Você está na página 1de 134

AFO

Orçamento Público na CF/1988

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230627008350

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Orçamento Público na CF/1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Orçamento Público na CF/1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Artigo 165 – Das Leis Orçamentárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Artigo 166 – Do Processo Legislativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3. Artigo 167 – Vedações em Matéria Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.4. Artigo 168 – Autonomia dos Poderes e Órgãos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
1.5. Artigo 169 – Despesas com Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2. Conhecendo Mais sobre Aspectos Avançados do Orçamento Público. . . . . . . . . . 46
2.1. Orçamento Autorizativo X Impositivo X Híbrido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.2. Natureza Jurídica do Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
2.3. Orçamento de Guerra e Regimes Fiscais Extraordinários . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é, principalmente, avançar no conhecimento do
Orçamento Público, aprofundando os conceitos mais avançados da matéria e os seus
aspectos constitucionais.

Como disse Abraham Lincoln:

A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Então vamos fazer nossa parte e criar o nosso futuro.


Espero que aproveite bem esta aula que preparei com muito carinho para você.

Prof. Manuel Piñon

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

ORÇAMENTO PÚBLICO NA CF/1988

1. ORÇAMENTO PÚBLICO NA CF/1988


Antes de começarmos, quero destacar que a aula de hoje é a mais importante e a
mais difícil do nosso curso.
A fonte primária da nossa matéria é a nossa Constituição Federal de 1988. Assim,
vamos começar nosso curso bebendo dessa fonte, especialmente dos seus artigos
165 a 169. Por essa razão, entendo que o colega que ainda não teve oportunidade de
estudá-los tenha certa dificuldade com a quantidade de informações e com o nível de
detalhamento desta aula.
Não vou enganar você, nossa Carta Magna é muito detalhista e, no que diz respeito a
essas disciplinas, não poderia ser diferente, já que estamos tratando da parte mais sensível
do Estado: o bolso.
A ideia é que hoje, ao estudar os artigos 165 a 169, você crie uma base de conhecimento
que vai te ajudar no resto do curso. Vamos intercalar os artigos com explicações, com
questões de concursos anteriores em que são diretamente aplicados e com jurisprudências
que envolvem esses dispositivos constitucionais.
Se você tiver um bom desempenho na aula de hoje, você certamente vai ter um bom
desempenho na matéria. Se tiver dificuldade, o que é normal, você terá oportunidade
de voltar nestes dispositivos ao longo do curso e melhorar a sua compreensão e a sua
fixação. Acredite nisso. No final do curso você vai me dar razão.
As Finanças Públicas, a AFO, o Direito Financeiro e o Orçamento Público encontram sua
“gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os artigos
165 e 169.
Caro(a) aluno(a), é importante que, quando estiver estudando essa matéria, esteja com
as legislações pertinentes em mãos para fazer as devidas anotações na própria lei, caso
tenha esse hábito.

JURISPRUDÊNCIA
No site do Planalto, ao lado de cada artigo da nossa CF/1988, temos acesso agora a
🔨
um martelinho ( ) com o link indicando a jurisprudência relativa a cada dispositivo
constitucional, ou seja, indicando julgados relativos ao tema regulado em cada
dispositivo. Confira o link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

A leitura de “lei seca” é muito importante, sendo fundamental para a nossa prova
conhecer os artigos 165 a 169 da Constituição Federal de 1998.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

001. (CESPE/TCDF/PROCURADOR/2004) A respeito do tratamento constitucional e doutrinário


vigente conferido ao orçamento público, julgue o item a seguir.
A disciplina básica do orçamento público é estabelecida pela Constituição da República,
que estatui os seus princípios e as regras que tratam da receita e da despesa, desde a
autorização para a cobrança de tributos até a previsão para os gastos, sendo reconhecida
pela doutrina a existência de uma verdadeira constituição orçamentária.

Sem dúvida. A CF/1988, em seu Título VI, “Da Tributação e do Orçamento”, a partir do
artigo 145, traz a disciplina básica do orçamento público, especialmente em seu Capítulo
II, em disciplina as finanças públicas, trazendo, a partir do artigo 165 até o 169, as regras
de elaboração dos orçamentos, seu processo legislativo e vedações orçamentárias.
A assertiva também está de acordo com a conceituação doutrinária, já que Orçamento
Público é, na visão do Ilustre Aliomar Baleeiro:

ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo, por um certo período e em pormenor, a
realização das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados
pela política econômica e geral do país, assim como a arrecadação das receitas criadas em lei.

Certo.

No dia 16/03/2021 foi publicada a EC – Emenda Constitucional 109/2021, oriunda da


PEC 186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente divulgada pela
mídia por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio-Emergencial por parte do Governo
Federal. Entretanto, essa EC também alterou e trouxe importantes dispositivos de nossa
Constituição que impactam diretamente as nossas aulas de AFO, Direito Financeiro e
Orçamento Público. Praticamente todos os artigos da nossa CF/1988 (163 a 169) sofreram
alterações e inclusões de novos dispositivos.

Preliminarmente a EC 109/2021 modificou o regime e dispôs sobre princípios e normas


da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, dentre outras providências.
Alguns artigos merecem destaque, como o artigo 3º, que trata do auxílio emergencial, e o
artigo 4º que trata do plano de redução gradual de incentivos e benefícios federais de natureza
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

tributária e, embora não tenha alterado o texto da CF/1988, trouxe comandos sobre a renúncia
de receita que tem impacto sobre a nossa aula de LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além deles, merece destaque também o artigo 5º que trata do uso do superávit financeiro
em fundos, que embora não tenha alterado permanentemente o texto da CF/1988, já que
é regra com aplicação limitada até 31/12/2023.
Tivemos também a inclusão de novos incisos nos artigos 49 e 84 CF/1988, dispondo sobre
a iniciativa e a competência para decretação de calamidade pública de âmbito nacional,
ficando definido que será de competência exclusiva do Congresso Nacional a decretação
do estado de calamidade e de competência privativa do Presidente da República propor
referida decretação.
Tivemos também a desvinculação parcial do superávit financeiro de fundos públicos e
a suspensão das condicionalidades para realização de despesas com concessão de auxílio
emergencial residual para enfrentar as consequências sociais e econômicas da pandemia
da Covid-19.
Além disso, o artigo 29-A, que trata dos limites de gastos com despesas de pessoal no
âmbito do legislativo municipal, passou a incluir as despesas com inativos e pensionistas.
A redação anterior do artigo previa expressamente a exclusão dos gastos com inativos.
Dessa forma, vamos destacar ao longo dessa aula e de todo o curso as modificações
e inclusões efetuadas em nossa Carta Magna por meio da EC 109/2021 que têm impacto
em nossa matéria. Já adianto que foram muitas mudanças e que podem vir a ser objeto
de cobrança.
Vamos agora conhecer os cinco artigos da CF/1988 (165 a 169) que tratam de Orçamento
Público de modo amplo. A ideia é conhecer a sua literalidade, compreender o significado
de cada dispositivo, ver a jurisprudência do STF relativa a cada dispositivo e ver a sua
aplicação prática em uma questão de prova de concurso anterior.

1.1. ARTIGO 165 – DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS


O artigo 165 trata do Orçamento Público em sentido amplo, ou seja, trata das Leis
Orçamentárias.

E quais são as Leis orçamentárias em sentido amplo?

As Leis orçamentárias em sentido amplo são:


PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual, composta pelos Orçamentos Fiscal (OF), da Seguridade
Social (OSS) e de Investimentos da Estatais não dependentes (OI).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Importante que você tenha em mente que o termo Orçamento Público também é
usado em sentido estrito quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento
Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado
em sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das
despesas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos
orçamentários que para que se possa efetuar o gasto público.
Vamos agora fazer leitura do Artigo 165 para que você vá se familiarizando com a
sua literalidade (muito cobrada em prova), conjugada com a apresentação de explicações
e com a resolução de questões. Além disso, nas aulas seguintes e ainda hoje, na resolução
de questões ao final da aula, vamos trabalhá-los exaustivamente.

estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Vá logo associando esses verbos a cada uma das leis orçamentárias:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,


objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância
com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
109, de 2021).

Importante destacar que a EC 109/2021 (a famosa PEC Emergencial) alterou as atribuições


constitucionais da LDO ao incluir a atribuição de estabelecer as diretrizes de política
fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública.
Além dessa inclusão, a EC 109/2021, de 15/03/2021, retirou do texto constitucional o
trecho “incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente” como
detalhamento das metas e prioridades da administração pública federal.

§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

De acordo com a EC 106/2020, que tratou do chamado “orçamento de guerra”, as


autorizações de despesas relacionadas ao enfrentamento da calamidade pública nacional
decorrente da pandemia (COVID-19) e de seus efeitos sociais e econômicos deverão
ser separadamente avaliadas na prestação de contas do Presidente da República e
evidenciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, no Relatório
Resumido da Execução Orçamentária – RREO. Registre-se que para o ano de 2021 não
foi publicado Decreto Legislativo do Congresso Nacional prorrogando os efeitos no
Orçamento Público (orçamento de guerra em decorrência do estado de calamidade
pública) das medidas de combate à pandemia. Assim, para o ano de 2021 em diante volta
a valer a regra original.

Continuando...

§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão


elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

002. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA, da LDO e da LOA,


conforme a CF.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados
em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

Na verdade, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser
elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional, conforme
ordena o § 4º do artigo 165 da CF/1988.
Errado.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

DICA
O Orçamento Fiscal é considerado como sendo o orçamento
residual, já que contempla as despesas orçamentárias que
não foram enquadradas no orçamento da Seguridade Social
e no orçamento de investimentos, ou seja, pega “todas as
sobras”, ou melhor, resíduos.

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira, tributária e creditícia.

Em outras palavras, o que parágrafo 6º do artigo 165 da CF/1988 nos diz é que no
Projeto da LOA, além de termos o detalhamento das receitas previstas e das despesas
fixadas, é necessário apresentar mais informações, especificamente o demonstrativo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,


remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Em primeiro lugar, note que o demonstrativo deve ser regionalizado, ou seja, deve
ser apresentado por região do país.
Em segundo lugar, perceba que quando são concedidas isenções fiscais (redução de
impostos), anistias e remissões (perdão de valores a receber), subsídios e outros benefícios
que tenham impacto nas contas públicas, os seus respectivos efeitos nas receitas e
despesas precisam ser demonstrados no Projeto de LOA (de modo regionalizado).

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

DICA
Note que são os orçamentos fiscal e de investimento das
estatais não dependentes que têm entre suas funções
reduzir as desigualdades regionais, ou seja, o orçamento
da seguridade social não tem essa função.

003. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente a orçamento público.


Para que se atinja o equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-
regionais, o orçamento fiscal deve ser compatível com o plano plurianual.

A resposta dessa questão está literalidade do § 7º do artigo 165 da CF/1988:

§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Importante destacar que o § 5º, I, do artigo 165 da CF/1988 a que se refere o dispositivo
anteriormente reproduzido é justamente aquele relativo orçamento fiscal mencionado
corretamente pela assertiva.
Certo.

§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

JURISPRUDÊNCIA
Controle concentrado de constitucionalidade
Ação direta de inconstitucionalidade: Lei estadual (RR) 503/2005, art. 55: alegação de
contrariedade ao art. 165, § 8º, da CF: improcedência. O dispositivo impugnado, que
permite a contratação de operação de crédito por antecipação da receita, é compatível
com a ressalva do § 8º do art. 165 da Constituição.
[ADI 3.652, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 19-12-2006, P, DJ de 16-3-2007.]

Esse artigo traz um Princípio Orçamentário muito importante, o Princípio da Pureza


ou Exclusividade e as suas exceções. A ideia básica é que a Lei Orçamentária deve tratar
de orçamento e não de matérias estranhas a esse tema. Veja logo uma questão que cobra
o seu conhecimento.

004. (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR/2019) De acordo com os princípios constitucionais


orçamentários e o disposto na CF acerca das finanças públicas, as autorizações para
a abertura de créditos suplementares e para a contratação de operações de créditos
constituem exceções ao princípio da
a) legalidade orçamentária.
b) universalidade orçamentária.
c) pureza orçamentária.
d) não afetação da receita.
e) quantificação dos créditos orçamentários.

O princípio da pureza orçamentária, mais conhecido como princípio da exclusividade


(estudado na aula de Princípios Orçamentários), é estabelecido no artigo 165, § 8º, no qual
também são previstas algumas de suas exceções. Confira, com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


.....
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Temos ainda outras exceções ao princípio da exclusividade ou pureza orçamentária


que são a previsão para pagamento de precatórios (art. 100, § 5º, CF), e a inclusão de
recursos para pagamento de indenizações de reforma agrária (art. 184, § 4º, CF). Confira:

Art. 100.........
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários apresentados até 2º de abril, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
Art. 184.......
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.

Letra c.

Continuando a leitura do artigo 165...

§ 9º Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).

No parágrafo 9º temos algumas matérias que devem, devido a maior importância


dada pelo constituinte, ser objeto de Lei Complementar, aquela que exige maior quórum
para a aprovação que uma simples Lei Ordinária.
Ressalte-se que essa Lei Complementar ainda não foi promulgada, tendo seu papel sido
exercido pela Lei 4.320/1964 já comentada anteriormente.

§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os


meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços
à sociedade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias: (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito)
I – subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam
metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à abertura de
créditos adicionais;
II – não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados;
III – aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias.

O parágrafo 10º teve a sua redação trazida pela Emenda Constitucional – EC n. 100
de 2019. Por ora, saiba que EC 100/2019 tornou obrigatória a execução das chamadas
emendas de bancada e nesse parágrafo a ideia é garantir que devem ser executadas e,
para isso, o governo deve “se virar”.

§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo
menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e
a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual
para a continuidade daqueles em andamento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102,
de 2019) (Produção de efeito)

Perceba que o § 12 do artigo 165 da CF/1988 nos revela que, no anexo da LDO, deve constar
a previsão dos agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que
serão alocados na LOA.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Esses anexos da LDO foram trazidos pela LRF no intuito de melhorar a gestão fiscal, mas
note que nesse dispositivo não se fala que a LOA deve conter recursos de outros exercícios.
Se assim fosse, o princípio orçamentário da anualidade ou da periodicidade (estudado na
aula de Princípios Orçamentários) teria sido agredido e assim como o inciso III e o parágrafo
5º do próprio artigo 165 da CF/1988, além da Lei 4.320/1964.

Fique ligado, pois aqui temos uma pegadinha em potencial. O examinador pode tentar te
confundir ao dizer que, depois da EC 102/2019, a LOA pode conter despesas para mais dois
exercícios, o que é falso.

§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente
aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
102, de 2019) (Produção de efeito)
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes,
com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito)

Note que esse dispositivo trouxe a expressão “lei orçamentária anual poderá conter
previsões de despesas”, quando a regra geral é de que a LOA prevê receitas, já que as
receitas só são consideradas realizadas quando efetivamente recebidas. Assim, não têm
como fixar um valor ainda não recebido.
No campo das despesas entendo que a regra geral não mudou. As despesas são fixadas,
são objeto de uma espécie de limite para gastar, ainda mais no âmbito do novo regime fiscal:
o teto de gastos. Então a LOA continua tendo o papel de funcionar como uma autorização
do parlamento para que o executivo realize determinado limite máximo de gastos.
Note que o dispositivo mencionado contém a palavra “poderá”, ou seja, é uma possibilidade,
funcionando com um algo a mais, mas que não exclui a fixação da despesa, afinal ainda
temos o § 8º do artigo 165 que nos informa:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

DICA
Leve para a prova que a LOA fixa a despesa, mas pode
conter (aqui não extrapole a literalidade) previsões de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

despesas para exercícios seguintes, com a especificação


dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento.

§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo,


por Estado ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e
informações sobre a execução física e financeira. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102,
de 2019) (Produção de efeito).”
§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que couber, os resultados do
monitoramento e da avaliação das políticas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

Note que o parágrafo 16 foi incorporado à nossa Carta Magna por meio da EC 109/2021,
como forma de dar efetividade ao comando determinado pelo parágrafo 16 do artigo 37
(Administração Pública), que também surgiu com a EC 109/2021, de modo que os órgãos e
entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação
das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados
alcançados. A ideia é que a legislação orçamentária também atue no sentido de promover
a transparência da avaliação das políticas públicas e os resultados alcançados.

1.2. ARTIGO 166 – DO PROCESSO LEGISLATIVO


Vamos agora fazer leitura do artigo 166 para que você vá se familiarizando com a sua
literalidade (muito cobrada em prova), mas não se preocupe, já que em aulas seguintes e
ainda hoje nas questões, vamos trabalhá-lo exaustivamente.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.

005. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.


Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados, na forma do regimento
comum, pela Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da União.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Basta lembrar do artigo 166, caput, da CF/1988 que diz:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.

Assim, o erro da assertiva foi colocar TCU no lugar que deveria constar Senado Federal.
Errado.

§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:


I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de
acordo com o art. 58.

Importante destacar que a mencionada comissão atualmente denomina-se CMO –


Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Muito disputada no Congresso
Nacional (imagine o seu poder), essa CMO tem como funções precípuas emitir parecer sobre
os projetos de PPA, LDO e LOA e sobre a prestação de contas do Presidente da República,
além de fiscalizar a execução das Leis Orçamentárias.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

As emendas parlamentares servem para aperfeiçoar o que o Poder Executivo propôs


por meio dos instrumentos de planejamento e orçamento e tem o poder de influenciar
no que tange à alocação do dinheiro público.
Nessa toada, as emendas parlamentares devem ser apresentadas na Comissão Mista,
que deve emitir um parecer sobre elas, para depois serem apreciadas no plenário das 2
casas do CN - Congresso Nacional.

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.

Note que as emendas parlamentares para serem aprovadas devem respeitar as restrições
relacionadas nos parágrafos 3º e 4º do artigo 166 da CF/1988.

§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor


modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista
(não é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar
mensagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adicionais.

006. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.


Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da República não poderá
propor modificações no projeto de lei relativo ao PPA.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Opa, pode sim o Presidente da República propor modificações no projeto de lei relativo ao
PPA, desde que não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta.
Errado.

§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar
a que se refere o art. 165, § 9º.

Note que o Presidente da República deve encaminhar ao Parlamento os projetos de lei


do PPA, da LDO e da LOA. Destaque-se que essa competência é exclusiva do CHEFE DO
PODER EXECUTIVO, função essa exercida pelo Presidente da República (ou Governadores
e Prefeitos). Em suma, tenha em mente que a iniciativa é sempre do Poder Executivo.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

O § 8º do artigo 166 deixa claro que os recursos que sobrarem no orçamento, em


decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, podem ser utilizados como
fonte para a abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais.

007. (CESPE/TJ-PI/NOTÁRIO/2013-ADAPTADA) Julgue acerca do disposto na CF sobre


orçamentos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem


sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados mediante créditos especiais
ou suplementares.

Na verdade, poderão sim ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, desde que com prévia e específica autorização legislativa.
Em outras palavras, os recursos que sobraram no orçamento, em decorrência de veto,
emenda ou rejeição do projeto de LOA, podem ser utilizados como fonte para a abertura
de créditos adicionais suplementares ou especiais.
Errado.

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2%


(dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do
projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)

Com a EC 126/2022, de 20/12/2022, as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária


serão aprovadas no limite de 2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício
anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade desse percentual
será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Desse limite de 2%, 1,55% (um inteiro
e cinquenta e cinco centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45%
(quarenta e cinco centésimos por cento) às de Senadores. Lembrando que essa ampliação
do limite das individuais serviu para “compensar” os congressistas pela limitação no uso
das emendas de relator (“Orçamento Secreto”) pelo STF no final de 2022.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

DICA
Subsiste a obrigação de o parlamentar destinar metade
dos recursos das emendas individuais a ações e serviços
públicos de saúde.

008. (FCC/SEFAZ-SC/AUDITOR/2018- ATUALIZADA) De acordo com a disciplina constitucional


em matéria de lei orçamentária anual federal,
a) cabe a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, dentre outras
competências, examinar e emitir parecer sobre o respectivo projeto de lei e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões do Congresso Nacional e de suas Casas.
b) é vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária anual
na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de despesas.
c) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, independentemente de prévia e específica
autorização legislativa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária anual serão aprovadas no limite de


2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao encaminhamento do
PLOA, devendo dois terços desse percentual ser destinado a ações e serviços públicos de saúde.
e) é obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações contidas na Lei
Orçamentária Anual, em montante correspondente a 2% (dois por cento) da receita corrente
líquida realizada no exercício anterior.

A alternativa a de refere corretamente à chamada Comissão Mista de Planos, Orçamentos


Públicos e Fiscalização com papel previsto no artigo 166, § 1º, da CF/1988. Confira com
grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.

Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:


b) Errada. A anulação de despesas é hipótese, segundo o artigo 166, § 3º da CF/1988, que
permite a aprovação de emendas ao projeto de lei orçamentária.
c) Errada. Já que é necessária prévia e específica autorização legislativa, nos termos do
artigo 166, § 8º, da nossa Carta Magna.
d) Errada. Na verdade, nos termos do artigo 166, § 9º, da CF/1988, metade desse percentual
ser destinado a ações e serviços públicos de saúde e não dois terços como diz a alternativa.
e) Errada. De acordo com o artigo 166, § 9º, da CF/1988 a obrigatoriedade é das emendas
parlamentares individuais.
Letra a.

§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no §


9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198,
vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)

Basicamente, o percentual da RCL – Receita Corrente Líquida fica vinculado às emendas


individuais dos deputados e senadores, sendo que parte desse percentual deve ser destinado
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

às ações e serviços públicos da área de saúde, sendo que tais gastos são computados no
montante anual de gastos com saúde para atender a vinculação constitucional de mínimo
de gastos com essa natureza.
Além disso, o parágrafo 10 traz a ideia de evitar que tais recursos sejam destinados a
“inchar a máquina pública” por meio do pagamento de despesas com pessoal e seus encargos.

