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CÓDIGO:
240111481774
MANUEL PIÑON
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Tributação e Federalismo Fiscal
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Tributação e Federalismo Fiscal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução ao Estudo da Tributação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Princípios da Tributação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1. Princípio da Produtividade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2. Princípio da Neutralidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3. Princípio da Equidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4. Princípio da Capacidade de Contribuição (de Pagamento). . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.5. Princípio da Simplicidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.6. Princípio da Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.7. Princípio do Benefício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3. Curva de Laffer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4. Peso Morto da Tributação X Ótimo de Pareto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5. Natureza Fiscal X Extrafiscal da Tributação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6. Regra de Ramsey. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
7. Carga Tributária e sua Evolução No Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. Interferência da Tributação na Economia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
9. Efeitos do Crescimento e da Inflação na Carga Fiscal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
9.1. Efeitos da Inflação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.2. Imposto Inflacionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.3. Receita de Seigniorage. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
9.4. Efeito Tanzi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
10. Classificações e Principais Características dos Tributos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
10.1. Impostos Diretos x Impostos Indiretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10.2. Impostos Progressivos x Impostos Regressivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10.3. Imposto sobre o Consumo: em Cascata X sobre o Valor Adicionado. . . . . . 23
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Manuel Piñon
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Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo nesta aula é estudar os tópicos relacionados à parte da tributação,
principal fonte de financiamento dos gastos públicos, e do federalismo fiscal.
Vamos nos esforçar bastante hoje, pois como diria Michael John Bobak:
“Todo progresso acontece fora da zona de conforto”.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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2. PRINCÍPIOS DA TRIBUTAÇÃO
Vale salientar que os Princípios da Tributação fundamentam a tributação, para, dentre
outros objetivos, que o Sistema Tributário seja efetivamente um instrumento de distribuição
de renda. Vamos conhecer os principais deles, com foco nos aspectos econômicos envolvidos
na tributação.
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EXEMPLO
O exemplo correspondente a este princípio situa-se nos sistemas de taxas públicas, como as
relacionadas à água, à energia, ao lixo, dentre outros serviços públicos oferecidos.
Progressividade
de alíquotas
Princípio da
capacidade
contributiva
Seletividade Proporcionalidade
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A progressividade tem como ideia básica de que quem é mais rico deve pagar
proporcionalmente mais imposto do que quem é pobre, estando, assim, submetido aos
princípios elementares da teoria da tributação.
Errado.
3. CURVA DE LAFFER
Essa curva consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos levados
a cabo por Arthur Laffer e nos quais se demonstra que uma tributação exagerada acaba
por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Essa conclusão pode ser explicada por diversos motivos, tais como:
1) em uma situação de taxas de imposto progressivas (como acontece com o Imposto
de Renda no Brasil), a partir de certa altura, os trabalhadores preferem não aumentar
o seu nível de atividade profissional e ficar numa taxa de imposto mais baixa;
2) um aumento exagerado das taxas de imposto sobre a despesa poderá desestimular
o consumo e o investimento levando à redução da receita fiscal em lugar do seu aumento;
3) quanto maior for a carga fiscal, maior é o incentivo às práticas de fuga e
evasões fiscais.
De acordo com o velho Laffer existe um ponto ótimo para a tributação, que é
representado no gráfico seguinte pelo ponto E. Observe que a taxa ótima (te) é responsável
pelo maior volume de arrecadação. Já nos pontos em que a taxa (ou alíquota) de tributação
é superior ou inferior a esse ponto na curva, a arrecadação é menor.
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Podemos dizer ainda que a curva de LAFFER, também chamada curva reversa ocorre
em virtude de dois efeitos contrários:
Efeito-Substituição: conforme diminui a renda líquida do indivíduo em virtude da
tributação, o trabalhador decide trabalhar menos horas e aumentar as horas de lazer. O
efeito-substituição afeta negativamente a oferta de trabalho.
Efeito-Renda: conforme diminui a renda líquida do indivíduo em virtude da tributação,
o trabalhador decide trabalhar mais horas para aumentar a renda líquida. O efeito-renda
afeta positivamente a oferta de trabalho.
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Podemos então concluir que o peso morto da tributação está caracterizado quando o ganho
gerado para um agente econômico é menor do que a perda causada na economia.
Vale destacar que a eficiência de Pareto, no âmbito da economia, é uma noção de que
a eficiência é considerada ótima se não for possível melhorar a situação sem prejudicar/
degradar a mesma.
Importante deixar claro que a chamada eficiência à Pareto é baseada em critérios de
utilidade, já que se algo gera proveito (rendimento), comodidade ou frutos sem prejudicar
terceiros, entende-se que desencadeará um processo natural de otimização até alcançar
o ponto ótimo.
Assim, esse tal de “ótimo de Pareto” ocorrerá quando existe uma situação X em que ao
sair dela, para que “um ganhe”, pelo menos “um perde”, necessariamente.
Em outras palavras, segundo a métrica de Pareto, uma situação econômica é ótima caso
não seja possível melhorar a situação de um agente econômico sem degradar a situação
de qualquer outro. Seguindo essa linha de raciocínio, para que uma economia possa ser
considerada Pareto Eficiente, três condições devem ser atendidas:
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a Taxa Marginal de Substituição (TMS) precisa ser igual à Taxa Marginal de Transformação
(TMT). Registre-se que um sistema de preços de concorrência perfeita satisfaz essa condição.
3) Eficiência na produção
Essa condição é atendida quando é uma realidade produzir mais de um tipo de bens
sem reduzir a produção de outros, ou seja, quando a economia está sobre a sua Curva de
Possibilidade de Produção (CPP).
Não devemos esquecer que quem normalmente efetua o recolhimento aos cofres
públicos da totalidade do tributo é a empresa, embora não necessariamente tal ônus recaia
integralmente sobre ela, dependendo de fatores como a estrutura do mercado em que
atue, a elasticidade do produto etc.
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Quando falarem em imposto de Pigou, lembre dos produtos do tabaco, cujo preço final
apresenta mais de 50% de incidência de imposto.
Em contraste ao imposto de Pigou, lembre-se do subsídio, chamado frequentemente
de imposto negativo – quando o governo desembolsa valores com objetivo de aumentar a
produção e causar a queda do preço do bem ou serviço para o consumidor.
Assim, guarde ainda que a política de subsídio é utilizada para mercados com
externalidade positiva, como educação e pesquisa, cujos efeitos são benéficos para toda
a sociedade.
Ainda tratando dos efeitos distributivos dos tributos, lembre-se daquela outra maneira
comum do Governo atuar no mercado, causando o seu desequilíbrio, que é via Imposto de
Importação – aquele o imposto que incide sobre o preço dos bens e serviços importados.
Quando o imposto de importação de um determinado produto é majorado, o preço final
do respectivo produto aumenta e o volume de vendas diminui.
Nesse caso, o objetivo de tal medida pode ser o de proteger o mercado interno, com
argumentos baseados em indústria nascente e geração de empregos. Mas vale ressaltar
que, no entanto, o agente econômico prejudicado diretamente pela política de impostos de
importação é o consumidor dos produtos e serviços que paga preços mais altos e diminui
o consumo e o seu nível de bem-estar.
Assim, um tributo tem natureza fiscal, extrafiscal ou para fiscal:
Guarde que um tributo tem natureza fiscal quando é usado apenas para arrecadar, ou
seja, esse foco em arrecadar se dá tanto para tributos vinculados ou não vinculados. Um
tributo é vinculado quando o Estado arrecada para prestar um serviço em contrapartida a
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arrecadação como no caso das taxas. Já no segundo caso, o Estado arrecada sem qualquer
contraprestação estatal específica a arrecadação, como no caso do Imposto de Renda.
