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FINANÇAS PÚBLICAS

LRF – Parte III

Livro Eletrônico
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Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240111545770

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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LRF – Parte III
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
LRF – Parte III. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Operações de Crédito e Dívida Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Dívida Pública do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3. Controle, Fiscalização e Prestação de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.4. Vedações na LRF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.5. A Famosa Pedalada Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2. Regimes Fiscais Transitórios e Extraordinários – Efeitos na LRF – Calamidade
Pública e Mudanças Recentes na LRF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.1. Medidas de Combate à Pandemia (COVID–19) – Introdução. . . . . . . . . . . . . . 37
2.2. Estado de Calamidade Pública e o Decreto Legislativo n. 6/2020 . . . . . . . . . 38
2.3. Orçamento de Guerra – EC n. 106/2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.4. Lei complementar – LC n. 173/2020. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.5. Leis Complementares n. 177/2021 e n. 178/2021. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.6. EC n. 109/2021 – Regimes Fiscais Transitórios e Extraordinários . . . . . . . . . 47
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nesta aula é conhecer os principais aspectos relacionados ao
tratamento dado na LRF no que diz respeito às operações de crédito e à dívida pública.
Conheceremos também os principais pontos dos regimes fiscais extraordinários.
Como diria Walt Disney:

Todos os seus sonhos podem se tornar realidade se você tiver coragem para persegui-los.

Então vamos nos esforçar ao máximo nessa aula e transformar nossa aprovação em
realidade!
Acredite!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

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LRF – PARTE III

1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DÍVIDA PÚBLICA

1.1. INTRODUÇÃO
Amigo(a), a Atividade Financeira do Estado existe para atender às necessidades de
sua sociedade organizada. Assim, o Estado, seja ele a União, Estados, DF ou Municípios é na
verdade o sujeito, ou seja, todos os entes da Federação são titulares do dever de garantir
a manutenção da estrutura administrativa estatal, de modo satisfazer as necessidades
públicas usando para isso os recursos públicos.
O bem comum, por meio do atendimento das necessidades públicas, como por exemplo
da educação, saúde, segurança, alimentação, habitação, transporte, lazer etc., é obrigação
do Estado atender, como cansa a nossa CF/1988 de reforçar.

E como obter dinheiro para suprir essas necessidades, professor?

• Financiando-se. E uma das fontes é o crédito público.


• a arrecadação de receitas públicas;
• os empréstimos tomados pelo governo (crédito público);
• os recursos transferidos por outra entidade; e
• a emissão de moeda (senhoriagem).
Dentre as receitas públicas destaca-se a receita tributária já que, sem dúvida, essa á
principal financiadora do Estado.
Mas aqui vale registrar que o Governo “recebe” também outras receitas como o aluguel
dos seus imóveis ou os dividendos de estatais como a Petrobrás ou ainda de leilões e
concessões como os realizados pela ANP – Agência Nacional do Petróleo na camada pré-sal.
Já a fonte oriunda de recursos transferidos por outra entidade, vale dizer que é mais
usual para os Estados e Municípios que realizam convênios com a União para aplicarem
recursos em determinada obra ou Programa de Governo.
Um dos princípios orçamentários mais significativos é o Princípio do equilíbrio, que visa
dar transparência maior à obtenção de recursos, ou seja, o orçamento sempre deve estar
equilibrado, uma vez que se trata de uma demonstração contábil.
Dispositivos constitucionais contidos no art. 166, § 3º, II, da Constituição Federal
tratam da necessidade de se indicar os recursos disponíveis para o atendimento às
emendas ao projeto de lei orçamentária ou aos projetos que a modifiquem, de forma
a manter o equilíbrio entre receitas e despesas.

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Apesar de equilibrado, o orçamento pode ser deficitário, o que significa que contém
autorizações de despesas acima dos recursos previstos, estabelecendo modalidades de
financiamento do déficit.
A Constituição Federal prevê a contratação de operações de crédito para a cobertura
do excesso de gastos em relação à receita primária. Contudo, não há sentido em orçamento
superavitário, uma vez que significaria exigência, à sociedade, de contribuição financeira
sem justificativa.
A gestão fiscal visando o equilíbrio orçamentário apoia-se no seguinte:
• Receita Pública: representa os ingressos de recursos que entrarão para os cofres
públicos, servindo para financiar as atividades estatais.
• Despesa Pública: representa a aplicação desses recursos, ou seja, de que forma o
Governo irá gastar os recursos arrecadados, obtidos junto a sociedade, quando estiver
executando suas ações.
• A Dívida Pública: representa os compromissos assumidos pelo Governo no passado,
perante a sociedade, e que deverão ser de alguma forma financiados pela obtenção
de novos recursos no futuro.
• E o Orçamento Público: que vai permitir ao Governo controlar seus fluxos de receita
e de despesa, com impactos sobre o montante da dívida pública.

Guarde o conceito de Necessidade de Financiamento do Setor Público – NFSP. De modo


bem simples, podemos dizer que a NFSP representa a necessidade do setor público em
se financiar por meio de dívida.

De modo bem simplório, podemos conceituar crédito público como sendo a operação
de crédito em que o Estado toma emprestado recursos, isto é, ocorre uma transferência
de liquidez.
Em outras palavras, pode-se dizer que o crédito público é um processo financeiro
consistente em vários métodos de obtenção de dinheiro pelo Estado, sob a condição de
devolver, em geral, acrescido de juros e dentro de determinado prazo preestabelecido.
Pode-se dizer que o Crédito público é, em verdade, uma faculdade do Estado, baseada na
confiança que inspira e nas vantagens que oferece, obter, em obter, mediante empréstimo,
recursos de quem deles dispõe, assumindo, em contrapartida, a obrigação de restituí-los
nos prazo e condições fixados.

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O Estado pode obter crédito público contraindo empréstimos de entidades públicas ou


privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais, ou ainda emitindo títulos e colocando-
os junto aos tomadores privados de um determinado mercado.
Destaque-se que empréstimo público não é um tributo, já que não é compulsório e
deve ser devolvido. Se, de um lado, os tributos são obrigatórios e, em regra, não possuem
promessa de devolução, por seu turno, no empréstimo público o Estado é obrigado a restituir
o capital recebido acrescido dos juros combinados.
Ressalte-se que essa natureza contratual do empréstimo público não existirá no
caso de empréstimos obrigatórios, como o empréstimo compulsório previsto no artigo
148 da nossa Carta Magna, já que os empréstimos compulsórios ou obrigatórios são,
em verdade, tributos restituíveis.
O crédito público é, em verdade, um pressuposto de confiança de que o Estado possui
para poder contrair dívidas junto a instituições financeiras de Direito Público (outros estados
internacionais) ou de Direito Privado (bancos internacionais de desenvolvimento, fundos
monetários internacionais).
Outra definição é a de que o Crédito público é a capacidade de o governo cumprir
obrigações financeiras com quem quer que seja, inclusive e principalmente com os
próprios cidadãos.
Nessa toada, o crédito público é a capacidade que têm os governos de obter recursos da
esfera privada nacional ou de organizações internacionais, por meio de empréstimos. Essa
capacidade é medida sob diversos ângulos: capacidade legal, administrativa, econômica,
mas, principalmente, na capacidade de convencimento, medida pela confiabilidade que o
candidato ao empréstimo desperta nos potenciais emprestadores. Considerando-se que
o empréstimo terá que ser, um dia, amortizado, teoricamente, com as receitas regulares,
trata-se, na verdade, de antecipação de receita futura.
A Doutrina dominante apresenta o entendimento de que a natureza jurídica do
empréstimo público é de um contrato. A parte minoritária da Doutrina, por seu turno,
entende que o empréstimo público tem como característica ser uma obrigação unilateral
assumida pelo Estado em que fonte direta seria a lei e a vontade voluntária das partes.
Tenha em mente que o empréstimo público tem natureza contratual de contrato
de adesão, embora em regime jurídico de direito público, o mutuante tem a faculdade de
aceitar ou não as condições impostas pelo Estado, decidindo se empresta ou não o dinheiro,
ou se compra ou não comprar o título emitido pelo Estado.

O crédito público, quando materializado em empréstimos, dá origem à dívida pública.

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O crédito público é regulado na CF/1988, especialmente no que tange à competência


para legislar, fiscalizar, limite global e condições de operações de crédito público.
Além da CF/1988, alguns de seus aspectos são tratados em leis complementares, que
traz definições precisas sobre vários aspectos envolvendo esse tipo de operação, e por
Resoluções do Senado Federal.
O crédito público deve atender aos seguintes princípios, dentre outros:
1. Princípio da legalidade: dispõe que os empréstimos públicos devem ser regulados por
lei específica legislada pelo Congresso Nacional e que tais empréstimos somente poderão
ser efetuados em conformidade com tal lei.
2. Princípio da transparência: obriga a inclusão, no orçamento, de todos os empréstimos.
3. Princípio da seriedade: caracterizada pela irretratabilidade da promessa de restituição
do empréstimo.
No artigo 21 da CF/1988, é atribuído à União o papel de fiscalizar as operações de
crédito público; já o artigo 22 da CF/1988 atribui à União a competência privativa para
legislar sobre o assunto.
Em relação ao tema dívida pública, é importante destacar, de início, que o artigo 34, V,
da CF/1988 dispõe que a União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, exceto,
entre outros motivos, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que: suspender
o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior, ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei.
Assim, vemos que esse tema é muito importante, já que pode gerar até mesmo uma
intervenção federal. Em função disso, a LRF lhe deu grande ênfase de modo a preservar a
saúde financeira dos entes.
Nesse contexto, é importante não confundir dívida pública (que é um passivo)
com dívida ativa (que é um ativo). Enquanto a dívida pública representa as obrigações
do Ente Público para com terceiros, a dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da
Fazenda Pública.
Na prática, a função de fiscalizar atribuída a União é exercida pelo Ministério da
Economia, que tem essa competência amparada pelo artigo 32 da Lei de Responsabilidade
Fiscal, que estabelece que tal órgão verificará o cumprimento dos limites e condições
relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação.
Nessa toada, os entes da Federação devem encaminhar seus pleitos fundamentados
técnico e juridicamente, demonstrando o interesse social e econômico, a existência de
autorização prévia em lei orçamentária, a inclusão no orçamento dos recursos e a observância
dos limites e condições fixados pelo Senado.

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A CF/1988, em seu artigo 32, estabelece que compete privativamente ao Senado Federal:

V – autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do


Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI – fixar por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;

Resta claro que o Senado deve dar o aval para serem realizados os contratos de
créditos envolvendo entidades externas, e deve fixar até que ponto o Poder Executivo
pode comprometer o orçamento com o pagamento de dívidas e juros e as condições sob
as quais serão realizadas essas operações de crédito.
Atendendo essa demanda, nosso Senado Federal editou em 2007, a Resolução N. 48
que estabelece os limites globais para operações de crédito e concessão de garantia
nessas operações.
O art. 6º dessa Resolução, refere ao limite estabelecido no artigo 167, inciso III, da
CF/1988, de que as operações de créditos não devem exceder o montante das despesas
de capital, com exceção dos créditos suplementares ou especiais.
Essa Resolução fixa como critério de verificação desse limite, o previsto no artigo 32, §
3º da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que nas despesas de capital não serão
computados os empréstimos e os financiamentos com o intuito de promover incentivo
fiscal para fins de fixação do limite das operações de crédito.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, esclarece o que é dívida consolidada, de acordo com
seu artigo 29, inciso I:

Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
ou da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

Vale destacar que a dívida consolidada ou fundada tem prazo de amortização superior
a doze meses, com exceção das autorizações de operações de crédito feitas no orçamento
e os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento que tiverem sido
incluídos.
A LRF também conceitua operação de crédito no artigo 29, inciso III:

Operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,


emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

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Assim, o legislador regulou amplamente às operações de créditos, incluindo toda a


conceituação jurídica, visando dar o máximo de segurança, controle, transparência e limite
nesse tipo de procedimento.
Nota-se claramente a preocupação do legislador em impor limites aos governantes
no uso desse meio de obter recursos para o financiamento dos serviços e obras públicas.
Fixaram-se critérios legais que devem ser obrigatoriamente atendidos para que esses
recursos sejam considerados regulares.
Também restou claro que a norma jurídica cuidou de estabelecer definições técnicas
sobre o assunto para não deixar na discricionariedade dos administradores sua conceituação.
Com isso deu-se segurança a operacionalização desse instituto.
Existem algumas classificações dos empréstimos públicos. Quanto ao prazo, de acordo
com a Lei 4.320/1964, eles podem integrar a dívida:
a) flutuante, ou seja, aquele empréstimo com pagamento em até doze meses, em
consonância com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964. Esse tipo de empréstimo é usado,
normalmente, para suprir deficiências de caixa e custear despesas correntes (custeio da
máquina pública), não sendo permitido captar esse tipo de empréstimo para a realização
de investimentos.
b) fundada ou consolidada, ou seja, aquela operação de crédito com prazo de resgate
superior a doze meses, em consonância com o artigo 98 da Lei n. 4.320/1964 e com o
artigo 29, inciso I da LRF. Esse tipo de empréstimo é usado, normalmente, para amenizar
desequilíbrio orçamentário ou financiar obras e serviços públicos.

001. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União (DPU) tenha


contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com
carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida flutuante da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Note que como o prazo de pagamento é de 20 anos, resta claro que a dívida em tela é do
tipo fundada, ou seja, de médio ou longo prazo, e não flutuante que é de curto prazo.
Errado.

Quanto à nacionalidade, as operações de crédito integram:

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a) dívida interna, operação de crédito contraída pelo Estado em moeda nacional e com
credores residentes no país.
b) dívida externa, operação de crédito contraída pelo Estado moeda estrangeira e junto
a credores não-residentes no país.

002. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União (DPU) tenha


contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com
carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida interna da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

Note que é um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento


(BID) e, dessa forma, a dívida que foi contraída é externa e não interna.
Errado.

No que diz respeito à composição da dívida, ela pode ser:


a) dívida bruta, aquela que representa a totalidade das obrigações assumidas pelo
Estado, servindo de base para cálculo dos juros nominais, amortizações e de eventuais
custos adicionais.
b) dívida líquida, basicamente é a diferença entre a dívida bruta e eventuais valores a
receber de ativos financeiros e créditos.
Antes de aprofundarmos nosso estudo da dívida pública, precisamos conhecer melhor
a sua origem: o Déficit Público.
Déficit Público é o nome que se dá para a situação em que o valor total das despesas
públicas é maior que valor total das receitas públicas.
Embora essa conceituação do déficit público em termo de diferença entre as receitas e
as despesas de setor público seja de definição simples e de fácil compreensão, ela também
pode ser elaborada de modo mais aprofundado, por meio da inclusão de diversos
componentes do processo orçamentário que são indispensáveis para a determinação
das causas do déficit, permitindo uma avaliação mais apurada da política fiscal de
um Governo.
Desse modo, “embutidos” na definição de déficit, temos certos fatores que
aparentemente estavam “escondidos”:
1 – os métodos de financiamentos utilizados;

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2 – a contribuição de déficits passados para o atual déficit;


3 – o impacto das dívidas interna e externa sobre o déficit;
4 – a necessidade de emissão de moeda;
5 – o efeito da inflação sobre a receita e os gastos do governo;
6 – o efeito de variações nas taxas de juros;
7 – a cobrança de imposto inflacionário;
8 – a existência de erros e omissões nas contas governamentais;
Como podemos ver, o déficit público (também chamado de governamental) engloba
diversas características do processo orçamentário, cuja análise é fundamental para a
determinação das causas do “rombo”.
Alguns desses fatores são: a contribuição do déficit passado para o atual, o efeito da
inflação sobre a receita e despesa do governo e o efeito da variação das taxas de juros.
A partir dos fatores mencionados anteriormente, é possível chegar aos outros conceitos
de déficit, derivados do público, a seguir apresentados.
Resultado (Superávit ou Déficit) Primário: representa a origem e a fonte de realimentação
do déficit público, e, consequentemente, da dívida pública, desconsiderando seus
respectivos juros.
É o resultado das contas públicas que inclui o Tesouro Nacional, Previdência Social e
Banco Central, além de constituir o melhor método de avaliação do impacto da política fiscal.
De modo simplificado, podemos dizer que o déficit primário (também chamado de
déficit fiscal) ocorre quando os gastos do governo superam a arrecadação de tributos no
período considerado.
É muito comum ouvirmos nos noticiários a respeito da meta de superávit primário do
Governo. É verdade, o Governo tenta de todo modo gerar o tal superávit primário, ou seja,
ter um valor maior de arrecadação de tributos do que seus gastos (excetos juros) justamente
para pagar os juros dos seus credores (aqueles que compraram seus títulos públicos tipo
Tesouro Direto, por exemplo).
Podemos concluir, portanto, que uma situação de déficit primário é muito grave, é como
se você tivesse uma dívida com um Banco X, mas gastasse todo o seu salário sem conseguir
pagar nada ao Banco X. A consequência é o aumento da dívida, como uma bola de neve.

003. (CESPE/TCE–PA/AUDITOR/2016) A propósito da sustentabilidade do endividamento


público e das formas de financiamento dos déficits do governo adotadas pelo Brasil em
sua história econômica, julgue o item que se segue.

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A presença de superávits primários recorrentes é condição insuficiente para garantir a


sustentabilidade do endividamento público.

Mesmo com o resultado primário representando o esforço fiscal do governo para que
sobrem recursos de modo a pagar os juros da dívida, não existe garantia que de que o
endividamento não cresça de modo descontrolado, já o valor do superávit obtido pode ser
pequeno se comparado ao valor dos juros incorridos no mesmo período.
Certo.

Vamos ver agora outra “modalidade” de déficit: o déficit nominal.


Resultado (Superávit ou Déficit) Nominal: representa a diferença entre as receitas de
despesas públicas, em especial a parcela referente aos juros nominais incidentes sobre
a dívida interna e externa. É também obtido por meio da soma dos incrementos da base
monetária e do incremento da dívida interna e da dívida externa expressa em moeda nacional.
Quando se fala em déficit nominal ou total inclui-se mais uma despesa nas contas: o
gasto do governo com as dívidas passadas. O Estado pode ter emitido dinheiro ou pegado
empréstimo para pagá-las. No último caso, vendeu títulos da dívida pública a brasileiros
ou estrangeiros, para quem precisa pagar juros.
Vale destacar que o déficit nominal é também chamado de Necessidades de
Financiamento do Setor Público (NFSP), já que corresponde à quantidade de empréstimos
a que o setor público precisa recorrer.
Resultado (Superávit ou Déficit) Operacional: consiste no deflacionamento dos valores
monetários das variáveis orçamentárias e financeiras, bem como pelo cálculo dos juros por
meio da taxa de juros real esperada para um determinado período.
Em outras palavras, podemos dizer que o déficit operacional, do qual se ouve falar
mais em tempos de inflação alta, inclui nos gastos o pagamento dos juros ( juros reais,
ou seja, descontada a inflação do período).
Isso porque, com o aumento de preços, a moeda nacional perde poder de compra. Em
períodos de inflação elevada, pode ser que os juros pagos ao final do período sequer cubram
essa perda.
Nesse caso limite, o governo sairá ganhando da transação, já que vai devolver menos
poder de compra do que pegou emprestado. Sendo assim, os juros não podem entrar com
sinal negativo nas suas contas.
Por isso, o déficit operacional é, muitas vezes, considerado a medida mais adequada
dos resultados do governo.
Veja de modo esquematizado:

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Nessa toada, a NFSP, também chamada de déficit nominal ou resultado nominal,


corresponde à variação nominal dos saldos da dívida interna líquida, mais os fluxos
externos efetivos, convertidos para reais pela taxa média de câmbio de compra.

004. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Conforme números divulgados pelo Banco Central,


nos últimos dois anos o resultado fiscal do setor público foi deficitário, o que resultou no
aumento da dívida pública em termos de percentual do PIB. Julgue o item a seguir, com
relação à dívida pública e à necessidade de financiamento do governo.
O resultado operacional é o conceito fiscal mais amplo e representa a diferença, em
determinado período, entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de aplicações
financeiras) e de despesas totais (inclusive despesas com juros).

A assertiva está errada, já que conceituou o resultado nominal.


Repare que o resultado nominal é o mais amplo, já que apresenta a diferença entre as
receitas e despesas TOTAIS, sem deduzir as despesas financeiras e correção monetária.
Guarde que o resultado operacional, por seu turno, é aquele que foca em eliminar o efeito
inflacionário, retirando assim a correção monetária sobre o serviço da dívida.
Errado.

005. (CESPE/TCE–SC/AUDITOR/2016) No que se refere aos conceitos de déficit público e


de dívida pública, julgue o seguinte item.
O resultado primário do setor público corresponde ao déficit nominal deduzido dos juros
nominais incidentes sobre a dívida pública.

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O resultado primário representa o esforço fiscal do governo no presente para que sobrem
recursos de modo a pagar parcial ou totalmente os juros da dívida incorridos no período e,
se possível, ainda reduzir o principal dessa dívida.
De modo distinto, como no cálculo do resultado nominal são computados os juros e encargos
da dívida (e também as receitas de natureza financeira), mas se excluirmos esses itens
teremos exatamente o resultado primário.
Certo.

