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• Leitura sf. 1. Ato, arte ou hábito de ler. 2. Aquilo que se lê. 3. Tec. Operação de percorrer, em um meio físico, sequências
de marcas codificadas que representam informações registradas, e reconvertê-las à forma anterior (como imagens, sons, dados
para processamento).
•Interpretar v.t.d. 1. Ajuizar a intenção, o sentido de, 2. Explicar ou declarar o sentido de (texto, lei, etc. 3. Tirar de
(sonho, visão, etc.) indução ou presságio. 4. Traduzir de língua estrangeira 5. Representar no teatro, cinema, televisão, etc.
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• Compreender v.t.d. 1. Conter em si; abranger 2. Alcançar com a inteligência; perceber, entender 3. Perceber as
intenções ou sentido de 4. Entender (alguém), aceitando-o como é 5. Perceber, ouvir 6. Estar incluído ou contido
Buarque de Holanda Ferreira Aurélio. Mini Aurélio Séc. XXI 5º. Ed. Rio de Janeiro Ed. Nova Fronteira 2004 p. 179; 427 e
453.
Texto (do latim textus, a, um, tecido, particípio passado de texere, tecer, urdir, entrelaçar, compor) é uma ideia ou um
conjunto de ideias expressas através de frases, orações, períodos e parágrafos; com um estilo e estrutura próprios escritas por
um sujeito.
O texto pode apresentar duas estruturas em sua natureza. A estrutura literária e a não-literária.
• O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras de linguagem (texto
figurado, conotativo), impregnado de subjetivismo. – conotação, figuras, ficção, subjetividade e pessoalidade.
• O texto não-literário transmite a mensagem de forma clara e objetiva. – denotação, transparência, objetividade e
informação.
Compreender um texto é obter resultado da união da decodificação (domínio dos mecanismos de base; o Bê-A-BÁ) com
a interpretação; é a última etapa do processo de leitura; é a consequência da leitura; é levar em conta os vários aspectos que
ele possui, ou seja, perceber se ele possui aspecto moral, social, econômico, conforme a intenção do autor; para confirmar
este aspecto, o autor se utiliza de um vocabulário próprio para a sua intenção.
Para se compreender um texto, é preciso perceber a sua estrutura interna (ideias básicas e acessórias). As básicas são
percebidas no tópico frasal que vem esplanadas em cadeia; as acessórias aparecem no desdobramento da ideia básica nos
parágrafos subsequentes a fim de discutir e aprofundar o assunto.
Ou seja; Ler não é só decifrar ou dar sentido ao texto; mas entender os motivos do autor, perceber sua ideologia diante
daquilo que ele escreve, é encontrar um significado para aquilo que o autor escreve. É ai que ocorre a interação entre autor e
leitor. O primeiro direcionando suas ideias através de sentidos e intenção comunicativa; o segundo, lendo, relendo fazendo
inferências, comparando e buscando o objetivo do autor.
DICAS DE COMPREENSÃO
“A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza
na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de
conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o
sentido do texto”.
Antes de tudo é importante entender que a compreensão de um texto, qualquer que seja ele, precisa ser considerada a
partir de seus próprios elementos internos, o que significa dizer que não existe o que normalmente se costuma chamar de
“uma verdadeira viagem”.
A dificuldade está centrada, portanto, em um ponto básico: conseguir perceber, dentro de um senso comum o que o
texto está sugerindo.
Para isso, é importante que qualquer leitor, pessoa disposta a compreender o texto literário ou o não-literário tenha,
sobretudo, boa vontade e paciência.
1 – A leitura do texto deve ser silenciosa. Várias vezes, duas, três, quatro... tantas, quantas vezes precisar. Geralmente
bastam três. Evidentemente não dispomos de muito tempo.
Diante do fator tempo; então leia com o máximo de atenção, procurando identificar a Temática Central.
2 – Identificar o que o enunciado solicita. É muito comum o candidato errar a resposta de uma questão por não perceber
com exatidão, o que o enunciado deseja saber.
- Assim sendo, concentre-se em todas as palavras presentes no enunciado.
- Um ponto muito importante: observe se o enunciado da questão está abordando o texto como um todo ou se faz
referência a apenas uma parte do texto.
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NOTA: É muito comum os candidatos se queixarem de que chegam a duas opções e quase sempre acabam marcando a
opção errada.
Calma!!! Muita calma!!! Atenção!!! Imagine o seguinte:
Se você conseguiu eliminar três das opções, chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas estava certa, você estava
no caminho certo. O que faltou foi um pouco mais de atenção, experiência, ou talvez quem sabe, um pouco mais de habilidade
para conseguir perceber as minúcias das duas opções, verificar pelo enunciado se a questão era de cunho interpretativo ou
compreensivo.
TÓPICO FRASAL – é a menor expressão de palavras que resume de forma abrangente possível a ideia do parágrafo.
Para se chegar ao TÓPICO FRASAL, deve-se passar pelas seguintes fases:
1. Eliminar do texto lido as partes redundantes ou sem importância para o essencial;
2. Generalizar as ideias para se chegar ao TEMA DO ASSUNTO;
3. Selecionar os subtópicos que comporão o texto final do TÓPICO FRASAL.
1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. Acrescentar elementos desnecessários à compreensão do texto.
2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto.
3. Contradição: Chegar a uma conclusão contaria à do texto, invertendo o seu sentido.
PRESSUPOSTOS
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São ideias que não foram expressas de maneira explícita, mas que podem ser percebidas através de expressões e
palavras contidas no texto.
INTERTEXTUALIDADE
É a relação que se estabelece entre dois textos, isto é, quando um faz referência a palavras já existentes no outro.
Uma boa leitura permite ao leitor seja capaz de identificar o tema e o assunto de um texto; distinguir informações explícitas
de pressupostos e subentendidos; distinguir um fato da opinião do autor sobre este fato; relacionar as informações
fornecidas pelo autor com outras informações de momentos distintos do texto; construir e interpretar o texto através de
seus aspectos gráficos verbais e não verbais.
LEMBRETE
01. Ler todo o texto, procurando adquirir uma visão generalizada do assunto.
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; vá até o fim. Na maioria das vezes o contexto lhe dá o
significado da palavra.
03. Ler o texto quantas vezes forem necessárias.
04. Ler com atenção, sutileza, malícia nas entrelinhas.
05. Não permitir que as suas opiniões prevaleçam sobre as do autor.
06. Verificar com máxima atenção o enunciado da questão.
07. Cuidados com os vocábulos: não correto, correto, incorreto, certo, errada, falso, verdadeiro, exceto e outras palavras
novas, modernas que surgem nas perguntas e que criam dificuldades ao leitor sobre o que se quer.
08. Quando duas alternativas lhe parecerem corretas, procure a mais exata ou a mais completa.
09. Não procure, na resposta, a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no contexto
do texto lido.
10. Olhe para o texto como um objeto de ajuda, não construa uma imagem de algo chato, feio ou indecifrável. Nossa forma
de ver o texto contribui para os resultados de nossa leitura.
TEXTOS COMPLEMENTARES
TEXTO A
Filosofando sobre a leitura.
A sociedade é, em sua maioria, feita de homens sem liberdade, pessoas que tolhidas na educação, imaginação e,
fundamentalmente, na ação; tornam-se, geralmente, repetidoras de ideias, soluções e emoções distorcidas; equívocos que
tornam a própria evolução do pensar um gesto estático. O que pode um “inocente” contra o maquiavelismo social? Sim, pois
a carência do saber torna o ser um alvo fixo, ingênuo, para onde se “disparam” pensamentos predeterminados, conclusões
ultrapassadas e ideias equivocadas. Essa afirmação pode parecer obscura para a maioria das pessoas, pois a concepção de
liberdade está ligada à visão de cárcere ou de escravidão no sentido concreto, e não, à consciência individual do pensar. Muito
se tem discutido sobre a importância da evolução do raciocínio humano, mas o único raciocínio plausível para o combate de
tal realidade é a Leitura. No entanto, pouco, verdadeiramente, tem-se feito para tornar a Leitura um habito em ação. O
resultado da carência dessa atitude está na maioria das mazelas sociais que o homem discute e lamenta, posicionando-se como
prisioneiro delas. Não se trata de reproduzir um pensamento intelectual sem bases práticas, mas uma afirmação fundamentada
nos resultados de eleições, nas práticas profissionais, no desempenho econômico nacional e principalmente nos resultados
pessoais de cada cidadão. Ler é aprender a decidir, não só tomar uma decisão, mas aprender a conhecer literalmente as
consequências dessa decisão; ler é ganhar experiência, ganhar liberdade de ter suas próprias ideias, de gerar, produzir e evoluir
seu próprio ser. É antecipar-se ao tempo e gerir experiência, transformar futuros e saciar a vaidade. Ler é adquirir sabedoria
antes da velhice. Sim, pois o conhecimento antecipado lapida o homem para um melhor viver, sentir e decidir. A leitura pode
fazer do leitor o médico, o professor, o bom gestor público, o bom cidadão. A leitura transforma a estampa do mundo, pois
transforma a maneira de olhá-lo, torna o ser um artesão, um mestre do construir, do criar, do transformar. É compreender
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parafrásticamente o desejo de Deus, já que ensina o homem a perceber melhor a paixão e a oportunidade que o milagre da
vida representa. Arnaldo Filho
TEXTO B
“Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para compreender,
ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é nossa função essencial”.
Miguel Alberto. Uma história de leitura
TEXTO C
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo
à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob
diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes
casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e
compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não
podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.
Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os
linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e
conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na
qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos
que a leitura é um processo interativo.
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o
caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff, cada um lê com os olhos que tem. E interpreta
onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são
seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor
é co-autor.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo,
compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios
necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico
sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele
toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela
leitura.
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes,
quando compara o leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito
se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens
acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além
de adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para
atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do
mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade,
pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de
compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de
mundo e seu horizonte de expectativas.
Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do
homem.
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Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel
Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado.
Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que
quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma
forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai
e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se.
Maria Carolina Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal.
TEXTO D
EXERCITANDO
Cargo: Agente Comunitário de Saúde – 2016 - Pref. Tianguá/CE – UECE
Leia o Texto I para responder as questões 1, 2 e 3.
TEXTO I
Sonho de paz...
Wilbur MacDermott pediu que o deixassem a sós no cenário do discurso, apenas com os técnicos de televisão. Uma
lágrima teimava em brotar-lhe os olhos e o americano tentou contê-la.
- Pronto, senhores – disse aos operadores das câmeras. - É meia-noite. Vamos começar...
As luzes acenderam-se e as câmeras foram ligadas, transmitindo para os satélites a imagem do presidente americano.
- Senhoras e senhores, meus irmãos de todo o mundo. Este é o momento mais difícil de minha vida. Como se sabe,
os sequestradores de minha filha exigem que eu não vá avante com as reformas que pretendo propor nesta noite.
Sequestraram minha filha para que eu me veja obrigado a apoiar a sinistra proposta para a 25ª Emenda à Constituição do meu
país...
Respirou fundo e retomou:
- Infelizmente, esses covardes não me deixam escolha. Não posso trocar a vida da minha filha pela felicidade do
mundo. Tenho de prosseguir, custe o que custar...
A lágrima teimosa conseguiu escorrer por seu rosto, brilhando sob as luzes fortes da televisão e sendo transmitida
por milhões de receptores espalhados pelo mundo.
Por todo o globo, sobrava oxigênio à vontade. A respiração da humanidade estava suspensa, à espera da continuação
do discurso. [...]
Wilbur MacDermott já não conseguia impedir as lágrimas. Mas continuava o discurso, como o pai de um condenado
que vê o filho caminhando para o patíbulo e ainda mantém a certeza de que sua causa merece o sacrifício.
- Meus irmãos do mundo inteiro! Nosso sonho de paz nunca será possível enquanto um país poderoso como os
Estados Unidos ainda insistir em manter um arsenal nuclear, capaz de arrastar o planeta milhares de vezes, uma depois da
outra, e enquanto conservar um estoque de armas químicas e biológicas capazes de impor epidemias mortais às populações
inocentes de outros países. Por isso, precisamos ter a coragem de, unilateralmente, destruir por completo essas armas, antes
que elas nos destruam! Proponho um desmantelamento total das armas nucleares, químicas e biológicas do mundo inteiro, a
começar pelas nossas, as armas dos Estados Unidos. Nesse momento, meus assessores estão distribuindo à imprensa um mapa
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do meu país, com a localização de todos os arsenais, laboratórios e fábricas de artefatos nucleares, químicos e biológicos.
Convido a Organização das Nações Unidas para que envie comissões de fiscalização para testemunhar a destruição das armas
do Juízo Final. O Apocalipse, nunca!!
BANDEIRA, Pedro. Droga de americana. São Paulo: Moderna, 2009. p.150-1;161-163. Texto adaptado.
A) o personagem protagonista é denominado no texto ora como “Wilbor MacDermott” (linha 1), ora como “americano”
(linha 4), ora como “presidente americano” (linha 11), ora como “pai de um condenado” (linha 36).
B) a realização do sonho de paz está diretamente relacionada, na visão do presidente, ao desaparecimento das armas
nucleares, químicas e biológicas.
C) a expressão “Juízo Final” retoma a ideia de julgamento de quem fez uso correto ou não de armas nucleares, químicas e
biológicas.
D) a proposta do presidente restringe-se aos países poderosos como os Estados Unidos.
A) seu desespero.
B) seu poder.
C) sua serenidade.
D) sua fraqueza.
03. No trecho: “Por todo o globo, sobrava oxigênio à vontade. A respiração da humanidade estava suspensa, à espera da
continuação do discurso.”, se for eliminado o ponto que separa as duas frases, a palavra que melhor poderia substituí-
lo, sem alterar o sentido, é
A) ou.
B) e.
C) porque.
D) mas.
GABARITO
1B 2A 3C
Nessa varredura, mais seis pacientes contaminados foram isolados. Quatro tiveram alta nos últimos dias. O perigo aqui é a
Acinetobacter baumanii. Em pessoas saudáveis, ela não causa infecção. Mas em doentes que estão com o sistema imunológico
enfraquecido, internados em UTI, que respiram por aparelhos, podem causar infecção generalizada.
Em Fortaleza, no Ceará, a mesma bactéria resistente contaminou a UTI do Hospital de Messejana. A Acinetobacter agravou o
quadro de saúde de sete pacientes, e eles morreram. Um infectado continua em observação.
Uso indiscriminado de antibióticos preocupa
Só em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, registrou quase 10 mil casos de bactérias resistentes a
remédios nas UTIs do país.
Já foram encontradas aqui todas as bactérias que constam de um alerta da Organização Mundial da Saúde: elas provocam de
pneumonia e diarreia até a gonorreia, uma doença sexualmente transmissível. A OMS afirma que o uso indiscriminado de
antibióticos pode levar a um retrocesso.
Fantástico: A gente pode voltar no tempo e ficar sem antibiótico para combater infecção, com criança morrendo por
pneumonia?
Alberto Chebabo, presidente da Sociedade de Infectologia do RJ: A gente hoje tem infecções em que não consegue tratar
com antibiótico, a gente voltou à era pré-antibiótico em 1950. E existe uma grande chance de, nos próximos 10, 15 anos, se
nada for feito, a gente perder esses antibióticos para tratamento de várias infecções, de várias bactérias resistentes.
Denise teve uma infecção no seio, chamada de mastite, logo depois que o primeiro filho nasceu. “Eram dores horríveis, direto.
Fiquei mais de um mês tomando antibiótico e não fazia efeito nenhum”, conta ela.
Não fazia efeito porque a bactéria era resistente a antibióticos. Identificada a bactéria, ela teve que fazer uma cirurgia e
remover todo o pedaço infectado na mama. Denise ficou completamente curada. E pôde amamentar o segundo filho.
Como as bactérias ficam tão fortes
Mas como essas bactérias ficam tão fortes? A primeira causa é o uso exagerado de antibióticos. Trilhões de bactérias circulam
no corpo humano. Estão na pele, em todos os órgãos. No intestino, por exemplo, ajudam na digestão. Elas só provocam
doenças se a pessoa fica com a imunidade baixa. Há também bactérias que podem fazer mal, nos objetos, nos alimentos, na
água contaminada.
Quando a gente toma antibiótico, todas as bactérias, boas e ruins, diminuem. As mais frágeis morrem primeiro. Se o tratamento
é interrompido antes do prazo, as bactérias mais fortes continuam lá - e ficam mais perigosas, porque nelas, o antibiótico não
fará mais efeito.
“Então a bactéria pode ter resistência a um antibiótico, a dois antibióticos, ou a vários antibióticos e se tornar uma bactéria
difícil de tratar”, explica Chebabo. Trecho de reportagem do Programa Fantástico. Disponível em: Acesso em: 26 de maio de
2014.
01. A ideia central desse trecho da reportagem é:
02. De acordo com o texto, algumas bactérias criam resistência a antibióticos quando:
A) não adotamos alguns hábitos de higiene, como lavar as mãos, por exemplo.
B) estamos muito estressados e com o sistema imunológico bastante enfraquecido.
