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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
• Conhecer a evolução do diagnóstico, conceito e prevalência do TEA.
• Compreender os níveis de classificação.
• Compreender os fatores neurobiológicos envolvidos.
• Compreender a importância da intervenção precoce e seu impacto no
desenvolvimento do sujeito.
• Dominar instrumentos de rastreio.
• Ser capaz de identificar sinais precoces.
6
SUGESTÃO DE LEITURA
7
BREVE
HISTÓRICO
8
História Pré Científica
Século XVIII
Escócia, Suécia, Noruega e Irlanda
Changeling- rapto exclusivamente de
meninos.
9
Por que o Changeling é
relacionado ao Transtorno
do Espectro Autista?
1
0
HISTÓRIA CIENTÍFICA PRÉ-KANNER
Médicos e pedagogos
séc. XX;
1845- Griesinger • Não havia base de
dados de tamanho
1861- Morel
significativo para a
estatística;
1887-Henry Maudsley
• A psiquiatria e a
psiquiatria infantil não
1887- Emminghaus
eram organizadas
como uma disciplina
1888- Moreau de Tours
própria com pesquisa e
prática.
1925- Lutz
1911- HISTÓRIA CIENTÍFICA
O TERMO “AUTISMO”
12
DÉCADA DE 30 - HISTÓRIA CIENTÍFICA- LEO KANNER
A “DESCOBERTA” DO AUTISMO
Caso 1: Donald.
13
HISTÓRIA CIENTÍFICA- LEO KANNER
A “DESCOBERTA” DO AUTISMO
14
1943 - HISTÓRIA CIENTÍFICA- LEO KANNER
A “DESCOBERTA” DO AUTISMO
15
1944 – HANS ASPERGER
16
1944 – HANS ASPERGER
• Movimentos descoordenados.
• Conversação unilateral.
• Foco intenso.
• Pequenos professores.
17
HANS
ASPERGER E
O NAZISMO
SEMELHANÇAS ENTRE
KANNER E ASPERGER
Níveis 2 e 3 Nível 1
ENTRE Crianças com Crianças que
KANNER E dificuldade no
desenvolvimento da
fala
desenvolviam a fala
antes da idade escolar
20
• A Associação Americana de Psiquiatria publica a primeira
edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças
Mentais (DSM-1).
22
BRUNO BETTELHEIM
E A MÃE GELADEIRA
• Comerciante de madeira com
doutorado em História da Arte.
• Adquiriu conhecimento da
Psicanálise.
24
BRUNO BETTELHEIM
E A MÃE GELADEIRA
25
LEO KANNER E A
MÃE GELADEIRA
26
Apesar da Teoria da Mãe
Geladeira já ter “caído por
terra”, podemos ainda
encontrar pessoas que pensam
assim?
27
1978 - MICHAEL RUTTER E A
DIVISÃO DE ÁGUAS DO
DIAGNÓSTICO
Definição proposta:
• atraso e desvio sociais;
• problemas de comunicação;
• comportamentos incomuns, tais
como movimentos estereotipados e
maneirismos;
• início antes dos 30 meses de idade.
28
LORNA WING E A
NOÇÃO DE ESPECTRO
28
Por que o autismo é considerado um
espectro?
29
1981 - TRÍADE DO AUTISMO
OU TRÍADE DE WING
Prejuízos:
1. Interação social.
2. Comunicação.
3. Comportamentos
restritos.
30
1988 - IVAR LOVAAS E A
ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO APLICADA
32
IVAR LOVAAS
• Professor da
Universidade da
Califórnia
• Decepção com pesquisas
realacionando LSD e
autismo
• Seu trabalho no hospital,
fez refletir sobre a
psicanálise para pessoas
com autismo
33
IVAR LOVAAS
34
CID E DSM
35
1966 - Grupo
para o Avanço da
Psiquiatria
A Síndrome de Asperger é
adicionada ao DSM, ampliando o
espectro do autismo, que passa a incluir
casos mais leves.
