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Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Maurício Nicácio • Edgard Antônio Lemos Alves

Carolina Rodrigues • Élvis Corrêa Miranda • Fabrício Sarmanho • Eduardo Muniz


Machado Cavalcanti • Luzia Pimenta • Paulo Lacerda • Marcelo Andrade

Língua Portuguesa • Legislação • Conhecimentos Específicos

2018

Este eBook foi adquirido por BRUNO JEFERSON LEOCADIO ALAINCARDK SILVEIRA OLIVEIRA - CPF: 064.387.404-62.
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como às suas características gráficas.

Título da obra: Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Assistente em Administração – Nível Médio
Atualizada até 6-2018 (AU08)

(De acordo com o Edital nº 016/2018, de 9 de julho de 2018 – Comperve)

Língua Portuguesa • Legislação


Conhecimentos Específicos

Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Maurício Nicácio
Edgard Antônio Lemos Alves • Carolina Rodrigues • Élvis Corrêa Miranda
Fabrício Sarmanho • Eduardo Muniz Machado Cavalcanti
Luzia Pimenta • Paulo Lacerda • Marcelo Andrade

GESTÃO DE CONTEÚDOS REVISÃO


Tatiani Carvalho Tamires Campos
Ylka Ramos
PRODUÇÃO EDITORIAL
Érida Cassiano EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Adenilton da Silva Cabral
Marcos Aurélio Pereira

www.vestcon.com.br

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UFRN

SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Organização do texto:
Propósito comunicativo. Tipos de texto (dialogal, descritivo, narrativo, injuntivo, explicativo e argumentativo).
Gêneros discursivos. Mecanismos coesivos. Fatores de coerência textual. Progressão temática. Paragrafação.
Citação do discurso alheio. Informações implícitas. Linguagem denotativa e linguagem conotativa...............................3

Conhecimento linguístico:
Variação linguística..........................................................................................................................................................21
Classes de palavras: usos e adequações..........................................................................................................................23
Convenções da norma padrão (no âmbito da concordância, da regência, da ortografia e da acentuação gráfica)........64
Organização do período simples e do período composto............................................................................................... 75
Pontuação........................................................................................................................................................................ 92
Relações semânticas entre palavras (sinonímia, antonímia, hiponímia e hiperonímia)..................................................99

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Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley

Ernani Pimentel INTERPRETAÇÃO


Interpretação significa dedução, inferência, conclusão,
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE ilação. As questões de interpretação não querem saber o
TEXTOS que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou
deduzir do que está escrito.
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em Comandos para Questão de Interpretação
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de Da leitura do texto, infere-se que...
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos... O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
INTELECÇÃO (OU COMPREENSÃO) Depreende-se do texto que...
Qual a intenção do narrador quando afirma que...
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito
voltada para o que realmente está escrito. Questão

1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:


Comandos para Questão de Compreensão
O narrador do texto diz que...
O texto informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que...
De acordo com as ideias do texto...

Questão

1. Assinale a opção correta em relação ao texto. (www.fotolog.com/rosearaujocartum)

O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do a) pois a imagem resgata o valor original do radical que
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O compõe a gíria bombar.
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO- b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente
5
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante, no sentido de “bombear”.
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os c) pois reflete o problema da educação no país, em
atores envolvidos com a ges­tão dos recursos hídricos que os alunos só se comunicam por gírias, como é
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas o caso de fessor.
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na
10
ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional norma culta o regionalismo fessô.
dos recursos hídricos. e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.

(http://proagua.ana.gov.br/proagua) Gabarito
a
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de-
rivados do PROÁGUA/Nacional.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere- Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar.
-se a “Banco Mundial” (l. 3). Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode
“deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos cluir que, por exemplo, ele esteja preo­cupado, ou tímido, em
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. função de estar de cabeça baixa.
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/
Nacional promovem o uso racional dos recursos
Comandos para Medir Conhecimentos Gerais
Língua Portuguesa

hídricos.
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do Tendo o texto como referência inicial...
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. Enfocando o assunto abordado no texto...

Gabarito Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de


vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o
d conhecimento do candidato a respeito daquela matéria.

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Questões Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama-
tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia,
Texto para os itens de 1 a 11. sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência...

Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, Questões


mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas
regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os
nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas itens seguintes.
5
nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís-
frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam
tico “se” tem valor condicional.
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas,
mas a alarmante escalada das agressões impingidas
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões
10
Greenpeace mostra que a concentração de material mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se- verbal “sabe” (l.2).
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a informação original do período, ser substituída por
15
a substância já responde por 70% da poluição marinha profundas.
por resíduos sólidos.
9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações). seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a 10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos”
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5. justifica-se pela regência do termo “impingidas”.

1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das 11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente
mais conhecidas organizações não governamentais “plástico” (l.11).
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na
melhoria das condições de vida das populações mais Gabarito
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no
setor secundário da economia. Itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.

2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas-


sa a ser visto como um dos principais responsáveis Erros Comuns de Leitura
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o
movimento de conscientização das pessoas para que Extrapolação ou ampliação
reduzam o consumo desse material. A questão abrange mais do que o texto diz.
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es-
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tavam felizes.
tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é A questão diz: Os alunos estavam felizes.
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo
nada da natureza resta para ser desvendado. que o de “alunos de um único colégio”.
4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor-
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve Redução ou limitação
a participação cooperativa de vários países, mas os A questão reduz a amplitude do que diz o texto.
elevados custos do empreendimento impedem que O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do
representantes sul-americanos atuem no projeto. jogo.
A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas jogo.
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da que o de “muitos”.
segurança internacional, também se volta para temas
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio Contradição
ambiente. A questão diz o contrário do que diz o texto.
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente.
Gabarito A questão diz: Maria é inteligente porque é educada.
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na
Itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica
Língua Portuguesa

“inteligente”.
Comandos para Medir Conhecimentos
Linguísticos Desvio ou Deturpação
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue considerada competente.
os itens. A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical. derada competente.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra-
da norma culta. tação” e não a “funcionária”.

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Leia o Texto 6. Errado Por quê? Primeiro, o texto não abrange as-
sunto nacional, mas internacional. Segun-
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per- do, não se pode deduzir que haja unanimi-
sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas dade, mas uma boa ou grande aceitação.
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
preensão estética e o preconceito antissemita também o 7. Certo
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros 8. Certo
que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empe- 9. Certo
nharam na apresentação de suas obras. [...]
10. Certo
Julgue os itens a seguir. 11. Certo Por quê? Conforme o texto, tais críticos,
além de não compreenderem o lado esté-
1. Deduz-se do texto que Gustav Mahler foi alvo de inten- tico do artista, incorreram em preconceito.
sas polêmicas.
2. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler)
foi um compositor. IDEIA PRINCIPAL E SECUNDÁRIA
3. Deduz-se do texto que o personagem central (Mahler)
era de origem judaica. Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua per-
4. Pode-se deduzir do texto que o personagem central sonalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas
(Mahler) foi um compositor de músicas eruditas. polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incom-
5. Pode-se inferir do texto que só depois de se terem preensão estética e o preconceito antissemita também o
passado algumas ou várias décadas desde sua morte acompanhariam postumamente e foram raros os maestros
é que Mahler acabou por ser admirado artisticamente que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenha-
e deixou de ter sua obra segregada. ram na apresentação de suas obras.
6. Pode-se inferir do texto que hoje a avaliação positiva da
obra de Mahler constitui uma unanimidade nacional. Julgue os itens.
7. Intelecção, ou entendimento do texto é a captação 12. O parágrafo lido constitui-se de dois períodos, residindo
objetiva das informações que o texto traz abertamente, a ideia principal no segundo.
explicitamente. 13. A ideia principal está contida no primeiro período,
8. Interpretação, ilação, dedução, conclusão, percepção representando o segundo um desenvolvimento das
do texto é resultado de raciocínio aplicado, permitindo ideias do primeiro.
captar-lhe tanto as informações explícitas, quanto as
implícitas. 14. Qual a ideia principal do texto?
9. A aplicação do raciocínio lógico às informações contidas a) Mahler foi um compositor.
no texto, expostas ou subentendidas, permite ao leitor b) Mahler tinha origem judaica.
tirar dele conclusões ou interpretá-lo corretamente. c) Mahler compunha música erudita.
10. A leitura de um texto deve levar em consideração o mo- d) O valor de Mahler só foi reconhecido devidamente
mento e as circunstâncias em que foi construído, bem a partir de algumas décadas após seu falecimento.
como à finalidade a que se propõe. e) A finalidade do texto é dizer que boa parte da críti-
11. Segundo opinião dedutível do texto, os críticos que ca foi contrária a Mahler.
desprezaram o compositor estavam errados.
Gabarito Comentado
Gabarito Comentado
12. Errado A questão seguinte esclarece o assunto.
1. Errado. Por quê? Esta informação – “foi alvo de in- 13. Certo
tensas polêmicas” – não “se deduz” do tex- 14. d
to, está claramente expressa nele.
2. Certo Por quê? Esta dedução se origina da infor- Nesta questão 14, todas as cinco alternativas exprimem
mação de que “maestros” apresentaram informações contidas no texto dado. Contudo, entre as ideias
obras dele. lançadas em qualquer texto, existe uma hierarquia, uma gra-
dação de importância. Daí os conceitos de ideia central ou
3. Certo Por quê? A informação de que ele foi alvo principal e ideias secundárias ou periféricas. A ideia central
de ”preconceito antissemita” leva à conclu- ou principal será a responsável pelo tema, que não se define
são de que ele era “de origem judaica”. por uma só palavra, mas por uma afirmação. Pode-se dizer
4. Certo Por quê? A palavra “maestro” tem uma co- que o tema do trecho lido é a valorização póstuma da obra
notação diferente (sem vírgula) de “cantor”, mahleriana. As demais ideias, secundárias, servem para dar
“compositor”, “DJ”, “intérprete” etc. Maes- maior compreensão ao texto e propiciar ao leitor uma visão
tro pressupõe erudição, por sua própria for- mais detalhada do assunto.
mação acadêmica; por isso, “pode-se dedu-
zir que as músicas sejam eruditas, pois ‘eru-
Língua Portuguesa

COMO ACHAR A IDEIA PRINCIPAL OU O TEMA


ditos’ se empenham na sua apresentação”.
O “pode-se deduzir” é aceitável, porque não Tratando-se de texto expositivo, argumentativo, os exa-
impõe que seja uma “dedução obrigatória”. minadores buscam avaliar no candidato a capacidade de
5. Certo Por quê? Essa inferência (dedução) nasce captar o mais importante. Quando você tem pouco tempo na
da informação de que “foram raros os ma- prova e precisa responder a uma questão que indaga sobre
estros que, nas décadas que se seguiram à o tema ou a ideia central de um longo texto, ou de um texto
sua morte, se empenharam na apresenta- completo, basta concentrar-se na leitura do último parágrafo.
ção de suas obras.” Necessariamente lá está a resposta da questão.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Normalmente, num parágrafo, a ideia principal se encon- Subentendidos
tra na parte inicial sendo seguida de um desenvolvimento, Os subentendidos se formam por dedução subjetiva do
em forma de explicação, detalhamento, exemplificação etc.. leitor, pois baseiam-se em sua visão de mundo, por isso são
Essa ideia principal também é conhecida por tópico frasal. discutíveis.
Mais raramente, pode ser encontrada no final do parágrafo, Ex.: Teresa voltou da Índia.
sob a forma de conclusão das informações ou explanações
que a antecedem. Repetindo: a ideia central ou principal de Subentendidos: Teresa gastou muito (discutível, pois
um parágrafo se situa no início ou no final. Nas outras partes, pode alguém ter pago tudo); ela é uma felizarda, aproveitou
aparecem os argumentos. bastante (discutível, porque pode ter ido a trabalho, com
Quando a abordagem é não apenas de um parágrafo, pouco dinheiro, e ter ficado hospitalizada o tempo todo).
mas de um texto completo, o tema ou ideia principal se
encontra no último parágrafo, podendo também aparecer Exercícios
no primeiro, conhecido como parágrafo introdutório. Os
parágrafos centrais são reservados às argumentações, que Assinale C ou E nos parênteses.
Na frase Carlos mudará de profissão,
contribuem para dar suporte à principal ideia.
1. ( ) tem-se como pressuposto que ele ganha pouco.
2. ( ) tem-se como pressuposto que ele tem profissão.
INTERTEXTUALIDADE 3. ( ) é possível que ele esteja contrariado.
4. ( ) é possível que ele tenha profissão.
Chama-se intertextualidade a relação explícita ou implí-
cita de um texto com outro. Gabarito
Quando Chico Buarque diz, na música Bom Conselho, “de-
vagar é que não se vai longe”, “quem espera nunca alcança”, 1. E 2. C 3. C 4. E
cria uma intertextualidade implícita com os ditos populares
“devagar se vai ao longe” e “quem espera sempre alcança”.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Veja a estrofe seguinte:
Narração ou história
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar Texto que conta uma história, curtíssima ou longa, tendo
Os passarinhos daqui personagem, ação, espaço e tempo, mas o tempo tem de
Não cantam como os de lá estar em desenvolvimento.
(Oswald de Andrade) Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As
ações acontecem em sequência)
E responda C (certo) ou E (errado):
Descrição ou retrato
( ) Esses versos lembram “Minha terra tem palmeiras, /
Onde canta o sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não 1. Texto que mostra um ambiente.
gorjeiam como lá. /”, de Gonçalves Dias. O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas
( ) A criação de Oswald de Andrade constitui um combate escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os
à estética romântica. galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
( ) trata-se de bom exemplo de intertextualidade.
2. Texto que mostra ações simultâneas.
Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho-
Gabarito rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no
C, C, C mesmo momento, o tempo está parado)

Dissertação ou ideias
IMPLÍCITOS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
Texto construído não para contar história ou fazer um
Implícitos retrato, mas para desenvolver um raciocínio.
Implícitos constituem informações que não se encontram É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de
exteriorizadas (ou escritas ou pronunciadas) no texto, estando seu próprio medo.
apenas sugeridas por um ou outro índice linguístico. É a leitura
atenta e competente que permite ao leitor a percepção do que Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso
ficou implícito, ou se mostra apenas nas entrelinhas. é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina,
ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito.
Pressupostos
Língua Portuguesa

O tipo dissertação modernamente vem sendo substi-


Os pressupostos são identificados por estarem sugeridos tuído, conforme o caso, por Argumentação, Exposição, ou
por palavras ou outros elementos do texto, não são difíceis Injunção:
de encontrar-se e não podem ser desmentidos pelo uso do • Argumentação: apresenta argumentos na defesa
raciocínio lógico. de um ponto de vista:
Ex.: Teresa voltou da Índia. A sua expansão industrial e comercial ocorreu muito antes
dos países vizinhos, não só porque dispunha de extensa
Pressupostos: ela foi à Índia (indiscutível); a viagem teve rede de ferrovias, hidrovias e rodovias, mas também por-
início há mais que dois dias (indiscutível). que detinha maiores recursos para investimento.

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• Exposição: apenas expõe as ideias, sem apresentar Texto 5.
argumentos: ( ) A manhã estava radiosa e cálida. Sequer uma nuvem.
A Bulgária se tornou membro da União Europeia em As folhagens das árvores, dos arbustos e das gramíneas
janeiro de 2007, após dez anos de negociação. oscilavam suavemente. Juritis, sabiás e bemtevis har-
• Injunção: orienta o comportamento do receptor: monizavam seus cantares, vez por outra salpicados por
Manuais de utilização de equipamentos. Orientações latidos um tanto quanto lentos e preguiçosos. O perfu-
de como tomar um remédio. Como ligar e desligar a me do jasmim ocupava a beira da piscina, envolvendo
irrigação do jardim... o tom rosado da pele de Janaína.

( ) Ponha nestes parênteses o número do texto que faz uso


Exercícios do diálogo em sua organização.
Use as letras iniciais das cinco frases seguintes para identificar
nos parênteses, os cinco textos que as acompanham. Gabarito
N. Constitui exemplo de narração. Texto 1 (I)
D. Predomina o caráter de descrição. Texto 2 (N)
I. Tem como base um parágrafo injuntivo. Texto 3 (A)
E. Exemplifica dissertação expositiva. Texto 4 (E)
A. Classifica-se como dissertação argumentativa. Texto 5 (D)
Texto 1
Atenção para as partes em itálico.

Texto 1 (EP). NÍVEIS DE FORMALIDADE/INFORMALIDADE


( ) Quando Clarice se mostrou chateada com algumas es-
trias no seio, Rogério prontamente informou: Níveis de Fala (Tipos de Norma)
– Tenho solução para isso.
– É verdade que você tem?
Registro formal ou adloquial
– Claro! No registro formal (adloquial, culto, padrão), as circuns-
– Então me ensina. tâncias exigem do emissor postura concentrada e adequada
– Ponha duas colheres de sopa de azeite numa frigi- a um grupo sofisticado de falantes. Tende ao uso da norma
deira. Amasse três dentes de alho, depois de tirar a culta (também chamada de padrão, ou erudita), que se
casca, e misture-os ao azeite. Deixe a mistura no fogo estuda nas gramáticas normativas.
médio por cinco minutos e apague o fogo. Aguarde que Por favor, entenda que seria importante para nós sua
ela esfrie um pouco até a temperatura ficar suportável presença.
ao tato. Durante oito minutos, embeba quantas vezes
necessárias um algodão naquele azeite, e passe-o su-
avemente em movimentos circulares no seio estriado. Registro informal ou coloquial
A informalidade ou coloquialismo acontece quando o
Vá ao espelho e veja o resultado.
ambiente permite ao emissor uma postura mais à vontade,
– As estrias vão embora?
sem preocupações gramaticais.
– Podem ir, mas se não forem, você pode estrear um
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien-
peitinho a alho e óleo.
ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
Na informalidade, a língua é usada na forma de cada
Texto 2 (EP).
região, profissão, esporte, gíria, internet...
( ) Paulo abriu a porta devagar, observou com calma o
ambiente, caminhou pé ante pé até a janela, abriu a
cortina, esperou que os olhos se acostumassem à clari- Registro vulgar
dade que invadiu o quarto, só então deitou-se no chão Normalmente envolve uso de calão ou gíria.
e vasculhou com os olhos a parte embaixo da cama. Oi, cara, pinta lá no pedaço.
Teve certeza de que o bicho não estava lá.
Registro de baixo calão
Texto 3 (EP). É o nível das gírias pesadas e dos palavrões.
( ) Berenice percebeu que André não lhe estava sendo fiel Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra.
porque ele dissera não conhecer Isaura, mesmo depois Cada texto deve obedecer a um nível de formalidade
de ter dormido na casa dela. Além disso, as duas vezes ou informalidade, com a escolha do vocabulário e de cons-
que Berenice citou o nome de Isaura, André desviou truções frásicas adequada ao público e ao ambiente a que
primeiro o olhar, em seguida mudou de assunto. Sem se destina.
falar no perfume que o acompanhava quando entrou
em casa: o preferido de Isaura. Variação linguística
Língua Portuguesa

Uma língua se realiza na fala de grupos diferentes, no


Texto 4. tempo (compare os escritos da carta de Caminha, de José
( ) Para investigadores, há indícios de que parte do dinheiro de Alencar e de hoje), no espaço (veja as diferenças de ex-
desviado tenha sido usado por Collor para compra de pressão das várias regiões brasileiras), nas profissões (atente
carros de luxo em nome de empresas de fachada. Al- para seus jargões ou expressões características), em grupos
guns desses automóveis foram apreendidos pela Polícia de relacionamentos (cada um com suas gírias e constru-
Federal na Operação Politeia, um desdobramento da ções frásicas identificadoras: DJs, políticos, cantores de rap,
Lava Jato, realizada em 14 de julho. religiosos, surfistas, tatuadores, traficantes, escaladores...).

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Já houve o tempo em que se considerava certo apenas o 2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai?
uso da norma então conhecida como culta ou erudita, porém a Até logo. Certo ou errado?
sociolinguística substituiu o conceito de certo/errado pelo de 3. distrair a atenção do receptor –
adequado/inadequado. Em termos de comunicação, fala-se Ele: Onde você estava até esta hora?
em o emissor adequar seu código ao do receptor para se Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje
fazer entender bem. Por isso, tanto o “nós vai”, como o sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
“nós vamos” podem ou não estar adequados, dependendo
do ambiente ou do grupo de falantes a que se destine, bem Função Metalinguística
como da intenção do comunicador, que pode justamente Predomina o assunto “língua”, é o uso da língua para
pretender comunicar que pertence a outro grupo. falar da própria língua.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM Língua: tipo de código usado na comunicação.

Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual Função Poética (ou Estética)
elemento está em destaque é definir a função da linguagem. Predomina em importância a elaboração da mensagem.

Função Emotiva (ou Expressiva) Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o
Predomina em importância o emissor e é muito usada que se diz.
em textos líricos, amorosos, autobiográficos, testemunhais...
Constitui uma característica de subjetividade. As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou
minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos
gente (no sentido de “nós”). diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no
receptor.
São índices desta função: A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar. quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),
2. uso de exclamação – Mariana chegou! ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. mais de uma dessas ou outras características.

Função Conativa (ou Apelativa) Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no
Predomina em importância o receptor e é frequente em texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante.
linguagem de publicidade e de oratória. No caso de um texto poético ou estético, as demais funções
ocupam o segundo plano.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós,
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa... TIPOS DE DISCURSO
São índices desta função:
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou? Discurso Direto
2. vocativo – Paulo, tu estás correto. Reprodução exata da fala do personagem.
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná. Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
Função Referencial (ou Informativa) Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua
Predomina em importância o referente e é empregada resposta.
nos textos científicos, jornalísticos, profissionais – correspon-
dências oficiais, atas... É uma característica de objetividade. Discurso Indireto
O narrador traduz a fala do personagem.
Referente: de que ou de quem se fala, representado por Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por qual- dele.
quer substantivo ou pronome substantivo de terceira pessoa. Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua Discurso Indireto Livre
Senhoria chegou. Quem chegou? A fala do personagem se confunde com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava
naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
Função Fática
Língua Portuguesa

Predomina em importância o canal e normalmente


aparece em trechos pequenos, dentro de outras funções. Discurso do Narrador
É a fala de quem conta a história.
Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
atenção) que interliga emissor e receptor.
Monólogo
Usa-se a função fática para: Fala de um personagem consigo mesmo.
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três... Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no
Alô, alô... que acabei de ver”.

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Diálogo moral. Famosas são as fábulas de Esopo, como A Raposa e
Conversa entre dois ou mais personagens. as Uvas, O Lobo e o Cordeiro.
– Você devia ser mais suave na sua fala.
– Vou tentar. Sátira
Texto crítico, picante, sarcástico, maledicente, irônico,
GÊNEROS DO DISCURSO, GÊNEROS TEXTUAIS zombeteiro para criticar instituições, costumes ou ideias.

Desde os estudos de Bakhtin até os de Koch, chegou-se Apólogo


à percepção de certas sequências relativamente estáveis de Narrativa didática, em prosa ou verso, em que se animam
enunciados, voltadas a atender necessidades diferentes da e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo é o texto de
vida social, sequências essas definidoras do que se conven- Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha.
cionou chamar Gêneros do Discurso, adaptáveis à sociedade
e seus comportamentos.
Lenda
História com base em informações imaginárias. São len-
Gêneros primários dários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...
São os que se desenvolvem primeiro, realizados em situa-
ções de comunicação, no âmbito social cotidiano das relações
humanas: diálogo, telefonema, bilhete, carta, piada, oração,
Anedota
comando militar rápido, situações de interação face a face.. História curta engraçada ou picante.

Gêneros secundários Paródia


Referentes a circunstâncias mais complexas, públicas, de Imitação artística, jocosa, satírica, bufa; arremedo de
interação social, muitas vezes escritas, monologadas, capazes outro texto. Vejam-se os segundos textos.
de incorporar e transmutar os gêneros primários. Necessitam Quem com ferro fere com ferro será ferido.
de instrução formal e aparecem sob a forma de 1. Gêneros Quem confere ferro, com ferro...
literários: provérbios, crônicas, contos, novelas, romances, Penso, logo existo.
dramas...; 2. Gêneros oficiais: cartas, ofícios, memorandos, Penso, logo desisto.
anais, tratados, textos de lei, documentos de escritório...; 3.
Gêneros científicos: pesquisas, relatórios, críticas, análises, Paráfrase ou frase paralela
teses, ensaios... 4. Gêneros Jornalísticos: notícia, matéria, É um texto criado na tentativa de reproduzir o sentido
entrevista, charge ... 5. Gêneros outros como dos círculos de outro. É um texto sinônimo, de sentido semelhante. Veja
artísticos, sociopolíticos, retóricos, jurídicos, políticos, o segundo texto.
publicísticos, esportivos... Todo dia ela faz tudo sempre igual / Me sacode às três
horas da manhã / Me sorri um sorriso pontual / E me beija
Eis alguns tipos explorados em provas elaboradas pelo com a boca de hortelã... (Chico Buarque)
Cespe: Dia após dia ela faz as mesmas coisas. Me tira da cama
às três da madrugada. Me dá um sorriso rotineiro e um beijo
Crônica com gosto de pasta de dente...
Texto curto dissertativo, comentando fato ou situação Obs.: a paráfrase sempre altera algo no sentido subjetivo
do momento. do texto.

Conto Epígrafe
História curta com poucos personagens em torno de um Inscrição que antecede um texto (no frontispício de um
núcleo de ação. livro, no início de um capítulo, de um poema, de uma crô-
nica...).
Novela
História mais longa que o conto e que também envolve Título: EPICÉDIO III
só um núcleo de ação.
Epígrafe: À morte apressada de um amigo
Romance
História longa e complexa em que os personagens atuam Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
em torno de vários núcleos de ação. As chamadas novelas de Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
televisão literariamente são romances porque revezam vários Me intentas persuadir, ó sombra muda,
núcleos temáticos, revezando também como protagonistas Que tudo ignora quem te não estuda.
grupos diferentes de personagens.
(Cláudio Manuel da Costa)
Parábola
Língua Portuguesa

Narrativa que transmite uma mensagem indireta, geral- SEMÂNTICA


mente de cunho moral, por meio de comparação ou analogia.
Cristo falava por parábolas, como a do Filho Pródigo e a Sema
do Joio e do Trigo. É unidade de significado. A palavra “garotas” tem três
semas:
Fábula 1. garot é o radical e significa ser humano em formação;
Tipo de parábola curta, em prosa ou verso, que apresenta 2. a é desinência e significa feminino;
animais como personagens e que ilustra um ensinamento 3. s é desinência e significa plural.

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Monossemia ou unissignificação QUALIDADES DO TEXTO
É o fato de uma expressão ter no texto apenas um sig-
nificado. Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e,
Polissemia ou plurissignificação também, seu defeito, o oposto.
É o fato de uma expressão, no texto, ter múltiplos sig-
nificados. Clareza
Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente
entendido. Obscuridade é o seu antônimo.
Ambiguidade ou anfibologia
Significa duplo sentido.
Questões
Denotação O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes
Sentido objetivo da palavra – Teresa é agressiva. o que o fez ficar triste.
Assinale C para certo e E para errado.
Conotação 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e
Sentido figurado da palavra – Teresa é um espinho. objetiva.
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude
Campo Semântico do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu-
Área de abrangência ou de interpenetração de
ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a
significado(s).
clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
semântico do futebol.
4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân-
este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade,
tico da música.
passando a significar que só o pai ficou triste.
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
mântico da aviação. fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção
gramatical.
Contexto 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
As palavras ou signos podem estar soltos ou contextua- fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu-
lizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que a ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste,
palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs-
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) tantivo mais distante.
e os dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada
um dos sentidos (monossemia) ligado a um determinado Gabarito
contexto.
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa- Itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada
um desses contextos, a monossemia prevalece. Coerência
Nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em
lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an-
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. tônimo é ilogicidade, incoerência.
Nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien-
tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- Questões
guidade e a polissemia devem ser evitadas.
I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
Sinonímia uma, mostra-lhe suas qualidades.
Existência de palavras ou termos com significados con-
vergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, brilho e II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
luminosidade, branquear e alvejar... uma, mostra-lhe seus defeitos.

Antonímia Assinale C para certo e E para errado.


Existência de palavras ou termos de sentidos opostos: 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente.
claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo e feio... 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente.
3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágrafos.
Língua Portuguesa

4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes.


Homonímia 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e
Palavras iguais na escrita ou no som com sentidos dife- coerente.
rentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal (pássaro), 6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por
cardeal (principal)... incoerência.

Paronímia Gabarito
Palavras parecidas: eminência e iminência, vultoso e
vultuoso... Itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.

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Concisão Coesão gramatical (ou coesão referencial
Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras. endofórica)
O seu oposto é prolixidade.
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin-
Questões do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe-
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores:

II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e Nominalização


mos apresentou. Substantivo que retoma ideia de verbo anteriormente
expresso.
Assinale C para certo e E para errado. Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informativo. lhes trouxe euforia.
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro-
vírgula e um ponto final). vados”.
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto
final). Pronominalização
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para Pronome retomando ou antecipando substantivo.
“e nos apresentou”. Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”.
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e
direto, porque representa a fusão de dois pronomes Repetição vocabular
oblíquos átonos (me + os). Repetição de palavra.
A mulher se apoia no homem e o homem na mulher.
Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os
Gabarito substantivos “homem” e “mulher”.
Itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado.
Sintetização
Uso de expressão sintetizadora.
Correção Gramatical Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão tra o mundo.
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte-
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente, Uso de numerais
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo
essa norma culta. sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não saber
o que fala.
Questões Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e
“terceira” retomam o cardinal “três”.
I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué.
Uso de advérbios
Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos.
escondida a resposta.
Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. de Raquel”.
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular
regional e errado relativamente ao culto. Elipse
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e Omissão de termo facilmente identificável.
errado se a referência for o popular regional. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o
Gabarito sujeito “nós” expresso na primeira oração.
Ambas as afirmações estão corretas. Sinonímia
Palavras ou expressões de sentidos semelhantes.
Coesão O extenso discurso se prolongou por mais de duas horas.
A peça de oratória cansativa foi responsável pelo desinte-
Língua Portuguesa

Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes


resse geral.
de um texto. Seu antônimo é a incoesão ou desconexão.
Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex-
pressão “discurso”.
COESÃO E CONECTORES
Hiperonímia
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes Hiperônimo é palavra cujo sentido abrange o de outra(s).
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos Roupa constitui hiperônimo em relação a calça, vestido,
coesivos. paletó, camisa, pijama, saia...

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Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias... 6. a) Era uma situação que ele fugia.
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente. b) Era uma situação de que ele fugia.
Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os
substantivos anteriores. 7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão.
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão.
Hiponímia
Hipônimo é palavra de sentido incluído no sentido de 8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido
outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho, bola de gude... o dinheiro.
são hipônimos de brinquedo. b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon-
Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o dido o dinheiro.
Flamengo se pronunciou.
9. a) Veja o local onde você chegou.
Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a
b) Veja o local aonde você chegou.
palavra “times”.
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos
Anáfora estão presentes.
chama-se anafórico ao elemento de coesão que retoma b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão
algo já dito. presentes.

O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este, Gabarito


com temor.
Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo” 1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis-
e “cordeiro”. tante; esse, para o intermediário; este, para o mais
próximo.
Catáfora 2. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se
Palavra ou expressão que antecipa o que vai ser dito. vai falar; esse, ao que já foi dito.
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. vai falar; esse, ao que já foi dito.
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- 4. b (falar de um artigo).
mos comprometidos”. 5. a (falar uma frase).
6. b (fugir de algo).
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons- 7. b (falta coesão a algo).
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto).
9. b (você chegou a um local).
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO 10. b (cujo não vem seguido de artigo).
TEXTUAL
Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos OUTROS CONCEITOS
outros, como uso dos pronomes, regência, concordância,
colocação... Barbarismo
Erro no uso de uma palavra.
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 co- 1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co-
esões bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma nhece o pograma.
padrão oficial. 2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve
os leitões)
Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- 3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta-
sideração os mecanismos de coesão textual? tura, ascendente x descendente...
1. a) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado;
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela Cacofonia
balia. Som desagradável ou ambíguo.
b) O cavalo, o ganso e a ovelha andavam lado a lado; Meus afetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por
enquanto aquele relinchava, esse grasnava e esta não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
balia.
Eco ou Colisão
2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. Rima na prosa.
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. Depois da primeira porteira, encontrou a costureira
descendo a ladeira da goiabeira.
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda
Língua Portuguesa

parte. Estrangeirismo
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
parte. Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche,
front-light...
4. a) Encontrei o artigo que você falou.
b) Encontrei o artigo de que você falou. Solecismo
Erro sintático.
5. a) Foi essa a frase que você falou. 1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede-
b) Foi essa a frase de que você falou. ceu o pai.

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2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As Elipse
menina... Omissão de termo facilmente identificável – (eu) cheguei,
(nós) chegamos.
Arcaísmo
Uso de palavras ou expressões antigas. Zeugma
Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam Elipse de termo já dito.
de trocar piparotes (petelecos). – Comprei dois presentes; ela, três.
– José chegou cedo; Maria, não.
Neologismo
Palavra recém-inventada.
– O que ele está fazendo?
Hipérbato
Inversão da frase – Para o pátio correram todos.
– Ah! Deve estar internetando.

Preciosismo Pleonasmo vicioso


Preocupação exagerada com a construção do texto. Repetição desnecessária de ideia – Chutou com o pé,
roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...
FIGURAS DE LINGUAGEM
Pleonasmo estilístico
Podem-se subdividir em Figuras de Pensamento, Figuras A mim, não me falaste. Aos pais, lhes respondi que...
de Sintaxe, Figuras de Sonoridade, e ainda Tropos (Uso de
Sentido Figurado ou Conotação). Assíndeto
Ausência de conjunção coordenativa – Chegou, olhou,
Figuras de Pensamento sorriu, sentou.

São as figuras que atuam no campo do significado. Polissíndeto


Repetição de conjunção coordenativa – Chegou, e olhou,
Antítese e sorriu, e sentou.
Aproximação de ideias opostas – O belo e o feio podem
ser agressivos ou não. Gradação
Sequência de dados em crescendo – Balbuciou, sussur-
Paradoxo rou, falou, gritou...
Aparente contradição – Esta sua tia é uma beleza de
feiura. Paralelismo Sintático
Obediência a um mesmo padrão.
Ironia Sem paralelismo: Quero de você admiração, honestidade
Afirmação do contrário – O animal estava limpo, com e que me obedeça.
os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Ela é alta, inteligente e tem beleza.
Com paralelismo: Quero de você admiração, honestidade
Eufemismo e obediência. (todos, substantivos)
Suavização do desagradável – Passou desta para a me- Ela é alta, inteligente e bela. (todos, adjetivos)
lhor (= morreu).
Silepse
Hipérbole Concordância com a ideia, não com a palavra.
Exagero – Já repeti cem mil vezes.
Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado?
Perífrase
Substituição de uma expressão mais curta por uma mais Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran-
longa e pode ser estilisticamente negativa ou positiva, de- quilamente.
pendendo do contexto.
Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos.
Texto: Apoio sinceramente sua decisão.
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você Figuras de Sonoridade
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações. São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das
palavras.
Língua Portuguesa

Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala-


vras em vez de uma: Aliteração
titular da presidência (= presidente); a região das mil e Repetição de sons consonantais próximos – “Gil engendra
uma noites (= Arábia) em Gil rouxinol” (Caetano Veloso).

Figuras de Sintaxe Assonância


Repetição de sons vocálicos próximos – Cunhã poranga
São as figuras relacionadas à construção da frase. na manhã louçã.

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Onomatopeia PONTO DE VISTA DO AUTOR
Tentativa de imitação do som – coxixo, tique-taque, zum-
-zum, miau... Todo e qualquer autor, ao produzir um texto, falado,
cantado ou escrito, seja para descrever uma cena, narrar
um fato, ou desenvolver um raciocínio, coloca nesse texto,
Paronomásia ou trocadilho mesmo que não o perceba, sua visão de mundo, sua posição
Contudo... ele está com tudo. política, religiosa, artística, econômica, social etc., além de
sua preferência por este ou aquele assunto, este ou aquele
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou personagem. A linguística textual levanta com base nos vo-
cábulos escolhidos e na organização dos enunciados, o que
Conotação) se denomina Ponto de Vista do Autor.

Comparação ou Analogia INTENCIONALIDADE


Relação de semelhança explícita sintaticamente.
Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Paralelamente ao ponto de vista, o autor também mani-
festa uma intencionalidade, ou tendência psicológica, a favor
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
ou contra determinada realidade, personalidade ou atitude,
Corria qual uma lebre assustada. o que se pode deduzir, também, das palavras utilizadas e/ou
Sua voz é igual ao som de panela rachada. da organização das frases. Nos cartazes das ruas e da im-
prensa, duas frases usando as palavras “impeachment” e
Metáfora “golpe” se opuseram insistentemente: 1) Impeachment sem
Relação de semelhança subentendida, sem conjunção crime é golpe e 2) Impeachment não é golpe. Por trás de
ou palavra comparativa. cada uma está a intencionalidade do emissor. A intenção da
frase 1 é impedir o impeachment, enquanto a frase 2 tem
Voltou da praia um peru assado. como propósito a sua aprovação.
A sua Tereza é a minha Júlia.
Correndo, ele era uma lebre assustada. Leia com atenção o depoimento de duas testemunhas
Sua voz era uma panela rachada. sobre o fato que presenciaram.
Testemunha A: o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
Metonímia trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arrependida,
consciente da importância de sua postura no convencimento
Relação de extensão de significado, não de semelhança.
dos irmãos, desfiava um rosário de mentiras que convencia os
Continente x conteúdo presentes. Em dado momento, deixou escapar, numa fração
Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não o copo) de segundo, um esboço de sorriso vitorioso que fez o irmão
Lauro levantar-se e se aproximar dele. De repente estavam os
Origem x produto dois no chão, irmão Antônio por cima, irmão Lauro por baixo
Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche) e com dificuldade foram separados pelos outros.
Testemunha B: Seu Antônio estava falando, Seu Lauro
Causa x efeito voou pra cima dele com um soco armado que passou no
vazio. Seu Antônio, mais forte e mais pesado, atracou-se ao
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda)
agressor, derrubou-o no chão e o dominou completamente,
segurando-lhe ambos os punhos, numa montada completa,
Autor x obra sem desferir um golpe sequer, mas incapaz de impedir que o
Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música) subjugado lhe mandasse, de baixo para cima, uma cusparada
no rosto. Eu e um colega caímos sobre eles, seguramos os
Abstrato x concreto dois e os separamos.
Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Veneza)
Exercícios
Símbolo x simbolizado
Veja agora como os pontos de vista das duas testemunhas são
A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas) diferentes, respondendo C ou E para as afirmações seguintes
e conferindo suas respostas com as do gabarito.
Instrumento x artista 1. ( ) O fato motivador de ambas as narrativas foi o mes-
O cavaquinho foi a grande atração. (O artista) mo: uma briga entre dois indivíduos.
2. ( ) Ambas as narrativas indicam que as duas testemu-
Parte x todo nhas demonstram bom nível de escolaridade pelo
Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) domínio do padrão linguístico apresentado.
3. ( ) No trecho “o irmão Antônio, com frieza, gestos con-
trolados, voz macia e baixa, olhar de Madalena arre-
Língua Portuguesa

Catacrese pendida, consciente da importância de sua postura


Metáfora estratificada, que já faz parte do uso comum. no convencimento dos irmãos, desfiava um rosário
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de de mentiras”, a testemunha A descreve psicologica-
bule, pé de limão... mente Antônio como frio, calculista e mentiroso.
4. ( ) as expressões “o irmão”, “Madalena arrependida”,
“dos irmãos”, ”rosário”, “o irmão”, “outros irmãos”
Prosopopeia ou Personificação e a própria repetitividade, refletem repertório reli-
O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras gioso e caracterizam o autor do texto como conviva
sussurravam aos nossos ouvidos. do mesmo grupo dos demais personagens.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
5. ( ) No segundo período a testemunha A indica que lelamente, houve melhora na qualidade do emprego, e 142
Antônio agrediu moralmente com “um esboço de mil postos foram criados com carteira de trabalho assinada.
sorriso vitorioso” a Lauro, tendo provocado a briga. (O Estado de S. Paulo, Editorial, 21/8/2009)
6. ( ) A testemunha A se mostrou imparcial.
7. ( ) Com a descrição psicológica (item 3) e a agressão Assinale a opção em que a reescrita de segmento do texto
moral (item 5), pode-se perceber, na testemunha A, a não mantém as informações originais.
tendência para construir a culpabilidade de Antônio. 1. A demanda doméstica depende de vários fatores, e a
8. ( ) A testemunha A narra em 3ª pessoa, como obser- produção industrial depende da perspectiva do aumen-
vadora dos acontecimentos. to dessa demanda.
9. ( ) O tratamento “Seu” usado em “Seu Antônio” e “Seu 2. Essa taxa de desemprego é a menor em julho de 2002.
Lauro” indica pouca intimidade e distanciamento Paralelamente, em 142 mil postos, a carteira de trabalho
respeitoso da testemunha B. assinada melhorou a qualidade do emprego já existente.
10. ( ) A linguagem da testemunha B não indica ponto de 3. O aumento do desemprego acompanha a ligeira re-
vista religioso, mas de quem entende ou convive tomada da economia norte-americana, enquanto no
com ambiente de luta (“voou pra cima dele com Brasil o quadro é diferente.
um soco armado que passou no vazio”, “mais forte 4. Nas seis principais regiões do País, os dados de julho
e mais pesado, atracou-se ao agressor, derrubou”, mostram a geração de 185 mil postos de trabalho, o
“dominou completamente”, “montada completa”, que significa redução do desemprego de 8,1% para 8%.
“desferir golpe” , “subjugado” ). 5. É normal, então, dar atenção especial tanto ao nível do
11. ( ) Segundo a testemunha B, “Seu Lauro” agrediu duas emprego e à evolução da massa salarial real quanto às
vezes “Seu Antônio”: uma fisicamente (“voou pra receitas e despesas do governo federal.
cima dele com um soco armado”) e outra física e
moralmente (“uma cusparada no rosto”). Texto 1 (extraído de Natália Petrin in www.estudopratico.
12. ( ) A testemunha B mostrou-se imparcial. com.br/satira-literatura-ant)
13. ( ) Pode-se perceber na testemunha B a intencionali-
dade de culpar “seu Lauro”.
14. ( ) A testemunha B, como narrador de 1ª pessoa (Eu
e um colega caímos sobre eles, seguramos os dois
e os separamos), coloca-se na cena como um dos
personagens, ou seja, como narrador participante.

Gabarito
1. V 4. V 7. V 10. V 13. V
2. V 5. V 8. V 11. V 14. V
3. V 6. F 9. V 12. F

Conclusão:
Pela leitura dos dois textos, percebem-se pontos de vis-
ta diferentes dos dois autores, no caso os dois narradores.
Ponto de vista do narrador A: usa a 3ª pessoa, fala Assinale C ou E:
como observador, visão de fora; demonstra bom domínio 6. ( ) O texto mistura linguagem escrita e icônica (letra
linguístico; posta-se como integrante de uma irmandade; e imagem visual).
considera agressor e provocador o “irmão Antônio””. 7. ( ) Trata-se de um banner divulgado por meio eletrônico.
Ponto de vista do narrador B: usa a 1ª pessoa, fala como 8. ( ) Pode-se ver ironia e sátira na mensagem.
um dos personagens; demonstra bom domínio linguístico;
posta-se como entendedor de luta; mostra distanciamento Texto 2 (Propaganda da BomBril, baseada na Monalisa de
e pouca intimidade com os envolvidos na briga; considera Leonardo Da Vinci)
agressor e provocador o “Seu Lauro”.

Exercícios
Uma das formas de se cobrar paráfrase e conhecimentos
de redação nas provas são exercícios de reescrita de textos ou
trechos, que adaptamos de prova para Auditor-Fiscal da Re-
ceita Federal do Brasil – AFRFB, com base no seguinte texto:

A demanda doméstica depende de vários fatores, e da


perspectiva do seu aumento depende a produção industrial.
Língua Portuguesa

É normal, então, dar atenção especial ao nível do emprego e


à evolução da massa salarial real, sem deixar de acompanhar
as receitas e despesas do governo federal. Enquanto a ligeira
retomada da economia norte-americana é acompanhada por
aumento do desemprego, no Brasil o quadro é diferente. Os
dados de julho, nas seis principais regiões do País, mostram
redução do desemprego de 8,1% para 8%, o que significa
a geração de 185 mil postos de trabalho. Essa taxa de de-
semprego, em julho, é a menor da série desde 2002. Para-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Assinale C ou E: ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo,
9. ( ) A propaganda é só o quadro maior, pois o menor, basta informar ao computador aonde você quer ir e ele faz
com finalidade didática, mostra como é a Mona Lisa, o resto. Resta passar o tempo da forma que lhe der na telha:
de Miguel Ângelo. lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado preferido ou
10. ( ) Trata-se de propaganda bimidiática, pois usa duas até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa. (Superin-
linguagens, ou dois meios de comunicação: um ver- teressante, novembro de 2014).
bal e um não verbal.
11. ( ) A sugestão base dessa mensagem propagandística 18. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) O texto deve ser
é a comparação. incluído, por suas marcas predominantes, entre o se-
guinte modo de organização discursiva:
Texto 3 (Trabalho de Ziraldo, colhido na internet) a) narrativo.
b) dissertativo-expositivo.
c) dissertativo-argumentativo.
d) dissertativo-informativo.
e) descritivo.

Julgue o próximo item, como C ou E, em relação ao texto


que o segue.
19. (Cespe/Polícia Federal/Agente de Polícia Federal/2014)
O texto, que se classifica como dissertativo, expõe a
articulação entre o tráfico internacional de drogas e o
sistema financeiro mundial.

O tráfico internacional de drogas começou a desenvolver-


se em meados da década de 70, tendo tido o seu boom na
década de 80. Esse desenvolvimento está estreitamente
ligado à crise econômica mundial. O narcotráfico determina
Assinale C ou E: as economias dos países produtores de coca e, ao mesmo
12. ( ) Podem-se atribuir ao trabalho do Ziraldo caracte- tempo, favorece principalmente o sistema financeiro
rísticas de charge. mundial. O dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica
13. ( ) Trata-se de texto bimidiático, pois usa duas lingua-
do sistema financeiro, que é eminentemente especulativo.
gens, ou dois meios de comunicação: um verbal e
Este necessita, cada vez mais, de capital “livre” para girar,
um não verbal.
e o tráfico de drogas promove o “aparecimento mágico”
14. ( ) O recurso comunicativo em que se baseia o texto é
desse capital que se acumula de modo rápido e se move
o diálogo.
velozmente.
Preencha os parênteses das afirmações a seguir, relacionan- A América Latina participa do narcotráfico na qualidade
do-as aos três últimos textos. (Dilma, Monalisa e Ziraldo) de maior produtora mundial de cocaína, e um de seus paí-
15. Assim como Manuel Bandeira, quando disse ”O sapo- ses, a Colômbia, detém o controle da maior parte do tráfi-
-tanoeiro,/Parnasiano aguado,/ Diz: - ‘meu cancioneiro/É co internacional. A cocaína gera “dependência” em grupos
bem martelado...’, satirizou os poetas tradicionais, nota- econômicos e até mesmo nas economias de alguns países,
-se um exemplo de sátira no texto número ( ). como nos bancos da Flórida, em algumas ilhas do Caribe ou
16. Muito frequente na imprensa, a charge constitui um tipo nos principais países produtores – Peru, Bolívia e Colômbia,
de ilustração em traços de caricatura, geralmente para para citar apenas os casos de maior destaque. Na Bolívia, os
criticar ou satirizar personagens ou fatos do cotidiano. lucros com o narcotráfico chegam a US$ 1,5 bilhão contra
Pode-se ver exemplo de charge no texto número ( ). US$ 2,5 bilhões das exportações legais.
17. Paródia, tipo de criação muito frequente não só na lite- Na Colômbia, o narcotráfico gera de US$ 2 a 4 bilhões,
ratura, mas também na internet e na televisão, vem a enquanto as exportações oficiais geram US$ 5,25 bilhões.
ser uma releitura irônica, debochada, cômica de outro Nesses países, a corrupção é generalizada. Os narcotra-
texto. Pode-se apontar exemplo de paródia no texto ficantes controlam o governo, as forças armadas, o corpo
número ( ). diplomático e até as unidades encarregadas do combate ao
tráfico. Não há setor da sociedade que não tenha ligação
Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é com os traficantes e até mesmo a Igreja recebe contribui-
preciso apertar os cintos: nosso carro agora trafega sozinho ções destes.
pelas ruas, salvo de acidentes, graças a um sistema que o Osvaldo Coggiola. O comércio de drogas hoje. In: Olho
mantém em sincronia com os demais veículos lá fora. O vo- de História, nº 4. Internet: < www.oolhodahistoria.ufba.br>
lante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro (com adaptações).
Língua Portuguesa

como se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém


liga pra ele - até porque o carro do futuro está cheio de
novidades bem mais legais. Em vez dos tradicionais quatro As Árvores Mais Incríveis do Mundo
assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de estar,
com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As árvores sempre exerceram grande fascínio nas
As velhas carrocerias de aço foram substituídas por redomas pessoas. Uma das explicações para o interesse que elas
translúcidas, com visibilidade total para o ambiente externo. despertam é sua incrível longevidade. Algumas têm mais
Se você preferir, é possível torná-la opaca e transformar o de 4.000 anos, o  que as torna os seres mais antigos
carro em um ambiente privado, quase como um quarto 5 do planeta. Para entender o que isso significa, basta

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
imaginar que elas nasceram muito antes de Cristo e do c) (ls.10-15): Tanto o lado genético quanto o psíquico
Império Romano. As árvores também surpreendem pelo são responsáveis pela felicidade, por isso pode-se
gigantismo. Segundo os cientistas, apenas um fungo que dizer, que o ser humano é biopsicossocial e a feli-
se esconde sob uma floresta em Oregon, nos Estados cidade uma fusão desses fatores.
10 Unidos da América, as supera em tamanho. As árvores
ocupam uma posição de destaque na literatura. Foi o (Cespe) Desde a chegada dos portugueses até as últimas
fruto de uma macieira que provocou a expulsão de Adão décadas do século XIX, foi aberta uma infinidade de caminhos
e Eva do paraíso. Muitos autores acreditam que Buda terrestres e rotas fluviais de circulação...
recebeu sua iluminação sob uma figueira. No teatro 22. ( ) Diminuindo-se a ênfase, o desenvolvimento das
15 moderno de Tchecov, a  destruição das cerejeiras da ideias do texto permite substituir o termo “uma
casa de uma abastada família russa simboliza a queda infinidade” por inúmeros, sem prejuízo da corre-
final da aristocracia. Há uma lenda que afirma que o ção gramatical.
baobá brasileiro serviu de inspiração para o escritor
francês Antonie de Saint-Exupéry, autor do clássico O (Cespe) Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas
20 Pequeno Príncipe. até hoje se sabe muito pouco da vida em suas regiões mais
VIELIZKO, Miguel. O Ambiente. In: Veja 30/4/2003, p.71. recônditas.
23. ( ) A palavra “recônditas” pode, sem prejuízo para
20. (Cespe) Julgue os itens a seguir quanto à correção a informação original do período, ser substituída
gramatical da reescritura apresentada e à manutenção por profundas.
das ideias gerais do texto.
a) “As árvores (...) longevidade” (ls. 1-3): Uma das expli- (Cespe) Por ironia, as pesquisas mais frequentes produzidas
cações para o interesse que as árvores que sempre pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de no-
exerceram grande fascínio nas pessoas despertam vos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada
é sua incrível longevidade. das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana.
b) “Algumas (...) planeta” (ls.3-5): O que torna algumas 24. ( ) O termo “mas” corresponde a qualquer um dos se-
árvores, os seres mais antigos do planeta é o fato
guintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
delas terem mais de 4.000 anos.
25. ( ) Na mesma frase, seria possível em linguagem co-
c) “Para entender (...) Romano” (ls.5-7): Imaginar que
loquial substituir “alarmante” por baita.
elas nasceram muito antes de Cristo e do Império
Romano, é o bastante para entender a afirmativa,
de que são os seres mais antigos do planeta. (Cespe) Alívio dos que, tendo a intenção de viver irregu-
d) “Foi o fruto (...) Príncipe.” (ls.11-20): Os ar­gumentos larmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de
para comprovar sua posição de destaque na litera- imigração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura
tura são: o episódio da expulsão de Adão e Eva do muito tempo.
paraíso; as histórias sobre o local da iluminação de 26. ( ) No trecho “Alívio dos que”, a substituição de “dos”
Buda; a lenda de um baobá brasileiro que teria ins- por daqueles prejudica a correção gramatical do
pirado Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. período.

A Arte de Ser Feliz (Cespe) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão
de brasileiros no ano passado.
Com a força das palavras, poetas e escritores 27. ( ) A substituição de “cerca de” por acerca de man-
sempre tentaram definir a tal felicidade. Cientistas e tém a correção gramatical do período.
pesquisadores, há muito, também procuram desvendar
o segredo deste sentimento. Para alguns a capacidade (Cespe) O investidor tem o direito de ser informado sobre a
5 de ser feliz poderia até ser herança genética. Vai saber... composição do produto que estiver comprando e o grau de
A felicidade, buscada com insistência pelo ser humano risco que está assumindo.
durante a vida inteira, ainda é uma incógnita e segundo 28. ( ) O termo “o investidor” pode ser substituído por
especialistas, advém de uma mistura de fatores. Qualquer investidor ou por Os investidores, sem
Nem todos estão de acordo com a explicação ba- prejuízo para o sentido e para a correção grama-
10 seada no DNA. Para estes, não se pode reduzir o ser tical do período.
humano ao aspecto genético ou ao psíquico, muito 29. ( ) Na mesma frase, a substituição de “estiver” por
menos colocar mais peso em um dos lados. Ambos são está provocaria incoerência textual e incorreção
somados quando o saldo é a felicidade. O ser humano é gramatical.
biopsicossocial e a felicidade é uma interação complexa
15 desses fatores. (Cespe) Em 2007, 36,1% delas (mulheres) trabalhavam no
Correio Braziliense, 5 de junho. In: Coisas da Vida,
com adaptações. campo, ante 46,3% em serviços.
30. ( ) Devido à função que exerce na organização das
ideias, a preposição “ante” pode ser substituída
Língua Portuguesa

21. (Cespe) Em cada um dos itens a seguir, julgue se a re-


escrita destacada em negrito mantém o sentido geral por frente à, preservando-se a coerência e a cor-
do trecho indicado do texto e a correção gramatical. reção gramatical do texto.
a) (ls.1-2): Por meio da força das palavras, poetas
escritores tentam todos os dias definir o que seja Os oito exercícios a seguir são itens de provas do Cespe,
a felicidade. adaptados a múltipla escolha.
b) (ls.4-5): Alguns estudiosos creem que a felicidade
pode, entre outras coisas, ser herança genética. 1 O respeito às diferentes manifestações culturais
Quem sabe? é fundamental, ainda mais em um país como o Brasil,

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
que apresenta tradições e costumes muito variados em d) C, E, C
4 todo o seu território. Essa diversidade é valorizada e e) C, C, C
preservada por ações da Secretaria da Identidade e da
Diversidade Cultural (SID), criada em 2003 e ligada ao 32. Com base no texto, julgue cada item numerado como
7 Ministério da Cultura. certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
Cidadãos de áreas rurais que estejam ligados a ati- mais adequada.
vidades culturais e estudantes universitários de todas I – O emprego do sinal indicativo de crase é obrigató-
10 as regiões do Brasil, por exemplo, são beneficiados por rio em “às diferentes manifestações” (l.1) e facultativo
um dos projetos da SID: as Redes Culturais. Essas redes em “às artes plásticas” (l.17), “à literatura” (l.18) e “à
abrangem associações e grupos culturais para divulgar música” (l.18).
13 e preservar suas manifestações de cunho artístico. O II – A expressão “Tais ações” (l.32) está empregada em
projeto é guiado por parcerias entre órgãos represen- referência à discussão acerca do papel da cultura na
tativos do Estado brasileiro e as entidades culturais. humanização do tratamento psiquiátrico e à premiação
16 A Rede Cultural da Terra realiza oficinas de capacita- a iniciativas artísticas inovadoras nesse segmento.
ção, cultura digital e atividades ligadas às artes plásticas, III – O termo “nesse”, em “iniciativas artísticas inova-
cênicas e visuais, à literatura, à música e ao artesanato. doras nesse segmento” (l.30), refere-se à Secretaria da
19 Além disso, mapeia a memória cultural dos trabalhado- Identidade e da Diversidade Cultural.
res do campo. A Rede Cultural dos Estudantes promove a) E, E, C
eventos e mostras culturais e artísticas e apoia a criação b) C, C, C
22 de Centros Universitários de Cultura e Arte. c) E, E, E
Culturas populares e indígenas são outro foco de d) E, C, E
atenção das políticas de diversidade, havendo editais e) E, C, C
25 públicos de premiação de atividades realizadas ou em
andamento, o que democratiza o acesso a recursos pú- 33. Com base no texto, julgue cada item numerado como
blicos. certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
28 O papel da cultura na humanização do tratamen- mais adequada.
to psiquiátrico no Brasil é discutido em seminários da I – A substituição do segmento “de toda a” (l.34) por da
SID. Além disso, iniciativas artísticas inovadoras nesse não causaria prejuízo semântico ao texto.
31 segmento são premiadas com recursos do Edital Loucos II – A retirada da vírgula após “Brasil” (l.2) manteria a
pela Diversidade. Tais ações contribuem para a inclusão correção gramatical e os sentidos do texto, visto que,
e socializam o direito à criação e à produção cultural. nesse caso, o emprego desse sinal de pontuação é fa-
34 A participação de toda a sociedade civil na discus- cultativo.
são de qualquer política cultural se dá em reuniões da III – No período “Essas redes abrangem associações e
SID com grupos de trabalho e em seminários, oficinas grupos culturais para divulgar e preservar suas mani-
37 e fóruns, nos quais são apresentadas as demandas da festações de cunho artístico.” (l.11-12), duas orações
população. Com base nesses encontros é que podem expressam finalidades das “Redes Culturais” (l.10).
ser planejadas e desenvolvidas ações que permitam o a) C, E, C
40 acesso dos cidadãos à cultura e a promoção de suas b) E, C, E
manifestações, independentemente de cor, sexo, idade, c) E, E, C
etnia e orientação sexual. d) C, E, E
Identidade e diversidade. Internet: <www.brasil. e) E, C, C
gov.br/sobre/cultura/> (com adaptações).
Pavio do destino
31. Com base no texto, julgue cada item numerado como Sérgio Sampaio
certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
mais adequada. 1 O bandido e o mocinho
I – Mantêm-se as informações originais e a correção São os dois do mesmo ninho
gramatical do texto caso o primeiro parágrafo seja assim Correm nos estreitos trilhos
reescrito: Em 2003, ligada ao Ministério da Cultura, com 4 Lá no morro dos aflitos
a finalidade de preservar e de valorizar as diferentes Na Favela do Esqueleto
manifestações culturais, principalmente no Brasil, que São filhos do primo pobre
têm tradições e costumes diversos, foi criada a Secretaria 7 A parcela do silêncio
da Identidade e da Diversidade Cultural (SID). Que encobre todos os gritos
II – A retirada da expressão de realce “é que” (l.38) e a E vão caminhando juntos
colocação de vírgula após o segmento “Com base nesses 10 O mocinho e o bandido
encontros” (l.38) não acarretariam prejuízo gramatical De revólver de brinquedo
ao período. Porque ainda são meninos
Língua Portuguesa

III – Depreende-se do texto que a finalidade específica


da SID é reservar espaços para debates sobre política 13 Quem viu o pavio aceso do destino?
cultural com determinados grupos da sociedade: os indí-
genas e as comunidades negras, embora essa secretaria Com um pouco mais de idade
também promova outros projetos culturais. E já não são como antes
a) E, E, C 16 Depois que uma autoridade
b) E, C, E Inventou-lhes um flagrante
c) E, C, C Quanto mais escapa o tempo

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
19 Dos falsos educandários IV – O antecedente a que se referem os termos “lhes”
Mais a dor é o documento (v.17) e “os” (v.21) é recuperado na primeira estrofe do
Que os agride e os separa texto.
22 Não são mais dois inocentes a) C, E, E, E
Não se falam cara a cara b) E, C, C, C
Quem pode escapar ileso c) C, E, C, E
25 Do medo e do desatino d) C, E, E, C
e) C, C, E, E
Quem viu o pavio aceso do destino?
1 Balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pú-
O tempo é pai de tudo blica do Distrito Federal (SSP/DF) aponta redução de 39%
28 E surpresa não tem dia nos casos de roubo com restrição de liberdade, o famoso
Pode ser que haja no mundo 4 sequestro-relâmpago, ocorridos entre 1º de janeiro e
Outra maior ironia 31 de agosto deste ano, em comparação com o mesmo
31 O bandido veste a farda período do ano passado — foram 520 ocorrências em
Da suprema segurança 7 2012 e 316 em 2013.
O mocinho agora amarga Em agosto deste ano, foram registrados 39 casos de
34 Um bando, uma quadrilha sequestro-relâmpago em todo o DF, o que representa
São os dois da mesma safra 10 redução de 32% do número de ocorrências dessa nature-
Os dois são da mesma ilha za criminal em relação ao mesmo mês de 2012, período
37 Dois meninos pelo avesso em que 57 casos foram registrados. Entre as 39 vítimas,
Dois perdidos Valentinos 13 11 foram abordadas no Plano Piloto, região que lidera
a classificação de casos, seguida pela região adminis-
Quem viu o pavio aceso do destino? trativa de Taguatinga, com oito ocorrências. Segundo a
16 SSP, o cenário é diferente daquele do mês de julho, em
34. Com base no texto, julgue cada item numerado como que Ceilândia e Gama tinham o maior número de casos.
certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa “38% dos crimes foram cometidos nos fins de semana,
mais adequada. 19 no período da noite, e quase 70% das vítimas eram do
I – O trecho “Quanto mais escapa o tempo / Dos falsos sexo masculino, o que mostra que a escolha da vítima é
educandários / Mais a dor é o documento / Que os agri- baseada no princípio da oportunidade e aleatória, não
de e os separa” (v.18-21) poderia, sem prejuízo para a 22 em função do gênero.”
correção gramatical, ser reescrito da seguinte forma: À Ao todo, 82% das vítimas (32 pessoas) estavam so-
medida que escapa o tempo dos falsos educandários, zinhas no momento da abordagem dos bandidos, por
a dor vai se tornando o documento que os agride e os 25 isso as forças de segurança recomendam que as pessoas
separa. tomem alguns cuidados, entre os quais, não estacionar
II – O termo “ileso” (v.24) está empregado como sinô- em locais escuros e distantes, não ficar dentro de carros
nimo de incólume. 28 estacionados e redobrar a atenção ao sair de residências,
III – Infere-se da leitura dos versos “O bandido veste a centros comerciais e outros locais.
farda / Da suprema segurança / O mocinho agora amarga DF registra 316 ocorrências de sequestro-relâmpago nos
/ Um bando, uma quadrilha” (v.31-34) que houve uma primeiros oito meses deste ano. R7, 6/9/2013. Internet:
inversão: o menino que fazia o papel de mocinho na <http://noticias.r7.com> (com adaptações).
brincadeira virou bandido quando adulto, e o que fazia o
papel de bandido se tornou policial. Na mesma estrofe, 36. Com base no texto, julgue cada item numerado como
os termos “surpresa” (v.28), “ironia” (v.30) e “avesso” certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
(v.37) ratificam essa interpretação. mais adequada.
a) E, E, C I – O texto, predominantemente informativo, refuta a
b) E, C, C ideia de que os alvos preferenciais dos autores de se-
c) E, C, E questros-relâmpago seriam do sexo feminino.
d) E, E, E II – A expressão “o famoso sequestro-relâmpago” (l.3-4)
e) C, C, C está entre vírgulas porque explica, em termos populares,
a expressão “roubo com restrição de liberdade” (l.3).
35. Com base no texto, julgue cada item numerado como III – A correção gramatical e o sentido da oração “Em
certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa agosto deste ano, foram registrados 39 casos de se-
mais adequada. questro-relâmpago em todo o DF” (l.8-10) seriam pre-
I – O texto, pertencente a um gênero poético, faz um servados caso se substituísse a locução verbal “foram
relato biográfico sobre duas crianças em uma localida- registrados” por registrou-se.
de periférica, contrastando a inocência e o ludismo da a) E, E, C
Língua Portuguesa

infância com a aspereza e a ironia do destino na vida b) E, C, C


adulta. c) E, E, E
II – Os termos “ninho” (v.2) e “safra” (v.35) foram em- d) C, C, C
pregados em sentido denotativo e correspondem, res- e) C, C, E
pectivamente, ao local e à época de nascimento dos
meninos. 37. Com base no texto, julgue cada item numerado como
III – O termo “amarga” (v.33) corresponde a uma carac- certo(C) ou errado(E) e, a seguir, escolha a alternativa
terística que, no texto, qualifica “quadrilha” (v.34). mais adequada.

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I – O trecho “por isso as forças de segurança recomen- Gabarito
dam que as pessoas tomem alguns cuidados” (l.24-25)
expressa uma ideia de conclusão e poderia, mantendo-se 1. Errado, porque mantém as informações do 1º período
a correção gramatical e o sentido do texto, ser iniciado do texto.
pelo termo porquanto em vez da expressão “por isso”. 2. Certo, porque contraria o que diz o último período do
II – A correção gramatical e o sentido do texto seriam texto.
preservados caso a vírgula imediatamente após o ter- 3. Errado, porque mantém as informações do 3º período
mo “quais” (l.26) fosse substituída pelo sinal de dois- do texto.
-pontos. 4. Errado, porque mantém as informações do 4º período
III – Infere-se do texto que, em agosto, Plano Piloto e do texto.
Taguatinga eram as localidades com os mais altos índices 5. Errado, porque mantém as informações do 4º período
de criminalidade no DF, situação inversa à de julho, quan- do texto.
do as regiões de maior periculosidade eram Ceilândia e 6. C
Gama. 7. C
a) E, E, C 8. C
b) E, C, C 9. C
c) E, E, E 10. C
d) C, C, C 11. C
e) E, C, E 12. C
13. C
1 A prisão, em vez de devolver à liberdade indivíduos 14. C
corrigidos, espalha na população delinquentes perigo-
15. (1)
sos. A prisão não pode deixar de fabricar delinquentes.
16. (3)
4 Fabrica-os pelo tipo de existência que faz os detentos
17. (2)
levarem: que fiquem isolados nas celas, ou que lhes
seja imposto um trabalho para o qual não encontrarão 18. e
7 utilidade, é de qualquer maneira não “pensar no homem 19. C
em sociedade; é criar uma existência contra a natureza 20. E, E, E, E
inútil e perigosa”; queremos que a prisão eduque os 21. E, C, E
10 detentos, mas um sistema de educação que se dirige 22. Errado. Trocando-se “uma infinidade” por “inúmeros”,
ao homem pode ter razoavelmente como objetivo agir a sintaxe ficaria prejudicada – “foi aberta inúmeros de
contra o desejo da natureza? A prisão fabrica também caminhos” –, a não ser que se alterasse a concordância
13 delinquentes impondo aos detentos limitações violen- verbal e se eliminasse o “de”: “foram abertos inúmeros
tas; ela se destina a aplicar as leis, e a ensinar o respeito caminhos”.
por elas; ora, todo o seu funcionamento se desenrola 23. C
16 no sentido do abuso de poder. A prisão torna possível, 24. Errado. “mas” é conjunção coordenativa adversativa,
ou melhor, favorece a organização de um meio de de- como todavia, entretanto, no entanto, o que não
linquentes, solidários entre si, hierarquizados, prontos é verdade quando se trata de conquanto, embora,
19 para todas as cumplicidades futuras. ainda que, mesmo que, que se classificam como su-
Michel Foucault. Ilegalidade e delinquência. In: Michel bordinativas concessivas.
Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 33.a ed.
Petrópolis: Vozes, 1987, p. 221-2 (com adaptações).
25. C
26. Errado. Em “dos que”, o os é pronome demonstrativo
38. Os itens seguintes apresentam propostas de reescritura tanto quanto o aqueles, e a substituição de um pelo
de trechos do texto acima. Julgue-os quanto à correção outro não altera a correção gramatical. (Vide GpP –
gramatical e à manutenção do sentido original do texto. Pronome).
I – “A prisão (...) fabricar delinquentes” (l.3): Não é per- 27. Errado. “cerca de” significa por volta de, aproxima-
mitido que a prisão deixe de forjar delinquentes. damente; já “acerca de” tem sentido de sobre, a
II – “Fabrica-os pelo (...) inútil e perigosa’” (l.4-9): Fabri- respeito de.
ca-os pelo tipo de existência que impõem aos detentos: 28. Errado. A substituição por “Os investidores” prejudica
que fiquem isolados nas celas, ou que sejam compelidos a correção gramatical, porque prejudica a concordân-
a um trabalho para o qual não encontrarão utilidade, é cia verbal. É preciso, então, substituir “tem” (l. 16)
de qualquer maneira não “pensar no homem em so- por “têm”.
ciedade; é criar uma existência que vai de encontro à 29. Errado. Essa substituição até melhora a coerência
natureza inútil e perigosa”. por colocar os três verbos no mesmo tempo e modo.
III – “A prisão (...) por elas” (l.12-15): Ao impor limitações 30. Errado. A substituição criaria o segmento “frente à
violentas aos detentos, a prisão cria também delinquen- 46.3% em serviços”, que apresenta uso indevido do
tes. Ela é destinada a aplicação das leis e ao ensino do sinal indicativo de crase.
Língua Portuguesa

respeito por elas. 31. b


III – “A prisão (...) delinquentes perigosos” (l.1-3): Con- 32. d
quanto devolva indivíduos corrigidos à liberdade, a pri- 33. a
são dissemina delinquentes perigosos na população. 34. b
a) C, E, E, E 35. d
b) E, C, E, E 36. e
c) C, E, C, E
37. e
d) E, C, C, C
38. e
e) E, E, E, E

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Márcio Wesley • Pronome “lhe” como objeto direto: não lhe vi; eu lhe
ajudei;
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA • Falta da preposição junto do pronome relativo como
complemento: foram filmes que gostei muito (filmes
Numa língua, há formas distintas para traduzir o mesmo de que gostei); o jogo que assistimos foi tenso (o jogo
significado dentro de um mesmo contexto. Veja: a que assistimos); ele é o médico que eu confio (o
I) Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele médico em que eu confio);
faz tempo. • Pronome “cujo” trocado por “que” e presença de
II) Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há “dele”: o amigo que eu visitei a família dele já viajou
anos. (o amigo cuja família visitei já viajou);
• Mistura de “tu” com “você”: Venha, pois quero falar
A primeira forma não segue o rigor gramatical, aplicado contigo (falar com você); fala baixo, que sua voz é agu-
na segunda. da (tua voz);
• Falha de concordância: eles falou tudo (falaram); não
Planos de Variação veio muitos alunos hoje (vieram).
As variações ocorrem em quatro planos: fônico, morfo- Variação no Plano Lexical
lógico, sintático e lexical.
Plano lexical envolve o uso das palavras.
Variação no Plano Fônico
Veja exemplos:
Plano fônico envolve som. Veja exemplos: • Adjetivo “maior” em lugar do advérbio “muito” para
• retirada do “r” final dos verbos na linguagem oral: falá, intensificar, fato comum na linguagem jovem urbana:
vivê, curti, repô; maior legal, maior complicado, um carinha maior gente
• acréscimo de vogal inicial: eu me alembro, ele avoa, boa;
formas antigas, hoje típicas da fala caipira; • Diferenças de uso entre países ou regiões: em Portugal,
• queda de som no início de palavra: ocê, cê, tá, tava, cueca é o que nós chamamos de calcinha no Brasil;
marelo, margoso, próprios da linguagem coloquial; aqui chamamos de fila o que eles chamam de bicha
• redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Pe- em Portugal; aqui tomamos café da manhã, e lá tomam
trópolis), fósfi (fósforo), porva (pólvora), como falas de o pequeno almoço; lá dizem camisola para a camiseta
pessoas de baixa instrução; do jogador de futebol.
• pronúncia do “l” final como “u” ou como “r”: quintaU,
quintaR, pastéU, pasteR, faróU; Variantes Lexicais Podem Ser:
• deslocamento do “r”: laRgatixa, estRupo, caRdeneta, 1. Arcaísmo: palavras antigas. Veja: reclame, em vez de
como falas de pessoas de baixa instrução. anúncio publicitário; chamar de “broto” a namorada,
quando hoje se chama de “gata”; antigamente era
Variação no Plano Morfológico “pão” um homem bonito; médico já foi chamado de
físico, em outros tempos; coisa já foi escrita como
Plano morfológico envolve a formação das palavras e
“cousa”; vassoura já foi chamada de “bassoura”; o
expressões. Veja exemplos:
• uso do prefixo “super” descolado das palavras, como refrigerante era pedido como uma “gasosa”.
se fosse uma palavra independente: super legal, super 2. Neologismo: invenção de palavra ou de sentido. Fala-
barato, super educado; -se hoje de “mixar” músicas, de “printar” um texto.
• uso do prefixo “hiper” em lugar do sufixo “íssimo” com Diz-se que a paquera agora é “ficar”. No esporte, já se
adjetivos, típico da fala jovem urbana: hipermaneiro, falou de “barrichelizar” um atleta, quando se tratava
hiperpossante, hiperfácil; como segunda opção da equipe.
• conjugação de verbos irregulares pelo modelo de re- 3. Estrangeirismo: emprestar palavra de outra língua.
gulares: ele desfazeria (desfaria), se ele sesse (fosse), Veja: habeas corpus (latim), insight (inglês), delivery
quando ele manter (mantiver), se ele ver o filme (vir); (inglês), à la carte (francês), tête-à-tête (francês). Algu-
• conjugação de verbos regulares como se fossem irre- mas acabam aportuguesadas: deletar (inglês), abajur
gulares: viceia (vicia), negoceia (negocia); (do francês).
• uso de substantivos masculinos como femininos e vice- 4. Jargão: vocabulário típico de uma área profissional.
-versa: o alface, a champanha, muita dó, o cal; No jornalismo, chama-se de furo a notícia em primeira
• omissão do “s” do plural, comum no falar paulistano: mão, e de barriga quando o furo é falso. Na medicina,
dois pastel, as mina, os livro; o uso tópico refere-se a remédio para aplicação exter-
• menos uso do subjuntivo: Espero que você reflete (re-
na, sem ingerir, apneia é interrupção da respiração.
flita); Se eu chegava lá nessa hora, não deixava (che-
5. Gíria: vocabulário especial de um grupo (originalmen-
gasse); Não pode ser que ele estudou (tenha estudado)
te de marginais) que pretende evitar que outros de
Língua Portuguesa

mais que eu.


fora entendam, ou que pretende marcar uma identi-
Variação no Plano Sintático dade. Cara ou cabra (indivíduo, pessoa), trocar uma
ideia (conversar), levar na boa (não se incomodar),
Plano sintático envolve organização das palavras na frase. pagar sapo (ralhar, dar uma bronca), mosquear (ficar
Veja exemplos: desatento), ter progresso (a droga conquistar novo
• Pronome reto no lugar de oblíquo: encontrei ele na mercado, na gíria do PCC).
rua (encontei-o); existe amizade entre eu e você (entre 6. Preciosismo: vocabulário em nível exagerado de eru-
mim e você); dição. Escoimar (em vez de corrigir); discrepar (em

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lugar de discordar); obnubilar (em vez de obscurecer); A paz e a guerra são dados que aparentemente sem-
conúbio (em lugar de casamento). pre se verificaram na experiência histórica. No entan-
7. Vulgarismo: vocabulário vulgar, rasteiro, grosseiro. De to nós estamos diante de uma situação inédita em
saco cheio (em vez de aborrecido); ele se ferrou (ele que, na verdade, o risco de desaparecimento pela
se deu mal); tirar água do joelho (urinar); engolir sapo força das armas nucleares é real.
(receber bronca).
Variação de Situação
Tipos de Variações
Provocada pelas mudanças das circunstâncias em que se
As variações mais importantes para os concursos públicos desenvolve o ato de comunicação.
são as seguintes. Muitos fatores interferem: o tema (não falamos de morte
do mesmo modo como falamos do jogo de futebol), o am-
Variação Histórica biente (a igreja não é lugar de falar como no bar), o grau de
intimidade (falar para um chefe não é o mesmo que falar
O linguajar de uma época, sobretudo se ela for distancia- para um irmão), o grau de comprometimento (o testemunho
da no tempo, difere consideravelmente do de outra. dado ao juiz no tribunal não tem a mesma linguagem da
Observe um trecho original da carta de Pero Vaz de Ca- declaração de amor para a namorada).
minha quando o Brasil foi descoberto: Aqui se enquadram os níveis de fala ou variações de
estilo:
Posto que o capitam moor desta vossa frota e asy os
Estilo Formal – Elevado grau de cuidado e atenção com
outros capitaães screpam a vossa alteza anoua do
a linguagem, sobretudo na escrita.
achamento desta vossa terra (...) nom leixarei tam
Estilo Informal (ou coloquial) – Despreocupado, espon-
bem de dar disso minha comta avossa alteza asy como
tâneo, próprio da linguagem íntima e familiar.
eu milhor poder ajmda que perao bem contar e falar
o saiba pior que todos fazer.
Função das Variações no Texto
Agora veja o mesmo trecho em português atual:
A língua não é apenas um instrumento de comunicação.
Mesmo que o capitão-mor desta sua frota, assim Serve também para revelar o indivíduo por trás do uso da
como os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a linguagem. Veja:
notícia do descobrimento desta sua terra (...), não – O proprietário me assegurou que havia deixado as cha-
deixarei também de sobre isso dar minha satisfação ves sob sua tutela.
a Vossa Alteza assim como melhor puder, ainda que, • Esta fala tem a forma própria para uso por pessoa mais
para bem contar e falar, eu o saiba fazer pior que instruída, e de esperada posição social elevada.
todos.
– O dono me disse que quem tava com as chave era você.
Variação Geográfica • Já esta outra vala revela uma forma normalmente as-
sociada a pessoas de menor nível de instrução.
Uma língua varia também de região para região
Veja como um gaúcho de 27 anos de Porto Alegre se Obs.1: é comum o uso de variações linguísticas como
manifesta, ao falar do folclore do Rio Grande do Sul: forma de caracterizar personagens no cinema, no teatro, na
televisão, na literatura, em coerência com outros recursos
Se tu não conhece e não teve a oportunidade de co- de construção da personagem.
nhecer as tradições e o folclore gaúcho, nessa festa,
neste rodeio, tu vais ver tudo o que o Rio Grande do Obs.2: outro uso é a paródia que faz caricatura do modo
Sul tem, em termos de folclore, de lenda, que são de falar de alguém, como forma de desmoralização ou ridi-
coisas que tem bastante, é bastante bonito de se ver cularização.
aquele pessoal “piuchado”, que o gaúcho cultiva mui-
to isso (...) “piuchado” é aquele pessoal assim que, tu
Obs.3: o fato de existirem juízos de valor sobre as va-
vê, ele tá (...) vou usar um termo para ti me entender,
riações linguísticas, e até de haver preconceitos, permite
talvez melhor: uniformizado, ou seja, camisa branca,
explorar de modo consciente as formas de elaborar um texto,
lenço vermelho no pescoço, chapéu de barbicacho,
com o objetivo de conferir maior autoridade. Assim, um texto
uma boa guaiaca, bombacha e o chiripa.
ou uma fala bem construído no nível culto formal, de maior
prestígio social, pode obter maior confiabilidade.
Variação Social
Língua Portuguesa

Uma língua varia também de classe social para classe Tradução Intralinguística
social.
Veja a fala de uma cozinheira sobre sua família: Consiste em transpor o enunciado de uma variante lin-
guística para outra, mantendo o sentido. É uma questão
“Nós somos em cinco e uma de criação, seis... dois muito frequente nas provas de concursos. Geralmente, a
hómi, quatro muié, comigo, né. questão fornece frase na forma distinta da norma oficial da
gramática, e pergunta qual a forma de escrever dentro da
Agora veja a fala de um professor de Direito da USP: norma oficial da gramática.

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CLASSES DE PALAVRAS (pena; nota musical), o lança-perfume, o matiz, o pro-
clama.
Substantivo • Só femininos: a agravante, a aguardente, a alface,
a apendicite, a bacanal, a cal, a cataplasma, a cólera,
É a palavra que se emprega para nomear seres, coisas, a comichão, a elipse, a gênese, a ioga, a libido, a nuança,
ideias, qualidades, ações, estados, sentimentos. a sentinela.
• Masculinos ou femininos: ágape, aluvião, amálgama,
Classificação dos Substantivos diabete (ou diabetes), ilhós, laringe, sabiá, suéter,
usucapião.
• Comuns (nomes comuns a todos os seres da mesma
espécie): casa, felicidade, mesa, chão, criança, bondade. Gênero e Semântica
• Concretos (seres com existência própria, real ou ima-
ginária): fada, saci, mesa, cadeira, caneta. Cabeça Masculino: o chefe, o dirigente, o líder.
• Abstratos (nomeiam ações, qualidades ou estados, to- Feminino: parte do corpo; pessoa muito in-
mados como seres. Indicam coisas que não existem por teligente; extremidade mais dilatada de um
si, que são o resultado de uma abstração): felicidade, objeto; pessoa ou animal numericamente.
pobreza, honra, caridade.
Caixa Masculino: livro contábil.
• Próprios (designam um ser específico, determinado):
Feminino: recipiente; seção de pagamentos;
Tânia, Pagu, Recife, Brasil, Coca-Cola.
estabelecimento financeiro.
• Simples (um só radical): janela, livro, trem, porta.
• Composto (mais de um radical): arco-íris, sempre-viva, Capital Masculino: riqueza, conjunto de bens.
arranha-céu. Feminino: cidade onde se localiza a sede do
• Primitivo (forma outros substantivos): rosa, pedra, mar. Poder Executivo.
• Derivado (formado a partir de um primitivo): roseiral, Moral Masculino: ânimo, brio.
rosácea, pedreiro, pedregulho. Feminino: conjunto de regras de comporta-
• Coletivos (nomeiam uma coleção de seres ou coisas mento; parte da filosofia que estuda essas
da mesma espécie): acervo (bens, obras artísticas), al- regras; conclusão que se tira de uma história.
cateia (lobos), atilho (espigas), arsenal (armas), atlas Grama Masculino: unidade de massa.
(mapas), baixela (utensílios de mesa), banca (exami- Feminino: erva, relva, planta rasteira.
nadores), bandeira (exploradores), boana (peixes miú-
dos), cabilda (selvagens), cáfila (camelos), código (leis), Número dos Substantivos
corja (bandidos), cortiço (abelhas, casas velhas), correi-
ção (formigas), dactilioteca (anéis), enxoval (roupas), Alguns substantivos usados só no plural: as núpcias, as
falange (soldados, anjos), farândola (maltrapilhos), fezes, os óculos, as cócegas, os víveres.
fressura (vísceras), girândola (fogos), hemeroteca (jor- Outros são uniformes, ou seja, uma única forma tanto
nais, revistas), matilha (cães), mó (gente), pinacoteca para o plural como singular: tênis, vírus, lápis, ônibus, pires.
(quadros), tertúlia (amigos), súcia (gente ordinária). Nesses casos, o número será indicado por artigo, pronome
ou outra palavra que especifique o substantivo: o ônibus, os
Gênero dos Substantivos ônibus, um pires, dois pires, meu lápis, meus lápis.
Uniformes (uma só forma para o masculino e para o 1) Formação do plural dos substantivos simples
feminino):
• Comum de dois gêneros (masculino e feminino dis- a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo.
tinguem-se com artigo, pronome ou outra): dentista,
Acrescenta-se a desinência s: caneta(s), livro(s), rei(s), pai(s),
jovem, imigrante, fã, motorista, jornalista, rival.
herói(s), mãe(s).
• Sobrecomum (um só gênero, sem flexão nem do ar-
b) Substantivos terminados em ão. Plural em ões, ães ou
tigo): a criança, o cônjuge, o sósia, a vítima, o ídolo,
ãos: balão – balões; alemão – alemães; cidadão – cidadãos.
a mascote.
• Epiceno (designa certos animais, diferindo-se pelo Admitem mais de uma forma para o plural: ancião – anciões,
acréscimo de macho e fêmea): o jacaré, a cobra, anciães, anciãos; corrimão – corrimões, corrimãos; guardião
a onça, a borboleta, mosca, tatu, barata, anta. – guardiões, guardiães; vilão – vilões, vilãos.
c) Substantivos terminados em r ou z. Acrescenta-se es
Biformes (uma forma para masculino e outra para o fe- ao singular (no caso, o e é vogal temática; o s é desinência):
minino): pintor – pintores, cruz – cruzes, hambúrguer – hambúrgueres,
• Feminino com o mesmo radical (flexão por desinên- júnior – juniores, sênior – seniores.
cia): menino / menina, aluno / aluna, prefeito / prefeita, d) Substantivos terminados em s. Podemos distinguir
pintor / pintora. dois casos: se o substantivo é proparoxítono ou paroxítono,
• Heterônimos (feminino com radical diferente da for- ele invariável (ônibus, pires, lápis); se é oxítono, acrescenta-
ma masculina): bode / cabra, cão / cadela, carneiro / -se es (país – países, japonês – japoneses).
Língua Portuguesa

ovelha, cavaleiro / amazona, cavalheiro / amazona, e) Substantivos terminados em n. Podem formar o plural
compadre / comadre, genro / nora, homem / mulher, em es ou s, sendo a última forma a mais usada (hífen – hífens
patriarca / matriarca. ou hífenes; pólen – pólens ou pólenes; abdômen – abdomens
ou abdômenes).
Substantivos que podem Suscitar Dúvidas f) Substantivos terminados em al, el, ol, ul. Perdem o l
final, que é substituído por is: varal – varais, papel – papéis,
• Só masculinos: o alvará, o anátema, o aneurisma, o farol – faróis, paul – pauis. Exceções: cônsul – cônsules, mal
apêndice, o axioma, o champanha, o diadema, o dó – males, real – réis (a moeda).

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g) Substantivos terminados em il: prefixo + substantivo: vice-reitor – vice-reitores; pré-
• quando oxítonos, trocam o l por s: fuzil – fuzis, barril -candidato – pré-candidatos.
– barris. Reduplicação (palavras repetidas ou quase): ono-
• quando paroxítonos, trocam o l por eis: projétil – pro- matopeias (pingue-pongues, tico-ticos, tique-taques,
jéteis, réptil – répteis, fóssil – fósseis. bem-te-vis, reco-recos), mas verbos repetidos têm dois
h) Todos os substantivos terminados em x são unifor- plurais (pisca-piscas ou piscas-piscas, corre-corres ou
mes: o tórax – os tórax, o látex – os látex, a fênix – as fênix. corres-corres).
• Varia somente o primeiro ou variam os dois
2) Formação do plural dos substantivos compostos Substantivo + substantivo (o segundo especifica tipo,
a) Elementos grafados sem hífen, o plural segue as re- finalidade, semelhança ao primeiro, parecendo um ad-
gras utilizadas para os substantivos simples: passatempo – jetivo): pombo-correio – pombos-correio ou pombos-
passatempos, pontapé – pontapés, televisão – televisões, -correios; peixe-espada – peixes-espada ou peixes-es-
planalto – planaltos. padas; manga-rosa – mangas-rosa ou mangas-rosas.
• Invariáveis
b) Radicais unidos por hífen:
Verbo + advérbio: pisa-mansinho – os pisa-mansinho.
• Ambos se flexionam:
Verbos antônimos: senta-levanta – os senta-levanta.
substantivo + substantivo: couve-flor – couves-flores. Frases substantivas: deus-nos-acuda – os deus-nos-
substantivo + adjetivo: guarda-florestal – guardas- -acuda; maria-vai-com-as-outras – os/as maria-vai-
-florestais, obra-prima – obras-primas. -com-as-outras; louva-a-deus – os louva-a-deus, estou-
adjetivo + substantivo: puro-sangue – puros-sangues. -fraco – os estou-fraco.
numeral + substantivo: terça-feira – terças-feiras. • Alguns substantivos que admitem dois plurais
• Somente o primeiro varia guarda-marinha – guardas-marinhas ou guardas-
Substantivo + preposição + substantivo: pé de mole- -marinha
que – pés de moleque; mula sem cabeça – mulas sem salvo-conduto – salvos-condutos ou salvo-condutos
cabeça; água-de-colônia – águas-de-colônia. xeque-mate – xeques-mates ou xeques-mate
• Somente o segundo varia: fruta-pão – frutas-pães ou frutas-pão
verbo + substantivo: guarda-sol – guarda-sóis; beija-
-flor – beija-flores; arranha-céu – arranha-céus. 3) Plural com metafonia
advérbio + adjetivo: sempre-viva – sempre-vivas; Alguns substantivos, no singular, têm o o tônico fechado
abaixo-assinado – abaixo-assinados; alto-falante – e, quando se pluralizam, trocam o o tônico fechado pelo o
alto-falantes. tônico aberto. Principais casos:

Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó)
aposto apostos fogo fogos poço poços
caroço caroços forno fornos porco porcos
corno cornos foro foros porto portos
coro coros fosso fossos posto postos
corvo corvos imposto impostos povo povos
despojo despojos jogo jogos reforço reforços
desporto desportos miolo miolos socorro socorros
destroço destroços olho olhos tijolo tijolos
esforço esforços ovo ovos troco trocos

Grau dos Substantivos Por outro lado, a flexão de grau é mais nítida com o uso
do processo analítico.
A flexão de grau exprime ideia de aumento ou de dimi- Outra curiosidade é perceber que o grau pode conduzir
nuição de tamanho, tendo como referência um grau normal, a novos significados. Exemplo: portão, cartão, cartilha, fo-
que seria o substantivo tal como aparece no dicionário. lhinha (calendário).

Formação do grau do substantivo EXERCÍCIOS


Utilizamos dois processos para formar o aumentativo e 1. Indique a opção em que só aparecem substantivos abs-
o diminutivo: tratos.
a) sintético: acrescentam-se sufixos ao grau normal: a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, ima-
concurso – concursão (aumentativo sintético) e concursinho
gem.
(diminutivo sintético);
b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade.
b) analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que
c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo.
Língua Portuguesa

expressem ideia de aumento ou de diminuição: concurso –


concurso grande e concurso pequeno. d) angústia, saudade, presença, esperança, amizade.
e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança.
É curioso notar que o processo sintético expressa, com
frequência, não uma variação de tamanho, mas uma carga 2. Aponte a opção em que haja erro quanto à flexão do
afetiva, ou pejorativa. Exemplo: falar que tal obra é um livri- nome composto.
nho agradável ou que Fulano é um amigão são formas que a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora.
expressam juízos de valor, possuem conotação afetiva e não b) tico-ticos, salários-família, obras-primas.
podem ser classificadas como flexão de grau. c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas.

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d) pseudoesferas, chefes de seção, pães de ló. Adjetivo
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas sem cabeças.
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo,
3. Preencha a frase seguinte com uma das opções. Dese- atribuindo-lhe qualidades (ou defeitos) e modos de ser, ou
javam transformar os...... em ....... do céu. indicando-lhe o aspecto ou o estado.
a) pagões – cidadões Imprensa injusta, sensacionalista, partidária, tenden-
b) pagãos – cidadões ciosa.
c) pagões – cidadãos Acusações substantivas, ferozes, infundadas, justas.
d) pagãos – cidadãos
A palavra adjetivo significa “colocado ao lado de, jus-
4. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como taposta a”. Esse significado enfatiza o caráter funcional do
balão e caneta-tinteiro: conceito de adjetivo: observe que é necessário apresentar
a) vulcão, abaixo-assinado. a relação que se estabelece entre o substantivo e o adjetivo
b) irmão, salário-família.
para poder conceituar este último. Na realidade, substantivos
c) questão, manga-rosa.
e adjetivos apresentam muitas características semelhantes e,
d) bênção, papel-moeda.
em muitas situações, a distinção entre ambos só é possível
e) razão, guarda-chuva.
a partir de elementos fornecidos pelo contexto:
5. Assinale a opção incorreta. O jovem brasileiro tornou-se participativo.
a) Borboleta é substantivo epiceno. O brasileiro jovem enfrenta dificuldades profissionais.
b) Rival é comum de dois gêneros.
c) Omoplata é substantivo masculino. Na primeira frase, jovem é substantivo, e brasileiro é
d) Vítima é substantivo sobrecomum. adjetivo. Na segunda, invertem-se esses papéis: brasileiro
e) Nenhuma opção. é substantivo, e jovem passa a ser adjetivo. Ser adjetivo ou
ser substantivo não decorre, portanto, de características
6. Indique o período que não contém um substantivo no morfológicas da palavra, mas de sua situação efetiva numa
grau diminutivo. frase da língua.
a) Todas as moléculas foram conservadas com as pro- Há conjuntos de palavras que têm o valor de um adjetivo:
priedades particulares, independentemente da atu- são as locuções adjetivas. Essas locuções são normalmente
ação do cientista. formadas por uma preposição e um substantivo ou por uma
b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no preposição e um advérbio; para muitas delas, existem adje-
centro de atenções na tumultuada assembleia. tivos equivalentes.
c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curio- Conselho de pai (= paterno) / Inflamação da boca (= bucal).
samente os objetos decorativos expostos à venda,
por preço bem baratinho. Flexões dos Adjetivos
d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras
e vultos apressados na silenciosa viela. Os adjetivos se flexionam em gênero e número e apre-
e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava sentam variações de grau bem mais complexas que as dos
flautim, improvisando cantigas alegres e suaves. substantivos.
7. Numere a segunda coluna de acordo com o significado Flexão de Gênero
das expressões da primeira coluna e assinale a opção
que contém os algarismos na sequência correta. O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que
(1) o óleo santo ( ) a moral se refere:
(2) a relva ( ) a crisma Um comportamento estranho.
(3) um sacramento ( ) o moral
Uma atitude estranha.
(4) a ética ( ) o crisma
Um jornalista ativo.
(5) a unidade de massa ( ) a grama
(6) o ânimo ( ) o grama Uma jornalista ativa.

a) 6, 1, 4, 3, 5, 2 Formação do feminino dos adjetivos biformes


b) 6, 3, 4, 1, 2, 5 Os adjetivos biformes possuem uma forma para o gênero
c) 4, 1, 6, 3, 5, 2 masculino e outra para o feminino. A formação do feminino
d) 4, 3, 6, 1, 2, 5 desses adjetivos costuma variar de acordo com a terminação
e) 6, 1, 4, 3, 2, 5 da forma masculina.

8. Assinale a opção em que a flexão do substantivo com- • Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos,
posto está errada. apenas o último elemento sobre flexão:
a) Os pés de chumbo. cidadão luso-brasileiro – cidadã luso-brasileira
b) Os corre-corre. casaco verde-escuro – saia verde-escura
Língua Portuguesa

c) As públicas-formas. consultório médico-dentário – clínica médico-dentária


d) Os cavalos-vapor.
e) Os vai-véns. Destaque-se surdo-mudo, em que variam os dois ele-
mentos:
GABARITO rapaz surdo-mudo – moça surda-muda

1. d 3. d 5. c 7. d Adjetivos uniformes
São os adjetivos que possuem uma única forma para
2. e 4. c 6. e 8. e o masculino e o feminino.

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pássaro frágil/ave frágil Essa solução é melhor (do) que a outra.
ator ruim/atriz ruim Minha voz é pior (do) que a sua.
empresa agrícola/planejamento agrícola O descaso pela miséria é maior (do) que o senso huma-
vida exemplar/comportamento exemplar nitário.
homem audaz/mulher audaz A preocupação social é menor (do) que a ambição in-
• São uniformes os adjetivos compostos em que o se- dividual.
gundo elemento é um substantivo.
casaco amarelo-limão – camisa amarelo-limão As formas analíticas correspondentes (mais bom, mais
carro verde-garrafa – bicicleta verde-garrafa mau, mais grande, mais pequeno) só devem ser usadas quan-
papel verde-mar – tinta verde-mar do se comparam duas características de um mesmo ser:
• Também são uniformes os compostos azul-marinho e Ele é mais bom (do) que inteligente.
azul-celeste. Todo corrupto é mais mau (do) que esperto.
Meu salário é mais pequeno (do) que justo.
Flexão de Número Este país é mais grande (do) que equilibrado.

O adjetivo concorda em número com o substantivo a Atente para o fato de que a forma menor é um compara-
que se refere.
tivo de superioridade, pois equivale a mais pequeno.
governante capaz / governantes capazes
salário digno/salários dignos
Grau superlativo
Formação do plural dos adjetivos compostos A característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de
O plural dos adjetivos compostos segue os mesmos pro- forma relativa ou absoluta.
cedimentos da variação de gênero desses adjetivos: No grau superlativo relativo, a intensificação da caracte-
• Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, rística atribuída pelo adjetivo é feita em relação a todos os
apenas o segundo elemento vai para o plural: demais seres de um conjunto que a possuem.
tratado luso-brasileiro / tratados luso-brasileiros O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou
intervenção médico-cirúrgica / intervenções médico- inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica:
-cirúrgicas
Destaque-se novamente surdo-mudo: Superlativo relativo Ele é o mais atento de todos.
rapaz surdo-mudo / rapazes surdos-mudos de superioridade Ele é o mais exigente de todos
• Os adjetivos compostos em que o segundo elemento os irmãos.
é um substantivo são invariáveis também em número:
recipiente verde-mar / recipientes verde-mar
uniforme amarelo-canário / uniformes amarelo-canário Superlativo relativo Você é o menos crítico de todos.
Também são invariáveis azul-marinho e azul-celeste: de inferioridade Você é o menos passivo de to-
camisa azul-marinho / camisas azul-marinho dos os amigos.
camiseta azul-celeste / camisetas azul-celeste
As formas do superlativo relativo de superioridade dos
Flexão de Grau adjetivos bom, mau, grande pequeno também são sintéticas:
o melhor, o pior, o maior e o menor.
Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar No grau superlativo absoluto, intensifica-se a caracterís-
ou intensificar as características que atribuem. Há, portanto, tica atribuída pelo adjetivo a um determinado ser. O super-
dois graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. lativo absoluto pode ser analítico ou sintético:
a) O superlativo absoluto analítico é formado normal-
Grau comparativo mente com a participação de um advérbio:
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente.
mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um Somos excessivamente tolerantes.
mesmo ser. Observe as frases seguintes:
b) O superlativo absoluto sintético é expresso com a
Comparativo Ele é tão exigente quanto justo. participação de sufixos. O mais comum deles é -íssimo; nos
de igualdade Ele é tão exigente quanto (ou adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acres-
como) seu irmão. centado o sufixo do superlativo:
Trata-se de um artista originalíssimo.
Ele é exigentíssimo. Seremos tolerantíssimos.
Comparativo de Estamos mais atentos (do) que
superioridade eles. Muitos adjetivos possuem formas irregulares para expri-
Estamos mais atentos (do) que mir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irre-
ansiosos. gularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo,
reassume a forma latina. É o caso dos adjetivos terminados
Língua Portuguesa

Comparativo de Somos menos passivos (do) que em -vel, que assumem a terminação -bilíssimo:
inferioridade eles. volúvel – volubilíssimo / indelével – indelebilíssimo
Somos menos passivos (do) que
tolerantes Os adjetivos terminados em -io formam o superlativo
absoluto sintético em -íssimo:
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sério – seriíssimo
sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor, necessário – necessariíssimo
pior, maior e menor, respectivamente: frio – friíssimo

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Locução Adjetiva h) Seria um homem bom.
i) É uma solução boa.
Compõe-se de preposição (de) e substantivo. Ex.: de pai j) Teria sido um animal feroz.
(paterno), bucal (da boca). Essa correspondência entre lo­ k) Fora um espírito livre.
cução adjetiva e adjetivo, no entanto, nem sempre se verifica, l) É um sujeito magro.
ou por não existir um dos dois, ou por não ser preservado o m) É um país pobre.
sentido quando se substitui um pelo outro. Colar de marfim, n) Tinha sido uma pessoa simpática.
por exemplo, é expressão usada cotidianamente, mas seria o) É uma alma volúvel.
pouco recomendável dizer, no mesmo contexto cotidiano,
colar ebúrneo ou colar ebóreo, porque tais adjetivos têm 5. Alguns concursos cobram diferença entre o nível formal
uso restrito à linguagem literária e, portanto, seriam ade- e o nível coloquial. Observe algumas dessas formas co-
quados somente em contextos eruditos, mais formais. Ana- loquiais nas frases abaixo; reescreva as frases utilizando
logamente, contrato leonino é uma expressão empregada na o superlativo absoluto apropriado à língua formal.
linguagem jurídica; entretanto, é pouquíssimo provável que a) É um piloto hiperveloz!
os advogados passem a dizer contrato de leão. b) Crianças subnutridas têm uma constituição vulnerá-
Observe: vel, vulnerável.
A greve de professores tem tomado proporções incontro- c) Ela adotou uma posição supercrítica.
láveis. O movimento docente se justifica em face da inércia d) É superpossível que a gente vá viajar.
do governo. e) Tem uma cabeça arquipequena!
f) É um cão supermanso.
g) Ele é arquiamigo de meu irmão.
EXERCÍCIOS h) É uma planta fragilzinha.
i) Saiu daqui felizinho da silva!
1. Complete as frases abaixo com a forma apropriada do j) É um cara sabidão!
adjetivo colocado entre parênteses.
a) Apesar de ser uma dentista ___________________
(recém-formado), possuía já uma ______________ GABARITO
(numeroso) clientela.
b) Comprei uma camisa __________________ (ama- 1. a) recém-formada, numerosa.
relo-claro) e um chapéu __________________ (cor- b) amarelo-clara, cor-de-rosa.
-de-rosa) para desfilar no Carnaval. c) sandia, amarelo-limão.
c) Aquela moça é __________ (sandeu). Onde já se viu d) sulinas, europeia.
dar tanto dinheiro por uma motocicleta __________ e) branca, azul-marinho, pretos.
____________ (amarelo-limão)!
d) Todas aquelas famílias __________ (sulino) são de 2. a) É um indivíduo tão capaz quanto seus companheiros.
b) É um rio menos poluído (do) que outros.
origem __________ (europeu).
c) É um animal mais feroz (do) que outros.
e) Sou do tempo em que se usava camisa __________
d) É uma cidade menor (do) que as cidades vizinhas.
(branco), calça _____________________ (azul-ma-
rinho) e sapatos __________ (preto) como uniforme 3. a) é a mais razoável de todas.
nos colégios ____________ (estadual). b) é o mais aplicado de todos.
c) é a pior de todas.
2. Seguindo o modelo, construa frases comparativas a d) é o maior de todos.
partir dos elementos fornecidos em casa item seguinte.
A relação de comparação a ser feita vem indicada entre 4. a) fragílima
parênteses. b) talentosíssimo.
País pobre – países vizinhos (igualdade) c) agílimo
É um país tão pobre quanto (ou como) os países vizinhos. d) agradabilíssimo
a) indivíduo capaz – seus companheiros (igualdade). e) amabilíssima
b) rio poluído – outros rios (inferioridade). f) antiguíssima
c) animal feroz – outros animais (superioridade). g) audacíssimo
d) cidade pequena – cidades vizinhas (superioridade). h) boníssimo
I) boníssima
3. Complete as frases de acordo com o modelo. j) ferocíssimo
Ela não é apenas uma funcionária competente: ela é a k) libérrimo
mais competente de todas! l) macérrimo/magríssimo
a) Esta não é apenas uma solução razoável: m) pobríssimo/paupérrimo
b) Ele não é apenas um aluno aplicado: n) simpaticíssima
c) Esta não é apenas uma má saída: o) volubilíssima
d) Ele não é apenas um grande amigo:
5. a) velocíssimo
Língua Portuguesa

4. Complete as frases de acordo com o modelo: b) vulnerabilíssima


É um poema belo. Não: é belíssimo! c) criticíssima
a) A vida é frágil. d) possibilíssimo
b) Era um homem talentoso. e) mínima
c) É um jogador ágil. f) mansuetíssimo
d) Foi um lugar agradável. g) amicíssimo
e) Será uma pessoa amável. h) fragílima
f) É uma moeda antiga. i) felicíssimo
g) É um corredor audaz. j) sapientíssimo

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Artigo b) Artigo definido: indica seres determinados dentro
de uma espécie; seu sentido é particularizante. Assume as
Canção Mínima formas o, a; os, as.
Meu vizinho gosta muito de animais: você precisa ver o
No mistério do Sem-Fim, cachorro, a gata, os tucanos e as araras que ele tem em casa.
Equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim, Combinações dos Artigos
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro, uma violeta, É muito frequente a combinação dos artigos definidos e
e, sobre ela, o dia inteiro, indefinidos com preposições. O quadro seguinte apresenta
entre o planeta e o sem-fim, a forma assumida por essas combinações:
a asa de uma borboleta.
(Cecília Meireles)
Preposições Artigos Combinações
Julgue os itens. a ao, aos, à, às
1. Nesse jogo de retomadas e acréscimos, os substantivos o, os, a, do, dos, da, das, dum, duma,
surgem inicialmente precedidos pelo artigo um (“um de
as, um, duns, dumas
planeta”, “um jardim”) e depois pelo artigo o (“no pla- uma, uns, no, nos, na, nas, num, numa,
neta”, “no jardim”). A diferença que essa troca de artigo em
umas nuns, numas
estabelece constitui passagem do particular para o geral.
2. A introdução do substantivo asa, no último verso do po- por (per) pelo, pelos, pela, pelas
ema, precedido pelo artigo a, rompe o processo indicado
na questão anterior, produzindo o efeito de retomar o Observações:
texto como um todo. 1. As formas à e às indicam a fusão da preposição a com
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe-
Comentários: cida por crase.
No poema “Canção mínima”, ocorre seguidamente um 2. As formas pelo(s) /pela(s) resultam da combinação
mesmo processo: um substantivo surge inicialmente pre- dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
cedido pelo artigo um para, pouco depois, ser repetido,
desta vez precedido do artigo o. Dessa forma, passa-se de EXERCÍCIOS
“um planeta” para “o planeta”, de “um jardim” para “o
jardim” e de “um canteiro” para “o canteiro”. Há, nessa 1. Os artigos são responsáveis por diversos detalhes de sig-
substituição de um artigo por outro, uma evidente dife- nificação nas diferentes situações comunicativas em que
rença de significado: aquilo que era genérico e indefinido são empregados. Leia as frases seguintes e comente o
ao ser nomeado pela primeira vez surge como particula- valor dos artigos destacados.
rizado e definido ao ser retomado. No poema, esse jogo a) Estou levando produtos da região.
envolvendo artigos e substantivos é o principal recurso b) O menino estava tão encabulado que não sabia o que
no caminho do amplo e universal ao mínimo e particular. fazer com as mãos.
c) Em poucos instantes, pôs-se a chorar e a chamar pela
Artigo é a palavra que pressupõe substantivo escrito. mãe.
Generaliza ou particulariza o sentido desse substantivo. Ob- d) A carne está custando 20 reais o quilo.
serve: um planeta/o planeta; um canteiro/o canteiro; um e) Aquele era o momento de minha vida.
jardim/o jardim; uma violeta/a violeta.
Em muitos casos, o artigo é essencial na especificação 2. Explique as diferenças de significado entre as frases de
do gênero e do número do substantivo. cada par:
O jornalista recusou o convite do representante dos ar- a) Todo dia ele faz isso.
tistas. A jornalista recusou o convite da representante das Todo o dia ele faz isso.
artistas. b) Pedro não veio.
A empresa colocou em circulação o ônibus de três eixos. O Pedro não veio.
A empresa colocou em circulação os ônibus de três eixos. c) Essa caneta é minha.
Essa caneta é a minha.
Quando antepostos a palavras de qualquer classe gra- d) O dirigente sindical apresentou reivindicações dos
matical, os artigos as transformam em substantivos. Nesses trabalhadores na reunião.
casos, ocorre a chamada derivação imprópria. O dirigente sindical apresentou as reivindicações dos
É um falar que não tem fim. trabalhadores na reunião
O assalariado vive um sofrer interminável. e) Chico Buarque, grande compositor brasileiro, é tam-
O aqui e o agora nem sempre se conjugam favoravel- bém escritor.
mente. Chico Buarque, o grande compositor brasileiro, é tam-
bém escritor.
Sintaticamente, os artigos atuam sempre como adjuntos
Língua Portuguesa

adnominais. 3. Observe:
“... foram intimados a comparecer...”
Classificação dos artigos “... não a fizeram...”
“... a sua oração...”
a) Artigo indefinido: indica seres quaisquer dentro de
uma mesma espécie; seu sentido é genérico. Assume as for- As três ocorrências do a são, respectivamente:
mas um, uma; uns, umas. a) preposição, pronome, preposição.
Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma b) artigo, artigo, preposição.
gata, uns tucanos e umas araras. c) pronome, artigo, preposição.

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d) preposição, pronome, artigo. Numeral
e) artigo, pronome, pronome.
Do Ponto de Vista Semântico
4. Assinale a opção correta.
a) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco. Numeral é a palavra que quantifica numericamente os
b) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros. seres ou indica a ordem que eles ocupam numa certa se-
c) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco. quência.
d) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco Apenas dois fatos ocorreram.
livros. Apenas o segundo fato merece atenção.
e) Nenhuma das alternativas.
Subclassificação do Numeral
5. “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário ape-
nas um disparo: o assaltante recebeu a bala na cabeça e • Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres.
morreu na hora.” Há cinco vagas para cem candidatos.
No texto, os vocábulos destacados são, respectivamente: • Ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres
a) preposição e artigo. numa determinada sequência.
b) preposição e preposição. Acerte o quarto botão da esquerda para a direita.
c) artigo e artigo. • Multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade
d) artigo e preposição. é multiplicada.
e) artigo e pronome indefinido. Os especuladores lucraram o triplo do capital investido.
• Fracionário: indica em quantas partes uma quantidade
6. Procure e assinale a única opção em que há erro no em- é dividida.
prego do artigo. Os agricultores só recuperaram um terço das sementes
a) Nem todas as opiniões são valiosas. plantadas.
b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
c) Leu todos os dez romances do escritor. Do Ponto de Vista Sintático
d) Andou por todo Portugal.
e) Todas as cinco, menos uma, estão corretas. O numeral, sintaticamente, pode funcionar como:
• palavra adjetiva
7. Assinale a opção em que há erro. O juiz expulsou dois jogadores.
a) Li a notícia no Estado de S. Paulo. O corretor cometeu duplo engano.
b) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
c) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta. • palavra substantiva
d) Vi essa notícia em A Gazeta. Dois mais dois são quatro.
e) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia. A inflação subiu o dobro em 1982.

8. Indique o erro quanto ao emprego do artigo. Do Ponto de Vista Mórfico


a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas
se acovardam. Numeral cardinal: exceto um, os cardinais são todos
b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se plurais. Os cardinais terminados em ão ocorrem sob forma
acovardam. singular e plural (um milhão / dois milhões) e são masculinos.
c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se Os milhares de vítimas (certo).
acovardam. As milhares de vítimas (errado).
d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se
acovardam. Os cardinais um, dois e todas as centenas a partir de
e) Em certos momentos, a mais corajosas pessoas se duzentos apresentam forma masculina e feminina.
acovardam. um – uma; dois – duas; duzentos – duzentas; novecentos
– novecentas
GABARITO Numeral ordinal: flexiona-se em gênero e número.
primeiro – primeira
1. a) Região específica. primeiro – primeiros
b) Sentido de posse (mãos dele).
c) Posse (mãe dele). Numeral multiplicativo: flexiona-se em gênero e número
d) Sentido de cada quilo. quando funcionam como palavras adjetivas. Caso contrário,
e) Momento específico. ficam invariáveis.
Arriscou dois palpites duplos.
2. a) Diariamente x O dia inteiro. O atacante cometeu dupla falta.
b) Qualquer Pedro, pouco conhecido x Pedro especí- Os atletas renderam o dobro do que costumavam.
Língua Portuguesa

fico, bem conhecido.


c) Uma entre minhas canetas x Minha única caneta. Alguns numerais multiplicativos
d) Algumas reivindicações x A totalidade das reivindi-
cações. duplo ou dobro = duas vezes
e) Um dos grandes compositores brasileiros x O único triplo ou tríplice = três vezes
grande, o maior compositor brasileiro. quádruplo = quatro vezes
quíntuplo = cinco vezes
3. d 4. c 5. a 6. d 7. a 8. e sêxtuplo = seis vezes
séptuplo, sétuplo = sete vezes

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óctuplo = oito vezes posposto ao substantivo. O cardinal, nessa situação, fica
nônuplo = nove vezes invariável. Ex.: Usa-se inscrição 2101 e lê-se: inscrição dois
décuplo = dez vezes mil cento e um, em vez de 2101ª inscrição (dois milésima
undécuplo = onze vezes centésima primeira inscrição).
duodécuplo = doze vezes
cêntuplo = cem vezes Bento XVI – Século XIX
Na inscrição de séculos, reis, papas, capítulos de obras:
Desses, os mais usados são duplo ou dobro e triplo ou • Usa-se o ordinal até dez:
tríplice. Os demais, muito menos usados, são substituídos século V = século quinto
pelo cardinal seguido de vezes. Assim, em vez de undécuplo, Paulo VI = Paulo sexto
usa-se onze vezes; em vez de duodécuplo, usa-se doze vezes. • Usa-se o cardinal acima de dez:
século XIX = século dezenove
Obs.: Muitas vezes o numeral foge do seu significado Luiz XIV = Luiz quatorze
exato, indicando uma quantidade indefinida e conseguindo, Bento XVI = Bento dezesseis
com isso, um efeito expressivo ou enfático.
Obs.: se, nesses casos, o numeral vier antes do substan-
Eu já lhe disse mil vezes que não gosto dessa sua atitude. tivo, sempre se usa o ordinal:
(exagero) vigésimo século
décimo nono século
Numeral fracionário: concorda com o cardinal indicador
do número de partes em que se dividiu a quantidade. Com- EXERCÍCIOS
prou um terço das terras do município.
Comprou dois quartos da produção anual. 1. Complete os espaços, segundo o modelo:
O dólar subiu duas vezes mais. (o dobro)
Obs.: O fracionário meio concorda em gênero e número a) Cada quilo de grão produziu dez vezes mais. _________
com o substantivo a que se refere. b) Em condições mais favoráveis, os operários renderão
É meio-dia e meia (hora). cem vezes mais. __________
São homens de meias palavras.
2. Complete os espaços vazios com o numeral fracionário,
Leitura dos Numerais Fracionários segundo o modelo:
Queria duas de cada cem sacas de café. (dois centésimos)
Apenas dois numerais fracionários apresentam formas a) Seu lucro era de um por mil. ___________________
típicas: meio e terço. Os demais fracionários são indicados ______________________
de duas maneiras: b) Pretendia nove partes entre cinquenta da produção.
• por um cardinal (representando o numerador da fra- _______________________
ção) seguido de um ordinal (representando o deno- c) A seca estragou sete de cada dez alqueires da plan-
minador). 1/4 = um quarto; 2/8 = dois oitavos ; 5/10 = tação. _____________________________
cinco décimos ; 3/100 = três centésimos; d) Treze entre vinte e cinco perfurações jorravam petró-
• por um cardinal (representando o numerador) e outro leo. _____________________________
cardinal seguido de avos (representando o denomina-
dor). Esse processo é utilizado para os ordinais que se
3. Classifique os numerais destacados nos versos a seguir.
situam no intervalo de onze a noventa e nove.
“A primeira vez que te vi, / Era menino e tu menina (...)
5/12 = cinco doze avos ; 3/67 = três sessenta e sete
Quando te vi pela segunda vez, / Já eras moça. (...)
avos
Vejo-te agora. Oito anos faz / Oito anos que não te via...
(...)” (Manuel Bandeira)
Alguns numerais cardinais e ordinais apresentam formas
variantes: quatorze / catorze; bilhão / bilião; septuagésimo /
setuagésimo. Entretanto, as formas cincoenta (50) e hum (1), Resposta:
ainda que usadas nas relações bancárias, não são registradas Primeira: _____________________________________
e, portanto, devem ser tidas como erradas. Segunda: _____________________________________
Oito: _________________________________________
Leitura do cardinal
4. “Inquietante expectativa marcou a aproximação do 800º.
Na leitura (ou escrita por extenso) do cardinal, coloca-se pavimento.” (Murilo Rubião)
e após as centenas e após as dezenas. A leitura correta do numeral destacado na frase acima é:
2623 = dois mil seiscentos e vinte e três. a) octogésimo.
b) octagésimo.
Leitura dos ordinais superiores a dois mil c) octogenário.
d) octingentésimo.
Língua Portuguesa

Segundo a tradição gramatical, nos ordinais superiores


a dois mil (2000), lê-se o milhar como cardinal e os demais 5. Estabeleça correspondência entre as duas colunas, rela-
como ordinais. Ex.: 2101ª inscrição – a duas milésima centési- cionando o numeral cardinal ao ordinal correspondente.
ma primeira inscrição. Nesse caso, entretanto, o número todo a) 91 ( ) quinquagésimo quinto
pode ser lido como ordinal. Ex.: 10203º quilômetro rodado – b) 901 ( ) quingentésimo quinto
o décimo milésimo ducentésimo terceiro quilômetro rodado. c) 55 ( ) nonagésimo primeiro
d) 505 ( ) noningentésimo primeiro
Obs.: Muitas vezes, como forma de compensar a dificul- e) 704 ( ) setingentésimo quarto
dade de se ler um ordinal muito extenso, usa-se o cardinal f) 74 ( ) setuagésimo quarto

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6. No preenchimento de cheques, faz-se uso dos numerais Pronome
cardinais. Preencha o cheque abaixo com a quantia indi-
cada. Pronome substitui e/ou acompanha o nome.
Pague por este cheque a quantia de: R$5.657,12 Pedro acordou tarde. Ele ainda dormia, quando sua mãe
______________________________________________ o chamou.
______________________________________________ Pronomes: Ele = Pedro (só substitui).
_____________________________________________ Sua = de Pedro (substitui Pedro e acompanha “mãe”).
ou a sua ordem. O = Pedro (só substitui Pedro).

7. Assinale a alternativa em que o numeral não está em- Existem seis tipos de pronomes:
pregado corretamente. • pessoais;
a) A citação encontra-se à altura da página vinte e duas. • demonstrativos;
b) As declarações estão na página duzentos e trinta e • possessivos;
dois. • relativos;
c) A vigésima quarta hora já havia soado. • interrogativos;
d) A encomenda foi entregue na Rua Vinte e um, casa • indefinidos.
dois.
As provas cobram muito os pronomes relativos, os de-
monstrativos e os pessoais “o” e “lhe”.
8. Assinale a alternativa que traz a leitura correta dos nu-
merais destacados nas frases seguintes.
I – “João Paulo II manteve-se em Roma por 27 anos.” Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
II – Segundo dizem, o capítulo X é o mais interessante
Quando um pronome é empregado junto de um subs-
do livro todo.
tantivo, ele é chamado de pronome adjetivo; e quando um
III – A supremacia papal entrou em declínio no fim do pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado
século XI. de pronome substantivo.
IV – Tutmósis III subiu ao trono egípcio em 1479 a.C. Ninguém pode adivinhar suas vontades?
Ninguém → pronome substantivo (pois está sozinho).
a) João Paulo Dois; capítulo dez; século onze; Tutmósis suas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo
três. vontades).
b) João Paulo Segundo; capítulo décimo; século décimo
primeiro; Tutmósis terceiro. Encontrei minha caneta, mas não a apanhei.
c) João Paulo segundo; capítulo décimo; século onze; minha → pronome adjetivo.
Tutmósis terceiro. a → pronome substantivo.
d) João Paulo segundo; capítulo dez; século onze; Tut-
mósis terceiro. EXERCÍCIO
9. Muitas vezes os numerais são utilizados para indicar Coloque: (1) para pronome substantivo e (2) para pro-
quantidade indeterminada. Assinale, dentre as frases nome adjetivo.
abaixo, aquela em que isso ocorreu: a) Estas montanhas escondem tesouros.
a) “já pedi duzentos mil réis emprestados ao André b) Aquilo jamais se repetirá.
Gonzaga, para as alianças e outros proveitos.” (José c) Qualquer pessoa o ajudaria.
Candido de Carvalho) d) Nossa esperança é que ele volte.
b) “Como e por que lhe veio aos vinte anos a deter-
minação de sair do convento, não sei (...)” (Clarice Pronomes Pessoais
Lispector)
c) “Mas reconheço que em Frederico viveu uma raposa Vamos supor que a Gorete esteja com fome e que ela
de mil astúcias.” (José Cândido de Carvalho) queira contar isso para uma outra pessoa que a esteja ouvin-
do. É claro que, numa situação normal de comunicação, não
usaria a frase Gorete está com fome, e sim a frase:
GABARITO
Eu estou com fome.
• eu designa o que chamamos de 1ª pessoa gramatical,
1. a) O décuplo isto é, a pessoa que fala.
b) O cêntuplo Se, no entanto, fosse mais de uma pessoa que estivesse
2. a) Um milésimo com fome, uma delas poderia falar assim:
b) Nove cinquenta avos Nós estamos com fome.
c) Sete décimos
d) Treze vinte avos Vamos supor, agora, que Gorete esteja conversando com
Língua Portuguesa

3. Ordinal, ordinal, cardinal. um amigo e queira saber se tal amigo está com fome. Ela,
4. d então, usaria a seguinte frase:
5. c, d, a, b, e ,f Tu estás com fome? ou: Você está com fome?
6. Cinco mil seiscentos e cinquenta e sete reais e doze • tu (você) designa o que chamamos de 2ª pessoa gra-
centavos. matical, isto é, a pessoa com quem se fala.
7. b
8. c Se, por outro lado, Gorete estiver conversando com mais de
9. c uma pessoa e quiser saber se elas estão com fome, falará assim:
Vós estais com fome? ou: Vocês estão com fome?

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Vamos imaginar, agora, que Gorete esteja conversando sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são
com um amigo e queira afirmar que o cão que acompanha chamados pronomes reflexivos.
esse amigo está doente. Ela pode se expressar assim: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome
O cão está doente, ou então, Ele está doente. reflexivo.
• ele designa o que chamamos de 3ª pessoa gramatical,
isto é, a pessoa, o ser a respeito de quem se fala. b) Os pronomes oblíquos si e consigo são sempre re-
flexivos.
eu, nós, tu, vós, ele, eles são, nas frases analisadas, exem- Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma)
plos de pronomes pessoais. Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo)

Podemos concluir, então, que pronomes pessoais são Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se-
aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas guir são gramaticalmente incorretas.
gramaticais. Marcos, eu preciso falar consigo.
São três as pessoas gramaticais: Eu gosto muito de si, minha amiga.
• 1ª pessoa (a que fala): eu, nós
• 2ª pessoa (com quem se fala): tu, vós c) Os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam
• 3ª pessoa (de quem se fala): ele(s), ela(s). um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse
caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos.
Quadro dos pronomes pessoais Os jogadores se abraçavam após o gol. Onde: se (= um
ao outro) → pronome reflexivo recíproco.
Caso oblíquo (outras funções)
Caso reto
(sujeito) Átonos (sem Tônicos (com d) Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como
preposição escrita) preposição escrita) sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode ter outras
Singular: funções, nunca sujeito. Daí termos frases como:
eu, me, mim, comigo Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
tu te, ti, contigo
ele(a) se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela Sujeito

Plural: Ela trouxe o livro para mim. (correto)


nós, nos, nós, conosco
vós, vos, vós, convosco Não pode ser sujeito
eles(as) se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas Ela trouxe o livro para mim ler. (errado)

Observações: Não pode ser sujeito
1. Um pronome pessoal é pronome reto quando exerce a
função de sujeito da oração e é um pronome oblíquo e) Entre todos os pronomes pessoais somente os pro-
quando exerce função que não seja a de sujeito da nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja
oração. o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função
Ela pediu ajuda para nós. de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer
Ela: pronome reto (funciona como sujeito). a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos
nós: pronome oblíquo (não funciona como sujeito). pelos seus pronomes oblíquos correspondentes.
Eu → me, mim; Tu → te, ti.
Nós jamais a prejudicamos.
Nós: pronome reto (sujeito). Eu e ela iremos ao jogo. (correto)
a: pronome oblíquo (não sujeito).
Sujeito
2. Os pronomes oblíquos átonos nunca aparecem pre-
cedidos de preposição. Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto)
A vida me ensina a ser realista.
Sujeito não sujeito

pron. obl. átono Não houve nada entre eu e ela. (errado)
Não houve nada entre mim e ela. (correto)
3. Os pronomes oblíquos tônicos sempre aparecem
precedidos de preposição. Pronomes Pessoais de Tratamento
Ela jamais iria sem mim.
Os pronomes de tratamento* são pronomes pessoais
prep. pron. obl. tônico usados no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas.
Língua Portuguesa

Os principais são:
4. Os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da Vossa Alteza (V.A.) → Príncipe, Duques
preposição com, combinam-se com ela, originando as Vossa Majestade (V.M.) → Reis
formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco. Vossa Santidade (V.S.) → Papas
Vossa Eminência (V.Emª.) → Cardeais
Emprego dos Pronomes Pessoais Vossa Excelência (V.Exª.) → Autoridades em geral

a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos e se podem * Ver Manual de Redação da Presidência da República, para usos
indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio conforme normas de redação oficial.

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Observação: Pronomes Indefinidos
Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas
distintas: Vossa (Majestade, Excelência etc.) e Sua (Majesta- Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª
de, Excelência etc.). Você deve usar a forma Vossa quando pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando consi-
estiver falando com a própria pessoa e usar a forma Sua derado de modo vago e indeterminado.
quando estiver falando a respeito da pessoa. Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas.
Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei)
Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei) Quadro dos pronomes indefinidos

Pronomes Possessivos
Variáveis Invariáveis
Pronomes possessivos são aqueles que se referem às algum(ns); alguma(s) alguém
três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe nenhum(ns); nenhuma(s) ninguém
ou pertence a elas. todo(s); toda(s) tudo
Tuas opiniões são iguais às minhas. outro(s); outra(s) outrem
• tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa muito(s); muita(s) nada
do singular (tu). pouco(s); pouca(s) cada
• minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª certo(s); certa(s) algo
pessoa do singular (eu). tanto(s); tanta(s)
quanto(s); quanta(s)
É importante fixar bem que há uma relação entre os pro- qualquer; quaisquer
nomes possessivos e os pronomes pessoais.
Observe atentamente o quadro abaixo: Observação:
Um pronome indefinido pode ser representado por ex-
pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
são denominadas locuções pronominais. As mais comuns
eu → meu, minha, meus, minhas são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um,
seja quem for.
tu → teu, tua, teus, tuas Seja qual for o resultado, não desistiremos.
ele → seu, sua, seus, suas
nós → nosso, nossa, nossos, nossas Pronomes Interrogativos
vós → vosso, vossa, vossos, vossas
Pronomes interrogativos são aqueles empregados para
eles → seu, sua, seus, suas fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que
ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se re-
Emprego dos Pronomes Possessivos
ferem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes:
a) Quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª,
Que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s).
V.Excia etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa
Que horas são? (frase interrogativa direta)
(do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
Vossa Majestade depende de seu povo. Gostaria de saber que horas são. (interrogativa indireta)
Quantas crianças foram escolhidas?

Pron. tratamento 3ª pessoa
Pronomes Relativos
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in-
Pron. tratamento 3ª pessoa formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia
falar assim:
b) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se Eu conheço o menino. O menino caiu no rio.
referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como
à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala). Mas essas duas informações poderiam também ser trans-
Sua casa foi vendida (sua = de você) mitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma
Sua casa foi vendida (sua = dele, dela) única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode a repetição do substantivo menino. A frase ficaria assim:
gerar ambiguidade ou frases com duplo sentido. Quando isso
ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s) Eu conheço o menino que caiu no rio.

Língua Portuguesa

por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.


1ª oração 2ª oração
c) Os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª
pessoa do singular como para 3ª pessoa do plural (confira Observe que a palavra que substitui, na segunda oração,
tal afirmação no quadro acima). a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa
é a função dos pronomes relativos.
d) Os pronomes possessivos podem, em muitos casos, Podemos dizer, então, que pronomes relativos são os que
ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes. se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o
A chuva molha-me o rosto. (= molha meu rosto). na oração seguinte.

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Quadro dos pronomes relativos EXERCÍCIOS
Variáveis
Invariáveis (Cespe/Prefeitura do Rio Branco) À semelhança do Brasil, o
Masculino Feminino Acre compõe-se de uma grande diversidade de povos indí-
o qual, os quais, a qual, as quais, genas, cujas situações frente à sociedade nacional também
que, quem, são muito variadas.
cujo, cujos, quanto, cuja, cujas,
onde, como 1. A substituição de “cujas” por as quais mantém a correção
quantos quanta, quantas
gramatical do período e as relações lógicas originais.
Observações:
• Como relativo, o pronome que é substituível por o qual, Analisando o emprego do pronome relativo CUJO:
a qual, os quais, as quais. • acompanha substantivo posterior;
Já li o livro que comprei. (= livro o qual comprei) • refere-se a substantivo anterior;
• sentido de posse;
• Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo • varia com a palavra posterior.
pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a,
os, as. Observo os povos indígenas cujo líder é guerreiro.
Ele sempre consegue o que deseja. Observo os povos indígenas cuja cultura é milenar.
Observo as tribos indígenas cujos líderes são guerreiros.
pron. dem. pron. relativo Observo as tribos indígenas cujas culturas são milenares.
(= aquilo) (o qual)
Cuidado!
• O relativo quem só é usado em relação a pessoas e São estruturas inadequadas as seguintes:
aparece sempre precedido de preposição. Observo os povos indígenas que o líder é guerreiro.
O professor de quem você gosta chegou. Observo os povos indígenas que o líder deles é guerreiro.

pessoa preposição Regra:
Para “ligar” dois substantivos com relação de posse entre
• O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em- si, somente é correto no padrão da Língua Portuguesa o
pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre emprego do relativo cujo e suas variações.
eles uma relação de posse e equivale a do qual, da
qual, dos quais, das quais. (PMVTEC/Analista) Na saúde, o município destaca o proje-
Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja to MONICA – Monitoramento Cardiovascular –, em que se
frente = frente do qual) quantificou o risco de a população de Vitória na faixa de 25
a 64 anos ter problemas cardiovasculares.
Note que após o pronome cujo (e variações) não se 2. Mantendo-se a correção gramatical do período, o trecho
usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: “em que se quantificou” poderia ser reescrito da seguinte
Visitei a cidade cujo prefeito morreu, e não: maneira: por meio do qual se quantificou.
Visitei a cidade cujo o prefeito morreu.
(PMVSEMUS/Médico) Texto dos itens 3, 4 e 5:
• O relativo onde equivale a em que. Preocupam-se mais com a AIDS do que os meninos e as me-
Conheci o lugar onde você nasceu. ninas da África do Sul, onde a contaminação segue em ritmo
alarmante. Chegam até a se apavorar mais com a gripe do
(em que) frango do que as crianças chinesas, que conviveram com a
epidemia. Esses dados constam de uma pesquisa inédita que
• Quanto(s) e quantas(s) só são pronomes relativos se ouviu 2.800 crianças com idade entre 8 e 15 anos das classes
estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s), A e C em catorze países.
tanta(s), todo(s), toda(s). 3. Preservam-se as ideias e a correção gramatical do texto
Sempre obteve tudo quanto quis. ao se substituir o pronome “onde” por cuja, apesar de
o texto tornar-se menos formal.
indefinido relativo
Estudando o pronome relativo ONDE
Outros exemplos de reunião de frases por meio de pro- Observe:
nomes relativos: Visitei o bairro. Você mora no bairro.
Eu visitei a cidade. Você nasceu na cidade. Note que no = em + o.
Então: Visitei o bairro no qual você mora.
onde Note que no qual = em + o qual.
Eu visitei a cidade em que você nasceu.
na qual Empregando onde, teremos:
Visitei o bairro onde você mora.
Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e
qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é Regras:
Língua Portuguesa

exigida pelo verbo nascer (quem nasce, nasce em algum lugar). • onde só pode se referir a um lugar;
Você comprou o livro. Eu gosto do livro. • podemos substituir onde por no qual e suas variações;
• podemos substituir onde por em que.
de que
Você comprou o livro eu gosto.
do qual ONDE versus AONDE
Observe:
Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...)
a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...)
verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). Então: aonde = a + onde.

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Pronomes Demonstrativos Senhor Governador,
Informo a V. Exa. que esta Casa colocará em pauta na
Pronomes demonstrativos são os que indicam a posição quarta-feira próxima a análise do projeto que destina
ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais. verba para reforma do Ginásio Américo de Almeida.
Aquela casa é igual à nossa. Essa Governadoria pode aguardar informativo na
quinta-feira.
Pron. dem.
Exemplo 2:
Quadro dos pronomes demonstrativos Aqui nesta sala onde estamos, às vezes, escutamos vo-
zes vindas daquela sala onde estão tendo aula de Finanças
Variáveis Invariáveis Públicas.
este, esta, estes, estas isto
2) Para referência a termos anteriores e posteriores
esse, essa, esses, essas isso
Regra:
aquele, aquela, Para termos a serem mencionados: este, esta, isto.
aquilo
aqueles, aquelas Para termos já mencionados: esse, essa, isso.
o, a, os, as o
3) Para referência a termos anteriores separadamente
Atenção! Regra:
Também podem funcionar como pronomes demonstra- Para referência ao primeiro mencionado: aquele, aquela,
tivos as palavras: o(s), a(s), mesmo(s), semelhante(s), aquilo.
tal e tais, em frases como: Para referência ao último mencionado: este, esta, isto.
Chegamos hoje, não o sabias? (o = isto) Para referência ao termo entre o primeiro e o último:
Quem diz o que quer, ouve o que não quer. (o = aquilo) esse, essa, isso.
Tais coisas não se dizem em público! (tais = estas)
4. (AFRF) Em relação aos elementos que constituem a coe­
É importante saber distinguir quando temos artigo o, são do texto abaixo, assinale a opção correta.
a, os, as e quando pronomes demonstrativos o, a, os, as.
O livro que você trouxe não é o que te pedi. 1 O caráter ético das relações entre o cidadão e o
– Note que o equivale a aquele. poder está naquilo que limita este último e, mais que
A revista que você trouxe não é a que te pedi. isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primei-
– Note que a equivale a aquela. 4 ra versão, como direitos civis, limitavam a ação do
Pode fazer o que você quiser. Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade
– Note que o equivale a aquilo. que este tivesse, de proprietário. Com a extensão
7 dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo
Cuidado! sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente
Artigo pressupõe um substantivo ligado a ele na expressão. – a fazer mais do que limitar o governante: devem
O livro, a revista, o grande e precioso livro, a nova e in- 10 orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar di-
teressante revista. recionados a um aumento da qualidade de vida, que
não se esgota na linguagem dos direitos humanos,
São três situações de uso dos pronomes demonstrativos: 13 mas tem nela, ao menos, sua condição necessária,
este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, ainda que não suficiente.
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
1) Para referência a objetos em relação às pessoas que a) Em “o orienta” (l. 3), “o” refere-se a “cidadão” (l. 1).
participam de um diálogo (pessoas do discurso). b) Em “este tivesse” (l. 6), “este” refere-se a “Estado” (l. 5).
c) Em “aqueles passam” (l. 8), “aqueles” refere-se a “di-
Regra: reitos políticos” (l. 7).
Primeira pessoa: eu, nós (pessoa que fala). Deve-se em- d) “sua ação” (l. 10) e “seus atos” (l. 10) remetem ao
pregar este, esta, isto com referência a objeto próximo de mesmo referente: “proprietário” (l. 6).
quem fala. e) “sua condição” (l. 13) refere-se a “um aumento na
Segunda pessoa: tu, vós, você (pessoa que ouve). Deve- qualidade de vida” (l. 11).
-se empregar esse, essa, isso com referência a objeto pró-
ximo de quem ouve. (PMDF/Médico)
Terceira pessoa: ele, ela, eles, elas (pessoa ou assunto
da conversa). Deve-se empregar aquele, aquela, aquilo com 1 Notaria apenas que, em nossos dias, as regiões
referência a objeto distante tanto de quem fala, como de onde essa grade é mais cerrada, onde os buracos
quem ouve. negros se multiplicam, são as regiões da sexualidade
4 e as da política: como se o discurso, longe de ser
Língua Portuguesa

Exemplo 1: elemento transparente ou neutro no qual a sexua-


• Correspondência do Governador para o Presidente da lidade se desarma e a política se pacifica, fosse um
Assembleia Legislativa. 7 dos lugares onde elas exercem, de modo privilegiado,
Senhor Presidente, alguns de seus mais temíveis poderes. Por mais que
Solicito a V. Exa. que essa Casa Legislativa analise com o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as
urgência o projeto que destina verba para reforma do 10 interdições que o atingem revelam logo, rapidamen-
Ginásio Estadual Américo de Almeida. te, sua ligação com o desejo e com o poder.
• Resposta do Presidente da Assembleia Legislativa para Nisto não há nada de espantoso, visto que o
o Governador. 13 discurso — como a psicanálise nos mostrou — não

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é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o 13. Os pronomes “essa” e “dela” são flexionados no feminino
desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e porque remetem ao mesmo referente do pronome em
16 visto que — isto a história não cessa de nos ensinar “completá-la”.
— o discurso não é simplesmente aquilo que traduz 14. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual,
as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por ao se retirar do texto a expressão “que são”.
19 que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos
apoderar. É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen-
ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis
Julgue os itens, relativos às estruturas linguísticas do texto. combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar
5. Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu
se o pronome “onde” (l. 2) for substituído por as quais. salvador e este último, uma vítima para salvar.
6. A expressão “no qual” (l. 5) tem como referente a ex- 15. O pronome “cujos” atribui a “pessoas” a posse de uma
pressão “elemento transparente ou neutro”. característica que também pode ser expressa da seguinte
7. O pronome “aquilo” (l. 14 e 17) pode ser substituído maneira: com papéis que combinem entre si.
por o, sem prejuízo do sentido original e de correção
gramatical. (MS/Agente) “Tempo é Vida” é o bordão da campanha, que
8. O pronome “isto” (linha 16) recupera o sentido do trecho expressa o apelo daqueles que estão à espera de um trans-
“visto que o discurso (…) desejo”. (l. 12-15) plante.
16. A substituição de “daqueles” por dos prejudica a correção
(TCE-AC/Analista) Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, gramatical e a informação original do período.
em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia;
(TRT1ª R/Analista) A raça humana é o cristal de lágrima / Da
outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são an-
lavra da solidão / Da mina, cujo mapa / Traz na palma da mão.
tes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma
17. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale
igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa
a opção correta.
tomassem água benta, para conduzi-las à nossa casa, onde
a) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo
estavam hospedadas.
(cujo o mapa, por exemplo).
9. Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três pri-
b) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual apare-
mas de Sapucaia”, a substituição de “em que” por onde ce no texto ligado ao substantivo mapa na expressão
manteria o sentido original e a correção gramatical do “cujo mapa”.
texto. c) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta
flexões de gênero e número.
(Cariacica/Assistente Social) Em alguns segmentos de nossa d) O pronome relativo quem, assim como o relativo que,
sociedade, o trabalho fora de casa é considerado inconve- tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em
niente para o sexo feminino. É óbvio que a participação de geral.
um indivíduo em sua cultura depende de sua idade. Mas é e) O pronome relativo que admite ser substituído por o
necessário saber que essa afirmação permite dois tipos de qual e suas flexões de gênero e número.
explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente
cultural. (DFTrans/Analista) Ao se criticar a concepção da linguagem
10. A expressão “essa afirmação” retoma a ideia de que o como representação do outro e para o outro, não se a de-
trabalho fora de casa pode ser considerado inconveniente sautoriza nem sequer a refuta.
para as mulheres. 18. Mantêm-se a coerência e a correção da estrutura sintá-
tica e das relações semânticas do texto ao se inserir o
(Iema-ES/Advogado) O destino dos compostos orgânicos pronome se logo após “sequer”.
no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é
largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos que- Pronomes Pessoais Oblíquos
bram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono (Emprego e Colocação Pronominal)
(CO2), mas outros produtos químicos permanecem no meio
ambiente por anos, absolutamente intocados. o, a, os, as → somente no lugar de trechos sem prepo-
11. O termo “Esses organismos” está empregado em referên- sição inicial.
cia a “mata-matos” e “medicamentos”, ambos na mesma lhe, lhes → somente no lugar de trechos com preposição
linha. inicial.
Devemos dar valor aos pais. → Devemos dar-lhes valor.
(BB/Escriturário) Em meio a uma crise da qual ainda não sabe Amo os pais. → Amo-os.
como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tra- Apertei os pregos da caixa. → Apertei-lhe os pregos.
tado de Roma, pontapé inicial da integração no continente. Apertei os pregos da caixa. → Apertei-os.
12. O emprego de preposição em “da qual” atende à regência
Língua Portuguesa

do verbo “escapar”. Cuidado!


Pronomes que podem ficar no lugar de trechos com ou
(TRT 9ª R/Analista) Relação é uma coisa que não pode exis- sem preposição: me, te, se, nos, vos.
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para Eu lhe amo. (errado)
completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial Eu te amo. (certo)
dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas Eu a amo. (certo)
vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos Dei-lhe amor. (certo)
exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”, Dei-te amor. (certo)
que “liga” duas coisas. Dei-a amor. (errado)

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Alterações gráficas dos pronomes Correção: Tenho-me dedicado. (Portugal)
Verbo com final -r, -s, -z, diante de pronomes o, a, os, as. Tenho me dedicado. (Brasil)
Vamos cantar os hinos. →Vamos cantá-los.
Cantamos os hinos. → Cantamo-los. • Não escrever esses pronomes após verbo no futuro:
Fiz o relatório. → Fi-lo. Ele faria-me um favor. (errado)
Ele me faria um favor. (correto)
Verbo com final -m, -ão, -õe, diante de pronomes o, a,
os, as. Casos de próclise obrigatória
Eles cantam os hinos. → Eles cantam-nos. 1. Advérbios.
Pais dão presentes aos filhos. → Pais dão-nos aos filhos. 2. Negações.
Põe o livro aqui. → Põe-no aqui. 3. Conjunções subordinativas (que, se, quando, embora
etc.).
19. (S. Leopoldo-RS/Advogado) A substituição das palavras 4. Pronomes relativos (que, o qual, onde, quem, cujo).
grifadas pelo pronome está incorreta em: 5. Pronomes demonstrativos (este, esse, aquele, aquilo).
a) “que transpõe um conceito moral” – que o transpõe. 6. Pronomes indefinidos (algo, algum, tudo, todos, vários
b) Em “a democracia convida a um perpétuo exercício de etc.).
reavaliação. Isso quer dizer que, para bem funcionar, 7. Exclamações.
exige crítica. Substituir “exige crítica” por exige-a. 8. Interrogações.
c) “o que expõe o Brasil” – o que o expõe. 9. Em mais pronome mais gerúndio (-ndo).
d) “seria extirpar suas camadas iletradas” – seria extir-
par-lhes. Observação
e) “mais apto a exercer a crítica” – mais apto a exercê-la. Em caso de não ser obrigatória a próclise, então ela
será facultativa.
20. (Guarapari/Técnico de Informática) A substituição do
segmento grifado pelo pronome está feita de modo in- 22. Julgue os itens seguintes, quanto à colocação pronominal.
correto em: a) Jamais devolver-te-ei aquela fita.
a) “o privilégio de acessar o caminho da universidade” b) Deus pague-lhe esta caridade!
= o privilégio de acessá-lo. c) Tenho dedicado-me ao estudo das plantas.
b) “no final têm que saltar o muro do vestibular” = no d) Ali fazem-se docinhos e salgadinhos.
final têm que saltar-lhe. e) Te amo, Maria!
c) “ficam impedidos de desenvolver seus talentos” = f) Algo vos perturba?
ficam impedidos de desenvolvê-los. g) Eu me feri.
d) “perdendo a proteção de escolas especiais desde a h) Eu feri-me.
infância” = perdendo-a desde a infância. i) Eu não feri-me.
e) “Injusta porque usa seus recursos” = injusta porque j) O rapaz que ofendeu-te foi repreendido.
os usa. k) Em me chegando a notícia, tratarei de divulgá-la.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos: me, te, se, Colocando pronomes na locução verbal
nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes.
Pronome antes do verbo chama-se próclise: Regra
Eu te amo. Você me ajudou. • Se não houver caso de próclise, o pronome está livre.
Pronome depois do verbo chama-se ênclise: • Se houver caso de próclise, o pronome só pode ficar
Eu amo-te. Você ajudou-me. antes do verbo auxiliar ou após o verbo principal, sem-
pre respeitadas as regras básicas.
Pronome no meio da estrutura do verbo chama-se me-
sóclise: 23. Julgue as alternativas em C ou E.
Amar-te-ei. Ajudar-te-ia. a) Elas lhe querem obedecer.
b) Elas querem-lhe obedecer.
21. (Seplan/MA) Quanto aos jovens de hoje, falta a estes c) Elas querem obedecer-lhe.
jovens maior perspectiva profissional, sem a qual não d) Elas não querem-lhe obedecer.
há como motivar estes jovens para a vida que os espera. e) Elas não querem obedecer-lhe.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituin-
do-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: Casos de ênclise obrigatória
a) faltam-lhes – motivar-lhes. 1. Verbo no início de oração:
b) falta-lhes – motivar-lhes. Me trouxeram este presente. (errado)
c) lhes falta – lhes motivar. Trouxeram-me este presente. (certo)
d) falta-lhes – motivá-los.
e) lhes faltam – os motivar. 2. Verbo no imperativo afirmativo:
Vá ali e me traga uma calça. (errado)
Língua Portuguesa

Colocação Pronominal Vá ali e traga-me uma calça. (certo)

Pronomes oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, o, a, lhe. Casos de mesóclise obrigatória
A mesóclise é obrigatória somente se o verbo no futuro
Regras básicas: iniciar a oração:
• Não iniciar oração com pronome oblíquo átono: Te darei o céu. (errado)
Me dedico muito ao trabalho. (errado) Dar-te-ei o céu. (certo)
• Não escrever tais pronomes após verbo no particípio: Eu te darei o céu. (certo)
Tenho dedicado-me. (errado). Eu dar-te-ei o céu. (certo)

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Observação: Emprego/Correlação de Tempos e Modos Verbais
Se houver caso de próclise, prevalece o pronome antes
do verbo. Tempos Verbais
Eu não te darei o céu. (certo)
Eu não dar-te-ei o céu. (errado) Para visualizar e memorizar melhor, vamos esquematizar os
tempos e modos verbais com suas desinências (terminações).
Cuidado!
No esquema a seguir, observe as letras a, b, c, d, e, f, g,
Verbo no infinitivo fica indiferente aos casos de próclise.
É importante não se irritar à toa. (certo) h, i. Essas letras representam os tempos verbais.
É importante não irritar-se à toa. (certo) Já as letras I e S representam os modos indicativo e sub-
juntivo, respectivamente.
24. “Encontrará lavrado o campo”. Com pronome no lugar Em cada tempo, observe a terminação que o verbo ado-
de “campo”, escreveríamos assim: tará, conforme a conjugação.
a) encontrará-o lavrado 1 – primeira conjugação: final – ar. Cantar.
b) encontrará-lhe lavrado 2 – segunda conjugação: final – er. Comer.
c) encontrar-lhe-á lavrado 3 – terceira conjugação: final – ir. Sorrir.
d) lhe encontrará lavrado
e) encontrá-lo-á lavrado
I – Modo Indicativo S – Modo Subjuntivo
(Abin/Analista) Em 2005, uma brigada completa, atualmente a – presente g – presente
instalada em Niterói – com aproximadamente 4 mil soldados –, b – futuro do presente h – futuro
será deslocada para a linha de divisa com a Colômbia. c – futuro do pretérito i – pretérito imperfeito
25. A substituição de “será deslocada” por deslocar-se-á d – pretérito imperfeito
mantém a correção gramatical do período. e – pretérito perfeito
f – pretérito mais-que-perfeito
26. (Metrô-SP/Advogado) O termo grifado está substituído
de modo incorreto pelo pronome em:
a) Como forma de motivar funcionários = como forma Padrão dos Verbos Regulares
de motivar-lhes.
b) De que todos na empresa tenham habilidades múlti- Na primeira pessoa singular (EU)
plas = de que todos as tenham.
c) Para obter sucesso = para obtê-lo. c b
d) Essas mudanças causam perplexidade = essas mudan- 1 – ria 1 – rei
ças causam-na. 2 – ria 2 – rei
e) As pessoas buscam novas regras = as pessoas bus- 3 – ria 3 – rei
cam-nas.

27. (TRT 19ª R) Antonio Candido escreveu uma carta, fez
cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio. Subs- a
tituem de modo correto os termos sublinhados na frase, 1–o
respectivamente,
2–o
a) destas – enviou-as
b) daquela – os enviou 3–o
c) da mesma – enviou-lhes
d) delas – lhes enviou
e) dela – as enviou
d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
28. Assinale abaixo a alternativa que não apresenta correta 1 – ava 1 – ei 1 – ara
colocação dos pronomes oblíquos átonos, de acordo com 2 – ia 2 – i 2 – era
a norma culta da língua portuguesa: 3 – ia 3 – i 3 – ira
a) Eu vi a menina que apaixonou-se por mim na juven-

tude.
b) Agora se negam a falar.
c) Não te afastes de mim. h
d) Muitos se recusaram a trabalhar. 1-r
2-r
GABARITO (se/ quando) 3-r

1. E 11. E 21. d
2. C 12. C 22. E, E, E, E, E, C,
Língua Portuguesa

3. E 13. E C, C, E, E, C
4. e 14. C 23. C, C, C, E, C
5. E 15. C 24. e g 1–e
6. C 16. E 25. C (que) 2–a
7. C 17. e 26. a 3–a
8. E 18. C 27. e
i (se) 1-asse
9. E 19. e 28. a
2-esse
10. E 20. b
3-isse

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EXERCÍCIOS Nas provas de concursos em geral, podemos observar
que basta conhecer a conjugação de nove verbos irregulares.
Conjugue os verbos cantar, vender e partir em todos os E, melhor ainda, basta conhecer bem três tempos verbais
tempos simples. em que as questões incidem mais. É claro que não ficamos
dispensados de conhecer todos os tempos verbais.
Esses verbos mais importantes formam famílias de verbos
Verbos irregulares sofrem mudança de letra e som no derivados deles. O resultado é que ficamos sabendo, por
radical e ou nas terminações padronizadas acima, para ver- tabela, um número grande de verbos.
bos regulares. Repito: muda letra e som. Não basta mudar São eles: ser, ir, ver, vir, intervir, ter, pôr, haver, reaver.
letra para ser verbo irregular.
Certa vez a prova do concurso do Senado perguntou se Conjugação dos Verbos Irregulares Ver e Vir
o verbo “agir” é irregular. Vamos fazer o teste?
O teste consiste em conjugar o verbo em uma pessoa c b
qualquer, no presente, no passado e no futuro. Se for regu- 2 – veria 2 – verei
lar, o verbo passa no teste completo, mantém-se inalterado. 3 – viria 3 – virei
Talvez mude letra, mas não muda o som.
Já para ser irregular, o verbo só precisa de uma mudança a
em um desses tempos. 2 – vejo
3 – venho
TESTE:
d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
Verbo Presente Passado Futuro Classifi- 2 – via 2 – vi 2 – vira
cação 3 – vinha 3 – vim 3 – viera
Agir Eu ajo Eu agi Eu agirei Regular
(muda só (no padrão) (no padrão) h
letra) (se / quando) 2 – vir
3 – vier
Fazer Eu faço Eu fiz Eu farei Irregular
(mudou (mudou Observe
letra e letra e som) que perde g
som) o “z”. (que) 2 – veja
3 – venha
Observação:
Alguns verbos sofrem tantas alterações que seu radical i
desaparece e muda totalmente ao longo da conjugação. Cha- (se) 2 – visse
mamos tais verbos de anômalos: SER e IR. 3 – viesse
EXERCÍCIOS
Conjugação dos Dois Verbos Anômalos: Ser e Ir
Conjugue os verbos ver e vir em todos os tempos simples.
c b Conjugação dos Verbos Irregulares Haver, Ter e Pôr
2 – seria 2 – serei
3 – iria 3 – irei c b
haveria haverei
teria terei
a poria porei
2 – sou
3 – vou a
hei
d (antigamente) e (ontem) f (outrora) tenho
2 – era 2 – fui 2 – fora ponho
3 – ia 3 – fui 3 – fora d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
havia houve houvera
h tinha tive tivera
(se / quando) 2 – for punha pus pusera
3 – for
h
(se / quando) houver
tiver
g puser
(que) 2 – seja
3 – vá
Língua Portuguesa

g
i
(que) haja
(se) 2 – fosse
3 – fosse tenha
ponha
i
EXERCÍCIOS (se) houvesse
tivesse
Conjugue os verbos ser e ir em todos os tempos simples. pusesse

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EXERCÍCIOS Os tempos podem assumir duas formas:
• Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos o
Conjugue os verbos haver, ter e pôr em todos os tempos livro. Faremos revisão.
simples. • Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio:
tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito.
Verbos defectivos apresentam falhas na conjugação. Mas
tenha cuidado: a falha ocorre apenas no presente. Esses Flexão de Modo
verbos não serão defectivos no passado, nem no futuro.
Modo Indicativo
Flexão Verbal
Verbo é a palavra variável que expressa: Indica atitude do falante e condições do fato.
• ação (estudar); O modo indicativo traduz geralmente a segurança: Estu-
• posse (ter, possuir); dei. Não agi mal. Amanhã chegarão os convites.
• fato (ocorrer);
• estado (ser, estar); Tempos do Modo Indicativo
• fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove Presente: basicamente significa o fato realizado no mo-
agora, choveu ontem, choverá amanhã. mento da fala. Ele estuda Francês. A prova está fácil.
Pode significar também:
Conjugação é a distribuição dos verbos em sistemas con- • Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de Jesus.
forme a terminação do infinitivo: A Constituição exige isonomia.
-ar → cantar, estudar: primeira conjugação. • Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema todos
-er → ver, crer: segunda conjugação. os domingos.
-ir → dirigir, sorrir: terceira conjugação. • Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500.
Militares governam o Brasil por 20 anos.
As vogais a, e, i dessas terminações chamam-se vogais
• Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo ano,
temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam
o país tem eleições.
sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações:
põe, pusera etc. • Pedido: Você me envia os pedidos do memorando
• Radical: é a parte invariável do verbo no infinitivo, re- amanhã.
tirada a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-,
dirig-. O presente dos verbos regulares se forma com adição ao
• Tema: é o resultado de juntar a vogal temática ao ra- radical das terminações:
dical: canta-, cre-, dirigi-. • 1a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am: canto, can-
• Rizotônica: é a forma verbal com vogal tônica no radi- tas, canta, cantamos, cantais, cantam.
cal: estUda, vIvo, vImos. • 2a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em: vivo, vives,
• Arrizotônica: é a forma verbal com vogal tônica fora vive, vivemos, viveis, vivem.
do radical: estudAmos, vivEis, virIam. • 3a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em: parto, partes,
• Flexão verbal: pode ser de número (singular e plural), parte, partimos, partis, partem.
de pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e
modo. Pretérito imperfeito
– flexão de número: no singular, eu aprendo, ele che- Passado em relação ao momento da fala, mas simultâneo
ga; no plural, nós aprendemos, eles chegam. em relação a outro fato passado. Pode significar:
– flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor da
• Hábitos no passado: Quando jogava no Santos, Pelé
mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho, nós
vimos. Na segunda pessoa, o receptor da mensagem: fazia gols espetaculares.
tu cantas, vós cantais; tu vens, vós viestes. • Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada
fazia uma curva fechada.
Obs.: Quando “vós” se refere a uma só pessoa, indica • Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou.
singular apesar de tomar a flexão plural: Senhor, Vós • Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. Es-
que sois todo poderoso, ouvi minha prece. tava conversando quando a criança caiu.
• Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando
Flexão de Tempo ela chegava.
• Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas
Situa o momento do fato: presente, pretérito e futuro. chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve
São três tempos primitivos: infinitivo impessoal, presente congestionamento.
do indicativo e pretérito perfeito simples do indicativo. • Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que canta-
va...
Derivações • Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, o ga-
• Do infinitivo impessoal, surge o pretérito imperfeito barito saía no site da banca.
Língua Portuguesa

do indicativo, o futuro do presente do indicativo, o


futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal,
O imperfeito se forma com adição ao radical das termi-
o gerúndio e o particípio.
• Da primeira pessoa do singular (eu) do presente do nações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr):
indicativo, obtemos o presente do subjuntivo. • 1a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam:
• Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito sim- cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis,
ples do indicativo, encontramos o pretérito mais que cantavam.
perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do sub- • 2a e 3a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam:
juntivo e o futuro do subjuntivo. vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam.

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Pretérito perfeito simples Futuro do presente composto
Ação passada terminada antes da fala. Forma-se, nos Indica:
verbos regulares, com adição ao radical das terminações: • Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos lido
• 1ª conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram: can- o livro quando o professor perguntar.
tei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram. • Possibilidade: Já terão chegado?
• 2ª conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram: vivi,
viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram. Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver)
• 3ª conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram: parti, mais o particípio: teremos lido, haveremos lido.
partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.
Futuro do pretérito simples
Pretérito perfeito composto • Futuro em relação a um passado: Ele me disse que
Indica repetição ou continuidade do passado até o pre- estaria aqui até as 17h.
sente: Tenho feito o melhor possível. Não temos nos preju- • Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse.
dicado. • Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso?
Forma-se com o presente do indicativo de ter (ou haver) Ele teria 25 anos quando se formou.
mais o particípio. • Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal humi-
lhação! Seria possível uma crise assim?
Pretérito mais que perfeito simples • Desejo presente de modo educado: Gostariam de sair
Fato concluído antes de outro no passado. Usa-se: conosco? Poderia me ajudar?
• Em situações formais na escrita: Já explicara o conte-
údo na aula anterior. Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -íamos,
• Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Comportou- -íeis, -iam:
-se como se fora (=fosse) senhora das terras. cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, cantaríeis,
• Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no cantariam.
Senado. viveria, viverias, viveria, viveríamos, viveríeis, viveriam.
(Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” por “r”: faria,
diria, traria)
Forma-se trocando o final –ram (cantaram, viveram, par-
tiram) por: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram:
Futuro do pretérito composto
cantara, cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, can-
• Suposição no passado: Se os juros caíssem, o consumo
taram.
teria aumentado.
vivera, viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram.
• Incerteza no passado: Quando teriam entregado as
partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram. notas?
• Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar.
Pretérito mais que perfeito composto
O mesmo sentido da forma simples. Usado na língua fa- Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou
lada e também na escrita, sem causar erro, nem diminuir o haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado.
nível culto: Já tinha explicado o conteúdo na aula anterior.
Forma-se com o imperfeito de ter ou haver mais o par- Modo Subjuntivo
ticípio: havia explicado, tinha vivido (=vivera), havia partido
(partira). Indica incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobretudo
em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. Gosta-
Futuro do presente simples ria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé.
Fato posterior em relação à fala: Trabalharei no Senado
em dois anos. E também: Tempos do Modo Subjuntivo
• Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem,
existirá mais consumo. Presente
• Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? Por Indica presente ou futuro: É pena que o país esteja em
que estarei aqui? crise. (presente) Espero que os empregos voltem. (futuro)
Forma-se trocando o final -o do presente (canto, vivo,
Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes termi- parto) por:
nações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão: • 1a conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em: cante, can-
cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, cantareis, tes, cante, cantemos, canteis, cantem.
cantarão. Viverei, viverás, viverá, viveremos, vivereis, • 2a e 3a conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am: viva,
viverão. vivas, viva, vivamos, vivais, vivam.
partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão. Exceção: dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver: dê, dês,
(Exceto fazer, dizer e trazer, que mudam o “z” em “r”.) dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...;
queira...; saiba...; haja...
Língua Portuguesa

Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente


simples. Veja: Pretérito imperfeito
• com ideia de intenção: Hei de falar com ele até do- Ação simultânea ou futura: Duvidei que ele viesse. Eu
mingo; queria que ele fosse logo. Gostaríamos que eles trouxessem
• com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até os livros.
domingo; Forma-se trocando o final -ram do perfeito simples do
• com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir” indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses,
mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar. -sse, -ssemos, -sseis, -ssem: cantasse, cantasses, cantasse,
Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros) cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse...

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Pretérito perfeito b) Negativo
• Suposta conclusão antes do tempo da fala: Talvez ele Copia exatamente o presente do subjuntivo: não
tenha chegado. Duvido que ela tenha saído sozinha. deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não
• Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que deixeis vós, não deixem vocês.
ele já tenha chegado quando vocês voltarem. ð Verbos sem “eu” no presente indicativo não pos-
suem imperativo negativo.
Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver)
mais o particípio: tenha chegado, tenha saído. Formas Nominais

Pretérito mais que perfeito Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo
Passado suposto antes de outro passado: Se tivessem ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio.
lido o aviso, não se atrasariam. Infinitivo é a pura ideia da ação. Subdivide-se em infini-
Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou ha- tivo impessoal e pessoal.
ver) mais o particípio: tivessem lido. 1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, ne-
nhum sujeito próprio. É agradável viajar. Posso falar
Futuro simples com João. Usos:
Suposição no futuro: Posso aprender o que quiser. Poderei • Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso.
aprender o que quiser. • Como predicativo: Seu maior sonho é cantar.
Forma-se trocando o final -ram do perfeito do indicati- • Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros.
vo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes, • Objeto indireto: Gosto de viajar.
rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos, • Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar.
cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver, • Complemento nominal: Este livro é bom de ler.
vivermos, viverdes, viverem. • Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pen-
sando).
Futuro composto • Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas
Futuro suposto antes de outro: Isso será resolvido depois de comer.
que tivermos recebido a verba. • Tom imperativo: O que nos falta é estudar.
Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou
haver) mais o particípio: tivermos recebido. Duas formas do infinitivo impessoal:
Simples (valor de presente). Ações de aspecto não con-
Modo Imperativo cluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. Perder
o jogo irrita.
Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter es-
Expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
tudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo irrita.
pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas:
tu, você, vós, vocês.
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Não
• Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira
estudou para errar. Não estudei para errar. Não estu-
pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
damos para errarmos. Não estudaram para errarem.
• O imperativo pode ser suavizado com: Usos:
a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã. • Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisa-
b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás. mos de imaginação.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse • Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem.
baixo! (eu x os pássaros)
d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe • Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos
rasgou a roupa; não vá brigar com ele. amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.): • Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem.
Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação), Duas formas do infinitivo pessoal:
ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca? Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar-
Queria calar a boca? Queira calar a boca. mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos
g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas uma vaga.
com a forma verbal adequada. Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos
• O imperativo pode ser reforçado: chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo,
a) Com repetição: Saia, saia já daqui! obtivemos uma vaga.
b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra
vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde! Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo ou de
• O imperativo pode ser: advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o cantando.
a) Afirmativo Usos:
1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran- • Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Jurando
do-se -s final: deixa (tu), deixai (vós). vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e continu-
Língua Portuguesa

ð Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós). ada (Fechando os olhos, começou a imaginar a festa.).
ð Verbo “dizer” e terminados em -azer e -uzir • Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando.
podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu), Morreu jurando inocência.
traz/traze (tu), traduz/traduze (tu). • Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo.
2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês). Duas formas de gerúndio:
ð Verbos sem a pessoa “eu” no presente indi- Simples (presente): aspecto não concluído. Sorrindo, olha
cativo terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli para o pai. Ignorando os perigos, continuou na estrada. =>
(vós). Forma-se trocando o -r do infinitivo por -ndo.

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Composto (passado): aspecto de ação concluída. Tendo • Auxiliar são os verbos anteriores na locução. Servem
sorrido, olhou para o pai. Tendo compreendido os perigos, para matizar aspectos da ação do verbo principal:
abandonou a estrada. ser, estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar.
Comecei a sorrir. O carro foi lavado. Temos vivido.
Particípio Ando estudando. Vou lavar.
Com verbo auxiliar
• ter ou haver, locução verbal chamada tempo composto Ser: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto
(não varia em gênero e número): A polícia tem pren- pelo escolhido.
dido mais traficantes. Já havíamos chegado quando
você veio. Estar:
• ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e nú- ð Na voz passiva de estado: O livro está aberto.
mero): Muitos ladrões foram presos pela milícia. Os ð Com gerúndio, ação duradoura num momento
corruptos estão presos. preciso: Estou escrevendo um livro.

Sem verbo auxiliar Ter e Haver


Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os sol- ð Nos tempos compostos com particípio: Já tinham
dados não ofereceram resistência. (ou haviam) aberto o livro. Se tivesse (ou houvesse)
Forma-se trocando o -r do infinitivo por -do: beber ⇒ ficado, não perderia o trem.
bebido, aparecer ⇒ aparecido, cantar ⇒ cantado. ð Com preposição “de” e infinitivo, sentido de obriga-
ção (ter) ou de promessa (haver): Tenho de estudar
Atenção! mais. Hei de chegar cedo amanhã.
• Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no Ir
particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou ð Com gerúndio, indicando:
vindo aqui todo dia. (gerúndio) – ação duradoura: O professor ia entrando devagar.
• Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança as- – ação em etapas sucessivas: Os alunos iam chegando
sustada não dorme. a pé.
• Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos ð No presente do indicativo mais infinitivo, indicando
mortos são enterrados como indigentes. intenção firme ou certeza no futuro próximo: Vou
encerrar a reunião. Corra! O avião vai decolar!
Vozes do Verbo
Vir
Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva, ð Com gerúndio, indica:
– ação gradual: Venho estudando este fenômeno há
voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito
tempo.
em relação à ação do verbo.
– duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos
Lembrete! Sujeito é o assunto da oração. Não precisa ser
vinham chegando, quando o sinal tocou.
o praticante da ação.
ð Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos
a descobrir o culpado mais tarde.
1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação.
O governo aumentou os juros. Andar, com gerúndio, sentido de duração, continui-
2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação. dade: Ando estudando muito. Ele anda escrevendo
Os juros foram aumentados pelo governo. livros.
Note que o sentido se mantém nas duas frases acima.
Há dois tipos de voz passiva: b) Pela Flexão: regular, irregular, defectivo e abundante.
a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação) • Regular: o radical e as terminações do padrão de
ou estar (passiva de estado): Os juros foram au- cada conjugação não mudam letra e som. Pode até
mentados pelo governo. O ladrão foi preso pelos mudar letra, mas o som permanece: agir ⇒ ajo, agi,
guardas. O ladrão está preso. agirei; ficar ⇒ fico, fiquei, ficarei; tecer ⇒ teço, teci,
Repare: tecerei.
• O agente da voz passiva (pelo governo, pelos • Irregular: o radical e/ou as terminações mudam letra
guardas) indica o ser que pratica a ação sofrida e som. Não basta mudar letra. Deve mudar também
pelo sujeito. Preposição “por” ou “de”: Ele é o som: fazer ⇒ faço, fiz, farei.
querido de todos. Obs.: fazer é capaz de substituir outro verbo na
• Locuções: temos sido amados. Tenho sido ama- sequência de frases. Veja: Gostaríamos de reverter
do. Estou sendo amado. o quadro do país como fez (=reverteu) o governo
b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se” anterior.
com verbo transitivo direto (não pede preposi- • Defectivo: não possui certas formas, em razão de
ção): Não se revisou o relatório = O relatório não eufonia ou homofonia.
foi revisado. Grupo 1: impessoais e unipessoais, conjugados
3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre apenas na terceira pessoa. Indicam fenômenos da
Língua Portuguesa

pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me natureza, vozes de animais, ruídos, ou pelo sentido
lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos tarde. não admitem certas pessoas. chover, zurrar, zunir.
Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do singular
Classificando os Verbos no presente do indicativo e suas derivadas: abolir,
jungir, puir, soer, demolir, explodir, colorir.
a) Pela função: Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, reaver,
• Principal é sempre o último verbo de uma locução urgir, viger, falir.
(verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Co- • Abundante: possui mais de uma forma correta.
mecei a sorrir. Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/requere, tu

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destruis/destróis, tu construis/constróis, nós he- c) Os consumidores se absteram de comprar produtos
mos/havemos. A maioria possui duplo particípio: de empresas que não consideram a sustentabilidade
Tinha expulsado os invasores. Os invasores foram do planeta.
expulsos. A gráfica havia imprimido o livro. O livro d) A constatação de que a vida humana estaria compro-
está impresso. Tínhamos entregado a encomenda. metida deteu a exploração descontrolada daquela
A encomenda será entregue. área de mata nativa.
Como regra: ter e haver pedem o particípio regular e) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas
(-ado/-ido); ser e estar pedem o particípio irregular. que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

EXERCÍCIOS 6. (FCC/Bagas) Ambos os verbos estão corretamente fle-


xionados na frase:
1. (FCC/TCE-SP) “... quando há melhoria também em fa- a) O descrédito sofrido pelo mais recente relatório so-
tores de qualidade de vida ...”. O verbo flexionado nos breviu da descoberta de ter havido manipulação dos
mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado dados nele apresentados.
está na frase: b) As informações que comporam o relatório sobre
a) que levou nota máxima... Mudanças Climáticas contiam erros só descobertos
b) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins. depois de algum tempo.
c) era um dos estados menos desenvolvidos do país. c) Os relatórios sobre o aquecimento global, sem que
d) ainda que siga como um dos mais atrasados ... se queresse, troxeram conclusões pessimistas sobre
e) conseguiu se distanciar um pouco dos retardatários. a vida no planeta.
d) Alguns cientistas de todo o mundo tiveram sua repu-
2. (FCC/Bagas) “De um lado, havia Chega de Saudade, de tação abalada por fazerem previsões aleatórias, sem
Tom Jobim e Vinicius de Morais”. A frase cujo verbo está base científica.
flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na e) Ninguém preveu com segurança as consequências
frase é: que o derretimento de geleiras poderia trazer para
diversas populações.
a) A “Divina” era uma cantora presa ao sambacanção...
b) um compacto simples que ele gravou em julho de
7. (FCC/Bagas) Transpondo-se o segmento “João Gilberto
1958.
segue as duas estratégias” para a voz passiva, a forma
c) A batida da bossa nova, por sua vez, aparecera no
verbal resultante é:
LP...
a) eram seguidos.
d) Quando se pergunta a João Gilberto por que...
b) segue-se.
e) Ele recompõe músicas tradicionais e contemporâneas.
c) é seguido.
d) são seguidas.
3. (FCC/PBGAS) “Assim, mesmo que tal evolução impacte e) foram seguidas.
as contas públicas ...”. O verbo flexionado nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado está tam- 8. (FCC/Sergas) Transpondo-se para a voz passiva a cons-
bém grifado na frase: trução “um artista plástico pesquisando linguagem”, a
a) Entre os fatores apontados pela pesquisa, deve ser forma verbal resultante será:
considerado o controle dos índices de inflação. a) sendo pesquisada.
b) Com a valorização do salário mínimo, percebe-se um b) estando a pesquisar.
aumento do poder de compra dos trabalhadores mais c) tendo sido pesquisada.
humildes. d) tendo pesquisado.
c) A última pesquisa Pnad assinala expressiva melhoria e) pesquisava-se.
das condições de vida em todas as regiões do país.
d) É desejável que ocorra uma redução dos índices de 9. (FCC/Bagas) “Os relatórios do IPCC são elaborados por
violência urbana, consolidando as boas notícias tra- 3000 cientistas de todo o mundo ...”. O verbo que ad-
zidas pela pesquisa. mite transposição para a voz passiva, como no exemplo
e) Segundo a pesquisa, a renda obtida por aposentados grifado, está na frase:
acaba sendo veículo de movimentação da economia a) Cientistas de todo o mundo oferecem dados para os
regional. relatórios sobre os efeitos do aquecimento global.
b) As geleiras do Himalaia estão sujeitas a um rápido der-
4. (FCC/PBGAS) “Apesar do rigor científico das pesquisas retimento, em virtude do aquecimento do planeta.
que conduzira ...”. O tempo e o modo em que se encontra c) Os cientistas incorreram em erros na análise de dados
o verbo grifado acima indicam sobre o derretimento das geleiras do Himalaia.
a) ação passada anterior a outra, também passada. d) Populações inteiras dependem da água resultante do
b) fato que acontece habitualmente. derretimento de geleiras, especialmente na Ásia.
c) ação repetida no momento em que se fala. e) São evidentes os efeitos desastrosos, em todo o mun-
d) situação presente em um tempo passado. do, do aquecimento global decorrente da atividade
e) situação passada num tempo determinado. humana.
Língua Portuguesa

5. (FCC/Assembl.Leg./SP) Os verbos grifados estão corre- 10. (FCC/PBGAS) “... de como se pensavam essas coisas antes
tamente flexionados na frase: dele”. A forma verbal grifada acima pode ser substituída
a) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a corretamente por
região, os responsáveis propuseram a liberação dos a) havia pensado.
recursos necessários para sua reconstrução. b) deveriam ser pensadas.
b) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar c) eram pensadas.
projetos que prevessem a exploração sustentável o d) seria pensada.
meio ambiente. e) tinham sido pensados.

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11. (FCC/Assembl.Leg./SP) Quanto à flexão e à correlação instâncias internacionais, como a Organização Mundial do
de tempos e modos, estão corretas as formas verbais Comércio (OMC).
da frase: 15. Pelo emprego do subjuntivo em “estivesse”, estaria de
a) Não constitue desdouro valer-se de uma frase feita, a acordo com a norma culta escrita a substituição de “ti-
menos que se pretendesse que ela venha a expressar nha de apelar” por teria de apelar.
um pensamento original.
b) Se os valores antigos virem a se sobrepor aos novos, a (Cespe/IRBr/Diplomata) Píndaro nos preveniu de que o futu-
sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos ro é muralha espessa, além da qual não podemos vislumbrar
e hábitos desfibrados. um só segundo. O poeta tanto admirava a força, a agilidade
c) Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da e a coragem de seus contemporâneos nas competições dos
moralidade, não haveria razão para que todos não estádios quanto compreendia a fragilidade dos seres huma-
obtessem amplas vantagens. nos no curto instante da vida. Dele é a constatação de que o
d) Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine, homem é apenas o sonho de uma sombra. Apesar de tudo,
basta que seus valores tivessem chegado à triste con- ele se consolará no mesmo poema: e como a vida é bela!
solidação dos lugares-comuns. 16. Embora o efeito de sentido seja diferente, no lugar do
e) Não conviria a ninguém valer-se de um cargo público futuro do presente em “consolará”, estaria gramatical-
para auferir vantagens pessoais, houvesse no hori- mente correto e textualmente coerente o emprego do
zonte a certeza de uma sanção. futuro do pretérito consolaria ou do pretérito perfeito
consolou.
12. (FCC/Bagas) Está correta a flexão verbal, bem como
adequada a correlação entre os tempos e os modos na (Cespe/STJ/Técnico) Tudo o que signifique para os negros
frase: possibilidades de ascensão social mais amplas do que as
a) Zeus teria irritado-se com a ousadia de Prometeu e oferecidas pelo antigo e caricato binômio futebol/música
o havia condenado a estar acorrentado ao monte popular representará um passo importante na criação de
Cáucaso. uma sociedade harmônica e civilizada.
b) Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hér- 17. O emprego do tempo futuro do presente do verbo re-
cules intercedera, compadecido que ficou. presentar é exigência do emprego do modo subjuntivo
c) O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda, em signifique.
não viesse Hércules a abater a águia e livrá-lo do su-
plício. A opinião é de Paul Krugman, um dos mais importantes e
d) Irritado com a ousadia que Prometeu cometesse, polêmicos economistas do mundo, atualmente. Segundo ele,
Zeus o teria condenado e acorrentado ao monte países emergentes como o Brasil embarcaram, durante a dé-
Cáucaso. cada passada, na ilusão de que a adoção de reformas liberais
e) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando resolveria todos os seus problemas. Isso não aconteceu. E,
Hércules o livrara do suplício, e abateu a águia. segundo ele, está claro que faltaram políticas de investimento
em educação e em saúde.
13. (FCC/Sergas) Está plenamente adequada a correlação 18. Como introduz a ideia de probabilidade, se a forma ver-
entre tempos e modos verbais na frase: bal “resolveria” fosse substituída por poderia resolver,
a) Se separássemos drasticamente o visível do invisível, estariam preservadas as relações semânticas e a corre-
o efeito de beleza das obras de arte pode reduzir-se, ção gramatical.
ou mesmo perder-se.
b) Diante do frêmito que notou na relva, o autor com- O Brasil ratificou o Protocolo de Kyoto, para combater o au-
pusera um verso que havia transcrito nesse texto. mento do efeito estufa, e apresentou uma proposta à Rio+10
c) Ambrosio Bierce lembraria que houvesse sons inau- de aumento da participação de energias renováveis na matriz
díveis, da mesma forma que nem todas as cores se energética em todo o mundo. Se os líderes mundiais não
percebam no espectro solar. foram capazes de dar um passo significativo em prol das
d) Se o próprio ar que respiramos é invisível, argumenta energias do futuro, o Rio de Janeiro demonstrou que não
Mário Quintana, por que não viéssemos a crer que aceita mais os impactos ambientais negativos da energia do
pudesse haver cor na passagem do tempo? passado, apontando a direção a ser seguida por uma política
e) A caneta esferográfica, de onde saírem as mágicas energética realmente sustentável no país.
imagens de um escritor, é a mesma que repousará 19. Por fazer parte de uma estrutura condicional, a forma
sobre a cômoda, depois de o haver servido. verbal “foram” pode ser substituída por fossem.

(Cespe/Anatel/Analista) Durante muitos anos discutiu-se (Cespe/TRT-PE/Analista Judiciário) Talvez o habeas corpus da
apaixonadamente se as empresas multinacionais (EMNs) iam saudade consinta o teu regresso ao meu amor.
dominar o mundo, ou se serviam aos interesses imperialistas 20. O advérbio “Talvez” admite que a forma verbal “Consin-
de seus países-sede, mas esses debates foram murchando, ta” seja alterada para Consente, no modo indicativo.
seja porque não fazia sentido econômico hostilizar as EMNs,
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seja porque elas pareciam, ao menos nas grandes questões, (Cespe/TRT 9ª R/Técnico) O material orgânico presente no
alheias e inofensivas ao mundo da política. lixo se decompõe lentamente, formando biogás rico em
14. A substituição das formas verbais “iam” e “serviam” por metano, um dos mais nocivos ao meio ambiente por con-
iriam e serviriam preserva a coerência e a correção textual. tribuir intensamente para a formação do efeito estufa. No
Aterro Bandeirantes, foi instalada, no ano passado, a Usina
(Cespe/Anatel/Analista) Até agora, quando os países-mem- Termelétrica Bandeirantes, uma parceria entre a prefeitura
bros divergiam sobre assuntos comerciais, era acionado o e a Biogás Energia Ambiental. Lá, 80% do biogás é usado
Tribunal Arbitral. Quem estivesse insatisfeito com o resul- como combustível para gerar 22 megawatts, energia elétrica
tado do julgamento, no entanto, tinha de apelar a outras suficiente para atender às necessidades de 300 mil famílias.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Em relação às ideias e a aspectos morfossintáticos do texto 28 superintendências e sua modernização tecnológica tam-
acima, julgue os itens a seguir. bém foram algumas das ações realizadas no período. Foram
21. A substituição de “se decompõe” por é decomposto nomeados 1.300 servidores aprovados no concurso realizado
mantém a correção gramatical do período. em 2005. Somado aos nomeados desde 2003, o número de
22. A substituição de “foi instalada” por instalou-se preju- novos servidores passou para 1.800, o que representa um
dica a correção gramatical do período. aumento de mais de 40% na força de trabalho do Instituto.
Em questão, nº 481, Brasília, 14/2/2007 (com adaptações).
(Cespe/TRT 9ª R) Relação é uma coisa que não pode exis-
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para 25. Estão empregadas em função adjetiva as seguintes pala-
completá-la. vras do texto: “investidos”, “aplicados”, “beneficiando”
23. O emprego do modo subjuntivo em “haja”, além de ser e “assentados”.
exigido sintaticamente, indica que a existência de “uma 26. O vocábulo “Somado” é forma nominal no particípio e
outra coisa” é uma hipótese ou uma conjectura. introduz oração reduzida com valor condicional.

É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen- (TCU)


ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis Veja – Dez anos não é tempo curto demais para mudanças
combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar capazes de afetar o clima em escala global?
a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu Al Gore – Não precisamos fazer tudo em dez anos. De qual-
salvador e este último, uma vítima para salvar. O condicio- quer forma, seria impossível. A questão é outra. De acordo
namento para o desempenho de um dos papéis é bastante com muitos cientistas, se nada for feito, em dez anos já não
sorrateiro e trabalha de forma invisível. teremos mais como reverter o processo de degradação da
24. O uso do futuro do presente em “procurará” sugere mais Terra. (Veja, 11/10/2006, com adaptações).
uma probabilidade ou suposição decorrente da situação 27. O emprego do futuro-do-presente do indicativo em “te-
do que uma realização em tempo posterior à fala. remos” indica que a preposição “em”, que precede “dez
anos”, tem o sentido de daqui a.
(TRE-AP)
Nesse período foram implantados 2.343 projetos de Época – Em seu livro, o senhor diz que todos os países devem
assentamento (PA). A criação de um PA é uma das etapas ter uma estratégia para se desenvolver.
do processo da reforma agrária. Quando uma família de Vietor – Qualquer país precisa ter uma estratégia de cres-
trabalhador rural é assentada, recebe um lote de terra para cimento.
morar e produzir dentro do chamado assentamento rural. 28. A locução verbal “devem ter” expressa uma ação ocor-
A partir da sua instalação na terra, essa família passa a ser rida em um passado recente.
beneficiária da reforma agrária, recebendo créditos de apoio
(para compra de maquinários e sementes) e melhorias na (Cespe/Prefeitura de Rio Branco/AC) As sociedades indígenas
infraestrutura (energia elétrica, moradia, água etc.), para se acreanas dividem-se de maneira desigual em duas grandes
estabelecer e iniciar a produção. O valor dos créditos para famílias linguísticas: Pano e Arawak. Alguns desses povos
apoio à instalação dos assentados aumentou. Os montantes encontram-se também nas regiões peruanas e bolivianas
investidos passaram de R$ 191 milhões em 2003 para R$ fronteiriças ao Acre.
871,6 milhões, empenhados em 2006. 29. A substituição de “dividem-se” por são divididas man-
Também a partir do assentamento, essa família passa a tém a correção gramatical do período.
participar de uma série de programas que são desenvolvidos 30. Em “encontram-se”, o pronome “se” indica que o sujei-
pelo governo federal. Além de promover a geração de renda to da oração é indeterminado, o que contribui para a
das famílias de trabalhadores rurais, os assentamentos da impessoalização do texto.
reforma agrária também contribuem para inibir a grilagem
de terras públicas, combater a violência no campo e auxiliar A história do Acre começou a se definir em 1895, quando
na preservação do meio ambiente e da biodiversidade local, uma comissão demarcatória foi encarregada de estabelecer
especialmente na região Norte do país. os limites entre o Brasil e a Bolívia, com base no Tratado de
Na qualificação dos assentamentos, foram investidos R$ Ayacucho, de 1867.
2 bilhões em quatro anos. Os recursos foram aplicados na No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial
construção de estradas, na educação e na oferta de luz elétri- da linha divisória entre os dois países (nascente do Javari),
ca, entre outros benefícios. O governo também construiu ou que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época
reformou mais de 32 mil quilômetros de estradas e pontes, ocupada por brasileiros. Internet: <www.agenciaamazonia.
beneficiando diretamente 197 mil assentados. Além disso, o com.br> (com adaptações).
número de famílias assentadas beneficiadas com assistência 31. A substituição de “se definir” por ser definida prejudica
técnica cresceu significativamente. Em 2006, esse número a correção gramatical e a informação original do período.
foi superior a 555 mil. 32. O emprego do futuro do pretérito em “ficaria” justifica-
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrá- -se por se tratar de uma ideia provável no futuro.
ria (PRONERA), que garante o acesso à educação entre os
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trabalhadores rurais, promoveu, mediante convênios com O Brasil tem-se caracterizado por perenizar problemas, para
instituições de ensino, a realização de 141 cursos. Com o os quais não se encontram soluções ao longo de décadas.
programa Luz Para Todos – parceria do Ministério do Desen- Ellen Gracie e Paulo Skaf. Folha de S. Paulo, 18/3/2007
volvimento Agrário, INCRA e Ministério das Minas e Energia 33. Para o trecho “não se encontram soluções”, a redação
–, os assentamentos também ganharam luz elétrica. Mais de não são encontradas soluções mantém a correção gra-
132 mil famílias em 2,3 mil assentamentos já foram benefi- matical do período.
ciadas com o programa.
O fortalecimento institucional do INCRA, com a realiza- Na região entre Caravelas, sul da Bahia, e São Mateus, norte
ção de dois concursos públicos, e o aumento no número de do Espírito Santo, a plataforma continental prolonga-se por

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mais de 200 quilômetros para fora da costa, formando 25 Os pequenos tecercam, perguntam se você será o pai delas,
extensos planaltos submersos com profundidades médias disputam o teu colo ou a garupa como que implorando pelo
de 200 metros. toque físico, TE convidam para voltar, te perguntam se você
34. A redação para fora da costa e forma em lugar de “para irá passear com elas.
fora da costa, formando” mantém a correção gramatical 43. O pronome “te” destacado pode ser corretamente subs-
do período. tituído por lhe.

A Petrobras e o governo do Espírito Santo assinaram um “Ações que não emancipam os usuários, pelo contrário, re-
protocolo de intenções com o objetivo de identificar opor- forçam sua condição de subalternização perante os serviços
tunidades de negócios que potencializem o valor agregado prestados.”
da indústria de petróleo e gás no estado. 44. O fragmento ações que não emancipam os usuários,
35. O emprego do modo subjuntivo em “que potencializem” pelo contrário, reforçam a condição deles de subalter-
justifica-se por tratar-se de uma hipótese. nização perante os serviços prestados substitui corre-
tamente o original.
(PM-ES) A economia colonial brasileira gerou uma divisão
de classes muito hierarquizada e bastante simples. No topo (Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
da pirâmide, estavam os grandes proprietários rurais e os pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer
grandes comerciantes das cidades do litoral. No meio, loca- desconfiávamos.”
lizavam-se os pequenos proprietários rurais e urbanos, os 45. O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale
pequenos mineradores e comerciantes, além dos funcioná- a sua.
rios públicos.
36. A substituição de “localizavam-se” por estavam locali- Ao coração, coube a função de bombear sangue para o res-
zados prejudica a correção gramatical do período. to do corpo, mas é nele que se depositam também nossos
mais nobres sentimentos. Qual é o órgão responsável pela
(Petrobras/Advogado) Cabe lembrar que o efeito estufa saudade, pela adoração? Quem palpita, quem sofre, quem
existe na Terra independentemente da ação do homem. É dispara? O próprio.
importante que este fenômeno não seja visto como um pro- 46. A repetição do pronome na frase “Quem palpita, quem
blema: sem o efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer sofre, quem dispara?” cria destaque e certo suspense
a Terra o suficiente para que ela fosse habitável. Portanto o na informação.
problema não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação. 47. A resposta “O próprio.”, dada às perguntas feitas ante-
37. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção riormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o
gramatical do texto ao se substituir “que este fenômeno adjetivo, o que valoriza enfaticamente o termo “próprio”.
não seja” por este fenômeno não ser.
(Terracap) Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte:
Trabalho Semiescravo se alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos,
biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um
Autoridades europeias ameaçam impor barreiras não tari- novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o
fárias ao etanol e exigir certificados de que, desde o cultivo, órgão transplantado?
são observadas relações de trabalho não degradantes e pro- Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital com o
cessos autossustentáveis. coração em frangalhos, literalmente. Além de apaixonado por
38. No fragmento intitulado “Trabalho semiescravo”, pre- alguém que não lhe dá a mínima, você está com as artérias
servam-se a correção gramatical e a coerência textual obstruídas e os batimentos devagar quase parando. A vida
ao se empregar forem em lugar de “são”. se esvai, mas localizaram um doador compatível: já para a
mesa de cirurgia.
(Inmetro) Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros Horas depois, você acorda. Coração novo.
representantes de programas nacionais de certificação flo- 48. O pronome “Você” é empregado na frase como forma
restal. de indeterminar o agente da ação, traço característico
39. A substituição da expressão “é composto” por com- da oralidade brasileira. Assim, “Você entrou no hospital”
põem-se mantém a correção gramatical do período. corresponde a Entrou-se no hospital.
49. A sequência “a mínima”, à qual falta o nome importân-
Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto nº 5.296. cia, faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da
40. A substituição de “foi editado” por editou-se mantém informação.
a correção gramatical do período.
(Adasa) Na história da humanidade, a formação de grandes
O Inmetro tem realizado estudos aprofundados que visam comunidades, com a sobrecarga do meio natural que ela
diagnosticar a realidade do país e encontrar melhores solu- implica, priva cada vez mais os seres humanos de seu acesso
ções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para livre aos recursos de subsistência de que eles necessitam e re-
Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz. Idem, cai, necessariamente, sobre a sociedade enquanto sistema de
ibidem (com adaptações). convivência, a tarefa (responsabilidade) de proporcioná-los.
41. O segmento “tem realizado” pode, sem prejuízo para Essa tarefa (responsabilidade) é frequentemente negada com
Língua Portuguesa

a correção gramatical do período, ser substituído por algum argumento que põe o ser individual como contrário ao
qualquer uma das seguintes opções: vem realizando, ser social. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, o
está realizando, realiza. reino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo
de que necessita, se convive adequadamente nela.
(MS/Agente) Não ingira nem dê remédio no escuro para que 50. O pronome demonstrativo ‘Isso’ tem como referência
não haja trocas perigosas. anafórica o termo “ser social” do período anterior.
42. Em “para que não haja trocas perigosas”, o emprego do
modo subjuntivo justifica-se por se tratar de situação (Iphan) Os povos da oralidade são portadores de uma cul-
hipotética. tura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da escrita.

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Em vez de transmitir seja lá o que for e de qualquer ma- Advérbio e Locução Adverbial
neira, a tradição oral é uma palavra organizada, elaborada,
estruturada, um imenso acervo de conhecimentos adquiridos Advérbio exprime uma circunstância do fato expresso
pela coletividade, segundo cânones bem determinados. Tais
pelo verbo, pelo adjetivo ou pelo advérbio.
conhecimentos são, portanto, reproduzidos com uma meto-
dologia rigorosa. Existem, também, especialistas da palavra
cujo papel consiste em conservar e transmitir os eventos do Um advérbio
passado: trata-se dos griôs. Longe, o rio roncava ameaçadoramente.
51. O termo “cujo” refere-se a palavra.
Uma locução adverbial
(Terracap) Há cinquenta anos, a cidade artificial procura en- Fabiano falava com dificuldade.
contrar uma identidade que lhe seja natural. “Nós queremos
ação! Acabar com o tédio de Brasília, essa jovem cidade mor-
Uma oração adverbial
ta! Agitar é a palavra do dia, da hora, do mês!”, gritava Renato
Russo, com todas as exclamações possíveis, no fim dos anos 70, Quando começou a chuva, todos se recolheram.
quando era voz e baixo da banda punk Aborto Elétrico. Em
meio à burocracia oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os Conforme a circunstância que exprimir, o advérbio ou a
parques, as superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu. locução adverbial podem ser:
Foi a primeira manifestação cultural coletiva a dizer ao país De modo: O vento soprava fortemente.
que a cidade existia fora da Praça dos Três Poderes e que, De lugar: A família estava em tomo da fogueira.
além disso, estava viva. De tempo: Amanhã procuraremos água fresca.
52. A palavra “que” pode ser substituída por o(a) qual em De afirmação: De fato, o tempo se apresenta nublado.
todas as ocorrências do primeiro parágrafo. De negação: Não era propriamente uma conversa de
amigos.
Texto: A alternativa existente seria o aproveitamento da
energia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada De dúvida: Talvez o frio diminua pela madrugada.
53. O tempo do verbo indica um fato passado em relação a De intensidade: Iniciou uma história bastante confusa.
outro, ocorrido também no passado. De causa: Os meninos tremiam de frio.
De companhia: Os meninos mais velhos saíram com o pai.
Texto: No que se refere às práticas assistenciais, tem sido De instrumento: O garoto feriu-se com a faca.
comum a confusão na utilização dos termos assistência e De meio: Fabiano navegava a vela.
assistencialismo. De fim ou finalidade: O lenhador trouxe o machado para
54. O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era o trabalho.
comum a confusão na utilização dos termos assistência De concessão: Apesar do calor, permanecemos na praia.
e assistencialismo é uma reescrita correta, de acordo
De preço: Vendemos os ovos a cinco cruzeiros.
com as normas gramaticais, do original acima.
De opção: Lutava contra a tempestade.
(Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer Preposição
desconfiávamos.”, julgue.
55. A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da
passado inacabado. oração, subordinando um ao outro.
56. A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade, Chegou de ônibus.
um fato incerto de acontecer.

(Iphan) Pode-se dizer que ele assume o papel de historiador O termo que antecede a preposição é denominado re-
se admitirmos que a história é sempre um reordenamento gente; o termo que a sucede é denominado regido.
dos fatos proposto pelo historiador.
57. A forma verbal “é” pode ser substituída por seja. Classificação das Preposições
GABARITO a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde,
em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
1. b 16. C 31. E 46. C Obs.: A preposição per só é utilizada na expressão de per
2. a 17. E 32. C 47. C si (que significa cada um por sua vez, isoladamente) ou nas
3. d 18. C 33. C 48. C contrações pelo, pela, pelos, pelas.
4. a 19. E 34. C 49. C
b) Acidentais. Não são efetivamente preposições, mas
5. a 20. E 35. C 50. E
6. d 21. C 36. E 51. E podem funcionar como tal: afora, conforme, consoante, du-
7. d 22. E 37. C 52. E rante, exceto...
Língua Portuguesa

8. a 23. C 38. E 53. C


9. a 24. C 39. E 54. E Locução Prepositiva
10. c 25. E 40. C 55. C
11. e 26. E 41. C 56. C Conjunto de duas ou mais palavras com valor de pre-
12. c 27. C 42. C 57. C posição:
13. e 28. E 43. E abaixo de, acerca de, a fim de, ao lado de, apesar de,
14. C 29. C 44. C
através de, de acordo com, em vez de, junto de, para
15. C 30. E 45. C
com, perto de, ...

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Emprego das Preposições 4. Reescreva as frases seguintes, corrigindo-as.
a) Está na hora do menino sair.
Algumas preposições podem aparecer combinadas com b) Chegou a hora do povo falar.
outras palavras. Quando na junção da preposição com outra
palavra não houver alteração fonética, temos combinação. 5. As relações expressas pelas preposições estão corretas
Caso a preposição sofra redução, temos contração. na sequência:
I – Sai com ela.
II – Ficaram sem um tostão.
combinação contração III – Esconderam o lápis de Maria.
ao (a + o) do (de + o) IV – Ela prefere viajar de navio.
aos (a + os) dum (de + um) V – Estudou para passar.
aonde (a + onde) desta (de + esta)
a) companhia, falta, posse, meio, fim.
Obs.: Não se deve contrair a preposição de com o artigo b) falta, companhia, posse, meio, fim.
que encabeça o sujeito de um verbo. c) companhia, falta, posse, fim, meio.
Está na hora da onça beber água. (Errado) d) companhia, posse, falta, meio, fim.
Está na hora de a onça beber água. (Certo) e) companhia, falta, meio, posse, fim.

Esta regra vale também para construções como: GABARITO


Chegou a hora de sair. (Errado)
Chegou a hora de ele sair. (Certo) 1. a) oposição
b) lugar fixo
As preposições podem assumir inúmeros valores: c) distância
• de lugar: ver de perto d) causa
• de origem: ele vem de Brasília e) material
f) modo
• de causa: morreu de fome g) instrumento
• de assunto: falava de futebol h) assunto
• de meio: veio de trem i) lugar de destino
• de posse: casa de Paulo j) posição
• de matéria: chapéu de palha k) tempo de início
l) intervalo de tempo
Morfossintaxe da Preposição m) posição
n) condição
o) assunto.
A preposição não desempenha função sintática na ora- 2. a) dentro do museu para visitante comprar.
ção. Ela apenas une termos, palavras. É um conectivo e, como b) para o museu comprar.
tal, é responsável pela coesão de um texto. 3. a) apesar de, de acordo com
b) em vez de, perto de, junto de
EXERCÍCIOS 4. a) Está na hora de o menino sair.
b) Chegou a hora de o povo falar.
1. Indique as relações estabelecidas pelas preposições des- 5. a
tacadas nas frases seguintes.
a) Ergueram-se todos contra Getúlio.
b) Resido em São Paulo há anos.
Conjunção
c) O estádio fica a dois quilômetros daqui. Palavra invariável que pode ligar duas orações ou duas
d) O mendigo morreu de fome. palavras que tenham a mesma função na oração. São con-
e) Ganhei uma linda caneta de ouro. junções coordenativas. Veja:
f) Os cavalos partiram a galope. Paulo e Carla se amam.
g) Arrombaram a porta com uma chave falsa. • A palavra “e” ligou dois termos da oração.
h) Ele não entende nada de política. “Nós, gatos, já nascemos pobres, porém já nascemos livres.”
i) A vaca não vai para o brejo. • A palavra “porém” liga duas orações de sentido completo,
j) Ante o crime organizado, o governo tomará atitude. ou seja, que podem ser desdobradas em duas orações inde-
k) Desde maio, chove continuamente. pendentes: Nós, gatos, já nascemos pobres. Já nascemos livres.
l) Entre hoje e amanhã, sairá o resultado. A conjunção pode ligar orações dependentes, isto é, uma
m) Tu vais comparecer perante o trono. completa a outra. São conjunções subordinativas. Veja:
n) Sem combater a inflação, não se pode baixar os juros. Não sabemos se os juros vão diminuir.
o) Existe interesse por concursos aqui. • A palavra “se” introduziu a oração “se os juros vão
diminuir” como complemento da forma verbal “sabemos”
2. Explique a diferença de sentido entre:
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da oração “Não sabemos”. Por isso, dizemos que a oração


a) Ele queria vender antiguidades no museu. “se os juros vão diminuir” é subordinada.
b) Ele queria vender antiguidades ao museu.
Locução Conjuntiva
3. Nas frases seguintes, selecione as locuções prepositivas.
a) Apesar de João ter saído cedo, de acordo com as ins- São formadas pela palavra “que” antecedida de advér-
truções de seu pai, não chegou a tempo. bios, preposições ou particípios: antes que, desde que, já
b) Em vez de Marica ficar perto de mim, ela preferiu ficar que, até que, para que, sem que, dado que, posto que, visto
junto de ti. que, uma vez que, à medida que etc.

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Conjunções e Locuções Coordenativas

Classificação Conjunções e Locuções Exemplos


Aditivas: soma. E, nem, mas também, bem como, como, como Ele não dormiu nem brincou.
também etc.
Adversativas: oposição, contraste, Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no A chuva chegou, mas a terra ainda está
compensação. entanto, não obstante. seca.
Alternativas: escolha, alternância. Ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer etc. Ou chove, ou faz sol. (escolha)
Ora chove, ora faz sol. (alternância)
Conclusivas: resultado lógico. Logo, portanto, por isso, assim, desse modo, Começou a chover; leve, pois, um
destarte, pois (depois do verbo), por conse- guarda-chuva.
guinte, posto isso etc.
Explicativas: justificativa. Que, porque, pois (antes do verbo), porquanto, Leve um guarda-chuva, pois começou
visto que etc. a chover.

Conjunções e Locuções Subordinativas

Classificação Conjunções e Locuções Exemplos


Causais: causa, motivo, razão (pri- Porque, já que, uma vez que, visto que, dado Como os juros caíram, o consumo au-
meiro fato que provoca outro). que, sendo que, porquanto, pois (antes do ver- mentou.
bo), na medida em que, como (antes da oração
principal).
Consecutivas: efeito de um fato Que, relacionada a uma palavra ou entonação de Gritou tão alto ontem, que quase ficou
intenso. caráter intensivo (tão, tal, tanto, tamanho etc.). sem voz.
Comparativas: igualdade, superio- Como, tal qual, que, do que, quanto, assim A quebra de um átomo é mais fácil do
ridade, inferioridade. como etc. que a eliminação de um preconceito.
Conformativas: adequação, har- Conforme, como, segundo, consoante. O advogado elaborou a defesa confor-
monia. me o réu pediu.
Concessivas: ressalva, exceção. Embora, ainda que, por mais que, se bem que, Por mais que chova, ainda teremos
mesmo que, por menos que, apesar de que, racionamento de água.
apesar de, a despeito de, malgrado, posto que,
conquanto etc.
Condicionais: condição, hipótese, Se, caso, contanto que, a menos que, salvo se, O país não pagará os juros da dívida,
suposição. sem que, desde que etc. sem que reduza os gatos públicos.
Proporcionais: proporção, equilí- Quanto mais, quanto menos, tanto mais, à me- Quanto mais estudo, menos erro nas
brio. dida que, à proporção que, ao passo que etc. provas.
Finais: finalidade, objetivo. Para que, a fim de que, que, porque, a fim de, Ana esforçou-se por acertar todas as
para, por. questões da prova.
Temporais: noções de tempo. Quando, enquanto, logo que, sempre que, de- Enquanto a chuva cai, o clima vai fi-
pois que, desde que, mal, antes que etc. cando ameno.

Observação: Assim como as preposições, as conjunções c) Como, que, porque, ainda que, desde que.
não exercem função sintática. Trata-se de meros conectivos d) Que, ainda que, embora, como, logo que.
entre orações. e) Que, quando, embora, desde que, já que.