1.2. DÍVIDA PÚBLICA DO BRASIL


O conceito de dívida pública no Brasil pode ser apresentado em dois sentidos:
a) amplo, que abarca tudo que um Estado deve de modo amplo e irrestrito, seja qual
for a origem do débito.
b) estrito, que abarca somente os débitos oriundos de empréstimos públicos.
Tenha em mente que, para fins de prova, a dívida pública brasileira abrange apenas
aqueles empréstimos captados no mercado financeiro, seja ele nacional ou internacional,
por meio de contratos assinados com os bancos e instituições credoras, ou seja, considera-
se apenas a dívida em sentido estrito.

O conceito de dívida público estrito NÃO abarca aquelas obrigações gerais da Administração
Pública como aluguéis, folha de pagamentos, aquisição de bens etc.

A dívida pública é consequência da contratação de operações de crédito, normalmente,


necessários para cobrir os desequilíbrios entre receitas e despesas.
Em relação ao tema dívida pública, é importante destacar de início que o artigo 34, V,
da CF/1988 dispõe que a União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, exceto,
entre outros motivos, para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender
o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior; ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei.

Captou a importância do tema?

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Então, vamos reexplicar com outras palavras. Podemos dizer que, tendo em vista a
relevância do tema para a economia e para as finanças públicas brasileira, a nossa Carta
Magna dispõe que uma das causas para a União intervir nos estados ou no DF, em decorrência
da necessidade de reorganizar as finanças da unidade da Federação, é a suspensão por
parte do ente do pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior, ou deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas
na Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei
Assim, vemos que esse tema é muito importante, já que pode gerar até mesmo uma
intervenção federal. Em função disso a LRF lhe deu grande ênfase de modo a preservar a
saúde financeira dos entes.

Nesse contexto, é importante não confundir dívida pública (que é um passivo) com dívida
ativa (que é um ativo). Enquanto a dívida pública representa as obrigações do Ente Público
para com terceiros, a dívida ativa abrange os direitos/créditos a favor da Fazenda Pública.

Temos os conceitos de dívida pública presentes na Lei n. 4.320/1964, também conhecida


como norma geral das finanças públicas e dos orçamentos.

1.2.1. DÍVIDA FLUTUANTE

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

1.2.2. DÍVIDA FUNDADA

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos
serviços de amortização e juros.

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006. (CESPE/EBSRH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
O resultado da operação de crédito por antecipação da receita orçamentária feito por
determinado órgão público deve ser incluído no montante da dívida fundada.

Enquanto a Dívida Fundada tem exigibilidade superior a 12 meses e o pagamento depende


de autorização legislativa, a Dívida Flutuante representa um compromisso exigível e o
pagamento independe de autorização orçamentária.
Assim, a assertiva é falsa já que as operações de crédito por Antecipação de Receita – ARO
devem ser incluídas no montante da dívida flutuante, e não na dívida fundada.
Errado.

O Decreto n. 93.872/1986, que detalhou os conceitos de dívida fundada e de dívida


flutuante presentes na Lei 4.320/1964, conceitua dívida flutuante como sendo aquela
que compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização
orçamentária, assim entendidos os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida, os
serviços da dívida, os depósitos, inclusive consignações em folha, as operações de crédito
por antecipação de receita e o papel-moeda ou moeda fiduciária.
Já para a dívida fundada ou consolidada o Decreto 93.872/1986 a define como sendo
aquela que compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses contraídos
mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio
orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de
autorização legislativa para amortização ou resgate.

007. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n.º 4.320/1964 e o Decreto n.


93.872/1986, a dívida flutuante compreende
a) créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os
valores numerários.
b) as despesas de exercícios anteriores.
c) os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas.

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d) a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, incluídos os do Banco
Central do Brasil.
e) obrigações que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

Realmente os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas integram


a dívida flutuante, conforme Decreto 93.872/86. Confira com grifos nossos:

Art. 115.
(...)
§ 1º A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de
autorização orçamentária, assim entendidos:
a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
b) os serviços da dívida;
c) os depósitos, inclusive consignações em folha;
d) as operações de crédito por antecipação de receita;
e) o papel-moeda ou moeda fiduciária.

Letra c.

Partindo dos conceitos apresentados, a LRF, em seu artigo 29, estabeleceu regras
mais rígidas para o endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei n.
4.320/1964 e do Decreto n. 93.872/1986.
De acordo com esse dispositivo, a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses.

Além disso, a LRF manda incluir também na dívida pública consolidada da União os valores
relativos à emissão de títulos de responsabilidade do BACEN e as operações de crédito
de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado do orçamento, e determina
que, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, integrem a dívida pública
consolidada, os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em
que houverem sido incluídos.

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Veja a figura a seguir a título meramente ilustrativo:

Acerca do montante da dívida pública brasileira, a CF/1988 atribuiu competências


ao Congresso Nacional e separadamente ao Senado Federal. Assim, ficou definido que
compete privativamente ao Senado Federal, via resolução:
1) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos
estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos municípios.
2) fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da
dívida consolidada da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

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DICA
Ainda não existe a definição da dívida consolidada
federal, bem como da dívida mobiliária federal, por falta,
respectivamente, de Resolução do Senado e de Lei Ordinária
Federal nesse sentido, ou seja, tais regulamentações ainda
estão pendentes.

3) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, de suas autarquias e demais
entidades controladas pelo Poder Público federal.
4) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações
de crédito externo e interno.
5) estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.

008. (CESPE/MUNICÍPIO MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca de crédito público, julgue o


seguinte item.
Nem todo empréstimo público tomado pelo município precisa, para sua realização, de
autorização específica do Senado Federal.

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Na verdade, apenas as operações externas necessitam de autorização específica, conforme


especificado na LRF que determinou a necessidade de autorização específica do Senado
Federal quando se tratar de operação de crédito externo. Confira, com grifos nossos:

Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à
realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles
controladas, direta ou indiretamente.
§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos
técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da
operação e o atendimento das seguintes condições:
...
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito
externo;

Certo.

Nessa pegada, exercendo essa competência, a Resolução do Senado Federal n.


43/01 conceituou dívida pública consolidada, mobiliária e dívida consolidada líquida
da seguinte forma:

Dívida pública consolidada: “montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras,
inclusive as decorrentes de emissão de títulos, do Estado, do Distrito Federal ou do Município,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito para amortização em prazo superior a 12 (doze) meses, dos precatórios judiciais
emitidos a partir de 5 de maio de 2000 e não pagos durante a execução do orçamento em que
houverem sido incluídos, e das operações de crédito, que, embora de prazo inferior a 12 (doze)
meses, tenham constado como receitas no orçamento”;

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Dívida pública mobiliária: “dívida pública representada por títulos emitidos pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios”
Dívida consolidada líquida: “Dívida pública consolidada deduzidas as disponibilidades de
caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros”. Deve-se considerar ainda
as obrigações a pagar, posto que devam ser deduzidas das disponibilidades financeiras.

O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não deve exceder, ao final de cada ano,
o valor final do ano anterior somado ao valor total das operações de crédito autorizadas no
orçamento e efetivamente realizadas, acrescido da respectiva atualização monetária. Assim,
as despesas com juros e encargos não devem ser computadas como refinanciamento da dívida.
Já ao CN – Congresso Nacional coube, com a sanção do Presidente da República,
dispor sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas
operações; bem como sobre moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida
mobiliária federal.
Importante destacar ainda que os limites para o montante da dívida mobiliária federal
que decorrem de projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União
ao CN, enviado também 90
dias após a publicação da LRF. Tenha também em mente que, sempre que alterados
os fundamentos das propostas enviadas ao Senado Federal (artigo 30, I, da LRF) ou ao
Congresso Nacional (artigo 30, II, da LRF), em razão de instabilidade econômica ou alterações
nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar solicitação
de revisão dos limites.
No que diz respeito à sua origem a dívida pública pode ser interna (pagamentos e
recebimentos realizados na moeda corrente em circulação no país – Real) ou externa (fluxos
financeiros em moeda estrangeira).
No âmbito da LRF, devemos entender uma operação de crédito como sendo o
compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão
e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
Guarde ainda que, para fins de LRF, são equiparadas à operação de crédito a assunção,
o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do
cumprimento das exigências dos artigos 15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa.
Vamos falar agora sobre como a LRF normatizou a contratação de operações de crédito,
mas antes precisamos saber que as operações de credito, nesse contexto de LRF, podem
ser segregadas em dois tipos:
1) Operações de créditos normais ou usuais.
2) Operações de crédito por antecipação da receita.

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As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária, usualmente


denominada de antecipação de receita orçamentária – ARO são empréstimos realizados
com o objetivo de atender as insuficiências de caixa durante o exercício financeiro.
De acordo com a LRF, a operação de crédito ARO deve cumprir as exigências usuais para
as operações de crédito e especificamente as seguintes constantes no seu artigo 38:

I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício.


II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro de
cada ano.
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação,
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir.
IV – estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente
resgatada, bem como no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

DICA
Importante destacar que, como as operações de crédito do
tipo ARO integram a dívida flutuante, não são computadas
nos limites ao endividamento público (dívida fundada). Além
disso, também não são computadas para efeito do que
dispõe a regra de ouro, mas somente se forem liquidadas
com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de
dezembro de cada ano.

Ainda no âmbito das operações do tipo ARO, aquelas realizadas por estados ou municípios,
conforme determina a LRF, devem ser efetuadas mediante abertura de crédito junto à
instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo BACEN,
o qual mantem um sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e,
no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
As operações de créditos normais ou usuais são subdivididas nas seguintes espécies:
• compromisso financeiro assumido em razão de mútuo;
• abertura de crédito;
• emissão e aceite de título;
• aquisição financiada de bens;
• recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços;
• arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de
derivativos financeiros.

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1.3. CONTROLE, FISCALIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS


A LRF determina que o Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) seja o
órgão público responsável para verificar o cumprimento dos limites e condições à realização
de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles
controladas, direta ou indiretamente. Também o Ministério da Fazenda (atual Ministério
da Economia) deve divulgar, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado
os limites das dívidas consolidada e mobiliária.
Inicialmente estas funções estavam delegadas ao Banco Central por Portaria do Ministério
da Fazenda -MF, mas passaram e ser realizadas pela Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda.
Nessa pegada, o parágrafo 1º do artigo 32 da LRF dispõe que o MF (atual Ministério
da Economia) deve verificar os pleitos dos entes e avaliar se estão sendo cumpridas as
condições nela estabelecidas:
I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei
orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica.
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da
operação, exceto no caso de operações por antecipação de receita.
III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal.
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de
crédito externo.
V – atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988).
VI – observância das demais restrições estabelecidas na LRF.
Cabe ainda ao Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) fazer o registro
eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido o
acesso público às informações, que incluirão, conforme o parágrafo 4º do artigo 32 da LRF:

I – encargos e condições de contratação;


II – saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito
e concessão de garantias.

Destaque-se que a LC 159/2017, acrescentou o seguinte parágrafo ao artigo 32 a LRF:

§ 6º O prazo de validade da verificação dos limites e das condições de que trata este artigo e da
análise realizada para a concessão de garantia pela União será de, no mínimo, 90 (noventa) dias
e, no máximo, 270 (duzentos e setenta) dias, a critério do Ministério da Fazenda.

Guarde ainda que os contratos de operação de crédito externo não podem conter
cláusula que importe na compensação automática de débitos e créditos.

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Quando tivermos operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas na LOA ou em


créditos adicionais aplica-se um processo simplificado que atenda às suas especificidades.

ATENÇÃO – NOVIDADE DE 2021


A Lei Complementar n. 178, de 13/01/2021, que estabelece o Programa de Acompanhamento
e Transparência Fiscal e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal, incluiu o parágrafo
7º no artigo 32 da LRF que versa sobre a contratação das operações de crédito pelos
entes públicos.
Basicamente, de acordo com esse dispositivo, o ente público pode alterar da finalidade de
operação de crédito, sem a necessidade de nova verificação pelo Ministério da Economia,
desde que:
haja prévia e expressa autorização para tanto, no texto da lei orçamentária, em créditos
adicionais ou em lei específica;
que se demonstre a relação custo-benefício e o interesse econômico e social da operação; e
que não configure infração a dispositivo desta Lei Complementar.
Confira com grifos nossos:

§ 7º Poderá haver alteração da finalidade de operação de crédito de Estados, do Distrito


Federal e de Municípios sem a necessidade de nova verificação pelo Ministério da Economia,
desde que haja prévia e expressa autorização para tanto, no texto da lei orçamentária, em
créditos adicionais ou em lei específica, que se demonstre a relação custo-benefício e o interesse
econômico e social da operação e que não configure infração a dispositivo desta Lei Complementar.
(Incluído pela Lei Complementar n. 178, de 2021 de 13 de janeiro de 2021)

Na LRF temos também os parâmetros para a apuração das operações de crédito e das
despesas de capital para efeito da regra de ouro. De acordo com a LRF, considerar-se-á,
em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados
e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte disposto em seu artigo 32,
parágrafo 3º:

I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas


sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo
fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição,
direta ou indireta, do ônus deste.
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for
concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação
será deduzido das despesas de capital.

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Em relação ao inciso I, importante registrar que além dos incentivos fiscais que implicam
em renúncia de receita do Ente na forma tradicional, onde existe uma redução do tributo
já no ato da operação, existe uma modalidade diferente em que a figura da redução do
tributo não ocorre integralmente no primeiro momento.

Exemplo
Vou te dar um exemplo prático aqui do meus Estado, a Bahia, que vai esclarecer a sua dúvida.
Aqui existe um incentivo fiscal chamado DESENVOLVE.
Uma das modalidades desse incentivo consiste no financiamento do ICMS.
Assim, a empresa incentivada apura o valor do ICMS, paga 10% do valor apurado e financia
90% desse valor junto ao DESEMBAHIA – Banco Estadual de Desenvolvimento, com prazo de
6 anos para pagar.
Entretanto, tal incentivo fiscal concede a opção a essa empresa de quitar os 90% que financiou
com 80% de desconto.
É a uma situação como esta que o inciso I do parágrafo 3º do artigo 32 da LRF se refere.

DICA
Uma operação realizada com infração do disposto na LRF
deve ser considerada nula e, assim, cancelada e efetuada
a devolução do principal, vedados o pagamento de juros
e demais encargos financeiros. Caso a devolução não seja
efetuada no exercício de ingresso dos recursos, deve ser
consignada reserva específica na LOA do exercício seguinte.

Guarde ainda que, enquanto não efetuado o cancelamento ou a amortização da


operação irregular, ou constituída a reserva específica na LOA do ano seguinte, aplicam-
se as sanções previstas nos incisos do § 3º do artigo 23 que também foi modificado
pela LC 178 de 13/01/2021. Confira a nova redação desse dispositivo:

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites
definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente
terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro,
adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição.
§ 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido e enquanto perdurar o excesso, o Poder
ou órgão referido no art. 20 não poderá: (Redação dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021)
I – receber transferências voluntárias;
II – obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III – contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao pagamento da dívida
mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal. (Redação dada pela Lei
Complementar n. 178, de 2021)

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Também deve ser constituída reserva específica na LOA do ano seguinte de valor
equivalente ao excesso, se não atendido o disposto na LRF sobre a regra de ouro.
Vamos agora falar das garantias.
A concessão de qualquer garantia em operações de crédito, que corresponde a
compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada, está sujeita às normas do artigo 32 da LRF
que dispõe sobre os limites e condições das operações de crédito.

Como pré-condição, qualquer garantia exige que o seu beneficiário ofereça contra
garantia, em valor igual ou superior à garantia a ser recebida, e, adicionalmente, a plena
adimplência para com o ente garantidor.

No âmbito das garantias, as entidades da Administração indireta, inclusive suas empresas


controladas e subsidiárias, não podem conceder garantia, ainda que com recursos de fundos,
não sendo, entretanto, aplicada essa proibição se a concessão de garantia for realizar por:
I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contra
garantia nas mesmas condições;
II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
São exceção às regras dispostas na LRF acerca de garantia, aquelas prestadas por
instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições
financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; bem como a prestada pela
União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta
e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação.
No artigo 29 da LRF, temos que o refinanciamento da dívida mobiliária equivale à emissão
de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária, e o refinanciamento
do principal da dívida mobiliária não poderá exceder, ao término de cada exercício financeiro,
o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no
orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.

009. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal e do novo


regime fiscal, julgue o item subsequente.
Se determinado ente da Federação emitir títulos para pagamento do principal da
dívida mobiliária acrescido de atualização monetária, o montante da emissão integrará
obrigatoriamente a dívida consolidada do ente.
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Leve para a prova que a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da
atualização monetária está relacionada ao conceito de refinanciamento da dívida mobiliária.
Confira na LRF:

Art. 29 V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal


acrescido da atualização monetária.

Errado.

Importante ter em mente aquelas restrições geradas por ultrapassagem das despesas
de pessoal, que se não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar
o excesso, o ente não poderá contratar, entre outros, operações de crédito, podendo
apenas contratar aquelas destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que
visem à redução das despesas com pessoal.
No que se refere ao endividamento, a LRF restringiu-se a dispor sobre limites e
condições quanto à dívida fundada, exceção somente quanto as Antecipações de Receita
Orçamentária – ARO.
Vale destacar que a LRF não dispôs sobre os limites e condições para a dívida flutuante
(curto prazo), dos Entes Federados. Portanto, os limites e condições para realização de
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária, é um dos princípios
a serem alcançados durante toda a gestão pública.
A principal regra acerca dos limites e das condições para realização de operações
de crédito encontra-se no artigo 59. Assim, esse artigo prevê que o Poder Legislativo,
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de
cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas da LRF com
ênfase no que se refere a limites e condições para realização de operações de crédito e
inscrição em Restos a Pagar.
Amigo(a), em relação aos Restos a Pagar não existem limites estabelecidos na LRF, mas
sim condições, conforme estabelecido em seu artigo 42, cujo foco é coibir abusos com os
recursos públicos no final de um mandato.

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

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Ao promulgar a LRF, essa norma estabeleceu que o Presidente da República teria prazo de
noventa dias para submeter ao Senado Federal proposta de limites globais para o montante
da dívida consolidada, tanto da União quanto dos Estados e Municípios, em cumprimento
ao que dispõe o art. 52 da Constituição Federal.
Tenha em mente que os limites globais para a dívida consolidada dos três níveis de
governo deverão ser verificados a partir de percentual da Receita Corrente Líquida – RCL,
representando o nível máximo admitido para cada um deles, sendo que a verificação
do seu atendimento será realizada ao final de cada quadrimestre (art. 30, § 3º e 4º), ou
semestre, no caso dos Municípios com menos de 50 mil habitantes.
Assim, se verificada a ultrapassagem dos seus limites ao final de um quadrimestre, a
eles deverão retornar nos três quadrimestres seguintes, eliminando-se pelo menos 25%
já no primeiro período.
A forma prevista na LRF para o retorno ao limite legal é a geração de superávit primário
para amortização da dívida, pagamento do principal até a eliminação do excesso. A relação
dos Entes Federados que ultrapassarem esses limites será divulgada mensalmente pelo
Ministério da Fazenda (atualmente, Ministério da Economia).

A LRF, embora tenha estabelecido regras mais rígidas para o endividamento público, até
mesmo redefinindo conceitos da Lei n. 4.320/1964 e do Decreto 93.872/1986, quando em seu
artigo 29 apresenta as definições relacionadas ao crédito público e ao endividamento, não
determina os limites de endividamento nem a trajetória, ou mesmo o prazo máximo para
que os entes atinjam os limites (15 anos), cabendo essas definições ao Senado Federal.

Exercendo a sua competência constitucional, o Senado Federal por intermédio das


Resoluções do Senado 40/2001, 43/2001 e 48/2007 definiu os limites de endividamento
da União, Estados, DF e Municípios em relação à Receita Corrente Líquida, conforme a
seguinte tabela:

% DE LIMITE DE ENDIVIDAMENTO EM RELAÇÃO À RCL


OBJETO UNIÃO ESTADOS/DF MUNICÍPIOS
Dívida Consolidada Não existe 200 120
Contratação de operação de
60 16 16
crédito

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OBJETO UNIÃO ESTADOS/DF MUNICÍPIOS


Concessão de garantias 60 22 22
Pagamento de serviços da
Não existe 11,5 11,5
dívida
Contratação de operações
Não existe 7 7
via ARO

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010. (CESPE/MUNICÍPIO JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2018) Os limites globais para o


montante da dívida consolidada da União, dos estados e dos municípios são estipulados
por meio de
a) lei de iniciativa do Congresso Nacional.
b) lei de iniciativa do presidente da República.
c) decreto do presidente da República.
d) resolução do Congresso Nacional.
e) resolução do Senado Federal.

Leve para a prova que os limites globais para o montante da dívida consolidada da União,
dos estados e dos municípios são estipulados por meio de Resolução do Senado Federal,
conforme determina nossa Carta Magna cujo respectivo trecho reproduzimos a seguir:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


VI – fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Letra e.

