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ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA E
ORÇAMENTO PÚBLICO
Ciclo Orçamentário e Créditos
Adicionais
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
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CÓDIGO:
230424469996
MANUEL PIÑON
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Conceitos Introdutórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Ciclo PDCA no Processo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.5. Planejamento/Elaboração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.6. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.7. A Execução do Orçamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.8. Avaliação e Controle. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.9. Prazos do Ciclo Orçamentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2. Créditos Adicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.1. Créditos Suplementares e Especiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
2.2. Créditos Extraordinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
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ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é avançar mais acerca do estudo do orçamento público,
detalhando alguns assuntos e conhecendo um pouco mais sobre o ciclo orçamentário e
os créditos orçamentários adicionais.
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon
1. CICLO ORÇAMENTÁRIO
ELABORAÇÃO
EXECUÇÃO
Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível
e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação,
execução, controle e avaliação, no que diz respeito à programação de gastos do setor público
do ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.
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Manuel Piñon
Lei de Diretrizes
Plano Plurianual (PPA)
Orçamentárias (LDO)
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Ações Elaboração e
corretivas Aprovação
Act Plan
Check Do
Controle
de Avaliação Execução
Ações Elaboração
corretivas e Aprovação
Controle
Execução
e Avaliação
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Elaboração Aprovação
Avaliação Execução
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon
Avaliação Elaboração
Execução Aprovação
Discussão, votação
Execução
e aprovação dessas leis
orçamentária
(PPA, LDO e LOA)
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Manuel Piñon
Na verdade, NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase tem um responsável próprio,
uma finalidade diversa e uma periodicidade que precisa ser atendida.
Errado.
De acordo com a teoria defendida pelo doutrinador Sanches (1993), que não pode ser
considerada como doutrina majoritária, mas que pode ser cobrada em sua prova, o ciclo
orçamentário ampliado se desdobra em oito fases, quais sejam:
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
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Ciclo/processo orçamentário
Discussão, Avaliação e
Elaboração votação Execução controle
e aprovação
1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação
do PPA
4 - Discussão, 8 - Avaliação
3- votação e 7 - Execução e controle
Elaboração aprovação orçamentária da execução
da LDO da LDO orçamentária
5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação
da LOA
004. (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo
próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Piñon
Embora no texto da CF não esteja escrito literalmente que o ciclo orçamentário seja
desdobrado em oito fases, parte da DOUTRINA, com base no texto da CF, organizou o ciclo
orçamentário ampliado em oito fases. Assim, o entendimento do CESPE nessa questão foi
de que a divisão do ciclo orçamentário em oito fases não contraria a CF.
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são
incorporadas, desdobrando-se em oito fases, quais sejam:
1 – formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;
7 – execução dos orçamentos aprovados;
8 – avaliação da execução e julgamento das contas.
Certo.
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Do Exercício Financeiro
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Guarde, portanto, que, enquanto o exercício financeiro atualmente no Brasil coincide com
o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano,
o ciclo orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior, com as etapas de
elaboração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da
Lei de Orçamento, e somente se encerra nos exercícios seguintes, com a sua avaliação e o
seu controle.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra
em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no
exercício/ano anterior.
Errado.
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Na verdade, quando aprova a LOA, o Congresso Nacional emite uma autorização ao Poder
Executivo para que este gaste o dinheiro necessário à manutenção dos serviços públicos
ao longo do exercício financeiro, QUE COINCIDE com o ano civil.
Errado.
Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais acerca de cada uma dessas etapas do
ciclo orçamentário.
1.5. PLANEJAMENTO/ELABORAÇÃO
A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais (PPA) que
estabelecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) da
administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as
relativas aos programas de duração continuada.
O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território
nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com
base nas leis orçamentárias anuais.
Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais resulte
um aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço, como
a construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes – no nosso exemplo, o custo
de manutenção da nova estrada.
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Essa competência é exclusiva do chefe do Poder Executivo, função essa exercida pelo
Presidente da República (ou governadores e prefeitos). Tenha em mente que a iniciativa é
sempre do Poder Executivo.
