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BIBLIOTECA PARA O CURSO DE

DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL

Selecionamos para você uma série de artigos, livros e endereços na Internet


onde poderão ser realizadas consultas e encontradas as referências necessárias
para a realização de seus trabalhos científicos, bem como, uma lista de sugestões
de temas para futuras pesquisas na área.
Primeiramente, relacionamos sites de primeira ordem, como:
www.scielo.br
www.anped.org.br
www.dominiopublico.gov.br

SUGESTÕES DE TEMAS
1. O DIREITO REGISTRAL
2. ESPÉCIES E ATRIBUIÇÕES DOS SERVIÇOS
3. ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS
4. ORDEM DE SERVIÇO
5. PUBLICIDADE
6. FORMAS, REQUISITOS E PRAZOS QUANTO À EXTRAÇÃO DAS
CERTIDÕES
7. CONSERVAÇÃO DE LIVROS E PAPÉIS
8. SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO
9. TITULARES
10. COMPETÊNCIAS
11. O INGRESSO NA ATIVIDADE
12. RESPONSABILIDADES
13. REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS
14. GENERALIDADES
15. RETIFICAÇÕES, RESTAURAÇÕES E SUPRIMENTOS DE

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ASSENTAMENTOS NO REGISTRO CIVIL
16. REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
17. ESCRITURAÇÃO E ORDEM DE SERVIÇO DOS LIVROS E ATRIBUIÇÕES
18. PARTICULARIDADES DO REGISTRO DAS PESSOAS JURÍDICAS
19. REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
20. FASES DA ESCRITURAÇÃO DO PROTOCOLO DE UM TÍTULO
21. REGISTRO, TRANSCRIÇÃO, AVERBAÇÃO
22. REGISTROS ESPECIAIS, AVERBAÇÃO E CANCELAMENTO
23. REGISTRO DE IMÓVEIS
24. NATUREZA JURÍDICA
25. A FUNÇÃO
26. AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS EM FACE DAS TRANSMISSÕES DA
PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA
27. RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL – LEI N. 11.441/07
28. CUIDADOS MEDIANTE A PRAÇA
29. AVERBAÇÃO PREMONITÓRIA
30. FUNDAMENTOS DO DIREITO IMOBILIÁRIO
31. PRINCÍPIOS DO DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO;
32. CONTRATOS IMOBILIÁRIOS;
33. COMPRA E VENDA;
34. NULIDADE DOS NEGÓCIOS;
35. REGISTROS DE IMÓVEIS;
36. REGISTROS PÚBLICOS;
37. REGISTRO DE IMÓVEIS;
38. NATUREZA JURÍDICA;
39. A FUNÇÃO, AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS EM FACE DAS TRANSMISSÕES
DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA;
40. NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS – CONCEITOS BÁSICOS;
41. CORRETAGEM E CORRETOR;
42. DIREITOS, DEVERES, ÉTICA E RESPONSABILIDADES.
43. DIREITO URBANÍSTICO E TRIBUTÁRIO
44. DIREITO URBANÍSTICO;
45. PRINCÍPIOS E AUTONOMIA DO DIREITO URBANÍSTICO;
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46. OBJETO E NATUREZA JURÍDICA DAS NORMAS DO DIREITO
URBANÍSTICO;
47. LEGISLAÇÃO URBANA MUNICIPAL;
48. ESTATUTO DAS CIDADES – LEI Nº 10.257/01;
49. PLANO DIRETOR;
50. OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E O IMPACTO NO
DIREITO URBANÍSTICO;
51. O DIREITO TRIBUTÁRIO;
52. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL;
53. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS;
54. TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE IMÓVEIS;
55. OBRIGAÇÃO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO;
56. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO SETOR IMOBILIÁRIO;
57. A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA OS NEGÓCIOS;
58. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DO SETOR IMOBILIÁRIO; SEGREGAÇÃO DO
EMPREENDIMENTO – O REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO (RET);
59. CRITÉRIOS DE CONTABILIZAÇÃO PARA REAL ESTATE.
60. CONDOMÍNIOS E INCORPORAÇÕES
61. CONDOMÍNIOS e ESTRUTURA ADMINISTRATIVA;
62. DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS;
63. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA;
64. RELAÇÕES TRABALHISTAS;
65. LEGISLAÇÃO E NORMAS;
66. INCORPORAÇÕES;
67. A EVOLUÇÃO DA INCORPORAÇÃO;
68. CONCEITO, COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS;
69. O CARÁTER DE PROTEÇÃO AO ADQUIRENTE NA LEI DAS
INCORPORAÇÕES;
70. PARTES INTEGRANTES DO CONTRATO;
71. NATUREZA, OBJETO E CAUSA DO CONTRATO DE INCORPORAÇÃO;
72. TIPOS DE CONTRATO;
73. A PROMESSA DE COMPRA E VENDA;
74. A ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DA UNIDADE;
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75. RESPONSABILIDADES;
76. INCORPORADOR E CONSTRUTOR;
77. CORRETOR QUE PARTICIPA DA ALIENAÇÃO DE UNIDADES.
78. DIREITO DE PROPRIEDADE
79. IMPORTÂNCIA E FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA PROPRIEDADE;
80. LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE;
81. A PROPRIEDADE AO LONGO DOS TEMPOS;
82. A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE;
83. O DIREITO À HABITAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DO SER
HUMANO CUMPRINDO SUA FUNÇÃO SOCIAL;
84. AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE;
85. AQUISIÇÃO A TÍTULO SINGULAR E A TÍTULO UNIVERSAL;
86. TRANSCRIÇÃO;
87. ACESSÃO;
88. DA USUCAPIÃO;
89. DA PERDA DA PROPRIEDADE;
90. ALIENAÇÃO;
91. RENÚNCIA;
92. ABANDONO;
93. DESAPROPRIAÇÃO;
94. DA PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE;
95. AÇÃO REIVINDICATÓRIA;
96. AÇÃO DEMARCATÓRIA;
97. GARANTIA CONSTITUCIONAL DA PROPRIEDADE E HIPÓTESES DE
DESAPROPRIAÇÃO;
98. DESAPROPRIAÇÃO DE PROPRIEDADE QUE CUMPRE A FUNÇÃO
SOCIAL;
99. DESAPROPRIAÇÃO DE PROPRIEDADE QUE NÃO CUMPRE A FUNÇÃO
SOCIAL;
100. DESAPROPRIAÇÃO DE PROPRIEDADE NOCIVA;
101. ESPÉCIES DE DESAPROPRIAÇÃO;
102. OUTROS TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO;
103. DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL;
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104. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA;
105. DESAPROPRIAÇÕES QUE ADMITEM INDENIZAÇÃO –
URBANÍSTICA E RURAL;
106. ANEXO – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À DESAPROPRIAÇÃO.
107. DIREITOS DO CONSUMIDOR E LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
108. DIREITO IMOBILIÁRIO;
109. CONCEITOS BÁSICOS, POSSE, DETENÇÃO E PROPRIEDADE;
110. DA EVOLUÇÃO AO PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO;
111. DIREITOS FUNDAMENTAIS DO CONSUMIDOR;
112. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DIREITO IMOBILIÁRIO;
113. A IMPORTÂNCIA DO CDC;
114. PRINCÍPIOS DA VULNERABILIDADE, HIPOSSUFICIÊNCIA, ÔNUS
DA PROVA E BOA-FÉ OBJETIVA;
115. PRINCÍPIOS DA TRANSPARÊNCIA, CONFIANÇA E EQUIDADE;
116. PRÁTICAS COMERCIAIS REGULADAS PELO CDC;
117. OFERTA E PUBLICIDADE;
118. PRÁTICAS COMERCIAIS ABUSIVAS;
119. CONTRATOS E RESPONSABILIDADES;
120. RESPONSABILIDADE DO INCORPORADOR / CONSTRUTOR PELO
VÍCIO E FATO DO PRODUTO / SERVIÇO;
121. ÓRGÃOS FISCALIZADORES;
122. LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA;
123. REFERENTE A PROFISSÃO DE CORRETORES DE IMÓVEIS;
124. RELACIONADA AO MERCADO IMOBILIÁRIO;
125. RELATIVA AO CRÉDITO IMOBILIÁRIO.
126. TÓPICOS ESPECIAIS DO DIREITO DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS
127. CONTRATOS E LICITAÇÕES NA ESFERA PÚBLICA;
128. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E DE
DIREITO PRIVADO;
129. ALIENAÇÃO;
130. ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS;
131. LOCAÇÕES;
132. CONCESSÕES E PERMISSÕES;
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133. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APLICADO;
134. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS;
135. PROJETOS IMOBILIÁRIOS;
136. MARKETING IMOBILIÁRIO;
137. ESTRATÉGIA E MARKETING – CONCEITOS E ELEMENTOS;
138. MARKETING ESTRATÉGICO E IMOBILIÁRIO;
139. AVALIAÇÃO E NEGOCIAÇÃO IMOBILIÁRIA;
140. AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA;
141. EVOLUÇÃO DAS NORMAS DE AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA;
142. AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS;
143. VARIÁVEIS INFLUENTES NA AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA;
144. AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS;
145. NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS;
146. ASPECTOS QUE INFLUENCIAM NA NEGOCIAÇÃO;
147. FINANCIAMENTO HABITACIONAL;
148. FINANÇAS;
149. SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO (SAC, SACRE, PRINCE);
150. FINANCIAMENTO HABITACIONAL – SFH/SFI;
151. DIFERENÇAS ENTRE SFH E SFI;
152. CONTRATOS HABITACIONAIS;
153. TIPOS DE CONTRATOS;
154. O SEGURO HABITACIONAL E O FGTS;
155. CRÉDITO IMOBILIÁRIO.
156. INTRODUÇÃO À CIÊNCIA JURÍDICA
157. A CIÊNCIA DO DIREITO;
158. HISTÓRIA DO DIREITO;
159. NORMAS E FONTES DO DIREITO;
160. DIVISÕES DO DIREITO;
161. CÓDIGO DE ÉTICA COMENTADO.
162. TÓPICOS ESPECIAIS DAS CIÊNCIAS JURÍDICAS
163. ÉTICA COMO FILOSOFIA MORAL;
164. AS TEORIAS ÉTICAS;
165. DIREITO E MORAL;
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166. VERBETES FUNCIONAIS DO DIREITO.
167. INTRODUÇÃO AO DIREITO ELEITORAL
168. DIREITO ELEITORAL;
169. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO;
170. OBJETO e AUTONOMIA E RELAÇÕES;

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ARTIGOS PARA LEITURA, ANÁLISE E UTILIZAÇÃO COMO
FONTE OU REFERÊNCIA

A ATIVIDADE NOTARIAL E REGISTRAL E SUA NATUREZA


JURÍDICA

LUCAS ALMEIDA DE LOPES LIMA


Chefe de Gabinete do Tribunal de Justiça de Alagoas.

1. Breve histórico

Resumo: Este artigo se propõe a confrontar as correntes doutrinárias e


jurisprudenciais que discutem a natureza jurídica da atividade notarial e de
registro. O estudo é realizado a partir da análise da doutrina e da legislação
pertinente, trazendo relevante ementário de jurisprudência do STF, STJ e
de diversos tribunais estaduais.

Sumário:

1. Breve histórico

1.1 Origens

1.2 Atividade notarial no Brasil

2. Considerações sobre a atividade notarial e de registro

2.1 Atividade preventiva

2.2 Conceito

2.3 Características

2.4 Multiplicidade de funções

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3. Natureza jurídica da atividade notarial e registral: correntes conflitantes
3.1 Notários e registradores enquanto colaboradores do Poder Público

3.2 A atividade notarial enquanto serviço público

4. A atividade notarial e registral e o conceito de serviço público

5. Repertório de Jurisprudência

5.1 Ementário de jurisprudência do STF

5.2 Ementário de jurisprudência do STJ

5.3 Ementário de jurisprudência dos Tribunais Estaduais

6. Considerações Finais

Palavras-chave: Natureza jurídica – atividade – notarial – registral

1.1 Origens
Surgida a partir da necessidade de mediação nos relacionamentos sociais
primitivos[1], a atividade notarial é uma das mais remotas atividades
jurídicas já desempenhadas pelo ser humano. A crer em registros deixados
pelas civilizações longínquas, a referida atividade já era tradição na Roma
antiga, onde se dava de modo muito peculiar. Naquela época e lugar, o
notário (ou notarius, como era chamado) era responsável pela realização
de transcrições e registros de julgamentos e de procedimentos judiciais.
Ao lado desses, havia o tabelione, profissional que, conforme entendimento
do professor Mário Raposo[2], mais se aproximava do notário dos dias de
hoje, na medida em que era responsável pela formalização da vontade das
partes através de minutas, as quais eram redigidas sobre tábuas, com
assinatura das partes, testemunhas etabeliones.
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Ambas as funções (de notário e de tabelião), resistiram ao efeito do tempo,
recebendo, contudo, diferentes contornos.
1.2 A atividade notarial no Brasil
No Brasil, pode-se dizer que a atividade notarial e registral surgiu
efetivamente a partir do chamado registro do vigário (Lei n. 601/1850 e
Dec. 1318/1854), com o que a Igreja Católica passou a obrigar a
legitimação da aquisição pela posse, através do registro em livro próprio,
passando a diferençar as terras públicas das terras privadas. A aludida
transmissão, com o tempo, passou a ser realizada através de contrato e,
não raras vezes, necessitava de instrumento público, confeccionado por
um tabelião. Finalmente, com a amplicação do atos registráveis, passaram
a se submeter ao Registro Geral (Lei n. 1237/1864) todos os direitos reais
sobre bens imóveis.
Atualmente, ambos (notário e registrador) são profissionais que
desempenham função pública, através de delegação obtida mediante
aprovação em concurso público de provas e títulos.
2. Considerações sobre a atividade notarial e de registro

Pode-se dizer que a atividade notarial e de registro tem por finalidade


assegurar a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos
jurídicos de modo preventivo, evitando, com isso, o acúmulo de processos
no judiciário e atuando como meio de pacificação social.

2.1 Atividade preventiva

Seu viés jurídico se revela sempre que o tabelião orienta as partes,


consubstanciando sua vontade através da formulação de instrumento
jurídico adequado à situação posta. Ademais, a orientação prévia
dispensada denota o caráter cautelar da atividade. Nesse sentido, entende
Brandelli[3] que o risco decorrente da celebração de um negócio jurídico é

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consideravelmente minimizado “com a intervenção tanto na configuração
do negócio como em seu amoldamento documental, de alguém com
preparação jurídica especializada, imparcialidade profissional e
responsabilidade por sua atuação: o Notário”.

2.2 Conceito

Ao delimitar os contornos da atividade, o mesmo autor assevera que a


função notarial é composta por “aquelas atividades que são o cerne do
notariado e que sempre estão presentes a fim de orientar os poderes e
deveres do agente notarial” (1998, p. 125).

E, adiante, arremata:

A função do notário consiste em receber ou indagar a


vontade das partes; assessorar como técnico as partes
e com isso dar forma jurídica à vontade das partes;
redigir o escrito que se converterá em instrumento
público; autorizar o instrumento público, dando-lhe
forma pública e credibilidade; conservar o instrumento
autorizado; expedir cópias do instrumento” (apud
BRANDELLI, 1998, p. 126).

De acordo com Rufino Larraud, citado e comentado por Brandelli (1998, p.


126):

Função notarial é aquela atividade jurídico-cautelar


cometida ao notário, que consiste em dirigir
imparcialmente aos particulares na individualização
regular dos seus direitos subjetivos, para dotá-los de
certeza jurídica conforme às necessidades do tráfico e

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de sua prova eventual. Note-se que tal conceito encerra
um conteúdo definido (direção jurídica dos particulares
no plano da realização espontânea do direito), um
objeto (os direitos subjetivos dos particulares em sua
etapa de individualização), e um fim (a certeza jurídica
dos direitos subjetivos, amoldando-os às necessidades
do negócio e de sua prova eventual).

A atividade cartorária consiste, enfim, no assessoramento jurídico das


partes, através da transposição de suas vontades para o instrumento
notarial.

2.3 Características

Registre-se que a atividade notarial e de registro depende de provocação,


em virtude do caráter rogatório de sua função, sendo defeso ao notário agir
de ofício. Trata-se, também, de profissão que goza de fé pública, na
medida em que o notário atua como representante do Estado em sua
atividade. Ademais, é marcada pelo dever de imparcialidade, porquanto
cabe ao notário atuar com equidistância entre as partes.

A esse respeito, é válida a lição de Leonardo Brandelli[4], que, ao discorrer


sobre a atividade notarial e de registro, assinala:

A aplicação do seu mister de acordo com os ditames do


Direito, e o zelo pela autonomia da vontade. Quanto ao
primeiro aspecto, revela o dever do notário de
desempenhar sua função em consonância com o
ordenamento jurídico; deve receber a vontade das
partes e moldá-la de acordo com o Direito, dentro de
formas jurídicas lícitas. (...) O outro aspecto contempla a

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obrigação do tabelião de velar pela autonomia da
vontade daqueles que o procuram; deve ele assegurar
às partes, dentro do possível, uma situação de
igualdade, bem como assegurar a livre emissão da
vontade, despida de qualquer vício, recusando-se a
desempenhar sua função caso apure estar tal vontade
eivada por algum vício que a afete. [10]

2.4 Multiplicidade de funções

Representam atividades do notário e do registrador, em síntese, a análise


dos elementos postos pelos particulares para a realização de determinado
ato, a elaboração de pareceres jurídicos acerca da concretização de
determinado ato jurídico e a instrumentalização da vontade das partes,
sempre com vistas a conferir ao ato a maior segurança jurídica possível.
Enfim, conforme Brandelli, “a função notarial apresenta, simultaneamente,
várias características. Ela constitui uma função jurídica, cautelar, técnica,
rogatória, pública e imparcial”.

Vê-se, desse modo, que a atuação do notário não se restringe à


instrumentalização e autenticação de documentos. Mais que isso,
desempenha a relevante missão de orientar e assessorar as partes para a
formalização de um negócio jurídico seguro.

3. Natureza jurídica da atividade notarial e registral: correntes


conflitantes
Notários e registradores são profissionais que desempenham função
pública no âmbito dos cartórios. Contudo, por se situarem em posição
peculiar em relação aos demais agentes públicos, sua natureza jurídica
tem sido alvo de rica polêmica e discussão no mundo do direito. Afinal,

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seriam eles delegatários da Administração Pública e, portanto, verdadeiros
agentes públicos, ou, na verdade, por não conferirem benefícios ao
administrado, as atividades por eles desempenhadas não poderiam ser
consideradas serviço público?
3.1 Notários e registradores enquanto colaboradores do Poder
Público
Para alguns, notários e registradores não integrariam o aparelho estatal.
Entende essa corrente que a intenção do constituinte de 1988, ao
disciplinar que “os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter
privado, por delegação do Poder Público...”, foi a de transportar os notários
da esfera do direito público para a do direito privado. Desse modo, tais
profissionais deixariam de compor a estrutura estatal para desempenharem
o papel de colaboradores do Poder Público, contratando seus empregados
(prepostos) sob os ditames da Consolidação das Leis do Trabalho.
De certa forma, ratifica esse entendimento a lei 8.935/94, a qual
regulamenta o artigo citado no parágrafo anterior. A lei, em seu art. 3º,
assinala que os notários e registradores são “profissionais do direito,
dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial
e de registro”. Adiante, em seu art. 50, a mencionada lei reforça os
elementos de convicção dessa corrente, ao indicar que os profissionais
delegados, nomeados a partir de sua edição, estão sujeitos ao Regime
Geral de Previdência Social, regime próprio da iniciativa privada.
Os defensores dessa corrente, ademais, entendem que, muito embora a
discutida atividade tenha preservado caráter preponderantemente público,
ela se situa fora da esfera estatal, tal como se dá no caso dos leiloeiros,
intérpretes, permissionários e concessionários, os quais, a despeito de não
serem servidores públicos, exercem função típica dos entes de direito
público.
Assim, a despeito da relevância social da atividade notarial e de registro,

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não haveria como incluí-la na categoria dos serviços públicos e, por
conseguinte, não se poderia considerar o notário e o registrador como
espécies de agente público. Nessa linha, a manifestação jurisprudencial do
ministro Carlos Ayres Britto, a ver:

Numa frase, então, serviços notariais e de registro são


típicas atividades estatais, mas não são serviços
públicos, propriamente. Inscrevem-se, isto sim, entre as
atividades tidas como função pública lato sensu, a
exemplo das funções de legislação, diplomacia, defesa
nacional, segurança pública, trânsito, controle externo e
tantos outros cometimentos que, nem por ser de
exclusivo domínio estatal, passam a se confundir com
serviço público. (ADI 3.643, voto do Rel. Min. Ayres
Britto, julgamento em 8-11-2006, Plenário, DJ de 16-2-
2007.)

3.2 A atividade notarial enquanto serviço público

De acordo com a corrente oposta, contudo, a atividade notarial exprime


função de natureza pública. E mais: tem como diretrizes os princípios
elencados no art. 37 da Constituição (legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência), tal qual qualquer outra atividade
exercida na esfera do Poder Público.

Defendem os adeptos dessa tendência que, em se tratando de atividade


notarial e de registro, constitui uma impropriedade falar-se em
delegação de serviço público, na medida em que o notário e o
registrador não se submetem a qualquer tipo de licitação – meio próprio
para outorga de delegação –, ascendendo à função exclusivamente

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através de concurso público, pelo que haveriam de ser considerados
agentes estatais ocupantes de cargos públicos criados por lei.

Ademais, por possuírem fé pública, as atividades desempenhadas por


esses profissionais seriam revestidas por um manto de autoridade
conferido pelo Estado.

Por fim, reforçando os argumentos expostos por essa linha de


raciocínio, a lei 8.935/94, em seu art. 25, vedou a acumulação do
exercício das atividades notariais com a ocupação de qualquer cargo
público, evidenciando o caráter estatal de tal ofício.

No âmbito do Supremo Tribunal Federal, a tese foi encampada através


de decisão de relatoria do então ministro Otávio Gallotti, que considerou
o notário e o registrador como funcionários públicos. Diz a ementa:
“sendo ocupantes de cargo público criado por lei, submetido à
permanente fiscalização do Estado e diretamente remunerado à conta
de receita pública (custas e emolumentos fixados por lei), bem como
provido por concurso público – estão os serventuários de notas e
registros sujeitos à aposentadoria por implemento de idade".

No mesmo sentido, Walter Ceneviva[5] pontua: “a atividade registrária,


embora exercida em caráter privado, tem característicos típicos de serviço
público".

Com mais vagar, Alexandre Ribeiro[6] esmiúça a questão.

São peculiares e exclusivos os contornos da função


pública notarial e de registros no Brasil. A atividade
apresenta uma face pública, inerente à função pública e
por tal razão regrada pelo direito público

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(administrativo), que convive, sem antagonismo, com
uma parcela privada, correspondente ao objeto privado
do direito notarial e registral e ao gerenciamento de
cada unidade de serviço, face esta regrada pelo direito
privado.

[...]

O serviço público vai até o reconhecimento de que se


trata de função estatal; de que o Estado mantém a
titularidade do poder da fé pública cujo exercício delega
a particulares, o que abrange a regulação da atividade
no âmbito da relação de sujeição especial que liga cada
particular titular de delegação ao Estado outorgante, a
organização dos serviços, a seleção (mediante concurso
de provas e títulos) dos profissionais do direito, a
outorga e cessação da delegação, a regulamentação
técnica e a fiscalização da prestação dos serviços para
assegurar aos usuários sua continuidade,
universalidade, uniformidade, modicidade e adequação.

Confrontam-se, pois, duas correntes jurisprudenciais: de um lado, entende-


se que a atividade notarial e de registro representa atividade jurídica estatal
própria. No dizer de Celso Antônio Bandeira de Melo, seriam funções
típicas do Estado, como as atividades legiferantes, de segurança e de
fiscalização, todas de domínio estatal. Consistiriam, pois, em atividades
que não se desenvolvem por vontade das partes, mas por exigência legal,
salvo raras exceções. Não consistiriam, portanto, em hipótese de serviço
público.

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Em sentido oposto, alinham-se aqueles que consideram a referida
atividade como espécie de serviço público e seus titulares, portanto, como
agentes públicos.

4. A atividade notarial e registral e o conceito de serviço público

Não por acaso, majoritariamente, doutrina e jurisprudência têm entendido


que os serviços notariais e de registro são hipóteses de serviço público.
Confira-se, a respeito desse instituto, a lição de dois renomados
administrativistas e o que preceitua o texto constitucional.

Para Hely Lopes Meirelles, serviço público é “todo aquele prestado pela
Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais,
para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou
simples conveniência do Estado”.

Celso Antônio Bandeira de Melo, por sua vez, define como sendo “toda
atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada à
satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos
administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e
presta por si mesmo ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de
Direito Público, portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de
restrições especiais – instituído em favor dos interesses definidos como
públicos no sistema normativo”.

Finalmente, a Constituição Federal, em seu art. 175, preleciona: “incumbe


ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos”.

A leitura sistemática da doutrina e da legislação colacionada, por certo,

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poderá suscitar contradições e incoerências, na medida em que a atividade
notarial ora se reveste dos atributos do Poder Público, ora evidencia
caracteres de natureza privada.

A nosso sentir, tal incongruência decorre da impropriedade, ou mesmo da


falta de técnica, do legislador, que, ao misturar elementos inconciliáveis no
texto legal, acabou por inaugurar uma figura jurídica híbrida em nosso
ordenamento.

Não há como admitir se tratar de hipótese de delegação, uma vez que tal
instituto consiste em mecanismo através do qual a titularidade de um
serviço é transferida do Estado para o particular sempre através de
procedimento licitatório, ou, nas palavras de Hely Lopes Meirelles, no
“procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública
seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse”,
podendo ser revogada desde que o interesse público o exija.

Do mesmo modo, não se pode considerar que se trate de um funcionário


público como outro qualquer, tão somente porque ingressou nos quadros
do serviço público mediante concurso.

Em verdade, trata-se de agentes públicos (conjunto de pessoas que, a


qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado,
podendo ser remunerada ou gratuita, definitiva ou transitória, política ou
jurídica[7]) na modalidade agentes particulares colaboradores (conjunto de
pessoas que, embora sejam particulares, executam certas funções
especiais que podem se qualificar como públicas, sempre como resultado
do vínculo jurídico que os prende ao Estado[8]).

Assim, embora não se possa dizer que eles (notários e registradores)


ocupam cargo público, tem-se por certo que possuem ampla relação com o

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Estado, na medida em que seu ingresso se dá mediante concurso público
e sua atividade é regulada pelo Poder Judiciário.

5. Repertório de Jurisprudência

5.1 Ementário de jurisprudência do STF

“Tabelião. Titulares de Ofício de Justiça. Responsabilidade civil.


Responsabilidade do Estado. CF, art. 37, § 6º. Natureza estatal das
atividades exercidas pelos serventuários titulares de cartórios e registros
extrajudiciais, exercidas em caráter privado, por delegação do Poder
Público. Responsabilidade objetiva do Estado pelos danos praticados a
terceiros por esses servidores no exercício de tais funções, assegurado o
direito de regresso contra o notário, nos casos de dolo ou culpa.” (RE
209.354-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 2-3-1999, Segunda
Turma, DJ de 16-4-1999.) No mesmo sentido: RE 551.156-AgR, Rel. Min.
Ellen Gracie, julgamento em 10-3-2009, Segunda Turma, DJE de 3-4-2009.

"Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN


sobre serviços de registros públicos, cartorários e notariais.
Constitucionalidade. Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra
os itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à LC 116/2003, que permitem a
tributação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais pelo
ISSQN. (...) As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à
tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos
serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da
Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços
confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma
garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não
de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços

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públicos mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados.
Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos
concedidos e a não tributação das atividades delegadas." (ADI 3.089, Rel.
p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 13-2-2008, Plenário, DJEde
1º-8-2008.) No mesmo sentido: RE 557.643-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 10-2-2009, Segunda Turma,DJE de 13-3-2009.

“Atividade notarial. Natureza. Lei 9.534/1997. Registros públicos. Atos


relacionados ao exercício da cidadania. Gratuidade. Princípio da
proporcionalidade. Violação não observada. Precedentes. Improcedência
da ação. A atividade desenvolvida pelos titulares das serventias de notas e
registros, embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se a um
regime de direito público. Não ofende o princípio da proporcionalidade lei
que isenta os „reconhecidamente pobres‟ do pagamento dos emolumentos
devidos pela expedição de registro civil de nascimento e de óbito, bem
como a primeira certidão respectiva." (ADI 1.800, Rel. p/ o ac. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 11-6-2007, Plenário, DJ de 28-9-2007.)

“Numa frase, então, serviços notariais e de registro são típicas atividades


estatais, mas não são serviços públicos, propriamente. Inscrevem-se, isto
sim, entre as atividades tidas como função pública lato sensu, a exemplo
das funções de legislação, diplomacia, defesa nacional, segurança pública,
trânsito, controle externo e tantos outros cometimentos que, nem por ser
de exclusivo domínio estatal, passam a se confundir com serviço público.”
(ADI 3.643, voto do Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 8-11-2006,
Plenário, DJ de 16-2-2007.)

"O art. 40, § 1º, II, da Constituição do Brasil, na redação que lhe foi
conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos

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Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as
autarquias e fundações. Os serviços de registros públicos, cartorários e
notariais são exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público
– serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem
atividade estatal, entretanto não são titulares de cargo público efetivo,
tampouco ocupam cargo público. Não são servidores públicos, não lhes
alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da
CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade." (ADI
2.602, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 24-11-2005,
Plenário, DJ de 31-3-2006.) No mesmo sentido: AI 494.237-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 23-11-2010, Segunda Turma,DJE de 7-
12-2010; RE 478.392-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-10-
2008, Segunda Turma, DJE de 21-11-2008; Rcl 5.526-AgR, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-6-2008, Plenário, DJE de 15-8-
2008;AI 655.378-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 26-2-
2008, Segunda Turma, DJE de 28-3-2008. Vide: RE 556.504-ED, Rel. Min.
Dias Toffoli, Julgamento em 10-8-2010, Primeira Turma, DJE de 25-10-
2010.

"Regime jurídico dos serviços notariais e de registro: a) trata-se de


atividades jurídicas próprias do Estado, e não simplesmente de atividades
materiais, cuja prestação é traspassada para os particulares mediante
delegação. Traspassada, não por conduto dos mecanismos da concessão
ou da permissão, normados pelo caput do art. 175 da Constituição como
instrumentos contratuais de privatização do exercício dessa atividade
material (não jurídica) em que se constituem os serviços públicos; b) a
delegação que lhes timbra a funcionalidade não se traduz, por nenhuma
forma, em cláusulas contratuais; c) a sua delegação somente pode recair
sobre pessoa natural, e não sobre uma empresa ou pessoa mercantil, visto

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que de empresa ou pessoa mercantil é que versa a Magna Carta Federal
em tema de concessão ou permissão de serviço público; d) para se tornar
delegatária do Poder Público, tal pessoa natural há de ganhar habilitação
em concurso público de provas e títulos, não por adjudicação em processo
licitatório, regrado pela Constituição como antecedente necessário do
contrato de concessão ou de permissão para o desempenho de serviço
público; e) são atividades estatais cujo exercício privado jaz sob a
exclusiva fiscalização do Poder Judiciário, e não sob órgão ou entidade do
Poder Executivo, sabido que por órgão ou entidade do Poder Executivo é
que se dá a imediata fiscalização das empresas concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos. Por órgãos do Poder Judiciário é que
se marca a presença do Estado para conferir certeza e liquidez jurídica às
relações interpartes, com esta conhecida diferença: o modo usual de
atuação do Poder Judiciário se dá sob o signo da contenciosidade,
enquanto o invariável modo de atuação das serventias extraforenses não
adentra essa delicada esfera da litigiosidade entre sujeitos de direito; f) as
atividades notariais e de registro não se inscrevem no âmbito das
remuneráveis por tarifa ou preço público, mas no círculo das que se
pautam por uma tabela de emolumentos, jungidos estes a normas gerais
que se editam por lei necessariamente federal." (ADI 3.151, Rel. Min. Ayres
Britto, julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ de 28-4-2006.)

"Adicional por tempo de serviço: não sendo vantagem prevista nem


disciplinada na CF, não a viola a lei estadual que manda computar para o
seu cálculo o tempo em que o servidor fora serventuário contratado de
cartório não oficializado: o regime privado da atividade notarial e de
registro, estabelecido pelo art. 236 da Lei Fundamental, não impede que o
tempo de serviço nela cumprido seja tido, por lei, como fato aquisitivo do
direito ao adicional. Precedente: RE 245.171, Primeira Turma, 12-9-2000,

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Pertence, DJ de 20-10-2001." (RE 235.623, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 24-5-2005, Primeira Turma, DJ de 26-8-2005.)

“Concurso público – Notário – Clientela. Ainda de acordo com a douta


maioria, conclusão em torno da qual também guardo reservas, surge a
relevância do pedido de concessão de liminar, no que o diploma local, ante
a Lei federal 8.935/1994, revela a clientela do concurso para
preenchimento do cargo de notário, em serviço> <notarial> e de registro,
como sendo a constituída por titulares, substitutos e escreventes
juramentados legalmente nomeados – art. 8º, § 2º, da Lei 12.919/1998, do
Estado de Minas Gerais.” (ADI 2.151, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento
em 10-5-2000, Plenário, DJ de 22-11-2002.)

“Não está, na Constituição, que aos Estados se reserva, em lei, regular a


matéria do ingresso e da remoção; antes decorre do art. 236 e parágrafos
da Lei Magna que a lei federal, para todo o País, definirá os princípios
básicos a serem seguidos na execução dos serviços notariais e de
registro.” (ADI 2.069-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 2-2-
2000, Plenário, DJ de 9-5-2003.)