EXERCÍCIOS 2. Não gostava muito de novelas policiais; admirava, po-


rém, a técnica de seus atores.
1. Nas frases abaixo, cada espaço pontilhado corresponde Comece com: Admirava a técnica...
a uma conjunção retirada. a) Visto como
I – Porém já cinco sóis eram passados .... dali nos par- b) Enquanto
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tíramos. c) Conquanto
II – ... estivesse doente, faltei à escola. d) Porquanto
III – ... haja maus, nem por isso devemos descrer dos bons. e) À medida que
IV – Pedro será aprovado ... estude.
V – ... chova, sairei de casa. 3. A serem considerados os resultados, o trabalho foi efi-
ciente.
As conjunções retiradas são, respectivamente: Comece com: O trabalho foi eficiente...
a) Quando, ainda que, sempre que, desde que, como. a) Desde que
b) Que, como, embora, desde que, ainda que. b) Ainda que

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c) A menos que 10. “Da própria garganta saiu um grito de admiração, que
d) Embora Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo”,
e) Por isso a palavra destacada expressa uma ideia de:
a) Explicação
4. Assinale o período em que ocorre a mesma relação b) Concessão
significativa indicada pelos termos destacados em “A c) Comparação
atividade científica é tão natural quanto qualquer outra d) Modo
atividade econômica”. e) Consequência
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi pro-
movido. 11. “Apenas se viu cruzando a linha de chegada, começou
b) Quanto mais estuda, menos erra questões. a gritar de alegria.” Comece com: Começou a gritar de
c) Tenho tudo quanto queria. alegria, ...
d) Sabia a lição tão bem como eu. a) Conquanto
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo. b) À medida que
c) Tanto que
5. “Podem acusar-me: estou com a consciência tranqui- d) Já que
la.” Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser e) Contudo
substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre
as duas orações pela conjunção: 12. “Havendo tempo, irei à sua casa.” Comece com: Irei à
a) Portanto sua casa, ...
b) E a) Se houvesse
c) Como b) Embora haja
d) Pois c) Exceto se houver
e) Embora d) Desde que houvesse
e) Caso haja
6. Em: “...ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar
das ondas...”, a partícula como expressa uma ideia de: 13. “Ele insiste em trabalhar, conquanto mal tenha saído
a) Causa de uma pneumonia.” Comece com: Mal saiu de uma
b) Explicação pneumonia, ...
c) Conclusão a) No entanto
d) Proporção
b) Por isso
e) Comparação
c) Logo
d) Embora
7. “Que não pedes diálogo de amor, é claro, desde que
e) Então
impões a cláusula da meia-idade.” O segmento desta-
cado poderia ser substituído, sem alteração do sentido
14. ... a esposa estar, há muito empo, longe de casa, o
da frase, por:
marido não sente sua falta, ... se rodeia de amigos, ...
a) Desde que imponhas
b) Se bem que impões comemorar sua liberdade. Observando a coerência na
c) Contanto que imponhas indicação das circunstâncias, assinalar a alternativa que
d) Conquanto imponhas preenche adequadamente as colunas.
e) Porquanto impões. a) Em razão de; à proporção que; para
b) Apesar de; já que; a fim de
8. Assinale a opção em que a frase contém uso incorreto c) Na hipótese de; desde que; por
de conjunção. d) Não obstante; quando; sem
a) O homem ciou a máquina para facilitar sua vida, e e) No caso de; conforme; de modo a
contudo ela correspondeu a essa expectativa.
b) Diga-lhe que abra logo a porta, que eu estou com 15. Classifique a palavra como nas construções seguintes,
pressa. fazendo corresponder, convenientemente, os parênte-
c) Ele tinha todas as condições para representar bem ses. A seguir, assinale a opção correta.
os colegas; nem todos lhe reconheciam os méritos, I – Preposição
porém. II – Conjunção subordinativa causal
d) O problema é que ainda não se sabe se ele agiu III – Conjunção subordinativa conformativa
conforme as normas da empresa. IV – Conjunção coordenativa aditiva
e) Ao perceber o que tinham feito com seus livros, gri- V – Advérbio interrogativo de modo
tou que parecia um louco.
( ) Perguntamos como chegaste aqui.
9. Nos trechos: “Vejo três meninas caindo rápidas, enfu- ( ) Percorrera as salas como eu mandara.
Língua Portuguesa

nadas, como se dançassem ainda” e “... e a prima-dona ( ) Tinha-o como amigo.


com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como ( ) Como estivesse muito frio, fiquei em casa.
um cometa”, as palavras destacadas expressam respec- ( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos.
tivamente ideias de:
a) Comparação, objeto. a) II, IV, V, III, I
b) Modo, origem. b) IV, V, III, I, II
c) Modo, comparação. c) V, III, I, II, IV
d) Comparação, instrumento. d) III, I, II, IV, V
e) Consequência, consequência. e) I, II, IV, V, III

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GABARITO ORTOGRAFIA OFICIAL
1. b 9. c O Alfabeto
2. d 10. b
3. e 11. d Com a Nova Ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras.
4. d 12. e Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
5. d 13. a
6. e 14. b ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
7. e 15. b
8. a
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare-
cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas
Interjeição em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km
Palavra invariável que exprime sensações e estados emo- (quilômetro), kg (quilograma), w (watt);
cionais. b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu,
Tipos de Interjeição yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Classifica-se de acordo com o sentimento traduzido: Emprego das Letras


• Alegria: oba!, oh!, ah! Viva!, aleluia!, maravilha
• Alívio: ufa!, uf!, arre!, até que enfim • Ortho = Correta.
• Animação ou estímulo: coragem!, vamos!, avante!, Graphia = Escrita.
eia!, firme! • A Nova Ortografia, desde 2016, vigora como forma
• Aplauso: bravo!, bis!, viva! obrigatória.
• Desejo: tomara!, oxalá!
• Dor: ai!, ui! Emprego do “S”
• Espanto ou surpresa: ah!, chi!, ih!, oh!, ué!, puxa!,
uau!, opa!, caramba!, gente!, céus!, uai!, hem! (va- • O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”:
riante: hein!), hã! casa, mesa, acesa etc.
• Impaciência: hum! • O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”:
• Invocação ou chamamento: olá!, alô!, ô!, psiu!, psit!, sílaba, sabonete, seno etc.
ó!, atenção!, olha!
• Silêncio: silêncio!, psiu! Usa-se o “S”
• Suspensão: alto!, basta!, chega!
• Medo ou terror: credo!, cruzes!, uh!, ai!, Jesus!, ui!
• Depois de ditongos:
• Tristeza: oh! meu Deus! que pena! que azar!
Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão,
mausoléu etc.
Obs.: Essa lista pode ser aumentada com palavras que
passam a funcionar como interjeições, dependendo do con-
• Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi-
texto em que ocorrem.
cadores de abundância):
cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc.
Locuções Interjetivas
• Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores
São grupos de duas ou mais palavras que funcionam
de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios,
como interjeições:
cargo ou profissão):
Valha-me Deus!
duquesa, chinês, poetisa etc.
Meu Deus do céu!
Ai, meu Deus!
Minha Nossa Senhora! • Nas palavras em que haja “trans”:
Jesus Cristo! transigir, transação, transeunte etc.
Macacos me mordam!
Ai de mim! • Nos substantivos não derivados de adjetivos:
Ora, bolas! marquesa (de marquês), camponesa (de camponês),
Oh, céus! defesa (de defender).
Que horror!
Língua Portuguesa

Puxa vida! • Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”:


Raios o partam! ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante;
Quem me dera! compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc.
Que coisa incrível!
Quem diria! • Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação
Cruz-credo! científica, ou erudita – culta):
Alto lá! trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os-
Bico fechado! mose etc.

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• Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são b) Ela é uma mulher obesa.
escritos com “s”: c) Ela está com náusea, está grávida.
análise – analisar, analisado d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes.
atrás – atrasar, atrasado e) Devemos suavisar o impacto.
casa – casinha, casarão, casebre
GABARITO
Porém há algumas exceções:
catequese – catequizar 1. b 2. d 3. e 4. d 5. e
síntese – sintetizar
batismo – batizar
Emprego do “Z”
• Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”: Usa-se o “z”
Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta
acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: • Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada
pires – piresinho com “z”:
casa – casinha, casita cruz – cruzamento – cruzeta – cruzeiro
empresa – empresinha juiz – juízo – ajuizado – juizado
desliza – deslizamento – deslizante
• Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes
à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e • Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs-
“-ender”. tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados:
dividir – divisão beleza – belo + eza
colidir – colisão gentileza – gentil + eza
aludir – alusão insensatez – insensato + ez
rescindir – rescisão
iludir – ilusão • Nos diminutivos “inho” e “inha”:
Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”,
basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
EXERCÍCIOS juiz – juizinho
raiz – raizinha
1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli- xadrez – xadrezinho
nhada esteja escrita incorretamente.
a) Paula saiu da sala muito pesarosa. Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”;
b) Esta água possui muita impuresa. então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”:
c) Faça a gentileza de sair rapidamente. sofá – sofazinho
d) A nossa amizade é muito sólida. mãe – mãezinha
e) A buzina do meu carro disparou, o que faço? pé – pezinho

2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli- EXERCÍCIOS


nhada esteja escrita incorretamente.
a) O rapaz defendeu uma tese. 1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas
b) O teste será realizado amanhã. com “z”, exceto:
a) limpeza – beleza.
c) Comerei, mais tarde, um sanduíche misto.
b) canalizar – utilizar.
d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene. c) avizar – improvizar.
e) A usina de açúcar fica distante da fazenda. d) catequizar – sintetizar.
e) batizar – hipnotizar.
3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa:
a) É necessário bisar muitas músicas. 2. Complete corretamente os espaços do período a seguir
b) De longe, não consigo divisar as coisas. com uma das alternativas abaixo.
c) É necessário pesquisar incansavelmente. “Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a
d) É muito importante paralisar as obras, agora. ______.”
e) Não há erro em nenhuma alternativa. a) amizade – praso – meretriz
b) amisade – prazo – meretris
4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo: c) amizade – prazo – meretris
a) pesaroso – previsão – empresário. d) amizade – prazo – meretriz
Língua Portuguesa

e) amisade – praso – meretriz


b) querosene – gasolina – música.
c) celsa – virose – maisena.
3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do
d) quiser – puser – hipnotisar. grupo em relação à ortografia:
e) anestesia – dosagem – divisa. a) avidez, beleza.
b) algoz, baliza.
5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es- c) defesa, limpeza.
crita incorretamente. d) gozado, bazar.
a) Eu não quero acusar ninguém. e) miudeza, jeitoza.

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4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação EXERCÍCIOS
à ortografia, exceto:
a) utilizar. 1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es-
b) grandeza. critas com “g”, exceto:
c) certeza. a) Joga esta geringonça no lixo.
d) orgulhoza. b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil.
e) agonizar. c) A giboia é uma serpente não venenosa.
d) Guarde a tigela no armário da sala.
5. Complete os espaços do período abaixo com uma das e) Pessoas cultas não falam muita gíria.
alternativas que se seguem de forma correta e ordenada.
“Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com 2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas
______.” em relação à ortografia, exceto:
a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza a) gengiva – Sergipe – evangelho.
b) trage – ogeriza – cangica.
b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa
c) giz – monge – sargento.
c) incapas – atualizar – finalizar – presteza
d) vagem – ogiva – tangerina.
d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza e) gim – ogiva – sugestão.
e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa
3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas
GABARITO em relação à ortografia, exceto:
a) ultrage – lage – berinjela.
1. c 2. d 3. e 4. d 5. a b) cangerê – cafageste – magé.
c) refúgio – estágio – ferrugem.
d) geca – girau ‑cangica.
Emprego do “G”
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação
• Nas palavras que representam o mesmo som de “j” à ortografia, exceto:
quando for empregada antes das vogais “e” e “i”: a) fuselagem.
gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc. b) aflige.
Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao c) angina.
d) grangear.
uso. Nos demais casos, usa-se o “g”.
e) fuligem.
• Nas palavras derivadas de outras que já são escritas 5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas
com “g”: com “g”, exceto:
ágio – agiota – agiotagem a) ceregeira.
gesso – engessado – engessar b) cingir.
exigir – exigência – exigível c) contágio.
afligir – afligem – afligido d) algema.
e) página.
• Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”:
margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem, GABARITO
garagem, origem etc.
1. c 2. b 3. c 4. d 5. a
Exceção:
pajem, lajem, lambujem.
Emprego do “J”
Note bem:
O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem Usa-se o “j”:
(forma verbal de viajar) escreve- se com “j”:
• Nos vocábulos de origem tupi:
Dica: maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc.
Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos
o substantivo “viagem”, com “g”. Exceção:
A viagem para Búzios foi maravilhosa. Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe.
Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere-
mos o verbo, escrito com “j”: • Nas palavras cuja origem latina assim o exijam:
majestade, jeito, hoje, Jesus etc.
Que eles viajem muito bem.
Língua Portuguesa

• Nas palavras de origem árabe:


• Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”, alforje, alfanje, berinjela.
“ege”, “oge”:
pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio, • Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”:
prodígio, egrégio, herege, doge etc. gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear
laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha
• Nos verbos terminados em “ger” e “gir”: loja – lojinha, lojista
corrigir, fingir, fugir, mugir etc. granja – granjear, granjinha, granjeiro

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• Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis: chocalho / enchocalhar
manjerona, jerico, jia, jumbo etc. chouriço / enchouriçar
chumaço / enchumaçar
• A terminação “aje” é sempre com “j”: cheio / encher, enchimento
ultraje, laje etc. enchova / enchovinha

EXERCÍCIOS • Nas palavras após “re”:


brecha, trecho, brechó
1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) pajem. • Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio-
b) varejo. mas:
c) gorjeta. salsicha / do itálico “salsíccia”
d) ajiota. sanduíche / do inglês “sandwich”
e) rijeza. chapéu / do francês “chapei”
chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
a) refújio. • O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch”
b) estájio. latino que se originou da evolução ao longo dos tempos:
c) rijeza. cheirar, cheio, chão, chaleira etc.
d) pedájio.
e) ferrujem. EXERCÍCIOS

3. Observe as frases que se seguem: 1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão correta-
I – Minha coragem é algo incontestável. mente grafadas, exceto:
II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso. a) enchumaçar.
III – A giboia é uma serpente brasileira. b) cachumba.
Agora, responda, em relação à ortografia das palavras c) chave.
sublinhadas. d) brecha.
a) Todas estão corretas. e) galocha.
b) Somente a III está correta.
c) Todas estão incorretas. 2. Todas as palavras abaixo estão incorretamente grafadas,
d) Somente a III está incorreta. exceto:
e) Somente a I está correta. a) faicha.
b) fachina.
4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia. c) repuchão.
a) Jertrudes. d) chuteira.
e) relachado.
b) jestão.
c) jerimum.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
d) jesso.
a) chilindró.
e) jerminar.
b) estrebuchar.
c) facho.
5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
d) chafurdar.
a) jereré.
e) chamego.
b) jeropiga.
c) jenipapo. 4. Assinale a afirmação incorreta.
d) jequitibá. a) A palavra “boliche” está corretamente grafada.
e) jervão. b) A palavra “rocho” está corretamente grafada.
c) A palavra “mecha” está corretamente grafada.
GABARITO d) A palavra “richa” está incorretamente grafada.
e) A palavra “chereta” está incorretamente grafada.
1. d 2. c 3. d 4. c 5. e
5. Assinale a alternativa correta.
a) tachinha (prego).
Emprego do “ch” b) chilindró.
c) cocho (manco).
O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la- d) muchocho.
tinos: e) muchiba.
Língua Portuguesa

CI ‑ clave / Ch – Chave
FI – Flagrae / Ch – Cheirar GABARITO
PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão. 1. b 2. d 3. a 4. b 5. a
• Na palavra derivada de outra que já vem escrita com
“ch”: Emprego do “X”
charco / encharcar, encharcado
chafurda / enchafurdar • O “x” representa cinco fonemas tradicionais:

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– “s” em final de sílabas seguido de consoante: e) enxertar.
extático, externo, experiência, contexto etc.
2. Assinale a alternativa correta.
– “z” em palavras com prefixo “ex”, seguido de vogal: a) enxarcar.
exame, exultar, exequível etc. b) enxocalhar.
c) enxouriçar.
– “ss” como “ss” intervocálico: d) enxurrada.
trouxe, próximo, sintaxe etc. e) enxumaçar.

– “ch” no início ou no interior de algumas palavras: 3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do
xícara, xarope, luxo, ameixa etc. “X”:
a) cambaxirra.
– “cs” no meio ou no fim de algumas palavras: b) flexar.
fixo, tórax, conexão, tóxico etc. c) taxar (preço).
d) explicar.
Obs.: Quando no final de sílabas o “x” não for prece-
dido da vogal “a”, deve-se empregar o “s” em vez de 4. Todas as palavras abaixo estão corretas em relação ao
“x”: misto, justaposição etc. uso do “X”, exceto:
a) enxerto.
• Em vocábulos de origem árabe e castelhana: b) sintaxe.
xadrez, oxalá, enxaqueca, enxadrista etc. c) textual.
d) síxtole.
• Em palavras de formação popular, africana ou indígena:
xepa, xereta, xingar, abacaxi, caxumba, muxoxo, xa- 5. Complete as lacunas das palavras, com uma das alter-
vante, xiquexique, xodó etc. nativas que se segue:
e__pontâneo; e__terior; e__perto; e__cessivo.
• Geralmente é usado após a sílaba inicial “en”, em pa- a) x – s – x – s
lavras primitivas: b) s – x – s – x
enxada, enxergar, enxaqueca, enxó, enxadrezar, enxam- c) s – s – x – x
brar, enxertar, enxoval, enxovalhar, enxurrada, enxofre, d) x – x – s – s
enxovia, enxuto etc.
GABARITO
Exceções:
encher, derivada de cheio 1. c 2. d 3. b 4. d 5. b
anchova ou enchova e seus derivados etc.

Obs.: Se a palavra é derivada, dependerá da grafia da Uso do “E”


primitiva.
charco – encharcar; chocalho – enchocalhar • Nos verbos terminados em “uar”, “oar”, nas formas do
chafurda – enchafurdar; chouriço – enchouriçar presente do subjuntivo:
chumaço – enchumaçar (estofar) etc. continuar – continue – continues
efetuar – efetue – efetues
• Emprega-se o “x” após ditongos: habituar – habitue – habitues
ameixa, caixa, peixe, feixe, frouxo, deixar, baixa, rou- averigue – averigues
xinol etc. perdoar – perdoe – perdoes
abençoar – abençoe – abençoes
Exceções:
caucho, cauchal, caucheiro, recauchutar, recauchuta- • Palavras formadas com o prefixo “ante”:
gem etc. antecipar, anterior, antevéspera

• Emprega-se “ex” quando seguido de vogal: Uso do “I”


exame, exército, exato etc.
• Nos verbos terminados em “uir” nas segunda e tercei-
• Emprega-se “ex” quando se segue: ra pessoas do singular do presente do indicativo e a
PLI – exPLIcar segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo:
CI – exCItante constituir – constitui – constituis
CE – exCElência possuir – possui – possuís
PLO – exPLOrar influir – influi – influis
Língua Portuguesa

fluir – flui – fluis


EXERCÍCIOS diminuir – diminui – diminuis
instituir – institui – instituis
1. Assinale a alternativa incorreta.
a) enxada. EXERCÍCIOS
b) enxaqueca.
c) enxova. 1. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do
d) enxofre. “e” e do “i”:

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a) destilar. c) focinho.
b) cumeeira. d) goela.
c) quase.
d) cadiado. 3. Em relação às seguintes palavras:
I – Muleque.
2. Assinale a alternativa correta em relação ao uso do “e” II – Mulambo.
e do “i”: III – Buate.
a) criolina.
b) cemitério. podemos afirmar:
c) palitó. a) todas estão corretas.
d) orquídia. b) somente a I e II estão corretas.
c) somente a I e III estão corretas.
3. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação d) todas estão incorretas.
ao uso do “e” e do “i”, exceto:
a) seringa. 4. Em relação às seguintes palavras:
b) seriema. I – Bueiro.
c) umedecer. II – Manoel.
d) desinteria. III – Jaboticaba.
4. Todas as alternativas abaixo estão incorretas em relação podemos afirmar como verdadeiro:
ao uso do “e” e do “i”, exceto: a) somente a II e III estão incorretas.
a) crâneo. b) somente a II e III estão corretas.
b) meretíssimo. c) somente a I está correta.
c) previlégio.
d) todas estão corretas.
d) Filipe.
e) somente II está incorreta.
5. Quanto às palavras
5. Assinale a alternativa de palavra incorretamente grafada.
I – Impigem.
a) custume.
II – Terebentina.
III – Pinicilina. b) tribo.
c) romênia.
podemos afirmar: d) buliçoso.
a) somente a I está correta.
b) somente a II está correta. GABARITO
c) todas estão incorretas. 1. d 2. a 3. d 4. e 5. a
d) todas estão corretas.

GABARITO Algumas Dificuldades Gramaticais

1. d 2. b 3. d 4. d 5. a Notações sobre o uso de “mal” e “mau”:

• Usa-se “mal” nos seguintes casos:


Uso do “O” e do “U”
Como substantivo (opõe-se a “bem”)
A letra “o” átono pode soar como “u”, acarretando he- Assim varia de número (males) e, geralmente, vem
sitação na grafia. precedido de artigo:
Pode-se recorrer ao artifício da comparação com palavras “O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer,
da mesma família: são os bêbados que ela nos traz.” (Leon Eliachar)
abolir – abolição “Para se trilhar o caminho do mal, é indispensável não
tábua – tabular se importar com o constrangimento.” (Fraga)
comprimento – comprido
cumprimento – cumprimentar Como advérbio (opõe-se a “bem”)
explodir – explosão Nesse caso, modifica o verbo, o adjetivo e o próprio
advérbio:
EXERCÍCIOS “Andam mal os versos de pé quebrado.” (Jaab)
“Varam o espaço foguetes mal intencionados.” (Cecília
1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas Meireles)
em relação à grafia, exceto: “Mendicância vai muito mal: falta de verba.” (Sylvio
Língua Portuguesa

a) nódoa. Abreu)
b) óbolo.
c) poleiro. Como conjunção
d) pulir. Equivale a quando, assim que, apenas:
“Mal o Flamengo entrou em campo, foi delirantemente
2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas aplaudido”.
em relação à grafia, exceto: “Mal colocou o papel na máquina, o menino começou
a) capueira. 
 a empurrar a cadeira pela sala, fazendo um barulho
b) embolo. infernal”. (Fernando Sabino)

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• Usa-se “mau” nos seguintes casos Notações sobre o uso do porquê (e variações)

Como adjetivo (opõe-se a bom) • Porque – Conjunção causal ou explicativa:


Modifica o substantivo a que se relaciona: “Vende-se um segredo de cofre a quem conseguir abrir
“Um bom romance nos diz a verdade sobre o seu herói, o cofre, porque o dono não consegue”. (Leon Eliachar)
mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu “Os macróbios são macróbios porque não acreditam
autor”. (Chesterton Apud Josué Montello) em micróbios”. (Mário Quintana)
“Quando a previsão diz tempo bom, isso é mau.” (Leon
Eliachar) • Por que – Nas interrogações
“ – Diga-se cá, por que foi que você não apareceu mais
Como substantivo lá em casa?” (Graciliano Ramos) (Interrogativa direta)
Normalmente vem precedido de artigo: “Não sei por que você foi embora”. (Interrogação indi-
“Por que não prender os maus para vivermos tranqui- reta)
los?” Como pronome relativo, equivalente a o qual, a qual,
“O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer”. os quais, as quais.
(Mário Quintana) “Não sei a razão por que me ofenderam”.
“... só que viera a pé e foi-se sentado, cansado talvez
“Contavam fatos da vida, incidentes perigosos por que
de cavalgar por montes e vales do Oeste, e de tantas
tinham passado”. (José Lins do Rego)
lutas contra os maus”. (CDA)

Notações sobre o uso de “a”, “há” e “ah” • Por quê – No final da frase.
“Mas por quê? Por quê? Por amor? (Eça de Queiroz)
• Usa-se “há” “Sou a que chora sem saber por quê”. (Florbela Espanca)
Com referência a tempo passado:
“Estou muito doente. Há dez anos venho sofrendo de • Porquê
mal súbito”. (Aldu) É substantivo e, então, varia em número; normalmen-
“Isso aconteceu há quatro ou cinco anos”. (Rubem Braga) te, o artigo o precede:
Quando é formado do verbo haver: “Eu sem você não tenho porquê”. (Vinícius de Morais)
“Já não há mais tempo. O futuro chegou”. “Só mesmo Deus é quem sabe o porquê de certas von-
“O garçom era atencioso, você sabia que há garçons tades femininas, se é que consegue saber.” (CDA)
atenciosos?” (CDA)
Notações sobre o uso de “quê” e “’que”
• Usa-se “a”
Com referência a tempo futuro: • Quê
“... mas daí a pouco tinha a explicação”. (Machado de Como interjeição exclamativa (seguida de ponto de
Assis) exclamação):
“Fui casado, disse ele, depois de algum tempo, daqui “Quê! Você ainda não tomou banho?”
a três meses posso dizer outra vez: sou casado”. (Ma-
chado de Assis) No final de frases:
Zombaria de todos, mesmo sem saber de quê.
• Usa-se “ah” “Medo de quê?” (José Lins do Rego)
Como interjeição enfatizante: Como substantivo
“Ah, ia-se me esquecendo: um escritório funcional deve “Um quê misterioso aqui me fala.” (Gonçalves Dias)
ter também uma secretária funcional”. (Leon Eliachar) “A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem
“Ah! Disse o velho com indiferença”. (Machado de Assis) sempre um quê de proibido...” (Mário Quintana)
Notações sobre o uso de “mas”, “más” e “mais” • Que
Em outros casos usa-se a forma sem acento:
• Mas “Da igreja – exclamou. Que horror.” (Eça de Queiroz)
É conjunção adversativa (dá ideia de oposição, retifi- “E que sonho mau eu tive.” (Humberto de Campos)
cação):
“Sinto muito, doutor, mas não sinto nada”. (Aldu)
Notações sobre o uso de “onde”, “aonde” e “donde”
“O dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos”.
(Aldu)
• Onde
• Más É estático. Usa-se com os verbos chamados de repouso,
Plural feminino de “MAU” situação, fixação, como o verbo “ser” e suas modali-
“Não tinha más qualidades, ou se as tinha, eram de dades (estar – permanecer) e outros (ficar, estacionar
pouca monta”. (Machado de Assis) etc.); corresponde a “lugar em que” (ubi, em latim):
“Não há coisas, na vida, inteiramente más”. (Mário “Onde foi inventado o feijão com arroz? (Clarice Lis-
Língua Portuguesa

Quintana) pector)
“Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não
• Mais sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon
Advérbio de intensidade Eliachar)
“As fantasias mais usadas no carnaval são: homem
vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon • Aonde
Eliachar) É dinâmico. Usa-se com os verbos chamados de mo-
Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde
recebe. a lugar em que (quo, em latim):

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“Tal prática era possível na cidade, aonde ainda não • Ao par
haviam chegado os automóveis.” (Manuel Bandeira) Tem o significado de igual, equilibrado, paralelo:
“Se chegares sempre aonde quiseres, ganharás”. (Paulo O câmbio está ao par.
Mendes Campos)
EXERCÍCIOS
• Donde
Equivale a “de onde” e apresenta ideia de afastamento; 1. Preencha as lacunas com “mal”, “mau”, “má”:
corresponde a lugar do qual (unde, em latim):
a) Foi um _______ resultado para a equipe.
“Tomás estava, mas encerrara-se no quarto, donde só
b) Foi um ______ irrecuperável.
saíra...” (Machado de Assis)
c) Não me interprete _____ quando lhe digo _____ que
“Às vezes se atiram a distantes excursões donde regres-
sas com uma enorme lava.” (Manoel Bandeira) responderá pelo que fez a esta criança.
d) ______ entrou no campo, deu um _______ jeito no
Notações sobre o uso de “senão” e “se não” pé, devido à _______ condição do gramado.
e) Uma redação _______ escrita pode ser, apenas, o
• Senão resultado de uma _______ organização de ideias.
Conjunção adversativa com o sentido de “em caso f) Ele organizou ______ o texto.
contrário”, “de outra forma”: g) Sua _______ redação foi um negócio ________ para
“Cala a boca, mulher, senão aparece polícia”. (Rachel ela.
de Queiroz) h) Este menino é _______ porque sempre aprendeu a
Com o sentido de “mas sim” e com o sentido de “a não praticar o _______.
ser”: i) Se não tivesse recebido ______ exemplos, evitaria os
“Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sincerida- ______ que tem causado.
de, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza”. j) Há pessoas que têm o _____ costume de fazer ______
(Clarice Lispector) juízo dos outros, ______ os conhecem.

Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei- 2. Preencha as lacunas com porque, por que, porquê, por
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número: quê, ou quê:
“Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão a) Você não disse _________ veio, ontem, à festa.
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas b) Não sei ________ você não veio, ontem, à festa.
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello) c) Você sabe se José não veio à aula hoje, ________ não
chegou ainda do passeio de final de semana?
• Se não
d) Todos temos direitos inalienáveis, ________ somos
Quando conjunção condicional “se”:
pessoas humanas.
‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?”
(Mário Quintana) e) _________ se questiona tanto o progresso e se ques-
tionam pouco os responsáveis pela ampliação desu-
Quando advérbio de negação “Não” mana da técnica? ___________?
“Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem f) Os caminhos __________ temos andado, os valores
ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé – _________ temos lutado, podem não ser os mais
pelo rito”. (Josué Montello) certos, porém são aqueles em que acreditamos.
‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?” g) Há um _______ misterioso em tudo isso.
(Mário Quintana) h) Não consigo perceber o _________ de tudo isso, mas
as razões ________ não consigo perceber tudo isso
Notações sobre “afim” e “a fim de” já estão bem identificadas.

• Afim GABARITO
Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
“... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara
1. a) mau 2. a) por que
amarrada e mandou-nos embora.” (CDA) b) mal b) por que
Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam c) mal, mal c) porque
tanto. d) Mal, mau, má d) porque
e) mal, má e) Por que, Por quê
• A fim f) mal f) por que, por que
Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale g) má, mau g) porquê
a “para”: h) mau, mal h) porquê, por que
Viajou a fim de se esconder. i) maus, males
Língua Portuguesa

“Metade da massa ralada vai para a rede da goma, a fim j) mau, mau, mal
de se lhe tirar o excesso de amido”. (Rachel de Queiroz)

Notações sobre o uso de “a par” e “ao par”


Emprego do Hífen
(Conforme a Nova Ortografia)
• A par
Tem o significado de conhecer, saber, tomar conheci- a) Não será usado hífen quando o prefixo termina em
mento: vogal e o segundo elemento começa com r ou s. Essas letras
Estamos a par da evolução técnica. serão duplicadas. Observe as regras no quadro abaixo.

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Velha Regra Nova Regra infra-escapular infraescapular
ante-sala antessala infra-escrito infraescrito
anti-reumatismo antirreumatismo infra-específico infraespecífico
infra-estrutura infraestrutura
auto-recuo autorrecuo infra-ordem infraordem
contra-senso contrassenso
intra-epidérmico intraepidérmico
extra-rigoroso extrarrigoroso intra-estelar intraestelar
infra-solo infrassolo intra-orgânico intraorgânico
ultra-rede ultrarrede intra-ósseo intraósseo
ultra-sentimental ultrassentimental neo-academicismo neoacademicismo
semi-sótão semissótão neo-aristotélico neoaristotélico
supra-renal suprarrenal neo-aramaico neoaramaico
supra-sigiloso suprassigiloso neo-escolástica neoescolástico
neo-escocês neoescocês
Os prefixos hiper-, inter- e super- se ligam com hífen a neo-estalinismo neoestalinismo
elementos iniciados por r. neo-idealismo neoidealismo
neo-imperialismo neoimperialismo
hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, hiper-regu-
lagem, inter-regional, inter-relação, inter-racial, super- semi-erudito semierudito
-ramificado, super-risco, super-revista. supra-ocular supraocular
* Observe que a palavra extraordinário já era escrita sem hífen antes
b) Passa a ser usado o hífen, agora, quando o prefixo do novo acordo.
termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
Lembremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, d) Não se usa mais o hífen em palavras compostas por
os prefixos abaixo eram grafados sem hífen diante de vogal. justaposição, quando se perde a noção de composição e
Observe o quadro: surge um vocábulo autônomo. Observe o quadro:

Velha Regra Nova Regra


Velha Regra Nova Regra
manda-chuva mandachuva
antiinflacionário anti-inflacionário
antiictérico anti-ictérico pára-quedas paraquedas
antiinflamatório anti-inflamatório pára-lama, pára-brisa paralama, parabrisa
arquiinimigo arqui-inimigo pára-choque parachoque
arquiinteligente arqui-inteligente
Devemos observar que continuam com hífen: ano-luz,
microondas micro-ondas arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, tio-avô,
microônibus micro-ônibus mato-grossense, norte-americano, sul-africano, afro-luso-
microorganismo micro-organismo
-brasileiro, primeiro-sargento, segunda-feira, guarda-chuva.
Exceção:
e) Fica sendo regra geral o hífen antes de h:
Não se usa hífen com o prefixo co-, mesmo que o segundo
anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-
elemento comece com a vogal o:
-harmônico, extra-humano, pré-histórico, sub-hepático,
coordenação, cooperação, coocorrência, coocupante,
super-homem.
coonestar, coobrigar, coobrar.

c) Não será mais usado quando o prefixo termina em O que não muda no hífen
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem-
bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os Continua-se a usar hífen nos seguintes casos:
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de • em palavras compostas que constituem unidade sin-
vogal. Observe o quadro: tagmática e semântica e nas que designam espécies:
ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva,
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor,
Velha Regra Nova Regra erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi;
auto-análise autoanálise • com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:
auto-afirmação autoafirmação ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão,
auto-adesivo autoadesivo vizo-rei;
auto-estrada autoestrada • com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento
auto-escola autoescola começa por vogal h e m ou n:
auto-imune autoimune circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico;
Língua Portuguesa

extra-estatutário extraestatutário • com prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- se


extra-escolar extraescolar o segundo elemento tem vida à parte na língua:
extra-estatal extraestatal pré-bizantino, pró-romano, pós-graduação;
extra-ocular extraocular • com sufixos de base tupi-guarani que representam for-
extra-oficial extraoficial mas adjetivas: -açu, -guaçu, e -mirim, se o primeiro
extraordinário* extraordinário elemento acaba em vogal acentuada ou a pronúncia
extra-urbano extraurbano exige a distinção gráfica entre ambos:
extra-uterino extrauterino amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, paraná-mirim;

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• com topônimos iniciados por grão- e grã- e forma ver- a) Foi iniciada a campanha pró-leite.
bal ou elementos com artigo: b) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de c) O contra-regra comeu um contrafilé.
Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc; d) Sua autobiografia é um verdadeiro contrassenso.
• com os advérbios mal e bem quando formam uma e) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
unidade sintagmática com significado e o segundo
elemento começa por vogal ou h: 5. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quan-
bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal- to ao emprego do hífen.
-estar, mal-humorado. a) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para
assumir um relacionamento extraconjugal.
Obs.: Os compostos com o advérbio bem se escrevem b) Era extra-oficial a notícia da vinda de um extraterreno.
sem hífen quando tal prefixo é seguido por elemento c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
iniciado por consoante: rinas.
bem-nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de d) O antissemita tomou antibiótico e vacina antirrábica.
“malnascido”, “malcriado” e “malvisto”). e) Era um suboficial de uma superpotência.
• Nos compostos com os elementos além, aquém, recém 6. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
e sem: hífen.
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém- a) Pelo interfone ele me comunicou bem-humorado que
-casados, sem-número, sem-teto. estava fazendo uma superalimentação.
b) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada.
Hífen em locuções c) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
d) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos.
Não se usa hífen nas locuções (substantivas, adjetivas, e) O autodidata fez uma auto-análise.
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjunti-
vas), como em:  cão de guarda, fim de semana, café com leite, 7. Fez um esforço ______ para vencer o campeonato
pão de mel, pão com manteiga, sala de jantar, cor de vinho, _________.
à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que. a) sobre-humano – inter-regional
São exceções algumas locuções consagradas pelo uso. É b) sobrehumano – interregional
o caso de expressões como: água-de-colônia, arco-da-velha, c) sobreumano – interregional
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à d) sobrehumano – inter-regional
queima-roupa.
e) sobre-humano – inter-regional
EXERCÍCIOS 8. Usa-se hífen nos vocábulos formados por sufixos que re-
presentam formas adjetivas, como açu, guaçu, e mirim.
Responda conforme as novas regras da ortografia.
Com base nisso, marque as formas corretas.
1. Nas frases que seguem, indique a única que apresente a a) capim-açu.
expressão incorreta, levando em conta o emprego do hífen. b) anajá-mirim.
a) Aqueles frágeis recém-nascidos bebiam o ar com c) paraguaçu.
aflição. d) para-guaçu.
b) Nunca mais hei-de dizer os meus segredos.
c) Era tão sem ternura aquele afago, que ele saiu mal- 9. Marque as formas corretas.
-humorado. a) autoescola.
d) Havia uma super-relação entre aquela região deserta b) contra-mestre.
e esta cidade enorme. c) contra-regra.
e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos como uma d) infraestrutura.
alegria que não deixa de ser triste. e) semisselvagem.
f) extraordinário.
2. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às g) proto-plasma.
palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale h) intra-ocular.
aquela que tem que ser escrita com hífen. i) neo-republicano.
a) (sub) chefe. j) ultrarrápido.
b) (sub) entender.
c) (sub) desenvolvido. 10. Marque, então, as formas corretas.
d) (sub) reptício. a) supra-renal.
e) (sub) liminar. b) supra-sensível.
c) supracitado.
3. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do hífen: d) supra-enumerado.
Língua Portuguesa

a) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo. e) suprafrontal.


b) O meia-direita fez um gol sem-pulo na semifinal do f) supra-ocular.
campeonato.
c) Era um sem-vergonha, pois andava seminu. GABARITO
d) O recém-chegado veio de além-mar.
e) O vice-reitor está em estado pós-operatório. 1. b 4. c 7. a 10. c, e
2. d 5. b 8. a, b, c
4. Em qual alternativa ocorre erro quanto ao emprego do 3. a 6. e 9. a, d, e, f, j
hífen?

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EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA Os nomes das notas musicais são monossílabos tôni-
cos: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Apesar de serem todos tônicos,
Regras Básicas acentuam-se apenas: dó, ré, fá, lá.

Importante! Dica:
A nova ortografia não modificou estas regras básicas de O sistema de acentuação da Língua Portuguesa se baseia
acentuação. nas terminações a(s), e(s), o(s), em, ens.
Memorize!
As paroxítonas terão acento quando a terminação for
Posição da diferente de a(s), e(s), o(s), em, ens.
Terminação Exemplos
sílaba tônica
Proparoxítonas todas lúcido, anátema, arsê- Obs. 2:
nico, paralelepípedo. O sinal til (~) não é acento. É apenas o sinal para indicar
Monossílabas a(s), e(s), o(s) lá, ré, pó, pás, mês, vogal com som nasal. Portanto: rã (monossílaba tônica sem
tônicas cós. acento), sã (feminino de são = saudável), irmã (oxítona sem
acento), ímã (paroxítona com acento agudo e final ã).
Oxítonas a(s), e(s), o(s), crachá, Irecê, trenó,
em, ens ananás, Urupês, re- Obs. 3:
trós, armazém, para- O único caso de palavra com dois acentos no Português
béns. é verbo no futuro com pronome mesoclítico:
Paroxítonas r, n, l, x, ditongo, fêmur, próton, fácil, Cantará o hino → Cantará + o → Cantar + o + á → Cantá-lo-á.
ps, i, is, us, um, látex, colégio, pônei, Note acima a forma verbal oxítona em “cantará” e em
uns, ão(s), ã(s). bíceps, júri, lápis, bô- “cantá”.
nus, álbum, fóruns,
acórdão, ímã, órfãs. Regras Especiais
Obs. 1: As regras especiais resolvem casos que as regras básicas
Monossílabo tônico é a palavra (sílaba) com sentido pró- não resolviam.
prio. Continua com seu sentido mesmo que fora da frase. Atenção!
Geralmente, verbos, advérbios, substantivos e adjetivos. Estas regras mudam com a nova ortografia.
Quando não possui sentido, o monossílabo é átono.
Tenho dó do menino. Dica:
dó: monossílaba tônica Só muda na penúltima sílaba da palavra.
do: monossílaba átona (de + o) Lembrete: a pronúncia não se altera.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se os ditongos abertos tônicos: éi, ói, éu: Nos ditongos abertos tônicos ei, oi perdeu-se o acento na
idéia, asteróide, jóia, factóide, platéia, colméia, esquizóide, penúltima sílaba:
Eritréia, fiéis, corrói, chapéu. ideia, asteroide, joia, factoide, plateia, colmeia, esquizoide,
Eritreia.
Obs.: note que a regra vigente das paroxítonas não acentua:
ideia, asteroide, plateia, colmeia, esquizoide, Eritreia. Cuidado!
Continuam acentuados éi e ói de oxítonas e monossílabas
tônicas de timbre aberto:
corrói, dói, fiéis, papéis, faróis, anéis, anzóis.

Note que é a sílaba final. Sendo assim, não muda, continua


acentuada.
Lembre-se: só muda na penúltima sílaba da palavra.

Também se conserva o acento do ditongo de timbre aberto


éu:
céu, véu, chapéu, escarcéu, ilhéu, tabaréu, mausoléu.
Note que é a sílaba final. Não muda.

Atenção!
Na palavra “dêitico” temos proparoxítona. O acento deve-se
à regra das proparoxítonas. Continua acentuado.
Língua Portuguesa

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se a penúltima sílaba das terminações ee e oo. Perdeu-se o acento na penúltima sílaba das terminações ee
Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: e oo.
Eles crêem, eles dêem, eles lêem, eles vêem. Eles descrêem, Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados:
eles relêem, eles prevêem. Eles creem, eles deem, eles leem, eles veem. Eles descreem,
Lembrete: são verbos do credelever. eles releem, eles preveem.
Lembrete: são verbos do credelever.

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Verbos com final -oar, -oer: Verbos com final -oar, -oer:
perdoar: perdôo, perdoar: perdoo,
voar: vôo, voar: voo,
moer: môo, moer: moo,
roer: rôo. roer: roo.

Obs.: note que o acento é na penúltima sílaba. São paroxítonas.


A regra vigente não mais acentua essas palavras.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se í e ú na 2ª vogal diferente do hiato, tônico, Perdem o acento o i e o u tônicos na penúltima sílaba, se
sozinho na sílaba ou com s, não seguido de nh: precedidos de ditongo.
caído, país, miúdo, baús, ruim (com m não acentuamos), sair, Lembre-se: só muda na penúltima sílaba:
Saul, tainha, moinho, xiita, Piauí (Pi-au-í), tuiuiú (tui-ui-ú). sau-í-pe (velha) → sau-i-pe (nova regra)
bo-cai-ú-va (velha) → bo-cai-u-va (nova regra)
Outros na nova regra:
bai-u-ca, fei-u-ra.
Cuidado!
Em friíssimo e seriíssimo temos proparoxítonas. É outra re- Note que o acento dessas palavras desaparece da penúltima
gra. Não é a regra do hiato com i ou u. sílaba após ditongo.
Atenção:
Em Pi-au-í e tui-ui-ú, o acento está na sílaba final. Não muda
nada.

Cuidado!
Em fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo, pe-rí-o-do continuamos tendo
proparoxítonas acentuadas. Não é a regra do hiato com i ou u.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Trema ( ¨ ) O trema está extinto das palavras portuguesas e aportu-
Era usado sobre a semivogal u antecedida de g ou q, e se- guesamentos. Lembre que a pronúncia continua a mesma.
guida de e ou i: O acordo é só ortográfico.
seqüela, tranqüilo, agüenta, argüir, argüir, delinqüir, tran-
qüilo, cinqüenta, agüentar, pingüim, seqüestro, qüinqüênio. Porém, é mantido o trema em nomes próprios estrangeiros
e seus derivados:
Obs.: Quando temos vogal u tônica, nesses grupos, surge um Müller, mülleriano, Hübner, hübneriano, Bündchen.
acento agudo diferencial:
obliqúes, apazigúe, argúi, averigúe. Atenção:
Como o trema foi extinto, então perdeu o acento o u tônico
de formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) quando
parte dos grupos que e qui, gue e gui:
obliques, apazigue, argui, averigue.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acento Diferencial Acento Diferencial
Morei no Pará. → oxítona final “a”, nome do Estado. Regra Fica extinto na penúltima sílaba (palavras paroxítonas ho-
básica. mógrafas):
Vou para casa. → paroxítona final “a” não tem acento pela para (verbo) x para (prep.); coa, coas (verbo) x coa, coas (com
regra básica. +a); pelo, pelos (subst.), pelo (verbo) x pelo, pelos (per + o);
Pára com isso. → paroxítona final “a” não deveria ter acento pela, pelas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per + a; arcaico);
pela regra básica, mas recebe acento para diferenciar a forma polo, polos [filhote de gavião], polo, polos [extremidade]
verbal “pára” e a preposição “para”. (substantivos) x polo, polos (por + o; arcaico); pera (subst.) x
pera (= para; arcaico).
Lista de palavras com acento diferencial:
pára (verbo) x para (prep.); côa, côas (verbo) x coa, coas (com
+a); pêlo, pêlos (subst.), pélo (verbo) x pelo, pelos (per + o); Entretanto, é mantido pôde e pôr. Além desses, também
péla, pélas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per + a; arcaico); ficam mantidos têm e tem, vêm e vem.
Língua Portuguesa

pôlo, pôlos [filhote de gavião], pólo, pólos [extremidade] pôde (passado) x pode (presente); pôr (verbo) x por (prep.);
(substantivos) x polo, polos (por + o; arcaico); pêra (subst.) têm (eles), tem (ele); vêm (eles), vem (ele).
x pera (= para; arcaico), mas peras (plural da fruta “pêra”).

Atenção:
Para os verbos ter, vir e derivados: têm (eles), tem (ele),
vêm (eles), vem (ele).

Cuidado com pôde (passado) e pode (presente).

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Curiosidade! CONCORDÂNCIA VERBAL
O caso da proparoxítona eventual
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente • Sujeito composto com pessoas gramaticais diferentes.
(semivogal + vogal) podem ser pronunciadas como se fosse Verbo no plural e na pessoa de número mais baixo.
hiato no final. Carlos, eu e tu vencemos.
História → duas pronúncias: his-tó-ria ou his-tó-ri-a Carlos e tu vencestes ou venceram.
Vácuo → duas pronúncias: vá-cuo ou vá-cu-o • Sujeito composto posposto ao verbo. Verbo no plural ou
Cárie → duas pronúncias: cá-rie ou cá-ri-e de acordo com o núcleo mais próximo.
Colégio → duas pronúncias: co-lé-gio ou co-lé-gi-o Vencemos Carlos, eu e tu. Ou:
Venceu Carlos, eu e tu.
E com hiato final, tais palavras são chamadas proparoxí-
tonas eventuais. As duas pronúncias são aceitas. A pronúncia • Sujeito composto de núcleos sinônimos (ou quase) ou em
como hiato no final atende ao uso regional de Portugal. Note gradação. Verbo no plural ou conforme o núcleo próximo.
bem: são duas pronúncias, mas apenas uma separação si- A alegria e o contentamento rejuvenescem. Ou:
A alegria e o contentamento rejuvenesce.
lábica correta (como ditongo final).
Os EUA, a América, o mundo lembraram ontem o Onze de
Setembro. Ou:
EXERCÍCIOS Os EUA, a América, o mundo lembrou ontem o Onze de
Setembro.
Responda às questões conforme as novas regras de acen-
tuação. • Núcleos no infinitivo, verbo no singular.
Obs.: artigo e contrários, verbo no plural.
Cantar e dançar relaxa.
1. Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acen- Obs.: O cantar e o dançar relaxam.
tuado: Subir e descer cansam.
a) hífen.
b) hífens. • Sujeito = mais de, verbo de acordo com o numeral.
c) itens. Obs.: repetição ou reciprocidade, só plural.
d) rítmo. Mais de um político se corrompeu.
Mais de dois políticos se corromperam.
e) ítem. Obs.: Mais de um político, mais de um empresário se cor-
romperam. Mais de um político se cumprimentaram.
2. Assinale a alternativa que completa corretamente as
frases: • Sujeito coletivo, partitivo ou percentual, verbo concorda
I – Normalmente ela não ... em casa. com o núcleo do sujeito ou com o adjunto.
II – Não sabíamos onde ... os discos. Obs.: coletivo distante do verbo fica no singular ou no plural.
O bando assaltou a cidade (assaltar, no passado).
III – De algum lugar ... essas ideias.
O bando de meliantes assaltou ou assaltaram a cidade.
A maior parte das pessoas acredita nisso. Ou:
a) pára / pôr / provém A maior parte das pessoas acreditam nisso.
b) para / pôr / provém A maior parte acredita.
c) pára / por / provêem Oitenta por cento da turma passaram ou passou.
d) para / pôr / provêm Obs.: O povo, apesar de toda a insistência e ousadia, não
conseguiu ou conseguiram evitar a catástrofe.
e) para / por / provém
• Sujeito = pronome pessoal preposicionado
3. Assinale a alternativa onde aparecem os vocábulos que a) núcleo singular, verbo singular.
completem corretamente as lacunas dos períodos: Algum de nós errou. Qual de nós passou.
I – Os professores ... seus alunos constantemente. b) núcleo plural, verbo plural ou com o pronome pessoal.
II – Temos visto, com alguma ... fatos escandalosos nos Alguns de nós erraram ou erramos. Quais de nós
jornais. erraram ou erramos.
III – Estudam-se as ... da questão social.
• Sujeito = nome próprio que só tem plural
a) Não precedido de artigo, verbo no singular.
a) arguem / freqüência / raízes Estados Unidos é uma potência. Emirados Árabes fica
b) argúem / freqüência / raízes no Oriente Médio.
c) arguem /freqüência / raízes b) precedido de artigo no plural, verbo no plural.
d) argüem /freqüência / raízes Os Estados Unidos são uma potência. Os Emirados Ára-
Língua Portuguesa

e) arguem / frequência / raízes bes ficam no Oriente Médio.

• Parecer + outro verbo no infinitivo, só um deles varia.


GABARITO Os alunos parecem gostar disso. Ou:
Os alunos parece gostarem disso.
1. a
2. d • Pronome de tratamento, verbo na 3ª pessoa.
3. e Vossas Excelências receberão o convite.
Vossa Excelência receberá seu convite.

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• Sujeito = que, verbo de acordo com o antecedente. EXERCÍCIOS
Fui eu que prometi.
Foste tu que prometeste. Regra Básica
Foram eles que prometeram.
O núcleo do sujeito conjuga o verbo.
• Sujeito = quem
a) verbo na 3ª pessoa singular; ou Dica:
Fui eu quem prometeu. (prometer, passado) Núcleo do sujeito começa sem preposição.
Foste tu quem prometeu. Foram eles quem prometeu.
b) verbo concorda com o antecedente. 1. (TRT 1ª R/Analista) Julgue os fragmentos de texto apre-
Fui eu quem prometi. Foste tu quem prometeste. Foram sentados nos itens a seguir quanto à concordância verbal.
eles quem prometeram. I – De acordo com o respectivo estatuto, a proteção
à criança e ao adolescente não constituem obrigação
• Dar, bater, soar exclusiva da família.
a) Se o sujeito for número de horas, concordam com nú- II – A legislação ambiental prevê que o uso de água para
mero. o consumo humano e para a irrigação de culturas de
Deu uma hora. Deram duas horas. subsistência são prioritários em situações de escassez.
Soaram dez horas no relógio. III – A administração não pode dispensar a realização
b) Se o sujeito não for número de horas. do EIA, mesmo que o empreendedor se comprometa
O relógio deu duas horas. Soou dez horas no relógio. expressamente a recuperar os danos ambientais que,
porventura, venham a causar.
• Faltar, restar, sobrar, bastar, concordam com seu sujeito IV – A ausência dos elementos e requisitos a que se
normalmente. referem o CPC pode ser suprida de ofício pelo juiz, em
Obs.: sujeito oracional, verbo no singular. qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não for
Faltam cinco minutos para o fim do jogo. proferida a sentença de mérito.
Restavam apenas algumas pessoas.
Sobraram dez reais. A quantidade de itens certos é igual a
Basta uma pessoa. a) 0.
Obs.: Ainda falta depositar dez reais. (note o sujeito ora- b) 1.
cional) c) 2
d) 3.
• Com os verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir e) 4.
a) seguidos de pronome oblíquo, o infinitivo não se fle-
xiona. Obs.: 1
Mandei-os sair da sala. Ele deixou-as falar. O professor Depois que o primeiro núcleo do sujeito já está escrito,
viu-os assinar o papel. Eu os senti bater à porta. o segundo que houver deve estar escrito ou representado
b) seguidos de substantivo, o infinitivo pode se flexionar por um pronome.
ou não. O uso de água e o de combustível são prioritários. (dois
Mandei os rapazes sair ou saírem. Ele deixou as amigas núcleos)
falar ou falarem. O professor viu os diretores assinar ou Veja a repetição do “o”. O segundo é pronome. Sem
assinarem. preposição. É núcleo.
c) seguidos de infinitivo reflexivo, este pode se flexionar Mas em: O uso de água e de combustível é prioritário.
ou não. (um só núcleo = uso)
Cuidado: Na locução verbal, o infinitivo é impessoal
(sem variação). Obs.: 2
Vi-os agredirem-se no comício. Ou: Vi-os agredir-se no O pronome relativo pode exercer a função de sujeito,
comício. Ele prefere vê-las abraçarem-se ou abraçar-se. de objeto, de complemento etc., sempre dentro da oração
Cuidado: Os números da fome podem ficar piores. (fi- adjetiva.
carem: errado)
Cuidado!
• Concordância especial do verbo ser. O pronome relativo refere-se a um termo antes, mas
a) se sujeito indica coisa no singular, e predicativo indica esse termo faz parte de outra oração. O termo referido pre-
coisa no plural, ser prefere o plural, mas admite o sin- enche, supre apenas o sentido. Esse termo referido não é o
gular. sujeito, o objeto etc. da oração subordinada adjetiva.
Tua vida são essas ilusões. (presente). Ou: Tua vida é A casa / que comprei / era velha.
essas ilusões.
b) se sujeito ou predicativo for pessoa, ser conforme a Oração principal: A casa era velha
Língua Portuguesa

pessoa. Sujeito = A casa


Você é suas decisões. Seu orgulho eram os velhinhos. Oração subordinada adjetiva: que comprei
O motorista sou eu. Ou: Eu sou o motorista. Sujeito = eu
c) data, hora e distância, verbo conforme o numeral. Objeto direto (sintático) = que
É primeiro de junho. (presente) São ou é quinze de maio.
É uma hora. São vinte para as duas. É uma légua. São Atenção:
três léguas. Somente o sentido é que nos leva a ver que: comprei a casa.
d) indicando quantidade pura, verbo na 3ª pessoa singular. Porém, o pronome relativo está no lugar da casa. O pronome
Quinze quilos é pouco. Três quilômetros é suficiente. relativo é o objeto sintático.

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Podemos chamar de objeto semântico o termo “A casa”, 12. ( ) Na sala, existiam vinte pessoas.
mas apenas pelo sentido, jamais pela análise sintática. A aná- 13. ( ) Na sala, existia vinte pessoas.
lise sintática deve ser feita dentro de cada oração. 14. ( ) No carnaval, houve menos acidentes.
15. ( ) No carnaval, houveram menos acidentes.
(TCU) “Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, 16. ( ) No carnaval, ocorreram menos acidentes.
creio que não poderemos escapar da conclusão de que o pro- 17. ( ) No carnaval, ocorreu menos acidentes.
cesso é totalmente coerente com as premissas da ideologia 18. ( ) Haverá dois meses que não o vejo.
econômica que têm se afirmado como a forma dominante 19. ( ) Haverão dois meses que não o vejo.
de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, 20. ( ) Jamais pode haver incoerências no texto.
aproximadamente.” 21. ( ) Jamais podem haver incoerências no texto.
2. A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” estabele- 22. ( ) Jamais podem existir incoerências no texto.
ce relação de concordância com o termo antecedente 23. ( ) Jamais pode existir incoerências no texto.
“ideologia”. 24. ( ) Haviam sido eleitos novos presidentes.
3. Qual é o sujeito sintático de “têm”? 25. ( ) Havia sido eleito novos presidentes.
4. Qual é o sujeito semântico de “têm”?
5. Qual é a função sintática de “as premissas da ideologia”? Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens a se-
guir quanto à concordância verbal.
(TCU) “Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no
mês seguinte cinquenta e cinco; em março de 1877 contava 26. (TRT 9ª R) Na redação da peça exordial, deve haver indi-
quatrocentas e noventa.” cações precisas quanto à identificação das partes bem
6. O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir, como do representante daquele que figurará no polo
por isso mantém-se no singular, sem concordar com o ativo da eventual ação.
sujeito da oração – “vinte aranhas”.
(TCU) “O melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá
Obs.: Verbo sem sujeito chama-se verbo impessoal. andando, até achar entrada. Há de haver alguma”.
A regra é ficar na 3ª pessoa do singular. Ver verbo haver. 27. Na expressão Há de haver verifica-se o emprego impes-
soal do verbo haver na forma “Há”.
“Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos
velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca (DFTrans) “As estradas da Grã-Bretanha tinham sido cons-
tinha sido imaginado antes.” truídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por car-
7. É gramaticalmente correta e coerente com a argumen- ruagens romanas”.
tação do texto a seguinte reescrita para o período final: 28. Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas
Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos ins- verbais, preservam-se a coerência textual e a correção
trumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo gramatical ao se substituir “tinham sido” por havia sido.
que ainda não fôra imaginado.
(PMDF) “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das
“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar democracias foi extraordinário”.
o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, 29. A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma
temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” flexionada “houve”, pelo verbo pessoal existir exige
8. A forma verbal “temia” concorda com o sujeito de tercei- que se faça a concordância verbal com “liberdade” e
ra pessoa do singular ele, que foi omitido pelo narrador. “crescimento”, de modo que, fazendo-se a substituição,
deve-se escrever existiram.
9. A substituição de “teria” por teriam não altera o sentido
nem a adequação gramatical do trecho “o valor de suas (Abin) “Melhorar o mecanismo de solução de controvérsias
casas, que serviam de garantia para os empréstimos, é um dos requisitos para o fortalecimento do Mercosul, vide
teria de continuar subindo indefinidamente”. as últimas divergências entre Brasil e Argentina”.
30. Mantém-se a obediência à norma culta escrita ao se
Regras Especiais substituir a palavra “vide” por haja visto, uma vez que
as relações sintáticas permanecem sem alteração.
Verbo haver com sujeito.
Eles haviam chegado. Outros Verbos Impessoais
Verbo haver sem sujeito tem o sentido de existir, acon- Verbo fazer indicando tempo ou clima.
tecer ou tempo decorrido.
Regra: 31. (Metrô-DF) Assinale a opção correspondente ao período
Verbo sem sujeito (impessoal) fica no singular (3ª pessoa). gramaticalmente correto.
Aqui havia uma escola. → Aqui existia uma escola. a) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
uma escola = objeto direto mas até agora eles não tem nenhum resultado con-
uma escola = sujeito clusivo.
Língua Portuguesa

b) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas. En-


Aqui havia duas escolas. → Aqui existiam duas escolas. tretanto, até agora, eles não têm nenhum resultado
Cuidado: Aqui haviam duas escolas. (errado) conclusivo.
c) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
Obs.: O verbo haver no sentido de existir é invariável. mas, até agora eles não têm nenhum resultado con-
clusivo.
Certo ou errado? d) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas en-
10. ( ) Na sala, havia vinte pessoas. tretanto, até agora, eles não tem nenhum resultado
11. ( ) Na sala, haviam vinte pessoas. conclusivo.

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Sujeito com Núcleo Coletivo, Partitivo ou Percentual Sujeito Composto Escrito após o Verbo

Regra: Regra:
O núcleo conjuga o verbo, ou o adjunto adnominal Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo
conjuga o verbo. próximo conjuga o verbo.

(Ibram-DF) “Um caso de amor e ódio. A maioria dos estudio- “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz
sos evita os clichês como o diabo foge da cruz, mas as frases um livro, um governo, ou uma revolução”.
39. No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro”
feitas dão o tom do uso da língua.”
exerce a função de sujeito.
32. No segundo período do texto, a forma verbal “evita”, em-
pregada no singular, poderia ser substituída pela forma Atenção:
flexionada no plural, evitam, caso em que concordaria Com a palavra se, o verbo de ação não tem objeto direto.
com “estudiosos”, sem que houvesse prejuízo gramatical Quando temos a palavra se, o objeto direto vira sujeito pacien-
para o período. te. Então, chamamos a palavra se de partícula apassivadora.

(MPU) “A maioria dos países prefere a paz.” “Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da lin-
33. Está de acordo com a norma gramatical escrever “pre- guagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos,
ferem”, em lugar de “prefere”. e não algo que existe em si, independentemente da enun-
ciação, e que envelopamos em um código também pronto.
(PF) “Hoje, 13% da população não sabe ler.” Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca
34. A forma verbal “sabe”, no texto, está flexionada para é prévio, empregar ou não um estrangeirismo teria menos a
concordar com o núcleo do sujeito. ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na
língua do falante. O que importa é o efeito que palavras es-
trangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou,
(PCDF) “Uma equipe de policiais está junta por dez anos e
que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma
aprenderam a investigar.”
placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se
35. Está adequada à norma culta a redação do texto. associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio.”
40. Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último
(TCU) “Os meus pupilos não são os solários de Campanela períodos sintáticos do texto, o segundo período também
ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que admitiria uma construção sintática de sujeito indeter-
não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.” minado, podendo ser alterado para Poderia se mudar
36. A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa muitas perspectivas.
do plural para concordar com a ideia de coletividade
que a palavra “povo” expressa. Atenção:
Muito cuidado com as duas opções de análise! Em lo-
Cuidado com a exceção! cução verbal com a palavra SE na função de partícula apas-
Quando o núcleo coletivo, partitivo ou percentual está sivadora, podemos analisar como sujeito simples nominal,
após o verbo, somente o núcleo conjuga o verbo. (regra: o núcleo conjuga o verbo) ou como sujeito oracional,
(regra: o verbo fica no singular).
(Iema-ES) “Quando se constrói um transgênico, os objetivos
41. A flexão de plural em lugar de “Pode-se” respeita as
são previsíveis, bem como seus benefícios. Entretanto, os
regras de concordância com o sujeito oracional “dar a
riscos de efeitos indesejáveis ao meio ambiente e à saúde
entender”.
humana são imprevisíveis, a não ser que se gere também
uma série de estudos para avaliar suas reais consequências.” Regra:
37. Seria mantida a correção gramatical do período caso a Sujeito oracional pede verbo no singular.
forma verbal “gere” estivesse flexionada no plural, em Cantar e dançar relaxa. (certo) => O sujeito de “relaxa”
concordância com a palavra “estudos”. é oração: cantar e dançar.
Cantar e dançar relaxam (errado).
Sujeito com Núcleos Sinônimos ou Quase
Atenção:
Regra: Caso os verbos do sujeito oracional expressem sentidos
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo opostos, teremos plural.
próximo conjuga o verbo. Subir e descer cansam. (certo) => Note os opostos: subir
A paz e a tranquilidade descansam a alma. e descer.
A paz e a tranquilidade descansa a alma. Subir e descer cansa. (errado)

Verbo no Infinitivo
(Abin) “A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin)
Língua Portuguesa

e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)


Regra 1:
permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de Como verbo principal, não pode ser flexionado.
Inteligência.” Temos de estudarmos. (errado)
38. Como o sujeito do primeiro período sintático é formado Temos de estudar. (certo)
por duas nominalizações articuladas entre si pelo sentido
– “criação” e “consolidação” –, estaria também gramati- Observe:
calmente correta a concordância com o verbo permitir Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
no singular – permite. mizarem os processos burocráticos. (errado)

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Os países precisam investir em novas tecnologias e oti- Regra:
mizar os processos burocráticos. (certo) A flexão volta a ser opcional, mesmo que o sujeito
do infinitivo seja representado por pronome.
Note: Mandei-os abraçar-se. (certo)
Subentendemos “precisam” antes de “otimizar”. Então, Mandei-os abraçarem-se. (certo também)
“otimizar” é verbo principal. Forma locução verbal. Note que o sentido de “abraçar” é fazer ação um ao
outro (recíproca).
Dica:
O verbo principal é o último da locução verbal. O pri- (MI) “A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio,
meiro é auxiliar. Conforme o padrão da Língua Portuguesa, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes
só o verbo auxiliar se flexiona. para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar
vir da Europa alguns pássaros etc.”
Regra 2: 45. Em “mandar vir da Europa alguns pássaros”, a forma
Como verbo que complementa algum termo, o infinitivo verbal “vir” poderia concordar com a expressão nominal
pode se flexionar ou não. É facultativo. Claro que precisa se “alguns pássaros”, que é o sujeito desse verbo.
referir, pelo menos, a um sujeito semântico no plural.
Regra 4:
(TRT 9ª R) “E a crise norte-americana, que levou investidores Infinitivo após o verbo parecer.
a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos
de hedge.” Regra:
42. No trecho “que levou investidores a apostar no aumento Flexionamos o verbo parecer, mas não o verbo no infi-
dos preços de alimentos em fundos de hedge”, a substi- nitivo; ou deixamos o verbo parecer no singular e flexiona-
tuição de “apostar” por apostarem manteria a correção mos o verbo no infinitivo.
gramatical do texto. Os meninos parecem brincar. (certo)
Os meninos parece brincarem. (certo também)
(Iema-ES) “O Ibama tem capacitado seus quadros para au-
xiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso Atenção:
sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacio- Somente quando flexionamos apenas o verbo auxiliar é
nais e reservas extrativistas.” que se pode considerar de fato uma locução verbal.
43. Se a forma verbal “elaborarem” estivesse no singular Os meninos parecem brincar.
elaborar, a correção gramatical seria preservada.
Portanto, não temos locução verbal em
(HFA) “Essa fartura de tal modo contrasta com o padrão de Os meninos parece brincarem.
vida médio, que obriga aquelas pessoas a se protegerem Trata-se de uma figura de linguagem de ordem sintáti-
do assédio, do assalto e da inveja, sob forte esquema de ca que consiste em antepor a uma oração parte da oração
segurança.” seguinte (prolepse).
44. Se o infinitivo em “se protegerem” fosse empregado, Traduzindo: a oração subordinada substantiva subjetiva
alternativamente, na forma não flexionada, o texto man- tem seu sujeito escrito antes do verbo da oração principal,
teria a correção gramatical e a coerência textual. mas o predicado da oração subordinada substantiva subjetiva
permanece após o verbo da principal.
Regra 3:
Muita atenção com os verbos causativos mandar, fazer, Os meninos parece brincarem. É o mesmo que, na ordem
deixar e semelhantes e os sensitivos ver, ouvir, notar, per- direta: Os meninos brincarem parece.
ceber, sentir, observar e semelhantes. Oração principal: parece.
Esses verbos não são auxiliares do infinitivo, ou seja, não Oração subordinada substantiva subjetiva: Os meninos
formam locução verbal como verbo principal do infinitivo. brincarem.
É simples: basta ver que o sujeito de um, geralmente,
não é o mesmo do outro. E verbos que formam locução Regra especial do verbo ser.
verbal devem possuir o mesmo sujeito sintático.
Sujeito “Ser” varia Predicativo
Vejamos as regras em três situações diferentes:
a) O sujeito do infinitivo é representado por substantivo.
Regra: Coisa Singular Singular ou Plural Coisa Plural
A flexão do infinitivo é opcional. Obs.: o plural é preferível.
Mandei os meninos entrar. (certo) Seu orgulho são os livros.
Mandei os meninos entrarem. (certo também) Seu orgulho é os livros.

b) O sujeito do infinitivo é representado por pronome. Cuidado!


Língua Portuguesa

Regra: Se o plural vier primeiro, somente verbo no plural.


A flexão do infinitivo é proibida. Os livros são seu orgulho.
Mandei-os entrar. (certo)
Coisa Com a Pessoa Pessoa
Mandei-os entrarem. (errado)
Obs.: a ordem não importa.
Observação: Seu orgulho eram os filhos.
Note o pronome “OS” no lugar de “os meninos”. Os filhos eram seu orgulho.
As alegrias da casa será Gabriela.
c) O sentido do infinitivo é de reciprocidade. Gabriela será as alegrias da casa.

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Sem Sujeito Com o Numeral Hora Substantivos + Adjetivo
Distância Adjetivo concorda com substantivo mais próximo ou com
Data todos. No plural, o masculino prevalece sobre o feminino.
Acordo e relação diplomática / diplomáticos
São nove horas.
Proposta e relação diplomática / diplomáticas
Eram vinte para a uma da tarde.
Relação e acordos diplomáticos
É uma e quarenta da manhã.
Até lá são duzentos quilômetros.
Adjetivo + Substantivo
Adjetivo concorda com substantivo mais próximo.
Obs.: nas datas, o núcleo do predicativo conjuga o verbo.
Novo acordo e relação, nova relação e acordo.
Hoje são 19.
Amanhã serão 20.
Substantivo + Adjetivos
É dia 20.
Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular.
(núcleo = dia)
Artigo e substantivo no sing. + adjetivos no sing. (2º com
Quantidade pura Singular Nada artigo)
Pouco As embaixadas brasileira e argentina.
Bastante... A embaixada brasileira e a argentina.
Dois litros é bastante. O mercado europeu e o americano.
Vinte milhões de reais é muito. Os mercados europeu e americano.
Três quilômetros será suficiente.
Quinze quilos é pouco. Ordinais + Substantivo
Ordinais com artigo => substantivo no singular ou no plural.
(PMDF) “Antes da Revolução Industrial, um operário só pos- Só o 1º ordinal com artigo => substantivo no plural.
suía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos O penúltimo e o último discurso / discursos
de sua casa.” O penúltimo e último discursos.
46. A flexão de plural na forma verbal “eram” deve-se à
concordância com “os pregos”; mas as regras gramaticais É bom, é necessário, é proibido
permitiriam usar também a flexão de singular, era. Não variam com sujeito em sentido vago ou geral (sem
artigo definido, pronome...)
GABARITO É necessário aprovação rápida do acordo.
É necessária a aprovação rápida do acordo.
1. a 20. C
2. E 21. E Um e outro, nem um nem outro
3. que, pronome relativo 22. C Substantivo seguinte no singular, adjetivo no plural.
com função de sujeito 23. E Um e outro memorando foi encaminhado.
sintático. 24. C O governo não aprovou nem uma nem outra medida
4. As premissas da ideolo- 25. E provisória.
gia econômica, referen- 26. C
te do pronome relativo. 27. C Particípio
5. Complemento nominal 28. E Só não varia nos tempos compostos (com ter ou haver)
do adjetivo “coerente”. 29. E – voz ativa.
6. E 30. E O Ministério havia obtido informações.
7. E 31. b Informações foram obtidas. Terminada a conferência,
8. E 32. C procedeu-se ao debate.
9. E 33. C
7. C 34. E De + Adjetivo
8. C 35. E Adjetivo não varia ou concorda com termo a que se refere.
9. E 36. E Essa decisão tem pouco de sábio / de sábia.
10. C 37. E
11. E 38. E Meio, bastante, barato e caro
12. C 39. C Variam quando adjetivos (modificam substantivo).
13. E 40. E Não variam quando advérbios (modificam verbo ou ad-
14. C 41. E jetivo).
15. E 42. C Bastantes índios invadiram o Ministério. Reivindicações
16. C 43. C de meias palavras, porém protestos meio confusos.
17. E 44. C Atendê-las custa caro, pois não são baratos os prejuízos.
18. C 45. C
19. E 46. C Possível
Língua Portuguesa

O mais, o menos, o maior... + possível.


Os mais, os menos, os maiores... + possíveis.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Quanto possível não varia.
Haverá reuniões o mais curtas possível.
Regra Geral Haverá reuniões as mais curtas possíveis.
As reuniões serão tão curtas quanto possível.
Adjetivo concorda com substantivo
Acordo diplomático, relação diplomática, acordos diplo- Só
máticos, relações diplomáticas. Varia = sozinho.

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Não varia = somente. Julgue os itens seguintes.
Não estamos sós na sala. “Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre
Só nós estamos na sala. sua mãe e seu marido”.
21. O vocábulo meio é um advérbio, por isso não concorda
Variam com cômica.
• Mesmo, próprio
Os membros mesmos / próprios ignoram a solução. “Existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades re-
• mesmo = realmente ou até: não varia presentados pelo superintendente da usina, o diretor-geral,
A solução será mesmo essa. o presidente da corporação, a junta executiva do conselho
Mesmo os membros criticaram. de diretoria e o próprio conselho de diretoria.”
• extra 22. Com relação à norma gramatical de concordância, o
As horas extras serão pagas. autor poderia ter usado, sem incorrer em erro, a forma
• quite funcionários e autoridades representadas.
Os servidores estão quites com suas obrigações.
• nenhum “Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos,
Não entregaremos propostas nenhumas. alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio
• obrigado desbotado.”
– Obrigada, disse a secretária. 23. No texto lido seria gramaticalmente correta a construção
• anexo, incluso apertada em uma roupa de chita, meia desbotada.
As planilhas estão anexas / inclusas.
Em anexo não varia (Iades) “Oitenta e cinco por cento dos casos estudados foram
As planilhas estão em anexo. muito bem-sucedidos”.
• todo 24. O verbo ser, conjugado como “foram”, pode ser empre-
As regras todas foram estabelecidas. gado também no singular.
Não variam (Iades) “O fundamental é não morrer de fome e ver supridas
• alerta certas necessidades básicas”.
Os vigias do prédio estão alerta. 25. O termo “supridas” poderia ser usado no masculino
• menos
singular, sem prejuízo gramatical.
Essas eram nações menos desenvolvidas.
• haja vista
(Iades) “Essa é uma questão delicada, daí a importância que
Haja vista as negociações, os americanos não cederão.
se tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a
• em via de
Os europeus estão em via de superar os americanos. política de assistência social nos espaços”,
• em mão 26. O verbo “trabalha” poderia ser usado no plural, sem
Entregue em mão os convites. prejuízo gramatical.
• a olhos vistos
A reforma agrária cresce a olhos vistos. (Funiversa/Terracap) “São emissoras transmitidas de qual-
• de maneira que, de modo que, de forma que quer país que passe pela nossa mente – e alguns outros de
Os ouvintes silenciaram, de maneira que estão do nosso cuja existência sequer desconfiávamos.”
lado. 27. A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria
• cor com nome proveniente de objeto mudança inaceitável de sentido, uma vez que remeteria
Papéis rosa, tecidos abóbora. Carros vinho. a emissoras, e não mais a país.

EXERCÍCIOS (Funiversa/Terracap) “Já existem vários portais ativos e em


crescimento que disponibilizam para o internauta canais de
Julgue os itens seguintes quanto à concordância nominal. televisão. O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada
1. É proibida entrada de pessoas não autorizadas. menos de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,
2. Fica vedada visita às segundas-feiras. crescendo à razão de duas por dia). São emissoras transmiti-
3. Os consumidores não somos nenhuns bobocas. das de qualquer país que passe pela nossa mente – e alguns
4. Traga cervejas o mais geladas possível. outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
5. Houve menas gente no comício hoje. 28. A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda
6. Vai inclusa à relação o recibo dos depósitos. com o sujeito implícito duas por dia.
7. Era deserta a vila, a casa, o campo.
8. É necessária muita fé. (Funiversa/Terracap) “Em meio à burocracia oficial, o rock
9. Em sua juventude, escreveu bastantes poemas. ocupou o espaço urbano, os parques, as superquadras de
10. Ele usava uma calça meia desbotada. Lucio Costa, cresceu e apareceu.”
11. A Marinha e o Exército brasileiro participaram do desfile. 29. Os verbos “cresceu” e “apareceu” deveriam vir flexio-
12. A Marinha e o Exército brasileiros participaram do desfile. nados no plural para concordar com seus referentes, os
13. Remeto-lhe incluso uma fotocópia do certificado. parques e as superquadras.
14. O garoto queria ficar a só.
Língua Portuguesa

15. Os Galhofeiros é um ótimo filme dos Irmãos Marx. GABARITO


16. Descontado o imposto, restou apenas R$10.000,00.
17. Muito obrigada – disse-me ela – eu mesma resolverei o 1. E 7. C 13. E 19. E 25. E
problema: vou comprar trezentos gramas de presunto. 2. C 8. E 14. E 20. E 26. E
18. Necessitam-se de leis mais rigorosas para controlar os 3. C 9. C 15. C 21. C 27. E
abusos dos motoristas inescrupulosos. 4. C 10. E 16. E 22. C 28. E
19. Já faziam duas semanas que a reunião estava marcada,
5. E 11. C 17. C 23. E 29. E
mas os diretores não compareciam para concretizá-la.
6. E 12. C 18. E 24. E
20. Senhor diretor, já estamos quite com a tesouraria.

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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL 15. O plano visa ao combate da inflação.
16. O plano visa combater a inflação.
Observe: 17. O plano visa a combater a inflação.
18. O policial visou o sequestrador e atirou.
19. O policial visou ao sequestrador e atirou.
Todos leram o relatório. 20. O combate que o plano visa exige rigor.
Todos se referiram ao rela- Verbo + objeto 21. O combate a que o plano visa exige rigor.
Regência
tório. 22. O combate ao qual o plano visa exige rigor.
verbal
Todos chegaram ao colégio. Verbo + adjunto 23. O combate a quem o plano visa exige rigor.
adverbial 24. O sequestrador que o policial visou fugiu.
25. O sequestrador a que o policial visou fugiu.
Todos fizeram referência ao
26. O sequestrador a quem o policial visou fugiu.
relatório. Nome +
Regência
O voto foi favorável ao re- complemento Obs.: o pronome relativo “quem” sempre é preposicio-
nominal
latório. nominal nado, quando seu papel é complemento.

27. O sequestrador ao qual o policial visou fugiu.


Problemas estudados pela regência:
1) Diferença entre o uso formal e o uso informal: Chegamos Verbo Prep. Complemento Sentido
em São Paulo. (informal) x Chegamos a São Paulo. (formal)
2) Diferença de sentido com diferentes regências: Assis- implicar algo = acarretar
timos ao filme. (sentido de “ver”) x Assistimos os doentes. implicar com alguém = embirrar
(sentido de “ajudar”)
Julgue os itens.
Atenção! 28. A crise implicou em desemprego.
Os verbos que serão estudados aqui exigem cuidado, 29. A crise implicou desemprego.
porque podem receber diferentes tipos de complemen- 30. Ele implica com a sogra.
to e mudar de sentido. CUIDADO também para notar 31. Foi grande o desemprego em que a crise implicou.
que pode existe uma forma culta (correta) e uma forma 32. Foi grande o desemprego que a crise implicou.
coloquial (incorreta). E as provas podem pedir que o can- 33. O estudo implica vitória.
didato saiba a diferença. 34. O estudo implica na vitória.

Verbos Importantes: Verbo Prep. Complemento


assistir, avisar, informar, comunicar, visar, aspirar, custar, cha- obedecer a algo/alguém
mar, implicar, lembrar, esquecer, obedecer, constar, atender,
proceder. Julgue os itens.
35. Os motoristas obedecem o código de trânsito.
Para as provas de diversas bancas, é importante estudar 36. Os motoristas obedecem ao código de trânsito.
e saber a maneira correta de completar esses verbos. 37. Eles estudaram o código e o obedecem.
38. Eles estudaram o código e lhe obedecem.
Verbo Prep. Complemento Sentido 39. Eles estudaram o código e obedecem a ele.
Assistir a algo = ver 40. O código que eles obedecem é rigoroso.
41. O código a que eles obedecem é rigoroso.
Assistir (a) alguém = ajudar
42. Os funcionários obedecem o chefe.
Obs.: Entre parênteses (a) quando for elemento facultativo. 43. Os funcionários obedecem ao chefe.
44. Eles ouvem o chefe e o obedecem.
Julgue os itens a seguir. 45. Eles ouvem o chefe e lhe obedecem.
1. Ontem, assistimos ao jogo do Vasco. 46. Eles ouvem o chefe e obedecem a ele.
2. Ontem, assistimos o jogo do Vasco. 47. O chefe que eles obedecem é rigoroso.
3. O bombeiro assistiu o acidentado. 48. O chefe a que eles obedecem é rigoroso.
49. O chefe a quem eles obedecem é rigoroso.
4. O bombeiro assistiu ao acidentado.
5. Foi bom o jogo que assistimos.
6. Foi bom o jogo a que assistimos. avisar algo a alguém
7. Foi bom o jogo ao qual assistimos. informar alguém de / algo
8. Foi bom o jogo o qual assistimos. comunicar sobre
9. O acidentado que o bombeiro assistiu melhorou.
10. O acidentado a que o bombeiro assistiu melhorou. Julgue os itens.
11. O acidentado a quem o bombeiro assistiu melhorou. 50. Avise o prazo aos estudantes.
12. O acidentado ao qual o bombeiro assistiu melhorou. 51. Avise os estudantes sobre o prazo.
13. O acidentado o qual o bombeiro assistiu melhorou. 52. Avise do prazo os estudantes.
Língua Portuguesa

53. Avise aos estudantes o prazo.


Verbo Prep. Complemento Sentido 54. Avise aos estudantes sobre o prazo.
55. Avise-lhes o prazo.
visar a algo = almejar 56. Avise-lhes do prazo.
visar (a) verbo = almejar 57. Avise-os do prazo.
visar algo/alguém = mirar 58. Avise-os o prazo.
59. Avise-o a eles.
Julgue os itens a seguir. 60. O prazo que lhes avisei expirou.
14. O plano visa o combate da inflação. 61. O prazo de que lhes avisei expirou.

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62. O prazo de que os avisei expirou. 90. Atendi ao cliente.
63. O prazo que os avisei expirou. 91. Atendi o telefonema.
64. Avisamos-lhe que é feriado. 92. Atendi ao telefonema.
65. Avisamos-lhe de que é feriado. 93. Vi o cliente e o atendi.
66. Avisamo-lo que é feriado. 94. Vi o cliente e lhe atendi.
67. Avisamo-lo de que é feriado.
Verbo Prep. Complemento Sentido
Verbo Prep. Complemento Sentido proceder a algo = realizar, fazer
aspirar a algo = almejar proceder = ter fundamento
aspirar algo = respirar, sorver
proceder de lugar = ser originário de
Julgue os itens. proceder = agir, comportar-se
68. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava o ar puro
do campo. Julgue os itens seguintes.
69. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava ao ar puro 95. O delegado procedeu ao inquérito.
do campo. 96. O delegado procedeu o inquérito.
70. Estava na fazenda. Ali, aspirava o ar puro do campo. 97. Os argumentos do advogado procedem.
71. Estava na fazenda. Ali, aspirava ao ar puro do campo. 98. O delegado procede de Brasília.
  99. O delegado procedeu com firmeza.
Verbo Prep. Complemento Sentido  
chamar alguém = convidar, invocar Verbo Prep. Complemento Sentido
chamar (a) alguém = qualificar, atribuir constar de partes = ser formado de
característica partes
constar em um todo = estar dentro de um
Julgue os itens. todo
72. Chamaram o delegado para o evento.
73. Chamaram ao delegado para o evento. constar = estar presente
74. Chamaram o delegado de corajoso.
Julgue os itens.
75. Chamaram ao delegado de corajoso.
76. Chamaram corajoso o delegado. 100. O nome do candidato constava na lista de aprovados.
77. Chamaram corajoso ao delegado. 101. O nome do candidato constava da lista de aprovados.
78. Chamaram-lhe corajoso. 102. O relatório consta de dez páginas.
79. Chamaram-lhe de corajoso. 103. O relatório consta com dez páginas.
80. Chamaram-no de corajoso. 104. Tais informações constam.
81. Chamaram-no corajoso. 105. Consta uma multa.
   
Verbo Prep. Complemento Verbo Prep. Complemento Sentido
esqueci algo ou alguém custar adverbial = valor
esqueci-me de algo ou alguém Julgue os itens.
esqueci-me (de) algo ou alguém 106. O carro custa R$20.000,00.
Atenção! O sentido não pode ser “demorar”:
Lembre-se: entre parênteses (de), preposição facultativa. 107. O desfile custou a terminar.
Cuidado! O sujeito não pode ser pessoa.
Julgue os itens. 108. O pai custou a acreditar no filho.
82. Esqueci dos eventos. Importante! O sentido adequado é algo (sujeito) custar
83. Esqueci os eventos. (ser difícil) para alguém (complemento). Veja:
84. Esqueci-me dos eventos. O relatório custou ao especialista.
85. Esqueci-me que era feriado. Custou-me acreditar. (Sentido: acreditar foi difícil para
86. Esqueci-me de que era feriado. mim). Aqui o sujeito é oracional: acreditar.
87. Esqueci de que era feriado.
Custou ao pai acreditar no filho. (Certo). Aqui o sujeito
88. Esqueci que era feriado.
é a oração: acreditar no filho. O complemento é: ao pai.
Atenção! Existe um uso literário raro:
Esqueceu-me o seu aniversário. Sentido: o seu aniversário Julgue os itens.
saiu de minha memória. (PMDF/Médico) A leitura crítica pressupõe a capacidade do
Sujeito: o seu aniversário (não é complemento). Aqui o com- indivíduo de construir o conhecimento, sua visão de mundo,
plemento é representado pelo pronome “me”. sua ótica de classe.
109. O trecho “de construir o conhecimento” estabelece
Obs.: A mesma regra do verbo “esquecer” vale também para relação de regência com o termo “capacidade”, espe-
Língua Portuguesa

os verbos “lembrar” e “recordar”. cificando-lhe o significado.


 
(TRT 9ª R/Técnico) Ao realizar leilões de créditos de carbono
Verbo Prep. Complemento no mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a outras
atender (a) algo cidades brasileiras de como transformar os aterros, de fontes
atender (a) alguém de poluição e de encargos onerosos para as finanças muni-
cipais, em fontes de receitas, inofensivas ao meio ambiente.
Julgue os itens a seguir. 110. Em “de como transformar”, o emprego da preposição
89. Atendi o cliente. “de” é exigido pela regência de “transformar”.

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(TRT 9ª R/Analista) Há séculos os estudiosos tentam entender a) A causa por que lutou ao longo de uma década po-
os motivos que levam algumas sociedades a evoluir mais deria tornar-se prioridade de programas sociais de
rápido que outras. Só recentemente ficou patente que, além seu estado.
da liberdade, outros fatores intangíveis são essenciais ao b) Seria implementado o plano no qual muitos funcio-
desenvolvimento das nações. nários falaram a respeito durante a assembleia anual.
O principal deles é a capacidade de as sociedades criarem c) A equipe que a instituição mantinha parceria a lon-
regras de conduta que, caso desrespeitadas, sejam impla- go tempo manifestou total discordância da linha de
cavelmente seguidas de sanções. pesquisa escolhida.
111. O emprego da preposição de separada do artigo que d) Todos concordavam que as empresas que a licença
determina “sociedades”, em “a capacidade de as socie- de funcionamento não estivesse atualizada deveriam
dades”, indica que o termo “as sociedades” é o sujeito ser afastadas do projeto.
da oração subordinada. e) Alheio aos assuntos sociais, o diretor não se afinava
com a nova política que devia adequar-se para de-
(Crea-DF) Caso uma indústria lance uma grande concentra- senvolver os projetos.
ção de poluentes na parte alta do rio, por exemplo, a coleta
de uma amostra na parte baixa não será capaz de detectar (Detran-DF) Das 750 filiadas ao Instituto Ethos, 94% dos car-
o impacto, mesmo que esta seja feita apenas um minuto gos das diretorias são ocupados por homens brancos.
antes de a onda tóxica atingir o local. Esse tipo de controle, 118. A substituição de “Das” por Nas não acarretaria pro-
portanto, pode ser comparado à fotografia de um rio. blema de regência no período, que se manteria gama-
112. No trecho “antes de a onda tóxica atingir o local”, a ticalmente correto.
substituição da parte grifada por da resulta em um su-
jeito preposicionado. De janeiro a maio, as vendas ao mercado chinês atingiram
US$ 1,774 bilhão.
(HUB) É possível comparar a saúde mental de pessoas que 119. Pelos sentidos textuais, a substituição da preposição a,
vivem em uma região de conflitos à das pessoas que vivem imediatamente antes de “mercado”, por em não alte-
em favelas ou na periferia das grandes cidades brasileiras? raria os sentidos do texto.
113. Considerando, para a regência do verbo comparar, o se-
guinte esquema: comparar X a Y, é correto afirmar que, (MRE/Assistente) O Brasil só conseguiu passar da condição de
no texto, X corresponde a “a saúde mental de pessoas país temerário para a aplicação de recursos, em uma época
que vivem em uma região de conflitos” e Y corresponde de prosperidade mundial, para a de mercado preferencial dos
a “[a saúde mental] das pessoas que vivem em favelas investidores, justamente no auge de um período de turbu-
ou na periferia das grandes cidades brasileiras”. lência financeira nos mercados internacionais, porque está
colhendo agora os resultados de uma política econômica
ortodoxa. (Zero Hora (RS), 26/2/2008 – com adaptações).
114. (MPE-RS/Agente Administrativo) “... para aprovar, até o
120. Imediatamente após “para a”, subentende-se o termo
final de 2009, um texto ...” O verbo que exige o mesmo
elíptico condição.
tipo de complemento que o destacado está na frase:
a) De fato, o resultado é modesto.
A ética aponta o caminho por meio da consideração daquilo
b) como fugir aos temas ...
que se convencionou chamar de direitos e deveres.
c) já respondem por 20% do total das emissões globais. 121. O pronome “daquilo” pode ser substituído, sem prejuízo
d) que já estão na atmosfera ... para a correção gramatical do período, por do ou por
e) só prejudica formas insustentáveis de desenvolvimento. de tudo.
115. (Metrô-SP/Advogado) “... que preferiu a vida breve glorio- Estudo do Banco Mundial (BIRD) sobre políticas fundiá-
sa a uma vida longa obscurecida”. O verbo que apresenta rias em todo o mundo defende que a garantia do direito à
o mesmo tipo de regência que o destacado está na frase: posse de terra a pessoas pobres promove o crescimento
a) para finalizar com uma celebridade do contagiante econômico.
futebol. 122. As regras de regência da norma culta exigem o emprego
b) “as fronteiras entre a ficção e realidade são cada vez da preposição “a” imediatamente antes de “pessoas
mais vagas”. pobres” para que se complemente sintaticamente o
c) e retirou a menininha do berço incendiado. termo garantia.
d) Lembrei o exemplo de mártires...
e) Não foram estes homens combatentes de grandes A cocaína é um negócio bilionário que conta com a proteção
feitos militares ... das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo
contingente é estimado em 20.000 homens.
116. (Seplan-MA) Está correto o emprego da expressão des- 123. No texto, “cujo”, pronome de uso culto da língua, corres-
tacada na frase: ponde à forma mais coloquial, mas igualmente correta,
a) É vedada a exposição às cenas de violência a que do qual.
estão sujeitas as crianças.
b) Os fatos violentos de que se deparam as crianças (TRF) Um dos motivos principais pelos quais a temática das
multiplicam-se dia a dia. identidades é tão frequentemente focalizada tanto na mídia
Língua Portuguesa

c) O autor refere-se a um tempo em cujo os índices de assim como na universidade são as mudanças culturais.
violência eram bem menores. 124. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual
d) As tensões urbanas à que se refere o autor já estão ao usar o pronome relativo que em lugar de “quais”,
banalizadas. desde que precedido da preposição por.
e) As mudanças sociais de cujas o autor está tratando
pioraram a qualidade de vida. (TRF) A busca de sentido para o cosmos se engata com a
procura de sentido para a existência da família humana.
117. (AFRF) Marque o item em que a regência empregada 125. Substituir “com a” por na não prejudicaria os sentidos
atende ao que prescreve a norma culta da língua escrita. originais ou a correção gramatical do texto.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
(TJBA) Por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos mesmo tempo, dois verbos que têm a mesma regên-
judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz. Aos cia: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, está
olhos dos seus julgadores refulgiu sucessivamente a inocên- também correta a seguinte construção: Preferimos
cia divina, e nenhum ousou estender-lhe a proteção da toga. a) ignorar e desconfiar das coisas...
126. “Lhe” equivale à expressão a Ele e se refere a “Cristo”. b) subestimar e descuidar das coisas...
c) não suspeitar e negligenciar as coisas...
(TJBA) Julgue o trecho abaixo quanto à correção gramatical. d) nos desviar e evitar as coisas...
127. Exatamente no processo do justo por excelência, daquele e) nos contrapor e resistir às coisas...
em cuja memória todas as gerações até hoje adoram por
excelência o justo, não houve no código de Israel norma 133. (Ipea) Ambos os elementos destacados estão empre-
que escapasse à prevaricação dos seus magistrados. gados de modo correto na frase:
a) Nas sociedades mais antigas, em cujas venerava-
(DFTrans/Analista) Seja qual for a função ou a combinatória -se a sabedoria dos ancestrais, não se manifestava
de funções dominantes em um determinado momento de qualquer repulsa com os valores tradicionais.
comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função b) Os pais experientes, a cujas recomendações o ado-
pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de recur- lescente não costuma estar atento, não devem es-
so para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/ morecer diante das reações rebeldes.
locutor o vê e o concebe, ou para fazer o destinatário tomar c) A autoridade da experiência, na qual os pais julgam
atitudes, assumir crenças e eventualmente desejos do locutor. estar imbuídos, costuma mobilizar os filhos em bus-
128. No período sintático “postula-se que (...) desejos do lo­ car seu próprio caminho.
cutor”, as três ocorrências da preposição “de” estabelecem d) Quando penso em fazer algo de que ninguém tenha
a dependência dos termos que regem para com o termo
ainda experimentado, arrisco-me a colher as desven-
“função pragmática”, como mostra o esquema seguinte.
turas com que me alertaram meus pais.
e) A autoridade dos pais, pela qual os adolescentes cos-
de ferramenta tumam se esquivar, não deve ser imposta aos jovens,
de atuação sobre o outro cuja a reação tende a ser mais e mais libertária.
função pragmática:
de recurso para fazer o outro con-
ceber o mundo 134. (Codesp) A matança ............estão sujeitas as baleias é
preocupação da Comissão Baleeira Internacional, ........
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing- atuação se iniciou em 1946 e ........ participam mais de
ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados 50 países.
e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola As formas que preenchem corretamente as lacunas na
aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, frase acima são, respectivamente:
como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível. a) a que – cuja – de que
129. O emprego de preposição em “aos locais” justifica-se b) que – cujo – de que
pela regência de “vacina”. c) à que – cuja – com que
d) à que – cuja a – com que
130. (TRT 21ª R) Está correto o emprego do elemento des- e) a que – cuja a – de que
tacada na frase:
a) Quase todas as novidades à que os moradores tive- GABARITO
ram acesso são produtos da moderna tecnologia.
b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores 1. C 28. E 55. C 82. E 109. C
de Aracampinas têm acesso à luz elétrica. 2. E 29. C 56. E 83. C 110. E
c) A hipertensão na qual foram acometidos muitos mo- 3. C 30. C 57. C 84. C 111. C
radores tem suas causas na mudança de estilo de vida.
4. C 31. E 58. E 85. C 112. C
d) O extrativismo, em cujo os caboclos tanto se empe-
5. E 32. C 59. C 86. C 113. C
nhavam, foi substituído por outras atividades.
6. C 33. C 60. C 87. E 114. e
e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimen-
7. C 34. E 61. E 88. C 115. c
tos dos quais o antropólogo exemplifica a mudança
8. E 35. E 62. C 89. C 116. a
dos hábitos alimentares dos caboclos.
9. C 36. C 63. E 90. C 117. a
10. C 37. E 64. C 91. C 118. C
131. (Sesep-SE) Isso proporciona à fábula a característica de
ser sempre nova. A mesma regência do verbo detacado 11. C 38. E 65. E 92. C 119. E
na frase acima repete-se em: 12. C 39. C 66. E 93. C 120. C
a) Histórias criadas por povos primitivos desenvolviam 13. C 40. E 67. C 94. C 121. C
explicações fantasiosas a respeito de seu mundo. 14. E 41. C 68. E 95. C 122. C
b) As narrativas de povos primitivos constituem um rico 15. C 42. E 69. C 96. E 123. E
acervo de fábulas, tanto em prosa quanto em versos. 16. C 43. C 70. C 97. C 124. C
c) Pequenas narrativas sempre foram instrumento, 17. C 44. E 71. E 98. C 125. C
nas sociedades primitivas, de transmissão de va- 18. C 45. C 72. C 99. C 126. C
Língua Portuguesa

lores morais. 19. E 46. C 73. E 100. C 127. C


d) Nas fábulas, seus autores transferem atitudes e 20. E 47. E 74. C 101. E 128. E
características humanas para animais e seres ina- 21. C 48. C 75. C 102. C 129. E
22. C 49. C 76. C 103. E 130. b
nimados.
23. E 50. C 77. C 104. C 131. d
e) Fábulas tornaram-se recursos valiosos de transmissão
24. C 51. C 78. C 105. C 132. e
de valores, desde sua origem, em todas as sociedades.
25. E 52. C 79. C 106. C 133. b
26. C 53. C 80. C 107. E 134. a
132. (Ipea) Preferimos confiar e acreditar nas coisas ..., a
27. E 54. E 81. C 108. E
expressão destacada complementa corretamente, ao

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SINTAXE DA ORAÇÃO • Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto ad-
verbial, aposto.
Relações Morfossintáticas e Semânticas no • Vocativo.
Período Simples
Estudo dos Termos em Sequência Didática
Conceituando frase, período e oração
1) Sujeito
Frase precisa ter sentido completo. Sem verbo, é frase O primeiro passo para uma análise sintática correta é
nominal. Com verbo, é frase verbal. Início com maiúscula, fim encontrar o sujeito.
com ponto, exclamação, interrogação ou reticências. Para encontrar o sujeito, lembremos que o sujeito é o
Psiu! Chuva, fogo, vento, neve, tudo de uma vez. (frases assunto da oração.
nominais) Uma pergunta bem feita ajuda a encontrar o sujeito com
Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (frase verbal) segurança. Devemos perguntar antes do verbo: O que é que
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (frase + verbo? ou Quem é que + verbo?
verbal) Aqui faltava um caderno.
Pergunte: O que é que faltava?
Período é frase com verbo, ou seja, é frase verbal. Sen- Resposta (sujeito): um caderno.
tido completo. Início com maiúscula, fim com ponto, excla-
mação, interrogação ou reticências. A resposta pode estar onde estiver (antes ou depois do
O período é simples quando tem só uma oração. Esta verbo). Ela será o sujeito. Só depois de encontrar o sujeito,
oração é chamada de oração absoluta. podemos procurar complementos para o verbo.
Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
destacam-se as vagas em concurso público. (período simples São quatro casos de sujeito inexistente
tem apenas um verbo ou locução, com o mesmo sujeito; a
oração é absoluta) VERBO SENTIDO
= existir
O período é composto quando tem mais de uma ora- haver = ocorrer
ção. Haverá oração principal, oração coordenada e oração
subordinada. = tempo decorrido
Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (período com- = tempo
fazer
posto tem dois ou mais verbos independentes. Orações in- = clima
dependentes são coordenadas) = tempo
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (perí- ser = data, hora
odo composto. Uma oração tem função sintática para outra:
= distância
uma é subordinada e a outra é principal).
Fenômenos naturais: chover, ventar, nevar etc.
Oração só precisa ter verbo. O sentido não precisa ser
Coloque nos parênteses que precedem as orações:
completo.
(S) para sujeito simples (um só núcleo).
Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (três orações, (C) para sujeito composto (dois ou mais núcleos).
porque são três verbos independentes) (O) para sujeito oculto, elíptico ou implícito (subentendido
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (duas no contexto).
orações, porque são dois verbos com sentidos próprios, in- (I) para sujeito indeterminado (3ª plural; ou com índice e
dependentes, ou seja, não formam locução verbal) verbo na 3ª singular).
Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado, (SS) para sujeito inexistente ou oração sem sujeito.
destacam-se as vagas em concurso público. (uma oração (SO) para sujeito for uma oração (sujeito oracional).
absoluta)
8. ( ) Voavam, nas alturas, os pássaros.
EXERCÍCIOS 9. ( ) Entraram, apressadamente na sala, o diretor e o
secretário.
Identifique frases, períodos e orações 10. ( ) Deixaremos a cidade amanhã.
11. ( ) Havia muitas pessoas no gabinete do diretor.
1. Casa de ferreiro, espeto de pau. 12. ( ) Todos os dias passavam muitos vendedores pelas
2. Todos os que lançam mão da espada, à espada perece- estradas.
rão. (Mt. 26, 52) 13. ( ) Entregaram a ela um bilhete anônimo.
3. O temer ao Senhor é o princípio da sabedoria. 14. ( ) Choveu copiosamente no dia de ontem.
4. Foi escolhido o projeto que tinha sido mais bem elaborado. 15. ( ) Apareceu um pássaro no jardim.
16. ( ) Hoje, pela manhã, telefonaram muitas vezes para você.
5. Dentre as mais belas histórias, uma não tão bela.
Língua Portuguesa

17. ( ) A mente humana é poderosa arma contra o mal.


6. Sobre a mesa, um copo de leite.
18. ( ) A vida e a morte são os extremos da raça humana.
7. O candidato da oposição está melhor do que os da situação. 19. ( ) Necessitamos de muita paz.
20. ( ) O querer e o fazer são alcançáveis.
Termos da Oração 21. ( ) ( ) ( ) Querer e fazer é alcançável.
22. ( ) Todos necessitam de ajuda.
• Termos essenciais: sujeito e predicado. 23. ( ) O valor do homem é medido pela cultura.
• Termos integrantes: objeto, complemento nominal, 24. ( ) Houve dias de sol em pleno inverno.
agente da passiva. 25. ( ) Caíram ao solo os lápis e os cadernos.

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26. ( ) Assaltaram um banco na cidade. 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante
27. ( ) Já é muito tarde. rígidos para que os estabelecimentos penais da região pos-
28. ( ) São sete horas da noite. sam receber novos presos, confirma a dramática dimensão
29. ( ) ( ) Convém que o país cresça. da crise do sistema prisional.
30. ( ) Abre a porta, Maria! 43. O trecho “pequena cidade a 534 km da cidade de São
31. ( ) Chegaste antes da hora marcada. Paulo” encontra-se entre vírgulas por exercer a função
32. ( ) Devagar, caminhavam os tropeiros na estrada. de aposto.
33. ( ) Aquelas aves azuis cruzavam o céu cinzento.
34. ( ) Nada o aborrecia. (MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing-
35. ( ) Poucos entenderam a palavra do chefe. ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados
36. ( ) Brincavam na calçada os meninos e as meninas. e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola
37. ( ) Chegaram os primeiros imigrantes italianos. aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens,
38. ( ) Ouviu-se uma voz de choro dentro da noite brasi- como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível.
leira. 44. O nome próprio “Mirta Roses Periago” funciona como
39. ( ) Ao longe, tocavam os sinos da aldeia. aposto de “A diretora-geral da OPAS”.
40. ( ) Atropelaram um cão na estrada.
Indique se o termo destacado é aposto ou predicativo.
41. (MJ/Adm.) Aparece uma oração sem sujeito em: 45. A moça, bonita, chegou.
a) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e Morfologia:
informal...” Sintaxe:
b) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de Semântica:
ganhar a vida’ sem cometer crimes.”
c) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...” 46. A moça, chefe da seção, chegou.
d) “Isso é quase um sonho para muitos” Morfologia:
e) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$ 300 Sintaxe:
por mês.” Semântica:

2) Predicativo Versus Aposto 47. A mãe, carinhosa, observava o filho.


Morfologia:
Observe a Questão: Sintaxe:
(Cespe/Abin) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência Semântica:
(Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligên-
cia (Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a 48. A mãe, fonte de carinho, observava o filho.
atividade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora Morfologia:
do fluxo de informações necessárias às decisões de governo, Sintaxe:
no que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades, Semântica:
aos antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
aos mais altos interesses da sociedade e do país. 49. As ameaças, reais ou potenciais, ainda existem.
42. As vírgulas que isolam a expressão “reais ou potenciais” Morfologia:
são obrigatórias, uma vez que se trata de um aposto Sintaxe:
explicativo. Semântica:

Veja o quadro: 3) Adjunto Adnominal Versus Predicativo

Predicativo Aposto Adjunto adnominal Predicativo


É adjetivo ou equivalente. É substantivo ou equivalente. É adjetivo ou equivalente. É adjetivo ou equivalente.
Refere-se a um substantivo Refere-se a um substantivo Refere-se ao substantivo. Refere-se ao substantivo.
ou equivalente. ou equivalente. Estado passageiro ou perma-
Estado passageiro ou perma- Explica, resume, restringe, Estado permanente.
nente.
nente. enumera. Restrição. Explicação.
Separado explica, junto res-
Separado do nome. Indique se o termo sublinhado é adjunto adnominal ou
tringe.
predicativo.
Exemplos de Predicativo 50. A moça bonita chegou.
Morfologia:
Nós somos estudantes. (substantivo na função de pre- Sintaxe:
dicativo) Semântica:
Nós somos vinte. (numeral na função de predicativo)
Língua Portuguesa

Eu sou seu. (pronome na função de predicativo) 51. A moça, bonita, chegou.


Nós somos esforçados. (adjetivo na função de predicativo) Morfologia:
Nós somos de ferro. (locução adjetiva na função de pre- Sintaxe:
dicativo) Semântica:
A solução é que você venha. (oração não função de pre-
dicativo) 52. A moça parece bonita.
Morfologia:
(SGA-AC/Administrador) Uma decisão singular de um juiz Sintaxe:
da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a Semântica:

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53. A mãe carinhosa observava o filho. 65. O juiz considerou a jogada ilegal.
Morfologia: Na voz passiva: A jogada foi considerada ilegal pelo juiz.
Sintaxe: Note: “ilegal” separado de “a jogada”. Então:
Semântica: Morfologia: adjetivo.
Sintaxe: predicativo do objeto.
54. A mãe, carinhosa, observava o filho. Semântica: estado.
Morfologia:
Sintaxe: 66. O juiz observou a jogada ilegal.
Semântica: Na voz passiva: A jogada ilegal foi observada pelo juiz.
Note: “ilegal” junto de “a jogada”. Então:
55. A mãe era carinhosa.
Morfologia: Morfologia: adjetivo.
Sintaxe: Sintaxe: adjunto adnominal.
Semântica: Semântica: característica.

56. O trem atrasado chegou. 67. O edital deixou a turma agitada.


Morfologia: Morfologia:
Sintaxe: Sintaxe:
Semântica: Semântica:

57. O trem chegou atrasado. 68. Um fraco rei faz fraca a forte gente.
Morfologia: Morfologia:
Sintaxe: Sintaxe:
Semântica: Semântica:
58. O trem, atrasado, chegou. 69. Gosto de vocês alegres.
Morfologia: Morfologia:
Sintaxe:
Sintaxe:
Semântica:
Semântica:
59. O trem continua atrasado.
Morfologia: 70. O pai tornou o filho um vencedor.
Sintaxe: Morfologia:
Semântica: Sintaxe:
Semântica:
60. Os inquietos meninos esperavam o resultado.
Morfologia: 71. Helena virou professora.
Sintaxe: Morfologia:
Semântica: Sintaxe:
Semântica:
61. Os meninos esperavam o resultado inquietos.
Morfologia: 72. A vida fez dele um lutador.
Sintaxe: Morfologia:
Semântica:
Sintaxe:
Semântica:
62. Os meninos, inquietos, esperavam o resultado.
Morfologia:
Sintaxe: 73. (Idene-MG/Analista) No fragmento a seguir (...) não con-
Semântica: sidero desertor um jogador que, por qualquer motivo,
não queira defender a seleção de seu país), o termo
63. O furioso Otelo matou Desdêmona. “desertor” desempenha a função de
Morfologia: a) predicativo do sujeito.
Sintaxe: b) predicativo do objeto direto.
Semântica: c) predicativo do objeto indireto.
d) adjunto adverbial de modo.
64. Otelo estava furioso. e) adjunto adverbial de causa.
Morfologia:
Sintaxe: 5) Adjunto Adnominal Versus Adjunto Adverbial
Semântica:
Língua Portuguesa

4) Adjunto Adnominal Versus Predicativo do Objeto Adjunto adnominal Adjunto adverbial


É advérbio ou locução ad-
É adjetivo ou equivalente.
Técnica. Fazer a voz passiva. Ver se fica junto ou separado, verbial.
quando faz mais sentido. Refere-se a um verbo, um
Lembrar que junto é adjunto adnominal. Refere-se a um substantivo.
adjetivo ou um advérbio.
Lembrar que separado é predicativo.
Varia. Não varia.
Obs.: separado significa fora do objeto, quando anali- Tempo, modo, lugar, causa,
Estado, situação.
samos. intensidade etc.

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Analise os termos destacados colocando ADN para adjunto 8) Complemento Nominal Versus Adjunto Adnominal
adnominal e ADV para adjunto adverbial.
74. Muitos animais da floresta são perigosos. Complemento nominal Adjunto adnominal
75. Estes belos animais vieram da floresta. Pode ser agente, posse ou
76. Ele é um narciso às avessas. É alvo, é passivo.
espécie.
77. Ele sempre agiu às avessas. Completa adjetivo, advérbio
78. Investigaram em sigilo os escândalos de alguns políticos. Só determina substantivo.
ou substantivo abstrato.
79. Uma investigação em sigilo desvendou alguns mistérios.
80. É saudável caminhar de manhã. Identifique os termos destacados conforme o código: CN
81. Passeios de manhã fazem bem à saúde. para complemento nominal e ADN para adjunto adnominal.
82. Devemos dirigir com cautela. 111. Foi forte o chute do jogador na bola.
83. Manobras com cautela são mais seguras. 112. O mergulho do atleta no mar causou espanto.
84. As enchentes causam muito prejuízo à população. 113. A comunicação do crime à polícia deixou revoltada a
85. A população sofre muito com as enchentes. população do bairro.
114. O ataque dos EUA ao Iraque promoveu inimizade do
6) Adjunto Adverbial povo árabe contra o Ocidente.
115. Nenhum de nós seria capaz de tanto.
Indique a circunstância expressa pelos adjuntos adverbiais 116. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da seta.
destacados. 117. As outras filhas do latim se mantiveram mais ou menos
86. No Pátio do Colégio afundem meu coração paulistano. fiéis às suas tradições.
87. As cores das janelas e da porta estão lavadas de velhas. 118. Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
88. Clara passeava no jardim com as crianças. 119. As leis de assistência ao proletariado ainda não são
89. Ainda era muito cedo, não podia aparecer ninguém. muito eficientes.
90. Foi para vós que ontem colhi, senhora, este ramo de 120. O interesse do povo não diminuiu.
flores que ora envio. 121. Minha terra tem macieiras da Califórnia.
91. A gente não pode dormir com os oradores e os perni- 122. Os vigilantes, enérgicos, regularizavam a ocupação dos
lugares.
longos.
123. O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração.
92. Quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre a sonhar...
124. (...) fez o paraíso cheio de amores e frutos, e pôs o
93. És tão mansa e macia, que teu nome a ti mesma acaricia.
homem nele.
94. Sigo depressa machucando a areia.
125. O olho da vida inventa luar.
95. Saio de meu poema como quem lava as mãos. 126. Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
96. O céu jamais me dê a tentação funesta de adormecer 127. O estudante de Direito elogiou o leitor de alfarrábios.
ao léu, na lomba da floresta.
97. A bunda, que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca (Jucerja/Administrador)
é trágica.
98. Talvez um dia o meu amor se extinga. “Velhos e novos”

7) Predicativo Versus Adjunto Adverbial Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2006.

Predicativo Adjunto adverbial Quero discutir uma questão que vem há muito me in-
É advérbio ou locução ad- comodando. Há alguns anos, o governo e a sociedade se
É adjetivo ou equivalente. preocupam com o ingresso no mercado de trabalho de jovens
verbial.
e idosos (o que acho válido). E a faixa intermediária, como
Refere-se a um verbo, um
Refere-se ao substantivo. fica? Sendo velhos para o mercado de trabalho e novos para
adjetivo ou um advérbio.
se aposentarem, ficam esquecidos, sujeitos a todo tipo de
Estado passageiro ou perma- Tempo, modo, lugar, causa, humilhação, caindo muitas vezes na depressão, no alcoolis-
nente. intensidade etc. mo, com baixa autoestima. Por que até o momento ainda
Varia. Não varia. não foram lembrados? Alguém já fez alguma pesquisa a esse
respeito, para saber o número dos cidadãos brasileiros que
Analise os termos destacados colocando PDV para predica- passam por esse momento?
tivo e ADV para adjunto adverbial.
99. A moça chegou bonita. Atenciosamente,
100. A moça chegou rápido. Jussimar de Jesus
101. A moça chegou rápida.
102. A moça chegou rapidamente. 128. Com referência às palavras e expressões empregadas
Língua Portuguesa

103. A cerveja desceu redondo. no texto, está incorreto o que se afirma em:
104. A cerveja desceu redonda. a) A carta foi escrita em linguagem formal, e as inter-
105. Dona Vitória entrou lenta. rogações cumprem um papel retórico.
106. Dona Vitória lentamente entrou. b) A maioria dos verbos está no presente do indicativo,
107. Dona Vitória, lento, entrou. mas “ainda não foram lembrados” está no pretérito
108. Dona Vitória, lenta, entrou. perfeito passivo.
109. Vivem tranquilos os anões do orçamento. c) “que vem há muito me incomodando”, que refere-se
110. Vivem na tranquilidade os anões do orçamento. à questão e é sujeito de vem.

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d) “de jovens e idosos” é locução adjetiva e funciona 146. O leitor deve permitir-se repousar um pouco.
como complemento nominal de ingresso. 147. O leitor deve perguntar-se a razão da leitura.
e) O emprego dos parênteses em “(o que acho válido)” 148. O professor deu-se férias.
deve-se à intercalação de um comentário à margem. 149. A minha paz vos dou.
150. Esta regra vos permitirá entender o caso.
129. (Idene-MG/Analista) O segmento inicial do Hino Na- 151. Batei na porta e abrir-se-vos-á.
cional Brasileiro diz o seguinte: “Ouviram do Ipiranga
as margens plácidas// De um povo heroico o brado (Jucerja/Administrador)
retumbante”. Mantendo o sentido original do excerto,
reescrevendo seus versos a partir do sujeito da oração Operário em construção (fragmento)
original e desfazendo as inversões nele ocorrentes, o
texto resultaria em Era ele que erguia casas
a) As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado Onde antes só havia chão.
retumbante de um povo heroico. Como um pássaro sem asas
b) As plácidas margens ouviram do Ipiranga o heroico Ele subia com as casas
brado retumbante de um povo. Que lhe brotavam da mão.
c) As margens do Ipiranga, plácidas, ouviram de um Mas tudo desconhecia
povo o retumbante brado heroico. De sua grande missão:
d) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram o brado Não sabia, por exemplo
retumbante de um povo heroico. Que a casa de um homem é um templo
e) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga de um povo Um templo sem religião
o heroico brado retumbante. Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
9) Função Sintática dos Pronomes Oblíquos Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
Indique a função sintática dos pronomes oblíquos destaca-
dos: De fato, como podia
(OD) objeto direto Um operário em construção
(OI) objeto indireto Compreender por que um tijolo
(CN) complemento nominal Valia mais do que um pão?
(ADN) adjunto adnominal Tijolos ele empilhava
(S) sujeito Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Técnica: trocar o pronome por o menino e analisar. Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
130. Agora, meu filho, diga-me toda a verdade. Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Trocando por “o menino”: Agora, meu filho, diga toda a Adiante um apartamento
verdade AO MENINO. Além uma igreja, à frente
Assim, temos “diga” como VTDI e “AO MENINO” como Um quartel e uma prisão:
objeto indireto. Portanto, o pronome “me” também será Prisão de que sofreria
objeto indireto. Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.
131. O vento batia-me gostosamente no rosto.
(MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa. Org.
Eucanaã Ferraz. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 461)
Trocando por “o menino”: O vento batia gostosamente
no rosto DO MENINO. 152. Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos
Assim, temos “DO MENINO” conectado a “rosto”, que pronomes nos versos.
é substantivo concreto. Portanto, “do menino” só pode ser I – “Era ele que erguia casas” – pronome pessoal reto,
adjunto adnominal e, portanto, o pronome “me” também em função de sujeito.
será adjunto adnominal. II – “Que lhe brotavam da mão.” – pronome pessoal
oblíquo, em função de objeto indireto.
Agora, continue seguindo o modelo acima. III – “Que a casa que ele fazia” – pronome relativo, em
132. Aquele mal atormentou-me durante muito tempo. função de objeto direto.
133. Deixei-me ficar ali em paz. IV – “Sendo a sua liberdade” – pronome possessivo,
134. O processo me foi favorável. em função de adjunto adnominal.
135. Comuniquei-lhe os fatos ontem de manhã.
136. Os meus conselhos foram-lhe bastante úteis. É correto apenas o que se afirma na alternativa:
Língua Portuguesa

137. Vejo-lhe na fronte uma certa amargura. a) I e II.


138. Confiei-lhe todos os meus segredos. b) I e III.
139. Sempre te considerei um grande amigo. c) I, II e IV.
140. Vocês devem ser-me sempre fiéis. d) I, III e IV.
141. Contou-nos essa jovem uma triste história. e) I, II e III.
142. Deixou-nos o moribundo uma bela obra.
143. Eles nos viram entrar aqui. (Prefeitura Cel. Fabriciano-MG) Há duas expressões no fute-
144. O resultado nos será benéfico. bol que me incomodam. (...) Sem ditar regras, e muito menos
145. Chora-lhe de saudade o coração. sem a pretensão de dar aula de educação cívica, prefiro que a

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cidadania, muitas vezes com o hino nacional de fundo, seja 170. Muitos vícios são curados pelas boas leituras.
exercida em outras atividades do dia-a-dia. Por exemplo? Na 171. Ana continua a mesma doçura.
cobrança de transparência das ações de políticos, no con- 172. Elogiaram Pafúncio.
trole do dinheiro arrecadado pelos impostos, no banimento 173. Faz quatro noites que me estão observando.
da vida pública daqueles que nos roubam recursos, mas, 174. A cantora apareceu sorridente e parecia cansada.
sobretudo sonhos. 175. Alguém chegou atrasado.
153. Os pronomes pessoais são muito versáteis quanto aos 176. Eles falaram sério.
valores sintáticos que expressam, em função dos con- 177. Elas falaram sérias.
textos frasais em que se encontrem. Considerando essa 178. Joana e eu entramos apressados no cinema.
reflexão, compare, nos dois fragmentos retirados do
texto de Grecco, o emprego dos pronomes pessoais 12) Aposto Versus Vocativo
nele presentes e indique a alternativa que contém a
indicação correta das funções que eles desempenham
nas orações. Aposto Vocativo
I. “que nos roubam recursos” Fala sobre. Fala com.
II. “que me incomodam” Explica, resume, restringe ou enumera. Chama.
Ambos os termos desempenham a função de: Identifique predicativos, adjuntos adnominais, apostos e
a) objeto direto tanto de roubar quanto de incomodar. vocativos nas orações.
b) objeto indireto tanto de roubar quanto de incomodar. 179. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhores da
c) objeto direto e indireto, respectivamente. aldeia.
d) objeto indireto e direto, respectivamente. 180. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhor da al-
e) adjunto adnominal e complemento nominal. deia.
181. A mãe, dona de bela voz, entre cantos dizia:
10) Podem ser Verbos de Ligação – Vá ao mercado para mim, filho!
182. Durante sete anos, Jacó serviu Labão, pai de Raquel,
Veja o mnemônico: CAFÉ SPP MTV
serrana, bela.
183. Jacó serviu ao pai de Raquel, serrana bela.
C Continuar
A Andar Tipos de Aposto
F Ficar
E Estar Aposto Explicativo Versus Aposto Restritivo
Obs.: somente serão verbos de liga-
ção se tiverem predicativo do sujeito. Restrição significa atributo dado a uma parte do todo.
S Ser Explicação significa atributo dado à totalidade.
P Parecer Nota: Outros verbos sinônimos des-
P Permanecer tes podem ser de ligação. Entendendo restrição e explicação
184. homem honesto.
185. homem mortal.
M Manter-se 186. pedra amarela.
T Tornar-se 187. pedra dura.
V Virar 188. homem fiel.
189. céu azul.
Classifique os verbos.
154. Ana estava tranquila. Entendendo aposto explicativo e aposto restritivo
155. Ana estava em casa. • Aposto restritivo é nome próprio atribuído a um substan-
156. Fernando foi elogiado. tivo anterior, com a finalidade de particularizar um ser
157. Fernando era calmo. entre outros.
158. O país anda preocupado. • Aposto explicativo repete o sentido com outras palavras,
159. O país anda depressa com as reformas. igualando o sentido das expressões.
160. João continua esforçado.
161. João continua no trabalho. 190. Gosto do poeta Fernando Pessoa e do Drummond, mi-
162. A moça chegou bonita. neirão ensimesmado.
163. A moça chegou rápido. 191. A obra de Drummond é orgulho da citada de Itabira.
164. A moça chegou a piloto. 192. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, no es-
165. Ela vive despreocupada. tado de Minas Gerais.
166. Ela vive bem aqui. 193. O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes, maior
167. Ele tornou o setor mais produtivo. acidente geográfico das Américas.
168. Ele tornou-se mais produtivo.
Língua Portuguesa

Aposto Enumerativo Versus Aposto Resumitivo


11) Termo Essencial: Predicado
• Aposto enumerativo constitui lista de seres que especifica
V.LIG. + P.S. => P.N. um termo genérico antecedente. Veja:
SUJEITO V. NÃO LIG. + SEM P.S. => P.V. Lemos autores românticos: Castro Alves, Casimiro de
V. NÃO LIG. + COM predvo.=> P.V.N. Abreu, Álvares de Azevedo.
=> Aposto enumerativo: Castro Alves, Casimiro de Abreu,
Classifique os predicados: verbal, nominal ou verbo-nominal. Álvares de Azevedo.
169. Todo aquele monumento foi restaurado. Termo genérico antecedente: autores românticos.

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• Aposto resumitivo consiste de termo que sintetiza uma 52. Morfologia: adjetivo
lista de elementos já citados. Veja:
Lemos Castro Alves, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Sintaxe: predicativo
todos poetas do Romantismo. Semântica: estado
53. Morfologia: adjetivo
Obs.: aposto resumitivo: todos. Sintaxe: adj. adn.
Semântica: característica:
194. A cidade, os campos, as plantações, as montanhas, tudo 54. Morfologia: adjetivo
era mar. Sintaxe: predicativo
195. João, Maria, Lúcio e Teresa, ninguém acreditava.
Semântica: estado
196. Piratas modernos, os sequestradores precisam ser de-
tidos. 55. Morfologia: adjetivo
197. Piratas modernos, os sequestradores, serão detidos. Sintaxe: predicativo
198. Nem todos estavam escalados. Restavam alguns: Robi- Semântica: estado
nho, Fernando e Franco. 56. Morfologia: adjetivo
Sintaxe: adj. adn.
GABARITO Semântica: característica
57. Morfologia: adjetivo
1. frase nominal. Sintaxe: predicativo
2. frase verbal, período composto, duas orações. Semântica: estado
3. frase verbal, período simples, oração absoluta. 58. Morfologia: adjetivo
4. frase verbal, período composto, duas orações. Sintaxe: predicativo
5. frase nominal. Semântica: estado
6. frase nominal. 59. Morfologia: adjetivo
7. frase verbal, período composto, duas orações (note Sintaxe: predicativo
verbo subentendido: estão). Semântica: estado
8. S 27. SS 60. Morfologia: adjetivo
9. C 28. SS Sintaxe: adj. adn.
10. O 29. SO,S Semântica: característica
11. SS 30. O 61. Morfologia: adjetivo
12. S 31. O Sintaxe: predicativo
13. I 32. S Semântica: estado
14. SS 33. S 62. Morfologia: adjetivo
15. S 34. S Sintaxe: predicativo
16. I 35. S Semântica: estado
17. S 36. C 63. Morfologia: adjetivo
18. C 37. S Sintaxe: adj. adn.
19. O 38. S Semântica: característica
20. C 39. S 64. Morfologia: adjetivo
21. I,I,SO 40. I Sintaxe: predicativo
22. S 41. a Semântica: estado
23. S 42. E 65. Morfologia: adjetivo
24. SS 43. C Sintaxe: predicativo do objeto
25. C 44. C Semântica: estado
26. I 66. Morfologia: adjetivo
45. Morfologia: adjetivo Sintaxe: adj. adn.
Sintaxe: predicativo Semântica: característica
Semântica: estado 67. Morfologia: adjetivo
46. Morfologia: substantivo (chefe) Sintaxe: predicativo
Sintaxe: aposto Semântica: estado
Semântica: explicação 68. Morfologia: adjetivo
47. Morfologia: adjetivo Sintaxe: adj. adn.
Sintaxe: predicativo Semântica: característica
Semântica: estado 69. Morfologia: adjetivo
48. Morfologia: substantivo (mãe) Sintaxe: predicativo do objeto
Sintaxe: aposto Semântica: estado.
Semântica: explicação 70. Morfologia: substantivo (vencedor)
49. Morfologia: adjetivo Sintaxe: predicativo do objeto
Língua Portuguesa

Sintaxe: predicativo Semântica: estado


Semântica: estado 71. Morfologia: substantivo
50. Morfologia: adjetivo Sintaxe: predicativo do sujeito
Sintaxe: adj. adn. Semântica: estado
Semântica: característica 72. Morfologia: substantivo
51. Morfologia: adjetivo Sintaxe: predicativo do sujeito
Sintaxe: predicativo Semântico: estado
Semântica: estado 73. b

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74. ADN 138. OI
75. ADV 139. OD
76. ADN 140. CN
77. ADV 141. OI
78. ADV 142. OI
79. ADN 143. S
80. ADV 144. CN
81. ADN 145. ADN
82. ADV 146. S
83. ADN 147. OI
84. ADN 148. OI
85. ADV 149. OI
86. lugar 150. O
87. causa 151. OI
88. companhia 152. D
153. D
89. tempo, intensidade, tempo, negação
154. VL
90. finalidade
155. VI
91. causa
156. VTD (loc. verbal)
92. lugar 157. VL
93. intensidade 158. VL
94. modo 159. VI
95. lugar 160. VL
96. negação, lugar, lugar 161. VI
97. tempo, negação/tempo 162. VI
98. negação 163. VI
99. PDV 164. VL
100. ADV 165. VL
101. PDV 166. VI
102. ADV 167. VL
103. ADV 168. VL
104. PDV 169. PV
105. PDV 170. PV
106. ADV 171. PN
107. ADV 172. PV
108. PDV 173. PV, PV
109. PDV 174. PVN, PN
110. ADV 175. PVN
111. CN 176. PV
112. ADN, CN 177. PVN
113. CN, CN, ADN 178. PVN
114. AND, CN, ADN, CN 179. aposto
115. CN 180. vocativo
116. ADN 181. aposto, vocativo
117. CN 182. aposto
118. ADN 183. aposto
119. CN 184. restrição
120. ADN 185. explicação
186. restrição
121. ADN
187. explicação
122. CN
188. restrição
123. ADN
189. explicação
124. CN 190. restritivos: Fernando Pessoa, Drummond.
125. ADN Explicativo: Mineirão ensimesmado.
126. ADN 191. ADN: de Drummond.
127. ADN, ADN Aposto restritivo: de Itabira.
128. D (ADN) 192. apostos restritivos: São Francisco, da Canastra, de
129. A Minas Gerais. ADV: no estado de Minas Gerais.
Língua Portuguesa

130. OI 193. apostos restritivos: Amazonas, dos Andes.


131. ADN Aposto explicativo: maior acidente geográfico das
132. OD Américas. ADN: das Américas.
133. S 194. aposto resumitivo: TUDO.
134. CN 195. aposto resumitivo: NINGUÉM.
135. OI 196. aposto explicativo: piratas modernos.
136. CN 197. aposto explicativo: os sequestradores.
137. ADN 198. aposto enumerativo: Robinho, Fernando e Franco.

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SINTAXE DO PERÍODO locuções conjuntivas coordenativas explicativas, que são:
pois (antes do verbo), que, porque, por quanto etc.
Saia logo, pois já são nove horas.
Relações Morfossintáticas e Semânticas no Ele está lutando, pois precisa vencer.
Período Composto Não a prejudique, porque ela é doente.
Período Composto por Coordenação
EXERCÍCIOS
No período composto por coordenação, as orações re-
cebem o nome de orações coordenadas e podem ser assin- Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir,
déticas ou sindéticas. em relação às orações sublinhadas:
• São assindéticas quando não são introduzidas por co- (A) para oração coordenada assindética.
nectivos (conjunções). (B) para oração coordenada sindética adversativa.
• São sindéticas quando são introduzidas por conectivos (C) para oração coordenada sindética aditiva.
(conjunções). (D) para oração coordenada sindética alternativa.
(E) para oração coordenada sindética explicativa.
Observe: (F) para oração coordenada sindética conclusiva.
No período:
Compramos, vendemos, fazemos qualquer negócio. 1. ( ) O vaqueiro do Sul ou está cavalgando ou está par-
Há quatro orações coordenadas e todas assindéticas. ticipando de corrida.
2. ( ) Havia muita gente na sala, mas ninguém socorreu
Porém no período: a vítima.
As casas estavam fechadas e as ruas desertas. 3. ( ) O vaqueiro no Norte conhece bem os seus espaços,
Há duas orações coordenadas, sendo a primeira assin- pois nasceu nas caatingas.
dética e a segunda sindética. 4. ( ) Ele devia estar muito enfraquecido, pois desmaiou.
5. ( ) O trabalho do vaqueiro é duro, portanto ele tem de
As orações coordenadas sintédicas podem ser: ser um homem forte.
6. ( ) Você vem comigo, ou vai-se embora com eles?
1. Orações coordenadas sindéticas aditivas 7. ( ) Telefonei-lhe ontem, mas você tinha saído.
Quando simplesmente ligadas à anterior, sendo introdu- 8. ( ) Meus amigos, o verdadeiro homem não foge, en-
zidas por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas frenta tudo.
aditivas, que são: e, nem, e não, mas também, bem como, 9. ( ) Ele foi a São Paulo de automóvel e voltou de avião.
também etc. 10. ( ) Passou a noite, veio o novo dia e ele continuava
Ele não toma uma atitude nem nos apoia. dormindo.
A casa foi vendida e o carro trocado.
11. ( ) Você não estuda, portanto não passará de ano.
Ele comprou o carro e não comprou a casa.
12. ( ) Tudo parecia difícil, mas ela não reclamava, nem
perdia o ânimo.
2. Orações coordenadas sindéticas adversativas
Quando o seu sentido se opõe ao da anterior, sendo in- 13. ( ) Havia problemas, mas ninguém tentava resolvê-los.
troduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas coorde- 14. ( ) Ninguém nos atendeu; ou estavam dormindo, ou
nativas adversativas, que são: mas, porém, todavia, contudo, tinham saído.
entretanto, no entanto, não obstante etc. 15. ( ) Não perturbes teu pai, que ele está trabalhando.
Queremos lutar, mas ninguém nos apoia. 16. ( ) Nós o prevenimos; portanto ele acautelou-se.
Estou estudando, porém preciso parar. 17. ( ) Ele não só me atrapalha, como também me preju-
Ele estudou, contudo não passou. dica.
18. ( ) Nós o prevenimos, mas ele descuidou-se.
3. Orações coordenadas sindéticas alternativas 19. ( ) Vocês sentem-se prejudicados; ninguém, no entan-
Quando têm significados que se excluem (ou um ou ou- to, protesta.
tro), sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjun- 20. ( ) Certamente ele acautelou-se, pois nós o prevenimos.
tivas coordenativas alternativas, que são: ou, ou... ou, já... 21. ( ) Tudo já está terminado, portanto vamo-nos embora.
já, ora... ora, seja... seja, quer... quer etc. 22. ( ) Provavelmente seremos punidos, porque transgre-
Ou ele resolve tudo, ou tenho de ir eu mesmo. dimos a lei.
Quer estude, quer trabalhe, ele não muda. 23. ( ) O professor não veio; logo não haverá aula.
Esta terra é assim mesmo, ora chove, ora faz sol. 24. ( ) Transgredimos a lei, logo seremos punidos.
25. ( ) Você se diz meu amigo, todavia nem sempre o en-
4. Orações coordenadas sindéticas conclusivas tendo.
Quando exprimem uma conclusão, sendo introduzidas
por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas con- GABARITO
Língua Portuguesa

clusivas, que são: logo, portanto, então, por isso, por con-
seguinte, pois (depois do verbo) etc.
1. D 8. A 15. E 22. E
Houve algum engano, por isso vamos verificar.
2. B 9. C 16. F 23. F
Ele estudou muito, logo venceu na vida.
3. E 10. A 17. C 24. A
Ele pagou seus compromissos, então merece crédito.
4. E 11. F 18. B 25. B
5. F 12. B 19. B
5. Orações coordenadas sindéticas explicativas
6. D 13. A 20. E
Quando encerram uma explicação daquilo que vem ex-
7. B 14. D 21. F
presso na anterior, sendo introduzidas por conjunções ou

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Período Composto por Subordinação Período simples:
Meu desejo é a vossa felicidade.
Vimos no período composto por coordenação que as (predicativo do sujeito)
orações são independentes, não havendo nenhuma ligação Período composto:
de subordinação entre elas, ou seja, uma principal e uma, Meu desejo é que sejais feliz.
ou várias subordinadas. (oração subordinada substantiva predicativa)
Quanto ao período composto por subordinação, haverá
uma espécie de dependência entre elas, havendo é claro, f) Aposto – oração subordinada substantiva apositiva
uma principal e uma ou mais subordinadas. Desempenha a função de aposto da oração principal.
As orações de um período composto por subordinação Veja:
podem ser: Período simples:
• substantivas; Só quero uma coisa: a tua absolvição.
• adjetivas; (aposto)
• adverbiais. Período composto:
Só quero uma coisa: que sejais absolvido.
• Orações Subordinadas Substantivas (oração subordinada substantiva apositiva)

As orações subordinadas substantivas, além de desempe- Observação


nharem as funções de substantivo, desempenham também Você deve ter notado que as orações subordinadas subs-
as funções dos elementos de um período simples, ou seja: tantivas começaram todas por:
a) Sujeito – oração subordinada substantiva subjetiva • Conjunção integrante: que ou se
Desempenha a função de sujeito da oração principal. Todavia podem também ser introduzidas por:
Veja: • Advérbio interrogativo: por que? onde? quando?
Período simples: como?
É necessário a morte do peru. • Pronomes interrogativos: que? quem? qual? quanto?
(sujeito) • Pronomes indefinidos: quem? quantos?
Período composto:
É necessário que o peru morra.
(oração subordinada substantiva subjetiva) EXERCÍCIOS

b) Objeto direto – oração subordinada substantiva ob- Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir,
jetiva direta analisando o que estiver sublinhado.
Desempenha a função de objeto direto da oração prin- (OSSSU) para oração subordinada substantiva subjetiva.
cipal. (OSSSOD) para oração subordinada substantiva objetiva di-
Veja: reta.
Período simples: (OSSSOI) para oração subordinada substantiva objetiva in-
Eu quero a tua colaboração. direta.
(objeto direto) (OSSSPR) para oração subordinada substantiva predicativa.
Período composto: (OSSSAP) para oração subordinada substantiva apositiva.
Eu quero que tu colabores. (OSSSCN) para oração subordinada substantiva completiva
(oração subordinada substantiva objetiva direta)
nominal.
1. ( ) Ali, bem ali, esperávamos que os balões caíssem.
c) Objeto indireto – oração subordinada substantiva
2. ( ) É necessário que você colabore.
objetiva indireta
3. ( ) Alberto disse que não morava na cidade.
Desempenha a função de objeto indireto da oração
principal. 4. ( ) Ficamos à espera de que o barco se aproximasse.
Veja: 5. ( ) Somos gratos a quem nos ajuda.
Período simples: 6. ( ) Reconheço-lhe uma qualidade: você é sincera.
Eu preciso de tua colaboração. 7. ( ) O sonho do pai era que o filho se formasse.
(objeto indireto) 8. ( ) Convém que te justifiques.
Período composto: 9. ( ) Está provado que esta doença já tem cura.
Eu preciso de que tu colabores. 10. ( ) Roberto era quem mais reclamava.
(oração subordinada substantiva objetiva indireta)
11. No período: “Que conversassem de amores, é possível”.
d) Complemento nominal – oração subordinada subs- A primeira oração classifica-se como:
tantiva completiva nominal a) subordinada substantiva predicativa.
Desempenha a função de complemento nominal da b) subordinada substantiva apositiva.
oração principal. c) subordinada substantiva subjetiva.
Veja: d) subordinada substantiva objetiva direta.
Período simples: e) principal.
Sou favorável à execução da fera.
Língua Portuguesa

(complemento nominal)
12. A oração sublinhada em: “Não permita Deus que eu
Período composto:
Sou favorável a que executem a fera. morra...” tem:
(oração subordinada substantiva completiva nominal) Valor de função sintática de
a) adjetivo objeto direto
e) Predicativo – oração subordinada substantiva pre- b) substantivo sujeito
dicativa c) advérbio adjunto adverbial
Desempenha a função de predicativo do sujeito da ora- d) substantivo objeto direto
ção principal. e) adjetivo sujeito

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13. Observe as orações sublinhadas nos períodos seguintes: Que: Mulher que muito se mira, pouco fiado tira.
I – Era necessário que Tistu compreendesse. Quem: Sou eu quem perde.
II – Todos esperavam que vencêssemos.
III – Tistu precisava de que o ajudassem. Observação:
Para analisar orações em que entre o relativo quem, é
São respectivamente: necessário desdobrá-lo em: aquele que.
a) objetiva direta, objetiva direta e subjetiva. Qual: Dê-me o troco do dinheiro com o qual você pagou
b) subjetiva, objetiva direta e objetiva indireta. a entrada.
c) subjetiva, subjetiva e completiva nominal. Cujo: Xadrez é um jogo cujas regras nunca entendi.
Onde: Conheço a rua onde mora o professor.
d) predicativa, completiva nominal e subjetiva.
e) subjetiva, objetiva indireta e objetiva direta. Observação:
Onde = em que
14. Numere corretamente, de acordo com a classificação Quanto: Tudo quanto existe é obra divina.
das orações subordinadas substantivas:
(1) Subjetiva A oração subordinada adjetiva pode ser:
(2) Objetiva direta
(3) Objetiva indireta Restritiva ou Explicativa
(4) Predicativa
(5) Completiva nominal É restritiva quando restringe ou limita o sentido do nome
(6) Apositiva ou pronome a que se refere. A qualidade ou propriedade
expressa pela oração subordinada adjetiva, nesses casos, não
( ) Fabiano viu que tudo estava perdido. é intrínseca, não é essencial ao nome ou pronome a que se
( ) O seu desespero era que os bichos se finavam. reporta a oração.
( ) Era preciso que chovesse. O homem que crê, nunca se desespera.
( ) Tudo dependia de que Deus fizesse um milagre. Oração principal: O homem nunca se desespera.
( ) Eles só esperavam uma coisa: que chovesse. Oração subordinada adjetiva: que crê.
( ) Sinhá Vitória fez referência a que Fabiano a acom- Justificativa: Nem todo homem crê.
panhasse. Logo, a crença não é qualidade comum a todos os ho-
mens.
Assinale a sequência obtida: A oração restringe ou limita o sentido do termo homem,
a) 2 – 4 – 1 – 3 – 6 – 5 pois o autor refere-se somente ao homem que crê, e não a
b) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 – 6 todo e qualquer homem.
c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6
d) 2 – 4 – 1 – 6 – 5 – 3 É explicativa quando exprime uma qualidade inerente,
essencial ao nome com que se relaciona.
GABARITO O homem, que é mortal, tem no túmulo o epílogo da vida.
Oração principal: O homem tem no túmulo o epílogo da
1. OD 5. CN 9. SU 13. b vida.
2. SU 6. AP 10. PR 14. a Oração subordinada adjetiva explicativa: que é mortal.
3. OD 7. PR 11. c Justificativa: todo homem é mortal.
4. CN 8. SU 12. d Logo, a morte é inerente à natureza do homem.

Os exemplos apresentados revelam-nos que a adjetiva


• Orações Subordinadas Adjetivas restritiva é indispensável ao sentido do período, enquanto
que a adjetiva explicativa pode ser retirada do período sem
A oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor prejudicar o sentido. A adjetiva explicativa vem sempre en-
de um adjetivo e funciona como adjunto adnominal de um tre vírgulas e as restritivas aceitam vírgulas apenas, onde
termo que a antecede. Observe: terminam.
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase co-
movente. Importante
A palavra sublinhada funciona como adjunto adnominal Se, no entanto, as palavras: quem, qual, onde, quan-
da palavra frase. to, quando e como figuram na oração, sem antecedente
expresso, as orações por eles introduzidas não mais serão
Veja agora a substituição: adjetivas, mas sim, subjetivas.
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase que Exemplifiquemos comparando adjetivas com subjetivas:
me comoveu. Conheço a rua onde mora o professor.
Antecedente expresso: rua
O termo sublinhado, que substitui a palavra comovente
Or. sub. adj. restr.: onde mora o professor
da oração, recebe o nome de oração subordinada adjetiva,
Língua Portuguesa

e está sendo introduzida pelo pronome relativo que. Diga-me onde mora o professor.
oração sub. sub. ob. direta
Veja outros exemplos:
Restavam-se as conversas interrompidas à noite. Ficamos admirados todos quantos o viram.
Restavam-se as conversas que eram interrompidas à noite. Antecedente expresso: todos
Algumas fábricas liberam gases prejudiciais à saúde. Or. sub. adj. restr.: quantos o viram
Algumas fábricas liberam gases que prejudicam à saúde.
As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por Veja quanto pode emprestar-me.
um pronome relativo (que, quem, qual, cujo, onde, quando). or. sub. sub. obj. direta

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• Oração Subordinada Adjetiva • Orações Subordinadas Adverbiais

1. Restritiva Além das orações subordinadas substantivas e adjeti-


vas, existem as adverbiais, que exercem a função de adjunto
Características adverbial, ou seja, funcionam como adjunto adverbial de
a) Restringe a significação do substantivo ou do pronome outras orações e vêm, normalmente, introduzidas por uma
antecedente . conjunção subordinativa (com exceção das integrantes).
b) É indispensável ao sentido da frase. São classificadas de acordo com a conjunção ou locução
c) Não se separa por vírgula da oração principal. conjuntiva que as introduz.
O livro que ela lia era a loucura do homem agoniado.
1) Causal
2. Explicativa Indica a causa da ação expressa pelo verbo da oração
principal. As principais conjunções introdutoras são: porque,
Características visto que, já que, uma vez que, como.
a) Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente. Só não morri à míngua, porque o povo daqui me socorreu.
b) É dispensável ao sentido da frase.
c) Vem separada por vírgulas da oração principal. 2) Comparativa
Jorge de Lima, que foi um poeta da segunda fase, do Estabelece uma comparação com a ação indicada pelo
Modernismo brasileiro, escreveu uma obra junto com verbo da oração principal. As principais conjunções introdu-
Murilo Mendes. toras são: que e do que (precedidos do mais, menos, melhor,
pior, maior, menor), como.
EXERCÍCIOS Obs.: frequentemente, omite-se nas comparativas o ver-
bo da oração subordinada.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos seguin- Ela é tão bela como uma flor.
tes, em relação à oração que estiver sublinhada.
(R) para oração subordinada adjetiva restritiva. 3) Concessiva
(E) para oração subordinada adjetiva explicativa. Indica uma concessão às ações do verbo da oração prin-
cipal. Isto é, admite uma contradição ou um fato inesperado.
1. ( ) Os alunos que chegarem atrasados serão advertidos. As principais conjunções introdutoras são: embora, a menos
2. ( ) A vida, que é curta, deve ser bem aproveitada. que, se bem que, ainda que, contanto etc.
3. ( ) A perseverança, que a marca dos fortes, leva a su-
Fiz a prova, embora tivesse chegado atrasado.
cessos na vida.
4. ( ) Quero somente as fotos que saírem perfeitas.
5. ( ) Pedra que rola fica lisa. 4) Condicional
6. ( ) O carro que bateu vinha a mais de oitenta. Indica a situação necessária à ocorrência da ação do
7. ( ) O Amazonas, que é o maior rio do mundo em vo- verbo da oração principal. As principais conjunções condi-
lume d’água, nasce nos Andes. cionais que as introduzem são: se, salvo se, exceto, desde
8. ( ) O cavalo que ganhou o grande prêmio Brasil chama- que, contanto que, sem que.
-se Sun Set. Só irei com vocês, se me pagarem a passagem.
9. ( ) Os carros que não tiverem placa serão multados.
10. ( ) O homem, que é um ser mortal, tem uma missão 5) Conformativa
sobre a terra. Indica uma conformidade entre o fato que expressa e a
11. ( ) A lua, que é um satélite da terra, recebe a luz solar. ação do verbo da oração principal. As principais conjunções
12. ( ) O negro que está faminto precisa de cuidados especiais. introdutórias são: como, consoante, segundo, conforme.
13. ( ) A vida, que é boa, deve ser aproveitada. Como havíamos previsto, a festa esteve ótima.
14. ( ) Ali fica o consultório que pertence a meu amigo.
15. ( ) As justificativas, que escutei, são do pobre coitado. 6) Consecutiva
16. ( ) Ontem vi o amigo que vai viajar comigo. Indica a consequência resultante da ação do verbo da
17. ( ) O médico, que está a serviço do povo, atendeu a oração principal. As principais conjunções introdutórias são:
um chamado. (tão)... que, (tanto) ... que, (tamanho)... que etc.
18. ( ) Era um homem que tinha muita coragem. Tremia tanto, que mal podia andar.
19. ( ) O médico prestou favores que não podem ser esti-
mados. 7) Final
20. ( ) É deliciosa a sensação inusitada que senti. Indica o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração
21. ( ) Ontem examinei a senhora gorda que está diabética. principal. As principais conjunções que as introduzem são:
22. ( ) O cliente que chegar atrasado será advertido.
para que, afim de que, (= para que).
23. ( ) O médico que ajudou o preto chama-se Jamur.
24. ( ) O Rio de Janeiro, que é a cidade rica em belezas Fiz-lhe sinal, para que viesse.
naturais, é hospitaleira.
25. ( ) O homem que desmaiou vinha mal intencionado. 8) Proporcional
Língua Portuguesa

Indica uma relação de proporcionalidade com o verbo


da oração principal. As principais conjunções introdutoras
GABARITO são: à medida que, enquanto, quanto mais... mais, quanto
mais... menos, à proporção que.
1. R 6. R 11. E 16. R 21. R À medida que caminhávamos, víamos aparecer a casa.
2. E 7. E 12. R 17. E 22. R
3. E 8. R 13. E 18. R 23. R 9) Temporal
4. R 9. R 14. R 19. R 24. E Indica a circunstância de tempo em que ocorre a ação do
5. R 10. E 15. E 20. R 25. R verbo da oração principal. As principais conjunções introdu-

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toras são: antes que, quando, assim que, logo que, até que, h) ( ) Os preços dos gêneros alimentícios aumentam
depois que, mal, apenas. diariamente, porque a inflação está acelerada.
Assim que deu o sinal, os alunos saíram. i) ( ) Semeie hoje, para que colha bons frutos amanhã.
j) ( ) Os deveres tomam-se agradáveis, se os cumpri-
EXERCÍCIOS mos com boa vontade.
k) ( ) Os outros nos tratam, conforme os tratamos.
1. No período: “As nuvens são cabelos crescendo como l) ( ) À proporção que lemos, vamos adquirindo mais
rios” (JCMN). cultura.
A oração sublinhada é classificada como: m) ( ) Só valorizamos certas coisas, quando as perdemos.
a) adverbial consecutiva. n) ( ) Tanto vai o vaso à fonte, que um dia se rompe.
b) adverbial final. o) ( ) O amor só floresce, se o regarmos com muito
c) adverbial proporcional. carinho.
d) adverbial comparativa. p) ( ) O silêncio pode comunicar tanto, quanto a palavra.
q) ( ) Habituai-vos a obedecer, para aprender a mandar
2. Nos versos: (R.R.)
r) ( ) Se eu não fosse imperador, desejaria ser profes-
“... delas se emite um canto
sor (D. Pedro II)
de uma tal continuidade
s) ( ) Os olhos nunca enganam; nem mesmo quando
que continua cantando (1)
pretendem enganar.
se deixa de ouvi-lo a gente; t) ( ) Se os espelhos falassem, haveria menos gente
como a gente às vezes canta (2) diante deles.
para sentir-se existente” (3)
(J.C.M.N.)
GABARITO
Temos nos versos (1), (2) e (3) sublinhados, respectiva-
mente, orações subordinadas adverbiais: 1. d c) 4 i) 7 o) 4
a) consecutiva ‑ comparativa – final. 2. a d) 2 j) 4 p) 2
b) final – proporcional – comparativa. 3. c e) 9 k) 5 q) 7
c) causal – conformativa – final. 4. c f) 3 l) 8 r) 4
d) causal – comparativa – final. 5. a) 8 g) 6 m) 9 s) 9
b) 5 h) 1 n) 6 t) 4
3. No período: “Não permita Deus que eu morra sem que
eu volte para lá”. (Gonçalves Dias)
A oração subordinada adverbial deve ser classifica como: EXERCÍCIOS
a) comparativa.
b) consecutiva. (MMA) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão
de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina
c) condicional.
de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis,
d) final.
que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa,
receosos de serem detidos e repatriados.
4. No período: “Como havia pouca gente presente, a reu-
1. O uso das vírgulas justifica-se por isolar oração subor-
nião foi suspensa”. dinada adjetiva restritiva.
A oração destacada apresenta uma circunstância de:
a) tempo. (MMA/Analista) Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao
b) condição. mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustí-
c) causa. vel, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer propor-
d) consequência. ção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos
na sua permanência no mercado por muito tempo.
5. Coloque nos parênteses que precedem os períodos 2. A vírgula após “bicombustível” isola oração subordinada
abaixo, em relação às orações subordinadas adverbiais adjetiva explicativa.
sublinhadas:
(1) para causal (MPE-RR/Atendente) Os Estados Unidos da América (EUA),
(2) para comparativa que desde a última década vinham relegando para um segun-
(3) para concessiva do plano esforços direcionados à conservação de energia – os
(4) para condicional carros grandes têm hoje maior participação relativa, no total
(5) para conformativa da frota norte-americana, que a registrada antes do primeiro
(6) para consecutiva choque do petróleo, em 1973/1974 –, até estabeleceram me-
(7) para final tas ambiciosas de redução do consumo de óleo no setor de
(8) para proporcional transportes, contando com expressiva produção de etanol.
(9) para temporal 3. A vírgula empregada após “transportes” isola oração
adjetiva restritiva.
a) ( ) À medida que o trem se aproximava, o barulho
Língua Portuguesa

aumentava. (MRE/Assistente de Chancelaria) Segundo o ex-assessor es-


b) ( ) Ele agia, como devia. pecial de Lula, Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba,
c) ( ) Nada farei, sem que me auxilies. onde esteve com Raúl Castro, de quem é amigo pessoal, os
d) ( ) Leem, como analfabetos. cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês, exata-
e) ( ) Sempre que posso, leio alguma coisa. mente por valorizar o crescimento econômico sem levar em
f) ( ) Ainda que as estatísticas comprovem, não acre- conta o desenvolvimento social.
dito no que dizem. 4. O trecho “que chegou recentemente de Cuba” está entre
g) ( ) A inflação está tão acelerada, que os preços dos vírgulas por tratar-se de oração subordinada adjetiva
gêneros alimentícios aumentam diariamente. restritiva.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
(Teresina-PI/Agente Fiscal) A produtividade industrial, que Anita trabalhou e estudou.
se mede dividindo o volume da produção pelo número de O povo não só exige respeito, mas também paga im-
trabalhadores, vem crescendo há bastante tempo, mas, até postos.
recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível
de emprego. Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto,
5. A oração “que se mede dividindo o volume da produ- entretanto, não obstante.
ção pelo número de trabalhadores” está entre vírgulas O país cresceu, mas não gerou empregos.
porque tem natureza restritiva.
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja.
Emprego das Conjunções Ou saio para ir com você ou fico em casa.

1) Conjunções subordinativas e locuções prepositivas Conclusivas: logo, pois (após o verbo da oração e entre
Causais: porque, pois, visto que, já que, na medida em vírgulas), portanto, assim, por isso, por conseguinte, dessar-
que, que, visto como, uma vez que, como (anteposto à oração te/destarte, posto isso.
principal), porquanto. Mílvio estuda Português faz dois anos, portanto já sabe
Os turistas desistiram da visita, visto que chovia. muito.
Já que o país não crescia, o investidor se retirava.
Explicativas: pois (antes do verbo), que ( = porque), por-
Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, porquanto.
que, posto que, apesar de que, por mais que, por menos que, Feche a porta, que está frio.
apesar de, não obstante, malgrado, conquanto. O país cresceu, porque o desemprego diminuiu.
Embora chova, sairei.
Por mais que tente, não te entendo. EXERCÍCIOS
A fé ainda move montanhas, posto que esteja abalada.
Malgrado seja domingo, ela está trabalhando. (Banco do Brasil/Escriturário) As empresas que pretendem
fazer um investimento social mais eficaz tendem a não ser as
Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a não executoras dos projetos, contratando consultores ou orga-
ser que, sem que. nizações especializadas para desenvolvê-los. Ao adotar essa
O amor não se rompe, desde que sejam fortes os laços. estratégia, a empresa compartilha o papel de produtora so-
Se viagens instruíssem homens, os marinheiros seriam cial com a organização executora.
o mais sábios. 6. A substituição de “Ao adotar” por Quando adota man-
A não ser que trabalhe, não prosperará. tém a correção gramatical e o sentido original do perí-
odo.
Consecutivas: tal que, tanto que, de sorte que, de modo
que, de forma que, tamanho que. (Banco do Brasil/Escriturário) O número de mulheres no
A fé era tamanha que muitos milagres se operavam. mercado de trabalho mundial é o maior da História, tendo
Choveu tanto que a ponte caiu. alcançado, em 2007, a marca de 1,2 bilhão, segundo relatório
da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em dez anos,
Conformativas: conforme, como, segundo, consoante. houve um incremento de 200 milhões na ocupação feminina.
Chorarão as pedras das ruas, como diz Jeremias sobre as Ainda assim, as mulheres representaram um contingente
de Jerusalém destruída. distante do universo de 1,8 bilhão de homens empregados.
7. O desenvolvimento das ideias do texto confere à ora-
Comparativas: como, assim como, tal qual, que, do que, ção reduzida iniciada por “tendo alcançado” um valor
(tanto) quanto / como. adjetivo, correspondente a que tem alcançado.
Janete estuda mais que trabalha. 8. A relação de sentidos entre as orações do 1º parágrafo
Elias canta tal qual Zezé. do texto permite substituir “Ainda assim” por No en-
Jesus crescia tanto em estatura quanto em sabedoria. tanto ou por Apesar disso, sem prejuízo da correção
gramatical do texto.
Finais: para que, porque, a fim de que, para, a fim de.
O gerente deu ordens para que nada faltasse aos hós- (Banco do Brasil/Escriturário) Vale notar, também, que os
pedes. bons resultados dos bancos médios brasileiros atraíram gran-
Estudei porque vencesse na vida. des instituições do setor bancário internacional interessa-
das em participação segmentada em forma de parceria. O
Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao pas- Sistema Financeiro Nacional só tem a ganhar com esse tipo
so que, quanto mais... mais, quanto mais... menos, quanto de integração. Dessa forma, o cenário, no médio prazo, é
menos... mais, quanto menos... menos. de acelerado movimento de fusões entre bancos médios,
Quanto mais conhecia os homens, mais Pafúncio confiava processo que já começou. Será um novo capítulo da história
em Deus. bancária do país.
À medida que enxergava, o ex-cego se alegrava. 9. A relação semântico-sintática entre o período que ter-
mina em “parceria” e o que começa com “O Sistema
Língua Portuguesa

Temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de- Financeiro” seria corretamente explicitada por meio da
pois que, mal, sempre que. conjunção Entretanto.
Sempre que corríamos à janela, assistíamos ao pôr-do-sol.
Mal as provas chegaram, os alunos se agitaram. (Banco do Brasil/Escriturário) A Airbus mantém 4.463 aerona-
ves em operação, enquanto a Boeing tem 24 mil – incluindo
2) Conjunções coordenativas (para comparar e distin- 5 mil Boeing 737, o principal rival do Airbus 320, o mesmo
guir) modelo do envolvido em recente acidente aéreo. As duas
Aditivas: e, nem ( = e não), mas também. empresas travam um duelo à parte pelo mercado da aero-
Astolfo não cantou nem dançou. náutica. No ano passado, a Airbus recebeu 791 encomendas

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contra 1.044 da Boeing. No entanto, a Airbus entregou 434 E então a paz começa a chegar.
aviões a jato; sua concorrente, 398. 46 A paz é uma infatigável busca de valores para o bem
10. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção de todos. É o esforço criador da humanidade gerando
gramatical do período, ser substituído por ao passo que. recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espiri-
49 tuais, que são indispensáveis à subsistência, ao cresci-
(Banco do Brasil/Escriturário) Uma pesquisa realizada em 16 mento e ao relacionamento consciente e fraterno da
países mostrou que os jovens brasileiros são os que colecio- humanidade.
nam o maior número de amigos virtuais. A média brasileira
de contatos é mais do que o dobro da mundial, que tem como Acerca das ideias e da sintaxe do texto, julgue os itens.
base países como Estados Unidos da América (EUA) e China. 14. A oração “Pois o que importa são as situações concretas”
11. Em “mais do que”, a eliminação de “do” prejudica a cor- (l.11-12) estabelece uma relação de causa com a oração
reção gramatical do período. anterior.
15. A oração “Se a humanidade quiser a paz efetiva” (l. 20)
(Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o estabelece uma relação de condição.
desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em 16. Nos períodos “A paz conformista que adia soluções”
escala mundial – como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun- (l. 25), “A paz alienante que distrai a consciência” (l. 28)
do – quanto regional, com disputas nos vários continentes. e “A paz cúmplice que disfarça absurdos” (l. 31), o vo-
12. O emprego de “tanto” está articulado ao emprego de cábulo “que” é um pronome relativo que exerce função
“quanto” e ambos conferem ao período o efeito de sen- de sujeito.
tido de comparação. 17. Na oração “A paz é uma infatigável busca de valores”
13. Subentende-se após “quanto” a elipse da expressão (l. 46), a expressão sublinhada é predicativo do sujeito.
como.
Julgue os itens subsequentes, relativos à sintaxe do trecho:
(CBM-ES/Soldado) Exigências da paz “Expressa o modo existencial como os homens trabalham,
se relacionam e conduzem o destino da História”.
1 Acredito na paz e na sua possibilidade como forma 18. Subentende-se a expressão essa forma de convivência
normal de existência humana. Mas não acredito nas ca- como sujeito da forma verbal “Expressa”.
ricaturas de paz que nos são constantemente propostas, 19. Antes de “se relacionam” e de “conduzem” subentende-
4 e até inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada, -se o conector “como”.
mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz. 20. A expressão “o destino da história” é complemento
A paz não é uma abstração. É uma forma de convi- direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e
7 vência humana. Expressa o modo existencial como os “conduzem”.
homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino
da História. (CPC) Se a Holanda tivesse vencido os portugueses no Nor-
10 Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz. deste no século XVII, nosso herói não seria Matias de Albu-
Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o querque, mas Domingos Fernandes Calabar, senhor de terras
que importa são as situações concretas em que vive a e contrabandista que traiu os portugueses e se passou para
13 humanidade. o lado dos batavos.
Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e con- 21. A substituição de “Se a Holanda tivesse vencido” por
Tivesse a Holanda vencido preserva a correção e o sig-
some slogans de paz, mas a que desenvolve concreta-
nificado.
16 mente formas de existência social em que os homens
vivam com dignidade, e possam participar dos valores
(Seplag/DFTrans/Técnico)
materiais e espirituais que respondam às necessidades
19 básicas da vida humana. 1 A compreensão dos processos históricos relacio-
Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar nados a determinados assuntos é possível quando se
disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar levam em consideração manifestações concretas que
22 tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a 4 acontecem na vida das pessoas, contextualizando-as no
falsa paz: A paz concordista que aceita, com tolerância espaço e no tempo. Assim sendo, é de suma importância
descabida, situações injustas. relacionar fatos históricos brasileiros ao desenvolvimen-
25 A paz conformista que adia soluções contorna pro- 7 to dos meios de transporte para facilitar o entendimento
blemas, silencia dramas sob a alegação de que o mun- da participação e da importância destes na integração
do sempre foi assim, e de que é preciso esperar com das regiões brasileiras e no seu desenvolvimento so-
28 paciência. 10 cioeconômico.
A paz alienante que distrai a consciência para que Tão antigos quanto a existência do próprio homem
não se percebam os males que machucam o corpo e são o desejo e a necessidade humanos de se deslocar, de
31 encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que 13 se mover, de transportar, enfim, de transitar, fato que se
disfarça absurdos, desculpa atrocidades, justifica opres- antecipa mesmo ao surgimento dos meios de transporte.
sões e torna razoáveis espoliações desumanas. Foi exatamente pela necessidade de transitar que, há
34 A paz não tem a missão de camuflar erros, mas 16 500 anos, os europeus chegaram ao continente ameri-
de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio cano e fizeram do território que hoje se chama Brasil o
Língua Portuguesa

para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o seu espaço de exploração. Entretanto, para descobrir as
37 problema. 19 potencialidades de um país com tamanha vastidão terri-
Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver torial e conhecê-lo em sua totalidade, desenrolaram-se
paz no lar em que a criança está morrendo por falta de muitas histórias.
40 remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode
haver paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a 22. A relação que o período iniciado por “Assim sendo”
perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o pri- (l. 5-6) mantém com as ideias do período imediatamente
43 meiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego, anterior permite que esse termo seja substituído por
o ódio, a perseguição. Desse modo ou Por isso.

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23. As ocorrências da preposição “para” nas linhas 7 e 18 30. A expressão “A despeito da” pode, sem prejuízo para a
introduzem, no desenvolvimento da argumentação, fi- correção gramatical e as informações originais do perí-
nalidades para as ações centradas em “relacionar” (l. 6) odo, ser substituída por qualquer uma das seguintes:
e em “desenrolaram-se” (l. 20), respectivamente. Apesar da, Embora haja, Não obstante a.

(MMA/Analista) Por ironia, as notícias mais frequentes pro- (Prefeitura de Vila Velha-ES) O restante corresponde à água
duzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descober- salgada dos mares (97%) e ao gelo nos polos e no alto das
ta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta
escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação preocupação.
humana. 31. A oração “Administrar essa cota de água doce” exerce
24. O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguin- função sintática de sujeito.
tes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
Ele só descobre que um bem é fundamental quando dei-
(MPE-RR/Atendente) Enquanto autoridades internacionais xa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a
vêm condenando duramente a expansão da produção de liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir
biocombustíveis, o governo federal arma-se, acertadamente, e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras
para enfrentar a onda de rejeição daí nascida. liberdades, preso no porão.
25. A substituição do termo “Enquanto” por À medida que 32. A oração “que um bem é fundamental” exerce a mesma
prejudica a correção gramatical do período. função sintática que “todas as outras liberdades”.
33. No trecho “de que me adiantava isso”, o pronome “isso”
(MRE/Assistente de Chancelaria) O boom no preço das com- complementa a forma verbal “adiantava”.
modities exportadas pelo Brasil amplia o fôlego da economia
nacional para absorver importações crescentes sem ameaçar (Abin/Analista) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência
o equilíbrio externo. O nível do câmbio, entretanto, também (Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência
produz efeitos adversos, não neutralizados pela política eco- (Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a ativi-
nômica. dade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora do
26. O termo “entretanto” pode, sem prejuízo para a corre- fluxo de informações necessárias às decisões de governo, no
ção gramatical e a informação original do período, ser que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades, aos
substituído por qualquer um dos seguintes: contudo, antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
mas, porém, todavia, conquanto. aos mais altos interesses da sociedade e do país.
34. O primeiro período sintático permaneceria gramatical-
(MRE/Assistente de Chancelaria) Certamente, o recorde de mente correto e as informações originais estariam pre-
atração de investimentos externos confirmado agora tem servadas com a substituição da palavra “mediante” por
relação direta com o fato de o país ter-se transformado de qualquer uma das seguintes expressões: por meio de,
devedor em credor internacional. Ao assegurar um volume por intermédio de, com, desencadeando, realizando,
de reservas cambiais superior ao necessário para garantir o desenvolvendo, empreendendo, executando.
pagamento da dívida externa, o Brasil tranquilizou os credo-
res sobre a sua possibilidade de honrar os compromissos. O dinheiro foi aplicado em um poderoso esquema para evitar
27. A substituição de “Ao assegurar” por Quando assegurou ataques terroristas, como ocorreu nos Jogos de Munique, em
prejudica a correção gramatical do período e altera as 1972, quando palestinos da organização Setembro Negro
suas informações originais. invadiram a Vila Olímpica e mataram dois atletas israelenses.
35. A inserção de o que imediatamente antes de “ocorreu”
(MRE/Assistente de Chancelaria) O afastamento de Fidel Cas- prejudicaria a sintaxe do período e modificaria o sentido
tro, como quer que deva ser analisado de diversos pontos da informação original.
de vista, tem certamente significado simbólico. Ele aponta
para o fim de uma singular experiência revolucionária no 36. (TRT 1ª R/Analista)As conjunções destacadas nos trechos
hemisfério, que, não obstante o que aparece como sobrevi- a seguir estão associadas a uma determinada interpre-
da melancólica nas condições de hoje, ao nascer incendiou tação. Assinale a opção que apresenta trecho do texto
romanticamente a imaginação de muitos de nós e nos mo- seguido de interpretação correta da conjunção desta-
bilizou. cada.
28. O termo “não obstante o” pode, sem prejuízo para a a) A série de dados do Caged tem início em 1992. Con-
correção gramatical e para as informações originais do tra os três primeiros meses de 2007, quando foram
período, ser substituído por apesar do ou a despeito do. criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo
informações do MTE, o crescimento no número de
(Teresina-PI/Agente Fiscal) No ano passado, a produção in- empregos formais criados foi de 38,7%. (proporcio-
dustrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o nalidade)
total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer b) “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos,
dizer que a produtividade cresceu sem necessidade de de- bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalis-
Língua Portuguesa

missões de trabalhadores, como ocorreu entre 1990 e 2003. tas. (comparação)


29. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção c) “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. ‘É um
gramatical e para as informações originais do período, erro imaginar que há inflação no Brasil’. (consequência)
ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo d) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e
que, na medida que, conquanto. carros, por exemplo, que são impactados pela decisão
dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jorna-
(Teresina-PI/Agente Fiscal) A despeito da desaceleração listas. O ministro avaliou, entretanto, que o impacto
econômica nas nações ricas, as cotações das commodities maior se dará nas operações de comércio exterior.
agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão. (oposição)

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e) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e (Abin/Oficial de Inteligência) Há histórias, no plural; o mundo
carros, por exemplo, que são impactados pela de- tornou-se intensamente complexo e as respostas não são
cisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de
a jornalistas. O ministro avaliou, entretanto, que o um curso único para a história, os projetos humanos têm um
impacto maior se dará nas operações de comércio assentamento inicial que já permite abrir o presente para a
exterior. Isso porque a decisão sobre juros tende a construção de futuros possíveis.
trazer mais recursos para o Brasil “Isso porque a de- 45. A relação que a oração iniciada por “e as respostas” man-
cisão sobre juros tende a trazer mais recursos para tém com a anterior mostra que a função da conjunção
o Brasil”. (conclusão) “e” corresponde à função de por isso.

(SGA-AC) A sentença determina, entre outras medidas, que (Detran/Analista de Trânsito) Construções e usos de interesse
as penitenciárias somente acolham presos que residam em particular desrespeitam sistematicamente os códigos de obra
um raio de 200 km. Segundo o juiz, as medidas que tomou e as leis de ocupação do solo. Invadem o espaço público, e
são previstas pela Lei de Execução Penal. Sua sentença foi o resultado é uma cidade de edificação monstruosa e hostil
muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que ao transeunte. É preciso, portanto, que o espírito da blitz na
irá recorrer ao Tribunal de Justiça. avenida Paulista seja estendido para toda a cidade.
37. As orações subordinadas “que as penitenciárias somente 46. A palavra “portanto” estabelece relação de condição
acolham presos”, “que tomou” e “que irá recorrer ao entre segmentos do texto.
Tribunal de Justiça” desempenham a função de com-
plemento do verbo. (Detran/Analista de Trânsito) Há, porém, outras mais graves,
que se instalam lentamente no organismo, como o aumento
(SGA-AC) Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o gover- da pressão arterial e a ocorrência de paradas cardíacas. Estas
no estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça. podem passar despercebidas, já que nem sempre apresen-
38. O emprego da conjunção “Contudo” estabelece uma tam uma relação tão clara e direta com o fator ambiental.
relação de causa e efeito entre as orações. De imediato, existe o alerta: onde morar em metrópoles?
47. A locução “já que” estabelece uma relação de compa-
(SGA-AC) Falara com voz sincera, exaltando a beleza da pai- ração no período.
sagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o
resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do (Detran/Analista de Trânsito) Todavia, foi somente após a
rio e da floresta. Era isso o que mais queria, se Alícia estivesse Independência que começou a se manifestar explicitamente,
ao seu lado. no Brasil, a preocupação com o isolamento das regiões do
39. As orações “se dependesse só dele” e “se Alícia estivesse país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico.
ao seu lado” estabelecem circunstância de condição em 48. O termo “Todavia” estabelece uma relação de causa
relação às orações às quais se subordinam. entre as ideias expressas no primeiro e no segundo pe-
ríodos do texto.
(SGA-AC) Não parecia estar no iate, e sim em sua casa, em
Manaus: sentado, pernas e pés juntos, tronco ereto, a cabeça (Detran/Analista de Trânsito) Observe o trecho:
oscilando, como se fizesse um não em câmera lenta. linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como
40. A oração “como se fizesse um não em câmera lenta” meio de expressão e de comunicação entre as pessoas.
expressa uma comparação estabelecida pelo narrador. 49. No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação
da palavra “como” deixa subentender uma expressão
(SGA-AC) Eu esperava o fim da tarde com ansiedade. mais complexa: assim como.
41. A correção gramatical e o sentido do texto seriam manti-
dos se a preposição a fosse incluída após a forma verbal (Ibama/Analista) Preso em diversas ocasiões, só foi defini-
“esperava”: Eu esperava ao fim da tarde com ansiedade. tivamente absolvido em 1º de março de 1984, quatro anos
depois, portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo
(DFTrans/Analista) Acho que se compreenderia melhor o com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha
funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico
efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, inde- Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia
pendentemente da enunciação, e que envelopamos em um de policiais federais.
código também pronto. 50. Os termos “portanto” e “enquanto” estabelecem idên-
42. O valor condicional da oração iniciada por “supondo” ticas relações de sentido.
permite sua substituição, no texto, por se supusermos,
sem que sejam prejudicadas a coerência ou a correção GABARITO
gramatical.
1. E 14. E 27. E 40. C
(MS/Agente) Para aumentar o volume de doações e trans- 2. C 15. C 28. C 41. E
plantes de órgãos no país, o ministro da Saúde lançou a Cam-
3. E 16. C 29. E 42. E
panha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos.
4. E 17. C 30. C 43. E
43. A primeira oração do texto estabelece com a segunda
5. E 18. E 31. C 44. E
Língua Portuguesa

uma relação de tempo.


6. C 19. C 32. C 45. C
(MS/Agente) Acredito que todos possam fazer uma reflexão 7. E 20. E 33. E 46. E
diante disso: 28,6% das intoxicações por medicamentos ocor- 8. C 21. C 34. C 47. E
ridas com 25 crianças são acidentais, portanto, poderiam ser 9. E 22. C 35. E 48. E
evitadas, observa a coordenadora. 10. C 23. C 36. d 49. E
44. O termo “portanto” estabelece uma relação adversativa 11. E 24. E 37. E 50. E
entre as informações da oração que o precede e as da 12. C 25. E 38. E
oração subsequente. 13. E 26. E 39. C

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EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO • Antes de citações.
Ana gritava: “Eu faço tudo!”.
• Antes de explicação ou esclarecimento.
Aspectos Sintáticos, Semânticos, Estilísticos – Sombra e água fresca: as férias começaram.
Prática Aplicada Festa no prédio: o síndico se mudou.
• Depois da invocação nas correspondências.
Vírgula Cara amiga:
• Depois de exemplo, nota, observação.
• Separa objeto direto ou indireto antecipado e com Nota: aos domingos o preço será maior.
pleonástico. • Depois de a saber, tais como, por exemplo.
Ao injusto, nada lhe devo. Combate doenças, tais como: dengue, tifo e malária.
• Separa adjunto adverbial longo e deslocado.
Antes do início do mês, começam as obras.
• Separa predicativo do sujeito deslocado, com verbo Aspas
intransitivo ou transitivo.
Descrente, chorou. Ivo, aflito, pedia explicações. • No início e no final das transcrições.
• Separa aposto explicativo. O preso se defendia: “Não fui eu”.
Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas. • Só aparecem após a pontuação final se abrangem o
• Separa vocativo. período inteiro.
Não diga isso, Mariana. “Fica, amor”. Quantas vezes eu te disse isso.
• Separa expressões explicativas e corretivas. • Destacam palavras ou expressões nos enunciados de
Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes. regras.
• Separa nome de lugar antes de data. A preposição “de” não cabe aqui.
Brasília, 17 de janeiro de 1998. • Indicam estrangeirismos, gírias, arcaísmos, formas po-
• Entre elementos enumerados. pulares etc. (tais expressões podem vir sublinhadas ou
Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia. em itálico).
• Indica verbo oculto. Você foi muito “legal” com a gente.
O pai trabalha na capital; a mãe, no interior. Ortografia é o seu maior “problema”.
• Antes de subordinada substantiva apositiva. • Destacam palavras empregadas em sentido irônico.
Teve um pressentimento, que morreria jovem. Foi “gentilíssimo”: gritou comigo e bateu a porta.
• Antes de subordinada adjetiva explicativa. • Destacam títulos de obras.
Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente. “Quincas Borba” é o meu livro preferido.
• Separa subordinada adverbial deslocada.
Se perder o emprego, vou para outra cidade. Reticências
• Entre coordenadas assindéticas.
Entrou no carro, ligou o rádio, ficou à espera. • Indicam interrupção ou suspensão por hesitação, sur-
• Separa conjunção coordenativa deslocada. presa, emoção.
Não se defende; quer a própria condenação, portanto. Você... Aqui... Para sempre... Não acredito!
• Antes de conjunção coordenativa. • Para realçar uma palavra ou expressão seguinte.
Decida logo, pois seu concorrente age rápido. Abriu a caixa de correspondência e... nada.
• Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente
• Indicam interrupção por ser óbvia a continuação da
do da anterior.
frase.
A vida continua, e você não muda.
Eu cumpro cada um dos meus deveres; já você...
• Antes de mas também, como também (em correlação
com não só). • Indicam a supressão de palavras num texto transcrito.
Não só reclama, mas também torce contra nós. Ficar ou fugir, “... eis a questão”.
• Podem vir entre parênteses, se o trecho suprimido é
longo.
Ponto e vírgula “São onze jogadores: José, Mário (...) e Paulo”.
• Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor
que a do ponto.
Parênteses
A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo.
• Separa coordenadas adversativas e conclusivas com • Separam a intercalação de uma explicação ou de um
conjunção deslocada. comentário.
Não estuda; não quer, pois, a aprovação. Ativistas (alguns armados) exigiam reforma.
• Separa orações que já tem vírgula no seu interior. • Separam a indicação da fonte da transcrição.
Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava. “Todo óbvio é ululante.” (Nelson Rodrigues).
• Separa coordenadas que formam um paralelismo ou • Separam a sigla de estado ou de entidade após seu
um contraste. nome completo.
Muitos entendem pouco; poucos entendem muito. Vitória (ES). Programa de Integração Social (PIS).
Língua Portuguesa

• Aparece no final dos itens de uma enumeração. • Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi-
Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu valente a outra.
o emprego; b) saúde da filha pirou. O animal pesaria 10 arrobas (150 kg).
• Separam números e letras, numa relação de itens, e
Dois-pontos asterisco.
(1), (2), (a), (b), (*).
• Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e de • Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo
oração apositiva. parêntese.
Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”. 1), 2), a), b).

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• Separa o latinismo sic (confirma algo exagerado ou 4. A substituição dos sinais de ponto e vírgula por ponto
improvável). final, no último tópico, mesmo com ajuste na letra ini-
Levava na mala US$20 milhões (sic). cial para maiúscula da palavra seguinte, prejudicaria a
• O ponto sempre vem após o segundo parêntese, salvo correção gramatical do período.
se um período inteiro estiver entre parênteses.
Todos votaram contra (alguns rasgaram a célula). (Banco do Brasil) Representantes dos maiores bancos brasi-
O perigo já passara. (A mão ainda tremia.) leiros reuniram-se no Rio de Janeiro para discutir um tema
desafiante.
Travessão 5. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do
texto, é possível deslocar a oração “para discutir um
• É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou tema desafiante”, que expressa uma finalidade, para
expressão. o início do período, fazendo-se os devidos ajustes nas
A vida – quem sabe? – pode ser melhor. letras maiúsculas e acrescentando-se uma vírgula logo
• Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor após “desafiante”.
e, depois dela, quando se segue uma identificação de
quem falou. 6. (Pref. Mun. S.P.) A frase corretamente pontuada é:
– Agora? – indaguei. a) Nas cidades europeias; onde foram implantados pe-
– imediatamente! – explodiu Júlio. dágios o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo
• Liga palavras ou expressões que indicam início e final o número, e a extensão dos engarrafamentos.
de percurso. b) Nas cidades, europeias onde foram, implantados pe-
Inaugurada a nova estrada Rio-Petrópolis. dágios o fluxo de automóveis se reduziu; diminuindo
• É usando duplamente quando um trecho extenso se o número e a extensão dos engarrafamentos.
intercala em outro. c) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
Vi Roma – quase me perdi pelas vielas – e Paris. dágios o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo,
o número e a extensão, dos engarrafamentos.
Ponto d) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
dágios; o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo
• Aparece no final da frase, quando se conclui todo o o número, e a extensão dos engarrafamentos.
pensamento. e) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
Mudemos de assunto. O povo espera fortes medidas. dágios, o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo
• É usado nas abreviaturas. o número e a extensão dos engarrafamentos.
Gen., acad., ltda.
• Estando a abreviatura no final da frase, não há outro 7. (TCE-AL) Está inteiramente correta a pontuação da se-
ponto. guinte frase:
Comprou ações da Multimport S.A.
a) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
• Separa as casas decimais nos números, salvo os indi-
Novo, pois não há como de fato alguém começar algo
cativos de ano.
inteiramente do nada.
127.814; 22.715.810. Nasceu em 1976.
b) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano
Novo; pois não há como, de fato, alguém começar
QUESTÕES DE CONCURSOS algo inteiramente do nada.
c) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de
(TST) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos
Ano Novo: pois não há como de fato, alguém começar
papéis para atender às exigências das empresas.
algo inteiramente do nada.
1. Por constituir uma expressão adverbial deslocada para
d) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano
depois do sujeito, seria correto que a expressão “cada
Novo, pois não há como, de fato, alguém começar
vez mais” estivesse, no texto, escrita entre vírgulas.
algo inteiramente do nada.
(TST) O cenário econômico otimista levou os empresários e) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de Novo; pois não há como de fato alguém começar algo,
trabalho nos últimos cinco anos. inteiramente do nada.
2. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se
deslocar o trecho “nos últimos cinco anos” para depois (MMA) O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregular-
de “brasileiros”, desde que esse trecho seja seguido de mente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-
vírgula. gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito
tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana,
(TJDFT) Investir no país é considerado uma burrice; constituir e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes
uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida. frequentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de
7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado.
Língua Portuguesa

3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica


que essa oração constitui um aposto explicativo para a 8. As vírgulas da primeira linha justificam-se por isolar ora-
oração anterior. ção reduzida de gerúndio intercalada na principal.

(MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri- 9. (TRF 5ª R) A frase cuja pontuação está inteiramente cor-
lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a reta é:
atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule a) Momentos de extrema felicidade, sabe-se, costumam
essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do- ser raros e efêmeros; por isso, há quem busque tirar
mésticos trancados e fora do alcance dos pequenos. o máximo proveito de acreditar neles e antegozá-los.

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b) É muito comum que as pessoas valendo-se do sen- 14. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões de-
so comum, vejam o pessimismo e o otimismo como marcam a inserção de uma informação que define o que
simples oposições: no entanto, não é esta a posição é “Per Capita”.
do autor do texto.
c) Talvez, se não houvesse a expectativa da suprema (STF/Analista) A ação ética só é virtuosa se for livre e só o
felicidade, também não haveria razão para sermos será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão
pessimistas, ou otimistas, eis uma sugestão, das en- interior do próprio agente e não de uma pressão externa.
trelinhas do texto. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre
d) O autor nos conta que outro dia, interessou-se por um a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana
fragmento de um blog; e o transcreveu para melhor apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores
explicar a relação entre otimismo e pessimismo. morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao
e) Quem acredita que o pessimismo é irreversível, não sujeito).
observa que, na vida, há surpresas e espantos que 15. Os sinais de parênteses têm a função de organizar as
deveriam nos ensinar algo, sobre a constante impre- ideias que destacam e de inseri-las na argumentação do
visibilidade de tudo.
texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão
preservaria a coerência textual e a correção do texto.
(DFTrans) As estradas da Grã-Bretanha tinham sido constru-
ídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carru-
agens romanas: (STF/Analista) Muito da experiência humana vem justamente
10. A vírgula que precede a conjunção “e” indica que esta de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por
liga duas orações de sujeitos diferentes; mas a retirada isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade
desse sinal de pontuação preservaria a correção e a co- de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta
erência textual. em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução
que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.
(TCU/Analista) Ao apresentar a perspectiva local como infe- 16. O deslocamento do travessão para logo depois de “pro-
rior à perspectiva global, como incapaz de entender, de ex- fissionalmente” preservaria a correção gramatical do
plicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade texto e a coerência da argumentação, com a vantagem
do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente de não acumular dois sinais de pontuação juntos.
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um
único código unificador de comportamento humano, e abre o (Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o
caminho para a realização do sonho definitivo de economias desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em
globais de escala. escala mundial — como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
11. A supressão da vírgula logo após o termo “humano” não do — quanto regional, com disputas nos vários continentes.
prejudica a correção gramatical do texto. 17. A substituição dos travessões por parênteses prejudica
a correção gramatical do período.
12. (TRT 18ª R) Está inteiramente adequada a pontuação
da seguinte frase: 18. (SADPB/Agente Seg.Penitenciária) “O estudo do cérebro
a) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas
corpo, já quem cultiva uma amizade, conta com o décadas, com o surgimento de tecnologias que permi-
conforto moral. tem observar o que acontece durante atividades como
b) No que me diz respeito, não me interessam os amigos o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao
de ocasião: prezo apenas os verdadeiros, os que me mesmo tempo, essa revolução na tecnologia abre novas
apoiam incondicionalmente. possibilidades para um campo da ciência que sempre
c) De que pode valer, gozarmos um momento de felici- despertou controvérsias de caráter ético – a interferên-
dade, se não dispomos de alguém, a quem possamos cia no cérebro destinada a alterar o comportamento de
estendê-la?
pessoas.
d) Confio sempre num amigo; pois minha confiança
– a interferência no cérebro destinada a alterar o com-
nele, certamente será retribuída com sua confiança
portamento de pessoas”.
em mim.
e) São essas enfim, minhas razões para louvar a amiza-
de: diga-me você agora quais as suas? O emprego do travessão indica, considerando-se o con-
texto,
13. (TCESP/Agente Fiscal) O emprego das vírgulas assinala a) enumeração de fatos de caráter científico.
a ocorrência de uma ressalva em: b) retomada resumida do assunto do parágrafo.
a) onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, c) repetição destinada a introduzir o desenvolvimento
irmã. posterior.
b) que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, d) retificação de uma afirmativa feita anteriormente.
no restrito clube... e) especificação de uma expressão usada anteriormente.
Língua Portuguesa

c) de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de


Buenos Aires, se estão esgotando. 19. (Metrô-SP) No trecho “– e comerciais, por meio das pa-
d) abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. tentes.” O emprego do travessão
e) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das a) confere pausa maior no contexto, acrescentando
reservas totais, é úmido e rico em etano... sentido de crítica ao segmento.
b) introduz segmento desnecessário no contexto, pois
(TST/Técnico) É preciso “investir no povo”, recomenda o Per repete o que foi afirmado anteriormente.
Capita — um centro pensante, criado recentemente na Aus- c) assinala apenas escolha pessoal do autor, sem signi-
trália —, com seus dons progressistas. ficação importante no parágrafo.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
d) indica a aceitação de um fato real e comum, sem 23. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção
qualquer observação particular. gramatical do texto ao se inserir um sinal de dois-pontos
e) introduz enumeração das possibilidades decorrentes depois da primeira ocorrência de “é” e um ponto de
das descobertas antes citadas. interrogação depois de “DNA”.

24. (TCEAM/Analista Controle Externo) Está inteiramente


(Banco do Brasil/Escriturário) Os brasileiros com idade entre correta a pontuação da seguinte frase:
14 e 24 anos têm em média 46 amigos virtuais, enquanto a) A realização de estudos com primatas não humanos,
a média global é de 20. No mundo, os jovens costumam tem revelado que a inteligência ao contrário do que
ter cerca de 94 contatos guardados no celular, 78 na lista se pensa, não é nosso dom exclusivo.
de programas de mensagem instantânea e 86 em sítios de b) A conclusão é, na verdade, surpreendente: a cons-
relacionamento como o Orkut. ciência humana, longe de ser um dom sobrenatural,
20. O emprego da vírgula após “celular” justifica-se por iso- emerge da consciência dos animais.
lar oração de natureza explicativa. c) Ernst Mayr, eminente biólogo do século passado não
teve dúvida em afirmar que, a nossa consciência, é
(Banco do Brasil) Nas Américas, os jogos estimulam a reflexão uma evolução da consciência dos animais.
sobre as possibilidades de um continente unido, pacífico, d) Sejam sinfonias sejam equações de segundo grau, há
próspero, com a construção de uma rede de solidariedade operações que de tão sofisticadas, não são acessíveis
e cooperação por meio do esporte, uma das principais ex- à inteligência de outros animais.
pressões do pan-americanismo. e) O que caracteriza efetivamente o verdadeiro altruís-
21. O emprego de vírgulas após “unido” e após “pacífico” mo, é o comportamento cooperativo que se adota,
tem justificativas diferentes. de modo desinteressado.

22. (Metrô-SP/Téc.Segurança) Apontado por entidades 25. (GOVBA/Soldado/PMBA) Analise as frases a seguir:
internacionais como um dos mais bem estruturados e I – Este quadro moral levou a duas situações dramáticas:
bem geridos programas ambientais do mundo, o Projeto o gosto do mal e o mau gosto.
Tietê está sob ameaça de ser interrompido. Sua segunda II – O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir
etapa está terminando e, apesar do cumprimento do uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer
cronograma e do vulto das obras – que permitiram sig- necessidades sensíveis.
nificativo avanço nos serviços de coleta e de tratamento
de esgoto –, a diretoria de Controle Ambiental da Cetesb Considerando-se o emprego dos dois-pontos nos perí-
alerta: a meta de aumentar o número de empresas no odos acima, é correto o que se afirma em:
monitoramento de efluentes despejados no rio não foi a) Os dois-pontos introduzem segmentos de sentido
cumprida. O não atendimento dessa exigência do con- enumerativo e conclusivo, respectivamente, assina-
trato de financiamento, firmado pelo governo estadual lando uma pausa maior em cada um deles.
com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), b) Os segmentos introduzidos pelos dois-pontos apre-
poderá impedir a liberação dos recursos para a terceira sentam sentido idêntico, de realce.
etapa do programa. Essa fase prevê a universalização da c) Os sinais marcam a presença de afirmativas redun-
coleta de esgoto e o combate à poluição nos afluentes dantes no contexto, mas que reforçam a opinião do
do rio. autor.
d) Os dois-pontos indicam a interferência de um novo
Considere as afirmativas seguintes, a respeito dos sinais interlocutor no contexto, representando o diálogo
de pontuação empregados no texto. com o leitor.
I – Os travessões isolam um segmento explicativo, mar- e) Os dois segmentos introduzidos pelos dois-pontos
cado por uma pausa maior do que haveria caso esse são inteiramente dispensáveis, pois seu sentido está
segmento estivesse separado por vírgulas. exposto com clareza nas afirmativas anteriores a eles.
II – Os dois-pontos (9ª linha) assinalam a causa da amea-
ça referida anteriormente, introduzida pela forma verbal Na frase: “Ela encontrou um bebê recém-nascido em um
alerta. terreno baldio em frente de sua casa, em Curitiba.”
III – A vírgula que aparece após a expressão do mundo 26. No trecho “de sua casa, em Curitiba”, a eliminação da
(3ª linha) pode ser corretamente substituída por ponto vírgula e a substituição da preposição “em” por de man-
e vírgula. têm o sentido original da frase.

Está correto o que se afirma em 27. (Funiversa/Terracap) A vírgula da frase “Ao coração, cou-
a) I e II, somente. be a função de bombear sangue para o resto do corpo”
b) I e III, somente. justifica-se pelo deslocamento do termo “Ao coração”,
c) II e III, somente. com finalidade estilística de criar ênfase.
d) III, somente.
Língua Portuguesa

e) I, II e III. (Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-


mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e
(Banco do Brasil) A turbulência decorrente do estouro de alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
mais essa bolha ainda não teve suas consequências totalmen- 28. O travessão foi usado para enfatizar trecho do enuncia-
te dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto do. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito,
é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão ou, no discurso oral, com entonações enfáticas.
interconectado, gigantesco e que tem o risco no DNA. O único
consenso é que o mercado precisa ser mais transparente. 29. (Funiversa/Sejus/Téc. Adm.) Cada uma das alternativas
(Veja, 12/3/2008 – com adaptações). a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro Hoje, a Capital Federal conta com a CEB, Companhia
de pontuação. Energética de Brasília, que já recebeu vários prêmios. Em
a) A cooperação entre seus países, permitiria à região novembro de 2009, ela conquistou uma importante vitória
fazer frente a outras potências, como os Estados Uni- em seu esforço pela melhoria no atendimento aos clientes.
dos e o Japão, e assim, assegurar o bem-estar social Venceu o prêmio IASC - Índice Aneel de Satisfação do Con-
e a segurança da população. sumidor, pela quinta vez. A empresa foi escolhida a melhor
b) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste, a partir
menos desenvolvidas do continente; e instituiu uma de pesquisa que abrange toda a área de concessão das 63
moeda única – o euro que atraiu investidores e che- distribuidoras no Brasil.
gou a ameaçar o domínio do dólar como reserva in- Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, a CEB
ternacional de valor. foi apontada como uma das cinco melhores distribuidoras
c) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragi- de energia elétrica do País. O Índice Aneel de Satisfação do
lidades na estrutura econômica de algumas nações Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos, ficou acima da mé-
do bloco: à medida que, a turbulência dos mercados dia nacional, de 66,74 pontos. Anteriormente, a Companhia
se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal obteve o Prêmio IASC em 2003, 2004, 2006 e 2008.
de alguns países, sobretudo a Grécia. Entre suas importantes iniciativas sociais, destaca-se o
d) Diante do risco de que o deficit crescente no orça- Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto de inser-
mento grego pudesse contaminar outros europeus ção e reinserção social de crianças, denominado “Gente de
com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a Sucesso”, que foi implementado em parceria com o Instituto
confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-
de Integração Social e Promoção da Cidadania — INTEGRA
-se, às pressas, na semana passada.
e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.
e) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na Internet: <http://www.ceb.com.br> (com adaptações).
semana passada, as ruas de Atenas, foram tomadas Acesso em 3/1/2010.
por manifestantes e os funcionários públicos entra-
ram em greve. 31. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas
a seguir, há uma reescritura de parte do texto. Assinale
(Funiversa/HFA/Ass.Téc.Adm.) Na frase: “As demissões re- aquela em que a reescritura altera o sentido original.
cordes nas companhias americanas devido à crise fizeram a) A empresa foi escolhida a melhor distribuidora de
vítimas inusitadas – os próprios executivos de recursos hu- energia elétrica do Centro-Oeste / Escolheu-se a em-
manos.” presa como a melhor distribuidora de energia elétrica
30. Não haverá incorreção gramatical, caso o travessão seja do Centro-Oeste.
substituído por vírgula.
b) A partir de pesquisa que abrange toda a área de con-
cessão das 63 distribuidoras no Brasil / A partir de
Reescritura de Frases e Parágrafos – Substituição pesquisa que abrange todas as áreas de concessão
de palavras ou de trechos de texto de todas as distribuidoras no Brasil.
c) O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios
Texto para responder à questão seguinte. problemas que os responsáveis pela construção da
Nova Capital da República enfrentaram / O suprimen-
O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios pro- to de energia elétrica foi um dos sérios problemas
blemas que os responsáveis pela construção da Nova Capital enfrentados pelos responsáveis pela construção da
da República enfrentaram, desde o início de suas atividades Nova Capital da República.
no Planalto Central, em fins de 1956. d) O prazo, imposto pela data fixada para a inauguração
A região não contava com nenhuma fonte de geração de da capital – 21 de abril de 1960 –, era relativamente
energia elétrica nas proximidades, e o prazo, imposto pela curto para a instalação de uma fonte de energia local /
data fixada para a inauguração da capital — 21 de abril de
O prazo (...) era relativamente curto para a instalação,
1960 —, era relativamente curto para a instalação de uma
em caráter definitivo, de uma fonte de energia local.
fonte de energia local, em caráter definitivo.
e) Paralelamente à adoção de providências / Paralela-
A alternativa existente seria o aproveitamento da ener-
mente ao fato de se adotarem providências.
gia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das
Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa
dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km Texto para responder à questão seguinte.
de Brasília. Assim, tendo em vista o surgimento da nova Ca-
pital do Brasil, as obras foram aceleradas, e a primeira etapa A preocupação com o planeta intensificou-se a partir
da Usina de Cachoeira Dourada foi inaugurada em janeiro de dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que as
1959, com 32 MW e potência final prevista para 434 MW. questões ambientais começaram a ser tratadas de forma
Entretanto, paralelamente à adoção de providências relevante e participativa nos diversos setores socioeconômi-
para o equacionamento do problema de suprimento de ener- cos. Preservar o ambiente e economizar os recursos naturais
gia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras me- tornou-se importante tema de discussão, com ênfase no uso
Língua Portuguesa

didas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora racional, em especial de energia elétrica.
da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à ins- O processo de reciclagem é muito relevante na medida
talação de fontes de energia elétrica necessárias às ativida- em que o lixo recebe o devido destino, retornando à cadeia
des administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de produtiva.
obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia Uma economia de 15,3 gigawatts.hora (GWh) em dois
elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez, anos foi um dos resultados do projeto desenvolvido pela
no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira Companhia Energética do Ceará (COELCE). O montante é
do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do equivalente ao suprimento de quase oito mil residências
Ribeirão do Gama. com perfil de consumo da ordem de 80 kilowatts.hora/mês.

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O Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônus na Em uma manhã de inverno de 1978, a assistente social Zé-
conta de luz gerou créditos de R$ 570 mil a 88 mil clientes res- lia Machado, 49 anos de idade, encontrou um bebê recém-
ponsáveis pelo recolhimento de pouco mais de quatro mil tone- -nascido em um terreno baldio.
ladas de lixo reciclável, como vidro, plástico, papel, metal e óleo. 33. A expressão “a assistente social”, caso seja colocada após
A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a partir o substantivo próprio a que se refere, cria, necessaria-
de pesquisas em comunidades de baixa renda de Fortaleza e mente, uma falha gramatical.
região metropolitana da capital, para montar a arquitetura
do programa. Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha
Para participar, o cliente procura o posto de coleta ou a clareza sobre ela.
associação comunitária e solicita o cartão do Programa Ecoel- 34. A frase Essa é uma questão delicada, por isso é impor-
ce. A cada entrega, o operador do posto registra o volume de tante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita
resíduos, com informações sobre o tipo de material e peso, e, adequada da original registrada.
por meio da máquina de registro de coleta, calcula o bônus a
ser creditado na conta do cliente. Os resíduos recebidos são Parte da população torna-se receptora de “benefícios” não
separados e encaminhados para a indústria de reciclagem. no sentido do patamar do direito e, sim, na perspectiva da
Reconhecido pela Organização das Nações Unidas troca votos-favores.
(ONU), o programa tem como vantagens estimular a eco- 35. A frase parte da população torna-se receptora de “be-
nefícios” não somente no sentido do patamar do direi-
nomia de energia com melhoria da qualidade de vida das
to, mas também na perspectiva da troca votos-favores
comunidades envolvidas, tanto pela diminuição da conta
é uma reescrita adequada da original.
de luz quanto pela redução dos resíduos nas vias urbanas.
Alberto B. Gradvohl et alii. Programa Ecoelce de troca de
resíduos por bônus na conta de energia. Agência Nacional de (Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
Energia Elétrica (Brasil). In: Revista pesquisa e desenvolvimento mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e
da ANEEL, n.º 3, jun./2009, p. 115-6 (com adaptações). alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
36. A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem
32. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas perda de sentido, como por seja qual for o país.
a seguir, há uma reescritura de uma parte do texto. Assi-
nale aquela em que a reescritura mantém a ideia original. (Funiversa/Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país
a) A preocupação com o planeta intensificou-se a partir que passe pela nossa mente – e alguns outros de cuja exis-
dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que tência sequer desconfiávamos.”
as questões ambientais começaram a ser tratadas de 37. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de
forma relevante e participativa nos diversos setores sentido, pela locução além de.
socioeconômicos. / A preocupação com o planeta
intensificou-se com a crise petroleira, a partir dos (Funiversa/Terracap) A vida se esvai, mas localizaram um
anos 1970, pois as questões ambientais começaram doador compatível: já para a mesa de cirurgia.
a ser tratadas de forma relevante e participativa nos 38. A seguinte reescritura do trecho está gramaticalmente
diversos setores socioeconômicos. correta: localizaram um doador compatível; portanto,
b) O processo de reciclagem é muito relevante na medi- vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em
da em que o lixo recebe o devido destino, retornan- qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.
do à cadeia produtiva. / O processo de reciclagem é
muito relevante à medida que o lixo recebe o devido 39. (Funiversa/Adasa) O trecho “É a conduta dos seres hu-
manos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da
destino, retornando à cadeia produtiva.
negação do outro, o que tem feito do presente humano
c) A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a
o que ele é.” pode ser reescrito, sem que haja alteração
partir de pesquisas em comunidades de baixa renda
de sentido, da seguinte forma:
de Fortaleza e região metropolitana da capital, para a) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação
montar a arquitetura do programa. / Por causa de de outro mundo, o que faz do presente o que ele é.
pesquisas em comunidades de baixa renda de For- b) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em
taleza e região metropolitana da capital, a COELCE relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente
instalou 62 pontos de coleta no Ceará, para montar o que ele é.
a arquitetura do programa. c) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o
d) Para participar, o cliente procura o posto de coleta outro seja na forma do semelhante ou na forma do
ou a associação comunitária e solicita o cartão do mundo, que faz do presente o que ele é.
Programa Ecoelce. / O cliente, para participar, assim d) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos
que procura o posto de coleta ou a associação comu- para com os outros e para com o mundo que faz deste
nitária, solicita o cartão do Programa Ecoelce. mundo o que ele é.
e) Reconhecido pela Organização das Nações Unidas e) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo
(ONU), o programa tem como vantagens estimular por negar o outro, o que torna o homem mau como
Língua Portuguesa

a economia de energia com melhoria da qualidade o presente em que ele vive.


de vida das comunidades envolvidas, tanto pela di-
minuição da conta de luz quanto pela redução dos Texto para responder às questões 40 e 41.
resíduos nas vias urbanas. / Reconhecido pela ONU,
o programa tem como vantagens estimular a econo- Cidadezinha qualquer
mia de energia com melhoria da qualidade de vida
das comunidades envolvidas, em virtude tanto da Casas entre bananeiras
diminuição da conta de luz quanto da redução dos mulheres entre laranjeiras
resíduos nas vias urbanas. pomar amor cantar.

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Um homem vai devagar. d) Um bom “tratamento penal” resiste a um processo
Um cachorro vai devagar. de superação de uma história de conflitos.
Um burro vai devagar. e) Um bom “tratamento penal” supõe a superação dos
conflitos da história, promovendo direitos e recom-
Devagar... as janelas olham. pondo os vínculos da sociedade, para que o sujeito
Eta vida besta, meu Deus. se torne mais responsável.
Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17.
1 A União Europeia inaugurou um novo patamar de
integração política e econômica no globo. A cooperação
40. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter- entre seus países permitiria à região fazer frente a outras
nativa incorreta. 4 potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim,
a) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica assegurar o bem-estar social e a segurança de sua po-
da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe pulação. Com o passar dos anos, o bloco incorporou na-
do texto reflete a similaridade conceitual estabele- 7 ções menos desenvolvidas do continente e instituiu uma
cida entre os substantivos. moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a
b) A fusão dos elementos humanos à paisagem natu- ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional
ral, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de 10 de valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as
artigos na primeira estrofe. fragilidades na estrutura econômica de algumas nações
c) Ao longo do texto, quase não há inserção de adje- do bloco. À medida que a turbulência dos mercados
tivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não 13 se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de
promover espaço para o detalhamento. alguns países, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que
d) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere o deficit crescente no orçamento grego pudesse conta-
ausência de conhecimento sintático, promovendo 16 minar outros europeus com situação fiscal semelhante e
lentidão e morosidade na leitura. pôr em xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais
e) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e reuniram-se às pressas na semana passada. Ao fim do
lexical na segunda estrofe. 19 encontro, chegou-se a um acordo para ajudar a Grécia.
Ainda que não tenha sido feita menção formal a um
41. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter- resgate financeiro, a reunião serviu para acalmar o te-
nativa incorreta. 22 mor dos investidores internacionais. In: Veja, 17/2/2010,
a) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação:
p. 57 (com adaptações).
Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação se-
mântica da estrutura textual.
b) A variação da abordagem semântica na estrutura 43. (Funiversa) Cada uma das alternativas a seguir apresenta
sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao reescritura de fragmento do texto. Assinale aquela em
leitor. que a reescritura mantém a ideia original.
c) Nenhum atributo é legado aos substantivos da se- a) A União Europeia lançou um novo andar para a inte-
gunda estrofe, porém, apesar desta característica, é gração política e econômica no globo (linhas 1 e 2).
perceptível a introdução de movimentação espacial. b) A cooperação entre seus países faria que a região
d) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo esbarrasse em outras potências, como os Estados
indefinido. Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).
e) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi emprega- c) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da econo-
da a personificação, processo que humaniza objetos. mia de certos países que integram a União Europeia
(linhas de 10 a 12).
Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom “trata- d) Diante do risco de que o deficit crescente no or-
mento penal” não pode residir apenas na abstenção da vio- çamento grego pudesse influenciar outros países
lência física ou na garantia de boas condições para a custódia europeus que apresentam situação fiscal similar e
do indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade: comprometer a confiabilidade da União Europeia, lí-
deve, antes disso, consistir em um processo de superação de deres regionais encontraram-se às pressas na semana
uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus passada (linhas de 14 a 18).
direitos e da recomposição dos seus vínculos com a socie- e) Ainda que não tenha sido discutida uma solução fi-
dade, visando criar condições para a sua autodeterminação nanceira, o encontro teve como objetivo reduzir o
responsável. medo dos investidores internacionais (l. 20 a 22).
42. (Funiversa/Sejus) Nas alternativas a seguir, são apresen- GABARITO
tadas reescrituras de trechos do segundo parágrafo do
texto. Assinale aquela em que se preserva o sentido do
trecho original. 1. C 12. b 23. C 34. C
a) Um tratamento eficaz da pena não pode dispensar 2. E 13. a 24. b 35. E
3. E 14. C 25. a 36. C
Língua Portuguesa

a agressão física ou a garantia de uma permanência


prolongada do indivíduo por um certo tempo privado 4. E 15. C 26. E 37. C
de sua liberdade. 5. C 16. E 27. C 38. E
b) A abstenção da violência física e a garantia de boas 6. e 17. E 28. C 39. c
condições para a custódia do indivíduo correspondem 7. d 18. e 29. d 40. d
a um bom “tratamento penal”. 8. C 19. a 30. C 41. b
c) Em se tratando de pena privativa de liberdade, um bom 9. a 20. E 31. b 42. c
“tratamento penal” não é garantido pela falta de vio- 10. C 21. E 32. e 43. d
lência física ou pela boa guarda do detento na prisão. 11. C 22. a 33. E

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SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 15. O professor _________ metáfora e metonímia. (deferiu
- diferiu)
Emprego de Expressões, Homônimos, Parônimos, 16. O secretário ___________ o pedido do aluno. (deferiu
- diferiu)
Sinônimos e Antônimos
17. Chegou à cidade um _____________ conferencista.
(eminente - iminente)
Denotação consiste no sentido real, exato, dicionarizado.
18. O edital do concurso é _________ . Pode sair a qualquer
O homem tinha dez mil animais.
hora. (eminente - iminente)
19. Aquele homem ____________ a “lei seca”. (infringiu -
Conotação consiste no sentido figurado, literário, ima-
infligiu)
ginário.
20. O delegado _______ -lhe uma dura pena. (infringiu -
O homem tinha dez mil cabeças de gado.
infligiu)
21. A escolha do candidato ___________ os prognósticos
Homônimos são palavras com escrita igual e ou pronún-
do partido. (retificou - ratificou)
cia igual, mas sentidos diferentes.
22. O comentário do professor __________ os erros do es-
A sede(ê) x a sede(é)
tudante. (retificou - ratificou)
sessão x cessão x seção
23. A mensagem do autor ficou _________ . (subtendida -
subentendida)
Parônimos são palavras com escrita semelhante, com
24. Com maior valor do dólar, os produtores podem
sentidos diferentes.
__________ mais lucros. (auferir - aferir)
infringir = desobedecer
25. Os técnicos do Inmetro vão ___________ a balança.
inflingir = aplicar, impor
(auferir - aferir)
despercebido = não foi notado
26. É verdade que, __________, a inflação deixou de inco-
desapercebido = não preparado, desprevenido
modar. (em princípio - a princípio)
27. É verdade que, __________, a reunião demorou a co-
Sinônimos são palavras diferentes com sentidos seme-
meçar. (em princípio - a princípio)
lhantes.
28. Todos trabalharam _________ obter reconhecimento.
cachorro / cão
(a fim de - afim)
cotidiano / dia a dia
29. Priscila e Ana têm uma preocupação _______ (a fim
de - afim)
Antônimos são palavras diferentes com sentidos opostos.
30. Obteremos lucro apenas ___________ rigoroso controle.
claro / escuro
(através de - por meio de)
alto / baixo
feio / bonito
Gabarito
EXERCÍCIOS 1. despercebido
2. desapercebido
Complete as lacunas com a palavra adequada.
3. vultosas
1. O fato passou _______________ . (despercebido - de- 4. sessão
sapercebido). 5. seção
2. O projeto novo não era conhecido do diretor 6. cessão
_____________ . (despercebido - desapercebido) 7. secção
3. Os bancos transacionam somas ______________. (vul- 8. Cassaram
tuosas - vultosas) 9. mandato
4. Hoje a ________ de trabalho se encerra às quatro. (ses- 10. flagrante
são - seção - cessão - secção) 11. discriminar
5. Encaminharemos à _______ de Normas Técnicas esse 12. descriminar
texto. (sessão - seção - cessão - secção) 13. tachado
6. O governo efetivou a _______ de auxílio-gás. (sessão - 14. taxado
seção - cessão - secção) 15. diferiu
7. Foi feita uma pequena ________ para introduzir o ca- 16. deferiu
teter. (sessão - seção - cessão - secção) 17. eminente
8. ________ os direitos políticos de José Orfeu. (caçaram 18. iminente
- cassaram) 19. infringiu
9. Ele perdeu seu ________ político. (mandado - mandato) 20. infligiu
10. O criminoso foi apanhado em _____________. (flagrante 21. ratificou
- fragrante). 22. retificou
Língua Portuguesa

11. Os surdos não conseguem ___________ música e baru- 23. subentendida


lho. (descriminar - discriminar). 24. auferir
12. É intensa a campanha para __________ o aborto. (des- 25. aferir
criminar - discriminar) 26. em princípio
27. a princípio
13. O político foi ___________ de subversivo. (tachado -
28. a fim de
taxado)
29. afim
14. O estacionamento não era ____________ naquele pré-
30. por meio de
dio. (tachado - taxado)

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UFRN

SUMÁRIO

Legislação

Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 – Regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias
e das fundações públicas federais.......................................................................................................................................... 3

Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública
Federal.................................................................................................................................................................................. 49

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Legislação
Maurício Nicácio / Edgard Antônio Lemos Alves

Maurício Nicácio Min. Ellen Gracie, julgamento em 2/8/2007, Plenário,


DJE de 7/3/2008)
REGIME JURÍDICO DO SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL Das Disposições Preliminares, Provimento,
Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição
Considerações Iniciais
Servidor
A Lei nº 8.112, que é uma lei federal, veio instituir em É importante ter ciência do conceito de servidor público,
1990 o Regime Jurídico Único (RJU), pois o seu texto origi- que segundo a Lei nº 8.112/1990, é “a pessoa legalmente
nal só previa servidores “dentro” da administração direta, investida em cargo público”.
autárquica e fundacional federais. Nesse sentido, para os efeitos da Lei n° 8.112/1990, ser-
Com o advento da Emenda Constitucional nº  19, em vidor público é o ocupante de cargo público, conceituação
1998, o regime deixa de ser único e passa a ser considerado que abrange os ocupantes de cargo em comissão e função
por alguns doutrinadores como administrativo, pois houve de confiança.
o permissivo de poderem conviver empregados públicos Esse conceito perante a visão dos administrativistas
e servidores públicos na administração direta, autarquias não é amplo, pois os doutrinadores seguem conceitos mais
e fundações públicas federais. Porém, a  referida emenda apurados e abrangentes (lato sensu) sobre o que vem a ser
sofreu um vício de forma e foi declarada inconstitucional o servidor, mas em concursos públicos, em relação às per-
no art. 39 da Constituição Federal de 1988, logo o regime guntas inerentes à Lei nº 8.112/1990, o candidato deve ter
voltou a ser único, ou seja, hoje só podem existir servidores em mente o conceito legal.
públicos na administração direta, autárquica e fundacional.
Apesar de, em decisão liminar, o Supremo Tribunal Cargo Público
Federal (STF) ter reconhecido a existência de vícios na Às vezes as bancas cobram o conceito de cargo público,
emenda constitucional que alterou o art. 39 da CF, e de ter que segundo o Regime Jurídico do Servidor Público Federal é
restabelecido o regime jurídico único, foram mantidas as “o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na es-
contratações de agentes pelo regime trabalhista, por parte trutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor”.
da administração pública direta, autárquica e fundacional, no Ainda em relação aos cargos públicos, o candidato deve
período compreendido entre a promulgação desta emenda ter ciência do seguinte:
constitucional e aquela decisão da Corte. • eles são acessíveis a todos os brasileiros;
A decisão sobre a inconstitucionalidade pelo STF teve • devem ser criados por lei (decretos não podem criar
efeito não retroativo (ex nunc), logo a Lei nº 9.962/2000 cargos);
ainda regulamenta os empregados na administração direta, • têm que ter denominação própria; e
autárquica e fundacional federais.
• devem ser pagos pelos cofres públicos, tanto para
cargo de provimento efetivo, como também para os
JURISPRUDÊNCIA:
cargos em comissão.
A matéria votada em destaque na Câmara dos Depu-
tados no DVS 9 não foi aprovada em primeiro turno,
pois obteve apenas 298 votos e não os 308 necessá- Enfim, a Lei nº 8.112/1990 proíbe a prestação de serviços
rios. Manteve-se, assim, o então vigente caput do art. gratuitos, a não ser nos casos previstos em lei.
39, que tratava do regime jurídico único, incompatível É oportuno mencionar que o legislador da Lei
com a figura do emprego público. O deslocamento do nº 8.112/1990 não definiu o que vem a ser “cargo de car-
texto do § 2º do art. 39, nos termos do substitutivo reira” e “cargo isolado”, portanto, mister se faz buscar estes
aprovado, para o caput desse mesmo dispositivo conceitos na doutrina do Direito Administrativo.
representou, assim, uma tentativa de superar a não Segundo o mestre Hely Lopes Meirelles, cargo isolado é
aprovação do DVS 9 e evitar a permanência do regime o tipo de cargo que não vem a ser escalonado em classes,
jurídico único previsto na redação original suprimida, tendo a natureza de ser único.
circunstância que permitiu a implementação do con- O cargo de carreira vem a ser aquele, nas palavras do
trato de emprego público ainda que à revelia da regra mestre, que pode ser escalonado em classes, que é a junção
constitucional que exige o quorum de três quintos de cargos da mesma da área (profissão).
para aprovação de qualquer mudança constitucional.
Pedido de medida cautelar deferido, dessa forma, Requisitos para investidura em cargos públicos
quanto ao caput do art. 39 da CF, ressalvando-se, Segundo o Estatuto do Servidor Público Federal deve-se
em decorrência dos efeitos ex nunc da decisão, a comprovar:
subsistência, até o julgamento definitivo da ação, • a nacionalidade;
da validade dos atos anteriormente praticados com • estar em gozo dos direitos políticos;
base em legislações eventualmente editadas durante • estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;
a vigência do dispositivo ora suspenso. [...] Vícios • o nível de escolaridade exigido para o exercício do
formais e materiais dos demais dispositivos constitu- cargo;
cionais impugnados, todos oriundos da EC 19/1998,
• ter a idade mínima de dezoito anos;
aparentemente inexistentes ante a constatação de
Legislação

que as mudanças de redação promovidas no curso • ter aptidão física e mental.


do processo legislativo não alteraram substancial-
mente o sentido das proposições ao final aprovadas Urge ressaltar que as atribuições do cargo também po-
e de que não há direito adquirido à manutenção de dem trazer a necessidade de outros requisitos, desde que
regime jurídico anterior. (ADI 2.135-MC, Rel. p/o ac. haja previsão em lei.