C) os médicos prescrevem o mesmo tipo de antibiótico para vários tipos de infecção.
D) morrem aquelas bactérias boas que vivem no intestino humano e ajudam na digestão.
E) é interrompido o tratamento com antibiótico antes da morte das bactérias mais fortes.
03. É uma característica típica do gênero reportagem que pode ser reconhecida no texto:
05. Em: “A OMS afirma que o uso indiscriminado de antibióticos pode levar a um retrocesso. ” (Sublinhado no texto), um
retrocesso faz alusão:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Texto I
Nas terras superpovoadas, nas cidades formigueiros de nosso tempo, os homens são feitos e desfeitos pelos homens.
São triturados, desbastados, polidos e formados pelo contato de uns com os outros, como pedras num rio turbulento. O
passado não os domina, porque são arrastados na torrente do presente. A terra não os domina, porque está enterrada sob o
asfalto e o cimento e eles nunca a tocam com os pés. O mar não os governa, porque eles nunca o enxergam, nem sentem,
quando atravessam os corredores de tijolos e argamassa como ratos num labirinto de laboratório.
a) a interdevoração humana constitui um dos traços mais deploráveis do perfil da sociedade moderna.
b) a vida nas grandes cidades, hoje, condiciona o homem, sujeitando-o a atritos, já que não lhe é permitida uma proximidade
com a natureza.
c) nosso tempo é caracterizado por uma sociedade em que os homens buscam a terra, unidos pelo sentimento do risco
comum.
d) nossa época se salienta pela autodestruição, pois os homens, em busca do futuro, esquecem o passado, preocupados que
estão com o presente.
e) a convivência, nos tempos atuais, supera, em termos negativos, a situação das pedras num rio turbulento.
VOCABULÁRIO DE APOIO
Torrente: Substantivo feminino. 1 curso de água rápido e impetuoso, ger. produzido por chuva abundante; 2 força impetuosa,
força das coisas ou dos acontecimentos.
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VOCABULÁRIO DE APOIO
Esparso: 1 que não se apresenta junto;
2 não compacto, espalhado aqui e ali (diz-se geralmente de algo contável e pouco numeroso); disperso, escasso, ralo.
Texto II
O jeitinho brasileiro, que intriga e fascina, é difícil de ser conceituado. Respaldar cientificamente suas demonstrações
cotidianas significa entrar no movediço terreno da subjetividade. Tarefa em que se aplicam sociólogos e antropólogos. No
entanto, as várias obras que tratam do tema demonstram que o brasileiro pode ter muitos perfis. Não há unanimidade sobre
suas virtudes e seus defeitos, e é bastante frequente uma mesma análise estar dividida entre a louvação e a crítica. Essa
ambiguidade vem gerando conflitos culturais no dia a dia do brasileiro, e talvez por isso o jeitinho tenha ido parar no divã da
psicanálise brasileira. O choque diante da impressão quase generalizada de que de jeitinho em jeitinho foram se acumulando
as mazelas nacionais tem sufocado a possível noção de suas virtudes, tais como criatividade e versatilidade.
a) o Brasil é um país que demonstra expressiva cautela quando se trata de resolver seus problemas.
b) a tendência ao jeitinho é traço decorrente da grande capacidade criativa do brasileiro.
c) a capacidade de dar um jeitinho aprimora a versatilidade própria do brasileiro.
d) o brasileiro tende a criar soluções criticáveis para vencer as dificuldades.
e) estudiosos buscam razões científicas para explicar a especialidade nacional chamada “jeitinho”.
a) o caráter subjetivo da atitude tendente ao jeitinho dificulta para ele uma definição objetiva.
b) a pluralidade de perfis que caracteriza o brasileiro inferioriza-o diante de outros povos.
c) é pacífica no dia a dia a convivência do brasileiro com as artimanhas do jeitinho.
d) dada a predominância dos defeitos sobre as virtudes, critica-se mais do que se louva o brasileiro.
e) a capacidade criativa contraria a tendência do brasileiro em relação ao jeitinho.
Gabarito
1B, 2C, 3B, A
ORTOÉPIA OU ORTOEPIA
ORTOÉPIA é a correta pronúncia dos grupos fônicos. Está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação
das consoantes e a ligação de vocábulos dentro de contextos. Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia.
Alguns exemplos:
1. pronunciar erradamente as vogais quanto ao timbre: pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): alcova, crosta... pronúncia
errada, timbre aberto (é, ó): alcova, crosta...
2. omitir fonemas: cantar/ cantá, abóbora/ abóbra, prostrar/ prostar, reivindicar/ revindicar... c) acréscimo de fonemas:
pneu/ peneu, freada/ freiada, bandeja/ bandeija...
3. substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro.
4. troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/ cardeneta, bicarbonato/ bicabornato, muçulmano/ mulçumano.
5. nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo, bugiganga/ bungiganga ou buginganga.
PROSÓDIA
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A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta. Abaixo
estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:
1) Oxítonas: cateter, condor, hangar, mister, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.
2) Paroxítonas: avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pudico,
rubrica, tulipa.
3) Proparoxítonas: aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago, antídoto, lêvedo, protótipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro.
Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta.
Exemplos:
acrobata e acrobata, crisântemo e crisântemo, Oceânia e Oceania, réptil e reptil, xerox e xérox.
Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação como por exemplo:
Valido: adjetivo e substantivo masculino. 1 que ou aquele que se coloca sob proteção de alguém mais poderoso; protegido; 2
que ou aquele que recebe estima; querido, prezado.
Válido: adjetivo. 1 que tem existência ou valor legal, que tem eficácia, é capaz de produzir efeitos legais; 2 que foi produzido
respeitando as formalidades legais; 3 que tem embasamento bem fundado; correto, certo.
Vivido: adjetivo. 1 que viveu muito; 2 com intensa experiência de vida. Ex.: crianças v., apesar da idade.
Vívido: adjetivo. 1 que tem vivacidade, animação; vivo.
Trânsito: ato de transitar, afluência, circulação de pessoas.
Transito: primeira pessoa do singular do verbo transitar.
Do grego orthographia (escrita correta), trata do uso correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita. Faz-se uso, na
comunicação escrita, de letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação.
O sistema ortográfico vigente em nosso país foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995 e elaborado
pela Academia Brasileira de Letras
Foi assinado em Lisboa, Portugal, no dia 16 de dezembro de 1990, não só por representantes de Brasil e Portugal, mas também
de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Nosso alfabeto, que é o conjunto de símbolos gráficos (grafemas) que utilizamos para transcrever a maioria dos sons da
linguagem articulada, compõe-se, atualmente, de 26 letras. São elas: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y e
z..
A letra h não tem valor fonético, pois não representa som nenhum, sendo, portanto, denominada letra muda.
Cerca de 80% das palavras de nossa língua vieram do latim, aproximadamente 15%, do grego e o restante, de outros idiomas
(alemão, inglês, italiano, espanhol, francês, árabe, japonês, chinês, sânscrito, hindi, línguas africanas, indígenas, etc.).
Teoricamente, para que uma pessoa domine com absoluta segurança a ortografia de nossa língua, é preciso que ela conheça
profundamente todos ou a maioria desses idiomas.
Calma! Não é preciso chegar a tanto. Há outros meios mais fáceis. A maneira mais simples, prática e objetiva de adquirir um
bom conhecimento de ortografia é ler e escrever bastante, ver as palavras, familiarizar-se com elas. E sempre que tiver dúvida
quanto à grafia desta ou daquela palavra, não seja orgulhoso nem preguiçoso: consulte um bom dicionário. Não “chute” na
hora de escrever a palavra, nem “fuja” dela; tenha o bom senso e __ por que não dizer? __ a humildade de consultar um
dicionário, um bom dicionário.
Apenas a título de ilustração, há a seguir algumas regras de fácil memorização, que lhe serão muito úteis:
Trema
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Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que,
qui.
Ex.: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta
Obs. o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
sílaba).
Ex.: alcaloide, alcateia, androide, assembleia
Obs.: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os
monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s).
Ex.: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Ex.: bocaiuva
Obs.: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú,
tuiuiús, Piauí.
se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
USO DO HÍFEN
1. Nos topônimos iniciados pelos adjetivos GRÃO e GRÃ ou por forma verbal ou por elementos que incluam um artigo: Grã-
Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos.
2. Nos compostos com os prefixos CIRCUM- e PAN- quando o segundo elemento começa por vogal, M ou N: pan-americano,
circum-navegação.
3. Antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperalista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus,
microorgânico. Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por vogal igual. Anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, antiimperalista, arqui-inimigo, arqui-
irmandade, microondas, micro-ônibus, micro-orgânico.
4. Esta regra normaliza todos os casos do uso do hífen entre vogais iguais, como já acontecia anteriormente na língua em
compostos como: auto-observação, contra-argumento, contra-almirante, eletro-ótica, extra-atmosférico, infra-
assinado, infraaxilar, semi-interno, semi-integral, supra-auricular, supraaxilar, ultra-apressado. (nestes casos, o hífen
permanece.)
5. No caso de prefixo CO-, em geral, não se usa o hífen, mesmo que o segundo elemento comece pela vogal O: cooperação,
coordenar.
6. Manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento. Não se emprega o hífen em
certos compostos em que se perdeu, em certa medida, a noção de composição. Mandachuva, paraquedas, paraquedista,
paralama, parabrisa, parachoque, paravento.
7. O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contém um elemento de ligação e constituem uma unidade
sintagmática e semântica, mantendo acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas:
ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor,
erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi, formiga-branca.
8. Ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação,
auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, infra-
renal, ultra-romântico, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível. Não se emprega o hífen:
nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por R ou S, devendo
essas consoantes se duplicarem. antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico,
arquirrivalidade, autorregulamentação, autossugestão, contrassenso, contrarregra, contrassenha, extrarregimento,
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EMPREGO DE X E CH
1) Grafa-se x depois de ditongos.
Ex.: abaixo, ameixa, caixa, peixe, queixo, trouxa, etc.
Exceções: caucho e seus derivados, como recauchutar e recauchutagem.
3) Os substantivos abstratos, derivados de adjetivos, geralmente são grafados com -ez ou -eza.
Ex. acidez (de ácido), altivez (de altivo), avidez (de ávido). aridez (de árido). beleza (de belo). dureza (de duro), braveza (de
bravo), leveza (de leve), fineza (de fino). natureza (de natural), magreza (de magro), etc.
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CASOS DIVERSOS
1) O sufixo -oso ou -osa sempre se grafa com s.
Ex.: horror/horroroso, fama/famso(a), gosto/gostoso(a) etc.
2) Os verbos usar, pôr e querer não possuem formas com z, portanto: uso, usei, usou, usasse; quis, quisesse, quiseram; pus,
pusesse pusemos, pusera etc.
3) Os verbos terminados em -uir e –oer têm suas formas das 2.a e 3.a pessoas do presente do indicativo grafadas com i.
Exemplos:
POSSUIR tu possuis
ele possui
CONSTRUIR tu constróis
ele constrói
INFLUIR tu influis
ele influi
MOER tu móis
ele mói
4) Os verbos terminados em -ir têm suas formas da 2.a e da 3.a pessoa do presente do indicativo terminadas em e. Exemplos:
ABOLIR tu aboles
ele abole
ADERIR tu aderes
ele adere
AFERIR tu aferes
ele afere
ADMITIR tu admites
ele admite
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5) Os verbos terminados em -uar e -oar têm suas formas de 1.a, 2.a e 3.a pessoas do presente do subjuntivo grafadas em e.
Exemplos:
ABENÇOAR que eu abençoe
que tu abençoes
que ele abençoe
As formas arrizotônicas desses verbos, cujo acento prosódico está fora do radical, não trazem i, como podemos verificar nos
exemplos abaixo:
passear nós passeamos
vós passeais
que nós passeemos
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Onde/Aonde:
Onde: lugar em que se está ou que se passa algum fato:
Ex.: Onde você está?
Aonde: indica movimento (refere-se a verbos de movimento):
Ex.: Aonde você vai?
Que/Quê
Que: pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva:
Ex.: Convém que o assunto seja esquecido rapidamente.
Quê: monossílabo tônico, substantivo, ou interjeição.
Ex.: Você precisa de quê?
Mal/Mau
Mal: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial:
Ex.: Ele se comportou muito mal. (Advérbio)
Ex.: A prostituição infantil é um mal presente em todas as partes do Brasil. (substantivo)
Mau: adjetivo (ruim, de má qualidade)
Ex.: Ele não é um mau sujeito.
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Afim/A fim
Afim: adjetivo que indica igual, semelhante.
Ex.: Temos objetivos afins.
A fim: indica finalidade:
Ex.: Trabalho hoje a fim de folgar amanhã.
A par/ Ao par
A par: sentido de “bem informado”
Ex.: Eu estou a par de todas as fofocas.
Ao par: indica igualdade entre valores financeiros.
Ex.: O real está ao par do dólar.
Senão/Se não
Senão: sentido de “caso contrário”, “a não ser”.
Ex.: não fazia coisa alguma senão conversar.
Se não: sentido de “caso não”.
Ex.: Se não houver conscientização, haverá escassez de água.
Em nível / A nível de
a) A nível de: não existe. Foi um modismo criado nos últimos anos. Devemos evitá-lo:
Ex.: "A nível de relatório, o trabalho está muito bom."
O certo é: "Quanto ao relatório... ou Com referência ao relatório..."
Ex.: "Levou um pontapé ao nível do joelho."
O certo é: "Levou um pontapé na altura do joelho."
b) Em nível de. Só pode ser usado em situações em que existam "níveis":
Ex.: "Este problema só pode ser resolvido em nível de diretoria."
Ex.: "Isso será analisado em nível federal."
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A pouco / Há pouco
a) A pouco: indica ação que ainda vai ocorrer.
Ex.: A aula começará daqui a pouco.
b) Há pouco: indica ação que já ocorreu.
Ex.: Ela saiu há pouco daqui.
BIMENSAL /BIMESTRAL
a) Bimensal: o que se realiza quinzenalmente, duas vezes no mês.
Ex.: Ocorrem aqui reuniões bimensais.
b) Bimestral: o que se realiza de dois em dois meses.
Ex.: As provas bimestrais começarão amanhã.
ENTORNO / EM TORNO
a) Entorno: espaço circundante, ao redor. É substantivo.
Ex.: Os candidatos ocupavam o entorno da escola
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Exercitando
A) mandado – caçado,
B) mandado – cassado
C) mandato – cassado
D) mandato – caçado
E) mandato – cascado
04. (IM-SP) Assinale a alternativa que preencha os espaços corretamente. Com o intuito de ............... o trabalho, o aluno
recebeu algumas incumbências: ................ datas, ................... o conteúdo e ................ um estilo mais moderno.
a) inédito/ original
b) incauto/ precavido
c) intrépido/ resoluto
d) inexorável/ rigoroso
e) incisivo/ categórico
07. Assinale a alternativa que substitui, sem alteração de sentido, a expressão sublinhada no seguinte trecho:
“Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração.”
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a) inteira corrupção
b) relativa perversão
c) irrestrita purificação
d) ilimitada depravação
e) Condiciona apuração
a) admissão
b) intercessão
c) acessível
d) impressão
e) inverssão
a) abstenção
b) assunção
c) contorção
d) correção
e) obseção
a) tensão
b) metamorfose
c) extensão
d) absorsão
e) valoroso
12. (CESGRANRIO – BANCO DO BRASIL – 2015) No seguinte período, a palavra em destaque está grafada de acordo com a
ortografia oficial:
13. (CESGRANRIO – PETROBRAS – 2014) No texto abaixo, apenas uma palavra, dentre as destacadas, está grafada
corretamente e de acordo com a norma-padrão.
Um fotógrafo sulafricano apresentou uma bela expozição com doze imagens de pássaro em voo entorno de uma antena
disfarçada. Quem não pôde ver o trabalho do fotógrafo vai têr outra oportunidade em breve.
A palavra nessas condições é
a) sulafricano
b) expozição
c) entorno
d) pôde
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e) têr
14. (CESGRANRIO – LIQUIGÁS – 2014) O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da
Língua Portuguesa é
15. (CESGRANRIO – LIQUIGÁS – 2014) A oração que está destacada exprime uma circunstância de tempo em:
16. (FCC – TJ-AP – 2014) Acentuam-se devido à mesma regra os seguintes vocábulos do texto:
17. (FCC – TRF – 1º REGIÃO – 2014) Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no
primeiro quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra:
a) Tatuí.
b) graúdo.
c) baiúca.
d) cafeína.
e) Piauí.
18. (FCC – TRT – 3º REGIÃO – MG – 2015) Está redigida corretamente, quanto à ortografia e à acentuação gráfica, a frase:
a) A louza tradicional foi substituída por uma exposição em PowerPoint na aula que teve como expectadores uma equipe
de insígnes cientistas chineses.
b) O intuito da aula de Xiaomei consistiu em exibir as habilidades da robô, que, além de dispor de um notável repertório de
informações, traz funções de interação.
c) O evento ocorrido na Universidade Jiujiang deve sucitar não apenas a curiosidade dos sinólogos, estudiosos da cultura
chinesa, mas do publico de um modo geral.
d) Xiaomei concluiu sua aula de maneira exitosa e os cientistas julgaram que a robô não teve um mal desempenho, embora
ainda existam alguns ítens a ser aprimorados.
e) O juri de cientistas que examinaram a atuação de Xiaomei era restrito, mas, graças às redes sociais, a notícia da robô se
extendeu rapidamente pelo mundo todo.
