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ORÇAMENTO PÚBLICO,

CONTABILIDADE E
REGULAÇÃO
Despesa Pública - Parte II

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240115201662

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Orçamento Público, Contabilidade e Regulação
Despesa Pública - Parte II
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Despesa Pública – Parte II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Restos a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Classificação dos Restos a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3. Outros Aspectos Relevantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.4. Principais Alterações na Legislação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.6. Cancelamento e “Reinscrição” dos Restos a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2. Despesas de Exercícios Anteriores – DEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3. Regime de Adiantamentos (Suprimento de Fundos). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1. Conceito e Tipos de Suprimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.3. Prestação de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo, hoje, nesta aula, é conhecer um pouco mais acerca da Despesa Pública. Registre-
se que esses assuntos já foram tratados na respectiva aula do curso de FINANÇAS PÚBLICAS.
Como disse o jornalista David Brinkley:

Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos que jogaram nele.

Então vamos botar a mão na massa e pavimentar a nossa estrada da aprovação,


usando, para isso, as dificuldades que aparecem todos os dias em nossa jornada, como se
fossem tijolos.
Boa aula.
Prof. Manuel Piñon

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DESPESA PÚBLICA – PARTE II

1. RESTOS A PAGAR

Relembrando as etapas ou fases da execução da despesa, temos que, após a realização


do empenho da despesa, com base na sua dotação orçamentária, considera-se iniciado o
cumprimento do convênio, contrato ou determinação legal. A etapa seguinte é a liquidação
da despesa, em que se verifica o direito do credor, para que, posteriormente, ocorra seu
o pagamento.

1.1. CONCEITO
De acordo com o MCASP, “são restos a pagar todas as despesas regularmente empenhadas,
do exercício atual ou anterior, mas não pagas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente”.
Em outras palavras, restos a pagar são despesas empenhadas que não foram pagas
até o dia 31 de dezembro do mesmo ano do empenho.

001. (CESPE/COGE–CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento


público dispostas na Lei n. 4.320/1964, Julgue.
Distinguidos em processados e não processados, os restos a pagar são as despesas liquidadas,
mas não pagas até o dia 31 de dezembro.

Falsa, já que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não foram pagas no exercício.
Errado.

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Nem sempre uma despesa já empenhada consegue ser paga até o dia 31 de dezembro
de cada exercício financeiro, ficando pendente ainda, em alguns casos, também a etapa
de liquidação. Assim, os valores relativos às despesas que se encontram nessa situação,
empenhados e não pagos, devem ser inscritos “restos a pagar”.
De acordo com o MCASP,

a continuidade dos estágios de execução dessas despesas ocorrerá no próximo exercício, devendo
ser controlados em contas de natureza de informação orçamentária específicas. Nessas contas
constarão as informações de inscrição, execução (liquidação e pagamento) e cancelamento.
Também, haverá tratamento específico para o encerramento, transferência e abertura de saldos
entre o exercício financeiro que se encerra e o que inicia.

É importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho
uma despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.

DICA
Não confunda Restos a pagar com obrigações a pagar. Veja
o termo obrigações a pagar como sendo o gênero do qual
restos a pagar é espécie, assim como outras obrigações
passadas, atuais e até mesmo futuras.

1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RESTOS A PAGAR


São classificadas como Restos a Pagar (ou resíduos passivos) as despesas que já foram
empenhadas, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as
processadas das não processadas.
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os “Processados” são os restos a pagar relativos às
despesas cuja execução alcançou o estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são
os restos a pagar relativos às despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.

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Essa distinção no âmbito das fases, etapas ou estágios da despesa é importante. Guarde
que temos de um lado as despesas processadas referem-se a empenhos executados e
liquidados, prontos para o pagamento, e de outro as despesas não processadas que são os
empenhos de contratos e convênios ainda em plena execução, e, por isso, ainda não existe
direito líquido e certo do credor.

Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a despesas
com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.

002. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da
seguinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento
da despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n. 4.320/1964, o registro
dessa despesa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como restos
a pagar processados.

Temos um caso de Restos a pagar processados, já que o computador foi recebido em


29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada.
Certo.

Veja no quadro seguinte a relação entre a classificação dos restos a pagar e as etapas
da despesa efetuadas:

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De acordo com o MCASP, serão inscritas em restos a pagar não processados as despesas
não liquidadas, nas seguintes condições: o serviço ou material contratado tenha sido
prestado ou entregue e que se encontre, em 31 de dezembro de cada exercício financeiro
em fase de verificação do direito adquirido pelo credor (despesa em liquidação); ou o prazo
para cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigente (despesa a liquidar).
O MCASP ainda dispõe que “a inscrição de despesa em restos a pagar não processados
é realizada após a anulação dos empenhos que não serão inscritos em virtude de restrição
em norma do ente da Federação”, ou seja, verifica-se quais despesas devem ser inscritas
em restos a pagar e anulam-se as demais. Após, inscrevem-se os restos a pagar não
processados do exercício.
Além da classificação da Lei n. 4.320/1964, temos ainda a classificação do artigo 67 do
Decreto n. 93.872/1986, que manda efetuar o registro dos restos a pagar por exercício e
por credor. Confira, com grifos nossos:

Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei n. 4.320/1964, art. 36).
§ 1º Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas
e as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.
§ 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.

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Podemos concluir, portanto, que existem três possíveis classificações para os restos
a pagar de acordo com a Lei n. 4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
1. Por fase da despesa (processada e não processada).
2. Por ano de inscrição.
3. Por credor.

003. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação à despesa pública, julgue o item subsequente.


Na inscrição dos restos a pagar, é vedado o registro de beneficiários específicos.

Na verdade, quando uma despesa é empenhada, na nota de empenho emitida consta o credor
favorecido (beneficiário). Caso tal despesa não seja paga até o dia 31 de dezembro, essa despesa
será inscrita em Restos a Pagar, constando SIM o registro do beneficiário específico.
Errado.

De acordo com o manual do SIAF WEB, podemos ainda dividir os RP – Restos a Pagar
– em 3 tipos, de acordo com a fase da despesa:
1. Não Processados a liquidar: no momento da inscrição, a despesa não estava liquidada
e a sua inscrição depende da indicação pelo ordenador de despesas da Unidade Gestora
ou por pessoa por ele autorizada.
2. Processados em Liquidação: quando foi entregue o material ou prestado o serviço,
mas ainda em fase de análise e conferência interna do órgão, não tendo sido formalizado
recebimento definitivo do material ou do serviço.
3. Processados: no momento da inscrição, a despesa já estava liquidada.

DICA
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste
muita atenção no comando da questão e nas assertivas ou
alternativas, já que todas as classificações apresentadas
são válidas e podem ser cobradas em sua prova.

Aproveite para firmar o seu entendimento sobre a diferença entre os restos a pagar
não processados a liquidar e os restos a pagar processados em liquidação.
No caso dos Restos a pagar não processados a liquidar, temos que, registrado o empenho,
mas ainda não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições
necessárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição desse valor de restos a
pagar que são considerados não processados ( já que não ocorreu ainda o fato gerador
da obrigação) a liquidar.

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Note que essa situação ocorre, por exemplo, quando houve o empenho dentro do
exercício financeiro, mas o credor só efetuará entrega do produto no exercício seguinte.
Já no caso dos chamados Restos a pagar não processados em liquidação, temos
que o fato gerador da obrigação ocorreu antes de 31/12, mas não tivemos o estágio da
liquidação, devendo-se, mesmo assim, reconhecer o impacto patrimonial da despesa dentro
do exercício. Assim, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como restos a
pagar não processados em liquidação.

EXEMPLO
Imagine uma situação em houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor entregou
a mercadoria no mesmo exercício, mas a liquidação só poderá concluída no ano seguinte.
O termo “em liquidação” serve para transmitir a ideia de que a liquidação ainda está acontecendo,
ou seja, não foi concluída.
Parte-se do princípio de que o fornecedor já cumpriu sua obrigação
A ideia do Manual do SIAFI WEB é que a fase em liquidação permite distinguir as
despesas empenhadas (que já tem um passivo patrimonial – o fato gerador já ocorreu)
daquelas onde os fatos geradores ainda não ocorreram (empenhos a liquidar).

1.3. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES


A execução dos RP – Restos a Pagar – fica condicionada aos limites legais das fontes
de recursos correspondentes e integra o cálculo do limite de despesas do chamado “teto
de gastos” implementado pela Emenda Constitucional – EC n. 95/2016.
Para que a inscrição em restos a pagar possa ser realizada algumas condições devem
ser cumpridas como as do artigo 35 do Decreto n. 93.872/1986:
Art. 35 O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro,
para todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.

Também deve existir suficiente disponibilidade de caixa para atender às despesas


inscritas, conforme determina o artigo 42 da LRF:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos
e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

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Também, nesse sentido, dispõe o MCASP, que diz que:

a inscrição de restos a pagar deve observar as disponibilidades financeiras e condições da


legislação pertinente, de modo a prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio
das contas públicas, conforme estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Assim,
observa-se que, embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos
a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a
respectiva cobertura financeira, eliminando desta forma as heranças fiscais onerosas, conforme
disposto no seu artigo 42.

Nesse ponto, merece destaque o fato de que para as despesas continuadas, como
limpeza e vigilância, o valor referente à disponibilidade de caixa abarca apenas os meses
do ano, ou seja, até 31 de dezembro.
Além disso, no caso dos restos a pagar não processados, conforme determina o Decreto
n. 7.654/2011, a inscrição da despesa empenha em restos a pagar é condicionada à indicação
pelo ordenador de despesas (Vide tópico específico sobre o ordenador de despesas).
Os restos a pagar inscritos que não forem pagos no exercício podem ser reinscritos, mas tanto
a inscrição quanto a reinscrição poderão ter limites estabelecidos pelo Ministério da Economia.
Destaque-se também que as notas de empenho (processadas e não processadas)
indicadas pelo Ordenador de Despesa são inscritas automaticamente pelo SIAFI. Por
outro lado, os restos a pagar não processados e não indicados pelo ordenador de despesas
para inscrição são anuladas automaticamente pelo SIAFI em 31 de dezembro.
Na verdade, restos a pagar são os restos a pagar são “resíduos passivos” que poderão
ou não serem pagos no exercício seguinte, visto que a mera inscrição não gera direito
garantido ao pagamento no exercício seguinte, considerando ainda ser necessário cumprir
satisfatoriamente a etapa da liquidação. Seguindo essa linha de raciocínio, alguns
empenhos inscritos em restos a pagar, mas ainda não liquidados, podem ser cancelados
caso não cumpram fielmente a etapa da liquidação.
Por sua vez, os restos a pagar processados não podem ser cancelados, pois, de
acordo com o Parecer n. 401/2000 da PGFN – Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o
cancelamento de restos a pagar processados caracteriza enriquecimento ilícito do Estado,
considerando que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e que
o Estado não poderá descumprir com a obrigação de pagar.

O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma vez que ocorre
com o empenho de exercício anterior.

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004. (CESPE/CGM–JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentárias,


julgue o item.
Ao efetuar o pagamento de restos a pagar, o ente público está convertendo uma despesa
extraorçamentária em uma despesa orçamentária.

Como os Restos a pagar são despesas empenhadas, porém não pagas no mesmo exercício,
a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamentária no exercício
em que foi empenhada. Desse modo, no exercício de pagamento, será classificada como
despesa extraorçamentária.
Além disso, não existe a conversão de uma despesa extraorçamentária em orçamentária
no pagamento. A despesa só seria considerada orçamentária no exercício se fosse
novamente empenhada.
Errado.

005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O pagamento de restos a pagar processados corresponde a uma despesa orçamentária da entidade.

O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, tendo sido orçamentária


no exercício em que foi empenhada.
Errado.

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Em relação aos Restos a Pagar, que integram a chamada dívida flutuante (excluídos
os serviços da dívida), é interessante registar que a despesa que tiver sido empenhada,
mas não paga dentro do exercício financeiro, deve ser considerada como efetivamente
realizada e registrada à conta da dotação respectiva, sendo, assim, relacionada em conta
própria dos Depósitos Especificados.
Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de
eventual cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária
Anual ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer
o reconhecimento da dívida.
Guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processadas,
deve ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou execução
da obra, obedecendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orçamentárias
pagas no exercício.
Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser
feita via SIAFI ou SIAFEM mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO – AP.
Em casos excepcionais, poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua
definitiva inscrição, utilizando-se, para esta finalidade, a emissão de AP – AUTORIZAÇÃO
DE PAGAMENTO – em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o
respectivo código de inscrição de Restos a Pagar.
Veja o fluxograma seguinte, para ter a visão geral:

Lembre-se que, de acordo com a Doutrina existe a fase ou etapa da despesa denominada
em liquidação, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.

EXEMPLO
Ocorre, por exemplo, quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço
foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa
nota fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).

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006. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que segue.
Determinada despesa pode ser inscrita em restos a pagar não processados mesmo que o
serviço a que ela se refere tenha sido prestado.

Sim, é possível que uma despesa seja inscrita como restos a pagar não processados mesmo
com o serviço já prestado.
Pense, por exemplo, em uma situação em que o serviço seja realizado no final do exercício e a
Administração não tenha tempo hábil para proceder à liquidação até o final do ano. Nesse
caso, a despesa deve ser inscrita em restos a pagar não processados (em liquidação).
Certo.

É importante destacar que, para aqueles empenhos referentes a despesas já liquidadas e não
pagas, assim como os empenhos não anulados, a inscrição em restos a pagar no encerramento
do exercício (31/12) deve ser efetuada pelo valor devido, ou, caso ainda não exatamente
conhecido, pelo valor estimado, mas apenas se cumpridas as condições inerentes ao empenho
e liquidação da despesa, já que, em verdade, são encargos incorridos no exercício.

No caso dos empenhos por estimativa, podemos ter duas situações distintas:
1. Quando o valor real for maior que o valor inscrito em Restos a Pagar, a diferença será
empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores.
2. Quando o valor real for inferior ao valor inscrito em restos a pagar, o saldo existente será cancelado.

