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FINANÇAS PÚBLICAS

Tributação e Federalismo Fiscal

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
240111481774

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Tributação e Federalismo Fiscal
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Tributação e Federalismo Fiscal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução ao Estudo da Tributação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Princípios da Tributação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1. Princípio da Produtividade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2. Princípio da Neutralidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3. Princípio da Equidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4. Princípio da Capacidade de Contribuição (de Pagamento). . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.5. Princípio da Simplicidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.6. Princípio da Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.7. Princípio do Benefício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3. Curva de Laffer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4. Peso Morto da Tributação X Ótimo de Pareto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5. Natureza Fiscal X Extrafiscal da Tributação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6. Regra de Ramsey. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
7. Carga Tributária e sua Evolução No Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. Interferência da Tributação na Economia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
9. Efeitos do Crescimento e da Inflação na Carga Fiscal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
9.1. Efeitos da Inflação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.2. Imposto Inflacionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9.3. Receita de Seigniorage. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
9.4. Efeito Tanzi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
10. Classificações e Principais Características dos Tributos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
10.1. Impostos Diretos x Impostos Indiretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10.2. Impostos Progressivos x Impostos Regressivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10.3. Imposto sobre o Consumo: em Cascata X sobre o Valor Adicionado. . . . . . 23

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10.4. Base de Incidência da Tributação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26


10.5. Imposto Real x Imposto Pessoal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
10.6. Tributo do tipo “EXCISE TAX” x Tributo “LUMP SUM”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
11. Sistema Tributário Brasileiro e Federalismo Fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo nesta aula é estudar os tópicos relacionados à parte da tributação,
principal fonte de financiamento dos gastos públicos, e do federalismo fiscal.

Vamos nos esforçar bastante hoje, pois como diria Michael John Bobak:
“Todo progresso acontece fora da zona de conforto”.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

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TRIBUTAÇÃO E FEDERALISMO FISCAL

1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TRIBUTAÇÃO


A Tributação (T) compreende:
Impostos Indiretos: aqueles que incidem sobre as transações econômicas com bens e
serviços, a exemplo do ICMS (que certamente será o objeto principal do nosso trabalho),
do IPI e o ISS;
Impostos Diretos: os quais incidem sobre o patrimônio e a renda das pessoas, físicas
e jurídicas, como o Imposto de Renda, o IPTU, o IPVA (aqui também objeto de trabalho do
Auditor Fiscal Estadual);
Contribuições à Previdência Social: aqui devem ser computadas tanto a parte do
empregador quanto a do empregado.
Outras receitas de governo: aqui entrariam, por exemplo, receitas com taxas e
multas diversas.
Assim, a tributação constitui um expediente lançado pelo governo para cobrir suas
despesas, mas os tributos devem seguir princípios básicos no intuito de possibilitar a
existência de uma carga tributária suportável pela sociedade e compatível com os retornos
sociais desejados. Na verdade, o Sistema Tributário deve ser um instrumento de
distribuição de renda.
Além dos tributos, o Governo “recebe” também outras receitas como, o aluguel dos seus
imóveis ou os dividendos de estatais ou ainda de leilões e concessões como os realizados
pela ANP – Agência Nacional do Petróleo na camada pré-sal.
Já a fonte oriunda de recursos transferidos por outra entidade, vale dizer que é mais
usual para os Estados e Municípios que realizam convênios com a União para aplicarem
recursos em determinada obra ou Programa de Governo.
Importante destacar que nosso estudo acerca de princípios e da classificação de
tributos, aqui na matéria Finanças Públicas, não objetiva substituir os princípios e as
classificações doutrinárias que você estuda no âmbito da matéria Direito Tributário.
Nosso foco aqui é complementar! Complemento esse mais voltado para os aspectos
econômicos envolvidos na tributação!

2. PRINCÍPIOS DA TRIBUTAÇÃO
Vale salientar que os Princípios da Tributação fundamentam a tributação, para, dentre
outros objetivos, que o Sistema Tributário seja efetivamente um instrumento de distribuição
de renda. Vamos conhecer os principais deles, com foco nos aspectos econômicos envolvidos
na tributação.

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2.1. PRINCÍPIO DA PRODUTIVIDADE


A ideia é que o volume de arrecadação do tributo deve ser maior do que os custos de
sua obtenção. Imagine que se faz necessária uma estrutura administrativa para arrecadação
e fiscalização dos impostos, os custos devem ser considerados. Como paradigma, pense em
um eventual imposto sobre movimentação financeira, que possui baixo custo de controle,
difícil sonegação e gera significativa arrecadação.

2.2. PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE


De acordo com esse princípio o tributo não deve provocar mudança nos preços relativos
da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.

Um imposto é considerado neutro na medida em que modifica os preços da economia na


mesma proporção. Podemos exemplificar com o imposto de consumo, que possui a mesma
alíquota para todos os produtos, dado que todos os preços são afetados e a posição relativa
dos agentes mantém-se inalterada na alocação de seus recursos.

2.3. PRINCÍPIO DA EQUIDADE


O Princípio da Equidade considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo
suas posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos
serviços públicos.

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EXEMPLO
O exemplo correspondente a este princípio situa-se nos sistemas de taxas públicas, como as
relacionadas à água, à energia, ao lixo, dentre outros serviços públicos oferecidos.

A equidade pode ser horizontal, como a isonomia aplicada a agentes econômicos de


mesma renda, ou vertical, onde temos uma tributação distinta para agentes com rendas
diferentes, sendo uma forma de exercício da função distributiva.

2.4. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE CONTRIBUIÇÃO (DE PAGAMENTO)


Esse Princípio está relacionado à arrecadação tributária seguindo a ideia que cada
contribuinte deve pagar segundo seus ganhos e sua propriedade.

Exteriorização do princípio da capacidade contributiva

Progressividade
de alíquotas

Princípio da
capacidade
contributiva

Seletividade Proporcionalidade

Este princípio expressa o caráter progressivo do imposto por meio de incidência de


alíquotas crescentes sobre a base de cálculo. Os exemplos clássicos para esse princípio são
os impostos que recaem sobre a renda e o patrimônio, como o Imposto de Renda e o IPTU.

2.5. PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE


A sua orientação é de que o governo deve adotar um sistema tributário de fácil assimilação
e gestão, tanto por parte do próprio governo quanto por parte da sociedade.

2.6. PRINCÍPIO DA DERIVAÇÃO


Esse Princípio expressa que a tributação deve incidir no local da origem do fato
gerador do tributo, gerando maior simplicidade na tributação.

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2.7. PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO


Esse Princípio vincula o valor do tributo ao benefício ofertado pelo governo, estando
relacionado ao financiamento de serviços disponibilizados pelo Estado via exercício de sua
função alocativa.

001. (CESPE/IBAMA/ANALISTA/2013) A respeito do orçamento público e da atuação do


governo nas finanças públicas, julgue o item subsequente.
O conceito de progressividade não está submetido aos princípios elementares da teoria
da tributação.

A progressividade tem como ideia básica de que quem é mais rico deve pagar
proporcionalmente mais imposto do que quem é pobre, estando, assim, submetido aos
princípios elementares da teoria da tributação.
Errado.

3. CURVA DE LAFFER
Essa curva consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos levados
a cabo por Arthur Laffer e nos quais se demonstra que uma tributação exagerada acaba
por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Essa conclusão pode ser explicada por diversos motivos, tais como:
1) em uma situação de taxas de imposto progressivas (como acontece com o Imposto
de Renda no Brasil), a partir de certa altura, os trabalhadores preferem não aumentar
o seu nível de atividade profissional e ficar numa taxa de imposto mais baixa;
2) um aumento exagerado das taxas de imposto sobre a despesa poderá desestimular
o consumo e o investimento levando à redução da receita fiscal em lugar do seu aumento;
3) quanto maior for a carga fiscal, maior é o incentivo às práticas de fuga e
evasões fiscais.
De acordo com o velho Laffer existe um ponto ótimo para a tributação, que é
representado no gráfico seguinte pelo ponto E. Observe que a taxa ótima (te) é responsável
pelo maior volume de arrecadação. Já nos pontos em que a taxa (ou alíquota) de tributação
é superior ou inferior a esse ponto na curva, a arrecadação é menor.

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Podemos dizer ainda que a curva de LAFFER, também chamada curva reversa ocorre
em virtude de dois efeitos contrários:
Efeito-Substituição: conforme diminui a renda líquida do indivíduo em virtude da
tributação, o trabalhador decide trabalhar menos horas e aumentar as horas de lazer. O
efeito-substituição afeta negativamente a oferta de trabalho.
Efeito-Renda: conforme diminui a renda líquida do indivíduo em virtude da tributação,
o trabalhador decide trabalhar mais horas para aumentar a renda líquida. O efeito-renda
afeta positivamente a oferta de trabalho.

002. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Com relação à economia do setor público, julgue o


próximo item.
A curva de Lorenz, geralmente apresentada por uma curva em forma de parábola, representa
a relação entre a receita do governo com o imposto a distintas alíquotas.

Não confunda as curvas!


A curva que a assertiva descreveu corretamente é a curva de Laffer!
Guarde que a curva de Lorenz é usada para medir a concentração de renda de uma economia.
Errado.

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4. PESO MORTO DA TRIBUTAÇÃO X ÓTIMO DE PARETO


Nesse contexto, aproveito para lhes apresentar à famosa teoria do peso morto da
tributação!
O chamado “peso morto” da tributação está relacionado ao custo social dos tributos.
A ideia aqui é que quanto maior a tributação, em regra, maior o peso morto, ou seja,
a produção perdida. Trata-se na verdade de uma forma de ineficiência econômica.
Essa ineficiência corresponde à perda gerada para a economia como um todo, medida
pela perda de excedente do consumidor e pela perda de excedente do produtor que
não são compensadas pelo ganho de arrecadação tributária do governo.
Nessa toada, em função dessa ineficiência, a quantidade comercializada é menor do
que se não tivessem os respectivos tributos envolvidos, já que o tributo sobre bens e
serviços acaba por reduzir o bem-estar de consumidores e produtores.
Guarde que essa redução no excedente do consumidor e do produtor normalmente
excede a receita tributária obtida pelo governo.
E qual o efeito disso?
Queda no mercado como um todo!
Veja no gráfico a seguir:

Note no gráfico que após a majoração do imposto, a quantidade ofertada diminuiu e


o preço aumentou. Essa diferença é o peso morto da tributação. Veja em outro gráfico
que a área em azul representa o peso morto:

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Podemos então concluir que o peso morto da tributação está caracterizado quando o ganho
gerado para um agente econômico é menor do que a perda causada na economia.

Vale destacar que a eficiência de Pareto, no âmbito da economia, é uma noção de que
a eficiência é considerada ótima se não for possível melhorar a situação sem prejudicar/
degradar a mesma.
Importante deixar claro que a chamada eficiência à Pareto é baseada em critérios de
utilidade, já que se algo gera proveito (rendimento), comodidade ou frutos sem prejudicar
terceiros, entende-se que desencadeará um processo natural de otimização até alcançar
o ponto ótimo.
Assim, esse tal de “ótimo de Pareto” ocorrerá quando existe uma situação X em que ao
sair dela, para que “um ganhe”, pelo menos “um perde”, necessariamente.
Em outras palavras, segundo a métrica de Pareto, uma situação econômica é ótima caso
não seja possível melhorar a situação de um agente econômico sem degradar a situação
de qualquer outro. Seguindo essa linha de raciocínio, para que uma economia possa ser
considerada Pareto Eficiente, três condições devem ser atendidas:

1) Eficiência no mix de produtos


Para que se tenha eficiência no mix de produtos, os bens produzidos numa economia
devem refletir as preferências dos agentes econômicos dessa economia, o que significa que

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a Taxa Marginal de Substituição (TMS) precisa ser igual à Taxa Marginal de Transformação
(TMT). Registre-se que um sistema de preços de concorrência perfeita satisfaz essa condição.

2) Eficiência nas trocas


A ideia é que o que deve ser produzido numa economia seja distribuído de forma eficiente
pelos agentes económicos, possibilitando que não sejam necessárias mais trocas entre
indivíduos, ou seja: que a TMS seja a mesma para todos os indivíduos.

3) Eficiência na produção
Essa condição é atendida quando é uma realidade produzir mais de um tipo de bens
sem reduzir a produção de outros, ou seja, quando a economia está sobre a sua Curva de
Possibilidade de Produção (CPP).
Não devemos esquecer que quem normalmente efetua o recolhimento aos cofres
públicos da totalidade do tributo é a empresa, embora não necessariamente tal ônus recaia
integralmente sobre ela, dependendo de fatores como a estrutura do mercado em que
atue, a elasticidade do produto etc.

5. NATUREZA FISCAL X EXTRAFISCAL DA TRIBUTAÇÃO


Não é demais reforçar a ideia de que os objetivos do governo em determinar, por
exemplo, um imposto sobre a produção ou consumo de um bem ou serviço, como o ICMS e
o IPI, podem ser o aumento da arrecadação (caráter fiscal) ou até a queda da produção e o
aumento de preço do bem para desestimular seu consumo (caráter extrafiscal).
Nesse sentido, pense por exemplo em uma situação em que o objetivo da implementação
de um imposto seja aumento do preço do bem, para gerar queda da produção e consumo
decorrente presença de um processo produtivo altamente poluidor, ou por ser o seu consumo
prejudicial ao consumidor, como no caso dos cigarros.
O aumento gerado pelo aumento dos tributos em determinado produto ou serviço traz
resultados negativos para o setor produtivo em termos de geração de empregos, produção
e renda, e também para os consumidores, com perda de bem-estar decorrente da perda
usufruto de determinada quantidade do bem pelo aumento do preço.
Por outro lado, com a existência de externalidade negativa, como indústrias altamente
poluidoras ou produtos que prejudicam a saúde do usuário, o governo sente-se obrigado
a elevar a carga tributária desses via aumento do custo de produção e do preço final (pelo
menos parcialmente).
Tenha em mente que a receita proveniente da tributação deve ser aplicada de modo
a amenizar ou eliminar o efeito nocivo sobre a sociedade. A essa receita chamamos de
imposto de Pigou.

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Quando falarem em imposto de Pigou, lembre dos produtos do tabaco, cujo preço final
apresenta mais de 50% de incidência de imposto.
Em contraste ao imposto de Pigou, lembre-se do subsídio, chamado frequentemente
de imposto negativo – quando o governo desembolsa valores com objetivo de aumentar a
produção e causar a queda do preço do bem ou serviço para o consumidor.
Assim, guarde ainda que a política de subsídio é utilizada para mercados com
externalidade positiva, como educação e pesquisa, cujos efeitos são benéficos para toda
a sociedade.
Ainda tratando dos efeitos distributivos dos tributos, lembre-se daquela outra maneira
comum do Governo atuar no mercado, causando o seu desequilíbrio, que é via Imposto de
Importação – aquele o imposto que incide sobre o preço dos bens e serviços importados.
Quando o imposto de importação de um determinado produto é majorado, o preço final
do respectivo produto aumenta e o volume de vendas diminui.
Nesse caso, o objetivo de tal medida pode ser o de proteger o mercado interno, com
argumentos baseados em indústria nascente e geração de empregos. Mas vale ressaltar
que, no entanto, o agente econômico prejudicado diretamente pela política de impostos de
importação é o consumidor dos produtos e serviços que paga preços mais altos e diminui
o consumo e o seu nível de bem-estar.
Assim, um tributo tem natureza fiscal, extrafiscal ou para fiscal:

Função dos Tributos

• Fiscal: Com o objetivo de arrecadação de recursos


financeiros para o Estado; Imposto de Renda

• Extrafiscal: Quando o objetivo é interferir no domínio


econômico, buscando regular determinados setores da
economia; Redução de IPI

• Parafiscal: Delegado pela pessoa política por lei, da


capacidade tributária ativa à terceira, possibilitando que
esta arrecade o tributo, fiscalize sua exigênciae utilize-se
dos recursos para a consecução de seus fins: Contribuição
anual paga pelos advogados à OAB.

Guarde que um tributo tem natureza fiscal quando é usado apenas para arrecadar, ou
seja, esse foco em arrecadar se dá tanto para tributos vinculados ou não vinculados. Um
tributo é vinculado quando o Estado arrecada para prestar um serviço em contrapartida a

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arrecadação como no caso das taxas. Já no segundo caso, o Estado arrecada sem qualquer
contraprestação estatal específica a arrecadação, como no caso do Imposto de Renda.
A presença da natureza extrafiscal em um tributo ocorre quando o Estado não visa
apenas à arrecadação, mas também intervir na sociedade e na economia. Assim, poder-se-á
lançar mão de um tributo extrafiscal, no sentido de evitar que uma atividade prejudicial à
economia aumente sua capacidade.
Já o tributo parafiscal é aquele cujo objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio
de atividade que, em princípio, não integra funções próprias do Estado, mas as desenvolve
por meio de entidades especificas, a exemplo dos sindicatos, OAB, SESI, SESC, contribuições
cobradas de servidores públicos para custeio de sistemas de previdência etc.

6. REGRA DE RAMSEY
A chamada “regra de Ramsey” faz um “link” entre as teorias de tributação e a elasticidade.
A ideia defendida pela regra de Ramsey é que para reduzir o impacto da tributação
sobre a economia, deve-se taxar mais bem com elasticidade baixa – motivo pelo qual
a regra de Ramsey também é conhecida como regra do inverso das elasticidades.

7. CARGA TRIBUTÁRIA E SUA EVOLUÇÃO NO BRASIL


Vamos agora ver alguns conceitos que PODEM aparecer em sua prova.
Carga Fiscal ou Carga Tributária Bruta: relação entre a totalidade de tributos pagos pela
sociedade e o Produto Interno Bruto (PIB).
Carga Tributária Líquida: relação entre a carga tributária bruta, menos as transferências
correntes às famílias e os subsídios, e o PIB.
Carga Tributária Efetiva: carga tributária recolhida aos cofres públicos.

DICA
Fique ligado(a), pois é muito comum as questões de prova
fazerem “jogo de palavras” com esses conceitos mencionados.

003. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Para que seja capaz de cumprir


suas funções, o Estado moderno precisa de uma ampla base tributária, que permita a
arrecadação de recursos suficientes para o financiamento de suas múltiplas atribuições.
A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

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Para efeitos do cálculo da carga tributária bruta, deve-se subtrair do total dos impostos,
das taxas e das contribuições arrecadadas as transferências diretas feitas para pessoas
físicas, visto que estas atuam como um redutor do imposto recolhido.

O examinador apresentou um conceito inadequado de carga tributária líquida. O correto é


a partir da carga tributária bruta ajustada pelo conjunto de transferências e de subsídios,
chegar-se à carga tributária líquida.
Errado.

Uma carga fiscal é considerada progressiva quando o resultado, após cobrança dos
tributos, gera uma melhor distribuição de renda na sociedade. Já uma carga fiscal regressiva
é aquela que, após a tributação, provoca uma maior concentração de renda na sociedade.

DICA
A progressiva melhora, desconcentra, distribui a renda, e
a regressiva piora, concentra a renda!

Assim, uma carga fiscal neutra ou proporcional não altera a distribuição de renda da
sociedade. A carga fiscal é chamada de ótima quando o sistema tributário é equitativo e
neutro, isto é, obedece aos princípios da neutralidade e da equidade, o que, na prática, é
quase impossível.

004. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Com relação ao sistema tributário brasileiro,


julgue o item que se segue.
A aplicação de uma mesma alíquota de um imposto sobre vendas a varejo para todos os
produtos contribui para um sistema tributário regressivo.

Importante ter em mente que um imposto regressivo é aquele cuja alíquota efetiva diminui à
medida que a renda aumenta. Um bom exemplo é o feijão! Para o pobre o tributo sobre esse
produto pesa muito mais do que para o rico. Em outras palavras foi isso que a assertiva disse.
Certo.

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005. (CESPE/CADE/ANALISTA/2014) Acerca da intervenção da administração pública na


economia e do uso do orçamento público como instrumento dessa intervenção, julgue o
seguinte item.
Neutralidade, progressividade e igualdade são alicerces básicos da teoria da tributação,
complementares entre si.

A Teoria da Tributação funciona como uma espécie de orientação ao Estado de como intervir
na economia via aplicação de tributos. Nessa pegada, a assertiva está correta, pois cita três
dos principais Princípios da Tributação, embora o ideal fosse utilizar a palavra equidade no
lugar de igualdade.
Certo.

Costuma-se perguntar por qual razão a carga tributária no Brasil é tão alta. A resposta
normalmente dada é que o aumento do valor dos tributos cobrados em nosso país decorre
do aumento dos gastos públicos. Realmente, após a estabilização do Plano Real, o governo
brasileiro reduziu a emissão de moeda e, para que os gastos públicos pudessem continuar
sendo financiados pela população, foi necessário aumentar a carga tributária.
Considerando em percentual do Produto Interno Bruto (PIB), como demonstrado no
gráfico seguinte (1990 – 2021), a carga tributária no Brasil vem aumentando, embora tenha
sido reduzida em alguns períodos.

Carga Tributária Bruta (% do PIB)

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De acordo com o site da Secretaria do Tesouro Nacional:

A carga tributária bruta atingiu 33,9% do PIB o maior valor da série histórica. O pico anterior
ocorreu em 2008 quando a carga atingiu 33,5% do PIB naquele ano. É importante ressaltar dois
aspectos: (i) o primeiro é que a carga tributária atingiu um patamar elevado sem que tenha
ocorrido mudança relevante na legislação tributária e; (ii) o aumento da carga nessa proporção
não reflete aumento estrutural de arrecadação.
É importante não confundir surpresa de arrecadação com aumento estrutural de carga. A
percepção equivocada de que há espaço fiscal tem criado pressões políticas para ampliar as
renúncias tributárias que podem gerar mais distorções no sistema e reduzir sua progressividade
O movimento recente de aumento da carga tributária reflete uma recuperação cíclica agudizada
pela expressiva mudança de preços relativos. Colocando em perspectiva, movimento semelhante
aconteceu na crise de 2008 quando observamos uma recuperação expressiva da carga tributária
em 2010 e 2011. Logo depois a carga voltou a cair refletindo uma normalização dos preços
relativos da economia e por conta de algumas desonerações. O movimento atual foi amplificado
porque as mudanças na composição da economia em decorrência da pandemia foram ainda mais
expressivas e que resultaram, inclusive, na aceleração da inflação.

8. INTERFERÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO NA ECONOMIA


E quais são os efeitos da ausência ou do excesso de cobrança de impostos?
— Em verdade, a interferência dos tributos na alocação de recursos na economia
ocorre pelo fato do sistema tributário não ser neutro, fato que gera um custo de
eficiência conhecido como excesso de gravame, que corresponde à diferença entre o
custo econômico (perda total do bem-estar) e o montante arrecadado pelo governo.
Os tributos podem interferir no mercado de três maneiras diferentes:
a) tornando o mercado ineficiente: na escolha dos bens a serem consumidos ou
produzidos;
b) na escolha do momento para consumo ou produção;
c) na escolha entre trabalho e lazer.

9. EFEITOS DO CRESCIMENTO E DA INFLAÇÃO NA CARGA


FISCAL
Vamos conhecer agora o efeito de curto, médio e longo prazos da inflação e do crescimento
econômico sobre a distribuição da carga fiscal.
O principal efeito do crescimento econômico na carga fiscal é o seu aumento, pois
com o crescimento econômico, ocorre uma elevação da renda dos indivíduos e uma parcela
maior da renda será tributada pelas maiores alíquotas do imposto sobre a renda.

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No que a tange à distribuição da carga fiscal, o crescimento da economia pode ter


diversos efeitos dependendo da forma desse crescimento: maior concentração ou maior
distribuição de renda em relação a situação anterior.

9.1. EFEITOS DA INFLAÇÃO


Também conhecido como “Efeito Tabela”, nada mais é do que o efeito da inflação
na distribuição da carga fiscal.
É a distorção na distribuição da carga fiscal causada por diferenças entre as variações
na renda dos indivíduos e no reajuste das tabelas de tributação do imposto de renda.
O imposto sobre a renda dos contribuintes possui, no caso do Brasil, três faixas de
alíquotas diferenciadas de acordo com o rendimento.
Quanto maior o rendimento, maior a alíquota, que é uma característica de imposto
progressivo.
Entretanto se a renda dos indivíduos, por exemplo, for reajustada por um índice “x” e a
tabela do imposto de renda não for reajustada ou seu reajuste for menor que o da renda,
uma parte do aumento será perdida pela tributação do imposto, ocorrendo um aumento
da carga tributária.
Por outro lado, se o reajuste na renda dos indivíduos for menor do que o reajuste da
tabela do imposto sobre a renda, haverá uma redução da carga tributária.