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Das vagas para os portadores de deficiência Prazo de validade do concurso público
A Constituição Federal de 1988, por meio do consti-
tuinte originário, deu um permissivo para que o legislador Sabe-se que o concurso público é obrigatório para ad-
infraconstitucional trouxesse o percentual de vagas para os missão de servidores na Administração Pública, podendo
portadores de deficiência. A Lei nº 8.112/1990 veio obedecer deixar de ser exigido em algumas situações, citando-se entre
este comando constitucional e preceitua que deverá ser de elas a contratação por tempo determinado, para atender a
até 20 por cento. necessidade temporária de excepcional interesse público.
A Lei nº 8.112/1990, por meio de comando constitucio-
Da situação do estrangeiro no serviço público federal nal, afirma que o prazo de validade dos concursos públicos
A Constituição de 1988 também trouxe no seu corpo a será de até 2 (dois) anos, prorrogável uma única vez por
possibilidade do estrangeiro poder prover cargos em institui- igual período. A data do início da contagem do prazo é da
ções de pesquisa tecnológicas e científicas, como professo- homologação.
res, pesquisadores e também cientistas, mas regulamentados
por meio da Lei nº 8.112/1990. SÚMULAS SOBRE CONCURSOS PÚBLICOS:
A Constituição não proíbe o acesso do estrangeiro, mas É inconstitucional toda modalidade de provimento
ela restringe. que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu
Observação: no Brasil, o cargo de diplomata não pode ser provimento, em cargo que não integra a carreira na
ocupado por um estrangeiro naturalizado brasileiro. qual anteriormente investido. (Súmula nº 685)

JURISPRUDÊNCIA: É inconstitucional o veto não motivado à participação


Nos termos da jurisprudência do STF, é cabível a in- de candidato a concurso público. (Súmula nº 684)
denização por danos materiais nos casos de demora
na nomeação de candidatos aprovados em concursos A nomeação de funcionário sem concurso pode ser
públicos, quando o óbice imposto pela administra- desfeita antes da posse. (Súmula nº 17)
ção pública é declarado inconstitucional pelo Poder
Judiciário. (RE 339.852-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Funcionário nomeado por concurso tem direito à
julgamento em 26/4/2011, Segunda Turma, DJE de posse. (Súmula nº 16)
18/8/2011)
Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato
Não há violação aos princípios da isonomia e da aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo
publicidade quando a divulgação das notas dos can- for preenchido sem observância da classificação.
didatos em concurso público ocorre em sessão pú- (Súmula nº 15)
blica, mesmo que em momento anterior ao previsto
no edital, ainda mais quando, como no caso, todos Da Posse
forem informados de sua ocorrência. A inobservância A posse se configura pela assinatura do termo, que de-
de regra procedimental de divulgação de notas não verão estar insertos:
acarreta a nulidade de concurso público quando não • as atribuições do cargo;
demonstrado prejuízo aos concorrentes. (AO 1.395- • os deveres inerentes ao servidor;
ED, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 24/6/2010, • as responsabilidades que cabem ao servidor;
Plenário, DJE de 22/10/2010) • os direitos relativos ao cargo ocupado.

A modificação de gabarito preliminar, anulando A lei afirma que o termo de posse não poderá ser alterado
questões ou alterando a alternativa correta, em de- unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos
corrência do julgamento de recursos apresentados de ofício previstos em lei.
por candidatos não importa em nulidade do concurso O servidor aprovado em concurso, segundo a jurispru-
público se houver previsão no edital dessa modifica- dência, tem o direito subjetivo à nomeação, desde que tenha
ção. [...] Não cabe ao Poder Judiciário, no controle sido aprovado dentro do número de vagas do certame.
jurisdicional da legalidade, substituir-se à banca Ao ser nomeado, a publicidade será por meio de diário
examinadora do concurso público para reexaminar oficial e o servidor terá 30 dias para tomar posse.
os critérios de correção das provas e o conteúdo É salutar para o candidato, e também para o candidato
das questões formuladas [...]. (MS 27.260, Rel. p/o já servidor, ter conhecimento que a lei trata de uma exceção
ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 29/10/2009, para o prazo da posse, ou seja, caso ele esteja em gozo de
Plenário, DJE de 26/3/2010.) Vide: MS 30.344-AgR, férias; licença para tratamento de saúde de pessoa da famí-
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 21/6/2011, lia; licença para capacitação; licença para o serviço militar;
Segunda Turma, DJE de 1º/8/2011; RE 434.708, Rel. participação em programa de treinamento regularmente
Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 21/6/2005, instituído, conforme dispuser o regulamento; júri e outros
Primeira Turma, DJ de 9/9/2005. serviços obrigatórios por lei; licenças gestante, adotante e
paternidade, para tratamento da própria saúde, até o limite
O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de
sentido de que a eliminação do candidato de con- serviço público prestado à União, em cargo de provimento
Legislação

curso público que esteja respondendo a inquérito efetivo; por motivo de acidente em serviço ou doença pro-
ou ação penal, sem pena condenatória transitada em fissional; para capacitação e finalmente por convocação para
julgado, fere o princípio da presunção de inocência. o serviço militar, o servidor terá o prazo de 30 dias contados
(AI 741.101-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento após o término destes eventos impeditivos e não necessa-
em 28/4/2009, Segunda Turma, DJE de 29/5/2009) riamente do ato de nomeação publicado no diário oficial.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Observações importantes inerentes à posse. São elas: e participar do certame público depositam sua con-
• Só poderá ocorrer a posse nos casos de provimento fiança no Estado administrador, que deve atuar de
de cargo por nomeação. forma responsável quanto às normas do edital e ob-
• Deverá declarar os bens e valores que constituem o servar o princípio da segurança jurídica como guia de
patrimônio. comportamento. Isso quer dizer, em outros termos,
• Declarar ter ou não ter exercício em outro cargo, que o comportamento da administração pública no
emprego ou função pública. decorrer do concurso público deve se pautar pela
• A posse dependerá de prévia inspeção médica oficial. boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto
• O servidor empossado já ocupa cargo público, ainda subjetivo de respeito à confiança nela depositada
que não tenha entrado em exercício. por todos os cidadãos. [...] Quando se afirma que a
Administração Pública tem a obrigação de nomear os
Do Exercício aprovados dentro do número de vagas previsto no
É o efetivo desempenho das atribuições do cargo público edital, deve-se levar em consideração a possibilida-
ou da função de confiança. de de situações excepcionalíssimas que justifiquem
Após ocorrer a investidura no cargo com a posse, o ser- soluções diferenciadas, devidamente motivadas de
vidor terá o prazo de quinze dias para entrar em exercício. acordo com o interesse público. Não se pode ignorar
A título de exemplo: Deocleciano foi empossado como que determinadas situações excepcionais podem
servidor efetivo do cargo público “X”. De acordo com a Lei exigir a recusa da Administração Pública de nomear
nº 8.112/1990, Deocleciano terá o prazo de quinze dias para
novos servidores. Para justificar o excepcionalíssi-
entrar em exercício, contados da data da posse.
mo não cumprimento do dever de nomeação por
Caso o servidor não cumpra o prazo supra ele será exo-
parte da Administração Pública, é necessário que
nerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança. a situação justificadora seja dotada das seguintes
A título de exemplo: Rivaldo Batera prestou concurso características: a) Superveniência: os eventuais fatos
público e foi classificado em 1º lugar. Foi nomeado, passou ensejadores de uma situação excepcional devem ser
por inspeção médica, tomou posse e deixou decorrer in albis necessariamente posteriores à publicação do edital
o prazo para entrar em exercício. Nessa situação, Rivaldo do certame público; b) Imprevisibilidade: a situação
será exonerado. deve ser determinada por circunstâncias extraordi-
nárias, imprevisíveis à época da publicação do edital;
Do Provimento c) Gravidade: os acontecimentos extraordinários
A lei preceitua as maneiras legais de preencher, com- e imprevisíveis devem ser extremamente graves,
pletar, ou seja, “prover” os cargos que estão vagos. Ela implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou
enumera sete institutos. São eles: Nomeação, Promoção, mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das
Aproveitamento, Reintegração, Readaptação, Reversão e a regras do edital; d) Necessidade: a solução drástica
Recondução. e excepcional de não cumprimento do dever de
As bancas, em regra, cobram o que vem a ser cada for- nomeação deve ser extremamente necessária, de
ma de provimento, logo é salutar ter sempre em mente os forma que a administração somente pode adotar tal
conceitos de cada uma destas formas: medida quando absolutamente não existirem outros
meios menos gravosos para lidar com a situação
Nomeação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa
de nomear candidato aprovado dentro do número
JURISPRUDÊNCIA: de vagas deve ser devidamente motivada e, dessa
Dentro do prazo de validade do concurso, a admi- forma, passível de controle pelo Poder Judiciário.
nistração poderá escolher o momento no qual se [...] Esse entendimento, na medida em que atesta
realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a existência de um direito subjetivo à nomeação,
a própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, reconhece e preserva da melhor forma a força nor-
passa a constituir um direito do concursando apro- mativa do princípio do concurso público, que vincula
vado e, dessa forma, um dever imposto ao Poder diretamente a administração. É preciso reconhecer
Público. Uma vez publicado o edital do concurso com que a efetividade da exigência constitucional do con-
número específico de vagas, o ato da administração curso público, como uma incomensurável conquista
que declara os candidatos aprovados no certame cria da cidadania no Brasil, permanece condicionada
um dever de nomeação para a própria administração
à observância, pelo Poder Público, de normas de
e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo
organização e procedimento e, principalmente, de
candidato aprovado dentro desse número de vagas.
garantias fundamentais que possibilitem o seu pleno
[...] O dever de boa-fé da administração pública
exige o respeito incondicional às regras do edital, exercício pelos cidadãos. O reconhecimento de um
inclusive quanto à previsão das vagas do concurso direito subjetivo à nomeação deve passar a impor
público. Isso igualmente decorre de um necessário e limites à atuação da administração pública e dela
incondicional respeito à segurança jurídica como prin- exigir o estrito cumprimento das normas que regem
cípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princípio os certames, com especial observância dos deveres
da segurança jurídica como princípio de proteção à de boa-fé e incondicional respeito à confiança dos
confiança. Quando a administração torna público um cidadãos. O princípio constitucional do concurso pú-
edital de concurso, convocando todos os cidadãos a blico é fortalecido quando o Poder Público assegura
Legislação

participarem de seleção para o preenchimento de e observa as garantias fundamentais que viabilizam


determinadas vagas no serviço público, ela impre- a efetividade desse princípio. Ao lado das garantias
terivelmente gera uma expectativa quanto ao seu de publicidade, isonomia, transparência, impessoali-
comportamento segundo as regras previstas nesse dade, entre outras, o direito à nomeação representa
edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever também uma garantia fundamental da plena efetivi-

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dade do princípio do concurso público. (RE 598.099, Convém ressaltar que o legislador não vislumbrou a
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 10/8/2011, possibilidade de um servidor não estável vir a ser demitido
Plenário, DJE de 3/10/2011, com repercussão geral.) injustamente, logo como seria a sua volta ao serviço público
No mesmo sentido: RE 227.480, Rel. p/o ac. Min. federal? Acreditamos que ele retornaria, principalmente se
Cármen Lúcia, julgamento em 16/9/2008, Primeira um direito ou garantia constitucional fosse suprimido. Como
Turma, DJE de 21/8/2009. Em sentido contrário: houve esta “lacuna” da lei, ele deveria retornar por meio de
RE 290.346, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em uma forma de provimento inominada.
29/5/2001, Primeira Turma, DJ de 29/6/2001. Vide:
MS 24.660, Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julga- Readaptação
mento em 3/2/2011, Plenário, DJE de 23/9/2011. É para o servidor que está incapacitado física ou men-
talmente de exercer as atribuições inerentes ao seu cargo.
É a forma de provimento sempre originária, ou seja, sem Após comprovação por junta médica, ele será readapta-
a ocorrência desta não poderão ocorrer as demais. Ela será do com equivalência de vencimentos e atribuição do cargo
para cargo efetivo ou em comissão, inclusive na condição compatível. Podendo ficar como excedente, caso não haja
de interino. cargo vago.
Vamos imaginar um professor de uma escola técnica
federal, ou até de uma faculdade federal, que trabalhasse
Promoção
em contato diário com o giz, e  este fosse nocivo à saúde
Quando um servidor “cresce” no mesmo cargo, ou seja,
deste servidor público federal e a nocividade o incapacitas-
“sobe” um degrau no mesmo cargo, ocorrerá a promoção.
se para as atividades inerentes ao seu cargo de professor.
A promoção decorre do desenvolvimento do servidor A Administração Pública deveria aposentar precocemente
na carreira, mediante o cumprimento dos requisitos esta- este servidor? Ou tentar “alocá-lo” em outra seção, longe
belecidos pela lei. do contato com o giz, com as atribuições do cargo compatí-
O legislador acreditou que o servidor ao ser promovido veis com a de um professor? Segundo princípios do direito
“sobe um degrau” na carreira, ocorrendo assim a vacância administrativo a segunda opção é a mais sensata.
no “degrau” inferior, logo foi considerada como forma de Vamos mais longe, o  que aconteceria se o professor
provimento e concomitantemente de vacância. readaptado chegasse a nova seção e não tivesse vaga?
O que iria acontecer como ele? O legislador fez a previsão
JURISPRUDÊNCIA: de que ele exerceria as suas novas funções como excedente.
A Administração Pública, observados os limites dita-
dos pela CF, atua de modo discricionário ao instituir Reversão
o regime jurídico de seus agentes e ao elaborar novos O legislador de 1990 só fez alusão a uma reversão, mas
planos de carreira, não podendo o servidor a ela em 2001 foi inserida no corpo da Lei nº 8.112/1990, uma
estatutariamente vinculado invocar direito adquirido nova reversão, por questões de didática vamos chamá-las
para reivindicar enquadramento diverso daquele de- de reversão 1 e reversão 2.
terminado pelo Poder Público, com fundamento em
norma de caráter legal. (RE 116.683, Rel. Min. Celso Reversão 1
de Mello, julgamento em 11/6/1991, Primeira Turma, É o retorno do servidor aposentado por invalidez, quando
DJ de 13/3/1992) No mesmo sentido: AI 641.911-AgR, cessa a causa incapacitante que deu origem à aposentadoria.
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 8/9/2009, Caso o seu cargo anterior já esteja ocupado, ele poderá
Primeira Turma, DJE de 2/10/2009. ficar como excedente.
A título de exemplo: Odair, servidor público federal, foi
Aproveitamento regularmente aposentado por invalidez, no ano de 2005, após
O aproveitamento, como forma de provimento, foi re- perícia médica. Decorridos dois anos de sua aposentadoria,
cepcionado pela Constituição Federal vigente. Odair submeteu-se a uma nova perícia, oportunidade em que
É o retorno do servidor que se encontrava em disponibi- a junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos da
lidade. Para ocorrer a disponibilidade, a CF/1988 preceitua aposentadoria. A forma de provimento dos cargos públicos
no seu art. 41, que o servidor deverá ser estável (ter 3 anos adequada para que Odair retorne à atividade é a reversão.
de efetivo exercício), ter o cargo extinto e com isto ficará No mesmo sentido, Clotilde, servidora pública civil
federal, está aposentada por invalidez. Na última perícia
em disponibilidade aguardando o seu aproveitamento em
realizada para avaliação das condições de sua saúde, uma
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o an-
junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos de
teriormente ocupado.
sua aposentadoria determinando o retorno de Clotilde à
Podemos afirmar que o retorno do servidor a determina- atividade. Neste caso, ocorreu a reversão.
do cargo, tendo em vista que o cargo que ocupava foi extinto Logo, podemos afirmar que o restabelecimento, por
ou declarado desnecessário se dará a o proveitamento. laudo médico de servidor aposentado por invalidez dará a
reversão.
Reintegração
É o retorno do servidor estável, demitido injustamente. Reversão 2
A título de exemplo: João, servidor público da Aneel, Por interesse da administração, neste caso deve-se
teve sua demissão invalidada por decisão administrativa. sempre observar:
Nessa situação, João deverá ser reintegrado ao cargo ante- • servidor aposentado voluntariamente;
riormente ocupado. • servidor estável quando em atividade;
Legislação

Armando, Técnico Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral • servidor não ter mais de 5 anos de aposentado;
do Amazonas (estável), foi reinvestido no cargo anteriormen- • não ter 70 anos;
te ocupado, diante da invalidação da sua demissão por deci- • que haja cargo vago (percebe-se que o legislador
são administrativa, com ressarcimento de todas as vantagens. não permitiu nesta reversão o servidor ficar como
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, ocorreu a reintegração. excedente);

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• que cabe ao servidor aposentado fazer o pedido de reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, ...”)
reversão. autoriza a recondução do servidor estável na hipó-
tese de desistência voluntária deste em continuar o
A título de exemplo: um ex-Agente do Departamento estágio probatório, reconhecendo ele próprio a sua
de Polícia Federal, após ocupar esse cargo por trinta anos, inadaptação no novo cargo. Precedente citado: MS
aposentou-se voluntariamente em 2008, quando contava 22.933-DF (DJU de 13/11/1998). MS 23.577-DF, rel.
60 anos de idade. Nessa situação, havendo cargo vago e Min. Carlos Velloso, 15/5/2002. (MS-23577).
interesse por parte da administração, há amparo legal para
eventual pedido de reversão desse servidor. Recondução do Servidor Inabilitado no Estágio
O retorno à atividade, a pedido do servidor público que Probatório
ocupava cargo efetivo, com estabilidade, aposentado volun-
tariamente há menos de cinco anos, para ocupar cargo vago JURISPRUDÊNCIA:
na Administração Pública, denomina-se reversão. Estágio probatório. Funcionário estável da Imprensa
Quanto à questão dos proventos e da nova remuneração Nacional admitido, por concurso público, ao cargo
após a sua reversão, a lei preceitua que o servidor aposenta- de Agente de Polícia do Distrito Federal. Natureza,
do revertido deixará de receber os proventos relativos à sua inerente ao estágio, de complemento do processo
aposentadoria e passará a receber a remuneração inerente seletivo, sendo, igualmente, sua finalidade a de
ao cargo que ocupava em atividade e somente terá os novos aferir a adaptabilidade do servidor ao desempenho
proventos calculados, caso venha a se aposentar de novo, de suas novas funções. Consequente possibilidade,
com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco durante o seu curso, de desistência do estágio, com
anos no cargo. retorno ao cargo de origem (art. 20, § 2º, da Lei
nº 8.112/1990). Inocorrência de ofensa ao princípio
Recondução da autonomia das Unidades da Federação, por ser
O art. da Lei nº 8.112/1990 que trata deste instituto é o mantida pela União a Polícia Civil do Distrito Federal
29, que afirma que é o retorno do servidor estável ao cargo (Constituição, art. 21, XIV). Mandado de segurança
anteriormente ocupado e decorrerá em razão da inabilitação deferido. (STF, MS 22933, DF, Tribunal Pleno, Relator
em estágio probatório relativo a outro cargo e da reintegra- Min. OCTAVIO GALLOTTI, Julgamento: 26/6/1998, DJ
ção do anterior ocupante. DATA-13/11/1998 PP-00005)”.
A título de exemplo: Maria, que era servidora pública
estável de um TRE, foi demitida do seu cargo em decorrên- Vamos imaginar um servidor público federal estável (a
cia de um processo administrativo disciplinar, razão pela estabilidade é adquirida com 3 anos de efetivo exercício) do
qual ajuizou ação judicial para impugnar o ato de demissão. Ministério da Cultura. Ele foi aprovado e nomeado para um
O Poder Judiciário analisou a prova dos autos e proferiu novo cargo em outro órgão ou entidade da Administração
sentença que invalidou a demissão e determinou a rein- Pública Federal. Os cargos não são acumuláveis (fogem a ex-
tegração da servidora ao cargo anteriormente ocupado, ceção prevista na CF/1988, art. 37, XVI). Este servidor deverá
com ressarcimento de todas as vantagens. Entretanto, logo declarar a vacância no seu órgão (Ministério da Cultura) e
após a demissão de Maria, José, que também era servidor irá para o novo órgão ou entidade. Caso ele não consiga ser
estável, e que ocupava outro cargo passou a ocupar a vaga habilitado no estágio do novo cargo, ele será reconduzido ao
dela. Na situação hipotética, José deveria ser reconduzido cargo de origem. Em suma, ele retornará para o Ministério
ao cargo de origem. da Cultura, no cargo que anteriormente ocupava.
Ao funcionário público federal estável aprovado em novo A título de exemplo: Mélvio, Analista Judiciário, será
concurso público, para outro órgão, mas não habilitado no reintegrado no cargo anteriormente ocupado. Porém, esse
estágio probatório desse novo cargo aplica-se, para que cargo anterior já encontra-se provido e ocupado por Isabela,
retorne ao cargo por ele anteriormente ocupado, o instituto servidora pública estável. Nesse caso, entre outras hipóteses,
da recondução. Isabela será reconduzida ao cargo de origem, sem direito a
Obs.: a exoneração de servidor público em consequência indenização, ou aproveitada em outro cargo.
de inabilitação em estágio probatório não configura punição. Questão interessante é a que pertine ao prazo do estágio
probatório. O art. 20 da Lei nº 8.112/1990 preceitua sobre
Logo será necessário o estudo das duas reconduções. estágio probatório e afirma que será de 24 meses.
A questão sobre estágio sempre traz dúvidas e chega a
JURISPRUDÊNCIA: ser polêmica, mas vamos tentar dirimi-la.
Se o servidor federal estável, submetido a estágio A Constituição Federal em 5 de outubro de 1988 precei-
probatório em novo cargo público, desiste de exercer tuava no seu corpo, ou seja, no art. 41, que a estabilidade
a nova função, tem ele o direito a ser reconduzido do servidor público seria adquirida após dois anos de efetivo
ao cargo ocupado anteriormente no serviço público. exercício.
Com esse entendimento, o Tribunal deferiu mandado A Lei nº 8.112 surge em dezembro de 1990 e seu art. 20
de segurança para assegurar ao impetrante, servidor preceituava que o estágio probatório para o servidor deten-
sujeito a estágio probatório no cargo de Escrivão da tor de cargo efetivo seria de vinte e quatro meses, onde eram
Polícia Federal, o retorno ao cargo de Policial Rodo- avaliados a sua assiduidade, responsabilidade, produtivida-
viário Federal, observado, se for o caso, o disposto de, capacidade de iniciativa e a sua disciplina.
no art. 29, parágrafo único da Lei nº 8.112/1990 Como se percebe, eram atos praticamente “casados”,
Legislação

(“Encontrando-se provido o cargo de origem, o a habilitação no estágio probatório e a aquisição da estabi-


servidor será aproveitado em outro, observado o lidade. Nesta época não pairavam dúvidas.
disposto no art. 30.”). Considerou-se que o art. 20, § Porém, a Constituição Federal de 1988 sofreu uma alte-
2º, da Lei nº 8.112/1990 (“O servidor não aprovado ração por meio da Emenda Constitucional nº 19, e o art. 41
no estágio probatório será exonerado ou, se estável, modificaram a estabilidade para três anos de efetivo exer-

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cício e a Lei nº 8.112/1990 não sofre alteração e o estágio então, que se determinasse a aplicação do prazo de
probatório permanece em vinte e quatro meses. 3 (três) anos aos novos servidores, sem qualquer
A partir da referida Emenda Constitucional começam a explicitação, caso não houvesse conexão entre os
surgir celeumas. institutos da estabilidade e do estágio probatório...
A Advocacia Geral da União, por volta de abril de 2004, [...]
emite um parecer, por meio do Advogado Geral da União,
afirmando que o estágio probatório em toda Administração Logo, ante o exposto, o STJ passou a entender que o prazo
Pública seria de três anos, fazendo com isto que os atos do estágio probatório e a estabilidade se igualam.
administrativos voltassem novamente a ser praticamente O STF, por meio do AI n° 754802, de 7 de junho de 2011,
casados, como antes da Emenda Constitucional nº 19. também passou a entender que deve ocorrer a aplicação do
Com isto ficou a indagação: o que tem mais “força”, um prazo COMUM para o instituto da estabilidade e também do
regulamento ou uma lei? Para resolver tal problema, este estágio probatório (Vide o Julgado):
parecer do Advogado Geral da União foi levado à apreciação
do senhor Presidente da República que anuiu ao parecer e STF
mandou publicá-lo em Diário Oficial. Processo: AI 754802 DF
Em razão de tal procedimento, o referido parecer passou Relator(a): Min. GILMAR MENDES
a ter força normativa, pois preencheu os requisitos da Lei Julgamento: 07/06/2011
Complementar nº 73, no seu art. 40, que afirma que todo Órgão Julgador: Segunda Turma
parecer oriundo do Advogado Geral da União que for levado Publicação: DJe-118 DIVULG 20/6/2011 PUBLIC
à apreciação do Presidente da República e essa publicação 21/6/2011 EMENT VOL-02548-02PP-00357
em diário oficial vinculará toda Administração Pública. Parte(s): MIN. GILMAR MENDES
Tal problema, a princípio, estaria resolvido, porém alguns UNIÃO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
servidores insatisfeitos com tal comando, porque alguns CHRISTINE PHILIPP STEINER E OUTRO(A/S)
órgãos ou entidades não promoviam o servidor enquanto JOÃO BELMINO CHAVES
estivesse em estágio probatório. Logo, foram ajuizadas Ementa
ações pleiteando o estágio probatório por meio da Lei 1. Embargos de declaração em agravo regimental em
nº 8.112/1990, ou seja, vinte e quatro meses. agravo de instrumento.
A questão sobredita, na época, foi apreciada pelo STJ e 2. Vinculação entre o instituto da estabilidade,
ficou entendido que deveria ser cumprido o prazo do estágio definida no art. 41 da Constituição Federal, e o do
probatório de vinte e quatro meses. Tanto que o próprio estágio probatório.
tribunal passou a entender que os seus servidores deveriam 3. Aplicação de prazo comum de três anos a ambos
ter o estágio probatório segundo a Lei nº  8.112/1990. (O os institutos.
STF, TJDFT e o TCU passaram a ter tal entendimento para 4. Precedentes.
seus servidores). 5. Embargos de declaração acolhidos com efeitos
Ante o exposto alguns órgãos tratavam o estágio proba- infringentes.
tório segundo o parecer da Advocacia Geral da União e os
tribunais acima segundo a Lei nº 8.112/1990. Agora como resolver a questão em concursos quando
Em abril de 2008, surge a Medida Provisória nº  431, tratar do estágio probatório? Afirmar de forma contundente
que alterava o art.  20 da Lei nº  8.112/1990 para trinta e é difícil ante a todo histórico inerente ao prazo do estágio
seis meses. probatório, mas entendemos que se o comando da questão re-
Aparentemente a questão inerente ao estágio probatório ferir ao texto expresso da Lei nº 8.112/1990 o candidato deve
estava dirimida. Porém, na conversão da Medida Provisória marcar o que pede a questão, ou seja, vinte e quatro meses.
em Lei, o Congresso Nacional não permite a referida altera- E se pedir o entendimento jurisprudencial? O candidato
ção e o art. 20 voltou a ser de vinte e quatro meses. deve marcar três anos, igualando-se a estabilidade.
Em abril de 2009 o STJ, por meio do MS nº 12. 523-DF A indagação que fica é: se o examinador não se referir a
Relator Ministro Felix Fischer, volta a apreciar a questão nada, nem a lei e nem a jurisprudência? Acredito que quais-
inerente ao estágio probatório e decidiu que: quer das respostas poderiam responder a questão, pois com
certeza muitos candidatos iriam interpor recursos.
I  – estágio probatório é o período compreen­dido Nesta situação, acredito que o candidato deve primeiro
entre a nomeação e a aquisição de estabilidade no avaliar o tipo de prova, ou seja, se o examinador está apenas
serviço público, no qual são avaliadas a aptidão, copiando a lei para formular as questões, neste caso ele
a eficiência e a capacidade do servidor para o efetivo poderia estar cobrando o comando da Lei nº 8.112/1990,
exercício do cargo respectivo; que preceitua vinte e quatro meses.
II – com efeito, o prazo do estágio probatório dos ser- Caso a prova contenha questões que exijam raciocínio
vidores públicos deve observar a alteração promovida do candidato ou as questões sejam contextualizadas, onde
pela Emenda Constitucional nº 19/1998 no art. 41 se percebe que o examinador quer ir além do “decoreba”
da Constituição Federal, no tocante ao aumento do da lei, a resposta plausível seria três anos, igualando-se a
lapso temporal para a aquisição da estabilidade no estabilidade.
serviço público para 3 (três) anos, visto que, apesar Urge ressaltar que quaisquer das respostas iriam dar
de institutos jurídicos distintos, encontram-se prag- subsídios a recursos.
maticamente ligados; Vamos às perguntas clássicas sobre a recondução:
III – destaque para a redação do art. 28 da Emenda A uma, se o cargo do servidor reconduzido estiver ex-
Legislação

Constitucional nº 19/1998, que vem a confirmar o ra- tinto?


ciocínio de que a alteração do prazo para a aquisição – Este servidor seria colocado em disponibilidade, aguar-
da estabilidade repercutiu no prazo do estágio pro- dando seu aproveitamento.
batório, senão seria de todo desnecessária a menção A duas, se o servidor estável pedisse a sua recondução
aos atuais servidores em estágio probatório; bastaria, por desistência do estágio probatório no novo cargo?

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
– A Lei nº  8.112/1990 não trouxe previsão sobre esta público de magistério. Quando viável, em recurso
situação, porém o STF entende que ele tem direito a ser extraordinário, o reexame das atribuições daquele
reconduzido. emprego (atividade de telefonista), correto, ainda
E por fim, se o servidor não estável não conseguir ser assim, o acórdão recorrido, no sentido de se reves-
habilitado no novo estágio? tirem elas de ‘características simples e repetitivas’,
– Ele será exonerado. de modo a afastar-se a incidência do permissivo do
art.  37, XVI, b, da Constituição. (AI 192.918-AgR,
Da Reintegração do Anterior Ocupante Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 3/6/1997,
Para entendermos este tipo de recondução será melhor Primeira Turma, DJ de 12/9/1997)
por meio de uma situação hipotética.
Vamos imaginar que um servidor estável, cujo nome é A Constituição Federal prevê a possibilidade da
Azarildo, esteja ocupando um determinado cargo e a pessoa acumulação de cargos privativos de profissionais da
que antes ocupava cargo de Azarildo tenha voltado, pois a sua saúde, em que se incluem os assistentes sociais. (RE
demissão foi injusta. O que vai acontecer com Azarildo? Ele 553.670-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em
irá retornar ao seu cargo anterior, por meio da recondução. 14/9/2010, Segunda Turma, DJE de 1º/10/2010) Vide:
Logo, quem será reconduzido é o servidor estável que ocupa AI 169.323-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento
o cargo do servidor reintegrado. em 18/6/1996, Segunda Turma, DJ de 14/11/1996.

Da Vacância O art. 37, XVI, c, da CF autoriza a acumulação de dois


Este instituto aborda as maneiras de deixar um cargo cargos de médico, não sendo compatível interpre-
vago, para que se possa ocorrer um futuro provimento. tação ampliativa para abrigar no conceito o cargo
As formas estão expressas na Lei nº 8.112/1990: de perita criminal com especialidade em medicina
veterinária, como ocorre neste mandado de seguran-
Promoção ça. A especialidade médica não pode ser confundida
Se um Servidor Público Federal “cresce” dentro da sua sequer com a especialidade veterinária. Cada qual
carreira, ele hipoteticamente está subindo um “degrau”, guarda característica própria que as separam para
logo o legislador vislumbrou que o “degrau” que ele ocupava efeito da acumulação vedada pela Constituição da
antes ficou vazio, gerando assim vacância. Percebemos com República. (RE 248.248, Rel. Min. Menezes Direito,
isto que a promoção é forma concomitante de provimento julgamento em 2/9/2008, Primeira Turma, DJE de
e vacância. 14/11/2008)

Posse em Cargo Inacumulável JURISPRUDÊNCIA:


Magistério. Acumulação de proventos de uma apo-
sentadoria com duas remunerações. Retorno ao ser-
JURISPRUDÊNCIA:
viço público por concurso público antes do advento
Servidor público em situação de acumulação ilícita de
da EC 20/1998. Possibilidade. É possível a acumulação
cargos ou empregos pode se valer da oportunidade
de proventos oriundos de uma aposentadoria com
prevista no art. 133, § 5º, da Lei nº 8.112/1990 para
duas remunerações quando o servidor foi aprovado
apresentar proposta de solução, comprovando o
em concurso público antes do advento da EC 20.
desfazimento dos vínculos, de forma a se enquadrar
O art. 11 da EC 20 convalidou o reingresso – até a data
nas hipóteses de cumulação lícita. Contudo, o art.
da sua publicação – do inativo no serviço público, por
133, § 5º, da Lei nº 8.112/1990 não autoriza que meio de concurso. A convalidação alcança os venci-
o servidor prolongue indefinidamente a situação mentos em duplicidade se os cargos são acumuláveis
ilegal, esperando se valer do dispositivo legal para na forma do disposto no art. 37, XVI, da Constituição
caracterizar, como sendo de boa-fé, a proposta de do Brasil, vedada, todavia, a percepção de mais de
solução apresentada com atraso. No caso em exame, uma aposentadoria. (RE 489.776-AgR, Eros Grau,
os empregadores do impetrante, quando consultados julgamento em 17/6/2008, Segunda Turma, DJE de
a respeito do desfazimento dos vínculos – fato que 1º/8/2008.) No mesmo sentido: RE 599.909-AgR,
tinha sido informado pelo próprio impetrante ao INSS Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 7/12/2010,
–, informaram que estes não haviam sido desfeitos, Segunda Turma, DJE de 1º/2/2011; AI 483.076-AgR-
tendo um deles sido inclusive renovado. Recurso or- -AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em
dinário a que se nega provimento. (RMS 26.929, Rel. 16/11/2010, Segunda Turma, DJE de 1º/12/2010.
Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 19/10/2010,
Segunda Turma, DJE de 11/11/2010) Para efeitos do disposto no art. 37, XVII, da Consti-
tuição são sociedades de economia mista aquelas
A Constituição Federal de 1988, no seu art. 37, XVI, trata – anônimas ou não – sob o controle da União, dos
da acumulação legal e ela firma que o servidor pode acumu- Estados-membros, do Distrito Federal ou dos Mu-
lar dois cargos de professor, um técnico ou científico e mais nicípios, independentemente da circunstância de
outro de professor e, também dois privativos de profissionais terem sido ‘criadas por lei’. Configura-se a má-fé do
da área da saúde desde que a profissão esteja regulamen- servidor que acumula cargos públicos de forma ilegal
tada em lei. Logo, caso o servidor não se enquadre nessas quando, embora devidamente notificado para optar
exceções estará na acumulação ilegal, portanto, deverá ser por um dos cargos, não o faz, consubstanciando, sua
notificado para optar no prazo de dez dias, sendo obrigatória omissão, disposição de persistir na prática do ilícito.
Legislação

a vacância em um dos cargos ou nos dois. (RMS 24.249, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em
14/9/2004, Primeira Turma, DJ de 3/6/2005)
JURISPRUDÊNCIA:
Acumulação de emprego de atendente de telecomu- A acumulação de proventos e vencimentos somente
nicações de sociedade de economia mista, com cargo é permitida quando se tratar de cargos, funções ou

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empregos acumuláveis na atividade, na forma per- o cônjuge que ficou não terá o direito subjetivo, segundo o
mitida pela Constituição. CF, art. 37, XVI, XVII; art. 95, STJ, de ser removido.
parágrafo único, I. Na vigência da Constituição de 1946,
art. 185, que continha norma igual a que está inscrita INFORMATIVO STJ Nº 0439
no art. 37, XVI, CF/1988, a jurisprudência do Supremo REMOÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
Tribunal Federal era no sentido da impossibilidade da Trata-se da remoção de servidor público, ora recor-
acumulação de proventos com vencimentos, salvo se rente, que tomou posse no cargo de auditor fiscal da
os cargos de que decorrem essas remunerações fos- Receita Federal com lotação em Foz do Iguaçu-PR e,
sem acumuláveis. Precedentes do STF: RE 81.729-SP, posteriormente, casou-se com servidora pública do
ERE 68.480, MS 19.902, RE 77.237-SP, RE 76.241-RJ. estado do Rio de Janeiro, a qual veio a engravidar. Na
(RE 163.204, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em origem, obteve antecipação de tutela que permitiu
9/11/2004, Plenário, DJ de 31/3/1995) sua lotação provisória na cidade do Rio de Janeiro, há
quase dez anos. Diante disso, a Turma entendeu que
Observação: conforme entendimento do STJ, é vedada a pretensão recursal não encontra respaldo no art. 36,
a acumulação do cargo de Professor com o de Agente de III, a, da Lei nº 8.112/1990 nem na jurisprudência, uma
Polícia Civil, o qual não se caracteriza como cargo técnico. vez que o recorrente já era servidor quando, volunta-
riamente, casou-se com a servidora estadual. Assim,
somente após o casamento, pleiteou a remoção, não
Falecimento
havendo o deslocamento do cônjuge no interesse
Com a morte do servidor é fato que irá gerar vacância
da Administração, logo não foi preenchido um dos
no cargo.
requisitos do referido artigo. Quanto à teoria do fato
consumado, entendeu, ainda, a Turma em afastá-la,
Exoneração pois a lotação na cidade do Rio de Janeiro decorreu
Existem várias maneiras de ocorrer a exoneração, como de decisão judicial provisória por força de tutela an-
já vimos. Poderá ser a pedido, caso o servidor não estável tecipatória e tornar definitiva essa lotação, mesmo
não seja habilitado no estágio probatório; se o servidor não com a declaração judicial de não cumprimento dos
estável tenha seu cargo extinto; na hipótese da União ultra- requisitos legalmente previstos, permitiria consolidar
passar o limite de despesas (LRF – Lei de Responsabilidade uma situação contrária à lei. Daí negou provimento
Fiscal) e venha a ser mal avaliado anualmente (segundo ao recurso. Precedentes citados do STF: RE 587.260-
regulamentos) etc. RN, DJe 23/10/2009; do STJ: REsp 616.831-SE, DJ
14/5/2007; REsp 674.783-CE, DJ 30/10/2006, e REsp
Readaptação 674.679-PE, DJ 5/12/2005. REsp 1.189.485-RJ, Rel.
Caso o servidor sofra limitações físicas ou mentais e Min. Eliana Calmon, julgado em 17/6/2010.
não possa exercer as funções do seu cargo, ele poderá ser
readaptado gerando assim vacância neste cargo. Agora, caso o cônjuge tenha sido “afastado”, o cônjuge
É necessário ter em mente que a reversão não é forma não deslocado, a princípio, terá direito a licença por afasta-
de vacância, pois as bancas gostam de tentar confundir mento do cônjuge (art. 84, § 1º da Lei nº 8.112/1990).
o candidato afirmando que ela é forma concomitante de
provimento de vacância. INFORMATIVO STJ Nº 0456
LICENÇA. DESLOCAMENTO. CÔNJUGE. EXERCÍCIO
Aposentadoria PROVISÓRIO.
Também é fato, que a passagem do servidor para a ina- No caso, servidora da Justiça trabalhista lotada em
tividade gera vacância. Porto Alegre formulou pedido administrativo para
que lhe fosse concedida licença por motivo de des-
Demissão locamento de cônjuge (art. 84 da Lei nº 8.112/1990),
É importante salientar que a demissão tem cunho puni- pois seu esposo foi aprovado em concurso público
tivo, ou seja, disciplinar, conforme preceitua o art. 127 da realizado em prefeitura no Estado do Rio de Janeiro,
Lei nº 8.112/1990 e a exoneração não tem cunho punitivo. tendo tomado posse em 16/7/1999. Solicitou, ainda,
que exercesse provisoriamente cargo compatível
Da Remoção, Redistribuição e Substituição com o seu, o que poderia se dar no TRT da 1ª Região,
com sede no Rio de Janeiro. Indeferido o pedido,
ajuizou ação ordinária. A Turma, entre outras ques-
Remoção
tões, entendeu que o pedido de concessão de licença
Caso o servidor esteja lotado em um determinado órgão
formulado na referida ação possui natureza distinta
ou entidade de um ente da federação e ele tenha que ir
da atinente ao instituto da remoção, previsto no art.
para outro Estado ou cidade, este deslocamento é chamado 36, parágrafo único, III, a, da Lei nº 8.112/1990. O
de remoção, que pode ser de ofício, a pedido, a critério da pedido está embasado no art. 84 da mencionada lei
Administração e ao seu pedido independente. e, uma vez preenchidos pelo servidor os requisitos
A remoção não é uma forma de provimento. ali previstos, não há espaço para juízo discricionário
Questão interessante que está sendo cobrada pelas ban- da Administração, devendo a licença ser concedida,
cas é aquela que menciona um casal de servidores, sendo pois se trata de um direito do servidor, em que a
um deles deslocado da sede. O que poderá ocorrer com o Administração não realiza juízo de conveniência e
cônjuge que não foi deslocado? oportunidade. Quanto ao exercício provisório em
Legislação

Na situação do servidor ser removido no interesse da outro órgão, este é cabível, pois preenchidos todos
administração, o cônjuge que ficou terá o direito de ser remo- os pressupostos para o seu deferimento. Sendo a
vido a pedido independente do interesse da administração. autora analista judiciária, poderá exercer seu mister
Caso o cônjuge que foi deslocado for tomar posse em no TRT da 1ª Região. REsp 871.762-RS, Rel. Min.
outro órgão ou entidade em localidade distinta da atual, Laurita Vaz, julgado em 16/11/2010.

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Redistribuição I – a nacionalidade brasileira;
A remoção, como vimos, desloca o serviço e a redistri- II – o gozo dos direitos políticos;
buição irá gerar o deslocamento do cargo de provimento III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
efetivo ocupado ou vago para outro órgão ou entidade IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do
sempre do mesmo poder com autorização do Sistema de cargo;
Pessoal Civil (Sipec). V – a idade mínima de dezoito anos;
Na redistribuição, deve ser sempre observado o interesse VI – aptidão física e mental.
da administração, a equivalência remuneratória, atribuições, § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência
responsabilidades, e complexidades do cargo compatíveis. de outros requisitos estabelecidos em lei.
O legislador prevê que o servidor que não foi redistribuí­ § 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
do ou colocado em disponibilidade, ficará sob a tutela do direito de se inscrever em concurso público para provimento
Sipec e poderá também ter exercício provisório em outro de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiên-
órgão ou entidade. cia de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas
até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Substituição § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica
e tecnológica federais poderão prover seus cargos com pro-
Um servidor que possua funções de direção ou chefia
fessores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com
terá, a  princípio, seu substituto indicado em regimento
as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei
interno. Caso este servidor tenha que ser substituído, o seu
nº 9.515, de 20/11/1997)
substituto irá assumir automaticamente e cumulativamente Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á me-
suas funções. diante ato da autoridade competente de cada Poder.
Ele fará jus à retribuição do substituído no prazo superior Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a
a 30 dias consecutivos e deverá optar pela remuneração de posse.
um deles durante o respectivo período. Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
O Cespe recentemente cobrou uma questão relativa I – nomeação;
à substituição, porém, a  banca entendeu que o servidor II – promoção;
substituto tem direito a retribuição por chefia ou direção, III – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
ainda que o período seja inferior a 30 dias. O embasamento IV – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
se deu por meio do Acórdão do Tribunal de Contas da União V – readaptação;
(TCU – Acórdão nº 3.275/2006). VI – reversão;
Em suma, quando se desloca o servidor, trata-se de VII – aproveitamento;
remoção; quando se desloca o cargo, será a redistribuição. VIII – reintegração;
IX – recondução.
LEITURA DA LEI Nº 8.112/1990
Observação: não são formas de provimento de cargo
TÍTULO I público a ascensão e a transferência.
Ademais, ascensão ou acesso é a forma de progressão
CAPÍTULO ÚNICO pela qual o servidor é elevado de cargo situado na
Das Disposições Preliminares classe mais elevada de uma carreira para cargo da
classe inicial de carreira diversa ou de carreira tida
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores como complementar da anterior.
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em re-
gime especial, e das fundações públicas federais. Seção II
Art.  2º  Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa Da Nomeação
legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e res- Art. 9º A nomeação far-se-á:
ponsabilidades previstas na estrutura organizacional que I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado
devem ser cometidas a um servidor. de provimento efetivo ou de carreira;
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos II – em comissão, inclusive na condição de interino, para
cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria
de 10/12/1997)
e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento
em caráter efetivo ou em comissão.
A título de exemplo: Lupércio é servidor ocupante
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo do cargo em comissão X. A autoridade administrativa
os casos previstos em lei. competente pretende nomeá-lo para ter exercício in-
terinamente, em outro cargo de confiança, o cargo Y,
TÍTULO II sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocu-
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, pa. Esta hipótese é permitida pela Lei nº 8.112/1990,
REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO mas Lupércio deverá optar pela remuneração de um
dos cargos durante o período da interinidade.
CAPÍTULO I
Do Provimento Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comis-
são ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter
Legislação

Seção I exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem


Disposições Gerais prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese
em que deverá optar pela remuneração de um deles durante
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo o período da interinidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
público: de 10/12/1997)

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Art.  10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo JURISPRUDÊNCIA:
isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação Concurso
em concurso público de provas ou de provas e títulos, obe- Razoabilidade da exigência de altura mínima para
decidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. ingresso na carreira de delegado de polícia, dada a
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e natureza do cargo a ser exercido. Violação ao princí-
o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante pro- pio da isonomia. Inexistência. (RE 140.889, Rel. para o
moção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes ac. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 30/5/2000,
do sistema de carreira na Administração Pública Federal Segunda Turma, DJ de 15/12/2000.)
e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10/12/1997) Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições
do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada
Seção III pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Do Concurso Público § 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado
em cargo público entrar em exercício, contados da data da
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuse- § 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado
rem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, sem efeito o ato de sua designação para função de confiança,
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo,
valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, observado o disposto no art.  18. (Redação dada pela Lei
e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente nº 9.527, de 10/12/1997)
previstas. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) § 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para
(Regulamento) onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual § 4º O início do exercício de função de confiança coin-
período. cidirá com a data de publicação do ato de designação,
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por
sua realização serão fixados em edital, que será publicado qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no
no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande primeiro dia útil após o término do impedimento, que não
circulação. poderá exceder a trinta dias da publicação. (Incluído pela Lei
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candi- nº 9.527, de 10/12/1997)
dato aprovado em concurso anterior com prazo de validade Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício
não expirado. (Vide o Decreto nº 6.944 de 21 de agosto de do exercício serão registrados no assentamento individual
2009, que dispõe sobre as normas gerais relativas a concursos) do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apre-
Seção IV
sentará ao órgão competente os elementos necessários ao
Da Posse e do Exercício
seu assentamento individual.
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exer-
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, cício, que é contado no novo posicionamento na carreira a
as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocu- partir da data de publicação do ato que promover o servidor.
pado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos Art.  18. O  servidor que deva ter exercício em outro
em lei. município em razão de ter sido removido, redistribuído,
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no
da publicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
nº 9.527, de 10/12/1997) publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo ne-
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos cessário para o deslocamento para a nova sede. (Redação
incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
incisos I, IV, VI, VIII, alíneas a, b, d, e e f, IX e X do art. 102,
o prazo será contado do término do impedimento. (Redação A título de exemplo: Helena, Analista Judiciária,
dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) passou a ter exercício em outro Município em razão
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração espe- de ter sido removida. Nesse caso, contados da publi-
cífica. cação do ato, o prazo para Helena retomar o efetivo
§  4º Só haverá posse nos casos de provimento de exercício das atribuições do cargo será, no mínimo,
cargo por nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de dez e, no máximo, trinta dias de prazo, podendo
10/12/1997) declinar do referido prazo.
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração
de bens e valores que constituem seu patrimônio e decla- Pedro é servidor público federal, exercendo suas
ração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego funções na cidade de Campinas-SP, e é removido de
ou função pública. ofício pela Autoridade Competente para a cidade
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a de Ribeirão Preto. Neste caso, Pedro, em razão de
Legislação

posse não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo. sua remoção, terá, no mínimo dez e, no máximo, 30
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia dias de prazo, contados da publicação do ato, para
inspeção médica oficial. a retomada do efetivo desempenho das atribuições
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. para o deslocamento para a nova sede.

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§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de
ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo formação, e será retomado a partir do término do impedi-
será contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo mento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabe- JURISPRUDÊNCIA:
lecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) NOMEAÇÃO DE SERVIDOR, EM ESTÁGIO PROBATÓ-
Art.  19. Os  servidores cumprirão jornada de trabalho RIO, PARA CARGO DE CONFIANÇA.
fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos I – A Constituição Federal não estabelece óbice à
cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal nomeação de servidor – integrante de quadro de car-
de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo reira técnica ou profissional e que esteja no período
de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação do estágio probatório – para o exercício de funções
dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991) de confiança (cargo comissionado ou função gratifica-
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de con- da). No entanto, nos termos do preconizado pela Lei
fiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, Maior, artigo 37, I, norma infraconstitucional poderá
observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado estabelecer requisitos para o provimento destas fun-
sempre que houver interesse da Administração. (Redação
ções de confiança, dentre os quais poderá figurar a
dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
exigência do cumprimento do estágio probatório. Na
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de
hipótese de não haver vedação de natureza legal, a
trabalho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei
nº 8.270, de 17/12/1991) nomeação deste servidor – no curso do estágio pro-
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para batório, para exercer funções de confiança – implicará
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probató- a SUSPENSÃO do período probatório, que só voltará
rio por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a ser computado a partir do retorno do servidor ao
a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para exercício do cargo efetivo. Neste caso, se o servidor
o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: não for estável no serviço público, a suspensão do
(Vide EMC nº 19) estágio probatório implicará, necessariamente, a
suspensão da contagem do tempo de serviço para
A Terceira Seção do STJ decidiu que com o advento efeito da estabilidade funcional. Só após o cumpri-
da EC nº 19 de 1998, o prazo do estágio probatório mento integral do estágio probatório, onde a admi-
dos servidores públicos é de três anos. A mudança nistrativa terá a oportunidade de aferir a sua aptidão
na Constituição Federal instituiu o prazo de três anos (assiduidade, idoneidade moral, eficiência etc.) para
para o alcance da estabilidade, o que, no entender o exercício do cargo efetivo, é que o servidor poderá
da turma, não pode ser dissociado do período de ser considerado estabilizado no serviço público. Sen-
estágio probatório. do, contudo, o servidor já detentor de estabilidade
funcional – em decorrência do exercício de cargo
I – assiduidade; efetivo anterior, no âmbito do mesmo Ente Estatal e
II – disciplina; sem que tenha havido solução de continuidade entre
III – capacidade de iniciativa; os dois provimentos efetivos – não haverá alteração
IV – produtividade; na sua estabilidade funcional, de sorte que apenas o
V – responsabilidade. período probatório ficará suspenso. Ressalte-se, por
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio fim, que na hipótese de haver MANIFESTA CORRELA-
probatório, será submetida à homologação da autoridade ÇÃO entre as atribuições das funções de confiança
competente a avaliação do desempenho do servidor, realiza- e as atribuições do cargo efetivo do servidor, não
da por comissão constituída para essa finalidade, de acordo há que se falar em suspensão do estágio probatório
com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva nem da contagem do prazo para efeito de estabili-
carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dade funcional. II – Nos termos do artigo 19 do Ato
dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste das Disposições Constitucionais Transitórias (C.F.), é
artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008) considerado estável no serviço público, só podendo
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será ser demitido em razão de processo administrativo ou
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anterior-
sentença judicial irrecorrível, o servidor que em 5 de
mente ocupado, observado o disposto no parágrafo único
outubro de 1988 (data da promulgação da Lei Maior)
do art. 29.
contasse com pelo menos 5 (cinco) anos de tempo
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de serviço público (TCE-PE, Decisão T.C.N: 0408/1996,
de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade ÓRGÃO JULGADO: FAC.DE FORM.DE PROFES.DE BELO
de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou JARDIM-PRESIDENTE, Data Publicação: 11/4/1996)
entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos
de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessora- Seção V
mento Superiores – DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. Da Estabilidade
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão Art.  21. O  servidor habilitado em concurso público e
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá es-
arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento tabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de
Legislação

para participar de curso de formação decorrente de aprova- efetivo exercício. (Prazo 3 anos – vide EMC nº 19)
ção em concurso para outro cargo na Administração Pública Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude
Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
§  5º O estágio probatório ficará suspenso durante as administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, defesa.

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Seção VI bia anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela Medida
Da Transferência Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os
Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) proventos calculados com base nas regras atuais se perma-
necer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida
Seção VII Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
Da Readaptação § 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
Art.  24. Readaptação é a investidura do servidor em 4/9/2001)
cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45,
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou de 4/9/2001)
mental verificada em inspeção médica. Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readap- completado 70 (setenta) anos de idade.
tando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições Seção IX
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade Da Reintegração
e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência
de cargo vago, o  servidor exercerá suas atribuições como Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor está-
excedente, até a ocorrência de vaga. (Redação dada pela vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante
Lei nº 9.527, de 10/12/1997) de sua transformação, quando invalidada a sua demissão
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento
Seção VIII de todas as vantagens.
Da Reversão § 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fica-
(Regulamento Decreto nº 3.644, de 30/11/2000) rá em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§  2º Encontrando-se provido o cargo, o  seu eventual
Art.  25. Reversão é o retorno à atividade de servidor ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito
aposentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225- à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
45, de 4/9/2001) posto em disponibilidade.
I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar
insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído Seção X
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) Da Recondução
II – no interesse da administração, desde que: (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao
a)  tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) I  –  inabilitação em estágio probatório relativo a outro
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela cargo;
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) II – reintegração do anterior ocupante.
c)  estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Parágrafo  único. Encontrando-se provido o cargo de
origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o
Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
disposto no art. 30.
d)  a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos
anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória
Seção XI
nº 2.225-45, de 4/9/2001)
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
e)  haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.225-45, de 4/9/2001)
Art.  30. O  retorno à atividade de servidor em dispo-
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo nibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório
resultante de sua transformação. (Incluído pela Medida em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) anteriormente ocupado.
A título de exemplo: Benedita aposentou-se por A título de exemplo: Miguel servidor público federal,
invalidez. Entretanto, junta médica oficial julgou in- ocupava o cargo de analista judiciário da área admi-
subsistente os motivos de sua aposentadoria. Nesse nistrativa, junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Atu-
caso, é certo que, dentre outras situações pertinen- almente encontra-se em disponibilidade. Entretanto
tes, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo será possível seu retorno à atividade, a ser feita por
resultante de sua transformação. aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições
e vencimentos compatíveis com o anteriormente
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será ocupado.
considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) JURISPRUDÊNCIA:
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o car- O servidor público ocupante de cargo efetivo, ainda
go, o  servidor exercerá suas atribuições como excedente, que em estágio probatório, não pode ser exonerado
até a ocorrência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória ad nutum, com base em decreto que declara a des-
Legislação

nº 2.225-45, de 4/9/2001) necessidade do cargo, sob pena de ofensa à garantia


§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da do devido processo legal, do contraditório e da ampla
administração perceberá, em substituição aos proventos da defesa. Incidência da Súmula nº 21 do STF. (RE 378.041,
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 21/9/2004,
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que perce- Primeira Turma, DJ de 11/2/2005.) No mesmo sentido:

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AI 623.854-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa
em 25/8/2009, Primeira Turma, DJE de 23/10/2009. de função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei
Vide: RE 223.904, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento nº 9.527, de 10/12/1997)
em 8/6/2004, Segunda Turma, DJ de 6/8/2004; RE I – a juízo da autoridade competente;
222.532, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em II – a pedido do próprio servidor.
8/8/2000, Primeira Turma, DJ de 1º/9/2000. Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)

Art.  31. O  órgão Central do Sistema de Pessoal Civil CAPÍTULO III


determinará o imediato aproveitamento de servidor em Da Remoção e da Redistribuição
disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou
entidades da Administração Pública Federal. Seção I
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, Da Remoção
o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedi-
Civil da Administração Federal – Sipec, até o seu adequado do ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo mudança de sede.
incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo,
Art.  32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e entende-se por modalidades de remoção: (Redação dada
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exer- pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
cício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta I – de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela
médica oficial. Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
II – a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela
CAPÍTULO II Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Da Vacância III – a pedido, para outra localidade, independentemente
do interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527,
JURISPRUDÊNCIA: de 10/12/1997)
Art. 122 da Lei Estadual nº 5.346, de 26/5/1992, do a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também
Estado de Alagoas. Preceito que permite a reinserção servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
no serviço público do policial militar licenciado. Des- União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que
ligamento voluntário. Necessidade de novo concurso foi deslocado no interesse da Administração; (Incluído pela
para retorno do servidor à carreira militar. Violação Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
do disposto nos arts. 5º, I; e 37, II, da CF. Não guarda b)  por motivo de saúde do servidor, cônjuge, compa-
consonância com o texto da Constituição do Brasil o nheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste
preceito que dispõe sobre a possibilidade de ‘rein- do seu assentamento funcional, condicionada à comprova-
clusão’ do servidor que se desligou voluntariamente ção por junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
do serviço público. O fato de o militar licenciado ser 10/12/1997)
considerado ‘adido especial’ não autoriza seu retorno à
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipóte-
Corporação. O licenciamento consubstancia autêntico
se em que o número de interessados for superior ao número
desligamento do serviço público. O licenciado não
de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão
manterá mais qualquer vínculo com a administração.
ou entidade em que aqueles estejam lotados. (Incluído pela
O licenciamento voluntário não se confunde o retorno
Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
do militar reformado ao serviço em decorrência da ces-
sação da incapacidade que determinou sua reforma.
O regresso do ex-militar ao serviço público reclama INFORMATIVO Nº 460 STJ.
sua submissão a novo concurso público [art. 37, II, da ESTÁGIO PROBATÓRIO. CONCURSO. REMOÇÃO.
CF/1988]. O entendimento diverso importaria flagran- A Turma negou provimento ao RMS, uma vez que o
te violação da isonomia [art. 5º, I, da CF/1988]. (ADI art. 36, III, c, da Lei nº 8.112/1990 (com a redação
2.620, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29/11/2007, dada pela Lei nº 9.527/1997), que cuida da hipótese
Plenário, DJE de 16/5/2008) de remoção a pedido em processo seletivo, afirma
ser do órgão de lotação do servidor a competência
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: para estabelecer normas próprias a fim de regula-
I – exoneração; mentar os concursos de remoção. No mesmo sentido,
II – demissão; apregoa a Resolução nº 387/2004 do Conselho da
III – promoção; Justiça Federal (CJF). Assim, não caberia ao Poder
IV – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) Judiciário examinar a conveniência de edital de re-
V – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) moção que vedou a participação de servidores em
VI – readaptação; estágio probatório, sob pena de invasão do campo
VII – aposentadoria; de discricionariedade conferido expressamente pela
VIII – posse em outro cargo inacumulável; lei ao órgão de lotação do servidor. Ademais, no caso
IX – falecimento. dos autos, a autoridade impetrada esclareceu que o
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido edital do concurso público do qual participaram os
do servidor, ou de ofício. impetrantes já estabelecia que, se eles aceitassem a
Legislação

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: nomeação, deveriam permanecer por três anos na
I – quando não satisfeitas as condições do estágio pro- localidade de ingresso no cargo público. Precedente
batório; citado: RMS 22.055-RS, DJ 13/8/2007. RMS 23.428-
II – quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado
em exercício no prazo estabelecido. em 16/12/2010.

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Seção II rem o referido período. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
Da Redistribuição de 10/12/1997)

Art.  37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de Em face da substituição é salutar fazer a seguinte
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro explanação:
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo (Cespe/STF/Técnico Judiciário/Questão 97/2008) O
Poder, com prévia apreciação do órgão central do Sipec, servidor substituto fará jus à retribuição pelo exer-
observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela Lei cício do cargo ou função de direção ou chefia ou de
nº 9.527, de 10/12/1997) cargo de natureza especial, nos casos de afastamen-
I – interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, tos ou impedimentos legais do titular, superiores a
de 10/12/1997) trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias
II  –  equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei de efetiva substituição, que excederem o referido
nº 9.527, de 10/12/1997) período.
III – manutenção da essência das atribuições do cargo; Gabarito Preliminar: C
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) Gabarito Definitivo: E
IV  –  vinculação entre os graus de responsabilidade e Justificativa do Cespe para alteração: Alterado de C
complexidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, para E, pois, de acordo com a legislação vigente, que
de 10/12/1997) atualiza a Lei nº 8.112/1990, a retribuição é devida
V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habili- a partir do primeiro dia de substituição do titular,
tação profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) mesmo quando essa não superar o prazo de trinta
VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as dias. Salienta-se que o Tribunal de Contas da União
finalidades institucionais do órgão ou entidade. (Incluído pela em mais de uma oportunidade (TC-013.977/2000-2
Lei nº 9.527, de 10/12/1997) e TC-000.399/2001-8) firmou a orientação de que a
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamen- retribuição é devida a partir do primeiro dia de subs-
to de lotação e da força de trabalho às necessidades dos tituição do titular, mesmo quando essa não superar
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou o prazo de trinta dias, com fundamento no disposto
criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, no art. 38 da Lei nº 8.112/1990, com a redação dada
de 10/12/1997) pela Lei nº 9.527/97, c/c Portaria TCU nº 266/2000.
§  2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará Cabe ressaltar, por fim, que o item não se entrou na
mediante ato conjunto entre o órgão central do Sipec e os seara de que a retribuição só seria devida a partir de
órgãos e entidades da Administração Pública Federal envol- tal ou qual dia.
vidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) A prova supra foi aplicada em 6 de julho de 2008.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou Em 28 de setembro de 2010 o STJ pronunciou-se
entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade sobre o tema em tela e passou a ter o seguinte
no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redis- entendimento:
tribuído será colocado em disponibilidade, até seu aprovei- RECURSO ESPECIAL Nº 548.340 – RN (2003/
tamento na forma dos arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado 0095482-0)
e alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) EMENTA
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ART. 38, 2º,
DA LEI Nº 8.112/1990. SUBSTITUIÇAO DE TITULAR DE
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do
FUNÇAO COMISSIONADA. PERÍODO INFERIOR A 30
órgão central do Sipec, e ter exercício provisório, em outro
(TRINTA) DIAS. RETRIBUIÇAO INDEVIDA.
órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. (In-
cluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titu-
lares de unidades administrativas organizadas em nível de
CAPÍTULO IV assessoria.
Da Substituição [...]
Art.  38. Os  servidores investidos em cargo ou função PRINCIPAIS DIREITOS E VANTAGENS DO
de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL
Especial terão substitutos indicados no regimento interno
ou, no caso de omissão, previamente designados pelo di- Serão tratados os principais institutos de Lei nº 8.112/1990
rigente máximo do órgão ou entidade. (Redação dada pela que trazem ao servidor tudo aquilo que ele pode usufruir
Lei nº 9.527, de 10/12/1997) como um servidor público federal.
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativa-
mente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do Direitos
cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza
Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regu- Da Remuneração
lamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em
que deverá optar pela remuneração de um deles durante Começaremos com um dos direitos chamado remunera-
o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, ção. Ela consiste no somatório do vencimento (é a retribui-
de 10/12/1997) ção em pecúnia pelo exercício do cargo) mais as vantagens
Legislação

§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do pecuniárias permanentes previstas em lei.
cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natu- De forma bem simples, para melhor fixação, poderíamos
reza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos desenvolver uma hipotética “fórmula matemática”:
legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga REMUNERAÇÃO = VENCIMENTO + VANTAGENS PERMA-
na proporção dos dias de efetiva substituição, que excede- NENTES.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Sempre que falarmos em vantagens, interessante, para • As férias poderão ser divididas em até três etapas,
melhor fixação, a expressão G.A.I., que corresponde: a pedido do servidor e com a anuência da Adminis-
Gratificações; tração.
Adicionais; • As férias poderão ser acumuladas no máximo por dois
Indenizações. períodos, em caso de necessidade de serviço, salvo que
existam hipóteses em legislação específica.
O legislador em 2008, por meio da Lei nº 11.784 revo- • Para angariar o direito às férias o servidor deve cum-
gou o parágrafo único do art. 40 da Lei nº 8.112/1990, que prir o primeiro período aquisitivo de doze meses.
preceituava que o vencimento não poderia ser inferior ao • A remuneração de férias deverá ser paga até dois dias
salário mínimo, logo, hoje ele poderá ser inferior, o que não antes do seu início.
pode ser inferior a é a remuneração. • O legislador trouxe hipóteses de interrupção de férias,
É preciso observar que o legislador trouxe em 1994 a Lei sendo: em caso de calamidade pública; comoção in-
nº 8.852, que inseriu no corpo do Regime Jurídico do servidor terna; prestar serviços para o Tribunal do Júri; serviço
os “vencimentos”. Porém, segundo alguns administrativistas, militar ou eleitoral e por necessidade do serviço decla-
“vencimentos” poderia ser sinônimo de remuneração, pois rada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
são institutos bem próximos, cujas diferenças são mínimas,
logo quando falarmos em vencimentos poderemos entender Das Licenças
que seria mais ou menos a mesma coisa que remuneração. As licenças são tratadas em vários momentos no corpo
É fato que o servidor quando faltar ao serviço terá o da Lei nº 8.112/1990, para tentarmos ser didáticos, vamos
dia da falta descontado da sua remuneração, se a falta for trabalhá-las de forma “combinada”, ou seja, iremos fazer a
justificada em razão de caso fortuito ou força maior poderão junção dos artigos inerentes às licenças.
ser compensadas a critério do chefe imediato e computadas O art. 20, em seu parágrafo quarto, menciona quais as
como efetivo exercício. licenças que o servidor em estágio probatório pode tirar e os
O legislador “resguardou”, ou seja, “protegeu” a remu- arts. 102 e 103 preceituam a contagem do tempo de serviço.
neração de tal maneira que sobre ela não incidirá nenhum Então, vamos começar o estudo de cada uma das licenças
desconto, salvo se for por meio de lei ou por ordem judicial, que quase sempre são lembradas pelos examinadores, onde
e que ela não será objeto de arresto, sequestro ou penhora, o índice de erro dos candidatos é sempre considerável:
salvo no caso de pensão alimentícia oriunda de decisão
judicial. Licença por motivo de doença de pessoa da família
Caso a Administração venha “cobrar” (descontar) uma • O servidor em estágio probatório pode ter direito a
reposição ou indenização, o servidor deverá ser antecipa- licença.
damente avisado para que possa pagar no prazo de 30 dias, • Os entes familiares serão o cônjuge, pais, filhos, ou
podendo ainda pedir o parcelamento. dependentes que constem dos assentamentos indi-
O legislador especificou que o valor de cada parcela viduais do servidor.
não poderá ser inferior a dez por cento da remuneração, • Poderá ser concedida por até 60 dias consecutivos ou
provento ou pensão. não, com remuneração.
Se um servidor for demitido, exonerado ou cassada a sua • Por até 90 dias consecutivos ou não, sem remune-
aposentadoria ou disponibilidade e encontrar-se em débito ração.
com o erário, ele terá o prazo de 60 dias para pagar e caso não • Ela poderá ser concedida a cada doze meses.
cumpra esta obrigação, ocorrerá a inscrição em dívida ativa. • O somatório dos dias com e sem remuneração chegará
a cento e cinquenta dias.
Das concessões • O tempo será contado para aposentadoria e disponi-
É outro direito de suma importância, pois vem a permitir bilidade no período com remuneração que exceder a
que o servidor possa praticar certo ato humanitário, praticar trinta dias em períodos de doze meses.
certo ato jurídico e venha a poder gozar de situações oriundas
de fatos jurídicos, computando-se como efetivo exercício os Licença por motivo de afastamento do cônjuge
dias das concessões: Vamos imaginar um casal de servidores e que um deles
• Servidor que for doar sangue terá um dia de concessão; foi afastado ou deslocado para outro Estado, para o Exterior
• Para alistamento eleitoral terá dois dias; ou para exercer um mandato eletivo. O servidor que ficou
• Para casamento e falecimento de ente familiar terá poderá ter o direito à licença em razão ao afastamento do
oito dias. cônjuge, porém, o legislador determina que antes se deva
tentar o exercício provisório em órgão ou entidade da Admi­
As concessões também abrangem a pessoa que estu- nistração Federal Direta, Autárquica ou Fundacional. Caso
da, concedendo-se horário especial, quando comprovada não consiga este exercício, será concedida a referida licença
a incompatibilidade entre o horário de estudo com o da sem remuneração e por prazo indeterminado.
repartição, sempre por meio de compensação de horários. Na omissão dos arts.  102 (contagem do tempo como
O servidor que for portador de deficiência terá direito efetivo exercício) e 103 (contagem do tempo para aposen-
a horário especial, independentemente de compensação tadoria e disponibilidade), o tempo desta licença não será
de horários. contado para nenhum efeito.

Das Férias Licença para o Serviço Militar


Um dos direitos que, em regra, é  o mais “esperado” Vamos imaginar uma das possíveis situações para esta
Legislação

pelo servidor: licença:


• O servidor faz jus a trinta dias de férias, onde não Um jovem com dezoito anos, já alistado no serviço militar,
se descontam as faltas ao serviço em dias de férias, prestou concurso público para um órgão federal. Foi nome-
diferenciando-se da Consolidação das Leis do Trabalho ado e apresentou-se para assinatura do termo de posse,
(CLT). dentro dos trinta dias previstos em lei. Como já vimos, no

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ato da posse ele tem que estar em dia com a situação militar. batório e será pelo prazo de até três anos consecutivos e
Em face desta situação, você daria posse para ele? A resposta sem remuneração.
positiva se impõe, pois ele cumpriu a sua obrigação no que Urge ressaltar que os arts. 102 e 103 são omissos em
pertine à situação militar com a apresentação do certificado relação a contagem de tempo de serviço para esta licença,
do alistamento militar. logo, legalmente, não será contado o tempo para nenhum
No prazo de quinze dias ele entrou em exercício (marco efeito no serviço público.
inicial do estágio probatório), quando as forças armadas A administração poderá interrompê-la a qualquer tempo,
chamarem o servidor para o serviço militar obrigatório, ele desde que declare necessidade do serviço, cabendo também
entrará de licença para o serviço militar. ao servidor poder interrompê-la.
O tempo será contado como efetivo exercício e após o
término da referida licença ele terá trinta dias não remune- Licença para mandato classista
rados para retornar ao órgão de origem. Todo servidor que queira desempenhar um mandato
na direção ou representação de confederação, federação,
Licença para Atividade Política sindicato etc., terá direito a esta licença não remunerada,
O legislador obedecendo ao comando constitucional deu onde o tempo será contado como efetivo exercício, salvo a
direito ao servidor público federal de poder se candidatar a sua promoção por merecimento. O prazo da licença poderá
mandatos eletivos, mesmo estando no estágio probatório. ser de um mandato mais uma reeleição.
Esta licença iniciará no período das convenções partidá- A Administração, para poder conceder a licença para
rias e se estenderá até a véspera do registro da candidatura tratar de assuntos particulares, deverá aferir um número
perante a justiça federal, mas durante este período o servidor de associados:
não será remunerado. I – para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados,
A partir do registro da candidatura e até dez dias após 2 (dois) servidores;
as eleições, o servidor terá direito à remuneração do cargo II – para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000
efetivo, estando expresso em lei que será somente pelo (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores;
período de três meses. III – para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) asso-
O período remunerado será contado para aposentadoria ciados, 8 (oito) servidores. (Lei nº 12.998/2014)
e disponibilidade.
A título de exemplo: Carlos, servidor público federal há
onze meses, pretende disputar eleições para uma vaga de Dos Afastamentos
deputado federal. Para tanto, protocolou no órgão em que
está lotado um pedido de licença do cargo para o exercício Para servir a outro órgão ou entidade
de atividade política. Considerando essa situação hipotética, O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro
Carlos tem direito a licença com vencimentos integrais, a órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Dis-
partir do registro da candidatura na Justiça Eleitoral até o trito Federal, dos Municípios ou em serviço social autônomo
décimo dia seguinte ao pleito, desde que esse período não instituído pela União que exerça atividades de cooperação
ultrapasse três meses. com a administração pública federal, nas seguintes hipóteses:
• para exercício de cargo em comissão, função de con-
Licença para Capacitação fiança ou, no caso de serviço social autônomo, para o
Até dezembro de 1997, os servidores públicos federais exercício de cargo de direção ou de gerência;
tinham o direito a pleitear a licença prêmio por assiduidade, • em casos previstos em leis específicas.
porém a Lei nº 9.527/1997 revoga a referida licença e insere
a licença para capacitação. Afastamento para exercício de mandato eletivo
Ela poderá ser concedida a cada cinco anos de efetivo Se um servidor teve direito a uma licença para candi-
exercício e será remunerada por até três meses, mas o datar-se a um cargo eletivo, ele também deve ter o direito,
servidor será obrigado a participar de cursos de formação mesmo no estágio probatório, a ser afastado para exercer
profissional. o mandato eletivo.
O candidato não pode confundir a extinta licença Deve observar:
prêmio com a capacitação e deve ter em mente que ela é • Para mandato federal, estadual ou distrital, ele sim-
inacumulável. plesmente será afastado do cargo público.
• Para mandato de prefeito, ele será afastado do órgão
JURISPRUDÊNCIA: público podendo escolher pela sua remuneração.
Servidor público. Conversão de licença-prêmio não • Para mandato de vereador, caso existam meios de
gozada em tempo de serviço. Direito adquirido antes compatibilizar horários, receberá as vantagens de seu
da vigência da EC 20/1998. Conversão de licença- cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.
-prêmio em tempo de serviço: direito adquirido na Caso não existam meios de compatibilizar horários,
forma da lei vigente ao tempo da reunião dos requi- ele deverá ser afastado do cargo público, podendo
sitos necessários para a conversão. (RE 394.661-AgR, escolher pela sua remuneração.
Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 20/9/2005, • O tempo de afastamento será contado como efetivo
Segunda Turma, DJ de 14/10/2005.) No mesmo senti- exercício, salvo a sua promoção por merecimento.
do: RE 517.274-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento
em 20/10/2009, Segunda Turma, DJE de 13/11/2009; Afastamento para estudo ou missão no exterior
RE 411.545-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento • O servidor estando em estágio probatório poderá ter
Legislação

em 26/5/2009, Primeira Turma, DJE de 1º/7/2009. direito a esse afastamento, desde que seja autorizado
pelo Presidente da República, Presidente da Câmara,
Licença para tratar de interesses particulares Presidente do Senado ou Presidente do STF.
Poderá ser concedida ao servidor detentor de cargo • Ele poderá ficar até quatro anos remunerados, tendo
efetivo, mas desde que já esteja habilitado no estágio pro- seu tempo contado como efetivo exercício.

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• O servidor só poderá ser afastado novamente para o A autoridade ao indeferir o pedido de consideração gera
exterior, tirar licença por interesse particular ou pedir ao servidor o direito ao recurso administrativo.
exoneração, sem a obrigação de indenizar, depois de
decorrido igual período que ficou no exterior. JURISPRUDÊNCIA:
• A carreira diplomática não é regida por este artigo. O STF fixou entendimento no sentido de que a lei
nova não pode revogar vantagem pessoal já incorpo-
Afastamento para servir em organismo internacional rada ao patrimônio do servidor sob pena de ofensa
que o Brasil participe ou coopere ao direito adquirido. (AI 762.863-AgR, Rel. Min. Eros
O servidor, mesmo em estágio probatório, poderá ser Grau, julgamento em 20/10/2009, Segunda Turma,
afastado para organismo internacional que o Brasil participe, DJE de 13/11/2009) Vide: RE 538.569-AgR, Rel. Min.
porém será sem remuneração e o tempo será contado como Cezar Peluso, julgamento em 3/2/2009, Segunda
efetivo exercício. Turma, DJE de 13/3/2009.

Afastamento para participação em programa de pós- Vantagens


-graduação stricto sensu no Brasil As vantagens são divididas em indenizações, gratificações
O legislador insere, em 2009, este tipo de afastamento, e adicionais.
permitindo que o servidor possa fazer mestrado, doutorado Antes de iniciar o estudo de cada uma das vantagens,
ou pós-doutorado, desde que não possa ocorrer simultanea- mister se faz ressaltar que as indenizações não podem ser
mente com o exercício do cargo ou por meio de compensação incorporadas ao vencimento ou provento, mas as gratifica-
de horários. O afastamento será remunerado e o tempo será ções ou os adicionais podem ser incorporadas, desde que
contado como efetivo exercício. haja previsão em lei.
Requisitos temporais para Mestrado:
• só poderá ser concedido para servidores detentores Das Indenizações
de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade com
pelo menos três anos, incluindo o período de estágio Ajuda de custo
probatório; Serve para compensar as despesas que o servidor, remo-
• não tenha se afastado para tratar de assuntos particu- vido de ofício no interesse da administração, tem em razão
lares e nem ter se afastado por este artigo nos últimos da mudança de domicílio em caráter permanente.
dois anos. O valor pode chegar até três remunerações do servidor,
e, no caso de casal de servidores removidos nas mesmas
Requisitos temporais para Doutorado: circunstâncias, a  ajuda de custo será destinada apenas a
• só poderá ser concedido para servidores detentores um dos cônjuges.
de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade
Ex.: uma servidora de determinado órgão federal
com pelo menos quatro anos, incluindo o período de
foi transferida de ofício de Brasília para Goiânia.
estágio probatório;
Seu marido é servidor administrativo do Ministério
• não tenha se afastado para tratar de assuntos par-
da Educação na capital federal. Nessa situação, ele
ticulares, tiver tirado licença capacitação ou ter se
poderá exercer provisoriamente suas atribuições,
afastado por este artigo nos últimos dois anos.
por exemplo, na área administrativa da Defensoria
Pública da União na capital goiana, ficando vedado
Requisitos para temporais para o Pós-Doutorado:
ao casal o recebimento de dupla indenização a título
• só poderá ser concedido para servidores detentores
de ajuda de custo.
de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade
a pelo menos quatro anos, incluindo o período de O legislador afirma que não poderá ser concedida a ajuda
estágio probatório; de custo ao servidor que se afastar do cargo ou reassumi-lo
• não tenha se afastado para tratar de assuntos parti- em razão de mandato eletivo.
culares e nem se afastado por este artigo nos últimos
quatro anos. Ex.: Sérgio exerce o cargo de analista judiciário. Afastou-
-se de seu cargo por ter sido eleito deputado federal. Termi-
Convém ressaltar que, neste afastamento, a obrigação nado o mandato eletivo, reassumiu suas funções de servidor
de indenizar assemelha-se à obrigação do afastamento para público e está pleiteando ajuda de custo. Nesse caso, não
estudo ou omissão no exterior. Se o servidor não obtiver o será concedida a ajuda de custo em ambas as situações, tanto
título da pós-graduação, ele terá obrigação de indenizar a pelo afastamento como pela reassunção do cargo efetivo.
Administração. Se por ventura um servidor que tenha recebido ajuda
de custo não se apresentar na nova sede no prazo de trinta
Direito de Petição dias, ele ficará obrigado a restituir a indenização.
Todo servidor que se sentir lesado ou insatisfeito por
determinado ato de superior poderá fazer o pedido de recon- Obs.: se, por exemplo, na semana passada, André foi
sideração, que deverá ser dirigido à autoridade competente investido no cargo de delegado de polícia do Distrito Federal
(autoridade que praticou o “ato lesivo”) para decidi-lo e e foi inicialmente lotado em uma delegacia em Taguatinga-
encaminhá-lo por intermédio da sua chefia imediata. -DF. Antes disso, ele exerceu, por quatro anos, cargo público
Legislação

O servidor terá o prazo de trinta dias para decidir se vai federal, de natureza técnica, no Supremo Tribunal Federal
querer pedir a reconsideração. Caso decida dentro deste (STF), motivo pelo qual ele fixou residência no Plano Piloto,
prazo, o seu chefe imediato terá o prazo de cinco dias para onde está localizado esse Tribunal. Nessa situação hipotética,
despachar e a autoridade que julgar o pedido terá o prazo o fato de André se mudar do Plano Piloto para Taguatinga
de trinta dias para decidir. não lhe dará direito a ajuda de custo.

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Das diárias Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
São destinadas a custear as despesas extraordinárias
que o servidor tem em razão da saída de sua sede em Curso
caráter eventual, como alimentação, a  sua locomoção e Hoje, se um servidor atuar como instrutor em cursos,
hospedagem. ele poderá receber até 2,2%, por hora, do maior vencimento
Se por ventura um servidor se afastar de sua sede e básico pago pela Administração Pública, e se por ventura esta
este deslocamento não exigir o pernoite, ele terá direito a atividade for desenvolvida durante o horário de expediente,
meia diária. haverá a necessidade da compensação de horários no prazo
A lei afirma que o servidor que receber as diárias e a de um ano.
viagem venha a ser cancelada, será obrigado a restituir
integralmente as diárias no prazo de cinco dias. Concurso
Se houver a necessidade do servidor ter que atuar em
Ex.: Antônia, servidora pública federal, recebeu concursos, elaborando questões, atuando em bancas, jul-
R$  1.000,00 (um mil reais) a título de diárias. Entretanto, gando recursos ou avaliando currículos, ele terá o mesmo
atendendo a ordens superiores, não houve necessidade de tratamento do servidor que atua em cursos como instrutor.
afastar-se da sede. Nesse caso, no que se refere às diárias, O servidor atuando em concurso, na fiscalização ou mon-
tagem receberá 1,2%, por hora, do maior vencimento pago
Antonia ficará obrigada a restituí-las, integralmente, no prazo
no serviço público, devendo também compensar horários
de cinco dias.
se a atividade for realizada durante o horário de expediente.
Esta gratificação é paga por hora, limitando-se ao máximo
Este prazo também é exigido para o servidor que retorna de 120 horas anuais, podendo ser prorrogada, em situação
de um deslocamento em caráter eventual antes do término excepcional, por mais 120 horas no mesmo ano.
previsto para a execução do serviço.
Dos Adicionais
Ex.: determinado servidor do Ministério da Educação
deslocou-se de Brasília até Belo Horizonte para participar de Serviço extraordinário
auditoria em instituição de ensino superior sediada na capital O servidor público federal tem uma carga horária diária
mineira, tendo retornado no mesmo dia. Nessa situação, o oscilando, em regra, entre seis e oito horas. Se o servidor
servidor fará jus à metade de uma diária. ultrapassar o número de horas diárias previstos, ele terá
direito a este adicional, que corresponderá a 50% do valor
Indenização de Transporte da sua hora de trabalho normal.
Serve para custear as despesas inerentes às atribuições
externas do cargo do servidor. INFORMATIVO Nº 461 STJ
SERVIDOR PÚBLICO. ESCALA. TRABALHO. HORAS
Auxílio-Moradia EXTRAS.
O legislador insere na Lei nº  8.112/1990, em 2006, Os ora recorrentes aduzem, no recurso, que laboram
o auxílio-moradia, que será destinado ao cargo em comissão em regime de escala de 24 horas de trabalho por
(DAS 4, 5, 6, natureza especial e de Ministro ou equivalente) 72 horas de descanso e, assim, estariam cumprindo
e a função de confiança poderem custear as despesas reali- jornada superior a oito horas diárias e a 40 horas
zadas com aluguel ou hospedagem. semanais, o que levaria ao recebimento de horas
Algumas negativas para o recebimento do auxílio-moradia: extras trabalhadas. A Turma, entre outras questões,
• caso exista imóvel funcional vago na nova sede; negou provimento ao recurso por entender que, nos
• caso o cônjuge ou companheiro ocupe imóvel funcional; termos do art. 19 da Lei nº 8.112/1990, a jornada
• caso o servidor ou seu cônjuge tenha sido proprietário, máxima de trabalho dos servidores públicos federais
comprador ou cessionário de imóvel na nova sede no é de 40 horas semanais.
prazo de doze meses; Assim, conforme jurisprudência deste Superior Tri-
• caso a pessoa que resida com o servidor já esteja bunal, dividindo-se 40 (máximo de horas semanais)
recebendo o auxílio; por seis dias úteis e se multiplicando o resultado por
• caso o servidor tenha residido na nova sede nos últi- 30 (total de dias do mês) teríamos o total de 200
horas mensais, valor que deve ser adotado como
mos doze meses.
parâmetro para o cômputo de eventuais horas extras.
No caso, os recorrentes trabalham sete dias no mês,
Quanto ao valor do referido auxílio, ele não poderá ser
o que, multiplicado por 24 horas trabalhadas por
superior a vinte e cinco por cento da “remuneração” de dia, chega-se ao valor de 168 horas trabalhadas no
Ministro de Estado. mês, ou seja, número inferior às 200 horas [...]. Pre-
cedentes citados: REsp 1.086.944-SP, DJe 4/5/2009;
Das Gratificações REsp 419.558-PR, DJ 26/6/2006, e REsp 805.437-RS,
A Lei nº 8.112/1990 só trata de duas gratificações que DJe 20/4/2009. REsp 1.019.492-RS, Rel. Min. Maria
são: a gratificação natalina e a gratificação por encargo de Thereza de Assis Moura, julgado em 3/2/2011.
curso ou concurso.
A lei preceitua que o máximo de horas diárias sujeitas
Gratificação Natalina ao adicional será de duas horas.
É o chamado décimo terceiro do servidor público, cujo Vamos imaginar um servidor que tenha terminado a
valor poderá ser de uma remuneração. sua jornada normal diária às 18h e exista a necessidade de
Legislação

O servidor que entrar em exercício em um determinado permanecer por mais uma hora e o valor da hora trabalhada
mês, e este possa ser computado como fração de 1/12, terá seja de R$ 10,00 (dez reais).
que trabalhar quinze ou mais dias no referido mês. Qual o valor devido por ter trabalhado uma hora a mais?
O legislador garante ao servidor que esta gratificação Ele receberia R$ 15,00 (quinze reais) pelo lapso temporal
deve ser paga até o dia vinte de dezembro. das 18h até às 19h.

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Noturno LEITURA DA LEI Nº 8.112/1990
Para fazer jus ao adicional noturno, o servidor deve exer-
cer as atribuições do seu cargo no período compreendido TÍTULO III
entre as 22h até às 5h da manhã do dia seguinte. O valor será DOS DIREITOS E VANTAGENS
de 25% do valor da hora noturna. Cada hora será contada
de forma diferenciada, ou seja, não terá 60 minutos, e sim CAPÍTULO I
52 minutos e 30 segundos. Do Vencimento e da Remuneração
O adicional de serviço extraordinário pode ser acumu-
lado com o noturno, mas para o cálculo do valor devido, Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exer-
o  adicional de serviço extraordinário deve ser calculado cício de cargo público, com valor fixado em lei.
primeiro e “em cima” deste valor encontrado é que se deve Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)
calcular o noturno.
Considere que Luísa tenha sido aprovada em concurso JURISPRUDÊNCIAS:
público para o cargo de auditora da Receita Federal, tendo CF/88, art. 7, IV – salário mínimo, fixado em lei,
nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
sido nomeada para assumir o cargo em outro estado da fe-
necessidades vitais básicas e às de sua família com
deração. Na hipótese de Luísa trabalhar horas extras, além
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
da jornada regular de trabalho, no período noturno, ela terá
vestuário, higiene, transporte e previdência social,
direito ao acréscimo do adicional noturno que incidirá sobre com reajustes periódicos que lhe preservem o po-
a remuneração do adicional por serviço extraordinário. der aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim.
Insalubridade
O servidor que venha exercer, de forma habitual as Os arts. 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/1998), da
atribuições inerentes ao seu cargo em locais insalubres, em Constituição, referem-se ao total da remuneração per-
contato permanente com substâncias radioativas ou também cebida pelo servidor público. (Súmula Vinculante nº 16)
de natureza tóxica faz jus a um adicional sobre o vencimento
do cargo efetivo. CF/88, art. 7, VII, garantia de salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração variável.
Periculosidade
Será devido ao servidor cujas atribuições do cargo sejam Constitucional. Serviço militar obrigatório. Soldo.
perigosas e possam até gerar risco de morte. Valor inferior ao salário mínimo. Violação aos arts. 1º,
Observações relativas aos adicionais de insalubridade e III, 5º, caput, e 7º, IV, da CF. Inocorrência. Recurso
periculosidade: extraordinário desprovido. A CF não estendeu aos
• são inacumuláveis entre si; militares a garantia de remuneração não inferior ao
• cessada a causa insalubre ou perigosa, cessará o salário mínimo, como o fez para outras categorias de
recebimento do adicional; trabalhadores. O regime a que submetem os militares
• a servidora gestante será afastada das suas atribuições, não se confunde com aquele aplicável aos servidores
caso as exerça em local insalubre, perigoso ou penoso; civis, visto que têm direitos, garantias, prerrogativas
• os servidores que operam com raios X serão subme- e impedimentos próprios. Os cidadãos que pres-
tidos a exames médicos semestrais e terão férias de tam serviço militar obrigatório exercem um múnus
vinte dias a cada seis meses. público relacionado com a defesa da soberania da
pátria. A obrigação do Estado quanto aos conscritos
Atividades Penosas limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para
Será devido ao servidor que exerça suas funções em a adequada prestação do serviço militar obrigatório
zonas de fronteira. Regulamentos podem estipular outras nas Forças Armadas. (RE 570.177, Rel. Ricardo Lewan-
localidades cujas condições justifiquem. dowski, julgamento em 30/4/2008, Plenário, DJE de
27/6/2008, com repercussão geral) No mesmo senti-
Adicional de Férias do: RE 551.453, RE 551.608, RE 551.713, RE 551.778,
RE 555.897, RE 556.233, RE 556.235, RE 557.542, RE
O servidor tem direito, independentemente de solicita-
557.606, RE 557.717, RE 558.279, Rel. Min. Ricardo
ção, quando entrar de férias, ao valor de 1/3 de sua remune-
Lewandowski, julgamento em 30/4/2008, Plenário,
ração. Urge ressaltar que caso o servidor esteja recebendo
DJE de 27/6/2008.
uma retribuição por direção, chefia ou assessoramento, ela
será considerada no cálculo deste adicional. Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabe-
JURISPRUDÊNCIA: lecidas em lei.
A norma legal, que concede a servidor inativo gra- § 1º A remuneração do servidor investido em função ou
tificação de férias correspondente a um terço (1/3) cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 62.
do valor da remuneração mensal, ofende o critério § 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão
da razoabilidade que atua, enquanto projeção con- ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remunera-
cretizadora da cláusula do substantive due process of ção de acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.
law, como insuperável limitação ao poder normativo § 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das van-
do Estado. Incide o legislador comum em desvio tagens de caráter permanente, é irredutível.
Legislação

ético-jurídico, quando concede a agentes estatais § 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos
determinada vantagem pecuniária cuja razão de ser de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou
se revela absolutamente destituída de causa. (ADI entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens
1.158-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local
29/12/1994, Plenário, DJ de 26/5/1995) de trabalho.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
§ 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao I – a amortização de despesas contraídas por meio de
salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) cartão de crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmen- II – a utilização com a finalidade de saque por meio do
te, a título de remuneração, importância superior à soma cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)
dos valores percebidos como remuneração, em espécie, Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atuali-
a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos zadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comuni-
Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional cadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para
e Ministros do Supremo Tribunal Federal. pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as parceladas, a  pedido do interessado. (Redação dada pela
vantagens previstas nos incisos II a VII do art. 61. Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2/4/1998) (Vide § 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao
Lei nº 9.624, de 2/4/1998) correspondente a dez por cento da remuneração, provento
Art. 44. O servidor perderá: ou pensão. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
45, de 4/9/2001)
JURISPRUDÊNCIA: § 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no
Ação direta de inconstitucionalidade. Reserva de mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será
iniciativa. Aumento de remuneração de servidores. feita imediatamente, em uma única parcela. (Redação dada
Perdão por falta ao trabalho. Inconstitucionalidade. pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
Lei 1.115/1988 do Estado de Santa Catarina. Projeto
de lei de iniciativa do governador emendado pela INFORMATIVO Nº 463 STJ.
Assembleia Legislativa. Fere o art. 61, § 1º, II, a, da SERVIDOR PÚBLICO. RECEBIMENTO INDEVIDO. RES-
CF de 1988 emenda parlamentar que disponha sobre TITUIÇÃO.
aumento de remuneração de servidores públicos É pacífico o entendimento deste Superior Tribunal
estaduais. Precedentes. Ofende o art. 61, § 1º, II, c, de que, diante da boa-fé no recebimento de valores
e o art. 2º da CF de 1988 emenda parlamentar que pelo servidor público, é incabível a restituição do
estabeleça perdão a servidores por falta ao trabalho. pagamento em decorrência de errônea interpretação
Precedentes. Pedido julgado procedente. (ADI 13, Rel. ou má aplicação da lei pela Administração.
Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17/9/2007, Todavia, quando ela anula atos que produzem efeitos
Plenário, DJ de 28/9/2007) na esfera de interesses individuais, é necessária a
prévia instauração de processo administrativo a fim
I – a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem de garantir a ampla defesa e o contraditório (art. 5º,
motivo justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
LV, da CF/1988 e art. 2º da Lei nº 9.784/1999). No caso
10/12/1997)
dos autos, antes que os valores fossem pagos (gratifi-
II – a parcela de remuneração diária, proporcional aos
cação de substituição), a Administração comunicou a
atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de
existência de erro na geração da folha de pagamento e
que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese
a necessidade de restituição da quantia paga a maior.
de compensação de horário, até o mês subsequente ao da
Dessa forma, os servidores não foram surpreendidos.
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. (Redação
Portanto, não há que falar em boa-fé no recebimento
dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
da verba em questão, tendo em vista que o erro foi
Parágrafo  único. As  faltas justificadas decorrentes de
caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a constatado e comunicado pela Administração antes
critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como que o pagamento fosse efetivado e os valores passas-
efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) sem a integrar o patrimônio dos servidores. Ademais,
a decisão de efetuar descontos nos meses seguintes
A título de exemplo: Eduardo, Técnico Judiciário do foi adotada com o objetivo de evitar atrasos no pa-
Tribunal Regional Eleitoral teve duas faltas, poste- gamento do pessoal em decorrência de confecção
riormente justificadas, durante o mês de dezembro de nova folha de pagamento. Assim, a Turma negou
de 2009, em razão de enchentes provocadas por provimento ao recurso por entender que, na espécie,
chuvas intensas. Nesse caso, é correto afirmar que não houve ilegalidade no ato da Administração. Prece-
as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou dentes citados: AgRg no Ag 756.226-RS, DJ 14/8/2006;
de força maior poderão ser compensadas a critério REsp 751.408-DF, DJ 7/11/2005, e RMS 19.980-RS, DJ
da chefia imediata, sendo assim consideradas como 7/11/2005. RMS 33.034-RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves
efetivo exercício. Lima, julgado em 15/2/2011.

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, § 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência
nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou
(Regulamento) a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão
§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver eles atualizados até a data da reposição. (Redação dada pela
consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
a critério da administração e com reposição de custos, na Art.  47. O  servidor em débito com o erário, que for
forma definida em regulamento. (Redação dada pela Lei demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou
nº 13.172, de 2015) (Grifo nosso) disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
Legislação

§ 2º O total de consignações facultativas de que trata quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória
o § 1º não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da re- nº 2.225-45, de 4/9/2001)
muneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados
exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de A título de exemplo: um ex-servidor do Ministério da
2015) (Grifo nosso) Cultura foi demitido quando estava em débito com o

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erário no valor de R$ 100.000,00. Nessa situação, ele § 2º À família do servidor que falecer na nova sede são
deverá devolver a quantia devida em 60 dias. assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade
de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
Paulo, servidor público federal, requereu exoneração § 3º Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de
de seu cargo efetivo. O departamento de recursos remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do
humanos do órgão, ao analisar a situação funcional art. 36. (Redação dada pela Lei nº 12.998/2014)
do servidor a fim de preparar o ato exoneratório, Art. 54. A ajuda de custo calculada sobre a remuneração
constatou que Paulo havia recebido, meses antes, do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não
uma gratificação em duplicidade. Constatado o equí- podendo exceder a importância correspondente a 3 (três)
voco, Paulo foi notificado a devolver a verba recebida meses.
indevidamente. Com base na situação hipotética, Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor
caso Paulo não quite o débito em sessenta dias, seu que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de
nome será inscrito em dívida ativa. mandato eletivo.
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo pre- sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comis-
visto implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada são, com mudança de domicílio.
pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001) Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário,
serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos ca- quando cabível.
sos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de
custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova
CAPÍTULO II sede no prazo de 30 (trinta) dias.
Das Vantagens
Subseção II
Art.  49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao Das Diárias
servidor as seguintes vantagens:
I – indenizações; Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em
II – gratificações; caráter eventual ou transitório para outro ponto do território
III – adicionais. nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária
ou provento para qualquer efeito. com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao ven-
de 10/12/1997)
cimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas,
A título de exemplo: Celso, servidor público federal em
nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
São Paulo, foi designado para prestar serviço no Rio
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título
de Janeiro, com afastamento em caráter eventual. No
ou idêntico fundamento.
caso, o servidor terá despesas extraordinárias, entre
outras, com pousada. Esse deslocamento ocorre por
Seção I
força de alteração de lotação. Assim, essas despesas
Das Indenizações serão ressarcidas com a concessão de diárias.
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: §  1º A diária será concedida por dia de afastamento,
I – ajuda de custo; sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir
II – diárias; pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio
III – transporte; diverso, as  despesas extraordinárias cobertas por diárias.
IV – auxílio-moradia. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos § 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir
incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação §  3º Também não fará jus a diárias o servidor que se
dada pela Lei nº 11.355, de 2006) deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglome-
ração urbana ou microrregião, constituídas por municípios
Subseção I limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle
Da Ajuda de Custo integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e
competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as des- considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da
pesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as
passar a ter exercício em nova sede, com mudança de do- fixadas para os afastamentos dentro do território nacional.
micílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar
companheiro que detenha também a condição de servidor, da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
Legislação

vier a ter exercício na mesma sede. (Redação dada pela Lei integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
nº 9.527, de 10/12/1997) Parágrafo  único. Na hipótese de o servidor retornar à
§ 1º Correm por conta da administração as despesas de sede em prazo menor do que o previsto para o seu afasta-
transporte do servidor e de sua família, compreendendo mento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo
passagem, bagagem e bens pessoais. previsto no caput.

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Subseção III Seção II
Da Indenização de Transporte Das Gratificações e Adicionais

Art.  60. Conceder-se-á indenização de transporte ao Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas
servidor que realizar despesas com a utilização de meio nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retri-
próprio de locomoção para a execução de serviços externos, buições, gratificações e adicionais: (Redação dada pela Lei
por força das atribuições próprias do cargo, conforme se nº 9.527, de 10/12/1997)
dispuser em regulamento.
I – retribuição pelo exercício de função de direção, che-
fia e assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
Subseção IV
Do Auxílio-Moradia 10/12/1997)
(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) II – gratificação natalina;
III – (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
Art. 60-A. O auxílio‑moradia consiste no ressarcimento 4/9/2001)
de despesas comprovadamente realizadas pelo servidor IV  – adicional pelo exercício de atividades insalubres,
com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem perigosas ou penosas;
administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês V – adicional pela prestação de serviço extraordinário;
após a comprovação da despesa pelo servidor. (ncluído pela VI – adicional noturno;
Lei nº 11.355, de 2006) VII – adicional de férias;
Art.  60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor VIII – outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho;
se atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei IX – gratificação por encargo de curso ou concurso. (In-
nº 11.355, de 2006) cluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
I – não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
Subseção I
II – o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção,
imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
III  – o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não Chefia e Assessoramento
seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Mu-
nicípio aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido
lote edificado sem averbação de construção, nos doze em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
meses que antecederem a sua nomeação; (Incluído pela provimento em comissão ou de Natureza Especial é devi-
Lei nº 11.355, de 2006) da retribuição pelo seu exercício. (Redação dada pela Lei
IV – nenhuma outra pessoa que resida com o servidor nº 9.527, de 10/12/1997)
receba auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remunera-
2006) ção dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9º.
V – o servidor tenha se mudado do local de residência (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nomi-
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, níveis nalmente Identificada – VPNI a incorporação da retribuição
4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou
pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento,
equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a
VI – o Município no qual assuma o cargo em comissão
ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do que se referem os arts. 3º e 10 da Lei nº 8.911, de 11 de julho
art. 58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio de 1994, e o art. 3º da Lei nº 9.624, de 2 de abril de 1998.
do servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4/9/2001)
VII – o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
residido no Município, nos últimos doze meses, aonde somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos
for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, servidores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória
desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro nº 2.225-45, de 4/9/2001)
desse período; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
VIII – o deslocamento não tenha sido por força de alte- Subseção II
ração de lotação ou nomeação para cargo efetivo; (Incluído Da Gratificação Natalina
pela Lei nº 11.355, de 2006)
IX – o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um
de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007) doze avos)  da remuneração a que o servidor fizer jus no
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será consi-
mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
derado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quin-
cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela
Lei nº 11.355, de 2006) ze) dias será considerada como mês integral.
Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998/2014) Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio‑moradia é limitado mês de dezembro de cada ano.
a vinte e cinco por cento do valor do cargo em comissão, Parágrafo único. (Vetado).
Legislação

da função comissionada ou do cargo de Ministro de Estado Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação
ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada
§ 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% sobre a remuneração do mês da exoneração.
(vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para
Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

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INFORMATIVO STJ Nº 0449 Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos
HORA EXTRA. GRATIFICAÇÃO NATALINA. SERVIDORES servidores em exercício em zonas de fronteira ou em loca-
PÚBLICOS FEDERAIS. lidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos,
O adicional pela prestação de serviço extraordinário condições e limites fixados em regulamento.
(hora extra) não integra a base de cálculo da gratifi- Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam
cação natalina dos servidores públicos federais, pois com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob
não se enquadra no conceito de remuneração do controle permanente, de modo que as doses de radiação
caput do art. 41 da Lei nº 8.112/1990. REsp 1.195.325- ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na le-
MS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/9/2010. gislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo
Subseção III serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.
Do Adicional por Tempo de Serviço
Subseção V
Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, Do Adicional por Serviço Extraordinário
de 2001, respeitadas as situações constituídas até 8/3/1999)
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com
Subseção IV acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora
Dos Adicionais de Insalubridade, normal de trabalho.
Periculosidade ou Atividades Penosas Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário
para atender a situações excepcionais e temporárias, respei-
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade tado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.
em locais insalubres ou em contato permanente com subs-
tâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a Subseção VI
um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Do Adicional Noturno

JURISPRUDÊNCIA: Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compre-


Servidor público. Adicional de remuneração para as endido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco)
atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25%
da lei. Art. 7º, XXIII, da Constituição Federal. O art. 39, (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como
§ 2º, da Constituição Federal apenas estendeu aos ser- cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
vidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Parágrafo  único. Em se tratando de serviço extraordi-
Federal e dos Municípios alguns dos direitos sociais por nário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
meio de remissão, para não ser necessária a repetição remuneração prevista no art. 73.
de seus enunciados, mas com isso não quis significar
que, quando algum deles dependesse de legislação Subseção VII
infraconstitucional para ter eficácia, essa seria, no Do Adicional de Férias
âmbito federal, estadual ou municipal, a trabalhista.
Com efeito, por força da Carta Magna Federal, esses Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao
direitos sociais integrarão necessariamente o regime servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente
jurídico dos servidores públicos civis da União, dos a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mas, Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função
quando dependem de lei que os regulamente para de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em
dar eficácia plena aos dispositivos constitucionais de comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo
que deles decorrem, essa legislação infraconstitucional do adicional de que trata este artigo.
terá de ser, conforme o âmbito a que pertence o servi-
dor público, da competência dos mencionados entes Subseção VIII
públicos que constituem a federação. (RE 169.173, Da Gratificação por Encargo de
Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10/5/1996, Curso ou Concurso
Primeira Turma, DJ de 16/5/1997) (Incluída pela Lei nº 11.314 de 2006)

§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubri- Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concur-
dade e de periculosidade deverá optar por um deles. so é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculo- pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)
sidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos I – atuar como instrutor em curso de formação, de de-
que deram causa a sua concessão. senvolvimento ou de treinamento regularmente instituído
Art.  69. Haverá permanente controle da atividade de no âmbito da administração pública federal; (Incluído pela
servidores em operações ou locais considerados penosos, Lei nº 11.314 de 2006)
insalubres ou perigosos. II  – participar de banca examinadora ou de comissão
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será para exames orais, para análise curricular, para correção de
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das opera- provas discursivas, para elaboração de questões de provas
Legislação

ções e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;
em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades peno- III – participar da logística de preparação e de realização
sas, de insalubridade e de periculosidade, serão observadas de concurso público envolvendo atividades de planejamento,
as situações estabelecidas em legislação específica. coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado,

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas JURISPRUDÊNCIA:
atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) O Supremo Tribunal Federal, em sucessivos julgamen-
IV – participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de tos, firmou entendimento no sentido da não incidência
exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar de contribuição social sobre o adicional de um terço
essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (1/3), a que se refere o art. 7º, XVII, da Constituição
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratifica- Federal. Precedentes. (RE 587.941-AgR, Rel. Min. Celso
ção de que trata este artigo serão fixados em regulamento, de Mello, julgamento em 30/9/2008, Segunda Turma,
observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei DJE de 21/11/2008.) No mesmo sentido: AI 710.361-
nº 11.314 de 2006) AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 7/4/2009,
I – o valor da gratificação será calculado em horas, ob- Primeira Turma, DJE de 8/5/2009.
servadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;
(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) § 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão
II – a retribuição não poderá ser superior ao equivalente exigidos 12 (doze) meses de exercício.
a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
situação de excepcionalidade, devidamente justificada e JURISPRUDÊNCIA:
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão O direito individual às férias é adquirido após o
ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 período de doze meses trabalhados, sendo devido
o pagamento do terço constitucional independente
(cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei
do exercício desse direito. A ausência de previsão
nº 11.314 de 2006)
legal não pode restringir o direito ao pagamento do
III – o valor máximo da hora trabalhada corresponderá
terço constitucional aos servidores exonerados de
aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior venci- cargos comissionados que não usufruíram férias. O
mento básico da administração pública federal: (Incluído pela não pagamento do terço constitucional àquele que
Lei nº 11.314 de 2006) não usufruiu o direito de férias é penalizá-lo duas
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se vezes: primeiro por não ter se valido de seu direito
tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput ao descanso, cuja finalidade é preservar a saúde física
deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007) e psíquica do trabalhador; segundo por vedar-lhe o
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se direito ao acréscimo financeiro que teria recebido
tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput se tivesse usufruído das férias no momento correto.
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007) (RE 570.908, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em
16/9/09, Plenário, DJE de 12/3/10, com repercussão
A título de exemplo: Mariana, servidora pública geral.). No mesmo sentido: RE 588.937-AgR, Rel. Min.
federal, participa de uma Comissão para a elaboração Eros Grau, julgamento em 4/11/08, Segunda Turma,
de questões de provas, enquanto Lucas, também DJE de 28/11/2008; RE 324.656-AgR, Rel. Min. Gilmar
servidor público federal, supervisiona a aplicação, Mendes, julgamento em 6/2/07, Segunda Turma,
fiscalização e avaliação de provas de concurso público DJ de 2/3/2007; RE 324.880-AgR, Rel. Min. Carlos
para provimento de cargos no âmbito do Tribunal Britto, julgamento em 24/5/2005, Primeira Turma,
Regional Eleitoral. Ambos os servidores têm direito DJ de 10/3/06.
à gratificação por encargo de concurso, sendo que o
valor máximo da hora trabalhada corresponderá a § 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
valores incidentes sobre o maior vencimento básico serviço.
da Administração Pública Federal, respectivamente, § 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas,
2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento) e 1,2% desde que assim requeridas pelo servidor, e  no interesse
(um inteiro e dois décimos por cento). da administração pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de
10/12/1997)
§ 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será
somente será paga se as atividades referidas nos incisos do efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo perío­
caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribui- do, observando-se o disposto no § 1º deste artigo. (Férias
ções do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de Ministro – Vide)
de compensação de carga horária quando desempenhadas § 1º e § 2º (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em co-
durante a jornada de trabalho, na forma do § 4º do art. 98
missão, perceberá indenização relativa ao período das férias
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314, de 2006)
a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior
não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para a quatorze dias. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13/8/1991)
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de § 4º A indenização será calculada com base na remune-
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins ração do mês em que for publicado o ato exoneratório. (In-
de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. cluído pela Lei nº 8.216, de 13/8/1991)
(Incluído pela Lei nº 11.314, de 2006) § 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o va-
lor adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição
CAPÍTULO III Federal quando da utilização do primeiro período. (Incluído
Das Férias pela Lei nº 9.525, de 10/12/1997)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente
Legislação

Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias
podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no consecutivos de férias, por semestre de atividade profissio-
caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses nal, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
em que haja legislação específica. (Redação dada pela Lei Parágrafo  único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de
nº 9.525, de 10/12/1997) (Férias de Ministro – Vide) 10/12/1997)

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por §  1º A licença somente será deferida se a assistência
motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação direta do servidor for indispensável e não puder ser presta-
para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade da simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou compensação de horário, na forma do disposto no inciso II
entidade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) do art. 44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
(Férias de Ministro – Vide) § 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorroga-
Parágrafo  único. O  restante do período interrompido ções, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas
será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) I  – por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não,
mantida a remuneração do servidor; e  (Incluído pela Lei
JURISPRUDÊNCIA: nº 12.269, de 2010)
É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido II – por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem
de que o servidor público aposentado tem direito remuneração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
ao recebimento de indenização pelas férias não go- § 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será con-
zadas, adquiridas ao tempo da atividade, sob pena tado a partir da data do deferimento da primeira licença
de enriquecimento sem causa da administração. (RE concedida. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
§  4º A soma das licenças remuneradas e das licenças
234.485-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em
não remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações,
2/8/2011, Primeira Turma, DJE de 19/9/2011) No
concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses,
mesmo sentido: RE 285.323-AgR, Rel. Min. Joaquim
observado o disposto no §  3º, não poderá ultrapassar os
Barbosa, julgamento em 4/10/2011, Segunda Turma, limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2º. (Incluído pela
DJE de 21/10/2011. Lei nº 12.269, de 2010)
CAPÍTULO IV Seção III
Das Licenças Da Licença por Motivo de
Afastamento do Cônjuge
Seção I
Disposições Gerais Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: para outro ponto do território nacional, para o exterior ou
I – por motivo de doença em pessoa da família; para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo
II – por motivo de afastamento do cônjuge ou compa- e Legislativo.
nheiro; § 1º A licença será por prazo indeterminado e sem re-
III – para o serviço militar; muneração.
IV – para atividade política; §  2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou
V – para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, companheiro também seja servidor público, civil ou militar,
de 10/12/1997) de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
VI – para tratar de interesses particulares; Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório
VII – para desempenho de mandato classista. em órgão ou entidade da Administração Federal direta,
§ 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de
bem como cada uma de suas prorrogações serão precedidas atividade compatível com o seu cargo. (Redação dada pela
de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) A título de exemplo: Sílvia exerce o cargo de analista
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada du- judiciário (área administrativa) há mais de dez anos
rante o período da licença prevista no inciso I deste artigo. no Tribunal Regional Federal. Concorrendo a eleições,
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias foi eleita Deputada Federal. Seu marido Diógenes é
do término de outra da mesma espécie será considerada técnico judiciário, área administrativa, no Tribunal
como prorrogação. Regional Eleitoral. Ambos residem no Município de
São Paulo. Nesse caso, poderá ser concedida licença
a Diógenes para acompanhar Sílvia que tomou posse
A título de exemplo: suponha que um servidor esteve
junto à Câmara dos Deputados em Brasília, Distrito
licenciado por quinze dias e, decorrido esse prazo,
Federal. Diante disso, a licença de Diógenes será por
solicitou outro afastamento da mesma espécie após prazo indeterminado e sem remuneração, facultado
quarenta dias de seu retorno. Nesse caso, para fins o exercício provisório em órgão da Administração
de cômputo, a segunda licença será considerada Federal direta, desde que para o exercício de ativi-
prorrogação da primeira. dade compatível com o seu cargo.
Seção II INFORMATIVO STJ Nº 0456
Da Licença por Motivo de Doença LICENÇA. DESLOCAMENTO. CÔNJUGE. EXERCÍCIO
em Pessoa da Família PROVISÓRIO.
No caso, servidora da Justiça trabalhista lotada em
Art.  83. Poderá ser concedida licença ao servidor por Porto Alegre formulou pedido administrativo para
Legislação

motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos que lhe fosse concedida licença por motivo de des-
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente locamento de cônjuge (art. 84 da Lei nº 8.112/1990),
que viva a suas expensas e conste do seu assentamento pois seu esposo foi aprovado em concurso público
funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. realizado em prefeitura no Estado do Rio de Janeiro,
(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) tendo tomado posse em 16/7/1999. Solicitou, ainda,

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
que exercesse provisoriamente cargo compatível com Seção VII
o seu, o que poderia se dar no TRT da 1ª Região, com Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
sede no Rio de Janeiro. Indeferido o pedido, ajuizou
ação ordinária. A  Turma, entre outras questões, Art. 91. A critério da Administração, poderão ser conce-
entendeu que o pedido de concessão de licença didas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não
formulado na referida ação possui natureza distinta esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assun-
da atinente ao instituto da remoção, previsto no tos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos,
art. 36, parágrafo único, III, a, da Lei nº 8.112/1990. sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória
O pedido está embasado no art. 84 da mencionada nº 2.225-45, de 4/9/2001)
lei e, uma vez preenchidos pelo servidor os requisitos § 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tem-
ali previstos, não há espaço para juízo discricionário po, a pedido do servidor ou a interesse do serviço público.
da Administração, devendo a licença ser concedida, (Incluído pela Medida Provisória nº 792, de 2017)
pois se trata de um direito do servidor, em que a § 2º A licença suspenderá o vínculo com a administração
Administração não realiza juízo de conveniência e pública federal e, durante esse período, o disposto nos arts.
oportunidade. Quanto ao exercício provisório em 116 e 117 não se aplica ao servidor licenciado. (Incluído pela
outro órgão, este é cabível, pois preenchidos todos os Medida Provisória nº 792, de 2017)
pressupostos para o seu deferimento. Sendo a autora
analista judiciária, poderá exercer seu mister no TRT A título de exemplo: Rogério, na qualidade de servi-
da 1ª Região. REsp 871.762-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, dor público federal, tem alguns problemas pessoais
julgado em 16/11/2010. a serem resolvidos com urgência e outros a médio
prazo. Diante disso, Rogério ingressou com um pe-
Seção IV dido de licença para tratar de assuntos particulares.
Da Licença para o Serviço Militar Nesse caso, a Administração poderá conceder a
referida licença, desde que observe, dentre outros
Art.  85. Ao  servidor convocado para o serviço militar requisitos, ser o servidor ocupante de cargo efetivo.
será concedida licença, na forma e condições previstas na
legislação específica. Seção VIII
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor Da Licença para o Desempenho
terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o de Mandato Classista
exercício do cargo.
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem
Seção V remuneração para o desempenho de mandato em confede-
Da Licença para Atividade Política
ração, federação, associação de classe de âmbito nacional,
sindicato representativo da categoria ou entidade fiscaliza-
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração,
dora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou
durante o período que mediar entre a sua escolha em conven-
administração em sociedade cooperativa constituída por
ção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do
servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade
desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados
onde desempenha suas funções e que exerça cargo de di-
reção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de
dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro 2005) (Regulamento)
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo I – para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2
dia seguinte ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, (dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
de 10/12/1997) II – para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada
dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, as- pela Lei nº 12.998, de 2014)
segurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo III  – para entidades com mais de 30.000 (trinta mil)
período de três meses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei
10/12/1997) nº 12.998, de 2014)
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores elei-
Seção VI tos para cargos de direção ou de representação nas referidas
Da Licença‑Prêmio por Assiduidade entidades, desde que cadastradas no órgão competente.
Da Licença para Capacitação (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) § 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo
ser renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o ser- nº 12.998, de 2014)
vidor poderá, no interesse da Administração, afastar‑se do
exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por CAPÍTULO V
até três meses, para participar de curso de capacitação pro- Dos Afastamentos
fissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o Seção I
Legislação

caput não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº 9.527, Do Afastamento para Servir 
de 10/12/1997) a Outro Órgão ou Entidade
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício
Art. 90. (Vetado) em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Es-

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tados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes § 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista
hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991) não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para
(Vide Decreto nº 9.144, de 2017) localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
I – para exercício de cargo em comissão ou função de
confiança; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991) Seção III
II – em casos previstos em leis específicas. (Redação dada Do Afastamento para Estudo
pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991) ou Missão no Exterior
§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos
ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Muni- Art. 95. O servidor não poderá ausentar‑se do País para
cípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente
cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e
casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991) Presidente do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública § 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda
ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela permitida nova ausência.
remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retri- § 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo
buição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará não será concedida exoneração ou licença para tratar de
o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade interesse particular antes de decorrido período igual ao do
de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006) afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
§ 3º A cessão far‑se‑á mediante Portaria publicada no despesa havida com seu afastamento.
Diário Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270,
de 17/12/1991) A título de exemplo: considere que determinada
§  4º Mediante autorização expressa do Presidente da servidora pública federal ocupante de cargo efetivo
República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício no Superior Tribunal de Justiça pretenda cursar um
em outro órgão da Administração Federal direta que não mestrado, em sua área de atuação, em uma renomada
tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e universidade do exterior. A partir dessa situação, caso
a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991) seja beneficiada com o afastamento para estudo no
§ 5º Aplica‑se à União, em se tratando de empregado ou exterior, a referida servidora não poderá ser exone-
servidor por ela requisitado, as  disposições dos §§  1º e 2º
rada antes de decorrido período igual ao que esteve
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25/6/2002)
afastada, ressalvada a hipótese de ressarcimento da
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou
despesa havida com seu afastamento.
de sociedade de economia mista, que receba recursos de Te-
souro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores
pagamento de pessoal, independem das disposições contidas
da carreira diplomática.
nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício
§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização
do empregado cedido condicionado a autorização específica
de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remu-
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto
nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função neração do servidor, serão disciplinadas em regulamento.
gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25/6/2002) (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
§ 7º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Art. 96. O afastamento de servidor para servir em orga-
com a finalidade de promover a composição da força de nismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual
trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública coopere dar‑se‑á com perda total da remuneração. (Vide
Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de em- Decreto nº 3.456, de 2000)
pregado ou servidor, independentemente da observância do
constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela A título de exemplo: Alexandre, analista judiciário
Lei nº 10.470, de 25/6/2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005) (área judiciária), ausentou-se do Brasil, pelo período
de 4 (quatro) anos, para a realização de um trabalho
Seção II científico de natureza jurídica em instituição de ensi-
Do Afastamento para Exercício no superior na Inglaterra, com a regular autorização
de Mandato Eletivo do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Referida
situação diz respeito ao afastamento para estudo no
Art.  94. Ao  servidor investido em mandato eletivo exterior.
aplicam‑se as seguintes disposições:
I – tratando‑se de mandato federal, estadual ou distrital, Seção IV
ficará afastado do cargo; Do Afastamento para Participação em Programa de
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do Pós‑Graduação Stricto Sensu no País
cargo, sendo‑lhe facultado optar pela sua remuneração; (Incluída pela Lei nº 11.907, de 2009)
III – investido no mandato de vereador:
a)  havendo compatibilidade de horário, perceberá as Art.  96-A. O  servidor poderá, no interesse da Admi-
vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do nistração, e  desde que a participação não possa ocorrer
Legislação

cargo eletivo; simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante


b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado compensação de horário, afastar‑se do exercício do cargo
do cargo, sendo‑lhe facultado optar pela sua remuneração. efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em
§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contri- programa de pós‑graduação stricto sensu em instituição de
buirá para a seguridade social como se em exercício estivesse. ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
§  1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade § 2º Também será concedido horário especial ao servidor
definirá, em conformidade com a legislação vigente, os pro- portador de deficiência, quando comprovada a necessidade
gramas de capacitação e os critérios para participação em por junta médica oficial, independentemente de compensa-
programas de pós‑graduação no País, com ou sem afastamen- ção de horário. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
to do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído § 3º As disposições constantes do § 2º são extensivas
para este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com
§  2º Os afastamentos para realização de programas deficiência. (Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016)
de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos §  4º Será igualmente concedido horário especial, vin-
servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão culado à compensação de horário a ser efetivada no prazo
ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade
(quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio prevista nos incisos I e II do caput do art.  76-A desta Lei.
probatório, que não tenham se afastado por licença para (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
tratar de assuntos particulares para gozo de licença capa- Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no
citação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos interesse da administração é assegurada, na localidade da
anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição
pela Lei nº 11.907, de 2009)
de ensino congênere, em qualquer época, independente-
§ 3º Os afastamentos para realização de programas de
mente de vaga.
pós‑doutorado somente serão concedidos aos servidores
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende‑se ao
titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade
há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor
probatório, e que não tenham se afastado por licença para que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob
tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste sua guarda, com autorização judicial.
artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de
afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010) A título de exemplo: considere que Lucas tenha to-
§ 4º Os servidores beneficiados pelos afastamentos pre- mado posse no seu primeiro cargo efetivo no serviço
vistos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo terão que permanecer público federal e que esteja em exercício há seis me-
no exercício de suas funções após o seu retorno por um ses. Caso Lucas esteja cursando faculdade e tenha de
período igual ao do afastamento concedido. (Incluído pela mudar de localidade no interesse da administração,
Lei nº 11.907, de 2009) ele terá direito a matrícula em instituição de ensino
§  5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do congênere, em qualquer época, independentemente
cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de de vaga.
permanência previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir o
órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei nº 8.112, de 11 CAPÍTULO VII
de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. Do Tempo de Serviço
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de ser-
justificou seu afastamento no período previsto, aplica‑se o viço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.
disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em
de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano
máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907, como de trezentos e sessenta e cinco dias.
de 2009) Parágrafo  único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de
§ 7º Aplica‑se à participação em programa de pós‑gra- 10/12/1997)
duação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Art.  102. Além das ausências ao serviço previstas no
Lei, o disposto nos §§ 1º a 6º deste artigo. (Incluído pela Lei art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afas-
nº 11.907, de 2009) tamentos em virtude de:
I – férias;
CAPÍTULO VI II – exercício de cargo em comissão ou equivalente, em
Das Concessões órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Mu-
nicípios e Distrito Federal;
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausen-
III – exercício de cargo ou função de governo ou admi-
tar‑se do serviço: (Redação dada pela Lei nº 12.998/2014)
nistração, em qualquer parte do território nacional, por
I – por 1 (um) dia, para doação de sangue;
nomeação do Presidente da República;
II – pelo período comprovadamente necessário para alis-
tamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer IV – participação em programa de treinamento regular-
caso, a dois dias; e (Redação dada pela Lei nº 12.998/2014) mente instituído ou em programa de pós‑graduação stricto
III – por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação
a) casamento; dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta V – desempenho de mandato eletivo federal, estadual,
ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por
e irmãos. merecimento;
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor es- VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;
tudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o VII – missão ou estudo no exterior, quando autorizado o
horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação
Legislação

do cargo. dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)


§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a VIII – licença:
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exer- a) à gestante, à adotante e à paternidade;
cício, respeitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte
renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço

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público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; [...] Caso em que a situação específica dos servido-
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) res públicos é regida pela 1ª parte do inciso XXXIII
c) para o desempenho de mandato classista ou partici- do art. 5º da Constituição. Sua remuneração bruta,
pação de gerência ou administração em sociedade coopera- cargos e funções por eles titularizados, órgãos de sua
tiva constituída por servidores para prestar serviços a seus formal lotação, tudo é constitutivo de informação de
membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; interesse coletivo ou geral. Expondo‑se, portanto,
(Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005) a divulgação oficial. Sem que a intimidade deles, vida
d) por motivo de acidente em serviço ou doença pro- privada e segurança pessoal e familiar se encaixem
fissional; nas exceções de que trata a parte derradeira do mes-
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; mo dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5º),
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) pois o fato é que não estão em jogo nem a segurança
f) por convocação para o serviço militar; do Estado nem do conjunto da sociedade. Não cabe,
IX – deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; no caso, falar de intimidade ou de vida privada, pois
X – participação em competição desportiva nacional ou os dados objeto da divulgação em causa dizem res-
convocação para integrar representação desportiva nacional, peito a agentes públicos enquanto agentes públicos
no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; mesmos; ou, na linguagem da própria Constituição,
agentes estatais agindo ‘nessa qualidade’ (§  6º do
A título de exemplo: um jogador de futebol e servidor art. 37). E quanto à segurança física ou corporal dos
do Senado foi convocado pelo técnico da Seleção servidores, seja pessoal, seja familiarmente, claro que
Brasileira de Futebol para a disputa do mundial da ela resultará um tanto ou quanto fragilizada com a
África do Sul, devendo ficar à disposição da Confe- divulgação nominalizada dos dados em debate, mas
deração Brasileira de Futebol pelo prazo de 60 dias. é um tipo de risco pessoal e familiar que se atenua
Nesse caso, o  prazo do eventual afastamento do com a proibição de se revelar o endereço residencial,
servidor será considerado como de efetivo exercício o CPF e a CI de cada servidor. No mais, é o preço que
no serviço público. se paga pela opção por uma carreira pública no seio
de um Estado republicano. [...] A negativa de pre-
XI – afastamento para servir em organismo internacional valência do princípio da publicidade administrativa
de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído implicaria, no caso, inadmissível situação de grave
pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) lesão à ordem pública (SS 3.902-AgR‑segundo, Rel.
Art. 103. Contar‑se‑á apenas para efeito de aposentado- Min. Ayres Britto, julgamento em 9/6/2011, Plenário,
DJE de 3/10/2011)
ria e disponibilidade:
I  – o tempo de serviço público prestado aos Estados,
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer
Municípios e Distrito Federal;
aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse
II – a licença para tratamento de saúde de pessoal da
legítimo.
família do servidor, com remuneração, que exceder a 30
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade com-
(trinta) dias em período de 12 (doze) meses; (Redação dada
petente para decidi‑lo e encaminhado por intermédio daque-
pela Lei nº 12.269, de 2010)
la a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
III  – a licença para atividade política, no caso do
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade
art. 86, § 2º;
que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão,
IV – o tempo correspondente ao desempenho de man-
não podendo ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
dato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior Parágrafo único. O requerimento e o pedido de recon-
ao ingresso no serviço público federal; sideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser
V – o tempo de serviço em atividade privada, vinculada despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro
à Previdência Social; de 30 (trinta) dias.
VI – o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
VII – o tempo de licença para tratamento da própria saú- I – do indeferimento do pedido de reconsideração;
de que exceder o prazo a que se refere a alínea b do inciso II  – das decisões sobre os recursos sucessivamente
VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) interpostos.
§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será § 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
contado apenas para nova aposentadoria. superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão,
§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais auto-
às Forças Armadas em operações de guerra. ridades.
§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de ser- §  2º O recurso será encaminhado por intermédio da
viço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, requerente.
Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, Art.  108. O  prazo para interposição de pedido de re-
sociedade de economia mista e empresa pública. consideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar
da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
CAPÍTULO VIII recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)
Legislação

Do Direito de Petição Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito sus-
pensivo, a juízo da autoridade competente.
JURISPRUDÊNCIA: Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
Direito à informação de atos estatais, neles embutida reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroa-
a folha de pagamento de órgãos e entidades públicas. girão à data do ato impugnado.

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A título de exemplo: a Walter, como servidor público seja requerida no prazo de trinta dias contados do início dos
federal, é assegurado o direito de requerer do Poder cento e vinte dias da licença gestante.
Público, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Diante disso, Walter deverá observar peculiaridades Observações
do direito de petição, dentre outras, o fato de que • Urge ressaltar que, no caso de natimorto, decorridos
no caso do provimento do pedido de reconsidera- trinta dias de licença, a servidora passará por exames
ção, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato médicos e, se estiver em condições, voltará a exercer
impugnado. as atribuições inerentes ao seu cargo.
• No caso de aborto espontâneo, sempre por meio de
Art. 110. O direito de requerer prescreve: atestado médico oficial, a servidora terá direito a trinta
I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e dias de repouso remunerado.
de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que • Durante a jornada de trabalho a servidora tem direito a
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das uma hora de descanso para amamentar o próprio filho,
relações de trabalho; que poderá ser divida em dois períodos de meia hora.
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
quando outro prazo for fixado em lei. Licença‑paternidade
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da Quando nasce o filho de um servidor ou mesmo na ado-
data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência ção, ele terá direito a cinco dias consecutivos.
pelo interessado, quando o ato não for publicado. O Decreto nº 8.737, de 3 de maio de 2016 prevê a pos-
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando sibilidade de prorrogação da licença-paternidade por mais
cabíveis, interrompem a prescrição. 15 (quinze) dias ao servidor que requeira o benefício no
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo prazo de dois dias úteis após o nascimento do filho. Vale
ser relevada pela administração. destacar que, caso o servidor não requeira o benefício no
Art.  113. Para o exercício do direito de petição, é  as- prazo estipulado, não poderá gozá-lo.
segurada vista do processo ou documento, na repartição, Este benefício também é aplicável a quem adotar ou
ao servidor ou a procurador por ele constituído. obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qual-
quer tempo, quando eivados de ilegalidade. Licença‑adotante (guarda judicial)
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabele- A servidora quando adota criança de até um ano terá
cidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior. direito a 90 dias de licença, porém a Lei nº 11.770/2008
permite a prorrogação por mais 45 dias.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO SERVIDOR Se a criança adotada tiver mais de um ano serão conce-
PÚBLICO FEDERAL didos trinta dias que podem ser prorrogados, por meio da
Lei nº 11.770/2008, por mais quinze dias.
Auxílio‑natalidade
Licença por acidente de serviço
A servidora que vier dar à luz terá direito ao recebimento O legislador não mencionou expressamente um prazo
de um valor em pecúnia relativo ao menor vencimento pago determinado para esta licença, cabendo à autoridade médica
no serviço público, mesmo na situação do natimorto. discriminar o número de dias.
O servidor também terá direito a receber este benefício O acidente de serviço não se configura somente dentro
no caso do nascimento de seu filho, se a sua esposa ou da repartição pública, podendo ser estendido ao percurso
companheira não for servidora. da residência para o trabalho e vice‑versa. É  interessante
No parto de gêmeos, ou seja, parto múltiplo, o filho pri- salientar que caso o servidor acidentado necessite de tra-
mogênito irá gerar o direito a 100% do auxílio e os demais tamento especializado, ele poderá ser tratado à custa da
50% cada um. Administração Pública em instituição privada.
Para configurar acidente de serviço, deverá ser feita a
Licença para tratamento de saúde prova do acidente no prazo, a princípio, de dez dias.
Caso o servidor venha sofrer uma enfermidade, e  a Caso a lesão oriunda do acidente de serviço não permita
perícia médica acredite que ele não tenha condições tempo- de forma definitiva que ele exerça as atribuições do cargo,
rariamente de exercer as atribuições inerentes ao seu cargo, e seja de tal forma que ele não possa ser readaptado, caberá
será concedida esta licença. aposentadoria por invalidez com proventos integrais.
Deve‑se sempre atentar que, a princípio, este tipo de li- Ver arts. 196 a 214 da Lei nº 8.112/1990.
cença não prejudica o servidor em relação à contagem de seu
tempo de serviço, porém o legislador afirma, no corpo da Lei O REGIME DISCIPLINAR E O PROCESSO
nº 8.112/1990, que o tempo será contado como efetivo exer- ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
cício até o limite de vinte e quatro meses de licenças. Caso
o servidor ultrapasse este limite, o tempo de licença será Regime Disciplinar
contado somente para aposentadoria e disponibilidade.
Responsabilidades
Licença‑gestante
Quando a servidora estiver grávida, terá o direito a esta Para entendermos melhor as responsabilidades, vamos
licença, podendo ser iniciada a partir do primeiro dia do nono tratá‑las por meio de uma situação hipotética.
Legislação

mês de gestação, e, no caso de parto prematuro, a licença terá Vamos imaginar que, ao  chegar a repartição pública
início a partir do nascimento e seu prazo será de 120 dias. federal, um servidor perceba que um determinado bem da
Em 2008, surge a Lei nº 11.770, regulamentada pelo Administração tenha sumido. Qual seria o dever deste servi-
Decreto nº 6.690/2008, onde esta legislação “alienígena” dor? Segundo o art. 116 da Lei nº 8.112/1990, este servidor
permite a prorrogação por mais sessenta dias, desde que deve comunicar o fato à autoridade superior.

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A princípio, seria instaurada uma sindicância com o in- As infrações que geram advertência têm previsão no
tuito de investigar. O sindicante percebendo que o sumiço art. 117, I ao VIII e XIX (ver a lei).
do bem se deu em razão do crime de peculato (art. 312 do O rol das infrações não é taxativo, os  regulamentos
Código Penal Brasileiro) praticado pelo servidor “X”, ocorrerá podem trazer outras condutas passíveis de advertências.
a necessidade de abertura de um processo disciplinar surgin- As sobreditas infrações prescrevem em 180 dias.
do uma responsabilidade administrativa para o servidor “X”. Necessário se faz ressaltar o que vem a ser a prescrição
Como ocorreu um crime na repartição pública, o Minis- administrativa. É a perda do poder de punir da administração
tério Público deverá ter ciência, cabendo aí, possivelmente, em razão da passagem do tempo. O início desta contagem
uma responsabilidade penal para o referido servidor. será da ciência do fato e não necessariamente do fato.
Se, por ventura, durante o processo disciplinar e duran-
te a ação penal, o bem não for devolvido à Administração, Suspensão
ocorrerá um dano e, sendo assim, o servidor deverá restituir Esta punição, além de constar nos assentamentos
a Administração, ocorrendo uma obrigação de indenizar, ou individuais, também trará, a  princípio, consequências na
seja, uma responsabilidade civil. remuneração ou vencimento do servidor, sendo que ele não
Ante o exposto, percebemo s as três responsabilidades: exercerá as atribuições do seu cargo.
civil, penal e administrativa. Em razão do silêncio dos arts.  102 e 103 da Lei
• Penal – Decorrerá tanto por crime como também pela nº 8.112/1990, que tratam da contagem do tempo de servi-
contravenção penal (ilícitos leves). ço, os dias de suspensão não serão computados para nenhum
• Administrativa – Decorre de sindicância ou processo efeito no serviço público federal.
disciplinar. Existe a hipótese de o servidor ser suspenso e continuar a
• Civil – Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso exercer normalmente as atribuições inerentes ao seu cargo,
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a porém recebendo cinquenta por cento do vencimento ou
terceiros. remuneração em razão dos dias de suspensão, somente na
hipótese de conveniência para o serviço.
A título de exemplo: Um cidadão, caminhando por uma O servidor está obrigado a realizar exames médicos de
rua, é atingido por um raio e morre. A prova técnica evidencia tempos em tempos, porém se o servidor, injustificadamente,
que não houve conduta comissiva nem omissiva do Estado, recusar‑se a fazer os exames, ele poderá ser suspenso por
que contribuísse para esse evento. Neste caso, não estão pre- até 15 dias. Caso ele realize ou comprove os exames, e ainda
sentes os pressupostos da responsabilidade civil do Estado.
não terem findados os dias de suspensão, os demais dias
As responsabilidades poderão ser acumuladas sendo
serão desconsiderados.
independentes entre si.
A título de exemplo: Determinado servidor público recu-
A responsabilidade administrativa será afastada na ab-
sou submeter-se à inspeção médica regularmente determi-
solvição criminal, onde seja negada a existência do fato (a
nada pela autoridade competente. Instado a se explicar, não
infração não existiu) ou sua autoria (não foi o servidor que
apresentou qualquer justificativa pela recusa. A autoridade
praticou a infração).
No caso de absolvição criminal por falta de provas, o ser- competente pode, nos termos da Lei n° 8.112/1990, aplicar
vidor poderá responder administrativamente. ao servidor suspensão de até 15 dias, cessando os efeitos da
penalidade uma vez cumprida a determinação.
Penalidades O limite máximo imposto pelo legislador para os dias de
suspensão é de 90 dias.
O art. 127 da Lei nº 8.112/1990 enumera as penalidades O cancelamento dos assentamentos individuais se dará
que o servidor pode sofrer, sendo: advertência, suspensão, em cinco anos e a prescrição será de dois anos (da ciência
demissão, cassação da aposentadoria, cassação da disponi- do fato).
bilidade, destituição do cargo em comissão e destituição da
função comissionada. Demissão
As infrações que geram demissão têm previsão no
JURISPRUDÊNCIA: art. 132, que possui 13 incisos, sendo que o inciso treze nos
Embora o Judiciário não possa substituir‑se à admi- remete ao art. 117, dos incisos 9º ao 16.
nistração na punição do servidor, pode determinar a Ante o exposto, temos 19 infrações que podem gerar a
esta, em homenagem ao princípio da proporcionali- demissão do servidor público. Alguns doutrinadores enten-
dade, a aplicação de pena menos severa, compatível dem que o rol é taxativo.
com a falta cometida e a previsão legal. (RMS 24.901, O art. 137, parágrafo único, traz condutas demissivas que
Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 26/10/2004, proíbem o servidor público de retornar ao serviço público fe-
Primeira Turma, DJ de 11/2/2005.) deral. A doutrina majoritária e a jurisprudência entendem ser
inconstitucional, pois fere o comando constitucional inserto
Observação: a exoneração não possui caráter punitivo. no art. 5º, XLVII, que impede a perpetuação de penalidades.
Infrações:
Advertência • crimes contra a administração pública;
Para ser configurada esta penalidade deverá ser inicia- • improbidade administrativa;
da uma sindicância, e se após o julgamento o servidor for • aplicação irregular de dinheiros públicos;
considerado “culpado”, a penalidade deverá ser inserida nos • lesão aos cofres públicos;
seus assentamentos individuais, não existindo advertência • dilapidação do patrimônio nacional;
Legislação

verbal e somente escrita. • corrupção.


Quando a penalidade é inserta nos assentamentos,
o servidor poderá cancelá‑la, caso não venha a reincidir pelo O mesmo artigo no seu caput preceitua duas infrações
período de três anos. O  efeito deste cancelamento não é disciplinares que geram demissão, porém o servidor não
retroativo, ou seja, tem efeito ex nunc. poderá retornar ao serviço público federal por cinco anos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Infrações: 18/8/2011; MS 23.299, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
• valer‑se do cargo para lograr proveito pessoal ou julgamento em 6/3/2002, Plenário, DJ de 12/4/2002.
de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública; Cassação da Aposentadoria
Esta penalidade será aplicada caso o servidor em ati-
A título de exemplo: Crisela, servidora pública civil federal vidade pratique infração passível de demissão, e antes da
efetiva, valeu‑se de seu cargo para lograr proveito pessoal abertura do processo, ele venha se aposentar
em detrimento da dignidade da função pública. Neste caso,
a demissão incompatibiliza‑a para nova investidura em cargo Cassação da Disponibilidade
público federal, pelo prazo de 5 anos. O procedimento é bem parecido com o da cassação da
• atuar, como procurador ou intermediário, junto a aposentadoria, ou seja, ela será aplicada quando o servidor
repartições públicas, salvo quando se tratar de be- em atividade praticar qualquer infração passível de demissão
nefícios previdenciários ou assistenciais de parentes e antes da abertura do processo o cargo é extinto.
até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.
Destituição do Cargo em Comissão
É a sanção cabível ao servidor que exerce cargo em
Caso o servidor seja demitido por inassiduidade habitual,
comissão podendo ser aplicada nas infrações cabíveis de
abandono de cargo ou acumulação ilegal, será obrigatória a
suspensão e demissão.
abertura de processo sumário.
A inassiduidade habitual configura‑se quando o servidor Destituição da Função comissionada
faltar por 60 dias, interpoladamente, não justificados no O legislador é silente em relação a esta penalidade,
período de doze meses. pois ela somente é mencionada no art.  127, VI, da Lei
A título de exemplo: Manoel, servidor público estável de nº 8.112/1990.
uma fundação pública, faltou ao serviço por diversos dias
sem qualquer justificativa, razão pela qual seu superior hie- Julgamento
rárquico determinou que o fato fosse apurado, com posterior
aplicação da Lei nº 8.112/1990 no que se refere ao processo JURISPRUDÊNCIA:
administrativo disciplinar. Uma comissão de sindicância, após Não há ilegalidade na ampliação da acusação a ser-
regular processamento, ouvido o servidor, concluiu que as vidor público, se durante o processo administrativo
faltas de Manoel ao serviço eram habituais e sem qualquer forem apurados fatos novos que constituam infração
justificativa legal. Com base nessa situação hipotética, a disciplinar. O  princípio do contraditório e da ampla
materialidade da infração de Manoel ficará caracterizada defesa deve ser rigorosamente observado. É permitido
pela indicação dos dias de falta ao serviço sem justificativa, ao agente administrativo, para complementar suas
por período igual ou superior a sessenta dias intercalados, razões, encampar os termos de parecer exarado por
num de prazo de doze meses. autoridade de menor hierarquia. A autoridade julga-
Não se incluem fins de semana, feriados e dias de ponto dora não está vinculada às conclusões da comissão
facultativo, intercalados entre dias de ausência, para a con- processante. Precedentes: (MS 23.201, Rel. a  Min.
figuração da inassiduidade habitual. Ellen Gracie, DJ de 19/8/2005 e MS 21.280, Rel. o Min.
Octavio Gallotti, DJ de 20-31992). Não houve, no pre-
O abandono de cargos configura‑se quando o servidor sente caso, ofensa ao art. 28 da Lei nº 9.784/1998, eis
faltar por mais de 30 dias consecutivos, não justificados e que os ora recorrentes tiveram pleno conhecimento
intencionais. Aqui se percebe que existe um critério subjetivo da publicação oficial do ato que determinou suas
para a demissão do servido, que é a intencionalidade. demissões em tempo hábil para utilizar os recursos
Na acumulação ilegal, quando descoberta, o  servidor administrativos cabíveis. Não há preceito legal que
deverá ser notificado para que possa optar no prazo de dez imponha a intimação pessoal dos acusados, ou permita
dias, caso não faça a escolha, será configurada a má‑fé e o a impugnação do relatório da comissão processante,
servidor poderá ser demitido dos dois. devendo os autos serem imediatamente remetidos à
Existem, como já vimos, outras formas de demissão autoridade competente para julgamento (arts. 165 e
que estarão presentes nos arts. 132 e 117, IX ao XVI, da Lei 166 da Lei nº 8.112/1990). Precedente: (MS 23.268,
nº 8.112/1990. Rel. a Min. Ellen Gracie, DJ de 7/6/2002). (RMS 24.526,
Rel. Min Eros Grau, julgamento em 3/6/2008, Primeira
Turma, DJE de 15/8/2008)
JURISPRUDÊNCIA:
Não pode prosperar, aqui, contra a demissão, a ale- O sindicante e o presidente do processo disciplinar não
gação de possuir o servidor mais de trinta e sete anos aplicam penalidades ao servidor, e a lei deu competência às
de serviço público. A demissão, no caso, decorre da seguintes autoridades:
apuração de ilícito disciplinar perpetrado pelo funcio- • Penalidade de demissão e cassação: cabe à autoridade
nário público, no exercício de suas funções. Não é, em máxima de cada poder estendendo‑se também ao
consequência, invocável o fato de já possuir tempo de Procurador Geral da República e aos Presidentes dos
serviço público suficiente à aposentadoria. A lei pre- Tribunais.
vê, inclusive, a pena de cassação da aposentadoria,
aplicável ao servidor já inativo, se resultar apurado JURISPRUDÊNCIA:
Legislação

que praticou ilícito disciplinar grave, em atividade. Esta Corte firmou orientação no sentido da legitimidade
(MS 21.948, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento de delegação a ministro de Estado da competência do
em 29/9/1994, Plenário, DJ de 7/12/1995.) No mes- chefe do Executivo Federal para, nos termos do art. 84,
mo sentido: RE 552.682-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, XXV, e parágrafo único, da CF, aplicar pena de demissão
julgamento em 26/4/2011, Segunda Turma, DJE de a servidores públicos federais. [...] Legitimidade da

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delegação a secretários estaduais da competência do • cassação da disponibilidade;
governador do Estado de Goiás para [...] aplicar pena- • destituição do cargo em comissão.
lidade de demissão aos servidores do Executivo, tendo
em vista o princípio da simetria. (RE 633.009-AgR, Rel. As fases do processo disciplinar são:
Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 13/9/2011, • instauração;
Segunda Turma, DJE de 27/9/2011) • inquérito administrativo, que será dividido em: ins-
trução, defesa e relatório;
• Penalidade de suspensão por mais de trinta dias e • julgamento, que será em vinte dias.
até noventa dias: será aplicado pela autoridade hie-
rarquicamente inferior àquelas que tenham poder de Assim, observe a seguinte assertiva de prova: Determi-
demissão. nado servidor público federal foi acometido de doença que,
• Advertência e suspensão até trinta dias: cabe ao chefe por recomendação de seu médico particular, devidamente
da repartição e a outras autoridades previstas em atestada, render-lhe-ia quatro dias de licença para tratamen-
regimento ou regulamento. to da própria saúde. O referido servidor afastou-se de suas
• A destituição do cargo em comissão: cabe a autoridade atividades laborais sem, todavia, entregar à chefia imediata
que nomeou o servidor para o cargo em comissão. o atestado médico para fins de homologação. Também não
compareceu ao serviço médico do seu local de trabalho
Processo Administrativo Disciplinar durante o afastamento nem nos cinco dias subsequentes a
ele. Tendo em vista que o servidor não foi periciado, nem
Sindicância sequer apresentou atestado médico para que a licença mé-
dica pudesse ser formalizada, a chefia imediata efetuou o
registro das faltas em sua folha de controle de frequência.
É fato que o legislador tratou a sindicância de forma
Ao final do mês, o referido servidor fora descontado da re-
superficial, dando aos regulamentos poderes de ingerência
muneração correspondente aos dias faltosos. Considerando
nas sindicâncias.
a legislação de pessoal em vigor e a recente jurisprudência
A Lei nº 8.112/1990 preceitua o prazo da sindicância,
do STJ, é descabida a instauração de processo administrativo
que será de até trinta dias, prorrogável por igual período,
disciplinar quando não se colima a aplicação de sanção de
podendo chegar ao máximo de sessenta dias e, também,
qualquer natureza, mas o mero desconto da remuneração
menciona as penalidades que podem ser oriundas por meio
pelos dias não trabalhados.
deste procedimento, sendo a advertência e a suspensão de
até trinta dias.
O legislador, obedecendo ao comando constitucional
Aberta a sindicância por meio de portaria, podemos
previsto no art. 5º, LV, menciona os seguintes prazos para
esperar os seguintes resultados:
defesa:
• arquivamento da sindicância;
• aplicação da penalidade;
JURISPRUDÊNCIA:
• instauração do processo disciplinar.
A jurisprudência desta Corte tem‑se fixado no sentido
de que a ausência de processo administrativo ou a
Processo Disciplinar inobservância aos princípios do contraditório e da
ampla defesa tornam nulo o ato de demissão de ser-
O processo disciplinar será composto por uma comissão vidor público, seja ele civil ou militar, estável ou não.
de três servidores estáveis, sendo que um deles será o seu (RE 513.585-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em
presidente. 17/6/2008, Segunda Turma, DJE de 1º/8/2008) No
Obedecendo aos princípios da Administração, o presiden- mesmo sentido: RE 594.040-AgR, Rel. Min. Ricardo
te deverá ter cargo superior ou de mesmo nível, ou ter nível Lewandowski, julgamento em 6/4/2010, Primeira
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Turma, DJE de 23/4/2010; RE 562.602-AgR, Rel. Min.
A escolha do secretário caberá ao presidente do proces- Ellen Gracie, julgamento em 24/11/2009, Segunda
so disciplinar, podendo a indicação recair em um de seus Turma, DJE de 18/12/2009. Vide: RE 289.321, Rel.
membros. Min. Marco Aurélio, julgamento em 2/12/2010,
O prazo para o processo disciplinar será de até sessenta Primeira Turma, DJE de 2/6/2011; RE 217.579-AgR,
dias prorrogável por igual período, sendo o prazo máximo Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 16/12/2004,
de cento e vinte dias. Primeira Turma, DJ de 4/3/2005.
As penalidades oriundas do processo disciplinarsão as
seguintes, segundo o art. 146: • um servidor envolvido, serão dez dias;
• suspensão por mais de trinta e até noventa dias; • dois ou mais servidores envolvidos, serão vinte dias.

A título de exemplo, analise a seguinte assertiva de Caso exista a necessidade de novas diligências, os prazos
prova: uma servidora pertencente aos quadros de de defesa poderão ser dobrados.
fundação pública federal, após sindicância instaurada
para apuração de ilícito administrativo a ela imputado, JURISPRUDÊNCIA:
foi penalizada com suspensão por quarenta e cinco Não há cerceamento de defesa quando servidor
dias. Com base na Lei nº 8.112/1990, a aplicação da público, intimado diversas vezes pessoalmente do
pena disciplinar, na hipótese, afigura‑se incorreta, pois andamento do processo administrativo disciplinar
Legislação

a aplicação da pena de suspensão por mais de trinta e da necessidade de arrolamento de testemunhas,


dias pressupõe a instauração de processo disciplinar. permanece inerte, limitando‑se a alegar a existência
de irregularidade na portaria que instaurou o feito.
• demissão; (RMS 24.902-ED, Rel. Min. Eros Grau, julgamento
• cassação da aposentadoria; em 9/2/2010, Segunda Turma, DJE de 26/3/2010.)

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Observações importantes sobre as fases de processo A Revisão
disciplinar. Poderá ocorrer a qualquer tempo, a  pedido do servi-
• A regra é que a autoridade julgadora deve obedecer dor, de ofício, por qualquer pessoa da família, em caso de
ao relatório, salvo se ele for “suicida”, ou seja, se ele falecimento ou ausência e por meio de curador no caso de
for ao contrário às provas dos autos. incapacidade mental, desde que surjam fatos novos ou cir-
• Se o servidor estiver atrapalhando o processo, de cunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do servidor,
maneira tal que venha a influir na apuração, a auto- ou mesmo a inadequação da penalidade aplicada.
ridade instauradora do processo disciplinar poderá A revisão do Processo Administrativo Disciplinar, quando
determinar o afastamento preventivo pelo prazo de cabível, far-se-á por meio da constituição de comissão, nos
até sessenta dias prorrogável por igual período, porém mesmo moldes da comissão processante.
com remuneração. A comissão composta para a revisão terá o prazo de ses-
senta dias, e o julgamento caberá à autoridade que aplicou
A título de exemplo: Vanda, analista judiciário (área a penalidade.
judiciária), ocupando cargo de direção, praticou Urge ressaltar que da revisão do processo não pode
grave infração administrativa. Instaurado o processo ocorrer agravamento da penalidade.
administrativo disciplinar e para que a servidora não
influa na apuração da irregularidade, a autoridade
instauradora desse processo, dentre outras providên- LEITURA DA LEI Nº 8.112/1990
cias, poderá determinar seu afastamento do exercício
do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem TÍTULO IV
prejuízo da remuneração. DO REGIME DISCIPLINAR

• Caso o servidor indiciado encontre‑se em lugar incerto CAPÍTULO I


e não sabido será publicada a sua citação por meio de Dos Deveres
edital em diário oficial e em jornal de grande circula-
ção. O prazo para exercer defesa será de quinze dias Art. 116. São deveres do servidor:
a partir da última publicação do edital. I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
• Para defender um indiciado revel será designado pela II – ser leal às instituições a que servir;
autoridade instauradora do processo, um defensor III – observar as normas legais e regulamentares;
dativo, que será um servidor detentor de cargo efe- IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando ma-
tivo superior ou igual ao do indiciado, ou ter nível de nifestamente ilegais;
escolaridade igual ou superior. V – atender com presteza:
• A Súmula Vinculante nº 5 (STF) autoriza que o servidor a) ao público em geral, prestando as informações reque-
possa ser demitido sem defesa técnica (advogado). ridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
• É vedada a extensão da responsabilidade, de modo b) à expedição de certidões requeridas para defesa de
genérico, quando não for possível a individualização direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
da responsabilidade. c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
• Pode a comissão deixar de indiciar o acusado caso VI – levar as irregularidades de que tiver ciência em razão
entenda, motivadamente, e com fundamento nas do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quan-
provas, pela ausência de materialidade disciplinar. do houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento
• Descrito o fato na peça de indiciação, é vedado, à de outra autoridade competente para apuração; (Redação
comissão, sugerir aplicação de penalidade quanto a dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
fato não constante da indiciação.
• A defesa do indiciado em processo administrativo, A título de exemplo: determinado servidor público
como ocorre no processo penal, se faz com relação federal presenciou a subtração de resmas de papel
aos fatos que lhe são imputados, e não quanto a
por parte de funcionários terceirizados. Nessa situ-
enquadramento legal.
ação, o servidor está obrigado a levar esse fato ao
• É vedada a extensão da responsabilidade, de modo
conhecimento da autoridade superior.
genérico, quando não for possível a individualização
Sérgio, servidor público federal, teve ciência de irre-
da responsabilidade.
gularidades ocorridas no âmbito da Administração
Processo Sumário Pública Federal, em razão do cargo que ocupa. Por
Serve para apurar, como já foi estudado, as  infrações medo de retaliação, não relatou os fatos de que teve
disciplinares passíveis de demissão, sendo a inassiduidade conhecimento. Nos termos da Lei n° 8.112/1990,
habitual, abandono de cargo e acumulação ilegal. Sérgio deveria ter levado os fatos ao conhecimento
• Sua composição será de dois servidores estáveis. da autoridade superior.
• Seu prazo será de até trinta dias prorrogável por até
mais quinze dias. VII – zelar pela economia do material e a conservação
• As penalidades, ante o exposto, só podem ser a de- do patrimônio público;
missão e as cassações. VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX – manter conduta compatível com a moralidade ad-
Legislação

São fases do Processo Sumário: ministrativa;


• instauração; X – ser assíduo e pontual ao serviço;
• instrução sumária, que é composta da indiciação, XI – tratar com urbanidade as pessoas;
defesa em cinco dias e relatório; XII  – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso
• julgamento em cinco dias. de poder.

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Parágrafo  único. A  representação de que trata o inciso I – participação nos conselhos de administração e fiscal
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela de empresas ou entidades em que a União detenha, direta
autoridade superior àquela contra a qual é formulada, ou indiretamente, participação no capital social ou em so-
assegurando‑se ao representando ampla defesa. ciedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus
membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008)
CAPÍTULO II II – gozo de licença para o trato de interesses particulares,
Das Proibições na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre
conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008)
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória
nº 2.225-45, de 4/9/2001) CAPÍTULO III
I – ausentar‑se do serviço durante o expediente, sem prévia Da Acumulação
autorização do chefe imediato;
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição,
qualquer documento ou objeto da repartição; é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
III – recusar fé a documentos públicos; § 1º A proibição de acumular estende‑se a cargos, empre-
IV – opor resistência injustificada ao andamento de docu- gos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas
mento e processo ou execução de serviço; públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito
V – promover manifestação de apreço ou desapreço no Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
recinto da repartição; § 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica con-
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos dicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua §  3º Considera‑se acumulação proibida a percepção
responsabilidade ou de seu subordinado; de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem‑se proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
a associação profissional ou sindical, ou a partido político; decorram essas remunerações forem acumuláveis na ativi-
VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função dade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo
grau civil; em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do
IX – valer‑se do cargo para lograr proveito pessoal ou de art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
X – participar de gerência ou administração de sociedade 10/12/1997)
privada, personificada ou não personificada, exercer o comér- Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
cio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; remuneração devida pela participação em conselhos de
(Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008) administração e fiscal das empresas públicas e sociedades
de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem
A título de exemplo: servidor público federal, localiza- como quaisquer empresas ou entidades em que a União,
do em autarquia federal, após responder a processo direta ou indiretamente, detenha participação no capital
administrativo disciplinar, por ser cotista de Sociedade social, observado o que, a respeito, dispuser legislação es-
Comercial, sendo que a função de gerente era exercida pecífica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45,
por sua esposa, vem a ser demitido, em face da par- de 4/9/2001)
ticipação no quadro societário de sociedade privada Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
comercial. Em face do narrado, é correto afirmar que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido
a participação como cotista em sociedade comercial em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de
não é vedada, em tese, ao servidor público. ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
compatibilidade de horário e local com o exercício de um
XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 10/12/1997)
grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem CAPÍTULO IV
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; Das Responsabilidades
XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro; Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrati-
XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas; vamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
XV – proceder de forma desidiosa; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo
XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
em serviços ou atividades particulares; erário ou a terceiros.
XVII  – cometer a outro servidor atribuições estranhas § 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46,
transitórias; na falta de outros bens que assegurem a execução do débito
XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompa- pela via judicial.
tíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário § 2º Tratando‑se de dano causado a terceiros, responderá
de trabalho; o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
Legislação

XIX – recusar‑se a atualizar seus dados cadastrais quando § 3º A obrigação de reparar o dano estende‑se aos su-
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) cessores e contra eles será executada, até o limite do valor
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do da herança recebida.
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído Art.  123. A  responsabilidade penal abrange os crimes
pela Lei nº 11.784, de 2008) e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Art. 124. A responsabilidade civil‑administrativa resulta imposição de penalidade mais grave. (Redação dada pela Lei
de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do nº 9.527, de 10/12/1997)
cargo ou função.
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas po- A título de exemplo: de acordo com a Lei
derão cumular‑se, sendo independentes entre si. nº 8.112/1990, em regra, João, servidor público civil
efetivo, que nunca praticou qualquer infração admi-
A título de exemplo: se um servidor tiver sido absolvi- nistrativa, terá a penalidade de advertência escrita
do, na esfera criminal, pela prática de dano patrimonial aplicada se manter sob sua chefia imediata, em cargo
à administração pública, essa decisão não influirá na ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou
esfera civil se ficar comprovada a existência do dano e parente até o segundo grau civil.
for constatada a imprudência, imperícia ou negligência
do servidor, do que se deduz que a instância criminal Art.  130. A  suspensão será aplicada em caso de rein-
não obriga a instância civil. cidência das faltas punidas com advertência e de violação
das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a (noventa) dias.
existência do fato ou sua autoria. § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado servidor que, injustificadamente, recusar‑se a ser submetido
civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autori- a inspeção médica determinada pela autoridade competen-
dade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento te, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
desta, a outra autoridade competente para apuração de determinação.
informação concernente à prática de crimes ou improbidade § 2º Quando houver conveniência para o serviço, a pe-
de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do nalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na
exercício de cargo, emprego ou função pública. (Incluído pela base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento
Lei nº 12.527, de 2011) ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer
em serviço.
INFORMATIVO STJ Nº 0457
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. ABSOL- A título de exemplo: Joaquim, servidor público
VIÇÃO PENAL. federal, por exercer atividades particulares incompa-
Cinge-se a controvérsia à possibilidade de condenar tíveis com o horário de trabalho sofreu penalidade
servidor público na área administrativa, por infração disciplinar de sessenta dias de suspensão. Porém, por
disciplinar, após sua absolvição criminal pela impu- necessidade de força de trabalho e conveniência para
tação do mesmo fato. O entendimento do STJ é que, o serviço, essa penalidade pode ser convertida em
afastada a responsabilidade criminal do servidor multa (pena pecuniária), com objetivo corretivo na
por inexistência daquele fato ou de sua autoria, fica base de cinquenta por cento por dia de vencimento
arredada também a responsabilidade administrativa, ou remuneração, ficando o servidor obrigado a per-
exceto se verificada falta disciplinar residual sancio- manecer em serviço.
nável (outra irregularidade que constitua infração
administrativa) não abarcada pela sentença penal Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão
absolutória (Súmula nº 18-STF). No entanto, a Turma terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e
não conheceu do recurso em face do óbice da Súm. 5 (cinco)  anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
n. 7-STJ. Precedentes citados: REsp 1.199.083-SP, servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
DJe 8/9/2010; MS 13.599-DF, DJe 28/5/2010, e Rcl disciplinar.
611-DF, DJ 4/2/2002. REsp 1.012.647-RJ, Rel. Min. Parágrafo  único. O  cancelamento da penalidade não
Luiz Fux, julgado em 23/11/2010. surtirá efeitos retroativos.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
CAPÍTULO V I – crime contra a administração pública;
Das Penalidades II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
Art. 127. São penalidades disciplinares: IV – improbidade administrativa;
I – advertência; V  – incontinência pública e conduta escandalosa, na
II – suspensão; repartição;
III – demissão; VI – insubordinação grave em serviço;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade; VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
V – destituição de cargo em comissão; salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VI – destituição de função comissionada. VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão considera- IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão
das a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos do cargo;
que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. nacional;
Parágrafo  único. O  ato de imposição da penalidade XI – corrupção;
mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
Legislação

disciplinar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) públicas;


Art.  129. A  advertência será aplicada por escrito, nos XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos Art.  133. Detectada a qualquer tempo a acumulação
I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade
em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermé-

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dio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de
hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
a sua apuração e regularização imediata, cujo processo ad- Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este
ministrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: artigo, a  exoneração efetuada nos termos do art.  35 será
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) convertida em destituição de cargo em comissão.
I – instauração, com a publicação do ato que constituir Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comis-
a comissão, a  ser composta por dois servidores estáveis, são, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a
e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem
transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, prejuízo da ação penal cabível.
de 10/12/1997)
II – instrução sumária, que compreende indiciação, de- A título de exemplo: André é titular de cargo em
fesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) comissão de natureza gerencial no Tribunal Regional
III  – julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de Eleitoral. Em razão de sua conduta inadequada foi
10/12/1997) responsabilizado por lesão aos cofres públicos. As-
§ 1º A indicação da autoria de que trata o inciso I dar‑se‑á sim, André foi punido com a destituição do cargo em
pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela comissão. Nesse caso, a penalidade aplicada implica
descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e
do correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comis-
nº 9.527, de 10/12/1997) são, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompati-
§ 2º A comissão lavrará, até três dias após a publicação biliza o ex‑servidor para nova investidura em cargo público
do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público
bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em
ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando‑se‑lhe Art.  138. Configura abandono de cargo a ausência
vista do processo na repartição, observado o disposto intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias
nos arts.  163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de consecutivos.
10/12/1997) Art. 139. Entende‑se por inassiduidade habitual a falta
§ 3º Apresentada a defesa, a comissão elaborará rela- ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpo-
tório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade ladamente, durante o período de doze meses.
do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inas-
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará siduidade habitual, também será adotado o procedimento
o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à au- sumário a que se refere o art. 133, observando‑se especial-
toridade instauradora, para julgamento. (Incluído pela Lei mente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
nº 9.527, de 10/12/1997) I – a indicação da materialidade dar‑se‑á: (Incluído pela
§ 4º No prazo de cinco dias, contados do recebimento Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
do processo, a  autoridade julgadora proferirá a sua deci- a)  na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
são, aplicando‑se, quando for o caso, o disposto no § 3º do precisa do período de ausência intencional do servidor ao
art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
§ 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para 10/12/1997)
defesa configurará sua boa‑fé, hipótese em que se converterá b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos
automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má‑fé, o período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de
aplicar‑se‑á a pena de demissão, destituição ou cassação de 10/12/1997)
aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, em- II – após a apresentação da defesa a comissão elaborará
pregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade
hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
comunicados. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese
§ 7º O prazo para a conclusão do processo administrativo de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à
dias, contados da data de publicação do ato que constituir autoridade instauradora para julgamento. (Incluído pela Lei
a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze nº 9.527, de 10/12/1997)
dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
nº 9.527, de 10/12/1997) I – pelo Presidente da República, pelos Presidentes das
§ 8º O procedimento sumário rege‑se pelas disposições Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
deste artigo, observando‑se, no que lhe for aplicável, sub- Procurador‑Geral da República, quando se tratar de demissão
Legislação

sidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibi- II – pelas autoridades administrativas de hierarquia ime-
lidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta diatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior
punível com a demissão. quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
III  – pelo chefe da repartição e outras autoridades na Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância
forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por
casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; igual período, a critério da autoridade superior.
IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quan- Art.  146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
do se tratar de destituição de cargo em comissão. ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e obrigatória a instauração de processo disciplinar.
destituição de cargo em comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; CAPÍTULO II
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. Do Afastamento Preventivo
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em
que o fato se tornou conhecido. Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor
§  2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal não venha a influir na apuração da irregularidade, a autori-
aplicam‑se às infrações disciplinares capituladas também dade instauradora do processo disciplinar poderá determinar
como crime. o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de pro- 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
cesso disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado
proferida por autoridade competente. por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo come- que não concluído o processo.
çará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
CAPÍTULO III
Observação: conforme o disposto na Lei nº 8.112/1990, Do Processo Disciplinar
a instauração de PAD interrompe a prescrição até a decisão
final, a ser proferida pela autoridade competente; conforme Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destina-
entendimento do STF, não sendo o PAD concluído em cento do a apurar responsabilidade de servidor por infração prati-
e quarenta dias, o prazo prescricional volta a ser contado cada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação
em sua integralidade. com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Art.  149. O  processo disciplinar será conduzido por
TÍTULO V comissão composta de três servidores estáveis designados
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR pela autoridade competente, observado o disposto no § 3º
do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo
CAPÍTULO I
nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do
Disposições Gerais
indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
§ 1º A Comissão terá como secretário servidor designado
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade
pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de
no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
seus membros.
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acu-
§ 1º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) sado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até
§ 2º (Revogado pela Lei nº 11.204, de 2005) o terceiro grau.
§ 3º A apuração de que trata o caput, por solicitação da Art.  150. A  Comissão exercerá suas atividades com
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por auto- independência e imparcialidade, assegurado o sigilo ne-
ridade de órgão ou entidade diverso daquele em que tenha cessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
ocorrido a irregularidade, mediante competência específica administração.
para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comis-
temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes sões terão caráter reservado.
das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
pelo Procurador‑Geral da República, no âmbito do respecti- guintes fases:
vo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências I – instauração, com a publicação do ato que constituir
para o julgamento que se seguir à apuração. (Incluído pela a comissão;
Lei nº 9.527, de 10/12/1997) II – inquérito administrativo, que compreende instrução,
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão ob- defesa e relatório;
jeto de apuração, desde que contenham a identificação e o III – julgamento.
endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, Art.  152. O  prazo para a conclusão do processo disci-
confirmada a autenticidade. plinar não excederá 60 (sessenta)  dias, contados da data
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias
arquivada, por falta de objeto. o exigirem.
Legislação

Art. 145. Da sindicância poderá resultar: § 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo
I – arquivamento do processo; integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensa-
II – aplicação de penalidade de advertência ou suspensão dos do ponto, até a entrega do relatório final.
de até 30 (trinta) dias; § 2º As reuniões da comissão serão registradas em atas
III – instauração de processo disciplinar. que deverão detalhar as deliberações adotadas.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Seção I §  2º O procurador do acusado poderá assistir ao in-
Do Inquérito terrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo‑lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao prin- facultando‑se‑lhe, porém, reinquiri‑las, por intermédio do
cípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, presidente da comissão.
com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo do acusado, a comissão proporá à autoridade competente
disciplinar, como peça informativa da instrução. que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da
Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, Parágrafo  único. O  incidente de sanidade mental será
a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao processado em auto apartado e apenso ao processo princi-
Ministério Público, independentemente da imediata instau- pal, após a expedição do laudo pericial.
ração do processo disciplinar. Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada
a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
A título de exemplo: encerrada uma sindicância, ins- imputados e das respectivas provas.
taurada em razão do conhecimento de irregularidades no § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo
serviço de um determinado setor do Tribunal Regional presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no
Eleitoral, o relatório conclui que a infração está capitulada prazo de 10 (dez) dias, assegurando‑se‑lhe vista do processo
como ilícito penal. Nesse caso, Marcelo, analista judiciário, na repartição.
como autoridade competente, em conformidade com a Lei § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será co-
nº 8.112/1990, encaminhará cópia dos autos ao Ministério mum e de 20 (vinte) dias.
Público, independentemente da imediata instauração do § 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
processo disciplinar. para diligências reputadas indispensáveis.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a na cópia da citação, o prazo para defesa contar‑se‑á da data
tomada de depoimentos, acareações, investigações e dili- declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão
gências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.
quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir Art.  162. O  indiciado que mudar de residência fica
a completa elucidação dos fatos. obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
encontrado.
Observação: não nulifica o processo disciplinar, por si só, Art. 163. Achando‑se o indiciado em lugar incerto e não
o fato de colher-se o depoimento do acusado previamente sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial
ao de testemunha. da União e em jornal de grande circulação na localidade do
último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acom- Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para
panhar o processo pessoalmente ou por intermédio de defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação
procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas do edital.
e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de Art. 164. Considerar‑se‑á revel o indiciado que, regular-
prova pericial. mente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos § 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do
considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de processo e devolverá o prazo para a defesa.
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. § 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instau-
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a radora do processo designará um servidor como defensor
comprovação do fato independer de conhecimento especial dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior
de perito. ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor me- superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
diante mandado expedido pelo presidente da comissão, de 10/12/1997)
devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser Art.  165. Apreciada a defesa, a  comissão elaborará
anexado aos autos. relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, autos e mencionará as provas em que se baseou para formar
a expedição do mandado será imediatamente comunicada a sua convicção.
ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e
hora marcados para inquirição. Prova emprestada. Penal. Interceptação telefônica.
Art.  158. O  depoimento será prestado oralmente e Escuta ambiental. Autorização judicial e produção
reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê‑lo para fim de investigação criminal. Suspeita de delitos
por escrito. cometidos por autoridades e agentes públicos. Dados
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente. obtidos em inquérito policial. Uso em procedimento
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que administrativo disciplinar, contra outros servidores,
se infirmem, proceder‑se‑á à acareação entre os depoentes. cujos eventuais ilícitos administrativos teriam des-
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a co- pontado à colheita dessa prova. Admissibilidade.
missão promoverá o interrogatório do acusado, observados Resposta afirmativa a questão de ordem. Inteligên-
Legislação

os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. cia do art. 5º, XII, da CF e do art. 1º da Lei federal
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será 9.296/1996. [...] Dados obtidos em interceptação de
ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas comunicações telefônicas e em escutas ambientais,
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida judicialmente autorizadas para produção de prova
a acareação entre eles. em investigação criminal ou em instrução processual

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
penal, podem ser usados em procedimento admi- Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
nistrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em
pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra demissão, se for o caso.
outros servidores cujos supostos ilícitos teriam des- Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
pontado à colheita dessa prova. (Inq. 2.424-QO‑QO, I – ao servidor convocado para prestar depoimento fora
Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 20/6/2007, da sede de sua repartição, na condição de testemunha,
Plenário, DJ de 24/8/2007). No mesmo sentido: Inq denunciado ou indiciado;
2.424-QO, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em II – aos membros da comissão e ao secretário, quando
25/4/2007, Plenário, DJ de 24/8/2007. obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a
realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocên-
cia ou à responsabilidade do servidor. Seção III
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a co- Da Revisão do Processo
missão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgre-
dido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qual-
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da co- quer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos
missão, será remetido à autoridade que determinou a sua novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência
instauração, para julgamento. do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimen-
Seção II to do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer
Do Julgamento a revisão do processo.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revi-
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do re- são será requerida pelo respectivo curador.
cebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe
sua decisão. ao requerente.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade
autoridade instauradora do processo, este será encaminhado não constitui fundamento para a revisão, que requer ele-
à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. mentos novos, ainda não apreciados no processo originário.
§  2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de Art. 177. O requerimento de revisão do processo será di-
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para rigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que,
a imposição da pena mais grave. se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do
§ 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade com-
às autoridades de que trata o inciso I do art. 141.
petente providenciará a constituição de comissão, na forma
§ 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor,
do art. 149.
a autoridade instauradora do processo determinará o seu
Art.  178. A  revisão correrá em apenso ao processo
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova dos
originário.
autos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão,
dia e hora para a produção de provas e inquirição das tes-
salvo quando contrário às provas dos autos.
temunhas que arrolar.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão con-
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para
trariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá‑la a conclusão dos trabalhos.
ou isentar o servidor de responsabilidade. Art. 180. Aplicam‑se aos trabalhos da comissão reviso-
Art.  169. Verificada a ocorrência de vício insanável, ra, no que couber, as normas e procedimentos próprios da
a autoridade que determinou a instauração do processo ou comissão do processo disciplinar.
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou
ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra a penalidade, nos termos do art. 141.
comissão para instauração de novo processo. (Redação dada Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vin-
pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) te) dias, contados do recebimento do processo, no curso do
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nuli- qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
dade do processo. Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo‑se todos
de que trata o art. 142, § 2º, será responsabilizada na forma os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do
do Capítulo IV do Título IV. cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a auto- Parágrafo  único. Da revisão do processo não poderá
ridade julgadora determinará o registro do fato nos assen- resultar agravamento de penalidade.
tamentos individuais do servidor.
Art.  171. Quando a infração estiver capitulada como TÍTULO VI
crime, o  processo disciplinar será remetido ao Ministério DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
Público para instauração da ação penal, ficando trasladado
Legislação

na repartição. CAPÍTULO I
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar Disposições Gerais
só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado volunta-
riamente, após a conclusão do processo e o cumprimento Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social
da penalidade, acaso aplicada. para o servidor e sua família.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
§ 1º O servidor ocupante de cargo em comissão que não CAPÍTULO II
seja, simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efeti- Dos Benefícios
vo na administração pública direta, autárquica e fundacional
não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, Seção I
com exceção da assistência à saúde. (Redação dada pela Lei Da Aposentadoria
nº 10.667, de 14/5/2003)
§ 2º O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da
sem direito à remuneração, inclusive para servir em orga- Constituição)
nismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro I – por invalidez permanente, sendo os proventos inte-
efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para grais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
regime de previdência social no exterior, terá suspenso o
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, espe-
seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social
cificada em lei, e proporcionais nos demais casos;
do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a
II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
licença, não lhes assistindo, neste período, os  benefícios
do mencionado regime de previdência. (Incluído pela Lei proventos proporcionais ao tempo de serviço;
nº 10.667, de 14/5/2003) III – voluntariamente:
§ 3º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos
sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime 30 (trinta) se mulher, com proventos integrais;
do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, median- b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de
te o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no magistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora,
mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, com proventos integrais;
incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25
no exercício de suas atribuições, computando‑se, para esse (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a
efeito, inclusive, as  vantagens pessoais. (Incluído pela Lei esse tempo;
nº 10.667, de 14/5/2003) d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem,
§ 4º O recolhimento de que trata o § 3º deve ser efetu- e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais
ado até o segundo dia útil após a data do pagamento das ao tempo de serviço.
remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os §  1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tubercu-
quando não recolhidas na data de vencimento. (Incluído pela lose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia
Lei nº 10.667, de 14/5/2003) maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público,
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cober- hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, para-
tura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, lisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anqui-
e compreende um conjunto de benefícios e ações que aten- losante, nefropatia grave, estados avançados do mal de
dam às seguintes finalidades:
Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência
I  – garantir meios de subsistência nos eventos de do-
Adquirida – AIDS, e outras que a lei indicar, com base na
ença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade,
falecimento e reclusão; medicina especializada.
II – proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; § 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas
III – assistência à saúde. insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas
Parágrafo único. Os  benefícios serão concedidos nos no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, a e c,
termos e condições definidos em regulamento, observadas observará o disposto em lei específica.
as disposições desta Lei. § 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do junta médica oficial, que atestará a invalidez quando carac-
servidor compreendem: terizada a incapacidade para o desempenho das atribuições
I – quanto ao servidor: do cargo ou a impossibilidade de se aplicar o disposto no
a) aposentadoria; art. 24. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
b) auxílio-natalidade; Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática,
c) salário-família; e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato
d) licença para tratamento de saúde; àquele em que o servidor atingir a idade-limite de perma-
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; nência no serviço ativo.
f) licença por acidente em serviço; Art.  188. A  aposentadoria voluntária ou por invalidez
g) assistência à saúde; vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
h) garantia de condições individuais e ambientais de §  1º A aposentadoria por invalidez será precedida de
trabalho satisfatórias; licença para tratamento de saúde, por período não excedente
II – quanto ao dependente: a 24 (vinte e quatro) meses.
a) pensão vitalícia e temporária; §  2º Expirado o período de licença e não estando em
b) auxílio-funeral;
condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o ser-
c) auxílio-reclusão;
vidor será aposentado.
d) assistência à saúde.
§  1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e § 3º O lapso de tempo compreendido entre o término
mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram da licença e a publicação do ato da aposentadoria será con-
Legislação

vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 siderado como de prorrogação da licença.
e 224. § 4º Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, serão
§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por consideradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade
fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas. (Incluído
auferido, sem prejuízo da ação penal cabível. pela Lei nº 11.907, de 2009)

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
§ 5º A critério da Administração, o servidor em licença ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior
para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez po- ao salário-mínimo.
derá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e
condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria. viverem em comum, o salário-família será pago a um deles;
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) quando separados, será pago a um e outro, de acordo com
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado a distribuição dos dependentes.
com observância do disposto no § 3º do art. 41, e revisto Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto,
na mesma data e proporção, sempre que se modificar a a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos
remuneração dos servidores em atividade. incapazes.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição,
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de inclusive para a Previdência Social.
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remune-
se deu a aposentadoria. ração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-
Art. 190. O servidor aposentado com provento propor- -família.
cional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das Seção IV
moléstias especificadas no § 1º do art. 186 desta Lei e, por Da Licença para Tratamento de Saúde
esse motivo, for considerado inválido por junta médica oficial
passará a perceber provento integral, calculado com base no Art. 202. Será concedida ao servidor licença para trata-
fundamento legal de concessão da aposentadoria. (Redação mento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia
dada pela Lei nº 11.907, de 2009) médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art.  191. Quando proporcional ao tempo de serviço, Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será
o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remunera- concedida com base em perícia oficial. (Redação dada pela
ção da atividade. Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) §  1º Sempre que necessário, a  inspeção médica será
Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) realizada na residência do servidor ou no estabelecimento
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação hospitalar onde se encontrar internado.
natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equi- § 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local
valente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanen-
recebido. te o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas
Art.  195. Ao  ex-combatente que tenha efetivamente nos parágrafos do art.  230, será aceito atestado passado
participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra por médico particular. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10/12/1997)
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o atestado somente
1967, será concedida aposentadoria com provento integral,
produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade de
aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.
recursos humanos do órgão ou entidade. (Redação dada pela
Lei nº 11.907, de 2009)
Seção II
§ 4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte)
Do Auxílio-Natalidade
dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia
de afastamento será concedida mediante avaliação por junta
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por
médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao
§ 5º A perícia oficial para concessão da licença de que
menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de
natimorto. perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirur-
§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido giões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo
de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro. de atuação da odontologia. (Incluído pela Lei nº 11.907,
§  2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro de 2009)
servidor público, quando a parturiente não for servidora. Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15
(quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de
Seção III perícia oficial, na forma definida em regulamento. (Redação
Do Salário-Família dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se refe-
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou rirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar
ao inativo, por dependente econômico. de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profis-
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômi- sional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1º.
cos para efeito de percepção do salário-família: Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões
I – o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os en- orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.
teados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos
24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade; periódicos, nos termos e condições definidos em regulamen-
II  – o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante to. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Regulamento).
autorização judicial, viver na companhia e às expensas do Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput,
Legislação

servidor, ou do inativo; a União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão:


III – a mãe e o pai sem economia própria. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art.  198. Não se configura a dependência econômica I – prestar os exames médicos periódicos diretamente
quando o beneficiário do salário-família perceber rendimen- pelo órgão ou entidade a qual se encontra vinculado o ser-
to do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão vidor; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

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II  – celebrar convênio ou instrumento de cooperação Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10
ou parceria com os órgãos e entidades da administração (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
direta, suas autarquias e fundações; (Redação dada pela Lei
nº 12.998, de 2014) Seção VII
III  – celebrar convênios com operadoras de plano de Da Pensão
assistência à saúde, organizadas na modalidade de autoges-
tão, que possuam autorização de funcionamento do órgão Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes, nas
regulador, na forma do art. 230; ou (Redação dada pela Lei hipóteses legais, fazem jus à pensão a partir da data de óbito,
nº 12.998, de 2014) observado o limite estabelecido no inciso XI do caput do art.
IV – prestar os exames médicos periódicos mediante con- 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei nº 10.887, de 18
trato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de de junho de 2004. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes. (Redação Art. 216. (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de
dada pela Lei nº 12.998, de 2014) 2014) (Vigência) (Revogado pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 217. São beneficiários das pensões:
Seção V I – o cônjuge; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Da Licença à Gestante, à Adotante a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
e da Licença-Paternidade b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
c) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art.  207. Será concedida licença à servidora gestante d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da e) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
remuneração. (Vide Decreto nº 6.690, de 2008) II – o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida
mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá a) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
início a partir do parto. 2015)
§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do b) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
evento, a servidora será submetida a exame médico, e se 2015)
julgada apta, reassumirá o exercício. c) Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a ser- d) (Revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
vidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 2015)
III – o companheiro ou companheira que comprove
Art.  208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o  ser-
união estável como entidade familiar; (Incluído pela Lei nº
vidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias
13.135, de 2015)
consecutivos.
IV – o filho de qualquer condição que atenda a um dos
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade
seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Incluído pela Lei
jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá
nº 13.135, de 2015)
ser parcelada em dois períodos de meia hora.
b) seja inválido; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda ju- c) (Vide Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)
dicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do
90 (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto regulamento; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
nº 6.691, de 2008) V – a mãe e o pai que comprovem dependência econô-
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial mica do servidor; e (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que VI – o irmão de qualquer condição que comprove depen-
trata este artigo será de 30 (trinta) dias. dência econômica do servidor e atenda a um dos requisitos
previstos no inciso IV. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Seção VI § 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que tra-
Da Licença por Acidente em Serviço tam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos
nos incisos V e VI. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art.  211. Será licenciado, com remuneração integral, § 2º A concessão de pensão aos beneficiários de que trata
o servidor acidentado em serviço. o inciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso VI.
Art.  212. Configura acidente em serviço o dano físico (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata § 3º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. mediante declaração do servidor e desde que comprovada
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: dependência econômica, na forma estabelecida em regula-
I – decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo mento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
servidor no exercício do cargo; Art.  218. Ocorrendo habilitação de vários titulares à
II – sofrido no percurso da residência para o trabalho e pensão, o seu valor será distribuído em partes iguais entre
vice-versa. os beneficiários habilitados. (Redação dada pela Lei nº
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite 13.135, de 2015)
de tratamento especializado poderá ser tratado em institui- § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Legislação

ção privada, à conta de recursos públicos. § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta § 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
médica oficial constitui medida de exceção e somente será Art.  219. A pensão poderá ser requerida a qualquer
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis
em instituição pública. há mais de 5 (cinco) anos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos
posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quaren-
partir da data em que for oferecida. ta e três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 220. Perde o direito à pensão por morte: (Redação 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de
dada pela Lei nº 13.135, de 2015) idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
I – após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado § 1º A critério da administração, o beneficiário de pensão
pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado cuja preservação seja motivada por invalidez, por incapaci-
a morte do servidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) dade ou por deficiência poderá ser convocado a qualquer
II – o cônjuge, o companheiro ou a companheira se momento para avaliação das referidas condições. (Incluído
comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no pela Lei nº 13.135, de 2015)
casamento ou na união estável, ou a formalização desses § 2º Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida
com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, no inciso III ou os prazos previstos na alínea b do inciso VII,
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de aciden-
direito ao contraditório e à ampla defesa. (Incluído pela Lei te de qualquer natureza ou de doença profissional ou do
nº 13.135, de 2015) trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (de-
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte zoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois)
presumida do servidor, nos seguintes casos: anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela Lei
I – declaração de ausência, pela autoridade judiciária nº 13.135, de 2015)
competente; § 3º Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e des-
II – desaparecimento em desabamento, inundação, de que nesse período se verifique o incremento mínimo de
incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço; um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos,
III – desaparecimento no desempenho das atribuições correspondente à expectativa de sobrevida da população bra-
do cargo ou em missão de segurança. sileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros,
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada novas idades para os fins previstos na alínea b do inciso VII
em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 do caput, em ato do Ministro de Estado do Planejamento,
(cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reapa- Orçamento e Gestão, limitado o acréscimo na comparação
recimento do servidor, hipótese em que o benefício será com as idades anteriores ao referido incremento. (Incluído
automaticamente cancelado. pela Lei nº 13.135, de 2015)
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: § 4º O tempo de contribuição a Regime Próprio de Pre-
vidência Social (RPPS) ou ao Regime Geral de Previdência
I – o seu falecimento;
Social (RGPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito)
II – a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer
contribuições mensais referidas nas alíneas a e b do inciso
após a concessão da pensão ao cônjuge;
VII do caput. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
III – a cessação da invalidez, em se tratando de benefici-
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de benefi-
ário inválido, o afastamento da deficiência, em se tratando
ciário, a respectiva cota reverterá para os cobeneficiários.
de beneficiário com deficiência, ou o levantamento da
(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência
I – (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente 2015)
incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentes da II – (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
aplicação das alíneas a e b do inciso VII; (Redação dada pela 2015)
Lei nº 13.135, de 2015) Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas
IV – o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos
filho ou irmão; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no
V – a acumulação de pensão na forma do art. 225; parágrafo único do art. 189.
VI – a renúncia expressa; e (Redação dada pela Lei nº Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a
13.135, de 2015) percepção cumulativa de pensão deixada por mais de um
VII – em relação aos beneficiários de que tratam os inci- cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2
sos I a III do caput do art. 217: (Incluído pela Lei nº 13.135, (duas) pensões. (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)
de 2015)
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer Seção VIII
sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições Do Auxílio-Funeral
mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do ser- Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor
vidor; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de a um mês da remuneração ou provento.
acordo com a idade do pensionista na data de óbito do ser- § 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será
vidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais pago somente em razão do cargo de maior remuneração.
e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da § 2º (Vetado).
união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) § 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito)
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da
Legislação

idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) família que houver custeado o funeral.
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será
anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) indenizado, observado o disposto no artigo anterior.
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço
nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de

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transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, meio de instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e
autarquia ou fundação pública. publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam auto-
rização de funcionamento do órgão regulador, sendo certo
Seção IX que os convênios celebrados depois dessa data somente
Do Auxílio-Reclusão poderão sê-lo na forma da regulamentação específica sobre
patrocínio de autogestões, a  ser publicada pelo mesmo
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio- órgão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da
-reclusão, nos seguintes valores: vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos
I – dois terços da remuneração, quando afastado por convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006; (Incluído
motivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela Lei nº 11.302 de 2006)
pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; II  – contratar, mediante licitação, na forma da Lei nº
II – metade da remuneração, durante o afastamento, em 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que seguros privados de assistência à saúde que possuam auto-
não determine a perda de cargo. rização de funcionamento do órgão regulador; (Incluído pela
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o ser- Lei nº 11.302 de 2006)
vidor terá direito à integralização da remuneração, desde III – (Vetado) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
que absolvido. § 4º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir §  5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total
do dia imediato àquele em que o servidor for posto em despendido pelo servidor ou pensionista civil com plano
liberdade, ainda que condicional. ou seguro privado de assistência à saúde. (Incluído pela Lei
§ 3º Ressalvado o disposto neste artigo, o auxílio-reclusão nº 11.302 de 2006)
será devido, nas mesmas condições da pensão por morte,
aos dependentes do segurado recolhido à prisão. (Incluído CAPÍTULO IV
pela Lei nº 13.135, de 2015) Do Custeio

CAPÍTULO III Art. 231. (Revogado pela Lei nº 9.783, de 28/1/1999)


Da Assistência à Saúde
TÍTULO VII
Art.  230. A  assistência à saúde do servidor, ativo ou
inativo, e de sua família compreende assistência médica, CAPÍTULO ÚNICO
hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá Da Contratação Temporária de
como diretriz básica o implemento de ações preventivas Excepcional Interesse Público
voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo
Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou Art. 232. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9/12/1993)
entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante Art. 233. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9/12/1993)
convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, median- Art. 234. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9/12/1993)
te ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, Art. 235. (Revogado pela Lei nº 8.745, de 9/12/1993)
ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com
planos ou seguros privados de assistência à saúde, na for- TÍTULO VIII
ma estabelecida em regulamento. (Redação dada pela Lei
nº 11.302 de 2006) CAPÍTULO ÚNICO
§  1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja Das Disposições Gerais
exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência
de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a
órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio vinte e oito de outubro.
com unidades de atendimento do sistema público de saúde, Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes
entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, Executivo, Legislativo e Judiciário, os  seguintes incentivos
ou com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. (Incluído funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos
pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) de carreira:
§  2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da I  – prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou
aplicação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou enti- trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a
dade promoverá a contratação da prestação de serviços por redução dos custos operacionais;
pessoa jurídica, que constituirá junta médica especificamente II – concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito,
para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos condecoração e elogio.
seus integrantes, com a comprovação de suas habilitações Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados
e de que não estejam respondendo a processo disciplinar em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-
junto à entidade fiscalizadora da profissão. (Incluído pela Lei -se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro
nº 9.527, de 10/12/1997) dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja
§ 3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam expediente.
a União e suas entidades autárquicas e fundacionais autori- Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção
zadas a: (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006) filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
Legislação

I – celebrar convênios exclusivamente para a prestação quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida
de serviços de assistência à saúde para os seus servidores funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.
ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos ter-
como para seus respectivos grupos familiares definidos, mos da Constituição Federal, o direito à livre associação sin-
com entidades de autogestão por elas patrocinadas por dical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes:

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como indenização prevista no parágrafo anterior. (Incluído pela Lei
substituto processual; nº 9.527, de 10/12/1997)
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano §  9º Os cargos vagos em decorrência da aplicação do
após o final do mandato, exceto se a pedido; disposto no § 7º poderão ser extintos pelo Poder Executivo
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindi- quando considerados desnecessários. (Incluído pela Lei
cal a que for filiado, o valor das mensalidades e contribuições nº 9.527, de 10/12/1997)
definidas em assembléia geral da categoria. Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já conce-
d) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) didos aos servidores abrangidos por esta Lei, ficam transfor-
e) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) mados em anuênio.
Art.  241. Consideram-se da família do servidor, além Art.  245. A  licença especial disciplinada pelo art.  116
do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam às suas da Lei nº 1.711, de 1952, ou por outro diploma legal, fica
expensas e constem do seu assentamento individual. transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma
Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira prevista nos arts. 87 a 90.
ou companheiro, que comprove união estável como entidade Art. 246. (Vetado).
familiar. Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei,
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o mu- haverá ajuste de contas com a Previdência Social, correspon-
nicípio onde a repartição estiver instalada e onde o servidor dente ao período de contribuição por parte dos servidores
tiver exercício, em caráter permanente. celetistas abrangidos pelo art. 243. (Redação dada pela Lei
nº 8.162, de 8/1/1991)
TÍTULO IX Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigên-
cia desta Lei, passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade
CAPÍTULO ÚNICO de origem do servidor.
Das Disposições Transitórias e Finais Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1º do art. 231,
os servidores abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e
Art.  243. Ficam submetidos ao regime jurídico insti- nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor
tuído por esta Lei, na qualidade de servidores públicos, civil da União conforme regulamento próprio.
os servidores dos Poderes da União, dos ex-Territórios, das Art.  250. O  servidor que já tiver satisfeito ou vier a
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações satisfazer, dentro de 1 (um) ano, as condições necessárias
públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de para a aposentadoria nos termos do inciso II do art. 184 do
antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, Lei
1952 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União,
nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a
ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo Con-
Decreto-Lei nº  5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os
gresso Nacional)
contratados por prazo determinado, cujos contratos não
Art. 251. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997)
poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
prorrogação.
cação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do
§ 1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos mês subsequente.
no regime instituído por esta Lei ficam transformados em Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de ou-
cargos, na data de sua publicação. tubro de 1952, e respectiva legislação complementar, bem
§ 2º As funções de confiança exercidas por pessoas não como as demais disposições em contrário.
integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade onde ..............................................................................................
têm exercício ficam transformadas em cargos em comissão,
e mantidas enquanto não for implantado o plano de cargos Notas sobre Seguridade:
dos órgãos ou entidades na forma da lei.
§  3º As Funções de Assessoramento Superior  – FAS, 1. Lei nº 10.667, de 14/5/2003. O art. 3º inclui os §§ 1º,
exercidas por servidor integrante de quadro ou tabela de 2º, 3º e 4º ao art. 183 da Lei nº 8.112 de 1990 sobre
pessoal, ficam extintas na data da vigência desta Lei. seguridade social para o servidor e sua família.
§ 4º (Vetado). 2. Recurso Extraordinário nº 163.204-1995, de 9/11/1994.
§ 5º O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serven- Acumulação de proventos de aposentadoria e ven-
tuários da Justiça, remunerados com recursos da União, no cimentos somente é permitida quando se tratar de
que couber. cargos, funções ou empregos acumuláveis na atividade,
§  6º Os empregos dos servidores estrangeiros com na forma permitida pela Constituição.
estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem 3. Decreto nº 6.690, de 11/12/2008. Institui o Programa
a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em de Prorrogação da Licença à Gestante e à Adotante,
extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo estabelece os critérios de adesão ao Programa.
dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se 4. Decreto nº 5.010, de 9/3/2004. Altera o caput do art.
encontrem vinculados os empregos. 1º do Decreto nº 4.978, de 2004 sobre assistência à
§ 7º Os servidores públicos de que trata o caput deste saúde do servidor.
artigo, não amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições 5. Portaria Normativa nº 1, de 27/12/2007. Estabelece
Constitucionais Transitórias, poderão, no interesse da Ad- orientações aos órgãos e entidades do Sistema de
ministração e conforme critérios estabelecidos em regula- Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC sobre
mento, ser exonerados mediante indenização de um mês de a assistência à saúde suplementar do servidor ativo,
Legislação

remuneração por ano de efetivo exercício no serviço público inativo, seus dependentes e pensionistas.
federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997) 6. Orientação Normativa nº 5, de 14/7/2008. Conver-
§ 8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte são do provento proporcional em integral em razão
e na declaração de rendimentos, serão considerados como da superveniência de doenças graves, contagiosas ou
indenizações isentas os pagamentos efetuados a título de incuráveis.

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Edgard Antônio Lemos Alves Diferenças Básicas entre Processo Judicial e
Processo Administrativo
PROCESSO ADMINISTRATIVO
LEI Nº 9.784/1999 PROCESSO PROCESSO
JUDICIAL ADMINISTRATIVO
Introdução
É instaurado mediante pro- É instaurado mediante pro-
A Lei nº 9.784/1999 veio suprir a omissão antes sentida vocação das partes. vocação do interessado ou
no ordenamento jurídico, passando-se a ter regras, princípios de ofício, pela própria Ad-
e critérios a serem observados nos processos administrativos ministração.
no âmbito da Administração Pública Federal.
Com propriedade, a  lei estabelece suas finalidades, Estabelece-se uma relação Estabelece-se uma relação
quais sejam: trilateral: partes (autor e réu) bilateral, pois a Administra-
• proteção dos direitos dos administrados; e o terceiro imparcial (o juiz). ção é parte interessada.
• melhor cumprimento dos fins da Administração.
Em regra, é oneroso. Em regra é gratuito, exceto
A lei é de observância obrigatória para a Administração quando a lei o exigir.
Federal direta e indireta e aos órgãos dos Poderes Legislativo
e Judiciário da União, quando no desempenho de função Faz coisa julgada. Não faz coisa julgada. Podem
administrativa. Por conseguinte, os Estados, o Distrito Federal ser revistos pelo Poder Judi-
e os Municípios podem editar leis específicas a respeito da ciário (art. 5º, XXXV).
matéria. Caso não possuam, podem valer-se das normas
aqui previstas (analogia). Critérios a Serem Observados nos Processos
Segundo o Decreto-Lei nº 200, de 1967 (art. 4º), a Admi- Administrativos
nistração Pública Federal compreende:
• a Administração Federal direta: Presidência da Repú-
A lei arrola, em seu art. 2º, alguns dos princípios a serem
blica e Ministérios; e
• a Administração Federal indireta (Autarquias, Fundações, obedecidos pela Administração Pública, dispondo, em seu
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista). parágrafo único, sobre os critérios que devem ser observados
nos processos administrativos.
Art. 4º A Administração Federal compreende: Ressalta-se que todos os critérios previstos no parágrafo
I  – A Administração Direta, que se constitui dos único do artigo em comento constituem princípios da Ad-
serviços integrados na estrutura administrativa da ministração Pública. Entre estes, alguns são princípios que
Presidência da República e dos Ministérios. advêm da teoria geral do direito, mas comuns aos processos
II  – A Administração Indireta, que compreende as administrativos. Identificaremos, pois, os princípios inseridos
seguintes categorias de entidades, dotadas de per- em cada critério e devidas considerações.
sonalidade jurídica própria:
a) Autarquias; Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre
b) Empresas Públicas; outros, aos princípios da legalidade, finalidade, mo-
c) Sociedades de Economia Mista; tivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralida-
d) Fundações Públicas. de, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,
interesse público e eficiência.
Por fim, a  lei foi cuidadosa em respeitar normas que
disciplinam processos específicos, dispondo que estas con- • Atuação Conforme a Lei e o Direito (Princípio da
tinuarão a ser regidas por lei própria. A Lei nº 9.784/1999 Legalidade)
será aplicada apenas subsidiariamente (art. 69). Como princípio básico de toda atuação administra-
tiva, é também de observância obrigatória no processo
Art.  69. Os  processos administrativos específicos administrativo. O  processo administrativo só pode ser
continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se- instaurado com base na lei e para preservá-la, caso
-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. contrário será nulo.
É também conhecido na doutrina como princípio da
Processo X Procedimento legalidade objetiva ou da legalidade estrita.
Processo administrativo é o conjunto de atos coor- • Atendimento a Fins de Interesse Geral, Vedada a Re-
denados para a solução de uma controvérsia no âmbito núncia Total ou Parcial de Poderes ou Competências, Salvo
administrativo. Autorização em Lei (Princípio da Finalidade ou Interesse
Procedimento é o modo de realização do processo, Público)
a forma de proceder; o rito processual. Trata-se do princípio da supremacia do interesse público
Os dois não se confundem, uma vez que pode haver sobre o interesse privado, abordado na lei com o nome de
procedimento sem processo, mas nunca processo sem
interesse público e finalidade. Toda atuação do administrador
procedimento.
destina-se a atender o interesse público; esta é a finalidade
Nesse sentido, ensina Di Pietro (2008, p. 589):
de toda e qualquer norma.
Legislação

O procedimento é o conjunto de formalidades que Como decorrência do princípio da supremacia do interes-


devem ser observadas para a prática de certos atos se público sobre o interesse privado, tem-se a indisponibilida-
administrativos; equivale a rito, a forma de proceder; de do interesse público, segundo a qual a Administração não
o procedimento se desenvolve dentro de um proces- pode dispor desse interesse geral nem renunciar a poderes
so administrativo. que a lei lhe deu a fim de cumpri-lo.