A Lei n. 4.320/1964, em seus artigos 36 e 37, conceitua os restos a pagar, enquanto o


Decreto n. 93.872/1986 faz o seu detalhamento. Recomendo uma leitura no mencionado
decreto, que pode ser encontrado em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.html

007. (CESPE/PREF. DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
Obedecendo, sempre que possível, a ordem cronológica, o município poderá realizar despesa para
pagar compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, desde
que o faça à conta de dotação específica consignada no orçamento discriminada por elementos.

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A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira com, grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta
de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica.

Certo.

Guarde ainda que os chamados restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles
cuja inscrição tenha sido cancelada, mas que ainda esteja em vigor o direito do credor.
Nesses casos, o pagamento deve ser registrado como despesas de exercícios anteriores.
No âmbito dos restos a pagar, é importante que guarde que eles devem constituir
item específico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro
do limite de saque fixado, ou seja, os RP são constituídos por recursos correspondentes
a exercícios financeiros já encerrados, mas que integram a programação financeira do
exercício em curso.
Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com
vigência plurianual. Os que não tenham sido liquidados, só devem ser computados como
restos a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores somente
devem ser inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.
Entenda que, quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou
total. Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.

Temos, aqui, uma divergência importante entre o MCASP e a Lei n. 4.320/1964.


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, quando a anulação de despesa ocorrer após o encerramento
do exercício, considerar-se-á a receita orçamentária do ano em que se efetivar, mas, de
acordo com o MCASP, não devem
ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de
cancelamento de despesas inscritas em restos a pagar, que consistem na baixa da obrigação
constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de
disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores,
e não de uma nova receita a ser registrada.

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Não confunda cancelamento de restos a pagar (que são receitas arrecadadas em


exercícios anteriores) com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou
da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores (que devem ser reconhecidos
como receita orçamentária do exercício, ou seja, nova receita).

A despesa extraorçamentária não consta na LOA e é mera contrapartida de receita


extraorçamentária, em função da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente,
como os valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de resgate
de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária. Nessa toada, caso uma
despesa seja empenhada em um exercício e seja paga no exercício seguinte, ela deve ser
contabilizada como pertencente ao exercício do empenho, e, nesse caso, os restos a pagar
serão contabilizados como despesa extraorçamentária, já que o empenho foi efetuado
dentro do orçamento do exercício anterior.

Em resumo:
RPP – Restos a Pagar Processados = DESP. EMPENHADA E LIQUIDADA
RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DES. SOMENTE EMPENHADA
Veja também de modo esquematizado:

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O artigo 68 do Decreto n. 93.872/1986 foi objeto de mudanças significativas efetivadas


por meio do Decreto n. 7.654/2011, do Decreto n. 9.428/2018 e do Decreto n. 10.535/2020.

Vamos ver as principais alterações.

1.4. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO


As mudanças de 2011 trataram apenas dos restos a pagar não processados. Com a
edição do Decreto n. 9.428/2018 e do Decreto n. 10.535/2020, foi alterada a sistemática
dos Restos a Pagar no âmbito na União.

O ponto que merece destaque é o relativo ao instituto da prescrição que, a princípio, foi
retirado do ordenamento jurídico pelo Decreto n. 9.428/2018 em nível federal, mas que
merece uma análise mais aprofundada. Dada a grande relevância do tema, esse tema será
tratado no tópico 1.5 dessa aula.

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Vamos às demais principais mudanças:


1. Não é mais possível que seja feita a inscrição automática de Restos a Pagar Não
Processados, já que tal inscrição passou a depender da observância de algumas regras do
Decreto n. 93.872/1986. Confira:

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro
de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste
Decreto para empenho e liquidação da despesa.
§ 1º A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à
indicação pelo ordenador de despesas.

Note, portanto, que passa a ser necessária a indicação do Ordenador de Despesas,


e precisam ser observadas as regras do Decreto n. 93.872/1986, que permanecem as
mesmas, ou seja:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro,
para todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.

2. Em regra, os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 de junho do


segundo ano subsequente ao da sua inscrição, ou seja, os restos a pagar não processados
que permaneceram sem ser liquidados serão bloqueados em 30 de junho do segundo ano
subsequente ao da sua inscrição, mas temos algumas exceções.
Guarde que, antes, era 31/12 do ano subsequente, mas, de 2012 para cá, é 30/06 do
segundo ano subsequente ao da sua inscrição. As mencionadas exceções estão previstas
no § 3º do artigo 68 do Decreto n. 93.872/86, que regulou a Lei n. 4.320/1964 nesse
aspecto. Confira:

§ 2º Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que não forem liquidados
serão bloqueados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda em 30 de junho
do segundo ano subsequente ao de sua inscrição, e serão mantidos os referidos saldos em conta
contábil específica no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Siafi.
(Redação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência) (Vide Decreto n. 9.428, de 2018) (Vide
Decreto n. 10.315, de 2020)

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3. Temos, aqui, as exceções quanto ao bloqueio em 30 de junho do segundo


ano subsequente à inscrição dos RP não processados. Guarde que permanecem
desbloqueados mesmo após 30/06 do segundo ano subsequente ao da sua inscrição
os RP não processados relativos às despesas do Ministério da Saúde, ou decorrentes
de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de
2016 ou ainda decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares
de Estado ou do Distrito Federal impositivas discriminadas com identificador de
resultado primário 7, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício
financeiro de 2020.
Confira diretamente na literalidade do Decreto as exceções quanto ao bloqueio em 30
de junho do segundo ano subsequente à inscrição dos RP não processados:

§ 3º Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados relativos às despesas:
(Redação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência)
I – do Ministério da Saúde; (Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
II – decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; ou
(Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
III – decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham
sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. (Incluído pelo Decreto n. 10.535, de 2020)

1.5. A PRESCRIÇÃO DOS RESTOS A PAGAR


O Decreto n. 9.428/2018 retirou do ordenamento jurídico federal o instituto
da prescrição sobre os Restos a Pagar Processados e Não Processados, ao revogar
o artigo 70 do Decreto n. 93.872/1986, que tratava do tema prescrição dos
Restos a Pagar.
De acordo com esse normativo, válido para a União, com o fim do instituto da prescrição,
os restos a pagar processados ficam abertos até o efetivo pagamento.
Pelo que determina esse Decreto, quando da inscrição dos restos a pagar
processados, como se trata de uma despesa já liquidada que recebeu o ateste,
não há necessidade de nenhuma confirmação do ordenador de despesas quanto à
necessidade de inscrição.

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Entretanto, esse entendimento não é pacífico na Doutrina e no meio Jurídico. Boa


parte dos Doutrinadores e Juristas considera que a prescrição dos Restos a Pagar
continua sendo de cinco anos, já que esse tema permanece regulado pelo Código Civil
(Lei n. 10.406/2002).

Vamos ver o que o Código Civil, ainda em plena vigência, determina acerca desse tema:

Art. 206. Prescreve:


(…)
§ 5º Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

É importante destacar que a contagem do prazo prescricional deve ter início no momento
da inscrição dos Restos a Pagar (31/12), e não no momento do empenho.
Nessa toada, a inscrição em restos a pagar deve ser feita na data do encerramento do
exercício financeiro (31/12) de emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis,
conforme dispõe o artigo 68 do Decreto n. 9.428/2018.
Confira com, grifos nossos:

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro
de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste
Decreto para empenho e liquidação da despesa.

Assim, para boa parte da Doutrina, apesar da revogação do artigo 70 do Decreto


n. 93.872/1986, considerando o disposto no Código Civil, permanece válido o prazo
prescricional de cinco anos para os restos a pagar, contado da data de sua inscrição
(31/12 do ano de da emissão da nota de empenho).

1.6. CANCELAMENTO E “REINSCRIÇÃO” DOS RESTOS A PAGAR


Merece destaque o fato de que o ordenamento jurídico federal passou a contar com o
instituto da “reinscrição” dos restos a pagar não processados, bloqueados e que ainda não
foram cancelados. Nessas situações, as unidades gestoras responsáveis pelos saldos dos
restos a pagar bloqueados podem desbloqueá-los de modo a reinscrevê-los.
Em contraste, caso os restos a pagar inscritos em anos anteriores sejam cancelados,
inexiste possibilidade de “reinscrição”, podendo, entretanto, o fornecedor se habilitar,
entretanto, para pagamento via DEA – Despesas de Exercícios Anteriores.

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2. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES – DEA

De acordo com o MCASP, as Despesas de Exercícios Anteriores são despesas cujos fatos
geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento.
Em outras palavras, como o próprio nome sugere, as DEAs – Despesas de Exercícios
Anteriores – são dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros
anteriores a aqueles em que ocorrerão os pagamentos.
Podemos dizer que DEAs são despesas cujas obrigações se referem a anos anteriores,
mas que não foram nem mesmo empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados,
seja indevidamente ou por falta de saldo financeiro para sua inscrição em restos a pagar.

Note que, diferentemente de restos a pagar, quando tivemos necessariamente o empenho,


no caso das DEAs, nem mesmo o empenho foi realizado ou, se realizado, foi cancelado.

Em outras palavras, DEAs são as despesas de exercícios encerrados, cujo a LOA e Créditos
Adicionais consignavam crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não
fora processado tempestivamente ou na época própria.

Note ainda que, diferentemente de restos a pagar, que são inscritos somente no final
de cada exercício (31/12), no caso das DEAs o reconhecimento se dá durante o exercício.

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Além dessa primeira situação, temos também os Restos a Pagar com prescrição interrompida
e os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.

008. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo à receita e despesa públicas.


Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício financeiro
terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que
ocorrer o pagamento.

Restos a pagar e Despesas de Exercício anteriores não são a mesma coisa. Restos a
pagar são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas,
eventualmente, um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida, pode ser
atendida à conta de DEA.

Vamos ver os conceitos na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

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Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre
que possível, a ordem cronológica.

Errado.

De acordo com o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, as DEAs podem ser pagos à conta
de dotação específica consignada na LOA, com a devida discriminação dos elementos, e
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Confira:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.

Assim, classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em
Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
1. as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo
superveniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento
do material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
Normalmente, são aquelas cujo empenho tenha sido considerado subsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
fornecedor (credor) tenha cumprido a sua obrigação.
2. aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida.

EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar o caso dos restos a pagar não processados que foram cancelados
por erro. Assim, para fins de prescrição, não se considera a data da inscrição dos restos a pagar
não processados, mas, sim, a data de reconhecimento do fato gerador após o vencimento.

3. os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, DESDE


QUE que tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador da
despesa. Normalmente, refere-se àquela obrigação de pagamento criada em virtude de
lei, mas que somente teve reconhecido o direito de reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.
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Diferentemente dos Restos a Pagar, as despesas de exercícios anteriores não foram


empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados.

EXEMPLO
Podemos citar como exemplo desse tipo de DEA aquela situação em que o servidor faz jus
a receber um valor de auxílio natalidade pelo nascimento de seu filho em novembro de X1,
mas só entrega os documentos relativos ao nascimento em fevereiro de X2.
Guarde que para o regular pagamento de uma DEA, a correspondente despesa deve ser
empenhada novamente, ou seja, a DEA entra no orçamento vigente à época do efetivo pagamento.

DICA
Existe, portanto, a necessidade de nova autorização orçamentária.

Ressalte-se que, na classificação por natureza da despesa, existe um elemento de


despesa específico “despesas de exercícios anteriores”.

O pagamento de despesas de exercícios anteriores se processa nos mesmos modos das


demais despesas orçamentárias, já que são despesas orçamentárias, diferentemente do
pagamento de restos a pagar que são despesas extraorçamentárias.

Como é uma despesa de exercícios anteriores, faz-se necessária a abertura de um processo


administrativo que contemple toda a documentação relativa ao direito do credor.
É importante salientar que a autoridade competente para o reconhecimento de
despesas de exercícios anteriores no âmbito da administração direta do Poder Executivo
Estadual é o Secretário de Estado das Finanças, e nos demais Poderes, os respectivos
ordenadores de despesa (vide tópico específico sobre ordenador de despesas).
Já no caso das Autarquias, Fundações e demais órgãos da administração indireta,
compete ao respectivo dirigente o reconhecimento de dívidas de exercícios anteriores
em relação a despesas custeadas com “Recursos Próprios” da entidade e ao Secretário de
Estado das Finanças quando se tratar de despesas custeadas com “Recursos do Tesouro”.
Importante destacar ainda que uma despesa de exercício anterior qualquer só pode
ser reconhecida pelo Secretário de Finanças se presente declaração do titular do órgão
beneficiário da despesa de que reconhece e atesta a entrega do bem, a realização do
serviço ou da obra, sendo tal declaração, para todos os fins de direito, considerada como
liquidação da despesa.

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009. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que segue.
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores cabe
à autoridade competente para empenhar a despesa.

A resposta está na literalidade do artigo 22 do Decreto n. 93.872/1986. Confira, com grifos nossos:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação
destinada a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica
própria (Lei n. 4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento
criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento
do exercício correspondente.

Certo.

Após o reconhecimento da DEA, temos o detalhamento do crédito orçamentário, e


só depois é emitida a respectiva Nota de Empenho, sendo o processo enviado para
liquidação e pagamento.

As DEAs, embora sejam relativas a despesas de anos anteriores, são despesas


orçamentárias, já que a emissão da Nota de Empenho foi efetuada utilizando dotação
orçamentária do ano corrente.

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Confira, agora, como o Decreto n. 93.872/1986 regulamenta o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação
destinada a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria
(Lei n. 4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento
criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento
do exercício correspondente.

De acordo com o MCASP,

o reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela autoridade
competente (a mesma autoridade competente para empenhar a despesa), deverá ocorrer em
procedimento administrativo específico, sendo necessário, no mínimo, os seguintes elementos:
a) Identificação do credor/favorecido;
b) Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c) Data de vencimento do compromisso;
d) Importância exata a pagar;
e) Documentos fiscais comprobatórios;
f) Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g) Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.

