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Pós -gra dua çã o E AD

Análise do Compor ta mento Aplicada


(ABA) pa ra TE A – Tra nstor no do
Espectro Autista
Transtorno do Espectro Autista
e suas especificidades

Juliana de Oliveira Perez


Juliana de Oliveira Perez
Terapeuta Ocupacional (USP, 2014)
Pós-Graduanda Lato Sensu em Análise do Comportamento Aplicada com Grupo
Método (2022, finalização em 2024)
Pós Graduada em Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro
Autismo (Faculdade Metropolitana, 2021)
Pós Graduada em Transtorno do Espectro Autista – Avaliação e Intervenção
baseada em evidências (FAEESP, 2022)
Pós Graduada em Acupuntura (ABA, 2020)
Aplicadora ABA (Conduzir, 2016 e Fundação Panda, 2017)
Coordenadora de equipe multiprofissional do setor ABA (2021 – atual)
LEANDRO AUGUSTO DE MORAIS
(CRP 06/125592)

• Diretor do NCEI – Clínica e Consultoria


• Neuropsicólogo
• Especialista em Educação Especial
• Especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao autismo
• Supervisor clínico de intervenção ABA do Integra no TEA (São Sebastião – SP)
• Coordenador de Equipe Multidisciplinar (2013 – 2021) (Escola Crerser de Educação
Especial)
• 17 anos de experiência em intervenção ABA para Autismo e Atrasos no desenvolvimento
OBJETIVO GERAL:
• Abordar a construção histórica, características e conceitos a respeito do TEA.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
• Conhecer a evolução do diagnóstico, conceito e prevalência do TEA.
• Compreender os níveis de classificação.
• Compreender os fatores neurobiológicos envolvidos.
• Compreender a importância da intervenção precoce e seu impacto no
desenvolvimento do sujeito.
• Dominar instrumentos de rastreio.
• Ser capaz de identificar sinais precoces.

6
SUGESTÃO DE LEITURA

7
BREVE
HISTÓRICO

8
História Pré Científica
Século XVIII
Escócia, Suécia, Noruega e Irlanda
Changeling- rapto exclusivamente de
meninos.

Bebê substituto: fisicamente idêntico, mas com


pouca interação.

9
Por que o Changeling é
relacionado ao Transtorno
do Espectro Autista?

1
0
HISTÓRIA CIENTÍFICA PRÉ-KANNER

1809- John Haslam


• Arquivamentos
1834- Friedreich e Esquirol rudimentares antes do

Médicos e pedagogos
séc. XX;
1845- Griesinger • Não havia base de
dados de tamanho
1861- Morel
significativo para a
estatística;
1887-Henry Maudsley
• A psiquiatria e a
psiquiatria infantil não
1887- Emminghaus
eram organizadas
como uma disciplina
1888- Moreau de Tours
própria com pesquisa e
prática.
1925- Lutz
1911- HISTÓRIA CIENTÍFICA
O TERMO “AUTISMO”

Termo criado pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler.

Denominar uma forma específica de esquizofrenia, a


Síndrome Autística da Esquizofrenia.

Dificuldade em estabelecer contato afetivo; retração do


convívio social; atitudes e comportamentos rígidos; mutismo
em casos extremos.

12
DÉCADA DE 30 - HISTÓRIA CIENTÍFICA- LEO KANNER
A “DESCOBERTA” DO AUTISMO

Leo Kanner (austríaco) era considerado o melhor


psiquiatra infantil dos EUA.

Livro: Psiquiatria infantil (1935)- Manual padrão


sobre o tema.

Caso 1: Donald.

Depois, atendeu outras crianças com características


semelhantes.

13
HISTÓRIA CIENTÍFICA- LEO KANNER
A “DESCOBERTA” DO AUTISMO

Reconheceu que estava diante de um quadro que ainda


não havia sido descrito pela Medicina.

Distúrbio autístico do contato afetivo/autismo infantil


(semelhanças com as apresentações de adultos com
esquizofrenia).

Incapacidade dessas crianças, já na primeira


infância, a se relacionar com outras pessoas.