19. (FCC – TJ-AP – 2014) Todos os termos estão empregados e grafados corretamente em:
a) Os povos indígenas mencionados no texto detêm uma extensão de terras que vai do Amapá ao norte do Pará.
b) Na opinião das autoras, o discurso dos livros didáticos trás uma visão, por vezes, distorcida da história dos índios
brasileiros.
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c) Os povos indígenas do Amapá e do norte do Pará manteram uma história em comum ao longo do tempo.
d) Alguns preconceitos serão desfeitos quando se fazer um estudo mais amplo a cerca dos povos indígenas do Brasil.
e) As autoras se proporam a enfocar a história dos povos indígenas do Amapá e do norte do Pará por um novo viéz.
20. (FCC – TJ-AP – 2014) Estão inteiramente corretos o emprego e a grafia de todas as palavras em:
a) Um mau entendido ocasionou um mico que só não foi maior por que o cronista salvou a situação.
b) O porquê da confusão não chegou a ser discutido, e o mal foi contornado pela iniciativa do cronista.
c) Em vez de demonstrar mal humor, por que fora tomado por outra pessoa, o cronista salvou a situação.
d) O livreiro se deu mau em sua homenagem porquê não apurou corretamente a identidade do cronista.
e) O mau já estava feito, e só não prosperou por que o cronista soube como contorná-lo.
21. (CESPE – TELEBRÁS- 2015) julgue o próximo item, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto Os territórios
inteligentes.
A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego do acento no vocábulo
“três”.
Certo ou Errado
22. (CESPE – TCU – 2015) As palavras “líquida”, “público”, “órgãos” e “episódicas” obedecem à mesma regra de acentuação
gráfica.
Certo ou Errado
23. (CESPE – DEPEN – 2015) As palavras “indivíduos” e “precárias” recebem acento gráfico com base em justificativas
gramaticais diferentes.
Certo ou Errado
24. (CESPE – FUB – 2015) Os acentos gráficos das palavras “bioestatística" e “específicos" têm a mesma justificativa gramatical.
Certo ou Errado
25. (CESPE – MPU – 2015) A palavra “cível" recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que determina o emprego
de acento em amável e útil.
Certo ou Errado
RESPOSTA:
01) C, 02) A, 03) A, 04) B, 05) B, 06) B, 07) C, 08) E, 09) E, 10) D, 11) E, 12) B, 13) D, 14) D, 15) A, 16) B, 17) C, 18) B, 19) A, 20) B,
21) E, 22) C, 23) E, 24) C, 25) C
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Tipos de Acento
Na língua portuguesa distinguem-se três tipos de acentos gráficos.
• ACENTO AGUDO – indica a tonicidade das vogais abertas a, e, o e das vogais fechadas i e u: vatapá, café, máscara, núpcias,
cipó;
• ACENTO CIRCUNFLEXO – indica o timbre semifechado das vogais tônicas a, e e o: mês, cônjuge;
• ACENTO GRAVE – indica a ocorrência de crase, ou seja, a contração da preposição a com o artigo feminino a(s) e com os
pronomes demonstrativos a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo; A Lei se refere à violência doméstica.
SÍLABA TÔNICA
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As palavras (quase todas) apresentam uma sílaba tônica – a que é pronunciada com maior intensidade. Essa sílaba
tônica, entretanto, nem sempre deve ser marcada, na escrita, por um acento gráfico. Observe em cadeira, por exemplo, que a
sílaba tônica dei não leva acento gráfico.
Ditongo - Ocorre quando, ao separarmos uma palavra em sílabas, duas vogais permanecem na mesma sílaba.
Exemplos: cha - péu / he- rói – co
Hiato - Ocorre quando, ao separarmos uma palavra em sílabas, uma das vogais vai para a outra sílaba.
Exemplos: ca - í - do / ca - ra - í - ba / ca - su - ís – mo
Paroxítonas
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em r, x, n, l, i(s), u(s), um, ã, ão.
Exemplos: açúcar, tórax, hífen, fácil, lápis, bônus.
Todos os oxítonos com a mesma terminação não levarão acento.
Acentuam-se, também, os paroxítonos terminados em ditongo crescente (proparoxítonas aparentes).
Exemplos: série - crânio - história - instantâneo.
Proparoxítonas
Todas as palavras proparoxítonas da L.P. são acentuadas.
Exemplos: fétido - másculo – pálpebra
Hiatos
Acentuam-se o "i" e o "u" tônicos que não formam sílaba com a vogal anterior.
Exemplos: sa - í - da / vi - ú - va / sa - ú – de
Os hiatos "i - i" e "u - u" não levam acento!
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Não se acentuam mais as primeiras vogais tônicas dos hiatos de vogais iguais. Exemplos: voo, perdoo, deem
Ditongos
Acentuam-se os ditongos abertos decrescentes - éu, éi, ói - seguidos ou não de (s) quando na sílaba oxítona. Perdem o acento
os ditongos abertos éi e ói nas sílabas paroxítonas
Exemplos: chapéu, bacharéis, herói, céu, assembleia, heroico
Acentos diferenciais
São acentos que servem para diferenciar os verbos, as preposições e substantivos:
1 - pôr (verbo) por (preposição);
2 - pôde ( pretérito perfeito do indicativo) pode (presente do indicativo);
3 – têm (plural) tem (singular)
4 – É facultativo para diferenciar FORMA de FÔRMA(de bolo)
EXERCITANDO
a) Um pensamento que nos ilumine a existência, eis o melhor presente que os céus podem dar
b) No esquema cósmico, tudo têm um propósito a preencher.
c) “Acaso é, talvez, o pseudônimo que Deus usa, quando não quer assinar suas obras
d) A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê
02 - Erro de acentuação:
06. - Assinale a alternativa em que os vocábulos estão errados, quanto à acentuação gráfica:
10 - Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:
11. O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se justifica pela mesma regra de “saúde” é
A) favorável.
B) bebê.
C) científicos.
D) proteína.
E) evidência.
12. A palavra que NÃO obedece à mesma regra de acentuação de domésticas, sendo acentuada por motivo distinto do vocábulo
em destaque, é
(A) plástico.
(B) difícil.
(C) obstáculo.
(D) acúmulo.
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(E) protótipo
13.. (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na
cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador.
14. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses:
RESPOST: 01 B, 02 C, 03. C, 04. A, 05. B, 06. B, 07. A, 08. C, 09. C, 10. A, 11.D, 12.B, 13.D, 14.B, 15.A
EXERCITANDO
01. (UM-SP) Marque a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas corretamente:
A) farmacêutico – játo – dói;
B) vêzes – oxítona – saúde;
C) já – ninguém – cajú;
D) pêsames – só – Esaú;
E) nenhuma das anteriores;
02. (FMU-SP) Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras acentuadas pela mesma regra de “pólos”:
A) crêem – lêem
B) crem – lem
C) crêm – lêm
D) creem – leem
E) crêem – lêm
04. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas:
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SEPARAÇÃO SILÁBICA
A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, cada uma
de uma vez.
Usa-se o hífen para marcar a separação silábica.
Normas para a divisão silábica:
Não se separam os ditongos e tritongos: Como ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba, e
tritongo, o encontro de uma vogal com duas semivogais também na mesma sílaba, é evidente que eles não se separam
silabicamente. Por exemplo:
Ex. Au-las / au = ditongo decrescente oral., Guar-da / ua = ditongo crescente oral., A-güei / uei = tritongo oral.
Separam-se as vogais dos hiatos: Como hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes, obviamente as vogais se
separam silabicamente. Cuidado, porém, com a sinérese ee e uu. Por exemplo:
Ex. Pi-a-da / ia = hiato, Ca-ir / ai = hiato, Ci-ú-me / iú = hiato, Com-pre-en-der ou com-preen-der (sinérese)
Separam-se os encontros consonantais impuros: Encontros consonantais impuros, ou disjuntos, são consoantes em sílabas
diferentes.
Ex. Es-co-la, E-ner-gi-a, Res-to
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Separam-se as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç: Lembre-se de que há autores que classificam ee e uu como
sinérese, ou seja, aceitam como hiato ou como ditongo essas vogais idênticas.
Ex. Ca-a-tin-ga, Re-es-tru-tu-rar, Ni-i-lis-mo, Vô-o, Du-un-vi-ra-to
TRANSLINEAÇÃO
Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, ficando parte da palavra no final da linha superior e parte no
início da linha inferior.
Regras para a translineação:
a) Não se deve deixar apenas uma letra pertencente a uma palavra no início ou no final de linha.
Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "pesso-a", "a-í", samambai-a", "a-meixa", "e-tíope",
"ortografi-a".
b) Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetuada, deixar formar-se palavra estranha ao contexto.
Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "presi-dente", "samam-baia", "quero-sene", "fa-lavam",
"para-guaia".
c) Na translineação de palavras com hífen, se a partição coincide com o fim de um dos elementos, não se deve repetir o hífen
na linha seguinte. Por exemplo:
pombo-correio e não pombo--correio.
A semântica (do grego σημαντικός, derivado de sema, sinal) refere-se ao estudo do significado, em todos os sentidos do termo.
Semântica é a parte da gramática que estuda o significado e a aplicação das palavras isoladas ou em um contexto.
Assim sendo, a palavra manga pode ter alguns significados dependendo o contexto, por exemplo, nas orações “Me lambuzo
todo chupando manga” e “Não posso sair com essa manga rasgada”.
Será que há o mesmo significado para a palavra manga nas duas orações? Com certeza, não!
Na primeira oração, a palavra significa o fruto da mangueira; já no segundo, ela é uma parte do vestuário.
A esta característica das palavras apresentarem a mesma escrita, mas significados diferentes, quando aplicadas em um
contexto, chama-se POLISSEMIA.
Entre os sons das palavras e também entre as letras que os representam podem ocorrer, muitas vezes, coincidências que
normalmente acarretam dificuldades tanto na pronúncia como na grafia de diversos vocábulos. Nesse sentido, é bom saber da
existência dos seguintes tipos de palavras:
1. Palavras homônimas _ apresentam a mesma grafia e a mesma pronúncia. Exemplos: luta (substantivo) e luta (forma do
verbo lutar); vela (substantivo) e vela (forma do verbo velar).
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2. Palavras homógrafas _ possuem a mesma grafia, mas pronúncia diferente. Exemplo: almoço (com o "ô", da sílaba mo,
fechado=substantivo, nome de uma refeição) e almoço (com o "ó" aberto=forma de o verbo almoçar).
3. Palavras homófonas _ possuem a mesma pronúncia, mas grafia diferente. Exemplo: cesta (substantivo) e sexta (numeral
ordinal)
4. Palavras parônimas _ parecidas quanto à forma ou à pronúncia, mas diferentes quanto à significação.
Vejam a seguir uma relação dos principais homófonos e parônimos da Língua Portuguesa:
________________________________________
ACENDER: iluminar, por fogo em;
ASCENDER: subir, elevar (daí: ASCENSÃO, ASCENSORISTA, ASCENDENTE).
ACENTO: inflexão da voz, sinal gráfico;
ASSENTO: lugar onde se assenta.
ACIDENTE: ocorrência casual grave;
INCIDENTE: episódio casual sem gravidade, sem importância.
ACESSÓRIO: aquilo que não é essencial;
ASSESSÓRIO: relativo ao assessor.
AFERIR: conferir, comparar ("Os fiscais vão aferir os preços de cinco supermercados.");
AUFERIR: colher, obter ("O rapaz não auferiu bons resultados no concurso para médico").
AMORAL: ausência de moral, que ignora um conjunto de princípios;
IMORAL: Que é contrário, que desobedece a um conjunto de princípios.
ANTE: preposição que significa ESTAR DIANTE, ESTAR NA PRESENÇA DE;
ANTI: prefixo que significa AÇÃO CONTRÁRIA.
ANTICÉ(P)TICO: oposto aos céticos;
ANTISSÉ(p)TICO: desinfetante.
APREÇAR: ajustar o preço de, atribuir valor a, ter apreço a;
APRESSAR: tornar mais rápido, acelerar.
ÁREA: dimensão, espaço;
ÁRIA: peça musical para uma só voz.
ARREAR: colocar arreios em;
ARRIAR: abaixar.
ASAR: guarnecer de asas;
AZAR: má sorte.
ASCETA: pessoa que vive em prática de devoção e penitência;
ASSETA: do verbo ASSETAR, ferir com seta.
ACÉTICO: relativo ao vinagre;
ASCÉTICO: relativo ao Ascetismo;
ASSÉPTICO: relativo à assepsia.
ATUADO: particípio do verbo atuar; exercer atividade, agir ("A seleção de futebol não tem atuado como o técnico quer.");
AUTUADO: particípio do verbo
AUTUAR = lavrar um auto contra alguém; reunir em forma de processo;
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PROCESSAR. Ser autuado significa fazer parte dos autos - conjunto das peças de um processo ("O líder do movimento dos sem-
terra foi preso e autuado em flagrante por desacato à autoridade.").
BOCAL: abertura de vaso, candeeiro, frasco, castiçal, etc.;
BUCAL: relativo à boca.
BROCHA: prego curto, de cabeça larga e chata;
BROXA: tipo de pincel.
BUCHO: estômago de animais;
BUXO: arbusto ornamental.
CAÇAR: perseguir, capturar a caça;
CASSAR: anular.
CAICHÃO: borbotão, fervura;
CAIXÃO: caixa grande.
CAICHOLA: cabeça;
CAIXOLA: caixa pequena.
CALDA: doce, xarope;
CAUDA: rabo de animais.
CARTUCHO: canudo de papel, de plástico, ou de metal;
CARTUXO: pertencente à Cartuxa, ordem religiosa fundada por São Bruno.
CAVALEIRO: aquele que anda a cavalo;
CAVALHEIRO: homem de boas maneiras.
CEGAR: tirar a visão de;
SEGAR: seifar, cortar.
CELA: aposento de religiosos ou de prisioneiros;
SELA: arreio de cavalo, 3ª p. s., pres. ind., v. SELAR.
CELEIRO: depósito de provisões;
SELEIRO: fabricante de selas.
CENÁRIO: decoração de teatro;
SENÁRIO: que consta de seis unidades.
CENSO: recenseamento;
SENSO: juízo claro.
CENSUAL: relativo ao censo;
SENSUAL: relativo aos sentidos.
CÉ(P)TICO: que ou quem duvida;
SÉ(P)TICO: que causa infecção.
CERRAÇÃO: nevoeiro espesso;
SERRAÇÃO: ato de serrar.
CERRAR: fechar;
SERRAR: cortar.
CERVO: veado;
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conjunção subordinativa temporal. Exemplos: "O mal da humanidade é o seu grande egoísmo." (sinônimo de doença,
problema) "Mal ele entrou em casa, a luz apagou." (igual a "assim que, no momento em que")
MAU: sendo grafado com U, este termo é um adjetivo. Exemplo: Aquele menino era muito mau. (contrário de bom; feminino:
má)
MANDADO: ordem emanada de autoridade judicial ou administrativa;
MANDATO: período de missão política.
MAS (conjunção): sinônimo de porém, todavia, contudo; Exemplo: Ele é inteligente, mas desajeitado.
MAIS: pronome indefinido ou advérbio de intensidade (contrário de menos). Exemplos: Ana precisa ter mais confiança em si
mesma. (sinônimo imperfeito de "muita confiança"; pronome modificando o substantivo)
Pedro é mais inteligente que Paulo. (contrário de menos; advérbio modificando o adjetivo)
MAÇA: clava;
MASSA: pasta, composição, substância, multidão.
MAÇUDO: indigesto, monótono;
MASSUDO: volumoso.
MEAR: dividir ao meio;
MIAR: dar mios (voz dos gatos).
MECHA: pavio, estopim, tufo de cabelo, dreno;
MEXA: forma verbal de MEXER.
MOÇA: mulher jovem, virgem, fem. de moço;
MOSSA: vestígio de uma pancada ou pressão forte, entalho, abalo ou impressão moral.
NORMALIZAR: tornar normal, regularizar, padronizar, fazer voltar à normalidade, submeter à norma;
NORMATIZAR: estabelecer normas para, submeter a normas (neologismo já devidamente registrado).
Observações: Muitas empresas utilizam o verbo "normalizar" no sentido de "tornar normal" e de "estabelecer normas". A
maioria, entretanto, prefere estabelecer a diferença acima. Lembre-se de que existe o adjetivo "normativo", palavra de origem
francesa, cujo significado é "que tem a qualidade ou força de norma".
PAÇO: palácio;
PASSO: passada.
PEÃO: trabalhador rural, peça do jogo de xadrez, amansador de cavalos, tocador de boiada (a palavra vem do latim e significa
"pedestre", ou seja, aquele que anda a pé. Em Portugal, a palavra aparece em placas que advertem os motoristas, para que
tomem cuidado com peões, ou seja, com os pedestres.)