Confira, agora, uma tabela comparativa entre Restos a Pagar e DEAs e seu efeito no orçamento:
Critério Restos a pagar DEAs
No Registro do empenho Despesa Orçamentária Despesa Orçamentária
Quando emite a Nota de Empenho No ano da despesa Em ano posterior
Quando do pagamento Despesa Extraorçamentária Despesa Orçamentária

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3. REGIME DE ADIANTAMENTOS (SUPRIMENTO DE FUNDOS)

3.1. CONCEITO E TIPOS DE SUPRIMENTO


Considerando a lentidão do processo tradicional da realização de despesas, principalmente
quando se exige prévia licitação, excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar
a realização da despesa por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser
realizada pelo processo normal da execução orçamentária.
Sendo uma exceção à realização de um processo licitatório, o suprimento de fundos não
pode ser usado para despesas com caráter repetitivo que são tipicamente previsíveis,
sendo aplicável apenas os casos de despesas expressamente definidas em lei.
O embasamento legal desse procedimento, também chamado de despesas sob regime
de adiantamento, é o artigo 74 do Decreto lei n. 200/1967, os artigos 68 e 69 da Lei n.
4.320/1964 e os artigos 45 e 47 do Decreto n. 93.872/1986, que serão reproduzidos nos
comentários das questões.
Guarde ainda que o regime de adiantamentos precisa respeitar as três fases da execução
da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento.

Apesar do suprimento de fundos ser uma despesa orçamentária, não representa uma
despesa pelo enfoque patrimonial, já que, no momento da concessão, ainda não ocorreu
redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em
que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa
o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a
devolução do numerário adiantado, constituindo-se assim um fato permutativo.

010. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que segue, relativo às receitas e


despesas públicas.
O ato de suprimento de fundos constitui uma despesa orçamentária, embora a despesa
patrimonial correspondente deva ocorrer somente em momento futuro.

Guarde que o ato de suprimento de fundos constitui despesa orçamentária, mas não uma
despesa pelo enfoque patrimonial, que somente ocorre no momento da prestação de contas.
Certo.

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Suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário a um


servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria à despesa a realizar, que
não possa subordinar-se ao processo orçamentário normal.

011. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


A concessão de suprimento de fundos se destina a despesas que não possam subordinar-
se ao processo normal de aplicação, e prescinde de empenho prévio.

Guarde que o empenho nunca pode ser dispensado. Confira no Decreto n. 93.872/1986,
com grifos nossos:
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Errado.

Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas
situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
1. para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
2. quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento e constar do ato de concessão; ou
3. para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.

DICA
Dos 3 tipos de suprimento de fundos, somente as despesas
de pequeno vulto é que têm limites monetários definidos,
usando como parâmetro os valores da Lei de Licitações.

O valor adiantado a título de suprimento de fundos pode relacionar-se a mais de uma natureza
de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
valores de cada natureza. Guarde, portanto, que na classificação por natureza da despesa,
não existe um elemento específico para suprimento de fundos. Assim, a situação difere,
por exemplo, da DEA onde existe o elemento “despesas de exercícios anteriores”.

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É importante destacar ainda que o suprimento poderá ser concedido ao servidor


designado para a execução do serviço, ao coordenador, ao presidente de comissão ou de
grupo de trabalho, quando for o caso, para as despesas em conjunto ou, isoladamente,
de cada integrante da comissão ou grupo de trabalho, bem assim ao servidor a quem se
atribua o encargo do pagamento das despesas autorizadas pela autoridade ordenadora.
Guarde que pode ser concedido também aquele que, eventualmente, tenha sido
encarregado do cumprimento de missão que exija transporte, quando a repartição não
dispuser de meios próprios, ou para atender situações de emergência.

Entretanto, não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção
de servidor em viagem quando esse houver recebido diárias, posto que essas se destinam
a suprir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.

Registre-se ainda que os valores limites para concessão de suprimento de fundos,


bem como o limite máximo para despesas de pequeno vulto, serão fixados em Portaria do
Ministério da Fazenda (atual Ministério da Economia) e disponibilizados no SIAFI para consulta.

Obs.: Um questionamento que pode surgir em prova é acerca de uma possível alteração
nesses limites em função da Lei n. 14.133/2021, a nova Lei de Licitações e Contratos.

Acredito que ainda não está pacificada essa situação.


Parte da Doutrina acredita que, por força do que fixa a própria Lei n. 14.133/2021, em
seu artigo 191, nenhuma de suas disposições pode ser aplicada de forma combinada com
quaisquer dispositivos de quaisquer leis de licitação anteriores. Em outras palavras, o que
a nova lei trouxe é um novo regime e não a alteração das leis já vigentes.
Nessa toada, quanto ao Suprimento de Fundos, se o órgão está aplicando-o com base
nas normas constantes das Leis n. 8.666/1993 e n. 4.320/194, deve continuar aplicando sem
nenhuma alteração, até que migre para o novo regime da Lei n. 14.133/2021. A aplicação
de um ou de outro regime deve ser claramente identificada nos autos do processo, e de
maneira alguma pode usar dispositivos do regime novo combinado com leis antigas, total
ou parcialmente, no mesmo processo.
Nessa linha de raciocínio, o suprimento de fundos não é disciplinado na Lei n. 8.666, de
1993, nem na Lei n. 14.133, de 2021. A disciplina é da Lei n. 4.320, de 1964, e do Decreto n.
93.872, de 1986, sendo os limites dos valores de suprimento de fundos para despesas de
pequeno vulto previstos em “Portaria do Ministro da Fazenda” (atual Economia).
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De acordo com a IN STN n. 04/2004, não é admitido o fracionamento das despesas e


nem falta de planejamento não justifica a realização de compras continuada por meio
do suprimento de fundos. A aquisição de material permanente também, em regra,
não pode ser efetuada por meio do suprimento de fundos, exceto em casos especiais
devidamente justificados.

DICA
Com exceção das despesas sigilosas, as despesas que podem
ser realizadas por meio do suprimento de fundos devem
necessariamente ser urgentes, eventuais e não podem se
sujeitar ao processo normal de aquisição por causarem
algum prejuízo ao ente público.

Em relação às situações que exigem tratamento sigiloso, temos a concessão e aplicação


de suprimento de fundos, para atender peculiaridades da Presidência e da Vice-Presidência
da República, do Ministério da Fazenda, do Departamento de Polícia Federal, das repartições
do Ministério das Relações Exteriores, bem assim militares e de inteligência, obedecerão
a regime especial de execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos
Ministros de Estado, pelo Chefe da Casa Militar e pelo Secretário-Geral da Presidência da
República, sendo vedada a delegação de competência.
Vale ressaltar que a entrega do numerário deve ser sempre precedida do empenho
ordinário na dotação própria das despesas a realizar, e será feita mediante crédito em
conta bancária, em nome do suprido, aberta para esse fim, com autorização do ordenador
de despesa, ou mediante entrega do numerário ao suprido por meio de OPB – Ordem de
Pagamento Bancário.

3.2. RESTRIÇÕES À CONCESSÃO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS


Não poderá ser concedido suprimento de fundos a quem não seja servidor e a servidor:
a) responsável por dois suprimentos;
b) que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando
não houver na repartição outro servidor;
c) responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua
aplicação no prazo previsto; e
d) declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.

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012. (CESPE/MPE–PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administração


pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos poderá ser concedido a qualquer servidor, desde
que este ocupe cargo de confiança.

Na verdade, inexiste qualquer restrição no sentido de se conceder suprimento de fundos


apenas para servidores que ocupem cargo de confiança. Em regra, a qualquer servidor
pode ser concedido suprimento de fundos, exceto aqueles com as restrições impostas
pelo Decreto n. 93.872/86:

Art. 45 – § 3º Não se concederá suprimento de fundos:


a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando
não houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas
de sua aplicação; e
d) a servidor declarado em alcance.

Errado.

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013. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


É vedada a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo a guarda
ou a utilização do material a adquirir, em qualquer hipótese.

Falsa, já que, nos casos em que não tenha outro servidor na repartição, é, SIM, permitida a
concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização
do material a adquirir. Confira no Decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:

Art. 45 § 3º Não se concederá suprimento de fundos:


b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando
não houver na repartição outro servidor.

Errado.

Entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de suprimento,
no prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio,
desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda,
verificados na prestação de contas.

014. (CESPE/PREF. DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
O suprimento de fundos, também conhecido como regime de adiantamento, não pode
ser autorizado para servidor público em alcance, ou seja, aquele que ainda não obteve
aprovação no estágio probatório.

Embora não possa ser autorizado suprimento de fundos para servidor público em alcance,
a assertiva erra ao afirmar que servidor em alcance é aquele que ainda não foi aprovado
no estágio probatório. Na verdade, servidor em alcance é aquele que não prestou contas
no prazo ou que teve as contas reprovadas.
Errado.

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Na aplicação do suprimento de fundos, observar-se-ão as condições e finalidades


previstas no seu ato de concessão.
Lembrando que o ato de concessão é a autorização do suprimento de fundos formalizada
no documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o
nome do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas
e as assinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.

É importante ter em mente que o prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder
a 90 dias nem ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas relativa à
importância aplicada até 31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente.
Além disso, aquele que é detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder
em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.

3.3. PRESTAÇÃO DE CONTAS


No que diz respeito à comprovação, os documentos comprobatórios das despesas
efetuadas serão extraídos em nome da repartição onde o suprido esteja em exercício,
exigindo-se documento fiscal sempre que a operação estiver sujeita a tributação.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância
do suprimento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31
de dezembro, a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.

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015. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


A comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro anterior deve ser feita até 31 de janeiro do exercício financeiro corrente.

Na verdade, a comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31


de dezembro do exercício financeiro anterior deve ser feita até 15 de janeiro do Exercício
Seguinte, conforme disposto no artigo 46, parágrafo único, do Decreto n. 93.872/86 que diz:

A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte.

Errado.

Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá
ser procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas
para apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.

016. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação à despesa pública, julgue o item subsequente.


A tomada de contas de suprimento de fundo concedido é automática, e será realizada tão
logo cessem os motivos da concessão.

A resposta da questão está no § 2º do artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986. Observe que


a tomada de contas automática de suprimento de fundos somente ocorre caso o servidor
não a apresente dentro do prazo estabelecido pelo ordenador de despesas.

§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar
contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer
no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas
para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.

Assim, a assertiva é errada, já que que a tomada de contas automática de suprimento de


fundos não ocorrerá assim que cessarem os motivos da concessão, mas apenas quando
o servidor responsável pelo suprimento não apresentar a prestação de contas dentro do
prazo estabelecido pelo ordenador de despesas.
Errado.

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Em relação à prestação de contas da aplicação dos recursos de suprimento de fundos,


deverá ser feita mediante apresentação dos seguintes documentos:
1. cópia do documento de concessão do suprimento;
2. 1ª via da nota de empenho da despesa;
3. extrato da conta bancária, se for o caso;
4. comprovantes das despesas realizadas, devidamente atestados e emitidos em data
igual ou posterior à da entrega do numerário e anterior à data limite para aplicação, em
nome do órgão onde o suprido esteja em exercício, a saber:
a) no caso de compra de material: nota fiscal de venda ao consumidor;
b) no caso de prestação de serviços por pessoa jurídica: nota fiscal de prestação de serviço;
c) no caso de prestação de serviço por pessoa física:
• recibo comum – se o credor não for inscrito no INSS;
• recibo de pagamento de autônomo (RPA) – se o credor for inscrito no INSS;
5. comprovante de recolhimento do saldo não utilizado, se for o caso.
Caso exista algum eventual saldo não utilizado do suprimento de fundos, pelas unidades
off-line, deverá ser recolhido, dentro do prazo estabelecido para a prestação de contas, à
conta bancária da unidade gestora, mediante depósito direto na conta única – se no mesmo
exercício da concessão –, ou ao Tesouro Nacional, no caso da União, mediante DARF – se em
exercício posterior ao da concessão.
Assim, o saldo de suprimento de fundos das unidades on-line será, no exercício, revertido
ao seu limite de saque, mediante depósito direto na Conta Única; em exercício posterior,
se constituirá em receita do Tesouro Nacional, no caso da União, mediante GRU.

É importante destacar que quando impugnada a prestação de contas, seja parcial, seja
totalmente, a autoridade ordenadora deve determinar imediatas providências administrativas
para apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, bem assim,
promover a tomada de contas para julgamento pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.

No que diz respeito à contabilização, o suprimento de fundos é contabilizado e


incluído nas contas do ordenador como despesa realizada.

017. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que segue.
Caso um servidor aplique recursos recebidos por meio de suprimentos de fundos em
finalidade diversa da definida pelo ato de concessão, o ordenador de despesa que concedeu
o suprimento estará isento de responsabilidades sobre o ato.
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De acordo com o artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986, o suprimento de fundos é de inteira


responsabilidade do Ordenador de despesas, inexistindo hipóteses de afastamento de tal
responsabilidade. Confira, com grifos nossos:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.

Errado.

Por seu turno, as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação
indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após
o encerramento do exercício.

018. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração,


programação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Se determinado suprimento de fundos não for integralmente aplicado, o saldo remanescente
será recolhido ao Tesouro Nacional e constituirá, obrigatoriamente, receita orçamentária.

Tenha em mente que o Regime de Adiantamento servirá para despesas que não possam ser
realizadas por meio das etapas normais (empenho, liquidação e pagamento), cujo valor será
entregue a agente público que, posteriormente, prestará contas dos valores gastos. Nessa
toada, quando da devolução dos valores, podem ocorrer duas situações, considerando o
exercício financeiro em que ocorra a devolução:
1. no mesmo exercício – ocorrerá a anulação da despesa;
2. em exercício diverso – será reconhecido como receita orçamentária.
Assim, a assertiva ERRA ao afirmar que, obrigatoriamente, o saldo remanescente dos
recursos constituirá Receita Orçamentária.
Errado.

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Finalmente, o último ato contábil formaliza-se pela baixa da responsabilidade do


detentor junto ao SIAFI.
O MCASP resume o funcionamento do regime de adiantamento (suprimento de fundos)
como sendo:

caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas.
Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é
necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento.
Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois, no momento da
concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária,
ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incorporação de um
ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado
pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.

Veja, na esquematização seguinte, um resumo sobre o suprimento de fundos (regime


de adiantamentos):

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RESUMO
Restos a Pagar
São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas
que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das
não processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou
o estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às
despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.