1994 - CID E DSM EQUIVALENTES
A Síndrome de Asperger é
adicionada ao DSM, ampliando o
espectro do autismo, que passa a incluir
casos mais leves.
2002 – DSM IV TR
Considerou o autismo caracterizado em
3 domínios: Déficit na interação social,
Déficit na Comunicação e Padrões Restritos
e repetitivos de comportamento
Caracterizado pelos quadros: Autismo
Infantil, Síndrome de Asperger, Síndrome de
Rett, Transtornos Desintegrativo da Infância
e Transtornos Abrangentes não
especidicados
2013 - O DSM-V E O
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
doença transtorno
Etiologia de Etiologia de
base base
psicogênica neurobiológica
Comprometimento Comprometimento
afetivo cognitivo
47
DEFINIÇÃO
Transtorno do
neurodesenvolvimento, que
interfere na quantidade e na
qualidade da interação e
comunicação social e no
padrão de comportamentos,
considerados atípicos. Há
tendência a
comportamentos e
interesses restritos e
repetitivos.
48
DÍADE DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Alterações na
comunicação e
interação social
Comportamentos
e interesses
restritos e
repetitivos
PREVALÊNCIA
50
51
NO BRASIL
• Dissertação: Prevalência
dos transtornos invasivos
do desenvolvimento no
município de Atibaia: um
estudo piloto. RIBEIRO,
S.H.B. (2007)
• Estudo-piloto, com dados
de 2007, realizado em
Atibaia-SP= 1:367.
• Segundo estimativa da
OMS= 2 milhões de casos.
53
PREVALÊNCIA
Hipóteses:
54
ETIOLOGIA
55
TEORIAS QUE
“CAÍRAM POR TERRA”
Teoria da mãe geladeira
• O que é a teoria: Frieza das mães, distante de
seus filhos, causaria o autismo.
• Resposta da Ciência: as causas têm se mostrado
precoces, ainda na formação do Sistema Nervoso
Central dos bebês e nada tem a ver com a criação
da criança.
56
TEORIAS QUE
“CAÍRAM POR TERRA”
Imunização
• O que é a teoria: Vacinas poderiam desencadear o
autismo.
• Resposta da Ciência: não há relação causal entre
vacinação e autismo. O que acontece é que a idade
em que se começa a reconhecer sinais do autismo
está em torno de 2 a 3 anos de idade, mesmo período
em que está ativo o calendário de vacinação das
crianças.
57
ETIOLOGIA (CAUSA)
Multifatorial
IDIOPÁTICA SECUNDÁRIA
58
O AUTISMO É UM TRANSTORNO
GENÉTICO
59
ARTIGO (METANÁLISE):
Tick, B; Bolton, P; Happé, F; Rutter, M; Rijsdijk, F. (2016). Heritability of autism spectrum disorders: a meta-analysis of
twin studies. J Child Psycol Psychiatry, 57, 585–95.
• A herdabilidade
(coeficiente genético) é
estimada entre 70% a
90%.
60
ARTIGO:
Bai, D et al. (2019). Association of Genetic and Environmental Factors With Autism in a 5-Country Cohort. JAMA
Psychiatry, 76 (10), 1035-43.
Dinamarca, Finlândia,
Suécia, Austrália, Israel.
97% dos casos de TEA
são genéticos.
81% dos casos de TEA
são hereditários.
1 a 3% dos casos de
TEA estão relacionados
à fatores ambientais.
61
ARTIGO (Revisão):
Ng, M et al. (2017). Environmental factors associated with autism spectrum disorder: a scoping review for the years 2003–
2013. Health Promot Chronic Dis Prev Can, 37 (1): 1-23.
Fatores de risco
comprovados: idade paterna
e uso de ácido valpróico.