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• Objetividade no Atendimento do Interesse Público, processual não estiver fixada em lei, o agente público com-
Vedada a Promoção Pessoal de Agentes ou Autoridades petente poderá dispor sobre a forma mais oportuna e con-
(Princípio da Eficiência e da Impessoa­lidade) veniente (desde que não prejudique o curso do processo).
O princípio da eficiência exige do administrador que
atue com perfeição, presteza e rendimento funcional. Já o • Garantia dos Direitos à Comunicação, às Alegações
princípio da impessoalidade impede que o administrador Finais, à Produção de Provas e à Interposição de Recur-
pratique atos em seu interesse próprio. sos, nos Processos de que Possam Resultar Sanções e
nas Situações de Litígios (Princípio da Ampla Defesa e do
• Atuação Segundo Padrões Éticos de Probidade, Decoro Contraditório)
e Boa-fé (Princípio da Moralidade) Na Lei nº 9.784/1999, temos estes princípios presentes
A moralidade administrativa constitui pressuposto de em vários dispositivos, tais como: o direito de ter ciência
validade de todo ato da Administração. Impõe ao adminis- da tramitação dos processos administrativos; ter vistas dos
trador decidir não somente entre o legal e o ilegal, o justo e autos; obter cópias de documentos; conhecer decisões
o injusto, mas principalmente entre o honesto e o desonesto. proferidas; formular alegações; apresentar documentos
antes da decisão final; fazer-se assistir facultativamente
• Divulgação Oficial dos Atos Administrativos, Res- por advogado, salvo quando a lei assim o exigir; entre
salvadas as Hipóteses de Sigilo Previstas na Constituição outros.
(Princípio da Publicidade)
Todos os atos do processo administrativo devem estar • Proibição de Cobrança de Despesas Processuais,
abertos ao conhecimento dos interessados, salvo previsões Ressalvadas as Previstas em Lei (Princípio da Gratuidade)
constitucionais. Diferentemente dos atos dos processos judiciais, que,
em regra, são onerosos, os atos do processo administrativo
Exceções ao princípio da publicidade são gratuitos, salvo disposição legal.

– São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e • Impulsão, de Ofício, do Processo Administrativo,
a imagem das pessoas, assegurado o direito a indeni- sem Prejuízo da Atuação dos Interessados (Princípio da
zação pelo dano material ou moral decorrente de sua Oficialidade)
violação (art. 5º, X, da CF). O processo administrativo pode ser instaurado de ofí-
– É assegurado a todos o acesso à informação e resguar- cio, ou seja, por iniciativa da própria Administração, inde-
dado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício pendente de provocação do interessado. Esse princípio se
profissional (art. 5º, XIV, da CF). aplica apenas aos processos administrativos. Nos processos
– Informações de interesse particular ou coletivo quando judiciais, o Estado-Juiz deve ser provocado, para só depois
imprescindíveis para a segurança da sociedade ou do agir de ofício.
Estado (art. 5º, XXXIII, da CF).
• Interpretação da Norma Administrativa da Forma que
• Adequação entre Meios e Fins, Vedada a Imposição de Melhor Garanta o Atendimento do Fim Público a que se
Obrigações, Restrições e Sanções em Medida Superior àque- Dirige, Vedada Aplicação Retroativa de Nova Interpretação
las Estritamente Necessárias ao Atendimento do Interesse (Princípio da Segurança Jurídica)
Público (Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade) Como forma de garantir aos administrados um mínimo de
Nos processos administrativos, a  Administração deve segurança em suas relações com a Administração, é vedada
observar a razoabilidade e a proporcionalidade, ou seja, a aplicação retroativa de nova interpretação.
a adequação entre a penalidade a ser aplicada e o fim a ser Assim dispõe o art. 5º, XXXVI, da CF: “A lei não prejudicará
alcançado. o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.

• Indicação dos Pressupostos de Fato e de Direito que Direitos do Administrado


Determinarem a Decisão (Princípio da Motivação)
É a exposição ou a indicação por escrito dos fatos e fun- Os administrados têm os seguintes direitos perante a
damentos jurídicos que ensejaram a prática do ato. Os atos Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam asse-
administrativos que devem ser motivados estão previstos gurados (art. 3º):
no art. 50. • ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores;
• ter facilitado o exercício de seus direitos e o cumpri-
• Observância das Formalidades Essenciais à Garantia mento de suas obrigações;
dos Administrados (Princípio da Instrumentalidade das • ter ciência da tramitação dos processos administrativos
Formas) em que tenha a condição de interessado;
Princípio advindo do processo civil e utilizado também • ter vista dos autos;
no processo administrativo. Significa que, se a forma pres- • obter cópias de documentos;
crita não for atendida, o ato é ilícito; constitui segurança nas • conhecer decisões proferidas;
relações entre a Administração e o administrado. • formular alegações e apresentar documentos antes de
O art. 26 prevê que, para dar ciência de decisão ou para decisão;
efetivar diligências, o interessado deve ser intimado (a forma • faculdade de ser assistido por advogado, salvo quando
a ser utilizada é a intimação). obrigatória a representação.

• Adoção de Formas Simples, Suficientes para Pro- Súmula Vinculante nº 5/STF: A falta de defesa técnica
Legislação

piciar Adequado Grau de Certeza, Segurança e Respeito por advogado no processo administrativo disciplinar
aos Direitos Adquiridos (Princípio do Informalismo e da não ofende a Constituição. (Data de Aprovação: Ses-
Segurança Jurídica) são Plenária de 7/5/2008; Fonte de Publicação: DJe
Os atos do processo administrativo não dependem de nº 88/2008, p. 1, em 16/5/2008, DOU de 16/5/2008,
forma determinada. Entende-se que, se a forma para o ato p. 1.)

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Deveres do Administrado • sobre o território de sua jurisdição;
• em relação às matérias indicadas na norma;
São deveres do Administrado perante a Administra- • no momento adequado;
ção, sem prejuízo de outros previstos em atos normativos • à vista de ocorrência dos fatos indicados na norma;
(art. 4º): • para atingir a finalidade que levou à outorga do poder.
• atuar conforme a verdade, lealdade, urbanidade e
boa-fé; A competência é irrenunciável (art. 11), ressalvados os
• não agir de modo temerário; casos de delegação e avocação, mediante ato publicado
• prestar as informações solicitadas e colaborar para o oficialmente, constando (art. 14, § 1º):
esclarecimento dos fatos. • as matérias e poderes transferidos;
• os limites de atuação do delegado;
Instauração do Processo • a duração e os objetivos da delegação;
• o recurso cabível e eventual, ressalva que poderá advir
O processo administrativo pode iniciar-se (arts. 5º e 6º): da atribuição delegada.
• de ofício: pela própria Administração.
• a pedido de interessado: qualquer pessoa que tiver
Delegar é atribuir a outrem competência tida como
ciência de irregularidades.
própria; avocação é chamar para si competência atribuída
A solicitação pode ser: a subordinado.
• oral; ou Segundo a lei, pode haver delegação de competência
• escrita: quando for escrita deve conter os seguintes de um órgão para outro ou entre seus titulares, mesmo que
dados: não haja subordinação hierárquica. Necessário se faz que
1) a quem se dirige; não haja impedimento legal, e desde que seja conveniente
2) identificação do requerente ou de quem este repre- em razão de circunstâncias de índole técnica, social, eco-
sente; nômica, jurídica ou territorial, podendo tal delegação ser
3) local para receber comunicação; revogada a qualquer momento pela autoridade delegante.
4) o pedido fundamentado; As  decisões adotadas por delegação devem mencionar
5) data e assinatura. explicitamente essa qualidade e considerar-se-ão editadas
pelo delegado.
O que fazer se não houver competência legal específica Já a avocação, somente será permitida em caráter excep-
para dar início ao processo? Deverá ser iniciado perante a cional, temporário e por motivos relevantes, devidamente
autoridade de menor grau hierárquico para decidir (art. 17). justificados (art. 15).
Considera-se autoridade para efeitos dessa lei o servidor ou
agente público dotado de poder de decisão. Atos que não podem ser Objeto de Delegação (Art.
É proibido, à Administração, recusar imotivadamente o
13)
recebimento de documentos, devendo o servidor orientar
o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
Os órgãos e entidades administrativos deverão elaborar • atos de caráter normativo;
modelos ou formulários padronizados para assuntos que • atos que decidam recursos administrativos;
importem pretensões equivalentes. • atos de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Considera-se órgão, para efeitos desta lei, a unidade de
atuação integrante da estrutura da Administração direta e da Impedimentos
estrutura da Administração indireta; e entidade, a unidade
de atuação dotada de personalidade jurídica. Estão impedidos de atuar no processo (art. 18):
• servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou
Legitimidados para Atuar no Processo como indireto na matéria;
Interessados • servidor ou autoridade que tenha participado ou
venha a participar como perito, testemunha ou
São legitimados como interessados no processo (art. 9º): representante, ou se tais situações ocorrem quanto
• titulares de direitos ou interesses individuais ou repre- ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o
sentantes; terceiro grau;
• terceiros que podem ser afetados pela decisão; • servidor ou autoridade que esteja litigando judicial ou
• organizações e associações representativas (direitos administrativamente com o interessado ou respectivo
coletivos); cônjuge ou companheiro.
• pessoas ou associações legalmente constituídas (direi-
tos difusos).
Observação: O servidor tem o dever de comunicar o im-
pedimento, constituindo falta grave a sua omissão (art. 19).
Para efeitos desta lei, são capazes os maiores de dezoito
anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio
(art. 10). Suspeições

A autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou


Legislação

Competência
inimizade notória com algum dos interessados ou com os
Conceito: limite de atuação da autoridade, cujo exercício respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o
só é lícito se obedecidos os seguintes requisitos: terceiro grau podem ser declarados suspeitos; se isso acon-
• se for praticado pelo sujeito previsto; tecer, não poderão atuar no processo (art. 20).

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Forma, Tempo e Lugar dos Atos Processuais siste em debates sobre determinada matéria que tenham
comprovada relevância).
• Não exige forma determinada (art. 22), salvo previsão Quando for necessário ouvir órgão consultivo, o parecer
legal (princípio do informalismo). deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo
• Deverão preferencialmente realizar-se na sede do norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
órgão, em dias úteis, no horário normal de funciona- Se o parecer for obrigatório e vinculante, e não for emitido no
mento das repartições, por escrito, em vernáculo, com prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respec-
data, local e assinatura da autoridade; reconhecimento tiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao
de firma só quando houver dúvida de autenticidade. atraso. Porém, se for obrigatório e não vinculante, e não for
• Não havendo prazo específico para a prática dos atos, emitido no prazo fixado, o processo poderá prosseguir e ser
este será de 5 dias; se devidamente justificado, o prazo decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade
pode ser dilatado até o dobro, ou seja, até 10 dias. de quem se omitiu no atendimento (art. 42).

Comunicação dos Atos São inadmissíveis no processo:


• provas ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou pro-
A comunicação dos atos é feita por meio de intimação telatórias (art. 38, §2º).
com antecedência mínima de 3 dias úteis; visa a dar ciência
ao interessado de decisões ou efetivar diligências (arts. 26, Obs.: Cabe aos interessados a prova dos fatos que alegar.
39, 41). Constituem, portanto, objeto de intimação os atos
do processo administrativo que imponham deveres, ônus, Finalizada a instrução, o  interessado tem o prazo de
sanções ou restrições ao exercício de direitos e atividades e 10 dias para manifestar-se, salvo se outro for estipulado
os atos de outra natureza, de seu interesse (art. 28). (art. 44).
O desatendimento da intimação não importa o reco- Administração Pública poderá motivadamente adotar
nhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito providências acauteladoras, em caso de risco iminente, sem
pelo administrado. a prévia manifestação do interessado (art. 45).
Se a intimação não for atendida, o  órgão competente
poderá (se entender relevante) suprir de ofício a omissão, Do Dever de Decidir
não se eximindo de proferir decisão (art. 39, parágrafo único).
• A Administração tem o dever de emitir decisão explícita
Meios: em processos, solicitações e reclamações quando a
• ciência no processo: quando ocorre nos próprios matéria for de sua competência (art. 48).
autos; normalmente na própria audiência; • Prazo: até 30 dias, se devidamente motivada, pode
• carta com AR (aviso de recebimento); ser prorrogada por igual período, ou seja, até 60 dias
• telegrama; ou (art. 49).
• qualquer outro meio que assegure a certeza da ciência
do interessado. Atos que Devem ser Motivados (Art. 50)

No caso de interessados indeterminados, desconhecidos Os atos administrativos deverão ser motivados, com
ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser feita por indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
meio de publicação oficial (art. 26, § 4º). • atos que neguem, limitem ou afetem direitos ou inte-
resses;
Instrução do Processo • atos que imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções;
As instruções (atividades destinadas a averiguar e com- • atos que decidam processos administrativos de con-
provar dados necessários à tomada de decisões) realizar- curso ou seleção pública;
-se-ão (art. 29): • atos que dispensem ou declarem a inexigibilidade de
• de ofício; ou processo licitatório;
• o interessado propõe atuação probatória (juntar • atos que decidam recursos administrativos;
documentos e pareceres, requerer diligências e perí- • atos que decorram de reexame de ofício;
cias, bem como aduzir alegações referentes à matéria • atos que deixem de aplicar jurisprudência firmada
objeto do processo). sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos,
propostas e relatórios oficiais;
Quando dados, atuações ou documentos solicitados • atos que importem anulação, revogação, suspensão
aos interessados forem necessários à apreciação de pe- ou convalidação de ato administrativo.
dido formulado, o  não atendimento no prazo fixado pela
Administração para a respectiva apresentação implicará o Desistência do Processo
arquivamento do processo (art. 40).
Quando a matéria do processo envolver assunto de inte- O interessado poderá desistir (total ou parcialmente)
resse geral (art. 31), o órgão competente poderá (mediante do pedido formulado, mediante manifestação por escrito,
Legislação

despacho motivado) abrir período de consulta pública (devi- ou, ainda, renunciar direitos disponíveis. Se houver vários
damente publicada nos meios oficiais) para manifestação de interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem
terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo tenha formulado o pedido, e, conforme o caso, não prejudica
para a parte interessada, ou, ainda, a critério da autoridade o curso do processo, se a Administração considerar que o
competente, poderá ser realizada audiência pública (con- interesse público assim o exigir.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Extinção do Processo Na via administrativa, esgotadas as instâncias, só será
possível o pedido de revisão de sanções, no caso de fatos
O órgão competente poderá declarar extinto o processo novos ou circunstâncias relevantes, suscetíveis de justificar
quando: a inadequação da sanção aplicada. Nesse caso, o pedido de
• exaurida sua finalidade; ou revisão pode ser feito a qualquer tempo (art. 65).
• o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou Cabe ressaltar que, do pedido de reconsideração e do
prejudicado por fato superveniente. recurso hierárquico, cabe agravamento de sanção (art. 64,
parágrafo único), diferentemente do pedido de revisão,
que não poderá resultar agravamento de sanção (art.  65,
Também extinguem o ato: parágrafo único).
A Anulação • Hierarquia: o recurso será dirigido inicialmente à
autoridade que proferiu a decisão, a  qual, se não a
• É a extinção do ato administrativo por motivo de ile- reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à au-
galidade, feita pela Administração (autotutela) ou pelo toridade superior (art. 56, § 1º). Se o recorrente alegar
Poder Judiciário. Efeitos: Ex tunc (retroage à data em que a decisão administrativa contraria enunciado de
que o ato foi praticado, anulando-o). súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da
• É dever da Administração Pública anular seus próprios decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar,
atos, quando eivados de vício de legalidade (art. 53 e antes de encaminhar o recurso à autoridade superior,
Súmulas nºs 346 e 473 do STF). as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da sú-
• Prazo de decadência para a anulação: 5 anos, para atos mula, conforme o caso (art. 56, § 1º).
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários.
Se houver má-fé: imprescritível. • Legitimidade para interpor recurso administrativo
(art. 58):
– os titulares de direitos e interesses que forem parte
A Revogação no processo;
– aqueles cujos direitos ou interesses forem indire-
• É a extinção de um ato administrativo legal e legítimo tamente afetados pela decisão recorrida;
em razão de conveniência e oportunidade. Efeitos: Ex – as organizações e associações representativas no
nunc (não retroage; seus efeitos são válidos a partir da tocante a direitos e interesses coletivos;
data em que foi praticado o ato). – os cidadãos ou associações quanto a direitos ou
• A Administração pode revogar seus próprios atos por interesses difusos.
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos (art. 53). • Situações em que o recurso não será conhecido quan-
do interposto (art. 63):
A Convalidação – fora do prazo;
– perante órgão incompetente;
– por quem não seja legitimado;
• É a prática de um novo ato pelo qual é suprido o vício
– após exaurida a esfera administrativa.
existente em um ato ilegal. Efeito: Ex tunc (retroage à
data em que o ato foi praticado, anulando-o). Obs.1: Se o recurso for interposto perante órgão incom-
• Os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão petente, será indicada ao recorrente a autoridade compe-
ser convalidados pela própria Administração, desde tente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.
que fique evidenciado que não acarretam lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros (art. 55). Obs.2: O não conhecimento do recurso pela Administra-
ção não a impede de rever de ofício o ato ilegal, desde que
Recursos Administrativos não ocorrida preclusão administrativa (art. 63, § 2º).

• Cabimento: por razões de legalidade e de mérito Prazo para interposição: 10 dias, contados da data

(art.  56), por meio de requerimento contendo os de ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida,
fundamentos do pedido de reexame. O  interessado salvo disposição legal específica (art. 59).
pode juntar os documentos que julgar convenientes
(art. 60). Prazo para julgamento: máximo de 30 dias, contados

do recebimento dos autos pelo órgão competente, se
a lei não fixar prazo diferente (art. 59, § 1º). Poderá
Em regra, o recurso não tem efeito suspensivo (art. 61),
haver prorrogação por igual período, ante justificativa
porém, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta
explícita (art. 59, § 2º).
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida
ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, Obs.1: O órgão competente para decidir o recurso poderá
dar efeito suspensivo ao recurso (art. 61, parágrafo único). confirmar, modificar, anular ou revogar (total ou parcialmen-
te) a decisão recorrida (art. 64).
• Tramitação: 3 (três) instâncias administrativas, no
máximo, salvo disposição legal (art.  57). O  que não Obs.2: Caso ocorra agravamento de sanção, o recorrente
Legislação

as tornam obrigatórias, uma vez que a penalidade será cientificado para que formule suas alegações antes da
pode ser aplicada pela autoridade máxima do órgão, decisão (art. 64, parágrafo único).
cabendo a este, apenas pedido de reconsideração; em
caso de negativa, caberá somente ao Poder Judiciário Obs.3: Se o recorrente alegar violação de enunciado de
a sua revisão. súmula vinculante, o  órgão deverá explicitar as razões de

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aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, e, se for aco- Lei nº 9.784, de 29 de Janeiro de 1999
lhida pelo STF a reclamação fundada em sua violação, será
dada ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente Regula o processo administra-
pelo julgamento do recurso, para que adéquem à futuras tivo no âmbito da Administração
decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de Pública Federal.
responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e
penal (arts. 64-A e 64-B).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congres-
Obs. 4: Súmula nº 373/STJ: É ilegítima a exigência de de- so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
pósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo.
(Primeira Seção, julgado em 11/03/2009, DJe 30/03/2009) CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Prazos (Arts. 66 e 67)
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o pro-
• Começam a correr a partir da data da cientificação cesso administrativo no âmbito da Administração Federal
oficial. direta e indireta, visando, em especial, à  proteção dos
• Exclui-se da contagem o dia do começo e inclui-se o direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos
do vencimento. fins da Administração.
• Prorroga-se o prazo até o 1º dia útil seguinte, se o § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos
vencimento cair em dia em que não houver expediente dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no
ou este for encerrado antes da hora normal. desempenho de função administrativa.
• Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
• Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de I – órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da
data a data. Se no mês do vencimento não houver o Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como II – entidade – a unidade de atuação dotada de perso-
termo o último dia do mês.
nalidade jurídica;
III – autoridade – o servidor ou agente público dotado
Os prazos processuais não se suspendem, salvo motivo
de força maior devidamente comprovado (art. 67). de poder de decisão.
Art.  2º A Administração Pública obedecerá, dentre
Sanções (Art. 68) outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla de-
As sanções possuem natureza pecuniária ou obrigação de fesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e
fazer ou de não fazer e devem ser aplicadas pela autoridade eficiência.
competente. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão
Considera-se autoridade, para efeitos dessa lei, o servidor observados, entre outros, os critérios de:
ou agente público dotado de poder de decisão. I – atuação conforme a lei e o Direito;
Ademais, cumpre observar que, em processo adminis- II – atendimento a fins de interesse geral, vedada a re-
trativo disciplinar, a remoção de ofício de um servidor não núncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo
pode ser utilizada como forma de punição. autorização em lei;
III – objetividade no atendimento do interesse público,
Súmulas Aplicáveis vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
IV  – atuação segundo padrões éticos de probidade,
Súmula nº 429 decoro e boa-fé;
A existência de recurso administrativo com efeito sus- V – divulgação oficial dos atos administrativos, ressalva-
pensivo não impede o uso do mandado de segurança contra das as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
omissão da autoridade. (Data de Aprovação: Sessão Plenária VI – adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de 1º/6/1964). de obrigações, restrições e sanções em medida superior
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do inte-
Súmula nº 430
Pedido de reconsideração na via administrativa não in- resse público;
terrompe o prazo para o mandado de segurança. (Data de VII – indicação dos pressupostos de fato e de direito que
Aprovação: Sessão Plenária de 1º/6/1964). determinarem a decisão;
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia
Súmula Vinculante nº 3 dos direitos dos administrados;
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asse- IX – adoção de formas simples, suficientes para propiciar
guram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que dos administrados;
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade X – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação
do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. de alegações finais, à produção de provas e à interposição
(Data de Aprovação: Sessão Plenária de 30/5/2007). de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e
Legislação

nas situações de litígio;


Súmula Vinculante nº 5 XI  – proibição de cobrança de despesas processuais,
A falta de defesa técnica por advogado no processo ad- ressalvadas as previstas em lei;
ministrativo disciplinar não ofende a Constituição. (Data de XII – impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem
Aprovação: Sessão Plenária de 7/5/2008). prejuízo da atuação dos interessados;

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XIII – interpretação da norma administrativa da for- ser formulados em um único requerimento, salvo preceito
ma que melhor garanta o atendimento do fim público legal em contrário.
a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova
interpretação. CAPÍTULO V
Dos Interessados
CAPÍTULO II
Dos Direitos dos Administrados Art. 9º São legitimados como interessados no processo
administrativo:
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos peran- I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titu-
te a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam lares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do
assegurados: direito de representação;
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servi- II  – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm
dores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão
cumprimento de suas obrigações; a ser adotada;
II – ter ciência da tramitação dos processos administra- III – as organizações e associações representativas, no
tivos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos tocante a direitos e interesses coletivos;
autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas
as decisões proferidas; quanto a direitos ou interesses difusos.
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo,
III – formular alegações e apresentar documentos antes
os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão
ato normativo próprio.
competente;
IV  – fazer-se assistir, facultativamente, por advo-
CAPÍTULO VI
gado, salvo quando obrigatória a representação, por
Da Competência
força de lei.
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos
CAPÍTULO III órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo
Dos Deveres do Administrado os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão,
Art. 4º São deveres do administrado perante a Adminis- se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
tração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
I – expor os fatos conforme a verdade; não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for
II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
III – não agir de modo temerário; social, econômica, jurídica ou territorial.
IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-
colaborar para o esclarecimento dos fatos. -se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos
respectivos presidentes.
CAPÍTULO IV Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
Do Início do Processo I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício
ou a pedido de interessado. autoridade.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos
publicados no meio oficial.
em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e pode-
escrito e conter os seguintes dados:
res transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração
I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo
II  – identificação do interessado ou de quem o repre- conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
sente; § 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo
III – domicílio do requerente ou local para recebimento pela autoridade delegante.
de comunicações; § 3º As decisões adotadas por delegação devem men-
IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e cionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão
de seus fundamentos; editadas pelo delegado.
V  – data e assinatura do requerente ou de seu repre- Art.  15. Será permitida, em caráter excepcional e por
sentante. motivos relevantes devidamente justificados, a  avocação
Parágrafo único. É  vedada à Administração a recusa temporária de competência atribuída a órgão hierarquica-
imotivada de recebimento de documentos, devendo o mente inferior.
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulga-
eventuais falhas. rão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando
Legislação

Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão conveniente, a unidade fundacional competente em matéria
elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos de interesse especial.
que importem pretensões equivalentes. Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o pro-
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interes- cesso administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade
sados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão de menor grau hierárquico para decidir.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
CAPÍTULO VII I – identificação do intimado e nome do órgão ou enti-
Dos Impedimentos e da Suspeição dade administrativa;
II – finalidade da intimação;
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo III – data, hora e local em que deve comparecer;
o servidor ou autoridade que: IV – se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou
I – tenha interesse direto ou indireto na matéria; fazer-se representar;
II – tenha participado ou venha a participar como perito, V – informação da continuidade do processo indepen-
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem dentemente do seu comparecimento;
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o VI – indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
terceiro grau; § 2º A intimação observará a antecedência mínima de
III – esteja litigando judicial ou administrativamente com três dias úteis quanto à data de comparecimento.
o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. §  3º A intimação pode ser efetuada por ciência no
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impe- processo, por via postal com aviso de recebimento, por
dimento deve comunicar o fato à autoridade competente, telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência
abstendo-se de atuar. do interessado.
Parágrafo único. A  omissão do dever de comunicar o §  4º No caso de interessados indeterminados, desco-
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. nhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser
Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou efetuada por meio de publicação oficial.
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com § 5º As intimações serão nulas quando feitas sem ob-
algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, servância das prescrições legais, mas o comparecimento do
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. administrado supre sua falta ou irregularidade.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição po- Art.  27. O  desatendimento da intimação não importa
derá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a
direito pelo administrado.
CAPÍTULO VIII Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será
Da Forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo garantido direito de ampla defesa ao interessado.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do pro-
Art. 22. Os atos do processo administrativo não depen- cesso que resultem para o interessado em imposição de
dem de forma determinada senão quando a lei expressa- deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos
mente a exigir. e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por es-
crito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e CAPÍTULO X
a assinatura da autoridade responsável. Da Instrução
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma so-
mente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia e comprovar os dados necessários à tomada de decisão
poderá ser feita pelo órgão administrativo. realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão respon-
§  4º O processo deverá ter suas páginas numeradas sável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados
sequencialmente e rubricadas. de propor atuações probatórias.
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias § 1º O órgão competente para a instrução fará constar
úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na dos autos os dados necessários à decisão do processo.
qual tramitar o processo. §  2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário nor- interessados devem realizar-se do modo menos oneroso
mal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso para estes.
regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as
à Administração. provas obtidas por meios ilícitos.
Art.  24. Inexistindo disposição específica, os  atos do Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto
órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos ad- de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante
ministrados que dele participem devem ser praticados no despacho motivado, abrir período de consulta pública para
prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser não houver prejuízo para a parte interessada.
dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. § 1º A abertura da consulta pública será objeto de divul-
Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferen- gação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou
cialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para
se outro for o local de realização. oferecimento de alegações escritas.
§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere,
CAPÍTULO IX por si, a condição de interessado do processo, mas confere o
Da Comunicação dos Atos direito de obter da Administração resposta fundamentada,
Legislação

que poderá ser comum a todas as alegações substancial-


Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o mente iguais.
processo administrativo determinará a intimação do interes- Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autori-
sado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. dade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada
§ 1º A intimação deverá conter: audiência pública para debates sobre a matéria do processo.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Art.  33. Os  órgãos e entidades administrativas, em Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito
matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro
participação de administrados, diretamente ou por meio de prazo for legalmente fixado.
organizações e associações legalmente reconhecidas. Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Públi-
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e ca poderá motivadamente adotar providências acauteladoras
de outros meios de participação de administrados deverão sem a prévia manifestação do interessado.
ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo
Art.  35. Quando necessária à instrução do processo, e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e
a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas documentos que o integram, ressalvados os dados e docu-
poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participa- mentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à
ção de titulares ou representantes dos órgãos competentes, privacidade, à honra e à imagem.
lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. Art. 47. O órgão de instrução que não for competente
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha para emitir a decisão final elaborará relatório indicando
alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão compe- o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e
tente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei. formulará proposta de decisão, objetivamente justificada,
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e da- encaminhando o processo à autoridade competente.
dos estão registrados em documentos existentes na própria
Administração responsável pelo processo ou em outro órgão CAPÍTULO XI
administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, Do Dever de Decidir
de ofício, a obtenção dos documentos ou das respectivas
cópias. Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e an- emitir decisão nos processos administrativos e sobre soli-
tes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, citações ou reclamações, em matéria de sua competência.
requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações Art. 49. Concluída a instrução de processo administra-
referentes à matéria objeto do processo. tivo, a  Administração tem o prazo de até trinta dias para
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente
na motivação do relatório e da decisão. motivada.
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão
fundamentada, as  provas propostas pelos interessados CAPÍTULO XII
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou Da Motivação
protelatórias.
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informa- Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados,
ções ou a apresentação de provas pelos interessados ou com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, men- I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
cionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá III – decidam processos administrativos de concurso ou
o órgão competente, se entender relevante a matéria, suprir seleção pública;
de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão. IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos soli- licitatório;
citados ao interessado forem necessários à apreciação de V – decidam recursos administrativos;
pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela VI – decorram de reexame de ofício;
Administração para a respectiva apresentação implicará VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
arquivamento do processo. questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
Art.  41. Os  interessados serão intimados de prova ou relatórios oficiais;
diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias VIII  – importem anulação, revogação, suspensão ou
úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. convalidação de ato administrativo.
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um § 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente,
órgão consultivo, o  parecer deverá ser emitido no prazo podendo consistir em declaração de concordância com fun-
máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada damentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou
necessidade de maior prazo. propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser § 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza,
emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os funda-
a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der mentos das decisões, desde que não prejudique direito ou
causa ao atraso. garantia dos interessados.
§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar § 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e
de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter pros- comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata
seguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo ou de termo escrito.
da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam CAPÍTULO XIII
Legislação

ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos adminis- Da Desistência e Outros Casos de Extinção do Processo
trativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinala-
do, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação
técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado
técnica equivalentes. ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ou re- Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o
núncia atinge somente quem a tenha formulado. prazo para interposição de recurso administrativo, contado
§ 2º A desistência ou renúncia do interessado, conforme a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Ad- § 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso
ministração considerar que o interesse público assim o exige. administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de
Art.  52. O  órgão competente poderá declarar extinto trinta dias, a  partir do recebimento dos autos pelo órgão
o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da competente.
decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato § 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá
superveniente. ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimen-
CAPÍTULO XIV to no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do
Da Anulação, Revogação e Convalidação pedido de reexame, podendo juntar os documentos que
julgar convenientes.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos,
não tem efeito suspensivo.
quando eivados de vício de legalidade, e  pode revogá-los
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a au-
os direitos adquiridos.
toridade recorrida ou a imediatamente superior poderá,
Art.  54. O  direito da Administração de anular os atos
de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
dele conhecer deverá intimar os demais interessados para
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo
Art.  63. O  recurso não será conhecido quando inter-
de decadência contar-se-á da percepção do primeiro paga-
posto:
mento.
I – fora do prazo;
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer
medida de autoridade administrativa que importe impugna- II – perante órgão incompetente;
ção à validade do ato. III – por quem não seja legitimado;
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem IV – após exaurida a esfera administrativa.
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos § 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalida- a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo
dos pela própria Administração. para recurso.
§  2º O não conhecimento do recurso não impede a
Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que
CAPÍTULO XV não ocorrida preclusão administrativa.
Do Recurso Administrativo e da Revisão Art.  64. O  órgão competente para decidir o recurso
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
face de razões de legalidade e de mérito. competência.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste arti-
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, go puder decorrer gravame à situação do recorrente, este
o encaminhará à autoridade superior. deverá ser cientificado para que formule suas alegações
§  2º Salvo exigência legal, a  interposição de recurso antes da decisão.
administrativo independe de caução. Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o
contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autori- recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inapli-
dade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, cabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei
explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade supe- nº 11.417, de 2006)
rior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmu- Art.  64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Fe­deral a
la, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). reclamação fundada em violação de enunciado da súmula
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao
por três instâncias administrativas, salvo disposição legal órgão competente para o julgamento do recurso, que
diversa. deverão adequar as futuras decisões administrativas em
Art.  58. Têm legitimidade para interpor recurso admi- casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal
nistrativo: nas esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei
I – os titulares de direitos e interesses que forem parte nº 11.417, de 2006)
no processo; Art. 65. Os processos administrativos de que resultem
II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indireta- sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido
Legislação

mente afetados pela decisão recorrida; ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstân-
III – as organizações e associações representativas, no cias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da
tocante a direitos e interesses coletivos; sanção aplicada.
IV  – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá
interesses difusos. resultar agravamento da sanção.

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CAPÍTULO XVI EXERCÍCIOS
Dos Prazos
1. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data À luz do que estabelece o regime jurídico dos servidores
da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do públicos civis da União (Lei nº 8.112/90, o servidor em-
começo e incluindo-se o do vencimento. possado em cargo público deverá entrar em exercício
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia no prazo de
útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver a) trinta dias, contados da data da nomeação.
expediente ou este for encerrado antes da hora normal. b) quinze dias, contados da data da posse.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo c) quinze dias, contados da data do provimento.
contínuo. d) trinta dias, contados da data da investidura.
§  3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se
de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia 2. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) O
equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo regime jurídico dos servidores públicos civis da União
o último dia do mês. (Lei nº 8.112/90) estabelece os requisitos básicos para
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente com- investidura em cargo público, dentre os quais estão
provado, os prazos processuais não se suspendem. a) a quitação com as obrigações eleitorais e a idade
mínima de dezesseis anos.
CAPÍTULO XVII b) o gozo dos direitos políticos e a aptidão física e
Das Sanções mental.
c) o gozo dos direitos eleitorais e a aptidão física e
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade mental.
competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em d) a idade mínima de dezesseis anos e o gozo dos
obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direitos políticos.
direito de defesa.
3. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) De
CAPÍTULO XVIII
acordo com as disposições expressas na Lei nº 8.112/90,
Das Disposições Finais
o concurso público terá validade de até
a) três anos, podendo ser prorrogado, uma única vez,
Art. 69. Os processos administrativos específicos conti-
por igual período.
nuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas
b) dois anos, podendo ser prorrogado, uma única vez,
subsidiariamente os preceitos desta Lei.
por igual período.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer
c) três anos, podendo ser prorrogado por duas vezes.
órgão ou instância, os procedimentos administrativos em
que figure como parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº d) dois anos, podendo ser prorrogado por duas vezes.
12.008, de 2009)
I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) 4. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) Um
anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) servidor estável, lotado na Universidade Federal do Rio
II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental; Grande do Norte, foi investido em cargo de atribuições
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) e responsabilidades compatíveis com a limitação que
III – (Vetado); (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) sofreu em sua capacidade física verificada em inspeção
IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose médica. Nos termos do que dispõe a Lei nº 8.112/90,
múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e esse servidor foi
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espon- a) aproveitado.
diloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, b) reconduzido.
estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), c) reintegrado.
contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência ad- d) readaptado.
quirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da me-
dicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída 5. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) Consi-
após o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) derando o que expressamente dispõe o regime jurídico
§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, jun- dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90),
tando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade analise as afirmativas a seguir:
administrativa competente, que determinará as providências I – A ajuda de custo se incorpora ao vencimento para
a serem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) todos os efeitos.
§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identifica- II – As indenizações não se incorporam ao vencimento
ção própria que evidencie o regime de tramitação prioritária. ou provento para qualquer efeito.
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) III – As diárias se incorporam aos proventos para todos
§ 3º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) os efeitos.
§ 4º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009) IV  – As gratificações e os adicionais incorporam‑se
Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. ao vencimento ou provento, nos casos e condições
indicados em lei.
Brasília, 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência
Legislação

e 111º da República. Dentre as afirmativas, estão corretas


a) II e IV.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO b) II e III.
Renan Calheiros c) I e IV.
Paulo Paiva d) I e III.

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6. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) A Lei 11. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017) A
nº 8.112/90 prevê licença ao servidor convocado para lei nº 8.112/90, que trata do regime jurídico dos servi-
o serviço militar. De acordo com essa lei, concluído o dores públicos civis da União, estabelece os requisitos
serviço militar, o servidor terá de reassumir o exercício para investidura e as formas de provimento em cargo
do cargo no prazo de até público. Considerando os termos dessa lei, analise as
a) trinta dias, sem remuneração. afirmativas a seguir:
b) quarenta dias, com remuneração. I – A nacionalidade brasileira não é um requisito básico
c) trinta dias, com remuneração. para a investidura em cargos públicos, por isso univer-
d) quarenta dias, sem remuneração. sidades podem prover seus cargos com professores
estrangeiros.
7. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) Segun- II – A nomeação, a promoção e a reversão são formas
do dispõe a Lei nº 8.112/90, “A gratificação natalina de provimento de cargo público, sendo que a nomeação
corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a pode ser realizada em caráter efetivo ou em comissão.
que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês III – A nomeação, a promoção e a remoção são formas
de exercício no respectivo ano”. Para fins de gratificação de provimento de cargo público, sendo que a nomeação
natalina, a referida lei considera como mês integral a pode ser realizada em caráter efetivo ou em comissão.
fração igual ou superior a IV – A nacionalidade brasileira é um requisito básico
a) treze dias. para a investidura em cargos públicos, mas univer-
b) quatorze dias. sidades podem prover seus cargos com professores
c) quinze dias. estrangeiros.
d) doze dias.
Dentre as afirmativas, estão corretas
8. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) Nos a) I e II.
termos do que dispõe o regime jurídico único dos b) I e III.
servidores públicos civis da União (Lei nº  8.112/90), c) II e IV.
a Licença para Tratar de Interesses Particulares poderá d) III e IV.
ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo,
desde que não esteja em estágio probatório, pelo prazo 12. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017)
O servidor público civil da União possui direitos e van-
de até
tagens previstos em lei. Nesse contexto, de acordo com
a) quatro anos consecutivos, sem remuneração.
o regime jurídico previsto na lei nº 8.112/90, o venci-
b) três anos consecutivos, sem remuneração.
mento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo
c) três anos consecutivos, com remuneração.
público, com valor fixado em lei. Além do vencimento,
d) quatro anos consecutivos, com remuneração.
são vantagens que poderão ser pagas ao servidor:
a) colaborações, gratificações e adicionais, incorpo-
9. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) Consi- rando‑se apenas os adicionais ao vencimento ou
derando o que expressamente dispõe o regime jurídico provento, salvo se determinado pelo chefe do exe-
dos servidores públicos civis da União (Lei nº 8.112/90), cutivo.
acerca do Direito de Petição, analise as afirmativas a b) indenizações, gratificações e adicionais, incorporan-
seguir: do‑se todas elas ao vencimento ou provento, nos
I – A administração deverá rever seus atos, a qualquer casos e nas condições indicados em lei.
tempo, quando eivados de ilegalidade. c) colaborações, indenizações, e  adicionais, incorpo-
II – O prazo para interposição de pedido de reconside- rando‑se as colaborações ao vencimento ou proven-
ração é de sessenta dias, a contar da publicação ou da to, salvo se determinado pelo chefe do executivo.
ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. d) indenizações, gratificações e adicionais, sendo que
III  – O recurso, quando cabível, não interrompe a apenas as gratificações e os adicionais incorporam‑se
prescrição. ao vencimento ou provento, nos casos e nas condi-
IV  – Caberá recurso do indeferimento do pedido de ções indicados em lei.
reconsideração.
13. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017)
Dentre as afirmativas, estão corretas O regime jurídico do servidor público civil da União,
a) I e II. previsto na lei 8.112/90, impõe deveres e proibições ao
b) II e IV. servidor. Tendo como referência o texto legal, analise
c) III e IV. as afirmativas a seguir:
d) I e IV. I – É dever do servidor cumprir as ordens superiores,
exceto quando manifestamente ilegais.
10. (Comperve/UFRN/Auxiliar Administrativo/2017) A ins- II – O servidor deverá guardar sigilo sobre assunto da
tauração, o inquérito administrativo e o julgamento são repartição e zelar pela economia do material.
as fases do processo administrativo disciplinar. À luz das III  – É permitido ao servidor manter sob sua chefia
disposições expressas na Lei nº 8.112/90, a autoridade imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
julgadora proferirá sua decisão no prazo de companheiro ou parente até o segundo grau civil.
a) trinta e cinco dias, contados do recebimento do IV – A vedação de acumulação remunerada de cargos
Legislação

processo. públicos não se estende a funções em sociedade de


b) vinte e cinco dias, contados do recebimento do economia mista da União.
processo.
c) vinte dias, contados do recebimento do processo. Dentre as afirmativas, estão corretas
d) trinta dias, contados do recebimento do processo. a) III e IV.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
b) II e III. recorrido, podendo a autoridade competente, a seu
c) I e IV. critério, submetê‑lo, previamente, à revisão da au-
d) I e II. toridade prolatora.
d) embora o postulante possua legitimidade para
14. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017) recorrer, o recurso não será conhecido eis que in-
O servidor público civil da União responderá civil, penal terposto perante autoridade incompetente, o que
e administrativamente pelo exercício irregular de suas não impede que o ato seja revisto de ofício pela
atribuições. Nessas circunstâncias, Administração, se ilegal e se não operada a preclusão
a) a responsabilidade civil decorre de ato omissivo administrativa.
ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em e) embora interposto perante autoridade incompeten-
prejuízo ao erário ou a terceiros. te e por pessoa não legitimada, o recurso pode ser
b) a responsabilidade civil decorre apenas de ato co- conhecido, a critério da Administração, desde que
missivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo intime o beneficiário do ato para apresentar suas
ao erário ou a terceiros. contrarrazões.
c) a responsabilidade penal abrange os crimes e as
contravenções, sendo que a sanção penal exclui a 17. (FGV/MPE‑AL/Técnico do Ministério Público/2018)
de caráter administrativo. Com o objetivo de aumentar a segurança jurídica dos
d) a responsabilidade penal abrange apenas os crimes administrados, determinada entidade administrativa
imputados ao servidor, sendo as contravenções elaborou um formulário padronizado para determina-
apuradas somente na esfera administrativa. dos assuntos, que importem em pretensão equivalente.
À luz da sistemática estabelecida pela Lei nº 9.784/99,
15. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017) A que regula o processo administrativo no âmbito da
aprovação em concurso público é condição necessária, Administração Pública Federal, é correto afirmar que
prevista na Constituição Federal, para a investidura em o referido formulário foi elaborado por unidade
cargo ou emprego público. Com relação àqueles que a) da administração fundacional, com personalidade
atuam na Administração Pública, analise as afirmativas jurídica de direito privado.
a seguir: b) integrante do terceiro setor, mas que se relaciona
I – Os empregados públicos, embora sejam submetidos com o poder público.
a processo seletivo, são contratados sob o regime da c) da administração direta, destituída de personalidade
legislação trabalhista. jurídica.
II  – Os servidores públicos estatutários ocupam em- d) da administração indireta, destituída de personali-
prego público, da mesma forma que os servidores dade jurídica.
temporários. e) da administração direta ou indireta, dotada de per-
III – São agentes públicos as pessoas físicas que pres- sonalidade jurídica.
tam serviço ao Estado, ainda que a título gratuito e
18. (Instituto AOCP/TRT 1ª Região (RJ)/Técnico Judiciário/
sem vínculo.
Área Administrativa/2018) Assinale a alternativa correta
IV – Os servidores públicos, após serem aprovados no
conforme a Lei nº 9.784/1999, a qual regula o processo
estágio probatório, não podem ser demitidos a bem
administrativo no âmbito da Administração Pública
do serviço público.
Federal.
a) As matérias de competência privativa da autoridade
Dentre as afirmativas, estão corretas não podem ser objeto de delegação.
a) II e III. b) Inexistindo disposição específica, os atos da autori-
b) I e III. dade responsável pelo processo devem ser pratica-
c) I e IV. dos no prazo de 10 (dez) dias, salvo motivo de força
d) II e IV. maior.
c) Cabe recurso, com efeito suspensivo, do indeferi-
16. (FCC/TRT 2ª Região (SP)/Técnico Judiciário/Área Ad- mento da alegação de suspeição.
ministrativa/2018) Suponha que determinado cidadão d) Concluída a instrução do processo administrativo,
tenha interposto recurso administrativo, buscando a a Administração tem o prazo de até 45 (quarenta e
anulação de um ato praticado por autoridade adminis- cinco) dias para decidir, salvo prorrogação expres-
trativa, consistente na concessão de alvará de funcio- samente motivada.
namento de estabelecimento comercial, alegando que, e) A intimação do interessado deve respeitar a antece-
embora não seja titular do direito envolvido, o ato em dência mínima de 3 (três) dias úteis quanto à data
questão estaria afetando indiretamente seus interesses. de comparecimento.
O recurso foi interposto perante a autoridade superior
àquela que proferiu a referida decisão. Diante de tal 19. (Depsec/Unifap/Assistente em Administração/2018)
situação, De acordo com a Lei 9.784/99, que regula o processo
a) o recurso não será conhecido, por se tratar de ato administrativo federal, os atos administrativos deverão
vinculado, cujo controle somente é admissível em ser motivados, com indicação dos fatos e dos funda-
sede judicial, quando identificado vício de legalidade. mentos jurídicos, quando:
b) o recurso não será conhecido, eis que, embora a) Aplicarem jurisprudência firmada sobre a questão.
apresentado perante a autoridade competente, b) Discreparem de pareceres, laudos, propostas e
Legislação

o postulante não possui legitimidade para recorrer, relatórios oficiais.


podendo, contudo, solicitar a revisão do ato perante c) Decorrerem de reexame que não se operou de ofício.
a autoridade que o prolatou. d) Declararem a inexigibilidade de processo licitatório,
c) o recurso deverá ser conhecido, desde que apre- salvo nos casos de dispensa.
sentado no prazo de 10 dias da publicação do ato e) Decidirem recursos administrativos e judiciais.

Este eBook foi adquirido por BRUNO JEFERSON LEOCADIO ALAINCARDK SILVEIRA OLIVEIRA - CPF: 064.387.404-62. 61
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
20. (Depsec/Unifap/Assistente em Administração/2018) II  – Se não houver impedimento legal, o  titular de
De acordo com a Lei nº 9.784/99, assinale a alternativa um órgão administrativo poderá delegar parte de sua
incorreta. competência a outro titular ainda que não lhe seja hie-
a) Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos rarquicamente subordinado, quando for conveniente
dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
no desempenho de função administrativa. econômica, jurídica ou territorial.
b) Não agir de modo temerário consta do rol de deve- III – Não é impedido de atuar em processo administra-
res do administrado perante a Administração, sem tivo o servidor que esteja litigando judicialmente com
prejuízo de outros previstos em ato normativo. o cônjuge do interessado no mesmo processo.
c) O indeferimento de alegação de suspeição poderá IV – Das decisões administrativas cabe recurso em face
ser objeto de recurso, com efeito suspensivo. de razões de legalidade, mas não de mérito.
d) Os atos do processo administrativo não dependem V  – Salvo disposição legal diversa, o  recurso admi-
de forma determinada senão quando a lei expres- nistrativo tramitará no máximo por três instâncias
samente a exigir. administrativas.
e) Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou
autoridade responsável pelo processo e dos admi- Dentre as afirmativas, estão corretas:
nistrados que dele participem devem ser praticados a) III e V.
no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. b) II e IV.
c) II e V.
21. (UFOP/UFOP/Assistente em Administração/2018) As d) I e V.
normas sobre processo administrativo postas na Lei e) I e II.
nº 9.784/99 aplicam‑se aos
a) órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da 25. (Fapese/UFS/Assistente em Administração/2018) Prazo
União, no que se referir ao desempenho de funções para decisão da Administração, após a conclusão da
administrativas atípicas. instrução do processo administrativo:
b) órgãos do Poder Executivo e servidores integrantes a) Quinze (15) dias.
do quadro da administração direta, excluídos os b) Sessenta (60) dias.
afastados e os órgãos dos demais Poderes. c) Quarenta e cinco (45) dias.
c) órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciá- d) Cinco (05) dias.
rio, no exercício de suas funções típicas. e) Trinta (30) dias.
d) servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, na
realização de suas funções típicas, excluído o Poder
26. (Fapese/UFS/Assistente em Administração/2018) Con-
Judiciário, em razão de sua competência judicante.
sidere as assertivas a seguir, à luz da Lei 9.784/1999:
I – Salvo motivo de força maior devidamente compro-
22. (IF‑SP/IF‑SP/Assistente Administrativo/2018) Sobre os
vado, os prazos processuais não se suspendem.
recursos administrativos previstos na Lei nº 9.784/99,
II  – Os processos administrativos de que resultem
assinale a alternativa correta:
a) Têm legitimidade para interpor recurso administra- sanções poderão ser revistos, a  qualquer tempo,
tivo as organizações e associações representativas, a  pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos
no tocante a direitos e interesses coletivos. ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
b) O recurso administrativo tramitará no máximo por inadequação da sanção aplicada.
cinco instâncias administrativas, salvo disposição III – A revisão do processo poderá agravar a sanção que
legal diversa. foi estabelecida.
c) Salvo disposição legal específica, é de quinze dias o IV  – Em regra, o  recurso administrativo tem efeito
prazo para interposição de recurso administrativo, suspensivo.
contados a partir da assinatura da autoridade com- V – O recurso administrativo será dirigido à autoridade
petente nos autos do processo. superior àquela que proferiu a decisão recorrida.
d) Os processos administrativos de que resultem san-
ções poderão ser revistos, dentro do prazo limite de Dentre as afirmativas, estão corretas:
cinco anos, a pedido ou de ofício, quando surgirem a) I e V.
fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis b) II e III.
de justificar a inadequação da sanção aplicada. c) I e IV.
d) II e V.
23. (Fapese/UFS/Assistente em Administração/2018) e) I e II.
De acordo com a Lei nº 9.784/1999 (Lei do Processo
Administrativo no Âmbito da Administração Pública 27. (Fapese/UFS/Assistente em Administração/2018) Salvo
Federal), são alguns dos princípios a serem obedecidos se outro prazo for legalmente fixado, encerrada a ins-
pela Administração Pública: trução do processo administrativo, o interessado terá
a) Legalidade, motivação, interesse público e eficiência. direito de manifestar‑se no prazo de:
b) Legalidade, moralidade, ampla defesa e especialidade. a) Cinco (05) dias.
c) Legalidade, contraditório, eficiência e boa fé. b) Quinze (15) dias.
d) Legalidade, interesse público, ampla defesa e publi- c) Dez (10) dias.
cidade. d) Trinta (30) dias.
e) Legalidade, ampla defesa, motivação e prevenção. e) Três (03) dias.
Legislação

24. (Fapese/UFS/Assistente em Administração/2018) Con- 28. (FGV/Câmara de Salvador  – BA/Assistente Legislati-


sidere as assertivas a seguir, à luz da Lei 9.784/1999: vo/2018) José, servidor público da Câmara Municipal,
I – O processo administrativo inicia‑se exclusivamente no exercício da função pública, ao  impulsionar um
a pedido do interessado. processo administrativo, mediante a prática de um ato

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administrativo, lançou nos autos uma certidão, quando d) Somente seria possível a acumulação se João tivesse
deveria ter feito um simples termo de informação. Com sido aprovado em concurso público para outra vaga
base na doutrina de Direito Administrativo, no caso em de professor.
tela, aplica‑se o princípio do processo administrativo: e) João somente poderá acumular o seu cargo público
a) do contraditório, segundo o qual o interessado atual de professor com outro de privativos de pro-
no processo administrativo tem o direito público fissionais de saúde, com profissões regulamentadas,
subjetivo de ver obedecida a forma previamente sendo vedada a acumulação com outros cargos,
prevista para o ato, de maneira que o vício é inarre- ainda que de natureza técnica ou científica.
davelmente insanável;
b) do informalismo, segundo o qual o processo admi- GABARITO
nistrativo é impulsionado pelos agentes públicos que
gozam de legitimidade e liberdade para escolher a
forma dos atos administrativos, de maneira que não 1. b 16. d
houve qualquer vício; 2. b 17. e
c) da verdade formal, segundo o qual a lei estabelece 3. b 18. e
previamente a forma de todo e qualquer ato admi- 4. d 19. b
nistrativo, e o seu desatendimento fere a verdade 5. a 20. c
formal que é buscada em qualquer processo admi- 6. a 21. a
nistrativo, causando invalidade; 7. c 22. a
d) da instrumentalidade das formas, segundo o qual a 8. b 23. a
forma é o instrumento para que o ato alcance seus 9. d 24. c
objetivos, de maneira que caso o ato não tenha 10. c 25. e
causado prejuízos e tenha observado o interesse 11. c 26. e
público, o vício da forma é sanável; 12. d 27. c
e) da motivação, segundo o qual todo ato administra- 13. d 28. d
tivo praticado deve ser motivado com elementos 14. a 29. a
previstos na lei, por meio da forma legal previamente 15. b 30. a
estabelecida, sob pena de nulidade absoluta.

29. (FCC/TRT 2ª Região (SP)/Técnico Judiciário/Área Admi-


nistrativa/2018) Suponha que determinado servidor
público federal tenha solicitado licença para tratar de
interesses particulares, a qual, contudo, restou negada
pela Administração. Entre os possíveis motivos legal-
mente previstos para negativa, nos termos disciplinados
pela Lei n° 8.112/1990, se insere(m):
I – Estar o servidor no curso de estágio probatório.
II – Ser o servidor ocupante exclusivamente de cargo
em comissão.
III – Razões de conveniência da Administração.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e III.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I e II, apenas.

30. (Instituto AOCP/TRT 1ª REGIÃO (RJ)/Técnico Judiciário/


Área Administrativa/2018) João, aprovado no concurso
público para o cargo de Técnico Judiciário – Área Admi-
nistrativa no TRT/RJ, já exercia, anteriormente, o cargo
de professor em uma escola pública estadual. Diante
de tais informações, assinale a alternativa correta.
a) João somente poderá assumir a vaga de Técnico
Judiciário se for exonerado do cargo público que
exerce, dada a vedação constitucional à acumulação
de cargos públicos.
b) É possível que João acumule os dois cargos públi-
cos, desde que haja compatibilidade de horários,
tendo em vista a exceção à regra geral de vedação
de acumulação de cargos, desde que abra mão da
remuneração de um deles.
Legislação

c) João poderá, se assim preferir e havendo compati-


bilidade de horários, ocupar os dois cargos, acumu-
lando as remunerações, tendo em vista tratar‑se de
exceção à regra de vedação de acumulação de cargos
públicos.

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UFRN

SUMÁRIO

Conhecimentos Específicos

Conhecimentos Básicos em Administração:


características básicas das organizações, natureza, finalidade, evolução, níveis e departamentalização; Funções
do processo administrativo: planejamento, organização, direção e controle...................................................................3

Técnicas de arquivo e controle de documentos:


classificação, codificação, catalogação e arquivamento de documentos........................................................................17

Relações Humanas no Trabalho e Liderança:


o papel do gestor, estilos de liderança, elementos da comunicação na organização, fatores que influenciam
na motivação (hierarquia de necessidades de Maslow e fatores higiênicos e motivacionais de Herzberg)...................42

Noções de Direito Constitucional e Administrativo:


princípios da administração pública (conceitos e aplicações dos princípios previstos no caput do art. 37
da Constituição Federal de 1988); processos administrativos (Lei Federal n° 9.784/99)*; improbidade
administrativa (Lei Federal nº 8.429/92).........................................................................................................................49

Qualidade no Serviço Público:


ferramentas de gestão da qualidade (ciclo PDCA, SERVQUAL, 5S, fluxograma, diagrama de Pareto, diagrama
de Ishikawa, folhas de verificação, histograma); Decreto Federal 9.094/2017...............................................................57

Elementos de Redação Oficial:


aspectos gerais da redação oficial, o padrão ofício (partes do documento, aviso e ofício, memorando), exposição
de motivos, mensagem, correio eletrônico, parecer; orientações do Manual de Redação da Presidência da
República......................................................................................................................................................................... 68

Conhecimentos básicos em Administração de Patrimônio, Materiais e Logística:


compras e contratações públicas (legislação sobre licitações), coleta de preços, gestão e controle de estoque,
distribuição de material, inventário de bens patrimoniais.............................................................................................. 81

Administração Financeira e Orçamentária:


o processo orçamentário (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, lei orçamentária anual, lei de
responsabilidade fiscal); classificação das receitas e despesas públicas; matemática básica e cálculos financeiros
básicos: porcentagem, juros simples, razão e proporção, fluxo de caixa (taxa interna de retorno, valor futuro
e valor presente); gestão de custos.................................................................................................................................98

Noções de Informática:
conhecimentos básicos de sistemas operacionais para computadores (Windows e Linux); manipulação de
arquivos e pastas; tipos de arquivos e suas extensões; procedimentos de backup; Windows Explorer; Microsoft
Word 2010 em português (conhecimentos básicos; edição e formatação de textos); Microsoft Excel 2010 em
português (Conhecimentos básicos; criação de planilhas e gráficos; uso de fórmulas e funções; configurar
página; impressão; formatação; obtenção de dados externos). Navegadores web (Internet Explorer, Firefox
e Chrome; mecanismos de busca avançada no Google); Power BI Microsoft...............................................................196

* Este conteúdo encontra-se na matéria Legislação, nesta apostila.

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Conhecimentos Específicos
Carolina Rodrigues / Élvis Corrêa Miranda / Fabrício Sarmanho /
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti / Edgard Antônio Lemos Alves /
Luzia Pimenta / Paulo Lacerda / Marcelo Andrade
Carolina Rodrigues 1. Divisão do trabalho.
2. Especialização.
3. Hierarquia.
ORGANIZAÇÃO 4. Amplitude administrativa.
A palavra Organização pode assumir duas acepções:
• De um lado, organização constitui uma das funções Divisão do Trabalho
administrativas que depende do planejamento, direção
e do controle, formando o processo administrativo. O objetivo imediato e fundamental de toda e qualquer
Significa o ato de estruturar, ordenar, dividir e integrar organização é a produção de bens ou de serviços. Para
atividades, recursos e órgãos, visando o alcance de ser eficiente, a  produção deve basear‑se na divisão do
objetivos e resultados estabelecidos. trabalho, que nada mais é do que a maneira pela qual um
• De outro lado, organização pode ser entendida como processo complexo pode ser decomposto em uma série de
uma entidade social, agrupamento humano ou unida- pequenas tarefas que o constituem. O  procedimento de
de, intencionalmente construída e reconstruída, para dividir o trabalho começou a ser praticado com o advento
atingir objetivos específicos. da Revolução Industrial, provocando uma mudança radical
no conceito de produção pela fabricação maciça de grandes
Inicialmente, será dada ênfase nessa última acepção. quantidades por meio do uso da máquina, em substituição
Logo adiante, em “Processo administrativo” será abordado ao artesanato, e da aplicação da especialização do traba-
Organização de acordo com a primeira acepção, assim como
lhador na linha de montagem. O importante era que cada
“Estrutura Organizacional/Departamentalização”.
No sentido de unidade ou entidade social, a palavra orga- pessoa pudesse produzir a maior quantidade possível de
nização significa qualquer empreendimento humano criado unidades dentro de um padrão aceitável de qualidade,
e moldado intencionalmente para atingir determinados obje- objetivo que somente poderia ser atingido por uma relativa
tivos. As organizações podem ser empresas, órgãos públicos, automatização na atividade humana baseada na repetição
bancos, universidades, lojas e comércio em geral, prestadoras constante da mesma tarefa.
de serviços e diversos outros tipos. Dentro desse enfoque As consequências que a divisão do trabalho trouxe no
social, a organização pode ser visualizada sob dois aspectos. curto prazo foram:
a) Organização formal: é a organização baseada em uma a. Maior produtividade e melhor rendimento do pessoal
divisão racional do trabalho, na diferenciação e integração de envolvido.
seus órgãos e representada através do organograma. É a or- b. Maior eficiência da organização, como resultante do
ganização planejada, isto é, a que está oficialmente no papel, item anterior.
aprovada pela direção e comunicada a todos os participantes c. Redução dos custos de produção, principalmente os
por meio de manuais de organização, descrições de cargos, de mão de obra e de materiais diretos.
de organogramas e de regras e regulamentos internos. É a
organização formalizada oficialmente.
Com a divisão do trabalho, a  organização empresarial
b) Organização informal: é a organização que emerge
espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam passa a desdobrar‑se em três níveis administrativos que
posições na organização formal e a partir dos relacionamen- compõem o aparato administrativo necessário para dirigir
tos interpessoais como ocupantes de cargos. A organização a execução das tarefas e operações:
informal surge a partir das relações de amizades (ou de an- a. Nível institucional, composto por dirigentes e diretores
tagonismos) entre as pessoas e do surgimento de grupos in- da organização.
formais que não aparecem no organograma ou em qualquer b. Nível intermediário, ou nível do meio do campo, com-
outro documento da organização formal. Ela é constituída de posto dos gerentes.
interações e relacionamentos sociais entre as pessoas, de tal c. Nível operacional, composto dos supervisores que
modo que a organização informal transcende e ultrapassa a administram a execução das tarefas e operações da empresa.
organização formal em três aspectos:
• Na duração: enquanto a organização formal está con- Especialização
finada ao horário de trabalho, a organização informal
pode prolongar‑se para os períodos de lazer ou tempos Como consequência do princípio da divisão do trabalho,
livres das pessoas. surge a especialização: cada órgão ou cargo passa a ter fun-
• Na localização: enquanto a organização formal está cir-
ções e tarefas específicas e especializadas.
cunscrita a um local físico determinado, a organização
Conhecimentos Específicos

informal pode ocorrer em qualquer lugar. Os neoclássicos adotam essas colocações e passam a se
• Nos assuntos: a organização formal limita‑se aos assun- preocupar com a especialização dos órgãos que compõem
tos exclusivos dos negócios da organização, enquanto a estrutura organizacional.
a informal amplia‑se a todos os interesses comuns das
pessoas envolvidas. Hierarquia

Princípios Básicos de Organização Outra consequência do princípio da divisão do trabalho


é a diversificação funcional dentro da organização. A plu-
A organização consiste em um conjunto de posições fun- ralidade de funções imposta pela especialização exige o
cionais e hierárquicas orientado para o objetivo econômico desdobramento da função de comando, cuja missão é dirigir
de produzir bens ou serviços. Os princípios fundamentais da todas as atividades para que essas cumpram harmoniosa-
organização formal são: mente suas respectivas missões. Isso significa que, além

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de uma estrutura de funções especializada, a organização ministrativa (ou amplitude de comando ou ainda amplitude
precisa também de uma estrutura hierárquica para dirigir de controle) significa o número de subordinados que um
as operações dos níveis que lhe estão subordinados. Daí o administrador pode supervisionar. Quando um administra-
princípio da hierarquia: o princípio escalar. Em toda organi- dor tem muitos subordinados, ele tem uma amplitude de
zação formal existe uma hierarquia que divide a organização comando grande e ampla. Na prática, a  amplitude média
em camadas ou níveis de autoridade. Na medida em que adotada por uma organização determina a configuração
se sobe na escala hierárquica, aumenta‑se o volume de geral de sua estrutura organizacional. Uma amplitude média
autoridade do administrador. estreita com um maior número de níveis hierárquicos produz
Quanto maior a organização, maior tende a ser o nú- uma estrutura organizacional alta e alongada. Ao contrário,
mero de níveis hierárquicos de sua estrutura. A nivelação uma amplitude média larga com poucos níveis hierárquicos
hierárquica representa a especialização da direção, ou seja, produz uma estrutura organizacional achatada e dispersada
a distribuição da autoridade e responsabilidade em cada um horizontalmente.
dos níveis de organização. A tendência atual nas organizações é de achatar e com-
primir a estrutura organizacional no sentido de aproximar a
Amplitude administrativa base da cúpula e melhorar as comunicações.
A figura abaixo apresenta as situações em que se adequa
Em decorrência do princípio da distribuição de autorida- melhor a amplitude estreita ou a larga, representadas por
de e responsabilidade, outro aspecto discutido pelos autores um organograma – gráfico da estrutura formal de uma orga-
neoclássicos é a amplitude administrativa. A amplitude ad- nização e produto final da departamentalização.

CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO • as decisões tomadas em nível local podem afetar toda


a organização. Uma interpretação distorcida de um
O grau de centralização/descentralização refere‑se ao contrato coletivo de trabalho por uma divisão local
quanto a autoridade para tomar decisões está concentrada pode trazer problemas para toda a organização;
no topo ou dispersada na base da organização. • tudo o que ocorre em uma parte da organização pode
A centralização significa que a autoridade para decidir está afetar as outras.
localizada no topo da organização. A descentralização significa
que a autoridade para decidir está dispersa nos níveis organiza- 2. Custos. Devido às economias de escala, uma função
centralizada pode ser administrada com menos recursos
cionais mais baixos. Geralmente, as organizações fazem várias
do que uma função descentralizada. A função de compras
tentativas para saber qual o nível hierárquico mais adequado
em uma grande organização geralmente fica a cargo de um
para tomar as decisões sobre cada assunto.
departamento centralizado, para que a organização consiga
Hoje há uma tendência nítida para a descentralização
melhores descontos e condições de pagamento, o que não
nas organizações. Todavia, algumas grandes organizações
Conhecimentos Específicos

ocorreria se a função fosse dispersa. Quando um grande nú-


estão tentando exatamente o oposto, que é a centralização mero de tarefas similares são desempenhadas em um único
de funções que antes eram descentralizadas. E elas também lugar, as economias são possíveis porque o equipamento e as
têm boas razões para fazê‑lo. facilidades podem ser compartilhados, e, em geral, poucas
A centralização promove a retenção do processo de- pessoas são necessárias para o trabalho.
cisório na cúpula da organização. Existem três vantagens
principais que a centralização pode trazer: 3. Novas tecnologias. Nas últimas décadas, o  grau de
1. Controle. A centralização constitui o melhor método mudança tecnológica tem sido fenomenal. Novas tecnologias
de controlar e coordenar as atividades e os recursos da permitem que empresas descentralizadas migrem para a
organização, principalmente quando: centralização, e vice‑versa, sem afetar o seu funcionamento
• a organização como um todo deve atender a requisitos ou o processo decisório, pois a informação é rapidamente
legais ou regulatórios que são difíceis de interpretar; transmitida e recebida.

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Autoridade, Responsabilidade e Delegação da organização. A atribuição significa que a pessoa recebe
autoridade e responsabilidade, ficando sujeita a reportar-
Poder em uma organização é a capacidade de afetar e -se e a justificar os resultados de suas atividades aos seus
controlar as ações e decisões das outras pessoas, mesmo superiores na cadeia de comando. A atribuição pode ser
quando elas possam resistir. Uma pessoa que ocupa uma alta incentivada através de programas de incentivos e recom-
posição em uma organização tem poder porque sua posição pensas. As pessoas que recebem atribuição passam a ter o
apresenta o que chamamos de poder de posição. seu desempenho monitorizado e recebem pagamentos de
Autoridade é o direito formal e legítimo de tomar decisões, bônus pelos resultados bem-sucedidos.
dar ordens e alocar recursos para alcançar objetivos organizacio-
nais desejados. A autoridade é formalmente estabelecida pela Delegação
organização através do poder legitimado. A cadeia de comando
reflete a hierarquia de autoridade que existe na organização. Outro conceito relacionado com autoridade é a delega-
Do ponto de vista tradicional, a autoridade apresenta ção. Delegação é o processo pelo qual o administrador trans-
três características principais: fere autoridade e responsabilidade aos seus subordinados
1. Autoridade é decorrente de uma posição organizacio- abaixo na hierarquia. Esta delegação de autoridade possui
nal e não de pessoas. Os administradores possuem autori- diversas técnicas que podem ser utilizadas para maximizar o
dade em função da posição ocupada e os que têm posição seu alcance, tais como:
semelhante devem ter a mesma autoridade. Delegar a tarefa inteira – O gerente deve delegar a tarefa
2. Autoridade deve ser aceita pelos subordinados. Em- inteira a uma pessoa ao invés de subdividi-la entre várias pes-
bora a autoridade flua do topo para a base da hierarquia, os soas. Isso dá a cada indivíduo a responsabilidade completa
subordinados a aceitam porque acreditam que os adminis- e aumenta sua inciativa enquanto proporciona ao gerente
tradores têm o direito legítimo de dar ordens. A teoria da melhor controle sobre os resultados.
aceitação da autoridade argumenta que um administrador Delegar à pessoa certa – Nem todas as pessoas têm as
tem autoridade somente quando os subordinados decidem mesmas capacidades e motivações. O gerente deve conciliar
aceitar o seu comando. Se os subordinados se recusam a o talento da pessoa com a tarefa para que a delegação seja
obedecer porque a ordem está fora de sua competência, a eficaz. Deve identificar os subordinados que são independen-
autoridade simplesmente desaparece. tes em suas decisões e que demonstram desejo de assumir
3. A autoridade flui abaixo pela hierarquia vertical. As responsabilidades.
posições do topo da hierarquia são investidas com mais au- Delegar responsabilidade e autoridade – Designar
toridade formal do que as posições abaixo delas. apenas tarefas não constitui uma delegação completa. O
indivíduo deve ter responsabilidade para realizar a tarefa
Todavia, a autoridade, do ponto de vista tradicional, está e a autoridade para desempenhar a tarefa da maneira que
sendo hoje questionada. Atualmente, mais importante do julgar melhor.
que a base hierárquica da autoridade é a força da liderança.
Proporcionar informação adequada – A delegação bem-
O líder influencia as pessoas não pela sua posição funcional
-sucedida inclui informação sobre o quê, por que, quando,
e hierárquica, mas pelas suas características pessoais.
onde, quem e como. O subordinado deve compreender a
A responsabilidade é o outro lado da moeda da autoridade.
A responsabilidade é o dever de executar a tarefa ou ativida- tarefa e os resultados esperados, as provisões e os recursos
necessários e para quem e quando os resultados deverão
Conhecimentos Específicos

de atribuída a um funcionário. Os administradores recebem


autoridade compatível com sua responsabilidade. Quando os ser apresentados.
administradores têm responsabilidade pelos resultados, mas Manter retroação – Retroação significa linhas abertas de
pouca autoridade, o trabalho é possível porém difícil, pois comunicação com o subordinado para responder questões
repousa na persuasão e sorte. Quando os administradores e proporcionar orientação, mas sem exercer controle. A re-
têm autoridade que excede a responsabilidade, eles se tomam troação dá ao subordinado a pista certa e as linhas abertas
tiranos, usando autoridade para resultados frívolos. de comunicação aumentam a autoconfiança.
Avaliar e recompensar o desempenho – Quando a tarefa
Atribuição é executada, o gerente deve avaliar os resultados e não os
métodos. Quando os resultados não alcançam as expecta-
Atribuição é o mecanismo através do qual a autoridade e tivas, o gerente deve montar os erros e as consequências. 
responsabilidade são distribuídas entre as pessoas ou órgãos Quando alcançam ou ultrapassam as expectativas, o gerente

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deve recompensar o trabalho bem feito com orgulho, recom- Planejamento
pensas financeiras e delegação de novas atividades.
Saber como delegar autoridade em uma empresa é mui- O planejamento constitui a função inicial da administra-
to importante para que haja uma distribuição de tarefas e ção. Antes que qualquer função administrativa seja executa-
responsabilidades, fazendo com que cada vez mais funcio- da, a administração precisa planejar, ou seja, determinar os
nários tenham embasamento para tomar decisões e definir objetivos e os meios necessários para alcançá-los adequada-
estratégias em suas funções. mente. Objetivos são resultados específicos que se pretende
Quanto maior a quantidade de níveis hierárquicos, maior atingir, uma vez definidos; os programas são estabelecidos
a necessidade de delegar autoridades. Porém, muitas empre- para alcançar os objetivos de maneira sistemática e racional,
sas nos dias de hoje, procuram enxugar seus níveis hierárqui- considerando sua viabilidade e aceitação pelos gerentes e
cos, eliminando burocracias e perda de tempo nas tomadas funcionários da organização.
de decisão, e a delegação de autoridades pode ajudar muito
neste processo, além de ser um importante aliado na gestão Tipos de planejamento
e liderança de equipes de trabalho.
Planeja- Extensão Amplitude
Conteúdo
Autoridade de linha e staff mento de tempo
Genérico, sin- Longo Macroorientado.
Dá-se o nome de linha aos órgãos incumbidos de realizar tético e abran- prazo Aborda a empresa
a missão primária da organização. Um departamento de linha Estraté-
gente. como uma totali-
é o responsável pelo cumprimento dos objetivos principais gico
dade. Visão sistê-
da organização. Em uma organização industrial e comercial, mica.
os departamentos de linha (como produção e vendas) fazem Menos genéri- Médio Aborda cada uni-
e vendem o produto. Os órgãos de staff têm uma função Tático co e mais deta- prazo dade da empresa
de complementar e apoiar os órgãos de linha para que eles lhado. separadamente.
trabalhem melhor. Um departamento de staff é o responsável Detalhado, es- Curto Microorientado.
pela assessoria e consultoria interna dentro da organização. Operacio- pecífico e ana- prazo Aborda cada ta-
nal lítico. refa ou operação
REFERÊNCIAS apenas.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 2º Planejamento Estratégico


ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
O planejamento estratégico é uma metodologia de pla-
MOREIRA, Elisabete de Abreu e Lima. Administração Geral nejamento gerencial de longo prazo, criada nos Estados
e Pública para concursos. Bahia: JusPODIVM, 2016. Unidos em meados de 1960. Sua principal funcionalidade é
estabelecer a direção a ser seguida pela organização. É um
formato de planejamento que foca maior grau de interação
PROCESSO ORGANIZACIONAL com o ambiente, ou seja, tem em vista uma melhora na
relação entre a organização e o ambiente externo no qual
A Teoria Neoclássica, que representa a Teoria Clássica ela se encontra inserida.
colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo que Essa metodologia desenvolveu-se inicialmente nas gran-
aproveita a contribuição de todas as demais teorias adminis- des corporações privadas mundiais como um aperfeiçoamen-
trativas, se assenta no processo administrativo para explicar to do planejamento tradicional, passando rapidamente a ser
como as funções administrativas devem ser desenvolvidas utilizada em grande escala por empresas em geral, e, mais
nas organizações. Quando consideradas em um todo integra- recentemente, vem sendo aplicada em vários órgãos e enti-
do, as funções administrativas formam um processo adminis- dades da Administração Pública – principalmente nos níveis
trativo cíclico, dinâmico e interativo. Quando consideradas federal e estadual.
isoladamente, o planejamento, a direção, a organização e Para Philip Kotler (1994), o planejamento estratégico é
o controle constituem funções administrativas. uma metodologia gerencial que permite estabelecer a dire-
ção a ser seguida pela organização, visando maior grau de
interação com o ambiente. Segundo Djalma Oliveira (1993), é
o processo que proporciona suporte metodológico para defi-
nir a melhor direção a ser seguida, objetivando à otimização
do grau de interação com o ambiente e atuando de forma
inovadora e diferenciada. Na visão de Idalberto Chiavenato
(2006), o “planejamento estratégico é um processo organi-
Conhecimentos Específicos

zacional compreensivo de adaptação, através da aprovação,


tomada de decisão e avaliação. Procura responder a questões
básicas como: por que a organização existe, o que ela faz e
como faz”.
O planejamento estratégico não se confunde com o tra-
dicional planejamento de longo prazo, que, basicamente,
projeta para o futuro as mesmas situações ocorridas no pas-
sado. Ele aponta o caminho a ser seguido pela organização
como forma de responder às mudanças no ambiente. É o
planejamento mais amplo e abrangente da organização e é
A seguir será abordada cada uma das funções adminis- de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa. Ele
trativas. é projetado para o longo prazo, tendo seus efeitos e con-

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sequências estendidos por vários anos à frente. Envolve a e possa definir quais tipos de estratégia são mais adequados
empresa em sua totalidade, abrange todos os recursos e no momento.
áreas de atividade e preocupa-se em atingir os objetivos em Uma das ferramentas mais utilizadas é a análise SWOT
nível organizacional. (aerônimo dos termos em inglês: Strengths = forças; Weak-
Para obter êxito, esse planejamento exige forte compro- nesses = fraquezas; Opportunities = oportunidades; Threats
metimento e participação da cúpula da organização em todas = ameaças).
as fases do processo desde sua concepção, mas especial- Diagnóstico Estratégico é, portanto, uma análise das
mente na elaboração e implementação, visto que se trata do forças e fraquezas da organização (ambiente interno) e das
plano maior, do direcionamento fundamental ao qual todos ameaças e oportunidades que ela pode ter de enfrentar
os demais planos estarão subordinados, e ao qual toda a ação (ambiente externo).
da organização deverá se submeter. A principal diferença entre o ambiente interno e externo
para o gestor é que no primeiro caso (ambiente interno)
Processo de planejamento estratégico as variáveis são controláveis, e no segundo caso (ambiente
Não há consenso sobre o número, a sequência-padrão, externo), não.
nem quanto aos termos utilizados para a definição das etapas Pontos fracos são fatores internos que, de alguma forma,
do planejamento estratégico. Porém, independentemente deixam a empresa em desvantagem em relação aos seus
da nomenclatura e das etapas utilizadas, todos os autores concorrentes. Podem ser, por exemplo, uma marca desco-
descrevem os mesmos assuntos: nhecida no mercado, uma equipe desmotivada, produtos
1. Definição da missão, do negócio, da visão e dos valores; desatualizados, alto endividamento da empresa etc.
2. Diagnóstico institucional/estratégico; Já os pontos fortes são o contrário, ou seja, fatores in-
3. Definição de questões, objetivos e estratégias; ternos que deixam a empresa em vantagem perante seus
4. Desmembramento dos planos; pares. Podem ser, por exemplo, clientes fiéis, profissionais
5. Implementação; capacitados, uma logística eficiente, produtos inovadores,
6. Avaliação. custos baixos etc.
Quando dizemos que os pontos fracos e fortes são vari-
1. Definição da missão, do negócio, da visão e dos valores áveis controláveis, é porque esses fatores podem ser “tra-
A missão e a visão de uma organização são muito im- balhados” mais facilmente pelos gestores.
portantes em um processo de planejamento estratégico, Uma marca desconhecida (ponto fraco) pode ser me-
pois dão um “norte” para todos os atores envolvidos nesse lhorada com uma campanha eficiente de marketing. Uma
processo. empresa endividada (ponto fraco) pode renegociar suas dí-
A missão de uma organização é a razão de existir desta. vidas ou conseguir parceiros que a financiem.
É o motivo pelo qual ela foi criada, o que ela veio contribuir Já as ameaças e oportunidades são variáveis externas e,
ou resolver na sociedade. Dessa forma, a missão serve para a princípio, não controláveis! Se existe a possibilidade de que
deixar claro qual é a função maior daquela organização, para o governo lance uma nova legislação que possa prejudicar
definir quais serão as necessidades que devem ser atendidas sua empresa (ameaça), muitas vezes não está ao seu alcance
e buscar o comprometimento dos colaboradores. evitar que a legislação seja criada, somente adaptar-se aos
A visão é um destino desejado. Uma organização deve seus efeitos.
saber aonde quer chegar, quais são seus objetivos maiores. Portanto, as ameaças são fatores externos (um novo
Os valores fazem parte dos fundamentos estratégicos da concorrente no mercado, um aumento nos impostos, um
organização. São um conjunto de crenças e princípios que aumento no câmbio etc.) que podem prejudicar a empresa,
orientam as atividades e operações de uma organização e o e as oportunidades são fatores externos que podem bene-
comportamento geral dos seus membros. Os valores devem ficiar a empresa (crescimento econômico do país, a quebra
espelhar tudo aquilo que é importante para a organização. de uma empresa rival etc.).
A definição do negócio determina o “raio” de atuação da Abaixo a representação da análise SWOT e os tipos de
organização – suas atividades principais em um determinado estratégias mais usuais: sobrevivência, manutenção, cresci-
momento. De acordo com Vasconcelos e Pagnoncelli1, mento e desenvolvimento.

Os benefícios advindos da definição do negócio es-


tão relacionados à determinação do seu âmbito de
atuação. Assim, a organização pode ajustar seu foco
no mercado e desenvolver seu diferencial compe-
titivo, orientando o posicionamento estratégico da
organização e evitando a miopia de mercado exposta
por Levitt.

Para não confundir com a missão, a principal diferença


Conhecimentos Específicos

é que a missão funciona mais como uma declaração de in-


tenções, ao passo que a definição do negócio é mais circuns-
tancial, mais focada na situação presente e nos benefícios
atuais que ela gera aos clientes.

2. Diagnóstico Estratégico – Análise SWOT Estratégia de Sobrevivência


Entre as fases do planejamento, uma das mais importan- As estratégias de sobrevivência são adotadas quando a
tes é a fase do diagnóstico estratégico. Nessa fase, analisa-se sobrevivência de uma organização está ameaçada e ela não
o ambiente externo e interno da empresa para que o gestor está competindo com eficiência. Nessas situações utilizar
saiba qual a real situação em que se encontra a organização a estratégia de sobrevivência deve somente ser adotada
quando não existem outras formas de reverter o quadro de
1
Vasconcelos e Pagnoncelli, 2001 apud Lobato, et al. 2009. crise da empresa.

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Este cenário de crise pode ser compreendido quando a Para Certo (1993)5, as estratégias de crescimento podem
organização se encontra num ambiente desfavorável para ser perseguidas por meio de recursos como a integração
manter sua operacionalização, obtendo um grande percen- vertical, integração horizontal, diversificação, fusões e “joint
tual de pontos fracos e um alto índice de ameaças externas. ventures”.
Este é um tipo de estratégia empresarial que tende a di- Enfim, o crescimento das empresas pode ser atingido de
minuir o tamanho da empresa eliminando os “desperdícios” diversas maneiras utilizando os vários tipos de estratégias de
ou mesmo fechando uma unidade de negócio pela venda crescimento. Vale ressaltar que, para cada perfil e tipo de
de seus ativos. organização, é preciso selecionar a opção mais assertiva e
que preserve a cultura organizacional.
Estratégia de Manutenção
É utilizada com o propósito de manter as linhas de atua- Estratégia de Desenvolvimento
ção ou de negócios, evitando que seus esforços competitivos É utilizada quando a empresa busca um aumento de suas
se tornem dispendiosos, atingindo dessa forma o aumento vendas, levando seus produtos a novos mercados, ou seja, a
de sua posição competitiva. organização almeja penetrar em novos mercados comercia-
Tratando-se de estratégia de estabilidade, verifica-se en- lizando seus produtos e serviços até então negociados em
tre os autores (Certo, 1993; Oliveira, 2001 e Wright, 2007), um único perfil mercadológico, deixando de atender uma
a ideia de manutenção de um estado de equilíbrio, e/ou única segmentação de público.
concentração em sua linha de negócios. A expansão do domínio de um produto, cuja fabricação
Valadares (2005) descreve estratégia de estabilidade a empresa já domina, para ingressar em outro mercado é
como estratégia de manutenção, sendo esta aplicada em uma das características desta estratégia.
um cenário não otimista. Para o autor, manter a estabilidade No entanto, é possível por meio da estratégia de desen-
dos negócios de uma organização está além de simplesmente volvimento crescer no mesmo mercado através da introdução
preocupar-se com a sobrevivência da empresa, embora ainda de novos produtos de ramos de atuação diferente do atual.
seja uma atitude defensiva diante das ameaças existentes. Segundo Oliveira (2007)6, a estratégia de desenvolvimen-
Na visão dos autores, verifica-se que a estratégia de es- to ocorre das seguintes formas básicas:
tabilidade está associada à manutenção de um estado de • desenvolvimento de produtos e serviços: ocorre quan-
equilíbrio, seja com relação a atuais posições de mercado do a empresa busca um aumento nas vendas por meio
ou linhas de negócios existentes. do desenvolvimento de melhores produtos e serviços
Com relação aos motivos que levam as organizações a para os mercados em que já atua;
adotarem a estratégia de estabilidade, Certo (1993) afirma que • desenvolvimento de mercado: busca consolidar novos
a estratégia é utilizada usualmente nas seguintes situações: campos de utilização de seus produtos e serviços com
• evitar controles governamentais ou penalidades por base na segmentação do mercado;
monopolização, quando a organização é considerada • desenvolvimento financeiro: é a união (por meio de
de grande porte e domina seu mercado; uma fusão), de duas empresas, que estão em situação
• garantir o equilíbrio nas atividades econômicas quando
econômica debilitada para ganhar novo impulso no
a organização está inserida em um cenário com baixo
mercado;
crescimento ou estagnação do crescimento, não tendo
• desenvolvimento de capacidades: ocorre quando em-
outras opções de estratégia.
presas se associam na busca de um equilíbrio estrutural
de seus pontos fortes e fracos;
Já para Tavares (2000)2, a estratégia de manutenção é
recomendável quando a organização atingiu um patamar em • desenvolvimento estabilidade: as empresas se fundem
que o investimento para a sua expansão pode representar com o objetivo de apresentar um equilíbrio no desen-
um custo maior do que os benefícios a serem obtidos. volvimento mercadológico.
Isso ocorre quando a empresa já atingiu altíssima parti-
cipação de mercado e os investimentos adicionais não con- 3. Definição de questões, objetivos e estratégias
seguem produzir o retorno compensatório.
Questões estratégicas
Estratégia de Crescimento As questões estratégicas assemelham-se aos fatores
Essa estratégia procura, por meio de ações bem-suce- críticos de sucesso do planejamento tradicional. A defini-
didas, alcançar o crescimento através da diversificação de ção dessas questões antecede a definição dos objetivos e a
negócios, integração vertical, horizontal, fusões e parcerias escolha das estratégias, e dão início à elaboração do plano
estratégicas. estratégico propriamente dito. Trata-se de questões abran-
Aaker (2007)3 afirma que estratégia de crescimento não gentes e relevantes para o sucesso da organização, e que por
apenas fornece o potencial para uma maior lucratividade, isso devem ser adequadamente respondidas (encontradas
como também introduz vitalidade a uma organização, ao soluções adequadas). Questões estratégicas são os principais
temas que podem abalar o cumprimento da missão e o al-
Conhecimentos Específicos

oferecer desafios e recompensas.


Empresas que procuram novas oportunidades no mer- cance da visão, constituindo-se em preocupações constantes
cado em que atuam se projetam na busca inovações e nas da alta direção da organização. Elas irão delinear as políticas
tentativas de minimizar ameaças e incertezas. Essas orga- e influenciar a elaboração das estratégias.
nizações segundo Maximiano (2007)4, são vistas por seus Exemplo de questões estratégicas: devemos fazer parce-
concorrentes como empresas de perfil criativo, incerto e ao rias estratégicas (união, fusão, incorporação) para garantir a
mesmo tempo desafiador. sustentabilidade da organização? Como tornar nossos produ-
tos atrativos em países de culturas diferentes? Como conciliar
2
TAVARES, Mauro Calixto. Gestão Estratégica. São Paulo: Atlas, 2000.
3
AAKER, David A. Trad. Luciana de Oliveira da Rocha. Administração Estratégica 5
CERTO, Samuel C. Administração Estratégica: planejamento e implantação da
de Mercado. 7ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993.
4
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7ª ed. revis- 6
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: Concei-
ta e ampliada São Paulo: Atlas, 2007. tos, Metodologia, Práticas. 23ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

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os investimentos necessários com os recursos disponíveis? O com responsabilidades definidas, prazos de execução e metas
que fazer se perdermos nossos clientes estratégicos? de resultados esperados.
Das respostas a essas questões nascem desafios/objeti- Há quem prefira denominar esse desmembramento de
vos como: realizar parcerias estratégicas; melhorar a atrati- estrutura analítica do projeto – um documento que define as
vidade dos produtos em diferentes culturas; reter clientes atividades necessárias para o atendimento do escopo do proje-
estratégicos etc. to. Essas atividades deverão ser fracionadas até que se obtenha
um nível de detalhamento que permita o estabelecimento do
Objetivos, metas e estratégias tempo de duração e dos recursos que serão utilizados.
Primeiro são definidos os objetivos e metas, depois as
estratégias e, por fim, os planos de ação. 5. Implementação
Definição de objetivos e metas: definem-se os objetivos A implementação corresponde à execução dos planos
institucionais, que são as situações que se pretende atingir operacionais (que podem ser projetos individuais) e dos
em nível macro e que devem ser perseguidos por todas as programas (conjunto de projetos e ações) ambos compre-
áreas da organização; definem-se os objetivos funcionais, endendo um conjunto de atividades.
que são objetivos intermediários, relacionados com as áreas Esses planos e programas traduzem-se em ações e proje-
funcionais (financeira, recursos humanos, produção etc.), e tos operacionais. A forma de realização dessas atividades é
que devem contribuir para o alcance dos objetivos institucio- fornecida pelos procedimentos, e o método explica a técnica
nais; e definem-se as metas, que são partições dos objetivos específica para a execução de cada tarefa.
a serem alcançadas no curto prazo, e permitem avaliar o nível Os planos que implicam apenas melhorias internas (re-
de realização dos objetivos. dução de tempo e serviço) utilizam a técnica de análise dos
Os objetivos não devem ser genéricos ou ambíguos; ao processos de trabalho, e a partir dessa análise identificam-se
contrário, devem ser claros e diretos – elevem ser mensurá- os gargalos e pontos de otimização.
veis, relevantes, delimitados no tempo, espelhar resultados, A implementação, sem dúvida, é o ponto mais crítico do
e ser coerentes com a missão, a visão e a estratégia definidas. planejamento estratégico, visto que até agora se trabalhava
Estratégia é o caminho viável escolhido pela organização apenas com definições e conceitos – trabalhava-se “no papel”
para alcançar seus objetivos ou superar algum desafio. Esse e agora isso tudo deverá se tornar realidade por meio da
caminho deve ser condizente, deve explorar as competências execução. Aqui os objetivos e metas são desmembrados em
próprias de cada organização e deve balizar um comporta- planos operacionais de acordo com as estratégias definidas.
mento global, compreensivo e sinérgico de todos os seus
6. Avaliação
componentes. A estratégia deve estar alinhada com a missão
A avaliação formal tem a característica de ser um pro-
e a visão, e corresponde a um conjunto de decisões defini-
cesso bidimensional, pois apresenta um caráter valorativo,
das para orientar a execução das ações que possibilitarão o
visto que envolve um juízo de valor acerca da realidade dos
alcance dos objetivos fixados no plano. Para Albuquerque;
fatos, e outro técnico, pois segue uma série de critérios e
Medeiros; Feijó (2008), “a estratégia é a principal referência
procedimentos previamente estabelecidos. Ela permite julgar
da instituição em suas ações cotidianas”.
os processos e produtos de diversos modos: focando a efici-
Na escolha da estratégia também são utilizados cenários
ência, eficácia, efetividade, economicidade, legalidade etc.
(futuros potenciais) para testar a viabilidade dos planos e Segundo Idalberto Chiavenato (2006), a avaliação é a com-
ações com a estratégia escolhida. paração dos resultados alcançados (descritos pelos indicadores
Para Oliveira (2013), “a estratégia deve ser, sempre, uma de desempenho) com o desempenho pretendido (descrito
opção inteligente, econômica e viável”. Martinho Almeida pelos objetivos estratégicos e metas definidas). A avaliação
destaca que os conceitos de estratégia e objetivos estão inti- deve servir para que se analisem as causas e os efeitos dos
mamente ligados, pois, “enquanto a estratégia dá o caminho, desvios entre o programado e o realizado, de forma que os
o objetivo mostra aonde se quer chegar”. gestores possam recomendar mudanças e ações corretivas.
No processo de avaliação estratégica a ideia é medir o
4. Desmembramento dos planos desempenho atual, comparando com as expectativas previa-
Como resultado concreto das etapas já percorridas, tem- mente fixadas, e analisar as mudanças e eventos que podem
-se o plano estratégico. O plano é o produto do planeja- provocar impacto na sequência de ações.
mento. O plano ordena os objetivos gerais e os decompõem A avaliação permite acompanhar as políticas de longo
em objetivos específicos; contém as decisões e as grandes prazo, traçando um panorama de sua evolução. Ela serve
escolhas da organização. também para indicar o sucesso no alcance dos objetivos pro-
O plano estratégico é genérico e não especifica os meios postos e para avaliar a sua sustentabilidade no longo prazo.
para sua execução. Os planos táticos ou setoriais são menos A finalidade essencial ela avaliação: no curto prazo é
genéricos e constituídos para cada área funcional da organi- apoiar a tomada de decisão quanto à alocação de recursos
zação (finanças, produção, recursos humanos etc.). e no médio prazo é servir de instrumento para a promoção
Conhecimentos Específicos

Esses planos devem estar alinhados com a missão, a vi- da aprendizagem institucional.
são, os objetivos gerais e a estratégia adotada. Podem ser
organizados em forma de programas, contendo documentos Planejamento Tático
que detalhem para cada área as políticas, diretrizes, metas e
medidas instrumentais. Os programas contêm um conjunto Enquanto o planejamento estratégico se desdobra para
de ações e projetos a ser executado e preocupam-se em toda a organização, o planejamento tático tem um envolvi-
alcançar um objetivo específico do plano estratégico. mento mais limitado, a nível departamental, envolvendo às
Em seguida, os planos setorizados devem também ser vezes apenas um processo de ponta a ponta. O planejamento
desmembrados em planos operacionais, que descrevam tático é o responsável por criar metas e condições para que
“como” a organização deve fazer para implementar os planos as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam
de cada área funcional. Esses planos correspondem a “pro- atingidas. Por se tratar de um planejamento mais específico,
jetos operacionais”, ações e atividades a serem executadas, as decisões podem ser tomadas por pessoas que ocupam os

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cargos entre a alta direção e o operacional, como executivos das decisões estratégicas. Neste planejamento os envolvidos
da diretoria e gerentes. Outra característica que diferencia o são aqueles que executam as ações que são aplicadas em
planejamento tático é o tempo que as ações são aplicadas, curto prazo, geralmente no período de 3 a 6 meses. Aqui,
geralmente no período de 1 a 3 anos mensurando ações para todos os níveis da organização estão envolvidos e cuidam
um futuro mais próximo do que o visado no planejamento do acompanhamento da rotina, garantindo que todas as
estratégico, ou seja, médio prazo. tarefas e operações sejam executadas, de acordo com os
Aqui os planos começam a ser mais detalhados, e pode- procedimentos estabelecidos, preocupando-se em alcançar
-se dizer que o planejamento tático é a decomposição do os resultados específicos.
planejamento estratégico, ele traduz e interpreta o plano É importante entender que um planejamento estratégico
estratégico para transformá-lo em planos concretos, onde não vai sair do papel se os planos do nível tático e operacional
irá desenvolver o plano de marketing, produção, pessoal, ou não forem bem estabelecidos, pois é um processo integrado
seja, financeiro empresarial. e interdependente. Todos os níveis são necessários: o es-
tratégico para o orientar a visão, o tático para desdobrar
Planejamento Operacional essa visão em planos de ação menores, e o operacional
para levar os planos a execução. Por isso, os planejamentos
O planejamento operacional é de onde saem as ações devem envolver todos da empresa e é um incentivo para que
e metas traçadas pelo nível tático para atingir os objetivos as pessoas se comprometam com os resultados.

Organização tos. A forma de dividir as tarefas entre os departamentos


depende de princípios chamados critérios de departamenta-
Chiavenato (1997, p. 16) define a Organização como: lização. Por exemplo: pode-se atribuir a cada departamento
a tarefa de atender a um tipo especifico de cliente, ou de
Uma função administrativa através da qual a empresa produzir um tipo específico de produto, ou de cuidar de de-
reúne e integra os seus recursos, define a estrutura terminada área geográfica. Esses e outros critérios de depar-
de órgãos que deverão administrá-los, estabelece a tamentalização definem as responsabilidades especializadas
divisão de trabalho através da diferenciação, propor- das unidades da estrutura organizacional.
ciona os meios de autoridade e de responsabilidade O modo mais simples de departamentalização é o que se
e, assim por diante. A organização representa, no baseia no critério funcional, que tanto pode ser usado pelas
fundo, todos aqueles meios que a empresa utiliza organizações de grande como de pequeno porte. A partir de
para pôr em prática o planejamento, o controle e a uma departamentalização funcional, a estrutura pode evoluir
avaliação para atingir os seus objetivos. para outras formas mais complexas, como os diversos tipos
de organização de projeto, que funcionam como departa-
A função administrativa de organizar inclui todos os recursos
(financeiros, humanos etc.) e conduz necessariamente à criação mentos temporários. Em geral, as organizações utilizam uma
da estrutura organizacional – compreende os meios que a orga- combinação de critérios de departamentalização.
nização necessita para pôr em prática o planejamento elaborado Entre os critérios de departamentalização comumente
e para o desempenho das demais funções administrativas. utilizados, estão:
Organizar é procurar a melhor forma para executar o • Organização funcional;
que foi planejado, a melhor forma para agir. Compreende • Organização territorial ou por área geográfica;
Conhecimentos Específicos

organizar a estrutura e agrupar as atividades necessárias para • Organização por produto ou serviços;
realizar o planejamento estabelecido: estabelecer a estrutura • Organização por processo;
com os sistemas de Autoridades, Atividades e Comunicação. • Outros critérios de departamentalização: por cliente,
Segundo Stoner (1999), organizar é o processo de arru- por período, por disciplinas, por quantidade, por pro-
mar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os jeto, por equipes, redes.
membros de uma organização, de modo que eles possam
alcançar eficientemente os objetivos dela. Departamentalização Funcional
A departamentalização funcional tem como objetivo
Estrutura Organizacional principal agrupar as atividades e tarefas de uma organiza-
ção de acordo com as funções principais desenvolvidas por
Montar uma estrutura organizacional consiste em dividir ela. Funciona da seguinte maneira: se uma empresa possui
tarefas entre unidades de trabalho chamadas departamen- funções de produção e vendas, por exemplo, ela deverá

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agrupar suas atividades em departamentos de produção Para escolher um tipo de estrutura, a organização precisa
e vendas. levar em conta diversos fatores, tais como:
Vantagens: maior utilização de pessoas especializadas e • diversidade ou homogeneidade de operações, por cau-
recursos; adequada para atividade continuada, rotineira e sa da tecnologia empregada, por exemplo, na produção
estabilizada a longo prazo. ou nas matérias-primas;
Desvantagens: pequena cooperação interdepartamental; • diversidade ou homogeneidade dos canais de distri-
contraindicada para circunstâncias ambientais imprevisíveis buição, das fontes de recursos e das necessidades do
e mutáveis. consumidor ou usuário;
• natureza da organização (pública, privada, banco, sin-
Departamentalização por Área Geográfica ou Territorial dicado, escola etc.);
A departamentalização geográfica, territorial, regional • ênfase estratégica (estabilidade e eficiência ou expan-
ou por localização requer diferenciação e agrupamento das são e eficácia);
atividades de acordo com a localização onde o trabalho será • proporção entre atividades de rotina e de inovação:
desempenhado ou uma área de mercado a ser servida pela uma das duas predomina ou têm a mesma impor­
empresa. É utilizada geralmente por empresas que cobrem tância?;
grandes áreas geográficas e cujos mercados são extensos. • turbulência em contraposição a tranquilidade no meio
Vantagens: maior ajustamento às condições locais ou re- ambiente: estabilidade ou instabilidade no comporta-
gionais; fixa responsabilidades por local ou região, facilitando mento de clientes, fornecedores e outros segmentos
a avaliação; ideal para firmas de varejo. do ambiente organizacional;
Desvantagens: enfraquece a coordenação (seja o plane- • participação de cada um dos produtos e serviços ou
jamento, execução ou controle) da organização como um linhas no volume total de recursos empregados ou
todo; enfraquecimento da especialização. resultados obtidos pela empresa;
• ênfase na administração superior na centralização ou
Departamentalização por Produtos ou Serviços
descentralização de autoridade e atividades.
Diz respeito à forma como a organização irá se organizar
de acordo com o produto ou serviço realizado. Nele, todas as
Entre os principais tipos de estrutura organizacional,
tarefas ligadas à produção de um determinado produto ou
serviço devem estar agrupadas em um mesmo departamen- estão:
to. Mesmo que estas tarefas tenham naturezas diferentes. • Linear (Linha);
Vantagens: define responsabilidade por produtos ou • Funcional;
serviços, facilitando a avaliação dos resultados; melhor co- • Linha-staff (Linha e Assessoria);
ordenação interdepartamental; maior flexibilidade; facilita • Matricial;
inovação; ideal para circunstâncias mutáveis. • Em Redes;
Desvantagens: enfraquecimento da especialização; alto • Unidades de negócio;
custo operacional pela duplicação das especialidades; con- • Por projetos.
traindicada para circunstâncias estáveis e rotineiras; enfatiza
coordenação em detrimento da especialização. Estrutura Linear

Departamentalização por Processo É a forma estrutural mais simples e antiga. Tem sua ori-
Agrupamento por fases do processo, do produto ou da gem em antigos exércitos. Possui formato piramidal, pois
operação; ênfase na tecnologia utilizada; enfoque introver- possui linhas diretas e únicas de responsabilidade entre supe-
sivo. O exemplo desse tipo de departamentalização são as rior e subordinados. Demonstra visivelmente os princípios da
fábricas e montadoras de automóveis. unidade de comando, ou seja, cada empregado deve receber
Vantagens: melhor arranjo físico e disposição racional orientações de apenas um superior, que seguem, por via
dos recursos; utilização econômica da tecnologia; vantagens hierárquica, do escalão mais alto para o escalão mais baixo.
econômicas do processo; ideal quando a tecnologia e os pro- Algumas características:
dutos são estáveis e permanentes. • autoridade linear ou única;
Desvantagens: contraindicada quando a tecnologia sofre • linhas formais de comunicação;
mudanças e desenvolvimento tecnológico; falta de flexibili- • centralização das decisões;
dade e adaptação a mudanças. • aspecto piramidal.

Vantagens Desvantagens
• Estrutura simples e de fácil compreensão: o subordinado • Estabilidade e constância das relações formais: podem levar
só se relaciona formalmente com seu supervisor. à rigidez e inflexibilidade, dificultando a inovação e adap-
• Clara delimitação das responsabilidades: nenhum órgão tação da organização a novas situações. Não responde às
Conhecimentos Específicos

ou cargo intervém em área alheia. mudanças rápidas.


• Facilidade de implantação: oferece facilidade em seu • Autoridade linear baseada no comando único e direto: pode
funcionamento, controle e na disciplina. tornar-se autocrática, dificultando a cooperação e a iniciativa
• É bastante estável: permite o funcionamento da organi- das pessoas.
zação, graças à centralização do controle. • A organização linear exagera a função de chefia e de coman-
• É o tipo de organização indicado para pequenas empre- do: pois pressupõe a existência de chefes capazes de fazer
sas. tudo e saber tudo (monopólio das comunicações).
• A unidade de comando torna o chefe um generalista: impe-
de a especialização, pois acumula os chefes com todos os
assuntos possíveis da organização.
• Provoca o congestionamento das linhas formais de comuni-
cação e as tornam demoradas.

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Estrutura Funcional responde apenas pelas suas especialidades, não interferindo
nas especialidades dos demais. Não é a hierarquia, mas a
Aplica o princípio funcional ou princípio da especialização especialidade que promove as decisões. Algumas caracte-
das funções: separa, distingue e especializa. O modelo desen- rísticas:
volve o princípio da especialização diante da necessidade de • autoridade funcional ou dividida;
decompor as funções para torná-las mais fáceis. • linhas diretas de comunicação;
Na estrutura funcional, cada subordinado reporta-se a • descentralização das decisões;
diversos superiores simultaneamente, porém, cada superior • ênfase na especialização.

Vantagens Desvantagens
• Proporciona o máximo de especialização nos diversos ór- • Subordinação Múltipla: nem sempre os órgãos sabem
gãos. Permite a cada órgão ou cargo concentrar-se total e exatamente a quem recorrer para resolver determinados
unicamente sobre seu trabalho e sua função. assuntos. Isso leva à perda de tempo e a confusões impre-
• Permite a melhor supervisão técnica possível, pois cada visíveis.
órgão ou cargo reporta-se a “experts” em seu campo de • Tendências à concorrência entre os especialistas: perda da
especialização. visão de conjunto da organização e a uma tendência de
• Desenvolve comunicações diretas, sem intermediação, defender o seu ponto de vista em detrimento dos pontos
mais rápidas e menos sujeitas a distorções de transmissão. de vista dos outros especialistas.
• Separa funções de planejamento e de controle das funções • Tendência à tensão e conflitos dentro da organização: a
de execução. competição e a concorrência levam à tensões e conflitos
entre os especialistas. Daí, a animosidade, sentimentos de
oposição e resistência à cooperação.

Estrutura Linha-Staff as atividades-fins da organização são considerados de linha


e o restante das atividades são consideradas staff.
É o resultado da combinação dos tipos de organização A autoridade nos órgãos de linha é linear, ou seja, os órgãos
linear e funcional, com o predomínio da estrutura linear, são decidem e executam as atividades principais. Já a autori-
a fim de reunir as vantagens destes dois tipos e reduzir as dade nos órgãos de staff é de assessoria, de planejamento e
desvantagens. Apesar de seguir as características básicas da controle, de consultoria e recomendação, isto é, autoridade
estrutura linear, diferencia-se dela no que diz respeito à pre- funcional.
sença de órgãos de apoio junto aos gerentes de linha (staff). • Autoridade de linha: linear; absoluta, total; cadeia es-
As atividades de linha estão diretamente ligadas aos ob- calar, relação hierárquica entre chefe e subordinado.
jetivos básicos da organização, enquanto as atividades de • Autoridade de staff: funcional; relativa, parcial; espe-
staff estão ligadas indiretamente. Os órgãos que executam cialização, relação de consultoria, de assessoria.

Vantagens Desvantagens
• Assegura assessoria especializada e inovadora mantendo o • Existência de conflitos entre órgãos de linha e de staff
princípio de autoridade única. Os órgãos de staff proporcio- caracterizam-se por:
nam serviços especializados, fator importante em uma era • o assessor de staff é um técnico com preparo profissional,
de especialização e competição. A estrutura linha-staff tem enquanto o homem de linha é um homem de prática;
a vantagem de oferecer uma área de assessoria e prestação • o assessor tem melhor formação escolar. O homem de
de serviços, com predomínio da estrutura linear. linha subiu na hierarquia;
• Atividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e ór- • ao planejar e recomendar, o assessor não assume respon-
gãos de staff. Os órgãos de linha responsabilizam-se pela sabilidade pelos resultados dos planos que apresenta;
execução das atividades básicas, enquanto os órgãos de • a assessoria representa custos elevados para a empresa.
staff responsabilizam-se pela execução dos serviços espe- • Os especialistas de staff tendem a forçar suas sugestões
cializados. e tentar impor suas ideias. Isto pode provocar um enfra-
quecimento da linha ou a linha dividida de autoridade.
Conhecimentos Específicos

Estrutura Matricial apresenta duas dimensões: i) gerentes funcionais e ii)


gerentes de produtos ou projetos. Com isso, o gerencia-
É a de estágio mais desenvolvido dentre as estrutu- mento fica dividido, podendo causar conflito de interesse
ras contemporâneas, pois combina a estrutura funcional entre chefes funcionais e os chefes divisionais, devido à
e uma de projetos, ou produtos ou processos. A matriz dupla subordinação.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
A proposta da estrutura matricial é de satisfazer as ne- O princípio da unidade de comando deixa de existir, uma
cessidades organizacionais de especialização e de coorde- vez que cada departamento passa a possuir dupla subordi-
nação. Dessa forma, a coordenação lateral é melhorada, nação. Neste sentido, a matriz enfatiza a interdependência
enquanto a cadeia de comando e a coordenação vertical entre os departamentos e exige uma necessidade de lidar
é enfraquecida. com um ambiente complexo.

Vantagens Desvantagens
• Possibilidade de maior aprimoramento técnico de sua • Dupla subordinação, gerando um clima de ambiguidade
equipe de trabalho. de papéis e relações.
• Coordenação de equipe de forma mais adequada e coe- • Conflitos de interesse entre os chefes funcionais e os de
rente. projeto.
• Maior desenvolvimento de pessoal.
• Maior especialização nas atividades desenvolvidas.
• Uso adequado dos vários recursos.
• Maior cumprimento de prazos e do orçamento.
• Melhor atendimento dos clientes do projeto.

Podem-se distinguir três tipos de estrutura matricial:


• Organização matricial fraca: é muito semelhante a uma organização funcional, sendo o papel do gerente de projeto
mais propriamente de coordenador ou facilitador, ou seja, por vezes de ajudante e coordenador, pelo que não pode
tomar decisões de forma pessoal, mas tem interligação com todas as áreas funcionais involucradas no projeto.

• Organização matricial equilibrada: conta com um gerente de projeto que tem uma maior autonomia que na organização
matricial débil, mas não lhe confere autoridade plena sobre o projeto, especialmente em relação ao financiamento.

Conhecimentos Específicos

Fonte: Guia PMBOK®

• Organização matricial forte: coincide em muitas características com a organização por projetos, já que tem um gerente de
projeto e uma equipe administrativa dedicados por completo, sem que por isso se modifique a estrutura funcional. O ge-
rente do projeto possui plena autoridade sobre o mesmo e atua ao mesmo nível que os responsáveis das áreas funcionais.

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Fonte: Guia PMBOK®

Estrutura em Rede Dessa forma, a organização pode se adaptar a mudanças


no ambiente externo muito mais rapidamente e aproveitar
Uma estrutura em rede atrai recursos, em qualquer lugar as oportunidades de mercado que apareçam.
do mundo, para alcançar uma qualidade e um preço que Outra grande vantagem é que essa estrutura é uma das
possibilitem à empresa vender seus produtos e serviços em mais enxutas, pois não são necessários muitos níveis hierár-
seu mercado. A maior vantagem desse tipo de organização quicos. É necessária pouca supervisão, sendo então eliminados
muitos níveis de gerência, deixando a estrutura mais achatada.
é sua flexibilidade e competitividade em escala global.
As maiores desvantagens dizem respeito à falta de con-
Portanto, a flexibilidade advém da possibilidade de a or- trole direto sobre os processos de trabalho. Como a empresa
ganização contratar qualquer serviço ou produto necessário contrata produtos e serviços, a administração tem de confiar
no momento, e pouco tempo depois poder trocar de forne- em contratos, coordenação entre parceiros e comunicações
cedor, sem ter os custos de possuir maquinário, instalações com outras empresas para assegurar que os prazos e a qua-
fabris ou ter de demitir pessoal. lidade sejam atendidos.

Vantagens Desvantagens
• Permite uma maior flexibilidade e adaptabilidade da • Aumenta a dificuldade de apurar a responsabilidade por
organização ao ambiente complexo e mutável. algum problema.
• Estimula o desenvolvimento da competitividade • Dificuldade na cobrança e controle, pois depende do geren-
global. ciamento de contratos e negociações entre os parceiros.
• Promove um ambiente desafiador e motivador para • Possibilidade maior de perda de um parceiro estratégico,
trabalhar. com impacto grande nos resultados.
• Reduz os gastos de supervisão. • Dificuldade de criar uma cultura organizacional forte.
• Reduz os níveis hierárquicos.

Direção • Princípio da Amplitude de Controle: refere-se ao nú-


mero ideal de subordinados que cada chefe pode su-
Compreende guiar e orientar o comportamento das pervisionar diariamente.
pessoas para o alcance dos objetivos pretendidos. É uma • Princípio da Coordenação: todas as atividades devem
atividade gerencial que envolve liderança, comunicação e ser coordenadas e integradas tendo em vista um ob-
motivação. jetivo comum.
Dirigir significa interpretar os planos para as pessoas e dar
instruções e orientações sobre como executá-los, a fim de O Papel da Direção
garantir o alcance dos objetivos. Dirigir significa fazer acon-
tecer. O papel do dirigente é acionar a empresa, é fazer as Para a Teoria Comportamental, o papel do administrador
coisas acontecerem. é promover a integração e articulação entre as variáveis or-
A direção é assim denominada em nível institucional; ganizacionais e as variáveis humanas, focalizando o ambiente
Conhecimentos Específicos

em nível intermediário é chamada de gerência; e em nível e, mais especificamente, o cliente. De um lado, as variáveis
operacional recebe o nome de supervisão de primeira linha. É organizacionais – como missão, objetivos, estrutura, tecno-
uma função complexa, visto que envolve as relações interpes- logia, tarefas etc. – e de outro, as variáveis humanas – como
soais como liderança, comunicação, motivação, orientação, habilidades, atitudes, competências, valores, necessidades
solução de conflitos e ambiente de trabalho. individuais etc. – que devem ser devidamente articuladas e
A direção deve basear-se em quatro princípios básicos: balanceadas. Planejar, organizar, controlar e, principalmente,
• Princípio da Unidade de Comando: cada subordinado dirigir servem exatamente para proporcionar essa integração
deve subordina-se a um e apenas um superior. e articulação.
• Princípio da Delegação: é preciso que todas as ativi- Para alcançar uma adequada integração e articulação entre
dades necessárias à realização dos objetivos empresa- as variáveis organizacionais e as variáveis humanas, o admi-
riais sejam delegadas ao nível hierárquico que possam nistrador deve utilizar vários mecanismos, como as variáveis
executá-las adequadamente. comportamentais estudadas por Likert: o processo decisório,

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os sistemas de comunicação, o relacionamento interpessoal organizações e desenha cargos e tarefas que repercutem no
dos membros e o sistema de punições e recompensas. relacionamento interpessoal dos membros. Ele incentiva as
Através desses mecanismos de integração, o papel do pessoas sob diferentes aspectos.
administrador se estende por uma ampla variedade de alter- Em cada uma dessas áreas, o  papel do administrador
nativas, que vão desde o Sistema 1 até o Sistema 4 de Likert. pode variar entre comportamentos ou abordagens alterna-
O administrador exerce direção, toma decisões e in- tivas, a saber:
fluencia e motiva as pessoas. Ele comunica e estrutura as

O Sistema 4 tem se revelado como o melhor meio de Os termos usualmente utilizados no processo de comu-
incrementar e impulsionar as habilidades, as  atitudes, nicação são:
os  valores e as necessidades das pessoas em direção aos
objetivos organizacionais.
Emissor Emite ou transmite a mensagem.
Mensagem Conjunto de informações transmitidas.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS:
Codificação Capacidade de construir mensagens se-
COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES gundo um código, compreendido pelo
INTERPESSOAIS emissor e receptor.
Meio Suporte onde a mensagen é levada do
Numa organização, as diversas tarefas e unidades de
emissor para o receptor.
trabalho especializadas precisam integrar-se porque elas
são interdependentes – para realizar uma, é preciso reali- Contexto Conjunto de variáveis que rodeia, e in-
zar outra. Interdependência é a palavra-chave no processo fluenciam a sitação de comunicação.
de coordenação, que procura fazer as peças especializadas Receptor Aquele que recebe a mensagem.
se encaixarem umas nas outras, de modo que o conjunto Código Conjunto de elementos com significado
consiga cumprir sua finalidade. aceites pelo emissor e receptor.
Uma das principais responsabilidades da administração é
coordenar as diferentes unidades de trabalho da organização. Descodificação Capacidade de interpretar a mensagem.
Para cuidar dessa responsabilidade, a administração precisa Canal Via de circulação da mensagem.
montar e fazer funcionar o sistema de comunicações da estru- Feedback Informação de retorno, que permite ajus-
tura organizacional. Comunicação é o processo de transferir e tar a mensagem.
Conhecimentos Específicos

receber informações. Informações são dados organizados que


possibilitam a análise de situações e tomada de decisões. É por Há dois tipos de comunicação numa organização:
meio da comunicação que as partes da organização articulam Comunicação informal, aquela desenvolvida espontane-
suas atividades para funcionar como um conjunto7. amente através da estrutura informal e fora dos canais de
O processo de comunicação envolve a informação (ba- comunicação estabelecidos pelo organograma, “sendo todo
seada em dados) transmitida, por exemplo, pelo dirigente tipo de relação social entre os colaboradores. É a forma dos
“A” (chamado emissor) para o funcionário “B” (chamado funcionários obterem mais informações, através dos conhe-
receptor) que recebe a mensagem (entender o verdadeiro cidos ‘boatos e rumores’” (Watanabe, 2009)8. Geralmente,
sentido da informação transmitida pelo emissor).
8
WATANABE, Camilla. Comunicação formal e informal. 2009. Disponível em:
7
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução a Administração. 5º ed. São http://verbalizando-corg.blogspot.com.br/2009/05/comunicacao-formal-
Paulo: Atlas, 2000. -einformal.html

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a comunicação informal veicula mensagens que podem ou entre departamentos, a comunicação horizontal é funda-
não ser referentes às atividades da empresa. Através dela mental para o trabalho em equipe. Ela é vital em estruturas
pode-se conseguir mais rapidamente mensurar opiniões e mais modernas e em empresas que necessitam de uma maior
insatisfações dos colaboradores, ao ter uma ideia mais ampla flexibilidade e adaptabilidade ao meio ambiente.
do clima organizacional e da reação das pessoas aos proces-
sos de mudança. (Gomes, Cardoso e Dias, 2008)9 Barreiras à Comunicação
Comunicação formal, aquela endereçada através dos ca- As barreiras à comunicação (ou ruídos) são as causa-
nais de comunicação existentes no organograma da empresa, doras das distorções que impedem que uma comunicação
é derivada da alta administração. A mensagem é transmitida seja efetiva. Para Robbins, as mais importantes barreiras
e recebida dentro dos canais formalmente estabelecidos pela são10:
empresa na sua estrutura organizacional. É basicamente a • Filtragem – manipulação da mensagem pela pessoa
comunicação veiculada pela estrutura formal da empresa, que envia (fonte), para que seja vista favoravelmente
sendo quase toda feita por escrito e devidamente documen- pelo recebedor. Acontece quando um subordinado
tada através de correspondências ou formulários. não quer dar uma má notícia ao chefe ou quer “dizer”
As comunicações formais dentro das organizações nor- ao chefe o que ele quer ouvir. Normalmente, ocorre
malmente seguem três direções: descendente, ascendente quando a fonte e o destinatário estão em níveis hie-
e lateral (ou horizontal). rárquicos diferentes.
As comunicações são descendentes quando são envia- • Percepção seletiva – as pessoas que recebem a mensa-
das das chefias para seus subordinados, ou seja, quando gem as interpretam com base em suas necessidades,
“descem” dos níveis hierárquicos mais altos para os mais experiências, motivações e outras características
baixos da empresa. Podem incluir desde instruções, objeti- pessoais. Dessa forma, se um entrevistador de recruta-
vos a serem buscados, normas a serem seguidas, resultados mento tem um preconceito em relação a estrangeiros,
alcançados e notícias. por exemplo, tenderá a interpretar negativamente
Da mesma forma, as comunicações são ascendentes qualquer mensagem que um angolano (por exemplo)
quando são enviadas pelos subordinados para seus chefes. venha a dizer.
Para que os executivos de uma organização fiquem a par • Excesso de informação – todos nós temos uma ca-
dos acontecimentos, uma comunicação ascendente livre é pacidade finita de processar informação. Quando
muito importante. essa capacidade é superada, tendemos a esquecer
Dessa forma, os empregados podem informar algum de informações, postergar a comunicação ou ação
problema que tenha ocorrido, informar algum conflito ou necessária. Assim, o resultado é perda de informação
insatisfação, fazer sugestões e trazer todo tipo de informação e uma comunicação com ruído.
da “linha de frente” para seu chefe. • Emoções – as emoções que o receptor está sentin-
do irão influenciar o modo como ele interpretará a
mensagem. Se estivermos felizes, tenderemos a ver
a mensagem como positiva. Já se estamos depres-
sivos, tendemos a ver as coisas de modo negativo.
Dessa forma, deixamos de analisar a mensagem ob-
jetivamente e usamos nossas emoções, distorcendo
o sentido.
• Linguagem – a idade, o nível educacional e a cultura
de uma pessoa influenciam como ela usa a lingua-
gem. As palavras não significam a mesma coisa para
todo mundo. Quando vamos a um médico e ele usa
termos técnicos para nos explicar que doença temos,
podemos não entender a mensagem. O mesmo
pode ocorrer quando necessitamos do serviço de
um advogado. As pessoas que enviam as mensagens
costumam imaginar que todo mundo compreende
da mesma forma a sua linguagem, mas isso não é
necessariamente verdade.
Esses fluxos de comunicação (descendente e ascendente) • Apreensão ou ansiedade – muitas pessoas sofrem
descritos são os mais comuns em organizações verticalizadas de uma extrema dificuldade de se comunicar. Podem
e hierarquizadas. Entretanto, atualmente os fluxos horizon- ter dificuldade para falar, escrever, ou as duas coisas.
tais são cada vez mais importantes. Isso pode ocorrer por: timidez, dificuldade na fala,
A comunicação lateral (ou horizontal) é o fluxo de infor- fobias etc. Dessa forma, tenderão a buscar reduzir ao
mações entre colegas de trabalho e setores de uma empresa.
máximo a sua interação com outras pessoas. Pessoas
Uma comunicação lateral acontece quando pedimos ajuda
que não gostam de falar em público ou conversar cara
Conhecimentos Específicos

a um colega de trabalho ou quando dois departamentos


a cara tenderão a utilizar cartas ou e-mails quando
precisam coordenar uma tarefa.
Entre os exemplos de casos em que a comunicação lateral uma conversa seria o mais indicado.
ocorre, temos: as reuniões entre departamentos diferentes,
os grupos de trabalho (ou grupos de “força-tarefa”) e as equi- Já Macêdo et al. (2007)11 classificam as barreiras que
pes de projetos. Esse tipo de comunicação é fundamental impedem uma comunicação eficaz em quatro tipos: as bar-
para uma coordenação de esforços entre as diversas áreas reiras presentes no emissor, as presentes no receptor, as que
da empresa. Dessa forma, seja dentro do departamento ou estão presentes tanto no emissor quanto no receptor e as
presentes no ambiente.
9
GOMES, V. D.; CARDOSO, I. C. D.; DIAS, S. A. V. O poder da comunicação in-
formal – “O Boato” (documento on-line) Administradores – O Portal da Ad- 10
Robbins, 2004.
ministração (2008). Disponível em:http://www.administradores.com.br/ 11
MACÊDO, Ivanildo Izaias de; RODRIGUES, Denize Ferreira; JOHANN, Maria Eli-
producao_academica/o_poder_da_comunicacao_informal_o_boato/1281/ zabeth Pupe; CUNHA, Neisa Maria Martins da. Aspectos comportamentais da
download gestão de pessoas. 9ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

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CONTROLE o controle é a função administrativa que monitora e avalia as
atividades e os resultados alcançados para assegurar que o
Como as organizações não operam na base da improvisação planejamento, a organização e a direção sejam bem‑sucedidos.
e nem ao acaso, elas precisam ser devidamente controladas. Tal como o planejamento, a  organização e a direção,
Elas requerem um considerável esforço de controle em suas o controle é uma função administrativa que se distribui entre
várias operações e atividades para saber se estão no rumo certo todos os níveis organizacionais.
e dentro do que foi planejado, organizado e dirigido. O controle Assim, quando falamos de controle, queremos dizer que
constitui a última das funções administrativas, vindo depois do o nível institucional efetua o controle estratégico, o  nível
planejamento, da organização e da direção. Controlar significa intermediário faz os controles táticos e o nível operacional,
garantir que o planejamento seja bem executado e que os obje- os controles operacionais. Cada qual dentro de sua área de
tivos estabelecidos sejam alcançados da melhor maneira possível. competência. Os três níveis se interligam e se entrelaçam
A função administrativa de controle está relacionada com a intimamente. Contudo, o processo é exatamente o mesmo
maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da para todos os níveis: monitorar e avaliar incessantemente
atividade das pessoas que compõem a organização. as atividades e operações da organização.
O planejamento serve para definir os objetivos, traçar as O controle está presente, em maior ou menor grau, em
estratégias para alcançá‑los e estabelecer os planos de ação. quase todas as formas de ação organizacional. Os  admi-
A organização serve para estruturar as pessoas e os recursos nistradores passam boa parte de seu tempo observando,
de maneira a trabalhar de forma organizada e racional. A dire- revendo e avaliando o desempenho de pessoas, de unidades
ção mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que utilizem organizacionais, de máquinas e equipamentos, de produtos
os recursos da melhor maneira possível. Por fim, o controle e serviços, em todos os três níveis organizacionais.
serve para que todas as coisas funcionem da maneira certa e
no tempo certo. Élvis Corrêa Miranda
O controle verifica se a execução está de acordo com o que
foi planejado: quanto mais completos, definidos e coordenados
forem os planos, mais fácil será o controle. Quanto mais comple-
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA E
xo o planejamento e quanto maior for o seu horizonte de tempo, PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
tanto mais complexo será o controle. Quase todos os esquemas
de planejamento trazem em seu bojo o seu próprio sistema de Arquivística: Princípios e Conceitos
controle. Através da função de controle, o administrador asse-
gura que a organização e seus planos estejam na trilha certa. Princípios
O desempenho de uma organização e das pessoas que
a compõem depende da maneira como cada pessoa e cada São preceitos ou regras, conhecidos e obedecidos por todos,
unidade organizacional desempenha seu papel e se move no a fim de se atingir e organizar melhor os documentos e padro-
sentido de alcançar os objetivos e metas comuns. O controle é nizar as ações tomadas dentro da área de arquivo.
o processo pelo qual são fornecidas as informações e retroação
para manter as funções dentro de suas respectivas trilhas. É a Proveniência ou Respeito aos Fundos: princípio básico
atividade integrada e monitorada que aumenta a probabilidade da arquivologia. O  arquivo produzido por uma entidade
de que os resultados planejados sejam atingidos da melhor coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de
maneira. outras entidades produtoras. Também chamado princípio
A palavra controle pode assumir vários e diferentes significa- do respeito aos fundos.
dos. Quando se fala em controle, pensa‑se em significados como De um modo geral, este princípio fixa a identidade do
frear, cercear, regular, conferir ou verificar, exercer autoridade documento, relativamente a seu produtor. Por este prin-
sobre alguém, comparar com um padrão ou critério. No fundo, cípio, os  arquivos devem ser organizados em obediência
todas essas conotações constituem meias‑verdades a respeito à competência e às atividades da instituição ou pessoa
do que seja o controle. Contudo, sob um ponto de vista mais legitimamente responsável pela produção, acumulação ou
amplo, os três significados mais comuns de controle são: guarda dos documentos.
1. Controle como função restritiva e coercitiva. Utilizada no
sentido de coibir ou restringir certos tipos de desvios indesejá- Fundo: conjunto de documentos de uma mesma prove-
veis ou de comportamentos não aceitos pela comunidade. Nes- niência (instituição).
se sentido, o controle assume um caráter negativo e restritivo,
sendo muitas vezes interpretado como coerção, delimitação, Fundo aberto: fundo ao qual podem ser acrescentados
inibição e manipulação. É o chamado controle social aplicado novos documentos em função do fato de a entidade produ-
nas organizações e nas sociedades para inibir o individualismo tora continuar em atividade.
e a liberdade das pessoas;
Fundo fechado: fundo que não recebe mais acréscimos
2. Controle como um sistema automático de regulação. Utili-
de documentos, em função de a entidade produtora não se
zado no sentido de manter automaticamente um grau constante
encontrar mais em atividade.
no fluxo ou funcionamento de um sistema. É o caso do processo
de controle automático das refinarias de petróleo, de indústrias
Conhecimentos Específicos

Ordem Original: os documentos devem ser mantidos no


químicas de processamento contínuo e automático. O meca- arquivo na mesma ordem que lhe foi atribuída nos setores
nismo de controle detecta possíveis desvios ou irregularidades que os criaram. Não se explica quando os documentos na
e proporciona automaticamente a regulação necessária para fase corrente não receberam uma organização adequada.
voltar à normalidade. É o chamado controle cibernético que é
inteiramente autossuficiente na monitoração do desempenho Custódia Intacta (ou Santidade): os documentos devem
e na correção dos possíveis desvios. Quando algo está sob con- ser mantidos sob a custódia de quem os haja criado ou de
trole significa que estão dentro do normal ou da expectativa; seus sucessores legítimos e legais. Resguarda a autenticidade
3. Controle como função administrativa. É  o controle e fidelidade dos arquivos.
como parte do processo administrativo, como o planeja-
mento, a organização e a direção. Organicidade: o acervo deve refletir a estrutura interna
Trataremos o controle sob o ponto de vista do terceiro sig- e as competências / atribuições de seu órgão produtor, man-
nificado, isto é, como parte do processo administrativo. Assim, tendo a inter-relação dos conjuntos de um fundo.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Unicidade: não obstante, forma, gênero, tipo ou suporte, • os documentos de arquivo podem estar registrados
os documentos de arquivo conservam seu caráter único, em em variados suportes e ser de vários gêneros (textual,
função do contexto em que foram produzidos. iconográfico, audiovisual etc.), ao contrário da ideia
básica de que documentos de arquivo são basica-
Indivisibilidade: os fundos de arquivo devem ser preser- mente no gênero textual e em suporte papel. Alguns
vados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não documentos, inclusive, têm seu suporte alterado pelos
autorizada ou adição indevida. arquivos, visando a garantir a permanência das infor­
mações ali depositadas (processo de microfilmagem,
Cumulatividade: o arquivo é uma formação progressiva, mudança de mídia de documentos digitais etc.).
natural e orgânica.
O termo arquivo pode também ser usado para designar:
Conceito • conjunto de documentos;
• móvel para guarda de documentos;
O arquivo de uma instituição funciona como o guardião • local onde o acervo documental deverá ser conservado;
das informações ali existentes. Para entendermos o conceito • órgão governamental ou institucional cujo objetivo
de arquivo, devemos antes conhecer três conceitos básicos seja o de guardar e conservar a documentação;
que integram a área: informação, suporte e documento. • títulos de periódicos – geralmente no plural, devido às
Informação: pode ser definida como ideia ou conheci- influências inglesa e francesa.
mento.

Suporte: meio no qual a informação é registrada.


Importância do Arquivo
Entende-se por suporte qualquer meio utilizado para gra-
var a informação. O papel é hoje o suporte mais utilizado, A importância do arquivo para a instituição está ligada ao
mas não é o único. No passado, tivemos o pergaminho e o aumento expressivo do volume de documentos que utiliza no
papiro como suportes bastante utilizados. Com o avanço de exercício de suas atividades e a necessidade de se estabele-
novas tecnologias ligadas à informática, é cada vez maior o cerem critérios de guarda e de eliminação de documentos,
número de instrumentos capazes de servir de suporte para quando já não são mais úteis para a organização. A adoção
a informação. Dentre os meios mais utilizados, podemos de técnicas arquivísticas adequadas permite não apenas a
destacar: disquete, CD, DVD e fita VHS. localização eficiente da informação desejada, mas também
a economia de recursos para a instituição.
Documento: é toda informação registrada em um Podemos destacar como finalidades do arquivo:
suporte material, suscetível de consulta, estudo, prova e • a guarda de documentos que circulam na instituição,
pesquisa, pois comprova fatos, fenômenos, formas de vida utilizando para isso técnicas que permitam o arqui-
e pensamentos do homem em determinada época ou lugar. vamento ordenado e eficiente;
No momento em que o indivíduo registra uma infor- • a garantia de preservação de documentos, por meio
mação em um suporte, dá origem a um documen­to. Com o de formas adequadas de acondicionamento, conside-
aparecimento da escrita, o volume de do­cumentos criados rando temperatura, umidade e demais aspectos que
foi se tornando cada vez maior e surgiu a necessidade de se possam danificá-los;
criarem técnicas que permitissem organizar essa massa docu- • o atendimento aos pedidos de consulta e desarquiva-
mental de forma a permitir sua imediata localização quando mento de do­cumentos pelos diversos setores da ins-
necessário. A partir de então, surgiram os primeiros arquivos. tituição, de forma a atender rapidamente à demanda
Quanto à conceituação moderna, Buck ([s.d.] apud SOU- pelas informações ali depositadas.
ZA, 1950), arquivista dos EUA, assim definiu:
Além dessas funções principais, podemos destacar outras
Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente de relativa importância, como a expedição da correspon-
produzidos e recebidos por um governo, organização dência, criação dos modelos para documentos e criação das
ou firma, no decorrer de suas ativi­dades, arquivados normas de gestão documental da ins­tituição.
e conservados por si e seus sucessores para efeitos Para alcançar esses objetivos, é necessário que o arquivo
fu­turos. disponha dos seguintes requisitos:
• contar com pessoal qualificado e em número suficiente;
Paes (2004, p. 16), por sua vez, define arquivo como sendo:
• estar instalado em local apropriado;
a acumulação ordenada dos documentos, em sua • dispor de instalações e materiais adequados;
maioria textuais, criados por uma instituição ou pes- • utilizar sistemas racionais de arquivamento, funda-
soa, no curso de sua atividade, e preservados para mentados na teoria arquivística moderna;
a consecução de seus objetivos, visando a utilidade • contar com normas de funcionamento;
que poderão oferecer no futuro. • contar com dirigente qualificado, preferencial, mas
Conhecimentos Específicos

não obrigatoriamente formado em Arquivologia.


Prado (1985, p. 2) define arquivo como “a reunião de
documentos conservados, visando à utilidade que poderão Para Paes (2004, p. 20), “a principal finalidade dos
oferecer futuramente”, destacando que, “para ser funcio- arquivos é servir a administração, constituindo-se, com o
nal, um arquivo deve ser planejado, instalado, organizado decorrer do tempo, em base do conhecimento da história”.
e mantido de acordo com as necessidades inerentes aos Destaca, ainda, que a “função básica do arquivo é tornar
setores” e que “para realizar o trabalho de arquivamento, disponíveis as informações contidas no acervo documental
o arquivista precisa conhecer a natureza do arquivo que lhe sob sua guarda”. Observa-se, portanto, que o arquivamento
será entregue”. não consiste apenas em guardar documentos, mas servir
Ao analisarmos tais definições, podemos concluir que: de fonte de pesquisa para toda a administração, servindo
• os documentos de arquivo, além de serem produzidos de base para eventuais tomadas de decisões e ainda para a
pela instituição, podem também ser recebidos por ela; preservação da história.

18 Este eBook foi adquirido por BRUNO JEFERSON LEOCADIO ALAINCARDK SILVEIRA OLIVEIRA - CPF: 064.387.404-62.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Distinção entre Arquivo e Biblioteca Arquivos especializados: arquivos que mantêm sob
guarda documentos de determinada área do conhecimento.
Embora arquivo e biblioteca tenham a mesma finalidade São exemplos os arquivos médicos, os jornalísticos e os de
(guardar e permitir o acesso às informações), sua forma de engenharia.
atuação e suas características básicas são diferentes. Pode-
mos, assim, definir cada instituição: Classificação segundo os estágios de sua evolução
Arquivo: é o conjunto de documentos, criados ou recebi-
dos por uma instituição ou pessoa, no exercício de sua ativida- Com relação ao estágio de evolução, os arquivos clas-
de, preservados para garantir a consecução de seus objetivos. sificam-se em correntes, intermediários ou permanentes.
Biblioteca: é o conjunto de material, em sua maioria Arquivos correntes: são aqueles que guardam os do­
impresso e não produzido pela instituição em que está in- cumentos mais novos e mais utilizados na instituição.
serido, de forma ordenada para estudo, pesquisa e consulta. Arquivos intermediários: são aqueles que guardam os
Normalmente é constituída de coleções temáticas e seus documentos menos utilizados na instituição, mas que podem
documentos são adquiridos por meio de compra, doação ou ser utilizados para fins administrativos.
permuta, diferentemente dos arquivos, cujos documentos Arquivos permanentes: são aqueles que guardam os do-
são produzidos ou recebidos pela própria instituição. cumentos que, já tendo cumprido sua função administrativa,
Podemos verificar que, enquanto o arquivo tem finali- agora são conservados pelo valor histórico para a instituição.
dade funcional (preservar as informações que evidenciam
o funcionamento da instituição ao longo do tempo), a fina- Classificação segundo a extensão de sua atuação
lidade da biblioteca é essencialmente cultural (guarda de
informações para estudo). Com relação à extensão de sua atuação (localização físi-
Destaca-se, ainda, que os documentos dos arquivos são ca), os arquivos classificam-se em setoriais ou centrais/gerais.
produzidos em uma única via ou em limitado número de Arquivos setoriais: são aqueles instalados nos próprios
cópias, enquanto que os documentos das bibliotecas (livros) setores que utilizam os documentos no dia a dia.
são produzidos em numerosos exemplares, distribuídos pelas Arquivos centrais/gerais: são aqueles que estão loca-
inúmeras bibliotecas existentes. lizados fora dos setores de trabalho e acumulam, em um
único local, documentos provenientes dos diversos setores
Classificação dos Arquivos da instituição, de forma centralizada.

Dependendo do aspecto sob o qual os arquivos são es- Classificação dos Documentos
tudados, eles podem ser classificados segundo:
• as entidades mantenedoras (públicos ou privados); Quanto ao Gênero
• a natureza dos documentos (especial ou especializado);
• os estágios de sua evolução (corrente, interme­diário
Os documentos são classificados em:
ou perma­nente);
– documentos escritos ou textuais: documentos cuja
• a extensão de sua atuação (setorial ou central).
informação esteja em forma escrita ou textual.
Ex.: contratos, atas, relatórios, certidões.
Classificação segundo as entidades mantenedoras
– documentos iconográficos: documentos cuja infor-
De acordo com a Lei nº 8.159/1991, os arquivos podem mação esteja em forma de imagem estática.
ser classificados segundo a instituição em que estejam inse- Ex.: fotografias, negativos, diapositivos (slides), dese-
ridos da seguinte forma: nhos e gravuras.
Arquivos públicos: são aqueles mantidos por entidades – documentos sonoros: documentos cuja informação
de caráter público ou, ainda, por entidades privadas encar- esteja em forma de som/áudio.
regadas da execução de serviços públicos, seja na esfera Ex.: escuta telefônica, discurso gravado em fita cassete.
federal, estadual ou municipal. Ex.: arquivo do STJ, arquivo – documentos filmográficos: documentos cuja informa-
da Prefeitura de São Paulo, arquivo do Senado Federal. ção esteja em forma de imagem em movimento (com
Arquivos privados: são aqueles mantidos por instituições ou sem som).
de caráter particular. Ex.: arquivo do Bradesco, arquivo das Ex.: filmagens e vídeos.
Lojas Americanas, arquivo da Rede Globo. – documentos informáticos ou digitais: documentos
gravados em meio digital e que, por isso, necessitam
Para Paes (2004, p. 21), segundo as entidades a que estão de equipamentos eletrônicos para serem lidos.
vinculados, os arquivos podem ser classificados em: Ex.: arquivo em MP3, arquivo do Word.
• públicos: quando mantidos por um órgão público, em – documentos cartográficos: documentos que repre-
qualquer esfera de atuação; sentem, de forma reduzida, uma área maior.
• institucionais: quando mantidos por associações, Ex.: mapas e plantas.
igrejas ou entidades sem fins lucrativos; – documentos micrográficos: documentos em micro-
Conhecimentos Específicos

• comerciais: quando mantidos por firmas, empresas ou formas.


indústrias; Ex.: microfilmes e microfichas.
• pessoais ou familiares: quando mantidos por pessoas
físicas. Quanto à Espécie/Tipologia Documental

Classificação segundo a natureza dos documentos Denomina-se espécie de um documento o seu aspecto
formal, ou seja, a aparência que assume a partir das infor-
Arquivos especiais: arquivos que mantêm documen­tos mações nele contidas. Em geral, há nas instituições diversas
de formas físicas variadas e que exigem cuidados especiais espécies de documentos como ofícios, memorandos, atas,
em sua guarda e conservação. É o caso de arquivos destina- declarações, avisos, requerimentos etc.
dos a documentos em meio digital (CDs, disquetes, DVDs), Quando reunimos determinada espécie à função ou ati-
fotografias, slides, microfilmes, fitas de vídeo etc. vidade que o documento irá exercer, criamos uma tipologia

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
documental. Dessa forma, a tipologia documental resulta da aspectos físicos, políticos, econômicos, psicossociais e milita-
soma da espécie do documento com sua atividade. res de países estrangeiros e meios de processos pelos quais
foram obtidos; materiais criptográficos importantes que não
Exemplos: tenham recebido classificação inferior.
Contrato (espécie) Reservados são os assuntos que não devem ser do co-
Contrato de prestação de serviços (tipologia documental) nhecimento do público em geral. Recebem essa classificação,
Contrato de locação (tipologia documental) entre outros, partes de planos, programas e projetos e as
Declaração (espécie) suas respectivas ordens de execução: cartas, fotografias
Declaração de imposto de renda (tipologia documental) aéreas e negativos que indiquem instalações importantes.
Declaração de bens (tipologia documental)
Alvará (espécie) CICLO VITAL DOS DOCUMENTOS (TEORIA
Alvará de funcionamento (tipologia documental)
Alvará de construção (tipologia documental) DAS TRÊS IDADES)

Quanto à Forma A Arquivologia adota a chamada Teoria das Três Idades


ou Ciclo Vital dos Documentos para classificar os estágios
A classificação do documento com relação à forma refe- ou fases pelas quais passam os documentos dentro de uma
re‑se ao seu estágio de preparação. São formas documentais: instituição (corrente, intermediária e permanente).
rascunho ou minuta, original e cópia. Essas fases são definidas, por Valette (1973, p. 63), como
as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e per-
Quanto ao Formato manente, e são assim des­critas:

Denomina-se formato de um documento o seu aspecto 1. Arquivo de primeira idade ou corrente, constituí-
físico, independentemente da informação nele armazenada. do de documentos em curso (emprestados a outros
São formatos documentais: ficha, livro, caderno, cartão, setores com relativa frequência) ou consultados
folder etc. frequentemente, conservados nos escritórios ou nas
repartições que os receberam e os produziram ou em
Quanto à Natureza do Assunto dependências próximas de fácil acesso.
Por documentos em curso, entenda-se que, nessa
Quanto à natureza do assunto, os documentos podem fase, os documentos tramitam bastante de um setor
ser ostensivos ou sigilosos. a outro, ou seja, podem ser emprestados a outros
A classificação de ostensivo ou ordinário é dada aos setores para atingirem a finalidade para a qual foram
documentos cuja divulgação não prejudica a administração. criados, o que não quer dizer que, necessariamente,
Consideram-se sigilosos os documentos que, por sua tais documentos devam estar tramitando todo o
natureza, devem ser de conhecimento restrito e, portanto, tempo.
requerem medidas especiais de salvaguarda para sua cus- 2. Arquivo de segunda idade ou intermediá­rio,
tódia e divulgação. constituído de do­cumentos que deixaram de ser
frequentemente consultados, mas cujos órgãos que
Graus de Sigilo os receberam e os produziram podem ainda solicitá-
Quando considerados sigilosos, os documentos públicos -los, para tratar de assuntos idênticos ou retomar um
devem ser classificados em uma das três categorias definidas problema novamente focalizado. Não há necessidade
pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, denominadas de serem conservados próximos aos escritórios.
“graus de sigilo”. São elas: A  permanência dos documentos nesses arquivos
• ultrassecretos; é transitória. São por isso também chamados, em
• secretos; alguns países que adotam esta teoria, de limbo ou
• reservados. purgatório.
3. Arquivo de terceira idade ou permanente, cons-
A classificação de ultrassecreto é dada aos assuntos tituído de do­cumentos que perderam todo valor de
que requerem excepcional grau de segurança e cujo teor ou natureza administrativa e que se conservam em razão
características só devem ser do conhecimento de pessoas de seu valor histórico ou documental e que consti-
intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio. tuem os meios de conhecer o passado e sua evolução.
São assuntos normalmente classificados como ultras- Estes são os arquivos propriamente ditos, pois ali
secretos aqueles da política governamental de alto nível e os documentos são arquivados de forma definitiva.
segredos de Estado.
Consideram-se secretos os assuntos que requerem alto São classificados como permanentes os do­cumentos:
Conhecimentos Específicos

grau de segurança e cujo teor ou características podem ser • que revelam a origem e a constituição da instituição;
do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente • que mostram como a instituição funcionou ao longo
ligadas ao estudo ou ao seu manuseio, são autorizadas a do tempo;
deles tomar conhecimento funcionalmente. • considerados como normas e regulamentos;
São assuntos geralmente classificados como secretos os • demais documentos que se caracterizem como histó-
referentes a planos, programas e medidas governamentais; ricos para a instituição.
os assuntos extraídos de matéria ultrassecreta que, sem
comprometer o excepcional grau de sigilo da matéria original, Essas fases são complementares, pois os documentos
necessitam de maior difusão, tais como: planos ou detalhes podem passar de uma fase a outra, e cada uma delas cor-
de operações militares; planos ou detalhes de operações responde a uma maneira diferente de conservar e tratar
econômicas ou financeiras; aperfeiçoamento em técnicas os documentos e, consequentemente, a uma organização
ou materiais já existentes; dados de elevado interesse sob adequada, ou seja, as unidades de acondicionamento (pastas

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
suspensas, pastas A-Z etc.) adotadas na fase corrente serão • necessidade de guarda dos documentos por precau-
substituídas por unidades mais adequadas ao funcionamento ção, em virtude das práticas administrativas (prazos
das fases intermediária e permanente, nas quais é muito precaucionais).
comum a utilização de caixas-arquivo.
Destinação Final dos Documentos
Valor dos Documentos
Todo documento, ao término de seu ciclo vital, deverá
Basicamente, o documento é guardado pela instituição ser encaminhado à sua destinação final, que ocorrerá no
enquanto possuir valor. O valor, quando existir, se apresen- momento em que tenha perdido seu valor administrativo.
tará em uma das seguintes formas: primário/administrativo A destinação final do documento poderá ser: eliminação ou
ou secundário/histórico. guarda permanente.
Valor primário/administrativo: refere-se aos documen- • Eliminação: quando o documento não apresentar
tos que a instituição mantém em sua guarda para dar suporte valor histórico.
às atividades que realiza no dia a dia. Está relacionado ao • Guarda permanente: quando o documento apresen-
motivo pelo qual o documento foi criado e por isso está pre- tar valor histórico.
sente em todo documento quando de sua criação. É um valor
temporário, ou seja, todo documento, em determinado mo- Convém destacar que, na eliminação, os processos mais
mento de sua existência, prescreverá administrativamente. indicados são a fragmentação e a reciclagem. O processo de
Valor histórico: o valor histórico, também chamado de incineração, por não ser ecologicamente correto e inviabilizar
secundário, refere-se à possibilidade de uso dos documentos o reaproveitamento do papel, deve ser evitado.
para fins diferentes daqueles para os quais foram originaria-
mente criados, uma vez que passa a ser considerado fonte de Tabela de Temporalidade
pesquisa e informação para terceiros e para a própria adminis-
tração. O documento, após perder seu valor administrativo, É o instrumento resultante da etapa de avaliação dos
pode ou não adquirir valor histórico, e tendo-o adquirido, esse documentos e que determina o prazo de guarda dos do­
se torna definitivo, ou seja, o documento jamais o perderá. cumentos nas fases corrente e intermediária (período em
Enquanto o documento apresentar valor primário/ que o documento será guardado), bem como sua destinação
administrativo, ele será arquivado na fase corrente ou na final (eliminação ou recolhimento para guarda permanen-
fase intermediária. Ao  prescrever administrativamente, te). A  Tabela de Temporalidade será elaborada por uma
o do­cumento poderá ser eliminado, quando não apresentar Comissão chamada de Comissão Permanente de Avaliação
valor secundário/histórico, ou poderá ser recolhido à fase de Documentos ou Comissão de Análise de Documentos
permanente, quando apresentar valor. Uma vez que o valor e será aprovada por autoridade competente do órgão para
secundário/histórico é definitivo, podemos concluir que do- que possa ser aplicada na instituição.
cumentos históricos jamais serão eliminados ou destruídos. Cada instituição criará a sua tabela, que deverá contem-
plar o conjunto de documentos existentes nela. Uma vez
Prazo de Guarda dos Documentos concluída e aplicada a Tabela de Temporalidade, eventuais
alterações ou inclusões deverão ser submetidas à Comissão
É o período em que o documento deve ser mantido que a criou, a fim de serem novamente avaliadas. Na tabela,
nos arquivos correntes e intermediários. O prazo de guarda cada documento terá seu próprio prazo para as fases corrente
vincula-se à determinação do valor do documento, de acordo e intermediária, bem como a destinação final (eliminação ou
com os seguintes fatores: recolhimento para guarda permanente). Portanto, não há
• frequência de uso das informações contidas nos do- prazo de guarda padrão nem máximo para os documentos
cumentos; nas fases corrente e intermediária; cada documento terá seu
• existência de leis ou decretos que regulem a prescrição próprio prazo, de acordo com o estabelecido pela Comissão
legal de do­cumentos (prazos prescricionais); de Análise quando da elaboração da tabela.
• existência de outras fontes com as mesmas informa- Veja a seguir a estrutura da Tabela de Temporalidade,
ções (documentos recapitulativos); com alguns dados hipotéticos.

Prazos de Guarda
Código Assunto Destinação Final Obs.
Corrente Intermediária
002 Planos, Programas e Projetos de Trabalho 5 anos 9 anos Guarda permanente -
020.1 Legislação de Pessoal Enquanto vigorar - Guarda permanente -
020.4 Sindicatos 5 anos 5 anos Guarda permanente -
Conhecimentos Específicos

022.11 Cursos internos 5 anos - Guarda permanente -


023.11 Admissão 5 anos 47 anos Eliminação -
024.1 Folha de pagamento 5 anos 95 anos Eliminação Microfilmar
024.2 Escala de férias 7 anos - Eliminação -
026.13 Aposentadoria 5 anos 95 anos Eliminação Microfilmar
029.1 Folha de ponto 5 anos 47 anos Eliminação Microfilmar

Os prazos anteriormente citados variam de acordo com bem como documentos destinados à eliminação e à guarda
o documento, podendo haver documentos com maior ou permanente. Em geral, documentos que demonstram a
menor prazo de guarda nas fases corrente e intermediária, origem da instituição e a sua forma de funcionamento (nor-

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mas, regulamentos e outros) têm caráter histórico e serão tem valor histórico e jamais será eliminado. Observa-se que a
preservados na fase permanente. passagem do documento para a fase permanente é chamada
A partir dos dados anteriores, podemos verificar as de recolhimento e, por conseguinte, apenas os documentos
quatro situações em que o documento pode ser inserido históricos são recolhidos.
na chamada Teoria das Três Idades ou no Ciclo Vital dos
Documentos, que são as seguintes: 4ª situação (exemplo do documento classificado no
código 020.1)
1ª situação (exemplo do documento classificado no
código 024.2)

Na 4ª situação, o documento será criado na fase corrente,


Neste caso, o documento é criado na fase corrente, na em que permanecerá por determinado período (no exem-
qual permanecerá durante determinado período (no exem- plo, enquanto vigorar), e depois será reco­lhido ao arquivo
plo acima, o  prazo de guarda na fase corrente da escala permanente, sem passar pela fase intermediária. Observa-se
de férias é de sete anos) e será eliminado sem passar pelas que determinados documentos podem ser recolhidos (pas-
fases seguintes. Desse modo, afirmamos que determinados sarem para o arquivo permanente) sem serem transferidos
documentos podem ser eliminados na fase corrente, desde (passarem pelo arquivo intermediário).
que a tabela de temporalidade assim o defina. Conclui-se, A figura a seguir demonstra o funcionamento do ciclo
ainda, que o arquivamento nas três fases não é con­dição vital dos do­cumentos.
obrigatória para todos os documentos. Na verdade, a única
fase em que todo documento com certeza passará é a fase
corrente, pois é nela que ele será criado.

2ª situação (exemplo do documento classificado no


código 026.13)

Destaque para as seguintes informações:


No caso, o documento é criado na fase corrente e cum- 1) todo documento será criado na fase corrente;
prirá seu prazo de guarda nesta fase (no exemplo, esse prazo 2) a fase corrente será composta pelos arquivos setoriais,
é de cinco anos). Posteriormente, será transferido para a localizados nos próprios setores que produzem os do-
fase intermediária, na qual cumprirá o prazo de guarda (que cumentos, e pelo arquivo central, também chamado
no exemplo será de 95 anos). A passagem do documento de arquivo geral, que estará localizado próximo aos
da fase corrente para a fase intermediária é chamada de setores;
transferência. No exemplo, passados os 95 anos na fase 3) após cumprir seu prazo na fase corrente, os  docu-
intermediária, o  documento poderá ser eliminado sem mentos poderão, de acordo com a Tabela de Tempo-
chegar à fase permanente. Verificamos, assim, que o docu- ralidade da instituição, ser eliminados, transferidos
mento poderá ser eliminado tanto na fase corrente quanto (para a fase intermediária) ou recolhidos (para a fase
na fase intermediária. O prazo da fase intermediária variará permanente);
de documento para documento, de acordo com o definido 4) após cumprir seu prazo na fase intermediária, os do-
na Tabela de Temporalidade. cumentos poderão, de acordo com a Tabela de Tem-
poralidade da instituição, ser eliminados ou recolhidos
3ª situação (exemplo do documento classificado no (para a fase permanente);
código 002) 5) os documentos históricos serão recolhidos à fase
permanente, da qual jamais serão eliminados;
6) a eliminação poderá ocorrer em duas das três fases
Conhecimentos Específicos

do ciclo vital (corrente ou intermediária) e nunca na


terceira (permanente).

Localização dos Arquivos Correntes


Neste caso, o documento é criado na fase corrente, em Os arquivos correntes são aqueles que guardam os do-
que permanecerá por algum tempo (no exemplo, o prazo de cumentos mais recentes e frequentemente consultados. Por
guarda na fase corrente é de cinco anos), sendo transferido isso, tais documentos devem estar localizados nos próprios
para a fase intermediária, na qual cumprirá novo prazo (no setores em que foram produzidos/recebidos ou próximos a
exemplo, o prazo de guarda na fase intermediária é de nove estes. A instituição optará pela centralização (utilização do
anos), antes de ser recolhido para a fase permanente, o que arquivo central) ou não (utilização dos arquivos setoriais)
demonstra que, para a instituição em questão, tal documento desses arquivos, de acordo com as características de funcio-

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namento da empresa. Independentemente da centralização, Com base na Teoria das Três Idades, a  aplicação dos
as normas e atividades de controle e orientação devem, ne- critérios de avaliação efetiva-se na fase corrente, a fim de se
cessariamente, ser centralizadas, a fim de evitar a aplicação distinguirem os documentos de valor eventual (de elimina-
de critérios diferenciados no modo como funcionarão os ção sumária) daqueles de valor informativo ou probatório.
arquivos da instituição. Deve-se evitar a transferência para arquivo intermediário de
Os arquivos setoriais são aqueles localizados nos pró- do­cumentos que não tenham sido anteriormente avaliados,
prios setores que produzem ou recebem os documentos, pois o desenvolvimento do processo de avaliação e seleção
guardando documentos muito utilizados por estes, ou seja, nessa fase de arquivamento é extremamente oneroso do
são, essencialmente, arquivos correntes. ponto de vista técnico e gerencial.
Os arquivos gerais ou centrais são os que se destinam Vantagens da avaliação para a instituição:
a receber os do­cumentos correntes provenientes dos diver- • possibilita a eliminação de documentos destituídos
sos setores que integram a estrutura de uma instituição, de valor primário e secundário, trazendo para a insti-
funcionando como extensão daqueles. No funcionamento tuição ganho considerável de espaço físico;
do arquivo central, devem ser tomadas medidas especiais • diminui os gastos com recursos humanos e material,
para controle dos documentos emprestados aos setores, uma vez que não haverá necessidade de se conservar
como a identificação dos funcionários solicitantes, de seus tantos documentos inúteis;
respectivos setores de trabalho e da data de empréstimo • facilita a recuperação das informações contidas no
dos documentos. arquivo, visto que o volume de documentos guardados
será menor, facilitando a busca.
Seleção dos Documentos
ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO
É realizada no âmbito dos arquivos correntes e interme-
diários por técnicos previamente orientados, seguindo o Quando uma instituição resolver organizar seu arquivo,
estabelecido na Tabela de Tempora­lidade ou nos relatórios é necessário, em um primeiro momento, realizar uma cam-
de avaliação. A seleção é a separação física dos documen­tos panha de sensibilização que atinja todos os funcionários, nos
de acordo com a sua destinação: mais diversos níveis hierárquicos, a fim de que todos estejam
• eliminação: trata-se da destruição dos documentos envolvidos no projeto.
cuja operaciona­lização dependerá de seu volume, A organização do arquivo do órgão ocorre em quatro
podendo ser levada a efeito manual­mente ou por meio etapas:
de trituradoras; • levantamento de dados;
• transferência: envio dos documentos para o arquivo • análise dos dados coletados;
intermediário, acompanhados de listagem, onde • planejamento; e
aguardarão o cumprimento dos prazos de guarda e a • implantação e acompanhamento.
destinação final;
• recolhimento: envio dos documentos para o arquivo Levantamento de Dados
permanente. O arquivo deve elaborar instrumentos de
recuperação da informação com vistas à sua guarda Na etapa de levantamento de dados, é necessário realizar
permanente e ao acesso público. o exame de estatutos, regimentos, regulamentos, normas,
organogramas e outros documentos da instituição que
Avaliação de Documentos mantém o arquivo. Há, ainda, a necessidade de se conhecer
os dados relativos à documentação que circula no órgão.
É o processo em que são estabelecidos prazos de guarda Com relação à documentação, é necessário conhecer e
nas fases corrente e intermediária, bem como a destinação analisar dados como:
final dos documentos da instituição (eliminação ou guarda • o gênero da documentação (textual, iconográfico,
permanente). Na prática, é  o ato de se criar a Tabela de sonoro etc.);
Temporalidade, realizado pela Comissão Permanente de • as espécies mais frequentes (ofícios, relatórios, faturas,
Avaliação de Documentos. projetos etc.);
A complexidade e abrangência de conhecimentos exigi- • os modelos e formulários em uso;
dos pelo processo de avaliação de documentos de arquivo • a quantidade e o estado de conservação do acervo;
requerem, para o estabelecimento de critérios de valor, • os métodos de arquivamento adotados para os docu-
a  participação de pessoas ligadas a diversas áreas profis- mentos;
sionais. • a existência de registros e protocolos;
Como justificativa para essa exigência, verifica-se a • a média de arquivamento diários;
necessidade de se identificar a utilidade das informações • o controle de empréstimo de documentos;
contidas nos documentos. Assim, na tarefa de avaliar, devem- • a existência de normas ou manuais de arquivos.
Conhecimentos Específicos

-se constituir equipes técnicas integradas por profissionais


que conheçam a estrutura e o funcionamento da instituição: Além dos dados relativos à documentação, o especialista
• arquivista ou responsável pela guarda dos documentos; encarregado de organizar o arquivo da instituição precisa
• autoridade administrativa, conhecedora da estrutura conhecer ainda:
e funcionamento do órgão a que esteja subordinado • o número de empregados encarregados do arquivo,
o setor responsável pela guarda dos documentos; seu nível de escolaridade e formação profissional;
• profissionais da área jurídica; • a quantidade do equipamento existente, modelo e
• profissional da área financeira; estado de conservação;
• profissionais ligados ao campo de conhecimento de • a situação física do arquivo – extensão da área ocu-
que tratam os documentos, objeto de avaliação (his- pada, condições de iluminação e umidade, estado de
toriador, economista, engenheiro, sociólogo, médico, conservação das instalações e tipo de proteção contra
estatístico etc.). incêndio.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Análise dos Dados Coletados paciência, espírito crítico, discrição, honestidade, espírito de
equipe e entusiasmo pelo trabalho, características essenciais
Após o recolhimento dos dados da etapa anterior, o es- para desempenhar suas funções com eficiência.
pecialista analisa e verifica a situação real dos serviços do
arquivo do órgão, fazendo o seu diagnóstico. Com base nesse Escolha das instalações e equipamentos
diagnóstico, propõe as modificações necessárias ao sistema
a ser implantado. A escolha do local adequado para a instalação do arquivo
O diagnóstico deverá apontar os pontos de atrito, as fa- deve levar em consideração aspectos como condições de
lhas ou lacunas no complexo administrativo onde o arquivo limpeza, iluminação, temperatura, índices de umidade e,
está sendo organizado. também, se o tamanho da área é suficiente para o volume
documental a ser armazenado.
Planejamento Com relação aos equipamentos e materiais, estarão inse-
ridos os materiais de consumo e os materiais permanentes.
Uma vez coletados e analisados os dados, é necessário
elaborar o Plano Arquivístico, que deverá considerar: Implantação e Acompanhamento
• a posição do arquivo na estrutura da instituição;
• a centralização ou descentralização dos serviços de A fase de implantação e acompanhamento é aquela em
arquivo; que as normas descritas no Manual de Arquivo serão implan-
• a escolha dos métodos de arquivamento adequados; tadas na instituição. O manual deve ser revisto e atualizado
• o estabelecimento de normas de funcionamento; regularmente, a fim de atender as alterações que surgem no
• a qualificação dos recursos humanos; dia a dia da instituição.
• a escolha das instalações e equipamentos;
• a constituição de arquivos intermediário e permanente;
• os recursos financeiros disponíveis e neces­sários. MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
Posição do arquivo na estrutura da instituição Arquivamento é o conjunto das operações destinadas
ao acondicionamento e ao armazenamento de documentos.
É recomendável que a posição do arquivo seja a mais O método de arquivamento corresponderá à forma que os
elevada possível dentro da estrutura organizacional da documentos serão armazenados, visando à sua localização
instituição, visto que irá atender a setores e funcionários de futura.
diferentes níveis de autoridade.
Arquivamento Horizontal/Vertical
Centralização/descentralização dos serviços de
arquivo A respeito do acondicionamento e da guarda de docu-
mentos em pastas, arquivos, prateleiras e gavetas, existem
Entende-se por arquivo centralizado aquele que, além de duas formas: horizontal e vertical.
reunir a documentação em apenas um local, centraliza tam- Arquivamento horizontal: é aquele em que os docu-
bém as atividades de controle dos documentos (protocolo). mentos são dispostos uns sobre os outros. Essa forma de
Já nos arquivos descentralizados, tem-se a reunião dos arquivar é recomendável quando se deseja preservar os
documentos nos diversos setores que compõem a instituição.
documentos, pois evita que se dobrem ou amassem com
No entanto, as atividades de controle devem ser centraliza-
o tempo. É indicado para os arquivos permanentes e para
das em apenas um local (protocolo).
Note que a definição quanto à centralização ou descen- documentos de grandes dimensões como plantas, mapas e
tralização dos arquivos é uma preocupação apenas para a desenhos. Não é indicado, entretanto, para arquivos em que
idade corrente, pois, nos arquivos intermediários e perma- a consulta seja feita com frequência, porque, para que deter-
nentes, a guarda é feita sempre de forma centralizada. minado documento seja consultado, é necessário que sejam
Em ambos os casos (arquivos centralizados ou descen- retirados todos os documentos que se encontram por cima.
tralizados), a atividade de controle será sempre centralizada Arquivamento vertical: é aquele em que os documentos
em um único local (protocolo). são dispostos um atrás do outro em gavetas ou estantes. É o
método indicado para arquivos correntes, pois agiliza a busca
Escolha dos métodos de arquivamento e a localização dos documentos.

A escolha do método de arquivamento (forma de organi- Métodos Diretos/Indiretos


zação dos do­cumentos) deverá considerar os documentos a
serem organizados e a necessidade da instituição. O arquivo Com relação à ordenação dos documentos em um arqui-
Conhecimentos Específicos

poderá utilizar quantos métodos forem necessários. vo, podem-se dividir os métodos de arquivamento em dois
grandes sistemas: direto e indireto.
Estabelecimento de normas de funcionamento Sistema direto é aquele em que a busca do documen­to
é feita diretamente no local onde se acha guardado. É uma
Para que o arquivo desempenhe suas funções com co-
característica dos métodos que organizam documentos por
erência, é necessário que seja criado o Manual de Arquivo
nome (alfabético, geográfico, dicionário e enciclopédico).
da instituição, que descreverá as rotinas a serem adotadas
no funcionamento. Sistema indireto é aquele em que, para se localizar o
documento, ne­cessita-se antes consultar um índice ou um
Qualificação dos recursos humanos código. É o caso da utilização de fichários. É uma caracterís-
tica dos métodos que organizam os documentos por número
Além de conhecimentos técnicos, o profissional de arqui- (numérico simples, numérico cronológico, numérico dígito-
vo deve ter grande capacidade de discernimento, atenção, -terminal, decimal e duplex).

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Podemos identificar como os métodos mais comumente Qual seria a ordem correta dos eventos acima expostos?
utilizados para organização de arquivos ou fichários os a) I – II – IV – III – V.
seguintes: b) I – II – IV – III – V.
• método alfabético; c) III – I – IV – V – II.
• método numérico, que se divide em: numérico sim- d) III – V – IV – I – II.
ples, cronológico ou dígito-terminal; e) V – IV – III – II – I.
• método geográfico;
• método ideográfico. As respostas corretas, ainda que pareçam estranhas
à primeira vista, seriam:
Método Alfabético 1) d 2) c 3) d

É o método que utiliza um nome existente no do­cumento Apesar de, em um primeiro momento, a organização de
para organizá-lo de forma alfabética, utilizan­do-se do nome nomes em ordem alfabética parecer ser uma tarefa bastante
para localizar o referido documento quando necessário. simples, é um pouco mais complicada. Quando os documen-
A  ordenação alfabética utiliza todas as letras do nome, tos são organizados por nomes de pessoas, instituições ou
a fim de diferenciar os documentos que começam com as eventos, há uma série de regras a serem consideradas, como
mesmas letras. veremos a seguir.
O método alfabético é um método direto, pois não exige
a adoção de índice para que o documento seja localizado. Regras de alfabetação
A busca se dá diretamente no documento.
O arquivamento de nomes obedece a algumas regras,
Exemplos: chamadas regras de alfabetação, que são as seguintes:
1) A empresa XYZ, ao organizar a pasta funcional de seus 1. Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último
empregados, utilizou o método alfabético (organiza- sobrenome e depois o prenome.
ção a partir dos nomes dos empregados). Para tanto,
foram organizados os seguintes nomes: Exemplo:
I – Alfredo Maia Rodrigues Ariovaldo Dias Furtado
II – Severino Alves dos Santos Júnior Frank Menezes
III – Joaquim Pereira da Boa Morte Gilberto Alves Resende
IV – Maurício Soares Filho Otacílio Guedes Marques
V – Maria Alves Villas Boas
VI – Fernanda Moreira Aguiar Arquivam-se:

Qual seria a ordem correta dos nomes acima expostos?


a) I – VI – III – V – IV – II.
b) VI – V – IV – II – III – I.
c) II – V – I – VI – III – IV.
d) VI – III – I – II – IV – V.
e) I – II – III – IV – V – VI.

2) No escritório de contabilidade, “o Contador” organizou


as pastas referentes a seus clientes utilizando-se do
método alfabético (por nome das empresas). Foram
organizadas as seguintes pastas:
I – Supermercado Baratão
II – A Feminina Obs.: Quando houver sobrenomes iguais, prevalece
III – Curso Aprovação a ordem alfabética do prenome.
IV – O Globo
V – Madeireira Cupim Exemplo:
Daniele Firme Miranda
Qual seria a ordem correta dos nomes acima expostos? Fábio Corrêa Miranda
a) III – I – V – II – IV. Luciano Corrêa Miranda
b) II – III – V – IV – I. Veneza Firme Miranda
c) III – II – IV – V – I.
d) I – II – III – IV – V. Arquivam-se:
Conhecimentos Específicos

e) V – IV – III – II – I.

3) A empresa Festil Eventos organizou suas fitas de ví-


deo relativas aos eventos que organizou a partir dos
nomes dos referidos eventos utilizando-se do método
alfabético. Dessa forma, foram organizadas as fitas dos
seguintes eventos:
I – Primeiro Seminário de Arquivologia
II – 3º Simpósio de Biblioteconomia
III – XV Congresso de Direito
IV – Quinto Encontro de Contadores do DF
V – 75º Curso de Medicina Alternativa

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
2. Sobrenomes compostos de um substantivo e um ad- 5. Artigos e preposições, tais como a, o, de, d’, da, do,
jetivo ou ligados por hífen não se separam, quando e, um, uma, não são considerados.
transpostos para o início.
Exemplo:
Exemplo:
Camilo Castelo Branco Arnaldo do Couto
Heitor Villa-Lobos Márcio Mário do Nascimento
Joaquim da Boa Morte Marcos Roberto Araújo da Silva
Severino Monte Negro Ricardo d’Andrade
Arquivam-se:
Arquivam-se:

3. Os sobrenomes formados com as palavras Santa, San-


to ou São seguem a regra dos sobrenomes compostos
por um adjetivo e um substantivo, ou seja, quando
transpostos, devem ser acompanhados dos nomes
que os sucedem.
6. Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco
Exemplo: são considerados parte integrante do último sobre-
Adriana P. Santa Fé nome, mas não são levados em conta na ordenação
João do Santo Cristo alfabética. Quando existirem, devem ser transpostos
José Carlos São Paulo
Ricardo Santa Rita acompanhados pelo sobrenome que os antecedem.

Arquivam-se: Exemplo:
Edison Miranda Júnior
Élvis Corrêa Miranda Júnior
Osório Miranda Neto
Márcio Cerqueira Sobrinho
Wilson Rodrigues da Silva Filho

Arquivam-se:

4. As iniciais abreviativas de prenomes têm precedência


na classificação de sobrenomes iguais.
Exemplo:
E. Silva
Edis Silva
Estevão Silva
Everaldo Silva
Arquivam-se:
Conhecimentos Específicos

7. Os títulos não são considerados na alfabetação. São


colocados após o nome completo, entre parênteses.

Exemplo:
Coronel Emérson Pontes
Ministro Jorge Cardoso
Professor Carlos Fernandes
Soldado Wilson R. Silva

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Arquivam-se: 10. Nomes orientais  – japoneses, chineses, coreanos
e árabes, por exemplo  – são registrados como se
apresentam.

Exemplo:
Abdulah Mustafah → (árabe)
Law Kim Chong → (coreano)
Li Yutang → (chinês)
Sasazaki Yonoyama → (japonês)

Arquivam-se:

8. Nomes estrangeiros são considerados pelo último


sobrenome, salvo nos casos de nomes espanhóis e
orientais (ver também regras nºs 9 e 10).

Exemplos:
Arnold Schwarzenegger
George Walker Bush
Charles Chaplin
Adolf Hitler 11. Nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos
governamentais devem ser transcritos como se
Arquivam-se: apresentam, não se considerando, porém, para fins
de ordenação, os  artigos e as preposições que os
constituem. Admite-se, para facilitar a ordenação,
que os artigos iniciais sejam colocados entre parên-
teses após o nome.

Exemplo:
Antonio Silva & Cia.
Associação dos Jornalistas
Associação Educacional do DF
A Tentação
Companhia Petrolífera Nacional
El País
Embratel
The Washington Post
9. Nomes espanhóis ou hispânicos (países de língua es-
panhola) são registrados pelo penúltimo sobrenome, Arquivam-se:
e, para isso, os dois últimos sobrenomes devem ser
transpostos para o início.

Exemplo:
Enrico Gutierrez Salazar
Juan Ramirez Abadía
Maria Pereira de la Fuente
Pablo Puentes Hernandez

Arquivam-se:
Conhecimentos Específicos

12. Em títulos de congressos, conferências, reu­niões,


assembleias e assemelhados, os números arábicos,
romanos ou escritos por extenso deverão aparecer
no fim, entre parênteses.

Exemplo:
II Encontro Nacional de Arquivistas
3º Curso de Ciências Contábeis
Quinto Congresso de Biblioteconomia
24º Seminário de Direito

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Arquivam-se: O método apresenta como vantagem maior rapidez
na localização dos documentos, uma vez que dispensa a
necessidade de se trabalhar com números difíceis de serem
memorizados.
Observe a seguir um comparativo entre os métodos
numéricos simples e dígito-terminal:

Números a serem Método numérico Método dígito-


organizados simples -terminal
34.758 7.666 03-47-58
254.786 34.758 00-76-66
915.698 254.786 25-47-86
7.666 477.998 91-56-98
477.998 915.698 47-79-98

Verifica-se que, enquanto o método numérico simples


Método Numérico organiza os documentos em ordem crescente, a partir do
valor total dos números, o método dígito-terminal organiza
Método Numérico Simples os documentos pelos dois últimos algarismos, observando
os dois anteriores apenas para efeito de ordenação quando
Quando o principal elemento a ser considerado em um os dois últimos algarismos são iguais.
documento é o seu número, a escolha deve recair sobre o
método numérico simples. Método Geográfico
Neste método, é atribuído um número para cada docu-
mento, a partir do qual serão organizados os documentos. No método geográfico, os documentos serão de acordo
Como no momento da busca a procura acontecerá a partir de com o local ou o setor em que foram produzidos (procedên-
um nome, o método exige a adoção de um índice alfabético, cia). É o caso, por exemplo, de uma instituição que possua
também chamado de onomástico, que permitirá identificar diversas filiais e que, em seu arquivo intermediário, organize
o número de cada documento e, assim, possibilitar a sua os documentos separando-os por cidade quando pertence-
localização. Os métodos que se utilizam de índices são cha- rem ao mesmo estado em que está localizada a filial. Nesse
mados de indiretos. caso, será utilizado o método geográfico.
Podemos citar como exemplo o arquivamento de pastas O método geográfico poderá ser utilizado quando a orga-
funcionais, quando é utilizada a matrícula do funcionário, nização dos documentos for feita por estado, país ou cidade,
ou ainda o arquivamento de contratos, quando estes são situações em que algumas regras deverão ser consideradas:
organizados por seus números.
a) Organização por estado
Método Numérico-Cronológico
Quando o arquivo for organizado por estados, estes de-
No método numérico-cronológico, os  documentos se- verão estar dispostos em ordem alfabética, e, dentro de cada
rão organizados tomando-se por base uma data, que, em estado, a primeira cidade deverá ser necessariamente a capital,
geral, mas não necessariamente, é a data de produção do independentemente da ordem alfabética desta em relação às
documento ou o período a que este se refere. É o método demais cidades, que deverão estar dispostas após as capitais.
ideal para se arquivar, por exemplo, documentos contábeis
(balanços, balancetes, diários) e contas a pagar/a receber Exemplo:
depois que estas já foram agrupadas por credor/devedor.
Podemos citar como exemplo de utilização do método
numérico-cronológico a organização de prontuários médicos
feita por instituições de saúde que, normalmente, se utilizam
da data de nascimento do paciente, informação que será
necessária para a localização dos referidos documentos.

Método Numérico-Dígito-Terminal

Algumas instituições, ao organizarem seus documen­tos


a partir de números a eles atribuídos, deparam-se com o
seguinte problema: muitas vezes tais números são extre-
mamente grandes e difíceis de se trabalhar. Assim, a fim de
agilizar a recuperação do documento, é indicado o uso do
Conhecimentos Específicos

método dígito-terminal.
Este método consiste em decompor o número do docu-
mento de tal forma que seja arquivado a partir de seus dois Note que os estados estão ordenados alfabeticamente
últimos dígitos. Vejamos o exemplo a seguir: e, em cada estado, a capital está inserida em primeiro lugar.
As demais cidades vêm na sequência, em ordem alfabética.
Número do documento: 834.695. b) Organização por país
Para fins de arquivamento, teremos 83-46-95. Quando o arquivo for organizado por países, estes deve-
O documento será arquivado na pasta relativa àqueles rão estar dispostos em ordem alfabética, e, dentro de cada
terminados em 95. Nesta pasta, como todos terminados em país, a primeira cidade deverá ser necessariamente a capital,
95, os documentos serão organizados a partir dos dois dígitos independentemente da ordem alfabética desta em relação às
imediatamente anteriores (no caso, 46). demais ci­dades, que deverão estar dispostas após as capitais.

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Exemplo: – Dallas
– Los Angeles
– New York
– San Francisco
Temos, ainda, o exemplo do Arquivo Central da empre-
sa, que centralizará os documentos dos diversos setores da
instituição, separando-os por local de produção.

Método Ideográfico
O método ideográfico é aquele que separa os documen-
tos por as­sunto.
Uma vez identificados os assuntos, estes podem ser apli-
cados levando-se em consideração seus nomes ou códigos
numéricos a eles atribuídos. Dessa forma, veremos que o mé-
todo ideográfico pode ser alfabético ou numérico, que, por
Note que os países estão ordenados alfabeticamente sua vez, separam-se em dicionário ou enciclopédico no caso
e, em cada país, a capital está inserida em primeiro lugar. dos alfabéticos, e decimal ou duplex no caso dos numéricos.
As demais cidades vêm na sequência, em ordem alfabética. Vejamos a aplicação de tais métodos tomando-se por
base o exemplo seguinte:
c) Organização por cidade Suponha que determinada empresa identificou como
assuntos passíveis de existência de documentos em seus
Quando o arquivo for organizado por cidades (sem o arquivos os seguintes temas:
cuidado de separação por estado), estas deverão ser ordena- – Férias
das alfabeticamente, colocando-se, ao final de cada cidade, – Abono
o  estado correspondente, para diferenciar cidades com o – Contas a pagar
mesmo nome em estados diferentes. – Contas a receber
– Controle de estoque
Exemplo: – Admissão
– Demissão
– Salários

Aplicando-se o método ideográfico alfabético dicionário,


os temas seriam organizados levando-se em consideração
apenas sua ordenação alfabética, como em um dicionário,
daí sua denominação. Desse modo, a  organização seria a
seguinte:

Já no caso de cidades de estados diferentes organizados


sob uma mesma pasta/gaveta, há que se observar somente
a ordem alfabética das cidades, sem a preocupação da pre-
cedência das capitais com relação às demais cidades. No
entanto, há que se destacar, entre parênteses, ao final de
cada cidade, o estado a que esta pertence, pois é comum a
existência de mais de uma cidade com o mesmo nome em
estados diferentes.
Exemplo:
– Anápolis (Goiás) No método ideográfico alfabético enciclopédico, no en-
– Belém (Pará) tanto, os assuntos serão agrupados sob títulos gerais, sendo
– Campinas (São Paulo) os últimos organizados alfabeticamente. Assim, os assuntos
– Campinas (Tocantins) serão organizados hierarquicamente dentro de cada área.
Conhecimentos Específicos

– Fortaleza (Ceará) Veja o exemplo abaixo a partir dos assuntos já apresentados.


– Guarulhos (São Paulo)
– Lages (Santa Catarina) FINANCEIRO
– São Paulo (São Paulo) Contas a pagar
Contas a receber
Nos casos em que a organização geográfica tenha como MATERIAL
objeto a separação de cidades pertencentes ao mesmo Material de consumo
país, deve-se observar a precedência da capital em relação Material permanente
às demais cidades, que virão ordenadas alfabeticamente. PESSOAL
Exemplo: Abono
Pasta dos Estados Unidos: Admissão
– Washington Férias
– Chicago Salários

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Observe que os assuntos foram agrupados hierarquica- Na prática, os documentos serão classificados de acordo
mente dentro de cada título geral, que, por sua vez, foram com o assunto, devendo ser anotados seus códigos de clas-
organizados alfabeticamente. Cada assunto poderá ser sificação, que servirão para identificar o prazo de guarda e
subdivido em subtemas, caso seja necessário. a destinação final de cada um. Assim, antes de serem arqui-
A fim de facilitar o arquivamento, o método ideográfico po- vados, os documentos deverão ser classificados, de acordo
derá ser utilizado a partir de códigos atribuídos a cada assunto, com o código de classificação da instituição.
caso em que estarão presentes os métodos duplex ou decimal.
Em ambos os casos, os assuntos serão organizados em Escolha do Método a ser Adotado
títulos gerais, dentro dos quais estarão presentes, de forma
hierarquizada, os  assuntos específicos, a  exemplo do mé- Apesar de existirem várias formas de se organizar do-
todo enciclopédico visto anteriormente. A diferença básica cumentos, não é possível identificar determinado sistema
entre os métodos duplex e o decimal reside no fato de que, como sendo o mais adequado sem antes conhecer a do-
enquanto o método duplex permite a criação de infinitas cumentação a ser tratada. Em suma, o melhor método de
classes, o método decimal limita a criação das classes a 10. arquivamento dependerá exclusivamente das características
No exemplo em questão, podemos exemplificar a utili- dos documentos em questão. Alguns tipos de documentos,
zação do método duplex. se organizados com métodos inadequados, dificilmente serão
localizados no futuro.
1 – PESSOAL O método de arquivamento é escolhido, portanto, pela
1-1 Férias natureza dos documentos a serem arquivados e pela estrutu-
1-2 Admissão ra da entidade, podendo a instituição adotar quantos méto-
1-3 Salários dos forem necessários para bem organizar seus documentos.
1-4 Demissão Tome como exemplo o arquivamento de Notas Fiscais
2 – FINANCEIRO por uma grande rede de supermercados. Se o arquivista
2-1 Contas a pagar tomasse por base apenas o documento, indicaria talvez o
2-2 Contas a receber método numérico simples como solução para o bom acon-
3 – MATERIAL dicionamento desses documentos. Ocorre que, ao se levar
3-1 Material de consumo em consideração a estrutura da entidade, poder-se-ia separar
3-2 Material permanente as referidas notas por unidade que produziu o documento
Aplicação prática do método ideográfico (método geográfico); dentro de cada unidade, essas notas
poderiam ser separadas por tipo de produto (método ide-
Não existem na Arquivologia esquemas padronizados ográfico) e, ainda, dentro de cada produto, por fornecedor
de classificação por assunto, como ocorre em relação à (método alfabético simples) e pela data de expedição da
Biblioteconomia – Classificação Decimal de Dewey (CDD) e referida nota (método numérico-cronológico).
Classificação Decimal Universal (CDU). Observe que a instituição pode adotar quantos métodos
Assim, cada instituição deverá, de acordo com suas pe- forem necessários para bem ordenar seus documentos,
culiaridades, elaborar seu próprio plano de classificação, em podendo inclusive combinar métodos entre si. A combina-
que os assuntos devem ser agrupados sob títulos principais ção de métodos preestabelecidos para ordenar o arquivo é
e subdivididos em títulos específicos, partindo-se sempre chamada de arranjo ou classificação e deve ser feita antes
dos conceitos gerais para os particulares. de se colocar os documentos em seus lugares.
O plano de classificação servirá para organizar os docu- A utilização da guia-fora, quando da busca do documento,
mentos a partir de seus assuntos, o que facilitará a aplicação facilitará sobremaneira o controle de saída dos documentos
da Tabela de Temporalidade, que atribui aos assuntos prazos que porventura tenham sido emprestados. Por guia-fora,
de guarda específicos. entende-se um formulário no qual o profissional de arquivo
A elaboração do plano de classificação exigirá um estudo anota os dados do documento e sua data de saída, colocando-
completo da organização (suas finalidades, funcionamento -o no local do documento emprestado, de forma a identificar
etc.), além de um levantamento minucioso da documentação a sua saída. Quando do retorno do documento ao seu local,
arquivada. tal guia será inutilizada ou destinada a servir de base para um
Tomemos como exemplo alguns códigos de classificação levantamento estatístico das atividades do arquivo.
com os respectivos assuntos constantes no plano de classi- Vejamos um exemplo em que é necessário combinar
ficação desenvolvido pelo Conarq e sugerido às instituições vários métodos para se encontrar uma maneira na qual os
públicas do Poder Executivo Federal. documentos sejam organizados de forma adequada.
Nesse plano de classificação, foi utilizado o método decimal, Um curso preparatório para concursos, com unidades
que divide cada assunto em até 10 classes derivadas, e cada em Goiânia-GO e Belo Horizonte-MG, contratou empresa
uma delas poderá ser dividida em, no máximo, mais 10, suces- especializada em organização de arquivos para tratar de
sivamente, de acordo com a necessidade de cada instituição. parte de seu acervo, constituído basicamente por contra-
020 – Pessoal tos. Após análise da documentação, a empresa optou por
022 – Aperfeiçoamento e treinamento organizar da seguinte forma:
Conhecimentos Específicos

022.1 – Cursos 1) separar os contratos por unidades produtoras dos


022.12 – Promovidos por outras instituições contratos (utilizou-se, portanto, o método geográfico
022.121 – No Brasil de arquivamento);
022.122 – No exterior 2) dentro de cada unidade produtora, buscou-se orga-
nizar os contratos por ano de produção, de forma a
O Plano de Classificação servirá de base para a Tabela de identificar os documentos mais antigos e facilitar a sua
Tempora­lidade, que indicará os prazos de guarda e a desti- eliminação quando cumpridos os prazos expressos na
nação final de cada documento. Dessa forma, a ordenação Tabela de Temporalidade da instituição (utilizou-se,
ideográfica, quando combinada com a cronológica, facilitará neste caso, o método numérico-cronológico);
a etapa de eliminação, transferência ou recolhimento dos 3) dentro do ano, os contratos foram ordenados por cur-
do­cumentos, uma vez que estarão organizados por assunto, so (contratos para o curso do MEC, da Polícia Federal
e cada assunto estará com sua temporalidade definida na etc.). Verifica-se aí a utilização do método alfabético
Tabela em questão. (pelo nome da instituição).

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
O arranjo dado ao arquivo pode ser exemplificado con- Este é um dos modelos de arquivo mais comuns nas
forme o esquema a seguir: instituições. Pode ser de aço ou madeira, e é ideal para o
acondicionamento de documentos em pastas suspensas.
Belo Horizonte (MG)
2007 Arquivo fichário
Anvisa
TRE-MG
2008
Anatel
MinC
Goiânia (GO)
2007
MTE
Saneago
2008
MCT
TRE-GO

No caso em questão, o método principal utilizado foi o


de arquivamento por local (método geográfico), tendo sido
empregados, como métodos secundários, o método numé-
rico cronológico e o método alfabético.
Uma vez que o documento conservado no arquivo inter-
mediário ainda atenda ao setor que o acumulou, o arranjo
ou classificação adotado pelo arquivo corrente não deve ser
alterado quando da transferência para a segunda idade, já
que, teoricamente, foi planejado e executado de forma que Arquivo de aço ou madeira, ideal para o acondicionamen-
atenda ao setor em que o documento foi acumulado. to de fichas contendo os dados de clientes ou funcionários.

Arquivos deslizantes
MODELOS DE ARQUIVOS E TIPOS DE PASTAS
Acondicionamento e Armazenamento de
Documentos de Arquivo
Documentos em geral precisam ser armazenados e
disponibilizados ordenadamente, de acordo com suas
parti­cularidades de origem e aplicação, obedecendo ainda
normas legais, de segurança e de conservação.
Em um espaço físico compacto, o arquivo deve facilitar
a localização e o acesso aos documentos, além de ter uma
boa apresentação.
Para tanto, é importante escolher de forma adequada o
modelo de arquivo e pasta que melhor atendam a necessidade
da instituição em questão e que melhor preserve o documento
que está sendo arquivado. A seguir, são apresentados os prin-
cipais modelos de arquivos e pastas utilizados nos arquivos.
Arquivos compostos por partes móveis, que deslizam
Modelos de Arquivos e se abrem à medida que são acionadas as manivelas de
funcionamento. Podem ser automáticos (elétricos) ou ma-
Arquivo de gavetas para pastas suspensas nuais (mecânicos). Sua principal vantagem é a economia
de espaço, uma vez que não há a necessidade de existirem
vários “corredores” entre as estantes.

Modelos de Pastas para Documentos


Pastas suspensas
Conhecimentos Específicos

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
São confeccionadas de forma a acondicionar documentos A gestão de documentos é atingida por meio do plane-
em tamanho ofício ou A4. Devem ser guardadas de forma jamento, organização, controle, coordenação dos recursos
vertical e dispostas em ordem alfabética ou numérica. A fim humanos, do espaço físico e dos equipamentos, com o
de facilitar a localização dos documentos, devem ser iden- objetivo de aperfeiçoar e simplificar o ciclo documental.
tificadas com guias que contenham o nome ou número do A gestão de documentos tem os seguintes objetivos:
documento acondicionado na mesma. • assegurar, de forma eficiente, a produção, administra-
ção, manutenção e destinação de documentos;
Pastas A-Z • garantir que a informação governamental esteja dis-
ponível quando e onde seja necessária ao governo e
aos cidadãos;
• assegurar a eliminação dos documentos que não
tenham valor administrativo fiscal, legal ou para a
pesquisa científica;
• assegurar o uso adequado da micrográfica, proces-
samento automatizado de dados e outras técnicas
avançadas de gestão da informação;
• contribuir para o acesso e a preservação dos documen-
tos que mereçam guarda permanente por seus valores
histórico e científico.

Fases
Produzida em vinil e em várias cores, tem como principal
vantagem o fato de ser altamente resistente e durável, além As três fases básicas da gestão de documentos são: pro-
de ser bastante funcional. Ao  adotar etiquetas externas, dução, utilização e destinação.
o usuário pode adotar o melhor critério para sua organização
1ª Fase (Produção) – Refere-se ao ato de elaborar
e identificar visualmente os assuntos acondicionados.
do­cumentos em razão das atividades específicas de um
órgão ou setor. Nessa fase, deve-se otimizar a criação de
Pasta sanfonada documentos, evitando-se a produção daqueles não essen-
ciais, diminuindo o volume a ser manuseado, controlado,
armazenado e eliminado, garantindo, assim, o uso adequado
dos recursos de reprografia e de automação. Recomenda-se
evitar a reprodução desnecessária de do­cumentos, pois o
acúmulo desordenado de papéis implicará maior dificuldade
do controle das informações no arquivo.

2ª Fase (Utilização) – Refere-se ao fluxo percorrido pelos


documentos necessário ao cumprimento de sua função ad-
ministrativa, assim como sua guarda após cessar seu trâmite.
Essa fase envolve métodos de controle relacionados
às atividades de protocolo e às técnicas específicas para
classificação, organização e elaboração de instrumentos de
recuperação da informação. O arquivamento também será
controlado. Desenvolve-se, também, a gestão de arquivos
correntes e intermediários e a implantação de sistemas de
arquivo e de recuperação da informação.
Pasta contendo divisórias para cada letra, número ou
3ª Fase (Avaliação e Destinação) – Envolve as atividades
data. Tem como principal vantagem a mobilidade que
de análise, seleção e fixação de prazos de guarda dos docu-
concede ao seu utilizador, uma vez que não está “presa” a
mentos, ou seja, implica decidir quais documentos serão
uma localização física. É indicada para o arquivamento de eliminados e quais serão preservados permanentemente.
documentos utilizados em atividades externas.
Diagnósticos
GESTÃO DE DOCUMENTOS
Conhecimentos Específicos

É a análise detalhada dos aspectos relacionados ao


A Lei nº 8.159/1991, em seu art. 3º, define gestão de funcionamento do arquivo da instituição, de forma a iden-
documentos como o conjunto de procedimentos e operações tificar falhas ou lacunas existentes, permitindo a adoção de
técnicas referentes às atividades de produção, tramitação, medidas que visem a aumentar sua eficiência.
uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase O diagnóstico proporciona informações como:
corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou reco- 1. instalações físicas (infiltrações, goteiras, poeira, luz
solar etc.);
lhimento para guarda permanente.
2. condições ambientais (temperatura, umidade, lumi-
Assim, podemos entender que qualquer atividade que nosidade);
vise a controlar o fluxo de documentos existentes na ins- 3. condições de armazenamento;
tituição, de forma a assegurar a eficiência das atividades 4. estado de conservação do documento;
administrativas, estará inserida na gestão de documentos. 5. espaço físico ocupado;

32 Este eBook foi adquirido por BRUNO JEFERSON LEOCADIO ALAINCARDK SILVEIRA OLIVEIRA - CPF: 064.387.404-62.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
6. volume documental; Os documentos só devem ser aceitos para guarda inter-
7. controle de empréstimos (frequência de consultas); mediária quando for conhecido o seu conteúdo, o prazo de
8. recursos humanos (número de pessoas, nível de es- guarda e a data de eliminação ou recolhimento.
colaridade, formação profissional); A unidade administrativa que transfere os documentos
9. acesso à informação; ao arquivo intermediário conserva seus direitos sobre estes,
10. gênero dos documentos (escritos ou textuais, audio- podendo consultá-los ou tomá-los por empréstimo. Dessa
visuais, carto­gráficos, iconográficos, micrográficos e forma, é correto afirmar que, segundo as normas arquivísti-
informáticos); cas, apenas os setores detentores da posse dos documentos
11. arranjo e classificação dos documentos (métodos de poderão solicitá-los aos arquivos central e intermediário,
arquivamento adotados); não cabendo a estes arquivos liberar sua consulta a outros
12. tipo de acondicionamento (pastas, caixas, envelopes, setores que não aqueles que os enviaram. O atendimento às
amarrados etc.). consultas e empréstimos deve ser rápido e preciso. A con-
sulta por parte de terceiros, como já citado, só é permitida
De posse dos dados citados, o arquivista estará habilitado com a autorização da unidade administrativa que transferiu
a analisar objetivamente a real situação dos serviços de arqui-
os do­cumentos.
vo e fazer seu diagnóstico para propor alterações e medidas
Geralmente, os depósitos de arquivamento intermediário
mais indicadas, em cada caso, a serem adotadas no sistema.
estão localizados fora dos centros urbanos (terrenos mais
baratos), mas em locais de acesso fácil e rápido.
Gestão de Arquivos Correntes e Intermediários A construção e os equipamentos são simples, porém
devem permitir a conservação adequada do acervo do­
Gestão de Documentos Correntes
cumental contra elementos que possam danificá-los como
incêndios, inundações, poluição atmosférica, excesso de
O estabelecimento de normas para o tratamento de do-
umidade e de luz solar.
cumentos em fase corrente permite aproveitar ao máximo
A gestão de documentos na Administração Pública é
a informação disponível e necessária à tomada de decisões,
bem como os recursos humanos e materiais existentes. Essas regida pela Lei nº 8.159/1991, descrita em tópico específico.
normas visam a aumentar a eficácia administrativa, facilitar a
recuperação mais rápida dos documentos e/ou informações PROTOCOLO
neles contidas e racionalizar sua guarda e conservação.
O documento corrente é aquele necessário ao desen- Entende-se por protocolo o conjunto de operações
volvimento das atividades de rotina de uma instituição e, visando ao controle dos documentos que ainda tramitam
por consequência, os procedimentos realizados para a sua no órgão, de modo a assegurar a imediata localização e
classificação, registro, autuação e controle da tramitação, recuperação, garantindo, assim, o  acesso à informação.
expedição e arquivamento têm por objetivo facilitar o acesso A  atividade de protocolo é típica da fase corrente, pois é
às informações neles contidas. Esse conjunto de operações quando os documentos tramitam bastante.
técnicas caracteriza os serviços de gestão dos documentos O protocolo realiza as seguintes atividades:
correntes. Nas administrações pública e privada, as unida- – Recebimento;
des responsáveis por tais serviços são intituladas protocolo – Registro;
e arquivo, arquivo e comunicações administrativas, serviço
– Autuação;
de comunicações etc.
– Classificação;
– Expedição/Distribuição;
Gestão de Documentos Intermediários
– Controle/Movimentação.
Encerrado o período de arquivamento na fase corrente,
alguns do­cumentos podem ser eliminados imediatamente, Recebimento
desde que assim definidos na Tabela de Temporalidade da
instituição, mas uma parte relativamente importante desses É a etapa que consiste em receber os documentos que
deverá ser conservada por um período mais longo em função entram na instituição ou aqueles produzidos nos próprios
de razões legais ou administrativas. Nesse caso, não se justi- setores do órgão para que sejam formalizados.
fica a sua guarda junto aos organismos que os produziram,
pois tais documentos ocupariam um espaço em locais onde Registro
o metro quadrado é extremamente caro. Os depósitos de
armazenagem temporária constituem uma alternativa cujo É o procedimento no qual o protocolo cadastra os dados
objetivo principal é minimizar o custo público da guarda de básicos do documento em um sistema de controle (informa-
Conhecimentos Específicos

documentos intermediários, racionalizando espaço físico, tizado ou manual). Tais dados serão utilizados quando da
equipamentos e recuperação da informação. localização do documento por parte do interessado.
Responsáveis pela guarda física dos documentos de uso
pouco frequente, os arquivos intermediários:
• atendem às consultas feitas pelos órgãos depositantes; Autuação
• coordenam as transferências de novos documentos
aos seus de­pósitos; É o procedimento no qual documentos são transforma-
• procedem à aplicação de Tabelas de Temporalidade dos em processos. Tal operação exige a inserção de capa
por meio de seleção de documentos para eliminação específica, a numeração das páginas que irão constituir o
ou recolhimento; processo e ainda a atribuição de um número que o identifi-
• coordenam o recolhimento de documentos perma- cará. Na prática, esta atividade é conhecida como abertura
nentes para o arquivo de terceira idade. ou formação de processos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Classificação ção Pública Federal ou destes para outros órgãos públicos
ou empresas privadas.
Uma vez recebidos os documentos, o protocolo efetuará A correspondência particular é a espécie informal de
análise a fim de identificar seus assuntos, classificando-os comunicação utilizada entre autoridades ou servidores e
de acordo com os códigos existentes no Plano de Classifi- instituições ou pessoas estranhas à Administração Pública
cação da instituição. Os documentos que porventura forem Federal.
recebidos em envelopes fechados deverão ser abertos pelo
protocolo, para que seja realizada a sua classificação, desde c) Recebida e expedida
que não sejam particulares (documentos não oficiais) ou A correspondência recebida é aquela de origem interna
sigilosos (de acesso restrito: secretos ou reservados, por ou externa recebida pelo protocolo central ou setorial do
exemplo). Tais documentos (particulares e sigilosos) deverão órgão ou entidade.
ser encaminhados diretamente aos respectivos destinatários, A expedição é a remessa da correspondência interna ou
sem a necessidade de registro ou autuação, pois têm acesso externa no âmbito da Administração Pública Federal.
restrito. Apenas os destinatários poderão abri-los.
Os documentos de natureza ostensiva (nem sigilosos nem Recebimento e Registro de Correspondências
particulares) deverão ser abertos e analisados, classificando-
-os de acordo com o assunto tratado, antes de serem enca- Correspondência Recebida
minhados aos seus destinatários. A correspondência recebida será entregue no protocolo
central de cada órgão ou entidade da Administração Pública
Federal, para posterior distribuição.
Expedição/Distribuição O protocolo central receberá a correspondência e veri-
ficará se o destinatário ou a unidade pertencem ou não ao
É a atividade que consiste em enviar o documento ao órgão ou entidade; em caso negativo, devolverá a corres-
seu destinatário. pondência ao remetente, apondo o carimbo e identificando
Distribuição é a remessa dos documentos às unidades o motivo da devolução.
responsáveis sobre a matéria neles tratadas, dentro do As unidades de protocolo central remeterão a corres-
próprio órgão. pondência lacrada ao protocolo setorial da unidade à qual
Expedição é o envio do documento para outro órgão da pertença o destinatário, controlando por meio de sistema
Administração Pública. próprio.
Nenhuma correspondência poderá permanecer por mais
Controle da Movimentação (Tramitação) de 24h (vinte e quatro horas) nos protocolos, salvo aquelas
recebidas às sextas-feiras, véspera de feriados ou pontos
É a atividade realizada pelo protocolo que consiste em facultativos.
identificar os setores pelos quais passam os documentos,
de forma a recuperá-lo com rapidez quando necessário, Expedição de Correspondências
bem como identificar possíveis atrasos na sua tramitação.
Tal movimentação é realizada por meio de sistemas infor- Toda correspondência oficial expedida deverá conter,
matizados de protocolo ou de controles manuais (livros ou para sua identificação em sistema próprio, a  espécie do
fichas de protocolo). documento e o órgão emissor, seguido da sigla da unidade,
do número de ordem, do destinatário, do assunto e da data
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS da emissão.
A correspondência oficial expedida será encaminhada
Inseridos na documentação produzida e utilizada nos pelo protocolo central do órgão ou entidade, por meio dos
órgãos públicos, os processos são documentos que exigem serviços da empresa de correios ou utilizando-se de meios
próprios para efetuar a entrega. A correspondência oficial
procedimentos especiais em sua tramitação e manuseio.
interna será encaminhada por intermédio do protocolo
Tais procedimentos, denominados procedimentos adminis-
setorial.
trativos, estarão presentes nos Manuais de Procedimentos
Toda correspondência oficial expedida será acondicio-
Administrativos de cada instituição. Os manuais obedecem
nada em envelope, contendo, no canto superior esquerdo,
a alguns parâmetros comuns, estabelecidos pelo Ministério nome, cargo, endereço do destinatário, espécie e número
do Planejamento, Orçamento e Gestão por meio de uma da correspondência, bem como nome e endereço do reme-
Portaria Ministerial de 2002, que apresenta, de forma geral, tente, a fim de ser localizado pela empresa de correios em
os seguintes termos: caso de devolução.
Ressalta-se que o documento oficial faz referência ao
Procedimentos com Relação a Correspondências cargo do destinatário e não à pessoa que o ocupa; portanto,
quando um documento oficial for encaminhado para um
Conhecimentos Específicos

Correspondência é toda espécie de comunicação escrita destinatário que não ocupe mais o cargo, deverá ser aberto
que circula nos órgãos ou entidades, à exceção dos processos. para as providências cabíveis.
Classificação das correspondências: A correspondência particular não será expedida pelas uni-
a) Interna e externa dades de protocolo central ou setorial do órgão ou entidade.
A correspondência interna é mantida entre as unidades A correspondência de caráter particular recebida pelas
do órgão ou entidade. unidades de protocolo central ou setorial deverá ser enca-
A correspondência externa é mantida entre os órgãos ou minhada diretamente ao destinatário.
entidades da Administração Pública Federal.
Procedimentos com Relação a Processos
b) Oficial e particular
A correspondência oficial é a espécie formal de comuni- Processo é o documento ou o conjunto de documentos
cação mantida entre os órgãos ou entidades da Administra- que exige um estudo mais detalhado, bem como procedi-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
mentos expressados por despachos, pareceres técnicos, A numeração das peças do processo é iniciada no pro-
anexos ou, ainda, instruções para pagamento de despesas; tocolo central ou setorial da unidade correspondente, con-
assim, o documento é protocolado e autuado pelos órgãos forme faixa numérica de autuação. As peças subsequentes
autorizados a executar tais procedimentos. serão numeradas pelas unidades que as adicionarem; a capa
do processo não será numerada.
Autuação ou Formação de Processo Nenhum processo poderá ter duas peças com a mesma
numeração, não sendo admitido diferenciar pelas letras “A”
A autuação, também chamada formação de processo, e “B”, nem rasurar.
obedecerá à seguinte rotina: Nos casos em que a peça do processo estiver em tamanho
• prender a capa, junto a toda documentação, com reduzido, será colada em folha de papel branco, apondo-se o
colchetes, obedecendo à ordem cronológica do mais carimbo da numeração de peças de tal forma que o canto supe-
antigo para o mais recente, isto é, os  mais antigos rior direito do documento seja atingido pelo referido carimbo.
serão os primeiros do conjunto; Os processos oriundos de instituições não pertencentes
• apor, na capa do processo, a etiqueta com o respectivo à Administração Pública Federal só terão suas peças renu-
número de protocolo; meradas se a respectiva numeração não estiver correta;
• apor, na primeira folha do processo, outra etiqueta não havendo falhas, deverá prosseguir com a sequência
com o mesmo número de protocolo; numérica existente.
• numerar as folhas, apondo o respectivo carimbo Qualquer solicitação ou informação inerente ao processo
(órgão, número da folha e rubrica do servidor que será feita por intermédio de despacho no próprio documento
estiver numerando o processo); ou, caso seja possível, em folha de despacho, a ser incluída
• ler o documento, a fim de extrair o assunto, de forma ao final do processo, utilizando-se tantas folhas quanto
sucinta, clara e objetiva; necessário. Utilizar somente a frente da folha de despacho,
• identificar, na capa, a unidade para a qual o processo não se permitido a inclusão de novas folhas até seu total
será encaminhado; aproveitamento. No caso de inserção de novos documentos
• registrar, em sistema próprio, identificando as princi- no processo, inutilizar o espaço em branco da última folha
pais características do documento, a fim de permitir de despacho, apondo o carimbo “Em branco”.
sua recuperação. Ex.: espécie, nº, data, procedência, Quando, por falha ou omissão, for constatada a neces-
interessado, assunto e outras informações julgadas sidade da correção de numeração de qualquer folha dos
importantes, respeitando as peculiaridades de cada autos, inutilizar a anterior, apondo um “X” sobre o carimbo
órgão ou entidade; a inutilizar, renumerando as folhas seguintes, sem rasuras,
• conferir o registro e a numeração das folhas; certificando-se da ocorrência.
• encaminhar, fisicamente, o processo autuado e regis-
trado para a unidade específica correspondente do
órgão ou entidade;
• descartar o envelope que encaminhou a correspon-
dência, pois não será peça do processo. As informa-
ções necessárias referentes ao endereço do remetente
deverão ser anotadas.