Despesas de Exercícios Anteriores


Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos
Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
a) as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo
superveniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento
do material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
b) aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida; e
c) os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, DESDE
QUE que tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador
da despesa.
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Suprimento de Fundos
Excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar a realização de despesa
por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser realizada pelo processo
normal da execução orçamentária.
Assim, o suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário
a um servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria à despesa a realizar,
que não possa subordinar-se ao processo orçamentário normal.
São consideradas situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os
seguintes casos:
1. para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
2. quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento e constar do ato de concessão; ou
3. para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de
servidor em viagem quando esse houver recebido diária.
Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime
especial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
1. a responsável por dois suprimentos;
2. a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
3. a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua
aplicação no prazo previsto; e
4. a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.
Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento, no prazo
regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque,
falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na
prestação de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades
previstas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada
no documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o
nome do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas
e as assinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90 dias nem ultrapassar o
exercício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de
dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é
detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro,
para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.

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O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância


do suprimento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de
dezembro, a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
Entretanto, se o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser
procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
Resumindo, temos o seguinte fluxo:

Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso

Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [Com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU

[Devolução
Inscrição em diver-
Integral]
sos responsáveis

[ou]

Estorno de
Prestação de
Aprovação de pres- inscrição em diver-
contas aprovada
tação de contas sos responsáveis

Agora, vamos fazer mais questões para FIXAR o que aprendemos hoje.

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MAPAS MENTAIS

É um procedimento que
consiste na entrega de São os restos a
numerário a um servidor, pagar relativos
sempre precedida de Processados às despesas cuja
empenho na dotação execução alcançou
própria à despesa a o estágio da
realizar, que não possa liquidação.
subordinar-se ao processo
Restos a Pagar
orçamentário normal.

São os restos a pagar


relativos às despesas
Não Processados cuja execução
abrangeu apenas o
estágio do empenho.

Para atender despesas


eventuais, inclusive em Suprimento de
viagens e com serviços Fundos ou Regime
especiais, que exijam de Adiantamentos
pronto pagamento em Aquelas que podem
espécie. ser atendidas à conta

consignada no orçamento
anual do Estado em
Quando a despesa deva Créditos Adicionais, desde
ser feita em caráter que reconhecido o direito
sigiloso, conforme se do requerente.
Situações passíveis de
utilização de suprimento
e constar do ato de de fundos:
concessão.

As despesas de exercícios
já encerrados para
Para atender despesas
as quais o orçamento
de pequeno vulto, assim Despesa Pública – Parte 2
respectivo consignava
entendidas aquelas cujo
crédito próprio com saldo
valor não ultrapasse aos
limites estabelecidos pela
las, mas que, por motivo
legislação.
superveniente, não tenha
sido empenhado na época
própria, desde que o
Despesas de Exercícios fornecimento do material,
I – os restos a Anteriores a prestação do serviço
pagar, excluídos os ou a execução da obra
serviços da dívida. já tenha efetivamente
ocorrido.

II – os serviços da
dívida a pagar. Compreende Flutuante

III – os
depósitos. Restos a pagar com
prescrição interrompida.

IV – os débitos de Dívida
tesouraria.
Compromissos somente
reconhecidos após o
encerramento do exercício
Os compromissos de desde que tenham
exigibilidade superior a doze decorrido de situação
meses, contraídos para atender ou fato independente da
a desequilíbrio orçamentário ou Compreende Fundada vontade do ordenador da
despesa.
públicos.

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Orçamento Público, Contabilidade e Regulação
Despesa Pública - Parte II
Manuel Piñon

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/COGE–CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento


público dispostas na Lei n. 4.320/1964, Julgue.
Distinguidos em processados e não processados, os restos a pagar são as despesas liquidadas,
mas não pagas até o dia 31 de dezembro.

002. (CESPE/PGE–PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da
seguinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento
da despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n. 4.320/1964, o registro dessa despesa
em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como restos a pagar processados.

003. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item subsequente.


Na inscrição dos restos a pagar, é vedado o registro de beneficiários específicos.

004. (CESPE/CGM–JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentárias,


julgue o item.
Ao efetuar o pagamento de restos a pagar, o ente público está convertendo uma despesa
extraorçamentária em uma despesa orçamentária.

005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O pagamento de restos a pagar processados corresponde a uma despesa orçamentária da entidade.

006. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que segue.
Determinada despesa pode ser inscrita em restos a pagar não processados mesmo que o
serviço a que ela se refere tenha sido prestado.

007. (CESPE/PREF. DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
Obedecendo, sempre que possível, a ordem cronológica, o município poderá realizar despesa
para pagar compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente,
desde que o faça à conta de dotação específica consignada no orçamento discriminada
por elementos.

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Despesa Pública - Parte II
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008. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo à receita e despesa públicas.


Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício financeiro
terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que
ocorrer o pagamento.

009. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que segue.
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores cabe
à autoridade competente para empenhar a despesa.

010. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que segue, relativo às receitas e


despesas públicas.
O ato de suprimento de fundos constitui uma despesa orçamentária, embora a despesa
patrimonial correspondente deva ocorrer somente em momento futuro.

011. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


A concessão de suprimento de fundos se destina a despesas que não possam subordinar-
se ao processo normal de aplicação, e prescinde de empenho prévio.

012. (CESPE/MPE–PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administração


pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos poderá ser concedido a qualquer servidor, desde
que este ocupe cargo de confiança.

013. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


É vedada a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo a guarda
ou a utilização do material a adquirir, em qualquer hipótese.

014. (CESPE/PREF. DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e das


receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
O suprimento de fundos, também conhecido como regime de adiantamento, não pode
ser autorizado para servidor público em alcance, ou seja, aquele que ainda não obteve
aprovação no estágio probatório.

015. (CESPE/TCE–MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


A comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro anterior deve ser feita até 31 de janeiro do exercício financeiro corrente.
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016. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item subsequente.


A tomada de contas de suprimento de fundo concedido é automática, e será realizada tão
logo cessem os motivos da concessão.

017. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que segue.
Caso um servidor aplique recursos recebidos por meio de suprimentos de fundos em
finalidade diversa da definida pelo ato de concessão, o ordenador de despesa que concedeu
o suprimento estará isento de responsabilidades sobre o ato.

018. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração,


programação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Se determinado suprimento de fundos não for integralmente aplicado, o saldo remanescente
será recolhido ao Tesouro Nacional e constituirá, obrigatoriamente, receita orçamentária.

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QUESTÕES DE CONCURSO

019. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um jovem contador recém-empossado na


subsecretaria de Contabilidade de um ente público assumiu a tarefa de conferir um grupo
de contas relativas a despesas orçamentárias para encerramento do exercício financeiro. O
contador verificou que 70% das despesas correntes empenhadas tinham sido liquidadas,
das quais 80% foram pagas. Quanto às despesas de capital, apenas 20% dos valores
empenhados foram liquidados, sendo metade efetivamente pago.
Em sua análise da execução das despesas, considerando somente as informações hipotéticas
apresentadas e à luz das normas vigentes sobre estágios e categorias da despesa pública,
o jovem contador deve considerar que:
a) 30% das despesas correntes empenhadas no exercício devem ser inscritas em restos a
pagar processados.
b) 50% dos valores empenhados como despesas de capital devem ser pagos até o encerramento
do exercício.
c) a inscrição em restos a pagar deve se limitar às despesas que foram liquidadas no exercício.
d) parte dos empenhos não liquidados pode ser cancelada, caso não haja disponibilidade
financeira suficiente.
e) todas as despesas autorizadas e não pagas precisam ser inscritas em restos a pagar no
encerramento do exercício.

020. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) As despesas empenhadas e liquidadas


durante o exercício financeiro, mas pendentes de pagamento no encerramento do exercício,
a) estão sujeitas à verificação do direito adquirido pelo credor.
b) poderão ser executadas no próximo exercício, por meio de créditos adicionais.
c) serão pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, no exercício seguinte.
d) serão inscritas em restos a pagar não processados.
e) serão inscritas em restos a pagar processados.

021. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) As informações a seguir devem ser usadas para


responder à questão.
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$ 50.000,00 foi 90% empenhada,
80% liquidada e 90% paga.
O total inscrito em restos a pagar ao final do exercício será de:
a) 12.600,00
b) 9.500,00
c) 9.000,00
d) 5.000,00
e) 3.600,00
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022. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) O suprimento de fundos consiste na entrega


de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim
de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. O
suprimento de fundos poderá ser utilizado para atender a diversos casos.
NÃO constitui um desses casos as despesas:
a) em viagem e com serviços especiais que exijam pronto pagamento
b) eventuais que exijam pronto pagamento
c) extraordinárias e urgentes
d) de caráter sigiloso
e) de pequeno vulto

023. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010) A despesa realizada por meio de adiantamento


de numerário concedido a servidor, com posterior prestação de contas, permitida somente
nos casos e nas condições expressamente previstas na legislação e quando não for possível
a sua realização pela via e por procedimentos normais, denomina-se:
a) despesa irrelevante.
b) suprimento de fundos.
c) depósito em garantia.
d) reserva de contingência.
e) restos a pagar.

024. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010) Para realizar determinada atividade, um analista


necessita obter um adiantamento de numerário, denominado suprimento de fundos. É
certo que a realização de despesas, nessa modalidade, pressupõe o(a):
a) pagamento de restos a pagar não processados.
b) alocação de recursos em garantia.
c) caracterização de situações atípicas que exijam pronto pagamento em espécie.
d) adoção de reserva de contingência em fonte orçamentária própria.
e) dispensa de empenho.

025. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010) Ao verificar a necessidade do registro contábil


da inscrição de restos a pagar processados, no encerramento de determinado exercício
financeiro, um analista do BACEN deve concluir, de acordo com a Lei n. 4.320/64, estar
diante de uma:
a) despesa extraorçamentária.
b) despesa não liquidada.
c) despesa de exercícios anteriores.
d) receita extraorçamentária.
e) receita corrente.

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026. (CESGRANRIO/ALE–TO/ANALISTA/2005) O artigo 36 da Lei n. 4.320/64 considera


como restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro,
distinguindo-se, entretanto, as despesas:
a) arrecadadas das fixadas.
b) empenhadas das arrecadadas.
c) liquidadas das não autorizadas.
d) autorizadas das não liquidadas.
e) processadas das não processadas.

027. (CESGRANRIO/MPE–RO/ANALISTA/2005) Segundo o artigo 36 da Lei n. 4.320/64, as


despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas
das não processadas, são consideradas:
a) transferências de capital.
b) dívida ativa.
c) dívida pública.
d) restos a pagar.
e) extraorçamentárias.

028. (CONSULPLAN/CM–BARBACENA/AUXILIAR/2022) Mário, responsável por uma divisão


pública recém-criada, desenvolve uma lista de materiais e equipamentos que devem ser
adquiridos e realiza uma licitação seguindo todos os trâmites legais e necessários para a
efetivação dessa compra. O registro do contrato de aquisição dos equipamentos e materiais
foi assinado em 01 de fevereiro de 2020 e, no dia 08 de maio de 2020, a empresa fornecedora
entregou os materiais e equipamentos que foram devidamente conferidos e registrados
pelo almoxarifado. Porém, desconhecendo o motivo, o pagamento da empresa fornecedora
não poderá ser realizado no período corrente (2020). O registro da referida despesa, em
31 de dezembro de 2020, foi efetuado como despesa:
a) Não lançada.
b) Não realizada.
c) Não empenhada.
d) Restos a pagar processados.

029. (CONSULPLAN/PREF. DE CORBÉLIA/CONTADOR/2021) Considere as seguintes informações:


• Em 29/12: emissão de empenho estimativo no valor de R$ 1.500,00 referente à
despesa com telefone;
• Em 31/12: inscrição do empenho em restos a pagar; e,
• Em 03/01: recebimento da fatura de telefone no valor de R$ 1.200,00.
É correto afirmar que, em 03/01, deverá:

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a) Anular a diferença empenhada a maior sem reversão da mesma à dotação orçamentária do


exercício corrente, pois se trata de valor empenhado à conta do crédito do exercício anterior.
b) Reconhecer a diferença inscrita em Restos a Pagar como receita orçamentária do exercício
corrente, pois o cancelamento de Restos a Pagar corresponde à restituição de despesas
pagas em exercícios anteriores.
c) Anular o valor total do empenho inscrito em Restos a Pagar no exercício anterior e emitir
um novo empenho a crédito da dotação orçamentária do exercício corrente para liquidação
e pagamento da fatura.
d) Cancelar a parcela a maior da despesa inscrita em Restos a Pagar, pois se trata do
restabelecimento do saldo de disponibilidade comprometida em exercícios anteriores e
não de uma nova receita a ser registrada.

030. (CONSULPLAN/PREF. DE POÁ/CONTADOR/2021) Em uma situação hipotética, servidores


de determinada prefeitura realizam uma visita técnica em uma instituição para aprimorar
seus conhecimentos sobre gestão. Essa viagem é em outro município e, no caminho, o ônibus
fura o pneu. Após o conserto realizado por um borracheiro local, o motorista verifica que
o valor do serviço é de R$ 100,00, mas foi concedido R$ 80,00 de suprimentos de fundos.
Com base nesse contexto, assinale a alternativa correta:
a) A despesa referente a esse adiantamento ao motorista, pela sua característica, não
precisa percorrer o estágio da liquidação.
b) Se a prefeitura restituir o valor pago a mais para o motorista, o contador desse órgão
deverá fazer a contabilização de R$ 20,00 como despesa extraorçamentária.
c) No caso de o motorista pagar com seu próprio dinheiro a diferença entre o valor total do
conserto e o suprimento concedido, a prefeitura deve restituir R$ 100,00 a ele.
d) No caso de o motorista pagar com seu próprio dinheiro a diferença entre o valor total
do conserto e o suprimento concedido, a prefeitura deverá restituir R$ 20,00 a ele.
e) Referente ao valor de R$ 80,00, adiantado ao motorista, pode-se dizer que este é uma
despesa patrimonial, pois ocorre redução no patrimônio líquido no instante da concessão.

