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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária

Professor Renato Lacerda

ÍNDICE

Introdução........................................................................................2
Capítulo 1: Principais conceitos do Direito Financeiro...................3
1.1- Conceitos básicos do Direito Financeiro.........................4
1.2- Fontes do Direito Financeiro..........................................23
1.3- Princípios gerais do Direito Financeiro..........................27
Capítulo 2: Noções sobre as Leis Orçamentárias............................29
2.1- Noções do PPA (Plano Plurianual)................................29
2.2- Noções da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).......31
2.3- Noções da LOA (Lei Orçamentária Anual)...................36
2.4- Das Finanças Públicas: do art. 163 até 169 – CF/88......40
Capítulo 3: Noções sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal...........44
3.1- Material de Estudo.........................................................44
3.2- Estrutura da L.R.F (Visão geral da Estrutura da Lei)...45
3.3- Pressupostos, Pilares, Objetivos, Instrumentos, Tipos
de regras e Abrangência da L.R.F.................................48
3.4- Tópicos relevantes da L.R.F. ........................................50
Capítulo 4: Noções sobre Controle Externo...................................56
4.1- Noções Gerais de Controle............................................56
4.2- Algumas Bases ou Fundamentos do Controle...............58
4.3- Órgãos de Controle........................................................58
4.4- Prestação de Contas, Fiscalização e Controle................59
4.5-Controle da Administração Pública , Classificação das
formas de Controle..........................................................63

Anexos………………..………………………………………….66
Constituição Financeira
Partes da LOMRJ a serem utilizadas na sala de aula
Exercícios (após aos Anexos)
Gabaritos

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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APOSTILA DE DIREITO FINANCEIRO E ADMINISTRAÇÃO


FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
INTRODUÇÃO

Esta apostila foi elaborada para o concurso do TCM . Contudo ela tem
proveito para muitos outros concursos nas disciplinas Direito Financeiro e
Administração Financeira e Orçamentária, pois a atividade de Administração
Financeira e Orçamentária é obrigada a seguir as leis e as legislações do Direito
Financeiro. O texto foi enriquecido com o acréscimo de vários anexos explicativos.
Esta apostila foi elaborada com a finalidade de ser um instrumento didático
dinâmico aperfeiçoado de modo a agilizar e facilitar o estudo do aluno.
Não apenas o texto, como também as tabelas e os vários gráficos contêm
indicação de leituras da Constituição e de leis de natureza financeira. Enquanto o
aluno for estudando o texto, as tabelas e os gráficos, ele deve, ao mesmo tempo, ler
os textos legais indicados.
Estas formas de organização, exposição e abordagem do conhecimento
permitem que o aluno possa estudar antes e durante a aula, acompanhando a linha
de raciocínio do professor por meio da leitura das instruções legais contidas na
Constituição e nas leis do Direito Financeiro.
Vários artigos da Constituição são apresentados em forma de esquemas ou
gráficos facilitando não apenas a compreensão do aluno, como também, a retenção
do conhecimento por meio de memorização visual. Assim, vários dispositivos da
Constituição Federal e das Leis podem ser assimilados mais facilmente.
Tais passagens da Lei após lidas serão comentadas pelo professor. Portanto é
recomendável que o aluno traga para a sala de aula a Constituição, a LC 101/2000 e
se possível a lei 4320/64. Para o acompanhamento das aulas não há necessidade do
aluno adquirir a LOMRJ, pois a parte da LOMRJ, que será comentada em sala, está
inserida no material que o aluno vai adquirir no curso.
É meu desejo que o aluno tenha pleno sucesso nos seus estudos e no seu
intento de aprovação em Concurso Público.
Sinceramente,

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Professor Renato Lacerda

Professor Renato Lacerda Filho

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CAPÍTULO 1

Principais Conceitos do Direito Financeiro

Lista dos Principais


Conceitos do Direito Financeiro:

Atividade Financeira do Estado e conceitos correlatos


Direito Financeiro
Posição do Direito Financeiro dentro do Direito
Competência Legislativa ( art. 24, I e parágrafos CF/88)
Autonomia do Direito Financeiro
Conceitos Abrangência do Direito Financeiro (são os 4 itens abaixo)
Despesa Pública
Receita Pública
Orçamento Público
Crédito Público
Constituição Financeira (fim de página)

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1.1- Conceitos básicos do Direito Financeiro:

Detalhamento: Os Conceitos abaixo foram extraídos de livros de Direito


Financeiro indicados pela banca que tem elaborado provas de concurso para o
TCM. Outras bancas de outros concursos também cobram conceitos destes livros.

Atividade Financeira do Estado e conceitos correlatos-

A Atividade Financeira do Estado consiste em obter, criar, gerir e


despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado
assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público. (Aliomar Baleeiro)

Abaixo são apresentados graficamente: No centro do diagrama - o nome do


conceito em foco; e na periferia do diagrama - os Elementos utilizados na descrição
do conceito . No caso de existência de conceitos adicionais neste tópico, o aluno
deve desenhar os diagramas dos demais conceitos a título de exercício, com o
objetivo de fixar o aprendizado.

Atendimento das Necessidades


Públicas – por meio de ações:

FINALIDAD
DESPENDER E OBTER
(Despesa Pública) (Receita Pública)

ATIVIDADE
FINANCEIR
A DO
ESTADO

PLANEJAR E GERIR CRIAR


(O Orçamento Público) (Crédito Público)

(Fonte de Consulta diagrama do Livro do Prof. Valdecir Pascoal, Editora Impetus)

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Direito Financeiro-

Direito Financeiro- é a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado.


(Régis Fernandes de Oliveira e Estevão Hovarth)

Direito Financeiro- é o ramo do Direito Público que estuda a atividade


financeira do Estado, sob o ponto de vista jurídico. (Kiyoshi Harada)

Direito Financeiro- é o ramo da ciência jurídica que estuda a disciplina jurídica


da atividade do Estado e das demais entidades públicas, objetivando a obtenção
dos recursos necessários para o cumprimento dos fins públicos e a sua
administração. (E. Vanoni)

Direito Financeiro- é o ramo do Direito Público que tem por objeto a


Regulamentação jurídica das finanças das coletividades públicas. (Myrbach-
Rheinfeld e V. Bouché-Le-Clereg)

Direito Financeiro- é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade


financeira, incumbindo-lhe disciplinar a constituição e a gestão da fazenda pública
e a realização dos gastos necessários à consecução dos objetivos do Estado
(Ricardo Lobo Torres)

Direito Financeiro- é o ramo do Direito Público que estuda o ordenamento Jurí-


dico das finanças do Estado e as relações jurídicas decorrentes de sua atividade
financeira que se estabelecem entre o Estado e o Particular. (Luiz Emydgio F. da
Rosa Jr.)

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Direito Financeiro- é o ramo do Direito Público que estuda o ordenamento Jurí-


dico das finanças do Estado e as relações jurídicas decorrentes de sua atividade
financeira que se estabelecem entre o Estado e o Particular. (Luiz Emydgio F. da
Rosa Jr.)

Abaixo são apresentados o nome do conceito acima enunciado na parte central su


perior do diagrama e os Elementos utilizados na descrição do conceito na
periferia inferior do diagrama. A título de exercício o aluno deve desenhar os
diagramas dos demais conceitos enunciados neste tópico, com o objetivo de fixar
o aprendizado.
DIREITO

FINANCEIR
O

Ordenamento Relações Jurídicas


Jurídico das decorrentes da
Finanças do Estado Atividade Financeira
do Estado

Estado Particular
Relações
Sinônimos de
Ordenamento
Jurídico Regulamentação
Jurídica
Disciplina
Disciplinamento
Jurídico

Termo equivalente a
Finanças do
Estado Atividade Financeira do
Estado

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Competência Legislativa para legislar em Direito Financeiro ( art. 24, I e


parágrafos CF/88)-

Competência Concorrente

UNIÃO

COMPETÊNCIA DA UNIÃO
PARA ESTABELECER NORMAS GERAIS
DE DIREITO FINANCEIRO

ESTADOS DISTRITO
FEDERAL

COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR


DOS ESTADOS DO DISTRITO FEDERAL
PARA ESTABELECER PARA ESTABELECER
NORMAS ESPECÍFICAS NORMAS ESPECÍFICAS

NORMAS ESTADUAIS NORMAS DISTRITAIS


ESPECÍFICAS DO ESPECÍFICAS DO
DIREITO DIREITO
FINANCEIRO FINANCEIRO

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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO FINANCEIRO

Tipo de Competência  COMPETÊNCIA CONCORRENTE


(CF/88 art. 24, caput)

