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CONTABILIDADE E
REGULAÇÃO
Despesa Pública - Parte II
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240115201662
MANUEL PIÑON
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PATRICK ALLAN FERREIRA ALVES - 13255033632, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Orçamento Público, Contabilidade e Regulação
Despesa Pública - Parte II
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Despesa Pública – Parte II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Restos a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Classificação dos Restos a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3. Outros Aspectos Relevantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.4. Principais Alterações na Legislação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.6. Cancelamento e “Reinscrição” dos Restos a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2. Despesas de Exercícios Anteriores – DEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3. Regime de Adiantamentos (Suprimento de Fundos). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1. Conceito e Tipos de Suprimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.3. Prestação de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
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Despesa Pública - Parte II
Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo, hoje, nesta aula, é conhecer um pouco mais acerca da Despesa Pública. Registre-
se que esses assuntos já foram tratados na respectiva aula do curso de FINANÇAS PÚBLICAS.
Como disse o jornalista David Brinkley:
Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos que jogaram nele.
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1. RESTOS A PAGAR
1.1. CONCEITO
De acordo com o MCASP, “são restos a pagar todas as despesas regularmente empenhadas,
do exercício atual ou anterior, mas não pagas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente”.
Em outras palavras, restos a pagar são despesas empenhadas que não foram pagas
até o dia 31 de dezembro do mesmo ano do empenho.
Falsa, já que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não foram pagas no exercício.
Errado.
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Nem sempre uma despesa já empenhada consegue ser paga até o dia 31 de dezembro
de cada exercício financeiro, ficando pendente ainda, em alguns casos, também a etapa
de liquidação. Assim, os valores relativos às despesas que se encontram nessa situação,
empenhados e não pagos, devem ser inscritos “restos a pagar”.
De acordo com o MCASP,
a continuidade dos estágios de execução dessas despesas ocorrerá no próximo exercício, devendo
ser controlados em contas de natureza de informação orçamentária específicas. Nessas contas
constarão as informações de inscrição, execução (liquidação e pagamento) e cancelamento.
Também, haverá tratamento específico para o encerramento, transferência e abertura de saldos
entre o exercício financeiro que se encerra e o que inicia.
É importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho
uma despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.
DICA
Não confunda Restos a pagar com obrigações a pagar. Veja
o termo obrigações a pagar como sendo o gênero do qual
restos a pagar é espécie, assim como outras obrigações
passadas, atuais e até mesmo futuras.
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Essa distinção no âmbito das fases, etapas ou estágios da despesa é importante. Guarde
que temos de um lado as despesas processadas referem-se a empenhos executados e
liquidados, prontos para o pagamento, e de outro as despesas não processadas que são os
empenhos de contratos e convênios ainda em plena execução, e, por isso, ainda não existe
direito líquido e certo do credor.
Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a despesas
com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.
Veja no quadro seguinte a relação entre a classificação dos restos a pagar e as etapas
da despesa efetuadas:
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De acordo com o MCASP, serão inscritas em restos a pagar não processados as despesas
não liquidadas, nas seguintes condições: o serviço ou material contratado tenha sido
prestado ou entregue e que se encontre, em 31 de dezembro de cada exercício financeiro
em fase de verificação do direito adquirido pelo credor (despesa em liquidação); ou o prazo
para cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigente (despesa a liquidar).
O MCASP ainda dispõe que “a inscrição de despesa em restos a pagar não processados
é realizada após a anulação dos empenhos que não serão inscritos em virtude de restrição
em norma do ente da Federação”, ou seja, verifica-se quais despesas devem ser inscritas
em restos a pagar e anulam-se as demais. Após, inscrevem-se os restos a pagar não
processados do exercício.
Além da classificação da Lei n. 4.320/1964, temos ainda a classificação do artigo 67 do
Decreto n. 93.872/1986, que manda efetuar o registro dos restos a pagar por exercício e
por credor. Confira, com grifos nossos:
Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei n. 4.320/1964, art. 36).
§ 1º Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas
e as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.
§ 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.