031. (VUNESP/PREF. DE SOROCABA/CONTADOR/2023) No dia 01 de novembro de 2022, um


servidor público empenhou R$ 23.400,00 em despesas. Sabe-se que essas despesas foram
liquidadas em 30 de dezembro de 2022 e que o pagamento está previsto o próximo exercício.
Nesse sentido, é correto afirmar que essas despesas serão inscritas em:
a) restos a pagar processados.
b) restos a pagar não processados.
c) perdas estimadas de crédito de liquidação duvidosa.
d) em contas a receber.
e) despesas de exercícios anteriores.

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032. (VUNESP/PREF. DE PERUÍBE/CONTADOR/2023) Despesas que não se tenham processado


na época própria, como aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
credor tenha cumprido sua obrigação são exemplos de:
a) contas a pagar não empenhadas.
b) contas a pagar não liquidadas.
c) despesas de exercícios anteriores.
d) restos a pagar não processados.
e) restos a pagar processados.

033. (VUNESP/TCM–SP/AUDITOR/2023) O processo de se entregar numerário ao servidor,


sempre precedido de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não
possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, denomina-se:
a) Regime de adiantamento.
b) Prestação de contas.
c) Empenhamento.
d) Início de dotação.
e) Execução da despesa.

034. (VUNESP/PREF. DE MARÍLIA/ANALISTA/2023) Segundo o Manual de Contabilidade


Aplicado ao Setor Público, suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento
de valores a um servidor para futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui
despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os
três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento. Nesse sentido,
assinale a alternativa que indica a contabilização no momento do empenho da despesa,
conforme sugerido pelo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, considerando a natureza
da informação orçamentária.
a) D: Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR) e C: DDR Comprometida por Empenho.
b) D: Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P) e C: Outras Obrigações de Curto
Prazo – Suprimento de Fundos.
c) D: Crédito Empenhado a Liquidar e C: Crédito Empenhado Liquidado a Pagar.
d) D: DDR Comprometida por Empenho e C DDR Comprometida por Liquidação e
Entradas Compensatórias.
e) D: Crédito Disponível e C: Crédito Empenhado a Liquidar.

035. (VUNESP/PREF. DE PERUÍBE/COMPRADOR/2023) O contador de um determinado


ente público identificou, em 31 de dezembro de 2022, que do valor de R$ 400.000.000,00
empenhados no exercício, 20% não havia sido pago, inclusive distinguindo-se as despesas
processadas das não processadas.
Diante dessa situação, e considerando as normas de contabilidade aplicadas ao setor
público, o contador deverá, no encerramento do exercício de 2022,

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a) lançar o valor de R$ 80.000.000,00 em restos a pagar.


b) reconhecer essa diferença já como contas a pagar.
c) lançar para despesas de exercícios anteriores.
d) registrar R$ 80.000.000,00 como despesas antecipadas.
e) não deverá fazer nada, pois o valor já foi empenhado e registrado nessa ocasião.

036. (CONSULPLAN/PREF. DE CANTAGALO/CONTADOR/2013) Constituem despesas todos


os desembolsos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos
no interesse geral da comunidade. As despesas de exercícios encerrados, para as quais
o respectivo orçamento consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-
las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondentes poderão:
a) ser pagas, mesmo sem empenho.
b) não ser pagas, pois não existiu o prévio empenho.
c) não ser pagas, pois não foi processada em época própria.
d) ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento.
e) não ser pagas e ser discriminadas por elementos verificando a falta de ordem cronológica.

037. (VUNESP/ALESP/TÉCNICO/2022) Podem-se distinguir dois tipos de restos a pagar: os


processados e os não processados. São classificados como restos a pagar processados quando:
a) só falta o pagamento das despesas.
b) as despesas estão abaixo da receita orçamentária.
c) já ocorreu a licitação da referida despesa.
d) não há disponibilidade orçamentária na administração direta.
e) as despesas foram empenhadas.

038. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022) Caso ocorra uma inscrição em restos a pagar que


fique inferior ao valor real a ser pago, a diferença deve ser:
a) empenhada e liquidada em despesas de exercícios anteriores.
b) liquidada no elemento de despesa próprio.
c) empenhada e liquidada em serviços de terceiros.
d) empenhada e liquidada em dívida ativa.
e) liquidada no mesmo ano da inscrição em custeio.

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039. (VUNESP/ALESP/AUDITOR INTERNO/2022) Assinale a alternativa relacionada a uma


das características de identificação das despesas de exercícios anteriores.
a) São valores reconhecidos por regime de caixa, e discordância com os princípios contábeis
vigentes nas normas brasileiras de contabilidade que reconhece somente o regime de
competência como base de contabilização.
b) Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a
pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor.
c) São despesas cujos pagamentos ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva
ocorrer os fatos geradores.
d) Compromissos reconhecidos antes do encerramento do exercício, sendo que a obrigação
de pagamento foi criada operacionalmente, mas somente será reconhecido o direito do
reclamante em linha com antes do encerramento do exercício correspondente.
e) Despesas processadas na época própria, todavia, o empenho não tenha sido considerado
insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, e que o credor não
tenha cumprido sua obrigação.

040. (CONSULPLAN/PREF. DE LONDRINA/CONTADOR/2011) Como são consideradas as


despesas empenhadas no exercício financeiro de 2010 pelo Poder Executivo e pelo Poder
Legislativo, porém não pagas até 31 de dezembro de 2010, sendo algumas classificadas
como processadas (liquidadas) e outras não processadas?
a) Dívida fundada.
b) Dívida ativa.
c) Restos a pagar.
d) Empenho.
e) Dívida extraorçamentária.

041. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ANALISTA/2019) Suponha que o Município tenha contratado


serviços de recapeamento de vias públicas e, ao final do exercício, tendo ocorrido o empenho
dos recursos destinados às despesas correspondentes bem como a medição e atestação dos
serviços realizados, não logrou efetuar o pagamento devido ao contratado pelos serviços
efetivamente realizados. Considerando o regime constitucional e legal vigente para execução
das despesas públicas, o Município deverá:
a) anular a liquidação de tais despesas, a qual deverá ser repetida no exercício seguinte.
b) providenciar o cancelamento do empenho, em observância ao princípio da anualidade.
c) inscrever tais despesas, que pertencem ao exercício findo, em restos a pagar.
d) incluir dotação para pagamento de tais despesas na Lei Orçamentária do próximo exercício.
e) anular as dotações que davam suporte a tais despesas e providenciar a abertura de
crédito especial.

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042. (VUNESP/TJ–SP/CONTADOR/2019) O regime de adiantamento é aplicável aos casos de


despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor,
para realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
a) sempre precedida de empenho na dotação própria.
b) mediante a entrega do relatório de consubstanciação.
c) previamente adicionado aos restos a pagar.
d) suportada do pedido formal do adiantamento previamente autorizado por nível de
competência.
e) mediante cheque administrativo ao portador.

043. (VUNESP/PREF. DE PORTO FERREIRA/PROCURADOR/2017) É aplicável aos casos de


despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor,
sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que
não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Tal previsão, estabelecida na Lei n. 4.320/64, refere-se:
a) aos créditos especiais.
b) aos restos a pagar.
c) à nota de empenho.
d) ao regime de adiantamento.
e) às transferências voluntárias.

044. (VUNESP/CM–COTIA/CONTADOR/2017) Ordenar ou autorizar a inscrição em restos


a pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite
estabelecido em lei,
a) ocorrerá mediante autorização em crédito adicional extraordinário.
b) será classificado como operações de crédito por antecipação de despesa.
c) será considerado crime contra as finanças públicas.
d) só poderá ocorrer se o empenho for inscrito no exercício posterior à despesa.
e) ocorrerá desde que a despesa seja incluída no balanço extraorçamentário.

045. (VUNESP/PREF. DE MOGI DAS CRUZES/PROCURADOR/2016) Nos termos da Lei Geral do


Orçamento, as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-
se as processadas das não processadas, consideram-se:
a) restos a pagar.
b) subvenções sociais.
c) subvenções econômicas.
d) transferências correntes.
e) transferências de capital.

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Despesa Pública - Parte II
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046. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2023) Com relação aos Restos a Pagar, assinale a


alternativa correta.
a) São Restos a Pagar todas as despesas não empenhadas, do exercício atual ou anterior e
não pagas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente.
b) No Início do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas serão inscritas
em restos a pagar.
c) Embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda
contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva
cobertura financeira.
d) O resto a pagar não processado é serviço ou material contratado que tenha sido prestado
e aceito pelo contratante em 31 de dezembro de cada exercício financeiro.
e) Ocorrido o fato gerador da obrigação e procedido o estágio da liquidação antes do término
do exercício em curso, as despesas deverão ser registradas, ao fim do exercício em curso,
como restos a pagar não processados.

047. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta com relação aos Restos


a Pagar processados e não processados, segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público (MCASP) – 9. Edição.
a) Restos a Pagar não processados inscritos em exercícios anteriores: compreende o valor
de restos a pagar não processados relativos aos exercícios anteriores, exceto os relativos
ao exercício imediatamente anterior, que foram cancelados porque tiveram seu prazo de
validade reduzido.
b) Restos a Pagar não processados inscritos em 31 de dezembro do exercício corrente:
compreende o valor de restos a pagar não processados relativos ao exercício imediatamente
anterior que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.
c) Restos a Pagar processados inscritos em exercícios anteriores: compreende o valor de
restos a pagar processados relativos aos exerc1c1ºs anteriores, exceto os relativos ao
exercício imediatamente anterior, que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de
validade prorrogado.
d) Restos a Pagar processados inscritos em 31 de dezembro do exercício corrente: compreende
o valor de restos a pagar processados relativos ao exercício imediatamente anterior que
não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.
e) Restos a Pagar não processados saldo a pagar: compreende o saldo, em 31 de dezembro,
dos valores inscritos e ainda não pagos. Corresponde aos valores inscritos no exercício
corrente deduzidos dos valores pagos ou cancelados ao longo do exercício de referência.
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Despesa Pública - Parte II
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048. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em janeiro de 2018, o pagamento no valor de R$ 950,00


foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos de ar condicionado
– pessoa física. Todavia, a inscrição da despesa com a manutenção dos aparelhos de ar
condicionado como restos a pagar havia sido cancelada em dezembro de 2017. Sabendo
que foi constatada a vigência do direito do prestador do serviço e de acordo com as
determinações do Decreto n. 93.872/1986, o pagamento poderá ser atendido à conta de
dotação destinada a:
a) Suprimentos de Fundos.
b) Indenizações e Restituições.
c) Serviços de Terceiros – Pessoa Física.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Locação de Mão de Obra.

049. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em 31/12/2017, o empenho referente à aquisição de


equipamentos de segurança foi considerado insubsistente e cancelado pelo ordenador
de despesas de uma determinada entidade pública. No entanto, em janeiro de 2018, os
equipamentos foram entregues pelo fornecedor de acordo com o prazo de entrega fixado
no contrato assinado em dezembro de 2017. Assim, em janeiro de 2018, o ordenador de
despesas empenhou despesa referente aos equipamentos de segurança entregues, sendo
que nesse mesmo mês houve a liquidação e o pagamento do valor devido ao fornecedor.
Desse modo, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, a despesa orçamentária empenhada em janeiro de 2018 referente à aquisição dos
equipamentos de segurança foi classificada no elemento de despesa:
a) Material de Consumo.
b) Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica.
c) Indenizações e Restituições.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Equipamentos e Material Permanente.

050. (IDECAN/IF–CE/AUDITOR/2021) As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31


de dezembro representam:
a) Dívida fundada.
b) Suprimentos de fundos.
c) Créditos extraorçamentários.
d) Restos a pagar.

051. (IDECAN/UNILAB/CONTADOR/2022) O Art. 37 da Lei n. 4.320/64 afirma que as despesas


de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio,
com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente:

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a) só poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada


por elementos, desde que obedecida a ordem de preferências.
b) não poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento.
c) poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada
por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
d) poderão ser pagos à conta de dotação específica, mesmo que não esteja consignada no
orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

052. (IADES/SEPLAD–DF/GESTOR/2023) A Lei n. 4.320/1964 prevê que, para atender despesas


eventuais, inclusive em viagens, e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento, concede-se:
a) pagamento sem prévio empenho.
b) gratificação.
c) contrato emergencial.
d) suprimento de fundos.
e) salário antecipado.

053. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) No que concerne ao suprimento de fundos, assinale


a alternativa correta.
a) Será utilizado para despesa que deve ser feita em caráter sigiloso.
b) Não constitui despesa orçamentária.
c) Prescinde de prestação de contas.
d) Pode ser concedido sem a necessidade de prévio empenho.
e) Destina-se a qualquer tipo de despesa.

054. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) Ao final do exercício financeiro, constatou-se que,


do total da despesa orçamentária empenhada, uma parte havia cumprido apenas o primeiro
estágio da despesa pública. Nessa situação, esse montante deverá ser inscrito em:
a) restos a pagar processados.
b) restos a pagar não processados.
c) despesas de exercícios anteriores.
d) suprimento de fundos.
e) restos a pagar com prescrição interrompida.

055. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) O balanço orçamentário de um ente público


apresentou, no final do exercício, os saldos a seguir.
• Receita arrecadada – $ 13.800
• Superavit – $ 1.500
• Despesas pagas – $ 11.700
• Despesas não liquidadas – $ 400

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Com base apenas nessas informações, o total inscrito em restos a pagar foi:
a) $ 200.
b) $ 400.
c) $ 600.
d) $ 11.700.
e) $ 12.300.

056. (IADES/IGEPREV/TÉCNICO/2018) Considere um contrato no valor de R$ 250.000,00,


cuja execução está prevista para mais de um exercício financeiro e que, no primeiro ano,
teve empenhado o valor de R$ 120.000,00. Nesse mesmo exercício, foram liquidados R$
90.000,00 e pagos R$ 80.000,00. Com base no exposto, é correto afirmar que o valor inscrito
em Restos a Pagar foi:
a) R$ 130.000,00.
b) R$ 120.000,00.
c) R$ 40.000,00.
d) R$ 30.000,00.
e) R$ 10.000,00.