"Tabeliães e oficiais de registros públicos: aposentadoria:


inconstitucionalidade da norma da Constituição local que, além de
conceder-lhes aposentadoria de servidor público, que – para esse efeito
não são – vincula os respectivos proventos às alterações dos vencimentos
da magistratura: precedente (ADI 139, RTJ 138/14)." (ADI 575, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 25-3-1999, Plenário, DJ de 25-06-
1999.) Vide: RE 565.936-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 26-
10-2010, Segunda Turma, DJE de 29-11-2010.

“Art. 34 da Constituição do Estado do Espírito Santo. Estatização dos

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Cartórios de Notas e Registro Civil. Faculdade conferida aos atuais
titulares. Contrariedade ao art. 236, caput, da CF que prescreve serem os
serviços notariais e de registro exercidos em caráter privado.” (ADI 417,
Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 5-3-1998, Plenário, DJ de 8-5-
1998.)

“A atividade notarial e registral, ainda que executada no âmbito de


serventias extrajudiciais não oficializadas, constitui, em decorrência de sua
própria natureza, função revestida de estatalidade, sujeitando-se, por isso
mesmo, a um regime estrito de direito público. A possibilidade
constitucional de a execução dos serviços notariais e de registro ser
efetivada „em caráter privado, por delegação do Poder Público‟ (CF, art.
236), não descaracteriza a natureza essencialmente estatal dessas
atividades de índole administrativa. As serventias extrajudiciais, instituídas
pelo Poder Público para o desempenho de funções técnico-administrativas
destinadas „a garantir a publicidade, a autenticidade, a segurança e a
eficácia dos atos jurídicos‟ (Lei 8.935/1994, art. 1º), constituem órgãos
públicos titularizados por agentes que se qualificam, na perspectiva das
relações que mantêm com o Estado, como típicos servidores públicos.”
(ADI 1.378-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-
1995, Plenário, DJ de 30-5-1997.)

“Provimento de cargos de titular de escrivanias judiciais e extrajudiciais.


Inviabilidade de equiparação de vencimentos, a teor do art. 37, XIII, da CF,
salvo nas hipóteses nela previstas.” (ADI 112, Rel. Min. Néri da Silveira,
julgamento em 24-8-1994, Plenário, DJ de 9-2-1996.)

“A ausência da lei nacional reclamada pelo art. 236 da Constituição não


impede o Estado-membro, sob pena da paralisação dos seus serviços
notariais e registrais, de dispor sobre a execução dessas atividades, que se

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inserem, por sua natureza mesma, na esfera de competência autônoma
dessa unidade federada. A criação, o provimento e a instalação das
serventias extrajudiciais pelos Estados-membros não implicam usurpação
da matéria reservada à lei nacional pelo art. 236 da CF.” (ADI 865-MC, Rel.
Min. Celso de Mello, julgamento em 7-10-1993, Plenário, DJ de 8-4-1994.)

5.2 Ementário de jurisprudência do STJ

“ADMINISTRATIVO – SERVENTIA NOTARIAL E REGISTRAL – REGIME


DE DIREITO PÚBLICO – CUSTAS E EMOLUMENTOS –
NATUREZA JURÍDICA DE TRIBUTO – TAXA REMUNERATÓRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO – NÃO INCIDÊNCIA DA IMPENHORABILIDADE
LEGAL CONTIDA NO ART. 649, IV DO CPC.

1. O cerne do recurso especial consiste em saber, em primeiro lugar, qual


a natureza jurídica das custas e emolumentos de serviços notariais e
registrais, e, após a obtenção da resposta, se tais valores estão protegidos
pela impenhorabilidade legal.

2. As serventias exercem atividade por delegação do poder público, motivo


pelo qual, embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se, na
verdade, a um regime de direito público. As custas e emolumentos devidos
aos serventuários os são em razão da contraprestação do serviço que o
Estado, por intermédio deles, presta aos particulares que necessitam dos
serviços públicos essenciais prestados pelo foro judicial ou extrajudicial.

3. Os valores obtidos com a cobrança das taxas e emolumentos são


destinados à manutenção do serviço público cartorário, e não
simplesmente para remunerar o serventuário. Se tais valores tivessem a
finalidade exclusiva de remunerar o serventuário, que exerce função
pública, o montante auferido não poderia exceder o subsídio mensal dos

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Ministros do Supremo Tribunal Federal, conforme dispõe o art. 37, XI da
CF.

4. Sendo assim, tendo as custas e emolumentos de serviços notariais


natureza jurídica tributária, na qualidade de taxas destinadas à promover a
manutenção do serviço público prestado, e não simplesmente à
remuneração do serventuário, não há que se falar na incidência da
impenhorabilidade legal prevista no art. 649, IV do CPC.

5. Não há ilegalidade, portanto, na decisão do juiz inicial que, nos autos de


uma ação cautelar determinou a indisponibilidade de parte dos recursos da
recorrente, obtidos na serventia em que era titular, com o garantir o
ressarcimento dos danos causados ao erário, em ação de improbidade
administrativa.

Recurso especial improvido.

(Processo: REsp 1181417/SC RECURSO ESPECIAL 2010/0032835-6,


Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS (1130), Órgão Julgador: T2 -
SEGUNDA TURMA, Data do Julgamento: 19/08/2010, Data da
Publicação/Fonte: DJe 03/09/2010).”

“ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – DANO


CAUSADO POR TITULAR DE SERVENTIA EXTRAJUDICIAL NÃO-
OFICIALIZADA – LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESTADO DE GOIÁS.

1. Cuida-se de ação de indenização proposta por ISAÍAS BRAGA contra o


Estado de Goiás com o objetivo de ser ressarcido de prejuízos decorrentes
de anulação de registro de imóvel por ele adquirido, em

razão de existência de cancelamento da cadeia dominial do referido bem,

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anos antes, sem que o Cartório fizesse constar qualquer averbação de
sentença.

2. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás entendeu pela ilegitimidade


passiva do Estado, em razão de que o oficial de registro público é
responsável civilmente por seus atos registrais, nos termos do art. 28 da
Lei n. 6.015/73.

3. A jurisprudência desta Corte vem reconhecendo a responsabilidade do


Estado em decorrência de defeitos na prestação no serviço notarial, já que
se trata de serviço público delegado, portanto, sujeito aos preceitos do
artigo 37, § 6º, da CF .

4. "Embora seja o preposto estatal também legitimado para responder pelo


dano, sendo diferentes as suas responsabilidades, a do Estado objetiva e a
do preposto subjetiva, caminhou a jurisprudência por

resolver em primeiro lugar a relação jurídica mais facilmente comprovável,


ressalvando-se a ação de regresso para apurar-se a responsabilidade
subjetiva do preposto estatal." (REsp 489.511/SP, Rel. Min. Eliana Calmon,
Segunda Turma, julgado em 22.6.2004, DJ 4.10.2004 p. 235.)

5. "A função eminentemente pública dos serviços notariais configura a


natureza estatal das atividades exercidas pelos serventuários titulares de
cartórios e registros extrajudiciais. RE 209.354/PR."

(RE 551.156 AgR, Relator(a): Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, julgado
em 10.3.2009, DJe-064 DIVULG 2.4.2009 PUBLIC 3.4.2009.)

Agravo regimental improvido.

(AgRg no REsp 1005878/GO, AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

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ESPECIAL 2007/0265865-3, Ministro HUMBERTO MARTINS (1130),
Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA, Data do Julgamento:
28/04/2009, Data da Publicação/Fonte: DJe 11/05/2009).”

“ADMINISTRATIVO - RESPONSABILIDADE CIVIL DOS NOTÁRIOS E


OFICIAIS DE REGISTRO - ARTIGO 22 DA LEI 8935/94 -
REGULAMENTAÇÃO DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO - INFRAÇÃO
DISCIPLINAR - PRESCRIÇÃO - OCORRÊNCIA - LEI ESPECÍFICA -
APLICAÇÃO DO DECRETO 220/75 (ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS
PÚBLICOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO). TERMO A QUO DO
PRAZO PRESCRICIONAL BIENAL - DATA DA LAVRATURA DA
ESCRITURA PÚBLICA.

1. A regra exegética de que lex specialis derrogat lex generalis implica a


aplicação do Decreto 220/75 (Estatuto dos funcionários públicos do Estado
do Rio de Janeiro) aos serventuários de justiça punidos com sanções
disciplinares, em face da omissão na norma específica, qual seja, a Lei
8.935/1994.

2. O Estatuto básico dos notários e registradores - Lei 8.935/1994 - restou


omisso no que tange aos prazos prescricionais dos atos irregulares
perpetrados por serventuários da justiça, razão pela qual aplicável,
subsidiariamente, o Decreto 220/75, que dispõe,

verbis: "Prescreverá em dois anos a falta sujeitas às penas de advertência,


repreensão, multa ou suspensão. O § 2º do mesmo artigo acrescenta: 'O
curso da prescrição começa a fluir da data do evento punível
disciplinarmente e interrompe-se pela abertura do processo administrativo
disciplinar."

3. A lei nova que cria, sobre o mesmo tema anterior, um sistema inteiro,

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completo, diferente, elimina o sistema antecedente.

4. É que "a disposição especial afeta a geral, apenas com restringir o


campo da sua aplicabilidade; porque introduz uma exceção ao alcance do
preceito amplo, exclui da ingerência deste algumas hipótese. Portanto o
derroga só nos pontos em que lhe é contrária (1). Na verdade, a regra
especial posterior só inutiliza em parte a geral anterior, e isto mesmo
quando se refere ao seu assunto, implícita ou explicitamente, para alterá-
la. Derroga a outra naquele caso particular e naquela matéria especial a
que provê ela própria" (In Carlos Maximiliano, Hermenêutica e Aplicação do
Direito,

Forense, 1991, 11ª edição, páginas 360/361).

5. In casu, aplica-se a analogia, porquanto possível inferir-se a incidência


da prescrição bienal na hipótese.

6. É cediço que "se entre a hipótese conhecida e a nova a semelhança se


encontra em circunstâncias que se deve reconhecer como essencial, isto é,
como aquela da qual dependem todas as conseqüências merecedoras de
apreço na questão discutida; ou, por outra, se a circunstância comum aos
dois casos, com as conseqüências que da mesma decorrem, é a causa
principal de todos os efeitos; o argumento adquire a força de uma indução
rigorosa" (In Hermenêutica e Aplicação do Direito, Forense, 1991, 11ª
edição, página 206).

7. Deveras, as espécies semelhantes devem ser reguladas por normas


semelhantes, princípio de verdadeira igualdade jurídica.

8. Incidência da analogia legis, a qual consiste em aplicar à uma hipótese

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não prevista em lei aquela disposição relativa a um caso semelhante.

9. A idéia essencial da lei estadual (Decreto 220/75) deve ser transposta


aos serventuários (notários e registradores) porquanto o preceito nela
formulado assemelha-se a este grupo definido por "colaboradores
do serviçopúblico", no dizer de Maria Sylvia Zanella di Pietro.

10. É que ressoa inequívoco que "não podem os repositórios de normas


dilatar-se até a exagerada minúncia, prever todos os casos possíveis no
presente e no futuro. Sempre haverá lacunas no texto, embora o espírito
do mesmo abranja órbita mais vasta, todo o assunto inspirador do Código,
a universalidade da doutrina que o mesmo concretiza. Esta se deduz não
só da letra expressa, mas também da falta de disposição especial. Até o
silêncio se interpreta; até ele traduz alguma coisa, constitui um índice do
Direito, um modo de dar a entender o que constitui, ou não, o conteúdo da
norma. A impossibilidade de enquadrar em um complexo de preceitos
rígidos todas as mutações da vida prática decorre também do fato de
podrem sobrevir, em qualquer tempo, invenções e institutos não sonhados
sequer pelo legislador" (In Carlos Maximiliano, ob. cit., página 208).

11. Aplicação do preceito Ubi eadem legis ratio, ibi eadem legis dispositio
("onde se depare razão igual à da lei, ali prevalece a disposição
correspondente da norma referida").

12. A lei estadual representa a realidade mais próxima àquela descrita nos
autos do que a previsão constante do Decreto 20.910/32, o qual adstringe-
se à prescrição relativa à Fazenda Pública.

13. O regime dos serventuários da justiça - tais como os notários e


registradores - é híbrido - vez que a atividadenotarial e registral está ligada
intrinsecamente aos princípios do serviço público da legalidade,

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moralidade, impessoalidade e publicidade (CF/88, art. 37).

14. O registrador público e o tabelião são agentes públicos uma vez que se
enquadram na categoria de "particulares em colaboração à Administração",
sujeitando-se inclusive ao conceito de "funcionários públicos" para fins de
responsabilidade penal.

15. "Os notários e oficiais de registro responderão pelos danos que eles e
seus prepostos causarem a terceiros, na prática de atos próprios da
serventia, assegurado aos primeiros direito de regresso no caso de dolo ou
culpa dos prepostos" (artigo 22 da Lei 8935/94, ao regulamentar o artigo
236 da Constituição Federal).

16. Os empregados contratados pelos registradores e notários para


prestarem serviços nos cartórios, regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho, responderão perante o titular deste pelo dano causado, em
casos de dolo, em ação ordinária, mesmo porque contratados com
remuneração livremente ajustada e sob o regime da legislação do trabalho,
sem interferência nenhuma do Poder Judiciário.

17. Contudo, há lei especial versando acerca da prescrição bienal,


restando inaplicável, subsidiariamente, o Decreto 20.910/32, regra geral
adotada no Direito Administrativo para outros fins, quais sejam, as dívidas
Passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e
qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal,

Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza.

18. A título de argumento obiter dictum, o supracitado decreto não exclui a


incidência de norma mais favorável, como se extrai do seu artigo 10, que
ora se transcreve, verbis:"Art. 10º. - O disposto nos artigos anteriores não

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altera as prescrições de menor prazo, constantes, das leis e regulamentos,
as quais ficam subordinadas as

mesmas regras."

19. O Termo a quo para o início do prazo prescricional é o prazo da


lavratura da escritura, que ocorreu em 27 de setembro de 2001, o que
impõe o reconhecimento da prescrição bienal, porquanto o procedimento
administrativo somente foi instaurado em 23 de agosto de 2004 (fls. 21/22)
por ocasião da protocolização da petição da interessada em 17 de março
de 2004. Precedente: REsp 337.447/SP, Rel. Ministro Humberto Gomes de
Barros, Primeira Turma, julgado em 04.12.2003, DJ 19.12.2003.

20. Recurso ordinário provido, para extinguir a punibilidade da recorrente


em face da ocorrência da prescrição bienal.

(Processo: RMS 23587/RJ RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA
2007/0034944-0, Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO (1116), Relator
do Acórdão: Ministro LUIZ FUX (1122), Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA
TURMA, Data do Julgamento: 07/10/2008, Data da Publicação/Fonte: DJe
03/11/2008 LEXSTJ vol. 232 p. 44 RSTJ vol. 213 p. 80).”

“MANDADO DE SEGURANÇA. ISS. SERVIÇOS


CARTORÁRIOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO
PÚBLICO.NATUREZA PÚBLICA. ART. 236 DA CF/88. IMUNIDADE
RECÍPROCA. EMOLUMENTOS. CARÁTER DE TAXA. NÃO-INCIDÊNCIA.

I - Os serviços cartorários, notariais e de registro público não sofrem a


incidência do ISS, porquanto são essencialmente serviços públicos,
prestados sob delegação de poder, a teor do art. 236 da CF/88, sendo que

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a referida tributação fere o princípio da imunidade recíproca, estampada no
art. 150, inciso VI, da Carta Magna.

II - Ademais, incabível a cobrança do aludido tributo, sob pena de


ocorrência de bitributação, eis que os emolumentos exigidos pelos
cartórios servem como contraprestação dos serviços públicos prestados,
caracterizando-se como taxa. Precedentes do STF: ADC nº 5 MC/DF, Rel.
Min. NELSON JOBIM, DJ de 19/09/03 e ADI nº 1.444/PR, Rel. Min.
SYDNEY SANCHES, DJ de 11/04/03.

III - Precedente do STJ: REsp nº 612.780/RO, Rel. Min. FRANCISCO


FALCÃO, DJ de 17/10/05.

IV - Recurso especial provido.

(Processo: REsp 1012491/GO RECURSO ESPECIAL 2007/0288597-0,


Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO (1116), Órgão Julgador: T1 -
PRIMEIRA TURMA, Data do Julgamento: 19/02/2008, Data da
Publicação/Fonte: DJe 26/03/2008 RDDT vol. 153 p. 182).”

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - RECURSO ORDINÁRIO -


MANDADO DE SEGURANÇA - CARTÓRIO - OFÍCIO DE NOTAS -
ESCREVENTE SUBSTITUTO NÃO CONCURSADO - NECESSIDADE DE
CONCURSO PÚBLICO. 1. NATUREZA E REGIME JURÍDICO
DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO.

A jurisprudência do STF e do STJ, sob inspiração da melhor doutrina,


afirma que:

a) Os notários e registradores não são servidores públicos em sentido


específico, não se submetendo às regras de aposentadoria e de vínculo

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típicas dos estatutários.

b) Os notários e registradores, porém, devem ser investidos em seus


ofícios mediante prévio concurso público de provas e títulos, por efeito do
art. 236, § 3º, CF/1988: "o ingresso na atividade notarial e registral
depende, necessariamente, para legitimar-se, de prévia aprovação em
concurso público de provas e títulos, sob pena de invalidade jurídica da
outorga, pelo Poder Público, da delegação estatal ao notário público e ao
oficial registrador." (STF, AC-QO 83/CE, Relator Min. Celso de Mello,
Segunda Turma, DJU 21.11.2003).

c) "O substituto de serventia não tem direito adquirido à efetivação na


titularidade de cartório, nos termos do art. 208 da Constituição Federal de
1967, com a redação dada pela Emenda Constitucional n. 22/82, se a
vacância do cargo ocorreu na vigência da Carta Magna de 1988, a qual
previu, em seu art. 236, § 3º, a necessidade de prévia aprovação em
concurso público de provas e títulos" (RMS 22.132/PI, 2ª Turma, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, DJU 29.3.2007).

2. SITUAÇÃO FÁTICA DA RECORRENTE. A recorrente foi nomeada


como escrevente juramentada da serventia aos 30.3.1982 (fls.3). Na
vigência da Constituição de 1988; em 15.4.1989 é que passou a exercer a
função de escrevente substituta (fls.4). Incompatibilidade com o suporte
normativo do art.236, CF/1988.

Recurso ordinário improvido.

(Processo: RMS 26503/PI, RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA
2008/0050541-0, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS (1130), Órgão
Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA, Data do Julgamento: 06/05/2008, Data

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da Publicação/Fonte: DJe 15/05/2008).”

“PROCESSO CIVIL - ADMINISTRATIVO - RECURSO ORDINÁRIO EM


MANDADO DE SEGURANÇA - ATIVIDADE NOTARIAL - TITULAR DE
CARTÓRIO – APOSENTADORIA COMPULSÓRIA - 70 (SETENTA) ANOS
- COMPETÊNCIA PARA O ATO - PRELIMINAR REJEITADA - MÉRITO
DENEGADO.

1 - Verifica-se que a autoridade competente para declarar a aposentação


da impetrante, titular do 4º Ofício de Barra Mansa/RJ, é o Exmo. Sr.
Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do
Rio de Janeiro, como Chefe do Judiciário Estadual. Logo, somente contra
ele deve ser dirigida a impetração. Ilegitimidade passiva ad causam do
Exmo. Sr. Corregedor-Geral de Justiça mantida. Preliminar rejeitada.

2 - Consoante remansosa jurisprudência desta Corte Superior de


Uniformização Infraconstitucional e do Colendo Supremo Tribunal Federal,
os oficiais de registro e notários são servidores públicos em sentido lato,
sujeitando-se ao disposto no art. 40, II, da Constituição Federal, que prevê
a aposentadoria compulsória aos 70 (setenta) anos de idade.

3 - Precedentes (STF, RE nºs 178.236/RJ (Pleno) e 189.736/SP e STJ,


RMS nº 733/SP e AGREGMC nº 2.109/MG).

4 - Recurso conhecido, porém, desprovido.

(Processo: RMS 11630/RJ RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA
2000/0019147-7, Relator: Ministro JORGE SCARTEZZINI (1113), Órgão
Julgador: T5 - QUINTA TURMA, Data do Julgamento: 23/10/2001, Data da
Publicação/Fonte: DJ 19/11/2001 p. 289).”

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“CONSTITUCIONAL. INTERPRETAÇÃO DO ART. 236, PAR. 1., DA CF, E DA LEI
8.935, DE 18.11.1994, ARTS. 22, 28 E 37. 1. O NOVO SISTEMA NACIONAL
DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS IMPOSTO PELA LEI 8.935, DE
18.11.1994, COM BASE NO ART. 236, PAR.

1., DA CF, NÃO OUTORGOU PLENA AUTONOMIA AOS SERVIDORES DOS


CHAMADOS OFICIOS EXTRAJUDICIAIS EM RELAÇÃO AO PODER JUDICIARIO,
PELO QUE CONTINUAM SUBMETIDOS A AMPLA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
DOS SEUS SERVIÇOS PELO REFERIDO PODER.

2. OS PROCEDIMENTOS NOTARIAIS E REGISTRAIS CONTINUAM A


SER SERVIÇOS PUBLICOS DELEGADOS, COM FISCALIZAÇÃO EM TODOS OS
ASPECTOS PELO PODER JUDICIARIO.

3. O TEXTO DA CARTA MAIOR IMPÕE QUE OS SERVIÇOS NOTARIAIS E


DE REGISTRO SEJAM EXECUTADOS EM REGIME DE CARATER PRIVADO,
POREM, POR DELEGAÇÃO DO PODER PUBLICO, SEM QUE TENHA IMPLICADO
NA AMPLA TRANSFORMAÇÃO PRETENDIDA PELOS IMPETRANTES, ISTO E,
DE TEREM SE TRANSMUDADOS EM SERVIÇOS PUBLICOS CONCEDIDOS
PELA UNIÃO FEDERAL, A SEREM PRESTADOS POR AGENTES PURAMENTE
PRIVADOS, SEM SUBORDINAÇÃO A CONTROLES DE FISCALIZAÇÃO E
RESPONSABILIDADES PERANTE O PODER JUDICIARIO.

4. A RAZÃO DESSE ENTENDIMENTO ESTA SUSTENTADA NOS ARGUMENTOS


SEGUINTES:

A) VINCULO-ME A CORRENTE DOUTRINARIA QUE DEFENDE A NECESSIDADE


DE SE INTERPRETAR QUALQUER DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL DE FORMA
SISTEMICA, A FIM DE SE EVITAR A VALORIZAÇÃO ISOLADA DA NORMA EM
DESTAQUE E, CONSEQUENTEMENTE, A SUA POSSIVEL INCOMPATIBILIDADE
COM OS PRINCIPIOS REGEDORES DO ORDENAMENTO JURIDICO
CONSTRUIDO SOB O COMANDO DA CARTA MAIOR PARA A ENTIDADE OU
ENTIDADES JURIDICAS REGULADAS.

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B) INFLUENCIADO POR TAIS POSIÇÕES, O MEU PRIMEIRO POSICIONAMENTO
E O DE FIXAR O CONCEITO TECNICO-JURIDICO DA EXPRESSÃO
"DELEGAÇÃO DO PODER PUBLICO", QUE CONSTITUI O TEMA CENTRAL DO
DEBATE, HAJA VISTA QUE E O MODO INSTITUCIONAL COMO OS SERVIÇOS
NOTARIAISE DE REGISTRO SÃO, HOJE, EXERCIDOS NO PAÍS.

C) O CONCEITO DE DELEGAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO, APÓS ALGUMAS


VARIAÇÕES, ESTÁ HOJE PACIFICADO COMO SENDO A POSSIBILIDADE DO
PODER PÚBLICO CONFERIR A OUTRA PESSOA, QUER PÚBLICA OU PRIVADA,
ATRIBUIÇÕES QUE ORIGINARIAMENTE LHE COMPETEM POR
DETERMINAÇÃO LEGAL.

D) POR A AUTORIDADE DELEGANTE TER A COMPETENCIA ORIGINARIA,


EXCLUSIVA OU CONCORRENTE, DO EXERCICIO DAS ATRIBUIÇÕES FIXADAS
POR LEI, NO MOMENTO EM QUE DELEGA, POR PARA TANTO ESTAR
AUTORIZADO, TAMBEM, POR NORMA JURIDICA POSITIVA, ESTABELECE-SE
UMA SUBORDINAÇÃO ENTRE AS PESSOAS ENVOLVIDAS NO SISTEMA
HIERARQUICO ENTRE O TRANSFERIDOR DA EXECUÇÃO DO SERVIÇO E
QUEM O VAI EXECUTAR, EM OUTRAS PALAVRAS, ENTRE O DELEGANTE E O
DELEGADO.

E) O DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL EM COMENTO, NO CASO O ART. 236, DA


CF, AO DETERMINAR QUE OS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO SÃO
EXERCIDOS EM CARATER PRIVADO, POREM, POR DELEGAÇÃO DO PODER
PUBLICO, NÃO DESCARACTERIZOU A NATUREZA PUBLICA DE
TAIS SERVIÇOS,NEM RESTRINGIU A FORMA DE SUA FISCALIZAÇÃO,
NOTADAMENTE PORQUE NO PAR. 1., DE FORMA EXPRESSA, ESTA DITO QUE
"LEI REGULARA AS ATIVIDADES, DISCIPLINARA A RESPONSABILIDADE CIVIL
E CRIMINAL DOS NOTARIOS, DOS OFICIAIS DE REGISTRO E DE SEUS
PREPOSTOS, E DEFINIRA A FISCALIZAÇÃO DE SEUS ATOS PELO PODER
JUDICIARIO.

F) A SEGUIR, O LEGISLADOR CONSTITUINTE, NUMA DEMONSTRAÇÃO


INEQUIVOCA DE QUE NÃO SE AFASTOU DO CONCEITO TRADICIONAL DE

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DELEGAÇÃO DE SERVIÇO PUBLICO, PORTANTO, RESPEITANDO, EM TODA A
SUA PLENITUDE, O PRINCIPIO DA SUBORDINAÇÃO HIERARQUICA A EXISTIR
ENTRE DELEGANTE E DELEGADO, DISPOS, AINDA, QUE "A LEI FEDERAL
ESTABELECERA NORMAS GERAIS PARA FIXAÇÃO DE EMOLUMENTOS
RELATIVOS AOS ATOS PRATICADOS PELOS SERVIÇOS NOTARIAIS E
DO REGISTRO", BEM COMO QUE "O INGRESSO NA ATIVIDADE NOTARIAL E
DE REGISTRODEPENDE DE CONCURSO PUBLICO DE PROVAS E TITULOS,
NÃO SE PERMITINDO QUE QUALQUER SERVENTIA FIQUE VAGA, SEM
ABERTURA DE CONCURSO DE PROVIMENTO OU DE REMOÇÃO POR MAIS DE
SEIS MESES."

G) E EVIDENTE QUE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NOTARIAIS E


DE REGISTRO PÚBLICO NO BRASIL, APOS A CF/1988, NÃO TOMOU AS
CARACTERISTICAS PRECONIZADAS PELOS IMPETRANTES, ISTO E, DE QUE
PASSARAM A SE SUBMETER AO REGIME DE CONCESSÃO
DE SERVIÇO PUBLICO, ONDE O PODER FISCALIZADOR E LIMITADO, APENAS,
AOS ATOS NOTARIAIS, JAMAIS A GESTÃO INTERNA DA ENTIDADE QUE A
EXERCE EM REGIME ABSOLUTAMENTE PRIVADO, POR TER DEIXADO DE SER
UMA SERVENTIA PUBLICA DA JUSTIÇA.

H) NÃO IMPORTA, COM AS MINHAS HOMENAGENS AO PATRONO DOS


IMPETRANTES, EM FACE DO PROFUNDO TRABALHO JURIDICO
DESENVOLVIDO, NÃO SO NA PETIÇÃO INICIAL, COMO NA DO RECURSO, A
INTERPRETAÇÃO QUE OS IMPETRANTES ASSENTARAM A RESPEITO DO
TEXTO CONSTITUCIONAL EM DISCUSSÃO.

I) O FATO, POR SI SO, DE NO ART. 235, "CAPUT", DA CF, ESTAR INSERIDA A


EXPRESSÃO DE QUE OSSERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO SÃO
EXERCIDOS EM CARATER PRIVADO, NÃO CONDUZ AO ENTENDIMENTO
POSTO NO RECURSO, POIS, LOGO A SEGUIR, ESTA A DETERMINAÇÃO
NUCLEAR DE QUE TAIS SERVIÇOS, POR CONTINUAREM A SER PUBLICOS,
NECESSITAM DE DELEGAÇÃO DO PODER PUBLICO PARA QUEM VAI
EXERCE-LOS, PELO QUE DEVERÃO EXECUTA-LOS DE ACORDO COMO A LEI
DETERMINAR E SO PODERÃO RECEBER TAL DELEGAÇÃO OS QUE
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FOREM, PELO PROPRIO PODER PUBLICO, JULGADOS APTOS PELA VIA DO
CONCURSO PUBLICO.

J) A NATUREZA PUBLICA DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO NÃO


SOFREU QUALQUER DESCONFIGURAÇÃO COM A CF/1988. EM RAZÃO DE
TAIS SERVIÇOS ESTAREM SITUADOS EM TAL PATAMAR, ISTO E, COMO
PUBLICOS, A ELES SÃO APLICADOS O ENTENDIMENTO DE QUE CABE AO
ESTADO O PODER INDECLINAVEL DE REGULAMENTA-LOS E CONTROLA-LOS
EXIGINDO SEMPRE SUA ATUALIZAÇÃO E EFICIENCIA, DE PAR COM O EXATO
CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES IMPOSTAS PARA SUA PRESTAÇÃO AO
PUBLICO.

5. NEGO PROVIMENTO AO RECURSO.

(Processo: RMS 7730 / RS RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA
1996/0061180-7, Relator: Ministro JOSÉ DELGADO (1105), Órgão Julgador: T1 -
PRIMEIRA TURMA, 01/09/1997, Data da Publicação/Fonte: DJ 27/10/1997 p.
54720).”

5.3 Ementário de jurisprudência dos Tribunais Estaduais

“ISS. COBRANÇA SOBRE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRÁRIOS.


OS SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS PÚBLICOS NÃO DEIXAM
DE OSTENTAR NATUREZA DE ATUAÇÃO ESTATAL PELO FATO DE
SEREM EXERCIDOS EM CARÁTER PRIVADO. A DELEGAÇÃO APENAS
COMPROVA A CATEGORIA PÚBLICA DO ENCARGO. O PRINCÍPIO DA
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA IMPEDE QUE O MUNICÍPIO
INSTITUA IMPOSTO SOBRE SERVIÇO ESTADUAL. SEGURANÇA
CONCEDIDA. APELO DO IMPETRANTE PROVIDO. Lei local instituidora
de ISS sobre serviço notarial ou registário é inconstitucional porque o
desempenho continua a ser público, delegado pelo Estado para ser
exercido em caráter privado. A imunidade recíproca prevista no
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artigo 150, inciso VI, alínea ?a? da Constituição da República impede que
o Município institua imposto sobre serviço do Estado. O sistema de
controle de constitucionalidade vigente no Brasil permite a concentração
com eficácia erga omnes a cargo do Supremo Tribunal Federal e, na via
incidental ou difusa, o poder de qualquer juiz afastar por incompatibilidade
com a ordem fundante, norma que impeça a aplicação da vontade concreta
da lei à hipótese submetida à apreciação do Estado-juiz.

(Relator(a): Renato Nalini Comarca: Mirandópolis Órgão julgador: 1ª


Câmara de Direito Público Data do julgamento: 26/07/2011 Data de
registro: 01/08/2011 Outros números: 4848105600).”

“RESPONSABILIDADE CIVIL. CARÊNCIA DE AÇÃO. AÇÃO AFORADA


CONTRA TABELIONATO - SERVIÇO NOTARIAL E REGISTRAL.
AUSÊNCIA DE PERSONALIDADE JURÍDICA. ATIVIDADE DE
NATUREZA ESTATAL, EXERCIDA DE FORMA PRIVADA POR
DELEGAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. Os Tabelionatos Serviços
Notariais e Registrais não possuem personalidade jurídica própria, sendo
que eventuais responsabilidades provenientes de atuação culposa ou
dolosa são imputáveis somente aos seus titulares. Trata-se de atividade de
natureza estatal, exercida de forma privada por delegação do Estado.
Ilegitimidade passiva. Incidência dos artigos 236 da Constituição Federal,
22 da Lei n° 8.935/94 e 38 da Lei n° 9.492/97. Carência de ação mantida.
NEGADO SEGUIMENTO AO APELO. (Apelação Cível Nº 70027763671,
Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Antônio
Kretzmann, Julgado em 19/03/2009).”

“TRIBUTÁRIO - ISSQN - SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO - LEI


COMPLEMENTAR N.º 116/2003 - ITENS 21 E 21.01 DA LISTA ANEXA -
LEI N.º 2.506/2003 DO MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA - SERVIÇO

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PÚBLICO REMUNERADO POR TAXA - IMUNIDADE RECÍPROCA -
INCONSTITUCIONALIDADE. 1 - São inconstitucionais os itens 21 e 21.01
da lista anexa à Lei n.º 2.506/2003 do Município de Santa Luzia, que prevê
a incidência do ISSQN sobre 'serviços de registros públicos, cartorários e
notariais', porquanto estes são serviços públicos, exercidos por delegação,
remunerados por emolumentos, que têm natureza jurídica de taxas de
serviço 'lato sensu', além de constituírem receita pública do Estado de
Minas Gerais, imune a tributação por força do art. 150, inc. VI,'a', da CR/88.
2 - Recurso não-provido.

(Processo: Ap Cível/Reex Necessário 1.0245.04.047144-4/002, Relator:


Des.(a) Edgard Penna Amorim, Órgão Julgador: Câmaras Cíveis Isoladas /
8ª CÂMARA CÍVEL, Comarca de Origem: Santa Luzia, Data do
Julgamento: 16/11/2006, Data da Publicação da Súmula: 02/03/2007).”

“APELAÇÃO REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO.