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Podemos concluir, portanto, que existem três possíveis classificações para os restos
a pagar de acordo com a Lei n. 4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
1. Por fase da despesa (processada e não processada).
2. Por ano de inscrição.
3. Por credor.
Na verdade, quando uma despesa é empenhada, na nota de empenho emitida consta o credor
favorecido (beneficiário). Caso tal despesa não seja paga até o dia 31 de dezembro, essa despesa
será inscrita em Restos a Pagar, constando SIM o registro do beneficiário específico.
Errado.
De acordo com o manual do SIAF WEB, podemos ainda dividir os RP – Restos a Pagar
– em 3 tipos, de acordo com a fase da despesa:
1. Não Processados a liquidar: no momento da inscrição, a despesa não estava liquidada
e a sua inscrição depende da indicação pelo ordenador de despesas da Unidade Gestora
ou por pessoa por ele autorizada.
2. Processados em Liquidação: quando foi entregue o material ou prestado o serviço,
mas ainda em fase de análise e conferência interna do órgão, não tendo sido formalizado
recebimento definitivo do material ou do serviço.
3. Processados: no momento da inscrição, a despesa já estava liquidada.
DICA
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste
muita atenção no comando da questão e nas assertivas ou
alternativas, já que todas as classificações apresentadas
são válidas e podem ser cobradas em sua prova.
Aproveite para firmar o seu entendimento sobre a diferença entre os restos a pagar
não processados a liquidar e os restos a pagar processados em liquidação.
No caso dos Restos a pagar não processados a liquidar, temos que, registrado o empenho,
mas ainda não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições
necessárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição desse valor de restos a
pagar que são considerados não processados ( já que não ocorreu ainda o fato gerador
da obrigação) a liquidar.
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Note que essa situação ocorre, por exemplo, quando houve o empenho dentro do
exercício financeiro, mas o credor só efetuará entrega do produto no exercício seguinte.
Já no caso dos chamados Restos a pagar não processados em liquidação, temos
que o fato gerador da obrigação ocorreu antes de 31/12, mas não tivemos o estágio da
liquidação, devendo-se, mesmo assim, reconhecer o impacto patrimonial da despesa dentro
do exercício. Assim, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como restos a
pagar não processados em liquidação.
EXEMPLO
Imagine uma situação em houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor entregou
a mercadoria no mesmo exercício, mas a liquidação só poderá concluída no ano seguinte.
O termo “em liquidação” serve para transmitir a ideia de que a liquidação ainda está acontecendo,
ou seja, não foi concluída.
Parte-se do princípio de que o fornecedor já cumpriu sua obrigação
A ideia do Manual do SIAFI WEB é que a fase em liquidação permite distinguir as
despesas empenhadas (que já tem um passivo patrimonial – o fato gerador já ocorreu)
daquelas onde os fatos geradores ainda não ocorreram (empenhos a liquidar).
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Nesse ponto, merece destaque o fato de que para as despesas continuadas, como
limpeza e vigilância, o valor referente à disponibilidade de caixa abarca apenas os meses
do ano, ou seja, até 31 de dezembro.
Além disso, no caso dos restos a pagar não processados, conforme determina o Decreto
n. 7.654/2011, a inscrição da despesa empenha em restos a pagar é condicionada à indicação
pelo ordenador de despesas (Vide tópico específico sobre o ordenador de despesas).
Os restos a pagar inscritos que não forem pagos no exercício podem ser reinscritos, mas tanto
a inscrição quanto a reinscrição poderão ter limites estabelecidos pelo Ministério da Economia.
Destaque-se também que as notas de empenho (processadas e não processadas)
indicadas pelo Ordenador de Despesa são inscritas automaticamente pelo SIAFI. Por
outro lado, os restos a pagar não processados e não indicados pelo ordenador de despesas
para inscrição são anuladas automaticamente pelo SIAFI em 31 de dezembro.
Na verdade, restos a pagar são os restos a pagar são “resíduos passivos” que poderão
ou não serem pagos no exercício seguinte, visto que a mera inscrição não gera direito
garantido ao pagamento no exercício seguinte, considerando ainda ser necessário cumprir
satisfatoriamente a etapa da liquidação. Seguindo essa linha de raciocínio, alguns
empenhos inscritos em restos a pagar, mas ainda não liquidados, podem ser cancelados
caso não cumpram fielmente a etapa da liquidação.
