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conceitos e prática
Costa, L. D.;
Inclusão educacional: conceitos e prática / Autor: Larissa
Daniela Costa
Local: Florianópolis, 2020.
SST
nº de p.: 11 páginas
Apresentação
Neste momento você poderá compreender como a aprendizagem se dá e como
ela pode ser eficaz quando são considerados os princípios psicológicos. Para isto,
estudaremos as teorias psicológicas contemporâneas aplicadas à educação.
Inclusão educacional
Conhecemos como inclusão escolar o movimento que busca e luta por igualdade
de direitos àqueles que por alguma razão ficaram à margem do que os dispositivos
educacionais, sustentados pelos discursos científicos, consideram fora do que foi
balizado como “normal” ao desenvolvimento.
Quando você lê o termo inclusão escolar, quem vem à sua mente? Quem queremos
incluir? Falamos de pessoas com deficiência, pessoas com necessidades
especiais. Mas, quem faz parte dessas categorias? Será que somente aqueles que
são considerados pessoas com deficiência estão expostos a práticas excludentes
na/da escola?
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apenas daqueles que estão legalmente amparados pela categoria “necessidades
especiais”. Falaremos também do fenômeno conhecido como fracasso escolar,
das dificuldades de aprendizagem e de alguns transtornos relacionados ao
desenvolvimento e aprendizagem. E, finalmente, abordaremos o bullying, que pode
ser praticado não somente com aqueles que apresentam déficits, mas também com
os que são percebidos como “diferentes” dos demais.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015) define como pessoas com
necessidades especiais aquelas que possuem limitação ou incapacidade nas
categorias listadas a seguir.
• visual:
• física:
• auditiva:
• intelectual:
• múltipla:
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como uma “redoma” que segrega no âmbito escolar aqueles que pertencem à
categoria especial, reforçando essa diferença. Com isso, os alunos são privados da
convivência com outras crianças que não possuem tais condições estigmatizadas
socialmente.
Alterações do desenvolvimento
humano
Com a democratização da educação, no século XIX, percebemos também a
homogeneização dos processos educativos. De um lado, as escolas com seus
projetos político-pedagógicos, seus conteúdos a serem lecionados; de outro,
os alunos, que devem estar preparados para aprender. Contudo, o processo de
aprendizagem é complexo, seu sucesso depende de outros fatores, além das
habilidades cognitivas do aluno e da didática docente.
Como você já viu até aqui, o desenvolvimento humano é estudado por muitos
autores como um trajeto a ser percorrido. Todos nós começamos o deslocamento
no nascimento e temos uma rota a seguir. Contudo, existem várias circunstâncias
que podem facilitar ou dificultar esse percurso, concorda? Desde a vida intrauterina,
a criança está exposta a fatores de risco e fatores de proteção, os quis poderão
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interferir no seu desenvolvimento. Essas interferências ambientais tendem a
aumentar ao longo desse desenvolvimento. Você precisa atentar que, ainda que o
destino seja o mesmo (todos nós deveríamos envelhecer), esse processo não é igual
para todos, tampouco é linear.
Existem, sim, habilidades que devem ser adquiridas em determinada faixa etária,
capacidades que sejam desenvolvidas e aprimoradas. Contudo, o que não podemos
é exigir que todos sigam o mesmo percurso, da mesma forma. Cada criança possui
sua história. Cada aluno possui seu ritmo, suas habilidades. É com essas diferenças
que você vai lidar em sala de aula. Não são apenas os alunos com deficiência que
divergem desse padrão.
Dificuldades de aprendizagem
Na literatura científica, a expressão “dificuldade de aprendizagem” tem sido
compreendida por alguns autores como uma deficiência apresentada em
determinada área. Santrock (2010) aponta os critérios que sinalizam para esse
diagnóstico.
Critérios para diagnosticar a deficiência de aprendizagem
QI superior ao que
caracteriza a deficiência
intelectual
Deficiência de
aprendizagem
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O professor apresenta-se como uma figura essencial na identificação inicial de uma
possível dificuldade de aprendizagem. Ele poderá recorrer aos pais para certificar-se
de que essa dificuldade não é uma consequência de outros transtornos (como uma
depressão) ou da ocorrência de algum evento significativo. A família, por sua vez,
pode recorrer a profissionais especializados, para que seja feito o diagnóstico ou o
encaminhamento necessário. A dificuldade de aprendizagem, por sua vez, poderá ter
como consequência o fracasso escolar, que discutiremos a seguir.
Fracasso escolar
Você acredita que permitir que uma criança com algum tipo de deficiência/limitação
seja matriculada na escola garante sua inclusão? A ação de abrir as portas da
escola para o ingresso, pura e simplesmente, não aponta para nenhum avanço, nem
comprometimento da escola em relação a essa problemática.
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como fracasso escolar. Dessa forma, mais uma vez, queremos atentar para a
responsabilidade da escola na criação e manutenção desses “lugares”.
Transtornos de aprendizagem
e bullying
Os transtornos de aprendizagem estão relacionados às desordens do
desenvolvimento e podem abranger determinadas fases (aquisição de habilidades
novas) ou estarem relacionados ao desenvolvimento dessas novas “capacidades”
(fala, escrita, grafia, aritmética).
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A seguir, serão listados alguns dos principais transtornos que as crianças podem
apresentar.
• disgrafia:
• disortografia:
• dislexia:
• discalculia:
Veja que há outra problemática que pode estar presente na escola: o bullying.
Bullying
O termo bullying é originário da língua inglesa “bully”, que significa “valentão,
agressor”. Esse fenômeno conhecido como bullying é relativamente novo, mas
devemos considerar que essa prática é antiga. Então, o que mudou? Mudou a forma
de lidarmos com essas práticas, ao considerá-las como algo que merece atenção e
assistência, sobretudo na escola.
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• A vítima vivencia o bullying como algo que traz sofrimento físico e/ou psíqui-
co.
• A pessoa que pratica bullying tem mais poder (status, força, altura etc.) que
sua vítima.
A vítima de bullying pode ser escolhida por estar relacionada a alguma temática já
discutida nos tópicos anteriores, mas também podem ser alvo os que são tímidos,
aqueles que não têm muitas amizades, que falam pouco, que são “minoria” em sala
etc. Já dá pra você perceber que o agressor escolhe a vítima criteriosamente, pois
ele tem a intenção de causar sofrimento mesmo.
É importante que toda a escola esteja atenta para a promoção de ações que
permitam a escuta dessas demandas veladas, tanto da vítima (seu silêncio) quanto
do autor (a agressividade exacerbada).
Fechamento
Estudamos a inclusão educacional e relacionamos essa temática a discussões atuais
que não se limitam à problemática da oferta de educação especial para pessoas com
necessidades específicas.
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Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM5: Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
BRASIL. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.146, de 6 de julho
de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 6 jul. 2015. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 01 abr. 2020.
MEIER, M; ROLIM, J. Bullying sem blá blá blá. Curitiba: InterSaberes, 2012.
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