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outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
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CÓDIGO:
230627008350
MANUEL PIÑON
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Orçamento Público na CF/1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Orçamento Público na CF/1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Artigo 165 – Das Leis Orçamentárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Artigo 166 – Do Processo Legislativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3. Artigo 167 – Vedações em Matéria Orçamentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.4. Artigo 168 – Autonomia dos Poderes e Órgãos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
1.5. Artigo 169 – Despesas com Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2. Conhecendo Mais sobre Aspectos Avançados do Orçamento Público. . . . . . . . . . 46
2.1. Orçamento Autorizativo X Impositivo X Híbrido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.2. Natureza Jurídica do Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
2.3. Orçamento de Guerra e Regimes Fiscais Extraordinários . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é, principalmente, avançar no conhecimento do
Orçamento Público, aprofundando os conceitos mais avançados da matéria e os seus
aspectos constitucionais.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
JURISPRUDÊNCIA
No site do Planalto, ao lado de cada artigo da nossa CF/1988, temos acesso agora a
🔨
um martelinho ( ) com o link indicando a jurisprudência relativa a cada dispositivo
constitucional, ou seja, indicando julgados relativos ao tema regulado em cada
dispositivo. Confira o link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
A leitura de “lei seca” é muito importante, sendo fundamental para a nossa prova
conhecer os artigos 165 a 169 da Constituição Federal de 1998.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
Sem dúvida. A CF/1988, em seu Título VI, “Da Tributação e do Orçamento”, a partir do
artigo 145, traz a disciplina básica do orçamento público, especialmente em seu Capítulo
II, em disciplina as finanças públicas, trazendo, a partir do artigo 165 até o 169, as regras
de elaboração dos orçamentos, seu processo legislativo e vedações orçamentárias.
A assertiva também está de acordo com a conceituação doutrinária, já que Orçamento
Público é, na visão do Ilustre Aliomar Baleeiro:
ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo, por um certo período e em pormenor, a
realização das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados
pela política econômica e geral do país, assim como a arrecadação das receitas criadas em lei.
Certo.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
tributária e, embora não tenha alterado o texto da CF/1988, trouxe comandos sobre a renúncia
de receita que tem impacto sobre a nossa aula de LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além deles, merece destaque também o artigo 5º que trata do uso do superávit financeiro
em fundos, que embora não tenha alterado permanentemente o texto da CF/1988, já que
é regra com aplicação limitada até 31/12/2023.
Tivemos também a inclusão de novos incisos nos artigos 49 e 84 CF/1988, dispondo sobre
a iniciativa e a competência para decretação de calamidade pública de âmbito nacional,
ficando definido que será de competência exclusiva do Congresso Nacional a decretação
do estado de calamidade e de competência privativa do Presidente da República propor
referida decretação.
Tivemos também a desvinculação parcial do superávit financeiro de fundos públicos e
a suspensão das condicionalidades para realização de despesas com concessão de auxílio
emergencial residual para enfrentar as consequências sociais e econômicas da pandemia
da Covid-19.
Além disso, o artigo 29-A, que trata dos limites de gastos com despesas de pessoal no
âmbito do legislativo municipal, passou a incluir as despesas com inativos e pensionistas.
A redação anterior do artigo previa expressamente a exclusão dos gastos com inativos.
Dessa forma, vamos destacar ao longo dessa aula e de todo o curso as modificações
e inclusões efetuadas em nossa Carta Magna por meio da EC 109/2021 que têm impacto
em nossa matéria. Já adianto que foram muitas mudanças e que podem vir a ser objeto
de cobrança.
Vamos agora conhecer os cinco artigos da CF/1988 (165 a 169) que tratam de Orçamento
Público de modo amplo. A ideia é conhecer a sua literalidade, compreender o significado
de cada dispositivo, ver a jurisprudência do STF relativa a cada dispositivo e ver a sua
aplicação prática em uma questão de prova de concurso anterior.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
Importante que você tenha em mente que o termo Orçamento Público também é
usado em sentido estrito quando se refere especificamente à LOA, que é o Orçamento
Público anual propriamente dito.
Além dos sentidos amplo e estrito, o termo Orçamento Público ainda pode ser usado
em sentido técnico, ou seja, quando se refere à autorização legislativa para execução das
despesas, ou melhor, à autorização dos representantes do povo “convertida” em créditos
orçamentários que para que se possa efetuar o gasto público.
Vamos agora fazer leitura do Artigo 165 para que você vá se familiarizando com a
sua literalidade (muito cobrada em prova), conjugada com a apresentação de explicações
e com a resolução de questões. Além disso, nas aulas seguintes e ainda hoje, na resolução
de questões ao final da aula, vamos trabalhá-los exaustivamente.
estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
Continuando...
Na verdade, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser
elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional, conforme
ordena o § 4º do artigo 165 da CF/1988.
Errado.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
DICA
O Orçamento Fiscal é considerado como sendo o orçamento
residual, já que contempla as despesas orçamentárias que
não foram enquadradas no orçamento da Seguridade Social
e no orçamento de investimentos, ou seja, pega “todas as
sobras”, ou melhor, resíduos.
Em outras palavras, o que parágrafo 6º do artigo 165 da CF/1988 nos diz é que no
Projeto da LOA, além de termos o detalhamento das receitas previstas e das despesas
fixadas, é necessário apresentar mais informações, especificamente o demonstrativo
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
DICA
Note que são os orçamentos fiscal e de investimento das
estatais não dependentes que têm entre suas funções
reduzir as desigualdades regionais, ou seja, o orçamento
da seguridade social não tem essa função.
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Importante destacar que o § 5º, I, do artigo 165 da CF/1988 a que se refere o dispositivo
anteriormente reproduzido é justamente aquele relativo orçamento fiscal mencionado
corretamente pela assertiva.
Certo.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
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Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
JURISPRUDÊNCIA
Controle concentrado de constitucionalidade
Ação direta de inconstitucionalidade: Lei estadual (RR) 503/2005, art. 55: alegação de
contrariedade ao art. 165, § 8º, da CF: improcedência. O dispositivo impugnado, que
permite a contratação de operação de crédito por antecipação da receita, é compatível
com a ressalva do § 8º do art. 165 da Constituição.
[ADI 3.652, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 19-12-2006, P, DJ de 16-3-2007.]
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Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
Art. 100.........
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários apresentados até 2º de abril, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
Art. 184.......
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o
montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
Letra c.
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Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019).
O parágrafo 10º teve a sua redação trazida pela Emenda Constitucional – EC n. 100
de 2019. Por ora, saiba que EC 100/2019 tornou obrigatória a execução das chamadas
emendas de bancada e nesse parágrafo a ideia é garantir que devem ser executadas e,
para isso, o governo deve “se virar”.