Por sua vez, os restos a pagar processados não podem ser cancelados, pois, de
acordo com o Parecer n. 401/2000 da PGFN – Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o
cancelamento de restos a pagar processados caracteriza enriquecimento ilícito do Estado,
considerando que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e que
o Estado não poderá descumprir com a obrigação de pagar.
O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma vez que ocorre
com o empenho de exercício anterior.
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Como os Restos a pagar são despesas empenhadas, porém não pagas no mesmo exercício,
a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamentária no exercício
em que foi empenhada. Desse modo, no exercício de pagamento, será classificada como
despesa extraorçamentária.
Além disso, não existe a conversão de uma despesa extraorçamentária em orçamentária
no pagamento. A despesa só seria considerada orçamentária no exercício se fosse
novamente empenhada.
Errado.
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Em relação aos Restos a Pagar, que integram a chamada dívida flutuante (excluídos
os serviços da dívida), é interessante registar que a despesa que tiver sido empenhada,
mas não paga dentro do exercício financeiro, deve ser considerada como efetivamente
realizada e registrada à conta da dotação respectiva, sendo, assim, relacionada em conta
própria dos Depósitos Especificados.
Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de
eventual cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária
Anual ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer
o reconhecimento da dívida.
Guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processadas,
deve ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou execução
da obra, obedecendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orçamentárias
pagas no exercício.
Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser
feita via SIAFI ou SIAFEM mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO – AP.
Em casos excepcionais, poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua
definitiva inscrição, utilizando-se, para esta finalidade, a emissão de AP – AUTORIZAÇÃO
DE PAGAMENTO – em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o
respectivo código de inscrição de Restos a Pagar.
Veja o fluxograma seguinte, para ter a visão geral:
Lembre-se que, de acordo com a Doutrina existe a fase ou etapa da despesa denominada
em liquidação, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.
EXEMPLO
Ocorre, por exemplo, quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço
foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa
nota fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).
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Sim, é possível que uma despesa seja inscrita como restos a pagar não processados mesmo
com o serviço já prestado.
Pense, por exemplo, em uma situação em que o serviço seja realizado no final do exercício e a
Administração não tenha tempo hábil para proceder à liquidação até o final do ano. Nesse
caso, a despesa deve ser inscrita em restos a pagar não processados (em liquidação).
Certo.
É importante destacar que, para aqueles empenhos referentes a despesas já liquidadas e não
pagas, assim como os empenhos não anulados, a inscrição em restos a pagar no encerramento
do exercício (31/12) deve ser efetuada pelo valor devido, ou, caso ainda não exatamente
conhecido, pelo valor estimado, mas apenas se cumpridas as condições inerentes ao empenho
e liquidação da despesa, já que, em verdade, são encargos incorridos no exercício.
No caso dos empenhos por estimativa, podemos ter duas situações distintas:
1. Quando o valor real for maior que o valor inscrito em Restos a Pagar, a diferença será
empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores.
2. Quando o valor real for inferior ao valor inscrito em restos a pagar, o saldo existente será cancelado.
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A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira com, grifos nossos:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta
de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica.
Certo.
Guarde ainda que os chamados restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles
cuja inscrição tenha sido cancelada, mas que ainda esteja em vigor o direito do credor.
Nesses casos, o pagamento deve ser registrado como despesas de exercícios anteriores.
No âmbito dos restos a pagar, é importante que guarde que eles devem constituir
item específico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro
do limite de saque fixado, ou seja, os RP são constituídos por recursos correspondentes
a exercícios financeiros já encerrados, mas que integram a programação financeira do
exercício em curso.
Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com
vigência plurianual. Os que não tenham sido liquidados, só devem ser computados como
restos a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores somente
devem ser inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.
Entenda que, quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou
total. Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.
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Em resumo:
RPP – Restos a Pagar Processados = DESP. EMPENHADA E LIQUIDADA
RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DES. SOMENTE EMPENHADA
Veja também de modo esquematizado:
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O ponto que merece destaque é o relativo ao instituto da prescrição que, a princípio, foi
retirado do ordenamento jurídico pelo Decreto n. 9.428/2018 em nível federal, mas que
merece uma análise mais aprofundada. Dada a grande relevância do tema, esse tema será
tratado no tópico 1.5 dessa aula.