057. (IADES/SES–DF/CONTADOR/2018) O suprimento de fundos consiste na entrega de


numerário a servidor, em regime de adiantamento, para a realização de despesas que
não possam se subordinar ao processo normal de aplicação. Tendo em vista seu caráter
excepcional, na execução da despesa por suprimento de fundos, o empenho é:
a) dispensável.
b) feito após a realização da despesa, quando já for conhecido o fornecedor ou prestador.
c) feito diretamente ao fornecedor ou prestador.
d) feito em nome do ordenador de despesas.
e) feito em nome do agente suprido.

058. (IADES/SES–DF/ADMINISTRADOR/2018) Assinale a alternativa que corresponde às


despesas, legalmente empenhadas, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja, já
ocorreu a liquidação, mas não houve pagamento.
a) Restos a pagar processados
b) Restos a pagar não processados
c) Despesa patrimonial
d) Despesa de exercício anterior
e) Prescrição
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059. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) Considere os dados a seguir extraídos das


demonstrações contábeis de um ente público estadual referentes ao exercício financeiro
de 2017, cujos valores estão em reais:
Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada
Amortização da
1.000.000,00 1.000.000,00 980.000,00 980.000,00 697.000,00
Dívida
Inversões
7.800.000,00 8.500.000,00 8.300.000,00 4.790.000,00 3.340.000,00
Financeiras
Investimentos 22.000.000,00 22.000.000,00 13.800.000,00 5.600.000,00 4.000.000,00
Juros e
Encargos da 100.000,00 100.000,00 89.000,00 89.000,00 65.000,00
Dívida
Outras
Despesas 50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes
Pessoal e
Encargos 90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Sociais

Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00

060. (AOCP/PREF. DE JF/TÉCNICO CONTADOR/2016) A parcela da despesa orçamentária que


se encontra empenhada, mas ainda não foi paga, conforme as normas de contabilidade
aplicada ao setor público, será considerada:
a) obrigações empenhadas.
b) obrigações exigíveis.
c) restos a pagar.
d) obrigações operacionais.
e) despesas empenhadas e não pagas.

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GABARITO

1. E 35. a
2. C 36. d
3. E 37. a
4. E 38. a
5. E 39. b
6. C 40. c
7. C 41. c
8. E 42. a
9. C 43. d
10. C 44. c
11. E 45. a
12. E 46. c
13. E 47. c
14. E 48. d
15. E 49. d
16. E 50. d
17. E 51. c
18. E 52. d
19. d 53. a
20. e 54. b
21. a 55. c
22. c 56. e
23. b 57. e
24. c 58. a
25. d 59. c
26. e 60. c
27. d
28. d
29. a
30. d
31. a
32. c
33. a
34. e

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GABARITO COMENTADO

019. (CESGRANRIO/AGERIO/ANALISTA/2023) Um jovem contador recém-empossado na


subsecretaria de Contabilidade de um ente público assumiu a tarefa de conferir um grupo
de contas relativas a despesas orçamentárias para encerramento do exercício financeiro. O
contador verificou que 70% das despesas correntes empenhadas tinham sido liquidadas,
das quais 80% foram pagas. Quanto às despesas de capital, apenas 20% dos valores
empenhados foram liquidados, sendo metade efetivamente pago.
Em sua análise da execução das despesas, considerando somente as informações hipotéticas
apresentadas e à luz das normas vigentes sobre estágios e categorias da despesa pública,
o jovem contador deve considerar que:
a) 30% das despesas correntes empenhadas no exercício devem ser inscritas em restos a
pagar processados.
b) 50% dos valores empenhados como despesas de capital devem ser pagos até o encerramento
do exercício.
c) a inscrição em restos a pagar deve se limitar às despesas que foram liquidadas no exercício.
d) parte dos empenhos não liquidados pode ser cancelada, caso não haja disponibilidade
financeira suficiente.
e) todas as despesas autorizadas e não pagas precisam ser inscritas em restos a pagar no
encerramento do exercício.

Confira no MCASP:

Serão inscritas em restos a pagar não processados as despesas não liquidadas, nas seguintes condições:
a) O serviço ou material contratado tenha sido prestado ou entregue e que se encontre, em 31
de dezembro de cada exercício financeiro em fase de verificação do direito adquirido pelo credor
(despesa em liquidação); ou
b) O prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigente (despesa a liquidar).
A inscrição de despesa em restos a pagar não processados é realizada após a anulação dos
empenhos que não serão inscritos em virtude de restrição em norma do ente da Federação, ou
seja, verifica-se quais despesas devem ser inscritas em restos a pagar e anula-se as demais.
Após, inscrevem-se os restos a pagar não processados do exercício.

a) Errada. Na verdade, 20% das despesas liquidadas e não pagas serão inscritas em RAP processados.
b) Errada. Exigência inexistente.
c) Errada. Na verdade, as despesas não liquidadas podem ser inscritas em RAP não processados.
e) Errada. As condições para inscrição em RAP foram expostas na explicação da letra “d”.
Letra d.

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020. (CESGRANRIO/UNIRIO/ADMINISTRADOR/2019) As despesas empenhadas e liquidadas


durante o exercício financeiro, mas pendentes de pagamento no encerramento do exercício,
a) estão sujeitas à verificação do direito adquirido pelo credor.
b) poderão ser executadas no próximo exercício, por meio de créditos adicionais.
c) serão pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, no exercício seguinte.
d) serão inscritas em restos a pagar não processados.
e) serão inscritas em restos a pagar processados.

As despesas empenhadas e liquidadas durante o exercício financeiro, mas pendentes de


pagamento no encerramento do exercício, devem ser inscritas em restos a pagar processados.
Ora, se foram empenhadas e não pagas durante o exercício, temos um caso de restos a pagar.
Como as despesas além de empenhadas também foram liquidadas, temos um caso de
restos a pagar processados.
Letra e.

021. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) As informações a seguir devem ser usadas para


responder à questão.
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$ 50.000,00 foi 90% empenhada,
80% liquidada e 90% paga.
O total inscrito em restos a pagar ao final do exercício será de:
a) 12.600,00
b) 9.500,00
c) 9.000,00
d) 5.000,00
e) 3.600,00

Temos um total de R$ 50.000,00


90% do total foi empenhado = R$ 45.000,00
80% do que foi empenhado foi liquidado = R$ 36.000,00
90% do que foi liquidado foi pago = R$ 32.400,00
Logo:
R$ 45.000,00 - R$ 32.400,00 = R$ 12.600,00
Note que dos R$ 45.000,00 empenhados, somente foram pagos no exercício o valor de R$
32.400,00, devendo ser inscrito em restos a pagar o valor de R$ 12.600,00.
Letra a.

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022. (CESGRANRIO/EPE/ANALISTA/2014) O suprimento de fundos consiste na entrega


de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim
de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. O
suprimento de fundos poderá ser utilizado para atender a diversos casos.
NÃO constitui um desses casos as despesas:
a) em viagem e com serviços especiais que exijam pronto pagamento
b) eventuais que exijam pronto pagamento
c) extraordinárias e urgentes
d) de caráter sigiloso
e) de pequeno vulto

Considerando a lentidão do processo tradicional da realização de despesas, principalmente


quando se exige prévia licitação, excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar
a realização da despesa por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser
realizada pelo processo normal da execução orçamentária.
Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas
situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
1. para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
2. quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento e constar do ato de concessão; ou
3. para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não
ultrapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
Note que para despesas urgentes e extraordinárias não existe provisão da utilização do
suprimento de fundos.
Letra c.

023. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010) A despesa realizada por meio de adiantamento


de numerário concedido a servidor, com posterior prestação de contas, permitida somente
nos casos e nas condições expressamente previstas na legislação e quando não for possível
a sua realização pela via e por procedimentos normais, denomina-se:
a) despesa irrelevante.
b) suprimento de fundos.
c) depósito em garantia.
d) reserva de contingência.
e) restos a pagar.

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Suprimento de fundos ou regime de adiantamentos é um procedimento que consiste na


entrega de numerário a um servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
à despesa a realizar, que não possa subordinar-se ao processo orçamentário normal.
Letra b.

024. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010) Para realizar determinada atividade, um analista


necessita obter um adiantamento de numerário, denominado suprimento de fundos. É
certo que a realização de despesas, nessa modalidade, pressupõe o(a):
a) pagamento de restos a pagar não processados.
b) alocação de recursos em garantia.
c) caracterização de situações atípicas que exijam pronto pagamento em espécie.
d) adoção de reserva de contingência em fonte orçamentária própria.
e) dispensa de empenho.

Considerando a lentidão do processo tradicional da realização de despesas, principalmente


quando se exige prévia licitação, excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar
a realização da despesa por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser
realizada pelo processo normal da execução orçamentária, como em situações atípicas
que exijam pronto pagamento em espécie.
Nas demais alternativas, não temos situações que possam se enquadrar no regime de adiantamentos.
Letra c.

025. (CESGRANRIO/BACEN/ANALISTA/2010) Ao verificar a necessidade do registro contábil


da inscrição de restos a pagar processados, no encerramento de determinado exercício
financeiro, um analista do BACEN deve concluir, de acordo com a Lei n. 4.320/64, estar
diante de uma:
a) despesa extraorçamentária.
b) despesa não liquidada.
c) despesa de exercícios anteriores.
d) receita extraorçamentária.
e) receita corrente.

Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para


compensar sua inclusão na despesa orçamentária conforme determina o artigo 103,
Parágrafo único, da Lei n. 4320/1964.
Letra d.

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026. (CESGRANRIO/ALE–TO/ANALISTA/2005) O artigo 36 da Lei n. 4.320/64 considera


como restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro,
distinguindo-se, entretanto, as despesas:
a) arrecadadas das fixadas.
b) empenhadas das arrecadadas.
c) liquidadas das não autorizadas.
d) autorizadas das não liquidadas.
e) processadas das não processadas.

Confira na Lei n. 4.320/1964:


Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Letra e.

027. (CESGRANRIO/MPE–RO/ANALISTA/2005) Segundo o artigo 36 da Lei n. 4.320/64, as


despesas empenhadas, mas não pagas, até 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas
das não processadas, são consideradas:
a) transferências de capital.
b) dívida ativa.
c) dívida pública.
d) restos a pagar.
e) extraorçamentárias.

Confira na Lei n. 4.320/1964:


Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Letra d.

028. (CONSULPLAN/CM–BARBACENA/AUXILIAR/2022) Mário, responsável por uma divisão


pública recém-criada, desenvolve uma lista de materiais e equipamentos que devem ser
adquiridos e realiza uma licitação seguindo todos os trâmites legais e necessários para a
efetivação dessa compra. O registro do contrato de aquisição dos equipamentos e materiais
foi assinado em 01 de fevereiro de 2020 e, no dia 08 de maio de 2020, a empresa fornecedora
entregou os materiais e equipamentos que foram devidamente conferidos e registrados
pelo almoxarifado. Porém, desconhecendo o motivo, o pagamento da empresa fornecedora
não poderá ser realizado no período corrente (2020). O registro da referida despesa, em
31 de dezembro de 2020, foi efetuado como despesa:

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Despesa Pública - Parte II
Manuel Piñon

a) Não lançada.
b) Não realizada.
c) Não empenhada.
d) Restos a pagar processados.

Note que a despesa foi empenhada e liquidada, mas não paga, ou seja, temos um caso de
restos a pagar. Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa passou pela fase de Liquidação
e os restos a pagar não processados são aqueles em que a despesa ainda não foi liquidada.
Letra d.

029. (CONSULPLAN/PREF. DE CORBÉLIA/CONTADOR/2021) Considere as seguintes informações:


• Em 29/12: emissão de empenho estimativo no valor de R$ 1.500,00 referente à
despesa com telefone;
• Em 31/12: inscrição do empenho em restos a pagar; e,
• Em 03/01: recebimento da fatura de telefone no valor de R$ 1.200,00.
É correto afirmar que, em 03/01, deverá:
a) Anular a diferença empenhada a maior sem reversão da mesma à dotação orçamentária do
exercício corrente, pois se trata de valor empenhado à conta do crédito do exercício anterior.
b) Reconhecer a diferença inscrita em Restos a Pagar como receita orçamentária do exercício
corrente, pois o cancelamento de Restos a Pagar corresponde à restituição de despesas
pagas em exercícios anteriores.
c) Anular o valor total do empenho inscrito em Restos a Pagar no exercício anterior e emitir
um novo empenho a crédito da dotação orçamentária do exercício corrente para liquidação
e pagamento da fatura.
d) Cancelar a parcela a maior da despesa inscrita em Restos a Pagar, pois se trata do
restabelecimento do saldo de disponibilidade comprometida em exercícios anteriores e
não de uma nova receita a ser registrada.

De acordo com o MCASP, quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa
a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o
montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será anulado
totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter
sido emitido incorretamente.

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Ainda de acordo com o MCASP, não devem ser reconhecidos como receita orçamentária
os recursos financeiros oriundos de cancelamento de despesas inscritas em Restos
a Pagar – consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto,
trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade comprometida, originária de
receitas arrecadadas em exercícios anteriores, e não de uma nova receita a ser registrada. O
cancelamento de restos a pagar não se confunde com o recebimento de recursos provenientes
do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores que devem
ser reconhecidos como receita orçamentária do exercício.
Letra a.

030. (CONSULPLAN/PREF. DE POÁ/CONTADOR/2021) Em uma situação hipotética, servidores


de determinada prefeitura realizam uma visita técnica em uma instituição para aprimorar
seus conhecimentos sobre gestão. Essa viagem é em outro município e, no caminho, o ônibus
fura o pneu. Após o conserto realizado por um borracheiro local, o motorista verifica que
o valor do serviço é de R$ 100,00, mas foi concedido R$ 80,00 de suprimentos de fundos.
Com base nesse contexto, assinale a alternativa correta:
a) A despesa referente a esse adiantamento ao motorista, pela sua característica, não
precisa percorrer o estágio da liquidação.
b) Se a prefeitura restituir o valor pago a mais para o motorista, o contador desse órgão
deverá fazer a contabilização de R$ 20,00 como despesa extraorçamentária.
c) No caso de o motorista pagar com seu próprio dinheiro a diferença entre o valor total do
conserto e o suprimento concedido, a prefeitura deve restituir R$ 100,00 a ele.
d) No caso de o motorista pagar com seu próprio dinheiro a diferença entre o valor total
do conserto e o suprimento concedido, a prefeitura deverá restituir R$ 20,00 a ele.
e) Referente ao valor de R$ 80,00, adiantado ao motorista, pode-se dizer que este é uma
despesa patrimonial, pois ocorre redução no patrimônio líquido no instante da concessão.