Agentes Competentes  UNIÃO, ESTADOS e DISTRITO


FEDERAL
(CF/88 art. 24, I)

Competência da União  COMPETÊNCIA PARA


ESTABELECER NORMAS GERAIS
DE DIREITO FINANCEIRO
(CF/88 art. 24, § 1º)

Competência dos Estados  COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR


e do Distrito Federal PARA ESTABELECER
NORMAS ESPECÍFICAS
DE DIREITO FINANCEIRO
(CF/88 art. 24, § 2º)

Competência dos Estados  COMPETÊNCIA LEGISLATIVA


e do Distrito Federal, na PLENA
hipótese de inexistência de (Fixação de normas gerais via Lei
normas gerais da União. complementar Estadual)
(CF/88 art. 24, § 3º)

A ocorrência de A SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA


superveniência de lei Federal LEI ESTADUAL OU DISTRITAL
NO QUE CONTRARIAR A LEI
com função de Norma Geral
FEDERAL
acarretará: (CF/88 art. 24, § 4º)
Obs.: Suspensão de Eficácia não
revoga a Lei

Caso Lei Federal elimine A LEI ESTADUAL OU DISTRITAL


conflito entre a Lei Federal e VOLTARÁ A TER EFICÁCIA
a Lei Estadual ou Distrital:

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Autonomia do Direito Financeiro-

Autonomia do Direito Financeiro- “ ...o Direito Financeiro...se constitui em


ramo cientificamente autônomo em relação aos demais ramos do direito, uma
vez que possui institutos, princípios, e conceitos jurídicos próprios e distintos
dos demais ramos. (do direito) (Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior)

Autonomia do Direito Financeiro- Ver também CF/88 art. 24, I ;

Abaixo são apresentados o nome do conceito acima enunciado na parte central


do diagrama e os Elementos utilizados na descrição do conceito na periferia do
diagrama.

É Autonomia em relação
aos demais ramos do
direito

INSTITUTOS PRINCÍPIOS
JURÍDICOS JURÍDICOS
PRÓPRIOS E PRÓPRIOS E
DISTINTOS DISTINTOS
AUTONOMIA
DO
DIREITO
FINANCEIRO

CONCEITOS
JURÍDICOS
PRÓPRIOS E
DISTINTOS

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Posição do Direito Financeiro dentro do Direito-

Diagrama da Posição do Direito Financeiro. A título de exercício o aluno deve


tentar redesenhar o diagrama abaixo, com o objetivo de fixar o aprendizado.

DIREITO

DIREITO DIREITO
PÚBLICO PRIVADO

DIREITO DIREITO DIREITO DIREITO


PÚBLICO PÚBLICO PRIVADO PRIVADO
INTERNO EXTERNO INTERNO EXTERNO

DIREITOS DIREITO DIREITOS DIREITO


INTERNACIONAL INTERNACIONAL
PÚBLICO PRIVADO
Constitucional CIVIL
Administrativo COMERCIAL
Financeiro DO TRABALHO
Tributário
Penal
Processual Civil
Processual Penal

(Fonte: Livro Direito Tributário, Cláudio Borba, Editora Impetus, página 8)

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Abrangência do Direito Financeiro (são os quatro (4) itens abaixo):

- Despesa Pública;
- Receita Pública (excluindo a Receita Tributária);
- Orçamento Público;
- Crédito Público.

Abrangência do Direito Financeiro- O Direito Financeiro abrange o estudo da


despesa pública, da receita pública, do orçamento público e do crédito público.
(Luiz Emydgio F. da Rosa Jr.)

Abaixo são apresentados o nome do conceito acima enunciado na parte central


do diagrama e os Elementos utilizados na descrição do conceito na periferia do
diagrama. A título de exercício o aluno deve desenhar os diagramas dos demais
conceitos enunciados neste tópico , com o objetivo de fixar o aprendizado.

Estudo da Estudo da
DESPESA PÚBLICA RECEITA PÚBLICA

ABRANGÊNCIA
DO
DIREITO
FINANCEIRO

Estudo do Estudo da
ORÇAMENTO PÚBLICO CRÉDITO PÚBLICO

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Abrangência do Direito Financeiro- Cabe ao Direito Financeiro a disciplina da


atividade financeira do Estado no que toca à despesa pública, receita pública
originária, orçamento público e crédito público, ficando, portanto, excluída do
seu objeto a receita tributária (receita derivada) . (Luiz Emydgio F. da Rosa Jr.)

Abrangência do Direito Financeiro- Direito Financeiro é o conjunto de


normas que disciplinam as receitas, a gestão e a despesa dos meios necessários
para a vida do ente público. (A. D. Giannini).

O Direito Financeiro deve ser dividido nos seguintes ramos: Receita Pública
(Direito Tributário, Direito Patrimonial e Direito de Crédito Público), Despesa
Pública (Direito da Dívida Pública e Direito das Prestações Financeiras) e Direito
Orçamentário. (Ricardo Lobo Torres)

O Professor Irapuã Beltrão organizou um esquema gráfico, exibido logo


abaixo, que facilita a visualização da classificação criada pelo Professor Ricardo
Lobo:

- Direito Tributário
Direito das
Receitas Públicas - Direito Patrimonial Público

- Direito de Crédito Público

Direito Financeiro - Direito da Dívida Pública


Direito das
Despesas Públicas
- Direito das Prestações Financeiras

Direito
Orçamentário

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Despesa Pública-

Conceito da Despesa Pública sob o ponto de vista “orçamentário”:

Despesa Pública- ”é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da


autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização
legislativa, para execução de um fim a cargo do governo”(Aliomar Baleeiro)

Abaixo são apresentados o nome do conceito acima enunciado na parte central


do diagrama e os Elementos utilizados na descrição do conceito na periferia do
diagrama. A título de exercício o aluno deve desenhar os diagramas dos demais
conceitos enunciados neste tópico, com o objetivo de fixar o aprendizado .

É A APLICAÇÃO DE
CERTA QUANTIA
EM DINHERO

TEM COMO OBJETIVO A


É AUTORIZADA POR EXECUÇÃO DE UMA
LEI (Leis Orçamentárias) FINALIDADE
GOVERNAMENTAL

DESPESA
PÚBLICA

APLICAÇÃO FEITA
POR PARTE

de Autoridade de Agente
Pública Público
competente competente

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Conceito da Despesa Pública sob o ponto de vista “científico”:

Despesa Pública- ” é a soma de gastos realizados pelo Estado para a


realização de obras e para a prestação de serviços públicos”.(Ricardo Lobo
Torres)

Abaixo são apresentados o nome do conceito acima enunciado na parte central


do diagrama e os Elementos utilizados na descrição do conceito na periferia do
diagrama. A título de exercício o aluno deve desenhar os diagramas dos demais
conceitos enunciados neste tópico, com o objetivo de fixar o aprendizado .

SOMA
DE
GASTOS

DESPESA
PÚBLICA

PARA A PARA A
REALIZAÇÃO PRESTAÇÃO
DE DE SERVIÇOS
OBRAS PÚBLICOS
GASTOS
REALIZADOS
PELO ESTADO

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Despesa Pública- ” é a inversão ou distribuição de riqueza que as


entidades públicas realizam, objetivando a produção dos serviços
reclamados para satisfação das necessidades públicas e para fazer face a
outras exigências da vida pública, as quais não são chamadas propriamente
serviços”. (Morselli)

Despesa Pública- ” corresponde aos desembolsos efetuados pelo Estado


para fazer face às suas diversas responsabilidades junto a sociedade”.
(Valdecir Pascoal)

Conceito da Despesa Pública sob o ponto de vista “legal e contratual”:

Despesas Públicas- ” são os desembolsos efetuados pelo Estado no


atendimento de serviços e encargos assumidos no interesse geral da
comunidade, nos termos da Constituição, das leis, ou em decorrência de
contratos ou outros instrumentos”.
(Lino Martins da Silva)

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Receita Pública-

Distinção entre os conceitos de Ingresso Público e Receita Pública:

Ingresso Público ou Entrada: Qualquer entrada de dinheiro nos cofres públicos.


Conceito mais amplo. É o conceito adotado pela Lei 4320/64 como conceito de
Receita Pública. (Lei 4320/64 art. 11)

Receita Pública:“É o ingresso público que se faz de modo permanente no


patrimônio estatal e que não está sujeito à condição devolutiva ou correspondente
baixa patrimonial.”(Luiz Emydgio F. da Rosa Júnior). É um conceito mais estrito
ou restrito.