14
1943 - HISTÓRIA CIENTÍFICA- LEO KANNER
A “DESCOBERTA” DO AUTISMO

Artigo “Autistic disturbances of affective contact”,


publicado na revista The Nervous Child.

11 crianças, 08 meninos e 03 meninas

Características definidoras: preferência pela solidão e


apego à rotina.

15
1944 – HANS ASPERGER

• Hans Asperger (pediatra austríaco)


escreve “A psicopatia autista na
infância”.

• Publicado em alemão na época da guerra,


recebeu pouca atenção e, só em 1980, foi
reconhecido como um pioneiro no segmento.

16
1944 – HANS ASPERGER

• Ocorrência preferencial em meninos.

• Baixa capacidade de fazer amizades.

• Movimentos descoordenados.

• Conversação unilateral.

• Foco intenso.

• Pequenos professores.

17
HANS
ASPERGER E
O NAZISMO
SEMELHANÇAS ENTRE
KANNER E ASPERGER

• Ocorrência maior em meninos.


• Isolamento social.
• Repetição de palavras ou frases.
• Pouco contato visual.
• Déficit no uso de gestos.
• Apego à rotina.
• Hipersensibilidade a sons.
• Habilidades especiais.
LEO KANNER HANS ASPERGER

Objetivava o Visava a relação


diagnóstico na clinica Psicologia e Educação
psiquiátrica

Crianças com déficit Crianças sem déficit

DIFERENÇAS cognitivo cognitivo

Níveis 2 e 3 Nível 1
ENTRE Crianças com Crianças que

KANNER E dificuldade no
desenvolvimento da
fala
desenvolviam a fala
antes da idade escolar

ASPERGER Artigo escrito em Artigo escrito em


Inglês alemão
PRIMEIRA
EDIÇÃO DO
DSM - 1952

20
• A Associação Americana de Psiquiatria publica a primeira
edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças
Mentais (DSM-1).

• Referência mundial para pesquisadores e clínicos,


fornece as nomenclaturas e os critérios-padrão para o
diagnóstico dos transtornos mentais estabelecidos.

• Os diversos sintomas de autismo eram classificados como


um subgrupo da esquizofrenia infantil.
DÉCADA DE 50
KANNER,
BETTELHEIM E A
MÃE GELADEIRA

22
BRUNO BETTELHEIM
E A MÃE GELADEIRA
• Comerciante de madeira com
doutorado em História da Arte.

• Adquiriu conhecimento da
Psicanálise.

• 1950: diretor de uma escola que


funcionava como um laboratório
para o desenvolvimento de
tratamentos de crianças com
desenvolvimento atípico.

24
BRUNO BETTELHEIM
E A MÃE GELADEIRA

• Recebeu uma subvenção da Ford


para acompanhar crianças com
autismo na escola, durante 7 anos.

• Considerou o autismo como “culpa


da mãe”.

• Atribui-se a ele a cunhagem da


expressão “mãe-geladeira”, mas ele
jamais invocara essa expressão.

25
LEO KANNER E A
MÃE GELADEIRA

• 1949: fala em crianças presas


em “geladeiras emocionais”.

• “Distúrbios autísticos do contato


afetivo”

• 1969: “Eu os absolvo como pais.”

26
Apesar da Teoria da Mãe
Geladeira já ter “caído por
terra”, podemos ainda
encontrar pessoas que pensam
assim?

27
1978 - MICHAEL RUTTER E A
DIVISÃO DE ÁGUAS DO
DIAGNÓSTICO

O psiquiatra britânico Michael Rutter


classifica o autismo como um distúrbio
do desenvolvimento cognitivo.

Definição proposta:
• atraso e desvio sociais;
• problemas de comunicação;
• comportamentos incomuns, tais
como movimentos estereotipados e
maneirismos;
• início antes dos 30 meses de idade.

28
LORNA WING E A
NOÇÃO DE ESPECTRO

• A psiquiatra Lorna Wing é a


responsável pela divulgação da
tese de Asperger.
• Faz a relação com os estudos
de Kanner.
• Percebe que Kanner e
Asperger mostram, cada qual,
uma ponta do espectro.
• Lorna Wing, então,
desenvolve o conceito de
autismo como um espectro .