MANDADO DE SEGURANÇA. ISS. SERVIÇOS REGISTRAIS, NOTARIAIS
E JUDICIAIS PRIVATIZADOS. IMUNIDADE RECÍPROCA. LEGITIMIDADE
RECURSAL. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INTERESSADA.
APELO INTERPOSTO POR AUTORIDADE COATORA. INADMISSÃO. A
autoridade coatora, apesar de ser parte no mandado de segurança, não
possui legitimidade para recorrer, devendo, somente, prestar e assinar as
informações no prazo de 10 (dez) dias e cumprir o que for determinado na
liminar ou na sentença. A legitimidade recursal é da pessoa jurídica de
direito público interessada, pois é ela que suportará os efeitos patrimoniais
da decisão final, estando ou não representada no processo. Apelo
interposto pela autoridade coatora não-conhecido. SERVIÇOS NOTARIAIS
E REGISTRAIS. HIPÓTESE DE IMUNIDADE. 1. Os serviços de registros
públicos cartorários e notariais são serviços públicos específicos e
divisíveis remunerados por meio de emolumentos. O Supremo
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Tribunal Federal firmou orientação no sentido de que os emolumentos
possuem natureza tributária, qualificando-se como taxas remuneratórias de
serviços públicos. 2. A atividade notarial e registral, ainda que executada
no âmbito de serventias extrajudiciais privadas, constitui, em decorrência
de sua própria natureza, função revestida de estatalidade, sujeitando-se,
assim, a um estrito regime de direito público. 3. Os serviços públicos
prestados pelo Estado, ainda que em caráter de delegação, não podem ser
tributados pelos Municípios, assim como os serviços públicos municipais
não submetem às exações dos impostos estaduais. Essa é a exegese que
se extrai do artigo 150, inciso VI, a, da Constituição Federal. Apelo
interposto por Leo Alberto Klein não-conhecido, apelação interposta pelo
Município desprovida, sentença mantida em reexame necessário.
(Apelação e Reexame Necessário Nº 70009757444, Segunda Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Armando Bezerra Campos,
Julgado em 10/11/2004).”

“MANDADO DE SEGURANCA - LIMITE DE IDADE PARA


APOSENTADORIA COMPULSORIA DOS NOTARIOS E
REGISTRADORES. CONSTITUICAO FEDERAL - ART.236, CAPUT.
EMENDA CONSTITUCIONAL N.20/98. DEFINICAO DOUTRINARIA NO
SENTIDO QUE O NOTARIO E O PARTICULAR QUE COLABORA COM O
PODER PUBLICO. MANDADO DE SEGURANCA N. 595054982 -
RELATOR DES. FELIPE AZEVEDO GOMES - NO QUAL FOI ADUZIDO
QUE "... A CONSTITUICAO NAO DIZ QUE OS TABELIAES EXERCEM
ATIVIDADE PRIVADA, MAS QUE ELES A EXERCEM EM CARATER
PRIVADO, OU SEJA, QUE E EXERCIDA AS CUSTAS DO TITULAR DO
TABELIONATO". A EXTENSAO DO CONCEITO DE CARGO PUBLICO,
NA TRADICAO DO DIREITO CONSTITUCIONAL, E BEM MAIOR QUE A
CONSTANTE A LUZ DE LEGISLACAO ORDINARIA.

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RESPONSABILIDADE DO ESTADO - ART.37, PAR-6, DA
CONSTITUICAO FEDERAL - RESPONSABILIDADE SUBSIDIARIA.
DENEGACAO DA SEGURANCA, POR MAIORIA. VOTO VENCIDO
PROFERIDO PELO DES. DECIO ANTONIO ERPEN. NATUREZA
JURIDICA DAS ATIVIDADES NOTARIAL E REGISTRAL. ATIVIDADE
PUBLICA ATIPICA - LEI 8934/94, ARTIGOS 22 E 39. NOVA REDACAO
DADA A CONSTITUICAO FEDERAL PELA EC N.20, DE 15.12.98, DEIXA
INEQUIVOCO QUE A APOSENTADORIA COMPULSORIA, POR
IMPLEMENTO DE IDADE, AGORA SO OCORRE PARA OS
"SERVIDORES TITULARES DE CARGOS EFETIVOS", E NAO MAIS
PARA OS SERVIDORES EM GERAL. O LEGISLADOR
CONSTITUCIONAL DIMINUIU SENSIVELMENTE OS CASOS DE
APOSENTADORIA COMPULSORIA E O FEZ EM PROVEITO DA
ADMINISTRACAO. NAO HA MAIS O CARGO DE NOTARIO E
REGISTRADOR. O REINGRESSO E NA ATIVIDADE, E NAO EM CARGO
PUBLICO. NOTARIOS E REGISTRADORES SAO PROFISSIONAIS
PUBLICOS DO DIREITO, SENDO AGENTES PARTICULARES EM
COLABORACAO COM O PODER PUBLICO, QUE LHES DELEGOU SEU
MISTER, NAO SENDO FUNCIONARIOS PUBLICOS. NEM SEUS
PREPOSTOS. NAO HA REGRAS PARA SE FALAR EM PERDA DA
DELEGACAO PELO IMPLEMENTO DA IDADE. (59FLS.) (Mandado de
Segurança Nº 70000030130, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Décio Antônio Erpen, Julgado em 18/10/1999).”

6. Considerações Finais

À luz da jurisprudência colacionada, vê-se que a posição capitaneada pelo


ministro Carlos Ayres Britto representa posição isolada diante do que
majoritariamente entendem os tribunais – e, bem assim, a doutrina.

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Tem-se por certo que a atividade notarial e de registro constitui, em
decorrência de sua própria natureza, função essencialmente estatal e de
índole administrativa, sendo descabido sustentar que a execução de
serviços em caráter privado descaracteriza sua essência.

Trata-se, pois, de hipótese de serviço público desempenhado por


profissionais que, embora não ocupem cargo público, dado o caráter
híbrido de sua atividade, constituem espécie de agentes particulares
colaboradores.

Notas:

[1] MARTINS, Cláudio. Teoria e Prática dos Atos Notariais. Rio de Janeiro :
Forense, 1979.

[2] RAPOSO, Mário, in Notariado, Lisboa, 1986, p. 689/690

[3] BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. Porto Alegre:


Livraria do Advogado, 1998.

[4] BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre:


Livraria do Advogado, 1998.

[5] CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e dos Registradores Comentada.


6. ed., São Paulo: Saraiva, 2007.

[6] RIBEIRO, Luís Paulo Aliende. Regulação da função pública notarial e


de registro. São Paulo: Saraiva, 2009.

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[7] José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo. 17ª
Ed., p.511.

[8] José dos Santos Carvalho Filho. Manual de Direito Administrativo. 17ª
Ed., p.511.

Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto
cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: LIMA, Lucas Almeida
de Lopes. A Atividade Notarial e Registral e sua Natureza Jurídica. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 19
ago. 2011. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.33077&seo=1>.
Acesso em: 01 fev. 2014.

INTRODUÇÃO AO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL

Luciana Rodrigues Antunes

ASSUNTOS:

DIREITO CIVIL

NOTAS E REGISTROS PÚBLICOS

Em razão de serem o notário e o registrador agentes públicos em colaboração com


a Administração mediante delegação, ficam os mesmos adstritos à obediência aos
princípios basilares da administração pública.

SUMÁRIO:

1 - O exercício da atividade notarial e registral.

2 – Conceito de direito notarial e registral.

2.1 – Conceito de direito notarial.

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2.2 - Função notarial.

2.3 – Conceito de direito registral.

2.4 – Função registral.

2.5 - Fé pública.

3 – Princípios constitucionais.

3.1 – Princípio da legalidade.

3.2 – Princípio da impessoalidade.

3.3 – Princípio da publicidade.

3.4 – Princípio da moralidade administrativa.

3.5 – Princípio da eficiência.

4 – Princípios da atividade notarial.

4.1 - A fé pública notarial.

4.2 – Forma.

4.3 – Autenticação.

5 – Princípios da atividade registral.

5.1 – Princípio de inscrição.

5.2 – Princípio da publicidade registral.

5.3 – Princípio da presunção e fé pública registral.

5.4 – Princípio da prioridade.

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5.5 – Princípio da especialidade ou determinação.

5.6 – Princípio da qualificação, da legalidade ou da legitimidade.

5.7 – Princípio da continuidade.

5.8 – Princípio da instância ou rogação. Referências Bibliográficas.

1 - O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE NOTARIAL E REGISTRAL

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 236, atribuiu tratamento igualitário aos
serviços notariais e de registros, dispondo: "Os serviços notariais e de registro são
exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público".

No âmbito Constitucional, é competência privativa da União legislar sobre registros


públicos, conforme art. 22, XXV, sendo, desta forma, a Lei Federal n.8.935/94
regulamentadora do artigo 236 da Constituição que dispõe sobre os serviços
notariais e de registro.

Os notários e registradores são considerados pela doutrina como agentes públicos,


que no dizer de Maria Sylvia Zanella di Pietro é "toda pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta" [1]. A
expressão agente público é mais ampla (que servidor público) e designa genérica e
indistintamente os sujeitos que servem ao poder público, necessitando para sua
caracterização o requisito objetivo, revestido pela natureza estatal da atividade
desempenhada e o requisito subjetivo, a investidura na atividade estatal [2], não
podendo, desta forma, os notários e registradores serem enquadrados como
servidores públicos.

Os notários e registradores, como agentes públicos, receberam, de Celso Antônio


Bandeira de Mello, a classificação de particulares em colaboração com a
Administração através de delegação de função ou ofício público. Hely Lopes

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Meirelles classifica-os como agentes delegados conceituados como:

Particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade,


obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas
segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Esses
agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do
Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de colaboradores do Poder
Público. Nessa categoria encontram-se os concessionários e permissionários de
obras e serviços públicos, os serventuários de ofícios não estatizados, os leiloeiros,
os tradutores e intérpretes públicos, as demais pessoas que recebem delegação
para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo. [3]

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A remuneração dos notários e registradores não é feita diretamente pelo Estado, e


sim pelos particulares usuários do serviço, através do pagamento de emolumentos e
custas, que são fixados por cada Estado. A lei federal estabelece normas gerais
para fixação de emolumentos, sendo complementada pela competência concorrente

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dos Estados.

O caráter privado do serviço notarial e de registro não retira a obrigatoriedade de


ingresso na atividade por concurso público de provas e títulos, tanto para provimento
ou remoção, conforme preceitua o § 3°, do art. 236, da Constituição Federal. Cabe
lembrar que a delegação tem caráter personalíssimo, podendo somente o Delegado
transferir aos seus prepostos, poderes para a prática dos atos notariais, não
podendo ocorrer a figura da cessão da Delegação.

A fiscalização do Delegante, ou seja, do Estado, é exercida através do Judiciário,


conforme determina o §1°, do art. 236, da CF/88, mas conforme preleciona Walter
Ceneviva "em cada Estado a delegação é outorgada pelo Poder Executivo local, na
forma da lei estadual, reservada, em qualquer caso, a fiscalização à magistratura do
respectivo Estado ou do Distrito Federal" [4].

2 – CONCEITO DE DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL

2.1 – CONCEITO DE DIREITO NOTARIAL

O direito notarial pode ser conceituado conforme Larraud como o "conjunto


sistemático de normas que estabelecem o regime jurídico do notariado" [5].

Para Néri "o direito notarial pode definir-se como o conjunto de normas positivas e
genéricas que governam e disciplinam as declarações humanas formuladas sob o
signo da autenticidade pública" [6].

Leonardo Brandelli define o direito notarial como o "aglomerado de normas jurídicas


destinadas a regular a função notarial e o notariado" [7]

Após a conceituação do direito notarial como o conjunto de normas que regulam a


função do notário, veremos a função notarial e nos outros capítulos a sua aplicação

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nos outros ramos do direito e nos negócios imobiliários.

2.2 - FUNÇÃO NOTARIAL

A atuação do notário visa garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia


dos atos jurídicos preventivamente, desobstruindo o Judiciário do acúmulo de
processos instaurados no intuito de restabelecer a Ordem Jurídica do país, e
atuando como instrumento de pacificação social.

Para um melhor entendimento da função notarial deve-se discorrer sobre seus


caracteres, abarcando seu caráter jurídico, cautelar, imparcial, público, técnico e
rogatório.

A atividade notarial apresenta seu caráter jurídico quando o Tabelião orienta as


partes e concretiza a sua vontade na formulação do instrumento jurídico adequado à
situação jurídica apresentada. Através da orientação prévia, nota-se o caráter
cautelar da atividade.

Leonardo Brandelli afirma que "o caráter de imparcialidade do agente notarial tem
sido posto a coberto pelo legislador mediante um regime de incompatibilidades e
inibições, bem como a obrigação de segredo profissional e um sistema de
responsabilidades civil, administrativa e criminal, tudo a fim de mantê-lo intacto e
sempre presente". [8]

A atividade notarial é exercida por particulares em colaboração com o Poder Público,


através de delegação da função pública. Apesar de ser exercida em caráter privado,
a atividade notarial exerce uma função pública, de garantia da segurança jurídica

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dos atos praticados pelos Tabeliães.

Os preenchimento dos requisitos formais do ato praticado é essencial à sua validade


jurídica, demonstrando o seu caráter técnico.

O notário precisa da provocação da parte interessada para agir, tendo em vista o


caráter rogatório da função notarial, não podendo exercer o seu mister por iniciativa
própria.

"O notário exara pareceres jurídicos a seus clientes, esclarecendo-os sobre a


possibilidade jurídica de realizar-se determinado ato, sobre a forma jurídica
adequada, bem como sobre as conseqüências que serão engendradas pelo ato." [9]

Leonardo Brandelli analisa a função de polícia jurídica sob dois aspectos:

A aplicação do seu mister de acordo com os ditames do Direito, e o zelo pela


autonomia da vontade. Quanto ao primeiro aspecto, revela o dever do notário de
desempenhar sua função em consonância com o ordenamento jurídico; deve
receber a vontade das partes e moldá-la de acordo com o Direito, dentro de formas
jurídicas lícitas. (...) O outro aspecto contempla a obrigação do tabelião de velar pela
autonomia da vontade daqueles que o procuram; deve ele assegurar às partes,
dentro do possível, uma situação de igualdade, bem como assegurar a livre emissão
da vontade, despida de qualquer vício, recusando-se a desempenhar sua função
caso apure estar tal vontade eivada por algum vício que a afete. [10]

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Os atos notariais são revestidos de forma (forma ad probationem) que documenta a
realização do ato jurídico, com a finalidade primordial de constituição de prova.

Representam tarefas do notário a investigação dos elementos levados pelos


particulares para realização de um ato, o seu parecer jurídico acerca de sua
concretização, a instrumentalização da vontade das partes, buscando os meios mais
adequados e condizentes com o sistema jurídico-normativo e a guarda de
documentos, com a intenção de revestir o ato de maior segurança jurídica.

2.3 – CONCEITO DE DIREITO REGISTRAL

O direito registral imobiliário, segundo Maria Helena Diniz, "consiste num complexo
de normas jurídico-positivas e de princípios atinentes ao registro de imóveis que
regulam a organização e o funcionamento das serventias imobiliárias" [11].

2.4 – FUNÇÃO REGISTRAL

A função registral tem por finalidade constituir ou declarar o direito real, através da
inscrição do título respectivo, dotando as relações jurídicas de segurança, dando
publicidade registral erga omnes (ou seja, a todos indistintamente), até prova em
contrário.

A relação de títulos passíveis de registro está enumerada no Código Civil, essa

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enumeração é taxativa, não podendo-se acrescentar ou retirar situações de
constituição de direitos reais. Veremos cada caso, nos capítulos seguintes.

Nicolau Balbino Filho, ao analisar a função registral nos ensina ser uma pretensão
constante que "o Registro seja uma fiel reprodução da realidade dos direitos
imobiliários. A vida material dos direitos reais, bem como a sua vida tabular,
deveriam-se desenvolver paralelamente, como se a segunda fosse espelho da
primeira. Com efeito, esta é uma ambição difícil de se concretizar, mas em se
tratando de um ideal, nada é impossível; basta perseverar". [12]

2.5 - FÉ PÚBLICA

A fé pública é atribuída constitucionalmente ao Notário e Registrador, que atuam


como representantes do Estado na sua atividade profissional. A fé pública é
atribuída por lei e "afirma a certeza e a verdade dos assentamentos que o notário e
oficial de registro pratiquem e das certidões que expeçam nessa condição, com as
qualidades referidas no art. 1°" [13] da Lei n. 8.935/94 (publicidade, autenticidade,
segurança e eficácia dos atos jurídicos). Como um dos princípios basilares do direito
notarial, a fé pública será analisada posteriormente, com mais propriedade.

3 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Os princípios administrativos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade


e eficiência, dispostos no art. 37 da Constituição Federal, serão aplicados no
exercício da atividade notarial e registral, pois que esta constitui uma função pública,
realizada através dos notários e registradores, agentes públicos que atuam em

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colaboração com o poder público através de delegação.

Mesmo posicionamento é compartilhado pelo notário mineiro João Teodoro da Silva,


notadamente com referência à atividade notarial e de registro entende que:

O exercício em caráter privado significa fundamentalmente autonomia funcional (...).


A autonomia, entretanto, é de ser entendida nos limites da obediência aos princípios
constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade,
do que resulta estarem os atos sujeitos à fiscalização do Poder Judiciário. [14]

Diante do caráter público da função notarial, de ser o notário e o registrador agentes


públicos em colaboração com a Administração mediante delegação, e diante da
autonomia funcional, ditada pelo exercício em caráter privado da função, ficam os
mesmos adstritos à obediência aos princípios basilares da administração pública.

3.1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da legalidade, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello:

É o princípio basilar do regime jurídico-administrativo (...). É o fruto da submissão do


Estado à lei. É em suma: a consagração da idéia de que a Administração Pública só
pode ser exercida na conformidade da lei e que, de conseguinte, a atividade
administrativa é atividade sublegal, infralegal, consistente na expedição de
comandos complementares à lei. [15]

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Hely Lopes Meirelles ao abordar o tema lembra que:

A eficácia de toda atividade administrativa está condicionada ao atendimento da lei.


(...) As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública e seus preceitos não
podem ser descumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus
aplicadores e destinatários, uma vez que contêm verdadeiros poderes-deveres,
irrelegáveis pelos agentes públicos. Por outras palavras, a natureza da função
pública e a finalidade do Estado impedem que seus agentes deixem de exercitar os
poderes e de cumprir os deveres que a lei lhes impõem. [16]

Os notários e registradores no exercício da função pública, devem se submeter ao


princípio da legalidade, só podendo praticar os atos de seu ofício permitidos por lei.
Mesmo sendo a função pública exercida em caráter privado, este não tem o condão
de submeter a atividade ao princípio da autonomia da vontade, que prevalece nas
relações privadas. Sendo a função pública delegada pelo Estado ao particular,
devem prevalecer os princípios norteadores da Administração Pública.

Para Rogério Medeiros Garcia de Lima:

No que diz respeito a notários e registradores, o art. 3° da Lei 8.935/94 os qualifica


como profissionais do direito. Logo, têm o dever de conhecer os princípios e normas
atinentes aos seus ofícios. As suas competências são taxativamente definidas em lei
(art. 6°/13). Outrossim, o art. 31, I, considera infração sujeita a sanção disciplinar, a
inobservância das prescrições legais e normativas. [17]

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3.2 – PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

O princípio da impessoalidade elencado no art. 37 da Constituição de 1988, tem


recebido diversas interpretações. Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro:

Exigir impessoalidade da Administração tanto pode significar que esse atributo deve
ser observado em relação aos administrados como à própria Administração. No
primeiro sentido, o princípio estaria relacionado com a finalidade pública que deve
nortear toda a atividade administrativa. Significa que a Administração não pode atuar
com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre
o interesse público que tem que nortear o seu comportamento. No segundo sentido,
o princípio significa, segundo José Afonso da Silva baseado na lição de Gordillo que
os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os
pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte
que ele é o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente
manifesta a vontade estatal." [18]

Exemplo disso está no art. 37, § 1°, da Constituição Federal, verbis:

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridade ou servidores públicos.

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Para Celso Antônio Bandeira de Mello o princípio da impessoalidade não é senão o
princípio da igualdade ou isonomia.

Conforme Hely Lopes Meirelles:

O princípio da impessoalidade, referido na Constituição de 1988 (art. 37, caput),


nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador
público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele
que a norma de direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de
forma impessoal. Esse princípio também deve ser entendido para excluir a
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos sobre suas realizações
administrativas (CF, art. 37, § 1°). E a finalidade terá sempre um objetivo certo e
inafastável de qualquer ato administrativo; o interesse público. Todo ato que se
apartar desse objetivo sujeitar-se-á a invalidação por desvio de finalidade. [19]

Na função notarial e registral os atos praticados devem ser de modo impessoal, no


sentido de não privilegiar e não prejudicar qualquer pessoa que venha utilizar esses
serviços. Neste sentido o tratamento dado às pessoas usuárias do serviço é
isonômico, sendo que se praticado em desconformidade com o princípio da
impessoalidade, o notário ou registrador estará sujeito às sanções administrativas
impostas pela Corregedoria de Justiça, órgão que fiscaliza os serviços.

Para Rogério Medeiros Garcia de Lima "no que importa aos serviços notariais e
registrais, o art. 30, II, da Lei n°. 8.935/94, impõe o dever de tratar a todos,
indistintamente, com urbanidade e presteza." [20]

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3.3 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos praticados pela


Administração Pública. Na esfera administrativa o sigilo só se admite a teor do art.
5°, XXXIII quando imprescindível à segurança da Sociedade e do Estado.

De acordo com o inciso XXXIII, do art. 5°, da Constituição "todos têm direito a
receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas àquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança
da sociedade e do Estado".

Para Hely Lopes Meirelles:

Publicidade é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus


efeitos externos. Daí por que as leis, atos e contratos administrativos que produzem
conseqüências jurídicas fora dos órgãos que os emitem exigem publicidade para
adquirirem validade universal, isto é, perante as partes e terceiros. (...) A
publicidade, como princípio de administração pública abrange toda atuação estatal,
não só pelo aspecto de divulgação oficial de seus atos como, também, de
propiciação de conhecimento da conduta interna de seus agentes. [21]

Conforme Walter Ceneviva "os registros públicos previstos pela Lei n°. 6.015/73 dão
publicidade aos atos que lhe são submetidos." [22]

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Para o fornecimento de certidões o oficial poderá cobrar emolumentos, que
representam a sua remuneração, e poderá recusar o seu fornecimento se não
houver clareza do objeto solicitado.

Conforme o caput do art. 19 da Lei n°. 6.015/73, verbis: "A certidão será lavrada em
inteiro teor, em resumo, ou em relatório, conforme quesitos, e devidamente
autenticada pelo oficial ou seus substitutos legais, não podendo ser retardada por
mais de 5 (cinco) dias."

O prazo para a emissão das certidões que menciona o artigo supra citado é de 5
(cinco) dias úteis, sendo que Walter Ceneviva já alerta sobre a imperfeição da
redação legislativa.

O art. 20, do mesmo diploma legal, estabelece que em caso de recusa ou


retardamento na expedição da certidão, o interessado poderá reclamar à autoridade
competente, in casu, à Corregedoria de Justiça, que aplicará, se for o caso, a pena
disciplinar cabível.

Ainda, conforme Walter Ceneviva "a publicidade legal própria da escritura notarial
registrada é, em regra, passiva, estando aberta aos interessados em conhecê-la,
mas obrigatória para todos, ante a oponibilidade afirmada em lei." [23]

Para Rogério Medeiros Garcia de Lima "no campo das atividades de notários e
registradores, a publicidade é a razão da sua existência, conforme dispõe o art. 1°

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da Lei 8.935/94. A fé pública, definida pelo art. 3°, é – como observou um dirigente
da associação paulista da categoria – o seu "produto".

3.4 – PRINCÍPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA

Para Celso Antônio Bandeira de Mello, de acordo com o princípio da moralidade


administrativa:

A Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos.


Violá-los implicará violação ao próprio Direito, configurando ilicitude que assujeita a
conduta viciada a invalidação, porquanto tal princípio assumiu foros de pauta
jurídica, na conformidade do art. 37 da Constituição. Compreendem-se em seu
âmbito, como é evidente, os chamados princípios da lealdade e boa-fé. [24]

Hely Lopes Meirelles preleciona que a moralidade administrativa tornou-se,


juntamente com o princípio da legalidade e da finalidade, pressuposto de validade
de todo ato da Administração Pública. Ele, conforme os ensinamentos de Hauriou, a
moral comum da moral administrativa, sendo esta "imposta ao agente público para
sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade
de sua ação: o bem comum." [25]

O art. 30 da lei 8.935/94 estabelece os deveres éticos atribuídos aos notários e


registradores.

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3.5 – PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

O princípio da eficiência foi inserido como princípio da Administração Pública, no art.


37, da Constituição Federal através da Emenda Constitucional n°. 19, de
04.06.1998, que tratou da reforma administrativa.

Para Hely Lopes Meirelles:

Dever de eficiência é o que se impõe a toda agente público de realizar suas


atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada
apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros. [26]

Os serviços notariais e de registro subordinam-se aos princípios da Administração


Pública, dentre eles, o da eficiência. Walter Ceneviva buscou na economia os
preceitos do taylorismo para o alcance do princípio da eficiência.

Walter Ceneviva trata dos princípios do taylorismo relacionando-os com os serviços


notariais e destaca os seguintes:

Princípio do método – Em cada serventia, apesar da semelhança de muitas das


atividades que lhe são atribuídas, cabe ao titular o estudo sistemático de cada um
dos segmentos destinados ao cumprimento de suas finalidades legais. O estudo tem
o escopo de obter deles o melhor rendimento, de modo a satisfazer os requisitos de
eficácia e de adequação de cada um de tais segmentos, estabelecendo normas de
trabalho válidas para todos os escreventes e auxiliares. Princípio da técnica –
Embora haja na atividade de cada escrevente ou auxiliar, um elemento intelectual de

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avaliação do ato a ser praticado, o bom andamento do trabalho, no notariado e no
registro, decorre da criação de treinamentos e rotinas, explicitados em instruções
claras, através dos quais cada setor saiba precisamente o que deve fazer, quando
fazer e como fazer, de modo a habilitar, mesmo os menos dotados, à realização
segura e pronta da tarefa que lhes competir. A especialização é necessária nos
serviços notariais e de registro. Princípio da definição das tarefas – Cada escrevente
e cada auxiliar deve saber o trabalho que lhe é atribuído, ainda que compreenda
mais de uma atividade específica, de modo a facilitar a execução, com maior
qualidade e em menor tempo. [27]

4 – PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE NOTARIAL

4.1 - A FÉ PÚBLICA NOTARIAL

Percebe-se na fé pública três categorias distintas, a fé pública administrativa, que


tem por função certificar atos da administração pública; a fé pública judicial,
envolvendo procedimentos judiciais, na área puramente litigiosa; e a fé pública
notarial, inerente à função dos notários.

A fé pública notarial, "corresponde à especial confiança atribuída por lei ao que o


delegado declare ou faça, no exercício da função, com presunção de verdade;
afirma a eficácia de negócio jurídico ajustado com base no declarado ou praticado
pelo registrador e pelo notário" [28]

A lei atribui aos Notários e Registradores a fé pública, mas por outro lado impõe um
regime severo de responsabilidades civis, administrativas e criminais, apurados
mediante fiscalização do Judiciário. A fé pública é inerente à função notarial, dela
sendo indissociável.

A fé pública além de exigir pessoa autorizada a praticar a função notarial, requer o


atendimento aos requisitos formais exigidos em cada ato notarial, para que seja
assegurada.

O serviço prestado pelos notários, tendo a finalidade de segurança jurídica de seus


atos, se perfaz através de sua fé pública, como forma de dar eficácia à vontade das

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partes, que buscam uma maneira mais ágil e eficaz de justiça, de forma a prevenir a
instauração de um processo judicial, para garantir a tutela de seus direitos
subjetivos.

4.2 - FORMA

A forma pública dos atos notariais são essenciais a sua formalização, estando
revestida de juridicidade, ou seja, adequada às normas de direito. Para Walter
Ceneviva os atos notariais devem ser praticados por profissionais habilitados, em
livros próprios, sempre de modo a preservar a intenção e a verdade da manifestação
neles contida. [29]

A inobservância do requisito formal dos atos notariais podem gerar a nulidade, em


casos como a lavratura de testamento público, do pacto antenupcial, e a
anulabilidade conforme o caso.

4.3 - AUTENTICAÇÃO

O princípio da autenticação para Walter Ceneviva "significa a confirmação, pela


autoridade da qual o notário é investido, da existência e das circunstâncias que
caracterizam o fato, enquanto acontecimento juridicamente relevante". [30]

Comentando a doutrina de Néri, Kollet aplica à autenticação a idéia de certeza da


existência de um fato ou ato jurídico, atestado pelo notário em instrumento solene.

Como princípios gerais ou característicos: a) imediação – "relação de proximidade


entre as diferentes partes que intervém na função notarial" [31], primeiramente há
uma relação entre o notário e os interessados em lavrar o documento público e entre
o notário e o documento público; b) rogação – com a atuação do notário através do
requerimento das partes; c) unidade do ato – o documento público deverá
apresentar unidade formal e substancial; d) protocolo – tem o escopo de armazenar
os documentos necessários à produção do documento público e "estampar as
primeiras e originais manifestações de vontade". [32]

Além dos princípios acima citados, conforme Néri, Luiz Egon Richter acrescenta o

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princípio da independência funcional, representado principalmente pelo exercício em
caráter privado da função notarial, isto é: gerenciamento administrativo e financeiro
dos serviços notariais e de registro sob responsabilidade exclusiva do titular,
inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, investimento e pessoal (art.
21); inexigência de autorização para a prática dos atos necessários à organização e
execução dos serviços (art. 41); independência no exercício de suas atribuições,
com direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na
serventia e garantia de permanência da delegação (art. 28).

5 – PRINCÍPIOS DA ATIVIDADE REGISTRAL

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5.1 – PRINCÍPIO DE INSCRIÇÃO

Conforme os ensinamentos de Afrânio de Carvalho:

O princípio de inscrição significa que a constituição, transmissão, modificação ou


extinção dos direitos reais sobre imóveis só se operam entre vivos, mediante sua
inscrição no registro. Ainda que uma transmissão ou oneração de imóveis haja sido
estipulada negocialmente entre particulares, na verdade só se consumará para

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produzir o deslocamento da propriedade ou de direito real do transferente ao
adquirente pela inscrição [33]

5.2 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE REGISTRAL

Agustín Washington Rodriguez define a publicidade imobiliária como "o meio pelo
qual se leva ao conhecimento do público o estado jurídico dos bens imóveis." [34]

Portanto, a todos os atos submetidos a Registro Público está assegurada a sua


publicidade.

Conforme Walter Ceneviva, verbis:

A publicidade registraria se destina ao cumprimento de tríplice função:

a) transmite ao conhecimento de terceiros interessados ou não interessados a


informação do direito correspondente ao conteúdo do registro;

b) sacrifica parcialmente a privacidade e a intimidade das pessoas, informando


sobre bens e direitos seus ou que lhes sejam referentes, a benefício das garantias
advindas do registro;

c)serve para fins estatísticos, de interesse nacional ou de fiscalização pública. [35]

5.3 – PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO E FÉ PÚBLICA REGISTRAL

O sistema registrário brasileiro adota a presunção relativa quanto à fé pública


registral, que encontra fundamento no art. 1231, do Código Civil, verbis: "Art. 1231.
A propriedade se presume plena e exclusiva, até prova em contrário".

Desta forma, "a fé pública registral se estende a todas as relações jurídicas


passíveis ao registro, respondendo positivamente à existência dos direitos reais ali
estabelecidos, ou negativamente, se houver direitos reais inscritos que proíbam a
disponibilidade" [36]

Para Luiz Antônio Galiani, "não basta ter o direito real adquirido por um título

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transcrito no registro de imóveis competente, é preciso que este se origine de título
hábil, elaborado por órgão competente. Aos notários cabe, pois, a tarefa de
instrumentalizar os acordos de vontade entre as partes, que requer forma especial,
e, aos registradores, compete dar a força probante da validade e legalidade da
relação jurídica, garantindo que, por título válido, o direito real pertence á pessoa em
nome de quem está transcrito" [37]

Portanto, presume-se que tudo o que estiver inscrito no Registro de Imóveis tem
presunção de veracidade, até prova em contrário. Através desse princípio é que
encontra-se segurança jurídica para a realização do negócio aquisitivo imobiliário.

5.4 – PRINCÍPIO DA PRIORIDADE

De acordo com o art. 182 da Lei n°. 6015/73 (LRP): "Todos os títulos tomarão no
protocolo o número de ordem que lhes competir em razão da seqüência rigorosa de
sua apresentação".

Com base nesse princípio é que o Registrador deve observar de forma rigorosa a
ordem cronológica de apresentação dos títulos, pois o número do protocolo é que
determinará a prioridade do título e a preferência do direito real.

Havendo títulos com direitos reais contraditórios, será registrado o que primeiro for
apresentado, ocorrendo a preferência excludente, pois o segundo título será
recusado por ser incompatível com o primeiro. Se, porém, os títulos forem
compatíveis e de mesma natureza ou de natureza diversa, apresentará
superioridade o que tiver sido registrado em primeiro lugar.

5.5 – PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE OU DETERMINAÇÃO

Pelo princípio da especialidade ou determinação significa que o imóvel deverá estar


precisamente descrito e caracterizado, conforme preceitua o art. 176, § 1°, da Lei n°.
6.015/73, devendo ter cada imóvel matrícula própria, esta o número de ordem, a
data, a identificação do imóvel, que será feita com indicação; se rural, do código do
imóvel, dos dados constantes do CCIR, da denominação e de suas características,
confrontações, localização e área; se urbano, de suas características e

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confrontações, localização, área, logradouro, número e de sua designação cadastral,
se houver.

Além da descrição do imóvel, o nome, domicílio e nacionalidade do proprietário, e


em se tratando de pessoa física, o estado civil, a profissão, o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda ou do Registro Geral da
cédula de identidade, ou, à falta deste, sua filiação; em se tratando de pessoa
jurídica, a sede social e o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes
do Ministério da Fazenda.

