e É pessoa jurídica de direito privado, criada por particulares sem fins lucrativos.
finalidade
Habilita-se perante a Administração Pública para obter a qualificação de organização
Qualificação social. Uma vez declarada como OS, intitula-se “entidade de interesse social e
utilidade pública”.
Pode atuar nas áreas de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico,
Atuação
proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.
Possui órgão de deliberação superior, com a necessidade da composição por
Composição representantes do Poder Público e membros da comunidade, de notória capacidade
profissional e idoneidade moral.
O contrato de gestão é o instrumento que declara as atribuições, responsabilidades
e obrigações do Poder Público e da organização social, especificando, ainda, o
Acordo programa de trabalho proposto pela organização social, as metas a serem atingidas,
os respectivos prazos de execução, bem como os critérios objetivos de avaliação de
desempenho, inclusive mediante indicadores de qualidade e produtividade.
Supervisão do contrato de gestão pelo órgão ou entidade supervisora da área de
Controle
atuação correspondente à atividade desenvolvida (controle de resultado).
Recursos Recebe recursos orçamentários e bens necessários ao cumprimento da atividade.
Cessão de servidores Aloca servidores públicos, com ônus para o órgão de origem.

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008. (CEBRASPE-CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO/2018)


Considerando-se as novas formas de desestatização da prestação de serviços públicos de
caráter social, as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que, atendidos
os requisitos previstos em lei, firmam parceria com o poder público, por instrumento de
contrato de gestão, para a execução de atividades de interesse público — especialmente
ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio
ambiente, cultura e saúde — recebem a qualificação de
a) agência executiva.
b) fundação pública.
c) organização social.
d) organização da sociedade civil de interesse público.
e) serviço social autônomo.

O gabarito é a letra C.
Analisando o enunciado da questão, temos:
1) pessoas jurídicas de direito privado – excluímos, portanto, a agência executiva, já que
essa é uma qualificação dada a uma entidade autárquica.
2) sem fins lucrativos - todas as alternativas, com exceção da letra A, trazem entidades
sem fins lucrativos.
3) firmam parceria (...) por instrumento de contrato de gestão – Bingo! Já temos o gabarito!
O contrato de gestão é o instrumento destinado (dentre outras coisas) a formalizar a
parceria de uma OS - Organização Social - com o poder público.
Letra c.

1.3.5. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIPS)


As ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIPS), disciplinadas
pela Lei 9.790/1999, regulamentada pelo Decreto 3.100/1999, são constituídas por iniciativa
de particulares, sob o regime jurídico de direito privado e sem o intuito de lucro.
São prestadoras de serviços sociais não exclusivos do Estado, com incentivo e
fiscalização do Poder Público e com vínculo jurídico por meio de Termo de Parceria.
Assim, é fácil verificar que as OSCIPs possuem conceito semelhante ao das OSs. No
entanto, embora organizações assemelhadas, veremos que não são iguais.

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Pontos OS OSCIP
Diploma legal Lei 9.637/1998 Lei 9.790/1999
Personalidade Direito privado Direito privado
Acordo Contrato de Gestão Termo de Parceria
Natureza do acordo Convênio Convênio
Finalidade Entidade sem fins lucrativos Entidade sem fins lucrativos
Qualificação Decreto do Executivo Portaria Ministerial
Cessão de servidores, permissão
Prerrogativas de uso de bens e repasses Não há previsão legal
orçamentários
Remuneração de dirigentes Vedada (inc. VII do art. 3º) Garantida (inc. VI do art. 4º)
Participação do Poder Público no
Obrigatória Facultativa
Conselho de Administração
Ensino, cultura, saúde, pesquisa Promoção: educação gratuita,
científica, desenvolvimento saúde gratuita, cultura,
Área de atuação
tecnológico e preservação do assistência social, assistência
meio ambiente jurídica complementar e outras
Não é proveniente de órgãos da
Podem provir da extinção de
Criação Administração, pois é entidade
instituições públicas
com patrimônio pré-existente
Controle pelo Tribunal de Contas Processos específicos Processos específicos
Responsabilidade Solidária Solidária
Licitação Regulamento próprio Regulamento próprio

009. (CESGRANRIO/ANALISTA/IBGE/GESTÃO EM PESQUISA/2010) João trabalha em uma


Organização da Sociedade Civil de Interesse Público-OSCIP voltada para Programas sociais
e educacionais. Quando há recebimento de verbas públicas ou quando a instituição decide
avaliar um programa social, é realizada uma assembleia para que todos os profissionais
envolvidos participem das tomadas de decisão. Esse modelo de gestão participativa se
caracteriza como um modelo em que os objetivos são
a) alcançados, eliminando-se os processos de planejamento por estarem identificados com
modelos centralizadores.
b) alcançados por meio de um modelo de gestão financeira que prescinde da presença de
cargos de direção.
c) estabelecidos visando ao aumento de produtividade, fazendo com que cada profissional
seja envolvido no projeto e, assim, se comprometa com o sucesso da empresa.

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d) estabelecidos visando ao exercício da autonomia por cada membro da instituição,


segmentando iniciativas, interesses e decisões.
e) estabelecidos a partir do conceito de participação, no qual a formação dos membros
da instituição se processa no exercício da autonomia, sendo compartilhada a tomada de
decisões.

O gabarito é a letra E. A gestão participativa é um modelo de gestão que promove a


participação de todos os membros de uma organização na tomada de decisões.
Nesse modelo, os objetivos são estabelecidos a partir do conceito de participação, no qual
a formação dos membros da instituição se processa no exercício da autonomia, sendo
compartilhada a tomada de decisões.
No caso da OSCIP descrita no enunciado, os objetivos são alcançados por meio da participação
de todos os profissionais envolvidos nas assembleias. Essas assembleias permitem que os
profissionais contribuam para a definição dos objetivos, metas e estratégias da instituição.
As demais alternativas estão incorretas:
a) Errada. A gestão participativa não elimina os processos de planejamento. Pelo contrário,
ela promove a participação dos membros da organização na definição dos objetivos e metas
da organização, o que é um processo de planejamento.
b) Errada. A gestão participativa não prescinde da presença de cargos de direção. Pelo
contrário, ela pode ser implementada em organizações que tenham cargos de direção,
desde que esses cargos sejam compartilhados com os membros da organização.
c) Errada. A gestão participativa não visa apenas ao aumento de produtividade. Ela visa
também a outros objetivos, como a melhoria da qualidade dos serviços prestados, a
satisfação dos clientes e a sustentabilidade da organização.
d) Errada. A gestão participativa não visa ao exercício da autonomia por cada membro da
instituição de forma segmentada. Pelo contrário, ela visa à construção de uma autonomia
compartilhada, na qual todos os membros da organização trabalham juntos para alcançar
os objetivos comuns.
Letra e.

010. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/CGM JOÃO PESSOA/


AUDITORIA, FISCALIZAÇÃO, OUVIDORIA E TRANSPARÊNCIA/GERAL/2018) No tocante às
organizações da sociedade civil de interesse público e aos consórcios públicos, julgue o
item subsequente.
O instrumento que estabelece o vínculo entre o poder público e as organizações da sociedade
civil de interesse público é o termo de parceria.

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O Terceiro Setor é um setor integrado por pessoas jurídicas de direito privado e sem fins
lucrativos. Essas pessoas formalizam parcerias com o Estado, para o desempenho de
atividades de interesse coletivo. Nesse sentido, podem ser mencionadas as OSCIPs.
Em se tratando do termo de formalização com o Estado, as OSs acham-se aptas à celebração
de contratos de gestão e as entidades de apoio de convênios. As OSCIPs, por sua vez,
devidamente qualificadas pelo Ministério da Justiça, podem vir a celebrar o termo de
parceria.
Certo.

1.3.6. AGÊNCIAS REGULADORAS OU CONTROLADORAS


As AGÊNCIAS REGULADORAS são entidades encarregadas da fiscalização e do controle
de determinadas atividades ou setores.
Tendo em vista necessitarem de uma maior autonomia para exercer as atividades de
fiscalização e controle, as agências reguladoras existentes em nosso ordenamento são
instituídas sob a forma de autarquias em regime especial.
As principais características das agências reguladoras estão ligadas, diretamente, à
autonomia e aos poderes a elas atribuídos:
• Possuem autonomia em sua gestão;
• Não estão subordinadas hierarquicamente a qualquer instância de governo;
• Suas decisões não estão sujeitas a revisão, ressalvada a apreciação judicial e o
recurso hierárquico impróprio (O recurso hierárquico impróprio é aquele endereçado
à autoridade administrativa que não é hierarquicamente superior àquela que editou
o ato administrativo);
• A indicação de seus dirigentes deve ser pautada por critérios técnicos;
• Possuem a prerrogativa de aplicar sanções, tais como advertências, multas ou
cassação de licenças.

011. (CEBRASPE-CESPE/ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO/ANP/PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS


I/2022) Determinada agência reguladora celebrou contrato administrativo com empresa
prestadora de serviços contínuos em regime de dedicação exclusiva de mão de obra. João,
empregado da empresa contratada, alegando que algumas verbas trabalhistas não foram
pagas, requereu seu adimplemento à agência reguladora.

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Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se seguem.


A agência reguladora, entidade da administração pública indireta, é considerada uma
autarquia especial.

A Lei 13.848/2019 consagrou essa natureza especial das agências reguladoras:

Art. 2º [...]
Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto nesta
Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências reguladoras e
criadas a partir de sua vigência.
Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de
tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e
financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos,
bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua
implementação.

Certo.

1.3.7. AGÊNCIAS EXECUTIVAS


As AGÊNCIAS EXECUTIVAS foram introduzidas em nosso ordenamento jurídico com a
Lei 9.649, de 1998, que estabeleceu a possibilidade das autarquias e fundações públicas
firmarem contrato de gestão com o poder público e, assim, se qualificarem como agências
executivas.
Dessa forma, podemos concluir que tais agências nada mais são do que uma faculdade
conferida às autarquias e às fundações públicas de se submeterem a um regime
diferenciado, aumentando a produtividade e a eficiência de sua gestão.
Normalmente, a qualificação como agência executiva é feita por meio de decreto
expedido pelo chefe do Poder Executivo.

Para se qualificar como agências executivas, as autarquias e fundações devem atender a


dois requisitos:
1) Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em
andamento;
2) Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo ministério superior, que terá
periodicidade mínima de 1 ano e estabelecerá os objetivos, metas e indicadores de
desempenho da entidade.

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Vejamos as principais diferenças entre as agências executivas e as agências reguladoras.


Agências executivas Agências reguladoras
É uma qualificação jurídica atribuída às autarquias São autarquias em regime especial
e fundações públicas
Objetiva aumentar a eficiência e a produtividade Objetiva conferir maior autonomia e poder às
das entidades entidades
Reguladas por norma específica Conceito atribuído pela doutrina
Não existe uma área específica em que elas atuam Atuam especificamente na área da regulação
São qualificadas por meio de decreto Não é uma qualificação, sendo que a própria lei que
cria a autarquia estabelece o nível de autonomia
da entidade

012. CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) No que diz


respeito às mudanças institucionais ocorridas no setor público, julgue o item subsequente.
Agência executiva constitui qualificação concedida, por decreto do chefe do Poder Executivo
específico, a autarquias e fundações públicas responsáveis por atividades e serviços exclusivos
do Estado.

Agência Executiva é a denominação dada à qualificação concedida, por decreto específico,


às autarquias ou fundações que celebrem contrato de gestão com a Administração a que
se achem vinculadas, para melhorar a eficiência e reduzir custos.
Decreto n. 2.487, de 2 de fevereiro de 1998:

Art. 1º As autarquias e as fundações integrantes da Administração Pública Federal poderão,


observadas as diretrizes do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, ser qualificadas
como Agências Executivas.
§ 1º A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva poderá ser conferida
mediante iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do Ministério da Administração Federal
e Reforma do Estado, que verificará o cumprimento, pela entidade candidata à qualificação, dos
seguintes requisitos:
a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor;
b) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional, voltado para a
melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos, já concluído ou em andamento.

Certo.

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1.4. OUVIDORIAS, CONSULTAS PÚBLICAS, CONFERÊNCIAS PÚBLICAS E


AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
As OUVIDORIAS são canais de comunicação entre o cidadão e a administração pública,
objetivando receber manifestações, sugestões, reclamações, denúncias e elogios. É um
instrumento que se baseia na gestão ética, democrática e transparente.
Como exemplo, citamos a ouvidoria do Ministério Público Federal (MPF), a quem compete
receber, analisar e dar o encaminhamento devido às manifestações acerca das atividades
desenvolvidas pelos órgãos, membros, servidores e serviços auxiliares do MPF.
O processo de CONSULTA PÚBLICA é aquele pelo qual a Administração submete um
projeto de lei, de decreto, ou mesmo um pacote de medidas, à manifestação de qualquer
pessoa. É uma ação caracterizada pela formalidade.
As CONFERÊNCIAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS são definidas como espaços institucionais
(ou seja, espaços oficiais) de participação e deliberação acerca das diretrizes gerais de
uma determinada política pública. Geralmente, ocorrem com periodicidade específica
(geralmente bianual) nos quais as principais questões e direcionamentos normativos de
áreas temáticas em políticas públicas são determinadas.
Uma AUDIÊNCIA PÚBLICA é uma reunião pública informal, ou seja, um instrumento
de participação popular, garantido pela Constituição Federal de 1988. É um espaço onde
os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário podem expor um tema ou debater com a
população sobre a formulação de uma política pública, a elaboração de um projeto de lei ou
a realização de empreendimentos que podem gerar impactos à cidade, à vida das pessoas
e ao meio ambiente.
Em suma, temos:
Instrumento Conceito Exemplo
Canal de comunicação entre o cidadão Um cidadão entra em contato com a ouvi-
e a administração pública, objetivando doria do INSS para fazer uma reclamação
Ouvidoria
receber manifestações, sugestões, re- sobre um atendimento prestado.
clamações, denúncias e elogios.
Processo de consulta pública é aquele O governo realiza uma consulta pública
pelo qual a Administração submete um online sobre um projeto de lei para que
projeto de lei, de decreto, ou mesmo os cidadãos expressem suas opiniões e
Consulta pública um pacote de medidas, à manifestação sugestões sobre o assunto, influenciando
de qualquer pessoa. na tomada de decisões.
É uma ação caracterizada pela forma-
lidade.

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Instrumento Conceito Exemplo


Espaço institucional (oficial) de partici- Uma conferência municipal é realizada
pação e deliberação acerca das diretri- para discutir políticas de educação, onde
zes gerais de uma determinada política representantes do governo, educadores,
pública. estudantes e pais se reúnem para propor
Conferência pública Geralmente, ocorrem com periodicidade soluções e melhorias para o sistema de
específica (geralmente bianual) nos quais ensino.
as principais questões e direcionamentos
normativos de áreas temáticas em polí-
ticas públicas são determinadas.
Espaço mais informal (quando compara- Uma audiência pública é convocada para
da à consulta pública) onde os Poderes discutir a construção de uma nova es-
Executivo, Legislativo e Judiciário podem trada em uma determinada região. Os
expor um tema ou debater com a popu- moradores locais têm a oportunidade
Audiência pública lação sobre a formulação de uma política de expressar suas preocupações, sugerir
pública, a elaboração de um projeto de alternativas e influenciar a decisão final
lei ou a realização de empreendimentos em relação ao projeto.
que podem gerar impactos à cidade, à
vida das pessoas e ao meio ambiente.

013. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/ADMINISTRA-


ÇÃO/2022) Julgue o próximo item, que dizem respeito às principais abordagens da admi-
nistração, à transparência na administração pública, aos processos participativos de gestão
pública e ao plano de reforma do aparelho do Estado.
Considere-se que o governo do estado de Santa Catarina pretenda realizar encontros
presenciais para ouvir as opiniões e demandas populares referentes ao tema preservação
das florestas. Nessa situação, no contexto dos processos participativos de gestão pública,
a iniciativa adequada é a constituição de um conselho de política pública.

Note que o enunciado fala em “ouvir as opiniões e demandas populares”. Vimos que é a
audiência pública que tem a finalidade de ser um espaço onde o Poder Público pode expor
um tema ou debater com a população. Possui um caráter mais informal.
Na audiência pública, a sociedade é chamada a participar do processo decisório sobre algo
que é de interesse coletivo, mas quem tem o poder de decisão sobre aquela matéria é a
autoridade pública correspondente.
Diferentemente, um conselho de política pública é mais formal, sendo uma instância
institucionalizada de expressão, de representação e de participação social. Em comparação

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com uma audiência pública, é possível afirmar que essa instância possui maior poder
deliberativo e até de influenciar decisões no âmbito das políticas públicas.
Errado.

014. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO (SUFRAMA/GERAL/2014)


Julgue o item seguinte, relativo aos processos participativos de gestão pública.
As conferências públicas destinam-se a críticas, sugestões, reclamações e denúncias
individuais em relação às ações do Estado.

O item apresenta, na verdade, o conceito de ouvidorias, e não de conferências públicas.


Errado.

1.5. CONSÓRCIOS PÚBLICOS


Com a Lei 11.107/2005, foram inauguradas as normas gerais de contratação de consórcios
públicos. Em âmbito federal, a matéria foi regulamentada pelo Decreto 6.017/2007.
Então, a não ser que seu edital contemple esse assunto na disciplina de Direito
Administrativo, não sugiro que você estude essas normas, mas apenas se atenha aos aspectos
conceituais. Isso porque esse assunto é raro ser cobrado na disciplina de Administração,
sendo quase sempre objeto de cobrança quando mencionado no conteúdo programático
de Direito Administrativo.
Antes do advento da lei, a doutrina nacional só reconhecia a figura do consórcio
administrativo, firmado entre entidades de idêntica natureza, por exemplo, Município
versus Município, Estado versus Estado, autarquia versus autarquia, para a realização de
objetivos de interesse comum.
Do mesmo modo, há a possibilidade de acordo entre entidades federativas de níveis
diversos, como um Estado-membro e um Município; entretanto, sendo uma avença entre
entidades diversas, nominou-se de convênio, e não de consórcio.
Tanto os consórcios administrativos como os convênios não adquiriam personalidade
jurídica. Na lição de Hely Lopes Meirelles8, como os consórcios não assumiam personalidade
jurídica, portanto incapazes para assumir direitos e obrigações em nome próprio, era
conveniente a “organização de uma entidade civil ou comercial, paralela, que administrasse
os seus interesses e realizasse seus objetivos como desejado pelos consorciados”.