A correspondência não autuada seguirá as regras dessa


norma para ser registrada em sistema próprio e encaminhada Juntada
à unidade de destino.
As mensagens e documentos resultantes de transmissão A juntada de processos será executada pelo protocolo
via fax não poderão se constituir em peças de processo. central ou setorial da unidade correspondente, mediante
Não serão autuados os documentos que não sofrem determinação, por despacho, de seu dirigente.
tramitação, tais como convites para festividades, comunica-
ção de posse, remessa para publicação, pedido de cópia de Juntada por anexação
processo, desarquivamento de processo e outros que, por A juntada por anexação será feita somente quando
sua natureza, não constituem processo. houver dependência entre os processos a serem anexados.
A prioridade na autuação e movimentação de processos A dependência será caracterizada quando for possível
deve contemplar documentos caracterizados como urgentes. definir um processo como principal e um ou mais como
O processo deve ser autuado, preferencialmente, por acessórios.
um documento original; no entanto, pode ser autuado Exemplos que caracterizam os processos principais e
utilizando-se uma cópia do documento, considerando-se acessórios:
Conhecimentos Específicos

que o servidor tem fé pública para autenticar documentos


e fazer reconhecimento de firmas. Processo Principal Processo Acessório
Inquérito Administrativo Recurso contra decisão de Inquérito
Numeração de Folhas e de Peças Auto de Infração Defesa contra Auto de Infração
Aquisição de Material Prestação de Contas
As folhas dos processos serão numeradas em ordem Licença sem vencimentos Cancelamento de Licença
crescente, sem rasuras, devendo ser utilizado carimbo pró-
prio para colocação do número, aposto no canto superior Na juntada por anexação, as peças do conjunto proces-
direito da página, recebendo, a primeira folha, o número 1. sado serão renumeradas a partir do processo acessório.
O documento não encadernado receberá numeração A metodologia adotada para juntada por anexação é:
em sequência cronológica e individual para cada peça que • colocar em primeiro lugar a capa e o conteúdo do
o constituir. processo principal;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• retirar a capa do processo acessório, sobrepondo-a de competente, utilizando-se o “TERMO DE DESMEMBRA-
à capa do processo principal e manter os processos MENTO”, conforme metodologia a seguir:
sobre as duas capas, formando um único conjunto; • retirar os documentos que constituirão outro processo;
• renumerar e rubricar as peças do processo acessório, • apor o “TERMO DE DESMEMBRAMENTO” no local
obedecendo à numeração já existente no principal; onde foram retirados os documentos;
• lavrar o “TERMO DE JUNTADA POR ANEXAÇÃO” na • proceder à autuação dos documentos retirados, con-
última folha do processo mais antigo; forme essa norma, renumerando suas páginas.
• anotar, na capa do processo principal, o número do
processo acessório que foi juntado; Diligência
• registrar, em sistema próprio, a juntada por ane­xação.
Quando o processo envolver pessoas ou instituições
Juntada por Apensação estranhas à Administração Pública Federal, será devolvido
Observar, na juntada por apensação, a seguinte meto- ao protocolo central do órgão ou da entidade para que
dologia: convoque o interessado a fim de, no prazo máximo de trinta
• manter superposto um processo ao outro, presos dias, cumprir a exigência.
por colchetes ou barbante, conforme o número de A convocação do interessado para cumprir diligência não
páginas, ficando em segundo lugar o processo que pertencente à Administração Pública Federal será feita por
contenha o pedido de juntada; meio de correspondência expedida pelo setor de comunica-
• manter as folhas de cada processo com sua numeração ção do órgão ou entidade que a solicitar.
original; Vencido o prazo, sem o cumprimento da exigência,
• lavrar o “TERMO DE JUNTADA POR APENSAÇÃO” na o órgão responsável anexará ao processo cópia da convo-
última folha do processo mais antigo, o qual, no ato cação expedida e o remeterá à instituição que determinou
da apensação, ficará em primeiro lugar; a diligência.
• anotar na capa do processo que ficar em primeiro
lugar o número do processo apensado; Encerramento do Processo e Abertura do Volume
• registrar, em sistema próprio, a juntada por apensação. Subsequente

Desapensação Encerramento do processo


O encerramento dos processos será:
Após a decisão final, os processos poderão ser desapen- • por indeferimento do pleito;
sados no protocolo setorial da unidade onde se encontrarem. • pelo atendimento da solicitação e cumprimento dos
A desapensação ocorrerá antes do arquivamento. compromissos arbitrados ou dela decorrentes;
A metodologia para a desapensação será: • pela expressa desistência do interessado;
• separar os processos; • quando seu desenvolvimento for interrompido por
• lavrar o “TERMO DE DESAPENSAÇÃO” no processo período superior a um ano, por omissão da parte
que solicitou a juntada; interessada.
• tornar sem efeito a anotação da capa do processo
feita à época da apensação; Os autos não deverão exceder a 200 folhas em cada
• apor despacho de encaminhamento em cada processo volume, e a fixação dos colchetes observará a distância, na
a ser desapensado; margem esquerda, de cerca de 2 cm.
• registrar, em sistema próprio, a desapensação. Quando a peça processual contiver número de folhas
excedente ao limite fixado nesta norma, a partir do próximo
A desapensação, bem como a juntada de processos, número, formar-se-ão outros volumes.
é executada pelo protocolo central ou pelo setorial da unida- Não é permitido desmembrar documento, e se ocorrer
de correspondente, mediante determinação, por despacho a inclusão de um documento que exceda as 200 folhas, esse
de seu dirigente. documento abrirá um novo volume.
Ex.: No caso de processo contendo 180 folhas, ao qual
Desentranhamento de Peças será incluído um documento contendo 50, encerrar-se-á o
volume com 180 e abrir-se-á novo volume com o referido
A retirada de folhas ou peças ocorrerá onde se encon- documento de 50 folhas.
trar o processo, mediante despacho prévio da autoridade O encerramento e a abertura de novos volumes serão
competente. efetuados mediante a lavratura dos respectivos termos em
Sempre que houver retirada de folhas ou peças, lavrar, após folhas suplementares, prosseguindo a numeração, sem so-
o último despacho, o “TERMO DE DESENTRANHAMENTO”. lução de continuidade, no volume subsequente.
Quando a retirada de folhas ou peças for a pedido de A abertura do volume subsequente será informada no
Conhecimentos Específicos

terceiros, usar o carimbo de desentranhamento de peça em volume anterior e no novo volume, da seguinte forma:
que consta o recibo da parte interessada. • no volume anterior, após a última folha do processo,
O processo que tiver folha ou peça retirada conservará a incluir-se-á “TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLU-
numeração original de suas folhas ou peças, permanecendo ME”, devidamente numerado;
vago o número de folha(s) corres­pondente(s) ao desentra- • no novo volume, proceder conforme abaixo.
nhamento, apondo-se o carimbo de desentranhamento.
É vedada a retirada da folha ou peça inicial do processo. Abertura do volume subsequente
No novo volume, logo após a capa, incluir-se-á “TER-
Desmembramento de Peças MO DE ABERTURA DE VOLUME” devidamente numerado,
obedecendo-se à sequência do volume anterior.
A separação de parte da documentação de um processo A abertura de um novo volume será executada direta-
para formar outro ocorrerá mediante despacho da autorida- mente pelo protocolo central ou setorial das unidades cor-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
respondentes, que deverão providenciar o preenchimento Distribuição: é a remessa do processo às unidades que
da nova capa, certificando a sua abertura e atualizando o decidirão sobre a matéria nele tratada.
sistema de protocolo correspondente. Os volumes deverão Documentos Urgentes: são os documentos cuja tramita-
ser numerados na capa do processo, com a seguinte inscri- ção requer maior celeridade que a rotineira. Ex.: pedidos de
ção: 1º volume, 2º volume etc. informação oriundos do Poder Executivo, do Poder Judiciário
Documentos encadernados ou em brochura e os de e das Casas do Congresso Nacional; mandados de segurança;
grande volume serão apensados ao processo com a coloca- licitações judiciais ou administrativas; pedidos de exoneração
ção da etiqueta de anexo contendo o número do processo ou dispensa; demissão; auxílio-funeral; diárias para afasta-
e a palavra “anexo”. mento da instituição; folhas de pagamento; outros que, por
conveniência da Administração ou por força de lei, exijam
Reconstituição de Processos tramitação preferencial.
Documentos Ostensivos: são documentos cujo acesso
Havendo desaparecimento ou extravio de processo, é irrestrito.
o servidor que primeiro tomar conhecimento do fato comu- Folha do Processo: são as duas faces de uma página do
nicará o ocorrido à chefia. processo.
A autoridade administrativa que tiver ciência do fato Juntada: é a união de um processo a outro, ou de um
documento a um processo; realiza-se por anexação ou
promoverá a apuração imediata, mediante sindicância ou
apensação.
processo administrativo disciplinar.
Juntada por Anexação: é a união definitiva e irreversível
Independentemente das ações adotadas anteriormente, de 1 (um) ou mais processo(s)/documento(s) a 1 (um) outro
o servidor responsável pela reconstituição do processo ob- processo (considerado principal), desde que pertencentes a
servará o seguinte procedimento: um mesmo interessado e que contenham o mesmo assunto.
• ordenar a documentação que caracterize a busca de Juntada por Apensação: é a união provisória de um
localização do processo dentro de uma capa, junto ao ou mais processos a um processo mais antigo, destinada
documento, pelo qual foi dado conhecimento à chefia, ao estudo e à uniformidade de tratamento em matérias
do desaparecimento ou extravio do processo; semelhantes, com o mesmo interessado ou não. Ex.: um
• fazer representação ao chefe da unidade a que estiver processo de solicitação de aposentadoria de servidor público
jurisdicionado, a quem compete autorizar a reconsti- federal, apensado a outro referente à solicitação de revisão
tuição do processo; de percepção, constituirá um único processo, caracterizando
• reconstituir o processo, resgatando informações e a apensação do processo acessório ao processo principal.
obtendo cópias de documentos que o constituíam; Numeração de Peças: é a numeração atribuída às partes
• apor uma folha inicial informando que aquele proces- integrantes do processo.
so está sendo reconstituído, constando o número do Página do Processo: é cada uma das faces de uma folha
processo, procedência, interessado e assunto e outras de papel do processo.
informações julgadas necessárias; Peça do Processo: é o documento que, sob diversas
• atribuir nova numeração ao processo reconstituído; formas, integra o processo. Ex.: folha de cheque, passagem
• registrar, no sistema próprio, a ocorrência, citando o aérea, brochura, termo de convênio, contrato, fita de vídeo,
número do processo extraviado e do atual. nota fiscal, entre outros.
Procedência: a instituição que originou o documento.
Conceitos e Definições Processo Acessório: é o processo que apresenta matéria
indispensável à instrução do processo principal.
Para efeito dessa norma, foram utilizados os seguintes Processo Principal: é o processo que, pela natureza de
sua matéria, poderá exigir a anexação de um ou mais pro-
conceitos e definições:
cessos como complemento à sua decisão.
Protocolo Central: é a unidade, junto ao órgão ou entida-
Autuação e/ou Formação de Processo: é o termo que
de, encarregada dos procedimentos com relação às rotinas
caracteriza a abertura do processo. Na formação do processo, de recebimento e expedição de documentos.
deverão ser observados os documentos cujo conteúdo esteja Protocolo Setorial: é a unidade, localizada junto aos
relacionado a ações e operações contábeis financeiras, ou setores específicos dos órgãos ou entidades, encarregada
requeira análises, informações, despachos e decisões de de dar suporte às atividades de recebimento e expedição de
diversas unidades organizacionais de uma instituição. documentos no âmbito da área a que se vincula; tem a fina-
Desapensação: é a separação física de processos apen- lidade de descentralizar as atividades do protocolo central.
sados. Registro: é a reprodução dos dados do documen­to, feita
Desentranhamento de Peças: é a retirada de peças de em sistema próprio destinado a controlar a movimentação
um processo, que poderá ocorrer quando houver interesse da correspondência e do processo e fornecer dados de suas
da Administração ou a pedido do interessado. características fundamentais, aos interessados.
Conhecimentos Específicos

Desmembramento: é a separação de parte da docu- Termo de Desentranhamento de Peças: é uma nota


mentação de um ou mais processos para formação de novo utilizada para informar sobre a retirada de peça(s) de um
processo; o desmembramento de processo dependerá de processo; pode ser por intermédio de carimbo específico.
autorização e instruções específicas do órgão interessado. Termo de Desapensação: é uma nota utilizada para regis-
Despacho: decisão proferida pela autoridade administra- trar a separação física de dois ou mais processos apensados;
tiva em caso que lhe é submetido a apreciação; o despacho pode ser por intermédio de carimbo específico.
pode ser favorável ou desfavorável à pretensão solicitada Termo de Encerramento: é uma nota utilizada para regis-
pelo administrador, servidor público ou não. trar o encerramento do processo; pode ser por intermédio
Diligência: é o ato pelo qual um processo que, tendo de carimbo específico.
deixado de atender as formalidades indispensáveis ou de Termo de Juntada de Folha ou Peça: é uma nota utilizada
cumprir alguma disposição legal, é devolvido ao órgão que as- para registrar a juntada de folha(s) ou peça(s) ao processo;
sim procedeu, a fim de corrigir ou sanar as falhas apontadas. pode ser por intermédio de carimbo específico.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Termo de Retirada de Folha ou Peça: é uma nota utilizada
para registrar a retirada de folha(s) ou peça(s) do processo;
pode ser por intermédio de carimbo específico.
Termo de Ressalva: é uma nota utilizada para informar
que uma peça foi retirada do processo quando do ato da
anexação, isto é, ao proceder a anexação foi constatada a
ausência de uma peça; pode ser por intermédio de carimbo
específico.
Tramitação: é a movimentação do processo de uma
unidade à outra, interna ou externa, por meio de sistema
próprio.

MICROFILMAGEM E AUTOMAÇÃO
DE ARQUIVOS
Microfilmagem
Os documentos de arquivo se apresentam em diversos
tipos de suporte (papel, CD, disquete etc.). Ocorre que,
eventualmente, há a necessidade de se alterar o suporte
de determinados documentos, de forma a garantir o acesso
e a sua preservação. As principais técnicas de atualização
de arquivo (mudança de suporte) são a microfilmagem e a
digitalização.
Microfilmagem é uma técnica que permite criar uma
cópia do documento em formato micrográfico (microfilme Arquivo de microfilmes
ou microficha).
Benefícios para o uso da microfil­magem:
– validade legal: a microfilmagem é um processo repro-
gráfico auto­rizado pela Lei nº 5.433, de 8/5/1968, e pelo
Decreto nº 1.799, de 30/1/1996, que conferem ao mi-
crofilme o mesmo valor legal do documento original;
– redução sensível de espaço;
– acesso fácil e rápido, consequência das pequenas
dimensões das microformas e da eficiência de sua
catalogação e indexação, comparativamente aos
arquivos convencionais em papel;
– segurança: por se tratar de um material fotográfico,
Microfilme além de permitir reproduções com rapidez e baixo
custo, o  arquivo microfilmado, devido ao pequeno
A adoção da microfilmagem exigirá da instituição equi- volume, permite o seu acondicionamento em caixas-
pamentos que permitam ler tais documentos, chamados -forte (arquivos de segurança), protegido de sinistros
leitoras de microfilmes ou leitoras de microfichas, que, em (a cópia de segurança deverá, obrigatoriamente, estar
alguns casos, permitem a geração de uma cópia em papel em local separado da cópia de trabalho);
do documento microfilmado. – garantia de confidencialidade das informações, visto
A primeira e mais importante razão para justificar o que, superficialmente, é  impossível visualizar qual-
uso do microfilme é a economia de espaço. O microfilme quer informação;
é uma imagem reduzida de uma forma maior; é, portanto, – durabilidade: respeitando-se determinadas normas
o tamanho extraordinariamente reduzido da imagem de um da microfil­magem, acondicionamento e manuseio,
documento qualquer. os  arquivos microfilmados podem ser conservados
Essa redução de espaço é garantida pelo valor legal do indefinidamente.
microfilme, significando que este possui o mesmo valor do
Tecnologias de Automação Aplicadas à
Conhecimentos Específicos

documento original em papel que serviu de base para sua


criação, e  poderá substituí-lo nos casos em que não tiver Arquivologia
valor histórico. Em se tratando de documentos permanentes
(de valor histórico), os documentos originais não poderão Com o advento da informática, cada vez mais os arquivos
ser eliminados. têm se utilizado das novas tecnologias para implementar
Há arquivos próprios para organizar arquivos de microfil- soluções que busquem a otimização do trabalho realizado.
mes, como mostrado na figura a seguir. Para permitir a loca- É cada vez mais comum a presença de protocolos informati-
lização dos documentos, cada rolo deverá conter um índice. zados, sistemas de controle de temporalidade dos do­cumentos
Por fora das gavetas são marcados os códigos dos rolos que e outras técnicas avançadas de gestão da informação.
elas abrigam, tornando a consulta mais fácil. Naturalmente, Dentre as modernas técnicas de informatização de arqui-
deverá haver, junto ao arquivo, um aparelho para a leitura vos, podemos destacar o Workflow e o GED (Gerenciamento
dos microfilmes. Eletrônico de Documentos).

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Workflow – Umidade: o excesso de umidade, bem como o clima
muito seco, contribuem para a aceleração do processo
É um sistema que permite dizer exatamente onde está de envelhecimento do documento.
cada documento que tramita dentro da sua organização.
Consiste em um gerenciamento eletrônico de qualquer pro- Os dois últimos fatores (temperatura e umidade) são
cesso de informação de uma empresa, gerando aos usuários extremamente comuns à nossa realidade de país de clima
rotinas e ações predefinidas, de forma organizada e com mo- tropical. A umidade é o conteúdo de vapor d’água presente
nitoramento automático do fluxo dos documentos por meio no ar atmosférico, resultante da combinação dos fenômenos
dos diferentes departamentos da organização. O Workflow de evaporação e condensação d’água, que estão diretamente
garante maior produtividade, segurança e controle total de relacionados à temperatura do ambiente.
possíveis gargalos operacionais. Todo papel possui uma característica comum: caráter
higroscópio, ou seja, toda fibra de papel absorve água e perde
GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos) água de acordo com a taxa de umidade existente no local em
que está sendo mantido. Essa oscilação de umidade faz com
O Gerenciamento Eletrônico de Documentos é o processo que as fibras se dilatem ao absorver excesso de umidade e
de converter documentos em suporte de papel ou microfilme se contraiam ao perder umidade. O movimento brusco de
para um formato eletrônico representado pela figura de uma contração e dilatação ocasiona rupturas na estrutura do
página, e o seu gerenciamento por meio de um software per- papel, causando enfraquecimento.
mite que estes sejam indexados, armazenados, pesquisados, A taxa adequada para a manutenção de um acervo é a
recuperados e visualizados. Os documentos são convertidos seguinte: temperatura de 22º a 25ºC e umidade relativa de
por meio de um equipamento chamado scanner. 55%. A medição da temperatura se faz com o uso de termô-
Uma vez convertido em imagem eletrônica, cada docu- metros e a de umidade com higrômetros, podendo-se utilizar
mento é nomeado e indexado com suas próprias informa- também o termoigrômetro (junção dos dois equipamentos).
ções, como títulos, nomes, datas ou outras identificações
e, então, arquivado eletronicamente. Em seguida, os docu- Químicos
mentos podem ser recuperados pesquisando-se por índices
digitados (título ou o código de identificação). – Poluição atmosférica: a poluição atmosférica é uma
Se desejado, o computador pode “ler” o texto de cada das principais causas da degradação química, repre-
página (imagem) por meio de um processo chamado Reco- sentada normalmente pela poeira e fumaça.
nhecimento Óptico de Caracteres – OCR, criando um arquivo
– Tintas: a própria tinta utilizada para escrever nos
de texto, o qual pode ser usado para indexar o documento.
documentos contribui para sua deterioração.
A implantação do GED não assegura à instituição a
– Gordura e oleosidade: o manuseio dos documen­tos
eliminação completa de seus arquivos em suporte papel,
pode danificá-los, pois as mãos deixam oleosidade.
pois muitos documentos devem ter seus originais arqui-
Alguns documentos, como fotografias e negativos,
vados para fins de prova documental ou mesmo pelo seu
são ainda mais sensíveis que o papel comum, sendo
valor histórico.
recomendada a utilização de luvas de algodão ao
manuseá-los.
PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E – Objetos metálicos: deve-se evitar o uso de objetos
RESTAURAÇÃO DE DO­C UMENTOS metálicos, como grampos, clipes e colchetes, pois
tendem a enferrujar e, consequentemente, danificam
Além da guarda do documento, o  arquivo deverá se os documentos. A opção, sempre que possível, deverá
preocupar também com a preservação dos documentos da recair sobre clipes e colchetes (hastes) de plástico, que
instituição. não causam tal problema.
A preservação envolverá as atividades de conservação,
armazenamento e restauração dos documentos. Biológicos
O principal objetivo da conservação é o de estender a vida
útil dos documentos, procurando mantê-los o mais próximo – Insetos: vários são os insetos que atacam os documen-
possível do estado físico em que foram criados. tos causando a sua deterioração. Podemos destacar
A restauração tem por objetivo revitalizar a concepção as baratas, as traças e brocas.
original, ou seja, a legibilidade do documento. – Micro-organismos: fungos.
– Roedores: ratos.
Agentes Exteriores que Danificam os Documen­tos – Homem: danifica os documentos, por utilizá-los cons-
Conhecimentos Específicos

tantemente e nem sempre observar a melhor forma


Físicos de conservá-los.

– Luminosidade: a luz é um dos fatores mais agravantes As melhores estratégias preventivas para evitar a pre-
no pro­cesso de degradação dos materiais bibliográ- sença de insetos e roedores são:
ficos, por isso deve-se evitar a exposição dos docu- • manter o local de guarda do acervo longe de fontes de
mentos à luz natural (luz solar) e à reprodução, pois alimentos;
tais fatores causam o envelhecimento do papel. • evitar comer e manter alimentos no local de guarda
– Temperatura: temperaturas demasiado altas ou baixas do acervo;
aceleram a degradação do papel, que encontra sua • evitar que a cantina ou refeitório fiquem em sala ao
temperatura ideal na casa aproximada dos 22 °C. lado de guarda do acervo;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• retirar o lixo do dia após o final do expediente, evitando Disquetes e CD-ROM
o pernoite do lixo;
• substituir os vidros quebrados das janelas; – Usar disquetes de boa qualidade.
• arejar os armários onde os livros estejam guardados, – Manter os disquetes em local fresco, seco e longe do
abrindo suas portas por algumas horas. computador.
– Usar programas antivírus.
Cuidados Gerais na Conservação dos Documentos – Proteger o CD contra arranhões e poeira.

Caixas de arquivo
Documentos em papel
– Utilizar caixas de papelão em vez das de plástico, pois
– Estantes e arquivos devem ser de metal revestido de estas tendem a transpirar quando submetidas a altas
pintura (para evitar ferrugem). temperaturas, observando que deverão ser maiores
– Deve-se manter as mãos limpas ao manusear os do- do que os documentos nelas inseridos (para evitar
cumentos. que se dobrem ou rasguem) e utilizando, quando
– Evitar qualquer tipo de comida junto aos do­cumentos. necessário, calços, para evitar que se dobrem dentro
– Não utilizar fitas adesivas tipo durex e fitas crepes delas.
ou cola branca (PVA), para evitar a perda de um frag-
mento do volume em degradação. Esses materiais Finalmente, cabe enfatizar que vistorias no acervo
possuem alta acidez e provocam manchas irreversíveis devem ser feitas periodicamente para revisá-lo e manter a
onde são aplicados. limpeza, pois higiene e limpeza são fatores essenciais para
– Não escrever nos documentos. a preservação e devem ser realizados em todas as fases do
– Não dobrar as páginas. arquivamento.
– Não apoiar os cotovelos ou braços ao ler ou consultar.
– Não umedecer os dedos com saliva ou qualquer outro Limpeza do assoalho
líquido.
– Para a remoção do pó das lombadas e partes externas – Para se evitar a possibilidade dos documentos serem
dos livros, pode-se usar o aspirador com a escova molhados, o que traz danos irreversíveis, é recomen-
circular especial para livros, adaptada com tecido de dável que não haja a entrada de água no arquivo,
filó ou gaze, para maior proteção do documento. devendo-se optar pela limpeza com panos úmidos e
– Para a limpeza das folhas, utiliza-se trinchas, escovas aspiradores, evitando-se, inclusive, a limpeza do piso
macias e flanelas de algodão. com água.
– Durante a limpeza, removem-se grampos metálicos, – A remoção da poeira depositada no assoalho deve
etiquetas, fitas adesivas, papéis e cartões ácidos. ser feita com cuidado, a  fim de evitar o seu deslo-
– Quando houver necessidade de observações nos camento para a superfície das estantes e para os
documentos, utilizar lápis, que não agridem tanto o documentos. O ideal é que se realize com o auxílio
papel quanto as canetas e ainda permitem eventuais do aspirador de pó, pois, assim, evita-se que a poeira
fique em suspensão. Não se deve utilizar vassoura ou
correções, se necessário.
espanadores como na higienização doméstica, pois
esse procedimento faz com que a poeira se desloque
Fotografias
de um local para outro. Procurar utilizar, na ausência
de um aspirador de pó, vassoura revestida de pano
– Devem receber proteção individual de boa qualidade. levemente umedecido. É  necessário que a poeira
– Devem ser manuseadas com luvas de algodão e ar- grude no pano, evitando o seu deslocamento para
quivadas em mobiliário de aço. outra área do acervo.
– Não forçar a separação de uma fotografia da outra. – Em todo esse processo é fundamental que o pano de
– Escrever o necessário somente no verso, com lápis chão nunca esteja molhado. Para saber se está no pon-
macio. to correto de utilização, deve-se torcer o pano até não
pingar nenhum excesso de líquido. Ao ficar saturado
Diapositivos (slides) de sujidade, o pano deve ser lavado ou substituído
por outro. A utilização do pano sujo causará apenas
– Utilizar materiais de acondicionamento adequados o deslocamento de sujidade de uma área para outra.
(cartelas flexíveis de polietileno ou polipropileno).
– Utilizar mobiliário metálico. Principais Operações de Restauração de
Conhecimentos Específicos

– Produzir duplicatas para projeções frequentes. Documentos


Microfilmes Destaca-se como principais operações de conservação de
documentos as seguintes operações: desinfestação, limpeza,
– Devem ser armazenados em cofres, arquivos ou ar- alisamento e restauração.
mários à prova de fogo e colocados em latas vedadas
à umidade. 1) Desinfestação
– Devem ser feitas duplicatas.
– A sujeira deve ser removida com um pano limpo Consiste no método de combate a insetos. O mais eficien-
que não solte fiapos, umedecido com Kodak Film te é a fumigação, que consiste em introduzir os documentos
Cleaner. numa câmara especial para este fim, onde se faz o vácuo e

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aplica-se produtos químicos por um prazo de 48 a 72 horas, lâminas de poliéster fixadas nas margens externas por fita
destruindo completamente os insetos. adesiva nas duas faces. A encapsulação é considerada um dos
mais modernos processos de restauração de documentos.
2) Limpeza
Diplomática
Em países desenvolvidos há instalações especiais para a
operação de limpeza, que é a fase posterior à fumigação. Na Diplomática é a área da Arquivologia que se ocupa do
falta dessas instalações usa-se um pano macio, uma escova estudo da estrutura formal dos atos escritos de origem go-
ou um aspirador de pó. vernamental e/ou notarial.
Os documentos diplomáticos são aqueles de natureza
3) Alisamento estritamente jurídica que refletem o ato escrito e as relações
políticas, legais, sociais administrativas entre o Estado e os
Consiste em colocar os documentos em bandejas de
cidadãos.
aço, expondo-os à ação do ar com forte percentagem de
umidade, durante uma hora, em uma câmara de umidifica- A análise diplomática permite classificar os documentos
ção. Em seguida, são passados a ferro, folha por folha, em nas categorias a seguir:
máquinas elétricas. • Normativos: são de cumprimento obrigatório. Ex.: leis,
decretos, estatuto, regimento, regulamento, resolução
4) Restauração acórdão, despachos (decisório) e etc.;
• Enunciativos: esclarecem questões de outros docu-
Consiste em recuperar um documento já desgastado mentos, seu conteúdo visa fundamentar uma resolu-
por não ter sido conservado adequadamente. As principais ção. São pareceres, votos, relatórios, informações e
técnicas de restauração de documentos são as seguintes: despachos (interlocutórios);
• De assentamento: registros sobre fatos e ocorrências
a) Banho de Gelatina como atas, termos, apostilas, autos de infração;
• Comprobatório: derivam do assentamento compro-
Consiste em mergulhar o documento em banho de gela- vando‑os, como certidões traslados, cópias autenti-
tina ou cola, o que aumenta a sua resistência, não prejudica cadas e atestados;
a visibilidade e a flexibilidade e proporciona a passagem dos • De ajuste: são documentos pactuais em que pelo
raios ultravioletas e infravermelhos. menos uma das partes é Administração Pública. São
tratados, convênios, termos e contratos;
b) Tecido • De correspondência: são em que em geral derivam
dos atos normativos, determinando‑lhes a execução.
Processo de reparação em que são usadas folhas de teci- São circulares, cartas, memorandos, alvarás, portaria,
do muito fino, aplicadas com pasta de amido. A durabilidade editais e etc.
do papel é aumentada consideravelmente, mas o emprego
do amido propicia o ataque de insetos e fungos, além de
A análise diplomática analisa o documento ainda quanto
reduzir a legibilidade e a flexibilidade.
à sua forma, espécie e tipologia, a  fim de identificar sua
c) Silking autenticidade e finalidade.

Esse método utiliza tecido de grande durabilidade (cre- Documentos Eletrônicos ou Digitais – Conceitos e
peline ou musseline de seda), mas devido ao uso de adesivo Definições
à base de amido, afeta suas qualidades permanentes. Tanto
a legibilidade quanto a flexibilidade são pouco prejudicados. Entende‑se por documentos digitais aqueles armaze-
É, no entanto, um processo de difícil execução e cuja matéria- nados em meio digital ou eletrônico e que dependam de
-prima é de alto custo. equipamento e softwares que permitam sua leitura.
Os documentos digitais podem ser gerados:
d) Laminação – a partir de dados contidos em Sistemas Gerenciadores
de Bancos de Dados (SGBDs);
Processo em que se envolve o documento, nas duas fa- – a partir da digitalização de documentos em papel; ou
ces, com uma folha de papel de seda e outra de acetato de – com uso de software ou programa específico (editor
celulose, colocando-se numa prensa hidráulica, sob pressão de texto, planilha eletrônica etc.).
e alta temperatura. O documento se torna imune à ação de
fungos e pragas e qualquer mancha resultante do uso pode
Atualmente, o índice de informatização nas instituições
ser removida com água e sabão.
Conhecimentos Específicos

é bastante alto, o que fez com que documentos tradicional-


e) Laminação Manual mente gerados em papel passassem a ser produzidos em
meio digital.
É um processo semelhante à laminação, mas que não O tratamento a ser dispensado no gerenciamento de
utiliza calor nem pressão, que são substituídos pela acetona. documentos digitais não difere daqueles produzidos em
Oferece como vantagem um menor custo para sua aplicação, meio tradicional, ou seja, há que se observar o controle da
por dispensar os equipamentos mecanizados. temporalidade dos mesmos (evitando‑se assim o acúmulo
de “lixos” digitais nos servidores), o controle da tramitação,
f) Encapsulação a conservação (que implica a atualização de mídias e supor-
tes, que se tornam obsoletas rapidamente) e a criação de
Utiliza basicamente películas de poliéster e fita adesiva cópias de segurança (backups) que garantam a recuperação
de duplo revestimento. O documento é colocado entre duas da informação ao longo do tempo.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Carolina Rodrigues Enquanto o estruturalismo foi influenciado pela sociologia,
e mais especificamente pela sociologia organizacional, a
abordagem comportamental recebe forte influência das ci-
GESTÃO E O PAPEL DO GESTOR ências comportamentais, mais especificamente da psicologia
organizacional.
Gestão é um termo recente, moderno, e corresponde
A Teoria Comportamental da Administração tem o seu
ao ato de gerir, e é mais bem compreendido se analisado
início com Herbert Alexander Simon. Chester Bamard, Dou-
em três dimensões:
glas McGregor, Rensis Likert, Chris Argyris são autores im-
• Quando se refere ao todo administrativo, é, prati-
portantíssimos dessa teoria. Dentro do campo da motivação
camente, sinônimo de administração, compreende
humana salientam-se Abraham Maslow, Frederick Herzberg
estrutura e recursos e é responsável pela criação de
e David McClelland.
um ambiente favorável ao desempenho das atividades
de todas as áreas.
• Quando se refere às áreas de gestão (gestão de RH, Motivação
gestão de finanças, gestão da produção etc.), trata‑se
de uma especialização da administração, que compre- De acordo com Daft12, a motivação é relativa às forças
ende recursos, técnicas e ferramentas (genéricos ou internas ou externas que fazem uma pessoa se entusiasmar
específicos), constituindo‑se numa espécie de “modelo e persistir na busca de um objetivo. Como a motivação afeta
de gestão” para cada área. a produtividade, a organização deve canalizar a motivação
• Quando se refere à função de gerir, também compreen- para os objetivos organizacionais.
de as funções de planejar, organizar, dirigir, coordenar Dessa forma, Robbins13 diz que, no ambiente organiza-
cional, a motivação é a vontade de exercer altos níveis de
e controlar as atividades da área (ou de todas as áreas),
esforço para alcançar os objetivos organizacionais.
e utiliza conhecimentos, técnicas e ferramentas inova-
Entretanto, a dificuldade existe no fato de que as pessoas
dores (em regra, de forma mais ágil e inteligente) na
são muito diferentes umas das outras. O que pode motivar
busca de melhores resultados em todos os aspectos
uma pessoa pode não motivar outras. Existe uma diversidade
possíveis.
de teorias motivacionais, mas em geral os autores abordam
dois tipos de fatores, os extrínsecos (de fora da pessoa) e os
O gestor, no exercício do ato de gerir, compreende agir,
intrínsecos (de dentro da pessoa).
liderar e controlar; é a arte de mobilizar pessoas e colocar o
De acordo com Bergamini,
negócio para andar – corresponde ao cargo de gerente e tem
foco na eficácia, no alcance de metas específicas. O gestor
No primeiro caso, pressupõe-se que a força que con-
ou gerente utiliza conhecimentos, técnicas e ferramentas
duz o comportamento motivado está fora da pessoa,
modernas de todas as áreas de conhecimento, e  não so-
quer dizer, nasce de fatores extrínsecos que são, de
mente os oriundos da ciência da Administração, além de
certa forma, soberanos e alheios à sua vontade. No
primar pelo uso racional, ágil e inteligente dos recursos da
segundo caso, subjaz a crença de que as ações hu-
organização/instituição na busca de melhores resultados
manas são espontâneas e gratuitas, uma vez que têm
em termos de eficiência, eficácia e efetividade. Quando o
suas origens nas impulsões interiores; assim sendo, o
gestor se encontra na cúpula da administração, também é
próprio ser humano traz em si seu potencial e a fonte
responsável pela tomada de decisão que define os rumos da
de origem do seu comportamento motivacional.
organização/entidade.
O exercício da função gerenciar exige do gerente a arte Existem, portanto, diversas teorias que se baseiam nos
de liderar pessoas, a  competência técnica para utilizar os fatores externos e/ou internos do indivíduo. Quando uma
recursos, a capacidade para resolver problemas e conheci- empresa oferece um prêmio para o funcionário que bater
mentos para planejar, acompanhar e controlar um número uma meta está se baseando nos fatores externos (você não
de atividades relacionadas entre si, numa área ou subárea teria vontade de bater a meta, mas como existe um estímulo
específica, com o intuito de obter resultados específicos. externo – o prêmio – você se esforça para isso).
É mais operacional que decisorial e intelectual. Já quando você deseja fazer um trabalho bem-feito, pois
acha seu trabalho interessante e importante, está se base-
REFERÊNCIA ando em fatores internos (sua preocupação com os outros
ou seu orgulho de fazer um trabalho bem-feito).
PALUDO, Augustinho. Administração Pública. 5º ed. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016. Teorias de Processo e Teorias de Conteúdo

As teorias de motivação podem ser divididas em teorias


Conhecimentos Específicos

Comportamento Organizacional de conteúdo e teorias de processo. As teorias de conteúdo


se concentram nas razões que levam uma pessoa a ficar mo-
Comportamento é a maneira pela qual um indivíduo ou tivada (seria o QUE motiva alguém).
uma organização age ou reage em suas interações com o seu Naturalmente, a grande maioria das pessoas deseja ou
meio ambiente e em resposta aos estímulos que dele recebe. necessita de coisas que não têm. Quando queremos algo
A abordagem comportamental – também chamada beha- (seja um carro melhor, uma viagem ao exterior, ou que nossa
viorista (em função do behaviorismo na psicologia) desenvol- família coma todos os dias), temos uma “motivação” para
vida nos Estados Unidos a partir da década de 1950 – marca alcançar esse objetivo, não é mesmo? As teorias que se pre-
a mais forte influência das ciências do comportamento na
teoria administrativa e a busca de novas soluções democrá- 12
DAFT, Richard L. Management. Mason: Thomson, 2005.
13
Robbins, Stephen P. Organizational Behavior. 11a ed. Upper Saddle River:
ticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. Pearson-Prentice-Hall, 2004.

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ocupam com as necessidades que nos “impulsionam” são as bônus aos que atingirem. Essa teoria é uma das mais utili-
teorias de conteúdo. zadas no meio organizacional.
Já as teorias de processo se concentram no modo em A teoria do reforço não toma conhecimento do que se
que o comportamento é motivado (seria o COMO essa mo- passa no “interior” da pessoa (como as emoções, expectati-
tivação ocorre). vas, atitudes etc.), apenas do que acontece com o indivíduo
Os teóricos que trabalham com essas teorias acreditam quando ele age. Assim, essa teoria é muito criticada pelo
que as pessoas são mais propensas a se comportar com seu aspecto “manipulador” das pessoas. Apesar disso, seu
“motivação” se três condições acontecem: as pessoas creem impacto não é renegado. Apenas não se acredita mais que
que as ações atingirão o desempenho desejado; que esse o reforço seja o único fator que gera uma maior motivação
desempenho levará ao resultado buscado e o resultado é e, por consequência, um melhor desempenho.
realmente desejado por elas. De acordo com a teoria, as ferramentas que um gestor
As principais teorias comportamentais ou motivacionais de pessoas poderia utilizar iriam desde um estímulo positivo
são: (um prêmio, por exemplo) até um estímulo negativo (uma
punição).
Estímulos positivos tenderiam a reforçar o comportamen-
Teorias de Processo Teorias de Conteúdo
to, ao passo que os estímulos negativos buscariam anular um
Teoria da Expectativa – Teoria dos dois fatores – comportamento indesejado. As estratégias seriam quatro:
Vroom Herzberg reforço positivo, reforço negativo, punição e extinção.
Teoria do Reforço – Skinner Hierarquia das necessida-
des – Maslow Teoria X e Teoria Y
Necessidades adquiridas –
McClelland McGregor, um dos maiores contribuintes no estudo da
teoria comportamental, compara dois estilos opostos e an-
Teoria X e Y tagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na
teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o
Teoria das Necessidades Adquiridas
nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas con-
cepções modernas a respeito do comportamento humano
De acordo com McClelland, a motivação é relacionada
(a que denominou Teoria Y).
com a satisfação de certas necessidades adquiridas dos in-
divíduos. Para ele, essas necessidades seriam três:
Teoria X
• Necessidade de afiliação – relativas ao desejo de ter É a concepção tradicional de administração e baseia-se
bons relacionamentos e amizades; em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento
• Necessidade de poder – ligadas ao controle e à influ- humano, a saber:
ência de outras pessoas e em relação aos destinos da • as pessoas são indolentes e preguiçosas por natureza:
organização; elas evitam o trabalho ou trabalham o mínimo possível,
• Necessidade de realização – ligada aos desejos de su- em troca de recompensas salariais ou materiais;
cesso, de fazer bem algum trabalho, de se diferenciar • falta-lhes ambição: não gostam de assumir responsa-
dos outros. bilidades e preferem ser dirigidas e sentir-se seguras
nessa dependência. O homem é basicamente egocên-
Essas necessidades seriam geradas através da própria trico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos
experiência das pessoas, de sua vivência. De acordo com o objetivos da organização;
autor, pessoas com uma alta necessidade de realização de- • a sua própria natureza leva-as a resistir às mudanças,
veriam trabalhar com tarefas em que não necessitassem do pois procuram sua segurança e pretendem não assumir
trabalho dos outros (ou seja, em tarefas em que pudessem riscos que as ponham em perigo;
“mostrar serviço” sozinhas). • a sua dependência toma-as incapazes de autocontrole
Além disso, essas pessoas são mais bem aproveitadas em e autodisciplina: elas precisam ser dirigidas e contro-
áreas em que as tarefas são difíceis o bastante para motivá- ladas pela administração.
-las, mas não tanto que as façam perceber que o sucesso
depende da “sorte” ou da ajuda de outros. Assim, essas Essas concepções e premissas a respeito da natureza
pessoas não costumam ser bons gerentes. humana formam a Teoria X, que reflete um estilo de ad-
Já as pessoas com uma alta necessidade de poder se ministração duro, rígido e autocrático e que faz as pessoas
adaptam melhor às posições de gerência. De acordo com trabalharem dentro de esquemas e padrões planejados e
McClelland, pesquisas comprovam que a grande maioria dos organizados, tendo em vista o alcance dos objetivos da or-
ocupantes de cargos altos tem alta necessidade de poder e ganização. As pessoas são visualizadas como meros recursos
baixa necessidade de afiliação. ou meios de produção.
Conhecimentos Específicos

A Teoria X representa o típico estilo de administração da


Teoria do Reforço Administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica de Fayol
e da Teoria da Burocracia de Weber em diferentes estágios
Desenvolvida inicialmente pelo psicólogo norte-america- da teoria administrativa: bitolamento da iniciativa individual,
no Burrhus Frederic Skinner (considerado como um dos pais aprisionamento da criatividade, estreitamento da atividade
da psicologia comportamental), a Teoria do Reforço afirma profissional por meio do método e da rotina de trabalho. A
que o reforço condiciona o comportamento. Ou seja, os in- teoria X força as pessoas a fazerem exatamente aquilo que a
divíduos podem ser manipulados a se comportarem de certa organização pretende que elas façam, independentemente
maneira, de acordo com os estímulos aplicados a eles. Assim, de suas opiniões ou objetivos pessoais. Quando um admi-
se queremos que os funcionários cheguem sempre cedo, nistrador impõe arbitrariamente e de cima para baixo um
deveremos instituir um prêmio de assiduidade. Se quisermos esquema de trabalho e passa a controlar o comportamento
que os vendedores atinjam as metas, deveremos pagar um dos subordinados, ele estará fazendo Teoria X. O fato de ele

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
impor autocrática ou suavemente não faz diferença: ambas Maslow as necessidades humanas estão arranjadas em uma
são maneiras diferentes de se fazer Teoria X. A própria Teoria pirâmide de importância e de influenciação do comporta-
das Relações mento humano. Na base da pirâmide estão as necessidades
Humanas, em seu caráter demagógico e manipulativo, mais baixas e recorrentes, enquanto no topo estão as mais
também é uma forma suave, macia e enganosa de se fazer sofisticadas e intelectualizadas.
Teoria X. • Necessidades fisiológicas: constituem o nível mais
baixo de todas as necessidades humanas, como as
Teoria Y necessidades de alimentação (fome e sede), de sono
É a moderna concepção de administração de acordo com e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor) ou dese-
a Teoria Comportamental. jo sexual (reprodução da espécie). As necessidades
A Teoria Y baseia-se em concepções e premissas atuais fisiológicas são também denominadas biológicas ou
e sem preconceitos a respeito da natureza humana, a saber: básicas e exigem satisfação cíclica e incessante para
• as pessoas não têm desprazer inerente em trabalhar. garantir a sobrevivência do indivíduo. São, portanto, as
Dependendo de certas condições, o trabalho pode necessidades relacionadas com a própria subsistência
ser uma fonte de satisfação e recompensa (quando e existência do indivíduo. Embora comuns a todas as
é voluntariamente desempenhado) ou uma fonte pessoas, elas requerem diferentes gradações individu-
de punição (quando é evitado sempre que possível). ais para a sua satisfação. Sua principal característica é
A aplicação do esforço físico ou mental em um trabalho a premência: quando alguma dessas necessidades não
é tão natural quanto jogar ou descansar; está satisfeita, ela domina a direção do comportamen-
• as pessoas não são, por sua natureza intrínseca, pas- to. Uma pessoa com fome não tem outra preocupação
sivas ou resistentes às necessidades da empresa: elas maior do que se alimentar. Entretanto, quando come
podem tornar-se assim, como resultado de sua expe- regularmente e de maneira adequada, a fome deixa
riência negativa em outras empresas; de ser uma motivação importante.
• as pessoas têm motivação, potencial de desenvolvi- • Necessidades de segurança: constituem o segundo
mento, padrões de comportamento adequados e capa- nível das necessidades humanas. Levam a pessoa a
cidade para assumir responsabilidades. O funcionário proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, fí-
deve exercitar autodireção e autocontrole a serviço sico ou abstrato: a busca de proteção contra a ameaça
dos objetivos que lhe são confiados pela empresa. O ou provação, a fuga ao perigo, o desejo de estabilida-
controle externo e a ameaça de punição não são os de, a busca de um mundo ordenado e previsível são
únicos meios de obter a dedicação e o esforço de al- manifestações típicas dessas necessidades. Surgem
cançar os objetivos empresariais; no comportamento humano quando as necessidades
• o homem médio aprende sob certas condições a acei- fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Como aque-
tar, mas também a procurar responsabilidade. A fuga à las, também estão intimamente relacionadas com a
responsabilidade, a falta de ambição e a preocupação sobrevivência da pessoa. As necessidades de segurança
exagerada com a segurança pessoal são consequências têm grande importância, uma vez que na vida organi-
da experiência insatisfatória de cada pessoa, e não uma zacional as pessoas têm uma relação de dependência
característica humana inerente a todas as pessoas. Tal com a empresa e onde as ações gerenciais arbitrárias
comportamento não é causa: é efeito de experiência ou as decisões inconscientes e incoerentes podem pro-
negativa em alguma empresa; vocar incerteza ou insegurança nas pessoas quanto à
• a capacidade de alto grau de imaginação e de criati- sua permanência no emprego. Se as ações e decisões
vidade na solução de problemas empresariais é am- gerenciais refletem discriminação e favoritismo ou al-
plamente - e não escassamente - distribuída entre as guma prática imprevisível, podem se tomar poderosos
pessoas.
ativadores de insegurança entre as pessoas.
• Necessidades sociais: são as necessidades relaciona-
Em função dessas concepções e premissas a respeito da
das com a vida associativa do indivíduo com outras
natureza humana, a Teoria Y mostra um estilo de adminis-
pessoas. São as necessidades de associação, de partici-
tração aberta, dinâmico e democrático, por meio do qual
pação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de
administrar torna-se um processo de criar oportunidades, li-
berar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimen- amizade, de afeto e amor. Surgem no comportamento
to individual e proporcionar orientação quanto a objetivos. quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de
A Teoria Y propõe um estilo de administração participativo segurança) se encontram relativamente satisfeitas.
e baseado nos valores humanos e sociais. Enquanto a Teoria X Quando as necessidades sociais não estão suficiente-
é a administração por meio de controles externos impostos às mente satisfeitas, a pessoa se toma resistente, anta-
pessoas, a Teoria Y é a administração por objetivos que realça gônica e hostil com relação às pessoas que a cercam.
a iniciativa individual. As duas teorias são opostas entre si. A frustração dessas necessidades conduz geralmente
Em oposição à Teoria X, McGregor aponta a Teoria Y, à falta de adaptação social e à solidão. A necessidade
segundo a qual administrar é um processo de criar oportu- de dar e receber afeto é um importante ativadora do
Conhecimentos Específicos

nidades e liberar potenciais rumo ao autodesenvolvimento comportamento humano quando se utiliza a adminis-
das pessoas. No longo período de predomínio da Teoria X, tração participativa.
as pessoas acostumaram- se a ser dirigidas, controladas e • Necessidades de estima: são as necessidades rela-
manipuladas pelas empresas e a encontrar fora do trabalho cionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e
as satisfações para suas necessidades pessoais de auto reali- se avalia, isto é, com a autoavaliação e a autoestima.
zação. A Teoria Y é aplicada nas empresas através de um estilo Envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a ne-
de direção baseado em medidas inovadoras e humanistas. cessidade de aprovação social e de reconhecimento,
de status, de prestígio e de consideração. A satisfação
Hierarquia das Necessidades de Maslow dessas necessidades conduz a sentimentos de autocon-
fiança, de valor, força, prestígio, poder, capacidade e
A teoria motivacional mais conhecida é a de Maslow e utilidade. A sua frustração pode produzir sentimentos
se baseia na hierarquia das necessidades humanas. Para de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo,

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os quais, por sua vez, podem levar ao desânimo ou a nuamente ao longo da vida. Essa tendência se expressa
atividades compensatórias. por meio do impulso da pessoa em tornar-se mais do
• Necessidades de autorrealização: são as necessidades que é e de vir a ser tudo o que pode ser. As necessida-
humanas mais elevadas e que se encontram no topo des de autorrealização estão relacionadas com a plena
da hierarquia. Essas necessidades levam cada pessoa a realização daquilo que cada pessoa tem de potencial e
realizar o seu próprio potencial e a se desenvolver conti- de virtual, da utilização plena dos talentos individuais.

Teoria dos Dois Fatores de Herzberg cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa execu-
ta. Assim sendo, os fatores motivacionais estão sob o
Herzberg formulou a chamada teoria dos dois fatores controle da pessoa, pois estão relacionados com aquilo
para melhor explicar o comportamento das pessoas em situ- que ela faz e desempenha. Os fatores motivacionais
ações de trabalho. Para ele, dois fatores orientam fortemente envolvem os sentimentos de crescimento individual,
o comportamento das pessoas: de reconhecimento profissional e as necessidades de
• Fatores higiênicos: também denominados fatores ex- auto realização. Tradicionalmente, as tarefas e os car-
trínsecos ou ainda fatores ambientais. Estão localizados gos têm sido arranjados e definidos com a preocupação
no ambiente que rodeia as pessoas e abrange as condi- exclusiva de atender aos princípios de economia e de
ções dentro das quais elas desempenham seu trabalho. eficiência, esvaziando completamente os aspectos de
Os principais fatores higiênicos são: o salário, os benefí- desafio e de oportunidade para a criatividade individu-
cios sociais, o tipo de gerência que as pessoas recebem, al. Com isso, perdem o “significado psicológico” para
as condições físicas e ambientais de trabalho, as políticas a pessoa que as executa e passam a ter um efeito de
e diretrizes da empresa, o clima organizacional, os regu- “desmotivação”, provocando a apatia, o desinteresse
lamentos internos etc. Como todas essas condições são e a falta de sentido psicológico, já que a empresa nada
de responsabilidade da empresa, os fatores higiênicos mais oferece além de fatores higiênicos. A caracterís-
estão fora do controle das pessoas. São, portanto, fato- tica mais importante dos fatores motivacionais é que,
res de contexto que se situam no ambiente externo que quando são ótimos, elevam a satisfação das pessoas
circunda o indivíduo. Tradicionalmente, apenas os fato- no trabalho. Entretanto, quando precários, evitam a
res higiênicos eram levados em conta na motivação das satisfação. Pelo fato de estarem relacionados com a
pessoas: o trabalho antigamente era considerado uma satisfação das pessoas, recebem também o nome de
atividade desagradável e para fazer com que as pessoas fatores satisfacientes. Os fatores responsáveis pela sa-
trabalhassem mais, tornava-se necessário apelar para tisfação no trabalho são totalmente independentes e
prêmios e incentivos salariais, liderança democrática, desligados dos fatores responsáveis pela insatisfação:
políticas empresariais abertas e estimuladoras, isto é, o oposto da satisfação profissional não é a insatisfa-
incentivos situados externamente ao indivíduo em troca ção, mas sim nenhuma satisfação; da mesma forma, o
do seu trabalho e dedicação. Outros ainda incentiva- oposto da insatisfação profissional não é a satisfação,
vam as pessoas a trabalharem por meio de recompensas mas a não insatisfação.
(motivação positiva) ou de punições (motivação nega-
tiva). A principal característica dos fatores higiênicos é
que, quando eles são ótimos, conseguem apenas evitar
a insatisfação das pessoas, pois não conseguem elevar
consistentemente a satisfação e, quando a elevam, não
Conhecimentos Específicos

conseguem mantê-la elevada por muito tempo. Todavia,


quando são péssimos ou precários, os fatores higiênicos
provocam a insatisfação das pessoas. Devido a essa in-
fluência mais voltada para a insatisfação, Herzberg lhes
dá o nome de fatores insatisfacientes. São higiênicos
porque são essencialmente profiláticos e preventivos:
apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a sa-
tisfação. Seu efeito é similar ao de certos antissépticos
e remédios higiênicos: evitam a infecção ou combatem Teoria da Expectativa de Vroom
a dor de cabeça, mas não conseguem melhorar a saúde;
• Fatores motivacionais: também denominados fatores Enquanto Maslow e Herzberg analisam a relação entre
intrínsecos, pois estão relacionados com o conteúdo do as necessidades internas e o esforço resultante para cumpri-

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-las, o modelo contigencial de Victor Vroom salienta que vel consagrado pelo grupo como padrão informal de
esforço, desempenho e recompensa estão ligados na moti- produção, uma vez que produzir mais nessa situação
vação de uma pessoa. poderá significar a rejeição do grupo.
• Expectativas: isto é, objetivos individuais e a força do • Relações entre expectativas e recompensas: isto é, a
desejo de atingir tais objetivos. Os objetivos individuais capacidade percebida de influencia a sua produtividade
podem incluir dinheiro, segurança no cargo, aceitação so- para satisfazer suas expectativas com as recompensas.
cial, reconhecimento, trabalho interessante e uma infini- Se uma pessoa acredita que um grande esforço aplicado
dade de combinações de objetivos que uma pessoa pode tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se
procurar satisfazer simultaneamente dentro da entidade. esforçar muito, pois não percebe a relação entre nível
• Recompensas: isto é, a relação percebida entre a sua de produtividade e recompensa, isto é, entre custo e
produtividade e o alcance dos objetivos individuais. Se benefício, entre investimento pessoal e retorno.
uma pessoa tem por objetivo mais importante obter
um salário maior e se trabalha na base de remuneração Assim, o nível de produtividade individual depende da
por produção, poderá ter uma forte motivação para inter-relação entre esses três fatores determinantes, como
produzir mais devido à recompensa percebida. Porém, mostra a figura a seguir. Tais fatores determinam o nível de
se sua aceitação social pelos outros colegas do grupo motivação para produzir em quaisquer circunstâncias em
é mais importante, ela poderá produzir abaixo do ní- que o indivíduo se encontre.

Gerenciando Pessoas: Liderança14 conceito de poder e de autoridade, abrangendo todas


as maneiras pelas quais se introduzem as mudanças no
A liderança é um fenômeno social que ocorre exclusiva- comportamento de pessoas ou de grupos de pessoas. O
mente em grupos sociais. Ela é definida como uma influência poder significa o potencial de influência de uma pessoa
interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida pelo sobre uma ou outras. Poder é a capacidade de exercer
processo de comunicação humana para a consecução de influência, embora isso não signifique que essa influência
um ou mais objetivos específicos. Abaixo listamos os des- realmente seja exercida. Em outras palavras, o poder é o
dobramentos dessa definição para melhor esclarecimento. potencial influenciador que pode ou não ser efetivamente
• A liderança é um tipo de influenciação entre pessoas: realizado. Por outro lado, a autoridade é o poder legítimo,
uma pessoa influencia a outra em função dos relaciona- ou seja, o poder que tem uma pessoa em virtude do papel
mentos existentes entre elas. A influência é uma tran- que exerce, de sua posição em uma estrutura organizacio-
sação interpessoal na qual uma pessoa age no sentido nal. Portanto, o poder legal é socialmente aceito. Existem
de modificar ou provocar o comportamento de uma ou- vários graus de influência, que vão desde a coação, a
tra, de maneira intencional. A influência está ligada ao persuasão, a sugestão até a emulação.
Conhecimentos Específicos

14

• A liderança acontece em uma determinada situação. Ela ocorre em uma dada estrutura social decorrente da distri-
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 2º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
14

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buição de autoridade de tomar decisões. O grau em • A liderança visa à consecução de um ou mais objetivos
que uma pessoa demonstra qualidades de liderança específicos. O líder surge como um meio para o alcan-
depende não somente de suas próprias características ce dos objetivos desejados pelo grupo. O comporta-
individuais, mas também das características da situa- mento de liderança deve ajudar o grupo a atingir seus
ção na qual se encontra. A liderança é função das ne- objetivos ou a satisfazer suas necessidades. Assim, a
cessidades existentes em uma determinada situação pessoa que pode dar maior assistência e orientação ao
e consiste em uma relação entre um indivíduo e um grupo - escolhendo as soluções ou ajudando o grupo a
grupo. Trata-se de uma relação funcional. Essa relação encontrar as melhores soluções para seus problemas
funcional somente existe quando um líder é percebi- para que atinja um estado satisfatório, tem maiores
do por um grupo como o possuidor ou o controlador possibilidades de ser considerada seu líder. A definição
de meios para a satisfação de suas necessidades. As- de liderança envolve dois aspectos importantes: o pri-
sim, segui-lo pode constituir, para o grupo, um meio meiro é a capacidade presumida de motivar as pessoas
de aumentar a satisfação das suas necessidades ou a fazerem aquilo que precisa ser feito. O segundo é
de evitar sua diminuição. Assim, o grupo pode sele- a tendência dos liderados de seguirem aqueles que
cionar, eleger, aceitar espontaneamente um indivíduo percebem como instrumentais para satisfazerem os
como líder, porque ele possui e controla os meios - seus próprios objetivos e necessidades pessoais. As-
como habilidade pessoal, conhecimentos, dinheiro, sim, a liderança é uma faca de dois gumes: nenhuma
posição, relacionamentos, propriedade etc. - que o pessoa pode ser um líder, a menos que consiga que
grupo deseja utilizar para atingir seus objetivos, ou as pessoas façam aquilo que ela pretende que façam,
seja, para obter um aumento de satisfação de suas nem será bem-sucedida, a menos que seus seguidores
necessidades. a percebam como um meio de satisfazer suas próprias
• A liderança é realizada pelo processo da comunicação aspirações pessoais ou atingir seus objetivos. O líder
humana. Ela pode ser definida como a arte de induzir deve ser capaz; os seguidores devem ter vontade.
as pessoas a cumprirem suas obrigações com zelo e
correção. É a capacidade de influenciar as pessoas a As diversas abordagens sobre liderança estão apresen-
fazerem aquilo que devem fazer. O líder exerce influ- tadas abaixo:
ência sobre as pessoas, conduzindo suas percepções
de objetivos em direção aos seus objetivos.

Estilos de liderança – Liderança autocrática, liberal e diferentes estilos de liderança e os climas sociais resultantes.
democrática Para esses autores, existem três estilos básicos de liderança: a
Em um estudo pioneiro sobre liderança, White e Lippitt autocrática, a liberal (laissez-faire) e a democrática. A figura a
fizeram uma pesquisa para verificar o impacto causado por três seguir descreve as características de cada estilo de liderança.
Conhecimentos Específicos

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Os resultados dessa pesquisa tiveram entusiástica reper- alguns traços específicos de personalidade, que o distinguem
cussão nos Estados Unidos na época. Os grupos submetidos das demais pessoas. São características marcantes, através
à liderança autocrática apresentaram maior volume de tra- das quais pode influenciar o comportamento das demais
balho produzido, com evidentes sinais de tensão, frustra- pessoas. A Teoria dos Traços parte do pressuposto de que
ção e agressividade. Sob liderança liberal, os grupos não se certos indivíduos possuem uma combinação especial de tra-
saíram bem quanto à quantidade nem quanto à qualidade, ços de personalidade, que podem ser definidos e utilizados
com sinais de forte individualismo, desagregação do grupo, para identificar futuros líderes potenciais.
insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder. Com a
liderança democrática, os grupos não chegaram a apresentar Liderança Situacional
um nível quantitativo de produção tão elevado como quando
submetidos à liderança autocrática, porém a qualidade do Paul Hersey e Kenneth Blanchard elaboraram a Teoria
seu trabalho foi surpreendentemente melhor, acompanha- da Liderança Situacional que se baseia numa inte-relação
da de um clima de satisfação, de integração grupai, de res- entre (1) a quantidade de orientação e direção (comporta-
ponsabilidade e de comprometimento das pessoas. A partir mento de tarefa) que o líder oferece, (2) a quantidade de
dessa pesquisa, passou-se a defender intensamente o papel apoio socioemocional (comportamento de relacionamento)
da liderança democrática - perfeitamente compatível com o dado pelo líder e (3) o nível de prontidão (“maturidade”)
espírito americano da época - extremamente comunicativa, dos subordinados no desempenho de uma tarefa, função
que encoraja a participação das pessoas, que é justa e não- ou objetivo específico. (HERSEY; BLANCHARD, 1986, p. 186)
-arbitrária e que se preocupa igualmente com os problemas Para Hersey; Blanchard (1986), um líder não será eficaz
das tarefas e das pessoas. A liderança autocrática põe forte se não souber ajustar seu estilo de liderança às demandas
ênfase no líder, enquanto a liderança liberal põe forte ênfase do ambiente. Embora todas as variáveis situacionais sejam
nos subordinados. A liderança democrática põe ênfase tanto consideradas como relevantes, o foco é o comportamento
no líder como nos subordinados. do líder em relação ao liderado
Na prática, o líder utiliza os três estilos de acordo com a A maturidade é entendida como a capacidade e a dispo-
situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O sição dos liderados para assumir responsabilidade e coorde-
líder tanto manda cumprir ordens, como sugere aos subor- nar seu próprio comportamento. Cabe ressaltar que o nível
dinados a realização de certas tarefas, como ainda consulta de maturidade do liderado será relacionado com a tarefa
os subordinados antes de tomar alguma decisão. Ele utiliza específica a ser realizada, desta forma, em relação a uma
coerentemente os três estilos de liderança. A principal pro- determinada tarefa o liderado poderá ser menos maduro,
blemática da liderança é saber quando aplicar, qual estilo, mas diante de outra poderá ser mais maduro. Salienta-se
com quem e dentro de que circunstâncias e tarefas a serem ainda que, além de avaliar a maturidade de cada liderado,
desenvolvidas. pode ser que o líder tenha que identificar a maturidade geral
de seu grupo. (HERSEY; BLANCHARD, 1986).
Teoria dos Traços Segundo Hersey; Blanchard (1986), os liderados são de
suma importância para o líder exercer a liderança, “não só
Marco inicial dos estudos sobre liderança, essa teoria porque individualmente aceitam ou rejeitam o líder, mas por-
dá ênfase a características pessoais do líder que, segundo que como grupo efetivamente determinam o poder pessoal
Bergamini, os líderes deveriam possuir certas características que o líder possa ter” (p. 187).
de personalidade especiais que seriam basicamente as prin- Logo, para os autores, não há uma forma ideal de os
cipais facilitadoras no desempenho do papel de liderança. líderes influenciarem seus liderados, pois o estilo (E) a ser
Assim, os líderes passaram a ser entendidos como seres dife- escolhido pelo líder dependerá do nível de maturidade (M)
rentes das demais pessoas pelo fato de possuírem alguns tra- daqueles que ele pretende influenciar. (HERSEY; BLANCHARD,
ços de personalidade considerados como profundos respon- 1986).
sáveis não só por fazê-los emergir como tal como também
por mantê-los em suas posições. Isso permite concluir que
os líderes já nascem como tal, não havendo a probabilidade
de “fazê-los” posteriormente por meio do uso de técnicas
de desenvolvimento pessoal. (1994, p.29)
Na concepção de Stogdill e Mann, citados por Bergamini
(1994, p. 29)15, existem cerca de 120 projetos nesse senti-
do, listando “aproximadamente 34 traços de personalidade
considerados como características típicas da amostragem
dos líderes eficazes”. Sociabilidade, habilidades interpes-
soais, autoconfiança, ascendência e domínio, participação,
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

fluência verbal, equilíbrio emocional, controle e busca de


responsabilidade são alguns exemplos de traços aponta-
dos pela teoria. A grande preocupação dessa abordagem
é mostrar o que é o líder, sem se preocupar em correlacio-
nar as características com a produtividade ou a eficácia do
processo de liderança.
A Teoria dos Traços é uma das mais antigas a respeito da
liderança. Um traço é uma qualidade ou característica da per-
sonalidade. Segundo esta teoria, o líder é aquele que possui
15
BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas,
1994. Fonte: Hersey; Blanchard, 1986, p.189

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Segundo Hersey; Blanchard (1986), os quatro estilos de A Constituição Federal estabeleceu cinco princípios
liderança correspondem a uma combinação do comporta- expressos (não significa que outros não existam) a serem
mento de tarefa e de relacionamento. obedecidos pela administração pública. São eles: legalida-
• O estilo “determinar” é o mais adequado para liderados de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
com baixa maturidade, ou seja, que não têm capacida- (L.I.M.P.E.).
de nem disposição. Essa falta de disposição pode estar
relacionada com uma insegurança para desempenhar Atenção! Os concursos costumam trocar os princípios
a tarefa. De acordo com esse estilo, o líder fará desig- acima, como impessoalidade por isonomia. Mas é preciso
nações para as pessoas, dizendo o que devem fazer e ficar atento, pois, embora possuam conceitos muito próxi-
apresentando um comportamento de tarefa alto e de mos, às vezes, a questão exige a literalidade do dispositivo.
relacionamento baixo.
• O estilo “persuadir” é o mais adequado para maturida-
de entre baixa e moderada. Neste caso, o liderado tem Vejamos o conceito de cada um:
disposição, mas não tem capacidade. O líder ao mesmo • Legalidade: a noção de legalidade para a administração
tempo será diretivo (por causa da falta de capacidade) pública pode ser bem resumida na expressão usada pelo
e apoiador (para reforçar a disposição), adotando um direito administrativo: o particular pode fazer tudo aquilo
comportamento de alta tarefa e alto relacionamento. que não estiver vedado em lei, enquanto a administração
• O estilo “compartilhar é indicado para maturidade en- pública somente pode fazer o que determina o ordenamen-
tre moderada e alta, o que significa que as pessoas têm to jurídico. Isso não significa que os cidadãos não estejam
capacidade, mas não têm disposição para cumprir as submetidos à imperatividade das normas, pelo contrário,
designações do líder. Essa baixa disposição pode estar ambos – Estado e sociedade – estão sob a sujeição da Cons-
relacionada com uma falta de autoconfiança ou então tituição e das leis infraconstitucionais. Contudo, o Estado tem
pode ser oriunda de problemas de motivação. Esse rigidamente controlada sua conduta de administrar, desde
estilo é visto como participativo, já que o líder permite o Presidente da República até o mais modesto servidor.
que o liderado participe da tomada de decisão, sendo É uma forma de preservar o patrimônio público ao impor
o líder um facilitador da tarefa e da comunicação. O procedimentos de atuação.
comportamento do líder, nesse estilo, é voltado para O agente público tem o poder-dever de agir conforme o
o relacionamento, sendo baixo para a tarefa. ordenamento jurídico.
• O estilo “delegar” é o mais propício para a maturidade Essa distinção é chamada por Hely Lopes Meirelles de cri-
alta, já que nela o liderado tem capacidade e dispo- tério de subordinação à lei (o agente público somente pode
sição para assumir responsabilidades. Nesse estilo, o
fazer o que a lei determina) e critério de não contradição
líder oferece pouco apoio e direcionamento (baixo
à lei (o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe).
relacionamento e tarefa). Mesmo que o líder venha a
identificar o problema, é do liderado a responsabilida-
de de desenvolver o projeto e estabelecer como será Cuidado! Pelo princípio da legalidade, a conduta do agente
resolvido. público não precisa estar descrita totalmente na lei. É o
que acontece nos atos discricionários, em que a lei confere
Como destacado anteriormente, para um liderado con- certa margem de liberdade de atuação, segundo um juízo
siderado como imaturo o líder deverá adotar um comporta- de conveniência e oportunidade do agente público, obser-
mento mais diretivo (orientação para a tarefa) para que os vados os parâmetros fixados no ordenamento jurídico.
liderados sejam produtivos. (HERSEY; BLANCHARD, 1986). Exemplo: quando o município concede permissão de uso
Todavia, o fato de um líder possuir um comportamento de bem público para que seja realizada uma festa de bairro.
de tarefa alto e um baixo relacionamento não significa que
sua relação com o liderado será pautada por um clima de Caso o agente público venha a desrespeitar o princípio
animosidade. Mas sim, que o líder dedicará mais tempo di- da legalidade, estará sujeito à responsabilidade disciplinar
recionando o liderado do que oferecendo um apoio sócio (administrativa), civil e criminal, conforme o caso.
emocional. (HERSEY; BLANCHARD, 1986)16. A doutrina faz uma distinção decorrente do princípio
da legalidade.
Fabrício Sarmanho / – princípio da legalidade em sentido estrito: nos termos
Eduardo Muniz Machado Cavalcanti explicados acima;
– princípio da reserva de lei: quando a Constituição
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA faz referência à determinada matéria que venha a ser re­
gulamentada por certa espécie legislativa, ou seja, o assunto
A legislação brasileira ordenou a administração pública X deve ser tratado por meio de lei ordinária, ou que o tema
em direta e indireta. Y deve ser abordado por meio de lei complementar.
Conhecimentos Específicos

Administração pública direta: é formada pela União,


Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios. • Impessoalidade: por este princípio, o agente público
Administração pública indireta: é formada pelas au- deve conduzir suas atividades de forma genérica e abstrata,
tarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de sem visar interesses pessoais próprios ou de terceiros. Ou
economia mista. seja, a administração pública não pode agir com o intuito de
beneficiar ou prejudicar pessoas ou grupos. A impessoalida-
A administração pública direta corresponde à entidade de representa o interesse público, e a pessoalidade significa
política (unidade-federada) centralizada, já a administração o interesse particular (subjetivo).
pública indireta compõe-se das entidades descentralizadas. Nada impede, contudo, que em determinadas situa­
ções o interesse público também represente um interesse
particular, como ocorre, por exemplo, nos casos de contratos
16
HERSYE, Paul; BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para administradores: a teoria
e as técnicas da liderança situacional. São Paulo: EPU, 1986. entre particulares e administração pública para realização

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
de uma obra. O que não pode acontecer, nesse exemplo, é Observações:
eleger uma empresa (particular) sem a licitação necessária – a) Os atos que venham a violar os princípios nortea­dores
concorrência pública. da administração pública podem caracterizar improbidade
administrativa. Importarão como penalidades: a suspen-
Atenção! O fato de haver políticas públicas voltadas para são dos direitos políticos, a perda da função pública, a
o desenvolvimento de determinado setor econômico, ou indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
mesmo políticas públicas sociais direcionadas para certas na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da
regiões, não significa, necessariamente, violação ao princípio ação penal cabível.
da impessoalidade, pois se estiver em consonância com o b) Os cidadãos, usuários dos serviços públicos, têm o
princípio da igualdade (isonomia) – tratar os iguais de forma direito de reclamar indenização das pessoas jurídicas de
direito público e das de direito privado prestadoras de
igualitária e os desiguais de forma desigual na medida de sua serviços públicos, pelos danos que seus agentes, nessa
desigualdade – não haverá afronta à norma constitucional. qualidade, causarem, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
• Moralidade: o agente público deve atuar com hones-
tidade, lealdade, retidão, integridade, boa-fé, norteando-se Estrutura da Administração Pública
pelos princípios éticos e morais. A aplicação do princípio da
moralidade ao agente público deve ser revestida de boa Administração Pública direta: União, Estados-Mem­bros,
administração (bom administrador), buscando as melhores Distrito Federal e Municípios.
condutas gerenciais.
O princípio da moralidade administrativa, que deve reger A Administração Pública direta foi objeto de estudo no
a atuação do poder público, confere substância e dá expres- capítulo pertinente à organização político-administrativa.
são a uma pauta de valores éticos sobre os quais se funda a
ordem jurídica do Estado. Nesse contexto, a inobservância do Administração Pública indireta: Autarquias, Fundações,
referido princípio pode configurar improbidade administrati- Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
va e acarretar, para o agente público, a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos • Autarquias: segundo Maria Sylvia Di Pietro, é a pessoa
bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal jurídica de direito público, criada por meio de lei, com aptidão
cabível, se sua conduta configurar, também, a prática de ato de autoadministração, para o desempenho de serviço público
tipificado como crime. descentralizado, mediante controle administrativo exercido
A moralidade na administração pública deve ser vista nos limites da lei. Um exemplo é o Instituto Nacional do
não só sobre o resultado, mas no procedimento realizado Seguro Social – INSS; ou o Instituto Nacional de Colonização
para alcançá-lo. e Reforma Agrária – INCRA.

• Publicidade: o agente público deve agir com transpa- • Fundações: podem ser de direito privado ou de direito
rência, fazendo com que os administrados (cidadãos) tomem público. As fundações de direito privado são entes dotados
conhecimento (ciência/informação) dos atos praticados. de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucra-
Como exemplos, podem ser citados: o oferecimento de tivos, com patrimônio próprio. Têm o intuito de desenvolver
certidões quando requeridas; a publicação dos contratos atividades em que não seja necessária a execução por órgão
celebrados pela administração pública na Imprensa Oficial, ou entidade de direito público. Como exemplo, temos a
dentre outros meios. Fundação Roberto Marinho. As fundações também podem
Esse princípio representa uma forma de tornar possível ostentar natureza jurídica de direito público, assemelhando-
a fiscalização dos atos (e contratos) públicos pela sociedade -se às autarquias. Um exemplo é a Fundação Universidade
e órgãos oficiais de controle, assim como uma forma de de Brasília.
se exigir da sociedade e do Estado o cumprimento dos co-
mandos administrativos, já que, após a publicidade, não há • Empresas públicas: possuem personalidade jurídica
justificativa para alegação de desconhecimento da existência de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclu-
de determinado ato administrativo. sivamente público. São criadas para exploração de atividade
Em curtas palavras, o dinheiro público é do povo, que tem econômica ou prestação de serviço, em razão da necessária
direito a saber o que está sendo feito com as verbas públicas. intervenção do poder público, principalmente como forma
de fomentar determinado setor. Como exemplo, pode-se
Atenção! O princípio da publicidade pode sofrer exceções, citar a Caixa Econômica Federal e a Empresa Brasileira de
considerando que os princípios, de uma maneira geral, não Correios e Telégrafos.
são rígidos em sua aplicação. A doutrina aponta a situação
na qual o direito à informação sobre atos administrativos • Sociedades de economia mista: assim como as em-
presas públicas, possuem personalidade jurídica de direito
Conhecimentos Específicos

pode acarretar insegurança nacional. Por isso, deve haver


uma ponderação de interesses: informação x segurança. privado, tendo como objetivo a exploração de atividade
Mas, a regra é de publicidade dos atos públicos. econômica, sob a forma de sociedade anônima. Constitui-
-se por parte do capital público e parte do capital privado,
ou seja, colaboração do Estado e do particular. Pode-se
• Eficiência: este princípio foi incorporado via emenda citar como exemplo a Petrobras (Petróleo Brasileiro S.A) e o
constitucional (EC nº 19/1998). Significa agilidade, sem Banco do Brasil S.A.
desperdício de dinheiro público, ao tempo em que venha
atender ao interesse do bem comum. Deve ser visto como Segundo a Constituição, somente por lei específica pode-
qualidade no serviço público, ou seja, celeridade com resul- rá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
tado satisfatório. pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
O administrador deve obter um bom resultado, com o cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
menor custo possível. áreas de sua atuação.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• Autarquia: lei específica cria a autarquia. examinando o substitutivo, aprovou apenas alguns de seus
• Empresas públicas, sociedade de economia mista dispositivos e remeteu-os em seguida à sanção presidencial,
e fundação: lei específica autoriza a criação dessas obedecendo ao disposto no art. 65 da Constituição Federal.
entidades.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será
Depende de autorização legislativa, em cada caso, a revisto pela outra, em um só turno de discussão e
criação de subsidiárias das entidades mencionadas ante- votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a
riormente, assim como a participação de qualquer delas em Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
empresa privada.
A Administração Pública direta e indireta, como regra, Alguns doutrinadores sustentam a tese de que a Lei
deve fazer licitação para contratação de obras, serviços, nº 8.429/1992 já nasceu inconstitucional (vício de forma),
compras e alienações, que assegure igualdade de condições pois a Câmara Federal, após aprovar apenas alguns dos
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam dispositivos constantes do substitutivo do Senado Federal,
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas deveria a ele retornar para nova revisão.
da proposta, nos termos da lei. A licitação exigirá somente Este, porém, não é o entendimento proferido em acórdão
a qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia na ADI nº 2.182-6, de 31 de maio de 2000, onde foi negada
do cumprimento das obrigações. a arguição de inconstitucionalidade da referida lei por vício
A licitação corresponde ao processo de concorrência para de forma.
que a administração pública realize, de forma impessoal, a Eis trecho do voto do relator Min. Maurício Corrêa:
contratação de obras, serviços, compras e alienações.
A administração pública não pode se valer da publicidade De fato, aprovada a emenda substitutiva no Senado
de seus atos, programas, obras, serviços e campanhas dos Federal, tenho que pode a Câmara dos Deputados,
órgãos públicos, constando nomes, símbolos ou imagens que retomando o projeto inicial, do qual se originou o
caracterizem promoção pessoal de autoridade e servidores substitutivo, nele incorporar destaques da emenda
públicos. A publicidade deve ter caráter educativo, informa- substitutiva da Casa Revisora, visto que cumprida a
tivo ou de orientação social. plena realização do processo legislativo, com a ma-
A Constituição prevê que a administração pública direta nifestação de vontade das duas Casas do Congresso
e indireta venha a oferecer condições, re­gulamentadas por Nacional.
lei, para a participação do usuário (cidadão), especialmente: Aproveitar partes do substitutivo e fazê-las inserir no
• reclamações relativas à prestação de serviços públicos projeto de lei final constitui prerrogativa da Casa Inicia-
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendi- dora consoante está definido no artigo 190 do Regimen-
mento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, to interno da Câmara dos Deputados, que transcrevo:
da qualidade dos serviços;
• acesso dos usuários a registros administrativos e às Art.  190. O  substitutivo da Câmara a projeto do
informações sobre atos de governo, observado o disposto Senado será considerado como série de emendas e
no art. 5º, X e XXXIII; votado em globo, exceto:
• disciplina da representação contra o exercício negligen- I – se qualquer Comissão, em seu parecer, se manifes-
te ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração tar favoravelmente a uma ou mais emendas e contra-
pública. riamente a outra ou outras, caso em que a votação
se fará em grupos, segundo o sentido dos pareceres;
Edgard Antônio Lemos Alves II – quando for aprovado requerimento para a vota-
ção de qualquer emenda destacadamente.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Parágrafo único. Proceder-se-á da mesma forma com
LEI Nº 8.429/1992 relação a substitutivo do Senado a projeto da Câmara.

Em conclusão, o que ocorreu foi o seguinte: o Senado


Introdução Federal apresentou ao projeto originário da Câmara Fe­deral
emenda substitutiva. Em consequência, não o rejeitou,
A Lei de Improbidade Administrativa nasceu do Projeto apenas o alterou. Voltando à Câmara, foi o substitutivo re-
de Lei nº 1.446, de 14 de agosto de 1991, enviado pelo Po- jeitado, mantida a redação originária, com os destaques da
der Executivo ao Congresso Nacional através da Mensagem proposição substitutiva que foram devidamente analisadas
nº 406. pelas Comissões Técnicas respectivas. Cumprindo dessa
A proposta legislativa tinha por finalidade combater a forma, o iter procedimental, o projeto subiu à sanção. Não
prática desenfreada e a impunidade dos atos de corrupção há pois, a meu ver, qualquer ofensa ao artigo 65 do Texto
que tanto assolavam o País na época, definindo os casos que
Fundamental.
constituíam enriquecimento ilícito e disciplinando o proce-
dimento administrativo e judicial que deveria ser seguido
para apurar tais casos. A Improbidade na Constituição Federal de 1988
Conhecimentos Específicos

O processo legislativo teve início na Câmara Federal (Casa


Iniciadora, conforme disposição constitucional  – art.  64), O art. 37, § 4º, da Constituição Federal, dispõe que:
onde foi aprovado o Projeto de Lei e encaminhado ao Senado
Federal para revisão. Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de pública, a  indisponibilidade dos bens e o ressarci-
iniciativa do Presidente da República, do Supremo mento ao erário, na forma e gradação previstas em
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
início na Câmara dos Deputados.
Atendendo ao mandamento constitucional, foi promul-
No Senado Federal, sofreu emenda substitutiva e ne- gada a Lei nº 8.429, em 2 de junho de 1992, definindo três
cessariamente voltou à Casa Iniciadora. A Câmara Federal, espécies de atos de improbidade, estabelecendo seus sujei-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
tos ativos e passivos, bem como elencando as penalidades Terceiros São aqueles que, não sendo agentes
a serem aplicadas àqueles que incorrerem nas condutas públicos, na qualidade de coautores dos
caracterizadoras dos atos de improbidade; além do proce- atos de improbidade administrativa, in-
dimento administrativo e judicial para sua apuração, a Lei duzam ou concorram para sua prática ou
nº 8.429/1992, por sua vez, veio regulamentar o disposto na deles se beneficiem sob qualquer forma,
Constituição Federal, classificando os atos de improbidade, seja ela direta ou indireta (art. 3º).
os sujeitos ativos e passivos, as penalidades cabíveis, bem
como o procedimento administrativo e judicial para sua Sujeito Passivo
apuração.
Trata-se de lei que pune apenas condutas não com- Podem ser sujeitos passivos nos atos de improbidade
patíveis com a probidade e a moralidade administrativa. (art. 1º):
As  sanções possuem natureza civil ou político-adminis-
trativa, entretanto, serão julgadas pelo Poder Judiciário Administração • Ministérios;
(não confundir com o processo administrativo da Lei Direta • Presidência da República.
nº 8.112/1990, no qual quem processa e julga é a autori-
dade administrativa). Administração • Autarquias;
Podemos então conceituar o ato de improbidade Indireta • Fundações Públicas;
administrativa, como sendo todo aquele praticado por • Empresas Públicas;
agente público, que seja contrário às normas da moral e à • Sociedades de Economia Mista, de
lei, com visível falta de honradez e de retidão de conduta qualquer dos Poderes da União, dos
em seu modo de agir perante a Administração Pública Estados, do DF, dos Municípios.
Direta, Indireta ou Fundacional e demais entidades pro- Outras entida- • Empresa incorporada ao patrimônio
tegidas pela lei. des público;
• Entidade para cuja criação ou custeio
Princípios Obrigatórios a Serem Observados pelos o erário haja concorrido ou concorra
com mais de 50% do patrimônio ou da
Agentes Públicos receita anual;
• Entidades que recebem subvenção,
Repetindo mandamento constitucional do art. 37, caput, benefício ou incentivo (fiscal ou cre-
o art. 4º desta Lei dispõe que os agentes públicos, de qual- ditício) de Órgão Público;
quer nível ou hierarquia, são obrigados a velar pela estrita • Entidade para cuja criação ou custeio
observância dos seguintes princípios: o erário haja concorrido ou concorra
com menos de 50% do patrimônio ou
Legalidade Subordina a atividade administrativa da receita anual (nesse caso, a sanção
à lei. patrimonial limita-se à repercussão do
Impessoalidade O agente público administra para ilícito sobre a contribuição dos cofres
públicos).
todos, não podendo privilegiar nem
desmerecer ninguém em especial. Ato Danoso Previsto como Improbidade
Moralidade Impõe ao agente público a observân-
cia da lei de acordo com o interesse Atos que importam enriquecimento ilícito.
público.
Atos que causam prejuízo ao erário.
Publicidade Impõe aos agentes públicos trans-
parência na gestão da coisa pública. Atos que atentam contra os princípios da Administração
Pública.
Eficiência Apesar de não figurar na “LIA”, é de
observância obrigatória para os agen- Atos que decorrem de Concessão ou Aplicação Indevida
tes públicos após a EC nº  19/1998. de Benefício Financeiro ou Tributário.
Impõe ao agente público a persecu-
ção do bem comum de forma eficaz, Classificação dos Atos de Improbidade
sempre em busca da qualidade.
A Lei nº 8.429/1992 classificou os atos de improbidade
A  eficiência, como princípio, evita
administrativa em três espécies: atos que importam enri-
desperdícios e garante maior renta- quecimento ilícito, atos que causam prejuízo ao erário e atos
bilidade funcional. que atentam contra os princípios da Administração Pública.
A seguir veremos cada uma das espécies e as penalidades
Elementos Necessários para Configurar o Ato de aplicáveis aos agentes públicos que nelas incidam.
Improbidade Administrativa
Conhecimentos Específicos

Atos que Importam Enriquecimento Ilícito (art. 9º)


Sujeito Ativo
Constitui ato de improbidade administrativa que importa
Podem ser sujeitos ativos nos atos de improbidade: enriquecimento ilícito, auferir qualquer tipo de vantagem pa-
trimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades enquadradas
Agente público Todo aquele que exerce, ainda que como sujeito passivo.
transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, Elementos Formadores
contratação ou qualquer outra forma de Além do sujeito ativo e do sujeito passivo, ainda são
investidura ou vínculo, mandato, cargo, necessários os seguintes elementos para caracterizar o
emprego ou função pública (art. 2º). enriquecimento ilícito:

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Elemento • Ação dolosa (comissiva ou omissiva). •
incorporar, por qualquer forma, ao  seu patrimônio
subjetivo bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art.  1º
Pressupostos • Vantagem patrimonial indevida;
(art. 9º, XI);
exigíveis • Nexo de causalidade entre a vantagem

usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou va-
patrimonial indevida e o exercício de
lores integrantes do acervo patrimonial das entidades
cargo, mandato, função ou atividade.
mencionadas no art. 1º (art. 9º, XII).
Atos de Improbidade Administrativa que Importam
Enriquecimento Ilícito Penalidades (art. 12, I)
A lei, ao elencar os atos de improbidade administrativa O agente público recebe poderes para cumprir deveres
que importam enriquecimento ilícito, o faz de forma exem- e não para se locupletar ou permitir que outro se locuplete.
plificativa, constituindo apenas parâmetro orientador para Como forma de assegurar o correto direcionamento das
aqueles que deverão interpretar e aferir a responsabilidade condutas dos agentes públicos a serviço do interesse público,
do agente público. a lei estabelece sanções para aquele que vier a cometer ato
São atos de improbidade administrativa que importam de improbidade que importe enriquecimento ilícito.
enriquecimento ilícito: Na aplicação das penalidades, o juiz deve levar em conta a
• receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel extensão do dano causado, bem como o proveito patrimonial
ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, obtido pelo agente público.
direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, Independentemente das sanções previstas abaixo, que
gratificação ou presente de quem tenha interesse, di- podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, o agente
reto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado público também pode vir a ser responsabilizado penal, civil
por ação ou omissão decorrente das atribuições do e administrativamente conforme disposição prevista em
agente público (art. 9º, I); legislação específica.
• perceber vantagem econômica, direta ou indireta, Sanções aplicáveis àqueles que praticam atos de impro-
para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem bidade que importa enriquecimento ilícito:
móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas • perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
entidades referidas no art. 1º por preço superior ao patrimônio;
valor de mercado (art. 9º, II); • ressarcimento integral do dano, quando houver;
• perceber vantagem econômica, direta ou indireta, • perda da função pública;
para facilitar a alienação, permuta ou locação de • suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;
bem público ou o fornecimento de serviço por • pagamento de multa civil de até 3 vezes o valor do
ente estatal por preço inferior ao valor de mercado acréscimo patrimonial;
(art. 9º, III); • proibição de contratar com o poder público pelo prazo
• utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máqui- de 10 anos;
nas, equipamentos ou material de qualquer natureza, • proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais
de propriedade ou à disposição de qualquer das enti- ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que
dades mencionadas no art. 1º, bem como o trabalho por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
de servidores públicos, empregados ou terceiros majoritário, pelo prazo de 10 anos.
contratados por essas entidades (art. 9º, IV);
• receber vantagem econômica de qualquer natureza, Atos que Causam Prejuízo ao Erário (art. 10)
direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prá-
tica de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de Constitui ato de improbidade administrativa que causa
contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa,
ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem (art. 9º, V); que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbara-
• receber vantagem econômica de qualquer natureza, tamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre enquadradas como sujeito passivo.
medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer
outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, Elementos Formadores
qualidade ou característica de mercadorias ou bens Além do sujeito ativo e do sujeito passivo, ainda são
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no necessários os seguintes elementos para caracterizar pre-
art. 1º (art. 9º, VI); juízo ao erário:
• adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de Elemento • Ação ou omissão (dolosa ou culposa).
qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à subjetivo
evolução do patrimônio ou à renda do agente público
Pressuposto • Ocorrência de dano ao patrimônio público:
(art. 9º, VII);
exigível perda patrimonial, desvio, apropriação,
• aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
Conhecimentos Específicos

consultoria ou assessoramento para pessoa física ou malbarateamento ou dilapidação dos bens


jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou haveres das entidades previstas como
ou amparado por ação ou omissão decorrente das sujeitos passivos dos atos de improbidade.
atribuições do agente público, durante a atividade • Nexo de causalidade entre a ocorrência do
(art. 9º, VIII); dano ao patrimônio público e o exercício
• perceber vantagem econômica para intermediar a de cargo, mandato, função ou atividade.
liberação ou aplicação de verba pública de qualquer
natureza (art. 9º, IX); Atos de Improbidade Administrativa que Causam Pre-
• receber vantagem econômica de qualquer natureza, juízo ao Erário
direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, A lei, ao elencar os atos de improbidade administrativa
providência ou declaração a que esteja obrigado que causam prejuízo ao erário, também o faz de forma
(art. 9º, X); exemplificativa.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
São atos de improbidade administrativa que causam transferidos pela administração pública a entidade
prejuízo ao erário: privada mediante celebração de parcerias, sem a ob-
• facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incor- servância das formalidades legais ou regulamentares
poração ao patrimônio particular, de pessoa física ou aplicáveis à espécie (art. 10, XVII);
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes • celebrar parcerias da administração pública com en-
do acervo patrimonial das entidades mencionadas no tidades privadas sem a observância das formalidades
art. 1º desta lei (art. 10, I); legais ou regulamentares aplicáveis à espécie (art. 10,
• permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurí- XVIII);
dica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores • frustrar a licitude de processo seletivo para celebração
integrantes do acervo patrimonial das entidades de parcerias da administração pública com entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância privadas ou dispensá-lo indevidamente (art. 10, XIX);
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis • agir negligentemente na celebração, fiscalização e
à espécie (art. 10, II); análise das prestações de contas de parcerias firmadas
• doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente pela administração pública com entidades privadas
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assis- (art. 10, XX);
tências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio • liberar recursos de parcerias firmadas pela administra-
de qualquer das entidades mencionadas no art.  1º ção pública com entidades privadas sem a estrita ob-
desta lei, sem observância das formalidades legais e servância das normas pertinentes ou influir de qualquer
regulamentares aplicáveis à espécie (art. 10, III); forma para a sua aplicação irregular (art. 10, XXI).
• permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação
de bem integrante do patrimônio de qualquer das Penalidades (art. 12, inciso II)
entidades referidas no art.  1º desta lei, ou ainda a Independentemente das sanções previstas abaixo, que
prestação de serviço por parte delas, por preço inferior podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, o agente
ao de mercado (art. 10, IV); público que comete ato de improbidade que causa prejuízo
• permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação ao erário também pode vir a ser responsabilizado penal,
de bem ou serviço por preço superior ao de mercado civil e administrativamente conforme disposição prevista
(art. 10, V); em legislação específica.
• realizar operação financeira sem observância das Para a aplicação das penalidades, o juiz deve levar em
normas legais e regulamentares ou aceitar garantia conta a extensão do dano causado, bem como o proveito
insuficiente ou inidônea (art. 10, VI); patrimonial obtido pelo agente público.
• conceder benefício administrativo ou fiscal sem a ob- Sanções aplicáveis àqueles que causam prejuízo ao
servância das formalidades legais ou regulamentares erário:
aplicáveis à espécie (art. 10, VII); • ressarcimento integral do dano;
• frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo • perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
seletivo para celebração de parcerias com entidades patrimônio (somente se concorrer esta circunstância);
sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente • perda da função pública;
(art. 10, VIII); • suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;
• ordenar ou permitir a realização de despesas não • pagamento de multa civil de até 2 vezes o valor do dano;
autorizadas em lei ou regulamento (art. 10, IX); • proibição de contratar com o poder público pelo prazo
• agir negligentemente na arrecadação de tributo ou de 5 anos;
renda, bem como no que diz respeito à conservação • proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais
do patrimônio público (art. 10, X); ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que
• liberar verba pública sem a estrita observância das por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para majoritário, pelo prazo de 5 anos.
a sua aplicação irregular (art. 10, XI);
• permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se Atos que decorrem de Concessão ou Aplicação
enriqueça ilicitamente (art. 10, XII); Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
• permitir que se utilize, em obra ou serviço particular,
veículos, máquinas, equipamentos ou material de A Lei Complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016,
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de acrescentou uma nova modalidade de ato de improbidade
qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta administrativa. De acordo com o art. 10-A, constitui ato de
lei, bem como o trabalho de servidor público, empre- improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para
gados ou terceiros contratados por essas entidades conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributá-
(art. 10, XIII); rio inferior à alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de
• celebrar contrato ou outro instrumento que tenha Qualquer Natureza, que é de 2% (dois por cento), salvo os
por objeto a prestação de serviços públicos por meio casos expressamente previstos em lei.*
da gestão associada sem observar as formalidades
Conhecimentos Específicos

previstas na lei (art. 10, XIV); * O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios
• celebrar contrato de rateio de consórcio público sem tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito
presumido ou outorgado, ou sob qualquer outra forma que resulte, direta
suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem ob- ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação
servar as formalidades previstas na lei (art. 10, XV);w da alíquota mínima, exceto para os serviços a que se referem os subitens
• facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a in- 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa à Lei Complementar nº 116/2003. São eles:
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras
corporação, ao patrimônio particular de pessoa física de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes,
ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação,
transferidos pela administração pública a entidades terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de
produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias
privadas mediante celebração de parcerias, sem a produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços,
observância das formalidades legais ou regulamentares que fica sujeito ao ICMS); 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios,
aplicáveis à espécie (art. 10, XVI); estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços,
• permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica que fica sujeito ao ICMS); 16.01 – Serviços de transporte coletivo municipal
privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros.

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Penalidades (Art. 12, inciso IV) Penalidades (art. 12, inciso III)
Independentemente das sanções previstas abaixo, que Independentemente das sanções previstas abaixo, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, o agente podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, o agente
público que comete ato de improbidade que concede, aplica público também pode vir a ser responsabilizado penal, civil
ou mantem benefício financeiro ou tributário contrário ao e administrativamente conforme disposição prevista em
que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º‑A da Lei Comple- legislação específica. Na aplicação das penalidades, o  juiz
mentar nº 116/2003, também pode vir a ser responsabilizado deve levar em conta a extensão do dano causado pelo
penal, civil e administrativamente conforme disposição agente público.
prevista em legislação específica: Sanções aplicáveis àqueles que atentam contra os prin-
• perda da função pública; cípios da Administração Pública:
• suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; e • ressarcimento integral do dano, se houver;
• multa civil de até três vezes o valor do benefício finan- • perda da função pública;
ceiro ou tributário concedido. • suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;
• pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da
Atos que Atentam contra os Princípios da remuneração percebida pelo agente;
Administração Pública (art. 11) • proibição de contratar com o poder público pelo prazo
de 3 anos;
Constitui ato de improbidade administrativa que atenta • proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que
ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcia- por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
lidade, legalidade e lealdade às instituições. majoritário, pelo prazo de 3 anos.

Elementos Formadores Controle Patrimonial do Agente Público – Art. 13,


Além do sujeito ativo e do sujeito passivo, ainda são 1º a 4º
necessários os seguintes elementos para caracterizar a
violação de princípios: Como forma de possibilitar o controle da evolução pa-
trimonial do agente público pela Administração, a lei condi-
Elemento Ação ou omissão (dolosa), que viole os cionou sua posse e exercício à apresentação de declaração
de bens e valores que compõem o seu patrimônio privado.
subjetivo deveres de honestidade, imparcialidade,
A declaração também será exigida na data em que o agente
legalidade e lealdade às instituições.
público deixar o cargo. Ambas devem ser arquivadas no
Pressuposto Nexo de causalidade entre o exercício serviço de pessoal do órgão ou entidade. A apresentação da
exigível funcional e o desrespeito aos princípios da declaração foi regulamentada pelo Decreto nº 5.483 de 30
Administração Pública. de junho de 2005 (vide legislação a seguir).
A declaração compreenderá imóveis, móveis, semo-
Atos de Improbidade que Atentam contra os Princípios ventes, dinheiro, títulos, ações e qualquer outra espécie de
da Administração Pública bens e valores patrimoniais (excluindo apenas os objetos
A lei, ao elencar os atos de improbidade administrativa e utensílios de uso doméstico), localizados no país ou no
que atentam contra os princípios da Administração Pública, exterior, podendo, quando for o caso, abranger os bens e
também o faz de forma exemplificativa. valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro e filhos,
São atos de improbidade administrativa que atentam ou de outras pessoas que vivam sob a sua dependência
contra os princípios da Administração Pública: econômica (Ex.: pai, mãe, irmão inválido, e outros).
• praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamen- O agente público que se recusar a apresentar a declara-
to ou diverso daquele previsto, na regra de competên- ção de bens no prazo determinado pela Administração ou a
cia (art.11, I); prestar falsa, será demitido a bem do serviço público.
• retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício (art.11, II); O Procedimento Administrativo e o Processo
• revelar fato ou circunstância de que tem ciência em Judicial para Apuração de Ato de Improbidade
razão das atribuições e que deva permanecer em se-
gredo (art.11, III); Qualquer pessoa poderá representar à autoridade
• negar publicidade aos atos oficiais (art.11, IV); competente para que seja instaurado procedimento admi-
• frustrar a licitude de concurso público (art.11, V); nistrativo investigatório, com vistas a colher elementos que
• deixar de prestar contas quando esteja obrigado a comprovem a prática de atos de improbidade. A represen-
fazê-lo (art.11, VI); tação poderá ser escrita ou reduzida a termo e assinada.
• revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de Como forma de se evitar denúncias infundadas ou fal-
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de sas, a lei estabeleceu alguns requisitos que deverão estar
medida política ou econômica capaz de afetar o preço presentes na representação:
Conhecimentos Específicos

de mercadoria, bem ou serviço (art.11, VII); 1º) a qualificação do representante;


• descumprir as normas relativas à celebração, fiscaliza- 2º) as informações sobre o fato;
ção e aprovação de contas de parcerias firmadas pela 3º) a sua autoria;
administração pública com entidades privadas (art.11, 4º) a indicação das provas de que tenha conhecimento.
VIII); Caso a autoridade administrativa rejeite a representação
• deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessi- por não atender aos requisitos estabelecidos acima, deverá,
bilidade previstos na legislação (art. 11, IX); em despacho, fundamentar a decisão. A rejeição pela auto-
• transferir recurso a entidade privada, em razão da ridade administrativa, não impede o autor da denúncia de
prestação de serviços na área de saúde sem a prévia fazê-la diretamente ao Ministério Público.
celebração de contrato, convênio ou instrumento con- Por outro lado, se forem atendidos os requisitos da
gênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei representação, a  autoridade determinará a apuração dos
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (art. 11, X). fatos. Caso o denunciado seja servidor federal, a apuração

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
será processada de acordo com os arts.  148 a 182 da Lei da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita
nº 8.112 de 11 de dezembro de 1990, se for servidor militar, (ação).
será processada de acordo com os respectivos regulamentos Recebida a petição inicial, o réu será citado para apre-
disciplinares. sentar contestação. Da decisão que receber a petição inicial
A comissão encarregada de dar andamento ao procedi- caberá agravo de instrumento.
mento administrativo deverá dar conhecimento ao Ministério Em qualquer fase do processo, se o juiz reconhecer a
Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas de que existe inadequação da ação de improbidade extinguirá a ação
um procedimento em curso, que visa apurar ato de impro- sem julgamento (resolução do mérito  – art.  267 do CPC)
bidade administrativa. O Ministério Público e o Tribunal ou do mérito.
Conselho de Contas, por sua vez, poderão, a requerimento,
designar um representante para acompanhar o referido Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de
procedimento administrativo. mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
Havendo fundados indícios de responsabilidade, a  lei, I – quando o juiz indeferir a petição inicial;
em seus arts. 7º e 16, estabeleceu a possibilidade de medida II – quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano
cautelar de indisponibilidade dos bens do indiciado, devendo por negligência das partes;
a comissão processante, representar junto ao Ministério III – quando, por não promover os atos e diligências
Público ou à Procuradoria do órgão, para que requeira ao que lhe competir, o autor abandonar a causa por mais
juízo competente a decretação do sequestro dos bens do de 30 (trinta) dias;
agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou IV – quando se verificar a ausência de pressupostos
causado dano ao erário. de constituição e de desenvolvimento válido e regular
O pedido de sequestro poderá incluir a investigação, do processo;
o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações V – quando o juiz acolher a alegação de perempção,
financeiras que por ventura o indiciado mantenha no exterior. litispendência ou de coisa julgada;
Vale acrescentar também, que para fins de instrução VI – quando não concorrer qualquer das condições
processual, a autoridade judicial ou administrativa compe- da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade
tente poderá determinar o afastamento do agente público do das partes e o interesse processual;
exercício do cargo, emprego ou função. A Lei nº 8.112/1990 VII – pela convenção de arbitragem; (Redação dada
trata do assunto no art. 147, que assim dispõe: pela Lei nº 9.307, de 23/9/1996)
VIII – quando o autor desistir da ação;
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servi- IX – quando a ação for considerada intransmissível
dor não venha a influir na apuração da irregularidade, por disposição legal;
X – quando ocorrer confusão entre autor e réu;
a  autoridade instauradora do processo disciplinar
XI – nos demais casos prescritos neste Código.
poderá determinar o seu afastamento do exercício
do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem
A sentença que julgar procedente a ação civil de repa-
prejuízo da remuneração.
ração de dano ou que decretar a perda dos bens havidos
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorro- ilicitamente, determinará o pagamento ou a reversão dos
gado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica preju-
efeitos, ainda que não concluído o processo. dicada pelo Ilícito.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio públi-
A ação principal (rito ordinário) será proposta pelo Mi- co ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações
nistério Público ou pela pessoa jurídica interessada, em até desta lei até o limite do valor da herança.
trinta dias da efetivação da medida cautelar, sendo vedada A perda da função pública e a suspensão dos direitos
a transação, acordo ou conciliação. políticos só se materializam com o trânsito em julgado da
Quando a ação principal for proposta pelo Ministério sentença condenatória (princípio da presunção de inocência,
Público, a  pessoa jurídica interessada poderá, a  juízo do estabelecido no art. 5º, LVII, da CF).
respectivo representante legal ou dirigente, abster-se de
contestar o pedido ou atuar ao lado do MP como litisconsor- LVII – ninguém será considerado culpado até o trân-
te, e desde que comprovadamente útil ao interesse público. sito em julgado de sentença penal condenatória.
(Lei nº 4.717/1965, art. 6º, § 3º).
Prescrição – Art. 23
§ 3º A pessoa jurídica de direito público ou de direito
privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá A lei prevê três hipóteses de prescrição:
abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar • Pelo inciso I, a prescrição ocorre cinco anos após o tér-
ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao mino do exercício de mandato, de cargo em comissão
interesse público, a juízo do respectivo representante ou de função de confiança;
legal ou dirigente. • Para aqueles que exercem cargo ou emprego efe-
Conhecimentos Específicos

tivo, o inciso II estabelece que a prescrição ocorre


Se a ação for proposta pela pessoa jurídica, o Ministério no mesmo prazo prescricional previsto em lei
Público atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena específica para faltas disciplinares puníveis com
de nulidade do processo. A ação judicial deverá ser instruída demissão a bem do serviço público. No caso da Lei
com os do­cumentos que fundamentaram a representação nº 8.112/1990, o prazo prescricional para punir os
ou as razões fundamentadas da impossibilidade de apresen- servidores com a penalidade de demissão é de cinco
tação dessas provas. anos, art. 142, I.
Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-
-la e ordenará a notificação do requerido para oferecer Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
manifestação por escrito dentro do prazo de quinze dias. I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis
O juiz tem o prazo de trinta dias para rejeitar a ação se com demissão, cassação de aposentadoria ou dispo-
estiver convencido da inexistência do ato de improbidade, nibilidade e destituição de cargo em comissão;

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Outro inciso, acrescentado pela Lei nº 13.019, de 2014 Dessa forma, com o controle estatístico os processos
prevê que as ações destinadas a levar a efeitos as sanções problemáticos eram mais facilmente descobertos. O obje-
previstas na Lei de Improbidade podem ser propostas até tivo dos gestores nesta Era é descobrir e corrigir os erros
cinco anos da data da apresentação à administração pública nos processos.
da prestação de contas final pelas entidades referidas no
parágrafo único do art. 1º dessa Lei. Era da Garantia da Qualidade
Por fim, cabe ressaltar, que prescreve a propositura de
ação destinada a apurar a responsabilização de agente pú- Na Era da Garantia da Qualidade, o objetivo passou a ser
blico pela prática de atos de improbidade, contudo, as ações a prevenção dos defeitos e dos desperdícios. O planejamento
para a obtenção de ressarcimento por dano causado ao das ações e a preocupação em aprender com os problemas
erário público são imprescritíveis (art. 37, § 5º, da CF). encontrados tornam-se mais importantes.
Além disso, o trabalho de gestão da qualidade passou a
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para abranger outras ferramentas: o cálculo do custo da qualida-
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou de, o controle total da qualidade, engenharia da confiabili-
não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as dade e a mentalidade “zero defeito”.
respectivas ações de ressarcimento. Juran e Deming foram autores importantes nessa épo-
ca. A preocupação passou a ser global e holística (que vê a
organização como um todo), englobando todos os aspectos
Disposições Penais do funcionamento de uma organização.
Basicamente, um maior foco é dado no planejamento da
Constitui crime, com pena de detenção de 6 (seis) a 10 qualidade, no treinamento dos funcionários, na melhoria do
(dez) meses e crime, a representação por ato de improbidade design dos produtos e processos, na eficiência dos controles
contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o e na motivação dos empregados.
autor da denúncia o sabe inocente.
Adicionalmente à sanção penal, o denunciante está sujei- era da Gestão estratégica da Qualidade ou Gestão da
to às sanções civis, decorrentes de danos materiais, morais Qualidade Total
ou à imagem que houver provocado ao agente público.
A qualidade passa a ser vista como fundamental na ges-
Carolina Rodrigues tão estratégica de uma organização. A qualidade de uma
empresa é vista como diferencial competitivo pelos seus
GeSTÃO DA QUALIDADe clientes e parceiros.
O ambiente cada vez mais competitivo e uma clientela
cada vez mais informada levam à aparição de novas leis de
evolução da Qualidade - eras proteção ao consumidor e de normais internacionais de qua-
lidade, como a ISO 9000.
era da Inspeção Na Gestão da Qualidade Total, a qualidade é vista como
fator principal no atendimento de desejos e necessidades
Com a introdução da produção em massa e a industriali- dos clientes. Assim, a gestão da qualidade deve englobar
zação no século XIX, cresceu o volume da produção e passou todos os aspectos da organização, inclusive as relações com
a ser necessário o controle da qualidade. As indústrias fica- os fornecedores e clientes.
ram cada vez maiores, e existiam centenas de trabalhadores Entretanto, não devemos satisfazer somente os clientes
na “linha de montagem”. externos (consumidores), mas também os internos, ou seja,
Nesse princípio da industrialização, a qualidade era ana- os colaboradores internos que dependem de nosso trabalho.
lisada após a produção, por um inspetor. Dessa forma, todos De acordo com a norma ISO 8402, a Gestão da Qualidade
os produtos eram inspecionados após o processo produtivo, Total é uma abordagem gerencial de uma organização centra-
sem uma preocupação com a prevenção de defeitos. da na qualidade, baseada na participação de todos os seus
Uma inspeção era efetuada durante alguma etapa do membros, buscando um sucesso de longo prazo através da
processo produtivo (a checagem do peso correto de uma satisfação de seus clientes e beneficiando todos os membros
peça, por exemplo) ou quando o produto já estava finalizado. da organização e a sociedade.
Basicamente, a equipe de inspeção comparava algumas A organização é vista de modo abrangente, pois não
características dos produtos em análise com alguns padrões adianta um setor ter qualidade (produção, por exemplo) e ou-
preestabelecidos. Se algum produto não estivesse de acordo tro setor (entregas, por exemplo) deixar o cliente na “mão”.
com o padrão, descartava-se o produto ou vendia-se com De acordo com Crosby, para obtermos qualidade não po-
algum desconto. demos “aceitar” que existam pequenas falhas. Para o autor,
devemos buscar o “defeito zero”.
Era do Controle Estatístico da Qualidade
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

Depois de algum tempo, as empresas perceberam que


a gestão da qualidade deveria receber uma atenção maior
do que a estava sendo fornecida.
Para entender melhor o que estava causando os defeitos
e desperdícios, os controles deveriam ser mais detalhados.
Através do uso de modelos matemáticos, iniciou-se o cálculo
dos percentuais de falhas e de limites aceitáveis. O movimento da gestão da qualidade foi impulsionado
Além disso, o uso da amostragem passou a ser utilizado inicialmente no Japão com a influência de técnicos america-
no controle da qualidade, facilitando e barateando o con- nos, como Deming e Juran, nos anos 1950 e 1960, após o país
trole. O controle estatístico possibilitou um maior conhe- ter sua infraestrutura destruída na Segunda Guerra Mundial.
cimento dos processos de trabalho e quais eram os fatores Com a contribuição desses autores, as empresas japonesas
que impactavam mais na qualidade dos produtos e serviços. largaram o antigo modelo de controle da qualidade por inspe-

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
ção para um modelo que envolvesse todos os empregados na aos subordinados a importância de seguir e implementar
busca da prevenção de problemas e na busca da qualidade. os princípios básicos. Outro impacto dele foi o estudo dos
Dessa forma os valores da busca da qualidade são in- custos da qualidade. De acordo com ele, existem diversos
cutidos em cada empregado e na execução de cada tarefa custos envolvidos na garantia e na falta de qualidade dentro
e processo. Os elementos mais importantes da gestão pela de uma organização. Existiriam os principais custos:
qualidade são: envolvimento dos empregados, foco no clien- – Custos da Prevenção;
te, benchmarking e a evolução contínua. – Custos da Avaliação;
A Gestão da Qualidade Total (TQM – Total Quality Ma- – Custos das falhas internas;
nagement, em inglês) demanda que cada funcionário esteja – Custos das falhas externas.
envolvido no processo de busca do aumento da qualidade, e
não apenas os empregados que lidam diretamente com os • Philip Crosby: foi um escritor americano que introduziu
clientes ou na produção dos produtos. a ideia do “defeito zero”, ou seja, a noção de intolerância com
O pessoal da limpeza, do setor de faturamento, do setor “padrões de qualidade”. Para ele, a qualidade deveria ser
de contratos e outros setores deve entender que seu tra- focada nas necessidades e nas especificações desejadas pelos
balho contribui para que a empresa seja eficiente econsiga clientes. Qualidade seria, portanto, atender a conformidade
satisfazer seus clientes e ser competitiva. Dessa forma, a com certos requisitos necessários e desejados pelos clientes.
TQM significa o comprometimento de uma organização com Outro conceito associado ao seu nome é o de se “fazer certo
a qualidade através da melhoria contínua em cada atividade. desde a primeira vez”. Assim, todos os funcionários deveriam
Todos devem ter em mente as necessidades e os dese- preocupar-se em garantir que seus processos e atividades
jos dos clientes. As organizações que aplicam a qualidade fossem sempre feitos com qualidade.
total procuram descobrir o que seus clientes querem, para
poder oferecer esses produtos e serviços e satisfazê-los. • Kaoru Ishikawa: foi um dos grandes tradutores das te-
De acordo com Coltro, nota-se que a “grande” qualidade orias americanas para a realidade japonesa. Ficou conhecido
tem um enfoque bastante abrangente e total em relação pela difusão dos Círculos da Qualidade (CQC) e pelo Diagrama
à organização. Esse enfoque exige uma mudança aguda na de Causa e Efeito – que levou seu nome. Esses Círculos de
filosofia tradicional que se pratica em termos de produção Controle da Qualidade – CQCs – são pequenos grupos de
nas empresas,uma mudança de um foco baseado em custos empregados que conduzem o controle da qualidade. De certo
e produtividade para um fundado em qualidade e na visão modo, podemos dizer que isso “democratizou” a gestão da
do cliente/consumidor. qualidade nas empresas.

Principais Teóricos da Qualidade – “Gurus” da • Genichi Taguchi: é conhecido por desenvolver uma
metodologia para melhorar a qualidade e reduzir custos,
Qualidade que ficou conhecida nos Estados Unidos como Métodos de
Taguchi. Ganhou quatro vezes o Prêmio Deming, do Japão,
A escola da qualidade foi construída por alguns pensa- sendo o primeiro destes prêmios de excelência pela sua con-
dores considerados gurus da qualidade. tribuição para o desenvolvimento da estatística aplicada à
• Joseph Juran: foi um imigrante romeno radicado nos qualidade. A filosofia de Taguchi é relativa a todo o ciclo de
Estados Unidos. Junto com Deming, um dos impulsionadores produção desde o design até à transformação em produ-
da revolução da qualidade no Japão no período posterior à to acabado. Ele define a qualidade em termos das perdas
Segunda Guerra Mundial. Sua obra mais conhecida foi o livro geradas por esse produto para a sociedade. Essas perdas
Quality Control Hand Book publicado em 1951. Consultor e podem ser estimadas em função do tempo que compreende
professor, foi o criador do Instituto Juran. Entre os principais a fase de expedição de um produto até ao final da sua vida
impactos de seu trabalho, podemos citar a conhecida “tri- útil. Para Taguchi, a chave para reduzir as perdas não está
logia da qualidade” e a mudança do enfoque da gestão da na conformidade com as especificações, mas na redução da
qualidade, saindo do plano operacional para o plano estra- variância estatística em relação aos objetivos fixados.
tégico. A trilogia da qualidade teria os seguintes princípios: • Edwards Deming: foi um dos introdutores do movimento
Planejamento, Controle da Qualidade e Aperfeiçoamento. da qualidade no Japão. Esse técnico americano foi convidado
No Planejamento teríamos de identificar as necessidades para visitar o país após a Segunda Guerra Mundial para ajudá-
dos clientes, projetar produtos adequados a esses clientes e -los na reconstrução. O país estava totalmente destruído e
planejar processos adequados a esses mesmos produtos. Já suas empresas tinham diversas dificuldades para competir
no Controle da Qualidade buscaríamos avaliar o desempenho com os produtores estrangeiros. Dessa forma, necessitavam
real da qualidade na organização; comparar esse desem- aproveitar seus recursos da melhor maneira possível e ganhar
penho com as metas e propor medidas corretivas, quando competitividade. O caminho foi investir em qualidade.
necessário. Finalmente, no Aperfeiçoamento, determinarí- Para Deming, a qualidade deve ter sempre o cliente como
amos o que é necessário para melhorar continuamente a foco principal. Portanto, como os desejos e as necessidades
qualidade, definir os projetos de melhoria e detalhar os seus dos clientes vão se alterando com o tempo, também devem ser
responsáveis, além de treinar, motivar e apoiar as equipes. alterados os parâmetros de qualidade. Dessa forma, as ideias
Conhecimentos Específicos

de Deming foram muito importantes para a evolução do con-


• Armand Feigenbaum: ficou conhecido por seu tra- trole de qualidade. De acordo com ele, existem 14 princípios:
balho na empresa General Electric (GE). Sua principal obra 1. Criar uma constância de propósito de aperfeiçoamento
foi o livro Total Quality Control ou Controle da Qualidade do produto e do serviço, a fim de torná-los competitivos,
Total. Entre seus principais impactos na gestão da qualida- perpetuá-los no mercado e gerar empregos.
de, buscou evidenciar que a qualidade deve ser um esforço 2. Adotar a nova filosofia. Vivemos numa nova era eco-
sistêmico. Sendo assim, não adiantaria somente o setor de nômica. A administração ocidental deve despertar para o
“produção” se preocupar com a qualidade. Todos devem se desafio, conscientizar-se de suas responsabilidades e assumir
engajar na busca pela qualidade. Além disso, ele dizia que a a liderança em direção à transformação.
participação e o conhecimento do sistema de qualidade por 3. Acabar com a dependência de inspeção para a obten-
parte dos gestores da organização seriam fundamentais. Sem ção da qualidade. Eliminar a necessidade da inspeção em
conhecer o sistema, esses gestores não poderiam comunicar massa, priorizando a internalização da qualidade do produto.

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4. Acabar com a prática de negócio compensador base- e de planejamento/engenharia o justo direito de orgulhar-
ado apenas no preço. Em vez disso, minimizar o custo total. -se do produto de seu trabalho. Isso significa a abolição das
Insistir na ideia de um único fornecedor para cada item, avaliações de desempenho ou de mérito e da administração
desenvolvendo relacionamentos duradouros, calcados na por objetivos ou por números.
qualidade e na confiança. 13. Estabelecer um programa rigoroso de educação e
5. Aperfeiçoar constante e continuamente todo o pro- auto aperfeiçoamento para todo o pessoal.
cesso de planejamento, produção e serviço, com o objetivo 14. Colocar todos da empresa para trabalhar de modo a
de aumentar a qualidade e a produtividade e, consequen- realizar a transformação. A transformação é tarefa de todos.
temente, reduzir os custos.
6. Fornecer treinamento no local de trabalho. • Walter Shewart: é considerado por muitos o “pai do
7. Adotar e estabelecer liderança. O objetivo da liderança controle estatístico da qualidade”. Esse engenheiro ameri-
é ajudar as pessoas a realizar um trabalho melhor. Assim cano foi o grande inspirador dos estudos dos mais conhe-
como a liderança dos trabalhadores, a liderança empresarial cidos “gurus” da qualidade: Deming e Juran. Ficou também
necessita de uma completa reformulação. conhecido pelo seu trabalho na companhia Bell Telephone
8. Eliminar o medo. Industries, onde trabalhou por mais de 30 anos. Entre outros
9. Quebrar barreiras entre os departamentos. Os colabo- impactos na gestão qualidade, Shewart criou o ciclo PDCA
radores dos setores de pesquisa, projetos, vendas, compras (que depois ficou conhecido pelo nome de ciclo Deming) e
ou produção devem trabalhar em equipe, tornando-se ca- o gráfico de controle.
pazes de antecipar problemas que possam surgir durante a
produção ou durante a utilização dos produtos ou serviços. Principais Ferramentas da Qualidade
10. Eliminar slogans, exortações e metas dirigidas aos
empregados. As empresas que utilizam sistemas de gestão da qualida-
11. Eliminar padrões artificiais (cotas numéricas) para de (SGQ) para melhorar seus processos, produtos e/ou ser-
o chão de fábrica, a administração por objetivos (APO) e a viços contam com várias ferramentas que contribuem para
administração através de números e metas numéricas. o acompanhamento do sistema como um todo. A utilização
12. Remover barreiras que despojem as pessoas de orgu- de cada ferramenta tem um objetivo específico, e as ferra-
lho no trabalho. A atenção dos supervisores deve voltar-se mentas podem ser aplicadas em conjunto ou isoladamente.
para a qualidade e não para números. Remover as barreiras • Fluxograma: auxilia na compreensão da interdepen-
que usurpam dos colaboradores das áreas administrativas dência dos processos.

• Histograma: são usados para mostrar a frequência com representações de duas ou mais variáveis que são organiza-
que algo acontece; através de uma representação gráfica com das em um gráfico, uma em função da outra.
distribuição de frequências de um conjunto de medições,
evidencia a de capacidade de gerar produtos que atendam
às especificações.
Conhecimentos Específicos

• Folhade verificação (ou folha de coleta de dados ou


• Gráfico/diagrama de correlação ou dispersão: mostra checklist): Ela é a ferramenta mais simples da qualidade.
o que acontece com uma variável quando a outra muda. São Basicamente, ela visa padronizar e organizar a coleta des-

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ses dados, podendo ser por meio de tabelas, planilhas ou desde o seu planejamento até a implementação de ações
quadros. Tipos: para a análise da distribuição de um item corretivas. Esse método foi desenvolvido por Shewart a
de controle, de itens defeituosos, de identificação de causas partir da análise de que a maioria dos problemas em um
de defeitos. processo, considerados como oportunidades de melhoria,
é causada pela diferença entre as necessidades dos clientes
e o desempenho do processo. Ou seja, que deveria exis-
tir uma melhoria contínua dos processos para que estes
conseguissem “entregar” exatamente o produto ou serviço
necessário ao cliente. Assim sendo, seus passos principais
são vistos na figura a seguir.

• Diagrama de causa e efeito (de Ishikawa ou de Espi-


nha-de-Peixe): tem como objetivo identificar as possíveis
causas de um problema e seus efeitos, através da relação
entre o efeito e todas as possibilidades de causa que podem
contribuir para esse efeito.

• Indicadores de desempenho: representa, de forma


quantitativa, a eficácia dos processos, proporcionando re-
ferenciais para os processos e representando o resultado da
relação entre as entradas e saídas de um processo. Auxilia
no monitoramento de processos.

• GUT: esta matriz realiza uma análise de dados, visan-


do priorizar os problemas ou riscos potenciais, a partir de
• Diagrama de Pareto ou Regra 80-20: prioriza classifica
situações ou eventos não quantificáveis ou de difícil quan-
os problemas e soluciona, inicialmente, os que produzem
tificação (ou dados qualitativos), arrolados e analisados sob
maiores efeitos negativos; é uma classificação simples de
os aspectos da:
dados, com defeitos e reclamações ou problemas (por ca-
– Gravidade (G): analisa o impacto do problema sobre
tegorias), que demonstra a prioridade por quantidade de
coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações
incidência. Se os sistemas ou causas de produtos defeituosos
e os efeitos que surgirão a longo prazo, caso o proble-
ou de algum outro “efeito” são identificados e registrados, é
ma não seja resolvido. Refere-se ao custo, o quanto
possível determinar que a porcentagem pode ser atribuída a
se perderia (em dinheiro ou base quantitativa), pelo
cada uma das causas. O resultado é que a maior parte (tipi-
fato de não se tomar uma ação para solucionar um
camente, 80%) dos erros, perdas ou “efeitos” seja originada
problema;
de poucas causas.
– Urgência (U): refere-se ao prazo necessário para agir
e evitar o dano ou resolver o problema;
– Tendência (T): refere-se ao potencial de crescimento
ou de diminuição de um problema, no futuro breve,
caso a ação não seja realizada. As grandes tendên-
cias possíveis podem ser: estabilidade, agravamento
(crescimento) ou atenuação (redução) dos efeitos do
problema, supondo que nada seja feito.

Normalmente, atribui-se um número inteiro, variando


Conhecimentos Específicos

de 1 (menor intensidade) a 5 (maior intensidade) para gra-


vidade, urgência e tendência e, depois, esses valores são
• Ciclo PDCA ou ciclo Deming: é uma ferramenta na multiplicados, a fim de se obter um total para cada problema
busca da melhoria contínua, do kaizen. O objetivo da fer- ou fator de risco. Os problemas ou eventos que tiverem maior
ramenta é simplificar o processo de melhoria dos proces- pontuação serão tratados com maior prioridade.
sos e a correção de problemas e fazer com que qualquer No exemplo abaixo, relacionou-se assuntos dentro do
funcionário da organização possa participar desse processo tema administração, atribui-se notas que variavam de 1 a 5
e melhorar a qualidade da organização. Plan (planejar re- a cada um, nos aspectos ligados a G, U, T e multiplicou-se
cursos) / Do (executar o planejamento) / Check (verificar esses valores. O resultado obtido é que o tema “conhecer
os resultados) / Act (ações corretivas); possibilita o acom- planejamento estratégico” é o mais prioritário, com total
panhamento de todas as fases dos processos realizados, de 125 pontos.

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Problema/Temas Gravi- Ten- sucesso operacional, tendo como objetivo melhoramentos
Urgência GxUxT no projeto, produto e desenvolvimento do processo.
de administração dade dência
Estruturas de 4 4 1 16
Mintzberg
Gestão de Pessoas 5 5 4 100
Planejamento 5 5 5 125
estratégico

Outro exemplo:

• Gráfico/Cartade Controle ou Controle Estatístico de


Processo (CEP): usado para mostrar as tendências dos pon-
tos de observação em um período de tempo. É um tipo de
gráficoestatístico utilizado para o acompanhamento do pro-
cesso, determinando a faixa de tolerância limitada pela linha
superior (limite superior de controle) e uma linha inferior
(limite inferior de controle) e uma linha média do processo
(limite central), que foram estatisticamente determinadas.É
utilizada para acompanhar a não conformidade de um pro-
cesso. Com ele pode-se: prevenir defeitos, evitar desperdí-
cios, eliminar o que comprometa a eficiência, reduzir custos.

• 5W2H: representa as iniciais das palavras Why (por


quê), What (o quê), Where (onde), When (quando), Who
(quem), How (como) e How much (quanto custa).
Constitui uma espécie de catálogo, um plano de ação que
enumera todas as atividades que devem ser realizadas, com
o fim de assegurar a implementação de objetivos voltados
para a melhoria.
É uma ferramenta de cunho gerencial associada a indi-
cadores, padronização de processos, elaboração de planos
de ação, utilizada em várias atividades cotidianas, como um
check-list de verificação da completude de ações. Hoje já se • Seis Sigma: o Six Sigma foi desenvolvido pela empresa
fala em 5W3H, acrescentando a variável How many (quan- Motorola nos anos 1980. Após essa empresa, muitas outras
tos). Um exemplo de um plano de ação, utilizando os W´s adotaram o programa, pela sua capacidade de reduzir custos,
e os H´s, são: aumentar a qualidade e atingir resultados significativos.Basica-
mente, o objetivo direto do programa é a redução da variabi-
Plano de ação – 5W2H lidade dos processos de trabalho, de modo que estes atinjam
Objetivo: passar em concurso uma redução significativa dos seus defeitos.A expressão Seis
Responsável: João Sigma indica um objetivo principal do programa, que é atingir
O que (what): estudar um nível de defeitos de 3,4 peças por milhão, ou seja, quase
Quem (who): João defeito zero. Quanto maior o número de “sigmas”, menor o
Quando (when): até 31/12 número de problemas no processo. O programa busca gerar
Onde (where): em casa e biblioteca um processo com um percentual de 99,9997% de sucesso.
Por que (why): busca de estabilidade, bom salário. A implantação do Seis Sigma envolve uma série de projetos
Como (how): 8h, todos os dias. de melhoria que utiliza uma técnica chamada DMAIC (que
Custos (how much): $1.000,00 deriva das palavras inglesas: define, measure, analyze, improve
e control). Essa é uma técnica muito semelhante ao PDCA. Di-
• Estratificação: tem por objetivo separar um conjunto versas ferramentas são utilizadas de maneira integrada às fases
de dados levantados em grupos distintos ou em estratos (ca- do DMAIC, constituindo um método sistemático, disciplinado,
baseado em dados, e no uso de ferramentas estatísticas para
Conhecimentos Específicos

madas) distintos de modo a perceber que existe um padrão


se atingir os resultados almejados pela organização.
entre eles, como por exemplo, estratificação por local, por Naturalmente, as fases do DMAIC podem demandar
data, por turno, por tipo, etc. ferramentas estatísticas e de análise diferentes, de acordo
com a situação e especificidades dos processos de trabalho
• Análise do modo e efeito de falha (FMEA): muito em- a serem melhorados. Basicamente, todas as ferramentas da
pregada na área de manutenção, com o objetivo de detalhar gestão da qualidade podem ser utilizadas no DMAIC, como
exaustivamente os tipos de falha de um produto ou processo, o diagrama de Ishikawa, o diagrama de Pareto, o gráfico de
identificando suas causas e definindo ações de mitigação para controle, entre outros.
os pares causa e efeito. É um estudo sistemático e estrutura- As equipes de trabalho que serão responsáveis pelo pro-
do das falhas potenciais que podem ocorrer em qualquer par- grama são formadas por diversos níveis “hierárquicos” de acor-
te de um sistema para determinar o efeito provável de cada do com a experiência e os conhecimentos do programa. Os
uma sobre todas as outras peças do sistema e no provável principais níveis são: Sponsors, Champions, Master Black Belts,

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BlackBelts, Green Belts e White Belts. Essa hierarquia de respon- Analisar essas dimensões possibilita  compreender os
sabilidades ou de papéis define a participação de cada membro níveis de satisfação do cliente e os “Gaps da Qualidade”, ou
no programa, mas mesmo os que não estão diretamente envol- seja, áreas que precisam de maior atenção na empresa.
vidos no Seis Sigma devem participar da busca pela qualidade, Inclusive, outra importante conclusão dos cientistas foi
pois esta deve envolver todos os membros da organização o desenvolvimento de um modelo conceitual, o  Modelo
PZB17, que localiza e explica as lacunas que geram as defi-
• Programa 5S: é uma das ferramentas do pensamento ciências da Qualidade: as diferenças entre as expectativas
Lean que nos ajuda a criar a cultura da disciplina, identificar
e a percepção.
problemas e gerar oportunidades para melhorias. A proposta
do 5S (assim como algumas outras ferramentas lean) é redu- Abaixo o Modelo PZB ou das Lacunas e que consiste em
zir o desperdício de recursos e espaço de forma a aumentar a cinco lacunas:
eficiência operacional. O programa 5S é baseado fortemente • “Lacuna do Conhecimento”, pois apresenta a diferença
na cultura japonesa e focado na ordem e na limpeza no am- entre as expectativas do Cliente e a percepção dos
biente de trabalho. Para os japoneses, um ambiente limpo Gerentes sobre as necessidades e desejos do Cliente.
e organizado ajuda na gestão e na promoção da qualidade. • “Lacuna da Política”, é a diferença entre as percepções
dos gestores sobre as expectativas dos clientes e as
especificações de qualidade do serviço.
• “Lacuna da Entrega”, ou seja, a  diferença entre as
especificações da qualidade do serviço e a entrega real
do serviço.
• “Lacuna da Comunicação”, que demonstra a diferença
entre o serviço prestado e as comunicações externas
do fornecedor ao cliente.
• “Lacuna de Percepção”, entendida como a diferença
SERVQUAL – MEDINDO A QUALIDADE EM global entre o serviço esperado e o serviço percebido,
SERVIÇOS experimentado do ponto de vista do cliente. Esta dife-
rença resulta da combinação das quatro lacunas.
Essa ferramenta é considerada a mais sistemática e
abrangente já concebida com o intuito de identificar as Dividido em duas etapas, o método consiste em duas
componentes da qualidade de serviços. Surgiu a partir da entrevistas que devem ser realizadas com vários clientes,
pesquisa de 1985 pelos cientistas A. Parasuraman, Valarie focando em 22 perguntas preestabelecidas em cada uma.
Zeithaml e Leonard L. Berry do Marketing Science Institu- Em ambas as entrevistas, o cliente deve atribuir uma pon-
te sobre Qualidade em Serviços. tuação relativa a qualidade dos serviços nas organizações.
O SERVQUAL mede a qualidade do serviço baseando‑se A pontuação geralmente utilizada são as notas entre 0 e
nas expectativas do cliente em contraponto com a percep-
6 pontos. A  primeira entrevista  questiona o cliente em
ção que esse mesmo cliente tem em relação ao serviço que
recebeu. Portanto, a primeira conclusão dos cientistas foi de relação ao que ele acha ideal ou mais importante para que
que a qualidade de serviço é percebida pelos Clientes como o uma empresa realize o serviço avaliado. Já a segunda visa
tamanho da discrepância entre suas expectativas ou desejos entender o que o cliente acha de uma empresa específica.
e suas efetivas percepções. Esta definição ressalta a depen- O questionário SERVQUAL é possível mensurar a Qualidade
dência das variáveis: serviço esperado e serviço percebido. do serviço em números exatos, que podem ser utilizados
Essa ferramenta também é conhecida como RATER, que para uma gestão baseada em fatos e dados. A fórmula para
são as iniciais em inglês das cinco dimensões mais relevantes comparar os resultados é:
na prestação de serviços de qualidade:
• Confiabilidade (Reliability): capacidade de executar o AV – EX = QUAL
serviço prometido de forma confiável e com precisão.
• Garantia  (Assurance): conhecimento e cortesia dos AV: Avaliação do cliente em relação à empresa
funcionários e sua capacidade de transmitir confiança EX: Expectativa do cliente
e segurança. QUAL: Qualidade de serviço
• Tangíveis (Tangibles): aparência das instalações físicas,
equipamentos, pessoal e materiais de comunicação. O resultado será o nível de qualidade do serviço  na
• Empatia (Empathy): cuidado e atenção individualizada
visão dos clientes. Resultados positivos  significam que a
que a empresa fornece aos seus clientes.
qualidade está acima do esperado pelo cliente, resultados
• Capacidade de resposta (Responsiveness): disposição
para ajudar os clientes e prestar um serviço rápido. negativos significam que a empresa está deixando a dese-
jar naquele requisito.
Conhecimentos Específicos

REFERÊNCIAS
http://www.blogdaqualidade.com.br/servqual‑um‑metodo‑
para‑avaliar‑a‑qualidade‑do‑servico/

https://qualityway.wordpress.com/2015/10/30/servqual‑
medindo‑a‑qualidade‑em‑servicos‑por‑gregorio‑suarez/

17
PZB são as iniciais dos sobrenomes dos cientistas que criaram a ferramenta
SERQUAL (Parasuraman, Zeithaml e Berry).

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• Kaizen: está muito ligado ao conceito de qualidade. Kaizen, A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é uma
em japonês, seria traduzido como “melhoramento” ou “mu- das credenciadas e a representante brasileira, responsável
dança para melhor”. É uma busca do aprimoramento contínuo, pelo certificado de registro de empresa.
incremental, de todos os integrantes de uma organização. Esse O certificado é o documento que atesta a conformidade
aprimoramento não se limita ao âmbito da produção, mas cons- dos sistemas de qualidade e do sistema de gestão ambiental de
titui uma forma de vida e comportamento, dentro e fora da or- uma empresa aos requisitos das normas ISO 9000 e ISO 14000,
ganização. Os japoneses pensam a qualidade como um trabalho respectivamente. Tem validade de 3 anos e a cada 6 meses o
de todos, portanto o controle da qualidade é descentralizado, sistema é auditado para verificar se continua a atender aos
e impacta não só a qualidade dos produtos, mas o seu custo. requisitos da norma. Após esse prazo precisa ser renovado.
Dessa forma, tanto trabalhadores envolvidos na linha de produ-
ção quanto trabalhadores que atuam em áreas administrativas Normas ISO 9000
e os chefes devem estar envolvidos no processo.
Assim, o trabalho de um operário em uma prensa seria A ISO 9000 é uma série formada de 4 normas interna-
tão importante quanto o de um servente que limpa o chão cionais, revisadas periodicamente, para a “Gestão da Quali-
ou o de um contador que organiza as finanças da empresa. dade”. Não se destina a um produto ou indústria específica.
Tudo deve ser feito com total zelo e qualidade. Portanto, As revisões da Norma foram publicadas em julho de 1994,
todos os níveis hierárquicos devem estar envolvidos. em dezembro de 2000 e, a última, em setembro de 2015.
Assim sendo, um dos aspectos importantes que devemos A série foi adotada no Brasil pela ABNT, com o nome NBR
observar é o aspecto humano do kaizen. Nas sociedades 9000, composta das seguintes normas:
ocidentais, a qualidade é muitas vezes vista como relacio- • NBR ISO 9000 – Fundamentos e Vocabulário;
nada às técnicas e máquinas envolvidas na produção de um • NBR ISO 9001 – Sistemas de gestão da qualidade-re-
produto ou serviço. quisitos;
Entretanto, para os japoneses a qualidade é fazer algo • NBR ISO 9004 – Sistemas de gestão da qualidade-
melhor todos os dias, ou seja, a cada dia todos os emprega- -diretrizes para melhoria do desempenho;
dos devem buscar fazer algo melhor. Isso abrange desde as
• NBR ISO 19011 – diretrizes para auditoria de sistemas
técnicas de produção à maneira de se fazer uma atividade.
de gestão da qualidade e/ou ambiental.
De acordo com Lima, o kaizen é uma diretriz cultural que
permeia todos os métodos de produção orientais: o kaizen
A NBR 9000 descreve os fundamentos do sistema de ge-
é, portanto, uma diretriz cultural, um valor que determina
renciamento e especifica a terminologia para estes sistemas.
o esforço de aprimoramento contínuo. O que nos remete à
A NBR ISO 9001 serve para que as partes envolvidas, em
busca da perfeição, nunca atingida, mas sempre desejada.
uma relação contratual, tenham confiança que os requisitos
É um processo constante, efetuado por todos na em-
acordados serão consistentemente atingidos e que o sistema
presa, que busca aumentar a produtividade, diminuir o des-
perdício, o stress e reduzir os acidentes de trabalho. Para os de qualidade será continuamente aprimorado, num processo
japoneses, a palavra kaizen é um conceito “guarda-chuva”, de melhoria contínua, que atenda aos requisitos do cliente
pois engloba diversos conceitos de qualidade conhecidos, e aos requisitos regulamentares aplicáveis, objetivando au-
como: controle total da qualidade, kanban, defeito zero etc. mentar a satisfação do cliente.
A NBR ISO 9004 fornece diretrizes que consideram tanto a
eficácia como a eficiência do sistema de gestão da qualidade
NORMAS ISO com uma orientação mais ampla. O objetivo desta norma é
melhorar o desempenho global da organização e a satisfação
Em 1946, com a denominação Inter- dos clientes e das outras partes interessadas, que querem ir
nacional Organization for Standardiza- além dos requisitos, com preocupação na saúde, segurança,
tion – ISO (Organização Internacional meio ambiente, como um sistema integrado de gestão.
para Normalização), 25 países se reu- Ressalte-se que não existe certificação para as normas
niram e começaram a preparar normas ISO 9000, ISO 9004 e ISO 1901 que são guias.
internacionais que visavam maior eco-
Além dessas, existem diversas normas e documentos
nomia, melhoria na comunicação, segurança, proteção ao
normativos para alguns ramos específicos da indústria, que
consumidor e eliminação de barreiras técnicas e comerciais.
complementam as 4 normas principais da serie ISO 9000 e
A sigla ISO é uma referência à palavra grega, que significa
que tratam de:
igualdade. A Organização está localizada em Genebra, Suíça,
• ISO 10005: diretrizes para planos da qualidade;
e hoje trabalha com 180 comitês técnicos (TC) e centenas de
• ISO 10006: gerenciamento de projetos;
subcomitês e grupos de trabalho.
• ISO 10007: gerenciamento da configuração;
Em 1987, a ISO lançou a família de normas, NBR ISO 9000,
• ISO 10012 (partes 1 e 2): equipamentos de medição –
para apoiar as organizações. De todos os tipos e tamanhos, na
implantação e operação de sistemas de gestão da qualidade, requisitos, controle, confirmação metrológica;
Conhecimentos Específicos

visando a garantia do controle da qualidade. Além disso, lan- • ISO/TS 16949: indústria automotiva;
çou um sistema de certificação da qualidade que por meio de • ISO/TS: 29001: indústria petrolífera;
um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo • TL 9000: indústria de telecomunicações;
independente, atesta publicamente, e por escrito, que de- • ISO/IEC 90003: softwares de computadores.
terminado produto ou processo está em conformidade com Essas são as normas mais importantes, mas existem outras.
os requisitos especificados: representa um consenso mundial
sobre normas e padrões, acerca das boas práticas de admi- Normas ISO 9000:2015
nistração, visando facilitar o comércio internacional, mas não
representa a garantia da qualidade dos produtos. Desde o seu lançamento em 1987, os padrões ISO 9000
O Inmetro é o órgão, no Brasil, responsável pelo creden- receberam cinco atualizações, em 1994, 2000, 2005, 2008
ciamento e fiscalização (acreditação) dos organismos para a e, mais recentemente, 2015. A cada ano forma um sufixo
realização de auditorias e certificações de empresas. no número de documentos padrão, como 9000:2005 ou

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9000:2015. A ISO / TC 176, ou comitê técnico 176, revisa a ISO o sucesso de longo prazo de uma organização. Esta
9000. Aqui estão breves explicações das cinco atualizações. versão buscou aprimorar a anterior, trazendo texto
• 9000:1994: esta versão avançou para a garantia da mais claro a respeito de “Abordagem de Processo”,
qualidade, o processo de monitorar requisitos e pro- “Requisitos Regulamentares” e reforça a compatibili-
cessos na criação de um item ou serviço, em vez de dade com a ISO 14001.
simplesmente inspecionar o produto acabado. • 9000:2015: a atualização no 25º aniversário da versão
• 9000: 2000: esta importante revisão reconheceu a impor- original das normas ISO 9000 contém modificações
tância vital do gerenciamento de processos na gestão da consideráveis. Ela apresenta uma norma modernizada,
qualidade, incluindo o foco nas necessidades das partes que vai de encontro às novas tendências de qualidade
interessadas (os tipos de princípios expostos pela gestão e amplia a importância desse sistema de gestão para
da qualidade total) como fundamentais para a norma 9000. os resultados das organizações. Entre os itens que se
• 9000: 2005: esta atualização esclareceu termos‑chave destacam na versão 2015 estão: avaliação de riscos,
usados ​​para definir o sistema de gerenciamento. geração de resultados, feedback dos stackholders,
• 9000:2008: esta revisão (ISO 9004:2009) é uma abor- alinhamento com outras normas ISO e flexibilização
dagem de gerenciamento de qualidade que enfoca de documentação.

“Nós agora fomos um passo além, e a ISO 9000:2015 é Processo de transição para a ISO 9000:2015
ainda menos prescritiva do que sua predecessora, focando no
desempenho. Conseguimos isso combinando a abordagem de • Certificado: a transição do certificado para a nova
processo com o pensamento baseado em riscos e empregando versão pode ocorrer durante o período de 3 anos, em
o ciclo de planejar e executar em todos os níveis da organiza- qualquer auditoria externa, com programação feita
ção”, afirma Nigel Croft, presidente do Comitê Técnico da ISO. previamente pela empresa.
• Prazo: a empresa tem um prazo de três anos para imple-
A nova versão enfatiza a importância da liderança, não mentar os novos requisitos, a partir da data de publicação
apenas da administração, na defesa e orientação da im- da versão final da norma. Ou seja, até setembro de 2018.
• Validade certificado: após o período de transição os
plementação das práticas da ISO 9000. Também chama a
certificados emitidos na versão não serão válidos e
atenção para um verdadeiro entendimento do negócio ou or- deverão ser atualizados.
ganização individual e seu contexto, antes que um sistema de
gerenciamento de qualidade individual seja definido. Além Principais mudanças na ISO 9000:2015
disso, a versão de 2015 incentiva as organizações a adotarem
práticas baseadas em riscos, em vez de se concentrarem em • Princípios da Qualidade
medidas preventivas não documentadas. E, para sustentar A Gestão da Qualidade apresentará sete Princípios,
todos os outros esforços de qualidade, 9000:2015 chama a e  não mais oito Princípios. São eles: Cliente, Liderança,
atenção para a necessidade de incluir os requisitos de RH Envolvimento de pessoas, Enfoque baseado em processos,
para contratação, treinamento e avaliação como essenciais Melhoria, Tomada de Decisão baseada em Evidências, Ge-
para o progresso de toda a organização. renciamento de Relacionamento.
A norma ISO 9001:2015 define os requisitos para garantir
padrões de qualidade com o objetivo de buscar a satisfação • Anexo SL
dos clientes e a melhoria contínua do desempenho das Essa é uma das principais mudanças nessa nova versão da
Conhecimentos Específicos

norma. Para facilitar processos de implementação e também


empresas. A implantação de um Sistema de Gestão da Qua-
de auditorias internas e externas, agora as normas ISO virão
lidade  e a certificação na norma proporcionam inúmeros com seus requisitos organizados da mesma forma. Exemplo:
benefícios para as organizações. Requisito 4 é Contexto da Organização em todas as normas,
Alguns benefícios para a gestão da empresa são: Requisito 7 fala de Apoio e assim por diante.
• avaliar e mensurar resultados buscando a melhoria da
performance da organização; • Liderança
• mapear e corrigir desvios, visando à melhoria contínua; Agora a liderança é chamada para uma maior responsa-
• melhor gestão das atividades, dos processos, da do- bilidade nos processos do sistema de gestão. A alta direção
cumentação e dos recursos da empresa; deve estar alinhada e ser responsável pelas melhorias contí-
• melhorar a satisfação dos clientes; nuas sugeridas pela norma. Não é mais exigido um RD – Re-
• evitar desperdícios e retrabalhos; presentante da Direção, mas sim um gerenciamento sênior
• diferencial de mercado. que deve prestar contas ao Sistema de Gestão de Qualidade.

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• Planejamento com o futuro do planeta e a gestão eficaz de aspectos de
Agora a organização tem que definir os riscos e as oportu- proteção ambiental, prevenção de poluição e necessidades
nidades de cada área que faz parte do escopo do seu sistema socioeconômicas.
de gestão. Então é hora de definir estes riscos e oportunidades, A série foi baseada na filosofia ISO 9000, realizada pelo
verificar o índice de impacto dos mesmos na empresa e fazer comitê técnico ISO TC 207, cujas normas constituintes são:
planos de ação para se prevenir dos riscos passíveis a sua ativi- • ISO 14000: guia de orientação do conjunto de normas
dade. O risco é pensado precisamente, de modo que haja uma da série;
ação preventiva no planejamento estratégico, possibilitando às • ISO 14001: sistemas de gestão ambiental – requisitos
organizações se adequarem conforme às suas necessidades. com orientações para uso;
• ISO 14004: sistemas de gestão ambiental – diretrizes
• Abordagem de processo gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio;
Este conceito é abordado como uma sub cláusula com • ISO 14010: diretrizes para auditoria ambiental, princí-
a nomenclatura “Gestão da Qualidade e seus Processos”, pios gerais;
contendo dez requisitos essenciais e sua qualificação. • ISO 14011: diretrizes para auditoria ambiental, proce-
A abordagem de processos compreende o controle entre os dimentos de auditoria;
processos e hierarquias funcionais das Organizações. • ISO 14012: diretrizes para auditoria ambiental, critérios
para qualificação de auditores.
• Contexto da organização
É necessário considerar o fator socioeconômico da Organi- Para a certificação do sistema ISO, alguns requisitos de-
zação e seu relacionamento direto com as partes interessadas, vem ser observados:
tanto interna quanto externa. O objetivo é analisar a sua visão, • comprometimento da alta administração, com inves-
missão, ameaças e oportunidades, assim como suas fraque- timentos de tempos, recursos, etc.;
zas, problemas ou mesmo questões que possam impactar no • seleção e designação formal de um coordenador;
planejamento do Sistema de Gestão de Qualidade. • formação do comitê de coordenação, para realização
de análise crítica do sistema;
• Desaparece o conceito de ação preventiva
• treinamento de todos;
Os requisitos 4.1 e 6.1 que antes uniam o conceito da ação
• elaboração e divulgação da política da qualidade;
preventiva, agora passam a assessorar as organizações na aná-
• realização de palestra da qualidade para todos os fun-
lise de riscos e oportunidades com mais amplitude. Contudo,
cionários;
a ISO 9001:2015 não está mais agregada às ações corretivas e às
• divulgação constante do assunto qualidade;
de não‑conformidades, mas às Estruturas de Alto Nível que apre-
• estudos dos requisitos da norma, adaptando-os as
sentam novas regras, embora não incluam qualquer cláusula.
necessidades da organização;
• Foco nas partes interessadas • formação de grupos de trabalho para elaborar instru-
A nova norma não fala só de clientes, mas de responsa- ções de trabalho;
bilidade com as partes interessadas. Busca‑se estabelecer • elaboração do manual da qualidade;
requisitos que atendam às necessidades e expectativas das • treinamento dos funcionários na documentação da
partes interessadas, ou seja, Organização e Cliente. Sendo qualidade;
dever da Organização determinar tanto as partes interessa- • formação de auditores internos;
das quanto as suas exigências. • realização de auditorias internas;
• implantação das ações corretivas para as não confor-
• Informação documentada midades;
Ao longo de toda a Norma se fala em informações do- • seleção de entidade certificadora;
cumentadas, embora desapareçam nos documentos e regis- • realização da pré-auditoria;
tros. Cabe ressaltar que, embora a ISO 9000:2015 não exija • realização de auditoria de certificação.
o Manual de Qualidade nos procedimentos documentados,
não significa que as organizações não precisem mais usá‑los. REFERÊNCIA
• Gestão do conhecimento e competência pessoal MOREIRA, Elisabete de Abreu e Lima. Administração Geral
Busca que todos os envolvidos sejam competentes e ca- e Pública para concursos. Bahia: JusPODIVM, 2016.
pacitados, agregando valor ao trabalho realizado. Determina
o conhecimento necessário para o funcionamento do Sistema
de Gestão. Desse modo, é possível garantir a conformidade DECRETO Nº 9.094, DE 17 DE JULHO
dos produtos e serviços, visando a satisfação do cliente. DE 2017
• Ênfase nos processos terceirizados Dispõe sobre a simplificação do
Os critérios para a avaliação não serão iguais a todos, deve‑se atendimento prestado aos usuários
levar em consideração a criticidade e a confiabilidade nos dos serviços públicos, ratifica a dis-
pensa do reconhecimento de firma
Conhecimentos Específicos

negócios. Através da certificação ISO 9000:2015, as Organiza-


ções devem tratar os seus respectivos clientes/fornecedores e da autenticação em documentos
como parceiros. produzidos no País e institui a Carta
de Serviços ao Usuário.
Normas ISO 14000
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
A série de normas ISO 14000, lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea a, da Constituição,
lançada em 1996, veio disponibi- DECRETA:
lizar para as empresas, preocupa- Art. 1º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo
das com a preservação do meio federal observarão as seguintes diretrizes nas relações entre
ambiente. É uma ferramenta que si e com os usuários dos serviços públicos:
demonstra ao público externo I – presunção de boa‑fé;
que a empresa é comprometida II – compartilhamento de informações, nos termos da lei;

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III – atuação integrada e sistêmica na expedição de atesta- § 3º Quando a remessa referida no § 2º não for possível,
dos, certidões e documentos comprobatórios de regularidade; o interessado deverá ser comunicado imediatamente do fato
IV  – racionalização de métodos e procedimentos de para adoção das providências necessárias.
controle; Art. 6º As exigências necessárias para o requerimento
V – eliminação de formalidades e exigências cujo custo serão feitas desde logo e de uma só vez ao interessado,
econômico ou social seja superior ao risco envolvido; justificando‑se exigência posterior apenas em caso de dúvida
VI  – aplicação de soluções tecnológicas que visem a superveniente.
simplificar processos e procedimentos de atendimento aos Art. 7º Não será exigida prova de fato já comprovado pela
usuários dos serviços públicos e a propiciar melhores condi- apresentação de documento ou informação válida.
ções para o compartilhamento das informações; Art. 8º Para complementar informações ou solicitar es-
VII – utilização de linguagem clara, que evite o uso de clarecimentos, a comunicação entre o órgão ou a entidade
siglas, jargões e estrangeirismos; e do Poder Executivo federal e o interessado poderá ser feita
VIII  – articulação com os Estados, o  Distrito Federal, por qualquer meio, preferencialmente eletrônico.
os Municípios e os outros Poderes para a integração, raciona- Art. 9º Exceto se existir dúvida fundada quanto à au-
lização, disponibilização e simplificação de serviços públicos. tenticidade ou previsão legal, fica dispensado o reconheci-
Parágrafo único. Usuários dos serviços públicos são as mento de firma e a autenticação de cópia dos documentos
pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, expedidos no País e destinados a fazer prova junto a órgãos
diretamente atendidas por serviço público. e entidades do Poder Executivo federal.
Art. 10. A apresentação de documentos por usuários dos
CAPÍTULO I serviços públicos poderá ser feita por meio de cópia autenti-
Da Racionalização de Exigências cada, dispensada nova conferência com o documento original.
e da Troca de Informações §  1º A autenticação de cópia de documentos poderá
ser feita, por meio de cotejo da cópia com o documento
Art. 2º Salvo disposição legal em contrário, os órgãos e as original, pelo servidor público a quem o documento deva
entidades do Poder Executivo federal que necessitarem de ser apresentado.
documentos comprobatórios da regularidade da situação de § 2º Constatada, a qualquer tempo, a falsificação de firma
usuários dos serviços públicos, de atestados, de certidões ou de ou de cópia de documento público ou particular, o órgão ou a
outros documentos comprobatórios que constem em base de entidade do Poder Executivo federal considerará não satisfeita
dados oficial da administração pública federal deverão obtê‑los a exigência documental respectiva e, no prazo de até cinco
diretamente do órgão ou da entidade responsável pela base dias, dará conhecimento do fato à autoridade competente para
de dados, nos termos do Decreto nº 8.789, de 29 de junho de adoção das providências administrativas, civis e penais cabíveis.
2016, e não poderão exigi‑los dos usuários dos serviços públicos.
Art. 3º Na hipótese dos documentos a que se refere o CAPÍTULO II
art. 2º conterem informações sigilosas sobre os usuários dos Da Carta de Serviços ao Usuário
serviços públicos, o fornecimento pelo órgão ou pela entida-
de responsável pela base de dados oficial fica condicionado Art. 11. Os  órgãos e as entidades do Poder Executivo
à autorização expressa do usuário, exceto nas situações federal que prestam atendimento aos usuários dos serviços
previstas em lei. públicos, direta ou indiretamente, deverão elaborar e divul-
Parágrafo único. Quando não for possível a obtenção gar Carta de Serviços ao Usuário, no âmbito de sua esfera
dos documentos a que a que se refere o art. 2º diretamente de competência.
do órgão ou da entidade responsável pela base de dados §  1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo
oficial, a comprovação necessária poderá ser feita por meio informar aos usuários dos serviços prestados pelo órgão ou
de declaração escrita e assinada pelo usuário dos serviços pela entidade do Poder Executivo federal as formas de acesso
públicos, que, na hipótese de declaração falsa, ficará sujeito a esses serviços e os compromissos e padrões de qualidade
às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis. do atendimento ao público.
Art. 4º Os órgãos e as entidades responsáveis por bases § 2º Da Carta de Serviços ao Usuário, deverão constar
de dados oficiais da administração pública federal prestarão informações claras e precisas sobre cada um dos serviços
orientações aos órgãos e às entidades públicos interessados prestados, especialmente as relativas:
para o acesso às informações constantes das bases de dados, I – ao serviço oferecido;
observadas as disposições legais aplicáveis. II – aos requisitos e aos documentos necessários para
Art. 5º No atendimento aos usuários dos serviços pú- acessar o serviço;
blicos, os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal III – às etapas para processamento do serviço;
observarão as seguintes práticas: IV – ao prazo para a prestação do serviço;
I – gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidada- V – à forma de prestação do serviço;
nia, nos termos da Lei nº 9.265, de 12 de fevereiro de 1996; VI – à forma de comunicação com o solicitante do serviço; e
II – padronização de procedimentos referentes à utiliza- VII – aos locais e às formas de acessar o serviço.
ção de formulários, guias e outros documentos congêneres; e §  3º Além das informações referidas no §  2º, a  Carta
Conhecimentos Específicos

III – vedação de recusa de recebimento de requerimentos de Serviços ao Usuário deverá, para detalhar o padrão de
pelos serviços de protocolo, exceto quando o órgão ou a qualidade do atendimento, estabelecer:
entidade for manifestamente incompetente. I – os usuários que farão jus à prioridade no atendimento;
§ 1º Na hipótese referida no inciso III do caput, os ser- II – o tempo de espera para o atendimento;
viços de protocolo deverão prover as informações e as III – o prazo para a realização dos serviços;
orientações necessárias para que o interessado possa dar IV – os mecanismos de comunicação com os usuários;
andamento ao requerimento. V  – os procedimentos para receber, atender, gerir e
§  2º Após a protocolização de requerimento, caso o responder às sugestões e reclamações;
agente público verifique que o órgão ou a entidade do VI  – as etapas, presentes e futuras, esperadas para a
Poder Executivo federal é incompetente para o exame ou a realização dos serviços, incluídas a estimativas de prazos;
decisão da matéria, deverá providenciar a remessa imediata VII – os mecanismos para a consulta pelos usuários acerca
do requerimento ao órgão ou à entidade do Poder Executivo das etapas, cumpridas e pendentes, para a realização do
federal competente. serviço solicitado;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
VIII – o tratamento a ser dispensado aos usuários quando CAPÍTULO VI
do atendimento; Da Divulgação aos Usuários dos Serviços Públicos
IX – os elementos básicos para o sistema de sinalização
visual das unidades de atendimento; Art. 18. A Carta de Serviços ao Usuário, a forma de aces-
X  – as condições mínimas a serem observadas pelas so, as orientações de uso e as informações do formulário
unidades de atendimento, em especial no que se refere à Simplifique! deverão ser objeto de permanente divulgação
aos usuários dos serviços públicos, e  mantidos visíveis e
acessibilidade, à limpeza e ao conforto;
acessíveis ao público:
XI – os procedimentos para atendimento quando o sis- I – nos locais de atendimento;
tema informatizado se encontrar indisponível; e II – nos portais institucionais e de prestação de serviços
XII – outras informações julgadas de interesse dos usuários. na internet; e
III – no Portal de Serviços do Governo federal, disponível
CAPÍTULO III em www.servicos.gov.br.
Da Racionalização das Normas Art. 19. As informações do formulário Simplifique!, de
que trata o art. 14, serão divulgadas no painel de monitora-
Art. 12. A edição e a alteração das normas relativas ao mento do desempenho dos serviços públicos prestados a que
atendimento dos usuários dos serviços públicos observarão se refere o inciso V do caput do art. 3º do Decreto nº 8.936,
os princípios da eficiência e da economicidade e considerarão de 19 de dezembro de 2016.
os efeitos práticos tanto para a administração pública federal CAPÍTULO VII
quanto para os usuários. Da Avaliação e da Melhoria dos Serviços Públicos
CAPÍTULO IV Art. 20. Os  órgãos e as entidades do Poder Executivo
Da Solicitação de Simplificação federal deverão utilizar ferramenta de pesquisa de satisfa-
ção dos usuários dos seus serviços, constante do Portal de
Art. 13. Os usuários dos serviços públicos poderão apre- Serviços do Governo federal, e do Sistema de Ouvidoria do
sentar Solicitação de Simplificação, por meio de formulário Poder Executivo federal, e utilizar os dados como subsídio
próprio denominado Simplifique!, aos órgãos e às entidades relevante para reorientar e ajustar a prestação dos serviços.
§ 1º Os canais de ouvidoria e as pesquisas de satisfação
do Poder Executivo federal, quando a prestação de serviço
objetivam assegurar a efetiva participação dos usuários dos
público não observar o disposto neste Decreto. serviços públicos na avaliação e identificar lacunas e defici-
§ 1º A Solicitação de Simplificação deverá ser apresenta- ências na prestação dos serviços.
da, preferencialmente, por meio eletrônico, em canal único § 2º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal
oferecido pela Ouvidoria‑Geral da União, do Ministério da deverão dar ampla divulgação aos resultados das pesquisas
Transparência e Controladoria‑Geral da União. de satisfação.
§ 2º Sempre que recebida por meio físico, os órgãos e as
entidades deverão digitalizar a Solicitação de Simplificação CAPÍTULO VIII
e promover a sua inserção no canal a que se refere o § 1º. Disposições Transitórias
Art. 14. Do formulário Simplifique! deverá constar:
Art. 21. O Ministério da Transparência e Controladoria‑Ge-
I – a identificação do solicitante; ral da União terá prazo de cento e oitenta dias, contado da
II – a especificação do serviço objeto da simplificação; data de publicação deste Decreto, para disponibilizar os meios
III – o nome do órgão ou da entidade perante o qual o de acesso à Solicitação de Simplificação e ao Simplifique!.
serviço foi solicitado; Art. 22. Os  Ministros de Estado da Transparência e
IV – a descrição dos atos ou fatos; e Controladoria‑Geral da União e do Planejamento, Desenvol-
V – facultativamente, a proposta de melhoria. vimento e Gestão poderão expedir normas complementares
Art. 15. Ato conjunto dos Ministros de Estado da Trans- ao disposto neste Decreto.
parência e Controladoria‑Geral da União e do Planejamento, Art. 23. O Decreto nº 8.936, de 2016, passa vigorar com
Desenvolvimento e Gestão disciplinará o procedimento as seguintes alterações:
aplicável à Solicitação de Simplificação.
Art. 3º .......................................................................
. .................................................................................
CAPÍTULO V V – . ...........................................................................
Das Sanções pelo Descumprimento . .................................................................................
b) tempo médio de atendimento;
Art. 16. O servidor público ou o militar que descumprir o c) grau de satisfação dos usuários; e
disposto neste Decreto estará sujeito às penalidades previs- d) número de Solicitações de Simplificação relativas
tas, respectivamente, na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de ao serviço.
Conhecimentos Específicos

1990, e na Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980.


Parágrafo único. Os usuários dos serviços públicos que Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua
tiverem os direitos garantidos neste Decreto desrespeita- publicação.
dos poderão representar ao Ministério da Transparência e Art. 25. Ficam revogados:
Controladoria‑Geral da União. I – o Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009; e
II – o Decreto nº 5.378, de 23 de fevereiro de 2005.
Art. 17. Cabe ao Ministério da Transparência e Contro-
ladoria‑Geral da União e aos órgãos integrantes do sistema Brasília, 17 de julho de 2017; 196º da Independência e
de controle interno do Poder Executivo federal zelar pelo 129º da República.
cumprimento do disposto neste Decreto e adotar as provi-
dências para a responsabilização dos servidores públicos e MICHEL TEMER
dos militares, e de seus superiores hierárquicos, que prati- Dyogo Henrique de Oliveira
carem atos em desacordo com suas disposições. Wagner Campos Rosário

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Luzia Pimenta inteligível, o texto deve ser claro de tal forma que não per-
mita interpretação equivocada pelo leitor. A compreensão do
REDAÇÃO OFICIAL documento deve ser imediata. Para alcançar esse objetivo, é
importante redigir orações na ordem direta, utilizar períodos
Conceito curtos e eliminar o emprego excessivo de adjetivos. Além
disso, deve-se excluir da escrita qualquer ambiguidade, ob-
Redação oficial é a forma padronizada pela qual o Poder scuridade e rebuscamento. O texto claro pressupõe o uso de
Público se expressa. Além das características básicas de uma sintaxe correta e de vocabulário ao alcance do leitor.
boa redação, o texto oficial apresenta fundamentos norma-
tizados em seus documentos, correspondências e atos. Concisão
Desde o início da República, sempre houve preo­cupação
em padronizar a linguagem dos órgãos públicos. A primeira Consiste em informar o máximo em um mínimo de
tentativa real, no entanto, foi em 1972, quando o Ministério palavras. No entanto, contenção de palavras não significa
da Educação e Cultura publicou a obra Normas sobre Corre- contenção de pensamentos. Por essa razão, não se devem
spondência, Comunicação e Atos Oficiais. O livro determinava eliminar fragmentos essenciais do texto com o objetivo de
que a Redação Oficial abrangeria as seguintes comunicações: reduzir-lhe o tamanho. Os itens que nada acrescentam ao
apostila, ata, atestado, aviso, certidão, circular, contrato, que já foi dito é que necessitam ser eliminados. A concisão
convênio, curriculum vitae, declaração, decreto, decreto-lei, colabora para a correção do texto, pois as chances de erro au-
despacho, edital, ementa, exposição de motivos, informação, mentam na mesma proporção que a quantidade de palavras.
instrução, lei, memorando ou papeleta, mensagem, ofício, Mais que curtas e claras, as expressões empregadas devem
ofício-circular, ordem de serviço, parecer, petição, portaria, ser precisas. Para redigir um texto conciso, é fundamental ter
regimento, regulamento, relatório, requerimento, resolução, conhecimento do assunto sobre o qual se escreve.
telegrama, telegrama-circular, telex, voto (declaração de
voto). Formalidade
Em 11 de janeiro de 1991, com a edição do Decreto nº
100.000, o Presidente da República autorizou a criação de Por causa de seu caráter público e de sua finalidade,
comissão para rever, atualizar, uniformizar e simplificar as os atos e os expedientes oficiais requerem o uso do padrão
normas de redação de atos e comunicações oficiais. Surgiu culto do idioma, que acata os preceitos da gramática for-
a primeira edição do Manual de Redação da Presidência da mal e emprega um léxico compartilhado pelo conjunto dos
República. A intenção era produzir uma obra que servisse de usuários da língua. É, portanto, imprescindível na redação
exemplo para todos os textos oficiais dos três Poderes, mas oficial, por estar acima das diferenças lexicais, morfológicas
limitava sua atuação obrigatória ao Executivo. ou sintáticas, regionais, dos modismos vocabulares e das
A finalidade do Manual não era propriamente definir particularidades linguísticas.
padrões para comunicações oficiais. O objetivo primeiro era
Impessoalidade
permitir a adequada reflexão sobre os textos produzidos no
Executivo com clara preocupação sobre a qualidade do texto
O assunto de um texto oficial está sempre relacionado
em si. Grande parte do Manual aborda questões gramaticais,
com as atividades do órgão que comunica. A comunicação
estilísticas e erros que devem ser evitados. O Manual sofreu
é feita sempre em nome da Administração Pública, por isso
uma revisão e atualização em 2002.
o tratamento nessas redações deve ser impessoal, isento
A extinta Secretaria de Administração Federal, em 1992,
da interferência da individualidade de quem as elabora. É
por meio da Instrução Normativa nº 4, de 6 de março, orien-
possível até mesmo falar em impessoalidade de quem re-
tou normas e padrões a serem respeitados na Redação Ofi-
cebe a comunicação, visto que o destinatário, na redação
cial. A preocupação principal foi especificar aspectos gerais
oficial, pode ser tanto um cidadão ou o conjunto dos cidadãos
da linguagem e dirimir dúvidas sobre determinados usos de
quanto qualquer outro órgão público. Em qualquer caso, o
números, símbolos, siglas, tratamento, formas etc.
destinatário é concebido de forma homogênea e impessoal.
A Constituição de 1988 faz referência ao uso da lin-
A uniformidade e as normas rígidas em relação ao emprego
guagem e, por meio da Lei Complementar nº 95, de 26 de
dos pronomes de tratamento também imprimem impessoal-
fevereiro de 1998, e do Decreto nº 4.176, de 28 de março
idade aos textos oficiais.
de 2002, passou-se a ter uma padronização mais exata de
como redigir atos normativos. Objetividade
A Redação Oficial é, em poucas palavras, a maneira pela
Conhecimentos Específicos

qual o Poder Público redige seus atos e comunicações de A objetividade consiste em ir diretamente ao assunto,
modo comum nos órgãos que o integram. Caracteriza-se pela evitando rodeios e divagações. Para ser objetivo, é necessário
impessoalidade, uso do padrão culto da linguagem, clareza, escrever apenas as palavras imprescindíveis à compreensão
concisão, formalidade e uniformidade. do assunto. Redigir com objetividade é evidenciar a ideia cen-
tral a ser transmitida e usar vocabulário de sentido exato, com
Características referencial preciso, para facilitar a compreensão do leitor.

Clareza Simplicidade

Princípio que consiste na habilidade de transpor com Redigir com simplicidade significa escrever para todos os
exatidão uma ideia ou pensamento para o papel. Mais que tipos de leitor, que têm o direito de entender qualquer texto,

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
seja ele político, econômico ou jurídico. Deve-se enfocar a o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
matéria principal e particularizar os pontos necessários sem vem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento
utilizar estilo prolixo, retórico ou confuso. O bom senso esta- + número do documento + palavras-chaves do conteúdo.
belecerá o equilíbrio entre a linguagem técnica e a comum. Ex. Of. 123 – relatório produtividade ano 2009
As ideias devem ser expressas de maneira gradual, envol-
vendo todas as suas implicações. A simplicidade do texto não Numeração dos Parágrafos
implica necessariamente repetição de formas e frases des- a) O primeiro pode receber número ou não.
gastadas, uso exagerado da voz passiva, pobreza vocabular b) Os demais parágrafos devem ter enumeração.
etc. Com palavras conhecidas por todos, é possível escrever c) O fecho é parágrafo, mas não recebe enumeração.
de maneira original e criativa e produzir frases elegantes,
variadas, fluentes e bem interligadas. Segunda e Demais Páginas
a) Margem superior: 3,5 cm.
Uniformidade b) Demais margens como na primeira página.
c) O número da página fica no rodapé centralizado.
As comunicações oficiais devem obedecer a formatos d) A primeira página não recebe número.
padronizados, pois cada tipo de expediente tem suas car- e) Não se repete o endereçamento do destinatário nas
acterísticas próprias. A uniformização do leiaute e a correta
demais páginas.
diagramação dos documentos oficiais, combinadas com a
clareza do texto, são elementos indispensáveis à adequada
O Fecho
transmissão da mensagem.
O fecho das comunicações oficiais possui, além da final-
Formatação das Correspondências Oficiais em Geral idade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário.
Somente dois fechos diferentes para todas as modalidades
Os documentos do PADRÃO OFÍCIO (Ofício, Memorando
de comunicação oficial:
e Aviso), bem como a Exposição de Motivos e a Mensagem,
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
seguem a seguinte forma de apresentação:
da República: “Respeitosamente”
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas
quia inferior: “Atenciosamente”
notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New
Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; Obs.: Não deixe a assinatura em página isolada do ex-
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o pediente. Transfira para essa página ao menos a última frase
número da página; anterior ao fecho.
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar- Pronomes de Tratamentos
gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
páginas pares (“margem espelho”); Os pronomes de tratamento referem-se à pessoa a
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm quem se fala. Embora se refiram à segunda pessoa (“tu”), a
de distância da margem esquerda; concordância gramatical deve ser feita na terceira pessoa.
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, Isso ocorre porque o verbo concorda com o substantivo que
no mínimo, 3,0 cm de largura; integra o núcleo do pronome de tratamento. Um exemplo é
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 a frase: “Vossa Alteza fará a melhor escolha.”
cm; Observe que o verbo “fará” concorda e integra o núcleo
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as “Alteza”. Isso ocorre também com os pronomes possessivos.
linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor Quanto aos adjetivos, eles concordam com o sexo da pessoa
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha ao qual se dirige a comunicação, e não com o núcleo do
em branco; pronome de tratamento.
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublin-
hado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas Observe a diferença:
ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância “Vossa Senhoria está cansada.”
e a sobriedade do documento; “Vossa Senhoria está cansado.”
Conhecimentos Específicos

j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em


papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas Observe que os adjetivos “cansada” e “cansado” con-
para gráficos e ilustrações; cordam com aqueles que recebem a comunicação. É pelo
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de- adjetivo que sabemos se o receptor da mensagem é do sexo
vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 masculino ou feminino.
x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de • Dica!
arquivo Rich Text nos documentos de texto; Não se usa o tratamento digníssimo (DD), pois pres-
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados supõe-se que a dignidade é intrínseca a qualquer cidadão
devem ter o arquivo de texto preservado para consulta pos- que ocupe cargo público, logo o uso do termo é interpretado
terior ou aproveitamento de trechos para casos análogos; como repetida chamada.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Também é dispensado o uso do superlativo ilustríssimo bunal Federal.
para as autoridades que recebem o tratamento de “Vossa
Senhoria” e para particulares. O uso do pronome de trata- As demais autoridades serão tratadas com o vocativo
mento Senhor é satisfatório. Senhor, seguido do cargo respectivo:
Doutor não é forma de tratamento. É um título acadêmi- Senhor Senador,
co. Deve ser empregado apenas em comunicações para pes- Senhor Juiz,
soas que tenham o doutorado como formação acadêmica. Senhor Ministro,
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas Senhor Governador,
aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do
cargo respectivo: Ainda há algumas autoridades especiais para o vocati-
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, vo, são elas:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Na- Para reitores de universidade usa-se Magnífico Reitor;
cional, Para autoridades eclesiásticas usa-se:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tri-

Sacerdotes,
Arcebispos e Bispos Monsenhores, Cônegos e
Papa Cardeais clárigos e demais
(*) superiores religiosos (*)
religiosos (*)
Pronome de Pronome de tratamento: Pronome de Pronome de tratamento: Pronome de
tratamento: Vossa Eminência ou Vossa tratamento: Vossa Reverendísima tratamento: Vossa
Vossa Eminência Reverendíssima Excecelência ou Sua Reverendíssima Reverência ou Sua
Santidade Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverência
ou Sua Excelência Reverendíssima ou Sua
Reverendíssima Senhoria Reverendíssima
Vocativo: Vocativo: Vocativo: Vocativo: Vocativo:
Santíssimo Eminentíssimo Senhor Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Reverendíssimo
Padre Cardeal ou Eminentíssimo Reverendissimo Senhor
e Reverendíssimo Senhor Senhor
Cardeal

• Dica!
O pronome de tratamento em geral é formado pelo pro- Deputados Estaduais e Distritais;
nome de tratamento senhor ou senhora + cargo da autor- Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
idade seguido obrigatoriamente de vírgula ou dois-pontos. Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

Emprego dos Pronomes de Tratamento c) do Poder Judiciário:


Ministros dos Tribunais Superiores;
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento Membros de Tribunais;
obedece a secular tradição. São de uso consagrado: Vossa Juízes;
Excelência, para as seguintes autoridades: Auditores da Justiça Militar.

a) do Poder Executivo: • Dica!


Presidente da República; Os pronomes de tratamentos acima serão usados no
Vice-Presidente da República; corpo do texto.
Ministros de Estado; o Chefe da Casa Civil da Não se pode esquecer um detalhe importante: os pro-
Presidência da República, o Chefe do Gabinete de nomes de tratamento mesmo sendo de 2ª pessoa, exigem a
Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria Geral concordância com a 3ª pessoa gramatical. Ademais, é sabido
da Presidência da República, o Advogado-Geral da o gênero do pronome de tratamento por meio do adjetivo
União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União; a ele empregado.
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Não se deve usar acento indicativo de crase diante de
Conhecimentos Específicos

Distrito Federal; pronome de tratamento. Exceção para os pronomes de trata-


Oficiais-Generais das Forças Armadas; mento: senhora, senhorita, dona e madame.
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocu- CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS
pantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; O texto oficial mais abordado em concursos é o Ofício.
Prefeitos Municipais. Em segundo lugar, temos o Memorando. As correspondên-
cias oficiais se distinguem mais pela finalidade do que pela
b) do Poder Legislativo: forma. Ou seja, a estrutura é muito semelhante. Vejamos
Deputados Federais e Senadores; a diferença:
Ministros do Tribunal de Contas da União;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Características Principais do Ofício

1. Documento destinado à comunicação oficial entre órgãos da administração pública e de autoridades para particulares.

2. Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:


– nome do órgão ou setor;
– endereço postal;
– telefone e endereço de correio eletrônico.

3. Forma Estrutura:
Quanto à sua forma, o ofício segue o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário,
Conhecimentos Específicos

seguido de vírgula.

Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Senhora Ministra,
Senhor Chefe de Gabinete,

Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: nome do órgão ou setor.

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Características Principais do Memorando

O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminente-
mente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. a
serem adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a AGILIDADE. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela
rapidez e pela simplicidade de procedimentos buro­cráticos.
Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no
próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada
de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve
ser mencionado somente pelo cargo que ocupa.

Exemplos:
Conhecimentos Específicos

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração


Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Características Principais do Aviso
Tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais entre Ministros de Estado. Como se trata de correspondência
sempre entre autoridades de mesma hierarquia, então o fecho será “Atenciosamente”.
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o
aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, Secretário-Geral da Presidência da República, Consultor-Geral
da República, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, e pelos
Secretários da Presidência para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais
autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si
e, no caso do ofício, também com particulares.

Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o des-
tinatário, seguido de vírgula.

Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
Conhecimentos Específicos

Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:


– nome do órgão ou setor;
– endereço postal;
– telefone e endereço de correio eletrônico.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Características Principais da Exposição de Motivos
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.

Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado.


Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por
todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.
Exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício. O anexo que acompanha a exposição de motivos que
proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante.
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato nor-
Conhecimentos Específicos

mativo. No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presidente
da República, sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.

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ALGUNS DOCUMENTOS OFICIAIS QUE NÃO Carta
CONSTAM DO MANUAL DA PRESIDÊNCIA DA
Forma de correspondência emitida por particular, ou
REPÚBLICA
autoridade com objetivo particular, não se confundido com
o memorando (correspondência interna) ou ofício (corre-
Ata
spondência externa). Neles a autoridade que assina expressa
Instrumento utilizado para o registro expositivo dos fa- uma opinião ou dá uma informação não sua, mas, sim, do
tos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão, ou órgão pelo qual responde.
assembleia.
Estrutura:
Estrutura: 1ª) Local e data.
1ª) Título – ATA. No caso de atas elaboradas sequencial- 2ª) Endereçamento, com forma de tratamento, desti-
mente, indicar o número da reunião ou sessão, em natário, cargo e endereço.
caixa alta. 3ª) Vocativo.
Conhecimentos Específicos

2ª) Texto, incluindo: preâmbulo – registro da situação 4ª) Texto.


espacial, temporal e participantes. 5ª) Fecho.
3ª) Registro dos assuntos tratados e de suas decisões, 6ª) Assinatura: nome e, quando necessário, função ou
com indicação das personagens envolvidas, se for o cargo.
caso.
4ª) Fecho – termo de encerramento com indicação, se • Dica!
necessário, do redator, do horário de encerramento,
O fecho da carta segue, em geral, o padrão da corre-
de convocação de nova reunião e outros.
spondência oficial, mas outros fechos podem ser usados,
• Dica! a exemplo de “cordialmente”, quando se deseja indicar
A ata será assinada e (ou) rubricada por todos os pre- relação de proximidade ou igualdade de posição entre os
sentes à reunião ou apenas pelo presidente e relator. correspondentes.

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Declaração Requerimento

Documento em que se informa, sob responsabilidade, Instrumento por meio do qual o interessado requer a
algo sobre pessoa ou acontecimento. uma autoridade administrativa um direito do qual se julga
detentor:
Estrutura:
1ª) Título: DECLARAÇÃO, centralizado. Estrutura:
2ª) Texto: exposição do fato ou situação. 1ª) Título: REQUERIMENTO, centralizado.
3ª) Local e data. 2ª) Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário),
4ª) Assinatura. ou seja, da autoridade competente.
5ª) Nome. 3ª) Texto, incluindo: Preâmbulo, contendo nome do req-
6ª) Cargo. uerente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva
qualificação: nacionalidade, estado civil, profissão,
documento de identidade, idade (se maior de 60
Despacho anos, para fins de preferência para tramitação do
processo).
Pronunciamento de autoridade administrativa em pe- 4ª) Exposição do pedido, de preferência indicando os
tição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento do pro- fundamentos legais do requerimento e os elementos
cesso. Pode ter caráter decisório ou apenas de expediente. probatórios de natureza fática.
5ª) Fecho: Nesses termos, pede deferimento.
Estrutura: 6ª) Local e data.
1ª) Nome do órgão principal e secundário. 7ª) Assinatura.
2ª) Número do processo. 8ª) Nome.
3ª) Texto. 9ª) Cargo.
4ª) Local e data.
5ª) Assinatura e função ou cargo da autoridade. Meios de Transmissão
Parecer O telegrama, o fax e o email (correio eletrônico) são
meios de transmissão de mensagens.
Opinião técnica fundamentada, emitida em nome pes-
soal ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido QUESTÕES DE CONCURSOS
submetido para análise e competente pronunciamento. Visa
fornecer subsídios para tomada de decisão. Mem. 03/2015 – SePes
Goiânia, 21 de janeiro de 2015.
Estrutura:
1ª) Número de ordem (quando necessário). Ao Senhor Chefe do Setor de Estágios (SEst)
2ª) Número de processo de origem.
3ª) Emenda (resumo do assunto). Assunto: Novos procedimentos para envio de frequência
4ª) Texto, compreendendo. de estagiários
5ª) Histórico ou relatório (introdução).
6ª) Parecer (desenvolvimento com razões e justificativas). 1. Para garantir mais agilidade em relação ao pagamento
7ª) Fecho opinativo (conclusão). da bolsa-estágio, informo que, a partir do mês de abril deste
8ª) Local e data. ano, serão adotados novos procedimentos para o envio da
9ª) Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista. frequência dos estagiários ao Setor de Pessoal (SePes).
2. A frequência mensal de cada estagiário deverá ser
Relatório enviada para o endereço de email do SePes até o quinto dia
útil de cada mês.
Relatório expositivo, detalhado ou não, do funcionamen- 3. As informações do email devem ser complementadas
com anexo contendo a planilha de frequência de estagiários,
to de uma instituição, do exercício de atividades ou acerca do
carimbada e assinada pelo chefe do SEst e pelos estagiários.
desenvolvimento de serviços específicos num determinado
4. A observância desses procedimentos é essencial para
período.
evitar atrasos no pagamento da bolsa.
Estrutura:
Conhecimentos Específicos

Atenciosamente,
1ª) Título – relatório ou relatório de...
2ª) Texto – registro em tópicos das principais atividades (espaço para assinatura)
desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados [nome do signatário]
parciais e totais, com destaque, se for o caso, para os Chefe do Setor de Pessoal
aspectos positivos e negativos do período abrangido.
O cronograma de trabalho a ser desenvolvido, os (Cespe/TRE-GO/2015) Com base no Manual de Redação da
quadros, os dados estatísticos e as tabelas poderão Presidência da República, julgue os itens seguintes, relativos
ser apresentados com anexos. à correspondência oficial hipotética apresentada.
3ª) Local e data. 1. A finalidade comunicativa do expediente em apreço é
4ª) Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário (s) anunciar novas diretrizes a serem seguidas pelo SEst na
relator (es). comunicação da frequência dos estagiários ao SePes.

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2. A substituição do fecho “Atenciosamente” por Res- 8. A numeração dos três parágrafos que compõem o texto
peitosamente, apesar de denotar impessoalidade, é opcional.
característica dos textos oficiais, seria inadequada no 9. São propósitos comunicativos do texto oficial em ques-
expediente oficial em questão. tão informar sobre as oficinas de apresentação do novo
3. No tipo de texto oficial ilustrado, a assinatura e a indi- sistema operacional e solicitar a liberação dos funcio-
cação do cargo da autoridade que o expede constituem nários do setor de documentação para sua participação
informações obrigatórias para a identificação do signa- nessas oficinas.
tário, ao passo que o nome dessa autoridade constitui 10. Dada a presença, no texto, do pronome de tratamento
informação opcional. “Vossa Senhoria”, estaria adequada a substituição, no
4. Se, na situação em apreço, o SePes não tivesse deter- segundo parágrafo da correspondência em apreço, da
minado o email como via para a remessa da planilha de forma verbal “libere” por libereis e do trecho “todos os
frequência de estagiários pelo SEst, este poderia fazer funcionários do seu setor” por todos os funcionários do
uso do memorando. vosso setor.
5. As regras da norma padrão do português seriam res- 11. O segundo período do primeiro parágrafo do texto pode-
peitadas se, no parágrafo 4 do texto, a expressão “para ria ser corretamente reescrito da seguinte forma: Como
evitar” fosse substituída por para que se evite. esse sistema difere muito do anterior, informo Vossa
6. A situação comunicativa mediada pelo texto em questão Senhoria de que o Setor de Tecnologia (SeTec) oferecerá,
envolve três interlocutores: o chefe do SePes (comunica- entre os dias 26 e 30 de janeiro deste ano, uma série de
dor), o chefe do SEst (destinatário direto) e os estagiários oficinas práticas para apresentação desse novo sistema
(destinatários indiretos). aos funcionários.

Xxx. 1032/SeTec 12. (Funiversa/Seplan-GO/2015) Com base no previsto


Goiânia, 15 de janeiro de 2015. no  Manual de Redação da Presidência da República,
assinale a alternativa correta a respeito da redação de
Ao Senhor Chefe do Setor de Documentação correspondência oficial.
a) Em uma correspondência enviada a Senador da Re-
pública, deve-se empregar o seguinte vocativo: Ex-
Assunto: Oficinas de apresentação do novo sistema oper-
celentíssimo Senhor Senador.
acional
b) A forma de tratamento adequada a uma correspon-
dência oficial encaminhada a um delegado de polícia
1. Como é sabido, recentemente adquirimos um novo é a seguinte: Doutor Delegado de Polícia.
sistema operacional. Como se trata de um sistema muito di-
c) Ao encaminhar um documento oficial ao secretário
ferente do anterior, informo a Vossa Senhoria que o Setor de
de Segurança do estado, o perito criminal deve utilizar
Tecnologia (SeTec) oferecerá, entre os dias 26 e 30 de janeiro
o seguinte fecho: Atenciosamente.
deste ano, uma série de oficinas práticas para apresentação
d) Decorre, entre outros aspectos, do próprio assunto
desse novo sistema aos funcionários.
das correspondências oficiais o fato de elas caracte-
2. Por essa razão, solicito que, no período acima indicado,
rizarem-se pela impessoalidade.
Vossa Senhoria libere todos os funcionários do seu setor
e) O memorando é a modalidade de comunicação ade-
duas horas antes do fim do expediente para que eles possam
quada à comunicação dirigida, pela Administração,
frequentar as oficinas.
aos administrados.
3. Devo mencionar, por fim, que a participação dos fun-
cionários nas oficinas é obrigatória, pois o novo sistema já
(Cespe/Antaq/2014) Com base no Manual de Redação da
entrará em funcionamento no dia 20 de julho do corrente
Presidência da República, julgue os itens a seguir, acerca de
ano. Nessa data, todos já deverão conhecê-lo e saber como
aspectos gerais da redação oficial.
operá-lo.
13. O fecho é um elemento da estrutura das comunicações
oficiais que tem como funções básicas sinalizar o final da
Atenciosamente,
correspondência e saudar aquele a quem ela se destina.
14. Para que os textos oficiais sejam entendidos em sua
(espaço para assinatura) plenitude e por todos os cidadãos, não se deve empre-
[nome do signatário] gar, em nenhuma circunstância, a linguagem técnica,
Chefe do Setor de Tecnologia pois ela só é inteligível àqueles que com ela estejam
Conhecimentos Específicos

familiarizados.
(Cespe/TRE-GO/2015) Com base no disposto no Manual de
Redação da Presidência da República, julgue os itens que Acerca do formato das correspondências oficiais, de sua
se seguem, a respeito da correspondência oficial hipotéti- função e da linguagem empregada nessas comunicações,
ca Xxx. 1032/SeTec, anteriormente apresentada, na qual o julgue os itens a seguir, de acordo com o Manual de Redação
remetente e o destinatário são funcionários de igual nível da Presidência da República.
hierárquico de um mesmo órgão da administração pública. 15. O correio eletrônico é uma forma de comunicação carac-
7. De acordo com as informações apresentadas, é correto terizada pela flexibilidade, ou seja, é um texto ao qual
afirmar que essa comunicação é um memorando. Por não está associada uma estrutura formal rígida. Essa
esse motivo, em lugar de “Xxx.”, no início do expediente, flexibilidade, no entanto, não se estende à linguagem,
deveria constar a abreviação Mem. que deve ser compatível com a comunicação oficial.

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16. O memorando, texto oficial cuja esfera de circulação é 22. Identifica-se, no ofício, erro de formatação em relação
interna, isto é, estabelece comunicação entre unidades à numeração de parágrafos, que só devem ser enume-
administrativas de um mesmo órgão, caracteriza-se pela rados caso haja mais de três parágrafos.
tramitação ágil e procedimento burocrático simples. 23. O emprego das formas pronominais “desta”, no primeiro
parágrafo, e “esta”, no segundo parágrafo, atende às
(Cespe/MEC/2014) Julgue os itens subsequentes, à luz do exigências do padrão culto da linguagem, visto que se
Manual de Redação da Presidência da República. refere à primeira pessoa do discurso, ou seja, ao reme-
17. Nas comunicações endereçadas ao ministro da Educa- tente da comunicação oficial.
ção, a forma de tratamento empregada deve ser Vossa 24. Nesse ofício, deveriam constar do cabeçalho ou do ro-
Excelência, e o vocativo utilizado deve ser Excelentíssi- dapé informações acerca do remetente, tais como nome
mo Senhor. do órgão ou setor; endereço postal; telefone; e endereço
18. O ministro da Educação, caso precise submeter projeto de correio eletrônico.
de ato normativo à consideração do presidente da Re-
pública, deverá redigir uma exposição de motivos. Machado, chefe de setor do MTE, encaminhou uma
19. Em comunicações de mero encaminhamento de docu- mensagem de correio eletrônico a Alencar, chefe de pat-
mento, só deverá haver parágrafos de desenvolvimento rimônio do mesmo ministério, solicitando-lhe o envio, com
se o autor desejar fazer observações a respeito do do- urgência, de material de expediente para a sua seção, con-
cumento encaminhado. forme lista anexa à mensagem. Machado não acrescentou
ao e-mail certificação digital nem utilizou o recurso “confir-
mação de leitura”, apesar de disponível.
20. Caso a autoridade competente do MEC pretenda en-
viar aviso ao ministro de Estado da Ciência, Tecnologia
(Cespe/MTE/2014) Com base na situação hipotética acima
e Informação, sua comunicação deverá obedecer aos
e no que dispõe o Manual de Redação da Presidência da
princípios de impessoalidade, clareza, uniformidade,
República, julgue os seguintes itens.
concisão e formalidade.
25. Na mensagem eletrônica enviada, para facilitar a orga-
nização documental, Machado deveria ter dado infor-
Ofício nº 28/2014- IE mações detalhadas acerca do arquivo anexado, e tê-lo
Brasília, 2 de março de 2014. encaminhado preferencialmente no formato pdf.
26. O e-mail encaminhado por Machado, além de estar ina-
A Sua Excelência o senhor dequado quanto ao recurso “confirmação de leitura”,
[nome] não pode ser aceito como documento original.
Coordenador de Estudos Econômicos Regionais 27. O expediente oficial e-mail apresenta flexibilidade tanto
Ministério da Integração Social na forma quanto na linguagem, o que tornaria adequada
Eixo Monumental Bloco E s/n à situação em análise a seguinte mensagem: “Prezado
2º andar, sala 214 Alencar, mande rápido, por favor, os materiais descritos
na lista anexa. Cordialmente, Machado”.
70.160-900 – Brasília – DF
(Cespe/MTE/2014) Com base nos preceitos do Manual de
Assunto: Solicitação de documentação Redação da Presidência da República, julgue os itens a seguir.
28. No âmbito da administração pública, arquiva-se, se ne-
Senhor Coordenador, cessário, a cópia xérox do fax, meio de comunicação
utilizado para transmissão de mensagens urgentes e
1. Em complementação à solicitação dos documentos para o envio de documentos que não possam ser enca-
sobre os estudos econômicos regionais feitos sob sua coor- minhados por meio eletrônico.
denação, nas publicações do ano de 2012, informamos que 29. A mensagem e o ofício possuem praticamente a mesma
o material foi recebido e, na oportunidade, solicitamos os estrutura, mas suas finalidades são diferentes: a men-
estudos registrados nas publicações desta Coordenação no sagem é usada para comunicação entre autoridades de
ano de 2013. mesma hierarquia, sendo dispensada a assinatura do seu
2. Este novo pedido tem por objetivo completar o acervo signatário; o ofício é utilizado para comunicação com o
universitário dos registros econômicos regionais elaborados público, sendo obrigatória a assinatura do seu signatário.
por esta Coordenadoria, cuja leitura tem trazido qualidade
Conhecimentos Específicos

às pesquisas de professores e alunos do curso de Economia. Mem. 23/CBMCE


Em 3 de junho de 2013.
Atenciosamente,
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
José da Silva
Assunto: Instalação de persianas
Com base no documento hipotético acima, julgue os itens
seguintes. 1. Tendo em vista a recorrente reclamação dos servidores
21. O documento apresentado não atende às recomenda- deste setor em relação à excessiva luminosidade da sala,
ções do padrão ofício, visto que trata de assuntos dis- solicito a V. S.ª verificar a possibilidade de serem instaladas
tintos em um mesmo parágrafo. persianas nas janelas deste departamento.

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2. Acrescento que o ideal seria que as persianas fos- 35. Os atributos da comunicação oficial, a exemplo da
sem feitas com material reflexivo, para rebater quantidade clareza, concisão, formalidade e uniformidade, estão
significativa de luz solar. associados aos princípios que, segundo a Constituição
3. Deverá ficar a cargo do Departamento de Manutenção Federal, norteiam a administração pública, como os da
a instalação do material. publicidade e da impessoalidade.
4. Menciono, por fim, que a instalação do acessório, tor- 36. No envelope de uma comunicação destinada a um juiz
nando mais agradável o ambiente de trabalho, possibilitará de direito, deve-se adotar o seguinte modelo de ende-
uma melhoria na qualidade dos serviços prestados por este reçamento:
departamento. Ao Senhor 
[nome do juiz]
Atenciosamente, Juiz de Direito 
Rua Tal, nº 456 
(Cespe/CBMCE/2014) Considerando que o memorando aci- 49000-000 — Aracaju – SE
ma tenha sido produzido em um departamento do Corpo
de Bombeiros Militar do estado do Ceará, julgue os itens 37. A mensagem que tenha por finalidade recomendar au-
subsequentes com base nas recomendações do Manual de toridades para a ocupação de cargos deve ser acompa-
Redação da Presidência da República.
nhada do curriculum vitae do indicado, devidamente
30. Procedendo às devidas alterações de destinatário, assun- assinado.
to e conteúdo, um memorando análogo ao apresentado
38. A redação oficial consiste na comunicação tanto do
acima, como documento atinente a assunto oficial, po-
poder público quanto do particular, com o objetivo de
deria, para a reivindicação de recursos financeiros, ser
transmitir mensagem de interesse público relevante.
direcionado a outro órgão do Poder Executivo.
39. O uso de uma forma específica de linguagem adminis-
31. Além de ser empregado para a exposição de solicitação,
trativa contraria as normas de redação das correspon-
tal como o apresentado, o memorando é utilizado para a
comunicação de diretrizes a serem adotadas no âmbito dências oficiais.
do departamento de origem. 40. Todo expediente oficial deve ser claro, qualidade para
32. Para conferir agilidade ao processo, o despacho ao me- a qual concorrem a impessoalidade, a concisão e o uso
morando 23/CBMCE deverá ser feito em folha separada. do padrão culto da língua.
33. No memorando em análise, está correta a menção ao 41. Para sugerir projeto de ato normativo ao presidente da
destinatário, com a indicação do cargo que ele ocupa. República, um ministro de Estado deve redigir exposição
de motivos, sendo-lhe facultado, nesse caso, o acréscimo
de um anexo para a sugestão do projeto.
34. (Fepese/MPE-SC/2014) Indique se são verdadeiras (V)
ou falsas (F) as afirmativas abaixo, de acordo com as
normas da correspondência oficial. 42. (MPE-RS/2014) A redação de documentos oficiais deve
( ) A redação oficial é a maneira pela qual o Poder Pú- ser pautada pela impessoalidade, clareza, concisão e
blico redige atos normativos e comunicações. Uma observância da norma culta padrão.  Com base nessa
de suas características é a informalidade, ou seja, a informação, considere os três enunciados a seguir, re-
ausência de impressões pessoais de quem comunica.  digidos para constar na parte introdutória de um ofício. 
( ) O padrão culto é aquele em que se observam as re-
gras da gramática formal e um vocabulário comum 1. Vimos, por intermédio do presente, levar ao co-
ao conjunto dos usuários do idioma. nhecimento de Vossa Senhoria que assumimos a tare-
( ) Em países com grandes diferenças regionais, como fa de planejar e colocar em ação políticas e programas
o Brasil, aceitam-se regionalismos vocabulares ou sociais voltados ao bem estar de crianças vítimas de
jargões técnicos nas comunicações oficiais para fa- maus-tratos. 
cilitar a compreensão por parte do público em geral.  2. É com satisfação que comunicamos a V. Senhoria
( ) O texto oficial deve ter como característica a conci- que recentemente assumimos a importante tarefa de
são, isto é, transmitir um máximo de informações planejar e colocar em ação políticas e programas sociais
com um mínimo de palavras.  voltados ao bem-estar de crianças vítimas de maltratos. 
( ) O memorando é a forma de comunicação entre 3. Comunicamos a Vossa Senhoria que recentemen-
unidades administrativas de um mesmo órgão, te assumimos a tarefa de planejar e colocar em ação
portanto, eminentemente interna. políticas e programas sociais voltados ao bem-estar de
crianças vítimas de maus-tratos. 
Conhecimentos Específicos

Assinale a alternativa que indica a sequência correta,


de cima para baixo. Quais estão corretos, de acordo com os princípios que
a) V, V, V, F, F. regem a redação oficial?
b) V, V, F, F, V. a) Apenas 1.
c) F, V, V, V, V. b) Apenas 2.
d) F, V, F, V, V. c) Apenas 3
e) F, F, V, V, F. d) Apenas 1 e 2.
e) 1, 2 e 3.
(Cespe/TJ-SE/2014) À luz das orientações presentes no Man-
ual de Redação da Presidência da República, julgue os próx- 43. (Fumarc/PC-MG/2014) São recomendações que contri-
imos itens. buem para a clareza da Redação Oficial, exceto:

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
a) Apresentação inicial do assunto tratado. 53. A linguagem clara e inteligível deve pautar a comunica-
b) Emprego de metáforas e outras figuras de estilo. ção oficial. Desse modo, o uso de jargão técnico colabora
c) Precisão vocabular. para a clareza na comunicação.
d) Uso preferencial da ordem direta na construção das
frases. (Cespe/MS/2013) Acerca das características gerais dos di-
versos tipos de comunicação oficial, julgue os itens a seguir.
44. (Cespe/TJ-CE/2014) Assinale a opção correta acerca das 54. O texto abaixo comporia adequadamente o envelope de
comunicações oficiais. uma comunicação oficial enviada a cidadão que ocupe
a) O correio eletrônico tem estrutura flexível, por isso cargo de ministro de Estado.
admite-se que seja redigido em linguagem coloquial. A Sua Excelência o Senhor
b) O memorando é uma forma de comunicação inter-
João Nascimento
na e externa de determinado órgão, demandando
Ministro de Estado da Saúde
procedimentos burocráticos complexos, como os
despachos feitos em documentos apartados. 74.000-000 – Brasília. DF
c) O uso do telegrama nos órgãos da administração pú-
blica deve reservar-se a situações em que tenha sido 55. O texto de expedientes de mero encaminhamento de
decretado estado de emergência. documentos é constituído de introdução e desenvolvi-
d) Para a indicação de autoridades ou o encaminhamen- mento.
to de medida provisória, o expediente utilizado deve 56. Empregar linguagem técnica nas comunicações oficiais
ser a mensagem. é uma maneira de conferir formalidade a esse tipo de
expediente.
45. (Vunesp/TJ-PA/2014) A questão deve ser respondida 57. A forma de tratamento “Digníssimo” deve ser empre-
com base na norma-padrão da língua portuguesa. gada caso o destinatário da comunicação oficial ocupe
Documentos oficiais serão encaminhados ao Procura- cargo hierarquicamente superior ao do remetente.
dor-Geral do Estado do Pará para que ele analise as
informações. (Cespe/MPU/2013) Acerca das características gerais dos di-
Nesses documentos, deve-se empregar como forma versos tipos de comunicação oficial, julgue os itens a seguir.
abreviada de tratamento: 58. Em comunicações oficiais dirigidas a ministros de tri-
a) V. S bunais superiores, deve-se empregar o pronome de
b) V. Ex.ª tratamento Vossa Excelência.
c) V. Em.ª
59. Para que correspondências oficiais enviadas por correio
d) V. Mag.ª
eletrônico sejam aceitas como documentos originais, é
e) V. S.ª
necessária certificação digital que ateste a identidade
do remetente.
(Cespe/PC-BA/2013) Julgue os itens subsequentes, com base
no que estabelece o Manual de Redação da Presidência da 60. Em situações em que se exija agilidade na comunicação,
República. deve-se evitar o uso de memorandos, já que sua trami-
46. Embora as redações oficiais devam ser redigidas, em tação, por envolver diversos setores do órgão público
regra, de forma clara e objetiva, há situações em que expedidor, prejudica a celeridade do processo.
se recomenda a prolixidade, como nas exposições de
motivos, nas quais a redundância é necessária. GABARITO
47. Por estar de acordo com as regras de concordância do
padrão culto da linguagem, a frase Vossa Excelência in- 1. C 21. E 41. E
dicareis a vossa nova secretária seria adequada para 2. C 22. E 42. C
compor a redação de documento oficial. 3. E 23. E 43. b
4. C 24. C 44. d
(Cespe/MTE/2013) Considerando as orientações constantes 5. E 25. E 45. b
do Manual de Redação da Presidência da República, julgue 6. E 26. C 46. E
os itens subsequentes. 7. C 27. E 47. E
48. O ofício e o aviso se diferenciam do memorando quanto 8. E 28. C 48. E
a sua forma e finalidade. 9. C 29. C 49. C
49. O ofício segue o mesmo padrão do aviso quanto ao for-
Conhecimentos Específicos

10. E 30. E 50. C


mato, sendo que se diferencia quanto à finalidade por 11. C 31. C 51. E
tratar também de assuntos oficiais com particulares. 12. d 32. E 52. C
50. O memorando é uma forma de comunicação estrita- 13. C 33. E 53. E
mente interna. 14. E 34. d 54. C
51. O despacho ao memorando deve ser dado por meio de 15. C 35. C 55. E
outro memorando. Assim, torna-se possível historiar o 16. C 36. E 56. E
andamento de matéria que seja tratada no memorando, 17. E 37. C 57. E
formando-se uma espécie de processo simplificado. 18. C 38. E 58. C
52. Os princípios da publicidade e da impessoalidade, prin- 19. C 39. C 59. C
cípios da administração pública, orientam a elaboração 20. C 40. C 60. E
de atos e comunicações oficiais.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Carolina Rodrigues A esses nichos, poderíamos adicionar outro: a gestão
de recursos patrimoniais. Cada um desses nichos contém
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE atividades típicas.
• Gestão de estoques: objetiva adequar os níveis de
RECURSOS MATERIAIS
estoques às necessidades e à politica de gestão de
materiais da organização. Para tanto, utiliza técnicas
Recursos são os meios empregados por uma organização
para a consecução de seus objetivos. São as ferramentas que de previsão de consumo, gerando sinais para a área
servem de base para o desempenho organizacional. de compras a fim de iniciar processos de aquisição.
• Gestão de compras: objetiva efetuar as aquisições/
contratações demandadas pelos diversos órgãos
componentes da empresa, bem como atender às
solicitações da área gestora de estoques.
• Gestão dos centros de distribuição: feita a partir do
almoxarifado que é responsável pelo controle físico dos
materiais, bem como pelo seu recebimento na orga-
nização, movimentação, armazenagem e distribuição
interna.
• Gestão de recursos patrimoniais: tombamento, desfa-
zimento (alienação), guarda e conservação, inventário
O termo recurso material pode assumir dois sentidos: de bens patrimoniais,cálculo de depreciação etc.
Em sentido amplo (ou lato) recurso material engloba
todos os meios físicos de que dispõe uma organização, indo Gestão de Compras
desde aqueles relacionados à sua infraestrutura (um prédio,
por exemplo) até mesmo aos materiais auxiliares (papel A4, Para Gonçalves (2007), a função compras requer planeja-
por exemplo). mento e acompanhamento, processos de decisão, pesquisa e
O Decreto nº 99.658/1990, em seu art. 3º relaciona al- seleção de fontes supridoras dos diversos materiais, diligen-
guns exemplos do que seriam recursos materiais em órgãos ciamento dos fornecedores (para assegurar que o produto
públicos:
será recebido sem atrasos, no momento esperado). Requer,
“Material é a designação genérica de equipamentos,
ainda, uma coordenação geral entre os diversos órgãos
componentes, sobressalentes, acessórios, veículos em geral,
da empresa: almoxarifados, finanças e todos os diversos
matérias‑primas e outros itens empregados ou passíveis de
setores que são revestidos do papel de clientes da compra
emprego nas atividades dos órgãos e entidades públicas
a ser realizada.
federais, independente de qualquer fator.”
A função de compras é muito importante para o sucesso
Em sentido estrito, é possível separar as definições de
de uma organização. Ela é a responsável por adquirir os bens
recurso material de recurso patrimonial.
e serviços necessários para a operação da instituição por um
Recurso material: refere‑se aos elementos físicos em-
pregados por uma organização que concorrem para a cons- custo adequado, buscando a qualidade certa e o prazo mais
tituição de seu produto final, podendo este “produto final” curto possível de entrega.
ser um material processado ou um serviço. A natureza do Muitas vezes, uma estratégia correta de compras será um
recurso material não é permanente. Além disso, é geralmen- diferencial competitivo que fará com que a empresa consiga
te possível armazená‑lo em estoques. ganhar participação de mercado, vender seus produtos por
Recurso patrimonial: refere‑se aos elementos físicos um preço mais baixo do que seus concorrentes e ter uma
empregados por uma organização que são destinados à ma- lucratividade maior.
nutenção das atividades de uma organização. A natureza do Atualmente, o processo de compras deve ser feito por
recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre compradores especializados, que utilizem técnicas moder-
é possível armazená‑lo em estoques. nas de compras e que estejam em contato constante com
A Administração de Recursos Materiais é subdividida em as diversas áreas da organização. Assim, esses profissionais
três grandes nichos de atividades, complementares entre si, devem conhecer os fornecedores de cada produto, as carac-
assim agrupadas por Gonçalves (2007): terísticas desses produtos a serem comprados, as alternativas
viáveis, os tempos de entrega, entre os diversos aspectos que
podem afetar a competitividade da empresa.
De acordo com Monte Alto et al. (2006) O comprador
atual deixou de ser um “tirador” de pedidos para exercer
Conhecimentos Específicos

os papéis de pesquisador, consultor e analista de valor


(custo x benefício) que adquire produtos com funções de
qualidade (utilidade funcional), desempenho operacional
(produtividade), facilidades de operação (minimização
de custos) e custos de manutenção (reposição de peças),
procurando agregar serviços que levem ao aumento da
lucratividade.
O comprador é o elemento humano central na função
compras. É ele quem faz a negociação com fornecedores,
visando ao atingimento de um ponto comum em que ambas
as partes (organização e fornecedor) saiam ganhadoras.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Além disso, os compradores devem desenvolver e man- visada na empresa, pois lida com um montante de recursos
ter uma relação construtiva com seus fornecedores. Ainda imenso. O gestor da área deve, portanto, focar seus esforços
existem pessoas que têm uma visão dos fornecedores como em ter transparência e uma prática ética em suas negociações.
se fossem seus inimigos. Acham que, para que sua empresa
possa ganhar, devem “espremer” ao máximo os fornece- As principais atividades de um setor de compras são as
dores. Seria uma visão “ganha‑perde” do relacionamento seguintes:
comprador‑vendedor. 1. manutenção do cadastro de fornecedores;
Entretanto, esse tipo de relacionamento não é interes- 2. emissão de pedidos de compras;
sante para a empresa no longo prazo. Um fornecedor que 3. pesquisa de preços;
sempre “perde” sairá do mercado. Para um relacionamento 4. seleção dos fornecedores; e
construtivo, devemos ter em mente que a relação entre o 5. follow‑up ou diligenciamento do produto/fornecedor.
comprador e o fornecedor pode gerar benefícios para as
duas partes. Essa é a visão “ganha‑ganha”. Em relação à documentação de compras, quem tra-
O atributo indispensável ao comprador é a postura balha com compras, geralmente, manipula os seguintes
ética. Compradores, tanto de empresas privadas quanto do documentos:
setor público estão sujeitos aos valores morais inerentes ao • Nota fiscal  – é um impresso numerado com data de
desempenho de suas funções, usualmente denominados validade determinada e em que constam os dados da
códigos de ética. empresa (nome, endereço, CNPJ, inscrição estadual e/ou
O que difere a atuação de um particular para a de um municipal) e em que se registra a descrição de um produto
servidor público, no que diz respeito à ética, é a obrigação ou de um serviço vendido ao cliente, para comprovar a
constitucional explícita de condicionar suas ações ao estrita- transação. Serve para o governo fiscalizar os negócios da
mente previsto em lei (princípio da legalidade). Com maior empresa, contabilizando o valor das vendas para deter-
especificidade ainda com relação à conduta ética, não nos minar o valor dos impostos a serem cobrados.
esqueçamos do princípio da moralidade, também constante • Requisição de materiais – formulário usado nas em-
do art. 37 de nossa Constituição. presas para fazer a lista do material que precisa ser
Desta maneira, apesar de sabermos que a ética incide comprado.
sobre todos os indivíduos, talvez as questões de concursos • Pedido ou ordem de compra – lista de produtos que
possam ficar mais claras se pensarmos em servidores públi- serão comprados pela empresa, com a descrição do
cos, obrigados a cumprir o registrado em lei, abstendo‑se de prazo para entrega e das condições de pagamento.
cometer eventuais desvios de finalidade, abusos de poder • Fatura  – documento utilizado em vendas a prazo e
ou de outros eventuais crimes de corrupção. que deve ser preenchido a partir da nota fiscal, com a
De posse desta linha de raciocínio, é  possível listar as relação das mercadorias compradas, a marca, a quan-
principais posturas inerentes ao perfil de um comprador em tidade, o peso e o valor, bem como com informações
um processo de negociação: sobre quem pagará a dívida. O valor da fatura corres-
ponde ao valor total da compra, independentemente
do número de parcelas em que foi dividido.
• Duplicata – tem esse nome porque é quase uma cópia
da fatura, porém, contém apenas o valor total de uma
transação a prazo. Serve para comprovar que a venda
a prazo foi efetuada. Vale como prova junto à Justiça,
porque sua emissão implica a assinatura do cliente
reconhecendo aquela dívida.
• Cadastro de fornecedores  – organizado pelo encar-
regado das compras, nele devem contar os principais
fornecedores, com nome, endereço, CNPJ, telefone e
Os principais objetivos da função compras são: endereço eletrônico.
• garantir um fluxo contínuo de materiais, serviços e
informações que atenda às necessidades gerais da Processo ou Ciclo de Compras
empresa de modo a reduzir custos na cadeia de su-
primentos e no sistema logístico; O chamado ciclo de compras de uma organização engloba
• adquirir materiais de forma econômica, compatíveis todas as atividades que se estendem desde o recebimento
com a qualidade requerida e de acordo com a sua (pela área de aquisições) das requisições de compras (pro-
finalidade ou aplicação; veniente dos diversos setores internos da organização) até a
• incentivar e colaborar na padronização e simplificação aprovação da fatura para pagamento ao fornecedor. O ciclo
de materiais e equipamentos; está representado no esquema abaixo, segundo o autor
• considerar as limitações da empresa e a capacidade Fenili (2014)18:
de armazenamento;
Conhecimentos Específicos

• minimizar o custo do processo aquisitivo;


• Pesquisar o mercado fornecedor em busca de fontes
de fornecimento novas e alternativas;
• manter as relações com os fornecedores e nível de
cooperação, lealdade e respeito;
• obter a máxima integração e cooperação das outras
áreas da empresa (técnica, financeira, jurídica, pro-
dução, operação, manutenção, logística) e, particular-
mente, da área de gestão de estoques.