A presença da natureza extrafiscal em um tributo ocorre quando o Estado não visa
apenas à arrecadação, mas também intervir na sociedade e na economia. Assim, poder-se-á
lançar mão de um tributo extrafiscal, no sentido de evitar que uma atividade prejudicial à
economia aumente sua capacidade.
Já o tributo parafiscal é aquele cujo objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio
de atividade que, em princípio, não integra funções próprias do Estado, mas as desenvolve
por meio de entidades especificas, a exemplo dos sindicatos, OAB, SESI, SESC, contribuições
cobradas de servidores públicos para custeio de sistemas de previdência etc.
6. REGRA DE RAMSEY
A chamada “regra de Ramsey” faz um “link” entre as teorias de tributação e a elasticidade.
A ideia defendida pela regra de Ramsey é que para reduzir o impacto da tributação
sobre a economia, deve-se taxar mais bem com elasticidade baixa – motivo pelo qual
a regra de Ramsey também é conhecida como regra do inverso das elasticidades.
DICA
Fique ligado(a), pois é muito comum as questões de prova
fazerem “jogo de palavras” com esses conceitos mencionados.
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Para efeitos do cálculo da carga tributária bruta, deve-se subtrair do total dos impostos,
das taxas e das contribuições arrecadadas as transferências diretas feitas para pessoas
físicas, visto que estas atuam como um redutor do imposto recolhido.
Uma carga fiscal é considerada progressiva quando o resultado, após cobrança dos
tributos, gera uma melhor distribuição de renda na sociedade. Já uma carga fiscal regressiva
é aquela que, após a tributação, provoca uma maior concentração de renda na sociedade.
DICA
A progressiva melhora, desconcentra, distribui a renda, e
a regressiva piora, concentra a renda!
Assim, uma carga fiscal neutra ou proporcional não altera a distribuição de renda da
sociedade. A carga fiscal é chamada de ótima quando o sistema tributário é equitativo e
neutro, isto é, obedece aos princípios da neutralidade e da equidade, o que, na prática, é
quase impossível.
Importante ter em mente que um imposto regressivo é aquele cuja alíquota efetiva diminui à
medida que a renda aumenta. Um bom exemplo é o feijão! Para o pobre o tributo sobre esse
produto pesa muito mais do que para o rico. Em outras palavras foi isso que a assertiva disse.
Certo.
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A Teoria da Tributação funciona como uma espécie de orientação ao Estado de como intervir
na economia via aplicação de tributos. Nessa pegada, a assertiva está correta, pois cita três
dos principais Princípios da Tributação, embora o ideal fosse utilizar a palavra equidade no
lugar de igualdade.
Certo.
Costuma-se perguntar por qual razão a carga tributária no Brasil é tão alta. A resposta
normalmente dada é que o aumento do valor dos tributos cobrados em nosso país decorre
do aumento dos gastos públicos. Realmente, após a estabilização do Plano Real, o governo
brasileiro reduziu a emissão de moeda e, para que os gastos públicos pudessem continuar
sendo financiados pela população, foi necessário aumentar a carga tributária.
Considerando em percentual do Produto Interno Bruto (PIB), como demonstrado no
gráfico seguinte (1990 – 2021), a carga tributária no Brasil vem aumentando, embora tenha
sido reduzida em alguns períodos.
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A carga tributária bruta atingiu 33,9% do PIB o maior valor da série histórica. O pico anterior
ocorreu em 2008 quando a carga atingiu 33,5% do PIB naquele ano. É importante ressaltar dois
aspectos: (i) o primeiro é que a carga tributária atingiu um patamar elevado sem que tenha
ocorrido mudança relevante na legislação tributária e; (ii) o aumento da carga nessa proporção
não reflete aumento estrutural de arrecadação.
É importante não confundir surpresa de arrecadação com aumento estrutural de carga. A
percepção equivocada de que há espaço fiscal tem criado pressões políticas para ampliar as
renúncias tributárias que podem gerar mais distorções no sistema e reduzir sua progressividade
O movimento recente de aumento da carga tributária reflete uma recuperação cíclica agudizada
pela expressiva mudança de preços relativos. Colocando em perspectiva, movimento semelhante
aconteceu na crise de 2008 quando observamos uma recuperação expressiva da carga tributária
em 2010 e 2011. Logo depois a carga voltou a cair refletindo uma normalização dos preços
relativos da economia e por conta de algumas desonerações. O movimento atual foi amplificado
porque as mudanças na composição da economia em decorrência da pandemia foram ainda mais
expressivas e que resultaram, inclusive, na aceleração da inflação.
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Lançamento Recolhimento
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Tributo indireto
Tributo direto contribuinte
contribuinte
IRPJ, CSLL, IPTU, II, IOF ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS
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Arrecadação Tributária
Impostos Regressivos
- Quando o rico paga o mesmo valor que o pobre, isso penaliza os mais pobres
porque pagam mais impostos em relação a sua renda.
- Tributos indiretos têm impacto regressivo
Veja que para realizar a redistribuição direta de renda o Setor Público deve evitar a tributação
indireta (tributação de bens e serviços), tendo em vista a característica de regressividade
dos tributos indiretos.
A redistribuição direta de renda deve ser por meio da tributação da renda e do patrimônio
dos indivíduos – tributação direta.
Errado.
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(exemplo: 30% do preço do fabricante), ou pelo preço pago pelos consumidores (exemplo:
20% do preço de varejo). É a situação mais comum que vemos no nosso dia a dia.
Bom, entendida a forma de cobrança do tributo incidente sobre o consumo, vamos agora
finalmente ver aqueles dois tipos de incidência: em cascata x sobre o valor adicionado.
Como a CPMF era um tributo “em cascata”, incidindo sobre todas as etapas de fabricação de
um produto, de modo cumulativo, ela acaba incidindo sobre o próprio imposto que foi pago
na etapa anterior, o que aumenta os custos de produção e, consequentemente, encarece o
produto final para o consumidor, NÃO contribuindo para a eficiência do sistema tributário.
Errado.
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Uma diferença crucial entre os impostos diretos e os indiretos com relação à maneira pela
qual afetam o contribuinte: os diretos seriam os tributos cujos contribuintes arcam por
si mesmos com o ônus compulsório da respectiva contribuição; os indiretos seriam os
tributos para os quais os contribuintes poderiam transferir, total ou parcialmente, o
ônus da contribuição para terceiros.
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UNIÃO
ESTADOS
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pois o Brasil hoje vive uma fase de redefinições e alguns passos ora em gestação devem
delinear a nova estrutura das relações federativas
A mudança na realidade macroeconômico do país, com dificuldade crescente dos
estados de conviver com a crise financeira, fortaleceu à União com a imposição de regras
de atuação aos governos estaduais no que tange às finanças públicas.
Nesse sentido, um dos temas mais abordados é a necessidade de uma Reforma Tributária
e aliada à redistribuição das Receitas Tributárias entre os entes.
É interessante observar que a definição detalhada das receitas referentes por esfera
de governo não foi acompanhada pela definição rígida das responsabilidades de cada
ente pela utilização do conceito de competências concorrentes – mais adequado ao
caso brasileiro pelas disparidades regionais que o caracterizam.
No que tange à estrutura tributária brasileira, merece destaque o fato de que o modelo
federativo brasileiro após a CF/88 usa mecanismos compensatórios, os chamados sistema
de transferências, para minimizar os efeitos sobre a arrecadação dos Estados decorrentes
das disparidades regionais presentes no Brasil.