Receita Pública:“É a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem


quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu
vulto, como elemento novo e positivo”. (Aliomar Baleeiro)

Abaixo são apresentados o nome do conceito acima enunciado na parte central


do diagrama e os Elementos utilizados na descrição do conceito na periferia do
diagrama. A título de exercício o aluno deve desenhar os diagramas dos demais
conceitos enunciados neste tópico , com o objetivo de fixar o aprendizado.

INTEGRA-SE E AUMENTA
O PATRIMÔNIO PÚBLICO

SEM QUAISQUER SEM QUAISQUER


RESERVAS CONDIÇÕES

RECEITA
PÚBLICA

SEM QUAISQUER ELEMENTO NOVO


CORRESPONDÊNCIA E POSITIVO
NO PASSIVO

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Receita Pública: “O Estado para fazer face às suas obrigações, necessita de


recursos que podem ser obtidos junto à coletividade ou através do endividamento
público”. (Valdecir Pascoal)

Conceitos da Receita quanto ao critério de coercitividade:

Receita Originária
Receitas quanto
a coercitividade
Receita Derivada

Receita Originária: - ”sem coercitividade” “São receitas oriundas da


exploração do patrimônio do Estado. O Estado age como se particular fosse. A
relação com o particular é regida pelo direito privado. É uma receita de Direito
Privado é uma Receita Contratual. (Exemplos: preços públicos ou tarifas)

Receita Derivada: - ”com coercitividade” “São as receitas obtidas pelo Estado


através do emprego do seu poder de império. São arrecadadas coercitivamente
dos particulares. São receitas que derivam do patrimônio do particular. É uma
receita legal. Inclui a Receita Tributária.

É importante destacar, como já explanado, que a Receita Tributária não é


estudada pelo Direito Financeiro e sim pelo Direito Tributário. Porém cabe aqui
fazer esta distinção entre estes dois tipos de receita para o entendimento claro do
aspecto coercitivo da Receita Pública (Exemplos de Receita Derivada: Tributos:
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhorias; Receitas de Contribuições,
Multas, Reparações de guerra, confiscos, perdimento de bens etc...)

A próxima página exibe um diagrama que facilitará o entendimento dos


conceitos de Ingresso, Receita Pública, Receita Original e Receita Derivada.

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DE
TERCEIROS
SS

INGRESSO
ORIGINÁRIO
PÚBLICO

PRÓPRIO REPARAÇÕES
DE GUERRA

DERIVADO PENALIDADES
IMPOSTOS

TRIBUTOS TAXAS

CONTRI-
Empréstimos BUIÇÕES
Contribuições
Compulsórios DE
Parafiscais MELHORIA

(Fonte: Diagrama extraído do Livro Direito Tributário, Cláudio Borba – Editora


Impetus)

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Orçamento Público- Conceito de Orçamento nos países democráticos:

Conceito Clássico de Orçamento (Fonte de consulta – Valdecir Pascoal) :

- previsão das receitas


- Contempla Para um certo
apenas - fixação das despesas Período

- Documento eminentemente contábil e financeiro;


ORÇAMENTO
PÚBLICO - Não se preocupava com o planejamento governamental
(Conceito
Clássico) - Não se preocupava com as efetivas necessidades da
População;

- Era um orçamento estático;

- Chamado de Orçamento Tradicional e lei de meios.

Conceito Moderno de Orçamento:

Orçamento Público- “é o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao


Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômi
ca ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei”.
(Aliomar Baleeiro)

Comentários:

O orçamento compõe-se de duas partes: despesas e receitas. Por meio do


orçamento o Poder Legislativo autoriza tanto as despesas quanto as receitas.

Autorização do plano de Despesas .


Orçamento

Autorização do percebimento das Receitas .

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DIAGRAMA DO ORÇAMENTO PÚBLICO:

ATO DO PODER LEGISLATIVO


VÁLIDO POR PERÍODO CERTO
DE TEMPO NO QUAL :

O PODER LEGISLATIVO
AUTORIZA
O PODER EXECUTIVO

É INSTRUMENTO É INSTRUMENTO
QUE PREVÊ E 1 QUE PREVÊ E
AUTORIZA AUTORIZA
AS AS
DESPESAS RECEITAS
ORÇAMENT
O
PÚBLICO

DESPESAS DESTINADAS AO RECEITAS PREVIAMENTE


FUNCIONAMENTO CRIADAS EM LEI

dos Outros fins da


Serviços Política
Públicos Econômica ou
geral

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Outro Conceito Moderno de Orçamento:

Orçamento Público- “é a Lei que contempla a previsão de receitas e despesas


programando a vida econômica e financeira do Estado, por um certo período”.
(Régis Fernandes de Oliveira e Estevão Hovarth)

Crédito Público-

Conceitos de Crédito Público-

“ Numa acepção geral, o Crédito Público é a confiança de que goza o


Governo para contrair empréstimos de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais
ou estrangeiras.

Noutra acepção, consiste em um dos meios de que se utiliza o Estado


Visando a obter recursos para cobrir as despesas de sua responsabilidade.
Diferencia-se das receitas derivadas (tributos),por exemplo, pois são simples
ingressos de recursos em caixa, gerando uma contrapartida no passivo
(dívida). “

(texto de Valdecir Pascoal)

Assim observa-se que o crédito público é um ingresso.

Crédito Público é ”a faculdade que tem o Estado de , com base na confiança


que inspira e nas vantagens que oferece, obter, em empréstimo, recursos de
quem deles dispões, assumindo , em contrapartida, a obrigação de restituí-los
nos prazos e condições fixados. (Luiz Emydgio F. da Rosa Júnior)

“O Crédito Público, desta maneira, consiste em um processo de que o


Estado lança mão para obter recursos de que careça para a satisfação de suas
necessidades, quando se mostra insuficiente o processo de utilização do
tributo.” (Luiz Emydgio F. da Rosa Júnior)

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DIAGRAMA DO CRÉDITO PÚBLICO:

É A FACULDADE DO
ESTADO DE OBTER
RECURSOS,
EM EMPRÉSTIMO,
BASEADA :

BASEADA BASEADA
NA NAS
CONFIANÇA VANTAGENS
QUE INSPIRA QUE OFERECE
CRÉDITO
PÚBLICO

OBRIGAÇÃO DE
RESTITUIR O
EMPRÉSTIMO

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- O Conceito da Constituição Financeira:

- Parte da Constituição que trata do Direito Financeiro e assuntos correlatos,


de acordo com Luiz Emydgio F. da Rosa Júnior a Constituição Financeira compõe-
se de:
- art. 24 – Disciplina do Direito Financeiro;
- do art. de 163 até 169 - Finanças Públicas;
- arts. 21, 23 e 30 – Discriminação da Despesa Pública;
- arts. 21, VII ; 22, VI ; 48, IV – emissão e estabilidade da moeda;
- art. 31 – Fiscalização dos Municípios;
- arts. 70 a 75 – Fiscalização Orçamentária;
- art. 99 – Orçamento do Poder Judiciário;
- art.100 – Dívida Pública;
- arts. 211 a 213 – Prestações Financeiras.

1.2- Fontes do Direito Financeiro:

O professor Irapuã Beltrão lembra em seu texto que a doutrina jurídica


Utiliza a noção de fontes como sendo o “conjunto de normas , preceitos e
princípios que compõem o ordenamento jurídico”.

Assim o professor Beltrão nos lembra que as fontes podem ser


classificadas em:

1- Materiais (ou reais) – atos que exprimem os fatos financeiros;


2- Formais – Direito vigente.

Até o Primeiro nível de classificação:

Formais
Fontes
Informais

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Até o segundo nível de classificação:

Superiores

Formais Primárias

Fontes Secundárias

Informais

DIAGRAMA DAS FONTES DO DIREITO FINANCEIRO

FONTES
DO
DIREITO FINANCEIRO

FONTES FORMAIS FONTES INFORMAIS

FONTES FONTES FONTES


SUPERIORES PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS -Costumes;

-Jurispru-
dência;
- Normas do
Poder Const. Leis Complem. -Decretos e Regu-
Leis Ordinárias lamentos;
- Constituição;e Trat/Conv Inter
- Emendas: Res. Senado - Atos Complems.
Const Tribut. Leis Delegadas
Const. Financ.
Const. Orçam.
.

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Fontes Formais:
Fontes Superiores:

1- Normas do Poder Constituinte;


Constituição Tributária

2-Constituição e Emendas Const. Constituição Financeira Própria

Constituição Orçamentária

Fontes Primárias:

Obs.: Para uma melhor compreensão dos conceitos dos cinco tipos de leis abaixo
exemplificados e outros tipos de lei o aluno pode recorrer ao anexo 7 no final desta
apostila, na parte destinada aos anexos. Esta anexo especifica algumas
características de cada um dos tipos de lei abaixo citadas.