No que diz respeito à recondução da dívida ao seu limite, quando verificada a


ultrapassagem ao final de um quadrimestre, a ele deve retornar nos três quadrimestres
seguintes, eliminando-se pelo menos 25% já no primeiro período (a EC 106 – Orçamento de
Guerra – suspendeu os prazos para recondução da dívida do artigo 31, enquanto durou
o estado de calamidade pública causado pelo COVID-19, ou seja, durante o ano de 2020).
A forma prevista na LRF para o retorno ao limite legal é a geração de superávit primário
para amortização da dívida, pagamento do principal até a eliminação do excesso.
A relação dos Entes Federados que ultrapassarem esses limites será divulgada mensalmente
pelo Ministério da Economia.
A LRF determina que, enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido está
sujeito às seguintes sanções (a EC 106 – Orçamento de Guerra – suspendeu as sançoes
do artigo 31, durante o estado de calamidade pública causado pelo COVID-19, ou seja,
até 31/12/2020):
1) fica proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação
de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
2) terá que obter resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite,
promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho.

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Destaque-se ainda que, nos casos em que o ente não consegue readequar sua dívida ao
limite no prazo, enquanto perdurar o excesso, ele fica impedido de receber transferências
voluntárias da União ou do estado, exceto aquelas relativas a ações de educação, saúde e
assistência social.

A EC 106 – Orçamento de Guerra – suspendeu as sançoes do artigo 31, durante o estado


de calamidade pública causado pelo COVID-19 (até 31/12/2020).

Nesse ponto também valem aquelas exceções aos prazos definidas no artigo 31 da LRF.
Como as bancas adoram cobrar as exceções, guarde as exceções aos prazos do artigo
31 da LRF para recondução da dívida aos limites:
1) as restrições devem ser aplicadas imediatamente se o montante da dívida exceder
o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
2) em caso de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da
União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos estados e municípios; e em caso
de estado de defesa ou de sítio decretado na forma da constituição, enquanto perdurar a
situação, ficam suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo 31.
3) em caso de crescimento real baixo ou negativo do PIB – Produto Interno Bruto
nacional, regional ou estadual, por período igual ou superior a quatro trimestres, os prazos
do artigo 31 ficam duplicados. Baixo crescimento, nesse caso, é a taxa de variação real
acumulada do PIB
inferior a 1%, no período correspondente aos quatro últimos trimestres.
4) quando ocorrerem mudanças drásticas na condução das políticas monetária e
cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo poderá ser ampliado em até quatro
quadrimestres.
Importante registar que a Lei Complementar n. 178, de 13/01/2021, que estabelece o
Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal e o Plano de Promoção do Equilíbrio
Fiscal, alterou a redação do inciso I do artigo 31 da LRF, excluindo a proibição para a contratação
de operação de crédito para pagamento de dívidas mobiliárias. Confira com grifos nossos:

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao


final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I – estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação
de receita, ressalvadas as para pagamento de dívidas mobiliárias; (Redação dada pela Lei
Complementar n. 178, de 13 de janeiro de 2021)

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Vale reforçar que a LRF não determina os limites de endividamento, nem a trajetória,
ou mesmo o prazo máximo para que os entes atinjam os limites (15 anos), cabendo
essas definições, conforme mencionado, ao Senado Federal.

Importante destacar que a Lei Complementar 159/2017 acrescentou um parágrafo ao


artigo 32 da LRF, acerca do prazo de validade da verificação dos limites e das condições de
operações de crédito e concessão de garantia. Entretanto, a Lei Complementar 164/2018
acabou flexibilizando as regras para o cumprimento dos limites de despesas com pessoal.
A referida Lei retirou as restrições aos municípios em caso de limite ultrapassado por queda
na arrecadação. Confira:

§ 5º As restrições previstas no § 3º deste artigo não se aplicam ao Município em caso de queda


de receita real superior a 10% (dez por cento), em comparação ao correspondente quadrimestre
do exercício financeiro anterior, devido a:
I – diminuição das transferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios decorrente
de concessão de isenções tributárias pela União; e
II – diminuição das receitas recebidas de royalties e participações especiais.
§ 6º O disposto no § 5º deste artigo só se aplica caso a despesa total com pessoal do quadrimestre
vigente não ultrapasse o limite percentual previsto no art. 19 desta Lei Complementar, considerada,
para este cálculo, a receita corrente líquida do quadrimestre correspondente do ano anterior
atualizada monetariamente.

1.4. VEDAÇÕES NA LRF


Vamos conhecer as principais vedações previstas na LRF em termos de operações de
crédito e dívida pública. Algumas delas já foram apresentadas ao longo da aula, mas agora
temos a oportunidade de vermos elas reunidas. Vamos agora ler e comentar as vedações
presentes nos artigos 35 a 37 da LRF:

Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento
ou postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não
se destinem a:
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.

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§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União
como aplicação de suas disponibilidades.
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir,
no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da
dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato
gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma
da legislação;
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com
fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de
crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento
a posteriori de bens e serviços”.

Note que, no artigo 35, os Entes Federativos ficam, em regra, proibidos de realizar
operações de crédito entre si, seja direta, seja indiretamente via fundos, autarquias, estatal
dependente ou qualquer entidade da administração indireta.
A ideia aqui é manter o equilíbrio federativo e evitar eventuais pendências financeiras
entre eles. Contudo, são previstas exceções, permitindo a realização de operação de crédito
entre instituição financeira estatal e outro ente da federação (com alguns condicionantes)
e a compra de títulos da dívida da União por outros entes federativos para fins de aplicação
financeira de suas disponibilidades.

Jurisprudência
Acerca do artigo 35 da LRF, o STF se manifestou na ADI 2250 e firmou jurisprudência
no sentido de que a União pode por meio de Lei Complementar (no caso a própria LRF)
disciplinar as normas de gestão financeira aplicáveis a todos os entes da federação.

Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir,
no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da
dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.

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Note que também é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Entretanto, a instituição financeira controlada pode adquirir, no mercado, títulos da dívida
pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União
para aplicação de recursos próprios.
Temos também a proibição no que diz respeito à realização de operações de crédito
entre entes da Federação, sob qualquer forma, seja diretamente ou por intermédio de
fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, mesmo que sob a forma de
novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. Entretanto,
essa vedação não proíbe estados e municípios de comprar títulos da dívida da União como
aplicação de suas disponibilidades.

No entanto, excetuam-se dessa as operações entre instituição financeira estatal e


outro ente da Federação, inclusive suas entidades da Administração indireta, que não se
destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e que não se destinem
a refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. Em outras
palavras, é permito o refinanciamento de dívidas contraídas junto à instituição concedente.
Vamos ver mais algumas vedações de operações equiparadas a operações diretamente
no artigo 37 da LRF, com grifos nossos:

Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:


I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato
gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta
ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na
forma da legislação;

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III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com


fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de
crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento
a posteriori de bens e serviços.

1.5. A FAMOSA PEDALADA FISCAL

A LRF deixou claro que não é permitida a realização de operação de crédito entre
uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade
de beneficiário do empréstimo.
No famoso caso da “pedalada fiscal”, a CEF – Caixa Econômica Federal foi utilizada
para financiar despesas correntes de programas sociais instituídos pelo Governo Federal,
caracterizando a situação apelidada de “pedalada fiscal”. A seguir vamos explicar como, na
prática, a pedalada fiscal funcionou.
A CEF, para evitar o calote dos benefícios sociais, pagou a conta que era do Governo
Federal e, somente depois, apresentou a conta ao Governo, com ou sem juros. Entretanto,
essa diferença de tempo entre o pagamento da despesa e o dispêndio efetivo dos recursos
do Tesouro Nacional configura uma operação de crédito, similar ao que nós usamos: o
cheque especial.
Tecnicamente falando, essa operação é denominada de antecipação da receita
na Administração Pública, que é proibida pela LRF (artigo 38, IV, b) no último ano de
mandato do Presidente da República, Governador ou Prefeito. A ideia da LRF com
essa proibição é evitar que, para garantir a sua reeleição ou do seu sucessor indicado, um
governante desequilibre as contas públicas e deixe um rombo para a população e para os
futuros opositores.

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2. REGIMES FISCAIS TRANSITÓRIOS E EXTRAORDINÁRIOS


– EFEITOS NA LRF – CALAMIDADE PÚBLICA E MUDANÇAS
RECENTES NA LRF
Importante sabermos que, com o aumento da necessidade de recursos públicos para
adoção de medidas de combate à pandemia da COVID-19, surgiu também a necessidade
de flexibilizar temporariamente parte das regras impostas pela LRF.
Dessa forma, esse tópico da aula contempla um breve resumo das principais alterações
na legislação que impactaram a aplicação de alguns artigos da LRF, sendo alguns apenas
durante o estado de calamidade pública da COVID-19 (até 31/12/2020) e outros de forma
permanente.

2.1. MEDIDAS DE COMBATE À PANDEMIA (COVID–19) – INTRODUÇÃO


Em um momento delicado como o que o mundo vive atualmente no combate à Pandemia
(COVID-19), o orçamento público passa a ser uma ferramenta de gestão governamental
ainda mais importante.

Nesse sentido, algumas medidas legislativas foram adotadas no sentido de dotar o


gasto público de maior flexibilidade e agilidade, tendo em vista a urgência das medidas
inerentes a esse enfrentamento inédito.
Vamos traçar aqui um histórico dessas medidas, de modo a apresentar para cada uma
delas o seu conteúdo e o seu efeito nos dispositivos da LRF. Também, ao longo das aulas,
vamos correlacionar, quando for o caso, os assuntos estudados com mudanças decorrentes
as medidas legislativas de combate à pandemia, bem como a evolução de nossa legislação até
a publicação da EC 109/2021, em 16/03/2021, no que diz respeito à flexibilização temporária
das regras relativas à responsabilidade fiscal em situações como a de uma pandemia.

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Bem, traçando um histórico, no dia 13/03/2020 por meio da MP – Medida Provisória


924/2020, o governo abriu créditos extraordinários, decorrente de anulação de despesas,
para aplicação nas medidas de combate à pandemia.
Até aqui, nada demais.
Basicamente, com a legislação vigente até então, a utilização de Medidas Provisórias
para abrir créditos extraordinários seria a principal forma de ajustar os gastos públicos às
novas necessidades da população em decorrência da pandemia. Entretanto, a gravidade
da pandemia da COVID-19 fez surgir uma nova legislação

2.2. ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA E O DECRETO LEGISLATIVO N. 6/2020


Ciente da grave situação que iria ser enfrentada, o Presidente da República decretou
estado de calamidade pública, que foi reconhecido pelo Congresso Nacional por meio
do Decreto Legislativo n. 06/2020 em 20/03/2020. Registre-se que Decreto Legislativo
n. 06/2020 valeu até 31/12/2020.
Note que nesse momento ainda tinha entrado no mundo jurídico a LC – Lei Complementar
173/2020 (adiante comentada), sendo principal objetivo da decretação do estado de
calamidade pública, por meio da mensagem enviada pelo Presidente da República, a
dispensa do atingimento dos resultados fiscais previstos no artigo 2º da LDO – Lei de
Diretrizes Orçamentárias e da limitação de empenho disposta no artigo 9º da LRF.
No artigo 65 da LRF, já existia previsão para suspensão de alguns de seus dispositivos
em caso de calamidade pública.
Confira, com grifos nossos:

Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso
da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto
perdurar a situação:
I – serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23, 31 e 70;
II – serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista
no art. 9º.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado
na forma da Constituição.

Note, portanto, a situação de calamidade pública, quando oficialmente reconhecida


pelo Congresso Nacional (União) ou pelas Assembleias Legislativas (Estados e Municípios),
enquanto perdurar a situação, serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições
estabelecidas nos artigos 23 (apuração das despesas com pessoal), 31 (apuração da dívida
pública consolidada) e 70 (sem aplicação atualmente) da LRF, sendo também dispensados
o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho.

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O objetivo dessa flexibilização é dar ao gestor maior discricionariedade sobre os gastos,


viabilizando a liberação recursos em detrimento do atingimento das metas fiscais, autorizando
o governo a gastar ainda mais do que arrecada e aumentar o endividamento público,
enquanto vigente o estado de calamidade pública reconhecido pelo Congresso Nacional.
Outro ponto que merece destaque é o relativo à renúncia de receitas. Visando a que os
entes busquem efetivar o equilíbrio fiscal, a LRF (artigo 14) torna difícil a renúncia de receitas,
exigindo que, para isso, o ente apresente um plano detalhado demonstrando as consequências
orçamentárias e financeiras sobre a perda inicial de arrecadação, bem como as respectivas
medidas para a compensar dessa perda de arrecadação também nos 2 anos seguintes.

Exemplo
Nesse sentido, por exemplo, por meio do Decreto n. 10.305/2020, a União concedeu isenção
por 90 dias do IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras, visando reduzir o custo dos
empréstimos, sem precisar apresentar nenhum plano justificando essa medida.
Outro exemplo seria a isenção do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados para a aquisição
de Respiradores.

2.3. ORÇAMENTO DE GUERRA – EC N. 106/2020


A Emenda Constitucional – EC 106/2020 publicada em 07/05/2020 implantou em
nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações da
UNIÃO para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pandemia da
COVID-19, trazendo para a nossa matéria o chamado “Orçamento de Guerra”.
Importante destacar que a EC 106/2020 é uma Emenda Constitucional avulsa, ou
seja, uma emenda constitucional que não modifica o texto da CF/1988 e que tem vigência
temporária limitada ao encerramento do estado de calamidade decorrente da pandemia
(COVID-19), reconhecida pelo Congresso Nacional por meio do DL – Decreto Legislativo
06/2020 até 31/12/2020.
A EC 106/2020 dispensou a União ainda do cumprimento das limitações legais ao
aumento de despesa e renúncia de receitas decorrentes da concessão de incentivos
fiscais ou benefícios tributários.
Em outras palavras, desde que não implique aumento permanente de despesas, as
proposições legislativas e os atos do Poder Executivo que tenham o propósito exclusivo de
enfrentar a pandemia e suas consequências sociais e econômicas ficam dispensados da
observância das limitações legais relativas a aumento de despesas e renúncia de receitas.
Note que a EC 106/2020 dispensou, durante a integralidade do exercício financeiro
em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia (2020), a obrigatoriedade de
atender a chamada regra de ouro das finanças públicas. Em outros termos, o “orçamento

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de guerra” autoriza que o governo realize operações de crédito para gastar mais com
despesas correntes como os salários dos profissionais de saúde e materiais de consumo
como remédios e EPIs (máscaras etc.).
Nessa toada, visando dotar de transparência as operações de crédito e os gastos públicos
relacionados ao enfrentamento da pandemia, o Ministério da Economia deve publicar, a cada
30 (trinta) dias, relatório com os valores e o custo das operações de crédito realizadas no
período de vigência do estado de calamidade pública nacional relativa à pandemia (COVID-19)
De acordo com EC 106/2020, as autorizações de despesas relacionadas ao enfrentamento
da calamidade pública nacional decorrente da pandemia (COVID-19) e de seus efeitos
sociais e econômicos deverão ser separadamente avaliadas na prestação de contas do
Presidente da República e evidenciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, no Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO.

2.4. LEI COMPLEMENTAR – LC N. 173/2020


Chegamos agora à edição da LC – Lei Complementar n. 173, de 27/05/2020, que
estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Corona SARS-CoV-2 (COVID-19),
e que, dentre outras medidas, alterou os artigos 21 e 65 da LRF e suspendeu a aplicação
de exigências de outros artigos da LRF enquanto durarem os efeitos da Pandemia, ou
melhor, enquanto o estado de calamidade estiver valendo (31/12/2020).

Alguns dispositivos da LC 173/2020 somente vigoraram durante o período de calamidade


pública decorrente do combate à pandemia (até 31/12/2020).

Enquanto a EC 106/2020 e Decreto Legislativo n. 06/2020 abarcam apenas a União, a LC


173/2020 alargou a dispensa de exigências fiscais aos demais entes federativos, incluiu
novos dispositivos na LRF e serviu também para socorrer os Estados, DF e Municípios em
relação ao crescente e enorme déficit público.

Com a LC 173/2020, tivemos o reforço do pacto federativo por meio do auxílio


financeiro da União para Estados, Distrito Federal e municípios para ajudar no combate
à pandemia da Covid-19, suspendendo também o pagamento de suas dívidas para com
a União, e também medidas para equilibrar as contas públicas, especialmente, dos
Estados, DF e Municípios.
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DICA
Falando em linguagem simples, de um lado a União
enviou dinheiro para os entes descentralizados, mas de
outro tentou dificultar que tais recursos não fossem
devidamente aplicados no combate à pandemia.

Vamos comentar as alterações (em sua maioria inclusões) no artigo 21 da LRF


proporcionada pela LC 173/2020, que acrescentou alguns dispositivos a esse importante artigo.
Confira primeiro a sua literalidade com grifos nossos:

Art. 21. É nulo de pleno direito: (Redação dada pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
I – o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:
a) às exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar e o disposto no inciso XIII do caput
do art. 37 e no § 1º do art. 169 da Constituição Federal; e (Incluído pela Lei Complementar n.
173, de 2020)
b) ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo; (Incluído pela
Lei Complementar n. 173, de 2020)
II – o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias
anteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão referido no art. 20; (Redação dada
pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
III – o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a serem
implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão
referido no art. 20; (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
IV – a aprovação, a edição ou a sanção, por Chefe do Poder Executivo, por Presidente e demais
membros da Mesa ou órgão decisório equivalente do Poder Legislativo, por Presidente de Tribunal
do Poder Judiciário e pelo Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados, de norma legal
contendo plano de alteração, reajuste e reestruturação de carreiras do setor público, ou a edição
de ato, por esses agentes, para nomeação de aprovados em concurso público, quando: (Incluído
pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
a) resultar em aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final
do mandato do titular do Poder Executivo; ou (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
b) resultar em aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a serem implementadas
em períodos posteriores ao final do mandato do titular do Poder Executivo. (Incluído pela Lei
Complementar n. 173, de 2020)
§ 1º As restrições de que tratam os incisos II, III e IV: (Incluído pela Lei Complementar n. 173,
de 2020)
I – devem ser aplicadas inclusive durante o período de recondução ou reeleição para o cargo de
titular do Poder ou órgão autônomo; e (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
II – aplicam-se somente aos titulares ocupantes de cargo eletivo dos Poderes referidos no art.
20. (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)

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§ 2º Para fins do disposto neste artigo, serão considerados atos de nomeação ou de provimento
de cargo público aqueles referidos no § 1º do art. 169 da Constituição Federal ou aqueles que,
de qualquer modo, acarretem a criação ou o aumento de despesa obrigatória. (Incluído pela Lei
Complementar n. 173, de 2020).”

Fazendo a leitura desse artigo, vemos que em linhas gerais a sua espinha dorsal é
reforçar o controle de despesa total com pessoal dos entes federativos, não apenas
para período da pandemia.
Podemos ver ainda que é nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da
despesa com pessoal e que não atenda:
1) as exigências de acompanhamento, para a criação, expansão ou aperfeiçoamento
de ação governamental que acarrete aumento da despesa, conforme definidos no artigo
16 da LRF:
a) estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes, e
b) declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária
e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO.
2) as exigências para a criação das despesas obrigatórias de caráter continuado conforme
definidos no artigo 17 da LRF em que os atos que criarem as despesas ou as aumentarem
deverão ser instruídos com:
a) estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes;
b) demonstração da origem dos recursos para seu custeio; comprovação de que a criação
ou o aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo
de metas fiscais da LDO;
c) compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento
permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.
Aqui torna-se importante lembrar das exigências do § 1º do artigo 169 da CF/1988 que diz:

§ 1º a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,


empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação
de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.

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Em outras palavras, podemos dizer que os aumentos de despesas com pessoal, só


poderão ser feitos se houver dotação na LOA suficiente para atender as despesas já
existentes e ainda aos novos acréscimos e, se houver autorização específica na LDO,
(exceto para as empresas públicas e as sociedades de economia mista).
Por sua vez, o disposto no inciso XIII do artigo 37 da CF/1988 veda a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público.
Além disso, também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
Com a entrada em vigor da LC 173/2020 e das alterações provocadas na LRF, ficam
vedados os aumentos em despesas com pessoal em parcelas posteriores ao mandato.

Exemplo:
Suponha que uma lei aprovada em 2020 por uma Prefeitura tenha programado aumentos
salariais escalonados em uma determinada carreira do serviço público da seguinte forma:
Ano 2020: 5%
Ano 2021: 10%
Ano 2022: 15%

Assim, com a nova redação do artigo 21 da LRF, aumentos só serão possíveis se todas
as parcelas do escalonamento do aumento ocorrerem dentro do mesmo mandato, ou
seja, o Chefe de Poder ou órgão não pode mais conceder aumentos escalonados se o último
ano da concessão ultrapassar o seu mandato.
Também o artigo 65 da LRF também sofreu modificações, em sua maior parte inclusões,
pela LC 173/2020. Assim, vamos apresentar a sua literalidade com grifos nossos e depois
comentar os principais pontos.

Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso
da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto
perdurar a situação:
I – serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23, 31 e 70;
II – serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista
no art. 9º.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado
na forma da Constituição.
§ 1º Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, nos termos de
decreto legislativo, em parte ou na integralidade do território nacional e enquanto perdurar a
situação, além do previsto nos inciso I e II do caput: (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
I – serão dispensados os limites, condições e demais restrições aplicáveis à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, bem como sua verificação, para: (Incluído pela Lei Complementar
n. 173, de 2020)

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a) contratação e aditamento de operações de crédito; (Incluído pela Lei Complementar n. 173,


de 2020)
b) concessão de garantias; (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
c) contratação entre entes da Federação; e (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
d) recebimento de transferências voluntárias; (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
II – serão dispensados os limites e afastadas as vedações e sanções previstas e decorrentes dos
arts. 35, 37 e 42, bem como será dispensado o cumprimento do disposto no parágrafo único
do art. 8º desta Lei Complementar, desde que os recursos arrecadados sejam destinados ao
combate à calamidade pública; (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
III – serão afastadas as condições e as vedações previstas nos arts. 14, 16 e 17 desta Lei
Complementar, desde que o incentivo ou benefício e a criação ou o aumento da despesa sejam
destinados ao combate à calamidade pública. (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
§ 2º O disposto no § 1º deste artigo, observados os termos estabelecidos no decreto legislativo
que reconhecer o estado de calamidade pública: (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
I – aplicar-se-á exclusivamente: (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
a) às unidades da Federação atingidas e localizadas no território em que for reconhecido o
estado de calamidade pública pelo Congresso Nacional e enquanto perdurar o referido estado
de calamidade; (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
b) aos atos de gestão orçamentária e financeira necessários ao atendimento de despesas relacionadas
ao cumprimento do decreto legislativo; (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)
II – não afasta as disposições relativas a transparência, controle e fiscalização. (Incluído pela Lei
Complementar n. 173, de 2020)
§ 3º No caso de aditamento de operações de crédito garantidas pela União com amparo no disposto
no § 1º deste artigo, a garantia será mantida, não sendo necessária a alteração dos contratos de
garantia e de contragarantia vigentes. (Incluído pela Lei Complementar n. 173, de 2020)

Em primeiro lugar, note que com alteração do parágrafo único, o artigo 65 passa a tratar
apenas de calamidade pública, ou seja não abarca estado de defesa e estado de sítio.
Em segundo lugar, atente que para todos os entes públicos em situação de calamidade
pública ficam dispensados limites, restrições e condições para:
1 – contratação e aditamento de operações de crédito e concessão de garantias,
dispensando assim, os artigos 8, 37 e 42 da LRF e de Resoluções do Senado Federal que
limitam tais operações.
Ressalte-se que no caso de aditamento de operações de crédito garantidas pela União
com amparo nas exceções previstas no estado de calamidade pública, a garantia será mantida,
não sendo necessária a alteração dos contratos de garantia e de contragarantia vigentes.
2 – contratação entre entes da federação, dispensando assim, a vedação prevista no
artigo 35 da LRF.
3 – recebimento de transferências voluntárias, dispensando assim, diversas regras da
LRF previstas no artigo 25 da LRF.

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Também de acordo com a nova redação da LRF dada pela LC 173/2020, ficam afastadas as
condições e as vedações previstas no artigo 14 da LRF, relativos à concessão ou ampliação
de incentivo ou benefício de natureza tributária, desde que o incentivo ou benefício
sejam destinados ao combate à calamidade pública.
Também de acordo com a nova redação da LRF dada pela LC 173/2020, ficam afastadas
as condições e as vedações previstas no artigo 16 da LRF, desde que a criação ou o aumento
da despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública.
Também de acordo com a nova redação da LRF dada pela LC 173/2020, ficam afastadas
as condições e as vedações previstas no artigo 17 da LRF, desde que a criação ou o aumento
da despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública.
Ainda de acordo com a nova redação do artigo 65 da LRF, vemos que as exceções previstas
na LRF, no estado de calamidade pública, ficam limitadas ao tempo em que a calamidade
perdurar e só podem ser aplicadas onde for reconhecido o estado de calamidade, valendo
apenas para os atos de gestão orçamentária e financeira necessários ao atendimento de
despesas específicas relativas ao decreto legislativo de calamidade pública.
Além das mudanças na LRF e da ajuda financeira aos Estados, DF e Municípios,
merecem destaque as seguintes proibições trazidas pelo artigo 8º da LC 173/20 até
31/12/2021 para todos os entes:
1) criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
2) alterar estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
3) admitir ou contratar pessoal, sob qualquer título, salvo se essa admissão ou
contratação não implicar aumento de despesa e for para:
• repor um cargo de chefia;
• repor um cargo de direção;
• repor um cargo de assessoramento;
• repor vacância de cargo efetivo;
• repor vacância de cargo vitalício;
• contratação temporária prevista no art. 37, XI, CF;
• contratação temporária para serviço militar
• contratação de alunos de órgãos de formação de militares.
4) realizar concurso público, exceto para as reposições de vacância anteriormente
previstas, ou seja, reposição de vacância de cargos efetivos ou vitalícios, de modo que
não poderá haver, assim, para novos cargos, mas apenas para aqueles que vagarem por
aposentadoria, morte, promoção etc.
5) criar ou majorar auxílios e demais verbas para membros de Poder, do Ministério Público
ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos e militares, ou ainda de
seus dependentes, exceto quando derivado de sentença judicial transitada em julgado ou
de determinação legal anterior à calamidade.
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2.5. LEIS COMPLEMENTARES N. 177/2021 E N. 178/2021


Depois das alterações de 2020, começamos o ano de 2021 com alterações
significativas na LRF.
As Leis Complementares 177 e 178, publicadas respectivamente nos dias 12 e 13
de janeiro de 2021 alteraram vinte e um dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal
– LRF. Essas mudanças referem-se especialmente aos dispositivos relativos às despesas
com pessoal e a tentativa de uniformização na interpretação jurisprudencial dos conceitos
que visam estabelecer limites e condições para o equilíbrio e a sustentabilidade na gestão
fiscal dos entes públicos.
A LC 177/2021 alterou a LRF para vedar a limitação de empenho e movimentação
financeira das despesas relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico
custeadas por fundo criado para tal finalidade. Para isso alterou o seu parágrafo 2º do
artigo 9º, conforme abaixo com grifos nossos:

§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e


legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à
inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para
tal finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

A LC 178/2021, que estabeleceu o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal


e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal, responsável pela maior parte das mencionadas
alterações (que serão apresentadas ao longo da parte teórica das aulas) procurou definir
alguns conceitos de maneira a reduzir a margem interpretativa de gestores e controladores.
Como exemplo, estabeleceu-se que para a apuração da despesa total com pessoal será
observada a remuneração bruta do servidor, vedando deduções como a das parcelas do
Imposto de Renda Retido na Fonte. No que diz respeito à verificação do atendimento dos
limites com despesas com pessoal, foi vedada a dedução da parcela custeada com recursos
aportados para a cobertura do déficit financeiro dos regimes de previdência.
Ainda de acordo com LC 178/2021, os Poderes e órgãos devem apurar, de forma segregada
para aplicação dos seus limites próprios, a integralidade das despesas com pessoal dos
respectivos servidores inativos e pensionistas, mesmo que o custeio dessas despesas
esteja a cargo de outro Poder ou órgão. Além disso, foi concedido um prazo de dez anos, a
partir de 2023, para o retorno ao limite dos Poderes e órgãos que estiverem com excesso
de despesas com pessoal ao final de 2021, após o qual, sujeitar-se-ão a sanções.

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2.6. EC N. 109/2021 – REGIMES FISCAIS TRANSITÓRIOS E EXTRAORDINÁRIOS


Iniciado o ano de 2021, após um déficit público que bateu o “recorde” em 2021, em
sua maior parte decorrente das medidas de combate à pandemia da COVID-2019, como o
Congresso Nacional não prorrogou a validade do Orçamento de Guerra por meio de novo
Decreto Legislativo, no dia 16/03/2021 foi publicada a EC – Emenda Constitucional 109/2021
oriunda da PEC 186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente
divulgada pela mídia por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio-Emergencial por parte
do Governo Federal.
Importante saber que essa EC também alterou e trouxe também importantes
dispositivos de nossa Constituição que impactam diretamente as nossas aulas de AFO,
Direito Financeiro e Orçamento Público e criou os chamados regimes fiscais transitórios
extraordinários. A EC 109/2021 ainda não foi regulamentada, entretanto, mesmo ainda sem
regulamentação, já provocou alguns impactos em nossa LRF que deverão ser aumentados
quando da sua regulamentação.
Saiba, por enquanto, que por meio da EC 109/2021, foi criado o regime fiscal facultativo
para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo Estadual ou Municipal seja
pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime. Também por meio da
EC 109/2021 foi criado o regime extraordinário na União em caso de pandemia, que abarca
regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública.

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RESUMO
No artigo 21 da CF/1988, é atribuída à União o papel de fiscalizadora das operações
de crédito público, e o artigo 22 da Carta Magna atribui à União a competência privativa
para legislar sobre o assunto.
Existem 2 conceitos de dívida pública presentes na Lei 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos
serviços de amortização e juros.

No tocante à Dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos
3 quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
A LRF também determinou que os recursos destinados a cobrir déficits de pessoas
físicas e jurídicas (inclusive instituições do Sistema Financeiro) só podem ser autorizados
mediante lei específica.
Reforçou o papel do Senado Federal no que diz respeito à dívida consolidada e do
Congresso Nacional no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um ente e outro,
com exceção do caso de operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
Federação, desde que não se trate de financiamento de despesa corrente ou refinanciamento
de dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e o ente da Federação que a controle.
A LRF também proibiu os entes de realizar operação de crédito por antecipação de
receita no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes conceder garantia em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao oferecimento
de contragarantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior ao valor da garantia.
A LRF determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União pode exigir
como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências constitucionais.

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A LRF proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 2
quadrimestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro do mandato.
Espero que tenha gostado da aula! Agora é fazer mais questões para fixar o entendimento
e treinar para a prova!

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União (DPU) tenha


contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com
carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida flutuante da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

002. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) Considere que a Defensoria Pública da União (DPU) tenha


contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com
carência de cinco anos. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A dívida interna da DPU será acrescida de R$ 100 milhões.

003. (CESPE/TCE–PA/AUDITOR/2016) A propósito da sustentabilidade do endividamento


público e das formas de financiamento dos déficits do governo adotadas pelo Brasil em
sua história econômica, julgue o item que se segue.
A presença de superávits primários recorrentes é condição insuficiente para garantir a
sustentabilidade do endividamento público.

004. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Conforme números divulgados pelo Banco Central,


nos últimos dois anos o resultado fiscal do setor público foi deficitário, o que resultou no
aumento da dívida pública em termos de percentual do PIB. Julgue o item a seguir, com
relação à dívida pública e à necessidade de financiamento do governo.
O resultado operacional é o conceito fiscal mais amplo e representa a diferença, em
determinado período, entre o fluxo agregado de receitas totais (inclusive de aplicações
financeiras) e de despesas totais (inclusive despesas com juros).

005. (CESPE/TCE–SC/AUDITOR/2016) No que se refere aos conceitos de déficit público e


de dívida pública, julgue o seguinte item.
O resultado primário do setor público corresponde ao déficit nominal deduzido dos juros
nominais incidentes sobre a dívida pública.

006. (CESPE/EBESRH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
O resultado da operação de crédito por antecipação da receita orçamentária feito por
determinado órgão público deve ser incluído no montante da dívida fundada.

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007. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964 e o Decreto n.


93.872/1986, a dívida flutuante compreende
a) créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os
valores numerários.
b) as despesas de exercícios anteriores.
c) os restos a pagar e as operações de crédito por antecipação de receitas.
d) a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, incluídos os do Banco
Central do Brasil.
e) obrigações que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

008. (CESPE/MUNICÍPIO MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca de crédito público, julgue o


seguinte item.
Nem todo empréstimo público tomado pelo município precisa, para sua realização, de
autorização específica do Senado Federal.

009. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal e do novo


regime fiscal, julgue o item subsequente.
Se determinado ente da Federação emitir títulos para pagamento do principal da
dívida mobiliária acrescido de atualização monetária, o montante da emissão integrará
obrigatoriamente a dívida consolidada do ente.

010. (CESPE/MUNICÍPIO JOÃO PESSOA/PROCURADOR/2018) Os limites globais para o


montante da dívida consolidada da União, dos estados e dos municípios são estipulados
por meio de
a) lei de iniciativa do Congresso Nacional.
b) lei de iniciativa do presidente da República.
c) decreto do presidente da República.
d) resolução do Congresso Nacional.
e) resolução do Senado Federal.

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QUESTÕES DE CONCURSO

011. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal,


caso ocorra a extrapolação da despesa com pessoal em valor superior a noventa e cinco
por cento do limite fixado, fica o órgão onde ocorreu o evento vedado a admitir pessoal,
exceto em caso de falecimento de servidor vinculado à área de
a) Cultura
b) Fazenda
c) Segurança
d) Planejamento
e) Transportes

012. (CESGRANRIO/TJ–RO/ANALISTA/2008) O artigo 29, Inciso I, da Lei Complementar


101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, define dívida pública consolidada
ou fundada como
a) financiamento da dívida mobiliária com emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
b) compromisso financeiro assumido para aquisição financiada de bens, recebimento
antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento
mercantil e outras operações assemelhadas.
c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada.
d) montante representado por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios.
e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

013. (CESGRANRIO/FINEP/ANALISTA/2014) À luz da Lei Complementar no 101/2000, Lei


de Responsabilidade Fiscal, em se tratando das operações de crédito por antecipação de
receita orçamentária, constata-se que essa operação de crédito
a) é destinada a atender insuficiência de caixa e deverá ser liquidada, com juros e encargos
incidentes, em prazo superior a 12 meses.
b) é destinada a atender insuficiência de caixa e deverá ser liquidada, com juros e encargos
incidentes, em prazo superior a 24 meses.
c) é destinada a atender insuficiência de caixa e deverá ser liquidada, com juros e encargos
incidentes, no último ano do mandato do Presidente, do Governador e do Prefeito.
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d) poderá ser contratada, ainda que possa existir operação anterior da mesma natureza
não integralmente resgatada.
e) estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente
resgatada.

014. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Determinado Município, em razão de insuficiência


de caixa ocorrida no último ano do mandato do Prefeito, pretende realizar operação de crédito
por antecipação de receita orçamentária, para pagamento das despesas de curto prazo.
Observando o exposto à luz da Lei Complementar 101/2000, verifica-se que a referida
operação de crédito é
a) legal, desde que seja realizada a partir do décimo dia do início do exercício financeiro
em pauta.
b) legal, desde que seja liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de
dezembro do exercício financeiro em pauta.
c) legal, desde que a taxa de juros da operação seja prefixada ou indexada à taxa básica
financeira, ou a que vier a esta substituir.
d) ilegal, tendo em vista a ausência de previsão legal para a realização de operação de crédito
por antecipação de receita.
e) ilegal, tendo em vista a vedação contida em lei quando a referida operação vier a ocorrer
no último ano do mandato do Chefe do Executivo Municipal.

015. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Na hipótese de certo Município celebrar contrato


de empréstimo por antecipação de receita orçamentária – ARO – com o Banco JMN S/A,
à luz das regras previstas na legislação aplicável à espécie, e, ainda, nele constatarem, a
título de garantia, os recursos da Municipalidade originários de quotas-partes do Fundo
de Participação dos Municípios, certo é que a respectiva garantia:
a) infringiria princípio constitucional o qual veda a vinculação de receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa.
b) infringiria a ordem de pagamento a ser efetuada mediante a expedição de precatório
requisitório.
c) infringiria princípio constitucional o qual veda a concessão e utilização de créditos
ilimitados.
d) encontra-se em conformidade com o texto constitucional em vigor.
e) encontra-se apenas em conformidade com os Decretos editados pelo Chefe do Executivo local.

016. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/AUDITOR/2013) Uma das previsões possíveis a constar na lei


orçamentária diante da insuficiência de caixa consiste em
a) realizar operações de crédito por antecipação das receitas.
b) realizar receitas mediante acordos administrativos.
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c) suspender as cotas de participação dos entes públicos.


d) majorar tributos observado o prazo nonagesimal.
e) instituir tributos com cobrança imediata.

017. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2009) As operações de crédito por antecipação de


receita são empréstimos destinados a atender momentâneas insuficiências de caixa durante
o exercício financeiro, e cuja autorização depende do atendimento de diversas exigências da
a) Constituição Federal.
b) Lei de Responsabilidades Fiscais.
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) Lei Orçamentária Anual.
e) Lei no 4.320 de 1964.

018. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) A Lei Complementar n. 101/2000, conhecida como


Lei da Responsabilidade Fiscal, não aborda o mérito do que pode ou não pode ser inscrito
em Restos a Pagar. Em seu artigo 42, entretanto, ela determina que o titular do Poder não
poderá contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro do
mandato ou de parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja disponibilidade
de caixa para isso.
O prazo estabelecido pela aludida Lei Complementar n. 101/2000 para proibição do titular
do poder refere-se ao(s) último(s)
a) ano de seu mandato
b) trimestre de seu mandato
c) quadrimestre de seu mandato
d) dois trimestres de seu mandato
e) dois quadrimestres de seu mandato

019. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2010) Sobre os restos a pagar, dispõe a técnica que


“é vedado ao titular de Poder ou órgão contrair obrigação de despesa que não possa ser
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito”. De acordo
com a legislação pertinente, considera-se correto, para fins de contagem do prazo para
tal obrigação,
a) o último semestre do mandato.
b) os últimos dois quadrimestres do seu mandato.
c) os últimos 90 dias anteriores ao pleito eleitoral.
d) os últimos dois trimestres do seu mandato.
e) o tempo a partir da definição do pleito eleitoral.

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020. (CESGRANRIO/IBGE/SUPERVISOR/2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), criada no


ano 2000, buscou definir parâmetros que guiassem a gestão pública das finanças públicas.
Dentre as principais medidas adotadas pela LRF, constam as seguintes, EXCETO a
a) vedação da possibilidade de refinanciamento ou postergação de dívidas entre entes da
federação.
b) limitação do endividamento público, com penalidades caso o limite seja ultrapassado e
não ocorra o retorno rápido a determinados níveis de endividamento.
c) definição de tetos para gastos com pessoal, como o percentual da receita corrente líquida.
d) definição de regras rígidas para os gastos com pessoal no ano final de mandato dos
governantes.
e) definição de limites iguais de gasto com funcionalismo entre as diferentes esferas e
poderes, garantindo isonomia na gestão.

021. (VUNESP/DOCAS–PB/ADMINISTRADOR/2022) O compromisso financeiro assumido,


entre outras hipóteses, em razão de emissão e aceite de título é denominado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal de
a) dívida pública mobiliária.
b) dívida pública consolidada ou fundada.
c) operação de crédito.
d) refinanciamento da dívida mobiliária.
e) concessão de garantia.

022. (VUNESP/CM–ORLÂNDIA/CONTADOR/2022) No que tange ao capítulo da dívida e do


endividamento, da LC n. 101/2000, o compromisso de adimplência de obrigação financeira
ou contratual assumido por ente da Federação ou entidade a ele vinculada, é definido como:
a) Papel da dívida pública.
b) Dívida flutuante.
c) Dívida ativa.
d) Dívida pública consolidada.
e) Concessão de garantia.

023. (VUNESP/IPSM-SJC/ANALISTA/2022) As operações de crédito por antecipação de receita


a) deverão ser liquidadas, com juros e encargos, até o dia 10 de dezembro do ano.
b) poderão ser realizadas mesmo que haja operação anterior da mesma natureza.
c) são permitidas no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo.
d) serão efetuadas mediante abertura de crédito no Banco do Brasil.
e) só poderão ser realizadas após 5 meses do início do exercício.

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024. (VUNESP/PREFEITURA PIRACICABA–SP/CONTADOR/2022) A vedação ao prefeito, nos


últimos dois quadrimestres do seu mandato, de contrair obrigação de despesa que não
possa ser cumprida integralmente dentro do mandato dele, ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este
efeito, diz respeito a
a) operações de crédito.
b) operações de crédito por antecipação de receita.
c) restos a pagar.
d) despesas de pessoal.
e) despesas com obras públicas.

025. (VUNESP/PREFEITURA RIBEIRÃO PRETO–SP/CONTADOR/2021) De acordo com a Lei


de Responsabilidade Fiscal, na medida em que a União emitir títulos públicos, a referida
entidade que emitiu tais títulos, estará
a) contraindo uma dívida pública mobiliária.
b) inflacionando o mercado de títulos e valores imobiliários.
c) pagando suas dívidas com precatórios.
d) contribuindo para que o índice de inflação permaneça estável.
e) evitando a inadimplência federal.

026. (VUNESP/CM–SERRANA/PROCURADOR/2019) Para os efeitos da Lei Complementar n.


101/00, é operação de crédito
a) o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada.
b) o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão
e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
c) a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.
d) o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
e) a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco
Central do Brasil, Estados e Municípios.