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Na verdade, é dividido apenas entre estados e municípios. Confira no artigo 153 da CF/1988:
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do
montante da arrecadação nos seguintes termos:
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.
Errado.
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Seção IV
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 3, de 1993)
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993) (Vide Emenda
Constitucional n. 132, de 2023) Vigência
III – propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
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III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993) (Vide Emenda Constitucional
n. 132, de 2023) Vigência
Na verdade, o ISS é arrecadado pelos municípios que ficam com 100% da sua receita.
Errado.
Seção VI
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Na verdade, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os salários dos
servidores públicos estaduais fica para o próprio estado, ou seja, o valor não precisa ser
enviado para a União.
Errado.
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II – vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;
II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da
opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de
19.12.2003)
III – 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios e, em relação a veículos
aquáticos e aéreos, cujos proprietários sejam domiciliados em seus territórios; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
Na verdade, inexiste esse condicionante, ou seja, os estados são obrigados a repassar 50%
da arrecadação do IPVA aos municípios.
Errado.
IV – 25% (vinte e cinco por cento): (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
a) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023) (Vide Emenda Constitucional
n. 132, de 2023) Vigência
b) do produto da arrecadação do imposto previsto no art. 156-A distribuída aos Estados. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 1º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, “a”, serão
creditadas conforme os seguintes critérios: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
(Vide Emenda Constitucional n. 132, de 2023) Vigência
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I – 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 108, de 2020)
II – até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em
indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado
o nível socioeconômico dos educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 108, de 2020)
§ 2º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, “b”, serão
creditadas conforme os seguintes critérios: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
I – 80% (oitenta por cento) na proporção da população; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
132, de 2023)
II – 10% (dez por cento) com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem
e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos, de acordo com
o que dispuser lei estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
III – 5% (cinco por cento) com base em indicadores de preservação ambiental, de acordo com o
que dispuser lei estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
IV – 5% (cinco por cento) em montantes iguais para todos os Municípios do Estado. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional n. 55, de 2007)
I – do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados e do imposto previsto no art. 153, VIII, 50% (cinquenta por cento), da
seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal; (Vide Lei Complementar n. 62, de 1989) (Regulamento)
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; (Vide
Lei Complementar n. 62, de 1989) (Regulamento)
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional,
de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do
Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; (Regulamento)
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 55, de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 84, de 2014)
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 112, de 2021)
Produção de efeitos
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Na verdade, os impostos que compõem estes fundos são o Imposto de Renda (IR) e o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Errado.
Note que existe um estímulo às exportações em nosso país, na medida em que parte da
arrecadação do IPI é transferida aos estados proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializados.
Certo.
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§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I,
excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza
pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos
arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do
montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais
participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos
que receberem nos termos do inciso II do caput deste artigo, observados os critérios estabelecidos
no art. 158, § 1º, para a parcela relativa ao imposto sobre produtos industrializados, e no
art. 158, § 2º, para a parcela relativa ao imposto previsto no art. 153, VIII. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por
cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
Art. 159-A. Fica instituído o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, com o objetivo de
reduzir as desigualdades regionais e sociais, nos termos do art. 3º, III, mediante a entrega de
recursos da União aos Estados e ao Distrito Federal para: (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 132, de 2023)
I – realização de estudos, projetos e obras de infraestrutura; (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 132, de 2023)
II – fomento a atividades produtivas com elevado potencial de geração de emprego e renda, incluindo
a concessão de subvenções econômicas e financeiras; e (Incluído pela Emenda Constitucional n.
132, de 2023)
III – promoção de ações com vistas ao desenvolvimento científico e tecnológico e à inovação.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 1º É vedada a retenção ou qualquer restrição ao recebimento dos recursos de que trata o
caput. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 2º Na aplicação dos recursos de que trata o caput, os Estados e o Distrito Federal priorizarão
projetos que prevejam ações de sustentabilidade ambiental e redução das emissões de carbono.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 3º Observado o disposto neste artigo, caberá aos Estados e ao Distrito Federal a decisão
quanto à aplicação dos recursos de que trata o caput. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
132, de 2023)
§ 4º Os recursos de que trata o caput serão entregues aos Estados e ao Distrito Federal de acordo
com coeficientes individuais de participação, calculados com base nos seguintes indicadores e
com os seguintes pesos: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
I – população do Estado ou do Distrito Federal, com peso de 30% (trinta por cento); (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
II – coeficiente individual de participação do Estado ou do Distrito Federal nos recursos de que
trata o art. 159, I, “a”, da Constituição Federal, com peso de 70% (setenta por cento). (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
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RESUMO
VISÃO GERAL DA ECONOMIA COM GOVERNO
Trabalho
Salários
Trabalho Bens
Impostos Impostos
Bens
Despesas
TRIBUTAÇÃO
Princípio da produtividade: significa que o volume de arrecadação do imposto deve
ser maior do que os custos de sua obtenção.
Princípio da neutralidade: a ideia é que o tributo que não provoque mudança nos preços
relativos da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.
Princípio da equidade: considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo
suas posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos
serviços públicos.
Princípio da capacidade de contribuição: está relacionado à arrecadação tributária
seguindo a ideia que cada contribuinte deve pagar segundo seus ganhos e propriedade.
A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer e nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Teoria do peso morto da tributação – está relacionado ao custo social dos tributos. A
ideia aqui é que quanto maior a tributação, em regra, maior o peso morto, ou seja, a produção
perdida. Trata-se na verdade de uma forma de ineficiência econômica. Esta ineficiência
corresponde em verdade à perda gerada para a economia como um todo, medida pela
perda de excedente do consumidor e pela perda de excedente do produtor que não são
compensadas pelo ganho de arrecadação tributária do governo.
A ideia da defendida pela regra de Ramsey é que para reduzir o impacto da tributação
sobre a economia, deve-se taxar mais bem com elasticidade baixa – motivo pelo qual a
regra de Ramsey também é conhecida como regra do inverso das elasticidades.
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Tipos de Impostos
Impostos Diretos: são tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte e não sobre
os bens ou serviços consumidos. O exemplo de um imposto direto é o imposto de renda,
cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do contribuinte.
Impostos Indiretos: referem-se aos tributos que incidem sobre os bens e serviços
consumidos pelo contribuinte. Os exemplos de impostos indiretos citados são: o imposto
sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços e o imposto sobre produtos
industrializados.
Impostos Progressivos: são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de
referência aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de renda, cujas
alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
Impostos Regressivos: são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor
de referência aumenta.
Imposto Proporcional: os contribuintes pagam a mesma fração de sua renda, ou seja,
pagam na mesma proporção da sua renda.
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MAPA MENTAL
Produtividade
Neutralidade
Princípios da Trbutação
Equidade
Capacidade Contributiva
TRIBUTAÇÃO
Finaciamento dos Gastos
Públicos - PARTE 1 Peso Morto da
Tributação x ótimo
de Pareto
Diretos x Indiretos
Progressivos x Regressivos
Classificação dos Tributos
Natureza Fiscal, Extra
Fiscal e Parafiscal
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QUESTÕES DE CONCURSO
b)
e)
c)
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043. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) A Curva de Laffer nos alerta para uma relação entre
a) a inflação e o desemprego em contexto em que a elasticidade renda é responsiva às
variações da quantidade e da velocidade de circulação da moeda em dado momento.
b) a capacidade de financiamento do setor público e o nível de arrecadação em contexto
em que se observa um hiato do produto positivo.
c) as elasticidades de oferta e demanda em um determinado mercado e o comportamento
da receita tributária perante variações na alíquota de um dado imposto que incide sobre
esse mercado.
d) o comportamento do preço e da quantidade de um dado produto perante as variações
da oferta e da demanda de dois ou mais insumos em contexto de pleno emprego.
e) as variações na oferta de moeda e o nível de emprego, quando aumentos no investimento
agregado implicam em elevação da taxa de juros real da economia.