Além disso, a função de compras deve manter uma postura 18


FENILI, R. R. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: Abordagem
ética em seus processos de trabalho. Essa é uma área muito Completa. 3ª ed. São Paulo: Método, 2014.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Das tarefas representadas no esquema acima, apenas o de uma função de apoio à atividade de compras. Há
“Recebimento de Material” é feito por uma área distinta da critérios específicos para a seleção de fornecedores,
área de compras: o recebimento é feito pelos almoxarifados como veremos mais adiante;
da organização como veremos adiante em “Armazenagem • Processamento das compras (Seção de Aquisições,
de materiais”. Suas etapas são: Seção de Compras, ou, ainda, Central de Compras)
1. Entrada dos materiais ou Descarga: Recebimento → o processamento é efetuado por unidade adminis-
provisório “batimento” da NF e do pedido. Ocorre trativa responsável pelo recebimento das requisições
quando o produto chega ao local de armazenagem. de compras (proveniente dos demais órgãos internos
Dependendo da natureza do material envolvido, da organização), bem como por toda a instrução do
é necessária a utilização de equipamentos, dentre os processo de compras (pesquisa de preços, negociação
quais se destacam prateleiras, empilhadeiras etc.; com fornecedores etc.). Em empresas privadas, este
2. Conferência quantitativa: A quantidade confere com o setor conclui a negociação com os fornecedores após
pedido? Verificação da quantidade de produtos entre- sua seleção. Já em órgãos públicos, onde a licitação é
gues de acordo com a discriminação da documentação obrigatória, este setor apenas instrui a fase interna do
fiscal; procedimento licitatório. A fase externa fica por conta
3. Conferência qualitativa: As especificações dos mate- da Comissão Permanente de Licitação, que procede à
riais estão de acordo com o pedido? Inspeção técnica execução de tarefas como (divulgação de editais, aber-
por meio da confrontação das condições contratadas tura e condução de procedimentos licitatórios etc.);
na autorização de fornecimento com as efetivamente • Acompanhamento (ou diligenciamento) de pedidos
recebidas, visando garantir o recebimento adequado (Seção de Liquidação) → geralmente, há uma unidade
do material contratado; administrativa responsável pelo acompanhamento
4. Regularização: Aceite e recebimento definitivo ou de pedidos (também conhecido por follow up), tendo
devolução total ou parcial dos materiais. Controle grande ênfase no cumprimento, por parte do fornece-
do processo de recebimento, pela confirmação das dor, dos prazos de entrega dos itens de material. Após
conferências qualitativa e quantitativa, por meio de a entrega, essa unidade encaminha as faturas (notas
laudos de inspeção técnica para a decisão de aceitar fiscais) para pagamento.
ou recusar e, finalmente, encerrar o processo.

A customização do ciclo de compras à realidade do setor


público contempla não só o procedimento licitatório, mas
também fases da despesa (empenho – liquidação – paga-
mento), podendo ser assim representado:

Seleção e Cadastro de Fornecedores

O Código de Defesa do Consumidor estabelece, no seu


art.3º, que:

Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transfor-
mação, importação, exportação, distribuição ou co-
Ademais, em órgãos públicos, tais etapas são efetuadas mercialização de produtos ou prestação de serviços.
com auxílio de ferramentas de tecnologia de informação e
comunicação (TIC), com destaque aos módulos do Sistema Num primeiro momento, tais fornecedores podem não
Integrado de Administração e Sistemas Gerais (SIASG). apresentar significativas diferenças; porém, existe uma clas-
sificação de fornecedor que se aplica de acordo com o grau
Estrutura do Setor de Compras de dependência cliente‑fornecedor.
De acordo com Dias (1993, p. 297)19, os  tipos de for-
Conhecimentos Específicos

É usual a departamentalização (= divisão da estrutura necedores e suas classificações conforme sua fonte são,
administrativa) da área de compras de acordo com uma basicamente:
estrutura funcional. a) Fornecedores monopolistas: são os fabricantes de
Podemos dizer que a estrutura funcional é um tipo de produtos exclusivos dentro do mercado; normalmente,
estrutura organizacional em que o critério empregado para o volume de compra é que determina o grau de atendimento
a divisão das áreas é a função desempenhada pelos setores e relacionamento;
envolvidos. Isso possibilita maior especialização dos envol- b) Fornecedores habituais: são, normalmente, os  for-
vidos, bem como uma definição clara de responsabilidades. necedores tradicionais que sempre são consultados numa
No caso da área de compras, é comum a departamenta- coleta de preços. Eles possuem uma linha de produto padro-
lização de acordo com as seguintes funções:
• Manutenção do cadastro de fornecedores → trata‑se 19
DIAS, Marco Aurélio P. Adminstração de Materiais. Uma abordagem logística.
4ª ed. São Paulo: Atlas, 1993

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
nizada e bastante comercial. Geralmente são os que prestam
melhor atendimento, pois sabem que existe concorrência e
que seu volume de vendas está ligado à qualidade de seus
produtos e ao tratamento dado ao cliente.
c) Fornecedores especiais: são os que ocasionalmente
poderão prestar serviços, mão de obra e até mesmo fabri-
cação de produtos que requerem equipamentos especiais
ou processos específicos e que normalmente não são encon-
trados nos fornecedores habituais.

Outra forma de classificação, dada por Arnold (1999, p.


218)20, é indicada abaixo:
a) Fonte única: apenas um fornecedor está disponível
devido a patentes, especificações técnicas, matéria‑prima,
localização, e assim por diante;
b) Fonte múltipla: é a utilização de mais de um fornecedor Logicamente, em órgãos públicos, o  comprador está
para um item. As vantagens potenciais da fonte múltipla são restrito aos tipos de licitação. No caso da adoção do critério
de menor preço – o mais usual nas compras públicas, a ne-
as seguintes: a competição vai gerar preços mais baixos e me-
gociação é, de certa maneira, restringida. Contudo, as espe-
lhores serviços e haverá uma continuidade no fornecimento;
cificações do material a ser adquirido devem contemplar, de
c) Fonte simples: é uma decisão planejada pela organi-
forma objetiva, a descrição pormenorizada dos itens acima
zação no sentido de selecionar um fornecedor para um item
arrolados, sem que isso implique ruídos no diálogo com o
quando existem várias fontes disponíveis. mercado. Essa ação resguarda o órgão público de óbices
futuros quando da entrega da mercadoria, bem como pro-
A manutenção de boas relações com os fornecedores – move a divulgação isonômica aos potenciais fornecedores
um dos objetivos da função compras – é essencial tanto no das características que serão cobradas por ocasião da apre-
setor privado quanto no público. sentação de suas propostas comerciais.
Imagine um contrato para o fornecimento de material de Smith (1991)21 afirma existirem dois métodos para sele-
limpeza, celebrado entre um órgão público e uma empresa ção de fornecedores: a licitação competitiva e a negociação.
privada. Sendo este contrato fruto de um procedimento Em ambos os casos, o  critério geralmente utilizado para
licitatório (por exemplo, pregão), geralmente são estipula- seleção é o preço.
dos previamente um preço máximo a ser pago pelo serviço, A licitação destina‑se a garantir a observância do princípio
as obrigações da futura contratada e as sanções para o caso constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais
de descumprimento do contrato. vantajosa para a administração, sendo processada e julgada
No caso de condições “muito rígidas” – baixo valor pago em estrita conformidade com os princípios básicos da lega-
pelo órgão público, obrigações pouco usuais impostas à lidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
contratada e sanções pesadas a serem impostas à empresa publicidade, da integridade administrativa, da vinculação ao
privada – alguém poderia dizer que a Administração Pública instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que
“venceu” (e que a empresa “perdeu”). Talvez isso seja ver- lhes são correlatos. (BRASIL, 1993).
dade a curto prazo. No Brasil, a licitação pública é regida pela Lei 8.666/93.
No entanto, no decorrer do contrato, não raras são As empresas privadas, por sua vez, realizam a licitação pri-
as vezes que a empresa privada não consegue cumprir o vada, escolhendo o procedimento mais conveniente à sua
contrato, em geral por dificuldades financeiras. As multas realidade, variando de empresa para empresa e do porte e
impostas pelo órgão público somente reforçam os problemas especificidade do projeto a ser empreendido.
da empresa. Resultado: a empresa quebra, e a administração A qualificação pode ser dada antes da avaliação (pré‑qua-
pública arca com custos difíceis de mensurar. lificação) ou após a seleção (pós‑qualificação). Muitas vezes,
Ainda, uma possível contratação emergencial que se um sistema de pós‑qualificação é preferível por demandar
seguirá tem maior chance de ser feita com preços superiores menos esforço da equipe de avaliação do processo seletivo,
aos do mercado. uma vez que eles só irão qualificar a(s) menor(es) proposta(s).
Em síntese: compradores e fornecedores não estão em Um aspecto negativo desse sistema está relacionado ao
disputa, mas sim em busca de uma condição em que ambos tempo e esforço despendido no processo licitatório.
possam usufruir de vantagens e de estabilidade. Em relação à pré‑qualificação, a desvantagem está as-
Além do critério preço, o mais importante na determi- sociada ao tempo despendido no processo de avaliação. No
nação dos lotes de compra, outros critérios para o ranking entanto, as suas vantagens compensam esse aspecto. São
dos fornecedores podem ser qualidade, pontualidade no elas (JAAFARI; SCHUB, 1990)22:
fornecimento e parceria, por exemplo. a) os contratantes desqualificados não têm o custo asso-
O critério parceria influencia fortemente as relações de ciado com a preparação do processo de seleção;
b) os contratantes qualificados são encorajados a par-
Conhecimentos Específicos

compra com os fornecedores, devendo então também ser


considerado na classificação. Dessa forma, a  importância ticipar do processo, uma vez que estarão competindo com
da classificação de fornecedores está relacionada ao fato poucas empresas, de padrão similar;
de gerar informações para estabelecer ou implementar c) todos os contratantes que participam do processo
uma política de fornecimento, auxiliar na definição de cotas já estão qualificados; assim, o  cliente pode se concentrar
de fornecimento, estabelecer atividades de recebimento e mais na avaliação das propostas do que na avaliação dos
definir ações para reavaliação de fornecedores. Ou seja: a contratantes; e
classificação final dos fornecedores deve ser feita conforme d) conflito em relação ao sistema de pós‑qualificação
seu desempenho, devendo‑se estabelecer critérios para é minimizado, uma vez que neste último são considerados
esta classificação de acordo com cada empresa/organização. 21
SMITH, R. C. Estimating and tendering for building work. London: Longman
scientific and technical, 1991.
20
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: 22
JAAFARI, A.; SCHUB, A. Surviving failures – lessons from field‑study. Journal of
Atlas, 1999. construction engineering and management. v. 116, n. 1, p. 68-86, 1990.

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elementos subjetivos, havendo a possibilidade de conflito ganha do “mercado”. A organização dominará a tecnologia de
no caso de uma proposta de menor preço não ser a aceita.” produção e poderá determinar quando e quantos produtos
serão produzidos. Ela terá, portanto, um domínio maior sobre
Na criação de um cadastro de fornecedores, podem‑se a sua cadeia produtiva.
utilizar os seguintes critérios: Entretanto, existem diversas desvantagens nessa estraté-
• Políticos: geralmente definidos pela administração gia. Para produzir os bens internamente, torna‑se necessária
da empresa, a fim de estabelecer prioridades para o uma grande estrutura, com máquinas e empregados que
cadastramento de empresas da região, de empresas podem muitas vezes ficar ociosos.
de pequeno ou médio porte etc.; Isso demanda também um grande investimento que
• Técnicos: que envolvem carências de abastecimento na muitas vezes pode ser necessário em áreas mais prioritárias.
procura de novas alternativas de fornecimento, a fim Com isso, essa estratégia não tem sido adotada atualmente.
de evitar exclusividades etc.; As empresas têm buscado a horizontalização!
• Legais: aplicados exclusivamente às empresas estatais, A horizontalização é uma estratégia que busca exatamen-
autárquicas e do serviço público. te o contrário – comprar o máximo de produtos no mercado.
Com essa estratégia, as empresas buscam montar parcerias
Modalidades de compras com os principais fornecedores para que estes entreguem
produtos de qualidade, com preços competitivos e na qua-
Não se tratam de modalidades de licitação, mas sim da lidade desejada.
“categoria”, em que é possível classificar uma determinada Naturalmente, essas estratégias também geram van-
requisição de compras recebida pelo órgão responsável por tagens e desvantagens. As  principais vantagens são: a
executá‑la. necessidade de investimentos menores em maquinário e
Segundo Fenili (2015)6 são modalidades de compras: instalações, a  manutenção do foco da empresa nos seus
processos essenciais e a flexibilidade para aproveitar novas
De acordo com o item comprado: tecnologias e produtos dos parceiros.
• Compra para investimento; Infelizmente, a estratégia também apresenta uma maior
• Compra para consumo. dependência dos fornecedores e um domínio menor das
tecnologias de produção. Apesar desses problemas, essa é a
De acordo com o local de origem do fornecedor: estratégia que tem sido adotada pela maioria das empresas
• Compra local; e governos por todo o mundo.
• Compra por importação.
Centralização ou Descentralização
De acordo com a formalização das compras: As compras podem ser organizadas de diferentes manei-
• Compras formais; ras. Nessa classificação, estamos vendo “quem” é o respon-
• Compras informais. sável pelas compras na organização. Assim, o processo de
compras é centralizado quando todas as compras da empresa
De acordo com a necessidade de entrega do item: ficam a cargo de um único setor.
• Compras antecipadas; Quando a responsabilidade pelas compras está “pulve-
• Compras parceladas ou contratadas; rizada” por muitos órgãos da empresa, dizemos que existe
• Compras emergenciais. uma descentralização do processo de compras. Monte Alto
et al, apresentam três tipos de organização:
De acordo com o ineditismo ou a recorrência da compra: • Centralização total, que significa que todas as compras
• Compra nova; são executadas pela unidade central de compras;
• Recompra direta; • Descentralização total, que significa que todas as
• Recompra modificada. unidades que compõem o sistema empresarial têm
autonomia para realizar as compras relativas às suas
Estratégias do Setor de Compras necessidades;
• Organização mista, que é uma combinação dos dois
Verticalização ou Horizontalização modelos anteriores.
Uma estratégia de verticalização acontece quando uma or-
ganização busca produzir os produtos de que necessita dentro Naturalmente, ambas as estratégias apresentam van-
da própria empresa. Assim, ela tentará comprar fora o mínimo tagens. Uma estrutura centralizada dá maior controle do
possível. Sempre que puder, tentará produzir internamente. processo de compras para a cúpula da empresa e também
Essa estratégia gera vantagens e desvantagens. Como maior poder de barganha para a central de compras (porque
vantagem, podemos citar a independência que a empresa os lotes comprados serão maiores).
Conhecimentos Específicos

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FENILI, Renato Ribeiro. Gestão de Materiais. Brasília: ENAP, 2015.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Ainda em termos de estratégia e de estrutura de com- §  1º As licitações para aquisição e contratação de
pras, merecem destaque as chamadas compras comparti- bens e serviços de uso em comum pelos órgãos da
lhadas, iniciativa que vem ganhando espaço desde o final da administração direta do Poder Executivo serão efe-
década passada. A noção de compra compartilhada refere‑se tuadas prioritariamente por intermédio da Central
à aquisição por um órgão público, via Sistema de Registro de Compras e Contratações do Ministério do Plane-
de Preços, na qual há órgãos participantes. jamento, Orçamento e Gestão.
Entre os conceitos aplicáveis, traz‑se à baila o consignado § 2º Será facultativa a participação das entidades da
na Instrução Normativa nº 10/2012, da Secretaria de Logís- administração indireta do Poder Executivo federal nos
tica e Tecnologia da Informação (SLTI/MPOG): procedimentos de licitação e de contratação direta
realizados pela Central de Compras e Contratações.
Art. 2º, inciso XI – compra compartilhada: contratação (Brasil, 2014)
para um grupo de participantes previamente esta-
belecidos, na qual a responsabilidade de condução Logística e Cadeia de Suprimentos (Scm)
do processo licitatório e gerenciamento da ata de
registro de preços serão de um órgão ou entidade Segundo a Council of Supply Chain Management Pro-
da Administração Pública Federal. (MINISTÉRIO DO fessionals norte‑americano (apud FENILI, 2014, p. 370),
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, 2012) “logística é o processo de planejar, implementar e controlar
o fluxo e a armazenagem de produtos, eficaz e eficiente em
Contando com patrocínio significativo do Poder Execu- termos de custos, matérias‑primas, materiais em elaboração
tivo Federal  – mormente do Ministério do Planejamento, e produtos acabados, bem como as informações correlatas,
Orçamento e Gestão (MPOG), instituiu‑se, por intermédio desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o
do Decreto nº 8.189/2014, a Central de Compras e Contrata- propósito de atender às exigências do cliente”.
ções, insculpindo novo paradigma na estrutura das compras Para Christopher (2011) a logística é o processo de
públicas de bens de uso comum, consoante as competências gerenciar estrategicamente aquisição, movimentação e ar-
supra‑arroladas: mazenagem de materiais, peças e produtos acabados, assim
como os fluxos de informação, podendo assim maximizar
Art. 13. À Central de Compras e Contratações compe- a lucratividade presente e futura da empresa, reduzindo
te, no âmbito do Poder Executivo federal: seus custos. Portanto, é possível afirmar que o uso correto
I – desenvolver, propor e implementar modelos, me- desta ferramenta permite a empresa diminuir seus custos
canismos, processos e procedimentos para aquisição de gerenciamento de estoque, ou seja, sendo devidamente
e contratação centralizadas de bens e serviços de uso utilizada ela pode reduzir os custos desde a entrada da ma-
em comum pelos órgãos e entidades; téria‑prima até o cliente final englobando toda uma cadeia
II – planejar, coordenar, controlar e operacionalizar de atividades que atualmente é denominada como Supply
ações que visem à implementação de estratégias e Chain Management (SCM), um termo que é utilizado para
soluções relativas às licitações, aquisições e contrata- definir a integração das atividades logísticas como um todo,
ções de bens e serviços de uso em comum; (Redação desde o relacionamento com os fornecedores para a entrada
dada pelo Decreto nº 8.391, de 2015) da mercadoria até o feedback do cliente.
III – planejar, coordenar, supervisionar e executar ati- Segundo Chiavenato (2005) o SCM ajuda a empresa de
vidades para realização de procedimentos licitatórios maneira integrada e sistêmica a ter uma visão holística de
e de contratação direta, relativos a bens e serviços seus processos, mostrando todo o processo dela, ou seja,
de uso em comum; (Redação dada pelo Decreto desde a chegada de matéria‑prima até a entrega do produto
nº 8.391, de 2015) ao consumidor final.
IV – planejar e executar procedimentos licitatórios e Fleury et al (2000) também ressalta que a função do
de contratação direta necessários ao desenvolvimen- SCM é coordenar e interar todos os integrantes do processo
to de suas atividades finalísticas; (Redação dada pelo da empresa, desde o fornecedor até o cliente final. Estes
Decreto nº 8.391, de 2015) relatos vêm comprovar o real interesse que as empresas de
V – firmar e gerenciar as atas de registros de preço hoje tem ao adotar novas estratégias logísticas. Interesse
relativas a licitações, aquisições e contratações de esse que pode ser definido como sucesso e credibilidade
bens e serviços de uso em comum; (Redação dada perante seus clientes.
pelo Decreto nº 8.391, de 2015)
VI – firmar e gerenciar os contratos relativos a lici- Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM)
tações, aquisições e contratações de bens e serviços
de uso em comum; (Redação dada pelo Decreto
Conhecimentos Específicos

O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma


nº 8.391, de 2015) evolução natural do conceito de Logística. Enquanto a Logística
VII – orientar os órgãos e entidades na formalização e representa uma integração interna de atividades, o  Supply
na gestão dos contratos referentes a bens e serviços Chain Management representa sua integração externa, pois
de uso em comum; e (Redação dada pelo Decreto estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações
nº 8.391, de 2015) aos fornecedores e seus clientes finais, modificando compor-
VIII – expedir normas sobre aquisições e contratações tamentos e trazendo uma integração nunca vista.
centralizadas de bens e serviços de uso em comum, Uma visão mais completa da Supply Chain Management
observadas as normas da Secretaria de Logística e entende que um produto só chega até o cliente final depois
Tecnologia da Informação do Ministério do Plane- do esforço cumulativo de vários atores, desde a própria
jamento, Orçamento e Gestão. (Redação dada pelo empresa, passando por seus fornecedores até chegar aos
Decreto nº 8.391, de 2015) transportadores e órgãos públicos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
É importante ter em mente que essa relação não é resu- Funções da Logística
mida a processo de compra, transporte, estocagem e venda.
Além da troca de materiais em si, o  compartilhamento de Segundo Kotler e Armstrong (2007) entre as funções da
informações estratégicas, a  adoção de políticas conjuntas logística, as que podem ser consideradas de maior impor-
de conformidade e compliance24 e o esforço constante de tância são a armazenagem, o  gerenciamento de estoque,
integração de processos também estão envolvidos. Portanto, o transporte e o gerenciamento das informações de logística.
Gestão da Cadeia de Suprimentos é a integração de todos
os elementos responsáveis por uma cadeia de suprimentos, Armazenagem
incluindo o conjunto de técnicas que são utilizadas para possi-
bilitar excelência na integração entre as etapas de uma cadeia A armazenagem é um conjunto de funções que tem nele,
de suprimentos, como: transporte, estoque e custo. O geren- recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação
ciamento apropriado destas etapas facilitará na otimização de matérias‑primas, produtos acabados ou semiacabados.
do serviço e/ou na melhor qualidade do produto ofertado A  armazenagem é uma atividade ligada à logística, sendo
pela empresa, assim melhor satisfazendo seus clientes finais. fundamental para qualquer processo que envolva uma cadeia
Objetivos da SCM: de suprimentos. A armazenagem de produtos e mercadorias
• otimização das relações entre os componentes da exige controle mais rígido, como a elaboração de inventários
cadeia; e dos custos diretamente relacionados ao armazenamento,
• entregas just‑in‑time e redução dos níveis de estoque; já que se trata de capital de giro da empresa. Como guarda
temporária dos produtos, a  armazenagem  mantém uma
• redução de custos de transporte e estocagem;
relação direta com almoxarifados, com centros de distribui-
• combater o efeito chicote;
ção e com o ciclo operacional, numa indústria, por exemplo,
• integração de estratégias na cadeia produtiva, em prol
exigindo pessoal especializado e estrutura física apropriada.
de vantagem competitiva. A estocagem, por seu lado, apresenta menor dinamis-
mo, servindo para guarda permanente de matérias primas
A Era do SCM (1985 – atual) e produtos e sua relação com a administração empresarial
é através do fluxo de caixa, das estratégias de vendas e de
O SCM originou‑se dos conceitos de logística e de lo- marketing e com os fornecedores.
gística integrada (com foco intraorganizacional). A primeira Percebe‑se que os termos “estocagem” e “armazenagem”
integração parcial que originou o conceito de logística são frequentemente usados para identificar coisas semelhan-
integrada foi a de dois grandes subsistemas; o de materiais tes, mas a maioria dos autores prefere distingui‑los.
e o de distribuição física, atribuindo‑o o planejamento e Existem três atividades que compõem a armazenagem:
a gestão de fluxos físicos e informacionais. A  partir daí o recebimento, estocagem e distribuição. Segundo Casade-
ponto chave que auxiliou na evolução desse novo conceito vante, 1974:
foi a questão do relacionamento entre os diversos agentes • Recebimento: é o conjunto de operações que envol-
da cadeia de suprimentos, primeiramente o estreitamento vem a identificação do material recebido, analisar o
de relacionamento empresa‑cliente, até mesmo por conta documento fiscal com o pedido, a inspeção do material
da origem da logística como gestão de distribuição física, e a sua aceitação formal;
e  em segundo lugar o estreitamento no relacionamento • Estocagem: é o conjunto de operações relacionadas
fornecedor‑empresa. Essa integração interna e externa de à guarda do material. A  classificação dos estoques
atividades que inclui uma série de processos que interligam constitui‑se em: estoque de produtos em processo,
fornecedores aos clientes finais originou o atual conceito de estoque de matéria-prima e materiais auxiliares, es-
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Esse novo sistema toque operacional, estoque de produtos acabados e
de gerenciamento proporciona uma série de maneiras pelas estoques de materiais administrativos;
quais possibilitam o aumento na produtividade e conse- • Distribuição: está relacionada à expedição do material,
quentemente contribui significativamente para a redução de que envolve a acumulação do que foi recebido da parte
custos por meio da redução de estoques, das compras mais de estocagem, a embalagem que deve ser adequada e
vantajosas, da racionalização dos transportes e da redução assim a entrega ao seu destino final. Nessa atividade
de desperdícios. Já em relação a criação de valor por meio normalmente precisa‑se de nota fiscal de saída para
do SCM se daria por prazos mais confiáveis, atendimento nos que haja controle do estoque.
casos de emergência, facilidade de colocação de pedidos, ser-
viço pós‑venda e desenvolvimento mais rápido de produtos. São objetivos da armazenagem:
• maximizar o uso dos espaços;
A partir do gerenciamento de toda cadeia de suprimentos
• facilitar o acesso aos itens do depósito;
é possível identificar gargalos, ou seja, onde os principais
• proteger e abrigar os materiais;
focos de atrasos ocorrem e focalizar as atenções reduzindo o
• facilitar a movimentação interna do depósito;
Conhecimentos Específicos

prazo de introdução desses produtos no mercado, e também • maximizar a utilização de mão de obra e equipamentos.
em uma análise de valor e custo pode revelar fontes para
potenciais redução de custos. Equipamentos de movimentação e armazenagem
Na evolução da logística pode‑se dizer que atualmente Os equipamentos de movimentação devem ser esco-
a ênfase a ela empregada é estratégica e leva o nome de lhidos dentro de um planejamento global que envolve as
supply chain management, e é a última barreira na tentativa características dos materiais, suas formas de acondiciona-
de criar vantagem competitiva e que tem como pano de mento e o fluxo dos materiais no armazém. A escolha dos
fundo a globalização e o avanço da tecnologia da informação. equipamentos de movimentação e armazenamento varia
em função das características da movimentação e da carga.
• Armazenamento: pallets, prateleiras, caixas e gavetas,
24
No sentido corporativo, comply quer dizer agir de acordo com uma regra, uma
instrução interna, uma ordem ou um pedido. Assim, estar em compliance é
containers;
estar em conformidade com regulamentos internos e externos à empresa. • Movimentação: empilhadeira, esteiras transportadoras.

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Técnicas de Armazenamento25

Segundo Viana (2000), a armazenagem pode ser categorizada em dois grupos: simples e complexa.
A armazenagem simples envolve materiais que, por suas características físicas ou químicas, não demandam cuidados
adicionais do gestor de almoxarifados.
Em contrapartida, a armazenagem complexa é inerente a materiais que carecem de medidas especiais em sua guarda.
Os aspectos físicos ou químicos dos materiais que justificam uma armazenagem complexa podem ser assim listados:

Os materiais de armazenagem complexa exigem uma infraestrutura de guarda especial, assim exemplificada:
• equipamentos de prevenção de incêndio (sprinklers etc.).
• ambientes climatizados (câmaras frigoríficas etc.).
• ambientes com controle de temperatura e umidade (paióis de munição etc.).
• uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos funcionários que lidam diretamente com esses materiais.

De posse da informação do tipo de armazenagem que é demandada pelo material (simples ou complexa), cabe ao gestor
de almoxarifado adotar um critério de guarda dos materiais. Os mais usuais, ainda segundo Viana (2011), são:
Conhecimentos Específicos

25
FENILI, Renato Ribeiro. Gestão de Materiais. Brasília: ENAP, 2015.

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Almoxarifado • equipamentos e instrumentos que serão empregados
na movimentação dos materiais;
É o local destinado à guarda e à conservação dos itens de • tipos de embalagens utilizadas no armazenamento;
material em estoque em uma determinada organização, com • possibilidade de se fazerem inspeções nos materiais
exceção dos produtos em processo. O encarregado de um armazenados (há de se considerar a facilidade de
almoxarifado é denominado almoxarife. Uma das consequ- acesso);
ências da estruturação de um almoxarifado que se constitui • versatilidade, flexibilidade e possibilidade de futura
em melhoria para a empresa é a garantia de que os requisitos expansão da área de armazenagem.
mínimos de segurança individual e coletiva sejam atendidos.
São funções do almoxarifado: assegurar que o material Transporte
adequado esteja na quantidade devida e no local certo, quando
necessário; impedir que haja divergências de inventário e perdas Modalidade dos transportes
de qualquer natureza; preservar a qualidade e as quantidades
exatas dos materiais; possibilitar recursos de movimentação e • Unimodal ou modal: envolve apenas um tipo de trans-
distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente. porte. É a forma mais simples de transporte.
Os objetivos da gestão de almoxarifados: • Intermodal: envolve mais de um tipo de transporte,
• minimizar os custos de armazenamento; porém envolve um contrato para cada trecho, assim
• maximizar o uso do espaço físico disponível; cada transportador responde individualmente pelo
• evitar perdas/roubos/furtos; serviço que presta.
• evitar obsolescência; • Multimodal: envolve mais de um tipo de transporte,
• buscar a eficiência na movimentação dos materiais, porém um único contrato para todos trechos e é exe-
diminuindo as distâncias internas percorridas; cutado sob a responsabilidade única de um Operador
• maximizar a qualidade de atendimento aos consumi- de Transporte Multimodal – OTM.
dores;
• assegurar a provisão do item de material certo, na Principais tipos de modal – vantagens e desvantagens:
quantidade e no local corretos, no menor tempo pos- • Rodoviário: mais adequado para o transporte de pro-
sível, sempre que for necessário. dutos semiacabados e porta‑a‑porta.
• Aeroviário: veloz e caro, apresenta uma relação de-
Layout (arranjo físico) na armazenagem sempenho x custo viável quando se trata do envio de
cargas de alto valor agregado.
Com o desenvolvimento geral do sistema produtivo, • Dutoviário: mais confiável de todos os modais, já que
observado na última década, a disposição física das áreas de são quase nulas as interrupções causadoras de varia-
armazenagem foi merecedora de maior atenção. bilidade desse tempo.
• Ferroviário: apresenta lead times lentos, baixo custo
Nesse sentido, a definição do layout (ou leiaute) deixou de de frete, e flexibilidade e capilaridade baixa com os
Conhecimentos Específicos

ser meramente intuitiva, e passou a ser estabelecida a partir destinos fixos.


de técnicas de visualização da dinâmica de movimentação dos • Hidroviário ou Aquaviário: utilizado para a movimen-
materiais no armazém. Dessa forma, hoje é considerado como tação de cargas e passageiros. Os custos em perdas e
layout de um almoxarifado o arranjo de homens, máquinas danos são considerados baixos em relação aos outros
e materiais, dispostos de modo que sua dinâmica possa se modais.
dar dentro do padrão máximo de economia (VIANA, 2011).
Podemos listar os seguintes elementos principais que GESTÃO DE ESTOQUES
devem ser considerados quando da definição do layout na
armazenagem: Para muitos negócios, manter estoques dos produtos é
• definição dos materiais a serem armazenados; fundamental. No entanto, a busca por menores custos sempre
• volume de material; empurra os estoques para baixo, ou seja, ter o mínimo possível
• tempo durante o qual será feita a armazenagem; de estoques, pois eles representam capital parado, em outras

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palavras, representam custos. Como os estoques não agregam os primeiros itens vendidos. O custo relacionado com as saí-
valor ao produto final, quanto menor o nível de estoques com das de estoque tende a repercutir, portanto, o investimento
que a organização trabalhar, maior sua eficiência. que diz respeito aos produtos vendidos ou produzidos mais
Para achar o equilíbrio perfeito, duas coisas são funda- recentemente. Assim, não se trabalha imediatamente com
mentais: uma boa previsão da demanda e o cálculo apropria- o custo de reposição das mercadorias utilizadas.
do para os tamanhos dos estoques, dentre eles, o estoque Esse critério tem a vantagem de apontar os custos dos
de segurança. artigos realmente consumidos, oferecendo uma possibili-
dade de ajuste mais rápido e eficiente na produção e nos
Previsão de Demanda e Controle de Estoque preços cobrados ao consumidor, porém minimizando os
lucros alcançados em algumas operações. A técnica, porém,
Para Abell e Hammond (1979), as atividades de análise não é apropriada para alguns ramos de atuação como os es-
de clientes, concorrentes, características de mercado, ten- tabelecimentos que trabalham com alimentos e outros bens
dências do ambiente e capacidades internas são importantes perecíveis, por exemplo. Isso acontece porque a saída dos
para a elaboração de uma estratégia de mercado eficiente. produtos que chegaram por último poderá fazer com que,
Elas podem fornecer subsídios para o cálculo de uma im- quando as primeiras mercadorias forem comercializadas,
portante informação estratégica, que é a demanda prevista. elas já estejam com a validade vencida.
Define‑se demanda prevista como uma estimativa antecipa-
da do volume de vendas num período determinado, com uma • Custo médio ou Média ponderada móvel (MPM)
margem de erro a ser considerada (DIAS, 1993). Para Dias
Consiste em avaliar o estoque pelo custo médio de
(1993), existem três tipos de demanda: demanda regular, que
aquisição, apurado em cada entrada de mercadorias, pon-
acontece quando a necessidade de materiais é constante ao
longo do tempo ou tem pequenas oscilações de tal forma, derando‑se as quantidades adicionadas pelas anteriormente
que podemos identificar um comportamento regular ao existentes. Pode ser móvel ou fixo.
longo do tempo; demanda crescente ou decrescente, que
ocorre quando se nota um crescimento ou decréscimo do Exemplo Prático
consumo ao longo do tempo; demanda irregular, que ocorre
quando há a influência da sazonalidade. Esses três tipos de Uma empresa apresentou as seguintes movimentações
demanda ocorrem simultaneamente para as organizações, na conta estoque de mercadoria, em determinado mês:
principalmente no longo prazo e no acompanhamento do Dia 5: compra de 10 unidades por R$ 25,00 cada;
ciclo de vida dos produtos. Outros autores citam outros Dia 10: venda de 4 unidades pelo preço de R$ 35,00 cada;
tipos de demanda, como por exemplo, a demanda pontual, Dia 15: venda de mais 5 unidades por R$ 40,00 cada;
a  demanda independente e dependente, a  demanda de Dia 20: compra de 5 unidades por R$30,00 cada unidade;
produtos perecíveis e a demanda da cadeia de suprimentos. Dia 25: venda de 10 unidades por R$ 40,00 cada.
Segundo Slack (1997), os modelos e as técnicas de pre-
visão podem ser classificados em termos de objetividade e Considere:
subjetividade, e relações causais e não‑causais. As técnicas C = compras
objetivas utilizam procedimentos especificados e sistemáti- EI = estoque inicial
cos, enquanto que as subjetivas envolvem aspectos como EF = estoque final
intuição e julgamento pessoal baseado em experiências. Já *CMV = custo de mercadoria vendida
as técnicas não causais utilizam valores passados de uma RCM = resultado com mercadorias
variável para predizer seus valores futuros, ao  passo que
as técnicas causais fazem previsões através de equações *CMV é a  soma das despesas  que uma empresa tem
que mostram a relação causa‑efeito. No presente trabalho, para produzir, armazenar e comercializar determinada
restringe‑se a gama em modelos quantitativos e qualitativos mercadoria, até que ela seja vendida e se transforme em
que utilizam técnicas não causais, objetivas e subjetivas. receita para a empresa.
Os critérios mais comuns empregados no controle e
avaliação de estoques são:
Utilizando o Custo médio:
• PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair)
O critério PEPS, também conhecido em sua nomencla-
tura em inglês FIFO (first‑in, first‑out), dá destaque à ordem
cronológica das entradas dos produtos no estoque. Dessa
forma, à medida que as vendas ocorrem, as baixas que vão
sendo minutadas na gestão de estoque são feitas de modo a
dar vazão às primeiras unidades adquiridas, ou seja, os pro-
dutos que chegaram primeiro são igualmente os primeiros a
serem despachados para alguma eventual produção de uma
mercadoria beneficiada ou para a efetivação das vendas.
Conhecimentos Específicos

Assim, a circulação dos itens acontece de maneira con-


tínua e ordenada, os  artigos utilizados são sistemática e
logicamente retirados do estoque e o resultado alcançado,
com isso, reflete com precisão o custo real dos produtos que
vão saindo do estoque.

• UEPS (último a entrar, primeiro a sair)


Outro método é o UEPS, que também é reconhecido
pelo nome estrangeiro LIFO (last‑in, first‑out), o qual segue
um raciocínio invertido, se comparado ao PEPS: o custo do
estoque leva em conta as unidades mais recentemente adi-
cionadas no controle de entradas, de modo como se fossem

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CMV = R$ 450,50 (90,00 + 112,50 + 248,00) – não entra Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00
o preço de venda. 4 x 35,00 = 140,00 5 x 40,00 = 200,00 10 x 40,00 =
Utilizando a fórmula do CVM (comissão de valores mo- 400,00
biliários): RCM = Vendas Líquidas  – CMV = 740,00  – 425,00 =
CMV = EI + C – EF = 200,00 + 400,00 – 149,50 = R$ 450,50 R$ 315,00
Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00 EF= R$ 175,00
4 x 35,00 = 140,00 5 x 40,00 = 200,00 10 x 40,00 = 400,00
RCM = Vendas – CMV = 740,00 – 450,50 = R$ 289,50
Utilizando o método UEPS:
EF= R$ 149,50

Utilizando o método PEPS:

CMV = R$ 480,00 (150,00 + 125,00 + 255,00)


Conhecimentos Específicos

Utilizando a fórmula do CMV =


CMV = Estoque Inicial + Compras  – Estoque Final =
200,00 + 400,00 – 120,00 = R$ 480
Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00
4 x 35,00 = 140,00  5 x 40,00 = 200,00  10 x 40,00 =
400,00
CMV = R$ 425,00 (80,00 + 100,00 + 245,00) RCM= Vendas líquidas – CMV = 740,00 – 480,00 = R$
Utilizando a fórmula do CMV = 260,00
CMV = EI + Compra – Estoque final = 200,00 + 400,00 –
175,00 = R$ 425,00 EF= R$ 120,00

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Tabela comparativa com a descrição do material, a quantidade e localização exata.
Quando um estágio de produção requer mais material, ele
envia o contentor de estoque para o seu fornecedor. A chega-
da de um contentor vazio é o sinal para o início da produção
naquele estágio fornecedor. Terminada a produção, o conten-
tor é encaminhado para o estágio de produção que solicitou
também chamado de cliente. O número de Kanbans colocados
na linha de produção é o mesmo número de contentores,
e representa o estoque que pode ser acumulado. Só se retira
um Kanban se se pretende reduzir o estoque.

Produção “puxada” (pull system) e Produção


Resumidamente, as três metodologias mais comuns de “empurrada” (push system)
controle de estoques são:
O sistema de Produção Empurrada é determinado a partir
Custo médio PEPS ou FIFO UEPS ou LIFO do comportamento do mercado. Neste modelo, a produção
Adota‑se um preço Na saída do esto- Na saída do esto- em uma empresa começa antes da ocorrência da demanda
médio entre todas que, consideram‑se que, consideram‑se pelo produto. Ou seja, a produção depende de uma ordem
as entradas e sa- os preços dos itens os itens mais “re- anteriormente enviada, geralmente advinda de um sistema
ídas. mais “antigos”. centes”. MRP (Material Requirement Planning)26. Após o recebimento
Este método atua O que resta no es- O que resta no es- de tal ordem, é feita a produção em lotes de tamanho padrão.
como um modera- toque são os itens toque são os itens Aqui não existe qualquer relação com a real demanda dos
dor de preços, mini- com preços de mer- com preços mais clientes da empresa.
mizando as eventu- cado mais atuali- desatualizados. O chamado fluxo contínuo de produção também não
ais flutuações. zados. tem importância neste modelo de produção, uma vez que
a produção ocorre isoladamente em cada unidade fabril
Just in time (JIT) e Kanban utilizada no processo. Desta forma, é enviada uma ordem de
produção ao setor responsável, que produz os itens e depois
Just in time (JIT), que significa no momento exato, é uma os “empurra” para a próxima etapa do processo produtivo,
abordagem empresarial, uma filosofia que diz não ao des- daí o nome “produção empurrada”. O controle do que deve
perdício e ao retrabalho, e  sim para qualidade perfeita e ser produzido, qual quantidade e em que momento, é rea-
estoque zero, ou seja, produzir (bens e serviços) no exato lizado pelo MRP.
momento em que são necessitados, evitando estoques pa- Os lead times deste tipo de produção precisam ser
rados ou clientes esperando; o que caracteriza um sistema conhecidos antecipadamente, uma vez que as quantidades
puxado de produção. produzidas sem o conhecimento da real demanda depen-
O JIT trabalha de forma que a garantia da qualidade, ou derão dos materiais fornecidos. A  produção empurrada é
seja, de que não ocorrerão defeitos durante a produção, esteja conhecida como um sistema de inventário zero, mesmo isto
diretamente ligada na eliminação de estoques adicionais, pois não sendo um fato real.
se o processo anterior gerar peças defeituosas o processo Este modelo de produção surgiu no início da era indus-
seguinte deve parar a linha de produção, e a peça defeituosa trial, onde a qualidade dos produtos não importava muito,
é levada de volta ao processo anterior. Nos sistemas conven- uma vez que existia uma demanda praticamente infinita
cionais de produção, há a geração de estoques justamente em um mercado sem competição. O volume dos produtos
para evitar a descontinuidade da produção, impedindo que produzidos para atender à esta demanda era a única preo-
o processo seguinte fique parado aguardando a solução do cupação das indústrias.
problema. Com uma redução dos estoques através de lotes Quando da implementação de um Sistema Kanban em
cada vez menores de produção, estes problemas ficam muito uma empresa adepta da produção empurrada, a primeira
mais aparentes. Desta forma o JIT contribui para a identificação medida a ser tomada é a mudança deste sistema para o sis-
destes problemas, tornando as soluções muito mais ágeis e de tema de produção puxada, onde, só então são implantados
os controles visuais de produção e estoque, característicos
fácil eliminação. Segundo Corrêa (1993), os elementos mais
do Sistema Kanban.
importantes do JIT são os lotes de fornecimento reduzidos,
A produção puxada controla as operações fabris sem
recebimentos frequentes e confiáveis, lead times cada vez
a utilização de estoque em processo. Neste modelo, dife-
menores e altos níveis de qualidade.
rentemente da produção empurrada, o fluxo de materiais
Para o alcance dos seus objetivos – estoque zero, quali-
ganha relevante importância. Aqui, a  demanda gerada
dade perfeita, sem desperdícios e/ou retrabalho – o JIT conta
pelo cliente é o “start” da produção. O controle de o que,
com um leque de técnicas que controlam a produção de
quando e como produzir é determinado pela quantidade de
Conhecimentos Específicos

bens ou serviços. Uma dessas técnicas é o Kanban, palavra produtos em estoque. Assim, a operação final do processo
japonesa que significa cartão, que consiste “na transferência “percebe” a quantidade de produtos vendidos aos clientes,
de material de um estágio a outro da operação” (SLACK, e que, naturalmente, saíram do estoque, e as produz para
CHAMBERS, JOHNTON, 2002). repor o consumo gerado.
O Kanban utiliza cartões para sinalizar que há necessidade Desta forma, cada processo produtivo “puxa” as peças
de se produzir mais. Na forma mais simples, seu funcionamen- fabricadas no processo anterior, eliminando, assim, a progra-
to consiste no uso de cartões por um estágio de produção mação das etapas do processo produtivo através do MRP.
para avisar ao seu estágio de produção antecessor (também Neste tipo de produção o consumo do cliente é que deter-
chamado como fornecedor) que está precisando de mais mina a quantidade produzida, gerando o que chamamos de
material. Cada estágio de produção mantém um contentor sistema com nível mínimo de inventário.
de estoque com a quantidade necessária de material para ser
processados. Cada um desses contentores possui um cartão 26
Tradução: planejamento de requisitos de materiais.

92 Este eBook foi adquirido por BRUNO JEFERSON LEOCADIO ALAINCARDK SILVEIRA OLIVEIRA - CPF: 064.387.404-62.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
A produção puxada surgiu em um cenário onde a qua- dutos merecem a mesma atenção e o mesmo cuidado;
lidade começou a determinar a compra de um produto e a alguns produtos estão no core business do seu negócio,
demanda deixou de ser infinita. Assim, tornou‑se necessário e você não pode se dar ao luxo de não ter eles em es-
um modelo produtivo mais avançado e menos estático. toque. Outros são mais secundários, portanto menos
Por fim, faz‑se importante ressaltar que é possível utilizar importantes. Mais uma vez, você precisa chegar a um
estes dois tipos de sistema produtivo em um único sistema, equilíbrio entre vendas e estoque de segurança. Não
com produção puxada e empurrada em pontos distintos do é vantajoso ter milhares de produtos em estoque que
processo. Esta integração dá‑se com a utilização do Sistema você vende de vez em nunca. Poupe seu espaço e
Kanban em harmonia com o MRP, entre outros. investimento para aqueles produtos que tem maior
procura e, portanto, são mais importantes para o seu
Técnicas de estocagem negócio.

• Carga unitária: é a carga constituída de embalagens Fórmula do ES:


de transporte que arranjam ou acondicionam uma
certa quantidade de material para possibilitar o seu
manuseio, transporte e armazenamento como se fosse Chamaremos de z o valor tabelado que indica quantos
uma unidade. A formação de carga unitária se através desvios padrão ao redor da média temos que tomar para
de pallets27 ou paletes. cobrirmos a proporção da área sob a curva normal que que-
• Caixas ou Gavetas: é a técnica de estocagem ideal para remos (o nível de serviço, por exemplo, podemos usar 99,87%
materiais de pequenas dimensões, como parafusos, para gerar um valor de z = 3,0); Chamaremos d a demanda
arruelas, e alguns materiais de escritório; materiais em média e σd o desvio padrão dessa demanda; e chamaremos
processamento, semiacabados ou acabados. Os tama- de t o lead time médio e de σt o desvio padrão do lead time.
nhos e materiais utilizados na sua construção serão os E se o lead time tem um desvio padrão muito pequeno
mais variados em função das necessidades específicas (ou nulo), o estoque de segurança pode ser seguramente
de cada atividade. aproximado por:
• Prateleiras: é uma técnica de estocagem destinada a
materiais de tamanhos diversos e para o apoio de ga-
vetas ou caixas padronizadas. Também como as caixas
poderão ser construídas de diversos materiais conforme
a conveniência da atividade. As prateleiras constituem Matematicamente o valor obtido pela fórmula deve ser
o meio de estocagem mais simples e econômico. sempre arredondado para cima, para garantir que estamos
• Raques: os raques são construídos para acomodar cobertos contra as variações desejadas, mas por conveniên-
peças longas e estreitas como tubos, barras, tiras, etc. cia, habitualmente arredonda‑se o valor obtido pela fórmula
• Empilhamento: trata‑se de uma variante da estocagem para o número redondo mais próximo.
de caixas para aproveitamento do espaço vertical. • Ponto de Ressuprimento28 (PR) ou Ponto de Pedido:
As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, se os pedidos de reabastecimento não chegam instan-
obedecendo a uma distribuição equitativa de cargas. taneamente, mas há um lapso entre o pedido sendo
colocado e chegando no estoque, podemos calcular o
Reposição de estoque momento de pedido do reabastecimento. O ponto de
ressuprimento é o ponto no qual o estoque vai cair
Estoque de Segurança (ES) para zero menos o lead time29 (tempo de atravessa-
É a quantidade de material destinada a evitar ruptura mento) do produto. Isso presume que tanto a deman-
de estoque, ocasionada por dilatação de tempo de ressu- da como o lead time são previsíveis. Mas na maioria
primento (atrasos na entrega ou qualidade, cancelamento dos casos é claro que não funciona assim.  Tanto a
do lote de compra) ou aumento de demanda em relação ao demanda como o lead time de pedido são prováveis
previsto. Para calcular o estoque de segurança, os fatores de variar. Nessas circunstâncias, é  necessário fazer
abaixo devem ser considerados: pedidos de reabastecimento antes do que seria o
• Características específicas da demanda e do produto: caso de em uma situação puramente determinística.
se for uma demanda estável, que não varia muito, Quanto mais cedo o pedido de reabastecimento for
fica mais simples de calcular o estoque de segurança colocado, mais alto será o estoque de segurança.  A
e de ter certeza que a demanda não vai variar muito. principal consideração no estabelecimento do estoque
Portanto, você consegue calcular com mais precisão de segurança não é tanto o nível médio de estoque
o estoque de segurança pode ser menor. Vale a lógica quando um pedido de reabastecimento chega, mas
inversa. Se for um produto de muita variabilidade, que o estoque não vai faltar antes de chegar o pedido
o recomendado é um estoque de segurança maior. de reabastecimento.
Conhecimentos Específicos

• O tempo de entrega (lead time) do produto: atenção


ao tempo de entrega de um produto. Se ele pode Fórmula: PP ou PR = (Consumo médio X Tempo de
variar muito (às vezes o fornecedor é complicado), reposição) + Estoque mínimo
você precisa se lembrar de seu compromisso com o
consumidor e garantir um prazo de entrega para ele. Outros termos utilizados em Estoques:
Ter um estoque de segurança para esse produto te • Lote de Compra ou Lote Econômico (LC) – é a quanti-
ajuda a não ficar refém do fornecedor e cumprir seu dade de material solicitada em cada ressuprimento de
acordo com o cliente – que é quem importa.
• A (real) importância da demanda: nem todos os pro- 28
Processo de suprir as quantidades faltantes, quer dizer, reabastecer o estoque
com quantidades, comprar mais material.
27
O pallet é uma plataforma com medidas específicas e feito utilizando, em 29
É o tempo de ressuprimento ou o número de frações de tempo entre a liberação
maior parte, a madeira como matéria‑prima. É um dos itens mais importantes do pedido até o recebimento de determinado item de material. O Lead Time
da logística, utilizado na armazenagem e transporte. pode ser encontrado com a terminologia Tempo de Atendimento.

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estoque. Segue a fórmula abaixo, onde C = quantidade de aquisição de itens – mercadorias ou matérias‑primas –
consumida do produto; Cp = custo do produto; e CA = essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo
custo de armazenagem: com a demanda do consumidor.
Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe‑se o
2C × Co giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de
representação no faturamento da organização. Os recursos
CA financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser
definidos pela análise e aplicação correta dos dados forneci-
• Estoque mínimo e máximo: dos com a curva ABC. No caso de administração de estoques,
apresenta resultados da demanda de cada item nas seguintes
Fórmula: E. máximo = E. mínimo + Lote de compra áreas: giro no estoque; proporção sobre o faturamento no
período; margem de lucro obtida.
Classificações de estoque O que importa é que a análise de todos os parâmetros
propicia o trabalho de controle de estoque do analista cuja
Dentro de um plano logístico que precisa ser montado, decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos
existem várias formas diferentes de se definir o que é de fato pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecerão
importante de ser levado em consideração e o que oferece um tratamento preferencial. Assim, a consequência da utili-
um retorno menor, exigindo assim menores cuidados. Entre dade desta técnica é a otimização da aplicação dos recursos
essas muitas formas estão os métodos de Classificação ABC financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições
e o de classificação XYZ. A grande diferença entre estes dois indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.
tipos de criticidades é que normalmente a XYZ está ligada à
produção, enquanto a ABC está ligada a valores. Um item Z De acordo com a classificação XYZ:
pode ser mais barato que um item X, já no plano ABC, esta
ordem nunca acontecerá. • Classe X – é considerado dentro deste plano de item
ordinário, ou seja, é um produto com baixa criticida-
A Curva ABC ou 80-20 ou Curva de Pareto de. Caso ele não esteja disponível no estoque, não
Baseada nas teorias econômicas do italiano Vilfredo haverá grandes perdas, em matéria de produção ou
Pareto, é um método de classificação de informações a fim de lucratividade. Além disso, este tipo de item pode
de se separar os itens de maior importância ou impacto, não ser considerado dispensável, mas sempre será
os quais são normalmente em menor número. considerado substituível.
• Classe A: principais itens em estoque e de alta priori- • Classe Y – também chamado de item intercambiável. Sua
dade. 20% dos itens correspondem a 80% do valor. principal característica é o fato de ser relevante tanto
• Classe B: itens que ainda são considerados economicamen- para o estoque produtivo de uma empresa, quanto para
te preciosos. 30% dos itens correspondem a 15% do valor. a produção final que ela entrega para seus clientes. Na
• Classe C: 50% dos itens em correspondem a 5% do maioria dos casos, este tipo de produto pode ser utili-
valor. zado como substituto de itens de classe X ou de classe
Z, caso estes não estejam disponíveis no estoque.
• Classe Z – estes são os itens vitais que uma empresa
precisa ter em seu estoque. Já foi no McDonald’s e não
encontrou hambúrguer? Pois este é o item Z no nível
de criticidade deles. Semelhante a isso, a falta de um
item de criticidade Z remete normalmente a prejuízos
diretos no negócio. Em outros casos, sua falta resulta
em perdas em segurança ou operacionalidade.

Dessa forma, a ferramenta é uma classificação estatística


de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se con-
sidera a importância dos materiais, baseada nas quantidades
utilizadas e no seu valor. Também pode ser utilizada para
classificar clientes em relação aos seus volumes de compras
ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de
produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc.
No que diz respeito à análise de clientes, a curva ABC
Conhecimentos Específicos

serve para analisar a dependência ou risco face a um cliente, Gestão Patrimonial


ou ainda para que tipo de clientes a organização se deve fo-
car. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente A gestão patrimonial é o conjunto de atividades neces-
da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder sárias ao recebimento, incorporação, controle, manutenção
segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por e desfazimento dos bens permanentes de uma instituição.
outro critério a definir.
Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para Patrimônio público
a administração de estoques, mas também é usada para a
definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de É o conjunto de bens e direitos de valor econômico, artís-
prioridades, para a programação de produção, etc. Para a tico, estético, histórico ou turístico pertencentes às pessoas
administração de estoques, por exemplo, o administrador a jurídicas de direito público (União, Estados, Municípios,
usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade autarquias e empresas públicas).

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De acordo com classificação do Código Civil em seu Artigo ou seja, as ações são realizadas a cada determinado perío-
99, estes chamados bens públicos podem ser: do de tempo (uma vez ao mês, uma vez por semana, ou a
• de uso comum do povo, quando destinados, por determinada quantidade de horas de funcionamento de um
natureza ou lei, ao uso coletivo, sem necessidade de equipamento, por exemplo). O segundo tipo, a preventiva
consentimento (exemplo: rios, mares, ruas, praças); condicional, está relacionada ao estado do bem, sendo
• de uso especial, quando destinados ao serviço ou ao acionada quando a eficiência do equipamento deixa de
estabelecimento da administração pública (exemplos: responder em níveis normais.
prédios, veículos, móveis); ou Apesar de existir algumas desvantagens na manutenção
• dominiciais, quando constituem patrimônio das pes- preventiva como a substituição antes do fim da vida útil de
soas jurídicas de direito público. alguns componentes, devido à desmontagem do equipa-
mento para revisão, apresentando assim falhas prematuras
Observação: os bens de uso comum do povo e os de uso ou falhas de montagem; e o alto custo envolvido na revisão,
especial são inalienáveis enquanto conservarem a sua quali- a  manutenção preventiva se torna a melhor opção entre
ficação, enquanto os bens dominiciais podem ser alienados, as existentes no mercado e mais compensadora no médio
desde que observadas exigências da lei. e longo prazo pela melhor relação custo‑benefício que
apresenta e, principalmente, por garantir que a operação e
A Gestão de Patrimônio é dividida em dois tipos: funcionamentos não sejam interrompidos.

Gestão de Patrimônio Mobiliário: TOMBAMENTO


• Realiza o registro de entrada e estorno de bens móveis
considerados permanentes por processo de aquisição, Tombamento é o procedimento de identificação de um
doação, convênios, contratos, entre outros; bem patrimonial, efetuado na incorporação do bem ao pa-
• Controla a destinação dos bens patrimoniais em desuso trimônio de uma organização. Por ocasião do tombamento,
(alienação, cessão e baixa); cadastram‑se, em um banco de dados, informações essen-
• Movimentação com fluxo configurável conforme a ciais do bem (características físicas, valor de aquisição etc.).
necessidade da administração;
O bem recebe um número patrimonial, pelo qual é identifi-
• Gestão de manutenção dos patrimônios;
cado, e uma plaqueta (ou etiqueta, ou gravação) contendo
• Ficha individual com todo o histórico da vida do patri-
esse número de registro é afixada no bem (quando possível).
mônio;
O Ato da Mesa nº 63/1997, da Câmara dos Deputados,
• Gestão de depreciação e reavaliação patrimonial;
nos traz definição similar de tombamento:
• Realização de inventário do bem e balanço patrimonial
através de coletor de dados.
Tombamento é o ato de inscrever o bem no registro
Gestão de Patrimônio Imobiliário: patrimonial, com a concomitante afixação do respec-
• Gestão dos imóveis pertencentes à administração di- tivo código numérico mediante plaqueta, gravação,
reta, indireta e terceiros, com o controle de ocupação etiqueta ou qualquer outro método adequado às
e responsabilidade; suas características.
• Permite o controle de ajuste de valor, depreciação e
amortização; A Instrução Normativa nº 205, de 1988, da Secretaria de
• Permite realizar as movimentações através de dispo- Administração Pública da Presidência da República (Sedap)
nibilização, alienação ou locação de bens imóveis de nos traz a seguinte orientação acerca da identificação de
acordo com o fluxograma de cada modalidade; equipamentos e demais materiais permanentes:
• Vinculação entre bens imóveis; 7.13. Para efeito de identificação e inventário, os equi-
• Ferramenta de edição de texto para geração dinâmica pamentos e materiais permanentes receberão números
dos termos de movimentação a partir de modelos sequenciais de registro patrimonial.
altamente customizáveis. 7.13.1. O  número de registro patrimonial deverá ser
aposto ao material, mediante gravação, fixação de plaqueta
Manutenção de Equipamentos (preventiva, corretiva ou etiqueta apropriada.
e preditiva) 7.13.2. Para o material bibliográfico, o número de registro
patrimonial poderá ser aposto mediante carimbo. (Presidên-
Culturalmente, o termo manutenção é utilizado no Brasil cia da República, 1988)
para diversas atividades. Em linhas gerais, muitas vezes, Há bens cujas características físicas não comportam a
é confundido com o termo “reforma”. Por exemplo, realizar fixação de plaquetas de identificação patrimonial. Como
a pintura de um prédio, uma ação rotineira, é uma atividade exemplos, podemos citar:
que pode ser definida como reforma ou manutenção. • bens de dimensões reduzidas como, por exemplo,
A manutenção é dividida em dois grandes blocos, bem alguns modelos de câmeras fotográficas digitais;
conhecidos e definidos: a preventiva e a corretiva. Enquanto • obras de arte, com características físicas passíveis de
serem danificadas pela aposição da plaqueta patrimo-
Conhecimentos Específicos

a primeira é planejada e tem por objetivo evitar o dano e


minimizar as chances de ele acontecer, a segunda corrige o nial etc.
problema já estabelecido. Um terceiro tipo de manutenção
que conquistou espaço no mercado nos últimos anos é a cha- Ademais, existe a hipótese de que, se determinado
mada manutenção preditiva. Conceitualmente, ela antecede bem permanente foi adquirido por baixo custo unitário, seu
a preventiva e é realizada a partir de testes não destrutivos, controle não seja efetuado mediante número patrimonial,
realizados antes de qualquer falha ou problema. Ela monitora mas, sim, de forma simplificada. Nesse sentido, vejamos o
alguns equipamentos vitais ao negócio do cliente, com a função excerto a seguir:
de indicar possíveis “alertas de crise”, dando à preventiva um
mapa de onde trabalhar com maior eficiência e antecedência. Observa‑se que, embora um bem tenha sido adqui-
A manutenção preventiva subdivide‑se em dois tipos, rido como permanente, o seu controle patrimonial
que podem ser determinados pela natureza do negócio. deverá ser feito baseado na relação custo/benefício
A preventiva sistemática utiliza o tempo como referência, desse controle.

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Nesse sentido, a Constituição Federal prevê o Princípio (de acordo com os interesses da empresa) que abranja todos
da Economicidade (artigo 70), que se traduz na relação os itens dentro de um período fiscal.
custo‑benefício, assim, os controles devem ser suprimi- No inventário periódico (ou geral/anual), efetua‑se a con-
dos quando se apresentam como meramente formais tagem de todos os itens em determinados períodos. Quando
ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco. essa rotina é realizada no encerramento do exercício fiscal
Desse modo, se um material for adquirido como (o que é comum), o inventário é também chamado de geral.
permanente e ficar comprovado que possui custo de As informações coletadas no inventário físico são com-
controle superior ao seu benefício, deve ser controla- piladas no inventário analítico, figurando a perfeita carac-
do de forma simplificada, por meio de relação‑carga, terização do material, por meio de dados como descrição
(...), não havendo necessidade de controle por meio padronizada, número de registro patrimonial, valor, estado,
de número patrimonial. No entanto, esses bens de- local de uso etc.
verão estar registrados contabilmente no patrimônio A Instrução Normativa em pauta arrola, ainda, os tipos
da entidade. de inventário físico:
(Secretaria do Tesouro Nacional, 2014, p. 97) a) anual  – destinado a comprovar a quantidade e o
valor dos bens patrimoniais do acervo de cada uni-
Inventário dade gestora, existente em 31 de dezembro de cada
exercício – constituído do inventário anterior e das
É entendido como uma ferramenta de controle dos variações patrimoniais ocorridas durante o exercício;
estoques dos almoxarifados e dos ativos imobilizados (bens b) inicial – realizado quando da criação de uma unidade
patrimoniais). gestora, para identificação e registro dos bens sob sua
Inventário Físico: procedimento de levantamento físico e responsabilidade;
contagens dos itens de material em uma organização. c) de transferência de responsabilidade – realizado quan-
A conferência não se limita aos almoxarifados. As diver- do da mudança do dirigente de uma unidade gestora;
sas incumbências da organização (seções, salas de reunião, d) de extinção ou transformação – realizado quando da
lanchonetes etc.) também são inventariadas, em especial extinção ou transformação da unidade gestora;
com relação a seus materiais permanentes (tombados e com e) eventual – realizado em qualquer época, por iniciativa
registro patrimonial). do dirigente da unidade gestora ou por iniciativa do
órgão fiscalizador. (Presidência da República,  1988)
Dos Inventários Físicos
Movimentação de bens patrimoniais
Inventário físico é o instrumento de controle para a verifi-
cação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, A movimentação de bens patrimoniais, no âmbito de um
e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão público, pode se dar por diversos motivos, a saber:
órgão ou entidade (...). (Presidência da República, 1988) • requisição de um cliente interno;
Segundo a IN nº  205/1988 (Sedap), são objetivos do • devolução;
inventário físico, entre outros: • recolhimento (quando, por exemplo, um material
a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimen- permanente ocioso é encontrado em um inventário,
tações dos estoques com o saldo físico real nas insta- ele é recolhido pela área de controle patrimonial);
lações de armazenagem; • transferência etc.
b) a análise do desempenho das atividades do encarre-
gado do almoxarifado por meio dos resultados obtidos De modo geral, a movimentação de bens patrimoniais
no levantamento físico; não pode prescindir de dois documentos:
c) o levantamento da situação dos materiais estocados • Termo de Responsabilidade, a ser assinado pelo (novo)
no tocante ao saneamento dos estoques; responsável pela guarda e conservação do bem patri-
d) o levantamento da situação dos equipamentos e ma- monial; e
teriais permanentes em uso e das suas necessidades • Guia de Transferência de Material, usualmente emitida
de manutenção e reparos; e por sistemas informatizados, cujo intuito é formalizar
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário a alteração do órgão/servidor responsável pela carga
naquela unidade. (Presidência da República, 1988) patrimonial do bem.

Um aspecto essencial ao qual devemos nos ater é que Análise de valor – Depreciação
os inventários destinam‑se não só ao controle dos materiais
permanentes (bens patrimoniais), mas também ao controle Uma vez adquirido um bem patrimonial (um aparelho de
dos estoques de uma organização. ar condicionado, por exemplo), ele é registrado no sistema de
Há dois modos de se efetuar o inventário físico: cadastro patrimonial com suas características físicas, bem como
o seu valor de compra, conforme registrado na nota fiscal.
No entanto, com o passar dos anos, não é possível afir-
Conhecimentos Específicos

marmos que o seu valor permanece constante. Ele decresce,


em virtude de seu desgaste temporal, bem como de sua
ociosidade tecnológica.
Esse processo de minoração do valor de um bem patri-
monial, originário do transcurso do tempo, é denominado
depreciação, assim definido pelo Manual de Contabilidade
Aplicado ao Setor Público:
No inventário rotativo, estamos permanentemente con- “A depreciação é o declínio do potencial de geração de ser-
tando os itens. O método consiste no levantamento rotativo, viços por ativos de longa duração, ocasionada pelos seguintes
contínuo e seletivo dos materiais existentes em estoque ou fatores: deterioração física, desgaste com uso e obsolescência”
daqueles permanentes distribuídos para uso. Sua vantagem é (Secretaria do Tesouro Nacional, 2014, p. 160).
que não implica a necessidade de paralisação das atividades No setor privado, o cálculo da depreciação tem impacto
da organização, elaborando‑se um cronograma de trabalho direto na apuração do lucro do exercício. Dessa maneira,

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a Secretaria da Receita Federal do Brasil padroniza as taxas in- No entanto, em novembro de 2010, a  Secretaria do
cidentes na depreciação, por meio da Instrução Normativa SRF Tesouro Nacional lançou o Manual de Regularizações Con-
nº 162/1998, alterada pela Instrução Normativa nº 130/1999. tábeis, definindo, entre outros assuntos, o mecanismo da
Para o setor público, até bem recentemente os diversos depreciação no âmbito do Sistema Integrado de Adminis-
órgãos usualmente recorriam às mesmas taxas estabelecidas tração Financeira do Governo Federal (Siafi).
pela Receita Federal, apesar de não haver sido feito um estu- É recomendável resumirmos os principais conceitos
do próprio a fim de definirem os percentuais e a estimativa relativos à depreciação. O quadro a seguir apresenta uma
de vida útil a serem aplicados. síntese sobre esse tema.

Baixa Patrimonial e Alienação as entidades paraestatais, dependerá de avaliação


prévia e de licitação na modalidade de concorrência,
Por fim, a “saída” de um bem patrimonial da organização, dispensada essa nos seguintes casos:
ou o seu desfazimento, é efetuada por intermédio da alie- a) dação em pagamento;
nação, sendo essa a medida administrativa correspondente. b) doação, permitida exclusivamente para outro
Por sua vez, podemos definir o conceito de baixa de um órgão ou entidade da administração pública, de
bem como a sua retirada contábil do acervo patrimonial de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto
uma organização. Um bem baixado deixa de fazer parte do nas alíneas f, h e i;
ativo imobilizado da organização. c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisi-
A baixa patrimonial pode ocorrer por qualquer das se- tos constantes do inciso X do art. 24 dessa lei;
guintes formas: d) investidura;
• Alienação (venda, permuta ou doação, nas formas da e) venda a outro órgão ou entidade da administração
Lei nº 8.666/93); pública, de qualquer esfera de governo;
• Comodato (empréstimo de bem); f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, conces-
• Destruição; são de direito real de uso, locação ou permissão de uso
• Exclusão de bens do cadastro; de bens imóveis residenciais construídos, destinados
• Extravio/roubo/sinistro; ou efetivamente utilizados no âmbito de programas
• Cessão (transferência gratuita de posse). habitacionais ou de regularização fundiária de inte-
resse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
O número de patrimônio de um bem baixado jamais administração pública; (...). (Brasil, 1993)
deve ser repassado a outro bem. Quando um bem é bai-
xado, seu número patrimonial passa a fazer parte de um Ao compararmos a alienação de bens móveis e imóveis,
banco de dados gerenciado pelo setor de administração devemos ter em mente a seguinte regra geral:
patrimonial da organização, referente a itens patrimoniais
desincorporados.
Em uma eventual reincorporação do bem (por exemplo,
um bem furtado que é recuperado), o número patrimonial
é restituído ao mesmo bem.
São condições necessárias à alienação de bens imóveis a
Conhecimentos Específicos

autorização legislativa (a não ser para entidades paraestatais)


e de avaliação prévia (estimativa de seu valor $$).
Os preceitos que regem a alienação de bens imóveis são
estatuídos pelo inciso I do artigo 17 da Lei nº 8.666/1993,
cujos principais aspectos seguem transcritos abaixo: O Decreto nº  99.658, de 30 de outubro de 1990, re-
gulamenta, no âmbito da administração pública federal,
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pú- o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras
blica, subordinada à existência de interesse público formas de desfazimento de material. Pertinente destacar a
devidamente justificado, será precedida de avaliação orientação dessa norma acerca da inutilização ou abandono
e obedecerá às seguintes normas: do material permanente irrecuperável:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legisla-
tiva para órgãos da administração direta e entidades Art.  16. Verificada a impossibilidade ou a inconve-
autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive niência da alienação de material classificado como

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
irrecuperável, a autoridade competente determinará (Cespe/TCE‑PA/ACE‑Contabilidade/2016) Consideran-
sua descarga patrimonial e sua inutilização ou aban- do‑se a definição dos termos crédito e recurso no contexto
dono, após a retirada das partes economicamente da técnica orçamentária, é correto afirmar que a execução fi‑
aproveitáveis, porventura existentes, que serão nanceira trata da utilização dos créditos consignados na LOA.
incorporadas ao patrimônio.
1º A inutilização consiste na destruição total ou A questão afirma que “... execução financeira trata da
parcial de material que ofereça ameaça vital para utilização dos créditos consignados na LOA”, fato incorreto,
pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconve- pois a execução financeira trata da utilização dos RECUR‑
nientes, de qualquer natureza, para a administração SOS, E NÃO DE CRÉDITOS consignados na CONTA ÙNICA DO
pública federal. TESOURO, e não na LOA.
2º A inutilização, sempre que necessária, será feita Gabarito: Errada.
mediante audiência dos setores especializados, de
Para saber mais
forma a ter sua eficácia assegurada.
Administração, Orçamento e Finanças são três disciplinas
3º Os símbolos nacionais, armas, munições e mate- que se alinham no afã de moldar o comportamento do gestor
riais pirotécnicos serão inutilizados em conformidade público na busca do melhor trato das contas públicas, criando
com a legislação específica. normas e paradigmas eficientes e excelentes, sempre asso-
Art. 17. São motivos para a inutilização de material, ciadas às áreas que atuam intimamente a elas: economia,
entre outros: tributária e contabilidade pública.
I – a sua contaminação por agentes patológicos, sem
possibilidade de recuperação por assepsia; evolução do Orçamento No Brasil
II – a sua infestação por insetos nocivos, com risco
para outro material;
III – a sua natureza tóxica ou venenosa;
IV – a sua contaminação por radioatividade;
V – o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta
por terceiros.
Art. 18. A inutilização e o abandono de material serão
documentados mediante Termos de Inutilização ou
de Justificativa de Abandono, os quais integrarão o
respectivo processo de desfazimento. (Brasil, 1990)

Paulo Lacerda
Para saber mais
INTRODUÇÃO, eVOLUÇÃO Podemos afirmar que, pela atual conjuntura política e
ORÇAMeNTÁRIA e LeIS ORÇAMeNTÁRIAS econômica do país, deparamos-nos com dois graus de inter-
venção. Uma ainda baseada na “mão visível” do estado, da
qual saem programas de amparo e assistência, próprios do
Introdução “Welfare State” (estado do Bem-Estar Social), e outra, alicer-
çada na transferência à iniciativa privada de bens e serviços
O modelo orçamentário para a gestão das autorizações até então ofertados pelo estado, próprio do Neoliberalismo,
e dos recursos públicos no Brasil é complexo e extenso, pos- características que veremos a seguir.
suindo, para isso, três leis orçamentárias: PPA, LDO e LOA,
que veremos a seguir. (Cespe/TST/Analista Administrativo) A principal carac-
Este modelo dinâmico e flexível é adotado em todo terística do orçamento‑programa, em contraposição com os
território nacional, ou seja, para todos os quatro entes da orçamentos tradicionais, é a ênfase no objetivo – e não no
federação, que são obrigados a aplicar técnicas e normas, que objeto – do gasto. Em organizações mais simples, que desem‑
foram exaustivamente testadas e consolidadas, promovendo penham uma única função, a indicação do objeto do gasto ou
um bom e regular trato das contas públicas. a natureza da despesa é suficiente para se identificar, ainda
Adiante, veremos todas as informações necessárias e que indiretamente, o objetivo dos dispêndios realizados pela
plausíveis para sua prova de concurso, começando com um unidade responsável.
organograma que posiciona nossa disciplina perante aos
temas inicias dessa odisseia homérica e fascinante chamada: Comentários: Percebam que o examinador tentou te
seu dinheiro! iludir, induzindo‑o a pensar que o “objeto” era o ponto cen‑
tral do Orçamento‑programa. Mas, ao final, ele afirma que
“... se identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

dispêndios...”, fato correto.


Gabarito: Certa.

Para saber mais


Temos outros modelos de orçamentos, embora não
adotados no Brasil em sua magnitude, a saber:
1) Orçamento de Desempenho: orçamento tradicio-
nal evoluiu para o orçamento de desempenho, também
conhecido como orçamento de realizações. Nele, o gestor
público começa a se preocupar com o que o Estado realiza e
conquista, e não com o que compra (os meios e modos), ou
seja, preocupa-se agora em saber “as coisas que o Governo

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
faz e não as coisas que o Governo compra”. Ele é o processo 3) Orçamento participativo: assim como o orçamento
orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimen- base‑zero, também não é conhecido como um tipo de
sões do orçamento: o objeto de gasto e um programa de orçamento, mas sim uma técnica para elaboração de orça-
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Apesar de ser mentos. Por ele, o governante escuta a sociedade quando
um importante avanço, ele ainda se encontra desvinculado da elaboração do orçamento público, tentando verificar a
de um planejamento central das ações do governo, ou seja, possibilidade de entender e atender às demandas da popula-
embora já interpenetre os objetos de gastos aos objetivos, ção. Não obstante, no Brasil, boa parte das receitas públicas
não poderia, ainda, ser considerado um orçamento‑progra- está vinculada por lei a determinado tipo de gasto, fundo
ma, visto que lhe faltava uma característica essencial, que é ou órgão público (exceção ao principio da não afetação dos
a vinculação ao sistema de orçamento ao de planejamento. impostos). Segundo os críticos do orçamento participativo
2) Orçamento base zero ou por estratégia: para muitos brasileiro, os governos podem dispor em torno de 10% do
autores, não é um tipo de orçamento puro, como o orça- orçamento apenas, o  que tornaria a participação popular
mento‑programa ou o orçamento tradicional, mas sim uma uma ilusão ou um factoide político, uma mera participação
técnica. Ele é uma abordagem orçamentária, desenvolvida utópica do cidadão que tende a se deparar com seu desejo
nos Estados Unidos, pela Texas Instruments Inc. Durante o barrado pela homérica rigidez dos orçamentos.
ano de 1969, sendo adotada pelo estado de Geórgia (governo 4) Orçamento incremental: para a doutrina, é muito mais
de Jimmy Carter), com vistas ao ano fiscal de 1973. Nela, na uma técnica que um modelo de orçamento propriamente
fase de elaboração da proposta orçamentária anual -, os ór- dito. Aqui, os itens da receita e da despesa sofrem um ajuste
gãos governamentais deverão justificar, minuciosamente, marginal (adicional) a cada exercício financeiro, reparando
a totalidade de seus gastos. Deve ser feita, ainda, a análise, o valor monetário da moeda. Tecnicamente falando, ele se
a  revisão e a avaliação de todas as despesas propostas e opõe à técnica do orçamento base zero, em que o gestor
executadas e não apenas das solicitações que ultrapassam precisa justificar, a  cada ano, os  gastos a serem orçados.
o nível de gasto já existente no exercício anterior; todos os À conta disso, a técnica do orçamento base zero está mais
programas devem ser justificados cada vez que se inicia um comumente associada aos orçamentos‑programa, ao passo
novo ciclo orçamentário, ou seja, do zero algo deveria ser que o orçamento tradicional geralmente é elaborado com
iniciado. base na técnica incremental.

Variáveis
Sinônimo Busca(va) Adotado pelo Brasil
Tipos
Programa Moderno Objetivos e Resultados.
Tradicional Clássico Objetos e Meios.
Sim
Participação aberta a todos os cidadãos, embora apenas na
Participativo¹ Gerencial
formulação e acompanhamento.
Base Zero Estratégico Análise, Revisão e Avaliação de Despesas.
Incremental Adicional Ajustes marginais na Receita e na Despesa.
Não
Desempenho Objetos e Programas de Trabalho, bem como objetivos sem
Funcional
planejamento.
¹ Em regra, aplicado apenas em Estados, DF e Municípios, conquanto haja a possibilidade da União usar ferramentas de interação com a população.

(Cespe/MMA/Analista) O orçamento base‑zero caracteriza‑se como um modelo do tipo racional, em que as decisões
são voltadas para a maximização da eficiência na alocação dos recursos públicos. Adota‑se, como procedimento básico,
o questionamento de todos os programas em execução, sua continuidade e possíveis alterações, em confronto com novos
programas pretendidos.

Comentários: há o questionamento severo de tudo que é realizado no orçamento base zero, o que facilita o confronto
do que se pretende fazer, embora haja deficiência quanto ao planejamento.
Gabarito: Certa.

Para saber mais
Conhecimentos Específicos

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
(Cespe/SEGER‑ES/Administração/adaptada) De acordo
com a escola de pensamento econômico keynesiana, o Es-
tado consiste em um ente passivo, cuja base é o orçamento
equilibrado, instrumento necessário para a garantia do
planejamento e da expansão das atividades governamentais.
Gabarito: Errada.

Comentários: o pensamento econômico keynesiano


defende um Ente Ativo nas relações e nos domínios econô-
micos e sociais, agindo como um provedor e fomentador do
bem‑estar. Para saber mais
Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes:
Para saber mais a) o desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão
No Brasil, há, por conta da manutenção de políticas antigas social;
e a adoção de políticas recentes, um orçamento “híbrido”, ou b) a melhoria contínua da qualidade dos serviços pú-
seja, há partes do orçamento público que materializam as duas blicos;
escolas acima. Provando essa nova conjuntura composta, ele c) a garantia dos direitos humanos com redução das
possui inúmeros programas sociais e de amparo a pessoas de- desigualdades sociais, regionais, étnico‑raciais, geracionais
sassistidas, como numa rede de proteção social, característica e de gênero;
da doutrina Keynesiana30 bem como, em contrapartida, há d) o estímulo e a valorização da educação, ciência, tec-
uma política clara de desestatização do Estado, privatizan- nologia e inovação e competitividade;
do, concedendo e até dificultando acesso de pessoas a tais e) a participação social como direito do cidadão;
programas, como podemos observar por meio da edição da f) a valorização e o respeito à diversidade cultural;
Emenda à Constituição Federal nº 95/2016, que criou o “teto” g) o aperfeiçoamento da gestão pública com foco no
para os gastos primários por 20 anos no nosso país, uma das cidadão, na eficiência do gasto público, na transparência,
políticas mais neoliberais já adotadas nas nações ocidentais. e no enfrentamento à corrupção; e
h) a garantia do equilíbrio das contas públicas.
(Cespe/Auditor do TCU) Com a difusão da doutrina
keynesiana, o orçamento público consolidou‑se como um Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
instrumento de política fiscal, visando à estabilização ou à previstos nesta Constituição serão elaborados em conso-
expansão da atividade econômica dos países. nância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional. Assim, cuidado: são os planos e programas nacio-
Comentários: Fica claro que a questão está irretocável, nais, regionais e setoriais que devem estar coadunados ao
porque está expresso uma das características principais da PPA, e não ao contrário.
doutrina keynesiana: instrumento de política. O orçamento, (Cespe/ANTAQ/Analista Administrativo) De acordo
após o advento dessa doutrina, passou a ser mais presente no com as normas constitucionais vigentes, o plano plurianual
cotidiano financeiro, estabilizando ou expandindo atividades (PPA) deve ser elaborado em consonância com os planos e
econômicas dos países que o adotaram. programas nacionais, regionais e setoriais.
Gabarito: Certa.
Comentários: Cuidado com as “pegadinhas”. São os pla-
(Cespe/FHCGV‑PA/Contador) Segundo a teoria keyne- nos e programas nacionais, regionais e setoriais que devem
siana, a intervenção econômica estatal, especialmente na estar coadunados ao PPA, e não ao contrário.
dinamização da demanda agregada e na utilização dos Gabarito: Errada.
instrumentos de política de estabilização econômica, é ne-
cessária e justificável, principalmente, para compensar as O “DOM”, que será estabelecido de forma regionali-
falhas dos mecanismos de mercado. zado para atender as diferenças regionais do país para as
despesas:
Comentários: há falhas de mercado que a iniciativa a) de Capital e Outras delas decorrentes; e
privada, por desinteresse ou impossibilidade, não consegue b) Programas de Duração Continuada – PDCs.
sanar. Assim, entra o papel do Estado, suplementando lacu-
nas econômico‑sociais. Para saber mais
Gabarito: Certa. 1) Despesa de Capital são gastos que geram investimen-
tos no país, ou seja, geram bens de capital duráveis, como
obras, softwares e material permanente. Outras delas de-
Leis Orçamentárias correntes são despesas geradas por conta daquelas, isto é,
têm um nexo causal com as despesa de investimento, como
Conhecimentos Específicos

Plano Plurianual – PPA manutenção, conservação, reformas, pintura etc.


2) Aos PDCs não existe ainda nenhum delineamento
Conceito – Peça Estratégica de Médio Prazo satisfatório para este conceito. Sua definição, apesar do des-
Conteúdo da CF/88 (art. 165, § 1º) taque constitucional, não consta nem mesmo dos projetos
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de orçamentários apresentados.
forma regionalizada, as  diretrizes, objetivos e metas da Um passo paralelo foi dado pela LRF:
administração pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas Art.  17. Considera‑se obrigatória de caráter conti-
de duração continuada. nuado a despesa corrente derivada de lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo que fixe
30
keynes: Conjunto de ideias de John Maynard Keynes que propunham a inter-
venção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de
para o ente a obrigação legal de sua execução por
pleno emprego. um período superior a dois exercícios.

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Indicadores de Desempenho do PPA – Teoria dos 6es

PPA
INDICADOReS De DeSeMPeNHO
ESFORÇO RESULTADO
economicidade execução excelência Eficiência Eficácia Efetividade
Está alinhada ao Refere-se à realiza- Conformidade a Relação entre os Quantidade e qua- São impactos ge-
conceito de obten- ção dos processos, critérios e padrões produtos ou servi- lidade de produtos rados pelos produ-
ção e uso de recur- projetos e planos de qualidade ou ços gerados com os e serviços entre- tos/serviço, pro-
sos com o menor de ação conforme excelência para a insumos utilizados. gues ao usuário. cessos ou projetos.
ônus possível. estabelecidos. realização dos pro-
cessos.

Atributos (Elementos Constitutivos) dos Programas


(Temáticos)

Valor Global do Programa, que é a estimativa dos recur-


sos orçamentários e extraorçamentários previstos para a
consecução dos Objetivos, sendo os orçamentários segre-
gados nas esferas Fiscal e da Seguridade Social e na esfera
de Investimento das Empresas Estatais, com as respectivas
categorias econômicas.
Indicador, que é uma referência que permite identificar
Fonte: Modelo de Excelência de Gestão – MEG e aferir, periodicamente, aspectos relacionados a um Progra-
ma, auxiliando a avaliação dos seus resultados.
Programas do PPA Valor de Referência, que é o parâmetro financeiro utiliza-
do para fins de individualização de empreendimento como
a) Temáticos: organizado por recortes selecionados de iniciativa no Anexo III, estabelecido por Programa Temático
políticas públicas, expressa e orienta a ação governamental e especificado para as esferas Fiscal e da Seguridade Social e
para a entrega de bens e serviços à sociedade; e para a esfera de Investimento das Empresas Estatais.
Exemplos: Bolsa-Família; Minha Casa, Minha Vida; Objetivo que expressa as escolhas de políticas públicas
Programa de Aceleração do Crescimento – PAC; Programa para o alcance dos resultados almejados pela intervenção
Universidades para Todos – PROUNI. governamental e tem como atributos:
b) Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao • Órgão Responsável: órgão cujas atribuições mais
estado – GMS: expressa e orienta as ações destinadas ao contribuem para a implementação do Objetivo ou
apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental. da Meta;
Exemplos: Programa de Aperfeiçoamento; Programa de • Meta: medida do alcance do Objetivo, podendo ser de
Gestão e Manutenção do Ministério da Fazenda. natureza quantitativa ou qualitativa;e
• Iniciativa: declaração dos meios e mecanismos de
Para saber mais gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas, ex-
Não integram o PPA 2016-2019 os programas destinados plicitando a lógica da intervenção.
exclusivamente a Operações especiais.
Exemplo: cumprimento de sentenças judiciais, aposen-
tadorias, pagamento de juros, transferências.

ATRIBUTOS
Programa Agropecuária Sustentável – PAS
VALOR GLOBAL INDICADOReS VALOR De ReFeRÊNCIA OBJeTIVOS
R$ 4.000,00 Hectares R$ 1,00 Qualificar os instrumentos de financiamento, fomento, pro-
teção da produção à agricultura familiar.
4 anos Referência Orçamento Fiscal e da ÓRGÃO ReSPONSÁ- MeTAS INICIATIVA
Seguridade Social VeL
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

Data – índice Ministério do Desen- Adquirir 2,7 mi- Disponibilização


volvimento Agrário lhões de toneladas de linhas de
de alimentos. crédito

Lei de Diretrizes orçamentárias – LDO orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a po-
Conceito – Peça Tática de Curto Prazo lítica de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Conteúdo da CF/88 (art. 165, § 2º)
(Cespe/TCE‑PA/Auditor de Controle Externo – Adminis‑
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas tração/2016) A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) pode
e prioridades da administração pública federal, incluindo as conter dispositivos que instituam, suprimam, reduzam ou
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, ampliem alíquotas de tributos.

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Comentários: essa questão entra no rol das mais difíceis, • orientar a elaboração da LOA se torna na mais nobre
pois qualquer leitura rápida ou desatenta faz o candidato função da LDO, que dita o ritmo, o caminho, a ampli-
errar. Vamos destrinchá‑la. A lei de diretrizes orçamentárias tude das autorizações estipuladas naquela lei.
compreenderá (...) disporá sobre as alterações na legislação
tributária (...)”. Quando a CF/88 fala em “disporá”, colocar Metas e prioridades/2018:
numa certa ordem; arrumar, ordenar, e não instituir, supri‑ Crescimento do PIB: 2,5%;
mir, reduzir ou ampliar alíquotas de tributos, que devem ser Salário mínimo: R$ 965,00 (decreto do poder executivo
instituídas por uma lei específica, e não a LDO. pode reduzir tal valor);
Gabarito: Errada. Inflação: 4%;
Taxa Selic: 8%;
Dólar: R$ 4,00;
Resultado Primário: Déficit de R$ 157 bilhões.

LOA

Conceito – Peça Operacional de Curto Prazo

Conteúdo CF/88 (art. 165, § 5º e mais outros “n” dis-


positivos)
Atenção aos seguintes detalhes:
• metas e despesas de capital já se encontram no PPA. A Lei Orçamentária Anual (LOA) estabelece os Orçamen-
A LDO faz uma depuração de tais dispositivos, para tos da União, por intermédio dos quais são estimadas as
serem realizados num exercício respectivo; receitas e fixadas as despesas do governo federal. Na sua
• tributos são divididos em: impostos, taxas e contribui- elaboração, cabe ao Congresso Nacional avaliar e ajustar a
ções. Todas as normas e efeitos que nestes impactem proposta do Poder Executivo, assim como faz com a Lei de
devem star dispostas na LDO, que, por sua vez, abaste- Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Plano Plurianual (PPA).
cerá a LOA de informações numéricas e gerencias para Os Orçamentos da União dizem respeito a todos nós, pois
uma aproximação da realidade econômica do país. geram impactos diretos na vida dos brasileiros. O Orçamento
• as agências financeiras oficiais de fomento são intui- Brasil é um instrumento que ajuda na transparência das
ções da Administração Indireta, criadas e autorizadas contas públicas ao permitir que todo cidadão acompanhe e
para intervir na economia sob o espectro creditício, fiscalize a correta aplicação dos recursos públicos.
http://www2.camara.leg.br/orcamento‑da‑uniao/
como Banco do Brasil, Caixa, BNDES etc. para qual seg- leis-orcamentarias/loa
mento este bancos caminharão, depende das normas
instituídas na LDO;
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

¹ O valor do refinanciamento é uma clara manobra orçamentária que desvia valores do orçamento da manutenção da máquina pública para pagar
juros. Governo, não obstante, poderá emitir o referido montante em títulos públicos para rolar o mesmo montante em títulos vencíveis durante o exercício
ou utilizar parte do orçamento fiscal para quitar tal débito.
² Como percebemos na representação acima, o valor autorizado para o orçamento da seguridade social é deficitário, provocando um ma‑
labarismo orçamentário no orçamento fiscal, que transfere 282 bilhões para aquele sanar, diminuindo ainda mais este, que banca a educação,
trabalho, defesa, regulação, justiça etc.

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(Cespe/STJ/Analista Administrativo/2015) Considerando significa que, ao longo desse período, as despesas da União
que a lei orçamentária para 2015 incluiu, tanto na estima‑ não vão crescer mais do que a inflação.
tiva da receita como na fixação da despesa, a importância Haverá um limite individual para cada um dos poderes
aproximada de R$ 905 bilhões a título de refinanciamento da (Executivo, Legislativo, Judiciário), para o Ministério Público
dívida pública federal, é correto afirmar que a União poderá e para a Defensoria Pública.
emitir o referido montante em títulos públicos para rolar o
mesmo montante em títulos vencíveis durante o exercício. Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercício,
Gabarito: Certa. limites individualizados para as despesas primárias:
I – do Poder Executivo;
Comentários: como já afirmado por nós, o refinancia‑ II – do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tri-
mento da dívida pública federal pode ser pago à conta do bunal de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça,
orçamento fiscal ou emitir o referido montante em títulos da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, da Justiça
públicos para rolar tal montante em títulos. Convém frisar Militar da União, da Justiça Eleitoral e da Justiça do
que essa prova foi em 2015, o qual havia um déficit de “ape‑ Distrito Federal e Territórios, no âmbito do Poder
nas” 905 bilhões, montante já majorado, em três anos, para Judiciário;
1,1 trilhão na LOA/2018, indicador irrefutável do quão em III – do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e
frangalhos estão as contas públicas. do Tribunal de Contas da União, no âmbito do Poder
Legislativo;
Novo Regime Fiscal IV – do Ministério Público da União e do Conselho
Nacional do Ministério Público; e
A emenda constitucional nº 95/2016 (teto dos gastos V – da Defensoria Pública da União.
primários) alterou o Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias – ADCT, passando a vigorar acrescido dos se- Todas as demais despesas, como em Saúde e em Edu-
guintes arts. 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113 e 114, cação, com o Bolsa-Família, transportes, defesa e reforma
instituindo o Novo Regime Fiscal no país, e dá outras pro- agrária, entre outros, estão incluídos na regra do novo regime
vidências. Segundo o Ministério da Fazenda, ela prevê uma fiscal, com o detalhe de que alguns deles, como Previdência
redução gradual e contínua das despesas do governo nos Social e a regra da folha de pagamentos do governo, têm
próximos 20 anos para equilibrar as contas públicas. Isso regras próprias.

Assim: Penalidades/ Vedações aplicadas ao poder/órgão que


Despesas primárias correntes = (¹despesas primárias do a descumprir:
ano anterior + ²inflação do período) – ³restos a pagar pagos • concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento,
reajuste ou adequação de remuneração de membros
Para saber mais de Poder ou de órgão, de servidores e empregados
Tal emenda: públicos e militares, exceto dos derivados de sentença
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

• é aplicada apenas à União; judicial transitada em julgado ou de determinação legal


• controla economicamente o orçamento; decorrente de atos anteriores à entrada em vigor desta
• vale por 20 anos; Emenda Constitucional;
• pode ser revista após 10 anos de sua promulgação; • criação de cargo, emprego ou função que implique
• é imune às variações e melhoras de arrecadação de aumento de despesa;
receitas, o que gerou muitas críticas à rigidez mórbida. • alteração de estrutura de carreira que implique au-
mento de despesa;
Tem exceções: transferências constitucionais da CF/88; • admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título,
créditos extraordinários; despesas não recorrentes da Jus- ressalvadas as reposições de cargos de chefia e de
tiça Eleitoral com a realização de eleições; despesas com direção que não acarretem aumento de despesa e
aumento de capital de empresas estatais não dependentes; aquelas decorrentes de vacâncias de cargos efetivos
refinanciamento de dívidas. ou vitalícios;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• realização de concurso público, exceto para asreposi- a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV
ções de vacâncias previstas na proibição anterior; do caput do art. 7º da Constituição Federal;
• criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, • criação ou expansão de programas e linhas de finan-
abonos, verbas de representação ou benefícios de ciamento, bem como a remissão, renegociação ou
qualquer natureza em favor de membros de Poder, refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação
do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de das despesas com subsídios e subvenções;
servidores e empregados públicos e militares; • concessão ou a ampliação de incentivo ou benefício
• criação de despesa obrigatória; de natureza tributária;
• adoção de medida que implique reajuste de despesa • concessão da revisão geral prevista no inciso X do caput
obrigatória acima da variação da inflação, observada do art. 37 da Constituição Federal.

Alcance

Para saber mais (Cespe/ANTT/Técnico Administrativo) São subvenções


Segundo a Lei nº 4.320/1964, art.12, § 3º, Consideram‑se econômicas as dotações destinadas pelo governo a cobrir a
subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências des- diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda
tinadas a cobrir despesas de custeio das entidades benefi- de gêneros alimentícios ou outros materiais.
ciadas, distinguindo‑se como: Gabarito: Certa.
• subvenções sociais, as que se destinem a instituições
públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, Comentários: essa modalidade de apoio financeiro con-
sem finalidade lucrativa; e siste na aplicação de recursos públicos não reembolsáveis
• subvenções econômicas, as  que se destinem a em- (que não precisam ser devolvidos) diretamente em empresas,
presas públicas ou privadas de caráter industrial, para compartilhar com elas os custos e riscos inerentes a tais
comercial, agrícola ou pastoril. atividades. E cobrir a diferença entre os preços de mercado
e os preços de revenda de gêneros alimentícios ou outros
Atenção: a finalidade é apenas para cobrir despesa de materiais, barateando‑os à população está no rol de suas
custeio, que, no caso das sociais, corroboram com o atendi- intervenções.
mento de amparo de pessoas desassistidas, e, no caso das
econômicas, acodem empresas ou segmentos mercantis com
vistas a gerenciar preços, emprego, renda etc.

Para saber mais
Conhecimentos Específicos

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Função de diminuir desigualdades inter‑regionais te enganar. A  função de reduzir desigualdades inter‑re-
gionais, atribuída aos orçamentos, orienta a elaboração
Orçamentos: fiscal e investimento do orçamento Fiscal e de Investimento. O orçamento da
Critério: populacional Seguridade Social é um ambiente de amparo e de assis-
Compatibilizada: PPA tência, e não econômico, passando longe de reduzir algo
na sociedade.
(Cespe/MPOG/Analista‑Técnico Administrativo/2015) Gabarito: Errada.
Afunção de reduzir desigualdades inter‑regionais, atribuída
aos orçamentos, orienta a elaboração do orçamento da Renúncias de Receitas (art. 165, § 6º, da CF/88) 
seguridade social no sentido de destinar proporcionalmente
maiores números e valores de benefícios previdenciários para O projeto de LOA será acompanhado de demonstrativo
as regiões mais pobres do país. regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decor-
rente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
Comentários: como podemos facilmente observar, de natureza financeira, tributária e creditícia.
o examinador deixa o texto suave e sedutor no desejo de

Processos das Leis Orçamentárias

Geral
Enviado Até* Para/Devolvido Até* Para
PPA Poder Executivo 31/08 Poder Legislativo 22/12
LOA Competência exclusiva Poder Executivo
Competência exclusiva
LDO Art. 84, XXIII, CF/88 15/04 17/07
Caso não envie? Caso não devolva?
Poder Executivo Poder Legislativo
Poder Executivo Poder Legislativo
1) LDO: nenhuma ati-
tude; 1) LDO: não terá recesso
2) PPA: executará as Des- parlamentar;
pesas de Capital e os 2) PPA e LOA:
Programas de Duração 2.1) aprovação, durante
Variáveis Comete crime de Utilizará a lei or- Continuada por meio de a legislatura, de uma
çamentária vigen-
responsabilidade Medida Provisória; sessão extraordinária; ou
te como proposto
3) LOA: executará as 2.2) espera o inicio da
Despesas de Capital por próxima sessão legislati-
meio de Medida Provisó- va – 02/02.
ria e as despesas corren-
tes por meio da divisão
da LOA em 1/12 avos;
Ações finais das Leis Orçamentárias ao chegarem ao Poder executivo Sanção Veto
* Prazos aplicados apenas à esfera federal, pois cada ente tem autonomia para estabelecer os seus próprios prazos de acordo com suas nuances
políticas, geográficas, gerenciais.

Específico

Proposta Vigência
1 vez/mandato pre- No 1ª ano do manda- Inicia no 2º ano de mandato, dia 1º/01,
PPA sidencial, que tem to presidencial 4 anos e vai até o fim do 1º ano de mandato
4 anos do sucessor, ou seja, até 31/12.
No ano seguinte ao da 01/01 até 31/12, ou seja, 1 ano civil
LOA
sua proposta ou 1 exercício financeiro
Todos os anos
No mínimo, 1 ano ou 12 meses ou exercício financeiro. Atenção:
LDO
Conhecimentos Específicos

não necessariamente 1 ano civil

(Cespe/FUB/Auditor) No âmbito federal, o projeto de Alteração do PPA


lei do plano plurianual será encaminhado anualmente pelo
Poder Executivo ao Congresso Nacional até quatro meses O PPA é uma lei de médio prazo, com prazo de vigência
antes do encerramento do exercício. vultuoso em face das mudanças contingências da economia,
instantâneas em sua plenitude.
Comentários: a questão é típica de concurso público. Há Assim, necessita‑se de instrumentos que o atualize,
uma palavra no texto que o macula: anualmente. Sabermos
que o PPA é enviado 1 vez/mandato presidencial, que tem 4 proporcionando uma lei sempre atualizada.
anos, ou seja, ele será enviado quadrienalmente.
Gabarito: Errada.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
(Cespe/ICMBIO/Técnico Administrativo) O período do plano plurianual (PPA) coincide com o período do mandato do
chefe do Poder Executivo.
Gabarito: Errada.

Comentários: como vimos na figura anterior, apesar do PPA ter a mesma quantidade de tempo do mandato presidencial
(4 anos), aquele não concede com este, deixando a assertiva maculada no trecho “...coincide com o período do mandato
do chefe do Poder Executivo”.

Características Finais do Processo

1º ano de mandato 2º ano de mandato


Vigência de PPA
*Quatro anos de vigência
Proposição de PPA*
Proposição de LDO****
Proposição de LDO**

Vigência de LDO Vigência de LDO** Vigência de LDO****

Proposição de LOA*** Proposição de LOA


Vigência de LOA Vigência de LOA***
As Peças Orçamentárias são Leis O MTO/2018 define-o como um processo contínuo,
dinâmico e flexível em que se avaliam os programas do
• Ordinárias: necessitam de maioria simples para sua setor público.
aprovação. Assim, ele pode ser definido como um rito legalmente
• Temporárias: são autorrevogáveis. estabelecido, com etapas que se repetem periodicamente e
• Autorizativas: não são de execução obrigatória, salvo que envolvem fases ou estágios que materializam o processo
as emendas impositivas. orçamentário.
• Apenas em sentido Formal: nos seus processos e nas
suas competências. Fases
• Especiais: de ciclo orçamentário distinto, exigindo
celeridade e qualidade nas etapas orçamentárias. • Elaboração – Iniciativa.
• Que não geram direito subjetivo: não dão ao cidadão • Aprovação – Autorização.
o direito de requerer, em qualquer instancia, que algo • Execução – Realização das Receitas (RR) e Realização
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

seja executado. das Despesas (RD).


• “Irrejetáveis”: o envio e aprovação delas são atividades • Controle – Avaliação.
vinculadas, não comportando, portanto, rejeições,
salvo, no último caso, a LOA. Para saber mais
A LOA tem dois (2) anos de ciclo orçamentário:
CICLO ORÇAMeNTÁRIO 1º ano: ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO;
2º ano: EXECUÇÃO E CONTROLE.
Conceito Para algumas bancas, o ciclo é dividido em 4 etapas:
Elaboração, Aprovação, Execução e Controle.
Ele corresponde ao período de tempo em que se proces- Para o Cespe, o ciclo é dividido em oito etapas: 1ª
sam as atividades típicas do orçamento público, desde sua Elaboração, 2ª Iniciativa, 3ª Aprovação, 4ª Autorização, 5ª
concepção até a apreciação final. Execução, 6ª Realização das Receitas (RR) e Realização das

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Despesas, 7ª Controle e Avaliação e 8ª Prestação de Contas do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução
do Presidente da república. e acompanhamento.
Esta questão do Cespe a seguir foi considerada errada, Gabarito: Errada.
pois ela resume o ciclo a apenas 4 etapas.
Para saber mais
(Cespe/TCE‑PA/Auditor de Controle Externo‑Economia) Segundo o art. 34, da Lei nº 4.320/1964, A LOA tem
O ciclo orçamentário é constituído de uma sequência de qua‑ um (1) exercício financeiro de vigência, que coincide com
tro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas como parte o ano civil.

Processo

Para saber mais crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante


O processo cíclico orçamentário já foi atribuído apenas (...)”. A realização de um evento da magnitude de uma Copa
ao legislativo e atribuído ao Executivo, mas agora é misto: do Mundo de futebol é um fator relevante demais para não
Executivo e Legislativo ao mesmo tempo. ser considerado.
A Lei de Responsabilidade Fiscal corroborou com esse
planejamento quando, em seu art. 12, trouxe pitadas de elaboração
eficiência e clareza a esse processo.
Conceito
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas
técnicas e legais, considerarão os efeitos das altera- Processo de preparação do Orçamento de um ente
ções na legislação, da variação do índice de preços, do político (União, Estados e Municípios). É regido em caráter
crescimento econômico ou de qualquer outro fator geral pelos artigos 165 a 167 da Constituição Federal, pela
relevante e serão acompanhadas de demonstrativo Lei Federal nº 4.320/1964, pela Lei Federal nº 10.180/2001,
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção bem como inúmeras normas e ações estatais que colaboram
para os dois seguintes àquele a que se referirem, com a boa e regular eficiência no planejamento.
e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Envolve a preparação anual, pelo Poder Executivo, do
(...) projeto da lei orçamentária (abrangendo inclusive as pro-
§ 3º O Poder Executivo de cada ente colocará à postas orçamentárias dos demais Poderes, centralizadas pelo
disposição dos demais Poderes e do Ministério Pú- Poder Executivo em sua função administrativa), seguida de
blico, no mínimo trinta dias antes do prazo final para seu envio ao Poder Legislativo para discussão, alteração e
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, aprovação. Por ter natureza de lei ordinária, a lei orçamen-
os estudos e as estimativas das receitas para o exer- tária, após a aprovação final pelo Legislativo, segue ao Chefe
cício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as do Poder Executivo (Presidente da República, Governador
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

respectivas memórias de cálculo. ou Prefeito, conforme o ente) para sanção. A tramitação da


proposta de lei orçamentária no Poder Legislativo Federal
(Cespe/PF/ Administrador) As previsões de receita para foi regulamentada pelo Congresso Nacional, através da Re-
o exercício financeiro de 2014 não precisam considerar os solução nº 1/2006-CN, de 22 de dezembro de 2006 (D.O.U.
possíveis efeitos decorrentes da realização da Copa do Mundo 26/12/2006).
de futebol na evolução da arrecadação pública. Fonte: Glossário do Senado Federal
Gabarito: Errada.
Para saber mais
Comentários: como podemos observar no caput do O Projeto de LOA será encaminhado pelo Poder Execu-
art. 12 da LRF, “(...) as previsões de receita observarão as tivo ao Congresso Nacional conjugado com uma mensagem
normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alte‑ presidencial, que deve conter o resumo das políticas setoriais
rações na legislação, da variação do índice de preços, do do governo, bem como os cenários macroeconômicos para o

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exercício seguinte, preparando aquele o terreno para uma 3) Advocacia‑Geral da União (AGU);
boa aprovação deste. 4) Ministérios.
e) Unidades Orçamentárias (Uos):
(TRT 8ª Região/Analista Contábil – adaptada) A men-
sagem de encaminhamento do projeto de lei orçamentária Conceito: menores unidades contempladas nominal-
deve conter o resumo das políticas setoriais do governo. mente na LOA.
Gabarito: Certa. Quem são: Estruturas:
1) Administrativas, como os órgãos, como o Departamen-
Comentários: uma questão de memorização apenas. to de Polícia Federal (DPF), e as entidades, com Universidade
Federal de Brasília (UnB);
Personagens 2) Não Administrativas, como juros, transferências, re-
serva de contingencia, operações de créditos.
a) Presidente da República (PR): responsável exclusivo
pelo envio do PLOA ao Congresso nacional. Segundo o glossário do Senado Federal, Unidade Orça-
b) Ministério do Planejamento (MP): Órgão Central de mentária é órgão da administração direta, inclusive fundo
Planejamento Orçamentário (OCPO). ou órgão autônomo, e entidade administração indireta (au-
c) Órgãos Específicos, a saber: tarquia, fundação ou empresa estatal) em cujo nome a lei
1) Secretaria de Orçamento Federal (SOF): responsável orçamentária ou crédito adicional consigna, expressamente,
por elaborar os orçamentos fiscal e da seguridade social; dotações com vistas à sua manutenção e à realização de um
2) Secretaria de Coordenação e Governança das Empre- determinado programa de trabalho. Constituem desdobra-
sas Estatais (SEST): responsável por elaborar o orçamento mentos da LOA.
de investimento das estatais.
d) Órgãos Setoriais (OSs): Para saber mais
1) Casa Civil da Presidência da república; O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal (SIPOF)
2) Vice‑Presidência da república; é materializado pela Lei nº 10.180/2001, a qual divide‑o em:

(MDIC/Analista administrativo) Entre os órgãos setoriais Comentários: os órgãos setoriais do sistema de plane-
do sistema de planejamento estão as unidades de planeja- jamento as unidades de planejamento e orçamento dos
mento e orçamento dos Ministérios e da Casa Civil da Pre- Ministérios e da Casa Civil, da AGU e da Vice‑Presidência.
sidência da República e a Secretaria de Orçamento Federal. A Secretaria de Orçamento Federal é um órgão específico
Gabarito: Errada. do sistema.

Correlação
Conhecimentos Específicos

Para saber mais
Unidades Administrativas são órgãos subordinados às UOs, que não têm seu nome disposto na LOA, precisando, assim,
de descentralizações orçamentárias destas.

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(TRT 8ª Região/Analista Contábil 0 adaptada) Consi- Comentários: As funções de planejamento e orçamento,
dera‑se unidade administrativa o agrupamento de serviços no Brasil, são estruturadas de forma centralizada na União
a que são consignadas dotações orçamentárias próprias. e não para todo o Brasil, respeitando a forma federativa de
Gabarito: Certa. Estado.

Comentários: Considera‑se unidade orçamentária, e não (IPS‑ES/Contador – adaptada) As unidades responsá-


administrativa, o agrupamento de serviços a que são consig- veis pelos orçamentos dos Poderes Legislativo e Judiciário
nadas dotações orçamentárias próprias. e do Ministério Público estão sujeitas hierarquicamente ao
órgão central, o Ministério do Planejamento, Orçamento
(IPS‑ES/Contador  – adaptada) As funções de planeja- e Gestão.
mento e orçamento, no Brasil, são estruturadas de forma Gabarito: Errada.
centralizada, a exemplo de uma república unitária, pois o
sistema de planejamento e de orçamento federal deve Comentários: Sem prejuízo das competências constitu-
promover a articulação da União com os estados, o Distrito cionais e legais de outros Poderes, as unidades responsáveis
Federal (DF) e os municípios, visando à compatibilização das pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa
normas e atribuições de todos eles. do órgão central do Sistema, e não a ele.
Gabarito: Errada.

Processo

Conhecimentos Específicos

Fonte: MTO/2018

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Para saber mais b) Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fase descentemente: do MP às UOs; Fiscalização – CMO.
Fase ascendente: das UOs ao MP. Composição: 40 parlamentares*, sendo 30 deputados
federais e 10 senadores;
Obs.: o sistema de elaboração é considerado “misto”, * Esse número é revisado a cada ano, por isso pouco se
pois há envolvimento de várias unidades do Poder Exe- cobra esse dado em provas de concursos.
cutivo.
Função:
1) receber as emendas dos parlamentares e, sobre elas,
Aprovação Orçamentária
deliberar, bem como emitir parecer sobre:
- LOA;
Personagens - LDO;
- PPA;
a) Congresso Nacional – CN. - Créditos Adicionais;
Composição: 594 parlamentares. - Planos e Programas Nacionais, regionais e setoriais;
Função: - Prestação de Contas Anual do Presidente da República.
1) receber e aprovar a lei do orçamento;
2) enviar as emendas a Comissão mista responsável por 2) Fiscalização das ações dos Agentes responsáveis pela
suas aprovações; aplicação do erário.

Processo Legislativo Especial

Congresso Nacional X – Esporte;


Recebimento do PLOA. XI – Meio Ambiente;
Envio do PLOA à CMO. XII – Fazenda e Planejamento;
Envio de emendas (todos os 594 podem enviar) à CMO. XIII – Indústria, Comércio e Micro e Pequenas Empresas;
XIV – Trabalho, Previdência e Assistência Social;
CMO XV – Defesa e Justiça; e
Recebimento do PLOA. XVI – Presidência, Poder Legislativo, Poder Judiciário,
Recebimento das emendas dos parlamentares. MPU, DPU e Relações Exteriores.
Deliberação sobre as conformidades do PLOA e das
emendas. Competência para emendar (Colegiadas e Individuais)
Confecção do Parecer. Colegiadas
1) de Comissão Permanente, como CCJ, CMO;
Para saber mais 2) de Mesa Diretora do Senado e da Câmara;
Segundo a Resolução nº 1/2006 do Congresso Nacional, 3) Bancadas Estaduais, com RJ, RN, AM, DF, RS.
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

art. 26, há, na CMO, 16 áreas temáticas, que são responsáveis


Para saber mais
pela deliberação de assuntos específicos:
Há uma novidade substancial, concursandos, às emendas
I – Transporte;
de bancada estadual: duas são de execução obrigatória, ou
II – Saúde;
seja, são de impositivas ao poder executivo, até 0,8% da
III – Educação e Cultura; Receita Corrente Líquida – RCL – do PLOA.
IV – Integração Nacional;
V – Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Agrário; Individuais – todas são (de execução) impositivas
VI – Desenvolvimento Urbano; (obrigatórias)
VII – Turismo;
VIII – Ciência e Tecnologia e Comunicações; Ato de emendar
IX – Minas e Energia; 1) Número de Emendas por Parlamentar: 25;

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Para saber mais 1.200,00 / 594 = 20,20 (este o valor que cada parlamentar
A Emenda Constitucional nº 86/2015 criou a imposição tem para, em até 25 vezes, emendar o PLA)
de tais emendas, bem como os pormenores para sua ope-
racionalização Ato de Executar a Emenda
1) Valor (%) Máximo: 1,2 da Receita Corrente Líquida
2) Valor (%) Máximo: até 1,2% da RCL do PLOA; executada no ano anterior
3) Valor (%) Parcial: 0,6% (do 1,2%) deve ser alocado
obrigatoriamente na área de saúde, salvo despesas com Para saber mais – casos que eximem o Presidente da
pessoas e seus encargos; República da execução obrigatória:
3) Cálculo da RCL: 1º) Impedimentos de ordem técnica:
RCL = Receitas Correntes – Gastos Constitucionais, legais Ex.: o valor da emenda é insuficiente para sua execução;
e previdenciários
Distribuição: 2º) Não cumprimento da meta de resultado fiscal (valor
RCL * 0,012 = X das receitas ficar aquém das metas de inadimplência);
X / 594 parlamentares = Y que ó valor individual 3º) Os restos a pagar poderão ser considerados para fins
de cumprimento da execução financeira das emendas, até o
Exemplo: limite de 0,6% RCL realizada no exercício anterior.
RCL = 100.000,00 * 0,012 = 1.200,00

Emendas de execução obrigatória


Ato de emendar Ato de executar as emendas
Base De quê % Número de emendas Base De quê % Número de emendas
Bancada 0,8 2 Ano 0,8 2
RCL PLOA RCL
Individual 1,2 25 anterior 1,2 25
Parlamentares Chefe do Poder Executivo Federal
Discricionário Impositivo, salvo impedimento de ordem técnica

Notem que as informações são semelhantes, salvo o Fiscal – Lei Complementar nº 101/2000, reza que a reestima-
parâmetro da RCL: tiva de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida
1) para emendar: usa‑se a RCL do PLOA; se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
2) para executar a emenda: usa‑se a RCL executada no
ano anterior. Para saber mais
O valor reestimado será registrado numa conta “Re-
(Cespe/STJ/Analista Administrativo) O chamado orça- serva de Recursos” para uso oportuno nas emendas de
mento impositivo se caracteriza, entre outros aspectos, pela apropriação.
obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares
individuais, até o limite de 1,2% da receita corrente líquida Art. 12. As previsões de receita observarão as normas
anual prevista no projeto de lei orçamentária encaminhado técnicas e legais, considerarão os efeitos das altera-
pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo. ções na legislação, da variação do índice de preços, do
Gabarito: Errada. crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante e serão acompanhadas de demonstrativo
Comentários: muitos candidatos não se atentam a um de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
detalhe sórdido desta questão, respondida pelo quadro aci- para os dois seguintes àquele a que se referirem,
ma. É que orçamento impositivo se caracteriza, entre outros e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
aspectos, pela obrigatoriedade de execução das emendas §  1º  Reestimativa de receita por parte do Poder
parlamentares individuais, até o limite de 1,2% da receita Legislativo só será admitida se comprovado erro ou
corrente líquida anual executada no ano anterior, e não omissão de ordem técnica ou legal.
aquela prevista no projeto de LOA encaminhado pelo Poder
Executivo ao Poder Legislativo, que, por sua vez, é fonte para 2) Renúncia: basta tramitar, no Congresso Nacional,
o ato de emendá‑la. uma (outra) lei que autoriza benefício ou incentivo da qual
decorra renúncia fiscal.
Para saber mais c) Despesas:
Considera‑se equitativa a execução das programações 1) Cancelamento.
de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e O que propõe: anulação de uma dotação enviada pelo
Conhecimentos Específicos

impessoal às emendas apresentadas, independentemente Poder executivo.


da autoria.
Isso evita privilégios e perseguições por parte do Poder Para saber mais
Executivo perante ao Poder Legislativo, preservando o prin- O valor cancelado pode ser fonte para a abertura de
cípio da separação dos poderes. créditos adicionais.

Tipos de Emendas 2) Apropriação.


a) Texto: altera a redação do Projeto de Lei Orçamentária O que propõe: acréscimo de dotação em programação
Anual; existente no PLOA ou inclusão de nova programação.
b) Receitas: Fonte: Reserva de Recursos e/ou de outras definidas no
1) Reestimativa: Art. 12, § 1º, da Lei de Responsabilidade Parecer Preliminar;

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3) Remanejamento (constitucional) art. 166 da CF/88. I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com
O que propõe: criação ou aumento de programação a lei de diretrizes orçamentárias;
da PLOA. II – indiquem os recursos necessários, admitidos
Fonte de custeio: anulação de outra despesa, salvo apenas os provenientes de anulação de despesa,
despesa com: excluídas as que incidam sobre:
- pessoal e seus encargos sociais; a) dotações para pessoal e seus encargos;
- serviços da dívida; b) serviço da dívida;
- transferências a outros entes da federação; c) transferências tributárias constitucionais para
- reserva de contingência. Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plu- a) com a correção de erros ou omissões; ou
rianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma Para saber mais
do regimento comum. Redação Final: resultado da conjunção entre o PLOA
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de mais as emendas, que receberam parecer técnico/político
Senadores e Deputados: da CMO.
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos re-
feridos neste artigo e sobre as contas apresentadas (Senado Federal/Consultor de Orçamento) As emendas
anualmente pelo Presidente da República; ao projeto de lei do orçamento anual, ao indicarem os recur-
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e sos necessários mediante anulação de despesa, não podem
programas nacionais, regionais e setoriais previstos oferecer para cancelamento, entre outras, as dotações para
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e pessoal e seus encargos, e os encargos previdenciários da
a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação União.
das demais comissões do Congresso Nacional e de
suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. Comentários: que as emendas ao projeto de LOA,
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão ao indicarem os recursos necessários mediante anulação
mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, de despesa, não podem oferecer para cancelamento, entre
na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas outras, as dotações para pessoal e seus encargos, nós já
do Congresso Nacional. sabemos. O que “pega” são as despesas sobre os encargos
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual previdenciários da União, que estão fora do rol taxativo
ou aos projetos que o modifiquem somente podem de exceções
ser aprovadas caso: Gabarito: Errada.

Congresso Nacional

Para saber mais III – a realização de operações de créditos que exce-


Sessão: será em conjunto. dam o montante das despesas de capital, ressalvadas
Apuração dos votos: será em separado. as autorizadas mediante créditos suplementares ou
Não há mais possibilidade de termos novas emendas especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

apresentadas ao PLOA. Poder Legislativo por maioria absoluta;


Maioria simples: metade dos presentes mais um (1) IV – a vinculação de receita de impostos a órgão,
parlamentar na sessão. fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do pro-
duto da arrecadação dos impostos a que se referem
Segundo a CF/88, art. 167: os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as
São vedados: ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de ativi-
I – o início de programas ou projetos não incluídos dades da administração tributária, como determinado,
na lei orçamentária anual; respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII,
II – a realização de despesas ou a assunção de obriga- e a prestação de garantias às operações de crédito por
ções diretas que excedam os créditos orçamentários antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem
ou adicionais; como o disposto no § 4º deste artigo;

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V – a abertura de crédito suplementar ou especial ção, especificação ou discriminação, que tem, por finalidade,
sem prévia autorização legislativa e sem indicação vedar dotações globais não especificadas no orçamento, ou
dos recursos correspondentes; seja, sem discriminação, este princípio está consignado no
VI – a transposição, o remanejamento ou a transfe- art. 5º e no art. 15 da Lei nº 4.320/1964.
rência de recursos de uma categoria de programação Gabarito: Certa.
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa; Quanto à Esfera
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII  – a utilização, sem autorização legislativa es- Identifica se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal
pecífica, de recursos dos orçamentos fiscal e da (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empre-
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir sas Estatais (I), conforme disposto no §  5º do art.  165 da
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive CF. Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera
dos mencionados no art. 165, § 5º; orçamentária é composto de dois dígitos e será associado à
IX  – a instituição de fundos de qualquer natureza, ação orçamentária.
sem prévia autorização legislativa. Divisão: Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S)
X – a transferência voluntária de recursos e a conces- ou de Investimento das Empresas Estatais (I).
são de empréstimos, inclusive por antecipação de Codificação:
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
- um (1) nível;
instituições financeiras, para pagamento de despesas
- dois (2) dígitos
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados,
Ex.:
do Distrito Federal e dos Municípios.
XI – a utilização dos recursos provenientes das contri-
buições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para
a realização de despesas distintas do pagamento de
benefícios do regime geral de previdência social de
que trata o art. 201.
Quanto à Instituição (Institucional)
DESPESAS
Identifica as instituições (os órgãos ou as unidades) or-
Classificação çamentárias detentoras dos créditos e, posteriormente, dos
recursos. Sua ênfase é na responsabilidade pelo gasto (no
Quanto à Fixação que o órgão pode gastar e quanto pode gastar).
Divisão: Órgão Orçamentário (geralmente um ministério)
Despesa Orçamentária (OO) e Unidade Orçamentária (um órgão ou entidade subor-
Aquela que depende de autorização legislativa para ser dinada, orçamentariamente, àquele) (UO).
realizada e que não pode ser efetivada sem a existência de Codificação:
crédito orçamentário que a corresponda suficientemente. - dois (2) níveis;
São despesas orçamentárias aqielas que constem, pre- - cinco (5) dígitos
viamente, na LOA ou em Créditos adicionais, necesssitando, Ex.:
assim, de autorização legislativa para sua execução.

Despesa Extraorçamentária
Constitui o pagamento que não depende de autorização
legislativa, ou seja, não integra o orçamento público, salvo
as operações de crédito por antecipação de receita orça-
mentárias – AROs – que necessitam de tal autorização. Quanto à Função (Funcional)
Resumem‑se à devolução de valores arrecadados sob o
título de ingressos extraorçamentários, como, por exemplo,
Composta de um rol de funções e subfunções prefixadas,
cauções e restos pagar pagos.
que servem como agregador dos gastos públicos por área de
ação governamental nas três esferas de Governo.
(Cespe/TCU‑ACE) A publicação do Quadro de Detalha-
Divisão: trata‑se de uma classificação independente dos
mento de Despesa, desdobrando a classificação da despesa
aprovada na lei orçamentária, possibilita a observância do programas. Por ser de aplicação comum e obrigatória no
âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e
Conhecimentos Específicos

princípio da especialização.
da União, ela permitirá a consolidação nacional dos gastos
Comentário: É o instrumento que detalha, a nível ope- do setor público.
racional, os projetos e atividades constantes do orçamento
de um determinado exercício, especificando os elementos de Para saber mais
despesa e respectivos desdobramentos. De acordo com a Portaria nº 42/1999, é possível combinar
“Documento que indica, por ministério/órgão e em cada subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente
unidade orçamentária, a cotização dos elementos de despesa relacionadas, o que se denomina matricialidade.
pelos projetos e/ou atividades, podendo ter sua dotação
dividida por mais de um elemento de despesa”. (Cespe/Ministério da Saúde/Administrador/2013) A
Entre outras determinações legais, Quadro de Detalha- legislação vigente autoriza a classificação da subfunção
mento de Despesa materializa, sim, o princípio da especializa- educação infantil combinada à função saúde.

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Comentários: de acordo com a Portaria nº  42/1999, Programas
é  possível combinar subfunções a funções diferentes da-
quelas a elas diretamente relacionadas, o que se denomina Programa Temático: aquele que expressa e orienta a
matricialidade. ação governamental para a entrega de bens e serviços à
Gabarito: Certa. sociedade. Ex.: Bolsa‑Família, PAC, PROUNI etc.
Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado:
Codificação: aquele que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio,
- dois (2) níveis; à gestão e à manutenção da atuação governamental.
- cinco (5) dígitos.
Ex.: Ações

a) Atividade: envolvendo um conjunto de operações


que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais
resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da
ação de Governo.
b) Projeto: envolvendo um conjunto de operações, limi-
tadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre
Quanto ao Programa (Programática) para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
c) Operação Especial: despesas que não contribuem para
Toda ação do Governo está estruturada em programas a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de
orientados para a realização dos objetivos estratégicos de- governo, das quais não resulta um produto e não geram
finidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos. contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Divisão: Elas se caracterizam por não retratar a atividade produtiva
• Programas; no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a
• Ações; produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracte-
• Subtítulo. rizada por transferências a outros entes.

Ações
Projetos Atividades Operações Especiais
Variáveis
Tempo Limitados Ilimitados Ilimitados
Objetos Tangíveis (+) e Intangíveis Tangíveis e Intangíveis (+) Intangíveis
Expansão ou
Geram Manutenções Nada
aperfeiçoamento
Produtos e serviços Sim Sim Não
Alcançam um objetivo de
Sim Sim Não
programa
Inseridos no PPA Sim Sim Não*
Dígitos 1,3,5,7 2,4,6,8 0
Aposentados, juros,
Exemplo Obras e Softwares Pessoal e reposições
Amortização

* Segundo o 31MTO/2018, que orienta o planejamento orçamentário, as operações especiais caracterizam‑se por não
retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à
sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.
31

(Cespe/TCE‑AC/Analista de Controle Externo/2008) As como pagamento de juros, não se vinculando, assim, a ne-
operações especiais que englobam as despesas em relação às nhum programa específico constante do PPA.
quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado Gabarito: Errada.
no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarci-
mentos, indenizações e outras afins, serão vinculadas a um Subtítulo
programa específico constante do PPA.
A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para
Conhecimentos Específicos

Comentário: as operações especiais são encargos públi- a indicação da localização física das ações, mas a adequada
cos, dos quais não saem efeitos expansivos para o Estado, localização do gasto permite maior controle governamental
e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas,
Manual Técnico do Orçamento  – MTO  – Instrumento confeccionado pelo
31 além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da
Ministério do Planejamento para instruir agentes públicos quanto a melhor ação governamental.
forma de decifrar assuntos orçamentários.
Desde 2015, o processo de revisão das ações envolve a identificação, quando
Os quatro últimos indicam o subtítulo ou localizador do
possível, útil ou desejável, de unidades de mensuração (volume de operação, gasto (subtítulo).
carga de trabalho, produtos/serviços gerados a partir das transferências etc.) As atividades, os projetos e as operações especiais serão
para as operações especiais.
Esse processo de revisão envolve, também, a análise geral das ações atuais, detalhados em subtítulos, utilizados especialmente para
que permitirá a identificação de falhas de classificação e os seus respectivos identificar a localização física da ação orçamentária, não
ajustes, quando necessário. podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade,
Por fim, elas deverão ser tipificadas conforme o atributo “Subtipo de Operação
Especial”. do produto e das metas estabelecidas.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Aadequada localização do gasto permite maior controle Ex.:
governamental e social sobre a implantação das políticas
públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos
e os impactos da ação governamental.
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacio-
nal, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro Oeste,
Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente,
por um critério específico, quando necessário. A LDO veda, Quanto à Natureza
na especificação do subtítulo, a referência a mais de uma
localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Para classificar uma despesa quanto à sua natureza
Na União, o subtítulo representa o menor nível de cate- deve‑se considerar a categoria econômica, o grupo em que
goria de programação e será detalhado por esfera orçamen- pertence, a modalidade da aplicação e o elemento.
tária, por GND, por modalidade de aplicação, IDUSO e por Divisão:
fonte/destinação de recursos, sendo o produto e a unidade - Categorias Econômicas;
de medida os mesmos da ação. - Grupo de Natureza de Despesa;
- Modalidades de Aplicação;
Para saber mais - Elemento da Despesa;
O subtítulo, de acordo com o MTO/2018, deverá ser usa- - Subelemento (Desdobramento do Elemento).
do para indicar a localização geográfica da ação ou operação
especial da seguinte forma: Classificação Econômica – CE
1. Projetos: localização (de preferência, Município  – Procura fornecer informações para análise de caráter
LOCAL) onde ocorrerá a construção, no caso de obra física, econômico. Sua ênfase está no efeito dos gastos sobre
como por exemplo, obras de engenharia; nos demais casos, a economia e na natureza da despesa. De acordo com o
o local onde o projeto será desenvolvido; MTO/2018, ela se divide em:
LOCAL: 1) Exterior, Nacional*, Região, Estado, DF e Mu- 1) Despesas Correntes: são os gastos de natureza opera-
nicípios (não há gasto da união*. Ela não tem território); cional, realizados pela administração pública, para a manu-
2) Recortes geográficos específicos (Ex.: Amazônia Legal, tenção e o funcionamento dos seus órgãos. Ex.: pagamento
Amazônia Ocidental, Biomas, Bacias hidrográficas, Semiári- de pessoal, material de consumo etc.
do, Territórios da Cidadania etc., preferencialmente aqueles 2) Despesas de Capital: são gastos efetuados pelo poder
definidos em atos legais). público com o objetivo de criar novos bens de capital, ou
2. Atividades: localização dos beneficiários/público‑alvo – mesmo adquirir bens de capital já em uso, por exemplo,
BENEFICIÁRIO – da ação, o que for mais específico (normal- execução de obras, compra de instalações, equipamentos,
mente são os beneficiários); e,
material permanente dentre outros. Vai alterar os bens
3. Operações especiais: localização do recebedor dos
patrimoniais.
recursos – RECURSOS – previstos na transferência, compen-
sação, contribuição etc., sempre que for possível identificá‑lo.
Para saber mais
A partir do exercício de 2013, começou a ser utilizado
Desse modo, temos (segundo a Lei nº 4.320/1964):
o código IBGE de 7 dígitos, inclusive no caso de alocações
Despesas Correntes
orçamentárias originárias de emendas parlamentares. Este,
Despesas de Custeio
e não mais o código do subtítulo, passa a ser o atributo oficial
para consultas de base geográfica. Porém, para efeito legal Transferências Correntes
e formal do orçamento, continuar‑se‑á adotando os quatro Despesas de Capital
dígitos do subtítulo. Investimentos
Nesse contexto, haverá padronização dos códigos de sub- Inversões Financeiras
títulos (4 dígitos) para Municípios. Outros recortes geográfi- Transferências de Capital
cos como biomas, territórios da cidadania, Amazônia Legal,
entre outros, serão pré‑cadastrados, sempre que necessário, Grupo de Natureza de Despesa – GND
pela SOF. Não haverá cadastramento descentralizado.
A denominação dos subtítulos continuará trazendo, O GND é um agregador de elemento de despesa com as
por padrão, os  descritores “Nacional”, “No exterior”, “Na mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme
Região...”, “No Estado de...”, “No Distrito Federal”, “No Muni- discriminado a seguir:
cípio de...”, ou ainda, os recortes adicionais já mencionados.
Adicionalmente, foi criado o atributo “Complemento”, 1 – Pessoal e Encargos Sociais:
Conhecimentos Específicos

de preenchimento opcional, que especificará localizações Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e
inframunicipais (ou outras localizações não estruturadas). pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções
Quando esse “Complemento” for utilizado, o  subtítulo ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
receberá, automaticamente, um código não padronizado quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimen-
de 4 dígitos. tos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
Os subtítulos do tipo “Municípios até @ mil habitantes” aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
deverão ser substituídos, pois demonstram critério de ele- gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qual-
gibilidade, e não de localização geográfica. quer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
Codificação: recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme
- três (3) níveis; estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar nº 101,
- doze (12) dígitos. de 2000.

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2 – Juros e Encargos da Dívida: 45 Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à
Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, co- conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º
missões e outros encargos de operações de crédito internas e do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012
externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.
46 Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à
conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei
3 – Outras Despesas Correntes:
Complementar no 141, de 2012
Despesas orçamentárias com aquisição de material de
consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, 50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins
auxílio‑alimentação, auxílio‑transporte, além de outras Lucrativos
despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não 60 Transferências a Instituições Privadas com Fins
classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. Lucrativos
67 Execução de Contrato de Parceria Público‑Pri-
4 – Investimentos: vada – PPP
Despesas orçamentárias com softwares e com o plane- 70 Transferências a Instituições Multigoverna-
jamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição mentais
de imóveis considerados necessários à realização destas
71 Transferências a Consórcios Públicos mediante
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e
contrato de rateio
material permanente.
72 Execução Orçamentária Delegada a Consórcios
5 – Inversões Financeiras: Públicos
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou 73 Transferências a Consórcios Públicos mediante
bens de capital já em utilização; aquisição de títulos repre- contrato de rateio à conta de recursos de que
sentativos do capital de empresas ou entidades de qualquer tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Comple-
espécie, já constituídas, quando a operação não importe mentar no 141, de 2012
aumento do capital; e com a constituição ou aumento do 74 Transferências a Consórcios Públicos mediante
capital de empresas, além de outras despesas classificáveis contrato de rateio à conta de recursos de que
neste grupo. trata o art.  25 da Lei Complementar no 141,
de 2012
6 – Amortização da Dívida: 75 Transferências a Instituições Multigoverna-
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinan- mentais à conta de recursos de que tratam os
ciamento do principal e da atualização monetária ou cambial §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar no
da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 141, de 2012
Para saber mais 76 Transferências a Instituições Multigovernamen-
São os investimentos, e não as inversões financeiras, que tais à conta de recursos de que trata o art. 25
contribuem para o diretamente para o acréscimo efetivo da Lei Complementar no 141, de 2012
do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas 80 Transferências para o exterior
produzidas no país, porque são aqueles que geram bem de 90 Aplicações Diretas
capital, ao contrário destas que geram uma mera transferên- 91 Aplicação Direta Decorrente de Operação entre
cia de bens, ora já capitalizados e produzidos aqui! Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
Modalidade de Aplicação 93 Aplicação Direta Decorrente de Operação de
Indica se os recursos serão aplicados diretamente ou Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos
mediante transferência, inclusive a decorrente de descen- Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social com
tralização orçamentária, a seguir: Consórcio Público do qual o Ente Participe
94 Aplicação Direta Decorrente de Operação de
Código Modalidades de Aplicação Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos
20 Transferências à União Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social com
22 Execução Orçamentária Delegada à União Consórcio Público do qual o Ente Não Participe
30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal 95 Aplicação Direta à conta de recursos de que
31 Transferências a Estados e ao Distrito Federal – tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Comple-
Fundo a Fundo mentar no 141, de 2012
32 Execução Orçamentária Delegada a Estados e 96 Aplicação Direta à conta de recursos de que
ao Distrito Federal trata o art.  25 da Lei Complementar no 141,
Conhecimentos Específicos

de 2012
35 Transferências Fundo a Fundo aos Estados e
99 A definir
ao Distrito Federal à conta de recursos de que
tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Comple- (TCU/Auditor) A modalidade de aplicação tem por finali-
mentar no 141, de 2012 dade identificar os objetos de gasto de que a administração
36 Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao pública se serve para a consecução dos seus fins.
Distrito Federal à conta de recursos de que trata Comentário: segundo Manual do Orçamento, publicado
o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012 pelo Ministério do Planejamento, ela indica se os recursos
40 Transferências a Municípios serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive
41 Transferências a Municípios – Fundo a Fundo a decorrente de descentralização orçamentária para outros
níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente
42 Execução Orçamentária Delegada a Municípios
para entidades privadas sem fins lucrativos e outras insti-

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tuições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do trole de aplicação de recursos públicos para outros níveis
crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para
âmbito do mesmo nível de Governo. entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições;
Tal classificação objetiva, principalmente, eliminar a du- ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito
pla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do
conforme discriminado a seguir: Ter por finalidade identificar mesmo nível de Governo.
os objetos de gasto de que a administração pública se serve
para a consecução dos seus fins é uma característica do “ele- Elemento de Despesa
mento da despesa”, que faz parte da classificação da despesa O elemento de despesa tem por finalidade identificar os
quanto sua natureza, que inclui a modalidade de aplicação. objetos do gasto.
Gabarito: Errada. Ex.:
01 Aposentadorias, Reserva Remunerada e Reformas.
Como detalhado acima, essa classificação não representa 03 Pensões.
uma despesa stricto sensu, mas sim um mecanismo de con- 04 Contratação por Tempo Determinado.

Fonte: MTO/2018

(Cespe/ANTT/Técnico Administrativo) Uma vez discri- Observa‑se que no momento da apropriação da obrigação
minada na lei de orçamento, a despesa pública em nível ocorre uma despesa intraorçamentária no Ministério da Saúde
de elemento não poderá acrescentar desdobramentos e no momento do recebimento, pela Imprensa Oficial, ocorre
suplementares. uma receita intraorçamentária. Portanto, ocorrendo uma des-
Gabarito: Errada. pesa intraorçamentária, obrigatoriamente ocorrerá uma receita
Comentários: há a possibilidade do emento ser desdo- intraorçamentária em órgão integrante do Orçamento Fiscal e
bramento em um “subelemento”. Seguridade Social, mas em virtude da despesa ser reconheci-
da no momento da apropriação e a receita no momento da
Para saber mais arrecadação, os registros não ocorrerão no mesmo momento.
As despesas intraorçamentárias não se aplicam às
Despesas Intraorçamentárias descentralizações de créditos para execução de ações de
As despesas intraorçamentárias ocorrem quando órgão, responsabilidade do órgão, fundo ou entidade descentraliza-
fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependen- dora, efetuadas no âmbito do respectivo ente da Federação,
tes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da assim como não implicam no restabelecimento das extintas
seguridade social efetuam aquisições de materiais, bens e transferências intragovernamentais.
serviços, realizam pagamento de impostos, taxas e contri- Fonte: Tesouro Nacional
buições, além de outras operações, quando o recebedor
dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, Para saber mais
empresa estatal dependente ou outra entidade constante Exige‑se que, na LOA, a despesa seja discriminando até:
desse orçamento, no âmbito da mesma esfera de governo. 1) Elemento, segundo a Lei nº 4.320/1964;
Ocorre despesa intraorçamentária, por exemplo, quando 2) Modalidade de aplicação, segundo Portaria Intermi-
o Ministério da Saúde – órgão integrante do Orçamento Fiscal nisterial nº 163/2001.
e da Seguridade Social da União, apropria uma obrigação com
a Imprensa Nacional, que também pertence ao Orçamento Classificação da despesa quanto à sua natureza de acordo
Fiscal e da Seguridade Social da União. com o MTO/2018 e a Lei nº 4.320/1964.

Despesa Corrente Despesa de Capital


Conhecimentos Específicos

Pessoal e encargos sociais Investimento


MTO Juros e encargos da dívida Inversão financeira
Outras despesas correntes Amortização de dívidas
Custeio
Pessoa Civil
Lei nº 4.320/1964 Pessoal Militar Investimento
Material de Consumo
Serviços de Terceiros

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Encargos Diversos
Transferências Correntes
Subvenções Sociais Inversão financeira
Subvenções Econômicas
Inativos
Pensionistas
Salário Família e Abono Familiar
Juros da Dívida Pública Amortização de dívidas
Contribuições de Previdência Social
Diversas Transferências Correntes

Codificação: APENAS OS OBRIGÁTORIOS


- quatro (4) níveis;
- seis (6) dígitos
Ex.:

Ao ser nomeado, esse será seu código a cada pagamento Segundo Manual Técnico do Orçamento, as despesas de
mensal. Assim, a partir de agora, este é seu número da sorte! capital são divididas em grupos, a saber:
2.1) Investimentos: Despesas orçamentárias com softwa-
(Cespe/ADEPARA) Conforme o dispositivo constitucio- res e com o planejamento e a execução de obras, inclusive
nal, as despesas de capital ocupam lugar central no plano. com a aquisição de imóveis considerados necessários à
Desde a edição da Lei nº 4.320/1964, a despesa de capital é realização destas últimas, e com a aquisição de instalações,
uma categoria de classificação de despesas incorporada aos equipamentos e material permanente.
orçamentos públicos. Compreende as subcategorias investi- 2.2)Inversões Financeiras: Despesas orçamentárias com
mentos, inversões financeiras e transferências de capital, ou a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização;
seja, os recursos transferidos a outros entes para aplicação aquisição de títulos representativos do capital de empresas
em despesas de capital. ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a
operação não importe aumento do capital; e com a consti-
tuição ou aumento do capital de empresas, além de outras
Comentário: a despesa pública, assim como a receita,
despesas classificáveis neste grupo.
é classificada em duas categorias econômicas: 2.3) Amortização da Dívida: Despesas orçamentárias
1) Despesas Correntes: as que não contribuem, direta- com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
mente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. atualização monetária ou cambial da dívida pública interna
2) Despesas de Capital: as que contribuem, diretamente, e externa, contratual ou mobiliária.
para a formação ou aquisição de um bem de capital. Gabarito: Certa.

Exemplo Geral
Conhecimentos Específicos

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Fonte: MTO/2018

Quadro geral da classificação das despesas públicas, como as principais informações

Classificação da Despesa
Quanto à
esfera Instituição Função Programa Natureza
Variáveis
De qual dos or- Quem será o Em que área de atua- Para qual objetivo
Qual o efeito econômico
Pergunta? çamentos da LOA responsável ção governamental será será aplicado o
do gasto
sairá o credito pelo gasto a plicado o crédito crédito
Categoria Econômica – CE
Fiscal – F Programas – P
Órgão orça-
Função – F Grupo de Natureza de
mentário – OO
Despesa – GND
Seguridade
Divisão Social – SS
Ações – A
Modalidade de Aplica-
Unidade orça- ção – MA
Subfunção – SF
mentária – UO
Investimento – I
Subtítulo – ST Elemento da Despesa – ED

Níveis
1 2 2 3 4
Dígitos
Codificação
2 5 5 12 6
10 – F 2 3 2 3 4 4 4 1 1 2 2
20 – SS
30 – I OO UO F SF P A ST CE GND MA ED

10 39.572 26.782 2075.7M64.0053 4.4.90.51

exemplo Transporte Rodo-


Fiscal Ministério dos
Transporte. Transporte viário. Construção Capital.Investimento.
Transportes.
Rodoviário de um Trecho Direta.Obras
DNIT
Rodoviário.DF

ReCeITAS, eSTÁGIOS, CLASSIFICAÇÃO e Lançamento


DíVIDA ATIVA Arrecadação
Recolhimento
estágios
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

Conceito

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência


dos fenômenos econômicos, levando-se em consideração o
modelo de orçamento existente no país.
Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa
de previsão, passa pelo lançamento e pela arrecadação,
e termina com a de recolhimento.

etapas
Previsão

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Para saber mais • a média de arrecadação mensal dos últimos doze meses
Somente a receita orçamentária reúne condições de ou média móvel dos últimos doze meses (arrecadação
percorrer os estágios de previsão, lançamento, arrecadação total dos últimos doze meses dividido por doze);
e recolhimento. • a média trimestral de arrecadação ao longo de cada
trimestre do ano anterior;
(Cespe/ANTT/Analista Contábil) O lançamento, proce- • a média de arrecadação dos últimos meses do exercício.
dimento próprio da etapa de planejamento orçamentário,
está associado à previsão da receita. A escolha dos modelos de projeção dependerá fortemen-
te do comportamento da arrecadação ao longo dos meses,
Comentários: questão bem interessante, mas com fácil isto é, dependerá da série histórica de arrecadação. Por
resolução. De acordo com nossa figura acima, o lançamento exemplo: uma série histórica sazonal perderá os efeitos de
PODE ser um procedimento orçamentário e, sendo assim, sazonalidades se for utilizada como base de cálculo a média
fazendo parte do planejamento. O que macula a questão é de arrecadação, já que esta última igualará todos os valores
afirma que ele é procedimento “próprio” do planejamento mensais projetados da receita, não refletindo adequadamen-
orçamentário, dando a entender que ele seria apenas dessa te o comportamento da sua série histórica.
fase, fato inverossímil, haja vista tal estágio pode fazer parte
Neste caso, é  preferível usar como base de cálculo a
da área patrimonial também.
arrecadação individualizada mês a mês e estimá‑la para os
Gabarito: Errada.
meses respectivos do ano seguinte, obtendo dessa forma
uma projeção sazonalizada.
Previsão Índice de preços é o índice que fornece a variação média
dos preços de uma determinada cesta de produtos. Existem
Conceito
diversos índices de preços nacionais ou mesmo regionais
Efetuar a previsão, segundo o MTO/2016, implica pla- como o IGP‑DI, o INPC, o IPCA, a variação cambial, a taxa de
nejar e estimar a arrecadação das receitas que constará na juros, a variação da taxa de juros, dentre outros. Estes índices
proposta orçamentária. Isso deverá ser realizado em con- são divulgados mensalmente por órgãos oficiais como: IBGE,
formidade com as normas técnicas e legais correlatas e, em Fundação Getúlio Vargas e Banco Central e são utilizados pelo
especial, com as disposições constantes na LRF. Governo Central para projeção de índices futuros.
Assim, podemos invocar o art. 12 da referida norma: Índice de quantidade é o índice que fornece a variação
média na quantidade de bens de um determinado segui-
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas mento da economia. Está relacionado à variação física de um
técnicas e legais, considerarão os efeitos das altera- determinado fator de produção. Como exemplo, podemos
ções na legislação, da variação do índice de preços, do citar o Produto Interno Bruto Real do Brasil – PIB real.
crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante e serão acompanhadas de demonstrativo PIB = C + G + I + [X – M]
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, Onde:
e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. C – Consumo das Famílias;
G – Consumo do Governo;
No âmbito federal, a  metodologia de projeção de re- I – Investimento e Formação Bruta do Capital Fixo;
ceitas busca assimilar o comportamento da arrecadação X – Exportações;
de determinada receita em exercícios anteriores, a fim de M – Importações.
projetá‑la para o período seguinte, com o auxílio de modelos
estatísticos e matemáticos. O efeito legislação leva em consideração a mudança na
O modelo dependerá do comportamento da série his- alíquota ou na base de cálculo de alguma receita, em geral,
tórica de arrecadação e de informações fornecidas pelos tarifas públicas e receitas tributárias, decorrentes de ajustes
órgãos orçamentários ou unidades arrecadadoras envolvidas na legislação ou nos contratos públicos. Por exemplo, se uma
no processo. taxa de polícia aumentar a sua alíquota em 30%, decorrente
A previsão de receitas é: de alteração na legislação, deve‑se considerar este aumento
1) a etapa que antecede a fixação do montante de des- com sendo o efeito legislação, e  será parte integrante da
pesas que irá constar nas leis de orçamento; projeção da taxa para o ano seguinte.
2) a base para se estimar as necessidades de financia- Deve‑se verificar, nestes casos, se o aumento obedecerá
mento do governo – NFSP. ou não o princípio da anterioridade, estabelecido na CF/88,
art. 150, inciso III, alínea b.
Cálculo
Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice
de quantidade) x (efeito legislação) Para saber mais
Conhecimentos Específicos

Onde:
Projeção é o valor a ser projetado para uma determinada
receita, de forma mensal para atender à execução orçamen-
tária, cuja programação é feita mensalmente.
A base de cálculo é obtida por meio da série histórica de
arrecadação da receita e dependerá do seu comportamento
mensal. A base de cálculo pode ser:
• a arrecadação de cada mês (arrecadação mensal) do
ano anterior;
• a média de arrecadação mensal do ano anterior (arre-
cadação do ano anterior dividido por 12);

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Lançamento patrimonial, o  que representa o registro da receita por
competência.
Conceito Faz‑me mister abordar o fato de que, a partir de 2010,
o Estado adota o lançamento como o primeiro estágio da
Segundo o Código Tributário Nacional, art. 142, lançamen- execução, configurando‑se, assim, o regime de competência
to é o procedimento administrativo tendente a verificar a para as receitas públicas.
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do Receitas Lançáveis
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, Algumas receitas não percorrem o estágio do lançamen-
propor a aplicação da penalidade cabível. to, conforme se depreende pelo art. 52 da Lei nº 4.320/1964:
Tendo ocorrido o fato gerador, há condições de se pro- São objeto de lançamento os impostos diretos e quais-
ceder ao registro contábil do direito da fazenda pública em quer outras rendas com vencimento determinado em lei,
contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema regulamento ou contrato.

Para saber mais

Fisco União Receita Federal do Brasil – RFB;


Repartição competente
Entes Secretaria de Fazenda – SEFAZ.
Atividade Vinculada e obrigatória
Objeto do lançamento Tributos e outras receitas com prazo de vencimento
Contábil: para o sistema patrimonial e para o regime de competência
Ato Administrativo: 5 requisitos: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto – (COFIFOMOB) – e
4 atributos: Presunção de Legitimidade, Autoexecutoriedade, Tipicidade e Imperatividade (PATI)
Crédito Valor devido ao estado
Agente Passivo Contribuinte devedor
Agente Ativo Estado
Aquilo que dá causa ao Estado ter o direto de cobrar, bem como o contribuinte a ter o dever
Fato Gerador
de pagar
Penalidades Multas

Tipos – DHD
Direto
Homologação
Declaração

Sinônimo Responsável Como se dá Exemplos


Direto De oficio Agente Ativo
É quando a lei assim o determine. IPTU, IPVA
A legislação atribui a contribuinte ou responsável o
dever de realizar o pagamento do tributo de forma
Homologação Autolançamento Agente Passivo antecipada, sem necessidade de prévio exame pela ISS, ICMS, IPI, IR
autoridade administrativa, sendo que quando a
mesma toma conhecimento do mesmo o homologa.
O principal dever do sujeito consiste na entrega
da declaração, que é informativa, cujo conteúdo
Declaração Misto Agente Ativo ITCMD, ITBI
esclarece se o crédito tributário é por ele reconhecido
e em que quantia. 
(Cespe/MPU/Finanças e Controle) Os lançamentos do Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei no 4.320, de
IPTU e do IPVA são tipicamente da espécie por homologação, 1964, pertencem ao exercício financeiro as receitas nele
pois o contribuinte pode calculá‑los e pagá‑los antecipada- arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa
mente, por iniciativa própria. para o ingresso das receitas públicas.
Conhecimentos Específicos

Comentários: os lançamentos do IPTU e do IPVA, como Cuidado! A competência tributária é indelegável, salvo
visto no quadro acima, devem ser feitos pelo método “Direto”,
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou
que não têm participação nenhuma do contribuinte.
de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas
em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica
Arrecadação de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18
da Constituição.
Conceito

Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Na- Assim, não constitui delegação de competência o co-
cional pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes metimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da
arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. função de arrecadar tributos (art. 7º, § 3º do CTN).

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Tipos Recolhimento
1) Direto: liquidado pelo agente passivo – contribuinte.
Ex.: IPTU, IPVA; Consiste na transferência dos valores arrecadados à
2) Indireto: liquidado pelo agente passivo – responsá- conta específica do Tesouro Nacional, responsável pela
vel ou depositário fiel – que retém ou desconta, na fonte, administração e controle da arrecadação e pela progra-
a  receita devida, repassando, posteriormente, ao  agente mação financeira, observando‑se o princípio da unidade
arrecadador. Ex.: IOF, IRRF, INSS. de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56
da Lei no 4.320, de 1964:
Documentos de Arrecadação
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far‑se‑á
1) Guia de Recolhimento da União (GRU): em estrita observância ao princípio de unidade de
• Taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.); tesouraria, vedada qualquer fragmentação para
• Aluguéis de imóveis públicos; criação de caixas especiais.
• Dividendos (empresas com participação acionária da
União); Para saber mais
• Serviços administrativos e educacionais (inscrição de
Há de se observar, contudo, que nem todas as etapas
vestibular / concursos, expedição de certificados);
apresentadas ocorrem para todos os tipos de receitas orça-
• Multas (da Polícia Rodoviária Federal, do Código Elei-
mentárias. Como exemplo:
toral, do Serviço Militar etc.);
• Depósitos de diversas origens (depósitos em caução); 1) apresenta‑se o caso da arrecadação de receitas orça-
• Devoluções de despesas (diárias, devolução suprimen- mentárias que não foram previstas, não tendo, naturalmente,
tos de fundos etc.). passado pela etapa da previsão, como, por exemplo, o ex-
cesso de arrecadação;
2) Documento de Arrecadação de Receitas Federais
(DARF): Obs.: exceção ao princípio da Universalidade.
Os valores compreendidos por esse tipo de guia incluí-
am IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS e ISS. 2) da mesma forma, algumas receitas orçamentárias não
passam pelo estágio do lançamento, como é o caso de uma
3) Guia de Previdência Social: doação em espécie recebida pelos entes públicos;
Permite registrar o recolhimento das contribuições para 3) outrossim, há algumas receitas que não são arrecada-
a Seguridade Social. das, caso, por exemplo, aquelas retidas na fonte pelo Estado.

Conjunto de fases da receita governamental

(Cespe/ANEEL) O Orçamento Público adota o regime de Classificação


caixa para os ingressos das receitas púbicas arrecadadas no
exercício financeiro, em conformidade com o art. 35 da Lei Quanto à Previsão
Conhecimentos Específicos

nº 4.320, de 1964.

Comentário: a arrecadação das receitas públicas se Orçamentárias


configura como sendo a 2ª etapa da execução orçamentá- • Aquelas que se encontram autorizadas na LOA;
ria. Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro • Aquelas que sejam auferidas sem contrapartida no
Nacional pelos contribuintes ou devedores, por meio dos passivo, ou seja, não tenham obrigação de devolução.
agentes arrecadadores ou instituições financeiras autoriza- Ex.: doações em dinheiro ou excesso de arrecada-
das pelo ente. No tocante à contabilização, segundo o art. 35 ção; ou
da Lei n° 4.320, de 1964, pertencem ao exercício financeiro
• Aquelas que sejam enquadradas como Operações de
as receitas nele arrecadadas, o que representa a adoção do
regime de caixa para o ingresso das receitas públicas. Crédito, pois há a necessidade de autorização legisla-
Gabarito: Certa. tiva prévia.

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Para saber mais

SÃO ORÇAMeNTÁRIAS AS ReCeITAS


Constem na LOA Não tenham passivos Necessitam de autorização legislativa
A aprovação legislativa é condição suficiente
São análogas às receitas no
Há previsibilidade contínua para associá-las às orçamentárias, transfor-
Por quê? sentido estrito, ou seja, contábil
na sua arrecadação mando-se em uma exceção ao fato de, para
e privado
ser orçamentária, não ter passivo
Exemplo Imposto e Taxas Doações em Dinheiro Operações de Crédito de Longo Prazo

Extraorçamentárias (Ingressos Extraorçamentários Autorização Legislativa


segundo o Manual de Contabilidade Aplicado ao
Não necessitam, salvo
Setor Público – MCASP32) Necessitam
as AROs
• Aquelas (es) que não se encontram autorizadas (os) Objetivo
na LOA; e Fazer frente à despesa Fazer frente à despesa
• Aquelas (es) que sejam auferidas com contrapartida no pública orçamentária pública extraorçamentária
passivo, ou seja, não tenham obrigação de devolução. São computadas como
Ex.: doações em dinheiro ou excesso de arrecadação; e Ingressos
• Aquelas (es) que não sejam enquadradas como Opera- Receitas Públicas
extraorçamentários
ções de Crédito, pois há a necessidade de autorização
legislativa prévia, salvo as Antecipações de Receitas *Salvo as operações de créditos, que, apesarem de serem
Orçamentárias – AROs, que necessitam desta, mas não orçamentárias, ficam apenas na posse do Estado, sendo,
têm seu recurso auferido computado como orçamentário. assim, transitórias.
Quanto à Origem
Para saber mais
Valores advindos de toda e qualquer arrecadação que Originárias: rendimentos que o Estado aufere valendo-se
não figure no orçamento e, ademais, toda arrecadação que de seu próprio patrimônio e recursos. São conhecidas como
não constitui renda do Estado. O seu caráter é de extem- receitas comerciais, patrimoniais ou industriais, nas quais o
poraneidade ou de transitoriedade nos registros públicos estado convence, e não impõe, o particular a consumir seus
configurando-se como meros ingressos na Conta do Tesouro serviços ou adquirir seus produtos, não possuindo, assim,
e como recursos do passivo que transitam no ativo estatal. a supremacia estatal, própria em outros casos, como, por
exemplo: cauções, restos a pagar inscritos, serviços da dívida exemplo, os tributos.
a pagar, depósitos de terceiros, consignações em folha, fianças, exemplo: rendas e vendas, como os foros, laudêmios,
operações de crédito por ARO etc. Depreende-se que seja o fluxo aluguéis, dividendos, participações (se patrimoniais), mer-
de entradas e saídas de recursos do caixa da União, mas que cadorias e tarifas (quando se tratar de rendas industriais).
não são de sua propriedade, e que tenham caráter devolutivo.
Derivadas: conforme reza a definição do Ministério da
Para saber mais Fazenda, procedem do setor privado da economia, isto é,
de famílias, empresas e do resto do mundo; são, portanto,
devidas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado,
Orçamentária extraorçamentária que desenvolvam atividades econômicas e auferem receitas,
Disponibilidade estatal exceto as que desfrutem, pela Constituição Federal ou Leis,
Posse Propriedade Posse Propriedade de imunidade ou isenção.
Sim Sim* Sim Não De um lado, como sujeito ativo da relação jurídica estará o
fisco; de outro, como sujeito passivo, o contribuinte ou respon-
Conta Única sável (pessoa física ou jurídica, pertencente ao setor privado).
Definitiva* Transitória exemplo: impostos, taxas, contribuições, multas etc.

Coerção/"Ius Patrimônio Receitas de Vínculo Relação


Imperii" direto
Originárias Não Do Estado Privado Contrato Bilateral
Derivadas Sim Alheio ao Público Ato Unilateral
Estado
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

32

Quanto à Afetação Patrimonial

Efetivas: são aquelas receitas de cunho aumentativo, ou


seja, aumentam o patrimônio (líquido ou situação líquida)
estatal.
Causas:
1ª) Não há contrapartida no Passivo: 2) Não há mutações
na contas do Ativo:
Não efetivas ou de Mutação: são aquelas receitas de
32
MCASP – manual editado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN – que cria
cunho permutativo, ou seja, não aumentam o patrimônio
um pavimento necessário para registro dos eventos contábeis do estado (líquido ou situação líquida) estatal.

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Causas:
1ª) Ter contrapartida no Passivo: 2) Há de mutações na contas do Ativo:

Para saber mais

Quanto à Natureza Receitas de capital: são recursos que aumentam as


disponibilidades financeiras do Estado, embora, de forma
A classificação orçamentária por natureza de receita é avessa às Receitas Correntes, elas não provoquem efeito
estabelecida pelo § 4º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964. positivo sobre o Patrimônio Líquido.
No âmbito da União, sua codificação é normatizada por meio De acordo com § 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964,
de Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento, classificam-se como de capital as provenientes de: realização
Desenvolvimento e Gestão. A normatização da codificação de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas;
válida para Estados e Municípios é feita por meio de Portaria conversão, em espécie, de bens e direitos; recebimento de
Interministerial (SOF e STN). recursos de outras pessoas de direito público ou privado,
quando destinados a atender Despesas de Capital; e, ainda
Divisão:
que extraorçamentário -, o superávit do Orçamento Corren-
1ª Categoria Econômica – CE.
Receitas correntes: são recursos ordinários que aumen- te – SOC, que a diferença positiva entre receitas correntes
tam as disponibilidades financeiras do Estado, com efeito e despesas correntes.
positivo, em geral, sobre o Patrimônio Líquido Estatal, cons-
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

tituindo ferramenta para financiar os objetivos definidos nos Receitas Quanto à Categoria Econômica
programas e ações correspondentes às políticas públicas, que Variáveis Elemento
compõem a Lei de Orçamento. Pagar
À luz do § 1º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, Receitas Novo Positivo despesas
classificam-se como correntes os recursos provenientes de Corrente Sim Sim Correntes
tributos; de contribuições; da exploração do patrimônio
estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econô- De capital Sim Não de Capital
micas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou 2ª Origem – O
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis É o detalhamento das categorias econômicas Receitas
em Despesas Correntes (Transferências Correntes); e demais Correntes e Receitas de Capital, com vistas a identificar a
receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras procedência das receitas no momento em que ingressam
Receitas Correntes). nos cofres públicos.

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3ª Espécie – E com a finalidade de identificar peculiaridades de cada receita,
Nível de classificação vinculado e “subordinado” à caso seja necessário. Assim, eles podem ou não ser utilizados
origem, permitindo qualificar com maior detalhe o fato conforme a necessidade de especificação do recurso.
gerador das receitas, como, por exemplo, dentro da origem Esse nível substituiu a “Rubrica” e a “Alínea” na classifi-
“impostos taxas e contribuições de melhora”, identificam‑se cação anterior, fato que sintetizou tal classificação.
as espécies “impostos”.
5ª Tipo – T
4ª Desdobramentos para identificação de peculiaridades
da receita – DIPP Codificação
Sob a égide do Manual Técnico do Orçamento/2016, São cinco níveis que comportam oito dígitos sequenciais,
foram reservados quatro (4) dígitos para desdobramentos que estabelecem o “endereço” das receitas públicas.

Fonte: MTO 2017
Exemplo

Conhecimentos Específicos

(Cespe/TCU/ACE) O lançamento, apesar de não ser con- do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso,
siderado um estágio da receita pela legislação, constitui uma propõe a aplicação da penalidade cabível. Conforme a figura
das etapas de sua realização, competindo privativamente à abaixo, podemos observar os quatro estágios da receita
autoridade administrativa. pública, cravando que o lançamento constitui o primeiro
estágio da execução.
Comentário: o art. 53 da Lei no 4.320, de 1964, define o
lançamento como ato da repartição competente, que verifica
a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora
e inscreve o débito desta. Por sua vez, conforme o art. 142
do CTN, lançamento é o procedimento administrativo que
verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspon-
dente, determina a matéria tributável, calcula o montante

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Observa‑se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 mentária, que obriga a receita ser prevista e arrecadada. As‑
do CTN, a etapa de lançamento situa-se no contexto de cons- sim, a legislação orçamentária “importou” o lançamento às
tituição do crédito tributário, ou seja, aplica‑se a impostos, suas trincheiras, pois ele já era executado por conta do CTN.
taxas e contribuições de melhoria. Gabarito: Certa.
Há muitas controvérsias sobre a função do lançamento
para AFO. Quando, na questão, ele afirma que “apesar de Relacionamento das categorias econômicas com as
não ser considerado um estágio da receita pela legislação”, suas respectivas origens, um dos temas mais cobrados em
atende ao fato de que o lançamento não é fase pela lei orça‑ provas!

Para saber mais – Receitas de Operações Intraorça- Quanto à Fiscalidade (resultado)


mentárias
Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas Primárias ou não financeiras
entre órgãos e demais entidades da Administração Pública São aquelas que contribuem para o resultado primário,
integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do alterando o endividamento líquido do Governo (setor públi-
mesmo ente federativo. Não representam novas entradas co não financeiro) no exercício financeiro correspondente,
de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas rema- excluindo as receitas financeiras, como juros a receber.
nejamento de receitas entre seus órgãos. As receitas intraor- São as receitas não financeiras estatais, computadas,
çamentárias são contrapartida de despesas classificadas na como já explanado, para o alcance da meta primária, que é
modalidade de aplicação 91 – Aplicação Direta Decorrente o esforço fiscal dispensado pelo governo no afã de pagar os
de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes
juros da dívida. Exemplos: impostos, taxas, tarifas.
do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social,
que, devidamente identificadas, evitam a dupla contagem
na consolidação das contas governamentais. Não primárias ou financeiras:
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF no 338, de 26 de São aquelas que não contribuem para o resultado pri-
abril de 2006, que alterou a Portaria Interministerial STN/SOF mário, não alterando o endividamento líquido do Governo
nº 163, de 2001, incluiu as Receitas Correntes Intraorçamen- (setor público não financeiro) no exercício financeiro corres-
tárias e Receitas de Capital Intraorçamentárias representadas, pondente, incluindo as receitas financeiras, como receitas
respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias eco- de privatizações.
nômicas. Essas classificações não constituem novas categorias São as receitas financeiras estatais, não computadas,
econômicas de receita, mas apenas especificações das cate- como já explanado, para o alcance da meta primária. Exem-
gorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital. plos: alienação de bens, empréstimos etc.

Organograma que sintetiza a classificação da receita


CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

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Para saber mais Assim:
C = Correntes
K = Capital
SOK – Superávit do Orçamento de Capital

Balanço Orçamentário
Receitas (R) Despesas (D) Logo: o SOK não consta na LOA, sendo gerado por endivi-
damento e/ou dilapidação do patrimônio (venda de imóveis).
C C Ex.: dar, como garantias, imóveis para pegar empréstimos
Há um superávit do para cobrir déficits da previdência.
orçamento corrente Há um superávit do
Há um déficit do orçamento corrente (Cespe/Telebras/Analista Administrativo/2015) Anali-
orçamento corrente sando‑se a tabela, verifica‑se a existência de déficit corrente,
K o qual está sendo custeado pelo superávit de capital.
K

Comentários: como observado na tabela acima, o valor O conjunto de procedimentos buscou, a partir da tradição
das receitas CORRENTES é inferior ao valor das despesas patrimonialista, tratar contabilmente os créditos desde a
CORRENTES, configurando‑se um Déficit do Orçamento Cor- efetivação até o momento da inscrição propriamente dita em
rente, saldo negativo custeado pelo Superávit do Orçamento Dívida Ativa, atribuindo ao órgão ou unidade do Ente Público
de Capital, isto é, houve uma descapitalização. responsável pelo crédito, a iniciativa dos lançamentos contá-
Gabarito: Certa. beis. O envio dos valores para o órgão ou unidade competente
para inscrição é tratado como uma transferência de gestão de
SOC – Superávit do Orçamento Corrente créditos, ainda no âmbito de um mesmo Ente Público.
Balanço Orçamentário Desta forma, ficam definidas, em termos de registro con-
tábil, as responsabilidades distintas, conforme predisposto em
Receitas (R) Despesas (D)
Lei, dos órgãos ou unidades responsáveis originalmente pelos
C C créditos e aqueles, dentro do mesmo Ente Público, que detêm
Há um déficit do a atribuição legal da efetiva inscrição em Dívida Ativa, assim
Há um superávit do orçamento corrente como pela apuração da certeza e liquidez dos valores inscritos.
orçamento corrente Dentre os procedimentos, destaca‑se o método destina-
K K do a qualificar o montante inscrito, com a constituição de
uma provisão para os créditos inscritos em Dívida Ativa de re-
Assim: cebimento duvidoso, de caráter redutor, no âmbito do Ativo.
Conceitos Básicos
Contabilidade, como ciência que tem por objeto o patri-
mônio, é responsável por evidenciar suas variações, controlar
Logo: o SOC não consta na LOA, mas tem uma obrigação, e interpretar os fenômenos que nele ocorrem. É de suma
sendo um ingresso (receita) de “Capital” Extraorçamentá- importância o registro contábil real e tempestivo de todos os
rio (a). fenômenos econômicos, potenciais ou efetivos relacionados
ao patrimônio das entidades, públicas ou privadas.
Conhecimentos Específicos

Dívida Ativa Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações


de responsabilidade de um ente. Bens e direitos constituem
Também conhecida como Resíduos do Ativo, a Dívida Ativa,
o Ativo; as obrigações constituem o Passivo, e a diferença
regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os
representa o Patrimônio Líquido. Dentre os elementos
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram
integrantes do Patrimônio dos Entes Públicos, o Manual da
apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas
Dívida Ativa trata das contas do Ativo que registram créditos
aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa,
inscritos em Dívida Ativa, das contas de controle, e as rela-
com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando cionadas com as respectivas variações.
créditos a receber, sendo contabilmente alocada no Ativo. Dentro do Ativo dos Entes Públicos são registrados crédi-
Não se confunde com a Dívida Passiva, que representa tos a favor da Fazenda Pública com prazos estabelecidos para
as obrigações do Ente Público para com terceiros, e que é recebimento. Ela constitui‑se em um conjunto de direitos ou
contabilmente registrada no Passivo e denominada de Dívida créditos de várias naturezas, em favor da Fazenda Pública,
Pública.

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com prazos estabelecidos na legislação pertinente, vencidos do a origem como tributária e não‑tributária, atribui à Pro-
e não pagos pelos devedores, por meio de órgão ou unidade curadoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN competência
específica instituída para fins de cobrança na forma da lei. para gestão administrativa e judicial da Dívida Ativa da União.
Portanto, a inscrição de créditos em Dívida Ativa repre- As demais esferas governamentais, Estados, Distrito
senta contabilmente um fato permutativo resultante da Federal e Municípios, disporão sobre competências de órgãos
transferência de um valor não recebido no prazo estabeleci- e entidades para gestão administrativa e judicial da Dívida
do, dentro do próprio Ativo, contendo, inclusive, juros e atu- Ativa pertinente.
alização monetária ou quaisquer outros encargos aplicados
sobre o valor inscrito em Dívida Ativa. A Competência para Inscrição

Base Legal A inscrição em Dívida Ativa é ato jurídico que visa legi-


timar a origem do crédito em favor da Fazenda Pública, re-
A Dívida Ativa é uma espécie de crédito público, cuja ma- vestindo o procedimento dos necessários requisitos jurídicos
téria é definida desde a Lei nº 4.320/1964, sendo sua gestão para as ações de cobrança.
econômica, orçamentária e financeira resultante de uma con- A Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, em seu artigo
jugação de critérios estabelecidos em diversos outros textos 2º, parágrafo 3º, determina que cabe ao órgão competente
legais. O texto legal referido, que versa sobre normas gerais de (Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional) apurar a liquidez
direito financeiro e finanças públicas, institui os fundamentos e certeza dos créditos, qualificando a inscrição como ato
deste expediente jurídico‑financeiro, conforme seu artigo 39: de controle administrativo da legalidade, possuindo título
executório na justiça.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza Depreende‑se, portanto, que os Entes Públicos deverão
tributária ou não tributária, serão escriturados como outorgar a um órgão a competência para este procedimento,
receita do exercício em que forem arrecadados, nas dissociando, obrigatoriamente, a  inscrição do crédito em
respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada Dívida Ativa e a origem desse crédito.
pelo Decreto‑Lei nº 1.735, de 20/12/1979).
§ 1º Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo (Cespe/ANEEL) A dívida ativa é cobrada por meio da emis-
transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, são da certidão da dívida ativa da fazenda pública da União
na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, inscrita na forma da lei, valendo como título de execução.
em registro próprio, após apurada a sua liquidez e Comentários: a fazenda nacional é o órgão responsável
certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse pela inscrição, que, uma vez emitida, valerá como título.
título. (Parágrafo incluído pelo Decreto‑Lei nº 1.735, Gabarito: Certa.
de 20/12/1979).
§ 2º Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pú- Formas de Recebimento
blica dessa natureza, proveniente de obrigação legal
relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, O pagamento dos valores inscritos pode ser efetuado em
e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da dinheiro ou em bens, configurando‑se como receitas corren-
Fazenda Pública, tais como os provenientes de emprés- tes, de origem “outras receitas correntes”, aplicando‑se de
timos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, forma geral o disposto no artigo 708 da Lei nº.....- Código
multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tribu- de Processo Civil, e o Capítulo V da Lei nº......- Código Civil:
tárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, Seção II
custas processuais, preços de serviços prestados por Do Pagamento ao Credor
estabelecimentos públicos, indenizações, reposições,
restituições, alcances dos responsáveis definitivamen- Subseção I
te julgados, bem assim os créditos decorrentes de Das Disposições Gerais
obrigações em moeda estrangeira, de sub‑rogação de
hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos Art. 708. O pagamento ao credor far‑se‑á:
em geral ou de outras obrigações legais.(Incluído pelo I – pela entrega do dinheiro;
Decreto‑Lei nº 1.735, de 20/12/1979). II – pela adjudicação dos bens penhorados;
§ 3º O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda III – pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa.
estrangeira será convertido ao correspondente valor CAPÍTULO V
na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, Da Dação em Pagamento
na data da notificação ou intimação do devedor, pela
autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da ins- Art. 356. O credor pode consentir em receber pres-
crição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, tação diversa da que lhe é devida.
a atualização monetária e os juros de mora, de acordo Art.  357. Determinado o preço da coisa dada em
com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. pagamento, as relações entre as partes regular‑se‑ão
(Incluído pelo Decreto‑Lei nº 1.735, de 20/12/1979). pelas normas do contrato de compra e venda.
§  4º A receita da Dívida Ativa abrange os créditos Art.  358. Se for título de crédito a coisa dada em
Conhecimentos Específicos

mencionados nos parágrafos anteriores, bem como pagamento, a transferência importará em cessão.
os valores correspondentes à respectiva atualização Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em
monetária, à  multa e juros de mora e ao encargo pagamento, restabelecer‑se‑á a obrigação primitiva,
de que tratam o art. 1º do Decreto‑Lei nº 1.025, de ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os
21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto‑Lei direitos de terceiros.
nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Incluído pelo
Decreto‑Lei nº 1.735, de 20/12/1979). (Cespe/ANEEL) As receitas decorrentes de dívida ativa
§ 5º A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita tributária ou não tributária devem ser classificadas como
na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Incluído pelo outras receitas de capital.
Decreto‑Lei nº 1.735, de 20/12/1979). Comentários: receitas decorrentes de dívida ativa tribu-
tária ou não tributária devem ser classificadas como outras
A Lei nº 4.320/1964, ao mesmo tempo em que evidencia receitas correntes, de origem “outras receitas correntes”.
a natureza do crédito a favor do Ente Público, caracterizan- Gabarito: Errada.

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LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL Está previsto em diversos dispositivos da LRF, a saber:
inovações na lei de diretrizes orçamentárias e leis orçamen-
Conceito tárias anuais (arts. 4º e 5º) e programação financeira (art. 8º).

Impede o amadorismo e a má intenção com os recursos (Cespe/TCDF/Procurador) A Lei de Responsabilidade Fis-


públicos. cal (LRF) — Lei Complementar nº 101/2000 —, ao intro-
Cria uma norma de conduta e cultura ao agente público. duzir o princípio da responsabilidade fiscal, considerado
Lei neoliberal que cria ajustes fiscais e limites aos gastos por muitos doutrinadores uma aproximação do conceito
públicos e ao endividamento estatal, bem como cria normas anglo-saxão de Accountability, está operando uma rele-
auxiliares à receita pública. vante mudança na cultura e nas práticas administrativas
brasileiras, revelando-se um poderoso instrumento na
busca do equilíbrio fiscal das contas públicas. Com relação
Para saber mais a esse tema, julgue: A expressão responsabilidade fiscal
É uma Lei Complementar de nº 101/2000, que esta- traduz a obrigação que devem ter os responsáveis pela
belece normas de finanças públicas voltadas para a guarda ou gestão de bens, dinheiros ou recursos públicos
responsabilidade na gestão fiscal. de prestar contas de seus atos de gestão à sociedade,
enfatizando-se os aspectos estritamente contábeis dessa
Origens obrigação.

Experiências mundiais na adoção de políticas mais rígidas Comentários: a expressão “responsabilidade fiscal” vai
quantos as contas públicas: multo além de uma simples adequação estritamente con-
a) Nova Zelândia, através do Fiscal Responsibility tábil de uma ou outra obrigação.
Act/1994; Gabarito: Errada.
b) Pela Comunidade Econômica Europeia, que a partir
do Tratado de Maastricht, destacou-se o estabelecimento Transparência (Accountability)
de metas de uma relação estável entre dívida e produto in-
terno bruto; Transparência significa divulgar amplamente, de forma
c) Estados Unidos, Budget Enforcement Act, aliado ao inteligível e sucinta, as informações que a comunidade preci-
princípio de “accountability”. sa ter para conhecer a situação fiscal do Município, do Estado
ou da União: arrecadação, despesas, resultados pretendidos
e alcançados, limites a serem observados, medidas adotadas
Para saber mais
para incrementar as receitas e controlar as despesas, mon-
Regulamenta o arts. 163 e 169 da CF/88;
tante da dívida (consolidada e restos a pagar) e sua variação,
Alguns estudos apontam que tal implementação no
entre outras informações.
país surgiu de uma imposição velada do Fundo Monetá-
Disponibilizar uma grande quantidade de informações
rio Internacional - FMI - maior credor do Brasil a época,
sem organizá-las, bem como apresentá-las sem nenhum
por conta dos desajustes fiscais no fim do século XX.
tratamento, ainda que de fácil compreensão, não significa
transparência. Para ela se materializar, faz-se necessário um
conjunto de medidas de participação do usuário e da socie-
Princípios e Objetivos dade, como o incentivo à participação popular e a realização
de audiências públicas, durante os processos de elaboração
Responsabilidade (austeridade) e de discussão dos planos, leis de diretrizes orçamentárias e
orçamentos (art. 48); o franqueamento das contas apresenta-
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de das pelo Chefe do Poder Executivo para consulta e apreciação
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na pelos cidadãos e instituições da sociedade (art. 49); a ampla
gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título da divulgação da apreciação das contas públicas (art. 56, § 3º) e
Constituição. a manutenção de sistema de custos, que permita a avaliação
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a e acompanhamento da gestão (art. 50, § 3º).
ação planejada e transparente, em que se previnem Convém lembrar que transparência não é sinônimo de
riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilí- publicidade, pois esta, ao contrário daquela, “apenas” exige
brio das contas públicas, mediante o cumprimento que condutas e normas estejam publicadas em Diário Oficial
de metas de resultados entre receitas e despesas e para entrar vigor e eficácia.
a obediência a limites e condições no que tange a re-
núncia de receita, geração de despesas com pessoal, Equilíbrio
Conhecimentos Específicos

da seguridade social e outras, dívidas consolidada e


mobiliária, operações de crédito, inclusive por ante- Equilíbrio das contas públicas não se refere apenas à
cipação de receita, concessão de garantia e inscrição relação entre as receitas e despesas constantes do orça-
em Restos a Pagar.» mento, mas, também, à busca de equilíbrio na execução
orçamentária, entre os valores orçados e a disponibilidade
Planejamento financeira. Refere-se também ao equilíbrio de longo prazo
entre o montante da dívida, a assunção de obrigações e a
Instrumento indispensável para racionalizar a ação do Es- capacidade de pagamento.
tado, posto que ele evidencia os meios necessários ao alcan- Essa visão é própria do neoliberalismo, que consiste na
ce dos objetivos almejados, bem como evita atos amadores economia de mercado livre, diminuição do tamanho do Es-
ou improvisados, que variavelmente, exigem “remendos” tado e redução drástica dos custos de subsídios, dos gastos
futuros que comprometem as contas públicas. sociais e da intervenção no domínio econômico e social.

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Programação c) decorrentes da exploração agropecuária de origem
vegetal ou animal.
Como o define Sanches (2004, p. 283): Princípio orça- d) originados na prestação de serviços de inspeção e
mentário, de natureza complementar, segundo o qual o or- fiscalização.
çamento público deve ser estruturado sob a forma de pro- e) provenientes de rendimentos sobre o ativo perma-
gramação, isto é, deve expressar o programa de trabalho nente.
de cada entidade do setor público, detalhando por meio de
categorias apropriadas, como, onde e com que amplitude Comentários: resposta correta é a letra “a”
o setor público irá atuar no exercício a que se refere a Lei Lembrem-se:
Orçamentária. • União - Estados e Municípios = União pode se com-
prometer;
• Estado - municípios = Estado pode se comprometer;
Para saber mais
• União + Estados + Municípios - previdência = podem
O art. 8º da LRF, de forma expressa, trouxe uma ino-
se comprometer.
vação que consubstancia a atuação de tal princípio.

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos or- A RCL, então, é o somatório de todas as receitas correntes
çamentos, nos termos em que dispuser a lei de do Estado, a saber:
diretrizes orçamentárias e observado o disposto • Tributárias;
na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o crono- Para saber mais
grama de execução mensal de desembolso. Pelo Manual Técnico do Orçamento - MTO/2018, a no-
menclatura “tributária” foi substituída por Impostos,
Para tal, edita-se um decreto de programação, que, Taxas e Contribuições de Melhoria.
por sua vez, poderá, durante a execução da LOA, ser Porém, se o examinador citar a LRF no comando ou
revogado, ainda que parcialmente, adequando-o à na assertiva, recomendar-te-ia procurar a palavra
conjuntura ambiental. “tributária”, pois aquele não temn o condão legal de
mudar esta.
Receita Corrente Líquida – RCL
• Contribuições;
Conceito • Patrimoniais;
• Industriais;
Fonte para o Estado se comportar e se comprometer • Agropecuárias;
perante às receitas e despesas, sendo utilizada como fundo • Serviços;
de austeridade e responsabilidade fiscal, evitando gastos ou • Transferências Correntes; e
riscos de receitas acima do permito ou do sustentável. • Outras Receitas Correntes.
O principal objetivo da RCL, segundo o Manual de De-
monstrativos Fiscais - MDF/2017, elaborado pelo Tesouro Na- Sempre deduzidos os valores transferidos, por determi-
cional, é servir de parâmetro para o montante da reserva de nação constitucional ou legal, aos Estados e Municípios, no
contingência e para os limites da despesa total com pessoal, caso da União, e aos Municípios, no caso dos Estados, con-
da dívida consolidada líquida, das operações de crédito, do sideradas ainda as demais deduções previstas na Lei.
serviço da dívida, das operações de crédito por antecipação Assim:
de receita orçamentária e das garantias do ente da Federa-
ção. Os limites foram estabelecidos em parte pela LRF, em RCL = Receitas Constitucionais
parte por Resoluções do Senado Federal. Correntes (Brutas) – Legais
Mandamentos Previdenciários
Cálculo
A LRF determinou que as particularidades para o côm-
A Receita Corrente Líquida é o somatório das receitas tri- puto das deduções da RCL da União, dos Estados, do Distrito
butárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agrope- Federal e dos Municípios.
cuárias, de serviços, transferências correntes e outras recei- Na União, no Distrito Federal, nos Estados e nos Muni-
tas também correntes, deduzidos, principalmente, os valores cípios, serão consideradas as transferências constitucionais
transferidos, por determinação constitucional ou legal, aos ou legais entre entes, de modo a identificar a receita que
Estados e Municípios, no caso da União, e aos Municípios, efetivamente pertence a cada ente.
Conhecimentos Específicos

no caso dos Estados, consideradas ainda as demais deduções Nesse contexto, se inserem os valores pagos e recebidos
previstas na Lei. a título de transferências financeiras da Lei Complementar
nº 87, de 13 de setembro de 1996, que dispõe sobre ICMS,
(Cespe/TRT-8ª/Analista de Contabilidade/2016) A re- e da Lei Complementar nº 61/1989, que dispõe sobre o IPI,
ceita corrente líquida é calculada a partir da inclusão e bem como a cota-parte da Contribuição de Intervenção no
exclusão de vários itens de receita. Entre as exclusões, no Domínio Econômico – CIDE.
caso dos estados, estão os recursos Nesses Entes devem, ainda, ser deduzidas:
a) entregues aos municípios por determinação consti- a) a contribuição dos servidores para o custeio do seu
tucional. sistema de previdência; e
b) decorrentes da atividade industrial de extração mi- b) as receitas provenientes da compensação financeira
neral. entre os diversos regimes de previdência, na contagem re-

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cíproca do tempo de contribuição na administração pública Nos Estados e Municípios, serão também computados
e na atividade privada, rural e urbana. os valores pagos e recebidos em decorrência do Fundo de
É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
estejam adequadamente contabilizadas em contas próprias Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, esta-
que as identifiquem. Na União, serão também deduzidas: belecido no art. 60, do Ato das Disposições Constitucionais
a) as contribuições sociais para a seguridade social do Transitórias da Constituição.
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na Na RCL do DF e dos Estados do Amapá e de Roraima, não
forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais serão considerados os recursos recebidos para atendimento
das despesas com pessoal a cargo da União previstas nos
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e no art. 31 da
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem Emenda Constitucional nº 19.
vínculo empregatício;
b) as contribuições sociais para a seguridade social do Apuração
trabalhador e dos demais segurados da previdência social; e
c) a arrecadação decorrente das contribuições para o A RCL é apurada somando-se as receitas arrecadadas no
Programa de Integração Social – PIS e para o Programa de mês em referência e nos onze anteriores.
Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP. Assim:

Percebe-se, pela figura acima, que a contagem de tempo coincidirá com o ano civil apenas uma vez num ciclo de 12
meses, ou seja, durante 11 meses de contagem, a apuração dar-se-á em dois exercícios financeiros.
Candidatos, faz-se necessária muita atenção na hora da contagem, pois o sentido é para os meses passados.

(Cespe/PF/Administrador) O montante de receita corrente líquida calculado em determinado período pode não incluir
todas as receitas correntes previstas para o exercício financeiro que estiver em curso.

Comentários: ratificando o que foi relatado por nós, montante de RCL calculado em determinado período (de apuração)
pode não incluir todas as receitas correntes previstas para o exercício financeiro que estiver em curso sim, como na
figura abaixo, na qual demonstra que, no ano “X2”, somente as receitas de fevereiro e janeiro entraram no cálculo dela.

Gabarito: Certa.
Conhecimentos Específicos

Para saber mais


A RCL:
Terá seu mês em referência (início da contagem) imediatamente anterior àquele em curso, pois este, ao contrário
daquele, não se encerrou;
Adota-se, por ser arrecadação o estágio correspondente para apurar a entrada de recursos, o Regime Contábil
de Caixa.
Serão, por motivos óbvios de inviabilidade contábil, excluídas as duplicidades: Ex.: as receitas intraorçamentárias
(contrapartida da modalidade 91) deverão ser excluídas do cálculo por caracterizarem duplicidades, uma vez que
representam operações entre entidades integrantes do mesmo orçamento fiscal e da seguridade social.
Ela será DEMONSTRADA bimestralmente do Relatório Resumido de Execução Orçamentária - RREO, embora seu
cálculo seja mensal.

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(Cespe/INPI/Analista de Planejamento, Gestão e Infra- e) As receitas de operações de crédito deverão ser com-
estrutura em Propriedade Industrial) As receitas intra- putadas, excluídas as receitas obtidas por antecipação
orçamentárias arrecadadas devem ser computadas no de receita orçamentária.
cálculo anual da RCL. e) A apuração será realizada somente na União, nos es-
tados e no Distrito Federal.
Comentários: como já visto, as receitas intraorçamentá-
rias não são novos ingressos. Portanto, se fossem compu- Comentários:
tadas -, haveria uma dupla contagem, manobra contábil a) Correta.
ilegal, popularmente chamada de «pedadas». b) Errada. Receitas patrimoniais entram no cômputo.
Gabarito: Errada. c) Errada. A apuração PODERÁ ser para o período cor-
respondente ao exercício financeiro, que deve coincidir
(Cespe/ANP/Área II) A receita corrente líquida engloba com o ano civil.
d) Errada. As receitas de operações de crédito jamais
todas as receitas correntes lançadas no mês de referência
deverão ser computadas, pois são receitas financeiras,
e nos onze meses anteriores.
viciadas pela contrapartida no passivo, que a dívida.
e) Errada. Faltaram os Municípios no rol de entes abar-
Comentários: é uma pegadinha que se diz? Sim: A recei- cados pela LRF.
ta corrente líquida engloba todas as receitas correntes
ARRECADADAS, e não LANÇADAS, no mês de referência
Planejamento
e nos onze meses anteriores, adotando-se o regime de
caixa, que considera, para a apuração do resultado, a re- Leis Orçamentárias
ceita efetivamente ingressada na Conta Única do Tesouro.
Gabarito: Errada. PPA
(Cespe/SAD-PE) A respeito da apuração do cálculo da Art. 3º (Vetado)
receita corrente líquida, assinale a opção correta.
a) Nos estados, serão deduzidas as parcelas entregues Como expresso na lei, o dispositivo que travava de PPA
aos municípios por determinação constitucional. foi vetado. Não se preocupem com ele em termos fiscais.
b) Não terão computadas as receitas patrimoniais. Estudem as outras duas leis orçamentárias, memorizando seu
c) A apuração deverá ser para o período correspondente conteúdo, porque os examinadores, naturalmente, limitam-
ao exercício financeiro, que deve coincidir com o ano civil. -se ao texto “seco” da lei.

LDO e LOA
LDO LOA
Equilíbrio entre receitas e despesas. Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da pro-
gramação dos orçamentos com os objetivos e metas constan-
tes do documento de que trata o § 1º do art. 4º.
Critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada Será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do
nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, art. 165 da Constituição, bem como das medidas de com-
no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31. pensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado.
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização
resultados dos programas financiados com recursos dos or- e montante, definido com base na receita corrente líquida,
çamentos. serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, des-
tinada ao:
a) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e
eventos fiscais imprevistos.
Demais condições e exigências para transferências de recur- Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou
sos a entidades públicas e privadas. contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei
orçamentária anual.
Anexo de Metas Fiscais - AMF: O refinanciamento da dívida pública constará separadamente
1) Serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nomi- A atualização monetária do principal da dívida mobiliária re-
nal e primário e montante da dívida pública, para o exercício financiada não poderá superar a variação do índice de preços
previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação
Conhecimentos Específicos

a que se referirem e para os dois seguintes.


2) Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano específica.
anterior. É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade
imprecisa ou com dotação ilimitada.
3) Demonstrativo das metas anuais, instruído com memó-
A lei orçamentária não consignará dotação para investimento
ria e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados
com duração superior a um exercício financeiro que não esteja
pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exer- previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua in-
cícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com clusão, conforme disposto no § 1o do art. 167 da Constituição.
as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orça-
4) Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três mentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e
exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados
obtidos com a alienação de ativos. a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.

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5) Avaliação da situação financeira e atuarial: Informações adicionais:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a cons-
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; tituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de na- Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subsequente
tureza atuarial. à aprovação dos balanços semestrais.
6) Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para
de receita e da margem de expansão das despesas obrigató- com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação
rias de caráter continuado. específica no orçamento.
Anexo de Riscos Fiscais - ARF: O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco
1) Avaliados os passivos contingentes. Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos
2) Outros riscos capazes de afetar as contas públicas. termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da
3) Informando as providências a serem tomadas, caso se União.
concretizem. Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conte-
rão notas explicativas sobre os custos da remuneração das
disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das
reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos,
destacando os de emissão da União.

(Cespe/Auditor-MG) Com relação ao controle da despe- Financeira - SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabe-
sa total com pessoal, previsto na LRF, assinale a opção lecidas pela legislação vigente.
correta (adaptada). Logo após a sanção presidencial à Lei Orçamentária apro-
(...) vada pelo Congresso Nacional, o Poder Executivo mediante
D) O demonstrativo da despesa com pessoal será parte decreto estabelece em até trinta dias a programação finan-
integrante do anexo de riscos fiscais e servirá como ins- ceira e o cronograma de desembolso mensal por órgãos,
trumento de verificação dos limites de que trata a LRF. observadas as metas de resultados fiscais dispostas na Lei
(...) de Diretrizes Orçamentárias.
A Programação Financeira se realiza em três níveis distin-
Comentários: são partes integrantes do ARF a avaliação tos, sendo a Secretaria do Tesouro Nacional o órgão central,
dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afe- contando ainda com a participação das Subsecretárias de
tar as contas públicas, bem como informa as providências Planejamento, Orçamento e Administração (ou equivalentes
a serem tomadas, caso se concretizem. O demonstrativo os órgãos setoriais - OSPF) e as Unidades Gestoras Executoras
da despesa com pessoal será parte integrante do Relató- (UGE).
rio de Gestão Fiscal. É muito comum o examinador trocar Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes
os instrumentos de transparência. para a elaboração e formulação da programação financeira
mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos
Gabarito: como a questão é, originalmente, de alterna- necessários à sua execução. Aos órgãos setoriais competem
tiva, não seria a letra D a correta. a consolidação das propostas de programação financeira dos
órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos
(Cespe/SAD-PE) Assinale a opção correta acerca de financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras
aspectos relacionados à receita corrente líquida (RCL) Executoras cabem a realização da despesa pública nas suas
(adaptada). três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento.
(...) b) o cronograma de execução mensal de desembolso:
E) O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após tão importante quanto a programação financeira, este cro-
a constituição ou a reversão de reservas, constitui receita nograma um sistema mais seguro e crível para aplicação dos
corrente líquida do Tesouro Nacional. recursos públicos, haja vista, assim como as famílias, o Estado
tem em sua maioria as despesas a serem pagas mensalmen-
Comentários: O resultado do Banco Central do Brasil, te. Nada mais justo e eficiente que ele procure alinhá-las ao
apurado após a constituição ou reversão de reservas, tempo de saída dos recursos.
constitui RECEITA (e não receita CORRENTE LÍQUIDA) do
Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia (Cespe/TCDFT/Técnico Administrativo) A finalidade bási-
útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. ca do decreto de programação orçamentária e financeira
Gabarito: como a questão é, originalmente, de alterna- e de limitação de empenho e movimentação financeira é
tiva, não seria a letra E a correta. garantir que a parcela do plano plurianual prevista para
o exercício em curso seja efetivamente realizada.
Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas
Conhecimentos Específicos

Comentário: claro que o fim básico do decreto de pro-


Programação gramação a justar a LOA, e não o PPA, à realidade, ga-
Até 30 dias após a publicação da LOA, nos termos em que rantindo que suas parcelas previstas para o exercício em
dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá: curso sejam efetivamente realizadas.
a) a programação financeira: ela compreende, sendo de- Gabarito: Errada.
terminação do Tesouro Nacional, um conjunto de atividades
com o objetivo de alinhar o ritmo de execução do orçamento Recursos Vinculados
ao fluxo provável de recursos financeiros (ajustar aquilo que Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica
foi pensado com a realidade posta pelo ambiente curso), serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de
assegurando a execução dos programas anuais de trabalho, sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em
realizados por meio do Sistema Integrado de Administração que ocorrer o ingresso. Isso evita uma prática muito comum

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do agente público: não aplicar os recursos num dado exercí- receita possa não comportar o cumprimento das metas
cio financeiro para que, no exercício seguinte, ele estivesse de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo
desafetado, livre para ser aplicado sob sua conveniência e de Metas Fiscais, como reza art. 8º, § 2º, da LRF.
oportunidade, o que, normalmente, não se prestava ao bom Gabarito: Certa.
e regular uso dele.
Receitas Públicas
Limitação de empenho
Instituições, Previsões e Arrecadações
Conceito
Esse é um os dispostos mais contundentes da LRF. Aqui, Constituem requisitos essenciais da responsabilidade
ela mostra para que veio (sic), pois, sem “dó e piedade”, na gestão fiscal a:
obriga que, em situações emergências, se verificado, ao fi- a) instituição; b) previsão; e c) efetiva arrecadação de
nal de um bimestre, que a realização da receita poderá não todos os TRIBUTOS da competência constitucional daquele
comportar o cumprimento das metas de resultado primário respectivo ente da federação.
ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais - AMF, os Assim, o gestor que não cumprir esses dispositivos de
Poderes e o Ministério Público - MP - façam, por ato próprio forma cumulativa incorrerá em crime de responsabilidade.
e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, É vedada a realização de transferências voluntárias para
limitação de empenho e movimentação financeira, segundo o ente que não observe os dispostos acima, no que se refere
os critérios fixados pela LDO. aos impostos.

Para saber mais Para saber mais


A verificação será 6x ao ano (é feita no presente); Irresponsabilidade fiscal: não observe a instituição,
A receita prevista deverá ser menor do que o alcance previsão e efetiva arrecadação de TRIBUTOS. A pena
de metas de resultado primário e nominal do AMF da será aplicada apenas ao GESTOR.
LDO (estimativa, futuro);
Cada Poder e Órgãos do MP, das Cortes de Contas e Pena no caso exclusivo dos impostos: vedação à reali-
das Defensorias Públicas (os últimos dois não estão zação de transferências voluntárias. A pena é aplicada
expressos na lei, mas estão implícitos pela autonomia ao Ente que o gestor represente. É uma forma dela ser
constitucional) devem, separadamente, promover tal estendida à população, que será “convidada” a sentir
limitação por ato próprio; na pele as consequências da redução de recursos para
O prazo é impreterivelmente estendido até 30 dias do o ente no qual reside, punindo-a por ter colocado aque-
fim de bimestre de verificação. Assim, se o ele com- le gestor no poder, o causador direto das complicações
preende janeiro e fevereiro, a unidade terá até 31 nas contas públicas.
de março para tomar as providencias cabíveis, sem
prorrogação. Atenção:
No caso de os Poderes e Órgãos Constitucionais não 1) entende-se por transferência voluntária (TVs) a en-
promoverem a limitação no prazo estabelecido, Poder trega de recursos correntes ou de capital a outro ente
Executivo não pode limitar, sob pena de infringir o prin- da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assis-
cípio da separação dos poderes (vide ADIN 2.238/2005) tência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único
Restabelecimento da Receita Prevista de Saúde. De acordo com o art. 25 da LRF
A recomposição das dotações cujos empenhos foram
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efeti- “São exigências para a realização de transferência
vadas, ainda que parcial. voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes
Uma vez sanada a situação que impediu a execução orçamentárias:
das despesas, o governo terá a oportunidade e decisão de I – existência de dotação específica;
retomá-las. II – (Vetado)
III – observância do disposto no inciso X do art. 167
Despesas Imunes da Constituição;
Ainda que as receitas previstas sejam menores que os IV – comprovação, por parte do beneficiário, de:
resultados pretendidos pelo governo, não serão objeto de a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tribu-
limitação as despesas:
tos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente
a) que constituam obrigações constitucionais;
transferidor, bem como quanto à prestação de contas
b) que constituam obrigações legais do ente;
de recursos anteriormente dele recebidos;
Conhecimentos Específicos

c) destinadas ao pagamento do serviço da dívida; e


b) cumprimento dos limites constitucionais relativos
d) ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
à educação e à saúde;
c) observância dos limites das dívidas consolidada e
(Cespe/Câmara dos Deputados/Consultor de Orçamen-
mobiliária, de operações de crédito, inclusive por an-
to) As despesas destinadas ao pagamento do serviço da
tecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar
dívida não serão objeto de limitação, ainda que não seja
e de despesa total com pessoal;
conferida a meta de resultado primário estabelecida no
d) previsão orçamentária de contrapartida.
anexo de metas fiscais.
§ 2º É vedada a utilização de recursos transferidos em
finalidade diversa da pactuada.”
Comentários: As despesas destinadas ao pagamento do
2) há exceções: ações de saúde, educação e assistência
serviço da dívida estão no rol das exceções previstas na
LRF para continuarem a serem executadas, ainda que a social.

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(Cespe/Câmara dos Deputados/Consultor de Orçamen- legislativo é 31/8) de suas propostas orçamentárias,
to) Uma das exigências a serem atendidas pelo beneficiário os estudos e as estimativas das receitas para o exer-
da transferência voluntária é a observância dos limites de cício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as
inscrição dos restos a pagar. respectivas memórias de cálculo.
No prazo previsto no art. 8º, (art. 8º Até trinta dias
Comentários: de acordo com o art. 25, IV, alínea c, res- após a publicação dos orçamentos, nos termos em
peitar os limites dos restos a pagar é condição sine qua que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
non para realizar TVs. Executivo estabelecerá a programação financeira e
Gabarito: Certa. o cronograma de execução mensal de desembolso).
As receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder
Reestimativa das Receitas Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com
a especificação, em separado, quando cabível, das
A Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo medidas de combate à evasão e à sonegação, da
só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem quantidade e valores de ações ajuizadas para cobran-
técnica ou legal. ça da dívida ativa, bem como da evolução do mon-
Atenção ao fato do único Poder da República (Poder Le- tante dos créditos tributários passíveis de cobrança
gislativo) responsável pela reestimativa, que deve acontecer, administrativa.
impreterivelmente, durante o prazo de aprovação orçamen-
tária do ciclo orçamentário, enquanto o projeto de LOA tra- Renúncia
mita na Comissão Mista de senadores e deputados.
Conceito
Para saber mais Mecanismo intervencionista estatal para fomentar a eco-
O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição nomia, reduzindo ou até zerando a cobrança de um tributo
dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo para um ou outro segmento que, por vezes, esteja enfrenta
trinta dias antes do prazo final para encaminhamento situação delicada perante nuances ambientais que impactem
(o prazo FINAL para encaminhamento da proposta ao negativamente no pleno emprego e renda.