Desta forma, há uma precisão da descrição do bem objeto do direito real registrável,
dando maior segurança jurídica para o sistema registrário que adota o do fólio real,
ou seja, que pressupõe o ordenamento por imóveis, quer seja dos títulos ou dos
direitos reais que sobre eles recaem.

5.6 – PRINCÍPIO DA QUALIFICAÇÃO, DA LEGALIDADE OU DA LEGITIMIDADE

Pelo princípio da qualificação, legalidade ou legitimidade, o Registrador deverá


examinar o título apresentado e fazer uma apreciação quanto à forma, validade e
conformidade com a lei.

Conforme Luiz Antônio Galiani:

Ao receber o título para registro, antes mesmo de examiná-lo sob a luz dos
princípios da disponibilidade, especialidade e continuidade, mister que o analise,
primeiramente, sob o aspecto legal, e isto deverá ser feito tomando-se em canta:

a) se o imóvel objeto da relação jurídica que lhe é apresentado está situado em sua
circunscrição imobiliária;

b) se o título que lhe é apresentado se reveste das formalidades legais exigidas por
lei;

c) se os impostos devidos foram recolhidos;

d) se as partes constantes do título estão devidamente qualificadas e representadas

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quando necessário, como no caso de pessoa jurídica ou dos relativamente ou
absolutamente incapazes.

Na verificação da legalidade dos títulos que lhe são apresentados, não poderá o
Oficial ir além dos limites estabelecidos em lei, em razão da função pública que
exerce. Deverá analisar somente os aspectos formais do título. [38]

5.7 – PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

O princípio da continuidade é um dos alicerces do direito registral imobiliário, e está


consubstanciado no art. 195, da Lei n°.6015/73 (LRP): "Art. 195. Se o imóvel não
estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial exigirá a prévia
matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza, para
manter a continuidade do registro".

Conforme Nicolau Balbino Filho:

Há que se fazer constar, também, por meio de averbações, todas as ocorrências


que, por qualquer modo, alterem o registro, quer em relação à coisa, quer em
relação ao titular do direito registrado. Da mesma forma, para constituir um gravame,
deverá estar previamente registrado o imóvel ou o direito real sobre o qual ele irá
recair. Para que se possa proceder ao cancelamento motivado pela extinção de um
direito, é necessário que ele esteja previamente registrado. [39]

Para Nicolau Balbino Filho:

A história registral como encadeamento dos atos ou de fatos jurídicos, e como


sobreposição dos assentos, constitui a finalidade primordial e um sólido critério de
organização, no qual o registro deve manter uma efetiva conexão entre os diferentes
negócios modificativos da situação jurídico-real, por meio de assentamentos
registrários. [40]

5.8 – PRINCÍPIO DA INSTÂNCIA OU ROGAÇÃO

Pelo princípio da instância o rogação o Oficial do Registro de Imóveis não poderá

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agir de ofício, para que atue deverá haver o pedido do interessado.

Para Nicolau Balbino Filho:

A solicitação de qualquer ato registral é simples, independe de forma especial e


pode ser expressa ou tácita. É expressa quando o requerente manifesta claramente
ao registrador sua vontade de obter o lançamento registrário. A pretensão é tácita
quando o registrador, por experiência própria, detecta a vontade do interessado.
Como regra geral entende-se que o mero fato de apresentar documentos ao registro
constitui uma solicitação para a prática dos atos registrais inerentes a todo o seu
conteúdo.

No direito pátrio a solicitação expressa pode ser escrita ou verbal. São escritas todas
aquelas previstas no art. 167, II, n. 4 e 5, da LRP, ou seja, da mudança de
denominação e de numeração dos prédios, da edificação, da reconstrução, da
demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis; e da alteração do
nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de outras circunstâncias que, de
qualquer modo, tenham influência no registro ou nas pessoas nele interessadas.
Essas averbações, conforme determina o parágrafo único do art. 246 da LPR, serão
feitas a requerimento dos interessados, com firma reconhecida, instruído com
documento comprobatório fornecido pela autoridade competente. A alteração do
nome só poderá ser averbada quando devidamente comprovada por certidão do
registro civil.

Resumindo, a inscrição dos títulos no registro poderá ser pedida indistintamente: a)


pelo adquirente do direito; b) pelo transmitente do direito; c) por quem tenha
interesse em assegurar o direito que deva ser inscrito; d) pelo representante legal de
qualquer deles. [41]

Há exceções ao princípio da instância, que encontram-se no art. 13, art. 167, II,
n.13, e art. 213, da Lei 6.015/73:

Art. 13. Salvo as anotações e as averbações obrigatórias, os atos do registro serão


praticados:

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I – por ordem judicial; (...)

III – a requerimento do Ministério Público, quando a lei autorizar. (...)

Art. 167. No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos: (...)

II – a averbação: (...)

13) ex officio, dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público. (…)

Art. 213 - O oficial retificará o registro ou a averbação:

I - de ofício ou a requerimento do interessado nos casos de:

a) omissão ou erro cometido na transposição de qualquer elemento do título;

b) indicação ou atualização de confrontação;

c) alteração de denominação de logradouro público, comprovada por documento


oficial;

d) retificação que vise a indicação de rumos, ângulos de deflexão ou inserção de


coordenadas georeferenciadas, em que não haja alteração das medidas perimetrais;

e) alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das
medidas perimetrais constantes do registro;

f) reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha


sido objeto de retificação;

g) inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes,


comprovada por documentos oficiais, ou mediante despacho judicial quando houver
necessidade de produção de outras provas;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. São Paulo: Atlas,
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2 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 9. ed. São

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Paulo: Malheiros, 1997. 149.

3 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22. ed. São Paulo:
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4 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 9.

5 LARRAUD, Rufino. Curso de derecho notarial. Buenos Aires:Depalma, 1996, p.83.

6 NERI, Argentino I. Tratado Teórico y prático de Derecho Notarial. Buenos Aires:


Depalma, 1980. V. 1, p.322.

7 BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial. Porto Alegre: Livraria do


Advogado, 1998, p.79.

8 BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre: Livraria do


Advogado, 1998. p.131.

9 BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre: Livraria do


Advogado, 1998. p.135.

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Prazo para remoção de mensagem ofensiva em rede social (REsp. 1.323.754/RJ)

Prova dos negócios jurídicos no processo civil

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10 BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre: Livraria do

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Advogado, 1998. p.142 e 143.

11 DINIZ, Maria Helena. Sistemas de Registros de Imóveis. 4ª ed. São Paulo:


Saraiva, 2003. p. 13.

12 BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1ª. ed. São Paulo:
Saraiva, 2001. p.35.

13 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 30.

14 SILVA, João Teodoro da. Serventias Judiciais e Extrajudiciais, Belo Horizonte,


Serjus, 1999. p.17 (44 páginas)

15 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 9.ed. São
Paulo: Malheiros, 1997. p.58 e 59.

16 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22 ed. São Paulo:


Malheiros, 1997. p.82.

17 LIMA, Rogério Medeiros Garcia de. Princípios da Administração Pública: reflexos


nos serviços notariais e de registro. Revista Autêntica. Edição 02. Dezembro 2003.
Belo Horizonte: Editora Lastro. p.23.

18 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. São Paulo: Atlas,
2004. p. 71.

19 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22. ed. São Paulo:
Malheiros, 1997. p.85.

20 LIMA, Rogério Medeiros Garcia de. Princípios da Administração Pública: reflexos


nos serviços notariais e de registro. Revista Autêntica. Belo Horizonte: Editora
Lastro. Edição 02. Dezembro 2003. p.20-26.

21 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22ª ed. São Paulo:

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22 CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos comentada. 15ª. ed. São Paulo:
Saraiva, 2003. p. 35.

23 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 25.

24 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 9.ed. São
Paulo: Malheiros, 1997. p.72 e 73.

25 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22. ed. São Paulo:
Malheiros, 1997. p.83.

26 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 22. ed. São Paulo:
Malheiros, 1997. p.90.

27 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 23 e 24.

28 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 30.

29 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 43.

30 CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada (Lei n. 8.935/94).


4. ed. ver. Ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 46.

31 KOLLET, Ricardo Guimarães. Tabelionato de Notas para concursos. 1. ed. Porto


Alegre: Norton Livreiro, 2003. p.25.

32 KOLLET, Ricardo Guimarães. Tabelionato de Notas para concursos. 1. ed. Porto


Alegre: Norton Livreiro, 2003. p.25.

33 CARVALHO, Afrânio de. Registro de Imóveis. 4 ed. Rio de Janeiro: Forense,

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 76
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2001. p. 137.

34 BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1. ed. São Paulo: Saraiva,
2001. p.35.

35 CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos comentada.15 ed. São Paulo:
Saraiva,2002. p. 16.

36 VASCONCELOS, Julenildo Nunes. CRUZ, Antônio Augusto Rodrigues. 1ª ed.


São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2000. p. 5.

37 GALIANI, Luiz Antônio. Os princípios basilares do fólio real. RJ n°. 212, jun/95,
p.38.

38 GALIANI, Luiz Antônio. Os princípios basilares do fólio real. RJ n°. 212, jun/95,
p.38.

39 BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1. ed. São Paulo: Saraiva,
2001. p.189.

40 BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1. ed. São Paulo: Saraiva,
2001. p.186.

41 BALBINO FILHO, Nicolau. Direito Imobiliário Registral. 1. ed. São Paulo: Saraiva,
2001. p.194.

Autora

Luciana Rodrigues Antunes

Advogada, especializada em Direito Notarial e registral pela Universidade Católica


de Minas Gerais-PUC/MINAS

Como citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT):

ANTUNES, Luciana Rodrigues. Introdução ao Direito Notarial e Registral. Jus


Navigandi, Teresina, ano 10, n. 691, 27 maio 2005 . Disponível em:

Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 77
Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br
<http://jus.com.br/artigos/6765>. Acesso em: 1 fev. 2014.

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» DAS PREVISÕES LEGAIS ACERCA DA APLICAÇÃO DOS PRAZOS DE
GARANTIA NO ÂMBITO DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL
» Rennalt Lessa de Freitas (última alteração em 26/12/2013)

» USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO


» Tatiana Takeda (última alteração em 27/11/2013)

» TRIBUTAÇÃO NA CONCESSÃO DE TÍTULOS DE DOMÍNIO NO MUNICÍPIO DE


EUCLIDES DA CUNHA - BAHIA.
» Pedro Lúcio Gouveia de Astrê (última alteração em 07/10/2013)

» BEM DE FAMÍLIA PODE SER PENHORADO PELO NÃO PAGAMENTO DAS


DESPESAS DE CONDOMÍNIO
» Marcelo Bacchi Corrêa da Costa (última alteração em 26/09/2013)

» O Direito à Moradia e a Regularização Fundiária


» Derlise Cristina Bonatto (última alteração em 17/09/2013)

» A regulamentação do contrato de locação "built to suit" pela Lei 12.744/12


» Marcelo Bacchi Corrêa da Costa (última alteração em 04/09/2013)

» LOCAÇÃO - Novas alterações na Lei do Inquilinato


» Danilo Santana (última alteração em 09/08/2013)

» O PATRIMÔNIO DE AFETAÇÃO E A SEGURANÇA JURÍDICA DO


CONSUMIDOR NA INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA.
» Paulo Caldas Paes (última alteração em 19/03/2013)

» DA COBRANÇA DE JUROS ANTES DA ENTREGA DO EMPREENDIMENTO -


LEGALIDADE ATESTADA EM RECENTE JULGADO DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA
» Rennalt Lessa de Freitas (última alteração em 11/09/2012)

» O REGISTRO DE IMÓVEIS E A ATIVIDADE REGISTRAL NA PRÁTICA


» Derlise Cristina Bonatto (última alteração em 16/08/2012)

» Denuncia vazia e denuncia cheia


» Tiago Cartana Silveira Schutz (última alteração em 04/07/2012)

» CONSIDERAÇÕES GERAIS Á LEI nº 12.112 de 09.12.2009 - A NOVA


PERFORMANCE DA LEI DO INQUILINATO.
» Marcelo Augusto Raldi (última alteração em 29/04/2011)

» A importância de o Município formular a sua própria política para a zona rural


» Helio Mattos de Moraes (última alteração em 22/06/2010)

» Comprar ou desistir de imóveis de vendedores devedores


» Thiago M. Martinez (última alteração em 24/03/2010)

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» A Desapropriação Rural e o Papel do MST
» Rafael Rodrigues Oliveira (última alteração em 11/03/2010)

» As importantes mudanças na Lei do Inquilinato


» Cynthia Pola Miashiro (última alteração em 03/03/2010)

» APLICAÇÃO DA ARBITRAGEM NO CAMPO IMOBILIÁRIO


» Adevanir Tura (última alteração em 11/02/2010)

» Aspectos relevantes da nova Lei do Inquilinato no Contrato de Locação


Residencial
» Andre Macedo Carneiro Machado (última alteração em 11/12/2009)

» A PENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA DO FIADOR NOS CONTRATOS


DE LOCAÇÃO
» Euro Luis Aun de Barros Brasil de Paula (última alteração em 01/07/2009)

» O LOCATÁRIO PODE VOTAR NA ASSEMBLEIA DE CONDOMÍNIO?


» Fábio Barletta Gomes (última alteração em 23/04/2009)

Peças Jurídicas

» Modelo de contrato de empreitada


» Tiago Cartana Silveira Schutz (última alteração em 30/06/2012)

Monografias

» O REGISTRO DE IMÓVEIS COMO CONDIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE


PROPRIEDADE, ASSIM COMO APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS E A
RESPONSABILIDADE DO REGISTRADOR
» Mario Jorge Rocha de Souza (última alteração em 17/09/2013)

» Limitações do Direito de Propriedade em convenções de condomínio e de acordo


com o Novo Código Civil
» Mauro Ferreira Sales Filho (última alteração em 11/01/2011)

» Direito de Superfície e o Novo Código Civil


» Gerson Lucateli Gabina (última alteração em 13/07/2009)

Ponto de Vista

» DOS LUCROS CESSANTES PRESUMIDOS NOS CASOS DE ATRASO NA


ENTREGA DE IMÓVEIS - UMA CRÍTICA AO ATUAL POSICIONAMENTO DA
JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
» Rennalt Lessa de Freitas (última alteração em 08/07/2013)

Ensaios Acadêmicos

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» A Inconstitucionalidade na devolução dos valores pagos a título de comissão de
corretagem
» Júlia Helena Bastos Rezende Silva (última alteração em 30/04/2013)

» Aquisição de propriedade móvel


» Ana Paula Schneider (última alteração em 08/03/2013)

» REGIME PATRIMONIAL DOS TERRENOS DE MARINHA


» José Carlos Borges (última alteração em 13/01/2011)

Dicas Jurídicas

» A arrematação de imóvel em leilão judicial e os débitos anteriores de condomínio e


IPTU
» Sergio Eduardo Martinez (última alteração em 30/01/2014)

» Precauções a serem tomadas antes de comprar um imóvel usado


» Rodrigo Alves Zaparoli (última alteração em 02/08/2013)

» Precauções a serem tomadas antes e depois de locar um imóvel urbano


» Rodrigo Alves Zaparoli (última alteração em 06/06/2013)

» A aquisição de bens imóveis através da usucapião


» Guinther Muller (última alteração em 28/04/2012)

» Rotina Processual da Ação Revisional de Aluguéis


» Danilo Santana (última alteração em 05/04/2012)

» Rotina Processual da Ação de Consignação em Pagamento de Aluguéis


» Danilo Santana (última alteração em 05/04/2012)

» Rotina Processual da Ação Renovatória


» Danilo Santana (última alteração em 05/04/2012)

» DIREITO IMOBILIÁRIO VERSUS CURANDEIRISMO JURÍDICO.


» Sérgio Luiz da Silva de Abreu (última alteração em 03/08/2011)

 Jurispridência comentada: STJ - 2ª Seção - Juros compensatórios (juros


no pé). Incidência anterior à entrega das chaves. Compromisso de compra e
venda (EResp. 670.117/PB)

Vitor Guglinski27/01/2014 22:46

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Analisa-se o posicionamento do STJ quanto aos chamados "juros no pé", cuja
cobrança deve constar expressamente no contrato, em razão do direito básico à
informação, expressamente previsto no art. 6º, III, do CDC.

 Condomínio de edifícios e a sua tributação

Renato Nunes Confolonieri28/01/2014 15:35100%


Analisa-se a forma de tributação que é aplicável ao condomínio de edifícios,
tratando também das obrigações acessórias cabíveis.

 Locação de imóvel urbano: dispensa de garantia e desocupação liminar.


- vantagens e desvantagens

Carla Cristina Fioreze28/01/2014 14:30100%


Esclarecem-se os pontos positivos e negativos decorrentes da inclusão do inciso
IX ao § 1º do art. 59 da Lei 8.245/91, no tocante a dispensa de garantia nos
contratos de locação.

 Alteração de fachada nos condomínios e o alcance da regra do art.


1.336, III, do CC/2002

Vitor Guglinski27/12/2013 09:17100%


Artigo em que analisa-se os direitos do condomínio e dos condôminos à luz da da
regra contida no art. 1.336, III, do Código Civil.

 Inviabilidade da cobrança vexatória de quota condominial

Fernando César Borges Peixoto20/12/2013 12:09100%


Esse artigo discute os abusos praticados pelos condomínios na cobrança do
condômino inadimplente, abordando um precedente criado no âmbito do STJ, e
aprofunda o tema debatido no artigo “O abuso em relação ao condômino

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inadimplente”, publicado nesse site.

 O abuso em relação ao condômino inadimplente

Fernando César Borges Peixoto11/12/2013 13:14100%


O artigo trata de um precedente criado no Superior Tribunal de Justiça a partir de
um recurso especial interposto pelo autor, para discutir a violação dos direitos dos
condôminos inadimplentes na cobrança de quotas condominiais.

 A unificação do mandado de despejo para desocupação voluntária com


o mandado de despejo para desocupação compulsória: otimização da
prestação jurisdicional

Gilvando Furtado de Figueiredo Junior08/12/2013 16:16100%


A unificação dos mandados beneficia locatários, que conseguirão ver o despejo
ser cumprido de forma mais célere e menos dispendiosa. Também ganha o
Judiciário, que não precisará se debruçar novamente sobre o mesmo processo,
para promover a simples confecção e expedição de um novo mandado de
despejo (compulsório).

 O síndico e o INSS: uma obrigação que poucos lembram

Lara Rafaelle Pinho Soares26/11/2013 19:52100%


O texto destaca o posicionamento legislativo e jurisprudencial sobre a
contribuição previdenciária necessária incidente sobre a isenção da taxa
condominial conferida pelo condomínio para o exercício do cargo de síndico.

 Built to suit: aspectos práticos da vontade de contratar

Luciana Caparelli22/11/2013 08:23100%


Apresentam-se cuidados a serem observados na celebração de um contrato built
to suit, que se trata da locação com dever do locador de disponibilizar a

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construção ou reforma do imóvel que atenda especificamente às necessidades e
de determinado locatário.

 Precauções a serem tomadas antes de comprar um imóvel usado

Rodrigo Alves Zaparoli18/11/2013 16:19100%


Omissões ou erros praticados principalmente na fase que antecede a assinatura
do instrumento contratual geram prejuízos ao comprador, que por vezes, não
conseguem ser reparados.

 Por que as igrejas evangélicas encontram dificuldades quando do


renovamento das locações? O abuso perpetrado pelos locadores

Antônio Carlos Amaral Leão e Iraélcio Victer de Mendonça17/11/2013 08:4366%


Espera-se, enquanto a Lei do Inquilinato não for modificada, que a jurisprudência
evolua para garantir aos templos religiosos o direito à ação renovatória, e evitar
mesmo o locupletamento ilícito de alguns proprietários dos imóveis locados.

 O envidraçamento da sacada não caracteriza alteração de fachada

Alex Araujo Terras Gonçalves04/11/2013 14:14100%


O envidraçamento da sacada além de não configurar alteração de fachada
confere inúmeros benefícios aos usuários (condôminos) em geral.

 Do condomínio edilício: quóruns para deliberações

Priscila Felipe Medeiros da Câmara Castro30/10/2013 16:16100%


São explanadas as diferenças entre os diversos quóruns necessários para
legitimar as deliberações realizadas na administração de um condomínio edilício.

 Responsabilização dos condomínios edilícios pelas fazendas municipais

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Claudia Roveri11/10/2013 07:07100%
A jurisprudência tem dissociado a necessidade de personalidade jurídica da
possibilidade de o condomínio edilício figurar como contribuinte, caso a lei assim
o determine.

 A força probante do compromisso de compra e venda de imóvel sem


registro

José Eduardo Battaus03/10/2013 14:24100%


Em que pese a segurança jurídica decorrente do registro público, nota-se
injustificável preferência pela celebração de compromissos de compra e venda
em absoluta clandestinidade.

 Dano moral por atraso na entrega do imóvel adquirido na planta

Alexandre Berthe Pinto02/10/2013 14:14100%


O atraso na entrega dos imóveis é recorrente e o Poder Judiciário entende que a
demora, por si só, não é suficiente para indenização por dano moral e que o
assunto deve ser tratado sob a ótica do descumprimento de contrato.

 O Sistema Financeiro de Habitação e a utilização da tabela Price como


forma de remuneração dos juros. Uma leitura à luz da análise econômica do
Direito

Kelery Dinarte da Páscoa Freitas23/09/2013 07:07100%


Num prisma econômico do direito, cumpre ponderarmos se a adoção de juros
capitalizados da tabela price oneraria de forma tão incisiva o crédito do SFH que
prejudicaria sua finalidade, tornando-o menos eficiente.

 O imóvel na planta e o instituto do patrimônio de afetação

Felippe Figueiredo Diniz11/09/2013 12:12100%


Utilizando-se do patrimônio de afetação, em caso de falência da construtora ou

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incorporadora, os adquirentes terão a opção de dar continuidade à obra,
substituindo a empresa falida por outra de sua escolha, a fim de garantir a
entrega do imóvel comprado na planta, dentro das mesmas condições
contratuais.

 Hipoteca versus alienação fiduciária: vantagens e desvantagens de cada


instituto

José Eduardo de Moraes07/09/2013 08:08100%


O procedimento extrajudicial de compelir o devedor a pagar a dívida é mais
célere, eficiente, econômico, justo, e razoável do que o instituído para cobrança
da dívida hipotecária, qual seja, judicial.

 A questão do atraso na entrega de imóvel novo

Simone Tonetto Lanel31/08/2013 11:56100%


O consumidor deverá estar atento a todos os detalhes do contrato de
compromisso de venda e compra de imóvel, principalmente na planta, para estar
ciente das condições e se estas estão de acordo com as suas expectativas e
possibilidades.

 Novas regras para o setor da construção civil

Lucas Ruíz Balconi26/08/2013 12:11100%

Abordamos as mudanças para o setor da construção civil: a classificação de uma


edificação em função de seu desempenho, a atribuição de direitos e deveres dos
usuários, construtores, incorporadores e fornecedores de material.

 Condomínio: o projeto do novo Código de Processo Civil e a execução

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das contribuições

Jaques Bushatsky26/08/2013 10:24100%

Esquecida no primeiro projeto do novo Código Processual, a atribuição de força


executiva ao crédito relativo à contribuição condominial foi bem lembrada no
relatório geral atual.

 O contrato de locação imobiliário residencial urbano sob a ótica do


Código de Defesa do Consumidor

Rodrigo César Faquim12/08/2013 10:20100%

Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos imobiliários de locação


urbanos diante da lei específica do inquilinato? Podem os dois diplomas legais
coexistirem para uma melhor distribuição do direito?

 Taxa de condomínio: fração ideal ou princípio do proveito efetivo, qual o


melhor critério?

Juliana Guedes da Silva01/08/2013 09:59100%

O STJ decidiu que o valor da taxa condominial não deve ter como parâmetro a
fração ideal, mas o uso e o gozo efetivo dos benefícios ofertados com a despesa do
condomínio por cada unidade condominial, a fim de se evitar o enriquecimento ilícito
dos proprietários de unidades menores, que utilizem, do mesmo modo, os serviços
das áreas comuns.

 A Lei nº 11.382/06 e algumas de suas principais inovações

Leandro Nascimento26/07/2013 15:213%

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Analisam-se diversas situações que permitem concluir que a Lei 11.382/2006 atingiu
o fim pretendido, qual seja, a desburocratização do processo executório, com
benefícios para ambas as partes litigantes.

 Direito de arrepender-se no contrato eletrônico de locação por


temporada formalizado por imobiliária. Uma interação da proteção
consumerista e o direito contratual eletrônico

Carla da Silva Pontes08/07/2013 09:5850%

O direito de arrepender-se no contrato eletrônico de locação por temporada é


perfeitamente aplicável, desde que se possam verificar as partes da relação de
consumo.

 Compra/locação de imóvel de terceiro pela Administração: Diferenciação


material das hipóteses de inexigibilidade (art. 25) e dispensa (art. 24, X).
Interpretação e aplicação do art. 24, X da Lei 8.666/93.

Luís Gustavo Montezuma Herbster17/06/2013 16:0566%

O gestor público pode optar pela contratação direta mesmo diante da oferta de mais
de um imóvel apto a atender as necessidades de instalação e localização da
administração.

 O devedor também possui direitos na rescisão de contrato de aquisição


de imóvel

Alexandre Berthe Pinto11/06/2013 17:06100%

O compromissário comprador, mesmo inadimplente, é possuidor de direitos que

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possibilitam a diminuição de prejuízos quanto à devolução do valor já pago.

 Condomínios podem divulgar lista de inadimplentes

Daphnis Citti de Lauro04/06/2013 08:26100%

De acordo com o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, não configura


ato ilícito passível de indenização a divulgação do nome dos inadimplentes do
condomínio.

 Veiculação do nome do condômino inadimplente em áreas comuns

Rodrigo Alves Zaparoli29/05/2013 13:2875%

A cobrança abusiva, feita em público, acaba por ofender a honra do condômino


inadimplente, causando-lhe prejuízo passível de indenização. É possível apresentar
publicamente apenas o número da unidade condominial inadimplente, sem
expressar de forma alguma o nome do condômino.

 Restrições a animais de estimação em condomínios edilícios: análise


legal e jurisprudencial

Erika Nicodemos20/05/2013 15:49100%

Vedações genéricas a animais em apartamentos constituiriam ofensa ao direito de


propriedade? Há excesso de apego ao formalismo normativo ao admitir-se a
remoção desses animais por simples contrariedade a documentos condominiais,
sem justificativas adicionais?

 Considerações sobre o cerceamento ao uso das áreas comuns

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destinadas ao lazer por condôminos inadimplentes

Rodrigo Alves Zaparoli13/05/2013 15:58100%

É possível restringir a utilização de áreas lazer por pessoas que estejam em atraso
com suas obrigações condominiais?

 Convenção de condomínio: debate sobre a sua atualização

Jaques Bushatsky07/05/2013 11:01100%

Elabora-se uma lista com temas que, por conveniência, devem estar regulados na
convenção de condomínio, especialmente após o Código Civil de 2002.

 CND previdenciária e averbação de construção no registro de imóveis.


Considerações sobre o prazo de validade

Marco Antônio de Oliveira Camargo06/05/2013 16:01100%

Em casos de regularização fundiária de interesse social, o vencimento do prazo de


validade da CND Previdenciária, emitida para averbação de construção de obra, não
deverá ser considerado obstáculo à prática deste ato no registro de imóveis
competente.

 Considerações sobre o novo marco florestal e a Lei de Registros


Públicos

Roberto Tadeu Marques e Oswaldo Ruiz Filho03/05/2013 15:04100%

A despeito das inúmeras ADINs que chamam o Judiciário a se manifestar, podemos


afirmar que parte do Novo Código Florestal é positiva, principalmente porque que dá
aos órgãos ambientais sua primordial função: a fiscalização ambiental.

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 Ação renovatória: o dilema quanto ao prazo para a propositura

Daniel Dezontini01/05/2013 13:2150%

No tocante à ação renovatória, uma das questões mais difíceis é a que se refere ao
"prazo" para a sua propositura, conforme se demonstrará adiante.

 Análise do acórdão do STJ em recurso especial nº 1.202.077/MS à luz da


teoria da nova retórica de Chaïm Perelman

Nadialice Francischini de Souza27/04/2013 10:15100%

Ao locador deve ser dado o direito de escolher se quer ou não firmar contrato de
locação com o adquirente no trespasse. Chäim Perelman, fazendo uma releitura da
teoria de Aristóteles, buscou construir uma nova retórica aplicada às ciências
jurídicas que se afasta da lógica formal métrica de Descartes e se utiliza
principalmente dos recursos de argumentação.

 A possibilidade de aplicação de multa ao condômino antissocial. Análise


de aspectos legais e jurisprudenciais

Erika Nicodemos19/04/2013 17:01100%

Se a ação ou omissão for descrita em convenção de condomínio ou regulamento


interno como infração e for estabelecido procedimento e quórum para aplicação de
uma multa por esse ato ou omissão, nada impede que o condômino seja punido se
cometida essa única conduta.

 Retomada de imóvel cedido a empregado na constância do contrato de

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trabalho

José Geraldo da Fonseca10/04/2013 15:55100%

Se o empregado reside no imóvel da empresa para que possa executar o contrato


de trabalho com maior eficiência, isso pode configurar salário-utilidade e compor a
remuneração do trabalhador? Depende do modo jurídico como é aferido no contexto
da relação de emprego: se cedido para o trabalho ou pelo trabalho.

 Prós e contras na terceirização de síndico

Daphnis Citti de Lauro04/04/2013 13:40100%

É necessário que o síndico terceirizado faça constar no contrato sua autonomia,


para evitar que seja apenas um “testa de ferro” do conselho, que eventualmente
possa tentar obrigá-lo a fazer tudo o que seus membros desejam.

 Da (in)exigibilidade da escritura pública nos negócios imobiliários

Sheila Luft Martins03/04/2013 08:46100%

Quando a lei dispensa a escritura de imóveis de valor inferior a trinta salários


mínimos, faz justamente nos casos em que a atenção deveria ser redobrada por
envolver, na maioria das vezes, pessoas humildes e de pouca instrução, mais
carentes ainda de uma intervenção imparcial.

 Promessa de compra e venda de imóvel sob alienação fiduciária e sua


validade jurídica

Marcelo Costa Fadel28/03/2013 10:59100%

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Não há justo motivo para afastar a eficácia do contrato preliminar por
descumprimento ao art. 462 do Cógido Civil se não há prejuízo (efetivo ou potencial)
a qualquer pessoa, e está resguardado o direito da instituição financeira (titular da
propriedade resolúvel).

 As vantagens de investimento em imóveis nos Estados Unidos


retomados pelos bancos americanos

Kelly Durazzo Nadeu20/03/2013 16:11100%

Imóveis em processo de “foreclosure” apresentam um déficit de até 50% do seu


valor original, alavancando o contraste existente entre preços em baixa para
aquisição x demanda crescente para locação, já que a procura por imóveis para
locação só aumenta em virtude das pessoas que foram obrigadas a desocupar suas
residências.

 A Lei de Registros Públicos (LRP) e o instituto da dúvida inversa

Wanderlei José dos Reis18/03/2013 16:26100%

Com a entrada em vigor da Lei de Registros Públicos de 1.973, a dúvida inversa


perdeu sua importância prática e o seu descabimento acabou sendo reconhecido
pela maioria esmagadora dos tribunais inferiores e superiores.

 Embargos de terceiro e garantia real dada por pessoa jurídica, de imóvel


considerado bem de família. A jurisprudência do STJ

Marcelo Pichioli da Silveira e Pompilio Francisco Bressan da Silveira15/03/2013


17:01100%

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O imóvel, em sendo bem de família, não pode ser penhorado se a garantia real foi
dada em nome de pessoa jurídica. A tese do STJ é clara: somente a entidade
familiar (no todo: pais, filhos, e demais familiares que residirem no local) pode
fornecer a garantia real do imóvel, para que seja penhorável.

 A importância do registro das transações imobiliárias no cartório de


imóveis

Phelipe Albuquerque15/03/2013 10:43100%

Os tribunais têm entendido que o comprador que primeiro registrou o imóvel fica
com ele e o comprador que não promoveu o registro tem apenas o direito de cobrar
do vendedor os danos materiais e morais que eventualmente tenha suportado.

 Mais conquistas para o mercado imobiliário: o built to suit é finalmente


regulamentado

Mara Alessandra Reis de Carvalho14/02/2013 14:42100%

Com a Lei 12.744, a bem da segurança jurídica, ficou expressamente permitido


convencionar a renúncia ao direito de revisão do valor dos aluguéis durante o prazo
de vigência do contrato de locação de built to suit.

 Ação revisional de seguro fiança: petição inicial

Ricardo Marques de Almeida12/02/2013 12:46100%

O seguro-fiança está posto no mercado a quem quiser contratar, somente variando o


valor cobrado por cada corretor e por casa seguradora. Por isso, a vinculação do
locatário à corretora da imobiliária caracteriza típico caso de venda casada.

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 A assunção do encargo de síndico remunerado de condomínio não é
causa suficiente para o cancelamento da aposentadoria por invalidez. Da
flexibilização do art. 46 da Lei nº 8.213/91 aos ocupantes de cargos
eletivos

Igor de Andrade Barbosa20/01/2013 14:03100%

É possível que o segurado receba os proventos da aposentadoria cumulativamente


com os subsídios pelo exercício do cargo eletivo?

 Condomínio edilício e o envidraçamento das sacadas

Carlos Antonio Bueno Raymundo28/12/2012 09:48100%

É possível o envidraçamento de sacadas em condomínios edilícios, desde que com


vidros transparentes, sendo, no entanto, imprescindível a aprovação da obra por
todos os condôminos e de forma unanime, incluindo-se aí também os inadimplentes
com suas obrigações e contribuições condominiais.

 Aluguel e arrendamento de imóveis: pessoa física ou jurídica? . .