De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo,
a proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo,
nos prazos estabelecidos nas Constituições federal e estaduais e nas leis orgânicas dos
municípios, será composta de:
1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,
restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da
política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente
no tocante ao orçamento de capital.
Importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação
oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os
projetos do PPA, da LDO e da LOA.
2) Projeto de Lei de Orçamento – PLOA.
3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas
e para fins de comparação.
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Nesse sentido, a LRF reforçou essa autonomia administrativa e financeira dos poderes
ao determinar que o Poder Executivo de cada ente coloque à disposição dos demais Poderes
e do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de
suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício
subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Entretanto, se tais Poderes/órgãos não encaminharem as respectivas propostas
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LDO.
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A CF/1988 não traz nenhuma diretriz em termos de orientação do que deve ser
feito para o caso em que o Poder Legislativo não receba a proposta orçamentária no
prazo fixado. Assim, socorremo-nos à velha Lei n. 4.320/1964, que apresenta orientação
nesse sentido:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
JURISPRUDÊNCIA
Registre-se que o Pleno do STF, por meio da ADPF 307, determinou a suspensão do
trâmite legislativo do PLOA justamente por ausência de consolidação da proposta
da Defensoria Pública Estadual nos termos em que fora encaminhada, mesmo em
consonância com a LDO.
DICA
Não confunda Emenda Constitucional (EC) com Emenda ou
Emenda Parlamentar. A EC é uma alteração da Constituição
Federal (CF), enquanto Emenda ou Emenda Parlamentar, aqui
em nossa matéria, é uma modificação nas Leis Orçamentárias.
As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser
compatíveis com a LDO e com o PPA, podem objetivar o acréscimo de dotação orçamentária
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inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova despesa, bem como a redução
ou supressão de dotação proposta.
Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessidade
de indicação de recursos para atender à emenda. Contudo, nos casos em que o parlamentar
deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa ou criar despesa
nova, a Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que
devem ser indicados os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos
apenas os provenientes de anulação de outra despesa e excluídas as que incidam sobre
dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias
constitucionais.
De acordo com a nossa CF/1988 (artigo 166, § 8º), existe possibilidade de rejeição, ou
seja, de não aceitação do projeto de LOA pelo Poder Legislativo.
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Embora muitas vezes tenhamos uma certa antipatia ou insatisfação com a atuação
dos representantes do povo, as famosas “emendas parlamentares” têm por objetivo, em
tese, servir para aperfeiçoar o que o Poder Executivo propôs, por meio dos instrumentos
de planejamento e orçamento, e têm o poder de influenciar no que tange à alocação do
dinheiro público.
As emendas parlamentares devem ser apresentadas na comissão mista, que deve emitir
um parecer sobre elas, para depois serem apreciadas no plenário das duas casas do
Congresso Nacional (CN).
Embora o parlamentar possa apresentar emendas ao projeto de LOA, para que elas sejam
aprovadas pelo CN, existem diversas restrições que precisam ser atendidas, como aquelas do
artigo 63 da nossa CF/1988, que nos diz que não pode haver aumento da despesa prevista
nos projetos apresentados pelo Poder Executivo, não podendo, também, as emendas
apresentadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO. Além disso, temos as restrições
impostas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.
Errado.
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Na verdade, a assertiva está errada, já que uma emenda ao projeto da LOA ou a um projeto
que o modifique somente pode ser aprovada se respeitadas as seguintes condições:
1) seja compatível com o PPA e com a LDO;
2) indique os recursos necessários. Lembrando que são admitidos apenas os provenientes
de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para estados, municípios e Distrito Federal; ou
3) seja relacionada:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (a famosa emenda de redação, já que seu
intuito é melhorar o texto).
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos concluir que, além de apresentar na Comissão Mista
de Orçamentos e de não anular despesas apontadas, ainda precisa existir compatibilidade
com o PPA e com a LDO.
Errado.
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DICA
Nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não
seja interrompida sem a aprovação da LDO. Assim, não
haverá recesso parlamentar se a LDO não for aprovada.