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c) é neutro quando a participação dos impostos na renda dos agentes aumenta conforme
a renda aumenta.
d) pode ser do tipo valor adicionado, quando é devido apenas sobre o valor agregado ou
acrescido.
e) não pode contemplar a possibilidade de ter objetivo além do fiscal.
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058. (FCC/TCE-AP/ACE/2012) Um imposto sobre vendas a varejo com alíquota fixa (a mesma
alíquota para todos os produtos tributados) é um imposto
a) regressivo, pois onera mais fortemente a renda da parcela mais pobre da população.
b) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta mais
que proporcionalmente.
c) proporcional, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta
proporcionalmente ao aumento da renda.
d) que atende ao princípio da capacidade de pagar.
e) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão diminui, o imposto se reduz mais que
proporcionalmente.
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IV – Impostos seletivos a exemplo dos incidentes sobre bebidas alcoólicas ferem o princípio
da neutralidade e são considerados como indiretos.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e IV, apenas.
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Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
Diferentemente do IRPF, os impostos indiretos, tais quais os impostos que incidem sobre a
circulação de mercadorias e serviços, são regressivos, posto que oneram proporcionalmente
mais os indivíduos com menor capacidade de pagamento, e não neutros, no sentido de
provocarem distorções sobre a alocação de recursos na economia.
Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
A eliminação da possibilidade de dedução das despesas com saúde e educação da base de
cálculo do IRPF embute caráter regressivo ao tributo.
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GABARITO
1. E 35. a 69. d
2. E 36. e 70. b
3. E 37. e 71. d
4. C 38. e 72. c
5. C 39. b 73. a
6. E 40. a 74. c
7. E 41. e 75. e
8. C 42. d 76. b
9. E 43. c 77. d
10. E 44. d 78. E
11. E 45. c 79. e
12. E 46. d 80. C
13. E 47. e 81. C
14. E 48. e 82. E
15. E 49. b 83. C
16. E 50. b 84. E
17. C 51. e 85. C
18. d 52. b 86. C
19. a 53. c 87. C
20. b 54. d 88. E
21. b 55. a 89. C
22. c 56. d 90. C
23. d 57. c 91. E
24. b 58. a 92. C
25. c 59. d 93. C
26. d 60. b 94. E
27. d 61. e 95. C
28. b 62. a 96. C
29. e 63. E 97. E
30. c 64. C 98. E
31. d 65. E 99. E
32. d 66. E 100. E
33. b 67. b 101. C
34. b 68. e
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GABARITO COMENTADO
b)
e)
c)
Os impostos progressivos são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de
referência aumenta. Podemos citar como exemplo o Imposto de Renda (IR), cujas alíquotas
são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda, ou seja, quanto maior a renda
de uma pessoa física, maior a alíquota do IR.
Note que a reta de 45 graus denota o aumento do valor pago de impostos de maneira
progressiva em relação à renda. Assim, mesmo auferindo determinada renda, o indivíduo não
paga impostos. A partir de certo montante de renda auferida, o valor pago de impostos passa
ao aumentar conforme o aumento da renda, sendo a participação dos impostos crescente.
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Perceba também que nas curvas apresentadas nas demais alternativas, mesmo que o
pagamento de impostos apresente valor crescente, não indica uma participação relativa
crescente dos impostos em relação à renda.
Letra d.
Impostos Regressivos são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor de
referência aumenta.
Tem características opostas aos impostos progressivos, aqueles cuja alíquota eleva-se à
medida que o valor de referência aumenta. Podemos citar como exemplo o Imposto de
Renda (IR), cujas alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda, ou
seja, quanto maior a renda de uma pessoa física, maior a alíquota do IR.
Assim, no caso de um imposto com características regressivas, pessoas com capacidades
contributivas diferentes pagam o mesmo valor de imposto. Pense, por exemplo, nos impostos
incidentes sobre o feijão. Uma pessoa rica e uma pessoa pobre pagam o mesmo imposto,
ou seja, capacidade econômica do contribuinte não é levada em consideração.
Letra a.
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Vamos avaliar os itens no que diz respeito ao atendimento pelo Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas dos princípios constitucionais tributários.
I – generalidade. Sim, o imposto de renda deve ser instituído de forma a incidir sobre todas
as pessoas que tenham, nos termos da lei, capacidade econômica para suportar a exação, e
de modo a abranger todos os rendimentos por elas percebidos, seja qual for a denominação
jurídica adota pela lei.
II – individualidade. Não é um princípio aplicável ao IRPJ.
III – cumulatividade. Não é um princípio aplicável ao IRPJ.
IV – progressividade. Sim, a progressividade está relacionada ao princípio da capacidade
contributiva, ou seja, deve pagar mais imposto de renda quem possuir maior capacidade
econômica para fazê-lo.
V – universalidade. Sim, o imposto de renda deve ser instituído de forma a incidir sobre
todas as pessoas que tenham, nos termos da lei, capacidade econômica para suportar a
exação, e de modo a abranger todos os rendimentos por elas percebidos, seja qual for a
denominação jurídica adota pela lei.
Letra b.
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A única errada é letra C, pois a descentralização fiscal, com governos locais e um governo
central auferindo partes da arrecadação tributária, tem algumas vantagens, mas permitir
que as regiões mais pobres passem a estabelecer tarifas alfandegárias para os produtos das
regiões desenvolvidas do país, levando à substituição de importações e ao desenvolvimento
local não pode ser considerada uma vantagem uma vez que, nesse caso, ocorre uma distorção
alocativa provocada pela tributação, popularmente conhecida como guerra fiscal, em que
todos saem perdendo.
Note que nas demais alternativas são apresentadas medidas que contribuem para a eficiência
econômica de modo geral.
Letra c.
O Princípio da Equidade considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo suas
posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos serviços
públicos, ou seja, todos são iguais na medida das suas desigualdades. Assim, a capacidade
individual de contribuição é um critério importante para a escolha dos tributos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
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a) Está relacionada aos efeitos dos impostos indiretos sobre o setor produtivo.
b) Está relacionada à tributação ótima.
c) Está relacionada ao princípio da neutralidade tributária.
e) Está relacionada à função estabilizadora.
Letra d.
Um tributo cumulativo é aquele que incide em todas as etapas intermediárias dos processos
produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/
tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final, gerando o chamado efeito
cascata, muito prejudicial à economia.
Letra b.
Note que o IR é um imposto direto, já que o próprio contribuinte arca com o ônus tributário,
diferentemente do imposto indireto, cujo ônus recai sobre o consumidor final.
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Note ainda que o IR é um imposto pessoal e não real (não incide sobre as coisas, como o IPVA
ou o IPTU) e que é um imposto proporcional (percentual da base de cálculo) e progressivo
(quem ganha mais paga mais).
Letra c.
Importante perceber que a área sombreada é a perda de eficiência, ou peso morto, decorrente
do imposto aplicado, perda de bem-estar do consumidor como do produtor.
Como o preço que o consumidor estaria disposto a pagar pela quantidade Q2 é bem menor
do que aquele que ele paga com imposto, quanto maior o imposto, maior essa área e maior
o peso morto. Além disso, quanto maior o imposto, mais ele diminui o mercado.
Note ainda como a distância entre a quantidade Q1 de equilíbrio se distancia de Q2 (a
quantidade após impostos) quanto mais o imposto aumenta.
