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NOÇÕES DE

ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA E
ORÇAMENTO PÚBLICO
Ciclo Orçamentário e Créditos
Adicionais

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230424469996

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Conceitos Introdutórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Ciclo PDCA no Processo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.5. Planejamento/Elaboração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.6. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.7. A Execução do Orçamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.8. Avaliação e Controle. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.9. Prazos do Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2. Créditos Adicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.1. Créditos Suplementares e Especiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
2.2. Créditos Extraordinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é avançar mais acerca do estudo do orçamento público,
detalhando alguns assuntos e conhecendo um pouco mais sobre o ciclo orçamentário e
os créditos orçamentários adicionais.

Hoje, você, novamente, verá na prática vários conceitos e informações aprendidos na


aula inaugural. Além disso, vai acertar muitas questões de prova, com base naqueles artigos
da CF que estudamos na aula inicial.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

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CICLO ORÇAMENTÁRIO E CRÉDITOS ADICIONAIS

1. CICLO ORÇAMENTÁRIO

1.1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS


O ciclo orçamentário, no sentido amplo, é um processo que abrange as etapas do
planejamento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da Lei Orçamentária
Anual (LOA).

ELABORAÇÃO

AVALIAÇÃO CICLO ORÇAMENTÁRIO APROVAÇÃO

EXECUÇÃO

Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível
e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação,
execução, controle e avaliação, no que diz respeito à programação de gastos do setor público
do ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.

001. (CESPE/TCE–PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do


orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei
orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente
no que diz respeito a análises e decisões.

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Em verdade, o ciclo orçamentário é um processo dinâmico, flexível, integrado e contínuo,


em que se planeja, elabora, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do
setor público tanto no aspecto físico quanto no financeiro.
Errado.

CICLO INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E


ORÇAMENTO

Planos nacionais, regionais e


Plano Plurianual (PPA)
setoriais

Controle e avaliação da execução Lei de Diretrizes


orçamentária e financeira Orçamentárias (LDO)

Execução orçamentária e Elaboração da proposta


financeira orçamentária anual (LOA)

Discussão, votação e aprovação da


Lei Orçamentária Anual

Os instrumentos de planejamento e controle orçamentários podem ser assim visualizados:

Lei de Diretrizes
Plano Plurianual (PPA)
Orçamentárias (LDO)

Planos nacionais e setoriais

Controle da execução Elaboração da proposta


orçamentária e financeira orçamentária anual (LOA)

Execução orçamentária e Aprovação da


financeira Lei Orçamentária Anual

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A integração das etapas e, também, dos instrumentos de planejamento é fundamental,


tendo em vista que o processo orçamentário não é algo isolado, já que, por exemplo, a
elaboração da proposta de orçamento anual (LOA), primeira etapa do ciclo orçamentário,
renova-se anualmente e é resultante das definições da programação de médio prazo
(PPA), que, por sua vez, detalha o plano de longo prazo (planos nacionais, regionais e
setoriais), de acordo com as orientações anuais da LDO, refletindo, assim, a plena integração
do processo de planejamento e orçamento.

1.2. CICLO PDCA NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO


A Doutrina destaca a aplicabilidade ao processo orçamentário do Ciclo PDCA (em inglês:
plan, do, check e action), que é uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para
garantir o alcance das metas desejadas por uma organização, no intuito de atender aos
objetivos do orçamento-programa no Brasil.
O ciclo PDCA, teoria cobrada nas disciplinas de Administração e Administração Pública,
é composto das seguintes etapas:
1) Planejamento (plan): estabelecimento das metas a serem alcançadas, dos planos de
ação, dos procedimentos e dos processos necessários para o atingimento dos resultados
almejados;
2) Execução (do): execução das atividades para alcance das metas;
3) Controle/acompanhamento (check): monitoramento e avaliação das ações,
confrontando-se o planejado, o realizado e os ganhos obtidos;
4) Ações de melhoria (action): adoção de medidas para aprimorar a execução e/ou
corrigir eventuais falhas, elaborando, se for necessário, novos planos.

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CICLO ORÇAMENTÁRIO X CICLO PDCA

Ações Elaboração e
corretivas Aprovação

Act Plan

Check Do

Controle
de Avaliação Execução

Importante destacar que a Lei n. 4.320/1964 contempla as três primeiras etapas do


PDCA. Confira o paralelo com seus dispositivos (títulos):

CICLO ORÇAMENTÁRIO X LEI N. 4.320/1964

Título II, III e IV (*)

Ações Elaboração
corretivas e Aprovação

Controle
Execução
e Avaliação

Título VIII(*) Título V e VI

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Vamos detalhar mais essa inter-relação.


1. Planejamento (e aprovação)
Na elaboração da proposta orçamentária, os órgãos programam suas ações, com base
nos objetivos dos programas de governo, de maneira a contemplar a solução de problemas
identificados no planejamento, integrando o planejamento e o orçamento.
Depois de elaborada a proposta orçamentária, ela é submetida ao Poder Legislativo para
apreciação legislativa, seguindo, depois, para sanção ou veto pelo Presidente da República,
sendo a parte vetada devolvida ao Congresso Nacional para deliberação.
A etapa de planejamento e aprovação está associada aos Títulos II (Da Proposta
Orçamentária, artigos 22 a 31), III (Da elaboração da Lei de Orçamento, artigos 32 e 33) e
IV (Do Exercício Financeiro, artigos 34 a 39) da Lei n. 4.320/1964.
2. Execução
Etapa em que atos e fatos são praticados na Administração Pública para implantação da
ação governamental e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta
de uma política pública, sendo associada aos Títulos V (Dos Créditos Adicionais, artigos 40
a 46) e VI (Da Execução do Orçamento, artigos 47 a 70) da Lei n. 4.320/1964.
3. Controle/Acompanhamento
Podemos dizer que controle é a verificação da execução física e financeira das ações, cujo
objetivo é preservar a probidade do gestor e a eficiência da gestão, enquanto a avaliação é
o diagnóstico e a análise dos resultados e da efetividade da execução das ações de governo.
Nessa etapa, temos a associação aos Títulos VII (Do Controle da Execução Orçamentária,
artigos 75 a 82) da Lei n. 4.320/1964.
4. Ações de Melhoria
Decisões de gestão com maior discricionariedade, sem associação a dispositivos da Lei
n. 4.320/1964.

1.3. CICLO ORÇAMENTÁRIO RESUMIDO E AMPLIADO


Normalmente, o ciclo orçamentário é apresentado em provas de concursos na sua versão
resumida, em que temos basicamente 4 (quatro) fases. Entretanto, pode aparecer em
sua prova uma referência ao ciclo orçamentário ampliado que, ao incorporar as etapas
relativas ao PPA à LDO, passa a ter 8 (oito) fases.
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em quatro etapas
distintas:
1) planejamento/elaboração da proposta orçamentária;
2) elaboração/discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.

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Elaboração Aprovação

Avaliação Execução

002. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas
que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle
e avaliação do orçamento.

O ciclo orçamentário ocorre nas seguintes etapas:


1) elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
2) discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
3) execução orçamentária e financeira; e
4) avaliação/controle.
Note que na assertiva está faltando a fase de execução.
Entretanto, não vamos brigar com a questão. Se for para brigar, vamos deixar para a fase
de recursos, que, nesse caso, não tiveram efeito.
Note que, na assertiva, o CESPE fala que o ciclo orçamentário envolve as etapas de elaboração,
discussão, votação, controle e avaliação do orçamento, ou seja, a assertiva não afirma que
o ciclo orçamentário envolve somente essas etapas. Em outras palavras, o CESPE disse que
tais etapas estão contidas no ciclo orçamentário, o que é verdade.
Caso tivesse a palavra “somente” ou a palavra “apenas” na assertiva, ela seria falsa, já que,
como bem sabemos, a execução também é uma etapa que não foi contemplada na assertiva.
Certo.

Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do


administrador público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade,

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estimar a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados


às ações prioritárias.
Importante destacar que a fase de elaboração pode ser enquadrada na fase 1 (como
antes apresentado) ou como integrante da fase 2 (como no desenho seguinte), já que o
parlamento também colabora com a feitura do orçamento público por meio de emendas.
Em uma última etapa, o poder público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados,
a fim de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela fiscalização e
pelo controle dos gastos públicos, nos quais estarão destacados as falhas e os méritos do
planejamento vigente, irão orientar no planejamento para o exercício subsequente.

Planejamento das ações


Controle e avaliação da governamentais e
execução elaboração das propostas
orçamentárias

Avaliação Elaboração

Execução Aprovação

Discussão, votação
Execução
e aprovação dessas leis
orçamentária
(PPA, LDO e LOA)

Veja a seguir, graficamente, como é resumido o ciclo orçamentário:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

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003. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:


As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades.

Na verdade, NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase tem um responsável próprio,
uma finalidade diversa e uma periodicidade que precisa ser atendida.
Errado.

No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO


são incorporadas.

De acordo com a teoria defendida pelo doutrinador Sanches (1993), que não pode ser
considerada como doutrina majoritária, mas que pode ser cobrada em sua prova, o ciclo
orçamentário ampliado se desdobra em oito fases, quais sejam:

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1 – formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;


2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação
de recursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;
7 – execução dos orçamentos aprovados;
8 – avaliação da execução e julgamento das contas.
De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do ciclo
orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já
que cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Aproveite para visualizar graficamente como é o ciclo orçamentário em uma
visão ampliada.

Ciclo/processo orçamentário

Discussão, Avaliação e
Elaboração votação Execução controle
e aprovação

1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação
do PPA

4 - Discussão, 8 - Avaliação
3- votação e 7 - Execução e controle
Elaboração aprovação orçamentária da execução
da LDO da LDO orçamentária

5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação
da LOA

004. (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo
próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

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Embora no texto da CF não esteja escrito literalmente que o ciclo orçamentário seja
desdobrado em oito fases, parte da DOUTRINA, com base no texto da CF, organizou o ciclo
orçamentário ampliado em oito fases. Assim, o entendimento do CESPE nessa questão foi
de que a divisão do ciclo orçamentário em oito fases não contraria a CF.
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são
incorporadas, desdobrando-se em oito fases, quais sejam:
1 – formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;
7 – execução dos orçamentos aprovados;
8 – avaliação da execução e julgamento das contas.
Certo.

Outra forma de visualizar o ciclo orçamentário inclui a apresentação da Necessidade


de Financiamento do Governo Central (NFGC).

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1.4. EXERCÍCIO FINANCEIRO X CICLO ORÇAMENTÁRIO


De acordo com a nossa Norma Geral sobre Direito Financeiro e Orçamento Público, a
Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se no
dia 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Confira, com grifos nossos:

Do Exercício Financeiro
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Guarde, portanto, que, enquanto o exercício financeiro atualmente no Brasil coincide com
o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano,
o ciclo orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior, com as etapas de
elaboração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da
Lei de Orçamento, e somente se encerra nos exercícios seguintes, com a sua avaliação e o
seu controle.

005. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra
em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no
exercício/ano anterior.
Errado.

006. (CESPE/TRT–8/ANALISTA/2016) Julgue:


Ao aprovar a LOA, o Poder Legislativo autoriza que o Poder Executivo aplique os recursos
financeiros em gastos necessários à manutenção dos serviços públicos ao longo do exercício
financeiro, o qual não coincide com o ano civil.

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Na verdade, quando aprova a LOA, o Congresso Nacional emite uma autorização ao Poder
Executivo para que este gaste o dinheiro necessário à manutenção dos serviços públicos
ao longo do exercício financeiro, QUE COINCIDE com o ano civil.
Errado.

Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais acerca de cada uma dessas etapas do
ciclo orçamentário.

1.5. PLANEJAMENTO/ELABORAÇÃO
A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais (PPA) que
estabelecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) da
administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as
relativas aos programas de duração continuada.
O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território
nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com
base nas leis orçamentárias anuais.
Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais resulte
um aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço, como
a construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes – no nosso exemplo, o custo
de manutenção da nova estrada.

1.6. ELABORAÇÃO, DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO

1.6.1. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO


Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Parlamento o projeto
de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), inovação da Constituição Federal de 1988, que
constitui o elo de ligação entre planejamento e orçamento.
A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser compatíveis
com o PPA; ainda, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.
Note que nem toda a programação prevista no PPA tem que estar presente nas LDO,
pois o plano vale por quatro anos, enquanto a LDO, apenas por um ano.
Além disso, a LDO deve ressaltar as prioridades para a lei orçamentária do exercício
subsequente. Dessa forma, é comum que a LDO preveja a inclusão no orçamento de apenas
uma parcela do previsto no PPA, muito embora não haja dispositivo legal ordenando a matéria.

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Em seguida, a proposta para o orçamento do exercício subsequente é encaminhada ao


Congresso, que deve assegurar a compatibilidade com a LDO e com o PPA.

Essa competência é exclusiva do chefe do Poder Executivo, função essa exercida pelo
Presidente da República (ou governadores e prefeitos). Tenha em mente que a iniciativa é
sempre do Poder Executivo.

007. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) A respeito do orçamento público, julgue o item a seguir.


As etapas que compõem o processo orçamentário no DF incluem a elaboração da proposta
orçamentária pela Câmara Legislativa e a aprovação pelo governador do DF.

Na verdade, a proposta orçamentária é elaborada pelo Poder Executivo e aprovada pelo


Legislativo.
Errado.

De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo,
a proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo,
nos prazos estabelecidos nas Constituições federal e estaduais e nas leis orgânicas dos
municípios, será composta de:
1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,
restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da
política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente
no tocante ao orçamento de capital.
Importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação
oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os
projetos do PPA, da LDO e da LOA.
2) Projeto de Lei de Orçamento – PLOA.
3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas
e para fins de comparação.

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4) Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais,


em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar
e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e
administrativa.
Merecem destaque, no âmbito da elaboração da proposta orçamentária, as atividades
preliminares inerentes à alocação dos recursos, considerando o cenário fiscal, de modo a
compatibilizar capacidade de financiamento e dispêndio dos recursos previstos, passando
pelas etapas de fixação da meta fiscal, projeção de receitas, projeção das despesas
obrigatórias e apuração das despesas discricionárias.
Para cada unidade administrativa, temos a respectiva proposta orçamentária parcial,
com a descrição resumida das suas principais finalidades, que necessita respeitar a política
econômico-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite
global máximo para o orçamento de cada unidade administrativa, sendo acompanhada de
tabelas explicativas da despesa, com a justificação detalhada de cada dotação solicitada.
As dotações orçamentárias são classificadas de forma a explicitar o montante de
recursos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas, como veremos
adiante ao longo do curso.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações
existentes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do presidente
da República, ainda que para os créditos que visem atender aos Poderes Legislativo e
Judiciário, bem como o Ministério Público da União.

Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público) elaboram suas propostas


orçamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável
constitucionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.

Nesse sentido, a LRF reforçou essa autonomia administrativa e financeira dos poderes
ao determinar que o Poder Executivo de cada ente coloque à disposição dos demais Poderes
e do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de
suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício
subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Entretanto, se tais Poderes/órgãos não encaminharem as respectivas propostas
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LDO.

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A CF/1988 não traz nenhuma diretriz em termos de orientação do que deve ser
feito para o caso em que o Poder Legislativo não receba a proposta orçamentária no
prazo fixado. Assim, socorremo-nos à velha Lei n. 4.320/1964, que apresenta orientação
nesse sentido:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

Assim, cabe ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento em vigência no


momento como se fosse uma nova proposta.
Note que essa solução “meia-boca” ignora, por exemplo, os programas que já se encerraram
ou que vêm a ser finalizados ao longo do exercício.
Registre-se que para as Defensorias Públicas da União, Estaduais e do Distrito Federal
também foram asseguradas autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de
sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na LDO, e subordinação ao
disposto no artigo 99, § 2º, da CF/1988, depois da entrada em vigor da Emenda Constitucional
(EC) n. 74/2013, que acrescentou o § 3º ao artigo 134 da CF/1988, estendendo essas
prerrogativas à Defensoria Pública da União (DPU) e do Distrito Federal. Confira:

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e


a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.

JURISPRUDÊNCIA
Registre-se que o Pleno do STF, por meio da ADPF 307, determinou a suspensão do
trâmite legislativo do PLOA justamente por ausência de consolidação da proposta
da Defensoria Pública Estadual nos termos em que fora encaminhada, mesmo em
consonância com a LDO.

DICA
Não confunda Emenda Constitucional (EC) com Emenda ou
Emenda Parlamentar. A EC é uma alteração da Constituição
Federal (CF), enquanto Emenda ou Emenda Parlamentar, aqui
em nossa matéria, é uma modificação nas Leis Orçamentárias.