§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de


emendas individuais, em montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste
artigo, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei
complementar prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto no §
9º-A deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações
incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do
Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada
no exercício anterior. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)

Com a entrada em vigor da EC 100/2019, passou a ser obrigatória também a execução da


programação orçamentária proveniente de emendas de bancada dos parlamentares. Assim,
a execução obrigatória das emendas de bancada deve seguir as mesmas regras das emendas
individuais e devem corresponder a 1% da RCL a partir de 2021, sendo de 0,8% para 2020.

§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de


execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução
deverão observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise
e verificação de eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos
necessários à viabilização da execução dos respectivos montantes. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 100, de 2019)

Note que de acordo com a redação dos parágrafos 13 e 14 do artigo 166 da CF/1988,
só não haverá execução obrigatória nos casos de impedimento de ordem técnica que
impossibilitem a realização do empenho da despesa.

§ 15. (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)


§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista
nos §§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios,
independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de
cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal
de que trata o caput do art. 169. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)

A redação trazida pela EC 100/2019 ao parágrafo 16 do artigo 166 da CF/1988 teve


por objetivo evitar que situação financeira ruim de Estados e Municípios (incluindo atrasos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

de pagamentos de parcelas de obrigações junto à União) impedisse que os recursos das


emendas parlamentares fossem bloqueados e que tais gastos sejam computados para fins
de limites com despesa de pessoal. Em suma, os parlamentares pensaram “farinha pouca,
meu pirão primeiro”.

§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e


12 deste artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira
até o limite de 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do
encaminhamento do projeto de lei orçamentária, para as programações das emendas
individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das
emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)

Acerca dos restos a pagar no âmbito do orçamento impositivo, determinando que


os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos § 11 e 12
(emendas impositivas individuais e de bancada) poderão ser considerados para fins de
cumprimento da execução financeira até o limite de 1% (um por cento) da RCL realizada
no exercício anterior, para as programações das emendas individuais, e até o limite de
0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de bancada.
Atente, portanto, ao fato de que parte das emendas impositivas (podem ser destinadas
para o pagamento de restos a pagar.

§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias,
os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma
proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)

O § 18 do artigo 166 visa a preservação do cumprimento da meta fiscal estabelecida


na LDO, sendo que também as emendas parlamentares impositivas ficam alcançadas pela
restrição da mesma forma que as demais despesas da União.

§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que


observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às
emendas apresentadas, independentemente da autoria, observado o disposto no § 9º-A
deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 126, de 2022)

O § 19 do artigo 166 dispôs acerca do critério equitativo para execução das emendas,
definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas
apresentadas, independentemente da autoria.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início
de investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução
já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a
cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 100, de 2019)”.

Guarde que o §20 traz a previsão que, caso a emenda de bancada verse sobre início de
investimento com duração superior a um exercício financeiro ou cuja execução já tenha
sido iniciada, a mesma bancada é que deverá apresentar emendas, a cada exercício, até
a conclusão da obra ou do empreendimento.

Agora vem uma novidade: a EC 105/2019 incluiu o artigo 166-A na CF/1988.

Na prática, o resultado dessa EC 105/2019 é que vai ficar mais fácil o acesso aos
recursos das emendas parlamentares individuais, já que a partir do Orçamento Geral da
União de 2020, ela autoriza a transferência direta de recursos de emendas parlamentares
para Estados, ao DF e a Municípios sem vinculação a uma finalidade específica, ou seja,
o Congressista e o Ente que receber os recursos de sua emenda parlamentar passam a
dispor de maior liberdade na aplicação dos recursos públicos.

Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária


anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – transferência especial; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – transferência com finalidade definida. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do
Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites
da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento
do ente federado, vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput
deste artigo no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)

De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão
deixar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de
endividamento e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em
seu território.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:


(Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração
de convênio ou de instrumento congênere; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
III – serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo
do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)

Na transferência especial o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de


convênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído o
repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado em
programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo.

§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do


caput deste artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o
acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)

O município beneficiado pode firmar contratos de cooperação técnica relacionados


ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente, esse serviço é prestado pela
Caixa Econômica Federal.

§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo,
os recursos serão: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)
II – aplicados nas áreas de competência constitucional da União. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que
se refere o inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)”

Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capital,
exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio, como
insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.

1.3. ARTIGO 167 – VEDAÇÕES EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA


Vá logo se ambientando com as ideias básicas de algumas vedações impostas por
nossos constituintes:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

No artigo 167 da CF/1988 temos os dispositivos constitucionais proibitivos, ou seja,


as vedações constitucionais em matéria orçamentária.

Art. 167. São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

Podemos ver que o inciso I proíbe o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Em outras palavras, mesmo com previsão no PPA ou na LDO acerca da realização de
despesas vinculadas a determinadas ações ou programas governamentais, o efetivo gasto
e, assim, a execução do projeto, somente poderão ir adiante se houver previsão específica
quanto às receitas e às despesas na LOA, em consonância com o princípio da universalidade
(estudado na aula de Princípios Orçamentários).

009. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018/ADAPTADA) No que se refere a vedações constitucionais


em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito financeiro da CF, julgue:
O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela
CF, desde que a sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício
financeiro anterior.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Não existe exceção para isso. O início de programas e projetos não incluídos na LOA é
vedado pela CF.
Errado.

II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários ou adicionais;

O inciso II proíbe a realização de despesas que superem os créditos orçamentários ou


adicionais, ou seja, toda despesa deve estar vinculada a uma receita, não sendo permitido
assumir obrigações sem a indicação da respectiva fonte de financiamento.

III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (a regra de ouro foi dispensada
durante o regime extraordinário – “orçamento de guerra” – para combate à pandemia pela
EC 106/2020 – durante o ano de 2020, voltando a valer em 2021).

Podemos ver que no inciso III, existe um limite quanto à realização de operações
de crédito, tendo em vista que ao serem contratadas e contraídas aumentam o
endividamento do Estado.

Essa é a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas. De acordo com a “Regra de
Ouro” das Finanças Públicas, a contratação de operações de crédito não poderá ser superior
ao montante das despesas de capital, a não ser que haja autorização específica pelo Poder
Legislativo, por maioria absoluta, mediante crédito adicional suplementar ou especial, com
finalidade precisa. Ela tenta garantir que as receitas advindas do endividamento estejam
no mesmo patamar do gasto com investimentos.

DICA
A EC 106/2020 (Orçamento de Guerra) dispensou, durante
a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública nacional da pandemia (que ainda não
foi prorrogada, ou seja, encerrou-se em 31/12/2020), a
obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das
finanças públicas. Ainda de acordo com a EC 106/2020, o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Ministério da Economia deve publicar, a cada 30 (trinta)


dias, relatório com os valores e o custo das operações de
crédito realizadas no período de vigência do estado de
calamidade pública nacional relativa à pandemia.

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do


produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

O inciso IV trata do Princípio Orçamentário da Não Vinculação da Receita de Impostos


a Órgão, Fundo ou Despesa (estudado na aula de Princípios Orçamentários).
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;

No inciso V combinado com os §§ 2º e 3º, que tratam de créditos adicionais, aparecem


os mecanismos que retificam o orçamento anual.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

O inciso VI combinado com o § 5º (exceção) tratam do Princípio da Proibição do Estorno


de Verbas.
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

No inciso IX temos a vinculação da instituição de fundos, aqueles instrumentos


orçamentários criados com o objetivo de destinar recursos a programas, projetos e atividades
governamentais, à prévia autorização legislativa.

010. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Julgue o item subsequente, relativo


ao sistema tributário, ao sistema financeiro, ao orçamento público e ao controle externo
conforme as disposições da CF.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

No âmbito das finanças públicas, é necessária a existência de prévia autorização legislativa


para a instituição de fundos de qualquer natureza.

Sim, é necessária a existência de prévia autorização legislativa para a instituição de


fundos de qualquer natureza, já que a constituição, em seu artigo 167, inciso IX, veda a
instituição de fundos sem prévia autorização legislativa.
Certo.

X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação


de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

No inciso X a vedação visa é limitar a facilitação do aumento e superação de limites em


relação às despesas de pessoal. Em outras palavras, fica vedada a transferência voluntária
de recursos e a concessão de empréstimos pelo Governo Federal e Estadual e respectivas
instituições financeiras, cujo objetivo seja o pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Note, portanto, as transferências constitucionais (tipo FPE e FPM) e as legais (tipo
FUNDEB) não sofrem qualquer restrição pelo dispositivo anterior, o que tem toda lógica.
Por outro lado, continuam permitidas as transferências voluntárias, desde que os recursos
NÃO SEJAM aplicados no pagamento da folha de ativos e inativos do ente recebedor.

EXEMPLO
Assim, não pode a UNIÃO repassar recurso via transferência voluntária para o município X
para pagar o salário dos seus funcionários e aposentados, mas pode a UNIÃO repassar recurso
via transferência voluntária para o município X para construir uma escola ou um hospital,
por exemplo.

XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I,
a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.

O inciso XI limita a utilização dos recursos/receitas decorrentes da arrecadação de


contribuições destinadas ao financiamento da Seguridade Social ao pagamento do regime
geral de previdência social, disciplinado no artigo 201 da CF/1988.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Em outras palavras, enquanto nas receitas dos impostos a regra é a da não vinculação,
quando se trata da disciplina das contribuições, a norma constitucional é inversa: deve
haver vinculação à finalidade pela qual o tributo foi exigido.

XII – na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de
recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos
previstos no art. 249, para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios
previdenciários do respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua
organização e ao seu funcionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
XIII – a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções
pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras
federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento
das regras gerais de organização e de funcionamento de regime próprio de previdência social.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)

DICA
A Reforma da Previdência Social, implementada por meio
da EC 103/2019, trouxe para nossa Carta Magna os incisos
XII e XIII do artigo 167. Embora não tratem diretamente da
reforma previdenciária em si, tais incisos foram agregados
no âmbito das finanças públicas com o objetivo de permitir
maior rigor no controle das contas públicas no que diz
respeito à gestão do RPPS.
Basicamente, no inciso XIII o legislador procurou dificultar
a utilização dos recursos do RPPS – Regime Próprio de
Previdência Social para finalidade diversa de pagar
aposentadorias e pensões.
Já no inciso XIII a preocupação do legislador foi proibir que a
União “passe a mão na cabeça” dos demais entes por meio de
transferência voluntária de recursos, a concessão de avais,
as garantias e as subvenções ou por meio da concessão de
empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras
federais, quando tais entes descumprirem as regras gerais
de organização e de funcionamento de seu RPPS.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 32 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

XIV – a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante
a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por
programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

A EC 109/2021 inseriu no artigo 167 uma nova vedação absoluta. A ideia foi proibir a
criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados por meio da
vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por
programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública.

Continuando...

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155, 156, 157, 158 e as
alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para
pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

Perceba que foi feito um ajuste no princípio da não afetação da Receita Pública. Na
prática, a União pode exigir como garantia ou contragarantia para quitar débitos todas as
receitas e respectivas repartições de recursos, exceto aquelas relativas à CIDE – Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico.

§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista
no inciso VI deste artigo”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 33 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

011. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o


próximo item.
É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.

Amigo(a), o lance aqui é que a EC 85/2015 incluiu o § 5º no artigo 167 da CF/1988 que é uma
exceção à vedação do inciso VI, especificamente para as atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com base na ideia de que essa área precisa de um pouco mais de flexibilidade
que as demais. Confira, novamente, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


...
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
...
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas
funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa
prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)

Certo.

Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A, relativo a um regime fiscal
facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo Estadual ou Municipal
seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime.
Vamos apresentar os artigos e depois comentá-los:

Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes
e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto
permanecer a situação, aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares,
exceto dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
II – criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
IV – admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas: (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição;
e (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de
formação de militares; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
V – realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso
IV deste caput; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
VI – criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou
benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de
Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos
e de militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial
transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas
de que trata este artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
VII – criação de despesa obrigatória; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
VIII – adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art.
7º desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
IX – criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão,
renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com
subsídios e subvenções; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
X – concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da receita corrente,
sem exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as medidas nele indicadas
podem ser, no todo ou em parte, implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com
vigência imediata, facultado aos demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em
seus respectivos âmbitos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de urgência, à
apreciação do Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 3º O ato perde a eficácia, reconhecida a validade dos atos praticados na sua vigência,
quando: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

I – rejeitado pelo Poder Legislativo; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – transcorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sem que se ultime a sua apreciação;
ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
III – apurado que não mais se verifica a hipótese prevista no § 1º deste artigo, mesmo após
a sua aprovação pelo Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 5º As disposições de que trata este artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – não constituem obrigação de pagamento futuro pelo ente da Federação ou direitos de
outrem sobre o erário; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais
e legais que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas
nele previstas tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de
acordo com declaração do respectivo Tribunal de Contas, é vedada: (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
I – a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido;
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou empresas estatais
dependentes, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida
contraída anteriormente, ressalvados os financiamentos destinados a projetos específicos
celebrados na forma de operações típicas das agências financeiras oficiais de fomento.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

Temos de início a hipótese de aplicação do ajuste fiscal, que ocorre com a verificação
de que a relação entre despesas e receitas correntes é superior a 95% no período de 12
meses. O §4 do art. 167-A prevê que a apuração deve ser realizada bimestralmente, sendo
essa disposição bem semelhante ao previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Existem diversas vedações a serem aplicadas caso o limite seja atingido. A primeira delas
trata da concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de
militares, sendo excepcionados os derivados de sentença judicial transitada em julgado ou
de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo
Também ficam proibidas a criação de cargo, emprego ou função que implique aumento
de despesa; alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa e admissão
ou contratação de pessoal, a qualquer título. Nesse último caso, ficam ressalvadas:
• as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
• as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

• as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do artigo 37 desta


Constituição; e
• as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos
de formação de militares.
Merece registro também a proibição que trata da realização de concurso público. Repare
que a vedação se aplica a novos cargos, mas não impede a reposição das vacâncias.
Repare também que existe ainda a vedação de criação ou majoração de auxílios, vantagens,
bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza, inclusive os de
cunho indenizatório, em favor de membros de Poder, do Ministério Público ou da Defensoria
Pública e de servidores e empregados públicos e de militares, ou ainda de seus dependentes,
com exceção dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação
legal anterior ao início da aplicação das medidas de ajuste fiscal.
Finalizando o rol de proibições temos:
1) a criação de despesa obrigatória;
2) a adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação
da inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do art. 7 da CF;
3) a criação ou expansão de programas e linhas de financiamento;
4) a remissão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das
despesas com subsídios e subvenções e concessão ou ampliação de incentivo ou benefício
de natureza tributária.
Importante registrar ainda que, enquanto as medidas anteriormente relacionadas não
forem cumpridas, ficam vedadas:
a) a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido;
b) a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da
Federação, diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou
empresas estatais dependentes, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente. Aqui temos como exceção os financiamentos
destinados a projetos específicos celebrados na forma de operações típicas das agências
financeiras oficiais de fomento.
Importante guardar que a EC 109/2021 determina as medidas a serem tomadas quando
apurado que a despesa corrente supera 85% (da receita corrente, sem exceder o percentual de
95%. Essas medidas poderão ser tomadas no todo ou em parte e deverão ser implementadas
por atos do Chefe do Poder Executivo com vigência imediata. Além disso, faculta-se aos
demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos.
Vale destacar ainda que o ato deve ser submetido, em regime de urgência, à apreciação
do Poder Legislativo, perdendo eficácia em caso de rejeição, decurso de 180 dias sem
aproximação ou quando não for mais verificada a hipótese que o autorizou.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos


167-B a 167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São
regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública
e que tratam da aplicação do ajuste fiscal pelos entes.
Vamos apresentar os artigos e depois comentá-los:

Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve
adotar regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades
dele decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular,
nos termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-C. Com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus
efeitos sociais e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal pode adotar
processos simplificados de contratação de pessoal, em caráter temporário e emergencial,
e de obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade
de condições a todos os concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 na
contratação de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição, limitada a
dispensa às situações de que trata o referido inciso, sem prejuízo do controle dos órgãos
competentes. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo
de enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos
restritos à sua duração, desde que não impliquem despesa obrigatória de caráter continuado,
ficam dispensados da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão
ou à ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia
de receita. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata
o art. 167-B, não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 desta Constituição. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore
a calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167
desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-F. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art.
167-B desta Constituição: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – são dispensados, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade
pública, os limites, as condições e demais restrições aplicáveis à União para a contratação
de operações de crédito, bem como sua verificação; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
109, de 2021)
II – o superávit financeiro apurado em 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao
reconhecimento pode ser destinado à cobertura de despesas oriundas das medidas de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

combate à calamidade pública de âmbito nacional e ao pagamento da dívida pública. (Incluído


pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 1º Lei complementar pode definir outras suspensões, dispensas e afastamentos aplicáveis
durante a vigência do estado de calamidade pública de âmbito nacional. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
§ 2º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica às fontes de recursos: (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – decorrentes de repartição de receitas a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios;
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – decorrentes das vinculações estabelecidas pelos arts. 195, 198, 201, 212, 212-A e 239
desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
III – destinadas ao registro de receitas oriundas da arrecadação de doações ou de empréstimos
compulsórios, de transferências recebidas para o atendimento de finalidades determinadas
ou das receitas de capital produto de operações de financiamento celebradas com finalidades
contratualmente determinadas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-G. Na hipótese de que trata o art. 167-B, aplicam-se à União, até o término da
calamidade pública, as vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 1º Na hipótese de medidas de combate à calamidade pública cuja vigência e efeitos não
ultrapassem a sua duração, não se aplicam as vedações referidas nos incisos II, IV, VII, IX e X do
caput do art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 2º Na hipótese de que trata o art. 167-B, não se aplica a alínea “c” do inciso I do caput
do art. 159 desta Constituição, devendo a transferência a que se refere aquele dispositivo
ser efetuada nos mesmos montantes transferidos no exercício anterior à decretação da
calamidade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 3º É facultada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a aplicação das vedações
referidas no caput, nos termos deste artigo, e, até que as tenham adotado na integralidade,
estarão submetidos às restrições do § 6º do art. 167-A desta Constituição, enquanto
perdurarem seus efeitos para a União. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

No que diz respeito ao artigo 167-B, guarde que ele dispõe acerca da adoção do regime
extraordinário fiscal durante o estado de calamidade pública, mas será cabível somente
naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular.
Já no artigo 167-C temos a permissão para adoção de processos simplificados de
contratação de pessoal e a possibilidade de dispensa da observância de limites legais pelas
proposições legislativas quando tiverem propósito exclusivo de enfrentar a calamidade e
suas consequências sociais e econômicas, sendo a vigência restrita à sua duração e não
podendo tratar de despesa obrigatória de caráter continuado.
Visando reforçar nossa previdência social, a pessoa jurídica em débito com o sistema
da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público
nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Tivemos ainda outras previsões aplicáveis durante a vigência da calamidade pública,


como a dispensa, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade
pública, dos limites, das condições e demais restrições aplicáveis à União para a contratação
de operações de crédito, bem como sua verificação. Guarde ainda que durante a vigência da
calamidade pública o superávit financeiro apurado em 31 de dezembro do ano imediatamente
anterior ao reconhecimento pode ser destinado à cobertura de despesas oriundas das
medidas de combate à calamidade pública de âmbito nacional
Em relação ao artigo 167-G, merece destaque previsão de faculdade dos demais entes
para aplicar as vedações, embora essa faculdade se torne uma obrigatoriedade visto que os
entes estarão submetidos às restrições do § 6º do artigo 167-A até que tenham adotado
as medidas em sua integralidade.
A EC 109/2021 também alterou alguns dispositivos do artigo 109 do ADCT, que passou a
prever um limite menor que o anterior no que diz respeito às despesas obrigatórias primárias.
Na redação anterior tínhamos a aplicação de vedações caso o ente atingisse o limite
individualizado quanto às despesas (“teto de gastos” previsto no art. 107 do ADCT).
Com a EC 109/2021 o limite passou a ser de 95% da despesa obrigatória primária em
relação à despesa primária total.
Merece destaque a previsão de que se a União extrapolar o limite previsto, não será
possível que conceda reajuste, no lapso temporal prevista no artigo 106 (até 2036, ou seja,
20 exercícios financeiros após a promulgação da EC 95/2016).

1.4. ARTIGO 168 – AUTONOMIA DOS PODERES E ÓRGÃOS


Vamos fazer a leitura, ver uma questão para ver a sua aplicação em prova e, em seguida,
ver o posicionamento do STF.

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.