027. (VUNESP/PREFEITURA ITAPEVI/CONTADOR/2019) Como está definida na Lei de


Responsabilidade Fiscal, a dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios, é a

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a) Financeira.
b) Imobiliária.
c) Fundada.
d) Garantida.
e) Mobiliária.

028. (VUNESP/CM–SERRANA/CONTADOR/2019) No tocante às operações de crédito, a


verificação do cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações
de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta
ou indiretamente, caberá
a) exclusivamente ao tribunal de contas.
b) ao ministério da fazenda.
c) à controladoria geral.
d) às câmaras.
e) à auditoria.

029. (VUNESP/CM–SERTÃOZINHO/PROCURADOR/2019) O compromisso financeiro assumido


em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada
de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e
serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso
de derivativos financeiros, corresponde, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, à
definição de
a) dívida pública mobiliária.
b) dívida pública fundada.
c) operação de crédito.
d) concessão de garantia.
e) refinanciamento da dívida mobiliária.

030. (VUNESP/CM–SERTÃOZINHO/PROCURADOR/2019) A Lei Complementar n. 101 de 2000


define o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses como
a) dívida pública mobiliária.
b) dívida ativa.
c) déficit público.
d) necessidade de financiamento.
e) dívida pública fundada.

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031. (VUNESP/CM–COTIA/CONTADOR/2017) A entrega de recursos correntes ou de capital


a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que
não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de
Saúde (SUS), é entendida, segundo o art. 25 da LC n. 101/00, como
a) doação sem ônus.
b) empréstimo à entidade ligada.
c) transferência voluntária.
d) doação com ônus de retorno.
e) despesa de capital.

032. (VUNESP/PREFEITURA PORTO FERREIRA/PROCURADOR/2017) O compromisso financeiro


assumido em razão de mútuo, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil, dentre outros, corresponde, nos termos da Lei Complementar
n. 101/00, à definição de
a) operações de crédito.
b) dívida pública consolidada.
c) dívida pública mobiliária.
d) concessão de garantia.
e) refinanciamento da dívida mobiliária.

033. (VUNESP/CM–GUARATINGUETÁ/CONTADOR/2016) Assinale a alternativa que conceitua,


corretamente, a definição básica para dívida pública consolidada ou fundada.
a) O montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do Ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
b) Dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios.
c) Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite
de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da
venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas,
inclusive com o uso de derivativos financeiros.
d) Compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada.
e) Emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

034. (VUNESP/CM–CAIEIRAS/DIRETOR/2015) Nos termos da Lei Complementar no 101/00,


as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado
do orçamento, integram

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a) a dívida pública mobiliária.


b) a dívida pública consolidada.
c) a contraprestação de garantia.
d) a concessão de garantia.
e) o refinanciamento da dívida mobiliária.

035. (CONSULPAM/TCM–PA/TÉCNICO/2023) Segundo a Lei Complementar n. 101/2000, que


estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal
e dá outras providências, assinale a alternativa CORRETA.
a) As disposições da mencionada Lei Complementar não se aplicam aos Tribunal de Contas
dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
b) Serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente.
c) O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária.
d) O montante previsto para as receitas de operações de crédito poderá ser superior ao
das despesas de capital constantes do projeto de lei

036. (CONSULPAM/PREF JACAREÍ/FISCAL DE TRIBUTOS/2023) Sobre os instrumentos da


transparência na gestão fiscal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue os itens
a seguir e assinale a alternativa que contém apenas itens CORRETOS.
I – O Relatório Resumido da Execução Orçamentária será publicado até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre.
II – O Relatório Resumido da Execução Orçamentária será composto por balanço financeiro,
que especificará, por categoria econômica, as receitas por fonte e as despesas por grupo
de natureza.
III – O Relatório de Gestão Fiscal será publicado até trinta dias após o encerramento de
cada semestre.
a) I, somente.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II, somente.

037. (CONSULPAM/PREF VIANA–ES/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Anterior à edição da Lei


de Responsabilidade Fiscal, a economia brasileira vivia uma fase de intensa instabilidade
entre o início da década de 1980 e a metade da década de 1990. O período foi marcado por
elevados índices inflacionários cujo controle era perseguido reiteradamente com a introdução
de planos econômicos inconsistentes, os quais não alcançaram os resultados pretendidos.

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Nesse contexto, a Lei foi editada com foco principal na prevenção dos desequilíbrios fiscais,
abrangendo os três níveis de governo, ou seja, a União, os Estados e Distrito Federal, e
os Municípios. Essa Lei instituiu instrumentos mais rigorosos para a gestão das finanças
públicas, implantando as medidas a seguir, EXCETO:
a) Obrigatoriedade de adequado planejamento da gestão das contas públicas, porém, sem
a necessária fixação de metas de resultados fiscais.
b) Observância de limites para gastos com pessoal.
c) Imposição de normas para a criação de despesas de caráter continuado.
d) Transparência das contas públicas e responsabilização dos gestores que descumprirem
os preceitos estabelecidos.

038. (CONSULPAM/PREFEITURA NOVA OLINDA/PROCURADOR/2015) Segundo a Lei


Complementar 101/2000 a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o
respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida:
a) Até o término dos dois subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte
e cinco por cento) no primeiro.
b) Até o término dos dois subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 50% (vinte
e cinco por cento) no primeiro.
c) Até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte
e cinco por cento) no primeiro.
d) Até o término dos quatro subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 50%
(cinquenta por cento) no primeiro.

039. (CONSULPLAN/PREF CORBÉLIA/CONTADOR/2021) Um ente público municipal apresentou


a seguinte situação em relação à sua programação financeira e orçamentária referente aos
dois primeiros bimestres de 2021: no 1º bimestre, a arrecadação das receitas se comportou
como previsto, bem como a realização das despesas. Entretanto, no 2º bimestre, a receita
arrecada foi de 30% a menos que o previsto, enquanto a realização das despesas ocorreu
conforme o esperado. Considerando o exposto, é correto afirmar que:
a) No 2º bimestre, ocorreu insuficiência de caixa, o que permite ao ente recorrer à Antecipação
de Receitas Orçamentárias, mediante empréstimo junto a uma instituição financeira que
deverá ser quitado até dia 10 de dezembro de 2021.
b) No 1º bimestre, ocorreu insuficiência de caixa, pois o valor de arrecadação das receitas
deve ser sempre maior que o valor previsto para pagamento das despesas, o que não permite
ao ente municipal recorrer à Antecipação de Receitas Orçamentárias.

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c) No 2º bimestre, ocorreu superavit de caixa, o que permite ao ente recorrer à Antecipação de


Receitas Orçamentárias, como forma de realizar artificialmente suas receitas orçamentárias,
obtendo empréstimo junto à instituição financeira para adquirir novos equipamentos.
d) No 1º bimestre, ocorreu superavit de caixa, pois a arrecadação de receitas foi igual ao
desembolso realizado, o que permite ao ente público recorrer à Antecipação de Receitas
Orçamentárias, cujos recursos devem ser canalizados para quitação de seus empréstimos.

040. (CONSULPLAN/CM–ARCOS/AUXILIAR/2020) A Lei Complementar n. 101, de 4 de maio


de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Em relação ao referido
instituto legal, é INCORRETO afirmar que:
a) Estabeleceu a exigência de que se passasse a realizar a consolidação nacional das contas
públicas.
b) Tem como intuito propiciar o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos
de transparência da gestão fiscal.
c) Tem como intuito nortear a competência tributária, bem como as modificações de
alíquotas e base de cálculos de tributos já instituídos.
d) Estabeleceu para toda a federação, direta ou indiretamente, limites da dívida consolidada,
garantias, operações de crédito, restos a pagar, despesas de pessoal, dentre outros.

041. (CONSULPLAN/AMTT–JI–PARANÁ/ASSESSOR/2020) Sobre a Lei de Responsabilidade


Fiscal, considerando as peculiaridades da Autarquia Municipal de Trânsito de Ji-Paraná, é
correto afirmar que:
a) É permitida a dotação orçamentária com finalidade imprecisa na Lei Orçamentária
Municipal para atender às variações de despesas da autarquia.
b) Do anexo de metas fiscais, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, deve constar a evolução
do patrimônio líquido da autarquia nos últimos três exercícios.
c) Da Lei Orçamentária constará reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante
é definida com base no fundo de participação do município.
d) A autarquia deve utilizar sistema de execução orçamentária e financeira segregada da
administração direta municipal, resguardando-se sua autonomia.

042. (CONSULPLAN/PREFEITURA CAPANEMA/AUXILIAR/2020) Diante da pandemia do


Coronavírus, um certo município eleva suas dívidas públicas, a fim de realizar compras de
respiradores, leitos, contratos de pessoal da área da saúde e demais despesas. Os analistas
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estimam cenários pós– -pandemia
de queda do PIB (Produto Interno Bruto) Nacional e do Município com variações baixas ou
até negativas por período superior a quatro trimestres. O gestor dessa cidade deseja saber,
caso as estimativas se confirmem, quais os prazos existentes para a quitação das dívidas.
Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

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I – Os gastos com pessoal e o excedente deverão ser eliminados nos dois quadrimestres
seguintes, sendo pelo menos 1/3 quitado no primeiro quadrimestre.
II – Os gastos excedentes serão eliminados nos próximos três quadrimestres, sendo pelo
menos 25% no primeiro quadrimestre.
III – Os prazos para recondução dos limites de gastos com pessoal e gastos excedentes
serão duplicados por período igual ou superior a quatro trimestres.
IV – Os gastos deverão ser eliminados nos próximos quatro trimestres, sendo pelo menos
½ pagos no primeiro trimestre.
V – Os gastos excedentes serão eliminados nos próximos três trimestres, sendo pelo menos
25% no primeiro trimestre.
Está correto o que se afirma apenas em
a) III.
b) I e II.
c) I e V.
d) II e IV.
e) IV e V.

043. (CONSULPLAN/CM–BH/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) “A controvérsia atual sobre


qual indicador de endividamento melhor serve para analisar a sustentabilidade fiscal de um
país exige, como ponto de partida, que se compreenda uma série de questões conceituais
e metodológicas envolvendo o cálculo da variável e, particularmente, o relacionamento
entre o Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil. A diferença entre os indicadores de
dívida líquida e dívida bruta reportados em análises que tomam por base os relatórios do
Bacen não se restringe ao fato de uma ser líquida e outra bruta, mas também envolve a
abrangência do indicador.”
(Disponível em: http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1514.pdf.)

Considerando o trecho transcrito anteriormente apenas como texto motivador, assinale a


alternativa correta a respeito de aspectos conceituais e legais de Dívida Pública (conceitos,
gerenciamento, efeitos econômicos do endividamento do setor público e indicadores de
mensuração do endividamento público).
a) Compete à Câmara de Vereadores do município autorizar operações externas de natureza
financeira de interesse do município.
b) Compete à Câmara de Vereadores do município dispor sobre limites globais e condições
para as operações de crédito externo e interno do município.
c) É Competência do Poder Legislativo Municipal (Câmara de Vereadores do município)
estabelecer, por meio de lei, limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária
municipal.

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d) Não é competência das Câmaras de Vereadores dos municípios legislar sobre limite de
endividamento municipal, pois a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
determina que fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante
da dívida consolidada dos Municípios é competência privativa do Senado Federal.

044. (CONSULPLAN/CM–BH/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) A Dívida Pública, em termos


gerais, é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal para financiar o
déficit orçamentário, nele incluído o refinanciamento da própria dívida, bem como para
realizar operações com finalidades específicas definidas em lei. A respeito de dívida pública
e alternativas de financiamento do déficit público, analise as afirmativas a seguir.
I – A Dívida Pública Federal pode ser classificada de distintas formas, sendo as principais:
quanto à forma utilizada para o endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos
de recebimento e pagamento da dívida.
II – Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos pelo
Governo Federal via oferta pública (leilão) ou diretamente ao detentor.
III – Em relação à moeda na qual ocorrem seus fluxos de recebimento e pagamento, a Dívida
Pública Federal pode ser classificada como interna ou externa. Quando os pagamentos e
recebimentos são realizados na moeda corrente em circulação no país, no caso brasileiro o
real, a dívida é chamada de interna. Por sua vez, quando tais fluxos financeiros ocorrem em
moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como externa.
IV – Atualmente, toda a Dívida Pública Federal em circulação no mercado nacional é paga
em real e captada por meio da emissão de títulos públicos, sendo por essa razão definida
como Dívida Pública Mobiliária Federal interna. Já a Dívida Pública Federal existente no
mercado internacional é paga em outras moedas que não o real e tem sido captada tanto
por meio da emissão de títulos quanto por contratos, sendo por isso definida como Dívida
Pública Federal externa.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.

045. (CONSULPLAN/TRE–RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) “A responsabilidade na gestão


fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de
metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no
que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e
outras, dívidas consolidadas e mobiliárias, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.”

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(Art. 1º, Lei Complementar 101/2000.)


Acerca dos conceitos de dívida e do endividamento trazidos na Lei de Responsabilidade
Fiscal, assinale a alternativa que NÃO os reproduz adequadamente.
a) Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
b) Dívida pública mobiliária: a dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
c) Dívida pública consolidada ou fundada: o montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
não superior a doze meses.
d) Operação de crédito: o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

046. (CONSULPLAN/PREFEITURA SABARÁ/TÉCNICO/2017) Ao final do exercício órgão da


administração direta apura déficit orçamentário de $ 4 bilhões. Para cobrir o rombo, emite
títulos públicos para captar no mercado recursos financeiros. Assim, está constituída e/ou
majorada a dívida pública. Qual a definição para o saldo dessa dívida com títulos?
a) Dívida Fundada.
b) Dívida Mobiliária.
c) Dívida Contratual.
d) Dívida Financeira.

047. (CONSULPLAN/PREFEITURA SABARÁ/ADVOGADO/2017) Sobre as definições básicas que a


Lei de Responsabilidade Fiscal dá à dívida e ao endividamento, assinale a alternativa correta.
a) Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
b) Operação de crédito: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
c) Dívida pública consolidada ou fundada: dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
d) Dívida pública mobiliária: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses.

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048. (CONSULPLAN/PREFEITURA SABARÁ/CONTADOR/2017) “O montante total, apurado


sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude
de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para
amortização em prazo superior a doze meses.” Trata-se de:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada ou fundada.

049. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta com relação à Dívida e


ao Endividamento, conforme a Lei Complementar n. 101/2000.
a) A dívida pública flutuante corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos
e convênios.
b) A dívida pública imobiliária corresponde à dívida pública representada por títulos emitidos
pela União ou ente da Federação, excluindo os do Banco Central do Brasil e dos Municípios.
c) O refinanciamento da dívida imobiliária consiste na emissão de títulos para pagamento
do principal acrescido da atualização monetária.
d) A concessão de garantia consiste no compromisso de adimplência de obrigação financeira
ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
e) O refinanciamento do principal da dívida mobiliária poderá exceder, ao término de cada
exercício orçamentário, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações
de crédito autorizadas no orçamento.

050. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2022) A Lei Complementar n. 101/2000 estabelece normas de


finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
Assinale a alternativa correta com relação ás transferências voluntárias, à dúvida pública
e ao refinanciamento da dívida mobiliária, segundo a referida Lei.
a) Entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a
outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
b) Dívida pública mobiliária: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses.
c) Dívida pública fundada: representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do
Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.

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d) Concessão de garantia consiste na emissão de títulos para pagamento do principal


acrescido da atualização monetária.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária consiste no compromisso de adimplência de obrigação
financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

051. (IDECAN/IF–CE/AUDITOR/2021) Relacione os itens com as suas respectivas definições,


de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal:
1 – dívida pública consolidada
2 – dívida pública mobiliária
3 – operação de crédito
4 – concessão de garantia

( ) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por


ente da Federação ou entidade a ele vinculada
( ) compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão
e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas
( ) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses
( ) dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco
Central do Brasil, Estados e Municípios

Assinale a alternativa que apresente a sequência correta, de cima para baixo.


a) 4 – 3 – 2 – 1
b) 4 – 3 – 1 – 2
c) 3 – 4 – 2 – 1
d) 3 – 4 – 1 – 2

052. (IDECAN/PREF CAMPINA GRANDE/ASSISTENTE/2021) Analise o texto que tem por


base a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/00): “A dívida pública
_____________________ é a dívida pública representada por ___________________ pela União,
pelos Estados e pelos Municípios.”
Assinale a alternativa que apresente, respectiva e corretamente, os termos que preenchem
as lacunas contidas acima.
a) mobiliária; quaisquer obrigações financeiras criadas
b) fundada; títulos emitidos
c) consolidada; obrigações financeiras ou contratuais criadas
d) mobiliária; títulos emitidos
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053. (IDECAN/PREF CAMPINA GRANDE/AUDITOR/2021) Na Lei de Responsabilidade Fiscal, há


previsão de que todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as
receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. Entretanto, o refinanciamento
da dívida pública constará
a) apenas nas leis de diretrizes orçamentárias.
b) separadamente na lei orçamentária e nas leis de crédito adicional.
c) somente nos anexos de riscos fiscais.
d) exclusivamente nas leis de crédito adicional

054. (IDECAN/IF–BAIANO/AUDITOR/2019) Assinale a alternativa correta com relação à Lei


de Responsabilidade Fiscal.
a) A dívida pública consolidada corresponde ao montante total das obrigações financeiras
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em um prazo superior a doze meses.
b) A operação de crédito consiste em um compromisso de adimplência de obrigações
financeiras ou contratuais assumidas por ente da federação ou entidade a ele vinculada.
c) O refinanciamento do principal da dívida mobiliaria não excederá a doze meses e deverá
somar todas as operações de crédito autorizadas no orçamento acrescido de atualização
monetária.
d) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando fazem pedidos de autorização
para realização de operações de crédito, devem ser instituídos de autorização do Tribunal
de Contas.
e) As operações de crédito internas e externas devem vir acompanhadas de autorização
específica do Senado Federal.

055. (IDECAN/IF–AM/ASSISTENTE/2019) A respeito das definições contidas na Lei


Complementar 101/2000, assinale a afirmativa incorreta.
a) O refinanciamento da dívida mobiliária consiste na emissão de títulos para pagamento
do principal acrescido da atualização monetária.
b) Concessão de garantia é o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou
contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
c) Entende-se como despesa total com pessoal o somatório dos gastos do ente da Federação
com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias,
tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às
entidades de previdência.
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d) A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em


referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
e) Entende-se como empresa estatal dependente a sociedade cuja maioria do capital social
com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

056. (IDECAN/AGU/ATA/2018) A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada


e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio
das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas. Nesse cenário, analise as afirmativas a seguir:
I – Integrará o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que
serão estabelecidas metas quinquenais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.
II – A receita corrente líquida é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços e transferências correntes, sem outras deduções.
III – Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que
as atenderão, constarão da Lei Orçamentária Anual.
Assinale
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

057. (IDECAN/MS/CONTADOR/2017) Segundo a Lei Complementar n. 101/2000, o compromisso


financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título,
aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda
a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas,
inclusive com o uso de derivativos financeiros constitui:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária.

058. (IDECAN/CM–ARACRUZ–ES/CONTADOR/2016) Assinale a alternativa que apresenta o


conceito INCORRETO.
a) Restos a pagar: despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro do exercício
financeiro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
b) Dívida ativa: é a constituída pelos créditos do Estado, devido ao não pagamento pelos
contribuintes, dos tributos, dentro dos exercícios em que foram lançados.

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c) Dívida flutuante: compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para


atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
d) Despesas de capital: as realizadas com o propósito de formar e/ou adquirir ativos
reais, abrangendo, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, a compra
de instalações, equipamentos, material permanente, títulos representativos do capital
de empresas ou entidades de qualquer natureza, bem como as amortizações de dívida e
concessões de empréstimos.

059. (IDECAN/CM–ARACRUZ–ES/CONTADOR/2016) Segundo o Art. 29 da LC n. 101/2000, o


“montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses” define:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada.

060. (IADES/SEPLAD–DF/GESTOR/2023) As denúncias referentes ao descumprimento da


Lei Complementar no 131/2009 podem ser feitas exclusivamente por
a) qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato.
b) integrante do Ministério Público.
c) militar das Forças Armadas.
d) servidor do Tribunal de Contas.
e) parlamentares.

061. (IADES/CRF–DF/ANALISTA/2017) Relativamente às previsões contidas na Lei


Complementar n. 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, acerca das operações de crédito
por antecipação de receita orçamentária e dos restos a pagar, assinale a alternativa correta.
a) A inscrição em restos a pagar está vedada no último ano de mandato do presidente, do
governador ou do prefeito municipal.
b) As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária realizadas por estados
ou por municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito na instituição financeira
vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pela instituição financeira oficial
de cada um daqueles entes.
c) Somente é permitida a inscrição em restos a pagar a partir do décimo dia do início do
exercício, devendo ser liquidados até dia 10/12 de cada ano.

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d) Na determinação da disponibilidade de caixa para fins de limite de operações de antecipação


de receita orçamentária, serão considerados os encargos e as despesas compromissadas a
pagar até o final do exercício.
e) A realização de operação da mesma natureza, ainda que parcialmente resgatada, impede
a realização de nova operação de antecipação de receita orçamentária.