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo
menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e
a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual
para a continuidade daqueles em andamento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102,
de 2019) (Produção de efeito)
Perceba que o § 12 do artigo 165 da CF/1988 nos revela que, no anexo da LDO, deve constar
a previsão dos agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que
serão alocados na LOA.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
Manuel Piñon
Esses anexos da LDO foram trazidos pela LRF no intuito de melhorar a gestão fiscal, mas
note que nesse dispositivo não se fala que a LOA deve conter recursos de outros exercícios.
Se assim fosse, o princípio orçamentário da anualidade ou da periodicidade (estudado na
aula de Princípios Orçamentários) teria sido agredido e assim como o inciso III e o parágrafo
5º do próprio artigo 165 da CF/1988, além da Lei 4.320/1964.
Fique ligado, pois aqui temos uma pegadinha em potencial. O examinador pode tentar te
confundir ao dizer que, depois da EC 102/2019, a LOA pode conter despesas para mais dois
exercícios, o que é falso.
§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente
aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
102, de 2019) (Produção de efeito)
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes,
com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito)
Note que esse dispositivo trouxe a expressão “lei orçamentária anual poderá conter
previsões de despesas”, quando a regra geral é de que a LOA prevê receitas, já que as
receitas só são consideradas realizadas quando efetivamente recebidas. Assim, não têm
como fixar um valor ainda não recebido.
No campo das despesas entendo que a regra geral não mudou. As despesas são fixadas,
são objeto de uma espécie de limite para gastar, ainda mais no âmbito do novo regime fiscal:
o teto de gastos. Então a LOA continua tendo o papel de funcionar como uma autorização
do parlamento para que o executivo realize determinado limite máximo de gastos.
Note que o dispositivo mencionado contém a palavra “poderá”, ou seja, é uma possibilidade,
funcionando com um algo a mais, mas que não exclui a fixação da despesa, afinal ainda
temos o § 8º do artigo 165 que nos informa:
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
DICA
Leve para a prova que a LOA fixa a despesa, mas pode
conter (aqui não extrapole a literalidade) previsões de
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Manuel Piñon
Note que o parágrafo 16 foi incorporado à nossa Carta Magna por meio da EC 109/2021,
como forma de dar efetividade ao comando determinado pelo parágrafo 16 do artigo 37
(Administração Pública), que também surgiu com a EC 109/2021, de modo que os órgãos e
entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação
das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados
alcançados. A ideia é que a legislação orçamentária também atue no sentido de promover
a transparência da avaliação das políticas públicas e os resultados alcançados.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
Assim, o erro da assertiva foi colocar TCU no lugar que deveria constar Senado Federal.
Errado.
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§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
Note que as emendas parlamentares para serem aprovadas devem respeitar as restrições
relacionadas nos parágrafos 3º e 4º do artigo 166 da CF/1988.
Importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista
(não é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar
mensagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adicionais.
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Opa, pode sim o Presidente da República propor modificações no projeto de lei relativo ao
PPA, desde que não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta.
Errado.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão
enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar
a que se refere o art. 165, § 9º.
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Na verdade, poderão sim ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, desde que com prévia e específica autorização legislativa.
Em outras palavras, os recursos que sobraram no orçamento, em decorrência de veto,
emenda ou rejeição do projeto de LOA, podem ser utilizados como fonte para a abertura
de créditos adicionais suplementares ou especiais.
Errado.
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DICA
Subsiste a obrigação de o parlamentar destinar metade
dos recursos das emendas individuais a ações e serviços
públicos de saúde.
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.
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às ações e serviços públicos da área de saúde, sendo que tais gastos são computados no
montante anual de gastos com saúde para atender a vinculação constitucional de mínimo
de gastos com essa natureza.
Além disso, o parágrafo 10 traz a ideia de evitar que tais recursos sejam destinados a
“inchar a máquina pública” por meio do pagamento de despesas com pessoal e seus encargos.
Note que de acordo com a redação dos parágrafos 13 e 14 do artigo 166 da CF/1988,
só não haverá execução obrigatória nos casos de impedimento de ordem técnica que
impossibilitem a realização do empenho da despesa.
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§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias,
os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma
proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
O § 19 do artigo 166 dispôs acerca do critério equitativo para execução das emendas,
definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas
apresentadas, independentemente da autoria.
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§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início
de investimentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução
já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a
cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 100, de 2019)”.
Guarde que o §20 traz a previsão que, caso a emenda de bancada verse sobre início de
investimento com duração superior a um exercício financeiro ou cuja execução já tenha
sido iniciada, a mesma bancada é que deverá apresentar emendas, a cada exercício, até
a conclusão da obra ou do empreendimento.
Na prática, o resultado dessa EC 105/2019 é que vai ficar mais fácil o acesso aos
recursos das emendas parlamentares individuais, já que a partir do Orçamento Geral da
União de 2020, ela autoriza a transferência direta de recursos de emendas parlamentares
para Estados, ao DF e a Municípios sem vinculação a uma finalidade específica, ou seja,
o Congressista e o Ente que receber os recursos de sua emenda parlamentar passam a
dispor de maior liberdade na aplicação dos recursos públicos.
De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão
deixar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de
endividamento e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em
seu território.
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§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo,
os recursos serão: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)
II – aplicados nas áreas de competência constitucional da União. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que
se refere o inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)”
Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capital,
exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio, como
insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
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Podemos ver que o inciso I proíbe o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Em outras palavras, mesmo com previsão no PPA ou na LDO acerca da realização de
despesas vinculadas a determinadas ações ou programas governamentais, o efetivo gasto
e, assim, a execução do projeto, somente poderão ir adiante se houver previsão específica
quanto às receitas e às despesas na LOA, em consonância com o princípio da universalidade
(estudado na aula de Princípios Orçamentários).
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Não existe exceção para isso. O início de programas e projetos não incluídos na LOA é
vedado pela CF.
Errado.
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (a regra de ouro foi dispensada
durante o regime extraordinário – “orçamento de guerra” – para combate à pandemia pela
EC 106/2020 – durante o ano de 2020, voltando a valer em 2021).
Podemos ver que no inciso III, existe um limite quanto à realização de operações
de crédito, tendo em vista que ao serem contratadas e contraídas aumentam o
endividamento do Estado.