JURISPRUDÊNCIA
Controle concentrado de constitucionalidade
NOVO: A retenção do repasse de duodécimos por parte do Poder Executivo configura
ato abusivo e atentatório a ordem constitucional brasileira.
[ADPF 384, rel. min. Edson Fachin, j. 6-8-2020, P, DJE de 8-10-2020.]
Resolução editada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
que alterou os percentuais de destinação de emolumentos relativos aos atos praticados
pelos serviços notariais e de registros (Resolução 196/2005). Ato administrativo com
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

caráter genérico e abstrato. (...) Supressão de parcela destinada ao Poder Executivo,


que passaria a ser destinada ao Poder Judiciário. (...) Caracterizada a violação dos arts.
167, VI, e 168 da CF, pois a norma impugnada autoriza o remanejamento do Poder
Executivo para o Poder Judiciário sem prévia autorização legislativa.
[ADI 3.401, rel. min. Gilmar Mendes, j. 26-4-2006, P, DJ de 23-2-2007.]
Julgado correlato
NOVO: O direito prescrito no art. 168 da CF/1988 instrumentaliza o postulado da
Separação de Poderes e, dessa perspectiva, institui um dos fundamentos essenciais
para a permanência do Estado Democrático de Direito, impedindo a sujeição dos
demais Poderes e órgãos autônomos da República a arbítrios e ilegalidades perpetradas
no âmbito do Poder Executivo respectivo. É dever de cada um dos Poderes, por ato
próprio, proceder aos ajustes necessários, com limitação de empenho (despesa),
ante a frustração de receitas que inviabilize o cumprimento de suas obrigações (LC
101/2000, art. 9º), operando-se esses ajustes em um ambiente de diálogo institucional,
em que o Poder Executivo sinaliza o montante da frustração de receita – calculada a
partir do que fora projetado no momento da edição da lei orçamentária e a receita
efetivamente arrecadada no curso do exercício financeiro de referência – e os demais
Poderes e órgãos autônomos da República, no exercício de sua autonomia administrativa,
promovem os cortes necessários em suas despesas para adequarem as metas fiscais
de sua responsabilidade aos limites constitucionais e legais autorizados, conforme sua
conveniência e oportunidade. O impasse no ambiente dialógico institucional reclama
a atuação de um terceiro – estranho ao órgão autônomo interessado no repasse
orçamentário e ao Poder com a função de arrecadar a receita e realizar o orçamento
– na solução da controvérsia, admitindo-se que o contingenciamento uniforme seja
autorizado por decisão judicial, resguardando-se a possibilidade de compensação
futura no caso de a frustração orçamentária alegada não se concretizar. A exigência de
repasse integral dos recursos financeiros projetados na lei orçamentária para Poderes
e órgãos autônomos não é o meio adequado para se proceder ao sancionamento de
eventual ilegalidade perpetrada pelo Poder Executivo respectivo nos atos de governo e
de gestão de sua responsabilidade, os quais podem e devem ser submetidos a avaliação
nas esferas adequadas e perante os órgãos competentes para seu conhecimento e
eventual sancionamento dos responsáveis. Tutela de urgência parcialmente deferida
para assegurar ao Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro o direito de receber,
até o dia vinte de cada mês, em duodécimos, os recursos correspondentes às dotações
orçamentárias, sendo facultado ao Poder Executivo do referido Estado-membro
proceder ao desconto uniforme de 19,6% da Receita Corrente Líquida prevista na Lei
estadual 7.210/2016 (LOA) em sua própria receita e na dos demais Poderes e órgãos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

autônomos, ficando ressalvada a possibilidade de compensação futura caso não se


demonstre o decesso na arrecadação no “relatório detalhado com todos os recursos
que compõem a Receita Corrente Líquida” (Lei estadual 7.483/2016, art. 7º, II), ao
qual deve ser conferida a mais ampla transparência e publicidade.
[MS 34.483, rel. min. Dias Toffoli, j. 22-11-2016, 2ª T, DJE de 8-8-2017.]

012. (CESPE/DEFENDORIA-PÚBLICA-DF/DEFENSOR/2013) Considerando as disposições da


CF sobre os orçamentos e as finanças públicas, julgue o item subsecutivo.
Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP e à DP
devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte de cada mês.

A assertiva em tela está de acordo com o artigo 168 da CF/1988, de acordo com o qual
as dotações orçamentárias destinadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP e à DP
devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte de cada mês,
na forma da Lei Complementar referida no § 9º do artigo 165 da CF/1988.
Certo.

JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o STF, cujo trecho do MS 34.483 (Min. Dias Toffoli, j. 22-11-2016, 2ª T,
DJE de 8-8-2017) a seguir reproduzimos, “o direito prescrito no art. 168 da CF/1988
instrumentaliza o postulado da Separação de Poderes e, dessa perspectiva, institui
um dos fundamentos essenciais para a permanência do Estado Democrático de Direito,
impedindo a sujeição dos demais Poderes e órgãos autônomos da República a
arbítrios e ilegalidades perpetradas no âmbito do Poder Executivo respectivo.
É dever de cada um dos Poderes, por ato próprio, proceder aos ajustes necessários,
com limitação de empenho (despesa), ante a frustração de receitas que inviabilize o
cumprimento de suas obrigações (LC 101/2000, art. 9º), operando-se esses ajustes em
um ambiente de diálogo institucional, em que o Poder Executivo sinaliza o montante
da frustração de receita – calculada a partir do que fora projetado no momento da
edição da lei orçamentária e a receita efetivamente arrecadada no curso do exercício
financeiro de referência – e os demais Poderes e órgãos autônomos da República, no
exercício de sua autonomia administrativa, promovem os cortes necessários em
suas despesas para adequarem as metas fiscais de sua responsabilidade aos limites
constitucionais e legais autorizados, conforme sua conveniência e oportunidade”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Por meio da EC 109/2021, foram inseridos novos parágrafos no artigo 168 da nossa
Carta Magna.
§ 1º É vedada a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses
duodecimais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput deste artigo
deve ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor deduzido
das primeiras parcelas duodecimais do exercício seguinte. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 109, de 2021)

Note, portanto, que outra novidade trazida pela Emenda foi a inserção do §§1 e do §2 ao
artigo 168, vedando a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses
duodecimais e prevendo que o saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma
do caput deste artigo deve ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo,
ou terá seu valor deduzido das primeiras parcelas duodecimais do exercício seguinte.

1.5. ARTIGO 169 – DESPESAS COM PESSOAL


Interessante ter uma visão inicial superficial das principais ideias desse artigo. Depois
vamos esmiuçá-lo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Agora vamos fazer a leitura e, em seguida, apresentar algumas considerações acerca


desse artigo. A EC 109/2021 inseriu o termo pensionista (antes só apareciam ativo e inativo)
no artigo 169 que trata da despesa com pessoal. Confira a nova redação:

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

A Carta Magna, em seu artigo 169 determina o estabelecimento de limites para as


despesas com pessoal ativo e inativo da União dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios a partir de lei complementar.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos


e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: (dispensada apenas
o ano de 2020 quando - vide EC 106/2020 – tivemos o ORÇAMENTO DE GUERRA)

Note que o § 1º do artigo 169 da nossa Carta Magna nos diz que os aumentos de despesas
com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser feitos se houver
prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes ou se houver autorização específica na LDO, ressalvadas
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de


pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação
aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas
federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os
referidos limites.

O § 2º determina que decorrido o prazo estabelecido na Lei Complementar, ou seja, na


LRF, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites.

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar
o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique
a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto
no § 4º”.

Ainda no que concerne a aumento de despesa com pessoal, guarde que é nulo de pleno
direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
Guarde também que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a
concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal
e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A LRF estabeleceu os limites máximos para a despesa total com com pessoal de cada
Poder e órgão, sendo que a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para as
despesas com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre.

Importante destacar que a LDO de cada Ente Federado pode definir limites inferiores aos
estabelecidos na LRF. A própria LRF estabeleceu como limite de alerta 90% do limite
que não poder ser ultrapassado.

013. (CESPE/PREFEITURA-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito de endividamento


e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.
Não é exigível prévia dotação orçamentária para a concessão de vantagem ou aumento de
remuneração em recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em
virtude da inflação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Para responder essa questão precisamos conhecer os dispositivos constitucionais que


tratam das regras de aumento das despesas com pessoal ativo e inativo no âmbito da
União, Estados, DF e Municípios, presentes no artigo 169 da nossa CF/1988.
Assim, precisamos conhecer quais são as situações em que são permitidas as concessões
de vantagens ou afins que causem aumentos nas despesas com pessoal.
Nessa toada, temos no inciso I desse dispositivo a exigência de dotação orçamentária
prévia e suficiente para atender as projeções de despesa com pessoal decorrentes das
concessões das vantagens, aumentos EFETIVOS de remuneração, criação de cargos etc.,
mais quaisquer acréscimos decorrentes dessas projeções.
Entretanto, a variação do poder aquisitivo da moeda (inflação) não se enquadra como
aumento efetivo já que não pode ser tratada como uma recomposição salarial efetiva, mas
apenas como uma recomposição ou revisão geral anual.
Em suma, leve para a prova que não se exige dotação orçamentária prévia no caso das
variações das despesas com pessoal decorrentes de efeitos inflacionários.
Certo.

Nós sabemos que os gastos com a folha de pagamento de pessoal e inativos e pensionistas
representam o “carro chefe” das despesas de todo o setor público brasileiro. Assim, uma
das regras básicas da Lei de Responsabilidade Fiscal diz respeito à imposição de limites
para os gastos com pessoal.
A definição desse limite é um verdadeiro princípio e busca simplesmente permitir que
o gestor público cumpra o papel que a sociedade lhe atribuiu: proporcionar bem-estar à
população, a partir dos recursos que lhe são entregues na forma de tributos.
Nessa linha de raciocínio, a única restrição é que a referida lei não poderá ser aplicada
naquele exercício financeiro. Caso, no exercício seguinte, exista dotação na LOA, e autorização
na LDO, a lei que concede o aumento poderá ser aplicada.

2. CONHECENDO MAIS SOBRE ASPECTOS AVANÇADOS DO


ORÇAMENTO PÚBLICO

2.1. ORÇAMENTO AUTORIZATIVO X IMPOSITIVO X HÍBRIDO


Antes de nos aprofundarmos no tema, preciso que você entenda bem o significado das
expressões “orçamento autorizativo”, “orçamento impositivo” e “orçamento híbrido” que
são conceitos doutrinários de nossa matéria.
Assim, guarde que o conceito de orçamento autorizativo nada mais é, sinteticamente
falando, uma autorização legal para realização de gastos públicos. Nessa toada o Poder
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Executivo elabora a sua proposta orçamentária e o Congresso Nacional a aprova, autorizando


que o executivo efetue os respectivos gastos. Nesse caso, note que os parlamentares não
definem em que e quanto gastar, mas simplesmente aprovam (ou não) a proposta enviada
pelo Poder Executivo (com algumas emendas).
De modo distinto, no conceito de orçamento impositivo existe uma transferência de
responsabilidade de definir “em que e quanto gastar” para o Congresso Nacional, como é o
caso dos Estados Unidos, onde o parlamento ocupa o papel principal na peça orçamentária.

DICA
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão
de prova você podia marcar que o orçamento brasileiro
era autorizativo. De lá para cá temos ainda que a maior
parte do Orçamento Brasileiro continua sendo autorizativo
para as despesas discricionárias, MAS NÃO MAIS 100%
AUTORIZATIVO.
Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do
Orçamento Federal Brasileiro continua sendo autorizativo,
mas em menor parte também impositivo, situação que a
Doutrina denominou de Orçamento Híbrido.

Entendendo esses conceitos, na hora da prova TENHA MUITA ATENÇÃO na redação da


assertiva para não cair em uma eventual pegadinha.
Feita essa introdução, vamos nos aprofundar.
Importante deixar registrado que, no Brasil, o orçamento público é, em relação às
despesas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação de despesas
é uma mera sugestão ou previsão de gastos, sem que haja o dever legal de executá-los.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

A Doutrina então classifica os créditos orçamentários em autorizativos, para aqueles


que o governo está autorizado a realizar a despesa, e impositivos, para aqueles que o
governo está obrigado a realizar a despesa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está
condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercício
financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme artigo 34 da Lei n. 4.320/1964).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30
dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspondentes às
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados
aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês”.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar
sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita,
anualmente, o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento
(decreto de programação orçamentária e financeira), bloqueando recursos, que passam
a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamento
impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas
individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas
até 1,2% da Receita Corrente Líquida - RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao
Congresso Nacional. Entretanto, de acordo com a nova redação do artigo 166, parágrafo
11, trazida pela EC 126/2022, é obrigatória a execução orçamentária e financeira das
emendas parlamentares individuais em montante correspondente a 2% da RCL realizada
no ano anterior.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma
pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do
conceito doutrinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga
o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.
Existem ainda alguns Doutrinadores que entendem que somente após a EC 100/2019
(adiante comentada) é que o orçamento impositivo passou a ter vez no Brasil.
O que você deve levar para a prova é que hoje em dia algumas despesas consignadas no
orçamento devem necessariamente ser executadas, ou seja, não podemos mais dizer que
o orçamento brasileiro é plenamente autorizativo, sendo, em verdade, em sua maior parte
ainda autorizativo, mas também impositivo para as situações previstas na Própria CF/1988.
Na verdade, temos que ter muito cuidado com a interpretação da assertiva no dia da
prova. Veja a seguir duas questões muito sutis elaboradas de forma maldosa para pegar,
onde além de conhecer o tema você precisa ficar muito atendo à redação da assertiva.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

014. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADO) Em relação ao conceito,


às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue o item a seguir.
De acordo com a jurisprudência do STF, o orçamento público, em regra, possui caráter
autorizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera
direito subjetivo à sua realização.

Para as despesas discricionárias, o STF já decidiu que, em regra, a previsão de despesa, em


lei orçamentária, não gera direito subjetivo a ser assegurado por via judicial.
Assim, o CESPE entende que o simples fato de uma despesa discricionária ser incluída no
orçamento não gera direito subjetivo à sua realização.
Considerando ser essa uma questão do ano de 2018 e que, nessa época, já tínhamos a
Emenda Constitucional – EC 86/2015, aquela apelidada de “EC do orçamento impositivo”
que tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas
individuais à LOA por parte dos congressistas (até 1,2% da Receita Corrente Líquida -
RCL prevista no projeto de LOA), mas ainda assim o CESPE considerou a assertiva correta.
Certo.

015. (CESPE/PREF-SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a seguir.


A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, inexiste a
obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas diferentes
dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a hipótese de orçamento
impositivo.

A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC
do orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária
relativas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas.
Errado.

De acordo com a nova redação do artigo 166, parágrafo 11, trazida pela EC 126/2022, é
obrigatória a execução orçamentária e financeira das emendas parlamentares individuais
em montante correspondente a 2% da RCL realizada no ano anterior.
De acordo com o artigo 166, parágrafo 13, da nossa CF/1988, as programações
orçamentárias do parágrafo 11, NÃO SERÃO DE EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA, nos casos dos
impedimentos de ordem técnica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Também de acordo com o artigo 166, parágrafo 18, da nossa CF/1988, se for verificado
que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de
resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos no
§ 11 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente
sobre o conjunto das despesas discricionárias.
Agora vamos ler juntos o parágrafo 17 do artigo 166 da CF/1988:

§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e


12 deste artigo poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira
até o limite de 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do
encaminhamento do projeto de lei orçamentária, para as programações das emendas
individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das
emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.

Guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo com os


ditames da LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal.

No dia 12/12/2019, o Congresso Nacional promulgou a EC – Emenda Constitucional


105/2019, acrescentando o artigo 166-A em nossa Carta Magna, tratando das emendas
individuais impositivas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

O objetivo desse artigo 166-A é, resumidamente falando, autorizar a transferência


direta de recursos de emendas parlamentares para Estados, ao DF e a Municípios sem
vinculação a uma finalidade específica, ou seja, o Congressista e o Ente que receber os
recursos de suam emenda parlamentar passam a dispor de maior liberdade na aplicação
dos recursos públicos.
Trocando em miúdos, o resultado dessa EC 105/2019 é que vai ficar mais fácil o acesso
aos recursos das emendas parlamentares individuais, já a partir do Orçamento Geral da
União de 2020, destinadas aos Municípios, Estados e Distrito Federal.
A CF determinava que as emendas individuais dos parlamentares fossem obrigatoriamente
executadas, embora sujeitas a bloqueios e metade do valor das emendas devia ser destinado
à área de saúde.

Uma importante inovação trazida pela EC 105/2019 é a previsão de que seja feita a
transferência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de
convênio ou instrumento similar com um órgão público intermediário.

A ideia é que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos Estados, DF e Municípios traga agilidade e melhoria
nos serviços prestados ao cidadão, especialmente nos pequenos municípios.
Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro será transferido com
vinculação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso
livre (transferência especial) sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos
de transferências: a especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o
parlamentar encaminha recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade
definida, que é quando a verba vai “carimbada” para um uso determinado.
A EC 105/2019 estabeleceu que 60% das transferências especiais realizadas no
primeiro ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de
junho e que 70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão
que ser utilizados em investimentos.

DICA
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar
encargos sociais e também não poderão ser usados para
pagar juros da dívida.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão
deixar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de
endividamento e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em
seu território.
Guarde alguns aspectos presentes na EC 105/2019 podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial - o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de
convênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído
o repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo.
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de
capital, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de
custeio, como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
• Cooperação técnica - o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação
técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.

Importante registar que a Doutrina já começa a mencionar aqui no Brasil a existência de


um novo princípio orçamentário: o princípio do orçamento impositivo.

O princípio do orçamento impositivo estabelece o dever de execução das programações


orçamentárias, de modo a dar efetividade ao sistema constitucional de planejamento e
orçamento, prevalecendo, assim, no entender de parte da Doutrina, o caráter vinculante
da lei orçamentária.
A adotar esse princípio, leva-se em consideração o § 10 do artigo 165 da CF/1988, que
nos revela que a administração tem o dever de executar as programações orçamentárias,
adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega
de bens e serviços à sociedade.
Com a EC 100/2019, tivemos a ampliação para todo o orçamento público, do regime
jurídico de execução que já se encontrava definido para as programações incluídas por
emendas individuais com a EC n. 85/2015.
Interessante registrar que a CF/1988 deixa claro que o dever de execução não se aplica nos
casos em que exista impedimentos de ordem técnica ou legal. Veja, por exemplo, a questão
relativa à necessidade legal de cumprir metas fiscais, o que requer contingenciamento das
despesas. Nessa toada, a execução do orçamento atinge apenas para as chamadas despesas
discricionárias (não obrigatórias). Repare que a execução das despesas “obrigatórias”, cuja
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

orçamentação, empenho e pagamento decorrem da existência de legislação anterior, que


cria vínculos obrigacionais, define-se pela própria norma substantiva, e não pelo fato de
constar na LOA.

2.2. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO


No que diz respeito à natureza jurídica do orçamento público, importante saber que
existe um debate no Brasil sobre a lei orçamentária no que diz respeito à sua legalidade ser
em sentido material ou apenas em sentido formal.
Para o famoso doutrinador Ricardo Lobo Torres, em Direito Financeiro e Tributário,
Arraes Editores, 2020:

A teoria de que o orçamento é lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza gastos,
sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis financeiras e tributárias, é que melhor se
adapta ao Direito Constitucional Brasileiro.

Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orçamento público,
embora tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora
não pacífica, é a de que o orçamento público, no Brasil, é lei em sentido formal.

JURISPRUDÊNCIA
Entretanto, no que diz ao controle abstrato de constitucionalidade de uma lei
orçamentária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e 4049), embora normalmente
só seja possível esse controle para leis consideradas em sentido material.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

A partir de 2016, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), há nova interpretação
jurídica (ADI 5449 MC) para as chamadas leis ordinárias e especiais (art. 166, § 7º da CF) – PPA,
LDO, LOA e as leis dos créditos adicionais suplementares especiais. Atualmente, são leis nos
dois sentidos (formal e material). Assim, doravante, a materialidade e a substancialidade
de seu conteúdo passam a ser reconhecidas.
Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem “cara”,
ou “forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.
A LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma
(aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.
Note que ideia central da classificação da lei em sentido formal é a “forma”, o rito, o
processo pelo qual a norma passa para ser produzida.

Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstração e
generalidade, não tendo destinatário certo.
Em outras palavras, a lei em sentido material é toda norma de caráter geral e abstrato
que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito
É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como o Código Penal Brasileiro,
que tipifica, por exemplo, o crime de furto, e assim elenca explicitamente o tipo penal como
“subtrair coisa alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não
mencionando quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia
móvel de terceiro, comete o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma norma genérica,
portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

016. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em sentido
formal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmente ato de natureza
político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de
lei em sentido material.

Em regra, o entendimento que você deve levar para a prova é o de que o Orçamento Público
é uma lei em sentido formal. Esse é o entendimento doutrinário predominante.
Entretanto, as bancas examinadoras costumam colocar “complicadores” em assertivas que
tratam desse tema. Ou seja, provavelmente, não vai aparecer em sua prova uma assertiva
que apenas afirme ou negue esse aspecto.
Assim, a assertiva anterior afirmou que é uma lei formal, mas botou uma casca de banana na
parte final: “ mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível
de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material”.
Nesse ponto, o entendimento do examinador, baseado nas ADIS 4048 e 4049 do STF, é que
como o STF entendeu que a Lei Orçamentária pode ser objeto de Controle em sede abstrata

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

de constitucionalidade, e, por tabela, a lei orçamentária PODE hospedar normas gerais ou


abstratas próprias de lei em sentido material.
Errado.

Assim, leve para a prova que, embora com natureza de lei formal de efeitos concretos, pode
ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, característica essa típica de
lei em sentido material. Em suma, não é uma lei tipicamente material, mas não é uma
lei apenas formal em sentido estrito, o que vai exigir muita atenção na hora da prova.

2.3. ORÇAMENTO DE GUERRA E REGIMES FISCAIS EXTRAORDINÁRIOS


Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC 106/2020 publicada
em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro
e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de
pandemia” do COVID-19.
Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal de
modo a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia (COVID-19) e seus efeitos
valeram apenas para o ano de 2020.
O chamado “Orçamento de Guerra”, tem vigência temporária limitada ao encerramento
do estado de calamidade decorrente da pandemia (COVID-19).
Assim, com o reconhecimento por parte do Congresso Nacional do encerramento
do estado de calamidade pública, a EC 106/2020 será automaticamente revogada e o
orçamento de Guerra deixará de vigorar.
Registre-se ainda que a situação de calamidade pública em razão da pandemia
(COVID-19) foi reconhecida pelo Congresso Nacional por meio do DL - Decreto Legislativo
06/2020 até 31/12/2020.

DICA
Entenda o orçamento de guerra como um orçamento
separado do orçamento normal, que foi objeto de LOA, ou
seja, o orçamento de guerra tem seus gastos vinculados ao
combate da pandemia, ficando os demais alocados na LOA.