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Em suma, perceba que o maior imposto aumenta o peso morto (área sombreada) e menor é
o mercado, pois a quantidade após o imposto é visivelmente inferior que seria a quantidade
de equilíbrio.
Letra d.
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A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer, nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal, e expressa a relação entre duas variáveis:
alíquota e arrecadação.
Partindo de uma alíquota nula (t0) a arrecadação vai aumentando conforme a alíquota
aumenta até chegar numa alíquota ótima (t*). A partir da alíquota t*, os agentes vão
fugindo da tributação. Os agentes vão para o mercado informal para fugir da tributação,
pois consideram que perdem muito dinheiro para o Estado e os riscos de transacionar na
ilegalidade compensam.
Letra e.
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a) curva de Phillips.
b) curva de Gauss.
c) curva de Laffer.
d) curva de Engle.
e) curva de Tanzi.
A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer, nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Letra c.
Impostos Regressivos são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor de
referência aumenta. Digamos que um quilo de picanha custe R$ 60,00 cujo preço é composto
de R$ 20,00 de ICMS. Em termos relativos (%), para o salário de 1 milhão do Neymar esse
valor é ínfimo. Entretanto para um trabalhador que tem R$ 1.000 de salário representa
uma parte maior de sua renda. Em resumo, o imposto é regressivo.
Letra d.
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O imposto progressivo é aquele cujos contribuintes com maiores rendas pagam maiores
percentuais de impostos, ou seja: quando contribuintes que tenham renda mais elevada
contribuem com proporções maiores.
Em contraste, podemos afirmar que um imposto é regressivo quando o indivíduo que ganha
menos pagará uma proporção maior de sua renda como tributo.
Assim, podemos afirmar que os impostos sobre consumo são, por natureza, regressivos.
Letra d.
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A curva de Laffer apresenta a ideia de que há uma alíquota ótima que maximiza a arrecadação
pública.
Assim, a partir de determinado ponto, no entanto, aumentos de alíquota trazem queda
na arrecadação pelo fato de as pessoas optarem por deixar de trabalhar (caso em que o
imposto de renda se torna proibitivo) ou deixar de utilizar determinado instrumento de
pagamento, como é o caso da nossa questão.
No exemplo do enunciado, o governo acreditou que a alíquota ótima pudesse ser de 2%,
mas com a queda na arrecadação, percebe-se que tal alíquota estava além da “ótima” e
houve queda na arrecadação do imposto, pois as pessoas passaram a evitar transações
com cheque.
Letra b.
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de produção e os preços relativos. Veja a definição de Giambiagi e Além sobre tal princípio
em Finanças Públicas:
“O objetivo da neutralidade é que o sistema tributário não provoque uma distorção da alocado
de recursos, prejudicando, desta forma, a eficiência do sistema. Por exemplo, no caso do
imposto de renda, a redução da renda disponível dos indivíduos diminui de forma homogênea
as suas possibilidades de consumo, não causando nenhum viés em relação ao consumo – e,
consequentemente, à produção – de nenhum bem específico. Neste caso, o imposto é até certo
ponto neutro, à medida que não afeta a eficiência nas decisões de alocação de recursos para a
produção e o consumo de mercadorias e serviços”.
Letra a.
Tenha em mente que um imposto é progressivo quando um indivíduo que tem maior renda
é tributado num percentual maior que alguém que tenha renda mais baixa. No exemplo
do imposto de renda da questão, o indivíduo que ganha R$ 1.000,00 paga R$ 100,00 de
imposto e o que ganha R$ 2.000,00 paga R$ 200,00.
Podemos calcular a alíquota (a) do imposto de renda dividindo a quantia paga de imposto
pela base de cálculo. Sendo assim:
a1 = R$ 100,00/ R$ 1.000,00
a1 = 0,1 ou 10%
a2 = R$ 200,00/ R$ 2.000,00
a2 = 0,1 ou 10%
Como podemos ver, os dois indivíduos pagam 10% de sua renda na forma de imposto. Isso
significa que o imposto é proporcional, pois os contribuintes pagam a mesma proporção
de suas diferentes rendas: 10%.
Para que houvesse progressividade, no entanto o indivíduo que ganha R$ 2.000,00 deveria
pagar mais que 10% de sua renda na forma de imposto.
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Na segundo situação, temos o imposto de 5% sobre o consumo de um bem. Aqui, vale uma
dica importante: Impostos sobre consumo serão sempre regressivos, na medida em que
não é possível tributar de diferentes formas os indivíduos que adquirem o bem.
Vamos imaginar a seguinte situação envolvendo os dois indivíduos. Suponha que ambos
comprem um bem que custa R$ 200,00. Como o imposto é de 5% sobre o preço da venda,
temos que cada indivíduo pagará R$ 10,00 de imposto (R$ 200,00 x 0,05).
Agora vamos usar o conceito de progressividade. Ao adquirir o bem, o indivíduo que ganha
R$ 2.000,00 pagou em impostos R$ 10,00, o que significa 0,5% de sua renda (R$10,00/
R$ 2.000,00). O indivíduo que ganha menos, por sua vez, também pagou R$ 10,00 de imposto
sobre o consumo do bem, mas esse valor significa 1% de sua renda (R$10,00/ R$1.000,00).
Como podemos ver, quando se trata de imposto sobre o consumo, esse será mais pesado
quanto menor for a renda do consumidor. Nesses casos, dizemos que o imposto é regressivo.
Letra e.
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Note que o ônus é maior para quem é mais preço-inelástico. Em outras palavras, quanto
maior for a elasticidade-preço da oferta e menor for a elasticidade-preço da demanda,
maior o ônus sobre os consumidores, valendo o inverso vale para os produtores.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, independentemente do destino dado ao recurso, o imposto impacta o
mercado negativamente.
b) Na verdade, como o imposto impacta o mercado negativamente, a quantidade demandada
de equilíbrio cairá.
c) Na verdade, como o imposto impacta o mercado negativamente, venderão menos.
d) Na verdade, é a elasticidade-preço que determina e não a elasticidade-renda da demanda.
Letra e.
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c) a carga tributária é definida como a parcela da renda das famílias destinada aos cofres
do setor público.
d) a carga tributária é constituída por impostos, contribuições patronais e taxas.
e) a tributação dos lucros empresariais é progressiva do ponto de vista social, pois penaliza
apenas as empresas, impedindo-as de repassar tais custos aos consumidores.
Sem dúvida, uma estrutura tributária com maior parcela de impostos diretos será
obrigatoriamente mais progressiva do que uma em que predomine a arrecadação de
impostos indiretos. Veja o caso do Imposto de Renda, que é um imposto direto com caráter
progressivo. Quem ganha mais paga proporcionalmente mais, já que as alíquotas são
progressivas por faixa de renda.
Em contraste, veja o caso do ICMS, imposto de maior arrecadação no país – é um imposto
indireto de caráter regressivo. O mesmo imposto pago no quilo de feijão por quem recebe
um salário-mínimo, será o mesmo de quem recebe 100 salários-mínimos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, o fato de uma economia usar impostos indiretos não a torna necessariamente
regressiva. A composição da carga tributária é essencial para definir a equidade da distribuição
pessoal de renda disponível, já que, se houver mais impostos diretos essa economia pode
ser mais equitativa.
c) Na verdade, não só famílias como também empresas.
d) Na verdade, abarca todos os tributos.
e) Na verdade, o ônus tributário pode ser repassado aos consumidores.
Letra b.
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c) O IPI é ao mesmo tempo seletivo e indireto. Já o ICMS é indireto e pode ser seletivo
segundo a Constituição.
d) O IPI é federal.
e) Pode sim, o que não pode, em alguns casos, é a incidência cumulativa, já que a CF/1988
dispõe que o IPI e o ICMS, por exemplo, serão não-cumulativos, compensando o que for
devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
Letra a.