PIÃO: espécie de brinquedo.
POÇA (com a pronúncia fechada "pôça", substantivo): cova pouco profunda contendo água ou outro líquido qualquer;
POSSA (com a pronúncia aberta "póssa"): primeira e segunda pessoas do singular do Presente do Subjuntivo do verbo PODER.
POCEIRO: homem que cava poços;
POSSEIRO: aquele que se encontra na posse clandestina ou ilegítima de certa área de terras particulares ou devolutas, com a
intenção de dono.
POÇO (com a pronúncia fechada "pôço", substantivo): cavidade no solo que contém água, cisterna;
POSSO (com a pronúncia aberta "pósso"): primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo PODER.
PONCHE: bebida que leva frutas picadas;
PONCHO: tipo de capa quadrangular, com uma abertura no meio, por onde se enfia a cabeça.
PLEITO: disputa;
PREITO: homenagem.
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TAXA: imposto, tributo financeiro. (OBs. Taxativo = que taxa, que limita, restritivo, definitivo. No entanto, não há registro em
nossos dicionários da palavra "tachativo".) Exemplo: O presidente foi taxativo ao afirmar que não aprovaria aquele projeto de
lei.
TACHAR(2): censurar, acusar, botar defeito em ;
TAXAR: estabelecer um preço, um imposto, tributar.
TENÇÃO: propósito, rixa, má vontade; TENSÃO: voltagem, rigidez do tecido muscular.
TESÃO (s. m. e f.): desejo sexual.
TRÁFEGO: movimento, trânsito de veículos ou de pedestres;
TRÁFICO: comércio ilegal, negócio indecoroso.
TRÁS: parte posterior;
TRAZ: forma do verbo TRAZER.
VADEAR: passar a vau, isto é, passar por lugar pouco fundo de um rio ou do mar, a pé ou a cavalo;
VADIAR: levar vida ociosa, andar à toa.
VENOSO: relativo a veias;
VINOSO: que produz vinho.
VÊS: segunda pessoa do singular do presente do indicativo do verbo VER;
VEZ: ocasião.
VESTIÁRIO: local para trocar de roupa em clubes, colégios, etc.;
VESTUÁRIO: é o traje, a indumentária, as roupas que usamos.
VIAGEM (= substantivo): "Fiz uma viagem inesquecível", "Boa Viagem!";
VIAJEM (forma verbal): terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo VIAJAR. Exemplo: "Por favor, viajem
amanhã, hoje já está muito tarde."
VULTOSO: de grande vulto, nobre, volumoso;
VULTUOSO: atacado de vultuosidade (estado mórbido em que a face e os lábios se incham e avermelham muito).
USUÁRIO: o que desfruta o direito de usar alguma coisa;
USURÁRIO: o que pratica a usura ou agiotagem.
NOTAS:
(1) Em relação ao verbete "consertar", com "s", no dicionário Aurélio, entre vários sentidos, encontramos os seguintes: "Pôr
em boa ordem; dar melhor disposição a; arrumar, arranjar"; com o exemplo: "Antes de entrar na sala, consertou a gravata e
penteou o cabelo".
Já "concertar", com "c", significa "harmonizar, conciliar". Entretanto, no mesmo dicionário Aurélio, este verbete, entre vários
sentidos, igualmente apresenta os seguintes: "Pôr em boa ordem; dar melhor disposição a; compor, ajustar, endireitar." Em
seguida, um exemplo, retirado de "Histórias românticas", de Machado de Assis: "Examinou as luvas, concertou a gravata."
No Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caldas Aulete, no Dicionário Universal da Língua Portuguesa, da Texto
Editora, de Portugal, e no Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, da Melhoramentos, entre outros, não se
registra essa parcial equivalência entre "consertar" e "concertar". O fato é que, apesar dessa parcial igualdade que se vê entre
consertar e concertar, quando se arruma algo que está quebrado, conserta-se, com "s". E, quando uma orquestra atua, ocorre
um concerto, com "c".
(2) Outra confusão pode ocorrer com "tachar", com "ch", e "taxar", com "x". Quando se diz que alguém foi considerado
covarde, diz-se que esse alguém foi "tachado" de covarde, pois "Tachar", com "ch", é "pôr mancha, defeito, nódoa". O
problema é que, se você procurar as duas palavras (tachar e taxar) nos dicionários - e, neste caso, não só no Aurélio, mas nos
outros também - vai descobrir que ambas podem significar "qualificar", ou seja, "classificar, julgar".
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Desta vez, Aurélio se encarrega de desfazer uma possível confusão. Como "tachar" significa "pôr mancha, defeito", só se pode
empregá-lo para ideias pejorativas: "Tacharam de ridícula a proposta dele." Já o verbo "taxar", que significa "estipular o preço,
o valor de algo", acaba, por analogia, significando também "avaliar, julgar". Pode, por isso, ser usado tanto para os atributos
bons como para os ruins:
"Taxaram de exemplar seu comportamento"; "Taxaram de vulgar seu procedimento". Não faria sentido, portanto, dizer que
"tacharam de exemplar seu procedimento".
5. PALAVRAS SINÔNIMAS – É a qualidade de palavras que apresentam sentidos iguais ou significados semelhantes.
NOTA: Não existem sinônimos perfeitos.
As palavras só apresentarão mesma relação de sentido dentro de certo contexto.
Ex.: o garoto teve uma bela atitude/ atitude correta
7. HIPONÍMIA – É a relação de uma palavra com o seu conjunto, apresenta significação específica, representa cada item de um
todo.
Ex.: garfo, colher, faca.
8. hiperonímia - É a relação de uma palavra com o seu todo, apresenta significação geral, representa o conjunto que comporta
ramificações.
Ex.: talher
1. (2011 – FCC – TRE-PE) O par grifado que constitui exemplo de parônimos está em:
a) No espaço de uma noite, o rio havia transbordado e inundado o quintal da casa.
Pela manhã, foi possível constatar a força destrutiva das águas.
b) O rio se convertera em um caudaloso fluxo de águas sujas.
O menino se assustou com a violência barrenta das águas.
c) Famílias eminentes podiam ir para o campo, fugindo do bulício da cidade.
Eram iminentes os riscos causados pela inundação das águas barrentas do rio.
d) Era urgente a necessidade de obras para a contenção do rio.
Havia heroísmo na concentração dos homens que lutavam contra a corrente.
e) No pomar atrás da casa havia frutas, entre elas, mangas e cajus.
Em mangas de camisa, homens tentavam salvar o que as águas levavam.
GABARITO
1.c
ESTRUTURA DA PALAVRA
É o estudo dos elementos mórficos (morfemas ou monemas) que formam uma unidade lexical.
Raiz
Radical
Vogal temática
Tema
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Desinência
Afixos
Letras de ligação
Raiz ou radical primitivo é o elemento originário, que concentra a significação (semântica) da palavra. As raízes vêm de outras
línguas (no português, geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, monossilábicas. Podem sofrer alteração. São
irredutíveis.
Ex.: criança, irredutível, Evangelho
O Radical, Semantema, Lexema ou Elemento de Composição é o elemento básico das palavras. O radical é a parte invariável
da palavra, presente em todas as palavras derivadas. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando
houver) da palavra.
Ex.: pedra, pedreiro, pedraria
Vogais temáticas são vogais que são acrescentadas ao radical, preparando-o para receber as desinências. As vogais temáticas
podem ser anuladas. São elas:
A → São usadas em verbos e em nomes. Falar, Olhar, Colocar, Boneca, Mala.
E → São usadas em verbos e em nomes. Receber, Tremer, Escrever, Omelete.
I → São usadas em verbos. Dormir, Mentir, Exibir, Incubir.
O → São usadas em nomes. Repor, Entrepor, Amor.
OBS. Quando átonas finais. Ex.: sofá não tem VT.
Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática.
Ex.: terr+a (radical + vogal temática); Am+or
Desinências ou morfemas flexionais são elementos colocados após os radicais. Podem ser nominais (indicam gênero e
número) ou verbais (indicam modo, tempo, númeroe pessoa).
Ex.: gato, gata/ gatos, gatas –NOMINAL
EX.: amava- Desinência modo-temporal
Ex.: amavas – Desinência número-pessoal
Afixos são morfemas que podem ser ligados ao radical da palavra, formando assim uma nova palavra. Dependendo do local
onde se encontram, os morfemas podem ser chamados de PREFIXOS, SUFIXOS ou INFIXOS.
Na língua portuguesa os afixos podem ser classificados em prefixos e sufixos, conforme a posição que são colocados na palavra
em relação ao radical. Na língua portuguesa não há infixos
Prefixo
É o afixo que se acrescenta antes do radical (ex.: bibliografia, internet), no acréscimo muda o sentido básico do radical.
Sufixo
É o afixo que se acrescenta depois do radical (ex.: plantação, globalização), no acréscimo muda o sentido básico e até a própria
classe gramatical da palavra
OBS. Um infixo (ou interfixo) é um afixo que se localiza dentro da raiz, dividindo-a em duas partes descontínuas. Exemplo: o
morfema nasal do latim que era marca de presente do indicativo: rumpo 'rompo', vinco 'venço' etc. O infixo pode ser ainda um
fonema que se intercala, para fins de eufonia, entre a raiz e o sufixo de uma palavra (como por exemplo o/z/ em cafezal); vogal
ou consoante de ligação.
SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO
-ada Paulada -ia Geologia
-eria Selvageria -ismo Catolicismo
-ável Amável -ose Micose
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LETRAS DE LIGAÇÃO são morfemas que só servem para facilitar a pronúncia, ligando outros morfemas. São infixas. Essas letras
são chamadas de termos eufônicos:
Ex.:Anuro, Gasoduto
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Inicialmente, alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas:
AFIXOS: São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras.
Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.
● DERIVAÇÃO É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas).
Podem ocorrer das seguintes maneiras:
Prefixal;
Sufixal;
Parassintética;
Regressiva;
Imprópria.
PARASSINTÉTICA Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical.
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IMPRÓPRIA – processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere.
Exemplo: fumar (verbo) – o fumar (substantivo).
● COMPOSIÇÃO
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas:
JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.
JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram
antes da composição.
Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque), passatempo (passa+tempo), vaivém, mestre-sala, guarda-
roupa.
AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.
Exemplo: planalto (plano + alto), petróleo (petra + óleo), fidalgo (filho+de+algo), planalto (plano + alto).
Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e
onomatopéia.
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO
É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:
Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta), Zé de José, pólio de poliomelite, cine de cinema, extra de
extraordinário.
● HIBRIDISMO
É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.
Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego), sociologia (sócio -latim + logia
-grego).
ONOMATOPEIA
Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza.
Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.
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NEOLOGISMO
Termo utilizado para classificar uma palavra nova que surge numa língua devido à necessidade de designar novas realidades -
novos conhecimentos técnicos, objetos gerados pelo progresso científico (neologismos técnicos e científicos) e até por
questões estilísticas e literárias, tornando a língua mais expressiva e rica (neologismos literários).
II. ARTIGO
1. definido 2. indefinido
III. NUMERAL
1. cardinal 3. multiplicativo
2. ordinal 4. fracionário
IV. PRONOME
1. pessoal 4. indefinido
2. possessivo 5. interrogativo
3. demonstrativo 6. relativo
V. ADJETIVO
1. explicativo 2. restritivo
VI. VERBO
1. regular A. na voz ativa
2. irregular B. na voz passiva
3. defectivo C. na voz reflexiva
VII. ADVÉRBIO
1. de lugar 5. de afirmação
2. de tempo 6. de negação
3. de modo 7. de dúvida
4. de intensidade
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VIII. PREPOSIÇÃO
1. essencial 2. acidental
IX. CONJUNÇÃO
A. COORDENATIVA B. SUBORDINATIVA
1. aditiva 1. integrante
2. adversativa 2. adverbial
3. alternativa a. final
4. conclusiva b. conformativa
5. explicativa c. comparativa
d. proporcional
e. temporal
f. condicional
g. concessiva
h. causal
i. consecutiva
X. INTERJEIÇÃO
Substantivo
É a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome aos seres em geral.
1. COMUM: refere-se a todos os seres da mesma espécie: rio, cidade, país, menino, pedra etc.
3. SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio, tempo, sol.
4. COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito,
girassol, fidalgo etc.
5. PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa.
6. DERIVADO: quando provém de outra palavra da língua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
7. CONCRETO: quando designa os seres – de existência real ou não – que não dependam de
Outros para poderem existir: casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci etc.
8. ABSTRATO: quando designa as coisas que não existem por si só, isto é, o substantivo mantém dependência com outros
seres para poder existir: trabalho, corrida, estudo,
altura, amor, ódio, paz, guerra etc.
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Há uma maneira melhor para traçarmos uma definição entre o que é concreto e abstrato.
9. COLETIVO: é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma espécie. Veja alguns coletivos
que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras
alcatéia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
antologia - de trechos literários escolhidos
armada - de navios de guerra
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc.)
arquipélago - de ilhas
atilho - de espigas de milho
assembleia - de parlamentares, de membros
atilho - de espigas de milho de associações
atlas - de cartas geográficas, de mapas
banca - de examinadores
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
bando - de aves, de crianças, etc.
cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos
cambada - de ladrões, de caranguejos, vadios, malvados
caravana - de viajantes
cardume - de peixes
clero - de sacerdotes
colmeia - de abelhas
concílio - de bispos
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa
congregação - de professores, de religiosos
congresso - de parlamentares, de cientistas
conselho - de ministros
consistório - de cardeais sob a presidência do papa
constelação - de estrelas
corja - de vadios
elenco - de artistas
enxame - de abelhas
enxoval - de roupas
esquadra - de navios de guerra
esquadrilha - de aviões
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Adjetivo
É a palavra que modifica o substantivo, indicando qualidades, defeitos, características dos seres. O adjetivo pode ser:
• Uniforme – possui uma só forma: homem inteligente; mulher inteligente.
• Biforme – possui duas formas: homem bonito; mulher bonita.
• Simples – constituído por um único adjetivo: situação econômica.
• Composto – constituído por dois ou mais adjetivos: situação sócio-político-econômica.
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• Pátrio – qualifica o ser segundo a sua origem: Belém (PA) – belenense, Rio de Janeiro (Estado) – fluminense, Rio de Janeiro
(cidade) - carioca
• Locução adjetiva – são expressões de duas ou mais palavras com valor de adjetivo, sendo a
primeira sempre uma preposição (geralmente DE):
de abelha = apícola, de intestino = celíaco ou entérico.
Flexão de Número
SUBSTANTIVOS SIMPLES
1 . Se as palavras terminarem em vogal, acrescenta-se S. Ex.: a - as; elegante - elegantes; siri - siris; trabalho - trabalhos; tatu -
tatus etc.
2. Se as palavras terminarem em R ou Z, acrescenta-se ES. Ex.: jantar - jantares; faquir - faquires; vez - vezes; luz - luzes etc.
3. Se as palavras terminarem em AL, EL, OL, UL, troca-se o L por IS. Ex.: casal - casais; anel -anéis; lençol - lençóis; azul - azuis
etc.
4. Se as palavras terminarem em IL, troca-se:
a) o L por S nas oxítonas. Ex.: barril - barris; funil - funis etc.
b) o IL por EIS nas paroxítonas. Ex.: fácil - fáceis; fértil - férteis etc.
5. Se as palavras terminarem em ÃO, há três maneiras de formar o plural:
a) Acrescenta-se S. Ex.: mão - mãos; irmão - irmãos etc.
b) Troca-se o ÃO por ÃES. Ex.: pão - pães; capitão - capitães etc.
c) Troca-se o ÃO por ÕES. Ex.: patrão - patrões; leitão - leitões etc.
OBS.: algumas palavras terminadas em ÃO têm mais de um plural. Ex.: alazão – alazões; alazães; aldeão – aldeãos, aldeões.
6. Se as palavras terminarem em S, forma-se o plural de duas maneiras:
a) Acrescenta-se ES nas oxítonas e monossílabas. Ex.: ananás - ananases; mês - meses etc.
b) Não se modificam as paroxítonas. Ex.: o pires - os pires; o lápis - os lápis etc.
7. Se as palavras terminarem em M, troca-se o M por NS. Ex.: homem - homens; bom - bons etc.
8. Se as palavras terminarem em N, acrescenta-se S. Ex.: hífen - hifens; pólen - polens etc.
9. Se as palavras terminarem em X, não se modificam. Ex.: o tórax - os tórax; o xérox - os xérox.
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
a) substantivo + substantivo f) verbo + verbo
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a) Formados por dois substantivos, sendo que o segundo limita ou determina o primeiro, indicando tipo ou finalidade, somente
o primeiro elemento varia: bananas-maçã, tubarões-martelo, etc.
a) Amor-perfeito => amores-perfeitos; cachorro-quente => cachorros-quentes.
b) Boa-vida => boas-vidas; má-língua => más-línguas.
c) Primeira-dama => primeiras-damas; sexta-feira => sextas-feiras.
d) Padre-nosso => padres-nossos. Se você considerar o nome da reza como pai-nosso: há duas possibilidades: pais-nossos
(seguindo a regra) ou pai-nossos, considerando que o Pai é apenas um, mas é de todos nós.
e) Compostos formados por verbos repetidos, ambos os elementos variam: correscorres, pegas-pegas.
f) Compostos formados por verbos opostos, nenhum elemento varia: os vai-volta, os ganha-perde.
g) Bota-fora => os bota-fora.
h) Vira-lata => vira-latas; beija-flor => beija-flores; guarda-sol => guarda-sóis.
i) Bem-amado => bem-amados; abaixo-assinado => abaixo-assinados.
j) Ave-maria => ave-marias; salve-rainha => salve-rainhas.