9.2. IMPOSTO INFLACIONÁRIO


É a desvalorização contínua dos recursos em poder dos contribuintes (que não estão
aplicados em nenhum investimento), como o dinheiro depositado em conta corrente, visto
que, ao longo do tempo, devido à alta dos preços, passam a ter um poder de compra cada
vez menor.
Uma característica importante do imposto inflacionário é o seu caráter altamente
regressivo, pois as classes com renda mais baixa são as mais prejudicadas, por possuírem
poucas possibilidades de aplicar seus escassos recursos no mercado financeiro para se
proteger da inflação.
Como o imposto inflacionário acaba sendo uma tributação indireta, não pode ter sua
“alíquota” aumentada indiscriminadamente (grandes taxas de inflação), pois isso causaria
uma retração da demanda por depósitos em conta corrente, que não são indexados (encaixes
bancários) e, consequentemente, o governo perderia uma de suas fontes de financiamento
(emissão de moeda).

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9.3. RECEITA DE SEIGNIORAGE


É o lucro do governo decorrente do monopólio da emissão de moeda (aumento da base
monetária).
A seigniorage (ou receita de senhoria) é necessária, pois, com a inflação e o consequente
aumento generalizado de preços, torna-se necessário aumentar o volume de dinheiro no
mercado e isto é feito pelo intermédio da emissão de moeda.

9.4. EFEITO TANZI


O Efeito Tanzi é a perda real do valor da arrecadação tributária em virtude da inflação
quando ocorre inflação no interregno entre a ocorrência do fato gerador do tributo e o seu
recolhimento aos cofres governamentais.

Hipótese de Fato Gerador


incidência in concreto

Lançamento Recolhimento

Aceleração inflacionária: ocorrência do efeito Tanzi

Veja algumas soluções adotadas no Brasil, em períodos de inflação, para atenuar o


efeito Tanzi:
• Redução do prazo de recolhimento dos tributos;
• Indexação da base de cálculo e do imposto a recolher (o valor a ser cobrado do imposto
era expresso em UFIR, cujo valor se alterava de acordo com a inflação).

10. CLASSIFICAÇÕES E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS


TRIBUTOS
Vamos conhecer as principais características e classificações dos tributos sob o
aspecto econômico.
Os impostos são denominados de acordo com a sua base de incidência: diretos e indiretos;
progressivos e regressivos.

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10.1. IMPOSTOS DIRETOS X IMPOSTOS INDIRETOS


Impostos Diretos – são tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte e não
sobre os bens ou serviços consumidos. O exemplo clássico de um imposto direto é o
imposto de renda, cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do contribuinte.
Impostos Indiretos – referem-se aos tributos que incidem sobre os bens e serviços
consumidos pelo contribuinte. Os exemplos de impostos indiretos clássicos são o imposto
sobre circulação de mercadorias (ICMS) e prestação de serviços (ISS) e o imposto sobre
produtos industrializados (IPI).

Tributos diretos e indiretos


Tributos diretos Tributos indiretos
Contribuinte pratica a Contribuinte pratica a
situação definida como situação definida como fato
fato gerador e arca com gerador e transfere o ônus
o ônus do tributo do tributo

Tributo indireto
Tributo direto contribuinte
contribuinte

Ônus Tributo indireto


Ônus comprador

IRPJ, CSLL, IPTU, II, IOF ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS

10.2. IMPOSTOS PROGRESSIVOS X IMPOSTOS REGRESSIVOS


Agora vamos ver a diferença entre a classificação de um imposto progressivo ou regressivo.
Impostos Progressivos – são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de
referência aumenta. Podemos citar como exemplo o Imposto de Renda (IR), cujas alíquotas
são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda, ou seja, quanto maior a renda
de uma pessoa física, maior a alíquota do IR.
Impostos Regressivos – são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o
valor de referência aumenta.

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Arrecadação Tributária

Impostos Regressivos

- Quando o rico paga o mesmo valor que o pobre, isso penaliza os mais pobres
porque pagam mais impostos em relação a sua renda.
- Tributos indiretos têm impacto regressivo

- Duas pessoas compram 10 kg de macarrão:


1. Rico-Renda R$20 mil
Pagou macarrão - R$17,00
Pagou de imposto - R$6,00
Imposto representa 0,01% da sua renda
2. Pobre-Renda R$20 mil
Pagou macarrão - R$17,00
Pagou de imposto - R$6,00
Imposto representa 2% da sua renda

Vamos conhecer o conceito de imposto proporcional, aquele imposto em que os


contribuintes com altas rendas e aqueles com rendas menores pagam a mesma fração de
sua renda, ou seja, pagam na mesma proporção dessa.

006. (CESPE/MPOG/APO/2012) Julgue o item seguinte, relativo às funções e ao papel


do Estado.
Em uma economia, a redistribuição direta da renda pode ser promovida por meio da
tributação de bens e serviços.

Veja que para realizar a redistribuição direta de renda o Setor Público deve evitar a tributação
indireta (tributação de bens e serviços), tendo em vista a característica de regressividade
dos tributos indiretos.
A redistribuição direta de renda deve ser por meio da tributação da renda e do patrimônio
dos indivíduos – tributação direta.
Errado.

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Em suma, temos o seguinte:

Classificação dos impostos

- Diretos: A pessoa que paga o tributo (contribuinte de fato) é a mesma que o


recolhe aos cofres públicos (contribuinte de direito). Ex: IR, IPVA, IPTU.

- Indiretos: O contribuinte de fato não é o mesmo que o de direito. Ex: ICMS


- O consumidor (contribuinte de fato) paga ao comerciante (contribuinte
de direito)

- Progressivos: Maiores para os que ganham mais e menores para os que


ganham menos. Têm percentuais diferentes e que vão aumentando conforme
a capacidade econômica do contribuinte. Ex: IR - Isento, 15% e 27,5%.

- Regressivos: São aqueles estipulados sem considerar o poder aquisitivo ou


a capacidade econômica dos contribuintes.

10.3. IMPOSTO SOBRE O CONSUMO: EM CASCATA X SOBRE O VALOR


ADICIONADO
Importante também conhecer os conceitos de imposto sobre o consumo em cascata e
imposto sobre o consumo sobre o valor adicionado.
Passemos então a entender esses conceitos e a saber diferencia-los numa eventual
questão de prova.
O imposto que incide sobre o consumo se aplica sobre bens selecionados consumidos
dentro de um país. O imposto pode ser recolhido do produtor, do fabricante, do atacadista,
do importador ou no ponto de venda final ao consumidor.
Os Impostos incidentes sobre o consumo podem ser de 2 tipos, de acordo com a
base da tributação: específicos ou ad valorem.
Os impostos de consumo específicos são aplicados por quantidade, tal como no caso
do cigarro, o maço ou quilo (ex.: $ 1,50 por maço, independente do preço). Também são
denominados ad rem (sobre a coisa).
Na prática, vemos aqueles selos em garrafas de bebidas “quentes” como a cachaça e o
uísque, além do próprio cigarro. Aqui o preço de venda não tem influência direta no valor
do imposto.
Já os impostos de consumo ad valorem são aplicados como uma porcentagem do valor
do produto. Podemos exemplificar com o valor do produto medido pelo preço do fabricante

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(exemplo: 30% do preço do fabricante), ou pelo preço pago pelos consumidores (exemplo:
20% do preço de varejo). É a situação mais comum que vemos no nosso dia a dia.
Bom, entendida a forma de cobrança do tributo incidente sobre o consumo, vamos agora
finalmente ver aqueles dois tipos de incidência: em cascata x sobre o valor adicionado.

10.3.1. IMPOSTO SOBRE CONSUMO CHAMADO DE “EM CASCATA”


Um imposto sobre consumo chamado de “em cascata” é aquele imposto que incide
sobre todas as etapas de fabricação de um produto, de modo cumulativo. Ao incidir
sobre cada etapa da cadeia produtiva, esse imposto acaba sendo incidido sobre o próprio
imposto que foi pago na etapa anterior – daí o famoso efeito cascata.
Isso aumenta enormemente os custos de produção e, consequentemente, encarece
o produto final para o consumidor, além de gerar dificuldades para desonerar as
exportações.
No Brasil, os principais tributos em cascata são a COFINS e o PIS/PASEP (na modalidade
cumulativa – de alíquota menor). A CPMF também era desse tipo, mas foi abolida em 2007.
Em contraste, temos os chamados impostos monofásicos, que não geram efeito
cascata, normalmente incidindo apenas sobre o consumo final. Tivemos nesses moldes o
Imposto sobre Vendas a Varejo (IVV), mas que não existe mais em nosso país.

007. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Com relação ao sistema tributário brasileiro,


julgue o item que se segue.
A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) contribui para a eficiência
do sistema tributário, visto que é paga por todas as pessoas ou empresas que transferirem
qualquer valor por meio dos bancos e instituições financeiras.

Como a CPMF era um tributo “em cascata”, incidindo sobre todas as etapas de fabricação de
um produto, de modo cumulativo, ela acaba incidindo sobre o próprio imposto que foi pago
na etapa anterior, o que aumenta os custos de produção e, consequentemente, encarece o
produto final para o consumidor, NÃO contribuindo para a eficiência do sistema tributário.
Errado.

008. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2013) Julgue o item seguinte, relativo à realidade econômica


atual do Brasil.

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Na estrutura tributária brasileira, há impostos cumulativos não passíveis de desoneração


plena, o que provoca prejuízos para o país no mercado interno e no externo.

A existência de impostos cumulativos não passíveis de desoneração plena acaba aumentando


os custos de produção e, consequentemente, encarecendo o produto final para o consumidor,
seja ele nacional ou estrangeiro.
Certo.

10.3.2. IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO


Por definição, valor adicionado bruto é a diferença entre o valor da produção de uma
unidade produtiva e o do seu consumo intermediário.
O valor do consumo intermediário consiste no valor dos bens e serviços consumidos
como elementos de um processo de produção, excluindo os ativos fixos, mas incluídos os
bens e serviços consumidos em atividades auxiliares – como compra, venda, armazenamento,
contabilidade, manutenção e marketing –, ou seja, o que na literatura sobre o ICMS
convencionou-se chamar de bens de uso e consumo.
Caso se subtraia do valor da produção também o valor do consumo de capital fixo,
que é o declínio no valor do estoque de ativos fixos durante o período de produção devido
à deterioração física, obsolescência ou dano acidental, obtém-se o conceito de valor
adicionado líquido.
O exemplo clássico de imposto sobre o valor adicionado é o famoso IMPOSTO SOBRE
VALOR ADICIONADO (IVA), que ainda não foi implantado no Brasil, mas que existe em
muitos países.
Guarde que os métodos de cálculo do IVA podem ser resumidos em 3: o da adição (direto),
o da subtração (indireto) e o do crédito.
De acordo com o método da adição, o IVA é calculado somando-se todos os pagamentos
a fatores de produção, incluindo lucros auferidos no período, e pela aplicação da alíquota
devida ao resultado.
Usando o método da subtração, o IVA é calculado pela subtração do total das vendas
pelo total das compras, aplicando-se sobre este resultado a alíquota do IVA, que resulta
no imposto a pagar.
Por fim, no método do crédito fiscal, o IVA é calculado aplicando-se ao total das
vendas do período a alíquota do IVA, e reduzindo-se deste resultado o valor resultante da
aplicação da alíquota no total de compras executadas no mesmo período, funcionando
assim como crédito.

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É importante saber que o ICMS também é considerado um imposto sobre o valor


adicionado, uma vez que o valor do consumo intermediário gera créditos na sua entrada
para serem deduzidos dos débitos decorrentes das vendas… mas isso é assunto para o
Direito Tributário, ou melhor, para a Legislação específica do ICMS.
No que diz respeito à disputa acerca de quem fica (se o produtor ou o consumidor)
com o ônus sobre um eventual aumento da alíquota de um tributo, de uma maneira
geral, a direção e o grau de transferência de impostos indiretos dependem da tecnologia
de produção, das elasticidades da oferta e da demanda para o bem tributado e da
estrutura do mercado onde os impostos são cobrados.

10.4. BASE DE INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO


No que diz respeito à Base de Incidência, os tributos incidem sobre a renda, incluindo
o salário que é a renda do trabalho e a renda de juros, lucros e aluguéis, sobre o consumo
e sobre o patrimônio:

Importante registar que a tributação sobre o consumo onera mais os contribuintes


de menor renda, pois um consumidor pobre que compra uma mercadoria paga o mesmo
tributo que um consumidor rico.
Nesse sentido, o Brasil é um país injusto cuja maior base de tributação é o consumo,
enquanto os países desenvolvidos, em regra, concentram a tributação sobre a renda, o
lucro e o patrimônio, de modo proporcional, ou seja, a população de renda mais alta tem
maior carga tributária.
Vamos agora diferenciar os tributos diretos dos indiretos.

Uma diferença crucial entre os impostos diretos e os indiretos com relação à maneira pela
qual afetam o contribuinte: os diretos seriam os tributos cujos contribuintes arcam por
si mesmos com o ônus compulsório da respectiva contribuição; os indiretos seriam os
tributos para os quais os contribuintes poderiam transferir, total ou parcialmente, o
ônus da contribuição para terceiros.

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Vale destacar também que, frequentemente, impostos indiretos são arrecadados em


vários estágios do processo de produção e venda, de forma que seus efeitos sobre os
preços pagos pelo consumidor final da cadeia de transações não são facilmente mensuráveis.

10.5. IMPOSTO REAL X IMPOSTO PESSOAL


Outra classificação de um tributo é se ele é real ou pessoal. Veja:

Impostos reais e pessoais

• Impostos pessoais levam em conta a qualidade individual


do contribuinte, sua capacidade contributiva para a
dosagem do aspecto quantitativo do tributo (Ex: Imposto
de renda)

• Impostos reais são aqueles decretados sob a consideração


única da matéria tributável, com total abstração das
condições individuais de cada contribuinte. (Ex: IPI, ICMS,
IPTU, IPVA etc.)

10.6. TRIBUTO DO TIPO “EXCISE TAX” X TRIBUTO “LUMP SUM”


De acordo com a teoria econômica, um tributo do tipo “excise tax” é aquele em que
temos a aplicação de uma sobretaxa tributária acrescentada ao preço de cada unidade
de um produto. Normalmente são aplicados sobre bens supérfluos e/ou nocivos à saúde,
como cigarros.
Já um imposto do tipo “lump sum” nada mais é do que um imposto fixo “per capita”,
que por ser entendido como tributo de soma fixa, corresponde a um valor fixo que não
depende da quantidade produzida ou vendida. É considerado como regressivo, sendo maior,
proporcionalmente, para aqueles que produzem e vendem menos. Guarde ainda que os
impostos lump sum independem do nível de produto (PIB), não distorcendo a eficiência da
economia, já que não quebra o pressuposto de um Ótimo de Pareto, no sentido de que não
afeta a escolha de consumo marginal do consumidor, mas sim o nível de dotação dos agentes.

11. SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO E FEDERALISMO FISCAL


Colega, quando falamos na estrutura tributária brasileira, não podemos deixar de levar
em consideração que vivemos em uma federação e, nesse sentido, o aspecto tributário é
muito relevante no que diz respeito à repartição das competências tributárias, bem como
das respectivas fontes de receita entre os entes federados.
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O problema da definição das competências tributárias → quem


arrecada o quê? Como se distribui?

UNIÃO

• PIS, COFINS, IPI, FGTS, IR, CPS

ESTADOS

• ICMS, IPVA,ITCD

MUNICÍPIOS

• IPTU, ITBI, ISS


Assim, ganha relevância conhecer o termo “Pacto Federativo”, que é frequentemente
citado nos jornais e programas de TV. Em época de eleição, é um tal de “Pacto Federativo”
para lá “Pacto Federativo” para cá… E você, sabe bem o significado dessa expressão?
No Brasil, existe uma constituição federal que visa a manter as unidades unidas à União
federal. Assim, podemos dizer que o Pacto Federativo é um acordo firmado entre a União
e os Estados federados e que neste acordo estão estabelecidas às funções, direitos e
deveres dos entes.
Desse modo, por ser uma União Federativa, teoricamente, o governo deveria ser
descentralizado, assim como a arrecadação tributária, deixando ao governo federal as
funções como a defesa nacional, emissão da moeda, e a política externa, como funciona
no modelo dos EUA.
Entretanto, o Pacto Federativo Brasileiro centraliza o poder na capital federal e
distribui os recursos arrecadados de maneira questionada, gerando guerras fiscais
entre os Estados.
Os Estados são obrigados a reduzir arrecadação para atrair empresas, em contraste
com a majoração frequente dos tributos.
Por isso, especialmente em época de eleição, é tão frequente ouvirmos falar numa
eventual reforma no pacto federativo, dando prioridade, por exemplo, aos municípios, de
modo que estes possam administrar uma maior fatia do que ali é produzido.
Na verdade, a repartição das receitas e das responsabilidades entre os entes é o
tema central da crítica ao modelo implementado pela Constituição Federal de 1988,

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pois o Brasil hoje vive uma fase de redefinições e alguns passos ora em gestação devem
delinear a nova estrutura das relações federativas
A mudança na realidade macroeconômico do país, com dificuldade crescente dos
estados de conviver com a crise financeira, fortaleceu à União com a imposição de regras
de atuação aos governos estaduais no que tange às finanças públicas.
Nesse sentido, um dos temas mais abordados é a necessidade de uma Reforma Tributária
e aliada à redistribuição das Receitas Tributárias entre os entes.
É interessante observar que a definição detalhada das receitas referentes por esfera
de governo não foi acompanhada pela definição rígida das responsabilidades de cada
ente pela utilização do conceito de competências concorrentes – mais adequado ao
caso brasileiro pelas disparidades regionais que o caracterizam.

No que tange à estrutura tributária brasileira, merece destaque o fato de que o modelo
federativo brasileiro após a CF/88 usa mecanismos compensatórios, os chamados sistema
de transferências, para minimizar os efeitos sobre a arrecadação dos Estados decorrentes
das disparidades regionais presentes no Brasil.

Importante destacar que as receitas estaduais têm basicamente duas fontes: a


arrecadação proveniente de tributos de sua competência e a decorrente das transferências
constitucionais, ou seja, o Fundo de Participação dos Estados (FPE).
A nível estadual, merece destaque o ICMS, uma espécie de imposto sobre valor adicionado,
diferente da experiência internacional. Assim, o ICMS é responsável por cerca de 25% da
carga tributária doméstica e corresponde a aproximadamente 60% da receita corrente
líquida dos Estados.
A arrecadação com ICMS pelos Estados reproduz as diferenças regionais, exigindo, por
conseguinte, adoção de mecanismos compensatórios para reduzir essas diferenças via
sistema de transferências. Assim, os recursos destinados ao FPE e ao FPM são oriundos de
parte da receita do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Vamos dar uma olhada nos artigos da nossa CF/1988 que tratam desse tema alternando
coma resolução de questões. Atente-se aos trechos destacados em negrito.

Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território


não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal
cabem os impostos municipais.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

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I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra


externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada
à despesa que fundamentou sua instituição.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e
150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que
alude o dispositivo.

009. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015/ADAPTADA) Julgue:


A contribuição sobre intervenção no domínio econômico é um imposto estadual, destinado
à construção de ferrovias estaduais e de portos secos com vistas à melhor utilização do
território nacional.

Na verdade, é uma contribuição federal.


Errado.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei,


contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores
ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo
com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 103, de 2019) (Vigência
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I – importação de produtos estrangeiros;
II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III – renda e proventos de qualquer natureza;
IV – produtos industrializados;

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010. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Acerca da estrutura tributária do Brasil, julgue:


Os Estados são os titulares da competência para o IPI.

Na verdade, o IPI é federal.


Errado.

V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;


VI – propriedade territorial rural;
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do “caput” deste artigo, devido
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do
montante da arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.

011. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
O produto da arrecadação do IOF, incidente sobre o ouro ativo financeiro, será partilhado
entre a União, o Estado e o Município onde se situa sua lavra.

Na verdade, é dividido apenas entre estados e municípios. Confira no artigo 153 da CF/1988:

§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do
montante da arrecadação nos seguintes termos:
I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;
II – setenta por cento para o Município de origem.

Errado.

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Art. 154. A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam
não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados
nesta Constituição;
II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou
não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas
as causas de sua criação.

Seção IV
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 3, de 1993)
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993) (Vide Emenda
Constitucional n. 132, de 2023) Vigência
III – propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)

012. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014/ADAPTADA) Sobre as políticas e critérios de distribuição


de receitas e encargos entre as esferas de governo no Brasil, julgue:
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o Imposto
sobre Transmissão de Bens Imóveis Inter vivos (ITBI) e o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) são de competência dos Estados.

Na verdade, o ITBI é imposto de competência dos municípios.


Errado.

DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS


Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;

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III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993) (Vide Emenda Constitucional
n. 132, de 2023) Vigência

013. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Acerca da estrutura tributária do Brasil, julgue:


A arrecadação do ISS e do ICMS é compartilhada entre o Estado e o Município.

Na verdade, o ISS é arrecadado pelos municípios que ficam com 100% da sua receita.
Errado.

Seção VI
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:


I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;

014. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
O imposto de renda retido na fonte, incidente sobre os salários dos servidores públicos
estaduais, retorna parcialmente aos estados de origem por meio do Fundo de Participação
dos Estados.

Na verdade, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os salários dos
servidores públicos estaduais fica para o próprio estado, ou seja, o valor não precisa ser
enviado para a União.
Errado.

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II – vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;
II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da
opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de
19.12.2003)
III – 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios e, em relação a veículos
aquáticos e aéreos, cujos proprietários sejam domiciliados em seus territórios; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)

015. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
O produto da arrecadação do IPVA só deverá ser partilhado entre estados e municípios se
estes últimos estiverem efetuando investimentos em obras viárias ou de transporte público.

Na verdade, inexiste esse condicionante, ou seja, os estados são obrigados a repassar 50%
da arrecadação do IPVA aos municípios.
Errado.

IV – 25% (vinte e cinco por cento): (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
a) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023) (Vide Emenda Constitucional
n. 132, de 2023) Vigência
b) do produto da arrecadação do imposto previsto no art. 156-A distribuída aos Estados. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 1º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, “a”, serão
creditadas conforme os seguintes critérios: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
(Vide Emenda Constitucional n. 132, de 2023) Vigência

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I – 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 108, de 2020)
II – até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada,
obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em
indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado
o nível socioeconômico dos educandos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 108, de 2020)
§ 2º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, “b”, serão
creditadas conforme os seguintes critérios: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
I – 80% (oitenta por cento) na proporção da população; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
132, de 2023)
II – 10% (dez por cento) com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem
e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos, de acordo com
o que dispuser lei estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
III – 5% (cinco por cento) com base em indicadores de preservação ambiental, de acordo com o
que dispuser lei estadual; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
IV – 5% (cinco por cento) em montantes iguais para todos os Municípios do Estado. (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional n. 55, de 2007)
I – do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados e do imposto previsto no art. 153, VIII, 50% (cinquenta por cento), da
seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal; (Vide Lei Complementar n. 62, de 1989) (Regulamento)
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; (Vide
Lei Complementar n. 62, de 1989) (Regulamento)
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional,
de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do
Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; (Regulamento)
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 55, de 2007)
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional n. 84, de 2014)
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 112, de 2021)
Produção de efeitos

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016. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
Os Fundos de Participação de Estados e Municípios são compostos por recursos provenientes
da arrecadação do Imposto sobre a Renda, do IPI, da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido e do ICMS.

Na verdade, os impostos que compõem estes fundos são o Imposto de Renda (IR) e o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Errado.

II – do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados e do imposto previsto


no art. 153, VIII, 10% (dez por cento) aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao
valor das respectivas exportações de produtos industrializados; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 132, de 2023)

017. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
A repartição de receitas estimula a atividade exportadora dos estados na medida em que
parte da arrecadação do IPI é a eles transferida, proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializados.

Note que existe um estímulo às exportações em nosso país, na medida em que parte da
arrecadação do IPI é transferida aos estados proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializados.
Certo.