1- Leis Complementares (as LCs Federais são Leis Nacionais):

- CF/88 art. 146 (C.T.N. Lei Ordinária com status de LC) ;


- CF/88 art. 163 (vários temas, várias leis);
- CF/88 art. 165, § 9º (Lei a ser elaborada);
- CF/88 art. 169 (é a L.R.F.- LC 101/2000);
- LC 101/2000: L.R.F.

2- Leis Ordinárias:

-CF/88 art. 48, I (Leis s/ Receitas);


-CF/88 art. 48, II (Leis Orçamentárias: PPAs, LDOs e LOAs);
-CF/88 art. 48, XIII (s/ matérias Financeira , cambial , mone-
tária e s/ Instituições financeiras);
-Instituição de Tributos;

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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Obs.: Medidas provisórias (abertura de créditos extraordinários


cfe. CF/88 art. 167, § 3º que remete à - CF/88 art. 62, I “d”)
- a Medida provisória tem força de Lei Ordinária/Lei orça-
mentária no caso de abertura de créditos extraordinários.

3- Tratados e Convenções Internacionais por Dec. Legislativos

-CF/88 art. 49, I - Decreto Legislativo;


-CTN art. 98 – Os tratados e Convenções Internacionais.
suspendem a eficácia e modificam a
legislação tributária interna;
- Exemplo: Mercosul (trata de tarifas).

4- Resoluções do Senado:

- CF/88 art. 52, V – Autorização de Operações externas de


natureza financeira;
- CF/88 art. 52, VIII – Garantia da União nas Operações de
Crédito;
- CF/88 art. 52, IX – Limites globais da dívida mobiliária.

5- Leis Delegadas:

-CF/88 art. 68, § 1º, III – Campo restrito.

Fontes Secundárias:

1- Decretos e Regulamentos ;

2- Atos Complementares ( CTN art 100 ):

1- Atos Normativos ;
2- Decisões Administrativas ;
3- Práticas Administrativas ;
4- Convênios Internos .

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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Fontes Informais (materiais):

1- Costume (secundum leges);


2- Jurisprudência.

Comentários:

Os Costumes, de acordo com Bernardo Ribeiro de Moraes, são


regras de conduta , surgidas da consciência comum do povo pela sua
prática constante e uniforme sob a convicção de que têm caráter de
força jurídica.

A Jurisprudência , de acordo com Ruy Barbosa Nogueira, é o


conjunto de soluções dadas pelo Poder Judiciário às questões de
direito quando no mesmo sentido, ou seja, uniforme. Esta fonte do
direito, ao contrário das fontes formais, não tem caráter vinculante,
servindo apenas de precedente, como modelo de decisão.

1.3- Princípios Gerais do Direito Financeiro:

Anualidade (Lei 4320 art. 2º)


Unidade (CF/88 art. 165 § 5º e Lei 4320 art. 2º)
Universalidade (Lei 4320 arts. 2º, 3º e 4º)
Princípios Exclusividade (CF/88 art. 165 § 8º)
Especificidade(Lei 4320 art. 5º e LC 101/2000 art. 4º § 4º)
Não Afetação das Receitas c/ ressalvas(CF/88 art. 167 IV)
Outros princípios tais como Legalidade(da Reserva Legal)
Obs: Em geral são princípios orçamentários

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Princípios Fundamentais:

- Princípio da Legalidade;
- Princípio da Periodicidade;
- Princípio da Exclusividade;
- Princípio da Unidade;
- Princípio da Universalidade.
Princípios
Orçamentários Princípios Operacionais:

- Princípio do Equilíbrio Orçamentário;


- Princípio da Publicidade;
- Princípio da Especificação;
- Princípio da Não-vinculação da receita;
- Princípio da Tipicidade;
- Princípio do Orçamento Bruto.

É recomendável a leitura de texto adicional “Orçamento Público;


Conceitos e Princípios Orçamentários” , redigido por este autor.

29
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CAPÍTULO 2

Noções sobre as Leis Orçamentárias

2.1- Noções do PPA ( Plano Plurianual ):

Características Referência Legal

 Na União existe o Plano Plurianual – “PPA” ; CF/88 art. 165, I

 No Município do Rio de Janeiro o PPA é


denominado de Orçamento Plurianual de LOMRJ art. 254, I
Investimentos – “ OPI ”.

- O “PPA” na União e o “OPI” no município do CF/88 art. 165, I; e


RJ são leis de iniciativa do Poder Executivo LOMRJ art. 254, I

 O “PPA”é a peça de planejamento mais _


abrangente do governo Federal Federal.

 O “OPI”é a peça de planejamento mais


abrangente do governo do Município do RJ.

- O PPA e o OPI são


instrumentos de Planejamento de longo prazo.

- O PPA visa dar continuidade à ação governa- ADCT art. 35, § 2º, I
mental a despeito da mudança de governante a
cada quatro (4) anos.

30
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 O PPA e OPI contêm Diretrizes Objetivos e CF/88 art. 165, § 1º; e


Metas (DOM) para:
1- Despesas de Capital; LOMRJ art. 254, § 1º
2- Despesas decorrentes das Despesas de Capital;
3- Despesas de Programas de duração continuada.

 Na União:
- O PPA da União estabelecerá as Diretrizes
Objetivos e Metas “de forma “regionalizada” ; CF/88 art. 165, § 1º;

 No Município do RJ:
- O OPI prevê dotação de recursos por “região”.
LOMRJ art.254, § 5º
(Ler atentamente:
Obs.: A LDO e a LOA do Município do RJ
atenção para a função
também devem prever dotação de
social da Cidade)
recursos por “região” .

- Os Planos e Programas nacionais, regionais e CF/88 art.165, § 4º


setoriais devem estar em consonância com a
PPA .
 Na União:
Nenhum investimento com duração superior a 1
exercício Financeiro poderá ser iniciado sem CF/88 art. 167, § 1º;
prévia inclusão no PPA , ou sem lei que autorize
“sua inclusão no PPA”.  LRF art. 5º, § 5º.

* No Município do RJ:
Nenhum investimento com duração superior a 1
exercício Financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no OPI , ou sem lei que autorize LOMRJ art. 256, § 1º;e
o ”investimento” . 

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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- Cronograma do processo legislativo do PPA e ADCT art. 35, §2º, I


vigência do PPA ( ver anexo 3 contendo Prazos e
vigência do PPA no final da apostila)
L.R.F.art. 48, § único;
- Participação popular na elaboração do OPI , LOMRJ art. 255; e
LDO e da LOA do Município do RJ. Lei Municipal 3189.

2.2- Noções da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) :

Características Referência Legal


- A LDO é lei de iniciativa do Poder
Executivo . CF/88 art. 165, II; e

LOMRJ art. 254, II.

- A LDO do Município de Rio de Janeiro LOMRJ art. 254, § 5º.


deve prever dotação de recursos
“por região” .

Obs.: A OPI e a LOA do Município do RJ


também devem prever dotação de
recursos por “região”.

32
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Metas e Prioridades

- a LDO compreenderá (definirá) Metas e Prioridades (MP) p/


a administração incluindo:

Para a União: Despesas de Capital p/ o exerc. fin. subseqüente


Orientar a elaboração da LOA,
Dispor s/ alterações na Legisl. Tributária
Estabelecer política de aplicação das AFOF

(CF/88 art. 165 § 2º)


Para o
Município: Despesa de Capital p/ o exerc. Fin. subseqüente
Orientar a elaboração da LOA,
Dispor s/ alterações na Legisl. Tributária
Obs.: Os municípios não tem Agencias Financeiras oficiais de
fomento (AFOF)

Características Referência Legal

- A LDO contém autorização específica e CF/88 art. 169 § 1º, II


obrigatória para certos aumentos de despe-
sas com pessoal da U.D.E.M (União, Distri-
to Federal, Estados e Municípios –
U.D.E.M.).

- A LDO disporá sobre Equilíbrio entre LRF art. 4º, I, a .


receitas e despesas .

33
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normas de controle de custos dos programas


-A LDO disporá s/ financiados pelo
normas de avaliação resultados orçamento

(LRF art. 4º, I, e )

PARA
Entidades
Condições Públicas
- A LDO disporá s/ e TRANSFERÊNCIAS
Exigências DE
Entidades
RECURSOS A Privadas

(LRF art. 4º, I, f )

- A LDO estabelecerá a forma de utilização da LRF art. 5º, III.


Reserva de Contingência e o seu montante em
termos percentuais da Receita Corrente Líquida
– R.C.L. .

- A LDO preverá o índice de preços, cuja LRF art. 5º, § 3º.


variação será o limite para a atualização monetária
do principal da dívida mobiliária.