Outro ponto relevante é que o orçamento de guerra foi válido apenas para a União e
deve estar voltado exclusivamente para atender as necessidades inerentes ao combate à
pandemia e naquilo que for incompatível com o regime ordinário de gastos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Assim, o processo simplificado de gastos aplicado no orçamento de guerra é uma


exceção para a regra geral de contratação no serviço público que é a sua realização via
licitação e concurso público.
Em outras palavras, esse processo simplificado de contratação deve assegurar, sempre
que possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes e que eles só
podem ser usados exclusivamente para o enfrentamento do vírus.
Ainda falando em regime de gastos e de contratação, a EC 106/2020 “liberou”, no âmbito
do combate ao Corona, a contratação por tempo determinado de atender as exigências de
que trata o artigo 37, IX da CF/1988 e também de atender as exigências previstas no § 1º
do artigo 169 da Carta Magna e de estar prevista na LDO.
Merece destaque também o fato de que a EC 106/2020 dispensou ainda o cumprimento
das limitações legais ao aumento de despesa e renúncia de receitas decorrentes da
concessão de incentivos fiscais ou benefícios tributários.
Assim, desde que não implique em aumento permanente de despesas, as proposições
legislativas e os atos do Poder Executivo que tenham o propósito exclusivo de enfrentar a
pandemia e suas consequências sociais e econômicas ficam dispensados da observância das
limitações legais relativas a aumento de despesas e renúncia de receitas previstas na LRF.
Outro ponto relevante para nossa matéria é que a EC 106/2020 dispensou, durante a
integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública nacional da pandemia
(2020), a obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das finanças públicas.
Em outros termos, o “orçamento de guerra” autoriza que o governo realize operações
de crédito para gastar mais com despesas correntes como os salários dos profissionais de
saúde e materiais de consumo como remédios e EPIs – Equipamentos de Proteção Individual.
Nessa toada, visando dotar de transparência as operações de crédito e os gastos públicos
relacionados ao enfrentamento da pandemia, o Ministério da Economia deve publicar, a cada
30 (trinta) dias, relatório com os valores e o custo das operações de crédito realizadas no
período de vigência do estado de calamidade pública nacional relativa à pandemia (COVID-19).
Além disso, as autorizações de despesas relacionadas ao enfrentamento da calamidade
pública nacional decorrente da pandemia (COVID-19) e de seus efeitos sociais e econômicos
deverão ser separadamente avaliadas na prestação de contas do Presidente da República
e evidenciadas, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, no Relatório
Resumido da Execução Orçamentária – RREO.
Como o Congresso Nacional não prorrogou a validade do Orçamento de Guerra por meio
de novo Decreto Legislativo, com o agravamento da pandemia da COVID-19 no início do
ano de 2001, no dia 16/03/2021 foi publicada a EC – Emenda Constitucional 109/2021
oriunda da PEC 186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente
divulgada pela mídia por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio-Emergencial por parte
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

do Governo Federal. Entretanto, essa EC também alterou e trouxe também importantes


dispositivos de nossa Constituição que impactam diretamente as nossas aulas de
AFO, Direito Financeiro e Orçamento Público e criou os chamados regimes fiscais
transitórios extraordinários.
Preliminarmente a EC 109/2021 modificou o regime e dispôs sobre princípios e normas
da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, dentre outras providências.
Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A em nossa Carta Magna, relativo a
um regime fiscal facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo
Estadual ou Municipal seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime.
Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos
167-B a 167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São
regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

RESUMO
As Finanças Públicas, o Direito Financeiro e o Orçamento Público (e AFO) tem a sua
“gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os artigos
165 e 169.
Merece destaque a Lei 4.320/1964 (Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro,
também conhecida como Lei do Orçamento Público), que é uma lei formalmente ordinária,
aprovada por meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar
maioria simples, e materialmente complementar, pois a matéria que ela trata é de Lei
Complementar, com fulcro no artigo 165, § 9º, I, CF/1988.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas e
fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo autoriza, por meio
de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina administrativa.
Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamentárias,
porém nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser
encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do
Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). Mas quem tem competência para
dispor sobre orçamento público no Brasil, é exclusivamente do Congresso Nacional.
O artigo 165 da CF/1988 trata do Orçamento Público em sentido amplo, ou seja, trata
das Leis Orçamentárias que são:
• PPA – Plano Plurianual
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
• LOA – Lei Orçamentária Anual, composta pelos Orçamentos Fiscal (OF), da Seguridade
Social (OSS) e de Investimentos da Estatais não dependentes (OI).
Vá logo associando esses verbos a cada uma das leis orçamentárias:

Cabe ao PPA estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM)


da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão


elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional.
A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal,
estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas em consonância com
trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento.
A LOA, que deve tratar de orçamento e não de matérias estranhas a esse tema (com
as exceções previstas na CF/1988) é composta por:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
São apenas os orçamentos fiscal e o orçamento de investimento das estatais não
dependentes que tem entre suas funções reduzir as desigualdades regionais, ou seja, o
orçamento da seguridade social não tem essa função.
A LOA prevê a receita e fixa a despesa, mas pode conter (aqui não extrapole a literalidade)
previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos
plurianuais e daqueles em andamento.
O artigo 166 da CF/1988 trata do Processo Legislativo das Leis Orçamentárias.
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma do regimento comum.
Nesse Processo, tem papel relevante a CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização, que tem como funções precípuas emitir parecer sobre os projetos
de PPA, LDO e LOA e sobre a prestação de contas do Presidente da República, além de
fiscalizar a execução das Leis Orçamentárias.
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a
lei de diretrizes orçamentárias e indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal
e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados,
Municípios e Distrito Federal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

No âmbito do processo legislativo orçamentário, o Presidente da República poderá enviar


mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este
artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
No artigo 167 da CF/1988, temos as vedações constitucionais em matéria orçamentária
a seguir resumidas.
É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na LOA, assim como a realização
de despesas que superem os créditos orçamentários ou adicionais.
Temos também a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas (suspensa
temporariamente ao longo de 2020 em função das medidas de combate à pandemia do
COVID-19), que nos diz que a contratação de operações de crédito não poderá ser superior
ao montante das despesas de capital, a não ser que haja autorização específica pelo Poder
Legislativo, por maioria absoluta, mediante crédito adicional suplementar ou especial, com
finalidade precisa.
Temos ainda o Princípio Orçamentário da Não Vinculação da Receita de Impostos a
Órgão, Fundo ou Despesa e a vedação da abertura de crédito suplementar ou especial sem
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes, bem como
a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes, a concessão ou utilização de créditos ilimitados, a
instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa e a utilização,
sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade
social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos.
Também de acordo com o artigo 167 da CF/1998 é proibida a utilização dos recursos/
receitas decorrentes da arrecadação de contribuições destinadas ao financiamento da
Seguridade Social ao pagamento do regime geral de previdência social, sendo vedada
também a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos pelo Governo
Federal e Estadual e respectivas instituições financeiras, cujo objetivo seja o pagamento de
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
A EC 109 inseriu no artigo 167 uma nova vedação absoluta. A ideia foi proibir a criação
de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados por meio da vinculação
de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação
orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública
Por meio da EC 109/2021 também foi inserido o artigo 167-A, relativo a um regime
fiscal facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo Estadual ou
Municipal seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime.
Ainda por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos 167-B a
167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São regras
permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

O artigo 168 da CF/1988 trata da autonomia dos poderes e órgãos em termos de


Orçamento Público.
De acordo com esse artigo, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias
(incluindo os créditos adicionais suplementares e especiais) destinados aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, devem ser-
lhes entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos.
O artigo 169 da CF/1988 trata das Despesas com Pessoal e determina o estabelecimento
de limites para as despesas com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios a partir de lei complementar, que, no caso, foi a LRF.
Nessa linha, determina que os aumentos de despesas com pessoal, independentemente
da forma ou do órgão, só poderão ser feitos se houver prévia dotação orçamentária suficiente
para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes ou se
houver autorização específica na LDO, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades
de economia mista.
Define ainda que é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo
Poder ou órgão.
Também veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos,
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão de prova você podia marcar
que o orçamento brasileiro era autorizativo. De lá para cá temos ainda que a maior parte
do Orçamento Brasileiro continua sendo autorizativo para as despesas discricionárias,
MAS NÃO MAIS 100% AUTORIZATIVO. Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do
Orçamento Brasileiro continua sendo autorizativo, mas em menor parte também impositivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Importante deixar registrado que embora tenha formato de lei, sendo aprovado como
tal, entende-se que o orçamento público, no Brasil, é lei apenas em sentido formal. Embora
com natureza de lei formal de efeitos concretos, pode objeto de controle concentrado de
constitucionalidade, característica essa típica de lei em sentido material. Em suma, não é
uma lei tipicamente material, mas não é uma lei apenas formal em sentido estrito, o
que vai exigir muita atenção na hora da prova.
Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC 106/2020 publicada
em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro
e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de
pandemia”. Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal
de modo a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia (COVID-19) e seus efeitos.
Entenda o orçamento de guerra como um orçamento separado do orçamento normal,
que foi objeto de LOA, ou seja, o orçamento de guerra tem seus gastos vinculados ao combate
da pandemia, ficando os demais alocados na LOA, valendo apenas para o ano de 2020.
Como o Congresso Nacional não prorrogou a validade do Orçamento de Guerra por meio
de novo Decreto Legislativo, com o agravamento da pandemia da COVID-19 no início do ano
de 2001, no dia 16/03/2021 foi publicada a EC – Emenda Constitucional 109/2021 oriunda
da PEC 186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente divulgada
pela mídia por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio-Emergencial por parte do Governo
Federal. Entretanto, essa EC também alterou e trouxe também importantes dispositivos de
nossa Constituição que impactam diretamente as nossas aulas de AFO, Direito Financeiro
e Orçamento Público e criou os chamados regimes fiscais transitórios extraordinários.
Preliminarmente a EC 109/2021 modificou o regime e dispôs sobre princípios e normas
da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, dentre outras providências.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A em nossa Carta Magna, relativo a
um regime fiscal facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo
Estadual ou Municipal seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar
tal regime.
Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos
167-B a 167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São
regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública.
Agora vamos resolver mais questões para fixar nosso entendimento acerca desses
assuntos e aplicarmos o que aprendemos hoje.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

MAPA MENTAL

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/TCDF/PROCURADOR/2004) A respeito do tratamento constitucional e doutrinário


vigente conferido ao orçamento público, julgue o item a seguir.
A disciplina básica do orçamento público é estabelecida pela Constituição da República,
que estatui os seus princípios e as regras que tratam da receita e da despesa, desde a
autorização para a cobrança de tributos até a previsão para os gastos, sendo reconhecida
pela doutrina a existência de uma verdadeira constituição orçamentária.

002. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA, da LDO e da LOA,


conforme a CF.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados
em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

003. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente a orçamento público.


Para que se atinja o equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-
regionais, o orçamento fiscal deve ser compatível com o plano plurianual.

004. (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR/2019) De acordo com os princípios constitucionais


orçamentários e o disposto na CF acerca das finanças públicas, as autorizações para
a abertura de créditos suplementares e para a contratação de operações de créditos
constituem exceções ao princípio da
a) legalidade orçamentária.
b) universalidade orçamentária.
c) pureza orçamentária.
d) não afetação da receita.
e) quantificação dos créditos orçamentários.

005. (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.


Conforme a CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados, na forma do regimento
comum, pela Câmara Federal e pelo Tribunal de Contas da União.

006. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.


Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da República não poderá
propor modificações no projeto de lei relativo ao PPA.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

007. (CESPE/TJ-PI/NOTÁRIO/2013-ADAPTADA) Julgue acerca do disposto na CF sobre


orçamentos.
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem
sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados mediante créditos especiais
ou suplementares.

008. (FCC/SEFAZ-SC/AUDITOR/2018) De acordo com a disciplina constitucional em matéria


de lei orçamentária anual federal,
a) cabe a uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, dentre outras
competências, examinar e emitir parecer sobre o respectivo projeto de lei e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões do Congresso Nacional e de suas Casas.
b) é vedada a aprovação de emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária anual
na hipótese de os respectivos recursos serem provenientes de anulação de despesas.
c) os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, independentemente de prévia e específica
autorização legislativa.
d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária anual serão aprovadas no limite
de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no
projeto encaminhado pelo Presidente da República, devendo dois terços desse percentual
ser destinado a ações e serviços públicos de saúde.
e) é obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações contidas na Lei
Orçamentária Anual, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.

009. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018/ADAPTADA) No que se refere a vedações constitucionais


em matéria orçamentária dispostas nas normas gerais de direito financeiro da CF, julgue:
O início de programas e projetos não incluídos na LOA é admitido excepcionalmente pela
CF, desde que a sua execução não ultrapasse a previsão orçamentária fixada no exercício
financeiro anterior.

010. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Julgue o item subsequente, relativo


ao sistema tributário, ao sistema financeiro, ao orçamento público e ao controle externo
conforme as disposições da CF.
No âmbito das finanças públicas, é necessária a existência de prévia autorização legislativa
para a instituição de fundos de qualquer natureza.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

011. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o


próximo item.
É dispensável a prévia autorização legislativa para a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções.

012. (CESPE/DEFENDORIA-PÚBLICA-DF/DEFENSOR/2013) Considerando as disposições da


CF sobre os orçamentos e as finanças públicas, julgue o item subsecutivo.
Os recursos orçamentários destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP e à DP
devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte de cada mês.

013. (CESPE/PREFEITURA-FORTALEZA/PROCURADOR/2017) A respeito de endividamento


e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.
Não é exigível prévia dotação orçamentária para a concessão de vantagem ou aumento de
remuneração em recomposição salarial orientada pela reposição do poder aquisitivo em
virtude da inflação.

014. (CESPE/PREF-JOÃO-PESSOA/PROCURADOR/2018-ADAPTADO) Em relação ao conceito,


às espécies e à natureza jurídica do orçamento público, julgue o item a seguir.
De acordo com a jurisprudência do STF, o orçamento público, em regra, possui caráter
autorizativo, ou seja, o simples fato de uma despesa ser incluída no orçamento não gera
direito subjetivo à sua realização.

015. (CESPE/PREF-SALVADOR/PROCURADOR/2015) Julgue o item a seguir.


A CF estabelece que a LOA possua caráter meramente autorizativo, ou seja, inexiste a
obrigatoriedade de o Poder Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas diferentes
dotações. Dessa forma, a CF não acolheu em seus dispositivos a hipótese de orçamento
impositivo.

016. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Julgue:


Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em sentido
formal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é substancialmente ato de natureza
político-administrativa, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de
lei em sentido material.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO

017. (FGV/RFB/ANALISTA/2023) Maria, Deputada Federal, durante o processo legislativo


que elabora a lei orçamentária anual do exercício financeiro X, apresentou uma emenda
individual impositiva ao respectivo projeto. Por tal razão, questionou sua assessoria sobre
a possibilidade de, valendo-se da sistemática da emenda individual, direcionar recursos ao
seu Estado de origem, de modo que passassem a pertencer a este ente federativo no ato
da transferência financeira.
A assessoria respondeu corretamente que o objetivo de Maria
a) pode ser alcançado por meio de transferência especial, que não depende da celebração
de convênio ou instrumento congênere.
b) pode ser alcançado por meio de transferência voluntária, conforme ajuste a ser celebrado
entre a União e o Estado destinatário dos recursos.
c) será alcançado por meio de transferência obrigatória, de modo que os recursos serão
aplicados nas áreas de competência constitucional da União.
d) não pode ser alcançado, pois as emendas individuais impositivas alocam recursos no
orçamento da União, não no orçamento de outros entes federativos.
e) pode ser alcançado por meio de transferência com finalidade definida, sendo que os
recursos ficarão vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar.

018. (FGV/RFB/ANALISTA/2023) Em razão de uma crise de saúde pública de âmbito nacional,


o Presidente da República recebeu sugestão de um assessor no sentido de que a melhor
opção seria a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto na
Constituição da República de 1988.
De acordo com o referido assessor, essa medida:
1. é decretada pelo Presidente da República, com posterior apreciação do Congresso Nacional;
2. durante a vigência dessa medida, todos os entes federativos devem adotar regime
extraordinário fiscal; e
3. durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore essa medida, podem ser
realizadas operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital.
Considerando os balizamentos oferecidos pela Constituição da República de 1988, é correto
afirmar, em relação às assertivas do assessor, que
a) todas são compatíveis com a ordem constitucional.
b) apenas as assertivas 1 e 2 são compatíveis com a ordem constitucional.
c) apenas as assertivas 2 e 3 são compatíveis com a ordem constitucional.
d) apenas a assertiva 1 é compatível com a ordem constitucional.
e) apenas a assertiva 3 é compatível com a ordem constitucional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

019. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Conforme disposições constitucionais, as emendas


parlamentares individuais apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual (PLOA) serão
aprovadas em termos de percentual da receita corrente líquida (RCL), de acordo com a
seguinte configuração:
a) 1,0% da RCL arrecadada no exercício anterior, sendo 50% destinada a ações e serviços
públicos de saúde;
b) 1,2% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
c) 1,2% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde;
d) 2,0% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
e) 2,0% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde.

020. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Os instrumentos de planejamento dos entes da


administração pública têm seus conteúdos básicos dispostos no texto constitucional,
tendo em vista assegurar a consistência do processo em todos os níveis de governo.
Nesse contexto, a Lei que estimar a receita e fixar a despesa para o exercício:
a) deverá apresentar termos para estabelecimento da programação financeira e o cronograma
de execução mensal de desembolso;
b) não deverá incluir autorização para contratação de operações de crédito, que cabe à
lei específica;
c) poderá conter autorização para abertura de créditos adicionais suplementares e especiais;
d) poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, detalhando investimentos
plurianuais e em andamento;
e) poderá dispor sobre parâmetros para iniciativa de lei para fixação das remunerações no
âmbito do respectivo Poder Legislativo.

021. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2023) Uma deputada federal resolveu apresentar


uma emenda ao projeto de lei do orçamento anual da União.
Sobre essa emenda, é correto afirmar que:
a) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, mas não com o Plano Plurianual;
b) deve ser apresentada no Plenário da Câmara dos Deputados e deve indicar os recursos
necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação de despesas;
c) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional e somente pode ser aprovada se indicar os
recursos necessários, admitidos apenas aqueles provenientes da anulação de despesas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

d) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos


e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com o Plano
Plurianual, mas não com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) deve ser apresentada no Plenário do Senado Federal e somente pode ser aprovada se
indicar os recursos necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação
de despesas.

022. (FGV/MPE-GO/PROMOTOR/2022) O governador do Estado-membro Alfa apresentou


o projeto de lei orçamentária anual. Por ocasião de sua análise no âmbito da comissão
permanente com competência na matéria, foi apresentada emenda parlamentar que
ampliava a dotação direcionada a um programa específico de assistência social. Para tanto,
foram indicados, como recursos a serem utilizados para cobrir a referida dotação, aqueles
decorrentes da anulação parcial de despesas com (1) os juros a serem pagos em razão da
dívida pública; (2) as transferências voluntárias que seriam realizadas a municípios situados
no Estado-membro Alfa; e (3) o programa de construção de residências populares.
Mostra-se compatível com a sistemática constitucional a anulação das despesas referidas:
a) em 1, 2 e 3;
b) apenas em 2 e 3;
c) apenas em 1;
d) apenas em 2;
e) apenas em 3.

023. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Em razão de um acontecimento de grande potencial lesivo


para o ambiente coletivo, de origem natural, que comprometeu gravemente a capacidade
de resposta dos serviços públicos essenciais, o presidente da República debateu com os seus
interlocutores mais próximos a possibilidade de ser decretado estado de calamidade pública
de âmbito nacional. Na ocasião, foi afirmado por alguns interlocutores que a decretação
(1) é de competência do Congresso Nacional e, especificamente em relação ao atendimento
das necessidades decorrentes dos acontecimentos, permitiria;
(2) a adoção de processo simplificado de contratação de pessoal, em caráter temporário
e emergencial;
(3) o aumento de despesa obrigatória de caráter continuado; e
(4) a realização de operações de crédito em montante superior às despesas de capital.
À luz da sistemática constitucional, estão corretas:
a) apenas a informação 1;
b) apenas as informações 2 e 3;
c) apenas as informações 3 e 4;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

d) apenas as informações 1, 2 e 4;
e) as informações 1, 2, 3 e 4.

024. (FGV/PC-AM/DELEGADO/2022) A respeito da disciplina constitucional do orçamento


público, analise as afirmativas a seguir.
I – Embora a lei orçamentária anual seja de iniciativa privativa do Poder Executivo, a lei de
diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são de iniciativa concorrente entre o Poder
Executivo e o Poder Legislativo.
II – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, sendo nela vedada igualmente a previsão de contratação de operações
de crédito, ainda que por antecipação de receita.
III – É permitida a vinculação das receitas auferidas com o Imposto Estadual sobre a Circulação
de Mercadorias (ICMS) para pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia
ou contragarantia.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II, apenas.
e) III, apenas.

025. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Uma entidade do setor público apresentava as


seguintes contas aprovadas em seu balanço orçamentário:
• Receitas: tributárias: R$ 80.000; alienação de bens: R$ 30.000; patrimoniais: R$ 30.000;
operações de crédito: R$ 50.000;
• Despesas: com pessoal: R$ 90.000; com investimentos: R$ 70.000.
De acordo com a Constituição Federal, assinale a opção que indica se a entidade cumpre a
“regra de ouro” e o motivo para seu cumprimento/descumprimento.
a) Sim, porque o montante das operações de crédito é menor do que o das despesas totais.
b) Sim, porque o montante das operações de crédito é menor do que o das despesas correntes.
c) Sim, porque o montante das operações de crédito é menor do que o das despesas de
capital.
d) Não, porque o montante das receitas é maior do que o das despesas.
e) Não, porque o montante das receitas de capital é maior do que o das despesas correntes.