Em estudos, mas já
considerados fatores de
risco: idade materna,
exposição materna a toxinas
e poluentes, desnutrição na
infância, baixo peso no
nascimento.
62
ARTIGO (REVISÃO): • Processo de poda ou apoptose deficiente no
Wei, H., Alberts, I., & Li, X. (2014).
The apoptotic perspective of autism. cérebro infantil em desenvolvimento.
International Journal of
Developmental Neuroscience, 36,
• Excesso de neurônios e de volume cerebral.
13–18. • Dificuldade na formação de conexões.
62
GENÉTICA
64
GENÉTICA
Modelo de copo
O modelo genético que explica o TEA apresenta os impactos das
variantes genéticas e ambientais com maior ou menor risco
associado ao TEA, representados por círculos de tamanhos
diferentes e a borda do copo representa o limite. Observe que
indivíduos que ultrapassam esse limite estão no TEA.
(PIGNATARI,2019)
65
imagem adaptada: Priscylla Kamin
https://www.revistaautismo.com.br/artigos/autismo-x-genetica/
66
GENÉTICA
Modelo de copo
(PIGNATARI,2019)
67
Homens x mulheres
4:1
68
GENÉTICA
(PIGNATARI,2019)
69
TEORIAS
COGNITIVAS DO
TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
70
OBJETIVO DA
CIÊNCIA
DESCREVE
SISTEMÁTICA
ABORDAGEM
EXPLICA
PREDIZ
CONTROLA
71
CIÊNCIA CIÊNCIA
COGNITIVA ABA
DIFERENÇA EXPLICA DESCREVE
PREDIZ
FILOSÓFICA CONTROLA
MENTALISTA MONISTA
72
TEORIAS
COGNITIVAS
1. TEORIA DA MENTE
2. TEORIA DA COERÊNCIA CENTRAL
3. TEORIA DA DISFUNÇÃO EXECUTIVA
4. TEORIA DA EMPATIA-SISTEMATIZAÇÃO
5. NEURÔNIOS-ESPELHO
73
Teoria da Mente
Teoria da Mente
DEFINIÇÃO
Teoria da mente significa a capacidade para
atribuir
estados mentais a outras pessoas e predizer
o comportamento das mesmas em função
destas atribuições.
77
TEORIA DA
MENTE E O TEA
Dificuldades:
• Jogos simbólicos;
78
TEORIA DA
MENTE E O
TESTE DE
SALLY E ANNE
78
Sally possui uma bola e uma cesta e Anne possui uma
caixa. Sally coloca sua bola dentro de sua cesta e sai de
cena. Enquanto está fora, Anne pega a bola dentro da cesta
de Sally e a coloca em sua caixa. Sally volta.
82
TEORIA DA
COERÊNCIA
CENTRAL
As crianças com autismo tendem a
ter melhor desempenho em tarefas
que necessitem processar partes
de informações, sem terem de
levar em consideração o todo,
quando comparadas às crianças de
desenvolvimento típico.
83
TEORIA DA
COERÊNCIA
CENTRAL
As crianças com autismo tendem a
ter melhor desempenho em tarefas
que necessitem processar partes
de informações, sem terem de
levar em consideração o todo,
quando comparadas às crianças de
desenvolvimento típico.
84
Teoria da Disfunção
Executiva
Comprometimento:
TEORIA DA
DISFUNÇÃO • Atencional
EXECUTIVA • No planejamento e execução
de uma tarefa
• No controle inibitório
85
Teoria da Empatia e
Sistematização
EMPATIA (MENTE FEMININA):
A empatia guia as possibilidades
e a intensidade com o qual
identificamos as emoções e os
pensamentos de terceiros.
(Baron-Cohen, 2002)
TEORIA DA
EMPATIA-
SISTEMATIZAÇÃO É também a via pela qual
formulamos e executamos a
tomada de decisão quanto à
resposta emocional adequada a
cada contexto.