34
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Características Referência Legal

- A LDO disporá s/ condições para concessão e LRF art. 14


ampliação de incentivos e benefícios fiscais que
acarretem renúncia de receita.

- A LDO conterá ou poderá conter a fixação de LRF art. 20, § 5º


limites para despesa com pessoal dos Poderes,
observados os limites definidos na L.R.F.. Na
omissão de manifestação da LDO segue-se o
limites da L.R.F.

- A LDO prevê Situações excepcionais para LRF art. 22 § único, V


contratação de horas extras, para o caso em que Outra situação para
as despesas c/ pessoal excedam 95% do limite contratação de horas
definido no art. 20 da L.R.F. extras está na
CF/88 art. 57, §6º, II

- A LDO disporá sobre os requisitos adicionais LRF art. 45


(aos requisitos da LRF art. 5º, § 5º) para inclusão
de novos projetos na LOA ou em leis de créditos
adicionais.

Obs.: Os requisitos constantes na LDO dizem


respeito à:
- Atendimento dos Projetos em andamento;
- Prioridade na contemplação das Despesas
de Conservação do Patrimônio Público.

35
Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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- A LDO contém autorizações para que os LRF art. 62, I


Municípios contribuam para custear outros entes
da Federação.
Obs.: Também estas mesmas autorizações devem
constar da LOA .

- Cronograma do processo legislativo e vigência ADCT art. 35, § 2º, II


da LDO ( ver anexo 3 contendo Prazos e vigência
da LDO no final da apostila)

- Participação popular na elaboração da LDO do L.R.F. art. 48, § único;


Município do RJ (também há participação popular LOMRJ art.255;e
na elaboração do OPI e do LOA do município). Lei Municipal 3189.

- Anexo à Mensagem de encaminhamento do


projeto da LDO da União :

Anexo Específico contendo: LRF art. 4º, § 4º


1- os Objetivos das Políticas monetária,
creditícia e cambial para o exercício
subseqüente;
2- parâmetros e projeções para os agregados
dos objetos das políticas para o exercício
subseqüente; e
3- metas de inflação para o exercício
subseqüente .

- A LDO conterá 2 anexos:

1-Anexo de Metas Fiscais LRF art. 4º, §§ 1º e 2º;


2-Anexo de Riscos Fiscais LRF art. 4º, § 3º;

36
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2.3- Noções da LOA (Lei Orçamentária Anual) :


(ler anexos 4 e 5 que contêm esquemas gráficos apresentando
os processos de aprovação e sanção da LOA)

Características Referência Legal

- A LOA é lei de iniciativa do Poder Executivo CF/88 art. 165, III; e


LOMRJ art. 254, III

- A LOA do Município do Rio de Janeiro deve prever LOMRJ art. 254, § 5º


“dotação de recursos por região”

Obs.: A OPI e a LDO do Município do RJ também


devem prever dotação de recursos por
“região”.

- A LOA compreenderá 3 orçamentos:

1- O Orçamento Fiscal ; CF/88 art. 165, § 5º; e


2- O Orçamento de Investimento das Empresas LOMRJ art. 254, § 3º
em que o ente da Federação detenha a maioria
do capital social votante;
3- O Orçamento da Seguridade Social.

37
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- A Proposta da LOA conterá 5 itens básicos a


saber:
1- 1º Item – Mensagem
Contendo a descrição da situação Econômico- Lei 4320/64 art 22, I
Financeira; Política Econômico-financeira do
Governo; e Justificação da receita e da despesa;
2- 2º Item – Projeto de LOA;
Lei 4320/64 art 22, II
3- 3º Item – Tabelas Explicativas
Lei 4320/64 art 22, III
Contendo estimativas de receitas e despesas e
comparações com receitas arrecadadas e des-
pesas já realizadas em exercício(s) anterior(es);

4- 4º Item – Especificação dos Programas


Especiais de Trabalho; Lei 4320/64 art 22, IV
5- 5º Item – Demonstrativo Regionalizado de
Efeitos da Renúncia da Receita ; CF/88 art. 165, § 6º;e
É o Demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de atos que LRF art 5º, II
incorram em renúncia de receita p/ o governo);

- O 2º item acima (Projeto de LOA) se subdivide em 4 sub-


itens. Assim o Projeto de LOA contém, dentre outros, 4
elementos do Projeto da LOA citados abaixo :
1- Medidas de compensação à renúncia de receitas e ao
LRF art 5º, II;
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
2- Demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas do anexo de metas LRF art 5º, I
fiscais;
3- Especificação do valor, da Reserva de Contingência.
LRF art 5º, III

38
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- Desta forma, as últimas duas observações podem ser resumidas e consolidadas


no esquema abaixo:

1-Mensagem
2.1 - Medidas de compensação

2- Projeto de LOA 2.2 - Demonstrativo da


compatibilidade

2.3 Reserva de Contingência


Proposta
da 3- Tabelas Explicativas
LOA

4- Especificação dos Programas especiais de trabalho

5- Demonstrativo Regionalizado de Efeitos da Renúncia da


Receita

Atente para o fato de que


“Proposta da LOA”  ”Projeto de LOA”

A Proposta da LOA engloba , dentre outros documentos, o Projeto de


LOA. Logo, a Proposta da LOA é mais abrangente do que o Projeto de
LOA.

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- O Projeto da LOA após aprovado pelo Congresso


Nacional e sancionado pelo Presidente torna-se Lei
que é a LOA.
A LOA conterá informações que tratarão de 3 as-
suntos, dentre outros, estes itens são estabelecidos
pela LRF:
- 1 º assunto – Dívida Pública:
Lista de todas as Despesas da Dívida Pública LRF art 5º, § 1º
Mobiliária ou Contratual e Listagem das Receitas
que cobrirão estas despesas da dívida pública);
- 2 º assunto – Refinanciamento da Dívida Pública;
LRF art 5º, § 2º
- 3 º assunto – Valores do BACEN:
Discriminação de Despesas do BACEN; LRF art 5º, § 6º e art 7º
Resultado do BACEN);

- A LOA contém autorizações para que os LRF art. 62, I


Municípios contribuam para custear outros entes da
Federação;
Obs.: Também estas mesmas autorizações devem
constar da LDO .

-Cronograma do processo legislativo e da vigência ADCT art. 35, § 2, III


da LOA; ( ver anexo 3 contendo Prazos e vigência
da LOA no final da apostila) .
- A Vigência da LOA prevista na legislação coincide
com o ano civil ;
- Participação popular na elaboração da LOA do L.R.F. art. 48 § único;
Município do RJ . (também há participação popular LOMRJ art. 255; e
na elaboração do OPI e do LDO do município). Lei Municipal 3189

Nas próximas quatro páginas há quatro tabelas contendo comentários sobre


as disposições Constitucionais e legais sobre PPA, a LDO e a LOA contidas
nos artigos do nº 163 ao art. nº 169 da CF/88 e outras leis.

40
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2.4- Das Finanças Públicas: do art. 163 até 169 – CF/88

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Artigos de 163 a 169 da Constituição Federal de 1988 e demais legislações pertinentes e suas atualizações
Artigo Artigo
na na ASSUNTO: DEMAIS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
CF/88 LOMRJ E ATUALIZAÇÕES
(PARA MAIORES DETALHES VER ANEXO 1)
- Lei 4320 (Dir. Fin.); Lei 6830 (lei de execução Fiscal);
Art. 163 _ Exigência de Lei Art 30 EC/19/98.
complementar para dispor I- Finanças Públicas: LC 101/2000;
sobre normas gerais. II- Dívida Pública: Lei 8.388/91; Dec 456/92;
III- Concessão de Garantias: LC 101/2000;
IV- Emissão e Resgate da Dív. Pública: art. 34 § 2º ADCT;
V- Fiscalização da Adm. Pública: LC 101/2000 ;
VI- Operações de Câmbio: DL 9025/46; DL 9602/46;
Lei 1807/53;
VII- Compatibilização de funções de Inst. Oficiais de
Crédito: Lei 4.595/64

_
Art. 164 A competência para emissão de moeda é exercida pelo BACEN
Art. 165 Princípios de Normas Gerais s/ CF/88, §4º: Planos e Programas Nacionais, Regionais e
Art. 254 conteúdo, forma e elaboração das (art. 165) Setoriais. Exemplo: Lei 9.491/97 Programa Nac.
Art.165 leis de natureza orçamentária:
§9º e Desestatização;
I- PPA (OPI :caso do Mun. RJ)
art. 35 Art. 258 II- Diretrizes;
dos CF/88, §7º: A LDO e a LDO têm a função de reduzir
III- Orçamentos anuais.
ADCT (art. 165) desigualdades inter-regionais: art. 35 ADCT;