28
Por que o autismo é considerado um
espectro?

29
1981 - TRÍADE DO AUTISMO
OU TRÍADE DE WING

Prejuízos:
1. Interação social.
2. Comunicação.
3. Comportamentos
restritos.

30
1988 - IVAR LOVAAS E A
ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO APLICADA

• Dezenove crianças autistas


entre 4 e 5 anos foram
submetidas a 40 horas de
atendimento e, depois de
dois anos, o QI delas havia
aumentado 20 pontos em
média.
• Obra: “Ensinando
indivíduos com atraso no
desenvolvimento- técnicas
básicas de intervenção”.

32
IVAR LOVAAS

• Professor da
Universidade da
Califórnia
• Decepção com pesquisas
realacionando LSD e
autismo
• Seu trabalho no hospital,
fez refletir sobre a
psicanálise para pessoas
com autismo

33
IVAR LOVAAS

• Iniciou pesquisas com


uso de choque na
intervenção de crianças
com autismo severo
• Recebeu criticas e apoios
• Por mais que esteja
associado à ABA para
autismo, não foi o
pioneiro (Ex.: Bijou e
Schoppler)

34
CID E DSM

35
1966 - Grupo
para o Avanço da
Psiquiatria

Em 1996 o GAP incluía o autismo no


grupo das psicoses da primeira infância
caracterizando como problema primário
1975 – CID 9

Em 1975 a CID 9 acompanhou a


classificação do GAP incluindo o autismo
como psicose da infância
1987 – DSM III

Estabeleceu critérios para


observação das características do quadro
de Autismo, agrupando em 16 itens.

Foi bastante criticado por der


inespecífico quanto ao critério
diagnóstico
1993 – CID 10

Os sistemas do DSM-4 e da CID-10


(Classificação Internacional de Doenças)
tornaram-se equivalentes para evitar
confusão entre pesquisadores e clínicos.

A Síndrome de Asperger é
adicionada ao DSM, ampliando o
espectro do autismo, que passa a incluir
casos mais leves.
1994 - CID E DSM EQUIVALENTES

Os sistemas do DSM-4 e da CID-10


(Classificação Internacional de Doenças)
tornaram-se equivalentes para evitar
confusão entre pesquisadores e clínicos.

A Síndrome de Asperger é
adicionada ao DSM, ampliando o
espectro do autismo, que passa a incluir
casos mais leves.
2002 – DSM IV TR
Considerou o autismo caracterizado em
3 domínios: Déficit na interação social,
Déficit na Comunicação e Padrões Restritos
e repetitivos de comportamento
Caracterizado pelos quadros: Autismo
Infantil, Síndrome de Asperger, Síndrome de
Rett, Transtornos Desintegrativo da Infância
e Transtornos Abrangentes não
especidicados
2013 - O DSM-V E O
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

O DSM-5 passa a abrigar todas as subcategorias


do autismo em um único diagnóstico:
Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Os indivíduos são agora diagnosticados em um


único espectro com diferentes níveis (1, 2 e 3).

A Síndrome de Asperger não é mais considerada


uma condição separada.
2022 – CID 11

Diagnóstico unificado na nova versão da


CID
Seguiu alteração de 2013 do DSM
Nesta versão a Síndrome de Rett
recebeu um código diferente passando a
constar na LD90.4
2022 – CID 11
Versão anterior CID 10
F84 – Transtornos globais do desenvolvimento
(TGD)
• F84.0 – Autismo infantil;
• F84.1 – Autismo atípico;
• F84.2 – Síndrome de Rett;
• F84.3 – Outro transtorno desintegrativo da infância;
• F84.4 – Transtorno com hipercinesia associada a retardo
mental e a movimentos estereotipados;
• F84.5 – Síndrome de Asperger;
• F84.8 – Outros transtornos globais do desenvolvimento;
• F84.9 – Transtornos globais não especificados do
desenvolvimento.
2022 – CID 11
Nova versão
6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
• 6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência
intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da
linguagem funcional;
• 6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência
intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da
linguagem funcional;
• 6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência
intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
• 6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência
intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
• 6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência
intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
• 6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo
especificado;
• 6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado
TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS

doença transtorno

Etiologia de Etiologia de
base base
psicogênica neurobiológica

Comprometimento Comprometimento
afetivo cognitivo

47
DEFINIÇÃO

Transtorno do
neurodesenvolvimento, que
interfere na quantidade e na
qualidade da interação e
comunicação social e no
padrão de comportamentos,
considerados atípicos. Há
tendência a
comportamentos e
interesses restritos e
repetitivos.
48
DÍADE DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Alterações na
comunicação e
interação social