Essa é a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas. De acordo com a “Regra de
Ouro” das Finanças Públicas, a contratação de operações de crédito não poderá ser superior
ao montante das despesas de capital, a não ser que haja autorização específica pelo Poder
Legislativo, por maioria absoluta, mediante crédito adicional suplementar ou especial, com
finalidade precisa. Ela tenta garantir que as receitas advindas do endividamento estejam
no mesmo patamar do gasto com investimentos.
DICA
A EC 106/2020 (Orçamento de Guerra) dispensou, durante
a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública nacional da pandemia (que ainda não
foi prorrogada, ou seja, encerrou-se em 31/12/2020), a
obrigatoriedade de atender a chamada regra de ouro das
finanças públicas. Ainda de acordo com a EC 106/2020, o
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EXEMPLO
Assim, não pode a UNIÃO repassar recurso via transferência voluntária para o município X
para pagar o salário dos seus funcionários e aposentados, mas pode a UNIÃO repassar recurso
via transferência voluntária para o município X para construir uma escola ou um hospital,
por exemplo.
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I,
a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.
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Em outras palavras, enquanto nas receitas dos impostos a regra é a da não vinculação,
quando se trata da disciplina das contribuições, a norma constitucional é inversa: deve
haver vinculação à finalidade pela qual o tributo foi exigido.
XII – na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de
recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos
previstos no art. 249, para a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios
previdenciários do respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua
organização e ao seu funcionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
XIII – a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções
pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras
federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de descumprimento
das regras gerais de organização e de funcionamento de regime próprio de previdência social.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019)
DICA
A Reforma da Previdência Social, implementada por meio
da EC 103/2019, trouxe para nossa Carta Magna os incisos
XII e XIII do artigo 167. Embora não tratem diretamente da
reforma previdenciária em si, tais incisos foram agregados
no âmbito das finanças públicas com o objetivo de permitir
maior rigor no controle das contas públicas no que diz
respeito à gestão do RPPS.
Basicamente, no inciso XIII o legislador procurou dificultar
a utilização dos recursos do RPPS – Regime Próprio de
Previdência Social para finalidade diversa de pagar
aposentadorias e pensões.
Já no inciso XIII a preocupação do legislador foi proibir que a
União “passe a mão na cabeça” dos demais entes por meio de
transferência voluntária de recursos, a concessão de avais,
as garantias e as subvenções ou por meio da concessão de
empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras
federais, quando tais entes descumprirem as regras gerais
de organização e de funcionamento de seu RPPS.
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XIV – a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante
a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por
programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
A EC 109/2021 inseriu no artigo 167 uma nova vedação absoluta. A ideia foi proibir a
criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados por meio da
vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por
programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública.
Continuando...
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155, 156, 157, 158 e as
alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para
pagamento de débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Perceba que foi feito um ajuste no princípio da não afetação da Receita Pública. Na
prática, a União pode exigir como garantia ou contragarantia para quitar débitos todas as
receitas e respectivas repartições de recursos, exceto aquelas relativas à CIDE – Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico.
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Amigo(a), o lance aqui é que a EC 85/2015 incluiu o § 5º no artigo 167 da CF/1988 que é uma
exceção à vedação do inciso VI, especificamente para as atividades de ciência, tecnologia
e inovação, com base na ideia de que essa área precisa de um pouco mais de flexibilidade
que as demais. Confira, novamente, com grifos nossos:
Certo.
Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A, relativo a um regime fiscal
facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo Estadual ou Municipal
seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime.
Vamos apresentar os artigos e depois comentá-los:
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes
e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto
permanecer a situação, aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares,
exceto dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal
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anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
II – criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
IV – admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas: (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição;
e (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de
formação de militares; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
V – realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso
IV deste caput; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
VI – criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou
benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de
Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos
e de militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial
transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas
de que trata este artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
VII – criação de despesa obrigatória; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
VIII – adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art.
7º desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
IX – criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão,
renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com
subsídios e subvenções; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
X – concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da receita corrente,
sem exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as medidas nele indicadas
podem ser, no todo ou em parte, implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com
vigência imediata, facultado aos demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em
seus respectivos âmbitos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de urgência, à
apreciação do Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 3º O ato perde a eficácia, reconhecida a validade dos atos praticados na sua vigência,
quando: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
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I – rejeitado pelo Poder Legislativo; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – transcorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sem que se ultime a sua apreciação;
ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
III – apurado que não mais se verifica a hipótese prevista no § 1º deste artigo, mesmo após
a sua aprovação pelo Poder Legislativo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 5º As disposições de que trata este artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – não constituem obrigação de pagamento futuro pelo ente da Federação ou direitos de
outrem sobre o erário; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais
e legais que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas
nele previstas tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de
acordo com declaração do respectivo Tribunal de Contas, é vedada: (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 109, de 2021)
I – a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido;
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
II – a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou empresas estatais
dependentes, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida
contraída anteriormente, ressalvados os financiamentos destinados a projetos específicos
celebrados na forma de operações típicas das agências financeiras oficiais de fomento.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Temos de início a hipótese de aplicação do ajuste fiscal, que ocorre com a verificação
de que a relação entre despesas e receitas correntes é superior a 95% no período de 12
meses. O §4 do art. 167-A prevê que a apuração deve ser realizada bimestralmente, sendo
essa disposição bem semelhante ao previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Existem diversas vedações a serem aplicadas caso o limite seja atingido. A primeira delas
trata da concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de
remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de
militares, sendo excepcionados os derivados de sentença judicial transitada em julgado ou
de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo
Também ficam proibidas a criação de cargo, emprego ou função que implique aumento
de despesa; alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa e admissão
ou contratação de pessoal, a qualquer título. Nesse último caso, ficam ressalvadas:
• as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
• as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
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Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve
adotar regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades
dele decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular,
nos termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-C. Com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus
efeitos sociais e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal pode adotar
processos simplificados de contratação de pessoal, em caráter temporário e emergencial,
e de obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade
de condições a todos os concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 na
contratação de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição, limitada a
dispensa às situações de que trata o referido inciso, sem prejuízo do controle dos órgãos
competentes. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo
de enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos
restritos à sua duração, desde que não impliquem despesa obrigatória de caráter continuado,
ficam dispensados da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão
ou à ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia
de receita. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata
o art. 167-B, não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 desta Constituição. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore
a calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167
desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167-F. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art.