42
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Artigos da Constituição Federal de 1988 sobre Finanças Públicas e legislações pertinentes c/ suas atualizações
Artigo Artigo
na na ASSUNTO: DEMAIS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
CF/88 LOMRJ E ATUALIZAÇÕES

Art. 165 Art. 254 Princípios de Normas Gerais s/ CF/88, §9º: A CF/88 pede criação de LC que
conteúdo, forma e elaboração das especifique Processo legislativo p/ leis
Art.165 leis de iniciativa do Poder Eriço- orçamentárias, normas de gestão p/ a
§9º e Art. 258 tivo que estabelecerão: Adm. Pública e condições p/ fundos :
art. 35
dos I- PPA (OPI :caso do Mun. RJ) ; Obs.: Esta Lei não foi criada ainda, por isto vigora o
ADCT II- Diretrizes; disposto no art. 35 § 2º, e art 71 ADCT;
III- Orçamentos anuais. Leis correlacionadas: – Lei 4320/64; DL 200/67
(Gestão da Adm. Púb); DL 900 (altera DL 200/67);
LC 89/97
(FUNAPOL- Fundo para Polícia)

Art. 166 - Forma de criação das comissões do Congresso


Descrição Geral da forma de apreciação
Art. 258 Nacional: art. 58 CF/88;
dos projetos das 3 leis orçamentárias e
Art. 166 § 3º leis de créd. adicionais pelas 2 casas do
§ 3º Congresso Nacional e comentários s/ a - Emendas à LDO só serão aprovadas se forem
comissão mista permanente. compatíveis com o PPA: art. 63, I CF/88;

43
Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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Artigos da Constituição Federal de 1988 sobre Finanças Públicas e legislações pertinentes c/ suas atualizações
Artigo Artigo
na na ASSUNTO: DEMAIS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
CF/88 LOMRJ E ATUALIZAÇÕES

CF/88 art. 167:


Art. 167 Art. 256 Vedações e restrições: - IV- Alteração da Redação deste inciso pela
- Início de programas ou projetos não EC nº 42/2003;
inclusos na Loa (vedado);
- Despesas não incluídas no orçamento
(vedado); - X e XI – Incisos acrescentados pela EC nº 19/98;
-Despesas realizadas > Dotação orçam.
(vedado); - § 1º- Nenhum Invest. (prazo > 1 exerc. Fin.) pode
-Vinculação de receitas de Impostos ser iniciado sem inclusão no PPA):
(vedado); art. 5º, §5º da LC 101/00;
- Outras Vedações;
- Nenhum Invest. (prazo > 1 exerc. Fin.)
pode ser iniciado sem inclusão no PPA) - § 4º- Parágrafo acrescentado pela EC nº 19/98;

Recursos das dotações orçamentárias


Art. 168 Art. 257 destinados aos órgãos dos poderes
Legislativo, Judiciário e do Ministério
Público serão entregues até o dia 20 de
cada mês.
Obs.: Os Municípios não possuem nem
Poder judiciário e nem Ministério
Público.

44
Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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Artigos da Constituição Federal de 1988 sobre Finanças Públicas e legislações pertinentes c/ suas atualizações
Artigo Artigo
na na ASSUNTO: DEMAIS LEGISLAÇÕES PERTINENTES
CF/88 LOMRJ E ATUALIZAÇÕES

Obs.: A reforma administrativa CF/88 art. 169:


Art. 169 Art. 260 incluiu os vários dispositivos - §1º, I, II – Condições necessárias para adoção de
deste artigo através da EC 19/98. medidas que acarretam aumento de
A sua preocupação é com o despesas com pessoal;
controle das despesas com (§ único remunerado como § 1º pela EC 19/98)
pessoal. Ver art. 96, I CF/88;
-Obrigação (exigência) de que os - § 2º - Parágrafo acrescentado pela EC 19/98;
entes da Federação não ultrapas-
sem os Limites de Despesas - § 3º - Medidas iniciais para redução de gastos com
com Pessoal estabelecidos na pessoal com a finalidade de recondução do
L.R.F.; valor com despesas a nível inferior ao limite
com despesas c/ pessoal;
- Controle e restrição para certos Obs: Os incisos I e II do § 3º foram
eventos que acarretam aumentos Acrescentados pela EC 19/98.
de Despesa com Pessoal;
- §§ 4º, 5º e 6º - Parágrafos acrescentados pela
-Explanação Geral sobre medidas EC 19/98;
corretivas para que o Ente se - § 7º - Parágrafo acrescentado pela EC 19/98;
ajuste aos Limites de Despesa Lei Federal disporá sobre Perda de cargo de
com Pessoal. servidor Estável por motivo de excesso de
despesa com pessoal; (ver art. 247 CF/88)

45
Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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CAPÍTULO 3

Noções sobre L.R.F. (Lei de Responsabilidade Fiscal):


Lei Complementar nº 101 de 04.05.2000.

3.1- Material de Estudo:

1- Síntese da L.R.F. (ver anexo 6 no final da apostila);


2- Estrutura da L.R.F;
3- Pressupostos, Pilares, Objetivos, Instrumentos, Tipos de regras
e Abrangência;
4- Tópicos relevantes da L.R.F.

Explicação sucinta dos conteúdos do Material de Estudo :

1- Síntese da LRF (ver anexo 6 no fim da apostila):


Auxílio para a apreensão de uma idéia geral dos assuntos que são
tratados pela L.R.F.
2- Estrutura da L.R.F
Estrutura dos capítulos, seções e subseções da L.R.F. com a especi-
ficação dos tópicos com os respectivos números dos artigos. Este recurso
além de funcionar como um índice da lei, fornece ao aluno uma visão geral
da lei e os assuntos tratados por ela, facilitando consultas rápidas e diretas.
3- Pressupostos, Pilares, Objetivos, Instrumentos, Tipos de regras e
Abrangência.
Conteúdo e informações que em geral são cobradas em prova. Este
item está organizado de forma a agilizar o estudo do aluno.
4- Tópicos relevantes da L.R.F. .
São tópicos que em geral são freqüentemente cobrados em concursos
Públicos, portanto merecem uma atenção especial do aluno.

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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3.2- Estrutura da L.R.F (Visão geral da Estrutura da Lei) :

Capítulo I – Disposições Preliminares (art. 1º...)

Capítulo II – Do Planejamento (art. 3º...)

Seção I – Do PPA (vetado)


Seção II – Da LDO (art. 4º )
Seção III – Da LOA (art. 5º... )
Seção IV – Da execução orçamentária e do Cumprimento das
Metas (art. 8º... )

Capítulo III- Da Receita Pública (art. 11.. )

Seção I – Da Previsão e da Arrecadação (art. 11...)


Seção II – Da Renúncia da Receita (art. 14)

Capítulo IV- Da Despesa Pública (art. 15...)


Seção I – Da Geração da Despesa (art. 15...)
Subseção I – Da Despesa obrigatória de Caráter
Continuado (art. 17)

Seção II – Das Despesas com Pessoal (art. 18)


Subseção I – Definições e Limites (art. 18...)
Subseção II – Do Controle da Despesa total com Pessoal
(art. 21...)

Seção III – Das Despesas com a Seguridade Social (art. 24)

Capítulo V – Das Transferências Voluntárias (art.25)

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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Capítulo VI – Da Destinação de Recursos Públicos para o Setor


Privado (art.26...)

Capítulo VII- Da Dívida e do Endividamento (art. 29...)

Seção I – Definições Básicas (art. 29)

Seção II – Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de


Crédito (art. 30 )

Seção III – Da Recondução da Dívida aos Limites (art. 31)

Seção IV – Das Operações de Crédito (art. 32..)


Subseção I – Da Contratação (art. 32..)
Subseção II – Das Vedações (art. 34..)
Subseção III–Das Operações de Crédito por A.R.O. (art. 38 )
Subseção IV – Das Operações com o BACEN (art. 39)

Seção V– Da Garantia e da Contragarantia (art. 40)

Seção VI – Dos Restos a Pagar (art. 41...)

Capítulo VIII- Da Gestão Patrimonial (art. 43...)

Seção I –Das Disponibilidades de Caixa (art. 43)

Seção II –Da Preservação do Patrimônio Público (art. 44…)

Seção III –Das Empresas Controladas pelo Setor Público (art. 47)

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Direito Financeiro e Administração Financeira e Orçamentária
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Capítulo IX – Da Transparência, Controle e Fiscalização(art. 48)

Seção I – Da Transparência da Gestão Fiscal (art. 48...)