Comportamentos
e interesses
restritos e
repetitivos
PREVALÊNCIA

50
51
NO BRASIL

• Dissertação: Prevalência
dos transtornos invasivos
do desenvolvimento no
município de Atibaia: um
estudo piloto. RIBEIRO,
S.H.B. (2007)
• Estudo-piloto, com dados
de 2007, realizado em
Atibaia-SP= 1:367.
• Segundo estimativa da
OMS= 2 milhões de casos.

53
PREVALÊNCIA
Hipóteses:

1. Adoção de um conceito mais amplo de autismo, para um espectro de


condições.
2. Melhor detecção com maior conscientização de clínicos e da
comunidade.
3. Mais centros especializados.
4. Mais publicações.
5. Fatores de risco, como prematuridade e medicamentos. Atualmente,
mais bebês prematuros sobrevivem. Medicamentos, como o ácido
valproico, não existiam antes e hoje são amplamente utilizados.

54
ETIOLOGIA

55
TEORIAS QUE
“CAÍRAM POR TERRA”
Teoria da mãe geladeira
• O que é a teoria: Frieza das mães, distante de
seus filhos, causaria o autismo.
• Resposta da Ciência: as causas têm se mostrado
precoces, ainda na formação do Sistema Nervoso
Central dos bebês e nada tem a ver com a criação
da criança.

56
TEORIAS QUE
“CAÍRAM POR TERRA”

Imunização
• O que é a teoria: Vacinas poderiam desencadear o
autismo.
• Resposta da Ciência: não há relação causal entre
vacinação e autismo. O que acontece é que a idade
em que se começa a reconhecer sinais do autismo
está em torno de 2 a 3 anos de idade, mesmo período
em que está ativo o calendário de vacinação das
crianças.

57
ETIOLOGIA (CAUSA)
Multifatorial

IDIOPÁTICA SECUNDÁRIA

• CAUSA DESCONHECIDA • TRANSTORNOS DE GENES

• FATORES AMBIENTAIS (INTRAUTERINOS)

58
O AUTISMO É UM TRANSTORNO
GENÉTICO

Falha no processo do desenvolvimento cerebral,


ainda no início do desenvolvimento fetal, causado
por defeitos nos genes que controlam o crescimento
do cérebro e que regulam a forma como os
neurônios se comunicam entre si.

59
ARTIGO (METANÁLISE):
Tick, B; Bolton, P; Happé, F; Rutter, M; Rijsdijk, F. (2016). Heritability of autism spectrum disorders: a meta-analysis of
twin studies. J Child Psycol Psychiatry, 57, 585–95.

• A herdabilidade
(coeficiente genético) é
estimada entre 70% a
90%.

60
ARTIGO:
Bai, D et al. (2019). Association of Genetic and Environmental Factors With Autism in a 5-Country Cohort. JAMA
Psychiatry, 76 (10), 1035-43.

Dinamarca, Finlândia,
Suécia, Austrália, Israel.
97% dos casos de TEA
são genéticos.
81% dos casos de TEA
são hereditários.
1 a 3% dos casos de
TEA estão relacionados
à fatores ambientais.

61
ARTIGO (Revisão):
Ng, M et al. (2017). Environmental factors associated with autism spectrum disorder: a scoping review for the years 2003–
2013. Health Promot Chronic Dis Prev Can, 37 (1): 1-23.

Fatores de risco
comprovados: idade paterna
e uso de ácido valpróico.