As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser
compatíveis com a LDO e com o PPA, podem objetivar o acréscimo de dotação orçamentária

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inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova despesa, bem como a redução
ou supressão de dotação proposta.
Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessidade
de indicação de recursos para atender à emenda. Contudo, nos casos em que o parlamentar
deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa ou criar despesa
nova, a Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que
devem ser indicados os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos
apenas os provenientes de anulação de outra despesa e excluídas as que incidam sobre
dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias
constitucionais.

1.6.2. DISCUSSÃO, ESTUDO E APROVAÇÃO


A fase de discussão e debate entre os membros do Poder Legislativo acerca da proposta
enviada pelo Executivo é regulada pelo artigo 166 da nossa CF/1988, a seguir transcrito
com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.

Cabe a uma comissão mista permanente composta de senadores e deputados,


denominada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que
tem o papel de examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, à LDO, à LOA
e aos créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo presidente
da República, bem como examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/1988 e exercer o acompanhamento e a
fiscalização orçamentária.
Similarmente, nos demais entes federados, temos uma comissão permanente comum,
já que tem somente uma casa legislativa, sendo composta de deputados nos estados e no
DF e por vereadores nos municípios.
Importante registrar, ainda, que, enquanto não iniciada a votação, na comissão mista
(não é no Plenário), da parte cuja alteração é proposta, o presidente da República pode
enviar mensagens para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de
créditos adicionais.

De acordo com a nossa CF/1988 (artigo 166, § 8º), existe possibilidade de rejeição, ou
seja, de não aceitação do projeto de LOA pelo Poder Legislativo.

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Embora muitas vezes tenhamos uma certa antipatia ou insatisfação com a atuação
dos representantes do povo, as famosas “emendas parlamentares” têm por objetivo, em
tese, servir para aperfeiçoar o que o Poder Executivo propôs, por meio dos instrumentos
de planejamento e orçamento, e têm o poder de influenciar no que tange à alocação do
dinheiro público.

As emendas parlamentares devem ser apresentadas na comissão mista, que deve emitir
um parecer sobre elas, para depois serem apreciadas no plenário das duas casas do
Congresso Nacional (CN).

De acordo com a Resolução n. 1/2006 do Congresso Nacional, cada parlamentar pode


apresentar até 25 emendas individuais, no valor total definido pelo parecer preliminar
do relator.
Além das emendas individuais de cada parlamentar, temos as emendas apresentadas
pelas comissões – emendas de comissões – permanentes da Câmara e do Senado
(materialmente ligadas à área de atuação, como educação e saúde) e as apresentadas pelas
bancadas – emendas de bancada – estaduais (para matérias ligadas aos seus estados/DF).
O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria, no sentido de que não pode haver
aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executivo. Também,
as emendas apresentadas não podem ser incompatíveis com o PPA e com a LDO.

008. (CESPE/TRT–8/ANALISTA/2016) Julgue:


O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à Lei Orçamentária
Anual, quando esta é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

Embora o parlamentar possa apresentar emendas ao projeto de LOA, para que elas sejam
aprovadas pelo CN, existem diversas restrições que precisam ser atendidas, como aquelas do
artigo 63 da nossa CF/1988, que nos diz que não pode haver aumento da despesa prevista
nos projetos apresentados pelo Poder Executivo, não podendo, também, as emendas
apresentadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO. Além disso, temos as restrições
impostas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.
Errado.

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Veja o que nos revela o § 3º do artigo 166 da nossa CF/1988:

§ 3º As emendas ao projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o modifiquem


somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois
visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

009. (CESPE/TCE–PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamento,


julgue o item a seguir.
Para que determinada emenda ao projeto de lei orçamentária seja aprovada, é suficiente
que ela tenha sido apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule despesas
de pessoal e encargos sociais, do serviço da dívida ou de transferências constitucionais.

Na verdade, a assertiva está errada, já que uma emenda ao projeto da LOA ou a um projeto
que o modifique somente pode ser aprovada se respeitadas as seguintes condições:
1) seja compatível com o PPA e com a LDO;
2) indique os recursos necessários. Lembrando que são admitidos apenas os provenientes
de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal; ou
3) seja relacionada:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (a famosa emenda de redação, já que seu
intuito é melhorar o texto).
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos concluir que, além de apresentar na Comissão Mista
de Orçamentos e de não anular despesas apontadas, ainda precisa existir compatibilidade
com o PPA e com a LDO.
Errado.

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No que diz respeito às emendas parlamentares, a Lei n. 4.320/1964 também apresenta


restrições. De acordo com a Lei Geral do Orçamento, não pode ser admitida emenda que:
1) altere a dotação solicitada para despesa de custeio, exceto se provada, nesse
ponto, a inexatidão da proposta;
2) conceda dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos
órgãos competentes;
3) conceda dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja
anteriormente criado;
4) conceda dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução
do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
Importante registrar que tem sido frequente a aprovação de emendas parlamentares
com recursos provenientes da reserva de contingência e de reestimativas de receitas.
O caso de emendas que objetivem aumentar a previsão de receitas não está, explicitamente,
previsto na CF/1988, mas elas podem ser apresentadas e aprovadas sob a proteção do
mandamento constitucional que prevê a aprovação de emendas que sejam relacionadas
com a correção de erros ou omissões.
O Congresso Nacional revisa a previsão, que pode ser maior ou menor do que a do Poder
Executivo. Se for maior, haverá receitas em maior quantidade que despesas, e o excesso de
receitas poderá ser utilizado para o atendimento às emendas parlamentares.
Entretanto, se a previsão de arrecadação de receitas feita no Congresso Nacional
for menor do que a encaminhada pelo Presidente da República, deverá haver cortes nas
programações de despesa constantes do projeto de lei orçamentária.
Cabe lembrar que a revisão da estimativa de receitas pode ser feita em qualquer
momento durante a tramitação da lei orçamentária no Congresso Nacional.
Para concluir essa etapa do ciclo orçamentário, resta falarmos acerca da aprovação e
sanção da LOA.
Após discutido o projeto de lei (PLOA), deve haver a respectiva aprovação em cada uma
das casas que formam o Congresso Nacional, que ocorre por maioria simples, já que é
uma lei ordinária, embora com rito especial.

DICA
Nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não
seja interrompida sem a aprovação da LDO. Assim, não
haverá recesso parlamentar se a LDO não for aprovada.
Entretanto, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA,
pode haver esse recesso mesmo com a LOA ou PPA ainda
pendente de aprovação.

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Com a sanção presidencial, que é a concordância do chefe do Poder Executivo com


o que foi aprovado no CN, encerra-se essa fase. Entretanto, caso haja o veto, que é a
discordância do chefe do Executivo do que voltou do CN, seja parcial ou total, ele deve
ser apreciado pelo Poder Legislativo, que pode rejeitar ou confirmar o veto.
Anualmente, a LDO determina que, se o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) não for
sancionado pelo presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte
da programação dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de
cada ação prevista no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção
da respectiva lei. Registre-se, porém, que o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao
atendimento de algumas despesas determinadas na própria LDO daquele ano.

1.7. A EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO


A fase de execução orçamentária e financeira do orçamento público consiste na
arrecadação das receitas e na realização das despesas, tornando real e operacional o
que fora planejado e programado.

A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, com suas respectivas


dotações orçamentárias.
Assim, o crédito orçamentário é composto do conjunto de categorias classificatórias
e contas que especificam as ações e operações autorizadas na LOA, enquanto a dotação
é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Em outras
palavras, podemos dizer que, para um crédito orçamentário, temos uma dotação, que é o
limite de recurso financeiro autorizado para aquele crédito.
Importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário
em sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela
elaboração e pela própria execução da Lei Orçamentária Anual.
Iniciando a execução do orçamento, temos a programação orçamentária e financeira,
que nada mais é do que a adaptação do fluxo dos pagamentos ao fluxo dos recebimentos,
de modo que a despesa fixada seja “adaptada” ao resultado da arrecadação do ente.

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Nessa linha de raciocínio, a mencionada programação visa customizar a velocidade


de execução do orçamento ao fluxo de recursos financeiros, de modo a garantir a
execução dos programas anuais de trabalho, realizados por meio do Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), com base nas diretrizes e regras
estabelecidas pela legislação vigente.
O SIAFI nada mais é do que o principal instrumento de registro, acompanhamento
e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
Guarde que as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada
na LOA são fixadas em decreto.
Nesse contexto, merece menção destacada a previsão no artigo 47 da Lei n. 4.320/1964,
de que, logo depois de promulgada a LOA, baseada nos limites nela fixados, o Poder
Executivo deve aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade
orçamentária pode usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante
o ano em função, por exemplo, das oscilações na receita pública.

Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo que aprova o quadro
de cotas trimestrais logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados.
Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que
cada unidade orçamentária fica autorizada a gastar.

010. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos


mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação
orçamentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse
assunto, julgue o item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras
unidades orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham
sido dotados caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.

Exato. A descentralização de créditos ocorre quando uma unidade orçamentária transfere


a outras unidades as dotações orçamentárias. Confira no MCASP, com grifos nossos:

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As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação


de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e
econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária.

Certo.

O objetivo de se fixar essas cotas trimestrais é assegurar às unidades orçamentárias,


tempestivamente, recursos necessários e suficientes à melhor execução do seu programa
anual de trabalho, equilibrando a receita arrecadada e a despesa realizada, para evitar
eventuais insuficiências de caixa. Além disso, tenha mente que as cotas trimestrais podem
ser alteradas durante o exercício, mas, claro, respeitando limite da dotação orçamentária.
Guarde ainda que, além dos créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da
despesa orçamentária abarca os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária,
ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de
desembolso ocorra no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o artigo 8º da LRF,
com grifos nossos:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Ainda, nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade
específica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda
que em exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso.
Mentalize recurso vinculado como sendo aquele que possui destinação obrigatória a
determinada despesa e, assim, a LRF dispõe que, se é recurso vinculado, continuará vinculado,
mesmo em exercício financeiro diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível
operacional, os subprojetos e as subatividades constantes da Lei Orçamentária
Anual, especificando as unidades orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades
dos orçamentos fiscal e da seguridade social, bem como especificando, para cada
categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a
modalidade de aplicação.

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É o ponto de partida para a execução orçamentária.


Importante guardar que executar o orçamento é, em verdade, realizar as despesas
públicas nele previstas, seguindo os três estágios da execução das despesas previstos na
Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Aqui entra em cena uma ferramenta usada para limitação dos gastos do Governo Federal:
o famoso “decreto de contingenciamento dos gastos”, que nada mais é do que o Decreto
de Programação Orçamentária e Financeira, juntamente com a Portaria Interministerial
que detalha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos
no decorrer do exercício, tendo como suporte legal, além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF,
a LDO de cada ano.
Após a entrada em vigor da LRF, com seu foco no atendimento das metas fiscais e do
maior controle sobre os gastos públicos, tanto para equilibrar os orçamentos como para
indicar transparência dos compromissos governamentais com a dívida pública, de modo
a fomentar e manter expectativas claras e objetivas, a administração pública buscou
melhor programar financeiramente a execução das suas despesas.
Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos,
ou seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles
são liberados para os órgãos setoriais baseados na programação financeira para a execução
dos seus programas de trabalho. Nessa pegada, acaba ficando a critério do governo executar
esse ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.
A execução orçamentária se completa com a execução financeira, que passa pela
programação dos recursos financeiros, de forma a garantir o atendimento à demanda de
recursos aos órgãos e às entidades da administração pública direta e indireta.

DICA
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a
utilização das dotações dos créditos consignados na LOA,
enquanto a execução financeira é a utilização de recursos
financeiros.

A correta gestão pública, pautada em uma execução orçamentária e financeira eficiente,


advém da integração coerente entre o que foi planejado e o que será realmente realizado.
Sendo assim, não há que se falar na alocação de recurso sem ter o entendimento dos
conceitos de PPA, LDO e LOA.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar
sem o correspondente financeiro, em virtude de frustração na arrecadação da receita,
anualmente, o presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento,
bloqueando recursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.

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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon

Na prática, a execução orçamentária e a execução financeira ocorrem,


concomitantemente, por estarem atreladas uma à outra. Se existir orçamento e não
houver o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. De outra parte, pode haver recurso
financeiro, mas não se poderá gastá-lo, caso não exista disponibilidade orçamentária.
Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como
a utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual (LOA), ou seja, a execução
orçamentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização
de recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou das atividades
atribuídas às unidades orçamentárias pelo orçamento.
Lembre-se de que todo o processo orçamentário tem seu rito precípuo estabelecido
no artigo 165 da CF/1988, que determina a necessidade do planejamento das ações de
governo por meio do/da:
• Plano Plurianual de Investimentos (PPA);
• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
• Lei Orçamentária Anual (LOA).

As etapas seguintes à publicação da LOA, a nível federal, devem estar em consonância


com as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.

Volto a destacar que, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível
operacional, os subprojetos e as subatividades constantes da LOA, especificando as
unidades orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, bem como especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a
categoria econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida
para a execução orçamentária.

Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a


explicitar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob
várias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações
existentes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do presidente
da República, ainda que para os créditos que visem atender aos Poderes Legislativo e
Judiciário, bem como ao Ministério Público da União.

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Vale revermos agora a CF/1988 em seu artigo 168:

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20
de cada mês.

Ainda, falando em execução orçamentária, vale informar que, com a entrada da EC n.


86/2015, apelidada de “EC do orçamento impositivo”, tornou-se obrigatória a execução
da programação orçamentária relativa às emendas individuais à LOA, por parte dos
congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corrente
Líquida (RCL) prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional.
Com a EC n. 126/2022, esse percentual foi alterado para 2% da RCL do ano anterior.
Confira a nova redação da CF/1988 que trata, ainda, da aplicação e da distribuição
desses recursos entre Câmara e Senado Federal:

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2%


(dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do
projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)

Com a EC n. 126/2022, de 20 de dezembro de 2022, as emendas individuais ao projeto


de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2% (dois por cento) da receita corrente
líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade
desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

Desse limite de 2%, 1,55% caberá às emendas de seputados e 0,45% às de senadores.


Lembrando que essa ampliação do limite das individuais serviu para “compensar” os
congressistas pela limitação de uso das emendas de relator (“Orçamento Secreto”) pelo
STF no final de 2022.

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DICA
Subsiste a obrigação de o parlamentar destinar metade
dos recursos das emendas individuais a ações e serviços
públicos de saúde.

Com a promulgação da EC n. 100/2019, por meio da qual as emendas de bancada


também passaram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir
de 2021, de 1% da RCL), houve a revogação dos incisos I a IV do § 14, que tratavam das
medidas a serem tomadas em caso de impedimento de ordem técnica que inviabilizassem
a execução das emendas.
No dia 12 de dezembro de 2019, o Congresso Nacional promulgou a EC n. 105/2019,
acrescentando o artigo 166–A em nossa Carta Magna, tratando das emendas individuais
impositivas.

Vale ressaltar que tais Emendas Constitucionais são estudadas com mais detalhes em
aula específica no tópico orçamento autorizativo x orçamento impositivo.

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1.8. AVALIAÇÃO E CONTROLE

Superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obrigação de dar


publicidade da execução orçamentária até 30 dias após o encerramento de cada bimestre,
submetendo todo o processo à avaliação da sociedade.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores públicos ou sobre os
quais a União responda ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Essa ideia é válida para Estados, DF e Municípios.

Confira a literalidade do parágrafo único do artigo 70 da CF/1988:

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Em termos de União, o presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional,


anualmente, até 60 dias após o início da sessão legislativa.

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Se as contas do presidente da República não forem apresentadas ao Congresso Nacional


até 60 dias após a abertura da sessão legislativa, a Câmara dos Deputados deverá proceder
à tomada de contas.
Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontaneamente no
prazo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados, dentro de 60 dias
após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União deverá apreciá-las mediante parecer
prévio. O parecer prévio será encaminhado de volta ao Congresso Nacional.
Entramos agora em um tema relevante para o Direito Financeiro e para AFO: a
fiscalização e o controle orçamentário.
Podemos dizer que a avaliação orçamentária integra o controle orçamentário,
consistindo em uma análise da eficácia e da eficiência
das ações realizadas, servindo, também, para avaliar os responsáveis da gestão, no que
diz respeito ao alcance dos objetivos e à maximização
da utilização dos recursos públicos.
Quando falamos em análise da eficiência, avalia-se a medida da relação entre os
recursos efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade
ou programa frente a padrões estabelecidos.
Por outro lado, quando falamos em análise da eficácia, avalia-se a medida do grau de alcance
das metas fixadas para determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.
Temos, ainda, a avaliação da efetividade, que é relação entre os resultados alcançados
(impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) que motivaram a atuação
institucional. A efetividade possibilita que seja verificado se um dado programa produziu
efeitos no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, socioculturais,
institucionais ou ambientais.