(Mandy & Skuse, 2008)
88
SISTEMATIZAÇÃO (MENTE
MASCULINA):
TEORIA DA
TEA como uma hiper
EMPATIA- sistematização do cérebro.
SISTEMATIZAÇÃO
• Necessidade de rotina;
• Interesses restritos;
• Comportamentos repetitivos.
89
Teoria da Neurônios
Espelho
• Neurônios do lobo frontal, quando
ativados pela observação de uma
ação, permitem que o significado da
mesma seja compreendida
automaticamente (de modo pré-
atencional) que pode ou não ser
NEURÔNIOS- seguida por etapas conscientes.
ESPELHO
• As ações, intenções e emoções do
outro são espelhadas em nós.
• Falha no TEA.
91
DIAGNÓSTICO
92
Por que o diagnóstico é
importante?
93
A aplicação de métodos de
classificação tem utilidades
distintas de acordo com o foco
que se dá ao objeto estudado
podendo servir à aplicação
clínica, científica ou estatística.
Independente da ciência é
fundamental que se tenha
clareza sobre o tipo de
informação que se pode obter
com cada ferramenta, fugindo
assim da formulação de juízos
distorcidos.
(Araújo e Lotufo Neto, 2014)
94
Para pensar...
“É relatado que o acesso ao quadro
clínico seria para garantia de direitos,
mas na prática já verificamos outros
fins, como a manutenção da exclusão
ou o não investimento em
metodologias pedagógicas mais
apropriadas à criança sob a
justificativa do não aprender devido
ao diagnóstico.
O PROBLEMA É QUANDO A
CONDIÇÃO CLÍNICA É UTILIZADA
COMO LIMITADORA DO SER
HUMANO.”
(Agnah Grandi)
O diagnóstico do Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA) é
baseado em exame clínico,
realizado por neurologistas,
DIAGNÓSTICO neuropediatras ou psiquiatras,
seguindo as considerações da 5ª
edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-V, 2013) ou os
critérios do CID-10 (1993).
96
Manuais diagnósticos utilizados internacionalmente
(Recordando)
97
A família demora a
perceber os sinais?
98
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE AUTISMO PELOS PAIS
(ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)
99
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS
11,1 SINTOMAS DE AUTISMO PELOS
PAIS
11,1 (ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)
Parou de falar
Atraso no balbucio
Atraso da
comunicação gestual
Atraso na fala
100
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE
AUTISMO PELOS PAIS
(ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)
28,6
57,1
7,15
7,15
Olhar/sorriso
Não responde ao ser chamado pelo nome
Não responde ao ser separada dos pais
Interação
101
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE
AUTISMO PELOS PAIS
(ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)
25
50
25
Maneirismo e estereotipias
Rituais e interesses restritos
Brincadeira repetitiva
102
IDADE MÉDIA DE
DIAGNÓSTICO
• Nos EUA= 4 anos de
idade
• No Brasil=4 anos e 11
meses
103
Por que há diferença
temporal entre a
percepção dos primeiros
sinais pelos pais e o
diagnóstico?
104
Até 2013, DSM-IV incluía entre os
TGD (Transtornos Globais do
Desenvolvimento):
• Autismo
DIAGNÓSTICO
• Síndrome de Asperger
DSM-V
• Síndrome de Rett
• Transtorno desintegrativo da
infância (TDI)
• TGD sem outra especificação
105
• Aboliu o termo Transtorno
Global do Desenvolvimento.
Em junho • Separou a Síndrome de Rett.
• Reuniu os outros quatro
de 2013: termos (Autismo, Asperger,
DSM-5 TDI, TGD sem outras
especificidades) =
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA- cód. 299.00
106
Déficits persistentes na comunicação social e na
interação social em múltiplos contextos, conforme
manifestado pelo que segue, atualmente ou por
história prévia:
• Abordagem social anormal e dificuldade para
estabelecer uma conversa normal;
compartilhamento reduzido de interesses,
emoções ou afeto, e dificuldade para iniciar ou
responder a interações sociais.