Entretanto, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA,
pode haver esse recesso mesmo com a LOA ou PPA ainda
pendente de aprovação.
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Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo que aprova o quadro
de cotas trimestrais logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados.
Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que
cada unidade orçamentária fica autorizada a gastar.
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Certo.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária,
ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de
desembolso ocorra no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o artigo 8º da LRF,
com grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Ainda, nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade
específica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda
que em exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso.
Mentalize recurso vinculado como sendo aquele que possui destinação obrigatória a
determinada despesa e, assim, a LRF dispõe que, se é recurso vinculado, continuará vinculado,
mesmo em exercício financeiro diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível
operacional, os subprojetos e as subatividades constantes da Lei Orçamentária
Anual, especificando as unidades orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades
dos orçamentos fiscal e da seguridade social, bem como especificando, para cada
categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e a
modalidade de aplicação.
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DICA
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a
utilização das dotações dos créditos consignados na LOA,
enquanto a execução financeira é a utilização de recursos
financeiros.
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Volto a destacar que, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível
operacional, os subprojetos e as subatividades constantes da LOA, especificando as
unidades orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, bem como especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a
categoria econômica, o grupo de despesa e a modalidade de aplicação. É o ponto de partida
para a execução orçamentária.
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DICA
Subsiste a obrigação de o parlamentar destinar metade
dos recursos das emendas individuais a ações e serviços
públicos de saúde.
Vale ressaltar que tais Emendas Constitucionais são estudadas com mais detalhes em
aula específica no tópico orçamento autorizativo x orçamento impositivo.
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Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
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Utilizar
Capacidade de Transforma a
produtivamente os
atingir objetivos situação existente
recursos
Mudança e
Custo-benefício Cumpre metas
desenvolvimento
Relação entre a
Mínimo de perdas Realiza o que foi
produção e a
e/ou desperdícios proposto
capacidade de produção
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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
DICA
Legalidade = observância dos requisitos normativos.
Legitimidade = eficiência do gasto.
Economicidade = custo x benefício.
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A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa está acordo
com as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na LRF.
A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e liberação
de verbas.
Vale destacar que, na fiscalização financeira, temos a verificação da entrada e da
saída de dinheiro, enquanto na fiscalização orçamentária se fiscaliza a correta execução
do orçamento.
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Pelo controle interno é quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo,
especialmente pela Controladoria-Geral da União (CGU), e, ainda, cada Ministério possui
um assessor de controle interno, vinculado tecnicamente à CGU.
O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74 da CF/1988 e consiste
em um sistema integrado de fiscalização dos três Poderes, com o objetivo de apoiar o
controle externo em sua missão institucional.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena
de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
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a) o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
b) a legalidade e resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos gastos públicos realizados
por órgãos e entidades federais e também referentes à aplicação de recursos provenientes de
subvenções; e
c) o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e garantias, além de
direitos e deveres da União.
Assertiva de acordo com o artigo 74 da Constituição Federal, que trata do controle interno.
Confira, com grifos nossos:
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Certo.
Pelo controle externo é o que, em nível federal, é exercido pelo Poder Legislativo, com
o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU).
Registre-se que, nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é
exercido de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.
Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do TCE
(regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São Paulo – TCM–SP –, e Rio de Janeiro
– TCM–RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos Municípios, no caso da Bahia
(TCM–BA), do Pará (TCM–PA) e de Goiás (TCM–GO).
Dessa mesma forma, no DF o controle externo é exercido pela Câmara Legislativa com
o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).
Confira na diretamente na CF/1988:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores
que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
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IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário;
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as
medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.
Controle
Institucional
Controle Externo Controle Interno
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A assertiva está errada, pois a CGU é um órgão de controle interno, sendo o controle externo
atribuição do Congresso Nacional com o auxílio do TCU.
Errado.
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no
prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará
ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
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Vamos agora conhecer um pouco mais sobre o TCU no artigo 73 da nossa CF/1988:
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber,
as atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam
os seguintes requisitos:
I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II – idoneidade moral e reputação ilibada;
III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II – dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-
lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal
Regional Federal.