8
MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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Ainda, na visão do autor, os consórcios não se confundem com as regiões metropolitanas


(§ 3º do art. 25 da CF/1988), primeiro porque essas não adquirem personalidade jurídica,
segundo porque as tais regiões assumem compromissos genéricos.
Agora, a respeito da figura CONSÓRCIO PÚBLICO, vejamos o art. 241 da CF/1988:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei
os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a
gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.

O ponto de partida é ter ideia precisa do conceito de gestão associada de serviços


públicos. Refere-se à execução, por meio de cooperação federativa, de toda e qualquer
atividade ou obra com o objetivo de permitir aos usuários o acesso a um serviço público
com características e padrões de qualidade determinados pela regulação ou pelo contrato
de programa, inclusive quando operada por transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos (inc. XIII do
art. 2º do Decreto 6.017/2007).
Ao estabelecer que os entes federados “disciplinarão por meio de lei os consórcios e os
convênios de cooperação”, o art. 241 da CF/1988 deixou a impressão de que cada ente teria
competência para legislar sobre a matéria. Ocorre que a formalização de consórcios públicos
envolve a participação de diferentes pessoas jurídicas públicas; logo, fez-se necessária uma
lei de âmbito nacional estabelecendo as normas gerais, editada com fundamento no inc.
XXVII do art. 22 da CF/1988.
Assim, em 6 de abril de 2005, foi promulgada a Lei 11.107, estabelecendo as normas
gerais sobre a constituição de pessoa jurídica por entes federativos em conjunto.

A Lei 11.107/2005 é lei nacional. Editada pela União, a norma estende seus efeitos a todos
os entes políticos, o que não afasta, sobremaneira, a competência de os demais entes
legislarem sobre o tema, os quais, porém, deverão adaptar as legislações próprias às
diretrizes gerais da União.

Considerando a citada norma, os CONSÓRCIOS PÚBLICOS são associações públicas


ou civis, respectivamente, com a personalidade de direito público ou de direito privado,
formadas exclusivamente por pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios), criadas ou autorizadas mediante lei, para a gestão associada de serviços públicos.

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Sobre o tema, o § 1º do art. 4º da Lei dispõe que a área de atuação do consórcio público,
independentemente de figurar a União como consorciada, corresponderá à soma dos
territórios:
• dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios
ou por um Estado e Municípios com territórios nele contidos;
• dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for,
respectivamente, constituído por mais de um Estado ou por um ou mais Estados e
o Distrito Federal; e
• dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito
Federal e os Municípios.
A par dessas conjugações, analisemos algumas das possíveis formações:
1) União + Estado de RR;
2) Estado do AC + Estado do AM;
3) Estado de MG + Município do PA;
4) Estado do RJ + Município do RJ;
5) Distrito Federal + Estado de GO;
6) União + Município da BA.
Dentre as formações, são vedadas as de n.s 3 e 6.
A proibição de n.º 6 é encontrada, literalmente, na Lei, que veda à União o ingresso
em consórcios públicos em que não participe o Estado em cujo território esteja situado
o Município consorciado (§ 2º do art. 1º). No caso, a União só poderia consorciar com o
Município da BA, se o Estado da Bahia participasse formalmente.
Por sua vez, a vedação de n.º 3 só pode ser visualizada a partir da leitura das razões do veto
presidencial. A ideia inicial era a de permitir o consorciamento entre Estados e Municípios de
outros Estados que mantivessem uma relação de vizinhança (fossem contíguos), para que o
Estado auxiliasse o Município em solução integrada para algumas de suas políticas públicas.
Como a redação não fez registro à contiguidade, a sua manutenção tornou-se perigosa
para a paz federativa, uma vez que um Estado poderá interferir nos assuntos municipais
de outro Estado sem ter, ao menos, uma relação de vizinhança que legitime a sua ação.

Os consórcios públicos são ajustes formalizados mediante contratos administrativos


celebrados por apenas entes políticos. Ou seja, não existem consórcios públicos celebrados
entre entes administrativos (autarquias, fundações e empresas governamentais) ou com
a participação destes e os entes federados.

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Portanto, com a Lei 11.107/2005, temos os seguintes instrumentos de cooperação:


• Consórcio administrativo: acordo de vontades entre pessoas jurídicas públicas de
mesma natureza e mesmo nível de governo ou, ainda, acordo de vontades entre
entidades da administração indireta para a consecução de objetivos comuns.
• Convênio: acordo de vontades entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas
para a realização de objetivos de interesse comum, mediante colaboração mútua.
• Consórcio público: associações públicas ou civis, respectivamente, com a personalidade
de direito público ou de direito privado, formadas exclusivamente por pessoas jurídicas
políticas (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), criadas ou autorizadas
mediante lei, para a gestão associada de serviços públicos.

1.6. MODELOS DE IMPLEMENTAÇÃO


MODELOS DE IMPLEMENTAÇÃO são ferramentas que ajudam a compreender como as
políticas públicas são implementadas. Eles podem ser usados para descrever as diferentes
etapas do processo de implementação, como a definição de objetivos, a alocação de recursos,
a coordenação entre os atores envolvidos e o monitoramento e avaliação dos resultados.
Para Rua e Romanini (2013)9, a implementação de políticas públicas é analisada por
três modelos:
Estabelece que formulação e implementação são etapas rigorosamente separadas
e diferenciadas, seja porque envolve atores diferentes, seja porque envolve distintos
Top-down (de cima graus de autoridade e de complexidade.
para baixo, iterativo) Neste modelo, os políticos formulam e decidem, e comandam os burocratas, que
executam as suas decisões, implementando a política.
Aqui temos um fluxo formulação - implementação.
Propõe que a política seja concebida a partir da base, das percepções das demandas
e das experiências de resolução dos problemas desenvolvidos pelos atores situados
Bottom-up (de
nos escalões inferiores da Administração (chamados burocratas no nível de rua).
baixo para cima,
As práticas estabelecidas a partir da base seriam institucionalizadas nos níveis
interativo)
superiores, consolidando-se como política pública.
Aqui temos um fluxo implementação - formulação.
Não há um fluxo único nem da formulação para a implementação (modelo top-
down), nem desta em direção à formulação (modelo bottom-up).
Em lugar disso, haveria um processo complexo, de idas e vindas, entre as diversas
Interativo-iterativo
fases do ciclo, dando origem a várias etapas de decisão, que iriam sendo reformuladas
conforme as reações dos diversos atores à agenda que se formou, ao curso assumido
pelas decisões e aos impactos da implementação.

9
RUA, M. G.; ROMANINI, R. Para aprender políticas públicas. Brasília: IGEPP, 2013.

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1.7. INSTRUMENTOS E ALTERNATIVAS DE IMPLEMENTAÇÃO, COMO FUNDOS,


CONSÓRCIOS E TRANSFERÊNCIAS OBRIGATÓRIAS
Já sabemos que os INSTRUMENTOS E ALTERNATIVAS DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS são os meios utilizados para colocar em prática as ações e objetivos definidos na
fase de formulação. Eles são essenciais para o sucesso das políticas públicas, pois determinam
como os recursos serão alocados, as atividades serão executadas e os resultados serão
alcançados.
No entanto, nesse tópico vamos analisar três deles especificamente: fundos, consórcios
e transferências obrigatórias.
• Fundos: os fundos são recursos financeiros destinados a financiar políticas públicas
específicas. Eles podem ser criados por lei ou por decreto e podem ser administrados
pelo governo federal, estadual ou municipal. Os fundos podem ser utilizados para
financiar uma ampla gama de atividades, como a construção de obras públicas, a
prestação de serviços sociais ou a realização de pesquisas científicas.
• Consórcios: os consórcios são associações públicas ou civis, respectivamente, com a
personalidade de direito público ou de direito privado, formadas exclusivamente por
pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), criadas
ou autorizadas mediante lei, para a gestão associada de serviços públicos.
Sobre o tema, o § 1.º do art. 4.º da Lei dispõe que a área de atuação do consórcio
público, independentemente de figurar a União como consorciada, corresponderá à soma
dos territórios:
• dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios
ou por um Estado e Municípios com territórios nele contidos;
• dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for,
respectivamente, constituído por mais de um Estado ou por um ou mais Estados e
o Distrito Federal; e
• dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito
Federal e os Municípios.
A par dessas conjugações, analisemos algumas das possíveis formações:
1. União + Estado de RR;
2. Estado do AC + Estado do AM;
3. Estado de MG + Município do PA;
4. Estado do RJ + Município do RJ;
5. Distrito Federal + Estado de GO;
6. União + Município da BA.

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Dentre as formações, são vedadas as de nºs 3 e 6.


• Transferências obrigatórias: as transferências obrigatórias são recursos financeiros
transferidos de um ente federado para outro, em cumprimento a uma obrigação
legal. Elas são uma forma de redistribuição de recursos entre os entes federados. As
transferências obrigatórias podem ser utilizadas para financiar políticas públicas de
interesse nacional, como a educação e a saúde.

2. AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: PRINCIPAIS


COMPONENTES DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Esse tema já está incluso lá na aula disponibilizada no conteúdo de conhecimentos gerais,
tá? Vou colocar aqui uma segue uma síntese do que vimos por lá! Se você já estudou e se
sente seguro em relação aos temas, siga para a próxima aula. Se não, fique aqui e vamos
revisar juntos!
A AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS consiste na mensuração e análise dos efeitos
produzidos ou a serem produzidos na sociedade pelas políticas públicas. Ela confronta os
resultados alcançados com os objetivos e metas previamente estabelecidos.
Os autores Secchi, Coelho e Pires10 destacam que a avaliação de uma política pública
compreende a definição de:
Servem como base para escolhas ou julgamentos. Os principais critérios utilizados
para as avaliações das políticas públicas na visão dos autores são:
Eficiência administrativa: corresponde ao nível de conformidade (compliance) da
implementação a regras preestabelecidas.
Critérios • Eficiência econômica: trata da relação entre produtividade (outputs) e recursos
utilizados (inputs).
• Efetividade: corresponde aos resultados sociais (outcomes) com a redução do
problema e a geração de valor para a população.
• Economicidade: refere-se ao nível de utilização de recursos (inputs).
Artifícios (proxies) utilizados para medir os inputs (recursos utilizados), os outputs
Indicadores
(produtividade) e os resultados (outcomes).
Parâmetros ou performance (standards) que dão uma referência comparativa aos
Padrões
indicadores.

10
SECCHI, L.; COELHO, F. de S.; PIRES, V. Políticas Públicas: conceitos, casos práticos, questões de concursos. São Paulo: Cen-
gage Learning Brasil, 2019.

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2.1. TIPOS DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SEGUNDO RUA11


As diversas tipologias permitem discriminar as avaliações conforme critérios ou pontos
de vista. Por ser uma classificação bastante ampla, vamos considerar o magistério de Maria
das Graças Rua.

2.1.1. CONFORME O FOCO OU OBJETO


Avaliação jurídica Corresponde ao exame da conformidade dos atos do gestor em relação à lei, na
ou avaliação de condução da política pública, programa ou projeto.
conformidade
Refere-se ao que se faz com relação a uma política, programa ou projeto. Compreende
dois subtipos:
• Institucional: tem como finalidade apreciar em que medida uma instituição realiza
a missão que lhe foi atribuída, mediante a consecução dos seus objetivos e o
Avaliação de
cumprimento de suas metas.
desempenho
• Pessoal: destina-se a averiguar em que medida cada indivíduo em uma instituição
cumpre suas atribuições e contribui para o alcance dos objetivos e metas da
instituição. Também focaliza a produtividade do desempenho pessoal e a qualidade
dos serviços prestados.
Avaliação de Significa o conjunto de ações destinadas a produzir um bem ou serviço ou a
processo desencadear alguma mudança numa dada realidade.
É toda avaliação cujo foco recai sobre os produtos de uma política, programa ou
projeto, em suas várias dimensões. São modalidades dessa classificação:
• Avaliação de resultados: tem por objeto os resultados, também chamados de
outputs, significando bens ou serviços de um programa ou projeto que são
necessários para que seus objetivos finais sejam alcançados. Mas, também, pode
focalizar os resultados obtidos com uma política, programa ou projeto, indicados
Avaliação de produto como seus objetivos de curto prazo ou intermediários, chamados de “outcomes”.
• Avaliação de impactos: trata-se de avaliação de um ou mais resultados de médio
ou longo prazo, definidos como impactos, ou seja, consequências dos resultados
imediatos.
• Avaliação de qualidade: o produto pode ser avaliado, também, quanto à sua
qualidade. Ou seja, a capacidade de um bem ou serviço atender às expectativas
do seu público-alvo.

2.1.2. CONFORME O MOMENTO


É uma forma de avaliação que ocorre antes da implementação de uma política
pública.
É realizada durante a fase de formulação da política, com o objetivo de analisar
Avaliação ex ante
as possíveis consequências e impactos da política proposta.
A avaliação ex ante ajuda a identificar as lacunas, riscos e desafios que podem surgir
na implementação, permitindo ajustes e melhorias antes do início efetivo da política.

11
RUA, M.G. As Políticas Públicas e a Juventude dos Anos 90. CNPD (Comissão Nacional de População e Desenvolvimento),
Jovens Acontecendo na Trilha das Políticas Públicas, Brasília 1998, pp. 731-752.

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É uma forma de avaliação que acontece durante o processo de implementação


Avaliação da política pública.
meio-termo ou É realizada em um ponto intermediário do ciclo de políticas, permitindo analisar
intermediária o progresso, o alcance dos objetivos intermediários e os desafios encontrados
(itinere ou até o momento.
formativa) A avaliação meio-termo fornece informações valiosas sobre o desempenho e eficácia
da política em andamento, permitindo correções de curso e ajustes na implementação.
É uma forma de avaliação que ocorre após a implementação de uma política pública.
É realizada quando a política já está em vigor e visa avaliar seus resultados,
efeitos e impactos alcançados.
Avaliação ex post ou
A avaliação ex post analisa se a política atingiu seus objetivos, se os resultados foram
somativa
satisfatórios e se houve impactos desejáveis ou indesejáveis. Essa avaliação fornece
informações importantes para a prestação de contas, aprendizado e tomada de
decisões futuras sobre a continuidade ou reformulação da política.

2.1.3. CONFORME A FINALIDADE OU FUNÇÃO


Corresponde ao exame da aderência à lei dos atos normativos da política pública,
Avaliação de do programa ou do projeto e também dos atos do gestor na condução das suas
conformidade atividades, inclusive, na gestão da “coisa pública”. Também é conhecida como avaliação
de accountability.
Também conhecida como retroalimentadora, tem por função proporcionar
Avaliação formativa informações úteis com o propósito de aperfeiçoamento e atualização contínua
dos programas ou projetos (avaliação ex ante ou avaliação intermediária).
Tem por função subsidiar decisões finais sobre a continuidade ou não de um programa
ou um projeto associado à determinada política pública, como redimensionamento
Avaliação somativa
do público-alvo, mitigação de efeitos colaterais, etc. (avaliação intermediária, desde
que em estágios avançados, e avaliação ex post).

2.1.4. CONFORME A ORIGEM DA EQUIPE


É aquela em que a intervenção (política pública, programa ou projeto) é avaliada
Avaliação interna
por uma equipe envolvida com sua implementação.
É aquela realizada por uma equipe que não possui envolvimento com a
Avaliação externa
implementação da política pública, do programa ou do projeto.
É aquela conduzida por uma equipe interna em parceria com outra externa. As
duas formulam o plano de avaliação e constroem os instrumentos avaliativos juntas.
Avaliação mista Em seguida, separam-se para aplicar os instrumentos e analisar os dados. Depois,
unem-se novamente para comparar suas conclusões e chegar a um termo comum,
mesmo que existam discrepâncias em seus achados.

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2.2. TIPOS DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SEGUNDO O GUIA PRÁTICO


DE ANÁLISE EX POST12
Engloba a análise da teoria do programa, verificando a sua consistência e lógica, ou
Avaliação de
coerência interna. Trata-se de um processo analítico para identificar a existência
desenho
de erros ou falhas no desenho e propor mudanças a fim de superá-los.
Permite, de forma prática e rápida, identificar em qual elemento ou em qual processo
Avaliação executiva
da cadeia de valor da política há maior chance de ocorrerem aprimoramentos.
Avaliação de Busca identificar se a execução das políticas públicas vem ocorrendo conforme os
implementação normativos existentes e o desenho estabelecido (ou seja, identifica se a execução
ou avaliação de obedece ao desenho formulado e atenta para a transformação de insumos em
processos produtos para a população).
Avaliação de Diz respeito à análise das estruturas, das funções, dos processos e das tradições
governança da organizacionais para garantir que as ações planejadas (políticas) sejam executadas
política pública de tal maneira que atinjam seus objetivos e resultados de forma transparente.
Avaliação de Ajuda a responder se há variáveis de resultados e de impactos da política definidas,
resultados mensuráveis e disponíveis.
É um tipo de avaliação que busca demarcar, na vida dos beneficiários, a diferença
Avaliação de impacto
atribuída à política de forma inequívoca.
Abordagem da É uma das formas disponíveis para se responder sobre o retorno econômico e
avaliação econômica social da política.
apresentada
É uma abordagem que utiliza metodologias estatísticas e econométricas para
Análise de eficiência
mensurar a eficiência técnica dos gastos setoriais e temáticos.

12
Avaliação de políticas públicas: guia prático de análise ex post. Volume 1. Casa Civil da Presidência da República. Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Ipea, 2018.