Labirinto tributário leva empresários e proprietários a equívocos

Ricardo Paz Gonçalves03/12/2012 10:42100%

A pessoa física que recebe valores razoáveis a título de aluguéis ou arrendamento


precisa constituir uma pessoa jurídica para tributar tais receitas. A diferença de custo
com o imposto de renda pode chegar a até 16,17% ao mês, ou uma economia de
até R$ 1.940,40 reais ao ano para cada R$ 1.000,00 reais de aluguéis recebidos ao
mês.

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 Da impenhorabilidade do bem de família em execuções de cotas
condominiais.

Alvaro Luiz Carvalho da Cunha27/11/2012 10:0433%

Ao determinar a penhora de um bem de família para pagamento de cotas


condominiais o Poder Judiciário pode estar chancelando o abuso e o arbítrio dos
condomínios.

 O direito ao lazer das crianças e o condomínio: limitações

Ronaldo Batista Pinto13/11/2012 10:36100%

Parece induvidoso o risco que o trânsito dos veículos, guiados por duas crianças da
mais tenra idade, acarreta aos demais moradores do condomínio, sobretudo de
crianças que, seguramente, também se utilizam da área de lazer comum a todos.

 A abusividade da negociação do seguro-fiança locatício por corretora


indicada pela administradora do imóvel alugado

Ricardo Marques de Almeida20/10/2012 14:4275%

A exigência de seguro-fiança por corretora integrante do mesmo grupo da imobiliária


que administra o imóvel ou outra por ela indicada é prática abusiva porque implica
venda casada, restringe a concorrência e viola a liberdade do consumidor,
ensejando reprimendas pela Susep e pelo CADE.

 Locação de imóvel urbano: observações sobre a interpretação das

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mutações contratuais não formalizadas

Jaques Bushatsky14/10/2012 16:2050%

Tem plena validade a mutação contratual decorrente do consenso dos contratantes


ao operarem o contrato, mesmo que sem nova formalização, passível a nova
operação contratual de ser provada através de todos os meios disponíveis em lei.

 Usucapião administrativa: reflexos no registro de imóveis

Gabriela Lucena Andreazza09/10/2012 09:52100%

A usucapião administrativa não representa afronta injustificada ao direito de


propriedade. O titular do domínio não é sumariamente despojado de seu bem
imóvel, pois é oportunizada impugnação ao procedimento.

 Da cobrança de juros antes da entrega do empreendimento. Legalidade


atestada em recente julgado do Superior Tribunal de Justiça

Rennalt Lessa de Freitas25/09/2012 11:30100%

O ônus para a construção deve ser suportado pelos compradores, razão pela qual é
autorizada a remuneração do capital investido por meio da cobrança de juros
compensatórios.

 Proibida venda e aluguel de vagas para veículos em condomínios

Felícia Ayako Harada09/08/2012 09:44100%

As vendas já efetuadas são válidas e a locação em curso deve permanecer até final

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contrato, pois, a nova lei há que respeitar o ato jurídico perfeito.

 Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI): incidência sobre


meação ou quinhão. Ilegalidade e inconstitucionalidade

Manoel Ferreira Jardim Filho07/08/2012 10:41100%

É ilegal a exigência de ITBI sobre meações e quinhões, a não ser na hipótese em


que a atribuição de imóveis a um meeiro ou herdeiro ultrapasse em valor aquele que
seria o valor total da meação ou do quinhão, determinado na partilha, e
condicionado a que o valor ultrapassado tenha sido reposto em dinheiro pelo
beneficiado.

 Dos riscos do subfaturamento nas transações imobiliárias e a nova Lei


de Lavagem de Dinheiro

Mara Alessandra Reis de Carvalho06/08/2012 09:52100%

Alertamos quantos aos riscos econômicos e jurídicos de se atribuir, na escritura,


valor inferior ao do imóvel.

 Assembleia virtual de condomínio

Paulo Henrique Pereira Bom24/07/2012 10:19100%

Existem barreiras tecnológicas, legais e de costume a serem superadas, cujo “custo


x benefício” deve ser avaliado por cada condomínio, antes de iniciado o processo de
mudança, bem como seja exigido do fornecedor da solução, garantias mínimas de
segurança e validade.

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 Noções gerais da indenização securitária habitacional

Jaqueline de Paula26/06/2012 16:23100%

O seguro de responsabilidade do construtor possui cobertura “all risks”, ou seja,


contra todos os danos que possam vir a ocorrer. O seguro é obrigatório e a
fiscalização assume caráter de dever do segurador.

 A averbação premonitória e o registro de imóveis

Fabio Koga Petrulio e Sonia Oliveira21/06/2012 10:53100%

Com a averbação comprovatória do ajuizamento de execução, evita-se que terceiros


formalizem com o devedor negócios jurídicos passíveis de ineficácia em momento
posterior, por declaração de fraude.

 Dispensa da averbação da reserva legal no novo Código Florestal

Marcos Alberto Pereira Santos15/06/2012 15:59100%

O legislador não agiu bem em dispensar a averbação da reserva legal na matrícula


do imóvel, indo de encontro à eficiência e a segurança jurídica, por violar o princípio
da concentração no registro público.

 Linhas gerais sobre a administração do patrimônio público imobiliário

Viviane Pereira Rocha12/06/2012 10:23100%

Abordam-se os temas doação de bens públicos, uso privativo de imóvel público e

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suas modalidades (autorização, permissão, concessão, concessão de direito real de
uso, concessão de uso especial para fins de moradia, comodato e locação),
vedações em ano eleitoral e improbidade administrativa.

 O lançamento do IPTU sobre as garagens de condomínio

Kiyoshi Harada05/06/2012 15:03100%

Inúmeras questões têm surgido, na prática, concernentes aos lançamentos de IPTU


em relação às garagens situadas nos subsolos de edifícios de alto luxo.

 Venda ou aluguel de vaga de automóvel: mais uma lei mal redigida

Dalton Henrique Iberê Gilson31/05/2012 08:59100%

A presença de uma pessoa estranha (ao condomínio) - por conta de guardar seu
veículo no prédio - não se dá apenas nas hipóteses de aluguel ou de venda da vaga,
mas também ao se emprestar ou ceder gratuitamente o espaço na garagem.

 Locação de imóvel por dispensa de licitação e o chamamento público

Ronny Charles Lopes de Torres25/05/2012 14:10100%

É possível a utilização do chamamento público como procedimento prévio à locação


de imóveis, para fins de dispensa de licitação. A adoção do procedimento é legítima,
mesmo que haja eventual identificação de mais de um imóvel apto ao atendimento
do interesse público.

 Proibição do aluguel e venda de vaga de garagem em edifícios. Mais

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uma limitação ao princípio da autonomia privada

Elcio Nacur Rezende11/05/2012 14:23100%

Com a nova lei, os proprietários ou possuidores de unidades autônomas que


quiserem alugar ou vender vaga de garagem só poderão fazê-lo a pessoas que
residem ou freqüentem o condomínio. Minimizou-se um problema de falta de
segurança, mas limitou-se a autonomia privada.

 A Lei nº 12.607/2012 e as alterações na locação de garagem de


condomínio para terceiros

Salomão Resedá02/05/2012 14:57100%

Não há que se falar em quebra dos efeitos jurídicos decorrentes de contratos de


locação de garagem de condomínio com terceiros celebrados antes da promulgação
da nova lei.

 Nota sobre a cobrança de luvas nas locações urbanas não residenciais

Jaques Bushatsky09/04/2012 14:32100%

É permitida a cobrança de “luvas” no início da locação e proibida na renovação do


contrato. Situações específicas não cogitadas quando elaborada a Lei de Locações
merecerão análises e novas construções jurisprudenciais.

 Incorporação imobiliária: um comparativo entre a Lei nº 4.591/64 e o


Código de Defesa do Consumidor acerca das garantias conferidas aos
adquirentes de unidade futura

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Jaqueline de Miranda Santiago09/04/2012 08:15100%

Em que medida a Lei nº 4.591/64 protege o adquirente de uma unidade autônoma


em regime de incorporação imobiliária? Quais as garantias que o Código de Defesa
do Consumidor atribui aos adquirentes de imóvel ainda em construção?

 A ilegalidade da especulação imobiliária. . . . Um entrave ao real


exercício do direito à moradia e o impacto ambiental gerado no
município de Fortaleza

Renata Greycie Calixto Martins01/04/2012 14:14100%

A prática da especulação imobiliária é incompatível com a função social da


propriedade, uma vez que não visa aos interesses de toda a coletividade, mas
apenas aos interesses de uma só pessoa ou de um grupo específico. Há vários
meios para coibi-la.

 Imóvel na planta: o “erro” das construtoras na metragem e o direito do


consumidor à indenização. Reflexões sobre o pacto ad corpus e ad
mensuram no Código de Defesa do Consumidor

João Paulo Rodrigues de Castro27/03/2012 15:42100%

A partir do CDC, se a construtora anunciar que o imóvel tem certa metragem, deverá
cumprir o que foi pactuado. Não vale mais o argumento de que a área da unidade é
um fator menos preponderante que a localização do empreendimento e a qualidade
do edifício.

 Condôminos respondem por obrigação tributária do condomínio?

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Kiyoshi Harada20/03/2012 13:5580%

Os condôminos não se confundem com a figura do condomínio. Entretanto, o


Secretário da Receita Federal baixou ato declaratório interpretativo
responsabilizando os condôminos pelas obrigações tributárias decorrentes de
locação de partes comuns de condomínio edilício.

 Normas especiais e antinomias nas relações de consumo. Os critérios


tradicionais e a perspectiva constitucional contemporânea de
interpretação e aplicação do Direito

Luis Alberto da Costa15/03/2012 14:26100%

Discute-se a aplicação do Código de Defesa do Consumidor nas relações jurídicas


regidas por normas específicas, com ênfase na questão dos contratos de locação de
bens imóveis.

 Aquisição de imóvel por estrangeiros

Bruno Mattos e Silva29/02/2012 11:09100%

Não há aquisição de propriedade pelo estrangeiro nos casos em que há vedação


legal: pode existir aquisição de algum outro direito, passível de proteção judicial,
mas não de propriedade.

 Empreendimentos imobiliários versus áreas contaminadas: como


resolver?

Luciano Batista de Oliveira16/02/2012 16:02100%

Apesar de sua importância e dos riscos pela sua não realização, a identificação da

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questão ambiental (passivo ambiental), na compra de imóveis é um fator
desconsiderado ou deixado em segundo plano.

 O essencial à compreensão dos direitos dos adquirentes de imóveis na


planta e os atrasos das obras

Carlos Henrique Bastos da Silva02/01/2012 14:49100%

É imensa a quantidade de consumidores que estão sendo lesados, dia após dia,
pelas incorporadoras e construtoras brasileiras, através da chamada compra de
imóveis na planta.

 Atraso na entrega de imóveis comprados na planta e suas


consequências

Celso Anicet Lisboa27/12/2011 11:10100%

As construtoras argutamente inserem no contrato de compra e venda a chamada


cláusula compromissória, obrigando o consumidor a excluir o Poder Judiciário de
eventual conflito, como, por exemplo, atraso na entrega do imóvel.

 A inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 13.160, que autorizava o


protesto da despesa condominial nos condomínios edilícios

Marcelo Vallejo Marsaioli09/11/2011 08:27100%

Ao ser tomada como título “protestável” e, portanto, passível de lançamento do


nome dos devedores em órgãos de restrição de crédito, a despesa condominial
ganharia conotação dos chamados títulos executivos extrajudiciais.

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 A competência do INCRA para certificação de imóveis rurais e a Lei de
Registros Públicos: conflito ou compatibilidade?

Aloizio Apoliano Cardozo Filho28/10/2011 09:38100%

Para realizar o trabalho de identificação e certificação de imóvel rural, o INCRA


precisa editar ato normativo para disciplinar o trabalho dos profissionais habilitados
para elaboração, execução e assinatura do memorial descritivo, bem como
estabelecer a precisão posicional das coordenadas dos vértices definidores dos
limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro.

 Responsabilidade civil por dano em imóvel adquirido mediante contrato


de mútuo bancário

Clenio Jair Schulze e Vitor Hugo Anderle23/09/2011 11:02100%

Cabe ao adquirente voltar-se contra o alienante do imóvel, a fim de obter


indenização decorrente dos danos encontrados no imóvel objeto do contrato de
compra e venda, e não responsabilizar as instituições financeiras que financiaram a
aquisição do bem.

 Cooperativas de habitação no Brasil. Análise legislativa e jurisprudencial

Hyltom Pinto de Castro Filho06/08/2011 09:12100%

Tema recorrente é o dos prejuízos decorrentes da aquisição da casa própria por


meio da adesão aos sistemas de cooperativas criadas e desenvolvidas para a
realização de empreendimentos habitacionais.

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 Ordem de reajuste e amortização das prestações referentes aos
contratos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH)

Irving Marc Shikasho Nagima15/07/2011 16:39100%

Muito se falava sobre o critério utilizado para a atualização e amortização da dívida


referente às prestações do contrato vinculado ao sistema financeiro de habitação. A
amortização deve preceder à atualização da dívida ou a amortização deve ser
posterior ao…

 A vontade do legislador na defesa do princípio da irretroatividade das


leis. Análise da votação da Medida Provisória nº 513/10 no Senado
Federal

Rafael Nogueira de Lucena27/06/2011 07:46100%

Analisa-se a defesa do princípio da irretroatividade das leis, promovida durante as


votações da MP 513/10 no Senado e os efeitos de sua conversão para as demandas
securitárias no Sistema Financeiro da Habitação.

 Envidraçamento de varandas. Novos tempos. Novas tecnologias e o


operador do direito imobiliário

Marcelo Araujo07/04/2011 10:01100%

Como militante na área do direito imobiliário, especialmente o condominial, tenho


percebido que nos últimos anos um tema tem se tornado recorrente nas reuniões de
condominio em contrução ou já instalados - o fechamento das varandas, através do
envidraçamento que…

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 Afinal, o que faz uma administradora de condomínios?

Paulo Henrique Pereira Bom10/03/2011 16:19100%

INTRODUÇÃO A existência de propriedades com mais de um proprietário surgiu por


volta da Idade Média, em cidades ao sul da França, sendo que em Portugal, nas
Ordenações Filipinas de 1595, que entrou em vigor em 1603, em seu Livro…

 A proteção jurídica do sossego no condomínio edilício

André Pataro Myrrha de Paula e Silva09/03/2011 11:12100%

No presente estudo faremos uma análise da proteção jurídica do sossego da


população quando ameaçado pelo mau uso da propriedade.

 Breve estudo sobre a atividade de incorporação imobiliária

Hyltom Pinto de Castro Filho20/02/2011 10:39100%

Analisa-se quem pode ser considerado incorporador e as operações que acabam


sendo configuradas como incorporação, ainda que assim não sejam desejo dos
empreendedores.

 Excesso de lotação em unidade autônoma de condomínio edilício

Jaques Bushatsky02/02/2011 13:58100%

Ocorrendo excesso de lotação em unidade condominial, é possível ao Condomínio


Edilício obrigar a respectiva supressão? A resposta exige rápida lembrança de
alguns dispositivos legais. É sensível a conseqüência do excesso populacional em

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unidade condominial: abala a segurança desejável podendo…

 Observações sobre a responsabilidade do proprietário do terreno, que o


permuta por futuras unidades a serem erigidas no local, perante os
adquirentes de unidades destinadas ao incorporador, prometidas à
venda e não entregues

Jaques Bushatsky30/12/2010 09:47100%

O proprietário do terreno, que o permuta por futuras unidades a serem erigidas no


local, responde perante os adquirentes de unidades destinadas ao incorporador,
prometidas à venda e não entregues?

 Os efeitos do divórcio perante os contratos de financiamento


habitacional

Eduardo Felix da Cruz07/10/2010 10:1080%

Como fica a situação de um casal que decide se divorciar, em relação ao


financiamento de imóvel que celebraram em conjunto? Rescindir o contrato pode
implicar em prejuízo financeiro para ambos. Por outro lado, o cônjuge que sai do
imóvel…

 Transformação do condomínio em uma pessoa jurídica. Comentários ao


Projeto de Lei nº 4.816, de 2009

André Luiz Junqueira06/09/2010 12:58100%

RESUMO: Análise do Projeto de Lei da Câmara dos Deputados nº 4.816 de 2009,


que, se aprovado, criará a possibilidade de se transformar um condomínio em

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pessoa jurídica. PALAVRAS-CHAVE: CONDOMÍNIO – PERSONALIDADE
JURÍDICA – PESSOA JURÍDICA – PROJETO DE LEI…

 Segurança de obras feitas no condomínio

André Luiz Junqueira02/09/2010 14:14100%

RESUMO: O presente trabalho esclarece como o condomínio deve agir para se


resguardar a segurança da edificação quando obras são realizadas por condôminos
ou possuidores. PALAVRAS-CHAVE: CONDOMÍNIO – OBRA – SEGURANÇA –
EDIFICAÇÃO – DEVER – RESPONSABILIDADE SUMÁRIO: 1. Introdução.…

 A modernização da matrícula do Registro de Imóveis

Alberto Rodrigues Freire09/08/2010 19:53100%

Resumo: Este trabalho tem por objetivo propagar formas de modernizar a matrícula
do registro de imóveis, com a utilização de elementos gráficos e outras ferramentas
gratuitas disponíveis atualmente pelo atual estágio da informatização, que uma vez
inseridas através de mecanismo…

 Responsabilidade civil do condomínio edilício no caso de furto em


garagens e áreas comuns

Cristina Fleig Mayer15/06/2010 00:0072%

SUMÁRIO: 1 Introdução. 2 O Condomínio Edilício. 3 Responsabilidade Civil.


4 Cláusula de não indenizar. 5 Furto em garagens e áreas comuns. 6 Projeto de Lei
nº 5.330 de 2005. 7 Conclusão. Referências Bibliográficas. Notas. 1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda a responsabilização civil do…

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 Conciliação nos processos do Sistema Financeiro da Habitação.
Iniciativas da Justiça Federal da 2ª Região

Maria Thereza Tosta Camillo08/05/2010 00:0086%

Apesar do êxito, a negociação empreendida nos mutirões da conciliação ainda


precisa evoluir para minorar o desequilíbrio entre as partes.

 A penhora na jurisprudência do Conselho Superior da Magistratura e da


Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo

Luciano Lopes Passarelli08/12/2009 01:0092%

O registro da penhora é ou não pressuposto indispensável à configuração de fraude


na alienação do bem imóvel penhorado?

 Seguro obrigatório do condomínio

Gilberto de Jesus24/11/2009 01:0086%

É importante frisar, de início, que o seguro é a proteção mais adequada para a


pessoa se prevenir contra os riscos a que está exposta, seja pessoa natural, jurídica
ou mesmo um ente despersonalizado, desempenhando fundamental papel na
sociedade moderna,…

 Duas breves notas sobre aquisição de imóveis rurais. Sobre


georreferenciamento e outorga de lavras

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Manoel Duarte Pinto12/11/2009 01:0080%

A aquisição de imóveis rurais sempre demandou certa atenção, principalmente no


caso de grandes glebas de terras ou de prédios com Matrículas antigas, lançadas
nos respectivos Cartórios de Registro de Imóveis, em face de muitas vezes essas
Matrículas serem imprecisas,…

 Breves considerações sobre a alteração das fachadas nos condomínios.


Envidraçamento de varandas e colocação de placas de letreiros

Fábio Barletta Gomes31/10/2009 01:0069%

É cediço que o condomínio edilício é caracterizado por uma conjugação de direitos


reais: um direito de propriedade exclusiva (exercido pelo condômino sobre sua
unidade autônoma) e um direito de co-propriedade (exercido conjuntamente por
todos os condôminos sobre as áreas…

 A boa-fé objetiva nas relações condominiais

André Luiz Junqueira20/10/2009 01:0086%

RESUMO: O trabalho trata brevemente da aplicação do conceito da boa-fé objetiva


nas relações condominiais. PALAVRAS-CHAVE: CONDOMÍNIO – BOA-FÉ
OBJETIVA – COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO – TU QUOQUE –
SUPPRESSIO - SURRECTIO ABSTRACT: This work shortly explains the application
of the concept…

 Breves considerações sobre a alteração das fachadas nos condomínios.


Envidraçamento de varanda e colocação de placas e letreiros

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Fábio Barletta Gomes15/09/2009 00:0081%

É cediço que o condomínio edilício é caracterizado por uma conjugação de direitos


reais: um direito de propriedade exclusiva (exercido pelo condômino sobre sua
unidade autônoma) e um direito de co-propriedade (exercido conjuntamente por
todos os condôminos sobre as áreas…

 Proibição de uso de áreas comuns pelo devedor de condomínio

André Luiz Junqueira18/07/2009 00:0071%

O Código Civil Brasileiro determina que o condômino que não paga em dia sua
quota-parte nas despesas condominiais, além de ter de pagar multa e juros sobre
seu débito (artigo 1.336, § 1º, do Código Civil), também pode ser proibido…

 A ilegitimidade ativa do côndomino na ação de prestação de contas

Patricia Aparecida de Paula Ceretti14/07/2009 00:0087%

Antes de adentrar-se no tema central deste estudo, convém fazer algumas breves
considerações acerca das atribuições do síndico nos condomínios edilícios. São
atribuições legais do síndico (art. 1348, do „CC‟, e art. 22, da Lei 4.591/64),
regularmente eleito: a) representar…

 O condomínio edilício como um direito real novo

Magno Cardoso Brandão10/07/2009 00:0074%

Inicialmente, resta ressaltar que o instituto do condomínio edilício tem por objeto as
edificações, ou mesmo o conjunto de edificações composto de um ou mais
pavimentos, construídos sob a forma de unidades isoladas entre si, seja para fins

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residenciais ou…

 Conflitos em garagens de condomínios

André Luiz Junqueira07/07/2009 00:0079%

Independentemente do porte, destinação (residencial, comercial, shopping, etc.) ou


localização, constata-se que o estacionamento de veículos em prédios é um grande
foco de conflitos nos dias de hoje. Problemas que, devido ao aumento de veículos
nos grandes centros urbanos, estão…

 A penhora no registro de imóveis: ato de registro ou de averbação?


Revendo a questão em face da superveniência da Súmula 375 do STJ

Luciano Lopes Passarelli12/06/2009 00:0086%

No Estado de São Paulo, enquanto não houver alteração normativa, todos os


registradores devem promover a "averbação" de penhoras que lhe forem
apresentadas para ingresso no fólio real.

 Os contratos do SFH anteriores ao CDC sem cobertura pelo FCVS. Saldo


residual e a Lei nº 11.922/09

João Roberto de Toledo19/05/2009 00:0089%

SUMÁRIO: Introdução. 1. A Posição do STJ no sentido da inaplicabilidade do CDC


aos contratos firmados antes da entrada em vigor daquela norma legal. 2 A eficácia
mínima de que se devem revestir as normas constitucionais em geral. 3 O…

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 Penas restritivas de direito aos condôminos inadimplentes. Suspensão
do fornecimento de serviços essenciais e restrição ao acesso às áreas
comuns do condomínio

Fábio Barletta Gomes13/05/2009 00:0081%

O presente trabalho não tem a pretensão de esgotar o tema em epígrafe – que,


diga-se de passagem, é ainda muito controvertido –,objetivando, tão somente, trazer
à baila reflexões acerca da possibilidade ou não da imposição de penalidades
restritivas de…

 Formal de partilha: aspectos práticos no registro imobiliário

Fabrício Petinelli Vieira Coutinho20/04/2009 00:0085%

1) Conceito O formal de partilha é um documento de natureza pública expedido pelo


juízo competente para regular o exercício de direitos e deveres decorrentes da
extinção de relações jurídicas entre pessoas nas ações de inventário, separação,
divórcio, anulação e…

 Os novos paradigmas contratuais e o regime de patrimônio de afetação

Jacob Arnaldo Campos Farache e Roberto Cavarra Bortolon23/03/2009 00:0097%

RESUMO O instituto jurídico do patrimônio de afetação é, indubitavelmente, uma


garantia aos agentes financiadores e aos compradores de unidades autônomas de
condomínios edilícios, entretanto sua utilização é facultativa aos incorporadores. Isto
posto, o presente trabalho pretende mostrar que os…

 Comportamento anti-social no condomínio

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Rodrigo Heinzelmann Luckow10/03/2009 00:0076%

Resumo: O artigo apresenta as formas de punição e como tratar os condôminos com


comportamento anti-social. A vida em sociedade por si só gera vários problemas
comportamentais. Problema ainda maior encontramos dentro dos condôminios, onde
a convivência comum das pessoas…

 Quem são os "ocupantes" referidos no artigo 213 da Lei de Registros


Públicos?

Luciano Lopes Passarelli27/01/2009 01:0085%

A Lei 6.015/73 estabelece que nas retificações administrativas de registro imobiliário


que implicarem em inserção ou alteração de medida perimetral deverão os
confrontantes anuir ao pedido.

 Os Livros 4 e 5 do registro imobiliário. Os indicadores real e pessoal

Luciano Lopes Passarelli04/01/2009 01:0086%

No registro de imóveis, são dois os livros "indicadores", previstos no artigo 173,


incisos IV e V: o Livro nº 4 ("Indicador Real") e o Livro nº 5 ("Indicador Pessoal").

 Qualificação registral dos títulos judiciais de arrematação

Luciana Generali Barni18/12/2008 01:0068%

O estudo trata do procedimento de ingresso das cartas de arrematação no Registro


de Imóveis. O conflito entre registradores e juízes tem solução, desde que haja
harmonização entre suas funções.

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 O instituto da reserva de prioridade. Garantia de maior segurança nas
relações jurídicas imobiliárias

Lilian Maria Gomes de Oliveira17/12/2008 01:0085%

RESUMO A sociedade confia no registro imobiliário prestado de acordo com o


princípio da eficiência, por este representar um depositário fiel da situação jurídica
dos imóveis. E, por conseguinte, o instituto da reserva de prioridade, ainda sem
previsão legal, vem…

 Subprime mortgage no SFH e a Súmula nº 84 do STJ. O sistema


bancário brasileiro corre risco?

Bruno Mattos e Silva20/11/2008 01:0083%

Por que bancos americanos e britânicos concederam empréstimos sem garantia


suficiente? É possível medir o grau de risco das instituições financeiras brasileiras?

 Aplicação de multas em condomínios edilícios

André Luiz Junqueira09/10/2008 00:0072%

Criar e manter um ambiente condominial seguro e sossegado não é tarefa fácil. E,


embora os condomínios tenham a possibilidade de punir quaisquer atos que atentem
à segurança, saúde e sossego da edificação, nota-se que muitos Síndicos,
especialmente de condomínios…

 Possibilidade de exclusão de condômino anti-social

André Luiz Junqueira04/06/2008 00:0080%

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RESUMO: O presente trabalho aborda a possibilidade de se excluir um condômino
ou ocupante de do convívio dos demais moradores de um condomínio. SUMÁRIO:
1. Introdução. – 2. Conceito de anti-social. – 3. Exclusão do condômino ou ocupante
anti-social. –…

 Cláusulas recorrentes em contratos de compra e venda de imóveis na


planta. Estudo de caso

Leonardo Ayres Santiago20/04/2008 00:0086%

ÍNDICE: I - Introdução; II - Possíveis conseqüências caso o contrato em questão


seja celebrado por adesão; III- Ambigüidades e/ou contradições presentes nas
cláusulas; IV - Existência, nas cláusulas, de previsão de renúncia antecipada do
aderente ao direito resultante da…

 Sobre a importância do protocolo e a impossibilidade de ele ser negado


pelo oficial de registro

Raquel Duarte Garcia07/04/2008 00:0083%

São atributos do registro, segundo FARIAS & ROSENVALD (2006: 246-258), a


constitutividade, a prioridade (ou preferência), a força probante, a continuidade, a
publicidade, a legalidade e a especialidade. No que se refere ao Livro 1 dos
Registros de Imóveis, Livro…

 Registros públicos e boa-fé do comprador de imóveis. Mudança na


jurisprudência do STJ?

Bruno Mattos e Silva26/03/2008 00:0084%

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Uma alienação de imóvel passível de invalidação ou de declaração de nulidade ou
de ineficácia pode "contaminar" as alienações subseqüentes?

 A extinção da Rede Ferroviária Federal S/A e a União. Incorporação de


bens de sociedades

Roberto Tadeu Marques e Fernando Semerdjian03/01/2008 01:0083%

I - INTRODUÇÃO O presente artigo tem por escopo tecer breves comentários


acerca da aquisição de imóveis oriundos de processo de inventariança da Rede
Ferroviária Federal S.A (RFFSA), sociedade de economia mista, à luz do sistema
registral imobiliário.II – BREVE…

 Integralização ou desincorporação de bens imóveis por instrumento


público

Viviane Souza Vieira23/12/2007 01:0082%

Dispõe o artigo 64 da Lei 8.934/94 acerca do Registro Público de Empresas


Mercantis e Atividades Afins, nos seguintes termos: Art. 64 A certidão dos atos de
constituição e de alteração de sociedades mercantis, passada pelas juntas
comerciais em que…

 A impossibilidade de dispensa da certidão de feitos ajuizados nas


escrituras públicas

Luciano Santhiago Ziebarth07/11/2007 01:0080%

O novel diploma civil prescreve em seu artigo 108, que "Não dispondo a lei em
contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem

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à constituição, transferência, modificação, ou renúncia de direitos reais sobre
imóveis de…

 Abertura de matrícula no Cartório de Registro Geral Imobiliário

Sandro Alexander Ferreira21/10/2007 01:0092%

A abertura da matrícula parece um assunto que não traz maiores discussões, mas,
analisando existem alguns casos em que se deve e outros em que não se deve abrir
a matrícula.

 Destituição de síndico de condomínio edilício

André Luiz Junqueira10/10/2007 00:0080%

RESUMO: O objetivo deste trabalho é esclarecer qual o quórum aplicável para a


votação da destituição de um síndico em um condomínio edilício. Para tanto, será
analisada a vigência da Lei Federal n° 4.591 de 1964 em face do Código…

 Financiamento imobiliário. Possibilidade de reajuste pelo CUB mesmo


após a conclusão da obra

Orlando Luiz Zanon Junior03/10/2007 00:0081%

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil, divulgado pelas entidades


regionais deste ramo empresarial, pode ser utilizado para o reajuste dos contratos
de compra e venda de imóveis, desde que não vinculados ao Sistema Financeiro de
Habitação e tenham…

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 Exceções à preferência advinda da prioridade no registro de imóveis

Sandro Alexander Ferreira04/09/2007 00:0090%

Segundo o Código Civil e a Lei de Registros Públicos (Lei 6015/73), o número de


ordem no protocolo determina a ordem de apresentação dos títulos e a respectiva
prioridade, conferindo-se, esse princípio, a preferência dos direitos reais do título
registrado…

 Caducidade de desmembramento de gleba por falta de registro

Tatiana Waisberg29/07/2007 00:0081%

Terreno teve seu desmembramento aprovado pela administração, mas tal fato não
foi submetido ao registro imobiliário. Por tal razão, ocorreu a decadência do
desmembramento.

 Possibilidade jurídica de incorporação imobiliária por entidade sindical

27/06/2007 00:0068%

Parecer que defende a possibilidade jurídica de incorporação imobiliária por


entidade sindical, desde que voltada exclusivamente para os sindicalizados a ela
vinculados e exercida em caráter não-profissional.

 Averbação de cancelamento de incorporação imobiliária gera direito a


emolumentos

Eros Romaro19/06/2007 00:0065%

Incorporador imobiliário que requereu averbação de cancelamento de registro de

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incorporação imobiliária, irresignado com a cobrança de emolumentos pela serventia
judicial, entrou com reclamação perante a Corregedoria.

 Condomínio indivisível. Direito de preferência. Escritura pública de


compra e venda. Condômino preterido. Validade do negócio jurídico

Carlos Antônio de Araújo08/06/2007 00:0088%

1)Pode um tabelião de notas lavrar escritura pública de compra e venda de parte


ideal de imóvel indivisível em que o alienante seja um dos condôminos, sem obter o
consentimento dos demais? A parte inicial do caput do artigo 504…

 Sentença proíbe cobrança de “resíduos de obra” por cooperativa


imobiliária

Gustavo Coube de Carvalho18/04/2007 00:0097%

Cooperativa imobiliária não pode cobrar taxa de “resíduo de obra”, em virtude de


não estar prevista no contrato. Foi esta a sentença obtida pela Associação de
Adquirentes de Apartamentos do Condomínio Residencial Vila Mariana,
representada pelo advogado Valter Picazio Júnior, em ação coletiva movida em face
da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (BANCOOP). A
cooperativa também foi obrigada a fazer o registro da incorporação imobiliário, além
de pagar 10% do valor do contrato a cada adquirente por não tê-lo efetuado
tempestivamente.

 SFH: análise sob um outro ponto de vista

Luís Felipe Bernardes Sá Teles09/02/2007 01:0078%

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Muito se tem escrito e comentado a respeito do Sistema Financeiro da Habitação
nos últimos tempos, principalmente a partir das recentes medidas implementadas
pelo Governo Federal, as quais buscam estimular o desenvolvimento do setor
imobiliário nacional através do barateamento do…

 A indispensabilidade da escritura pública na essência do art. 108 do


Código Civil

Valestan Milhomem da Costa25/09/2006 00:00100%

Não há dúvida que o legislador se distraiu da essência do artigo 108 do Código Civil
quando flexibilizou a indispensabilidade da escritura pública para negócios jurídicos
levando em conta o valor do imóvel.

 Condomínio horizontal e vertical: diferenças

Jorge Luiz Braga16/09/2006 00:00100%

Muitos leigos e até juízes, advogados, engenheiros e principalmente


corretores de imóveis confundem quando um condomínio é do tipo "horizontal" ou
"vertical", dizendo ser aquele (o horizontal) o de casas construídas no mesmo plano,
ou seja, uma ao lado da…

 Quando a instituição de condomínio deve ser instrumentalizada por


escritura pública?

Adriano Erbolato Melo07/06/2006 00:00100%

Se, no momento do registro da instituição do condomínio, houver divergências que


representem verdadeira inovação com relação ao registro da incorporação,

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necessária a aplicação do artigo 108 do Código Civil.

 O patrimônio de afetação vai vingar no mercado imobiliário?