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Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro
de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste
Decreto para empenho e liquidação da despesa.
§ 1º A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à
indicação pelo ordenador de despesas.
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro,
para todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
§ 2º Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que não forem liquidados
serão bloqueados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda em 30 de junho
do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, e serão mantidos os referidos saldos em conta
contábil específica no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Siafi.
(Redação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência) (Vide Decreto n. 9.428, de 2018) (Vide
Decreto n. 10.315, de 2020)
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§ 3º Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados relativos às despesas:
(Redação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência)
I – do Ministério da Saúde; (Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
II – decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; ou
(Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
III – decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham
sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. (Incluído pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
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Vamos ver o que o Código Civil, ainda em plena vigência, determina acerca desse tema:
É importante destacar que a contagem do prazo prescricional deve ter início no momento
da inscrição dos Restos a Pagar (31/12), e não no momento do empenho.
Nessa toada, a inscrição em restos a pagar deve ser feita na data do encerramento do
exercício financeiro (31/12) de emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis,
conforme dispõe o artigo 68 do Decreto n. 9.428/2018.
Confira com, grifos nossos:
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro
de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste
Decreto para empenho e liquidação da despesa.
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De acordo com o MCASP, as Despesas de Exercícios Anteriores são despesas cujos fatos
geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento.
Em outras palavras, como o próprio nome sugere, as DEAs – Despesas de Exercícios
Anteriores – são dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros
anteriores a aqueles em que ocorrerão os pagamentos.
Podemos dizer que DEAs são despesas cujas obrigações se referem a anos anteriores,
mas que não foram nem mesmo empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados,
seja indevidamente ou por falta de saldo financeiro para sua inscrição em restos a pagar.
Em outras palavras, DEAs são as despesas de exercícios encerrados, cujo a LOA e Créditos
Adicionais consignavam crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não
fora processado tempestivamente ou na época própria.
Note ainda que, diferentemente de restos a pagar, que são inscritos somente no final
de cada exercício (31/12), no caso das DEAs o reconhecimento se dá durante o exercício.
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Além dessa primeira situação, temos também os Restos a Pagar com prescrição interrompida
e os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.
Restos a pagar e Despesas de Exercício anteriores não são a mesma coisa. Restos a
pagar são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas,
eventualmente, um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida, pode ser
atendida à conta de DEA.
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
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Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre
que possível, a ordem cronológica.
Errado.
De acordo com o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, as DEAs podem ser pagos à conta
de dotação específica consignada na LOA, com a devida discriminação dos elementos, e
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Confira:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.
Assim, classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em
Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
1. as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo
superveniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento
do material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
Normalmente, são aquelas cujo empenho tenha sido considerado subsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
fornecedor (credor) tenha cumprido a sua obrigação.
2. aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida.
EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar o caso dos restos a pagar não processados que foram cancelados
por erro. Assim, para fins de prescrição, não se considera a data da inscrição dos restos a pagar
não processados, mas, sim, a data de reconhecimento do fato gerador após o vencimento.
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EXEMPLO
Podemos citar como exemplo desse tipo de DEA aquela situação em que o servidor faz jus
a receber um valor de auxílio natalidade pelo nascimento de seu filho em novembro de X1,
mas só entrega os documentos relativos ao nascimento em fevereiro de X2.
Guarde que para o regular pagamento de uma DEA, a correspondente despesa deve ser
empenhada novamente, ou seja, a DEA entra no orçamento vigente à época do efetivo pagamento.
DICA
Existe, portanto, a necessidade de nova autorização orçamentária.
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A resposta está na literalidade do artigo 22 do Decreto n. 93.872/1986. Confira, com grifos nossos:
Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação
destinada a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica
própria (Lei n. 4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento
criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento
do exercício correspondente.
Certo.