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Resumindo um pouco mais as principais classificações apresentadas, temos:

2.3. TIPOS DE AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SEGUNDO LEONARDO


SECHI13
Ocorre antes da implementação, normalmente durante o próprio processo de
Avaliação ex-ante formulação, quando o tomador de decisão faz projeções, predições ou conjecturas
das diferentes alternativas propostas.
Avaliação in itinere É o chamado monitoramento, que ocorre durante o próprio processo de
ou formativa implementação.
Avaliação ex-post ou Ocorre depois do processo de implementação. Nesse momento, normalmente,
somativa define-se a continuidade, a reestruturação ou a extinção de uma política pública.

Como disse anteriormente, na nossa aula de políticas públicas, que vimos lá no conteúdo
de conhecimentos gerais, estudamos todos os pormenores da etapa de avaliação de
políticas públicas. Inclusive, vimos os tipos Análise Custo-Benefício (ABC), Análise Custo-
Efetividade (ACE) e Análise de impactos.
No tópico a seguir, nosso objetivo é a analisar os listados no edital, quais sejam: Avaliação
de escala e Pesquisa e Avaliação Qualitativa e Quantitativa.

13
SECCHI, L. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

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2.4. AVALIAÇÃO DE LARGA ESCALA


As avaliações de políticas públicas em LARGA ESCALA (também chamadas de avaliação
externas) são pesquisas que coletam dados sobre o impacto de uma política pública em
um grande número de pessoas. Esses dados são usados para avaliar se a política está
alcançando seus objetivos e para identificar áreas de melhoria.
As avaliações de políticas públicas em larga escala podem ser usadas para avaliar uma
ampla gama de políticas, incluindo políticas educacionais, políticas de saúde, políticas
sociais e políticas econômicas. Elas podem ser usadas para avaliar o impacto de uma política
nova ou existente, ou para comparar o impacto de diferentes políticas.
Vejamos alguns exemplos de avaliações de políticas públicas em larga escala:
• O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEBSAEB) avalia o desempenho
dos alunos da educação básica brasileira.
• O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEBIDEB) é um indicador que agrega
dados do Saeb para avaliar o desempenho das escolas e dos sistemas de ensino.
• O Programa BOLSA FAMÍLIA avalia o impacto do programa no combate à pobreza e
à desigualdade.

2.5. PESQUISA E AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA


A PESQUISA E A AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA são duas abordagens
complementares que podem ser usadas para investigar políticas públicas.
• Pesquisa qualitativa é uma abordagem que se concentra na compreensão do
significado e da experiência humana. Ela geralmente usa métodos como entrevistas,
grupos focais e observação participante para coletar dados. A pesquisa qualitativa
pode ser usada para entender as perspectivas dos beneficiários de políticas públicas,
os desafios e as oportunidades enfrentados pela implementação de políticas públicas,
e os impactos de políticas públicas nas pessoas e nas comunidades.
• Pesquisa quantitativa é uma abordagem que se concentra na medição de variáveis
e na análise de padrões. Ela geralmente usa métodos como questionários, censos
e experimentos para coletar dados. A pesquisa quantitativa pode ser usada para
medir o impacto de políticas públicas, comparar o impacto de diferentes políticas, e
identificar fatores que influenciam o impacto de políticas públicas.
Vejamos um exemplo de pesquisa e a avaliação qualitativa:
Avaliação qualitativa do impacto do programa Bolsa Família
Uma avaliação qualitativa poderia ser usada para avaliar o impacto do programa Bolsa
Família no combate à pobreza e à desigualdade. O estudo poderia entrevistar beneficiários
do programa Bolsa Família sobre suas experiências com o programa, como o impacto do

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programa em suas vidas e em suas famílias. O estudo também poderia observar beneficiários
do programa Bolsa Família em seu ambiente natural, como em suas casas ou em suas
comunidades.
Os resultados desse estudo poderiam ser usados para melhorar o programa Bolsa
Família. Por exemplo, os resultados poderiam ser usados para identificar novas maneiras
de melhorar o impacto do programa nos beneficiários, ou para melhorar a forma como o
programa é administrado.
Vejamos um exemplo de pesquisa e a avaliação quantitativa:
Avaliação quantitativa para medir o impacto do programa Bolsa Família
Um estudo quantitativo poderia ser usado para medir o impacto do programa Bolsa
Família no combate à pobreza e à desigualdade. O estudo poderia coletar dados sobre a renda,
a escolaridade, a saúde e a qualidade de vida de famílias beneficiárias e não beneficiárias
do programa. O estudo poderia comparar esses dados para identificar diferenças entre as
duas populações.
Os resultados desse estudo poderiam ser usados para avaliar a eficácia do programa
Bolsa Família. Se os resultados mostrarem que o programa está tendo um impacto positivo,
isso poderia apoiar a continuidade do programa ou a expansão do programa para alcançar
mais famílias.

015. (FGV/AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE/CGU/AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/


GERAL/2022) A análise de políticas públicas pode ser entendida como a atividade orientada
para a geração e a sistematização de conhecimentos aplicados à resolução de problemas
públicos. Para tanto, se faz necessário compreender as diferentes formas de avaliar e
identificar ineficiências antes, durante e depois da implementação de políticas públicas. Essa
avaliação, quando feita de forma preliminar à tomada de decisão, é denominada ex ante.
Essa metodologia ocorre:
a) em momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa ao monitoramento
da política pública em andamento;
b) em momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a orientar a decisão
para que a política pública formulada seja a mais efetiva, eficaz e eficiente;
c) após o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a produzir
propostas de melhoria de políticas públicas já instituídas;

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d) após o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a avaliar os


impactos de políticas públicas após sua implementação;
e) após o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a avaliar o custo-
benefício da política pública implementada.

A avaliação que ocorre de forma preliminar à tomada de decisão é a avaliação ex ante.


Observe que o não é durante a implementação (nesse caso, seria análise concomitante),
mas sim no momento de ELABORAR (propor) a política pública – por isso, é uma análise
prévia (ex ante).
O “Guia prático de análise ex ante”, da Casa Civil (2018) 14 afirma que o fundamento da
análise ex ante é orientar a decisão para que ela recaia sobre a alternativa mais efetiva,
eficaz e eficiente.
Portanto, nosso gabarito é a letra B.
Vejamos as etapas da análise ex ante, segundo o Guia:
• Diagnóstico do problema;
• Caracterização da política: objetivos, ações, público-alvo e resultados esperados;
• Desenho da política;
• Estratégia de construção de confiabilidade e credibilidade;
• Estratégia de implementação;
• Estratégias de monitoramento, de avaliação e de controle;
• Análise de custo-benefício;
• Impacto orçamentário e financeiro.
Sobre as demais alternativas:
a) Errada. Em momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa ao
MONITORAMENTO da política pública em andamento;
Trata-se da análise concomitante.
c) Errada. APÓS o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a produzir
propostas de melhoria de políticas públicas já instituídas;
Trata-se da análise ex post ou até concomitante, a depender de já ter ocorrido a implementação
ou não.
d) Errada. APÓS o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a avaliar
os impactos de políticas públicas após sua IMPLEMENTAÇÃO;
Trata-se da análise ex post.

14
Avaliação de políticas públicas: guia prático de análise ex ante, volume 1 / Casa Civil da Presidência da República, Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Ipea, 2018.

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e) Errada. APÓS o momento de elaboração e proposição de políticas públicas e visa a avaliar


o custo-benefício da política pública IMPLEMENTADA.
Trata-se da análise ex post.
Letra b.

016. (FGV/AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE/CGU/AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/


GERAL/2022) Sobre as análises ex ante e ex post, é correto afirmar que:
a) a análise ex ante ocorre apenas durante a fase de elaboração da política pública, sendo
toda análise posterior considerada ex post;
b) a análise ex ante não deve avaliar decisões que ocasionem impacto orçamentário após a
implementação da política pública, devendo tais considerações ser objeto de análise ex post;
c) a avaliação de impacto da política pública deve ser objeto de análise ex post, pois é inviável
projetar o impacto da política na fase ex ante;
d) a análise ex ante continua sendo apropriada após a implementação da política pública
e inclui a fase de monitoramento;
e) a análise ex ante pode ser empregada após o resultado de uma análise ex post determinar
que a política pública teve desempenho insatisfatório e deve ser reformulada.

Em suma, a análise ex ante faz análises técnicas ANTES da implementação das políticas
públicas, com o intuito aumentar a probabilidade de êxito e o da eficiência do uso de
recursos públicos.
Geralmente, a análise ex ante acontece:
• Na criação da política pública;
• Na expansão de política pública;
• No aperfeiçoamento de política pública.
Segundo o “Guia prático de análise ex ante”, da Casa Civil (2018)15, outro caso em que se
recomenda a execução de uma análise ex ante ocorre quando a política já passou por uma
avaliação ex post, e os resultados dessa avaliação mostraram que o desempenho da política
foi baixo ou insatisfatório e que há a necessidade de a política ser REFORMULADA em um
ou mais dos elementos de seu desenho.
Logo, houve uma avaliação ex post e, a partir disso, vai ocorrer uma reformulação da política
pública, demandando uma análise ex ante.
Sobre as demais alternativas:

15
Avaliação de políticas públicas: guia prático de análise ex ante, volume 1 / Casa Civil da Presidência da República, Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Ipea, 2018.

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a) Errada. A análise ex ante ocorre apenas durante a fase de elaboração da política pública,
sendo toda análise posterior considerada ex post;
Como vimos, geralmente, a análise ex ante acontece:
Na criação da política pública;
Na expansão de política pública;
No aperfeiçoamento de política pública.
b) Errada. A análise ex ante não deve avaliar decisões que ocasionem impacto orçamentário
após a implementação da política pública, devendo tais considerações ser objeto de análise
ex post;
Como vimos, a análise ex ante pode avaliar decisões que ocasionem impacto orçamentário
(mesmo depois de uma análise ex post).
c) Errada. A avaliação de impacto da política pública deve ser objeto de análise ex post, pois
é inviável projetar o impacto da política na fase ex ante;
É possível projetar o impacto da política na fase ex ante.
d) Errada. A análise ex ante continua sendo apropriada após a implementação da política
pública e inclui a fase de monitoramento;
Em geral, após implementação = ex post.
Letra e.

017. (FGV/AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE/CGU/AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/


GERAL/2022) As avaliações de desempenho das políticas públicas são peça essencial
para o aperfeiçoamento dos programas, com vistas à racionalização do gasto público e à
maximização dos benefícios à população. É, portanto, fundamental tanto para gestores
quanto para decisores entender como as diferentes formas de avaliação impactam as
políticas públicas. Diferentes métodos de análise focam em diferentes componentes da
intervenção estatal e produzem insumos que permitem avaliar e aprimorar os programas.
Sobre as diversas linhas de análise de políticas públicas, é correto afirmar que o método
de avaliação:
a) de resultados consiste no confronto dos pressupostos assumidos na formulação do
programa com as evidências mais recentes, enfatizando quais insumos, processos ou
produtos são mais eficazes para alcançar as metas pretendidas;
b) de implementação consiste em uma análise aprofundada que identifica se a execução
da política obedece ao desenho formulado e atenta para a transformação de insumos em
produtos para a população;
c) de desenho se debruça sobre os indicadores utilizados para construção das metas do
programa para compreender se os efeitos estão alinhados com o planejamento inicial;

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d) econômica lida com o conceito de escassez de recursos públicos e visa encontrar maneiras
mais eficientes de aplicá-los por meio de sofisticadas técnicas estatísticas;
e) de eficiência busca compreender a relação entre os custos e os benefícios das políticas
públicas por meio da comparação de programas já em execução.

Mais uma questão baseada no Guia prático de análise ex post”16, da Casa Civil. O Guia traz
algumas linhas de análise de políticas públicas:
• AVALIAÇÃO DE DESENHO: engloba a análise da teoria do programa, verificando a sua
consistência e lógica, ou coerência interna. Trata-se de um processo analítico para
identificar a existência de erros ou falhas no desenho e propor mudanças a fim de
superá-los;
• AVALIAÇÃO EXECUTIVA: permite, de forma prática e rápida, identificar em qual
elemento ou em qual processo da cadeia de valor da política há maior chance de
ocorrerem aprimoramentos;
• AVALIAÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO OU AVALIAÇÃO DE PROCESSOS: é por meio dessa
abordagem que se identifica se a execução das políticas públicas vem ocorrendo
conforme os normativos existentes e o desenho estabelecido (ou seja, identifica
se a execução obedece ao desenho formulado e atenta para a transformação de
insumos em produtos para a população (letra B);
• AVALIAÇÃO DE GOVERNANÇA DA POLÍTICA PÚBLICA: diz respeito à análise das
estruturas, das funções, dos processos e das tradições organizacionais para garantir
que as ações planejadas (políticas) sejam executadas de tal maneira que atinjam seus
objetivos e resultados de forma transparente;
• AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: ajuda a responder se há variáveis de resultados e de
impactos da política definidas, mensuráveis e disponíveis;
• AVALIAÇÃO DE IMPACTO: é um tipo de avaliação que busca demarcar, na vida dos
beneficiários, a diferença atribuída à política de forma inequívoca;
• ABORDAGEM DA AVALIAÇÃO ECONÔMICA APRESENTADA: é uma das formas disponíveis
para se responder sobre o retorno econômico e social da política;
• ANÁLISE DE EFICIÊNCIA: é uma abordagem que utiliza metodologias estatísticas e
econométricas para mensurar a eficiência técnica dos gastos setoriais e temáticos.
Letra b.

16
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018. (FGV/AUDITOR FEDERAL DE FINANÇAS E CONTROLE/CGU/AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/


GERAL/2022) Uma forma de imprimir racionalidade ao processo de formulação e viabilizar
a posterior avaliação das políticas públicas é a utilização do modelo lógico, uma importante
ferramenta para identificar e descrever os componentes do desenho, da operação e dos
resultados esperados de uma política pública durante sua elaboração. O modelo lógico é
formado por cinco componentes: insumos, atividades, produtos, resultados e impactos.
Sobre os componentes do modelo lógico, é correto afirmar que:
a) resultados são os efeitos de longo prazo observados nos indivíduos ou instituições em
decorrência da intervenção realizada;
b) produtos são os recursos necessários à realização da intervenção ou implementação da
política;
c) insumos são os frutos diretos e quantificáveis da política pública;
d) impactos são os efeitos imediatos da intervenção ou política pública, nem sempre
mensuráveis;
e) atividades são as ações e os serviços realizados no escopo da política pública.

O modelo lógico é um modelo amplamente utilizado nos sistemas de monitoramento e


avaliação de políticas públicas de diversos países. Na verdade, trata-se de um modelo para
desenhar uma política pública, que busca responder três perguntas:
1) O que acontece se a política for implementada?
2) O que é necessário para que a política seja implementada?
3) Que fatores internos e externos podem contribuir, atrapalhar ou mesmo inviabilizar a
política?
A seguir, vejamos cada um dos componentes do modelo lógico17:
1) INSUMOS: são os recursos necessários para a sua execução, sejam financeiros, físicos
(equipamentos, materiais, instalações), humanos (número, tipo, qualificação) ou outros.
2) ATIVIDADES: são as ações e os serviços realizados sob o escopo da política.
3) PRODUTOS: são os frutos diretos e quantificáveis das atividades da política, entregues
imediatamente pela realização de suas atividades.
4) RESULTADOS: são mudanças observadas no curto prazo sobre indivíduos, grupos ou
instituições, como resultado da intervenção realizada.
5) IMPACTOS: são mudanças de mais longo prazo promovidas sobre o aspecto ou a perspectiva
futura de seus beneficiários ou grupo no qual se inserem.
A letra E, portanto, é o nosso gabarito!

17
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de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília: Ipea, 2018.

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a) Errada. A letra A descreve IMPACTOS.


b) Errada. A letra B descreve INSUMOS.
c) Errada. A letra C descreve PRODUTOS.
d) Errada. A letra D pode descrever IMPACTO, se considerarmos a correção para efeito de
longo prazo e que eles devem ser SEMPRE mensuráveis.
Letra e.

019. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/ADMINISTRAÇÃO/2023) - A avaliação é a fase do


ciclo de políticas públicas em que o processo de implementação e o desempenho da política
pública são examinados com o intuito de conhecer melhor o estado da política e o nível de
redução do problema que a gerou. É o momento-chave para a produção de feedback sobre
as fases antecedentes.
Com relação à avaliação de políticas públicas, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e
(F) para a falsa.

( ) A avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios, indicadores


e padrões (performance standards).
( ) O critério da eficiência administrativa corresponde ao nível de conformidade
(compliance) da implementação a regras preestabelecidas.
( ) O critério de produtividade corresponde aos resultados sociais (outcomes) com a
redução do problema e a geração de valor para a população.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) V, F e V.

Análise das afirmativas:


(VERDADEIRA) A avaliação de uma política pública compreende a definição de critérios,
indicadores e padrões (performance standards).
A avaliação de uma política pública envolve a definição de critérios e indicadores para
medir o desempenho da política e verificar se está atingindo seus objetivos. Além disso, são
estabelecidos padrões ou padrões de desempenho (performance standards) para avaliar
se os resultados estão de acordo com o esperado.

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(VERDADEIRA) O critério da eficiência administrativa corresponde ao nível de conformidade


(compliance) da implementação a regras preestabelecidas.
O critério da eficiência administrativa está relacionado ao grau de conformidade da
implementação da política com as regras e procedimentos estabelecidos. É avaliado se
a política está sendo implementada de maneira eficiente, seguindo os padrões e normas
definidos.
(FALSA) O critério de produtividade [efetividade] corresponde aos resultados sociais
(outcomes) com a redução do problema e a geração de valor para a população.
A produtividade não está relacionada aos resultados sociais com a redução do problema,
mas sim à relação entre os inputs (recursos, esforços) e os outputs (produtos, serviços)
gerados pela política pública.
Letra d.

