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FINANÇAS PÚBLICAS

Revisão do Terço – Parte III

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240111548376

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Revisão do Terço – Parte III
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Revisão do Terço – Parte III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Resumo das Aulas 10 a 12 – LRF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

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APRESENTAÇÃO
Olá, Gran Concurseiro(a)!
Hoje vamos fazer um resumo das aulas 10 a 12 seguido de questões comentadas que
tratam do conteúdo dessas aulas, servindo como instrumento de revisão e fixação.

Na parte final das aulas 10 a 10 foram disponibilizadas questões da CESGRANRIO e de


bancas similares. Caso você ainda não as tenha resolvido, sugiro que após a revisão da
teoria, resolva primeiro as questões da sua banca antes de resolver as questões adicionais
disponibilizadas nessa aula.

Em suma, a ideia aqui é fazer uma revisão rápida e resolver questões MAIS AVANÇADAS.
Espero que você goste desse material e que ele contribua efetivamente para a sua
aprovação.
Boa revisão!
Prof. Manuel Piñon

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REVISÃO DO TERÇO – PARTE III

RESUMO DAS AULAS 10 A 12 – LRF


De acordo com a doutrina, a LRF ter por objetivo instrumentalizar os princípios norteadores
da administração pública: legalidade, publicidade, moralidade, impessoalidade e eficiência,
a partir de um eixo de quatro premissas básicas: planejamento, transparência, controle
e responsabilização.
Ainda de acordo com a doutrina, a LRF traz uma mudança de cultura no trato da coisa
pública, mais especificamente do dinheiro púbico. Estabelece normas orientadoras das
finanças públicas no País e rígidas punições aos administradores que não mantiverem
o equilíbrio de suas contas.
A LRF regulamenta parte do artigo 163 e todo o contexto do artigo 169 da Constituição
Federal de 1988 no capítulo relativo às finanças públicas, e ainda estabelece normas
específicas de Contabilidade Pública, conforme previsão em seus artigos 50 e 51.

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Em relação à sua abrangência, a LRF obriga todos os órgãos, autarquias, fundações,


entidades de todos os entes federativos e empresas estatais dependentes (que recebem
recursos do ente para pagamento dos gastos com pessoal ou custeio), com exceção apenas
das empresas estatais independentes. Visualize:

Poder Legislativo,
incluindo Tribunal de
Contas.

Poder
Judiciário.
Alcance Administração
da LRF direta.
Ministério
Público.

Fundações.
Poder
Executivo.

Autarquias.

Empresas estatais
dependentes.

Os principais princípios inerentes à LRF são o Equilíbrio entre despesas e receitas, a


Responsabilidade fiscal, a Limitação de empenho (sendo necessário avaliar bimestralmente
a arrecadação e impedir a realização de despesas caso a arrecadação for menor que o
previsto), Antecipação, Transparência e a Exatidão (as previsões de receitas devem ser
calculadas com base em métodos científicos e próximas da realidade).

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1- Planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias.

2- Prestação de contas e o respectivo parecer prévio.


Instrumentos de
Transparência (LRF)
3- Relatório resumido da execução orçamentária.

4- Relatório de Gestão Fiscal.

Quadro 1: Princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal

Princípios Descrição
Visa gerar um processo capaz de garantir, no tempo necessário, os recursos
Planejamento adequados para a execusão das ações administrativas, exigindo que haja
preventivamente, em vez de corretivamente;
É o mecanismo que tenta fazer com que a sociedade tome conhecimento das ações
Transparência governamentais, passando pelo fornecimento de informações compreensivas
ao cidadão;
Que tem nas audiências públicas (art. 48, LRF) um meio de se tornarem centros
Participação popular
de decisão, em vez de meras participações em exaustivas reuniões;
Equilíbrio Pela prevenção de déficits imoderados e reiterados;
Preservação do patrimônio impedindo a utilização de bens para financiamento de despesas correntes e
público inclusão de novos projetos sem o atendimento aos em andamento;
Limitação de despesas Pelo cumprimento dos limites de gastos (LRF, art. 54);
Controle do individamento
Na obediência a limite e condições definidas na LRF.
público

Fonte: Adaptado de CREPALDI & CREPALDI (2009)

O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:

Constituição Federal

Lei Complementar de
LRF
Finanças Públicas

PPA LDO LOA

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A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios
e formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos. Os seus dois
anexos são o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.

LDO

Incluindo despesas
Compreenderá metas de capital para o
e prioridades da APF exercício financeiro
subsequente

Orientará a
elaboração da LOA

Equilíbrio entre
Disporá sobre as
receitas e despesas Ao controle de custos
alterações na
legislação tributária
Critérios e forma de
À avaliação dos
limitação de empenho
Estabelecerá a resultados dos
política de aplicação programas financiados
das agências com recursos dos
Normas relativas
financeiras oficiais de orçamentos
fomento

Demais condições
Disporá também e exigências para As entidades
sobre: transferências de públicas e privadas
recursos

AMF

Conterá os
seguinte anexos ARF

Apenas para a União Anexo específico

Atenção aos Anexos citados na LRF:


Anexo de Metas Fiscais: avaliação do cumprimento das metas do ano anterior,
demonstrativo das metas anuais, evolução do patrimônio líquido nos últimos 3 exercícios,
avaliação da situação financeira e demonstrativo de estimativa e compensação de renúncia
de receita.
Anexo de Riscos Fiscais: são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes
de afetar as contas públicas.
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Já à LOA deve conter o Demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos


com os objetivos e metas do Anexo de Metas Fiscais, o Demonstrativo regionalizado do efeito
das renúncias de receitas, bem como medidas de compensação e a Reserva de contingência,
obtida com base na receita corrente líquida, para o atendimento a passivos contingentes
e outros riscos fiscais imprevistos.

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1 – Acompanhada de estimativa de impacto


orçamentário-financeiro no exercício em que
Cumulativos deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes; e

2 – atender à LDO

1 – Demonstrar que a renúncia foi considerada


na estimativa de receita da LOA (artigo 12) e
que não vai afetar as metas fiscais; e /ou
Renúncia de receita
Alternativos
na LRF – requisitos: 2 – estar acompanhada de medidas de
compensação, via aumento de receita (elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo ou
criação ou majoração de tributo).

Alteração de alíquotas do II, IE, IPI e IOF por ato


do Poder Executivo.
Exceções
Cancelamento de débitos pequenos, cujo valor
seja inferior ao seu custo de cobrança.

A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês


em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (portanto pode exceder
um exercício financeiro).
Após a publicação dos orçamentos, o Executivo tem 30 dias para estabelecer a programação
financeira e o cronograma de execução mensal.
Caso seja verificado ao final de um bimestre que a realização da receita não irá cumprir
as metas de resultado definidas no Anexo de Metas, os Poderes e o MP têm que fazer a
limitação de empenho nos 30 dias subsequentes. Entretanto, se, porventura, os Poderes
e o MP não fizerem tal limitação no prazo, o próprio Executivo é autorizado a limitar
tais valores.
A LRF também determinou que as renúncias de receitas devem ser acompanhadas de
estimativa do impacto financeiro no exercício e nos 2 seguintes. Além disso, deve atender
a pelo menos uma dessas condições:
1) demonstração de que tal renúncia foi considerada na estimativa de receita da LOA;
2) medidas de compensação, por meio do aumento de receita (elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração de tributos etc.).
Veja como se classificam as despesas na LRF:

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Despesas com Pessoal


DOCC
Despesas com Seguridade Social
DESPESAS CORRENTES
Destinação de recursos ao setor privado
Demais casos
Transferências voluntárias

DESPESAS NA LRF

Destinação de recursos ao setor privado


Demais Casos
DESPESAS DE CAPITAL
Transferências voluntárias

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A LRF definiu e deu grande importância à gestão da chamada Despesa de caráter


continuado, que é aquela que fixa despesas por um período superior a 2 exercícios, obrigando
que estejam acompanhadas da estimativa do impacto financeiro e do demonstrativo da
origem dos recursos para o seu custeio. Deve ser acompanhada de comprovação de que
não afetará o cumprimento das metas fiscais, devendo seus efeitos financeiros serem
compensados pelo aumento da receita nos períodos seguintes.
Agora confira os principais pontos relativos às DOCCs:

• Demonstrar origem dos recursos

Medidas que • Demonstrar que não afeta as metas fiscais

devem ser • Estimar o impacto financeiro e orçamentário

adotadas no exercício inicial e nos dois seguintes


DOCC – DESPESAS
• Adotar medidas compensatórias via aumento
OBRIGATÓRIOS DE
de receitas ou redução permanente da despesa
CARÁTER CONTINUADO
• Serviço da dívida
Exceções às
• Reajuste da remuneração de pessoal, conforme
medidas
inciso X do art. 37 da CF/1988

A “regra de ouro”, prevista na CF/1988, que visa coibir o financiamento, via operação de
crédito, de despesas correntes, era matéria orçamentária, ou seja, o limite das operações
de crédito é o montante das despesas de capital previsto na Lei Orçamentária Anual, mas
após a LRF passou a ser também matéria financeira.

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A seguir o um fluxograma resumindo o processo orçamentário e de prestação de contas


trazido pela LRF:

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Propostas dos
Poderes

Proposta
Poder PPA 1º ano do mandato, até 31/08
Poder
Executivo
anexo Legislativo
elabora, Anualmente, até 15/04 recebe,
consolida,
Proposta modifica,
sanciona, Anualmente, até 31/08
LDO aprova e
publica e
fiscaliza
controla anexo

Proposta PPA

até 17/07
LOA Aprovado

anexo LDO
Aprovada
LOA
Aprovada

PPA LDO LOA


EXECUÇÃO

Tribunal de
Programação Programação Entes da Contas
Financeira Orçamentária Federação audita e
fiscaliza

RREO RGF
(Bimestral) (Quadrimestral) Poder
Legislativo
recebe e
Divulgação delibera

Prestação de Rel. Aval. PPA


Contas (Anual) (Anual)

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Obriga todos os órgãos, autarquias, fundações,
entidades de todos os entes federativos e empre-
sas estatais dependentes, com exeção das empre-
Total das Receitas Correntes excluídas
sas estatais independentes
Abrangência algumas indicadas na LRF
RCL
Parâmetro para quase todos os cálculos
Equilíbrio
Receita
Responsabilidade Fiscal
Renúncia de Receita Deve atender requisitos da LRF
Transparência Princípios
principais
Planejamento Toda despesa deve ser acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário-
Controle
financeiro nos três primeiros exercícios de
Geração da sua vigência, da sua adequação orçamentária
Despesa e financeira com a LOA, o PPA e a LDO

A LRF estabelece os limites máximos


para a despesa total com pessoal de cada
Confirma o PPA como documento de mais LRF
poder e órgão, sendo que a verificação do
alta hierarquia no sistema de Planejamento PPA
cumprimento dos limites estabelecidos
A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor Despesa com para as despesas com pessoal será realizada
sobre equilíbrio entre receita e despesa, pessoal ao final de cada quadrimestre
Despesas
critério e formas de limitação de empenho,
condições para transferência de recursos.
Os seus 2 Anexos são o Anexo de Metas Deve ser acompanhada de medidas com-
Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais LDO pensatórias: aumento permanecente de
Planejamento
Despesa receita ou redução permanente de des-
Deve conter o Demonstrativo da
Obrigatória pesa
compatibilidade da programação dos
de caráter
orçamentos com os objetivos e metas do Despesa corrente derivada de lei,
Anexo de Metas Fiscais, o Demonstrativo medida provisória ou ato administra-
regionalizado do efeito das renúncias tivo normativo e geradora de obrigação
de receitas, bem como medidas de
compensação e a Reserva de contigência,
obtida com base na receita corrente líquida, para
o atendimento a passivos contigentes e outros
riscos fiscais imprevistos.
LOA

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DESPESAS COM PESSOAL E SEGURIDADE SOCIAL


No que concerne a aumento de despesa com pessoal, guarde que é nulo de pleno direito
o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao
final do mandato do titular do respectivo poder ou órgão.
A CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A ideia aqui também é evitar o aumento
do endividamento para gastar com despesas correntes, o que agride frontalmente a
regra de ouro.
A LRF estabelece os limites máximos para a despesa total com pessoal de cada
poder e órgão, sendo que a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para as
despesas com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre.

Distribuição dos limites de Despesas de Pessoal entre os poderes de cada ente:

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A Lei Complementar pedida pela Constituição Federal - LRF estabeleceu em seu artigo
18 o que se entende por despesa total com pessoal, compreendendo: o somatório
dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de poder,
com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e
variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
Outras despesas consideradas como indenizatórias não são consideradas espécies
remuneratórias, não entrando, dessa forma, no cálculo do percentual de despesas com
pessoal, tais como auxílio-alimentação, assistência pré-escolar e auxílio-transporte.
Os Tribunais de Contas devem alertar os poderes quando constatarem que a despesa
com pessoal chegou a 90% do limite, os montantes de dívida consolidada e mobiliária forem
superiores a 90% do limite e quando os gastos com inativos e pensionistas esteja acima
do limite definido em lei.
Vale ressaltar que se a despesa com pessoal exceder 95% dos limites estabelecidos, o
poder ou órgão NÃO PODE: dar aumento aos servidores - ressalvada a revisão anual (inflação),
criar cargo, emprego ou função, conceder hora extra, fazer alteração na estrutura que gere
aumento de despesa, dar provimento de cargo público (a não ser que haja aposentadoria
ou falecimento do servidor nas áreas de saúde, educação e segurança.
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Em relação aos estouros das despesas com pessoal, a LRF determina que deve ser
reconduzida ao limite nos próximos 2 quadrimestres, sendo de pelo menos 1/3 nos
primeiros 4 meses. No tocante à dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao
limite nos próximos 3 quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.

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No que diz respeito às despesas com a seguridade social, guarde a regra geral é que
nenhum benefício ou serviço relativo à Seguridade Social poderá ser criado, majorado
ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências
do artigo 17 da LRF que trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.

TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO


Consideram-se instrumentos de transparência, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público, de acordo com o seu artigo 48:
• Os planos, os orçamentos e a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias.
• As prestações de contas e o respectivo parecer prévio.
• RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentária e a sua versão simplificada.
• RGF - Relatório de Gestão Fiscal e a sua versão simplificada.
Atenção aos Relatórios citados na LRF:
RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentária: deve ser publicado em 30 dias
após cada bimestre. Deve conter o balanço orçamentário e o demonstrativo de execução
das receitas e despesas. Quando for o caso, são apresentadas justificativas de limitação
de empenho.
RGF - Relatório de Gestão Fiscal: deve ser emitido ao final de cada quadrimestre,
contendo comparativos com os limites estabelecidos pela LRF, indicação de medidas
corretivas (se for o caso) e demonstrativos em geral.

DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA SETOR PRIVADO


Basicamente, o artigo 26 da LRF estabelece a regra básica para toda e qualquer destinação
de recursos públicos ao setor privado: a sua autorização por lei específica. E, como requisitos
adicionais, é exigida a observância das disposições da LDO, além da sua previsão na lei
orçamentária ou em crédito adicional.

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TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS NA LRF

Relacionamos a seguir as exigências para a realização de transferência voluntária,


além daquelas estabelecidas na respectiva LDO:
a) dotação específica;
b) não usar os recursos para pagar despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) comprovar que o beneficiário:
c1) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos
devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos
anteriormente dele recebidos;
c2) cumpre os limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
c3) observa os limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito,
inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total
com pessoal;
c4) dispões de previsão orçamentária de contrapartida.
É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada
e que, para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias
constantes da LRF, são exceção ações das áreas de educação, saúde e assistência social.
No artigo 21 da CF/1988 é atribuída à União o papel de fiscalizadora das operações
de crédito público, e o artigo 22 da Carta Magna atribui à União a competência privativa
para legislar sobre o assunto.
Existem 2 conceitos de dívida pública presentes na Lei n. 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria”.

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Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos
serviços de amortização e juros.

No tocante à dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos
3 quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
A LRF também determinou que os recursos destinados a cobrir déficits de pessoas
físicas e jurídicas (inclusive instituições do Sistema Financeiro) só podem ser autorizados
mediante lei específica.
Reforçou o papel do Senado Federal no que diz respeito à dívida consolidada e do
Congresso Nacional no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um ente e outro,
com exceção do caso de operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
Federação, desde que não se trate de financiamento de despesa corrente ou refinanciamento
de dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e o ente da Federação que a controle.
A LRF também proibiu os entes de realizar operação de crédito por antecipação de
receita no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes concederem garantia em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao oferecimento
de contragarantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior ao valor da garantia.
A LRF determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União pode exigir
como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências constitucionais.
A LRF proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 2
quadrimestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro do mandato.

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A LRF proibiui os entes de realizar operação


de crédito por antecipação de receita no
último ano de mandato do Executivo.

A LRF determinou que os recursos


destinados a cobrir déficits de pessoas
físicas e jurídicas só podem ser autorizadas
mediante lei especifica.

A LRF permitiu aos entes conceder garantia


em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado.

A garantia é condicionada ao oferecimento


de contra garantia, ressaltando que essa
deve ser igual ao superior ao valor da
garantia.

DÍVIDA E A LRF determinou ainda que, no caso do


ENDIVIDAMENTO Controle da Dívida DF, Estados ou Municípios, a União pode
Pública exigir como garantia a vinculação de
receitas provenientes de transferências
constitucionais

A LRF proibiu ainda que o titular de Poder


ou órgão possa contrair, nos últimos 2
quadrimestres de seu mandato, obrigação
de despesas que não possa ser cumprida
integralmente dentro do mandato.

A LRF determinou que as disponibilidades de


caixa dos regimes de previdência fiquem em
conta separada, sendo vedada a sua aplicação
em empréstimos ou títulos da dívida pública
estadual ou municipal.

A LRF trouxe ainda a proibição da aplicação


da receita obtida com alienação de bens e
direitos para o financiamento de despesas
corrente, salvo se for destinada por lei aos
regimes de previdência.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) A apuração da receita corrente líquida (RCL)


prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal consiste basicamente no somatório das receitas
correntes, do qual são deduzidos valores que têm destinação definida por lei.
Na apuração da receita corrente líquida de um Município, está sujeita a essa dedução a
origem de receitas:
a) tributárias;
b) de contribuições;
c) patrimoniais
d) extraorçamentárias;
e) de transferências voluntárias.

002. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2023) A limitação de empenho e movimentação


financeira consiste em um mecanismo disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com
o objetivo de auxiliar no cumprimento das metas fiscais ao longo do exercício financeiro.
Para que um ente público esteja em consonância com as disposições da LRF acerca desse
mecanismo, deve observar que:
a) a limitação de empenho é prerrogativa exclusiva do Poder Executivo;
b) a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados é vedada no último
quadrimestre do exercício;
c) a verificação da compatibilidade da arrecadação de receitas com as metas de resultado
primário e nominal é bimestral;
d) as despesas que têm aplicação mínima por disposição constitucional não se sujeitam à
limitação de empenho;
e) os critérios para limitação de empenho e movimentação financeira são fixados na Lei
Orçamentária Anual.

003. (FGV/CGM-RJ/CONTADOR/2023) Um ente público municipal publicou um dos seus


instrumentos de planejamento que continha o seguinte trecho: “Em atendimento às disposições
do Art. 4º, I, e), da Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, esta lei estabelece que
todas as secretarias municipais enviarão informações em periodicidade quadrimestral,
conforme padrão definido pela CGM para apuração, controle e acompanhamento dos custos
dos serviços prestados pelo método de custeio padrão”.
Além dessa disposição, esse instrumento:
a) apresenta detalhes sobre o orçamento de investimento das empresas públicas municipais;
b) define condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas;

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c) dispõe também sobre diretrizes e objetivos relativos aos programas de duração continuada;
d) estabelece normas de gestão financeira e patrimonial da administração pública municipal;
e) fornece as bases para a elaboração do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

004. (FGV/TJ-RN/ANALISTA/2023) O planejamento da ação pública que implique geração


de despesa ou assunção de obrigação deve considerar as disposições legais para assegurar
a sua regularidade.
Uma análise da geração de despesa, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, deve concluir
que a despesa é considerada adequada à Lei Orçamentária Anual quando:
a) colaborar com a expansão da ação pública;
b) for discutida em audiências públicas temáticas;
c) for objeto de dotação específica e suficiente;
d) possibilitar procedimentos específicos de controle prévio e concomitante;
e) tiver seu ciclo de execução concluído no exercício financeiro de referência.

005. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Um dos demonstrativos que compõem o Anexo de


Metas Fiscais que acompanha a Lei de Diretrizes Orçamentárias trata da estimativa e
compensação da renúncia de receita.
Para uma adequada análise desse demonstrativo, é necessário considerar que a renúncia
de receita:
a) deve se limitar ao exercício financeiro seguinte ao que foi aprovada;
b) dispensa a apresentação de medidas de compensação em situações emergenciais;
c) não é aplicável a programas de governo;
d) pode ser destinada a um beneficiário individual;
e) precisa ser autorizada no Plano Plurianual.

006. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) Um dos instrumentos definidos na Lei de Responsabilidade


Fiscal (LRF) para dar visibilidade e possibilitar o acompanhamento da gestão fiscal de todos
os entes públicos foi o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), cuja estrutura possibilita verificar:
a) a apuração da receita corrente líquida ao longo do exercício;
b) a apuração do montante do déficit ou superávit previdenciário;
c) o valor das despesas com juros da dívida inscritas em restos a pagar;
d) o montante das disponibilidades de caixa no encerramento do exercício;
e) os valores dos resultados nominal e primário ao final do exercício de referência.

007. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) Ao final do segundo quadrimestre de um dado exercício


financeiro, um ente estadual apurou o montante de R$ 20 bilhões como Receita Corrente
Líquida (RCL). Após receber as informações periódicas para acompanhamento da gestão

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fiscal, o tribunal de contas do referido Estado emitiu um alerta para o presidente da


Assembleia Legislativa em decorrência do montante registrado como despesa de pessoal
no âmbito do Poder Legislativo daquele ente federativo.
Para que o tribunal de contas emitisse o alerta, foi suficiente que a despesa total com
pessoal do período, no âmbito do Poder Legislativo, ultrapassasse o valor de:
a) R$ 360.000.000,00;
b) R$ 450.000.000,00;
c) R$ 540.000.000,00;
d) R$ 570.000.000,00;
e) R$ 1.080.000.000,00.

008. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2023) A despesa com pessoal ativo e inativo e


pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder
os limites estabelecidos em lei complementar. A Lei de Responsabilidade Fiscal define que
a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação,
não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida nela definidos.
Considerando o exposto, tais percentuais da receita corrente líquida previstos em lei que
NÃO podem ser excedidos são:
a) União: 50% e Municípios: 60%;
b) União e Estados: 60%;
c) Estados e Municípios: 50%;
d) União, Estados e Municípios: 50%;
e) União, Estados e Municípios: 60%.

009. (FGV/CGM-RJ/CONTADOR/2023) Os critérios e limites para controle da despesa total


com pessoal são tratados na Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com a referida
lei complementar, dada a relevância da despesa com pessoal na composição dos gastos
públicos, a verificação do cumprimento dos limites desse tipo de despesa:
a) cabe ao Poder Legislativo a partir das prestações de contas anuais;
b) é apresentada no Relatório Resumido de Execução Orçamentária;
c) é prerrogativa exclusiva das instâncias de controle interno;
d) inclui-se entre as competências da Secretaria do Tesouro Nacional;
e) será realizada ao longo do exercício financeiro, ao final de cada quadrimestre.

010. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/2000)


estabelece os limites com o pessoal ativo e inativo e pensionistas de todos os entes
federativos. Assim, o Município de Niterói, em cada período de apuração, NÃO poderá
exceder os percentuais da receita corrente líquida de

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a) 50%, sendo 8% para o Legislativo e 42% para o Executivo;


b) 50%, sendo 10% para o Legislativo e 40% para o Executivo;
c) 60%, sendo 6% para o Legislativo e 54% para o Executivo;
d) 60%, sendo 8% para o Legislativo e 52% para o Executivo;
e) 60%, sendo 10% para o Legislativo e 50% para o Executivo.

011. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) Um dos instrumentos de transparência da gestão


fiscal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal é a realização de audiências públicas. A
realização dessas audiências tem caráter obrigatório para os entes municipais:
a) durante os processos de elaboração e discussão dos instrumentos de planejamento;
b) no primeiro ano de mandato para compatibilizar o orçamento com o plano de governo;
c) para aprovação dos investimentos prioritários em cada exercício financeiro;
d) para avaliação do cumprimento das metas fiscais ao final de cada bimestre;
e) para prestação de contas ao final de cada ciclo de execução orçamentária.

012. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)


tem o objetivo de permitir o acompanhamento e a análise do desempenho da execução
orçamentária dos governos.
Ao tratar desse relatório, o Manual de Demonstrativos Fiscais publicado pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) orienta que o RREO:
a) contenha anexos que subsidiem o acompanhamento da gestão fiscal;
b) deva ser publicado anualmente por Municípios de pequeno porte;
c) deva ser publicado pelo Poder Executivo bimestralmente e pelos demais poderes no
encerramento do exercício;
d) em caso de erros, não deva ser republicado, mas ajustado no relatório do período seguinte;
e) não se aplique à execução orçamentária e financeira de consórcios públicos.

013. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) A elaboração do Relatório Resumido da Execução


Orçamentária (RREO) é obrigatória para todos os entes da federação, conforme previsão
constitucional e detalhamento em legislação complementar.
Em termos de informações sobre a previsão e execução da receita orçamentária, os anexos
do RREO proveem detalhamento sobre:
a) receitas destinadas aos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos;
b) receitas efetivas e decorrentes de mutação patrimonial;
c) receitas orçamentárias e extraorçamentárias;
d) receitas ordinárias e vinculadas;
e) receitas por categoria econômica e fonte.

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014. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) O conteúdo do Relatório de Gestão Fiscal se refere


basicamente aos limites previstos na LRF para subsidiar o controle de gasto com pessoal
e do endividamento público.
Em termos de endividamento público, o relatório traz subsídios para acompanhar
individualmente os limites relativos a:
a) créditos não tributários;
b) depósitos restituíveis;
c) empréstimos concedidos;
d) operações de crédito;
e) transferências financeiras.

015. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) Ao analisar documentos e arquivos que compunham


a prestação de contas de um ente municipal referente a um determinado exercício, um
analista de controle verificou que o ente havia ultrapassado o limite da despesa total com
pessoal no último quadrimestre do referido exercício.
Porém, o analista não localizou nos arquivos enviados informações relativas à indicação
das medidas corretivas adotadas pelo ente para recondução da despesa ao limite, que
deveriam constar especificamente no:
a) anexo de riscos fiscais;
b) demonstrativo da execução das despesas por categoria econômica;
c) relatório de gestão fiscal;
d) relatório resumido da execução orçamentária;
e) rol de notas explicativas ao balanço orçamentário.

016. (FGV/TJ-RN/ANALISTA/2023) Na elaboração dos demonstrativos fiscais há anexos a


serem apresentados em cada período de divulgação e outros apenas no encerramento do
exercício.
No caso específico do Relatório de Gestão Fiscal, um anexo exclusivo do último quadrimestre
refere-se a:
a) limite de concessão de garantias;
b) inscrição de despesas em restos a pagar;
c) recursos destinados a parcerias público-privadas;
d) receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos;
e) medidas corretivas adotadas, se ultrapassado qualquer dos limites.

017. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC


n. 101/2000) traz diversas definições de dívida pública.
Uma delas é a dívida pública mobiliária, que pode ser definida como:

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a) dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios;
b) compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e
aceite de título, aquisição financiada de bens;
c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada;
d) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos
financeiros;
e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

018. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tem como principal


objetivo a definição de medidas que contribuam para o equilíbrio das contas públicas e que
promovam uma gestão fiscal responsável.
Em se tratando do refinanciamento do principal da dívida mobiliária, a LRF estabeleceu
que este, ao término do exercício financeiro, NÃO excederá o montante:
a) correspondente a 60% do saldo da dívida consolidada líquida;
b) definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias relativa ao referido exercício;
c) do final do exercício anterior, acrescido do superávit primário apurado no exercício de
referência;
d) do final do exercício anterior, com acréscimos legalmente definidos;
e) equivalente a duas vezes a receita corrente líquida apurada no exercício de referência.

019. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aborda tópicos


que têm relevância crucial para o equilíbrio das contas públicas. A dívida pública constitui
um desses tópicos que são objeto de conceituações e imposição de vedações.
Para fins de controle e acompanhamento da dívida pública, um ente público deve considerar
que:
a) a prerrogativa de refinanciamento da dívida pública é exclusiva da União;
b) o limite máximo da dívida consolidada de um ente público é definido na LDO como
percentual da RCL;
c) o relatório resumido da execução orçamentária apresenta bimestralmente a apuração
da dívida consolidada;
d) operações de crédito de prazo inferior a doze meses não podem ser consideradas como
dívida pública;

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e) para fins de aplicação dos limites, há casos em que precatórios judiciais podem integrar
a dívida consolidada.

020. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Com o objetivo de contribuir para o controle do


endividamento público, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabeleceu parâmetros
para o acompanhamento quadrimestral da dívida consolidada.
Conforme tais parâmetros, se a dívida consolidada de um ente ultrapassar o respectivo
limite ao final de um quadrimestre:
a) o ente deverá publicar decreto com regras para o refinanciamento da dívida;
b) o ente deverá abrir créditos adicionais extraordinários para cobrir o serviço da dívida;
c) o tribunal de contas enviará alerta em decorrência da situação de calamidade financeira;
d) o valor excedente deverá ser eliminado até o final do exercício corrente;
e) pelo menos um quarto do excedente deverá ser reduzido no quadrimestre seguinte.

021. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) Um dos esforços da Lei de Responsabilidade


Fiscal (LRF) situa-se em torno de parâmetros para gestão responsável da dívida pública.
À luz das disposições da LRF, os entes públicos devem observar que, se o limite de endividamento
for ultrapassado no segundo quadrimestre do exercício e enquanto perdurar o excesso:
a) o ente deverá limitar empenho e gerar resultado fiscal nominal acima da meta para
reduzir a dívida;
b) o ente deverá revisar a programação financeira e o cronograma de desembolso do exercício;
c) o ente estará proibido de realizar operação de crédito, inclusive por antecipação de
receita, mas há ressalvas;
d) o limite deverá ser reconduzido integralmente até o final do exercício, no caso de último
ano de mandato;
e) será vedado o refinanciamento de dívida, inclusive quando se destinar a pagamento de
dívida mobiliária.

022. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Um servidor preparou um relatório com a análise do


montante de operações de crédito (e transações equiparadas) em aberto em um ente
federativo ao final de um período.
Ao analisar o relatório e checar os conceitos dispostos na Lei de Responsabilidade Fiscal,
a chefia imediata verificou que o servidor cometeu um equívoco ao incluir no montante:
a) valores relativos à assunção de dívidas;
b) parcelamento de débitos preexistentes junto a instituições não financeiras;
c) recebimento antecipado de valores provenientes da prestação a termo de serviços;
d) recursos captados a título de antecipação de receita de tributos;
e) valores relativos a operações de arrendamento mercantil.

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023. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) Uma entidade do setor público apresentava as seguintes


informações, relativas ao ano de X1:
• Aquisição financiada de bens operacionais: R$ 100.000;
• Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços: R$
80.000;
• Operações de crédito autorizadas no orçamento para o refinanciamento do principal
da dívida mobiliária e efetivamente realizadas: R$ 300.000;
• Variação monetária da dívida mobiliária: R$ 50.000;
• Compromisso de adimplência de obrigação financeira assumida pela entidade: R$
120.000.
Considerando-se que o montante do refinanciamento do principal da dívida mobiliária em
31/12/X0 era de R$ 500.000, o refinanciamento da dívida mobiliária em 31/12/X1 NÃO
poderá exceder o seguinte montante:
a) R$ 350.000;
b) R$ 420.000;
c) R$ 480.000;
d) R$ 550.000;
e) R$ 850.000.

024. (FGV/CGU/AUDITOR/2022/ADAPTADA) Sob a ótica da dimensão política, o orçamento


sedimenta disputas pelos recursos públicos. Por conta desses conflitos, torna-se essencial a
utilização dos instrumentos de transparência durante a execução orçamentária, devendo-se
conciliá-los com os mecanismos retificadores do orçamento, a fim de evitar a desfiguração
das previsões orçamentárias aprovadas pelo Poder Legislativo.
A partir dessa perspectiva, é correto afirmar que:
a) o regime jurídico da execução das despesas orçamentárias, previsto na Lei n. 4.320/1964,
está em consonância com o princípio contábil da competência, uma vez que define a fase
do empenho como o fato gerador da despesa orçamentária, ocasião em que se dá o efetivo
recebimento dos serviços, o consumo dos materiais ou o uso dos bens;
b) o pagamento dos Restos a Pagar não constitui um ato extraorçamentário porque,
independentemente de sua execução financeira ocorrer em um exercício posterior, a efetiva
inscrição dos Restos a Pagar ocorreu no exercício vigente
c) o mecanismo da “rolagem orçamentária” contribui para a descaracterização do orçamento
previamente aprovado pelo Poder Legislativo, o que pode vir a comprometer a capacidade
de pagamento do ente federativo em exercícios futuros, caso haja a inscrição excessiva
em Restos a Pagar;
d) como o resultado primário é calculado com base nas despesas empenhadas no exercício,
a inscrição em Restos a Pagar acaba por se tornar um mecanismo inócuo para o atingimento
da metade resultado fiscal prevista no Anexo de Metas Fiscais da LDO;

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025. (FGV/TJ-SC/JUIZ/2022) No Estado Alfa, a despesa total com pessoal apurada somando-
se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-
se o regime de competência (independentemente de empenho), alcançou o percentual de
53% da Receita Corrente Líquida (RCL).
Acerca desse cenário específico, é correto afirmar que:
a) o Tribunal de Contas da União deverá emitir alerta ao Estado Alfa;
b) o Tribunal de Contas do Estado Alfa deverá emitir alerta ao Estado Alfa;
c) o Estado Alfa não poderá receber transferências voluntárias da União;
d) o percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal se encontra dentro dos
limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal;
e) o percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal extrapolou os limites
previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

026. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) Um servidor do setor de informática de um ente público


estava organizando os anexos do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do
último bimestre do exercício para publicação no portal da transparência do ente.
Após a publicação dos anexos do RREO, foi detectado que o servidor cometeu um equívoco
ao incluir um anexo em que constavam informações sobre:
a) parcerias público-privadas;
b) restos a pagar por poder e órgão;
c) receitas e despesas previdenciárias;
d) estimativa e compensação da renúncia de receita;
e) receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos.

027. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o


Relatório de Gestão Fiscal deverá conter, entre outros,
a) as projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos.
b) o demonstrativo da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação
dos recursos dela decorrentes.
c) as informações sobre apuração da receita corrente líquida, conforme definida na Lei,
sua evolução e previsão de desempenho até o final do exercício.
d) o comparativo com os limites tratados pela Lei dos montantes relativos a despesa total
com pessoal, dívidas consolidadas e mobiliárias, concessão de garantias e operações de
crédito.
e) o balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as receitas por fonte
e as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa
liquidada e o saldo.

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028. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe que, ao final


de cada quadrimestre, os titulares de Poderes e órgãos emitirão Relatório de Gestão Fiscal
(RGF). No caso dos Ministérios Públicos Estaduais, o Manual de Demonstrativos Fiscais
(MDF) define a configuração dos demonstrativos anexos que devem compor o RGF em
cada quadrimestre.
Tal configuração estabelece que o demonstrativo:
a) da despesa com pessoal poderá ser publicado apenas no último quadrimestre se o limite
prudencial não tiver sido ultrapassado;
b) da execução dos restos a pagar deverá ser publicado em referência a todos os quadrimestres;
c) das garantias e contragarantias é exigido se o órgão tiver concedido ou obtido tais
benefícios;
d) das operações de crédito deverá ser publicado se o órgão tiver realizado operações de
crédito no exercício;
e) simplificado do RGF é exigido apenas em referência ao último quadrimestre.

029. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o


Relatório de Gestão Fiscal será publicado até trinta dias após o encerramento do período
a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
O descumprimento do prazo previsto impedirá, até que a situação seja regularizada, que
a entidade
a) contraia obrigações de despesa que não possam ser cumpridas integralmente com o
saldo disponível em caixa.
b) receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, com exceção às
destinadas ao pagamento da dívida mobiliária.
c) receba empréstimos e financiamentos de agências de fomento, incluindo o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico.
d) realize aplicações da receita de capital derivada da alienação de bens para o financiamento
de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e
próprio dos servidores públicos.
e) realize transações com outras entidades do setor público relativas a venda de bens,
prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas,
prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.

030. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) As despesas de pessoal da Administração Pública são


recorrentemente apontadas como uma das principais causadoras do agravamento da
situação fiscal do Estado. No entanto, por se traduzirem em despesas obrigatórias, há
pouca margem para o gestor público dispor sobre elas.

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Com relação a essa espécie de despesa pública, é correto afirmar que:


a) é válida a conduta de gestor público que aprova novo plano de carreira de servidores
efetivos, nos 180 dias anteriores ao final de seu mandato, com o consequente aumento das
despesas de pessoal, mas que possui previsão expressa de que as parcelas remuneratórias
somente serão implementadas após o referido período impeditivo;
b) é adequada a conduta de um gestor público que, para reduzir as despesas de pessoal que
extrapolaram os limites estabelecidos em lei complementar, resolve reduzir temporariamente
a jornada de trabalho dos servidores com a consequente adequação dos vencimentos à nova
carga horária, já que se trata de medida menos restritiva que a exoneração de servidores
estáveis;
c) o gestor público que não observa a vedação no sentido de ordenar, autorizar ou executar
ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal nos 180 dias anteriores ao final
do mandato ou da legislatura, estará sujeito ao enquadramento de sua conduta como ato
de improbidade administrativa, mas não como crime, por ausência de tipificação legal;
d) é indevida a conduta de chefe do Poder Executivo que exige que os demais Poderes e
Órgãos Independentes passem a apurar, na aplicação dos limites de despesas com pessoal,
os gastos dos seus respectivos servidores inativos e pensionistas;
e) a Lei Complementar n. 178/2021 instituiu uma nova regra de retorno aos parâmetros
legais das despesas de pessoal, direcionada aos Poderes e Órgãos que estiverem com os
limites extrapolados até o término do exercício financeiro da publicação da referida lei.

031. (FGV/PC-AM/DELEGADO/2022) No Estado Beta, ao final do primeiro quadrimestre


do ano de 2019 constatou-se que a despesa total com pessoal do Poder Executivo havia
ultrapassado o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – LC n. 101/00). Contudo,
o percentual excedente não foi eliminado nos dois quadrimestres seguintes.
À luz da LRF, ao final dos dois quadrimestres seguintes sem recondução da despesa total
com pessoal aos limites devidos, avalie se o Poder Executivo do Estado Beta não poderia
I. receber transferências voluntárias.
II. obter garantia, direta ou indireta, da União.
III. contratar operações de crédito destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II, apenas.
e) III, apenas.

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032. (FGV/MPC-SC/ANALISTA/2022) Um dos limites de gastos definido na Lei de


Responsabilidade Fiscal refere-se à despesa total com pessoal, que é monitorada durante
o exercício com base na Receita Corrente Líquida (RCL), a partir de informações divulgadas
no Relatório de Gestão Fiscal (RGF).
Considerando como referência uma RCL de R$ 30 bilhões ao final do primeiro quadrimestre
de um exercício, se o Ministério Público de um dado estado da federação apurou, no mesmo
período de referência, uma despesa total com pessoal de R$ 550 milhões, deverá:
a) eliminar o excedente nos dois quadrimestres seguintes para retornar ao limite;
b) observar as regras e vedações para descumprimento de limite prudencial;
c) propor ajustes no cronograma de execução de desembolso, para não afetar o cumprimento
das metas fiscais;
d) ser alertado pelo respectivo tribunal de contas quanto ao comprometimento de recursos
com despesas com pessoal;
e) solicitar suplementação da dotação orçamentária para pagamento de pessoal, por ser
despesa obrigatória.

033. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO-DE-ARRECADAÇÃO/2022) Em relação às transferências


voluntárias, para efeito da Lei Complementar n. 101/2000, analise as afirmativas a seguir.
I – Elas compreendem a entrega de recursos correntes ou de capital.
II – São realizadas a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira.
III – Decorrem de determinação constitucional legal ou destinada ao Sistema Único de Saúde.
Em relação às transferências voluntárias, está correto o que afirma em
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

034. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Ao final de um certo quadrimestre, verificou-se que a


despesa total com pessoal de um determinado Tribunal Regional do Trabalho (TRT) alcançou
94,5% do limite de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – LC
n. 101/2000, Arts. 19 e 20).
Diante desse fato, tendo-se atingido o percentual de 94,5% acima descrito:
a) fica vedada a criação de cargo, emprego ou função;
b) fica vedada a alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
c) o percentual de 4,5% excedente a 90% terá de ser eliminado nos dois quadrimestres
seguintes, sendo, pelo menos, um terço no primeiro;

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d) o Tribunal de Contas da União (TCU) deverá alertar o referido TRT de que o montante da
despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite;
e) fica vedada a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou
contratual.

035. (FGV/MP-GO/PROMOTOR/2022) A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece limites para


a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação,
havendo, na esfera estadual, limites globais e específicos, dentre os últimos o relativo ao
Ministério Público.
A respeito do tema, é correto afirmar que:
a) para a apuração da despesa total com pessoal, deve ser observada a remuneração bruta
do servidor, deduzidas as verbas retidas a título de imposto de renda na fonte;
b) o Ministério Público deve apurar, de forma segregada para aplicação do limite de despesa
com pessoal, a integralidade das despesas com pessoal dos respectivos servidores inativos
e pensionistas, mesmo que o custeio dessas despesas esteja a cargo do Tesouro Estadual;
c) na verificação do atendimento dos limites de despesa total com pessoal, não devem
ser computadas as despesas com inativos e pensionistas quanto à parcela custeada com
recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro do regime de previdência;
d) caso a despesa total com pessoal do Ministério Público ultrapasse os limites estabelecidos
e o excedente não seja eliminado no prazo legal, o Estado não poderá receber transferências
voluntárias ou obter garantia, direta ou indireta, da União;
e) na verificação do atendimento dos limites de despesa total com pessoal, devem ser
computadas as despesas com inativos e pensionistas quanto à parcela custeada com
recursos provenientes de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do
regime de previdência.

036. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) Um servidor da área de controle estava analisando a


Demonstração de Despesa com Pessoal de um ente público ao final de um quadrimestre
para verificar eventuais irregularidades quanto a itens incluídos como despesa de pessoal.
Trata-se de uma área de gastos relevante e objeto de limites periodicamente acompanhados.
Na análise feita pelo servidor, para fins de cumprimento de limite de despesa total com
pessoal, um item que NÃO representa irregularidade e deve ser normalmente computado
se refere a despesas:
a) geradas por incentivos à demissão voluntária;
b) decorrentes de horas extras e gratificações;
c) decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior;

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d) relativas à indenização por demissão de servidores ou empregados;


e) com inativos e pensionistas custeadas por recursos originados de contribuições dos
segurados.

037. (FGV/SEFAZ-AM/ANALISTA-DE-TI/2022) A Assembleia Legislativa do Estado Alfa


descumpriu os limites de gastos com seu pessoal. Diante disso, a União proibiu o Estado
Alfa de realizar operações de crédito e de receber transferências de recursos federais, com
base na Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, a União agiu
a) corretamente, pois o ente federativo Estado Alfa (representado pelo Poder Executivo)
é a pessoa jurídica de direito público interno a que pertence o Poder Legislativo estadual.
b) corretamente, pois o Governo do Estado (Poder Executivo), no regular exercício do
controle externo, deveria ter sustado os efeitos dos atos do Legislativo que afrontaram a
Lei de Responsabilidade Fiscal.
c) corretamente, com base nos princípios da transcendência subjetiva das sanções e da
unidade institucional, pois o Governador do Estado Alfa (na qualidade de chefe do Poder
Executivo) representa o Estado em nível nacional.
d) incorretamente, por violação ao princípio da intranscendência subjetiva das sanções, na
medida em que o Governo do Estado (Poder Executivo) não tem competência para intervir
na esfera orgânica do Legislativo, que dispõe de plena autonomia institucional outorgada
pela Constituição.
e) incorretamente, por violação ao princípio da continuidade dos serviços públicos, para
cuja manutenção é imprescindível a realização de operações de crédito e o recebimento
de transferências de recursos federais, sob pena de colapsar as contas públicas estaduais.

038. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal, as


transferências voluntárias
a) independem de dotação específica.
b) decorrem de determinação constitucional.
c) exigem comprovação, por parte do beneficiário, de cumprimento dos limites constitucionais
relativos à educação e à saúde.
d) não geram necessidade de comprovação de previsão orçamentária de contrapartida.
e) são utilizadas para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

039. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) O Art. 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal regulamenta as


transferências voluntárias entre os entes federativos. Exige, por parte do ente beneficiário,
a comprovação do cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde.

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Determinado Estado da federação aprovou, por meio de emenda constitucional de iniciativa


parlamentar, um limite mínimo anual de aplicação em ações e serviços públicos de saúde
acima do previsto na Lei Complementar federal n. 141/2012.
À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
A - é possível que ente da federação institua um limite acima do previsto no ordenamento
jurídico federal, tendo em vista que o próprio Art. 11 da Lei Complementar federal n.
141/2012 aduz que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão observar o
disposto nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas sempre que os percentuais nelas
estabelecidos forem superiores aos fixados na referida Lei Complementar para aplicação
em ações e serviços públicos de saúde;
b) em face do princípio da subsidiariedade, que rege o federalismo fiscal brasileiro, é possível
que legislação de entes subnacionais preveja um limite superior ao estabelecido na legislação
federal, em razão das especificidades regionais e locais, tendo em vista a autonomia dos
entes federativos, consideradas suas possibilidades financeiras;
c) não existe qualquer empecilho quanto a Constituições estaduais estabelecerem um limite
mínimo em gastos com saúde acima do previsto no ordenamento federal, uma vez que deve
prevalecer a norma que possibilita uma maior concretização dos direitos fundamentais;
d) a instituição de um limite estadual superior ao estabelecido pelo legislador nacional usurpa
a iniciativa legislativa do chefe do Poder Executivo e afronta o princípio constitucional da
não vinculação da receita de impostos;
e) os limites estipulados em lei complementar federal devem prevalecer, in casu, por
constituírem norma hierarquicamente superior à Constituição Estadual.

040. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Em relação à destinação de recursos públicos para o


setor privado, de acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, assinale a opção correta.
a) O conteúdo determinado na lei aplica-se exclusivamente às instituições financeiras e
ao Banco Central do Brasil.
b) O Banco Central do Brasil não pode conceder às instituições financeiras operações de
redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
d) Os recursos públicos serão utilizados para socorrer instituições do Sistema Financeiro
Nacional, na forma de concessão de empréstimos de recuperação ou de financiamentos
para mudança de controle acionário.
e) Os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres, na concessão de crédito por
ente da Federação para pessoa física ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou
indireto, não poderão ser superiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
e) A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas
físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às
condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento
ou em seus créditos adicionais.

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041. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Os chamados relatórios fiscais foram concebidos


para prover informações relativas a diversos aspectos do acompanhamento da execução
orçamentária e da gestão fiscal, por parte dos gestores, órgãos de controle e sociedade.
Uma das informações contidas nos relatórios se refere aos limites relativos à aplicação
de recursos.
Na análise do conteúdo do Relatório de Gestão Fiscal (RGF), um dos limites que pode ser
verificado refere-se a:
a) aplicação em ações e serviços públicos de saúde;
b) aplicação de receitas de operações de crédito em despesas de capital;
c) apuração dos resultados primário e nominal;
d) contratação de operação de crédito em cada exercício financeiro;
e) despesas decorrentes de contratos de parcerias público-privadas.

042. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) Os Tribunais de Justiça devem elaborar e publicar a


cada quadrimestre o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), com informações definidas na Lei
Complementar n. 101/2000.
A publicação do RGF de um Tribunal de Justiça relativo ao último quadrimestre do exercício
financeiro deve apresentar informações sobre:
a) despesas com pessoal e execução de despesas por função;
b) despesas com pessoal e dívida consolidada;
c) disponibilidade de caixa e execução de despesas por função;
d) disponibilidade de caixa e restos a pagar;
e) receitas com alienação de ativos e restos a pagar.

043. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) No orçamento de um dado exercício financeiro, um


Tribunal de Justiça tinha como limite máximo de despesa com pessoal o montante de R$
980 milhões.
O referido órgão deverá receber um alerta do Tribunal de Contas após a apuração do
quadrimestre em que a despesa total com pessoal ultrapassar:
a) R$ 490 milhões;
b) R$ 588 milhões;
c) R$ 882 milhões;
d) R$ 931 milhões;
e) R$ 980 milhões.

044. (FGV/PM-PB/OFICIAL/2022) As atividades de controle e avaliação da execução


orçamentária no âmbito de cada ente federativo são de competência do respectivo Poder
Legislativo, que as exercem com o auxílio do Tribunal de Contas.
Um dos principais instrumentos utilizados ao longo do exercício financeiro é o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária (RREO).
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Esse relatório:
a) tem periodicidade de publicação quadrimestral;
b) deve ser publicado separadamente por cada poder;
c) contém informações sobre limites de despesa com pessoal;
d) contém como anexo o demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão;
e) apresenta demonstrativo da disponibilidade de caixa no fechamento do exercício financeiro.

045. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Contando com a devida autorização por deliberação dos


Estados e Distrito Federal mediante convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz), o Estado Alfa, por lei específica, concedeu isenção de Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) a favorecer pessoas com deficiências que, comprovando
sua situação perante o Fisco estadual, adquirissem automóveis adaptados. O Estado Alfa,
para conceder a isenção, realizou a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que devia iniciar a vigência da isenção e no seguinte, atendeu ao disposto
em sua lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e demonstrou que a renúncia de receita foi
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e que não afetaria as metas de
resultados fiscais previstas no Anexo Estadual de Metas Fiscais.
Diante desse cenário concreto, é correto afirmar que:
a) a estimativa do impacto orçamentário-financeiro deveria ter sido elaborada no âmbito
do Confaz;
b) não se configura renúncia de receita, por se tratar de concessão de isenção em caráter
geral;
c) a estimativa do impacto orçamentário-financeiro deveria ter sido elaborada considerando-
se o exercício em que se inicia a vigência da isenção e os dois seguintes;
d) as reduções de alíquotas e isenções de ICMS constituem exceção à aplicação das normas
da Lei de Responsabilidade Fiscal acerca de renúncia de receitas;
e) deveria estar presente necessariamente medida de compensação por meio do aumento
de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração
ou criação de tributo ou contribuição.

046. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) A Lei n. 14.194, de 20 de agosto de 2021, que dispõe sobre


as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2022 no âmbito da
União, definiu que a Reserva de Contingência será constituída de recursos do Orçamento
Fiscal, em montante equivalente a 0,2% da receita corrente líquida constante do Projeto
de Lei Orçamentária de 2022.
Ao avaliar a definição e a destinação dessa reserva, os técnicos da área de controle
orçamentário, conforme legislação pertinente, considerarão que a Reserva de Contingência:

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a) deve ser destinada para a cobertura de emendas parlamentares impositivas;


b) deve ter anulação restrita à cobertura de créditos adicionais especiais;
c) é limitada ao atendimento de passivos contingentes previstos na LOA;
d) não está sujeita à execução direta durante o exercício financeiro;
e) pode ser incluída em grupo de despesa de natureza corrente ou de capital.

047. (FGV/CGU/TÉCNICO/2022) Um servidor alocado em uma unidade de controle interno de


um ente público estava avaliando a adequação das peças orçamentárias, quando algo chamou
a sua atenção ao analisar os anexos da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício vigente.
A ausência de item obrigatório no Anexo de Riscos Fiscais que pode ter chamado a atenção
do servidor foi:
a) memória de cálculo e metodologia para avaliação dos riscos;
b) parâmetros de alocação da reserva de contingência para cobertura dos riscos fiscais;
c) providências a serem tomadas em caso de concretização dos riscos fiscais;
d) quadro comparativo com os riscos fiscais identificados no exercício anterior;
e) quadro comparativo da situação financeira e atuarial do regime de previdência do ente.

048. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, o


projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da Lei Complementar irá conter
reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada à(ao)
a) compensação da redução da receita realizada.
b) compra de ativos não prevista no Orçamento.
c) compensação de resultados deficitários e à constituição de crédito fiscal.
d) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
e) retenção de superávit do período para preservação do patrimônio líquido da entidade.

049. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Analise as informações apresentadas no quadro a seguir.

Passivos Contingentes Providências


Descrição Valor (R$) Descrição Valor (R$)
Abertura de crédito adicional, a partir da
81.239.318
Demandas reserva de contingência
273.760.905
judiciais Reabertura de créditos adicionais, a partir da
192.521.587
redução de dotação de despesa discricionária
Subtotal 273.760.905 Subtotal 273.760.905

O quadro apresentado representa um conteúdo informacional que deve ser disponibilizado


pelos entes públicos, incluído no(a):

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a) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como anexo;


b) Lei Orçamentária Anual (LOA), como informação complementar;
c) Prestação de Contas Anual, como nota explicativa;
d) Relatório de Gestão Fiscal, como anexo;
e) Relatório Resumido da Execução Orçamentária, como informação complementar.

050. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Com o objetivo de contribuir para a responsabilidade


na gestão fiscal, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu o mecanismo de limitação
de empenho e movimentação financeira, com regras específicas.
Ao avaliar a adoção desse mecanismo, um gestor deve considerar que:
a) a verificação da compatibilidade entre a realização da receita e as metas fiscais deve ser
feita a cada quadrimestre;
b) após a verificação, se for necessário, o poder ou órgão deverá adotar as providências
em até sessenta dias;
c) as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida não serão objeto de limitação
de empenho;
d) as propostas de limitação de empenho e movimentação financeira devem ser submetidas
à audiência pública;
e) o restabelecimento parcial da receita prevista não implica recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados.

051. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Assinale a afirmativa correta em relação à renúncia


de receita, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
a) Anistia representa a dispensa legal pelo Estado do crédito tributário devido.
b) Alteração de alíquota implica a redução indiscriminada de tributos ou contribuições.
c) Isenção compreende o perdão da dívida em casos de pequeno valor, impossibilidade de
pagamento ou custo de cobrança maior que a dívida.
d) Crédito presumido representa uma dedução do tributo devido, outorgado pela autoridade
tributária, na forma de crédito do tributo, e que foge da estrutura normal do sistema.
e) Remissão é o benefício que visa a excluir o crédito tributário na parte relativa à multa
aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concedeu.

052. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal,


ressalvados alguns casos, assinale a opção que indica o conteúdo base da regra de ouro.
a) O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior
ao das despesas de capital.

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b) O montante previsto para as despesas de capital não poderá ser superior ao das receitas
de operações de crédito.
c) O montante previsto para as despesas correntes não poderá ser superior ao das receitas
de operações de crédito.
d) O montante previsto para as despesas de capital deve ser similar ao previsto para as
despesas correntes.
e) O montante previsto para as receitas de operações de crédito deve ser similar ao previsto
para a soma das despesas correntes e de capital.

053. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a


criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da
despesa de caráter não continuado deve atender simultaneamente às seguintes condições,
à exceção de uma. Assinale-a.
a) Demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
b) Demonstrar a estimativa do impacto orçamentário- financeiro no exercício
c) Ser compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias.
d) Ter adequação orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual.
e) Não afetar as metas fiscais estabelecidas pela lei de diretrizes orçamentárias.

054. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a


receita corrente líquida compreende o somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes.
No Estado do Amazonas, deve ser deduzido deste valor os montantes listados a seguir, à
exceção de um. Assinale-o.
a) As receitas provenientes da compensação financeira entre o regime geral da previdência
e o regime próprio dos servidores públicos.
b) As contribuições dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social.
c) As parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.
d) Os valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.
e) As despesas com pessoal custeadas com recursos recebidos da União.

055. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE-DE-TRIBUTOS/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade


Fiscal, a receita corrente líquida representa o somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes
e outras receitas também correntes.

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Revisão do Terço – Parte III
Manuel Piñon

Na União, nos Estados e nos Municípios, deve-se deduzir do valor


a) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social.
b) a receita com os serviços considerados essenciais.
c) as receitas industriais obtidas com outras entidades do setor público.
d) as receitas tributárias que não foram efetivamente recebidas na data.
e) as transferências realizadas a inativos ou pensionistas.

056. (FGV/SEMSA-MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Apesar de estar prevista e detalhada na


Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) teve um incremento
nas suas atribuições com a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual estabeleceu
que a LDO terá seu projeto integrado
a) pela Reserva de Contingência.
b) pelo Anexo de Metas Fiscais.
c) pelo Demonstrativo Regionalizado de Efeito das Renúncias Fiscais.
d) pelo Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
e) pelo Relatório de Gestão Fiscal.

057. (FGV/TJ-TO/CONTADOR-DISTRIBUIDOR/2022) No mês de julho de 20X2, um determinado


ente público publicou um ato que promovia limitação de empenho e movimentação financeira,
uma vez que foi verificado ao final do mês de junho que a realização da receita não comportaria
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais do ente.
Alguns dias depois, o ente foi notificado pelo tribunal de contas por ter incluído uma despesa
que NÃO pode ser objeto desse tipo de limitação. Tal despesa se refere a:
a) auxílios e subvenções;
b) investimentos em andamento;
c) manutenção de unidades de saúde;
d) pagamento do serviço da dívida;
e) transferências decorrentes de convênios.

058. (FGV/TJ-MG/JUIZ/2022) Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as


afirmativas a seguir.
I – Configura renúncia de receita a ampliação de incentivo fiscal sem a estimativa de impacto
financeiro;
II – Não configura renúncia de receitas o cancelamento de débito cujo montante seja inferior
ao dos respectivos custos de cobrança;

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Revisão do Terço – Parte III
Manuel Piñon

III – Configura a renúncia de receita as alterações de alíquotas do imposto sobre produto


industrializado por ato de Poder Executivo.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

059. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, a concessão


ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorre renúncia de
receita deverá estar acompanhada de estimativas e atender a determinadas condições,
dentre as quais está a geração de medidas de compensação por meio do aumento de receita.
Representa fonte de compensação para a renúncia da receita:
a) obtenção de empréstimo por meio de operação de crédito;
b) excesso de arrecadação devido ao combate à sonegação;
c) alienação de bens com superávit;
d) majoração ou criação de tributo;
e) excesso de arrecadação devido ao crescimento da atividade econômica.

060. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) Em relação à renúncia de receita, de acordo com a Lei


de Responsabilidade Fiscal, o perdão da dívida em casos de pequeno valor, impossibilidade
de pagamento ou custo de cobrança maior do que a dívida, caracterizam
a) anistia.
b) remissão.
c) crédito presumido.
d) modificação de base de cálculo.
e) concessão de isenção em caráter não geral.

061. (FGV/MPC-SC/ANALISTA/2022) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) trata especialmente


da renúncia de receita, ao estabelecer medidas a serem observadas pelos entes públicos que
decidirem pela concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da
qual decorra renúncia de receita. Nesse contexto, considere o caso de um ente federativo que
tenha aprovado a concessão de dispensa legal do débito tributário devido para contribuintes
que atendessem a determinados requisitos.
Esse tipo de renúncia de receita:
a) depende de autorização específica no PPA;
b) deve ser considerado no momento da elaboração da LOA;
c) está sujeito às regras da concessão de anistia;
d) pode ser considerado como uma remissão de tributos;
e) requer o enquadramento como crédito tributário presumido.

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Revisão do Terço – Parte III
Manuel Piñon

062. (FGV/MPC-SC/ANALISTA/2022) Ao elaborar os instrumentos orçamentários,


principalmente a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, os entes
públicos deverão estar atentos aos impactos das chamadas despesas obrigatórias de
caráter continuado. Acerca de tais despesas, analise os itens a seguir.
I – Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa que gere obrigação legal de
execução por um período mínimo equivalente à vigência do Plano Plurianual.
II – Ao tratar de despesa obrigatória de caráter continuado, a LRF se refere expressamente
apenas a despesas correntes.
III – Uma despesa obrigatória de caráter continuado pode ser derivada de um ato administrativo
normativo.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I;
b) III;
c) I e II;
d) I e III;
e) II e III.

063. (FGV/TJ-SC/JUIZ-ESTADUAL/2022) A Lei de Reponsabilidade Fiscal (LC 101/2000)


estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade no gasto fiscal
e equilíbrio nas contas públicas, impondo a obediência a limites e condições no que tange
à renúncia de receita.
Dentre tais limites e condições, é correto afirmar que:
a) as medidas de compensação devem ser implementadas tão logo se consume a renúncia
de receita, sob pena de nulidade do ato que a concedeu;
b) é vedada a concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária do qual decorra
renúncia de receita que não haja sido considerada na estimativa de receitas da lei de
diretrizes orçamentárias;
c) a concessão de benefício fiscal que crie renúncia de receita deverá ser acompanhada da
estimativa de seu impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência, ainda que haja sido considerada na estimativa de receita da lei orçamentária;
d) é vedada a alteração de alíquota que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, ressalvada a hipótese de redução para atendimento de finalidades extrafiscais
do II, IE, IOF, “IPTU verde” e para atendimento da seletividade do IPI e do ICMS;
e) admite-se a concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária, do qual decorra
renúncia de receita, com a condição de que sejam adotadas medidas de compensação, por
meio de aumento da receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação de base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

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064. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) De acordo com a Lei de Responsabilidade


Fiscal, ao final de cada quadrimestre, deve ser emitido pelos titulares dos Poderes e pelos
órgãos da Administração Pública
a) o relatório de gestão fiscal.
b) o relatório resumido de execução orçamentária.
c) o anexo de política fiscal.
d) o anexo de metas fiscais.
e) a declaração de cumprimento da regra de ouro.

065. (FGV/CM-ARACAJU/CONTADOR/2021) Ao elaborar a Lei Orçamentária Anual para o


exercício de 2019, um dado município estimou uma Receita Corrente Líquida de R$ 1,8
bilhão de reais. Se a estimativa não apresentar frustração durante o exercício, o limite,
em reais, para despesa com pessoal no âmbito do Poder Legislativo daquele ente será de:
a) R$ 45.000.000,00;
b) R$ 54.000.000,00;
c) R$ 108.000.000,00;
d) R$ 900.000.000,00;
e) R$ 972.000.000,00.

066. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) deve


ser elaborado por órgãos de todos os poderes, conforme definido na Lei de Responsabilidade
Fiscal. No caso de órgãos do Poder Judiciário, o relatório relativo ao último bimestre de um
exercício financeiro deverá conter, além do anexo Demonstrativo da Despesa com Pessoal,
informações relativas a:
a) despesas empenhadas e liquidadas pelo órgão categorizadas por subfunção;
b) detalhamento da aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos mantidos
pelo órgão;
c) detalhamento das receitas próprias arrecadadas pelo órgão;
d) empenhos não liquidados cancelados (não inscritos por insuficiência financeira);
e) projeção de despesas previdenciárias relativas ao pessoal lotado no órgão.

067. (FGV/CM-ARACAJU/CONTADOR/2021) O Relatório de Gestão Fiscal foi previsto na


Lei de Responsabilidade Fiscal para subsidiar o acompanhamento e controle das metas e
limites fiscais. Uma das características desse relatório é a apresentação:
a) da apuração do resultado primário;
b) da despesa total com pessoal;
c) do cálculo detalhado da receita corrente líquida;
d) em periodicidade bimestral;
e) exclusiva por parte do Poder Executivo.

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068. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Ao analisar a observância do limite de


despesa total com pessoal de certo Município, Auditor do TCE encontrou o seguinte quadro:
1. não se contabilizava como despesa de pessoal a parcela não paga da remuneração bruta
dos servidores que ultrapassava o teto constitucional do Art. 37, XI, CRFB/1988;
2. os valores dos contratos de terceirização de mão de obra referentes à substituição de
servidores e empregados públicos eram contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”;
3. a despesa total com pessoal atingia o percentual de 59,5% da receita corrente líquida.
A esse respeito, é correto afirmar que:
a) os procedimentos previstos nos n.s 1, 2 e 3 acima estão corretos;
b) os procedimentos previstos nos n.s 2 e 3 acima estão corretos, mas o procedimento
previsto no n. 1 está incorreto;
c) o procedimento previsto no n. 3 acima está correto, mas os procedimentos previstos
nos n.s 1 e 2 estão incorretos;
d) os procedimentos previstos nos n.s 1 e 3 acima estão corretos, mas o previsto no n. 2
está incorreto;
e) os procedimentos previstos nos n.s 1, 2 e 3 acima estão incorretos.

069. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) Entre os instrumentos de transparência fiscal previstos


na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei Complementar n. 131/2009, há itens que precisam
ser divulgados em até trinta dias após o final do período a que se referem. Um desses itens
se relaciona:
a) às prestações de contas;
b) ao calendário de audiências públicas;
c) ao parecer prévio emitido pelo tribunal de contas;
d) ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária;
e) aos planos e orçamentos.

070. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) O Estado Alfa foi instado pelo Tribunal de Contas estadual
a incrementar ações visando à maior transparência em sua gestão. De acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal, essa transparência almejada será assegurada também mediante:
a) disponibilização a qualquer pessoa física ou jurídica do acesso a informações referentes
ao lançamento e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, exceto referentes
a recursos extraordinários;
b) liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público;
c) publicidade das contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo, que ficarão disponíveis,
durante todo o exercício, no site do Tribunal de Justiça estadual e no órgão técnico responsável
pela sua elaboração;

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d) adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão


mínimo de qualidade utilizado pelo Poder Judiciário local, que será o parâmetro em nível
estadual;
e) incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, com periodicidade
mensal, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos.

071. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) O Estado Alfa pretende implantar, em 2021, um programa


de disponibilização de suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais seguindo
os padrões mínimos estabelecidos na Constituição da República de 1988. De acordo com
os parâmetros constitucionais sobre o tema, é correto afirmar que:
a) a periodicidade de divulgação pode ser livremente estabelecida pelo órgão central de
contabilidade estadual;
b) a divulgação em meio eletrônico de amplo acesso público é facultativa;
c) o formato dos dados divulgados segue padrão determinado pela União;
d) o tipo de sistema a ser utilizado será estabelecido por ato do Tribunal de Contas da União;
e) a periodicidade de divulgação será estabelecida por Resolução do Senado Federal, no
exercício de sua competência sobre finanças públicas.

072. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) Uma das contribuições da Lei de Responsabilidade Fiscal


(LRF) para a gestão fiscal responsável foi a definição de instrumentos de transparência,
aos quais deve ser dada ampla divulgação. Dentre as informações a seguir, considera-se
facultativa sob a perspectiva da gestão fiscal:
a) lançamento e recebimento de receitas pelas unidades gestoras;
b) parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas;
c) prestação de contas anual do ente;
d) relatório de acompanhamento de obras em andamento;
e) relatório resumido da execução orçamentária.

073. (FGV/PC-RN/DELEGADO/2021) O Município Alfa, por lei municipal, estabeleceu a


divulgação ampla de suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais mediante
publicação na versão física do Diário Oficial Municipal. Ao pretender firmar convênio com
o Estado Beta para receber transferências voluntárias, foi informado de que tal convênio
não poderia ser celebrado, em razão de inadequação na forma de disponibilização de suas
informações e dados. Diante desse cenário, o Estado:
a) tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados, em se tratando de transferência
voluntária de Estado a Município, deve seguir os critérios de divulgação livremente
estabelecidos pelo Estado transferidor;

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b) tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados não foi feita em meio eletrônico
de amplo acesso público;
c) não tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados por critérios reputados
inadequados pelo Estado não impede o recebimento de transferências voluntárias;
d) não tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados foi realizada em meio público
oficial impresso e de amplo acesso público;
e) não tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados foi realizada segundo critérios
estabelecidos em lei do ente federado competente.

074. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) De acordo com a Lei Complementar n. 101/00, assinale


a opção que deve ser contabilizada como Outras Despesas de Pessoal.
a) Os proventos da aposentadoria.
b) Os proventos de gratificações e horas extras.
c) Os encargos sociais e contribuições recolhidas.
d) O salário dos funcionários inativos e pensionistas.
e) O pagamento da mão de obra terceirizada para substituição de servidores e empregados
públicos.

075. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias,


as prestações de contas e o respectivo parecer prévio, o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal, assim como suas versões simplificadas,
representam instrumentos de transparência da gestão fiscal. Com relação a outros meios
que asseguram a transparência, analise as afirmativas a seguir.
I – O incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos
de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
II – A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público.
III – A adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda ao
padrão mínimo de qualidade estabelecido.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II, somente.
e) I, II e III.

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076. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) A despesa total com pessoal dos Poderes


e órgãos com autonomia administrativa, orçamentária e financeira está sujeita a limites
estabelecidos em relação ao montante apurado periodicamente da Receita Corrente
Líquida (RCL).
Considere que ao final do último quadrimestre de um dado exercício financeiro, um Estado
da federação apurou uma RCL de R$ 9,5 bilhões.
A partir desse parâmetro e dos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), a despesa total com pessoal no âmbito do Poder Judiciário do referido ente NÃO
poderá exceder, em reais, a:
a) R$ 1.045.000.000,00;
b) R$ 760.000.000,00;
c) R$ 570.000.000,00;
d) R$ 541.500.000,00;
e) R$ 513.000.000,00.

077. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) Entre os instrumentos de transparência


da gestão fiscal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), aos quais deve ser dada
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, um item de elaboração
e divulgação obrigatória por parte de órgãos do Poder Judiciário, como os Tribunais de
Justiça, é:
a) anexo de riscos e metas fiscais do órgão;
b) parecer prévio emitido pelo tribunal de contas;
c) programação de despesas do órgão autorizadas no orçamento;
d) relatório de gestão fiscal;
e) relatório resumido da execução orçamentária.

078. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021/ADAPTADA) Julgue:


De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei
de Diretrizes Orçamentárias disporá, dentre outras matérias, sobre normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos
dos orçamentos;

079. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021/ADAPTADA) Julgue:


De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias disporá, dentre outras matérias, sobre equilíbrio entre receitas
e despesas, vedada a regulamentação sobre condições e exigências para transferências de
recursos a entidades públicas e privadas;

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080. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016-ADAPTADA) Em um determinado exercício, foi verificado,


ao final de um bimestre, que a realização da receita da União poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas na legislação.
Acerca do tema, julgue:
Diante dessa situação, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, seguindo critérios fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;

081. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) Ao final de um bimestre,


percebeu-se que a realização da receita do Estado Alfa poderia não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário ou nominal, a ensejar a utilização do mecanismo de limitação
de empenho e movimentação financeira.
A respeito desse cenário, julgue:
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á a partir do primeiro mês do ano
subsequente.

082. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) Ao final de um bimestre,


percebeu-se que a realização da receita do Estado Alfa poderia não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário ou nominal, a ensejar a utilização do mecanismo de limitação
de empenho e movimentação financeira.
A respeito desse cenário, julgue:
Não serão objeto de limitação as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento
científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade;

083. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) O Estado Alfa pretendia realizar


transferências voluntárias de recursos financeiros ao Município Beta, mas verificou que
este ainda não havia instituído taxa de coleta domiciliar de lixo, nem contribuição de
iluminação pública para custeio dos respectivos serviços públicos efetivamente prestados
pela municipalidade. Ademais, não havia instituído o IPTU, por ter uma diminuta área
urbana. Ante tal constatação, o Estado Alfa impediu que os trâmites para tais transferências
seguissem adiante. Julgue:
Diante desse cenário, o Estado poderia impedir tal transferência pela não instituição do
IPTU, mas não da taxa e da contribuição.

084. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) O Presidente da República,


por Decreto, reduziu a zero a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de
certos eletrodomésticos, com vistas a estimular o consumo popular. Julgue:

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Diante desse cenário, tal ato normativo, por se tratar de mecanismo de tributação extrafiscal,
não necessita de medidas compensatórias desta queda de arrecadação de IPI;

085. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) Considere o detalhamento das receitas arrecadadas por


um ente até o sexto bimestre de um exercício financeiro, especificado por origem.
Origem da receita Valor realizado
Receita Industrial R$ 25.950,00
Alienação de Bens R$ 30.650,00
Amortização de Empréstimos R$ 76.200,00
Receita Patrimonial RS 132.750,00
Receita de Serviços R$ 174.600,00
Operações de Crédito R$ 278.000,00
Outras receitas correntes R$ 1.220.000,00
Contribuições R$ 3.892.000,00
Transferências Correntes R$ 6.367.000,00
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria RS 10.678.000,00

As receitas que serão consideradas na apuração da receita corrente líquida totalizam:


a) R$ 11.062.850,00;
b) R$ 12.090.300,00;
c) R$ 22.357.550,00;
d) R$ 22.490.300,00;
e) R$ 22.875.150,00.

086. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) O Presidente da República, por Decreto,


reduziu a zero a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de certos
eletrodomésticos, com vistas a estimular o consumo popular. Diante desse cenário, tal
ato normativo:
a) deveria ser veiculado por lei específica, e não por decreto;
b) necessita estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro para
sua validade;
c) por se tratar de mecanismo de tributação extrafiscal, não necessita de medidas
compensatórias desta queda de arrecadação de IPI;
d) deve estar acompanhado de medidas de compensação, por meio do aumento de receita,
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação
de tributo ou contribuição;
e) deve estar acompanhado de demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa
de receita da lei orçamentária, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias.

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087. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Ao final de um bimestre, percebeu-se que


a realização da receita do Estado Alfa poderia não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal, a ensejar a utilização do mecanismo de limitação de
empenho e movimentação financeira. A respeito desse cenário, é correto afirmar que:
a) as metas de resultado primário ou nominal estão estabelecidas no Anexo de Política Fiscal;
b) poderão ser limitadas as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida;
c) o prazo para promover a limitação de empenho é de 45 dias contados a partir do final
do bimestre;
d) não serão objeto de limitação as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento
científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade;
e) no caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição
das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á a partir do primeiro mês do ano
subsequente.

088. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei


Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias disporá, dentre outras
matérias, sobre:
a) diretrizes e metas, de forma regionalizada, da administração pública para as despesas
de capital e outras delas decorrentes;
b) objetivos e metas, de forma regionalizada, da administração pública para as despesas
relativas aos programas de duração continuada;
c) equilíbrio entre receitas e despesas, vedada a regulamentação sobre condições e exigências
para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
d) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos;
e) reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita tributária líquida, serão estabelecidos na Lei Orçamentária Anual.

089. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) O Estado Alfa pretendia realizar


transferências voluntárias de recursos financeiros ao Município Beta, mas verificou que
este ainda não havia instituído taxa de coleta domiciliar de lixo, nem contribuição de
iluminação pública para custeio dos respectivos serviços públicos efetivamente prestados
pela municipalidade. Ademais, não havia instituído o IPTU, por ter uma diminuta área
urbana. Ante tal constatação, o Estado Alfa impediu que os trâmites para tais transferências
seguissem adiante. Diante desse cenário, o Estado poderia impedir tal transferência pela:
a) não instituição da taxa, da contribuição e do IPTU;
b) não instituição da taxa e da contribuição, mas não do IPTU;
c) não instituição do IPTU e da taxa, mas não da contribuição;
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d) não instituição da taxa, mas não da contribuição e do IPTU;


e) não instituição do IPTU, mas não da taxa e da contribuição.

090. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE/2021) Com o objetivo de contribuir para o equilíbrio fiscal


dos entes públicos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabeleceu medidas a serem
observadas nos casos de concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza
tributária da qual decorra renúncia de receita.
Existem diversas espécies de renúncia de receita, com critérios e regras próprias. A espécie
de renúncia de receita que consiste no perdão da dívida, justificado por circunstâncias
previstas em lei, a exemplo do alto custo não compensável com a quantia em cobrança, é
o(a):
a) anistia;
b) crédito presumido;
c) isenção;
d) remissão;
e) subsídio.

091. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Leia o fragmento a seguir, retirado da Lei


n. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe.
Assinale a opção que apresenta a frase que completa, adequadamente, a lacuna.
a) o direito fundamental de acesso à informação e sua execução em conformidade com os
princípios básicos da Administração Pública.
b) uma ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e se corrigem desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
c) a adequada proteção dos direitos dos administrados e o melhor planejamento dos fins
da Administração.
d) a especificação das matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado,
a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível.
e) a determinação instrumental da intimação do interessado para ciência de decisão ou a
efetivação de diligências.

092. (FGV/PM-PB/OFICIAL/2021) A Receita Corrente Líquida (RCL) é um parâmetro que foi


introduzido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) como referência para indicadores de
gestão fiscal. Na apuração desse parâmetro nos entes estaduais, é deduzido do montante
das receitas correntes, entre outros, o valor das:
a) receitas intraorçamentárias;
b) receitas extraorçamentárias;
c) contribuições para o PIS/PASEP;

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d) contribuições dos trabalhadores para a seguridade social;


e) contribuições dos militares para custeio das pensões militares.

093. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-ADMINISTRADOR/2021) Ao longo da execução orçamentária,


variações na expectativa de realização de receitas podem indicar que as metas de resultado
primário ou nominal não serão cumpridas. Esse cenário exige pronta resposta dos responsáveis
pelos poderes, que podem promover limitação de empenho e movimentação financeira.
Dois instrumentos usados para fazer esse acompanhamento são:
a) cronograma de execução mensal de desembolso e balanço financeiro;
b) cronograma de execução mensal de desembolso e anexo de metas fiscais;
c) decreto de programação financeira e anexo de riscos fiscais;
d) decreto de programação financeira e balanço orçamentário;
e) decreto de programação financeira e relatório de gestão fiscal.

094. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) O acompanhamento das metas de


arrecadação disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com o intuito de promover, se
necessário, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias:
a) deverá ser realizado bimestralmente;
b) deverá ser realizado quadrimestralmente;
c) é de competência do chefe do Poder Executivo;
d) deverá ser realizado pelo respectivo tribunal de contas;
e) se aplica a todas as despesas autorizadas no orçamento.

095. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Assinale a opção que indica o instrumento


de planejamento, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, que dispõe sobre os critérios
e a forma de limitação de empenho.
a) Lei Orçamentária Anual.
b) Plano Plurianual.
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) Programação Financeira.
e) Plano Nacional.

096. (FGV/CM-ARACAJU/CONTADOR/2021) Considere as informações do quadro a seguir,


em milhares de reais, originadas do sistema de contabilidade de um município, relativas à
arrecadação do exercício de 2019.

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Receitas Valor arrecadado


Alienação de Bens R$ 22.000,00
Amortização de Empréstimos R$ 1.500,00
Contribuições R$ 74.000,00
Operações de Crédito R$ 41.000,00
Outras Receitas Correntes R$ 27.000,00
Receita de Serviços R$ 2.500,00
Receita Patrimonial R$ 135.000,00
Transferências Correntes R$ 965.000,00
Tributárias R$ 642.000,00

Dos recursos arrecadados, o montante base para a apuração da Receita Corrente Líquida
corresponde, em milhares de reais, a:
a) R$ 1.710.500,00;
b) R$ 1.845.500,00;
c) R$ 1.847.000,00;
d) R$ 1.869.000,00;
e) R$ 1.910.000,00.

097. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) A Lei de Diretrizes Orçamentárias inclui, entre outras


informações, o Anexo de Riscos Fiscais. Nele, deve(m) ser apresentada(s)
a) a demonstração da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
b) a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, com destaque para a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
c) a avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência social e próprio
dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
d) a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas
e informações sobre as providências a serem tomadas, caso se eles concretizem.
e) as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

098. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) As afirmativas a seguir dizem respeito à Lei Orçamentária


Anual, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Na Lei Orçamentária Anual constam todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária
ou contratual e as receitas que as atenderão.

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b) Os créditos com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada serão consignados


separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
c) O projeto de Lei Orçamentária Anual é elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
d) A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a
um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize
a sua inclusão.
e) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar
a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias ou em legislação
específica.

099. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) O projeto de Lei Orçamentária Anual contém reserva de


contingência, cuja forma de utilização e montante são estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias. Sobre a reserva de contingência, assinale a afirmativa correta.
a) Seu montante é definido com base nas receitas de capital.
b) Seu montante é definido com base nas despesas correntes.
c) Destina-se ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos.
d) Seu montante é definido pela diferença entre ativos contingentes e passivos contingentes.
e) Destina-se ao atendimento das provisões para contingências e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos.

100. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, integram


as despesas da União e são incluídas na Lei Orçamentária, as despesas relativas a pessoal,
custeio administrativo e investimento, da seguinte instituição:
a) Petrobras.
b) Banco do Brasil.
c) Banco Central do Brasil.
d) Caixa Econômica Federal.
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

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GABARITO

1. b 35. b 69. d
2. c 36. b 70. b
3. b 37. d 71. c
4. c 38. c 72. d
5. d 39. d 73. b
6. d 40. e 74. e
7. c 41. d 75. e
8. a 42. d 76. c
9. e 43. c 77. d
10. c 44. d 78. C
11. a 45. c 79. E
12. a 46. d 80. C
13. e 47. c 81. E
14. d 48. d 82. C
15. c 49. a 83. C
16. b 50. c 84. C
17. a 51. d 85. d
18. d 52. a 86. c
19. e 53. a 87. d
20. e 54. e 88. d
21. c 55. a 89. e
22. b 56. b 90. d
23. e 57. d 91. b
24. c 58. b 92. e
25. d 59. d 93. d
26. d 60. b 94. a
27. d 61. b 95. c
28. e 62. e 96. b
29. b 63. c 97. d
30. d 64. a 98. b
31. a 65. c 99. c
32. d 66. d 100. c
33. b 67. b
34. d 68. a

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GABARITO COMENTADO

001. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) A apuração da receita corrente líquida (RCL)


prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal consiste basicamente no somatório das receitas
correntes, do qual são deduzidos valores que têm destinação definida por lei.
Na apuração da receita corrente líquida de um Município, está sujeita a essa dedução a
origem de receitas:
a) tributárias;
b) de contribuições;
c) patrimoniais
d) extraorçamentárias;
e) de transferências voluntárias.

Deve ser feita a dedução da RCL da origem Receita de Contribuições – contribuição dos
servidores para o custeio do seu sistema de previdência. Confira no MDF – Manual de
Demonstrativos Fiscais:

Na União, no Distrito Federal, nos Estados e nos Municípios devem, ainda, ser deduzidas:
a) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência; e

Note que os ingressos extraorçamentários nem mesmo são computados no cálculo da RCL,
por serem recursos temporários do ente.
Letra b.

002. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2023) A limitação de empenho e movimentação


financeira consiste em um mecanismo disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com
o objetivo de auxiliar no cumprimento das metas fiscais ao longo do exercício financeiro.
Para que um ente público esteja em consonância com as disposições da LRF acerca desse
mecanismo, deve observar que:
a) a limitação de empenho é prerrogativa exclusiva do Poder Executivo;
b) a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados é vedada no último
quadrimestre do exercício;
c) a verificação da compatibilidade da arrecadação de receitas com as metas de resultado
primário e nominal é bimestral;
d) as despesas que têm aplicação mínima por disposição constitucional não se sujeitam à
limitação de empenho;
e) os critérios para limitação de empenho e movimentação financeira são fixados na Lei
Orçamentária Anual.
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Confira na LRF:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes
necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira,
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, todos os Poderes e o Ministério Público devem promover limitação
de empenho e movimentação financeira.
b) Errada. Vedação inexistente na LRF.
d) Errada. Contrariou a LRF. Confira:

Art. 9º § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

e) Errada. Os critérios são fixados na LRF.


Letra c.

003. (FGV/CGM-RJ/CONTADOR/2023) Um ente público municipal publicou um dos seus


instrumentos de planejamento que continha o seguinte trecho: “Em atendimento às disposições
do Art. 4º, I, e), da Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, esta lei estabelece que
todas as secretarias municipais enviarão informações em periodicidade quadrimestral,
conforme padrão definido pela CGM para apuração, controle e acompanhamento dos custos
dos serviços prestados pelo método de custeio padrão”.
Além dessa disposição, esse instrumento:
a) apresenta detalhes sobre o orçamento de investimento das empresas públicas municipais;
b) define condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas;
c) dispõe também sobre diretrizes e objetivos relativos aos programas de duração continuada;
d) estabelece normas de gestão financeira e patrimonial da administração pública municipal;
e) fornece as bases para a elaboração do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

Confira na LRF:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:

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I - disporá também sobre:


a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea
b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. O orçamento de Investimentos integra a LOA.
c) Errada. Apresentou atribuições constitucionais do PPA.
d) Errada. Será objeto de Lei Complementar, conforme artigo 165 parágrafo 9º da CF/1988.
e) Errada. A base do RREO são os registros de natureza orçamentária.
Letra b.

004. (FGV/TJ-RN/ANALISTA/2023) O planejamento da ação pública que implique geração


de despesa ou assunção de obrigação deve considerar as disposições legais para assegurar
a sua regularidade.
Uma análise da geração de despesa, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal, deve concluir
que a despesa é considerada adequada à Lei Orçamentária Anual quando:
a) colaborar com a expansão da ação pública;
b) for discutida em audiências públicas temáticas;
c) for objeto de dotação específica e suficiente;
d) possibilitar procedimentos específicos de controle prévio e concomitante;
e) tiver seu ciclo de execução concluído no exercício financeiro de referência.

Confira a LRF:

Art. 16 § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:


I - adequada com a Lei Orçamentária Anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente,
ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma
espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os
limites estabelecidos para o exercício;
(...)
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se
conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não
infrinja qualquer de suas disposições.

Letra c.

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005. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Um dos demonstrativos que compõem o Anexo de


Metas Fiscais que acompanha a Lei de Diretrizes Orçamentárias trata da estimativa e
compensação da renúncia de receita.
Para uma adequada análise desse demonstrativo, é necessário considerar que a renúncia
de receita:
a) deve se limitar ao exercício financeiro seguinte ao que foi aprovada;
b) dispensa a apresentação de medidas de compensação em situações emergenciais;
c) não é aplicável a programas de governo;
d) pode ser destinada a um beneficiário individual;
e) precisa ser autorizada no Plano Plurianual.

Se for concedida uma isenção a um beneficiário, ou seja, uma isenção de caráter não geral,
é considerada uma renúncia de receita. Confira na LRF:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra
renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao
disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por
meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção
em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Precisa da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.
b) Errada. Na verdade, as medidas de compensação podem ser dispensadas caso seja
apresentada demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa
de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias.
c) Errada. Também se aplica aos programas de governo.
e) Errada. Requisito inexistente na LRF.
Letra d.

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006. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) Um dos instrumentos definidos na Lei de Responsabilidade


Fiscal (LRF) para dar visibilidade e possibilitar o acompanhamento da gestão fiscal de todos
os entes públicos foi o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), cuja estrutura possibilita verificar:
a) a apuração da receita corrente líquida ao longo do exercício;
b) a apuração do montante do déficit ou superávit previdenciário;
c) o valor das despesas com juros da dívida inscritas em restos a pagar;
d) o montante das disponibilidades de caixa no encerramento do exercício;
e) os valores dos resultados nominal e primário ao final do exercício de referência.

Confira na LRF:
Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:


(...)
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;

As demais alternativas são papéis do RREO.


Letra d.

007. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) Ao final do segundo quadrimestre de um dado exercício


financeiro, um ente estadual apurou o montante de R$ 20 bilhões como Receita Corrente
Líquida (RCL). Após receber as informações periódicas para acompanhamento da gestão
fiscal, o tribunal de contas do referido Estado emitiu um alerta para o presidente da
Assembleia Legislativa em decorrência do montante registrado como despesa de pessoal
no âmbito do Poder Legislativo daquele ente federativo.
Para que o tribunal de contas emitisse o alerta, foi suficiente que a despesa total com
pessoal do período, no âmbito do Poder Legislativo, ultrapassasse o valor de:
a) R$ 360.000.000,00;
b) R$ 450.000.000,00;
c) R$ 540.000.000,00;
d) R$ 570.000.000,00;
e) R$ 1.080.000.000,00.

Antes de fazer os cálculos, vamos rever o percentual limite da despesa com pessoal do
Poder Legislativo Estadual na LRF:

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Art. 20 II - na esfera estadual:


a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;

Já o limite de alerta é de 90% do limite máximo das despesas de pessoal, ou seja, 90% dos
3% da RCL.
Agora vamos aos cálculos:
Limite de alerta = 20.000.000.000 x 0,03 x 0,9 = R$ 540.000.000,00.
Letra c.

008. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2023) A despesa com pessoal ativo e inativo e


pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder
os limites estabelecidos em lei complementar. A Lei de Responsabilidade Fiscal define que
a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação,
não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida nela definidos.
Considerando o exposto, tais percentuais da receita corrente líquida previstos em lei que
NÃO podem ser excedidos são:
a) União: 50% e Municípios: 60%;
b) União e Estados: 60%;
c) Estados e Municípios: 50%;
d) União, Estados e Municípios: 50%;
e) União, Estados e Municípios: 60%.

Confira a LRF:

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I – União: 50% (cinquenta por cento);
II – Estados: 60% (sessenta por cento);
III – Municípios: 60% (sessenta por cento)

Letra a.

009. (FGV/CGM-RJ/CONTADOR/2023) Os critérios e limites para controle da despesa total


com pessoal são tratados na Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com a referida

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lei complementar, dada a relevância da despesa com pessoal na composição dos gastos
públicos, a verificação do cumprimento dos limites desse tipo de despesa:
a) cabe ao Poder Legislativo a partir das prestações de contas anuais;
b) é apresentada no Relatório Resumido de Execução Orçamentária;
c) é prerrogativa exclusiva das instâncias de controle interno;
d) inclui-se entre as competências da Secretaria do Tesouro Nacional;
e) será realizada ao longo do exercício financeiro, ao final de cada quadrimestre.

A verificação do cumprimento dos limites das despesas com pessoal deve ser realizada ao
longo do exercício financeiro, ao final de cada quadrimestre. Confira na LRF:

Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada
ao final de cada quadrimestre.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida.

É atribuição do respectivo Tribunal de Contas a fiscalização e emissão dos alertas. Confira


na LRF:

Art. 59 § 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando


constatarem:
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;

Letra e.

010. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/2000)


estabelece os limites com o pessoal ativo e inativo e pensionistas de todos os entes
federativos. Assim, o Município de Niterói, em cada período de apuração, NÃO poderá
exceder os percentuais da receita corrente líquida de
a) 50%, sendo 8% para o Legislativo e 42% para o Executivo;
b) 50%, sendo 10% para o Legislativo e 40% para o Executivo;
c) 60%, sendo 6% para o Legislativo e 54% para o Executivo;
d) 60%, sendo 8% para o Legislativo e 52% para o Executivo;
e) 60%, sendo 10% para o Legislativo e 50% para o Executivo.

Confira na LRF:

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

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I – União: 50% (cinqüenta por cento);


II – Estados: 60% (sessenta por cento);
III – Municípios: 60% (sessenta por cento).
...
III - na esfera municipal:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando
houver;
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.

Letra c.

011. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) Um dos instrumentos de transparência da gestão


fiscal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal é a realização de audiências públicas. A
realização dessas audiências tem caráter obrigatório para os entes municipais:
a) durante os processos de elaboração e discussão dos instrumentos de planejamento;
b) no primeiro ano de mandato para compatibilizar o orçamento com o plano de governo;
c) para aprovação dos investimentos prioritários em cada exercício financeiro;
d) para avaliação do cumprimento das metas fiscais ao final de cada bimestre;
e) para prestação de contas ao final de cada ciclo de execução orçamentária.

Confira na LRF:

Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos
de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

Letra a.

012. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)


tem o objetivo de permitir o acompanhamento e a análise do desempenho da execução
orçamentária dos governos.
Ao tratar desse relatório, o Manual de Demonstrativos Fiscais publicado pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) orienta que o RREO:
a) contenha anexos que subsidiem o acompanhamento da gestão fiscal;
b) deva ser publicado anualmente por Municípios de pequeno porte;
c) deva ser publicado pelo Poder Executivo bimestralmente e pelos demais poderes no
encerramento do exercício;
d) em caso de erros, não deva ser republicado, mas ajustado no relatório do período seguinte;
e) não se aplique à execução orçamentária e financeira de consórcios públicos.
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Confira na LRF:

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e
composto de:
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
II - demonstrativos da execução das:
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada
para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação
inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;
c) despesas, por função e subfunção.
§ 1º Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente
nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.
§ 2º O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no §
2º do art. 51.
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2º, sua evolução,
assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;
III - resultados nominal e primário;
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º;
V – Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os
pagamentos realizados e o montante a pagar.
§ 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de
demonstrativos:
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3º do art. 32;
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos;
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela
decorrentes.
§ 2º Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
I - da limitação de empenho;
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão
fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

Letra a.

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013. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) A elaboração do Relatório Resumido da Execução


Orçamentária (RREO) é obrigatória para todos os entes da federação, conforme previsão
constitucional e detalhamento em legislação complementar.
Em termos de informações sobre a previsão e execução da receita orçamentária, os anexos
do RREO proveem detalhamento sobre:
a) receitas destinadas aos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos;
b) receitas efetivas e decorrentes de mutação patrimonial;
c) receitas orçamentárias e extraorçamentárias;
d) receitas ordinárias e vinculadas;
e) receitas por categoria econômica e fonte.

Confira na LRF:

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e
composto de:
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
II - demonstrativos da execução das:
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada
para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação
inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;
c) despesas, por função e subfunção.

Letra e.

014. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) O conteúdo do Relatório de Gestão Fiscal se refere


basicamente aos limites previstos na LRF para subsidiar o controle de gasto com pessoal
e do endividamento público.
Em termos de endividamento público, o relatório traz subsídios para acompanhar
individualmente os limites relativos a:
a) créditos não tributários;
b) depósitos restituíveis;
c) empréstimos concedidos;
d) operações de crédito;
e) transferências financeiras.

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Confira na LRF:
Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos
no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I – Chefe do Poder Executivo;
II – Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme
regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
III – Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
IV – Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela
administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio
de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 55. O relatório conterá:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do
art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

Letra d.

015. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) Ao analisar documentos e arquivos que compunham


a prestação de contas de um ente municipal referente a um determinado exercício, um
analista de controle verificou que o ente havia ultrapassado o limite da despesa total com
pessoal no último quadrimestre do referido exercício.

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Porém, o analista não localizou nos arquivos enviados informações relativas à indicação
das medidas corretivas adotadas pelo ente para recondução da despesa ao limite, que
deveriam constar especificamente no:
a) anexo de riscos fiscais;
b) demonstrativo da execução das despesas por categoria econômica;
c) relatório de gestão fiscal;
d) relatório resumido da execução orçamentária;
e) rol de notas explicativas ao balanço orçamentário.

Integra o RGF. Confira na LRF:


Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:


II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;

Letra c.

016. (FGV/TJ-RN/ANALISTA/2023) Na elaboração dos demonstrativos fiscais há anexos a


serem apresentados em cada período de divulgação e outros apenas no encerramento do
exercício.
No caso específico do Relatório de Gestão Fiscal, um anexo exclusivo do último quadrimestre
refere-se a:
a) limite de concessão de garantias;
b) inscrição de despesas em restos a pagar;
c) recursos destinados a parcerias público-privadas;
d) receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos;
e) medidas corretivas adotadas, se ultrapassado qualquer dos limites.

Confira na LRF:

Art. 55. O relatório conterá:


III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do
art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;

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4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Integra todos os RGFs.
c) Errada. Integra o RREO.
d) Errada. Integra o RREO.
e) Errada. Integra todos os RGFs.
Letra b.

017. (FGV/TCE-ES/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC


n. 101/2000) traz diversas definições de dívida pública.
Uma delas é a dívida pública mobiliária, que pode ser definida como:
a) dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios;
b) compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e
aceite de título, aquisição financiada de bens;
c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada;
d) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos
financeiros;
e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

Confira na LRF:

Art. 29 II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


b) Errada. Apresentou o conceito de operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 29 III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

c) Errada. Apresentou o conceito de garantia. Confira na LRF:

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Art. 29 IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou


contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

d) Errada. Apresentou o conceito de operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 29 III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

e) Errada. Apresentou o conceito de dívida pública. Confira na LRF:

Art. 29 I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios
ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze
meses;

Letra a.

018. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tem como principal


objetivo a definição de medidas que contribuam para o equilíbrio das contas públicas e que
promovam uma gestão fiscal responsável.
Em se tratando do refinanciamento do principal da dívida mobiliária, a LRF estabeleceu
que este, ao término do exercício financeiro, NÃO excederá o montante:
a) correspondente a 60% do saldo da dívida consolidada líquida;
b) definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias relativa ao referido exercício;
c) do final do exercício anterior, acrescido do superávit primário apurado no exercício de
referência;
d) do final do exercício anterior, com acréscimos legalmente definidos;
e) equivalente a duas vezes a receita corrente líquida apurada no exercício de referência.

Confira na LRF:

Art. 29 § 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de


cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações
de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de
atualização monetária.

Letra d.

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019. (FGV/TCE-ES/AUDITOR/2023) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aborda tópicos


que têm relevância crucial para o equilíbrio das contas públicas. A dívida pública constitui
um desses tópicos que são objeto de conceituações e imposição de vedações.
Para fins de controle e acompanhamento da dívida pública, um ente público deve considerar
que:
a) a prerrogativa de refinanciamento da dívida pública é exclusiva da União;
b) o limite máximo da dívida consolidada de um ente público é definido na LDO como
percentual da RCL;
c) o relatório resumido da execução orçamentária apresenta bimestralmente a apuração
da dívida consolidada;
d) operações de crédito de prazo inferior a doze meses não podem ser consideradas como
dívida pública;
e) para fins de aplicação dos limites, há casos em que precatórios judiciais podem integrar
a dívida consolidada.

Confira na LRF:

Art. 30 § 7º Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem
sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, o refinanciamento da dívida se aplica a todos os entes.
b) Errada. Na verdade, é definido na Resolução do Senado 40/2001. Confira:

Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ao final
do décimo quinto exercício financeiro contado a partir do encerramento do ano de publicação
desta Resolução, não poderá exceder, respectivamente, a:
I - no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente líquida, definida
na forma do art. 2; e
II - no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida,
definida na forma do art. 2

c) Errada. É o RGF que presenta quadrimestralmente comparativo da dívida consolidada e


mobiliária. Confira na LRF:
Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:


I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
b) dívidas consolidada e mobiliária;

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d) Errada. Contrariou o disposto na LRF. Confira:

Art. 29 § 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo


inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

Letra e.

020. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Com o objetivo de contribuir para o controle do


endividamento público, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabeleceu parâmetros
para o acompanhamento quadrimestral da dívida consolidada.
Conforme tais parâmetros, se a dívida consolidada de um ente ultrapassar o respectivo
limite ao final de um quadrimestre:
a) o ente deverá publicar decreto com regras para o refinanciamento da dívida;
b) o ente deverá abrir créditos adicionais extraordinários para cobrir o serviço da dívida;
c) o tribunal de contas enviará alerta em decorrência da situação de calamidade financeira;
d) o valor excedente deverá ser eliminado até o final do exercício corrente;
e) pelo menos um quarto do excedente deverá ser reduzido no quadrimestre seguinte.

Confira na LRF:

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao


final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

Letra e.

021. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA/2023) Um dos esforços da Lei de Responsabilidade


Fiscal (LRF) situa-se em torno de parâmetros para gestão responsável da dívida pública.
À luz das disposições da LRF, os entes públicos devem observar que, se o limite de endividamento
for ultrapassado no segundo quadrimestre do exercício e enquanto perdurar o excesso:
a) o ente deverá limitar empenho e gerar resultado fiscal nominal acima da meta para
reduzir a dívida;
b) o ente deverá revisar a programação financeira e o cronograma de desembolso do exercício;
c) o ente estará proibido de realizar operação de crédito, inclusive por antecipação de
receita, mas há ressalvas;
d) o limite deverá ser reconduzido integralmente até o final do exercício, no caso de último
ano de mandato;
e) será vedado o refinanciamento de dívida, inclusive quando se destinar a pagamento de
dívida mobiliária.

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Confira na LRF:

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao


final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação
de receita, ressalvadas as para pagamento de dívidas mobiliárias;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre
outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9º.
§ 2º Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente
ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.
§ 3º As restrições do § 1º aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite
no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
§ 4º O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado
os limites das dívidas consolidada e mobiliária.
§ 5º As normas deste artigo serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da
dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. O ente deverá obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao
limite.
b) Errada. Exigência inexistente na LRF.
d) Errada. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite
ao final de um quadrimestre, deve haver a sua recondução até o final dos três quadrimestres
seguintes.
e) Errada. Vedação inexistente na LRF.
Letra c.

022. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Um servidor preparou um relatório com a análise do


montante de operações de crédito (e transações equiparadas) em aberto em um ente
federativo ao final de um período.
Ao analisar o relatório e checar os conceitos dispostos na Lei de Responsabilidade Fiscal,
a chefia imediata verificou que o servidor cometeu um equívoco ao incluir no montante:
a) valores relativos à assunção de dívidas;
b) parcelamento de débitos preexistentes junto a instituições não financeiras;
c) recebimento antecipado de valores provenientes da prestação a termo de serviços;
d) recursos captados a título de antecipação de receita de tributos;
e) valores relativos a operações de arrendamento mercantil.

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O parcelamento de débitos preexistentes junto a instituições não financeiras não se equipara


a operação de crédito. Confira na Resolução do senado Federal de número 43/2001:

Art. 3º § 2º Não se equiparam a operações de crédito: (Incluído pela Resolução n.º 19, de 2003)
II - parcelamento de débitos preexistentes junto a instituições não-financeiras, desde que não
impliquem elevação do montante da dívida consolidada líquida

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. É uma situação equiparada à operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 29 § 1º Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de


dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.

c) Errada. É uma operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 29 III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

d) Errada. É uma situação equiparada à operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:


I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato
gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;

e) Errada. É uma operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 29 III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

Letra b.

023. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) Uma entidade do setor público apresentava as seguintes


informações, relativas ao ano de X1:
• Aquisição financiada de bens operacionais: R$ 100.000;
• Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços: R$
80.000;
• Operações de crédito autorizadas no orçamento para o refinanciamento do principal
da dívida mobiliária e efetivamente realizadas: R$ 300.000;
• Variação monetária da dívida mobiliária: R$ 50.000;

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• Compromisso de adimplência de obrigação financeira assumida pela entidade: R$


120.000.
Considerando-se que o montante do refinanciamento do principal da dívida mobiliária em
31/12/X0 era de R$ 500.000, o refinanciamento da dívida mobiliária em 31/12/X1 NÃO
poderá exceder o seguinte montante:
a) R$ 350.000;
b) R$ 420.000;
c) R$ 480.000;
d) R$ 550.000;
e) R$ 850.000.

Confira como está disposto na LRF:

Art. 29.
(...)
§ 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada
exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de
crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de
atualização monetária.

Ficam de fora, portanto:


• Aquisição financiada de bens operacionais: R$ 100.000;
• Recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços: R$
80.000;
• Compromisso de adimplência de obrigação financeira assumida pela entidade: R$
120.000, já que é uma concessão de garantia, conforme inciso IV do artigo 29 da
LRF. Confira:

Art. 29.
(...)
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

Assim, o refinanciamento do principal da dívida mobiliária não deve exceder:


+ Montante do refinanciamento do principal da dívida mobiliária do exercício anterior =
500.000
+ Operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas,
acrescido de atualização monetária = 300.000
+ Variação monetária da dívida mobiliária: R$ 50.000
Total = 850.000,00.
Letra e.

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024. (FGV/CGU/AUDITOR/2022/ADAPTADA) Sob a ótica da dimensão política, o orçamento


sedimenta disputas pelos recursos públicos. Por conta desses conflitos, torna-se essencial a
utilização dos instrumentos de transparência durante a execução orçamentária, devendo-se
conciliá-los com os mecanismos retificadores do orçamento, a fim de evitar a desfiguração
das previsões orçamentárias aprovadas pelo Poder Legislativo.
A partir dessa perspectiva, é correto afirmar que:
a) o regime jurídico da execução das despesas orçamentárias, previsto na Lei n. 4.320/1964,
está em consonância com o princípio contábil da competência, uma vez que define a fase
do empenho como o fato gerador da despesa orçamentária, ocasião em que se dá o efetivo
recebimento dos serviços, o consumo dos materiais ou o uso dos bens;
b) o pagamento dos Restos a Pagar não constitui um ato extraorçamentário porque,
independentemente de sua execução financeira ocorrer em um exercício posterior, a efetiva
inscrição dos Restos a Pagar ocorreu no exercício vigente
c) o mecanismo da “rolagem orçamentária” contribui para a descaracterização do orçamento
previamente aprovado pelo Poder Legislativo, o que pode vir a comprometer a capacidade
de pagamento do ente federativo em exercícios futuros, caso haja a inscrição excessiva
em Restos a Pagar;
d) como o resultado primário é calculado com base nas despesas empenhadas no exercício,
a inscrição em Restos a Pagar acaba por se tornar um mecanismo inócuo para o atingimento
da meta de resultado fiscal prevista no Anexo de Metas Fiscais da LDO;

O disposto na letra C está correto, visto que a dissociação entre o orçamento e o gasto
público, no cenário de esforço fiscal, pode decorrer em grande parte do “represamento” da
execução orçamentária formalizado por meio dos Decretos de Programação Orçamentária
e Financeira e pela rolagem orçamentária mediante abuso dos Restos a Pagar.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. O enfoque orçamentário é misto. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas

b) Errada. Na verdade, O pagamento de restos a pagar é um dispêndio extraorçamentário.


Confira no MCASP:
b. Extraorçamentário – são aqueles decorrentes de:
ii. Pagamento de restos a pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em
exercícios anteriores. Ou seja, pertencem a exercícios anteriores, de acordo com seu respectivo
empenho, de forma que nos seguintes serão consideradas extraorçamentárias.

d) Errada. Não impacta o resultado primário, visto que é um dispêndio extraorçamentário.


Letra c.
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025. (FGV/TJ-SC/JUIZ/2022) No Estado Alfa, a despesa total com pessoal apurada somando-
se a realizada no mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-
se o regime de competência (independentemente de empenho), alcançou o percentual de
53% da Receita Corrente Líquida (RCL).
Acerca desse cenário específico, é correto afirmar que:
a) o Tribunal de Contas da União deverá emitir alerta ao Estado Alfa;
b) o Tribunal de Contas do Estado Alfa deverá emitir alerta ao Estado Alfa;
c) o Estado Alfa não poderá receber transferências voluntárias da União;
d) o percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal se encontra dentro dos
limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal;
e) o percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal extrapolou os limites
previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Estado Alfa está com despesa de pessoal de 53% da RCL quando seu limite seria é 60%,
ou seja, esse ente está gastando 88,33% do respectivo limite. Dessa forma, o percentual
da RCL alcançado com despesa total com pessoal se encontra dentro dos limites previstos
na LRF e não atingiu os limites de alerta (90%) e prudencial (95%).
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. O percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal se encontra dentro
dos limites previstos na LRF e não atingiu os limites de alerta (90%) e prudencial (95%).
b) Errada. O percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal se encontra dentro
dos limites previstos na LRF e não atingiu os limites de alerta (90%) e prudencial (95%).
c) Errada. É vedado o recebimento caso o ente tenha excedido a despesa de pessoal e não
reduza nos dois quadrimestres seguintes o excedente.
e) Errada. O percentual da RCL alcançado com despesa total com pessoal se encontra dentro
dos limites previstos na LRF.
Letra d.

026. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) Um servidor do setor de informática de um ente público


estava organizando os anexos do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do
último bimestre do exercício para publicação no portal da transparência do ente.
Após a publicação dos anexos do RREO, foi detectado que o servidor cometeu um equívoco
ao incluir um anexo em que constavam informações sobre:
a) parcerias público-privadas;
b) restos a pagar por poder e órgão;
c) receitas e despesas previdenciárias;

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d) estimativa e compensação da renúncia de receita;


e) receita de alienação de ativos e aplicação dos recursos.

Questão que deve ser respondida de acordo com o MDF Manual de Demonstrativos Fiscais.
Confira:

Os demonstrativos do RREO, listados a seguir, deverão ser elaborados e publicados até trinta
dias após o encerramento do bimestre de referência, durante o exercício.
a) Balanço Orçamentário;
b) Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção;
c) Demonstrativo da Receita Corrente Líquida;
d) Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias (letra c)
e) Demonstrativo dos Resultados Primário e Nominal;
f) Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão; (letra b)
g) Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino;
h) Demonstrativos das Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde;
i) Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas; (letra a)
j) Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.
Além dos demonstrativos acima citados, também deverão ser elaborados e publicados até trinta
dias após o encerramento do último bimestre, os seguintes:
a) Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital;
b) Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime de Previdência;
c) Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos. (letra e)

A estimativa e compensação da renúncia de receita, de acordo com a LRF, deve constar no


Anexo de Metas Fiscais, onde devem ser estabelecidas metas anuais, em valores correntes
e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, e conter ainda
o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Letra d.

027. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o


Relatório de Gestão Fiscal deverá conter, entre outros,
a) as projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos.
b) o demonstrativo da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação
dos recursos dela decorrentes.
c) as informações sobre apuração da receita corrente líquida, conforme definida na Lei,
sua evolução e previsão de desempenho até o final do exercício.
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d) o comparativo com os limites tratados pela Lei dos montantes relativos a despesa total
com pessoal, dívidas consolidadas e mobiliárias, concessão de garantias e operações de
crédito.
e) o balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as receitas por fonte
e as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa
liquidada e o saldo.

A alternativa correta é a letra D. Confira na LRF

Do Relatório de Gestão Fiscal


Art. 55. O relatório conterá:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do
art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Integra o RREO do último bimestre. Confira na LRF:

Art. 53 § 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também


de demonstrativos:
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos;

b) Errada. Integra o RREO do último bimestre. Confira na LRF:

Art. 53 § 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também


de demonstrativos:
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela
decorrentes.

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c) Errada. Integra o RREO. Confira na LRF:

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:


I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2º, sua evolução,
assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

c) Errada. Integra o RREO. Confira na LRF:

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e
composto de:
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;

Letra d.

028. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe que, ao final


de cada quadrimestre, os titulares de Poderes e órgãos emitirão Relatório de Gestão Fiscal
(RGF). No caso dos Ministérios Públicos Estaduais, o Manual de Demonstrativos Fiscais
(MDF) define a configuração dos demonstrativos anexos que devem compor o RGF em
cada quadrimestre.
Tal configuração estabelece que o demonstrativo:
a) da despesa com pessoal poderá ser publicado apenas no último quadrimestre se o limite
prudencial não tiver sido ultrapassado;
b) da execução dos restos a pagar deverá ser publicado em referência a todos os quadrimestres;
c) das garantias e contragarantias é exigido se o órgão tiver concedido ou obtido tais
benefícios;
d) das operações de crédito deverá ser publicado se o órgão tiver realizado operações de
crédito no exercício;
e) simplificado do RGF é exigido apenas em referência ao último quadrimestre.

O disposto na alternativa E está de acordo com o disposto no MDF - Manual de Demonstrativos


Fiscais. Confira:

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Para o Poder Executivo, a emissão do Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão


Fiscal deve ser realizada em todos os quadrimestres. Confira no MDF:

Parte integrante do Relatório de Gestão Fiscal – RGF, o Demonstrativo Simplificado do Relatório


de Gestão Fiscal, versão simplificada daquele relatório, deverá ser elaborado pelo Poder Executivo,
em todos os quadrimestres, e pelos Poderes Legislativo e Judiciário e pelo Ministério Público,
somente no último quadrimestre.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Será exigido em todos os quadrimestres.
b) Errada. Somente será exigido no último quadrimestre.
c/d) Erradas. É exigido ao Poder Executivo em todos os quadrimestres, não se aplicando
aos demais entes da federação.
Letra e.

029. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o


Relatório de Gestão Fiscal será publicado até trinta dias após o encerramento do período
a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
O descumprimento do prazo previsto impedirá, até que a situação seja regularizada, que
a entidade
a) contraia obrigações de despesa que não possam ser cumpridas integralmente com o
saldo disponível em caixa.
b) receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, com exceção às
destinadas ao pagamento da dívida mobiliária.
c) receba empréstimos e financiamentos de agências de fomento, incluindo o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico.
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d) realize aplicações da receita de capital derivada da alienação de bens para o financiamento


de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e
próprio dos servidores públicos.
e) realize transações com outras entidades do setor público relativas a venda de bens,
prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas,
prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.

O descumprimento do prazo previsto para publicação do RGF impede, até que a situação
seja regularizada, que a entidade receba transferências voluntárias e contrate operações
de crédito, exceto as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária. Confira no § 2º do
artigo 51 da LRF:

Art. 51 § 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação
seja regularizada, que o Poder ou órgão referido no art. 20 receba transferências voluntárias e
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária.

Letra b.

030. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) As despesas de pessoal da Administração Pública são


recorrentemente apontadas como uma das principais causadoras do agravamento da
situação fiscal do Estado. No entanto, por se traduzirem em despesas obrigatórias, há
pouca margem para o gestor público dispor sobre elas.
Com relação a essa espécie de despesa pública, é correto afirmar que:
a) é válida a conduta de gestor público que aprova novo plano de carreira de servidores
efetivos, nos 180 dias anteriores ao final de seu mandato, com o consequente aumento das
despesas de pessoal, mas que possui previsão expressa de que as parcelas remuneratórias
somente serão implementadas após o referido período impeditivo;
b) é adequada a conduta de um gestor público que, para reduzir as despesas de pessoal que
extrapolaram os limites estabelecidos em lei complementar, resolve reduzir temporariamente
a jornada de trabalho dos servidores com a consequente adequação dos vencimentos à nova
carga horária, já que se trata de medida menos restritiva que a exoneração de servidores
estáveis;
c) o gestor público que não observa a vedação no sentido de ordenar, autorizar ou executar
ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal nos 180 dias anteriores ao final
do mandato ou da legislatura, estará sujeito ao enquadramento de sua conduta como ato
de improbidade administrativa, mas não como crime, por ausência de tipificação legal;
d) é indevida a conduta de chefe do Poder Executivo que exige que os demais Poderes e
Órgãos Independentes passem a apurar, na aplicação dos limites de despesas com pessoal,
os gastos dos seus respectivos servidores inativos e pensionistas;

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e) a Lei Complementar n. 178/2021 instituiu uma nova regra de retorno aos parâmetros
legais das despesas de pessoal, direcionada aos Poderes e Órgãos que estiverem com os
limites extrapolados até o término do exercício financeiro da publicação da referida lei.

A alternativa correta é a letra E, visto que realmente a LC 178/2021 instituiu uma nova
regra de retorno aos parâmetros legais das despesas de pessoal, direcionada aos Poderes
e Órgãos que estiverem com os limites extrapolados até o término do exercício financeiro
da publicação da referida lei. Confira:

Art. 15. O Poder ou órgão cuja despesa total com pessoal ao término do exercício financeiro da
publicação desta Lei Complementar estiver acima de seu respectivo limite estabelecido no art.
20 da Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, deverá eliminar o excesso à razão de, pelo
menos, 10% (dez por cento) a cada exercício a partir de 2023, por meio da adoção, entre outras,
das medidas previstas nos arts. 22 e 23 daquela Lei Complementar, de forma a se enquadrar no
respectivo limite até o término do exercício de 2032.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. A alternativa apresenta um ato nulo. Confira na LRF:

Art. 21. É nulo de pleno direito:


IV - a aprovação, a edição ou a sanção, por Chefe do Poder Executivo, por Presidente e demais
membros da Mesa ou órgão decisório equivalente do Poder Legislativo, por Presidente de Tribunal
do Poder Judiciário e pelo Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados, de norma legal
contendo plano de alteração, reajuste e reestruturação de carreiras do setor público, ou a edição
de ato, por esses agentes, para nomeação de aprovados em concurso público, quando: (Incluído
pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
a) resultar em aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao
final do mandato do titular do Poder Executivo; ou
b) resultar em aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a serem implementadas
em períodos posteriores ao final do mandato do titular do Poder Executivo.

b) Errada. A alternativa está de acordo com o artigo 23 § 2º da LRF que faculta a redução
temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária.
Entretanto, o STF, no julgamento da ADI 2238, entendeu ser inconstitucional tal dispositivo.
Confira o julgado:

JURISPRUDÊNCIA
Na sequência, o Tribunal, por maioria, julgou procedente o pedido tão somente para
declarar, parcialmente, a inconstitucionalidade, sem redução de texto, do art. 23, §
1º, da Lei de Responsabilidade Fiscal, de modo a obstar interpretação segundo a qual
é possível reduzir valores de função ou cargo que estiver provido, e, quanto ao § 2º

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do art. 23, declarou a sua inconstitucionalidade, ratificando a cautelar, nos termos do


voto do Ministro Edson Fachin, vencidos os Ministros Alexandre de Moraes (Relator),
Roberto Barroso e Gilmar Mendes, que julgavam improcedente a ação no tocante ao
art. 23, §§ 1º e 2º, com a cassação da medida cautelar concedida; e, parcialmente, a
Ministra Cármen Lúcia, apenas num ponto específico, e o Presidente, que acompanhava
o Relator quanto ao § 1º do art. 23 e, quanto ao § 2º, julgava parcialmente procedente
a ação para fixar interpretação conforme. Redigirá o acórdão o Ministro Relator.
Plenário, 24.06.2020 (Sessão realizada inteiramente por videoconferência - Resolução
672/2020/STF).

c) Errada. A situação apresentada caracteriza um crime contra as finanças públicas. Confira


na Lei n. 10.028/2000:

“Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com
pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura:” (AC)
“Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.” (AC)
“Oferta pública ou colocação de títulos no mercado” (AC)

d) Errada. Os gastos com inativos e pensionistas devem ser computados na apuração do


limite da despesa com pessoal. Confira na LRF:

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal:
o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas,
relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

Letra e.

031. (FGV/PC-AM/DELEGADO/2022) No Estado Beta, ao final do primeiro quadrimestre


do ano de 2019 constatou-se que a despesa total com pessoal do Poder Executivo havia
ultrapassado o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – LC n. 101/00). Contudo,
o percentual excedente não foi eliminado nos dois quadrimestres seguintes.
À luz da LRF, ao final dos dois quadrimestres seguintes sem recondução da despesa total
com pessoal aos limites devidos, avalie se o Poder Executivo do Estado Beta não poderia
I. receber transferências voluntárias.
II. obter garantia, direta ou indireta, da União.
III. contratar operações de crédito destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária.
Está correto o que se afirma em
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a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II, apenas.
e) III, apenas.

Vamos ver como a LRF trata o tema.

Art. 23 § 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido e enquanto perdurar o excesso, o


Poder ou órgão referido no art. 20 não poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária
e as que visem à redução das despesas com pessoal.

Agora vamos avaliar os itens.


I – Certo. Realmente, apresentou uma vedação trazida pelo inciso I do § 3º do art. 23 da LRF.
II – Certo. Realmente, apresentou uma vedação trazida pelo inciso II do § 3º do art. 23 da LRF.
III – Errado. Trouxe a exceção do inciso III do § 3º do artigo 23 da LRF.
Letra a.

032. (FGV/MPC-SC/ANALISTA/2022) Um dos limites de gastos definido na Lei de


Responsabilidade Fiscal refere-se à despesa total com pessoal, que é monitorada durante
o exercício com base na Receita Corrente Líquida (RCL), a partir de informações divulgadas
no Relatório de Gestão Fiscal (RGF).
Considerando como referência uma RCL de R$ 30 bilhões ao final do primeiro quadrimestre
de um exercício, se o Ministério Público de um dado estado da federação apurou, no mesmo
período de referência, uma despesa total com pessoal de R$ 550 milhões, deverá:
a) eliminar o excedente nos dois quadrimestres seguintes para retornar ao limite;
b) observar as regras e vedações para descumprimento de limite prudencial;
c) propor ajustes no cronograma de execução de desembolso, para não afetar o cumprimento
das metas fiscais;
d) ser alertado pelo respectivo tribunal de contas quanto ao comprometimento de recursos
com despesas com pessoal;
e) solicitar suplementação da dotação orçamentária para pagamento de pessoal, por ser
despesa obrigatória.

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O limite da despesa com pessoal do MP Estadual é de 2% da RCL, conforme dispõe o artigo


20, II, da LRF. Importante lembrar ainda que o limite prudencial é 95% do limite máximo e
que o limite de alerta é de 90% do limite máximo.
Nessa toada, o limite da despesa com pessoal do MP Estadual é = 0,02 x 30.000.000.000 =
600.000.000,00. Então temos:
Limite de alerta 600.000.000 x 0,90 = 540.000.000,00
Limite prudencial = 600.000.000 x 0,95 = 570.000.000,00
Assim, a despesa com pessoal do MP estadual ultrapassou o limite de alerta, mas está abaixo
do prudencial, ou seja, o ente deve ser alertado pelo Tribunal de Contas.
Letra d.

033. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO-DE-ARRECADAÇÃO/2022) Em relação às transferências


voluntárias, para efeito da Lei Complementar n. 101/2000, analise as afirmativas a seguir.
I – Elas compreendem a entrega de recursos correntes ou de capital.
II – São realizadas a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira.
III – Decorrem de determinação constitucional legal ou destinada ao Sistema Único de Saúde.
Em relação às transferências voluntárias, está correto o que afirma em
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

Vamos avaliar os itens.


I – Certo. Confira na LRF:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega
de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados
ao Sistema Único de Saúde.

II – Certo. De acordo com o artigo 25 da LRF.


III – Errado. Na verdade, as transferências voluntárias não decorrem de determinação
constitucional legal ou destinada ao SUS - Sistema Único de Saúde.
Letra b.

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034. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Ao final de um certo quadrimestre, verificou-se que a


despesa total com pessoal de um determinado Tribunal Regional do Trabalho (TRT) alcançou
94,5% do limite de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – LC
n. 101/2000, Arts. 19 e 20).
Diante desse fato, tendo-se atingido o percentual de 94,5% acima descrito:
a) fica vedada a criação de cargo, emprego ou função;
b) fica vedada a alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
c) o percentual de 4,5% excedente a 90% terá de ser eliminado nos dois quadrimestres
seguintes, sendo, pelo menos, um terço no primeiro;
d) o Tribunal de Contas da União (TCU) deverá alertar o referido TRT de que o montante da
despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite;
e) fica vedada a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou
contratual.