Outros casos:
k) Unidos por preposição: só o primeiro elemento varia: pés-de-moleque; mulas – sem - cabeça.
l) Formados de verbo seguido de substantivo no plural: ambos os elementos ficam
invariáveis: o saca-rolhas => os saca-rolhas; o troca-letras => os troca-letras.
m) Formados por grão, grã, bel, vice, co, mor, afro, luso seguidos de substantivos:
varia o segundo elemento apenas: co-diretores; vice-prefeitos.
n) Frases substantivadas ficam invariáveis: a Maria-vai-com-as-outras => as Maria-vaicom-as-outras.
o) Arco-íris é invariável.
p) Em palavras onomatopéicas, o plural é feito no último elemento: teco-tecos, pinguepongues, bem-te-vis, etc.
ADJETIVOS
a) Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples.
OBS.: os substantivos empregados como adjetivos ficam INVARIÁVEIS: bolsas café, homens monstro.
b) Os adjetivos compostos variam somente o último elemento, tanto em gênero quanto em número: hospitais médico-
cirúrgicos, crises político-econômicas.
OBS.: Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: bolsas marrom- café, camisetas amarelo-
mostarda.
* Os adjetivos compostos azul-marinho, azul-celeste e qualquer outro iniciado por cor de... ficam invariáveis.
* Nos adjetivos compostos surdo-mudo e pele vermelha ambos os elementos variam: crianças surdas-mudas.
Flexão de Gênero
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SUBSTANTIVOS
Para passar as palavras que aparecem no masculino para o feminino, é preciso observar o seguinte:
1. Nas palavras terminadas em O, troca-se o O por A.
2. Nas palavras terminadas em R ou S, acrescenta-se A.
3. Nas palavras terminadas em ÃO, forma-se o feminino pela troca de:
a) ÃO por Ã: irmão - irmã; órfão - órfã etc.
b) ÃO por OA: patrão - patroa; leitão - leitoa etc.
c) ÃO por ONA: bonitão - bonitona; sabichão - sabichona etc.
Há palavras que não se enquadram nesses casos. Algumas têm feminino bem diferente:
abade: a abadessa
alcaide: a alcaidessa, a alcaidina
aldeão: a aldeã
alfaiate: a alfaiata
anfitrião: a anfitrioa, a anfitriã
apóstolo: a apóstola
aprendiz: a aprendiza
arcebispo: a arquiepiscopisa
asno: a asna
ateu: a atéia
avejão: a ave
bacharel: a bacharela
barão: a baronesa
bispo: a episcopisa
búfalo: a búfala
bugre: a bugra
burro: a besta
cáiser: a caiserina
capiau: a capioa
capitão: a capitã
cavaleiro: a cavaleira, a amazona
cavalheiro: a dama
charlatão: a charlatã, a charlatona
cidadão: a cidadã
comandante: a comandanta
comediante: a comedianta
conde: a condessa
cônego: a canonisa
confrade: a confreira
cônsul: a consulesa (esposa),
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a cônsul (funcionária)
coronel: a coronela
cupim: a arará
czar: a czarina
deputado: a deputada
deus: a deusa, a diva, a deia
diabo: a diaba, a diáboa, a diabra
diácono: a diaconisa
doge: a dogesa, a dogaresa
dragão: a dragoa ( sentido figurado)
duque: a duquesa
elefante: a elefanta
embaixador: a embaixadora (funcionária), a embaixatriz (esposa)
ermitão: a ermitoa, a ermitã
etíope: a etiopisa
faisão: a faisoa, a faisã
faquir: a faquiresa
fariseu: a fariséia
felá: a felaína
filhote: a filhota
filisteu: a filistéia
frade: a freira
frei: a sóror, a soror
garçom: a garçonete
general: a generala
Casos importantes:
• SUBSTANTIVOS EPICENOS: são os que se referem apenas a animais e não sofrem alteração. A distinção se faz pelo
acréscimo de macho ou de fêmea. Ex.: jacaré macho -
jacaré fêmea; cobra macho - cobra fêmea.
• SUBSTANTIVOS COMUNS DE DOIS GÊNEROS: são os que têm uma só forma para o masculino e para o feminino. A
distinção se faz pelas palavras que acompanham o substantivo (artigo, adjetivo). Ex.: o pianista - a pianista; cliente antigo -
cliente antiga etc.
• SUBSTANTIVOS SOBRECOMUNS: são os que não se flexionam, não flexionando também as palavras que os acompanham.
Ex.: A criança bonita chama-se Ana. // A criança bonita chama-se Júnior.
ADJETIVOS
Podem ser:
a) uniforme quando apresenta uma única forma para os dois gêneros: homem inteligente / mulher inteligente.
b) biforme quando apresenta duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino: homem bonito / mulher
bonita.
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Flexão de Grau
SUBSTANTIVOS
A indicação do grau do substantivo pode ser feita de duas maneiras:
a) Analiticamente: determinando-se o substantivo por um adjetivo que indica aumento ou diminuição: homem grande.
b) Sinteticamente: anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau: homenzarrão.
Neste último caso, para que uma palavra flexione para o grau diminutivo, geralmente acrescentamos-lhe -INHO; para o
grau aumentativo, acrescentamos-lhe geralmente -ÃO. Às vezes, porém, aparece Z antes de -inho e -ão.
Você não terá dúvidas em usar esse Z se ler isto com atenção:
Usa-se Z antes de -INHO (diminutivo) ou de -ÃO (aumentativo) quando a palavra for:
a) terminada em ão, ã, m, n. Ex.: aviãoZINHO - aviãoZÃO; irmãoZINHO - irmãoZÃO;
bombonZINHO - bombonZÃO; hifenZINHO - hifenZÃO etc. b) monossílaba, oxítona ou proparoxítona. Ex.: peZINHO -
peZÃO; paletoZINHO -
paletoZÃO; cerebroZINHO - cerebroZÃO etc.
É, claro, que em outros casos não se usa Z: carrinho - carrão; sapatinho - sapatão etc.
Algumas palavras formam o aumentativo e o diminutivo de modos diferentes: amigo – amigalhãoanimal – animalaço
bala – balaço ou balázio, barca – barcaça
diminuitivos: aldeia – aldeola, animal – animalejo, astro – asteróide, badeira – badeirola.
Artigo
É uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o
número.
Dividem-se em:
• definidos: o, a, os, as
• indefinidos: um, uma, uns, umas
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular: Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido,
determinado).
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral: Viajei com um médico. (Um médico não referido,
desconhecido, indeterminado).
Isoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
Numeral
É a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
O numeral classifica-se em:
- cardinal - quando indica quantidade
- ordinal - quando indica ordem
- multiplicativo - quando indica multiplicação
- fracionário - quando indica fracionamento
Exemplos:
Sílvia comprou dois livros.
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Emprego do Numeral
Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc. empregam-se, de 1 a 10, os ordinais.
João Paulo II (segundo) ano III (ano terceiro)
Luís X (décimo) ano I (primeiro)
Pio IX (nono) século IV (quarto)
De 11 em diante, empregam-se os cardinais:
Leão XIII (treze) ano XI (onze)
Pio XLI (doze) século XVI (dezesseis)
Luís XV (quinze) capitulo XX (vinte)
Se o numeral aparece antes, é lido com ordinal:
XX Salão do Automóvel (vigésimo)
VI Festival da Canção (sexto)
IV Bienal do Livro (quarta)
XVI capitulo da telenovela (décimo sexto)
Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao emprego do ordinal.
Hoje é primeiro de setembro.
Não é aconselhável iniciar período com algarismos:
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia.
Pronome
É a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando a pessoa do discurso.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo.
O professor chegou. Ele chegou.
Convidei o professor para a festa. Convidei-o para a festa.
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extensão de seu significado, dizemos tratar-se de
pronome adjetivo.
Esta casa é antiga.(esta).
Meu livro é antigo. ..(meu)
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3. Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando antecipados de preposição, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso,
considera-se correto seu emprego como complemento.
4. As formas eu e tu só podem funcionar como sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento.
Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposição e sem verbo à frente, não se usam as
formas retas eu e tu, mas as formas oblíquas mim e ti.
Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas por preposição: quando essas
formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas eu e tu é obrigatório, na medida em que tais pronomes exercem a
função sintática de sujeito.
5. Os pronomes oblíquos se, si, consigo devem ser empregados somente como reflexivos.
Considera-se errada qualquer construção em que os referidos pronomes não sejam reflexivos.
6. Os pronomes oblíquos conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética.
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As combinações possíveis são as seguintes:
me + o = mo me + os = mos te + o = to te + os = tos lhe + o = lho lhe + os = lhos nos + o = no-lo nos + os = no-los vos +
o = vo-lo vos + os = volos lhes + o = lho lhes + os = lhos
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos a, as:
me + a = ma me + as = mas
te + a = ta te + as = tas
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8. As formas oblíquas O, AS, OS, AS são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos, ao passo
que as formas LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos.
O menino convidou-a (V.T.D.) O filho obedece-lhe (V.T.I.)
Cuidado com novelas em que haja personagens regionalistas e usos populares, pois se consideram erradas construções em
que o pronome O (e flexões) aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construções
em que o pronome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos.
Eu lhe vi ontem. (errado) Nunca o obedeci. (errado)
Eu o vi ontem. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar como sujeito. Isso ocorre com
os verbos deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver seguidos de infinitivo; o pronome oblíquo será
sujeito desse infinitivo.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar.
Sofia deixou-se estar à janela.
Deixei-o sair = deixei que ele saísse.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos.
A mim, ninguém me engana.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonasmo vicioso, e sim ênfase.
11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivos, exercendo função
sintática de adjunto adnominal.
Roubaram-me o livro = roubaram meu livro.
Não lhe escutei os conselhos = não escutei os seus conselhos.
• Pronomes de Tratamento
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se à pessoa a
quem se fala, embora a concordância deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que,
exceção feita a você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Veja a seguir alguns desses pronomes:
PRONOME ABREVIATURA EMPREGO
Vossa Alteza V.A. príncipes, duques
Vossa Eminência V.Emª cardeais
Vossa Excelência V.Exª altas autoridades em geral
Vossa Magnificência V.Magª reitores de universidades
Vossa Reverendíssima V.Revmª sacerdotes em geral
Vossa Santidade V.S. papas
Vossa Senhoria V.Sª funcionários graduados
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• Pronomes Possessivos
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Quando digo, por exemplo, meu livro, a palavra meu informa que o livro pertence à 1ª pessoa (eu).
Eis as formas dos pronomes possessivos:
1ª pessoa singular: meu, minha, meus, minhas 1ª pessoa plural: nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa singular: teu, tua, teus, tuas 2ª pessoa plural: vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa singular: seu, sua, seus, suas 3ª pessoa plural: seu, sua, seus, suas
• Pronomes Demonstrativos
São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da coisa designada em relação à pessoa gramatical.
Quando digo este livro, estou afirmando que o livro se encontra perto de mim, a pessoa que fala.
Por outro lado, esse livro indica que o livro está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve;
aquele livro indica que o livro está longe de ambas as pessoas.
Os pronomes demonstrativos são estes:
este (e variações), isto = 1ª pessoa
esse (e variações), isso = 2ª pessoa
aquele (e variações), próprio (e variações)
mesmo (e variações), próprio (e variações)
semelhante (e variação), tal (e variação)
2. ESSE (e variações) e ISSO são usados para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com quem se fala):
Esse documento que tens na mão é teu?
3. AQUELE (e variações) e AQUILO são usados para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se à 3ª: Aquele
documento que lá está é teu?
4. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção de este, isto, esse, isso, aquele, aquilo: Tal era a situação do
País.
• Pronomes Relativos
São palavras que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se
relativos.
A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
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Observações:
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposição e equivale a O
QUAL.
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo:
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s),
tanta(s), todos, todas:
Tenho tudo quanto quero.
Leve tantos quantos precisar.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
• Pronomes Indefinidos
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado.
1. São pronomes indefinidos substantivos: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo: Algo
aconteceu aqui.
• Pronomes Interrogativos Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de modo impreciso à 3ª pessoa
do discurso. Exemplos:
Que há? Que dia é hoje?
Reagir contra quê? Por que motivo não veio?
Quem foi? Qual será?
Quantos vêm? Quantas irmãs tens?
COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
Quando usamos os pronomes pessoais do caso oblíquo, eles ganha um lugar especial junto ao verbo.
Lembre-se de que:
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1. o pronome que usaremos, os oblíquos átonos me, te, o(s), a(s), se, lhe(s), nos e vos sempre estão recebendo a ação do verbo
e não fazendo.
2. a apresentação das orações a seguir estarão corretas por mais que soem esquisitas, feias. Não estranhe, pois você está
trabalhando com o lado culto da Língua Portuguesa, justamente o que não se usa no seu cotidiano, mas o que é solicitado em
uma prova!
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso ênclise.
PRÓCLISE
É a colocação pronominal antes (pró) do verbo.
MESÓCLISE
É a colocação pronominal no meio (meso) do verbo.
ÊNCLISE
É a colocação pronominal depois (end = fim) do verbo.
PRÓCLISE OBRIGATÓRIA
Quando antes do verbo houver um advérbio qualquer.
Quando antes do verbo houver um pronome qualquer.
Quando antes do verbo houver uma conjunção adverbial qualquer.
Em frases optativas ou exclamativas.
Quando o verbo estiver no gerúndio antecedido da preposição EM.
MESÓCLISE OBRIGATÓRIA
Quando não for obrigatória a próclise e o verbo da frase estiver no futuro do presente ou do pretérito.
ÊNCLISE OBRIGATÓRIA
No início de frase; não se inicia oração com pronome pessoal oblíquo átono.
Quando antes do verbo houver uma conjunção coordenada.
Não se usa a ênclise após verbo no particípio.
Observações importantes
Emprego de o, a, os, as
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o, a, os, as não se alteram. Ex.: Chame-o agora. Deixei-a mais
tranquila.
2) Em verbos terminados em R, S ou Z, estas consoantes alteram-se para L e acrescentam-se os pronomes o, a, os, as. Ex.:
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo para você.
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
Ex.: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa.
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise,
ênclise ou mesóclise. Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)
5) Os verbos terminados em –mos perderão o s final quando seguidos pelos pronomes nos ou vos: Encontramo-nos sempre
perdidos neste assunto.
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ADJETIVOS
A mudança de grau do adjetivo pode ser obtida por dois processos:
a) Sintético: através de sufixos.
b) Analítico: através do acréscimo de alguma palavra que modifique o adjetivo.
Grau Comparativo
a) de igualdade (tão + adjetivo + quanto)
b) de superioridade (mais + adjetivo + [do] que)
c) inferioridade (menos + adjetivo + [do] que)
VERBO
É a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-os no tempo.
O verbo é a classe de palavras que mais há variações na Língua Portuguesa. Essas variações são chamadas de conjugações.
VOZES VERBAIS
O sujeito do verbo pode ser:
a) agente do fato expresso: O verbo está na voz ativa.
b) paciente do fato expresso: O verbo está na voz passiva.
c) agente e paciente do fato expresso: O verbo está na voz reflexiva.
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b) Irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências.
faço - fiz - farei – fizesse. Para saber se um verbo é regular ou irregular, basta conjugá-lo no presente do indicativo, no
pretérito perfeito e no futuro, observando se ocorrem ou não variações no radical. Não é irregularidade a alteração do radical
de certos verbos para a conservação da regularidade fônica: embarcar – embarque.
d) Defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa. São eles:
- Os verbos que indicam fenômenos naturais, como chover, trovejar, ventar, amanhecer, etc.
- Os verbos haver (no sentido de existir e tempo) e fazer (no sentido de tempo).
- Os verbos que exprimem ação ou estado de determinado animal: relinchar, latir, miar, etc.
- Os verbos que não apresentam a 1ª pessoa do presente do indicativo: abolir, aturdir, banir, bramir, brandir, brunir, carpir,
colorir, demolir, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, imergir, jungir, retorquir, ungir.
- Os verbos que, no presente do indicativo, só apresentam formas arrizotônicas, não possuindo, portanto, nenhuma das
pessoas do presente do subjuntivo e imperativo negativo; no imperativo negativo apresentam a 2ª. pessoa do plural:
aguerrir, combalir, comedir, delinquir, descomedir-se, embair, empedernir, falir, foragir-se, fornir, puir, remir, renhir,
ressarcir.
- Outros defectivos: Adequar – só se conjuga nas formas arrizotônicas, mas sempre é usado no infinitivo e no particípio;
Computar – não possui as três primeiras pessoas do presente do indicativo e os tempos derivados dele.