Perceba que o TCU, mesmo sendo um órgão que auxilia o Congresso Nacional no controle
externo, possui atribuições constitucionais próprias, as quais não dependem de autorização
ou necessariamente de provocação do Poder Legislativo.
DICA
Fique atento ao fato de que compete ao TCU apreciar (e
não julgar) as contas prestadas anualmente pelo presidente
da República, mediante parecer prévio (inciso I).
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Importante chamar a sua atenção, também, ao fato de que, no caso de contrato, o ato
de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional (CN), que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Todavia, se o CN ou o Poder Executivo,
no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito.
Devemos guardar, também, que as decisões do TCU de que resultarem imputação de
débito ou multa têm eficácia de título executivo extrajudicial, e, assim, a dívida passa
a ser líquida e certa.
Importante registrar que, de acordo com o artigo 75 da nossa CF/1988, as normas
estabelecidas em sua seção IX, “DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”,
aplicam-se no que couber à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos
Municípios. Confira:
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição
e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais
e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.
Alguns autores classificam o controle social como controle privado ou popular, sendo
efetivado por meio de denúncias ao TCU, como determina o artigo 74 da CF/1988 em
seu parágrafo 2º.
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Nessa linha, temos ainda o artigo 73–A da LRF, introduzido pela LC n. 131/2009, que
determinou ser qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato parte legítima
para apresentar denúncia junto ao respectivo Tribunal de Contas (não só ao TCU) e ao órgão
competente do Ministério Público.
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O ciclo orçamentário foi afetado pela EC n. 95/2016, que instituiu o NOVO REGIME FISCAL
que é estudado em tópico específico de aula posterior. Por enquanto, guarde apenas que,
após a sua entrada em vigor, durante a elaboração da LOA, na mensagem presidencial,
devem ser demonstrados os valores máximos de programação compatíveis com os
limites individualizados. Além disso, na execução da LOA, fica vedada a abertura de
crédito suplementar ou especial que amplie o montante total autorizado de despesas
primárias que, na LOA, sujeitas aos limites individuais, não podem exceder os valores
máximos constantes da mensagem presidencial.
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§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do Plano Plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
Ciclo orçamentário
PPA (gestão atual)
PPA Grandes objetivos e
(gestão passada) metas do governo
Fim de
Início de MANDATO
1º ano 2º ano 3º ano
MANDATO 4º ano
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Guarde que o prazo para a submissão da proposta orçamentária ao Legislativo foi definido
pelo artigo 35 do ADCT da CF/1988. Confira:
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
Assim, a proposta orçamentária deve ser submetida ao Legislativo até quatro meses antes
do encerramento do exercício, que é dia 31/08.
Letra c.
Na verdade, a LOA, ainda na forma de projeto de lei, deve ser encaminhada ao Congresso
Nacional até 31/08 e deve ser devolvida ao Poder Executivo até o fim da respectiva sessão
legislativa.
Errado.
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EXEMPLO
Veja a seguir, a título de exemplo, os prazos do Estado de Minas Gerais:
Vele reforçar ainda, no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, que caso o
Congresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao
CN apreciar novamente o orçamento em vigência e já em execução como se fosse uma
nova proposta orçamentária.
Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda têm uma regulação provisória via ADCT,
em função da necessidade ainda não satisfeita de se editar uma Lei Complementar
específica para regular, entre outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em
matéria orçamentária, a possibilidade de termos algumas incongruências.
Repare que, no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo, a LDO para o ano
seguinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro semestre, ou
seja, antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não havendo nesse primeiro
ano de envio e segundo de execução a integração com o PPA.
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Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse ano, com o PPA sendo
enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja aprovada
no prazo correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do mandato
presidencial possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.
2. CRÉDITOS ADICIONAIS
Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.
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Especiais
Créditos
Extraordinários
Adicionais
Suplementares
Orçamento
Orçamento
No que diz respeito ainda às emendas, à LOA e aos créditos adicionais, é importante deixar
registrado que precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.