Características

A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá
estar acompanhada de dispositivos
Obrigatórios Discricionários (ou um ou outro)
Impacto Demonstração de que a renún- Medidas de compensação, no pe-
Orçamentário-Financeiro cia foi considerada na estima- ríodo mencionado, por meio do au-
tiva de receita da LOA; mento de receita, proveniente da:
Atender a LDO Ano da 2 anos de e 1) elevação de alíquotas, amplia-
renúncia seguintes Não afetar as metas de resulta- ção da base de cálculo;
dos fiscais previstas no anexo 2) majoração ou criação de tribu-
Trienal próprio da LDO. to ou contribuição.
Importante: acompanha, de forma obrigatória, o ato de renúncia 3 dispositivos, dois obrigatórios e um dos discricionários.

Mecanismos de Renúncia redução do quantum do imposto (Sacha Calmon Navarro Co-


a) Anistia: ato do Poder Público em perdoar penalidades elho). Forma indireta de exoneração utilizada em programas
por infração (multas) cometida anteriormente à vigência da de desenvolvimento como SUDENE e SUDAN, aplicado sobre
lei que concedeu a anistia, podendo ser total ou parcial. Im- IPI e outros tributos, como por exemplo, sobre produção de
portante destacar que a anistia não atinge o crédito tributário açúcar (Lei nº 9.532/1997) e ressarcimento de tributos sobre
(art. 180 do CTN. exportação de produtos industrializados (Lei nº 9.363/1996).
b) Remissão: ato do Poder Público em perdoar uma dí- e) Concessão de isenção em caráter não geral Concessão
vida, extinguindo o crédito tributário. Pode ser concedida de isenção em caráter não geral: consiste na isenção que é
total ou parcialmente, sempre atendendo ao previsto no art. efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade admi-
172 do CTN. nistrativa, em requerimento no qual o interessado comprova
c) Subsídio: auxílios econômicos concedidos pelo Poder o preenchimento das condições e do cumprimento dos requi-
Público a pessoas físicas ou jurídicas com o objetivo de au- sitos previstos em lei ou contrato para sua concessão (artigo
Conhecimentos Específicos

mentar a renda das mesmas, estimular as exportações ou 179 do CTN). Considerando que a concessão de isenções
abaixar os preços de determinados produtos. Corresponde em caráter não geral ocorre caso a caso, considera-se nova
às subvenções. Revela todas as ações que buscam socorrer concessão (ou ampliação, se for o caso) cada nova situa-
determinadas situações em que o Poder Público entende ção (reconhecimento da isenção) verificada após a vigência
imprescindível ao cumprimento de seus desígnios constitu- da LRF. (Exemplos: isenção para aposentados, isenção para
cionais, que é de satisfação das necessidades públicas. quem ganha menos de um salário mínimo etc.). Neste caso,
d) Crédito presumido: “espécie de isenção parcial para a concessão de novas isenções a cada exercício requer a
impostos sobre consumo que incide sobre fases intermediá- observância das regras do art. 14 da LRF. Concedida com
rias do processo de comercialização e produção”. Tem como prazo certo, a renovação é considerada nova concessão ou
objetivo isentar somente um estágio do processo produtivo, novo reconhecimento de isenção, mesmo porque o despa-
sem interferir na cadeia de arrecadação. Enquadra-se como cho concessivo de isenção não gera direito adquirido (art.
categoria específica de exoneração tributária que implica 179, § 2º, CTN).

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f) Alteração de alíquota ou modificação de base de obrigação legal de sua execução por um período superior a
cálculo que implique redução discriminada de tributos ou dois exercícios.
contribuições.
g) Outros benefícios que correspondam a tratamento
Para saber mais
diferenciado.
Para memorizar, para ser DOCC:
• despesa CORRENTE;
Não é considerada uma renúncia (para fins fiscais)
• DERIVADA de Lei, MP ou AAN;
1) às alterações das alíquotas de Impostos sobre Opera-
• fixa para o ENTE (não é só para um poder ou órgão)
ções Financeiras (IOF), Produtos Industrializados (IPI, Impor-
obrigação legal;
tações (II) e Exportações (IE).
• o tempo deve ser superior a 2 exercícios (deve fre-
2) ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior
quentar 3 exercícios ou mais).
ao dos respectivos custos de cobrança. Ou seja, o gasto de
mobilização para angariar o recursos é muito maior que a
receita auferida. (Cespe/Polícia Federal) Denomina-se despesa obriga-
tória de caráter continuado apenas a despesa corrente
derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
Despesas Públicas normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a três exercícios.
Geração de Despesas

Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas Comentários: o tempo está equivocado. A obrigação le-
ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de gal de sua execução deve ser por um período superior a
obrigação que não atendam à (ao): DOIS exercícios.
1) Despesa Obrigatória de Caráter Continuado (item 7.2); e
2) fato de que a criação, expansão ou aperfeiçoamento Condições
de ação governamental que acarrete aumento da despesa Os atos que criarem ou aumentarem tal despesa deverão
deva ser acompanhado de: ser instruídos com a do impacto orçamentário-financeiro no
a) estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequen-
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subse- tes e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
quentes; O ato será acompanhado de comprovação de que a des-
b) declaração do ordenador da despesa de que o au- pesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados
mento tem adequação orçamentária e financeira com a lei fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO, devendo
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compen-
e com a lei de diretrizes orçamentárias. sados pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
Considera-se aumento permanente de receita o pro-
Para saber mais
veniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
Para fins da LRF, considera-se:
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
a) adequada com a lei orçamentária anual, a despesa
objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja A comprovação do acompanhamento de comprovação
abrangida por crédito genérico, de forma que somadas de que a despesa criada ou aumentada não afetará as me-
todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a tas, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e
realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; compatibilidade da despesa com as demais normas do plano
b) compatível com o plano plurianual e a lei de dire- plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
trizes orçamentárias, a despesa que se conforme com Essa despesa não será executada antes da implementa-
as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos ção das medidas referidas, as quais integrarão o instrumento
nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas que a criar ou aumentar. O disposto não se aplica às despesas
disposições. destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de
A estimativa será acompanhada das premissas e remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37
metodologia de cálculo utilizadas (como o valor foi da Constituição. Considera-se aumento de despesa a pror-
encontrado). rogação daquela criada por prazo determinado.
Ressalva-se do disposto a despesa considerada irrele-
vante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes Despesa com Pessoal
orçamentárias.
Composição
Segundo o art. 18, despesa total com pessoal se carac-
Conhecimentos Específicos

As normas constituem condição prévia para:


a) empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens teriza como o somatório dos gastos do ente da Federação:
ou execução de obras; a) com quem: os ativos, os inativos e os pensionistas;
b) desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o b) alcance: relativos a mandatos eletivos, cargos, funções
§ 3º do art. 182 da Constituição. ou empregos;
c) abrangência: civis, militares e de membros de Poder;
Despesa Obrigatória de Caráter Continuado - DOCC d) valor: com quaisquer espécies remuneratórias, tais
como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
Conceito proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
Considera-se obrigatória de caráter continuado a des- adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
pesa corrente derivada de lei, medida provisória (MP) ou de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contri-
ato administrativo normativo (AAN) que fixem para o ente a buições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

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Para saber mais
Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados
públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. Assim, para efeitos de cômputo da despesa -, os
terceirizados que substituam concursados serão considerados como pessoal para fins fiscais, impedindo uma prática
recorrente de burlar o gasto público, entendendo que tais agentes nãos seriam despesa de custeio com pessoal.

Apuração
A despesa com pessoal será identificada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente
anteriores, alinhando-se à receita corrente líquida, que tem o mesmo tempo de apuração, pois esta é fonte e parâmetro
para o gasto com aquela.
Assim:

Percebe-se, pela figura acima, que a contagem de tempo coincidirá com o ano civil apenas uma vez num ciclo de 12
meses, ou seja, durante 11 meses de contagem, a apuração dar-se-á em dois exercícios financeiros.
Candidatos, faz-se necessária muita atenção na hora da contagem, pois o sentido é para os meses passados.

Para saber mais


A despesa total com pessoal:
Terá seu mês em referência (início da contagem) imediatamente anterior àquele em curso, pois este, ao contrário
daquele, não se encerrou;
Adota-se, por ser o empenho o estágio correspondente para apurar a entrada de recursos, o Regime Contábil de
Competência.
Serão, por motivos óbvios de inviabilidade contábil, excluídas as duplicidades: Ex.: as receitas intraorçamentárias
(contrapartida da modalidade 91) deverão ser excluídas do cálculo por caracterizarem duplicidades, uma vez que
representam operações entre entidades integrantes do mesmo orçamento fiscal e da seguridade social.
Ela será demostrada quadrimestralmente do Relatório de Gestão Fiscal - RGF, embora seu cálculo seja mensal.

Limites
De acordo com o art. 19, despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente (poder e órgão) da
Federação, não poderá exceder os percentuais (%) da receita corrente líquida (RCL), a seguir discriminados:

ENTE
ESTADOS COM
UNIÃO ESTADOS DF*** MUNICÍPIOS
TCMs**
PODER/ÓRGÃO
JUDICIÁRIO 6 6 6 x x
LEGISLATIVO 2,5 3 3,4 3 6
MP 0,6 2 2 x x
EXECUTIVO* 40,9**** 49 48,6 49 54
Conhecimentos Específicos

TOTAL 50 60 60 52 60
BASE Receita Corrente
Líquida

Para saber mais

Constitucionais
RCL = Receitas Correntes (Brutas) – Legais
Mandamentos Previdenciários

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*Inclui a Administração Indireta; deração. Para isso, foram estabelecidos conceitos mais
** Tribunais de Contas dos Municípios. Estados com precisos, limites numéricos para os poderes por esfera
TCMs: BA, CE, GO e PA; federativa e formas para ajuste aos limites estabelecidos,
*** Tem características de estado; caso sejam ultrapassados. Os estados em que houver
**** 3% deverá ser direcionado para o Fundo do Distrito tribunal de contas dos municípios, o percentual de partici-
Federal, Amapá e Roraima, que, por exemplo, paga os poli- pação do Poder Legislativo nas despesas de pessoal, refe-
ciais e bombeiros de Brasília. rentemente às receitas correntes líquidas, será acrescido
de 0,4% — alcançando 3,4% — e o do Poder Executivo
Ex.: A Receita Corrente Líquida de um determinado estado reduzido em igual percentual, totalizando 48,6%.
da federação atingiu, no exercício de X1 o montante de R$
1.200.000,00. Sendo assim, os limites máximos de gastos Comentários: como relatado por nós acima, nos quatro
com pessoal do Poder Judiciário. estados que possuem TCMs, devem remanejar 0,4% do
Poder Executivo, que fica com 48,6%, e o deslocar para
Importante: identificar qual o ENTE e qual o PODER/ÓR- o Poder Legislativo, que fica com 3,4%.
GÃO aos quais ele se refere. Nesse caso: Estado (sem TCMs) Gabarito: Certa.
e o poder Judiciário.
Assim, procede-se o cálculo mensal para identificar o Para saber mais
quão tal unidade poderá se comprometer com essa despesa Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os
de custeio. Vamos lá: limites serão repartidos entre seus órgãos de forma
RCL = R$ 1.200.000,00; proporcional à média das despesas com pessoal, em
Quanto o Poder Judiciário pode gastar: 6% da RCL percentual da receita corrente líquida, verificadas nos
Identificados, agora, é só multiplicar o valor da RCL pelo três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao
percentual, transformado em decimal, do Poder Judiciário. da publicação (1997, 1998 e 1999) desta Lei Comple-
1.200.000,00 x 0,06 (6%) = R$ 72.000,00 mentar.
Portanto, R$ 72.000,00 é o máximo que tal poder poderá
despender para tal gasto público, fórmula empreendida para Controle
quaisquer outros poderes ou órgãos. Lembre-se: a apuração, para fins de quanto de pode gas-
tar gasto, será mensal, embora, para fins de controle, será
(SEFAZ-AL) Uma das preocupações ao se elaborar a Lei de quadrimestral por meio da demonstração do relatório de
Responsabilidade Fiscal (LRF) foi regulamentar o disposi- Gestão Fiscal - RGF, que verifica se houve ultrapassagem do
tivo constitucional que estabelece limites para os gastos limite geral/total (teto) ou mesmo se houve um gasto acima
com pessoal no poder público, em todos os níveis da Fe- dos infralimites (90% ou 95% do limite geral/total.

Infralimites

0% a 90% 90,01% a 95% 95,01% ao LIMITE - impedimento de:


1) concessão de vantagem, aumento, reajuste ou ade-
quação de remuneração a qualquer título, salvo os deri-
vados de sentença judicial ou de determinação legal ou
contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do
O Tribunal de Contas respectivo aler- art. 37 da CF/88
tará o poder ou órgão. 2) alteração de estrutura de carreira que implique au-
Sistema cautelar e preventivo de im- mento de despesa;
Ente, Poder ou Órgão

Regular pedimento de infringir o limite geral, 3) provimento de cargo público, admissão ou contratação
resguardando-o. de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição de-
corrente de aposentadoria ou falecimento de servidores
das áreas de educação, saúde e segurança;
4) contratação de hora extra, salvo situações previstas
na LDO;
5) criação de cargo, emprego ou função;
Lembre-se:
a) os impedimentos devem ser obrigatórios;
b) são aplicados de forma cumulativa;
Conhecimentos Específicos

c) não impedi que se tomem outras medidas em paralelo


para a despesa diminuir. Assim, os impedimentos são
cumulativos, mas não exclusivos e taxativos;
d) apenas no caso “5” não há exceção à regra.

(Cespe/MP-TCDF/Procurador) Com relação aos tribunais alertar poderes e órgãos sobre o gasto acima de 90%
de contas, entre as inovações introduzidas pela LRF, en- do limite.
contra-se a instituição da função cautelar de alertar os
demais Poderes ou órgãos nas situações que especifique.
No gráfico a seguir, podemos observar os intervalos
Comentários: sim, é uma inovação da LRF introduzir, nas infralimites que devem ser respeitados ou não ultrapas-
atribuições da corte de contas dos entes, a atitude de sados.

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Atenção:
LIMITES GERAIS APLICADOS À DESPESA COM PESSOAL
Ente
União Estados Municípios DF
Limite
Limite Geral - LG 50% 60% 52%
95%
Limite Prudencial - LP
47,5% 57% 49,4%
90%
Limite de Alerta - LA
45% 54% 46,8%
Base Receita Corrente Líquida

Para saber o valor real, basta multiplicar o limite geral Comentários: 54% x 0,95 (95%) = 51,3% é o limite pru-
(em percentagem) percentual pelo percentual infralimite, dencial real. O gasto com pessoal em tela foi de 46,93,
transformando em decimal, a saber: valor que não ultrapassa tal limite.

50% x 0,95 (95% - limite prudencial) = 47,5% Dica:


1) Município: até 60% da RCL;
Assim, o valor percentual real que se pode gastar, sem infrin- 2) Poder Executivo Municipal: 54% da RCL.
gir o limite prudencial, é de 47,5%, o que equivale a 95% de algo
que tem 50%, e não 100%. Esse cálculo deve ser utilizado todas Gabarito: Certa.
as vezes que o examinar te perguntar qual o valor infralimite, ok?
(Cespe/DPU/Analista Contador) Com relação às infor-
despesas com pessoa – % sobre a RCL mações do demonstrativo apresentado, julgue os itens
Poder Executivo subsequentes, considerando a Lei de Responsabilidade
Conhecimentos Específicos

despesa total com pessoal (DTP) 46,93 Fiscal (LRF).


limite máximo ???? Caso o demonstrativo se refira ao governo federal, o limi-
limite prudencial ???? te prudencial de despesa total com pessoal será de 40,9%
para o Poder Executivo e, nesse caso, o governo subnacio-
(Cespe/DPU/Analista Contador) Com relação às infor- nal do demonstrativo atingiu o limite prudencial da LRF.
mações do demonstrativo apresentado, julgue os itens
subsequentes, considerando a Lei de Responsabilidade Comentários: o limite total do Poder Executivo Federal é
Fiscal (LRF) Caso o demonstrativo se refira a governo 40,9, não pode, assim, o limite prudencial ser o mesmo.
municipal, o limite máximo de despesa total com pes- 40,9 x 0,95 (95%) = 38,85%. É obvio que o examinador
soal será de 54% para o Poder Executivo e, nesse caso, queria confundir os percentuais, prática muito comum
o governo subnacional do demonstrativo não atingiu o em provas de concursos.
limite prudencial da LRF. Gabarito: Errada.

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Acima dos limites

ULTRAPASSAR O LIMITE NÃO SE ENQUADRE


Prazo para enquadramento Medidas de enquadramento Penas - Proibição de Salvo
Completo Parcial Iniciais: Receber transferên- Saúde, educação e as-
1) Redução de, no mínimo, cias voluntárias. sistência social.
20% dos Cargos em Comissão
ENTE, PODER OU ÓRGÃO

Todo o e das Funções de Confiança;


1/3 do excesso 2) Exoneração dos não está-
excesso Contratar operações
veis. de crédito.
Secundária: Refinanciamento da dí-
1) Exoneração (a lei expressa vida mobiliária e as que
a palavra “demissão”, o que é visem à redução das
um equívoco, embora, se cair despesas com pessoal.
2 quadri- na sua prova, assinale como
1º quadrimestre
mestres correta) dos estáveis;
2) Indenização: uma remune- Obter garantia, direta Não há.
ração/ano trabalhado; ou indireta, de outro
Cargo: extinto, só podendo ser ente.
(re) criado após 4 anos.

(Cespe/TRT-17ª/Analista Administrativo) Ainda que a Gabarito: Certa.


despesa com pessoal de determinado município ultra-
passe o limite previsto em lei e a este não retorne no Para saber mais
prazo de dois quadrimestres, a União poderá transferir- A medida secundária de exoneração (ou demissão) dos
-lhe recursos para o financiamento de ações públicas na estáveis somente será levada a cabo, caso as duas me-
área de saúde. didas iniciais não sanarem tal situação.
Comentários: a área de saúde está no rol das exceções No gráfico a seguir, podemos observar os efeitos e prazos,
quanto às transferências voluntarias. caso o limite geral seja ultrapassado.

Para saber mais 5.2 da compensação financeira de que trata o § 9o do


O art. 19, § 1º, reza que há despesa que não entram no art. 201 da Constituição;
cômputo geral das com pessoal, a saber: 5.3 das demais receitas diretamente arrecadadas por
1. de indenização por demissão de servidores ou em- fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto
pregados; da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu
2. relativas a incentivos à demissão voluntária; superávit financeiro.
Conhecimentos Específicos

3. decorrentes de decisão judicial e da competência de


período anterior ao da apuração a que se refere o § 2o Para saber mais
do art. 18; Não é facultada a redução temporária da jornada de
4. com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do trabalho, tão pouco redução de vencimentos, como me-
Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos canismo de enquadramento, porque servidores públicos
pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 não seguem as regras dos celetistas.
da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da
no 19; despesa com pessoal e:
5. com inativos, ainda que por intermédio de fundo es- a) não atenda as exigências da LRF;
pecífico, custeadas por recursos provenientes: b) não atenda o limite legal de comprometimento apli-
5.1 da arrecadação de contribuições dos segurados; cado às despesas com pessoal inativo;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
c) resulte aumento da despesa com pessoal expedido O disposto aqui se aplica a benefício ou serviço de saú-
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato de, previdência e assistência social, inclusive os destina-
do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. dos aos servidores públicos e militares, ativos e inativos,
20 da LRF. e aos pensionistas.

Atenção: final do mandato do titular do respectivo Po- (Cespe/FINEP) Com exceção das prestações destinadas
der ou ÓRGÃO (como o presidente do STJ). aos idosos, nenhum benefício ou serviço relativo à se-
guridade social pode ser criado, majorado ou estendido
sem a indicação da fonte de custeio total.
Seguridade Social
Comentários: o art. 24 da LRF é bem claro quando diz
Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social que “nenhum” benefício ou serviço relativo à seguridade
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
da fonte de custeio total, nos termos do § 5º do art. 195 da indicação da fonte de custeio. Logo afirmar que há exce-
Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17 da LRF. ção macula a questão.

Para saber mais Dívidas


É dispensada da compensação referida na Despesa
Obrigatória de Caráter Continuado o aumento de des- Conceito
pesa decorrente de:
a) concessão de benefício a quem satisfaça as condições Dívidas são compromissos que Estado assume no afã de
de habilitação prevista na legislação pertinente; sanar despesas urgentes ou de capital
b) expansão quantitativa do atendimento e dos serviços
prestados; Espécies
c) reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim • Consolidada ou Fundada.
de preservar o seu valor real. • Flutuante.

Variáveis Autorização
Prazo de pagamento Exemplos
Tipos legislativa prévia
Superior a 12 meses, ou seja, Caução, restos a pagar, consignação em
Não, salvo AROs
Consolidada de longo prazo folha, salários não reclamados.
Inferior a 12 meses, ou seja, de
Flutuante Financiamento, refinanciamentos, preca-
curso prazo salvo operação de Sim
tórios não pagos.
créditos que constem na LOA

(Cespe /FNDE) a dívida pública pode se dividir em fundada e flutuante; a fundada representa a dívida de curto prazo,
enquanto a dívida flutuante representa a de longo prazo.

Comentários: essa é fácil. Claro que ele trocou os conceitos das dívidas.
Gabarito: Errada.

Limites

ENTE
UNIÃO ESTADOS/DF MUNICÍPIOS
BASE
RCL Não há Até 2x Até 1,2x

Isso mesmo, candidatos: ainda não há limite aplicado para a União.

Controle

0% a 90% 90,1% ao limite Ultrapassou o limite Caso não se enquadre


Prazo para enquadramento Medidas de enquadramento
Conhecimentos Específicos

Proibição de contratar toda e


qualquer operação de crédi- Ficará também impe-
Todo o dido de receber trans-
1/4 do excesso to, salvo refinanciamento do
O Tribunal de excesso ferências voluntárias
principal atualizado da dívida
Bom ou Contas respec- da União e dos Esta-
ENTE

mobiliária.
regular tivo alertará o dos, salvo no tocante
ente Obterá resultado primário ne- às áreas de saúde,
cessário à recondução da dívi- educação e assistência
3 quadri- 1º quadrimes-
da ao limite, promovendo, en- social.
mestres tre
tre outras medidas, limitação
de empenho.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
(Cespe/ANA/Analista Administrativo) Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite
ao final de um quadrimestre, deve ser a ele reconduzida até o término dos três quadrimestres subsequentes, reduzindo
o excedente em pelo menos 25% no primeiro.

Comentários: apena foi reproduzido a letra da Lei.


Gabarito: Certa.

Operação de Crédito

Conceito
Segundo o art. 29, inciso III, ela é o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emis-
são e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de
bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.

Espécies
• Operação de Crédito de Longo Prazo;
• Operação de Crédito de Longo Prazo por Antecipação de Receita Orçamentária - ARO.

Características
Conhecimentos Específicos

OPERAÇÃO DE CRÉDITO OPERAÇÃO DE CRÉDITO POR ARO


LOA
Autorizada Lei Específica
Créditos Adicionais Não
Quem tem iniciativa Poder Executivo
Quem aprova Poder Legislativo
Receita Orçamentária Extraorçamentária (ingresso)
Pagar despesas orçamentárias
Atender insuficiência de caixa durante o
Finalidade Sanar o déficit orçamentário
exercício financeiro
Fonte à abertura de créditos adicionais

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Prazo de pagamento Superior a 12 meses Inferior a 12 meses
Data de contratação A qualquer momento De 10/1 a 10/12
Executada com outra vigente Sim Não
Dívida Consolidada Flutuante
Limitação temporal Nos últimos 8 meses do mandato, não se No último ano de mandato, não se pode
pode contratar contratar
Regra de ouro: o valor das ope-
rações de crédito não poderá ser
superior ao valor das despesas de
capital autorizado na LOA, salvo
Sim Não
previa autorização legislativa por
maioria absoluta, com finalidade
e à conta de créditos adicionais
suplementares ou especiais
Limites anuais pela RCL - até 16% da RCL 7% da RCL

(Cespe/Ministério da Saúde/Analista Administrativo) I – captação de recursos a título de antecipação de


Considerando que um ente público tenha contratado receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador
operação de crédito por antecipação de receita (ARO), ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto
que não requer prévia e expressa autorização orçamentá- no § 7º do art. 150 da Constituição;
ria, caso, no mês de dezembro, não se tenha realizado a II – recebimento antecipado de valores de empresa
arrecadação prevista, o ente em questão, coerentemente em que o Poder Público detenha, direta ou indireta-
com a legislação, poderá quitar parte do débito mediante mente, a maioria do capital social com direito a voto,
contratação de nova operação do gênero, a ser quitada salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
até o final do exercício subsequente, com a recuperação III – assunção direta de compromisso, confissão de
esperada da arrecadação. dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de
bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão,
Comentários: o ente não poderá, em nenhuma hipótese, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando
quitar parte do débito de ARO mediante contratação de esta vedação a empresas estatais dependentes;
nova operação do gênero por afronta à LRF. IV – assunção de obrigação, sem autorização orça-
Gabarito: Errada. mentária, com fornecedores para pagamento a pos-
teriori de bens e serviços.
Vedações
Informações Adicionais
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos
da dívida pública a partir de dois anos após a publi- Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumpri-
cação desta Lei Complementar. mento dos limites e condições relativos à realização
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito de operações de crédito de cada ente da Federação,
entre um ente da Federação, diretamente ou por in- inclusive das empresas por eles controladas, direta
termédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa ou indiretamente.
estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades § 1º O ente interessado formalizará seu pleito fun-
da administração indireta, ainda que sob a forma de damentando-o em parecer de seus órgãos técnicos
novação, refinanciamento ou postergação de dívida e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício,
contraída anteriormente. o interesse econômico e social da operação e o aten-
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o ca- dimento das seguintes condições:
put as operações entre instituição financeira estatal I – existência de prévia e expressa autorização para
e outro ente da Federação, inclusive suas entidades a contratação, no texto da lei orçamentária, em cré-
da administração indireta, que não se destinem a: ditos adicionais ou lei específica;
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas cor- II – inclusão no orçamento ou em créditos adicio-
rentes; nais dos recursos provenientes da operação, exceto
II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria no caso de operações por antecipação de receita;III
instituição concedente. – observância dos limites e condições fixados pelo
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Mu- Senado Federal;
nicípios de comprar títulos da dívida da União como IV – autorização específica do Senado Federal, quan-
Conhecimentos Específicos

aplicação de suas disponibilidades. do se tratar de operação de crédito externo;


Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma V – atendimento do disposto no inciso III do art. 167
instituição financeira estatal e o ente da Federação da Constituição;
que a controle, na qualidade de beneficiário do em- VI – observância das demais restrições estabelecidas
préstimo. nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe insti- § 2º As operações relativas à dívida mobiliária federal
tuição financeira controlada de adquirir, no mercado, autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de crédi-
títulos da dívida pública para atender investimento tos adicionais, serão objeto de processo simplificado
de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da que atenda às suas especificidades.
União para aplicação de recursos próprios. § 3º Para fins do disposto no inciso V do § 1º, consi-
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão derar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos
vedados: recursos de operações de crédito nele ingressados

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e o das despesas de capital executadas, observado I – não será exigida contragarantia de órgãos e entida-
o seguinte: des do próprio ente;
I – não serão computadas nas despesas de capital II – a contragarantia exigida pela União a Estado ou
as realizadas sob a forma de empréstimo ou finan- Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá
ciamento a contribuinte, com o intuito de promover consistir na vinculação de receitas tributárias direta-
incentivo fiscal, tendo por base tributo de competên- mente arrecadadas e provenientes de transferências
cia do ente da Federação, se resultar a diminuição, constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor
direta ou indireta, do ônus deste; para retê-las e empregar o respectivo valor na liquida-
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere ção da dívida vencida.
o inciso I for concedido por instituição financeira con- § 2º No caso de operação de crédito junto a organis-
trolada pelo ente da Federação, o valor da operação mo financeiro internacional, ou a instituição federal de
será deduzido das despesas de capital; crédito e fomento para o repasse de recursos externos,
III – (Vetado) a União só prestará garantia a ente que atenda, além
§ 4º Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado do disposto no § 1º, as exigências legais para o recebi-
Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da mento de transferências voluntárias.
Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado § 3º (Vetado)
e atualizado das dívidas públicas interna e externa, § 4º (Vetado)
garantido o acesso público às informações, que in- § 5º É nula a garantia concedida acima dos limites fixa-
cluirão: dos pelo Senado Federal.
I – encargos e condições de contratação; § 6º É vedado às entidades da administração indire-
II – saldos atualizados e limites relativos às dívidas ta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias,
consolidada e mobiliária, operações de crédito e con- conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.
cessão de garantias. § 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de
§ 5º Os contratos de operação de crédito externo garantia por:
não conterão cláusula que importe na compensação I – empresa controlada a subsidiária ou controlada
automática de débitos e créditos. sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas
§ 6º O prazo de validade da verificação dos limites e condições;
das condições de que trata este artigo e da análise II – instituição financeira a empresa nacional, nos ter-
realizada para a concessão de garantia pela União mos da lei.
será de, no mínimo, 90 (noventa) dias e, no máximo, § 8º Excetua-se do disposto neste artigo a garantia
270 (duzentos e setenta) dias, a critério do Ministério prestada:
da Fazenda. (Incluído pela Lei Complementar nº 159, I – por instituições financeiras estatais, que se subme-
de 2017) terão às normas aplicáveis às instituições financeiras
Art. 33. A instituição financeira que contratar opera- privadas, de acordo com a legislação pertinente;
ção de crédito com ente da Federação, exceto quando II – pela União, na forma de lei federal, a empresas de
relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir natureza financeira por ela controladas, direta e indi-
comprovação de que a operação atende às condições retamente, quanto às operações de seguro de crédito
e limites estabelecidos. à exportação.
§ 1º A operação realizada com infração do dispos- § 9º Quando honrarem dívida de outro ente, em razão
to nesta Lei Complementar será considerada nula, de garantia prestada, a União e os Estados poderão
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a condicionar as transferências constitucionais ao ressar-
devolução do principal, vedados o pagamento de cimento daquele pagamento.
juros e demais encargos financeiros. § 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada
§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de pela União ou por Estado, em decorrência de garan-
ingresso dos recursos, será consignada reserva espe- tia prestada em operação de crédito, terá suspenso o
cífica na lei orçamentária para o exercício seguinte. acesso a novos créditos ou financiamentos até a total
§ 3º Enquanto não efetuado o cancelamento, a amor- liquidação da mencionada dívida.
tização, ou constituída a reserva, aplicam-se as san-
ções previstas nos incisos do § 3º do art. 23.
§ 4º Também se constituirá reserva, no montante Transparência, Controle e Fiscalização
equivalente ao excesso, se não atendido o disposto
no inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas Medidas de Transparência
as disposições do § 3º do art. 32.
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos
Conhecimentos Específicos

Para saber mais – Garantias e Contragarantias quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios ele-
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em ope- trônicos de acesso público:
rações de crédito internas ou externas, observados o a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamen-
disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da tárias;
União, também os limites e as condições estabelecidos b) as prestações de contas;
pelo Senado Federal. c) o respectivo parecer prévio;
§ 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento d) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
de contragarantia, em valor igual ou superior ao da Relatório de Gestão Fiscal;
garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade e) e as versões simplificadas desses documentos.
que a pleitear relativamente a suas obrigações junto f) incentivo à participação popular e realização de audiên-
ao garantidor e às entidades por este controladas, ob- cias públicas, durante os processos de elaboração e discussão
servado o seguinte: dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
g) liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento agências financeiras oficiais de fomento, incluído o
da sociedade, em tempo real, de informações pormenoriza- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-
das sobre a execução orçamentária e financeira, em meios cial, especificando os empréstimos e financiamentos
eletrônicos de acesso público; e concedidos com recursos oriundos dos orçamentos
h) adoção de sistema integrado de administração finan- fiscal e da seguridade social e, no caso das agências
ceira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade financeiras, avaliação circunstanciada do impacto
estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto fiscal de suas atividades no exercício.
no art. 48-A. Art. 50. Além de obedecer às demais normas de con-
tabilidade pública, a escrituração das contas públicas
Para saber mais observará as seguintes:
Tais mecanismos materializam o Princípio Fiscal da I – a disponibilidade de caixa constará de registro
Transparência. próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão,
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e
Características Finais escriturados de forma individualizada;
II – a despesa e a assunção de compromisso serão
Art. 48 registradas segundo o regime de competência, apu-
(...) rando-se, em caráter complementar, o resultado dos
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu- fluxos financeiros pelo regime de caixa;
nicípios disponibilizarão suas informações e dados III – as demonstrações contábeis compreenderão,
contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodi- isolada e conjuntamente, as transações e operações
cidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão de cada órgão, fundo ou entidade da administração
central de contabilidade da União, os quais deverão direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa
ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso estatal dependente;
público. IV – as receitas e despesas previdenciárias serão
§ 3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios apresentadas em demonstrativos financeiros e or-
encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos çamentários específicos;
e na periodicidade a serem definidos em instrução V – as operações de crédito, as inscrições em Restos
específica deste órgão, as informações necessárias a Pagar e as demais formas de financiamento ou as-
para a constituição do registro eletrônico centralizado sunção de compromissos junto a terceiros, deverão
e atualizado das dívidas públicas interna e externa, ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e
de que trata o § 4º do art. 32. a variação da dívida pública no período, detalhando,
§ 4º A inobservância do disposto nos §§ 2º e 3º en- pelo menos, a natureza e o tipo de credor;
sejará as penalidades previstas no § 2º do art. 51. VI – a demonstração das variações patrimoniais dará
§ 5º Nos casos de envio conforme disposto no § 2º, destaque à origem e ao destino dos recursos prove-
para todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito nientes da alienação de ativos.
Federal e os Municípios cumprem o dever de ampla § 1º No caso das demonstrações conjuntas, excluir-
divulgação a que se refere o caput. -se-ão as operações intragovernamentais.
§ 6º Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, § 2º A edição de normas gerais para consolidação das
incluídos autarquias, fundações públicas, empresas contas públicas caberá ao órgão central de contabili-
estatais dependentes e fundos, do ente da Federação dade da União, enquanto não implantado o conselho
devem utilizar sistemas únicos de execução orçamen- de que trata o art. 67.
tária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder § 3º A Administração Pública manterá sistema de cus-
Executivo, resguardada a autonomia. tos que permita a avaliação e o acompanhamento da
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
parágrafo único do art. 48, os entes da Federação Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por
o acesso a informações referentes a: esfera de governo, das contas dos entes da Federação
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, in-
unidades gestoras no decorrer da execução da des- clusive por meio eletrônico de acesso público.
pesa, no momento de sua realização, com a dispo- § 1º Os Estados e os Municípios encaminharão suas
nibilização mínima dos dados referentes ao número contas ao Poder Executivo da União nos seguintes
do correspondente processo, ao bem fornecido ou prazos:
ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica be- I – Municípios, com cópia para o Poder Executivo do
neficiária do pagamento e, quando for o caso, ao respectivo Estado, até trinta de abril;
Conhecimentos Específicos

procedimento licitatório realizado; II – Estados, até trinta e um de maio.


II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento § 2º O descumprimento dos prazos previstos neste
de toda a receita das unidades gestoras, inclusive artigo impedirá, até que a situação seja regulariza-
referente a recursos extraordinários. da, que o ente da Federação receba transferências
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Po- voluntárias e contrate operações de crédito, exceto
der Executivo ficarão disponíveis, durante todo o as destinadas ao refinanciamento do principal atua-
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão lizado da dívida mobiliária.»
técnico responsável pela sua elaboração, para con-
sulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da Relatórios
sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União • Relatório Resumido de Execução Orçamentária – RREO;
conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das • Relatório de Gestão Fiscal – RGF.

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RREO RGF
Indicar
Comparativo
medidas
Conteúdo Intrínseco Conteúdo Extrínseco com os Limi- Demonstrativos
correti-
tes da LRF
vas
Acompanha-
Acompanhamen- Despesa com
Demonstrativos mento ordi- Montante de
Balanço Orçamentário to extraordinário pessoal, ati- Adotadas
da execução nário caixa em 31/12
vos e inativos
Demonstrativos
Apuração da
receita corren- Atendimento da
te líquida. “Regra de Ouro”;
Receitas, por cate-
Previsão do Projeções atua-
goria econômica
desempenho riais dos regimes
e fonte, especifi-
da receita até de previdência
Receitas por fonte, in- cando a previsão
o final do exer- social, geral e
formando as realizadas inicial, a previsão Dívida con-
cício. próprio dos servi-
e a realizar, bem como atualizada para o solidada e A adotar
Receitas e dores públicos;
a previsão atualizada. exercício, a receita mobiliária
despesas previ- Variação patrimo- Inscrição em
realizada no bi-
denciárias. nial, evidenciando restos a pagar:
mestre, a realiza-
Resultados a alienação de ati- 1) liquidados;
da no exercício e a
nominal e vos e a aplicação 2) empenhados
previsão a realizar.
primário. dos recursos dela e não liquidados
Despesas com decorrentes. dentro dos limi-
juros. tes caixa;
Despesas, por 3) empenhos
categoria eco- cancelados por
nômica e grupo Restos a Pagar, falta de caixa.
de natureza da detalhando,
Despesas por grupo despesa, discri- por Poder e
Referente ao
de natureza, discrimi- minando dotação órgão, os va- Concessão de
último bimestre
nando a dotação para inicial, dotação lores inscritos, garantias
do exercício será
o exercício, a despesa para o exercício, pagamentos
acompanhado.
liquidada e o saldo. despesas empe- realizados e
nhada e liquidada, o montante a
no bimestre e no pagar.
exercício.
Despesas, por fun- Se ultra-
ção e subfunção. passados
quais-
Os valores referentes
quer
ao refinanciamento da
limites
dívida mobiliária cons- QUANDO FOR O CASO, SERÃO
tarão destacadamente APRESENTADAS JUSTIFICATIVAS.
nas receitas de opera-
ções de crédito e nas Cumprimentos
Operações de
despesas com amorti- das regras da
créditos
zação da dívida. ARO
1) Da limitação de empenho.
2) Da frustração de receitas, espe-
cificando as medidas de combate à
sonegação e à evasão fiscal, adota-
das e a adotar, e as ações de fiscali-
zação e cobrança.
PUBLICADOS
Conhecimentos Específicos

Até 30 dias após o encerramento de


cada quadrimestre.
Até 30 dias após o encerramento de cada bimestre. Até 30 dias após o encerramento
de cada semestre, se for municípios
abaixo de 50 mil habitantes.
ABRANGÊNCIA
Um (1) para cada Poder, MP e TC
Um (1) por cada Ente, elaborado pelo Poder executivo.
de cada Ente.
NÃO CUMPRIMENTO
O ente não receberá transferências voluntárias, salvo aquelas que versem sobre saúde, assistência social e educação.
O ente Não contratará operações de crédito, salvo destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

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PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA
VARIÁVEIS
CF/88 ALCANCE TEMPO PUBLICADO
RELATÓRIOS
RREO SIM SINTÉTICO BIMESTRAL EXECUTIVO
RGF NÃO ANALITICO QUADRIMESTRAL* CADA PODER/ÓRGÃOS

*Para Municípios abaixo de 50 mil habitantes: a publicação pode ser semestral (facultativo)

(Cespe/Câmara dos deputados/Analista Legislativo) Além As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no
da imposição legal de dar ampla divulgação do orçamento âmbito:
público e do relatório resumido da execução orçamentária, a) União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal
cada ente da Federação deve disponibilizar, a qualquer e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos
pessoa física ou jurídica, dados acerca do lançamento e tribunais;
do recebimento das receitas das suas unidades gestoras, b) dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça,
inclusive com relação a recursos extraordinários. consolidando as dos demais tribunais.

Comentários: princípio da transparência elevado ao ex- O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será
tremo nessa questão. proferido no prazo de sessenta dias do recebimento pela
Gabarito: Certa. comissão mista permanente (CMo) referida na CF ou equi-
valente das Casas Legislativas estaduais e municipais.
Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação
(Cespe/MPU/Técnico de Finanças e Controle) É facultado das contas, julgadas ou tomadas.
aos municípios com população inferior a cinquenta mil Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo
habitantes optar por divulgar, semestralmente, o relató- sobre as contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se
rio de gestão fiscal. A divulgação do relatório e demons- outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais
trativos fiscais deverá ser realizada em até trinta dias ou nas leis orgânicas municipais.
após o encerramento do semestre.
Para saber mais
Comentários: municípios com população inferior a cin-
No caso de Municípios que não sejam capitais e que
quenta mil habitantes não tem tantas informações, bem
tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será
com elas não estão entre as mais complexas. Facultá-los
de cento e oitenta dias.
a estabelecer uma periodicidade semestral nos parece
mais adequado e eficiente. Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquan-
Gabarito: Certa. to existirem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20,
pendentes de parecer prévio.
Controle e Fiscalização A prestação de contas evidenciará o desempenho da ar-
recadação em relação à previsão, destacando as providências
As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo in- adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à
cluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instân-
dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério cias administrativa e judicial, bem como as demais medidas
Público as quais receberão parecer prévio, separadamente, para incremento das receitas tributárias e de contribuições.
do respectivo Tribunal de Contas. Assim:

Conhecimentos Específicos

(Cespe/TCU/ACE-Analista administrativo) Os tribunais de contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas
no prazo de 60 dias do recebimento, vedado o estabelecimento de prazo diverso nas constituições estaduais ou nas leis
orgânicas municipais.

Comentários: é claro que há um vício na questão, porque a LRF autoriza que constituições estaduais ou nas leis orgânicas
autorizem prazos diversos dos 60 dias de praxe.
Gabarito: Certa.

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Júlio Lociks Numa proporção contínua temos:
• O valor comum dos meios é chamado média propor-
RAZÕES E PROPORÇÕES cional (ou média geométrica) dos extremos.
Ex.: 4 é a média proporcional entre 2 e 8, pois 2 :
Chama-se razão de dois números, dados numa certa 4::4:8
ordem e sendo o segundo diferente de zero, ao quo­ciente • O último termo é chamado terceira proporcional.
do primeiro pelo segundo. Ex.: 5 é a terceira proporcional dos números 20
Assim, a razão entre os números a e b pode ser dita e 10, pois 20 : 10 : : 10 : 5
“razão de a para b” e representada como:
Proporção múltipla é a igualdade simultânea de três
a ou mais razões.
ou a : b
b
Exemplo:
Onde a é chamado antecedente enquanto b é chamado
consequente da razão dada.
Ao representar uma razão frequentemente simplifi- 2 3 4 5
= = =
camos os seus termos procurando, sempre que possível, 4 6 8 10
torná-los inteiros.
Razões inversas são duas razões cujo produto é igual a 1.
Exemplos:
A razão entre 0,25 e 2 é: Exemplo:
3 10
1F I × = 1 então dizemos que “3 está para 5 na razão
0,25
=
4H K
1 1 1
= ⋅ = (1 para 8)
5 6
2 2 4 2 8 inversa de 10 para 6’’ ou então que “3/5 está na razão
inversa de 10/6’’ ou ainda que “3/5 e 10/6 são razões
F 1I inversas”.
1
A razão entre e
5
é:
H 6 K 1 12 2
6 12 F 5 I = 6 ⋅ 5 = 5 (2 para 5) Quando duas razões são inversas, qualquer uma delas
H 12 K forma uma proporção com o inverso da outra.

6 5 30 Exemplo:
A razão entre 6 e 1 é: = 6⋅ = (30 para 1)
5 1 FI
1 1 3/5 e 10/6 são razões inversas. Então, 3/5 faz proporção
5 HK com 6/10 (que é o inverso de 10/6) enquanto 10/6 faz
proporção com 5/3 (que é o inverso de 3/5).
Proporção é a expressão que indica uma igualdade entre
duas ou mais razões. Exercícios Resolvidos
A proporção a = c pode ser lida como “a está para b 1. Numa prova com 50 questões, acertei 35, deixei 5 em
b d branco e errei as demais.
assim como c está para d” e representada como a : b : : c : Qual é a razão do número de questões certas para o de
d. Nesta proporção, os números a e d são os extremos e os erradas?
números b e c são os meios.
Solução:
Em toda proporção o produto dos extremos Das 50 questões, 35 estavam certas e 5 ficaram em
é igual ao produto dos meios. branco. Logo, o número de questões erradas é:

Quarta proporcional de três números dados a, b e c 50 – 35 – 5 = 10


nesta ordem, é o número x que completa com os outros
três uma proporção tal que: Assim, a razão do número de questões certas (35) para
35 7
a c o de erradas (10) é = ou 7 para 2.
= 10 2
b x
2. Calcular dois números positivos na proporção de 2 para
Exemplo: 5 sabendo que a diferença do maior para o menor é 42.
Conhecimentos Específicos

Determinar a quarta proporcional dos números 3 , 4 e


6 nesta ordem. Solução:
Sejam x o menor e y o maior dos números pro­curados.
Solução: A proporção nos mostra que x está para 2 assim como
3 6 y está para 5.
= → 3x = 4 × 6 → x = 8 Então, podemos dizer que:
4 x
x tem 2 partes ....................... (x = 2p)
enquanto y tem 5 partes ........ (y = 5p)
Proporção contínua é aquela que tem meios iguais.
Mas como a diferença y – x deve valer 42, teremos:
Exemplo: 42
A proporção 9 : 6 : : 6 : 4 é contínua pois tem os seus 5p − 2p = 42 → 3p = 42 → p = → p = 14
3
meios iguais a 6. y x

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Agora que descobrimos que cada parte vale 14 (p = 14), 3. Calcule a média proporcional entre os números dados:
podemos concluir que: 1
a) 3 e 12 b) 6 e 24 c) e 128
o valor de x é → x = 2p = 2⋅(14) = 28 2
o valor de y é → y = 5p = 5⋅(14) = 70 4. Determine dois números na proporção de 3 para 5,
sabendo que a soma deles é 48.
x y z 5. Determine dois números na proporção de 3 para 5, sa-
3. Na proporção múltipla = = , determinar os valores
3 5 6 bendo que o segundo supera o primeiro em 60 unidades.
de x, de y e de z sabendo que x + y + z = 112. 6. A razão entre dois números é igual a 4/5. Determine-os
sabendo que eles somam 72.
Solução: 7. A razão entre dois números é igual a 4/5. Determine-
A proporção múltipla nos mostra que: -os sabendo que o segundo supera o primeiro em 12
x tem 3 partes.....................................(x = 3p) unidades.
enquanto y tem 5 partes....................(y = 5p) 8. Determine dois números na proporção de 2 para 7 sa-
e z tem 6 partes ............................... (z = 6p) bendo que o dobro do primeiro mais o triplo do segundo
Como a soma das três partes vale 112, temos: resulta igual a 100.
3p + 5p + 6p = 112 9. Determine dois números na proporção de 2 para 7 sa-
14p = 112 bendo que o quíntuplo do primeiro supera o segundo
p = 112 ÷ 14 em 48 unidades.
p=8 10. Dois números positivos encontram-se na proporção de
11 para 13. Determine-os sabendo que a soma de seus
Agora que descobrimos que cada parte vale 8, podemos quadrados resulta igual a 29.000.
concluir que: 11. Dois números negativos encontram-se na proporção
o valor de x é → x = 3p = 3⋅(8) = 24 de 7 para 3. Determine-os sabendo que o quadrado do
o valor de y é → y = 5p = 5⋅(8) = 40 primeiro supera o quadrado do segundo em 360.
o valor de z é → z = 6p = 6⋅(8) = 48 12. Dois números inteiros encontram-se na proporção de
3 para 5. Determine-os sabendo que o produto deles é
4. Sabendo que a está para b assim como 8 está para 5 e igual a 60.
que 3a – 2b = 140, calcular a e b. 13. Encontre os três números proporcionais a 5, 6 e 7, sa-
bendo que a soma dos dois menores é igual a 132.
Solução: 14. Encontre os três números proporcionais a 3, 4 e 5, tais
Pela proporção apresentada, a tem 8 partes enquanto que a diferença entre o maior deles e o menor é igual a
b tem 5 partes: 40.
a = 8p e b = 5p 15. Três números proporcionais a 5, 6 e 7 são tais que a
diferença do maior para o menor supera em 7 unida-
então teremos: 3a = 3 × (8p) = 24p e 2b = 2 × (5p) = 10p des a diferença entre os dois maiores. Quais são estes
portanto: 3a – 2b = 140 → 24p – 10p = 140 → 14p = números?
140 → p = 10 16. Três números são tais que o primeiro está para o se-
como p = 10 temos: a = 8p = 8 × 10 = 80 e b = 5p = gundo assim como 2 está para 5 enquanto a razão do
5 × 10 = 50 terceiro para o primeiro é 7/2. Quais são estes números,
se a soma dos dois menores é igual a 49?
5. Dois números positivos estão entre si assim como 3 está 17. Para usar certo tipo de tinta concentrada, é necessário
para 4. Determine-os sabendo que a soma dos seus diluí-la em água na proporção de 3 : 2 (proporção de
quadrados é igual a 100. tinta concentrada para água). Sabendo que foram com-
Solução: prados 9 litros dessa tinta concentrada, quantos litros
Se os números estão entre si na proporção de 3 para 4, de tinta serão obtidos após a diluição na proporção
então um deles é 3p e o outro é 4p. recomendada?
18. Três números são proporcionais a 2, 3 e 5 respectiva-
Deste modo, a soma dos quadrados fica sendo: mente. Sabendo que o quíntuplo do primeiro, mais o
(3p)2 + (4p)2 = 100 triplo do segundo, menos o dobro do terceiro resulta
9p2 + 16p2 = 100 18, quanto vale o maior deles?
25p2 = 100 19. Dois números estão entre si na razão inversa de 4 para
p = 4 → p = 2 (pois os números
2
5. Determine-os sabendo que a soma deles é 36.
são positivos) 20. A diferença entre dois números é 22. Encontre estes
números, sabendo que eles estão entre si na razão
Portanto, os dois números são:
inversa de 5 para 7.
Conhecimentos Específicos

3p = 3 × 2 = 6
e
GABARITO
4p = 4 × 2 = 8
1. a) 25; b) 20/3; c) 1/6 2. a) 12; b) 36; c) 1/8
3. a) 6; b) 12; c) 8 4. 18 e 30
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 5. 90 e 150 6. 32 e 40
7. 48 e 60 8. 8 e 28
1. Calcule a quarta proporcional dos números dados: 9. 32 e 112 10. 110 e 130
1 1 1 11. –21 e –9 12. 6 e 10 ou –6 e –10
a) 2; 5 e 10 b) 3; 4 e 5 c) ; e
2 3 4 13. 60, 72 e 84 14. 60, 80 e 100
2. Calcule a terceira proporcional dos números dados: 15. 35, 42 e 49 16. 14, 35 e 49
1 1 17. 15 litros 18. 10
a) 3 e 6 b) 4 e 12 c) e 19. 20 e 16 20. 77 e 55
2 4

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DIVISÃO PROPORCIONAL Divisão em Partes Proporcionais

1º caso: Divisão em partes diretamente proporcionais


Grandezas Diretamente Proporcionais
Dividir um número N em partes diretamente
proporcionais ao números a, b, c, ..., significa
Dada a sucessão de valores (a1, a2, a3, a4, ...), dizemos encontrar os números A, B, C, ..., tais que
que estes valores são diretamente proporcionais aos cor-
respondentes valores da sucessão (b1, b2, b3, b4, ...) quando A B C
= = =...
forem iguais as razões entre cada valor de uma das sucessões a b c
e o valor correspondente da outra. A + B + C + ... = N

a1 a 2 a 3
= = =.....
Exercícios Resolvidos
b1 b 2 b 3
1. Dividir o número 72 em três partes diretamente propor­
O resultado constante das razões obtidas de duas su- cionais aos números 3, 4 e 5.
cessões de números diretamente proporcionais é chamado
de fator de proporcio­nalidade. Indicando por A, B, e C as partes procuradas, temos que:
A = 3p, B = 4p, C = 5p e A+B+C = 72
Exemplo:
portanto: 3p + 4p + 5p = 72 → 12p = 72 → p = 6
Os valores 6, 7, 10 e 15, nesta ordem, são diretamente
valor de A → 3p = 3 × 6 = 18
proporcionais aos valores 12, 14, 20 e 30 respectiva-
15 valor de B → 4p = 4 × 6 = 24
mente, pois as razões 6 , 7 , 10 e são todas iguais, valor de C → 5p = 5 × 6 = 30
12 14 20 30
1 Portanto, as três partes procuradas são 18, 24 e 30.
sendo igual a o fator de proporcionalidade da primeira
2
para a segunda. 2. Dividir o número 46 em partes diretamente proporcio-
1 2 3
nais aos números , e .
Como se pode observar, as sucessões de números 2 3 4
diretamente proporcionais formam proporções múltiplas Reduzindo as frações ao mesmo denominador, teremos:
(já vistas no capítulo de razões e proporções). Assim sendo,
podemos aproveitar todas as técnicas estudadas no capítulo 6 8 9
, e
sobre proporções para resolver problemas que envolvam 12 12 12
grandezas diretamente proporcionais.
Desprezar os denominadores (iguais) não afetará os
resultados finais, pois a proporção será mantida e ainda
Grandezas Inversamente Proporcionais
simplificará nossos cálculos.
Então, poderemos dividir 46 em partes diretamente
Dada a sucessão de valores (a1, a2, a3, a4, ...), todos dife- proporcionais a 6, 8 e 9 (os numeradores).
rentes de zero, dizemos que estes valores são inversamente Indicando por A, B e C as três partes procuradas, te-
proporcionais aos correspondentes valores da sucessão (b1, remos:
b2, b3, b4, ...), todos também diferentes de zero, quando forem
iguais os produtos entre cada valor de uma das sucessões e A = 6p, B = 8p, C = 9p
o valor correspondente da outra. A + B + C = 46 → 6p + 8p + 9p = 46 → 23p = 46 → p = 2

Exemplo: Assim, concluímos que: A = 6p = 6 × 2 = 12,


Os valores 2, 3, 5 e 12 são inversamente proporcionais B = 8p = 8 × 2 = 16 e
aos valores 30, 20, 12 e 5, nesta ordem, pois os produtos C = 9p = 9 × 2 = 18
2 × 30, 3 × 20, 5 × 12 e 12 × 5 são todos iguais.
As partes procuradas são 12, 16 e 18.
Relação entre Proporção Inversa e Proporção
Conhecimentos Específicos

3. Dividir o número 45 em partes diretamente proporcio-


Direta nais aos números 200, 300 e 400.

Sejam duas sucessões de números, todos diferentes Inicialmente dividiremos todos os números dados por
de zero. Se os números de uma são inversamente propor- 100. Isto não alterará a proporção com as partes procu-
cionais aos números da outra, então os números de uma radas, mas simplificará os nossos cálculos.
delas serão diretamente proporcionais aos inversos dos
números da outra. (200, 300, 400) ÷ 100 = (2, 3, 4)
Esta relação nos permite trabalhar com sucessões de
números inversamente proporcionais como se fossem dire- Então poderemos dividir 45 em partes diretamente
tamente proporcionais. proporcionais aos números 2, 3 e 4.

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Indicando as partes procuradas por: 5. Dividir o número 270 em três partes que devem ser dire-
tamente proporcionais aos números 2, 3 e 5 e também
A = 2p, B = 3p e C= 4p diretamente proporcionais aos números 4, 3 e 2, respec-
A+B+C = 45 → 2p + 3p + 4p = 45 → 9p = 45 → tivamente.
p=5
Indicando por A, B e C as três partes procuradas, devemos ter:
Assim, concluímos que: A = 2p = 2 × 5 = 10, A será ser proporcional a 2 e 4 → 2 × 4 = 8 → A = 8p
B = 3p = 3 × 5 = 15 e B será ser proporcional a 3 e 3 → 3 × 3 = 9 → B = 9p
C = 4p = 4 × 5 = 20 C será ser proporcional a 5 e 2 → 5 × 2 = 10 → C = 10p
2º caso: Divisão em partes inversamente proporcionais
A + B + C = 270 → 8p + 9p + 10p = 270
Dividir um número N em partes inversamente 27p = 270 → p = 10
proporcionais a números dados a, b, c,..., significa A = 8p = 8 × 10 = 80
encontrar os números A, B, C, ... tais que B = 9p = 9 × 10 = 90
C = 10p = 10 × 10 = 100
a × A = b × B = c × C = ...
e
Portanto, as três partes procuradas são: 80, 90 e 100.
A + B + C + ... = N
4º caso: Divisão composta mista
4. Dividir 72 em partes inversamente proporcionais aos
números 3, 4 e 12.
Chamamos de divisão composta mista à divisão
Usando a relação entre proporção inversa e proporção de um número em partes que devem ser direta-
direta vista na página 70, podemos afirmar que as mente proporcionais aos valores de uma sucessão
partes procuradas serão diretamente proporcionais a dada e inversamente proporcionais aos valores
de uma outra sucessão dada.
1 1 1.
, e Para efetuarmos uma divisão composta mista,
3 4 12 devemos:
Reduzindo as frações ao mesmo denominador, teremos: 1º) inverter os valores da sucessão que indica
4 3 1
proporção inversa, recaindo assim num caso
, e de divisão composta di­reta;
12 12 12
2º) aplicar o procedimento explicado anterior-
mente para as divisões compostas diretas.
Desprezar os denominadores (iguais) manterá as pro-
porções e ainda simplificará nossos cálculos.
6. Dividir o número 690 em três partes que devem ser direta-
Então, poderemos dividir 72 em partes diretamente
mente proporcionais aos números 1, 2 e 3 e inversamente
proporcionais a 4, 3 e 1 (numeradores).
proporcionais aos números 2, 3 e 4, respectivamente.
Indicando por A, B e C as três partes procuradas, te-
remos:
Invertendo os valores da sucessão que indica proporção
A = 4p, B = 3p, C = 1p inversa, obtemos:
A + B + C = 72 → 4p + 3p + 1p = 72 →
8p = 72 → p = 9 1 1 1
, e
2 3 4
Assim, concluímos que: A = 4p = 4 × 9 = 36,
B = 3p = 3 × 9 = 27 e
Reduzindo as frações a um denominador comum, teremos:
C = 1p = 1 × 9 = 9.
6 4 3
Portanto, as partes procuradas são 36, 27 e 9. , e → 6, 4 e 3
12 12 12
3º caso: Divisão composta direta
Então, indicando por A, B e C as três partes pro­curadas,
Chamamos de divisão composta direta à divisão devemos ter:
Conhecimentos Específicos

de um número em partes que devem ser direta- A será proporcional a 1 e 6 → 1 × 6 = 6 → A = 6p


mente proporcionais a duas ou mais sucessões B será proporcional a 2 e 4 → 2 × 4 = 8 → B = 8p
de números dados, cada uma. C será proporcional a 3 e 3 → 3 × 3 = 9 → C = 9p
Para efetuarmos a divisão composta direta,
devemos: A + B + C = 690 → 6p + 8p + 9p = 690
1º) encontrar uma nova sucessão onde cada
→ 23p = 690 → p = 30
valor será o produto dos valores correspon-
dentes das sucessões dadas; A = 6p = 6 × 30 = 180, B = 8p = 8 × 30 = 240 e
2º) efetuar a divisão do número em partes dire- C = 9p = 9 × 30 = 270
tamente proporcionais aos valores da nova
sucessão encontrada. Portanto, as três partes procuradas são: 180, 240 e 270.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS REGRA DE TRÊS
Chamamos de regras de três ao processo de cál­culo
1. Determine x, y e z de modo que as sucessões (15, x, y,
utilizado para resolver problemas que envolvam duas ou mais
z) e (3, 8, 10, 12) sejam diretamente propor­cionais. grandezas direta ou inversamente proporcionais.
2. Determine x, y e z de modo que as sucessões (x, 32, y, Quando o problema envolve somente duas grandezas é
z) e (3, 4, 7, 9) sejam diretamente proporcionais. costume denominá-lo de problema de regra de três simples.
3. Determine x e y de modo que as sucessões (20, x, y) e
(3, 4, 5) sejam inversamente proporcionais. Exemplos:
Se um bilhete de ingresso de cinema custa R$ 5,00, então,
4. Determine x, y e z de modo que as sucessões (6, x, y, z)
quanto custarão 6 bilhetes?
e (20, 12, 10, 6) sejam inversamente propor­cionais.
As grandezas são: o número de bilhetes e o preço dos
5. Determine x e y de modo que as sucessões (3, x, y) e (4, bilhetes.
6, 12) sejam inversamente proporcionais.
6. Dividir 625 em partes diretamente proporcionais a 5, 7 Um automóvel percorre 240 km em 3 horas. Quantos
e 13. quilômetros ele percorrerá em 4 horas?
7. Dividir 1.200 em partes diretamente proporcionais a 26, As grandezas são: distância percorrida e tempo ne-
cessário.
34 e 40.
8. Dividir 96 em partes diretamente proporcionais a 1,2; Poderemos chamar a regra de três simples de direta
2 e 8. ou inversa, dependendo da relação existente entre as duas
5 grandezas envolvidas no problema.
Quando o problema envolve mais de duas grandezas
9. Dividir 21 em partes inversamente proporcionais a é costume denominá-lo de problema de regra de três
3 e 4. composta.
10. Dividir 444 em partes inversamente proporcionais a 4,
5 e 6. Exemplo:
11. Dividir 1.090 em partes inversamente proporcionais a Se 5 homens trabalhando durante 6 dias constroem
300m de uma cerca, quantos homens serão necessários
2 4 7 para construir mais 600m desta cerca em 8 dias?
, e .
3 5 8 A grandezas são: o número de homens, a duração do
trabalho e o comprimento da parte construída.
12. Dividir 108 em partes diretamente proporcionais a 2 e
3 e inversamente proporcionais a 5 e 6. Para resolver um problema qualquer de regra de três
13. Dividir 560 em partes diretamente proporcionais a 3, devemos ini­cialmente determinar que tipo de relação de
6 e 7 e inversamente proporcionais a 5, 4 e 2. proporção existe entre a grandeza cujo valor pretendemos
determinar e as demais grandezas.
14. Repartir uma herança de R$ 460.000,00 entre três pes-
soas na razão direta do número de filhos de cada uma e Relação de Proporção Direta
na razão inversa das idades delas. As três pessoas têm,
respectivamente, 2, 4 e 5 filhos e as idades respectivas Duas grandezas variáveis mantêm relação de propor-
são 24, 32 e 45 anos. ção direta quando aumentando uma delas para duas, três,
15. Dois irmãos repartiram uma herança em partes direta- quatro etc. vezes o seu valor, a outra também aumenta res-
mente proporcionais às suas idades. Sabendo que cada pectivamente para duas, três, quatro etc. vezes o seu valor.
um deles ganhou, respectivamente, R$ 3.800,00 e R$
2.200,00, e que as suas idades somam 60 anos, qual é Exemplo:
a idade de cada um deles? Considere as duas grandezas variáveis:

(comprimento de um tecido) (preço de venda da peça)


GABARITO
1 metro ............custa .......................... R$ 10,00
1. X = 40, Y = 50 e Z = 60 2 metros.............custam ....................... R$ 20,00
2. X = 24, Y = 56 e Z = 72 3 metros ............custam ....................... R$ 30,00
3. X = 15 e Y = 12 4 metros ............custam ....................... R$ 40,00
4. X = 10, Y = 12 e Z = 20
Conhecimentos Específicos

5. X = 2 e Y = 1 Observamos que quando o comprimento do tecido


6. 125, 175 e 325 tornou-se o dobro, o triplo etc., o preço de venda da peça
7. 312, 408 e 480 também aumentou na mesma proporção. Portanto as gran-
8. 12, 4 e 80 dezas “comprimento do tecido” e “preço de venda da peça”
9. 12 e 9 são diretamente proporcionais.
10. 180, 144 e 120
11. 420, 350 e 320 Relação de Proporção Inversa
12. 48 e 60
13. 60, 150 e 350 Duas grandezas variáveis mantêm relação de proporção
inversa quando aumentando uma delas para duas, três,
14. R$ 120.000,00, R$ 180.000,00 e R$ 160.000,00
quatro etc. vezes o seu valor, a outra diminuir respectiva-
15. 38 anos e 22 anos
mente para metade, um terço, um quarto etc. do seu valor.

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Exemplo: Exemplo:
Considere as duas grandezas variáveis: Vimos no exemplo anterior que o tempo necessário para
construir certo trecho de uma ferrovia é diretamente
FH
Velocidade de
um automóvel
IK FH
Tempo de duração
da viagem
IK proporcional ao comprimento do trecho considerado
e inversamente proporcional ao número de operários
que nele trabalham.
A 20 km/h............ a viagem dura.......... 6 horas
A 40 km/h............ a viagem dura.......... 3 horas Vimos também, entre outros, os seguintes valores
A 60 km/h............ a viagem dura.......... 2 horas correspondentes:

Observamos que quando a velocidade tornou-se o (Tempo (Comprimento do (Número de


dobro, o triplo do que era, o tempo de duração da viagem necessário) trecho construído) operários)
tornou-se correspondente­mente a metade, a terça parte
do que era. Portanto, as grandezas “velocidade” e “tempo 30 dias 6 km 10
de duração da viagem” são inversamente proporcionais. 20 dias 12 km 30

Cuidado! Aplicando a propriedade vista acima, teremos:


Não basta observar que o aumento de uma das gran- 30 6 30
dezas implique no aumento da outra. É preciso que = × (verifique a igualdade!)
exista proporção. 20 12 10

Por exemplo, aumentando o lado de um quadrado, a Exercícios Resolvidos


área do mesmo também aumenta. Mas não há pro-
porção, pois ao dobrarmos o valor do lado, a área não 1. Se 5 metros de certo tecido custam R$ 30,00, quanto
dobra e sim quadruplica! custarão 33 metros do mesmo tecido?

Grandezas Proporcionais a Várias Outras Solução:


O problema envolve duas grandezas, quantidade de
Uma grandeza variável é proporcional a várias outras se tecido comprada e preço total da compra.
for diretamente ou inversamente proporcional a cada uma Podemos, então, montar a seguinte tabela com duas
dessas outras, quando as demais não variam. colunas, uma para cada grandeza:

Exemplo: Quant. de tecido Preço total


O tempo necessário para construir certo trecho de uma (em metros) (em R$)
ferrovia é diretamente proporcional ao comprimento 5..................................... 30,00
do trecho considerado e inversamente proporcional ao 33........................................x
número de operários que nele trabalham.
Na coluna onde a incógnita x aparece, vamos colocar
Observe: uma flecha:
1º) Vamos fixar o comprimento do trecho feito.
Em 30 dias, 10 operários fazem 6 km. Quant. de tecido Preço total
Em 15 dias, 20 operários também fazem 6 km. (em metros) (em R$)
Em 10 dias, 30 operários também fazem 6 km. 5..................................... 30,00
33........................................x ↑
Aqui, observa-se que o tempo é inversamente
propor­cional ao número de operários. Note que a flecha foi apontada para o R$ 30,00 que é
o valor inicial do x indicando que se a quantidade de
2º) Agora vamos fixar o número de operários. tecido comprado não fosse alterada, o preço total da
30 operários, em 10 dias, fazem 6 km. compra, x, continuaria sendo R$ 30,00.
30 operários, em 20 dias, farão 12 km. Agora devemos avaliar o modo como a variação na
30 operários, em 30 dias, farão 18 km. quantidade de tecido afetará o preço total:

Agora, vemos que o tempo é diretamente propor- - Quanto mais tecido comprássemos, proporcionalmente
cional ao comprimento do trecho feito. maior seria o preço total da compra. Assim as grandezas
Conhecimentos Específicos

preço total e quantidade de tecido são diretamente


PROPRIEDADE proporcionais.

Se uma grandeza for diretamente proporcio­nal a algu- Na tabela onde estamos representando as variações das
mas grandezas e inversamente proporcional a outras, grandezas, isto será indicado colocando-se uma flecha
então, a razão entre dois dos seus valores será igual: na coluna da quantidade de tecido no mesmo sentido
ao produto das razões dos valores correspon- da flecha do x.
dentes das grandezas diretamente proporcionais a
ela... Quant. de tecido Preço total
... multiplicado pelo produto das razões in- (em metros) (em R$)
versas dos valores correspondentes das grandezas 5..................................... 30,00
inversamente proporcionais a ela. ↑ 33........................................x ↑

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A flecha do x indica que seu valor, inicialmente, era Como no exercício anterior, a outra flecha indica uma
R$ 30,00: fração que nos dá a variação causada em x (o número de
inicialmente tinha-se x = 30 operários) pela mudança da outra grandeza (o tempo)
apontando sempre do numerador para o denominador.
A outra flecha (a da quantidade de tecido) indica uma Como neste exemplo a flecha aponta do 180 para o 120 a
fração, apontando sempre do numerador para o deno- 180
fração é .
minador. Como neste exemplo a flecha aponta do 33 120
33
para o 5 a fração é . Esta fração nos dá a variação
5 Multiplicando o valor inicial de x por esta fração, arma-
mos a seguinte igualdade que nos dará o valor final de x:
causada em x (o preço) pela mudança da outra grandeza
(a quantidade de tecido comprado). 180
x = 24 × ⇒ x = 36
120
Multiplicando o valor inicial de x por esta fração pode-
mos armar a igualdade que nos dará o valor final de x:
Portanto, serão necessários 36 operários para fazer a
33 casa em 120 dias.
x = 30 × ⇒ x = 198
5 3. Em 12 dias de trabalho, 16 costureiras fazem 960 calças.
Em quantos dias 12 costureiras poderão fazer 600 calças
Portanto, os 33 metros de tecido custarão R$ 198,00. iguais às primeiras?

2. Em 180 dias 24 operários constroem uma casa. Quantos Solução:


operários serão necessários para fazer uma casa igual O problema envolve três grandezas, tempo necessário
em 120 dias? para fazer o trabalho, número de costureiras emprega-
das e quantidade de calças produzidas.
Solução: Podemos, então, montar uma tabela com três colunas,
O problema envolve duas grandezas, tempo de constru- uma para cada grandeza:
ção e número de operários necessários.
Montaremos, então uma tabela com duas colunas, uma Tempo Nº de Quantidade
para cada grandeza: (em dias) costureiras de calças
12 16 960
Tempo (em dias) Nº de operários ↑ x 12 600
180..................................... 24
120.......................................x Para orientar as flechas das outras duas grandezas é
preciso compará-las uma de cada vez com a grandeza
Na coluna onde a incógnita x aparece, vamos colocar do x e de tal forma que, em cada comparação, conside-
raremos como se as demais grandezas permanecessem
uma flecha apontada para o valor inicial do x que é 24:
constantes.
- Quanto menos costureiras forem empregadas maior
Tempo (em dias) Nº de operários será o tempo necessário para fazer um mesmo servi-
180..................................... 24 ço. Portanto, número de costureiras é inversamente
120.......................................x ↑ proporcional ao tempo.
- Quanto menor a quantidade de calças a serem fei-
Lembre-se que esta flecha está indicando que se o tem- tas menor também será o tempo necessário para
po de construção permanecesse o mesmo, o número de produzi-las com uma mesma equipe. Portanto, a
operários necessá­rios, x, continuaria sendo 24. quantidade de calças produzidas e o tempo ne­
Agora, devemos avaliar o modo como a variação no cessário para fazê-las são diretamente proporcionais.
tempo de construção afetará o número de operários
necessários: Tempo Nº de Quantidade
(em dias) costureiras de calças
- Quanto menos tempo houver para realizar a obra, 12 16 960
proporcionalmente maior será o número de operários ↑ x ↓ 12 ↑ 600
necessários. Assim as grandezas tempo de construção e
número de operários são inversamente proporcionais. A flecha do x, como sempre, está indicando o seu valor
inicial (x = 12).
As outras duas flechas indicam frações que nos dão as
Conhecimentos Específicos

Na tabela onde estamos representando as variações das


grandezas, isto será indicado colocando-se uma flecha variações causadas em x (o tempo) pelas mudanças das
na coluna da quantidade de tecido no sentido inverso outras grandezas (o número de costureiras e a quantida-
ao da flecha do x. de de calças). Lembre-se de que elas apontam sempre
do numerador para o denominador.
Tempo (em dias)................ Nº de operários Multiplicando o valor inicial de x por estas frações, temos
a igualdade que nos dará o valor final de x:
180..................................... 24
↓ 120.......................................x ↑ 16 600
x = 12 × × ⇒ x = 10
12 960
A flecha do x indica que seu valor, inicialmente, era 24:
Portanto, serão necessários 10 dias para fazer o serviço
inicialmente, tinha-se x = 24 nas novas condições do problema.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS a quantidade de pó necessária para o café, a velocidade
com que se deve caminhar ao atravessar uma rua etc.,
1. Julgue os itens abaixo em Certos ou Errados. está-se relacionando, mentalmente, grandezas entre si,
( ) Dadas duas grandezas diretamente proporcionais, por meio de uma proporção. Em relação às proporções,
quando uma delas aumenta a outra também au- julgue os itens abaixo.
menta na mesma proporção. ( ) A quantidade de tinta necessária para fazer uma
( ) Dadas duas grandezas diretamente proporcionais, pintura depende diretamente da área da região a
quando uma delas diminui a outra aumenta na ser pintada.
mesma proporção. ( ) O número de pintores e o tempo que eles gastam
( ) Dadas duas grandezas inversamente proporcionais, para pintar um prédio são grandezas inversamente
quando uma delas aumenta a outra diminui na proporcionais.
mesma proporção. ( ) A medida do lado de um triângulo equilátero e o
( ) Dadas duas grandezas inversamente proporcionais, seu perímetro são grandezas diretamente propor-
quando uma delas diminui a outra também diminui cionais.
na mesma proporção. ( ) O número de ganhadores de um único prêmio de
uma loteria e a quantia recebida por cada ganhador
2. Julgue os itens abaixo em Certos ou Errados. são grandezas inversamente proporcionais.
( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao duplicarmos ( ) A velocidade desenvolvida por um automóvel e
o valor de A, o valor de B também duplica então A o tempo gasto para percorrer certa distância são
e B são grandezas diretamente proporcionais. grandezas diretamente proporcionais.
( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao reduzirmos
para um terço o valor de A, o valor de B também 5. Se 3 kg de queijo custam R$ 24,60, quanto custarão 5
reduz-se para um terço, então A e B são grandezas kg deste queijo?
inversamente proporcionais. 6. Se 3 kg de queijo custam R$ 24,60, quanto deste queijo
( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao triplicarmos poderei comprar com R$ 53,30?
o valor de A, o valor de B fica reduzido para um terço
7. Cem quilogramas de arroz com casca fornecem 96 kg
do que era, então A e B são grandezas inversamente
de arroz sem casca. Quantos quilogramas de arroz com
proporcionais.
casca serão necessários para produzir 300 kg de arroz
( ) Se A é uma grandeza inversamente proporcional à
grandeza B, então B é diretamente proporcional a A. sem casca?
( ) Se duas grandezas A e B são tais que ao aumen- 8. Em 8 dias 5 pintores pintam um prédio inteiro. Se fossem
tarmos o valor de A em x unidades, o valor de B 3 pintores a mais, quantos dias seriam necessários para
também aumenta em x unidades então A e B são pintar o mesmo prédio?
grandezas diretamente proporcionais. 9. Um veículo trafegando com uma velocidade média de 60
km/h, faz determinado percurso em duas horas. Quanto
3. Determine, em cada caso, se a relação entre as grandezas tempo levaria um outro veículo para cumprir o mesmo
é de proporção direta (D) ou inversa (I). percurso se ele mantivesse uma velocidade média de
a) O número de máquinas funcionando e a quantidade 80 km/h?
de peças que elas produzem durante um mês. ( ) 10. Uma roda-d’água dá 390 voltas em 13 minutos. Quantas
b) O número de operários trabalhando e o tempo que voltas terá dado em uma hora e meia?
levam para construir uma estrada de 10 km. ( ) 11. Duas rodas dentadas estão engrenadas uma na outra.
c) A velocidade de um ônibus e o tempo que ele leva A menor delas tem 12 dentes e a maior tem 78 dentes.
para fazer uma viagem de Brasília a São Paulo. ( ) Quantas voltas terá dado a menor quando a maior der
d) A velocidade de um ônibus e a distância percorrida 10 voltas?
por ele em três horas. ( ) 12. Qual é a altura de um edifício que projeta uma sombra
e) A quantidade de ração e o número de animais que de 12m, se, no mesmo instante, uma estaca vertical de
podem ser alimentados com ela durante uma sema- 1,5m projeta uma sombra de 0,5m?
na. ( ) 13. Se um relógio adianta 18 minutos por dia, quanto terá
f) O tamanho de um tanque e o tempo necessário para adiantado ao longo de 4h 40min?
enchê-lo. ( ) 14. Um relógio que adianta 15 minutos por dia estava mar-
g) O número de linhas por página e o total de páginas cando a hora certa às 7h da manhã de um certo dia.
de um livro. ( ) Qual será a hora certa quando, neste mesmo dia, este
h) A eficiência de um grupo de operários e o tempo relógio estiver marcando 15h 5min?
necessário para executarem certo serviço. ( ) 15. Um comerciante comprou duas peças de um mesmo
i) A dificuldade de uma tarefa e o tempo necessário
Conhecimentos Específicos

tecido. A mais comprida custou R$ 660,00 enquanto a


para uma pessoa executá-la. ( )
outra, 12 metros mais curta, custou R$ 528,00. Quanto
j) A facilidade de uma tarefa e o tempo necessário para
media a mais comprida?
uma pessoa executá-la. ( )
k) O número de horas trabalhadas por dia e a quanti- 16. Um navio tinha víveres para uma viagem de 15 dias.
dade de trabalho feito em uma semana. ( ) Três dias após o início da viagem, contudo, o capitão do
l) O número de horas trabalhadas por dia e o número navio recebe a notícia de que o mau tempo previsto para
de dias necessário para fazer certo trabalho. ( ) o resto da viagem deve atrasá-la em mais 4 dias. Para
quanto terá de ser reduzida a ração de cada tripulante?
4. (Cespe/MPU/Assistente/1996) É comum em nosso 17. Um rato está 30 metros à frente de um gato que o per-
cotidiano surgirem situações-problema que envolvem segue. Enquanto o rato corre 8m, o gato corre 11m. Qual
relações entre grandezas. Por exemplo, ao se decidir a a distância que o gato terá de percorrer para alcançar o
quantidade de tempero que deve ser usada na comida, rato?

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
18. Um gato está 72m à frente de um cão que o persegue. PORCENTAGENS
Enquanto o gato corre 7m, o cão corre 9m. Quantos
metros o cão deverá percorrer para diminuir a metade Razão Centesimal
da terça parte da distância que o separa do gato?
19. Um gato persegue um rato. Enquanto o gato dá dois pulos,
o rato dá 3, mas, cada pulo do gato vale dois pulos do rato. Chamamos de razão centesimal a toda razão cujo con-
Se a distância entre eles, inicialmente, é de 30 pulos de sequente (denominador) seja igual a 100.
gato, quantos pulos o gato terá dado até alcançar o rato?
20. Um gato e meio come uma sardinha e meia em um Exemplos:
minuto e meio. Em quanto tempo 9 gatos comerão uma 37 em cada 100 → 37/100
dúzia e meia de sardinhas? 19 em cada 100 → 19/100
21. Se 2/5 de um trabalho foram feitos em 10 dias por
24 operários que trabalhavam 7 horas por dia, então Diversas outras razões não centesimais podem ser facil-
quantos dias serão necessários para terminar o trabalho, mente reescritas na forma centesimal.
sabendo que 4 operários foram dispensados e que o
restante agora trabalha 6 horas por dia? Exemplos:
22. Um grupo de 15 mineiros extraiu em 30 dias 3,5 tone- 3 em cada 10 → 3/10 = 30/100 → 30 em cada 100
ladas de carvão. Se esta equipe for aumentada para 20 2 em cada 5 → 2/5 = 40/100 → 40 em cada 100
mineiros, em quanto tempo serão extraídos 7 toneladas
de carvão? 1 em cada 4 → 1/4 = 25/100 → 25 em cada 100
23. Dois cavalos, cujos valores são considerados como
diretamente proporcionais às suas forças de trabalho Outros nomes usados para uma razão centesimal são
e inversamente proporcionais às suas idades, têm o razão porcentual, índice porcentual e percentil.
primeiro, 3 anos e 9 meses e o segundo, 5 anos e 4
meses de idade. Se o primeiro, que tem 3/4 da força Forma Porcentual
do segundo, foi vendido por R$ 480,00, qual deve ser o
preço de venda do segundo? Uma razão centesimal pode ser indicada na forma por-
24. Se 27 operários, trabalhando 6 horas por dia levaram centual anotando-se o antecedente (numerador) da razão
40 dias para construir um parque de formato retangular centesimal seguido do símbolo % (lê-se “por cento”).
medindo 450m de comprimento por 200m de largura,
quantos operários serão necessários para construir um Exemplos:
outro parque, também retangular, medindo 200m de
comprimento por 300m de largura, em 18 dias e traba- 12
100
= 12% (doze por cento)
lhando 8 horas por dia?
25. Uma turma de 15 operários pretende terminar em 14 3
dias certa obra. Ao cabo de 9 dias, entretanto, fizeram = 3% (três por cento)
100
somente 1/3 da obra. Com quantos operários a turma
original deverá ser reforçada para que a obra seja con- Porcentagem
cluída no tempo fixado?
Dados dois números quaisquer, A e B (B ≠ 0) dizemos
GABARITO que A é igual a p% de B quando a razão A/B for igual a p%.

1. C-E-C-E A p
A é p% de B ↔ =
2. C-E-C-E-E B 100
3. D-I-I-D-D-D-I-I-D-I-D-I
4. V-V-V-V-F Na expressão acima, o valor B é a referência do cálculo
5. R$ 41,00 porcentual. Dizemos então que A é uma porcentagem do
6. 6,5kg número B.
7. 312,5kg Todo problema de porcentagens depende, basicamente,
8. 5 dias
de determinarmos um dos valores dados na expressão acima,
9. 1h 30min
A, B ou p em função dos outros dois.
10. 2.700 voltas
11. 65 voltas
12. 36m Observação:
13. 3min 30s Nas questões de concursos públicos é comum en-
contrarmos:
Conhecimentos Específicos

14. 15h
15. 60 metros - lucro, rendimento, desconto, abatimento, prejuízo
16. Para 3/4 da quantidade original etc. indicando uma porcentagem em situações
17. 110m específicas;
18. 54m - a expressão “principal” indicando o valor de refe-
19. 120 pulos rência que corresponde a 100%.
20. 3 minutos
21. 21 dias Exemplos:
22. 45 dias
23. R$ 450,00 1) Calcular 20% de 250.
24. 30 operários
25. 39 operários Solução: O número procurado é igual a 20% de 250.

156 Este eBook foi adquirido por BRUNO JEFERSON LEOCADIO ALAINCARDK SILVEIRA OLIVEIRA - CPF: 064.387.404-62.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Logo: Para Calcular um Aumento de p%:

x 20 Quando aumentamos em p% um valor V, ficamos com


x é 20% de 250 ↔ = (100+p)% de V.
250 100
Então, basta multiplicar o valor V pela forma decimal de
100 . x = 20 × 250 (100+p)% para termos o resultado desejado.
20 × 250 5000
x= = = 50 Exemplos:
100 100
1) Aumentar o valor 230 em 30%.
x = 50 Solução: (100+30)% = 130% = 1,30
→ 230 × 1,30 = 299
Então, 20% de 250 dá 50.
2) Aumentar o valor 400 em 3,4%.
2) 30 é igual a 20% de quanto?
Solução: (100+3,4)% = 103,4% = 1,034
Solução: Da definição de porcentagem temos: → 400 × 1,034 = 413,6

30 20 Para Calcular uma Redução de p%:


30 é 20% de x ↔ =
x 100
Quando reduzimos em p% um valor V, ficamos com
20 . x = 30×100 (100 – p)% de V.
100 × 30 Então, basta multiplicar o valor V pela forma decimal de
x= = 150 (100 – p)% para termos o resultado desejado.
20
Portanto, 30 é igual a 20% de 150. Exemplos:
1) Reduzir o valor 300 em 30%.
3) 21 representa quanto por cento de 15? Solução: (100 – 30)% = 70% = 0,70
→ 300 × 0,70 = 210
Solução: Da definição de porcentagem temos:
21 x
21 é x% de 15 ↔ = 2) Reduzir o valor 400 em 2,5%.
15 100 Solução: (100 – 2,5)% = 97,5% = 0,975
15 . x = 21 × 100 → 400 × 0,975 = 390

2100 Aumentos Sucessivos:


x= = 140
15
Para aumentarmos um valor V sucessivamente em p1%,
Logo, 21 representa 140% de 15. p2 %, ...., pn %, de tal forma que cada um dos aumentos, a
partir do segundo, incida sobre o resultado do aumento
Forma Unitária anterior, basta multiplicar o valor V sucessivamente pelas
formas unitárias de (100+p1 )%, (100+p2)%, ..... , (100+pn)% .
Além da forma porcentual, existe uma outra forma de
expressarmos uma razão porcentual a qual chamamos de Exemplos:
forma unitária. 1) Aumentar o valor 2.000 sucessivamente em 10%,
A forma unitária da razão p/100 é o número decimal 20% e 30%.
que obtemos dividindo o valor p por 100. Solução: 2.000 × 1,10 × 1,20 × 1,30 = 3.432

Exemplos: 2) Se o valor 4.000 sofrer três aumentos sucessivos de


23% = 23/100 = 0,23 5%, qual será o valor resultante?
6% = 6/100 = 0,06 Solução: 4.000 × 1,05 × 1,05 × 1,05 = 4.630,5
133% = 133/100 = 1,33
0,5% = 0,5/100 = 0,005 Reduções Sucessivas:

Aumentos e Reduções Porcentuais Para reduzirmos um valor V sucessivamente em p1%,


p2 %, ...., pn %, de tal forma que cada uma das reduções, a
Quando queremos calcular um aumento ou uma re- partir da segunda, incida sobre o resultado da anterior, basta
Conhecimentos Específicos

dução de p% sobre determinado valor, é comum calcular o multiplicar o valor V sucessivamente pelas formas decimais
resultado em duas etapas: de (100 – p1)%, (100 – p2)% , ..... , (100 – pn )% .
1ª – Calculamos a porcentagem p% do valor dado. Exemplos:
2ª – Adicionamos ou subtraímos do valor original a 1) Reduzir o valor 5.000 sucessivamente em 10%, 20%
porcentagem encontrada, para obter, respectivamente, e 30%.
o valor aumentado ou reduzido em p% do valor dado,
Solução: 5.000 × 0,90 × 0,80 × 0,70 = 2.520
conforme o caso desejado.
Usando a forma unitária, poderemos calcular au­men­tos 2) Se o valor 4.000 sofrer três reduções sucessivas de
e reduções percentuais de modo mais rápido, usando um 5%, qual será o valor resultante?
dos seguintes raciocínios: Solução: 4.000 × 0,95 × 0,95 × 0,95 = 3.429,5

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Exercícios Resolvidos 4. Uma mercadoria foi vendida com um lucro de 20% sobre
a venda. Qual o preço de venda desta mercadoria se o
1. A conta de um restaurante indicava uma despesa de R$ seu preço de custo foi de R$ 160,00?
26,00 e trazia a seguinte observação: “Não incluí­mos os
10% de serviço”. Calcular, em dinheiro, os 10% de serviço Solução:
e o total da despesa se nela incluirmos a porcentagem
referente ao serviço. A expressão “sobre a venda” significa que o valor de
Solução: referência para o cálculo porcentual do lucro, neste
Serviço =10% de 26,00 = 2,60 exercício, deverá ser o preço de venda (ao contrário
do que é comum!). Portanto, devemos fazer o preço de
Portanto, os 10% cobrados como serviço representam venda corresponder a 100%.
R$ 2,60.
Incluindo esta porcentagem na despesa original, teremos: Observe, então, o esquema:
26,00 + 2,60 = 28,60
(Preço de Custo) + (Lucro) = (Preço de Venda)
Assim, o total da despesa passa a ser de R$ 28,60. x % + 20% = 100%

2. Num laboratório, 32% das cobaias são brancas e as x % + 20% = 100%


outras 204 são de cor cinza. Quantas cobaias há neste logo: x% = 80%
laboratório?
Então, o preço de custo (R$ 160,00) corresponde a 80%
Solução: do preço de venda (V):
O total de cobaias corresponde a 100%:
80% de V = 160,00 (custo)
brancas (32%) + cinza (x%) = total (100%)
32% + x% = 100%
Resolvendo, nos dá:
x% = 100% – 32% = 68%
160 × 100
Então, as 204 cobaias de cor cinza são 68% do total. V= = 200
Chamando o total de cobaias de C, poderemos escrever: 80

68% de C = 204 O preço de venda foi de R$ 200,00


68
× C = 204
100 5. Para atrair fregueses, um supermercado anuncia por R$
204 ×100 10,00 um determinado produto que lhe custou R$ 13,00.
C= = 300
68 Determine a taxa porcentual de prejuízo sobre o preço
C = 300 de venda.

Portanto, há 300 cobaias no laboratório. Solução:

3. O preço de um produto A é 30% maior que o de B e o preço A expressão “sobre o preço de venda” significa que o
deste é 20% menor que o de C. Sabe-se que A, B e C custa- valor de referência para o cálculo porcen­tual do prejuízo
ram, juntos, R$ 28,40. Qual o preço de cada um deles? deverá ser o preço de venda:
Solução:
Digamos que os preços de A, B e C são a, b e c, respec- Observe o esquema:
tivamente:
(Preço de Custo) – (Prejuízo) = (Preço de Venda)
a = (100%+30%) de b = 130% de b → a = 1,3 b (100 + x) % – x% = 100%

b = (100% - 20%) de c = 80% de c → b = 0,8 c O valor do prejuízo, em dinheiro, pode ser determinado
Comparando as duas igualdades acima, temos: pela diferença entre os preços de custo e de venda:
b = 0,8c e a = 1,3b, portanto a = 1,3 × 0,8c 13,00 – 10,00 = 3,00
Conhecimentos Específicos

a = 1,04c
Assim, podemos dizer que o prejuízo (R$ 3,00) é igual a
O preço dos três, juntos, é R$ 28,40:
x% do preço de venda (R$ 10,00):
a + b + c = 28,40
1,04c + 0,8c + 1c = 28,40 x% de 10 = 3
2,84c = 28,40
c = 10,00 (valor de C) Resolvendo a expressão, encontramos:
b = 0,8c = 0,8 × 10 = 8,00 (valor de B) 100× 3
a = 1,04c = 1,04 × 10 = 10,40 (valor de A) x= = 30
10
Então, os preços são: A custa R$ 10,40, B custa R$ 8,00
e C custa R$ 10,00. O porcentual de prejuízo sobre a venda é de 30%.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS JUROS SIMPLES
1. Em um concurso havia 15.000 homens e 10.000 mulhe- Conceito de Juros
res. Sabe-se que 60% dos homens e 55% das mulheres
foram aprovados. Do total de candidatos, quantos por
cento foram reprovados? Quando um capital é emprestado a alguém durante al-
2. Uma cidade possui uma população de 100.000 habi- gum tempo, o dono do capital tem direito, como pagamento
tantes, dos quais alguns são eleitores. Na eleição para a pelo empréstimo, a uma quantia a qual denominamos juro.
prefeitura da cidade havia 3 candidatos. Sabendo-se que Ao capital acrescido de juros é comum chamarmos
o candidato A obteve 20% dos votos dos eleitores, que o montante.
candidato B obteve 30%, que os votos nulos foram 10%,
que o candidato C obteve 12.000 votos e que não houve Capital → Montante
abstenções, a parte da população que não é eleitora é
(+ Juros)
de quantos habitantes.
3. (Metrô/Técnico de Contabilidade/2ºG-IDR/1994) João,
Antônio e Ricardo são operários de uma certa empresa. Assim, os juros são a variação entre o capital e o
Antônio ganha 30% a mais que João, e Ricardo, 10% a me-
montante de uma operação financeira.
nos que Antônio. A soma dos salários dos três, neste mês,
foi de R$ 4.858,00. Qual a quantia que coube a Antônio?
4. Fiz em 50min o percurso de casa até a escola. Quanto (Juros) = (Montante) – (Capital)
tempo gastaria na volta, se utilizasse uma velocidade
20% menor? Regimes de Capitalização
5. A população de uma cidade aumenta à taxa de 10% ao
ano. Sabendo-se que em 1990 a população era de 200.000 O resultado do cálculo dos juros de uma operação
hab.. Quantos habitantes esta cidade terá em 1994? financeira dependerá, entre outros fatores, do modo como
6. (UnB/1993) A soma de dois números x e y é 28 e a razão decidiremos que deve ocorrer a variação destes juros em
entre eles é de 75%. Qual é o maior desses números? relação ao prazo da operação.
7. Calcular: Denomina-se regime de capitalização ao modo esco-
a) 30% de 20% de 40% b) 81% lhido para a variação dos juros em relação ao prazo das
operações consideradas.
8. Um depósito de combustível de capacidade de 8m3 Existem basicamente três regimes de capitalização:
tem 75% de sua capacidade preenchida. Quantos m3 – Capitalização Simples.
de combustível serão necessários para preenchê-lo? – Capitalização Composta.
9. (CEF/1991) Num grupo de 400 pessoas, 70% são do
sexo masculino. Se, nesse grupo, 10% dos homens são – Capitalização Contínua.
casados e 20% das mulheres são casadas. Qual o número
de pessoas casadas? Uma vez que os resultados de uma operação financeira
10. (CEB/Contador/IDR/1994) Para obter um lucro de 25% dependem do regime de capitalização escolhido, este deve
sobre o preço de venda de um produto adquirido por ser sempre indicado de algum modo nos textos das questões
R$ 615,00, o comerciante deverá vendê-lo por quanto? de matemática financeira. Isso é feito, na maioria das vezes,
11. (Metrô/Assist. Administrativo/IDR/1994) Uma merca- usando-se “simples” / “composto” / “contínuo” como adjeti-
doria custou R$ 100,00. Para obter-se um lucro de 20% vo ou de juros ou de desconto ou de taxa ou de capitalização.
sobre o preço de venda, por quanto deverá ser vendida?
12. (TTN/2ºG/1989) Antônio comprou um conjunto de sofás Exemplos:
com um desconto de 20% sobre o preço de venda. Saben-
do-se que o valor pago por Antônio foi de R$ 1.200,00,
de quanto era o preço de venda da mercadoria? ... calcular os juros simples ...
13. (TTN/1989) Um produto é vendido com um lucro bruto ... a juros compostos de ...
de 20%. Sobre o preço total da nota, 10% correspon­dem ... admitindo juros contínuos ...
a despesas. De quantos por cento foi o lucro líquido do ... no regime de capitalização simples ...
comerciante? ... determine o desconto composto ...
14. Um cliente obteve de um comerciante desconto de 20%
no preço da mercadoria. Sabendo-se que o preço de Juros Simples
venda, sem desconto, é superior em 20% ao do custo,
pode-se afirmar que houve, por parte do comerciante
um lucro ou um prejuízo e de quanto? Chamamos de juros simples àquele no qual se admite
15. Quanto por cento sobre o custo corresponde a um lucro que o total de juros seja diretamente proporcional ao tempo
da operação considerada.
Conhecimentos Específicos

de 60% sobre a venda?


Como os juros são a variação entre o capital e o mon-
GABARITO tante e como esta variação, na prática, ocorre num dado
intervalo de tempo, o valor dos juros deve estar sempre as-
1. 42% 8. 2m3 sociado ao período de tempo que foi necessário para gerá-lo.
2. 70.000 9. 52
3. R$ 1.820,00 10. R$ 820,00 Exemplo:
4. 62min 30s 11. R$ 125,00 Se dissermos que um empréstimo de R$1.000,00 cobra
5. 292.820 hab. 12. R$ 1.500,00 juros de R$2,00, isso representará uma variação grande ou
6. 16 13. 8% pequena? Depende. Se ela ocorreu em um ano, podemos
7. a) 2,4% 14. Prejuízo de 4% dizer que é bem pequena. Mas se ocorreu em um dia, já não
b) 90% 15. 150% teremos a mesma opinião.

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Taxa de Juros Exercício Resolvido
A taxa de juros é aquela que indica a proporção entre Qual é a taxa trimestral proporcional à taxa quadrimes-
os juros e o capital num dado intervalo de tempo. tral de 20%?
A taxa de juros deve, portanto, estar sempre associada
a um período de tempo. (%) (prazos)
Em muitos casos a indicação escrita do prazo de tempo
associado às taxas será feita de forma abreviada, de modo 20 → 4 (meses)
que o prazo seja indicado por sua letra inicial. x → 3 (mês)
Assim teremos:
x%×4 = 20%×3
x% a.d. = x% ao dia
x% = 60% ÷ 4
x% a.m. = x% ao mês
x% a.b. = x% ao bimestre x% = 15%
x% a.t. = x% ao trimestre
x% a.q. = x% ao quadrimestre Portanto, a taxa de 15% a.t. (15% ao trimestre) é pro-
x% a.s. = x% ao semestre porcional à de 20% a.q. (20% ao quadrimestre).
x% a.a. = x% ao ano
Taxas Equivalentes
Exemplo:
Duas taxas são equivalentes quando produzem juros
Se um capital de R$2.000,00 rendeu R$300,00 de ju- iguais ao serem aplicadas a capitais iguais e por pe­ríodos
ros ao fim de dois meses, então a taxa de juros para esse de tempo também iguais.
período será:
Exemplo:
A aplicação de uma dada quantia qualquer, por certo
100% +x% (100 + x) %
período, à taxa de juros simples de 2% ao mês nos daria um
Capital → Montante total de juros igual àquele que obteríamos se aplicássemos
(+ Juros) a mesma quantia, durante o mesmo tempo, mas à taxa de
juros simples de 6% ao trimestre. Então dizemos que a taxa
(Juros) = x% do (Capital) de juros simples de 2% a.m. é equivalente à taxa de juros
300 = x% de 2.000 simples de 6% a.t.
x Notemos que 2% a.m. e 6% a.t. são também taxas pro-
300 = × 2.000
100 porcionais, pois:
No regime de juros simples, taxas equivalentes serão
300 × 100 sempre proporcionais e vice-versa.
=x = 15
2000
Exercício Resolvido
Logo, a taxa de juros é de 15% no bimestre.
Qual é a taxa semestral equivalente à taxa quadrimestral
de 7,5%?
Taxas Proporcionais
Duas taxas são proporcionais quando seus valores são (%) (prazos)
diretamente proporcionais aos respectivos tempos, sendo 7,5 → 4 (meses)
estes considerados numa mesma unidade. x → 6 (mês)
Exemplo: x%×4 = 7,5%×6
As taxas de 72% ao ano e de 6% ao mês são propor- x% = 45% ÷ 4
cionais.
Isso pode ser comprovado verificando uma regra de três x% = 11,25%
direta como a indicada a seguir:
Portanto, a taxa de 7,5% a.s. (7,5% ao semestre) é pro-
Conhecimentos Específicos

(%) (prazos) porcional à de 11,25% a.q. (11,25% ao quadrimestre).


72 → 12 (meses)
6 → 1 (mês) Juros Comerciais e Juros Exatos
72%×1 = 6%×12 Existem situações onde o prazo de uma operação finan-
ceira é contado em dias enquanto a taxa de juros é indicada
72% = 72% em alguma outra unidade de tempo maior (mês, bimestre,
quadrimestre, semestre ou ano).
A igualdade obtida na última linha confirma que os 72% Em tais situações todos os prazos devem ser contados
estão para 12 meses (1 ano) assim como os 6% para 1 mês. em dias. A contagem do número de dias envolvidos na
Ou seja, as taxas de 72% ao ano e de 6% ao mês são mesmo operação (prazo da operação), entretanto, deve ser feita,
proporcionais. na prática, de acordo com uma das seguintes convenções:

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• Prazo comercial – Consideram-se todos os meses Exercício Resolvido
com 30 dias (mês comercial) e o ano com 360 dias
(ano comercial). Este é o caso mais frequente nos Quantos dias, exatamente, durou uma aplicação que
problemas de juros simples, e os juros calculados de teve início em 18 de março de certo ano e término em 10 de
acordo com esta convenção são chamados de juros setembro do mesmo ano?
comerciais ou juros ordinários.
Solução:
Exemplos: Quando esta situação ocorre no meio de um problema
em provas de concursos, quase sempre somos obrigados a
Prazo dado Total de dias (prazo resolvê-la sem o auxílio da chamada “tabela para contagem
de dias entre datas”. Entretanto, é possível resolvê-la com o
comercial)
seguinte procedimento:
Dois meses e meio 2×30 + 15 = 75 dias Se as datas de início e término da operação estiverem
Três meses e vinte dias 3×30 + 20 = 110 dias no mesmo ano, pode-se determiná-la da seguinte forma:
Um ano 12×30 = 360 dias ∆M = (mês final) − (mês inicial)
De 01/07/X a 01/09/X 2×30 = 60 dias ∆D = (dia final) − (dia inicial)
Ajustes =
De 06/02/X a 06/03/X 1×30 = 30 dias
+1 dia para cada dia 31 compreendido entre as datas
de início e fim;
Exercício Resolvido −2 dias se o período da operação passar de fevereiro
para março.
Qual a taxa de juros simples equivalente a 12% ao mês
para um prazo de 3 meses e 10 dias, considerando a conven- Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
ção do prazo comercial?
Em nosso caso, temos:
Solução: ∆M = (mês final) − (mês inicial) = 9 − 3 = 6
1 mês = 30 dias ∆D = (dia final) − (dia inicial) = 10 − 18 = −8
3 meses e 10 dias = 3×30 dias + 10 dias = 100 dias Ajustes = (31/mar.) + (31/maio) + (31/jul.) + (31/ago.)
=1+1+1+1=4
Como as taxas equivalentes, a juros simples, devem ser
proporcionais aos seus respectivos tempos, temos: Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
Prazo exato = 30×(6) + (−8) + (4)
(prazos) (%) Prazo exato = 180 −8 + 4
30 dias ......................... 12% Prazo exato = 176
100 dias ......................... x%
Obs.: O prazo comercial entre duas datas pode ser
conseguido fazendo-se:
30x = 100×12
x = 40
Prazo comercial = 30×∆M + ∆D
Prazo comercial = 30×(6) + (−8)
A taxa equivalente, para os 3 meses e 10 dias, é 40%.
Prazo comercial = 180 −8
Prazo comercial = 172
• Prazo exato – Considera-se o total exato de dias trans-
corridos no período da aplicação. Assim, contam-se
com 30 dias os meses de abril, junho, setembro e Exercício Resolvido
novembro, 28 dias para fevereiro (29 se o ano for
bissexto) e com 31 dias os demais meses do ano. Um capital de R$7.200,00 foi aplicado de 6 de fevereiro
até 20 de abril do mesmo ano. Considerando uma taxa de
O ano terá um total de 365 dias (ou 366 dias se for
juros simples de 10% a.a., qual o total de juros desta aplica-
bissexto). Os juros calculados de acordo com esta
ção se considerarmos o prazo exato? E qual o total de juros
convenção são chamados juros exatos.
se considerarmos o prazo comercial?
Exemplos:
Solução:
∆M = (mês final) − (mês inicial) = 4 − 2 = 2
Conhecimentos Específicos

Prazo dado Total de dias (prazo exato) ∆D = (dia final) − (dia inicial) = 20 − 6 = 14
Um ano 365 dias Ajustes = (fev./mar.) + (31/mar.) = −2 + 1 = −1
De 01/07/X a 01/09/X 31 + 31 = 62 dias (conta-se o dia I – Considerando o prazo exato:
inicial mas não o final) Prazo exato = 30×∆M + ∆D + Ajustes
De 06/02/X a 06/03/X 28 dias (se nada for dito, Prazo exato = 30×(2) + (14) + (−1)
presume-se o ano não bissexto) Prazo exato = 60 + 14 −1
Prazo exato = 73 dias
Obs.: Expressões como “dois meses e meio”, “três
meses e vinte dias” etc. não fazem sentido na contagem Juros exatos:
de prazos exatos, pois o total dependeria de quais meses JE = 10% de R$7.200,00
seriam considerados. JE = 720,00 (anual)

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(prazos) ($$) (soma _ de _ prazos × pesos)
prazo médio =
365 dias ............................ R$720,00 (soma _ dos _ pesos)
73 dias ............................ x

365×x = 73×720
6 + 12 + 12 30
prazo médio
= = = 1,5 (meses)
2 + 6 + 12 20
73 × 720
=x = 144 Portanto, o prazo médio seria de 1 mês e 15 dias.
365
Isso significa que se nós trocássemos os prazos das três
aplicações por 1 mês e 15 dias, o total de juros produzidos pe-
O valor dos juros exatos é de R$144,00. las três aplicações, ao final desse prazo, continuaria inalterado.
Taxa média é uma taxa única tal que, substituindo as
II – Considerando o prazo comercial: taxas de cada uma das aplicações dadas, produzirá o mesmo
Na contagem do prazo comercial os ajustes relativos ao total de juros das aplicações originais.
número exato de dias não são considerados. A taxa média é sempre a média aritmética ponderada
das taxas, tendo como pesos os produtos dos prazos e capi-
Prazo comercial = 30×∆M + ∆D tais a eles correspondentes.
Prazo comercial = 30×(2) + (14)
Prazo comercial = 60 + 14 Exercício Resolvido
Prazo comercial = 74 dias Considerando as aplicações do exemplo anterior:
R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00, às taxas de 2%, 3%
Juros comerciais: e 4% ao mês, durante 3, 2 e 1 mês, respectivamente. Qual
seria a taxa média para estas três aplicações?
JC = 10% de R$7.200,00
JC = 720,00 (anual) A B C B × C A×B×C

TAXAS CAPITAIS PRAZOS PESOS TAXAS×PESOS


(prazos) ($$) 2% a.m. 1 3 1 x 3 = 3 2x1x3=6
360 dias .................... R$720,00 3% a.m. 2 2 2 x 2 = 4 3 x 2 x 2 = 12
4% a.m. 3 1 3 x 1 = 3 4 x 3 x 1 = 12
74 dias .................... x
(soma _ de _ taxas × pesos)
360×x = 74×720 Taxa média =
(soma _ dos _ pesos)
74 × 720 6 + 12 + 12 30
=x = 148 Taxa média
= = = 3
360 3+ 4+3 10
Portanto, a taxa média seria de 3% ao mês.
O valor dos juros comerciais é de R$148,00.
Isso significa que se nós trocássemos as três taxas (2%,
Prazo Médio e Taxa Média 3% e 4%) para 3% a.m., o total de juros produzidos pelas três
aplicações continuaria inalterado.
Considere um conjunto com duas ou mais aplicações a
juros simples, cada qual com seus próprios valores de capital, Exercícios Resolvidos
suas taxas e seus prazos. 1. Um capital de R$ 800,00 foi aplicado pelo prazo de 2
Prazo médio é um prazo único tal que, substituindo meses, à taxa de juros simples de 3% ao mês. Qual o valor
os prazos de cada uma das aplicações dadas, produzirá o dos juros desta aplicação?
mesmo total de juros das aplicações originais.
O prazo médio é sempre a média aritmética ponderada Solução:
dos prazos, tendo como pesos os produtos das taxas e capi-
tais a eles associados. Inicialmente, vemos que a taxa de juros é de 3% ao mês.
Como o prazo de aplicação é de 2 meses, temos a se-
guinte proporção:
Exercício Resolvido
(prazos) (%)
Conhecimentos Específicos

Três capitais de R$ 1.000,00, R$ 2.000,00 e R$ 3.000,00


foram aplicados às taxas simples de 2%, 3% e 4% ao mês 1 mês ......................... 3%
durante 3 meses, 2 meses e 1 mês, respectivamente. Qual 2 meses ......................... x%
seria o prazo médio para estas três aplicações?
1×x = 2×3%
A B C B × C A×B×C x = 6%
Assim, podemos montar o seguinte esquema:
PRAZOS CAPITAIS TAXAS PESOS PRAZOS × PESOS
100% + 6% 106%
3 meses 1 2 1 x 2 = 2 3x1x2=6
2 meses 2 3 2 x 3 = 6 2 x 2 x 3 = 12 C = 800 → M=?
1 mês 3 4 3 x 4 = 12 1 x 3 x 4 = 12 +J=?

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Neste esquema, poderíamos determinar quer os juros, Desse modo teremos:
quer o montante através de uma simples regra de três. Mas
o problema pediu o valor dos juros. Logo, faremos: 50.000 × x = 16.000×100%

(%) ($$) 16.000×100%


x= = 32%
100% ..................... 800 (capital) 50.000
6% ..................... J = ? (juros)
Como foi pedida uma taxa mensal, faremos:
Resolvendo a regra de três, vem:

100×J = 6×800 (prazo) (%)


8 meses .................... 32%
6×800
J= = 48 1 mês .................... x
100
8×x = 1×32%
Portanto, os juros da aplicação são de R$ 48,00.
1×32%
2. Um capital de R$ 23.500,00 foi aplicado durante 8 x= = 4%
meses à taxa simples de 9% a.a. Determine o montante 8
desta aplicação.
Portanto, a taxa é de 4% ao mês.
Solução:
A taxa é de 9% ao ano, mas a aplicação durou 8 meses. 4. De quanto será o juro produzido por um capital de
R$ 2.300,00, aplicado durante 3 meses e 10 dias, à taxa
simples de 12% ao mês?
(prazo) (%)
12 meses ................... 9% Solução:
8 meses ................... x
O enunciado apresentou um prazo em meses e dias, mas
Resolvendo a regra de três, vem: não indicou se o juro deve ser comercial ou exato. Em casos
12×x = 8×9% como este, presume-se que o juro desejado é o comercial.
Pela convenção do prazo comercial, 3 meses e 10 dias
nos dão:
8 × 9%
=x = 6%
12 3 meses + 10 dias = (3×30) + 10 dias = 90 + 10 dias =
Desse modo, podemos escrever: 100 dias

100% + 6% 106% Agora, calculamos a taxa equivalente para os 100 dias


C = 23.500 → M=? (regra de três).
+J=?
(prazo) (%)
Veja que o montante é 106% do capital! 30 dias .................... 12%
100 dias .................... x
106% de 23.500,00 = 24.910,00
Portanto, o montante foi de R$ 24.910,00. 30×x = 100×12%

3. Uma aplicação de R$ 50.000,00 pelo prazo de 8 meses 100×12%


resultou num montante de R$ 66.000,00. Qual foi a taxa x= = 40%
30
mensal de juros simples desta aplicação?
Solução: Finalmente, determinamos o juro pedido:

Lembrando que os juros são a variação (diferença) do 40% de R$ 2.300,00 = R$920,00


Conhecimentos Específicos

capital aplicado para o montante, teremos:


Portanto, o juro é de R$920,00.
100% +x% (8 meses) (100+x)%
→ 5. Aplicando R$2.000,00 à taxa de juros simples comer-
C = 50.000 M = 66.000
ciais de 36% a.a., qual o total de juros ao fim de 115 dias?
+ J = 16.000
Pelo esquema vemos que: Solução:

($$) (%) (prazo) (%)


50.000 .................... 100% 360 dias .................... 36%
16.000 .................... x 115 dias .................... x

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
360 × x = 115×36% c) 4% a.t.
d) 5% a.t.
115×36% e) 10% a.t.
x= =11,5%
360
4. A taxa semestral que equivale à taxa de 24% a.a. é
a) 12% a.s. d) 3% a.s.
J = 11,5% de R$2.000,00 = R$230,00 b) 6% a.s. e) 2% a.s.
c) 4% a.s.
Portanto, os juros comerciais serão de R$230,00.
5. A alternativa que indica a taxa mensal que é proporcio­
6. Um capital de R$ 5.300,00 foi aplicado no dia 25 de nal à taxa de 12% a.s. é:
março de certo ano, à taxa anual de 10%. Considerando o a) 1% a.m.
critério de juros simples exatos, qual o valor do montante b) 2% a.m.
desta aplicação em 6 de junho do mesmo ano? c) 3% a.m.
d) 4% a.m.
Solução: e) 6% a.m.
∆M = (mês final) − (mês inicial) = 6−3 = 3 6. A taxa bimestral que é equivalente à taxa de 12% a.t. é
∆D = (dia final) − (dia inicial) = 6−25 = −19 a) 10% a.b.
Ajustes = (31/mar.) + (31/maio) = 1+1 = 2 b) 9% a.b.
c) 8% a.b.
Prazo exato: d) 6% a.b.
Prazo exato = 30×∆M + ∆D +Ajustes e) 4% a.b.
Prazo exato = 30×(3)+(−19)+(2)
Prazo exato = 90−19+2 Contagens de prazos comerciais e exatos
Prazo exato = 73 dias
7. O total de dias que correspondem a quatro meses e dez
Juros exatos: dias, de acordo com o prazo comercial, é
JE = 10% de R$5.300,00 a) 100 dias.
JE = 530,00 (anual) b) 110 dias.
c) 120 dias.
(prazo) ($$) d) 130 dias.
e) 140 dias.
365 dias .................... 530,00
73 dias .................... x 8. O total de dias que correspondem a cinco meses e meio,
de acordo com o prazo comercial, é
365×x = 73×530,00 a) 150 dias.
b) 165 dias.
73×530% c) 170 dias.
x= =106 d) 175 dias.
365
e) 180 dias.
Juros exatos: R$106,00. 9. O total de dias que correspondem a três meses e vinte
e dois dias, de acordo com o prazo comercial, é
EXERCÍCIOS PROPOSTOS a) 102 dias.
b) 106 dias.
Juros Simples c) 108 dias.
d) 110 dias.
Taxas proporcionais e equivalentes e) 112 dias.

1. A alternativa que indica a taxa mensal proporcional à 10. O número de dias que se contam de 5 de julho a 10
taxa de 24% a.a. é: de setembro do mesmo ano, pelo critério do prazo
a) 1% a.m. d) 6% a.m. comercial, é
b) 2% a.m. e) 12% a.m. a) 65 dias.
c) 4% a.m. b) 70 dias.
Conhecimentos Específicos

c) 75 dias.
2. A taxa bimestral que é proporcional à taxa de 18% a.a. é d) 80 dias.
a) 1% a.b. e) 85 dias.
b) 2% a.b.
c) 3% a.b. 11. O número de dias contados de 12 de julho a 6 de ou-
d) 6% a.b. tubro do mesmo ano, segundo a convenção do prazo
e) 9% a.b. comercial, é
a) 82 dias.
3. A alternativa que indica a taxa trimestral equivalente à b) 84 dias.
taxa de 20% a.a. é: c) 86 dias.
a) 1% a.t. d) 88 dias.
b) 2% a.t. e) 90 dias.

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12. De 4 de janeiro a 10 de maio do mesmo ano, segundo 20. Se R$4.200,00, aplicados à taxa simples de 6% a.m., re-
o critério de contagem de prazo exato, temos sultaram num montante de R$4.368,00, então quantos
a) 126 dias. dias durou a aplicação?
b) 127 dias. a) 10 dias
c) 125 dias. b) 15 dias
d) 128 dias. c) 20 dias
e) 124 dias. d) 25 dias
e) 40 dias
Juros simples comerciais
Juros simples exatos
13. O valor dos juros simples comerciais produzidos em
três meses pela aplicação de um capital de R$1.200,00 21. Um capital de R$2.700,00 foi aplicado em 13/3/2009 à
à taxa de 4% a.m. é taxa anual de 36,5% e resgatado em 01/6/2009. Qual o
a) R$120,00. total de juros simples exatos obtidos nesta operação?
b) R$124,00. a) R$216,00
c) R$140,00. b) R$228,00
d) R$144,00. c) R$236,00
e) R$148,00. d) R$238,00
e) R$246,00
14. Um capital de R$2.200,00 foi aplicado à taxa de juros
simples de 60% a.a. Qual o total dos juros ao fim de 7 22. Qual o montante de uma aplicação de R$5.400,00 feita
meses? no período de 13/4/2009 a 7/6/2009 se a taxa foi de
a) R$250,00 73% a.a. e os juros foram calculados com prazos exatos?
b) R$350,00 a) R$5.972,00
c) R$530,00 b) R$5.994,00
d) R$700,00 c) R$6.134,00
e) R$770,00 d) R$6.172,00
e) R$6.224,00
15. Aplicando R$1.500,00 por 1 mês e 10 dias, à taxa sim-
ples de 6% a.b., qual será o montante obtido? 23. Um capital de R$2.000,00 investido em 22/2/2000
a) R$1.530,00 totalizava R$2.520,00 em 17/7/2000. Considerando os
b) R$1.560,00 juros exatos, qual a taxa anual de juros desta operação?
c) R$1.580,00 a) 63% c) 65% e) 67%
d) R$1.610,00 b) 64% d) 66%
e) R$1.620,00
24. Um capital de R$4.320,00 aplicado em 10/4/2001
16. Qual o capital necessário para produzir R$196,00 de foi aplicado à taxa de 36,5% a.a., rendendo juros de
juros após 2 meses e 10 dias se a taxa trimestral de R$432,00. Considerando os juros exatos, qual a data
juros simples comerciais é de 18%? do final desta aplicação?
a) R$2.800,00 a) 16/7/2001
b) R$2.020,00 b) 17/7/2001
c) R$1.400,00 c) 18/7/2001
d) R$1.202,00 d) 19/7/2001
e) R$1.196,00 e) 20/7/2001

17. Um investidor aplicou R$3.000,00 no dia 10/7/2000 a Prazo médio e taxa média
juros simples comerciais de 72% a.a. Qual o montante
desta aplicação em 15/9/2000? 25. Três capitais iguais são aplicados por prazos também
a) R$3.270,00 iguais às taxas de juros simples mensais de 3%, 5% e
b) R$3.390,00 10%. Qual a taxa única (taxa média) que proporcionaria
c) R$3.720,00 um mesmo total de juros das três aplicações reunidas
d) R$3.930,00 sendo mantidos os mesmos capitais e prazos?
e) R$3.980,00 a) 3%a.m. d) 6%a.m.
b) 4%a.m. e) 7%a.m.
18. Que taxa anual de juros simples seria necessária para c) 5%a.m.
Conhecimentos Específicos

gerar um montante de R$2.880,00 após 8 meses de


aplicação se o capital aplicado fosse de R$2.400,00? 26. Três capitais iguais são aplicados a uma mesma taxa
a) 10% b) 16% c) 20% d) 26% e) 30% de juros simples, um deles por três meses e os outros
dois por seis meses. Qual o prazo único (prazo médio)
19. Se um capital de R$3.100,00 resultou, ao fim de 2 meses que proporcionaria um mesmo total de juros das três
e 20 dias, num montante de R$3.348,00 ao ser aplicado aplicações reunidas sendo mantidos os mesmos capitais
a juros simples, qual a taxa mensal? e as mesmas taxas?
a) 3,0% a) 3 meses e 20 dias.
b) 3,5% b) 4 meses.
c) 4,0% c) 4 meses e 10 dias.
d) 4,5% d) 4 meses e 20 dias.
e) 5,0% e) 5 meses.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
27. Considere o total dos juros simples obtidos pelas aplica- 7. (TTN/1992) Se em 5 meses o capital de $ 250.000,00
ções de R$300,00 por 1 mês à taxa de 2% a.m., R$100,00 rende $ 200.000,00 de juros simples à taxa de 16% ao
por 3 meses à taxa de 4% a.m. e R$200,00 por 2 meses mês, qual o tempo necessário para se ganhar os mes-
à taxa de 3% a.m. Qual a taxa única que resultaria o mos juros se a taxa fosse de 160% ao ano?
mesmo total de juros se as demais condições de capitais a) 6m c) 8m e) 10m
e prazos fossem mantidas nas três aplicações? b) 7m d) 9m
a) 3,0% a.m.
b) 2,9% a.m. 8. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Obtendo-se, em 10 meses, $
c) 2,8% a.m. 120.000,00 de juros simples pelo empréstimo de um
d) 2,7% a.m. capital de $ 200.000,00 à taxa de 6% a.m. Determine o
e) 2,6% a.m. tempo necessário para se ganharem os mesmos juros,
caso a taxa seja de 60% a.a.
a) 8 meses. d) 10 meses.
GABARITO b) 1 ano e 3 meses. e) 13 meses.
c) 1 ano.
1. b 8. b 15. b 22. b
2. c 9. e 16. c 23. c 9. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Em março de 1990, o governo
3. d 10. a 17. b 24. d brasileiro, numa tentativa de acabar com a inflação,
4. a 11. b 18. e 25. d reteve o dinheiro do povo. Uma pessoa verificou que,
5. b 12. a 19. a 26. e ao final de 45 dias, à taxa de 4,2% ao mês obteve, de
6. c 13. d 20. c 27. a acordo com seu saldo em cruzados novos, juros de
7. d 14. e 21. a $ 630,00. Qual foi a quantia retida?
a) $ 18.000,00 d) $ 5.000,00
b) $ 20.000,00 e) $ 10.000,00
Testes – Juros Simples c) $ 36.000,00
1. (TTN/1985) Se 6/8 de uma quantia produzem 3/8 desta 10. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) Emprestei 1/4 do meu capital, a
mesma quantia de juros em 4 anos, qual é a taxa apli- 8% ao ano, 2/3 a 9% ao ano, e o restante a 6% ao ano.
cada? No fim de um ano recebi $ 102,00 de juros. Determine
a) 20% ao ano d) 200% ao ano o capital.
b) 125% ao ano e) 10% ao ano a) $ 680,00 d) $ 2.530,00
c) 12,5% ao ano b) $ 840,00 e) $ 12.600,00
c) $ 1.200,00
2. (TTN/1985) Um capital de $ 14.400 aplicado a 22%
ao ano rendeu $ 880 de juros. Durante quanto tempo 11. (Ag.Seg./TRT-ES/1990) A que taxa mensal deverá a firma
esteve empregado? “O Dura” aplicar seu capital de $ 300.000,00, para que,
a) 3 meses e 3 dias d) 3 meses e 10 dias em 2 anos e 4 meses, renda juros equivalentes a 98%
b) 3 meses e 8 dias e) 27 dias de si mesmo?
c) 2 meses e 23 dias a) 42% a.m. c) 35% a.m. e) 18% a.m.
b) 3,5% a.m. d) 4,2% a.m.
3. (TTN/1989) Calcular os juros simples que um capital de
$ 10.000,00 rende em um ano e meio aplicado à taxa 12. (At.Jud./TRT-GO/1990) Calcule o capital que se deve
de 6% a.a. Os juros são de: empregar à taxa de 6% a.m., a juros simples, para se
a) $ 700,00 d) $ 600,00 obter $ 6.000,00 de juros em 4 meses.
b) $ 1.000,00 e) $ 900,00 a) $ 10.000,00 d) $ 180.000,00
c) $ 1.600,00 b) $ 25.000,00 e) $ 250.000,00
c) $ 100.000,00
4. (AFTN/1991) Um capital no valor de 50, aplicado a juro
13. (At.Jud./TRT-GO/1990) Se uma pessoa deseja obter um
simples a uma taxa de 3,6% ao mês, atinge, em 20 dias,
rendimento de $ 27.000,00, dispondo de $ 90.000,00 de
um montante de:
capital, a que taxa de juros simples quinzenal o dinheiro
a) 51 c) 52 e) 68
deverá ser aplicado no prazo de 5 meses?
b) 51,2 d) 53,6 a) 10% c) 3% e) 5,5%
b) 5% d) 8%
5. (TTN/1994) Qual é o capital que diminuído dos seus
Conhecimentos Específicos

juros simples de 18 meses, à taxa de 6% a.a., reduz-se 14. (At.Jud./TST-ES/1990) Qual a taxa necessária para que
a R$ 8.736,00? um capital, colocado a juros simples, decuplique de
a) R$ 9.800,00 d) R$ 10.308,48 valor em 7 anos?
b) R$ 9.760,66 e) R$ 9.522,24 a) 50% a.a. d) 1 2/7% a.m.
c) R$ 9.600,00 b) 128 4/7% a.a. e) 12% a.m.
c) 142 6/7% a.a.
6. (TTN/1989) O capital que, investido hoje a juros simples
de 12% a.a., se elevará a $ 1.296,00 no fim de 8 meses, 15. (At.Jud./TST-ES/1990) Depositei certa importância em
é de: um Banco e, depois de algum tempo, retirei os juros de
a) $ 1.100,00 d) $ 1.200,00 $ 1.600.000,00, que representavam 80% do capital.
b) $ 1.000,00 e) $ 1.399,68 Calcular o tempo em que o capital esteve empregado,
c) $ 1.392,00 se a taxa contratada foi de 16% a.m.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
a) 5 meses e 20 dias. d) 4 meses. durante 2 anos e 4 meses. Juntos renderam um juro de
b) 5 meses. e) 6 meses e 5 dias. $ 27.591,80. Sabendo que o segundo capital é o dobro
c) 4 meses e 10 dias. do primeiro e que o terceiro é o triplo do segundo, o
valor do terceiro capital é de:
16. (At.Jud./TST-ES/1990) O capital de $ 1.200.000,00 está a) $ 30.210,00 d) $ 20.140,00
para seus juros assim como 4 está para 3. Determinar b) $ 10.070,00 e) $ 5.035,00
a taxa de juros, considerando que o capital esteve em- c) $ 15.105,00
pregado 1 ano e 3 meses.
a) 6% a.m. c) 5% a.a. e) 50% a.a. 25. (TTN/1994) Mário aplicou suas economias, a juros sim-
b) 60% a.a. d) 66% a.a. ples comerciais, em um banco, a juros de 15% a.a.,
durante 2 anos. Findo o prazo reaplicou o montante e
17. (AFC/TCU/1992) Um investidor aplicou $ 2.000.000,00, mais R$ 2.000,00 de suas novas economias, por mais
no dia 6/1/86, a uma taxa de 22,5% ao mês. Esse capital 4 anos, à taxa de 20% a.a., sob mesmo regime de capi-
terá um montante de $ 2.195.000,00 talização. Admitindo-se que os juros das 3 aplicações
a) 5 dias após sua aplicação somaram R$ 18.216,00, o capital inicial da primeira
b) após 130 dias de aplicação aplicação era de R$:
c) aos 15/5/86 a) 11.200,00 d) 12.700,00
d) aos 19/1/86 b) 13.200,00 e) 12.400,00
e) após 52 dias de sua aplicação c) 13.500,00
18. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Certo investidor aplicou 26. (TTN/1994) Carlos aplicou 1/4 de seu capital a juros
$ 870,00 à taxa de 12% ao mês. Qual o montante, no simples comerciais de 18% a.a., pelo prazo de 1 ano,
final de 3 anos? e o restante do dinheiro a uma taxa de 24% a.a., pelo
a) $ 4.628,40 d) $ 35.780,40 mesmo prazo e regime de capitalização. Sabendo-se
b) $ 35.078,40 e) $ 4.860,40 que uma das aplicações rendeu R$ 594,00 de juros a
c) $ 4.800,40 mais do que a outra, o capital inicial era de R$:
a) 4.600,00 c) 4.200,00 e) 4.900,00
19. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Um imposto no valor de
b) 4.400,00 d) 4.800,00
$ 488,00 esta sendo pago com atraso de 3 meses. Se a
Prefeitura cobrar juros de 25% ao ano, o contribuinte
terá de pagar um acréscimo de: 27. (AFTN/1985) O preço à vista de uma mercadoria é de $
a) $ 30,20 d) $ 30,50 100.000. O comprador pode, entretanto, pagar 20% de
b) $ 30,30 e) $ 30,60 entrada no ato e o restante em uma única parcela de $
c) $ 30,40 100.160, vencível em 90 dias. Admitindo-se o regime de
juros simples comerciais, a taxa de juros anuais cobrada
20. (Aux.Proc./PG-RJ/1990) Certo capital, aplicado durante na venda a prazo é de:
9 meses à taxa de 35% ao ano, rendeu $ 191,63 de juros. a) 98,4% c) 100,8% e) 103,2%
O valor desse capital era de: b) 99,6% d) 102,0%
a) $ 690,00 d) $ 720,00
b) $ 700,00 e) $ 730,00 28. (AFTN/1985) João colocou metade de seu capital a juros
c) $ 710,00 simples pelo prazo de 6 meses e o restante, nas mes-
mas condições, pelo período de 4 meses. Sabendo‑se
21. (TTN-RJ/1992) Um fogão é vendido por $ 600.000,00 à que, ao final das aplicações, os montantes eram de $
vista ou com uma entrada de 22% e mais um pagamen- 117.000 e $ 108.000, respectivamente, o capital inicial
to de $ 542.880,00, após 32 dias. Qual a taxa de juros do capitalista era de:
mensal envolvida na operação? a) $ 150.000 d) $ 180.000
a) 5% c) 15% e) 20% b) $ 160.000 e) $ 200.000
b) 12% d) 16% c) $ 170.000

22. (TTN/1992) Quanto se deve aplicar a 12% ao mês, para 29. (AFTN/1985) Dois capitais foram aplicados a uma taxa de
que se obtenha os mesmos juros simples que os pro- 72% a.a., sob regime de juros simples. O primeiro pelo
duzidos por $ 400.000,00 emprestados a 15% ao mês, prazo de 4 meses e o segundo por 5 meses. Sabendo-se
durante o mesmo período? que a soma dos juros totalizaram $ 39.540 e que os juros
a) $ 420.000,00 d) $ 520.000,00 do segundo capital excederam os juros do primeiro em
b) $ 450.000,00 e) $ 500.000,00 $ 12.660, a soma dos dois capitais iniciais era de:
Conhecimentos Específicos

c) $ 480.000,00 a) $ 140.000 d) $ 147.000


b) $ 143.000 e) $ 115.000
23. (TTN/1992) Se em 5 meses o capital de $ 250.000,00 c) $ 145.000
rende $ 200.000,00 de juros simples à taxa de 16% ao
mês, qual o tempo necessário para se ganhar os mes- GABARITO
mos juros se a taxa fosse de 160% ao ano?
a) 6m c) 8m e) 10m
1.c 6. d 11. b 16. b 21. c 26. b
b) 7m d) 9m
2. d 7. a 12. b 17. d 22. e 27. c
3. e 8. c 13. c 18. a 23. a 28. d
24. (TTN/1992) Três capitais são colocados a juros simples:
4. b 9. e 14. b 19. d 24. a 29. b
o primeiro a 25% a.a., durante 4 anos; o segundo a 24%
a.a., durante 3 anos e 6 meses e o terceiro a 20% a.a., 5. c 10. c 15. b 20. e 25. e

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
DESCONTOS SIMPLES 3º calcular o valor de que precisarmos, no esquema, usando
regra de três.
Desconto é o abatimento que se faz no valor de uma dívi-
da quando ela é negociada antes da data do seu vencimento. Macete
O documento que atesta a dívida é denominado gene-
ricamente por título de crédito. Pense numa garrafa:
São exemplos de títulos de crédito as notas promissó- O que há dentro dela? O líquido!
rias, as duplicatas e as letras de câmbio. (por dentro: 100% é o líquido)
Valor nominal, ou valor de face, é o valor do título de
crédito, ou seja, aquele que está escrito no título e que seria O que há fora dela? O nome!
pago na data de vencimento do título. (por fora: 100% é o nominal)
Valor líquido é o valor pelo qual o título acabou sendo
negociado antes de sua data de vencimento. É sempre me-
nor que o valor nominal, pois o título sofreu um desconto. Exercícios Resolvidos
O valor líquido também é chamado de valor atual, valor
descontado (que sofreu desconto – não confundir com “valor 1. Determinar o desconto por dentro sofrido por um título
do desconto’’), valor pago. de R$ 650,00, descontado 2 meses antes do vencimento
Prazo de antecipação é o intervalo de tempo entre a à taxa de 15% a.m.
data em que o título é negociado e a data de vencimento
do mesmo. Solução:
Vamos resumir o que temos até agora num esquema: Primeiramente, devemos determinar, pelo tipo do des-
(ANTES DO VENCIMENTO) (VENCIMENTO)
conto, qual valor será a referência (100%).
(PRAZO DE ANTECIPAÇÃO) Como o problema pede desconto por dentro, o 100%
+ DESCONTO será o valor líquido. Nosso esquema, portanto, será
VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL

Observe que o desconto sempre é a diferença entre o valor 100% (2 meses) 130%
nominal e o valor líquido. ⇓ + 30% ⇓

Estudaremos dois tipos de desconto: VALOR LÍQUIDO R$ 650,00
DESCONTO = ?

1º) Desconto “por dentro”, ou desconto racional, é aquele
(observe a taxa
onde a referência para o cálculo porcentual do desconto
ajustada para 2
é o valor líquido. meses)

Desconto por dentro ou Agora, é só resolver a regra de três.


racional ⇒ 100% é o valor líquido Se 130% correspondem a $ 650,00 (valor nominal), então
30% correspondem a D (valor do desconto).
Nesse caso, o nosso esquema será
650 × 30
D= = 150,00
100% (100 + d)% 130
+ d%
VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL Portanto, o desconto foi de R$ 150,00.
DESCONTO

2. Determinar o valor nominal de um título que, descontado


Atenção: O valor do desconto é sempre diretamente comercialmente, 60 dias antes do vencimento e à taxa
proporcional ao prazo de antecipação do título. de 12% ao mês, resultou em um valor descontado de R$
608,00.
2º) Desconto “por fora”, ou desconto comercial, é aquele
onde a referência para o cálculo porcentual do desconto Solução:
é o valor nominal. A expressão “descontado comercialmente” indica que
o desconto é comercial, ou por fora. Logo, o 100% é o
Desconto por fora ou comercial ⇒ 100% é o valor nominal valor nominal, e o nosso esquema será
Conhecimentos Específicos

Nesse caso, o nosso esquema será


(100 – 24)%

(100 – d)% + d% 100%
VALOR LÍQUIDO VALOR NOMINAL
DESCONTO 76% (60 dias = 2 meses) 100%
+ 24%
Para resolver um problema de desconto simples, tudo que 608,00 VALOR NOMINAL
temos a fazer é:
1º identificar qual o tipo do desconto no problema;
2º procurar preencher o “esquema” correspondente de
acordo com os dados do problema; (pelos 2 meses, a taxa ficou em 24%.)

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Resolvendo a regra de três: título, a uma mesma taxa de d% ao período, e ambos nego-
Se 76% correspondem a $ 608,00 (valor líquido), ciados com um mesmo prazo de antecipação de p pe­ríodos.
então 100% correspondem a N (valor nominal). Nessas condições, teremos que:
608 × 100
N= = 800,00 O valor do desconto racional (DR) acrescido de d% ao
76
período sobre seu valor é igual ao valor do desconto
Então, o valor nominal foi de R$ 800,00. comercial (DC).

Equivalência entre as taxas de descontos simples 100% (100 + pd)%


+ (p.d)%
3. Uma nota promissória foi descontada comercialmente $ DR $ DC
à taxa simples de 5% a.m. 15 meses antes do seu venci-
mento. Se o desconto fosse racional simples, qual deveria
ser a taxa adotada para produzir um desconto de igual Ou, algebricamente:
valor?
DR + (p.d%) . DR = DC
1ª solução:
Consideremos N = $ 100,00
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
5% a.m. dariam, em 15 meses: 15 × 5% = 75%.
Então, o esquema para o desconto comercial seria Descontos Simples
1. Um título com valor nominal de R$ 3.200,00 foi res-
gatado dois meses antes do seu vencimento, com um
desconto racional simples à taxa de 30% a.m. De quanto
foi o valor pago pelo título?
a) R$2.000,00 d) R$1.200,00
Agora consideremos os valores encontrados sendo apli- b) R$1.920,00 e) R$1.180,00
cados a um esquema de desconto racional. c) R$1.280,00

2. Qual o valor do desconto por dentro sofrido por uma


nota promissória de R$ 4.160,00, descontada 8 meses
antes do seu vencimento, à taxa de 6% a.a.?
a) R$166,40 d) R$146,60
Temos a seguinte regra de três: b) R$164,00 e) R$140,00
c) R$160,00
25,00 ____________ 100%
75,00 ____________ 15x% 3. Qual o prazo de antecipação de um título que, desconta-
do racionalmente, à taxa de juros de 4% a.m., produziu
75 × 100
15x = = 300 um desconto de R$300,00, se o seu valor nominal era
25 de R$1.800,00?
a) 4 meses e 5 dias.
15x = 300 ⇒ x = 20% (é a taxa racional) b) 5 meses.
c) 5meses e 10 dias.
2ª solução: d) 5 meses e 15 dias.
e) 5 meses e 20 dias.
Sejam
C% = taxa comercial simples por período (C = 5) 4. O valor atual racional de um título é igual a 4/5 de seu
R% = taxa racional simples por período (R = ?) valor nominal. Sabendo-se que o pagamento desse
n = número de períodos de antecipação (n = 15) título foi antecipado de 6 meses, qual é a taxa anual de
desconto?
Pode-se provar que vale sempre a relação a) 15% b) 20% c) 25% d) 35% e) 50%
100 100 5. Tendo sido descontado por dentro a 9% a.a., uma dupli-
− =n
C R cata teve um desconto de R$ 1.000,00. Qual era o valor
Conhecimentos Específicos

nominal da duplicata se ela foi paga 1 ano, 1 mês e 10


Logo
100 100 dias antes do vencimento?
− = 15 a) R$ 9.320,00 d) R$11.000,00
5 R
b) R$10.000,00 e) R$11.152,77
100 100 c) R$10.138,88
20 − = 15 ⇒ = 5 ⇒ R = 20 ⇒ 20% a. m.
R R
6. Qual é o valor do desconto bancário (comercial) sofrido
por uma promissória de R$ 3.000,00, à taxa de 8% a.m.,
Relação entre os descontos comercial (DC) e racional (DR) 3 meses antes do seu vencimento?
a) R$ 270,00 d) R$ 720,00
Sejam DC e DR os valores dos descontos comercial e ra- b) R$ 384,42 e) R$ 765,46
cional, respectivamente, ambos calculados para um mesmo c) R$ 580,65

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7. A que taxa anual, um título de R$ 2.000,00 dá um des- JUROS COMPOSTOS
conto por fora igual a R$ 400,00 se for antecipado em 6
meses?
Chamamos de regime de juros compostos aquele em que
a) 40% b) 30% c) 20% d) 10% e) 5%
os juros de cada período são calculados sobre o montante
8. Descontado por fora, à taxa de 4% a.m., três meses do período anterior.
antes do vencimento, um título sofreu um desconto de Ou seja, os juros produzidos ao fim de cada período
R$2.400,00. Qual era o valor nominal desse título? passam a integrar o valor do capital ou montante que serviu
a) R$ 18.400,00 d) R$ 22.400,00 de base para o seu cálculo de modo que o total assim conse-
b) R$ 19.600,00 e) R$ 24.200,00 guido será a base do cálculo dos juros do próximo período.
c) R$ 20.000,00
Exemplo:
9. Uma nota promissória foi descontada, por fora, três
meses e dez dias antes do seu vencimento, à taxa de
10% a.m., produzindo um desconto de R$ 400,00. Qual Vamos acompanhar os montantes, mês a mês, de uma
era o valor de face da promissória? aplicação de R$ 1.000,00 à taxa de 10% a.m. por um período
a) R$ 1.120,00 d) R$ 1.320,00 de 4 meses no regime de juros compostos:
b) R$ 1.200,00 e) R$ 1.330,00
c) R$ 1.230,00 Período Juros no fim do período Montante
1º mês 10% de R$ 1.000,00 = R$ 100,00 R$ 1.100,00
10. A diferença entre os descontos comercial e racional in- 2º mês 10% de R$ 1.100,00 = R$ 110,00 R$ 1.210,00
cidentes sobre um mesmo título é de R$ 3,00. Sabendo 3º mês 10% de R$ 1.210,00 = R$ 121,00 R$ 1.331,00
que ambos foram calculados à taxa de 15% a.a. e 4 meses 4º mês 10% de R$ 1.331,00 = R$ 133,10 R$ 1.464,10
antes do vencimento, qual o valor nominal deste título?
a) R$ 1.060,00 d) R$ 1.200,00
b) R$ 1.120,00 e) R$ 1.260,00 Observe que:
c) R$ 1.160,00 • os juros e o montante, no fim do 1º mês, são iguais
aos que seriam produzidos no regime de juros
11. Qual o prazo de antecipação para o qual uma taxa de simples;
desconto comercial simples quadrimestral de 12,5% é • cada novo montante é obtido calculando-se um
equivalente a uma taxa de desconto racional simples aumento de 10% sobre o montante anterior, o que
quadrimestral de 20%? resulta em aumentos sucessivos a uma taxa fixa de
a) 2 meses d) 8 meses
10%;
b) 4 meses e) 12 meses
c) 6 meses • os juros vão se tornando maiores a cada mês, de
modo que, após o 1º mês, a diferença entre um
12. (AFTN/1996) Você possui uma duplicata cujo valor de montante calculado no regime de juros compostos
face é $ 150,00. Esta duplicata vence em 3 meses. O ban- ( Mc ) e o correspondente valor no regime de juros
co com o qual você normalmente opera, além da taxa simples ( Ms ) vai se tornando cada vez maior (ver
normal de desconto mensal (simples por fora), também gráfico abaixo).
fará uma retenção de 15% do valor de face da duplicata, (convenção exponencial)
a título de saldo médio, permanecendo bloqueado em
sua conta este valor desde a data do desconto até a
data do vencimento da duplicata. Caso você desconte
a duplicata no banco, você receberá líquidos, hoje, $
105,00. A taxa de desconto que mais se aproxima da
taxa praticada por este banco é
a) 4,2%. b) 4,6%. c) 4,8%. d) 5,0%. e) 5,2%.

13. (AFTN/1998) O desconto comercial simples de um título,


quatro meses antes do seu vencimento, é de R$ 600,00.
Considerando uma taxa de 5% ao mês, obtenha o valor
correspondente no caso de um desconto racional sim-
ples.
a) R$ 400,00
Conhecimentos Específicos

b) R$ 600,00 Dá-se o nome de capitalização ao processo de incor-


c) R$ 800,00 poração dos juros ao capital ou montante de uma operação
d) R$ 700,00 financeira. Contudo, é comum encontrarmos as expressões
e) R$ 500,00 regime de capitalização simples e regime de capitalização
composta no lugar de regime de juros simples e regime de
GABARITO juros compostos, respectivamente.
Frequentemente encontraremos, nos enunciados dos
1. a 5. d 9. b 13. e problemas, outras expressões usadas para indicar o regime
2. c 6. d 10. e de juros compostos:
3. b 7. a 11. e • taxa composta de X% a.m. – indicando juros compos-
4. e 8. c 12. d
tos com capitalização mensal;

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• taxa de X% a.a. capitalizados semestralmente – indi- M = 200 × (1 + 0, 2 ) 3
cando juros compostos e capitalização semestral;
• capitalização composta, montante composto – indi- M = 200 × (1, 2 ) 3
cando o regime de juros compostos. M = 200 × 1, 728 = 345, 60

Montante no Regime de Juros Compostos Ou seja, o montante da aplicação, após os três meses,
será de R$ 345,60.
Como vimos anteriormente, no regime de juros compos-
tos, o montante ao fim de um determinado período resulta 2. Um comerciante consegue um empréstimo de
de um cálculo de aumentos sucessivos. Então, sejam: R$ 60.000,00 que deverão ser pagos, ao fim de um ano,
acrescidos de juros compostos de 2% ao mês. Quanto o co-
C = Capital aplicado merciante deverá pagar ao fim do prazo combinado?
M = Montante da aplicação ao fim de n períodos
i = forma unitária da taxa efetiva da aplicação Solução:
n = número de períodos de capitalizações São dados no enunciado:

Poderemos expressar o montante (M) em função dos C = 60.000


outros três elementos do seguinte modo: i = 2% = 0,02
n = 12
M = C × (1 + i ) × (1 + i )... × (1 + i ) = C × (1 + i ) n
  Substituindo estes elementos na fórmula do montante,
n fatores
teremos:
ou seja: M = C × (1 + i ) n (fórmula fundamental) 12
M = 60.000 × (
1 +0
,02
)
Na fórmula apresentada acima, o montante está isolado. consultar tabela
Mas poderemos calcular qualquer um dos quatro elemen-
tos nela envolvidos desde que conheçamos os outros três A tabela 1 (ver no final desta matéria) nos mostra os re-
e isolemos convenientemente o elemento a ser calculado sultados do cálculo de (1+ i ) n , para diversos valores de i
em cada caso. (que varia a cada coluna) e de n (que varia a cada linha).
Para poupar o trabalho algébrico necessário para isolar
cada um dos outros três elementos da fórmula básica dada Em nosso caso, procuramos o resultado da potência no
acima, apresentamos a seguir os outros elementos também cruzamento da coluna que indica i = 2% com a linha que
isolados: indica n = 12, encontrando 1,26824.
F MI
M F MI −1 log
H CK valores de i
C=
(1 + i ) n
i=n
H CK n=
log(1 + i ) valores de i

Se as duas últimas fórmulas lhe parecem assustadoras,


não se desespere, pois felizmente existem as chamadas ta- n 1% 2% .......
belas financeiras que foram desenvolvidas justamente para 1 1,01000 1,02000 .......
livrá-lo das contas mais complicadas. Assim, nós aprendere-
mos a consultar estas tabelas e poderemos trocar o trabalho . . . .
mais pesado por umas poucas multiplicações e divisões. . . . .
. . . .
Exercícios Resolvidos
12 1,12683 1,26824 .......
1. Um capital de R$ 200,00 foi aplicado em regime de . . . .
juros compostos a uma taxa de 20% ao mês. Calcular o . . . .
montante desta aplicação após três meses. . . . .

Solução: Assim, a expressão do montante será dada por:


Conhecimentos Específicos

Resumindo os dados do problema, temos:


M = 60.000 x 1,26824 = 76.094,40
Capital - C = 200
Taxa - i = 20% = 0,2 O comerciante deverá pagar, ao fim do prazo combinado,
Períodos de Capitalização - n = 3 R$ 76.094,40.
Devemos calcular o montante: Convenção linear
n
M = C × (1 + i ) 3. Calcular o montante para um capital inicial de
Substituindo os elementos dados na fórmula do mon- R$ 10.000,00 aplicado a juros compostos de 6% a.a. du-
tante, obteremos: rante 8 anos e 4 meses, considerando a convenção linear.

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Solução: Solução:

Primeiramente observaremos que o número de perío- São dados no problema:


dos não é inteiro.
M = 3.656,97
8 anos e 4 meses = 8 anos + 1/3 de ano i = 2% = 0,02
n = 10
Nesta situação, o cálculo será feito usando-se uma
técnica denominada de convenção linear que nos Precisamos calcular o capital que, isolado a partir da
dará uma aproximação bem razoável para o valor do fórmula fundamental, nos dará:
montante composto procurado.
M
C= n
A técnica consiste em calcular o montante em duas (1 + i )
etapas:
Substituindo os dados do problema nesta expressão,
1ª etapa – Calcular o montante composto para o maior teremos:
número possível de períodos inteiros;
2ª etapa – Acrescentar ao resultado da 1ª etapa 3.656,97 3.656,97
os juros simples proporcionais à parte C= = = 3.000
(1,02 )
10 1,21899
fracionária restante do tempo de aplicação,
calculados sobre o montante obtido na 1ª
etapa do cálculo. Então, o capital procurado é de R$ 3.000,00.

Assim, no nosso problema teremos: 5. Um capital de R$ 8.000,00 foi aplicado à taxa composta
de 12% a.a., gerando um montante de R$ 15.790,56.
1º - Cálculo do montante composto, à taxa de 6% a.a., Determinar quanto tempo durou esta aplicação.
após os 8 anos:
Solução:
M = 10.000 × (1,06)8 (o resultado da potên-
M = 10.000 × 1,59385 cia foi encontrado na 1º - Usando uma tabela financeira
M = 15.938,50 tabela 1) Substituindo os dados do problema na fórmula
fundamental, teremos:
2º - Acréscimo dos juros simples proporcionais a 1 n
15.790,56 = 8.000 × (1,12 )
de ano: 3 
?

Se em 1 ano.................... temos 6% de juros, Podemos determinar o resultado da potência


isolando-a:
1
então, em de ano.............. teremos 2% de juros. n 15.790,56
3
(regra de três)
(1,12 ) = = 1, 97382
8.000

Portanto, o acréscimo de juros simples deverá ser Agora, com o auxílio da tabela 1 procuramos o resul-
de 2% sobre o montante da 1ª etapa e o montante tado da potência na coluna de 12%, encontrando‑o
final será: na linha referente a n = 6.
Concluímos, portanto, que a duração da aplicação
M = 15.938,50 × (1,02) = 16.257,27 foi de 6 anos.

O montante procurado é, portanto, de R$ 16.257,27. 2º - Usando logaritmos

Se as tabelas financeiras não fossem fornecidas,


Observação:
Conhecimentos Específicos

seria necessário empregarmos a fórmula que


expressa o número de períodos (n) em função dos
• Se calculássemos o mesmo montante como outros elementos:
M = C . (1,06)8 . (1,06)1/3 obteríamos o resultado
exato do montante, denominado de convenção F MI
exponencial e que é ligeiramente menor que o
da convenção linear. n=
log
H C K (já apresentada no início deste
log(1 + i ) capítulo)
4. Calcular o capital que aplicado à taxa composta de 2%
a.m. daria origem a um montante de R$ 3.656,97 ao Numa prova de concurso, esta situação poderia ser
fim de 10 meses. proposta basicamente de duas formas:

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a) Seriam dados os valores prontos dos logaritmos de a) O valor da raiz seria dado pronto, ao fim do enunciado
M do problema.
e de 1+i . Então, bastaria efetuar a subtração final para termos
C
a taxa na forma unitária ( i = 0,08 )
Neste caso, deveríamos dividir um valor pelo outro,
como indicado na fórmula, para obter n. b) As alternativas indicariam i em função de expressões
com radicais.
b) As alternativas indicariam n em função de expressões Neste caso, a resposta correta seria aquela que apre-
com logaritmos. sentasse a expressão dada pela fórmula.
Neste caso, a resposta correta seria aquela que Restaria-nos apenas assinalar a alternativa correspon-
apresentasse a expressão dada pela fórmula. dente.
Restaria-nos apenas assinalar a alternativa correspon-
dente. Taxas Efetivas e Taxas Nominais

6. Certa loja anunciou um aparelho de som por R$ 466,56 Quando a unidade de tempo indicada pela taxa de juros
com pagamento somente após 60 dias da compra, sem coincide com a unidade de tempo do período de capitalização
entrada. Porém, se o comprador resolvesse pagar à vista, dizemos que a taxa é efetiva.
o mesmo aparelho sairia por R$ 400,00. Calcular a taxa
mensal de juros compostos praticada pela loja. Exemplos:
• taxa de 2% ao mês com capitalização mensal;
• juros de 6% ao trimestre capitalizados trimestral-
Solução:
mente.
1º - Usando uma tabela financeira Nos enuncidados de problemas de juros compostos
Os dados do problema são: onde se dá a taxa efetiva, frequentemente se omite o pe­ríodo
de capitalização, ficando subentendido que este é o mesmo
C = 400 indicado pela taxa.
M = 466,56
n = 2 (60 dias = 2 meses) Exemplos:
• taxa de 2% ao mês – significando 2% ao mês, com
Substituindo estes dados na fórmula fundamental, capitalização mensal.
teremos: • juros de 6% ao trimestre – significando 6% ao trimes-
2
466,56 = 400 × (1 + i )
 tre, com capitalização trimestral.
?
Poderemos determinar o resultado da potência, Entretanto, é comum encontrarmos também em pro-
isolando-a na expressão acima: blemas de juros compostos expressões como:

466,56
“juros de 72% ao ano, capitalizados mensalmente”
2
(1 + i ) = = 1,1664 “taxa de 24% ao ano com capitalização bimes­tral”
400
Em tais expressões, observamos o que se con­ven­cionou
Agora, com o auxílio da tabela 1 procuramos o chamar de taxa nominal que é aquela cuja unidade de
resultado da potência na linha de n = 2, encontrando-o tempo não coincide com a unidade de tempo do período
na coluna referente a 8%. de capitalização.
Concluímos, assim, que a taxa mensal de juros Podemos entender a taxa nominal como uma “taxa
compostos praticada pela loja é de 8%. falsa”, geralmente dada com período em anos, que não
devemos utilizar diretamente nos cálculos de juros compos-
2º - Sem o uso de tabelas financeiras tos, pois não produzem resultados corretos. Em seu lugar,
devemos usar uma taxa efetiva.
Se as tabelas financeiras não fossem fornecidas, seria
necessário empregarmos a fórmula que expressa a Conversão da Taxa Nominal (Proporcional) em Taxa Efetiva
taxa (i) em função dos outros elementos:
A conversão da taxa nominal em taxa efetiva é feita
F I
M (apresentada no início deste ajustando-se o valor da taxa nominal proporcio­nalmente ao
i =
n
H K
C
−1
capítulo) período de capitalização. Isto pode ser feito com uma regra
de três simples e direta.
Conhecimentos Específicos

Substituindo os dados do problema na fórmula,


Exemplos:
teríamos:
1. Um problema de juros compostos faz referência
a uma taxa de juros de 72% ao ano com
466,56 capitalizações mensais. Qual deverá ser a taxa
i=2 − 1 = 2 1,1664 − 1
400 mensal que usaremos para calcular o montante?

A única dificuldade, a partir deste ponto, seria o Solução:


cálculo da raiz.
Como as capitalizações são mensais, devemos
Numa prova de concurso, duas situações poderiam ajustar a taxa nominal anual de 72% para uma
ocorrer a partir deste ponto: taxa mensal, usando uma regra de três:

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Se em 12 meses (1 ano) .......temos 72% de juros, Taxas Equivalentes
então, em 1 mês .. teremos 72 ÷ 12 = 6% de juros.
Dizemos que duas taxas são equivalentes quando,
Portanto, a taxa nominal de 72% ao ano corre- aplicadas a capitais iguais, por prazos iguais, produzem juros
também iguais.
sponde a uma taxa efetiva de 6% ao mês (i = 0,06).

2. Uma aplicação financeira paga juros compostos de Exemplo:


8% ao ano, capitalizados trimestralmente. Qual é Qual a taxa trimestral de juros compostos equivalente
à taxa composta de 20% a.m.?
a taxa de juros efetiva trimestral praticada nesta
aplicação?
Solução:
Solução: Pretendemos determinar uma taxa trimestral (it)
equivalente a uma taxa mensal dada (im = 0,20).
As capitalizações são trimestrais. Logo, devemos
ajustar a taxa nominal anual de 8% para uma taxa Como 1 trimestre equivale a 3 meses, teremos 1 e 3
trimestral, usando uma regra de três: como expoentes:

Se em 12 meses (1 ano) ...... temos 8% de juros, (1 + it)1 = (1 + im)3


então em 3 meses ..teremos 2% de juros (i = 0,02). (1 + it)1 = (1,20)3
(1 + it)1 = 1,728
Portanto, a taxa efetiva praticada é de 2% ao
trimestre. Sendo assim, it = 0,728 = 72,8%

Exercício Resolvido Portanto, a taxa trimestral composta equivalente a


20% a.m. é 72,8%.
1. Calcular o montante que resultará de um capital de
Taxa Over
R$ 5.000,00, ao fim de 2 anos, aplicado a juros compostos
de 32% ao ano com capitalização trimestral.
Algumas operações no mercado financeiro pagam juros
somente para os dias úteis do período da operação.
Solução: Denominamos taxa over a taxa nominal igual a 30
vezes a taxa efetiva diária de uma operação financeira cuja
Como a capitalização é trimestral, a taxa efetiva, bem remuneração ocorra somente para os dias úteis do período
como a duração da aplicação deverão ser indicadas em da operação, sendo comum indicá-la somente como um
trimestres. percentual. Assim, diríamos “taxa over de 5%” e não “taxa
over de 5% a.m.”
taxa efetiva:
em 12 meses .............................................32% Exemplos:
em 3 meses .................................................8%
1. Calcular a taxa efetiva diária correspondente à taxa over
duração da aplicação: de 6%.

24 ÷ 3 = 8 Solução:
2 anos = 24 meses  → 8 trimestres ⇒ n = 8 Como a taxa over é igual a trinta vezes a taxa efetiva
Agora, resumindo os dados do problema, temos: diária, temos:

Capital .................................. C = 5.000 30 × i = 6%


Taxa efetiva .......................... i = 8% = 0,08 i = 6% ÷ 30
Períodos de capitalização ...... n = 8 i = 0,2%

Devemos calcular o montante: Assim, a taxa efetiva é de 0,2% a cada dia útil.

M = C × (1 + i)n 2. Uma operação financeira com prazo de 31 dias corridos


Conhecimentos Específicos

tem uma taxa over de 15%. Qual é a taxa efetiva desta


Substituindo os elementos dados na fórmula, obtemos: operação se, neste perío­do, houver apenas 22 dias úteis?

M = 5.000 × (1,08)8 Solução:


A taxa efetiva diária é:
M = 5.000 × 1,85093 (o resultado da po­tência foi 15% ÷ 30 = 0,5%
consultado na tabela 1)
A taxa efetiva correspondente à taxa over considera
M = 9.254,65
apenas os dias úteis. Dessa forma, a taxa efetiva da
operação será a taxa de 22 dias equivalente à taxa
Assim, concluímos que o montante procurado é de diária encontrada.Chamando de i a taxa efetiva da
R$ 9.254,65. operação, temos:

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(1 + i) = (1 + 0,005)22 Observe que, ao contrário do que possa parecer a
(1 + i) = 1,11597 princípio, a taxa aparente iA não é igual à soma da taxa de
i = 0,11597 = 11,597% inflação iI com a taxa real iR, mas sim:

Ou seja, a taxa efetiva da operação é de 11,597%. iA = iI + iR + (iI . iR)


3. Um capital de R$ 20.000,00 foi aplicado à taxa over de
15%. Qual será o montante desta aplicação se durante Funções Exponenciais e Logarítmicas – Propriedades
este período contam-se somente 20 dias úteis?
Algumas propriedades das funções exponenciais e
Solução: logarítmicas podem ser úteis em problemas de matemática
A taxa efetiva diária desta operação é: financeira. Assim, apresentaremos a seguir uma lista das
propriedades mais importantes.
15% ÷ 30 = 0,5% = 0,005
Expressões Exponenciais – Propriedades
O cálculo do montante, para 20 dias úteis, é:
1. A função exponencial y = (1 + i)n é crescente, ou seja,
M = 20.000 × (1,005) 20 quanto maior o n, maior também o seu resultado.
M = 20.000 × 1,10490 2. A função exponencial y = (1 − i)n é decrescente, ou
M = 22.098,00 seja, quanto maior o n, menor o seu resultado, que
tenderá para zero quando n for muito grande.
Portanto, o montante da aplicação é de R$ 22.098,00. 3. (1 + i)n × (1 + i)m = (1 + i)n+m
4. (1 + i)n ÷ (1 + i)m = (1 + i)n–m
Taxa Real e Taxa Aparente 5. (1 + i)–n = 1/(1 + i)n
n
Consideremos que um banco tenha oferecido uma
determinada aplicação pagando uma taxa efetiva de 10%
6.
(1 + i ) m = m (1 + i ) m = d m
1+ i i n

a.a. Se no mesmo período for registrada uma inflação da


Obs.: As propriedades 3, 4, 5 e 6 valem também quando
ordem de 6% a.a., então diremos que a taxa de 10% a.a.
oferecida pelo banco não foi a taxa real de remuneração usamos (1 − i) no lugar de (1 + i).
do investimento mas uma taxa aparente, pois os preços, no
mesmo pe­ríodo, tiveram um aumento de 6%. Expressões Logarítmicas – Propriedades
Se compararmos o que ocorreria com dois investimen-
tos de $100,00, o primeiro sendo remunerado à taxa de 10% Em determinados problemas de matemática financeira,
a.a. e o segundo recebendo apenas a correção monetária o uso de certas propriedades das funções logarítmicas pode
devida à inflação de 6% a.a., teremos: ser muito útil quando se pretende determinar o valor do
expoente n em expressões do tipo (1 − i)n e (1 + i)n.
Montante da aplicação a juros de 10%: Dentre as propriedades da função logarítmica, destaca-
remos aquelas de especial interesse para os problemas mais
100,00 × 1,10 = 110,00 comuns na matemática financeira.

Montante da aplicação sujeita apenas à taxa de correção 1. Se A = B , então log(A) = log(B)


monetária de 6%: 2. log(A × B) = log(A) + log(B)
3. log(A ÷ B) = log(A) − log(B)
100,00 × 1,06 = 106,00 4. log(A × 10n) = log(A) + n
5. log(A ÷ 10n) = log(A) − n
Se o investidor recebesse, ao fim do investimento
exatamente $106,00 não teria havido ganho nenhum pois o
único acréscimo recebido teria sido o da correção monetária. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Como o investidor recebeu $110,00, o seu ganho real foi de
$4,00 em relação a $106,00, ou seja: Testes – Juros Compostos

4 Utilize, se necessário, as tabelas, nesta matéria.


= 0,0377.. = 3,77...%
106 1. (CEB/Contador/1994) A aplicação de R$ 5.000,00 à taxa
Sejam as taxas unitárias e referentes a um mesmo prazo: de juros compostos de 20% a.m. irá gerar, após 4 meses,
Conhecimentos Específicos

iR = a taxa real o montante de:


iI = a taxa de inflação a) R$ 10.358,00
iA = a taxa aparente b) R$ 10.368,00
c) R$ 10.378,00
Poderíamos chegar ao mesmo resultado utilizando a d) R$ 10.388,00
relação: e) R$ 10.398,00
(1 + iR) × (1 + iI) = (1 + iA)
(1 + iR) × (1 + 0,06) = (1 + 0, 10) 2. (Esaf) A aplicação de um capital de $10.000,00, no re-
(1 + iR) × 1,06 = 1,10 gime de juros compostos, pelo período de três meses,
(1 + iR) = 1,10 ÷ 1,06 a uma taxa de 10% ao mês, resulta, no final do terceiro
(1 + iR) = 1,0377... mês, num montante acumulado
iR = 0,0377... = 3,77...% a) de $ 3.000,00.

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b) de $ 13.000,00. 10. (AFC/1993) Um banco paga juros compostos de 30%
c) inferior a $ 13.000,00. ao ano, com capitalização semestral. Qual a taxa anual
d) superior a $ 13.000,00. efetiva?
e) menor do que aquele que seria obtido pelo regime a) 27,75%
de juros simples. b) 29,50%
c) 30%
3. (Esaf) Se um capital cresce sucessiva e cumulativamente d) 32,25%
durante 3 anos, na base de 10% ao ano, seu montante e) 35%
final é
a) 30% superior ao capital inicial. 11. (AFCE/1992) Um certo tipo de aplicação duplica o valor
b) 130% do valor do capital inicial. da aplicação a cada dois meses. Essa aplicação renderá
c) aproximadamente 150% do capital inicial. 700% de juros em
d) aproximadamente 133% do capital inicial. a) 5 meses e meio.
e) aproximadamente 155% do capital inicial. b) 6 meses.
c) 3 meses e meio.
4. (TCDF/1994) Um investidor aplicou a quantia de d) 5 meses.
$ 100.000,00 à taxa de juros compostos de 10% a.m. e) 3 meses.
Que montante este capital irá gerar após 4 meses?
a) $ 140.410,00 12. (AFC/Esaf/1993) Em quantos meses o juro ultrapassará
b) $ 142.410,00 o valor do capital aplicado se a taxa de juros for de 24%
c) $ 144.410,00 ao ano, capitalizados trimestralmente?
d) $ 146.410,00 a) 12 b) 20 c) 24 d) 30 e) 36
e) $ 148.410,00
13. (TCDF) Uma empresa solicita um empréstimo ao Banco
5. (Assistente Administrativo/1994) Um capital de no regime de capitalização composta à taxa efetiva de
US$ 2.000,00, aplicado à taxa de juros compostos de 44% ao bimestre. A taxa equivalente composta ao mês
5% a.m., produz em um ano um montante de quantos é de
dólares? Dado: (1,05)12 = 1,79586. a) 12%. b) 20%. c) 22%. d) 24%. e) 26%.
a) US$ 3.291,72
b) US$ 3.391,72 14. (AFTN/1991) Uma aplicação é realizada no dia primeiro
c) US$ 3.491,72 de um mês, rendendo uma taxa de 1% ao dia útil, com
d) US$ 3.591,72 capitalização diária. Considerando que o referido mês
e) US$ 3.691,72
possui 18 dias úteis, no fim do mês o montante será o
capital inicial aplicado mais
6. (CEB/Contador/1994) A caderneta de poupança remu-
a) 20,324%.
nera seus aplicadores à taxa nominal de 6% a.a., capitali-
b) 19,615%.
zada mensalmente no regime de juros compostos. Qual
c) 19,196%.
é o valor do juro obtido pelo capital de R$ 80.000,00
d) 18,174%.
durante 2 meses?
a) R$ 801,00 e) 18,000%.
b) R$ 802,00
c) R$ 803,00 15. (AFTN/1996) Uma empresa aplica $ 300 à taxa de juros
d) R$ 804,00 compostos de 4% ao mês por 10 meses. A taxa que
e) R$ 805,00 mais se aproxima da taxa proporcional mensal dessa
operação é
7. (TCDF/1994) No Brasil as cadernetas de poupança pa- a) 4,60%. d) 5,20%.
gam, além da correção monetária, juros compostos à b) 4,40%. e) 4,80%.
taxa nominal de 6% a.a., com capitalização mensal. A c) 5,00%.
taxa efetiva bimestral é, então, de
a) 1,00025% a.b. 16. (AFTN/1998) Indique qual é a taxa de juros anual que é
b) 1,0025% a.b. equivalente à taxa de juros nominal de 8% ao ano, com
c) 1,025% a.b. capitalização semestral.
d) 1,25% a.b. a) 8,20%
e) 1,00% a.b. b) 8,16%
c) 8,10%
Conhecimentos Específicos

8. (Banco Central/1994) A taxa de 30% ao trimestre, com d) 8,05%


capitalização mensal, corresponde a uma taxa efetiva e) 8,00%
bimestral de
a) 20%. b) 21%. c) 22%. d) 23%. e) 24%. 17. (AFTN/1985) Uma pessoa aplicou $ 10.000 a juros
compostos de 15% a.a., pelo prazo de 3 anos e 8 me-
9. (AFTN/1996) A taxa de 40% ao bimestre, com capitali- ses. Admitindo-se a convenção linear, o montante da
zação mensal, é equivalente a uma taxa trimestral de aplicação ao final do prazo era de
a) 60,0%. a) $ 16.590.
b) 66,6%. b) $ 16.602.
c) 68,9%. c) $ 16.698.
d) 72,8%. d) $ 16.705.
e) 84,4%. e) $ 16.730.

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18. (AFTN/1998) O capital de R$ 1.000,00 é aplicado do dia 10 26. (Assistente Administrativo/1994) Um capital foi apli-
de junho ao dia 25 do mês seguinte, a uma taxa de juros cado por 2 meses à taxa composta racional efetiva de
compostos de 21% ao mês. Usando a convenção linear, 50% a.m. Nestes dois meses, a inflação foi de 40% no
calcule os juros obtidos, aproximando o resultado em real. primeiro mês e de 50% no segundo.
a) R$ 331,00 Pode-se concluir que a taxa real de juros neste bimestre
b) R$ 340,00 foi de aproximadamente
c) R$ 343,00 a) 7,1%.
d) R$ 342,00 b) 8,1%.
e) R$ 337,00 c) 9,1%.
d) 10,1%.
19. (AFC/1993) Um título de valor inicial $ 1.000,00, ven- e) 11,1%.
cível em um ano com capitalização mensal a uma taxa
de juros de 10% ao mês, deverá ser resgatado um mês 27. (AFCE) Uma financeira pretende ganhar 12% a.a. de
antes do seu vencimento. Qual o desconto comercial juros reais em cada financiamento. Supondo que a
simples à mesma taxa de 10% ao mês? inflação anual seja de 2.300%, a financeira, a título de
a) $ 313,84 taxa de juros nominal anual, deverá cobrar
b) $ 285,31 a) 2.358%.
c) $ 281,26 b) 2.588%.
d) $ 259,37 c) 2.858%.
e) $ 251,81 d) 2.868%.
e) 2.888%.
20. (AFCE/1995) Para que se obtenha R$ 242,00, ao final de
seis meses, a uma taxa de juros de 40% a.a., capitalizados 28. (AFTN/1985) Um capital de $ 100.000 foi depositado
trimestralmente, deve-se investir, hoje, a quantia de por um prazo de 4 trimestres à taxa de juros de 10%
a) R$ 171,43.
ao trimestre, com correção monetária trimestral igual à
b) R$ 172,86.
inflação. Admitamos que as taxas de inflação trimestrais
c) R$ 190,00.
observadas foram de 10%, 15%, 20% e 25% respecti-
d) R$ 200,00.
vamente. A disponibilidade do depositante ao final do
e) R$ 220,00.
terceiro trimestre é de, aproximadamente:
21. (AFCE/1995) Determinada quantia é investida à taxa de a) $ 123.065
juros compostos de 20% a.a., capitalizados trimestral- b) $ 153.065
mente. Para que tal quantia seja duplicada, o prazo de c) $ 202.045
aplicação, em trimestres, deve ser: d) $ 212.045
a) (log 5 / log 1,05) e) $ 222.045
b) (log 2 / log 1,05)
c) (log 5 / log 1,2) 29. (AFCE/1992) Deseja-se comprar um bem que custa X
d) (log 2 / log 1,2) cruzeiros, mas dispõe-se apenas de 1/3 desse valor.
e) (log 20 / log 1,2) A quantia disponível é, então, aplicada em um Fundo
de Aplicações Financeiras, à taxa mensal de 26%, en-
22. (AFCE/1995) A renda nacional de um país cresceu quanto que o bem sofre mensalmente um reajuste de
110% em um ano, em termos nominais. Nesse mesmo 20%. Considere as aproximações: log 3 = 0,48; log 105
período, a taxa de inflação foi de 100%. O crescimento = 2,021; log 0,54 = – 0,27.
da renda real foi, então, de
a) 5%. b) 10%. c) 15%. d) 105%. e) 110%. Assinale a opção correta.
a) Ao final do primeiro ano de aplicação, o bem poderá
23. (CEB/Contador/1994) Se uma aplicação rendeu 38% em ser adquirido com o montante obtido.
um mês e, nesse período, a inflação foi de 20%, a taxa b) O número n de meses necessários para o investimen-
real de juros foi de to alcançar o valor do bem é dado pela fórmula: X/3
a) 14%. b) 15%. c) 16%. d) 17%. e) 18%. + n 0,26 X/3 = X + n 0,2X
c) O número mínimo de meses de aplicação necessá-
24. (Técnico em Contabilidade/1994) Se uma aplicação foi rios à aquisição do bem será 23.
feita a uma taxa de juros de 28,8% em um mês, e se neste d) Decorridos 10 meses, o montante da aplicação será
mês a inflação foi de 15%, a taxa real de juros foi de 40% do valor do bem naquele momento.
a) 12% a.m. e) O bem jamais poderá ser adquirido com o montante
b) 13% a.m. obtido.
Conhecimentos Específicos

c) 14% a.m.
d) 15% a.m. GABARITO
e) 16% a.m.

25. (Banco Central/1994) Um investimento rendeu 68% Testes – Juros Compostos


em um mês no qual a inflação foi de 40%. O ganho real
nesse mês foi de 1. b 7. b 13. b 19. a 25. a
a) 20%. 2. d 8. b 14. b 20. d 26. a
b) 22%. 3. d 9. d 15. e 21. b 27. b
c) 24%. 4. d 10. d 16. b 22. a 28. c
d) 26%. 5. d 11. b 17. e 23. b 29. c
e) 28%. 6. b 12. a 18. e 24. a

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DESCONTO RACIONAL COMPOSTO 2. (TCDF/IDR/Analista de Finanças e Controle Externo/
Nível Superior/1994) Uma empresa tomou emprestada
Considere um título com valor nominal N, vencível em n de um banco, por 6 meses, a quantia de $ 1.000.000,00
períodos e um valor atual A que produz um montante igual à taxa de juros compostos de 19,9% a.m. No entanto, 1
a N quando aplicado por n períodos a uma taxa composta mês antes do vencimento a empresa decidiu liquidar a
de i por período: dívida. Qual o valor a ser pago, se o banco opera com
uma taxa de desconto racional composto de 10% a.m.?
A × (1 + i)n = N Considere 1,1996 = 2,97.
a) $ 2.400.000,00
Denomina-se desconto racional composto à taxa i, com b) $ 2.500.000,00
n períodos de antecipação, à diferença entre o valor nominal c) $ 2.600.000,00
(N) e o valor atual (A) do título, conforme definidos acima.
d) $ 2.700.000,00
D=N–A
3. (Esaf) Uma empresa descontou uma duplicata de
Exercícios Resolvidos $ 500.000,00, 60 (sessenta) dias antes do vencimento,
sob o regime de desconto racional composto. Admitin-
1. Determinar o desconto racional composto sofrido por um do-se que o banco adote a taxa de juros efetiva de 84%
título cujo valor nominal é de R$ 16.872,90, se a taxa de a.a., o líquido recebido pela empresa foi de (desprezar
juros compostos for de 4% a.m. e ele for descontado 3 os centavos no resultado final):
meses antes do seu vencimento. a) $ 429.304,00
b) $ 440.740,00
Solução: c) $ 446.728,00
d) $ 449.785,00
São dados no problema:
e) $ 451.682,00
N = 16.872,90 i = 0,04 a.m. n = 3 meses
Obs.:
Substituindo os dados na fórmula, temos: 3 1,84 = 1,22538514 6 1,84 = 110697115
,
4 1,84 = 11646742
,
A × (1,04)3 = 16.872,90
A × 1,12486 = 16.872,90
16.872, 90 4. (AFTN/1991) Um “comercial paper” com valor de face
A= = 15.000, 00 de US$ 1,000,000.00 e vencimento daqui a três anos
1,12486 deve ser resgatado hoje a uma taxa de juros compostos
de 10% ao ano e considerando o desconto racional,
Portanto, o desconto é de R$ 1.872,90. obtenha o valor do resgate.
a) US$ 751,314.80
2. Um título foi pago dois meses antes do seu vencimento, b) US$ 750,000.00
obtendo, assim, um desconto racional composto à taxa de c) US$ 748,573.00
20% a.m. Sendo de R$ 1.728,00 o valor nominal do título,
d) US$ 729,000.00
quanto foi pago por ele?
e) US$ 700,000.00
Solução:
5. (TCDF) Uma empresa estabelece um contrato de
Temos: N = 1.728, i = 0,2 a.m. e n = 2 “leasing” para o arrendamento de um equipamento
e recebe como pagamento uma promissória no valor
A × (1,2)2 = 1.728 nominal de $ 1.166.400,00, descontada dois meses an-
A × 1,44 = 1.728 tes de seu vencimento, à taxa de 8% a.m. Admitindo-se
A = 1.728 ÷ 1,44 = 1.200 que foi utilizado o sistema de capitalização composta,
o valor do desconto racional será de:
Portanto, o valor pago pelo título foi de R$ 1.200,00. a) $ 194.089,00
b) $ 186.624,00
Conhecimentos Específicos

Testes – Desconto Racional Composto c) $ 166.400,00


d) $ 116.640,00
1. (CEB/IDR/Contador/Nível Superior/1994) Ante­cipando
em dois meses o pagamento de um título, obtive um GABARITO
desconto racional composto, que foi calculado com
base na taxa de 20% a.m. Sendo R$ 31.104,00 o valor
nominal do título, quanto paguei por ele? 1. a
a) R$ 21.600,00 2. d
b) R$ 21.700,00 3. e
c) R$ 21.800,00 4. a
d) R$ 21.900,00 5. c

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
DESCONTO COMERCIAL COMPOSTO L = 2.000 × (1 – 0,10)6
L = 2.000 × (0,9)6
Dado um título de valor nominal N, denominamos des- L = 2.000 × 0,531441
conto comercial composto para n períodos de antecipação e L = 1.062,882 ≅ 1.062,88
a uma taxa de d% ao período ao abatimento ocasionado por
n descontos sucessivos de d% calculados a partir do valor Observação:
nominal do título, N. Os valores de (1 – i)n normalmente não são tabelados.
Assim as questões relativas a desconto comercial composto
Podemos representar o desconto comercial composto usualmente fornecem o resultado da potência.
pelo seguinte esquema:
Equivalência entre as Taxas de Desconto Racional e
VALOR DESCONTOS SUCESSIVOS VALOR Comercial Compostos
LÍQUIDO NOMINAL
Duas taxas de desconto são equivalentes se, e somente
Exemplo: se, produzem descontos iguais quando aplicadas a um
Um título de R$ 1.000,00 deve ser resgatado três meses mesmo título e por igual prazo de antecipação.
antes do seu vencimento, pelo critério do desconto comercial Considerando o mesmo período de capitalização para
composto e a uma taxa de 10% a.m. uma taxa iR de desconto racional e uma outra iC de desconto
O valor líquido pelo qual o título será resgatado é: comercial, poderemos afirmar que a equivalência entre iR e
iC nos dará:

DC = DR
N – DC = N – DR
LC = L R
Três descontos sucessivos de 10%
N
N ⋅ (1 − i C ) n =
Como o valor nominal era R$ 1.000,00 mas foi resgatado por (1 + i R ) n
R$ 729,00 então o valor do desconto foi de:
dividindo os dois membros por N e multiplicando-os
$ 1.000,00 – $ 729,00 = $ 271,00 por (1 + iR)n, teremos:

Observação: (1 - iC)n . (1 + iR)n = 1


O valor líquido ao final dos três descontos sucessivos poderia
ser calculado multiplicando-se o valor nominal do título três finalmente, calculando a raiz n-ésima de cada membro,
vezes por 0,90 (pois 100% – 10% = 90%) encontraremos:

$ LÍQUIDO = $ 1.000 × 0,9 × 0,9 × 0,9


$ LÍQUIDO = $ 1.000 × (0,9) 3 = $ 1.000 × 0,729 =
n (1 − i C ) n ⋅ (1 + i R ) n = n 1
$ 729,00
(1 - iC) . (1 + iR) = 1
Valor Líquido no Desconto Comercial Composto Exemplo:
Determinar a taxa mensal de desconto racional equi-
Generalizando o procedimento que descrevemos no valente à taxa de desconto comercial de 20% a.m.
exemplo anterior, podemos dizer que um título de valor
nominal N descontado pelo critério do desconto comercial i C = 20UV (1 + i R ) ⋅ (1 − 0,20) =1
composto, n períodos antes do seu vencimento e a uma taxa iR =? W
igual a i por período apresentará um valor líquido L igual a:
(1 + i R ) ⋅ 0,8 = 1
L = N × (1 – i)n
1
1 + iR = = 1,25 ⇒ i R = 0,25 = 25% a. m.
Exemplo: 0,8
Um título de R$ 2.000,00 será resgatado três anos antes
Conhecimentos Específicos

do seu vencimento pelo critério do desconto composto


comercial à taxa de 20% a.a. com capitalizações semes- Testes – Desconto Comercial Composto
trais. Qual será o valor líquido? (dado: (0,9)6 = 0,531441)
1. Um título de R$ 5.000,00 será descontado 2 meses antes
Solução: do vencimento pelo critério de desconto comercial à
taxa de 60% a.a. com capitalização mensal. O valor do
taxa (nominal): 20% a.a. taxa efetiva: 10% a.a. desconto será:
a) R$ 487,50
b) R$ 464,85
capitalizações: semestrais i = 0,10
c) R$ 512,50
d) R$ 4.512,50
prazo de antecipação = 3 anos = 6 semestres ⇒ n=6 e) R$ 4.535,15

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2. Considerando que uma mesma taxa i seja utilizada para
determinação dos descontos compostos racional, DR, e
comercial, DC, de um mesmo título e para um mesmo
prazo de antecipação, pode-se afirmar que:
a) DC = DR para qualquer prazo.
b) DC ≥ DR para qualquer prazo.
c) DC ≤ DR para qualquer prazo.
d) dependendo do prazo, podem ocorrer DC > DR, DC <
DR e DC = DR.
e) para prazos menores que 1 período de capitalização
tem-se DC < DR. Diagrama de Fluxos de Caixa

3. Uma duplicata de R$ 3.000,00 deverá ser descontada 3 No diagrama de fluxos de caixa representado ante­
anos antes do seu vencimento a uma taxa de 25% a.a. riormente foram usadas algumas convenções que iremos
pelo critério do desconto racional composto. Qual seria usar como padrões:
a taxa anual a ser adotada para obter-se um desconto • O eixo horizontal representa o intervalo de tempo
igual pelo critério de desconto comercial composto? envolvido na situação sob análise e é sempre dividido
a) 33,3% a.a. em períodos de tempo iguais.
b) 28% a.a. Usa-se, preferencialmente, o prazo de capitalização.
c) 25% a.a. • As flechas para cima representam fluxos de caixa po-
d) 20% a.a. sitivos, isto é, dinheiro recebido, resgatado, dinheiro
e) 18% a.a. entrando, fluindo para dentro da instituição.
• As flechas para baixo representam fluxos de caixa
4. Uma duplicata, no valor de R$ 2.000,00, é resgatada dois negativos, ou seja, dinheiro pago, investido, dinheiro
meses antes do vencimento, obedecendo ao critério de saindo, fluindo para fora da instituição.
desconto comercial composto. Sabendo-se que a taxa • Onde não existem flechas desenhadas, não há ocor-
de desconto é de 10% ao mês, o valor descontado e o rência de fluxos de caixa.
valor do desconto são, respectivamente, de: • Sempre que dois ou mais fluxos de caixa ocorrerem ao
a) R$ 1.600,00 e R$ 400,00. mesmo tempo (no mesmo ponto da linha de tempo
b) R$ 1.620,00 e R$ 380,00. do diagrama) será considerado o seu valor líquido
c) R$ 1.640,00 e R$ 360,00. (soma ou diferença deles).
d) R$ 1.653,00 e R$ 360,00.
e) R$ 1.666,67 e R$ 333,33. Exemplos de Fluxos de Caixa

1. Uma pessoa investiu R$ 600,00 numa modalidade de


GABARITO aplicação que pagava juros capitalizados mensalmente,
obtendo, após 6 meses, um montante de R$ 750,00.
1. a 2. b 3. d 4. b

Fluxos de Caixa
Fluxos de caixa são os pagamentos e/ou recebimentos
envolvidos em certa transação financeira e considerados ao
longo de determinado intervalo de tempo.
Muitas situações do nosso dia-a-dia envolvem fluxos
de caixa. 2. Uma pessoa planeja depósitos mensais de R$ 100,00 em
uma caderneta de poupança, sendo o primeiro depósito
Exemplo: feito logo no início do primeiro mês, o segundo no início
Em uma conta corrente bancária, a sucessão de débitos e do segundo mês, e assim sucessivamente, até o quinto
créditos ocorridos em determinado mês é uma sequência depósito e deseja prever qual será o montante que terá
de fluxos de caixa. naquele momento.

Diagramas de Fluxos de Caixa


Conhecimentos Específicos

Com o objetivo de facilitar a visualização dos fluxos


de caixa que compõem determinada transação financeira,
usamos o diagrama de fluxos de caixa.
Um diagrama de fluxos de caixa é um retrato de um
problema financeiro que mostra as entradas e saídas de
valores, ao longo do intervalo de tempo considerado para
situação.
Os diagramas de fluxos de caixa podem representar 3. Uma loja oferece duas opções de pagamento ao vender
qualquer situação prática onde ocorram fluxos (entradas / determinado bem:
saídas) de caixa. Assim, desenhar um diagrama de fluxos de - pagamento à vista no valor de R$ 500,00 ou
caixa é o primeiro passo que devemos dar para resolver um - pagamento em 6 parcelas mensais de R$ 100,00,
problema financeiro. vencendo a primeira na data da compra.

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Exemplo: Considerando a mesma situação do exemplo
anterior, determinar o valor nominal do novo título usando
a data focal 4.

Solução:
1º Título: Terá seu vencimento adiado de 2 meses
para 4 meses:

EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
NO REGIME SIMPLES
Considere o problema da substituição de um ou mais
compromissos financeiros por outros, com datas diferentes
de vencimento, sem prejuízo para qualquer das partes
interessadas (credor e devedor). Este problema pode ser
resolvido pela equivalência de capitais.
Dados dois conjuntos de capitais, cada um deles com 2º Título: Terá seu vencimento antecipado de 6
sua data de vencimento, dizemos que eles são equivalentes, meses para 4 meses:
a uma mesma taxa de juros e para uma mesma data (data
focal), se as somas dos valores atuais de cada um dos con-
juntos, nesta data, forem iguais.

Exemplo:
Dois títulos cujos valores nominais são R$ 15.000,00
e R$ 18.000,00, com vencimentos para 2 e 6 meses,
respectivamente, deverão ser substituídos por um
único título, vencível em 4 meses. Se a taxa de
desconto comercial simples é de 3% ao mês, qual Assim, o valor do novo título será de
é o valor nominal do novo título? (Obs.: usar a data X1 + X2 = 15.957,45 + 16.920,00 = 32.877,45
focal zero) (compare com a resposta anterior!)

Solução: Testes – Equivalência de Capitais no Regime


Simples
Primeiro, devemos encontrar os valores dos dois
títulos dados na data focal indicada (zero). 1. (TTN/1992) Um negociante tem duas dívidas a pagar,
uma de $ 3.000,00, com 45 dias de prazo e outra de
1º título: Achar o valor atual (A1) $ 8.400,00, pagável em 60 dias. O negociante quer
substituir essas duas dívidas por uma única, com 30 dias
94% 100% de prazo. Sabendo-se que a taxa de desconto comercial
6%
A1 = 14.100 ← 15.000 = N1 é de 12% a.a. e usando a data zero, o valor nominal
desconto dessa dívida será de
a) $ 11.287,00.
2º título: Achar o valor atual (A2) b) $ 8.232,00.
c) $ 9.332,00.
82% 100% d) $ 11.300,00.
18% e) $ 8.445,00.
A 2 = 14.760 ← 18.000 = N 2
desconto
2. (AFC/Esaf/1993) Determinar a taxa de juros mensal
para que sejam equivalentes, hoje, os capitais de
Novo título: O valor atual será A1 + A2 = 28.860 $ 1.000,00 vencível em dois meses e $ 1.500,00 vencível
em três meses, considerando-se o desconto simples
Agora devemos achar o valor nominal (N3) do novo
comer­cial.
título.
Conhecimentos Específicos

a) 15% c) 25% e) 33,33%


88% 100% b) 20% d) 30%
12%
A1 + A 2 = 28.860 ← 32.795,45 = N 3 3. (AFTN/1985) João deve a um banco $ 190.000 que
desconto vencem daqui a 30 dias. Por não dispor de numerário
suficiente, propõe a prorrogação da dívida por mais
O valor nominal do novo título é R$ 32.795,45. 90 dias. Admitindo-se a data focal atual (zero) e que o
banco adote a taxa de desconto comercial simples de
72% a.a., o valor do novo título será de
Atenção: No regime de juros simples, a mudança de uma a) $ 235.000. d) $ 243.000.
data focal por outra pode alterar os resultados b) $ 238.000. e) $ 245.000.
do problema. c) $ 240.000.

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4. (AFTN/1985) Para refinanciar uma dívida de $ 1.500.000 EQUIVALÊNCIA COMPOSTA DE CAPITAIS
em 36 dias, o devedor paga $ 148.000 e é emitido um
novo título no valor de $ 1.400.000 para o prazo de 90 O Problema Fundamental da Análise Financeira
dias. A taxa de desconto comercial adotada na operação
foi de: Frequentemente todos nós vivemos situações onde
Obs.: 1) Considere a data de referência o instante 0. devemos escolher entre duas ou mais alternativas de paga-
2) Taxa de juros simples. mento ou de investimento.
É claro que, diante destas situações, procuramos es-
a) 25% a.a.
colher a opção que nos seja mais vantajosa. No entanto,
b) 26% a.a.
a grande maioria das pessoas faz a sua opção movida por
c) 20% a.a.
critérios emocionais, influenciados por aparências e pelo
d) 30% a.a.
e) 24% a.a. conforto do raciocínio simplista, em vez de usar critérios
racionais apoiados na solidez dos resultados de uma análise
5. (AFTN/1996) Uma pessoa possui um financiamento financeira escrupulosa.
(taxa de juros simples de 10% a.m.). O valor total dos O resultado da opção ditada pelos critérios emocionais
pagamentos a serem efetuados, juros mais principal, é é quase sempre desastroso, implicando diminuição dos ren-
de $ 1.400,00. As condições contratuais preveem que dimentos ou até mesmo sérios pre­juízos.
o pagamento deste financiamento será efetuado em Entre os métodos capazes de nos auxiliar na escolha
duas parcelas. A primeira parcela, no valor de setenta racional da melhor alternativa para uma transação finan-
por cento do total dos pagamentos, será paga ao final ceira, o da comparação dos valores atuais é provavelmente
do quarto mês, e a segunda parcela, no valor de trinta o mais difundido.
por cento do total dos pagamentos, será paga ao final
do décimo primeiro mês. O valor que mais se aproxima Capitais Equivalentes
do valor financiado é:
a) $ 816,55 Dois conjuntos de capitais, com datas diferentes, são
b) $ 900,00 ditos equivalentes quando, transportados para uma mesma
c) $ 945,00 data e a uma mesma taxa de juros, produzirem, nesta data,
d) $ 970,00 valores iguais.
e) $ 995,00 A data para a qual os capitais são transportados é de-
nominada data focal.
6. (AFTN/1996) Uma firma deseja alterar as datas e valores
de um financiamento contratado. Este financiamento Exemplo:
foi contratado, há 30 dias, a uma taxa de juros simples Certo título tem valor nominal de R$ 10.000,00 e ven-
de 2% ao mês. A instituição financiadora não cobra cimento dentro de quatro meses. Qual o valor pelo
custas nem taxas para fazer estas alterações. A taxa de qual ele deverá ser resgatado hoje, se a taxa de juros
juros não sofrerá alterações. considerada é de 1% a.m.?
Condições pactuadas inicialmente: pagamento de duas
prestações iguais e sucessivas de $ 11.024,00 a serem Solução:
pagas em 60 e 90 dias.
Condições desejadas: pagamento em três prestações Inicialmente, construímos o diagrama de fluxos de caixa
iguais: a primeira ao final do 10º mês; a segunda ao final correspondente:
do 30º mês; a terceira ao final do 70º mês.
Caso sejam aprovadas as alterações, o valor que mais
se aproxima do valor unitário de cada uma das novas
prestações é:
a) $ 8.200,00
b) $ 9.333,33
c) $ 10.752,31
d) $11.200,00
e) $12.933,60

GABARITO Como a data focal é anterior à data do título, devemos


Conhecimentos Específicos

fazer uma descapitalização:


Testes – Equivalência de Capitais no Regime 10.000,00 10.000,00
Simples VA = = ≅ 9.609,80
(1 + 0,01) 4 1,040604
1. d
2. b Isto significa que os R$ 10.000,00 com vencimentos
3. a dentro de 4 meses são equivalentes aos R$ 9.609,80
4. e com vencimento imediato.
5. b
6. d Portanto, o título deverá ser resgatado por R$ 9.609,80.

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Fluxos de Caixa Equivalentes Como a soma dos capitais do segundo fluxo na
data focal zero é igual ao capital do primeiro,
Dois fluxos de caixa são ditos equivalentes quando, ao na mesma data, podemos dizer que os dois
transportarmos para uma mesma data e à mesma taxa de financiamentos são equivalentes.
juros as entradas e saídas de cada um deles, as somas dos
valores presentes encontrados for a mesma nos dois fluxos. Atenção: No regime de juros compostos a escolha da
data focal não altera a equivalência. Podemos,
Exemplo:
assim, optar pela data mais conveniente para
Uma dívida deve ser resgatada em 4 meses por
R$ 2.431,02. Entretanto, o devedor sugere a qui- os cálculos de cada problema.
tação da mesma em dois pagamentos, sendo o
primeiro deles, daqui a três meses, de R$ 1.157,63 Exemplo: Na situação proposta no exemplo ante­rior,
e o segundo, três meses depois, de R$ 1.340,10. verificar que os dois planos são equivalentes
Mostrar que o plano de pagamento proposto pelo utilizando a data focal 6.
devedor é equivalente ao original se considerar-
mos uma taxa de juros compostos de 5% a.m. Solução:
Solução:
Vamos transportar para a data focal 6 todos os valores a
serem pagos em cada um dos dois fluxos e compará-los:
Vamos transportar para a data focal zero cada
um dos valores a serem pagos:
1º Fluxo:
1º Fluxo (do plano original):

Como desejamos “voltar no tempo” por 4 2º Fluxo:


meses o valor dado, faremos uma descapitali­
zação:
M = C × (1 + 0,05)4
2.431,02 = C × 1.21551

2.431,02
C= = 2.000,00
1,21551

2º Fluxo (do plano sugerido pelo devedor):

Para que os dois fluxos sejam equivalentes na data 6 é preciso


que a soma dos capitais de primeiro fluxo na data 6 seja igual
à soma dos capitais do segundo fluxo nesta mesma data:

A = 1.340,10 + B (equação de equivalência)

Calculando os valores A e B, teremos:

A = 2.431,02 × (1,05)2 B = 1.157,63 × (1,05)3


Transportando os valores dos dois pagamentos A = 2.431,02 × 1,1025 B = 1.157,63 × 1,157625
para a data focal zero, teremos:
Conhecimentos Específicos

A = 2.680,20 B = 1.340,10
M A = A ⋅ (1 + 0,05) 3 M B = B ⋅ (1 + 0,05) 6
Substituindo os valores encontrados para A e B na equação
de equivalência, podemos observar que eles a satisfazem:
1157
. ,63 = A ⋅ 115763
, 1.340,10 = B ⋅ 1,34010
A = 1.340,10 + B
2.680,20 = 1.340,10 + 1.340,10
1157
. ,63 1.340,10
A= = 1.000,00 B = = 1.000,00 2.680,20 = 2.680,20
115763
, 1,34010
Portanto, podemos concluir que os dois fluxos de caixa são
A + B = 2.000,00 equivalentes para a data 6.

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Testes – Equivalência Composta de Capitais 6. (Assistente Administrativo/1994) Um comerciante deve
dois títulos, ambos com o mesmo valor nominal de
1. (Esaf) Dois fluxos de caixa são ditos equivalentes, a uma $ 100.000,00. O vencimento do primeiro ocorre den-
determinada taxa de juros, quando apresentam: tro de 2 meses e o do segundo, em 4 meses, mas ele
a) os mesmos valores de aplicações nas datas iniciais deseja substituir ambos os títulos por um outro, com
e aplicações distintas nas demais datas. vencimento em 3 meses.
b) o mesmo valor atual, em qualquer data. Se o banco que realizará esta transação opera com uma
c) a mesma soma de pagamentos nos seus perfis de taxa racional composta de 25% a.m., qual será o valor
aplicação. do novo título?
d) o mesmo prazo total para suas aplicações. a) $ 200.000,00
e) datas de entradas e saídas coincidentes, ainda que b) $ 205.000,00
com valores distintos para uma mesma data qual- c) $ 210.000,00
quer. d) $ 215.000,00
e) $ 220.000,00
2. (Banco Central/1994) Tomei emprestados $ 1.000.000,00
a juros compostos de 10% ao mês. Um mês após o 7. (Esaf) Uma empresa imobiliária está vendendo um
empréstimo, paguei $ 500.000,00 e dois meses após terreno por $ 200.000,00 de entrada e um pagamento
esse pagamento, liquidei a dívida. O valor desse último adicional de $ 200.000,00 no 6º mês após a compra.
pagamento foi de Um determinado comprador propõe alterar o valor do
a) $ 660.000,00. pagamento adicional para $ 250.000,00, deslocando‑o
b) $ 665.500,00. para o 8º mês após a compra. A uma taxa de juros
c) $ 700.000,00. compostos de 2% a.m., o valor da entrada no esquema
d) $ 726.000,00. proposto, desprezados os centavos, é
e) $ 831.000,00. a) $ 161.221,00.
b) $ 163.221,00.
3. (AFTN/1996) Uma empresa obteve um financiamento c) $ 173.221,00.
de $ 10.000 à taxa de 120% ao ano capitalizados men- d) $ 184.221,00.
salmente (juros compostos). A empresa pagou $ 6.000 e) $ 164.221,00.
ao final do primeiro mês e $ 3.000 ao final do segundo
mês. O valor que deverá ser pago ao final do terceiro 8. (Banco Central/Nível Superior/1994) Tomar um emprés-
mês para liquidar o financiamento (juros + principal) é timo por dois meses, assinando uma promissória com
a) $ 3.250,00. vencimento em dois meses e sendo feito o desconto
b) $ 3.100,00. da mesma por um banco à taxa de desconto bancário
c) $ 3.050,00. (desconto simples por fora) de 10% ao mês, equivale a
d) $ 2.975,00. pagar juros compostos de taxa bimestral de
e) $ 2.750,00. a) 20%. d) 28%.
b) 22%. e) 30%.
4. (AFTN/1996) Uma pessoa tomou um empréstimo à c) 25%.
taxa de 4% ao mês, com juros compostos capitalizados
mensalmente. Este empréstimo deve ser pago em 2 9. (Esaf) Um automóvel, que custa à vista $ 14.000,00,
parcelas mensais e iguais de $ 1.000, daqui a 13 e 14 está sendo vendido com financiamento nas seguintes
meses, respectivamente. O valor que mais se aproxima condições:
do valor de um único pagamento, no décimo quinto – entrada igual a 30% do preço à vista e o saldo em
mês, que substitui estes dois pagamentos é duas parcelas iguais, à taxa de juros compostos de
a) $ 2.012,00. 7% ao mês:
b) $ 2.121,00.
c) $ 2.333,33. Se a primeira parcela deverá ser paga 30 dias após o
d) $ 2.484,84. pagamento da entrada e a segunda parcela 60 dias
e) $ 2.516,16. após a primeira, o valor de cada parcela deverá ser de
(desprezar os centavos no resultado final)
5. (Esaf) Sejam dois títulos com as seguintes característi- a) $ 5.156,00.
cas: b) $ 5.697,00.
A) um certificado de depósito a prazo, de $ 50.000,00, c) $ 5.420,00.
efetuado 17 meses atrás, que rende juros compostos d) $ 5.597,00.
de 4% ao mês. Os rendimentos são tributados em e) $ 5.065,00.
Conhecimentos Específicos

8% (Imposto de Renda) no ato do resgate;


B) uma promissória de $ 112.568,00, vencível de hoje a 10. (AFTN/1991) A uma taxa de 25% ao período, uma quan-
7 meses, que pode ser resgatada mediante desconto tia de 100,00 no fim do período t, mais uma quantia de
racional composto de 5% ao mês. 200,00, no fim do período t + 2, são equivalentes, no
fim do período t + 1, a uma quantia de
Os dois títulos, se resgatados hoje, desprezados os a) 406,25. d) 300,00.
centavos, valem b) 352,50. e) 285,00.
a) $ 169.603. c) 325,00.
b) $ 173.603.
c) $ 177.395. 11. (AFTN/1985) Uma empresa tem um compromisso de
d) $ 181.204. $ 100.000 para ser pago dentro de 30 dias. Para ajustar
e) $ 185.204. o seu fluxo de caixa, propõe ao banco a seguinte forma

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de pagamento: $ 20.000,00 antecipado, à vista, e 2 RENDAS CERTAS ANUIDADES
pagamentos iguais para 60 e 90 dias. Admitindo-se a
taxa de juros compostos de 7% ao mês, o valor dessas Denominamos renda à sucessão de valores R1, R2, R3,
parcelas deve ser de ... usados para constituir-se um capital ou para pagamento
a) $ 43.473,00. parcelado de uma dívida. Cada um dos valores R chama-se
b) $ 46.725,00. termo ou parcela.
c) $ 46.830,00. As rendas podem ser classificadas sob diversos aspectos:
d) $ 47.396,00.
e) $ 48.377,00. 1. Quanto ao número de termos:
renda temporária – o número de termos é finito.
12. (AFCE) Uma concessionária vendia certo tipo de au- renda perpétua – o número de termos é infinito.
tomóvel por $ 16.000,00 à vista. Tinha um plano de
pagamento em 6 meses com juros fixos compostos 2. Quanto ao valor de cada termo:
mensalmente. Um cliente comprou um destes automó- renda constante – os valores dos termos são todos
veis em 6 meses, efetuando pagamentos ao fim de 2 e iguais.
6 meses. Se o primeiro pagamento foi de $ 21.360,00 e renda variável – os valores dos termos não são todos
se os juros foram de 40% ao mês, o segundo pagamento iguais.
foi de
a) $ 31.846,00 d) $ 38.416,00 3. Quanto à periodicidade dos seus termos:
b) $ 34.168,00 e) $ 38.461,00 renda periódica – quando os pagamentos ocorrem
c) $ 36.418,00 a intervalos de tempo iguais.
renda não periódica – quando os pagamentos não
13. (AFTN/1996) Considere os fluxos de caixas mostrados ocorrem a intervalos de tempo iguais.
na tabela abaixo, para resolução da questão seguinte.
Os valores constantes desta tabela ocorrem no final dos 4. Quanto à data de vencimento do primeiro termo:
meses ali indicados.
TIPO DE VENCIMENTO DO EXEMPLO
TABELA DE FLUXOS DE CAIXA RENDA 1º TERMO
Meses
ANTECIPADA No dia da compra Compra de um bem finan-
Fluxos 1 2 3 4 5 6 7 8 ou na assinatura do ciado em 4 pres­tações
UM 1000 1000 500 500 500 500 250 050 contrato. mensais, devendo a 1ª
DOIS 1000 500 500 500 500 500 500 300
TRÊS 1000 1000 1000 500 500 100 150 050
prestação ser paga no dia
QUATRO 1000 1000 800 600 400 200 200 100 da compra (entrada).
CINCO 1000 1000 800 400 400 400 200 100 POSTECIPA- No fim do primeiro Compra de um bem
DA (OU período, a contar financiado em 6 pres­
Admitindo uma taxa efetiva (juros compostos) de 4,0% IMEDIATA) da data da compra tações mensais, vencen-
a.m. O fluxo de caixa, da tabela acima, que apresenta ou da assinatura do do a 1ª prestação 1 mês
o maior valor atual (valor no mês zero) é contrato. após a data da compra.
a) Fluxo UM. DIFERIDA Após certo número Compra de um bem fi-
b) Fluxo DOIS. (OU COM de períodos a contar nanciado em prestações
c) Fluxo TRÊS. CARÊNCIA) da data da compra mensais, ven­cendo a 1ª
d) Fluxo QUATRO. ou do contrato. prestação 6 meses após
e) Fluxo CINCO. a compra.
14. (AFCE/1995) Um cidadão contraiu, hoje, duas dívidas jun- Neste capítulo limitaremos o nosso estudo às rendas
to ao Banco Azul. A primeira terá o valor de R$ 2.000,00, certas, ou seja, aquelas que sejam temporárias, constantes
no vencimento, daqui a seis meses; a segunda terá o e periódicas.
valor, no vencimento, daqui a dois anos, de R$ 4.400,00. Quando o enunciado de um problema não deixar claro o
Considerando a taxa de juros de 20% a.a., capitalizados tipo da renda em relação ao vencimento do primeiro termo,
trimestralmente, se o cidadão optar por substituir as assumiremos a renda como postecipada por tratar-se do
duas dívidas por apenas uma, a vencer daqui a um ano tipo mais frequente.
e meio, ele deverá efetuar o pagamento de
a) R$ 6.420,00. Taxa Interna de Retorno
b) R$ 6.547,00.
c) R$ 6.600,00. Taxa interna de retorno de um fluxo de caixa é uma taxa
d) R$ 6.620,00. de juros que iguala o valor atual de todas as entradas com
Conhecimentos Específicos

e) R$ 6.680,00. o valor atual de todas as saídas de caixa.


Os fluxos de caixa podem admitir várias, uma única, ou
GABARITO nenhuma taxa interna de retorno.

Testes – Equivalência Composta de Capitais Exemplos:


1) O fluxo composto por uma entrada de $1.000,00
1. b 6. b 11. a
no fim do primeiro mês, uma saída de $2.300,00
2. d 7. e 12. d
no fim do segundo mês e uma entrada de
3. e 8. c 13. c
$1.320,00 no fim do terceiro mês, tem duas taxas
4. b 9. d 14. a
internas de retorno distintas (10% a.m. e 20%
5. b 10. e
a.m. – verifique!).