Em estudos, mas já
considerados fatores de
risco: idade materna,
exposição materna a toxinas
e poluentes, desnutrição na
infância, baixo peso no
nascimento.

Sem impacto significativo


para o risco do TEA: o uso de
vitaminas e a vacinação.

62
ARTIGO (REVISÃO): • Processo de poda ou apoptose deficiente no
Wei, H., Alberts, I., & Li, X. (2014).
The apoptotic perspective of autism. cérebro infantil em desenvolvimento.
International Journal of
Developmental Neuroscience, 36,
• Excesso de neurônios e de volume cerebral.
13–18. • Dificuldade na formação de conexões.

62
GENÉTICA

64
GENÉTICA
Modelo de copo
O modelo genético que explica o TEA apresenta os impactos das
variantes genéticas e ambientais com maior ou menor risco
associado ao TEA, representados por círculos de tamanhos
diferentes e a borda do copo representa o limite. Observe que
indivíduos que ultrapassam esse limite estão no TEA.

(PIGNATARI,2019)

65
imagem adaptada: Priscylla Kamin
https://www.revistaautismo.com.br/artigos/autismo-x-genetica/

66
GENÉTICA
Modelo de copo

Indivíduos do sexo masculino


são representados por copos
de tamanho menor, em relação
ao sexo feminino,
demonstrando uma diferença
para atingir o limiar de
diagnóstico.

(PIGNATARI,2019)

67
Homens x mulheres
4:1

imagem adaptada: Priscylla Kamin


https://www.revistaautismo.com.br/artigos/autismo-x-genetica/

68
GENÉTICA

Devemos ter em mente que o TEA é uma condição


multigênica e multifatorial com combinação de variantes
genéticas raras e comuns, que podem ou não ser herdadas.

(PIGNATARI,2019)

69
TEORIAS
COGNITIVAS DO
TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA

70
OBJETIVO DA
CIÊNCIA

Alcançar uma completa


compreensão do
fenômeno em estudo.
COMO A CIÊNCIA
COMPREENDE O
FENÔMENO?

DESCREVE

SISTEMÁTICA
ABORDAGEM
EXPLICA

PREDIZ

CONTROLA

71
CIÊNCIA CIÊNCIA
COGNITIVA ABA
DIFERENÇA EXPLICA DESCREVE
PREDIZ
FILOSÓFICA CONTROLA
MENTALISTA MONISTA

72
TEORIAS
COGNITIVAS

1. TEORIA DA MENTE
2. TEORIA DA COERÊNCIA CENTRAL
3. TEORIA DA DISFUNÇÃO EXECUTIVA
4. TEORIA DA EMPATIA-SISTEMATIZAÇÃO
5. NEURÔNIOS-ESPELHO

73
Teoria da Mente
Teoria da Mente
DEFINIÇÃO
Teoria da mente significa a capacidade para
atribuir
estados mentais a outras pessoas e predizer
o comportamento das mesmas em função
destas atribuições.

(Premack & Woodruff, 1978).


Contrapõe à teoria afetiva,
propondo uma teoria cognitiva
TEORIA DA que tem, como ponto central, a
dificuldade da pessoa com
MENTE autismo em compreender
E O TEA estados mentais de outras
pessoas.
(Baron-Cohen, 1988, 1990, 1991)

77
TEORIA DA
MENTE E O TEA
Dificuldades:
• Jogos simbólicos;

• Padrões pragmáticos (uso


da linguagem,
funcionalidade da
comunicação);
• Interação social.

78
TEORIA DA
MENTE E O
TESTE DE
SALLY E ANNE

78
Sally possui uma bola e uma cesta e Anne possui uma
caixa. Sally coloca sua bola dentro de sua cesta e sai de
cena. Enquanto está fora, Anne pega a bola dentro da cesta
de Sally e a coloca em sua caixa. Sally volta.