167-B desta Constituição: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
I – são dispensados, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade
pública, os limites, as condições e demais restrições aplicáveis à União para a contratação
de operações de crédito, bem como sua verificação; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
109, de 2021)
II – o superávit financeiro apurado em 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao
reconhecimento pode ser destinado à cobertura de despesas oriundas das medidas de
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No que diz respeito ao artigo 167-B, guarde que ele dispõe acerca da adoção do regime
extraordinário fiscal durante o estado de calamidade pública, mas será cabível somente
naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular.
Já no artigo 167-C temos a permissão para adoção de processos simplificados de
contratação de pessoal e a possibilidade de dispensa da observância de limites legais pelas
proposições legislativas quando tiverem propósito exclusivo de enfrentar a calamidade e
suas consequências sociais e econômicas, sendo a vigência restrita à sua duração e não
podendo tratar de despesa obrigatória de caráter continuado.
Visando reforçar nossa previdência social, a pessoa jurídica em débito com o sistema
da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público
nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
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JURISPRUDÊNCIA
Controle concentrado de constitucionalidade
NOVO: A retenção do repasse de duodécimos por parte do Poder Executivo configura
ato abusivo e atentatório a ordem constitucional brasileira.
[ADPF 384, rel. min. Edson Fachin, j. 6-8-2020, P, DJE de 8-10-2020.]
Resolução editada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
que alterou os percentuais de destinação de emolumentos relativos aos atos praticados
pelos serviços notariais e de registros (Resolução 196/2005). Ato administrativo com
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A assertiva em tela está de acordo com o artigo 168 da CF/1988, de acordo com o qual
as dotações orçamentárias destinadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP e à DP
devem ser entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte de cada mês,
na forma da Lei Complementar referida no § 9º do artigo 165 da CF/1988.
Certo.
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o STF, cujo trecho do MS 34.483 (Min. Dias Toffoli, j. 22-11-2016, 2ª T,
DJE de 8-8-2017) a seguir reproduzimos, “o direito prescrito no art. 168 da CF/1988
instrumentaliza o postulado da Separação de Poderes e, dessa perspectiva, institui
um dos fundamentos essenciais para a permanência do Estado Democrático de Direito,
impedindo a sujeição dos demais Poderes e órgãos autônomos da República a
arbítrios e ilegalidades perpetradas no âmbito do Poder Executivo respectivo.
É dever de cada um dos Poderes, por ato próprio, proceder aos ajustes necessários,
com limitação de empenho (despesa), ante a frustração de receitas que inviabilize o
cumprimento de suas obrigações (LC 101/2000, art. 9º), operando-se esses ajustes em
um ambiente de diálogo institucional, em que o Poder Executivo sinaliza o montante
da frustração de receita – calculada a partir do que fora projetado no momento da
edição da lei orçamentária e a receita efetivamente arrecadada no curso do exercício
financeiro de referência – e os demais Poderes e órgãos autônomos da República, no
exercício de sua autonomia administrativa, promovem os cortes necessários em
suas despesas para adequarem as metas fiscais de sua responsabilidade aos limites
constitucionais e legais autorizados, conforme sua conveniência e oportunidade”.
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Por meio da EC 109/2021, foram inseridos novos parágrafos no artigo 168 da nossa
Carta Magna.
§ 1º É vedada a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses
duodecimais. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput deste artigo
deve ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor deduzido
das primeiras parcelas duodecimais do exercício seguinte. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 109, de 2021)
Note, portanto, que outra novidade trazida pela Emenda foi a inserção do §§1 e do §2 ao
artigo 168, vedando a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses
duodecimais e prevendo que o saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma
do caput deste artigo deve ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo,
ou terá seu valor deduzido das primeiras parcelas duodecimais do exercício seguinte.
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Orçamento Público na CF/1988
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Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
Note que o § 1º do artigo 169 da nossa Carta Magna nos diz que os aumentos de despesas
com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser feitos se houver
prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes ou se houver autorização específica na LDO, ressalvadas
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
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AFO
Orçamento Público na CF/1988
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§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar
o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique
a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto
no § 4º”.
Ainda no que concerne a aumento de despesa com pessoal, guarde que é nulo de pleno
direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
Guarde também que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a
concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal
e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A LRF estabeleceu os limites máximos para a despesa total com com pessoal de cada
Poder e órgão, sendo que a verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para as
despesas com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre.
Importante destacar que a LDO de cada Ente Federado pode definir limites inferiores aos
estabelecidos na LRF. A própria LRF estabeleceu como limite de alerta 90% do limite
que não poder ser ultrapassado.
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Orçamento Público na CF/1988
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Nós sabemos que os gastos com a folha de pagamento de pessoal e inativos e pensionistas
representam o “carro chefe” das despesas de todo o setor público brasileiro. Assim, uma
das regras básicas da Lei de Responsabilidade Fiscal diz respeito à imposição de limites
para os gastos com pessoal.
A definição desse limite é um verdadeiro princípio e busca simplesmente permitir que
o gestor público cumpra o papel que a sociedade lhe atribuiu: proporcionar bem-estar à
população, a partir dos recursos que lhe são entregues na forma de tributos.
Nessa linha de raciocínio, a única restrição é que a referida lei não poderá ser aplicada
naquele exercício financeiro. Caso, no exercício seguinte, exista dotação na LOA, e autorização
na LDO, a lei que concede o aumento poderá ser aplicada.
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Orçamento Público na CF/1988
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DICA
Até a EC 86/2015 inexistia dúvida: para qualquer questão
de prova você podia marcar que o orçamento brasileiro
era autorizativo. De lá para cá temos ainda que a maior
parte do Orçamento Brasileiro continua sendo autorizativo
para as despesas discricionárias, MAS NÃO MAIS 100%
AUTORIZATIVO.
Assim, HOJE leve para a prova que a maior parte do
Orçamento Federal Brasileiro continua sendo autorizativo,
mas em menor parte também impositivo, situação que a
Doutrina denominou de Orçamento Híbrido.
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Orçamento Público na CF/1988
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Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está
condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercício
financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conforme artigo 34 da Lei n. 4.320/1964).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30
dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu artigo 168 “os recursos correspondentes às
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados
aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês”.
A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar
sem o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita,
anualmente, o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento
(decreto de programação orçamentária e financeira), bloqueando recursos, que passam
a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Com a entrada da Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC do orçamento
impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária relativas às emendas
individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas
até 1,2% da Receita Corrente Líquida - RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao
Congresso Nacional. Entretanto, de acordo com a nova redação do artigo 166, parágrafo
11, trazida pela EC 126/2022, é obrigatória a execução orçamentária e financeira das
emendas parlamentares individuais em montante correspondente a 2% da RCL realizada
no ano anterior.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma
pequena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do
conceito doutrinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga
o Executivo a executar a LOA de forma mais amarrada.