Colega, já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto
pela administração pública em cada dotação. Entretanto, podem ocorrer omissões de
ações necessárias, falhas na previsão de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças
de prioridades, ou mesmo arrecadação superior à prevista, que requeiram do governo
ações rápidas, tanto para adequar a fixação da despesa a ações e valores que permitam a
consecução dos objetivos e metas almejados quanto para dar destino às receitas públicas
cuja arrecadação supere a previsão inicial.
Então, guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da Lei
Orçamentária Anual são feitas por meio dos créditos adicionais.
Em outras palavras, são créditos adicionais as despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
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Créditos adicionais
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Atente ao fato de que é apenas nos créditos extraordinários e especiais que se cria um
programa de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo subtítulo
de uma ação já existente. Confira diretamente no MTO, com grifos nossos:
Certo.
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Em verdade, o único crédito adicional que pode estar autorizado na LOA é o crédito
suplementar, constituindo-se, assim, em verdadeira exceção ao princípio da exclusividade.
Certo.
De modo distinto, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
Créditos Especiais
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DICA
A reserva de contingência é fonte para abertura de créditos
adicionais, de acordo com o artigo 8º da portaria STN/SOF
163/2001.
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Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido
como a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,
os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das diferenças
acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a
tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso
de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
Poder Executivo realizá-las.
Certo.
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Exercício 1 Exercício 2
Autorizado Término
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Na verdade, os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica. Já para as despesas urgentes e imprevisíveis, deve
ser usado o crédito adicional extraordinário.
Errado.
Créditos Extraordinários
Créditos Extraordinários
Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que,
no caso das imprevistas, elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA,
mas não estão, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção
interna ou de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos, de modo
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que suas respectivas despesas possam constar na LOA, como foi o caso do Coronavírus
para o orçamento de 2020.
A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender
às despesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua
indicação prévia, como os demais créditos orçamentários.
Sim, já que os créditos extraordinários são utilizados para despesas imprevistas e urgentes.
Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
(...)
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Certo.
DICA
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários,
por meio de medidas provisórias, somente deve ser usada
nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.
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O que acontece e gera essa confusão é que, na Lei n. 4.320/1964, fala-se que os “créditos
extraordinários devem ser abertos por decreto do Executivo, que deles dará conhecimento
ao Poder Legislativo”, diferentemente dos créditos suplementares e especiais, que são
autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo.
Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais
vícios da respectiva medida provisória.
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Na verdade, são os créditos extraordinários que são abertos para despesas não previstas
decorrentes de calamidade pública, enquanto os créditos especiais servem novas despesas.
Errado.
- Reforço de dotação
Suplementares - Autorização legislativa
- Indicar fonte de recursos.
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JURISPRUDÊNCIA
O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção
interna” e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências
imprevisíveis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas
urgentes e extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar
que despesas correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela
urgência não justificam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos
preceitos constitucionais.
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RESUMO
Começa no ano anterior,
com as fases de
planejamento, elaboração,
Tem duração maior discussão e aprovação.
do que um ano
(um exercício financeiro).
Só termina depois do fim do
exercício financeiro em que é
executado, com a sua
CICLO ORÇAMENTÁRIO
avaliação e controle.
Resumido X Ampliado
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Ciclo/processo orçamentário
Discussão, Avaliação e
Elaboração votação Execução controle
e aprovação
1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação
do PPA
4 - Discussão, 8 - Avaliação
3- votação e 7 - Execução e controle
Elaboração aprovação orçamentária da execução
da LDO da LDO orçamentária
5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação
da LOA
Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração,
discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executado,
com a sua avaliação e controle.
Último ano do
PPA 4 anos
PPA anterior
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Sistema de Secretarias
Poder
de Controle CNJ e Tribunais
Judiciário Cont. Interno Interno
Sistema de Secretarias
Poder Câmara, Senado
de Controle
Legislativo Cont. Interno Interno
e TCU
Espero que você tenha gostado dessa aula e que me dê cinco estrelas na avaliação. Se
não gostou, registre onde podemos melhorar.
Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.