A alternativa correta é a letra “d”, já que a prefeitura deve restituir o valor de R$ 20,00,
visto que o valor do suprimento de fundos foi insuficiente.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, é necessário o estágio da liquidação da despesa. Confira no MCASP:
O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para
futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para
conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária:
empenho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque
patrimonial, pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na
liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo,
há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço,
objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado. Os registros
contábeis, conforme o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, apresentam-se abaixo.

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b) Errada. Na verdade, se a prefeitura restituir o valor pago a mais para o motorista, o


contador desse órgão deverá fazer a contabilização como despesa orçamentária.
c) Errada. Na verdade, se o motorista pagar com seu próprio dinheiro a diferença entre
o valor total do conserto e o suprimento concedido, a prefeitura deve restituir R$ 20,00.
e) Errada. Na verdade, a VPD ocorre na prestação de contas.
Letra d.

031. (VUNESP/PREF. DE SOROCABA/CONTADOR/2023) No dia 01 de novembro de 2022, um


servidor público empenhou R$ 23.400,00 em despesas. Sabe-se que essas despesas foram
liquidadas em 30 de dezembro de 2022 e que o pagamento está previsto o próximo exercício.
Nesse sentido, é correto afirmar que essas despesas serão inscritas em:
a) restos a pagar processados.
b) restos a pagar não processados.
c) perdas estimadas de crédito de liquidação duvidosa.
d) em contas a receber.
e) despesas de exercícios anteriores.

Trata-se de restos a pagar “processados”, já que se refere às despesas cuja execução alcançou
o estágio da liquidação.
Letra a.

032. (VUNESP/PREF. DE PERUÍBE/CONTADOR/2023) Despesas que não se tenham processado


na época própria, como aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
credor tenha cumprido sua obrigação são exemplos de:
a) contas a pagar não empenhadas.
b) contas a pagar não liquidadas.
c) despesas de exercícios anteriores.
d) restos a pagar não processados.
e) restos a pagar processados.

Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, as despesas de exercícios JÁ


encerrados para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio com saldo
suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo superveniente, não tenha sido empenhado
na época própria, DESDE que o fornecimento do material, a prestação do serviço ou execução
da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
Letra c.

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033. (VUNESP/TCM–SP/AUDITOR/2023) O processo de se entregar numerário ao servidor,


sempre precedido de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não
possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, denomina-se:
a) Regime de adiantamento.
b) Prestação de contas.
c) Empenhamento.
d) Início de dotação.
e) Execução da despesa.

Resposta na Lei 4.320/1964:


Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Letra a.

034. (VUNESP/PREF. DE MARÍLIA/ANALISTA/2023) Segundo o Manual de Contabilidade


Aplicado ao Setor Público, suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento
de valores a um servidor para futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui
despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os
três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento. Nesse sentido,
assinale a alternativa que indica a contabilização no momento do empenho da despesa,
conforme sugerido pelo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, considerando a natureza
da informação orçamentária.
a) D: Disponibilidade por Destinação de Recursos (DDR) e C: DDR Comprometida por Empenho.
b) D: Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P) e C: Outras Obrigações de Curto
Prazo – Suprimento de Fundos.
c) D: Crédito Empenhado a Liquidar e C: Crédito Empenhado Liquidado a Pagar.
d) D: DDR Comprometida por Empenho e C DDR Comprometida por Liquidação e
Entradas Compensatórias.
e) D: Crédito Disponível e C: Crédito Empenhado a Liquidar.

A contabilização, no momento do empenho da despesa, conforme o MCASP, é:


a. Momento do empenho da despesa:
Natureza da informação: orçamentária
D 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível
C 6.2.2.1.3.01.xx Crédito Empenhado a Liquidar

Letra e.

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035. (VUNESP/PREF. DE PERUÍBE/COMPRADOR/2023) O contador de um determinado


ente público identificou, em 31 de dezembro de 2022, que do valor de R$ 400.000.000,00
empenhados no exercício, 20% não havia sido pago, inclusive distinguindo-se as despesas
processadas das não processadas.
Diante dessa situação, e considerando as normas de contabilidade aplicadas ao setor
público, o contador deverá, no encerramento do exercício de 2022,
a) lançar o valor de R$ 80.000.000,00 em restos a pagar.
b) reconhecer essa diferença já como contas a pagar.
c) lançar para despesas de exercícios anteriores.
d) registrar R$ 80.000.000,00 como despesas antecipadas.
e) não deverá fazer nada, pois o valor já foi empenhado e registrado nessa ocasião.

Note que, dos 400 milhões empenhados, 80 milhões (20%) não foram pagos, que devem
ser inscritos em Restos a Pagar.
Letra a.

036. (CONSULPLAN/PREF. DE CANTAGALO/CONTADOR/2013) Constituem despesas todos


os desembolsos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos
no interesse geral da comunidade. As despesas de exercícios encerrados, para as quais
o respectivo orçamento consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-
las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondentes poderão:
a) ser pagas, mesmo sem empenho.
b) não ser pagas, pois não existiu o prévio empenho.
c) não ser pagas, pois não foi processada em época própria.
d) ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento.
e) não ser pagas e ser discriminadas por elementos verificando a falta de ordem cronológica.

A questão em tela encontra resposta no artigo 37 da Lei n. 4.320/1964:


Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.

Letra d.

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037. (VUNESP/ALESP/TÉCNICO/2022) Podem-se distinguir dois tipos de restos a pagar: os


processados e os não processados. São classificados como restos a pagar processados quando:
a) só falta o pagamento das despesas.
b) as despesas estão abaixo da receita orçamentária.
c) já ocorreu a licitação da referida despesa.
d) não há disponibilidade orçamentária na administração direta.
e) as despesas foram empenhadas.

São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas que não
foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às
despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Letra a.

038. (VUNESP/ALESP/ANALISTA/2022) Caso ocorra uma inscrição em restos a pagar que


fique inferior ao valor real a ser pago, a diferença deve ser:
a) empenhada e liquidada em despesas de exercícios anteriores.
b) liquidada no elemento de despesa próprio.
c) empenhada e liquidada em serviços de terceiros.
d) empenhada e liquidada em dívida ativa.
e) liquidada no mesmo ano da inscrição em custeio.

Se o valor da inscrição em restos a pagar for inferior ao valor real a ser pago, a diferença
deve ser empenhada em DEA – Despesas de Exercícios anteriores.
Letra a.

039. (VUNESP/ALESP/AUDITOR INTERNO/2022) Assinale a alternativa relacionada a uma


das características de identificação das despesas de exercícios anteriores.
a) São valores reconhecidos por regime de caixa, e discordância com os princípios contábeis
vigentes nas normas brasileiras de contabilidade que reconhece somente o regime de
competência como base de contabilização.
b) Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a
pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor.
c) São despesas cujos pagamentos ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva
ocorrer os fatos geradores.

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d) Compromissos reconhecidos antes do encerramento do exercício, sendo que a obrigação


de pagamento foi criada operacionalmente, mas somente será reconhecido o direito do
reclamante em linha com antes do encerramento do exercício correspondente.
e) Despesas processadas na época própria, todavia, o empenho não tenha sido considerado
insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, e que o credor não
tenha cumprido sua obrigação.

Confira no MCASP:
Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:
b. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Inexiste relação com DEA.
c) Errada. Contraria o MCASP:
4.8.DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva
ocorrer o pagamento.

d) Errada. Contraria o MCASP:


Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:
c. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento
criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento
do exercício correspondente.

e) Errada. Contraria o MCASP:


Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:
a. Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha
sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas
que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;

Letra b.

040. (CONSULPLAN/PREF. DE LONDRINA/CONTADOR/2011) Como são consideradas as


despesas empenhadas no exercício financeiro de 2010 pelo Poder Executivo e pelo Poder
Legislativo, porém não pagas até 31 de dezembro de 2010, sendo algumas classificadas
como processadas (liquidadas) e outras não processadas?
a) Dívida fundada.
b) Dívida ativa.
c) Restos a pagar.
d) Empenho.
e) Dívida extraorçamentária.

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A questão em tela encontra resposta no artigo 36 da Lei n. 4.320/64:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Letra c.

041. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ANALISTA/2019) Suponha que o Município tenha contratado


serviços de recapeamento de vias públicas e, ao final do exercício, tendo ocorrido o empenho
dos recursos destinados às despesas correspondentes bem como a medição e atestação dos
serviços realizados, não logrou efetuar o pagamento devido ao contratado pelos serviços
efetivamente realizados. Considerando o regime constitucional e legal vigente para execução
das despesas públicas, o Município deverá:
a) anular a liquidação de tais despesas, a qual deverá ser repetida no exercício seguinte.
b) providenciar o cancelamento do empenho, em observância ao princípio da anualidade.
c) inscrever tais despesas, que pertencem ao exercício findo, em restos a pagar.
d) incluir dotação para pagamento de tais despesas na Lei Orçamentária do próximo exercício.
e) anular as dotações que davam suporte a tais despesas e providenciar a abertura de
crédito especial.

Em primeiro lugar temos que levar em conta que a despesa em tela foi empenhada, mas não
foi paga, ou seja, temos um caso de restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas
e não foram pagas no exercício. Veja na literalidade do artigo da Lei n. 4.320/64, com grifos
nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Note que os restos a pagar têm a seguinte classificação:


Processados – para despesas empenhadas e liquidadas;
Não processados – para despesas empenhadas e NÃO liquidadas.
Assim, não resta dúvida de que, como a despesa em tela já passou pela fase de empenho,
mas ainda não ocorreu o pagamento, temos a inscrição em restos a pagar.
Letra c.

042. (VUNESP/TJ–SP/CONTADOR/2019) O regime de adiantamento é aplicável aos casos de


despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor,
para realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,

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a) sempre precedida de empenho na dotação própria.


b) mediante a entrega do relatório de consubstanciação.
c) previamente adicionado aos restos a pagar.
d) suportada do pedido formal do adiantamento previamente autorizado por nível de competência.
e) mediante cheque administrativo ao portador.

Resposta na literalidade da Lei n. 4.320/1964. Confira:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei
e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Letra a.

043. (VUNESP/PREF. DE PORTO FERREIRA/PROCURADOR/2017) É aplicável aos casos de


despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor,
sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que
não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Tal previsão, estabelecida na Lei n. 4.320/64, refere-se:
a) aos créditos especiais.
b) aos restos a pagar.
c) à nota de empenho.
d) ao regime de adiantamento.
e) às transferências voluntárias.

Leia o artigo 68 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Letra d.

044. (VUNESP/CM–COTIA/CONTADOR/2017) Ordenar ou autorizar a inscrição em restos


a pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite
estabelecido em lei,
a) ocorrerá mediante autorização em crédito adicional extraordinário.
b) será classificado como operações de crédito por antecipação de despesa.

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c) será considerado crime contra as finanças públicas.


d) só poderá ocorrer se o empenho for inscrito no exercício posterior à despesa.
e) ocorrerá desde que a despesa seja incluída no balanço extraorçamentário.

A Lei n. 10.028/2000, dispositivo esse que passou a integrar o nosso Código PENAL, em
seu artigo 359-B, no capítulo IV, que dispõe acerca dos crimes contra as finanças públicas,
determina pena de detenção de 6 meses a 2 anos para aquele que ordenar ou autorizar a
inscrição em restos a pagar de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou
que exceda o limite estabelecido em lei.
Letra c.

045. (VUNESP/PREF. DE MOGI DAS CRUZES/PROCURADOR/2016) Nos termos da Lei Geral do


Orçamento, as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-
se as processadas das não processadas, consideram-se:
a) restos a pagar.
b) subvenções sociais.
c) subvenções econômicas.
d) transferências correntes.
e) transferências de capital.

Restos a pagar são despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro,
podendo ser processadas (se tiverem sido liquidadas) ou não processadas (se NÃO tiverem
sido liquidadas). Grave:
RPP – Restos a Pagar Processados = DESP. EMPENHADA E LIQUIDADA
RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DES. SOMENTE EMPENHADA
Letra a.

046. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2023) Com relação aos Restos a Pagar, assinale a


alternativa correta.
a) São Restos a Pagar todas as despesas não empenhadas, do exercício atual ou anterior e
não pagas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente.
b) No Início do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas serão inscritas
em restos a pagar.
c) Embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda
contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva
cobertura financeira.

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d) O resto a pagar não processado é serviço ou material contratado que tenha sido prestado
e aceito pelo contratante em 31 de dezembro de cada exercício financeiro.
e) Ocorrido o fato gerador da obrigação e procedido o estágio da liquidação antes do término
do exercício em curso, as despesas deverão ser registradas, ao fim do exercício em curso,
como restos a pagar não processados.

Embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda
contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva
cobertura financeira. Confira, no MCASP:

Assim, observa-se que, embora a LRF não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em
restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista
a respectiva cobertura financeira, eliminando desta forma as heranças fiscais onerosas.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Precisa ter sido empenhada.
b) Errada. É no fim do exercício.
d) Errada. Na verdade, encontra-se, em 31 de dezembro de cada exercício financeiro, em
fase de verificação do direito adquirido pelo credor (despesa em liquidação).
e) Errada. RP Processados.
Letra c.

047. (IDECAN/TJ–PI/ANALISTA/2022) Assinale a alternativa correta com relação aos Restos


a Pagar processados e não processados, segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público (MCASP) – 9. Edição.
a) Restos a Pagar não processados inscritos em exercícios anteriores: compreende o valor
de restos a pagar não processados relativos aos exercícios anteriores, exceto os relativos
ao exercício imediatamente anterior, que foram cancelados porque tiveram seu prazo de
validade reduzido.
b) Restos a Pagar não processados inscritos em 31 de dezembro do exercício corrente:
compreende o valor de restos a pagar não processados relativos ao exercício imediatamente
anterior que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.
c) Restos a Pagar processados inscritos em exercícios anteriores: compreende o valor de
restos a pagar processados relativos aos exerc1c1ºs anteriores, exceto os relativos ao
exercício imediatamente anterior, que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de
validade prorrogado.
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d) Restos a Pagar processados inscritos em 31 de dezembro do exercício corrente: compreende


o valor de restos a pagar processados relativos ao exercício imediatamente anterior que
não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.
e) Restos a Pagar não processados saldo a pagar: compreende o saldo, em 31 de dezembro,
dos valores inscritos e ainda não pagos. Corresponde aos valores inscritos no exercício
corrente deduzidos dos valores pagos ou cancelados ao longo do exercício de referência.