062. (FUNDEP/MPE–MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2021) A pandemia da Covid-19 impôs


desafios aos gestores públicos. Em razão disso, o Poder Legislativo federal promoveu
relativizações na Lei de Responsabilidade Fiscal. As alternativas a seguir correspondem a
uma dessas relativizações, EXCETO:
a) A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita independe de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, quando decretado estado
de calamidade pública e desde que o incentivo ou benefício, a criação ou o aumento da
despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública.
b) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão realizar aditamento contratual
que suspenda os pagamentos devidos no exercício financeiro de 2020, incluindo o principal
e quaisquer outros encargos de operações de crédito interno e externo celebradas com o
sistema financeiro e instituições multilaterais de crédito, desde que os aditamentos sejam
firmados no exercício financeiro de 2020.
c) A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa durante a vigência de estado de calamidade pública decretado pelo Chefe do
Poder Executivo independe de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
em que devam entrar em vigor e nos dois subsequentes.
d) A suspensão, na forma do regulamento, dos pagamentos dos refinanciamentos de
dívidas dos Municípios com a Previdência Social com vencimento entre 1º de março e 31
de dezembro de 2020.

063. (FUNDEP/TCE–MG/AUDITOR/2018) Nos termos da Lei Complementar N. 101 (Lei de


Responsabilidade Fiscal), assinale a alternativa CORRETA.
a) Operação de crédito é o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
b) Concessão de garantia é o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

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c) Dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade,


das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses.
d) Refinanciamento da dívida mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, estados e municípios.
e) Dívida pública mobiliária é a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido
da atualização monetária

064. (FUNDEP/TCE–MG/AUDITOR/2018) Considerando as operações de crédito tratadas na


Lei Complementar N. 101, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras
e com F as falsas.

( ) O Banco Central do Brasil poderá emitir novos títulos da dívida pública.


( ) É permitida a realização de operação de crédito entre um ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal
dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda
que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída
anteriormente, quando se destinar a financiar, direta ou indiretamente, despesas
correntes.
( ) É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
( ) Estados e municípios podem comprar títulos da dívida da União como aplicação de
suas disponibilidades.

Assinale a sequência CORRETA.


a) F V F F
b) F V V F
c) F F F V
d) V F F V
e) F V V V

065. (FUNDEP/CM–PONTE NOVA/AGENTE ADM/2018) Considerando as exigências para


realização de operações de crédito por antecipação da receita, conforme disposto na Lei
Complementar
n. 101/2000, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) Cada operação deverá ser quitada, com juros e atualização monetária, até o dia 20
de dezembro de cada ano.

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( ) Uma nova operação estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma
natureza não integralmente resgatada.
( ) Uma nova operação não será autorizada se forem cobrados outros encargos que
não a taxa de juros da operação, limitada a remuneração da poupança ou outra que
venha a substituí-la.
( ) As operações poderão ser realizadas somente a partir do vigésimo dia do início do
exercício.

Assinale a sequência correta.


a) V F V V
b) F V F F
c) V F F V
d) F V V F

066. (FUNDEP/CM–SANTA BÁRBARA/CONTROLADOR/2018) Sobre o conceito de operações


de crédito, conforme consta no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª
edição, pode-se afirmar que a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas
a) equiparam-se a operações de crédito e estão vedados.
b) equiparam-se a operações de crédito.
c) não são operações de crédito (desde que não impliquem em elevação da dívida consolidada
líquida).
d) são operações de crédito.

067. (FUNDEP/UFVJM/TÉCNICO/2017) A Lei Complementar N. 101, de 4 de maio de 2000,


estabelece, em seu Artigo 40, os aspectos referentes à garantia e contragarantia em
operações de crédito internas ou externas dos entes públicos.
Em relação à garantia e contragarantia nas operações de crédito, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente que está realizando
a operação de crédito.
b) É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
c) As entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias,
podem e devem conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.
d) O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por estado, em decorrência
de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou
financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.

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068. (FUNDEP/CRM–MG/TÉCNICO/2017) A Lei Complementar N. 101, de 4 de maio de 2000,


estabelece, em seu Artigo 59, os aspectos referentes à fiscalização do cumprimento das
normas dessa Lei Complementar. Em relação a essa fiscalização da gestão fiscal, assinale
a alternativa INCORRETA.
a) Despesa corrente pode ser financiada por recursos advindos da aplicação da receita de
capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público.
b) A operação de crédito por antecipação de receita se destina a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e se realizar somente a partir do décimo dia do início
do exercício.
c) O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à
realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por
eles controladas, direta ou indiretamente.
d) A fiscalização da gestão fiscal dará ênfase, entre outros assuntos, aos limites e condições
para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar.

069. (FUNDEP/CRM–MG/TÉCNICO/2017) De acordo com o que consta na Lei Complementar


N. 100/2000, assinale a alternativa incorreta com relação à dívida pública.
a) Dívida pública consolidada se refere a montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a 12 meses.
b) Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final
de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
c) Dívida pública mobiliária é representada por títulos emitidos pela União, excluídos os
emitidos pelo do Banco Central do Brasil.
d) Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas,
contudo a garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual
ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear
relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas.

070. (FUNDEP/PREF UBERABA/ASSISTENTE/2016) Analise as afirmativas a seguir sobre o


projeto de lei orçamentária anual, elaborado conforme disposto na Lei Complementar N.
101/2000, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas


que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
( ) O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária
e nas de crédito adicional.
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( ) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá


superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias,
ou em legislação específica.
( ) É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

Assinale a sequência CORRETA.


a) V V V V
b) V F V F
c) F V F F
d) F F F V

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GABARITO

1. E 25. a 49. d
2. E 26. b 50. a
3. C 27. e 51. b
4. E 28. b 52. d
5. C 29. c 53. b
6. E 30. e 54. a
7. c 31. c 55. e
8. C 32. a 56. c
9. E 33. a 57. a
10. e 34. b 58. c
11. c 35. c 59. d
12. e 36. a 60. a
13. e 37. a 61. e
14. e 38. c 62. c
15. d 39. a 63. c
16. a 40. c 64. e
17. b 41. b 65. b
18. e 42. a 66. b
19. b 43. d 67. c
20. e 44. a 68. a
21. c 45. c 69. c
22. e 46. b 70. a
23. a 47. a
24. c 48. d

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GABARITO COMENTADO

011. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal,


caso ocorra a extrapolação da despesa com pessoal em valor superior a noventa e cinco
por cento do limite fixado, fica o órgão onde ocorreu o evento vedado a admitir pessoal,
exceto em caso de falecimento de servidor vinculado à área de
a) Cultura
b) Fazenda
c) Segurança
d) Planejamento
e) Transportes

Temos exceção para três áreas: educação, saúde e segurança. Confira na LRF:

Art. 22, Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento)
do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
IV – provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada
a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação,
saúde e segurança;

Letra c.

012. (CESGRANRIO/TJ–RO/ANALISTA/2008) O artigo 29, Inciso I, da Lei Complementar


101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, define dívida pública consolidada
ou fundada como
a) financiamento da dívida mobiliária com emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
b) compromisso financeiro assumido para aquisição financiada de bens, recebimento
antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento
mercantil e outras operações assemelhadas.
c) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada.
d) montante representado por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios.
e) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

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Confira na LRF:

Art. 29, I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;

a) Errada. Apresentou o conceito de refinanciamento da dívida mobiliária. Confira na LRF:

Art. 29 V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal


acrescido da atualização monetária.

b) Errada. Apresentou o conceito de operação de crédito. Confira na LRF:

Art. 29 III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

c) Errada. Apresentou o conceito de concessão de garantia. Confira na LRF:

Art. 29 IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou


contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

d) Errada. Apresentou o conceito de dívida mobiliária. Confira na LRF:

Art. 29 II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra e.

013. (CESGRANRIO/FINEP/ANALISTA/2014) À luz da Lei Complementar n. 101/2000, Lei


de Responsabilidade Fiscal, em se tratando das operações de crédito por antecipação de
receita orçamentária, constata-se que essa operação de crédito
a) é destinada a atender insuficiência de caixa e deverá ser liquidada, com juros e encargos
incidentes, em prazo superior a 12 meses.
b) é destinada a atender insuficiência de caixa e deverá ser liquidada, com juros e encargos
incidentes, em prazo superior a 24 meses.
c) é destinada a atender insuficiência de caixa e deverá ser liquidada, com juros e encargos
incidentes, no último ano do mandato do Presidente, do Governador e do Prefeito.
d) poderá ser contratada, ainda que possa existir operação anterior da mesma natureza
não integralmente resgatada.
e) estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente
resgatada.
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Vamos primeiro ver como a LRF trata o tema:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais
as seguintes:
I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;
II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro
de cada ano;
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação,
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;
IV – estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

A alternativa correta é a letra E, que está de acordo com o disposto na alínea b do inciso
IV do Art. 38 da LRF.
a) Errada. O prazo deve ser inferior a 12 meses.
b) Errada. O prazo deve ser inferior a 12 meses.
c) Errada. No último ano de mandato do chefe do poder executivo não se pode contratar
operações de ARO.
d) Errada. Situação proibitiva de contratar ARO.
Letra e.

014. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Determinado Município, em razão de insuficiência


de caixa ocorrida no último ano do mandato do Prefeito, pretende realizar operação de crédito
por antecipação de receita orçamentária, para pagamento das despesas de curto prazo.
Observando o exposto à luz da Lei Complementar 101/2000, verifica-se que a referida
operação de crédito é
a) legal, desde que seja realizada a partir do décimo dia do início do exercício financeiro
em pauta.
b) legal, desde que seja liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de
dezembro do exercício financeiro em pauta.
c) legal, desde que a taxa de juros da operação seja prefixada ou indexada à taxa básica
financeira, ou a que vier a esta substituir.
d) ilegal, tendo em vista a ausência de previsão legal para a realização de operação de crédito
por antecipação de receita.
e) ilegal, tendo em vista a vedação contida em lei quando a referida operação vier a ocorrer
no último ano do mandato do Chefe do Executivo Municipal.

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Note que se trata do último ano de mandato e, dessa forma, a referida operação de crédito
é ilegal. Confira na LRF:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais
as seguintes:
IV – estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

Letra e.

015. (CESGRANRIO/IBGE/ANALISTA/2013) Na hipótese de certo Município celebrar contrato


de empréstimo por antecipação de receita orçamentária – ARO – com o Banco JMN S/A,
à luz das regras previstas na legislação aplicável à espécie, e, ainda, nele constatarem, a
título de garantia, os recursos da Municipalidade originários de quotas-partes do Fundo
de Participação dos Municípios, certo é que a respectiva garantia:
a) infringiria princípio constitucional o qual veda a vinculação de receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa.
b) infringiria a ordem de pagamento a ser efetuada mediante a expedição de precatório
requisitório.
c) infringiria princípio constitucional o qual veda a concessão e utilização de créditos
ilimitados.
d) encontra-se em conformidade com o texto constitucional em vigor.
e) encontra-se apenas em conformidade com os Decretos editados pelo Chefe do Executivo
local.

Embora exista, como regra geral, a proibição de vinculação da receita de impostos, pode haver
vinculação de receita de taxa, contribuição de melhoria, contribuições sociais e empréstimos
compulsórios. Entretanto, a própria CF/1988 admite como exceção a vinculação da receita
especificamente para quitar operações de crédito contratadas pelo ente.
Letra d.

016. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/AUDITOR/2013) Uma das previsões possíveis a constar na lei


orçamentária diante da insuficiência de caixa consiste em
a) realizar operações de crédito por antecipação das receitas.
b) realizar receitas mediante acordos administrativos.
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c) suspender as cotas de participação dos entes públicos.


d) majorar tributos observado o prazo nonagesimal.
e) instituir tributos com cobrança imediata.

Confira na LRF:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32

Letra a.

017. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2009) As operações de crédito por antecipação de


receita são empréstimos destinados a atender momentâneas insuficiências de caixa durante
o exercício financeiro, e cuja autorização depende do atendimento de diversas exigências da
a) Constituição Federal.
b) Lei de Responsabilidades Fiscais.
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) Lei Orçamentária Anual.
e) Lei no 4.320 de 1964.

É a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000) que, na Subseção


III, da Seção IV do Capítulo VII, trata das Operações de Crédito por Antecipação de Receita
Orçamentária – ARO.
Letra b.

018. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) A Lei Complementar n. 101/2000, conhecida como


Lei da Responsabilidade Fiscal, não aborda o mérito do que pode ou não pode ser inscrito
em Restos a Pagar. Em seu artigo 42, entretanto, ela determina que o titular do Poder não
poderá contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro do
mandato ou de parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja disponibilidade
de caixa para isso.
O prazo estabelecido pela aludida Lei Complementar n. 101/2000 para proibição do titular
do poder refere-se ao(s) último(s)
a) ano de seu mandato
b) trimestre de seu mandato
c) quadrimestre de seu mandato
d) dois trimestres de seu mandato
e) dois quadrimestres de seu mandato
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A proibição no que refere os restos a pagar é nos últimos dois quadrimestres (8 meses) de
mandato. Confira na LRF:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

Letra e.

019. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2010) Sobre os restos a pagar, dispõe a técnica que


“é vedado ao titular de Poder ou órgão contrair obrigação de despesa que não possa ser
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito”. De acordo
com a legislação pertinente, considera-se correto, para fins de contagem do prazo para
tal obrigação,
a) o último semestre do mandato.
b) os últimos dois quadrimestres do seu mandato.
c) os últimos 90 dias anteriores ao pleito eleitoral.
d) os últimos dois trimestres do seu mandato.
e) o tempo a partir da definição do pleito eleitoral.

De acordo com o artigo 42 da LRF, os titulares de poder ou órgão ficam proibidos de contratar
de despesa nos dois últimos quadrimestres de mandato que não possam ser cumpridas
até o fim deste mandato. Confira na LRF:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.

Letra b.

020. (CESGRANRIO/IBGE/SUPERVISOR/2014) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), criada no


ano 2000, buscou definir parâmetros que guiassem a gestão pública das finanças públicas.
Dentre as principais medidas adotadas pela LRF, constam as seguintes, EXCETO a

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a) vedação da possibilidade de refinanciamento ou postergação de dívidas entre entes da


federação.
b) limitação do endividamento público, com penalidades caso o limite seja ultrapassado e
não ocorra o retorno rápido a determinados níveis de endividamento.
c) definição de tetos para gastos com pessoal, como o percentual da receita corrente líquida.
d) definição de regras rígidas para os gastos com pessoal no ano final de mandato dos
governantes.
e) definição de limites iguais de gasto com funcionalismo entre as diferentes esferas e
poderes, garantindo isonomia na gestão.

Todas estão em conformidade com a LRF, com exceção da alternativa E. Note que a alternativa
E erra ao contrariar o artigo 20 e incisos da LRF, já que os limites são diferentes para
diferentes poderes. Confira na LRF:

Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:
I – na esfera federal:
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas
da União;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, destacando-se 3%
(três por cento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV
do art. 21 da Constituição e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma
proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da
receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores
ao da publicação desta Lei Complementar; (Vide Decreto n. 3.917, de 2001)
d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;
II – na esfera estadual:
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;
III – na esfera municipal:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo.

Letra e.

021. (VUNESP/DOCAS–PB/ADMINISTRADOR/2022) O compromisso financeiro assumido,


entre outras hipóteses, em razão de emissão e aceite de título é denominado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal de
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a) dívida pública mobiliária.


b) dívida pública consolidada ou fundada.
c) operação de crédito.
d) refinanciamento da dívida mobiliária.
e) concessão de garantia.

Confira na LRF os conceitos de cada alternativa:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada(LETRA B): montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;
II – dívida pública mobiliária (LETRA A): dívida pública representada por títulos emitidos pela
União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
III – operação de crédito (LETRA C): compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
IV – concessão de garantia (LETRA E): compromisso de adimplência de obrigação financeira ou
contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
V – refinanciamento da dívida mobiliária (LETRA D): emissão de títulos para pagamento do
principal acrescido da atualização monetária.

Letra c.

022. (VUNESP/CM–ORLÂNDIA/CONTADOR/2022) No que tange ao capítulo da dívida e do


endividamento, da LC n. 101/2000, o compromisso de adimplência de obrigação financeira
ou contratual assumido por ente da Federação ou entidade a ele vinculada, é definido como:
a) Papel da dívida pública.
b) Dívida flutuante.
c) Dívida ativa.
d) Dívida pública consolidada.
e) Concessão de garantia.

Confira na LRF:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
...

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IV – concessão de garantia (LETRA E): compromisso de adimplência de obrigação financeira ou


contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

Letra e.

023. (VUNESP/IPSM–SJC/ANALISTA/2022) As operações de crédito por antecipação de receita


a) deverão ser liquidadas, com juros e encargos, até o dia 10 de dezembro do ano.
b) poderão ser realizadas mesmo que haja operação anterior da mesma natureza.
c) são permitidas no último ano de mandato do chefe do Poder Executivo.
d) serão efetuadas mediante abertura de crédito no Banco do Brasil.
e) só poderão ser realizadas após 5 meses do início do exercício.

Confira na LRF:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as
seguintes:
...
II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de
cada ano;

b) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as
seguintes:
IV – estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;

c) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as
seguintes:
IV – estará proibida:
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

d) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 38 § 2º As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou


Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora
em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil.

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e) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as
seguintes:
I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;

Letra a.

024. (VUNESP/PREFEITURA PIRACICABA–SP/CONTADOR/2022) A vedação ao prefeito, nos


últimos dois quadrimestres do seu mandato, de contrair obrigação de despesa que não
possa ser cumprida integralmente dentro do mandato dele, ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este
efeito, diz respeito a
a) operações de crédito.
b) operações de crédito por antecipação de receita.
c) restos a pagar.
d) despesas de pessoal.
e) despesas com obras públicas.

De acordo com a LRF, fica vedada a inscrição de restos a pagar nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele. Confira:

Seção VI
Dos Restos a Pagar

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.

Letra c.

025. (VUNESP/PREFEITURA RIBEIRÃO PRETO–SP/CONTADOR/2021) De acordo com a Lei


de Responsabilidade Fiscal, na medida em que a União emitir títulos públicos, a referida
entidade que emitiu tais títulos, estará
a) contraindo uma dívida pública mobiliária.
b) inflacionando o mercado de títulos e valores imobiliários.

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c) pagando suas dívidas com precatórios.


d) contribuindo para que o índice de inflação permaneça estável.
e) evitando a inadimplência federal.

Note que, com a emissão de títulos públicos, a União está aumentando o seu endividamento
público por meio da contratação de uma dívida mobiliária. Confira na LRF:
Art. 29.
II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive
os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra a.

026. (VUNESP/CM–SERRANA/PROCURADOR/2019) Para os efeitos da Lei Complementar n.


101/00, é operação de crédito
a) o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada.
b) o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão
e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
c) a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.
d) o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
e) a dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco
Central do Brasil, Estados e Municípios.

Confira o conceito de operação de crédito utilizado na LRF:


Art. 29 III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

a) Errada. Apresenta o conceito de concessão de garantia usado na LRF.


c) Errada. Usa o conceito de refinanciamento da Dívida Mobiliária da LRF.
d) Errada. Usa o conceito de dívida pública consolidada ou fundada.
e) Errada. Usa o conceito de dívida pública mobiliária.
Letra b.

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027. (VUNESP/PREFEITURA ITAPEVI/CONTADOR/2019) Como está definida na Lei de


Responsabilidade Fiscal, a dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios, é a
a) Financeira.
b) Imobiliária.
c) Fundada.
d) Garantida.
e) Mobiliária.

Confira o conceito de dívida pública mobiliária na literalidade da LRF:

Art. 29 II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra e.

028. (VUNESP/CM–SERRANA/CONTADOR/2019) No tocante às operações de crédito, a


verificação do cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações
de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta
ou indiretamente, caberá
a) exclusivamente ao tribunal de contas.
b) ao ministério da fazenda.
c) à controladoria geral.
d) às câmaras.
e) à auditoria.

Essa verificação atualmente cabe ao Ministério da Fazenda. Confira como consta na LRF:

Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à
realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por
eles controladas, direta ou indiretamente.

Letra b.

029. (VUNESP/CM–SERTÃOZINHO/PROCURADOR/2019) O compromisso financeiro assumido


em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de
bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos
financeiros, corresponde, nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, à definição de
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a) dívida pública mobiliária.


b) dívida pública fundada.
c) operação de crédito.
d) concessão de garantia.
e) refinanciamento da dívida mobiliária.

De acordo com o conceito de operação de crédito da LRF. Confira:

Art. 29 III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

Letra c.

030. (VUNESP/CM–SERTÃOZINHO/PROCURADOR/2019) A Lei Complementar n. 101 de 2000


define o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses como
a) dívida pública mobiliária.
b) dívida ativa.
c) déficit público.
d) necessidade de financiamento.
e) dívida pública fundada.

Confira o conceito de dívida fundada da LRF:

Art. 29 I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios
ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses;

Letra e.