EFICIÊNCIA EFICÁCIA EFETIVIDADE

CUSTO RESULTADO IMPACTO

Fazer o que deve ser Fazer corretamente o


Fazer corretamente
feito que tem que ser feito

Utilizar
Capacidade de Transforma a
produtivamente os
atingir objetivos situação existente
recursos

Mudança e
Custo-benefício Cumpre metas
desenvolvimento

Relação entre a
Mínimo de perdas Realiza o que foi
produção e a
e/ou desperdícios proposto
capacidade de produção

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Em suma, de acordo com Marinho e Façanha (2001):

A efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência


denotaria competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços;
e a eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de experimentos, critérios
que não se aplicam automaticamente às características e realidade dos programas sociais.

No âmbito do controle, merece destaque a fiscalização orçamentária e financeira do


Estado, que possui caráter político, no sentido de impedir que o Poder Executivo exceda
os créditos que lhe foram concedidos, o desperdício dos recursos públicos e a dilapidação
do patrimônio público, mas sem atrasar/parar a execução orçamentária para não prejudicar
a vida da população e do próprio Estado.
Nessa linha pensa o Doutrinador Kiyoshi Harada (2018), que disse: “A fiscalização e
controle orçamentário serve justamente para coibir abusos do Poder Público no que se refere
ao dinheiro público e sua destinação dentro da melhor destinação e com responsabilidade”.
A fundamentação legal da fiscalização dos controles interno e externo tem sede
no artigo 70 da CF/1988, cujo objeto de análise tem três elementos distintos: legalidade,
legitimidade e economicidade, no que diz respeito à despesa pública. Confira a literalidade
que pode aparecer em sua prova, com grifos nossos:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

DICA
Legalidade = observância dos requisitos normativos.
Legitimidade = eficiência do gasto.
Economicidade = custo x benefício.

Sob o ponto de vista da legitimidade, verifica-se se houve eficiência do gasto em


atender às necessidades públicas, conferindo se a despesa atingiu o bem jurídico valorado
pela norma ao autorizá-la.
Quando a fiscalização é feita para a avaliar o nível de economicidade alcançado, confere-
se se despesa foi realizada com o menor custo possível e se houve a melhor relação custo/
benefício para alcançar a finalidade pretendida.

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No que diz respeito à aplicação de subvenções, a ideia é verificar se os valores repassados


a entidades sem fins lucrativos, como ONGs e OSs, foram efetivamente aplicados naquilo
que deviam ter sido, bem como aprovar as respectivas prestações de contas.
Note que também foi dado destaque à fiscalização da renúncia de receitas. A ideia do
constituinte foi reforçar a necessidade de que sejam realizadas fiscalizações para verificar se
as desonerações fiscais nas suas variadas formas (isenções, reduções de alíquotas, crédito
presumido etc.) atingiram ou não a sua finalidade. Registre-se que esse tema recebeu
atenção especial no artigo 14 da LRF.

Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentário


operacional e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas três esferas: federal, estadual
e municipal.

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A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa está acordo
com as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na LRF.
A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e liberação
de verbas.
Vale destacar que, na fiscalização financeira, temos a verificação da entrada e da
saída de dinheiro, enquanto na fiscalização orçamentária se fiscaliza a correta execução
do orçamento.

Importante destacar que a fiscalização orçamentária envolve todas as etapas do ciclo


orçamentário, ou seja, todas as etapas do ciclo orçamentário devem ser objeto de controle
e fiscalização.

Já a fiscalização patrimonial está relacionada à própria execução orçamentária, no sentido


de mudanças patrimoniais, sendo que as alterações patrimoniais devem ser fiscalizadas
permanentemente pelo Estado.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) examinará e


emitirá parecer sobre as contas, e o Plenário do Congresso Nacional deliberará sobre
sua aprovação. Não há prazo legal para apreciação das contas pelo Congresso.

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As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se forem rejeitadas, o Senado Federal


irá processar e julgar o presidente da República, funcionando como presidente, o do Supremo
Tribunal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos do Senado.
Tanto a nossa Carta Magna quanto a própria Lei n. 4.320/1964 determinam a coexistência
de dois sistemas de controle: interno e externo. O controle interno é aquele realizado pelo
órgão no âmbito da própria administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. Já o
controle externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.
Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de
realização de obras e prestação de serviços.

Em nível federal, de acordo com o próprio site do Ministério do Planejamento e Orçamento,


que foi incorporado pelo Ministério da Economia, a fiscalização do Orçamento Público é
realizada oficialmente de duas formas: pelos controles interno e externo.

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Pelo controle interno é quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo,
especialmente pela Controladoria-Geral da União (CGU), e, ainda, cada Ministério possui
um assessor de controle interno, vinculado tecnicamente à CGU.
O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74 da CF/1988 e consiste
em um sistema integrado de fiscalização dos três Poderes, com o objetivo de apoiar o
controle externo em sua missão institucional.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena
de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Veja agora os principais pontos da Lei n. 4.320/1964 acerca do controle interno:


1) O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle: legalidade, fidelidade funcional e
cumprimento do programa de trabalho, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas
ou órgão equivalente.
2) Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária, ou a outro indicado na
legislação, caberá o controle estabelecido no cumprimento do programa de trabalho. Esse
controle será feito, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente
estabelecidos para cada atividade.
3) No que diz respeito à verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária,
guarde que ela deve ser prévia, concomitante e subsequente.
4) No que diz respeito à prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em
lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou
tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
5) É da competência dos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a
exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária,
dentro do sistema que for instituído para esse fim.

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Guarde ainda que, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,


o responsável pelo controle interno deve comunicar ao TCU ou ao Tribunal de Contas do
Estado, município ou dos municípios, sob pena de responsabilidade solidária do chefe do
Poder que se omitiu a esse respeito.
De acordo com Tathiane Piscitelli (2018), deverão ser verificados:

a) o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
b) a legalidade e resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos gastos públicos realizados
por órgãos e entidades federais e também referentes à aplicação de recursos provenientes de
subvenções; e
c) o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e garantias, além de
direitos e deveres da União.

011. (CESPE/CGM–JOÃO–PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil, financeira


e orçamentária da União, julgue o item que se segue.
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema
de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no
Plano Plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

Assertiva de acordo com o artigo 74 da Constituição Federal, que trata do controle interno.
Confira, com grifos nossos:
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Certo.

Pelo controle externo é o que, em nível federal, é exercido pelo Poder Legislativo, com
o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU).
Registre-se que, nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é
exercido de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.
Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do TCE
(regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São Paulo – TCM–SP –, e Rio de Janeiro
– TCM–RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos Municípios, no caso da Bahia
(TCM–BA), do Pará (TCM–PA) e de Goiás (TCM–GO).
Dessa mesma forma, no DF o controle externo é exercido pela Câmara Legislativa com
o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).
Confira na diretamente na CF/1988:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores
que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

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IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário;
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.

Controle
Institucional
Controle Externo Controle Interno

CGU Controladorias dos


Realizado pelo (órgão central do Sistema de Estados e
Poder Legislativo Controle Interno do Municípios ou
Poder Executivo Federal) órgãos equivalentes

Outros órgãos públicos


Auxílio dos Tribunais
(Ministério Público Federal, Ministérios
de Contas
Públicos Estaduais, Tribunais de Justiça,
Polícia Federal, Polícias Estaduais)

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012. (CESPE/MDIC/AGENTE/2014) No que se refere ao ciclo orçamentário, julgue o item.


O controle externo da execução orçamentária realizada pelo MDIC constitui atribuição da
Controladoria-Geral da União, conforme previsão constitucional.

A assertiva está errada, pois a CGU é um órgão de controle interno, sendo o controle externo
atribuição do Congresso Nacional com o auxílio do TCU.
Errado.

Em nível federal, nós já temos consciência de que é do Poder Legislativo a responsabilidade


pela realização do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cujas
funções estão delineadas no artigo 71 e 49, X, da CF/1988.
A fiscalização externa por parte do Congresso Nacional se dá especialmente na CMO –
Comissão Mista permanente de Senadores e Deputados –, que, nos termos do artigo 166,
§ 1º, da CF/1988, é constituída para examinar e emitir pareceres sobre os projetos das leis
orçamentárias e as contas apresentadas pelo presidente da República e, também, acerca
dos planos e programas previstos na Magna Carta, com acompanhamento e fiscalização
das gestões orçamentárias respectivas.
Vale destacar que essa CMO, no exercício de suas atividades, poderá verificar indícios de
despesas não autorizadas e, nessa situação, de acordo com o artigo 72, caput, da CF/1988,
poderá solicitar esclarecimentos à autoridade responsável.
Entretanto, caso os esclarecimentos solicitados não sejam prestados, ou considerados
insuficientes, a CMO encaminha o caso para o TCU, a quem será solicitado que, no prazo de
30 dias, pronuncie-se conclusivamente sobre o assunto. Caso o TCU entenda que a despesa
é irregular, a Comissão Mista poderá propor ao Congresso Nacional sua sustação, desde que
possa causar “dano irreparável ou grave lesão à economia pública”, como consta o artigo 72,
§§ 1º e 2º, da CF/1988.
Confira a literalidade que pode aparecer em sua prova:

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no
prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará
ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

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Vamos agora conhecer um pouco mais sobre o TCU no artigo 73 da nossa CF/1988:

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber,
as atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam
os seguintes requisitos:
I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II – idoneidade moral e reputação ilibada;
III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II – dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-
lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal
Regional Federal.

Perceba que o TCU, mesmo sendo um órgão que auxilia o Congresso Nacional no controle
externo, possui atribuições constitucionais próprias, as quais não dependem de autorização
ou necessariamente de provocação do Poder Legislativo.

DICA
Fique atento ao fato de que compete ao TCU apreciar (e
não julgar) as contas prestadas anualmente pelo presidente
da República, mediante parecer prévio (inciso I).

Em outras palavras, é da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente


as contas prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução
dos planos de governo. Para os demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens
e valores públicos, compete ao TCU o julgamento das contas (inciso II).

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Importante chamar a sua atenção, também, ao fato de que, no caso de contrato, o ato
de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional (CN), que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Todavia, se o CN ou o Poder Executivo,
no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito.
Devemos guardar, também, que as decisões do TCU de que resultarem imputação de
débito ou multa têm eficácia de título executivo extrajudicial, e, assim, a dívida passa
a ser líquida e certa.
Importante registrar que, de acordo com o artigo 75 da nossa CF/1988, as normas
estabelecidas em sua seção IX, “DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”,
aplicam-se no que couber à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos
Municípios. Confira:

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais
e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.

Vamos aos principais pontos na Lei n. 4.320/1964 sobre o controle externo:


1) O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo
verificar a probidade da administração, a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos
e o cumprimento da Lei de Orçamento.
2) O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo
estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
3) As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com parecer
prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
4) Quando, no município, não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara
de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito
e sobre elas emitirem parecer.
Existe também o controle social, que é realizado pela sociedade, tanto nos espaços
institucionais de participação – como conselhos e conferências – quanto nos espaços de
articulação da própria sociedade – como redes e fóruns.

Alguns autores classificam o controle social como controle privado ou popular, sendo
efetivado por meio de denúncias ao TCU, como determina o artigo 74 da CF/1988 em
seu parágrafo 2º.

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Nessa linha, temos ainda o artigo 73–A da LRF, introduzido pela LC n. 131/2009, que
determinou ser qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato parte legítima
para apresentar denúncia junto ao respectivo Tribunal de Contas (não só ao TCU) e ao órgão
competente do Ministério Público.

Podemos dizer que controle social é a integração da sociedade com a administração


pública, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais
eficiência.
Assim, o controle social efetiva a participação do cidadão na gestão pública e acaba
sendo um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante se
torna ainda maior, em razão da sua extensão territorial e do grande número de municípios
que possui.
Nessa toada, o controle social se revela como complemento indispensável ao controle
institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores. Entretanto, para que os cidadãos possam
desempenhá-lo de maneira eficaz, é necessário que sejam mobilizados e recebam orientações
sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos.
Além da grande extensão territorial do nosso país, a descentralização geográfica dos
órgãos públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, estados, Distrito Federal
e municípios – também requer atenção especial, e, por isso, a fiscalização da aplicação dos
recursos públicos precisa ser feita com o apoio da sociedade.
Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação dos
recursos públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de
forma eficiente.

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Em termos orçamentários, o controle social deve ocorrer tanto no planejamento


como na execução orçamentária.
Registre-se que a sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos
de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas
casas legislativas.
A sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto
com os agentes públicos.
Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despesas não
se realizem arbitrariamente. Essas regras estão contidas, principalmente, na Lei das
Finanças Públicas (Lei n. 4.320/1964), na Lei das Licitações (Lei n. 8.666/1993) e na Lei
de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000).
Por isso, após participar da elaboração das peças orçamentárias, a sociedade deve
acompanhar de perto a execução das despesas públicas, para evitar desvio e desperdício
dos recursos públicos.
Veja o resumo a seguir:

Plano Plurianual (PPA)

Controle e Avaliação da Execução Lei de Diretrizes


Orçamentária e Financeira Orçamentárias (LDO)

Execução Orçamentária e Lei Orçamentária Anual


Financeira (LOA)

O ciclo orçamentário foi afetado pela EC n. 95/2016, que instituiu o NOVO REGIME FISCAL
que é estudado em tópico específico de aula posterior. Por enquanto, guarde apenas que,
após a sua entrada em vigor, durante a elaboração da LOA, na mensagem presidencial,
devem ser demonstrados os valores máximos de programação compatíveis com os
limites individualizados. Além disso, na execução da LOA, fica vedada a abertura de
crédito suplementar ou especial que amplie o montante total autorizado de despesas
primárias que, na LOA, sujeitas aos limites individuais, não podem exceder os valores
máximos constantes da mensagem presidencial.

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1.9. PRAZOS DO CICLO ORÇAMENTÁRIO


Vale deixar registrado que os prazos inerentes ao ciclo orçamentário estão dispostos
no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT – da nossa CF/1988,
a seguir transcritos com grifos nossos:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do Plano Plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.

Ciclo orçamentário
PPA (gestão atual)
PPA Grandes objetivos e
(gestão passada) metas do governo

Fim de
Início de MANDATO
1º ano 2º ano 3º ano
MANDATO 4º ano

LDO: prioriza as ações e orienta LOA: esta é a lei do orçamento


a LOA. propriamente. A LOA autoriza a
execução das despesas.

Prazos do ciclo orçamentário


Instrumento Encaminhamento ao CN Devolução para Sanção
Até 4 meses antes do encerramento do Até o encerramento da sessão legislativa
PPA
1o exercício financeiro (31/08) (22/12)
Até 8 meses e 1/2 antes do encerramento Até o encerramento do primeiro período
LDO
do exercício financeiro (15/04) da sessão legislativa (17/07)
Até 4 meses antes do encerramento de Até o encerramento de cada sessão
LOA
cada exercício financeiro (31/08) legislativa (22/12)

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013. (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) O ciclo orçamentário é o período de tempo em que


se processam as atividades típicas do orçamento público. Em sua concepção ampliada —
adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma
dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e
a sua submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre:
a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder
Executivo.
b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta
pelo Poder Executivo.
c) logo após a apreciação e a adequação da Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Poder
Legislativo.
d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.
e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do Plano Plurianual pelo Poder Legislativo.

Guarde que o prazo para a submissão da proposta orçamentária ao Legislativo foi definido
pelo artigo 35 do ADCT da CF/1988. Confira:

III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.

Assim, a proposta orçamentária deve ser submetida ao Legislativo até quatro meses antes
do encerramento do exercício, que é dia 31/08.
Letra c.

014. (CESPE/TCE–PR/CONSELHEIRO–SUBSTITUTO/2016) Julgue:


O projeto de LOA da União para o exercício seguinte deve ser enviado ao Congresso Nacional
até o final do exercício corrente.

Na verdade, a LOA, ainda na forma de projeto de lei, deve ser encaminhada ao Congresso
Nacional até 31/08 e deve ser devolvida ao Poder Executivo até o fim da respectiva sessão
legislativa.
Errado.

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Registre-se ainda que, para os Estados, DF e Municípios, valem os prazos dispostos


respectivamente nas suas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.

EXEMPLO
Veja a seguir, a título de exemplo, os prazos do Estado de Minas Gerais:

Vele reforçar ainda, no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, que caso o
Congresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao
CN apreciar novamente o orçamento em vigência e já em execução como se fosse uma
nova proposta orçamentária.

Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda têm uma regulação provisória via ADCT,
em função da necessidade ainda não satisfeita de se editar uma Lei Complementar
específica para regular, entre outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em
matéria orçamentária, a possibilidade de termos algumas incongruências.

Repare que, no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo, a LDO para o ano
seguinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro semestre, ou
seja, antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não havendo nesse primeiro
ano de envio e segundo de execução a integração com o PPA.

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Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse ano, com o PPA sendo
enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja aprovada
no prazo correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do mandato
presidencial possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.

2. CRÉDITOS ADICIONAIS
Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.

Chamamos de créditos orçamentários ordinários ou iniciais aqueles constantes da


LOA, que engloba os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas
estatais não dependentes.
Assim, o orçamento anual contempla o montante para atender a determinada despesa,
a fim de executar ações que lhe caiba realizar, ou seja, contempla a dotação orçamentária
para cada despesa.
A dotação inicial corresponde ao valor inicial constante da lei orçamentária sancionada
pelo presidente.
Nessa pegada, a LOA é organizada na forma de créditos orçamentários (ordinários),
aos quais estão consignadas dotações, sendo definido como crédito orçamentário o
conjunto de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações
autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho
do governo.

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Já a dotação orçamentária corresponde ao montante de recursos financeiros com


que conta o crédito orçamentário, ou seja, é o valor monetário autorizado, consignado na
Lei do Orçamento (LOA), para atender a determinada programação orçamentária.
A dotação inicial corresponde ao valor inicial constante da lei orçamentária sancionada
pelo presidente.
Resumindo, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que constitui o limite
de recurso financeiro autorizado.
Entretanto, na prática, acontece que algumas despesas possam ser insuficientemente
dotadas ou pode ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto, que
nem foram computadas na LOA.
Visando dotar a administração pública de um mínimo de flexibilidade, em termos de
dotação orçamentária, principalmente devido ao lapso temporal entre a elaboração e a
execução do orçamento anual, aos créditos orçamentários iniciais foi autorizado que possam
ser objeto de alterações qualitativas ou quantitativas por meio de créditos adicionais.
Importante repetir para guardar: as alterações orçamentárias podem ser qualitativas
ou quantitativas.
Uma alteração quantitativa apenas modifica o total de crédito constante na LOA, através
de um crédito suplementar, reforçando a dotação já existente para uma determinada despesa.
Já alteração qualitativa é aquela que modifica o conteúdo da LOA, incluindo nova
despesa não prevista (crédito especial) ou urgente (crédito extraordinário).
Guarde ainda que, como os créditos suplementares não alteram os atributos do crédito
orçamentário, mas apenas a dotação, não podem ser utilizados para efetuar alterações
qualitativas no orçamento.

Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de


complementação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos
adicionais, para a qual a iniciativa é sempre do presidente da República, até mesmo
para aqueles créditos que atendam aos Poderes Judiciário e Legislativo, bem como ao
Ministério Público da União.

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Especiais

Créditos
Extraordinários
Adicionais

Suplementares

Orçamento
Orçamento

No que diz respeito ainda às emendas, à LOA e aos créditos adicionais, é importante deixar
registrado que precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.

Colega, já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto
pela administração pública em cada dotação. Entretanto, podem ocorrer omissões de
ações necessárias, falhas na previsão de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças
de prioridades, ou mesmo arrecadação superior à prevista, que requeiram do governo
ações rápidas, tanto para adequar a fixação da despesa a ações e valores que permitam a
consecução dos objetivos e metas almejados quanto para dar destino às receitas públicas
cuja arrecadação supere a previsão inicial.
Então, guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da Lei
Orçamentária Anual são feitas por meio dos créditos adicionais.
Em outras palavras, são créditos adicionais as despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.

015. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos mecanismos


utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária e
financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue
o item subsequente.

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Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações


orçamentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada,
a fim de adequá-la à real necessidade de execução.

Realmente, as alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras


alterações orçamentárias, são as formas de modificar a LOA aprovada para adequá-la à
real necessidade de execução. Assim, enquanto os créditos adicionais são autorizações
de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA, as outras alterações
orçamentárias são efetivadas por meio de anulações de dotações.
Certo.

Os créditos adicionais se classificam em suplementares, especiais e extraordinários.

Créditos adicionais

Suplementares Especiais Extraordinários

Importante ter em mente que as emendas ao projeto de Lei do Orçamento Anual ou


aos projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
• dotações para pessoal e seus encargos;
• serviço da dívida;
• transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito
Federal; ou
III – sejam relacionadas:
• com a correção de erros e omissões; ou
• com os dispositivos do texto do projeto de lei.
O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua espécie e a classificação
da despesa, até onde for possível.

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016. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária


e financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar
na criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um
novo subtítulo de uma ação já existente.

Atente ao fato de que é apenas nos créditos extraordinários e especiais que se cria um
programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo subtítulo
de uma ação já existente. Confira diretamente no MTO, com grifos nossos:

Nos casos de abertura de créditos especiais ou extraordinários, em que há necessidade de


criação de um novo programa de trabalho, deve-se proceder à solicitação de uma alteração
orçamentária qualitativa. Tal alteração implica a criação de uma nova ação com todos os seus
atributos, ou o desdobramento de uma ação existente em novo subtítulo.

Certo.

Vamos agora conhecer as três espécies do gênero crédito adicional.

2.1. CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS


Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária
existente.
Importante destacar que as alterações orçamentárias podem ser qualitativas ou
quantitativas.
Uma alteração quantitativa apenas modifica o total de crédito constante na LOA, através
de um crédito suplementar, reforçando a dotação já existente para uma determinada despesa.
Já alteração qualitativa é aquela que modifica o conteúdo da LOA, incluindo nova
despesa não prevista (crédito especial) ou urgente (crédito extraordinário).

Guarde, portanto, que os créditos suplementares não alteram os atributos do crédito


orçamentário, mas apenas a dotação.

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017. (CESPE/CGM–JOÃO–PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária,


julgue o item.
Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao
orçamento vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que
os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.

Realmente, os créditos suplementares são destinados a reforçar dotações já existentes, e


os especiais, a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Certo.

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018. (CESPE/TCE–PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela Lei Orçamentária Anual
corresponde a um crédito suplementar.

Em verdade, o único crédito adicional que pode estar autorizado na LOA é o crédito
suplementar, constituindo-se, assim, em verdadeira exceção ao princípio da exclusividade.
Certo.

De modo distinto, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.

Créditos Especiais

Os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.


(Lei n. 4.320/1964)

Tanto os créditos suplementares quanto os especiais serão autorizados por lei e


abertos por decreto executivo.
É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.

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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon

Consideram-se recursos para esse fim, desde que não comprometidos:


I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido
como a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,
os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a
tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso
de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite
ao Poder Executivo realizá-las.

DICA
A reserva de contingência é fonte para abertura de créditos
adicionais, de acordo com o artigo 8º da portaria STN/SOF
163/2001.

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019. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação aos créditos ordinários e adicionais, julgue


o seguinte item.
Considera-se recurso para a abertura de créditos suplementares e especiais o superávit
financeiro do exercício anterior.

A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos


disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.

Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido
como a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,
os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a
tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso
de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
Poder Executivo realizá-las.

Certo.

Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.


No caso dos créditos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, serão reabertos nos limites
de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

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Exercício 1 Exercício 2

Vigência Créditos Adicionais

Autorizado Término

Vigência Créditos Adicionais – Especiais e Extraordinários

Autorizado Reaberto Término


nos últimos no exercício
quatro subsequente
meses

2.2. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para


despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública (como
é o caso do Covid–19), de uma eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.

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020. (CESPE/SLU–DF/ANALISTA/2019) Quanto ao sistema e ao processo de orçamentação,


à estrutura programática e a créditos ordinários e adicionais, julgue o item subsecutivo.
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas que sejam urgentes e imprevisíveis
e para as quais não haja dotação orçamentária específica.

Na verdade, os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica. Já para as despesas urgentes e imprevisíveis, deve
ser usado o crédito adicional extraordinário.
Errado.

Note uma pequena diferença entre as conceituações da CF/1988 e da Lei n. 4.320/1964:

Créditos Extraordinários

A abertura de crédito extraordinário somente será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e
urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública, observado o disposto
no art. 62.
(Constituição Federa de 1988, art. 167, § 3º)

Créditos Extraordinários

Os destinados a despesas urgentes e imprevistas,


em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública.
(Lei n. 4.320/1964, art. 41, III)

Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que,
no caso das imprevistas, elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA,
mas não estão, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção
interna ou de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos, de modo

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que suas respectivas despesas possam constar na LOA, como foi o caso do Coronavírus
para o orçamento de 2020.
A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender
às despesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua
indicação prévia, como os demais créditos orçamentários.

021. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e


do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias
disponíveis para a realização da despesa.

Sim, já que os créditos extraordinários são utilizados para despesas imprevistas e urgentes.
Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
(...)
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Certo.

Destaca-se, ainda, que a não obrigatoriedade da indicação compensatória de


cancelamento de créditos equivalentes em montante não contraria o princípio do
equilíbrio orçamentário, como disposto no artigo 62 da CF/1988, que autoriza a adoção
das medidas provisórias como instrumento a ser usado na abertura de créditos
extraordinários, sendo aplicáveis, nesse caso, além dos pressupostos de imprevisibilidade
e urgência, também o de relevância.

DICA
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários,
por meio de medidas provisórias, somente deve ser usada
nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.

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022. (CESPE/COGE–CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento


público dispostas na Lei n. 4.320/1964, julgue.
Os créditos especiais e os extraordinários serão autorizados por lei e abertos por decreto
do Poder Executivo.

Falsa, já que os créditos extraordinários não precisam de autorização legislativa para


serem abertos.
Errado.

O que acontece e gera essa confusão é que, na Lei n. 4.320/1964, fala-se que os “créditos
extraordinários devem ser abertos por decreto do Executivo, que deles dará conhecimento
ao Poder Legislativo”, diferentemente dos créditos suplementares e especiais, que são
autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo.
Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais
vícios da respectiva medida provisória.

A competência para verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário


para o fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário
em medida provisória é do Supremo Tribunal Federal (STF).

023. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de


planejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis
orçamentárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item
que se segue.
Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa
pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente
aprovado será classificada como crédito adicional especial.

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Na verdade, são os créditos extraordinários que são abertos para despesas não previstas
decorrentes de calamidade pública, enquanto os créditos especiais servem novas despesas.
Errado.

Confira no infográfico seguinte os créditos adicionais de despesas urgentes em função


da sua previsibilidade.

Guarde as principais características de cada modalidade de crédito adicional no


desenho a seguir:

- Reforço de dotação
Suplementares - Autorização legislativa
- Indicar fonte de recursos.

Especiais - Novas despesas


Créditos - Autorização legislativa
adicionais - Indicar fonte de recursos.

- Guerra, comoção e calamidade;


- Autorização por medida provisória;
- Não é preciso indicar a fonte de
recursos.
Extraordinários
Se autorizado nos últimos quatro
meses, pode ser reaberto no ano
seguinte, no limite de seus saldos.

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JURISPRUDÊNCIA
O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção
interna” e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências
imprevisíveis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas
urgentes e extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar
que despesas correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela
urgência não justificam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos
preceitos constitucionais.

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RESUMO
Começa no ano anterior,
com as fases de
planejamento, elaboração,
Tem duração maior discussão e aprovação.
do que um ano
(um exercício financeiro).
Só termina depois do fim do
exercício financeiro em que é
executado, com a sua
CICLO ORÇAMENTÁRIO
avaliação e controle.

Resumido X Ampliado

Relembre de forma resumida, como funciona o ciclo orçamentário:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

O Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual


se planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do
setor público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja o ciclo ampliado:

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Ciclo/processo orçamentário

Discussão, Avaliação e
Elaboração votação Execução controle
e aprovação

1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação
do PPA

4 - Discussão, 8 - Avaliação
3- votação e 7 - Execução e controle
Elaboração aprovação orçamentária da execução
da LDO da LDO orçamentária

5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação
da LOA

Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração,
discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executado,
com a sua avaliação e controle.

Último ano do
PPA 4 anos
PPA anterior

LDO LDO LDO LDO LDO


Anual Anual Anual Anual Anual

LOA LOA LOA LOA LOA


Anual Anual Anual Anual Anual

2o Ano 3o Ano 4o Ano 1o Ano


1o Ano

Mandato Atual Próximo Mandato

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Sistema de Secretaria Unidades no País


Sistemas de Controle
de Controle Postos no
da Adm. Pública Federal Cont. Interno
Interno Exterior

Secretaria Unidades das


de Controle Forças
Interno Armadas
Poder
Sistema de
Executivo
Controle Externo Secretaria Órgãos da
de Controle Presidência
Interno e AGU
Tribunal de
Contas Assessores
Órgãos da Adm.
da União de Controle
Direta
Controladoria- Interno
Geral da União
Congresso Auditorias Entidades da
Nacional Internas Adm. Indireta

Sistema de Secretarias
Poder
de Controle CNJ e Tribunais
Judiciário Cont. Interno Interno

Sistema de Secretarias
Poder Câmara, Senado
de Controle
Legislativo Cont. Interno Interno
e TCU

Créditos adicionais: as adequações das dotações orçamentárias constantes da Lei


Orçamentária Anual são feitas por meio dos créditos adicionais. Em outras palavras, são créditos
adicionais as despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Os créditos adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias.
No quadro a seguir, guarde as principais características de cada modalidade:
Quadro-resumo
Características Crédito Suplementar Crédito Especial Crédito Extraordinário
Autorização Projeto de Lei Medida Provisória
Abertura Decretos do Poder Executivo
Exercício financeiro. Se for autorizado nos últimos
Vigência Exercício Financeiro 4 meses, pode ser reaberto no ano seguinte, no
limite do saldo.
Guerra, comoção interna e
Finalidade Reforço de dotação Novas despesas
calamidade pública
Recursos Requer indicação de recursos disponíveis para Pode dispensar a indicação
Disponíveis abertura de recursos

Espero que você tenha gostado dessa aula e que me dê cinco estrelas na avaliação. Se
não gostou, registre onde podemos melhorar.
Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.

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MAPA MENTAL

CICLO ORÇAMENTÁRIO

Planejamento e elaboração
Contínuo Conceito Discussão e aprovação
Processo
Dinâmico Resumido
Execução
Flexível
Avaliação e Controle

1 - PPA – elaboração pelo Executivo


2 - PPA – apreciação e adequação
pelo Legislativo

CICLO 3 - LDO – elaboração pelo Executivo


ORÇAMENTÁRIO 4 - LDO – apreciação e adequação
pelo Legislativo
Conceito
O ciclo orçamentário é mais longo 5 - LOA – Elaboração da proposta
Ampliado
do que o exercício financeiro, já que pelo Executivo
começa no exercício anterior com as
6 - LOA – Discussão, votação e
etapas de elaboração/planejamento
aprovação pelo Legislativo
da proposta orçamentária e de
discussão/estudo/aprovação da Lei 7 - Execução orçamentária e
de Orçamento e somente se encerra financeira
nos exercícios seguintes com a sua
8 - Controle e avaliação da execução
avaliação e controle.
orçamentária e financeira

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CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

Créditos Constantes da LOA


Ordinários

Créditos Para reforço de dotação


Suplementares Autorizado por lei e aberto por decreto do Executivo
Vigência no exercício financeiro
CRÉDITOS Requer a indicação dos recursos para abertura
ORÇAMENTÁRIOS
Para novas despesas
Autorizado por lei e aberto por decreto do Executivo
Créditos
Vigência no exercício financeiro, mas se for autorizado
Créditos Especiais
nos últimos quatro meses pode ser reaberto no ano
Adicionais seguinte (no limite do saldo)
Requer a indicação dos recursos para abertura

Para despesas em caso de guerra, comoção interna


e calamidade pública
Autorizados por medida provisória e aberto por
Créditos
decreto do Executivo
Extraordinários
Vigência no exercício financeiro, mas se foi autorizado
nos últimos quatro meses, pode ser reaberto no ano
seguinte (no limite do saldo)
Pode dispensar a indicação dos recursos para abertura

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/TCE–PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do


orçamento público, julgue o item subsequente.
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei
orçamentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente
no que diz respeito a análises e decisões.

002. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas
que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle
e avaliação do orçamento.

003. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:


As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades.

004. (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo
próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.

005. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.