Seção II – Da Escrituração e Consolidação das Contas (art. 50..)

Seção III – Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária


(art. 52...)

Seção IV – Do Relatório de Gestão Fiscal (art. 54..)

Seção V – Das Prestações de Contas (art. 56...)

Seção VI – Da Fiscalização da Gestão Fiscal (art. 59...)

Capítulo X- Das Disposições Finais e Transitórias (art. 60 a 75)

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3.3- Pressupostos, Pilares, Objetivos, Instrumentos, Tipos de


regras e Abrangência da L.R.F.:

Ementa da L.R.F. – LC101/2000:

“ Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a


responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.”

Obs.: Não confundir com a ementa da lei 4320/64, citada logo abaixo:

Ementa da Lei 4320/64:

“Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e


controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal.”

Obs.: É muito comum a ocorrência de questões de concurso contendo


ementa de alguma lei pedindo para identificar a lei. No fim da apostila
no anexo 1 há uma tabela contendo ementas de várias leis .

Pressupostos: Ação Planejada e Transparente; (art. 1º, § 1º da L.R.F.)

1- Transparência na Gestão;

Pilares da L.R.F.: 2- Planejamento;


(art. 1º, § 1º da L.R.F.)
3- Controle.

- Prevenir Riscos;
Objetivos da L.R.F.:
(art. 1º, § 1º da L.R.F.) - Corrigir Desvios.

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- Regras de cumprimento de metas de


resultado entre Receitas e Despesas;
Tipos de regras da L.R.F.:
(art. 1º, § 1º da L.R.F.)
- Regras de Obediência a Limites e
condições.

1-Planos, PPA, LDO e LOA;


2-Prestação de Contas e Respectivo Parecer Prévio;

3- Audiências Públicas no Congresso;


Instrumentos
de transparência 4- Relatório Resumido de Execução Orçamentária;
na Gestão Fiscal
da L.R.F.: 5- Relatório de Gestão Fiscal;
( art. 48 da L.R.F. )
6- Versões simplificadas dos documentos acima.

- Respectivas Administrações Diretas;

- Fundos;
Abrangência da L.R.F. -Todas as Adm. Indiretas autárquicas;
(União,
Estados, - Parte de -Todas as Adm. Indiretas fundacionais;
Distrito Federal e cada uma
Municípios, Respectivas -Só Empresas Estatais dependentes
Inclusive Administra- (Empresas Públicas e Soc. de Econ.
Ministério Público e ções mistas que sejam dependentes).
Tribunais de Contas): Indiretas:

(art. 1º; §§ 2º e §3º;e


art. 2º, I e III da L.R.F.)

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3.4- Tópicos relevantes da L.R.F

(tópicos que em geral são freqüentemente cobrados em concursos


Públicos, portanto merecem uma atenção especial do aluno).

- Conceito e utilidade : Base de Cálculo para os


limites fixados na L.R.F. , LDO e legislações;

- Cálculo (visão geral dos elementos da R.C.L.) :


R.C.L. = receitas correntes – deduções ± ajustes
Definição
de - Período apurado a cada apuração: 12 meses
Receita
Corrente - Periodicidade de Cálculo: apuração mensal;
Líquida:
- Método de Cálculo:
(art. 2º, IV,
§§§1º,2ºe 3º R.C.L. Receitas Receitas Duplici-
da L.R.F.) de 12 meses = arrecadadas + arrecadadas - dades
apuradas no no mês de nos 11 meses
Mês de referência referência anteriores

- Relatório Resumido de Execução Orçamentária;


Principais (Relatório Bimestral)
Relatórios
da L.R.F.: - Relatório de Gestão Fiscal;
(Relatório quadrimestral)

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1-Balanço Orçamentário;

2-Demonstrativos de Execução das


Elementos Receitas e das Despesas (por meio de várias
classificações.) . Com destaque para :
Refinanciamento da dívida mobiliária nas:
- Receitas de Operações de Crédito; e nas
- Despesas c/ a Amortização da Dívida.
Relatório
Bimestral
Resumido
de Execução 1- Demonstrativo da R.C.L.;
Orçamentária;
(arts. 52 e 53 2- Demonstrativos de Receitas e Despesas
da L.R.F.) Previdenciárias ;
Anexos
Bimestrais 3- Demonstrativos dos Resultados Nominal
( são vários e Primário;
demonstrativos)
4- Demonstrativos das despesas c/ Juros;
5- Demonstrativos de Restos a Pagar.

1-Demonstrações das Projeções Atuariais


Três da Previdência(Proj das Despesas e Receitas)
Anexos
Específicos 2-Demonstrações da Variação Patrimonial
p/ o Último (Variação do Patrimônio Líquido)
Bimestre
3-Demonstrativo de que as Operações de
Crédito não superaram as Despesas de
Capital

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1- Limites p/ Despesas c/ Pessoal;


Comparativos
dos Montantes 2- Limites p/ a Dívida Consolidada e
correntes com os Dívida Mobiliária;
seus respectivos
limites fixados na 3- Limites p/ concessão de Garantias;
LRF:
4- Limites p/ Operações de Crédito.

Relatório
de Gestão Medidas corretivas Para o caso de ultrapassagem de qualquer
Fiscal: (art. 1º, §1º, dos 4 limites acima.
(art. 55 correção de desvios)
da L.R.F.)

-Demonstrativo das Disponibilidades de caixa;


Demonstrativos
apresentados -Demonstrativo da inscrição de Restos a pagar;
apenas no
Último -Demonstrativo de que não ocorreu Operação
Quadrimestre: de Crédito por A.R.O. no último ano de
mandato do Chefe do poder executivo.

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Limites da LRF e das Legislações:

2,5 % - p/ o Legislativo, inclui TCU;

Na Esfera Federal 6 % - p/ o Judiciário;


(50 % da R.C.L.)
40,9 % - p/ o Executivo;
1-Limites para 0,6 % - p/ o M.P.U.
Despesas
c/ Pessoal;
(arts. 19 e 20
da L.R.F) 3 % - p/ o Legislativo, inclui TCE;

Na Esfera Estadual 6 % - p/ o Judiciário;


(60 % da R.C.L.)
49 % - p/ o Executivo;
2 % - p/ o M.P.E.

6 % - p/ o Legislativo, inclui TCM,


Na Esfera Municipal se houver ;
(60 % da R.C.L.)
54 % - p/ o Executivo;

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P/ Estados e DF:
Limites para a Duas (2) vezes o valor da R.C.L.
Dívida
Consolidada
Líquida:
(Resol. 40/S.F.) P/ os Municípios:
1,2 vezes o valor da R.C.L.
2- Limites para a
Dívida Consolidada
e para a
Dívida Mobiliária;
(art. 30 da L.R.F.
e Resol. 40/S.F. ) Limites para a
Dívida
Mobiliária: (art. 30 da L.R.F.)

3- Limites para a
concessão de 22 % da R.C.L. do ente que está prestando a garantia,
Garantias: que , em geral , é a União.
(Resol. 43/Sen. Fed.
cfe. Art 30 artigo 32 paragrafo 4º ii L.R.F.)

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4- Limite para
Realização de 16 % da R.C.L. (é o máximo que o ente pode tomar
Operações de Crédito emprestado em Receita de Capital)
(Resol. 43/Sen. Fed.
cfe. Art 30 L.R.F.)

5- Limite para a
Realização de 7 % da R.C.L. do ente que está tomando emprestado;
Operações de Crédito (é o máximo que o ente pode tomar
Por meio de A.R.O. emprestado em forma de A.R.O.)
(Resol. 43/Sen. Fed.
cfe. Art 30 L.R.F.)

6- Limite para
Pagamento de 11,5 % da R.C.L.(é o máximo que o ente pode pagar
Juros, encargos e de juros, encargos e amortização da
Amortização da dívida).
Dívida
(Resol. 43/Sen. Fed.
cfe. Art 30 L.R.F.)