III – do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista


no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos
na forma da lei, observadas as destinações a que se referem as alíneas “c” e “d” do inciso II do
referido parágrafo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)

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§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I,
excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza
pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos
arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do
montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais
participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos
que receberem nos termos do inciso II do caput deste artigo, observados os critérios estabelecidos
no art. 158, § 1º, para a parcela relativa ao imposto sobre produtos industrializados, e no
art. 158, § 2º, para a parcela relativa ao imposto previsto no art. 153, VIII. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por
cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
Art. 159-A. Fica instituído o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, com o objetivo de
reduzir as desigualdades regionais e sociais, nos termos do art. 3º, III, mediante a entrega de
recursos da União aos Estados e ao Distrito Federal para: (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 132, de 2023)
I – realização de estudos, projetos e obras de infraestrutura; (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 132, de 2023)
II – fomento a atividades produtivas com elevado potencial de geração de emprego e renda, incluindo
a concessão de subvenções econômicas e financeiras; e (Incluído pela Emenda Constitucional n.
132, de 2023)
III – promoção de ações com vistas ao desenvolvimento científico e tecnológico e à inovação.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 1º É vedada a retenção ou qualquer restrição ao recebimento dos recursos de que trata o
caput. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 2º Na aplicação dos recursos de que trata o caput, os Estados e o Distrito Federal priorizarão
projetos que prevejam ações de sustentabilidade ambiental e redução das emissões de carbono.
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
§ 3º Observado o disposto neste artigo, caberá aos Estados e ao Distrito Federal a decisão
quanto à aplicação dos recursos de que trata o caput. (Incluído pela Emenda Constitucional n.
132, de 2023)
§ 4º Os recursos de que trata o caput serão entregues aos Estados e ao Distrito Federal de acordo
com coeficientes individuais de participação, calculados com base nos seguintes indicadores e
com os seguintes pesos: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
I – população do Estado ou do Distrito Federal, com peso de 30% (trinta por cento); (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)
II – coeficiente individual de participação do Estado ou do Distrito Federal nos recursos de que
trata o art. 159, I, “a”, da Constituição Federal, com peso de 70% (setenta por cento). (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 132, de 2023)

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§ 5º O Tribunal de Contas da União será o órgão responsável por regulamentar e calcular os


coeficientes individuais de participação de que trata o § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 132, de 2023)
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos
atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos
adicionais e acréscimos relativos a impostos.
§ 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega
de recursos: (Renumerado do Parágrafo único pela Emenda Constitucional n. 113, de 2021)
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 29, de 2000)
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 29, de 2000)
§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as renegociações de
débitos de qualquer espécie, inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos
conterão cláusulas para autorizar a dedução dos valores devidos dos montantes a serem repassados
relacionados às respectivas cotas nos Fundos de Participação ou aos precatórios federais. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 113, de 2021)
Art. 161. Cabe à lei complementar:
I – definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, § 1º, I; (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 132, de 2023) (Vide Emenda Constitucional n. 132, de 2023) Vigência
II – estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre
os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio
sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;
III – dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação
das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos
fundos de participação a que alude o inciso II.
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do
mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os
recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica
dos critérios de rateio.
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município;
os dos Estados, por Município.

REFORMA TRIBUTÁRIA E FEDERALISMO FISCAL


Como podemos observar, a EC n. 132/2023, que institui a Reforma Tributária,
modificou bastante a nossa Constituição Federal de 1988, com forte impacto no
Federalismo Fiscal brasileiro.
Inovou ao agregar a sustentabilidade ambiental e defesa do meio ambiente com menção
expressa à redução das emissões de carbono em seu artigo 43 § 4º.

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Reforçou princípios da tributação: simplicidade, transparência, justiça tributária e


cooperação.
No que diz respeito ao federalismo fiscal, gradual extinção dos tributos repartíveis
(IPI e ICMS), novas regras foram estabelecidas.
Da parte do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) que é distribuída aos estados e ao
DF, 25% (vinte e cinco por cento) devem ser distribuídos aos municípios de acordo com
critérios (artigo 158, IV e § 2º) baseados na proporção da população, em indicadores de
aprendizagem e equidade, em indicadores de preservação ambiental e em partes iguais
para todos os municípios.
Dez por cento do IBS deve ser destinado aos estados e ao DF, proporcionalmente ao
valor das respectivas exportações de produtos industrializados. Desse valor, 25% (vinte e
cinco por cento) devem ser distribuídos aos municípios (artigo 59, II).
Foi criado o chamado “conselhão”, apelido dado ao comitê gestor do IBS que terá
representação paritária entre estados, DF e municípios.
Também foi criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (artigo 159-A) cujo
foco é reduzir as desigualdades regionais, mediante a entrega de recursos da União aos
estados e DF.

Em termos de teoria econômica, existem algumas correntes teóricas sobre o


Federalismo Fiscal.
Comecemos pela denominada corrente Normativa, que é a favor do governo local
e prefere os possíveis defeitos das instituições locais ao centralismo, o que implica o
estabelecimento de um sistema de arrecadações próprias e partilhadas.
O foco da teoria normativa é distribuir racionalmente, entre os entes, as competências
tributárias e as responsabilidades no tocante à provisão de bens públicos.
É da diferença entre a capacidade de tributar e a de gastar que surgem as transferências
intergovernamentais.
A segunda corrente é denominada “Flypaper effect”.
Caracteriza-se como um sistema estruturado na arrecadação centralizada de tributos,
com posterior redistribuição mediante transferências do governo nacional para os governos
subnacionais, pode ocasionar gastos excessivos.
Existe a possibilidade de o governo local aumentar seus dispêndios sem que ocorra
elevação na tributação, tendo em vista que os recursos arrecadados – para viabilizarem as
transferências – provêm de uma base que engloba todo o país.
Assim, o crescimento no gasto será maior para um aumento das transferências
intergovernamentais comparativamente ao crescimento decorrente de majoração da
arrecadação tributária local.

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A terceira corrente é a chamada “MARKET PRESERVING FEDERALISM”.


Trata-se de abordagem neoliberal e é sinônimo de federalismo competitivo, pois encara
a “competição” como instrumento de eficiência no gasto público.
Isso requer a efetivação de programas de investimentos e implica uma “competição”
intrínseca às ações governamentais e, não raro, “guerras” fiscais.
A quarta e talvez mais famosa e mais presente em provas de concursos é a corrente
de Charles Tiebout que constatou que o nível de gasto e a sua composição diferem entre
localidades. Logo, as pessoas escolherão residir nos locais em que a oferta de bens
públicos satisfaçam as suas preferências.
O modelo presume que:
a) as pessoas têm a liberdade de se locomover entre as municipalidades;
b) possuem completo conhecimento da estrutura tributária dos diversos municípios.
Os Pressupostos do modelo de Tiebout são:
• O equilíbrio é atingido quando as pessoas decidem residir nas comunidades que
melhor satisfazem as suas preferências.
• nenhuma externalidade é produzida a partir do comportamento dos governos locais;
• mobilidade total dos indivíduos e perfeita informação dos agentes no tocante às
comunidades;
• existência de um número considerável de localidades para que a pessoa possa encontrar
alguma que satisfaça plenamente suas demandas por bens públicos;
• se a quantidade de serviços públicos aumenta, seu custo aumenta na mesma proporção;
• os serviços públicos são financiados mediante tributação direta.
Por fim temos a quinta corrente que é adepta da TEORIA DE OATES, que estuda o
federalismo como instrumento de cooperação entre níveis de governo.
Logo, a divisão de tarefas deveria ser de acordo com a abrangência territorial do bem
público. Assim, os governos locais conheceriam melhor as preferências de seus cidadãos
do que o governo central.
Guarde que enquanto Tiebout se apoiava na mobilidade como mecanismo para revelar as
preferências dos indivíduos, Oates defende que o governo local possui melhores condições
de conhecer tal preferência.
Nessa toada temos o Dilema da descentralização fiscal: jurisdições grandes são capazes
de gerar ganhos de escala em termos de benefícios, porém as jurisdições pequenas podem
oferecer bens públicos mais próximos da preferência cidadão.

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RESUMO
VISÃO GERAL DA ECONOMIA COM GOVERNO

Trabalho

Salários

Trabalho Bens

FAMÍLIAS Salários GOVERNOS Despesas EMPRESAS

Impostos Impostos

Bens

Despesas

TRIBUTAÇÃO
Princípio da produtividade: significa que o volume de arrecadação do imposto deve
ser maior do que os custos de sua obtenção.
Princípio da neutralidade: a ideia é que o tributo que não provoque mudança nos preços
relativos da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.
Princípio da equidade: considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo
suas posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos
serviços públicos.
Princípio da capacidade de contribuição: está relacionado à arrecadação tributária
seguindo a ideia que cada contribuinte deve pagar segundo seus ganhos e propriedade.
A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer e nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Teoria do peso morto da tributação – está relacionado ao custo social dos tributos. A
ideia aqui é que quanto maior a tributação, em regra, maior o peso morto, ou seja, a produção
perdida. Trata-se na verdade de uma forma de ineficiência econômica. Esta ineficiência
corresponde em verdade à perda gerada para a economia como um todo, medida pela
perda de excedente do consumidor e pela perda de excedente do produtor que não são
compensadas pelo ganho de arrecadação tributária do governo.
A ideia da defendida pela regra de Ramsey é que para reduzir o impacto da tributação
sobre a economia, deve-se taxar mais bem com elasticidade baixa – motivo pelo qual a
regra de Ramsey também é conhecida como regra do inverso das elasticidades.

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Tipos de Impostos
Impostos Diretos: são tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte e não sobre
os bens ou serviços consumidos. O exemplo de um imposto direto é o imposto de renda,
cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do contribuinte.
Impostos Indiretos: referem-se aos tributos que incidem sobre os bens e serviços
consumidos pelo contribuinte. Os exemplos de impostos indiretos citados são: o imposto
sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços e o imposto sobre produtos
industrializados.
Impostos Progressivos: são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de
referência aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de renda, cujas
alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
Impostos Regressivos: são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor
de referência aumenta.
Imposto Proporcional: os contribuintes pagam a mesma fração de sua renda, ou seja,
pagam na mesma proporção da sua renda.

Imposto sobre o consumo em cascata e sobre valor adicionado


O imposto que incide sobre o consumo se aplica sobre bens selecionados consumidos
dentro de um país. O imposto pode ser recolhido do produtor, do fabricante, do atacadista,
do importador ou no ponto de venda final ao consumidor.
Os Impostos incidentes sobre o consumo podem ser de 2 tipos, de acordo com a base
da tributação: específicos ou ad valorem.
Os impostos de consumo específicos são aplicados por quantidade, tal como no caso
do cigarro, o maço ou quilo (exemplo: $ 1,50 por maço, independente do preço). Na prática,
vemos aqueles selos em garrafas de bebidas “quentes” como a cachaça e o uísque, além
do próprio cigarro. Aqui o preço de venda não tem influência direta no valor do imposto.
Já os impostos de consumo ad valorem são aplicados como uma porcentagem do valor
do produto. Podemos exemplificar com o valor do produto medido pelo preço do fabricante
(exemplo: 30% do preço do fabricante), ou pelo preço pago pelos consumidores (exemplo:
20% do preço de varejo). É a situação mais comum que vemos no nosso dia a dia.

Imposto sobre valor adicionado


Por definição, valor adicionado bruto é a diferença entre o valor da produção de uma
unidade produtiva e o do seu consumo intermediário.

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MAPA MENTAL
Produtividade
Neutralidade
Princípios da Trbutação
Equidade
Capacidade Contributiva

Curva de Lafer Uma tributação exagerada acaba por ser


ineficaz em temos de receita fiscal

TRIBUTAÇÃO
Finaciamento dos Gastos
Públicos - PARTE 1 Peso Morto da
Tributação x ótimo
de Pareto

Diretos x Indiretos
Progressivos x Regressivos
Classificação dos Tributos
Natureza Fiscal, Extra
Fiscal e Parafiscal

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/IBAMA/ANALISTA/2013) A respeito do orçamento público e da atuação do


governo nas finanças públicas, julgue o item subsequente.
O conceito de progressividade não está submetido aos princípios elementares da teoria
da tributação.

002. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Com relação à economia do setor público, julgue o


próximo item.
A curva de Lorenz, geralmente apresentada por uma curva em forma de parábola, representa
a relação entre a receita do governo com o imposto a distintas alíquotas.

003. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Para que seja capaz de cumprir suas


funções, o Estado moderno precisa de uma ampla base tributária, que permita a arrecadação
de recursos suficientes para o financiamento de suas múltiplas atribuições. A respeito desse
assunto, julgue o item a seguir.
Para efeitos do cálculo da carga tributária bruta, deve-se subtrair do total dos impostos,
das taxas e das contribuições arrecadadas as transferências diretas feitas para pessoas
físicas, visto que estas atuam como um redutor do imposto recolhido.

004. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Com relação ao sistema tributário brasileiro,


julgue o item que se segue.
A aplicação de uma mesma alíquota de um imposto sobre vendas a varejo para todos os
produtos contribui para um sistema tributário regressivo.

005. (CESPE/CADE/ANALISTA/2014) Acerca da intervenção da administração pública na


economia e do uso do orçamento público como instrumento dessa intervenção, julgue o
seguinte item.
Neutralidade, progressividade e igualdade são alicerces básicos da teoria da tributação,
complementares entre si.

006. (CESPE/MPOG/APO/2012) Julgue o item seguinte, relativo às funções e ao papel


do Estado.
Em uma economia, a redistribuição direta da renda pode ser promovida por meio da
tributação de bens e serviços.

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007. (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Com relação ao sistema tributário brasileiro,


julgue o item que se segue.
A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) contribui para a eficiência
do sistema tributário, visto que é paga por todas as pessoas ou empresas que transferirem
qualquer valor por meio dos bancos e instituições financeiras.

008. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR/2013) Julgue o item seguinte, relativo à realidade econômica


atual do Brasil.
Na estrutura tributária brasileira, há impostos cumulativos não passíveis de desoneração
plena, o que provoca prejuízos para o país no mercado interno e no externo.

009. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015/ADAPTADA) Julgue:


A contribuição sobre intervenção no domínio econômico é um imposto estadual, destinado
à construção de ferrovias estaduais e de portos secos com vistas à melhor utilização do
território nacional.

010. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Acerca da estrutura tributária do Brasil, julgue:


Os Estados são os titulares da competência para o IPI.

011. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
O produto da arrecadação do IOF, incidente sobre o ouro ativo financeiro, será partilhado
entre a União, o Estado e o Município onde se situa sua lavra.

012. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014/ADAPTADA) Sobre as políticas e critérios de distribuição


de receitas e encargos entre as esferas de governo no Brasil, julgue:
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o Imposto
sobre Transmissão de Bens Imóveis Inter vivos (ITBI) e o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) são de competência dos Estados.

013. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Acerca da estrutura tributária do Brasil, julgue:


A arrecadação do ISS e do ICMS é compartilhada entre o Estado e o Município.

014. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
O imposto de renda retido na fonte, incidente sobre os salários dos servidores públicos
estaduais, retorna parcialmente aos estados de origem por meio do Fundo de Participação
dos Estados.

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015. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
O produto da arrecadação do IPVA só deverá ser partilhado entre estados e municípios se
estes últimos estiverem efetuando investimentos em obras viárias ou de transporte público.

016. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
Os Fundos de Participação de Estados e Municípios são compostos por recursos provenientes
da arrecadação do Imposto sobre a Renda, do IPI, da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido e do ICMS.

017. (FCC/ALEPE/ANALISTA-LEGISLATIVO/2014/ADAPTADA) Acerca do Federalismo Fiscal


brasileiro realizado por meio da repartição das receitas públicas, julgue:
A repartição de receitas estimula a atividade exportadora dos estados na medida em que
parte da arrecadação do IPI é a eles transferida, proporcionalmente ao valor das respectivas
exportações de produtos industrializados.

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QUESTÕES DE CONCURSO

018. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2013) Os Gráficos abaixo mostram, em linha


cheia, várias possíveis relações entre o imposto de renda devido pela pessoa física e o seu
nível de renda.
A única relação na qual o imposto é progressivo a partir de certo nível de renda é a apresentada
no Gráfico
a) d)

b)
e)

c)

019. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2009) Quando um determinado imposto é criticado


por ser regressivo, o princípio tributário no qual a crítica se baseia é o princípio da(o)
a) capacidade econômica do contribuinte.
b) eficiência econômica.
c) neutralidade alocativa.
d) facilidade administrativa.
e) benefício ao contribuinte.

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020. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2009) Considere os seguintes critérios básicos:


I – generalidade;
II – individualidade;
III – cumulatividade;
IV – progressividade;
V – universalidade.
O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, uma vez atendidos os princípios constitucionais
tributários, deve também atender aos critérios
a) I, II e III, apenas.
b) I, IV e V, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II, IV e V, apenas.
e) III, IV e V, apenas.

021. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA/2008) Um imposto é considerado progressivo quando


a) leva ao desenvolvimento econômico.
b) incide, com um percentual maior, sobre as pessoas de maior renda da população.
c) sua arrecadação aumenta com a expansão da produção.
d) aumenta com o passar do tempo.
e) aumenta o seu percentual com a quantidade vendida pela empresa.

022. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA/2008) É INCORRETO afirmar que a descentralização


fiscal, com governos locais e um governo central auferindo partes da arrecadação tributária,
tem a vantagem de permitir que
a) haja a adoção, por parte do governo central, de políticas macroeconômicas, de distribuição
de renda, de segurança nacional e outras uniformes em todo o país.
b) haja um certo grau de competição dos governos locais na oferta de alguns bens públicos
à população.
c) as regiões mais pobres passem a estabelecer tarifas alfandegárias para os produtos das
regiões desenvolvidas do país, levando à substituição de importações e ao desenvolvimento local.
d) ao menos uma parte da arrecadação tributária reflita as preferências regionais, locais,
mais facilmente captadas pelos governantes locais.
e) a população participe e fiscalize mais diretamente o uso dos recursos públicos locais.

023. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2007) No estabelecimento de um sistema tributário,


o clássico Princípio da Equidade sugere que
a) um imposto que incida mais de uma vez sobre uma atividade produtiva não é adequado.
b) os tributos devem incentivar os investimentos e o crescimento da economia.

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c) os impostos devem corrigir as distorções na alocação de recursos causadas pelas


imperfeições de mercado.
d) a capacidade individual de contribuição é um critério importante para a escolha dos
tributos.
e) a política fiscal deve ser usada para a estabilização da economia.

024. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ANALISTA/2018) Um imposto que incide sobre todas as etapas


intermediárias dos processos produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, da
origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em consequência,
na fixação de seu preço de venda é denominado imposto
a) indireto
b) cumulativo
c) progressivo
d) proporcional
e) não cumulativo

025. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ANALISTA/2008) Quanto à classificação dos tributos, o


imposto de renda por declaração é considerado um tributo
a) real, porque não leva em consideração as condições do contribuinte, tratando igualmente
a todas as pessoas.
b) indireto, porque o tributo pago pode ser ressarcido pelo Estado e por terceiros.
c) direto, porque a incidência ocorre quando, numa só pessoa, reúnem-se as condições de
contribuinte previstas na legislação.
d) fixo, porque o valor do imposto é determinado em garantia certa.
e) proporcional, porque é um imposto estabelecido em percentagem única incidente sobre
o valor da matéria tributável.

026. (CESGRANRIO/SEAD-TO/ANALISTA/2004) Considerando que o peso morto do imposto


é a redução do excedente total decorrente da sua aplicação e que a receita tributária é
igual ao montante do imposto multiplicado pela quantidade vendida do bem, analise os
gráficos abaixo.

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A partir desses gráficos, pode-se afirmar corretamente que um imposto:


a) pequeno tem um peso morto elevado e resulta em uma reduzida receita tributária.
b) médio tem um peso morto pequeno e resulta em uma elevada receita tributária.
c) muito elevado resulta em um peso morto também muito elevado com uma arrecadação
pequena, pois o imposto aumenta sensivelmente o tamanho do mercado.
d) muito elevado resulta em um peso morto também muito elevado com uma arrecadação
pequena, pois o imposto reduz sensivelmente o tamanho do mercado.
e) muito elevado resulta em um peso morto também muito elevado com uma arrecadação
elevada.

027. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/AGENTE-FISCAL/2022) O princípio da equidade estabelece


que o sistema tributário deve ser justo. Com base nisso, as alíquotas efetivas deveriam ser
crescentes de acordo com a capacidade contributiva. Trata-se do conceito de
a) equidade horizontal.
b) equidade neutra.
c) equidade distributiva.
d) equidade vertical.
e) equidade alocativa.

028. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/AGENTE-FISCAL/2022) Um imposto é considerado


proporcional quando
a) suas alíquotas são fixadas em porcentagens variáveis e crescentes.
b) estabelecido em porcentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável.
c) determinado o seu quantum em quantia certa, independentemente de cálculos.
d) o seu fato gerador é representado pelo pagamento de outro imposto.
e suas alíquotas são fixadas em valores absolutos iguais e corrigidos pela inflação.

029. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/AGENTE-FISCAL/2022) A curva de Laffer demonstra que


a) na medida que ocorre a tributação, a receita será sempre crescente.
b) o mau desempenho da economia deve-se à elevada tributação.
c) a redução da tributação estimula a recuperação econômica que, por sua vez, aumenta
a arrecadação do governo.
d) a inflação pode ser evitada com maiores níveis de arrecadação tributária.
e taxas muito baixas de impostos podem ser aumentadas, enquanto a curva for ascendente
e arrecadação do governo aumentar.

030. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/ECONOMISTA/2022) O problema com o aumento dos


impostos é que sempre há um limite. Por exemplo, se aumentarmos demais o IPI (imposto

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sobre produtos industrializados), haverá um desestímulo à produção desses bens, de


modo que a arrecadação do imposto pode até cair, em vez de subir com aquele aumento.
A situação descrita aqui é representada graficamente pela
a) curva de Phillips.
b) curva de Gauss.
c) curva de Laffer.
d) curva de Engle.
e) curva de Tanzi.

031. (VUNESP/PREF-ILHA-BELA/ANALISTA/2020) O imposto per capita seria um imposto


em que cada cidadão paga uma quantidade fixa, independentemente do seu nível de renda.
Esse imposto pode ser classificado como
a) igualitário.
b) proporcional.
c) progressivo.
d) regressivo.
e) indireto.

032. (VUNESP/ISS-S.JOSÉ-RIO-PRETO/AUDITOR/2014) Um imposto é progressivo quando


a) onera de forma uniforme todos os contribuintes, independentemente de seu nível de renda.
b) estabelece alíquotas fixas sobre o consumo de bens e serviços.
c) incide com mais intensidade sobre os contribuintes de renda mais baixa.
d) os contribuintes de rendas mais elevadas pagam imposto numa proporção maior de sua
renda que aqueles de rendas mais baixas.
e) sua arrecadação aumenta na mesma proporção que a renda dos contribuintes.

033. (VUNESP/ISS-S.JOSÉ-RIO-PRETO/AUDITOR/2014) Em relação aos impostos indiretos


sobre vendas nos mercados em concorrência perfeita, é correto afirmar que
a) o produtor sempre consegue repassar o ônus do aumento da alíquota do tributo
integralmente ao consumidor.
b) se, em módulo, a elasticidade-preço da oferta ao preço vigente no mercado for menor
que a da demanda, o ônus decorrente de um aumento na alíquota do imposto recairá mais
sobre os produtores do que sobre os consumidores.
c) se a curva de demanda for infinitamente elástica, o ônus da instituição de um imposto
sobre vendas recairá integralmente sobre os consumidores.
d) a instituição do imposto não afetará o preço e a quantidade produzida nesse mercado
se a curva de oferta for infinitamente elástica.
e) a quantidade transacionada no mercado após a instituição do imposto será tanto menor
quanto menos elástica for a curva de demanda dos consumidores.
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034. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) Um país adotou o imposto “sobre o cheque”, fazendo


com que todas as transferências bancárias e pagamentos em cheque fossem tributados
em 0,25%. Diante do sucesso desse imposto, as autoridades decidiram aumentar a alíquota
para 2%. A partir daí as transações bancárias passaram a ficar muito onerosas e as pessoas
passaram a reduzir drasticamente seus pagamentos em cheque e transferências, passando a
usar dinheiro vivo na maioria de suas transações o que, na prática, fez com que a arrecadação
desse imposto diminuísse. Esse fenômeno é descrito pela
a) Curva de Phillips.
b) Curva de Laffer.
c) Curva LM.
d) Curva de Lorenz.
e) Curva de Modigliani.

035. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) O Princípio que estabelece que a tributação deve ser


otimizada de forma a interferir o mínimo possível na alocação de recursos da economia é
denominado princípio do(a)
a) neutralidade.
b) equidade.
c) benefício.
d) simplicidade.
e) capacidade produtiva.

036. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) Um imposto sobre a renda em que o indivíduo que


ganha R$ 1.000,00 paga R$ 100,00 de imposto, o que ganha R$ 2.000,00 paga R$ 200,00 e
um imposto de vendas em que um item vendido é tributado em 5% sobre o preço de venda
são, respectivamente,
a) progressivo e proporcional.
b) progressivo e regressivo.
c) regressivo e regressivo.
d) regressivo e proporcional.
e) proporcional e regressivo.

037. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA/2021) Sobre a estrutura tributária de um país,


a) o critério de capacidade de contribuição propõe atribuir a cada indivíduo um ônus
equivalente aos benefícios percebidos pelos programas governamentais.
b) o princípio básico da equidade dá o mesmo tratamento contributivo a indivíduos
considerados desiguais.

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c) o critério de benefício propõe repartir o ônus tributário em função das respectivas


capacidades individuais de contribuição.
d) o princípio da neutralidade refere-se à melhoria que o tributo promove sobre as decisões
de alocação de recursos por parte dos mercados.
e) a produtividade dos tributos em contribuir com a receita fiscal é medida pelos coeficientes
de elasticidade de receita em relação à renda nacional para diferentes alternativas de
tributação

038. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA/2021) Em condições de concorrência perfeita, sobre a


aplicação de um imposto (lump-sum) sobre o preço do bem transacionado em um mercado,
a) o imposto não afeta o equilíbrio de mercado, se o governo direcionar o valor arrecadado
para melhorias na infraestrutura do país.
b) a quantidade demandada no mercado será igual à do equilíbrio sem aplicação do imposto.
c) como o tributo elevará o preço do bem, os produtores venderão maior quantidade do bem.
d) a elasticidade-renda da demanda determina sozinha a cunha fiscal.
e) a cunha fiscal tem seu valor determinado pela elasticidade-preço da demanda e
elasticidade-preço da oferta.

039. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) O sistema tributário brasileiro revela que


a) a incidência de impostos indiretos é necessariamente regressiva em termos da equidade
da distribuição pessoal da renda disponível.
b) uma estrutura tributária com maior parcela de impostos diretos será obrigatoriamente
mais progressiva do que uma em que predomine a arrecadação de impostos indiretos.
c) a carga tributária é definida como a parcela da renda das famílias destinada aos cofres
do setor público.
d) a carga tributária é constituída por impostos, contribuições patronais e taxas.
e) a tributação dos lucros empresariais é progressiva do ponto de vista social, pois penaliza
apenas as empresas, impedindo-as de repassar tais custos aos consumidores.

040. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Na estrutura tributária do Brasil,


a) há situações em que os impostos podem ser utilizados como instrumento extrafiscal.
b) a arrecadação do ISS e do ICMS é compartilhada entre o Estado e o Município.
c) não há imposto que se apresenta como seletivo e indireto ao mesmo tempo.
d) os Estados são os titulares da competência para o IPI.
e) impostos não podem incidir em todas as etapas de produção.

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041. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) A respeito dos impostos, a curva de Laffer


a) preconiza que aumentos de alíquotas geram maiores receitas de impostos,
independentemente do nível da alíquota.
b) demonstra que fortes elevações de alíquotas garantem fundos para aumento dos gastos
públicos.
c) mostra que baixas alíquotas estão relacionadas com maior sonegação.
d) esclarece o motivo pelo qual a receita tributária máxima se dá com uma alíquota de 100%.
e) evidencia que pode haver uma alíquota específica que produz uma receita tributária
máxima.

042. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Considere a afirmação que segue: quando as alíquotas


de impostos são altas o suficiente, um aumento adicional na alíquota de imposto pode levar
a uma diminuição das receitas arrecadadas.
A representação desta relação se dá pela chamada curva de
a) Phillips.
b) Engel.
c) Rendimento.
d) Laffer.
e) Hec.

043. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) A Curva de Laffer nos alerta para uma relação entre
a) a inflação e o desemprego em contexto em que a elasticidade renda é responsiva às
variações da quantidade e da velocidade de circulação da moeda em dado momento.
b) a capacidade de financiamento do setor público e o nível de arrecadação em contexto
em que se observa um hiato do produto positivo.
c) as elasticidades de oferta e demanda em um determinado mercado e o comportamento
da receita tributária perante variações na alíquota de um dado imposto que incide sobre
esse mercado.
d) o comportamento do preço e da quantidade de um dado produto perante as variações
da oferta e da demanda de dois ou mais insumos em contexto de pleno emprego.
e) as variações na oferta de moeda e o nível de emprego, quando aumentos no investimento
agregado implicam em elevação da taxa de juros real da economia.

044. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) Um imposto


a) é progressivo quando a participação dos impostos na renda dos agentes diminui conforme
a renda aumenta.
b) é direto quando incide sobre o preço das mercadorias, independentemente de quem
pague o imposto.

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c) é neutro quando a participação dos impostos na renda dos agentes aumenta conforme
a renda aumenta.
d) pode ser do tipo valor adicionado, quando é devido apenas sobre o valor agregado ou
acrescido.
e) não pode contemplar a possibilidade de ter objetivo além do fiscal.

045. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Ao escolher o tipo de impostos, existe um trade-off


(conflito) entre
a) eficiência produtiva e arrecadação.
b) receita e lucro.
c) eficiência e justiça.
d) justiça e lucro.
e) eficiência alocativa e receita.

046. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere as seguintes afirmações a respeito de


características de impostos.
I – Utilização como instrumento extrafiscal, com função regulatória.
II – Incidência em todas as etapas de circulação.
III – Majoração submetida ao princípio da anterioridade de um ano.
IV – Vinculação a especificadas atividades estatais frente ao agente obrigado.
Em relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI, está correto o que se afirma
APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e II.
e) III e IV.

047. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) A extrafiscalidade característica do Imposto de


Importação é destacada por
a) ser exclusivamente arrecadatório.
b) depender de lei específica para que seja alterada sua alíquota.
c) ser o mesmo para todas as importações.
d) ser alterado pelos executivos estaduais.
e) atuar como instrumento de intervenção estatal no comércio exterior.

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048. (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) O ICMS é um imposto


a) não seletivo, não cumulativo e direto.
b) seletivo, cumulativo e indireto.
c) não seletivo, cumulativo e indireto.
d) seletivo, não cumulativo e direto.
e) seletivo, não cumulativo e indireto.

049. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) A Teoria da Tributação estabelece que o sistema


tributário ideal
I – distribui o ônus tributário equitativamente entre os diversos indivíduos da sociedade.
II – adota o conceito de progressividade, segundo o qual deve-se tributar menos quem tem
uma renda mais elevada.
III – segue o princípio da justiça empresarial, isto é, os impostos devem ser formulados com
vistas a melhorar o poder econômico das empresas
IV – atende ao critério da simplicidade, ou seja, o sistema tributário deve ser de fácil
compreensão para os contribuintes e de fácil arrecadação por parte do governo.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

050. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) A carga tributária é definida como a parcela da renda


interna destinada aos cofres do setor público. Sobre ela, no caso brasileiro, tem-se que:
a) a carga tributária líquida é sempre maior do que a carga tributária bruta, pois esta
última definição desconsidera as transferências que o governo deve efetuar por lei para
os contribuintes.
b) a arrecadação de impostos indiretos constitui uma das principais fontes de recursos
para todos os entes federativos.
c) a cobrança do ICMS é motivo de harmonização tributária entre os estados da federação e
suas subunidades municipais, os quais dividem a prerrogativa da arrecadação desse imposto.
d) a contribuição sobre intervenção no domínio econômico é um imposto estadual, destinado
à construção de ferrovias estaduais e de portos secos com vistas à melhor utilização do
território nacional.
e) o imposto de renda é um tributo federal que incide apenas indiretamente sobre a renda
dos contribuintes, pois sua alíquota varia de acordo com as faixas de renda dos cidadãos.

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051. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) A estrutura tributária de um país,


a) consiste na arrecadação de impostos diretos e indiretos e a carga tributária líquida é a
parcela do produto nacional bruto destinada aos cofres públicos.
b) é considerada progressiva quando há predominância de impostos indiretos na arrecadação
total do país, de forma que um aumento no consumo sempre sinalizará melhoria do bem-
estar social a médio e longo prazos.
c) tem impacto desprezível sobre a distribuição de renda da sociedade, pois os contribuintes
sempre podem ajustar o seu consumo às restrições orçamentárias incidentes sobre eles.
d) é função da capacidade de gasto dos contribuintes e não de sua renda.
e) tenderá a ter a desigualdade ampliada se significante parcela da arrecadação depender
de impostos indiretos e houver ausência de políticas de redistribuição de renda e de riqueza.

052. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Os impostos são divididos em impostos


diretos, por incidirem diretamente sobre a renda dos cidadãos, e impostos indiretos, por
afetarem a renda dos mesmos por meio da incidência de uma porcentagem sobre os preços
dos bens. Portanto,
a) uma estrutura tributária composta, predominantemente, por impostos diretos será
obrigatoriamente mais progressiva do que uma dominada pela arrecadação de impostos
indiretos.
b) os impostos diretos sobre a renda podem melhorar a distribuição de renda de uma
sociedade, caso haja um número de faixas de renda suficientemente diferenciadas com
elevações progressivas de alíquotas de impostos e que seja adequado à estrutural social
do país.
c) a arrecadação de tributos indiretos é necessariamente regressiva do ponto de vista da
renda pessoal.
d) a tributação da produção é progressiva do ponto de vista social, pois penaliza as empresas,
as quais tem poder financeiro para arcar com tais custos.
e) o imposto sobre valor adicionado tem um efeito negativo sobre a produtividade de
um país, pois tributa repetidas vezes o mesmo insumo produtivo conforme o valor do
mesmo é adicionado à produção do setor seguinte dentro da cadeia produtiva, até chegar
ao setor varejista.

053. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Admita-se uma situação de equilíbrio de um


mercado em concorrência perfeita. Caso o governo decida pela aplicação de um imposto
(lump-sum) sobre o bem ou serviço negociado nesse mercado, é correto afirmar:

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a) A elasticidade-preço da demanda é mais importante do que a elasticidade-preço da


oferta na determinação do rateio da cunha fiscal, pois a reação do consumidor a um preço
maior é o único fator relevante.
b) O mercado em questão sofrerá um aumento na quantidade de equilíbrio, uma vez que o
tributo implicará um preço mais elevado, de maneira que os ofertantes ficarão dispostos
a vender mais de seus bens e serviços no mercado.
c) A magnitude da cunha fiscal só pode ser aferida a partir do conhecimento estrito
das elasticidades-preço da demanda e da oferta, uma vez que ambas as medidas são
determinantes do rateio da incidência tributária entre consumidores e ofertantes.
d) O imposto não gera efeitos substanciais na quantidade negociada no mercado, pois os
agentes econômicos entendem que o governo deve gastar esse valor, necessariamente, no
aprimoramento das condições socioeconômicas do país, o que ocasiona uma melhoria da
eficiência produtiva e da renda em escala nacional.
e) Uma elasticidade-preço da oferta muito baixa, necessariamente, impõe sobre os
consumidores desse mercado um fardo fiscal muito grande, porque o ofertante não
disponibilizará mais bens quando o preço subir, piorando o nível de bem-estar dos
consumidores.

054. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) Grande parte do debate sobre a política tributária se


estabelece em torno do fato de “se os ricos pagam uma parcela justa de impostos”.
Uma das formas de se avaliar essa questão adequadamente é verificar quanto às famílias
de diferentes níveis de renda pagam de tributos, em proporção à renda, no atual sistema
tributário.
Nesse sentido, os sistemas tributários podem ser classificados em três tipos, a saber:
I – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas e aqueles
com rendas menores pagam a mesma fração de sua renda.
II – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam
uma fração menor de sua renda que os contribuintes com rendas menores.
III – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam
uma fração maior de sua renda que aqueles com rendas menores.
Os sistemas tributários I, II e III contêm, respectivamente,
imposto proporcional horizontal, imposto regressivo vertical e imposto progressivo vertical.
b) imposto horizontal proporcional, imposto vertical regressivo e imposto vertical progressivo.
c) imposto vertical, imposto horizontal e imposto gradual.
d) imposto proporcional, imposto regressivo e imposto progressivo.
e) equidade horizontal, equidade regressiva e equidade progressiva.

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055. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) As características do sistema tributário de um país afetam


a distribuição de renda da sociedade. A equidade entre os grupos de renda é um princípio
importante no projeto de um sistema tributário.
Suponha que o governo utilizasse a seguinte fórmula para calcular quanto uma família teria
como valor do imposto devido:
Impostos devidos = (1/3 da renda) − 10 mil
Diante dessa regra de tributação, considere as seguintes situações de renda familiar e valor
de imposto devido:
I – Uma família com renda de $ 66 mil teria um imposto devido de $ 12 mil; uma família com
renda de $ 105 mil teria um imposto devido de $ 25 mil; uma família com renda de $ 21 mil teria
um imposto calculado de (−) $ 3 mil; assim, essa família receberia do governo um cheque
de $ 3 mil, pois trata-se da política do imposto de renda negativo.
II – Uma família com renda de $ 96 mil teria um imposto devido de $ 22 mil; uma família com
renda de $ 45 mil teria um imposto devido de $ 5 mil; uma família com renda de $ 18 mil teria
um imposto calculado de (−) $ 4 mil; assim, essa família receberia do governo um cheque
de $ 4 mil, pois trata-se da política do imposto de renda equitativo.
III – Uma família com renda de $ 117 mil teria um imposto devido de $ 29 mil; uma família
com renda de $ 84 mil teria um imposto devido de $ 18 mil; uma família com renda de $ 24 mil
teria um imposto calculado de (−) $ 2 mil; assim, essa família receberia do governo um
cheque de $ 2 mil, pois trata-se da política do imposto de renda positivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) II.

056. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) Sobre as políticas e critérios de distribuição de receitas


e encargos entre as esferas de governo no Brasil, considere:
I – A mobilidade da base tributável e a economia de escala na administração de tributos
são critérios que justificam a inadequação da cobrança de impostos sobre a renda pelos
municípios.
II – O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o Imposto
sobre Transmissão de Bens Imóveis Inter vivos (ITBI) e o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) são de competência dos Estados.
III – A dependência dos municípios de pequeno porte por transferências financeiras
intergovernamentais se deve ao desequilíbrio vertical.

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IV – O critério da economia de escala deve ser considerado para a configuração de redes de


atenção à saúde, justificando a não prestação de serviços de alta complexidade por todos
os municípios.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II e IV.

057. (FCC/METRO-SP/ADV-JR/2014) Um estudo divulgado pela Receita Federal do Brasil


informou que a Carga Tributária Bruta brasileira passou de 35,31% do PIB em 2011 para
35,85% do PIB em 2012. Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga
Tributária Líquida, é correto afirmar:
a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a arrecadação
tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado como proporção do PIB.
b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB, pois neste conceito
não são computados os impostos indiretos como o Imposto sobre Produtos Industrializados.
c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela
razão entre a arrecadação tributária das três esferas de governo e o PIB medido a preços
de mercado, ambos em termos nominais.
d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é suficiente para
concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo período.
e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela
razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB medido a custo de fatores, ambos em
termos nominais.

058. (FCC/TCE-AP/ACE/2012) Um imposto sobre vendas a varejo com alíquota fixa (a mesma
alíquota para todos os produtos tributados) é um imposto
a) regressivo, pois onera mais fortemente a renda da parcela mais pobre da população.
b) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta mais
que proporcionalmente.
c) proporcional, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta
proporcionalmente ao aumento da renda.
d) que atende ao princípio da capacidade de pagar.
e) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão diminui, o imposto se reduz mais que
proporcionalmente.

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059. (FCC/ISS-SP/AFTM/2012) Determinado Município instituiu, por lei, Imposto sobre a


Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), com as seguintes características: o fato
gerador é a propriedade, posse ou domínio útil de bem imóvel localizado na zona urbana
do Município; o sujeito passivo é o proprietário, possuidor ou titular do domínio útil; a base
de cálculo é o valor venal do imóvel; a alíquota é estipulada em faixas de valor, variando
de 0,25% a 1,5%, na medida em que aumenta a base de cálculo. Quanto às alíquotas, este
IPTU pode ser classificado como
a) seletivo.
b) fixo.
c) proporcional.
d) progressivo.
e) regressivo.

060. (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2008) De acordo com o Princípio da Equidade, um imposto


sobre vendas com alíquota uniforme, incidindo sobre todas as vendas de bens e serviços
de forma não-cumulativa, é
a) justo, porque onera apenas os que têm maior nível de renda e de consumo de bens e
serviços.
b) regressivo, porque os consumidores mais ricos contribuirão proporcionalmente menos
em relação à sua renda que os consumidores pobres.
c) progressivo, porque os consumidores que despendem mais pagarão um valor total de
imposto superior aos que despendem menos.
d) proporcional, porque todos os consumidores pagam uma percentagem uniforme sobre
todas as compras.
e) neutro, uma vez que a alteração que provoca na alocação de recursos por parte do setor
privado é muito grande.

061. (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Com relação à incidência de um imposto sobre vendas de


um bem X num mercado em concorrência perfeita, é correto afirmar que:
a) as elasticidades-preço da oferta e da demanda do bem no mercado não determinam o
ônus do contribuinte de fato.
b) o imposto desloca a curva de demanda para baixo em montante maior ao do imposto.
c) um imposto com alíquotas variáveis, em princípio, atende melhor ao princípio da
neutralidade do que um imposto com alíquotas fixas.
d) o imposto é regressivo, porque tende a onerar mais fortemente os consumidores mais ricos.
e) o ônus do imposto recai mais fortemente sobre os vendedores ou consumidores dependendo
do valor das respectivas elasticidades-preço.

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062. (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Numa determinada economia, um imposto sobre o valor


adicionado, não-cumulativo e do tipo multiestágio, tem uma alíquota fixa de 20% e é
cobrado “por fora”.
Há um setor dessa economia que produz um bem que passa por quatro etapas produtivas
até atingir o consumidor final, sendo que a primeira etapa é constituída por uma firma
totalmente integrada verticalmente.
Supondo-se que o preço cobrado por essa empresa é 100 e que as outras três empresas na
cadeia produtiva acrescentam 100% ao valor do insumo recebido para formar seu preço,
o governo desse país arrecadará, por unidade vendida do bem,
a) 160
b) 180
c) 220
d) 250
e) 300

063. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
Um sistema tributário é regressivo quando é capaz de onerar as camadas de alta renda.

064. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
Um Governo optou pela correção da tabela do imposto de renda, atualizando as faixas de
incidência do imposto. Essa medida pode ser considerada uma política fiscal expansionista.

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065. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
Quanto maior a capacidade dos tributos de onerar as pessoas de baixa renda, mais a
tributação favorece progressividade do sistema.

066. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
A eficiência tributária consiste em uma alocação relacionada ao ótimo de pareto de recursos,
interferindo na decisão dos agentes privados.

067. (CONSULPAM/PREF-VIANA/AUDITOR/2019) Designamos por tributação o ato de aplicação


de tributos por parte do Estado, seja sua incidência sobre a renda, sobre o consumo ou
sobre o patrimônio. Entre as categorias de tributação que pertencem a alçada municipal
aponte a opção que incide sobre o consumo:
a) Imposto sobre operações financeiras: incide sobre as operações financeiras.
b) Imposto sobre serviço: incide sobre serviços de qualquer natureza.
c) Imposto sobre produtos industrializados: incide sobre os produtos industrializados.
d) imposto de renda: incide na renda e proventos.

068. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011) Do ponto de vista da base


econômica, os tributos podem ser classificados em três grandes categorias. Assinale-as:
a) Impostos diretos, impostos indiretos, impostos sobre valor.
b) Impostos sobre quantidade, imposto sobre o valor, impostos mistos.
c) Impostos diretos, impostos indiretos, impostos mistos.

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d) Imposto sobre a renda, impostos sobre vendas de mercadorias e serviços, impostos


diretos.
e) Impostos sobre a riqueza, impostos sobre a renda, impostos sobre vendas de mercadorias
e serviços.

069. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011) Vários tributos oneram o consumo


de mercadorias e serviços no Brasil. Entretanto, o efeito cumulativo desses tributos sobre
o preço dos produtos e o poder aquisitivo dos consumidores é desconhecido, embora se
saiba que, de forma geral, o sistema tributário nacional é extremamente regressivo”. Das
modalidades a seguir, são consideradas tributos sobre o consumo, EXCETO:
a) ICMS e IPI.
b) Cofins e PIS-PASEP.
c) Imposto sobre serviços e Imposto sobre operações financeiras.
d) Impostos sobre propriedade urbana e imposto territorial rural.
e) Imposto sobre importação e contribuições sociais para o financiamento da seguridade social.

070. (CONSULPLAN/UBÁ/AGENTE/2010) Compete ao município instituir sobre os seguintes


tributos, EXCETO:
a) Propriedade Predial e Territorial Urbana.
b) Circulação de Mercadorias e Serviços.
c) Transmissão Inter Vivos.
d) Serviços de Qualquer Natureza.
e) Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.

071. (CONSULPLAN/CHESF/ECONOMISTA/2007) Marque a alternativa que descreve o


Efeito-Tanzi:
a) Diminuição do ritmo do crescimento econômico.
b) Perda da eficiência da máquina arrecadadora.
c) Aumento da atividade econômica em decorrência da diminuição dos impostos.
d) Corrosão do valor real dos impostos.
e) Diminuição da arrecadação provocada do aumento das alíquotas dos impostos.

072. (FADESP/PREF-PARAUAPEBAS/ECONOMISTA/2015) Entre os princípios listados abaixo,


o que NÃO condiz com o princípio da tributação é:
a) o sistema tributário deve ser neutro no sentido de que não provoque distorções quanto
à alocação de recursos e sobre a eficiência econômica.
b) pelo princípio da equidade, cada contribuinte deve contribuir com uma parcela justa
para cobrir os custos do governo.

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c) pelo princípio da regressividade, contribuintes com maior capacidade de pagamento


devem arcar com maior parcela do ônus tributário.
d) o princípio da simplicidade relaciona-se com a facilidade da operacionalização da cobrança
do tributo.

073. (FADESP/PREF-PARAUAPEBAS/ECONOMISTA/2015) Qual das seguintes afirmações NÃO


se enquadra no perfil do sistema tributário brasileiro?
a) Aumento das importações depois de 1994 beneficiou os municípios devido à transferência
do imposto sobre importação.
b) Parte do IPI e IR, cuja arrecadação compete à União, é repassada regularmente aos
municípios na forma do FPM.
c) Parte da arrecadação do ICMS de competência dos Estados e Distrito Federal é repassada
aos municípios, de acordo com o índice cota-parte.
d) Os Estados Brasileiros foram prejudicados com o repasse do FPE devido à redução de
alíquota do IPI da indústria automobilística.

074. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014) Sobre a Curva de Laffer, analise as assertivas abaixo.


I – Alteração na alíquota tributária afeta o incentivo de ganhar renda passível de tributação.
II – Existe um valor máximo que pode ser arrecadado para determinado nível de taxa de
juros e de inflação.
III – O formato da Curva sugere que, se a carga tributária estiver elevada e o governo reduzir
a alíquota de um imposto, a arrecadação poderá ser aumentada em vez de diminuída.
IV – Não existe um valor de alíquota tributária ótima que venha a maximizar a receita do
governo.
É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II, apenas.

075. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014) Acerca da classificação dos tributos, analise as


assertivas abaixo.
I – Tributos diretos são aqueles cujo ônus recai sobre o próprio contribuinte.
II – Tributos incidentes sobre a renda ou patrimônio são considerados como indiretos e
atendem ao princípio da capacidade de pagamento.
III – Imposto cumulativo sobre vendas de mercadorias é classificado como indireto e atende
aos princípios de neutralidade e progressividade.

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IV – Impostos seletivos a exemplo dos incidentes sobre bebidas alcoólicas ferem o princípio
da neutralidade e são considerados como indiretos.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e IV, apenas.

076. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA-AOF/2012) Quais são os principais impostos


arrecadados pelo município?
a) IPTU, ISS e IPVA.
b) IPTU, ISS e ITBI.
c) IPTU, IPVA e ISS.
d) IPTU, ISS e ICMS.

077. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA-AOF/2012) Os princípios básicos de um


tributo ideal são:
a) equidade, neutralidade e permanência.
b) justiça, neutralidade e simplicidade.
c) neutralidade, progressividade e permanência.
d) equidade, neutralidade e simplicidade.

078. (CESPE/TJ-ES/ANALISTA/2023) Acerca dos instrumentos de política econômica, julgue


o item subsequente.
De acordo com a teoria da tributação, o estabelecimento de alíquotas diferenciadas do
Imposto sobre Produtos Industrializados para produtos fabricados no país representa
política tributária neutra, no sentido de afetar uniformemente todos os produtos de
fabricação nacional.

079. (CESPE/AGE-MT/ANALISTA/2023) Entre os impostos arrecadados por municípios inclui-se


a) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).
b) imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II).
c) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores
mobiliários (IOF).
d) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR).
e) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).

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080. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Julgue o item seguinte, acerca de finanças públicas.


Diferentemente da equidade tributária vertical, a equidade tributária horizontal se propõe
a estipular uma melhor divisão do peso da carga tributária entre os contribuintes, conforme
as suas mais variadas capacidades contributivas.

081. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Julgue o próximo item, relativos aos tipos de


receitas da administração pública.
Uma estrutura tributária regressiva piora a distribuição de renda.

082. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Acerca das finanças públicas, julgue o item a


seguir, considerando a política fiscal sobre as receitas e as despesas do governo.
De acordo com a teoria econômica da tributação ótima, um sistema tributário justo é
aquele que produz a receita tributária desejada e que, ao mesmo tempo, maximiza o bem-
estar social, considerando-se o acesso aos benefícios previdenciários e a capacidade de
pagamento do contribuinte.

083. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Acerca das finanças públicas, julgue o item a


seguir, considerando a política fiscal sobre as receitas e as despesas do governo.
Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, os impostos terão caráter pessoal
e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, sendo vedados o
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente e
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida.

084. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) Com referência à educação fiscal, julgue o item a seguir.


Os objetivos da tributação dividem-se em distributivos, alocativos e estabilizadores. No
Estado social, os objetivos estabilizadores visam à redução de desigualdades sociais.

085. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) No que se refere às políticas e aos instrumentos


de política fiscal, regulatória e monetária, julgue o item subsecutivo.
A criação de imposto progressivo para redistribuir a renda dos mais ricos para os mais
pobres pode implicar redução da renda nacional, devido ao risco de essa medida reduzir o
incentivo ao trabalho e à poupança.

086. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) No que se refere às políticas e aos instrumentos


de política fiscal, regulatória e monetária, julgue o item subsecutivo.
O governo, ao elevar a alíquota do imposto sobre importação com vistas a incentivar a
indústria doméstica, atua no âmbito de sua política regulatória, por meio de um imposto
com caráter extrafiscal.

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087. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) O governo federal estuda incluir na proposta de


reforma tributária a redução da alíquota máxima do imposto de renda das pessoas físicas
(IRPF), hoje de 27,5%. Outros pontos prováveis são o fim das deduções com educação e
saúde e a tributação dos dividendos.
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).

Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
Diferentemente do IRPF, os impostos indiretos, tais quais os impostos que incidem sobre a
circulação de mercadorias e serviços, são regressivos, posto que oneram proporcionalmente
mais os indivíduos com menor capacidade de pagamento, e não neutros, no sentido de
provocarem distorções sobre a alocação de recursos na economia.

088. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) O governo federal estuda incluir na proposta de


reforma tributária a redução da alíquota máxima do imposto de renda das pessoas físicas
(IRPF), hoje de 27,5%. Outros pontos prováveis são o fim das deduções com educação e
saúde e a tributação dos dividendos.
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).

Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
A eliminação da possibilidade de dedução das despesas com saúde e educação da base de
cálculo do IRPF embute caráter regressivo ao tributo.

089. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsequente.
Um fator agravante da falta de equidade do sistema tributário brasileiro é a excessiva
participação dos tributos sobre o consumo, em relação àqueles sobre a renda e a propriedade,
na arrecadação.

090. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsequente.
O imposto de renda da pessoa física, cuja cobrança é competência da União, é um exemplo
de tributo direto.

091. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsequente.
Os impostos cuja cobrança é competência dos estados são tributos indiretos, uma vez que
não incidem diretamente sobre a renda ou a propriedade dos contribuintes.

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092. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Acerca de políticas econômicas e seus conceitos,


instrumentos e efeitos, julgue o item subsequente.
A correção da tabela do imposto de renda de pessoa física em razão da inflação, com a
atualização das faixas sobre as quais incide cada alíquota do imposto, representa exemplo
de política fiscal expansionista.

093. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Julgue o item a seguir, a respeito do tratamento


contábil dos impostos e contribuições, bem como das retenções na fonte realizadas pela
administração pública federal.
Impostos reais são aqueles que não consideram aspectos pessoais ou subjetivos em sua
incidência.

094. (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsecutivo.
Impostos sobre bens e serviços, por terem alíquotas progressivas, tendem a penalizar
majoritariamente a parcela mais rica da população.

095. (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsecutivo.
O imposto de renda no Brasil possui um sistema progressivo, o que favorece uma política
de distribuição de renda.

096. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Para que seja capaz de cumprir suas


funções, o Estado moderno precisa de uma ampla base tributária, que permita a arrecadação
de recursos suficientes para o financiamento de suas múltiplas atribuições. A respeito desse
assunto, julgue o item a seguir.
No desenvolvimento de um sistema tributário, é inevitável o debate acerca dos critérios a
partir dos quais os ônus do financiamento público são distribuídos. Nesse sentido, o uso
de uma tabela progressiva de imposto de renda pode combinar os conceitos de equidade
horizontal e vertical.

097. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Com relação às consequências, às


origens e aos princípios da tributação, julgue o item que se segue.
Diferentemente do tributo progressivo, a tributação regressiva sobre a renda gera menor
redução na oferta de mão de obra, visto que indivíduos mais pobres têm menor elasticidade-
renda do que indivíduos ricos, o que origina menores custos sociais, em termos de peso
morto, sendo, socialmente preferível.

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098. (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) No que se refere à economia do setor público,


julgue o item a seguir.
De acordo com o princípio da equidade, referente à avaliação do sistema tributário, o
governo deve tributar mais quem tem renda mais alta.

099. (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) No que se refere à economia do setor público,


julgue o item a seguir.
O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação e o imposto sobre
produtos industrializados são exemplos de tributação estadual sobre o consumo.

100. (CESPE/TCU/AUDITOR/2011) Com referência à teoria econômica de indústrias reguladas,


julgue o item que se segue.
A regra de Ramsey, quando utilizada para definir a tarifa de acesso em indústrias de rede,
implica repartir os custos fixos entre todos os consumidores e cobrar mais de quem é mais
sensível a variações de preço.

101. (VUNESP/PREF-SP/AUDITOR/2015) Embora o Estado brasileiro se declare federalista


desde a Constituição de 1891, alguns autores dizem que esse federalismo é distinto do
federalismo de outros países. Essa distinção mostra o Estado brasileiro, principalmente
em termos tributários, como uma federação com cunho fortemente
a) democrático.
b) desenvolvimentista.
c) centralizador.
d) conservador.
e) descentralizador.

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GABARITO

1. E 35. a 69. d
2. E 36. e 70. b
3. E 37. e 71. d
4. C 38. e 72. c
5. C 39. b 73. a
6. E 40. a 74. c
7. E 41. e 75. e
8. C 42. d 76. b
9. E 43. c 77. d
10. E 44. d 78. E
11. E 45. c 79. e
12. E 46. d 80. C
13. E 47. e 81. C
14. E 48. e 82. E
15. E 49. b 83. C
16. E 50. b 84. E
17. C 51. e 85. C
18. d 52. b 86. C
19. a 53. c 87. C
20. b 54. d 88. E
21. b 55. a 89. C
22. c 56. d 90. C
23. d 57. c 91. E
24. b 58. a 92. C
25. c 59. d 93. C
26. d 60. b 94. E
27. d 61. e 95. C
28. b 62. a 96. C
29. e 63. E 97. E
30. c 64. C 98. E
31. d 65. E 99. E
32. d 66. E 100. E
33. b 67. b 101. C
34. b 68. e

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GABARITO COMENTADO

018. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2013) Os Gráficos abaixo mostram, em linha


cheia, várias possíveis relações entre o imposto de renda devido pela pessoa física e o seu
nível de renda.
A única relação na qual o imposto é progressivo a partir de certo nível de renda é a apresentada
no Gráfico
a) d)

b)
e)

c)

Os impostos progressivos são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de
referência aumenta. Podemos citar como exemplo o Imposto de Renda (IR), cujas alíquotas
são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda, ou seja, quanto maior a renda
de uma pessoa física, maior a alíquota do IR.
Note que a reta de 45 graus denota o aumento do valor pago de impostos de maneira
progressiva em relação à renda. Assim, mesmo auferindo determinada renda, o indivíduo não
paga impostos. A partir de certo montante de renda auferida, o valor pago de impostos passa
ao aumentar conforme o aumento da renda, sendo a participação dos impostos crescente.

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Perceba também que nas curvas apresentadas nas demais alternativas, mesmo que o
pagamento de impostos apresente valor crescente, não indica uma participação relativa
crescente dos impostos em relação à renda.
Letra d.

019. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2009) Quando um determinado imposto é criticado


por ser regressivo, o princípio tributário no qual a crítica se baseia é o princípio da(o)
a) capacidade econômica do contribuinte.
b) eficiência econômica.
c) neutralidade alocativa.
d) facilidade administrativa.
e) benefício ao contribuinte.

Impostos Regressivos são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor de
referência aumenta.
Tem características opostas aos impostos progressivos, aqueles cuja alíquota eleva-se à
medida que o valor de referência aumenta. Podemos citar como exemplo o Imposto de
Renda (IR), cujas alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda, ou
seja, quanto maior a renda de uma pessoa física, maior a alíquota do IR.
Assim, no caso de um imposto com características regressivas, pessoas com capacidades
contributivas diferentes pagam o mesmo valor de imposto. Pense, por exemplo, nos impostos
incidentes sobre o feijão. Uma pessoa rica e uma pessoa pobre pagam o mesmo imposto,
ou seja, capacidade econômica do contribuinte não é levada em consideração.
Letra a.

020. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2009) Considere os seguintes critérios básicos:


I – generalidade;
II – individualidade;
III – cumulatividade;
IV – progressividade;
V – universalidade.
O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, uma vez atendidos os princípios constitucionais
tributários, deve também atender aos critérios
a) I, II e III, apenas.
b) I, IV e V, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II, IV e V, apenas.
e) III, IV e V, apenas.

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Vamos avaliar os itens no que diz respeito ao atendimento pelo Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas dos princípios constitucionais tributários.
I – generalidade. Sim, o imposto de renda deve ser instituído de forma a incidir sobre todas
as pessoas que tenham, nos termos da lei, capacidade econômica para suportar a exação, e
de modo a abranger todos os rendimentos por elas percebidos, seja qual for a denominação
jurídica adota pela lei.
II – individualidade. Não é um princípio aplicável ao IRPJ.
III – cumulatividade. Não é um princípio aplicável ao IRPJ.
IV – progressividade. Sim, a progressividade está relacionada ao princípio da capacidade
contributiva, ou seja, deve pagar mais imposto de renda quem possuir maior capacidade
econômica para fazê-lo.
V – universalidade. Sim, o imposto de renda deve ser instituído de forma a incidir sobre
todas as pessoas que tenham, nos termos da lei, capacidade econômica para suportar a
exação, e de modo a abranger todos os rendimentos por elas percebidos, seja qual for a
denominação jurídica adota pela lei.
Letra b.

021. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA/2008) Um imposto é considerado progressivo quando


a) leva ao desenvolvimento econômico.
b) incide, com um percentual maior, sobre as pessoas de maior renda da população.
c) sua arrecadação aumenta com a expansão da produção.
d) aumenta com o passar do tempo.
e) aumenta o seu percentual com a quantidade vendida pela empresa.

A progressividade está relacionada ao princípio da capacidade contributiva, ou seja, deve


pagar mais imposto de renda quem possuir maior capacidade econômica para fazê-lo.
As faixas de tributação do Imposto de Renda da Pessoa Física elucidam bem a aplicação
desse princípio, começando com a faixa de isenção indo progressivamente até o percentual
de 27,5.
Letra b.

022. (CESGRANRIO/ANP/ESPECIALISTA/2008) É INCORRETO afirmar que a descentralização


fiscal, com governos locais e um governo central auferindo partes da arrecadação tributária,
tem a vantagem de permitir que

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a) haja a adoção, por parte do governo central, de políticas macroeconômicas, de distribuição


de renda, de segurança nacional e outras uniformes em todo o país.
b) haja um certo grau de competição dos governos locais na oferta de alguns bens públicos
à população.
c) as regiões mais pobres passem a estabelecer tarifas alfandegárias para os produtos das
regiões desenvolvidas do país, levando à substituição de importações e ao desenvolvimento local.
d) ao menos uma parte da arrecadação tributária reflita as preferências regionais, locais,
mais facilmente captadas pelos governantes locais.
e) a população participe e fiscalize mais diretamente o uso dos recursos públicos locais.

A única errada é letra C, pois a descentralização fiscal, com governos locais e um governo
central auferindo partes da arrecadação tributária, tem algumas vantagens, mas permitir
que as regiões mais pobres passem a estabelecer tarifas alfandegárias para os produtos das
regiões desenvolvidas do país, levando à substituição de importações e ao desenvolvimento
local não pode ser considerada uma vantagem uma vez que, nesse caso, ocorre uma distorção
alocativa provocada pela tributação, popularmente conhecida como guerra fiscal, em que
todos saem perdendo.
Note que nas demais alternativas são apresentadas medidas que contribuem para a eficiência
econômica de modo geral.
Letra c.

023. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2007) No estabelecimento de um sistema tributário,


o clássico Princípio da Equidade sugere que
a) um imposto que incida mais de uma vez sobre uma atividade produtiva não é adequado.
b) os tributos devem incentivar os investimentos e o crescimento da economia.
c) os impostos devem corrigir as distorções na alocação de recursos causadas pelas
imperfeições de mercado.
d) a capacidade individual de contribuição é um critério importante para a escolha dos
tributos.
e) a política fiscal deve ser usada para a estabilização da economia.

O Princípio da Equidade considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo suas
posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos serviços
públicos, ou seja, todos são iguais na medida das suas desigualdades. Assim, a capacidade
individual de contribuição é um critério importante para a escolha dos tributos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.

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a) Está relacionada aos efeitos dos impostos indiretos sobre o setor produtivo.
b) Está relacionada à tributação ótima.
c) Está relacionada ao princípio da neutralidade tributária.
e) Está relacionada à função estabilizadora.
Letra d.

024. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/ANALISTA/2018) Um imposto que incide sobre todas as etapas


intermediárias dos processos produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, da
origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em consequência,
na fixação de seu preço de venda é denominado imposto
a) indireto
b) cumulativo
c) progressivo
d) proporcional
e) não cumulativo

Um tributo cumulativo é aquele que incide em todas as etapas intermediárias dos processos
produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/
tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final, gerando o chamado efeito
cascata, muito prejudicial à economia.
Letra b.

025. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ANALISTA/2008) Quanto à classificação dos tributos, o


imposto de renda por declaração é considerado um tributo
a) real, porque não leva em consideração as condições do contribuinte, tratando igualmente
a todas as pessoas.
b) indireto, porque o tributo pago pode ser ressarcido pelo Estado e por terceiros.
c) direto, porque a incidência ocorre quando, numa só pessoa, reúnem-se as condições de
contribuinte previstas na legislação.
d) fixo, porque o valor do imposto é determinado em garantia certa.
e) proporcional, porque é um imposto estabelecido em percentagem única incidente sobre
o valor da matéria tributável.

Note que o IR é um imposto direto, já que o próprio contribuinte arca com o ônus tributário,
diferentemente do imposto indireto, cujo ônus recai sobre o consumidor final.

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Note ainda que o IR é um imposto pessoal e não real (não incide sobre as coisas, como o IPVA
ou o IPTU) e que é um imposto proporcional (percentual da base de cálculo) e progressivo
(quem ganha mais paga mais).
Letra c.

026. (CESGRANRIO/SEAD-TO/ANALISTA/2004) Considerando que o peso morto do imposto


é a redução do excedente total decorrente da sua aplicação e que a receita tributária é
igual ao montante do imposto multiplicado pela quantidade vendida do bem, analise os
gráficos abaixo.

A partir desses gráficos, pode-se afirmar corretamente que um imposto:


a) pequeno tem um peso morto elevado e resulta em uma reduzida receita tributária.
b) médio tem um peso morto pequeno e resulta em uma elevada receita tributária.
c) muito elevado resulta em um peso morto também muito elevado com uma arrecadação
pequena, pois o imposto aumenta sensivelmente o tamanho do mercado.
d) muito elevado resulta em um peso morto também muito elevado com uma arrecadação
pequena, pois o imposto reduz sensivelmente o tamanho do mercado.
e) muito elevado resulta em um peso morto também muito elevado com uma arrecadação
elevada.

Importante perceber que a área sombreada é a perda de eficiência, ou peso morto, decorrente
do imposto aplicado, perda de bem-estar do consumidor como do produtor.
Como o preço que o consumidor estaria disposto a pagar pela quantidade Q2 é bem menor
do que aquele que ele paga com imposto, quanto maior o imposto, maior essa área e maior
o peso morto. Além disso, quanto maior o imposto, mais ele diminui o mercado.
Note ainda como a distância entre a quantidade Q1 de equilíbrio se distancia de Q2 (a
quantidade após impostos) quanto mais o imposto aumenta.

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Em suma, perceba que o maior imposto aumenta o peso morto (área sombreada) e menor é
o mercado, pois a quantidade após o imposto é visivelmente inferior que seria a quantidade
de equilíbrio.
Letra d.

027. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/AGENTE-FISCAL/2022) O princípio da equidade estabelece


que o sistema tributário deve ser justo. Com base nisso, as alíquotas efetivas deveriam ser
crescentes de acordo com a capacidade contributiva. Trata-se do conceito de
a) equidade horizontal.
b) equidade neutra.
c) equidade distributiva.
d) equidade vertical.
e) equidade alocativa.

O Princípio da equidade considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo


suas posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos
serviços públicos.
Considerando que as pessoas estão em níveis diferentes de renda ou consumo, as pessoas
com renda mais alta devem suportar uma carga de tributação (alíquota maior de acordo
com a base tributável) proporcionalmente maior em relação às mais baixas. Vinculado ao
princípio da capacidade contributiva, trata-se do conceito de equidade vertical.
Letra d.

028. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/AGENTE-FISCAL/2022) Um imposto é considerado


proporcional quando
a) suas alíquotas são fixadas em porcentagens variáveis e crescentes.
b) estabelecido em porcentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável.
c) determinado o seu quantum em quantia certa, independentemente de cálculos.
d) o seu fato gerador é representado pelo pagamento de outro imposto.
e suas alíquotas são fixadas em valores absolutos iguais e corrigidos pela inflação.

O imposto proporcional quando os contribuintes pagam a mesma fração de sua renda,


ou seja, pagam na mesma proporção da sua renda é estabelecido em porcentagem única
incidente sobre o valor da matéria tributável.
Letra b.

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029. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/AGENTE-FISCAL/2022) A curva de Laffer demonstra que


a) na medida que ocorre a tributação, a receita será sempre crescente.
b) o mau desempenho da economia deve-se à elevada tributação.
c) a redução da tributação estimula a recuperação econômica que, por sua vez, aumenta
a arrecadação do governo.
d) a inflação pode ser evitada com maiores níveis de arrecadação tributária.
e taxas muito baixas de impostos podem ser aumentadas, enquanto a curva for ascendente
e arrecadação do governo aumentar.

A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer, nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal, e expressa a relação entre duas variáveis:
alíquota e arrecadação.
Partindo de uma alíquota nula (t0) a arrecadação vai aumentando conforme a alíquota
aumenta até chegar numa alíquota ótima (t*). A partir da alíquota t*, os agentes vão
fugindo da tributação. Os agentes vão para o mercado informal para fugir da tributação,
pois consideram que perdem muito dinheiro para o Estado e os riscos de transacionar na
ilegalidade compensam.

Letra e.

030. (VUNESP/PREF-PIRACICABA/ECONOMISTA/2022) O problema com o aumento dos


impostos é que sempre há um limite. Por exemplo, se aumentarmos demais o IPI (imposto
sobre produtos industrializados), haverá um desestímulo à produção desses bens, de
modo que a arrecadação do imposto pode até cair, em vez de subir com aquele aumento.
A situação descrita aqui é representada graficamente pela

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a) curva de Phillips.
b) curva de Gauss.
c) curva de Laffer.
d) curva de Engle.
e) curva de Tanzi.

A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer, nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Letra c.

031. (VUNESP/PREF-ILHA-BELA/ANALISTA/2020) O imposto per capita seria um imposto


em que cada cidadão paga uma quantidade fixa, independentemente do seu nível de renda.
Esse imposto pode ser classificado como
a) igualitário.
b) proporcional.
c) progressivo.
d) regressivo.
e) indireto.

Impostos Regressivos são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor de
referência aumenta. Digamos que um quilo de picanha custe R$ 60,00 cujo preço é composto
de R$ 20,00 de ICMS. Em termos relativos (%), para o salário de 1 milhão do Neymar esse
valor é ínfimo. Entretanto para um trabalhador que tem R$ 1.000 de salário representa
uma parte maior de sua renda. Em resumo, o imposto é regressivo.
Letra d.

032. (VUNESP/ISS-S.JOSÉ-RIO-PRETO/AUDITOR/2014) Um imposto é progressivo quando


a) onera de forma uniforme todos os contribuintes, independentemente de seu nível de
renda.
b) estabelece alíquotas fixas sobre o consumo de bens e serviços.
c) incide com mais intensidade sobre os contribuintes de renda mais baixa.
d) os contribuintes de rendas mais elevadas pagam imposto numa proporção maior de sua
renda que aqueles de rendas mais baixas.
e) sua arrecadação aumenta na mesma proporção que a renda dos contribuintes.

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O imposto progressivo é aquele cujos contribuintes com maiores rendas pagam maiores
percentuais de impostos, ou seja: quando contribuintes que tenham renda mais elevada
contribuem com proporções maiores.
Em contraste, podemos afirmar que um imposto é regressivo quando o indivíduo que ganha
menos pagará uma proporção maior de sua renda como tributo.
Assim, podemos afirmar que os impostos sobre consumo são, por natureza, regressivos.
Letra d.

033. (VUNESP/ISS-S.JOSÉ-RIO-PRETO/AUDITOR/2014) Em relação aos impostos indiretos


sobre vendas nos mercados em concorrência perfeita, é correto afirmar que
a) o produtor sempre consegue repassar o ônus do aumento da alíquota do tributo
integralmente ao consumidor.
b) se, em módulo, a elasticidade-preço da oferta ao preço vigente no mercado for menor
que a da demanda, o ônus decorrente de um aumento na alíquota do imposto recairá mais
sobre os produtores do que sobre os consumidores.
c) se a curva de demanda for infinitamente elástica, o ônus da instituição de um imposto
sobre vendas recairá integralmente sobre os consumidores.
d) a instituição do imposto não afetará o preço e a quantidade produzida nesse mercado
se a curva de oferta for infinitamente elástica.
e) a quantidade transacionada no mercado após a instituição do imposto será tanto menor
quanto menos elástica for a curva de demanda dos consumidores.

a) Errada. O produtor só consegue repassar integralmente o ônus tributário ao contribuinte


se a oferta for perfeitamente elástica ou se a demanda for perfeitamente inelástica.
b) Certa. Se a oferta for mais inelástica que a demanda, realmente, o ônus tributário do
produtor será maior do que o ônus do consumidor.
c) Errada. Caso a curva de demanda seja infinitamente elástica, o ônus recai integralmente
sobre o produtor.
d) Errada. Sendo a oferta infinitamente elástica, o ônus tributário recairia integralmente
sobre os consumidores, e o preço do produto aumentaria exatamente no valor do imposto.
A quantidade produzida é reduzida após a cobrança do imposto. Ou seja, o imposto faz o
preço aumentar e a quantidade ser reduzida.
e) Errada. A quantidade transacionada no mercado será tanto menor quanto mais elástica
for a curva de demanda, ou seja, quanto mais os consumidores reagirem ao aumento de
preço, maior será a queda no consumo e nas vendas.
Letra b.

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034. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) Um país adotou o imposto “sobre o cheque”, fazendo


com que todas as transferências bancárias e pagamentos em cheque fossem tributados
em 0,25%. Diante do sucesso desse imposto, as autoridades decidiram aumentar a alíquota
para 2%. A partir daí as transações bancárias passaram a ficar muito onerosas e as pessoas
passaram a reduzir drasticamente seus pagamentos em cheque e transferências, passando a
usar dinheiro vivo na maioria de suas transações o que, na prática, fez com que a arrecadação
desse imposto diminuísse. Esse fenômeno é descrito pela
a) Curva de Phillips.
b) Curva de Laffer.
c) Curva LM.
d) Curva de Lorenz.
e) Curva de Modigliani.

A curva de Laffer apresenta a ideia de que há uma alíquota ótima que maximiza a arrecadação
pública.
Assim, a partir de determinado ponto, no entanto, aumentos de alíquota trazem queda
na arrecadação pelo fato de as pessoas optarem por deixar de trabalhar (caso em que o
imposto de renda se torna proibitivo) ou deixar de utilizar determinado instrumento de
pagamento, como é o caso da nossa questão.
No exemplo do enunciado, o governo acreditou que a alíquota ótima pudesse ser de 2%,
mas com a queda na arrecadação, percebe-se que tal alíquota estava além da “ótima” e
houve queda na arrecadação do imposto, pois as pessoas passaram a evitar transações
com cheque.
Letra b.

035. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) O Princípio que estabelece que a tributação deve ser


otimizada de forma a interferir o mínimo possível na alocação de recursos da economia é
denominado princípio do(a)
a) neutralidade.
b) equidade.
c) benefício.
d) simplicidade.
e) capacidade produtiva.

O princípio da neutralidade estabelece exatamente que o tributo deve interferir o mínimo


possível na alocação dos recursos da economia como forma de não distorcer as cadeias

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de produção e os preços relativos. Veja a definição de Giambiagi e Além sobre tal princípio
em Finanças Públicas:

“O objetivo da neutralidade é que o sistema tributário não provoque uma distorção da alocado
de recursos, prejudicando, desta forma, a eficiência do sistema. Por exemplo, no caso do
imposto de renda, a redução da renda disponível dos indivíduos diminui de forma homogênea
as suas possibilidades de consumo, não causando nenhum viés em relação ao consumo – e,
consequentemente, à produção – de nenhum bem específico. Neste caso, o imposto é até certo
ponto neutro, à medida que não afeta a eficiência nas decisões de alocação de recursos para a
produção e o consumo de mercadorias e serviços”.

Letra a.

036. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) Um imposto sobre a renda em que o indivíduo que


ganha R$ 1.000,00 paga R$ 100,00 de imposto, o que ganha R$ 2.000,00 paga R$ 200,00 e
um imposto de vendas em que um item vendido é tributado em 5% sobre o preço de venda
são, respectivamente,
a) progressivo e proporcional.
b) progressivo e regressivo.
c) regressivo e regressivo.
d) regressivo e proporcional.
e) proporcional e regressivo.