Existem ainda alguns Doutrinadores que entendem que somente após a EC 100/2019
(adiante comentada) é que o orçamento impositivo passou a ter vez no Brasil.
O que você deve levar para a prova é que hoje em dia algumas despesas consignadas no
orçamento devem necessariamente ser executadas, ou seja, não podemos mais dizer que
o orçamento brasileiro é plenamente autorizativo, sendo, em verdade, em sua maior parte
ainda autorizativo, mas também impositivo para as situações previstas na Própria CF/1988.
Na verdade, temos que ter muito cuidado com a interpretação da assertiva no dia da
prova. Veja a seguir duas questões muito sutis elaboradas de forma maldosa para pegar,
onde além de conhecer o tema você precisa ficar muito atendo à redação da assertiva.
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A assertiva é falsa, uma vez que a Emenda Constitucional – EC 86/2015, apelidada de “EC
do orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orçamentária
relativas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas.
Errado.
De acordo com a nova redação do artigo 166, parágrafo 11, trazida pela EC 126/2022, é
obrigatória a execução orçamentária e financeira das emendas parlamentares individuais
em montante correspondente a 2% da RCL realizada no ano anterior.
De acordo com o artigo 166, parágrafo 13, da nossa CF/1988, as programações
orçamentárias do parágrafo 11, NÃO SERÃO DE EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA, nos casos dos
impedimentos de ordem técnica.
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Orçamento Público na CF/1988
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Também de acordo com o artigo 166, parágrafo 18, da nossa CF/1988, se for verificado
que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de
resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos no
§ 11 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente
sobre o conjunto das despesas discricionárias.
Agora vamos ler juntos o parágrafo 17 do artigo 166 da CF/1988:
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Orçamento Público na CF/1988
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Uma importante inovação trazida pela EC 105/2019 é a previsão de que seja feita a
transferência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de
convênio ou instrumento similar com um órgão público intermediário.
A ideia é que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos Estados, DF e Municípios traga agilidade e melhoria
nos serviços prestados ao cidadão, especialmente nos pequenos municípios.
Após a EC 105/2019, o parlamentar pode escolher se o dinheiro será transferido com
vinculação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso
livre (transferência especial) sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos
de transferências: a especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o
parlamentar encaminha recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade
definida, que é quando a verba vai “carimbada” para um uso determinado.
A EC 105/2019 estabeleceu que 60% das transferências especiais realizadas no
primeiro ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de
junho e que 70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão
que ser utilizados em investimentos.
DICA
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar
encargos sociais e também não poderão ser usados para
pagar juros da dívida.
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Orçamento Público na CF/1988
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De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão
deixar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de
endividamento e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em
seu território.
Guarde alguns aspectos presentes na EC 105/2019 podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial - o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de
convênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído
o repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo.
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de
capital, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de
custeio, como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
• Cooperação técnica - o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação
técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.
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Orçamento Público na CF/1988
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A teoria de que o orçamento é lei formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza gastos,
sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis financeiras e tributárias, é que melhor se
adapta ao Direito Constitucional Brasileiro.
Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orçamento público,
embora tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora
não pacífica, é a de que o orçamento público, no Brasil, é lei em sentido formal.
JURISPRUDÊNCIA
Entretanto, no que diz ao controle abstrato de constitucionalidade de uma lei
orçamentária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e 4049), embora normalmente
só seja possível esse controle para leis consideradas em sentido material.
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Orçamento Público na CF/1988
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A partir de 2016, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), há nova interpretação
jurídica (ADI 5449 MC) para as chamadas leis ordinárias e especiais (art. 166, § 7º da CF) – PPA,
LDO, LOA e as leis dos créditos adicionais suplementares especiais. Atualmente, são leis nos
dois sentidos (formal e material). Assim, doravante, a materialidade e a substancialidade
de seu conteúdo passam a ser reconhecidas.
Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem “cara”,
ou “forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo.
A LOA pode ser chamada de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma
(aprovada pelo Legislativo), mas não quanto à matéria.
Note que ideia central da classificação da lei em sentido formal é a “forma”, o rito, o
processo pelo qual a norma passa para ser produzida.
Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstração e
generalidade, não tendo destinatário certo.
Em outras palavras, a lei em sentido material é toda norma de caráter geral e abstrato
que disciplina as relações jurídicas entre os sujeitos de direito
É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como o Código Penal Brasileiro,
que tipifica, por exemplo, o crime de furto, e assim elenca explicitamente o tipo penal como
“subtrair coisa alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o ilícito, não
mencionando quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa alheia
móvel de terceiro, comete o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma norma genérica,
portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.
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Orçamento Público na CF/1988
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Em regra, o entendimento que você deve levar para a prova é o de que o Orçamento Público
é uma lei em sentido formal. Esse é o entendimento doutrinário predominante.
Entretanto, as bancas examinadoras costumam colocar “complicadores” em assertivas que
tratam desse tema. Ou seja, provavelmente, não vai aparecer em sua prova uma assertiva
que apenas afirme ou negue esse aspecto.
Assim, a assertiva anterior afirmou que é uma lei formal, mas botou uma casca de banana na
parte final: “ mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível
de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material”.
Nesse ponto, o entendimento do examinador, baseado nas ADIS 4048 e 4049 do STF, é que
como o STF entendeu que a Lei Orçamentária pode ser objeto de Controle em sede abstrata
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Assim, leve para a prova que, embora com natureza de lei formal de efeitos concretos, pode
ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, característica essa típica de
lei em sentido material. Em suma, não é uma lei tipicamente material, mas não é uma
lei apenas formal em sentido estrito, o que vai exigir muita atenção na hora da prova.
DICA
Entenda o orçamento de guerra como um orçamento
separado do orçamento normal, que foi objeto de LOA, ou
seja, o orçamento de guerra tem seus gastos vinculados ao
combate da pandemia, ficando os demais alocados na LOA.
Outro ponto relevante é que o orçamento de guerra foi válido apenas para a União e
deve estar voltado exclusivamente para atender as necessidades inerentes ao combate à
pandemia e naquilo que for incompatível com o regime ordinário de gastos.
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RESUMO
As Finanças Públicas, o Direito Financeiro e o Orçamento Público (e AFO) tem a sua
“gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os artigos
165 e 169.
Merece destaque a Lei 4.320/1964 (Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro,
também conhecida como Lei do Orçamento Público), que é uma lei formalmente ordinária,
aprovada por meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar
maioria simples, e materialmente complementar, pois a matéria que ela trata é de Lei
Complementar, com fulcro no artigo 165, § 9º, I, CF/1988.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas e
fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo autoriza, por meio
de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina administrativa.
Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamentárias,
porém nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser
encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do
Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). Mas quem tem competência para
dispor sobre orçamento público no Brasil, é exclusivamente do Congresso Nacional.
O artigo 165 da CF/1988 trata do Orçamento Público em sentido amplo, ou seja, trata
das Leis Orçamentárias que são:
• PPA – Plano Plurianual
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
• LOA – Lei Orçamentária Anual, composta pelos Orçamentos Fiscal (OF), da Seguridade
Social (OSS) e de Investimentos da Estatais não dependentes (OI).
Vá logo associando esses verbos a cada uma das leis orçamentárias:
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Importante deixar registrado que embora tenha formato de lei, sendo aprovado como
tal, entende-se que o orçamento público, no Brasil, é lei apenas em sentido formal. Embora
com natureza de lei formal de efeitos concretos, pode objeto de controle concentrado de
constitucionalidade, característica essa típica de lei em sentido material. Em suma, não é
uma lei tipicamente material, mas não é uma lei apenas formal em sentido estrito, o
que vai exigir muita atenção na hora da prova.
Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC 106/2020 publicada
em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro
e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de
pandemia”. Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal
de modo a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia (COVID-19) e seus efeitos.
Entenda o orçamento de guerra como um orçamento separado do orçamento normal,
que foi objeto de LOA, ou seja, o orçamento de guerra tem seus gastos vinculados ao combate
da pandemia, ficando os demais alocados na LOA, valendo apenas para o ano de 2020.
Como o Congresso Nacional não prorrogou a validade do Orçamento de Guerra por meio
de novo Decreto Legislativo, com o agravamento da pandemia da COVID-19 no início do ano
de 2001, no dia 16/03/2021 foi publicada a EC – Emenda Constitucional 109/2021 oriunda
da PEC 186, também conhecida como PEC EMERGENCIAL, que foi amplamente divulgada
pela mídia por viabilizar a volta do pagamento do Auxílio-Emergencial por parte do Governo
Federal. Entretanto, essa EC também alterou e trouxe também importantes dispositivos de
nossa Constituição que impactam diretamente as nossas aulas de AFO, Direito Financeiro
e Orçamento Público e criou os chamados regimes fiscais transitórios extraordinários.
Preliminarmente a EC 109/2021 modificou o regime e dispôs sobre princípios e normas
da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças
públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, dentre outras providências.
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Por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A em nossa Carta Magna, relativo a
um regime fiscal facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo
Estadual ou Municipal seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar
tal regime.
Também por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos
167-B a 167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de pandemia. São
regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamidade pública.
Agora vamos resolver mais questões para fixar nosso entendimento acerca desses
assuntos e aplicarmos o que aprendemos hoje.
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d) apenas as informações 1, 2 e 4;
e) as informações 1, 2, 3 e 4.
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a) Plano Plurianual.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Orçamento Federal.
e) Orçamento de Capital.
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a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
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I – Para fazer frente a uma calamidade pública, por meio de Medida Provisória, é possível
a abertura de crédito extraordinário.
II – O déficit de fundação pública, sem fins lucrativos, pode ser suprido por recursos do
orçamento fiscal sem necessidade de autorização legislativa específica.
III – Realizar investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão
no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, pode gerar crime de responsabilidade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
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c) a receita e a despesa das universidades públicas, entes que têm sua autonomia reconhecida
pela Constituição da República, não devem ser inseridas no orçamento anual;
d) a abertura de créditos orçamentários especiais, como são aqueles destinados à cobertura
de despesas não previstas na lei orçamentária, independe de autorização legislativa;
e) a lei orçamentária anual não pode conter autorização para contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita.
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065. (INÉDITA/2022) A competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento, nos
termos da Constituição Federal de 1988, é
a) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
b) exclusiva da União.
c) privativa da União.
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal.
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GABARITO
1. C 35. b
2. E 36. b
3. C 37. e
4. c 38. e
5. E 39. b
6. E 40. b
7. E 41. d
8. a 42. c
9. E 43. b
10. C 44. d
11. C 45. b
12. C 46. b
13. C 47. d
14. C 48. c
15. E 49. d
16. E 50. d
17. a 51. b
18. e 52. b
19. e 53. b
20. d 54. e
21. c 55. d
22. b 56. a
23. d 57. b
24. e 58. a
25. c 59. b
26. a 60. E
27. b 61. c
28. d 62. a
29. b 63. d
30. b 64. d
31. d 65. a
32. e
33. a
34. d
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GABARITO COMENTADO
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Em relação às demais alternativas, note que, na verdade, o repasse pode se dar por meio de
transferência especial, a qual dispensa a celebração de convênio ou instrumento congênere.
Letra a.
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[...]
XXVIII – propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
[...]
Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve adotar
regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades dele
decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos
termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta
Constituição.
[...]
Art. 167. São vedados:
[...]
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Letra e.
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Art. 166 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite
de 2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento
do projeto, observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco
centésimos por cento) caberá às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos
por cento) às de Senadores.
Letra e.
Art. 165 § 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios
seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele s em andamento.
Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
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Art. 165 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
Essa emenda deve ser apresentada na Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, devendo respeitar as imposições do
§ 3º do art. 166 da CF/1988:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
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§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
...
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
...
b) serviço da dívida;
2 – PODE! Note que a CF/1988 veda a utilização de recursos das transferências tributárias
constitucionais obrigatórias, MAS SILENCIA quanto às transferências voluntárias, ou
seja, essa fonte pode ser usada. Confira:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
...
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
...
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
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Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado
pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve
adotar regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades
dele decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos
termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XXVIII – propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
2 – Correto. Confira no artigo 167-C da CF/1988 que foi trazido pela EC 109/2021:
3 – Incorreto. Na verdade, o artigo 167-D da CF/1988 que foi trazido pela EC 109/2021
vedou esse aumento. Confira:
Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo
de enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos
restritos à sua duração, desde que não impliquem despesa obrigatória de caráter continuado,
ficam dispensados da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa e à concessão ou à
ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
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4 – Correto. De acordo com a nossa Carta Magna, após a EC 109/2021, durante todo o
exercício financeiro em que vigore o estado de calamidade pública de âmbito nacional não
devem ser aplicadas as vedações do artigo 167 III. Confira:
Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore
a calamidade pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167
desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Art. 167. São vedados:
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (Vide Emenda constitucional
n. 106, de 2020)
Letra d.