Aldo Dórea Mattos10/04/2006 00:00100%

Em tempos de furacão assolando várias partes do planeta, nunca é demais recordar


a devastação que a débâcle da Encol causou no mercado imobiliário. O saldo foi
negativo para as 42.000 famílias prejudicadas nos cerca de 700 malfadados
empreendimentos e…

 Fundo de Compensação Salarial e inexigência do saldo devedor do


mutuário

Alex Sandro Ribeiro21/03/2006 00:00100%

Tem sido uma constante, nos últimos anos, a conduta de determinadas instituições
financeiras em notificar mutuário de outrora instando-o a proceder o pagamento de
valor inerente ao saldo devedor havido em contrato de financiamento regulamentado
pelo Sistema Financeiro de Habitação-SFH…

 Aquisição de imóvel financiado sem anuência da credora hipotecária

Alex Sandro Ribeiro21/03/2006 00:00100%

A PROBLEMÁTICA Registra-se, desde longa data, a celeuma existente na


aquisição de imóvel financiado sem anuência da credora hipotecária, o que poderia,
em tese, constituir ofensa à cláusula do contrato firmado com os primitivos
compradores, ao estabelecer como requisito para…

 O programa de incentivo à aquisição da casa própria do governo e sua

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viabilidade

Leonardo Machado Targino de Azevedo13/02/2006 01:00100%

No último dia 07 de fevereiro, o governo federal anunciou medidas para


incentivar a construção civil, que envolvem a redução e até mesmo isenção de IPI
para produtos ligados a esta área e principalmente a liberação de R$18,7 bilhões
em…

 Fundamentos para a manutenção da ordem: a possibilidade de expulsão


de morador sociopata do condomínio edilício à luz da Constituição da
República Federativa do Brasil

Fabrício Wloch10/02/2006 01:00100%

O texto analisa a limitação a morador anti-social que perturbe o condomínio, frente


ao direito de propriedade, à dignidade da pessoa humana e ao princípio da função
social da propriedade.

 Habitação: ilegalidade de índices e valores cobrados pelo agente


financiador

02/02/2006 01:0097%

Extensa e fundamentada sentença em ação civil pública movida pelo Ministério


Público em face de agente do Sistema Financeiro da Habitação, que declarou ilegais
as seguintes condutas: aplicação de índice de correção diverso do pactuado,
extrapolação do limite de equivalência salarial e cobrança de valores, taxas e multas
indevidos ou não especificados.

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 A afetação das incorporações imobiliárias. Lei nº 10.931/2004

Melhim Namem Chalhub16/11/2005 01:00100%

Trata-se de importante mecanismo que, independente de intervenção judicial,


possibilita aos adquirentes substituir o incorporador na administração do negócio e
prosseguir a obra.

 Incorporação imobiliária: sentença em ação civil pública contra


cláusulas ilegais

Dorival Moreira dos Santos11/11/2005 01:0087%

Extensa sentença proferida em ação civil pública contra incorporadoras imobiliárias


e seus responsáveis legais, declarando a nulidade de diversas cláusulas e
determinando a devolução de valores pagos a maior.

 Condomínio edilício e a divulgação de sua inadimplência: direito dos


condôminos serem informados sobre assunto de interesse geral ou
abuso na cobrança de dívida?

Orlando Guimaro Junior08/10/2005 00:00100%

1.APRESENTAÇÃO Figura controvertida tanto por seus aspectos jurídicos


como pela vastidão de polêmicas que, oriundas de seu cotidiano, comumente
chegam ao Judiciário em busca de pacificação, o condomínio edilício, objeto de leis
extravagantes no passado, agora recepcionado pelo atual Código…

 A questão dos encargos remuneratórios nos contratos de crédito


imobiliário

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Cassio M. C. Penteado Junior21/07/2005 00:00100%

Introdução Dentre as questões que, na prática forense, são discutidas em


sede das ações revisionais dos contratos de crédito imobiliário, têm relevo a que
perquire, máxime nos mútuos sob o regime da equivalência salarial, mas, não
exclusivamente, sobre a taxa…

 Condômino sem quitação não vota em assembléia

Cássio Leite de Oliveira19/07/2005 00:00100%

Para o exercício do direito de participação e voto em Assembléias deve o


condômino estar quite. Deve-se considerar quite apenas o condômino em dia com
suas contribuições ou também aquele que fez acordo de parcelamento de débitos
anteriores e vem…

 Lei de incentivo ao setor da construção civil

Fabricio Alves Ghidetti10/07/2005 00:00100%

Foi sancionada pelo Presidente da República, no dia 02 de agosto de 2004, a Lei nº.
10.931, que traz uma série de inovações e incentivos ao setor da construção civil.
Dentre as principais inovações trazidas pela Lei, as quais serão…

 Georreferenciamento: histórico e questões já nem tão controversas

Emanuel Costa Santos28/05/2005 00:00100%

Breve histórico Surge no mundo jurídico, em 2001, a Lei Federal 10.267, que dentre
tantas alterações, passa a vincular à necessidade de descrição georreferencial os
casos que especifica. Na atividade registrária, as alterações são mais vivamente

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sentidas face o acréscimo…

 Direito de vizinhança e comportamento anti-social

Deise Mara Soares22/04/2005 00:00100%

RESUMO: O artigo visa esclarecer algumas dúvidas pertinentes às punições dos


condôminos anti-sociais, e a manutenção da paz e da ordem coletiva em
condomínios edilícios. PALAVRAS CHAVE: Condômino Anti-social; Condomínio
Edilício; Punições Condominiais, Direito de Vizinhança. SUMÁRIO: INTRODUÇÃO;
1 O…

 Patrimônio de afetação

Hércules Aghiarian07/03/2005 00:0050%

Em 04.09.2001 foi criado pela MP 2.221 o Patrimônio de Afetação, quando foi


alterada a Lei no 4.591/64, para garantir a efetividade das incorporações
imobiliárias, em proteção dos milhares de aderentes lesados ao longo de
lamentáveis quebras empresarias do setor.…

 Sistema Financeiro da Habitação: análise e proposta de solução

Marco Aurélio Leite da Silva05/03/2005 00:00100%

Introdução Nos últimos tempos multiplicou-se intensamente o número de


ações que discutem contratos avençados sob a égide do Sistema Financeiro da
Habitação. Tais ações têm em comum a premissa de que o valor das prestações
bem como do saldo devedor…

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 Procedimentos para retificação de registro imobiliário. Alterações dos
artigos 212, 213 e 214 da LRP

J. A. Almeida Paiva22/12/2004 01:00100%

A lei ampliou os poderes do Oficial do Registro de Imóveis para a simplificação do


processo de retificação do registro, inclusive "de ofício", retirando tanto quanto
possível a intervenção do juiz no processo retificatório.

 Comentário aos artigos 212 e 213 da Lei nº 6.015/73. Lei nº 10.267/2001,


Decreto regulamentador nº 4.449/2002 e Instruções Normativas do
INCRA nº 12 e 13

Luiz Augusto Lodeiro de Mello22/12/2004 01:00100%

Os dispositivos legais propostos para o estudo, nos remetem a uma análise da


retificação de registro imobiliário e da obrigatoriedade de constar da descrição dos
imóveis rurais, coordenadas georeferenciadas. Trataremos em um primeiro
momento, das normas que criaram o georeferenciamento…

 Apontamentos sobre a Lei nº 10.931/2004

Roberto Luchezi22/12/2004 01:00100%

Se tem uma coisa contra a qual sempre me insurjo é o costume arraigado de editar
leis que compreendam assuntos diversos, um às vezes não tendo nada a ver com
outro. Parece até que se procura confundir, fazendo com que…

 Por que foi vetada a adequação da multa por inadimplemento nos

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condomínios?

Jaques Bushatsky03/12/2004 01:00100%

O Projeto de Lei n. 3.065 de 2.004 (emendado pelo Projeto de Lei n. 2109 B/99) já
havia sido aprovado pelo Congresso Nacional (a indicar o consenso da sociedade),
aguardando-se somente a sanção pelo Presidente da República. Dentre as
situações…

 Breves anotações sobre o Registro de Imóveis

Marcelo Augusto Santana de Melo09/09/2004 00:00100%

Malgrado a existência de farta e qualificada doutrina, percebe-se a ausência de texto


dirigido ao estudante ou profissional de direito que não está familiarizado com o
instituto. Procuramos formular um roteiro prático e teórico da atividade registral.

 A taxa condominial

Hamilton Fernando Castardo09/08/2004 00:00100%

Condomínio significa propriedade comum, um conjunto de direitos e obrigações


vinculados à propriedade exclusiva de uma ou mais unidades, em um mesmo
prédio, em co-propriedade com outras pessoas, sobre o terreno, onde a cada
unidade é atribuída fração ideal, nos…

 Da homologação judicial das convenções condominiais. O suprimento


judicial da declaração de vontade dos condôminos

Daisy Ehrhardt30/05/2004 00:00100%

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As recentes alterações relativas ao Condomínio Edilício no Novo Código Civil
trouxeram a necessidade de nova regulamentação dos Condomínios, através da
alteração formal de suas Convenções Condominiais e, por conseqüência, o
enfrentamento da maior de todas as dificuldades: a reunião…

 Sociedades limitadas, o registro imobiliário e o novo Código Civil

Alexandre Laizo Clápis20/05/2004 00:00100%

As sociedades limitadas surgiram no direito inglês e no francês nos anos de 1862 e


1863, respectivamente, como forma simplificada das sociedades anônimas. No
Brasil, o projeto do então Ministro da Justiça Nabuco de Araújo que previa a criação
de…

 As construtoras e os consumidores: alguns aspectos relevantes

Rodrigo Vallejo Marsaioli09/05/2004 00:00100%

Vidas inteiras de trabalho são direcionadas ao sonho da casa própria. Contudo, este
sonho pode virar pesadelo, pois, por vezes, várias situações desfavoráveis são
impostas aos compradores (no momento da contratação) o que acabam gerando
uma relação de desigualdade entre…

 O novo Código Civil e o condomínio de casas. Uso exclusivo em


propriedade comum

Paulo Andres Costa27/04/2004 00:00100%

Trabalho inédito publicado em homenagem póstuma ao autor, antigo colaborador do


Jus Navigandi, que faleceu apenas seis dias após tê-lo enviado para publicação. É
dito que o novo Código Civil brasileiro já nos veio deficiente no tratamento dado ao

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condomínio…

 Das ações possessórias ao âmbito do Sistema Financeiro de Habitação:


uma abordagem sistêmica

Ricardo Régis Oliveira Veras09/04/2004 00:00100%

"Você pode ver aí como tem força a crença na objetividade, fazendo com que os
cientistas prefiram acreditar que não se pode conhecer o mundo, o que nega o
próprio objetivo da ciência - o de conhecer o mundo -,…

 O condomínio edilício. Novas regras (?)

Consuelo Cristina Viali De Paoli13/02/2004 01:00100%

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Aspectos Históricos. 3. Aspectos Conceituais do


Condomínio Edilício. 4. Condomínio – A delimitação do Instituto Edilício. 5. O
Condomínio Edilício segundo as Regras Atuais. 5.1 Considerações Gerais. 6. Os
Abrigos para Veículos (Garagens). 7. Fração Ideal.…

 Construção de armário em vaga de garagem de condomínio

Glauco Gumerato Ramos13/01/2004 01:0090%

Parecer pela possibilidade de utilização de espaço de vaga individual em garagem


de condomínio para construção de armário embutido pelo condômino proprietário.

 O condomínio em face do novo Código Civil

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Fátima Garcia01/06/2003 00:00100%

Este trabalho foi solicitado por um dos clientes do Escritório Fátima Garcia
Advocacia, em virtude das alterações advindas do Novo Código Civil, e, ele não tem
a pretensão de esgotar o tema. Para facilitar a consulta, o trabalho será
apresentado…

 O condomínio de casas e a incorporação para sua construção

Livius Barreto Vasconcelos01/05/2003 00:00100%

Embora desde a Roma antiga - e até antes dela, segundo alguns autores – se visse
a construção de moradias independentes superpostas umas às outras, como as
habitações plebéias chamadas insula, e ainda que este fato não fosse inteiramente
estranho…

 Ação de convalidação de procuração em causa própria com prazo


determinado

01/05/2003 00:0082%

O outorgante de procuração em causa própria estabeleceu prazo certo para a


transferência de imóvel, em violação à lei, a qual determina que esta espécie de
mandato é irrevogável.

 A inconstitucionalidade do limite de 2 % para as multas de condomínio

Valdecy José Gusmão da Silva Junior01/04/2003 00:00100%

Resumo: O artigo trata da mudança trazida pelo Novo Código Civil que limitou em de
2 % as multas por atraso no pagamento das contribuições condominiais, concluindo

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- com base no princípio constitucional do respeito ao ato jurídico perfeito - que…

 O condomínio edílico no novo Código civil

Daisy Ehrhardt01/02/2003 01:00100%

As inovações introduzidas pelo Novo Código Civil no que se refere ao


Condomínio Edílico, consolidam entendimento dos Tribunais em relação a diversos
pontos polêmicos e duvidosos da Lei 4.591/64, esclarecendo e harmonizando
matérias que se espera, amenizem os desentendimentos e…

 Juros no Sistema Financeiro de Habitação

Guilherme Acosta Moncks e Diogo Lima Neves01/02/2003 01:00100%

SUMÁRIO: Introdução e Delimitação do Tema; Conceito e Natureza Jurídica dos


Juros; Estrutura Legislativa; Apanhado Histórico e Estado Atual da Questão; Juros
Constitucionais e Autoaplicabilidade do §3º do art. 192 da C.F; Juros e o CDC;
Capitalização – Possibilidade –…

 Linhas gerais acerca da suscitação de dúvida

Baruch Spinoza Pimentel01/01/2003 01:00100%

Do Sumário: Das Razões de Ser – 1. Do Breve Escorço Histórico – 2. Das


Generalidades da Suscitação de Dúvida – 2.1 Do Nascimento da Dúvida – 2.2 Da
Natureza Jurídica do Processo de Suscitação de Dúvida – 3. Das…

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 O contrato imobiliário no Direito do Consumidor

Eduardo Augusto Gonçalves Dahas01/11/2002 00:00100%

Com a promulgação do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, a festejada


norma, trouxe consigo não apenas a concretização da filosofia do Estado
Democrático de Direito, mas também, inúmeras controvérsias, para não dizer,
heresias jurídicas por parte dos aplicadores…

 Aplicação de juros na compra da casa própria e o Código de Defesa do


Consumidor

Patrícia Elaine Castelluber Negrin01/02/2002 01:00100%

Hoje em dia, quem está buscando um contrato de financiamento de moradia, deve


prestar muita atenção nas cláusulas contratuais antes de fechar negócio. E, de
preferência, consultar um profissional da área de finanças (advogado especializado,
contador, economista, perito) para que…

 O registro imobiliário do parcelamento popular e dos contratos dele


decorrentes

Cláudio Barroso Ribeiro01/02/2002 01:00100%

Entende-se como parcelamento do solo urbano, regulado pela Lei n. 6.766/79, a


subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação. A lei define dois tipos de
parcelamento: o loteamento e o desmembramento. O primeiro é a subdivisão do
imóvel em…

 O fundo de investimento imobiliário

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Fernanda Kellner de Oliveira Palermo01/01/2002 01:00100%

SUMÁRIO: 1INTRODUÇÃO, 2NOÇÃO HISTÓRICA, 2.1Fundos de Investimento,


2.2Condomínio, 2.3Os fundos e a forma societária, 3OS FUNDOS DE
INVESTIMENTOS, 3.1Conceituação e espécies, 3.2Dualidade de jurisdição,
3.3Política de investimento, 3.4Administradores dos fundos e responsabilidade civil,
4OS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, 4.1Conceito,
4.2Caracterização,…

 As cautelas nas transações imobiliárias

Hermenegildo Henrique Leite Velten01/11/2001 01:00100%

Na aquisição de imóveis, o comprador deve adotar algumas cautelas antes de


concretizar o negócio, evitando que posteriormente à transação possa ter algumas
dores de cabeça. O ideal é que todo o comprador se assessore de um profissional
do ramo…

 A NBR 12.721 na instituição e especificação de condomínio

Paulo Andres Costa01/11/2001 01:00100%

A Lei 4.591/64 trouxe ao cenário do direito brasileiro uma nova concepção de


propriedade ao introduzir a figura do novo condomínio que pressupõe a coexistência
da propriedade exclusiva (unidade autônoma) com a comunhão sobre parte de um
bem imóvel (áreas…

 Cálculo de áreas na NBR 12.721 e na incorporação imobiliária

Paulo Andres Costa01/10/2001 00:00100%

A Lei 4.591 de 16 de dezembro de 1964 deu à ABNT (Associação Brasileira de

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Normas Técnicas), em seu artigo 53, a tarefa de elaborar uma norma específica cuja
finalidade seria complementar tecnicamente o seu objetivo principal: fazer da
incorporação…

 Destinação de condomínio: cursinho pode funcionar em edifício


comercial

01/10/2001 00:0086%

Sentença em ação proposta por condomínio para proibir atividade de cursinho que
teria se instalado desobecendo à convenção condominial. Sendo o prédio comercial,
o juiz considerou o cursinho poderia funcionar, desde que inexista impedimento ao
funcionamento das demais unidades.

 ACP contra alienação de imóveis adjudicados pela Caixa

Rodrigo Daniel dos Santos, Simone Ferreira dos Santos e outros01/02/2001


01:0097%

Ação civil pública contra a Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte (MG),
impedindo-a de vender imóveis adjudicados enquanto estes estiverem ocupados
pelos ex-mutuários. A liminar foi concedida.

 A aquisição de mais de um imóvel, na mesma localidade, financiado pelo


SFH, exime a seguradora da cobertura do seguro habitacional?

Luiz Cláudio Barreto Silva01/12/2000 01:00100%

A cobertura do contrato pelo segurador nos casos de aquisição de mais de um


imóvel pelo mutuário, através do Sistema Financeiro da Habitação, é tema que

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freqüentemente vem sendo alvo de debates nos meios jurídicos. Sustentam alguns
que o segurador…

 Visão hodierna dos contratos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

Marcos Antonio Cardoso de Souza01/12/2000 01:00100%

As ações judiciais movidas pelos mutuários, que têm como objeto as cláusulas dos
financiamentos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), multiplicam-se
vertiginosamente nos órgãos jurisdicionais competentes. Nestas lides, a Caixa
Econômica Federal (Caixa), por ser a gestora dos recursos do…

 Financiamento da casa própria no paredão. (capitalização dos juros e


Súmula 121 do STF)

Marcelo Fernando01/12/2000 01:00100%

Enquanto varias organizações em defesa dos mutuários metralham os


financiamentos da Casa Própria, tanto do S.F.H. quanto do Crédito Hipotecário,
contestando os contratos feitos entres as partes, quanto a taxa de juros e/ou
indexadores utilizados, sistema de amortizações, plano de…

 Cobrança indevida de FCVS na aquisição da casa própria: quem


responde pelo saldo devedor?

Luiz Cláudio Barreto Silva01/12/2000 01:00100%

O FCVS foi criado nos idos de 1966 com a seguinte finalidade: "Havendo saldo
devedor remanescente, ao final do prazo contratual, com o pagamento de todas as
prestações ajustadas tal saldo devedor passa para a responsabilidade exclusiva do

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Fundo de…

 O registro possível dos "contratos de gaveta"

Bruno Mattos e Silva01/11/2000 01:00100%

Os famosos "contratos de gaveta", no âmbito dos negócios imobiliários, consistem


em compromissos de compra e venda (ou em cessão de compromissos de compra e
venda...), que não podem ser registrados no cartório imobiliário, em razão de
expressa necessidade de…

 Lide no processo de dúvida do registro imobiliário

Bruno Mattos e Silva01/10/2000 00:00100%

Se o oficial do registro imobiliário exigir do apresentante de um título a registro o


preenchimento de qualquer requisito atinente ao registro do título, tem o
apresentante três alternativas possíveis: 1) atender às exigências; 2) desistir do
registro título; 3)…

 As despesas do condomínio especial em apartamentos (Lei 4591/64)

Reinaldo de Souza Couto Filho01/10/2000 00:00100%

INTRODUÇÃOO Condomínio em edifício de apartamentos, descrito na Lei nº


4591/64, é especial em relação ao condomínio descrito no Código Civil Brasileiro,
pois o regime jurídico da propriedade horizontal é, em diversos aspectos, diferente
do regime estabelecido no Código de…

 As certidões previdenciárias do INSS e Receita Federal e o momento de

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sua apresentação na transmissão definitiva de bens imóveis

Celso Marini01/10/2000 00:00100%

A motivação para escrever este ensaio fundamenta-se em divergência


jurisprudencial existente entre o Conselho Superior da Magistratura do Estado de
São Paulo e Decisão de caráter normativo proferida pela 1ª Vara de Registros
Públicos da Comarca de São Paulo. O…

 Contestação em cobrança de condomínio. Ilegalidade de multa


moratória

Jaison Maurício Espíndola01/10/2000 00:0084%

Contestação em ação de cobrança de débitos de condomínio, na qual se discute,


dentre outros aspectos, a ilegalidade da cobrança de multa moratória, na forma de
comissão de permanência, além do limite de 20% da Lei de Condomínios e
Incoporações.

 Exoneração de despesas condominiais de unidade localizada no térreo

Denise Ballardin e João Darzone de Melo Júnior01/10/2000 00:0090%

Proprietário de unidade comercial localizada em edifício em condomínio requer a


exoneração de despesas condominiais que não lhe aproveitam, em virtude de sua
localização no andar térreo.

 Ação para impedimento de leilão e renegociação da casa própria

Aílton Abreu Rocha e Pedro Augusto Vivas A. dos Santos01/10/2000 00:0087%

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Ação contra a Caixa Econômica, na qual foi deferida liminar impedindo leilão de
imóvel, objeto de execução extrajudicial, requerendo a renegociação das condições
de amortização e alongamento do prazo de liquidação do financiamento.

 Ação cautelar para sustar leilão de imóvel financiado pelo SFH

Ana Cláudia Nóbrega Viana, Maysa Costa de Carvalho e outros01/10/2000


00:0083%

A presente ação visa a sustar a concorrência pública designada pela Caixa para
alienação do imóvel.

 Preferência do condômino na alienação em praça pública

Joaquim de Almeida Baptista01/10/2000 00:0082%

Parecer informal sobre a aplicação da cláusula de preferência de compra pelo


condômino em caso de alienação de imóvel integrante de condomínio em praça
pública.

 A cláusula de "seguro" nas incorporações imobiliárias

Bruno Mattos e Silva01/09/2000 00:00100%

Depois do trágico "episódio Encol", restou patente que, mesmo se cumpridas todas
as exigências previstas na Lei nº 4.591/64, que disciplina as incorporações
imobiliárias, não está protegido o adquirente em sede de compra imóveis em
incorporação imobiliária. Diante dessa constatação,…

 Garagens: a origem dos conflitos e a solução possível

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Paulo Andres Costa01/09/2000 00:00100%

Reconhecidas como fonte de boa parte dos conflitos em condomínio por unidades
autônomas, as garagens são submetidas a uma infinidade de conceitos que vão
desde o simples direito de estacionamento de veículos, regulado por convenção de
condomínio, à perfeita individualização…

Despesas de condomínio na Lei do Inquilinato

Helder Martinez Dal Col01/09/2000 00:00100%

Sumário: 1. Introdução – 2. Despesas de condomínio. A quem competem as


despesas condominiais da unidade imóvel locada – 3. Quem responde pelas
despesas de condomínio – 4. A natureza jurídica das despesas condominiais – 5. As
despesas ordinárias –…

 Ilegalidade de imissão na posse em imóvel financiado pelo SFH

Wellington Cláudio Pinho de Castro01/09/2000 00:0083%

Sentença que, contrariando posição do STF, decide pela não recepção do decreto-
lei que autoriza a imissão na posse em imóvel financiado pelo SFH em caso de
inadimplência.

 Sistema Financeiro da Habitação: ação para adjudicação do imóvel e


quitação pelo valor do edital de licitação

Jocélio Jairo Vieira, José Vicente da Silva Neto e outros01/08/2000 00:0090%

O autor requer a adjudicação do imóvel, pelo valor previsto no edital de licitação,


ainda com a restituição do valor pago a maior.

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 Da validade da hipoteca de unidade adquirida em incorporação
imobiliária: a questão da boa-fé objetiva

Bruno Mattos e Silva01/05/2000 00:00100%

1.A questão vista pela doutrina civilista tradicional. A hipoteca cria um direito real de
garantia sobre a coisa. Confere ao credor hipotecário um direito erga omnes. O
objetivo do credor é ter seu crédito garantido. Assim, há dois direitos equivalentes:…

 Divisão de áreas no condomínio especial

Paulo Andres Costa01/05/2000 00:00100%

A divisão de áreas em condomínios regidos pela Lei 4.591 de 16 de dezembro de


1964 (Lei dos Condomínios e Incorporações - LCI), tanto no que se refere à divisão
ideal do terreno quanto em relação às áreas de uso…

 "Contrato de gaveta". Embargos de terceiro

Ricardo Luís Rodrigues da Silva01/05/2000 00:0083%

Petição inicial de embargos de terceiro, no qual se requer denunciação da lide para


formação de litisconsórcio necessário passivo, em razão de "contrato de gaveta".

 Parecer sobre legalidade de restrições impostas por contrato-padrão de


loteamento

01/10/1999 00:0081%

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Análise sobre a legalidade de construção de condomínio realizada em terreno de
loteamento cujos estatutos proíbem tal construção.

 Ação contra Encol e Banespa para nulidade de hipoteca

Ronald W. Mignone01/04/1999 00:0088%

Esta ação visa a anular a hipoteca que até hoje grava os bens de muitos adquirentes
de imóveis da Encol

 ACP para vedação de reajuste de casa própria pela TR

Roberto Cavalcanti Batista01/04/1999 00:0096%

Petição inicial da ação do Ministério Público Federal do Mato Grosso, para vedação
de reajustes do Sistema Financeiro da Habitação pela TR

 Vedação do reajuste da casa própria pela TR

Rubens Martinez Cunha01/04/1999 00:0096%

Interessantíssima decisão do juiz federal Rubem Martinez Cunha (MT) vedando


reajustes do saldo devedor da casa própria pela TR

 Vaga de garagem em condomínio como área comum

01/03/1999 00:0084%

Um apartamento foi comprado sabendo-se que a garagem seria acessória do


apartamento, depois se descobrindo se tratar de mera fração ideal
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indivisa. Por conta disso, o comprador resolveu pedir judicialmente a devolução da
parte correspondente à garagem, ou a rescisão do negócio.

 Permanência de animal de estimação em apartamento ante as


estipulações existentes nas convenções condominiais

Adriano Augusto Streicher de Souza23/12/1998 01:00100%

"Protejam os animais, pois eles possuem coração e sentimento, assim como nós."
(Sir Arthur Schopenhauer) É cediço que, desde os primórdios, o homem, pelos mais
diversos motivos, procurou manter animais em seus alojamentos e sob sua
guarda.Com o tempo, o…

 Ação civil pública contra a Encol

Avenir Passo de Oliveira23/12/1998 01:0072%

Duas ações civis públicas do MP/MS contra a Encol, pedindo a nulidade de


cláusulas contratuais e a exibição de documentos.

 Aumentos abusivos da prestação da casa própria

Amilton Plácido da Rosa e Alessandro A. dos S. Arinos24/06/1998 00:0093%

Ação civil pública contra a financiadora, alegando a ocorrência de reajustes abusivos


das prestações do plano de aquisição de casa própria.

 Algumas linhas sobre a prenotação

Flauzilino Araujo dos Santos21/04/1998 00:00100%

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"Um princípio devem todos ter em vista, quer Oficial de Registro, quer o próprio Juiz:
em matéria de Registro de Imóveis toda a interpretação deve tender para facilitar e
não para dificultar o acesso dos títulos ao Registro, de modo…

 ACP sobre cláusulas abusivas em contrato imobiliário

Amilton Plácido da Rosa21/04/1998 00:0092%

Ação civil pública do Ministério Público do Mato Grosso do Sul, muito extensa e
interessantíssima, abordando em profundidade a abusividade das cláusulas de um
contrato imobiliário, apontando doutrina, jurisprudência e legislação abundantes.

 Vagas de garagem em condomínios

Paulo Gustavo Sampaio Andrade19/11/1996 01:00100%

Para quem gosta de números, aqui vai um bom motivo para continuar lendo este
ensaio. 25% dos julgados a respeito de condomínios se referem a um único assunto:
garagem. E não é difícil descobrir a razão. Trata-se de um tema…

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DESPESAS DE CONDOMÍNIO NA LEI DO INQUILINATO

Helder Martinez Dal Col

Publicado em 09/2000. Elaborado em 07/2000.Página 1 de 4»a A

ASSUNTOS:

DIREITO DAS COISAS

CONDOMÍNIOS

DIREITO IMOBILIÁRIO

Sumário:

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1. Introdução –

2. Despesas de condomínio. A quem competem as despesas condominiais da


unidade imóvel locada –

3. Quem responde pelas despesas de condomínio –

4. A natureza jurídica das despesas condominiais –

5. As despesas ordinárias –

6. As despesas extraordinárias –

7. Algumas despesas não enumeradas expressamente pelos artigos 22 e 23 da Lei


do Inquilinato:

7.1. Lavagem e recuperação de fachada;

7.2. Instalação de antena coletiva;

7.3. Impermeabilizações;

7.4. Substituição de coluna hidráulica, ramais, outras tubulações e condutores


elétricos, com fins preventivos ou de reparação;

7.5. Seguro obrigatório;

7.6. Furto ou roubo de bens com previsão de responsabilidade em convenção -

8. É válida a disposição de que o inquilino responda por despesas extraordinárias,


se livremente pactuada? -

9. Outras questões acerca das despesas de condomínio:

9.1. Se o imóvel está fechado, cabe ao condômino participar do rateio?;

9.2. O condômino inadimplente pode ser impedido de participar de assembléias que

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deliberam sobre despesas ou ter seu direito a voto suspenso? E quanto ao uso das
áreas de lazer?;

9.3. O condômino deve participar do rateio de despesas referentes ao processo


judicial quando ele próprio litiga contra o condomínio?;

9.4. Pode o inquilino descontar do valor do aluguel as despesas extraordinárias que


pagou indevidamente?;

9.5. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor às relações entre condomínio,


condômino e locatário?;

9.6. É lícito conceder descontos elevados para pagamento em dia das despesas de
condomínio? Qual o percentual máximo de multa permitido?;

9.7. Imóveis no andar térreo devem participar do rateio de despesas com elevador?;

9.8. A unidade autônoma pode ser alienada judicialmente em razão de despesas de


condomínio?;

9.9. Contra quem o condomínio deve propor ação para receber as despesas e qual o
rito para sua cobrança?;

9.10. Como devem ser cobradas as despesas em condomínio de um só dono?

10. Conclusão.

1 - INTRODUÇÃO

A relação contratual que se desenvolve no âmbito da locação tem suscitado


algumas polêmicas no que diz respeito ao pagamento dos encargos relativos ao
imóvel locado, sejam eles pactuados ou não.

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Diuturnamente, vêem-se as figuras do locador e do locatário às voltas com o
conturbado binômio pagar/receber, ou buscando eximir-se o quanto possam das
despesas oriundas do imóvel objeto da locação.

Por óbvio, cada um deles deseja auferir da contratação as maiores vantagens


possíveis. Essas vantagens, muitas vezes, estão intimamente ligadas com pequenas
despesas, que acabam repercutindo no resultado final esperado da avença.

De um lado, o locatário buscando um aluguel mais acessível, procurando não ser


onerado em demasia quando da contratação que irá permitir a satisfação de sua
necessidade mais básica: a moradia. Por não ter, ao menos momentaneamente,
recursos suficientes para a aquisição da tão sonhada "casa própria", necessita
buscar em imóvel alheio o local onde vai instalar seu reduto doméstico, o lar. Para
tanto, almeja a melhor localização, as instalações mais aconchegantes, o maior
potencial de conforto, e tudo, se possível, pelo menor preço.

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Condomínio de edifícios e a sua tributação

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Locação de imóvel urbano, dispensa de garantia e desocupação liminar

De outro, o locador que, detentor de posses, emprega seus recursos na aquisição


de bens de raiz, transformando-os em investimento. É claro que este, por sua vez,
anela pelo lucro, pelo resultado do capital investido, muitas vezes dependendo
desses recursos financeiros para sua própria subsistência. Por ceder a outrem o seu
imóvel, empenha-se em transferir o máximo dos encargos a ele inerentes àquele
que vai usufruir de seu patrimônio, pois entende-se merecedor da percepção dos
alugueres sem ônus que os consumam ou diminuam.

"Há de se levar em conta, ainda, que no momento em que se firmam os contratos de


locação toma-se em consideração não só o aluguel em si, como os encargos,
podendo-se obter uma renda maior ou menor em função do que se deve pagar a
mais ou a menos, além do aluguel."(1)

Surgem daí as imposições de pagamento ao locatário, das mais variadas despesas,


mesmo dos impostos e taxas que recaem sobre o bem. Um conflito de interesses,
enfim, que se pacifica (ou não) no instrumento contratual, sob os auspícios de uma
legislação rígida, que assim se faz para assegurar o equilíbrio ante este dualismo de
pretensões.

Mas nem sempre esse contrato formaliza aquilo que vai preceituado na lei. Nos dias
atuais, faz-se cada vez mais comum a inserção de cláusulas contratuais que
contrariam as disposições da Lei do Inquilinato, sobretudo quando o lado mais fraco
convive com a escassez na oferta, em locais de alta demanda.

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GILBERTO CALDAS(2), comentando a Lei do Inquilinato, mais precisamente no
artigo 22, elucida que "no item X, o legislador obriga taxativamente o locador a arcar
com as despesas extras de condomínio, providência que nunca foi respeitada pelas
administradoras na vigência da lei anterior. As despesas de condomínio eram todas
englobadas e o locatário, desavisadamente acabava pagando melhorias que só
interessavam ao proprietário."