DIAGNÓSTICO- • Comunicação verbal e não verbal pouco
DSM V integrada; anormalidade no contato visual e
linguagem corporal, ou déficits na compreensão
e uso gestos a ausência total de expressões
faciais e comunicação não verbal.
• Dificuldade em ajustar o comportamento para
se adequar a contextos sociais diversos;
dificuldade em compartilhar brincadeiras
imaginativas, ou em fazer amigos a ausência de
interesse por pares.
107
Padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades,
conforme manifestado por pelo menos dois
dos seguintes, atualmente ou por história
prévia:
• Movimentos motores, uso de objetos ou
fala estereotipados ou repetitivos.
DIAGNÓSTICO- • Insistência nas mesmas coisas, adesão
DSM V inflexível a rotinas ou padrões ritualizados
de comportamento verbal ou não verbal.
• Interesses fixos e altamente restritos que
são anormais em intensidade ou foco.
• Hiper ou hiporreatividade a estímulos
sensoriais ou interesse incomum por
aspectos sensoriais do ambiente.
108
• Nível 1 (necessita suporte)
NÍVEIS DE • Nível 2 (necessita de suporte
substancial)
GRAVIDADE
• Nível 3 (necessita de suporte
muito substancial)
109
Interação/comunicação social
• Nível 1: Prejuízo notado sem suporte;
dificuldade em iniciar interações sociais,
respostas atípicas ou não sucedidas para
abertura social; interesse diminuído nas
interações sociais; falência na conversação;
tentativas de fazer amigos de forma
NÍVEIS DE estranha e mal-sucedida.
• Nível 2: Déficits marcados na conversação;
GRAVIDADE prejuízos aparentes mesmo com suporte;
iniciação limitadas nas interações sociais;
resposta anormal/reduzida a aberturas
sociais.
• Nível 3: Prejuízos graves no
funcionamento; iniciação de interações
sociais muito limitadas; resposta mínima a
aberturas sociais.
110
Comportamento restritivo / repetitivo
• Nível 1: Comportamento interfere
significantemente com a função;
dificuldade para trocar de atividades;
independência limitada por problemas com
organização e planejamento.
• Nível 2: Comportamentos suficientemente
NÍVEIS DE frequentes, sendo óbvios para
observadores casuais; comportamento
GRAVIDADE interfere com função numa grande
variedade de ambientes; aflição e/ou
dificuldade para mudar o foco ou ação.
• Nível 3: Comportamento interfere
marcadamente com função em todas as
esferas; dificuldade extrema de lidar com
mudanças; grande aflição/dificuldade de
mudar o foco ou ação.
111
O comportamento é VARIÁVEL e SUBJETIVO.
112
Zona de penumbra que mistura
características típicas e atípicas.
113
• Deficiência auditiva;
• Privação psicossocial severa;
•Deficiência intelectual (atentar
DIAGNÓSTICO para o fato de este poder ser um
DIFERENCIAL diagnóstico associado);
• Transtorno de linguagem
expressiva e receptiva;
• Ansiedade de separação grave e
mutismo seletivo.
114
Comorbidades:
• Transtorno obsessivo
compulsivo;
DIAGNÓSTICO • Transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade;
• Transtornos de ansiedade;
• Transtorno depressivo.
115
• Síndrome do X-Frágil (8-27,9%)
• Encefalopatia (36-79%)
CONDIÇÕES
• Paralisia cerebral (15%)
ASSOCIADAS
AO AUTISMO • Trissomia do 21 (6-15%)
• Distrofia muscular (3-37%)
• Neurofibromatose (4-8%)
116
INDICADORES DO
DESENVOLVIMENTO
E SINAIS DE ALERTA
117
COMPORTAMENTOS
ATÍPICOS, REPETITIVOS E
ESTEREOTIPADOS MAIS
COMUMENTE
APRESENTADOS
118
INSTRUMENTOS
DE RASTREIO
128
Os instrumentos para
rastreio tem por finalidade
INSTRUMENTOS identificar os sinais precoces
DE RASTREIO de risco do autismo e não
de diagnosticar o
transtorno.