026. (FGV/SEFAZ-AM/ASSISTENTE-ADM/2022) De acordo com a Constituição Federal de


1988, nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser
iniciado sem lei que autorize a inclusão, ou sem prévia inclusão, no(a)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) Plano Plurianual.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Orçamento Federal.
e) Orçamento de Capital.

027. (FGV/OAB/EXAME-ANUAL/2021) Diante das intensas chuvas que atingiram o Estado


Alfa, que se encontra em situação de calamidade pública, o Presidente da República, ante a
relevância e urgência latentes, edita a Medida Provisória n. XX/19, determinando a abertura
de crédito extraordinário para atender às despesas imprevisíveis a serem realizadas pela
União, em decorrência do referido desastre natural. A partir da situação hipotética narrada,
com base no texto constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
a) A Constituição de 1988 veda, em absoluto, a edição de ato normativo dessa natureza
sobre matéria orçamentária, de modo que a abertura de crédito extraordinário deve ser
feita por meio de lei ordinária de iniciativa do Chefe do Executivo.
b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo dessa natureza em matéria de
orçamento e créditos adicionais e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura
de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública.
c) O ato normativo editado afronta o princípio constitucional da anterioridade orçamentária,
o qual impede quaisquer modificações nas leis orçamentárias após sua aprovação pelo
Congresso Nacional e consequente promulgação presidencial.
d) O ato normativo editado é harmônico com a ordem constitucional, que autoriza a edição de
medidas provisórias que versem sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento
e créditos adicionais, suplementares e extraordinários, desde que haja motivação razoável.

028. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) O Estado Alfa apurou que, em período de 12 meses, sua


receita corrente foi de 10 bilhões de reais, e sua despesa corrente de 9,6 bilhões de reais.
Tal Estado deseja contrair empréstimo com a União. Diante desse cenário, o Estado poderá
realizar sem que seja impedido de fazer tal empréstimo:
a) concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária;
b) refinanciamento de dívidas que implique ampliação das despesas;
c) alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
d) reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
e) criação de despesa obrigatória.

029. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Comissão mista permanente de Senadores


e Deputados, incumbida de examinar e emitir parecer prévio sobre os projetos de leis

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

orçamentárias, bem como sobre planos e programas governamentais, realizando, ainda,


o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, solicitou ao Tribunal de Contas
pronunciamento conclusivo, no prazo de trinta dias, sobre a existência de indícios de
despesas não autorizadas em uma estrutura governamental.
À luz da sistemática constitucional vigente, essa solicitação:
a) não apresenta qualquer irregularidade, considerando o órgão que a formulou e o seu
destinatário;
b) pressupõe a prévia solicitação de informações à autoridade governamental competente;
c) pressupõe o prévio julgamento das contas de governo pelo Congresso Nacional;
d) dependeria de prévia aprovação do plenário do Congresso Nacional;
e) somente poderia ser feita pelo Presidente do Congresso Nacional.

030. (FGV/OAB/EXAME-ANUAL/2021) Diante das intensas chuvas que atingiram o Estado


Alfa, que se encontra em situação de calamidade pública, o Presidente da República, ante a
relevância e urgência latentes, edita a Medida Provisória n. XX/19, determinando a abertura
de crédito extraordinário para atender às despesas imprevisíveis a serem realizadas pela
União, em decorrência do referido desastre natural. A partir da situação hipotética narrada,
com base no texto constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
a) A Constituição de 1988 veda, em absoluto, a edição de ato normativo dessa natureza
sobre matéria orçamentária, de modo que a abertura de crédito extraordinário deve ser
feita por meio de lei ordinária de iniciativa do Chefe do Executivo.
b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo dessa natureza em matéria de
orçamento e créditos adicionais e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura
de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública.
c) O ato normativo editado afronta o princípio constitucional da anterioridade orçamentária,
o qual impede quaisquer modificações nas leis orçamentárias após sua aprovação pelo
Congresso Nacional e consequente promulgação presidencial.
d) O ato normativo editado é harmônico com a ordem constitucional, que autoriza a edição de
medidas provisórias que versem sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento
e créditos adicionais, suplementares e extraordinários, desde que haja motivação razoável.

031. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Uma das funções da Lei de Diretrizes Orçamentárias


(LDO) é estabelecer parâmetros para alocação dos recursos no orçamento anual, de forma
a possibilitar a realização das metas e objetivos contemplados no Plano Plurianual (PPA).
O trecho a seguir foi extraído da LDO da União para o exercício de 2020: “As prioridades
e as metas da administração pública federal para o exercício de 2020, atendidas as
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

despesas obrigatórias e as de funcionamento dos órgãos e das entidades que integram


os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, serão estabelecidas no Anexo VIII e na Lei
do Plano Plurianual 2020-2023”.
À luz dos objetivos e dos conteúdos a serem definidos na LDO, o trecho destacado
evidencia que:
a) a ênfase da LDO se restringe ao acompanhamento de metas e limites fiscais;
b) a LDO não tem cumprido a função de ser instrumento de integração entre planejamento
e orçamento;
c) as metas e prioridades da administração pública para cada exercício financeiro não
devem ser definidas na LDO;
d) há discrepância no ciclo orçamentário que impacta a elaboração da LDO com base no PPA;
e) o conteúdo a ser apresentado na LDO de cada exercício varia, conforme o que for definido
no PPA.

032. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Por ocasião das discussões a respeito do


projeto de lei orçamentária anual, encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso
Nacional, os parlamentares dos partidos políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas
individuais impositivas iriam alocar recursos, para os Municípios escolhidos, por meio de
transferência especial. Ao tomar conhecimento dessa deliberação, um jornal de grande
circulação afirmou que essa espécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou
instrumento congênere para a sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no
ato da efetiva transferência financeira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas
das áreas de competência do Poder Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de
capital, observados os balizamentos constitucionais. À luz da sistemática constitucional,
é correto afirmar, quanto às informações veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
b) apenas a 1 está correta;
c) apenas a 2 está correta;
d) apenas a 1 e a 3 estão corretas;
e) apenas a 2 e a 3 estão corretas.

033. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE/2021) A lei orçamentária anual do Estado Alfa estimou a


receita e fixou a despesa pública para o exercício financeiro a que se referia, tendo ainda
previsto as despesas a serem realizadas nos três exercícios seguintes, com a construção
de barragem no Rio XX.
A previsão das despesas a serem realizadas nos exercícios seguintes, com a construção da
barragem, mostra-se:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) compatível com a ordem constitucional, pois se trata de um investimento plurianual;


b) compatível com a ordem constitucional, pois a hipótese versa sobre despesa corrente
de caráter plurianual;
c) incompatível com a ordem constitucional, pois somente o plano plurianual pode alcançar
mais de um exercício;
d) compatível com a ordem constitucional, pois a lei orçamentária anual pode avançar para
até cinco exercícios;
e) incompatível com a ordem constitucional, pois a lei orçamentária anual não pode viger
por mais de um exercício.

034. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE/2021) O Chefe do Poder Executivo do Estado Beta, com o


objetivo de ampliar o direito fundamental à informação, inseriu, no projeto de lei orçamentária
anual, comando que disciplinava o acesso, por qualquer do povo, às informações de natureza
administrativa, financeira e orçamentária. A inserção do referido comando no projeto de
lei orçamentária anual é:
a) compatível com a ordem constitucional, em razão da pertinência temática;
b) incompatível com a ordem constitucional, pois a iniciativa legislativa é exclusiva do Poder
Legislativo;
c) compatível com a ordem constitucional, desde que haja autorização na lei de diretrizes
orçamentárias;
d) incompatível com a ordem constitucional, pois não versa sobre a previsão da receita e
a fixação da despesa;
e) compatível com a ordem constitucional, desde que o projeto seja aprovado por maioria
absoluta no Poder Legislativo.

035. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa encaminhou ao


Poder Legislativo o projeto de lei orçamentária anual. Enquanto o projeto estava em discussão
na Comissão competente da Assembleia Legislativa, o Governador do Estado propôs a
modificação do projeto. Além disso, foram posteriormente apresentadas emendas, no âmbito
da Comissão, nas quais era proposta a anulação de despesas relacionadas à amortização
de empréstimos contraídos em exercícios pretéritos, com a sua redistribuição para outros
programas orçamentários relacionados aos direitos sociais e que eram compatíveis com o
plano plurianual. À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que:
a) não há qualquer irregularidade na narrativa apresentada;
b) a única irregularidade existente é a proposta de anulação de dotações destinadas à
amortização de empréstimos;
c) a única irregularidade existente é a proposta de modificação, pelo Governador do Estado,
do projeto já apresentado;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

d) tanto a proposta de modificação do projeto já apresentado como a de anulação das


despesas indicadas são irregulares;
e) não há irregularidade na narrativa apresentada, desde que as ações estejam autorizadas
na lei de diretrizes orçamentárias.

036. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) O princípio da universalidade preconiza que o orçamento


deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, o que inclui todos os poderes e
órgãos cujos gastos são custeados com recursos orçamentários. No Brasil, além do orçamento
propriamente dito, os entes públicos elaboram o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias.
No que diz respeito aos órgãos do Poder Judiciário, como um tribunal de justiça, uma informação
a ser apresentada na Lei de Diretrizes Orçamentárias se refere à definição de:
a) condições para realização de investimentos com duração superior a um exercício financeiro;
b) limites para elaboração de suas propostas orçamentárias;
c) margem de expansão dos gastos previdenciários do órgão;
d) parâmetros para ajustes nas dotações orçamentárias;
e) prioridades para destinação de recursos próprios.

037. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO-SUPERIOR/2019) A legislação que trata da execução do


orçamento pelos entes públicos apresenta autorizações e vedações, tendo em vista garantir
o cumprimento dos princípios que regem a administração pública, bem como o equilíbrio
financeiro e orçamentário. Uma das autorizações refere-se:
a) à concessão de créditos ilimitados, quando previstos no PPA;
b) à abertura de crédito especial pendente de autorização legislativa;
c) ao início de programas não incluídos na Lei Orçamentária Anual;
d) à assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários;
e) à vinculação de receita de impostos para ações e serviços públicos de saúde.

038. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) Em relação aos orçamentos contidos na Lei


Orçamentária, analise as afirmativas a seguir.
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detém a maioria do capital social com direito a voto.
III – O orçamento da Seguridade Social abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a lei orçamentária anual compreenderá o
que se afirma em
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

039. (FGV/ALERO/ANALISTA/2018) Em relação à despesa salarial da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA


DO ESTADO DE RONDÔNIA, é correto afirmar que pertence à esfera orçamentária relativa
ao orçamento
a) da Seguridade Social.
b) Fiscal.
c) de Investimento.
d) Base-zero.
e) Extrafiscal.

040. (FGV/CÂMARA-SALVADOR/ANALISTA/2018) A Secretaria de Finanças do Município Beta


informou ao Prefeito Municipal que dispunha de recursos em conta corrente, mas não
seria possível realizar a compra de móveis solicitada. Como justificativa, esclareceu que as
despesas dessa natureza já teriam exaurido os créditos orçamentários existentes. O Prefeito
não acatou a justificativa e determinou a realização da compra, o que levou ao pedido de
exoneração do Secretário, já que este último considerou a ordem manifestamente ilegal.
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, deve ser reconhecido que:
a) a ordem do Prefeito Municipal é legal, pois há recursos em conta para realizar a compra
dos móveis;
b) a informação do Secretário é correta, pois não podem ser realizadas despesas excedentes
aos créditos orçamentários;
c) a ordem do Prefeito Municipal é legal, já que a compra de móveis independe de previsão
orçamentária;
d) a informação do Secretário é incorreta, pois a lei orçamentária não contempla créditos,
mas despesas;
e) a ordem do Prefeito é legal, pois as finanças públicas são regidas pelo critério financeiro,
não orçamentário.

041. (FGV/CÂMARA-SALVADOR/ANALISTA/2018) Os instrumentos de planejamento previstos


na Constituição da República de 1988 apresentados na figura têm prazos e conteúdos
específicos para auxiliar na gestão e no controle dos recursos públicos. Esses instrumentos
são elaborados sob a forma de lei, com a seguinte configuração:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) apenas o PPA e a LOA são elaborados por iniciativa do Poder Executivo;


b) apenas a LDO e a LOA são elaboradas por iniciativa do Poder Executivo;
c) a LOA é elaborada por uma comissão mista com representantes dos Poderes Executivo
e Legislativo;
d) todos os instrumentos são elaborados por iniciativa do Poder Executivo;
e) todos os instrumentos são elaborados por iniciativa do Poder Legislativo.

042. (FGV/CÂMARA-SALVADOR/ESPECIALISTA/2018) O Vereador João, ao analisar o projeto de


Lei Orçamentária Anual apresentado pelo Chefe do Poder Executivo, decidiu apresentar uma
emenda que se mostrava plenamente compatível com o plano plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Ocorre que, para apresentá-la, deveria indicar os recursos necessários.
À luz da sistemática constitucional, esses recursos podem advir da anulação de despesas
que digam respeito a:
a) dotações para pessoal;
b) serviço da dívida;
c) programas sociais;
d) transferências tributárias para outros Municípios;
e) dotações para encargo de pessoal.

043. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) O Prefeito Municipal encaminhou o projeto de


lei orçamentária anual à Câmara Municipal. Para sua surpresa, no texto aprovado, foram
anuladas, parcialmente, as despesas destinadas ao pagamento de pessoal, que permitiriam
o cumprimento da lei municipal que aumentara os vencimentos dos servidores, a partir do
exercício financeiro seguinte. Os recursos, por sua vez, foram destinados à implementação
de programas sociais nas áreas de saúde e educação.
À luz da sistemática constitucional, o procedimento da Câmara Municipal está
a) correto, pois esta pode apreciar livremente o projeto de lei orçamentária, podendo anular
e criar as despesas que melhor lhe aprouverem.
b) incorreto, pois os recursos destinados à implementação dos programas sociais não
poderiam resultar da anulação, ainda que parcial, das despesas com pessoal.
c) correto, pois esta somente está autorizada a destinar recursos à implementação de
programas sociais caso resultem da anulação de despesas com pessoal.
d) incorreto, pois o projeto de lei orçamentária anual apresentado pelo chefe do Poder
Executivo não pode sofrer alterações no Legislativo.
e) correto, pois esta somente pode criar uma despesa quando indica os recursos necessários,
os quais devem resultar da anulação de outra, qualquer que seja ela.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

044. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), assinale


a afirmativa correta.
a) Deve conter uma estimativa das receitas e das despesas em um exercício.
b) Deve conter a fixação para as receitas e para as despesas em um exercício.
c) As despesas e as receitas apresentadas devem ter valores iguais.
d) Deve compreender o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
e) Deve compreender o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, sem incluir as fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.

045. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) De acordo com a Constituição da República, sob


pena de crime de responsabilidade, nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão
a) nas diretrizes orçamentárias.
b) no plano plurianual.
c) no anexo de metas fiscais.
d) no orçamento anual.
e) no orçamento bianual.

046. (FGV/SASDH-NITERÓI/ASSISTENTE/2018) Em matéria de orçamento público, observe


os conceitos das principais leis que formam seu tripé.
I – Estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte e, para tal, fixa o
montante de recursos que o governo pretende economizar, traça regras, vedações e limites
para as despesas dos Poderes, autoriza o aumento das despesas com pessoal etc.;
II – Define o planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público no período
de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos;
III – Dispõe sobre o planejamento de médio prazo, identificando as prioridades para o período
de quatro anos e os investimentos de maior porte.
As leis definidas acima são chamadas, respectivamente, de:
a) Lei Tributária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual;
c) Lei Orçamentária Anual, Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Diretrizes Orçamentárias;
d) Plano Plurianual, Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

047. (FGV/SEPOG-RO/ANALISTA/2017) Com relação às vedações orçamentárias constitucionais,


analise as afirmativas a seguir.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

I – Para fazer frente a uma calamidade pública, por meio de Medida Provisória, é possível
a abertura de crédito extraordinário.
II – O déficit de fundação pública, sem fins lucrativos, pode ser suprido por recursos do
orçamento fiscal sem necessidade de autorização legislativa específica.
III – Realizar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão
no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, pode gerar crime de responsabilidade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

048. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016) Nos termos do que prevê a Constituição, a lei


orçamentária anual:
a) pode permitir ilimitada abertura de créditos adicionais;
b) pode ser objeto de emenda legislativa, baseada em corte de despesas com o serviço da
dívida;
c) pode autorizar a contratação de operações de crédito por antecipação da receita
orçamentária;
d) não inclui as entidades de direito privado da Administração Pública;
e) pode, em casos excepcionais, permitir a criação de novos cargos públicos.

049. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016) Na elaboração do orçamento de um exercício financeiro,


o Poder Legislativo da União, através de emenda, incluiu um dispositivo relacionado às
atribuições de um cargo da estrutura da Presidência da República. Nesse caso foi violado
o princípio orçamentário:
a) da Igualdade;
b) da Anualidade;
c) do Orçamento Bruto;
d) da Exclusividade;
e) do Equilíbrio.

050. (FGV/MRE/DIPLOMATA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento


que auxilia no planejamento orçamentário das entidades públicas brasileiras, a partir das
disposições constitucionais e legais. Considerando tais disposições, é correto afirmar que
a LDO deve:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) apresentar o orçamento fiscal para cada poder e órgão da administração direta;


b) apresentar o orçamento de investimento das empresas estatais;
c) consignar dotação para investimentos com prazo superior a doze meses;
d) dispor sobre as alterações na legislação tributária;
e) ser elaborada no primeiro ano de mandato para vigência nos demais anos.

051. (FGV/PREF-CUIABÁ/AUDITOR/2016) Após a apresentação do projeto de lei do orçamento


anual pelo Chefe do Poder Executivo, determinado deputado federal decidiu apresentar
uma emenda que se mostrava absolutamente compatível com o Plano Plurianual e a Lei
de Diretrizes Orçamentárias.
Ao consultar sua assessoria, foi informado que a emenda deveria indicar os recursos
necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, isso com as ressalvas
previstas na Constituição da República.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que poderia ser anulada despesa
associada
a) ao serviço da dívida pública.
b) ao programa de implementação de direitos sociais.
c) à dotação para pessoal e seus encargos.
d) às transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal.
e) à contribuição previdenciária.

052. (FGV/PREF-PAULÍNIA/PROCURADOR/2016) Ao determinar a elaboração do projeto de


lei orçamentária anual, o Prefeito Municipal foi informado pela Procuradoria do Município
que era vedada a inclusão de “caudas orçamentárias” nesse projeto, vale dizer, de matérias
que eram incompatíveis com a matéria orçamentária propriamente dita.
À luz da sistemática constitucional, é considerado “cauda orçamentária” o dispositivo que
a) autorize a abertura de crédito suplementar.
b) defina o valor de gratificação estatutária.
c) permita a contratação de operação de crédito.
d) estabeleça balizamentos para o pagamento da dívida fundada.
e) fixe o valor da despesa total com os servidores públicos.

053. (FGV/TCM-SP/AGENTE/2015) O Chefe do Poder Executivo de determinado ente


federativo, após ampla análise técnica, encaminhou o projeto de lei orçamentária anual
ao Poder Legislativo. Considerando a sistemática constitucional, é correto afirmar que:
a) o orçamento fiscal, em razão de suas características essencialmente tributárias, integra
documento autônomo, estranho à lei orçamentária anual;
b) as emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária não podem indicar, como
fonte de recursos, aqueles provenientes da anulação de despesa com o serviço da dívida;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

c) a receita e a despesa das universidades públicas, entes que têm sua autonomia reconhecida
pela Constituição da República, não devem ser inseridas no orçamento anual;
d) a abertura de créditos orçamentários especiais, como são aqueles destinados à cobertura
de despesas não previstas na lei orçamentária, independe de autorização legislativa;
e) a lei orçamentária anual não pode conter autorização para contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita.

054. (FGV/DPE-MT/ANALISTA-ADVOGADO/2015) Com o objetivo de assegurar a urbanização


do respectivo território, determinada Constituição Estadual dispôs que certo percentual da
receita pública deveria ser aplicada, pelo Estado e pelos Municípios, na pavimentação das
vias públicas, observada a esfera de competências de cada qual. Consoante a sistemática
estabelecida pela Constituição da República, é correto afirmar que comando dessa natureza é
a) inconstitucional somente em relação aos Municípios, isso por afrontar a autonomia
política desses entes federados.
b) constitucional, pois a Constituição Estadual deve disciplinar a realização da despesa
pública pelo Estado e pelos Municípios nele inseridos.
c) inconstitucional, pois a matéria é da alçada da lei complementar federal, que deve
disciplinar a matéria de modo uniforme em todo o território nacional.
d) constitucional, somente em relação aos Municípios, entes federados menores que estão
sujeitos às normas estabelecidas pelo ente federado maior, o Estado.
e) inconstitucional, pois a matéria é afeta à lei orçamentária, de iniciativa do Chefe do
Poder Executivo, estadual ou municipal.

055. (FGV/PGE-RO/ANALISTA/2015) Determinado Município aprovou a sua lei orçamentária


anual e nela autorizou a realização de obras públicas tidas como necessárias. Considerando
a sua precária situação financeira, foi igualmente autorizada a contratação de empréstimo
interno, sendo que metade do valor seria destinado ao pagamento das referidas obras e a
outra metade seria utilizada para as despesas correntes, de caráter geral, da Administração
Pública. À luz dessa narrativa, é correto afirmar que a referida lei é:
a) constitucional, pois a lei orçamentária é a sede adequada para a previsão da receita e a
autorização da despesa pública;
b) inconstitucional, por afrontar a competência legislativa privativa da União para legislar
sobre direito econômico;
c) constitucional, pois o Município possui competência concorrente para legislar sobre
direito financeiro;
d) inconstitucional, já que a operação de crédito excede o montante das despesas de capital;
e) constitucional, desde que a operação de crédito a que se refere a lei orçamentária tenha
sido previamente autorizada pelo Senado Federal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

056. (FGV/CGE-MA/AUDITOR/2014) Assinale a alternativa que completa corretamente o


fragmento a seguir.
A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá _____.
a) as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública, de forma regionalizada.
b) as metas e as prioridades da Administração Pública.
c) a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
d) o orçamento de investimento das empresas estatais
e) as alterações na legislação tributária.

057. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO/2014) Processo de Aprovação de Orçamento:


“A presidente Dilma Rousseff sancionou com vários vetos o projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) da União para 2014, na virada da quinta para esta sexta-feira. Nenhum
deles, entretanto, atingiu o artigo 52, que torna obrigatória a execução orçamentária e
financeira, de forma equitativa, da programação de despesas incluídas no orçamento por
emendas parlamentares individuais. A LDO resultante da sanção parcial foi publicada em
edição extra do ‘Diário Oficial da União’ que circula hoje com data de ontem. Ao converter
o projeto na Lei 12.919/2013 preservando a regra do ‘orçamento impositivo’, a presidente
cumpriu acordo firmado com o Congresso para viabilizar politicamente a aprovação da lei
orçamentária de 2014, concluída na madrugada do último dia 18. O Congresso só aprovou
a proposta para a LDO de 2014 em novembro passado, quando o orçamento do ano que
vem já estava em fase avançada de tramitação. Um dos motivos da demora foi a polêmica
em torno da regra do orçamento impositivo, que também é objeto de uma Proposta de
Emenda Constitucional - PEC”.
Considerando as circunstâncias envolvendo o trâmite da Lei Orçamentária Anual (LOA) de
2014 relatadas no texto”Processo de Aprovação de Orçamento”, é correto afirmar que a
sua elaboração foi orientada pela
a) disponibilidade na pauta de votações do Congresso Nacional em 2013.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014.
c) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 2001.
d) aprovação da regra relativa ao “orçamento impositivo” para 2014.
e) lei que instituiu o Plano Plurianual para o período 2011-2014.

058. (FGV/PREFEITURA-CUIABÁ/AUDITOR/2014) Conforme prevê a Constituição da República,


a Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
Ainda segundo a Constituição da República, dois desses três orçamentos, “compatibilizados
com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério _____”.
Assinale a opção que indica os dois orçamentos que se prestam a reduzir desigualdades
inter-regionais e o critério que preenche a lacuna do fragmento acima.
a) I e II populacional
b) I e III populacional
c) II e III geográfico
d) I e II geográfico
e) II e III populacional

059. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2014) A respeito da sistemática constitucional


afeta ao orçamento, assinale a afirmativa correta.
a) Cada instituição dotada de autonomia financeira possui iniciativa legislativa privativa
para apresentar sua proposta orçamentária ao Poder Legislativo.
b) As normas que concedem benefícios fiscais no âmbito municipal, por não terem natureza
orçamentária, não são alcançadas pela reserva de iniciativa do Executivo.
c) Uma lei de iniciativa parlamentar pode impor ao Executivo a consignação de dotação
orçamentária anual destinada a certa finalidade.
d) A Constituição Estadual pode impor aos Municípios a aplicação de percentual do seu
orçamento em finalidades específicas.
e) As leis orçamentárias, por serem gerais e abstratas, não estão sujeitas ao controle
concentrado de constitucionalidade.

060. (FGV/CÂMARA-RECIFE/ASSESSOR/2014/ADAPTADA) Julgue o item seguinte.


É incorreto dizer que há algum óbice constitucional à apresentação de emendas parlamentares,
isso porque o orçamento é aprovado pelo Poder Legislativo, que é plenamente autônomo
em relação ao Executivo.

061. (FGV/PREF-RECIFE/ANALISTA/2014) Quanto ao regramento constitucional sobre o


orçamento, assinale a afirmativa incorreta.
a) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os
objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes, assim como para as relativas aos programas de duração continuada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e as prioridades da administração


pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
c) À lei ordinária cabe dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração
e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária
anual.
d) A lei orçamentária anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
e) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União,
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.

062. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR/2011) O projeto de lei relativo ao plano plurianual relacionado


ao orçamento da União deve ser apreciado
a) pelas duas Casas Legislativas.
b) por comissão permanente do Senado Federal.
c) na forma do regimento do Senado.
d) de acordo com o regimento da Câmara.
e) por comissão mista do Executivo.

063. (FGV/TCM-RJ/AUDITOR/2008) É vedada a realização de operações de créditos que


excedam o montante das despesas de capital, salvo autorizações específicas, no âmbito
orçamentário, abrangendo aquelas a seguinte rubrica:
a) pessoal civil.
b) pessoal militar.
c) serviços operacionais.
d) obras públicas.
e) serviços de terceiros.

064. (FGV/TCM-RJ/AUDITOR/2008) O Poder Executivo publicará, após o encerramento de


cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária até:
a) 60 dias.
b) 120 dias.
c) 90 dias.
d) 30 dias.
e) 150 dias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

065. (INÉDITA/2022) A competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento, nos
termos da Constituição Federal de 1988, é
a) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
b) exclusiva da União.
c) privativa da União.
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

GABARITO

1. C 35. b
2. E 36. b
3. C 37. e
4. c 38. e
5. E 39. b
6. E 40. b
7. E 41. d
8. a 42. c
9. E 43. b
10. C 44. d
11. C 45. b
12. C 46. b
13. C 47. d
14. C 48. c
15. E 49. d
16. E 50. d
17. a 51. b
18. e 52. b
19. e 53. b
20. d 54. e
21. c 55. d
22. b 56. a
23. d 57. b
24. e 58. a
25. c 59. b
26. a 60. E
27. b 61. c
28. d 62. a
29. b 63. d
30. b 64. d
31. d 65. a
32. e
33. a
34. d

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO

017. (FGV/RFB/ANALISTA/2023) Maria, Deputada Federal, durante o processo legislativo


que elabora a lei orçamentária anual do exercício financeiro X, apresentou uma emenda
individual impositiva ao respectivo projeto. Por tal razão, questionou sua assessoria sobre
a possibilidade de, valendo-se da sistemática da emenda individual, direcionar recursos ao
seu Estado de origem, de modo que passassem a pertencer a este ente federativo no ato
da transferência financeira.
A assessoria respondeu corretamente que o objetivo de Maria
a) pode ser alcançado por meio de transferência especial, que não depende da celebração
de convênio ou instrumento congênere.
b) pode ser alcançado por meio de transferência voluntária, conforme ajuste a ser celebrado
entre a União e o Estado destinatário dos recursos.
c) será alcançado por meio de transferência obrigatória, de modo que os recursos serão
aplicados nas áreas de competência constitucional da União.
d) não pode ser alcançado, pois as emendas individuais impositivas alocam recursos no
orçamento da União, não no orçamento de outros entes federativos.
e) pode ser alcançado por meio de transferência com finalidade definida, sendo que os
recursos ficarão vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar.

A alternativa A é a correta, já que, no caso de uma de emenda individual impositiva à LOA


que importa transferência de recursos do orçamento da União para Estado, DF ou Município,
o repasse pode se dar por meio de transferência especial, a qual dispensa a celebração de
convênio ou instrumento congênere. Confira na CF/1988:

Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária


anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
I – transferência especial; ou
II – transferência com finalidade definida.
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do
Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites
da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento
do ente federado, vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput
deste artigo no pagamento de:
I – despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
II – encargos referentes ao serviço da dívida.
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

I – serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração


de convênio ou de instrumento congênere;
II – pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e
III – serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo
do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo

Em relação às demais alternativas, note que, na verdade, o repasse pode se dar por meio de
transferência especial, a qual dispensa a celebração de convênio ou instrumento congênere.
Letra a.

018. (FGV/RFB/ANALISTA/2023) Em razão de uma crise de saúde pública de âmbito nacional,


o Presidente da República recebeu sugestão de um assessor no sentido de que a melhor
opção seria a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto na
Constituição da República de 1988.
De acordo com o referido assessor, essa medida:
1. é decretada pelo Presidente da República, com posterior apreciação do Congresso Nacional;
2. durante a vigência dessa medida, todos os entes federativos devem adotar regime
extraordinário fiscal; e
3. durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore essa medida, podem ser
realizadas operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital.
Considerando os balizamentos oferecidos pela Constituição da República de 1988, é correto
afirmar, em relação às assertivas do assessor, que
a) todas são compatíveis com a ordem constitucional.
b) apenas as assertivas 1 e 2 são compatíveis com a ordem constitucional.
c) apenas as assertivas 2 e 3 são compatíveis com a ordem constitucional.
d) apenas a assertiva 1 é compatível com a ordem constitucional.
e) apenas a assertiva 3 é compatível com a ordem constitucional.

Vamos avaliar as assertivas:


1 – Incorreta, já que a decretação do estado de calamidade pública é de competência
exclusiva do Congresso Nacional, mediante iniciativa do Presidente da República. Confira
na CF/1988:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


[...]
XVIII – decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B,
167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
[...]
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

[...]
XXVIII – propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
[...]
Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve adotar
regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades dele
decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos
termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.

2 – Incorreta, durante a vigência do estado de calamidade pública, somente a União deverá


adotar regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades
dele decorrentes, como determina o artigo 167 B da CF/1988.
3 – Correta. Durante o exercício financeiro em que vigore o estado de calamidade pública,
podem ser realizadas operações de crédito que excedam o montante de despesas de capital.
Confira na CF/1988:

Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta
Constituição.
[...]
Art. 167. São vedados:
[...]
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

Letra e.

019. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Conforme disposições constitucionais, as emendas


parlamentares individuais apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual (PLOA) serão
aprovadas em termos de percentual da receita corrente líquida (RCL), de acordo com a
seguinte configuração:
a) 1,0% da RCL arrecadada no exercício anterior, sendo 50% destinada a ações e serviços
públicos de saúde;
b) 1,2% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
c) 1,2% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde;
d) 2,0% da RCL prevista no PLOA, sendo 0,6% destinada a ações e serviços públicos de saúde;
e) 2,0% da RCL do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, sendo 50% destinada
a ações e serviços públicos de saúde.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Percentuais alterados pela EC 126/2022. Confira na CF/1988:

Art. 166 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite
de 2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento
do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores.

Letra e.

020. (FGV/CGM-RJ/TÉCNICO/2023) Os instrumentos de planejamento dos entes da


administração pública têm seus conteúdos básicos dispostos no texto constitucional,
tendo em vista assegurar a consistência do processo em todos os níveis de governo.
Nesse contexto, a Lei que estimar a receita e fixar a despesa para o exercício:
a) deverá apresentar termos para estabelecimento da programação financeira e o cronograma
de execução mensal de desembolso;
b) não deverá incluir autorização para contratação de operações de crédito, que cabe à
lei específica;
c) poderá conter autorização para abertura de créditos adicionais suplementares e especiais;
d) poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, detalhando investimentos
plurianuais e em andamento;
e) poderá dispor sobre parâmetros para iniciativa de lei para fixação das remunerações no
âmbito do respectivo Poder Legislativo.

Resposta na Constituição Federal:

Art. 165 § 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios
seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele s em andamento.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
b) Errada. É uma exceção ao princípio da exclusividade. Confira:

Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,


nos termos da lei.

c) Errada. Na verdade, contraria o princípio da exclusividade. Confira:

Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.

e) Errada. Em regra, a LOA dispositivo estranho à fixação de despesa e estimativa de receita


(exceções, só as previstas na CF/1988).
Letra d.

021. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2023) Uma deputada federal resolveu apresentar


uma emenda ao projeto de lei do orçamento anual da União.
Sobre essa emenda, é correto afirmar que:
a) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, mas não com o Plano Plurianual;
b) deve ser apresentada no Plenário da Câmara dos Deputados e deve indicar os recursos
necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação de despesas;
c) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional e somente pode ser aprovada se indicar os
recursos necessários, admitidos apenas aqueles provenientes da anulação de despesas;
d) deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, necessitando ser compatível com o Plano
Plurianual, mas não com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) deve ser apresentada no Plenário do Senado Federal e somente pode ser aprovada se
indicar os recursos necessários, admitidos aqueles que não são provenientes da anulação
de despesas.

Essa emenda deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, devendo respeitar as imposições do
§ 3º do art. 166 da CF/1988:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 94 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Deve ser compatível com o PPA.
b) Errada. Deve ser apresentada na CMO e os recursos podem ser oriundos de anulação de
despesas.
d) Errada. Deve ser compatível com a LDO.
e) Errada. Deve ser apresentada na CMO.
Letra c.

022. (FGV/MPE-GO/PROMOTOR/2022) O governador do Estado-membro Alfa apresentou


o projeto de lei orçamentária anual. Por ocasião de sua análise no âmbito da comissão
permanente com competência na matéria, foi apresentada emenda parlamentar que
ampliava a dotação direcionada a um programa específico de assistência social. Para tanto,
foram indicados, como recursos a serem utilizados para cobrir a referida dotação, aqueles
decorrentes da anulação parcial de despesas com (1) os juros a serem pagos em razão da
dívida pública; (2) as transferências voluntárias que seriam realizadas a municípios situados
no Estado-membro Alfa; e (3) o programa de construção de residências populares.
Mostra-se compatível com a sistemática constitucional a anulação das despesas referidas:
a) em 1, 2 e 3;
b) apenas em 2 e 3;
c) apenas em 1;
d) apenas em 2;
e) apenas em 3.

Vamos avaliar cada um dos três itens.


1 – NÃO PODE! A fonte relativa ao pagamento dos juros (serviço) da dívida pública foi vedada
pela nossa CF/1988. Confira:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 95 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
...
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
...
b) serviço da dívida;

2 – PODE! Note que a CF/1988 veda a utilização de recursos das transferências tributárias
constitucionais obrigatórias, MAS SILENCIA quanto às transferências voluntárias, ou
seja, essa fonte pode ser usada. Confira:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
...
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
...
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;

3 – PODE! Não existe vedação para essa fonte.


Letra b.

023. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Em razão de um acontecimento de grande potencial lesivo


para o ambiente coletivo, de origem natural, que comprometeu gravemente a capacidade
de resposta dos serviços públicos essenciais, o presidente da República debateu com os seus
interlocutores mais próximos a possibilidade de ser decretado estado de calamidade pública
de âmbito nacional. Na ocasião, foi afirmado por alguns interlocutores que a decretação
(1) é de competência do Congresso Nacional e, especificamente em relação ao atendimento
das necessidades decorrentes dos acontecimentos, permitiria;
(2) a adoção de processo simplificado de contratação de pessoal, em caráter temporário
e emergencial;
(3) o aumento de despesa obrigatória de caráter continuado; e
(4) a realização de operações de crédito em montante superior às despesas de capital.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 96 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

À luz da sistemática constitucional, estão corretas:


a) apenas a informação 1;
b) apenas as informações 2 e 3;
c) apenas as informações 3 e 4;
d) apenas as informações 1, 2 e 4;
e) as informações 1, 2, 3 e 4.

Vamos avaliar cada um dos itens.


1 – Correto. A EC 109/2021 aperfeiçoou nosso texto constitucional para nos preparar para
enfrentar situações como a do combate à pandemia do COVID-19. Confira:

Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve
adotar regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades
dele decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos
termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XXVIII – propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

2 – Correto. Confira no artigo 167-C da CF/1988 que foi trazido pela EC 109/2021:

Art. 167-C. Com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus


efeitos sociais e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal pode adotar
processos simplificados de contratação de pessoal, em caráter temporário e emergencial, e de
obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade de condições
a todos os concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 na contratação de que
trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição, limitada a dispensa às situações de que
trata o referido inciso, sem prejuízo do controle dos órgãos competentes. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)

3 – Incorreto. Na verdade, o artigo 167-D da CF/1988 que foi trazido pela EC 109/2021
vedou esse aumento. Confira:

Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo
de enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos
restritos à sua duração, desde que não impliquem despesa obrigatória de caráter continuado,
ficam dispensados da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão ou à
ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 97 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

4 – Correto. De acordo com a nossa Carta Magna, após a EC 109/2021, durante todo o
exercício financeiro em que vigore o estado de calamidade pública de âmbito nacional não
devem ser aplicadas as vedações do artigo 167 III. Confira:

Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore
a calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167
desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167. São vedados:
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (Vide Emenda constitucional
n. 106, de 2020)

Letra d.

024. (FGV/PC-AM/DELEGADO/2022) A respeito da disciplina constitucional do orçamento


público, analise as afirmativas a seguir.
I – Embora a lei orçamentária anual seja de iniciativa privativa do Poder Executivo, a lei de
diretrizes orçamentárias e o plano plurianual são de iniciativa concorrente entre o Poder
Executivo e o Poder Legislativo.
II – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, sendo nela vedada igualmente a previsão de contratação de operações
de crédito, ainda que por antecipação de receita.
III – É permitida a vinculação das receitas auferidas com o Imposto Estadual sobre a Circulação
de Mercadorias (ICMS) para pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia
ou contragarantia.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II, apenas.
e) III, apenas.

Vamos avaliar os itens.


I – Incorreto. Na verdade, as leis orçamentárias são de iniciativa do Poder Executivo. Confira
na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 98 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

II – Incorreto. Na verdade, é exceção ao Princípio Orçamentário da Exclusividade prevista


na CF/1988. Confira:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


...
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

III – Correto. Confira na CF/1988 após a redação trazida pela EC 109/2021:

Art. 167. São vedados:


...
§ 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155, 156, 157, 158 e as alíneas
“a”, “b”, “d” e “e” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de
débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;

Letra e.

025. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Uma entidade do setor público apresentava as


seguintes contas aprovadas em seu balanço orçamentário:
• Receitas: tributárias: R$ 80.000; alienação de bens: R$ 30.000; patrimoniais: R$ 30.000;
operações de crédito: R$ 50.000;
• Despesas: com pessoal: R$ 90.000; com investimentos: R$ 70.000.
De acordo com a Constituição Federal, assinale a opção que indica se a entidade cumpre a
“regra de ouro” e o motivo para seu cumprimento/descumprimento.
a) Sim, porque o montante das operações de crédito é menor do que o das despesas totais.
b) Sim, porque o montante das operações de crédito é menor do que o das despesas correntes.
c) Sim, porque o montante das operações de crédito é menor do que o das despesas de
capital.
d) Não, porque o montante das receitas é maior do que o das despesas.
e) Não, porque o montante das receitas de capital é maior do que o das despesas correntes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 99 de 134
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Basicamente a regra de ouro é uma proibição de que os ingressos financeiros obtidos por
meio de operações de crédito sejam superiores às despesas de capital, ou seja, em
regra, não deve ser aumentando o endividamento do ente para arcar com despesas
correntes. Confira na CF/1988:

Art. 167. São vedados:


III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

Na situação em tela note que a entidade cumpriu a regra de ouro, visto que o montante das
operações de crédito (R$ 50.000,00) foi inferior ao das despesas de capital (R$ 70.000,00).
Letra c.

026. (FGV/SEFAZ-AM/ASSISTENTE-ADM/2022) De acordo com a Constituição Federal de


1988, nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser
iniciado sem lei que autorize a inclusão, ou sem prévia inclusão, no(a)
a) Plano Plurianual.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Orçamento Federal.
e) Orçamento de Capital.

Confira na literalidade da CF/1988:

Art. 167 § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.

Letra a.

027. (FGV/OAB/EXAME-ANUAL/2021) Diante das intensas chuvas que atingiram o Estado


Alfa, que se encontra em situação de calamidade pública, o Presidente da República, ante a
relevância e urgência latentes, edita a Medida Provisória n. XX/19, determinando a abertura
de crédito extraordinário para atender às despesas imprevisíveis a serem realizadas pela
União, em decorrência do referido desastre natural. A partir da situação hipotética narrada,
com base no texto constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 100 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) A Constituição de 1988 veda, em absoluto, a edição de ato normativo dessa natureza


sobre matéria orçamentária, de modo que a abertura de crédito extraordinário deve ser
feita por meio de lei ordinária de iniciativa do Chefe do Executivo.
b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo dessa natureza em matéria de
orçamento e créditos adicionais e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura
de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública.
c) O ato normativo editado afronta o princípio constitucional da anterioridade orçamentária,
o qual impede quaisquer modificações nas leis orçamentárias após sua aprovação pelo
Congresso Nacional e consequente promulgação presidencial.
d) O ato normativo editado é harmônico com a ordem constitucional, que autoriza a edição de
medidas provisórias que versem sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento
e créditos adicionais, suplementares e extraordinários, desde que haja motivação razoável.

A nossa Carta Magna, em seu artigo 62, apresenta um rol de matérias que não podem ser
veiculadas por medidas provisórias. Confira:

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
...
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

Entretanto, na parte final da alínea “d”, temos uma ressalva. Então vamos ao mencionado
dispositivo:

Art. 167. São vedados:


(...)
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

Assim, para crédito extraordinário, que tem como pressuposto para sua abertura a existência
de relevância e urgência (além da imprevisibilidade), a MP pode ser usada.
Letra b.

028. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) O Estado Alfa apurou que, em período de 12 meses, sua


receita corrente foi de 10 bilhões de reais, e sua despesa corrente de 9,6 bilhões de reais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 101 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Tal Estado deseja contrair empréstimo com a União. Diante desse cenário, o Estado poderá
realizar sem que seja impedido de fazer tal empréstimo:
a) concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária;
b) refinanciamento de dívidas que implique ampliação das despesas;
c) alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
d) reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
e) criação de despesa obrigatória.