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MAPA MENTAL
CICLO ORÇAMENTÁRIO
Planejamento e elaboração
Contínuo Conceito Discussão e aprovação
Processo
Dinâmico Resumido
Execução
Flexível
Avaliação e Controle
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CICLO ORÇAMENTÁRIO
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CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
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004. (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo
próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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desabrigadas. Nesse cenário, o Poder Executivo Municipal, para fazer frente às despesas
decorrentes dessa situação, poderá abrir
a) créditos especiais, independentemente da existência de recursos disponíveis para correr
a despesa, desde que exponha as justificativas.
b) créditos suplementares, condicionados à existência de autorização legislativa.
c) por meio de decreto, créditos extraordinários para fazer frente às despesas, devendo
dar imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
d) por meio de lei, crédito especial, condicionado à existência de recursos disponíveis para
fazer frente à despesa.
e) créditos extraordinários, desde que existam recursos disponíveis para ocorrer a despesa
e que exista prévia exposição de justificativa.
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Quadro IV
Descrição Valor
Créditos adicionais transferidos para 20x2 2.760,00
Créditos extraordinários abertos em 20x2 960,00
Operações de crédito vinculadas aos créditos transferidos 1.000,00
Recursos de anulação parcial de dotações do orçamento de 20x2 630,00
Recursos de excesso de arrecadação em 20x2 750,00
Saldo do Ativo Financeiro 20x1 9.670,00
Saldo do Ativo Permanente 20x1 21.350,00
Saldo do Passivo Financeiro 20x1 3.840,00
Saldo do Passivo Permanente 20x1 8.190,00
Após a apuração dessas informações, o contador do ente foi solicitado a informar o valor do
superávit financeiro utilizável como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais.
O contador indicou, corretamente, o valor de:
a) 3.110,00;
b) 4.070,00;
c) 4.490,00;
d) 4.820,00;
e) 5.830,00.
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GABARITO
1. E 35. b 69. b
2. C 36. b 70. c
3. E 37. d
4. C 38. b
5. E 39. a
6. E 40. b
7. E 41. e
8. E 42. d
9. E 43. c
10. C 44. e
11. C 45. a
12. E 46. c
13. c 47. d
14. E 48. d
15. C 49. c
16. C 50. b
17. C 51. d
18. C 52. e
19. C 53. c
20. E 54. b
21. C 55. d
22. E 56. c
23. E 57. c
24. d 58. b
25. e 59. c
26. b 60. c
27. d 61. e
28. b 62. a
29. d 63. e
30. c 64. c
31. c 65. e
32. e 66. d
33. d 67. c
34. d 68. b
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GABARITO COMENTADO
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Art. 43, § 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e
o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
operações de credito a eles vinculadas.
Letra e.
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Letra b.
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Confira:
Letra d.
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Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Letra b.
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Letra c.
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Como temos uma situação de calamidade pública, deve ser aberto um crédito extraordinário,
por meio de decreto do Executivo, e deve ser dado imediato conhecimento ao Poder
Legislativo. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Letra c.
A reserva de contingência é uma despesa orçamentária que, caso seja utilizada como
fonte para abertura de crédito adicional, deve ser reclassificada, não havendo alteração
do montante da despesa definida na LOA.
Letra e.
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Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.
Letra d.
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d) Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela
fixados, o Poder Legislativo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
e) Não serão admitidas emendas ao projeto de Lei de Orçamento que vise conceder dotação
superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Executivo para
concessão de auxílios e subvenções.
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta;
Como não há dotação específica para atender a determinadas despesas, é caso de se abrir
um crédito adicional especial.
Letra b.
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Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar
a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento
da Lei de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido
nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio
do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Letra d.
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Letra b.
Podemos responder essa questão com base no artigo 41 da Lei n. 4.320/1964, que conceitua
os três tipos de créditos adicionais. Confira:
Letra a.
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Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem
prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante
e subsequente.
Letra b.
Essa questão deve ser resolvida de acordo com o disposto no artigo 33 da Lei n. 4.320/1964.
