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DA EDUCAÇÃO
Gabriel Godoi
Necessidades educacionais
de alunos com deficiência
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Entende-se por educação especial, para os efeitos da Lei nº 9.394/96, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação (BRASIL, 1996). A
partir dos preceitos de educação inclusiva, democracia e direitos humanos,
você aprenderá as principais leis e os dispositivos que orientam a educação
de estudantes com necessidades especiais dentro do ensino público.
Para que seu trabalho possa ser realizado com sucesso, atentando para
adequar os conceitos do currículo escolar para o bom desenvolvimento
intelectual de cada aluno, você conhecerá quais transtornos e deficiências
são mais comuns dentro das salas de aula, suas causas e características,
os meios para identificá-los e para onde encaminhá-los.
Por fim, você estudará algumas estratégias úteis que podem lhe auxi-
liar na hora de definir as que serão usadas em aula, as atividades avaliativas
e a condução do dia a dia escolar. Sempre visando ao desenvolvimento
total dos potenciais os alunos, para que seja construída uma sociedade
cada vez mais justa e igualitária.
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Dislexia
Dificuldade com habilidades fonológicas, que envolve ser capaz de entender
como os sons e as letras se combinam para formar palavras. A dislexia é uma
categoria reservada para indivíduos com uma limitação grave em sua capa-
cidade de ler e soletrar (SPAFFORD; GROSSER; DAURICH, 2005). Fique
atento, pois a dislexia é o problema mais comum que caracteriza crianças com
dificuldade de aprendizagem que envolve a leitura (MOATS, 2004).
Disgrafia
Dificuldade em expressar pensamentos na forma escrita (HAMMIL, 2004).
Em geral, crianças com disgrafia escrevem muito lentamente, sendo que essa
escrita é praticamente ilegível e com inúmeros erros ortográficos, devido à
inabilidade para juntar sons e letras.
Discalculia
Também conhecida como transtorno de desenvolvimento de matemática,
envolve a dificuldade em desenvolver cálculos matemáticos. Kaufmann (2002)
informa que crianças com dificuldade em cálculo frequentemente apresentam
transtornos neuropsicológicos e cognitivos, incluindo desempenho fraco na
memória de trabalho, percepção visual e capacidade visuoespacial.
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Dislalia
É um distúrbio que acomete a fala, caracterizado pela dificuldade em arti-
cular as palavras. A pessoa portadora de dislalia troca as palavras por outras
similares na pronúncia, fala erroneamente, omitindo ou trocando as letras.
Resumidamente, as manifestações clínicas da dislalia consistem em omissão,
substituição ou deformação de fonemas.
Deficiência intelectual
A característica mais marcante da deficiência intelectual é a maneira ina-
dequada do funcionamento intelectual (ZIGLER, 2002). Essa condição é
caracterizada por:
Fatores genéticos
face arredondada;
crânio achatado;
uma dobra extra na pálpebra;
língua proeminente;
membros curtos;
dificuldades nas capacidades motoras e intelectuais.
Síndrome do X frágil
Dano cerebral
deformidades faciais;
problemas nos membros e no coração.
falta de atenção;
hiperatividade;
impulsividade.
Santrock (2009) diz que os sinais da TDAH podem estar presentes desde
a pré-escola. Cuidadores e professores podem perceber que a criança tem um
nível de atividade extremamente alto e um período de concentração limitado.
Eles podem comentar que a criança é “muito agitada”, “não consegue ficar
sentada nem por um segundo” ou “parece nunca estar escutando”. Muitas
crianças com TDAH são difíceis de serem disciplinadas, são intolerantes à
frustração e têm dificuldade de relacionamento com os colegas.
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Denney (2001) relata que cerca de 85% a 90% das crianças com TDAH, nos Estados
Unidos, tomam medicação tomam medicação estimulante, como Ritalina e Adderall,
para controlar seu comportamento. No Brasil também houve um aumento exponencial
das crianças que tomam medicações para controle da TDAH. No entanto, nem todas as
crianças com TDAH respondem positivamente aos estimulantes. Um estudo mostrou
que a Ritalina foi menos eficaz com crianças com alto nível de ansiedade, crianças mais
velhas e crianças com sintomas menos graves (GRAY; KAGAN, 2000).