Confira, no MCASP:

2.5.3. Quadro da Execução de Restos a Pagar Processados


Inscritos em Exercícios Anteriores
Compreende o valor de restos a pagar processados relativos aos exercícios anteriores, exceto
os relativos ao exercício imediatamente anterior, que não foram cancelados porque tiveram seu
prazo de validade prorrogado.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, não foram cancelados, pois o prazo de validade foi prorrogado.
b) Errada. Na verdade, foram inscritos em 31 de dezembro do ano anterior.
d) Errada. Na verdade, foram inscritos em 31 de dezembro do ano anterior.
e) Errada. Na verdade, são valores inscritos no exercício anterior.
Letra c.

048. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em janeiro de 2018, o pagamento no valor de R$ 950,00


foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos de ar condicionado
– pessoa física. Todavia, a inscrição da despesa com a manutenção dos aparelhos de ar
condicionado como restos a pagar havia sido cancelada em dezembro de 2017. Sabendo
que foi constatada a vigência do direito do prestador do serviço e de acordo com as
determinações do Decreto n. 93.872/1986, o pagamento poderá ser atendido à conta de
dotação destinada a:
a) Suprimentos de Fundos.
b) Indenizações e Restituições.
c) Serviços de Terceiros – Pessoa Física.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Locação de Mão de Obra.

Atente ao fato de que em dezembro de 2017, os restos a pagar da despesa com a manutenção
dos aparelhos de ar condicionado foram cancelados e em janeiro de 2018, o pagamento no
valor de R$ 950,00 foi reclamado pelo prestador do serviço de manutenção dos aparelhos
de ar condicionado, tendo sido constatada a vigência do direito do prestador do serviço.
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Ora, como está vigente o direito do credor e a despesa estava inscrita em restos a pagar,
mas foi cancelada, vemos que a mesma poderá ser atendida à conta de dotação destinada
a despesas de exercícios anteriores. Veja no Decreto n. 93.872/86:
Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento
que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de
exercícios anteriores.

Letra d.

049. (FCC/CLDF/CONSULTOR/2018) Em 31/12/2017, o empenho referente à aquisição de


equipamentos de segurança foi considerado insubsistente e cancelado pelo ordenador
de despesas de uma determinada entidade pública. No entanto, em janeiro de 2018, os
equipamentos foram entregues pelo fornecedor de acordo com o prazo de entrega fixado
no contrato assinado em dezembro de 2017. Assim, em janeiro de 2018, o ordenador de
despesas empenhou despesa referente aos equipamentos de segurança entregues, sendo
que nesse mesmo mês houve a liquidação e o pagamento do valor devido ao fornecedor.
Desse modo, de acordo com as determinações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, a despesa orçamentária empenhada em janeiro de 2018 referente à aquisição dos
equipamentos de segurança foi classificada no elemento de despesa:
a) Material de Consumo.
b) Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica.
c) Indenizações e Restituições.
d) Despesas de Exercícios Anteriores.
e) Equipamentos e Material Permanente.

Repare que, em 31/12/2017, o empenho referente à aquisição de equipamentos de segurança


foi considerado insubsistente e cancelado pelo ordenador de despesa e que, em janeiro
de 2018, os equipamentos foram entregues pelo fornecedor de acordo com o prazo de
entrega fixado no contrato assinado em dezembro de 2017. Assim, a situação em tela deve
ser classificada no elemento de despesa despesas de exercícios anteriores (2017).
Letra d.

050. (IDECAN/IF–CE/AUDITOR/2021) As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31


de dezembro representam:
a) Dívida fundada.
b) Suprimentos de fundos.
c) Créditos extraorçamentários.
d) Restos a pagar.
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Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31
de dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

Letra d.

051. (IDECAN/UNILAB/CONTADOR/2022) O Art. 37 da Lei n. 4.320/64 afirma que as despesas


de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio,
com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria,
bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente:
a) só poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada
por elementos, desde que obedecida a ordem de preferências.
b) não poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento.
c) poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada
por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
d) poderão ser pagos à conta de dotação específica, mesmo que não esteja consignada no
orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

Confira na Lei n. 4.320/1964:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.

Letra c.

052. (IADES/SEPLAD–DF/GESTOR/2023) A Lei n. 4.320/1964 prevê que, para atender despesas


eventuais, inclusive em viagens, e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento, concede-se:
a) pagamento sem prévio empenho.
b) gratificação.
c) contrato emergencial.
d) suprimento de fundos.
e) salário antecipado.

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É Regime de Adiantamentos, também chamado de Suprimento de Fundos. Confira na Lei


n. 4.320/1964:
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Letra d.

053. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) No que concerne ao suprimento de fundos, assinale


a alternativa correta.
a) Será utilizado para despesa que deve ser feita em caráter sigiloso.
b) Não constitui despesa orçamentária.
c) Prescinde de prestação de contas.
d) Pode ser concedido sem a necessidade de prévio empenho.
e) Destina-se a qualquer tipo de despesa.

Confira no MCASP:
O suprimento de fundos deve ser utilizado nos seguintes casos:
a. Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
b. Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento;
e
c. Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em ato normativo próprio.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


b) Errada. É uma despesa orçamentária.
c) Errada. Precisa de prestação de contas.
d) Errada. Precisa de empenho prévio.
e) Errada. Vide comentário da alternativa “a”.
Letra a.

054. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) Ao final do exercício financeiro, constatou-se que,


do total da despesa orçamentária empenhada, uma parte havia cumprido apenas o primeiro
estágio da despesa pública. Nessa situação, esse montante deverá ser inscrito em:
a) restos a pagar processados.
b) restos a pagar não processados.
c) despesas de exercícios anteriores.
d) suprimento de fundos.
e) restos a pagar com prescrição interrompida.
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Restos a Pagar são despesas que já foram empenhadas, mas que não foram pagas até o dia
31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas. Os “Processados”
são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o estágio da liquidação,
enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução
abrangeu apenas o estágio do empenho.
Note que, no enunciado da questão, temos que “da despesa orçamentária empenhada,
uma parte havia cumprido apenas o primeiro estágio da despesa pública”, ou seja, não foi
liquidada, denotando, assim, caso de RAP não processado.
Letra b.

055. (IADES/ADASA/REGULADOR/2022) O balanço orçamentário de um ente público


apresentou, no final do exercício, os saldos a seguir.
• Receita arrecadada – $ 13.800
• Superavit – $ 1.500
• Despesas pagas – $ 11.700
• Despesas não liquidadas – $ 400
Com base apenas nessas informações, o total inscrito em restos a pagar foi:
a) $ 200.
b) $ 400.
c) $ 600.
d) $ 11.700.
e) $ 12.300.

Temos as seguintes informações:


Resultado orçamentário = 1.500
Logo:
Receitas Arrecadadas - Despesas Empenhadas = 1.500
Agora, vamos calcular as despesas empenhadas:
13.800 - Despesas Empenhadas = 1.500
Despesas Empenhadas = 13.800 - 1.500
Despesas Empenhadas = 12.300,00
Agora, vamos calcular o saldo de RAP:
RAP = 12.300 - 11.700
RAP = 600
Letra c.

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056. (IADES/IGEPREV/TÉCNICO/2018) Considere um contrato no valor de R$ 250.000,00,


cuja execução está prevista para mais de um exercício financeiro e que, no primeiro ano,
teve empenhado o valor de R$ 120.000,00. Nesse mesmo exercício, foram liquidados R$
90.000,00 e pagos R$ 80.000,00. Com base no exposto, é correto afirmar que o valor inscrito
em Restos a Pagar foi:
a) R$ 130.000,00.
b) R$ 120.000,00.
c) R$ 40.000,00.
d) R$ 30.000,00.
e) R$ 10.000,00.

Basicamente, temos que lembrar que os RAPs processados são aqueles que passaram pela
fase de Liquidação em quanto os RAPs não processados ainda não foi liquidada a despesa.
Veja, no próprio exercício temos despesas liquidadas de 90.000,00 e despesas pagas de
80.000,00, ou seja, temos RAPs processados de 90.000 − 80.000 = R$ 10.000,00.
Note que tivemos despesas empenhadas de 120.000,00 e despesas liquidadas de 90.000,00,
ou seja, temos RAPs não processados de 120.000− 90.000 = R$ 30.000,00
Como é uma despesa plurianual, devemos ser aplicada regra prevista na Lei n. 4.320/1964:

Art. 36 Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal,
que não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de
vigência do crédito.

Assim, somente será inscrito como restos a pagar apenas o valor de R$ 10.000,00, e valor de
R$ 30.000,00 somente deve ser considerado como restos a pagar no último ano de vigência.
Letra e.

057. (IADES/SES–DF/CONTADOR/2018) O suprimento de fundos consiste na entrega de


numerário a servidor, em regime de adiantamento, para a realização de despesas que
não possam se subordinar ao processo normal de aplicação. Tendo em vista seu caráter
excepcional, na execução da despesa por suprimento de fundos, o empenho é:
a) dispensável.
b) feito após a realização da despesa, quando já for conhecido o fornecedor ou prestador.
c) feito diretamente ao fornecedor ou prestador.
d) feito em nome do ordenador de despesas.
e) feito em nome do agente suprido.
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Guarde que empenho é feito SEMPRE em nome do servidor que recebe suprimento de
fundos. Confira no Decreto n. 93.872/1986:

Art. 45 § 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado
a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas
se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências
administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis

Letra e.

058. (IADES/SES–DF/ADMINISTRADOR/2018) Assinale a alternativa que corresponde às


despesas, legalmente empenhadas, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou seja, já
ocorreu a liquidação, mas não houve pagamento.
a) Restos a pagar processados
b) Restos a pagar não processados
c) Despesa patrimonial
d) Despesa de exercício anterior
e) Prescrição

Guarde que a despesa legalmente empenhada, cujo objeto do empenho já foi recebido, ou
seja, já ocorreu a liquidação, mas não houve pagamento é classificada como processada.
De modo distinto, uma despesa empenhada, que ainda não foi liquidada, cujo objeto
contratado ainda não foi entregue, é denominada de não processada.
Letra a.

059. (FCC/CLDF/CONSULTOR LEGISLATIVO/2018) Considere os dados a seguir extraídos das


demonstrações contábeis de um ente público estadual referentes ao exercício financeiro
de 2017, cujos valores estão em reais:
Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada
Amortização da
1.000.000,00 1.000.000,00 980.000,00 980.000,00 697.000,00
Dívida
Inversões
7.800.000,00 8.500.000,00 8.300.000,00 4.790.000,00 3.340.000,00
Financeiras
Investimentos 22.000.000,00 22.000.000,00 13.800.000,00 5.600.000,00 4.000.000,00
Juros e
Encargos da 100.000,00 100.000,00 89.000,00 89.000,00 65.000,00
Dívida

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Dotação Dotação
Despesas Empenho Liquidação Pagamento
Inicial Atualizada
Outras
Despesas 50.000.000,00 50.000.000,00 47.000.000,00 44.500.000,00 39.800.000,00
Correntes
Pessoal e
Encargos 90.000.000,00 91.000.000,00 84.500.000,00 83.900.000,00 82.000.000,00
Sociais

Com base nessas informações, o valor inscrito em restos a pagar processados em 31/12/2017
em decorrência da execução orçamentária da despesa corrente foi, em reais,
a) 6.600.000,00
b) 3.100.000,00
c) 6.624.000,00
d) 9.724.000,00
e) 9.700.000,00

A questão pede para apontar o valor dos Restos a Pagar processados relativos às despesas
correntes. Assim, temos as seguintes despesas correntes que foram empenhadas, liquidadas
mas não pagas das despesas:
Pessoal e encargos Sociais (83.900 − 82.000) = 1.900.000,00
Juros e encargos da dívida (89 − 65) = 24.000,00
Outras despesas correntes (44.500 −39.800) = 4.700.000,00
Total = 6.624.000,00
Letra c.

060. (AOCP/PREF. DE JF/TÉCNICO CONTADOR/2016) A parcela da despesa orçamentária que


se encontra empenhada, mas ainda não foi paga, conforme as normas de contabilidade
aplicada ao setor público, será considerada:
a) obrigações empenhadas.
b) obrigações exigíveis.
c) restos a pagar.
d) obrigações operacionais.
e) despesas empenhadas e não pagas.

Os chamados restos a pagar são despesas empenhadas, mas que não foram pagas no
exercício. Confira na Lei n. 4.320/1964:
Art. 36. considera-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

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Lembre-se ainda de que, nos restos a pagar processados, a despesa já passou pela fase de
liquidação, enquanto, nos restos a pagar não processados, a despesa ainda não foi liquidada.
Letra c.

Colega, como diria Vaibhav Shah:

Sempre que você vir uma pessoa de sucesso, você sempre verá as glórias, nunca os sacrifícios
que a levaram até ali.

Isso é verdade... passar em um certame como esse exige demais...


Mas a recompensa vale a pena.
Agora, quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
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Muito obrigado.
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Até a próxima.
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
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REFERÊNCIAS

GIACOMONI, James. Orçamento público. São Paulo: Atlas. 2007.

LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. Editora Juspodivm, 2020.

NASCIMENTO, Sávio. Finanças Públicas para Concursos. 1. ed. Rio de Janeiro: Campus
Elsevier, 2014.

PACELLI, Giovanni. Administração Financeira e Orçamentária. 2. ed. Editora Juspodivm, 2019.

PALUDO, Augustinho Vicente. Orçamento Público, Administração Financeira e


Orçamentária e Lei de Responsabilidade Fiscal. 10. ed. Salvador: Juspodivm, 2020.

PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Método, 2019.

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