006. (CESPE/TRT–8/ANALISTA/2016) Julgue:


Ao aprovar a LOA, o Poder Legislativo autoriza que o Poder Executivo aplique os recursos
financeiros em gastos necessários à manutenção dos serviços públicos ao longo do exercício
financeiro, o qual não coincide com o ano civil.

007. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) A respeito do orçamento público, julgue o item a seguir.


As etapas que compõem o processo orçamentário no DF incluem a elaboração da proposta
orçamentária pela Câmara Legislativa e a aprovação pelo governador do DF.

008. (CESPE/TRT–8/ANALISTA/2016) Julgue:


O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à Lei Orçamentária
Anual, quando esta é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

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009. (CESPE/TCE–PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamento,


julgue o item a seguir.
Para que determinada emenda ao projeto de lei orçamentária seja aprovada, é suficiente
que ela tenha sido apresentada na Comissão Mista de Orçamentos e não anule despesas
de pessoal e encargos sociais, do serviço da dívida ou de transferências constitucionais.

010. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos


mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação
orçamentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse
assunto, julgue o item subsequente.
O ato pelo qual determinada unidade orçamentária ou administrativa transfere a outras
unidades orçamentárias ou administrativas o poder de utilizar créditos que lhes tenham
sido dotados caracteriza o que se denomina descentralização de créditos.

011. (CESPE/CGM–JOÃO–PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil, financeira


e orçamentária da União, julgue o item que se segue.
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema
de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no
Plano Plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

012. (CESPE/MDIC/AGENTE/2014) No que se refere ao ciclo orçamentário, julgue o item.


O controle externo da execução orçamentária realizada pelo MDIC constitui atribuição da
Controladoria-Geral da União, conforme previsão constitucional.

013. (CESPE/TRE-BA/ANALISTA/2017) O ciclo orçamentário é o período de tempo em que


se processam as atividades típicas do orçamento público. Em sua concepção ampliada —
adotada pela Constituição Federal de 1988 —, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma
dessas fases corresponde à elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e
a sua submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre:
a) juntamente com a proposição de metas e prioridades para a administração pelo Poder
Executivo.
b) logo após a aprovação pelo Poder Legislativo da política de alocação de recursos proposta
pelo Poder Executivo.
c) logo após a apreciação e a adequação da Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Poder
Legislativo.
d) imediatamente antes da execução do orçamento pelo Poder Executivo.
e) imediatamente após a apreciação e a aprovação do Plano Plurianual pelo Poder Legislativo.

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014. (CESPE/TCE–PR/CONSELHEIRO–SUBSTITUTO/2016) Julgue:


O projeto de LOA da União para o exercício seguinte deve ser enviado ao Congresso Nacional
até o final do exercício corrente.

015. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos mecanismos


utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária e
financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue
o item subsequente.
Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações
orçamentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada,
a fim de adequá-la à real necessidade de execução.

016. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação à programação e à execução orçamentária


e financeira e ao acompanhamento da execução, julgue o item que se segue.
Uma alteração orçamentária qualitativa para a abertura de créditos especiais pode resultar
na criação de um programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um
novo subtítulo de uma ação já existente.

017. (CESPE/CGM–JOÃO–PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária,


julgue o item.
Quanto aos créditos orçamentários adicionais, o crédito suplementar incorpora-se ao
orçamento vigente, adicionando-se à dotação orçamentária que deva reforçar, ao passo que
os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.

018. (CESPE/TCE–PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.
Crédito adicional aberto com base em autorização dada pela Lei Orçamentária Anual
corresponde a um crédito suplementar.

019. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação aos créditos ordinários e adicionais, julgue


o seguinte item.
Considera-se recurso para a abertura de créditos suplementares e especiais o superávit
financeiro do exercício anterior.

020. (CESPE/SLU–DF/ANALISTA/2019) Quanto ao sistema e ao processo de orçamentação,


à estrutura programática e a créditos ordinários e adicionais, julgue o item subsecutivo.
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas que sejam urgentes e imprevisíveis
e para as quais não haja dotação orçamentária específica.

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021. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca de administração financeira e orçamentária e


do orçamento público no Brasil, julgue o item.
Os créditos extraordinários podem ser abertos ainda que não haja dotações orçamentárias
disponíveis para a realização da despesa.

022. (CESPE/COGE–CE/AUDITOR/2019–ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento


público dispostas na Lei n. 4.320/1964, julgue.
Os créditos especiais e os extraordinários serão autorizados por lei e abertos por decreto
do Poder Executivo.

023. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de


planejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis
orçamentárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item
que se segue.
Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa
pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente
aprovado será classificada como crédito adicional especial.

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QUESTÕES DE CONCURSO

024. (VUNESP/TCM-SP/AUDITOR/2023) Os Créditos Adicionais para serem abertos por


decreto executivo deverão
a) corresponder ao estabelecido em diretrizes anuais.
b) sempre decorrer de prévia autorização legislativa.
c) obedecer ao limite estabelecido nas metas fiscais.
d) indicar os recursos para acorrer salvo exceção.
e) restringir-se ao atendimento de despesas correntes.

025. (VUNESP/CAMPEV/CONTADOR/2023) A diferença positiva entre o ativo financeiro e o


passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e
as operações de crédito a eles vinculadas representa:
a) ativo financeiro.
b) ativo patrimonial.
c) superávit atuariais.
d) superávit contábil.
e) superávit financeiro.

026. (VUNESP/PREF-GRU/ECONOMISTA/2023) Os créditos adicionais são classificados em


a) suplementares e especiais.
b) suplementares, especiais e extraordinários.
c) suplementares, especiais e por excesso de arrecadação.
d) suplementares e por excesso de arrecadação.
e) superávit financeiro, anulação parcial da dotação e operação de crédito.

027. (VUNESP/PERUÍBEPREV/ANALISTA/2022) Das fases do ciclo orçamentário, aquela que


consiste na efetiva arrecadação da receita e realização da despesa é denominada
a) elaboração.
b) planejamento.
c) aprovação.
d) execução.
e) controle.

028. (VUNESP/ALESP/TÉCNICO/2022) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou


aos projetos que o modifiquem podem ser aprovadas, dentre outras situações, caso

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a) se destinem a ampliar os recursos dedicados a áreas prioritárias.


b) sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões.
c) sejam incompatíveis com o plano plurianual.
d) indiquem como contrapartida para a criação de nova despesa a anulação da previsão de
gastos com a dívida pública.
e) se destinem ao cumprimento do teto constitucional de despesas.

029. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022) Sobre a execução orçamentária, assinale a


alternativa correta.
a) Após abertos, os créditos adicionais terão acompanhamento especial em virtude dos
riscos de contribuírem para o não cumprimento da meta fiscal.
b) Os créditos adicionais em virtude do excesso de arrecadação poderão ser aplicados em
quaisquer itens de despesas.
c) A Constituição permite a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia
autorização legislativa, desde que feita por medida provisória.
d) Os créditos adicionais têm como prazo o exercício financeiro em que foram abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário quanto àqueles especiais e extraordinários.
e) A análise do excesso de arrecadação deve ser feita por fonte, pois a arrecadação a maior
de determinada fonte não pode ser compensada com a arrecadação menor de outra fonte.

030. (VUNESP/PREF-RP-SP/CONTADOR/2021) Segundo a Lei n. 4.320/1964, são créditos


adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na
Lei de Orçamento, sendo que se classificam em:
a) especiais – os destinados a reforço de dotação orçamentária.
b) suplementares – os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
c) extraordinários – os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
d) complementares – os destinados a soma dos recursos já empenhados que não liquidarão
a operação executada.
e) específicos – os destinados a empenho específicos não considerados no orçamento
público plurianual inicial.

031. (VUNESP/UNIFAI/CONTROLADOR-INTERNO/2019) A Prefeitura Municipal de Adamantina


decretou estado de calamidade pública em razão das fortes chuvas e ventos que atingiram
a cidade, bloqueando os acessos ao Município e deixando grande número de pessoas

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desabrigadas. Nesse cenário, o Poder Executivo Municipal, para fazer frente às despesas
decorrentes dessa situação, poderá abrir
a) créditos especiais, independentemente da existência de recursos disponíveis para correr
a despesa, desde que exponha as justificativas.
b) créditos suplementares, condicionados à existência de autorização legislativa.
c) por meio de decreto, créditos extraordinários para fazer frente às despesas, devendo
dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
d) por meio de lei, crédito especial, condicionado à existência de recursos disponíveis para
fazer frente à despesa.
e) créditos extraordinários, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a despesa
e que exista prévia exposição de justificativa.

032. (VUNESP/CM-TATUÍ/CONTADOR/2019) Não alteram o montante da despesa definida


na LOA os créditos adicionais cobertos com recursos
a) de superávit financeiro.
b) de excesso de arrecadação.
c) do saldo orçamentário.
d) de excedente da receita tributária.
e) da reserva de contingência.

033. (VUNESP/CM-TATUÍ/CONTADOR/2019) São destinados para cobrir despesas urgentes


e imprevistas os créditos
a) suplementares, por excesso de arrecadação.
b) especiais, por excesso de arrecadação.
c) suplementares, por superávit financeiro.
d) extraordinários, resultante de anulação de dotações.
e) extraordinários, por meio de redução patrimonial.

034. (VUNESP/UNICAMP/ADMINISTRADOR/2019) Créditos adicionais são autorizações de


despesas insuficientes ou não computadas, não previstas. Será(ão) fonte de recursos para
atender aos créditos adicionais:
a) o excesso de arrecadação verificado entre receitas e despesas.
b) o superávit financeiro apurado no balanço financeiro.
c) as receitas extraorçamentárias.
d) a anulação parcial ou total de créditos orçamentários.
e) a alienação de ativos.

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035. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa correta.


a) Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará aprovada a Lei de Orçamento vigente.
b) Não serão admitidas emendas ao projeto de Lei de Orçamento para alterar a dotação solicitada
para despesa de custeio, exceto se houver prova de inexatidão da proposta nesse ponto.
c) Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele
legalmente gastas.
d) Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela
fixados, o Poder Legislativo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
e) Não serão admitidas emendas ao projeto de Lei de Orçamento que vise conceder dotação
superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Executivo para
concessão de auxílios e subvenções.

036. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2019) Suportado pelo preconizado em Lei específica, o


administrador público, ao necessitar de recursos a fim de atender despesas para as quais
não haja dotação orçamentária específica, deverá
a) optar por solicitar um adiantamento com empenho próprio.
b) solicitar crédito especial.
c) utilizar dos suprimentos de fundos.
d) obter crédito adicional extraordinário.
e) utilizar do crédito suplementar.

037. (VUNESP/CM-SERTÃOZINHO/TESOUREIRO/2019) A Lei n. 4.320 de 1964 estabelece que o


controle da execução orçamentária terá por objetivo verificar a probidade da administração,
a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Este controle será feito pelo
a) Poder Judiciário, com auxílio de empresas de auditoria devidamente reconhecidas.
b) Tribunal de Contas, auxiliado pelo órgão executivo responsável pelo planejamento.
c) Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário.
d) Poder Legislativo, com parecer prévio do Tribunal de Contas.
e) Poder Judiciário, com parecer prévio do Ministério Público.

038. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/ANALISTA/2019) Conforme disposto na Lei n. 4.320/1964,


no que se refere à execução orçamentária, o controle interno quanto à legalidade dos
atos que resultem a arrecadação da despesa ou realização da despesa, o nascimento ou
a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos agentes da administração,
responsáveis por bens e valores públicos; o cumprimento do programa de trabalho expresso

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em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços, é


exercido diretamente pelo
a) Poder Legislativo.
b) Poder Executivo.
c) Ministério da Economia.
d) Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
e) Banco Central do Brasil.

039. (VUNESP/CRBIO01/ADVOGADO/2017) De acordo com Lei Federal no 4.320/1964,


os créditos adicionais, quando destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica, classificam-se em
a) especiais.
b) suplementares.
c) complementares.
d) extraordinários.
e) excepcionais.

040. (VUNESP/PREF-ANDRADINA/PROCURADOR/2017) No que se refere ao controle da


execução orçamentária, dispõe a Lei n. 4.320/1964 que o Poder Executivo, em sede de
controle interno, verificará a legalidade dos atos de execução orçamentária de forma
a) anterior, sucessiva e sintética.
b) prévia, concomitante e subsequente.
c) posterior, sucessiva e analítica.
d) concomitante, sucessiva e posterior.
e) subsequente, analítica e posterior.

041. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR-CI/2015) De acordo com a Lei n. 4.320, de 1964,


não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem
a) conceder dotação para instalação de serviço anteriormente criado.
b) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, mesmo quando provada, nesse
ponto a inexatidão da proposta.
c) conceder dotação para funcionamento de serviço anteriormente criado.
d) conceder dotação para o início de obra, ainda que o projeto esteja aprovado pelos órgãos
competentes.
e) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

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042. (VUNESP/PREFEITURA-SP/ANALISTA/2015) Segundo entendimento do Supremo Tribunal


Federal, as leis que disciplinam a matéria orçamentária são de iniciativa
a) concorrente dos Poderes Legislativo e Executivo.
b) privativa do Poder Legislativo.
c) residual do Poder Executivo.
d) exclusiva do Poder Executivo.
e) exclusiva do Poder Legislativo.

043. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR-CI/2015) Dentro do ciclo orçamentário, a fase de


aprovação é de competência do
a) Tribunal de Contas.
b) Poder Judiciário.
c) Poder Legislativo.
d) Poder Executivo.
e) Banco Central.

044. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) A abertura de Créditos Adicionais possibilita a(o)


a) indicação de novas receitas.
b) limitação de despesas.
c) equilíbrio de caixa.
d) reequilíbrio fiscal.
e) alteração do orçamento.

045. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) O controle integrado, nos termos da Constituição


Federal, visa, dentre outros objetivos, coibir
a) a ineficácia e o descumprimento do planejado.
b) a expansão do estado e a ineficiência.
c) os desvios legislativos e a ingerência política.
d) a ineficiência e a ausência de políticas públicas.
e) o endividamento e as práticas corporativistas.

046. (VUNESP/PREFEITURA-POÁ/PROCURADOR/2014) Classificam-se como créditos


adicionais extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. Referidos créditos serão abertos, de
acordo com a Lei n. 4.320/1964, por
a) Resolução do Senado Federal.
b) Decreto Legislativo do Congresso Nacional.
c) Decreto do Poder Executivo.
d) Medida Provisória do Presidente da República.
e) Lei Delegada do Poder Legislativo.

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047. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) O envio ao Congresso Nacional do plano plurianual,


do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e das propostas de orçamento previstos na
Constituição Federal, é competência privativa do
a) Ministro da Fazenda.
b) Ministro do Planejamento.
c) Presidente do Tribunal de Contas da União.
d) Presidente da República.
e) Ministro Chefe da Casa Civil.

048. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) As autorizações de despesa não computadas ou


insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento – as quais são classificadas em suplementares,
especiais e extraordinárias – são consideradas
a) ajustes de caixa.
b) complementos de caixa.
c) débitos adicionais.
d) créditos adicionais.
e) orçamentos complementares.

049. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) São créditos adicionais, nos termos da lei que


disciplina a matéria, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei do Orçamento. Os créditos adicionais destinados a reforço de dotação
orçamentária são denominados
a) especiais.
b) excepcionais.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) complementares.

050. (VUNESP/PREF.-SJC/ANALISTA/2012) Os procedimentos de avaliação do desempenho


dos programas, de julgamento das contas dos gestores e de julgamento das contas do
presidente da república, a serem realizados no ciclo orçamentário, segundo a Constituição
Federal de 1988, em relação aos instrumentos orçamentários, referem-se à fase de
a) planejamento.
b) controle.
c) elaboração.
d) execução.
e) aprovação.

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051. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2008) Os créditos adicionais que independem de prévia


autorização em lei especial e têm a finalidade de atender às comoções internas, e podem
ser abertos por decreto ou medida provisória, referem-se aos créditos
a) corporativos.
b) extraorçamentários.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) especiais.

052. (VUNESP/UNIFAI/PROCURADOR/2019) Sobre os créditos adicionais, assinale a


alternativa correta.
a) Os créditos adicionais suplementares e especiais serão autorizados por decreto executivo.
b) Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos suplementares.
c) A abertura de créditos extraordinários depende da existência de superávit financeiro
apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.
d) São créditos adicionais extraordinários os destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
e) São créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.

053. (VUNESP/CM-SJC/ANALISTA-CONTADOR/2019) A execução orçamentária é a fase do


ciclo orçamentário em que se executa(m)
a) a consolidação das propostas orçamentárias, considerando as emendas realizadas
pelos Poderes.
b) a proposta contábil-gerencial, considerando a previsão de arrecadação de receitas e a
programação de despesas.
c) os programas contemplados no planejamento, mediante ações que possibilitam atingir
diretrizes, objetivos e metas estabelecidos.
d) a revisão e a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária (LOA)
e de outros planos.
e) as várias etapas do orçamento que dependem de auxílio e autorização do Tribunal
de Contas.