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Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação
destinada a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria
(Lei n. 4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento
criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento
do exercício correspondente.
o reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela autoridade
competente (a mesma autoridade competente para empenhar a despesa), deverá ocorrer em
procedimento administrativo específico, sendo necessário, no mínimo, os seguintes elementos:
a) Identificação do credor/favorecido;
b) Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c) Data de vencimento do compromisso;
d) Importância exata a pagar;
e) Documentos fiscais comprobatórios;
f) Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g) Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
Confira, agora, uma tabela comparativa entre Restos a Pagar e DEAs e seu efeito no orçamento:
Critério Restos a pagar DEAs
No Registro do empenho Despesa Orçamentária Despesa Orçamentária
Quando emite a Nota de Empenho No ano da despesa Em ano posterior
Quando do pagamento Despesa Extraorçamentária Despesa Orçamentária
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Apesar do suprimento de fundos ser uma despesa orçamentária, não representa uma
despesa pelo enfoque patrimonial, já que, no momento da concessão, ainda não ocorreu
redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em
que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa
o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a
devolução do numerário adiantado, constituindo-se assim um fato permutativo.
Guarde que o ato de suprimento de fundos constitui despesa orçamentária, mas não uma
despesa pelo enfoque patrimonial, que somente ocorre no momento da prestação de contas.
Certo.
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Guarde que o empenho nunca pode ser dispensado. Confira no Decreto n. 93.872/1986,
com grifos nossos:
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Errado.
Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas
situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
1. para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
2. quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento e constar do ato de concessão; ou
3. para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
DICA
Dos 3 tipos de suprimento de fundos, somente as despesas
de pequeno vulto é que têm limites monetários definidos,
usando como parâmetro os valores da Lei de Licitações.
O valor adiantado a título de suprimento de fundos pode relacionar-se a mais de uma natureza
de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
valores de cada natureza. Guarde, portanto, que na classificação por natureza da despesa,
não existe um elemento específico para suprimento de fundos. Assim, a situação difere,
por exemplo, da DEA onde existe o elemento “despesas de exercícios anteriores”.
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Entretanto, não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção
de servidor em viagem quando esse houver recebido diárias, posto que essas se destinam
a suprir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.
Obs.: Um questionamento que pode surgir em prova é acerca de uma possível alteração
nesses limites em função da Lei n. 14.133/2021, a nova Lei de Licitações e Contratos.
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DICA
Com exceção das despesas sigilosas, as despesas que podem
ser realizadas por meio do suprimento de fundos devem
necessariamente ser urgentes, eventuais e não podem se
sujeitar ao processo normal de aquisição por causarem
algum prejuízo ao ente público.
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Errado.
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Falsa, já que, nos casos em que não tenha outro servidor na repartição, é, SIM, permitida a
concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização
do material a adquirir. Confira no Decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:
Errado.
Entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de suprimento,
no prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio,
desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda,
verificados na prestação de contas.
Embora não possa ser autorizado suprimento de fundos para servidor público em alcance,
a assertiva erra ao afirmar que servidor em alcance é aquele que ainda não foi aprovado
no estágio probatório. Na verdade, servidor em alcance é aquele que não prestou contas
no prazo ou que teve as contas reprovadas.
Errado.
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É importante ter em mente que o prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder
a 90 dias nem ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas relativa à
importância aplicada até 31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente.
Além disso, aquele que é detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder
em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
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Errado.
Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá
ser procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas
para apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar
contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer
no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas
para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.
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É importante destacar que quando impugnada a prestação de contas, seja parcial, seja
totalmente, a autoridade ordenadora deve determinar imediatas providências administrativas
para apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, bem assim,
promover a tomada de contas para julgamento pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.
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Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Errado.
Por seu turno, as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação
indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após
o encerramento do exercício.
Tenha em mente que o Regime de Adiantamento servirá para despesas que não possam ser
realizadas por meio das etapas normais (empenho, liquidação e pagamento), cujo valor será
entregue a agente público que, posteriormente, prestará contas dos valores gastos. Nessa
toada, quando da devolução dos valores, podem ocorrer duas situações, considerando o
exercício financeiro em que ocorra a devolução:
1. no mesmo exercício – ocorrerá a anulação da despesa;
2. em exercício diverso – será reconhecido como receita orçamentária.
Assim, a assertiva ERRA ao afirmar que, obrigatoriamente, o saldo remanescente dos
recursos constituirá Receita Orçamentária.