A resposta está no artigo 167-A da CF/1988. Vamos correlacionar as alternativas aos seus
dispositivos:

Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação,
aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional n.
109, de 2021)
I – concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares, exceto
dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao
início da aplicação das medidas de que trata este artigo;
II – criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Letra C)
IV – admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas:
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição; e
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de
formação de militares;
V – realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso
IV deste caput;
VI – criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou
benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de
Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos
e de militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial
transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de
que trata este artigo;
VII – criação de despesa obrigatória; (Letra E)
VIII – adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º
desta Constituição;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 102 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

IX – criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão, renegociação


ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com subsídios e
subvenções; (Letra B)
X – concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. (Letra A)

Note que não existe vedação para as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos
ou vitalícios.
Letra d.

029. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Comissão mista permanente de Senadores


e Deputados, incumbida de examinar e emitir parecer prévio sobre os projetos de leis
orçamentárias, bem como sobre planos e programas governamentais, realizando, ainda,
o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, solicitou ao Tribunal de Contas
pronunciamento conclusivo, no prazo de trinta dias, sobre a existência de indícios de
despesas não autorizadas em uma estrutura governamental.
À luz da sistemática constitucional vigente, essa solicitação:
a) não apresenta qualquer irregularidade, considerando o órgão que a formulou e o seu
destinatário;
b) pressupõe a prévia solicitação de informações à autoridade governamental competente;
c) pressupõe o prévio julgamento das contas de governo pelo Congresso Nacional;
d) dependeria de prévia aprovação do plenário do Congresso Nacional;
e) somente poderia ser feita pelo Presidente do Congresso Nacional.

Vamos ver como nossa CF/1988 dispõe:

Art. 166 § 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:


I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de
acordo com o art. 58.
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de
despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo
de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 103 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Note que, inicialmente, a CMO – Comissão Mista de Orçamento deveria ter solicitado à
autoridade governamental responsável para que, no prazo de cinco dias, prestasse os
esclarecimentos necessários e, depois disso, caso não fosse atendida, a CMO solicitaria ao
TCU pronunciamento conclusivo.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Conforme exposto, houve irregularidade.
c) Errada. O julgamento prévio pelo CN - Congresso Nacional não é necessário.
d) Errada. A CMO tem competência para exercer tal acompanhamento sem prévia aprovação
do plenário do CN.
e) Errada. Sem fundamentação legal.
Letra b.

030. (FGV/OAB/EXAME-ANUAL/2021) Diante das intensas chuvas que atingiram o Estado


Alfa, que se encontra em situação de calamidade pública, o Presidente da República, ante a
relevância e urgência latentes, edita a Medida Provisória n. XX/19, determinando a abertura
de crédito extraordinário para atender às despesas imprevisíveis a serem realizadas pela
União, em decorrência do referido desastre natural. A partir da situação hipotética narrada,
com base no texto constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
a) A Constituição de 1988 veda, em absoluto, a edição de ato normativo dessa natureza
sobre matéria orçamentária, de modo que a abertura de crédito extraordinário deve ser
feita por meio de lei ordinária de iniciativa do Chefe do Executivo.
b) A Constituição de 1988 veda a edição de ato normativo dessa natureza em matéria de
orçamento e créditos adicionais e suplementares, mas ressalva a possibilidade de abertura
de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública.
c) O ato normativo editado afronta o princípio constitucional da anterioridade orçamentária,
o qual impede quaisquer modificações nas leis orçamentárias após sua aprovação pelo
Congresso Nacional e consequente promulgação presidencial.
d) O ato normativo editado é harmônico com a ordem constitucional, que autoriza a edição de
medidas provisórias que versem sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento
e créditos adicionais, suplementares e extraordinários, desde que haja motivação razoável.

A nossa Carta Magna, em seu artigo 62, apresenta um rol de matérias que não podem ser
veiculadas por medidas provisórias. Confira:

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 104 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I – relativa a:
...
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

Entretanto, na parte final da alínea “d”, temos uma ressalva. Então vamos ao mencionado
dispositivo:

Art. 167. São vedados:


(...)
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

Assim, para crédito extraordinário, que tem como pressuposto para sua abertura a existência
de relevância e urgência (além da imprevisibilidade), a MP pode ser usada.
Letra b.

031. (FGV/MPE-SC/ANALISTA/2022) Uma das funções da Lei de Diretrizes Orçamentárias


(LDO) é estabelecer parâmetros para alocação dos recursos no orçamento anual, de forma
a possibilitar a realização das metas e objetivos contemplados no Plano Plurianual (PPA).
O trecho a seguir foi extraído da LDO da União para o exercício de 2020: “As prioridades
e as metas da administração pública federal para o exercício de 2020, atendidas as
despesas obrigatórias e as de funcionamento dos órgãos e das entidades que integram
os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, serão estabelecidas no Anexo VIII e na Lei
do Plano Plurianual 2020-2023”.
À luz dos objetivos e dos conteúdos a serem definidos na LDO, o trecho destacado
evidencia que:
a) a ênfase da LDO se restringe ao acompanhamento de metas e limites fiscais;
b) a LDO não tem cumprido a função de ser instrumento de integração entre planejamento
e orçamento;
c) as metas e prioridades da administração pública para cada exercício financeiro não
devem ser definidas na LDO;
d) há discrepância no ciclo orçamentário que impacta a elaboração da LDO com base no PPA;
e) o conteúdo a ser apresentado na LDO de cada exercício varia, conforme o que for definido
no PPA.

Considerando os prazos existe uma discrepância no ciclo orçamentário. Vamos aos prazos
previstos no ADCT:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 105 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Art. 35 § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Note, portanto, que de um lado a LDO de 2020 deveria ser aprovada até 17/07/2019, e
de outro o PPA 2020-2023 poderia ter sido encaminhado até 31/08/2019 e aprovado até
22/12/2019, fazendo com que na prática a LDO 2020 tenha sido baseada no PPA 2016-2019.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, a LDO tem outras atribuições trazidas tanto pela CF/1988 quanto
pela LRF. Confira as da CF/1988:

Art. 165 § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas,
em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

b) Errada. Na verdade, a LDO integra sim a LOA ao PPA.


c) Errada. Confira as da CF/1988:

Art. 165 § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas,
em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

e) Errada. Não varia apenas conforme definido no PPA. Alternativa mal formulada que
poderia ter gerado anulação da questão.
Letra d.

032. (FGV/TCE-AM/AUDITOR-MP-CONTAS/2021) Por ocasião das discussões a respeito do


projeto de lei orçamentária anual, encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso
Nacional, os parlamentares dos partidos políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas
individuais impositivas iriam alocar recursos, para os Municípios escolhidos, por meio de
transferência especial. Ao tomar conhecimento dessa deliberação, um jornal de grande
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 106 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

circulação afirmou que essa espécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou
instrumento congênere para a sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no
ato da efetiva transferência financeira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas
das áreas de competência do Poder Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de
capital, observados os balizamentos constitucionais. À luz da sistemática constitucional,
é correto afirmar, quanto às informações veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
b) apenas a 1 está correta;
c) apenas a 2 está correta;
d) apenas a 1 e a 3 estão corretas;
e) apenas a 2 e a 3 estão corretas.

Vamos avaliar as informações veiculadas.


1) Incorreta, já que a transferência especial não depende de convênio ou de instrumento
congênere. Confira na CF/1988:

Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária


anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
I – transferência especial; ou
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:
I – serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de
celebração de convênio ou de instrumento congênere;

2) Correta. Confira na CF/1988:

Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária


anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
I – transferência especial; ou
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:
II – pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e

3) Correta. Confira na CF/1988:

Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária


anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
I – transferência especial; ou
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos:
III – serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo
do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo.

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 107 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

033. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE/2021) A lei orçamentária anual do Estado Alfa estimou a


receita e fixou a despesa pública para o exercício financeiro a que se referia, tendo ainda
previsto as despesas a serem realizadas nos três exercícios seguintes, com a construção
de barragem no Rio XX.
A previsão das despesas a serem realizadas nos exercícios seguintes, com a construção da
barragem, mostra-se:
a) compatível com a ordem constitucional, pois se trata de um investimento plurianual;
b) compatível com a ordem constitucional, pois a hipótese versa sobre despesa corrente
de caráter plurianual;
c) incompatível com a ordem constitucional, pois somente o plano plurianual pode alcançar
mais de um exercício;
d) compatível com a ordem constitucional, pois a lei orçamentária anual pode avançar para
até cinco exercícios;
e) incompatível com a ordem constitucional, pois a lei orçamentária anual não pode viger
por mais de um exercício.

Novidade trazida pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019. Confira no artigo 165, § 14
d CF/1988:

Art. 165 (...)


§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes,
com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento.

Vamos comentar as demais alternativas.


b) Errada. Na verdade, a construção de uma barragem caracteriza uma despesa de capital.
c) Errada. De acordo com o artigo 165, § 14, da CF/1988, admite-se que a lei orçamentaria
anual possua previsão para os exercícios seguintes.
d) Errada. Sem previsão legal.
e) Errada. De acordo com o artigo 165, § 14, da CF/1988, admite-se que a lei orçamentaria
anual possua previsão para os exercícios seguintes.
Letra a.

034. (FGV/TCE-PI/ASSISTENTE/2021) O Chefe do Poder Executivo do Estado Beta, com o


objetivo de ampliar o direito fundamental à informação, inseriu, no projeto de lei orçamentária
anual, comando que disciplinava o acesso, por qualquer do povo, às informações de natureza
administrativa, financeira e orçamentária. A inserção do referido comando no projeto de
lei orçamentária anual é:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 108 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) compatível com a ordem constitucional, em razão da pertinência temática;


b) incompatível com a ordem constitucional, pois a iniciativa legislativa é exclusiva do Poder
Legislativo;
c) compatível com a ordem constitucional, desde que haja autorização na lei de diretrizes
orçamentárias;
d) incompatível com a ordem constitucional, pois não versa sobre a previsão da receita e
a fixação da despesa;
e) compatível com a ordem constitucional, desde que o projeto seja aprovado por maioria
absoluta no Poder Legislativo.

Confira a base da resposta no § 8º do artigo 165 da CF/1988:

§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Esse artigo traz um Princípio Orçamentário muito importante, o Princípio da Pureza ou


Exclusividade, e as suas exceções. A ideia básica é que a Lei Orçamentária deve tratar
de orçamento e não de matérias estranhas a esse tema. Dessa forma, a mencionada
ementa ao Projeto de Lei viola o princípio da exclusividade orçamentária.
Letra d.

035. (FGV/TCE-PI/AUDITOR/2021) O Chefe do Poder Executivo do Estado Alfa encaminhou ao


Poder Legislativo o projeto de lei orçamentária anual. Enquanto o projeto estava em discussão
na Comissão competente da Assembleia Legislativa, o Governador do Estado propôs a
modificação do projeto. Além disso, foram posteriormente apresentadas emendas, no âmbito
da Comissão, nas quais era proposta a anulação de despesas relacionadas à amortização
de empréstimos contraídos em exercícios pretéritos, com a sua redistribuição para outros
programas orçamentários relacionados aos direitos sociais e que eram compatíveis com o
plano plurianual. À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que:
a) não há qualquer irregularidade na narrativa apresentada;
b) a única irregularidade existente é a proposta de anulação de dotações destinadas à
amortização de empréstimos;
c) a única irregularidade existente é a proposta de modificação, pelo Governador do Estado,
do projeto já apresentado;
d) tanto a proposta de modificação do projeto já apresentado como a de anulação das
despesas indicadas são irregulares;
e) não há irregularidade na narrativa apresentada, desde que as ações estejam autorizadas
na lei de diretrizes orçamentárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 109 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Essa medida é incompatível com a vedação do artigo 166, § 3º, II, “b”, da CF/1988, que
compulsoriamente deve ser seguida pelos Estados. Essa emenda não poderia anular despesa
oriunda do serviço da dívida pública. A compatibilidade com o plano plurianual é exigida
pelo § 4º do artigo 166. Confira na CF/1988:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.

Vamos comentar as demais alternativas.


a) Errada. A anulação de dotações destinadas à amortização de empréstimos é inconstitucional.
c) Errada. Não é caso de irregularidade, já que de acordo com a CF/1988:

Art. 166....
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.

d) Errada. Somente a anulação da despesa fere a CF/1988.


e) Errada. Irregularidades já apontadas nas alternativas anteriores.
Letra b.

036. (FGV/TJ-TO/CONTADOR/2022) O princípio da universalidade preconiza que o orçamento


deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado, o que inclui todos os poderes
e órgãos cujos gastos são custeados com recursos orçamentários. No Brasil, além do
orçamento propriamente dito, os entes públicos elaboram o plano plurianual e as diretrizes
orçamentárias. No que diz respeito aos órgãos do Poder Judiciário, como um tribunal de
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 110 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

justiça, uma informação a ser apresentada na Lei de Diretrizes Orçamentárias se refere à


definição de:
a) condições para realização de investimentos com duração superior a um exercício financeiro;
b) limites para elaboração de suas propostas orçamentárias;
c) margem de expansão dos gastos previdenciários do órgão;
d) parâmetros para ajustes nas dotações orçamentárias;
e) prioridades para destinação de recursos próprios.

A alternativa correta é a letra B, já que está de acordo com a CF/1988. Confira:

Art. 99.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. Na verdade, a LOA não deve consignar dotação para investimento com duração
superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei
que autorize a sua inclusão.
c) Errada. Na verdade, o Anexo de Metas Fiscais, que integra a LDO, deve conter a avaliação
da situação financeira e atuarial, mas não deve conter a margem de expansão dos gastos
previdenciários do órgão.
d) Errada. Podem constar na própria LOA ou em lei específica.
e) Errada. O Poder Judiciário é responsável por executar sua parte no orçamento após a
aprovação da LOA.
Letra b.

037. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO-SUPERIOR/2019) A legislação que trata da execução do


orçamento pelos entes públicos apresenta autorizações e vedações, tendo em vista garantir
o cumprimento dos princípios que regem a administração pública, bem como o equilíbrio
financeiro e orçamentário. Uma das autorizações refere-se:
a) à concessão de créditos ilimitados, quando previstos no PPA;
b) à abertura de crédito especial pendente de autorização legislativa;
c) ao início de programas não incluídos na Lei Orçamentária Anual;
d) à assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários;
e) à vinculação de receita de impostos para ações e serviços públicos de saúde.

A vinculação de receita de impostos para ações e serviços públicos de saúde é uma das
ressalvas às vedações previstas no artigo 167, da CF/88. Confira, com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 111 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Art. 167. São vedados:


...
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento
do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo”;

Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Já que o inciso VII, do art. 167 da CF/88 veda a concessão de créditos ilimitados.
Confira:

Art. 167. São vedados:


(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

b) Errada. Já que a abertura de créditos suplementares ou especial necessita de prévia


autorização legislativa, diferentemente do crédito extraordinário.
c) Errada. O artigo 167, I, da CF/88 veda o início de programas ou projetos não incluídos
na lei orçamentária anual.
d) Errada. Já que já que o artigo 167, II, da CF/88 veda a realização de despesas ou a assunção
de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais.
Letra e.

038. (FGV/SEFAZ-AM/AUDITOR/2022) Em relação aos orçamentos contidos na Lei


Orçamentária, analise as afirmativas a seguir.
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detém a maioria do capital social com direito a voto.
III – O orçamento da Seguridade Social abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a lei orçamentária anual compreenderá o
que se afirma em
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 112 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

d) II e III, somente.
e) I, II e III.

Vamos avaliar os itens.


I – Verdadeiro. Confira na CF/1988:

Art. 165 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II – Verdadeiro. Confira na CF/1988:

Art. 165 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;

III – Verdadeiro. Confira na CF/1988:

Art. 165 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.

Letra e.

039. (FGV/ALERO/ANALISTA/2018) Em relação à despesa salarial da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA


DO ESTADO DE RONDÔNIA, é correto afirmar que pertence à esfera orçamentária relativa
ao orçamento
a) da Seguridade Social.
b) Fiscal.
c) de Investimento.
d) Base-zero.
e) Extrafiscal.

Perceba que a ALERO - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA é o Poder


Legislativo do Estado, pertencendo assim a Administração Direta. Considerando que
temos 3 sub orçamentos, o Fiscal, o de Investimentos das empresas e o da Seguridade
Social, as despesas de salário da ALERO devem constar no Orçamento Fiscal do ESTADO
DE RONDÔNIA.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 113 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

040. (FGV/CÂMARA-SALVADOR/ANALISTA/2018) A Secretaria de Finanças do Município Beta


informou ao Prefeito Municipal que dispunha de recursos em conta corrente, mas não
seria possível realizar a compra de móveis solicitada. Como justificativa, esclareceu que as
despesas dessa natureza já teriam exaurido os créditos orçamentários existentes. O Prefeito
não acatou a justificativa e determinou a realização da compra, o que levou ao pedido de
exoneração do Secretário, já que este último considerou a ordem manifestamente ilegal.
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, deve ser reconhecido que:
a) a ordem do Prefeito Municipal é legal, pois há recursos em conta para realizar a compra
dos móveis;
b) a informação do Secretário é correta, pois não podem ser realizadas despesas excedentes
aos créditos orçamentários;
c) a ordem do Prefeito Municipal é legal, já que a compra de móveis independe de previsão
orçamentária;
d) a informação do Secretário é incorreta, pois a lei orçamentária não contempla créditos,
mas despesas;
e) a ordem do Prefeito é legal, pois as finanças públicas são regidas pelo critério financeiro,
não orçamentário.

Não se esqueça que a nossa CF/88 veda a realização de operações de crédito para cobrir
despesas (art. 167, III), bem como o remanejamento de créditos orçamentários sem
autorização legislativa (art. 167, VI, CF). Nessa toada, no caso em tela, o Município não
poderia remanejar recursos para a compra de móveis solicitada, sem autorização legislativa
específica. Confira no artigo 167, II, da CF/88, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
..........
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. O fato de haver recursos financeiros não significa que há recursos orçamentários,
para aquela despesa específica, já que tais recursos financeiros em caixa se referem a
outras rubricas orçamentárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 114 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

c) Errada. Toda compra ou aquisição de bens ou serviços deve ter autorização orçamentária.
d) Errada. Já que o orçamento compreende os créditos ordinários, suplementares, especiais
ou extraordinários, conforme artigo 165, III, § 8º, da CF/88.
e) Errada. Toda despesa deve estar autorizada na LOA ou via créditos adicionais.
Letra b.

041. (FGV/CÂMARA-SALVADOR/ANALISTA/2018) Os instrumentos de planejamento previstos


na Constituição da República de 1988 apresentados na figura têm prazos e conteúdos
específicos para auxiliar na gestão e no controle dos recursos públicos. Esses instrumentos
são elaborados sob a forma de lei, com a seguinte configuração:
a) apenas o PPA e a LOA são elaborados por iniciativa do Poder Executivo;
b) apenas a LDO e a LOA são elaboradas por iniciativa do Poder Executivo;
c) a LOA é elaborada por uma comissão mista com representantes dos Poderes Executivo
e Legislativo;
d) todos os instrumentos são elaborados por iniciativa do Poder Executivo;
e) todos os instrumentos são elaborados por iniciativa do Poder Legislativo.

De acordo com o artigo 165 da nossa Constituição Federal, todos os instrumentos são
elaborados por iniciativa do Poder Executivo. Confira com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Letra d.

042. (FGV/CÂMARA-SALVADOR/ESPECIALISTA/2018) O Vereador João, ao analisar o projeto de


Lei Orçamentária Anual apresentado pelo Chefe do Poder Executivo, decidiu apresentar uma
emenda que se mostrava plenamente compatível com o plano plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Ocorre que, para apresentá-la, deveria indicar os recursos necessários.
À luz da sistemática constitucional, esses recursos podem advir da anulação de despesas
que digam respeito a:
a) dotações para pessoal;
b) serviço da dívida;
c) programas sociais;
d) transferências tributárias para outros Municípios;
e) dotações para encargo de pessoal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 115 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Com exceção da alternativa C (programas sociais), todas as alternativas estão erradas, já


que são vedações contidas no texto constitucional. Confira o artigo 166, § 3º, II, da nossa
CF/88, com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
........
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;

Letra c.

043. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) O Prefeito Municipal encaminhou o projeto de


lei orçamentária anual à Câmara Municipal. Para sua surpresa, no texto aprovado, foram
anuladas, parcialmente, as despesas destinadas ao pagamento de pessoal, que permitiriam
o cumprimento da lei municipal que aumentara os vencimentos dos servidores, a partir do
exercício financeiro seguinte. Os recursos, por sua vez, foram destinados à implementação
de programas sociais nas áreas de saúde e educação.
À luz da sistemática constitucional, o procedimento da Câmara Municipal está
a) correto, pois esta pode apreciar livremente o projeto de lei orçamentária, podendo anular
e criar as despesas que melhor lhe aprouverem.
b) incorreto, pois os recursos destinados à implementação dos programas sociais não
poderiam resultar da anulação, ainda que parcial, das despesas com pessoal.
c) correto, pois esta somente está autorizada a destinar recursos à implementação de
programas sociais caso resultem da anulação de despesas com pessoal.
d) incorreto, pois o projeto de lei orçamentária anual apresentado pelo chefe do Poder
Executivo não pode sofrer alterações no Legislativo.
e) correto, pois esta somente pode criar uma despesa quando indica os recursos necessários,
os quais devem resultar da anulação de outra, qualquer que seja ela.

A CF/1988 veda esse tipo de remanejamento orçamentário em seu art. 166, § 3º, II, “a”.
Confira com grifos nossos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 116 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
...
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Nesse ponto a CF/1988 estabeleceu limites à anulação de despesas.
c) Errada. A CF/88 não autoriza a subtração de despesas de pessoal para a realização de
outras despesas.
d) Errada. Projeto de Lei apresentado pelo Chefe do Poder Executivo pode sofrer emendas
no Legislativo, observados os limites que a própria Constituição impõe (art. 166, §§ 2º e
3º, CF/88).
e) Errada. Projeto de Lei apresentado pelo Chefe do Poder Executivo pode sofrer emendas
no Legislativo, observados os limites que a própria Constituição impõe (art. 166, §§ 2º e
3º, CF/88).
Letra b.

044. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) Em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), assinale


a afirmativa correta.
a) Deve conter uma estimativa das receitas e das despesas em um exercício.
b) Deve conter a fixação para as receitas e para as despesas em um exercício.
c) As despesas e as receitas apresentadas devem ter valores iguais.
d) Deve compreender o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
e) Deve compreender o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, sem incluir as fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 117 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

A resposta está na literalidade do artigo 165 § 5º da CF/88. Confira:

Art. 165 - § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Já que as despesas não são estimadas na LOA, mas sim fixadas.
b) Errada. Na verdade, as despesas são fixadas e as receitas previstas.
c) Errada. Na verdade, não se faz necessário que os montantes da receita e despesa sejam
iguais. Assim, se as receitas forem maiores temos superávit e se as despesas maiores
teremos déficit.
e) Errada. Já que incluiu fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Letra d.

045. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) De acordo com a Constituição da República, sob


pena de crime de responsabilidade, nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão
a) nas diretrizes orçamentárias.
b) no plano plurianual.
c) no anexo de metas fiscais.
d) no orçamento anual.
e) no orçamento bianual.

Questão do tipo “cara crachá” em que a FGV cobrou o conhecimento da literalidade do §


1º do artigo 167 da nossa CF/1988. Confira:

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade”.

Vamos aproveitar e rever o artigo 169, § 9º, da CF/1988 com nossos grifos:

Art. 169....
§ 9º Cabe à lei complementar:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 118 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do


plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Letra b.

046. (FGV/SASDH-NITERÓI/ASSISTENTE/2018) Em matéria de orçamento público, observe


os conceitos das principais leis que formam seu tripé.
I – Estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte e, para tal, fixa o
montante de recursos que o governo pretende economizar, traça regras, vedações e limites
para as despesas dos Poderes, autoriza o aumento das despesas com pessoal etc.;
II – Define o planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro público no período
de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos;
III – Dispõe sobre o planejamento de médio prazo, identificando as prioridades para o período
de quatro anos e os investimentos de maior porte.
As leis definidas acima são chamadas, respectivamente, de:
a) Lei Tributária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual;
c) Lei Orçamentária Anual, Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Diretrizes Orçamentárias;
d) Plano Plurianual, Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Diretrizes Orçamentárias;
e) Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

I – É a LDO quem estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte e, para
tal, fixa o montante de recursos que o governo pretende economizar, traça regras, vedações
e limites para as despesas dos Poderes, autoriza o aumento das despesas com pessoal etc.,
conforme dispõe o § 2º do artigo 165 da CF/88.
II – É a LOA quem define o planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro
público no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. A LOA
ou Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período
determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas e
despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes.
III – É o PPA quem dispõe sobre o planejamento de médio prazo, identificando as prioridades
para o período de quatro anos e os investimentos de maior porte. Em outras palavras, o
PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 119 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e


para as relativas aos programas de duração continuada.
Letra b.

047. (FGV/SEPOG-RO/ANALISTA/2017) Com relação às vedações orçamentárias constitucionais,


analise as afirmativas a seguir.
I – Para fazer frente a uma calamidade pública, por meio de Medida Provisória, é possível
a abertura de crédito extraordinário.
II – O déficit de fundação pública, sem fins lucrativos, pode ser suprido por recursos do
orçamento fiscal sem necessidade de autorização legislativa específica.
III – Realizar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão
no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, pode gerar crime de responsabilidade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.


I – Verdadeira, já que para fazer frente a uma calamidade pública, por meio de Medida
Provisória, é possível a abertura de crédito extraordinário, conforme dispõe o parágrafo
3º do artigo 167 da nossa Carta Magna.
II – Falsa, já que inexiste essa determinação na LRF.
III – Verdadeira, já que está de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 167 da nossa
CF/1988.
Letra d.

048. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016) Nos termos do que prevê a Constituição, a lei


orçamentária anual:
a) pode permitir ilimitada abertura de créditos adicionais;
b) pode ser objeto de emenda legislativa, baseada em corte de despesas com o serviço
da dívida;
c) pode autorizar a contratação de operações de crédito por antecipação da receita
orçamentária;
d) não inclui as entidades de direito privado da Administração Pública;
e) pode, em casos excepcionais, permitir a criação de novos cargos públicos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 120 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Note que as operações de ARO - Antecipação de Receita Orçamentária estão autorizadas


no artigo 165, § 8º, da CF/88:

Art. 165......
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Letra c.

049. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016) Na elaboração do orçamento de um exercício financeiro,


o Poder Legislativo da União, através de emenda, incluiu um dispositivo relacionado às
atribuições de um cargo da estrutura da Presidência da República. Nesse caso foi violado
o princípio orçamentário:
a) da Igualdade;
b) da Anualidade;
c) do Orçamento Bruto;
d) da Exclusividade;
e) do Equilíbrio.

O Princípio Orçamentário da Exclusividade está previsto no artigo 165, § 8º da CF/88


e determina que a LOA não deve conter dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
Existe ainda outra exceção prevista no artigo 184 §4º da CF/1988 que estabelece que LOA
fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de
recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
Dessa forma, podemos concluir que as atribuições de cargos da estrutura da Presidência
da República devem ser tratadas em lei específica e não na LOA.
Letra d.

050. (FGV/MRE/DIPLOMATA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um instrumento


que auxilia no planejamento orçamentário das entidades públicas brasileiras, a partir das
disposições constitucionais e legais. Considerando tais disposições, é correto afirmar que
a LDO deve:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 121 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

a) apresentar o orçamento fiscal para cada poder e órgão da administração direta;


b) apresentar o orçamento de investimento das empresas estatais;
c) consignar dotação para investimentos com prazo superior a doze meses;
d) dispor sobre as alterações na legislação tributária;
e) ser elaborada no primeiro ano de mandato para vigência nos demais anos.

A resposta está na literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/1988. Repare com grifos nossos:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração


pública federal,..., orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento.

Letra d.

051. (FGV/PREF-CUIABÁ/AUDITOR/2016) Após a apresentação do projeto de lei do orçamento


anual pelo Chefe do Poder Executivo, determinado deputado federal decidiu apresentar
uma emenda que se mostrava absolutamente compatível com o Plano Plurianual e a Lei
de Diretrizes Orçamentárias.
Ao consultar sua assessoria, foi informado que a emenda deveria indicar os recursos
necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, isso com as ressalvas
previstas na Constituição da República.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que poderia ser anulada despesa
associada
a) ao serviço da dívida pública.
b) ao programa de implementação de direitos sociais.
c) à dotação para pessoal e seus encargos.
d) às transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal.
e) à contribuição previdenciária.

Tenha em mente que dos gastos listadas nas alternativas da questão, apenas aqueles
relacionados ao programa de implementação de direitos sociais podem ser anulados para
atender à emenda ao orçamento apresentada pelo deputado federal. Confira no dispositivo
constitucional abaixo reproduzido com grifos nossos:

Art. 166.........
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 122 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;


II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Note ainda que a contribuição previdenciária se insere dentre os encargos relativos às


dotações para pessoal (art. 166, § 3º, II, alínea “a”) sendo insuscetível de anulação para
esse fim.
Letra b.

052. (FGV/PREF-PAULÍNIA/PROCURADOR/2016) Ao determinar a elaboração do projeto de


lei orçamentária anual, o Prefeito Municipal foi informado pela Procuradoria do Município
que era vedada a inclusão de “caudas orçamentárias” nesse projeto, vale dizer, de matérias
que eram incompatíveis com a matéria orçamentária propriamente dita.
À luz da sistemática constitucional, é considerado “cauda orçamentária” o dispositivo que
a) autorize a abertura de crédito suplementar.
b) defina o valor de gratificação estatutária.
c) permita a contratação de operação de crédito.
d) estabeleça balizamentos para o pagamento da dívida fundada.
e) fixe o valor da despesa total com os servidores públicos.

A ideia de “cauda orçamentária” é evitar que o orçamento traga matérias que não tenha a
ver com o tema orçamento público. Assim, a definição de valor de gratificação estatutária
deve vir em lei específica relacionada ao cargo respectivo, e posteriormente ser incluída
na fixação da despesa orçamentária da LOA.
O princípio da exclusividade orçamentária, consagrado no artigo 165, § 8º, que traz
algumas exceções, mas a prevista na alternativa B:

Art. 165......
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Além dessas ressalvas, o art. 184, §4º estabelece uma outra exceção ao princípio da
exclusividade, ao estabelecer que o orçamento (a lei orçamentária anual) fixará anualmente
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 123 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para
atender ao programa de reforma agrária no exercício.
Letra b.

053. (FGV/TCM-SP/AGENTE/2015) O Chefe do Poder Executivo de determinado ente


federativo, após ampla análise técnica, encaminhou o projeto de lei orçamentária anual
ao Poder Legislativo. Considerando a sistemática constitucional, é correto afirmar que:
a) o orçamento fiscal, em razão de suas características essencialmente tributárias, integra
documento autônomo, estranho à lei orçamentária anual;
b) as emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária não podem indicar, como
fonte de recursos, aqueles provenientes da anulação de despesa com o serviço da dívida;
c) a receita e a despesa das universidades públicas, entes que têm sua autonomia reconhecida
pela Constituição da República, não devem ser inseridas no orçamento anual;
d) a abertura de créditos orçamentários especiais, como são aqueles destinados à cobertura
de despesas não previstas na lei orçamentária, independe de autorização legislativa;
e) a lei orçamentária anual não pode conter autorização para contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita.

De acordo com o artigo 166, § 3º, inciso II, da CF/1988, as emendas ao projeto de lei
orçamentária não podem indicar como fonte de recursos de anulação de despesas proveniente
de serviço da dívida. Confira com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
(...)
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
(...)
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
(...)
b) serviço da dívida;

Letra b.

054. (FGV/DPE-MT/ANALISTA-ADVOGADO/2015) Com o objetivo de assegurar a urbanização


do respectivo território, determinada Constituição Estadual dispôs que certo percentual da
receita pública deveria ser aplicada, pelo Estado e pelos Municípios, na pavimentação das
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 124 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

vias públicas, observada a esfera de competências de cada qual. Consoante a sistemática


estabelecida pela Constituição da República, é correto afirmar que comando dessa natureza é
a) inconstitucional somente em relação aos Municípios, isso por afrontar a autonomia
política desses entes federados.
b) constitucional, pois a Constituição Estadual deve disciplinar a realização da despesa
pública pelo Estado e pelos Municípios nele inseridos.
c) inconstitucional, pois a matéria é da alçada da lei complementar federal, que deve
disciplinar a matéria de modo uniforme em todo o território nacional.
d) constitucional, somente em relação aos Municípios, entes federados menores que estão
sujeitos às normas estabelecidas pelo ente federado maior, o Estado.
e) inconstitucional, pois a matéria é afeta à lei orçamentária, de iniciativa do Chefe do
Poder Executivo, estadual ou municipal.

O artigo 165, inciso III, da CF/1988 determina que é de iniciativa do chefe do Poder Executivo
a elaboração de leis que tratem de orçamentos anuais, motivo pelo qual a questão apresenta
situação de inconstitucionalidade de dispositivo inserido em Constituição Estadual. Confira,
com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


(...)
III – os orçamentos anuais.

Letra e.

055. (FGV/PGE-RO/ANALISTA/2015) Determinado Município aprovou a sua lei orçamentária


anual e nela autorizou a realização de obras públicas tidas como necessárias. Considerando
a sua precária situação financeira, foi igualmente autorizada a contratação de empréstimo
interno, sendo que metade do valor seria destinado ao pagamento das referidas obras e a
outra metade seria utilizada para as despesas correntes, de caráter geral, da Administração
Pública. À luz dessa narrativa, é correto afirmar que a referida lei é:
a) constitucional, pois a lei orçamentária é a sede adequada para a previsão da receita e a
autorização da despesa pública;
b) inconstitucional, por afrontar a competência legislativa privativa da União para legislar
sobre direito econômico;
c) constitucional, pois o Município possui competência concorrente para legislar sobre
direito financeiro;
d) inconstitucional, já que a operação de crédito excede o montante das despesas de capital;
e) constitucional, desde que a operação de crédito a que se refere a lei orçamentária tenha
sido previamente autorizada pelo Senado Federal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 125 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Questão que aborda a famosa regra de ouro, presente no artigo 167, inciso III, da CF/88,
que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, com as ressalvas que ele mesmo estabelece. Confira, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


.......................
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

Note que de um lado, a aplicação de metade do valor do empréstimo no pagamento de


obras é respeita a regra de ouro, já que as obras são despesas de capital (investimentos).
Entretanto, de outra parte, a aplicação da outra metade em despesas do dia a dia, ou
seja, despesas correntes, viola a regra de ouro. Nesse caso, o município aumentou seu
endividamento para pagar despesas inerentes à própria sua manutenção o que é proibido
em nossa Carta Magna.
Letra d.

056. (FGV/CGE-MA/AUDITOR/2014) Assinale a alternativa que completa corretamente o


fragmento a seguir.
A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá _____.
a) as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública, de forma regionalizada.
b) as metas e as prioridades da Administração Pública.
c) a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
d) o orçamento de investimento das empresas estatais
e) as alterações na legislação tributária.

Note como a FGV cobrou a literalidade do artigo 165, § 1º, da CF/1988. Confira:

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,


objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Letra a.

057. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO/2014) Processo de Aprovação de Orçamento:


“A presidente Dilma Rousseff sancionou com vários vetos o projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) da União para 2014, na virada da quinta para esta sexta-feira. Nenhum

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 126 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

deles, entretanto, atingiu o artigo 52, que torna obrigatória a execução orçamentária e
financeira, de forma equitativa, da programação de despesas incluídas no orçamento por
emendas parlamentares individuais. A LDO resultante da sanção parcial foi publicada em
edição extra do ‘Diário Oficial da União’ que circula hoje com data de ontem. Ao converter
o projeto na Lei 12.919/2013 preservando a regra do ‘orçamento impositivo’, a presidente
cumpriu acordo firmado com o Congresso para viabilizar politicamente a aprovação da lei
orçamentária de 2014, concluída na madrugada do último dia 18. O Congresso só aprovou
a proposta para a LDO de 2014 em novembro passado, quando o orçamento do ano que
vem já estava em fase avançada de tramitação. Um dos motivos da demora foi a polêmica
em torno da regra do orçamento impositivo, que também é objeto de uma Proposta de
Emenda Constitucional - PEC”.
Considerando as circunstâncias envolvendo o trâmite da Lei Orçamentária Anual (LOA) de
2014 relatadas no texto”Processo de Aprovação de Orçamento”, é correto afirmar que a
sua elaboração foi orientada pela
a) disponibilidade na pauta de votações do Congresso Nacional em 2013.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014.
c) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 2001.
d) aprovação da regra relativa ao “orçamento impositivo” para 2014.
e) lei que instituiu o Plano Plurianual para o período 2011-2014.

Esse é um dos papeis da LDO. Confira com grifos nossos o trecho do artigo 165 da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração


pública federal,..., orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento.

Letra b.

058. (FGV/PREFEITURA-CUIABÁ/AUDITOR/2014) Conforme prevê a Constituição da República,


a Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 127 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Ainda segundo a Constituição da República, dois desses três orçamentos, “compatibilizados


com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério _____”.
Assinale a opção que indica os dois orçamentos que se prestam a reduzir desigualdades
inter-regionais e o critério que preenche a lacuna do fragmento acima.
a) I e II populacional
b) I e III populacional
c) II e III geográfico
d) I e II geográfico
e) II e III populacional

Em outras palavras, o que § 7º do artigo 165 da CF/88 quis dizer é que os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções
a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Letra a.

059. (FGV/PREF-NITERÓI/PROCURADOR/2014) A respeito da sistemática constitucional


afeta ao orçamento, assinale a afirmativa correta.
a) Cada instituição dotada de autonomia financeira possui iniciativa legislativa privativa
para apresentar sua proposta orçamentária ao Poder Legislativo.
b) As normas que concedem benefícios fiscais no âmbito municipal, por não terem natureza
orçamentária, não são alcançadas pela reserva de iniciativa do Executivo.
c) Uma lei de iniciativa parlamentar pode impor ao Executivo a consignação de dotação
orçamentária anual destinada a certa finalidade.
d) A Constituição Estadual pode impor aos Municípios a aplicação de percentual do seu
orçamento em finalidades específicas.
e) As leis orçamentárias, por serem gerais e abstratas, não estão sujeitas ao controle
concentrado de constitucionalidade.

Na letra B temos a confirmação do entendimento do STF no sentido de que as normas que


concedem benefícios fiscais no âmbito municipal, por não terem natureza orçamentária,
não são alcançadas pela reserva de iniciativa do Executivo. Confira a decisão do STF, com
grifos nossos:

A iniciativa de leis que versem sobre matéria tributária é concorrente entre o chefe do Poder
Executivo e os membros do Legislativo. A circunstância de as leis que versem sobre matéria

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 128 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

tributária poderem repercutir no orçamento do ente federado não conduz à conclusão


de que sua iniciativa é privativa do chefe do Executivo. (RE 590.697-ED, rel. min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 23-8-2011, Segunda Turma, DJE de 6-9-2011.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Quem possui o poder de propor projeto de lei tratando de orçamento público é
o chefe de cada Poder Executivo, nos termos do art. 165, III, da CF/88.
c) Errada. Já que a lei de iniciativa parlamentar violaria a competência privativa do chefe
do Executivo
d) Errada. A imposição deve decorrer da Constituição Federa
e) Errada. O STF admite o controle de constitucionalidade de leis orçamentárias, mas em
caráter excepcional.
Letra b.

060. (FGV/CÂMARA-RECIFE/ASSESSOR/2014/ADAPTADA) Julgue o item seguinte.


É incorreto dizer que há algum óbice constitucional à apresentação de emendas parlamentares,
isso porque o orçamento é aprovado pelo Poder Legislativo, que é plenamente autônomo
em relação ao Executivo.

Na verdade, existem SIM alguns óbices presentes em nossa CF/1988, como o artigo 63 que
diz que não pode haver aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder
Executivo, que também não podem ser incompatíveis com o PPA e com a LDO, além das
proibições detalhadas no § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.
Errado.

061. (FGV/PREF-RECIFE/ANALISTA/2014) Quanto ao regramento constitucional sobre o


orçamento, assinale a afirmativa incorreta.
a) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os
objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes, assim como para as relativas aos programas de duração continuada.
b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e as prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
c) À lei ordinária cabe dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração
e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária
anual.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 129 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

d) A lei orçamentária anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
e) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União,
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Note que a questão pede para marcarmos a errada. Com exceção da alternativa C, todas
as outras estão corretas.
O erro da C foi dizer que cabe à Lei Ordinária dispor sobre vigência, organização, elaboração,
prazos e exercício financeiro do PPA, da LDO e da LOA, quando, na verdade, esse papel cabe
à lei complementar, nos termos do artigo 165, §9º, I, da Constituição:

Art. 165 § 9º - Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;

Letra c.

062. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR/2011) O projeto de lei relativo ao plano plurianual relacionado


ao orçamento da União deve ser apreciado
a) pelas duas Casas Legislativas.
b) por comissão permanente do Senado Federal.
c) na forma do regimento do Senado.
d) de acordo com o regimento da Câmara.
e) por comissão mista do Executivo.

Tenha em mente que de acordo com o artigo 165 da CF/1988, leis de iniciativa do Poder
Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos
anuais, sendo que os respectivos projetos de lei devem ser apreciados pelas duas Casas
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
As atribuições da CMO – Comissão Mista de Orçamento, por seu turno, estão previstas no
§1º do artigo 166 da CF/1988. Confira:

caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:


I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 130 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais


previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de
acordo com o art. 58.

Letra a.

063. (FGV/TCM-RJ/AUDITOR/2008) É vedada a realização de operações de créditos que


excedam o montante das despesas de capital, salvo autorizações específicas, no âmbito
orçamentário, abrangendo aquelas a seguinte rubrica:
a) pessoal civil.
b) pessoal militar.
c) serviços operacionais.
d) obras públicas.
e) serviços de terceiros.

Lembre-se da regra de ouro, presente no artigo 167, inciso III, da CF/88, que veda a
realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
com as ressalvas que ele mesmo estabelece. Confira, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


.......................
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta”;

Com exceção da alternativa D, que é uma despesa de capital (investimento) todas as demais
referem-se a despesas correntes, aquelas destinadas à manutenção das atividades.
Letra d.

064. (FGV/TCM-RJ/AUDITOR/2008) O Poder Executivo publicará, após o encerramento de


cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária até:
a) 60 dias.
b) 120 dias.
c) 90 dias.
d) 30 dias.
e) 150 dias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 131 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

Resposta na literalidade da CF/1988. Confira, com grifos nossos:

Art. 165, § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

Letra d.

065. (INÉDITA/2022) A competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento, nos
termos da Constituição Federal de 1988, é
a) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
b) exclusiva da União.
c) privativa da União.
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal.

A resposta dessa questão está na literalidade da CF/1988 em seu artigo 24. Confira com
grifos nossos:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;

Letra a.

Colega,
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Siga-me (profmanuelpinon) no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão.
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas.

Professor Manuel Piñon


manuelpinon@hotmail.com

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 132 de 134


AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS

1 – Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

2 – Uma Introdução à Ciência das Finanças – 18ª Edição – Editora Método – Autor Aliomar
Baleeiro.

3 – Orçamento Público– Editora Atlas – Autor James Giacomoni.

4 – Finanças Públicas – Editora Campus – Autor Sávio Nascimento.

5 – Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição - Editora Juspodium – Autor


Giovanni Pacelli.

6 - Manual de Direito Financeiro - 9ª Edição - Editora Juspodium – Autor Harrison Leite.

7 – Orçamento Público (AFO e LRF) –10ª Edição - Editora Juspodium – Autor Augustinho
Paludo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 133 de 134


Abra

caminhos

crie

futuros
gran.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar