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Endividamento Público
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Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
240111497623
MANUEL PIÑON
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Finanças Públicas
Endividamento Público
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Endividamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Finanças Públicas e Endividamento Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Conceitos Introdutórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2. Déficit Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. O Financiamento do Déficit Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.4. Conceitos de Dívida Pública Do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.5. Financiamento do Déficit Público a Partir do Ano 1980 . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2. O Resultado do Bacen, seu Relacionamento com o Tesouro Nacional e a
Remuneração das Disponibilidades do Tesouro Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é avançar no estudo das Finanças Públicas, conhecendo
as formas de financiamento dos gastos públicos, que, além da tributação, se dão pelo
endividamento público.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras
e que tenham sua sede e administração no País.
Podemos dizer que uma meta nada mais é do que um objetivo quantificado no tempo
e, assim, no âmbito das finanças públicas, destacam-se as metas relacionadas à política
monetária, definidas pelo CMN – Conselho Monetário Nacional e pelo COPOM – Comitê de
Política Monetária, como a definição da taxa SELIC e as metas de relacionadas à política
fiscal no âmbito do Poder Executivo.
Merecem destaque também as metas relacionadas à LRF – Lei de Responsabilidade
Fiscal apresentadas no RGF – Relatório de Gestão Fiscal e ao RREO – Relatório Resumido
de Execução Orçamentária.
Um dos princípios orçamentários mais significativos é o Princípio do equilíbrio, que
visa dar transparência maior à obtenção de recursos, ou seja, o orçamento sempre deve
estar equilibrado, uma vez que se trata de uma demonstração contábil.
Dispositivos constitucionais contidos no art. 166, § 3º, II, da Constituição Federal tratam
da necessidade de se indicar os recursos disponíveis para o atendimento às emendas ao
projeto de lei orçamentária ou aos projetos que a modifiquem, de forma a manter o equilíbrio
entre receitas e despesas.
Apesar de equilibrado, o orçamento pode ser deficitário, o que significa que contém
autorizações de despesas acima dos recursos previstos, estabelecendo modalidades de
financiamento do déficit.
A Constituição Federal prevê a contratação de operações de crédito para a cobertura
do excesso de gastos em relação à receita primária.
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Contudo, não há sentido em orçamento superavitário, uma vez que significaria exigência,
à sociedade, de contribuição financeira sem justificativa.
A gestão fiscal visando o equilíbrio orçamentário apoia-se no seguinte:
Receita Pública: representa os ingressos de recursos que entrarão para os cofres públicos,
servindo para financiar as atividades estatais;
Despesa Pública: representa a aplicação desses recursos, ou seja, de que forma o Governo
irá gastar os recursos arrecadados, obtidos junto a sociedade, quando estiver executando
suas ações;
A Dívida Pública: representa os compromissos assumidos pelo Governo no passado,
perante a sociedade, e que deverão ser de alguma forma financiados pela obtenção de
novos recursos no futuro.
E o Orçamento Público: que vai permitir ao Governo controlar seus fluxos de receita e
de despesa, com impactos sobre o montante da dívida pública.
O Setor Público corresponde à presença o Governo nas três esferas: a União, os Estados
e o Distrito Federal, e os Municípios, bem como os três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário).
Já estamos carecas de saber que o Governo interfere na economia por meio da Tributação
(T) e dos Gastos Públicos (G).
Fazendo-se um encontro de contas, ou seja, considerando o que o Governo cobra da
sociedade por meio da Tributação (T) em comparação com o seu retorno por meio dos
Gastos Públicos (G), o Governo poderá apresentar, durante um determinado período de
tempo, as seguintes situações:
1 – Se os Gastos Públicos forem superiores à Tributação (G > T) teremos o temido
déficit fiscal.
2 – Por sua vez, se os Gastos Públicos forem em igual montante ao da Tributação (G =
T) teremos o equilíbrio no orçamento público (é o famoso zero a zero).
3 – Mas se os Gastos Públicos forem inferiores à Tributação (G < T) teremos tão desejado
superávit fiscal.
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1.2.1. CONCEITO
Déficit Público é o nome que se dá para a situação em que o valor total das despesas
públicas é maior que valor total das receitas públicas, gerando aumento da dívida pública.
Esse inclusive é o método oficial usado pelo BACEN para medir o resultado do Governo.
Certo.
Embora essa conceituação do déficit público como sendo a diferença entre as receitas
e despesas de setor público seja de definição simples e de fácil compreensão, ela também
pode ser elaborada de modo mais aprofundado, por meio da inclusão de diversos
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DICA
O método chamado de “abaixo da linha” é aquele que calcula
o resultado fiscal por meio da variação da dívida, sendo
usado pelo BACEN.
O Tesouro Nacional usa o método “acima da linha” para
calcular o resultado fiscal, computando individualmente as
diferentes rubricas de receitas e despesas do setor público.
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Guarde que o chamado método “abaixo da linha” é aquele calcula o resultado fiscal por meio
da variação da dívida, usado pelo BACEN. Na verdade, o Tesouro Nacional usa o método
“acima da linha” para calcular o resultado fiscal, aquele realizado por meio das diferentes
rubricas de receitas e despesas do setor público.
Errado.
A partir dos fatores mencionados anteriormente, é possível chegar aos outros conceitos
de déficit, derivados do público, a seguir expostos.
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Guarde que o resultado primário EXCLUI do seu cálculo, os valores relativos às despesas e
receitas financeiras, ou seja, não computa os valores incorridos a título de juros.
Desse modo, podemos ver que, na verdade, os resultados primários deficitários em 2014
e 2015 decorrem do fato de que o setor público acabou gastando mais do que arrecadou,
mesmo sem contar com as despesas de juros que incidem sobre o saldo da dívida pública.
Errado.
Como o resultado primário EXCLUI do seu cálculo os valores relativos às despesas e receitas
financeiras, não devem ser computados os valores incorridos a título de juros.
Note que quando somamos os juros, temos um déficit ainda maior e, consequentemente,
aumentamos ainda mais o saldo da dívida líquida pública.
Certo.
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DICA
Se um desses três termos (receita de senhoriagem, senhorio
ou de “signorage”) aparecer em sua prova, não se assuste,
é apenas o Governo usando a sua maquininha de fabricar
dinheiro.
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A receita de senhoriagem é aquela que o governo consegue com a emissão de moeda para
pagar suas contas. Na época da hiperinflação, essa receita foi decisiva para o financiamento
do déficit público.
Acho que até aqui não temos dúvida.
A dificuldade da questão foi exigir o conhecimento de que em determinados períodos da
década de 1980 tivemos redução da dívida líquida como proporção do PIB, também em
decorrência do efeito provocado pela receita de senhoriagem que é verdadeiro.
Certo.
Com a persistente emissão de moeda, a taxa de inflação, chega a superar dois dígitos
mensais, provoca sérios danos na estrutura produtiva, dentre os quais a perda do valor da
moeda nacional, e sua consequente substituição como meio de troca.
O exemplo clássico é a inflação da Alemanha no ano de 1923, quando em janeiro 1 dólar
valia 18 mil marcos e no final do ano, em novembro, a cotação passou a ser 1 dólar por 4,2
trilhões de marcos. Em consequência, as mercadorias passaram a ser trocadas por outras
mercadorias, já que a moeda não valida mais nada.
Em menor escala, vivemos situação com alguma semelhança no Brasil até a implantação
do Plano Real.
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Mas traz também desvantagem, uma vez que a colocação de títulos públicos à disposição
no mercado implica oferecer taxas de juros atrativas, com impacto no total do endividamento
e no custo do seu financiamento.
A prática de forte financiamento do déficit público, a partir da colocação de títulos,
pode gerar uma situação em que o montante de títulos atinge um valor tão expressivo, que
exige cada vez mais taxas de juros elevadas para atrair o credor privado, gerando dúvidas
sobre a capacidade do governo honrar os seus compromissos e impulsionam cada vez mais
a elevação da taxa de juros, com impacto sobre o serviço da dívida pública (amortização e
juros). É aquela bola de neve que todo endividado conhece.
É um ciclo vicioso: a dívida cresce porque a taxa de juros sobe, e esta taxa de juros sobe
porque a dívida cresce.
No Brasil temos como exemplo, o crescimento da dívida interna no final do ano 1989 sob
governo José Sarney, cuja taxa de juros elevada era a única forma de manter os credores
adquirindo títulos do governo, levando, posteriormente o governo Collor de Mello, no início
de 1990, a bloquear os ativos financeiros por 18 meses.