Errado.
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caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas.
Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é
necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento.
Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois, no momento da
concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária,
ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação de um
ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado
pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
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RESUMO
Restos a Pagar
São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas
que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das
não processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou
o estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às
despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
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Suprimento de Fundos
Excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar a realização de despesa
por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser realizada pelo processo
normal da execução orçamentária.
Assim, o suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário
a um servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria à despesa a realizar,
que não possa subordinar-se ao processo orçamentário normal.
São consideradas situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os
seguintes casos:
1. para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
2. quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento e constar do ato de concessão; ou
3. para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de
servidor em viagem quando esse houver recebido diária.
Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime
especial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
1. a responsável por dois suprimentos;
2. a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
3. a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua
aplicação no prazo previsto; e
4. a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.
Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento, no prazo
regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque,
falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na
prestação de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades
previstas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada
no documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o
nome do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas
e as assinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90 dias nem ultrapassar o
exercício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de
dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é
detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro,
para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
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Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso
Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [Com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU
[Devolução
Inscrição em diver-
Integral]
sos responsáveis
[ou]
Estorno de
Prestação de
Aprovação de pres- inscrição em diver-
contas aprovada
tação de contas sos responsáveis
Agora, vamos fazer mais questões para FIXAR o que aprendemos hoje.
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MAPAS MENTAIS
É um procedimento que
consiste na entrega de São os restos a
numerário a um servidor, pagar relativos
sempre precedida de Processados às despesas cuja
empenho na dotação execução alcançou
própria à despesa a o estágio da
realizar, que não possa liquidação.
subordinar-se ao processo
Restos a Pagar
orçamentário normal.
consignada no orçamento
anual do Estado em
Quando a despesa deva Créditos Adicionais, desde
ser feita em caráter que reconhecido o direito
sigiloso, conforme se do requerente.
Situações passíveis de
utilização de suprimento
e constar do ato de de fundos:
concessão.
As despesas de exercícios
já encerrados para
Para atender despesas
as quais o orçamento
de pequeno vulto, assim Despesa Pública – Parte 2
respectivo consignava
entendidas aquelas cujo
crédito próprio com saldo
valor não ultrapasse aos
limites estabelecidos pela
las, mas que, por motivo
legislação.
superveniente, não tenha
sido empenhado na época
própria, desde que o
Despesas de Exercícios fornecimento do material,
I – os restos a Anteriores a prestação do serviço
pagar, excluídos os ou a execução da obra
serviços da dívida. já tenha efetivamente
ocorrido.
II – os serviços da
dívida a pagar. Compreende Flutuante
III – os
depósitos. Restos a pagar com
prescrição interrompida.
IV – os débitos de Dívida
tesouraria.
Compromissos somente
reconhecidos após o
encerramento do exercício
Os compromissos de desde que tenham
exigibilidade superior a doze decorrido de situação
meses, contraídos para atender ou fato independente da
a desequilíbrio orçamentário ou Compreende Fundada vontade do ordenador da
despesa.
públicos.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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Com base apenas nessas informações, o total inscrito em restos a pagar foi:
a) $ 200.
b) $ 400.
c) $ 600.
d) $ 11.700.
e) $ 12.300.
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Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00
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GABARITO
1. E 35. a
2. C 36. d
3. E 37. a
4. E 38. a
5. E 39. b
6. C 40. c
7. C 41. c
8. E 42. a
9. C 43. d
10. C 44. c
11. E 45. a
12. E 46. c
13. E 47. c
14. E 48. d
15. E 49. d
16. E 50. d
17. E 51. c
18. E 52. d
19. d 53. a
20. e 54. b
21. a 55. c
22. c 56. e
23. b 57. e
24. c 58. a
25. d 59. c
26. e 60. c
27. d
28. d
29. a
30. d
31. a
32. c
33. a
34. e
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GABARITO COMENTADO
Confira no MCASP:
Serão inscritas em restos a pagar não processados as despesas não liquidadas, nas seguintes condições:
a) O serviço ou material contratado tenha sido prestado ou entregue e que se encontre, em 31
de dezembro de cada exercício financeiro em fase de verificação do direito adquirido pelo credor
(despesa em liquidação); ou
b) O prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigente (despesa a liquidar).