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II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Letra e.
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Basicamente a regra de ouro é uma proibição de que os ingressos financeiros obtidos por
meio de operações de crédito sejam superiores às despesas de capital, ou seja, em
regra, não deve ser aumentando o endividamento do ente para arcar com despesas
correntes. Confira na CF/1988:
Na situação em tela note que a entidade cumpriu a regra de ouro, visto que o montante das
operações de crédito (R$ 50.000,00) foi inferior ao das despesas de capital (R$ 70.000,00).
Letra c.
Art. 167 § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.
Letra a.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A nossa Carta Magna, em seu artigo 62, apresenta um rol de matérias que não podem ser
veiculadas por medidas provisórias. Confira:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
...
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Entretanto, na parte final da alínea “d”, temos uma ressalva. Então vamos ao mencionado
dispositivo:
Assim, para crédito extraordinário, que tem como pressuposto para sua abertura a existência
de relevância e urgência (além da imprevisibilidade), a MP pode ser usada.
Letra b.
Tal Estado deseja contrair empréstimo com a União. Diante desse cenário, o Estado poderá
realizar sem que seja impedido de fazer tal empréstimo:
a) concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária;
b) refinanciamento de dívidas que implique ampliação das despesas;
c) alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
d) reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
e) criação de despesa obrigatória.
A resposta está no artigo 167-A da CF/1988. Vamos correlacionar as alternativas aos seus
dispositivos:
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação,
aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional n.
109, de 2021)
I – concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração
de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares, exceto
dos derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao
início da aplicação das medidas de que trata este artigo;
II – criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; (Letra C)
IV – admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas:
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição; e
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de
formação de militares;
V – realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso
IV deste caput;
VI – criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou
benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de
Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos
e de militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial
transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de
que trata este artigo;
VII – criação de despesa obrigatória; (Letra E)
VIII – adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da
inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º
desta Constituição;
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Note que não existe vedação para as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos
ou vitalícios.
Letra d.
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Note que, inicialmente, a CMO – Comissão Mista de Orçamento deveria ter solicitado à
autoridade governamental responsável para que, no prazo de cinco dias, prestasse os
esclarecimentos necessários e, depois disso, caso não fosse atendida, a CMO solicitaria ao
TCU pronunciamento conclusivo.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Conforme exposto, houve irregularidade.
c) Errada. O julgamento prévio pelo CN - Congresso Nacional não é necessário.
d) Errada. A CMO tem competência para exercer tal acompanhamento sem prévia aprovação
do plenário do CN.
e) Errada. Sem fundamentação legal.
Letra b.
A nossa Carta Magna, em seu artigo 62, apresenta um rol de matérias que não podem ser
veiculadas por medidas provisórias. Confira:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
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Entretanto, na parte final da alínea “d”, temos uma ressalva. Então vamos ao mencionado
dispositivo:
Assim, para crédito extraordinário, que tem como pressuposto para sua abertura a existência
de relevância e urgência (além da imprevisibilidade), a MP pode ser usada.
Letra b.
Considerando os prazos existe uma discrepância no ciclo orçamentário. Vamos aos prazos
previstos no ADCT:
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Art. 35 § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Note, portanto, que de um lado a LDO de 2020 deveria ser aprovada até 17/07/2019, e
de outro o PPA 2020-2023 poderia ter sido encaminhado até 31/08/2019 e aprovado até
22/12/2019, fazendo com que na prática a LDO 2020 tenha sido baseada no PPA 2016-2019.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, a LDO tem outras atribuições trazidas tanto pela CF/1988 quanto
pela LRF. Confira as da CF/1988:
e) Errada. Não varia apenas conforme definido no PPA. Alternativa mal formulada que
poderia ter gerado anulação da questão.
Letra d.
circulação afirmou que essa espécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou
instrumento congênere para a sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no
ato da efetiva transferência financeira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas
das áreas de competência do Poder Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de
capital, observados os balizamentos constitucionais. À luz da sistemática constitucional,
é correto afirmar, quanto às informações veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
b) apenas a 1 está correta;
c) apenas a 2 está correta;
d) apenas a 1 e a 3 estão corretas;
e) apenas a 2 e a 3 estão corretas.
Letra e.
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Novidade trazida pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019. Confira no artigo 165, § 14
d CF/1988:
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Essa medida é incompatível com a vedação do artigo 166, § 3º, II, “b”, da CF/1988, que
compulsoriamente deve ser seguida pelos Estados. Essa emenda não poderia anular despesa
oriunda do serviço da dívida pública. A compatibilidade com o plano plurianual é exigida
pelo § 4º do artigo 166. Confira na CF/1988:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
Art. 166....
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
Art. 99.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
A vinculação de receita de impostos para ações e serviços públicos de saúde é uma das
ressalvas às vedações previstas no artigo 167, da CF/88. Confira, com grifos nossos:
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
Letra e.
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Não se esqueça que a nossa CF/88 veda a realização de operações de crédito para cobrir
despesas (art. 167, III), bem como o remanejamento de créditos orçamentários sem
autorização legislativa (art. 167, VI, CF). Nessa toada, no caso em tela, o Município não
poderia remanejar recursos para a compra de móveis solicitada, sem autorização legislativa
específica. Confira no artigo 167, II, da CF/88, com grifos nossos:
c) Errada. Toda compra ou aquisição de bens ou serviços deve ter autorização orçamentária.
d) Errada. Já que o orçamento compreende os créditos ordinários, suplementares, especiais
ou extraordinários, conforme artigo 165, III, § 8º, da CF/88.
e) Errada. Toda despesa deve estar autorizada na LOA ou via créditos adicionais.
Letra b.
De acordo com o artigo 165 da nossa Constituição Federal, todos os instrumentos são
elaborados por iniciativa do Poder Executivo. Confira com grifos nossos:
Letra d.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
........
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
Letra c.
A CF/1988 veda esse tipo de remanejamento orçamentário em seu art. 166, § 3º, II, “a”.
Confira com grifos nossos:
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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
...
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade”.
Vamos aproveitar e rever o artigo 169, § 9º, da CF/1988 com nossos grifos:
Art. 169....
§ 9º Cabe à lei complementar:
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Letra b.
I – É a LDO quem estabelece quais serão as metas e prioridades para o ano seguinte e, para
tal, fixa o montante de recursos que o governo pretende economizar, traça regras, vedações
e limites para as despesas dos Poderes, autoriza o aumento das despesas com pessoal etc.,
conforme dispõe o § 2º do artigo 165 da CF/88.