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RESUMO
• Ciclo de políticas públicas
− Agenda - ocorre a identificação e seleção dos problemas ou temas que serão trata-
dos como políticas públicas. É a fase em que determinadas questões são colocadas
na pauta do governo, podendo ser resultado de demandas da sociedade, pressões
políticas ou necessidades identificadas pelos governantes.
− Formulação - são elaboradas propostas concretas para lidar com os problemas
ou temas identificados na etapa anterior. A formulação das políticas públicas
envolve a definição dos objetivos, estratégias, instrumentos e recursos que serão
utilizados para solucionar ou mitigar as questões em questão.
− Processos de decisão - momento em que as propostas formuladas passam pelo
processo de tomada de decisão. Envolve a análise dos diferentes pontos de vista,
a discussão entre os atores envolvidos, a negociação de interesses e a definição
das alternativas que serão adotadas.
− Implementação - após a decisão, a política pública entra em fase de implemen-
tação. Nesse estágio, são desenvolvidos os planos, projetos e programas para
colocar em prática as ações previstas na política pública. São definidos os respon-
sáveis pela implementação, os prazos, os recursos necessários e os mecanismos
de acompanhamento.
◦ Planos são documentos (geralmente de longo prazo) que definem os objetivos
gerais da política e as estratégias para alcançá-los. Eles são geralmente elabo-
rados por órgãos governamentais de alto nível, como o Ministério da Fazenda
ou o Ministério do Planejamento.
◦ Projetos são documentos (geralmente de médio prazo) que definem ações es-
pecíficas para alcançar os objetivos da política. Eles são geralmente elaborados
por órgãos governamentais de nível intermediário, como secretarias estaduais
ou municipais.
◦ Programas são documentos (geralmente de curto prazo) que definem as ações
e os recursos necessários para implementar um projeto. Eles são geralmente
elaborados por órgãos governamentais de nível operacional, como unidades de
execução de programas.
− Monitoramento e avaliação - durante e após a implementação da política pública,
é necessário acompanhar e avaliar seus resultados e impactos. O monitoramento
busca verificar se as ações estão sendo realizadas conforme o planejado, enquanto
a avaliação avalia o alcance dos objetivos propostos e os efeitos da política na so-

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ciedade. Essas informações são fundamentais para o aprimoramento das políticas


públicas e a tomada de decisões futuras.
• Implementação de políticas públicas: problemas, dilemas e desafios: arranjos
institucionais para implementação de políticas públicas
− Problemas mais comuns associados à implementação de políticas públicas
incluem:
As políticas públicas geralmente exigem recursos financeiros, humanos e materiais
Falta de recursos para serem implementadas. A falta desses recursos pode dificultar ou impedir a
implementação eficaz das políticas.
As pessoas podem resistir à mudança, mesmo quando ela é necessária. Essa resistência
Resistência à pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo medo do desconhecido,
mudança falta de confiança nos agentes de mudança ou insegurança sobre os resultados da
mudança.
A implementação de políticas públicas pode envolver a coordenação de diferentes
Conflitos de
atores, cada um com seus próprios interesses. Esses conflitos de interesses podem
interesses
dificultar a tomada de decisões e a execução de ações.
Complexidade das As políticas públicas são muitas vezes complexas e envolvem uma série de variáveis.
políticas Essa complexidade pode dificultar a compreensão e a implementação das políticas.

− Dilemas mais comuns associados à implementação de políticas públicas incluem:


A implementação de políticas públicas pode ser mais eficiente se for direcionada para
Eficiência versus um pequeno grupo de pessoas, mas isso pode prejudicar a equidade. Por outro lado,
equidade a implementação de políticas públicas pode ser mais equitativa se for direcionada
para um grande grupo de pessoas, mas isso pode prejudicar a eficiência.
A implementação de políticas públicas pode ser centralizada no governo federal ou
descentralizada para os governos estaduais ou municipais. A centralização pode
Centralização versus
garantir a uniformidade da implementação, mas pode dificultar a adaptação das
descentralização
políticas às necessidades locais. A descentralização pode facilitar a adaptação das
políticas às necessidades locais, mas pode dificultar a coordenação da implementação.
A implementação de políticas públicas pode ser controlada rigidamente pelo
governo ou ser mais flexível. O controle rígido pode garantir que as políticas sejam
Controle versus implementadas de acordo com as intenções do governo, mas pode dificultar a
flexibilidade adaptação das políticas às mudanças nas circunstâncias. A flexibilidade pode facilitar
a adaptação das políticas às mudanças nas circunstâncias, mas pode dificultar o
controle da implementação.

− Desafios mais comuns associados à implementação de políticas públicas incluem:


Instabilidade política A instabilidade política pode dificultar a tomada de decisões e a execução de ações.
A crise econômica pode reduzir os recursos disponíveis para a implementação de
Crise econômica
políticas públicas.
A globalização pode dificultar a implementação de políticas públicas nacionais, pois
Globalização
os países estão cada vez mais interconectados.

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• Arranjos institucionais para implementação de políticas públicas


− Conselhos Gestores de Políticas Públicas: correspondem à novidade mais subs-
tantiva das políticas públicas ao longo da década de 1990. São instâncias institu-
cionalizadas de expressão, de representação e de participação social.
− Orçamento participativo: participação aberta a todos os cidadãos do município,
na implementação de assembleias onde a atuação da sociedade civil ocorre de
forma direta e, em outro momento, através da forma de representação.
− As Organizações Sociais (OS), disciplinadas pela Lei 9.637/1998, são pessoas ju-
rídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas, em regra, por iniciativa
de particulares, qualificadas pelo Poder Executivo como OS e cujas atividades se
destinem taxativamente às seguintes atividades: ensino; pesquisa científica; de-
senvolvimento tecnológico; cultura; proteção e conservação do meio ambiente e
saúde. O vínculo jurídico ocorre por meio de Contrato de Gestão.
− As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), disciplinadas
pela Lei 9.790/1999, regulamentada pelo Decreto 3.100/1999, são constituídas
por iniciativa de particulares, sob o regime jurídico de direito privado e sem o in-
tuito de lucro. São prestadoras de serviços sociais não exclusivos do Estado, com
incentivo e fiscalização do Poder Público e com vínculo jurídico por meio de Termo
de Parceria.
− Agências reguladoras ou controladoras
◦ Possuem autonomia em sua gestão;
◦ Não estão subordinadas hierarquicamente a qualquer instância de governo;
◦ Suas decisões não estão sujeitas a revisão, ressalvada a apreciação judicial e o
recurso hierárquico impróprio (O recurso hierárquico impróprio é aquele ende-
reçado à autoridade administrativa que não é hierarquicamente superior àquela
que editou o ato administrativo);
◦ A indicação de seus dirigentes deve ser pautada por critérios técnicos;
◦ Possuem a prerrogativa de aplicar sanções, tais como advertências, multas ou
cassação de licenças.
− Agências executivas
◦ As agências executivas não são “novas entidades”, mas antigas autarquias ou
fundações que passam por um processo de qualificação.
◦ Celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor; e
(cumulativamente)
◦ Plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional em
andamento.

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◦ A qualificação da entidade dar-se-á após a celebração do contrato de gestão,


isto é, a entidade pretendente não é qualificada no contrato de gestão, mas
depois que o firmar.
◦ Em âmbito federal, a titulação de agência executiva é conferida, discricionaria-
mente, por decreto do Presidente da República.
− Ouvidorias são canais de comunicação entre cidadãos e administração pública,
para receber manifestações, sugestões, reclamações, denúncias e elogios.
− Consulta pública: Administração submete projetos de lei, decretos ou medidas
para manifestação de qualquer pessoa, com formalidade.
− Conferências de políticas públicas: espaços institucionais de participação e deli-
beração sobre diretrizes gerais de uma política pública, ocorrendo periodicamente.
− Audiência pública: reunião pública informal garantida pela Constituição Federal
de 1988, onde Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário debatem temas, projetos
de lei ou empreendimentos com a população.
− Consórcios públicos
◦ Lei 11.107/2005 - Trata das normas gerais de contratação de consórcios públi-
cos. Em âmbito federal, é regulamentada pelo Decreto 6.017/2007.
◦ Conceito - São associações públicas ou civis, respectivamente, com a persona-
lidade de direito público ou de direito privado, formadas exclusivamente por
pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), cria-
das ou autorizadas mediante lei, para a gestão associada de serviços públicos.
◦ Área de atuação - independentemente de figurar a União como consorciada,
corresponderá à soma dos territórios:
i) dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios
ou por um Estado e Municípios com territórios nele contidos;
ii) dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for,
respectivamente, constituído por mais de um Estado ou por um ou mais Estados e o Distrito
Federal; e
iii) dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito
Federal e os Municípios.
◦ Conceito de gestão associada de serviços públicos: “Execução, por meio de
cooperação federativa, de toda e qualquer atividade ou obra com o objetivo
de permitir aos usuários o acesso a um serviço público com características e
padrões de qualidade determinados pela regulação ou pelo contrato de progra-
ma, inclusive quando operada por transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos”
(inc. XIII do art. 2º do Decreto 6.017/2007).

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◦ Instrumentos de cooperação:
i) Consórcio administrativo: acordo de vontades entre pessoas jurídicas públicas de
mesma natureza e mesmo nível de governo ou, ainda, acordo de vontades entre entidades
da administração indireta para a consecução de objetivos comuns.
ii) Convênio: acordo de vontades entre o Poder Público e entidades públicas ou privadas
para a realização de objetivos de interesse comum, mediante colaboração mútua.
iii) Consórcio público: associações públicas ou civis, respectivamente, com a personalidade
de direito público ou de direito privado, formadas exclusivamente por pessoas jurídicas
políticas (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), criadas ou autorizadas mediante
lei, para a gestão associada de serviços públicos.
• Principais tipos de avaliação

• Tipos de avaliação de políticas públicas segundo Leonardo Sechi


Ocorre antes da implementação, normalmente durante o próprio processo de
Avaliação ex-ante formulação, quando o tomador de decisão faz projeções, predições ou conjecturas
das diferentes alternativas propostas.
Avaliação in itinere É o chamado monitoramento, que ocorre durante o próprio processo de
ou formativa implementação.
Avaliação ex-post ou Ocorre depois do processo de implementação. Nesse momento, normalmente,
somativa define-se a continuidade, a reestruturação ou a extinção de uma política pública.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPOG


RO/2017) A literatura aponta as principais etapas ou fases para o processo de formulação
de políticas públicas.
1. Identificação do problema
2. Construção da agenda
3. Formulação de alternativas (políticas públicas)
4. Tomada de decisão
5. Implementação
6. Avaliação
Assinale a opção que descreve como ficou conhecida essa dinâmica.
a) Ciclo de políticas públicas.
b) Manual de políticas públicas.
c) Problema público.
d) Diagnóstico situacional.
e) Decisão política.

002. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de
planejamento e de avaliação.

003. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas públicas


no Brasil, julgue o item seguinte.
A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de
resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais.

004. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
Para simplificar o processo de avaliação dos programas de governo, deve ser único e exclusivo
o indicador de desempenho de cada programa.

005. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.

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A avaliação de uma política pública deve ser realizada após o término de sua implementação,
uma vez que não é possível realizar controle parcial.

006. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-PE/2017) A formulação e o


desenvolvimento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de
políticas públicas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas
consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementação
de um programa público.

007. (CESPE-CEBRASPE/TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA/EBSERH/2018) Acerca de avaliações


de políticas públicas e programas governamentais, julgue o item seguinte.
A avaliação de um programa deve ser realizada à luz dos contextos sociais pelos quais o
programa é implantado.

008. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às


políticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A implementação de uma política pública é o momento em que se efetiva a ação e se coloca
em prática a decisão política, inexistindo pré-condição para tanto.

009. (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPOG-


RO/2017) As avaliações administrativas combinam diferentes tipos de atividades de
monitoramento e avaliação de impacto por parte dos gestores públicos.
As opções a seguir apresentam tipos de avaliação de políticas públicas, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Avaliações de esforços: são tentativas de medir a quantidade de insumos do programa
envolvido na política (pessoal, comunicação, transporte etc.) e devem ser calculados em
termos dos custos monetários. Seu propósito é estabelecer uma linha de base de dados.
b) Avaliações de desempenho: determina o que a política pública está produzindo, muitas
vezes independentemente dos objetivos definidos, produzindo benchmark (ponto de
referência) ou dados de desempenho, que são utilizados como insumos para as avaliações
mais abrangentes e profundas.

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c) Avaliações de processo: examinam os métodos organizacionais, incluindo as regras e os


procedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo normalmente
é ver se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente.
d) Avaliações de eficiência: tentam avaliar os custos de um programa e julgar se a mesma
quantidade e qualidade de produtos poderiam ser alcançadas de forma mais eficiente, ou
seja, por um custo menor. Os insumos e produtos são o alicerce desse tipo de avaliação.
e) Avaliações de adequação de desempenho (ou de eficácia): são realizadas de forma ad
hoc por atores como a mídia, partidos políticos, grupos de interesse, líderes comunitários
e campanhas de relações públicas ou lobby lançadas por organizações não governamentais.
Essas avaliações geralmente são realizadas para oferecer aconselhamento independente.

010. (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPOG-


RO/2017) Avaliar uma política pública pressupõe que exista definição prévia de critérios e
padrões, monitorados por intermédio de indicadores.
Em relação ao momento em que se realiza a avaliação, assinale (V) para a afirmativa
verdadeira e (F) para a falsa.

( ) ex ante – realizada com o intuito de verificar a viabilidade do programa ou projeto


e ocorre em momento anterior ao início do mesmo.
( ) ex post – destina-se a investigar em que medida o programa ou projeto atingiu os
resultados esperados por seus formuladores
( ) ex tunc – julga se o programa ou projeto deve continuar ou não.

a) V - F - F.
b) F - V - F.
c) V - V - F.
d) F - F - V.
e) F - V - V.

011. (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016) A etapa de


implementação de políticas públicas necessita de instrumentos, ou seja, meios disponíveis
para transformar as intenções políticas em ações concretas. Assinale a alternativa que
descreve corretamente um desses instrumentos.
a) Regulamentação: instrumento regulatório que extingue regras, normas e procedimentos.
b) Subsídio: instrumento fiscal que onera e desincentiva algumas atividades.
c) Transferência de renda: instrumento econômico de inibição da prestação direta de
serviço público.

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d) Terceirização de serviço público: instrumento administrativo que transfere a execução


de algum serviço para uma organização privada.
e) Impostos e taxas: instrumento fiscal que incentiva ou premia alguma atividade.

012. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/ADMINISTRA-


ÇÃO/2016) Com referência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil,
julgue o item subsequente.
As avaliações informais de programas e projetos de governo carecem de coleta formal de
evidências e dependem da experiência do avaliador, ao passo que as avaliações formais
baseiam-se em procedimentos sistemáticos que alicerçam a emissão de opinião.

013. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item


a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
A avaliação ex-post de políticas públicas, delineada quando a política, o programa ou o projeto
já se encontram consolidados ou em fase final, refere-se à avaliação que é concebida sem
que haja relação com planejamento ou mesmo com o processo de implementação dessas
políticas.

014. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS


PÚBLICAS/2017) No que se refere ao planejamento estratégico e à avaliação das políticas
públicas, julgue o item subsequente.
Por meio das avaliações de meio-termo, ou de processo, é possível aplicar correções à fase
final da implementação de programas e projetos.

015. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2013) Com relação à construção de agenda, formulação e
avaliação de políticas públicas, julgue o item subsequente.
As avaliações de processo e de impacto abrangem o cálculo do custo-benefício e o do
custo-efetividade de determinada política.

016. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item


a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Na análise do custo-benefício de um programa, é essencial que os custos e os benefícios
desse programa sejam transformados em unidades monetárias.

017. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item


a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.

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A análise de custo-efetividade de um programa é recomendada sempre que houver dificuldade


na estimativa dos benefícios desse programa em valores monetários.

018. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
A análise custo-efetividade exige a monetarização dos impactos causados pela política
pública.

019. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MG/ADMINISTRAÇÃO/2018)


Assinale a opção que indica a avaliação que busca verificar se determinada política pública
responde a um problema bem delimitado e evita a ocorrência de erros de formulação
e desenho.
a) avaliação de resultados
b) avaliação ex post
c) avaliação de processos
d) avaliação ex ante
e) avaliação de performance

020. (CETRO/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/CAMPINAS/2012) Nas últimas décadas,


a avaliação de políticas e programas governamentais assumiu grande relevância para as
funções de planejamento e gestão governamentais. A avaliação das políticas públicas
pode subsidiar diversos aspectos positivos e são classificadas segundo vários critérios.
Considerando o critério quanto ao momento de realização, tem-se as seguintes avaliações:
a) Avaliação ex-ant e Avaliação ex-post.
b) Avaliação de Processos e Avaliação de Impactos.
c) Avaliação Formativa e Avaliação Somativa.
d) Avaliação Mista e Avaliação Participativa.

021. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018)


O Ciclo de Políticas Públicas é utilizado como recurso de análise, pois divide o processo de
elaboração de uma política pública em fases, permitindo, assim, que sejam observadas
separadas ou em conjunto. As fases serão consideradas aqui conforme a figura a seguir:

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Figura 1 – O ciclo de políticas públicas

Fonte – Elaboração própria

Com base na Figura 1, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Entre os atores que mais se preocupam com a etapa de identificação do problema,


estão ONGs, partidos e agentes políticos.
( ) A etapa de formulação de alternativas busca apresentar soluções para o problema
público identificado.
( ) O monitoramento da política pública só pode ser utilizado na etapa de formulação
de políticas públicas.
( ) A avaliação feita antes da implementação da política é chamada ex ante e a avaliação
realizada após a implementação da política é chamada pos itinere.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) F – V – F – V.
b) F – F – V – F.
c) V – F – V – F.
d) V – V – F – F.
e) V – V – F – V.

022. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018)


Considere a etapa de implementação de uma política pública e assinale a alternativa
INCORRETA.
a) As abordagens top down e bottom-up são totalmente contraditórias.
b) A implementação compreende a etapa de produção de resultados da política pública.
c) O modelo de implementação bottom-up tem como principal ator o burocrata.

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d) O modelo top down apresenta um processo de implementação linear.


e) No modelo bottom-up, o formato da política pública após tomada de decisão não é
definitivo e pode ser modificado pelos que a implementam no dia a dia.

023. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018) A


Avaliação de políticas públicas é uma etapa importante para melhoria da eficiência do gasto
público, da qualidade da gestão e do controle social sobre a efetividade da ação do Estado.
Ramos e Schabbach (2012) colocam que a avaliação permite aos formuladores e gestores
o desenho de políticas mais conscientes, com melhores resultados e melhor utilização de
recursos. Considerando os critérios necessários para a avaliação de uma política pública,
assinale a alternativa que NÃO corresponde aos critérios de avaliação.
a) Economicidade.
b) Produtividade.
c) Eficácia.
d) Equidade.
e) Intangibilidade.

024. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018)


Um analista de políticas públicas necessita descobrir se a solução para a situação-problema
alcançada por meio de uma política pública aplica-se a outras realidades ou apenas a
determinados contextos. Considerando que o analista possui as informações de antes e
depois da implementação da política pública e uma grande amostra populacional, qual o
tipo de avaliação mais adequado para ele?
a) Avaliação interna.
b) Avaliação de impactos.
c) Avaliação gerencialista.
d) Avaliação participativa.
e) Avaliação mista.

025. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/ADMINISTRAÇÃO/2023) O processo de elaboração


de políticas públicas também é conhecido como ciclo de políticas públicas. Este é um
esquema de visualização e interpretação que organiza a vida de uma política pública em
fases sequenciais e interdependentes.
Relacione as fases do ciclo de políticas públicas com suas respectivas definições.
1. Formação da Agenda
2. Tomada de Decisão
3. Avaliação da política pública

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( ) Processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a ação


pública, bem como sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colocados em
prática.
( ) Conjunto de problemas que a comunidade política percebe como merecedor de
intervenção pública.
( ) Momento em que os interesses dos atores são equacionados e as intenções de
enfrentamento de um problema público são explicitadas.

Assinale a opção que indica a relação correta na ordem apresentada.


a) 3, 1 e 2.
b) 3, 2 e 1.
c) 2, 1 e 3.
d) 1, 3 e 2.
e) 1, 2 e 3.

026. (FGV/TÉCNICO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/ALEMA/CIÊNCIAS SOCIAIS/2023) O estudo


das políticas públicas usa modelos na forma de ciclos de etapas sucessivas, de modo a facilitar
sua análise e identificar uma possível intervenção, como no exemplo proposto a seguir.

Nesse modelo, a(s) etapa(s)


a) identificação do problema e formação da Agenda correspondem aos processos de
reconhecimento de uma questão social como problema público e de sua legitimação na
pauta pública, em determinado momento.

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b) formulação das alternativas consiste na escolha técnico-política dos rumos a seguir,


decidindo entre as alternativas formuladas de ação efetiva ou não.
c) tomada de decisão refere-se à capacidade de oferecer uma solução consistente indicando
os encaminhamentos e programas para o problema social diagnosticado.
d) implementação contribui para os esforços de efetivação da ação governamental, mediante
a verificação da pertinência, viabilidade e eficácia potencial de um programa.
e) avaliação identifica o conjunto de assuntos e problemas que os gestores públicos e a
comunidade política entendem como mais relevantes em um dado momento.

027. (FGV/ANALISTA TÉCNICO/AGENERSA/2023) Políticas públicas são as ações e os programas


desenvolvidos pelo Estado para colocar em prática direitos positivados na Constituição
Federal de 1998 ou em leis, de modo a garantir o bem-estar da população.
Acerca das políticas públicas, assinale a opção que apresenta o tipo de avaliação que é
realizada de forma simultânea à implementação do programa.
a) Somativa.
b) Formativa.
c) Ex-ante.
d) Ex-post.
e) De impacto.

028. (FGV/TÉCNICO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/ALEMA/CIÊNCIAS SOCIAIS/2023) Para Paulo


Jannuzzi, o processo de avaliação de políticas públicas tem como finalidade aprimorar a
gestão das intervenções buscando maior eficiência, eficácia e efetividade. A esse respeito,
estabeleça a correspondência entre as dimensões listadas a seguir e suas respectivas
definições.
1. Eficiência
2. Eficácia
3. Efetividade

( ) Dimensão relacionada à verificação dos efeitos de médio e longo prazo sobre os


beneficiários e a sociedade, atribuíveis direta ou indiretamente a um programa.
( ) Dimensão relacionada ao custo para alcançar os resultados de um programa, podendo
ser medida por indicadores de custeio da produção dos resultados.
( ) Dimensão relacionada ao cumprimento dos objetivos explicitados em um programa,
pressupondo análise de cobertura e grau de focalização do público-alvo alcançado,
entre outros.

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Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 3 – 1.
c) 3 – 1 – 2.
d) 1 – 3 – 2.
e) 3 – 2 – 1.

029. (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO/FUNASA/2009) A criação de mecanismos


institucionais de participação popular no processo de formulação e implementação de
políticas sociais públicas foi uma conquista da sociedade civil no processo de construção
da democracia no Brasil, cujos frutos aparecem na Constituição Federal de 1988, nas
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais. Dentre estes mecanismos estão os(as)
a) Partidos Políticos.
b) Conselhos de Gestão.
c) Centrais Sindicais.
d) Parcerias Público-Privadas.
e) Associações de Moradores.

030. (FGV/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/AGENERSA/2023) A participação social na discussão


pública está relacionada ao envolvimento efetivo da sociedade na tomada de decisões e
na implementação de políticas públicas. Por meio dela, a população tem a oportunidade
de expressar suas sugestões e preocupações sobre questões públicas, além de realizar
denúncias em caso de irregularidades.
Considerando as diferentes formas pelas quais a população pode participar, assinale a
opção que apresenta aquela cuja criação depende de previsão legislativa e é orientada pelo
princípio da paridade.
a) Pseudoparticipação.
b) Audiência pública.
c) Fórum comunitário.
d) Neocorporativismo.
e) Conselho de gestão.

031. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) Em relação


aos processos participativos de gestão pública, julgue o item seguinte.
Em segmentos como saúde, assistência social e educação, os conselhos de gestão se
transformaram em mecanismos de controle social, planejamento e implementação de
políticas públicas.

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032. (CEPERJ/TÉCNICO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/ALEMA/CIÊNCIAS SOCIAIS-


SOCIÓLOGO/2022) “Dada a natureza da ação estatal, os processos relacionados à
implementação de políticas públicas são inesgotáveis. Eles podem variar no conteúdo
(mudar prioridades), podem variar na forma (uso de diferentes instrumentos), podem variar
em termos de atores (estatais ou não estatais). Mas a legitimidade da existência do estado
é definida por sua capacidade de colocar políticas públicas em prática, materializando e
dando vida concreta a elas.”
LOTTA, Gabriela. A política pública como ela é: contribuições dos estudos sobre implementação
para a análise de políticas públicas. In: LOTTA, G. (Org.) Teorias e Análises sobre Implementação
de Políticas Públicas no Brasil. p. 33-34.
Disponível em: voo_TTeeoras%%%200e%%20Ann%%C3%% %AA1lises%200sobee%%220Impemmeen-
t%%C3 %A7%C3%A3º%%%20d%%20Poo%C3%%ADDia s%%20P%C3%BAbcas%20no%20Basspdf
ADticas%20P%C3%BAblicas%20no%20Brasil.pdf

O texto acima aponta que as políticas públicas são uma forma a partir da qual o estado se
torna:
a) crítico das iniciativas sindicais.
b) defensor das associações patronais.
c) representante dos interesses privados.
d) porta-voz das demandas populares.

033. (QUADRIX/ANALISTA DE ATIVIDADES DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON DF/


ADMINISTRAÇÃO/2023) A respeito da construção de agendas públicas, do planejamento e
da avaliação de políticas públicas e da Lei de Acesso à Informação, julgue o item.
Um adequado planejamento de políticas públicas favorece a implementação de políticas
que promovam a melhoria da condição de vida de grande parte da população e a redução
da desigualdade social extrema.

034. (IADES/GESTOR EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPLAD DF/


ADMINISTRAÇÃO/2023) A implementação de políticas públicas pode ser operacionalizada
por meio de diferentes instrumentos. Um instrumento que compromete a legitimidade de
uma política pública quando utilizado, são as (os)
a) leis ordinárias
b) medidas provisórias.
c) leis complementares
d) decretos legislativos
e) emendas constitucionais

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035. (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRBM 3/2022) Quanto à Administração


Pública, julgue o item.
No setor de atividades não exclusivas do Estado, ligadas à implementação de políticas em
áreas nas quais a sociedade civil acumulou experiências que podem ser aproveitadas pelo
setor público, abre-se um amplo terreno para parcerias.

036. (CONSULPLAN/TÉCNICO/MPE PA/SOCIÓLOGO/2022) Na maioria dos países, o


planejamento, seja ele robusto e sofisticado, ou composto por diretrizes genéricas, não
orienta a formulação de políticas públicas setoriais ministeriais, nem as prioridades do
governante. (TONI, 2021, p. 23.)
Utilizando o texto como reflexão e pensando nos entraves na relação entre planejamento
e implementação das políticas públicas, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Falta de coerência entre planejamentos.
b) Incapacidade de atualizar o planejamento em face de fatos novos da conjuntura, como
crises e demandas inesperadas.
c) Associação entre planejamento estratégico governamental e execução orçamentária,
conduzindo o planejamento das prioridades do governo.
d) Risco de ineficiência na implementação de políticas públicas pela duplicação ou sobreposição
de planos e projetos, afetando a coordenação do governo.

037. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2009) Julgue


o item a seguir acerca de empreendedorismo governamental e processos participativos
de gestão pública.
É possível ao gestor público instituir um conselho de gestão voltado para a área de habitação.

038. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2009) Julgue


o item a seguir acerca de empreendedorismo governamental e processos participativos
de gestão pública.
Os conselhos de gestão estão inseridos na estrutura do Poder Executivo e são subordinados
à secretaria pertinente ao tema ou área de que tratam.

039. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL/CODEVASF/


ADMINISTRAÇÃO/2021) Julgue o próximo item, no que se às reformas administrativas,
à reforma do aparelho do Estado, ao Estado regulador e aos processos participativos de
gestão pública.
A influência nas decisões sobre o destino da organização é uma forma de democratização
que pode ser observada em um processo participativo de gestão pública.

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040. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Acerca das


reformas administrativas, do paradigma pós-burocrático, do papel do Estado regulador e
dos processos participativos de gestão pública, julgue o item subsequente.
A participação popular na elaboração de políticas públicas constitui uma forma de legitimação
das ações governamentais pelos cidadãos.

041. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Acerca das


reformas administrativas, do paradigma pós- burocrático, do papel do Estado regulador e
dos processos participativos de gestão pública, julgue o item subsequente.
Os conselhos municipais, denominados conselhos de políticas públicas, atuam em áreas
como assistência social e segurança e constituem formas de participação popular na gestão
pública.

042. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/SLU DF/


ADMINISTRAÇÃO/2019) A respeito de processos participativos e de gestão da qualidade
na administração pública brasileira, julgue o item seguinte.
Os conselhos gestores são exemplos de mecanismos de participação cidadã na gestão
pública que ainda não são adotados nos municípios brasileiros.

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GABARITO
1. a 15. E 29. b
2. C 16. C 30. e
3. C 17. C 31. C
4. E 18. E 32. d
5. E 19. d 33. C
6. a 20. a 34. b
7. C 21. d 35. C
8. E 22. a 36. c
9. e 23. e 37. C
10. c 24. b 38. E
11. d 25. a 39. C
12. C 26. a 40. C
13. C 27. b 41. C
14. C 28. c 42. E

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPOG


RO/2017) A literatura aponta as principais etapas ou fases para o processo de formulação
de políticas públicas.
1. Identificação do problema
2. Construção da agenda
3. Formulação de alternativas (políticas públicas)
4. Tomada de decisão
5. Implementação
6. Avaliação
Assinale a opção que descreve como ficou conhecida essa dinâmica.
a) Ciclo de políticas públicas.
b) Manual de políticas públicas.
c) Problema público.
d) Diagnóstico situacional.
e) Decisão política.

Questão que faz você chorar de emoção na hora da prova!


O processo, elaboração ou ciclo de políticas públicas contempla os seguintes momentos:

Letra a.

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002. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de
planejamento e de avaliação.

Vamos resolver a questão apenas tomando como base um conceito de políticas públicas18
(grifei):

Sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas ou corretivas, destinadas
a manter ou modificar a realidade de um ou vários setores da vida social, por meio da definição
de objetivos e estratégias de atuação e da alocação dos recursos necessários para atingir os
objetivos estabelecidos.

Certo.

003. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) Com relação a políticas públicas


no Brasil, julgue o item seguinte.
A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de
resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais.

Afirmação que está bem coerente com o que vimos até aqui. A avaliação consiste na
mensuração e análise dos efeitos produzidos ou a serem produzidos na sociedade pelas
políticas públicas. Ela confronta os resultados alcançados com os objetivos e metas
previamente estabelecidos.
Certo.

004. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
Para simplificar o processo de avaliação dos programas de governo, deve ser único e exclusivo
o indicador de desempenho de cada programa.

É claro que não! Em termos de avaliação, o que se quer medir é que vai determinar quais
critérios, indicadores e padrões podem ser utilizados.

18
SARAVIA, E.; FERRAREZI, E. Políticas Públicas. Coletânea. Brasília: ENAP, 2006.

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No entanto, é importante que se diga que o contrário também não é verdade, ou seja,
não podemos utilizar indicadores em números ilimitados, caso contrário, a efetividade da
medição fica comprometida.
Em suma, os indicadores devem ser utilizados na medida do contexto, e não de forma única
ou ilimitada. Nada de “quanto mais melhor!”.
Errado.

005. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Julgue o


item subsecutivo, relativo às políticas públicas.
A avaliação de uma política pública deve ser realizada após o término de sua implementação,
uma vez que não é possível realizar controle parcial.

Será mesmo que não, depois de tudo que vimos aqui nessa aula?
Conforme o momento em que a avaliação acontece, podemos ter a avaliação ex ante,
avaliação de meio-termo e avaliação ex post, ou seja, antes, durante e após!
Errado.

006. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TER-PE/2017) A formulação e o


desenvolvimento de políticas públicas seguem etapas sequenciais no chamado ciclo de
políticas públicas. Nesse ciclo, uma tarefa típica da etapa de construção de agendas
consiste em
a) organizar as demandas sociais.
b) realizar estudo técnico de soluções para um problema público.
c) construir alianças políticas.
d) julgar os efeitos previstos para uma política pública.
e) designar atores responsáveis pela execução de tarefas intermediárias para a implementação
de um programa público.

No tocante ao ciclo da política pública, o primeiro momento é o da agenda ou da inclusão


de determinado pleito ou necessidade social na agenda, na lista de prioridades, do poder
público.
Na sua acepção mais simples, a noção de “inclusão na agenda” designa o estudo e a explicitação
do conjunto de processos que conduzem os fatos sociais a adquirir status de “problema
público”, transformando-os em objeto de debates e controvérsias políticas na mídia.
Frequentemente, a inclusão na agenda induz e justifica uma intervenção pública legítima sob

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a forma de decisão das autoridades públicas. Ou seja, a etapa de construção de agendas


consiste em organizar as demandas sociais.
Uma agenda de políticas públicas é uma lista de prioridades inicialmente estabelecidas,
às quais os governos devem dedicar suas energias e atenções, e entre as quais os atores
lutam arduamente para incluir as questões de seu interesse. Dada essa quantidade de
interesses coexistentes, não há como negar também a existência de várias “agendas”. Essas
outras “agendas”, na verdade, pertencem a grupos de atores e se referem, por exemplo,
a questões que preocupam diversos atores políticos e sociais, ou que dizem respeito à
sociedade como um todo, não se restringindo a este ou aquele governo, como por exemplo,
“agenda do Estado” ou “agenda da sociedade”. Essa última pode ser visualizada em temas
como desigualdade social, violência, meio ambiente.
Letra a.

007. (CESPE-CEBRASPE/TECNÓLOGO EM GESTÃO PÚBLICA/EBSERH/2018) Acerca de avaliações


de políticas públicas e programas governamentais, julgue o item seguinte.
A avaliação de um programa deve ser realizada à luz dos contextos sociais pelos quais o
programa é implantado.

De fato, são determinantes para as políticas públicas a estrutura social da sociedade, ou


seja, os fatos sociais. A avaliação começa pelo usuário, e não pelo programa em si.
E, lembre-se: a avaliação exige, apenas, algo a ser avaliado, mesmo sendo apenas algo “no
papel”, algo apenas planejado.
Certo.

008. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PI/2016/ADAPTADA) Em relação às


políticas públicas e ao processo de comunicação, julgue o item.
A implementação de uma política pública é o momento em que se efetiva a ação e se coloca
em prática a decisão política, inexistindo pré-condição para tanto.

A implementação de uma política pública não ocorre no vácuo. Ela é influenciada por
uma série de fatores, como a disponibilidade de recursos, a capacidade institucional e a
receptividade da sociedade. Esses fatores podem dificultar ou facilitar a implementação
da política.
Errado.

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009. (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPOG-


RO/2017) As avaliações administrativas combinam diferentes tipos de atividades de
monitoramento e avaliação de impacto por parte dos gestores públicos.
As opções a seguir apresentam tipos de avaliação de políticas públicas, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Avaliações de esforços: são tentativas de medir a quantidade de insumos do programa
envolvido na política (pessoal, comunicação, transporte etc.) e devem ser calculados em
termos dos custos monetários. Seu propósito é estabelecer uma linha de base de dados.
b) Avaliações de desempenho: determina o que a política pública está produzindo, muitas
vezes independentemente dos objetivos definidos, produzindo benchmark (ponto de
referência) ou dados de desempenho, que são utilizados como insumos para as avaliações
mais abrangentes e profundas.
c) Avaliações de processo: examinam os métodos organizacionais, incluindo as regras e os
procedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo normalmente
é ver se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente.
d) Avaliações de eficiência: tentam avaliar os custos de um programa e julgar se a mesma
quantidade e qualidade de produtos poderiam ser alcançadas de forma mais eficiente, ou
seja, por um custo menor. Os insumos e produtos são o alicerce desse tipo de avaliação.
e) Avaliações de adequação de desempenho (ou de eficácia): são realizadas de forma ad
hoc por atores como a mídia, partidos políticos, grupos de interesse, líderes comunitários
e campanhas de relações públicas ou lobby lançadas por organizações não governamentais.
Essas avaliações geralmente são realizadas para oferecer aconselhamento independente.