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CAPÍTULO 4
Noções de Controle Externo

Classificação das formas de Controle


Controle da
Administração Pública: Controle conforme a Origem

4.1- Noções Gerais de Controle:

- Controle Interno e Externo (CF/88 art. 70);

- Controle Externo (CF/88 art. 71);

- Abrangência: (CF/88 art. 70 § único ; e LOMRJ art.87, § único);

- Provocação: (CF/88 art. 74, §§ 1º e 2º ; e LOMRJ art. 96 §§ 1º e 2º);

- União: A Fiscalização e o Controle Externo são exercidos pelo Congresso


Nacional : (CF/88 arts. 70 e 71);

- Município:A Fiscalização e o Controle Externo exercidos pela Câmara


Municipal : (CF/88 art 31; e LOMRJ art. 87 e 88);

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- Critérios de Controle (Também são critérios de Fiscalização):


(São critérios que valem tanto p/ o Controle Interno como p/ o Controle Externo):

Para a União Para o Município


(CF/88 art, 70) (LOMRJ art. 87)

1- Legalidade; 1- Legalidade;
2- Legitimidade; 2- Legitimidade;
3- Economicidade. 3- Economicidade;
- 4- Razoabilidade.
4- Aplicação de Subvenções: 5- Aplicação de Subvenções:
(CF/88 art. 3º; Lei 4320/64 (CF/88 art. 3º; Lei 4320/64
arts. 16 a 19) arts. 16 a 19)
5- Renúncia de Receita: 6- Renúncia de Receita:
(L.R.F. art. 14) (L.R.F. art. 14)
6- Limites, condições e metas 7- Limites, condições e metas
da LRF; Verificar Cálculos da LRF; Verificar Cálculos
(LRF art 59, e seu § 2º) (LRF art 59, e seu § 2º)

- Fiscalização da União e do Município (Tipos de Fiscalização):

Fiscalização Contábil (LRF arts. 50 e 51 e seu §2º);

Fiscalização Financeira
Fiscalização
(CF/88 art. 70); Fiscalização Orçamentária
(LOMRJ art.87);
(LRF art. 59); Fiscalização Operacional

Fiscalização Patrimonial

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4.2- Algumas Bases ou Fundamentos do Controle:

1- O Controle é baseado na Publicidade; (LRF art. 48, § único; art.49);

2- O Controle está baseado na Transparência da Gestão Fiscal:


(Instrumentos da Transparência - LRF art. 48 e seu § único);

4.3- Órgãos de Controle:

Órgãos de Controle Órgãos de Controle


Interno Externo
(CF/88 art. 74 e LOMRJ art. 96); (CF/88 art. 71 e LOMRJ art. 88);

Na União: Na União:

“Todos os órgãos dos poderes Órgão “Auxiliar” do Poder


Legislativo, Executivo e Legislativo - TCU
Judiciário." (CF/88 art. 71).
(CF/88 art. 74).

No Município: No Município:

“Todos os órgãos dos poderes Órgão “Auxiliar” do Poder


Legislativo, Executivo." Legislativo - TCM
(LOMRJ art. 96). (LOMRJ art. 88).

61
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4.4- Prestação de Contas, Fiscalização e Controle:

- A Prestação de Contas é um dos principais instrumentos de


Transparência da Gestão Fiscal. (LRF art. 48);

- Tipos de Contas Prestadas na Prestação de Contas:

1.1Contas de Chefe do Poder Executivo:

Na União: (CF/88 arts. 71, I; e 84, XXIV; e


LRF art 56);
1.Contas
de No Município: (LOMRJ art. 88,I; e LRF art. 56)
Gestão
(de Gestor)
Contas 1.2 Contas dos Chefes dos outros Poderes e
outros:
(LRF art. 56, caput e seu § 1º);

2. Contas
de
Ordenação
de
Despesas
(de Ordenador
de despesas )

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- Parecer Prévio das Contas de Gestão dado pelo Tribunal de Contas:

- Contas separadamente enviadas ao Executivo e depois consolidadas;

- Ampla divulgação; (LRF art. 56, §§ 2º e 3º);

- Prazo de elaboração de 60 dias a contar do recebimento;


(LRF art.57);

- Evidenciará o confronto entre a arrecadação e a previsão da receita;


(LRF art.58);

- Destacará providências sobre Fiscalização e combate a sonegação;


(LRF art.58);

- Destacará as ações de Recuperação de Créditos;


(LRF art.58);

- Fiscalização baseada no Governo Federal: (CF/88 art. 70);

- Princípio da Simetria: (CF/88 art. 75);

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- Fiscalização do Município será exercida (CF/88 art. 31 e seus §§) :

1- Pelo Poder Legislativo, mediante controle externo;

2- Pelo Poder Executivo Municipal, mediante seus sistemas de


controle interno;

- Lei Orgânica do Rio de Janeiro – Outras passagens relevantes:

- LOMRJ art. 88, § 4º - Relatório Anual de Atividades do TCM; e


Relatório Trimestral de Atividades do TCM
são encaminhados à Câmara Municipal.
( na União: CF/88 art. 71 § 4º)
- LOMRJ art. 89 – Autonomia Administrativa e Financeira do TCM;
- LOMRJ art. 91, § 2º - Sete Conselheiros do TCM, sendo 2 escolhidos
pelo prefeito e aprovados pela Câmara; e 5 es-
colhidos pela Câmara.
- LOMRJ art. 92 – Vedações aos Conselheiros do TCM;
- LOMRJ art. 97 – Contas do Município acessíveis por 60 dias,
anualmente, a qualquer contribuinte;
- LOMRJ art. 98 – Controle Popular da contas do Município:
Divulgação dos Tributos arrecadados e a arrecadar;
Divulgação dos Recursos recebidos e a receber;
Divulgação da evolução da remuneração dos servidores.
(LRF art. 54  Relatório de Gestão Fiscal;

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e LRF art. 13  Metas bimestrais de arrecadação)


- Novos Enfoques de Controle (enfoques adicionais):

a) Análise dos Impactos do Gastos Públicos;

b) Estudos dos Resultados Concretos Obtidos ou


Novos Enfoques Análise de Eficácia;

c)Avaliação dos Resultados da ação governamental;

d) Avaliação da Eficiência ou Análise de Eficiência.

a) Análise dos Impactos do Gastos Públicos : É uma análise macro, no


plano global, ou seja:

na Economia como um todo;


É uma análise feita em Ramos da Economia;
Nas Mudanças Sociais.

b) Estudos dos Resultados Concretos Obtidos ou Análise de Eficácia:


Considera e se focaliza em até que grau as finalidades, os objetivos e
metas do Governo e suas unidades foram alcançados.

pelos Planos
Resultados Concretos obtidos pelos Programas das unidades
pelos Projetos governamentais

c) Avaliação dos Resultados da ação governamental:

Econômicos
Avaliação dos Resultados Financeiros da ação governamental;
Administrativos

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d) Avaliação da Eficiência ou Análise de Eficiência: Considera os


resultados obtidos em face dos Recursos disponíveis. Utiliza índices
e indicadores. Compara resultados alcançados com parâmetros técni
cos de desempenho e com padrões antes alcançados (evolução
históricas);

- análise custo x benefício;


- índices produtividade/custos;
Avaliação de Eficiência - índices produtividade/mão de obra;
- análises de verificação de resultados;
- análises de aplicação de insumos;
- análises de qualidade.

4.5-Controle da Administração Pública , Classificação das Formas


de Controle:

Classificação das formas de Controle

-Tipos de controles governamentais oficiais e institucionais –


(por órgão  CF/88 art. 70):

Controle Interno- Exige que todos os órgãos possuam órgãos


de controle interno,
(CF/88 art. 74 e LRF art. 59);

Controles
Oficiais
Controle Externo- O Titular do Controle Externo é o Poder
Legislativo (decisão política). Existe a
necessidade de auxílio técnico, que é
fornecido pelo TCU (órgão auxiliar de
controle externo),

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(CF/88 art. 71 e LRF art. 59);

Classificação dos Mecanismos de Controle:

Mecanismo de Controle Interno;


Mecanismos de Controle
Indicados na Constituição Mecanismo de Controle Externo;

Mecanismo de Controle Privado.

Classificação do controle e dos atos de controle quanto à natureza


jurisdicional classificação feita materialmente:

- Político- Apreciar as Contas do Chefe do Executivo,


que são as contas de gestão (ou de gestor),
(CF/88 art. 71, I e LOMRJ art 88, I);
Quanto à natureza
- Técnico- Julgar as Contas dos Administradores,
que são contas de ordenação (ou de
ordenador) de despesa,
(CF/88 art. 71, II e LOMRJ art 88, II);

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Classificação quanto ao momento em que se dá o controle:

Controle Prévio- Antes da execução do ato. Abolido desde


1967 e 1969;

Controle Simultâneo ou Concomitante- É o controle


paralelo a ação da administração, trata-se de
Quanto ao casos como a inspeção e a auditoria. Por
Momento exemplo: inspeção de obra em execução
(CF/88 art. 71, IV e LOMRJ art 88, IV);

Controle Posterior - É a regra da Constituição. Consiste,


basicamente, nos atos de apreciar as contas
do chefe do Executivo (e outros poderes de
acordo com a LRF) e de julgar as contas dos
administradores,
(CF/88 art. 71, I e II e LOMRJ art 88, I e II);

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ANEXOS

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EXERCÍCIOS

70

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