A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer, nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal. Podemos ver no ponto 1, que essa
alíquota, embora não seja a maior, é que gera maior arrecadação.
Letra e.
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É a curva de Laffer, que é um gráfico que demonstra que uma tributação exagerada acaba
por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Letra d.
043. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) A Curva de Laffer nos alerta para uma relação entre
a) a inflação e o desemprego em contexto em que a elasticidade renda é responsiva às
variações da quantidade e da velocidade de circulação da moeda em dado momento.
b) a capacidade de financiamento do setor público e o nível de arrecadação em contexto
em que se observa um hiato do produto positivo.
c) as elasticidades de oferta e demanda em um determinado mercado e o comportamento
da receita tributária perante variações na alíquota de um dado imposto que incide sobre
esse mercado.
d) o comportamento do preço e da quantidade de um dado produto perante as variações
da oferta e da demanda de dois ou mais insumos em contexto de pleno emprego.
e) as variações na oferta de moeda e o nível de emprego, quando aumentos no investimento
agregado implicam em elevação da taxa de juros real da economia.
Lembre-se de que a curva reversa ou de Laffer é aquela que demonstra a relação entre a
receita tributária e suas alíquotas. Reveja-a:
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O Imposto sobre valor adicionado, realmente, por definição, é aquele cujo valor adicionado
bruto é a diferença entre o valor da produção de uma unidade produtiva e o do seu consumo
intermediário, ou seja, é devido apenas sobre o valor agregado ou acrescido.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) na verdade, Impostos Progressivos são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o
valor de referência aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de renda,
cujas alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
b) na verdade, Impostos Diretos são tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte
e não sobre os bens ou serviços consumidos. O exemplo de um imposto direto é o imposto
de renda, cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do contribuinte.
c) na verdade, a ideia de um imposto neutro é a de que o tributo não provoque mudança
nos preços relativos da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.
e) Pode sim, pois um tributo pode ter funções além da mera arrecadação, como alocativa,
distributiva e/ou estabilizadora.
Letra d.
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III – falsa, pois majoração não está sujeita ao princípio da anterioridade de um ano, justamente
pelo seu caráter extrafiscal. Assim, o IPI não precisa anteder ao princípio da anterioridade,
de maneira que o governo pode majorá-lo no mesmo ano em que publicou a alteração.
IV – falsa, pois o imposto, diferentemente da taxa, não vincula seu pagamento a qualquer
atividade estatal, seja ela específica ou não.
Letra d.
A presença da natureza extrafiscal em um tributo ocorre quando o Estado não visa apenas
à arrecadação, mas também intervir na sociedade e na economia. Assim, poder-se-á lançar
mão de um tributo extrafiscal, por exemplo, para evitar que uma atividade prejudicial à
economia prospere.
Letra e.
O ICMS é um imposto seletivo, pois sua alíquota pode variar de acordo com a essencialidade
do bem.
O ICMS é um imposto não cumulativo, pois o imposto incide somente sobre o valor adicionado
em cada etapa da produção, sendo compensados os créditos obtidos nas etapas anteriores.
O ICMS é um imposto indireto, uma vez que não é o seu contribuinte quem arca com o ônus
da carga tributária, pois, na verdade, recai todo ou em parte sobre o consumidor, embora
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seja a empresa vendedora a responsável por recolhê-lo junto aos cofres públicos. Guarde
ainda que os tributos sobre circulação como o ICMS são todos indiretos.
Letra e.
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a) a carga tributária líquida é sempre maior do que a carga tributária bruta, pois esta
última definição desconsidera as transferências que o governo deve efetuar por lei para
os contribuintes.
b) a arrecadação de impostos indiretos constitui uma das principais fontes de recursos
para todos os entes federativos.
c) a cobrança do ICMS é motivo de harmonização tributária entre os estados da federação e
suas subunidades municipais, os quais dividem a prerrogativa da arrecadação desse imposto.
d) a contribuição sobre intervenção no domínio econômico é um imposto estadual, destinado
à construção de ferrovias estaduais e de portos secos com vistas à melhor utilização do
território nacional.
e) o imposto de renda é um tributo federal que incide apenas indiretamente sobre a renda
dos contribuintes, pois sua alíquota varia de acordo com as faixas de renda dos cidadãos.
a) Errada. Essa é fácil. A carga tributária líquida é sempre MENOR que a bruta, já que
desconsidera as transferências que o governo deve efetuar por lei.
b) Certa. O Brasil arrecada muito pelos impostos indiretos, como o ICMS e o IPI.
c) Errada. Que absurdo! O ICMS é sempre motivo de briga! Sua cobrança é foco de muitas
discussões entre os estados, municípios e empresas, ocasionando a chamada “guerra fiscal”.
Além disso, a instituição do imposto é de competências dos Estados, e não dos municípios.
d) Errada. A CIDE não é um imposto estadual, mas sim uma contribuição federal.
e) Errada. O IR é um imposto DIRETO. É só ver seu contracheque no fim do mês que está o
valor que você pagou DIRETAMENTE ao Governo.
Letra b.
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e) Errada. O IVA, dada sua característica de não cumulatividade, ou seja, por não provocar o
chamado efeito cascata, é menos nocivo à produtividade. Isso porque o efeito final sobre os
preços depende não apenas da medida em que os impostos são transferidos para frente em
cada estágio de produção, mas também da estrutura precisa das transações interindustriais.
Letra b.
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Nesse sentido, os sistemas tributários podem ser classificados em três tipos, a saber:
I – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas e aqueles
com rendas menores pagam a mesma fração de sua renda.
II – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam
uma fração menor de sua renda que os contribuintes com rendas menores.
III – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam
uma fração maior de sua renda que aqueles com rendas menores.
Os sistemas tributários I, II e III contêm, respectivamente,
a) imposto proporcional horizontal, imposto regressivo vertical e imposto progressivo vertical.
b) imposto horizontal proporcional, imposto vertical regressivo e imposto vertical progressivo.
c) imposto vertical, imposto horizontal e imposto gradual.
d) imposto proporcional, imposto regressivo e imposto progressivo.
e) equidade horizontal, equidade regressiva e equidade progressiva.
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teria um imposto calculado de (−) $ 3 mil; assim, essa família receberia do governo um cheque
de $ 3 mil, pois trata-se da política do imposto de renda negativo.
II – Uma família com renda de $ 96 mil teria um imposto devido de $ 22 mil; uma família com
renda de $ 45 mil teria um imposto devido de $ 5 mil; uma família com renda de $ 18 mil teria
um imposto calculado de (−) $ 4 mil; assim, essa família receberia do governo um cheque
de $ 4 mil, pois trata-se da política do imposto de renda equitativo.
III – Uma família com renda de $ 117 mil teria um imposto devido de $ 29 mil; uma família
com renda de $ 84 mil teria um imposto devido de $ 18 mil; uma família com renda de $ 24 mil
teria um imposto calculado de (−) $ 2 mil; assim, essa família receberia do governo um
cheque de $ 2 mil, pois trata-se da política do imposto de renda positivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) II.
Por incrível que pareça, os erros nada têm a ver com os cálculos. Se você ficou fazendo
contas antes de ler atentamente as alternativas desperdiçou tempo precioso de prova!
Então vamos aos comentários!
Perceba que o imposto retratado na questão é do tipo progressivo, mas se fosse uma mesma
alíquota (1/3 da renda) para todo mundo teríamos um imposto proporcional.