A inscrição de despesa em restos a pagar não processados é realizada após a anulação dos
empenhos que não serão inscritos em virtude de restrição em norma do ente da Federação, ou
seja, verifica-se quais despesas devem ser inscritas em restos a pagar e anula-se as demais.
Após, inscrevem-se os restos a pagar não processados do exercício.
a) Errada. Na verdade, 20% das despesas liquidadas e não pagas serão inscritas em RAP processados.
b) Errada. Exigência inexistente.
c) Errada. Na verdade, as despesas não liquidadas podem ser inscritas em RAP não processados.
e) Errada. As condições para inscrição em RAP foram expostas na explicação da letra “d”.
Letra d.
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Letra e.
Letra d.
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a) Não lançada.
b) Não realizada.
c) Não empenhada.
d) Restos a pagar processados.
Note que a despesa foi empenhada e liquidada, mas não paga, ou seja, temos um caso de
restos a pagar. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa passou pela fase de Liquidação
e os restos a pagar não processados são aqueles em que a despesa ainda não foi liquidada.
Letra d.
De acordo com o MCASP, quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa
a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o
montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado
totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter
sido emitido incorretamente.
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Ainda de acordo com o MCASP, não devem ser reconhecidos como receita orçamentária
os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas inscritas em Restos
a Pagar – consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto,
trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de
receitas arrecadadas em exercícios anteriores, e não de uma nova receita a ser registrada. O
cancelamento de restos a pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes
do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores que devem
ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício.
Letra a.
A alternativa correta é a letra “d”, já que a prefeitura deve restituir o valor de R$ 20,00,
visto que o valor do suprimento de fundos foi insuficiente.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, é necessário o estágio da liquidação da despesa. Confira no MCASP:
O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para
futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para
conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária:
empenho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque
patrimonial, pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na
liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo,
há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço,
objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado. Os registros
contábeis, conforme o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, apresentam-se abaixo.
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Trata-se de restos a pagar “processados”, já que se refere às despesas cuja execução alcançou
o estágio da liquidação.
Letra a.
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Letra a.
Letra e.
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Note que, dos 400 milhões empenhados, 80 milhões (20%) não foram pagos, que devem
ser inscritos em Restos a Pagar.
Letra a.
Letra d.
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São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas que não
foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às
despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Letra a.
Se o valor da inscrição em restos a pagar for inferior ao valor real a ser pago, a diferença
deve ser empenhada em DEA – Despesas de Exercícios anteriores.
Letra a.
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Confira no MCASP:
Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:
b. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
Letra b.
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Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Letra c.
Em primeiro lugar temos que levar em conta que a despesa em tela foi empenhada, mas não
foi paga, ou seja, temos um caso de restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas
e não foram pagas no exercício. Veja na literalidade do artigo da Lei n. 4.320/64, com grifos
nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
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Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei
e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Letra a.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Letra d.
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A Lei n. 10.028/2000, dispositivo esse que passou a integrar o nosso Código PENAL, em
seu artigo 359-B, no capítulo IV, que dispõe acerca dos crimes contra as finanças públicas,
determina pena de detenção de 6 meses a 2 anos para aquele que ordenar ou autorizar a
inscrição em restos a pagar de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou
que exceda o limite estabelecido em lei.
Letra c.
Restos a pagar são despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro,
podendo ser processadas (se tiverem sido liquidadas) ou não processadas (se NÃO tiverem
sido liquidadas). Grave:
RPP – Restos a Pagar Processados = DESP. EMPENHADA E LIQUIDADA
RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DES. SOMENTE EMPENHADA
Letra a.
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d) O resto a pagar não processado é serviço ou material contratado que tenha sido prestado
e aceito pelo contratante em 31 de dezembro de cada exercício financeiro.
e) Ocorrido o fato gerador da obrigação e procedido o estágio da liquidação antes do término
do exercício em curso, as despesas deverão ser registradas, ao fim do exercício em curso,
como restos a pagar não processados.
Embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda
contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva
cobertura financeira. Confira, no MCASP:
Assim, observa-se que, embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em
restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista
a respectiva cobertura financeira, eliminando desta forma as heranças fiscais onerosas.