054. (VUNESP/CM-INDAIATUBA/CONTROLADOR/2019) Do ponto de vista da Lei n. 4.320/1964,


o controle da execução orçamentária abrange

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a) o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários apenas.


b) a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa,
o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações.
c) a fixação das receitas públicas do período.
d) a definição de normas para o controle interno, a verificação da legalidade dos atos de
execução orçamentária, que se dará de forma subsequente, na prestação de contas ao
Tribunal de Contas pertinente.
e) várias entidades, como agências reguladoras e supervisoras, entidades de auditoria,
comissões do poder legislativo, que são tidas como responsáveis pelo controle da execução
orçamentária, conforme esta lei.

055. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) O processo orçamentário brasileiro se configura a partir


de disposições constitucionais e legais, aplicáveis a todas as esferas de governo.
No âmbito do orçamento federal, uma das funções definidas na Constituição da República
de 1988 para a comissão mista permanente é:
a) aprovar regras para apresentação de emendas de natureza impositiva;
b) compatibilizar as emendas apresentadas com as disposições do PPA em vigor;
c) definir critérios para execução de despesas decorrentes de emendas do relator;
d) emitir parecer sobre as emendas apresentadas ao projeto de lei do orçamento;
e) indicar as fontes de recursos para cobertura das emendas apresentadas.

056. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2023) Uma deputada federal resolveu apresentar


uma emenda ao projeto de lei do orçamento anual da União.
Sobre essa emenda, é correto afirmar que:
a) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, mas não com o Plano Plurianual;
b) deve ser apresentada no Plenário da Câmara dos Deputados e deve indicar os recursos
necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação de despesas;
c) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional e somente pode ser aprovada se indicar os
recursos necessários, admitidos apenas aqueles provenientes da anulação de despesas;
d) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com o Plano
Plurianual, mas não com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) deve ser apresentada no Plenário do Senado Federal e somente pode ser aprovada se
indicar os recursos necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação
de despesas.

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057. (FGV/CGM-RJ/CONTADOR/2023) Um servidor foi designado para assessorar a comissão


permanente de orçamentos de uma câmara municipal, formada, em sua maioria, por novos
vereadores. O servidor preparou uma apresentação com regras constitucionais sobre
apresentação e aprovação de emendas ao projeto de lei orçamentária.
Entre as orientações contidas na apresentação do servidor, destaca-se a necessidade de:
a) aprovação com maioria qualificada dos membros do Poder Legislativo;
b) independência em relação às disposições de orçamentos anteriores;
c) indicação de fonte de recursos para proposição de emendas;
d) que as emendas não estejam relacionadas a erros e incorreções da proposta orçamentária;
e) se referir a novas despesas, não iniciadas em exercícios anteriores.

058. (FGV/AGENERSA/ASSSITENTE/2023) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual,


às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Para que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
sejam aprovadas, devem ser indicados os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, sendo excluídas as que incidem sobre
a) o serviço da dívida e a compra de bens de capital.
b) as dotações para pessoal e seus encargos e o serviço da dívida.
c) as dotações para a área da saúde e para pessoal e seus encargos.
d) as transferências tributárias constitucionais e as dotações para a área da saúde.
e) a compra de bens de capital e as transferências tributárias constitucionais.

059. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2023) No dia 03/08/20x2, um ente público


abriu um crédito adicional no valor de R$ 100.000,00 para suplementar despesas correntes
na área de saúde, cuja fonte de recurso foi a anulação de parte da dotação de outra
programação de despesa. No dia 13/09/20x2 foi realizado um empenho no valor de
R$ 81.000,00, sendo liquidado integralmente no dia 30/10/20x2.
Em 02/12/20x2, 50% do valor liquidado foi pago.
Considerando que todas as informações se referem ao crédito adicional aberto em 03/08/20x2
e que não houve outros atos de execução orçamentária, com o encerramento do exercício:
a) o saldo da dotação deverá ser transferido para o exercício seguinte para a mesma
programação de despesa;
b) o saldo da dotação não está sujeito à limitação de empenho e movimentação financeira;
c) o valor de R$ 40.500,00 afetará o cálculo do superávit financeiro do exercício;
d) R$ 19.000,00 de créditos orçamentários poderão ser alocados em outras áreas no
exercício seguinte;
e) R$ 40.500,00 não poderão ser inscritos em restos a pagar por insuficiência financeira.

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060. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO/2023) Os créditos orçamentários podem ser aqueles


inicialmente previstos e dotados na Lei Orçamentária Anual (LOA) ou os créditos adicionais,
que se destinam a cobrir despesas não previstas ou com dotação insuficiente na LOA.
Um analista orçamentário estava analisando a prestação de contas de um ente público
relativa a um dado período, tendo como escopo os créditos orçamentários, e uma diferença
que o analista deve considerar entre esses dois créditos é que:
a) créditos adicionais não devem alterar a estrutura de gastos do orçamento fiscal;
b) créditos adicionais não estão sujeitos à classificação de despesa exigida para os créditos
iniciais da LOA;
c) créditos adicionais, em casos expressamente previstos, podem ser reabertos no exercício
seguinte;
d) créditos orçamentários iniciais estão sujeitos a um menor controle do Poder Legislativo;
e) despesas abertas via créditos adicionais estão sujeitas a restrições para inscrição em
restos a pagar.

061. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Conforme disposições constitucionais, as emendas


parlamentares individuais apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual (PLOA) serão
aprovadas em termos de percentual da receita corrente líquida (RCL), de acordo com a
seguinte configuração:
a) 1,0% da RCL arrecadada no exercício anterior, sendo 50% destinada a ações e serviços
públicos de saúde;
b) 1,2% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
c) 1,2% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde;
d) 2,0% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
e) 2,0% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde.

062. (FGV/SEFAZ-AM/ASSSITENTE/2022) De acordo com a Constituição Federal de 1988, as


emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modificam somente
podem ser aprovadas nos casos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) Quando se relacionam com o serviço da dívida.
b) Quando se relacionam com os dispositivos do texto do projeto de lei.
c) Quando se relacionam com a correção de erros ou omissões.
d) Quando são compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
e) Quando indicam os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesas, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos, serviço
da dívida e transferências tributárias constitucionais para os Estados, os Municípios e o
Distrito Federal.
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063. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) O ciclo orçamentário compreende o período em


que as atividades típicas do Orçamento Público são processadas.
Sobre a fase de avaliação, assinale a afirmativa correta.
a) Verifica a conformidade e propõe ações corretivas, com foco retrospectivo.
b) Realiza estudos onde são definidas prioridades e fixados objetivos com foco retrospectivo.
c) Analisa a conveniência, oportunidade e necessidade da execução das despesas autorizadas,
com foco prospectivo.
d) Estima recursos financeiros necessários à realização das políticas públicas inseridas no
orçamento sob a ótima de programas, com foco prospectivo.
e) Visa ao aperfeiçoamento da gestão e avalia os resultados, com foco prospectivo.

064. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Em relação ao Ciclo Orçamentário, a fase em que são


realizados estudos preliminares, definidas prioridades, fixados os objetivos e estimados os
recursos financeiros necessários à realização das políticas públicas inseridas no orçamento,
sob a forma de programa, é denominada
a) pesquisa.
b) fixação.
c) elaboração.
d) aprovação.
e) execução.

065. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Relacione os tipos de créditos adicionais listados


a seguir a suas respectivas explicações.
1. Suplementares
2. Especiais
3. Extraordinários

( ) Destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina


ou calamidade pública.
( ) Destinados a despesas para as quais não há dotação orçamentária específica.
( ) Destinados a reforço de dotação orçamentária.

Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 1 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 3 – 2 – 1.

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066. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE/2022) Representam autorizações de despesa não computadas


ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento, cuja abertura depende de indicação
prévia da fonte de recursos, os créditos
a) ordinários, apenas.
b) adicionais extraordinários, apenas.
c) ordinários e especiais, apenas.
d) adicionais suplementares e especiais, apenas.
e) adicionais suplementares e extraordinários, apenas.

067. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Além de apresentar informações sobre a posição


patrimonial e financeira e sobre o desempenho das entidades, as demonstrações contábeis
também podem fornecer informações úteis para o processo de planejamento e execução
do orçamento, tanto por determinação legal quanto por decisões de gestão.
A apuração do superávit financeiro que pode servir como fonte de recursos para suplementar
dotações orçamentárias deve ter por base o(a):
a) balanço financeiro;
b) balanço orçamentário;
c) balanço patrimonial;
d) demonstração das variações patrimoniais;
e) demonstração dos fluxos de caixa.

068. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) A abertura de créditos adicionais (suplementares, especiais


e extraordinários) no orçamento tem regras específicas, conforme o tipo de despesa para
a qual se deseja autorização.
No caso de necessidade de abertura de um crédito especial, uma regra a ser observada é que:
a) não pode ser aberto nos últimos quatro meses do exercício;
b) deve ser destinado a despesas sem dotação orçamentária específica;
c) não há possibilidade de prorrogação da sua vigência para o exercício seguinte ao da
abertura;
d) deve ser custeado com recursos oriundos de anulação de dotações;
e) necessita de autorização prévia na lei orçamentária anual para a sua abertura.

069. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) Considere as informações do Quadro IV a seguir, com


valores expressos em milhares de reais, apuradas ao final do primeiro quadrimestre do
exercício de 20x2, relativos a um determinado ente público.

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Quadro IV

Descrição Valor
Créditos adicionais transferidos para 20x2 2.760,00
Créditos extraordinários abertos em 20x2 960,00
Operações de crédito vinculadas aos créditos transferidos 1.000,00
Recursos de anulação parcial de dotações do orçamento de 20x2 630,00
Recursos de excesso de arrecadação em 20x2 750,00
Saldo do Ativo Financeiro 20x1 9.670,00
Saldo do Ativo Permanente 20x1 21.350,00
Saldo do Passivo Financeiro 20x1 3.840,00
Saldo do Passivo Permanente 20x1 8.190,00

Após a apuração dessas informações, o contador do ente foi solicitado a informar o valor do
superávit financeiro utilizável como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais.
O contador indicou, corretamente, o valor de:
a) 3.110,00;
b) 4.070,00;
c) 4.490,00;
d) 4.820,00;
e) 5.830,00.

070. (FGV/TJ-TO/CONTADOR-DISTRIBUIDOR/2022) No mês de novembro de um dado


exercício, ao elaborar um parecer quanto a uma emenda parlamentar apresentada ao
projeto de Lei Orçamentária Anual, um analista de orçamento recomendou a rejeição da
emenda por falta de conformidade com os requisitos constitucionais.
Um item que justifica o parecer do analista de orçamento é que a emenda:
a) se relacionava com a correção de erros;
b) se destinava a despesa de baixa relevância social;
c) indicava como fonte de recursos a contratação de operação de crédito;
d) indicava como fonte de recursos a anulação de investimentos em infraestrutura;
e) era destinada a um ente federativo diverso do domicílio eleitoral do parlamentar.

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GABARITO

1. E 35. b 69. b
2. C 36. b 70. c
3. E 37. d
4. C 38. b
5. E 39. a
6. E 40. b
7. E 41. e
8. E 42. d
9. E 43. c
10. C 44. e
11. C 45. a
12. E 46. c
13. c 47. d
14. E 48. d
15. C 49. c
16. C 50. b
17. C 51. d
18. C 52. e
19. C 53. c
20. E 54. b
21. C 55. d
22. E 56. c
23. E 57. c
24. d 58. b
25. e 59. c
26. b 60. c
27. d 61. e
28. b 62. a
29. d 63. e
30. c 64. c
31. c 65. e
32. e 66. d
33. d 67. c
34. d 68. b

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GABARITO COMENTADO

024. (VUNESP/TCM-SP/AUDITOR/2023) Os Créditos Adicionais para serem abertos por


decreto executivo deverão
a) corresponder ao estabelecido em diretrizes anuais.
b) sempre decorrer de prévia autorização legislativa.
c) obedecer ao limite estabelecido nas metas fiscais.
d) indicar os recursos para acorrer salvo exceção.
e) restringir-se ao atendimento de despesas correntes.

Guarde que os créditos adicionais suplementares e especiais dependem da existência de


recursos para serem abertos. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Inexiste na legislação.
b) Errada. Na verdade, os créditos extraordinários não necessitam de autorização legislativa.
c) Errada. Inexiste na legislação.
e) Errada. Podem ser abertos para despesas correntes ou de capital.
Letra d.

025. (VUNESP/CAMPEV/CONTADOR/2023) A diferença positiva entre o ativo financeiro e o


passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e
as operações de crédito a eles vinculadas representa:
a) ativo financeiro.
b) ativo patrimonial.
c) superávit atuariais.
d) superávit contábil.
e) superávit financeiro.

É o superávit financeiro. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e
o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
operações de credito a eles vinculadas.

Letra e.

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026. (VUNESP/PREF-GRU/ECONOMISTA/2023) Os créditos adicionais são classificados em


a) suplementares e especiais.
b) suplementares, especiais e extraordinários.
c) suplementares, especiais e por excesso de arrecadação.
d) suplementares e por excesso de arrecadação.
e) superávit financeiro, anulação parcial da dotação e operação de crédito.

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.

Letra b.

027. (VUNESP/PERUÍBEPREV/ANALISTA/2022) Das fases do ciclo orçamentário, aquela que


consiste na efetiva arrecadação da receita e realização da despesa é denominada
a) elaboração.
b) planejamento.
c) aprovação.
d) execução.
e) controle.

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Confira:

Letra d.

028. (VUNESP/ALESP/TÉCNICO/2022) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou


aos projetos que o modifiquem podem ser aprovadas, dentre outras situações, caso
a) se destinem a ampliar os recursos dedicados a áreas prioritárias.
b) sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões.
c) sejam incompatíveis com o plano plurianual.
d) indiquem como contrapartida para a criação de nova despesa a anulação da previsão de
gastos com a dívida pública.
e) se destinem ao cumprimento do teto constitucional de despesas.

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A resposta da questão está nas condições previstas no § 3º do artigo 166 da Constituição


Federal para que sejam realizadas emendas ao PLOA. Confira:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Letra b.

029. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022) Sobre a execução orçamentária, assinale a


alternativa correta.
a) Após abertos, os créditos adicionais terão acompanhamento especial em virtude dos
riscos de contribuírem para o não cumprimento da meta fiscal.
b) Os créditos adicionais em virtude do excesso de arrecadação poderão ser aplicados em
quaisquer itens de despesas.
c) A Constituição permite a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia
autorização legislativa, desde que feita por medida provisória.
d) Os créditos adicionais têm como prazo o exercício financeiro em que foram abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário quanto àqueles especiais e extraordinários.
e) A análise do excesso de arrecadação deve ser feita por fonte, pois a arrecadação a maior
de determinada fonte não pode ser compensada com a arrecadação menor de outra fonte.

O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período determinado, usualmente


um ano, sendo, entretanto, possível a reabertura dos créditos especiais e extraordinários
no exercício seguinte. Confira na CF/1988:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em


que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

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a) Errada. Na verdade, inexiste esse acompanhamento especial.


b) Errada. Na verdade, a aplicação deve ser de acordo com a sua finalidade específica.
c) Errada. Na verdade, precisa de prévia autorização legislativa.
e) Errada. Na verdade, só existe excesso de arrecadação quando se considera a receita total,
visto que a arrecadação a maior de uma receita pode ser compensada com a arrecadação
a menor de outra.
Letra d.

030. (VUNESP/PREF-RP-SP/CONTADOR/2021) Segundo a Lei n. 4.320/1964, são créditos


adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na
Lei de Orçamento, sendo que se classificam em:
a) especiais – os destinados a reforço de dotação orçamentária.
b) suplementares – os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
c) extraordinários – os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
d) complementares – os destinados a soma dos recursos já empenhados que não liquidarão
a operação executada.
e) específicos – os destinados a empenho específicos não considerados no orçamento
público plurianual inicial.

Resposta na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Letra c.

031. (VUNESP/UNIFAI/CONTROLADOR-INTERNO/2019) A Prefeitura Municipal de Adamantina


decretou estado de calamidade pública em razão das fortes chuvas e ventos que atingiram
a cidade, bloqueando os acessos ao Município e deixando grande número de pessoas
desabrigadas. Nesse cenário, o Poder Executivo Municipal, para fazer frente às despesas
decorrentes dessa situação, poderá abrir
a) créditos especiais, independentemente da existência de recursos disponíveis para correr
a despesa, desde que exponha as justificativas.