No entanto, tratando-se de progressivo, temos o “-10 mil” no cálculo do valor do imposto,
ou seja, quanto maior é a renda da pessoa, mais ela tem sua renda impactada pelo imposto.
Quanto menor é a renda, menos a renda é impactada. Se a renda for muito baixa, o contribuinte
pode até receber um cheque do governo (é um imposto ao contrário, ou o imposto negativo).
Repare que, neste modelo, uma pessoa que ganha 100 mil vai pagar de imposto o valor de
23 mil (33 mil – 10 mil). Ou seja, paga 23% da sua renda.
Por seu turno, uma pessoa que ganha 50 mil vai pagar de imposto o valor de 6,6 mil
(16,6 mil – 10 mil). Ou seja, paga 13,2% da sua renda.
Aquela pessoa que ganha 30 mil vai pagar de imposto um valor nulo (10 mil – 10 mil).
Ou seja, note que, à medida que a renda cai, o percentual de imposto pago também cai. Se
a renda aumenta, o percentual de imposto pago também aumenta, de modo que temos
um imposto progressivo.
Beleza até aqui?
Então vamos continuar!
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Nesses casos de impostos com alta mobilidade da base tributável, sua cobrança não se
presta a governos subnacionais e o federalismo fiscal brasileiro segue essa regra, já que o
IR é de competência da União.
Outro aspecto refere-se à existência das chamadas economias de escala na administração
do tributo.
Perceba e guarde que tributos com alta mobilidade de suas bases tributárias podem ser
administrados com muito mais facilidade, eficiência e redução de custos, por meio de uma
administração centralizada.
Considerando que indivíduos e empresas podem auferir rendimentos em diferentes municípios
ou estados, dificilmente uma comunidade teria informações globais sobre o montante total
a ser tributado, o que poderia levar à sonegação e perdas de eficiência na tributação.
Diante desse quadro, quanto maior a amplitude e complexidade do tributo e de sua base
tributária, maior a possibilidade de haver economias de escala em sua administração e,
portanto, sua administração seria recomendada a um ente central.”
Vamos agora analisar a afirmativa II.
Já A assertiva II é falsa devido ao fato de que o ITBI é imposto de competência dos municípios.
Passemos a análise da III.
Trata dos temas equalização fiscal, dos desequilíbrios verticais e horizontais, além das
transferências intergovernamentais.
Perceba que vários serviços públicos são passíveis de descentralização, ao passo que o
conjunto de tributos que pode ser arrecadado de modo descentralizado é mais restrito.
E qual o resultado deste quadro?
Um grande desequilíbrio entre receitas e despesas desses entes descentralizados, que é
chamado de desequilíbrio vertical.
Seguindo essa linha de pensamento, um desequilíbrio vertical existe quando ocorrem
consideráveis disparidades entre as fontes de receitas e obrigações de despesas funcionais
entre os governos de uma Federação.
Mas não é só isso!
Por aqui temos também a figura do desequilíbrio horizontal!
“Como assim, professor”?
O desequilíbrio horizontal decorre das disparidades de receitas e despesas analisadas entre
unidades federativas do mesmo nível (estados X estados; municípios X municípios).
Em outras palavras, o problema do desequilíbrio horizontal resulta de consideráveis diferenças
entre as áreas econômicas do país, da distribuição da renda e riqueza, bem como do volume
das transações existentes.
Vejam que esses desequilíbrios (verticais e horizontais) devem ser corrigidos por meio
da equalização fiscal (equalização vertical), em que ocorrem transferências financeiras
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058. (FCC/TCE-AP/ACE/2012) Um imposto sobre vendas a varejo com alíquota fixa (a mesma
alíquota para todos os produtos tributados) é um imposto
a) regressivo, pois onera mais fortemente a renda da parcela mais pobre da população.
b) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta mais
que proporcionalmente.
c) proporcional, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta
proporcionalmente ao aumento da renda.
d) que atende ao princípio da capacidade de pagar.
e) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão diminui, o imposto se reduz mais que
proporcionalmente.
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de 0,25% a 1,5%, na medida em que aumenta a base de cálculo. Quanto às alíquotas, este
IPTU pode ser classificado como
a) seletivo.
b) fixo.
c) proporcional.
d) progressivo.
e) regressivo.
Impostos Progressivos: são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de referência
aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de renda, cujas alíquotas são
estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
Impostos Regressivos: são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor de
referência aumenta.
Ora, se a alíquota é estipulada em faixas de valor, variando de 0,25% a 1,5%, na medida
em que aumenta a base de cálculo, quanto às alíquotas, este IPTU pode ser classificado
como progressivo.
Letra d.
O Princípio da equidade é aquele que considera que o tributo deve onerar o contribuinte
segundo suas posses.
Nessa questão, além de saber o princípio da equidade, é só lembrar do caso do imposto
sobre o feijão para o milionário e para o pobre.
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Desse modo, um imposto sobre vendas com alíquota uniforme, incidindo sobre todas as vendas
de bens e serviços de forma não cumulativa, é regressivo, porque os consumidores mais ricos
contribuirão proporcionalmente menos em relação à sua renda que os consumidores pobres.
Letra b.
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A alternativa D também está errada, pois como vimos na aula 01, quando o imposto é
regressivo, tende a onerar mais fortemente os consumidores mais pobres.
Finalmente podemos dizer que a alternativa E está correta, pois o ônus do imposto incidente
sobre as vendas de um produto recai mais fortemente sobre os vendedores ou consumidores
dependendo do valor das respectivas elasticidades-preço.
Letra e.
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sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
Um sistema tributário é regressivo quando é capaz de onerar as camadas de alta renda.
Correta. Note que na situação apresentada na assertiva vai sobrar mais dinheiro no bolso
das pessoas físicas, pois vão pagar menos Imposto de Renda, e, consequentemente, poderão
gastar mais, expandindo a economia.
Certo.
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Quanto maior a capacidade dos tributos de onerar as pessoas de baixa renda, mais a
tributação favorece progressividade do sistema.
O Imposto Sobre Serviço (ISS) é da alçada municipal e incide sobre o consumo porque incide
sobre a prestação de serviços, ou seja, é tributo indireto.
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Nas outras três alternativas temos tributos federais, pois o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), o Imposto sobre produtos industrializados (IPI) e o Imposto de renda (IR)
são impostos de competência da União.
Letra b.
Guarde que as bases de incidência dos tributos podem ser a renda, o consumo e o patrimônio,
sendo as 2 primeiras variáveis do tipo fluxo e a terceira variável estoque.
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O exemplo clássico de tributo que incide sobre a renda é o Imposto de Renda (IR), que no
caso das Pessoas Físicas incide sobre os salários e rendimentos e no caso da empresa sobre
o Lucro.
Para o tributo que incide sobre o consumo temos os exemplos dados pelas alternativas A,
B, C e E.
Finalmente, como exemplo de tributo que incide sobre o patrimônio nós temos o IPVA cuja
base é o valor do veículo automotor, além do ITR e do IPTU mencionados na alternativa D.
Letra d.
A única alternativa que apresenta uma competência QUE NÃO É dos Municípios é a B, já que
de acordo com a CF/88, a competência para instituir o ICMS é dos Estados e do DF.
As demais alternativas expressam competências tributárias que podem ser exercidas pelos
municípios de acordo com a CF/88.
Letra b.
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Note que o examinador pediu para marcarmos a alternativa errada, que é a letra c. Na verdade,
de acordo com o princípio da progressividade (e não, regressividade), os contribuintes
com maior capacidade de pagamento devem pagar maior parcela do ônus tributário. Assim,
as alíquotas maiores devem ser aplicadas para contribuintes com rendas maiores.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Apresentou corretamente o princípio da neutralidade.
b) Apresentou corretamente o princípio da equidade.
d) Apresentou corretamente o princípio da simplicidade.