II – É a LOA quem define o planejamento que indica quanto e onde gastar o dinheiro
público no período de um ano, com base no valor total arrecadado pelos impostos. A LOA
ou Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num período
determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas e
despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes.
III – É o PPA quem dispõe sobre o planejamento de médio prazo, identificando as prioridades
para o período de quatro anos e os investimentos de maior porte. Em outras palavras, o
PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da
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Art. 165......
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Letra c.
A resposta está na literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/1988. Repare com grifos nossos:
Letra d.
Tenha em mente que dos gastos listadas nas alternativas da questão, apenas aqueles
relacionados ao programa de implementação de direitos sociais podem ser anulados para
atender à emenda ao orçamento apresentada pelo deputado federal. Confira no dispositivo
constitucional abaixo reproduzido com grifos nossos:
Art. 166.........
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
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A ideia de “cauda orçamentária” é evitar que o orçamento traga matérias que não tenha a
ver com o tema orçamento público. Assim, a definição de valor de gratificação estatutária
deve vir em lei específica relacionada ao cargo respectivo, e posteriormente ser incluída
na fixação da despesa orçamentária da LOA.
O princípio da exclusividade orçamentária, consagrado no artigo 165, § 8º, que traz
algumas exceções, mas a prevista na alternativa B:
Art. 165......
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Além dessas ressalvas, o art. 184, §4º estabelece uma outra exceção ao princípio da
exclusividade, ao estabelecer que o orçamento (a lei orçamentária anual) fixará anualmente
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o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para
atender ao programa de reforma agrária no exercício.
Letra b.
De acordo com o artigo 166, § 3º, inciso II, da CF/1988, as emendas ao projeto de lei
orçamentária não podem indicar como fonte de recursos de anulação de despesas proveniente
de serviço da dívida. Confira com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
(...)
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
(...)
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
(...)
b) serviço da dívida;
Letra b.
O artigo 165, inciso III, da CF/1988 determina que é de iniciativa do chefe do Poder Executivo
a elaboração de leis que tratem de orçamentos anuais, motivo pelo qual a questão apresenta
situação de inconstitucionalidade de dispositivo inserido em Constituição Estadual. Confira,
com grifos nossos:
Letra e.
Questão que aborda a famosa regra de ouro, presente no artigo 167, inciso III, da CF/88,
que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, com as ressalvas que ele mesmo estabelece. Confira, com grifos nossos:
Note como a FGV cobrou a literalidade do artigo 165, § 1º, da CF/1988. Confira:
Letra a.
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deles, entretanto, atingiu o artigo 52, que torna obrigatória a execução orçamentária e
financeira, de forma equitativa, da programação de despesas incluídas no orçamento por
emendas parlamentares individuais. A LDO resultante da sanção parcial foi publicada em
edição extra do ‘Diário Oficial da União’ que circula hoje com data de ontem. Ao converter
o projeto na Lei 12.919/2013 preservando a regra do ‘orçamento impositivo’, a presidente
cumpriu acordo firmado com o Congresso para viabilizar politicamente a aprovação da lei
orçamentária de 2014, concluída na madrugada do último dia 18. O Congresso só aprovou
a proposta para a LDO de 2014 em novembro passado, quando o orçamento do ano que
vem já estava em fase avançada de tramitação. Um dos motivos da demora foi a polêmica
em torno da regra do orçamento impositivo, que também é objeto de uma Proposta de
Emenda Constitucional - PEC”.
Considerando as circunstâncias envolvendo o trâmite da Lei Orçamentária Anual (LOA) de
2014 relatadas no texto”Processo de Aprovação de Orçamento”, é correto afirmar que a
sua elaboração foi orientada pela
a) disponibilidade na pauta de votações do Congresso Nacional em 2013.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014.
c) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 2001.
d) aprovação da regra relativa ao “orçamento impositivo” para 2014.
e) lei que instituiu o Plano Plurianual para o período 2011-2014.
Esse é um dos papeis da LDO. Confira com grifos nossos o trecho do artigo 165 da CF/1988:
Letra b.
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Em outras palavras, o que § 7º do artigo 165 da CF/88 quis dizer é que os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções
a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Letra a.
A iniciativa de leis que versem sobre matéria tributária é concorrente entre o chefe do Poder
Executivo e os membros do Legislativo. A circunstância de as leis que versem sobre matéria
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Na verdade, existem SIM alguns óbices presentes em nossa CF/1988, como o artigo 63 que
diz que não pode haver aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder
Executivo, que também não podem ser incompatíveis com o PPA e com a LDO, além das
proibições detalhadas no § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.
Errado.
d) A lei orçamentária anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
e) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União,
seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Note que a questão pede para marcarmos a errada. Com exceção da alternativa C, todas
as outras estão corretas.
O erro da C foi dizer que cabe à Lei Ordinária dispor sobre vigência, organização, elaboração,
prazos e exercício financeiro do PPA, da LDO e da LOA, quando, na verdade, esse papel cabe
à lei complementar, nos termos do artigo 165, §9º, I, da Constituição:
Letra c.
Tenha em mente que de acordo com o artigo 165 da CF/1988, leis de iniciativa do Poder
Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos
anuais, sendo que os respectivos projetos de lei devem ser apreciados pelas duas Casas
do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
As atribuições da CMO – Comissão Mista de Orçamento, por seu turno, estão previstas no
§1º do artigo 166 da CF/1988. Confira:
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Letra a.
Lembre-se da regra de ouro, presente no artigo 167, inciso III, da CF/88, que veda a
realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
com as ressalvas que ele mesmo estabelece. Confira, com grifos nossos:
Com exceção da alternativa D, que é uma despesa de capital (investimento) todas as demais
referem-se a despesas correntes, aquelas destinadas à manutenção das atividades.
Letra d.
Art. 165, § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Letra d.
065. (INÉDITA/2022) A competência para legislar sobre direito financeiro e orçamento, nos
termos da Constituição Federal de 1988, é
a) concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
b) exclusiva da União.
c) privativa da União.
d) exclusiva da União, dos Estados e do Distrito Federal.
A resposta dessa questão está na literalidade da CF/1988 em seu artigo 24. Confira com
grifos nossos:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
Letra a.
Colega,
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
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Até a próxima ou ao fórum de dúvidas.
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REFERÊNCIAS
2 – Uma Introdução à Ciência das Finanças – 18ª Edição – Editora Método – Autor Aliomar
Baleeiro.
7 – Orçamento Público (AFO e LRF) –10ª Edição - Editora Juspodium – Autor Augustinho
Paludo.
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caminhos
crie
futuros
gran.com.br
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