Tenha em mente que um imposto é progressivo quando um indivíduo que tem maior renda
é tributado num percentual maior que alguém que tenha renda mais baixa. No exemplo
do imposto de renda da questão, o indivíduo que ganha R$ 1.000,00 paga R$ 100,00 de
imposto e o que ganha R$ 2.000,00 paga R$ 200,00.
Podemos calcular a alíquota (a) do imposto de renda dividindo a quantia paga de imposto
pela base de cálculo. Sendo assim:
a1 = R$ 100,00/ R$ 1.000,00
a1 = 0,1 ou 10%
a2 = R$ 200,00/ R$ 2.000,00
a2 = 0,1 ou 10%
Como podemos ver, os dois indivíduos pagam 10% de sua renda na forma de imposto. Isso
significa que o imposto é proporcional, pois os contribuintes pagam a mesma proporção
de suas diferentes rendas: 10%.
Para que houvesse progressividade, no entanto o indivíduo que ganha R$ 2.000,00 deveria
pagar mais que 10% de sua renda na forma de imposto.

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Na segundo situação, temos o imposto de 5% sobre o consumo de um bem. Aqui, vale uma
dica importante: Impostos sobre consumo serão sempre regressivos, na medida em que
não é possível tributar de diferentes formas os indivíduos que adquirem o bem.
Vamos imaginar a seguinte situação envolvendo os dois indivíduos. Suponha que ambos
comprem um bem que custa R$ 200,00. Como o imposto é de 5% sobre o preço da venda,
temos que cada indivíduo pagará R$ 10,00 de imposto (R$ 200,00 x 0,05).
Agora vamos usar o conceito de progressividade. Ao adquirir o bem, o indivíduo que ganha
R$ 2.000,00 pagou em impostos R$ 10,00, o que significa 0,5% de sua renda (R$10,00/
R$ 2.000,00). O indivíduo que ganha menos, por sua vez, também pagou R$ 10,00 de imposto
sobre o consumo do bem, mas esse valor significa 1% de sua renda (R$10,00/ R$1.000,00).
Como podemos ver, quando se trata de imposto sobre o consumo, esse será mais pesado
quanto menor for a renda do consumidor. Nesses casos, dizemos que o imposto é regressivo.
Letra e.

037. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA/2021) Sobre a estrutura tributária de um país,


a) o critério de capacidade de contribuição propõe atribuir a cada indivíduo um ônus
equivalente aos benefícios percebidos pelos programas governamentais.
b) o princípio básico da equidade dá o mesmo tratamento contributivo a indivíduos
considerados desiguais.
c) o critério de benefício propõe repartir o ônus tributário em função das respectivas
capacidades individuais de contribuição.
d) o princípio da neutralidade refere-se à melhoria que o tributo promove sobre as decisões
de alocação de recursos por parte dos mercados.
e) a produtividade dos tributos em contribuir com a receita fiscal é medida pelos coeficientes
de elasticidade de receita em relação à renda nacional para diferentes alternativas de
tributação

A alternativa correta é a letra E, pois, no que diz respeito à arrecadação, um tributo é


considerado produtivo em função de quanto maior for a elasticidade da sua receita em
relação à renda.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, de acordo com o princípio do benefício, deve contribuir com maior valor
pago em tributos aqueles indivíduos que são mais beneficiados pelos programas, bens e
serviços públicos. Em contraste, o critério da capacidade de pagamento, cobra-se mais de
quem tem maior renda/patrimônio. Note que a alternativa mistura os conceitos.

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b) Na verdade, o princípio da equidade propõe que se trata os semelhantes de forma igual


e os diferentes de forma distinta.
c) Na verdade, de acordo com o princípio do benefício, deve contribuir com maior valor
pago em tributos aqueles indivíduos que são mais beneficiados pelos programas, bens e
serviços públicos. Em contraste, o critério da capacidade de pagamento, cobra-se mais de
quem tem maior renda/patrimônio. Note que a alternativa mistura os conceitos.
d) Na verdade, princípio da neutralidade propõe que o tributo seja neutro em termos
alocativos, ou seja, que piore o mínimo possível.
Letra e.

038. (FCC/MANAUSPREV/ANALISTA/2021) Em condições de concorrência perfeita, sobre a


aplicação de um imposto (lump-sum) sobre o preço do bem transacionado em um mercado,
a) o imposto não afeta o equilíbrio de mercado, se o governo direcionar o valor arrecadado
para melhorias na infraestrutura do país.
b) a quantidade demandada no mercado será igual à do equilíbrio sem aplicação do imposto.
c) como o tributo elevará o preço do bem, os produtores venderão maior quantidade do bem.
d) a elasticidade-renda da demanda determina sozinha a cunha fiscal.
e) a cunha fiscal tem seu valor determinado pela elasticidade-preço da demanda e
elasticidade-preço da oferta.

Note que o ônus é maior para quem é mais preço-inelástico. Em outras palavras, quanto
maior for a elasticidade-preço da oferta e menor for a elasticidade-preço da demanda,
maior o ônus sobre os consumidores, valendo o inverso vale para os produtores.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, independentemente do destino dado ao recurso, o imposto impacta o
mercado negativamente.
b) Na verdade, como o imposto impacta o mercado negativamente, a quantidade demandada
de equilíbrio cairá.
c) Na verdade, como o imposto impacta o mercado negativamente, venderão menos.
d) Na verdade, é a elasticidade-preço que determina e não a elasticidade-renda da demanda.
Letra e.

039. (FCC/ALAP/ANALISTA/2020) O sistema tributário brasileiro revela que


a) a incidência de impostos indiretos é necessariamente regressiva em termos da equidade
da distribuição pessoal da renda disponível.
b) uma estrutura tributária com maior parcela de impostos diretos será obrigatoriamente
mais progressiva do que uma em que predomine a arrecadação de impostos indiretos.

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c) a carga tributária é definida como a parcela da renda das famílias destinada aos cofres
do setor público.
d) a carga tributária é constituída por impostos, contribuições patronais e taxas.
e) a tributação dos lucros empresariais é progressiva do ponto de vista social, pois penaliza
apenas as empresas, impedindo-as de repassar tais custos aos consumidores.

Sem dúvida, uma estrutura tributária com maior parcela de impostos diretos será
obrigatoriamente mais progressiva do que uma em que predomine a arrecadação de
impostos indiretos. Veja o caso do Imposto de Renda, que é um imposto direto com caráter
progressivo. Quem ganha mais paga proporcionalmente mais, já que as alíquotas são
progressivas por faixa de renda.
Em contraste, veja o caso do ICMS, imposto de maior arrecadação no país – é um imposto
indireto de caráter regressivo. O mesmo imposto pago no quilo de feijão por quem recebe
um salário-mínimo, será o mesmo de quem recebe 100 salários-mínimos.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, o fato de uma economia usar impostos indiretos não a torna necessariamente
regressiva. A composição da carga tributária é essencial para definir a equidade da distribuição
pessoal de renda disponível, já que, se houver mais impostos diretos essa economia pode
ser mais equitativa.
c) Na verdade, não só famílias como também empresas.
d) Na verdade, abarca todos os tributos.
e) Na verdade, o ônus tributário pode ser repassado aos consumidores.
Letra b.

040. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Na estrutura tributária do Brasil,


a) há situações em que os impostos podem ser utilizados como instrumento extrafiscal.
b) a arrecadação do ISS e do ICMS é compartilhada entre o Estado e o Município.
c) não há imposto que se apresenta como seletivo e indireto ao mesmo tempo.
d) os Estados são os titulares da competência para o IPI.
e) impostos não podem incidir em todas as etapas de produção.

A natureza extrafiscal de um tributo é usada, por exemplo, quando o governo aumenta o


imposto de importação de um determinado produto, de modo intervir na atividade econômica
visando a proteger determinada indústria, sem a intenção apenas arrecadar dinheiro.
Vamos apontar os erros das demais:
b) Na verdade, o ISS é arrecadado pelos municípios que ficam com 100% da sua receita.

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c) O IPI é ao mesmo tempo seletivo e indireto. Já o ICMS é indireto e pode ser seletivo
segundo a Constituição.
d) O IPI é federal.
e) Pode sim, o que não pode, em alguns casos, é a incidência cumulativa, já que a CF/1988
dispõe que o IPI e o ICMS, por exemplo, serão não-cumulativos, compensando o que for
devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
Letra a.

041. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) A respeito dos impostos, a curva de Laffer


a) preconiza que aumentos de alíquotas geram maiores receitas de impostos,
independentemente do nível da alíquota.
b) demonstra que fortes elevações de alíquotas garantem fundos para aumento dos gastos
públicos.
c) mostra que baixas alíquotas estão relacionadas com maior sonegação.
d) esclarece o motivo pelo qual a receita tributária máxima se dá com uma alíquota de 100%.
e) evidencia que pode haver uma alíquota específica que produz uma receita tributária
máxima.

A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos estudos
levados a cabo por Arthur Laffer, nos quais se demonstra que uma tributação exagerada
acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal. Podemos ver no ponto 1, que essa
alíquota, embora não seja a maior, é que gera maior arrecadação.

Letra e.

042. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) Considere a afirmação que segue: quando as alíquotas


de impostos são altas o suficiente, um aumento adicional na alíquota de imposto pode levar
a uma diminuição das receitas arrecadadas.

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A representação desta relação se dá pela chamada curva de


a) Phillips.
b) Engel.
c) Rendimento.
d) Laffer.
e) Hec.

É a curva de Laffer, que é um gráfico que demonstra que uma tributação exagerada acaba
por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Letra d.

043. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) A Curva de Laffer nos alerta para uma relação entre
a) a inflação e o desemprego em contexto em que a elasticidade renda é responsiva às
variações da quantidade e da velocidade de circulação da moeda em dado momento.
b) a capacidade de financiamento do setor público e o nível de arrecadação em contexto
em que se observa um hiato do produto positivo.
c) as elasticidades de oferta e demanda em um determinado mercado e o comportamento
da receita tributária perante variações na alíquota de um dado imposto que incide sobre
esse mercado.
d) o comportamento do preço e da quantidade de um dado produto perante as variações
da oferta e da demanda de dois ou mais insumos em contexto de pleno emprego.
e) as variações na oferta de moeda e o nível de emprego, quando aumentos no investimento
agregado implicam em elevação da taxa de juros real da economia.

Lembre-se de que a curva reversa ou de Laffer é aquela que demonstra a relação entre a
receita tributária e suas alíquotas. Reveja-a:

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A alternativa C é verdadeira, pois, de acordo com a curva de Laffer, o aumento da alíquota


eleva a receita tributária, embora, a partir de dado momento, aumentar a alíquota passa
a reduzir a arrecadação, em virtude de diminuir o incentivo do agente econômico a auferir
renda e/ou aumento o incentivo à evasão fiscal.
Observe que, normalmente, o governo tende a tributar produtos e serviços com demanda
inelástica, uma vez que tributando os que têm demanda elástica, um eventual aumento de
preço provocado pelo tributo gera grande redução da demanda, diminuindo a arrecadação.
Letra c.

044. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2017) Um imposto


a) é progressivo quando a participação dos impostos na renda dos agentes diminui conforme
a renda aumenta.
b) é direto quando incide sobre o preço das mercadorias, independentemente de quem
pague o imposto.
c) é neutro quando a participação dos impostos na renda dos agentes aumenta conforme
a renda aumenta.
d) pode ser do tipo valor adicionado, quando é devido apenas sobre o valor agregado ou
acrescido.
e) não pode contemplar a possibilidade de ter objetivo além do fiscal.

O Imposto sobre valor adicionado, realmente, por definição, é aquele cujo valor adicionado
bruto é a diferença entre o valor da produção de uma unidade produtiva e o do seu consumo
intermediário, ou seja, é devido apenas sobre o valor agregado ou acrescido.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) na verdade, Impostos Progressivos são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o
valor de referência aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de renda,
cujas alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
b) na verdade, Impostos Diretos são tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte
e não sobre os bens ou serviços consumidos. O exemplo de um imposto direto é o imposto
de renda, cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do contribuinte.
c) na verdade, a ideia de um imposto neutro é a de que o tributo não provoque mudança
nos preços relativos da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.
e) Pode sim, pois um tributo pode ter funções além da mera arrecadação, como alocativa,
distributiva e/ou estabilizadora.
Letra d.

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045. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Ao escolher o tipo de impostos, existe um trade-off


(conflito) entre
a) eficiência produtiva e arrecadação.
b) receita e lucro.
c) eficiência e justiça.
d) justiça e lucro.
e) eficiência alocativa e receita.

O dilema ou “trade-off” da teoria da tributação mais relevante é escolher entre eficiência


e justiça, ou seja, se por um lado, o sistema tributário não deve prejudicar a eficiência
econômica e arrecadar com rapidez e baixo custo, por outro é fundamental que haja justiça
na divisão do ônus tributário, de modo a não aumentar a concentração de renda.
Letra c.

046. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Considere as seguintes afirmações a respeito de


características de impostos.
I – Utilização como instrumento extrafiscal, com função regulatória.
II – Incidência em todas as etapas de circulação.
III – Majoração submetida ao princípio da anterioridade de um ano.
IV – Vinculação a especificadas atividades estatais frente ao agente obrigado.
Em relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI, está correto o que se afirma
APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e II.
e) III e IV.

Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


I – verdadeira, pois, na verdade, o IPI é muito usado como instrumento extrafiscal, seja
reduzindo-o, aumentando ou isentando-o para estimular ou desestimular a produção de
determinado setor.
II – Apesar da banca ter considerado como verdadeira, penso que está errada, pois o IPI incide
apenas sobre as etapas de industrialização. Assim, quando a fábrica vende um produto, há
incidência de IPI, mas quando o mercado o vende, não há. Nessa linha de raciocínio, não se
pode afirmar que o IPI incide em todas as etapas da circulação.

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III – falsa, pois majoração não está sujeita ao princípio da anterioridade de um ano, justamente
pelo seu caráter extrafiscal. Assim, o IPI não precisa anteder ao princípio da anterioridade,
de maneira que o governo pode majorá-lo no mesmo ano em que publicou a alteração.
IV – falsa, pois o imposto, diferentemente da taxa, não vincula seu pagamento a qualquer
atividade estatal, seja ela específica ou não.
Letra d.

047. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) A extrafiscalidade característica do Imposto de


Importação é destacada por
a) ser exclusivamente arrecadatório.
b) depender de lei específica para que seja alterada sua alíquota.
c) ser o mesmo para todas as importações.
d) ser alterado pelos executivos estaduais.
e) atuar como instrumento de intervenção estatal no comércio exterior.

A presença da natureza extrafiscal em um tributo ocorre quando o Estado não visa apenas
à arrecadação, mas também intervir na sociedade e na economia. Assim, poder-se-á lançar
mão de um tributo extrafiscal, por exemplo, para evitar que uma atividade prejudicial à
economia prospere.
Letra e.

048. (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) O ICMS é um imposto


a) não seletivo, não cumulativo e direto.
b) seletivo, cumulativo e indireto.
c) não seletivo, cumulativo e indireto.
d) seletivo, não cumulativo e direto.
e) seletivo, não cumulativo e indireto.

O ICMS é um imposto seletivo, pois sua alíquota pode variar de acordo com a essencialidade
do bem.
O ICMS é um imposto não cumulativo, pois o imposto incide somente sobre o valor adicionado
em cada etapa da produção, sendo compensados os créditos obtidos nas etapas anteriores.
O ICMS é um imposto indireto, uma vez que não é o seu contribuinte quem arca com o ônus
da carga tributária, pois, na verdade, recai todo ou em parte sobre o consumidor, embora

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seja a empresa vendedora a responsável por recolhê-lo junto aos cofres públicos. Guarde
ainda que os tributos sobre circulação como o ICMS são todos indiretos.
Letra e.

049. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) A Teoria da Tributação estabelece que o sistema


tributário ideal
I – distribui o ônus tributário equitativamente entre os diversos indivíduos da sociedade.
II – adota o conceito de progressividade, segundo o qual deve-se tributar menos quem tem
uma renda mais elevada.
III – segue o princípio da justiça empresarial, isto é, os impostos devem ser formulados com
vistas a melhorar o poder econômico das empresas
IV – atende ao critério da simplicidade, ou seja, o sistema tributário deve ser de fácil
compreensão para os contribuintes e de fácil arrecadação por parte do governo.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Vamos julgar e comentar as assertivas e escolher sequência a correta.


I – Verdadeira. Em atenção ao Princípio da Equidade. Desse modo o governo contribui para
o aspecto da equidade do sistema tributário.
II – Falsa. Deve-se tributar mais quem ganha mais! De acordo com a progressividade deve-
se tributar mais quem tem uma renda mais elevada.
III – Falsa. Esse princípio nem existe! Que tentativa de pegadinha! Esse princípio não existe
e, assim, nem deve ser levado em consideração para construir um sistema tributário ideal.
A preocupação com a neutralidade tributária visa a eficiência do sistema econômico e não
apenas das empresas.
IV – Verdadeira. Bela explicação do muito bem-vindo Princípio da Simplicidade.
Letra b.

050. (FCC/TCE-CE/ANALISTA/2015) A carga tributária é definida como a parcela da renda


interna destinada aos cofres do setor público. Sobre ela, no caso brasileiro, tem-se que:

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a) a carga tributária líquida é sempre maior do que a carga tributária bruta, pois esta
última definição desconsidera as transferências que o governo deve efetuar por lei para
os contribuintes.
b) a arrecadação de impostos indiretos constitui uma das principais fontes de recursos
para todos os entes federativos.
c) a cobrança do ICMS é motivo de harmonização tributária entre os estados da federação e
suas subunidades municipais, os quais dividem a prerrogativa da arrecadação desse imposto.
d) a contribuição sobre intervenção no domínio econômico é um imposto estadual, destinado
à construção de ferrovias estaduais e de portos secos com vistas à melhor utilização do
território nacional.
e) o imposto de renda é um tributo federal que incide apenas indiretamente sobre a renda
dos contribuintes, pois sua alíquota varia de acordo com as faixas de renda dos cidadãos.

a) Errada. Essa é fácil. A carga tributária líquida é sempre MENOR que a bruta, já que
desconsidera as transferências que o governo deve efetuar por lei.
b) Certa. O Brasil arrecada muito pelos impostos indiretos, como o ICMS e o IPI.
c) Errada. Que absurdo! O ICMS é sempre motivo de briga! Sua cobrança é foco de muitas
discussões entre os estados, municípios e empresas, ocasionando a chamada “guerra fiscal”.
Além disso, a instituição do imposto é de competências dos Estados, e não dos municípios.
d) Errada. A CIDE não é um imposto estadual, mas sim uma contribuição federal.
e) Errada. O IR é um imposto DIRETO. É só ver seu contracheque no fim do mês que está o
valor que você pagou DIRETAMENTE ao Governo.
Letra b.

051. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) A estrutura tributária de um país,


a) consiste na arrecadação de impostos diretos e indiretos e a carga tributária líquida é a
parcela do produto nacional bruto destinada aos cofres públicos.
b) é considerada progressiva quando há predominância de impostos indiretos na arrecadação
total do país, de forma que um aumento no consumo sempre sinalizará melhoria do bem-
estar social a médio e longo prazos.
c) tem impacto desprezível sobre a distribuição de renda da sociedade, pois os contribuintes
sempre podem ajustar o seu consumo às restrições orçamentárias incidentes sobre eles.
d) é função da capacidade de gasto dos contribuintes e não de sua renda.
e) tenderá a ter a desigualdade ampliada se significante parcela da arrecadação depender
de impostos indiretos e houver ausência de políticas de redistribuição de renda e de riqueza.

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Vamos julgar e comentar as alternativas e escolher a correta.


a) Errada. O erro está na palavra “líquida”. Se trocada por bruta, fica correta.
b) Errada. Conceituou regressiva que pune o consumo dos mais pobres.
c) Errada. Esse impacto não é desprezível.
d) Errada. A capacidade de gasto depende da renda.
e) Certa. Isso! A tributação regressiva agrava a má distribuição de renda e precisa ser corrigida.
Letra e.

052. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Os impostos são divididos em impostos


diretos, por incidirem diretamente sobre a renda dos cidadãos, e impostos indiretos, por
afetarem a renda dos mesmos por meio da incidência de uma porcentagem sobre os preços
dos bens. Portanto,
a) uma estrutura tributária composta, predominantemente, por impostos diretos será
obrigatoriamente mais progressiva do que uma dominada pela arrecadação de impostos indiretos.
b) os impostos diretos sobre a renda podem melhorar a distribuição de renda de uma
sociedade, caso haja um número de faixas de renda suficientemente diferenciadas com
elevações progressivas de alíquotas de impostos e que seja adequado à estrutural social
do país.
c) a arrecadação de tributos indiretos é necessariamente regressiva do ponto de vista da
renda pessoal.
d) a tributação da produção é progressiva do ponto de vista social, pois penaliza as empresas,
as quais tem poder financeiro para arcar com tais custos.
e) o imposto sobre valor adicionado tem um efeito negativo sobre a produtividade de um
país, pois tributa repetidas vezes o mesmo insumo produtivo conforme o valor do mesmo
é adicionado à produção do setor seguinte dentro da cadeia produtiva, até chegar ao setor
varejista.

Vamos julgar e comentar as alternativas e escolher a correta.


a) Errada. Nem sempre isso acontece. Veja o caso do IPTU e do IPVA que são tributos indiretos
e têm alíquotas maiores para bens de maior valor!
b) Certa. Compare essa alternativa com a anterior e veja que que ela é bem melhor.
c) Errada. De novo, não necessariamente. Veja o caso do IPTU e do IPVA que são tributos
indiretos e têm alíquotas maiores para bens de maior valor!
d) Errada. A tributação de bens e serviços, ou seja, indireta, é regressiva em regra, embora
comporte exceções como no caso do IPTU e do IPVA.

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e) Errada. O IVA, dada sua característica de não cumulatividade, ou seja, por não provocar o
chamado efeito cascata, é menos nocivo à produtividade. Isso porque o efeito final sobre os
preços depende não apenas da medida em que os impostos são transferidos para frente em
cada estágio de produção, mas também da estrutura precisa das transações interindustriais.
Letra b.

053. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Admita-se uma situação de equilíbrio de um


mercado em concorrência perfeita. Caso o governo decida pela aplicação de um imposto
(lump-sum) sobre o bem ou serviço negociado nesse mercado, é correto afirmar:
a) A elasticidade-preço da demanda é mais importante do que a elasticidade-preço da
oferta na determinação do rateio da cunha fiscal, pois a reação do consumidor a um preço
maior é o único fator relevante.
b) O mercado em questão sofrerá um aumento na quantidade de equilíbrio, uma vez que o
tributo implicará um preço mais elevado, de maneira que os ofertantes ficarão dispostos
a vender mais de seus bens e serviços no mercado.
c) A magnitude da cunha fiscal só pode ser aferida a partir do conhecimento estrito
das elasticidades-preço da demanda e da oferta, uma vez que ambas as medidas são
determinantes do rateio da incidência tributária entre consumidores e ofertantes.
d) O imposto não gera efeitos substanciais na quantidade negociada no mercado, pois os
agentes econômicos entendem que o governo deve gastar esse valor, necessariamente, no
aprimoramento das condições socioeconômicas do país, o que ocasiona uma melhoria da
eficiência produtiva e da renda em escala nacional.
e) Uma elasticidade-preço da oferta muito baixa, necessariamente, impõe sobre os consumidores
desse mercado um fardo fiscal muito grande, porque o ofertante não disponibilizará mais
bens quando o preço subir, piorando o nível de bem-estar dos consumidores.

A alternativa correta é a da letra C, pois é a combinação das elasticidades-preço da demanda


e da oferta que determinará exatamente quem vai ficar com que percentual do ônus
decorrente do aumento de determinado tributo.
Letra c.

054. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) Grande parte do debate sobre a política tributária se


estabelece em torno do fato de “se os ricos pagam uma parcela justa de impostos”.
Uma das formas de se avaliar essa questão adequadamente é verificar quanto às famílias
de diferentes níveis de renda pagam de tributos, em proporção à renda, no atual sistema
tributário.
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Nesse sentido, os sistemas tributários podem ser classificados em três tipos, a saber:
I – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas e aqueles
com rendas menores pagam a mesma fração de sua renda.
II – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam
uma fração menor de sua renda que os contribuintes com rendas menores.
III – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam
uma fração maior de sua renda que aqueles com rendas menores.
Os sistemas tributários I, II e III contêm, respectivamente,
a) imposto proporcional horizontal, imposto regressivo vertical e imposto progressivo vertical.
b) imposto horizontal proporcional, imposto vertical regressivo e imposto vertical progressivo.
c) imposto vertical, imposto horizontal e imposto gradual.
d) imposto proporcional, imposto regressivo e imposto progressivo.
e) equidade horizontal, equidade regressiva e equidade progressiva.