Letra c.
Note que o examinador pediu para marcarmos a alternativa errada, que é a letra A. Na
verdade, o II – Imposto de Importações não é compartilhado com os demais entes, ficando
totalmente para a União.
Vamos comentar as demais alternativas.
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I – Certa. A ideia básica é que alíquotas muito altas podem desestimular o trabalho, refletindo
a parte negativamente inclinada da curva de Laffer.
II – Errada. Estamos carecas de saber que a Curva de Laffer não tem nada a ver com os
conceitos de inflação e taxa de juros, mas sim com a relação existente entre a receita
tributária e carga tributária.
III – Certa. No trecho negativamente inclinado da Curva de Laffer, a arrecadação pode ser
aumentada com uma redução da carga tributária.
IV – Errada. De acordo com Laffer, existe uma carga tributária ótima que maximiza a receita
tributária.
Letra c.
III – Imposto cumulativo sobre vendas de mercadorias é classificado como indireto e atende
aos princípios de neutralidade e progressividade.
IV – Impostos seletivos a exemplo dos incidentes sobre bebidas alcoólicas ferem o princípio
da neutralidade e são considerados como indiretos.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e IV, apenas.
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De acordo com o artigo 156, III da CF/1988, os impostos sobre serviços de qualquer natureza
é um imposto que pode ser instituído pelos municípios.
Vamos indicar os demais.
a) Estados e DF.
b) União.
c) União.
d) União.
Letra e.
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A questão treta do princípio da isonomia, que está previsto no artigo 150 da CF/1988. Confira:
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Art. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)”
Do mencionado dispositivo podemos verificar que é vedado aos entes federados “instituir
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente
(…)”. Assim, no âmbito da tributação, fica vedada a discriminação com base na função ou
ocupação exercida a ocupação profissional ou função exercida pelo contribuinte não pode
ser tomada como parâmetro para diferenciação.
Certo.
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O governo está atuando como regulador, visto que está incentivando um determinado
setor sem atuar diretamente na produção, por meio de um imposto que tem caráter
eminentemente extrafiscal.
Certo.
Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
Diferentemente do IRPF, os impostos indiretos, tais quais os impostos que incidem sobre a
circulação de mercadorias e serviços, são regressivos, posto que oneram proporcionalmente
mais os indivíduos com menor capacidade de pagamento, e não neutros, no sentido de
provocarem distorções sobre a alocação de recursos na economia.
Note que os impostos indiretos são regressivos, uma vez que o valor do tributo de um
bem ou serviço não muda para consumidores com rendas maiores ou menores. Assim, o
tributo incidente na compra de um bem ou serviço será proporcionalmente maior para o
contribuinte de menor renda.
Note ainda que os impostos indiretos não são neutros, pois afetam os preços dos bens
e serviços, gerando alterações de preços relativos, gerando distorções nas alocações de
recursos da economia.
Certo.
Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
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Note que, se a dedução não é possível, logo não é possível excluir renda da base a ser
tributada.
Note ainda que como as faixas do Imposto de Renda Pessoa Física apresentam alíquotas
maiores para rendas maiores, existe uma progressividade, mas a possibilidade de deduções
tende a fazer com que parte da renda seja abatida da base de cálculo, tornando-se não
tributada, o que acaba por tornar o tributo menos progressivo. Assim, caso seja eliminada
a possibilidade de efetuar tais deduções o tributo seria mais progressivo.
Errado.
Importante relembrar que o termo equidade significa tratar os iguais de forma igual e os
desiguais de forma desigual. Nessa toada, vemos que existe na realidade falta de equidade
no sistema tributário brasileiro, uma vez que temos uma elevada participação de tributos
sobre o consumo, como o ICMS, o IPI e o ISS, na arrecadação, que são tributos fortemente
regressivos.
Note que como os tributos sobre o consumo têm seu valor baseado no preço do produto
ou do serviço, sendo, portanto, o valor pago em pelo tributo igual seja para o rico, seja para
o pobre.
Certo.
Tenha em mente que os tributos diretos são aqueles que incidem sobre renda ou patrimônio,
e normalmente estão relacionados à capacidade contributiva do contribuinte, como o
imposto de renda da pessoa física, por exemplo.
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Em contraste, os tributos indiretos são aqueles que incidem sobre a atividade econômica,
como produção e consumo, como no caso do ICMS, IPI, ISS etc.
Certo.
Embora o principal imposto estadual, o ICMS, seja realmente um tributo indireto, já que
incide sobre a atividade de circulação dos bens e não sobre renda ou patrimônio, existem
também os outros dois tributos estaduais que são diretos – o ITCD e o IPVA incidindo sobre
o patrimônio.
Errado.
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Os chamados impostos reais são aqueles que incidem sobre o patrimônio dos contribuintes,
como o IPTU e o IPVA, sem levar em conta aspectos como se o contribuinte tem algum
problema de saúde ou se tem um ou mais dependentes.
Certo.
Os impostos sobre bens e serviços não têm alíquotas progressivas, pois essa é uma
característica típica dos impostos sobre patrimônio e renda como o Imposto de Renda, o
IPTU e o IPVA.
Errado.
Um imposto é progressivo significa dizer que se tem uma alíquota mais alta quando o nível
de renda é maior. A progressividade pode ser verificada facilmente no Imposto de Renda,
por exemplo. Até uma determinada renda, o indivíduo é isento ao imposto. Depois disso,
seguem faixas de renda com alíquotas maiores para rendas maiores.
Certo.
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Tenha em mente que a tributação considerada como regressiva sobre a renda é aquela que
onera mais proporcionalmente rendas mais baixas, ou seja, na medida que a renda diminui,
o ônus fiscal aumenta em proporção à renda.
Esse tipo de modelo traz vários efeitos negativos, como traz a questão, como o fato de
que uma elevação na “carga tributária” de indivíduos com renda menor gera acentuada
redução na oferta de mão de obra na economia formal, já que há incentivo a estes indivíduos
ofertarem mão de obra no setor informal, onde não sendo “atingidos” pelo ônus fiscal.
Nessa toada, temos em elevados custos sociais, não sendo socialmente preferido.
Em contraste, a escolha preferida, em termos sociais, é por sistemas tributários progressivos,
que oneram mais proporcionalmente aqueles com renda mais elevadas.
Errado.
Na verdade, a ideia revelada pelo princípio da equidade é de que cada contribuinte deve
contribuir com uma parcela “justa” para cobrir os custos do governo, e, assim, os demais
princípios derivam deste para responder qual seria esta parcela justa.
Nessa toada, guarde que a ideia de que o governo deve tributar mais quem tem renda mais
alta está relacionada, na verdade, ao princípio da capacidade contributiva (de pagamento),
em resposta ao problema que a ideia da equidade traz.
Ainda nessa seara, temos o princípio do benefício, que também tem por objetivo responder
qual seria a parcela justa a ser paga por cada contribuinte, e defende que cada um
contribuiria com uma quantia proporcional aos benefícios que obtém com o consumo
de bens e serviços públicos.
Errado.
Embora os tributos citados incidam sobre a produção e o consumo, o imposto sobre produtos
industrializados é um exemplo de tributação federal.
Errado.
Na verdade, a cobrança deve ser maior para aqueles consumidores que forem menos sensíveis
a variações de preços, já que quanto menor for a sensibilidade do consumidor, menor será
a perda de peso morto da tributação decorrente da majoração/criação do tributo.
Errado.
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Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima aula ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
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para revisão!
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REFERÊNCIAS
Finanças Públicas – Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte de Além.
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