É, então, perguntado ao examinado onde ele acha que Sally


irá procurar por sua bola: em seu cesto ou na caixa de Anne?
A situação ilustra de maneira simples a falsa crença
sustentada por Sally, ou seja, a de que a sua bola se
encontra ainda dentro de sua cesta, pois ela não viu Anne
trocar o brinquedo de lugar. A maior parte das crianças com
mais de quatro anos de idade e indivíduos sem problemas no
processamento TM responderão que Sally deverá procurar
por sua bola no cesto. Crianças menores de quatro anos e
indivíduos com problemas no processamento TM não
conseguirão representar mentalmente de forma adequada a
situação mental de Sally e tenderão a responder que ela
deverá procurar por sua bola na caixa de Anne, na medida
em que terão problemas para representar o estado mental de
Sally, a qual não sabe que sua bola foi trocada de lugar
durante o tempo em que esteve ausente.
Teoria da Coerência
Central
TEORIA DA
COERÊNCIA
CENTRAL
DEFINIÇÃO DE COERÊNCIA CENTRAL

Juntar partes de informações para


formar um todo provido de
significado.

82
TEORIA DA
COERÊNCIA
CENTRAL
As crianças com autismo tendem a
ter melhor desempenho em tarefas
que necessitem processar partes
de informações, sem terem de
levar em consideração o todo,
quando comparadas às crianças de
desenvolvimento típico.

83
TEORIA DA
COERÊNCIA
CENTRAL
As crianças com autismo tendem a
ter melhor desempenho em tarefas
que necessitem processar partes
de informações, sem terem de
levar em consideração o todo,
quando comparadas às crianças de
desenvolvimento típico.

84
Teoria da Disfunção
Executiva
Comprometimento:

TEORIA DA
DISFUNÇÃO • Atencional
EXECUTIVA • No planejamento e execução
de uma tarefa
• No controle inibitório

85
Teoria da Empatia e
Sistematização
EMPATIA (MENTE FEMININA):
A empatia guia as possibilidades
e a intensidade com o qual
identificamos as emoções e os
pensamentos de terceiros.
(Baron-Cohen, 2002)
TEORIA DA
EMPATIA-
SISTEMATIZAÇÃO É também a via pela qual
formulamos e executamos a
tomada de decisão quanto à
resposta emocional adequada a
cada contexto.
(Mandy & Skuse, 2008)

88
SISTEMATIZAÇÃO (MENTE
MASCULINA):

TEORIA DA
TEA como uma hiper
EMPATIA- sistematização do cérebro.
SISTEMATIZAÇÃO

• Necessidade de rotina;
• Interesses restritos;
• Comportamentos repetitivos.

89
Teoria da Neurônios
Espelho
• Neurônios do lobo frontal, quando
ativados pela observação de uma
ação, permitem que o significado da
mesma seja compreendida
automaticamente (de modo pré-
atencional) que pode ou não ser
NEURÔNIOS- seguida por etapas conscientes.
ESPELHO
• As ações, intenções e emoções do
outro são espelhadas em nós.

• Falha no TEA.

91
DIAGNÓSTICO

92
Por que o diagnóstico é
importante?

93
A aplicação de métodos de
classificação tem utilidades
distintas de acordo com o foco
que se dá ao objeto estudado
podendo servir à aplicação
clínica, científica ou estatística.
Independente da ciência é
fundamental que se tenha
clareza sobre o tipo de
informação que se pode obter
com cada ferramenta, fugindo
assim da formulação de juízos
distorcidos.
(Araújo e Lotufo Neto, 2014)

94
Para pensar...
“É relatado que o acesso ao quadro
clínico seria para garantia de direitos,
mas na prática já verificamos outros
fins, como a manutenção da exclusão
ou o não investimento em
metodologias pedagógicas mais
apropriadas à criança sob a
justificativa do não aprender devido
ao diagnóstico.
O PROBLEMA É QUANDO A
CONDIÇÃO CLÍNICA É UTILIZADA
COMO LIMITADORA DO SER
HUMANO.”
(Agnah Grandi)
O diagnóstico do Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA) é
baseado em exame clínico,
realizado por neurologistas,
DIAGNÓSTICO neuropediatras ou psiquiatras,
seguindo as considerações da 5ª
edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM-V, 2013) ou os
critérios do CID-10 (1993).