Vamos analisar cada uma das alternativas:


I – Um sistema tributário com imposto em que os contribuintes com altas rendas e aqueles
com rendas menores pagam a mesma fração de sua renda, ou seja, pagam na mesma
proporção da sua renda, é chamado de proporcional.
II – Já o imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam uma fração menor de
sua renda que os contribuintes com rendas menores é o chamado imposto regressivo.
III – Por sua vez, o imposto em que os contribuintes com altas rendas pagam uma fração
maior de sua renda que aqueles com rendas menores é o chamado imposto progressivo.
Aqui o exemplo clássico é o Imposto de Renda.
Letra d.

055. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) As características do sistema tributário de um país afetam


a distribuição de renda da sociedade. A equidade entre os grupos de renda é um princípio
importante no projeto de um sistema tributário.
Suponha que o governo utilizasse a seguinte fórmula para calcular quanto uma família teria
como valor do imposto devido:
Impostos devidos = (1/3 da renda) − 10 mil
Diante dessa regra de tributação, considere as seguintes situações de renda familiar e valor
de imposto devido:
I – Uma família com renda de $ 66 mil teria um imposto devido de $ 12 mil; uma família com
renda de $ 105 mil teria um imposto devido de $ 25 mil; uma família com renda de $ 21 mil

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teria um imposto calculado de (−) $ 3 mil; assim, essa família receberia do governo um cheque
de $ 3 mil, pois trata-se da política do imposto de renda negativo.
II – Uma família com renda de $ 96 mil teria um imposto devido de $ 22 mil; uma família com
renda de $ 45 mil teria um imposto devido de $ 5 mil; uma família com renda de $ 18 mil teria
um imposto calculado de (−) $ 4 mil; assim, essa família receberia do governo um cheque
de $ 4 mil, pois trata-se da política do imposto de renda equitativo.
III – Uma família com renda de $ 117 mil teria um imposto devido de $ 29 mil; uma família
com renda de $ 84 mil teria um imposto devido de $ 18 mil; uma família com renda de $ 24 mil
teria um imposto calculado de (−) $ 2 mil; assim, essa família receberia do governo um
cheque de $ 2 mil, pois trata-se da política do imposto de renda positivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) II.

Por incrível que pareça, os erros nada têm a ver com os cálculos. Se você ficou fazendo
contas antes de ler atentamente as alternativas desperdiçou tempo precioso de prova!
Então vamos aos comentários!
Perceba que o imposto retratado na questão é do tipo progressivo, mas se fosse uma mesma
alíquota (1/3 da renda) para todo mundo teríamos um imposto proporcional.
No entanto, tratando-se de progressivo, temos o “-10 mil” no cálculo do valor do imposto,
ou seja, quanto maior é a renda da pessoa, mais ela tem sua renda impactada pelo imposto.
Quanto menor é a renda, menos a renda é impactada. Se a renda for muito baixa, o contribuinte
pode até receber um cheque do governo (é um imposto ao contrário, ou o imposto negativo).
Repare que, neste modelo, uma pessoa que ganha 100 mil vai pagar de imposto o valor de
23 mil (33 mil – 10 mil). Ou seja, paga 23% da sua renda.
Por seu turno, uma pessoa que ganha 50 mil vai pagar de imposto o valor de 6,6 mil
(16,6 mil – 10 mil). Ou seja, paga 13,2% da sua renda.
Aquela pessoa que ganha 30 mil vai pagar de imposto um valor nulo (10 mil – 10 mil).
Ou seja, note que, à medida que a renda cai, o percentual de imposto pago também cai. Se
a renda aumenta, o percentual de imposto pago também aumenta, de modo que temos
um imposto progressivo.
Beleza até aqui?
Então vamos continuar!

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Já o item II está equivocado, considerando que o imposto de renda é progressivo (não é


imposto de renda equitativo, o que, aliás, é uma classificação que nunca vi na doutrina).
Por fim, a assertiva III está falsa, já que quando a família recebe um cheque do governo
(imposto pelo avesso), o imposto é negativo!
Letra a.

056. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) Sobre as políticas e critérios de distribuição de receitas


e encargos entre as esferas de governo no Brasil, considere:
I – A mobilidade da base tributável e a economia de escala na administração de tributos são
critérios que justificam a inadequação da cobrança de impostos sobre a renda pelos municípios.
II – O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), o Imposto
sobre Transmissão de Bens Imóveis Inter vivos (ITBI) e o Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) são de competência dos Estados.
III – A dependência dos municípios de pequeno porte por transferências financeiras
intergovernamentais se deve ao desequilíbrio vertical.
IV – O critério da economia de escala deve ser considerado para a configuração de redes de
atenção à saúde, justificando a não prestação de serviços de alta complexidade por todos
os municípios.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II e IV.

Temos uma questão sobre Pacto Federativo ou Federalismo Fiscal.


Vamos analisar cada uma das afirmativas e julgá-las!
De pronto, digo que assertiva I é verdadeira e tem a ver com mobilidade da base tributária,
que nos diz que quanto mais móvel é a base tributável, mais difícil é a fiscalização por parte
de um governo local.
O imposto de renda, a título de exemplificação, apresenta a base tributável extremamente
móvel, sendo, portanto, muito fácil para as pessoas mudarem de uma cidade para outra e,
assim, mudar o local da base de tributação.
As empresas também podem mudar de local com alguma facilidade para fugir de impostos.

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Nesses casos de impostos com alta mobilidade da base tributável, sua cobrança não se
presta a governos subnacionais e o federalismo fiscal brasileiro segue essa regra, já que o
IR é de competência da União.
Outro aspecto refere-se à existência das chamadas economias de escala na administração
do tributo.
Perceba e guarde que tributos com alta mobilidade de suas bases tributárias podem ser
administrados com muito mais facilidade, eficiência e redução de custos, por meio de uma
administração centralizada.
Considerando que indivíduos e empresas podem auferir rendimentos em diferentes municípios
ou estados, dificilmente uma comunidade teria informações globais sobre o montante total
a ser tributado, o que poderia levar à sonegação e perdas de eficiência na tributação.
Diante desse quadro, quanto maior a amplitude e complexidade do tributo e de sua base
tributária, maior a possibilidade de haver economias de escala em sua administração e,
portanto, sua administração seria recomendada a um ente central.”
Vamos agora analisar a afirmativa II.
Já A assertiva II é falsa devido ao fato de que o ITBI é imposto de competência dos municípios.
Passemos a análise da III.
Trata dos temas equalização fiscal, dos desequilíbrios verticais e horizontais, além das
transferências intergovernamentais.
Perceba que vários serviços públicos são passíveis de descentralização, ao passo que o
conjunto de tributos que pode ser arrecadado de modo descentralizado é mais restrito.
E qual o resultado deste quadro?
Um grande desequilíbrio entre receitas e despesas desses entes descentralizados, que é
chamado de desequilíbrio vertical.
Seguindo essa linha de pensamento, um desequilíbrio vertical existe quando ocorrem
consideráveis disparidades entre as fontes de receitas e obrigações de despesas funcionais
entre os governos de uma Federação.
Mas não é só isso!
Por aqui temos também a figura do desequilíbrio horizontal!
“Como assim, professor”?
O desequilíbrio horizontal decorre das disparidades de receitas e despesas analisadas entre
unidades federativas do mesmo nível (estados X estados; municípios X municípios).
Em outras palavras, o problema do desequilíbrio horizontal resulta de consideráveis diferenças
entre as áreas econômicas do país, da distribuição da renda e riqueza, bem como do volume
das transações existentes.
Vejam que esses desequilíbrios (verticais e horizontais) devem ser corrigidos por meio
da equalização fiscal (equalização vertical), em que ocorrem transferências financeiras

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intergovernamentais (ou intragovernamentais) que, geralmente, vão da União para estados


e municípios, e dos estados para os municípios.
Essas transferências servem para reduzir o problema das externalidades e para redistribuir
os recursos entre as regiões com diferentes níveis de renda e de desenvolvimento.
Finalmente, vamos agora analisar a assertiva IV!
Como vimos na assertiva I, a economia de escala serve de critério para a repartição de
competências, mas também como critério de repartição de encargos ou despesas.
Vamos ver um exemplo na área educacional para elucidar a situação.
Em se tratando da educação primária, a exigência de estrutura é muito menor. Ou seja,
este tipo de educação exige poucas economias de escala, podendo, portanto, ser de
responsabilidade de municípios de pequeno porte.
Mas, por seu turno, quando se trata da educação secundária e universitária, o critério da
economia de escala cresce de importância e é preponderante na maioria dos países, uma vez
que há menos estudantes nesses níveis e o custo de cada um deles é maior (pela existência
de laboratórios, pesquisa, professores mais qualificados etc.).
Por isso, com relação à educação secundária e universitária, há uma tendência a que este
serviço seja centralizado no governo nacional ou em governos estaduais. O Brasil também
segue essa tendência, conforme a CF/1988.
Letra d.

057. (FCC/METRO-SP/ADV-JR/2014) Um estudo divulgado pela Receita Federal do Brasil


informou que a Carga Tributária Bruta brasileira passou de 35,31% do PIB em 2011 para
35,85% do PIB em 2012. Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga
Tributária Líquida, é correto afirmar:
a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a arrecadação
tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado como proporção do PIB.
b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB, pois neste conceito
não são computados os impostos indiretos como o Imposto sobre Produtos Industrializados.
c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela
razão entre a arrecadação tributária das três esferas de governo e o PIB medido a preços
de mercado, ambos em termos nominais.
d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é suficiente para
concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo período.
e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela
razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB medido a custo de fatores, ambos em
termos nominais.

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Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.


a) Errada. Não existe essa condição. O que vale é o total.
b) Errada. Uma vez que os impostos indiretos são computados.
c) Certa. Isso, como contempla impostos indiretos e subsídios, é a preços de mercado.
d) Errada. Uma vez que a carga tributária pode subir e o PIB cair, e vice-versa.
e) Errada. Uma vez que contradiz o exposto na alternativa C.
Letra c.

058. (FCC/TCE-AP/ACE/2012) Um imposto sobre vendas a varejo com alíquota fixa (a mesma
alíquota para todos os produtos tributados) é um imposto
a) regressivo, pois onera mais fortemente a renda da parcela mais pobre da população.
b) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta mais
que proporcionalmente.
c) proporcional, pois à medida que a renda do cidadão se eleva, o imposto aumenta
proporcionalmente ao aumento da renda.
d) que atende ao princípio da capacidade de pagar.
e) progressivo, pois à medida que a renda do cidadão diminui, o imposto se reduz mais que
proporcionalmente.

Essa questão exigiu a compreensão do caráter de regressividade dos impostos indiretos


incidentes sobre o consumo.
Não sei se você já parou para pensar que um milionário paga o mesmo imposto incidente
sobre um quilo de feijão que uma pessoa que recebe o bolsa família.
Assim, um imposto sobre vendas a varejo com alíquota fixa (a mesma alíquota para todos
os produtos tributados) é um imposto regressivo, pois onera mais fortemente a renda da
parcela mais pobre da população, pois para aquela pessoa que recebe o bolsa família, por
exemplo, o tributo, imposto do quilo do feijão, pesa muito mais do que para o milionário.
Letra a.

059. (FCC/ISS-SP/AFTM/2012) Determinado Município instituiu, por lei, Imposto sobre a


Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), com as seguintes características: o fato
gerador é a propriedade, posse ou domínio útil de bem imóvel localizado na zona urbana
do Município; o sujeito passivo é o proprietário, possuidor ou titular do domínio útil; a base
de cálculo é o valor venal do imóvel; a alíquota é estipulada em faixas de valor, variando

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de 0,25% a 1,5%, na medida em que aumenta a base de cálculo. Quanto às alíquotas, este
IPTU pode ser classificado como
a) seletivo.
b) fixo.
c) proporcional.
d) progressivo.
e) regressivo.

Impostos Progressivos: são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o valor de referência
aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de renda, cujas alíquotas são
estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
Impostos Regressivos: são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida que o valor de
referência aumenta.
Ora, se a alíquota é estipulada em faixas de valor, variando de 0,25% a 1,5%, na medida
em que aumenta a base de cálculo, quanto às alíquotas, este IPTU pode ser classificado
como progressivo.
Letra d.

060. (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2008) De acordo com o Princípio da Equidade, um imposto


sobre vendas com alíquota uniforme, incidindo sobre todas as vendas de bens e serviços
de forma não-cumulativa, é
a) justo, porque onera apenas os que têm maior nível de renda e de consumo de bens e
serviços.
b) regressivo, porque os consumidores mais ricos contribuirão proporcionalmente menos
em relação à sua renda que os consumidores pobres.
c) progressivo, porque os consumidores que despendem mais pagarão um valor total de
imposto superior aos que despendem menos.
d) proporcional, porque todos os consumidores pagam uma percentagem uniforme sobre
todas as compras.
e) neutro, uma vez que a alteração que provoca na alocação de recursos por parte do setor
privado é muito grande.

O Princípio da equidade é aquele que considera que o tributo deve onerar o contribuinte
segundo suas posses.
Nessa questão, além de saber o princípio da equidade, é só lembrar do caso do imposto
sobre o feijão para o milionário e para o pobre.

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Desse modo, um imposto sobre vendas com alíquota uniforme, incidindo sobre todas as vendas
de bens e serviços de forma não cumulativa, é regressivo, porque os consumidores mais ricos
contribuirão proporcionalmente menos em relação à sua renda que os consumidores pobres.
Letra b.

061. (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Com relação à incidência de um imposto sobre vendas de


um bem X num mercado em concorrência perfeita, é correto afirmar que:
a) as elasticidades-preço da oferta e da demanda do bem no mercado não determinam o
ônus do contribuinte de fato.
b) o imposto desloca a curva de demanda para baixo em montante maior ao do imposto.
c) um imposto com alíquotas variáveis, em princípio, atende melhor ao princípio da
neutralidade do que um imposto com alíquotas fixas.
d) o imposto é regressivo, porque tende a onerar mais fortemente os consumidores mais ricos.
e) o ônus do imposto recai mais fortemente sobre os vendedores ou consumidores dependendo
do valor das respectivas elasticidades-preço.

A questão pede para marcarmos a alternativa correta acerca da incidência de um imposto


sobre vendas sobre um determinado produto num mercado de concorrência perfeita.
Lembre-se de que na concorrência perfeita as “forças” entre a oferta e a procura são equilibradas,
diferentemente do monopólio/monopsônio (mono = um) e do oligopólio/oligopsônio (oligo =
poucos), em que respectivamente a força está concentrada na oferta/procura.
Vamos agora analisar cada uma das alternativas e descobrir qual está correta.
A alternativa A está errada, pois as elasticidades-preço da oferta e da demanda do bem
no mercado determinam o ônus do contribuinte de fato. Sem dúvida, é muito mais fácil
repassar ônus de um imposto para o preço um bem inelástico (essencial) do que para um
bem elástico que tenha substitutos, já que nesse caso o consumidor pode optar por comprar
o seu substituto de o seu preço subir.
A alternativa B também está errada, pois o imposto desloca a curva de demanda para cima
e para a esquerda.
A alternativa C está errada, pois um imposto com alíquotas variáveis não atende ao princípio
da neutralidade e é, nesse sentido, pior do que um imposto com alíquotas fixas, uma vez
que o de alíquotas fixas alteraria os preços relativos dos produtos de modo uniforme,
enquanto o de alíquotas variáveis provoca mais distorções nos preços relativos da economia,
distorções essas contraditórias ao princípio de neutralidade (os impostos devem interferir
o mínimo possível na economia/nos preços relativos.).

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A alternativa D também está errada, pois como vimos na aula 01, quando o imposto é
regressivo, tende a onerar mais fortemente os consumidores mais pobres.
Finalmente podemos dizer que a alternativa E está correta, pois o ônus do imposto incidente
sobre as vendas de um produto recai mais fortemente sobre os vendedores ou consumidores
dependendo do valor das respectivas elasticidades-preço.
Letra e.

062. (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Numa determinada economia, um imposto sobre o valor


adicionado, não-cumulativo e do tipo multiestágio, tem uma alíquota fixa de 20% e é
cobrado “por fora”.
Há um setor dessa economia que produz um bem que passa por quatro etapas produtivas
até atingir o consumidor final, sendo que a primeira etapa é constituída por uma firma
totalmente integrada verticalmente.
Supondo-se que o preço cobrado por essa empresa é 100 e que as outras três empresas na
cadeia produtiva acrescentam 100% ao valor do insumo recebido para formar seu preço,
o governo desse país arrecadará, por unidade vendida do bem,
a) 160
b) 180
c) 220
d) 250
e) 300

O imposto chamado de “multiestágio” é aquele aplicado em várias etapas da produção,


como é o caso ICMS. Chamaremos então nosso imposto de ICMS, com alíquota de 20%
calculada “por fora”.
Como sabemos, o ICMS é um imposto não cumulativo, ou seja, o ICMS incidente sobre os
insumos comprados na etapa anterior gera crédito para as etapas seguintes.
Teremos 4 etapas de produção até chegarmos ao final da sua cadeia produtiva. Na etapa 1
foi dito que trata-se de uma firma totalmente integrada verticalmente, ou seja, essa firma
da etapa 1 produz tudo, sem precisar comprar “nada de ninguém (na verdade foi dito isso
para dizer que na etapa 1 a firma não teve crédito de ICMS).
Vamos aos cálculos:
Etapa 1:
Não comprou nada, crédito de ICMS = 0
Preço antes do ICMS = 100
ICMS (20%) = 20

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Preço de venda = 120


ICMS PAGO = 20 – 0 = 20
Etapa 2:
Comprou por 120, sendo 20 de crédito de ICMS, custo = 100
Preço de venda (coloca 100% sobre o custo) = 200
ICMS (20%) = 40
Preço de venda = 240
ICMS PAGO = 40 – 20 = 20
Etapa 3:
Comprou por 240, sendo 40 de crédito de ICMS, custo = 200
Preço de venda (coloca 100% sobre o custo) = 400
ICMS (20%) = 80
Preço de venda = 480
ICMS PAGO = 80 – 40 = 40
Etapa 4:
Comprou por 480, sendo 80 de crédito de ICMS, custo = 400
Preço de venda (coloca 100% sobre o custo) = 800
ICMS (20%) = 160
Preço de venda = 960
ICMS PAGO = 160 – 80 = 80
Para fechar a questão vamos somar agora os valores de ICMS pagos:
ICMS Pago etapa 1 =20
ICMS Pago etapa 2 =20
ICMS Pago etapa 3 =40
ICMS Pago etapa 4 =80
Total pago = 160
Agora veja que o total pago ao longo de toda a cadeia produtiva (160) é igual ao valor devido
(mas não o efetivamente pago = 80) na última etapa.
Letra a.

063. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos

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sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
Um sistema tributário é regressivo quando é capaz de onerar as camadas de alta renda.

Na verdade, sistema tributário é progressivo quando é capaz de onerar as camadas de alta


renda, ou seja, quem ganha mais, paga mais.
Errado.

064. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
Um Governo optou pela correção da tabela do imposto de renda, atualizando as faixas de
incidência do imposto. Essa medida pode ser considerada uma política fiscal expansionista.

Correta. Note que na situação apresentada na assertiva vai sobrar mais dinheiro no bolso
das pessoas físicas, pois vão pagar menos Imposto de Renda, e, consequentemente, poderão
gastar mais, expandindo a economia.
Certo.

065. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:

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Quanto maior a capacidade dos tributos de onerar as pessoas de baixa renda, mais a
tributação favorece progressividade do sistema.

Na verdade, ao tributar as pessoas de baixa renda, a regressividade é acentuada.


Errado.

066. (CONSULPAM/PREF-JACAREÍ/FISCAL-DE-TRIBUTOS/2023/ADAPTADA) A elevação


das desigualdades e os conflitos sociopolíticos ao longo do século XIX desencadearam na
instituição do Estado Social no século XX e, aliado a esse processo, impostos progressivos
foram estabelecidos em diversos países, assim como a prestação de serviços públicos. Tais
alterações tiveram impactos significativos sobre os níveis de desigualdade. A teoria da
tributação ótima foi consolidada na década de 1970, sugerindo a neutralidade dos tributos
sobre a renda. Entretanto, a partir dos dados de renda disponíveis no século XXI, tal teoria
passou por uma revisão, já que as previsões teóricas não se confirmaram. A respeito da
Teoria da Tributação, julgue:
A eficiência tributária consiste em uma alocação relacionada ao ótimo de pareto de recursos,
interferindo na decisão dos agentes privados.

Na verdade, a eficiência tributária consiste em uma alocação relacionada ao ótimo de


pareto de recursos, com o mínimo possível de intervenção na decisão dos agentes privados
Errado.

067. (CONSULPAM/PREF-VIANA/AUDITOR/2019) Designamos por tributação o ato de aplicação


de tributos por parte do Estado, seja sua incidência sobre a renda, sobre o consumo ou
sobre o patrimônio. Entre as categorias de tributação que pertencem a alçada municipal
aponte a opção que incide sobre o consumo:
a) Imposto sobre operações financeiras: incide sobre as operações financeiras.
b) Imposto sobre serviço: incide sobre serviços de qualquer natureza.
c) Imposto sobre produtos industrializados: incide sobre os produtos industrializados.
d) imposto de renda: incide na renda e proventos.

O Imposto Sobre Serviço (ISS) é da alçada municipal e incide sobre o consumo porque incide
sobre a prestação de serviços, ou seja, é tributo indireto.

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Nas outras três alternativas temos tributos federais, pois o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), o Imposto sobre produtos industrializados (IPI) e o Imposto de renda (IR)
são impostos de competência da União.
Letra b.

068. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011) Do ponto de vista da base


econômica, os tributos podem ser classificados em três grandes categorias. Assinale-as:
a) Impostos diretos, impostos indiretos, impostos sobre valor.
b) Impostos sobre quantidade, imposto sobre o valor, impostos mistos.
c) Impostos diretos, impostos indiretos, impostos mistos.
d) Imposto sobre a renda, impostos sobre vendas de mercadorias e serviços, impostos
diretos.
e) Impostos sobre a riqueza, impostos sobre a renda, impostos sobre vendas de mercadorias
e serviços.

As 3 bases de incidência dos tributos são a renda, o consumo (venda de mercadorias e


serviços) e o patrimônio (estoque de riqueza).
Letra e.

069. (CONSULPLAN/PREF-LONDRINA/ECONOMISTA/2011) Vários tributos oneram o consumo


de mercadorias e serviços no Brasil. Entretanto, o efeito cumulativo desses tributos sobre
o preço dos produtos e o poder aquisitivo dos consumidores é desconhecido, embora se
saiba que, de forma geral, o sistema tributário nacional é extremamente regressivo”. Das
modalidades a seguir, são consideradas tributos sobre o consumo, EXCETO:
a) ICMS e IPI.
b) Cofins e PIS-PASEP.
c) Imposto sobre serviços e Imposto sobre operações financeiras.
d) Impostos sobre propriedade urbana e imposto territorial rural.
e) Imposto sobre importação e contribuições sociais para o financiamento da seguridade
social.

Guarde que as bases de incidência dos tributos podem ser a renda, o consumo e o patrimônio,
sendo as 2 primeiras variáveis do tipo fluxo e a terceira variável estoque.

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O exemplo clássico de tributo que incide sobre a renda é o Imposto de Renda (IR), que no
caso das Pessoas Físicas incide sobre os salários e rendimentos e no caso da empresa sobre
o Lucro.
Para o tributo que incide sobre o consumo temos os exemplos dados pelas alternativas A,
B, C e E.
Finalmente, como exemplo de tributo que incide sobre o patrimônio nós temos o IPVA cuja
base é o valor do veículo automotor, além do ITR e do IPTU mencionados na alternativa D.
Letra d.

070. (CONSULPLAN/UBÁ/AGENTE/2010) Compete ao município instituir sobre os seguintes


tributos, EXCETO:
a) Propriedade Predial e Territorial Urbana.
b) Circulação de Mercadorias e Serviços.
c) Transmissão Inter Vivos.
d) Serviços de Qualquer Natureza.
e) Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas.

A única alternativa que apresenta uma competência QUE NÃO É dos Municípios é a B, já que
de acordo com a CF/88, a competência para instituir o ICMS é dos Estados e do DF.
As demais alternativas expressam competências tributárias que podem ser exercidas pelos
municípios de acordo com a CF/88.
Letra b.

071. (CONSULPLAN/CHESF/ECONOMISTA/2007) Marque a alternativa que descreve o


Efeito-Tanzi:
a) Diminuição do ritmo do crescimento econômico.
b) Perda da eficiência da máquina arrecadadora.
c) Aumento da atividade econômica em decorrência da diminuição dos impostos.
d) Corrosão do valor real dos impostos.
e) Diminuição da arrecadação provocada do aumento das alíquotas dos impostos.

O Efeito-Tanzi é a perda (corrosão) do real do valor da arrecadação tributária em virtude


da inflação quando ocorre inflação no interregno entre a ocorrência do fato gerador do
tributo e o seu recolhimento aos cofres governamentais.
Letra d.