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b) créditos suplementares, condicionados à existência de autorização legislativa.


c) por meio de decreto, créditos extraordinários para fazer frente às despesas, devendo
dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
d) por meio de lei, crédito especial, condicionado à existência de recursos disponíveis para
fazer frente à despesa.
e) créditos extraordinários, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a despesa
e que exista prévia exposição de justificativa.

Como temos uma situação de calamidade pública, deve ser aberto um crédito extraordinário,
por meio de decreto do Executivo, e deve ser dado imediato conhecimento ao Poder
Legislativo. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Letra c.

032. (VUNESP/CM-TATUÍ/CONTADOR/2019) Não alteram o montante da despesa definida


na LOA os créditos adicionais cobertos com recursos
a) de superávit financeiro.
b) de excesso de arrecadação.
c) do saldo orçamentário.
d) de excedente da receita tributária.
e) da reserva de contingência.

A reserva de contingência é uma despesa orçamentária que, caso seja utilizada como
fonte para abertura de crédito adicional, deve ser reclassificada, não havendo alteração
do montante da despesa definida na LOA.
Letra e.

033. (VUNESP/CM-TATUÍ/CONTADOR/2019) São destinados para cobrir despesas urgentes


e imprevistas os créditos
a) suplementares, por excesso de arrecadação.
b) especiais, por excesso de arrecadação.
c) suplementares, por superávit financeiro.
d) extraordinários, resultante de anulação de dotações.
e) extraordinários, por meio de redução patrimonial.

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Os créditos extraordinários são destinados para cobrir despesas urgentes e imprevistas.


Atente ao fato de que é facultativa a indicação de recursos, ressaltando que o resultante
de anulação de dotações é uma das fontes para abertura de crédito suplementar e especial
(sendo facultativa a indicação para os créditos extraordinários). Guarde que a redução
patrimonial não tem relação com os créditos adicionais, motivo pelo qual a letra E é falsa.
Letra d.

034. (VUNESP/UNICAMP/ADMINISTRADOR/2019) Créditos adicionais são autorizações de


despesas insuficientes ou não computadas, não previstas. Será(ão) fonte de recursos para
atender aos créditos adicionais:
a) o excesso de arrecadação verificado entre receitas e despesas.
b) o superávit financeiro apurado no balanço financeiro.
c) as receitas extraorçamentárias.
d) a anulação parcial ou total de créditos orçamentários.
e) a alienação de ativos.

Vamos ver o que a Lei n. 4.320/1964 diz a respeito:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.

Letra d.

035. (VUNESP/CM-ORLÂNDIA/CONTADOR/2019) Assinale a alternativa correta.


a) Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará aprovada a Lei de Orçamento vigente.
b) Não serão admitidas emendas ao projeto de Lei de Orçamento para alterar a dotação solicitada
para despesa de custeio, exceto se houver prova de inexatidão da proposta nesse ponto.
c) Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele
legalmente gastas.
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d) Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela
fixados, o Poder Legislativo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
e) Não serão admitidas emendas ao projeto de Lei de Orçamento que vise conceder dotação
superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Executivo para
concessão de auxílios e subvenções.

A resposta da questão está no artigo 33 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta;

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Pois essa proposta poderá ser modificada pelo Parlamento, por meio de emendas.
Também não há impedimento de que essa proposta, ao ser aprovada, seja vetada pelo
presidente da República.
c) Errada. Pois as despesas que pertencem ao exercício financeiro são as empenhadas.
d) Errada. Pois, na verdade, quem aprova o quadro de cotas trimestrais é o Poder Executivo.
e) Errada. Pois, na verdade, é resolução do Poder Legislativo.
Letra b.

036. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2019) Suportado pelo preconizado em Lei específica, o


administrador público, ao necessitar de recursos a fim de atender despesas para as quais
não haja dotação orçamentária específica, deverá
a) optar por solicitar um adiantamento com empenho próprio.
b) solicitar crédito especial.
c) utilizar dos suprimentos de fundos.
d) obter crédito adicional extraordinário.
e) utilizar do crédito suplementar.

Como não há dotação específica para atender a determinadas despesas, é caso de se abrir
um crédito adicional especial.
Letra b.

037. (VUNESP/CM-SERTÃOZINHO/TESOUREIRO/2019) A Lei n. 4.320 de 1964 estabelece que o


controle da execução orçamentária terá por objetivo verificar a probidade da administração,

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a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.


Este controle será feito pelo
a) Poder Judiciário, com auxílio de empresas de auditoria devidamente reconhecidas.
b) Tribunal de Contas, auxiliado pelo órgão executivo responsável pelo planejamento.
c) Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário.
d) Poder Legislativo, com parecer prévio do Tribunal de Contas.
e) Poder Judiciário, com parecer prévio do Ministério Público.

A resposta está na literalidade dos artigos 81 e 82 da Lei n. 4320/1964. Repare:

Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar
a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento
da Lei de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido
nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio
do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

Letra d.

038. (VUNESP/PREF-ITAPEVI/ANALISTA/2019) Conforme disposto na Lei n. 4.320/1964,


no que se refere à execução orçamentária, o controle interno quanto à legalidade dos
atos que resultem a arrecadação da despesa ou realização da despesa, o nascimento ou
a extinção de direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos agentes da administração,
responsáveis por bens e valores públicos; o cumprimento do programa de trabalho expresso
em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços, é
exercido diretamente pelo
a) Poder Legislativo.
b) Poder Executivo.
c) Ministério da Economia.
d) Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
e) Banco Central do Brasil.

A resposta está na literalidade dos artigos 75 e 76 da Lei n. 4320/1964. Repare:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa,
o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;

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III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos


de realização de obras e prestação de serviços.
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem
prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.

Letra b.

039. (VUNESP/CRBIO01/ADVOGADO/2017) De acordo com Lei Federal no 4.320/1964,


os créditos adicionais, quando destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica, classificam-se em
a) especiais.
b) suplementares.
c) complementares.
d) extraordinários.
e) excepcionais.

Podemos responder essa questão com base no artigo 41 da Lei n. 4.320/1964, que conceitua
os três tipos de créditos adicionais. Confira:

Dos Créditos Adicionais


Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Letra a.

040. (VUNESP/PREF-ANDRADINA/PROCURADOR/2017) No que se refere ao controle da


execução orçamentária, dispõe a Lei n. 4.320/1964 que o Poder Executivo, em sede de
controle interno, verificará a legalidade dos atos de execução orçamentária de forma
a) anterior, sucessiva e sintética.
b) prévia, concomitante e subsequente.
c) posterior, sucessiva e analítica.
d) concomitante, sucessiva e posterior.
e) subsequente, analítica e posterior.

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Confira na literalidade da Lei n. 4.320/1964:

Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem
prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante
e subsequente.

Letra b.

041. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR-CI/2015) De acordo com a Lei n. 4.320, de 1964,


não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem
a) conceder dotação para instalação de serviço anteriormente criado.
b) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, mesmo quando provada, nesse
ponto a inexatidão da proposta.
c) conceder dotação para funcionamento de serviço anteriormente criado.
d) conceder dotação para o início de obra, ainda que o projeto esteja aprovado pelos órgãos
competentes.
e) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Essa questão deve ser resolvida de acordo com o disposto no artigo 33 da Lei n. 4.320/1964.
Confira:

Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

a) Errada. Repare que, se o serviço já tiver sido criado, pode-se conceder à correspondente
dotação.
b) Errada. Embora a regra geral seja a de que não seja permitida a alteração da dotação
solicitada para as despesas de custeio, existe uma exceção: a situação que restar comprovada
a inexatidão da proposta. Mas o examinador foi em direção distinta, contrariando justamente
a exceção prevista na Lei n. 4.320/1964.

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c) Errada. Novamente, se o serviço já tiver sido criado, pode-se conceder à correspondente


dotação.
d) Errada. É sim possível a dotação para o início da obra, desde que o projeto tenha sido
aprovado pelos órgãos competentes.
e) Certa. Não podem ser admitidas emendas que concedam dotação superior aos quantitativos
fixados previamente pelo Poder Legislativo, no que tange à concessão de auxílios e subvenções.
Letra e.

042. (VUNESP/PREFEITURA-SP/ANALISTA/2015) Segundo entendimento do Supremo Tribunal


Federal, as leis que disciplinam a matéria orçamentária são de iniciativa
a) concorrente dos Poderes Legislativo e Executivo.
b) privativa do Poder Legislativo.
c) residual do Poder Executivo.
d) exclusiva do Poder Executivo.
e) exclusiva do Poder Legislativo.

Essa competência é privativa do presidente da República (inciso XXIII do art. 84 da CF).


Entretanto, se o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei orçamentária anual é de
competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do Poder Executivo e o parágrafo
único do mesmo artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII como possibilidade de
delegação pelo presidente da República da matéria nele constante, significa dizer que a
iniciativa do orçamento público é indelegável. Assim, o doutrinador Alexandre de Moraes,
agora Ministro do STF e, portanto, “produtor” de jurisprudência, prefere chamá-la de
competência exclusiva.
Letra d.

043. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR-CI/2015) Dentro do ciclo orçamentário, a fase de


aprovação é de competência do
a) Tribunal de Contas.
b) Poder Judiciário.
c) Poder Legislativo.
d) Poder Executivo.
e) Banco Central.

Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Poder Legislativo o projeto


de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), inovação da Constituição Federal de 1988, que
constitui o elo de ligação entre planejamento e orçamento.
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Em seguida, a proposta para a LOA do exercício subsequente é encaminhada ao Poder


Legislativo, que deve aprovar após ter se assegurado de que existe compatibilidade com
a LDO e com o PPA.
Letra c.

044. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) A abertura de Créditos Adicionais possibilita a(o)


a) indicação de novas receitas.
b) limitação de despesas.
c) equilíbrio de caixa.
d) reequilíbrio fiscal.
e) alteração do orçamento.

O nosso orçamento público é considerado semirrígido, ou seja, ele pode ser alterado desde
que respeitando uma série de regramentos constitucionais e legais, como o inciso VI do
artigo 167 da CF/1988 e os artigos 40 a 46 da Lei n. 4.320/1964. Nessa pegada, a abertura
de créditos adicionais possibilita a alteração do orçamento.
Letra e.

045. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) O controle integrado, nos termos da Constituição


Federal, visa, dentre outros objetivos, coibir
a) a ineficácia e o descumprimento do planejado.
b) a expansão do estado e a ineficiência.
c) os desvios legislativos e a ingerência política.
d) a ineficiência e a ausência de políticas públicas.
e) o endividamento e as práticas corporativistas.

A CF/1988 não faz menção específica a um controle integrado, mas deixa claro que deve
haver forte relação entre os controles interno e externo, no sentido de garantir o eficaz
cumprimento do planejado. O embasamento desse entendimento está na conjugação dos
artigos 70, 71 e 74 da CF/88.
Letra a.

046. (VUNESP/PREFEITURA-POÁ/PROCURADOR/2014) Classificam-se como créditos


adicionais extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. Referidos créditos serão abertos, de
acordo com a Lei n.º 4.320/1964, por

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a) Resolução do Senado Federal.


b) Decreto Legislativo do Congresso Nacional.
c) Decreto do Poder Executivo.
d) Medida Provisória do Presidente da República.
e) Lei Delegada do Poder Legislativo.

Para responder essa questão, vamos ver o artigo 44 da Lei n. 4.320/1964. Confira:
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Letra c.

047. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) O envio ao Congresso Nacional do plano plurianual,


do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e das propostas de orçamento previstos na
Constituição Federal, é competência privativa do
a) Ministro da Fazenda.
b) Ministro do Planejamento.
c) Presidente do Tribunal de Contas da União.
d) Presidente da República.
e) Ministro Chefe da Casa Civil.

Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do presidente da República
(inciso XXIII do art. 84 da CF).
Letra d.

048. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) As autorizações de despesa não computadas ou


insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento – as quais são classificadas em suplementares,
especiais e extraordinárias – são consideradas
a) ajustes de caixa.
b) complementos de caixa.
c) débitos adicionais.
d) créditos adicionais.
e) orçamentos complementares.

Podemos responder essa questão com base nos artigos 40 e 41 da Lei n. 4.320/1964:

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TÍTULO V
Dos Créditos Adicionais
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.

Letra d.

049. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) São créditos adicionais, nos termos da lei que


disciplina a matéria, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei do Orçamento. Os créditos adicionais destinados a reforço de dotação
orçamentária são denominados
a) especiais.
b) excepcionais.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) complementares.

Podemos responder essa questão com base no inciso I do artigo 41 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Letra c.

050. (VUNESP/PREF.-SJC/ANALISTA/2012) Os procedimentos de avaliação do desempenho


dos programas, de julgamento das contas dos gestores e de julgamento das contas do
presidente da república, a serem realizados no ciclo orçamentário, segundo a Constituição
Federal de 1988, em relação aos instrumentos orçamentários, referem-se à fase de
a) planejamento.
b) controle.
c) elaboração.

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d) execução.
e) aprovação.

Na fase de controle do orçamento são efetuados os procedimentos de avaliação do


desempenho dos programas e de julgamento das contas.
Letra b.

051. (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2008) Os créditos adicionais que independem de prévia


autorização em lei especial e têm a finalidade de atender às comoções internas, e podem
ser abertos por decreto ou medida provisória, referem-se aos créditos
a) corporativos.
b) extraorçamentários.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) especiais.

Confira o inciso III do artigo 41 da Lei n. 4.320/1964 que conceitua os créditos extraordinários:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.

Tendo em vista o seu caráter de urgência, a burocracia, ou melhor, a rigidez orçamentária


é um pouco flexibilizada, podendo ser abertos por decreto ou medida provisória.
Letra d.

052. (VUNESP/UNIFAI/PROCURADOR/2019) Sobre os créditos adicionais, assinale a


alternativa correta.
a) Os créditos adicionais suplementares e especiais serão autorizados por decreto executivo.
b) Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos suplementares.
c) A abertura de créditos extraordinários depende da existência de superávit financeiro
apurado em balanço patrimonial do exercício anterior.
d) São créditos adicionais extraordinários os destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
e) São créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.

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São créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente


dotadas na Lei de Orçamento. Confira diretamente na Lei n. 4.320/1964:

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.

Letra e.

053. (VUNESP/CM-SJC/ANALISTA-CONTADOR/2019) A execução orçamentária é a fase do


ciclo orçamentário em que se executa(m)
a) a consolidação das propostas orçamentárias, considerando as emendas realizadas pelos
Poderes.
b) a proposta contábil-gerencial, considerando a previsão de arrecadação de receitas e a
programação de despesas.
c) os programas contemplados no planejamento, mediante ações que possibilitam atingir
diretrizes, objetivos e metas estabelecidos.
d) a revisão e a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária (LOA)
e de outros planos.
e) as várias etapas do orçamento que dependem de auxílio e autorização do Tribunal de
Contas.

O ciclo orçamentário RESUMIDO tem quatro fases básicas:


• Elaboração;
• Aprovação;
• Execução;
• Controle e Avaliação.
Nessa toada, a execução dos programas contemplados no planejamento, mediante as ações
orçamentárias contidas na Lei Orçamentária Anual, é a fase de execução propriamente dita.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Pois a consolidação das propostas é feita pelo Executivo e ocorre na fase de
elaboração.
b) Errada. Pois a elaboração da proposta também ocorre na fase de elaboração.
d) Errada. Pois a revisão e a alteração dos instrumentos orçamentários ocorrem na fase
de aprovação no Legislativo.
e) Errada. Pois as ações do Tribunal de Contas, no ciclo orçamentário, referem-se à fase
de controle e avaliação.
Letra c.
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054. (VUNESP/CM-INDAIATUBA/CONTROLADOR/2019) Do ponto de vista da Lei n. 4.320/1964,


o controle da execução orçamentária abrange
a) o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários apenas.
b) a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa,
o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações.
c) a fixação das receitas públicas do período.
d) a definição de normas para o controle interno, a verificação da legalidade dos atos de
execução orçamentária, que se dará de forma subsequente, na prestação de contas ao
Tribunal de Contas pertinente.
e) várias entidades, como agências reguladoras e supervisoras, entidades de auditoria,
comissões do poder legislativo, que são tidas como responsáveis pelo controle da execução
orçamentária, conforme esta lei.

A resposta está no artigo 75, I, da Lei n. 4.320/1964:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

Letra b.

055. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) O processo orçamentário brasileiro se configura a partir


de disposições constitucionais e legais, aplicáveis a todas as esferas de governo.
No âmbito do orçamento federal, uma das funções definidas na Constituição da República
de 1988 para a comissão mista permanente é:
a) aprovar regras para apresentação de emendas de natureza impositiva;
b) compatibilizar as emendas apresentadas com as disposições do PPA em vigor;
c) definir critérios para execução de despesas decorrentes de emendas do relator;
d) emitir parecer sobre as emendas apresentadas ao projeto de lei do orçamento;
e) indicar as fontes de recursos para cobertura das emendas apresentadas.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) é detentora das


seguintes competências previstas na CF/1988:

Art. 166, § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:


I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem

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prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de
acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

Letra d.

056. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2023) Uma deputada federal resolveu apresentar


uma emenda ao projeto de lei do orçamento anual da União.
Sobre essa emenda, é correto afirmar que:
a) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, mas não com o Plano Plurianual;
b) deve ser apresentada no Plenário da Câmara dos Deputados e deve indicar os recursos
necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação de despesas;
c) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional e somente pode ser aprovada se indicar os
recursos necessários, admitidos apenas aqueles provenientes da anulação de despesas;
d) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com o Plano
Plurianual, mas não com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) deve ser apresentada no Plenário do Senado Federal e somente pode ser aprovada se
indicar os recursos necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação
de despesas.

Essa emenda deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, devendo respeitar as imposições do
§ 3º do art. 166 da CF/1988:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;

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b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

a) Errada. Deve ser compatível com o PPA.


b) Errada. Deve ser apresentada na CMO, e os recursos podem ser oriundos de anulação
de despesas.
d) Errada. Deve ser compatível com a LDO.
e) Errada. Deve ser apresentada na CMO.
Letra c.

057. (FGV/CGM-RJ/CONTADOR/2023) Um servidor foi designado para assessorar a comissão


permanente de orçamentos de uma câmara municipal, formada, em sua maioria, por novos
vereadores. O servidor preparou uma apresentação com regras constitucionais sobre
apresentação e aprovação de emendas ao projeto de lei orçamentária.
Entre as orientações contidas na apresentação do servidor, destaca-se a necessidade de:
a) aprovação com maioria qualificada dos membros do Poder Legislativo;
b) independência em relação às disposições de orçamentos anteriores;
c) indicação de fonte de recursos para proposição de emendas;
d) que as emendas não estejam relacionadas a erros e incorreções da proposta orçamentária;
e) se referir a novas despesas, não iniciadas em exercícios anteriores.

A alternativa compatível com a CF/1988 é a C. Confira:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

a) Errada. Requisito inexistente.


b) Errada. Requisito inexistente.
d) Errada. Contraria a CF/1988. Confira:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:

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III – sejam relacionadas:


a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

e) Errada. Requisito inexistente.


Letra c.

058. (FGV/AGENERSA/ASSSITENTE/2023) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual,


às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
Para que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
sejam aprovadas, devem ser indicados os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, sendo excluídas as que incidem sobre
a) o serviço da dívida e a compra de bens de capital.
b) as dotações para pessoal e seus encargos e o serviço da dívida.
c) as dotações para a área da saúde e para pessoal e seus encargos.
d) as transferências tributárias constitucionais e as dotações para a área da saúde.
e) a compra de bens de capital e as transferências tributárias constitucionais.

Confira na CF/1988:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

a) Errada. Não se aplica à compra de bens de capital.


c) Errada. Não se aplica às dotações para a área da saúde.
d) Errada. Não se aplica às dotações para a área da saúde.
e) Errada. Não se aplica à compra de bens de capital.
Letra b.

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059. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2023) No dia 03/08/20x2, um ente público


abriu um crédito adicional no valor de R$ 100.000,00 para suplementar despesas correntes
na área de saúde, cuja fonte de recurso foi a anulação de parte da dotação de outra
programação de despesa. No dia 13/09/20x2 foi realizado um empenho no valor de
R$ 81.000,00, sendo liquidado integralmente no dia 30/10/20x2.
Em 02/12/20x2, 50% do valor liquidado foi pago.
Considerando que todas as informações se referem ao crédito adicional aberto em 03/08/20x2
e que não houve outros atos de execução orçamentária, com o encerramento do exercício:
a) o saldo da dotação deverá ser transferido para o exercício seguinte para a mesma
programação de despesa;
b) o saldo da dotação não está sujeito à limitação de empenho e movimentação financeira;
c) o valor de R$ 40.500,00 afetará o cálculo do superávit financeiro do exercício;
d) R$ 19.000,00 de créditos orçamentários poderão ser alocados em outras áreas no
exercício seguinte;
e) R$ 40.500,00 não poderão ser inscritos em restos a pagar por insuficiência financeira.

Com os dados da questão, temos:


Despesas empenhadas = 81.000,00
Despesas pagas = 81.000,00 x 0,5 = 40.500,00
RAP = 40.500,00
Os restos a pagar inscritos representam o aumento do passivo financeiro, reduzindo, assim,
o superávit financeiro.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Sendo um crédito suplementar, não se admite a reabertura no exercício seguinte,
sem exceção.
b) Essa despesa fica sujeita à limitação de empenho e movimentação financeira. Confira
na LRF as exceções:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para
tal finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

d) Errada. Não podem ter alocação no ano seguinte por ser um crédito suplementar.

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e) Errada. A questão não deixou claro se era ou não o último ano de mandato, mas é vedado
contrair despesa nos dois últimos quadrimestres do mandato, sem que exista disponibilidade
financeira. Confira na LRF:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

Letra c.

060. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO/2023) Os créditos orçamentários podem ser aqueles


inicialmente previstos e dotados na Lei Orçamentária Anual (LOA) ou os créditos adicionais,
que se destinam a cobrir despesas não previstas ou com dotação insuficiente na LOA.
Um analista orçamentário estava analisando a prestação de contas de um ente público
relativa a um dado período, tendo como escopo os créditos orçamentários, e uma diferença
que o analista deve considerar entre esses dois créditos é que:
a) créditos adicionais não devem alterar a estrutura de gastos do orçamento fiscal;
b) créditos adicionais não estão sujeitos à classificação de despesa exigida para os créditos
iniciais da LOA;
c) créditos adicionais, em casos expressamente previstos, podem ser reabertos no exercício
seguinte;
d) créditos orçamentários iniciais estão sujeitos a um menor controle do Poder Legislativo;
e) despesas abertas via créditos adicionais estão sujeitas a restrições para inscrição em
restos a pagar.

O princípio da anualidade é aquele que diz que o orçamento deve ser elaborado e autorizado
para um período determinado, usualmente um ano, e a reabertura dos créditos especiais e
extraordinários no exercício seguinte representa uma exceção ao princípio da anualidade.
Confira na CF/1988:

Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em


que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

a) Errada. Na verdade, os créditos adicionais podem aumentar (ou incluir) dotações dos
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos.
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b) Errada. Na verdade, estão sujeitos. Confira no MCASP:

Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas,
projetos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao
princípio da especificação.

d) Errada. Na verdade, todos estão sujeitos ao controle do Poder Legislativo.


e) Errada. Na verdade, todos os gastos estão sujeitos às mesmas restrições inerentes à
inscrição em restos a pagar. Confira na LRF:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

Letra c.

061. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Conforme disposições constitucionais, as emendas


parlamentares individuais apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual (PLOA) serão
aprovadas em termos de percentual da receita corrente líquida (RCL), de acordo com a
seguinte configuração:
a) 1,0% da RCL arrecadada no exercício anterior, sendo 50% destinada a ações e serviços
públicos de saúde;
b) 1,2% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
c) 1,2% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde;
d) 2,0% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
e) 2,0% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde.

Percentuais alterados pela EC 126/2022. Confira na CF/1988:

Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento
do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.

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§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores.

Letra e.

062. (FGV/SEFAZ-AM/ASSSITENTE/2022) De acordo com a Constituição Federal de 1988, as


emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modificam somente
podem ser aprovadas nos casos apresentados a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) Quando se relacionam com o serviço da dívida.
b) Quando se relacionam com os dispositivos do texto do projeto de lei.
c) Quando se relacionam com a correção de erros ou omissões.
d) Quando são compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
e) Quando indicam os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesas, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos, serviço
da dívida e transferências tributárias constitucionais para os Estados, os Municípios e o
Distrito Federal.

Vamos relacionar os dispositivos da CF/1988 às alternativas que estão corretas, ou seja,


às que não são exceção:

Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; (LETRA D)
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
(LETRA E)
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou (LETRA C)
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. (LETRA B)

Note que as que incidem sobre o serviço da dívida são excluídas.


Letra a.

063. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) O ciclo orçamentário compreende o período em


que as atividades típicas do Orçamento Público são processadas.

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Sobre a fase de avaliação, assinale a afirmativa correta.


a) Verifica a conformidade e propõe ações corretivas, com foco retrospectivo.
b) Realiza estudos onde são definidas prioridades e fixados objetivos com foco retrospectivo.
c) Analisa a conveniência, oportunidade e necessidade da execução das despesas autorizadas,
com foco prospectivo.
d) Estima recursos financeiros necessários à realização das políticas públicas inseridas no
orçamento sob a ótima de programas, com foco prospectivo.
e) Visa ao aperfeiçoamento da gestão e avalia os resultados, com foco prospectivo.

A alternativa E é que se refere à etapa da avaliação. Confira a definição nas palavras de


Augustinho Paludo (2013):

Há diferença entre controle e avaliação: o controle consiste na verificação da conformidade,


propõe ações corretivas e tem foco retrospectivo. A avaliação visa ao aperfeiçoamento da
gestão, avalia resultados e tem foco prospectivo.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Refere-se ao controle.
b) Errada. Refere-se à elaboração.
c) Errada. Na verdade, a maior parte dos gastos é vinculada/obrigatória.
d) Errada. Refere-se à elaboração.
Letra e.

064. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Em relação ao Ciclo Orçamentário, a fase em que são


realizados estudos preliminares, definidas prioridades, fixados os objetivos e estimados os
recursos financeiros necessários à realização das políticas públicas inseridas no orçamento,
sob a forma de programa, é denominada
a) pesquisa.
b) fixação.
c) elaboração.
d) aprovação.
e) execução.

Trata-se da elaboração do orçamento, que, em conformidade com o disposto na LDO, compreende


a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos recursos
humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização.
Letra c.

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065. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Relacione os tipos de créditos adicionais listados


a seguir a suas respectivas explicações.
1. Suplementares
2. Especiais
3. Extraordinários

( ) Destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina


ou calamidade pública.
( ) Destinados a despesas para as quais não há dotação orçamentária específica.
( ) Destinados a reforço de dotação orçamentária.

Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.


a) 1 – 2 – 3.
b) 2 – 1 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 3 – 2 – 1.

Resposta na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública.

Letra e.

066. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE/2022) Representam autorizações de despesa não computadas


ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento, cuja abertura depende de indicação
prévia da fonte de recursos, os créditos
a) ordinários, apenas.
b) adicionais extraordinários, apenas.
c) ordinários e especiais, apenas.
d) adicionais suplementares e especiais, apenas.
e) adicionais suplementares e extraordinários, apenas.

Os créditos suplementares e especiais dependem da existência de recursos disponíveis


para ocorrer a despesa. Confira na Lei n. 4.320/1964:

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Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

No caso dos créditos extraordinários, levando em consideração a sua urgência, essa exigência
não se aplica.
Letra d.

067. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Além de apresentar informações sobre a posição


patrimonial e financeira e sobre o desempenho das entidades, as demonstrações contábeis
também podem fornecer informações úteis para o processo de planejamento e execução
do orçamento, tanto por determinação legal quanto por decisões de gestão.
A apuração do superávit financeiro que pode servir como fonte de recursos para suplementar
dotações orçamentárias deve ter por base o(a):
a) balanço financeiro;
b) balanço orçamentário;
c) balanço patrimonial;
d) demonstração das variações patrimoniais;
e) demonstração dos fluxos de caixa.

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;

Letra c.

068. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) A abertura de créditos adicionais (suplementares, especiais


e extraordinários) no orçamento tem regras específicas, conforme o tipo de despesa para
a qual se deseja autorização.
No caso de necessidade de abertura de um crédito especial, uma regra a ser observada é que:
a) não pode ser aberto nos últimos quatro meses do exercício;
b) deve ser destinado a despesas sem dotação orçamentária específica;
c) não há possibilidade de prorrogação da sua vigência para o exercício seguinte ao da
abertura;
d) deve ser custeado com recursos oriundos de anulação de dotações;
e) necessita de autorização prévia na lei orçamentária anual para a sua abertura.

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O enunciado se refere aos créditos especiais, cuja principal característica é descrita na


alternativa B. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, os créditos especiais podem ser abertos em qualquer período do
exercício financeiro e, caso sejam abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro,
podem ser reabertos no exercício seguinte no limite dos saldos não utilizados.
c) Errada. Na verdade, os créditos especiais podem ser abertos em qualquer período do
exercício financeiro e, caso sejam abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro,
podem ser reabertos no exercício seguinte no limite dos saldos não utilizados.
d) Errada. Somente os créditos suplementares e especiais dependem da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa.
e) Errada. Embora os créditos especiais necessitem de autorização legislativa, essa autorização
não pode constar da própria LOA, visto que, na LOA, em respeito ao princípio da exclusividade
e às suas exceções, somente pode constar autorização para a abertura de crédito suplementar.
Confira na CF/1988:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.

Letra b.

069. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) Considere as informações do Quadro IV a seguir, com


valores expressos em milhares de reais, apuradas ao final do primeiro quadrimestre do
exercício de 20x2, relativos a um determinado ente público.
Quadro IV

Descrição Valor

Créditos adicionais transferidos para 20x2 2.760,00

Créditos extraordinários abertos em 20x2 960,00

Operações de crédito vinculadas aos créditos transferidos 1.000,00

Recursos de anulação parcial de dotações do orçamento de 20x2 630,00

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Descrição Valor

Recursos de excesso de arrecadação em 20x2 750,00

Saldo do Ativo Financeiro 20x1 9.670,00

Saldo do Ativo Permanente 20x1 21.350,00

Saldo do Passivo Financeiro 20x1 3.840,00

Saldo do Passivo Permanente 20x1 8.190,00

Após a apuração dessas informações, o contador do ente foi solicitado a informar o valor do
superávit financeiro utilizável como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais.
O contador indicou, corretamente, o valor de:
a) 3.110,00;
b) 4.070,00;
c) 4.490,00;
d) 4.820,00;
e) 5.830,00.

O superávit financeiro é a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,


conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
crédito a eles vinculadas. Então, vamos somar os itens para calcular o superávit financeiro
no balanço patrimonial do exercício anterior.
Saldo do ativo financeiro 20 x 1 = +9.670
Saldo do passivo financeiro 20 x 1 = −3.840
Créditos adicionais transferidos para 20 x 2 = −2.760
Operações de crédito vinculadas aos créditos transferidos = +1.000
Total = 4.070,00
Letra b.

070. (FGV/TJ-TO/CONTADOR-DISTRIBUIDOR/2022) No mês de novembro de um dado


exercício, ao elaborar um parecer quanto a uma emenda parlamentar apresentada ao
projeto de Lei Orçamentária Anual, um analista de orçamento recomendou a rejeição da
emenda por falta de conformidade com os requisitos constitucionais.
Um item que justifica o parecer do analista de orçamento é que a emenda:
a) se relacionava com a correção de erros;
b) se destinava a despesa de baixa relevância social;
c) indicava como fonte de recursos a contratação de operação de crédito;
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d) indicava como fonte de recursos a anulação de investimentos em infraestrutura;


e) era destinada a um ente federativo diverso do domicílio eleitoral do parlamentar.

Vamos ver como a CF/1988 trata o tema:

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I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Note, portanto, que o analista poderia justificar a rejeição da emenda com base nessa
justificativa, tendo em vista a contratação de operação de crédito não ser uma origem de
recurso admitida em nossa CF/1988. Perceba, ainda, que as demais alternativas apresentam
origens constitucionalmente previstas.
Letra c.

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REFERÊNCIAS

GIACOMONI, James. Orçamento Público. São Paulo: Atlas, 2021.

GIAMBIAGI, Fábio; ALÉM, Ana Cláudia Duarte de. Finanças Públicas. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.

HARADA, Kyoshi. Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Atlas, 2018.

LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. São Paulo: Juspodium, 2020.

MARINHO, Alexandre; FAÇANHA, Luiz Otávio. Programas sociais: efetividade, eficiência e


eficácia como dimensões operacionais da avaliação. [s.l.]: IPEA, 2001.

PACELLI, Giovanni. Administração Financeira e Orçamentária. 2. ed. São Paulo:


Juspodivm, 2019.

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SANCHES, Osvaldo Maldonado. O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição


de 1988. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 4, pp. 54-76, out.
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