Reaver (haver novamente, ter de novo) – só é conjugado quando o verbo HAVER conservar a letra V em suas formas.
Precaver – conjuga-se nas forma arrizotônicas. As formas inexistentes deste verbo são substituídas por sinônimos: precatar,
acautelar, prevenir. Prazer – só se usa nas 3as. Pessoas (singular e plural).
e) Abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor no particípio.
Usa-se a forma regular (sempre terminada com -ADO ou –IDO) com os verbos auxiliares TER e HAVER.
Usa-se a forma irregular (não há um exemplo fixo a seguir) com os verbos auxiliares SER e ESTAR.
Obs.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito,
feito, posto, visto e vindo.
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O homem é mortal.
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar maior realce à narrativa:
Em 1748, Montesquieu publica a obra “O espírito das leis”... É o chamado presente histórico ou narrativo.
- fatos futuros imediatos.
Amanhã vou à escola.
b) Pretérito imperfeito
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
- um fato passado contínuo, habitual, permanente:
Ele andava à toa.
Nós vendíamos sempre fiado.
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre, por exemplo, no início
das fábulas, lendas, histórias infantis: Era uma vez ...
- um fato presente em relação a outro fato passado:
Eu lia quando ele chegou.
c) Pretérito perfeito
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já ocorrido, concluído:
Estudei a noite inteira.
Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o momento presente:
Tenho estudado todas as noites.
d) Pretérito mais-que-perfeito
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do
passado): A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
e) Futuro do presente
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato futuro em relação ao momento em que se fala: Irei à
escola.
f) Futuro do pretérito
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
- um fato futuro, em relação a outro fato passado:
Eu jogaria se não tivesse chovido.
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto:
Seria realmente agradável ter de sair?
b) Pretérito imperfeito
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma hipótese, uma condição:
Se eu estudasse, a história seria outra.
c) Futuro
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já concluído em relação a outro fato futuro: Quando eu voltar,
arrumarei o quarto.
Modo Imperativo - usa-se para expressar ordem, convite, conselho, súplica ou pedido, dependendo da entonação que o falante
atribui à frase.
ADVÉRBIO
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio, exprimindo uma circunstância.
Os advérbios dividem-se em:
1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, ai, aquém, além, algures, alhures, nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante,
onde, avante, através, defronte, aonde, etc.
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então,
amiúde, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente etc.
4) INTENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto,
quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc.
6) NEGAÇÃO: não.
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2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite, às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de
noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de
preferência, em geral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vistos, de propósito, de súbito, por
um triz, etc.
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máquina, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
Palavras Denotativas
Certas palavras, apesar de se assemelharem a advérbios, não se enquadram entre eles ou qualquer outra classe gramatical,
terão classificação à parte. Estão envolvidas nas estratégias argumentativas, nas situações efetivas de interlocução. São
palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, retificação, realce, adição, afastamento, afetividade,
aproximação, explicação, limitação etc.
1) DE EXCLUSÃO: só, salvo, apenas, senão, unicamente, exceto, exclusive, sequer, somente, apesar, menos, fora, tirante etc.
2) DE INCLUSÃO: também, até, mesmo, até mesmo, inclusive, ainda, além disso, de mais a mais etc.
3) DE SITUAÇÃO: mas, então, agora, afinal, se etc.
4) DE DESIGNAÇÃO: eis
5) DE RETIFICAÇÃO: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, ou seja, melhor dizendo etc.
6) DE REALCE: cá, lá, só, é que, ainda, mas, é porque, não, sobretudo, mesmo, embora etc.
7) DE ADIÇÃO: ainda, além disso, ademais, etc.
8) DE AFASTAMENTO: embora.
9) DE AFETIVIDADE: ainda bem, felizmente, infelizmente, ainda bem etc.
10) DE APROXIMAÇÃO: aproximadamente, quase, bem, lá por, quase, uns, cerca de, por volta de, perto de etc.
11) DE EXPLICAÇÃO (explanação): isto é, a saber, por exemplo etc.
12) DE LIMITAÇÃO: só, somente, apenas, unicamente etc.
CONJUNÇÃO
Conjunções Coordenativas
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Conjunções Subordinativas
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais... que, etc.
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc.
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, etc.
6) INTEGRANTES: que, se, etc.
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de forma que, de modo que, etc.
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais etc.
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.
PREPOSIÇÃO
É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo uma relação de dependência.
Exemplos: Chegaram a Porto Alegre.
Descordo de você.
Fui até a esquina.
Casa de Paulo.
Interjeição
É a palavra que transmite emoção, um sentimento súbito.
As interjeições podem ser:
- alegria: ah! oh! oba! eh!
- animação: coragem! avante! eia!
- admiração: puxa! ih! oh! nossa!
- aplauso: bravo! viva! bis!
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LOCUÇÃO INTERJETIVA é o conjunto de palavras que têm o mesmo valor de uma interjeição:
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
CONCORDÂNCIA VERBAL
É o estudo da relação do verbo com o sujeito. Tal relação se dá em número (singular/plural) e pessoa ( eu, tu, ele(a), nós, vós,
ele(a)s).
CASOS ESPECIAIS
01. VERBO ANTEPOSTO AO SUJEITO COMPOSTO: - Haverá duas possibilidades de concordância:
1.2. O verbo irá para o plural concordando com a pessoa predominante do sujeito (CONCORDÂNCIA GRAMATICAL): Ex.:
Chegarão ao Estado o Ministro e o Presidente.
2.3. Ficará apenas no singular se o sujeito composto puder ser resumido pelas palavras (tudo, nada, ninguém, alguém). Ex. O
pai, a mãe, os irmãos, os tios, o namorado, ninguém fez o candidato mudar de ideia.
03. SUJEITO COMPOSTO LIGADO POR “OU”. - Haverá três possibilidades de concordância:
3.1. singular - quando o ou criar a ideia de exclusão: Ex. Giovanna ou Lidiane será nomeado o melhor professor pela turma.
3.2. plural – quando o ou puder ser trocado por “e” ou um dos núcleos do sujeito estiver no plural:
Ex. O Professor Arnaldo ou o Professor Eli farão o simulado de língua portuguesa.
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04. SUJEITO CONSTITUÍDO POR EXPRESSÕES PARTITIVAS (A MAIORIA DOS...; GRANDE PARTE DE...; METADE DE...; UM QUARTO
DOS...; BOA PARTE DE...; A MAIOR PARTE DE...; UMA PORÇÃO DE; ETC.) UNIDAS A SUBSTANTIVOS NO PLURAL: - A concordância
será facultativa.
Ex. Grande parte dos alunos da turma do Prime entenderam/entendeu o que é responsabilidade.
05. SUJEITO COMPOSTO CONSTITUÍDO POR PESSOAS GRAMATICAIS DEFERENTES. – Verbos em 1 pessoa do plural se o
pronome “eu” estiver incluído; verbos em 2 ou 3 pessoas do plural, se o pronome “eu” estiver excluído do sujeito.
Ex. Eu, Danielle e Neto iremos ao teatro amanhã. , Os alunos da INSS, Os alunos do TRT e teus amigos irão/ireis ao cinema.
06. CONCORDÂNCIA COM PRONOMES DE TRATAMENTO. - O Verbo irá para a terceira pessoal do “SINGULAR” ou “PLURAL”.
Ex. Vossa senhoria fez um bom trabalho aqui.
Ex. Vossas excelências não respeitaram seus eleitorados.
07. CONCORDÂNCIA COM PALAVRAS QUE SÓ SE ESCREVEM NO PLURAL. - O verbo concordará com o artigo que acompanha a
palavra.
Ex. Estados Unidos pretende invadir a Palestina.
Ex. Os Estados unidos pretendem invadir a Palestina.
8.2. Com o relativo quem: Haverá duas possibilidades. – Concorda com o seu antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular.
Ex. Sou eu quem aplicará/aplicarei a prova para a PRF
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11.2. “um e outro, nem um nem outro, nem... nem” – o verbo vai, de preferência, para o plural.
Ex. Uma e outra colavam em todas as provas;
Ex. Depois das provas, uma e outra riam da fiscalização da prova.
Ex. Nem os policiais nem os fiscais perceberam a cola na sala de aula.
11.3. “Um dos que, uma das que” – O verbo vai, de preferência, para o plural.
Ex. Felipe era uma dos que mais brincavam na sala de aula.
Ex. Patrícia foi um dos que mudaram seu comportamento após a palestra.
11.4. “Mais de, menos de” – o verbo concorda com o numeral que segue a expressão.
Ex. Mais de um aluno pediu-me trabalho como avaliação. Ex. Menos de dez por cento da turma conseguiram recuperar-se no
meio do ano.
OBS.: Se a expressão “MAIS DE UM” ocorrer junto a verbos que indiquem reciprocidade, o verbo obrigatoriamente irá para o
plural.
11.5. “Quais de vós, quantos de nós, alguns de nós”. – O verbo poderá ficar na 3º pessoa do plural concordando com o pronome
interrogativo ou indefinido; ou ainda concordar com o pronome pessoal.
Ex. Quais de vós são/sois verdadeiramente humildes?
Ex. Alguns de nós seremos/serão amigos para sempre.
11.6. “Cerca de/ Perto de”. - seguido de numeral e substantivo– indicando quantidade aproximada, o verbo concordará com o
numeral.
Ex.: Cerca de dois alunos faltaram à aula do final de semana; Perto de sessenta e cinco pessoas compareceram à aula.
13. CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER. – O verbo ser ora concorda com o sujeito ora concorda com o predicativo.
13.1. Se o sujeito e o predicativo forem representados por nomes de coisas e um deles estiver no plural, o verbo concordará
com o que estiver no plural.
Ex. Essas aulas têm sido a minha vida.
Ex. Muitas vitórias eram o meu sonho.
13.2. Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) referir-se a pessoa, o verbo concordará com ela.
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13.3. Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.
Ex. Os alunos e candidatos não somos nós.
Ex. Na minha área, eu sou o melhor.
13.4. Se o sujeito for representado por pronomes neutros – sem flexão de gênero ou de número (tudo, aquilo, isto, o, isso) - e
o predicativo estiver no plural, o verbo concordará, de preferência, com o predicativo.
Ex. Para o 1º ano, tudo eram brincadeiras.
Ex. Na vida nem tudo são alegrias.
13.5. Quando indicar data, hora ou distância, o verbo concordará sempre com o numeral.
Ex. É uma hora.
Ex. Eram 23 de dezembro quando Adrianne nasceu.
13.6. Se o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de,
mais de, etc. o verbo ser fica no singular.
Ex. Cinco quilos de arroz é pouco.
Ex. Oito litros de leite é mais do que eu pedi.
13.7. Se o sujeito for representado por palavra ou expressão de sentido coletivo ou partitivo e o predicativo estiver no plural,
o verbo ser concordará com o predicativo.
Ex. O restante eram verduras murchas. Ex. No Brasil, a maioria dos eleitores são mulheres.
13.8. Se o predicativo for pronome demonstrativo o, mesmo, o sujeito estando no plural, o verbo ser ficará no plural.
Ex. Dores é o que não sinto.
Ex. O vento e a brisa é o que os alimentam.
1. (CESGRANRIO – PETROBRAS - 2012) No Texto II, o trecho “O declínio, a decadência alcança maior nitidez na Europa” (L. 20-
21) apresenta um exemplo de um dos casos de concordância verbal vigentes na norma-padrão do Português.
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2. (CESGRANRIO – PETROBRAS – 2010) Em qual das frases abaixo a concordância verbal, segundo o registro culto e formal da
língua, está INCORRETA?
a) deve haver pessoas que não sejam passionais e tendenciosas.
b) não se ouvia mais os conselhos do amigo.
c) já faz meses que ele passou a escutar sua consciência.
d) quem eram as pessoas mais importantes de sua vida?
e) fui eu quem lhe mostrou a pessoa mais importante da vida dele.
4. (CESGRANRIO – BNDES – 2008) Na passagem "A maioria dos profissionais já viveu uma sensação de impasse na carreira." (l.
1-2), a concordância verbal está de acordo com a norma culta. Assinale a opção cuja concordância verbal está, segundo essa
mesma norma, correta.
a) Sempre houveram impasses na sua vida profissional.
b) A reparação dos erros cometidos são possíveis.
c) Investiga-se, nesse momento, as falhas ocorridas.
d) Faz alguns meses que iniciamos o trabalho.
e) Soou oito horas no relógio da sala.
6. (CESGRANRIO – MPE-RO – 2005) Aponte a opção em que a concordância verbal está realizada corretamente.
a) Houveram muitas festas de Carnaval na Bahia.
b) Os Estados Unidos, ontem, bombardeou o Iraque.
c) Cada um dos funcionários apresentaram boas propostas.
d) Um dia, um mês, um ano passam depressa.
e) Aconteceu vários fatos marcantes na minha vida.
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7. (CESGRANRIO – PETROBRAS -2005) Assinale a opção em que a concordância segue a norma culta da língua.
(A) Dos dois cientistas consultados, nem um nem outro aceitou o cargo.
(B) Cada um dos jornalistas fizeram uma pergunta ao entrevistado.
(C) Resta ainda muitas dúvidas sobre o cálculo dos juros.
(D) Fazem dois meses que o cientista concedeu uma entrevista.
(E) Os drogados não parecem perceberem o mal que fazem a si mesmos.
8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – 2014) O exemplo do texto em que o verbo concorda com sujeito na voz passiva é:
a) “Quando Trotsky caiu em desgraça” (l 1)
b) “Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas” (l 11-12)
c) “atrizes preocupadas com suas rugas ou manchas não precisam mais carregar na maquiagem” (l19-21)
d) “quando não existia fotoxópi” (l 25)
e) “sem que a gente saiba” (l 35)
9. (CESGRANRIO – PETROBRAS – 2014) O exemplo do texto em que o verbo NÃO concorda com o termo destacado é:
a) “Quando Trotsky caiu em desgraça na União Soviética” (l1-2)
b) “Nossas atrizes rejuvenescem a olhos vistos a cada nova novela” (l 23-24)
c) “não existia fotoxópi” (l25)
d) “Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros (...) rolam na internet” (l 31-36)
e) Esse cara sou eu mesmo? (l 43)
10. (CESGRANRIO – PTEROBRAS – 2014) No trecho “cruzam-se grandes distâncias em poucas horas” (#2; 5-6), o verbo cruzar
foi utilizado no plural para atender às exigências da norma-padrão da Língua Portuguesa.
Esse mesmo procedimento deve ser adotado se a expres- são destacada for empregada no plural em:
a) Com o avanço da tecnologia, assiste-se a um período intenso de transformação dos hábitos e aperfeiçoamento dos sistemas
de comunicação.
b) De acordo com a legislação aprovada ontem, desiste-se da pesquisa farmacológica realizada no país no caso de competição
com outros países.
c) O uso intenso das redes sociais revela que, em todas as faixas etárias, almeja-se por comunicação permanente com novos
amigos virtuais.
d) Para evitar a desigualdade social, precisa-se de ampla oportunidade de emprego para todos os cidadãos que atingem a
maioridade etária.
e) Segundo a concepção transumanista, estabelece-se, por meio da tecnologia, novo patamar para o desenvolvimento
cognitivo da humanidade.
11. (FCC - TRT - 3ª Região (MG) – 2015) Considerando a norma-padrão da língua e o emprego de forma verbal, é correta a
seguinte frase:
a) Embora não apoiemos, não nos opomos a que gaste tanto tempo com assuntos supérfluos, contanto que não interrompe a
faculdade.
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b) Independentemente de onde provierem os recursos, convirjam ou não os pareceres dos técnicos consultados, eles, sempre
destemidos, iniciarão a obra.
c) Eles proveem de uma região em que a destruição de bens naturais ou culturais de importância reconhecida é considerada
crime de lesa-pátria.
d) Os jogadores pleitearam que os juízes não intervissem a cada pequena confusão provocada por um choque de corpos ou
por discussão banal.
e) Enquanto aquela norma vigiu, não houve como solucionar o impasse e retirar o depósito que a justiça reteve em prol dos
menores de idade.
12. (FCC - TRT - 3ª Região (MG) – 2015) A frase em que a concordância se faz em conformidade com a norma-padrão é:
a) Ontem foram constituídos três grupos de estudo, um do qual bastante reduzido, mas, como já havia passado dois meses
desde a liberação da verba de incentivo, não puderam mais aguardar interessados.
b) O coordenador das áreas julgava irrelevante, nessa altura das discussões, os depoimentos recém-anexados ao processo
disciplinar, vistos anteriormente como bastante úteis.
c) Entrevistou-se, rigorosa e meticulosamente, os últimos quinze profissionais que concorriam à vaga, cuidados que poderão,
sem dúvida, acarretarem bom desempenho em diversas áreas.
d) As receitas dos médicos foram encaminhadas ao setor responsável, que as organizou em pastas e arquivou-as, passos que
se deve ao protocolo da área específica de registros.
e) Para não merecerem repreensão dos pais, os rapazes pediram ao tio que não os repreendesse caso não lhe pudessem
telefonar para avisá-lo do início do jogo.