Para despesa com pessoal pode o ente exceder o limite de despesa com pessoal (100%),
ou ultrapassar o limite prudencial - quando o ente ultrapassa 95% do limite máximo, ou
ainda ultrapassar o limite de Alerta - quando o ente ultrapassa 90% do limite máximo. No
caso em tela, o TRT alcançou 94,5% do limite de gastos com pessoal, ou seja, está abaixo
do limite prudencial e acima do limite de alerta. Assim, o Tribunal de Contas somente irá
emitir um alerta, conforme § 1º do art. 59 da LRF:

Art. 59.
§ 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:
(...)
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;

Vamos comentar as demais alternativas:


a) Errada. É uma vedação imposta ao ente que ultrapassar 95% do limite da despesa com
pessoal (limite prudencial).
b) Errada. É uma vedação imposta ao ente que ultrapassar 95% do limite da despesa com
pessoal (limite prudencial).
c) Errada. De acordo com o artigo 23 da LRF, é uma condição imposta ao ente que ultrapassar
o limite (100%) da despesa com pessoal.
e) Errada. É uma vedação imposta ao ente que ultrapassar 95% do limite da despesa com
pessoal (limite prudencial).
Letra d.

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035. (FGV/MP-GO/PROMOTOR/2022) A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece limites para


a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação,
havendo, na esfera estadual, limites globais e específicos, dentre os últimos o relativo ao
Ministério Público.
A respeito do tema, é correto afirmar que:
a) para a apuração da despesa total com pessoal, deve ser observada a remuneração bruta
do servidor, deduzidas as verbas retidas a título de imposto de renda na fonte;
b) o Ministério Público deve apurar, de forma segregada para aplicação do limite de despesa
com pessoal, a integralidade das despesas com pessoal dos respectivos servidores inativos
e pensionistas, mesmo que o custeio dessas despesas esteja a cargo do Tesouro Estadual;
c) na verificação do atendimento dos limites de despesa total com pessoal, não devem
ser computadas as despesas com inativos e pensionistas quanto à parcela custeada com
recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro do regime de previdência;
d) caso a despesa total com pessoal do Ministério Público ultrapasse os limites estabelecidos
e o excedente não seja eliminado no prazo legal, o Estado não poderá receber transferências
voluntárias ou obter garantia, direta ou indireta, da União;
e) na verificação do atendimento dos limites de despesa total com pessoal, devem ser
computadas as despesas com inativos e pensionistas quanto à parcela custeada com
recursos provenientes de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do
regime de previdência.

A alternativa correta é a letra B, visto que realmente o Ministério Público deve apurar, de
forma segregada para aplicação do limite de despesa com pessoal, a integralidade das
despesas com pessoal dos respectivos servidores inativos e pensionistas, mesmo que o
custeio dessas despesas esteja a cargo do Tesouro Estadual. Confira na LRF:

Art. 20 § 2º Para efeito deste artigo entende-se como órgão:


I - o Ministério Público;
II - no Poder Legislativo:
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;
b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;
c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal;
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
III - no Poder Judiciário:
a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
...
§ 7º Os Poderes e órgãos referidos neste artigo deverão apurar, de forma segregada para
aplicação dos limites de que trata este artigo, a integralidade das despesas com pessoal dos

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respectivos servidores inativos e pensionistas, mesmo que o custeio dessas despesas esteja a
cargo de outro Poder ou órgão.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Contraria o disposto na LRF. Confira:

Art. 18 § 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta
do servidor, sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento ao
disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal.
CF Art. 37 X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em
cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

c) Errada. Contraria o disposto na LRF. Confira:

Art. 19 § 3º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, é vedada a


dedução da parcela custeada com recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro
dos regimes de previdência.

d) Errada. Contraria o disposto na LRF. Confira:

Art. 23 § 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido e enquanto perdurar o excesso, o


Poder ou órgão referido no art. 20 não poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;

e) Errada. Contraria o disposto na LRF. Confira:

Art. 19 § 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade gestora única ou
fundo previsto no art. 249 da Constituição Federal, quanto à parcela custeada por recursos
provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição;
c) de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do regime de previdência, na
forma definida pelo órgão do Poder Executivo federal responsável pela orientação, pela supervisão
e pelo acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos.

Letra b.

036. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) Um servidor da área de controle estava analisando a


Demonstração de Despesa com Pessoal de um ente público ao final de um quadrimestre
para verificar eventuais irregularidades quanto a itens incluídos como despesa de pessoal.
Trata-se de uma área de gastos relevante e objeto de limites periodicamente acompanhados.
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Na análise feita pelo servidor, para fins de cumprimento de limite de despesa total com
pessoal, um item que NÃO representa irregularidade e deve ser normalmente computado
se refere a despesas:
a) geradas por incentivos à demissão voluntária;
b) decorrentes de horas extras e gratificações;
c) decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior;
d) relativas à indenização por demissão de servidores ou empregados;
e) com inativos e pensionistas custeadas por recursos originados de contribuições dos
segurados.

Os valores decorrentes de horas extras e gratificações e devem ser normalmente computados


na despesa total de pessoal. Confira na LRF:

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal:
o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas,
relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Não deve ser computado como gasto total de pessoal. Confira na LRF:

Art. 19 § 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;

c) Errada. A banca entendeu que não deve ser computado como gasto total de pessoal.
Entretanto, os gastos decorrentes de despesa de decisão judicial e da competência anterior
ao período previsto no § 2º do artigo 18 não devem ser computados, contudo, os gastos
decorrentes de despesa de decisão judicial e da competência posterior ao do período acima
devem ser computados. Confira na LRF:

Art. 19 § 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração a que
se refere o § 2º do art. 18;
Art. 18 § 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em
referência com as dos 11 (onze) imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência,
independentemente de empenho.

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d) Errada. Não deve ser computado como gasto total de pessoal. Confira na LRF:

Art. 19 § 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;

e) Errada. Não deve ser computado como gasto total de pessoal. Confira na LRF:

Art. 19 § 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade gestora única ou
fundo previsto no art. 249 da Constituição Federal, quanto à parcela custeada por recursos
provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9º do art. 201 da Constituição;

Letra b.

037. (FGV/SEFAZ-AM/ANALISTA-DE-TI/2022) A Assembleia Legislativa do Estado Alfa


descumpriu os limites de gastos com seu pessoal. Diante disso, a União proibiu o Estado
Alfa de realizar operações de crédito e de receber transferências de recursos federais, com
base na Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, a União agiu
a) corretamente, pois o ente federativo Estado Alfa (representado pelo Poder Executivo)
é a pessoa jurídica de direito público interno a que pertence o Poder Legislativo estadual.
b) corretamente, pois o Governo do Estado (Poder Executivo), no regular exercício do
controle externo, deveria ter sustado os efeitos dos atos do Legislativo que afrontaram a
Lei de Responsabilidade Fiscal.
c) corretamente, com base nos princípios da transcendência subjetiva das sanções e da
unidade institucional, pois o Governador do Estado Alfa (na qualidade de chefe do Poder
Executivo) representa o Estado em nível nacional.
d) incorretamente, por violação ao princípio da intranscendência subjetiva das sanções, na
medida em que o Governo do Estado (Poder Executivo) não tem competência para intervir
na esfera orgânica do Legislativo, que dispõe de plena autonomia institucional outorgada
pela Constituição.
e) incorretamente, por violação ao princípio da continuidade dos serviços públicos, para
cuja manutenção é imprescindível a realização de operações de crédito e o recebimento
de transferências de recursos federais, sob pena de colapsar as contas públicas estaduais.

Essa questão foi baseada no julgamento do STF no RE 1.254.102, em 11.10.2019. Confira:


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JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 743. DIREITO
FINANCEIRO. SEPARAÇÃO DOS PODERES. AUTONOMIA FINANCEIRA. INSCRIÇÃO
CADASTROS DE INADIMPLENTES. PRINCÍPIO DA INSTRANSCENDÊNCIA DE SANÇÕES.
1. A autonomia financeira dos Poderes veda limitação de despesas por outro Poder
conforme decisão proferida na ADI n.2238, DJe 15 set. 2020. 3. A jurisprudência da
Corte está orientada no sentido de que a imposição de sanções ao Executivo estadual
em virtude de pendências dos Poderes Legislativo e Judiciário locais constitui violação
do princípio da intranscendência, na medida em que o Governo do Estado não tem
competência para intervir na esfera orgânica daquelas instituições, que dispõem de
plena autonomia institucional a elas outorgadas por efeito de expressa determinação
constitucional.

Podemos concluir que a União agiu incorretamente ao proibir o Estado Alfa de realizar
operações de crédito e de receber transferências de recursos federais, com base na LRF,
já que foi o Poder Legislativo que descumpriu o limite de gasto com pessoal. Em outras
palavras, o Poder Executivo não podia intervir na esfera orgânica do Poder Legislativo, visto
que o Poder Legislativo dispõe de plena autonomia institucional.
Letra d.

038. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal, as


transferências voluntárias
a) independem de dotação específica.
b) decorrem de determinação constitucional.
c) exigem comprovação, por parte do beneficiário, de cumprimento dos limites constitucionais
relativos à educação e à saúde.
d) não geram necessidade de comprovação de previsão orçamentária de contrapartida.
e) são utilizadas para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal, as transferências voluntárias exigem


comprovação, por parte do beneficiário, de cumprimento dos limites constitucionais
relativos à educação e à saúde. Confira na LRF:

Art. 25 § 1º São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas
na lei de diretrizes orçamentárias:
IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:

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a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos


ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele
recebidos;
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive
por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
d) previsão orçamentária de contrapartida.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Precisa de dotação específica. Confira na LRF:

Art. 25 § 1º São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas
na lei de diretrizes orçamentárias:
I - existência de dotação específica;

b) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega
de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados
ao Sistema Único de Saúde.

d) Errada. Contraria a LRF conforme explicado na letra C.


e) Errada. Contraria a LRF conforme explicado na letra B.
Letra c.

039. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) O Art. 25 da Lei de Responsabilidade Fiscal regulamenta as


transferências voluntárias entre os entes federativos. Exige, por parte do ente beneficiário,
a comprovação do cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde.
Determinado Estado da federação aprovou, por meio de emenda constitucional de iniciativa
parlamentar, um limite mínimo anual de aplicação em ações e serviços públicos de saúde
acima do previsto na Lei Complementar federal n. 141/2012.
À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
A - é possível que ente da federação institua um limite acima do previsto no ordenamento
jurídico federal, tendo em vista que o próprio Art. 11 da Lei Complementar federal n.
141/2012 aduz que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão observar o
disposto nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas sempre que os percentuais nelas
estabelecidos forem superiores aos fixados na referida Lei Complementar para aplicação
em ações e serviços públicos de saúde;
b) em face do princípio da subsidiariedade, que rege o federalismo fiscal brasileiro, é possível
que legislação de entes subnacionais preveja um limite superior ao estabelecido na legislação

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federal, em razão das especificidades regionais e locais, tendo em vista a autonomia dos
entes federativos, consideradas suas possibilidades financeiras;
c) não existe qualquer empecilho quanto a Constituições estaduais estabelecerem um limite
mínimo em gastos com saúde acima do previsto no ordenamento federal, uma vez que deve
prevalecer a norma que possibilita uma maior concretização dos direitos fundamentais;
d) a instituição de um limite estadual superior ao estabelecido pelo legislador nacional usurpa
a iniciativa legislativa do chefe do Poder Executivo e afronta o princípio constitucional da
não vinculação da receita de impostos;
e) os limites estipulados em lei complementar federal devem prevalecer, in casu, por
constituírem norma hierarquicamente superior à Constituição Estadual.

O pano de fundo para resolver essa questão é a ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade
n. 5897/2019 julgada pelo STF – Supremo Tribunal Federal. O objeto dessa ação foi o art.
11 da Lei Complementar n. 141/2012, que permitia a fixação de percentuais superiores
para aplicação em ações e serviços públicos de saúde pelos Entes federados.
No julgamento dessa ADI, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do artigo, proibindo que
Estados e Munícipios fixem limites superiores ao estabelecido pela legislação federal, por
entender que afrontaria a princípio da não vinculação da receita de impostos e também a
iniciativa do Chefe do Poder Executivo.
Diante desse quadro, podemos ver que a alternativa D está de acordo com a jurisprudência
apresentada, enquanto as alternativas A, B e C estão incorretas visto que o STF julgou
inconstitucional ao art. 11 da Lei Complementar federal n. 141/2012 que possibilitava que
ente da federação institua um limite acima do previsto no ordenamento jurídico federal.
Finalmente, a alternativa E está incorreta, visto que inexiste hierarquia entre as normas
federais e estaduais, existindo, em realidade, diferenças entre as competências de cada
esfera.
Letra d.

040. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Em relação à destinação de recursos públicos para o


setor privado, de acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, assinale a opção correta.
a) O conteúdo determinado na lei aplica-se exclusivamente às instituições financeiras e
ao Banco Central do Brasil.
b) O Banco Central do Brasil não pode conceder às instituições financeiras operações de
redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
d) Os recursos públicos serão utilizados para socorrer instituições do Sistema Financeiro
Nacional, na forma de concessão de empréstimos de recuperação ou de financiamentos
para mudança de controle acionário.

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e) Os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres, na concessão de crédito por


ente da Federação para pessoa física ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou
indireto, não poderão ser superiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.
e) A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas
físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às
condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento
ou em seus créditos adicionais.

O disposto na letra E está de acordo com a literalidade da LRF. Confira:

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas
físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às
condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou
em seus créditos adicionais.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 26 § 1º O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações


públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições
financeiras e o Banco Central do Brasil.

b) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 28 § 2º O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições
financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta
dias.

c) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive
de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que
mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de
controle acionário.

d) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja
sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres
não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Letra e.

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041. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) Os chamados relatórios fiscais foram concebidos


para prover informações relativas a diversos aspectos do acompanhamento da execução
orçamentária e da gestão fiscal, por parte dos gestores, órgãos de controle e sociedade.
Uma das informações contidas nos relatórios se refere aos limites relativos à aplicação
de recursos.
Na análise do conteúdo do Relatório de Gestão Fiscal (RGF), um dos limites que pode ser
verificado refere-se a:
a) aplicação em ações e serviços públicos de saúde;
b) aplicação de receitas de operações de crédito em despesas de capital;
c) apuração dos resultados primário e nominal;
d) contratação de operação de crédito em cada exercício financeiro;
e) despesas decorrentes de contratos de parcerias público-privadas.

A alternativa correta é a letra D, visto que o seu conteúdo integra o RGF – Relatório de
Gestão Fiscal. Confira no MDF - Manual de Demonstrativos Fiscais:

O Relatório de Gestão Fiscal conterá demonstrativos comparativos com os limites de que trata
a LRF, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, evidenciando as despesas com ativos, inativos e pensionistas;
b) dívida consolidada líquida;
c) concessão de garantias e contragarantias; e
d) operações de crédito.
O Demonstrativo contém informações sobre as Operações de Crédito (detalhadas em Mobiliárias
e Contratuais e Internas e Externas), percentual do total em relação à receita corrente líquida
(RCL), operações vedadas, antecipação de receitas orçamentárias (ARO) e os limites máximo e
de alerta estabelecidos conforme a legislação.

As demais alternativas integram o RREO – Relatório Resumido de Execução Orçamentária.


Letra d.

042. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) Os Tribunais de Justiça devem elaborar e publicar a


cada quadrimestre o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), com informações definidas na Lei
Complementar n. 101/2000.
A publicação do RGF de um Tribunal de Justiça relativo ao último quadrimestre do exercício
financeiro deve apresentar informações sobre:
a) despesas com pessoal e execução de despesas por função;
b) despesas com pessoal e dívida consolidada;
c) disponibilidade de caixa e execução de despesas por função;

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d) disponibilidade de caixa e restos a pagar;


e) receitas com alienação de ativos e restos a pagar.

A alternativa correta é a letra D. Confira na LRF:

Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:


III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do
art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

Letra d.

043. (FGV/TJDFT/ANALISTA/2022) No orçamento de um dado exercício financeiro, um


Tribunal de Justiça tinha como limite máximo de despesa com pessoal o montante de R$
980 milhões.
O referido órgão deverá receber um alerta do Tribunal de Contas após a apuração do
quadrimestre em que a despesa total com pessoal ultrapassar:
a) R$ 490 milhões;
b) R$ 588 milhões;
c) R$ 882 milhões;
d) R$ 931 milhões;
e) R$ 980 milhões.

Para despesa com pessoal pode o ente exceder o limite de despesa com pessoal (100%),
ou ultrapassar o limite prudencial - quando o ente ultrapassa 95% do limite máximo, ou
ainda ultrapassar o limite de Alerta - quando o ente ultrapassa 90% do limite máximo.
No caso em tela, o alerta deve ser emitido quando o ente ultrapassar 980.000.000 x 90%
= 882.000.000,00.
Letra c.

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044. (FGV/PM-PB/OFICIAL/2022) As atividades de controle e avaliação da execução


orçamentária no âmbito de cada ente federativo são de competência do respectivo Poder
Legislativo, que as exercem com o auxílio do Tribunal de Contas.
Um dos principais instrumentos utilizados ao longo do exercício financeiro é o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária (RREO).
Esse relatório:
a) tem periodicidade de publicação quadrimestral;
b) deve ser publicado separadamente por cada poder;
c) contém informações sobre limites de despesa com pessoal;
d) contém como anexo o demonstrativo dos restos a pagar por poder e órgão;
e) apresenta demonstrativo da disponibilidade de caixa no fechamento do exercício financeiro.

Confira na LRF:

Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:


I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2º, sua evolução,
assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;
III - resultados nominal e primário;
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º;
V – Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os
pagamentos realizados e o montante a pagar.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. O RREO é publicado em 30 dias após o final de cada bimestre.
b) Errada. Somente o Poder Executivo publica o RREO que conterá informações de todos
os Poderes e do MP, enquanto o RGF deve ser emitido pelos titulares dos Poderes.
c) Errada. O RGF deve conter as seguintes informações, de acordo com a LRF:

Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:


I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;

c) Errada. O RGF deve conter as seguintes informações, de acordo com a LRF:

Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

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Art. 55. O relatório conterá:


III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:

Letra d.

045. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Contando com a devida autorização por deliberação dos


Estados e Distrito Federal mediante convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz), o Estado Alfa, por lei específica, concedeu isenção de Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) a favorecer pessoas com deficiências que, comprovando
sua situação perante o Fisco estadual, adquirissem automóveis adaptados. O Estado Alfa,
para conceder a isenção, realizou a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que devia iniciar a vigência da isenção e no seguinte, atendeu ao disposto
em sua lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e demonstrou que a renúncia de receita foi
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e que não afetaria as metas de
resultados fiscais previstas no Anexo Estadual de Metas Fiscais.
Diante desse cenário concreto, é correto afirmar que:
a) a estimativa do impacto orçamentário-financeiro deveria ter sido elaborada no âmbito
do Confaz;
b) não se configura renúncia de receita, por se tratar de concessão de isenção em caráter
geral;
c) a estimativa do impacto orçamentário-financeiro deveria ter sido elaborada considerando-
se o exercício em que se inicia a vigência da isenção e os dois seguintes;
d) as reduções de alíquotas e isenções de ICMS constituem exceção à aplicação das normas
da Lei de Responsabilidade Fiscal acerca de renúncia de receitas;
e) deveria estar presente necessariamente medida de compensação por meio do aumento
de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração
ou criação de tributo ou contribuição.

Trata-se de uma renúncia de receita pois se trata de uma concessão de isenção em caráter
não geral de ICMS para a favorecer pessoas com deficiência. Nesse caso, de acordo com a
LRF, o ente deve adotar as medidas dispostas no seu artigo 14:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes (Letra C), atender
ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:

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I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita


da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio
do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo,
majoração ou criação de tributo ou contribuição.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, é o Poder Executivo do Estado Alfa que precisa apresentar a estimativa
do impacto orçamentário-financeiro.
b) Errada. Na verdade, é uma renúncia de receita pois se trata de uma concessão de isenção
em caráter não geral de ICMS para a favorecer pessoas com deficiência.
d) Errada. Deve ser demonstrado o cumprimento das condições do artigo 14 da LRF, não
sendo necessário, entretanto, cumprir essa condição caso fosse relacionada a um tributo
extrafiscal.
e) Errada. Não existe essa necessidade.
Letra c.

046. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) A Lei n. 14.194, de 20 de agosto de 2021, que dispõe sobre


as diretrizes para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária de 2022 no âmbito da
União, definiu que a Reserva de Contingência será constituída de recursos do Orçamento
Fiscal, em montante equivalente a 0,2% da receita corrente líquida constante do Projeto
de Lei Orçamentária de 2022.
Ao avaliar a definição e a destinação dessa reserva, os técnicos da área de controle
orçamentário, conforme legislação pertinente, considerarão que a Reserva de Contingência:
a) deve ser destinada para a cobertura de emendas parlamentares impositivas;
b) deve ter anulação restrita à cobertura de créditos adicionais especiais;
c) é limitada ao atendimento de passivos contingentes previstos na LOA;
d) não está sujeita à execução direta durante o exercício financeiro;
e) pode ser incluída em grupo de despesa de natureza corrente ou de capital.

A Reserva de Contingência não está sujeita à execução direta durante o exercício financeiro.
Confira no MCASP:

A reserva de contingência destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos,


bem como eventos fiscais imprevistos, poderá ser utilizada para abertura de créditos adicionais,
visto que não há execução direta da reserva.

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A reserva de contingência é destinada a eventos fiscais imprevistos, e, dessa forma, não pode
ser destinada à cobertura de emendas parlamentares impositivas. A reserva de contingência
pode ser utilizada para abertura de créditos adicionais (especiais e suplementares) e é
classificada no GND 9, ou seja, nem é despesa corrente nem é despesa de capital.
Letra d.

047. (FGV/CGU/TÉCNICO/2022) Um servidor alocado em uma unidade de controle interno de


um ente público estava avaliando a adequação das peças orçamentárias, quando algo chamou
a sua atenção ao analisar os anexos da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício vigente.
A ausência de item obrigatório no Anexo de Riscos Fiscais que pode ter chamado a atenção
do servidor foi:
a) memória de cálculo e metodologia para avaliação dos riscos;
b) parâmetros de alocação da reserva de contingência para cobertura dos riscos fiscais;
c) providências a serem tomadas em caso de concretização dos riscos fiscais;
d) quadro comparativo com os riscos fiscais identificados no exercício anterior;
e) quadro comparativo da situação financeira e atuarial do regime de previdência do ente.

Confira na LRF:

Art. 4º § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando
as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Vamos comentar as demais alternativas.


A memória de cálculo e metodologia das metas fiscais será estabelecida no Anexo de Metas
Fiscais. A forma de utilização e o montante (com base na RCL) são estabelecidos na LDO.
Letra c.

048. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, o


projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da Lei Complementar irá conter
reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada à(ao)
a) compensação da redução da receita realizada.
b) compra de ativos não prevista no Orçamento.
c) compensação de resultados deficitários e à constituição de crédito fiscal.
d) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
e) retenção de superávit do período para preservação do patrimônio líquido da entidade.

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Confira na LRF:

Art. 5º O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Letra d.

049. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Analise as informações apresentadas no quadro a seguir.

Passivos Contingentes Providências


Descrição Valor (R$) Descrição Valor (R$)
Demandas 273.760.905 Abertura de crédito adicional, a partir da reserva
81.239.318
judiciais de contingência
Reabertura de créditos adicionais, a partir da redução
192.521.587
de dotação de despesa discricionária
Subtotal 273.760.905 Subtotal 273.760.905

1397645907
O quadro apresentado representa um conteúdo informacional que deve ser disponibilizado
pelos entes públicos, incluído no(a):
a) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como anexo;
b) Lei Orçamentária Anual (LOA), como informação complementar;
c) Prestação de Contas Anual, como nota explicativa;
d) Relatório de Gestão Fiscal, como anexo;
e) Relatório Resumido da Execução Orçamentária, como informação complementar.

Esse conteúdo deve ser apresentado no Anexo de Riscos fiscais que integra a LDO. Confira
na LRF:

Art. 5º § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Letra a.

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050. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Com o objetivo de contribuir para a responsabilidade


na gestão fiscal, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu o mecanismo de limitação
de empenho e movimentação financeira, com regras específicas.
Ao avaliar a adoção desse mecanismo, um gestor deve considerar que:
a) a verificação da compatibilidade entre a realização da receita e as metas fiscais deve ser
feita a cada quadrimestre;
b) após a verificação, se for necessário, o poder ou órgão deverá adotar as providências
em até sessenta dias;
c) as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida não serão objeto de limitação
de empenho;
d) as propostas de limitação de empenho e movimentação financeira devem ser submetidas
à audiência pública;
e) o restabelecimento parcial da receita prevista não implica recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados.

Confira na LRF:

Art. 9º § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. A verificação deve ser ao final de cada bimestre.
b) Errada. As providências serão adotadas em até 30 dias.
d) Errada. O que a LRF exige é a demonstração e avaliação do cumprimento das metas
quadrimestrais em audiência pública.
e) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 9º § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição


das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções
efetivadas.

Letra c.

051. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Assinale a afirmativa correta em relação à renúncia


de receita, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
a) Anistia representa a dispensa legal pelo Estado do crédito tributário devido.
b) Alteração de alíquota implica a redução indiscriminada de tributos ou contribuições.