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072. (FADESP/PREF-PARAUAPEBAS/ECONOMISTA/2015) Entre os princípios listados abaixo,


o que NÃO condiz com o princípio da tributação é:
a) o sistema tributário deve ser neutro no sentido de que não provoque distorções quanto
à alocação de recursos e sobre a eficiência econômica.
b) pelo princípio da equidade, cada contribuinte deve contribuir com uma parcela justa
para cobrir os custos do governo.
c) pelo princípio da regressividade, contribuintes com maior capacidade de pagamento
devem arcar com maior parcela do ônus tributário.
d) o princípio da simplicidade relaciona-se com a facilidade da operacionalização da cobrança
do tributo.

Note que o examinador pediu para marcarmos a alternativa errada, que é a letra c. Na verdade,
de acordo com o princípio da progressividade (e não, regressividade), os contribuintes
com maior capacidade de pagamento devem pagar maior parcela do ônus tributário. Assim,
as alíquotas maiores devem ser aplicadas para contribuintes com rendas maiores.
Vamos comentar as demais alternativas.
a) Apresentou corretamente o princípio da neutralidade.
b) Apresentou corretamente o princípio da equidade.
d) Apresentou corretamente o princípio da simplicidade.
Letra c.

073. (FADESP/PREF-PARAUAPEBAS/ECONOMISTA/2015) Qual das seguintes afirmações NÃO


se enquadra no perfil do sistema tributário brasileiro?
a) Aumento das importações depois de 1994 beneficiou os municípios devido à transferência
do imposto sobre importação.
b) Parte do IPI e IR, cuja arrecadação compete à União, é repassada regularmente aos
municípios na forma do FPM.
c) Parte da arrecadação do ICMS de competência dos Estados e Distrito Federal é repassada
aos municípios, de acordo com o índice cota-parte.
d) Os Estados Brasileiros foram prejudicados com o repasse do FPE devido à redução de
alíquota do IPI da indústria automobilística.

Note que o examinador pediu para marcarmos a alternativa errada, que é a letra A. Na
verdade, o II – Imposto de Importações não é compartilhado com os demais entes, ficando
totalmente para a União.
Vamos comentar as demais alternativas.

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b) Apresentou corretamente o FPM.


c) Certa. Os municípios ficam com 25% do valor de ICMS arrecadado.
d) Verdade, já que o IPI integra o FPE e o FPM.
Letra a.

074. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014) Sobre a Curva de Laffer, analise as assertivas abaixo.


I – Alteração na alíquota tributária afeta o incentivo de ganhar renda passível de tributação.
II – Existe um valor máximo que pode ser arrecadado para determinado nível de taxa de
juros e de inflação.
III – O formato da Curva sugere que, se a carga tributária estiver elevada e o governo reduzir
a alíquota de um imposto, a arrecadação poderá ser aumentada em vez de diminuída.
IV – Não existe um valor de alíquota tributária ótima que venha a maximizar a receita do
governo.
É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II, apenas.

I – Certa. A ideia básica é que alíquotas muito altas podem desestimular o trabalho, refletindo
a parte negativamente inclinada da curva de Laffer.
II – Errada. Estamos carecas de saber que a Curva de Laffer não tem nada a ver com os
conceitos de inflação e taxa de juros, mas sim com a relação existente entre a receita
tributária e carga tributária.
III – Certa. No trecho negativamente inclinado da Curva de Laffer, a arrecadação pode ser
aumentada com uma redução da carga tributária.
IV – Errada. De acordo com Laffer, existe uma carga tributária ótima que maximiza a receita
tributária.
Letra c.

075. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014) Acerca da classificação dos tributos, analise as


assertivas abaixo.
I – Tributos diretos são aqueles cujo ônus recai sobre o próprio contribuinte.
II – Tributos incidentes sobre a renda ou patrimônio são considerados como indiretos e
atendem ao princípio da capacidade de pagamento.
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III – Imposto cumulativo sobre vendas de mercadorias é classificado como indireto e atende
aos princípios de neutralidade e progressividade.
IV – Impostos seletivos a exemplo dos incidentes sobre bebidas alcoólicas ferem o princípio
da neutralidade e são considerados como indiretos.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e IV, apenas.

I – Certa. Perfeita a definição de tributo direto.


II – Errada. Aqueles tributos que incidem diretamente sobre a renda ou patrimônio são, na
verdade, considerados como tributos diretos e, dentre outros, atendem ao princípio da
capacidade de pagamento.
III – Errada. O chamado imposto cumulativo sobre vendas de mercadorias é classificado é
um tributo indireto, não atendendo, assim, aos princípios de neutralidade e progressividade.
Guarde que o indireto é classificado como regressivo.
IV – Certa. Consideram-se seletivos aqueles tributos cujas alíquotas mudam de acordo
com o tipo de produto que a ser tributado, provocando alterações de comportamento nos
agentes econômicos e atentando contra a neutralidade.
Letra e.

076. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA-AOF/2012) Quais são os principais impostos


arrecadados pelo município?
a) IPTU, ISS e IPVA.
b) IPTU, ISS e ITBI.
c) IPTU, IPVA e ISS.
d) IPTU, ISS e ICMS.

De acordo com as competências tributárias definidas em nossa Carta Magna, os principais


impostos arrecadados pelo município são o IPTU, o ISS e o ITBI (ou ITIV), sendo o gabarito
a letra B.
Letra b.

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077. (UFG/PREFEITURA-GOIÂNIA/ECONOMISTA-AOF/2012) Os princípios básicos de um


tributo ideal são:
a) equidade, neutralidade e permanência.
b) justiça, neutralidade e simplicidade.
c) neutralidade, progressividade e permanência.
d) equidade, neutralidade e simplicidade.

Vamos relembrar alguns dos princípios teóricos da tributação.


Princípio da produtividade: significa que o volume de arrecadação do imposto deve ser
maior do que os custos de sua obtenção.
Princípio da neutralidade: a ideia é que o tributo que não provoque mudança nos preços
relativos da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.
Princípio da equidade: considera que o tributo deve onerar o contribuinte segundo suas posses
e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela disponibilidade dos serviços públicos.
Princípio da capacidade de contribuição: está relacionado à arrecadação tributária seguindo
a ideia que cada contribuinte deve pagar segundo seus ganhos e propriedade.
Letra d.

078. (CESPE/TJ-ES/ANALISTA/2023) Acerca dos instrumentos de política econômica, julgue


o item subsequente.
De acordo com a teoria da tributação, o estabelecimento de alíquotas diferenciadas do
Imposto sobre Produtos Industrializados para produtos fabricados no país representa
política tributária neutra, no sentido de afetar uniformemente todos os produtos de
fabricação nacional.

Na verdade, o estabelecimento de alíquotas diferenciadas do Imposto sobre Produtos


Industrializados para produtos fabricados no país representa a aplicação da característica
extrafiscal desse tributo.
A presença da natureza extrafiscal em um tributo ocorre quando o Estado não visa apenas
à arrecadação, mas também intervir na sociedade e na economia. Assim, poder-se-á
lançar mão de um tributo extrafiscal, no sentido de evitar que uma atividade prejudicial à
economia aumente sua capacidade, em contraste com uma política tributária neutra, que
visa a afetar uniformemente todos os produtos.
Errado.

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079. (CESPE/AGE-MT/ANALISTA/2023) Entre os impostos arrecadados por municípios inclui-se


a) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).
b) imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II).
c) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores
mobiliários (IOF).
d) imposto sobre propriedade territorial rural (ITR).
e) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).

De acordo com o artigo 156, III da CF/1988, os impostos sobre serviços de qualquer natureza
é um imposto que pode ser instituído pelos municípios.
Vamos indicar os demais.
a) Estados e DF.
b) União.
c) União.
d) União.
Letra e.

080. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Julgue o item seguinte, acerca de finanças públicas.


Diferentemente da equidade tributária vertical, a equidade tributária horizontal se propõe
a estipular uma melhor divisão do peso da carga tributária entre os contribuintes, conforme
as suas mais variadas capacidades contributivas.

Questão com gabarito polêmico.


Quando falamos em equidade horizontal, as pessoas estão na mesma situação ou na mesma
faixa de renda, consumo. Assim, temos que pessoas com capacidades de pagamento de
impostos similares devem pagar a mesma quantia. Normalmente aplicado aos impostos
proporcionais. Está relacionado ao princípio do benefício.
Em contraste, quando falamos em equidade vertical, as pessoas estão em níveis diferentes
de renda ou consumo. Defende-se que, em tese, as pessoas com renda mais alta devem
suportar uma carga de tributação proporcionalmente maior em relação às mais baixas.
Está relacionado ao princípio da capacidade contributiva.
Assim, de acordo com o princípio da capacidade contributiva e aludido no trecho “variadas
capacidades contributivas”, entende-se que o foco foi distribuir o peso do tributo a pessoas
em situações desiguais (diferentes). Dessa forma, a melhor proposta é atribuir tal proposta
à análise da equidade vertical.
Certo.

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081. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Julgue o próximo item, relativos aos tipos de


receitas da administração pública.
Uma estrutura tributária regressiva piora a distribuição de renda.

A regressividade de um sistema tributário se caracteriza pelo fato de os indivíduos mais


pobres pagarem um percentual maior da sua renda em tributos do que indivíduos mais
ricos. Assim, naturalmente gera uma piora na distribuição de renda. Em suma, as pessoas
com menor renda pagam proporcionalmente mais impostos do que as de maior renda.
Certo.

082. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Acerca das finanças públicas, julgue o item a


seguir, considerando a política fiscal sobre as receitas e as despesas do governo.
De acordo com a teoria econômica da tributação ótima, um sistema tributário justo é
aquele que produz a receita tributária desejada e que, ao mesmo tempo, maximiza o bem-
estar social, considerando-se o acesso aos benefícios previdenciários e a capacidade de
pagamento do contribuinte.

A tributação ótima está relacionada ao princípio da neutralidade dos tributos, ou seja,


a ideia é obter-se a máxima eficiência alocativa, de modo que a tributação influencie o
mínimo possível os preços relativos.
Na assertiva o examinador tentou induzir o(a) candidato(a) a confundir o princípio da
neutralidade com o princípio da capacidade contributiva, aquele que está relacionado à
equidade vertical, que tem a ver com a progressividade dos tributos, ou seja, aqueles com
maiores rendas seriam tributados com alíquotas maiores do que aqueles com menores rendas
Errado.

083. (CESPE/SECONT-ES/AUDITOR/2022) Acerca das finanças públicas, julgue o item a


seguir, considerando a política fiscal sobre as receitas e as despesas do governo.
Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, os impostos terão caráter pessoal
e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, sendo vedados o
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente e
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida.

A questão treta do princípio da isonomia, que está previsto no artigo 150 da CF/1988. Confira:

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Art. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; (...)”

Do mencionado dispositivo podemos verificar que é vedado aos entes federados “instituir
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente
(…)”. Assim, no âmbito da tributação, fica vedada a discriminação com base na função ou
ocupação exercida a ocupação profissional ou função exercida pelo contribuinte não pode
ser tomada como parâmetro para diferenciação.
Certo.

084. (CESPE/SEFAZ-CE/AUDITOR/2021) Com referência à educação fiscal, julgue o item a seguir.


Os objetivos da tributação dividem-se em distributivos, alocativos e estabilizadores. No
Estado social, os objetivos estabilizadores visam à redução de desigualdades sociais.

Na verdade, quando a tributação foca na redução de desigualdades sociais está exercendo


a função econômica distributiva.
Errado.

085. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) No que se refere às políticas e aos instrumentos


de política fiscal, regulatória e monetária, julgue o item subsecutivo.
A criação de imposto progressivo para redistribuir a renda dos mais ricos para os mais
pobres pode implicar redução da renda nacional, devido ao risco de essa medida reduzir o
incentivo ao trabalho e à poupança.

A criação de um imposto progressivo, aquele que tributa proporcionalmente mais as


pessoas que possuem renda mais elevada, tende (pode) a causar um desestímulo à atividade
produtiva especialmente se as alíquotas ficarem pesadas.
Pense, por exemplo, que se ao trabalhar mais horas por dia, 50% retido a título de imposto
de renda. Com essa tributação tão alta, seria normal reavaliar se vale a pena trabalhar mais.
Certo.

086. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) No que se refere às políticas e aos instrumentos


de política fiscal, regulatória e monetária, julgue o item subsecutivo.

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O governo, ao elevar a alíquota do imposto sobre importação com vistas a incentivar a


indústria doméstica, atua no âmbito de sua política regulatória, por meio de um imposto
com caráter extrafiscal.

O governo está atuando como regulador, visto que está incentivando um determinado
setor sem atuar diretamente na produção, por meio de um imposto que tem caráter
eminentemente extrafiscal.
Certo.

087. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) O governo federal estuda incluir na proposta de


reforma tributária a redução da alíquota máxima do imposto de renda das pessoas físicas
(IRPF), hoje de 27,5%. Outros pontos prováveis são o fim das deduções com educação e
saúde e a tributação dos dividendos.
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).

Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
Diferentemente do IRPF, os impostos indiretos, tais quais os impostos que incidem sobre a
circulação de mercadorias e serviços, são regressivos, posto que oneram proporcionalmente
mais os indivíduos com menor capacidade de pagamento, e não neutros, no sentido de
provocarem distorções sobre a alocação de recursos na economia.

Note que os impostos indiretos são regressivos, uma vez que o valor do tributo de um
bem ou serviço não muda para consumidores com rendas maiores ou menores. Assim, o
tributo incidente na compra de um bem ou serviço será proporcionalmente maior para o
contribuinte de menor renda.
Note ainda que os impostos indiretos não são neutros, pois afetam os preços dos bens
e serviços, gerando alterações de preços relativos, gerando distorções nas alocações de
recursos da economia.
Certo.

088. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) O governo federal estuda incluir na proposta de


reforma tributária a redução da alíquota máxima do imposto de renda das pessoas físicas
(IRPF), hoje de 27,5%. Outros pontos prováveis são o fim das deduções com educação e
saúde e a tributação dos dividendos.
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).

Com relação ao tema abordado no texto anterior, julgue o item que se segue.
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A eliminação da possibilidade de dedução das despesas com saúde e educação da base de


cálculo do IRPF embute caráter regressivo ao tributo.

Note que, se a dedução não é possível, logo não é possível excluir renda da base a ser
tributada.
Note ainda que como as faixas do Imposto de Renda Pessoa Física apresentam alíquotas
maiores para rendas maiores, existe uma progressividade, mas a possibilidade de deduções
tende a fazer com que parte da renda seja abatida da base de cálculo, tornando-se não
tributada, o que acaba por tornar o tributo menos progressivo. Assim, caso seja eliminada
a possibilidade de efetuar tais deduções o tributo seria mais progressivo.
Errado.

089. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsequente.
Um fator agravante da falta de equidade do sistema tributário brasileiro é a excessiva
participação dos tributos sobre o consumo, em relação àqueles sobre a renda e a propriedade,
na arrecadação.

Importante relembrar que o termo equidade significa tratar os iguais de forma igual e os
desiguais de forma desigual. Nessa toada, vemos que existe na realidade falta de equidade
no sistema tributário brasileiro, uma vez que temos uma elevada participação de tributos
sobre o consumo, como o ICMS, o IPI e o ISS, na arrecadação, que são tributos fortemente
regressivos.
Note que como os tributos sobre o consumo têm seu valor baseado no preço do produto
ou do serviço, sendo, portanto, o valor pago em pelo tributo igual seja para o rico, seja para
o pobre.
Certo.

090. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsequente.
O imposto de renda da pessoa física, cuja cobrança é competência da União, é um exemplo
de tributo direto.

Tenha em mente que os tributos diretos são aqueles que incidem sobre renda ou patrimônio,
e normalmente estão relacionados à capacidade contributiva do contribuinte, como o
imposto de renda da pessoa física, por exemplo.

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Em contraste, os tributos indiretos são aqueles que incidem sobre a atividade econômica,
como produção e consumo, como no caso do ICMS, IPI, ISS etc.
Certo.

091. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsequente.
Os impostos cuja cobrança é competência dos estados são tributos indiretos, uma vez que
não incidem diretamente sobre a renda ou a propriedade dos contribuintes.

Embora o principal imposto estadual, o ICMS, seja realmente um tributo indireto, já que
incide sobre a atividade de circulação dos bens e não sobre renda ou patrimônio, existem
também os outros dois tributos estaduais que são diretos – o ITCD e o IPVA incidindo sobre
o patrimônio.
Errado.

092. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Acerca de políticas econômicas e seus conceitos,


instrumentos e efeitos, julgue o item subsequente.
A correção da tabela do imposto de renda de pessoa física em razão da inflação, com a
atualização das faixas sobre as quais incide cada alíquota do imposto, representa exemplo
de política fiscal expansionista.

Realmente, a redução efetiva do IR gerada via correção da tabela do imposto de renda


de pessoa física em razão da inflação, com a atualização das faixas sobre as quais incide
cada alíquota do imposto, representa exemplo de política fiscal expansionista, pois com
mais renda líquida disponível as pessoas vão consumir mais, contribuindo assim para o
“aquecimento” da demanda agregada.
Certo.

093. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Julgue o item a seguir, a respeito do tratamento


contábil dos impostos e contribuições, bem como das retenções na fonte realizadas pela
administração pública federal.
Impostos reais são aqueles que não consideram aspectos pessoais ou subjetivos em sua
incidência.

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Os chamados impostos reais são aqueles que incidem sobre o patrimônio dos contribuintes,
como o IPTU e o IPVA, sem levar em conta aspectos como se o contribuinte tem algum
problema de saúde ou se tem um ou mais dependentes.
Certo.

094. (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsecutivo.
Impostos sobre bens e serviços, por terem alíquotas progressivas, tendem a penalizar
majoritariamente a parcela mais rica da população.

Os impostos sobre bens e serviços não têm alíquotas progressivas, pois essa é uma
característica típica dos impostos sobre patrimônio e renda como o Imposto de Renda, o
IPTU e o IPVA.
Errado.

095. (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação à estrutura tributária brasileira, julgue


o item subsecutivo.
O imposto de renda no Brasil possui um sistema progressivo, o que favorece uma política
de distribuição de renda.

Um imposto é progressivo significa dizer que se tem uma alíquota mais alta quando o nível
de renda é maior. A progressividade pode ser verificada facilmente no Imposto de Renda,
por exemplo. Até uma determinada renda, o indivíduo é isento ao imposto. Depois disso,
seguem faixas de renda com alíquotas maiores para rendas maiores.
Certo.

096. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Para que seja capaz de cumprir suas


funções, o Estado moderno precisa de uma ampla base tributária, que permita a arrecadação
de recursos suficientes para o financiamento de suas múltiplas atribuições. A respeito desse
assunto, julgue o item a seguir.
No desenvolvimento de um sistema tributário, é inevitável o debate acerca dos critérios a
partir dos quais os ônus do financiamento público são distribuídos. Nesse sentido, o uso
de uma tabela progressiva de imposto de renda pode combinar os conceitos de equidade
horizontal e vertical.

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A ideia de equidade ou igualdade consiste em tratar os indivíduos de modo igual na medida


da sua desigualdade. Assim, temos a equidade horizontal (iguais devem ser tratados de
forma idêntica) e equidade vertical (desiguais devem ser tratados de forma desigual).
Nessa toada, quando temos uma situação em que há dois indivíduos com rendas diferentes,
por exemplo, um sistema tributário que respeite o princípio da equidade deve tratá-los de
forma distinta. E é exatamente esse o caso de um sistema tributário progressivo, no qual
se aplicam alíquotas tributárias mais elevadas para indivíduos de renda maior de maneira
progressiva (quanto maior a renda, maior a ônus tributário proporcionalmente), o que
implica em tratar os indivíduos com a mesma renda de maneira igual e os indivíduos com
renda diferente de maneira distinta.
Certo.

097. (CESPE/CÂMARA-DEPUTADOS/ANALISTA/2014) Com relação às consequências, às


origens e aos princípios da tributação, julgue o item que se segue.
Diferentemente do tributo progressivo, a tributação regressiva sobre a renda gera menor
redução na oferta de mão de obra, visto que indivíduos mais pobres têm menor elasticidade-
renda do que indivíduos ricos, o que origina menores custos sociais, em termos de peso
morto, sendo, socialmente preferível.

Tenha em mente que a tributação considerada como regressiva sobre a renda é aquela que
onera mais proporcionalmente rendas mais baixas, ou seja, na medida que a renda diminui,
o ônus fiscal aumenta em proporção à renda.
Esse tipo de modelo traz vários efeitos negativos, como traz a questão, como o fato de
que uma elevação na “carga tributária” de indivíduos com renda menor gera acentuada
redução na oferta de mão de obra na economia formal, já que há incentivo a estes indivíduos
ofertarem mão de obra no setor informal, onde não sendo “atingidos” pelo ônus fiscal.
Nessa toada, temos em elevados custos sociais, não sendo socialmente preferido.
Em contraste, a escolha preferida, em termos sociais, é por sistemas tributários progressivos,
que oneram mais proporcionalmente aqueles com renda mais elevadas.
Errado.

098. (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) No que se refere à economia do setor público,


julgue o item a seguir.
De acordo com o princípio da equidade, referente à avaliação do sistema tributário, o
governo deve tributar mais quem tem renda mais alta.
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Na verdade, a ideia revelada pelo princípio da equidade é de que cada contribuinte deve
contribuir com uma parcela “justa” para cobrir os custos do governo, e, assim, os demais
princípios derivam deste para responder qual seria esta parcela justa.
Nessa toada, guarde que a ideia de que o governo deve tributar mais quem tem renda mais
alta está relacionada, na verdade, ao princípio da capacidade contributiva (de pagamento),
em resposta ao problema que a ideia da equidade traz.
Ainda nessa seara, temos o princípio do benefício, que também tem por objetivo responder
qual seria a parcela justa a ser paga por cada contribuinte, e defende que cada um
contribuiria com uma quantia proporcional aos benefícios que obtém com o consumo
de bens e serviços públicos.
Errado.

099. (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) No que se refere à economia do setor público,


julgue o item a seguir.
O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação e o imposto sobre
produtos industrializados são exemplos de tributação estadual sobre o consumo.

Embora os tributos citados incidam sobre a produção e o consumo, o imposto sobre produtos
industrializados é um exemplo de tributação federal.
Errado.

100. (CESPE/TCU/AUDITOR/2011) Com referência à teoria econômica de indústrias reguladas,


julgue o item que se segue.
A regra de Ramsey, quando utilizada para definir a tarifa de acesso em indústrias de rede,
implica repartir os custos fixos entre todos os consumidores e cobrar mais de quem é mais
sensível a variações de preço.

Na verdade, a cobrança deve ser maior para aqueles consumidores que forem menos sensíveis
a variações de preços, já que quanto menor for a sensibilidade do consumidor, menor será
a perda de peso morto da tributação decorrente da majoração/criação do tributo.
Errado.

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101. (VUNESP/PREF-SP/AUDITOR/2015) Embora o Estado brasileiro se declare federalista


desde a Constituição de 1891, alguns autores dizem que esse federalismo é distinto do
federalismo de outros países. Essa distinção mostra o Estado brasileiro, principalmente
em termos tributários, como uma federação com cunho fortemente
a) democrático.
b) desenvolvimentista.
c) centralizador.
d) conservador.
e) descentralizador.

O federalismo é um sistema político em que organizações políticas (estados, províncias)


ou grupos se unem para formar uma organização mais ampla, como um Estado Central. No
sistema federalista, os estados que o integram conservam sua autonomia. Essa definição
abrange o conceito de federalismo no âmbito administrativo. Entretanto, o nosso federalismo
é um pouco diferente de outros países.
Veja que a cobrança é com relação a forma de tributação, ou seja, o federalismo fiscal.
O federalismo brasileiro caracterizou-se no passado por uma concentração excessiva no
poder central, tornando o nosso regime mais próximo do federalismo econômico em virtude
do poder exercido pelo Presidente da República. Desde o início da década dos 80 o Brasil
entrou numa época de mudanças institucionais, que se acelerou na década dos 90, e que
certamente ainda continuará nos próximos anos.
Devido a fatores históricos e culturais, o federalismo brasileiro é excessivamente
concentrador de poder na União, ao que corresponde centralização do poder de tributar,
tendência que a Constituição de 1988 tentou reverter; Emendas “desvinculadoras” de recursos
e a exacerbação das contribuições não compartilhadas, de duvidosa constitucionalidade,
vieram a “refederalizar” o bolo tributário. Sugerem-se medidas para amenizar a centralização
tributária no País e ensejar maior democracia financeira, num novo federalismo fiscal.
Note que atualmente o federalismo fiscal brasileiro ainda é muito centralizador, apesar
da transferência de responsabilidades da união para os estados e municípios.
Letra c.

Colega, agora quero pedir um favor:


Avalie nossa aula! É rápido e fácil deixar sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?

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Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima aula ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
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para revisão!

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REFERÊNCIAS

Finanças Públicas – Editora Campus – Autor Sávio Nascimento.

Finanças Públicas – Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte de Além.

Fundamentos de Economia – Editora Saraiva – Autores Marco Vasconcellos e Manuel Garcia.

Macroeconomia Esquematizada – Editora Saraiva – Luiza Sampaio.

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