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2) O fluxo composto por uma saída de $1.100,00 I – pagamento em 30 dias, com acréscimo de 5%
no início do primeiro mês, uma entrada de sobre o preço de tabela;
$2.210,00 no início do segundo mês e uma saída II – pagamento à vista, com 4% de desconto sobre o
de $1.100,00 no início do terceiro mês, tem uma preço de tabela.
única taxa interna de retorno (10% a.m.). Considere X como sendo a diferença entre os preços do
televisor para pagamento em 30 dias e para pagamento
3) O fluxo composto por uma entrada de $1.000,00 à vista. Assim, X representa uma porcentagem do preço
no início do primeiro mês, uma saída de $2.000,00 à vista do televisor igual a:
no fim do primeiro mês e uma entrada de a) 9% c) 9,375% e) 9,725%
$2.000,00 no fim do segundo mês, não tem taxa b) 9,25% d) 9,5%
interna de retorno (tente provar).
3. (Cespe/Aux. de Admin./Novacap/1996) Paulo quer com-
No caso da compra de um bem com pagamento fi- prar um refrigerador e tem as seguintes alternativas:
nanciado em n prestações (uma entrada e n saídas), a taxa I – à vista, por R$ 900,00;
interna de retorno corresponde à taxa de juros do financia- II – em duas prestações mensais e iguais a R$ 500,00,
mento, pois a soma dos valores atuais de todas as parcelas vencendo a primeira no ato da compra;
deverá ser exatamente igual ao valor atual do financiamento. III – em três prestações mensais e iguais a R$ 350,00,
vencendo a primeira no ato da compra.
TESTE Supondo que ele possa aplicar o dinheiro a uma taxa de
4% ao mês, assinale a opção que indica as formas de pa-
1. (Banco Central/Nível Superior/1994) Considere o fluxo gamento, em ordem crescente de vantagem para Paulo:
de caixa abaixo: a) I - II - III
b) II - I - III
c) III - I - II
Período 0 1 2 (Ano) d) III - II - I
e) II - III - I
Valor -100 80 x (Milhares de URVs)
4. (Cespe/Assist. Admin./Novacap/1996) Fernando pos-
O valor de x para o qual a taxa interna de retorno anual
sui uma quantia suficiente para adquirir um aparelho
é igual a 10% é:
de som, mas a loja oferece três formas diferentes de
a) 25 c) 28 e) 33
pagamento:
b) 26 d) 30
I – à vista, com 20% de desconto;
II – em duas prestações mensais e iguais, com 10% de
GABARITO desconto, vencendo a primeira um mês após a compra;
III – em três prestações mensais e iguais, sem desconto,
Taxa Interna de Retorno vencendo a primeira no ato da compra.
Admitindo que a taxa de rendimento das aplicações
financeiras seja de 3% ao mês, assinale a opção que
1. e
indica as escolhas que Fernando pode fazer, em ordem
decrescente de vantagem para ele, isto é, da mais van-
tajosa para a menos vantajosa:
ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO a) I - II - III c) II - III - I e) III - II - I
b) I - III - II d) III - I - II
TESTES
5. (Cespe/TCU/AFCE/1995) Julgue os itens que se seguem.
1. (Cespe/Espec. de Assist. à Educ./FEDF/1996) Uma a) Um bem pode ser adquirido por 100 reais à vista ou
escola oferece as seguintes opções para o pagamento em 2 (duas) prestações fixas de 60 reais, a primeira
da taxa de matrícula, quando efetuada no dia 5 de devida no ato da compra. Para o comprador, a se-
dezembro: gunda opção será melhor que a primeira somente
I – desconto de 10% para pagamento à vista; quando a taxa de juros mensal for maior que 50%.
II – pagamento em duas vezes, sendo 50% no ato da b) Pressupondo que o mercado imobiliário esteja em
renovação da matrícula e 50% um mês após, isto é, no equilíbrio e que a taxa de juros real seja de 10% ao
dia 5 de janeiro. ano e seja constante, o proprietário de um imóvel
Um pai de aluno não quer ter lucro nem prejuízo, que conseguir 1.200 reais, líquidos, de aluguel por
optando por qualquer uma das duas modalidades de ano, terá prejuízo se vender seu imóvel por quantia
Conhecimentos Específicos

pagamento, no ato da renovação de matrícula. Para inferior a 122.000 reais (Considere que o aluguel
tanto, se optar por II, deve investir a diferença entre possa manter-se constante durante toda a vida do
os valores que seriam pagos em 5 de dezembro, nas proprietário).
modalidades I e II, em uma aplicação financeira com c) Será indiferente, para um investidor, uma aplicação,
uma taxa mensal de rendimento de: com vencimento em 2 (dois) anos, que lhe renda
a) 5% c) 20% e) 30% juros simples anuais de 10% e outra, com idêntico
b) 10% d) 25% prazo de maturação, que lhe renda juros compostos
de 8% ao ano, capitalizados anualmente.
2. (Cespe/PMDF/1996) O preço de um televisor de 20 d) Se em dado momento a importância de 100 reais é
polegadas da marca Alpha é R$ 400,00. O vendedor aplicada a juros compostos de 4% ano a ano, capi-
propõe a um comprador as seguintes alternativas de talizados anualmente, ao final de 2 (dois) anos terá
pagamento: rendido a importância de 8,16 reais de juros.

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e) Um demógrafo deseja determinar em que ano a O capital acumulado ao fim do terceiro mês é, portanto,
população de certo país dobrará. Pressupondo que a soma S dos três termos desta P.G. e poderia ser calculado
a taxa de crescimento demográfico seja constante em função do valor da parcela (R = 100), da razão da P.G. (1
e igual a 2% anuais, o demógrafo terá de calcular o + i = 1,05) e do número de termos (n = 3) pela expressão:
valor da razão log(1,02) .
log 2 (1, 05)3 − 1
S = 100. = 315, 25
1, 05 − 1
6. (Cespe/Senado Federal/1996) Uma alternativa de inves-
timento possui um fluxo de caixa com um desembolso Generalizando para n parcelas de valor R, aplicadas ao
de R$ 10.000,00, no início do primeiro mês, outro fim de cada um dos n períodos e sujeitas à taxa composta
desembolso, de R$ 5.000,00, ao final do primeiro mês, de i por período, o valor do capital acumulado S, na data n,
e duas entradas líquidas mensais de R$ 11.000,00 e será dado por:
R$ 12.100,00, no final do segundo e do terceiro meses,
respectivamente. Considerando uma taxa nominal de
juros de 120% ao ano, julgue os itens a seguir.
a) As taxas anuais, tanto efetivas quanto nominais,
têm o mesmo significado e assumem valores iguais
quando se trata de fluxo de caixa.
b) Os valores atuais de entradas líquidas, no fim do
primeiro mês, somam R$ 20.000,00.
c) A soma dos montantes dos desembolsos, no fim do O fator que multiplica o valor R da prestação é deno-
terceiro mês, é exatamente igual a R$ 19.000,00. minado fator de acumulação de capital de uma série de
d) O valor atual do fluxo de caixa, no fim do primeiro pagamentos e é representado por sn|i .
mês, é igual a R$ 4.000,00. Como o cálculo de sn|i é, via de regra, trabalhoso, os pro-
e) No fim do terceiro mês, o montante do fluxo de caixa blemas relativos à acumulação de capital costu­meiramente
é negativo. vêm acompanhados de uma tabela que indica os valores de
sn|i para cada valor de n e de i dentro de uma certa faixa (ver
GABARITO tabela 2 na página 42).

Alternativas de Investimento Exercícios Resolvidos

Testes 1. Calcular o montante gerado por 12 depósitos mensais


e consecutivos de R$ 200,00, à taxa de 3% a.m., consi-
derando que os depósitos sejam todos feitos ao final de
1. d 4. a
cada mês.
2. c 5. E-E-E-C-E
3. d 6. E-C-E-C-E Solução:
Temos R = 200, n = 12 e i = 3%
Consultando a tabela 2 para n = 2 e i = 3%, obtemos:
Capitalização (ou Acumulação de Capital) sn|i = 14,19203
I. Rendas Postecipadas O montante é dado pelo produto do valor da parcela
Consideremos uma renda postecipada (1ª parcela pelo fator encontrado na tabela 2:
no fim do 1º mês) composta por três parcelas mensais de
R$ 100,00 sujeitas a juros compostos de 5% a.m. conforme S = R × sn|i = 200 × 14,19203 ≅ 2.838,40
ilustra o diagrama de fluxos de caixa a seguir:
Portanto, o montante procurado é R$ 2.838,40.

2. Qual o valor da aplicação que devo fazer mensalmente,


durante 6 meses e à taxa composta de 10% a.m., para
conseguir um montante de R$ 3.086,25, se as aplicações
O capital acumulado ao fim do terceiro mês será: são feitas ao fim de cada mês?
Conhecimentos Específicos

1ª parcela: 100 × (1,05)2 = 110,25 Solução:


2ª parcela: 100 × (1,05) = 105,00
Temos n = 6, i = 10% e S = 3.086,25.
3ª parcela: 100 = 100,00
capital acumulado.......................315,25
Consultando a tabela 2, obtemos o fator:
As parcelas mais antigas foram acumulando mais juros
de modo que estas parcelas, acrescidas dos seus respectivos s 6 |10 = 7,71561
juros e postas em ordem crescente uma a uma formaram
uma progressão geométrica (P.G.) que tem o valor da par- Assim, temos:
cela, R$ 100,00, como seu primeiro termo e 1 + i = 1,05 S = R × sn|i
como razão. 3.086,25 = R × 7,71561

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Portanto:

3.086,25
R= = 400,00 (é a prestação procurada)
7,71561

Temos:
Como as parcelas são pagas antecipadamente, no início valor da prestação: R = 200
de cada mês, o pagamento da quarta e última parcela ocor- número de períodos: n = 6 (meses)
rerá no início do quarto mês, ou seja, em n = 3. número de depósitos: n + 1 = 7
taxa ao período: 2% a.m → i = 0,02
O capital acumulado até a quarta parcela (inclusive) será:

1ª parcela: 100 x (1,05)3 = 115,76 Substituindo os elementos encontrados na expressão


que nos dá o capital acumulado, teremos:
2ª parcela: 100 x (1,05)2 = 110,25
3ª parcela: 100 x (1,05) = 105,00
S = R . sn + 1 i
4ª parcela: ................................. 100,00
S = 200 × s7 2
capital acumulado...................... 431,01
S = 200 × 7,43428 (s7 2 foi obtido na tabela 2)
Observamos, então, que o capital acumulado ao fim do
terceiro mês (n = 3) é a soma S de quatro termos em P.G. S = 1.486,86
Podemos calcular o capital acumulado (S) em função do
valor da parcela (R = 100), da razão da P.G. (1 + i = 1,05) e do Deste modo, concluímos que o valor do capital acu-
número de termos (n + 1 = 4) pela expressão: mulado em 6 meses será de R$ 1.486,86.

(1,05) 4 − 1 2. Desejando formar um certo capital, um aplicador faz, a


S = 100 ⋅ = 431,01 cada seis meses, um depósito de R$ 1.000,00 em uma
1,05 − 1
conta remunerada que paga juros compostos de 3% ao
semestre. Cinco anos após o início do investimento, o
Generalizando para n + 1 parcelas de valor R, aplicadas aplicador resgata o montante acumu­lado. Qual foi o valor
no início de cada um dos n períodos e sujeitas à taxa com- resgatado se o aplicador não efetuou depósito algum na
posta de i por período, o valor do capital acumulado S, na ocasião?
data n, será dado por:
Solução:

(1 + i ) n +1 − 1
S= R⋅
i Como não houve depósito no momento da retirada,
isto é, ao fim do décimo semestre, o último depósi-
ou seja: S = R . sn + 1 i to ocorreu na data 9. De zero (1º depósito) a nove
temos, então, dez depósitos.
O valor de S nos dá o montante na data 9, que é 1
Exercícios Resolvidos período (6 meses) anterior à data do resgate.
Conhecimentos Específicos

Para encontrar o valor resgatado X poderíamos


calcular S e depois capitalizá-lo por mais 1 pe­ríodo:
1. Um poupador deposita mensalmente a quantia de
R$ 200,00. Qual será o valor do capital acumulado em 1º) S = 1.000 × S10 3 2º) X = S × (1 + i)
6 meses se o primeiro depósito ocorrer no início do pri-
meiro mês e considerarmos uma taxa de juros composta Mas poderemos obter o valor X resgatado de modo
de 2% a.m.? mais rápido utilizando um outro raciocínio:

Solução: Se houvesse um depósito também na data do resgate,


então, teríamos um total de 11 depósitos e o valor
Vamos observar o diagrama de fluxos de caixa cor- do resgate, na mesma data, seria R$ 1.000,00 reais
respondente: maior do que X:

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X + 1.000 = 1.000 × S11 3 • O juro pago em uma dada prestação é sempre calcula-
do sobre o saldo devedor do período imediatamente
Agora, isolando o nosso X, teremos: anterior, sendo menor a cada nova prestação.
• A cota de amortização, em uma dada prestação, é
X = 1.000 × S11 3 – 1.000 sempre igual à diferença entre o valor da prestação
e o juro pago na mesma, sendo maior a cada nova
X = 1.000 × (S11 3 – 1) prestação.

X = 1.000 × (12,80780 – 1)
5
X = 1.000 × 11,80780
X = 11.807,80

Deste modo, concluímos que o valor do resgate após


os 5 anos foi de R$ 11.807,80.

Amortização
Considere uma dívida que deve ser paga em prestações
periódicas e com vencimentos ao fim de cada pe­ríodo. • O valor da expressão que calcula R em função de P
Quando a dívida vai sendo paga, dizemos que ela está pode ser encontrado pronto, para cada taxa i e cada
sendo amortizada. quantidade n de períodos, na chamada tabela Price
Amortização de uma dívida, portanto, é o processo de (ver tabela 3 na página 43), sendo frequentemente
extinção progressiva da dívida através de prestações que indicado pela expressão
deverão ser pagas periodicamente.
As prestações devem ser suficientes para restituir o 1
capital financiado bem como pagar os juros originados pelo
financiamento do capital. a n|i
Admitiremos sempre que os juros tenham taxa cons-
tante e sejam calculados, a cada período, somente sobre o • Os valores da tabela Price admitem sempre que as
saldo devedor (saldo da dívida). Assim, os juros relativos a prestações são postecipadas (pagas ao fim de cada
um determinado período, quando não pagos, serão acres- período).
cidos ao saldo devedor.
Os diferentes critérios utilizados para a composição
dos valores das parcelas são chamados de sistemas de
Exercícios Resolvidos
amortização.
Ao estudarmos um sistema de amortização, é útil 1. Um televisor que custa R$ 600,00 deve ser financiado em
considerarmos cada prestação como sendo o resultado da 6 pagamentos mensais e iguais, à taxa composta de 8%
soma de duas partes componentes básicas: juro e cota de ao mês, com a primeira parcela vencendo somente um
amortização. mês após a compra. Qual será o valor da prestação deste
financiamento?
valor da prestação = (juro) + (cota de amortização)
Solução:
Dentre os diversos sistemas de amortização conhecidos
destacaremos três, todos com prestações periódicas: Temos P = 600, i = 8% a.m. e n = 6 meses, com paga-
• Sistema Francês ou Price – Com prestações de valor mentos postecipados.
fixo; 1
Fator da tabela Price:
• Sistema de Amortização Constante (SAC) – Em cujas a 6|8 = 0,21632
prestações, que têm valores decrescentes, a cota de
Assim, temos:
amortização é constante; 1
• Sistema de Amortização Misto (SAM) – Em que cada R = P ×a
uma das prestações tem valor igual à média aritmé- 6 |8
tica dos valores das prestações correspondentes nos
sistemas Francês e SAC.
Conhecimentos Específicos

R = 600 × 0,21632 = 129,79 (valor da prestação)

Sistema Francês ou Price Portanto, o valor da prestação será de R$ 129,79.

O Sistema Francês, às vezes denominado Sistema Price, Observação:


apresenta as seguintes características: Algumas vezes dispomos apenas da tabela
• O valor da prestação R é constante e periódico, po- com os valores de que é o fator que nos dá
dendo ser obtido pela fórmula baixo, onde P é o valor o valor atual (valor financiado). Para usá-lo
financiado (principal). corretamente devemos lembrar que:

(1 + i ) n ⋅ i 1
R = P⋅ R= × P então P = R ⋅ a n | i
(1 + i ) n − 1 (para pagamentos postecipados) a n| i

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2. Um conjunto de móveis para sala de jantar está sendo Cálculo do Juro
vendido numa loja por R$ 3.000,00 à vista ou em 12
prestações mensais de R$ 440,28, sem entrada. Qual é Como já afirmamos anteriormente, a componente de
a taxa mensal de juros que está sendo praticada neste juro em cada uma das prestações corresponde ao total do
financiamento? juro calculado sobre o saldo devedor do período ante­rior.
Assim, o valor Jk do juro pago na prestação de número
Solução: k será calculado sobre o saldo devedor imediatamente após
o pagamento da prestação de número k – 1.
Sabemos que P = 3.000, R = 440,28 e n = 12
Dividindo R por P, encontraremos um fator da tabela Sendo i a taxa de juro ao período, teremos:
Price.
R 1 Jk = i . SDk – 1 
=
P a 12| i
Desenvolvendo a expressão do saldo devedor SDk - 1,
obteremos a expressão:
440,28
= 0,14676 (fator da tabela Price) J k = ( n − k + 1) ⋅ A ⋅ i
3.000
Obs.: n – k + 1 é o número
ou ainda:
Como n = 12, devemos procurar este fator na linha 12 da de prestação a partir de k.
n - k +1
tabela Price. Assim, observaremos que ele se encontra Jk = ⋅P⋅i
na coluna de i = 10%. n
Portanto, a taxa de juros mensais deste financiamento
é de 10%. Exercícios Resolvidos

Sistema de Amortização Constante (SAC) 1. Um empréstimo de R$ 5.000,00 deverá ser pago em 10


prestações mensais e consecutivas, vencendo a primeira
No sistema de amortização constante, a cota de amorti- 30 dias após a liberação do dinheiro. Considerando que
zação é constante em todas as prestações e o juro pago em o financiamento seja feito pelo Sistema de Amortização
cada uma das prestações corresponde ao total do juro sobre Constante a uma taxa mensal de 5%, pede-se:
o saldo devedor do período anterior. a) o valor da cota de amortização;
Como o saldo devedor decresce a cada período, o va- b) o valor do juro pago na primeira prestação;
lor do juro vai ficando menor a cada prestação que, assim, c) o valor da primeira parcela.
apresentará valores decrescentes.
Admitiremos em nosso estudo somente o caso de pres- Solução:
tações postecipadas, ou seja, com pagamentos ao final de
cada período a partir do primeiro. a) Cálculo da cota de amortização:
Temos P = 5.000 e n = 10

Cota de amortização:

P 5000
A= = = 500, 00
n 10
3
4
5

b) Juro pago na 1ª prestação:


Como não há qualquer parcela paga, o sal-
do devedor é igual ao valor do empréstimo
que é de R$ 5.000,00. Portanto, o juro pago
Cálculo da Cota de Amortização na primeira parcela será:
Como a cota de amortização é constante, podemos obtê-
SD = 5000 e i = 0,05
-la dividindo o valor financiado P pelo número de prestações
do financiamento n:
P J1 = 0,05 × 5000 = 250,00
Cota de Amortização: A =
n
c) Valor da primeira parcela:
Cálculo do Saldo Devedor Uma vez que as parcelas são formadas
Conhecimentos Específicos

Ao pagarmos k prestações pelo SAC, teremos amortizado por uma cota de amortização mais juro,
k cotas de amortização, restando então n-k cotas de saldo. teremos:
Desta forma, o saldo devedor imediatamente após o Cota de amortização.......... A = 500,00
pagamento da prestação de número k será: + juro pago na 1ª parcela..... J1 = 250,00

SDk = (n – k) . A Obs.: n – k é o número de prestações valor da 1ª parcela............. R1 = 750,00


em aberto.
2. Um financiamento de R$ 5.000,00 pelo SAC deverá ser
P pago em 10 prestações mensais e consecutivas, sem
Como A = , podemos escrever:
n carência, com juros de 5% a.m. Determine:
P n−k a) o valor do juro pago na sétima prestação;
SD k = ( n − k ) ⋅ = ⋅P b) o total dos juros pagos durante o financiamento.
n n

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Solução: Solução:

a) Juro pago na 7ª prestação: 1º) Cálculo da 7ª prestação no Sistema Francês


Como 6 das 10 cotas de amortização já foram
pagas nas 6 primeiras parcelas, resta um saldo P = 5000
devedor de 4 cotas de amortização:
tx = 5% UV
1
= 0,12950
Cota de amortização: A =
5000
= 500
n = 10 W
a 10|5
10
1
Saldo devedor: SD = 4 . A = 4.500 = 2.000 R = P⋅
a 10 | 5
O juro pago na 7ª parcela, portanto, será 5% de R = 5000 × 0,12950 = 647,50
R$ 2.000,00
2º) Cálculo da 7ª prestação pelo SAC
J7 = 0,05 × 2000 = 100,00
Cada prestação é composta de uma cota de
b) Total dos juros pagos: amortização (que é constante no SAC) mais o
Observe que os saldos devedores, antes do paga- juro sobre o saldo devedor do período anterior.
mento de cada uma das dez prestações podem
ser indicados em função do valor A da cota de Cota de amortização:
amortização por:
P 5000
A= = = 500,00
10A, 9A, 8A, 7A, 6A, 5A, 4A, 3A, 2A e 1A n 10

O valor do juro pago em cada uma das prestações Valor do juro na 7ª parcela:
é calculado sobre o saldo devedor corresponden-
te, à taxa de 5%. Então o total dos juros pagos ao J7 = SD6 . i
longo de todo o financiamento é: J7 = 4A . i
J7 = 4 × 500 × 0,05 = 100,00
Jtot = 0,05 × 10A + 0,05 × 9A + 0,05 ×
8A + ... + 0,05 × 1A Valor da 7ª prestação pelo SAC:

Colocando os fatores 0,05 e A em evidência, tere- R7 = A = J7


mos: R7 = 500 + 100 = 600,00

J tot = 0,05 × A × (10 + 9 + 8 + ... + 1) 3º) Cálculo da 7ª prestação pelo SAM



termos em P. A. É a média aritmética entre as prestações correspon-
Jtot = 0,05 × A × 55 dentes pelos sistemas Francês e SAC:

Substituindo o valor da cota de amortização, 647,50 + 600 1.247,50


= = 623,75
A = 500, calculado no item anterior, obteremos: 2 2

Jtot = 0,05 × 500 × 55


SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO
Jtot = 1.375,00
Conceito
Sistema de Amortização Misto (SAM) O sistema americano de amortização é aquele no qual
o valor das prestações, que são periódicas, corresponde
Neste sistema, cada uma das prestações é a média apenas aos juros do período, exceto na última prestação
aritmética das prestações correspondentes calculadas pelo em que o total financiado é acrescido ao pagamento dos
Sistema Francês e pelo SAC. juros, amortizando integralmente a dívida. É um sistema de
O juro pago em cada prestação corresponde ao total do cálculos extremamente simples.
Conhecimentos Específicos

juro sobre o saldo devedor do período anterior. Em conse-


quência, tanto a componente do juro quanto a da cota de Exemplo:
amortização de uma dada parcela serão também as médias Um empréstimo de R$50.000,00 deverá ser pago em
aritméticas dos valores correspondentes pelos sistemas 12 prestações mensais, pelo sistema americano com juros
Francês e SAC. de 2% ao mês.
As onze primeiras parcelas, todas de mesmo valor,
podem ser determinadas simplesmente calculando-se os
Exercício Resolvido juros de um mês sobre o total do empréstimo:

1. Um empréstimo de R$ 5.000,00 deverá ser pago em 10 R1 = R2 = ... = R11 = 2% de R$50.000,00


prestações pelo SAM, com juros de 5% a.m. Qual será o
valor da 7ª prestação? R1 = R2 = ... = R11 = R$1.000.00

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A 12ª parcela, sendo a última, deverá incluir o valor 3º – O desembolso mensal total resultante de (1º) e
integral da dívida e, desse modo, amortizá-la totalmente: de (2º).

12ª parcela = R$1.000 + R$50.000,00 = R$51.000.00 Solução:


Trata-se de um empréstimo pelo sistema americano com
Características do Sistema Americano sinking fund a duas taxas.
• Os pagamentos são periódicos.
• Os cálculos para determinação dos valores das 1º – Valores das 11 primeiras prestações:
prestações são bem simples.
• As parcelas – com exceção da última – têm valor fixo (R1 a R11) = i×P
e pequeno em relação ao valor do empréstimo:
(R1 a R11) = 2%×100.000,00
(R1 a Rn−1) = i×P
(R1 a R11) = 2.000,00
• A última parcela tem valor grande, pois amortiza o
valor integral da dívida:
Valor da 12ª prestação:
Rn = P + i×P
Rn = (1+i)×P R12 = P + i×P

• O total dos juros pagos em n prestações no sistema R12 = 100.000,00 + 2.000,00


americano é:
R12 = 102.000,00
JT = n×i×P
2º – Valor da provisão mensal para formação do sinking
• Os valores das prestações não dependem do regime fund:
de capitalização escolhido.

Sinking Fund

Como já sabemos, o valor da última parcela paga pelo


sistema americano é grande, uma vez que deve amortizar o
valor total financiado. Em vista disso, pode tornar-se difícil
efetuar o pagamento da última parcela.
Para contornar essa dificuldade, o tomador do emprés- (1 + j ) n − 1
timo pode formar um fundo de reserva (ou sinking fund) P = R′ ×
reservando, periodicamente, certa quantia, de tal modo que, j
na data do pagamento da parcela final do empréstimo, esse
fundo de reserva tenha acumulado um montante suficiente P = 100.000 (valor total do empréstimo)
para amortizar o valor total financiado. R’ = ? (valor da provisão mensal)
Na prática, paralelamente ao empréstimo, o devedor n = 12 (número de depósitos de provisão)
acaba fazendo uma “poupança programada”, na qual os j = 1% a.m. (taxa de juros)
depósitos periódicos são feitos nas mesmas datas dos pa-
gamentos do empréstimo e ganham juros de modo que, na
data do pagamento da última prestação do empréstimo, o (101)12 − 1
= R′×
100.000
montante final seja igual ao valor original da dívida. 0, 01

Sistema Americano com Sinking Fund a Uma e a Duas Taxas (usando a tabela 2)
Quando a taxa de juros utilizada na formação do fundo
de reserva é igual à taxa do empréstimo, dizemos tratar-se 100.000 = R’ ×12,68250
de sistema americano a uma taxa.
Quando a taxa de juros utilizada na formação do fundo 100.000
de reserva é diferente da taxa do empréstimo, dizemos R’ = = 7.884,88
tratar-se de sistema americano a duas taxas. 12, 6825
Conhecimentos Específicos

Exercício Resolvido 3º - Desembolso mensal total:

Um empréstimo de R$100.000,00 deverá ser pago com D = 2.000,00 + 7.884,88


juros de 2% ao mês pelo sistema americano em 12 prestações
mensais considerando a formação de um sinking fund, D = 9.884,88
paralelamente ao empréstimo, num banco que paga juros
compostos de 1% ao mês.
Nessas condições vamos determinar: Note que este último valor representa a quantidade
1º – O valor de cada uma das 12 prestações devidas; total de recursos mensais que o tomador do
2º – O valor mensal destinado à formação do fundo de empréstimo deverá desembolsar para quitar o
reserva (sinking fund); empréstimo (incluindo o principal da dívida).

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Testes – Rendas Certas financiado em doze prestações mensais iguais, vencendo
a primeira prestação ao fim de um mês, a uma taxa de 4%
1. Um bem foi adquirido, através de um plano de três ao mês. Considerando que este sistema de amortização
prestações de R$200,00 mensais iguais e consecutivas, corresponde a uma anuidade ou renda certa, em que o
postecipadas e sem entrada. A taxa é de 2% ao mês com valor atual da anuidade corresponde ao saldo devedor e
regime de capitalização composta. O valor financiado, que os termos da anuidade correspondem às prestações,
em reais, na data da aquisição é calcule a prestação mensal, desprezando os centavos.
a) 551,90. d) 546,00. a) R$ 900,00 d) R$ 852,00
b) 600,00. e) 576,77. b) R$ 986,00 e) R$ 1.065,00
c) 526,30. c) R$ 923,00

2. (CVM/Analista/2000) Uma dívida no valor de 9. (Esaf) O preço de um automóvel é de $ 50.000,00.


R$ 60.020,54 deve ser paga em sete prestações Um comprador ofereceu $ 20.000,00 de entrada e o
postecipa­das de R$ 10.000,00 a uma determinada taxa pagamento do saldo restante em 12 prestações iguais,
de juros. Considerando esta mesma taxa, calcule o saldo mensais. A taxa de juros compostos é de 5% a.m. O valor
devedor imediatamente após o pagamento da segunda de cada prestação, desprezados os centavos, é
prestação. (Despreze os centavos) a) $ 3.684. d) $ 3.384.
a) R$ 18.860,00 d) R$ 52.421,00 b) $ 2.584. e) $ 3.084.
b) R$ 44.518,00 e) R$ 60.020,00 c) $ 3.184.
c) R$ 50.000,00
10. (Esaf) Um indivíduo deve $ 181.500,00, vencíveis de
3. (AFTN/1996) Um empréstimo de $ 20.900 foi realizado hoje a 6 meses, e $ 380.666,00, vencíveis de hoje a 12
com uma taxa de juros de 36% ao ano, capitalizados meses. Para transformar suas dívidas em uma série
trimestralmente, e deverá ser liquidado através do paga- uniforme de 4 pagamentos postecipados trimestrais, a
mento de 2 prestações trimestrais, iguais e consecutivas partir de hoje, a juros e desconto racional compostos
(primeiro vencimento ao final do primeiro trimestre, de 10% ao trimestre, o valor do pagamento trimestral
segundo vencimento ao final do segundo trimestre). O é, desprezados os centavos,
valor que mais se aproxima do valor unitário de cada a) $ 102.500. d) $ 136.426.
prestação é b) $ 118.207. e) $ 129.343.
a) $ 10.350,00. d) $ 12.433,33. c) $ 140.541.
b) $ 10.800,00. e) $ 12.600,00.
c) $ 11.881,00. 11. (Esaf) Uma roupa é vendida por $ 4.000,00 à vista ou
financiada em 5 prestações iguais, sem entrada. A taxa
4. Um cliente negociou com seu banco depositar de juros é de 24% a.a., utilizando-se a tabela “price”. A 1ª
R$ 1.000,00 ao fim de cada mês, para obter R$ 21.412,31 prestação vence 1 mês após a compra. O valor da pres-
ao fim de 18 meses. A taxa efetiva anual que o banco tação, desprezados os centavos, e a taxa de juros efetiva
pagou ao cliente nesta operação foi de cobrada, em termos anuais, são, respectivamente,
a) 12,00%. d) 24,00%. a) $ 848 e 24,8%. d) $ 848 e 26,8%.
b) 12,68%. e) 26,82%. b) $ 858 e 26,8%. e) $ 858 e 24,8%.
c) 18,00%. c) $ 878 e 26,8%.

5. (Banco Central/Nível Superior/1994) Depositando men- 12. (Esaf) João pretende comprar uma mansão cujo preço
salmente 10 URVs em um fundo que rende 1% ao mês, à vista é de $ 1.000.000,00. A firma vendedora exige
o montante imediatamente após o 20º depósito será de 10% sobre o preço à vista e financia o restante à taxa
a) 244,04 URVs. d) 220 URVs. de juros compostos de 6% a.m., em prestações iguais
b) 240 URVs. e) 202 URVs. e sucessivas. João dispõe para pagar, mensalmente, da
c) 220,2 URVs. quantia de $ 74.741,01. Nessas condições, o número de
prestações é de:
6. (Banco Central/Nível Superior/1994) Tomou-se um em- a) 22 b) 23 c) 24 d) 25 e) 30
préstimo de 100 URVs, para pagamento em 10 prestações
mensais sucessivas iguais, a juros de 1% ao mês, a primei- 13. (Esaf) Uma máquina tem o preço de $ 2.000.000, poden-
ra prestação sendo paga um mês após o empréstimo. O do ser financiada com 10% de entrada e o restante em
valor de cada prestação é de, aproximadamente prestações trimestrais, iguais e sucessivas. Sabendo-se
a) 10,8 URVs. d) 10,2 URVs. que a financiadora cobra juros compostos de 28% a.a.,
b) 10,6 URVs. e) 10,0 URVs. capitalizados trimestralmente, e que o comprador está
c) 10,4 URVs. pagando $ 205.821 por trimestre, a última prestação
Conhecimentos Específicos

vencerá em
7. (AFTN/1991) Quanto devo depositar, mensalmente, a) 3 anos e 2 meses. d) 4 anos.
para obter um montante de $12.000, ao fim de um b) 3 anos e 6 meses. e) 4 anos e 3 meses.
ano, sabendo-se que a taxa mensal de remuneração do c) 3 anos e 9 meses.
capital é de 4% e que o primeiro depósito é feito ao fim
do primeiro mês? 14. (AFC/Esaf/1993) Um indivíduo deseja comprar um carro
a) $12.000 ÷ 15,02580 d) $ 1 2 . 0 0 0 ÷ ( 1 2 × novo aproveitando o seu carro usado como entrada.
b) $12.000 ÷ (12 × 1,48) 1,60103) Sabendo que o saldo a financiar é de $ 211.506,82, que
c) $12.000 ÷ 9,38507 e) $12.000 ÷ 12 a taxa mensal de juros é de 2%, pelo sistema de juros
compostos, e que o pagamento deve ser efetuado em
8. (AFTN/1998) Uma compra no valor de R$ 10.000,00 deve doze prestações iguais, a primeira das quais um mês
ser paga com uma entrada de 20% e o saldo devedor após a compra, qual a prestação?

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a) $ 18.000,00 d) $ 22.000,00 Amortização Constante - SAC, se pelo Sistema Francês
b) $ 19.231,30 e) $ 28.735,70 as prestações são iguais a $ 1.406.766,00?
c) $ 20.000,00 a) $ 1.560.000,00
b) $ 1.776.000,00
15. (AFTN/1985) Um microcomputador é vendido pelo c) $ 1.512.000,00
preço à vista de $ 2.000.000, mas pode ser financiado d) $ 1.680.000,00
com 20% de entrada e a uma taxa de juros de 96% a.a., e) $ 1.726.000,00
“Tabela Price”. Sabendo-se que o financiamento deve
ser amortizado em 5 meses, o total de juros pagos pelo 19. (AFTN/1991) Uma alternativa de investimento possui
comprador é de, aproximadamente, um fluxo de caixa com um desembolso de 20.000 no
a) $ 403.652. d) $ 412.898. início do primeiro ano, um desembolso de 20.000 no
b) $ 408.239. e) $ 420.225. fim do primeiro ano e dez entradas líquidas anuais e
c) $ 410.737. conse­cutivas de 10.000 a partir do fim do segundo ano,
inclusive. A uma taxa de 18% ao ano, obtenha o valor
16. (AFTN/1985) Uma pessoa obteve um empréstimo de atual desse fluxo de caixa, no fim do primeiro ano.
$ 120.000, a uma taxa de juros compostos de 2% a.m., a) 24.940,86 d) 4.940,86
que deverá ser pago em 10 parcelas iguais. O valor dos b) 11.363,22 e) 1.340,86
juros a ser pago na 8ª parcela é de c) 5.830,21
a) $ 5. d) $ 5187.
b) $ 51. e) $ 770. 20. (AFTN/1996) Uma pessoa paga uma entrada no valor
c) $ 518. de $ 23,60 na compra de um equipamento, e paga mais
4 prestações mensais, iguais e sucessivas no valor de
17. Um capital de R$36.000,00 foi financiado através do sis- $ 14,64 cada uma. A instituição financiadora cobra uma
tema de amortização constante (SAC) em 12 prestações taxa de juros de 120% a.a., capitalizados mensalmente
mensais, vencendo a primeira 30 dias após a assinatura (juros compostos). Com base nestas informações, pode-
do contrato. Considerando uma taxa de 5% a.m., o valor mos afirmar que o valor que mais se aproxima do valor
em reais da sexta prestação foi igual a à vista do equipamento adquirido é
a) 4.500,00. a) $ 70,00. d) $ 88,00.
b) 4.350,00. b) $ 76,83. e) $ 95,23.
c) 4,200,00. c) $ 86,42.
d) 4.100,00.
e) 4.050,00.
GABARITO
18. (Esaf) Um banco de desenvolvimento empresta sob as
seguintes condições: Testes – Rendas Certas
i) taxa nominal de juros de 6% a.a., com capitalização
semestral; 1. e 8. d 15. a
ii) prestações semestrais; 2. b 9. d 16. e
iii) Sistema de Amortização Constante - SAC ou, alterna- 3. c 10. e 17. e
tivamente, Sistema Francês. 4. e 11. d 18. a
5. c 12. a 19. e
Pede-se: para um empréstimo de $ 12.000.000,00, qual 6. b 13. b 20. a
seria o valor da primeira prestação pelo Sistema de 7. a 14. c
Conhecimentos Específicos

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Marcelo Andrade segundo plano somente quando o usuá­rio precisar deles.
Ele foi feito para executar programas, hibernar, voltar e se
WINDOWS 7 reconectar a redes sem fio mais rápido. E, com suporte a
64 bits, o usuário aproveita totalmente os mais recentes e
Introdução poderosos computadores de 64 bits.

O Windows 7 é um sistema operacional com caracterís- Personalize seu Computador


ticas gerais semelhantes as suas versões anteriores: O Windows 7 deixa o usuário se expressar facilmente,
• gerencia o software instalado e o hardware disponível com temas, planos de fundo de área de trabalho, apresen-
no computador, permitindo interação entre usuário e tações de slides da área de trabalho personalizados, barra
computador; de tarefas reformulada e gadgets mais flexíveis e divertidos.
• oferece suporte a instalações Plug and Play; Novos downloads estão disponíveis na Galeria de Personali-
• é multitarefa preemptivo, multiusuário e multisessão. zação, para que o usuário possa baixar extras divertidos para
dar um toque pessoal ao seu computador.
Com o intuito de corrigir as muitas falhas do seu último
sistema operacional lançado, o  Windows Vista, e  apro- Avisos que não Chateiam
veitando a oportunidade para lançar algumas novidades, A Central de Ações, uma novidade do Windows 7,
a Microsoft divulgou assim suas melhorias mais interessantes permite que o usuário controle as mensagens de manuten-
para o Windows 7.
ção e segurança. Ele pode ativar ou desativar as notificações
Uma área de trabalho melhor para coisas como o Windows Defender ou o Controle de
Com o Windows 7 é possível acessar as coisas no compu- Conta do Usuário. Se o Windows precisar da sua atenção,
tador mais rápido do que nunca. A Barra de Tarefas tem bo- o  usuário verá uma notificação no canto direito da barra
tões maiores e visualizações em tamanho grande, e o usuário de tarefas.
pode fixar programas nela, para acessá-los com um só clique.
As Listas de Atalhos contêm atalhos para arquivos, pastas e Windows Live Essentials
sites. E o Snap, o Peek e o Shake oferecem maneiras novas,
fáceis e divertidas de se livrar de todas as janelas abertas. O Windows 7 não disponibiliza, em sua instalação padrão,
programas para fotos, filmes, mensagens instantâneas, e-
Listas de Atalhos – Novidade do Windows 7: são listas de -mail, blogs, proteção para a família. Usuários de qualquer
itens abertos recentemente, como arquivos, pastas ou sites, versão do W7 que desejem utilizar programas da Microsoft
organizados pelo programa que o usuário usa para abri-los. para estas finalidades podem baixar do site da empresa um
Além de poder abrir itens recentes usando uma Lista de conjunto de programas chamado Windows Live Essentials
Atalhos, o usuário também pode fixar favoritos na Lista de que inclui Messenger, Galeria de Fotos, Mail, Movie Maker,
Atalhos; dessa forma, é possível acessar de maneira rápida
Writer, Proteção para a Família e a Barra de Ferramentas,
os itens usados diariamente. Para abrir uma Lista de Atalhos,
basta clicar com o botão direito do mouse em um ícone de além do Microsoft Office Outlook Connector, Suplemento
programa na barra de tarefas do Windows 7 ou clicar uma do Office Live e Microsoft Silverlight.
vez sobre ícones no Menu Iniciar.
Utilização do Windows 7
Aero Snap: novo e rápido jeito de redimensionar as jane-
las abertas, simplesmente arrastando-as para as bordas da Ao iniciar o Windows 7, o usuário é recepcionado por
tela. Dependendo de onde o usuário arrastar uma janela, será uma Tela de Boas-vindas, onde deve-se informar o nome
possível expandi-la verticalmente, colocá-la na tela inteira ou do usuário e sua senha para que o Windows efetue seu
exibi-la lado a lado com outra janela. logon (entrada no sistema) e apresente a área de trabalho
personalizada.
Aero Shake: minimiza rapidamente todas as janelas No Windows XP, a Tela de Boas-Vindas pode ser ativada
abertas, exceto a que está sacudida pela barra de título ou desativada. Nesta versão do Windows, não é possível
(arrastada de um lado para outro). desativá-la.
Aero Peek: exibe temporariamente a área de trabalho
apontando para o botão Mostrar Área de Trabalho, na ex- Área de Trabalho
tremidade da Barra de Tarefas.
Ao inicializar o Windows todo o ambiente gráfico visua-
Pesquisa mais Inteligente lizado é definido como área de trabalho, onde encontra-se
Digitando na caixa de pesquisa do menu Iniciar os resul- apenas um ícone, a Lixeira, uma barra horizontal, localizada
Conhecimentos Específicos

tados aparecem instantaneamente, agrupados por categoria, na parte inferior da tela, chamada Barra de Tarefas (Taskbar)
documentos, imagens, músicas, e-mail e programas. e um plano de fundo (papel de parede ou desktop). Outros
ícones (representações gráficas de arquivos, pastas e recur-
Compartilhamento fácil com o Grupo Doméstico sos do sistema) podem ser adicionados à área de trabalho
Com o Grupo Doméstico é simples compartilhar arquivos e ativados por um duplo clique.
e impressoras em uma rede doméstica. Um Grupo Domés- Outros itens presentes na área de trabalho do Windows
tico é um conjunto de computadores em uma rede os quais são os gadgets (bugigangas), miniprogramas que oferecem
podem compartilhar arquivos e impressoras.
informações rápidas e acesso fácil a ferramentas usadas
Feito para ser Veloz com frequência, como apresentação de slides ou manchetes
O Windows 7 tem melhorias de desempenho funda- atualizadas continuamente, calendário, bloco de anotações
mentais para usar menos memória e executar serviços em e medidor de uso da CPU e RAM.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Barra de Tarefas • Barras de Ferramentas: acrescenta ou remove barras
com funcionalidades adicionais à Barra de Tarefas,
Parte da área de trabalho que é, por padrão, visível todo como a Barra de Endereços;
o tempo (mesmo com várias janelas de programas abertos), • Janelas: organiza automaticamente as janelas de
foi completamente reprojetada para ajudar o usuário a ge- programas abertos;
renciar e acessar mais facilmente seus arquivos e programas • Iniciar Gerenciador de Tarefas: mostra a janela do
mais importantes. Ela contém o botão Iniciar, botões fixos da Gerenciador de Tarefas (CTRL + ALT + DEL ou CTRL +
Barra de Tarefas e botões de programas em execução. Cada SHIFT + ESC);
programa aparece como um botão único sem rótulo, mesmo • Bloquear a Barra de Tarefas: impede ou permite que
quando vários itens de um programa estão abertos, para se a barra de tarefas seja movida ou redimensionada.
obter uma aparência limpa e organizada.
A Barra de Ferramentas Inicialização Rápida não está mais Menu Iniciar
disponível, enquanto outras, como a barra de endereços,
ainda podem ser mostradas e agora dispõem de mais espaço. O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas.
A Barra de Tarefas pode ser usada para ver rapidamente Ele dá acesso ao Menu Iniciar, que mostra uma lista de opções
outras janelas abertas sem clicar fora da janela em que está onde o usuário pode iniciar a utilização do sistema, como iniciar
trabalhando. Basta apontar o mouse para um botão da barra programas, abrir pastas usadas com frequência, pesquisar arqui-
de tarefas, e as visualizações de qualquer janela aberta asso- vos, pastas e programas, ajustar configurações do computador,
ciada a esse botão serão exibidas acima da barra de tarefas. obter ajuda para o uso do sistema, desligar o computador, fazer
A Área de Notificação (região mais à direita da Barra de Ta- logoff ou alternar para outra conta de usuário.
refas, onde se localiza o relógio do sistema) contém atalhos para O lado esquerdo do Menu Iniciar permite acesso a to-
programas e informações de status importantes. No passado, dos os programas instalados no computador, inclusive aos
a área de notificação podia às vezes ficar cheia de ícones. Agora, Acessórios do Windows e Ferramentas do Sistema. É atu-
o usuário pode escolher quais ícones estão sempre visíveis e alizado com links para os 10 (dez) programas abertos com
manter o restante deles disponíveis em uma área de exceden- mais frequência pelo usuário atual e, na parte superior são
tes, onde estarão acessíveis com apenas um clique de mouse. fixados atalhos para outros programas, os quais aparecerão
independentemente de utilização frequente.
O botão Mostrar Área de Trabalho foi movido para a
O lado direito permite acessar pastas especiais do Win-
extremidade oposta da barra de tarefas do botão Iniciar,
dows criadas para cada usuário e outros recursos do sistema.
Conhecimentos Específicos

facilitando clicar ou apontar para o botão sem abrir aciden-


talmente o menu Iniciar.
O Menu Iniciar não pode mais ser configurado para ser visuali-
Propriedades da Barra de Tarefas zado usando o estilo de versões antigas do Windows, chamado
Menu Iniciar clássico. O cabeçalho do menu Iniciar, contendo
A Barra de Tarefas pode ser personalizada através do o nome e imagem de exibição do usuário atual, foi transferido
Painel de Controle, usando-se o ícone Barra de Tarefas e para o painel da direita. As opções dos botões do rodapé do
Menu Iniciar ou clicando-se em uma área livre da barra com menu Iniciar do Windows XP foram adaptadas em único botão
o botão direito do mouse e a opção Propriedades. O menu e incluído na base do painel da direita do menu Iniciar.
de contexto apresentado após o clique com o botão direito
em uma área livre da Barra de Tarefas permite realizar as • Trocar Usuário: se houver mais de uma conta de
seguintes atividades: usuário no computador, a Troca Rápida de Usuário é

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um modo fácil de outra pessoa fazer logon no com-
putador sem fazer seu logoff ou fechar os programas
Backup e Restauração : os backups ajudam a
e arquivos da sessão atual. Também disponível após
garantir que os arquivos não serão permanentemente per-
pressionamento de CTRL + ALT + DEL.
didos ou danificados em caso de acidentes. Caso o Backup
• Fazer Logoff: permite a entrada de um novo usuário,
do Windows não tenha ainda sido usado, o  assistente de
fechando todos os programas abertos do usuário atu-
Backup do Windows criará automaticamente uma agenda
al, encerrando a sessão, sem desligar o computador.
para o usuário, que poderá ser alterada. Com o recurso de
• Bloquear: mostra a Tela de Boas-vindas e apenas o
backup do Windows 7 é possível realizar backup e restaura-
usuário atual ou um administrador poderão desblo-
queá-lo. ção de arquivos de todos os usuários do computador e da
• Desligar: fecha todos os arquivos e programas abertos imagem do sistema, lidar com versões anteriores e realizar
e encerra o Windows, para que o computador seja restauração do sistema a um ponto anterior.
desligado com segurança.
• Reiniciar: encerra o Windows, desliga o computador
e o reinicia. Barra de Tarefas e Menu Iniciar : personaliza a
• Suspender: estado de economia de energia que aparência e comportamento da Barra de Tarefas e do Menu
permite que o computador reinicie rapidamente a Iniciar, indicando os tipos de itens a serem exibidos e a ma-
operação de energia plena quando o usuário desejar neira como devem ser mostrados:
continuar o trabalho. • Mantidos: bloquear e ocultar automaticamente a
• Hibernar: estado de economia de energia projetado Barra de Tarefas, comportamento dos ícones inativos
principalmente para laptops. Enquanto a suspensão na Área de Notificação.
coloca o trabalho atual e as configurações na memória
• Alterados: agrupar botões semelhantes para combi-
e usa uma pequena quantidade de energia, a hiberna-
nar e ocultar rótulos dos botões da Barra de Tarefas.
ção coloca no disco rígido os documentos e programas
• Novidades: usar ícones pequenos; Local da Barra de Ta-
abertos e desliga o computador.
refas na tela (inferior, superior, esquerda, direita); ativar/
desativar Aero Peek; ação do botão de energia; arma-
Suspensão Híbrida: projetada especificamente para
zenar e exibir programas e itens abertos recentemente.
computadores desktop. É  uma combinação de suspensão
• Removidos: manter a Barra de Tarefas sobre as outras
e hibernação. Ele coloca todos os documentos e programas
janelas; mostrar o relógio; estilos visuais (Windows XP
abertos na memória e no disco rígido e, em seguida, coloca
o computador em um estado de energia fraca, de forma que ou Clássico); limpar lista de documentos recentes e
o usuário possa retomar rapidamente o seu trabalho. programas usados com mais frequência.

Os itens Executar e Itens Recentes não estão mais Central de Ações : substituiu a Central de Segu-
disponíveis no menu Iniciar, por padrão. Para mostrar o rança do Windows nesta versão do Windows, gerenciando
Executar: as configurações do firewall, o Windows Update, as configu-
1) clicar em Propriedades da Barra de Tarefas e do rações do software antispyware, a segurança da internet e as
Menu Iniciar do Painel de Controle, ou com o botão configurações de controle da Conta do Usuário. A Central de
direito no botão Iniciar / Propriedades. Ações também monitora as configurações de manutenção
2) clicar Menu Iniciar / Personalizar e ativar a opção do computador e fornece links para soluções de problemas e
Comando Executar. outras ferramentas que podem ajudar a corrigir problemas.
Para mostrar os Itens Recentes: É  o local central para exibir alertas e tomar providências
1) clicar em Propriedades da Barra de Tarefas e do que podem ajudar a executar o Windows uniformemente.
Menu Iniciar do Painel de Controle, ou com o botão
direito no botão Iniciar / Propriedades.
2) em Privacidade, marcar a caixa de seleção Armaze-
nar e exibir itens abertos recentemente no menu Iniciar Grupo Doméstico : facilita o compartilhamento
e na barra de tarefas. de bibliotecas e impressoras em uma rede doméstica,
3) clicar no botão Personalizar e ativar a opção Itens permitindo compartilhar imagens, músicas, vídeos, documen­
Recentes. tos e impressoras com outras pessoas do grupo doméstico.
O grupo doméstico é protegido por senha e o usuário poderá
Executar: apresenta uma janela onde, de maneira prática sempre escolher o que vai compartilhar com o grupo.
e rápida, é possível abrir programas instalados no Windows,
arquivos, pastas e quando conectado à internet, sites.
Windows Defender : software antispyware
Itens Recentes: exibe uma lista de até 15 itens, com ata- incluído no Windows e executado automaticamente ao
lhos para os últimos arquivos abertos. A limpeza da lista Do- ser ativado. O uso do software antispyware pode ajudar o
Conhecimentos Específicos

cumentos recentes não exclui os arquivos correspondentes. usuário a proteger seu computador contra spyware e outros
possíveis softwares indesejados.
Caixa de Pesquisa: é uma das maneiras mais convenien- Para ajudar a manter as definições atualizadas, o Windows
tes de encontrar algo no computador. Para usá-la, basta abrir Defender trabalha com o Windows Update para instalar
o menu Iniciar e começar a digitar. À medida que se digita, automaticamente novas definições à medida que elas são
os  resultados da pesquisa são exibidos acima da caixa de lançadas.
pesquisa, no painel esquerdo do menu Iniciar.
Windows Explorer
Painel de Controle: personaliza as configurações do com-
putador, altera a aparência e o funcionamento do Windows, É o gerenciador de arquivos do Windows. No Windows
adiciona e remove programas ou dispositivos de hardware, Explorer, é possível ver a hierarquia das pastas no computador
configura as conexões de rede e as contas de usuário, entre e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta selecio-
outras opções. nada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Elementos das Janelas cutadas junto a este objeto são mostradas na barra,
como em um menu de contexto, mostrando apenas
Embora o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as tarefas que são relevantes. Três botões aparecem
têm alguma coisa em comum. A maioria das janelas possui sempre na Barra de Ferramentas: Organizar, Modos
as mesmas partes básicas: de Exibição e Mostrar o Painel de Visualização:
• Barra de Título 1 : na área superior livre, exibe o título
do arquivo em uso e o nome do programa aberto. No 1.
canto esquerdo, aparece um ícone que representa
o programa que está usando a janela (no Windows
Explorer a Barra de Título não apresenta ícone do
programa ou título do objeto selecionado). No canto
direito são mostrados os botões Minimizar, Restaurar,
Maximizar e Fechar 2 , os quais permitem ocultar a
janela, reduzi-la, alargá-la para preencher a tela in-
teira e fechá-la, respectivamente. Ainda na Barra de
Título, os botões Voltar e Avançar são mostrados 3 ,
a Barra de Endereços 4 , Botão Atualizar 5 e Caixa
de Pesquisa 6 .
• Barra de Menus 7 : contém itens nos quais o usuário
pode clicar para ativar recursos e comandos em um
programa. Por padrão não é mostrada no Windows
Explorer do Windows 7, pois os comandos de menu
mais comuns agora podem ser acessados pela Barra A opção Layout permite mostrar ou ocultar a Barra
de Ferramentas. Quando necessário, o pressionamen-
de Menus e os Painéis de Detalhes 9 , Visualização
Conhecimentos Específicos

to do ALT ou F10 permite visualizá-la temporariamen-


14 , Navegação 10 e Biblioteca 11 .
te. Para fixá-la, deve-se clicar em Organizar / Layout
/ Barra de Menus.
• Barra de Ferramentas 8 : de forma geral, uma Barra
de Ferramentas apresenta botões e menus dropdown 2. Modos de Exibição : ao ser clicada a
distribuídos para facilitar a ativação de recursos do imagem do botão, cinco dos modos de exibição vão
programa, facilitando a execução de tarefas comuns. sendo ativados um a um, em sequência (a opção
No Windows Explorer do Windows 7, a Barra de Fer- Ícones ativa apenas Ícones Grandes). Clicar a seta
ramentas e o Painel de Tarefas do Windows XP foram preta ao lado do botão permite escolher um de um
fundidos e a Barra de Ferramentas atual não apresenta total de oito modos visuais diferentes de ícones.
mais botões para ativar comandos. Sempre que um A guia deslizante permite definir com precisão o
objeto é selecionado, as ações que podem ser exe- tamanho do ícone a ser mostrado.

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Mover e copiar arquivos e pastas

Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel da


direita, arrastando seu ícone para o painel da esquerda, de um
local em uma unidade de armazenamento para outro local...
• Na mesma unidade, MOVE.
• Pressionando simultaneamente CTRL, COPIA.
• Em outra unidade, COPIA.
• Pressionando simultaneamente SHIFT, MOVE.

Usando o botão esquerdo do mouse, a partir do painel


3. Mostrar o Painel de Visualização 14 : mostra da direita, arrastando-se uma pasta ou arquivo e soltando-o
ou oculta o Painel de Visualização. em qualquer local pressionando simultaneamente a tecla
ALT (ou CTRL + SHIFT), será criado um atalho para o arquivo.
• Barra de Status x Painel de Detalhes: a maioria dos Usando o botão direito do mouse, a partir do painel da
programas mostra uma barra horizontal na parte infe- direita, arrastando-se um arquivo para o painel da esquerda
rior da janela onde aparecem informações ao usuário e soltando-o em qualquer local será mostrada uma lista com
sobre o arquivo em uso ou sobre o objeto selecionado opções para copiar, mover ou criar atalho para o arquivo.
na janela. No Windows Explorer, essa Barra de Status
foi substituída por um Painel de Detalhes 9 , que apa-
rece na mesma posição da primeira, mas ocupando um
espaço maior e mostrando mais informações. O painel
de detalhes mostra as propriedades mais comuns as-
sociadas ao arquivo selecionado, como o autor, a data
da última alteração e qualquer marca descritiva que
possa ter sido adicionada ao arquivo.

• Painel de Navegação 10 : substituto do Painel de Pastas,


é um painel à esquerda da área de trabalho do WE que
mostra uma árvore de pastas hierarquizada com atalhos
para todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de tra-
balho, Atalhos Favoritos, Bibliotecas, Grupo Doméstico,
Redes e Pesquisas salvas. Quando uma das pastas deste
Painel é clicada, seu conteúdo é mostrado no Painel do Bibliotecas
Conteúdo 12 (único sempre visível).
No Painel de Pastas podemos visualizar sinais de e Nas versões anteriores do Windows, o gerenciamento
de arquivos significava organizá-los em pastas e subpastas
antes das pastas ou unidades. O sinal de indica diferentes. Nesta versão do Windows, o usuário pode usar
que dentro da unidade ou pasta podemos encontrar também bibliotecas para organizar e acessar arquivos, inde-
outra(s) pasta(s). O sinal de indica que já estamos pendentemente de onde eles estejam armazenados.
visualizando a(s) outra(s) pasta(s) existente(s) naquela Bibliotecas é o local onde o usuário gerencia documentos,
pasta ou unidade. músicas, imagens e outros arquivos. O usuário pode procurar
• Painel da Biblioteca 11 : é exibido apenas quando uma arquivos da mesma forma como faz em uma pasta ou exibir os
biblioteca está sendo visualizada (como a biblioteca arquivos organizados por propriedades como data, tipo e autor.
Documentos) e aparece logo acima do Painel do Uma biblioteca se assemelha em alguns pontos a uma pasta.
Conteúdo. Mostra informações sobre a biblioteca se- Por exemplo, ao abrir uma biblioteca, o usuário vê um ou mais
lecionada, como seu nome e quantos locais estão nela arquivos. Porém, diferente de uma pasta, a biblioteca reúne os ar-
agrupados e permite alterar o modo de organização quivos que estão armazenados em diversos locais. As bibliotecas
dos ícones mostrados no Painel do Conteúdo. não armazenam de fato os itens. Elas monitoram as pastas que
contêm os itens e permitem que o usuário os acesse e organize
• Painel da Visualização 14 : mostra o conteúdo da maioria de várias maneiras. Por exemplo, se o usuário tem arquivos de
dos arquivos. Se uma mensagem de e-mail, um arquivo música em pastas no disco rígido e na unidade externa, poderá
de texto ou uma imagem forem selecionados, seu con- todos esses arquivos de uma vez usando a Biblioteca de música.
teúdo poderá ser visto sem abri-lo em um programa.
Ações com Arquivos
Selecionar vários arquivos e/ou pastas
Conhecimentos Específicos

• Adjacentes: clique o 1º arquivo, mantenha pressiona-


da a tecla SHIFT, clique o último arquivo.
• Não adjacentes: clique o 1º arquivo, mantenha pres-
sionada a tecla CTRL, clique outros arquivos.
Renomear uma pasta ou arquivo selecionado
• Pressionar F2.
• Clique sobre o nome da pasta ou arquivo já selecio-
nado. O Windows tem quatro bibliotecas padrão: Documentos,
• Arquivo / Renomear. Músicas, Imagens e Vídeos. O usuário também pode criar
• Botão direito sobre o arquivo/pasta e clicar Renomear. novas bibliotecas, que podem incluir até 50 pastas.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• Biblioteca Documentos. Organiza documentos de pro- • o Windows reserva, por padrão, 10% da capacidade de
cessamento de texto, planilhas, apresentações e outros armazenamento de cada disco local ou partição para
arquivos relacionados a texto. Por padrão, os arquivos a Lixeira, podendo o usuário configurar esse tamanho
movidos, copiados ou salvos na Biblioteca Documentos até o limite da capacidade total do disco;
são armazenados na pasta Meus Documentos. • é possível configurar a Lixeira para que os arquivos
• Biblioteca Imagens. Organiza as imagens digitais, se- não sejam para ela movidos, mas sempre removidos
jam elas obtidas da câmera, do scanner ou de e-mails permanentemente;
recebidos de outras pessoas. Por padrão, os arquivos • não é possível abrir arquivos que estão na Lixeira;
movidos, copiados ou salvos na Biblioteca Imagens • é possível esvaziar toda a Lixeira, confirmando a exclusão;
são armazenados na pasta Minhas Imagens. • ao restaurar um arquivo da Lixeira, o mesmo voltará
• Biblioteca Músicas. Organiza as músicas digitais, para o local de origem, usando opções do clique duplo /
como as que o usuário copia de um CD de áudio ou Restaurar, botão direito / Restaurar, menu Arquivo /
as baixadas da Internet. Por padrão, os arquivos mo- Restaurar ou clicar o botão Restaurar este item da
vidos, copiados ou salvos na biblioteca Músicas são Barra de Ferramentas;
armazenados na pasta Minhas Músicas. • é possível restaurar arquivos e pastas da Lixeira para
• Biblioteca Vídeos. Organiza e arruma seus vídeos, qualquer outro local usando Recortar / Colar ou
como clipes da câmera digital ou da câmera de vídeo,
arrastando-os;
ou arquivos de vídeo baixados da Internet. Por padrão,
os arquivos movidos, copiados ou salvos na biblioteca • para mostrar novamente o ícone da Lixeira na área de
Vídeos são armazenados na pasta Meus Vídeos. trabalho do Windows: Painel de Controle / Persona-
lização / Alterar ícones da área de trabalho.
Lixeira
Lixeira é uma pasta especial do Windows que pode ser LINUX E SOFTWARE LIVRE
acessada através de seu ícone na área de trabalho ou Windo-
ws Explorer . Quando o usuário exclui um arquivo do Histórico
computador, ele apenas é movido para a Lixeira onde fica tem-
porariamente armazenado até a Lixeira ser esvaziada. Com isso,
Em 1971, quando Richard Stallman iniciou sua carreira
o usuário tem a oportunidade de recuperar arquivos excluídos
e restaurá-los para os locais originais. Características da Lixeira: no Laboratório de Inteligência Artificial do Massachusetts
Institute of Technology (MIT), fazia parte de uma comunidade
• para excluir arquivos e levá-los para a Lixeira, pode-se que incluía empresas e programadores onde havia coopera-
adotar, inicialmente, os seguintes procedimentos: ção entre seus membros, compartilhando programas. Porém,
– pressionar a tecla delete; no início dos anos 1980, quase todos os softwares passaram
– clicar com o botão direito do mouse sobre o objeto a ser proprietários, proibindo e impedindo a livre troca de
a ser excluído e escolher a opção Excluir no menu softwares entre os usuários.
de contexto; Em uma tentativa de trazer de volta o espírito cooperativo
– clicar a opção de menu Arquivo / Excluir; que prevalecia na comunidade de informática nos seus pri-
– recortar o objeto e colar na pasta Lixeira; mórdios, Stallman idealizou o Projeto GNU (Gnu não é Unix)
– arrastar o ícone do objeto para a Lixeira. em 1983, com a intenção de criar um sistema operacional
livre e tornar a cooperação possível outra vez, removendo
• para excluir definitivamente arquivos ou pastas, sem os obstáculos impostos pelos donos dos softwares proprie-
passar pela lixeira, é possível realizar as mesmas ta- tários. Como o interesse pelo Projeto GNU e seus softwares
refas acima, mantendo pressionada a tecla SHIFT; começou a crescer, outras pessoas se envolveram no projeto
• por padrão, uma caixa de diálogo é apresentada ao e, em 1985, foi criada a Free Software Foundation, uma ins-
usuário para confirmar a exclusão de uma pasta ou tituição filantrópica para o desenvolvimento dos softwares
arquivo, exceto quando arrastados para a Lixeira. Essa livres e arrecadar fundos para ajudar a desenvolver o GNU.
caixa de diálogo é uma ferramenta de segurança do O  primeiro objetivo do projeto deveria ser a construção
Windows que tenta impedir exclusões acidentais; de um sistema operacional, que serviria como base para a
• um arquivo, enquanto armazenado na Lixeira, ainda ocupa
instalação de qualquer outro software livre.
espaço no disco rígido de onde foi excluído. Seu espaço
O sistema operacional Unix foi escolhido como modelo
será liberado quando o arquivo for removido da Lixeira;
• não é possível restaurar arquivos excluídos definiti- por ser um software com design geral já testado e portável,
vamente, usando ferramentas disponíveis em uma e  porque a compatibilidade tornava fácil para os atuais
instalação padrão do Windows; usuários do Unix a mudança para o GNU. De 1984 ao início
• apenas arquivos de discos rígidos (HDs) conectados dos anos 1990 o Projeto GNU já havia conseguido produzir
diretamente ao computador vão para a lixeira; todos os componentes principais do sistema operacional,
exceto um, compiladores, editores, formatadores de texto,
software de e-mail e muitos outros estavam prontos, mas
Conhecimentos Específicos

faltava o kernel, o núcleo do sistema.


Em 1991, o estudante finlandês Linus Torvalds desenvol-
veu um kernel Unix-like, batizou-o Linux e o disponibilizou
em 1992. A  combinação do Linux com o quase completo
sistema GNU resultou em um sistema operacional completo:
o sistema GNU/Linux.
A meta do Projeto GNU era dar liberdade aos usuários,
não apenas ser popular. Então, foram criadas algumas regras
de distribuição que evitassem a transformação do software
GNU em software proprietário. O método utilizado é cha-
mado de Copyleft, o qual usa a lei de direitos autorais dos
softwares licenciados (copyright), mas no sentido oposto de

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
seu propósito habitual: em vez de um meio de privatização Conceitos Gerais
do software, torna-se um meio de manter o software livre.
A GNU General Public License (Licença Pública Geral), Sistemas de arquivos: um sistema de arquivos é uma
GNU GPL ou simplesmente GPL é a licença com maior uti- estrutura que indica como os dados devem ser gravados em
lização por parte de projetos de software livre, em grande dispositivos de gravação. É de acordo com os recursos ofere-
parte devido à sua adoção para o Linux. cidos por essa estrutura que é possível determinar o espaço
Em termos gerais, a GPL baseia-se em quatro liberdades: disponível e ocupado em disco, e gerenciar como partes de
um arquivo podem ficar “distribuídas” nas áreas de armaze-
LIBERDADE NRO 0 – Executar o programa, para qual- namento. É também o sistema de arquivos que determina
quer propósito. como os dados podem ser acessados, copiados, movidos,
renomeados, protegidos e eliminados. Portanto, sem um
LIBERDADE NRO 1 – Estudar como o programa funciona
sistema de arquivos, é impossível utilizar um disco rígido (e
e adaptá-lo para as suas necessidades.
outros dispositivos) para armazenamento de informações.
LIBERDADE NRO 2 – Redistribuir cópias de modo que
O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistemas
o usuário possa ajudar ao seu próximo.
de arquivos, de diversos sistemas operacionais, além de
LIBERDADE NRO 3 – Aperfeiçoar o programa e liberar os
alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instala-
seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade
do em dual boot com outros sistemas, como Windows, por
se beneficie deles. exemplo, ele poderá ler e escrever nas partições formatadas
em FAT e NTFS. Entre os sistemas nativos, destacam-se o EXT2
Software livre é o software que vem com permissão para (similar ao FAT32), o EXT3 (similar ao NTFS), EXT4 e o Reiser.
qualquer um copiar, usar e distribuir, com ou sem modifi-
cações, gratuitamente ou por um preço. Em particular, isso Shell e Usuários
significa que o código fonte deve estar disponível.
O Linux, assim como qualquer sistema operacional
Kernel e Distribuições
moderno, é  perfeitamente capaz de oferecer interação
com o usuário por meio de gráficos, fazendo com que seja
No Linux, o kernel é o próprio sistema operacional – o
possível utilizar a maioria de seus recursos através do mouse.
restante é acessório. O kernel do Linux em si é muito pequeno
Porém, em dado momento, o modo gráfico pode não estar
e não tem muita coisa, mas claro que tem o mais importante,
disponível, restando apenas o modo texto (para a inserção
já que ele é o sistema propriamente dito. Porém, para que
de comandos). Além disso, determinadas tarefas só podem
o Linux seja utilizável, é necessário que existam, também,
ser executadas por comandos digitados.
outros programas que, junto com o kernel, façam o sistema
Quando o comando é inserido, cabe ao interpretador de
completo e amigável para um usuário qualquer.
comandos, o shell, executá-lo. O Linux conta com mais de
É aí que entram os Shell (ambientes onde o usuário
um, sendo os mais conhecidos o bash e o sh.
pode comandar o sistema por meio de comandos de texto),
as interfaces gráficas (ambientes que apresentam ícones e Quando um terminal é acessado, uma informação apare-
janelas, como o Windows), os aplicativos (para digitar tex- ce no campo de inserção de comandos. É importante saber
tos, construir planilhas, desenhar e acessar a Internet, por interpretá-la. Para isso, veja os exemplos abaixo:
exemplo) e outros mais.
Muitas empresas e programadores obtêm o Kernel do Exemplo 1 Exemplo 2
Linux e juntam a ele outros programas que julgam importan- root@tosha: /root# marrrcelo@queijominas:~$
tes. Cada uma dessas mesmas pessoas ou instituições relança
o Linux com seu próprio nome, ou com algum “apelido”, Nos exemplos, a palavra existente antes do símbolo @
chamado Distribuição Linux. diz qual o nome do usuário que está usando o terminal.
Algumas distribuições são bem pequenas (cabendo em Os nomes que aparecem depois do @ indicam o computador
um disquete ou em um CD) e outras já são bem maiores (com que está sendo acessado seguido do diretório.
centenas de programas juntos). O  que diferencia uma da O caractere que aparece no final indica qual o poder do
outra é a maneira como são organizados e pré-configurados usuário. Se o símbolo for #, significa que usuário tem poderes
os aplicativos e como será feita a instalação do sistema. São de administrador (root). Por outro lado, se o símbolo for $,
exemplos de distribuições: Red Hat, Slackware, Suse, Fedora, significa que este é um usuário comum, incapaz de acessar
Debian, Mandrake, Conectiva, Mandriva, Kurumin, Ubuntu, todos os recursos que um administrador acessa. Indepen-
Gentoo, Knopix, Turbo Linux, Mint. dentemente de qual seja, é depois do caractere $ ou # que
o usuário pode digitar os comandos.
Dual Boot Interface Gráfica: o sistema Linux pode se apresentar
para o usuário do mesmo modo amigável que o Windows.
Dual boot ou multi boot é a possibilidade de se escolher O Linux tem ambientes gráficos, permite o uso do mouse
um entre vários sistemas operacionais disponíveis para um e ícones, janelas e menus. As  interfaces gráficas mais co-
Conhecimentos Específicos

mesmo computador. Quando dois ou mais sistemas estão nhecidas são a KDE, Gnome (GNU Network Object Model
instalados em um mesmo disco rígido particionado, é neces- Environment), Blackbox e X11 (X Windows System).
sária a instalação de um gerenciador de boot (boot manager)
que consiste em um programa instalado a partir do Linux que Comandos
gerencia o setor de boot do HD (MBR – Master Boot Record)
permitindo a inicialização seletiva do sistema operacional, ou Para utilizar os comandos em Linux, basta digitá-los e
seja, ele apresenta um menu de opções para que o usuário pressionar a tecla Enter. É importante frisar que, dependendo
possa escolher um entre os sistemas operacionais disponíveis da distribuição Linux utilizada, um ou outro comando pode
para aquela inicialização. estar indisponível. Além disso, alguns comandos só podem
Entre os gerenciadores de boot mais comuns estão ser executados por usuários com privilégios de administrador.
o GNU/Grub (GRand Unified Bootloader) e o LILO (LInux A relação a seguir mostra os principais comandos segui-
LOader). dos de uma descrição:

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cal (calendar) – exibe um calendário. de forma sequencial, sem nenhuma relação de dependência
cat arquivo (concatenate) – concatena arquivos ou mos- entre eles, usa-se o caractere “;” (ponto e vírgula):
tra o conteúdo de um arquivo.
cat info.txt cd /home/marrrcelo;cat info.txt;sleep 60;shutdown – h +5
resultado: mostra o conteúdo do arquivo info.txt na tela.
cat info.txt info2.txt resultado: vai para a pasta do usuário marrrcelo, mostra o
resultado: concatena os arquivos info.txt e info2.txt e conteúdo do arquivo info.txt, aguarda 60 segundos e desliga
mostra o resultado na tela. o computador em 5 minutos.
cd diretório (change directory) – abre um diretório. Por Para a execução de comandos em segundo plano (back-
exemplo, para abrir a pasta /mnt, basta digitar cd /mnt. Para ground), deixando o Shell livre para a execução de outros co-
ir ao diretório raiz a partir de qualquer outro, digite cd / ou mandos, deve-se usar o “&” (E comercial) ao final do comando:
cd ~ para ir à pasta pessoal do usuário atual.
clear – elimina todo o conteúdo visível, deixando a linha find – name info.txt &
de comando no topo, como se o sistema acabasse de ter resultado: procura pelo arquivo de nome info.txt em
sido acessado. segundo plano, liberando o Shell para a digitação de outros
cp origem destino (copy) – copia um arquivo ou diretório comandos.
para outro local. Por exemplo, para copiar o arquivo info.txt Para a execução de comandos concatenados (encadeados
com o nome info2.txt para /home, basta digitar cp info.txt ou conectados) onde o segundo aproveite o resultado do
/home/info2.txt. primeiro na sua execução pode-se utilizar o caractere “|”
df – mostra o espaço livre/ocupado pelas partições. (pipe, barra vertical).
du diretório (directory usage) – mostra o espaço em disco
ocupado por um diretório recursivamente. ls – R | lpr
emacs – abre o editor de textos emacs. resultado: lista diretórios e sub-diretórios recursivamente
find diretório parâmetro termo – o comando find serve e envia essa informação para o próximo comando, que irá
para localizar informações. Para isso, deve-se digitar o co- imprimi-la.
mando seguido do diretório da pesquisa mais um parâmetro
e o termo da busca. Parâmetros: Diretórios
– name – busca por nome
– type – busca por tipo No Linux, o sistema de diretórios e arquivos começa na
– size – busca pelo tamanho do arquivo raiz, simbolizada por “/”. Abaixo dela é possível achar os dire-
– mtime – busca por data de modificação tórios dos usuários, das configurações globais, dos programas
halt – desliga o computador. instalados e dos dispositivos disponíveis no computador. Essa
kill – encerra (mata) processos em andamento. estrutura foi inspirada no Unix e é usada em quase todas as
ls (list) – lista os arquivos e diretórios da pasta atual.
distribuições Linux.
lpr arquivo – imprime o arquivo especificado.
mv origem destino (move) – move o arquivo ou o dire-
/bin – contém arquivos programas do sistema que são
tório para o destino especificado.
usados com frequência pelos usuários.
mkdir diretório (make directory)  – cria um ou vários
diretórios (separados por espaços) dentro do diretório atual. /boot – contém arquivos necessários para a inicialização
passwd usuário (password) – cadastra ou altera senha, do sistema.
bloqueia (-l) e desbloqueia (-u) usuários. /cdrom – ponto de montagem da unidade de CD-ROM.
ps (process stat) – mostra os processos em execução. /media – ponto de montagem de dispositivos diversos do
pwd (pathway directory) – mostra o diretório em que o sistema (rede, pendrives, CD-ROM em distribuições mais novas).
usuário está. /dev – contém arquivos usados para acessar dispositivos
rm arquivo (remove) – apaga o arquivo especificado. (periféricos) existentes no computador.
rmdir diretório (remove directory) – apaga o diretório /etc – arquivos de configuração de seu computador local.
especificado, desde que vazio. /floppy – ponto de montagem de unidade de disquetes.
shutdown – desliga ou reinicia o computador. /home – diretórios contendo os arquivos dos usuários.
su (subsitute user) – alterna o usuário atual. /lib  – bibliotecas compartilhadas pelos programas do
tar -xzvf arquivo.tar.gz – extrai um arquivo compactado sistema e módulos do kernel.
em tar.gz. /lost+found – local para a gravação de arquivos/diretórios
who – mostra os usuários conectados ao sistema, o ter- recuperados pelo utilitário fsck.ext2. Cada partição possui
minal, data e hora da conexão. seu próprio diretório lost+found.
whoami – exibe o nome do usuário que está conectado. /mnt – ponto de montagem temporário.
/proc – sistema de arquivos do kernel. Este diretório não
Praticamente todos os comandos citados possuem parâ- existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e
metros que permitem incrementar suas funcionalidades. Por usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam
configurações do sistema ou modificar o funcionamento de
Conhecimentos Específicos

exemplo, se o usuário digitar o comando ls com o parâmetro


-R (/s -R), este mostrará todos os arquivos do diretório atual dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos.
e subdiretórios, inclusive os arquivos ocultos (o parâmetro R /root – diretório do usuário root.
gera uma operação recursiva, pois varre diretórios). /sbin – diretório de programas usados pelo superusuário
A forma mais prática de conhecer os parâmetros disponí- (root) para administração e controle do funcionamento do
veis para cada comando é consultando as informações de aju- sistema.
da. Para isso, pode-se usar a chave-help após o comando para /tmp – diretório para armazenamento de arquivos tem-
o qual se deseja conseguir informações. Também é possível porários criados por programas.
utilizar os comandos man, help ou info, seguidos do comando /usr – contém maior parte de seus programas. Normal-
para o qual se deseja obter informações mais detalhadas. mente acessível somente como leitura.
Alguns comandos podem ser utilizados em conjunto, um /var – contém maior parte dos arquivos que são gravados
após o outro, na mesma linha de comando, usando alguns ca- com frequência pelos programas do sistema, e-mails, spool
racteres especiais. Para a execução de dois ou mais comandos de impressora, cache etc.

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BACKUP Tipos de Backup
O termo backup é usado para descrever uma cópia de Normal
segurança. Caso dados originais sejam apagados ou substi-
tuídos por engano ou se tornem inacessíveis devido a falhas, O backup Normal copia todos os arquivos indicados,
é possível usar a cópia para restaurá-los. não verificando dentre eles quais possuem marcação. Após
a realização do processo de cópia, marca todos os arquivos
Fazer backup NÃO significa compactar arquivos para que como tendo passado por backup. Pode realizar a compressão
ocupem menos espaço e liberarem espaço em disco. dos arquivos copiados, é demorado e ocupa muito espaço
em mídia.
O procedimento de arrastar o ícone de arquivos e pastas para É utilizado quando os arquivos são copiados pela primeira
um local qualquer, criando uma cópia deles, é considerado vez ou no início de uma estratégia de backup, podendo ser
uma forma de backup de dados. seguido por repetidos processos de backup diferencial ou
incremental.
A realização de backups objetiva minimizar a probabilidade O backup Normal pode também é conhecido por Total,
de perda de dados importantes, enquanto a realização de Global, Full ou Completo.
restauração visa recuperar dados previamente armazenados.
Qualquer mídia não volátil pode ser usada para armaze- Incremental
namento de dados “backupeados”, sendo comum o uso de
fita magnética, pois sendo uma unidade de armazenamento Backup que copia somente os arquivos criados ou alte-
removível, possui a vantagem de permitir transporte de rados desde o último backup normal ou incremental (veri-
dados de maneira prática e rápida. fica marcação) e marca todos os arquivos como tendo sido
Dispositivos como pen drives, disquetes de 3½” e discos submetidos a backup, ou seja, o atributo de arquivamento
rígidos locais ou acessíveis em rede também são úteis para é desmarcado.
a realização de cópias de segurança. Quando se está executando uma combinação de backups
Existem softwares capazes de automatizar o processo de normais e incrementais para restaurar os dados, será preciso
criação de backups, como o Microsoft Backup, incluído no ter o último backup normal e todos os conjuntos de backups
Windows XP e acessível em Iniciar / Todos os programas / incrementais criados deste o último backup normal.
Acessórios / Ferramentas do Sistema / Backup. Este utiliza a Usa menor quantidade de mídia porque apenas os dados
extensão .bkf (backup files) em seus arquivos e pode realizar que foram modificados ou criados desde o último backup
os procedimentos mais comuns de backup: Cópia Simples, total ou incremental são copiados. Entretanto, a restauração
Diário, Normal, Diferencial e Incremental. de arquivos gravados em backups incrementais é mais
trabalhosa do que a restauração de um arquivo em um
Marcação backup completo ou diferencial, porque diferentes arquivos
de backup incremental podem conter versões diferentes do
No Windows, todos os arquivos têm três atributos mesmo arquivo.
básicos: Oculto, Somente Leitura e Arquivamento. Se este
último estiver marcado, o  arquivo deverá ser copiado no Diferencial
próximo backup.
Backup que copia somente os arquivos criados ou alte-
rados desde o último backup normal (verifica marcação) e
não os marca como arquivos que passaram por backup (não
remove a marcação). Usa maior quantidade de mídia que o
backup incremental, porque todos os dados que foram modi-
ficados ou criados desde o último backup total são copiados.
Quando se está executando uma combinação de backups
normal e diferencial, para restaurar arquivos e pastas serão
necessários apenas o último backup normal e o último
backup diferencial. Portanto, a  restauração de arquivos
gravados em backups diferenciais é mais simples e rápida do
que a restauração de um arquivo em um backup incremental.

Cópia Simples
Conhecimentos Específicos

O backup de cópia copia todos os arquivos selecionados,


mas não marca cada arquivo como tendo sofrido backup.
É útil no caso de se efetuar backup de arquivos entre os ba-
ckups normal e incremental, pois ele não afeta essas outras
operações de backup.
Novos arquivos têm, por padrão, o  atributo marcado.
Alguns processos de backup removem essa marcação quando
realizados. Nesses casos, os arquivos que tiveram a opção O
Diário
arquivo está pronto para ser arquivado desativada são ditos
identificados ou “marcados” como tendo participado de pro- O backup diário copia todos os arquivos selecionados que
cesso de backup ou “perderam a marcação”. Se o usuário mo- tenham sido criados ou modificados na data da execução
dificar e salvar o arquivo, o atributo será ativado novamente. do backup.

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MICROSOFT OFFICE WORD 2010 1.2. Teclas de atalho e Dicas de Teclas
Os atalhos que iniciam com a tecla CTRL permanecem iguais
aos das versões anteriores. Entretanto, novos atalhos são usados
em conjunto com a tecla ALT: as Dicas de Teclas. Procedimento:
1º Pressionar ALT (ou F10) mostrará as identificações
de Dicas de Teclas para todas as guias da Faixa de Opções
e os comandos da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
O Microsoft Office Word 2010 é a 14ª versão do proces-
sador de textos mais usado do mundo, lançado em 1983 para
DOS e em 1989 para Windows. É um software que facilita a
criação, edição e publicação de textos, permitindo ainda a
inserção de imagens, de tabelas, gráficos.
O Word 2010 oferece uma variedade de ferramentas
novas e aprimoradas para dar um visual profissional ao tex-
to, economizar tempo e simplificar o trabalho de edição e
formatação dos documentos e trabalhar melhor em conjunto 2º Pressionar a Dica de Tecla da guia que deseja exibir:
com outros usuários. isso fará com que todas as Dicas de Teclas dos comandos
dessa guia apareçam.
1. Área de Trabalho
1.1. Faixas de Opções

Também chamadas de menus horizontais, guias ou


abas foram introduzidas no Office 2007. Esse novo com-
ponente do Office Fluent agrupa as ferramentas por tarefa,
mantendo os comandos usados com mais frequência sempre
à mão. Os antigos menus e barras de ferramentas do Word
2003 foram fundidos e se estendem em sentido horizontal 3º Pressionar a Dica de Tecla do comando desejado.
de uma ponta à outra da interface. Cada uma das oito guias
básicas (Arquivo, Página Inicial, Inserir, Layout da Página, Podem ser usadas as teclas direcionais ou Tab após a
Exibição possui
Referências, Correspondências, Revisão e Exibição) ativação da Faixa de Opções.
vários Grupos que mostram os comandos agrupados por 1.3. Barra de Ferramentas de Acesso Rápido
funcionalidade. Um Comando pode ser um botão, uma
caixa ou um menu (galeria). Mais opções de cada grupo po- Apresenta, por padrão, os comandos Salvar, Desfazer e
dem ser acessadas em uma janela, clicando nos Iniciadores Repetir (Refazer) e pode ser personalizada para mostrar
outros botões desejados. Eles estarão sempre disponíveis,
de caixa de diálogo ,marcas em forma de seta diagonal não importando qual guia esteja sendo usada.
existentes no canto inferior direito de alguns grupos.
1.4. Menu Arquivo
Guias adicionais aparecerão sob demanda para outras
áreas de atividade, sempre que imagens, tabelas, desenhos, Substitui o Botão Office da versão anterior, apresentando
diagramas (SmartArts) e gráficos forem selecionados. várias opções do menu Arquivo do Word 2003, como Novo,
Um clique duplo sobre qualquer guia irá ocultar toda Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, Fechar. Uma nova coluna
a Faixa de Opções, até que uma das guias seja clicada duas com várias opções aparece à direita dos botões mostrando
vezes novamente. recursos adicionais, como em Recente, Novo e Imprimir. CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

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1.5. Estilos Rápidos

São ferramentas disponíveis em vários grupos nas Faixas


de Opções capazes de aplicar uma série de efeitos profis-
sionais ao documento de forma rápida e fácil. Aparecem
na forma de galerias (menus com imagens da aplicação do
efeito) e podem ser pré-visualizadas antes de sua aplicação
simplesmente passando o mouse sobre as opções. São Recuo especial de primeira linha
exemplos: na guia Página Inicial, grupo Estilo; guia Inserir,
Cabeçalho, Folha de Rosto, Caixa de Texto, Equação; guia Recuo especial de deslocamento
Layout da Página, Temas e Marca d’água.
Recuo à esquerda
Recuo à direita

Botão esquerdo 2x: Página Inicial / Parágrafo – os re-

cuos especiais não podem ser negativos ou (CTRL + M).

1.8. Navegação

Permite navegar pelo documento, acessando com agilida-


de alguns objetos como páginas, gráficos, tabelas e seções.

Início / Edição / Localizar ou


Selecionar objeto da procura: CTRL + ALT + HOME
Ir para próximo objeto: CTRL + PageUp
Ir para objeto anterior: CTRL + PageDown

1.9. Barra de Status

Área horizontal na parte inferior da janela do Word


que fornece informações sobre o estado atual do que está
sendo exibido na janela e quaisquer outras informações
contextuais.

1.6. Visualização Dinâmica 1.9.1. Número da seção


Mostra qual trecho do documento está sendo visualizado.
Mostra uma visualização da forma como um recurso afeta Uma seção pode ter configurações gerais (layout) totalmente
o documento ao passar o mouse sobre uma opção de forma- distintas de outra, como numeração de páginas, colunas,
tação de fonte, estilo, imagem etc. A formatação será aplicada cabeçalhos e rodapés, orientação do papel etc. Layout
ao documento apenas após o clique com o mouse (desativação da Página / Configurar Páginas / Quebras.
em Arquivo / Opções / Geral / Visualização Dinâmica).
quebras atalhos (ENTER)
1.7. Réguas coluna CTRL + SHIFT + ENTER
linha SHIFT + ENTER
As réguas horizontais e verticais no Word são normal- página CTRL + ENTER
mente usadas para alinhar texto, gráficos, tabelas e outros
elementos em um documento. Podem ser ocultadas e
possibilitam controlar a formatação das margens, cabeçalho 1.9.2. Número de Páginas
e rodapé, recuos, tabulação. Mostra a sequência da página atualmente visualizada
dentro do total de páginas do documento. Não pode ser
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

1.7.1. Cabeçalho e Rodapé alterada pelo usuário.


Áreas situadas nas margens superior e inferior, de cada
página de um documento, onde pode-se inserir textos ou 1.9.3. Contar Palavras
elementos gráficos – como números de página, data, logotipo Conta o número de palavras no documento durante
de uma empresa, o nome de arquivo do documento— que sua edição. O Word 2010 também pode contar páginas,
são impressos no início ou no fim de cada página de um parágrafos, linhas e caracteres, incluindo ou não os espaços.
documento. Inserir / Cabeçalho e rodapé

1.7.2. Recuos Revisão / Revisão de Texto / Contar Palavras, ,


Determinam a distância das linhas dos parágrafos sele- CTRL + SHIFT + G ou Arquivo / Informações / Propriedades
cionados em relação às margens esquerda ou direita. / Propriedades Avançadas / Estatísticas

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1.9.4. Status da verificação de ortografia e gramática 2. Seleção com o Mouse
Indica se o documento possui erros de ortografia ou
gramática. Local clicar... seleciona...
2x sobre uma palavra a palavra
com erros verificando erros 1x sobre uma palavra, com
a frase onde está a palavra
a tecla CTRL pressionada
3x sobre uma palavra o parágrafo onde está a palavra
e arrastar ou com a tecla
do início ao fim do trecho
sem erros SHIFT pressionada

texto
selecionando um trecho,
segurar CTRL, selecionar trechos não adjacentes
Botão esquerdo sobre o ícone que indica a existência outros trechos
de erros mostra um menu com opções de correção para o e arrastar sob qualquer
erro mais próximo do cursor. trecho, com a tecla ALT uma área retangular
pressionada
1.9.5. Modos de exibição 1x a linha mais próxima do clique

esquerda
margem
Visualizações diferenciadas do documento em edição, 2x o parágrafo próximo ao clique
adequadas à tarefa realizada. 3x (ou CTRL + clique) o documento todo (texto todo)

2.1. Minibarra de Ferramentas

Ao selecionar texto em um documento, a Minibarra de


ferramentas aparecerá de maneira desbotada. Apontar o
mouse para ela fará com que fique sólida e será possível
clicar em uma opção de formatação nela.

Modo de Exibição Layout de Impressão (WYSIWYG):


mostra como o texto, os elementos gráficos e outros ele-
mentos serão posicionados na página impressa. Itens como
cabeçalhos, notas de rodapé, colunas e caixas de texto apa-
recem em suas posições reais. É o único modo de exibição
onde pode-se visualizar e editar o cabeçalho e o rodapé. 3. Menu Arquivo (ALT + A)
Mostra todas as ferramentas de edição disponíveis no
Word. Fora do trabalho de escrever e formatar texto, muito
do que se faz no Word tem a ver com o gerenciamento de
Modo de Exibição Layout de Leitura. arquivos, executando-se tarefas comuns como abrir, fechar,
Modo de Exibição Layout da Web. salvar, imprimir e criar novos documentos. A organização dos
comandos no menu Arquivo é agora conhecida como modo
Modo de Exibição Estrutura de Tópicos. de exibição Backstage, pois é onde são executadas as tarefas
Modo de Exibição Rascunho: mostra a formatação do de “bastidores” no programa.
texto, mas simplifica o layout da página, permitindo digitar A exibição padrão é Informações, que mostra informa-
ções sobre o arquivo em uso, como tamanho, número de pa-
e editar o texto rapidamente. No modo normal as quebras
lavras e páginas e a data da última alteração. É aqui também
de página, os cabeçalhos e rodapés, os planos de fundo, onde se converte um arquivo de versão anterior, definem
os objetos de desenho e as imagens que não possuam a permissões, prepara o compartilhamento de um documento
disposição Alinhado com o texto não aparecerão. e gerencia diferentes versões que tenham sido salvas.

CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

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Propriedades: útil para facilitar a localização posterior As configurações do Word também estão disponíveis
de arquivos em buscas. Edita campos das propriedades do
documento (autor, título, assunto etc.) em uma barra entre no menu Arquivo, no item (ALT + A + O).
a Faixa de Opções e o texto. Com ele é possível definir como o documento é exibido na
tela, como o Word corrige e formata texto automaticamente,
o idioma e a tipografia usados no documento e outras opções
de edição de documentos. Também é possível personalizar
as Faixas de Opções, escolhendo exatamente o que aparece
: apresenta ações que podem ser usadas em cada uma delas.
após o final da edição do documento, preparando-o para
distribuição.

(ALT + A + N): mostra o painel de


Marcar como final: salva e transforma o documen- modelos de documentos disponíveis,o qual permite a criação
to em Somente Leitura, indicando que a edição foi concluída de documentos em branco ou seguindo modelos off-line e
(ícone na barra de status). online.

Criptografar com senha: protege o documento


contra acessos não autorizados, inserindo uma senha de
proteção criptografada (privacidade e confidencialidade).

Restringir edição: controla quais alterações po-


dem ser realizadas por pessoas no documento, limitando
sua formatação à aplicação de alguns estilos, preenchimen-
to de formulários, inserção de comentários ou alterações
controladas.

Restringir permissão por pessoas: concede e


impede acesso de pessoas às alterações do documento,
usando o Serviço de Gerenciamento de Direitos Autorais
da Microsoft.

Adicionar uma assinatura digital: salva e marca o A tecla de atalho CTRL + O cria imediatamente um do-
documento como Versão Final, mostra o painel Assinaturas, cumento novo, em branco, pronto para edição, em uma nova
trava as Faixas de Opções e não permite alterações. Garante janela, sem alterar o documento atual.
autenticidade, irretratabilidade e integridade ao documento.

(CTRL + A): mostra uma janela


que permite escolher arquivos, previamente gravados
em uma unidade de armazenamento qualquer, que serão
: ao abrir um documento no Word 2010 cria- recolocados na memória RAM para que sejam alterados
do no Word 2003, XP ou 2000, o Modo de compatibilidade é pelo usuário. É  possível abrir com as seguintes opções:
ativado e [Modo de compatibilidade] é mostrado na barra de como Somente Leitura (não é permitido salvar alterações
título da janela do documento. O Modo de compatibilidade no documento aberto); como Cópia (duplica o arquivo);
garante que nenhum recurso novo ou aperfeiçoado no Word no Navegador; com Transformação, no Modo de Exibição
2010 esteja disponível, de modo que as pessoas que estive- Protegido e Abrir e Reparar.
rem usando versões mais antigas do Word tenham recursos
de edição completos. É possível trabalhar no Modo de com-
patibilidade ou converter o documento para o formato de (CTRL + B): salva as alterações
arquivo do Word 2010. A conversão do documento permite
Conhecimentos Específicos

realizadas no documento atual, usando as mesmas infor-


acesso aos recursos novos e aperfeiçoados no Word 2010,
mações do arquivo aberto (nome, local de armazenamento,
incluindo o novo formato de arquivo DOCX:
extensão). Se o arquivo foi aberto como somente leitura ou
• ajuda a tornar os documentos mais seguros, separan-
estiver sendo salvo pela primeira vez, a janela Salvar como...
do arquivos que contêm scripts ou macros, facilitando
aparecerá.
a identificação e o bloqueio de códigos ou macros
indesejados (extensões DOCM e DOTM);
• ajuda a diminuir o tamanho de arquivos de documento;
• ajuda a tornar os documentos menos suscetíveis a (F12): mostra uma lista de
danos; opções para que o usuário salve o documento atual com
• capacidade de utilizar recursos novos, como o Ele- outro nome, em outro local (cria cópias de segurança) e com
mento Gráfico SmartArt. outras extensões:

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
• Documento do Word – Mantém a extensão DOCX. imagem do botão desfaz apenas a última ação. A setinha
• Documento Habilitado para Macro – Extensão DOTM. preta ao lado da ferramenta dá acesso a uma listagem das
• Documento do Works – Salva uma cópia com formato ações que podem ser desfeitas, sempre em conjunto.
WPS.
• Modelo do Word – Salva o documento como um mo-
delo que poderá ser usado para formatar documentos
futuros. Repetir (CTRL + R ou F4): repete a última ação.
• Documento do Word 97‑2003 – Salva uma cópia do Disponível até que o comando desfazer seja usado, quando
documento que será totalmente compatível com o aparecerá em seu lugar o botão Refazer.
Word 97-2003.
• Texto OpenDocument – Salva o documento no for-
mato Documento Aberto (ODT). Refazer (CTRL + R): refaz as ações desfeitas pelo
• PDF ou XPS – Publica uma cópia do documento como comando Desfazer. Clicar na setinha preta à direita da ferra-
um arquivo PDF ou XPS. menta dá acesso a uma lista das ações que se pode refazer.
• Outros formatos – Abre a caixa de diálogo Salvar As ações devem ser refeitas imediatamente após desfeitas,
como para selecionar entre todos os tipos de arquivos sob pena de se desabilitar a ferramenta.
possíveis (TXT – texto sem formatação; RTF – Rich Text
Format; HTML – página Web; XML – linguagem de
5. Formatação de Fonte e Parágrafo
marcação extensível). Não é possível salvar arquivos do
Word com a extensão XLS (Excel) ou PPT (PowerPoint). 5.1. Guia Página Inicial – Grupo Fonte

Para se formatar uma palavra não é necessário selecioná-


(ALT + A + P ou CTRL + P): mostra a -la. Basta que o cursor esteja dentro da palavra (entre dois
janela de opções da impressão, onde é possível escolher caracteres quaisquer da palavra).
intervalos de páginas a serem impressas, quantidade de có-
pias, qualidade de impressão, entre outros... Clicar o botão

imprime imediatamente uma cópia de todo


o documento (independentemente da seleção atual), na
impressora padrão, com as opções que estiverem definidas
no momento. Tipo da Fonte
Tamanho da Fonte
Lista predefinida: 8 a 72 (intervalos irregulares)
Limites: mínimo 1 e máximo 1638 (variações de 0,5)
Aumentar Fonte:
CTRL + > (lista predefinida) ou CTRL + ] (um ponto)
Reduzir Fonte:
CTRL + < (lista predefinida) ou CTRL + [ (um ponto)
Maiúsculas e Minúsculas: altera a capitalização do
texto selecionado.
Limpar Formatação: CTRL + Space
Negrito: CTRL + N ou CTRL + SHIFT + N
Itálico: CTRL + I ou CTRL + SHIFT + I
Sublinhado: CTRL + S ou CTRL + SHIFT + S
Aplica à seleção o último estilo de sublinhado
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

selecionado nas opções da seta. A tecla de atalho


sempre aplica sublinhado simples.
Tachado
Subscrito: CTRL + =

4. Desfazer e Refazer Sobrescrito: CTRL + +


Efeitos de texto: aplica um efeito visual ao texto
selecionado como sombra, brilho e reflexo.
Desfazer (CTRL + Z): desfaz todas as ações Realce
realizadas na sessão de uso atual do documento. Clicar na Cor da Fonte

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Todas em Versalete (caixa
Maiúsculas alta)
espaçamento entre linhas: define o
espaço vertical entre as linhas dentro dos parágrafos sele-
cionados texto.
CTRL + SHIFT + A CTRL + SHIFT + K

5.2. Guia Página Inicial – Grupo Parágrafo


Simples (CTRL + 1) 1,5 (CTRL + 5) Duplo (CTRL + 2)

Mostrar Tudo (CTRL + *): mostra os caracteres Sombreamento: colore o plano de fundo atrás do
não imprimíveis, como marcas de parágrafo e outros símbo- texto ou parágrafo selecionado.
los de formatação ocultos. Bordas

5.2.1. Quebras de linha e de página (paginação)

5.2.1.1. Controle de linhas órfãs/viúvas: evita que o


Word imprima a última linha do parágrafo sozinha no início
de uma página (viúva) ou a primeira linha do parágrafo so-
zinha no final de uma página (órfã). Essa opção está ativada
por padrão. Um documento com aparência profissional
nunca termina uma página com apenas uma linha de um
novo parágrafo, ou começa uma página com apenas a últi-
ma linha da página anterior. A última linha de um parágrafo
sozinha no topo de uma página é conhecida como viúva.
A primeira linha de um parágrafo sozinha na parte inferior
Para se formatar um parágrafo não é necessário de uma página é conhecida como órfã.
selecioná-lo todo. Basta selecionar uma parte qualquer ou 5.2.1.2. Manter linhas juntas: evita quebras de página
manter o cursor dentro dele. no meio de um parágrafo.
5.2.1.3. Manter com o próximo: evita quebras de página
entre parágrafos.
5.2.1.4. Quebrar página antes: especifica uma quebra
de página depois de um parágrafo.

6. Ortografia e Gramática

6.1. AutoVerificação
Marcadores, Numeração e Lista de Vários
SINALIZA trechos de texto usando um sublinhado ondula-
Níveis: criam listas destacando o início de cada parágrafo
do vermelho para indicar possíveis problemas de ortografia e
com símbolos ou números. Podem-se criar listas com vários
sublinhado ondulado verde para indicar possíveis problemas
níveis, usando quaisquer símbolos, imagem, letras e núme-
gramaticais, facilitando sua identificação e posterior corre-
ros variados.
ção, usando as seguintes opções:
Diminuir Recuo (esquerdo): CTRL + SHIFT + M 1) clicar com botão direito no trecho sublinhado com
Aumentar recuo (esquerdo): CTRL + M ondulado vermelho ou verde

Classificar: coloca o texto selecionado em ordem


2) clicar em na barra de status
alfabética ou classifica dados numéricos.
3) ALT + F7
Mostrar Tudo
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

Alinhamento: define a posição dos parágrafos com


4) na Guia Revisão
relação a qualquer formatação de recuo. Para alinhar os
5) F7
parágrafos em relação às margens esquerda e direita do
6) alteração no texto
documento, deve-se remover qualquer formatação de recuo.
7) alterar o idioma da revisão

Durante a correção, é possível ignorar, adicionar ao


Dicionário ou alterar os erros baseado em sugestões que o
Alinhar à Centralizar Alinhar à Justificar Word apresenta. Os erros gramaticais mais comuns são: con-
Esquerda CTRL + E Direita CTRL + J cordância nominal e verbal, pontuação, excesso de espaços,
CTRL + Q Sem atalho crase, capitalização.

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6.2. AutoCorreção Página Inicial / Estilo

Corrige automaticamente a ortografia e a gramática AO


DIGITAR, sem precisar confirmar cada correção.
Arquivo / Opções / Revisão de Texto / Opções de
AutoCorreção
É possível alterar as configurações de AutoCorreção É possível criar e modificar os estilos. As modificações
inloco através de um ícone que aparecerá se o mouse for em um estilo serão aplicadas automaticamente a todos os
levado até o início do trecho corrigido. É  possível ainda trechos de texto que usem esse estilo no documento atual.
adicionar e remover entradas de AutoCorreção.
7.2. Pincel de Formatação

Copia a FORMATAÇÃO de um trecho de texto ou ele-


mento gráfico para outro. Basta selecionar o trecho que
possui a formatação desejada, clicar no pincel e selecionar
o trecho que receberá a formatação. Clicar duas vezes no
botão mantém a ferramenta ativa enquanto a formatação
copiada é colada em vários trechos de texto.
Página Inicial / Área de Transferência / Pincel de For-
matação ou (CTRL + SHIFT + C – copiar formatação e CTRL +
7. Reutilização de Formatação SHIFT + V – colar formatação)

7.1. Estilos e Formatação 8. SmartArt


Conjunto de ações de formatação que podem ser apli- Um elemento gráfico SmartArt é uma representação
cadas ao texto, tabelas e listas do documento para alterar visual das informações que podem ser criadas com rapidez
rapidamente sua aparência. Ao aplicar um estilo, todo um e facilidade, escolhendo entre vários layouts diferentes, para
grupo de formatos é aplicado em uma simples operação. comunicar mensagens ou ideias com eficiência.

Conhecimentos Específicos

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MICROSOFT OFFICE EXCEL 2010
O Microsoft Office Excel 2010 é a 14ª versão da planilha eletrônica mais usada no mundo, lançado em 1987 para
Windows. É um software que facilita a análise de dados inseridos em uma grande tabela (folha de cálculo), realizan-
do cálculos e construindo gráficos.

1. Área de Trabalho

1.1. Pasta: arquivo do Excel criado com três planilhas janela atual em quatro painéis que mostram regiões diferentes
(páginas) prontas para edição. da mesma planilha.
1.2. Planilha: tabela, folha ou página de cálculo, formada
por 16.384 colunas (214) ①, dispostas na vertical, em ordem 2. Seleção e edição de células
alfabética, da esquerda para a direita, e  1.048.576 linhas
(220) ② numeradas de cima para baixo.
1.2.1. Guia das Planilhas ④: mostra a planilha atual de clicar... seleciona...
trabalho e, por padrão, outras duas disponíveis. Podem ser 1x em uma célula a célula
renomeadas e coloridas, excluídas ou adicionadas, movidas
ou duplicadas. 2x em uma célula edita o conteúdo na célula
Página Inicial / Células / Inserir / Inserir Planilha intervalo de células
e arrastar
(SHIFT + F11) ou  (células adjacentes)
Página Inicial / Células / Formatar / Renomear Planilha em uma célula, manter a
1.3. Célula ③: retângulo formado pelo cruzamento intervalo de células
tecla SHIFT pressionada,
de uma coluna e uma linha, onde são inseridos os dados e (células adjacentes)
cálculos. O nome, endereço ou referência de uma célula é clicar em outra célula
dado pela coluna, seguida da linha que a formam. O Excel em uma célula, manter a adiciona células à seleção
2010 possui 17.179.869.184 células (234). tecla CTRL pressionada, anterior (seleciona células
1.4. Caixa de nome ⑤: identifica a célula ativa, gráfico clicar em outra célula não adjacentes)
ou objeto de desenho selecionado, localiza uma célula
qualquer, atribui nome a uma célula ou intervalo de células. no cabeçalho da coluna
toda a coluna ou linha
Página Inicial / Edição / Localizar e Selecionar / Ir ou linha
para... no retângulo entre os
Conhecimentos Específicos

Fórmulas / Nomes Definidos / Definir Nome... ou todas as células da


cabeçalhos das colunas e
Gerenciador de Nomes planilha atual
linhas
1.5. Barra de fórmulas ⑥: mostra o CONTEÚDO da célula
ativa e permite editá‑lo. Conteúdo x Resultado: o que é altera a largura da coluna
no ponto médio entre duas
mostrado na barra de fórmulas é o conteúdo – o que é mostrado anterior ou altura da linha
colunas ou linhas e arrastar
na célula é a representação do conteúdo, ou o seu resultado. anterior
1.6. Autocálculo ⑦: recurso presente na barra de status
que mostra, para células selecionadas, a  média aritmética, 2.1. Alinhamento padrão de valores
contagem de células com dados e a soma desses valores. Pode
mostrar ainda o mínimo, máximo e contagem de números. Texto Número Resultado de testes lógicos Erros
1.7. Janela / Dividir ⑧: ferramenta presente na ponta
Mengão 1983 VERDADEIRO #DIV/0!
das barras de rolagem vertical e horizontal permite dividir a

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3. Caracteres Especiais Multiplica
Identifica uma célula a célula A1,
3.1. Iniciadores de Cálculo de outra planilha, em da planilha
[ ] colchetes outra pasta Plan2, da
caractere nome características =[Teste.xls] pasta Teste.
= igual caractere amplamente utilizado Plan2!A1*B5 xls por B5 da
planilha atual
mesma funcionalidade do =,
+ mais
menos usado
- menos altera o sinal do primeiro valor
@ arroba usado apenas para funções

3.2. Operadores Matemáticos


3.5. Operador de Texto
prioridade caractere operação
1º ( ) parênteses caractere operação
2º ^ potenciação (exponenciação) conecta, ou concatena, valores de células
3º * / multiplicação e divisão & diferentes para produzir um valor de
texto único
4º + - soma e subtração

3.3. Operadores de Comparação


3.6. Precedência (prioridade)
caractere operação caractere operação
maior ou
= igual a >=
igual a
menor ou
> maior que <=
igual a
4. Funções
< menor que <> diferente de Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos
usando valores específicos, denominados argumentos, em
uma determinada ordem ou estrutura. As funções podem
ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Por exemplo, a  função ARRED arredonda um número na
3.4. Operadores de Referência célula A10.

SÍMBOLO FUNÇÃO / EXEMPLO LEITURA


Representa intervalos
de células (células Soma de
: dois pontos
adjacentes) A1 ATÉ A20
=SOMA(A1:A20)
Operação de união, 4.1. Sintaxe (estrutura) de uma função
usada para unir células Soma de
; ponto‑e‑vírgula
ou intervalos distintos A1 E A20
=SOMA(A1;A20)
Operação de interse-
Soma da in-
ção. O espaço em bran-
terseção de
co é usado para desta-
espaço simples A1 até A10 ①Estrutura: a estrutura de uma função começa com um
car células comuns a
com A1 sinal de igual (=), seguido do nome da função, um parêntese
dois intervalos
Conhecimentos Específicos

até C5 de abertura, os argumentos da função separados por; e um


=SOMA(A1:A10 A1:C5)
parêntese de fechamento.
Cria referências mistas ②Nome da função: comando que indica qual o cálculo
A1 multipli-
e absoluta. Fixa o en- ou avaliação será realizado com os argumentos da lista a
$ cifrão cado
dereço da célula. seguir. Para obter uma lista das funções disponíveis, clique
por B2
=$A$1*B$2 em uma célula e pressione SHIFT+F3.
Multiplica ③Argumentos: os argumentos podem ser números,
Identifica uma célula a célula A1, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, ma-
de outra planilha, na da planilha trizes, valores de erro como #N/D ou referências de célula.
! exclamação
mesma pasta Plan2 por O argumento que o usuário atribuir deve produzir um valor
=Plan2!A1*B5 B5 da plani- válido para esse argumento. Os argumentos também podem
lha atual ser constantes, fórmulas ou outras funções.

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Se um argumento for uma matriz ou referência, apenas • Se matriz estiver vazia, MENOR retornará o valor de
os números nesta matriz ou referência serão contados. erro #NÚM!.
• Se k ≤ 0 ou k exceder o número de pontos de dados,
Células vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro na
MENOR retornará o valor de erro #NÚM!.
matriz ou referência são ignorados. Nos cálculos simples, • Se n for o número de pontos de dados em ma-
onde apenas referências e operadores matemáticos são triz, MENOR(matriz;1) será igual ao menor valor,
utilizados, células com texto geram erro e células vazias e MENOR(matriz;n) será igual ao maior valor.
são tratadas como zero.
=MAIOR(matriz;k)
• Idem MENOR, retorna o k‑ésimo maior valor do con-
junto de dados.
=ARRED(núm;núm_dígitos)
• Arredonda um número até uma quantidade especifi-
cada de dígitos.
Os argumentos que são valores de erro ou texto que não • núm é o número que você deseja arredondar.
podem ser traduzidos em números geram erros. • núm_dígitos especifica o número de dígitos para o
qual você deseja arredondar núm.
4.2. Inserir fórmulas • Se núm_dígitos for maior que 0, então núm será
arredondado para o número especificado de casas
Quando o usuário cria uma fórmula que contém uma decimais.
função, a caixa de diálogo Inserir função ajuda o usuário a • Se núm_dígitos for 0, então núm será arredondado
inserir funções de planilha. Enquanto o usuário digita uma para o inteiro mais próximo.
função na fórmula, a caixa de diálogo Inserir função exibe • Se núm_dígitos for menor que 0, então núm será
seu nome, cada um de seus argumentos, as descrições, seu arredondado para a esquerda da vírgula decimal.
resultado atual e o resultado atual da fórmula inteira.
4.3. Principais Funções do Excel
=SOMA(núm1; núm2;...)
• Retorna a soma de todos os números na lista de argu-
mentos.
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 que se =HOJE( )
deseja somar. • Retorna o número de série da data atual. O número
de série é o código de data‑hora usado pelo Excel para
=MULT(núm1;núm2;...) cálculos de data e hora.
• Multiplica todos os números fornecidos como argu- • O Excel armazena datas como números de série se-
mentos e retorna o produto. quenciais para que eles possam ser usados em cálculos.
• núm1, núm2,... são números de 1 a 255 que se deseja Por padrão, 1° de janeiro de 1900 é o número de série
multiplicar. 1 e 1° de janeiro de 2008 é o número de série 39448
porque está 39.448 dias após 1° de janeiro de 1900.
=SOMAQUAD(núm1;núm2; ...)
• Retorna a soma dos quadrados dos argumentos. =AGORA( )
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os • Retorna o número de série sequencial da data e hora
quais se deseja a soma dos quadrados. atuais.
• Os números à direita da vírgula decimal no número
de série representam a hora; os números à esquerda
representam a data. Por exemplo, o número de série
0,5 representa a hora 12:00 (meio‑dia).
• A função AGORA só muda quando a planilha é cal-
culada ou quando a macro que contém a função é
executada (ao abrir a pasta, por exemplo), não sendo
=MÍNIMO(núm1;núm2;...) atualizada continuamente.
• Retorna o menor número na lista de argumentos.
• núm1, núm2,... são de 1 a 255 números dos quais se =MÉDIA(núm1;núm2; ...)
deseja saber o valor mínimo. • Retorna a média aritmética dos argumentos.
• Caso o texto e os valores lógicos não devam ser igno- • núm1; núm2;... são de 1 a 255 argumentos numéricos
rados, utilize a função MÍNIMOA. para os quais se deseja obter a média.
• Se os argumentos não contiverem números, MÍNIMO • Se uma matriz ou argumento de referência contiver
retornará 0. texto, valores lógicos ou células vazias, estes valores
Conhecimentos Específicos

serão ignorados; no entanto, células com valor zero


=MÁXIMO(núm1;núm2;...) serão incluídas (devem ser consideradas no cálculo).
• Idem MÍNIMO, retorna o maior número na lista de
argumentos. =MED(núm1;núm2;...)
• Retorna a mediana dos números indicados. A mediana
=MENOR(matriz;k) é o número no centro de um conjunto de números
• Retorna o k‑ésimo menor valor do conjunto de dados. ORGANIZADOS; isto é, metade dos números possui
Use esta função para retornar valores com uma posição valores que são maiores do que a mediana e a outra
específica relativa em um conjunto de dados. metade possui valores menores.
• matriz é um intervalo de dados numéricos cujo menor • núm1; núm2;... são de 1 a 255 números dos quais se
k‑ésimo valor se deseja determinar. deseja obter a mediana.
• k é a posição (a partir do menor) no intervalo de dados • Se houver uma quantidade par de números no conjun-
a ser fornecido. to, MED calculará a média dos dois números do meio.

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=MODO(núm1;núm2;...) =SE(teste_lógico;valor_se_verdadeiro;valor_se_falso)
• Retorna o valor que ocorre com mais frequência em • Retorna um valor se uma condição especificada for ava-
uma matriz ou intervalo de dados. liada como VERDADEIRO e outro valor se for avaliado
• núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os como FALSO. Use SE para conduzir testes condicionais
quais se deseja calcular o modo. sobre valores e fórmulas.
• Se o conjunto de dados não contiver pontos de dados • teste_lógico é qualquer valor ou expressão que possa
duplicados (amodal), MODO retornará o valor de ser avaliado como VERDADEIRO ou FALSO. Esse argu-
erro #N/D. mento pode usar qualquer operador de comparação.
• Numa amostra bimodal, o Excel mostrará como res- • valor_se_verdadeiro é o valor retornado se teste_ló-
posta o valor que aparecer primeiro, entre aqueles gico for VERDADEIRO e pode ser uma fórmula, uma
que se repetem, na sequência de leitura e escrita (da outra função, texto ou simplesmente um número.
esquerda para direita e de cima para baixo). • valor_se_falso é o valor retornado se teste_lógico
for FALSO.
• Se teste_lógico for FALSO e valor_se_falso for omi-
tido (ou seja, se não houver ponto‑e‑vírgula após
valor_se_verdadeiro), o valor lógico FALSO será
retornado. Se teste_lógico for FALSO e valor_se_fal-
so for vazio (ou seja, se houver um ponto‑e‑vírgula
após valor_se_verdadeiro seguida dos parênteses
de fechamento), o valor 0 (zero) será retornado.
• É possível aninhar até sete funções SE como argu-
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...) mentos valor_se_verdadeiro e valor_se_falso para
• Calcula o número de células não vazias e os valores na construir testes mais elaborados.
lista de argumentos.
• valor1; valor2;... são argumentos de 1 a 255 que repre-
sentam os valores que se deseja calcular. Neste caso,
um valor é qualquer tipo de informações, incluindo
texto vazio (“”), mas não incluindo células em branco.
• Se um argumento for uma matriz ou referência, as cé-
lulas vazias na matriz ou referência são ignoradas.
• Se o usuário não precisa calcular valores lógicos, texto
ou valores de erro, utilize a função CONT.NÚM. =SOMASE(intervalo;critérios;intervalo_soma)
• Adiciona as células especificadas por um determinado
=CONTAR.VAZIO(intervalo) critério.
• Conta o número de células vazias no intervalo especi- • intervalo é o intervalo de células que se deseja calcular.
ficado. • critérios  são os critérios na forma de um número,
• intervalo  é o intervalo no qual se deseja contar as expressão ou texto, que define quais células serão
células em branco. adicionadas.
• Células com fórmulas que retornam “” (texto vazio) • intervalo_soma  são as células que serão realmente
também são contadas. Células com valores nulos não somadas.
são contadas. • As células em intervalo_soma são somadas somente se
suas células correspondentes em intervalo coincidirem
=CONT.NÚM (valor1;valor2;...) com os critérios estipulados.
• Conta quantas células contêm números e também os • Se intervalo_soma for omitido, as células em intervalo
números na lista de argumentos. serão somadas.
• valor1; valor2, ... são argumentos de 1 a 255 que con-
têm ou se referem a uma variedade de diferentes tipos
de dados, mas somente os números são contados.
• Os argumentos que são números, datas ou representa-
ções de texto de número são calculados; os argumen-
tos que são valores de erro ou texto que não podem 5. Atualização de Cálculos
ser traduzidos em números são ignorados.
Quando células que contenham cálculos com referências
=CONT.SE(intervalo;critérios) são arrastadas pela alça de preenchimento, as células são pre-
• Calcula o número de células não vazias em um intervalo enchidas com uma atualização do conteúdo da célula original.
que corresponde a determinados critérios. Essa operação pode ser usada para automatizar a cons-
• intervalo  é o intervalo de células no qual se deseja trução de cálculos repetitivos, construindo nas demais células
contar células não vazias. cálculos com a mesma estrutura da original, porém com re-
ferências de célula atualizadas, de acordo com o movimento
Conhecimentos Específicos

• critérios é o critério na forma de um número, expressão


ou texto que define quais células serão contadas. Por realizado a partir da primeira.
exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, As referências nos cálculos serão atualizadas também
“32”, “>32”, “maçãs”. quando copiadas e coladas em outra célula, sem a necessidade
da alça. Recortar e colar não irá atualizá‑las, apenas movê‑las.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
5.1. Referências Relativas, Absolutas e Mistas Por exemplo, as seleções iniciais na tabela a seguir são
estendidas da forma mostrada. Os itens separados por vír-
gulas estão em células adjacentes.

Seleção inicial Série expandida


1, 2, 3 4, 5, 6
5.1.1. Referências relativas: uma referência relativa em
uma fórmula, como A1, é  baseada na posição relativa da 9:00 10:00, 11:00, 12:00
célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência se Seg Ter, Qua, Qui
refere. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, Segunda‑feira Terça‑feira, Quarta‑feira
a referência será alterada. Se o usuário copiar a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a  referência se ajustará auto- Jan Fev, Mar, Abr
maticamente. Por padrão, novas fórmulas usam referências Jan, Abr Jul, Out, Jan
relativas. Por exemplo, se o usuário copiar uma referência Jan-99, Abr-99 Jul-99, Out-99, Jan-00
relativa que está na célula B2 para a célula B3, a referência 15-Jan, 15-Abr 15-Jul, 15-Out
será automaticamente ajustada de =A1 para =A2.
1999, 2000 2001, 2002, 2003
1-Jan, 1-Mar 1-Mai, 1-Jul, 1-Set,...
Trim3 (T3 ou
Trim4, Trim1, Trim2,...
Trimestre3)
texto1, textoA texto2, textoA, texto3, textoA,...
5.1.2. Referências absolutas: uma referência absoluta 1o Período 2o Período, 3o Período,...
de célula em uma fórmula, como $A$1, sempre se refere a
uma célula em um local específico. Se a posição da célula Produto 1 Produto 2, Produto 3,...
que contém a fórmula se alterar, a referência absoluta per-
manecerá a mesma. Se o usuário copiar a fórmula ao longo
de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará.
Por padrão, novas fórmulas usam referências relativas e
o usuário precisa trocá‑las para referências absolutas. Por
exemplo, se o usuário copiar uma referência absoluta na
célula B2 para a célula B3, ela permanecerá a mesma em Para preencher a célula ativa com o conteúdo da célula
ambas as células =$A$1. posicionada acima (preencher para baixo), pressione CTRL+D.
Para preencher com o conteúdo da célula posicionada à
esquerda (preencher à direita), pressione CTRL+R.
Para obrigar o Excel a repetir um valor que está sendo
atualizado quando arrastado pela alça de preenchimento,
mantenha o CTRL pressionado. Essa mesma ação irá atua-
5.1.3. Referências mistas: uma referência mista tem lizar um número, acrescendo‑o em uma unidade, quando
uma coluna absoluta e linha relativa, ou linha absoluta e arrastado pela alça.
coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o
É possível usar Opções de AutoPreenchimento
formato $A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de
para escolher opções de como preencher a seleção. Por
linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim por diante.
exemplo, pode‑se escolher Preencher Formatação Somente
Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a re-
ou Preencher sem Formatação.
ferência relativa será alterada e a referência absoluta não se
alterará. Se o usuário copiar a fórmula ao longo de linhas ou
colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente 7. Soma
e a referência absoluta não se ajustará. Por exemplo, se o
usuário copiar uma referência mista da célula A2 para B3, O Excel disponibiliza aos usuários um recurso que faci-
ela se ajustará de =A$1 para =B$1. lita a soma de um conjunto de valores contidos em células.
O botão (ALT + =) pode ser usado de diversas formas,
6. Alça de Preenchimento automatizando o uso da função SOMA.
A alça de preenchimento é o pequeno quadrado preto Página Inicial / Edição / Soma ou Fórmulas / Auto-
visível sempre no canto inferior direito da seleção. Quando o Soma.
ponteiro está sobre a alça sua aparência muda de uma cruz As funções MÉDIA, CONT.NÚM, MÁXIMO e MÍNIMO
branca e grossa para uma cruz preta e fina. também podem ser automatizadas através do clique na
Arrastar a alça de preenchimento de uma célula copia o setinha preta ao lado da imagem do botão Soma, que ainda
dá acesso a um assistente de funções, permitindo acesso
Conhecimentos Específicos

conteúdo de uma célula para outras células na mesma linha


ou coluna. Entretanto, o Excel pode preenchê‑las rapidamen- a todas as outras funções do Excel – SHIFT + F3 ou  .
te com vários tipos de séries de dados como, por exemplo,
meses do ano, dias da semana, datas, sequências numéricas 7.1. Seleção da célula de resposta e aceitação da
(Editar / Preencher / Série). sugestão
É possível criar séries de preenchimento personalizadas
através do menu Ferramentas / Opções / Listas personalizadas. • Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da
Arrastar a alça de preenchimento para baixo ou para a soma apareça.
direita (no sentido crescente das linhas e colunas) cria uma • Clicar uma vez na imagem do botão Soma.
sequência progressiva. • Visualizar a sugestão de intervalo dada pelo Excel (su-
Arrastar a alça de preenchimento para cima ou para a gere somar os valores adjacentes à célula selecionada).
esquerda (no sentido decrescente das linhas e colunas) cria O intervalo de sugestão será interrompido por células
uma sequência regressiva. com funções, vazias ou com texto.

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• Mostrar o resultado, pressionando ENTER (move
célula ativa para baixo), TAB (move célula ativa para a
direita), clicando Inserir ou novamente no botão Soma
(mantêm a seleção na mesma célula).

8. Formatação e Alinhamento de Células


8.1. Menu Página Inicial / Número

Este grupo oferece ao usuário as principais opções de


formatação das células e seus valores, permitindo ainda a
formatação de itens selecionados de gráficos. A tecla de ata-
lho CTRL + 1 pode ser usada para abrir uma caixa de diálogo
e acessar configurações da célula ou objeto selecionado.

8.1.1. Guia Categoria: mostra opções para um formato


numérico. A caixa Exemplo mostra como ficarão as células
selecionadas com a formatação escolhida. Clicar em Persona-
lizado permite criar formatos personalizados para números,
como para códigos de produtos.

7.2. Seleção da célula de resposta e alteração da 8.1.1.1. Geral: células sem formato específico de número.
sugestão 8.1.1.2. Número: usada em células que devem mostrar
números em geral. É possível escolher quantas casas deci-
• Selecionar a célula onde se deseja que o resultado da mais serão mostradas, ativar o separador de milhar e esco-
soma apareça. lher o estilo de número negativo. Formatar um valor numa
• Clicar uma vez na imagem do botão Soma. célula com esta categoria e optar por duas casas decimais e
• Visualizar e alterar a sugestão de intervalo dada pelo ativar o separador de milhar é equivalente a aplicar o botão
Excel, editando‑a ou selecionando‑se um novo inter- Separador de milhares .
valo de células a serem somadas. Para exibir mais ou menos dígitos após a vírgula decimal,
• Mostrar o resultado, pressionando ENTER, TAB, clican- pode‑se também utilizar os botões Aumentar casas decimais
do Inserir ou novamente no botão Soma. e Diminuir casas decimais  .
8.1.1.3. Moeda (CTRL + $): usado para quantias mone-
tárias em geral – permite selecionar a quantidade de casas
decimais, símbolo de moeda e estilo de número negativo.
8.1.1.4. Contábil : usado para quantias monetárias
com símbolo de moeda e casas decimais alinhadas em uma
coluna – permite escolher apenas quantidade de casas de-
cimais e símbolo da moeda.

• Data e hora: exibem números de série de data e hora


como valores de data e hora – valores numéricos po-
dem ser apresentados na forma de data e vice‑versa.
• Porcentagem: multiplica o valor das células selecio-
7.3. Seleção do intervalo a ser somado nadas por 100 e exibe o resultado com um símbolo
de porcentagem. Pode ser ativado através do uso do
• Selecionar o intervalo de células que se deseja somar. botão Estilo de porcentagem (CTRL + %).
• Fração: mostra o valor atual na forma de um número
Conhecimentos Específicos

• Clicar uma vez na imagem do botão Soma.


• A função soma será automatizada, mostrando o resul- inteiro acrescido de uma fração, na base escolhida,
tado na primeira célula livre e adjacente aos valores que represente seus valores decimais.
previamente selecionados. • Científico: usa notação científica para representar
• Caso mais de um valor tenha sido selecionado numa número de valores elevados.
mesma coluna, o Excel os somará em colunas. • Texto: exibe células com formato de texto mesmo
quando houver um número na célula – a célula é exi-
bida exatamente como digitada.
• Especial: útil para rastrear valores de bancos de dados
e listas, como CEP, telefone e CPF.
• Personalizado: permite mostrar números usando como
base um formato pré‑existente que pode alterado pelo
usuário.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
9. Classificar
A classificação de dados permite colocar uma lista de
nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis
8.2. Alinhamento de Texto de inventário de produtos do mais alto para o mais baixo,
por exemplo. A classificação de dados ajuda a visualizar e a
8.2.1. Horizontal: altera o posicionamento horizontal compreender os dados de modo mais rápido e melhor, or-
do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha texto, ganizar e localizar dados desejados e por fim tomar decisões
na direção horizontal, à esquerda, números à direita e os mais efetivas.
valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento O usuário pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A),
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos números (dos menores para os maiores ou dos maiores para
dados não alteram os tipos de dados. os menores) e datas e horas (da mais antiga para o mais nova
e da mais nova para o mais antiga) em uma ou mais colunas.
8.2.2. Vertical: altera o posicionamento vertical do
conteúdo das células. Por padrão, o  Excel alinha o texto 9.1. Classificar linhas na ordem crescente (A a Z ou
verticalmente na parte inferior das células. O alinhamento 0 a 9) ou na ordem decrescente (Z a A ou 9 a 0)
horizontal padrão é Geral.
1.Clicar em uma célula na coluna pela qual se deseja
classificar.
2.Clicar em Classificar em Ordem Crescente ou em
8.1.2.1.3. Recuo: recua o conteúdo das células a partir de Classificar em Ordem Decrescente  .
qualquer borda da célula, dependendo das opções escolhidas
9.2. Classificar linhas por 2 ou 3 critérios (colunas)
em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo
equivale à largura de um caractere. Para obter melhores resultados, o intervalo classificado
8.2.4. Orientação : altera a inclinação do texto nas deve ter rótulos de colunas ou cabeçalhos.
células selecionadas e permite criar texto empilhado. Pode 1. Clicar no intervalo que se deseja classificar.
ser usada para economizar espaço em células, na direção 2. No menu Dados, clicar em Classificar.
horizontal. 3. Nas caixas Classificar por e Em seguida por, clicar
nas colunas que se deseja classificar, começando pela mais
8.2.5. Controle de texto: ajusta a maneira como o texto importante.
deve ser exibido em uma célula. 4. Selecionar outras opções de classificação desejadas
• Quebrar texto automaticamente: divide o texto e clicar em OK.
automatica‑mente em várias linhas dentro de uma
9.3. Classificar uma coluna sem afetar as outras
célula. O  número de linhas depende da largura da
coluna e do comprimento do conteúdo da célula. A classificação por uma coluna pode gerar resultados
• Reduzir para caber: reduz o tamanho dos caracteres indesejados, como a movimentação das células nessa coluna
para que todos os dados de uma célula selecionada para longe das outras na mesma linha.
caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres 1. Clicar no cabeçalho da coluna para selecionar a coluna
será ajustado automaticamente caso a largura da co- que se deseja classificar.
luna seja modificada. 2. Clicar em Classificação Crescente ou em Classifi-
• Mesclar células: combina duas ou mais células selecio- cação Decrescente . A caixa de diálogo Aviso de Classi-
nadas em uma única célula. A referência de célula de ficação é exibida.
uma célula mesclada será a da célula superior esquerda 3 .Selecionar Continuar com a seleção atual.
da faixa original de células selecionadas. Caso várias cé- 4. Clicar em Classificar.
lulas com conteúdos diferentes estejam selecionadas,
Conhecimentos Específicos

mesclar as células irá manter apenas o dado da célula Observações:


superior esquerda, desprezando os demais. Pode‑se • Para excluir a primeira linha de dados da classificação,
usar ainda o botão Mesclar e centralizar  . porque ela é o cabeçalho da coluna, no menu Dados,
clique em Classificar e, em Meu intervalo de dados
tem, clique em Linha de cabeçalho.
• Para realizar uma classificação que diferencie maiúscu-
las e minúsculas, no menu Dados, clique em Classificar,
em Opções e selecione Diferenciar maiúsculas de
minúsculas.
• Para localizar os valores superiores ou inferiores de um
intervalo, como as 10 maiores notas ou as 5 vendas
menores, use o AutoFiltro.

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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A PESQUISA DO [ iraque site:.gov ] somente retornará resultados de
sites com domínio .gov, enquanto [ iraque site:.iq ]
GOOGLE somente retornará resultados de sites iraquianos.
• Termos a serem excluídos (-) : Colocar um sinal de
Pesquisar é simples: basta digitar o que quiser na caixa
menos antes de uma palavra indica que o usuário
de pesquisa, pressionar Enter ou clicar o botão Pesquisar,
não deseja que apareçam nos resultados as páginas
e o Google pesquisará na web conteúdos relevantes para
que contenham essa palavra. O sinal de menos deve
a pesquisa.
aparecer imediatamente antes da palavra, precedida
Na maioria das vezes, o usuário encontrará exatamente
por um espaço. Por exemplo, na consulta [ couve‑flor ]
o que procura fazendo uma consulta básica (a palavra ou
o sinal de menos não será interpretado como um
frase pesquisada). Porém, as dicas a seguir poderão ajudá‑lo
símbolo de exclusão, enquanto que a consulta [ couve
a obter o máximo das suas pesquisas. No artigo, serão usados
-flor ] pesquisará por ocorrências de “couve” em sites
colchetes [] para assinalar uma consulta de pesquisa, por-
que não apresentem a palavra flor. O usuário poderá
tanto [ Preto e branco ] é uma consulta, enquanto [ preto ]
excluir quantas palavras desejar, usando o sinal – antes
e [ branco ] são duas consultas distintas.
de todas, como, por exemplo [ universal -studios -canal
-igreja ]. O sinal – pode ser usado para excluir mais do
Algumas Noções Básicas que palavras. Por exemplo, coloque um hífen antes
do operador “site:” (sem espaço) para excluir um site
• Todas as palavras são importantes. Geralmente, todas específico dos resultados de pesquisa.
as palavras inseridas na consulta serão usadas. • Preenchimento de espaços (*) : O asterisco * ou
• As pesquisas nunca diferenciam o uso de maiúsculas caractere curinga é um recurso pouco conhecido que
e minúsculas. Uma pesquisa sobre [new york times ] pode ser muito útil. Se o usuário incluir o * em uma
gera os mesmos resultados que uma pesquisa sobre consulta, o Google considerará o asterisco como um
[ New York Times ]. espaço reservado para termos desconhecidos e ten-
• Geralmente, a  pontuação é ignorada, incluindo tará encontrar os resultados que melhor correspon-
@#$%^&*()=+[]\ e outros caracteres especiais. derem. Por exemplo, a pesquisa [ Google * ] retornará
resultados sobre muitos dos produtos Google (vá para
Para garantir que as pesquisas do Google retornem os a página seguinte, e para a seguinte -- nós temos di-
resultados mais relevantes, existem algumas exceções às versos produtos). A consulta [ * ganhou oscar de * ]
regras citadas acima. Mesmo os usuários mais avançados, retornará resultados sobre diferentes ganhadores do
como os membros do grupo de pesquisa do Google, utilizam Oscar. Observe que o operador * funciona somente
os recursos avançados de pesquisa em menos de 5% do com palavras completas, e não com partes de palavras.
tempo. Geralmente, a pesquisa básica é suficiente. • Pesquisa exata (+) : O Google emprega sinônimos
• Pesquisa de frase (“”) : Ao colocar conjuntos de pala- automaticamente, de maneira que sejam encontradas
vras entre aspas, o usuário estará dizendo ao Google páginas que mencionem, por exemplo, “catavento” nas
para procurar exatamente essas palavras, nessa consultas por [ cata vento ] (com espaço), ou prefeitura
mesma ordem, sem alterações. O Google já utiliza a de Porto Alegre para a consulta [ prefeitura de poa ].
ordenação e o fato de palavras estarem juntas como No entanto, às vezes o Google ajuda um pouco além da
um forte sinal e desviará desse padrão somente por um conta, fornecendo um sinônimo quando o usuário não
bom motivo. Portanto, as aspas são desnecessárias. o deseja. Colocar um sinal + antes de uma palavra, sem
A insistência na pesquisa de frases poderá fazer com deixar um espaço entre o sinal e a palavra, o usuário
que o usuário não tenha acesso a bons resultados. Por estará informando ao Google que está procurando por
exemplo, uma pesquisa por [ “Pedro Cabral” ], entre resultados idênticos ao que digitou. Colocar palavras
aspas, excluirá páginas que possam se referir a Pedro entre aspas também funcionará do mesmo modo.
Álvares Cabral. • O operador OR : Por padrão, o Google considera todas
• Pesquisa em um site específico (site:) : O Google as palavras em uma pesquisa. Se o usuário deseja que
permite que se especifique de qual site deverão sair qualquer uma das palavras pesquisadas retornem
os resultados de pesquisa. Por exemplo, a  consulta resultados, poderá usar o operador OR (observe que o
[ iraque site:estadao.com.br ] retornará páginas sobre usuário precisará digitar OR em LETRAS MAIÚSCULAS).
o Iraque, mas somente dentro do site estadao.com.br. Por exemplo, [ campeão brasileiro 1994 OR 2005 ]
As consultas mais simples [ iraque estadao.com.br ] retornará resultados sobre qualquer um desses anos,
ou [ iraque Estadão ] geralmente funcionarão com a enquanto [ campeão brasileiro 1994 2005 ] (sem OR)
mesma eficiência, ainda que possa haver resultados mostrará páginas que incluam ambos os anos na mesma
de outros sites que mencionem o Estadão. Também página. O símbolo | pode substituir OR. A propósito,
é possível especificar um tipo de site, por exemplo, o operador AND é o padrão; portanto, não é necessário.

Resumo dos Principais Operadores de Pesquisa


Conhecimentos Específicos

Função (operador) Exemplo Descrição


“sorvete de morango” Busca pelo termo completo, exatamente como aparece
Pesquisa exata “aspas” ou (+)
sorvete+de+morango entre as aspas (com a expressão)
Mostra resultados para sorvete sem o termo morango (sem
Exclusão de termos (-) sorvete -morango
as palavras)
sorvete morango OR cho- Procura por sorvete com quaisquer dos dois termos, moran-
Busca alternativa (OR)
colate go ou chocolate (com qualquer uma das palavras)
Curingas (*) “receitas de * com morango” Permite trocar o * por qualquer palavra na busca
Pesquisa em site específico Busca por sorvete no site da Globo. site:com (sem espaço)
sorvete site:globo.com
(site:) procuraria em todos os sites .com

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Busca por tipo de arquivo
sorvete filetype:pdf Procura por sorvete apenas em arquivos do tipo pdf
(filetype:)
Busca na URL (inurl:) inurl:wiki Busca por sites que tenham o termo wiki em sua URL
Busca no título (intitle:) intitle:wiki Busca por sites que tenham o termo wiki em seu título
Busca por conceitos (define:) define:sorvete Busca pela definição de sorvete em sites da internet
Visualizar página em cache cache:www.google.com. Mostra a página do Google armazenada no cache com o
(cache:) br gmail termo gmail destacado
Links para sites (link:) link:globo.com Lista sites que possuam links para a página indicada
Páginas similares (related:) related:cespe.unb.br Lista sites que sejam similares ao indicado
Informações sobre sites info:www.globo.com Mostra informações sobre o site

O uso desses operadores pode ser feito também, de e o nome da sua cidade ou seu código postal. A  maioria
forma simplificada, usando a Pesquisa Avançada do Google. das consultas não necessitam de operadores avançados ou
sintaxes incomuns. A simplicidade é eficaz.
Exceções • Pense em como a página que você busca foi escrita
Um mecanismo de pesquisa não é um ser humano,
A pesquisa raramente é absoluta. Os mecanismos de pes- é um programa que combina as palavras pesquisadas
quisa utilizam uma variedade de técnicas para imitar como com páginas da web. Use as palavras com maior pos-
as pessoas pensam e para aproximar seu comportamento. sibilidade de aparecer na página. Por exemplo, em vez
Consequentemente, a maioria das regras têm exceções. Por de dizer [ minha cabeça dói ], diga [ dor de cabeça ],
exemplo, a consulta [ to be or not to be ] (em inglês) não porque esse é o termo usado em uma página sobre
será interpretada pelo Google como uma consulta que uti- medicina. A consulta [ em que país os morcegos são
lize o operador OR, e sim, como uma expressão conhecida. considerados prenúncio de boa sorte? ] é bastante cla-
O Google mostrará resultados matemáticos [ 34 * 87 ] em vez ra para uma pessoa, mas o documento que responde
de utilizar o operador para “preencher espaços em branco”. a essa pergunta pode não ter essas palavras. Em vez
Ambos os casos seguem a óbvia intenção da consulta. disso, use a consulta [ morcegos são considerados boa
sorte em ] ou até mesmo [ morcegos boa sorte ], já
Exceções para a regra “Todas as palavras são que é o que a página certa irá dizer.
importantes” • Descreva o que você precisa com o menor número
de termos possível. O  objetivo de cada palavra em
• Palavras de uso comum, como “a”, “um” e “de” geral- uma consulta é aumentar o seu foco. Como todas as
mente são ignoradas, porque são conhecidas como “stop palavras são usadas, cada palavra adicional limita o
words” ou palavras de parada. Também há exceções número de resultados. Se a limitação for demasiada,
nessa exceção. A pesquisa [ a fazenda ] provavelmente informações úteis serão perdidas. A maior vantagem
estará se referindo ao programa de TV, enquanto que de começar com um número menor de palavras‑chave
a consulta [ fazenda ] provavelmente estará buscando é que, se o usuário não encontrar o que busca, os re-
informações sobre o Ministério da Fazenda. O Google sultados provavelmente indicarão quais palavras adi-
não irá ignorar o termo “a” na primeira pesquisa. cionais serão necessárias para refinar seus resultados
• Sinônimos poderão substituir algumas palavras em sua na próxima pesquisa. Por exemplo, [ tempo cancun ] é
consulta original. (Como adicionar o + antes de uma uma forma simples de encontrar informações sobre o
palavra desativa sinônimos). tempo e é provável que forneça melhores resultados
• Uma palavra específica pode não aparecer em uma pá- do que [ previsão do tempo para cancun méxico ].
gina de resultados se ficar comprovado que a página é • Escolha palavras descritivas. Quanto mais específica for
relevante. A comprovação poderá vir de uma análise do a palavra, maior será a chance de obter resultados re-
idioma que o Google faz ou de outras fontes. Por exem- levantes. Palavras que não são muito descritivas, como
plo, a consulta [visão aérea do Maracanã] trará imagens “documento”, “website”, “empresa” ou “informação”,
aéreas de páginas que não apresentem a palavra “aérea”. geralmente não são necessárias. Porém, lembre‑se de
que se a palavra tiver o significado correto, mas não for a
A pontuação não é ignorada mais usada pelas pessoas, ela poderá não corresponder
às páginas que o usuário busca. Por exemplo, [ toques
• Pontuações existentes em termos comuns, com signifi- de celebridades ] é uma pesquisa mais descritiva e
cados específicos, como [C++ ] ou [ C# ], que são nomes específica do que [ sons de celebridades ].
de linguagens de programação, não são ignoradas.
• O sinal de cifrão ($) é usado para indicar preços. [nikon Resultados da pesquisa no Google
400 ] e [ nikon $400 ] trará resultados diferentes.
• O hífen – poderá ser usado como sinal de que as duas
palavras unidas por ele têm forte relação. No entanto,
Conhecimentos Específicos

isso somente ocorrerá se não houver um espaço antes


e depois de -. Nesse caso, significará que se trata de
um sinal negativo.
• O caractere de sublinhado _ não será ignorado quando
conectar duas palavras. Ex.: [ quick_sort ]. Título: a primeira linha de qualquer resultado da pes-
quisa é o título da página da web. Clicar no título acessa a
Dicas para aperfeiçoar as pesquisas página da web.
Snippet: abaixo do título, há uma descrição dessa página
Mantenha a simplicidade. Se estiver procurando por da web, que pode incluir um trecho real do texto. Os termos
uma empresa em particular, insira apenas o nome ou a parte de pesquisa aparecerão em negrito para que o usuário decida
dele que o usuário souber. Se estiver procurando por um mais facilmente se a página contém o que a busca desejava.
conceito, lugar ou produto específico comece pelo nome. No URL: o endereço da página da web relativa a cada resul-
caso de estar buscando uma pizzaria, insira apenas “pizza” tado é exibido em verde.

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Em cache: o Google rastreia a web e obtém imagens ins- • Mapas :: Digite o nome ou código postal dos EUA de
tantâneas de cada página. Ao clicar em Em cache, o usuário um local e a palavra “mapa”. Exibiremos um mapa
terá acesso à versão da página exibida no momento da última dessa região. Se o usuário clicar no mapa, acessará
indexação. O link “Em cache” não estará disponível para sites uma visualização ampliada no Google Maps.
que não tenham sido indexados ou para qualquer site cujo
conteúdo, a pedido do proprietário, não tenha sido indexado mapa Brasília
pelo Google.
Similares: clicar em Similares mostrará outros websites • Refinamentos de consulta – Operador de adição (+) ::
relacionados ao mesmo resultado. O Google ignora palavras e caracteres comuns como
Resultados secundários: quando o Google encontra vá- onde, o/a, como e outros dígitos e letras que afetam o
rios resultados do mesmo website, o resultado mais relevan-
te é listado em primeiro lugar e as outras páginas relevantes desempenho da pesquisa sem melhorar os resultados.
desse site são relacionadas abaixo. Se encontrados mais Se uma palavra comum for essencial para obter os resul-
de dois resultados no mesmo site, os resultados restantes tados desejados, coloque o sinal “+” antes dessa palavra.
poderão ser acessados ao clicar no link Mais resultados de.
Resultados integrados: a tecnologia de pesquisa do Google queijo + goiabada
busca as informações mais relevantes em todos os tipos de
conteúdo da Internet, e por isso seus resultados podem incluir • Preencha a lacuna :: Às vezes, a melhor maneira de fazer
imagens, mapas, vídeos, artigos de notícias, livros e muito mais. uma pergunta é deixar que o Google “preencha a lacuna”
Resultados marcados com uma estrela: um resultado adicionando um asterisco (*) como parte da sentença ou
de pesquisa específico pode ser salvo pelo usuário ao clicar pergunta que deseja fazer à caixa de pesquisa do Google.
em . Quando tiver feito login na sua Conta do Google,
o usuário verá seus resultados marcados com estrela sempre Isaac Newton descobriu*
que fizer pesquisas iguais ou semelhantes.
Pré‑visualizações do Instant: clicar no ícone de lupa • Rastreamento de pacotes :: O usuário pode acompa-
ao lado do resultado da pesquisa mostra uma prévia da nhar os pacotes digitando o número de rastreamento
página antes de clicar no resultado. do seu pacote UPS, Fedex ou USPS (correio america-
no) diretamente na caixa de pesquisa. Os resultados
Outros Recursos de Pesquisa incluirão links rápidos para acompanhar o status do
envio com facilidade.
A página de pesquisas do Google inclui um botão cha-
mado Estou com sorte (I’m Felling Lucky). 1Z9999W99999999999
• Definições de dicionário :: Para ver a definição de uma
palavra ou frase, digite a palavra “definir”, coloque um
espaço e, em seguida, a palavra desejada. Para obter
Quando um usuário clica esse botão, será levado direta- uma lista com diferentes definições de várias fontes
mente para o primeiro resultado de pesquisa, ignorando a on‑line, digite “definir:” seguido por uma palavra ou
página completa de resultados. A ideia é que, se um usuário está frase. Os resultados definirão a frase inteira.
“com sorte”, o motor de pesquisa irá abrir de imediato a página
desejada sem ter que procura‑la nos resultados da pesquisa. Definir pescar
Além de fornecer acesso fácil a bilhões de páginas da
web, o Google tem muitos recursos especiais para ajudar • Corretor ortográfico :: O software de correção ortográfica
o usuário a encontrar exatamente o que está procurando. do Google verifica automaticamente se a sua consulta usa
Alguns dos recursos mais populares estão listados abaixo. a ortografia mais comum de uma determinada palavra.
• Meteorologia :: Para ver a previsão do tempo de mui- Se o programa considerar que o usuário provavelmente
tas cidades dos EUA e do mundo todo, digite “tempo” teria melhores resultados com uma ortografia alternati-
seguido pela cidade e pelo estado, pelo CEP dos EUA
ou pela cidade e pelo país. va, fará a pergunta “O usuário quis dizer: (ortografia mais
comum)?”. Clique na ortografia sugerida para iniciar uma
pesquisa do Google para esse termo.
Tempo Brasília
imobiriaria
• Calculadora :: Para usar a função de calculadora inte-
grada do Google, basta inserir o calculo que o usuário • Pesquisa local :: Se o usuário estiver procurando uma loja,
gostaria que fosse feito na caixa de pesquisa. um restaurante ou alguma outra empresa local, poderá
pesquisar pela categoria da empresa e pelo local. Retor-
(5*9)+3= naremos os resultados na lateral direita da página, junto
• Conversão de unidades :: O usuário pode usar o com um mapa, comentários e informações de contato.
Conhecimentos Específicos

Google para converter diferentes unidades de medida


de altura, peso e massa, entre outras. Basta inserir a pizzaria Rio de Janeiro
conversão desejada e pesquisar.
• Horários de exibição de filmes :: Para encontrar co-
mentários e horários de exibição de filmes perto de o
10,5 cm em pol usuário, digite “filmes” ou o nome de um filme atual na
caixa de pesquisa do Google. Se sua localização já tiver
• Conversão de moeda :: Para usar o nosso conversor de
sido salva em uma pesquisa anterior, o primeiro resulta-
moeda, basta inserir a conversão que o usuário gostaria
de fazer na caixa de pesquisa do Google e forneceremos do de pesquisa mostrará horários de cinemas próximos
a resposta diretamente na página de resultados. de o usuário que estão exibindo o filme escolhido.

250 libras em reais Filmes Rio de Janeiro

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POWER BI

O Power BI é uma coleção de serviços de software, aplicativos e conectores que trabalham juntos para transformar fontes
de dados não relacionadas em informações coerentes, visualmente envolventes e interativas. Mesmo que os dados estejam
em uma simples planilha do Excel ou uma coleção de data warehouses híbridos baseados em nuvem, o Power BI permite
fácil conexão a essas fontes de dados, visualização daquilo que é importante e compartilhamento com qualquer pessoa.

O Power BI consiste em um aplicativo da área de trabalho do Windows chamado Power BI Desktop, um serviço de SaaS
(Software como Serviço) online chamado serviço do Power BI, e os aplicativos móveis Power BI disponíveis em telefones e
tablets Windows, bem como para dispositivos iOS e Android.
Conhecimentos Específicos

Esses três elementos – o Desktop, o serviço e o Mobi- consumir o relatório (exibir e interagir com ele). É possível
le – foram projetados para permitir a outras pessoas criar, definir a colegas de trabalho permissões para que eles pos-
compartilhar e consumir análises de negócios da maneira sam usar o serviço para editar relatórios, criar dashboards
que serão mais proveitosas para elas ou para sua função. e compartilhar seu trabalho.
Usando‑se o Servidor de Relatórios do Power BI, que
O Fluxo de Trabalho no Power BI é uma solução implantada atrás do firewall, podem ser for-
necidos relatórios para os usuários corretos de diferentes
Um fluxo de trabalho comum no Power BI começa pela maneiras, seja exibindo‑os em um navegador da Web, em
conexão com fontes de dados e pela criação de um relatório um dispositivo móvel, na nuvem ou como um e‑mail.
no Power BI Desktop. Esse relatório, em seguida, é publicado Ao abrir o serviço do Power BI, será exibido um dashbo-
do Desktop no serviço do Power BI e compartilhado para ard. Dashboards são uma coisa que diferencia o serviço do
que os usuários no serviço e no dispositivo móvel possam Power BI de Power BI Desktop.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Os principais recursos da interface do usuário de serviço Conjuntos de dados
do Power BI são os seguintes:
1. painel de navegação (nav esq); Um conjunto de dados é uma coleção de dados que
2. telas (neste caso, painel com blocos); foram importados ou a que se conecta. O Power BI permite
3. botões de ícone, incluindo ajuda e comentários; conexão a todos os tipos de conjuntos de dados e que sejam
4. bloco do painel (caminho de navegação, também importados e os reunidos em um único lugar.
trilhas); Conjuntos de dados estão associados aos espaços de
5. iniciador do aplicativo do Office 365; trabalho, e um conjunto de dados exclusivo pode ser parte
6. botão Página inicial do Power BI; de muitos espaços de trabalho. Ao abrir um espaço de tra-
7. botões de ícone rotulados. balho, os conjuntos de dados associados estarão listados na
guia Conjuntos de Dados. Cada conjunto de dados listado
Os quatro maiores blocos de construção do Power BI representa uma fonte de dados única, por exemplo, uma
são: painéis, relatórios, pastas de trabalho e conjuntos de planilha do Excel no OneDrive, um conjunto de dados de
dados. E eles ficam todos organizados em pastas de trabalho. tabela SSAS local ou um conjunto de dados do Salesforce.
Dados são o coração do Power BI. Sempre que o usuário está
Espaços de Trabalho explorando dados, criando gráficos e dashboards, fazendo
perguntas com P e R, todas essas visualizações e respostas
Espaços de trabalho são contêineres para painéis, re- que o usuário vê estão, na
latórios, pastas de trabalho e conjunto de dados no Power verdade, extraindo dados subjacentes de um conjunto
BI. Há dois tipos de espaços de trabalho: *Meu Espaço de de dados. Os diferentes tipos de fontes de dados aos quais
Trabalho e espaços de trabalho do aplicativo. Um aplicativo o usuário pode se conectar diretamente do site do serviço
do Power BI é uma coleção de painéis e relatórios para en- do Power BI são (Meu Espaço de Trabalho > Obter Dados):
tregar métricas‑chave para a organização. Aplicativos são
interativos, mas não podem ser editados. 1. Arquivos
• Meu Espaço de Trabalho é o espaço de trabalho para • Excel (.xlsx, xlxm) – o Excel é exclusivo no sentido de
qualquer cliente do Power BI trabalhar com seu con- que uma pasta de trabalho pode conter dados que o
teúdo. Caso seja necessário compartilhar algum dos usuário mesmo digitou em planilhas e também pode
seus conteúdos, pode‑se criar um espaço de trabalho consultar e carregar dados de fontes de dados exter-
do aplicativo no qual sejam agrupados conteúdos em nas usando o Power Query ou o Power Pivot. Permite
um aplicativo e disponibilizado para outros na organi- importar dados que estão em tabelas em planilhas (os
zação ou criar um espaço de trabalho do aplicativo e dados devem estar em uma tabela) ou importar dados
permitir o acesso dos colegas a ele para que possam que são carregados para um modelo de dados.
compartilhar e colaborar. • Power BI Desktop (.pbix) – é possível usar o Power BI
• Espaços de trabalho do aplicativo são usados para Desktop para consultar e carregar dados de fontes de
Conhecimentos Específicos

colaborar e compartilhar conteúdo com colegas. Eles dados externas, estender o modelo de dados com me-
também são os locais nos quais são criados, publica- didas e relações, bem como criar relatórios. O usuário
dos e gerenciados aplicativos para a organização. São pode importar seu arquivo do Power BI Desktop para
áreas de preparo e contêineres para o conteúdo que o site do Power BI. O Power BI Desktop é melhor para
vai formar um aplicativo do Power BI. É possível adi- usuários mais avançados que tenham uma boa com-
cionar colegas aos espaços de trabalho do aplicativo preensão dos conceitos de fontes de dados, consulta
e colaborar em painéis, relatórios, pastas de trabalho e transformação de dados e modelagem de dados.
e conjunto de dados. Todos os membros do espaço de • Valores Separados por Vírgula (.csv) – são arquivos de
trabalho do aplicativo precisam ter licenças do Power texto simples com linhas de dados. Cada linha pode
BI Pro, mas clientes do aplicativo (os colegas que têm conter um ou mais valores, cada um separado por uma
acesso aos aplicativos) não necessariamente precisam vírgula. Por exemplo, um .csv que contém dados de
de licenças Pro. nome e endereço pode ter um número de linhas em

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
que cada linha tem valores para nome, sobrenome, conjunto de dados é criado. Se for configurada a atua-
endereço, cidade, estado e assim por diante. O usuário lização agendada, o Power BI usará as informações de
não pode importar dados para um arquivo .csv, mas conexão do arquivo em conjunto com as configurações
muitos aplicativos, como o Excel, podem salvar dados de atualização definidas para se conectar diretamente
de tabela simples como um arquivo .csv. Para outros à fonte de dados e consultar atualizações. Essas atuali-
tipos de arquivo, como tabela XML (.xml) ou arquivos zações serão, então, carregadas no conjunto de dados
de texto (.txt), pode‑se usar Obter e Transformar para no Power BI.
consultar, transformar e carregar dados em um arquivo
do Excel ou do Power BI Desktop. Para todas as fontes de dados usadas no serviço do Power
BI, as considerações e limitações a seguir são aplicáveis. Exis-
2. Pacotes de Conteúdo tem outras limitações que se aplicam a recursos específicos,
Pacotes de conteúdo contêm todos os dados e relatórios mas a lista a seguir é aplicável ao serviço geral do Power BI:
de que o usuário precisa já preparados para uso. No Power • Limite de tamanho do conjunto de dados – há um
BI, há dois tipos de pacotes de conteúdo; os de serviços, limite de 1 GB para cada conjunto de dados no serviço
como Google Analytics, Marketo ou Salesforce, e os criados do Power BI.
e compartilhados por outros usuários na sua organização: • Limite de linha – o número máximo de linhas no
• Serviços – há, literalmente, dezenas de serviços com conjunto de dados (quando não estiver usando o Di-
pacotes de conteúdo para o Power BI, e mais são adi- rectQuery) é de dois bilhões, com três dessas linhas
cionados o tempo todo. A maioria dos serviços exige reservadas (resultando em um máximo utilizável de
que o usuário tenha uma conta. 1.999.999.997 linhas); o número máximo de linhas ao
• Organizacional – se usuários da organização tiverem usar o DirectQuery é um milhão de linhas.
uma conta do Power BI Pro, podem criar, compartilhar • Limite de coluna – o número máximo de colunas
e usar pacotes de conteúdo. permitido em um conjunto de dados, em todas as
tabelas no conjunto de dados, é de 16.000 colunas.
3. Bancos de dados Isso se aplica ao serviço do Power BI e aos conjuntos
• Bancos de dados na nuvem – a partir do serviço do de dados usados no Power BI Desktop. O Power BI usa
Power BI, o usuário pode se conectar em tempo real ao uma coluna de números de linha interna por tabela
Banco de Dados SQL do Azure, SQL Data Warehouse do incluída no conjunto de dados, o que significa que o
Azure, Spark no Azure HD Insight e SQL Server Analysis número máximo de colunas é 16.000 menos um para
Services usando DirectQuery. As conexões do Power BI cada tabela usada no conjunto de dados.
com esses bancos de dados ocorrem em tempo real,
ou seja, quando o usuário se conecta, digamos, a um Power BI Desktop
Banco de Dados SQL do Azure e começa a explorar os
dados criando relatórios no Power BI, quando fatia os O Power BI Desktop é um aplicativo gratuito que pode
dados ou adiciona outro campo a uma visualização, ser instalado no computador local e que permite conexão,
é feita uma consulta diretamente ao banco de dados. transformação e visualize de dados. Com o Power BI Desktop,
• Bancos de dados locais – a partir do serviço do Po- várias fontes de dados diferentes podem ser conectadas e
wer BI, o usuário pode se conectar diretamente aos combinadas (geralmente chamado de modelagem) em um
bancos de dados de modelo de tabela do SQL Server modelo de dados que possibilita criar elementos gráficos e
Analysis Services. Um gateway Corporativo do Power conjuntos de visuais que podem ser compartilhados como re-
BI é necessário. Para outros tipos de bancos de dados latórios com outras pessoas dentro da organização. A maioria
da organização, o  usuário precisará primeiro usar o dos usuários que trabalham em projetos de Business Intelli-
Power BI Desktop ou o Excel para se conectar, consultar gence (BI) usam o Power BI Desktop para criar relatórios e,
e carregar dados em um modelo de dados. O usuário em seguida, usam o serviço do Power BI para compartilhar
pode importar o arquivo para o Power BI, onde um seus relatórios com outras pessoas.
Conhecimentos Específicos

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Os usos mais comuns para o Power BI Desktop são os pessoas que não se consideram analistas ou criadores de
seguintes: relatórios usam o Power BI Desktop para criar relatórios
• Conectar‑se a dados; atraentes ou extrair dados de várias fontes e criar modelos
• Transformar e limpar esses dados para criar um modelo de dados, que podem compartilhar com seus colegas de
de dados; trabalho e organizações.
• Criar visuais, como gráficos, que fornecem represen-
tações visuais dos dados; Conectar‑se a dados
• Criar relatórios que são conjuntos de visuais em uma
ou mais páginas do relatório; Para começar a usar o Power BI Desktop, a primeira
• Compartilhar relatórios com outras pessoas usando o etapa é conectar‑se aos dados. Há vários tipos diferentes
serviço do Power BI. de fontes de dados aos quais se pode se conectar com o
Power BI Desktop. Para se conectar a dados, basta se-
As pessoas responsáveis por essas tarefas geralmente lecionar Início, Obter Dados > Mais na faixa de opções.
são consideradas analistas de dados (às vezes, chamados A imagem a seguir mostra a janela Obter Dados exibindo
de analistas) ou profissionais de Business Intelligence (co- as muitas categorias às quais o Power BI Desktop pode
nhecidos como criadores de relatórios). No entanto, muitas se conectar.

Quando um tipo de dados é selecionado, o sistema solicita informações, como a URL e as credenciais, necessárias para
o Power BI Desktop se conectar à fonte de dados.
Conhecimentos Específicos

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Depois que o usuário se conectar a uma ou mais fontes de o Editor de Consultas, é  possível fazer alterações nos
dados, convém transformar os dados para que sejam úteis. dados, como alterar um tipo de dados, remover colunas
ou combinar dados de várias fontes. É como esculpir: o
Transformar e limpar os dados, criar um modelo usuário pode começar com um grande bloco de argila
(ou dados), depois remover partes ou adicionar outras
No Power BI Desktop, o usuário pode limpar e trans- conforme o necessário, até que a forma dos dados fique
formar dados usando o Editor de Consultas interno. Com como se deseja.

Cada etapa que se realiza na transformação de dados Desktop. Para criar ou alterar um visual, basta selecionar o
(como renomear uma tabela, transformar um tipo de dados ícone visual do painel Visualizações. Se o usuário tiver um
ou excluir colunas) é registrada pelo Editor de Consultas. visual selecionado na tela do relatório, ele é alterado para
Sempre que essa consulta se conectar à fonte de dados, essas o tipo selecionado. Se nenhum visual for selecionado, um
etapas serão executadas para que os dados sejam sempre novo visual será criado com base na sua seleção.
formatados da maneira especificada.
Criar relatórios

Com frequência, o usuário desejará criar uma coleção


de visuais que mostram vários aspectos dos dados que fo-
ram usados para criar o modelo no Power BI Desktop. Um
conjunto de visuais em um arquivo do Power BI Desktop é
chamado de relatório. Um relatório pode ter uma ou mais
páginas, assim como um arquivo do Excel pode ter uma ou
mais planilhas.

Compartilhar relatórios

Quando um relatório estiver pronto para compartilhar


com outras pessoas, o  usuário pode Publicar o relatório
para o serviço do Power BI e torná‑lo disponível para
qualquer pessoa na organização que tenha uma licença do
Conhecimentos Específicos

Power BI. Para publicar um relatório do Power BI Desktop,


seleciona‑se o botão Publicar na faixa de opções Início no
Power BI Desktop.
Depois de selecionar Publicar, o  Power BI Desktop
conecta‑se ao serviço do Power BI usando sua conta do Po-
Criar visuais wer BI e, em seguida, solicita que o usuário selecione onde
no serviço do Power BI você deseja compartilhar o relatório,
Quando o usuário tiver um modelo de dados, poderá como seu espaço de trabalho, um espaço de trabalho de
arrastar campos para a tela do relatório para criar visuais. Um equipe ou algum outro local no serviço do Power BI. Deve‑se
visual é uma representação gráfica dos dados no modelo. Há ter uma licença do Power BI para compartilhar relatórios
muitos tipos diferentes de visuais para escolher no Power BI para o serviço do Power BI.

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EXERCÍCIOS b) Estrutura Tipo Comissão.
c) Estrutura Funcional.
1. (Copeve‑UFAL/UFAL/Técnico de Enfermagem/2018) d) Estrutura Linear.
Dadas as afirmativas a respeito dos princípios consti-
tucionais que regulamentam a Administração Pública, 5. (Copeve‑Ufal/Ufal/Assistente em Administração/2016)
I – Os princípios devem ser seguidos por todos os po- A estrutura organizacional pode ser definida como um
deres da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, conjunto responsável pela ordenação e agrupamento
entretanto, somente as atividades ligadas a adminis- de responsabilidades, comunicações, autoridades e
tração direta. demais recursos das empresas, visando ao alcance dos
II  – Na Administração Pública, não há liberdade e objetivos propostos. Dentre os modelos de estrutura
nem vontade pessoal, devendo ser seguido assim os organizacional, qual é aquele em que cada superior tem
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, autoridade única e absoluta sobre seus subordinados?
publicidade e eficiência para os atos públicos. a) Linear.
III – A Constituição de 1988, ao tratar da Administração b) Matricial.
Pública, não apresenta os princípios da supremacia e c) Funcional.
da indisponibilidade do interesse público, sendo estes d) Linha‑staff.
previstos por uma lei complementar. e) Baseado em projetos.

Verifica‑se que está(ão) correta(s) A palavra “Planejamento” lembra pensar, criar, moldar
a) II, apenas. ou mesmo tentar controlar o futuro da organização dentro de
b) III, apenas. um horizonte estratégico. Podemos dizer que Planejamento
c) I e II, apenas. pode ser o processo formalizado para gerar resultados a
d) I e III, apenas. partir de um sistema integrado de decisões.
e) I, II e III. (PEREIRA, 2010)

2. (FGV/Câmara de Salvador  – BA/Assistente Legislati- 6. (Depsec/Unifap/Administrador/2018) Hierarquicamen-


vo/2018) O presidente de uma empresa pública que te, assinale a alternativa que corresponde a sequência
opera em ambiente estável quer rever a estrutura orga- do nível mais complexo do planejamento ao nível que
nizacional, com vistas a favorecer ao máximo a redução menos exige complexidade:
dos custos operacionais. No entanto, o presidente quer a) Tático, Estratégico e Operacional.
estar atento a possíveis desvantagens na adoção dessa b) Operacional, Tático e Estratégico.
estrutura. c) Estratégico, Operacional e Tático.
Tendo em vista o ambiente em que a empresa opera, d) Estratégico, Tático e Operacional.
a estrutura mais adequada para tal fim e uma de suas e) Operacional, Estratégico e Tático.
desvantagens são, respectivamente:
a) divisional; reforçar a tendência à burocratização. 7. (FGV/Alerj/Analista Legislativo/2017) Em termos de
b) matricial; dificultar a responsabilização. abrangência, os  planos de um planejamento podem
c) matricial; produzir redundância de esforços. ser estratégicos, táticos e operacionais. Nesse sentido,
d) funcional; dificultar a especialização. a definição de metas para grupos específicos dentro de
e) funcional; dificultar a coordenação entre departa- uma organização e a forte orientação para o contexto da
mentos. economia local em que está inserida essa organização
dizem respeito, respectivamente, aos níveis:
3. (FCC/Alese/Técnico Legislativo/Administração/2018)
a) estratégico e tático.
Entre os diferentes tipos de estrutura organizacional
b) estratégico e operacional.
pode‑se citar a estrutura funcional, que possui como
c) tático e estratégico.
característica
d) tático e operacional.
a) a apuração de lucros ou prejuízos para cada unidade
e) operacional e estratégico.
ou região da organização, de forma descentralizada.
b) a departamentalização segundo as funções de pro-
dução, comercialização, finanças e administração. 8. (FGV/MPE‑AL/Técnico do Ministério Público/2018) Ao
c) a existência de centros de resultados, que se apre- se organizar um arquivo, é imprescindível que sejam
sentam como estruturas individualizadas e com consideradas suas regras e princípios. Com base nessa
autonomia gerencial. premissa, assinale a afirmativa correta.
d) o foco em projetos, com órgãos ou unidades cuja a) O princípio da cumulatividade preconiza que os
existência está atrelada apenas ao prazo de duração arquivos devem ser acumular documentos como
Conhecimentos Específicos

do projeto correspondente. uma coleção assuntos de um tema.


e) a flexibilidade estrutural, sem departamentalização b) O princípio da proveniência preconiza que arquivos
ou segregação de atividade, buscando maior eficácia originários de uma instituição devem manter a sua
no alcance de resultados. individualidade.
c) O princípio da organicidade preconiza que os docu-
4. (Ieses/CRA‑SC/Agente Administrativo/2017) É o tipo mentos possuem autonomia entre si.
de estrutura que demonstra visivelmente os princípios d) O princípio da pertinência preconiza que os docu-
da unidade de comando, ou seja, cada empregado mentos de um arquivo só são válidos caso sejam
deve receber orientações de apenas um superior, que relevantes.
seguem, por via hierárquica, do escalão mais alto para e) O princípio da autenticidade preconiza que os ar-
o mais baixo: quivos devem possuir informações atestadas como
a) Estrutura com Base em Função. verdadeiras.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
9. (FGV/MPE‑AL/Técnico do Ministério Público/2018) O se- ordem numérica crescente. Essa prática, muito comum
tor de protocolo tem a função de controlar a tramitação nos escritórios, utiliza o método de arquivamento
dos documentos de uma entidade, acompanhando seu a) numérico cronológico.
andamento e prestando informação aos interessados. b) numérico simples.
Em um protocolo, a abertura de um processo é conhe- c) alfabético documental.
cida como d) alfabético ideográfico.
a) avaliação.
b) recebimento. 14. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
c) expedição. Segundo a teoria dos dois fatores proposta por Herz-
d) autuação berg, são exemplos de fatores motivacionais no traba-
e) classificação. lho:
a) políticas da organização, salários e reconhecimento
10. (FGV/MPE‑AL/Técnico do Ministério Público/2018) Após do trabalho.
a criação de um novo órgão público estadual, surge a b) realização pessoal, reconhecimento do trabalho e
necessidade de criar um arquivo para a guarda de seus responsabilidade.
documentos. Como forma de organização do arquivo, c) responsabilidade, condições de trabalho e relações
o  gestor decide utilizar o sistema de arquivamento com os colegas.
indireto, em função do grande volume de documentos d) realização pessoal, prêmios de produção e relação
que serão abrigados. É um exemplo de uso desse tipo com a chefia.
de sistema, o método
a) alfabético. 15. (FCC/TRT 24ª Região (MS)/Analista Judiciário/Área
b) geográfico. Administrativa/2017) Uma das classificações feitas
c) dicionarizado. pela literatura para distinguir as diversas teorias sobre
d) numérico. a motivação no ambiente organizacional, corresponde
e) enciclopédico. às Teorias de Conteúdo, que procuram explicar
a) precipuamente o grau de correlação entre as re-
11. (FGV/MPE‑AL/Técnico do Ministério Público/2018) Uma compensas oferecidas e a motivação para a sua
possível destinação de um documento público é sua consecução.
eliminação, que só poderá ocorrer caso b) os processos cognitivos do indivíduo, que influen-
a) tenha autorização judicial da autoridade competen- ciam seu comportamento e geram motivação.
te. c) apenas os elementos objetivos que compõem a
b) esteja previsto no prazo da tabela de temporalidade. motivação, como salários e benefícios.
c) mantenha‑se ocioso por período superior a 1 ano. d) os componentes da motivação comuns aos diferen-
d) seja considerado um documento intermediário. tes grupos sociais, e não os fatores individuais.
e) receba por lei o status de confidencial. e) quais fatores motivam as pessoas, dentro do indiví-
duo ou do ambiente que o envolve.
12. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
16. (Cespe/IFF/Administrador/2018) Conforme a teoria de
Visando sua localização futura, documentos podem ser
Maslow, o  comportamento do ser humano pode ser
armazenados de quatro formas distintas, de acordo com
explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos,
um dos seguintes métodos de arquivamento: alfabético,
os quais se tornam fontes de motivação. De acordo com
numérico, geográfico ou ideográfico. Para que os docu-
essa teoria,
mentos dos docentes de uma instituição de ensino se- a) a terceira camada da pirâmide de Maslow se refere
jam arquivados em pastas, é necessário organizá‑los de às necessidades de associação, que refletem as
acordo com um desses critérios. Suponha que a relação necessidades do indivíduo em termos sociais, como
apresentada a seguir seja desses docentes e que suas amizades e socialização.
pastas devam ser ordenadas para fins de arquivamento b) as necessidades humanas dividem‑se em dois gru-
pelo primeiro dos métodos anteriormente citados. pos: as necessidades de sobrevivência, primárias,
A – José Ouro Preto e as necessidades adquiridas, secundárias.
B – Pedro da Silveira Neto c) as necessidades humanas precisam ser satisfeitas
C – Heitor Villa‑Lobos por completo para somente então surgir outro nível
D- Jesuína Santa Cruz de satisfação.
E – Antônio Teixeira d) as necessidades de autoestima estão relacionadas
à realização potencial do indivíduo.
De acordo com as regras de alfabetação, essas pastas e) todos os indivíduos alcançam o topo da pirâmide
devem ser organizadas na seguinte ordem: em relação às suas necessidades.
Conhecimentos Específicos

a) B, D, A, E, C.
b) D, C, B, A, E. 17. (Ieses/Cegás/Assistente Técnico/Administração e Finan-
c) E, C, D, A, B. ças/2017) O professor e economista americano Douglas
d) A, D, B, E, C. McGregor desenvolveu uma teoria que afirma que  o
trabalho é tão natural como o lazer, se as condições forem
13. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017) favoráveis e que os funcionários de uma organização
Para facilitar e agilizar a localização das pastas em um gostam do trabalho, de responsabilidades e a buscam
arquivo, a  secretária do Departamento de Ciências dentro da empresa. Essa teoria ficou conhecida como:
Sociais fixou um índice onomástico na porta do armá- a) Teoria X.
rio, de forma que, quando precisar retirar uma delas, b) Teoria T.
basta identificar seu número na lista e efetuar a busca c) Teoria Y.
no arquivo, no qual as pastas estarão arquivadas em d) Teoria Z.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
18. (FCC/DPE‑AM/Assistente Técnico/Administrativa/2018) c) determinará a convocação dos concursados que ain-
Determinado indivíduo, ocupante de dois cargos de da não assumiram cargo ou emprego com prioridade
professor, um de ensino médio na rede pública estadual para exercer cargos ou funções de confiança.
e outro, de ensino superior, em universidade pública do d) terá o prazo de validade de até três anos, prorrogável
mesmo Estado, exerce‑os concomitantemente e suas uma única vez, por mais um ano.
remunerações, somadas, resultam em valor inferior ao e) será de provas ou de provas e títulos, de acordo com
do subsídio mensal do Governador. Em breve, reunirá a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
os requisitos necessários à obtenção de aposentadoria na forma prevista em lei.
em ambos cargos. Nessa hipótese, à luz da Constituição
Federal, a acumulação de cargos é 22. (FCC/Alese/Técnico Legislativo/Administração/2018)
a) lícita, desde que haja compatibilidade de horários, Em conformidade com a disciplina constitucional
sendo permitida, nesse caso, a percepção cumulativa atinente aos órgãos, entidades e servidores da Admi-
dos respectivos proventos de aposentadoria. nistração pública,
b) lícita, desde que haja compatibilidade de horários, a) é vedado a todo servidor público civil o direito à livre
mas não lhe será dado perceber proventos de apo- associação sindical.
sentadoria cumulativamente. b) o prazo de validade do concurso público será de até
c) lícita, independentemente de haver compatibilidade um ano, prorrogável uma vez, por igual período.
de horários, mas não lhe será dado perceber proven- c) os cargos, empregos e funções públicas são aces-
tos de aposentadoria cumulativamente. síveis apenas aos brasileiros que preencham os
d) lícita, independentemente de haver compatibilidade requisitos estabelecidos em lei, sendo vedada, em
de horários, sendo permitida, nesse caso, a  per- qualquer hipótese, a contratação de estrangeiros
cepção cumulativa dos respectivos proventos de d) é admitida a contratação por tempo determinado
aposentadoria. para atender a necessidade temporária de excep-
e) ilícita, razão pela qual não lhe será dado perceber cional interesse público, de acordo com os casos
proventos de aposentadoria cumulativamente. estabelecidos em lei.
e) é permitida a vinculação ou equiparação de quais-
19. (UEM/UEM/Técnico Administrativo/2018) De acordo quer espécies remuneratórias para efeito de remu-
com o artigo 37 da Constituição Federal de 1988, qual neração de pessoal do serviço público.
é o prazo de validade do concurso público?
a) Entre três e cinco anos, dependendo da natureza e 23. (Fundatec/AL‑RS/Técnico Legislativo/2018) Conside-
da complexidade do cargo ou do emprego. rando o disposto na Constituição Federal da República
b) Um ano, prorrogável até o preenchimento das vagas. Federativa do Brasil de 1988, em relação à Administra-
c) Até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. ção Pública brasileira, assinale a alternativa correta.
d) Até três anos, prorrogável sucessivamente por iguais a) O prazo de validade do concurso público será de,
períodos no mínimo, um ano, prorrogável uma única vez por
e) Até cinco anos, sem direito à prorrogação. igual período.
b) É reservado o percentual mínimo de 2% (2 por cen-
20. (Vunesp/Câmara Municipal de São José dos Campos – to) dos cargos e empregos públicos para as pessoas
SP/Técnico Legislativo/2018) Ressalvados os casos es- portadoras de deficiência.
pecificados na legislação, a Constituição Federal impõe c) As funções de confiança destinam‑se apenas às
que as obras, os serviços, as compras e as alienações atribuições de direção, chefia e assessoramento.
serão contratados d) Ainda que haja compatibilidade de horários, é ve-
a) após autorização legislativa, para cada caso, ou dada a acumulação de dois cargos públicos de
genericamente para determinados objetos, mas professor.
sempre com prazo determinado. e) O teto remuneratório dos servidores públicos do
b) mediante processo de licitação pública, com obriga- Poder Legislativo Estadual não poderá exceder o
ções de pagamento independentes das condições subsídio mensal do Governador do Estado.
efetivas da proposta.
c) mediante processo de licitação pública que assegure 24. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
igualdade de condições a todos os concorrentes. Maria Antônia da Rocha Ribeiro era motorista da Uni-
d) diretamente, desde que comprovadas as exigências versidade Federal do Vale do Assú (UFVA) e, por meio
de qualificação técnica e econômica indispensáveis de um processo administrativo, foi considerada respon-
à garantia do cumprimento das obrigações. sável por lesão ao patrimônio público. Ela recorreu da
e) mediante processo de licitação pública que não decisão por intermédio de um processo judicial, mas,
poderá exigir qualificação técnica nem econômica, em decisão de última instância transitada em julgado,
Conhecimentos Específicos

em nenhum tipo de contratação. com base na Lei nº  8.429, de 02/06/1992, a  justiça
federal determinou que ela deveria ressarcir aos cofres
21. (Vunesp/Câmara Municipal de São José dos Campos – públicos a quantia de R$ 75.000,00 pelo fato de haver
SP/Técnico Legislativo/2018) A Constituição Federal provocado o acidente de trânsito que levou à perda
prevê, em seu capítulo sobre a Administração Pública, total do veículo da universidade, utilizado, na ocasião,
que o concurso público para fins particulares e fora do horário do expediente.
a) determinará a convocação dos novos concursados Uma semana depois dessa decisão, Maria Antônia
para assumir cargo ou emprego na carreira, com faleceu por morte natural, provocada pelo elevado
prioridade em relação aos aprovados em concurso estresse sofrido ao tomar conhecimento da sentença
anterior. judicial. Deixou sua herança para o filho, José da Rocha
b) terá o prazo de validade de até um ano, prorrogável Ribeiro, único herdeiro, que receberá o patrimônio ava-
uma única vez, por mais um ano. liado em R$ 50.000,00. De acordo com o art. 8º dessa

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mesma lei, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos vantagem, em razão do exercício de cargo, mandato,
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito função ou emprego público.
no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na e) os que importam em maior gravidade; os que cau-
administração pública direta, indireta ou fundacional e sam prejuízos ao erário enorme e os que atentam
dá outras providências, José da Rocha Ribeiro contra a ordem tributária e fazendária.
a) não está obrigado a utilizar a herança para ressarcir
os cofres públicos, porque ele não foi o responsável 28. (Depsec/Unifap/Assistente em Administração/2018) A
pelo acidente. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, dispõe sobre as
b) deverá ressarcir R$ 75.000,00 aos cofres públicos sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
com os recursos da herança que irá receber, comple- enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo,
mentando essa quantia com seu patrimônio pessoal. emprego ou função na administração pública direta,
c) deverá ressarcir R$ 50.000,00 aos cofres públicos indireta ou fundacional. Considerando o exposto nessa
com os recursos da herança que irá receber devido Lei, marque a alternativa que não caracteriza atos de
à morte de sua mãe. improbidade administrativa que importam enriqueci-
d) não está obrigado a utilizar a herança para ressarcir mento ilícito.
aos cofres públicos, porque sua mãe faleceu devido a) adquirir, para si ou para outrem, no exercício de
ao stress sofrido durante processo judicial. mandato, cargo, emprego ou função pública, bens
de qualquer natureza cujo valor seja desproporcio-
25. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017) nal à evolução do patrimônio ou à renda do agente
Improbidade administrativa pode ser definida como público.
atuação contrária à honestidade e à correção de b) aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
atitude, sendo também chamada de corrupção ad- consultoria ou assessoramento para pessoa física ou
ministrativa. Com relação aos atos de improbidade jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingi-
administrativa, matéria regulada pela lei 8.429/92, do ou amparado por ação ou omissão decorrente das
a) utilizar em serviço particular o trabalho de terceiri- atribuições do agente público, durante a atividade.
zado da administração direta não configura ato de
c) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel
improbidade administrativa.
ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica,
b) o servidor público pode ser responsabilizado por
direta ou indireta, a  título de comissão, percen-
atos de improbidade administrativa, sendo vedado o
tagem, gratificação ou presente de quem tenha
enquadramento dos demais agentes na referida lei.
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido
c) o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
ou amparado por ação ou omissão decorrente das
público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às
atribuições do agente público.
cominações da lei até o limite do valor da herança.
d) receber vantagem econômica de qualquer natureza,
d) negar publicidade aos atos oficiais, embora seja
considerado ato ofensivo aos princípios da admi- direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,
nistração pública, não constitui ato de improbidade providência ou declaração a que esteja obrigado.
administrativa. e) receber presentes de cônjuge ou companheiro, des-
cendentes ou ascendentes, parentes colaterais ou
26. (FGV/MPE‑AL/Técnico do Ministério Público/2018) O por afinidade, até terceiro grau, ou amigos íntimos,
Ministério Público recebeu informações de que de- desde que sejam também servidores públicos, em
terminado agente público teve evolução patrimonial ocasiões de comemoração social e que ultrapasse o
incompatível com a sua renda. Considerando a tipologia valor do salário percebido pelo donatário.
dos atos de improbidade administrativa, prevista nos
artigos 9º, 10, 10-A e 11 da Lei nº 8.429/92, é correto 29. (IF‑TO/IF‑TO/Assistente em Administração/2018) São
afirmar que essa conduta pode ser enquadrada como cominações sujeitas ao responsável pelo ato de impro-
a) violação aos princípios regentes da atividade estatal. bidade, segundo a Lei nº 8.429/92:
b) dano ao patrimônio público. a) Suspensão dos direitos políticos de três a oito anos
c) excessiva exação tributária. nos casos de retardar ou deixar de praticar, indevi-
d) enriquecimento ilícito. damente, ato de ofício.
e) infração disciplinar. b) Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, no caso de receber vantagem econômica
27. (Depsec/Unifap/Assistente em Administração/2018) de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para
Quanto ao estudo da lei de Improbidade Administrativa omitir ato de ofício, providência ou declaração a que
podemos enumera três tipos de improbidades. Marque esteja obrigado.
Conhecimentos Específicos

a opção que apresenta corretamente esses tipos. c) Ressarcimento parcial do dano, se houver, no caso
a) os que importam enriquecimento ilícito; os que de negar publicidade aos atos oficiais.
importam lesão ao erário e os que atentam contra d) Suspensão dos direitos políticos de cinco a dez anos
princípios da Administração. nos casos que ordenar ou permitir a realização de
b) os que importam lesão ao erário; os que atentam despesas não autorizadas em lei ou regulamento.
contra princípios Tributários e os que importam em e) Proibição de contratar com o Poder Público ou re-
vantagem pessoal ao agente público. ceber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
c) os que importam enriquecimento ilícito; os que direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
importam lesão à união e os que atentam contra de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
princípios da Fazenda Pública. prazo de dois anos no caso de perceber vantagem
d) os que importam lesão à união; os que atentam econômica para intermediar a liberação ou aplicação
contra princípios Tributários e os que importam em de verba pública de qualquer natureza.

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30. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislati- Relacionando esses teóricos com suas contribuições,
vo/2018) Uma empresa familiar de prestação de servi- a sequência correta é:
ços domésticos identifica como seus potenciais clientes a) 1, 1 e 1.
casais que trabalham fora. Considerando que essa b) 2, 2 e 2.
organização utiliza a trilogia Juran como ferramenta de c) 2, 1 e 2.
gerenciamento de qualidade, é correto afirmar que a d) 1, 2 e 2.
ação realizada aconteceu na etapa de: e) 2, 1 e 1.
a) melhora da qualidade.
b) controle da qualidade.
32. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislati-
c) organização da qualidade.
d) coordenação da qualidade. vo/2018) O ciclo PDCA, uma das principais ferramentas
e) planejamento da qualidade. utilizadas na gestão da qualidade, baseia-se na realiza-
ção de 4 etapas e tem como objetivo primordial:
31. (FGV/Câmara de Salvador – BA/Analista Legislati- a) a aplicação do benchmarking;
vo/2018) Dentre os teóricos da qualidade, alguns se b) a departamentalização processual;
destacaram pelas suas contribuições na área. c) a prevenção de choques na cultura organizacional;
d) a horizontalidade decisória;
1. Walter Shewhart e) a melhoria contínua dos processos.
2. Armand Feigenbaum
33. (FCC/Artesp/Agente de Fiscalização/2017) O quadro
( ) TQC abaixo apresenta os tipos de custos de Gestão da Qua-
( ) Gráfico/Carta Controle lidade e algumas ações que os caracterizam:
( ) Ciclo PDCA

A correlação correta entre as colunas é: ( ) Refere-se à aparência de qualquer evidência física


a) 1Z; 2X; 3W; 4Y. do serviço bibliotecário.
b) 1Z; 2W; 3X; 4Y. ( ) Trata da disposição de prestar os serviços pronta-
c) 1Y; 2X; 3Z; 4W. mente e auxiliar os usuários, caracterizando-se por
d) 1W; 2Z; 3Y; 4X. agilidade no atendimento, eficiência em resolver os
e) 1X; 2Y; 3W; 4Z. problemas, atenção personalizada e cortesia dos
funcionários.
34. (FGV/MPE-AL/Bibliotecário/2018) No campo da quali- ( ) Envolve a capacidade de prestar o serviço de forma
dade em serviços de informação a escala SERVQUAL, confiável, precisa e consistente.
para analisar qualitativa e quantitativamente a satisfa-
Assinale a opção que mostra a correta relação, na or-
ção dos usuários, apresenta um conjunto de dimensões dem em que se apresenta.
fundamentais. a) 2, 5, 1, 3, 4.
b) 3, 1, 4, 5, 2.
Relacione as dimensões com suas características. c) 3, 4, 1, 5, 2.
1. Aspectos tangíveis d) 4, 3, 2, 5, 1.
2. Confiabilidade. e) 4, 5, 1, 2, 3.
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

3. Empatia.
4. Garantia. 35. (Funece/Uece/Administrador/2017) Em relação à ISO
5. Receptividade. 9000:2000, é verdadeiro afirmar que
a) tem como objetivo promover o desenvolvimento
( ) Fornece atenção individualizada aos usuários das da normalização e atividades relacionadas com a
bibliotecas no atendimento às suas necessidades intenção de facilitar o intercâmbio internacional de
específicas. bens e serviços.
( ) Implica competência, cortesia, credibilidade e se- b) suas normas são de caráter imutável.
c) a empresa deve estabelecer objetivos genéricos re-
gurança, acrescenta isenção de qualquer falha, ris-
lativos à qualidade, sem necessariamente ter relação
co ou problema e se relaciona com o conhecimento com expectativas dos clientes.
e a cortesia dos funcionários e sua capacidade de d) os métodos de trabalho essenciais devem ser infor-
inspirar confiança. mais.

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36. (Comperve/Sesap‑RN/Administrador/2018) Diferente- 40. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo/2018) A
mente do gráfico de pareto, o método de custeio ABC manutenção de estoques implica riscos de investimento
(Activity‑Based Costing) foi desenvolvido como uma e de possibilidade de obsolescência em diversos pontos
alternativa para suprir a necessidade de reconhecer as da cadeia de suprimentos. Esses riscos são maiores
diferenças de custos causadas pela complexidade dos para o
processos produtivos e de compreender o efeito dos a) varejista.
custos indiretos na apuração dos resultados. A implan- b) atacadista.
tação desse método de custeio é dividida em algumas c) fabricante.
fases ou etapas, dentre elas, d) distribuidor.
a) alocar os custos às atividades e distribuir os percen- e) cliente pessoa física.
tuais na escala 80-20.
b) classificar os produtos (A, B ou C) e alocar os custos 41. (Inaz do Pará/CRF‑PE/Assistente Administrativo/2018)
por categoria. Inventário Físico se define como sendo a contagem físi-
c) identificar os direcionadores e mapear as atividades.
ca dos itens de estoque. Para desenvolver esta ativida-
d) relacionar os itens consumidos e calcular o valor
de, a empresa deve, periodicamente, efetuar contagens
acumulado em %.
físicas de seus itens de estoque e produtos em processo.
Essa contagem serve para fazer algumas verificações.
37. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
A  respeito do Inventário Físico, o  que  não  pode ser
O armazenamento de materiais depende das dimen-
sões e das características dos produtos, que podem afirmado?
requerer desde uma simples prateleira até sistemas a) Serve para verificar discrepâncias em valor, entre o
complexos que envolvam investimentos significativos. estoque físico e o estoque contábil.
Uma das técnicas de estocagem é o pallet que consiste b) Serve para verificar divergências entre registro(contábil)
em e o físico (quantidade de itens na prateleira).
a) caixas adequadas para estocagem de materiais de c) Serve para fazer apuração do valor total do estoque
pequenas dimensões, como parafusos, arruelas e (contábil) para efeito de balanço ou balancetes.
alguns materiais de escritório. d) O inventário físico pode ser considerado periódico
b) estruturas de madeira ou perfis metálicos, destina- ou rotativo.
dos a acomodar peças maiores, ao apoio de gavetas e) Serve para fazer reposição de estoque, quando o
ou de caixas padronizadas. estoque virtual estiver abaixo da quantidade.
c) uma estrutura, que pode ser de madeira ou de aço,
destinada a acomodar peças longas e estreitas como 42. (Inaz do Pará/CRF‑PE/Assistente Administrativo/2018)
tubos, barras, tiras, etc. Numa organização, o estoque é necessário para que o
d) uma plataforma de madeira que pode ser movimen- processo de produção/vendas da empresa funcione
tada por meio de variados equipamentos, como em- com um número mínimo de preocupações e desníveis.
pilhadeiras, elevadores de cargas e transportadores. Para tanto, existem sistemas de controle de estoques.
Qual das alternativas faz parte do Sistema de Controle
38. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo/2018) de Estoques?
Um imposto que incide sobre todas as etapas intermedi- a) Estocagem intermediária, Estocagem de produtos
árias dos processos produtivo e/ou de comercialização acabados e de matéria‑prima.
de determinado bem, da origem até o consumidor final, b) Duas gavetas, dos máximos‑mínimos e de revisões
influindo na composição de seu custo e, em consequ- periódicas.
ência, na fixação de seu preço de venda é denominado c) De localização, de estocagem fixa, e de estocagem
imposto livre.
a) indireto. d) Do Custo médio, PEPS e UEPS.
b) cumulativo.
e) De Planejamento e Controle de Produção, de impor-
c) progressivo.
tação e de Transportes e distribuição.
d) proporcional.
e) não cumulativo.
43. (Copese  – UFT/Câmara de Palmas  – TO/Assistente
39. (Cesgranrio/Liquigás/Assistente Administrativo/2018) Administrativo/2018) A atividade de recebimento de
O manuseio de materiais no almoxarifado deve obede- materiais intermedia as tarefas de compra e pagamento
cer a algumas premissas obrigatórias para o seu bom ao fornecedor. Suas atribuições básicas são, exceto:
Conhecimentos Específicos

funcionamento. Dentre essas premissas, não consta a a) analisar a documentação recebida, verificando se a


obrigatoriedade de compra está autorizada.
a) padronização dos equipamentos de manuseio. b) confrontar os volumes declarados na Nota Fiscal e
b) fluxo contínuo de produtos proporcionado pelo no Manifesto de Transporte com os volumes a serem
sistema. efetivamente recebidos.
c) uso o mais intenso possível dos equipamentos. c) proceder a conferência visual, verificando condições
d) aproveitamento da força da gravidade, sempre que de embalagem quanto a possíveis avarias na carga
possível. transportada.
e) direcionamento de investimentos para aquisição d) distribuir de imediato todos os materiais recebidos
de equipamentos estáticos, como prateleiras e aos setores da empresa, dispensando o documento
estantes. de requisição de material.

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44. (FCC/Alese/Técnico Legislativo/Administração/2018) apontados como inversamente proporcionais ao nível
Suponha que determinado gestor público, que atua na do estoque médio, incluem-se os custos de
área de suprimentos de uma sociedade de economia a) pedido ou de produção.
mista do setor de informática, pretenda aplicar o méto- b) armazenagem ou de perdas.
do de classificação de materiais conhecido como “Curva c) capital ou de oportunidade.
ABC”. De acordo com tal metodologia, ele deverá d) depreciação ou de obsolescência.
a) separar os itens de material em: permanentes; de e) carregamento ou de manutenção.
consumo constante; e de consumo esporádico.
b) classificar os itens de material em estoque de acordo 46. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
com o valor de demanda, exercendo uma gestão Dentro da função distributiva do orçamento, a Univer-
mais efetiva nos classificados na categoria “A”. sidade Federal do Vale do Assu aloca bolsas de apoio
c) classificar os itens de material em: perecíveis, que técnico para alunos de baixa renda, os quais, em
não devem ser estocados; de curto prazo; e duráveis, contrapartida, cumprem uma jornada de 20 horas se-
estes dois últimos considerados estocáveis. manais em alguma unidade da instituição, sem vínculo
d) identificar apenas os itens de estoque que deverão empregatício. Do ponto de vista econômico, esse gasto
ser repostos no horizonte de longo prazo e estabe- deve ser classificado como uma despesa
lecer a curva de depreciação. a) corrente.
e) trabalhar com o conceito de estoque mínimo, ele- b) de capital.
gendo apenas três itens principais para estocagem c) obrigatória.
e reposição imediata. d) discricionária.

45. (FCC/Alese/Técnico Legislativo/Taquigrafia/2018) Um 47. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)


conceito utilizado em administração de materiais é o Observe a figura reproduzida a seguir que contém as
relativo aos custos de manutenção de estoque. Entre os ruas do Campus Central da UFRN.

CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

A via pública que contorna o Campus Central da UFRN faixas foram construídas com recursos oriundos do or-
é utilizada livremente pela população natalense para se çamento da universidade, de acordo com os critérios de
deslocar pelos bairros circunvizinhos, além de ser a via classificação das despesas públicas, esse gasto deve ter
de acesso para a comunidade acadêmica contornar o sido classificado, do ponto de vista coercitivo, econômi-
campus. Também conhecida como Anel Viário, confor- co e da competência, respectivamente, como despesa
me é ilustrada na linha 1 da figura, tem sua manutenção a) corrente, obrigatória e originária.
realizada pela própria universidade que, há cerca de b) discricionária, de capital e federal.
dois anos, implantou ciclo faixas para proporcionar mais c) federal, de capital e discricionária.
mobilidade à comunidade. Considerando que as ciclo d) obrigatória, corrente e derivada.

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48. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017) A questão deve ser respondida com base na Tabela 1, reprodu-
zida a seguir:

O diretor do Centro de Biociências da Universidade um conjunto de operações que se realizam de modo


Federal do Vale do Assú enviou um memorando aos contínuo e permanente, do qual resulta um produto
gestores das unidades acadêmicas vinculadas ao cen- necessário à manutenção da ação de governo.
tro, anexando a tabela 1, informando que a instituição d) Atividade é um instrumento de programação para
está realizando um corte de gastos nas despesas com alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
passagens e diárias. conjunto de operações que se realizam em um perío-
do limitado de tempo, das quais resulta um produto
Em relação ao valor de 2016, o percentual de redução que concorre para expansão ou o aperfeiçoamento
dos gastos para 2017 foi de da ação de governo.
a) 20%.
b) 45%. 51. (FCC/TRT 6ª Região (PE)/Técnico Judiciário/Área Admi-
c) 55%. nistrativa/2018) Considere que, no último mês do exer-
d) 80%. cício financeiro, determinado órgão público, no curso
da execução de um contrato de obras, tenha realizado
49. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017) medições e atestado a execução de parcelas do objeto
De acordo com a tabela 1, dentre as unidades do Centro contratado. Contudo, em face do encerramento do
de Biociências, a que apresenta a menor proporção exercício, não tenha sido possível a liquidação financeira
entre o valor do orçamento e o número de professores é da despesa com o pagamento ao contratado naquele
a) Oceanografia. mesmo ano. Diante de tal cenário, considerando a
b) Farmacologia. legislação cabível,
c) Fisiologia. a) não será possível efetuar os pagamentos em questão
d) Morfologia. por ausência de suporte orçamentário, devendo ser
expedido precatório.
50. (Unifal-MG/Unifal-MG/Assistente em Administra- b) deverão ser cancelados os empenhos eventualmente
ção/2018) Dentro da concepção de despesa pública, efetuados e abertas novas dotações para suportar
verifica-se que a estrutura programática é considerada os pagamentos.
a mais moderna forma de apresentação do orçamento, c) as despesas geradas constituem déficit orçamen-
não podendo, assim, ser considerada uma classificação, tário, os quais devem ser suportados por dotações
consignadas no orçamento subsequente.
visto que não dispõe de rol ou tabela à qual vincula
d) os restos a pagar gerados pelas atestações indepen-
as despesas. A estrutura programática visa ao forne-
dem de empenho e deverão ser processados como
cimento de informações das realizações do governo,
despesas extraorçamentárias.
apresentando um conjunto de programas, desdobrados
e) as despesas, se regularmente empenhadas, serão
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

em ações. Assim sendo, pode-se afirmar corretamen-


suportadas por restos a pagar que pertencem ao
te que: exercício em que foram geradas.
a) Programa é o instrumento de organização de ação
governamental visando à concretização dos objeti- 52. (FCC/TRT 6ª Região (PE)/Técnico Judiciário/Área Ad-
vos pretendidos, sendo mensurado por indicadores ministrativa/2018) De acordo com as disposições da
estabelecidos no Plano Plurianual. Constituição Federal que disciplinam os Orçamentos,
b) Operações Especiais são ações que contribuem para a realização de operações de crédito que excedam o
a manutenção das ações de governo, das quais re- montante das despesas de capital
sultam um produto e geram contraprestação direta a) é permitida apenas para suprir déficit de regime
sob a forma de bens ou serviços. previdenciário próprio do ente, quando esgotadas
c) Projeto é um instrumento de programação para outras fontes alternativas de receitas ordinárias ou
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo extraordinárias.

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b) é vedada no último ano do mandato do Chefe do do curso, para que fossem feitas as correções por ela
Executivo, salvo se necessária para fazer frente ao indicadas. Como é prática da coordenadora, ela utilizou
pagamento de folha de pessoal ou inativos. a ferramenta de controle de alterações do Microsoft
c) é vedada, salvo quando aprovada mediante créditos Word 2010, para que os erros encontrados não sejam
suplementares ou especiais com finalidade precisa, repetidos no futuro. O assistente optou por revisar cada
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. alteração controlada e seus respectivos comentários
d) deve ser computada como dívida fundada do ente, em sequência, porque, às vezes, a coordenadora realiza
onerando o limite de endividamento fixado pelo alterações equivocadamente. Para tanto, ele deve,
Senado Federal, correspondente a, no máximo, duas a) na guia Revisão, no grupo Alterações, clicar em Pró-
vezes a receita corrente líquida do exercício. ximo ou em Anterior e seguir um dos procedimentos
e) somente é permitida para fazer frente a investi- indicados (Aceitar ou Rejeitar). O procedimento
mentos em saúde, educação e segurança pública, deve ser repetido diversas vezes até que não existam
mediante autorização legislativa específica e limitada mais alterações controladas a revisar.
a dois exercícios financeiros. b) na guia Alterações, no grupo Revisão, clicar em Pró-
ximo ou em Anterior e seguir um dos procedimentos
53. (FCC/TRT 21ª Região (RN)/Técnico Judiciário/Área Admi- indicados (Aceitar ou excluir). O procedimento deve
nistrativa/2017) A verificação que tem por fim apurar a ser repetido diversas vezes até que não existam mais
origem e o objeto do que se deve pagar, a importância alterações controladas a revisar.
exata a pagar e a quem se deve pagar a importância, c) na guia Revisão, no grupo Alterações, clicar em Pró-
para extinguir a obrigação, é ximo ou em Anterior. Na lista Aceitar, escolher Acei-
a) a fixação de dotação de despesa. tar todas as alterações do documento.
b) a reserva de dotação. d) na guia Alterações, no grupo Revisão, clicar
c) o empenhamento da despesa. em Próximo ou em Anterior. Na lista Rejeitar, es-
d) a liquidação da despesa. colher Aceitar todas as alterações do documento.
e) o pagamento da despesa.
57. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017)
54. (PR-4 UFRJ/UFRJ/Técnico de Contabilidade/2017) Durante uma aula de matemática financeira, o profes-
Para fins de verificação do cumprimento dos limites sor apresentou a seguinte ilustração de fluxo de caixa
de despesa total com pessoal previstos na Lei de Res- aos alunos:
ponsabilidade Fiscal, não são computadas as despesas
relativas a:
a) empregados públicos.
b) ocupantes de mandatos eletivos.
c) servidores com cargos em comissão.
d) incentivos à demissão voluntária de servidores.
e) servidores celetistas.

55. (FCC/DPE-RS/Analista/Administrador/2017) Atenção:


Para responder à questão, considere as seguintes siglas:

Siglas Utilizadas:
Lei Orçamentária Anual − LOA. Em seguida, o professor solicitou que os alunos uti-
Lei De Diretrizes Orçamentárias − LDO. lizassem o Excel 2010 para calcular o valor presente
Plano Plurianual − PPA. e confirmar se o valor apresentado na figura estava
Considere os seguintes itens: correto. Colocando-se na condição de aluno dessa
turma, analise as fórmulas a seguir com o intuito de
I – Critérios e forma de limitação de empenho. verificar aquelas que estão corretas para o cálculo do
II – Normas relativas ao controle de custos e à avaliação valor presente ilustrado.
dos resultados dos programas financiados com recursos
dos orçamentos. I – =ARRED(12500/((1+0,7%)^1);0)
III – Demais condições e exigências para transferências II – =ARRED(12500/((1+0,7/100)^1);)
de recursos a entidades públicas e privadas. III – =ARRED(12500/((1,007)^0);1)
IV – Evolução do patrimônio líquido. IV – =ARRED(12500/((1,07)^1);0)
V – Refinanciamento da dívida pública.
Para encontrar a mesma resposta que consta da ilus-
CONHeCIMeNTOS eSPeCíFICOS

A Lei Complementar n° 101/2000 estabelece que os tração, devem ser utilizadas as fórmulas
itens I, II, III, IV e V devem integrar, respectivamente: a) I e III.
a) LDO, LDO, LDO, LDO e LOA. b) III e IV.
b) LOA, LOA, LOA, LOA e LDO. c) I e II.
c) LDO, LDO, LDO, PPA e PPA. d) II e IV.
d) LDO, LOA, PPA, PPA e LOA.
e) LOA, LDO, PPA, LDO e PPA. 58. (Comperve/MPE-RN/Técnico de Administração/2017)
Ao utilizar computadores públicos ou que sejam aces-
56. (Comperve/UFRN/Assistente em Administração/2017) sados por diversas pessoas, é fundamental manter a
O assistente administrativo do curso de Direito de uma privacidade da navegação, evitando que o navegador
instituição de ensino superior recebeu de volta da co- salve o histórico ou o que foi baixado pelo usuário por
ordenadora o arquivo da ata da reunião do colegiado meio da ativação da navegação anônima. Para ativar

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esse tipo de navegação no Google Chrome, deve‑se
utilizar o atalho:
a) Shift + N
b) Shift + P
c) Ctrl + Shift + N
d) Ctrl + Shift + A

59. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/2017)


O mecanismo de busca do Google permite procurar,
rapidamente, por páginas na Internet. Assim, conside-
rando o crescimento exponencial de informações nessa
rede, consegue‑se reduzir, drasticamente, o tempo de
busca bem como melhorar o resultado das pesquisas.
Suponha que você necessite buscar documentos do tipo
PDF contendo a expressão “Ministério Público”, exceto
os que contenham, em seu conteúdo, a palavra “crime”.
Para isso, o critério de busca que você pode utilizar é:
a) Ministério+Público pdf crime
b) “Ministério Público” filetype:pdf ex:crime
c) “Ministério Público” filetype:pdf -crime
d) Ministério+Público file:pdf “crime”

60. (Comperve/MPE‑RN/Técnico de Administração/


2017) Usuários de sistemas operacionais baseados em
Linux fazem uso dos diversos programas disponibiliza-
dos com a distribuição utilizada. O aplicativo Terminal
permite abrir um prompt de comando a fim de que
sejam digitados comandos para operação do sistema.
Com o intuito de criar um arquivo do tipo archive con-
tendo todos os arquivos do tipo txt em um determinado
diretório, no Ubuntu 16.04 LTS, utiliza-se o comando: 
a) bkp -f backup .txt 
b) tar -cvf backup.tar *.txt 
c) cpio -o *.txt > backup.io 
d) dd if=*.txt of=backup.dd 

GABARITO
1. a 21. e 41. e
2. e 22. d 42. b
3. b 23. c 43. d
4. d 24. c 44. b
5. a 25. c 45. a
6. d 26. d 46. a
7. e 27. a 47. b
8. b 28. e 48. a
9. d 29. b 49. c
10. d 30. e 50. a
11. b 31. e 51. e
12. d 32. e 52. c
13. b 33. e 53. d
14. b 34. c 54. d
15. e 35. a 55. a
16. a 36. c 56. a
17. c 37. d 57. c
Conhecimentos Específicos

18. a 38. b 58. c


19. c 39. e 59. c
20. c 40. c 60. b

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