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Confira, no MCASP:
Atente ao fato de que em dezembro de 2017, os restos a pagar da despesa com a manutenção
dos aparelhos de ar condicionado foram cancelados e em janeiro de 2018, o pagamento no
valor de R$ 950,00 foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos
de ar condicionado, tendo sido constatada a vigência do direito do prestador do serviço.
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Ora, como está vigente o direito do credor e a despesa estava inscrita em restos a pagar,
mas foi cancelada, vemos que a mesma poderá ser atendida à conta de dotação destinada
a despesas de exercícios anteriores. Veja no Decreto n. 93.872/86:
Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento
que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de
exercícios anteriores.
Letra d.
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Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Letra d.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.
Letra c.
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Letra d.
Confira no MCASP:
O suprimento de fundos deve ser utilizado nos seguintes casos:
a. Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
b. Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento;
e
c. Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.
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Restos a Pagar são despesas que já foram empenhadas, mas que não foram pagas até o dia
31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas. Os “Processados”
são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o estágio da liquidação,
enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução
abrangeu apenas o estágio do empenho.
Note que, no enunciado da questão, temos que “da despesa orçamentária empenhada,
uma parte havia cumprido apenas o primeiro estágio da despesa pública”, ou seja, não foi
liquidada, denotando, assim, caso de RAP não processado.
Letra b.
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Basicamente, temos que lembrar que os RAPs processados são aqueles que passaram pela
fase de Liquidação em quanto os RAPs não processados ainda não foi liquidada a despesa.
Veja, no próprio exercício temos despesas liquidadas de 90.000,00 e despesas pagas de
80.000,00, ou seja, temos RAPs processados de 90.000 − 80.000 = R$ 10.000,00.
Note que tivemos despesas empenhadas de 120.000,00 e despesas liquidadas de 90.000,00,
ou seja, temos RAPs não processados de 120.000− 90.000 = R$ 30.000,00
Como é uma despesa plurianual, devemos ser aplicada regra prevista na Lei n. 4.320/1964:
Art. 36 Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal,
que não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de
vigência do crédito.
Assim, somente será inscrito como restos a pagar apenas o valor de R$ 10.000,00, e valor de
R$ 30.000,00 somente deve ser considerado como restos a pagar no último ano de vigência.
Letra e.
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Guarde que empenho é feito SEMPRE em nome do servidor que recebe suprimento de
fundos. Confira no Decreto n. 93.872/1986:
Art. 45 § 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado
a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas
se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências
administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis
Letra e.
Guarde que a despesa legalmente empenhada, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou
seja, já ocorreu a liquidação, mas não houve pagamento é classificada como processada.
De modo distinto, uma despesa empenhada, que ainda não foi liquidada, cujo objeto
contratado ainda não foi entregue, é denominada de não processada.
Letra a.
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Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada
Outras
Despesas 50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes
Pessoal e
Encargos 90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Sociais
Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00
A questão pede para apontar o valor dos Restos a Pagar processados relativos às despesas
correntes. Assim, temos as seguintes despesas correntes que foram empenhadas, liquidadas
mas não pagas das despesas:
Pessoal e encargos Sociais (83.900 − 82.000) = 1.900.000,00
Juros e encargos da dívida (89 − 65) = 24.000,00
Outras despesas correntes (44.500 −39.800) = 4.700.000,00
Total = 6.624.000,00
Letra c.
Os chamados restos a pagar são despesas empenhadas, mas que não foram pagas no
exercício. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 36. considera-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
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Orçamento Público, Contabilidade e Regulação
Despesa Pública - Parte II
Manuel Piñon
Lembre-se ainda de que, nos restos a pagar processados, a despesa já passou pela fase de
liquidação, enquanto, nos restos a pagar não processados, a despesa ainda não foi liquidada.
Letra c.
Sempre que você vir uma pessoa de sucesso, você sempre verá as glórias, nunca os sacrifícios
que a levaram até ali.
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Manuel Piñon
REFERÊNCIAS
NASCIMENTO, Sávio. Finanças Públicas para Concursos. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus
Elsevier, 2014.
PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Método, 2019.
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