Importante destacar que o financiamento do déficit público traz como consequência
econômica a redução da poupança destinada ao financiamento do investimento e, por
conseguinte, a redução do crescimento econômico.
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Resta claro que o Senado deve dar o aval para serem realizados os contratos de
créditos envolvendo entidades externas, e deve fixar até que ponto o Poder Executivo
pode comprometer o orçamento com o pagamento de dívidas e juros e as condições sob
as quais serão realizadas essas operações de crédito.
Atendendo essa demanda, nosso Senado Federal editou em 2007, a Resolução N. 48
que estabelece os limites globais para operações de crédito e concessão de garantia nessas
operações.
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O art. 6º dessa Resolução, refere ao limite estabelecido no art. 167, inciso III, da CF/88,
de que as operações de créditos não devem exceder o montante das despesas de capital,
com exceção dos créditos suplementares ou especiais.
Essa Resolução fixa como critério de verificação desse limite, o previsto no art. 32, § 3º
da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece que nas despesas de capital não serão
computados os empréstimos e financiamentos com o intuito de promover incentivo fiscal
para fins de fixação do limite das operações de crédito.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, esclarece o que é dívida consolidada, de acordo com
seu art. 29, inciso I:
Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumida em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
ou da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
Vale destacar que a dívida consolidada ou fundada tem prazo de amortização superior
a doze meses, com exceção das autorizações de operações de crédito feitas no orçamento
e os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento que tiverem sido
incluídos.
A LRF também conceitua operação de crédito no art. 29, inciso III:
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CONCEITO
De modo bem simples, podemos dizer que a NFSP representa a necessidade do setor
público em se financiar por meio de dívida.
No infográfico seguinte, temos uma estimativa para a NFSP do Brasil para o ano de 2022.
De acordo com a definição oficial apresentada pelo Banco Central temos as conceituações
a seguir expostas.
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Existe um erro conceitual na questão. Quando falamos em dívida bruta do governo geral
(DBGG), na verdade, estamos das 3 esferas de Governo.
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Dívida Fundada
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos
serviços de amortização e juros.
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Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras, inclusive as decorrentes
de emissão de títulos, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, assumidas em virtude de
leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito para amortização
em prazo superior a 12 (doze) meses, dos precatórios judiciais emitidos a partir de 5 de maio
de 2000 e não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos, e das
operações de crédito, que, embora de prazo inferior a 12 (doze) meses, tenham constado como
receitas no orçamento;
Dívida pública representada por títulos emitidos pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios;
Deve-se considerar ainda as obrigações a pagar, posto que devam ser deduzidas das
disponibilidades financeiras.
Ainda falando acerca de endividamento público, a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal
estabeleceu que o Presidente da República teria prazo de noventa dias para submeter ao
Senado Federal proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada, tanto
da União quanto dos Estados e Municípios, em cumprimento ao que dispõe o art. 52 da
Constituição Federal.
De acordo com a LRF, Os limites globais para a dívida consolidada dos três níveis
de governo serão verificados a partir de percentual da Receita Corrente Líquida – RCL,
representando o nível máximo admitido para cada um deles, sendo que a verificação do seu
atendimento será realizada ao final de cada quadrimestre (art. 30, § 3º e 4º), ou semestre,
no caso dos Municípios com menos de 50 mil habitantes.
Assim, se verificada a ultrapassagem dos seus limites ao final de um quadrimestre, a
eles deverão retornar nos três quadrimestres seguintes, eliminando-se pelo menos 25%
já no primeiro período.
A forma prevista na LRF para o retorno ao limite legal é a geração de superávit primário
para amortização da dívida, pagamento do principal até a eliminação do excesso. A relação
dos Entes Federados que ultrapassarem esses limites será divulgada mensalmente pelo
Ministério da Fazenda.
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Vale destacar que a LRF não determina os limites de endividamento, nem a trajetória,
ou ainda o prazo máximo para que os entes atinjam os limites (15 anos), cabendo essas
definições ao Senado Federal.
Se o PIB não cresce, ou seja, o denominador não aumenta, temos que reduzir o numerador
via superávits maiores.
Certo.
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(serviço da dívida) sempre por meio da emissão de novos títulos. Esse processo ficou
conhecido como o “giro da dívida interna”.
Era impossível efetuar um controle eficaz da política monetária e do endividamento
público sem que antes fosse realizada uma reforma que fortalecesse o Banco Central e
reordenasse o controle financeiro do governo.
A dívida foi evoluindo em função de diversos fatores, inclusive, em função de si própria
e do financiamento de gastos extraorçamentários. Obviamente não se soube o quanto do
crescimento da dívida foi devido a cada fator.
Por fim, observa-se que a estratégia adotada pelo governo, ao longo da década de
70, foi de utilização da autoridade monetária como banco de fomento, no processo
de desenvolvimento econômico, como forma de atender a meta de “crescimento com
endividamento”. Grandes volumes de recursos eram levantados sem elevação na carga
tributária, ou seja, sem desestabilizar o regime militar vigente.
A contrapartida era sempre a expansão monetária ou elevação da dívida. Com o segundo
choque do petróleo em 1979, o governo deparou-se com uma crise que forçou um ajuste
na economia brasileira e, consequentemente, nas finanças públicas.
Chegamos aos anos 1980, cujo tema mais relevante para a economia nacional foi o
elevado endividamento externo e suas implicações, aliado a aceleração da inflação.
O período entre os anos de 1980 e 1994 foi caracterizado por intensas divergências
entre economistas. Enquanto alguns defendiam um ajuste fiscal, os demais não davam
importância ao déficit, e buscavam o combater apenas a inércia inflacionária.
A crise internacional de 1979 afetou o Brasil com a perda das fontes de financiamento
do desenvolvimento externo, visto que nessa época os EUA atraíram boa parte do capital
internacional com a elevação da sua taxa de juros para controlar a inflação decorrente do
2º choque do petróleo (1979).
Em outras palavras, o Governo Figueiredo sofreu as consequências da “ressaca” dos
excessos cometidos no passado, ou seja, a conta chegou e veio “pesada”. O 2º choque do
petróleo em 1979, trouxe ainda um choque de oferta que aumentou os custos de produção
e, consequentemente, os preços dos produtos, com redução na oferta de produtos e redução
do crescimento econômico mundial.
Como o Brasil era fortemente dependente do capital externo, essa foi uma fase de
“estrangulamento externo”, com a saída de captais. Nessa toada, foi efetivado um ajuste no
sentido de reduzir a demanda por divisas e de aumentar as exportações para aumentá-las.
Veja o ajuste recessivo que foi feito nesse sentido à época, nas palavras do Mestre Fábio
Giambiagi:
O objetivo agora era a redução da absorção interna, de modo a gerar excedentes exportáveis.
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(...)
No biênio 1983-84, a política fiscal tornou-se também restritiva (o que não tinha ocorrido até
1982): a carga tributária foi elevada em 1983 e os investimentos públicos foram drasticamente
cortados, contribuindo para a redução da taxa de investimento da economia para 20% do PIB
em 1983, ante 23% em 1982.
Nesse caso, a restrição não visava somente atingir a
demanda agregada, mas também o próprio déficit público, que, em 1982, alcançara 7,3% do PIB
no conceito operacional e 16,4% no conceito nominal.
Essa deterioração fiscal refletia, de um lado, a resistência do gasto
público à baixa e, de outro, os efeitos danosos do ajuste externo do período de 1979-80. O
aumento da inflação erodia a receita real do governo, caracterizando o chamado “efeito Tanzi”.
Além disso, elevava os encargos da dívida pública, através da correção monetária.
A maxidesvalorização cambial de 1979 e a política de juros altos a partir de então também
afetaram as despesas financeiras do setor público, elevando os encargos da dívida interna (com
juros reais e correção cambial) e externa (grande parte dela de responsabilidade do governo,
devido às Resoluções 432/230).
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A indexação da dívida pública foi uma estratégia crescentemente usada pelo governo para
facilitar o financiamento de seus déficits, através da proteção dos rendimentos dos títulos
contra a corrosão inflacionária e contra o elevado custo de oportunidade representado por
possíveis desvalorizações cambiais.
Essa estratégia, iniciada com a criação da correção monetária
em 1964, funcionou bem até fins da década de 1970, enquanto a inflação e o câmbio estavam
sob controle.
No ambiente instável do período de 1981-84, porém, a indexação da dívida tornou-se uma
armadilha para o governo: a aceleração da inflação, as correções cambiais, a política de juros
altos e, paralelamente, as Resoluções 432 e 230 mantinham o déficit nominal e, portanto, a
dívida pública, em crescimento mesmo diante da política fiscal restritiva.
Esta, por sua vez, se tornava também cada vez menos eficaz para
gerar saldos primários (não financeiros) positivos, porque a política monetária e a instabilidade
do período golpeavam duplamente a capacidade de arrecadação do governo: pela retração da
economia e pelo efeito Tanzi.
Assim, apesar da política fiscal restritiva, o déficit nominal do governo e a dívida pública mobiliária
federal subiram, respectivamente, para 24,6% e 14,3% do PIB em 1984.
A política de ajuste externo de 1981-84, mais uma vez auxiliada pelas mudanças estruturais
promovidas pelo II PND, produziu superávits comerciais recordes em 1983 e, principalmente
em 1984, explicados, predominantemente, pela variação do quantum de exportações e
importações.
No primeiro caso, o aumento mais intenso se deu em 1984, como efeito da recuperação da
economia mundial.
No caso das importações, a maior contribuição para o ajuste externo ocorreu no período 1981-
83, motivada pela recessão doméstica.
Em 1984, considerando o crescimento real do PIB de 5,4%, a queda das importações (de quase
10%), liderada pelo encolhimento de 7,4% do quantum, refletiu, fundamentalmente, o já
mencionado sucesso do II PND na substituição de importações de bens de capital e petróleo.
Ainda assim, o ajuste externo de 1984 caracteriza-se como parte do ajuste recessivo
implementado a partir de 1981, já que refletiu uma mudança na distribuição do PIB entre
os componentes da demanda agregada claramente favorável à transferência líquida de
recursos reais ao exterior (que ocorre quando o agregado das contas de comércio e serviços
no BP é superavitário): em 1984, o consumo,
a FBCF e as importações perdem participação no PIB, sendo essas perdas compensadas pelo
aumento do peso relativo das exportações.
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O relacionamento do Brasil com o FMI nem sempre pôde ser definido como isento de
conflitos. Conforme os governos mudam, as políticas externas e internas também mudam.
É possível observar diferentes posturas adotadas pelo Brasil desde a criação do FMI.
Quando foi feito o primeiro acordo com o FMI, ainda no período dos governos militares,
tivemos a implementação de políticas econômicas de cunho essencialmente voltadas para
o combate à inflação de demanda. Tais políticas, entretanto, não alcançaram êxito na busca
pela estabilidade e os teóricos que defendiam essa linha de pensamento perderam sua
credibilidade.
Em outras palavras, podemos dizer que a necessidade brasileira de recorrer ao FMI –
Fundo Monetário Internacional durante o período da Ditadura Militar, entre 1982 e 1983,
decorreu especialmente em função dos efeitos da “Crise do Petróleo”, que fez com que o
Brasil, que já tinha uma dívida externa significativa, precisasse do apoio do FMI quando já
não havia mais outra saída para enfrentar sozinho a crise da dívida externa.
Tivemos então a implementação de diversos planos econômicos elaborados por
economistas ditos heterodoxos, os quais não tinham grande preocupação com o déficit
fiscal brasileiro. Todos eles – o Plano Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II – não
obtiveram sucessos duradouros na busca pela estabilização.
O fim do ciclo militar no Brasil surgiu de uma aliança entre o PMDB (Tancredo Neves) e a
Frente Liberal (José Sarney). Com a morte do presidente eleito, Sarney foi quem assumiu a
função, mas não pôde desempenhá-la de forma satisfatória pois não contou com o apoio
dos deputados e senadores peemedebistas.
O que elevou ainda mais a fragilidade política do governo Sarney foi a eclosão de demandas
populares por investimentos e gastos públicos, demandas essas que eram anteriormente
sufocadas pelo regime autoritário.
Com a implementação de diversas alterações na legislação a partir de 1985 e com a
promulgação da Constituição Federal de 1988, vieram diversas mudanças institucionais.
Do ponto de vista das finanças públicas, destacamos alguns pontos positivos como
a extinção da conta movimento do Banco do Brasil (autofinanciamento), a incorporação
do orçamento monetário ao OGU (Orçamento Geral da União), tornando o orçamento
uno, a extinção das funções de fomento do Banco Central, a criação da STN (Secretaria
do Tesouro Nacional), a incorporação das despesas com pagamentos de juros da dívida
ao OGU, e alguns pontos negativos, como a elevação do repasse de verbas a estados
e municípios, a sobrecarga do sistema previdenciário e uma elevação no volume de
receitas vinculadas.
Esse último ponto destacado provocou a redução na margem de manobra do poder
executivo no que tange a alocação de recursos, um dos problemas do federalismo fiscal.
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Todos esses fatores somados aos impactos da crise externa e a ação dos heterodoxos
(keynesianos) contribuíram para uma elevação no déficit já a partir de 1987, quando se
passou a observar uma combinação de níveis de arrecadação constantes e gastos públicos
crescentes.
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Dilma assumiu seu primeiro mandato em 2011, após o Brasil ter crescido 7,5% do PIB em
2010, muito em função dos estímulos fiscais concedido pelo Governo em 2009 e 2010 para
reagir à crise de 2008. Entretanto, a partir de 2012 o superávit primário começou a cair até
que a partir de 2014 já começou a apresentar déficits primários crescentes.
Certo.
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Na verdade, a relação dívida líquida-PIB, que em 2003 era de 54,8% caiu continuamente até
2008, quando atingiu seu menor valor desde 1997: 38,5%. Somente após a crise de 2008
é que a razão dívida líquida – PIB voltou a subir, embora não continuamente.
Errado.
É verdade, e essa foi uma das razões para o ciclo vicioso da chamada inflação inercial, só
quebrado em 1994 com a implantação do Plano Real.
Certo.
A crise da dívida soberana dos países europeus acaba se confundindo com a crise da dívida
pública de vários países da União Europeia.
É bom dizer que não é uma crise do PIB dos países, mas sim de suas dívidas, e a consequente
capacidade de cada país continuar pagando sua dívida.
Em termos temporais, o auge da crise da dívida soberana dos países europeus ocorreu
em 2010, e, justamente em 2010, o PIB brasileiro cresceu 7,5%; um crescimento MUITO
expressivo.
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O crescimento de 2010 (7,5%) foi maior do que em qualquer ano das décadas (2000 e 1990),
MAS se considerarmos a década de 1980, a questão já passa a ser errada, POIS em 1985, o
PIB do Brasil cresceu 7,8%.
Anulado.
017. (CESPE/PF/APF/2012) Julgue o item que se segue, a respeito da economia do setor público.
No final do século passado, apesar de o Brasil ter apresentado constantes superávits
primários, ele não necessariamente pagou os juros da dívida pública acumulada em períodos
anteriores.
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Observe que, no caso da União, a referência é só para a Administração Direta, mas o caso
dos demais entes engloba também a Administração Indireta.
A EC 109/2021, de 15/03/2021, trouxe o artigo 164-A, que nos diz que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais de
forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Importante atentar para o
fato de que o parágrafo único do artigo 164-A definiu que a elaboração e a execução de
planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a
sustentabilidade da dívida. Dessa forma, a aula de instrumentos de planejamento (leis
orçamentárias) também foi atualizada no que diz respeito a esse tema.
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
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A CF/1988, em seu artigo 164, §1º, proíbe ao Banco Central conceder empréstimos a qualquer
órgão ou entidade que não seja instituição financeira, com o fito de evitar que o Governo
Federal se autofinancie por meio de operações junto a essa Instituição, gerando aumento
artificial da base monetária e, consequentemente, da inflação.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Errada. Em desacordo com a vedação apresentada.
c) Errada. A mencionada vedação não admite exceções.
d) Errada. Permitido somente para instituições financeiras.
Letra b.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas
por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas
políticas fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei
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complementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a
compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 109, de 2021)”
Exato. Confira o diz parágrafo 3º do artigo 164 da nossa CF/1988, com grifos nossos:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
...
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas
por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Certo.
Na LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal temos alguns dispositivos que regulam o resultado
do BACEN e o seu relacionamento com o BACEN.
No artigo 34 da LRF temos explicitado que o BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN não
poderá emitir títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação da LRF.
Assim, já tem quase 20 anos que o BACEN não pode mais fazer isso.
Ainda na LRF temos outras vedações à atuação do BACEN como a que proíbe a compra
de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Nesse caso o BACEN somente
pode comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária
federal que estiver vencendo na sua carteira. Mesmo assim, essa operação deve ser realizada
uma taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público.
A LRF ainda proíbe ao BACEN a troca ainda que temporária, usando uma instituição
financeira ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública
federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito
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final seja semelhante à permuta. Ressalte-se que essa proibição não se aplica ao estoque
de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das instituições
financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
A LRF veda ao BACEN conceder garantia, sendo proibido ao Tesouro Nacional adquirir
títulos da dívida pública federal da carteira do BACEN, mesmo com cláusula de reversão,
exceto se for para reduzir a dívida mobiliária. Importante registar que cabe ao TCU fazer
o acompanhamento do cumprimento dessa proibição e também do respeito por parte do
BACEN à determinação de que ele apenas pode comprar diretamente títulos emitidos pela
União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver
vencendo na sua carteira, bem como que a operação deve ser realizada usando uma
taxa média e condições alcançadas no dia via leilão público.
Importante lembrar que de acordo com nossa CF/1988 a competência da União para
emitir moeda deve ser exercida exclusivamente pelo BACEN, sendo proibido a esse órgão
conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão
ou entidade que não seja instituição financeira.
Entretanto, importante lembrar que o BACEN pode comprar e
vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo, no âmbito da Política
Monetária, de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
Ainda em relação ao BACEN você deve ir para a prova sabendo que as suas despesas
relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a
benefícios e assistência aos servidores e a investimentos integram as despesas da União
e devem ser incluídas na LOA.
Guarde também que o resultado positivo do BACEN, apurado após a constituição
ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o
décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais.
O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro e deve ser consignado em
dotação específica no orçamento.
Em outras palavras, o Tesouro Nacional se beneficia dos
resultados positivos do BACEN, apurados após a constituição ou a reversão de
reservas, e é prejudicado por seus resultados negativos.
A LRF determina ainda que tanto o impacto quanto o custo fiscal das operações realizadas
pelo BACEN sejam demonstrados trimestralmente, de acordo com o disposto na LDO.
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A ideia da LRF é que se o resultado do BACEN for superavitário, esse resultado positivo
é transferida para o Tesouro Nacional, MAS se o resultado do BACEN for deficitário, esse
resultado negativo constitui-se em uma obrigação do Tesouro Nacional.
Letra a.
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Como vantagens temos a garantia de uma rentabilidade fixa e saber exatamente quanto
vai resgatar no final, sendo ideal para metas de médio e longo prazo.
2 – TESOURO SELIC:
Os títulos Tesouro Selic são títulos pós-fixados que possuem rentabilidade atrelada à
Taxa Selic. A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. É o investimento ideal para
quem quer começar a investir no Tesouro Direto. Os títulos Tesouro Selic eram chamados
de Letra Financeira do Tesouro (LFT).
Como vantagem temos o menor risco em caso de venda antecipada, sendo ideal reserva
de emergência e para objetivos de curto prazo.
3 – TESOURO IPCA:
A rentabilidade desse título está atrelada à inflação, medida pela variação do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, ou seja, esses títulos oferecem rendimento
igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros.
A NTN-B – Nota do Tesouro Nacional é um título pós-fixado.
Como vantagem temos a garantia de uma rentabilidade sempre acima de inflação
(do IPCA), ou seja, protege das variações da inflação, sendo ideal para investimentos de
longo prazo.
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RESUMO
Resultado (Superávit ou Déficit) Primário: representa a origem e a fonte de realimentação
do déficit público, e, consequentemente, da dívida pública, desconsiderando seus
respectivos juros.
Resultado (Superávit ou Déficit) Nominal: representa a diferença entre as receitas de
despesas públicas, em especial a parcela referente aos juros nominais incidentes sobre
a dívida interna e externa. É também obtido por meio da soma dos incrementos da base
monetária e do incremento da dívida interna e da dívida externa expressa em moeda nacional.
Vale destacar que o déficit nominal é também chamado de Necessidades de
Financiamento do Setor Público (NFSP), já que corresponde à quantidade de empréstimos
a que o setor público precisa recorrer.
Resultado (Superávit ou Déficit) Operacional: consiste no deflacionamento dos valores
monetários das variáveis orçamentárias e financeiras, bem como pelo cálculo dos juros por
meio da taxa de juros real esperada para um determinado período.
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NFSP – Juros reais: representa a diferença entre os encargos financeiros totais ( juros
nominais) e a parcela de atualização monetária no mês.
Dívida Pública Bruta: Dívida do setor público não financeiro e do Banco Central com o
sistema financeiro (público e privado), o setor privado não financeiro e o resto do mundo.
Dívida Pública Líquida: Dívida Pública Bruta menos a soma dos créditos do setor público
não financeiro e do Banco Central. Deve-se mencionar ainda que, diferentemente de
outros países, o conceito de dívida líquida utilizado no Brasil considera os ativos e passivos
financeiros do Banco Central, incluindo, dessa forma, a base monetária.
Dívida Pública Mobiliária do Governo Federal (DPMF): Total dos títulos públicos federais
fora do Banco Central. Inclui, além dos títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos
de emissão do Banco Central. Como se trata de dívida consolidada, os títulos de emissão
do Tesouro Nacional pertencentes à carteira do Banco Central não entram.
Dívida Pública Mobiliária do Governo Federal Interna (DPMFi): Total dos títulos públicos
federais fora do Banco Central em poder do público. Inclui, além dos títulos de emissão do
Tesouro Nacional, os títulos de emissão do Banco Central.
Dívida Mobiliária dos Governos Estaduais e Municipais: Total dos títulos emitidos pelos
tesouros desses entes da Federação.
Dívida Externa Bruta: Soma da dívida externa bruta do setor público não financeiro e
do Banco Central.
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Dívida Externa Líquida: Dívida Externa Bruta menos as aplicações em moeda estrangeira.
Como o Banco Central está incluído, as reservas internacionais do Banco Central também
são consideradas como aplicações e, portanto, deduzidas do total.
Dívida Mobiliária Externa: Dívida Reestruturada (Bradies) mais Dívida Soberana (Títulos
de emissão Voluntária).
Dívida Contratual Externa: BID/BIRD, Clube de Paris e Agências Governamentais.
Dívida Pública Federal: DPMFi + Dívida Mobiliária Externa + Dívida Contratual Externa.
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003. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017)
Necessidade de financiamento do setor público (%PIB)
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017. (CESPE/PF/APF/2012) Julgue o item que se segue, a respeito da economia do setor público.
No final do século passado, apesar de o Brasil ter apresentado constantes superávits
primários, ele não necessariamente pagou os juros da dívida pública acumulada em períodos
anteriores.
Considere que, no referido país, os níveis de inflação sejam elevados e o regime de câmbio
seja fixo. Nesse caso, é correto afirmar que a inflação alta provoca, geralmente, efeitos
nocivos sobre a economia, uma vez que reduz o poder de compra dos indivíduos, tende
a gerar concentração de renda e pode contribuir para aumentar os déficits na balança
comercial do balanço de pagamentos.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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c) a mudança metodológica introduzida no final de 2016 fez com que o cálculo da dívida
bruta do setor público consolidado passasse a excluir os ativos do governo central, como
as reservas internacionais.
d) o Brasil vem mantendo, desde os anos 2000, uma política fiscal baseada em expressivos
superávits fiscais primários do setor público consolidado.
e) as despesas com juros incidentes sobre a dívida bruta do setor público consolidado
figuram como a rubrica que mais tem impedido a redução dos déficits fiscais primários,
desde 2015.
De acordo com a autora, o agravamento da crise fiscal no Brasil entre 2014 e 2015 resultou do
a) congelamento das despesas correntes e do aumento do déficit fiscal nominal
b) aumento do déficit fiscal nominal e da recessão econômica em curso
c) aumento do déficit fiscal nominal e do maior crescimento do PIB
d) aumento do déficit fiscal primário e do maior crescimento do PIB
e) aumento do déficit fiscal primário e da queda da arrecadação
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realizar operações com finalidades específicas definidas em lei. A respeito de dívida pública
e alternativas de financiamento do déficit público, analise as afirmativas a seguir.
I – A Dívida Pública Federal pode ser classificada de distintas formas, sendo as principais:
quanto à forma utilizada para o endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos
de recebimento e pagamento da dívida.
II – Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos pelo
Governo Federal via oferta pública (leilão) ou diretamente ao detentor.