Segundo a literatura, existem diversos tipos de avaliações administrativas, que combinam


diferentes tipos de atividades de monitoramento e avaliação de impacto por parte dos
gestores públicos:
a) Errada. Avaliações de esforços: são tentativas de medir a quantidade de insumos do
programa envolvido na política (pessoal, comunicação, transporte etc.) devem ser calculados
em termos dos custos monetários. Seu propósito é estabelecer uma linha de base de dados
que pode ser usada para outras avaliações de eficiência ou qualidade de entrega do serviço.
b) Errada. Avaliações de desempenho: examinam os produtos do programa, em vez de
insumos, o número de leitos hospitalares ou vagas em escolas, por exemplo. Seu principal
objetivo é simplesmente de terminar o que a política pública está produzindo, muitas vezes
independentemente dos objetivos definidos. Esse tipo de avaliação produz benchmark
(ponto de referência) ou dados de desempenho, que são utilizados como insumos para as
avaliações mais abrangentes e profundas.

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c) Errada. Avaliações de processo: examinam os métodos organizacionais, incluindo as


regras e procedimentos operacionais, utilizados para executar programas. Seu objetivo
normalmente é ver se um processo pode ser simplificado e tornado mais eficiente.
d) Errada. Avaliações de eficiência: tentam avaliar os custos de um programa e julgar se
a mesma quantidade e qualidade de produtos poderiam ser alcançadas de forma mais
eficiente, ou seja, por um custo menor. Os insumos e produtos são o alicerce desse tipo
de avaliação.
e) Certa. Avaliações de adequação de desempenho (ou de eficácia): comparam o
desempenho de um determina do programa aos seus objetivos propostos para determinar
se o programa está atingindo suas metas e/ou se as metas precisam ser ajustadas em função
do cumprimento do programa. Esse também é o tipo de avaliação mais difícil de realizar.
As necessidades de informação são imensas e o nível de sofisticação exigido para conduzir
o processo é mais alto do que o que há geralmente disponível no governo.
Note que a alternativa E está incorreta, trocando a definição de avaliações de adequação
de desempenho (ou de eficácia) por um outro tipo de avaliação, denominado avaliação
Lobby.
Letra e.

010. (FGV/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPOG-


RO/2017) Avaliar uma política pública pressupõe que exista definição prévia de critérios e
padrões, monitorados por intermédio de indicadores.
Em relação ao momento em que se realiza a avaliação, assinale (V) para a afirmativa
verdadeira e (F) para a falsa.

( ) ex ante – realizada com o intuito de verificar a viabilidade do programa ou projeto


e ocorre em momento anterior ao início do mesmo.
( ) ex post – destina-se a investigar em que medida o programa ou projeto atingiu os
resultados esperados por seus formuladores
( ) ex tunc – julga se o programa ou projeto deve continuar ou não.

a) V - F - F.
b) F - V - F.
c) V - V - F.
d) F - F - V.
e) F - V - V.

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Conforme o momento em que a avaliação acontece, podemos ter a avaliação ex ante,


avaliação de meio-termo e avaliação ex post.
Avaliação ex ante: é uma concepção holística, iniciando no momento em que se define o
problema ou a necessidade que justifica uma política pública, um programa ou um projeto.
Ocorre antes de se decidir como será feita uma intervenção, e não antes de a implementação,
de fato, tornar-se realidade.
Avaliação, meio-termo ou intermediária: refere-se estritamente ao momento do tempo
em que é realizada a avaliação e, portanto, ao estágio da intervenção que é submetido à
avaliação. Compreende as avaliações intermediárias ou de meio-termo quando se trata de
intervenções do tipo “atividade” (bens e serviços de produção ou prestação continuada) e
as avaliações finais, de efeitos e de impactos.
Avaliação ex post: em se tratando de uma perspectiva generalizada, refere-se, primeiramente,
à avaliação que é concebida sem relação com o planejamento e nem mesmo com o processo
de implementação, sendo adotada quando a política pública, o programa ou o projeto se
encontra consolidado ou em fase final.
Note que apenas as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras, já que não temos uma avaliação do
tipo ex tunc construída, simplesmente, para verificar se o programa deve ou não continuar.
Letra c.

011. (VUNESP/ASSISTENTE/AMLURB/GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS/2016) A etapa de


implementação de políticas públicas necessita de instrumentos, ou seja, meios disponíveis
para transformar as intenções políticas em ações concretas. Assinale a alternativa que
descreve corretamente um desses instrumentos.
a) Regulamentação: instrumento regulatório que extingue regras, normas e procedimentos.
b) Subsídio: instrumento fiscal que onera e desincentiva algumas atividades.
c) Transferência de renda: instrumento econômico de inibição da prestação direta de
serviço público.
d) Terceirização de serviço público: instrumento administrativo que transfere a execução
de algum serviço para uma organização privada.
e) Impostos e taxas: instrumento fiscal que incentiva ou premia alguma atividade.

Segundo Sechi (2016)19, após o diagnóstico e a definição do problema público a ser enfrentado,
passa-se a analisar as alternativas de solução e descobrir qual delas é a mais apropriada.
Soluções podem ser genéricas ou também chamadas de instrumentos de política pública,

19
SECCHI, L. Análise de políticas públicas: diagnóstico de problemas, recomendação de soluções. São Paulo: Cengage, 2016.

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possuem variações e estão à disposição da administração pública para enfrentar problemas


públicos
O autor apresenta alguns desses instrumentos:
Regulamentação - Proibir algo. Detalhar legislação. Elaborar regras mais claras e precisas.
Determinar preços, quantidades, padrões de informação (rótulos obrigatórios). Aumentar
penalidade por infração. Ampliar público suscetível à punição ou recompensa. Melhorar
recompensa por bom comportamento.
Desregulamentação - Liberalizar algo. Simplificar legislação. Extinguir regras e processos
ineficientes (desburocratização). Liberalizar preços, quantidades e padrões de informação.
Diminuir penalidade por infração. Restringir público suscetível à punição ou recompensa.
Diminuir recompensa por bom comportamento.
Aplicação da lei - Treinar ou aumentar o número da força de fiscalização. Criar unidade
especializada ou envolver a população nos esforços de fiscalização. Aumentar ou diminuir
a frequência e o rigor da punição. Aumentar ou diminuir a frequência das recompensas.
Aumentar ou diminuir a abrangência do público-alvo da fiscalização. Facilitar ou dificultar
as chances de os infratores recorrerem das punições. Facilitar ou dificultar o regime de
recompensa. Criar sinalizadores automáticos (fire alarms).
Impostos e taxas - Criar ou abolir um imposto ou taxa. Alterar a alíquota. Alterar a base
de cálculo. Alterar a abrangência do público pagante. Melhorar os mecanismos de coleta
de um imposto ou taxa.
Empréstimo, subsídios e incentivos fiscais - Criar ou abolir um empréstimo, subsídio ou
incentivo fiscal. Alterar o valor ou percentual. Alterar a base de cálculo do incentivo. Alterar
a abrangência dos beneficiários. Melhorar os mecanismos de fornecimento do empréstimo,
subsídio ou incentivo fiscal.
Prestação direta de serviço público - Criar um novo serviço, obra ou órgão público. Expandir
um serviço, obra ou órgão existente. Aumentar o orçamento público destinado ao serviço,
obra ou órgão. Focar a atuação dos serviços ou órgãos públicos. Juntar serviços, obras e
órgãos em unidade centralizada. Melhorar o acesso público ao serviço, obra ou órgão público.
Privatização, terceirização e mercantilização de serviço público - Vender propriedade
pública. Repassar prestação de serviço para entidade privada, mantendo a provisão pública.
Manter a prestação de serviço por ente público cobrando provisão privada (mensalidade,
anuidade, taxa). Repassar a prestação de serviço para entidade privada e tornar a provisão
privada. Criar ou ampliar parceria público-privada. Criar ou ampliar mecanismo de vales
(vouchers).
Informação ao público - Divulgar benefícios, prejuízos, riscos e certezas. Divulgar rankings.
Padronizar formatação da informação. Simplificar e customizar apresentação da informação.

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Produzir e publicizar informação. Determinar transparência de informação. Dar assistência


técnica. Capacitar.
Campanha e Mobilização - Sensibilizar e alterar valores socialmente aceitos. Realizar
mutirões. Articular manifestações. Articular campanhas e mobilização com outros atores.
Seguros governamentais - Instituir ou extinguir seguros governamentais (contra catástrofes,
imprevistos). Expandir ou restringir público beneficiário dos seguros. Aumentar ou diminuir
valor do prêmio do seguro. Facilitar ou dificultar recuperação da indenização do seguro.
Obrigar, desobrigar e subsidiar seguros.
Transferência de renda - Criar ou abolir bolsas. Alterar o valor ou percentual das bolsas.
Alterar a base de cálculo das bolsas. Alterar a abrangência dos beneficiários. Melhorar os
mecanismos de fornecimento das bolsas.
Discriminação seletiva positiva - Criar ou abolir uma discriminação seletiva de bolsas
(cotas). Alterar o percentual das cotas. Alterar a base discriminatória. Alterar a abrangência
do público beneficiário. Melhorar mecanismos de distinção do público beneficiário.
Prêmios e concursos - Criar rankings, prêmios e concursos. Aumentar os benefícios aos
vencedores. Ampliar o número ou a proporção de vencedores. Ampliar a abrangência.
Certificados e selos - Criar ou detalhar mecanismo de registro ou licença. Ampliar o
número ou proporção de organizações certificadas. Ampliar a abrangência ou benefícios
dos certificados ou selos.
Assim, sabemos que todas as alternativas apresentam esses instrumentos, mas suas
conceituações são equivocadas em quatro delas. Vejamos:
a) Errada. Regulamentação: instrumento regulatório que extingue (CRIA) regras, normas e
procedimentos.
b) Errada. Subsídio: instrumento fiscal que onera (DESONERA) e desincentiva (INCENTIVA)
algumas atividades.
c) Errada. Transferência de renda: instrumento econômico de inibição (EXECUÇÃO) da
prestação direta de serviço público.
e) Errada. Impostos e taxas: instrumento fiscal que incentiva ou premia (ONERA) alguma
atividade.
Letra d.

012. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/


ADMINISTRAÇÃO/2016) Com referência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas
no Brasil, julgue o item subsequente.

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As avaliações informais de programas e projetos de governo carecem de coleta formal de


evidências e dependem da experiência do avaliador, ao passo que as avaliações formais
baseiam-se em procedimentos sistemáticos que alicerçam a emissão de opinião.

A avaliação formal é a análise planejada na realidade, baseado em critérios explícitos e


mediante procedimentos reconhecidos de coleta e análise de informação sobre seu conteúdo,
estrutura, processo, produtos, qualidade efeitos e/ou impactos. Essa é a diferença para a
avaliação informal, que carece de procedimentos sistemáticos e de coleta formal de
evidências.
Certo.

013. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item


a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
A avaliação ex-post de políticas públicas, delineada quando a política, o programa ou o projeto
já se encontram consolidados ou em fase final, refere-se à avaliação que é concebida sem
que haja relação com planejamento ou mesmo com o processo de implementação dessas
políticas.

A avaliação ex ante tem início no momento em que se define o problema ou a necessidade


que justifica uma política pública, um programa ou um projeto. A avaliação meio-termo
ocorre concomitantemente ao desenvolvimento da política, programa ou projeto. Já a
avaliação ex post é concebida sem relação com o planejamento e nem mesmo com o
processo de implementação, sendo adotada quando a política pública, o programa ou
o projeto se encontra consolidado ou em fase final.
Certo.

014. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS


PÚBLICAS/2017) No que se refere ao planejamento estratégico e à avaliação das políticas
públicas, julgue o item subsequente.
Por meio das avaliações de meio-termo, ou de processo, é possível aplicar correções à fase
final da implementação de programas e projetos.

Em suma, as avaliações de meio-termo permitem a avaliação do que se identificou até o


momento e o que se espera alcançar no final.

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A partir dessa comparação deve-se fazer uma avaliação buscando identificar se as ações
implementadas estão gerando os impactos esperados, ou se são necessárias correções de
rumo para que os objetivos sejam alcançados ao final da implementação do projeto.
Certo.

015. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/CONTROLE EXTERNO/


AUDITORIA GOVERNAMENTAL/2013) Com relação à construção de agenda, formulação e
avaliação de políticas públicas, julgue o item subsequente.
As avaliações de processo e de impacto abrangem o cálculo do custo-benefício e o do
custo-efetividade de determinada política.

Como vimos, as avaliações custo-benefício e custo-efetividade são do tipo ex ante, ou


seja, ocorrem antes de se decidir como será feita uma intervenção. Possuem natureza
formativa, estimativa.
A avaliação custo-benefício corresponde à estimação dos benefícios tangíveis e intangíveis
de um programa e os custos de sua realização. A avaliação custo-efetividade considera
somente os custos na estimativa. Como se vê, são avaliações com critérios de eficiência
(custos), e não com critérios de eficácia.
Logo, podemos dizer que o cálculo do custo-benefício e o do custo-efetividade de determinada
política podem assumir o tipo de avaliações de processo, mas não de impacto.
Avaliação de processo significa o conjunto de ações destinadas a produzir um bem ou serviço
ou a desencadear alguma mudança numa dada realidade. Avaliação de impactos, por sua
vez, trata-se de avaliação de um ou mais resultados de médio ou longo prazo, definidos
como “impactos”, ou seja, consequências dos resultados imediatos.
Errado.

016. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item


a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
Na análise do custo-benefício de um programa, é essencial que os custos e os benefícios
desse programa sejam transformados em unidades monetárias.

É exatamente isso! Sabemos que, do ponto de vista ético, existem custos que são imensuráveis.
Por exemplo, qual o custo da violência ou da miséria? Ainda assim, avaliações trabalham
com mensuração, ou seja, medida de algo. Daí a importância de se transformar em medidas

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custos como o da violência ou da miséria, como por exemplo, custos de medidas de mitigação
no enfrentamento desses problemas.
Por fim, lembramos de que a avaliação custo-benefício corresponde à estimação dos
benefícios tangíveis e intangíveis de um programa e os custos de sua realização.
Certo.

017. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/CADE/2014) Julgue o item


a seguir, referente à avaliação de políticas públicas.
A análise de custo-efetividade de um programa é recomendada sempre que houver dificuldade
na estimativa dos benefícios desse programa em valores monetários.

A análise custo-efetividade é uma variante da análise custo-benefício. Isso porque enquanto


a custo benefício considera, além dos custos, a estimativa dos benefícios tangíveis e
intangíveis de um programa, a análise custo-efetividade considera somente os custos,
mas não os benefícios.
Certo.

018. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE


DO NORTE/2015) Julgue o item seguinte a respeito de planejamento e avaliação das
políticas públicas.
A análise custo-efetividade exige a monetarização dos impactos causados pela política
pública.

Na avaliação ou análise custo-efetividade, somente os custos são estimados em unidades


monetárias. Os impactos causados, ou seja, quaisquer resultados são expressos de alguma
outra forma quantitativa, mas não monetarizada.
Vamos relembrar o exemplo da aula:
Em um programa de distribuição de renda a famílias com crianças carentes, o custo-
efetividade pode ser expresso da seguinte forma: “cada R$ 1.000,00 dispendidos pelo
programa aumentam os níveis de escolaridade, na média, em 1 ano para cada 100 crianças”.
Errado.

019. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE-MG/ADMINISTRAÇÃO/2018)


Assinale a opção que indica a avaliação que busca verificar se determinada política pública

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responde a um problema bem delimitado e evita a ocorrência de erros de formulação


e desenho.
a) avaliação de resultados
b) avaliação ex post
c) avaliação de processos
d) avaliação ex ante
e) avaliação de performance

Como vimos, a avaliação ex ante inicia-se no momento em que se define o problema ou a


necessidade que justifica uma política pública, um programa ou um projeto. Ocorre antes
de se decidir como será feita uma intervenção, e não antes de a implementação, de fato,
tornar-se realidade.
a) Errada. A avaliação de resultados tem por objeto os resultados, também chamados de
“outputs”, significando bens ou serviços de um programa ou projeto que são necessários
para que seus objetivos finais sejam alcançados.
b) Errada. A avaliação ex post refere-se, em especial, à avaliação que é concebida sem relação
com o planejamento e nem mesmo com o processo de implementação, sendo adotada
quando a política pública, o programa ou o projeto se encontra consolidado ou em fase final.
c) Errada. A avaliação de processos envolve o conjunto de ações destinadas a produzir um
bem ou serviço ou a desencadear alguma mudança numa dada realidade.
e) Errada. A avaliação de performance refere-se ao mesmo conceito amplo de avaliação
de desempenho.
Letra d.

020. (CETRO/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/CAMPINAS/2012) Nas últimas décadas,


a avaliação de políticas e programas governamentais assumiu grande relevância para as
funções de planejamento e gestão governamentais. A avaliação das políticas públicas
pode subsidiar diversos aspectos positivos e são classificadas segundo vários critérios.
Considerando o critério quanto ao momento de realização, tem-se as seguintes avaliações:
a) Avaliação ex-ant e Avaliação ex-post.
b) Avaliação de Processos e Avaliação de Impactos.
c) Avaliação Formativa e Avaliação Somativa.
d) Avaliação Mista e Avaliação Participativa.

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Segundo Cohen e Franco (2000)20, as avaliações quanto ao tempo de sua realização podem
ser:
• Avaliação ex-ante: realizada ao começar o projeto, antecipando fatores considerados
no processo decisório.
• Avaliação ex-post: ocorre quando projeto está em execução ou já foi concluído, sendo
que decisões são tomadas com base nos resultados alcançados.
Letra a.

021. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018)


O Ciclo de Políticas Públicas é utilizado como recurso de análise, pois divide o processo de
elaboração de uma política pública em fases, permitindo, assim, que sejam observadas
separadas ou em conjunto. As fases serão consideradas aqui conforme a figura a seguir:
Figura 1 – O ciclo de políticas públicas

Fonte – Elaboração própria

Com base na Figura 1, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Entre os atores que mais se preocupam com a etapa de identificação do problema,


estão ONGs, partidos e agentes políticos.
( ) A etapa de formulação de alternativas busca apresentar soluções para o problema
público identificado.

20
COHEN, E.; FRANCO, R. Avaliação de Projetos Sociais. São Paulo: Editora Vozes, 2000.

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( ) O monitoramento da política pública só pode ser utilizado na etapa de formulação


de políticas públicas.
( ) A avaliação feita antes da implementação da política é chamada ex ante e a avaliação
realizada após a implementação da política é chamada pos itinere.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a) F – V – F – V.
b) F – F – V – F.
c) V – F – V – F.
d) V – V – F – F.
e) V – V – F – V.

Análise das assertivas:


(VERDADEIRA) Entre os atores que mais se preocupam com a etapa de identificação do
problema, estão ONGs, partidos e agentes políticos.
Como Sabemos, a lista de problemas sociais é imensa, concorda? Assim, ainda que inúmeras
necessidades sejam reconhecidas, só serão prioridades do poder público se forem incluídas
nas agendas de políticas públicas. Vale destacar que as ONGs, partidos e agentes políticos
possuem a sua razão de existir na análises de problemas públicos.
(VERDADEIRA) A etapa de formulação de alternativas busca apresentar soluções para o
problema público identificado.
Em suma, a fase de formulação de uma política pública refere-se ao processo de criação de
opções sobre o que fazer a respeito de um problema público, incluindo-se a identificação
de restrições técnicas e políticas à ação do Estado.
(FALSA) O monitoramento da política pública só pode ser utilizado na etapa de formulação
de políticas públicas.
Via de regra, um monitoramento exige parâmetros especificados, definição de critérios,
etc. Daí, o correto é dizer que o monitoramento (avaliação) ocorre, comumente, após a
implementação, e não durante a formulação.
(FALSA) A avaliação feita antes da implementação da política é chamada ex ante e a
avaliação realizada após a implementação da política é chamada pos itinere.
O termo utilizado é in intinere, ou seja, durante. Pos itinere é um termo desconhecido na
área.
Letra d.

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022. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018)


Considere a etapa de implementação de uma política pública e assinale a alternativa
INCORRETA.
a) As abordagens top down e bottom-up são totalmente contraditórias.
b) A implementação compreende a etapa de produção de resultados da política pública.
c) O modelo de implementação bottom-up tem como principal ator o burocrata.
d) O modelo top down apresenta um processo de implementação linear.
e) No modelo bottom-up, o formato da política pública após tomada de decisão não é
definitivo e pode ser modificado pelos que a implementam no dia a dia.

Perceba que o erro está em dizer que são totalmente contraditórias. Existem os modelos
híbridos (interativos), com características de ambas abordagens. Ou seja, é possível aplicar
elementos das duas filosofias ao mesmo tempo.
No modelo interativo-iterativo, não há um fluxo único nem da formulação para a
implementação (modelo top-down), nem desta em direção à formulação (modelo bottom-
up). Em lugar disso, haveria um processo complexo, de idas e vindas, entre as diversas fases
do ciclo, dando origem a várias etapas de decisão, que iriam sendo reformuladas conforme
as reações dos diversos atores à agenda que se formou, ao curso assumido pelas decisões
e aos impactos da implementação.
b) Certa. A fase de implementação de políticas públicas é constituída pelo planejamento e
organização do aparelho administrativo e dos recursos humanos, financeiros, materiais e
tecnológicos necessários para executar uma política. Trata-se da preparação para pôr em
prática a política pública.
c) Certa. O modelo top-down (de cima para baixo, iterativo) estabelece que formulação e
implementação são etapas rigorosamente separadas e diferenciadas, seja porque envolve
atores diferentes, seja porque envolve distintos graus de autoridade e de complexidade.
Neste modelo, os políticos formulam e decidem, e comandam os burocratas, que executam
as suas decisões, implementando a política.
d) Certa. No modelo top down, as decisões e o controle ocorrem de cima para baixo,
considerando a colaboração de quem tem a visão geral, mais holística do problema. Daí a
ideia de linearidade, qualidade do que se apresenta claro e diretamente.
e) Certa. O modelo bottom-up é de baixo para cima, concebido a partir da base, das
percepções das demandas e das experiências de resolução dos problemas desenvolvidos
pelos atores situados nos escalões inferiores da Administração.
Letra a.

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023. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018) A


Avaliação de políticas públicas é uma etapa importante para melhoria da eficiência do gasto
público, da qualidade da gestão e do controle social sobre a efetividade da ação do Estado.
Ramos e Schabbach (2012) colocam que a avaliação permite aos formuladores e gestores
o desenho de políticas mais conscientes, com melhores resultados e melhor utilização de
recursos. Considerando os critérios necessários para a avaliação de uma política pública,
assinale a alternativa que NÃO corresponde aos critérios de avaliação.
a) Economicidade.
b) Produtividade.
c) Eficácia.
d) Equidade.
e) Intangibilidade.

Em estudo sobre os aspectos conceituais de avaliação de políticas públicas abrangendo


vasta bibliografia, Silva et al. (2016)21 identificaram que os critérios de avaliação mais
comuns seriam: (1) eficiência; (2) eficiência alocativa; (3) eficiência econômica; (4) eficiência
administrativa; (5) eficácia; (6) impacto (ou efetividade); (7) efetividade social; (8) efetividade
institucional; (9) sustentabilidade; (10) análise custo-efetividade; (11) satisfação do
beneficiário; (12) equidade; (13) insumos (inputs); (14) carga de trabalho (workload); (15)
resultados (outputs); (16) custos (costs); (17) qualidade e oportunidade dos serviços (service
quality and timeliness); (18) economicidade e (19) produtividade.
Importante destacar que o próprio conceito de intangibilidade está em sentido contrário ao
conceito de indicador. Um indicador deve ser tangível (algo que se consegue mensurar),
e não intangível.
Letra e.

024. (FUNDATEC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/SEPOG RS/2018)


Um analista de políticas públicas necessita descobrir se a solução para a situação-problema
alcançada por meio de uma política pública aplica-se a outras realidades ou apenas a
determinados contextos. Considerando que o analista possui as informações de antes e
depois da implementação da política pública e uma grande amostra populacional, qual o
tipo de avaliação mais adequado para ele?
a) Avaliação interna.
b) Avaliação de impactos.

21
SILVA, Mauricio Corrêa; SILVA, Romildo de Araújo; SILVA, José Dionísio Gomes. Análise e Avaliação de Políticas Públicas:
Aspectos Conceituais. Boletim Governet de Administração Pública e Gestão Municipal, n. 61, p. 1434-1444 (2016).

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c) Avaliação gerencialista.
d) Avaliação participativa.
e) Avaliação mista.

Note que a ideia de impactos está associada à efetividade. A efetividade está vinculada
ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a transformação produzida no contexto
em geral.
Ora, se o analista possui as informações de antes e depois da implementação da política
pública e uma grande amostra populacional, significa que ele tem ideia do quanto a política
pública transformou a realidade. Com isso, efetividade na veia!
Letra b.

025. (FGV/AUDITOR DO ESTADO/CGE SC/ADMINISTRAÇÃO/2023) O processo de elaboração


de políticas públicas também é conhecido como ciclo de políticas públicas. Este é um
esquema de visualização e interpretação que organiza a vida de uma política pública em
fases sequenciais e interdependentes.
Relacione as fases do ciclo de políticas públicas com suas respectivas definições.
1. Formação da Agenda
2. Tomada de Decisão
3. Avaliação da política pública

( ) Processo de julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a ação


pública, bem como sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram colocados em
prática.
( ) Conjunto de problemas que a comunidade política percebe como merecedor de
intervenção pública.
( ) Momento em que os interesses dos atores são equacionados e as intenções de
enfrentamento de um problema público são explicitadas.

Assinale a opção que indica a relação correta na ordem apresentada.


a) 3, 1 e 2.
b) 3, 2 e 1.
c) 2, 1 e 3.
d) 1, 3 e 2.
e) 1, 2 e 3.

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Vamos ficar ligado, tá? A banca optou aqui pela classificação do autor Leonardo Secchi22:

Por isso, nosso gabarito é a letra A:


(3. Avaliação da política pública) Processo de julgamentos deliberados sobre a validade de
propostas para a ação pública, bem como sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram
colocados em prática.
(1. Formação da Agenda) Conjunto de problemas que a comunidade política percebe como
merecedor de intervenção pública.
(2. Tomada de Decisão) Momento em que os interesses dos atores são equacionados e as
intenções de enfrentamento de um problema público são explicitadas.
Letra a.

026. (FGV/TÉCNICO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/ALEMA/CIÊNCIAS SOCIAIS/2023) O estudo


das políticas públicas usa modelos na forma de ciclos de etapas sucessivas, de modo a facilitar
sua análise e identificar uma possível intervenção, como no exemplo proposto a seguir.

22
SECCHI, L. Políticas Públicas: Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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Nesse modelo, a(s) etapa(s)


a) identificação do problema e formação da Agenda correspondem aos processos de
reconhecimento de uma questão social como problema público e de sua legitimação na
pauta pública, em determinado momento.
b) formulação das alternativas consiste na escolha técnico-política dos rumos a seguir,
decidindo entre as alternativas formuladas de ação efetiva ou não.
c) tomada de decisão refere-se à capacidade de oferecer uma solução consistente indicando
os encaminhamentos e programas para o problema social diagnosticado.
d) implementação contribui para os esforços de efetivação da ação governamental, mediante
a verificação da pertinência, viabilidade e eficácia potencial de um programa.
e) avaliação identifica o conjunto de assuntos e problemas que os gestores públicos e a
comunidade política entendem como mais relevantes em um dado momento.

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A questão aborda a classificação das etapas segundo Leonardo Secchi. Vamos rever?

A etapa de identificação do problema se refere ao momento em que determinado assunto


ou questão é reconhecido como um problema que requer atenção e ação por parte das
autoridades e formuladores de políticas públicas. Isso implica em identificar a existência
do problema, suas causas e impactos na sociedade.
A formação da agenda, por sua vez, está relacionada ao reconhecimento público desse
problema e sua inclusão na pauta de discussões e debates da sociedade e do governo. Nessa
etapa, o problema ganha visibilidade e passa a ser considerado como uma prioridade a ser
abordada e solucionada.
Por isso, nosso gabarito é a Letra a.
Vamos analisar as demais alternativas incorretas:
b) Errada. Formulação das alternativas [tomada de decisão] consiste na escolha técnico-
política dos rumos a seguir, decidindo entre as alternativas formuladas de ação efetiva ou não.
A formulação das alternativas corresponde à etapa em que são elaboradas diferentes
propostas de ações ou políticas para lidar com o problema identificado.
c) Errada. Tomada de decisão [formulação de alternativas] refere-se à capacidade de
oferecer uma solução consistente indicando os encaminhamentos e programas para o
problema social diagnosticado.
A tomada de decisão se refere ao momento em que as autoridades e formuladores de
políticas públicas escolhem entre as alternativas formuladas, decidindo quais ações serão
efetivamente implementadas.

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d) Errada. Implementação [avaliação] contribui para os esforços de efetivação da ação


governamental, mediante a verificação da pertinência, viabilidade e eficácia potencial de
um programa.
A implementação é a fase em que as políticas e ações definidas na etapa anterior são
colocadas em prática.
e) Errada. Avaliação [formação da agenda] identifica o conjunto de assuntos e problemas
que os gestores públicos e a comunidade política entendem como mais relevantes em um
dado momento.
A avaliação (alternativa E) refere-se à análise dos resultados e impactos das políticas
implementadas.
Letra a.

027. (FGV/ANALISTA TÉCNICO/AGENERSA/2023) Políticas públicas são as ações e os programas


desenvolvidos pelo Estado para colocar em prática direitos positivados na Constituição
Federal de 1998 ou em leis, de modo a garantir o bem-estar da população.
Acerca das políticas públicas, assinale a opção que apresenta o tipo de avaliação que é
realizada de forma simultânea à implementação do programa.
a) Somativa.
b) Formativa.
c) Ex-ante.
d) Ex-post.
e) De impacto.

Como vimos, a autor Leonardo Secchi (queridinho da banca FGV) destaca os seguintes tipos
de avaliação de políticas públicas:
• Avaliação ex-ante: ocorre antes da implementação, normalmente durante o próprio
processo de formulação, quando o tomador de decisão faz projeções, predições ou
conjecturas das diferentes alternativas propostas.
• Avaliação in itinere ou formativa: é o chamado monitoramento, que ocorre durante
o próprio processo de implementação.
• Avaliação ex-post ou somativa: ocorre depois do processo de implementação. Nesse
momento, normalmente, define-se a continuidade, a reestruturação ou a extinção
de uma política pública.
Por isso, nosso gabarito é a letra B.
Letra b.

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028. (FGV/TÉCNICO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/ALEMA/CIÊNCIAS SOCIAIS/2023) Para Paulo


Jannuzzi, o processo de avaliação de políticas públicas tem como finalidade aprimorar a
gestão das intervenções buscando maior eficiência, eficácia e efetividade. A esse respeito,
estabeleça a correspondência entre as dimensões listadas a seguir e suas respectivas
definições.
1. Eficiência
2. Eficácia
3. Efetividade

( ) Dimensão relacionada à verificação dos efeitos de médio e longo prazo sobre os


beneficiários e a sociedade, atribuíveis direta ou indiretamente a um programa.
( ) Dimensão relacionada ao custo para alcançar os resultados de um programa, podendo
ser medida por indicadores de custeio da produção dos resultados.
( ) Dimensão relacionada ao cumprimento dos objetivos explicitados em um programa,
pressupondo análise de cobertura e grau de focalização do público-alvo alcançado,
entre outros.

Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 3 – 1.
c) 3 – 1 – 2.
d) 1 – 3 – 2.
e) 3 – 2 – 1.

A eficiência refere-se à relação entre os recursos investidos e os resultados obtidos, buscando


fazer mais com menos recursos, garantindo uma gestão financeira adequada.
A eficácia está relacionada à capacidade de um programa alcançar seus objetivos e metas
estabelecidos, considerando a cobertura e focalização no público-alvo.
Já a efetividade avalia os impactos e resultados gerados por um programa, analisando seus
efeitos de médio e longo prazo na sociedade e nos beneficiários.
Portanto, a relação correta entre as dimensões e suas definições é:
3. Efetividade
1. Eficiência
2. Eficácia
Letra c.

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029. (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO/FUNASA/2009) A criação de mecanismos


institucionais de participação popular no processo de formulação e implementação de
políticas sociais públicas foi uma conquista da sociedade civil no processo de construção
da democracia no Brasil, cujos frutos aparecem na Constituição Federal de 1988, nas
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais. Dentre estes mecanismos estão os(as)
a) Partidos Políticos.
b) Conselhos de Gestão.
c) Centrais Sindicais.
d) Parcerias Público-Privadas.
e) Associações de Moradores.

O gabarito é a letra B. Os conselhos de gestão são órgãos colegiados formados por


representantes do governo, da sociedade civil e, em alguns casos, do setor privado. Eles têm a
função de deliberar sobre as políticas públicas em questão, acompanhar sua implementação
e fiscalizar o uso dos recursos públicos.
Os conselhos de gestão são previstos na Constituição Federal de 1988, nas Constituições
Estaduais e nas Leis Orgânicas Municipais. Eles são um importante instrumento de participação
popular na gestão das políticas sociais públicas, pois permitem que a sociedade civil contribua
para a definição das políticas, o seu monitoramento e a sua avaliação.
Sobre as demais alternativas incorretas:
a) Errada. Os partidos políticos são organizações que participam do processo político de
um país. Eles têm a função de organizar e representar os interesses da população, mas
não são mecanismos institucionais de participação popular no processo de formulação e
implementação de políticas sociais públicas.
c) Errada. As centrais sindicais são associações de sindicatos que têm a função de representar
os interesses da classe trabalhadora. Elas podem participar do processo de formulação e
implementação de políticas sociais públicas, mas não são mecanismos institucionais.
d) Errada. As parcerias público-privadas são formas de colaboração entre o governo e o
setor privado para a execução de projetos e serviços públicos.
e) Errada. As associações de moradores são organizações que representam os interesses dos
moradores de um determinado bairro ou comunidade. Elas podem participar do processo
de formulação e implementação de políticas sociais públicas, mas não são mecanismos
institucionais.
Letra b.

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030. (FGV/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/AGENERSA/2023) A participação social na discussão


pública está relacionada ao envolvimento efetivo da sociedade na tomada de decisões e
na implementação de políticas públicas. Por meio dela, a população tem a oportunidade
de expressar suas sugestões e preocupações sobre questões públicas, além de realizar
denúncias em caso de irregularidades.
Considerando as diferentes formas pelas quais a população pode participar, assinale a
opção que apresenta aquela cuja criação depende de previsão legislativa e é orientada pelo
princípio da paridade.
a) Pseudoparticipação.
b) Audiência pública.
c) Fórum comunitário.
d) Neocorporativismo.
e) Conselho de gestão.