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c) Isenção compreende o perdão da dívida em casos de pequeno valor, impossibilidade de


pagamento ou custo de cobrança maior que a dívida.
d) Crédito presumido representa uma dedução do tributo devido, outorgado pela autoridade
tributária, na forma de crédito do tributo, e que foge da estrutura normal do sistema.
e) Remissão é o benefício que visa a excluir o crédito tributário na parte relativa à multa
aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concedeu.

A alternativa correta é a que definiu o crédito presumido, que representa o montante do


imposto cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos
impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas
subsequentes da circulação da mercadoria. o crédito presumido representa uma dedução
do tributo devido, outorgado pelo ente tributante ao contribuinte visando a incentivá-lo,
na forma de crédito do tributo, e que foge da estrutura normal (básica) do sistema não
cumulativo. Decorre de um ato próprio, estabelecendo o direito a uma dedução do tributo
devido além daquela relativa à estrutura normal. Não é considerado benefício tributário o
crédito básico, atribuído ao contribuinte para efetivar o sistema não cumulativo de apuração
do tributo, como os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto
de operações e prestações destinadas ao exterior.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) A anistia é o perdão da multa e a isenção é a dispensa legal, pelo Estado do débito
tributário devido.
b) Refere-se à base de cálculo e não à alíquota.
c) A remissão é o perdão da dívida.
e) Refere-se à anistia.
Letra d.

052. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal,


ressalvados alguns casos, assinale a opção que indica o conteúdo base da regra de ouro.
a) O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior
ao das despesas de capital.
b) O montante previsto para as despesas de capital não poderá ser superior ao das receitas
de operações de crédito.
c) O montante previsto para as despesas correntes não poderá ser superior ao das receitas
de operações de crédito.

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d) O montante previsto para as despesas de capital deve ser similar ao previsto para as
despesas correntes.
e) O montante previsto para as receitas de operações de crédito deve ser similar ao previsto
para a soma das despesas correntes e de capital.

A regra de ouro veda que os ingressos financeiros oriundos do endividamento (operações


de crédito) sejam superiores às despesas de capital (investimentos, inversões financeiras
e amortização da dívida). Confira na LRF:

Art. 12 § 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior
ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.

Letra a.

053. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a


criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da
despesa de caráter não continuado deve atender simultaneamente às seguintes condições,
à exceção de uma. Assinale-a.
a) Demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
b) Demonstrar a estimativa do impacto orçamentário- financeiro no exercício
c) Ser compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias.
d) Ter adequação orçamentária e financeira com a Lei Orçamentária Anual.
e) Não afetar as metas fiscais estabelecidas pela lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos aos dispositivos da LRF que serão usados para resolver a questão:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a Lei Orçamentária Anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei
de diretrizes orçamentárias.
§ 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia
de cálculo utilizadas.

Note que o examinador pede para marcarmos a incorreta, que é a letra A. Note ainda que
o demonstrativo deve ser apresentado para a Despesa Obrigatória de Caráter Continuado.
Confira na LRF:

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Art. 17 § 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser
instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos
para seu custeio.

Letra a.

054. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a


receita corrente líquida compreende o somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes.
No Estado do Amazonas, deve ser deduzido deste valor os montantes listados a seguir, à
exceção de um. Assinale-o.
a) As receitas provenientes da compensação financeira entre o regime geral da previdência
e o regime próprio dos servidores públicos.
b) As contribuições dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social.
c) As parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional.
d) Os valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.
e) As despesas com pessoal custeadas com recursos recebidos da União.

Não vale Estado do Amazonas, valendo apenas para DF, Amapá e Roraima. Confira na LRF:

Art. 2º § 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados
do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que
trata o inciso V do § 1º do art. 19.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Dedução da RCL prevista na LRF. Confira no MDF:

Na União, no Distrito Federal, nos Estados e nos Municípios devem, ainda, ser deduzidas:
b) as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência,
na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada,
rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas estejam adequadamente
contabilizadas em contas próprias que as identifiquem.

b) Errada. Dedução da RCL prevista na LRF. Confira:

Art. 2º IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:

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c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

c) Errada. Dedução da RCL prevista na LRF. Confira:

Art. 2º IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional

d) Errada. Dedução da RCL prevista na LRF. Confira no MDF:

Nos Estados e Municípios serão também computados os valores pagos e recebidos em decorrência
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação – Fundeb, estabelecido no art. 60, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
da Constituição

Letra e.

055. (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE-DE-TRIBUTOS/2022) De acordo com a Lei de Responsabilidade


Fiscal, a receita corrente líquida representa o somatório das receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes
e outras receitas também correntes.
Na União, nos Estados e nos Municípios, deve-se deduzir do valor
a) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social.
b) a receita com os serviços considerados essenciais.
c) as receitas industriais obtidas com outras entidades do setor público.
d) as receitas tributárias que não foram efetivamente recebidas na data.
e) as transferências realizadas a inativos ou pensionistas.

Confira as deduções da RCL na LRF:

Art. 2º IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
...
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

Letra a.

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056. (FGV/SEMSA-MANAUS/ESPECIALISTA/2022) Apesar de estar prevista e detalhada na


Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) teve um incremento
nas suas atribuições com a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual estabeleceu
que a LDO terá seu projeto integrado
a) pela Reserva de Contingência.
b) pelo Anexo de Metas Fiscais.
c) pelo Demonstrativo Regionalizado de Efeito das Renúncias Fiscais.
d) pelo Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
e) pelo Relatório de Gestão Fiscal.

A LDO teve um incremento nas suas atribuições com a publicação da Lei de Responsabilidade
Fiscal, a qual estabeleceu que a LDO terá seu projeto integrado pelo anexo de metas fiscais
e pelo de riscos fiscais. Confira:

Art. 4º § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em


que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
...
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Letra b.

057. (FGV/TJ-TO/CONTADOR-DISTRIBUIDOR/2022) No mês de julho de 20X2, um determinado


ente público publicou um ato que promovia limitação de empenho e movimentação financeira,
uma vez que foi verificado ao final do mês de junho que a realização da receita não comportaria
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais do ente.
Alguns dias depois, o ente foi notificado pelo tribunal de contas por ter incluído uma despesa
que NÃO pode ser objeto desse tipo de limitação. Tal despesa se refere a:
a) auxílios e subvenções;
b) investimentos em andamento;
c) manutenção de unidades de saúde;
d) pagamento do serviço da dívida;
e) transferências decorrentes de convênios.

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Não podem ser objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico. Confira na LRF:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
...
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

Letra d.

058. (FGV/TJ-MG/JUIZ/2022) Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as


afirmativas a seguir.
I – Configura renúncia de receita a ampliação de incentivo fiscal sem a estimativa de impacto
financeiro;
II – Não configura renúncia de receitas o cancelamento de débito cujo montante seja inferior
ao dos respectivos custos de cobrança;
III – Configura a renúncia de receita as alterações de alíquotas do imposto sobre produto
industrializado por ato de Poder Executivo.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

I – Certo. Confira na LRF:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (Vide Medida
Provisória n. 2.159, de 2001)

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II – Certo. Confira na LRF:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (Vide Medida
Provisória n. 2.159, de 2001)
...
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da
Constituição, na forma do seu § 1º;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

III – Errado. Na verdade, a alteração das alíquotas dos chamados impostos extrafiscais não
é uma renúncia de receita. Confira na LRF e na CF/1988:
LRF:
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
...
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica: I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos
nos incisos I,II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1º;
CF/1988
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

Letra b.

059. (FGV/CGU/AUDITOR/2022) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, a concessão


ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorre renúncia de
receita deverá estar acompanhada de estimativas e atender a determinadas condições,
dentre as quais está a geração de medidas de compensação por meio do aumento de receita.
Representa fonte de compensação para a renúncia da receita:
a) obtenção de empréstimo por meio de operação de crédito;
b) excesso de arrecadação devido ao combate à sonegação;

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c) alienação de bens com superávit;


d) majoração ou criação de tributo;
e) excesso de arrecadação devido ao crescimento da atividade econômica.

A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorre


renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativas e atender a determinadas
condições, dentre as quais está a geração de medidas de compensação por meio do aumento
de receita.
Nesse sentido, além de demonstrar que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no Anexo de Metas Fiscais da LDO, o ente deve adotar medidas de compensação,
por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da
base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
Letra d.

060. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) Em relação à renúncia de receita, de acordo com a Lei


de Responsabilidade Fiscal, o perdão da dívida em casos de pequeno valor, impossibilidade
de pagamento ou custo de cobrança maior do que a dívida, caracterizam
a) anistia.
b) remissão.
c) crédito presumido.
d) modificação de base de cálculo.
e) concessão de isenção em caráter não geral.

A questão apresentou o conceito de remissão. Confira no MCASP esse e os conceitos


presentes nas demais alternativas:

A anistia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa
aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente
à vigência da lei que a concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança,
em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido. Neste caso, deve-se
proceder ao controle orçamentário da receita e sua respectiva dedução, bem como o controle
patrimonial, provocando a baixa de eventuais ativos já constituídos, sem envolver fluxo de caixa
para os recursos relativos à anistia.
A remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais
como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o
débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável com
a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito

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passivo, equidade etc. Não implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal,
nem em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Neste caso, deve-se proceder ao controle
orçamentário da receita e sua respectiva dedução, bem como o controle patrimonial, provocando
a baixa de eventuais ativos já constituídos, sem envolver fluxo de caixa para os recursos relativos
à remissão.
O crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação
anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual
o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria.
É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações
e prestações destinadas ao exterior. Todavia não é considerada renúncia de receita o crédito
tributário real ou simbólico do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo.
A isenção é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do
débito tributário devido. Neste caso, o montante da renúncia será considerado no momento
da elaboração da LOA, ou seja, a estimativa da receita orçamentária já contempla a renúncia e,
portanto, não há registro orçamentário ou patrimonial.
A modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições
é o incentivo fiscal por meio do qual a lei modifica para menos sua base tributável pela exclusão
de quaisquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer isoladamente ou associada a uma
redução de alíquota, expressa na aplicação de um percentual de redução.

Letra b.

061. (FGV/MPC-SC/ANALISTA/2022) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) trata especialmente


da renúncia de receita, ao estabelecer medidas a serem observadas pelos entes públicos que
decidirem pela concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da
qual decorra renúncia de receita. Nesse contexto, considere o caso de um ente federativo que
tenha aprovado a concessão de dispensa legal do débito tributário devido para contribuintes
que atendessem a determinados requisitos.
Esse tipo de renúncia de receita:
a) depende de autorização específica no PPA;
b) deve ser considerado no momento da elaboração da LOA;
c) está sujeito às regras da concessão de anistia;
d) pode ser considerado como uma remissão de tributos;
e) requer o enquadramento como crédito tributário presumido.

Esse tipo de renúncia de receita, a isenção, deve ser considerado no momento da elaboração
da LOA. Confira no MCASP 9ª:

A isenção é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do
débito tributário devido. Neste caso, o montante da renúncia será considerado no momento

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da elaboração da LOA, ou seja, a estimativa da receita orçamentária já contempla a renúncia


e, portanto, não há registro orçamentário ou patrimonial.

Vamos comentar as demais.


a) Errada. Esse não é um dos requisitos previstos no artigo 14 da LRF. Confira:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio
do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo,
majoração ou criação de tributo ou contribuição.

c) Errada. Confira o conceito de anistia no MCASP:

A anistia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à multa
aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por este anteriormente
à vigência da lei que a concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança,
em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido. Neste caso, deve-se
proceder ao controle orçamentário da receita e sua respectiva dedução, bem como o controle
patrimonial, provocando a baixa de eventuais ativos já constituídos, sem envolver fluxo de caixa
para os recursos relativos à anistia.

d) Errada. Confira o conceito de remissão no MCASP:

A remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas na lei, tais


como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver
o débito, inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não compensável
com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, erro ou ignorância escusáveis do
sujeito passivo, equidade etc. Não implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração
penal, nem em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. 15. Neste caso, deve-se proceder ao
controle orçamentário da receita e sua respectiva dedução, bem como o controle patrimonial,
provocando a baixa de eventuais ativos já constituídos, sem envolver fluxo de caixa para os
recursos relativos à remissão.

e) Errada. Confira o conceito de crédito presumido no MCASP:

O crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação


anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual
o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da mercadoria.
É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações

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e prestações destinadas ao exterior. Todavia, não é considerada renúncia de receita o crédito


tributário real ou simbólico do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo.

Letra b.

062. (FGV/MPC-SC/ANALISTA/2022) Ao elaborar os instrumentos orçamentários,


principalmente a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, os entes
públicos deverão estar atentos aos impactos das chamadas despesas obrigatórias de
caráter continuado. Acerca de tais despesas, analise os itens a seguir.
I – Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa que gere obrigação legal de
execução por um período mínimo equivalente à vigência do Plano Plurianual.
II – Ao tratar de despesa obrigatória de caráter continuado, a LRF se refere expressamente
apenas a despesas correntes.
III – Uma despesa obrigatória de caráter continuado pode ser derivada de um ato administrativo
normativo.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I;
b) III;
c) I e II;
d) I e III;
e) II e III.

I – Errado. Contraria o artigo 17 da LRF. Confira:

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.

II – Certo. De acordo com o artigo 17 da LRF.


III – Certo. De acordo com o artigo 17 da LRF.
Letra e.

063. (FGV/TJ-SC/JUIZ-ESTADUAL/2022) A Lei de Reponsabilidade Fiscal (LC 101/2000)


estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade no gasto fiscal
e equilíbrio nas contas públicas, impondo a obediência a limites e condições no que tange
à renúncia de receita.
Dentre tais limites e condições, é correto afirmar que:

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a) as medidas de compensação devem ser implementadas tão logo se consume a renúncia


de receita, sob pena de nulidade do ato que a concedeu;
b) é vedada a concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária do qual decorra
renúncia de receita que não haja sido considerada na estimativa de receitas da lei de
diretrizes orçamentárias;
c) a concessão de benefício fiscal que crie renúncia de receita deverá ser acompanhada da
estimativa de seu impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência, ainda que haja sido considerada na estimativa de receita da lei orçamentária;
d) é vedada a alteração de alíquota que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, ressalvada a hipótese de redução para atendimento de finalidades extrafiscais
do II, IE, IOF, “IPTU verde” e para atendimento da seletividade do IPI e do ICMS;
e) admite-se a concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária, do qual decorra
renúncia de receita, com a condição de que sejam adotadas medidas de compensação, por
meio de aumento da receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação de base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

A única alternativa correta é letra C. Confira na LRF as medidas que o ente deve adotar nos
casos de renúncia de receita:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da


qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes,
atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por
meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Nesse ponto a LRF não determina a nulidade do ato, mas apenas determina a
apresentação prévia dos requisitos previstos no seu artigo 14.
b) Errada. Deve contar na LOA e não na LDO.
d) Errada. Não precisariam ser atendidas caso fossem relacionadas a algum imposto
extrafiscal. Confira na LRF:

Art. 14 § 3º O disposto neste artigo não se aplica:


I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da
Constituição, na forma do seu § 1º;

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e) Errada. Se for demonstrado pelo proponente de que a renúncia foi considerada na


estimativa de receita da LOA e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no
AMF- Anexo de Metas Fiscais, inexiste essa condição.
Letra c.

064. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) De acordo com a Lei de Responsabilidade


Fiscal, ao final de cada quadrimestre, deve ser emitido pelos titulares dos Poderes e pelos
órgãos da Administração Pública
a) o relatório de gestão fiscal.
b) o relatório resumido de execução orçamentária.
c) o anexo de política fiscal.
d) o anexo de metas fiscais.
e) a declaração de cumprimento da regra de ouro.

O RGF deve ser publicado em até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre.
Confira na LRF:

Art. 55 § 2º O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que
corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

Atente ao fato de que para aqueles municípios com menos de cinquenta mil habitantes, o
prazo para divulgação do Relatório de Gestão Fiscal é semestral. Confira na LRF:

Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:
II - divulgar semestralmente:
b) o Relatório de Gestão Fiscal;
c) os demonstrativos de que trata o art. 53;

Letra a.

065. (FGV/CM-ARACAJU/CONTADOR/2021) Ao elaborar a Lei Orçamentária Anual para o


exercício de 2019, um dado município estimou uma Receita Corrente Líquida de R$ 1,8
bilhão de reais. Se a estimativa não apresentar frustração durante o exercício, o limite,
em reais, para despesa com pessoal no âmbito do Poder Legislativo daquele ente será de:
a) R$ 45.000.000,00;
b) R$ 54.000.000,00;
c) R$ 108.000.000,00;
d) R$ 900.000.000,00;
e) R$ 972.000.000,00.
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Na Esfera Municipal a LRF divide os 60% da seguinte forma:

Art. 20 III - na esfera municipal:


a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando
houver;
b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo.

Dessa forma, a despesa com pessoal no âmbito do Poder Legislativo deste município é:
R$ 1.800.000.000 x 0,06 = R$ 108.000.000,00
Letra c.

066. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) deve


ser elaborado por órgãos de todos os poderes, conforme definido na Lei de Responsabilidade
Fiscal. No caso de órgãos do Poder Judiciário, o relatório relativo ao último bimestre de um
exercício financeiro deverá conter, além do anexo Demonstrativo da Despesa com Pessoal,
informações relativas a:
a) despesas empenhadas e liquidadas pelo órgão categorizadas por subfunção;
b) detalhamento da aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos mantidos
pelo órgão;
c) detalhamento das receitas próprias arrecadadas pelo órgão;
d) empenhos não liquidados cancelados (não inscritos por insuficiência financeira);
e) projeção de despesas previdenciárias relativas ao pessoal lotado no órgão.

O inciso III do artigo 55 da LRF detalha a composição adicional do relatório do último


quadrimestre. Confira:

Art. 55. O relatório conterá:

I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;

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2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do
art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.
§ 1º O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá
apenas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.

Note que apenas a alternativa D apresentou algum demonstrativo constante no inciso III
(empenhos não liquidados cancelados = não inscritos por insuficiência financeira).
Letra d.

067. (FGV/CM-ARACAJU/CONTADOR/2021) O Relatório de Gestão Fiscal foi previsto na


Lei de Responsabilidade Fiscal para subsidiar o acompanhamento e controle das metas e
limites fiscais. Uma das características desse relatório é a apresentação:
a) da apuração do resultado primário;
b) da despesa total com pessoal;
c) do cálculo detalhado da receita corrente líquida;
d) em periodicidade bimestral;
e) exclusiva por parte do Poder Executivo.

Vamos à LRF:

Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal

Art. 55. O relatório conterá:


I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do
art. 41;

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3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;


4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a/c) Erradas Está contemplado no RREO.
d) Errada. É quadrimestral.
e) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos
no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I – Chefe do Poder Executivo;
II – Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme
regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
III – Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
IV – Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

Letra b.

068. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Ao analisar a observância do limite de


despesa total com pessoal de certo Município, Auditor do TCE encontrou o seguinte quadro:
1. não se contabilizava como despesa de pessoal a parcela não paga da remuneração bruta
dos servidores que ultrapassava o teto constitucional do Art. 37, XI, CRFB/1988;
2. os valores dos contratos de terceirização de mão de obra referentes à substituição de
servidores e empregados públicos eram contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”;
3. a despesa total com pessoal atingia o percentual de 59,5% da receita corrente líquida.
A esse respeito, é correto afirmar que:
a) os procedimentos previstos nos n.s 1, 2 e 3 acima estão corretos;
b) os procedimentos previstos nos n.s 2 e 3 acima estão corretos, mas o procedimento
previsto no n. 1 está incorreto;
c) o procedimento previsto no n. 3 acima está correto, mas os procedimentos previstos
nos n.s 1 e 2 estão incorretos;
d) os procedimentos previstos nos n.s 1 e 3 acima estão corretos, mas o previsto no n. 2
está incorreto;
e) os procedimentos previstos nos n.s 1, 2 e 3 acima estão incorretos.

Vamos avaliar os itens (procedimentos).


1 – Certo. Confira na LRF:

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Art. 18 § 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta do
servidor, sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento ao disposto
no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar n. 178, de 2021)

2 – Certo. Confira na LRF:

Art. 18 § 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição


de servidores e empregados públicos serão contabilizados como «Outras Despesas de Pessoal».

3 - Certo. Confira na LRF:

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I – União: 50% (cinquenta por cento);
II – Estados: 60% (sessenta por cento);
III – Municípios: 60% (sessenta por cento).

Letra a.

069. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) Entre os instrumentos de transparência fiscal previstos


na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Lei Complementar n. 131/2009, há itens que precisam
ser divulgados em até trinta dias após o final do período a que se referem. Um desses itens
se relaciona:
a) às prestações de contas;
b) ao calendário de audiências públicas;
c) ao parecer prévio emitido pelo tribunal de contas;
d) ao Relatório Resumido da Execução Orçamentária;
e) aos planos e orçamentos.

Os instrumentos de transparência da gestão fiscal são o RREO e o RGF. Confira na LRF:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses
documentos.

O RREO e o RGF devem ser publicados em até trinta dias após o final do período a que se
referirem. Confira na LRF:

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre

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Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes
Art. 55 § 2º O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que
corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

Como o RGF não aparece nas alternativas, a resposta é o RREO.


Letra d.

070. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) O Estado Alfa foi instado pelo Tribunal de Contas estadual
a incrementar ações visando à maior transparência em sua gestão. De acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal, essa transparência almejada será assegurada também mediante:
a) disponibilização a qualquer pessoa física ou jurídica do acesso a informações referentes
ao lançamento e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, exceto referentes
a recursos extraordinários;
b) liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público;
c) publicidade das contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo, que ficarão disponíveis,
durante todo o exercício, no site do Tribunal de Justiça estadual e no órgão técnico responsável
pela sua elaboração;
d) adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão
mínimo de qualidade utilizado pelo Poder Judiciário local, que será o parâmetro em nível
estadual;
e) incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, com periodicidade
mensal, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos.

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, essa transparência almejada será assegurada
também mediante liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira,
em meios eletrônicos de acesso público. Confira na LRF:

Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos
de acesso público;

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Inclui os recursos extraordinários. Confira na LRF:

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Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da
Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras,
inclusive referente a recursos extraordinários.

c) Errada. Na verdade, é no Poder Legislativo. Confira:

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo
o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração,
para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade

d) Errada. Na verdade, é estabelecido pelo Poder Executivo da União. Confira:

Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão
mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.

e) Errada. Confira na LRF a correta redação:

Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

Letra b.

071. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) O Estado Alfa pretende implantar, em 2021, um programa


de disponibilização de suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais seguindo
os padrões mínimos estabelecidos na Constituição da República de 1988. De acordo com
os parâmetros constitucionais sobre o tema, é correto afirmar que:
a) a periodicidade de divulgação pode ser livremente estabelecida pelo órgão central de
contabilidade estadual;
b) a divulgação em meio eletrônico de amplo acesso público é facultativa;
c) o formato dos dados divulgados segue padrão determinado pela União;
d) o tipo de sistema a ser utilizado será estabelecido por ato do Tribunal de Contas da União;
e) a periodicidade de divulgação será estabelecida por Resolução do Senado Federal, no
exercício de sua competência sobre finanças públicas.

Vamos ver o que a CF/1988 diz:

Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas


informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato
e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, de forma a garantir a

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rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser


divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.

Agora vamos ver o complemento desse dispositivo na LRF:

Art. 48 § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas


informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato
e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os quais deverão ser
divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público.

Podemos concluir que o formato dos dados divulgados segue padrão determinado pela
União.
Letra c.

072. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) Uma das contribuições da Lei de Responsabilidade Fiscal


(LRF) para a gestão fiscal responsável foi a definição de instrumentos de transparência,
aos quais deve ser dada ampla divulgação. Dentre as informações a seguir, considera-se
facultativa sob a perspectiva da gestão fiscal:
a) lançamento e recebimento de receitas pelas unidades gestoras;
b) parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas;
c) prestação de contas anual do ente;
d) relatório de acompanhamento de obras em andamento;
e) relatório resumido da execução orçamentária.

Vejamos na LRF com grifos nossos para relacionar trechos com as alternativas:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses
documentos.
§ 1º A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;
II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público; e
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão
mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da
Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

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I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução
da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes
ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física
ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras,
inclusive referente a recursos extraordinários.

Podemos concluir que relatório de acompanhamento de obras em andamento é facultativo


sob a perspectiva da gestão fiscal, sendo o que está disposto nas demais alternativas de
natureza obrigatória.
Letra d.

073. (FGV/PC-RN/DELEGADO/2021) O Município Alfa, por lei municipal, estabeleceu a


divulgação ampla de suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais mediante
publicação na versão física do Diário Oficial Municipal. Ao pretender firmar convênio com
o Estado Beta para receber transferências voluntárias, foi informado de que tal convênio
não poderia ser celebrado, em razão de inadequação na forma de disponibilização de suas
informações e dados. Diante desse cenário, o Estado:
a) tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados, em se tratando de transferência
voluntária de Estado a Município, deve seguir os critérios de divulgação livremente
estabelecidos pelo Estado transferidor;
b) tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados não foi feita em meio eletrônico
de amplo acesso público;
c) não tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados por critérios reputados
inadequados pelo Estado não impede o recebimento de transferências voluntárias;
d) não tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados foi realizada em meio público
oficial impresso e de amplo acesso público;
e) não tem razão, uma vez que a disponibilização de tais dados foi realizada segundo critérios
estabelecidos em lei do ente federado competente.

A disponibilização de tais dados não foi feita em meio eletrônico de amplo acesso ao público,
que é uma obrigação presente na LRF em seu artigo 48. Confira, com grifos nossos:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis
de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
...

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§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações


e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema
estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados
em meio eletrônico de amplo acesso público. (Incluído pela Lei Complementar n. 156, de 2016)

...

Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação,
nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício
anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.
...
§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações
de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
(Vide Lei Complementar n. 178, de 2021) (Vigência)

O § 2º do artigo 51 da LRF combinado com 2º do artigo 48 dessa Lei, torna explícita a proibição
de que um ente da federação recebe transferências voluntárias se suas informações e dados
contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos
pelo órgão central de contabilidade da União, não forem divulgadas em meio eletrônico de
amplo acesso público.
Letra b.

074. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) De acordo com a Lei Complementar n. 101/00, assinale


a opção que deve ser contabilizada como Outras Despesas de Pessoal.
a) Os proventos da aposentadoria.
b) Os proventos de gratificações e horas extras.
c) Os encargos sociais e contribuições recolhidas.
d) O salário dos funcionários inativos e pensionistas.
e) O pagamento da mão de obra terceirizada para substituição de servidores e empregados
públicos.

Confira na LRF:

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal:
o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas,
relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,

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gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição
de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”.

Letra e.

075. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias,


as prestações de contas e o respectivo parecer prévio, o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal, assim como suas versões simplificadas,
representam instrumentos de transparência da gestão fiscal. Com relação a outros meios
que asseguram a transparência, analise as afirmativas a seguir.
I – O incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos
de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
II – A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público.
III – A adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda ao
padrão mínimo de qualidade estabelecido.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II, somente.
e) I, II e III.

I – Certa. Confira na LRF:

Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

II – Certa. Confira na LRF:

Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos
de acesso público; e

III – Certa. Confira na LRF:

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Art. 48 § 1º A transparência será assegurada também mediante:


III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão
mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.

Letra e.

076. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) A despesa total com pessoal dos Poderes


e órgãos com autonomia administrativa, orçamentária e financeira está sujeita a limites
estabelecidos em relação ao montante apurado periodicamente da Receita Corrente
Líquida (RCL).
Considere que ao final do último quadrimestre de um dado exercício financeiro, um Estado
da federação apurou uma RCL de R$ 9,5 bilhões.
A partir desse parâmetro e dos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), a despesa total com pessoal no âmbito do Poder Judiciário do referido ente NÃO
poderá exceder, em reais, a:
a) R$ 1.045.000.000,00;
b) R$ 760.000.000,00;
c) R$ 570.000.000,00;
d) R$ 541.500.000,00;
e) R$ 513.000.000,00.

Vamos à LRF:

Art. 20 II - na esfera estadual:


a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;

Assim, podemos calcular a despesa com Poder Judiciário estadual:


= 9.500.000.000 x 0,06 = 570.000.000,00.
Letra c.

077. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) Entre os instrumentos de transparência


da gestão fiscal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), aos quais deve ser dada
ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, um item de elaboração
e divulgação obrigatória por parte de órgãos do Poder Judiciário, como os Tribunais de
Justiça, é:
a) anexo de riscos e metas fiscais do órgão;
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b) parecer prévio emitido pelo tribunal de contas;


c) programação de despesas do órgão autorizadas no orçamento;
d) relatório de gestão fiscal;
e) relatório resumido da execução orçamentária.

Confira os instrumentos de transparência da gestão fiscal previstos na LRF:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses
documentos.

a) Errada. Não são instrumentos de transparência da gestão fiscal previstos na LRF.


b) Errada. É um documento de transparência da gestão fiscal do Poder Executivo. O parecer
prévio somente é realizado nas contas do chefe deste. Confira na CF/1988:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

c) Errada. Não é instrumento de transparência da gestão fiscal previstos na LRF.


d) Certa. É um instrumento de transparência da gestão fiscal por todos os poderes. Confira
na LRF:

Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos
referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I – Chefe do Poder Executivo;
II – Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme
regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
III – Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
IV – Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.

e) Errada. O RREO é emitido pelo Poder Executivo, não sendo de divulgação obrigatória do
Poder Judiciário. Confira na LRF e na CF 1988:

LRF
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre
CF/1988

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Art. 165 § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.

Letra d.

078. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021/ADAPTADA) Julgue:


De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei
de Diretrizes Orçamentárias disporá, dentre outras matérias, sobre normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos
dos orçamentos;

Em conformidade com o artigo 4º, I, “e”, da LRF. Confira:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I - disporá também sobre:
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;

Certo.

079. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021/ADAPTADA) Julgue:


De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias disporá, dentre outras matérias, sobre equilíbrio entre receitas
e despesas, vedada a regulamentação sobre condições e exigências para transferências de
recursos a entidades públicas e privadas;

Contraria a LRF em seu artigo 4º, I, “f”. Confira:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I - disporá também sobre:
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;

Errado.

080. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016-ADAPTADA) Em um determinado exercício, foi verificado,


ao final de um bimestre, que a realização da receita da União poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas na legislação.
Acerca do tema, julgue:

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Revisão do Terço – Parte III
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Diante dessa situação, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, seguindo critérios fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;

A questão cobrou a literalidade do artigo 9, caput, da LRF. Confira:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Certo.

081. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) Ao final de um bimestre,


percebeu-se que a realização da receita do Estado Alfa poderia não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário ou nominal, a ensejar a utilização do mecanismo de limitação
de empenho e movimentação financeira.
A respeito desse cenário, julgue:
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á a partir do primeiro mês do ano
subsequente.

Contraria o disposto no artigo 9º, parágrafo 1º, da LRF. Confira:

§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das


dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

Errado.

082. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) Ao final de um bimestre,


percebeu-se que a realização da receita do Estado Alfa poderia não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário ou nominal, a ensejar a utilização do mecanismo de limitação
de empenho e movimentação financeira.
A respeito desse cenário, julgue:
Não serão objeto de limitação as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento
científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade;

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A situação exposta no enunciado da questão está de acordo com o a LRF em seu artigo 9º,
parágrafo 2º. Confira:

§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação
e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade
e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. (Redação dada pela Lei Complementar n.
177, de 2021)

Certo.

083. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) O Estado Alfa pretendia realizar


transferências voluntárias de recursos financeiros ao Município Beta, mas verificou que
este ainda não havia instituído taxa de coleta domiciliar de lixo, nem contribuição de
iluminação pública para custeio dos respectivos serviços públicos efetivamente prestados
pela municipalidade. Ademais, não havia instituído o IPTU, por ter uma diminuta área
urbana. Ante tal constatação, o Estado Alfa impediu que os trâmites para tais transferências
seguissem adiante. Julgue:
Diante desse cenário, o Estado poderia impedir tal transferência pela não instituição do
IPTU, mas não da taxa e da contribuição.

Na situação em tela, o ente somente ficará vedado de receber transferências voluntárias


caso não institua, preveja ou arrecada os impostos de sua competência constitucional.
Certo.

084. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021/ADAPTADA) O Presidente da República,


por Decreto, reduziu a zero a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de
certos eletrodomésticos, com vistas a estimular o consumo popular. Julgue:
Diante desse cenário, tal ato normativo, por se tratar de mecanismo de tributação extrafiscal,
não necessita de medidas compensatórias desta queda de arrecadação de IPI;

A redução da alíquota de IPI, embora aparentemente seja um caso de renúncia de receita,


por se tratar imposto com natureza extrafiscal prevista constitucionalmente (busca regular
a economia), não se enquadra na situação em se faz necessária a adoção das medidas
compensatórias.
Certo.

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085. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) Considere o detalhamento das receitas arrecadadas por


um ente até o sexto bimestre de um exercício financeiro, especificado por origem.
Origem da receita Valor realizado
Receita Industrial R$ 25.950,00
Alienação de Bens R$ 30.650,00
Amortização de Empréstimos R$ 76.200,00
Receita Patrimonial RS 132.750,00
Receita de Serviços R$ 174.600,00
Operações de Crédito R$ 278.000,00
Outras receitas correntes R$ 1.220.000,00
Contribuições R$ 3.892.000,00
Transferências Correntes R$ 6.367.000,00
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria RS 10.678.000,00

As receitas que serão consideradas na apuração da receita corrente líquida totalizam:


a) R$ 11.062.850,00;
b) R$ 12.090.300,00;
c) R$ 22.357.550,00;
d) R$ 22.490.300,00;
e) R$ 22.875.150,00.

Vamos classificar as receitas:


Origem da receita Valor realizado
Receita Industrial R$ 25.950,00 Receita Corrente
Alienação de Bens R$ 30.650,00 Receita de Capital
Amortização de Empréstimos R$ 76.200,00 Receita de Capital
Receita Patrimonial RS 132.750,00 Receita Corrente
Receita de Serviços R$ 174.600,00 Receita Corrente
Operações de Crédito R$ 278.000,00 Receita de Capital
Outras receitas correntes R$ 1.220.000,00 Receita Corrente
Contribuições R$ 3.892.000,00 Receita Corrente
Transferências Correntes R$ 6.367.000,00 Receita Corrente
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria RS 10.678.000,00 Receita Corrente

Agora, vejamos na LRF quais dessas receitas integram a RCL – Receita Corrente Líquida:

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Art. 2º IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

Desse modo, o total das receitas que serão consideradas na apuração da RCL é = 25.950 +
132.750 + 174.600 + 1.220.000 + 3.892.000 + 6.367.000 + 10.678.000 = R$ 22.490.300,00.
Letra d.

086. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) O Presidente da República, por Decreto,


reduziu a zero a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de certos
eletrodomésticos, com vistas a estimular o consumo popular. Diante desse cenário, tal
ato normativo:
a) deveria ser veiculado por lei específica, e não por decreto;
b) necessita estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro para
sua validade;
c) por se tratar de mecanismo de tributação extrafiscal, não necessita de medidas
compensatórias desta queda de arrecadação de IPI;
d) deve estar acompanhado de medidas de compensação, por meio do aumento de receita,
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação
de tributo ou contribuição;
e) deve estar acompanhado de demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa
de receita da lei orçamentária, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas
no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias.

A redução da alíquota de IPI, embora aparentemente seja um caso de renúncia de receita,


por se tratar imposto com natureza extrafiscal prevista constitucionalmente (busca regular
a economia), não se enquadra na situação em se faz necessária a adoção das medidas
compensatórias. Confira na LRF:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-

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financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio
do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo,
majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da
Constituição, na forma do seu § 1º; (extrafiscais: IPI, Imposto de Importação e Exportação, IOF)

Letra c.

087. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Ao final de um bimestre, percebeu-se que


a realização da receita do Estado Alfa poderia não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal, a ensejar a utilização do mecanismo de limitação de
empenho e movimentação financeira. A respeito desse cenário, é correto afirmar que:
a) as metas de resultado primário ou nominal estão estabelecidas no Anexo de Política Fiscal;
b) poderão ser limitadas as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida;
c) o prazo para promover a limitação de empenho é de 45 dias contados a partir do final
do bimestre;
d) não serão objeto de limitação as despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento
científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade;
e) no caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição
das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á a partir do primeiro mês do ano
subsequente.

A situação exposta no enunciado da questão está de acordo com o disposto na alternativa


D. Confira na LRF:

Art. 9º § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. É no anexo de metas fiscais.
b) Errada. Não poderão ser limitadas.
c) Errada. O prazo é de 30 dias.
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e) Errada. Contraria o disposto na LRF. Confira:

Art. 9º § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição


das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções
efetivadas.

Letra d.

088. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei


Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias disporá, dentre outras
matérias, sobre:
a) diretrizes e metas, de forma regionalizada, da administração pública para as despesas
de capital e outras delas decorrentes;
b) objetivos e metas, de forma regionalizada, da administração pública para as despesas
relativas aos programas de duração continuada;
c) equilíbrio entre receitas e despesas, vedada a regulamentação sobre condições e exigências
para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
d) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos;
e) reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita tributária líquida, serão estabelecidos na Lei Orçamentária Anual.

A única alternativa correta é a letra D. Confira na LRF:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I - disporá também sobre:
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;

Vamos comentar as demais.


a) Errada. Tem relação com o PPA. Confira na CF/1988:

Art. 165 § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

b) Errada. Tem relação com o PPA. Confira na CF/1988:

Art. 165 § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

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c) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;

e) Errada. Na verdade, a reserva de contingência deve ser apresentada no PLOA, sendo a


forma de utilização e o montante estabelecidos na LDO.
Letra d.

089. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) O Estado Alfa pretendia realizar


transferências voluntárias de recursos financeiros ao Município Beta, mas verificou que
este ainda não havia instituído taxa de coleta domiciliar de lixo, nem contribuição de
iluminação pública para custeio dos respectivos serviços públicos efetivamente prestados
pela municipalidade. Ademais, não havia instituído o IPTU, por ter uma diminuta área
urbana. Ante tal constatação, o Estado Alfa impediu que os trâmites para tais transferências
seguissem adiante. Diante desse cenário, o Estado poderia impedir tal transferência pela:
a) não instituição da taxa, da contribuição e do IPTU;
b) não instituição da taxa e da contribuição, mas não do IPTU;
c) não instituição do IPTU e da taxa, mas não da contribuição;
d) não instituição da taxa, mas não da contribuição e do IPTU;
e) não instituição do IPTU, mas não da taxa e da contribuição.

Na situação em tela, o ente somente ficará vedado de receber transferências voluntárias


caso não institua, preveja ou arrecada os impostos de sua competência constitucional.
Confira na LRF:

Art. 11 Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,


previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da
Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe
o disposto no caput, no que se refere aos impostos.

Sobre as demais, apenas a não instituição do IPTU.


Letra e.

090. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE/2021) Com o objetivo de contribuir para o equilíbrio fiscal


dos entes públicos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabeleceu medidas a serem

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observadas nos casos de concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza


tributária da qual decorra renúncia de receita.
Existem diversas espécies de renúncia de receita, com critérios e regras próprias. A espécie
de renúncia de receita que consiste no perdão da dívida, justificado por circunstâncias
previstas em lei, a exemplo do alto custo não compensável com a quantia em cobrança, é
o(a):
a) anistia;
b) crédito presumido;
c) isenção;
d) remissão;
e) subsídio.

O objetivo do examinador foi fazer o candidato confundir anistia e remissão. A diferença


entre a anistia e a isenção é que a anistia é o perdão relativo a penalidades pecuniárias
(multas), enquanto a remissão é relativa aos tributos em si.
O crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto cobrado na operação
anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não cumulativos, pelo
qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da
mercadoria.
A isenção é a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. Neste caso, o montante
da renúncia será considerado no momento da elaboração da LOA, ou seja, a estimativa da
receita orçamentária já contempla a renúncia e, portanto, não há registro orçamentário
ou patrimonial.
Letra d.

091. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Leia o fragmento a seguir, retirado da Lei


n. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe.
Assinale a opção que apresenta a frase que completa, adequadamente, a lacuna.
a) o direito fundamental de acesso à informação e sua execução em conformidade com os
princípios básicos da Administração Pública.
b) uma ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e se corrigem desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
c) a adequada proteção dos direitos dos administrados e o melhor planejamento dos fins
da Administração.

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d) a especificação das matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado,


a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível.
e) a determinação instrumental da intimação do interessado para ciência de decisão ou a
efetivação de diligências.

Confira no § 1º do art. 1º da LRF:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

Letra b.

092. (FGV/PM-PB/OFICIAL/2021) A Receita Corrente Líquida (RCL) é um parâmetro que foi


introduzido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) como referência para indicadores de
gestão fiscal. Na apuração desse parâmetro nos entes estaduais, é deduzido do montante
das receitas correntes, entre outros, o valor das:
a) receitas intraorçamentárias;
b) receitas extraorçamentárias;
c) contribuições para o PIS/PASEP;
d) contribuições dos trabalhadores para a seguridade social;
e) contribuições dos militares para custeio das pensões militares.

Confira no MDF - Manual de Demonstrativos Fiscais:

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Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Não é uma das deduções da RCL (vide tabela anterior).
b) Errada. Não é uma das deduções da RCL (vide tabela anterior).
c) Errada. É uma das deduções da RCL prevista apenas para União. Confira no MDF - Manual
de Demonstrativos Fiscais:

Contribuições para PIS/PASEP


Registra a arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social e
para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Esse item se aplica somente
ao demonstrativo da União.

d) Errada. É uma das deduções da RCL prevista apenas para União. Confira no MDF - Manual
de Demonstrativos Fiscais:

Contrib. Empregadores e Trab. para Seg. Social


Registra as contribuições sociais para a seguridade social do empregador, da empresa e da entidade
a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo
sem vínculo empregatício e as contribuições sociais para a seguridade social do trabalhador e dos
demais segurados da previdência social. Esse item se aplica somente ao demonstrativo da União

Letra e.

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093. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-ADMINISTRADOR/2021) Ao longo da execução orçamentária,


variações na expectativa de realização de receitas podem indicar que as metas de resultado
primário ou nominal não serão cumpridas. Esse cenário exige pronta resposta dos responsáveis
pelos poderes, que podem promover limitação de empenho e movimentação financeira.
Dois instrumentos usados para fazer esse acompanhamento são:
a) cronograma de execução mensal de desembolso e balanço financeiro;
b) cronograma de execução mensal de desembolso e anexo de metas fiscais;
c) decreto de programação financeira e anexo de riscos fiscais;
d) decreto de programação financeira e balanço orçamentário;
e) decreto de programação financeira e relatório de gestão fiscal.

Confira na LRF:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Para acompanhar a realização das receitas com as receitas previstas, devemos utilizar o
balanço orçamentário. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto


com as realizadas.

Letra d.

094. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-CONTADOR/2021) O acompanhamento das metas de


arrecadação disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com o intuito de promover, se
necessário, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias:
a) deverá ser realizado bimestralmente;
b) deverá ser realizado quadrimestralmente;
c) é de competência do chefe do Poder Executivo;
d) deverá ser realizado pelo respectivo tribunal de contas;
e) se aplica a todas as despesas autorizadas no orçamento.

Confira na LRF:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,

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nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os


critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

Letra a.

095. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ANALISTA-ADM/2021) Assinale a opção que indica o instrumento


de planejamento, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, que dispõe sobre os critérios
e a forma de limitação de empenho.
a) Lei Orçamentária Anual.
b) Plano Plurianual.
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) Programação Financeira.
e) Plano Nacional.

Confira na LRF:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea
b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
Art. 5º O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem
como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias
de caráter continuado;
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Letra c.

096. (FGV/CM-ARACAJU/CONTADOR/2021) Considere as informações do quadro a seguir,


em milhares de reais, originadas do sistema de contabilidade de um município, relativas à
arrecadação do exercício de 2019.
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Receitas Valor arrecadado


Alienação de Bens R$ 22.000,00
Amortização de Empréstimos R$ 1.500,00
Contribuições R$ 74.000,00
Operações de Crédito R$ 41.000,00
Outras Receitas Correntes R$ 27.000,00
Receita de Serviços R$ 2.500,00
Receita Patrimonial R$ 135.000,00
Transferências Correntes R$ 965.000,00
Tributárias R$ 642.000,00

Dos recursos arrecadados, o montante base para a apuração da Receita Corrente Líquida
corresponde, em milhares de reais, a:
a) R$ 1.710.500,00;
b) R$ 1.845.500,00;
c) R$ 1.847.000,00;
d) R$ 1.869.000,00;
e) R$ 1.910.000,00.

Vamos ver como a LRF detalha a RCL:

Art. 2º IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,


patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.

Note que no enunciado da questão não foi apresentada nenhuma dedução da RCL e que
foram apresentadas três receitas de capital:
Alienação de bens = R$ 22.000,00
Amortização de Empréstimos = R$ 1.500,00
Operações de crédito = R$ 41.000,00
Assim, a RCL é obtida por meio da soma das seguintes receitas correntes:

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Manuel Piñon

Contribuições R$ 74.000,00
Outras Receitas Correntes R$ 27.000,00
Receita de Serviços R$ 2.500,00
Receita Patrimonial R$ 135.000,00
Transferências Correntes R$ 965.000,00
Tributárias R$ 642.000,00
RCL R$ 1.845.500,00
Letra b.

097. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) A Lei de Diretrizes Orçamentárias inclui, entre outras


informações, o Anexo de Riscos Fiscais. Nele, deve(m) ser apresentada(s)
a) a demonstração da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
b) a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, com destaque para a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
c) a avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência social e próprio
dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
d) a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas
e informações sobre as providências a serem tomadas, caso se eles concretizem.
e) as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

O disposto na letra D refere-se ao Anexo de Riscos Fiscais. Confira na LRF:

Art. 4º § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. Está contemplado no Anexo de Metas Fiscais. Confira na LRF:

Art. 4º § 2º O Anexo conterá, ainda:


V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado.

b) Errada. Está contemplado no Anexo de Metas Fiscais. Confira na LRF:

Art. 4º § 2º O Anexo conterá, ainda:

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III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.

c) Errada. Está contemplado no Anexo de Metas Fiscais. Confira na LRF:

Art. 4º § 2º O Anexo conterá, ainda:


IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

e) Errada. Está contemplado no Anexo de Metas Fiscais. Confira na LRF:

Art. 4º § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em


que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.

Letra d.

098. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) As afirmativas a seguir dizem respeito à Lei Orçamentária


Anual, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Na Lei Orçamentária Anual constam todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária
ou contratual e as receitas que as atenderão.
b) Os créditos com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada serão consignados
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
c) O projeto de Lei Orçamentária Anual é elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
d) A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a
um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize
a sua inclusão.
e) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar
a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias ou em legislação
específica.

A única que não diz respeito à LOA é a letra B, já que contraria a LRF. Confira:

Art. 5º § 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

Vamos dar uma olhada nos dispositivos que confirmam as demais alternativas.

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a) Certa.

Art. 5º § 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas


que as atenderão, constarão da Lei Orçamentária Anual

c) Certa.

Art. 5º O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:

d) Certa.

Art. 5º § 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior
a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a
sua inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 167 da Constituição.

e) Certa.

Art. 5º § 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá


superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação
específica.

Letra b.

099. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) O projeto de Lei Orçamentária Anual contém reserva de


contingência, cuja forma de utilização e montante são estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias. Sobre a reserva de contingência, assinale a afirmativa correta.
a) Seu montante é definido com base nas receitas de capital.
b) Seu montante é definido com base nas despesas correntes.
c) Destina-se ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos.
d) Seu montante é definido pela diferença entre ativos contingentes e passivos contingentes.
e) Destina-se ao atendimento das provisões para contingências e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos.

Vamos ver o que a LRF fala sobre esse tema:

Art. 5º O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
(Letra C)

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Vamos agora apontar os erros das demais alternativas.


a), b) e d) Erradas. Seu montante é definido com base na RCL – Receita Corrente Líquida.
e) Errada. Destina-se ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos.
Letra c.

100. (FGV/IMBEL/ANALISTA/2021) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, integram


as despesas da União e são incluídas na Lei Orçamentária, as despesas relativas a pessoal,
custeio administrativo e investimento, da seguinte instituição:
a) Petrobras.
b) Banco do Brasil.
c) Banco Central do Brasil.
d) Caixa Econômica Federal.
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Confira na LRF:

Art. 5º § 6º Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco


Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os
destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.

Letra c.

Caro (a) Aluno(a),


Chegamos ao final da nossa aula de hoje e do nosso curso. Antes de nos despedirmos,
lhe convido para um momento final de reflexão...
Sabe-se que a grande maioria das pessoas desiste dos seus sonhos quando já estão a
um passo da conquista. Desistem muitas vezes por muito pouco, pois é mais fácil desistir
do que prosseguir. Desistem dos estudos, do objetivo perseguido por muito tempo ou de
um grande sonho, do trabalho, dos projetos etc.
Neste momento, pense um pouco, quantas coisas você deixou de fazer e quanto
sacrifícios realizou!
Agora é hora de pensar positivo, de ter fé!
Chegou a sua hora de vencer!
Você vai passar!
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.

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Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
Siga-me (profmanuelpinon) no Instagram e no Facebook. Temos excelentes cards
para revisão.

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