III – Em relação à moeda na qual ocorrem seus fluxos de recebimento e pagamento, a Dívida
Pública Federal pode ser classificada como interna ou externa. Quando os pagamentos e
recebimentos são realizados na moeda corrente em circulação no país, no caso brasileiro
o real, a dívida é chamada de interna. Por sua vez, quando tais fluxos financeiros ocorrem
em moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como
externa.
IV – Atualmente, toda a Dívida Pública Federal em circulação no mercado nacional é paga
em real e captada por meio da emissão de títulos públicos, sendo por essa razão definida
como Dívida Pública Mobiliária Federal interna. Já a Dívida Pública Federal existente no
mercado internacional é paga em outras moedas que não o real e tem sido captada tanto
por meio da emissão de títulos quanto por contratos, sendo por isso definida como Dívida
Pública Federal externa.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
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c) O critério “abaixo da linha” observa o déficit público com base na variação da dívida
pública, pela ótica de seu financiamento.
d) No Brasil, as necessidades de financiamento do setor público, bem como a dívida líquida
do setor público são apuradas pelo regime de caixa.
e) A necessidade de financiamento do setor público no conceito primário exclui das
necessidades de financiamento nominais o pagamento de juros que incide sobre a dívida
fiscal líquida.
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094. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)
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098. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)
2013 2015
discriminação
R$ milhões % PIB R$ milhões % PIB
I receita total 1.178.983 22,2% 1.247.789 21,0%
II transferência a estados e municípios 183.395 3,4% 204.684 3,4%
III receita líquida (I!II) 995.588 18,8% 1.043.105 17,6%
IV despesas 918.595 17,3% 1.158.700 19,5%
V fundo soberano do Brasil 0 0,0% 855 0,0%
VI primário governo central 76.993 1,5% -114.741 -1,9%
VII ajuste metodológico 11/ 858 0,0% 3.888 0,0%
VIII discrepância estatística -2.561 0,0% -5.803 -0,1%
IX resultado primário do governo central (VI + VII
75.290 1,5% -116.656 -2,0%
+ VIII) 12/
X juros nominais 12/ -185.845 -3,5% -397.240 -6,7%
XI resultado nominal do governo central (IX + X) 12/ -110.555 -2,0% -513.896 -8,7%
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Com base nos resultados primários do governo central nos anos de 2013 e 2015, conforme
apresentado nessa tabela, cujos dados foram obtidos pelo Tesouro Nacional, julgue o item
a seguir, referente a conceitos de contabilidade fiscal.
A piora do resultado primário do governo central em 2015 justifica-se, parcialmente, pelo
aumento de despesas com os juros da dívida pública, devido à política monetária restritiva
adotada nesse período.
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110. (CESPE/PF/APF/2012) Julgue o item que se segue, a respeito da economia do setor público.
No final do século passado, apesar de o Brasil ter apresentado constantes superávits
primários, ele não necessariamente pagou os juros da dívida pública acumulada em períodos
anteriores.
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111. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)
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GABARITO
1. C 35. a 69. c
2. E 36. b 70. E
3. E 37. c 71. c
4. C 38. d 72. d
5. E 39. a 73. d
6. C 40. e 74. c
7. E 41. d 75. C
8. E 42. e 76. C
9. E 43. d 77. E
10. C 44. b 78. C
11. C 45. d 79. C
12. E 46. a 80. E
13. C 47. C 81. E
14. E 48. C 82. E
15. C 49. C 83. C
16. X 50. C 84. C
17. C 51. a 85. E
18. b 52. d 86. E
19. C 53. c 87. E
20. a 54. a 88. C
21. a 55. c 89. C
22. a 56. a 90. E
23. b 57. E 91. E
24. b 58. E 92. C
25. b 59. c 93. C
26. e 60. e 94. E
27. c 61. b 95. E
28. b 62. C 96. C
29. a 63. E 97. C
30. c 64. C 98. E
31. e 65. E 99. C
32. d 66. d 100. C
33. e 67. a 101. E
34. a 68. e 102. C
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103. E
104. C
105. C
106. C
107. C
108. C
109. E
110. C
111. C
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GABARITO COMENTADO
Note que o gasto nominal é a soma entre o gasto primário e financeiros. Assim, o saldo
nominal é a receita líquida tributária deduzidos os gastos primários e das despesas financeiras
(despesas com os juros da dívida pública).
Letra a.
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Temos que levar em consideração que estamos em uma economia sem inflação, com dívida
pública de longo prazo, metade tendo sido contratada a taxas de juros prefixadas e a outra
metade tem remuneração pós-fixada e referenciada à taxa de juros de curtíssimo prazo,
do mercado de trocas de reservas interbancárias. Além disso, o déficit público total está
zerado.
Podemos concluir que a razão entre o valor de mercado da dívida pública e o Produto Interno
Bruto (PIB) tende a aumentar, se a taxa de juros interbancária diminuir.
Vamos ver a razão!
Note que quando a taxa de juros de curtíssimo prazo muda, os títulos pós fixados não
mudam, já que para esses títulos, a queda da taxa reduz o valor da remuneração do título
exatamente na mesma proporção da queda da taxa de desconto do fluxo de caixa projetado,
motivo pelo qual os títulos pós fixados acabam sendo financeiramente mais seguros que
os pré-fixados.
Note ainda que a queda da taxa básica de juros faz aumentar o valor de mercado dos títulos
pré fixados, já que eles passam a ser mais atrativos,
Na questão em tela, como metade da dívida é composta por títulos pré fixados, cujo valor
de mercado da dívida aumenta e o PIB não muda no curto prazo, a razão entre eles aumenta,
exatamente como aponta a alternativa A.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
b) Errada. Como o enunciado informa que não existe dívida atrelada à variação cambial, a
alteração do câmbio não tem efeito no saldo da dívida.
c) Errada. Se o déficit aumenta, a dívida aumenta.
d) Errada. Como o enunciado informa que não existe dívida atrelada à variação cambial, a
alteração do câmbio não tem efeito no saldo da dívida.
e) Errada. Note que se o PIB cair, aumenta a razão entre o valor da dívida e o PIB. Além disso,
a redução da taxa de juros interbancária faz o valor da dívida subir devido ao efeito sobre
o preço de mercado dos títulos pré-fixados.
Letra a.
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Perceba que para zerar o déficit nominal, é necessário que o superávit primário seja em
montante suficiente para compensar a despesa financeira (os juros da dívida).
Na verdade, o superávit primário não foi suficiente para isso. Embora a média de superávits
primários do período tenha sido superior a 3% do PIB, ainda tivemos déficit nominal em
todos os anos, numa média também superior a 3% do PIB.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, chegou a 60%.
c) Errada. No cálculo da dívida líquida devemos excluir os ativos financeiros do governo,
mas, para o cálculo da dívida bruta, não. Essa é diferença principal entre as dívidas bruta
e líquida.
d) Errada. Na verdade, no primeiro governo Dilma houve uma reversão dessa tendência,
com menores superávits primários até chegar em 2014, quando houve déficit primário
pela primeira vez desde 1997.
e) Errada. No cálculo do resultado primário não são computadas receitas e despesas
financeiras.
Letra b.
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PIB mostra, no entanto, que o déficit primário sequer foi o principal responsável por essa
elevação. Os componentes que mais destoaram dos anos anteriores foram o pagamento
de juros, que aumentou sua contribuição, e o crescimento do PIB, que passou a colaborar
menos para a redução da dívida-PIB.
CARVALHO, L. Valsa brasileira: do boom ao caos econômico. São Paulo: Editora Todavia, 2018, p.100-101.
De acordo com a autora, o agravamento da crise fiscal no Brasil entre 2014 e 2015 resultou do
a) congelamento das despesas correntes e do aumento do déficit fiscal nominal
b) aumento do déficit fiscal nominal e da recessão econômica em curso
c) aumento do déficit fiscal nominal e do maior crescimento do PIB
d) aumento do déficit fiscal primário e do maior crescimento do PIB
e) aumento do déficit fiscal primário e da queda da arrecadação
Note que entre 2014 e 2015, houve aumento do déficit fiscal nominal e queda do PIB com
configuração de quadro de recessão técnica (dois trimestres consecutivos de queda no
PIB). Confira nos gráficos seguintes:
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Letra b.
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Considerando que os encargos da dívida são calculados com base no estoque da dívida, uma
redução nesse saldo em estoque gera necessariamente uma redução nos seus encargos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. A redução da dívida não necessariamente muda a sua estrutura.
c) Errada. A redução da dívida permite uma redução da taxa de juros devido a uma redução
da necessidade de financiamento.
d) Errada. A redução da dívida pública não implica numa recomposição dos tributos nacionais.
e) Errada. Inexiste essa relação.