031. (VUNESP/CM–COTIA/CONTADOR/2017) A entrega de recursos correntes ou de capital


a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que
não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de
Saúde (SUS), é entendida, segundo o art. 25 da LC n. 101/00, como

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a) doação sem ônus.


b) empréstimo à entidade ligada.
c) transferência voluntária.
d) doação com ônus de retorno.
e) despesa de capital.

Esta questão cobrou o conhecimento do caput do artigo 25 da LRF. Confira:


Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega
de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados
ao Sistema Único de Saúde.

Letra c.

032. (VUNESP/PREFEITURA PORTO FERREIRA/PROCURADOR/2017) O compromisso financeiro


assumido em razão de mútuo, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil, dentre outros, corresponde, nos termos da Lei Complementar
n. 101/00, à definição de
a) operações de crédito.
b) dívida pública consolidada.
c) dívida pública mobiliária.
d) concessão de garantia.
e) refinanciamento da dívida mobiliária.

Esta questão cobrou o conhecimento do inciso III do artigo 29 da LRF. Confira:


III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de
crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

Letra a.

033. (VUNESP/CM–GUARATINGUETÁ/CONTADOR/2016) Assinale a alternativa que conceitua,


corretamente, a definição básica para dívida pública consolidada ou fundada.
a) O montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do Ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
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b) Dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios.
c) Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite
de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da
venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas,
inclusive com o uso de derivativos financeiros.
d) Compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada.
e) Emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

Esta questão cobrou o conhecimento do inciso I do artigo 29 da LRF. Confira:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;

Letra a.

034. (VUNESP/CM–CAIEIRAS/DIRETOR/2015) Nos termos da Lei Complementar n. 101/00,


as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham constado
do orçamento, integram
a) a dívida pública mobiliária.
b) a dívida pública consolidada.
c) a contraprestação de garantia.
d) a concessão de garantia.
e) o refinanciamento da dívida mobiliária.

A resposta da questão está no inciso I do artigo 29 da LRF. Confira:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

Letra b.

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035. (CONSULPAM/TCM–PA/TÉCNICO/2023) Segundo a Lei Complementar n. 101/2000, que


estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal
e dá outras providências, assinale a alternativa CORRETA.
a) As disposições da mencionada Lei Complementar não se aplicam aos Tribunal de Contas
dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
b) Serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente.
c) O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária.
d) O montante previsto para as receitas de operações de crédito poderá ser superior ao
das despesas de capital constantes do projeto de lei

Confira na LRF:

Art. 5º § 2º O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e


nas de crédito adicional.

a) Errada. Contrariou a LRF. Confira:

Art. 1º § 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios.
§ 3º Nas referências:
III – a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do
Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.

b) Errada. Contrariou a LRF. Confira:

Art. 8º § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

d) Errada. Contrariou a LRF. Confira:

Art. 12 § 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior
ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.

Letra c.

036. (CONSULPAM/PREF JACAREÍ/FISCAL DE TRIBUTOS/2023) Sobre os instrumentos da


transparência na gestão fiscal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue os itens
a seguir e assinale a alternativa que contém apenas itens CORRETOS.
I – O Relatório Resumido da Execução Orçamentária será publicado até trinta dias após o
encerramento de cada bimestre.
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II – O Relatório Resumido da Execução Orçamentária será composto por balanço financeiro,


que especificará, por categoria econômica, as receitas por fonte e as despesas por grupo
de natureza.
III – O Relatório de Gestão Fiscal será publicado até trinta dias após o encerramento de
cada semestre.
a) I, somente.
b) I e II.
c) I, II e III.
d) II, somente.

I – Correto. Confira na CF/1988:

Art. 165 § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.

II – Incorreto. Na verdade, é o balanço orçamentário. Confira no MCASP:

Seção III
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e
composto de:
I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;

III – Incorreto. Na verdade, é a cada quadrimestre, sendo facultado aos municípios com
população inferior a cinquenta mil habitantes fazê-lo semestralmente. Confira na LRF:

Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes optar por:
II – divulgar semestralmente:
b) o Relatório de Gestão Fiscal;
c) os demonstrativos de que trata o art. 53;

Letra a.

037. (CONSULPAM/PREF VIANA–ES/AUDITOR/2019-ADAPTADA) Anterior à edição da Lei


de Responsabilidade Fiscal, a economia brasileira vivia uma fase de intensa instabilidade
entre o início da década de 1980 e a metade da década de 1990. O período foi marcado por

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elevados índices inflacionários cujo controle era perseguido reiteradamente com a introdução
de planos econômicos inconsistentes, os quais não alcançaram os resultados pretendidos.
Nesse contexto, a Lei foi editada com foco principal na prevenção dos desequilíbrios fiscais,
abrangendo os três níveis de governo, ou seja, a União, os Estados e Distrito Federal, e
os Municípios. Essa Lei instituiu instrumentos mais rigorosos para a gestão das finanças
públicas, implantando as medidas a seguir, EXCETO:
a) Obrigatoriedade de adequado planejamento da gestão das contas públicas, porém, sem
a necessária fixação de metas de resultados fiscais.
b) Observância de limites para gastos com pessoal.
c) Imposição de normas para a criação de despesas de caráter continuado.
d) Transparência das contas públicas e responsabilização dos gestores que descumprirem
os preceitos estabelecidos.

A única alternativa errada é a letra A, visto que na LRF existem muitos artigos determinam
o cumprimento das metas fiscais. Vamos relacionar as demais alternativas aos respectivos
dispositivos validadores presentes na LRF.

b) CAPÍTULO IV
DA DESPESA PÚBLICA

Seção II
Das Despesas com Pessoal

c) Subseção I
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
d) CAPÍTULO IX
DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Seção I
Da Transparência da Gestão Fiscal

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses
documentos.
§ 4º A inobservância do disposto nos §§ 2º e 3º ensejará as penalidades previstas no § 2º do art. 51.

Letra a.

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038. (CONSULPAM/PREFEITURA NOVA OLINDA/PROCURADOR/2015) Segundo a Lei


Complementar 101/2000 a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o
respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida:
a) Até o término dos dois subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte
e cinco por cento) no primeiro.
b) Até o término dos dois subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 50% (vinte
e cinco por cento) no primeiro.
c) Até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte
e cinco por cento) no primeiro.
d) Até o término dos quatro subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 50%
(cinquenta por cento) no primeiro.

Guarde que, se um ente público ultrapassar o limite da dívida, o ajuste deverá ser feito
no prazo de três quadrimestres (um ano), reduzindo em pelo menos 25% no primeiro.
Letra c.

039. (CONSULPLAN/PREF CORBÉLIA/CONTADOR/2021) Um ente público municipal apresentou


a seguinte situação em relação à sua programação financeira e orçamentária referente aos
dois primeiros bimestres de 2021: no 1º bimestre, a arrecadação das receitas se comportou
como previsto, bem como a realização das despesas. Entretanto, no 2º bimestre, a receita
arrecada foi de 30% a menos que o previsto, enquanto a realização das despesas ocorreu
conforme o esperado. Considerando o exposto, é correto afirmar que:
a) No 2º bimestre, ocorreu insuficiência de caixa, o que permite ao ente recorrer à Antecipação
de Receitas Orçamentárias, mediante empréstimo junto a uma instituição financeira que
deverá ser quitado até dia 10 de dezembro de 2021.
b) No 1º bimestre, ocorreu insuficiência de caixa, pois o valor de arrecadação das receitas
deve ser sempre maior que o valor previsto para pagamento das despesas, o que não permite
ao ente municipal recorrer à Antecipação de Receitas Orçamentárias.
c) No 2º bimestre, ocorreu superávit de caixa, o que permite ao ente recorrer à Antecipação de
Receitas Orçamentárias, como forma de realizar artificialmente suas receitas orçamentárias,
obtendo empréstimo junto à instituição financeira para adquirir novos equipamentos.
d) No 1º bimestre, ocorreu superávit de caixa, pois a arrecadação de receitas foi igual ao
desembolso realizado, o que permite ao ente público recorrer à Antecipação de Receitas
Orçamentárias, cujos recursos devem ser canalizados para quitação de seus empréstimos.

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Para atender insuficiência de caixa do 2º bimestre, será realizada a contratação de operação


de crédito por ARO. Confira na MCASP:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais
as seguintes:
I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;
II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de
cada ano;
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação,
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;
IV – estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

Letra a.

040. (CONSULPLAN/CM–ARCOS/AUXILIAR/2020) A Lei Complementar n. 101, de 4 de maio


de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Em relação ao referido
instituto legal, é INCORRETO afirmar que:
a) Estabeleceu a exigência de que se passasse a realizar a consolidação nacional das contas
públicas.
b) Tem como intuito propiciar o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos
de transparência da gestão fiscal.
c) Tem como intuito nortear a competência tributária, bem como as modificações de
alíquotas e base de cálculos de tributos já instituídos.
d) Estabeleceu para toda a federação, direta ou indiretamente, limites da dívida consolidada,
garantias, operações de crédito, restos a pagar, despesas de pessoal, dentre outros.

Na verdade, a alternativa C trata de assuntos não abordados pela LRF. Vamos comentar as
demais alternativas.

a) Errada. Confira no MCASP:

A Lei Complementar n. 101 de 2000 – LRF instituiu a necessidade do Poder Executivo da União
realizar, anualmente, a consolidação nacional das contas dos entes da Federação.

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b) Errada. Confira na MCASP:

Em maio de 2000 foi publicada a Lei Complementar n. 101 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF,
que estabeleceu para toda a federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada,
garantias, operações de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, com o intuito de propiciar
o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da gestão fiscal.

d) Errada. Confira na MCASP:

Em maio de 2000 foi publicada a Lei Complementar n. 101 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF,
que estabeleceu para toda a federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada,
garantias, operações de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, com o intuito de propiciar
o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da gestão fiscal.

Letra c.

041. (CONSULPLAN/AMTT–JI–PARANÁ/ASSESSOR/2020) Sobre a Lei de Responsabilidade


Fiscal, considerando as peculiaridades da Autarquia Municipal de Trânsito de Ji-Paraná, é
correto afirmar que:
a) É permitida a dotação orçamentária com finalidade imprecisa na Lei Orçamentária
Municipal para atender às variações de despesas da autarquia.
b) Do anexo de metas fiscais, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, deve constar a evolução
do patrimônio líquido da autarquia nos últimos três exercícios.
c) Da Lei Orçamentária constará reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante
é definida com base no fundo de participação do município.
d) A autarquia deve utilizar sistema de execução orçamentária e financeira segregada da
administração direta municipal, resguardando-se sua autonomia.

A alternativa correta é a letra B. Confira na LRF:

Art. 4º § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em


que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

a) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 5º § 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

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c) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

d) Errada. Contraria a LRF. Confira:

Art. 48 § 6º Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações
públicas, empresas estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar
sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder
Executivo, resguardada a autonomia.

Letra b.

042. (CONSULPLAN/PREFEITURA CAPANEMA/AUXILIAR/2020) Diante da pandemia do


Coronavírus, um certo município eleva suas dívidas públicas, a fim de realizar compras de
respiradores, leitos, contratos de pessoal da área da saúde e demais despesas. Os analistas
da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estimam cenários pós– -pandemia
de queda do PIB (Produto Interno Bruto) Nacional e do Município com variações baixas ou
até negativas por período superior a quatro trimestres. O gestor dessa cidade deseja saber,
caso as estimativas se confirmem, quais os prazos existentes para a quitação das dívidas.
Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.
I – Os gastos com pessoal e o excedente deverão ser eliminados nos dois quadrimestres
seguintes, sendo pelo menos 1/3 quitado no primeiro quadrimestre.
II – Os gastos excedentes serão eliminados nos próximos três quadrimestres, sendo pelo
menos 25% no primeiro quadrimestre.
III – Os prazos para recondução dos limites de gastos com pessoal e gastos excedentes
serão duplicados por período igual ou superior a quatro trimestres.
IV – Os gastos deverão ser eliminados nos próximos quatro trimestres, sendo pelo menos
½ pagos no primeiro trimestre.
V – Os gastos excedentes serão eliminados nos próximos três trimestres, sendo pelo menos
25% no primeiro trimestre.
Está correto o que se afirma apenas em
a) III.
b) I e II.
c) I e V.
d) II e IV.
e) IV e V.
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Importante destacar que, no caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno
Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual, por período igual ou superior a quatro trimestres
serão dobrados, os prazos previstos na LRF são dobrados. Confira na LRF:

Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão duplicados no caso de crescimento
real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período
igual ou superior a quatro trimestres.

I – Incorreto. Na verdade, em situações normais (sem PIB baixo), se a despesa total com
pessoal, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes,
sendo pelo menos um terço no primeiro. Confira na LRF:

Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os
limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual
excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço
no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da
Constituição.

II – Incorreto. Contraria o artigo apresentado.


III – Correto. De acordo com o artigo apresentado.
IV – Incorreto. Contraria o artigo apresentado.
V – Incorreto. Na verdade, em situações normais (sem PIB baixo), se se a dívida consolidada
ultrapassar o limite, o percentual excedente terá de ser eliminado nos três quadrimestres
seguintes, sendo pelo menos um quarto no primeiro. Confira na LRF:

Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao


final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

Letra a.

043. (CONSULPLAN/CM–BH/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) “A controvérsia atual sobre


qual indicador de endividamento melhor serve para analisar a sustentabilidade fiscal de um
país exige, como ponto de partida, que se compreenda uma série de questões conceituais
e metodológicas envolvendo o cálculo da variável e, particularmente, o relacionamento
entre o Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil. A diferença entre os indicadores de
dívida líquida e dívida bruta reportados em análises que tomam por base os relatórios do
Bacen não se restringe ao fato de uma ser líquida e outra bruta, mas também envolve a
abrangência do indicador.”
(Disponível em: http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1514.pdf.)

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Considerando o trecho transcrito anteriormente apenas como texto motivador, assinale a


alternativa correta a respeito de aspectos conceituais e legais de Dívida Pública (conceitos,
gerenciamento, efeitos econômicos do endividamento do setor público e indicadores de
mensuração do endividamento público).
a) Compete à Câmara de Vereadores do município autorizar operações externas de natureza
financeira de interesse do município.
b) Compete à Câmara de Vereadores do município dispor sobre limites globais e condições
para as operações de crédito externo e interno do município.
c) É Competência do Poder Legislativo Municipal (Câmara de Vereadores do município) estabelecer,
por meio de lei, limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária municipal.
d) Não é competência das Câmaras de Vereadores dos municípios legislar sobre limite de
endividamento municipal, pois a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
determina que fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante
da dívida consolidada dos Municípios é competência privativa do Senado Federal.

Todas as competências apresentadas são competências constitucionais privativas do


Senado Federal. Confira na Constituição Federal de 1988:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


V – autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI – fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;
IX – estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;

Letra d.

044. (CONSULPLAN/CM–BH/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) A Dívida Pública, em termos


gerais, é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal para financiar o
déficit orçamentário, nele incluído o refinanciamento da própria dívida, bem como para
realizar operações com finalidades específicas definidas em lei. A respeito de dívida pública
e alternativas de financiamento do déficit público, analise as afirmativas a seguir.
I – A Dívida Pública Federal pode ser classificada de distintas formas, sendo as principais:
quanto à forma utilizada para o endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos
de recebimento e pagamento da dívida.
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II – Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos pelo
Governo Federal via oferta pública (leilão) ou diretamente ao detentor.
III – Em relação à moeda na qual ocorrem seus fluxos de recebimento e pagamento, a Dívida
Pública Federal pode ser classificada como interna ou externa. Quando os pagamentos e
recebimentos são realizados na moeda corrente em circulação no país, no caso brasileiro o
real, a dívida é chamada de interna. Por sua vez, quando tais fluxos financeiros ocorrem em
moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como externa.
IV – Atualmente, toda a Dívida Pública Federal em circulação no mercado nacional é paga
em real e captada por meio da emissão de títulos públicos, sendo por essa razão definida
como Dívida Pública Mobiliária Federal interna. Já a Dívida Pública Federal existente no
mercado internacional é paga em outras moedas que não o real e tem sido captada tanto
por meio da emissão de títulos quanto por contratos, sendo por isso definida como Dívida
Pública Federal externa.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.

I – Verdadeira, já que demonstra as duas classificações possíveis para a dívida pública


federal. Guarde que é possível classificar a dívida pública federal tanto de acordo com os
instrumentos usados para captação de recursos e quanto pela moeda na qual ocorre o
pagamento de seus fluxos.
II – Verdadeira, já que os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa
emitidos pelo Governo Federal para obtenção de recursos junto à sociedade, com o objetivo
primordial de financiar suas despesas. Assim, o Tesouro Nacional emite os títulos públicos
por meio de: ofertas públicas via leilões com a participação direta de instituições financeiras.
III – Verdadeira, já que acerca da moeda usada para fazer face a seus pagamentos, a dívida
é classificada como interna quando os pagamentos são realizados na moeda corrente em
circulação no país, no caso brasileiro o real, ou externa, quando os pagamentos são feitos
em moeda estrangeira, normalmente o dólar norte-americano
IV – Verdadeira, já que a dívida pública federal em circulação no mercado nacional é paga em
real e captada por meio da emissão de títulos públicos, sendo por essa razão definida como
dívida pública mobiliária federal interna. Já a Dívida Pública Federal existente no mercado
internacional é paga em dólar norte-americano e tem sido captada tanto por meio da emissão
de títulos quanto por contratos, sendo por isso definida como dívida pública federal externa.
Letra a.

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045. (CONSULPLAN/TRE–RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) “A responsabilidade na gestão


fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de
metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no
que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e
outras, dívidas consolidadas e mobiliárias, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.”
(Art. 1º, Lei Complementar 101/2000.)
Acerca dos conceitos de dívida e do endividamento trazidos na Lei de Responsabilidade
Fiscal, assinale a alternativa que NÃO os reproduz adequadamente.
a) Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
b) Dívida pública mobiliária: a dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
c) Dívida pública consolidada ou fundada: o montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
não superior a doze meses.
d) Operação de crédito: o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

Note que o examinador pede para marcarmos a errada, que é a letra C, já que a dívida
pública consolidada ou fundada é composta por dívidas com prazo de amortização em
prazo superior a 12 meses. Confira na LRF:

Art. 29 I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios
ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses;

a) Certa. Confira na LRF:

Art. 29 V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal


acrescido da atualização monetária.

b) Certa Confira na LRF:

Art. 29 II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios

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d) Certa Confira na LRF:

Art. 29 III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

Letra c.

046. (CONSULPLAN/PREFEITURA SABARÁ/TÉCNICO/2017) Ao final do exercício órgão da


administração direta apura déficit orçamentário de $ 4 bilhões. Para cobrir o rombo, emite
títulos públicos para captar no mercado recursos financeiros. Assim, está constituída e/ou
majorada a dívida pública. Qual a definição para o saldo dessa dívida com títulos?
a) Dívida Fundada.
b) Dívida Mobiliária.
c) Dívida Contratual.
d) Dívida Financeira.

Note que a dívida pública foi majorada/constituída, por títulos públicos. Nessa toada, temos
conceito de dívida mobiliária. Confira na LRF:

Art. 29 II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra b.

047. (CONSULPLAN/PREFEITURA SABARÁ/ADVOGADO/2017) Sobre as definições básicas que a


Lei de Responsabilidade Fiscal dá à dívida e ao endividamento, assinale a alternativa correta.
a) Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
b) Operação de crédito: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
c) Dívida pública consolidada ou fundada: dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
d) Dívida pública mobiliária: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses.

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a) Realmente, o refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos para


pagamento do principal acrescido da atualização monetária. Confira na LRF:

Art. 29 V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal


acrescido da atualização monetária.

b) Errada. Apresentou a definição de concessão de garantia. Confira os referidos conceitos


na LRF:

Art. 29 III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

c) Errada. Apresentou a definição de dívida pública mobiliária. Confira na LRF a definição


dívida pública consolidada ou fundada:

Art. 29 – I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;

d) Errada. Apresentou a definição de dívida pública Consolidada ou fundada. A dívida pública


mobiliária, por seu turno, é assim conceituada na LRF:

Art. 29 II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra a.

048. (CONSULPLAN/PREFEITURA SABARÁ/CONTADOR/2017) “O montante total, apurado


sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude
de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para
amortização em prazo superior a doze meses.” Trata-se de:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada ou fundada.

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Na letra D, temos definição de dívida pública consolidada ou fundada apresentada em


conformidade com a LRF. Confira:

Art. 29, I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;
§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a
doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

Letra d.

049. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta com relação à Dívida e


ao Endividamento, conforme a Lei Complementar n. 101/2000.
a) A dívida pública flutuante corresponde ao montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos
e convênios.
b) A dívida pública imobiliária corresponde à dívida pública representada por títulos emitidos
pela União ou ente da Federação, excluindo os do Banco Central do Brasil e dos Municípios.
c) O refinanciamento da dívida imobiliária consiste na emissão de títulos para pagamento
do principal acrescido da atualização monetária.
d) A concessão de garantia consiste no compromisso de adimplência de obrigação financeira
ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
e) O refinanciamento do principal da dívida mobiliária poderá exceder, ao término de cada
exercício orçamentário, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações
de crédito autorizadas no orçamento.