Confira:
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.
a) Errada. Repare que, se o serviço já tiver sido criado, pode-se conceder à correspondente
dotação.
b) Errada. Embora a regra geral seja a de que não seja permitida a alteração da dotação
solicitada para as despesas de custeio, existe uma exceção: a situação que restar comprovada
a inexatidão da proposta. Mas o examinador foi em direção distinta, contrariando justamente
a exceção prevista na Lei n. 4.320/1964.
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O nosso orçamento público é considerado semirrígido, ou seja, ele pode ser alterado desde
que respeitando uma série de regramentos constitucionais e legais, como o inciso VI do
artigo 167 da CF/1988 e os artigos 40 a 46 da Lei n. 4.320/1964. Nessa pegada, a abertura
de créditos adicionais possibilita a alteração do orçamento.
Letra e.
A CF/1988 não faz menção específica a um controle integrado, mas deixa claro que deve
haver forte relação entre os controles interno e externo, no sentido de garantir o eficaz
cumprimento do planejado. O embasamento desse entendimento está na conjugação dos
artigos 70, 71 e 74 da CF/88.
Letra a.
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Para responder essa questão, vamos ver o artigo 44 da Lei n. 4.320/1964. Confira:
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Letra c.
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do presidente da República
(inciso XXIII do art. 84 da CF).
Letra d.
Podemos responder essa questão com base nos artigos 40 e 41 da Lei n. 4.320/1964:
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TÍTULO V
Dos Créditos Adicionais
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
Letra d.
Podemos responder essa questão com base no inciso I do artigo 41 da Lei n. 4.320/1964:
Letra c.
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d) execução.
e) aprovação.
Confira o inciso III do artigo 41 da Lei n. 4.320/1964 que conceitua os créditos extraordinários:
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Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Letra e.
Letra b.
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prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de
acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Letra d.
Essa emenda deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, devendo respeitar as imposições do
§ 3º do art. 166 da CF/1988:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
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b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
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Confira na CF/1988:
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
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Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para
tal finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
d) Errada. Não podem ter alocação no ano seguinte por ser um crédito suplementar.
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e) Errada. A questão não deixou claro se era ou não o último ano de mandato, mas é vedado
contrair despesa nos dois últimos quadrimestres do mandato, sem que exista disponibilidade
financeira. Confira na LRF:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Letra c.
O princípio da anualidade é aquele que diz que o orçamento deve ser elaborado e autorizado
para um período determinado, usualmente um ano, e a reabertura dos créditos especiais e
extraordinários no exercício seguinte representa uma exceção ao princípio da anualidade.
Confira na CF/1988:
a) Errada. Na verdade, os créditos adicionais podem aumentar (ou incluir) dotações dos
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos.
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Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, subfunções, programas,
projetos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao
princípio da especificação.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Letra c.
Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento
do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
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§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores.
Letra e.
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; (LETRA D)
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
(LETRA E)
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou (LETRA C)
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. (LETRA B)
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Letra e.
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Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
No caso dos créditos extraordinários, levando em consideração a sua urgência, essa exigência
não se aplica.
Letra d.
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
Letra c.
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Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Letra b.
Descrição Valor
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Descrição Valor
Após a apuração dessas informações, o contador do ente foi solicitado a informar o valor do
superávit financeiro utilizável como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais.
O contador indicou, corretamente, o valor de:
a) 3.110,00;
b) 4.070,00;
c) 4.490,00;
d) 4.820,00;
e) 5.830,00.
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
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excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Note, portanto, que o analista poderia justificar a rejeição da emenda com base nessa
justificativa, tendo em vista a contratação de operação de crédito não ser uma origem de
recurso admitida em nossa CF/1988. Perceba, ainda, que as demais alternativas apresentam
origens constitucionalmente previstas.
Letra c.
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REFERÊNCIAS
GIAMBIAGI, Fábio; ALÉM, Ana Cláudia Duarte de. Finanças Públicas. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. São Paulo: Juspodium, 2020.
PALUDO, Augustinho. Orçamento Público (AFO e LRF). 10. ed. São Paulo: Juspodium, 2020.
PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Método, 2019.
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