Deficiências físicas
São todas limitações ortopédicas, bem como paralisia cerebral e transtornos
convulsivos, como a epilepsia.
Limitações ortopédicas envolvem restrição ou falta de controle sobre
os movimentos devido a problemas musculares, ósseos ou articulares. As
principais causas são problemas pré-natais ou perinatais, ou podem ocorrer
devido a uma doença ou um acidente sofrido durante a infância.
A paralisia cerebral é um transtorno que envolve falta de coordenação
muscular, tremores ou dificuldade na fala. A causa mais comum da paralisia
cerebral é a falta de oxigenação na ocasião do parto. No tipo de paralisia
cerebral mais comum, a chamada de espasmódica, os músculos das crianças
são rígidos e difíceis de movimentar (MEBERG; BROCH, 2004).
Epilepsia
É um distúrbio neurológico caracterizado por ataques sensório-motores re-
correntes ou movimentos convulsivos. A epilepsia se manifesta de diferentes
maneiras (BARR, 2000): em uma das formas comuns, chamada de ausência,
as crises têm duração de menos de 30 segundos e ocorrem entre dezenas e
centenas de vezes ao dia. Elas ocorrem frequentemente como um breve estupor
(olhar para o nada), às vezes, acompanhado de movimentos motores, como
contração das pálpebras (olhos virados). Em outra forma comum de epilepsia,
chamada de tônico-clônica, a criança primeiro perde a consciência e fica com
o corpo rígido e, depois, treme e contrai-se. A porção mais severa de uma
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Deficiências sensoriais
Incluem deficiências na recepção de informações por meio dos sentidos, sendo
as auditivas e visuais as que mais influenciam o desenvolvimento escolar
(SANTROCK, 2009).
Deficiências visuais
Alguns estudantes apresentam problemas visuais leves que não foram corrigi-
dos. Se você notar alunos piscando demais, aproximando muito os livros dos
olhos para ler, esfregando os olhos com frequência, reclamando que as coisas
parecem embaçadas ou que as palavras se movem na página, encaminhe-os
para um exame de visão (BOYLES; CONTADINO, 1997).
Deficiência auditiva
Transtornos de articulação
Transtornos de voz
As crianças produzem uma fala rouca, muito alta, muito aguda ou muito
grave. Crianças com fenda palatina geralmente apresentam um transtorno
de fala que torna difícil a compreensão do que dizem. Fique atento: Santrock
(2009) aconselha que, ao observar esse transtorno, encaminhe a criança para
um fonoaudiólogo.
Transtornos de fluência
Transtornos de linguagem
Comportamentos agressivos
provocativos e desafiadores;
agressivos;
perigosos.
Maneiras de proporcionar um
ensino inclusivo e de qualidade para alunos
com necessidades especiais
Nesta seção, exploraremos algumas propostas criadas por outros educadores
que poderão ajudá-lo a adequar sua sala de aula de forma a incluir todos os
estudantes da escola. Como as necessidades especiais dos alunos podem
variar muito, dependendo do tipo de dificuldade/transtorno/deficiência, sub-
dividiremos esta parte do capítulo para um melhor entendimento, sendo que
abordaremos atividades para mais bem atender as dificuldades de aprendizagem
(dislexia, disgrafia, discalculia), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH), deficiência intelectual e deficiências sensoriais.
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Dificuldade de aprendizagem
Santrock (2009) também cita algumas estratégias que podem ser utilizadas
por educadores nesses casos. Ele explica que é comum que os educadores
inconscientemente acabam excluindo determinadas crianças pelo fato de
demandarem mais tempo para aprender. Por isso, verifique a forma e o tempo
que você está dando aos seus alunos — ele é igual para todos?
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Após essa primeira avaliação interna, você pode tentar adotar as seguintes
estratégias.
Deficiência intelectual
Deficiência auditiva
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