Como se vê, a ignorância dos postulados legais, em nosso país, é fator agravante
do desequilíbrio nas relações locatícias. Algumas regras de mercado tornam-se
práticas tão arraigadas que os contratantes passam a acreditar que são legitimadas
pela norma jurídica, quando em regra não o são.

E quando isso acontece, o relacionamento entre as partes tende a tornar-se


conflituoso, se uma delas voltar os olhos para a legislação e questionar as despesas
que estiver suportando indevidamente.

Sob esse enfoque, realizando um corte metodológico na Lei dos Condomínios,


conjugando-a com a Lei do Inquilinato, propomo-nos estudar alguns dos problemas
que surgem quando da cobrança das despesas de condomínio, examinando quais
delas efetivamente competem ao inquilino e quais são de responsabilidade exclusiva
do locador.

Nosso estudo abordará, portanto, as despesas ordinárias e extraordinárias do


condomínio e, principalmente, aquelas que restaram não arroladas, quer por se
terem tornado práticas supervenientes à própria lei, ou pela única impossibilidade de

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o legislador ordinário prever exaustivamente todas as hipóteses de despesas a
realizar pelo condomínio.

Esperamos, assim, contribuir para uma mais perfeita compreensão dos direitos e
deveres que envolvem a relação locatícia de apartamentos e unidades condominiais.

2 - DESPESAS DE CONDOMÍNIO. A QUEM COMPETEM AS

DESPESAS CONDOMINIAIS DA UNIDADE IMÓVEL LOCADA.

As relações jurídicas que se operam entre os que habitam ou utilizam edificações ou


conjuntos de edificações, destinadas a fins residenciais ou não residenciais,
estruturadas na forma de condomínio, encontram-se, ainda presentemente,
reguladas pela Lei 4.591, de 16 de dezembro de 1964, a qual dispõe sobre o
condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias.

Em seu artigo 12, „caput‟, a Lei 4.591/64 estabeleceu quais seriam as despesas
obrigatórias para todos os condôminos, visando, assim, garantir o custeio daquelas
despesas necessárias ao funcionamento, manutenção e aformoseamento do
edifício.

Art. 12. Cada condômino concorrerá nas despesas do condomínio,


recolhendo, nos prazos previstos na Convenção, a quota-parte que lhe couber em
rateio.

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Se, como visto, a lei de condomínios em edificações prevê para o condômino a
obrigatoriedade do pagamento das despesas rateadas, certo é que quando este loca
sua unidade a terceira pessoa, estabelece com ela uma relação contratual que, nos
moldes da Lei 8.245/91, transfere ao locatário usuário um conjunto de encargos
relativos ao imóvel locado. Outros, porém, permanecem afetos ao próprio
condômino, que por eles continua obrigado.

Na Seção IV, de seu Capítulo I, mais precisamente nos artigos 22 e 23, a Lei do
Inquilinato cuidou de delimitar os deveres do locador e do locatário no que pertine às
despesas de condomínio, ditando que incumbe ao locador o pagamento das
despesas extraordinárias de condomínio (art. 22, X) e ao locatário o das ordinárias
(art. 23, XII).

Aqui abrimos o primeiro parêntese, para averiguar até que ponto essas disposições
interferem nas relações que se operam entre os condôminos.

3 - QUEM RESPONDE PELAS DESPESAS DO CONDOMÍNIO

No contexto da Lei do Inquilinato em face da Lei de condomínio em edificações,


pode o condômino proprietário, no caso o locador, tentar eximir-se das despesas
ordinárias, por força do contrato de locação mantido com o locatário, uma vez que a
este competem tais despesas?

Por óbvio que não. A responsabilidade pelo pagamento de todas as despesas


referentes à unidade condominial são do condômino, pouco importando quem esteja
ocupando o imóvel e a que título. Assim, perante o condomínio, responderá o

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locador, com direito de regresso contra o locatário, no que tange às despesas
ordinárias.

Tanto é assim que, no seu artigo 25, a Lei do Inquilinato conferiu ao locador o direito
de cobrar as despesas ordinárias de condomínio juntamente com o aluguel do mês a
que se refiram, tornando claro que tal cobrança, na verdade, trata-se de mero
reembolso daquilo a que o locador está obrigado perante o respectivo condomínio.

Vejamos a jurisprudência acerca do assunto:

Segundo dispõe o art. 12 da Lei nº 4.591/64, cada condômino concorrerá nas


despesas do condomínio, recolhendo, nos prazos previstos na convenção, a cota-
parte que lhe couber em rateio. Desse modo, é irrelevante que a unidade imobiliária
esteja locada a terceiro, persistindo a responsabilidade direta do condômino frente
ao condomínio pelo pagamento das respectivas taxas, em face da inexistência da
relação jurídica entre o locatário e o condomínio. (TA/PR - Ap. Cível n. 0069325-6 -
Comarca de Curitiba - Ac. 5588 - unân. - 3a. Câm. Cív. - Rel: Juiz Domingos Ramina
- j. em 18.10.94 - Fonte: DJPR, 04.11.94, p. 75 - In Bonijuris, 22914).

JORGE TARCHA e LUIZ ANTONIO SCAVONE JUNIOR(3) sintetizam a questão:

No âmbito da locação, o locatário não pode ser considerado condômino para


efeito de legitimidade em face do condomínio.

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Em verdade, o locatário deve as despesas condominiais ao locador por força do
contrato de locação e do art. 23, inciso XII, da Lei n. 8.245 de 18 de outubro de
1991. Não possui, assim, legitimidade em face do condomínio.

É neste sentido o entendimento do Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo:

Despesas condominiais – Ação movida diretamente contra o locatário –


Inadmissibilidade – Ilegitimidade passiva ad causam – Perante o condomínio só
responde o condômino – Inteligência do art. 12, da Lei 4.591/64 (in RT-725/256) –(
v. no mesmo sentido RT-744/266).

Em complemento, alia-se a observação de GILBERTO CALDAS: "Aliás nenhum


liame existe ente o condomínio, como ente jurídico, e o locatário. Tanto que a taxa
de condomínio é endereçada diretamente ao proprietário". (4)

4 - A NATUREZA JURÍDICA DAS DESPESAS CONDOMINIAIS

Tratam-se as despesas de condomínio de obrigações de pagar, derivadas da


propriedade, direito real por excelência.

ORLANDO GOMES(5) discorre sobre as obrigações afirmando que há aquelas que


"nascem de um direito real do devedor sobre determinada coisa, a que aderem,
acompanhando-o em suas mutações subjetivas. São denominadas obrigações in
rem, ob ou propter rem, em terminologia mais precisa, mas também conhecidas

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como obrigações reais ou mistas".

Para o autor, "esse cordão umbilical jamais se rompe. Se o direito de que se origina
é transmitido, a obrigação o segue, seja qual for o título translativo."

É hoje ponto pacífico em nossa doutrina e jurisprudência, que a natureza jurídica da


obrigação resultante do imóvel em condomínio, como sendo a ele inerente, é de
obrigação propter rem. Surge daí, uma indagação no que tange ao momento em que
o titular do domínio se obriga ou se desobriga, caso o transfira a terceira pessoa.

Por sua Jurisprudência, os Tribunais de Alçada Civil de São Paulo e do Rio de


Janeiro elucidam:

CONDOMÍNIO – Despesas condominiais anteriores à aquisição da unidade


autônoma pelo réu. Obrigação propter rem, tornando-o responsável pelo pagamento,
porque titular do direito real, sendo irrelevante que ele e o vendedor não tenham
pactuado solidariedade quanto às despesas do condomínio. Inteligência do art. 624
do CC. (1º TACivSP – Ap. 498.277-8 – 2ª C. – Rel. Juiz Ribeiro de Souza – J.
23.09.1992 – JTACSP, 136/84 –Juris Síntese –202471.

Despesas condominiais – Penhora – incidência sobre único imóvel destinado


à moradia do devedor e respectivos bens móveis que guarnecem a residência –
Admissibilidade – Obrigação de caráter propter rem onde a constrição poderá recair
sobre unidade para satisfazer a execução – Inteligência do art. 3º, IV, da Lei
8.009/90 (2º TACivSP – in RT-746/294). (6)

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CONDOMÍNIO – DESPESAS – COTAS CONDOMINIAIS – OBRIGAÇÃO DO
CONDÔMINO – ALIENAÇÃO DE UNIDADE AUTÔNOMA – PERMANÊNCIA DA
RESPONSABILIDADE ATÉ O REGISTRO – Obrigação do condômino, assim
compreendido aquele em cujo nome esta registrado o imóvel no RGI. A alienação da
unidade autônoma não exonera o comunheiro das suas obrigações condominiais,
enquanto não registrado o título translativo do domínio. (TACRJ – AC 13945/92 –
(Reg. 1341-3) – Cód. 92.001.13945 – 2ª C. – Rel. Juiz Carlos Motta – J. 18.02.1993 -
Ementa 35842 – in Juris Síntese 11002342).

E o STJ confirma esse entendimento, dispondo:

CONDOMÍNIO - Responsabilidade do adquirente da unidade pelas cotas


condominiais em mora - Cabimento - Irrelevância da forma de aquisição.

Condomínio. Cotas condominiais. O adquirente da unidade responde perante o


condomínio pelas cotas condominiais em atraso. O modo de aquisição não assume
relevo. Recurso conhecido pelo dissídio, mas não provido. (STJ - Rec. Especial n.
67701-7 - Rio Grande do Sul - Ac. 3a. T. - unân. - Rel: Min. Costa Leite - j. em
20.05.97 - Fonte: DJU I, 16.06.97, pág. 27361).

Estabelecidas essas premissas e bases, quanto ao que são despesas e a quem


incumbe responder pelas mesma perante o Condomínio, podemos adentrar na
especificação do que são despesas ordinárias e extraordinárias e a quem compete
seu pagamento no âmbito da relação contratual locatícia.

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5 - AS DESPESAS ORDINÁRIAS

O § 1º do artigo 23, da Lei do Inquilinato apresenta a definição para despesas


ordinárias de condomínio, dizendo entender-se por estas "as necessárias à
administração respectiva" e arrola as seguintes:

salários, encargos trabalhistas, contribuições previdenciárias e sociais dos


empregados do condomínio;

consumo de água e esgoto, gás, luz e força das áreas de uso comum;

limpeza, conservação e pintura das instalações e dependências de uso comum;

manutenção e conservação das instalações e equipamentos hidráulicos, elétricos,


mecânicos e de segurança, de uso comum;

manutenção e conservação das instalações e equipamentos de uso comum


destinados à prática de esportes e lazer;

manutenção e conservação de elevadores, porteiro eletrônico e antenas coletivas;

pequenos reparos nas dependências e instalações elétricas e hidráulicas de uso


comum;

rateios de saldo devedor, salvo se referentes a período anterior ao início da locação;

reposição do fundo de reserva, total ou parcialmente utilizado no custeio ou


complementação das despesas referidas nas alíneas anteriores, salvo se referentes
a período anterior ao início da locação.

§ 2º. O locatário fica obrigado ao pagamento das despesas referidas no parágrafo

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anterior, desde que comprovadas a previsão orçamentária e o rateio mensal,
podendo exigir a qualquer tempo a comprovação das mesmas.

§ 3º. No edifício constituído por unidades imobiliárias autônomas, de propriedade da


mesma pessoa, os locatários ficam obrigados ao pagamento das despesas referidas
no § 1º deste artigo, desde que comprovadas.

Em linhas gerais, as despesas ordinárias são aquelas que se relacionam com o uso,
manutenção e conservação das áreas e instalações de uso comum, da edificação
em regime de condomínio e devem ser suportadas pelo locatário.

6 - AS DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS

Há, no entanto, outras despesas que refogem à ordinariedade, constituindo gastos


que incorporam-se ao imóvel, valorizando-o ou visando restabelecer sua condição
de habitabilidade e que não podem ser transferidas ao locatário.

Seu disciplinamento está contido nas alíneas do parágrafo único do artigo 22, da Lei
do Inquilinato, a saber:

Art. 22. O locador é obrigado a: (...)

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X - pagar as despesas extraordinárias de condomínio.

Parágrafo único. Por despesas extraordinárias de condomínio se entendem aquelas


que não se refiram aos gastos rotineiros de manutenção do edifício, especialmente:

obras de reformas ou acréscimos que interessem à estrutura integral do imóvel;

pintura das fachadas, empenas, poços de aeração e iluminação, bem como das
esquadrias externas;

obras destinadas a repor as condições de habitabilidade do edifício;

indenizações trabalhistas e previdenciárias pela dispensa de empregados, ocorridas


em data anterior ao início da locação;

instalação de equipamentos de segurança e de incêndio, de telefonia, de


intercomunicação, de esporte e de lazer;

despesas de decoração e paisagismo nas partes de uso comum;

constituição de fundo de reserva.

Como se pode observar, é do locador a responsabilidade por seu pagamento.

7 - ALGUMAS DESPESAS NÃO ENUMERADAS EXPRESSAMENTE

PELOS ARTIGOS 22 E 23 DA LEI DO INQUILINATO

Se o legislador ordinário procurou fazer-se tão minucioso a ponto de enumerar as


despesas consideradas ordinárias e extraordinárias, é certo que não pretendeu ser
exaustivo e muito menos atribuir caráter de taxatividade ao rol que apresentou na
Lei do Inquilinato.

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Exemplo disso é a clara redação utilizada quando define o que sejam despesas
ordinárias ou extraordinárias e, logo a seguir, vale-se da expressão "especialmente",
antes de passar a enumerá-las.

Ao assim proceder, acenou de forma cristalina ao intérprete da norma, que disporia


de forma exemplificativa e não numerus clausus.

AMÉRICO LUÍS MARTINS DA SILVA(7) adverte que "é necessário alertar para o
fato de as hipóteses enumeradas no § 7º do art. 23 da Lei 8.245, de 18.10.1991, não
serem as únicas possíveis, ou seja, o referido § 1º não esgota as hipóteses de
despesas ordinárias de condomínio, uma vez que outras podem existir e não
estarem discriminadas em lei."

Afigura-se, daí, por estreita consonância lógica, que outras circunstâncias


ocorreriam, impondo despesas que não encontravam-se ajustadas com plena
identidade na norma, gerando dificuldades ao hermeneuta quando do momento de
rotulá-las como tal ou qual despesa.

E não poderia ser diferente, caso se pretendesse atribuir à lei uma existência
duradoura, posto que a evolução do comércio e das relações de consumo
certamente ditam de tempos em tempos novas tecnologias e confortos, que por sua
vez importam em despesas a ratear entre os condôminos, mas cuja classificação
como ordinárias ou extraordinárias geram dúvidas, isso sem se falar naquelas já
existentes e não visualizadas de pronto no momento da edição da norma.

Não foi necessário transcorrer largo período para que algumas despesas
começassem a polemizar as relações locatícias, por ausência de definição precisa.

Algumas delas, que passaremos a analisar, têm gerado extensas divergências e


dividido o entendimento dos órgãos e instâncias de julgamento, a saber: a) lavagem
e recuperação da fachada; b) instalação de antena coletiva; c) Impermeabilizações;
d) substituição corretiva de coluna hidráulica, ramais, outras tubulações e
condutores elétricos; e) seguro obrigatório; e f) furto ou roubo de bens, previsto em
convenção.

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Cuidemos de analisar cada uma delas.

7.1. LAVAGEM E RECUPERAÇÃO DE FACHADA

A necessidade de lavagem e recuperação da fachada de um edifício em condomínio


surge como decorrência do uso normal. E não se trata de uma operação de natureza
simples. Exige, muitas vezes, a utilização de dispendiosos equipamentos e produtos,
além da contratação de mão-de-obra especializada, com montagem de andaimes e
estruturas, máquinas de alta pressão, ácidos e detergentes especiais, enfim, um
trabalho de vulto.

Em se tratando de serviço cuja finalidade equipara-se à da pintura externa, a


doutrina tem entendido tratar-se de despesa extraordinária, a cargo do locador.

7.2. INSTALAÇÃO DE ANTENA COLETIVA

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Embora não prevista expressamente, a doutrina entende que esta despesa é


igualmente extraordinária, posto que passível de enquadrar-se por analogia, no

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artigo 22, parágrafo único letra "e", da Lei do Inquilinato, que atribui ao locador a
responsabilidade pelas despesas concernentes à instalação de equipamentos de
segurança e de incêndio, de telefonia, de intercomunicação, esporte e de lazer.

Já a manutenção e conservação desse equipamento coletivo configura-se despesa


ordinária, a cargo do locatário, por previsão expressa do artigo 23, § 1º, letra f, da
Lei 8.245/91.

7.3. IMPERMEABILIZAÇÕES

Nossos Tribunais vêm entendendo que as despesas relacionadas com as


impermeabilizações em geral, seja da laje de cobertura ou do andar térreo, pisos e
paredes, para evitar infiltrações e umidade, ou da caixa d‟água, para evitar
vazamentos, destinam-se a repor ou manter o imóvel em perfeitas condições de uso
e habitabilidade.

DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS DO CONDOMÍNIO – OBRIGAÇÃO DO


LOCADOR INTRANSFERÍVEL AO LOCATÁRIO – A impermeabilização e a pintura
de lajes e paredes externos constituem exemplos de despesas extraordinárias do
condomínio, que o locador não pode repassar ao locatário. (TACRJ – AC 10528/94 –
(Reg. 608-3) – 3ª C. – Rel. Juiz Asclepiades Rodrigues – J. 16.03.1995 -Ementa
39794 –Juris Síntese 11002366).

Nesse contexto, devem ser entendidas como despesas extraordinárias, de


responsabilidade do locador.

7.4. substituição de coluna hidráulica, ramais, outras tubulações e condutores


elétricos, COM FINS PREVENTIVOS OU DE REPARAÇÃO

TARCHA e SCAVONE JUNIOR lecionam que a instalação hidráulica de um edifício


compreende colunas e ramais. Coluna, no dizer dos autores, seria a tubulação
central, instalada fora das unidades autônomas. Ramal é a parte da instalação
hidráulica que se situa dentro da unidade autônoma, constituindo tubulação
secundária. (8)

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Via de regra, qualquer substituição ou reparo nas coluna hidráulicas constitui
despesa extraordinária. Nos ramais, por sua vez, a despesa poderá ser ordinária ou
extraordinária, dependendo da complexidade e extensão da obra. Tratando-se de
obra de pequeno porte, será suportada pelo inquilino. Se destinar-se, porém, a
restituir a condição de habitabilidade do imóvel, transferir-se-á ao locador, já que é
condição inerente ao uso do imóvel que esteja o mesmo servido de água. A mesma
solução deve ser aplicada no caso das despesas efetuadas com outras tubulações,
destinadas à passagem de fios elétricos, dutos de telefone ou interfone e
canalização de gás.

CONDOMÍNIO – DESPESAS – LOCAÇÃO RESIDENCIAL – ENCARGOS –


SUBSTITUIÇÃO DE TUBULAÇÃO D´ÁGUA – A cobrança de cotas extraordinárias,
conforme deliberado em Assembléia Geral, para substituição de tubulação d´água
compete ao locador. (TACRJ – AC 1531/89 – (Reg. 3495) – Cód. 89.001.01531 – 3ª
C. – Rel. Juiz Hudson Bastos Lourenço – J. 29.06.1989 - Ementário TACRJ 46/89 –
Ementa 32479, in Juris Síntese 11002410).

7.5. SEGURO OBRIGATÓRIO

Diz-se obrigatório o seguro destinado a indenizar incêndio ou outro sinistro que


acarrete a destruição total ou parcial do imóvel. Por destinar-se à reconstrução total
do edifício, este seguro abrange não só as partes comuns, como também as
unidades autônomas. As demais áreas comuns e de lazer devem ser cobertas por
outro seguro complementar.

Tal encargo não consta do rol dos artigos 22 e 23 da Lei 8.245/91, mas tem
supedâneo no artigo 13 da Lei 4.591/64 e deve ser tratado como despesa ordinária,
de responsabilidade do locatário. E se houver móveis e equipamentos guarnecendo
o imóvel, em sendo contratado o seguro complementar para cobrir eventual sinistro
sobre tais bens, também será de responsabilidade do inquilino o seu pagamento.

7.6. FURTO OU ROUBO DE BENS COM PREVISÃO DE


RESPONSABILIDADE EM CONVENÇÃO

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Na ocorrência de furto ou roubo de bens dos condôminos, surge a polêmica questão
da reparabilidade do dano pelo condomínio.

Havendo disposição a respeito na convenção de condomínio, seja admitindo a


responsabilidade, seja rejeitando-a (cláusula de não-indenizar), prevalece a
jurisprudência no sentido de que seja observada a pactuação condominial.

O Superior Tribunal de Justiça tem reiterado este entendimento, que caminha para a
pacificação:

Verbete: CONDOMÍNIO - INDENIZAÇÃO por FURTO sofrido em seu interior -


Incabimento - CULPA não caracterizada.

Condomínio. Furto. Dever de indenizar. O dever de indenizar imposto ao condomínio


por dano sofrido pelo condômino há que decorrer da inequívoca demonstração de
culpa daquele por ato de seu preposto. A mera alegação de insuficiência de
dispositivos de segurança não enseja a responsabilidade do condomínio, que, aliás,
poderá ser afastada em cláusula de não indenizar aposta na convenção. Recurso
não conhecido. (STJ - Rec. Especial n. 45.902 - São Paulo - Ac. 3a. T. - unân. - Rel:
Min. Cláudio Santos - j. em 22.08.95 - Fonte: DJU I, 09.10.95, p. 33548 - In Bonijuris,
26291). [9]

Não obstante, há julgados que desconsideram a cláusula de não-indenizar(10), se


verificado sistema pago de vigilância, como se vê do aresto seguinte, da 7ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo:

INDENIZAÇÃO. Furto de motocicleta. Responsabilidade do condomínio.


Caracterização. Fato que se verificou no interior da garagem de edifício. Irrelevância
da cláusula de não-indenizar. Sistema de segurança pago. Recurso Provido." (Ap.
Civ. 251.102-1, Rel. Sousa Lima, j. 22.5.96. m.v.).

Problema maior surge quando a convenção é omissa no tocante à responsabilidade,


nada prevendo. Nesse caso, há duas hipóteses possíveis a considerar: primeiro, se
o condomínio dispunha de sistema da segurança ostensiva no edifício, que restou
ineficaz, responde perante o condômino lesado, independentemente de se averiguar

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culpa.

Se tais dispositivos de segurança eram inexistentes, a responsabilidade do


condomínio dependerá da comprovação da ocorrência de culpa, em qualquer de
suas modalidades.

Como asseveram TARCHA e SCAVONE JR., "o prejuízo experimentado por um dos
condôminos, decorrente da deliberação falha de todos, por todos deve ser
suportado." (11) Entendem os autores supracitados que a despesa teria natureza
ordinária, posto que não aumenta o valor do edifício, não o embeleza, não aumenta
suas condições de habitabilidade e de segurança, enfim, não se inclui naqueles
parâmetros apontados para caracterizar despesas extraordinárias, devendo, por
conseguinte, ser suportada pelo inquilino. (12)

O entendimento nos parece acertado, dado que ao locatário também incumbe o


pagamento das cotas de seguro do imóvel e despesas de contratação de segurança.
Mas sua posição não é pacífica. A natureza jurídica dessa despesa ainda encontra-
se indefinida. (13)

8. É VÁLIDA A DISPOSIÇÃO DE QUE O INQUILINO RESPONDA POR

DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS, SE LIVREMENTE PACTUADA?

As disposições referentes às relações locatícias são preceitos de ordem pública,


indisponíveis portanto, sendo nulas as disposições que firmem em sentido contrário,
especialmente no contrato de locação.

Logo, uma cláusula contratual transferindo para o locatário as obrigações


enumeradas pela lei como sendo de responsabilidade do locador, considerar-se-á
não escrita, posto que eivada de nulidade (v. RT, 666/128).

IVAN DE HUGO SILVA aduz que "O preceito nulo há de ser considerado como não
escrito; inaproveitável, portanto, para qualquer das partes, devendo ser desprezado
pelo juiz, independente de solicitação nesse sentido, dado o interesse da justiça em

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salvaguardar a integridade da lei ser mais forte que o dos litigantes." (14)

À guisa de ilustração, cabe observar que as poucas exceções à regra


supramencionada vêm expressas na própria lei, como se pode inferir da redação do
artigo 35, da Lei 8.245/91, que assim é iniciada: salvo expressa disposição
contratual em contrário.... Vale dizer, que em todos os casos em que o legislador
abriu para as partes contratantes a faculdade de disposição diversa daquela
estabelecida, efetuou literal ressalva da possibilidade de disposição contratual.

Exemplo disso é o que dispõe o artigo 22, VIII: O locador é obrigado a: VIII- pagar os
impostos e taxas, e ainda o prêmio de seguro complementar contra fogo, que
incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa em contrário
no contrato;

É o que ocorre com o IPTU. ARAMY DORNELLES DA LUZ, comenta que este é um
dos casos em que há a possibilidade de inversão do ônus, dizendo:

Os impostos e taxas que caem sobre o imóvel são, por óbvio, de


responsabilidade do locador, pois o fato gerador é a propriedade. Também o seguro
contra fogo. Tradicionalmente, porém, o legislador tem consentido que o locador
contrate a inversão do ônus. Não há uma razão bem clara para isso. (15)

Em todas as demais situações, prevalece a regra da indisponibilidade.

TARCHA e SCAVONE JÚNIOR entendem que "quando a Lei diz que a despesa de
pintura de fachada do edifício é extraordinária (do locador), mesmo que o contrato
estabeleça que o locatário concorda em pagar esta despesa, mesmo que ele assine
o contrato, não terá que pagá-la, e, se por acaso pagá-la, terá o prazo de vinte anos
para ingressar com ação judicial de repetição de indébito pelo rito ordinário ou
sumário conforme o valor, pedindo de volta o que pagou." (16)

AMÉRICO LUÍS MARTINS DA SILVA(17) complementa a lição:

Duas observações devem ser feitas no momento. A primeira se refere ao fato


de se considerar cláusula nula ou completamente inválida, se as partes estipularem

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no contrato de locação que o locatário arcará com o pagamento das despesas
extraordinárias de condomínio, uma vez que a disposição que determinou ser de
responsabilidade do locador seu pagamento não é supletiva, portanto não admite
estipulação em contrário.

A segunda observação refere-se ao fato de, sendo o locador responsável pelas


despesas extraordinárias de condomínio, cabe ao locatário exigir a eliminação de
qualquer cobrança indevida neste sentido quando o locador exibir o comprovante
relativo à cobrança do suposto encargo.

Não se perca de vista, ainda, que pela norma insculpida no inciso I, do artigo 43 da
Lei Inquilinária, constitui contravenção penal, punível com prisão simples de cinco
dias a seis meses, cobrar o locador do locatário as despesas extraordinárias de
condomínio, posto que configura encargo indevido.

9. OUTRAS QUESTÕES ACERCA DAS DESPESAS DE CONDOMÍNIO:

9.1. SE O IMÓVEL ESTÁ FECHADO, CABE AO CONDÔMINO PARTICIPAR DO


RATEIO?

Indagação interessante. Se o rateio das despesas tem relação com o uso, poder-se-
ia pensar que o condômino que esteja mantendo sua unidade condominial fechada
ou sem utilização, pudesse eximir-se de pagar as despesas gerais.

A Lei 4.591/64(18), entretanto, determina a concorrência dos condôminos para as


despesas do condomínio sem excepcionar o fato de estar a unidade condominial
fora de uso. Isto porque a estrutura condominial deve ser mantida e preservada,
independentemente de todos a estarem usando ou não. Fica à disposição. O
condômino não utiliza porque não quer. Seria de todo ilógico pensar que somente os
usuários efetivos das unidades ficassem sujeitos ao rateio das despesas com
iluminação e água das áreas comuns, vigilância, serviços de zeladoria do prédio,
produtos de limpeza e de expediente, porque alguns, por motivos pessoais,

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preferem deixar inativo o seu imóvel.

Entendemos, porém, que se os condôminos dispuserem em convenção de


condomínio algum tratamento diferenciado, como por exemplo, a não participação
no rateio de gás e água, em condomínios em que estes produtos são usados
coletivamente, sem medição por registros individuais, tal disposição será válida.

9.2. O CONDÔMINO INADIMPLENTE PODE SER IMPEDIDO DE


PARTICIPAR DE ASSEMBLÉIAS QUE DELIBERAM SOBRE DESPESAS OU TER
SEU DIREITO A VOTO SUSPENSO? E QUANTO AO USO DAS ÁREAS DE
LAZER?

A questão é polêmica no âmbito da doutrina. Prevalece a tese de nulidade de


qualquer restrição de direitos, posto que a convenção de condomínio já traz em seu
bojo as penalidades pecuniárias (multas) para o descumprimento das obrigações
pelo condômino faltoso, não sendo lícito, portanto, restringir ou impedir sua
participação nas assembléias gerais, nem cassar-lhe o direito ao voto.

O mesmo raciocínio se impõe à restrição de uso, pelo faltoso, das áreas comuns do
condomínio, tais como salão de festas, churrasqueira, playground, sala de ginástica,
etc.

O Tribunal de Alçada do Paraná já decidiu ser arbitrária e passível de indenização


por danos morais a determinação pelo síndico de suspensão no fornecimento de gás
e da comunicação por interfone de morador inadimplente. (19)

J. NASCIMENTO FRANCO(20) discorda desse entendimento, sustentando que não


é justo que o condomínio custeie serviços que aproveitam a todos, sem participação
dos condôminos em débito e que estes ainda usufruam das áreas de lazer, sob as
expensas dos demais moradores.

JORGE TARCHA e LUIZ ANTONIO SCAVONE JUNIOR afirmam que tais restrições
importariam em dupla penalidade pelo mesmo fato e aduzem: "O fato de o
condômino estar inadimplente não autoriza, manus militaris, o rompimento dos
serviços, e, tampouco, o impedimento à utilização de salões de festa, piscinas,

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churrasqueiras, quadras e demais equipamentos comuns, até porque o condomínio
possui meios processuais e legais de fazer valer seu direito subjetivo de receber as
quotas em atraso." (21)

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No mesmo diapasão, porém no âmbito da relação locador/locatário, SILVIO DE


SALVO VENOSA(22) leciona: "o não pagamento das contas constitui grave infração
autorizando o despejo dadas as graves conseqüências que pode acarretar. Não
pode porém o locador, sem justa causa, solicitar o desligamento da linha telefônica,
ou transferi-la de local, porque estará obstando o pleno uso da coisa locada".

E advertem TARCHA e SCAVON JUNIOR, que o síndico deve acautelar-se de tais


atitudes, sob pena de responder pessoalmente pelo delito de exercício arbitrário das
próprias razões, capitulado no art. 345 do Código Penal. (23)

9.3. O CONDÔMINO DEVE PARTICIPAR DO RATEIO DE DESPESAS


REFERENTES AO PROCESSO JUDICIAL QUANDO ELE PRÓPRIO LITIGA
CONTRA O CONDOMÍNIO?

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Consolidou-se na doutrina e jurisprudência o entendimento de que o condômino que
move ação contra o condomínio dele se separa, desvincula-se, posto que é
inadmissível considerar alguém litigando contra si mesmo.

J. NASCIMENTO FRANCO, citado por TARCHA e SCAVONI JR, tratou do tema de


forma esclarecedora:

Quando entram em conflito interesses estranhos à simples administração e


conservação do edifício, o condômino dissidente desliga-se da coletividade
condominial e passa, no curso dos processos judiciais, a ser considerado terceiro,
para todos os efeitos jurídicos".(24)

Fácil depreender-se daí, que o condômino dissidente, que figura no pólo ativo ou
passivo de ação que tenha como parte contrária o condomínio, não arcará com as
despesas decorrentes do processo, seja a condenação no pedido, sejam as custas e
honorários advocatícios.

Não haveria lógica em pleitear o condômino uma indenização, sair vencedor na


demanda e depois arcar com uma parcela do pagamento no rateio da despesa
gerada por sua ação.

Igualmente inconcebível que seja réu em ação de cobrança, pague os valores


devidos, os honorários da sucumbência e as custas processuais e, depois, ainda
tenha que participar do rateio dos honorários contratados pelo condomínio. Haveria,
então, incidência de duplo ônus, caracterizando o bis in idem.

Difícil definir se tais despesas serão ordinárias ou extraordinárias. A doutrina inclina-


se a classificá-las de acordo com a natureza da demanda. Se esta versar sobre
fatos ou questões que sejam por natureza originadoras de despesas ordinárias,
como tal serão consideradas, sendo devidas pelo inquilino. Se versar a lide sobre
matéria atinente a questões relacionadas com despesas extraordinárias, assim
serão interpretadas, correndo a cargo do locador.

9.4. PODE O INQUILINO DESCONTAR DO VALOR DO ALUGUEL AS

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DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS QUE PAGOU INDEVIDAMENTE?

Se eram extraordinárias as despesas, não competiam ao locatário e sim ao locador.


O pagamento assume o caráter de indevido, passível de restituição. E quando o
locador recusa-se a reembolsar o locatário, a questão resolve-se pelo Código Civil,
já que sendo credor e devedor um do outro, pode-se exercitar os mecanismos da
compensação, previstos nos artigos 1.009 e 1010 do CC, provando o locatário que
pagou erroneamente.

Assim, pode efetuar o pagamento do aluguel superveniente deduzindo as despesas


extraordinárias a cargo do locador, que indevidamente havia pago.

Havendo recusa no recebimento, por parte do locador, deve o inquilino valer-se da


consignatória para desincumbir-se de sua obrigação e não incidir em mora, senão
vejamos:

11002689 – CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – CONDOMÍNIO –


DESPESAS – LOCAÇÃO RESIDENCIAL – ENCARGOS – DESPESAS
EXTRAORDINÁRIAS DO CONDOMÍNIO – Injusta recusa da locadora em receber e
dar a quitação de alugueres, porque o locatário deixou de incluir os custos cobrados
com obras da troca da coluna geral de água e troca da coluna de água esgoto.
Sendo tais despesas extraordinárias do condomínio, são encargos da locadora pois
são tendentes a repor o imóvel locado em condições de habitabilidade. (TACRJ –
AC 10958/91 – (Reg. 2663) – Cód. 91.001.10958 – 6ª C. – Rel. Juiz Arruda Franca –
J. 14.05.1991 - Ementário TACRJ 20/91 – Ementa 33917 – in Juris Síntese).