Letra b.
Ora, se aumentou os gastos, trata-se de uma política fiscal expansionista, que estimulou a
demanda agregada. A ideia por trás dessa medida é que com o aumento da demanda agregada
a arrecadação aumente em proporção maior, ajudando a reduzir o déficit orçamentário,
mas o efeito pode ser inverso, ou seja, o déficit pode aumentar ainda mais se não tiver o
efeito esperado na arrecadação.
Letra a.
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Note que quando o Tesouro emite títulos de dívida, na verdade ele está retirando dinheiro
do setor privado em troca de maior endividamento público (dívida mobiliária – títulos
mobiliários).
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. A emissão de títulos não necessariamente reduz a inflação.
b) Errada. Não tem efeito sobre o déficit, já que está apenas o financiando.
c) Errada. Nada a ver.
d) Errada. Na verdade os títulos públicos concorrem com os títulos privados na captação
de recursos do setor privado.
Letra e.
Note que a diferença entre o déficit nominal e déficit operacional é dada pelos seguintes
fatores:
juros nominais (inflação e correção monetária): e
correção cambial.
Ora, se não há inflação e a questão não trata de correção monetária, logo pode-se dizer que:
déficit primário < déficit operacional = déficit nominal
Letra a.
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O déficit primário, exclui do resultado das contas públicas os valores gastos com os juros
da dívida, assim, não importa que o governo aumente a taxa de juros nominal ou qual seja
o valor da taxa de juros real. Guarde que o déficit primário simplesmente não se altera
porque este não leva em conta os valores gastos com juros.
Já o déficit operacional, é aquele que expurga a correção monetária sobre o valor dos
juros. Assim, tudo que nos interessa é o valor dos juros reais apenas. Logo, se o governo
aumentou a taxa de juros nominal para que a taxa de juros real se mantivesse constante,
então o déficit operacional simplesmente não se alterou. Isso porque este resultado exclui
o efeito da inflação sobre os juros da dívida.
O déficit nominal é o único que se altera. Isso porque este resultado leva em conta exatamente
os juros nominais sobre a dívida. Assim, não importa em que patamar os juros estejam, estes
influenciarão no déficit nominal, ou seja, ainda que a taxa de juros real esteja muito baixa,
se a taxa de juros nominal estiver alta, então o déficit nominal será altamente afetado pelo
valor destes juros, mesmo que na prática este valor de juros seja consumido pela inflação.
Letra c.
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Amigo(a), lembre-se que a diferença entre os conceitos nominal e operacional reside no fato
de que o primeiro inclui juros reais e a inflação (correção monetária), enquanto o segundo
inclui somente os juros reais.
Também já sabemos que juros reais mais a inflação, nos conduzem ao conceito de juros
nominais ( juros nominais = juros reais + inflação)
O Déficit Público ocorre quando o valor total das despesas públicas é maior que valor total
das receitas públicas, considerando-se, nesta determinada relação os valores nominais, ou
melhor, a inflação e a correção monetária do mesmo período considerado.
Ocorrendo déficit público, o governo deve se “endividar” ou “criar” recursos para que possa
realizar o pagamento de toda a sua dívida.
Desta forma, a Necessidade de Financiamento – Também conhecido como resultado
fiscal do Governo e representa o montante de recursos que o Setor Público não financeiro
necessita captar junto ao setor financeiro interno e/ou externo, além de suas receitas fiscais,
para fazer face aos seus dispêndios. O déficit público (Necessidade de Financiamento do
Setor Público – Acima da Linha) poderá ser calculado de três formas:
Déficit nominal ou total (Necessidade de Financiamento do Setor Público – Conceito
nominal): engloba qualquer necessidade de novos financiamentos para fazer frente a
qualquer despesa. Portanto, inclui os efeitos da correção monetária e cambial nas despesas
e nas receitas.
Déficit Primário: exclui das receitas os ganhos de aplicações financeiras e, dos gastos,
os juros devidos, mede como as ações correntes do governo afetam a trajetória de seu
endividamento líquido.
Déficit Operacional: é apurado excluindo-se os efeitos da correção monetária e cambial nas
despesas e nas receitas. Em outras palavras, ele leva em consideração além do Resultado
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O resultado primário é aquele que mede a diferença entre as receitas e despesas do governo,
excluindo o pagamento de juros da dívida, ou seja, é aquele que desconta do cálculo os
pagamentos com juros da dívida.
Nessa toada, se houve um déficit primário, é possível afirmar que mesmo não sendo
computado os pagamentos com juros da dívida, ainda assim, as despesas do governo foram
maiores que as receitas, ou seja, “as receitas do governo são inferiores às despesas, não
incluindo o pagamento de juros da dívida”.
Letra d.
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O resultado nominal pode ser definido simplesmente como a diferença entre as receitas e
as despesas totais do governo. Assim, o examinador colocou a taxa de inflação do período
apenas para confundir o aluno, já que este item será computado apenas no cálculo do
resultado operacional.
A receita total do governo foi de R$ 1 milhão, ao passo que a despesa total é composta
pelos gastos financeiros e não financeiros. Sendo assim, a despesa total é a soma dos R$
800 mil mais o percentual da dívida pública pago como juros. Assim, temos:
Despesa Total = R$ 800 mil + (R$ 3 milhões x 10%)
Despesa Total = R$ 800 mil + R$ 300 mil
Despesa Total = R$ 1,1 milhão
Cálculo do Resultado Nominal:
Resultado Nominal = Receita Total – Despesa Total
Resultado Nominal = R$ 1 milhão – R$ 1,1 milhão
Resultado Nominal = – R$ 0,1 milhão
Em suma, o resultado nominal foi deficitário em R$ 100 mil.
Letra e.
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O conceito de déficit (ou superávit) primário se caracteriza por não levar em conta gastos
com juros da dívida interna, mas também os gastos com juros da dívida externa e o valor
das receitas financeiras.
Letra e.
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Note que a banca pediu a incorreta, que é a letra B. Mas essa questão deveria ter sido
anulada, já que a letra D também está equivocada. Vamos analisar as alternativas.
a) Certa. O déficit público é poupança negativa do governo, ou seja, é soma das receitas
públicas menos as despesas incorridas no mesmo período.
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públicos por meio de: ofertas públicas via leilões com a participação direta de instituições
financeiras.
III. verdadeira, já que acerca da moeda usada para fazer face a seus pagamentos, a dívida
é classificada como interna quando os pagamentos são realizados na moeda corrente em
circulação no país, no caso brasileiro o real, ou externa, quando os pagamentos são feitos
em moeda estrangeira, normalmente o dólar norte-americano
IV. verdadeira, já que a dívida pública federal em circulação no mercado nacional é paga
em real e captada por meio da emissão de títulos públicos, sendo por essa razão definida
como dívida pública mobiliária federal interna. Já a Dívida Pública Federal existente no
mercado internacional é paga em dólar norte-americano e tem sido captada tanto por meio
da emissão de títulos quanto por contratos, sendo por isso definida como dívida pública
federal externa.
Letra a.
A assertiva apresenta corretamente o conceito usado para cálculo da NFSP pelo critério
operacional.
Certo.
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No conceito operacional de NFSP realmente deve ser deduzido o valor da correção monetária
presente no conceito nominal.
Certo.
Repare que a banca praticamente repetiu o conceito primário de NFSP que apresentamos.
Certo.
c) 1, 3, 2.
d) 3, 2, 1.
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Julgando e comentando:
a) Errada. Caso os gastos e os tributos sejam alterados no mesmo montante, ou seja, déficit
ou o saldo do orçamento sem alteração, a renda será aumentada neste mesmo montante,
em acordo com o teorema do orçamento equilibrado.
b) Errada. Somente a redução de impostos, sem redução do gasto público, não vai alterar
o consumo presente, gerando uma tendência de aumento da poupança, pois sobrar mais
dinheiro.
Esse aumento da poupança seria usado no futuro para pagar o aumento de tributos que
seria necessário um dia.
c) Certa. Servindo o superávit primário para pagar os juros e a correção monetária (o serviço
ou o custo) da dívida.
d) Errada. Já que tributação e a emissão monetária também são formas de pagar os gastos
governamentais.