Confira na LRF:

Art. 29 IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou


contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

a) Errada. Refere-se à dívida pública consolidada ou fundada.


b) Errada. Refere-se à dívida pública mobiliária.
c) Errada. Apresentou o conceito de refinanciamento da dívida pública mobiliária.
e) Errada. Na verdade, não pode exceder, o término de cada exercício orçamentário, o
montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas
no orçamento.
Letra d.

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050. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2022) A Lei Complementar n. 101/2000 estabelece normas de


finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
Assinale a alternativa correta com relação ás transferências voluntárias, à dúvida pública
e ao refinanciamento da dívida mobiliária, segundo a referida Lei.
a) Entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a
outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
b) Dívida pública mobiliária: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses.
c) Dívida pública fundada: representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do
Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
d) Concessão de garantia consiste na emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária consiste no compromisso de adimplência de obrigação
financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

Confira na LRF:

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega
de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados
ao Sistema Único de Saúde.

b) Errada. Apresentou o conceito de dívida pública consolidada ou fundada.


c) Errada. Apresentou o conceito de dívida pública mobiliária.
d) Errada. Apresentou o conceito de refinanciamento da dívida pública mobiliária.
e) Errada. Apresentou o conceito de concessão de garantia.
Letra a.

051. (IDECAN/IF–CE/AUDITOR/2021) Relacione os itens com as suas respectivas definições,


de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal:
1 – dívida pública consolidada
2 – dívida pública mobiliária
3 – operação de crédito
4 – concessão de garantia

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( ) compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por


ente da Federação ou entidade a ele vinculada
( ) compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão
e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas
( ) montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses
( ) dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco
Central do Brasil, Estados e Municípios

Assinale a alternativa que apresente a sequência correta, de cima para baixo.


a) 4 – 3 – 2 – 1
b) 4 – 3 – 1 – 2
c) 3 – 4 – 2 – 1
d) 3 – 4 – 1 – 2

Vamos apresentar as correspondências e os respetivos dispositivos da LRF.


4 – Compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada. Conceito de Concessão de Garantia:

Art. 29 IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou


contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

3 – Compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão


e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas. Conceito de Operação de Crédito:

Art. 29 III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

1 – Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da


Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Conceito de
Dívida Pública Consolidada:

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Art. 29 I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

2 – Dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central
do Brasil, Estados e Municípios. Conceito de Dívida Mobiliária:

Art. 29 II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra b.

052. (IDECAN/PREF CAMPINA GRANDE/ASSISTENTE/2021) Analise o texto que tem por


base a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/00): “A dívida pública
_____________________ é a dívida pública representada por ___________________ pela União,
pelos Estados e pelos Municípios.”
Assinale a alternativa que apresente, respectiva e corretamente, os termos que preenchem
as lacunas contidas acima.
a) mobiliária; quaisquer obrigações financeiras criadas
b) fundada; títulos emitidos
c) consolidada; obrigações financeiras ou contratuais criadas
d) mobiliária; títulos emitidos

Confira na LRF:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive
os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra d.

053. (IDECAN/PREF CAMPINA GRANDE/AUDITOR/2021) Na Lei de Responsabilidade Fiscal, há


previsão de que todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as
receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. Entretanto, o refinanciamento
da dívida pública constará
a) apenas nas leis de diretrizes orçamentárias.
b) separadamente na lei orçamentária e nas leis de crédito adicional.

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c) somente nos anexos de riscos fiscais.


d) exclusivamente nas leis de crédito adicional

Confira na LRF:

Art. 5º, § 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
§ 2º O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e
nas de crédito adicional.

Letra b.

054. (IDECAN/IF–BAIANO/AUDITOR/2019) Assinale a alternativa correta com relação à Lei


de Responsabilidade Fiscal.
a) A dívida pública consolidada corresponde ao montante total das obrigações financeiras
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em um prazo superior a doze meses.
b) A operação de crédito consiste em um compromisso de adimplência de obrigações
financeiras ou contratuais assumidas por ente da federação ou entidade a ele vinculada.
c) O refinanciamento do principal da dívida mobiliaria não excederá a doze meses e deverá
somar todas as operações de crédito autorizadas no orçamento acrescido de atualização
monetária.
d) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, quando fazem pedidos de autorização
para realização de operações de crédito, devem ser instituídos de autorização do Tribunal
de Contas.
e) As operações de crédito internas e externas devem vir acompanhadas de autorização
específica do Senado Federal.

Confira na LRF:

Art. 29, I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;

b) Errada. Apresentou o conceito de garantia.


c) Errada. Misturou com a forma de apuração da Receita Líquida Corrente.
d) Errada. Sem previsão na LRF.
e) Errada. Vale apenas para as operações de crédito externas.
Letra a.

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055. (IDECAN/IF–AM/ASSISTENTE/2019) A respeito das definições contidas na Lei


Complementar 101/2000, assinale a afirmativa incorreta.
a) O refinanciamento da dívida mobiliária consiste na emissão de títulos para pagamento
do principal acrescido da atualização monetária.
b) Concessão de garantia é o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou
contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
c) Entende-se como despesa total com pessoal o somatório dos gastos do ente da Federação
com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias,
tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria,
reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às
entidades de previdência.
d) A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em
referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
e) Entende-se como empresa estatal dependente a sociedade cuja maioria do capital social
com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.

Note que a banca pede para marcarmos a incorreta, que é a letra E, visto que apresentou
o conceito de empresa controlada. Confira na LRF:

Art. 2º, II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;

Letra e.

056. (IDECAN/AGU/ATA/2018) A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada


e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio
das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas. Nesse cenário, analise as afirmativas a seguir:
I – Integrará o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que
serão estabelecidas metas quinquenais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública.
II – A receita corrente líquida é o somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços e transferências correntes, sem outras
deduções.
III – Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que
as atenderão, constarão da Lei Orçamentária Anual.
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Assinale
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I – Incorreta. As metas são anuais, e não quinquenais.


II – Incorreta. Existem deduções sim, que variam de acordo com o ente federativo.
III – Correta. Confira na LRF:

Art. 5º, § 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.

Letra c.

057. (IDECAN/MS/CONTADOR/2017) Segundo a Lei Complementar n. 101/2000, o compromisso


financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título,
aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda
a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas,
inclusive com o uso de derivativos financeiros constitui:
a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária.

Questão do tipo “cara crachá”. Literalidade pura da LRF!


De acordo com a LRF, o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de
crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros constitui:
Operação de Crédito.
Confira a literalidade do artigo 29, caput e incisos:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

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II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de
crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de
valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.

Letra a.

058. (IDECAN/CM–ARACRUZ–ES/CONTADOR/2016) Assinale a alternativa que apresenta o


conceito INCORRETO.
a) Restos a pagar: despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro do exercício
financeiro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
b) Dívida ativa: é a constituída pelos créditos do Estado, devido ao não pagamento pelos
contribuintes, dos tributos, dentro dos exercícios em que foram lançados.
c) Dívida flutuante: compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para
atender a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
d) Despesas de capital: as realizadas com o propósito de formar e/ou adquirir ativos
reais, abrangendo, entre outras ações, o planejamento e a execução de obras, a compra
de instalações, equipamentos, material permanente, títulos representativos do capital
de empresas ou entidades de qualquer natureza, bem como as amortizações de dívida e
concessões de empréstimos.

A errada é a C já que conceituou dívida fundada e chamou de dívida flutuante.


Dívida Fundada: longo prazo, superior a 12 meses, contraídas para atender a desequilíbrio
orçamentário ou financiamento de obras e serviços públicos.
Dívida Flutuante: curto prazo.
Letra c.

059. (IDECAN/CM–ARACRUZ–ES/CONTADOR/2016) Segundo o Art. 29 da LC n. 101/2000, o


“montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses” define:

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a) Operação de crédito.
b) Concessão de garantia.
c) Dívida pública mobiliária.
d) Dívida pública consolidada.

Em seguida reproduzo o trecho do artigo 29 da LRF de onde foram extraídos o enunciado


e a resposta da questão:

I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

Letra d.

060. (IADES/SEPLAD–DF/GESTOR/2023) As denúncias referentes ao descumprimento da


Lei Complementar no 131/2009 podem ser feitas exclusivamente por
a) qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato.
b) integrante do Ministério Público.
c) militar das Forças Armadas.
d) servidor do Tribunal de Contas.
e) parlamentares.

Confira:

Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para
denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o
descumprimento das prescrições estabelecidas nesta Lei Complementar.

Letra a.

061. (IADES/CRF–DF/ANALISTA/2017) Relativamente às previsões contidas na Lei


Complementar n. 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, acerca das operações de crédito
por antecipação de receita orçamentária e dos restos a pagar, assinale a alternativa correta.
a) A inscrição em restos a pagar está vedada no último ano de mandato do presidente, do
governador ou do prefeito municipal.
b) As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária realizadas por estados
ou por municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito na instituição financeira
vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pela instituição financeira oficial
de cada um daqueles entes.
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c) Somente é permitida a inscrição em restos a pagar a partir do décimo dia do início do


exercício, devendo ser liquidados até dia 10/12 de cada ano.
d) Na determinação da disponibilidade de caixa para fins de limite de operações de antecipação
de receita orçamentária, serão considerados os encargos e as despesas compromissadas a
pagar até o final do exercício.
e) A realização de operação da mesma natureza, ainda que parcialmente resgatada, impede
a realização de nova operação de antecipação de receita orçamentária.

Confira a resposta da questão no artigo 38, IV, “a” da LRF:

Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência
de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais
as seguintes:
IV – estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;

Letra e.

062. (FUNDEP/MPE–MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2021) A pandemia da Covid-19 impôs


desafios aos gestores públicos. Em razão disso, o Poder Legislativo federal promoveu
relativizações na Lei de Responsabilidade Fiscal. As alternativas a seguir correspondem a
uma dessas relativizações, EXCETO:
a) A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita independe de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, quando decretado estado
de calamidade pública e desde que o incentivo ou benefício, a criação ou o aumento da
despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública.
b) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão realizar aditamento contratual
que suspenda os pagamentos devidos no exercício financeiro de 2020, incluindo o principal
e quaisquer outros encargos de operações de crédito interno e externo celebradas com o
sistema financeiro e instituições multilaterais de crédito, desde que os aditamentos sejam
firmados no exercício financeiro de 2020.
c) A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa durante a vigência de estado de calamidade pública decretado pelo Chefe do
Poder Executivo independe de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
em que devam entrar em vigor e nos dois subsequentes.
d) A suspensão, na forma do regulamento, dos pagamentos dos refinanciamentos de
dívidas dos Municípios com a Previdência Social com vencimento entre 1º de março e 31
de dezembro de 2020.
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Note que a banca pediu para marcarmos a errada, que é a letra C. Note que a flexibilização
apenas é válida para despesas que sejam destinados ao combate à calamidade pública e
não apenas durante a vigência da calamidade pública, conforme inciso III § 1º do art. 165
da LC 173/2020 combinado com o art. 16 da LRF. Confira:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.

a) Errada. De acordo com a LC 173/2020. Confira:

Art. 65, § 1º Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, nos
termos de decreto legislativo, em parte ou na integralidade do território nacional e enquanto
perdurar a situação, além do previsto nos inciso I e II do caput:
III – serão afastadas as condições e as vedações previstas nos arts. 14, 16 e 17 desta Lei
Complementar, desde que o incentivo ou benefício e a criação ou o aumento da despesa sejam
destinados ao combate à calamidade pública.

b) Errada. De acordo com a LC 173/2020. Confira:

Art. 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão realizar aditamento contratual que
suspenda os pagamentos devidos no exercício financeiro de 2020, incluindo principal e quaisquer
outros encargos, de operações de crédito interno e externo celebradas com o sistema financeiro
e instituições multilaterais de crédito.
§ 1º Para aplicação do disposto neste artigo, os aditamentos contratuais deverão ser firmados
no exercício financeiro de 2020.

d) Errada. De acordo com a LC 173/2020. Confira:

Art. 9º Ficam suspensos, na forma do regulamento, os pagamentos dos refinanciamentos de


dívidas dos Municípios com a Previdência Social com vencimento entre 1º de março e 31 de
dezembro de 2020.

Letra c.

063. (FUNDEP/TCE–MG/AUDITOR/2018) Nos termos da Lei Complementar N. 101 (Lei de


Responsabilidade Fiscal), assinale a alternativa CORRETA.
a) Operação de crédito é o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
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b) Concessão de garantia é o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura


de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado
de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
c) Dívida pública consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade,
das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses.
d) Refinanciamento da dívida mobiliária é a dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, estados e municípios.
e) Dívida pública mobiliária é a emissão de títulos para pagamento do principal acrescido
da atualização monetária

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. A alternativa apresentou o conceito de concessão de garantia e não de operação
de crédito.
b) Errada. A alternativa apresentou o conceito de operação de crédito e não de concessão
de garantia.
d) Errada. Alternativa conceituou a dívida pública mobiliária e não o refinanciamento.
e) Errada. Alternativa conceituou o refinanciamento da dívida mobiliária e não a dívida
pública mobiliária.
Letra c.

064. (FUNDEP/TCE–MG/AUDITOR/2018) Considerando as operações de crédito tratadas na


Lei Complementar N. 101, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as verdadeiras
e com F as falsas.

( ) O Banco Central do Brasil poderá emitir novos títulos da dívida pública.


( ) É permitida a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente
ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e
outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de
novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente, quando
se destinar a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes.
( ) É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
( ) Estados e municípios podem comprar títulos da dívida da União como aplicação de
suas disponibilidades.

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Assinale a sequência CORRETA.


a) F V F F
b) F V V F
c) F F F V
d) V F F V
e) F V V V

Vamos julgar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


1 – Falsa, já que contraria o artigo 34 da LRF. Confira:

Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos
após a publicação desta Lei Complementar.

2 – Verdadeira. Corroborado pelo artigo 35 da LRF. Confira:

Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento
ou postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não
se destinem a:
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.

3 – Verdadeira. Corroborado pelo artigo 36 da LRF. Confira:

Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.

4 – Verdadeira. Corroborado pelo artigo 35, § 2º, da LRF. Confira:

Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou
por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento
ou postergação de dívida contraída anteriormente
(...)
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da
União como aplicação de suas disponibilidades.

Letra e.

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065. (FUNDEP/CM–PONTE NOVA/AGENTE ADM/2018) Considerando as exigências para


realização de operações de crédito por antecipação da receita, conforme disposto na Lei
Complementar
n. 101/2000, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) Cada operação deverá ser quitada, com juros e atualização monetária, até o dia 20
de dezembro de cada ano.
( ) Uma nova operação estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma
natureza não integralmente resgatada.
( ) Uma nova operação não será autorizada se forem cobrados outros encargos que
não a taxa de juros da operação, limitada a remuneração da poupança ou outra que
venha a substituí-la.
( ) As operações poderão ser realizadas somente a partir do vigésimo dia do início do
exercício.

Assinale a sequência correta.


a) V F V V
b) F V F F
c) V F F V
d) F V V F

Vamos julgar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


1 – Falsa, já que a liquidação das operações de crédito por ARO deverá ocorrer até 10/12.
Confira na LRF:

Art. 38 II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de
dezembro de cada ano;

2 – Verdadeira. Em consonância com o artigo 38, IV, da LRF.


3 – Falsa, já que contraria o disposto na LRF:

Art. 38 III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da
operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a
esta substituir;

4 – Falsa, já que somente podem ser realizadas a partir do décimo dia do exercício. Confira
na LRF:

Art. 38 I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;

Letra b.

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066. (FUNDEP/CM–SANTA BÁRBARA/CONTROLADOR/2018) Sobre o conceito de operações


de crédito, conforme consta no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 7ª
edição, pode-se afirmar que a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas
a) equiparam-se a operações de crédito e estão vedados.
b) equiparam-se a operações de crédito.
c) não são operações de crédito (desde que não impliquem em elevação da dívida consolidada
líquida).
d) são operações de crédito.

A assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas são equiparados a operações de


crédito e não existe vedação a essas operações, desde que autorizadas ou previstas em lei.
Confira na literalidade do MCASP:

3.3.5.Assunção, Reconhecimento e Confissão de Dívidas


A assunção, o reconhecimento e a confissão de dívidas são equiparados a operação de crédito pelo
§ 1º do art. 29 da LRF. Há de se observar, no entanto, que tais operações devem ser entendidas
como incorporações de passivos expressamente autorizadas ou previstas em lei, em respeito
ao princípio da legalidade.
Em linhas gerais, os lançamentos pertinentes a essas operações podem ser efetuados de acordo
com o roteiro a seguir. Para a correta classificação contábil, há de ser observado o caso específico
referente à obrigação e ao prazo de exigibilidade.

Letra b.

067. (FUNDEP/UFVJM/TÉCNICO/2017) A Lei Complementar N. 101, de 4 de maio de 2000,


estabelece, em seu Artigo 40, os aspectos referentes à garantia e contragarantia em
operações de crédito internas ou externas dos entes públicos.
Em relação à garantia e contragarantia nas operações de crédito, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente que está realizando
a operação de crédito.
b) É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
c) As entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias,
podem e devem conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.
d) O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por estado, em decorrência
de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou
financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.

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Todas estão corretas, menos a letra C. A letra C está errada, já que existe vedação expressa
na LRF no que diz respeito à concessão de garantias pelas entidades da Administração
Indireta, mesmo que com recursos de fundos. Confira:
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas,
observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites
e as condições estabelecidos pelo Senado Federal.
§ 6º É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas
e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.

Importante destacar que o disposto § 6º encontra exceções dispostas no §7º, que se referem
a dois casos especiais. O primeiro são as empresas controladas a suas próprias subsidiárias.
O segundo ocorre quando as próprias entidades da Administração Indireta são instituições
financeiras. Confira:
§ 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de garantia por:
I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas
mesmas condições;
II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei”.

Letra c.

068. (FUNDEP/CRM–MG/TÉCNICO/2017) A Lei Complementar N. 101, de 4 de maio de 2000,


estabelece, em seu Artigo 59, os aspectos referentes à fiscalização do cumprimento das
normas dessa Lei Complementar. Em relação a essa fiscalização da gestão fiscal, assinale
a alternativa INCORRETA.
a) Despesa corrente pode ser financiada por recursos advindos da aplicação da receita de
capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público.
b) A operação de crédito por antecipação de receita se destina a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro e se realizar somente a partir do décimo dia do início
do exercício.
c) O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à
realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por
eles controladas, direta ou indiretamente.
d) A fiscalização da gestão fiscal dará ênfase, entre outros assuntos, aos limites e condições
para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar.

A única errada é a letra A, já que, em regra, não é permitida o financiamento de despesa


corrente através de receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram
o patrimônio público. Confira na LRF:
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Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que
integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada
por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

Letra a.

069. (FUNDEP/CRM–MG/TÉCNICO/2017) De acordo com o que consta na Lei Complementar


N. 100/2000, assinale a alternativa incorreta com relação à dívida pública.
a) Dívida pública consolidada se refere a montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a 12 meses.
b) Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final
de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
c) Dívida pública mobiliária é representada por títulos emitidos pela União, excluídos os
emitidos pelo do Banco Central do Brasil.
d) Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas,
contudo a garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual
ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear
relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas.

A letra C está errada por contrariar o disposto no artigo 29, inciso II, da LRF. Confira:

Art. 29, II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela
União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

Letra c.

070. (FUNDEP/PREF UBERABA/ASSISTENTE/2016) Analise as afirmativas a seguir sobre o


projeto de lei orçamentária anual, elaborado conforme disposto na Lei Complementar N.
101/2000, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas


que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
( ) O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária
e nas de crédito adicional.

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( ) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá


superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias,
ou em legislação específica.
( ) É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

Assinale a sequência CORRETA.


a) V V V V
b) V F V F
c) F V F F
d) F F F V

Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


1 – Verdadeira, já que está em conformidade com o § 1º do artigo 5º da LRF que diz que
“todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as
atenderão, constarão da lei orçamentária anual”.
2 – Verdadeira, já que em consonância com o § 2º do artigo 5º da LRF que diz que “o
refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de
crédito adicional”.
3 – Verdadeira, já que está de acordo com o § 3º do artigo 5º da LRF que diz que “a atualização
monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do
índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica”.
4 – Verdadeira, já que está de acordo com o § 4º do artigo 5º da LRF que diz que “é vedado
consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada”.
Letra a.

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Professor Manuel Piñon
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REFERÊNCIAS

Baleeiro, A. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 18ª ed. Editora Método.

Harada, K. Direito Financeiro e Tributário. Editora Atlas.

Leite, H. Manual de Direito Financeiro. 9ª ed. Editora Juspodivm.

Paludo, A. Orçamento Público (AFO e LRF). 10ª ed. Editora Juspodivm.

Pascoal, V. Direito Financeiro e Controle Externo. 10ª ed. Editora Método.

Piscitelli, T. Direito Financeiro. 6ª ed. Editora Método.

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