9.5. APLICA-SE O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ÀS RELAÇÕES


ENTRE CONDOMÍNIO, CONDÔMINO E LOCATÁRIO?

Inicialmente faz-se necessário identificar o que sejam consumidor e fornecedor, nos


moldes da Lei 8.078/90, posto que a presença dessas duas figuras é essencial para
que se possa falar em aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor.

DOMINGOS AFONSO KRIGER FILHO reúne alguns conceitos, que chamou de

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operacionais, dentre eles o de consumidor e fornecedor, verbis:

CONSUMIDOR – É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final. Exclui-se da conceituação o
intermediário, aquele que medeia o negócio entre o comerciante que vende e a
pessoa que adquire o produto ou serviço, uma vez que não usufrui destes de acordo
com a finalidade para os quais foram criados.

FORNECEDOR – É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como, os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (25)

Quando se analisa as relações entre condomínio e condôminos, percebe-se que não


se reveste do caráter de relação de consumo, posto que não envolve nem a figura
de um consumidor nem de fornecedor, seja de produtos ou serviços, mas sim uma
identidade de propósitos e interesses comuns. O síndico não presta serviços aos
demais condôminos. Apenas administra e representa o condomínio, voltado a uma
finalidade comum, que é a gestão dos interesses da coletividade condominial.
Vejamos a jurisprudência a respeito:

CONDOMÍNIO – DESPESAS – COTAS CONDOMINIAIS – MORA DE


CONDÔMINO – CÓDIGO DO CONSUMIDOR – INAPLICABILIDADE – Não se
aplicam aos condôminos, em mora, as disposições legais do Código do Consumidor
(Lei nº 8.078/1990) mas as da Lei Especial 4.591/1964, posto não se tratar de uma
relação de consumo, mas relação decorrente de co-propriedade. (TACRJ – AI
1296/95 – (Reg. 599-3 – Cód. 95.002.01296 – 8ª C. – Rel. Juiz Jayro Ferreira – J.
04.10.1995 - in Juris Síntese 11002341).

CONDOMÍNIO - Multa moratória – Pretendida aplicação do art. 52, § 1º, da Lei


8.078/90 com a nova redação da Lei 9.298/96 – Inadmissibilidade pois não se trata
de relação de consumo. (2º TACivSP – in RT-757/220).

Seguindo o mesmo entendimento, RT-747/303, RT-750/418 e RT-751/317.

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Diferentemente se dá quando o condomínio contrata uma empresa para administrá-
lo. Torna-se, então, consumidor dos serviços daquela, que responde por sua
qualidade nos moldes do CDC.

A maior controvérsia está na relação que se opera entre o condômino locador e o


locatário. A doutrina e a jurisprudência se dividem, ora admitindo, ora não, a
existência de uma relação de consumo nos contratos de locação.

LUIZ ANTONIO SCAVONE JUNIOR posiciona-se pela aplicabilidade da Lei


8.078/90, entendendo presente a relação de consumo tanto entre locador e locatário
como entre locador e imobiliária. (26)

Mas o STJ, por sua 5ª Turma, não endossa esta linha de entendimento:

As relações locatícias possuem lei própria que as regule. Ademais, falta-lhes


as características delineadoras da relação de consumo apontadas nos arts. 2º e 3º
da Lei 8.078/90. O Código de Defesa do Consumidor, no que se refere à multa por
inadimplemento, não é aplicável às locações prediais urbanas. (Ac. un. da 5ª T. do
STJ- REsp 204244-MG – Rel. Min. Felix Fischer – j. 11.5.99 – DJU-e 1 de 1º.07.99,
p. 206 – in Repertório IOB de Jurisprudência 15/99, Verbete 3/15814).

9.6. É LÍCITO CONCEDER DESCONTOS ELEVADOS PARA PAGAMENTO


EM DIA DAS DESPESAS DE CONDOMÍNIO? QUAL O PERCENTUAL MÁXIMO DE
MULTA PERMITIDO?

Esse questionamento merece estudo mais detalhado. A Lei 4.591/64, em seu artigo
12, § 3º, estipulou um teto para a imposição de penalidade pela mora no pagamento,
em 20% sobre o valor do débito atualizado.

Logo, qualquer majoração nesse percentual de multa constitui infração à lei. Que
dizer então de um desconto substancial concedido para pagamento pontual? Ora, a
pontualidade do pagamento já é regra natural das obrigações, tanto que
estabelecida multa para o pagamento efetuado a destempo.

SÍLVIO DE SALVO VENOSA, ao discorrer sobre a Lei do Inquilinato, por ocasião de

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sua edição, já identificava uma tentativa de burla que vinha da legislação passada,
em relação à concessão de desconto elevado para pagamento do aluguel com
pontualidade, situação esta análoga à da prestação do condomínio, que conduz às
mesmas conclusões:

"Converteu-se em prática generalizada estipular-se no contrato que o locatário


gozará de certo desconto se efetuar o pagamento antecipadamente, antes de
determinado dia. Embora existam opiniões em contrário, as quais entendem que aí
existe um verdadeiro incentivo para a pontualidade e pagamento antecipado, temos
para nós que as partes aí erigem uma cláusula penal ao inverso." (27)

E a jurisprudência, atenta às práticas irregulares, tem servido de instrumento


regulador e protetor do equilíbrio contratual, versando:

CONDOMÍNIO – DESPESAS – CONDOMÍNIO – MULTA – COTAS


CONDOMINIAIS – DESCONTO DE 45%. MULTA – O desconto de 45% concedido
pelo condomínio para o pagamento das cotas condominiais efetuado até o dia 05 do
mês equivale à imposição de uma multa para os pagamentos efetuados após essa
data. Provimento parcial do recurso para excluir do débito o acréscimo de 45%,
referente ao pagamento efetuado após o dia 05 de cada mês. (TACRJ – AC 6540/95
– (Reg. 4227-3) – 8ª C. – Rel. Juiz Cássia Medeiros – J. 11.10.1995 - Ementa 41327
- in Juris Síntese 11002243).

Assim, a concessão de "desconto" de pontualidade é, em verdade, pena disfarçada,


multa exorbitante camuflada, posto que o valor normal da despesa de condomínio
(ou do aluguel, no que pertine às relações locatícias) realmente pactuado, é, na
generalidade dos casos, aquele previsto para pagamento pontual com desconto e
não o valor cheio.

Finalmente, inocorrendo relação de consumo entre condomínio e condômino, a


multa devida em caso de mora rege-se pela Lei 4.591/64 e pode ser fixada em até
20%, não havendo que se falar em incidência da limitação de 2%, de que trata o
Código de Defesa e Proteção do Consumidor.

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9.7. IMÓVEIS NO ANDAR TÉRREO DEVEM PARTICIPAR DO RATEIO DE
DESPESAS COM ELEVADOR?

O elevador destina-se a servir ao conjunto de unidades condominiais. As despesas


com sua instalação, reforma ou manutenção são devidas pelo locador ou pelo
locatário, dependendo da situação. E a obrigação de pagá-las não se prende à
efetiva utilização e sim, à utilização potencial.

Pode-se conceber que o lojista instalado no andar térreo ou o morador de


apartamento situado nos primeiros pavimentos utilize pouco ou raramente o
elevador, posto que a facilidade de acesso direto ou por escadas dispensa esse uso.
Mas isso, a rigor, em nada o diferencia dos demais condôminos e moradores
quando do rateio das despesas.

Isto porque, poderá valer-se do elevador para visitar outras unidades do condomínio,
situadas em andares mais elevados e, não raramente, será o elevador usado para
que se realizem serviços em áreas comuns, como caixas d‟água e antenas, situadas
na cobertura do prédio.

A questão suscitou controvérsias na jurisprudência. Hoje a tese mais aceita é a da


participação de todos os condôminos no rateio, não obstante haja diversas decisões
reconhecendo validade à estipulação da convenção de condomínio que isente ou
reduza a quota-parte de estabelecimentos térreos, quando estes possuam acesso
independente à via pública. (28)

É o que se extrai dos julgamentos proferidos pelos Tribunais de Justiça do Distrito


Federal e de Alçada do Rio Grande do Sul:

Verbete: CONDOMÍNIO - PROPRIETÁRIO de IMÓVEL térreo - Participação


das DESPESAS CONDOMINIAIS - Necessidade - Não estipulação em contrário pela
convenção.

Condomínio. Convenção. Não dispondo a convenção em contrário, antes prevendo


expressamente, a participação dos proprietários das lojas e dos apartamentos do
pavimento térreo, nas despesas comuns do edifício, não podem eles, moto próprio

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se eximir dessa obrigação. Precedentes do TACív. RJ. (TJ/DF - Ap. Cível n. 33536 -
Brasília - Ac. 76603 - unân. - 2a. T. Cív. - Rel: Des. Paulo Evandro - Fonte: DJU III,
31.05.95, pág. 7295 - In Bonijuris, 25125).

Despesas condominiais – Condômino localizado no andar térreo – Alegação


de não se beneficiar de muitos serviços – Inadmissibilidade – Inteligência do art. 9º
da Lei 4.591/64 (TA/RS - in RT-749/435). (29)

TARCHA e SCAVONE JR, aduzem coerentemente que, "Interpretação diversa


levaria ao absurdo de ratear-se despesas de elevador proporcionalmente ao andar
em que se encontra a unidade, uma vez que aquela localizada no primeiro andar
utiliza menos que aquela que se encontra no último". (30)

9.8. A UNIDADE AUTÔNOMA PODE SER ALIENADA JUDICIALMENTE EM


RAZÃO DE DESPESAS DE CONDOMÍNIO?

Esta, talvez, uma das mais controvertidas e polêmicas questões que se desdobra do
estudo acerca das despesas de condomínio.

Citando mais uma vez J. NASCIMENTO FRANCO, TARCHA e SCAVON JR,


sustentam que sim, afirmando ainda ser ineficaz a cláusula de impenhorabilidade e
aplicável o disposto no inciso IV, do art. 3º, da Lei 8.009/90, ao dizer que fica
afastada a proteção a penhora do imóvel familiar por motivo de cobrança de
impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função desse
imóvel. (31)

Nesse diapasão o Tribunal de Alçada Civil do Rio de Janeiro, por sua 1ª Câmara:

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXECUÇÃO DE TÍTULOS


EXTRAJUDICIAIS –ALUGUÉIS/CONDOMÍNIO – PENHORA – LEI Nº 8.009/1990 –
APARTAMENTO RESIDENCIAL DO DEVEDOR – DÉBITO DECORRENTE DE
DESPESAS E TAXAS CONDOMINIAIS – PENHORA – POSSIBILIDADE – A Lei nº
8.009/1990 visa impedir ou cancelar a penhora de bem tido como impenhorável. No-
lo é o imóvel de que resulta o débito condominial. Logo, apartamento residencial de
devedor pode ser penhorado em execução dessas despesas e taxas. Desimportante

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a alegação de que o condomínio credor não estaria regularmente registrado, pois a
execução é contra o condômino e não em face de terceiros. (TACivRJ – AC 9977/95
– (Reg. 589-3) – 1ª C. – Rel. Juiz Mauro Fonseca Pinto Nogueira – J. 27.02.1996 –
in Juris Síntese – 11005745).

O Primeiro e Segundo Tribunais de Alçada Civil de São Paulo também pacificaram


esse entendimento:

As despesas condominiais, em face da obrigatoriedade do artigo 12 da Lei nº


4.591/64, não estão amparadas pelas benesses da Lei nº 8.009/90, ficando sujeitos
à penhora o imóvel e os bens que o guarnecem. (1º TACIVIL - 1ª Câm. Civil; Ap. nº
604.042-6-SP; Rel. Juiz Ademir de Carvalho Benedito; j. 14.08.1995; v.u.; ementa. –
in Boletim AASP, 1964/65-e, de 14.08.1996 e RT-726/295).

PENHORA – Bem de família – Condomínio – Despesas condominiais – Evocação


da Lei 8.009/90 para evitar a constrição sobre a unidade devedora –
Inadmissibilidade – Obrigações de natureza propter rem – Interpretação do art. 3º,
IV, da referida lei (1º TACivSP – in RT-739/307).

Despesas condominiais – Penhora – Impenhorabilidade de unidade autônoma de


condômino inadimplente – Inadmissibilidade, uma vez que é dívida inerente à
própria coisa (2º TACivSP – in RT-747/303).

No mesmo sentido: RT-746/294, RT-748/296, RT-749/328 e RT-753/289 e RJ IOB-


15808, esta última versando sobre penhorabilidade de box de garagem.

Mas não foi este o entendimento da 4ª Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE


JUSTIÇA, quando julgou em sede de Recurso Especial caso semelhante:

BEM DE FAMÍLIA - O inciso IV do artigo 3º da Lei nº 8.009/90 não


compreende as despesas ordinárias de condomínio. Recurso especial atendido em
parte. Unânime (STJ-4ª T.; Rec. Esp. nº 52.156-SP; Rel. Min. Fontes de Alencar; j.
23.08.1994; v.u.). BAASP, 2023/313-j, de 06.10.1997.

Vejamos os votos proferidos pelo Exmo. Ministro FONTES DE ALENCAR, que

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figurou como relator no acórdão em referência, e dos que o acompanharam à
unanimidade:

VOTO - O EXMO. SR. MINISTRO FONTES DE ALENCAR (RELATOR):

(..) No entanto, quanto à aplicação do art. 3º, inciso IV, da Lei nº 8.009/90, entendo
que a interpretação extensiva dada pelo aresto violou a disposição ora referida que
assim estabelece: "IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e
contribuições devidas em função do imóvel familiar."

O inciso IV do art. 3º da Lei nº 8.009/90 não compreende as despesas ordinárias de


condomínio. Com efeito a norma referida faz paralelo com a ressalva final do art. 70,
caput, do Código Civil. Portanto, tenho como correta a decisão monocrática que
assim concluiu: "Inaplicável o disposto no artigo 3º, inciso IV, da Lei nº 8.009/90, pois
há referência aos tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria), e não às
contribuições outras, inclusive condominiais. Dessa forma, insubsistente a penhora
do imóvel familiar. Manifeste-se o Exeqüente sobre o prosseguimento, indicando, se
o caso, bem para penhora." (fl. 17). Em face do exposto, conheço do recurso em
parte, e nessa parte lhe dou provimento, para restaurar a decisão singular,
arredando a penhora do imóvel residencial pertencente ao executado.

VOTO - O SR. MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO: Confesso que preferiria ver a


matéria disciplinada de forma diversa em hipóteses como a retratada na espécie.
Não vejo, no entanto, como divergir em face da legislação vigente, como
demonstrado pelo Sr. Ministro Relator, a quem acompanho.

VOTO - O SR. MINISTRO BARROS MONTEIRO: Sr. Presidente, acompanho o voto


de V. Exa., por considerar que atribuiu à norma em questão a interpretação
escorreita.

VOTO - O SR. MINISTRO ANTÔNIO TORREÃO BRAZ: - Sr. Presidente, a lei, neste
caso, é protetiva. Não se pode, então, interpretar um dos seus dispositivos, cuja
clareza me parece indiscutível, de modo ampliativo, em desfavor da pessoa que ela
visa proteger. Contribuição não pode ser tomada na acepção de despesa de

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condomínio. Acompanho V. Exa.

Como se percebe, a questão ainda suscitará muitas divergências, mas seu deslinde
já começa a ser delineado na instância superior, diferentemente do que vinha
entendendo a maioria dos Tribunais Estaduais.

9.9. CONTRA QUEM O CONDOMÍNIO DEVE PROPOR AÇÃO PARA


RECEBER AS DESPESAS E QUAL O RITO PARA SUA COBRANÇA?

Conforme já mencionamos, a obrigação direta pelo pagamento das despesas de


condomínio, sejam elas ordinárias ou extraordinárias, é do condômino.

O locatário não possui obrigações em face do condomínio, posto que sua


responsabilidade decorre do contrato firmado com o condômino locador.

Se o primeiro não cumprir com suas obrigações, de pagar as despesas ordinárias de


condomínio, poderá o locador exercitar seu direito de rescindir o contrato de
locação, movimentando a ação de despejo por falta de pagamento. (32)

Mas o condomínio não pode cobrar as despesas do locatário, já que carece de


legitimidade para tanto, posto que com ele não mantém qualquer relação de direito
material.

Logo, deverá o condomínio voltar sua pretensão em ação de conhecimento contra o


condômino titular da unidade condominial, visto tratar-se de obrigação propter rem,
instruindo a ação com o demonstrativo das despesas do condomínio.

Esta ação, nos moldes do artigo 275, II, b, do CPC, segue o rito sumário.

THEOTONIO NEGRÃO(33), em nota ao artigo 275, do Código de Processo Civil e


Legislação Processual em Vigor, aponta uma divergência jurisprudencial quanto à
vigência da parte final do art. 12, § 2º, (34) da Lei 4.591, que estaria, segundo
julgados majoritários, revogada.

Com efeito, decidiu o Tribunal de Justiça da Bahia:

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Encargos de Condomínio. Título líquido, certo e exigível. Exeqüibilidade. A
existência de condomínio regular, bem assim de despesas orçadas e aprovadas
pela assembléia geral, legitima o processo de execução para a cobrança de
encargos, vez que não há responsabilidade a apurar, mas obrigação a exigir." (Ap.
186/83 – 1ª C. – j. 28.9.83 – rel. Des. Paulo Furtado. v.u. RT- 583/199).

Dentre os diversos arestos que se posicionam em sentido contrário, destacamos o


proferido pelo 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, que aduz:

"É tranqüilo o entendimento de que o art. 12, § 2º , da Lei 4.591/64 acha-se


revogado pelo art. 275, II, "c", do CPC, devendo o condomínio reclamar do
condômino em atraso o pagamento das cotas vencidas e vincendas pelo disposto no
mencionado dispositivo do Código de Processo Civil, ressalvada ao locador a via
executiva para que, por força do contrato, lhe caiba regressivamente pagar, nos
termos do art. 585, IV, do mesmo diploma legal." (Ap. 332.383 – 1ª Câm. j. 13.11.84
– rel. Juiz Guimarães e Souza, in RT-594/116).

THEOTONIO NEGRÃO, desta vez em seu Código Civil e Legislação Civil em Vigor,
é mais taxativo ao apontar, na nota 1, ao artigo 12, da Lei 4.591/64, que "A via
executiva é, atualmente, incabível. Aplica-se à hipótese o art. 275-II-"b" (35) do CPC.
A execução com base no CPC 585-IV só tem lugar quando o condômino locador,
fundado em contrato escrito, cobra as despesas condominiais ao locatário". (36)

Portanto, o rito para a ação de cobrança, seria o sumário. O STJ, no entanto, abriu
recentemente ao credor uma interessante faculdade, de optar pela ação monitória
para cobrar as despesas de condomínio. É o que se extrai do seguinte acórdão:

CONDOMÍNIO – COBRANÇA DE DESPESAS – AÇÃO MONITÓRIA – MEIO


HÁBIL. Processual Civil. Cobrança de despesas de condomínio. Art. 275, II, b, do
CPC. Procedimento monitório ou sumário. Faculdade do credor. Recurso
desacolhido. I – O procedimento monitório, também conhecido como injuntivo,
introduzido no atual processo civil brasileiro, largamente difundido e utilizado na
Europa, com amplo sucesso, tem por objetivo abreviar a formação do título
executivo, encurtando a via procedimental do processo de conhecimento. II – A ação

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monitória tem a natureza de processo cognitivo sumário e a finalidade de agilizar a
prestação jurisdicional, sendo facultada a sua utilização, em nosso sistema, ao
credor que possuir prova escrita do débito, sem força de título executivo, nos termos
do art. 1.102a, CPC. (Ac. un. da 4ª T. do STJ – REsp 208.870-SP – Rel. Min. Sálvio
de Figueiredo Teixeira. DJU-e 1 de 28.06.1999, p. 124 – in Repertório IOB de
Jurisprudência, Bol. 15/99, verbete 3/15826).

9.10. COMO DEVEM SER COBRADAS AS DESPESAS EM CONDOMÍNIO


DE UM SÓ DONO?

Quando se trata de edifício em condomínio que possui um só dono, não surgem


maiores dificuldades para a cobrança das despesas, posto que o § 3º do artigo 23
tratou expressamente do assunto.

Difere a sistemática de cobrança no que tange à fundamentação das despesas, que


não se baseará em previsão orçamentária mas, sim, nas despesas efetivamente
realizadas e comprovadas.

CARLYLE POPP(37) entende que nesses casos não haverá propriamente um


condomínio e afirma: "Na hipótese de ser o edifício onde reside o locatário de
propriedade de uma única pessoa, inexistirá condomínio, pois pressuposto legal
para tanto é a divisão dos domínios. Neste caso, a possibilidade de cobrança dos
encargos mencionados no § 1º do presente dispositivo ficará condicionada à prévia
comprovação. Ou seja, o pagamento não pode ser exigido anteriormente ao gasto
efetivado."

Estas, como se percebe, são apenas algumas das incontáveis situações que
assolam o dia-a-dia daqueles que se enquadram na posição de condômino/locador
ou locatário de unidade imóvel condominial. É evidente a evolução da lei reguladora
das relações locatícias e certamente, a jurisprudência cuidará de ajustar situações
conflituosas, apontando as soluções mais justas e resguardando o equilíbrio nas
relações contratuais.

10. CONCLUSÃO

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1 – Pela atual legislação reguladora do condomínio de edificações, o condômino
obriga-se a contribuir com sua parcela no rateio das despesas. Tratam-se as
despesas de condomínio de obrigação propter rem, que prende-se ao imóvel e
vincula o adquirente, em caso de transferência do domínio.

2 – A Lei do Inquilinato e a Lei de Edificações em Condomínio deixam margem para


a discussão de um sem número de casos, por não abordar diversas questões
polêmicas, que inclusive lhe eram preexistentes, nas relações entre locador e
locatário.

3 – O locatário não está ligado por relação jurídica de direito material ao condomínio.
Em função disso, o condômino locador responde diretamente perante o condomínio
pelo rateio de todas as despesas, podendo cobrar do inquilino as despesas
ordinárias de condomínio.

4 – As despesas extraordinárias de condomínio correm por conta do locador, que


não as pode transferir ao locatário no instrumento contratual celebrado, posto que a
disposição legal que as regula não possui caráter supletivo, tratando-se de preceito
de ordem pública, indisponível e que não admite disposição em sentido contrário.

5 – Em havendo pagamento por parte do locatário, das despesas extraordinárias de


condomínio, devidas pelo locador, poderá deste solicitar reembolso ou efetuar o
pagamento do aluguel abatendo o que indevidamente pagou, dispondo ainda da
ação de consignação em pagamento para desonerar-se da obrigação de pagar,
caso o locador ou a administradora do imóvel recusem-se a receber o aluguel com

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tais descontos.

6 – Há diversas despesas que a Lei do Inquilinato não contemplou expressamente,


cabendo à doutrina e à jurisprudência investigar sua natureza e apontar seu caráter
de ordinárias ou extraordinárias, bem como por quem serão suportadas (locatário ou
locador, respectivamente).

7 – São consideradas extraordinárias as despesas decorrentes de lavagem e


recuperação da fachada; instalação de antena coletiva; Impermeabilizações;
substituição corretiva de coluna hidráulica, ramais, outras tubulações e condutores
elétricos. Entende-se ordinárias as despesas decorrentes de seguro obrigatório do
imóvel e furto ou roubo de bens, quando prevista a responsabilidade dos
condôminos em convenção do condomínio.

8 – O rito para a cobrança das despesas condominiais pelo condomínio é o sumário,


estabelecido no art. 275, II, b, do CPC, não mais se justificando a via executiva de
que trata o § 2º do artigo 12 da Lei 4.591/64.

9 – O condômino titular de imóvel situado no andar térreo, participa do rateio das


despesas condominiais. Igualmente quando não utiliza as áreas comuns, quando
seu imóvel permanece fechado. Deixa, entretanto, de participar do rateio das
despesas originadas de ação judicial onde litiga contra o condomínio, como autor ou
como réu.

10 – Não se consideram lícitas as disposições que imponham ao condômino


quaisquer outras penalidades além das previstas na Lei 4.591/64, especialmente a

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restrição do direito de participar de assembléias gerais ou utilizar as áreas comuns e
de lazer do condomínio.

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Locação de imóvel urbano, dispensa de garantia e desocupação liminar

11- São tidos como fraudulentos os descontos concedidos para pagamento das
prestações condominiais com pontualidade, entendendo tratar-se de cláusula penal
disfarçada, o que é vedado.

12 – Ainda pende de solução a controvérsia sobre a aplicabilidade do Código de


Defesa do Consumidor às relações entre locador e locatário, bem assim a
aplicabilidade ou não da Lei 8.009/90, com o fito de afastar a penhora do bem de
família e sua alienação para atender despesas de condomínio. Quanto a este último
item, o Superior Tribunal de Justiça tem sustentado a proteção legal, uma vez que
as despesas condominiais não entrariam no rol das exceções à impenhorabilidade.

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11. NOTAS

SILVA, IVAN DE HUGO. RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO, REVISIONAL DE


ALUGUEL E DESPEJOS. RIO DE JANEIRO: AIDE, 1981, PP. 252-253.

CALDAS, GILBERTO. NOVA LEI DO INQUILINATO COMENTADA. SÃO PAULO:


EDIPRAX JURÍDICA, 1992, P.69.

TARCHA, JORGE E SCAVONE JUNIOR, LUIZ ANTONIO. DESPESAS


ORDINÁRIAS E EXTRAORDINÁRIAS DE CONDOMÍNIO. SÃO PAULO: JUAREZ
DE OLIVEIRA, 1999, P. 7.

CF. OP. CIT., P.77.

GOMES, ORLANDO. OBRIGAÇÕES. 12A ED., RIO DE JANEIRO: FORENSE,


1999, P. 21.

V. NO MESMO SENTIDO RT-739/307 E RT-745/290.

SILVA, AMÉRICO LUÍS MARTINS DA.. AS LOCAÇÕES IMOBILIÁRIAS. 1ª ED., RIO


DE JANEIRO: LUMEN JURIS, 1997, P. 195.

CF. OP. CIT., PP. 40 E 41.

NO MESMO SENTIDO:. RESP 31.124/92, 3ª T., PUBL. NO DJU DE 17/05/93, P.


9334 E RESP 45.902/94, DA 3ª T., PUBL. NO DJU DE 09/10/95, P. 33.548.

V. RT-680/97, RT-696/173 E RT-733/294.

CF. OP. CIT., P. 137.

CF. OP. CIT., P.140.

O TRIBUNAL DE ALÇADA DE MINAS GERAIS CONSIDEROU A DESPESA


EXTRAORDINÁRIA, EM JULGAMENTO HAVIDO AOS 23/09/91, NA AP. CIV.

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117251-0/00, DA 5ª CÂM. CÍV., POR VOTAÇÃO UNÂNIME, SENDO RELATOR O
MM. JUIZ JOSÉ MARRARA.

SILVA, IVAN DE HUGO. OP. CIT., P. 243.

LUZ, ARAMY DORNELLES DA. NOVA LEI DO INQUILINATO NA PRÁTICA. SÃO


PAULO: RT, 1992, P. 61.

CF. OP. CIT., P. 47.

CF. SILVA, AMÉRICO LUÍS MARTINS DA., OP. CIT., P. 185.

V. ART.12.

APELAÇÃO CÍVEL 106032800 – AC. 8190 DA 1ª CÂM. CÍV. DO TA/PR, JUIZ


RONALD SCHULMAN, J. 1º/07/97, PUBL. DJPR 1º/08/97.

FRANCO, J. NASCIMENTO. CONDOMÍNIO. SÃO PAULO: REVISTA DOS


TRIBUNAIS, 1997, P. 49.

CF. OP. CIT., P. 126.

VENOSA, SÍLVIO DE SALVO. NOVA LEI DO INQUILINATO COMENTADA. SÃO


PAULO: ATLAS, 1992, P. 108.

CF. JURISPRUDÊNCIA DO TACRIMSP, 1ª CÂM., AP. 909.125, J. 15/12/94, REL.


DAMIÃO COGAN, CITADA NA P. 126.

FRANCO, J. NASCIMENTO. DESPESAS DE CONDOMÍNIO. IN REVISTA DE


DIREITO IMOBILIÁRIO N. 4, JUL-DEZ/79, P. 47.

KRIGER FILHO, DOMINGOS AFONSO. A RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL


NO CÓDIGO DE DEFESA E PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR. PORTO ALEGRE:
SÍNTESE, 1998, P. 15.

CF. OP. CIT., PP. 45-46.

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VENOSA, SÍLVIO DE SALVO., OP. CIT., P. 101.

COMO É O CASO DO JULGADO DO 2º TACIVSP, QUE ADMITIU O RATEIO DOS


GASTOS SEGUNDO CRITÉRIO COM PESO DIFERENCIADO EM FUNÇÃO DO
GRAU DE BENEFÍCIO AUFERIDO POR UNIDADE AUTÔNOMA, INCLUSIVE
PELAS LOJAS SITUADAS NO TÉRREO DO IMÓVEL, EM CASO DE APART-
HOTEL. (RT-746/273).

SOMAM-SE AO ENTENDIMENTO: RT-711/186 E RT-716/201.

CF. OP. CIT., P. 101.

CF. OP. CIT., PP. 69-70.

VER ARTIGOS 9º, III E 62, DA LEI 8.245/91.

NEGRÃO, THEOTONIO. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E LEGISLAÇÃO


PROCESSUAL EM VIGOR. SÃO PAULO: SARAIVA, 1999, 30ª ED., P. 340 EM
NOTA 18 AO ART. 275.

CHAMAMOS A ATENÇÃO PARA UM ERRO DE GRAFIA EXISTENTE NA NOTA


275:18 E QUE VEM SE PERPETUANDO DESDE EDIÇÕES PASSADAS,
FAZENDO REFERÊNCIA À REVOGAÇÃO DO § 3º E NÃO DO § 2º, AO QUAL
EFETIVAMENTE CORRESPONDE A REDAÇÃO APONTADA.

OUTRO ERRO DE IDENTIFICAÇÃO DO DISPOSITIVO LEGAL: NO TEXTO


ORIGINAL CONSTA A LETRA "C" E NÃO "B".

NEGRÃO, THEOTONIO. CÓDIGO CIVIL E LEGISLAÇÃO CIVIL EM VIGOR.18ª


ED., SÃO PAULO: SARAIVA, 1999, P. 459.

POPP, CARLYLE. COMENTÁRIOS À NOVA LEI DO INQUILINATO. 2A ED.


CURITIBA: JURUÁ, 1992, P. 95.

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12. BIBLIOGRAFIA

CALDAS, Gilberto. Nova Lei do Inquilinato Comentada. São Paulo: Ediprax Jurídica,
1992.

FRANCO, J. Nascimento. Despesas de condomínio. Revista de Direito Imobiliário n.


4, jul-dez/79.

________. Condomínio. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997.

GOMES, Orlando. Obrigações, 12ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 1999.

KRIGER FILHO, Domingos Afonso. A Responsabilidade Civil e Penal no Código de


Defesa e Proteção do Consumidor. Porto Alegre: Síntese, 1998.

LUZ, Aramy Dornelles da. Nova Lei do Inquilinato na Prática. São Paulo: RT, 1992.

NEGRÃO, Theotonio. Código de Processo Civil e legislação processual civil em


vigor, 30a ed., São Paulo: Saraiva, 1999.

________. Código Civil e legislação civil em vigor, 18a ed., São Paulo: Saraiva,
1999.

POPP, Carlyle. Comentários à Nova Lei do Inquilinato. 2a ed., Curitiba: Juruá, 1992.

SILVA, Américo Luís Martins da. As Locações Imobiliárias. 1ª ed., Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 1997.

SILVA, Ivan de Hugo. Renovatória de Locação, Revisional de Aluguel e Despejos.


Rio de Janeiro: Aide, 1981.

TARCHA, Jorge e SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio. Despesas Ordinárias e


Extraordinárias de Condomínio. São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999.

VENOSA, Sílvio de Salvo. Nova Lei do Inquilinato Comentada. São Paulo: Atlas,
1992.

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Boletim AASP, 1964/65-e, de 1996 e 2023/313-j, de 1997.

CD ROM BONIJURIS, BDJ-199, Verbetes 22914, 25125 e 26291.

CD ROM JURIS SÍNTESE, n.º 17, versão mai-jun/99, Verbetes 202471, 11002243,
11002341, 11002342, 11002366, 11002410 e 11005745.

Repertório IOB de Jurisprudência, Bol. 15/99, Seção 3, Verbetes 15808, 15814 e


15826.

RTs 583/199, 594/116, 666/128, 680/97, 696/173, 711/186, 716/201, 725/256,


726/295, 733/294, 739/307,744/266, 745/290, 746/273, 746/294, 747/303, 748/296,
749/328, 749/435, 750/418, 751/317, 753/289 e 757/220.

Autor

Helder Martinez Dal Col

Advogado e Professor no Paraná, Especialista em Direito Civil e Processual Civil


pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ), Mestre em Direito Civil pela Universidade
Estadual de Maringá (UEM/PR)

Como citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT):

COL, Helder Martinez Dal. Despesas de condomínio na Lei do Inquilinato. Jus


Navigandi, Teresina, ano 5, n. 45, 1 set. 2000 . Disponível em:
<http://jus.com.br/artigos/588>. Acesso em: 1 fev. 2014.

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você deverá fazer a busca por artigos científicos da área, em sites especializados,
para a redação do seu próprio artigo científico. O suporte bibliográfico se faz
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periódicos também podem ser encontrados facilmente na internet e os artigos neles
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Lembrando que em todos os sites, embora eles sejam diferentes, o método de
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levarão à procura pelos artigos. Bons estudos!

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as com atenção. Várias podem ser testadas. Quanto mais próximas ao tema
escolhido, mais refinada será sua busca. Por exemplo, se o tema escolhido for
relacionado à degradação ambiental na cidade de Ipatinga, as palavras-
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