13. (FCC - TRT - 3ª Região (MG) – 2015) As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na seguinte frase:
a) Já quase não se coleciona em álbum, em função das técnicas digitais, as fotografias familiares que tanto contavam de nossa
história.
b) Para muita gente já não são mais necessários conservar os velhos álbuns de fotografias, substituídos que foram pelos
arquivos digitais.
c) Aquelas velhas fotos não convêm ninguém desprezar, estão sendo cada vez mais raras, e algum dia acabará por converter-
se num precioso documento.
d) Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma história familiar, à qual pertenceram aqueles velhos
rostos e expressões.
e) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam, conservar as imagens de outro tempo, de outros
hábitos.
14. (FCC - TCE-CE – 2015) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas em:
a) Os preconceitos, ao se firmar, acabam por promover injustiças que nunca mais se repara.
b) Não deveriam caber aos preconceituosos insistirem em difundir seus juízos falsos e precipitados.
c) Consta, entre as convicções do autor, a certeza de que não nos seriam lícito eliminar todos os preconceitos.
d) Uma das prerrogativas da justiça está em reconhecer e penalizar as ações em que se promove o preconceito.
e) Qualificam-se como crime, na legislação atual, toda e qualquer manifestação de racismo.
15. (FCC – TCE – CE – 2015) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o elemento sublinhado
na frase:
a) As leituras que, ao longo da História, se (fazer) das obras clássicas, constituem uma corrente de interpretações reveladoras.
b) A cada geração em que se (interpretar) as obras clássicas, comprova-se a riqueza da significação delas.
c) De todas as interpretações a que se (sujeitar) um autor clássico, valorizemos sobretudo as dos especialistas.
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d) Nunca é tarde para se ler um clássico, pois em sua linguagem se (revelar) valores vivos dentro dos antigos.
e) Há autores modernos cuja obra já (promover) à condição de um clássico seus leitores mais aplicados.
16. (FCC – TCE-CE – 2015) O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com o elemento
sublinhado na seguinte frase:
(A) A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais (distinguir) sua obra da de outros documentaristas.
(B) Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não (merecer) desse cineasta qualquer atenção especial.
(C) Não (dever) satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já cristalizados.
(D) Aos tipos sociais já reconhecidos (faltar) a imprescindível singularização dos indivíduos.
(E) Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não (derivar) senão de uma mera tipologia.
17. (FCC- SABESP- 2014) Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição,
o verbo que deverá permanecer no singular está em:
(A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)
(B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima)
(C) No sistema havia também uma estação... (várias estações)
(D) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam
a América Central)
(E) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado)
18. (FCC – METRÔ/SP – 2014) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
(A) Os textos memoráveis que, com a arte desse jornalista, apresentava sempre uma perspectiva especial, encantavam a todos
os seus fiéis leitores.
(B) Com a maioria dos jornalistas acontecem, frequentemente, que se submetam às fáceis acomodações dessa desafiadora
profissão.
(C) Aos leitores dos grandes jornalistas cabem não apenas ler com prazer suas matérias, mas encantar-se com o ângulo criativo
pelo qual trata suas matérias.
(D) Quem, entre os muitos jornalistas de hoje, habilita-se a desafiar os rígidos paradigmas que lhes impinge a direção de um
jornal?
(E) Ainda haveriam, numa época de tanta pressa e tanta precipitação, jornalistas capazes de surpreender o leitor com uma
linguagem de fato criativa?
19. (FCC – CNMP – 2015) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o termo sublinhado na
frase:
(A) O autor do texto acha que (ser) de se lamentar que tantas pessoas sejam enganadas pelos falsários da internet.
(B) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que não houvesse tantos abusos.
(C) Quem jamais leu Shakespeare nem (imaginar) as lições literárias e as discussões éticas que está perdendo.
(D) Não (dever) caber aos usuários da internet o direito de publicar o que quer que seja com assinatura falsa.
(E) Infelizmente não se (punir) esses falsos gênios da internet com medidas rigorosas e exemplares.
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A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-se” (L.20) por foi implementada
21. (FCC – SEFAZ/PI – 2015) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase:
(A) Muita gente gostaria de se aventurarem pelas estradas europeias, ainda que num carrinho periclitante e sem conhecimento
das línguas que se fala nos diferentes países.
(B) Entre os muitos idiomas de que o autor se confessou ignorante estava o italiano, mas acabaram por lhe parecer inteligíveis
as palavras ditas pelo borracheiro.
(C) É comum que, ao longo de uma viagem, a condição adversa das estradas descuidadas venham a desgastar os pneus de um
carro já periclitante.
(D) Não ocorreram aos jovens viajantes que aquele emaranhado de estradas fronteiriças poderiam ser esclarecidas com um
detalhado mapa daquela região.
(E) Não é incomum que se atribuam a palavras ditas inocentemente um sentido filosófico inteiramente fora do alcance e da
previsão de quem as proferiram.
22. (FCC – SEFAZ/PI -2015) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento
sublinhado na frase:
(A) É possível que a muitos deles ...... (interessar) repetir aquela experiência, que não deixará de ser uma grande revelação.
(B) Foi gratificante notar que, ao final da sessão, o gosto pelos clássicos ...... (começar) a se incutir em todos eles.
(C) Nenhum dos alunos que estavam ouvindo as músicas que eu selecionara se ...... (dispor) a interromper a sessão.
(D) A variação dos compositores apresentados ...... (indicar) minha preocupação didática: fazê-los ouvir um pouco de tudo.
(E) Percebi que os andamentos mais melancólicos, sobretudo os do Romantismo, ...... (deixar) em cada um deles uma expressão
nostálgica.
23. (FCC – TRT/3º REGIÃO – 2015) A frase em que a concordância se faz em conformidade com a norma-padrão é:
(A) Ontem foram constituídos três grupos de estudo, um do qual bastante reduzido, mas, como já havia passado dois meses
desde a liberação da verba de incentivo, não puderam mais aguardar interessados.
(B) O coordenador das áreas julgava irrelevante, nessa altura das discussões, os depoimentos recém-anexados ao processo
disciplinar, vistos anteriormente como bastante úteis.
(C) Entrevistou-se, rigorosa e meticulosamente, os últimos quinze profissionais que concorriam à vaga, cuidados que poderão,
sem dúvida, acarretarem bom desempenho em diversas áreas.
(D) As receitas dos médicos foram encaminhadas ao setor responsável, que as organizou em pastas e arquivou-as, passos que
se deve ao protocolo da área específica de registros.
(E) Para não merecerem repreensão dos pais, os rapazes pediram ao tio que não os repreendesse caso não lhe pudessem
telefonar para avisá-lo do início do jogo.
24. (FCC – TRT/15º - 2015) O verbo em negrito deve sua flexão ao elemento sublinhado em:
(A) A Índia, tal como o livro de Benjamin Skinner já anunciava...
(B) ... com um número que hoje oscila entre os 13 milhões...
(C) Pessoalmente, interessam-me duas.
(D) A escravidão que denunciava com dureza...
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25. (FCC – MANAUSPREV – 2015) Mantendo-se a correção, o verbo que pode ser flexionado em uma forma do singular, sem
que nenhuma outra alteração seja feita na frase, encontra-se sublinhado em:
(A) ... por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da natureza. (último parágrafo)
(B) ... processam-se átomos e moléculas... (1o parágrafo)
(C) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes... (1o parágrafo)
(D) Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades... (4o parágrafo)
(E) A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios... (último parágrafo).
GABARITO:
1. E, 2. B, 3.D, 4. D, 5.A, 6.D, 7.A, 8.B, 9.E, 10.E, 11.B, 12.E, 13.D, 14.D, 15.A, 16.A, 17.C, 18.D, 19.E, 20.V, 21.B, 22.E, 23.E, 24.B,
25.E
CONCORDÂNCIA NOMINAL
É o estudo da relação existente entre os nomes variáveis da Língua Portuguesa (substantivo, artigo, numeral, pronome,
adjetivo). Para que haja concordância nominal em uma frase, é necessário que os nomes variáveis presentes nela e que estejam
se relacionando apresentem, quando possível, o mesmo gênero (masculino ou feminino) e o mesmo número (singular ou
plural).
Exemplos:
Falo as línguas inglesa e portuguesa.
Falo a língua inglesa e (a) portuguesa.
8. "O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... possível" - "Os (as) piores ..." - "O (a) melhor ... possível"
- "Os (as) melhores ... possíveis"
O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", "o pior ...", "o melhor ..." permanece no singular.
Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o plural.
Exemplos:
Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.
Estas frutas são as mais saborosas possíveis.
Eles foram os mais insolentes possíveis.
9. Particípio + Substantivo
O particípio concorda com o substantivo a que se refere.
Exemplos:
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10. Anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio + Substantivo Essas palavras concordam com o substantivo a que se
referem.
Exemplos:
Vão anexas as cópias.
Recebi bastantes flores.
Vão inclusos os documentos.
Cometeu um crime de lesa-pátria.
Cometeu um crime de leso-patriotismo.
Ele mesmo falou aquilo.
Ela mesma falou aquilo.
Elas próprias falaram aquilo.
Julgou
Considerei
Achei inocentes
oportunas
simpáticos o pai e o filho
a decisão e a sugestão
a irmã e o irmão
Observação:
Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:
É proibida a entrada de meninas.
16. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo masculino
Quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai para o masculino.
Exemplos:
Sua Santidade está esperançoso.
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2. (CESGRANRIO – TERMOMACAE – 2009) O vocábulo destacado está em DESACORDO com o registro culto e formal da língua,
quanto à flexão de gênero ou número, em
a) Havia menas ilusões no seu comportamento.
b) É necessário calma para falar do outro.
c) Entre mim e você há divergências bastantes.
d) Ela permanecia meio preocupada consigo mesma.
e) Como falavam mal de todos, ficavam sós.
3. (CESGRANRIO – TJ-RO – 2008) Indique a opção na qual a concordância nominal está adequada.
a) Alguns pseudos-ecologistas se opõem ao Bolsa-Floresta.
b) Há partes da floresta que estão menas devastadas que outras.
c) Visto a grande devastação, alguma atitude deve ser tomada.
d) Seguem anexo os documentos para a certificação.
e) Todos devemos ficar alerta para salvar a Amazônia.
4. (CESGRANRIO – AL-TO -2005) Marque a frase em que a concordância nominal está correta.
a) Imagens e telefonemas diárias intrigavam os pesquisadores.
b) A garimpagem é proibido naquela região.
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5. (CESGRANRIO – BANCO DO BRASIL – 2014) De acordo com a norma-padrão, a concordância entre os dois pares de vocábulos
está adequada em:
a) pouco distraída – meio desligadas
b) poucos distraídos – meios desligados
c) poucos distraídos – meia desligada
d) pouco distraído – meias desligadas
e) pouca distraída – meia desligadas
6. (CESGRANRIO – BNDES – 2013) Em qual frase a concordância se faz de acordo com a norma-padrão?
a) Para um bom desempenho, são necessárias dedicação, talento e entusiasmo.
b) Na competição, um e outro nadador brasileiro chegaram ao pódio.
c) No futebol assistimos a jogadas as mais belas possível.
d) O treinador entregou as fichas de inscrição anexo aos documentos.
e) Dado as tecnologias disponíveis, hoje ficou mais fácil conhecer um atleta.
7. (CESGRANRIO – LIQUIGAS – 2012) No trecho do Texto III “O diagnóstico e o tratamento das doenças são sempre discutidos
entre o médico e o pajé” (l. 19-20), a palavra destacada está no masculino plural para concordar com “o diagnóstico e o
tratamento”.
Essa palavra ficaria no feminino plural (discutidas) para concordar com
a) os problemas e a medicação
b) o tratamento e a solução
c) a medicação e os problemas
d) a cura e a medicação
e) a cura e o diagnóstico
8. (CESGRANRIO – CMB – 2012) No que se refere ao fenômeno da concordância nominal, no subtítulo do texto, o termo textuais
também admite a forma singular.
O período em que, conforme a norma-padrão, o termo destacado pode assumir tanto a forma singular quanto a plural é:
a) Bastantes poemas foram lidos na aula.
b) Custam caro os jornais de domingo.
c) Vendem-se quadros e esculturas usados.
d) Compramos livro e jornal velhos.
e) Na estante, dicionário e livros jogados.
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9. (CESGRANRIO – PETROBRAS – 2012) A seguinte frase do Texto I apresenta concordância nominal de acordo com as regras
da norma-padrão da língua portuguesa, já que o adjetivo anteposto concorda com o primeiro dos dois substantivos que o
seguem.
“Com esse resultado, renomadas consultorias e bancos começam a revisar a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) deste
ano.” (L. 24-26)
No caso de um adjetivo vir posposto a dois substantivos, as seguintes expressões apresentam concordância de acordo com a
norma-padrão, EXCETO
a) empresas e consultorias renomadas
b) consultorias e bancos renomadas
c) consultorias e bancos renomados
d) bancos e consultorias renomadas
e) economistas e bancos renomados
10. (CESGRANRIO – PETROBRAS – 2012) A respeito da formação do plural dos substantivos compostos, quando os termos
componentes se ligam por hífen, podem ser flexionados os dois termos ou apenas um deles.
O substantivo composto que NÃO apresenta flexão de número como matéria-prima, contido no Texto II, é
a) água-benta
b) batalha-naval
c) bate-bola
d) batata-doce
e) obra-prima
REGÊNCIA
É a relação entre duas palavras ligadas entre si, de tal modo que uma depende gramaticalmente da outra.
É a parte da sintaxe que trata da dependência que mantém entre si os elementos de uma sentença
Quanto à gerência as palavras dividem-se em:
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a) Regentes
b) Regidas.
PALAVRAS REGENTES - são as que exigem outras que as determinem ou lhes integrem o sentido
PALAVRAS REGIDAS - são as que determinam ou completam o sentido das palavras regentes
Generalizado, regência estuda as relações de determinação, existentes entre as partes ou elementos da oração, ou melhor, é
a propriedade de ter uma palavra, sob sua dependência, outra ou outras que lhe completem o sentido.
REGÊNCIA VERBAL
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui é fundamental
o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser empregada antes do verbo,
bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela
deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes relativos (O ideal a que aspira é
nobre).
AGRADAR
No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem preposição).
Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.
AGRADECER
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu namorado
ASPIRAR
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição)
Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a")
Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol
Observação
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a
obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
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ASSISTIR
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).
Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a prep. A)
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília..
Observação
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas.
Também se observa a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
Atender pode ser TD ou TI, com a prep. a.
Ex.: Atenderam o meu pedido prontamente. / Atenderam ao meu pedido prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição A.
Observação
Se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor
atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor atendeu-os)
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observação
É obrigatório o uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
Certifico-o de sua posse / Certifico-lhe que seria empossado / Certificamo-nos de seu êxito no concurso / Certificou o escrivão
do desaparecimento dos autos
CHAMAR
TD, quando significar convocar.
Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula / Chamei-o à atenção.
Observação
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a
atenção de todos que por ali passavam)
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da
prep. DE, ou não.
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CHEGAR, IR (Intrans.)
Quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar),
e não complemento verbal.
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na indicação de procedência.
Observação
Quando houver a necessidade da prep. A seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase
(Vou à Bahia)
No emprego mais frequente, usam a preposição A e não EM
Ex.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.
Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
Ex.: Cheguei no ônibus da empresa. / A delegação irá no vôo 300.
COGITAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.
Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso / O diretor cogitou de demitir-se.
COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de cinema.
COMUNICAR (TD e I)
Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.
CUSTAR
No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será
objeto indireto.
Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.
Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família
No sentido de ter preço será intransitivo
Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.
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ENSINAR - TD e I
Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês
ESQUECER, LEMBRAR
Quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó
Constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome
Ex.: Você esqueceu o assunto. Ela lembrou a data do meu aniversário.
IMPLICAR
TD e I com a prep. EM, quando significar envolver alguém.
Ex.: Implicaram o candidato em ajuda ilícita.
TD, quando significar resultar, produzir como consequência, acarretar.
Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
TI com a prep. COM, quando significar antipatizar.
Ex.: Não sei por que o professor implica comigo.
Observação
Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério implica sacrifícios)
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas férias terminou
NAMORAR (TD)
Ex.: Ela namorava o filho da empregada / O cachorro namorava o frango que estava sobre a mesa.
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Ex.: Paguei o pão ao padeiro / Perdoo os erros a minha namorada.
Observação
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As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais.
PEDIR (TD e I)
Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Ex.: Pediram-lhe perdão / Pediu perdão a Deus.
PRECISAR
No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
Ex.: O mecânico precisou o motor do carro.
No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
Ex.: Preciso de bom digitador.
PREFERIR (TD e I)
Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja.
PROCEDER
TI, com a prep. A, quando significar dar início ou realizar.
Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feitura das provas.
TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Esta madeira procede do Paraná.
Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.
Ex.: Suas palavras não procedem! / Aquele funcionário procedeu honestamente.
QUERER
No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD)
Ex.: Quero meu livro de volta / Sempre quis seu bem
No sentido de querer bem, estimar (TI - prep. A).
Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que à própria vida.
RENUNCIAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. A.
Ex.: Ele renunciou o encargo / Ele renunciou ao encargo
RESPONDER
TI, com a prep. A, quando possuir apenas um complemento.
Ex.: Respondi ao bilhete imediatamente / Respondeu ao professor com desdém.
Observação
nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)
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REVIDAR (TI)
Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente.
VISAR
No sentido de ter em vista, objetivar (TI - prep. A)
Ex.: Não visamos a qualquer lucro. / A educação visa ao progresso do povo.
No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratos um a um.
Observação
se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)
• Sinopse:
o São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em seu lugar a ele
(a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
o Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo
duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
o Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural. É que,
neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas
esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
o Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar (por),
ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de),
gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale
e Ulisses.
REGÊNCIA NOMINAL
É o estudo da relação sintática (sempre intermediada por uma preposição) existente entre os nomes (substantivo, adjetivo ou
advérbio) e seus respectivos os termos regidos.
Acessível a
Acostumado a ou com
Alheio a
Alusão a
Ansioso por, de ou para
Atenção a ou para
Atento a ou em
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Admiração a ou por
Aversão a, para, por
Atentado a ou contra
Acessível a
Acostumado a ou com
Agradável a
Alheio a ou de
Análogo a
Apto a ou para
Ávido de
Bacharel em
Benéfico a
Capaz de ou para
Capacidade de ou para
Compatível com
Cuidadoso com
Desacostumado a ou com
Desatento a
Desfavorável a
Desrespeito a
Estranho a
Favorável a
Fiel a
Grato a
Generoso com
Hábil em
Habituado a
Inacessível a
Indeciso em
Invasão de
Junto a ou de
Leal a
Maior de
Morador em
Natural de
Necessário a
Necessidade de
Nocivo a
Ódio a ou contra
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Odioso a ou para
Posterior a
Preferência a ou por
Preferível a
Prejudicial a
Próprio de ou para
Próximo a ou de
Querido de ou por
Residente em
Respeito a ou por
Sensível a
Simpatia por
Simpático a
Útil a ou para
Versado em
1. (CESGRANRIO – BACEN – 2010) A imprensa internacional foi convidada para assistir os debates em Copenhague. De acordo
com a norma escrita padrão da língua, na frase acima há um DESVIO de
a) regência nominal.
b) regência verbal.
c) concordância nominal.
d) concordância verbal.
e) pontuação.
2. (FCC – TCE-CE – 2015) Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na seguinte frase:
(A) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa que retrata é uma das características nas quais
seus filmes se distinguem. (B) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram para tratar o outro,
não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado qualquer inclinação.
(C) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são chavões em que se deixam impressionar as
pessoas de julgamento mais apressado.
(D) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a ter destacados os atributos pelos quais ele se
deixara atrair.
(E) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só
lhe importava a singularidade de cuja as pessoas são portadoras.
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4. (FCC – TRT/15º - 2015) No contexto dado, possui a mesma regência do verbo presente no segmento A escravidão que
denunciava com dureza, o que se encontra sublinhado em:
(A) Quem fala, hoje, dos 30 milhões de escravos... (8o parágrafo)
(B) ... número que hoje oscila entre os 13 milhões e os 14 milhões... (5o parágrafo)
(C) ... antes de portugueses ou espanhóis comprarem negros na África rumo ao Novo Mundo. (7o parágrafo)
(D) ... o Global Slavery Index é um belo retrato da nossa miséria... (4o parágrafo) (
E) Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão... (1o parágrafo)
GABARITO:
1. B, 2.D, 3.A, 4.B
CRASE
Do grego krásis= mistura fusão, designa, em gramática normativa uma contração (casamento).
Pré-requisitos para que haja crase:
1º haver preposição “a” na frase.
2º haver artigo “a” ou pronome demonstrativo “a” ou “aquele(s), aquela(s) ou aquilo”
3ºhaver palavra feminina explícita ou implícita.
CASOS PARTICULARES
1º A crase é obrigatória nas locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas.
OBS.: NÃO SE USA CRASE NAS LOCUÇÕES ADVERBIAIS DE MEIO OU INSTRUMENTO.
2º A crase é obrigatória sempre que as palavras moda ou maneira estiverem escritas ou subentendidas.
3º Só se usa crase antes da palavra casa, se esta estiver determinada.
4ºSó se usa crase antes da palavra terra, se esta estiver determinada.
OBS.: SE A PALAVRA TERRA SE REFERIR AO PLANETA TERRA, NÃO SERÁ NECESSÁRIO O DETERMINANTE PARA O USO DA CRASE.
5º Só se usa crase antes da palavra distância, se esta estiver acompanhada de deerminante.
6º A crase é facultativa antes de nome de mulher.
7º A crase é facultativa antes de pronome possessivo feminino.
8º A crase é facultativa após a palavra até.
1. (Ano: 2015 – Banca: FCC - Órgão: TRT - 15ª Região Prova: Analista Judiciário – Tecnologia da Informação)
O termo entre parênteses preenche corretamente a lacuna da frase em:
a) A mudança, começaram ...... senti-la apenas os descendentes dos escravos. (à)
b) Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se promulgou a lei Áurea. (aos)
c) As condições iniciais dos libertos eram muito próximas ...... de escravidão. (as)
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d) ...... vésperas do século XXainda eram debatidas questões como a escravidão. (Às)
e) Muito embora lhes fosse conferida ...... condição de liberto, muitos continuavam subjugados. (à)
2. (Ano: 2015 - Banca: FCC - Órgão: MANAUSPREV Prova: Técnico Previdenciário – Informática)
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido em:
a) ...nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos...
b) ...não está à mercê dos botânicos...
c) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados...
d) ...incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade...
e) Renunciamos assim às árvores...
3. (Ano: 2014 - Banca: FCC - Órgão: TJ-AP - Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa - Administração)
Sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso se substitua o
elemento sublinhado pelo que se encontra entre parênteses em:
a) O justo não é mais correspondente à função designada no corpo social... (atividades exercidas)
b) À lei igual para todos incorpora-se o princípio de que... (integra-se)
c) ...e o direito à resistência. (resistir)
d) ..e do acesso à justiça... (tribunais)
e) Para terminar, volto à deusa Têmis... (evoco)
4. (Ano: 2014 - Banca: FCC - Órgão: TRF - 1ª REGIÃO - Prova: Analista Judiciário - Área de Apoio Especial)
Acerca dos exemplos utilizados nos dois últimos parágrafos para ilustrar o papel da crase na clareza e na organização das ideias
de um texto, é correto afirmar:
a) quando se escreve cheirar a gasolina, o sentido do verbo é de “feder” ou “ter cheiro de”.
b) em a polícia recebeu a bala, afirma-se que a polícia foi vitimada pelo tiro.
c) na frase À noite chegou, “noite” assume função de sujeito do verbo chegar.
d) no trecho a moça correu as cortinas, o verbo assume o sentido de “seguir em direção a”.
e) em o homem pinta à máquina, diz-se que o objeto que está sendo pintado é a máquina.
5. (Ano: 2014 - Banca: FCC - Órgão: TRT - 13ª Região (PB) - Prova: Analista Judiciário – Contabilidade)
O estímulo ....I... criação de uma literatura dramática ....II.... raízes estivessem fincadas na realidade brasileira, particularmente
na nordestina, era um dos objetivos do grupo ... III.... Ariano Suassuna se juntou.
Preenchem, correta e respectivamente, as lacunas I, II e III da frase acima:
a) à - em que - por que
b) a - as quais - no que
c) a - das quais - com o qual
d) à - cujas - ao qual
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7. (Ano: 2015 - Banca: FCC - Órgão: TRT - 15ª Reg - Prova: Analista Judiciário – Tecnologia da Informação)
O termo entre parênteses preenche corretamente a lacuna da frase em:
a) A mudança, começaram ...... senti-la apenas os descendentes dos escravos. (à)
b) Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se promulgou a lei Áurea. (aos)
c) As condições iniciais dos libertos eram muito próximas ...... de escravidão. (as)
d) ...... vésperas do século XX, ainda eram debatidas questões como a escravidão. (Às)
e) Muito embora lhes fosse conferida ...... condição de liberto, muitos continuavam subjugados. (à)
9. (Ano: 2015 - Banca: CESGRANRIO - Órgão: Petrobras - Prova: Técnico de Administração e Controle Jr)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego do sinal indicativo da crase só é possível em:
a) O alto preço dos ingressos levou a redução do público em alguns estádios brasileiros.
b) A maior parte dos jogadores brasileiros está disposta a deixar o país para jogar na Europa.
c) Em época de Copa do Mundo, há um esforço crescente dos países para conquistar a taça
d) O futebol emociona tanto a população que os produtos ligados a ele têm alta vendagem.
e) A imprensa começa a criticar o excessivo endeusamento dos nossos jogadores de futebol.
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10. (Ano: 2014 - Banca: CESGRANRIO - Órgão: Petrobras - Prova: Conhecimentos Básicos - Nível Médio)
O período no qual o acento indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão é:
a) Começou à chover torrencialmente.
b) Vamos encontrar-nos às três horas.
c) Meu carro foi comprado à prazo
d) O avião parte daqui à duas horas.
e) Ontem fui à uma apresentação de dança.
11. (Ano: 2014 - Banca: CESGRANRIO - Órgão: Petrobras - Prova: Conhecimentos Básicos - Nível Superior)
O acento grave está empregado de acordo com a norma- padrão em:
a) Ensinar implica à necessidade de também aprender.
b) Os professores sempre visam à evolução dos alunos.
c) A educação se constrói à duras penas.
d) Recorrer à métodos pedagógicos alternativos é fundamental.
e) É importante criar discussões àcerca do ensino.
12. (Ano: 2014 - Banca: CESGRANRIO - Órgão: LIQUIGÁS - Prova: Engenheiro Júnior)
O emprego do acento grave que indica a crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão, no a que está destacado em:
a) Antes de construir uma hidrelétrica, é importante avaliar a ocorrência de fenômenos climáticos prejudiciais à região.
b) Aplicar a ciência já adquirida e evoluir para uma nova realidade com respeito à natureza é responsabilidade de todos.
c) As secas prolongadas dificultam a sobrevivência da população ribeirinha e repercutem no potencial energético da região.
d) Empreendeu-se a inovadora pesquisa de adaptação de novas tecnologias para a geração de energia.
e) Eventos climáticos atípicos na Amazônia não causam estragos permanentes, e a vida retorna a situação normal.
13. (FCC – SABESP – 2014) Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da
antiga cidade de Tikal, na Guatemala.
O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o segmento
grifado seja substituído por:
(A) uma tal ilação
(B) afirmações como essa
(C) comprovação dessa assertiva
(D) emitir uma opinião desse tipo
(E) semelhante resultado
14. (CESPE – MP/ENAP -2015) De acordo com o comando a que o item esteja vinculado, marque, na Folha de Respostas, para
cada item: o campo designado com o código V, caso julgue o item VERDADEIRO; ou o campo designado com o código F, caso
julgue o item FALSO.
L.28 – “Para levar a cabo o novo modelo de gestão pública.”
Na linha 28, a correção gramatical do trecho seria mantida, caso se inserisse acento indicativo de crase no vocábulo “a” que
compõe a locução “a cabo”.
GABARITO
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1.d, 2d, 3.b, 4.B, 5.d, 6.c, 7.d, 8.a, 9.a, 10.B, 11.B, 12.e, 13.C, 14.F
PONTUAÇÃO
EMPREGO DA VÍRGULA
01. Para separar os termos da mesma função, assindéticos:
"Vim, vi, venci."
07. Nas construções onde o complemento verbal, por vir anteposto, é repetido por um pronome enfático (objeto direto
/ indireto =>pleonástico):
"A mim, ninguém me engana."
"Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço."
08. Para isolar certas palavras ou expressões explicativas, corretivas, continuativas, conclusivas, tais como “por exemplo, além
disso, isto é, aliás, então, etc”.78
09. Para separar as orações coordenadas ligadas pela conjunção "e", quando os sujeitos forem diferentes:
"Veio a noite da feijoada, e João não havia se preparado."
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10. Para separar as orações coordenadas ligadas pelas conjunções mas, senão, nem, que, pois, porque, ou pelas
alternativas: ou...ou; ora...ora; quer...quer, etc.
"O adolescente é muito rico, mas não vive feliz."
"Ou o conhece, ou não".
11. Para isolar as conjunções adversativas porém, todavia, contudo, no entanto; e as conjunções conclusivas logo, pois,
portanto.
"Ao sair do lugar, contudo, teve alguns problemas.
12. Para separar as orações adverbiais (iniciadas pelas conjunções subordinativas-não integrantes), principalmente quando
antepostas à principal:
"Como estudou direito para o vestibular, passou para o curso de Direito."
Quando você vier, eu sairei de casa.
02. Para separar as partes principais de uma frase cujas partes subalternas têm de ser separadas por vírgulas:
"Recife e Olinda são cidades de Pernambuco; Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, do Rio de Janeiro.
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PONTO DE INTERROGAÇÃO
É o sinal que se coloca no fim de uma oração para indicar uma pergunta direta:
Quem quer feijão?
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
Emprega-se depois das interjeições ou depois de orações que designam espanto, admiração:
"Quantos gols! Esse time é muito bom!
RETICÊNCIAS
Indicam interrupção ou suspensão do pensamento ou, ainda, hesitação ou falta de necessidade de exprimi-lo:
"Quem conta um conto..."
"Se todas as mulheres fossem iguais.... Ficariam os homens menos satisfeitos..."
PARÊNTESES
Servem os parênteses para separar palavras ou frases explanatórias, intercaladas no período:
"Estava Mário em sua casa (nenhum prazer sentia fora dela), quando ouviu baterem..."
TRAVESSÃO
É um traço de certa extensão, maior do que o hífen, que indica a mudança de interlocutor:
- Quem é?
- Sou eu.
- Eu quem?
ASPAS
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Usam-se as aspas:
A) No princípio e no fim das citações, para distingui-las da parte restante do discurso:
Um sábio disse:
"Agir na paixão é embarcar durante a tempestade."
EXERCITANDO
3) Assinale a opção em que, retirando-se a vírgula ou mudando-se a sua posição, não se obtém alteração de sentido:
a) isso também pesa aos brasileiros, que têm carro a álcool.
b) Pediu que contemplássemos a bela visão, da ampla janela.
c) Mariana foi, logo Mário não pôde vir.
d) Como precisava de ajuda, procurou Maria, sua melhor amiga.
e) Obtivemos em julho os passaportes; só em dezembro, porém, é que viajamos.
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4) Dadas as sentenças:
I) Quase todos os habitantes daquela região pantanosa e longe da civilização, morrem de malária.
II) Pedra que rola não cria limo.
III) Muitas pessoas observavam com interesse, o eclipse solar.
Deduzimos que:
a) Apenas a sentença I está correta;
b) Apenas a sentença II está correta;
c) Apenas a sentença III está correta;
d) Todas estão corretas;
e) N.d.a.
5) Observe as frases:
I) Ele foi, logo eu não fui.
II) O menino, disse ele, não vai.
III) Deus, que é pai, não nos abandona.
IV) Saindo ele e os demais, os meninos ficarão sós.
Assinale a afirmativa correta
a) Em I há erro de pontuação;
b) Em II e III as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro;
c) Na I, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o sentido da frase;
d) Na II, faltam dois pontos depois de disse.
6) Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da
frase abaixo:
Quando se trata de trabalho científico _ duas coisas devem ser consideradas _ uma é a contribuição teórica que o trabalho
oferece _ a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois-pontos, ponto-e-vírgula, ponto-e-vírgula.
b) dois-pontos, vírgula, ponto-e-vírgula.
c) vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula.
d) ponto-e-vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula,.
e) ponto-e-vírgula, vírgula, vírgula.
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b) Depois que há algumas gerações o arsênio, deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos de suicídio ou
envenenamento criminoso, mas aumentou: e quanto ! o número de ratos.
c) Depois que, há algumas gerações, o arsênio deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos de suicídio ou
envenenamento criminoso, mas aumentou – e quanto ! - o número de ratos.
d) Depois que há algumas gerações o arsênio deixou de ser vendido em farmácias - não diminuíram os casos de suicídio, ou
envenenamento criminoso, mas aumentou; e quanto - o número de ratos.
e) Depois que, há algumas gerações o arsênio deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os casos de suicídio ou
envenenamento criminoso, mas aumentou; e quanto, o número de ratos !
10) (FCC – TJ-AP – 2014) A passagem do texto que se mantém correta após o acréscimo da vírgula é:
a) Essas relações até hoje, não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais...
b) Essa amplitude das redes de relações regionais, faz da história desses povos uma história rica em ganhos e não em perdas
culturais...
c) ... como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam, a história dos índios no Brasil.
d) Processos estes que se somam, às diferentes experiências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um
dos agentes e agências que entre eles chegaram...
e) ... com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região, podemos constatar que os povos indígenas dessa parte
da Amazônia nunca viveram isolados entre si.
GABARITO:
1.D; 2.D; 3.E; 4.B; 5.C; 6.A; 7.C; 8.B, 9.D, 10.E
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