129
QUAL A IMPORTÂNCIA DA O QUE ELES POSSIBILITAM?
APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
DE RASTREIO E DIAGNÓSTICO?
130
• Tem sido possível graças ao
diagnóstico precoce.
• O tempo é irreversível!
131
ESCALAS DE TRIAGEM
Autores: Kanner (1943), Creak (1961), Rutter (1978) e Ritvo & Freeman
(1978)
Principal foco:
Auxilia (diagnóstico e identificação de crianças com autismo)
Sensível (distinção entre o autismo e outros atrasos no desenvolvimento)
Importância (diferenciar o grau de comprometimento TEA em leve,
moderado e severo)
• resposta • comunicação
não-verbal;
OS 15 •
emocional;
uso corporal; • nível de
atividade;
ITENS DA • uso de objetos;
• nível e
ESCALA • resposta a
mudanças;
consistência da
resposta
CARS • resposta visual; intelectual;
• 1 ponto significa que o comportamento está dentro do esperado para a faixa etária.
• 2 pontos significam que há um pequeno desvio.
• 3 pontos indicam que a criança apresenta um grau moderado de comprometimento.
• 4 pontos indicam que o comportamento é severamente atípico para a idade.
• ½ pontos são usados quando o comportamento se situar entre dois itens.
• 2. Relações levemente anormais: A criança pode evitar olhar o adulto nos olhos, evitar o adulto ou
ter uma reação exagerada se a interação é forçada, ser excessivamente tímida, não responder ao
adulto como esperado ou agarrar-se aos pais um pouco mais que a maioria das crianças da
mesma idade;
Uso de objetos
Observar como a criança faz uso dos brinquedos. Verificar os interesses (se são restritos
ou incomuns).
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
Resposta a mudanças
Verificar como a criança lida com alterações da rotina.
Resposta visual
Verificar se a criança utiliza gestos e como faz uso dos mesmos. Observar
se consegue compreender a comunicação não-verbal de outros.
Nível de atividade
Aplicabilidade: Pais
Especificidades:
Pontuação: são 23 subescalas
Pontuações variam de 0 a 2 cada:
“0” não há presença de qualquer dos comportamentos citados naquela subescala,
“1” quando a criança apresenta apenas um dos vários subitens citados
“2” quando apresentar dois ou mais subitens.
Conclusão: 15 pontos sugere a presença de transtorno autista, sendo mais severo
quanto maior for a pontuação.
DEFINIÇÃO E OBJETIVO
Pode ser aplicada a partir dos dois anos É um instrumento de fácil aplicação, por
de idade. profissional conhecedor do quadro,
embora não necessariamente médico.
PONTUAÇÃO
III. PESSOAS AO SEU REDOR (= zero pontos, porque nenhum item foi
assinalado nessa subescala)
1.Utiliza-se do adulto como um objeto (por exemplo, levando a mão do
adulto até o interruptor, para acender a luz)
2.O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja (por
exemplo, faz a perna do adulto de ponte para o carrinho passar)
3.O adulto é essencialmente um meio para suprir uma necessidade (por
exemplo, a aproximação tem o objetivo principal de pedir coisas)
4.Se o adulto não responde às suas demandas, atua interferindo na
conduta desse adulto (por exemplo, desliga a TV que o adulto esteja
assistindo, ameaça quebrar algo, joga coisas no adulto, toma coisas da
mão do adulto como pirraça)
ABC
AUTISM BEHAVIOR CHECKLIST- ABC
INVENTÁRIO DE COMPORTAMENTOS
AUTÍSTICOS- ICA
Especificidades:
(5 áreas de sintomas)
sensorial,
relacionamentos,
uso do corpo e de objetos,
linguagem,
habilidades sociais e de auto-ajuda (Auto cuidado)
Pontuação:
Cada item é pontuado de 1 a 4, resultando numa pontuação parcial para cada domínio e numa
pontuação global.