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Ora, claro que são afetadas. Note que se a economia está crescendo, a receita do governo
tende a crescer, mas, em contraste, se a economia está encolhendo, a receita do governo
tende a cair, já que o governo não gera riqueza, mas sim tributa o patrimônio, a renda e a
produção e, assim, se a renda e a produção caem, a receita tributária cai em consequência.
Errado.
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Basicamente, o resultado primário mede a diferença entre receitas e despesas não financeiras,
ou seja, exclui as receitas e os pagamentos de juros.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. A apuração do resultado primário não está relacionada de forma relevante com
a apuração do PIB.
b) Errada. Não é um dos tipos de resultado fiscal.
d) Errada. Apresentou o resultado previdenciário.
e) Errada. Não é um dos tipos de resultado fiscal.
Letra c.
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c) A uma recomendação estabelecida pelos EUA para o limite de endividamento dos países
ocidentais em porcentagem ligada ao seu PIB (Produto Interno Bruto), em acordo com
ideais neoliberais.
d) A uma recomendação estabelecida pelos EUA para o endividamento dos seus cidadãos
em porcentagem ligada à renda familiar, medida importante para estabilização da crise de
endividamento vivida.
e) Ao limite de dinheiro que o país pode pegar emprestado, sendo que a transposição desse
limite resulta numa diminuição da taxa de crédito e aumento no custo da dívida existente.
A resposta é a letra B, já que uma forma de controlar o desequilíbrio dos governos estaduais
foi impedir que esses usassem os recursos de suas próprias empresas estatais para financiar
seus próprios déficits, o que motivou os processos de privatização.
Letra b.
Realmente, o método acima da linha é aquele que confronta o total de receitas e despesas,
enquanto o método abaixo da linha é aquele que olha para a variação da dívida líquida.
Certo.
Na verdade, uma política fiscal expansionista representa um aumento dos gastos do governo
e/ou redução da tributação, aumentando, assim, o déficit do governo e aumentando também
suas necessidades de financiamento.
Errado.
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Se o valor do superávit primário não for suficiente para superar o valor dos juros, temos
aumento da dívida pública.
Vamos apontar os das demais alternativas.
a) Errada. Na verdade, os países ricos tendem a ter dívida superior, tanto em termos
absolutos como relativos (% do PIB).
b) Errada. Nossa dívida externa líquida é negativa e, assim, o endividamento interno é maior.
c) Errada. Nossa dívida externa líquida é negativa e, assim, o endividamento interno é maior.
e) Errada. Na verdade, enquanto superávit primário é um resultado positivo que gera
economia para pagar os juros, o déficit primário é um resultado negativo que certamente
aumenta mais o endividamento.
Letra d.
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d) incorreta, pois déficit é um conceito de dispêndio usado para medir o gasto agregado
enquanto a dívida pública é medida pelo Tesouro Nacional.
e) incorreta, pois ambos, déficit e dívida são conceitos de estoques e um não influencia o
outro.
Senhoriagem significa ganhar com a inflação, ou seja, monetizar o déficit, o que traz
consequências catastróficas para toda a sociedade.
Errado.
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a) Errada. Senhoriagem significa ganhar com a inflação, ou seja, monetizar o déficit, o que
traz consequências catastróficas para toda a sociedade.
b) Errada. O resultado primário não leva em conta todas as despesas públicas, já que não
contempla os juros da dívida pública.
c) Errada. Esse efeito não é nulo! Lembre-se do efeito multiplicador dos gastos que vimos
na teoria keynesiana.
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d) Certa. Perfeita.
e) Errada. Não é suficiente, pois os juros da dívida podem ser maiores que esse superávit,
aumentando assim o endividamento ainda mais.
Letra d.
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Quando não existe financiamento dos resultados fiscais deficitários via senhoriagem real, o
governo precisa se financiar via emissão de títulos o que faz a sua dívida aumentar. Reveja
graficamente esse processo vicioso:
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Certo.
No critério acima da linha o déficit público é calculado com base em como foi gerado na
execução orçamentária, ou seja, receitas menos despesas, em contraste com o método
abaixo da linha que calcula o déficit público pelo lado do financiamento, ou seja, pela forma
como foi financiado e não pela forma como foi gerado. Entretanto, a inflação nula não gera
igualdade entre resultado fiscal segundo o critério abaixo da linha e critério acima da linha,
sendo determinante apenas para apuração dos resultados pelos conceitos operacional,
nominal e primário.
Errado.
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Errado.
A melhora fiscal é positiva, mas uma maior taxa SELIC aumenta o gasto com o serviço da
dívida, aumentando, assim, o valor de dívida. Assim, para que houvesse uma aceleração na
redução do indicador de endividamento seria necessário que a melhora fiscal superasse a
alta no serviço da dívida provocado pela alta de juros, mas os dados da questão não nos
permitem afirmar isso.
Errado.
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Para concursos é importante ler o Relatório Anual da Dívida Pública Federal no site do
Tesouro Nacional, do qual extraímos o trecho abaixo que justifica o gabarito da banca:
O prazo médio, por sua vez, aumentou de 3,6 anos em 2020 para 3,8 em 2021, retornando ao
patamar anterior à pandemia de COVID-19.
Errado.
Como o Brasil vem incorrendo em déficit primário ano após ano desde 2014, o financiamento
de todas as despesas públicas via arrecadação de receitas gerais vem se tornando insuficiente.
Certo.
Um esquema “Ponzi” basicamente ocorre quando um devedor rola sua dívida constantemente,
pagando o principal e os juros devidos com a contração de mais dívida a ser quitada no
futuro, como nos casos das pirâmides financeiras fraudulentas ou insustentáveis.
A capacidade de pagamento da dívida pública de um país costuma ser medida como um
percentual do PIB (razão dívida/PIB), que estabelece uma relação entre valor devido e a
riqueza gerada. Nessa linha de raciocínio, mesmo que a dívida brasileira cresça em valores
absolutos, por exemplo, o que importa na verdade é o percentual dela em relação ao PIB
brasileiro.
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Assim, se, por exemplo, a taxa de crescimento do PIB for superior à taxa de crescimento da
dívida pública, a razão entre dívida e capacidade de pagamento está caindo. Nesse caso,
se houver um “Ponzi Game” por parte do governo, emitindo dívida para resgatar os títulos
que estão vencendo, não existe um problema, já que a relação dívida/PIB está caindo e
demonstra que, apesar da rolagem, existe capacidade de pagamento da dívida.
Certo.
Na verdade, impacta apenas a dívida bruta, sem modificar, entretanto, a dívida líquida do
setor público, já que a dívida líquida considera os ativos financeiros, que são computados
de modo a deduzir o valor do endividamento líquido.
Assim, os títulos públicos oriundos de capitalização prévia são devolvidos ao Tesouro
Nacional pelo BNDES, temos redução do passivo do Tesouro, e, em contrapartida, também
temos redução dos ativos financeiros do BNDES, já que existe a participação da União no
capital do BNDES.
Errado.
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Na contabilidade fiscal devem ser excluídas do “setor público” as empresas estatais financeiras.
Confira na ilustração retirada do Manual de Estatísticas Fiscais do BACEN, sendo o “Setor
Público” composto pelas entidades colocadas em azul:
O setor público não financeiro, base das estatísticas divulgadas, compreende a administração
direta e indireta do Governo Federal (inclusive Previdência Social), a administração direta e
indireta dos governos regionais (estados e municípios), o Banco Central do Brasil e as empresas
estatais não financeiras das três esferas de governo, exceto as Empresas do Grupo Petrobras
e do Grupo Eletrobras.
Errado.
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empresas públicas e sociedades de economia mista, que são incluídos no conceito de dívida
do setor público.
Guarde, portanto, que a Dívida Bruta do Governo Geral – DBGG, de acordo com o Manual
de Estatísticas Fiscais do BACEN – Banco Central:
abrange o total dos débitos de responsabilidade do Governo Federal, dos governos estaduais e
dos governos municipais, junto ao setor privado, ao setor público financeiro e ao resto do mundo.
Note que o BACEN não aparece na DBGG e isso poderia levar você a marcar o item como
errado, já que é ele quem executa as chamadas operações compromissadas, que são exceção.
Confira no Manual de Estatísticas Fiscais do BACEN:
Certo.
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É inegável que a dívida pública federal apresenta tendência de alta na última década,
especialmente a partir de 2014, no final do primeiro governo Dilma, quando foi constatada
a deterioração dos fundamentos macroeconômicos da economia brasileira.
Podemos notar também o crescimento da dívida pública do Brasil especialmente com gastos
(como o auxílio-emergencial) do governo em 2020 para enfrentamento da COVID-19.