O gabarito é a Letra e. Os conselhos de gestão são órgãos colegiados que são criados por lei
e que têm a participação paritária do governo e da sociedade civil. A paridade é o princípio
que garante que o governo e a sociedade civil tenham o mesmo número de representantes
nos conselhos de gestão.
Os conselhos de gestão são um importante mecanismo de participação social na gestão
das políticas públicas. Eles permitem que a sociedade civil contribua para a definição das
políticas, o seu monitoramento e a sua avaliação.
Sobre as demais alternativas incorretas:
a) Errada. A pseudoparticipação é uma forma de participação social que é limitada ou
controlada pelo governo. Ela não permite que a sociedade civil tenha um envolvimento
efetivo na tomada de decisões e na implementação de políticas públicas.
b) Errada. As audiências públicas são um mecanismo de participação social que permite
que a população expresse suas opiniões sobre um determinado assunto. No entanto, as
audiências públicas não são obrigatórias e não têm o mesmo peso que os conselhos de
gestão.
c) Errada. Os fóruns comunitários são espaços de discussão e deliberação de questões
públicas que são organizados pela sociedade civil. No entanto, os fóruns comunitários não
são criados por lei e não têm o mesmo peso que os conselhos de gestão.
d) Errada. O neocorporativismo é uma forma de participação social que é baseada na
representação de interesses organizados. No entanto, o neocorporativismo não é orientado
pelo princípio da paridade.
Letra e.

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031. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2022) Em relação


aos processos participativos de gestão pública, julgue o item seguinte.
Em segmentos como saúde, assistência social e educação, os conselhos de gestão se
transformaram em mecanismos de controle social, planejamento e implementação de
políticas públicas.

O item está certo. Os conselhos de gestão são mecanismos de participação social que têm
como objetivo promover a participação da sociedade civil na gestão das políticas públicas.
No controle social, os conselhos de gestão atuam fiscalizando a aplicação dos recursos
públicos e o cumprimento das políticas públicas. Eles podem realizar auditorias, emitir
pareceres e propor medidas para o aprimoramento das políticas.
No planejamento, os conselhos de gestão participam da definição das prioridades e objetivos
das políticas públicas. Eles podem contribuir com informações e sugestões para a elaboração
de planos e programas.
Na implementação, os conselhos de gestão acompanham a execução das políticas públicas
e podem propor medidas para o seu aprimoramento. Eles podem realizar visitas às unidades
de atendimento, ouvir os usuários dos serviços públicos e analisar os relatórios de gestão.
Certo.

032. (CEPERJ/TÉCNICO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/ALEMA/CIÊNCIAS SOCIAIS-


SOCIÓLOGO/2022) “Dada a natureza da ação estatal, os processos relacionados à
implementação de políticas públicas são inesgotáveis. Eles podem variar no conteúdo
(mudar prioridades), podem variar na forma (uso de diferentes instrumentos), podem variar
em termos de atores (estatais ou não estatais). Mas a legitimidade da existência do estado
é definida por sua capacidade de colocar políticas públicas em prática, materializando e
dando vida concreta a elas.”
LOTTA, Gabriela. A política pública como ela é: contribuições dos estudos sobre implementação
para a análise de políticas públicas. In: LOTTA, G. (Org.) Teorias e Análises sobre Implementação
de Políticas Públicas no Brasil. p. 33-34.
Disponível em: voo_TTeeoras%%%200e%%20Ann%%C3%% %AA1lises%200sobee%%220Impemmeen-
t%%C3 %A7%C3%A3º%%%20d%%20Poo%C3%%ADDia s%%20P%C3%BAbcas%20no%20Basspdf
ADticas%20P%C3%BAblicas%20no%20Brasil.pdf

O texto acima aponta que as políticas públicas são uma forma a partir da qual o estado se
torna:
a) crítico das iniciativas sindicais.
b) defensor das associações patronais.

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c) representante dos interesses privados.


d) porta-voz das demandas populares.

O gabarito é a Letra d. O texto aponta que a legitimidade da existência do estado é definida


por sua capacidade de colocar políticas públicas em prática, materializando e dando vida
concreta a elas. Isso significa que o estado é reconhecido como legítimo quando é capaz
de atender às demandas da população.
O texto também afirma que os processos relacionados à implementação de políticas públicas
são inesgotáveis, variando no conteúdo, na forma e nos atores envolvidos. Isso significa
que as políticas públicas são um processo dinâmico, que deve ser adaptado às diferentes
realidades e necessidades da população.
Portanto, a letra D é a correta porque aponta que as políticas públicas são uma forma a
partir da qual o estado se torna porta-voz das demandas populares.
Sobre as demais alternativas incorretas:
a) Errada. O texto não aponta que as políticas públicas são uma forma a partir da qual
o estado se torna crítico das iniciativas sindicais. Pelo contrário, o texto afirma que as
políticas públicas devem atender às demandas da população, que incluem as demandas
dos sindicatos.
b) Errada. O texto não aponta que as políticas públicas são uma forma a partir da qual o
estado se torna defensor das associações patronais. Pelo contrário, o texto afirma que as
políticas públicas devem atender às demandas da população, que incluem as demandas
dos trabalhadores.
c) Errada. O texto não aponta que as políticas públicas são uma forma a partir da qual o
estado se torna representante dos interesses privados. Pelo contrário, o texto afirma que
as políticas públicas devem atender às demandas da população, que podem ser diferentes
dos interesses privados.
e) Errada. O texto afirma que a legitimidade da existência do estado é definida por sua
capacidade de colocar políticas públicas em prática, materializando e dando vida concreta a
elas. Isso significa que o estado deve atender às demandas da população, o que é o oposto
de estar ausente dessas demandas.
Letra d.

033. (QUADRIX/ANALISTA DE ATIVIDADES DE DEFESA DO CONSUMIDOR/PROCON DF/


ADMINISTRAÇÃO/2023) A respeito da construção de agendas públicas, do planejamento e
da avaliação de políticas públicas e da Lei de Acesso à Informação, julgue o item.

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Um adequado planejamento de políticas públicas favorece a implementação de políticas


que promovam a melhoria da condição de vida de grande parte da população e a redução
da desigualdade social extrema.

O item está certo. O planejamento de políticas públicas é um processo que envolve a


definição de objetivos, metas, estratégias e instrumentos para a implementação de uma
política pública.
Um planejamento adequado de políticas públicas contribui para a melhoria da condição de
vida de grande parte da população e a redução da desigualdade social extrema por meio
dos seguintes mecanismos:
• Eficiência: o planejamento ajuda a garantir que os recursos públicos sejam utilizados
de forma eficiente, maximizando os resultados das políticas públicas.
• Eficácia: o planejamento ajuda a garantir que as políticas públicas alcancem seus
objetivos, contribuindo para a melhoria da condição de vida da população.
• Equidade: o planejamento pode ajudar a garantir que as políticas públicas sejam
equitativas, beneficiando os grupos mais vulneráveis da população.
Portanto, um adequado planejamento de políticas públicas, aliado à transparência da
informação pública, é fundamental para a implementação de políticas que promovam a
melhoria da condição de vida de grande parte da população e a redução da desigualdade
social extrema.
Certo.

034. (IADES/GESTOR EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/SEPLAD DF/


ADMINISTRAÇÃO/2023) A implementação de políticas públicas pode ser operacionalizada
por meio de diferentes instrumentos. Um instrumento que compromete a legitimidade de
uma política pública quando utilizado, são as (os)
a) leis ordinárias
b) medidas provisórias.
c) leis complementares
d) decretos legislativos
e) emendas constitucionais

O gabarito é a letra B. A banca certamente tem a visão de que as medidas provisórias


são instrumentos de caráter excepcional, que devem ser utilizadas apenas em casos de
relevância e urgência. No entanto, elas são frequentemente utilizadas pelo governo para
implementar políticas públicas, mesmo quando não há esses requisitos.

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De fato, o uso de medidas provisórias para implementar políticas públicas pode comprometer
sua legitimidade por vários motivos:
• Falta de debate: as medidas provisórias são editadas pelo presidente da República,
sem a participação do Congresso Nacional. Isso pode levar à falta de debate sobre a
necessidade e a adequação da política pública.
• Falta de transparência: as medidas provisórias são editadas sem a participação da
sociedade civil. Isso pode levar à falta de transparência sobre a política pública e à
dificuldade de participação da sociedade no seu monitoramento e avaliação.
• Falta de estabilidade: as medidas provisórias têm validade de 60 dias, prorrogáveis
por mais 60 dias. Isso pode gerar instabilidade na implementação da política pública,
pois ela pode ser alterada ou até mesmo revogada antes de ser implementada.
Letra b.

035. (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRBM 3/2022) Quanto à Administração


Pública, julgue o item.
No setor de atividades não exclusivas do Estado, ligadas à implementação de políticas em
áreas nas quais a sociedade civil acumulou experiências que podem ser aproveitadas pelo
setor público, abre-se um amplo terreno para parcerias.

O item está certo. Atividades não exclusivas do Estado são aquelas que podem ser realizadas
tanto pelo Estado quanto por outros setores da sociedade, como a iniciativa privada ou a
sociedade civil.
A parceria entre o Estado e a sociedade civil pode trazer benefícios para ambas as partes.
Para o Estado, a parceria pode contribuir para a eficiência e a efetividade das políticas
públicas. Para a sociedade civil, a parceria pode contribuir para a ampliação da participação
social e para o fortalecimento da democracia.
Os conselhos de políticas públicas, por exemplo, são colegiados compostos por representantes
do Estado e da sociedade civil. Eles têm como função participar da definição, da implementação
e da avaliação das políticas públicas.
Certo.

036. (CONSULPLAN/TÉCNICO/MPE PA/SOCIÓLOGO/2022) Na maioria dos países, o


planejamento, seja ele robusto e sofisticado, ou composto por diretrizes genéricas, não
orienta a formulação de políticas públicas setoriais ministeriais, nem as prioridades do
governante. (TONI, 2021, p. 23.)

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Utilizando o texto como reflexão e pensando nos entraves na relação entre planejamento
e implementação das políticas públicas, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Falta de coerência entre planejamentos.
b) Incapacidade de atualizar o planejamento em face de fatos novos da conjuntura, como
crises e demandas inesperadas.
c) Associação entre planejamento estratégico governamental e execução orçamentária,
conduzindo o planejamento das prioridades do governo.
d) Risco de ineficiência na implementação de políticas públicas pela duplicação ou sobreposição
de planos e projetos, afetando a coordenação do governo.

O gabarito é a Letra c. Redação textual bem ruinzinha, né? Vamos lá!


O enunciado quer saber sobre entraves na relação entre planejamento e implementação
das políticas públicas. Só que ele pede a alternativa incorreta, ou seja, a alternativa que
não é considerada um entrave!
A letra C é a incorreta porque a associação entre planejamento estratégico governamental
e execução orçamentária é uma forma de fortalecer a relação entre planejamento e
implementação das políticas públicas. Ou seja, não é um entrave!
O planejamento estratégico governamental é um processo de definição de objetivos e
metas para o governo, a longo prazo. A execução orçamentária é o processo de execução
do orçamento público, que é o instrumento legal que define as receitas e as despesas do
governo.
A associação entre planejamento estratégico governamental e execução orçamentária pode
contribuir para a implementação das políticas públicas de diversas formas, como:
• Garantir a disponibilidade de recursos: a execução orçamentária é uma forma de
garantir que os recursos necessários para a implementação das políticas públicas
estejam disponíveis.
• Orientar a alocação de recursos: o planejamento estratégico governamental pode
orientar a alocação de recursos públicos para as políticas públicas que são consideradas
prioritárias.
• Avaliar os resultados: a execução orçamentária pode ser utilizada para avaliar os
resultados das políticas públicas, o que pode contribuir para o seu aprimoramento.
Portanto, a associação entre planejamento estratégico governamental e execução
orçamentária é uma boa prática que pode contribuir para a implementação das políticas
públicas, mas ela não é suficiente para garantir uma boa relação entre planejamento e
implementação.
Sobre as demais alternativas incorretas (são entraves):

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a) Errada. A falta de coerência entre planejamentos pode dificultar a implementação das


políticas públicas. Por exemplo, se um planejamento estratégico governamental estabelece
como prioridade a redução da pobreza, mas um planejamento setorial de educação estabelece
como prioridade a expansão do acesso ao ensino superior, pode haver incoerência entre
esses planejamentos. Isso pode dificultar a implementação de políticas públicas que visem
a redução da pobreza, pois os recursos públicos podem ser alocados para o ensino superior,
em detrimento de políticas de transferência de renda ou de geração de emprego e renda.
b) Errada. A incapacidade de atualizar o planejamento em face de fatos novos da conjuntura
pode dificultar a implementação das políticas públicas. Por exemplo, se um planejamento
estratégico governamental é elaborado com base na conjuntura econômica de um determinado
ano, mas a conjuntura econômica muda no ano seguinte, o planejamento pode não estar
mais adequado. Isso pode dificultar a implementação de políticas públicas que foram
planejadas com base na conjuntura econômica anterior.
d) Errada. O risco de ineficiência na implementação de políticas públicas pela duplicação ou
sobreposição de planos e projetos pode dificultar a coordenação do governo. Por exemplo, se
dois ministérios diferentes desenvolvem planos para a mesma área, pode haver duplicação
de esforços e recursos. Isso pode levar a uma ineficiência na implementação das políticas
públicas, pois os recursos públicos podem ser utilizados de forma ineficiente.
Letra c.

037. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2009) Julgue


o item a seguir acerca de empreendedorismo governamental e processos participativos
de gestão pública.
É possível ao gestor público instituir um conselho de gestão voltado para a área de habitação.

O item está certo. Os conselhos de gestão são instâncias que possibilitam a participação
direta da sociedade civil na tomada de decisões e na definição de diretrizes de determinada
área.
No caso específico da habitação, um conselho de gestão poderia ser composto por
representantes da sociedade civil, especialistas, profissionais da área e outros interessados
no tema habitação.
Certo.

038. (CEBRASPE-CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SECONT ES/ADMINISTRAÇÃO/2009) Julgue


o item a seguir acerca de empreendedorismo governamental e processos participativos
de gestão pública.
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Os conselhos de gestão estão inseridos na estrutura do Poder Executivo e são subordinados


à secretaria pertinente ao tema ou área de que tratam.

O item está errado. Os conselhos de gestão, apesar de estarem relacionados às ações do


Poder Executivo, não estão necessariamente inseridos na estrutura desse Poder e nem
sempre são subordinados a uma secretaria específica.
Na verdade, os conselhos de gestão são instâncias colegiadas compostas por representantes
da sociedade civil, do governo e de outros segmentos relevantes, com o objetivo de participar
na formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas em áreas
específicas.
Muitas vezes, sua composição busca diversidade e representatividade, envolvendo diferentes
partes interessadas, especialistas e setores da sociedade.
Errado.

039. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL/CODEVASF/ADMINIS-


TRAÇÃO/2021) Julgue o próximo item, no que se às reformas administrativas, à reforma do
aparelho do Estado, ao Estado regulador e aos processos participativos de gestão pública.
A influência nas decisões sobre o destino da organização é uma forma de democratização
que pode ser observada em um processo participativo de gestão pública.

O item está certo. O processo de democratização vivenciado pelo Brasil após a década de
1980 alterou a configuração dos processos de gestão pública. Inúmeras organizações surgem
nesse contexto de desenvolvimento da cidadania, como por exemplo, as organizações sociais,
as associações, os movimentos, os conselhos, os fóruns, dentre outros.
O poder entre Estado e sociedade, que antes era visto de forma vertical, tende a ser
substituído e complementado por relações mais horizontais, privilegiando o diálogo e a
negociação.
Assim, considerando que os instrumentos institucionais de controle nem sempre são tão
efetivos, muitas vezes, a solução para as demandas da Administração parte da intervenção
dos cidadãos nas coisas públicas.
Certo.

040. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Acerca das


reformas administrativas, do paradigma pós-burocrático, do papel do Estado regulador e
dos processos participativos de gestão pública, julgue o item subsequente.

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A participação popular na elaboração de políticas públicas constitui uma forma de legitimação


das ações governamentais pelos cidadãos.

O item está certo. A própria Constituição Federal de 1988 veio consolidar direitos e prever
a participação do cidadão na formulação, implementação e no controle social das políticas
públicas.
Os conselhos sociais, por exemplo, têm a função de abrir espaço para a participação popular
na gestão pública.
Ao contar com a sociedade na elaboração das políticas públicas, há maior chance de elas
serem consistentes e eficazes, melhorando o desempenho administrativo. Por isso, essa
nova estratégia de governar compreende que é imprescindível, para uma boa administração,
manter os cidadãos ao seu lado.
Certo.

041. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA JURÍDICO/PGDF/ADMINISTRAÇÃO/2021) Acerca das


reformas administrativas, do paradigma pós- burocrático, do papel do Estado regulador e
dos processos participativos de gestão pública, julgue o item subsequente.
Os conselhos municipais, denominados conselhos de políticas públicas, atuam em áreas
como assistência social e segurança e constituem formas de participação popular na gestão
pública.

O item está certo. Os conselhos municipais, também conhecidos como conselhos de políticas
públicas, são instâncias de participação popular na gestão pública que atuam em diversas
áreas, como assistência social, segurança, educação, saúde, meio ambiente, entre outras.
Eles são compostos por representantes da sociedade civil e do poder público, e têm o
propósito de promover a discussão, formulação e acompanhamento das políticas públicas
em determinadas áreas.
Essa participação dos cidadãos por meio dos conselhos contribui para uma gestão mais
democrática, transparente e orientada para atender às necessidades e demandas da
população.
Certo.

042. (CEBRASPE-CESPE/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/SLU DF/


ADMINISTRAÇÃO/2019) A respeito de processos participativos e de gestão da qualidade
na administração pública brasileira, julgue o item seguinte.

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Os conselhos gestores são exemplos de mecanismos de participação cidadã na gestão


pública que ainda não são adotados nos municípios brasileiros.

O item está erra. Como já sabemos, os conselhos gestores de políticas públicas são institutos
importantes de participação pública decorrentes do próprio texto da Constituição Federal
de 1988. O objetivo principal desses conselhos, de composição plural e paritária, é aproximar
a sociedade do Estado e influenciá-lo numa atuação segundo demandas sociais.
Assim, devem funcionar como um colegiado institucionalizado, federal, estadual ou
municipal, de forma a incentivar troca de experiências e fiscalização, onde a sociedade pode
cobrar e colaborar com programas, projetos e ações voltadas à implantação e efetivação
de políticas públicas.
Errado.

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