total de 68 pontos ou mais (autismo)
pontuação está entre 54 e 67 (indicativo da criança ter autismo)
pontuação entre 47 e 53 (dúvidas quanto à probabilidade de TEA)
valores abaixo de 47 (típica)
DEFINIÇÃO E OBJETIVO
Principal foco:
O uso da M-CHAT-R/F é obrigatória para crianças
em consultas pediátricas de acompanhamento
realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
segundo a lei 13.438/17.
Lord C, Rutter M, DiLavore PC, Risi S, Gotham K, Bishop S. Autism Diagnostic Observation Schedule.
2nd ed. Torrance, CA: Western Psychological Services; 2012. 5 p.
DEFINIÇÃO E OBJETIVO
170
PROTEA - R
Objetivo
O Protea-R tem por objetivo rastrear a presença de comportamentos inerentes à
sintomatologia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e identificar riscos para
o desenvolvimento infantil, possibilitando o encaminhamento para avaliações
especializadas e, consequentemente, a intervenção precoce.
População
O instrumento é destinado a crianças em torno de 24 a 60 meses de idade,
especialmente àquelas não verbais, com suspeita de TEA e outros transtornos
da comunicação.
Aplicação
Individual. São necessários para a aplicação, além do manual e dos protocolos de
avaliação, o kit de brinquedos (descritos no manual) e um gravador de vídeo.
Tempo
Sem tempo limite. Aplicação é composta pela entrevista de anamnese com os
pais ou responsáveis, três sessões de observação do comportamento infantil
(cerca de 45 minutos de duração cada) e uma sessão de entrevista devolutiva.
Escala de Responsividade
Social (Segunda Edição)
Objetivo
A Escala SRS-2 tem por objetivo a avaliação e acompanhamento de
pessoas com suspeita do Transtorno do Espectro Autista, com identificação
dos sintomas de níveis leves, moderados e severos.
População
Destina-se a avaliar crianças (a partir de 02 anos e meio), adolescente e
adultos.
Aplicação
Pode ser administrada de três modos:
- Em lápis e papel, com formulários impressos;
- Informatizada com a presença do examinador (local);
- Informatizada remotamente (online).
Os modos informatizados são realizados por meio da plataforma Hogrefe
Testsystem-5 (HTS-5).
Tempo
Em torno de 40 minutos.
Correção
Informatizada
Inventário Dimensional de
Avaliação do
Desenvolvimento Infantil
Objetivo
O Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil - IDADI tem
como objetivo possibilitar uma avaliação abrangente do desenvolvimento infantil,
destacando-se a avaliação de suspeitas de atrasos ou de transtornos no
neurodesenvolvimento, o monitoramento longitudinal do desenvolvimento infantil e o
acompanhamento da efetividade ou eficácia de intervenções na primeira infância.
População
Bebês e crianças entre 04 e 72 meses de idade.
Aplicação
A aplicação do IDADI pode ser realizada de forma autoadministrada (individual ou
coletiva), com um ou ambos os pais ou responsáveis pela criança. Como há dois
formatos do IDADI, lápis e papel e on-line, o preenchimento pode ser feito de
maneira presencial ou remota.
Tempo
Não há um tempo mínimo ou máximo estabelecido, sendo necessário em torno de
30 minutos para o preenchimento do IDADI.
Correção
Manual e informatizada.
Escala de
Desenvolvimento do bebê
e da Criança Pequena
Objetivo
As Escalas Bayley de desenvolvimento do bebê e da criança pequena - Bayley IIItem por objetivo
identificar crianças com atraso no desenvolvimento e providenciar informações para o planejamento
de intervenção.