Confira no gráfico abaixo elaborado pelo próprio Tesouro Nacional:
Certo.
Os gastos com juros não devem entrar no conceito de déficit ou de superávit primário, já
que somente deve incluir somente as receitas e despesas não financeiras
Errado.
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Vamos lembrar que a poupança total é composta pela soma da poupança privada, da
poupança pública e da poupança externa.
Já o investimento total é composto pelo investimento público e pelo investimento privado.
O déficit orçamentário computa apenas a parte do setor público, e, assim, se o investimento
público for superior à poupança pública, teremos situação deficitária.
Além disso, devemos lembrar que a identidade básica é que o investimento global é igual
à poupança global, ou seja, o investimento é igual à soma das poupanças pública, privada
e externa.
Ora, se o investimento é igual à poupança privada, então, a soma das poupanças pública e
externa é zero, logo não podemos afirmar que há déficit orçamentário, já que, por exemplo,
podemos ter superávit orçamentário e poupança externa negativa.
Errado.
De acordo com o conceito nominal, as NFSP são iguais a variação nominal dos saldos da
dívida líquida, deduzidos os ajustes patrimoniais efetuados no período, como privatizações
e reconhecimento de dívidas, excluído o impacto da variação cambial sobre a dívida externa
líquida. Em outras palavras conceito nominal das NFSP é pelo componente de atualização
monetária da dívida, os juros reais e o resultado fiscal primário.
Por sua vez, o resultado primário é a diferença entre receitas e despesas primárias pode
ser apurado por dois critérios:
1) variação do nível de endividamento líquido do ente durante o período considerado
(critério abaixo da linha);
2) soma dos itens de receitas primária e despesas primárias, isto é, excluídas as provenientes
de endividamento (critério acima da linha).
Certo.
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094. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)
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É verdadeira a parte da assertiva que nos diz que as receitas de senhoriagem foram exemplos
importantes de fontes de financiamento do déficit público na primeira metade da década
de 80 do século passado, mas é falsa a parte que disse que conseguiu manter estável a
relação dívida/PIB, já que nessa época houve um aumento da relação dívida/PIB.
Errado.
O resultado primário representa o esforço fiscal do governo no presente para que sobrem
recursos de modo a pagar parcial ou totalmente os juros da dívida incorridos no período e,
se possível, ainda reduzir o principal dessa dívida.
De modo distinto, como no cálculo do resultado nominal são computados os juros e encargos
da dívida (e também as receitas de natureza financeira), mas se excluirmos esses itens
teremos exatamente o resultado primário.
Certo.
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Mesmo com o resultado primário representando o esforço fiscal do governo para que
sobrem recursos de modo a pagar os juros da dívida, não existe garantia que de que o
endividamento não cresça de modo descontrolado, já o valor do superávit obtido pode ser
pequeno se comparado ao valor dos juros incorridos no mesmo período.
Certo.
098. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)
2013 2015
discriminação
R$ milhões % PIB R$ milhões % PIB
I receita total 1.178.983 22,2% 1.247.789 21,0%
II transferência a estados e municípios 183.395 3,4% 204.684 3,4%
III receita líquida (I!II) 995.588 18,8% 1.043.105 17,6%
IV despesas 918.595 17,3% 1.158.700 19,5%
V fundo soberano do Brasil 0 0,0% 855 0,0%
VI primário governo central 76.993 1,5% -114.741 -1,9%
VII ajuste metodológico 11/ 858 0,0% 3.888 0,0%
VIII discrepância estatística -2.561 0,0% -5.803 -0,1%
IX resultado primário do governo central (VI
75.290 1,5% -116.656 -2,0%
+ VII + VIII) 12/
X juros nominais 12/ -185.845 -3,5% -397.240 -6,7%
XI resultado nominal do governo central (IX
-110.555 -2,0% -513.896 -8,7%
+ X) 12/
Com base nos resultados primários do governo central nos anos de 2013 e 2015, conforme
apresentado nessa tabela, cujos dados foram obtidos pelo Tesouro Nacional, julgue o item
a seguir, referente a conceitos de contabilidade fiscal.
A piora do resultado primário do governo central em 2015 justifica-se, parcialmente, pelo
aumento de despesas com os juros da dívida pública, devido à política monetária restritiva
adotada nesse período.
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Lembre-se que o resultado primário não é afetado pelas receitas e despesas financeiras,
ou seja, o valor dos juros pagos não influencia no valor do resultado primário.
Repare que a piora do resultado primário deveu-se ao aumento das despesas do governo
central, que saíram de 17,3% do PIB em 2013 para 19,5% em 2015, ou seja, se não fosse
esse aumento da despesa superior a 2% do PIB, não haveria déficit primário em 2015.
Errado.
Tenha em mente que o resultado primário é dado pelo resultado nominal deduzido dos
juros nominais incidentes sobre a dívida líquida interna e externa.
Assim, com exceção dos juros, todos os demais componentes são aqueles que também fazem
parte do resultado nominal, que também chamamos de necessidade de financiamento do
setor público, e esse resultado inclui o resultado da previdência social.
Veja a definição do Manual de Estatísticas Fiscais do Banco Central do Brasil:
O setor público não financeiro, base das estatísticas divulgadas, compreende a administração
direta e indireta do Governo Federal (inclusive Previdência Social), a administração direta e
indireta dos governos regionais (estados e municípios), o Banco Central do Brasil e as empresas
estatais não financeiras das três esferas de governo, exceto as Empresas do Grupo Petrobras
e do Grupo Eletrobrás.
Certo.
Guarde que para fins de resultado fiscal, as receitas e as despesas públicas (exceto juros)
são calculados pelo regime de caixa, ou seja, são assim consideradas quando efetivamente
arrecadadas e pagas, sendo que apenas os juros são computados pelo regime de competência,
embora não façam parte do resultado primário.
Certo.
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Na verdade, não apenas pode ser híbrido como é, ou seja, a despesa pública é contabilizada
pelo regime da competência e a receita, pelo regime de caixa, em atendimento ao princípio
da prudência.
Errado.
As variáveis de fluxo são receitas e despesas, que geram determinado resultado num período,
e a principal variável de estoque é o endividamento. Assim, as variáveis de fluxo afetam a de
estoque, com déficits elevando o endividamento, mas também ocorre o contrário, pois um
estoque de dívida muito elevado afeta o fluxo de despesas via maior pagamento de juros.
Certo.
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O déficit público de pleno emprego é aquele capaz de colocar a economia numa adequada
utilização da capacidade produtiva. Como os gastos do governo aumentam a demanda
agregada da economia, enquanto a tributação a contrai, essa uma diferença entre despesas
e receitas públicas proporcionaria pleno emprego.
Certo.
Realmente, a dívida líquida do setor público não computa a dívida do setor público financeiro,
ou seja, as dívidas emitidas por quaisquer dos bancos públicos não entram no cálculo da
dívida líquida do setor público.
Certo.
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A DLSP é definida como o balanceamento entre as dívidas e os créditos do setor público não
financeiro (exceto Petrobras e Eletrobras) e do Banco Central. Os débitos são apurados pelo
critério de competência, ou seja, a apropriação de encargos é contabilizada na forma pro-rata,
independente da ocorrência de liberações ou reembolsos no período.
Os créditos correspondem aos ativos financeiros do setor público junto ao setor privado financeiro,
ao setor público financeiro, ao setor privado e ao resto do mundo. A regra geral é que os créditos,
para serem considerados no levantamento da dívida líquida, devem estar registrados no passivo
das instituições devedoras do governo.
Certo.
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110. (CESPE/PF/APF/2012) Julgue o item que se segue, a respeito da economia do setor público.
No final do século passado, apesar de o Brasil ter apresentado constantes superávits
primários, ele não necessariamente pagou os juros da dívida pública acumulada em períodos
anteriores.
111. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016)
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Observe que o gráfico demonstra a diferença positiva entre receitas e despesas não
financeiras, ou seja, o resultado primário do setor público.
Quando temos um resultado primário do setor público negativo, significa dizer que existe
NFSP – Necessidade de Financiamento do Setor Público positiva, que pode ser calculada
nos conceitos primário, nominal ou operacional.
Guarde, portanto, que independente do conceito aplicado, se dizemos que houve necessidade
de financiamento positiva, então é porque houve déficit, ou seja, o valor gasto foi maior
que o valor arrecadado, indicando aumento do endividamento.
Certo.
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REFERÊNCIAS
Finanças Públicas– Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte de
Além.
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