População
Destinado a crianças de 01 a 42 meses de idade.
Aplicação
Individual.
Teste de Triagem e
desenvolvimento
Objetivo
O Denver II tem por objetivo avaliar o desempenho das crianças com
desenvolvimento típico por meio de atividades adequadas para a idade.
Está composto por um formulário com 125 tarefas organizadas em quatro áreas de
desenvolvimento: Pessoal-Social, que compreende aspectos da socialização da
criança; Motor Fino-Adaptativo, que inclui coordenação olho/mão, Motor Grosso, que
diz respeito ao controle motor corporal; e Linguagem, que envolve a capacidade de
reconhecer, entender e usar a linguagem.
População
Crianças desde nascimento até os 6 anos de idade.
Tempo
Em média 20 minutos.
PRÁTICAS
BASEADAS EM
EVIDÊNCIAS
181
Práticas Baseadas em Evidências
Objetivo:
Agregar o melhor
conhecimento científico,
com a experiência clínica do
profissional e a escolha do
paciente, resultando em
uma maior resolutividade na
assistência em saúde.
Práticas Baseadas em Evidências
Importância:
1. Robustez do experimento
• As condições estão
descritas para
permitir o entendimento dos
procedimentos utilizados?
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA PBE
EM ESTUDOS DE GRUPO
Terapeuta Ocupacional
Analista do Comportamento
(41)984923106
Referências
Bibliografia Básica
1.ARAÚJO, C.A.; SCHWARTZMAN, J.S. Transtornos do Espectro do Autismo. São
Paulo: Memnom, 2011.
2. ASSUNÇÃO JR, F.B. Autismo: Conceito e Diagnóstico. In: SELLA, A.C.; RIBEIRO, D.M
(org). Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba:
Appris, 2018. p 21-37.
3. LOSAPIO, M. F.; PONDÉ, M. P. Tradução para o português da escala M-CHAT para
rastreamento precoce de autismo. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 30(3):
221-229, 2008.
4. MARTELETO, M. R.; PEDROMÔNICO, M. R. Validade do Inventário de
Comportamentos Autisticos (ICA): estudo preliminar. Revista Brasileira de Psiquiatria,
27(4): 295-301, 2005.
5. MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. B. F. Skinner, análise do comportamento e o
behaviorismo radical. MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise
do comportamento. 2.ed. Porto Alegre; Artmed, 2019. p 211-221.
6. VARELLA, A.A.B.; AMARAL, R.N. In: SELLA, A.C.; RIBEIRO, D.M (org). Análise do
comportamento
aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba: Appris, 2018. p 38-46.
7. VOLKMAR, F.R.; MC PARTLAND, J.C. From Kanner to DSM-5: Autism as an
Evolving Diagnostic Concept. Annu. Rev. Clin. Psychol, 10:193–212, 2014.
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Referências
Bibliografia Complementar
1.ARAUJO, A.C.; LOTUFO NETO, F. A nova classificação Americana para os Transtornos Mentais: o
DSM-5. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo, v. 16, n. 1, p. 67-82, abr. 2014.
2.AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do
Espectro do Autismo (TEA) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
4.GRIESI-OLIVEIRA, K.; SERTIÉ, A. L. Transtornos do espectro autista: um guia atualizado para
aconselhamento genético. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 15, n. 2, p. 233-238, abr. 2017.
5. SENA, T. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, estatísticas e ciências
humanas: inflexões sobre normalizações e normatizações. Revista Internacional Interdisciplinar
INTERthesis, Florianópolis, v. 11, n. 2, p. 96-117, dez. 2014.
6. MONTEIRO, A.F.; PIMENTA, R.A.; PEREIRA, S.M.; ROESLER, H. Considerações sobre critérios
diagnósticos de transtorno do espectro autista e suas implicações no campo científico. Do Corpo Ciênc
Arte, Caxias do Sul,1(7):87- 97, 2017.
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