96
Manuais diagnósticos utilizados internacionalmente
(Recordando)

CID-11 (2022) DSM-V (2013)

Classificação Internacional de Doenças Diagnostic and Statistical Manual


Manual Diagnóstico e Estatístico

Elaborado pela OMS Elaborado pela Associação Americana de


Psiquiatria

Abrange todas as doenças, incluindo transtornos Abrange apenas os transtornos mentais


mentais

Critério adotado no Brasil pelo SUS Mais utilizado em pesquisas

97
A família demora a
perceber os sinais?

98
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE AUTISMO PELOS PAIS
(ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)

99
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS
11,1 SINTOMAS DE AUTISMO PELOS
PAIS
11,1 (ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)

• Por volta dos 15 meses.


61,1 16,7

Parou de falar

Atraso no balbucio

Atraso da
comunicação gestual
Atraso na fala
100
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE
AUTISMO PELOS PAIS
(ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)

28,6

57,1
7,15
7,15

Olhar/sorriso
Não responde ao ser chamado pelo nome
Não responde ao ser separada dos pais
Interação
101
IDENTIFICAÇÃO DOS PRIMEIROS SINTOMAS DE
AUTISMO PELOS PAIS
(ZANON, BACKES E BOSSA, 2014)

25

50

25

Maneirismo e estereotipias
Rituais e interesses restritos
Brincadeira repetitiva
102
IDADE MÉDIA DE
DIAGNÓSTICO
• Nos EUA= 4 anos de
idade
• No Brasil=4 anos e 11
meses

103
Por que há diferença
temporal entre a
percepção dos primeiros
sinais pelos pais e o
diagnóstico?

104
Até 2013, DSM-IV incluía entre os
TGD (Transtornos Globais do
Desenvolvimento):
• Autismo
DIAGNÓSTICO
• Síndrome de Asperger
DSM-V
• Síndrome de Rett

• Transtorno desintegrativo da
infância (TDI)
• TGD sem outra especificação

105
• Aboliu o termo Transtorno
Global do Desenvolvimento.
Em junho • Separou a Síndrome de Rett.
• Reuniu os outros quatro
de 2013: termos (Autismo, Asperger,
DSM-5 TDI, TGD sem outras
especificidades) =
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA- cód. 299.00

106
Déficits persistentes na comunicação social e na
interação social em múltiplos contextos, conforme
manifestado pelo que segue, atualmente ou por
história prévia:
• Abordagem social anormal e dificuldade para
estabelecer uma conversa normal;
compartilhamento reduzido de interesses,
emoções ou afeto, e dificuldade para iniciar ou
responder a interações sociais.
DIAGNÓSTICO- • Comunicação verbal e não verbal pouco
DSM V integrada; anormalidade no contato visual e
linguagem corporal, ou déficits na compreensão
e uso gestos a ausência total de expressões
faciais e comunicação não verbal.
• Dificuldade em ajustar o comportamento para
se adequar a contextos sociais diversos;
dificuldade em compartilhar brincadeiras
imaginativas, ou em fazer amigos a ausência de
interesse por pares.

107
Padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades,
conforme manifestado por pelo menos dois
dos seguintes, atualmente ou por história
prévia:
• Movimentos motores, uso de objetos ou
fala estereotipados ou repetitivos.
DIAGNÓSTICO- • Insistência nas mesmas coisas, adesão
DSM V inflexível a rotinas ou padrões ritualizados
de comportamento verbal ou não verbal.
• Interesses fixos e altamente restritos que
são anormais em intensidade ou foco.
• Hiper ou hiporreatividade a estímulos
sensoriais ou interesse incomum por
aspectos sensoriais do ambiente.

108
• Nível 1 (necessita suporte)
NÍVEIS DE • Nível 2 (necessita de suporte
substancial)
GRAVIDADE
• Nível 3 (necessita de suporte
muito substancial)

109
Interação/comunicação social
• Nível 1: Prejuízo notado sem suporte;
dificuldade em iniciar interações sociais,
respostas atípicas ou não sucedidas para
abertura social; interesse diminuído nas
interações sociais; falência na conversação;
tentativas de fazer amigos de forma
NÍVEIS DE estranha e mal-sucedida.
• Nível 2: Déficits marcados na conversação;
GRAVIDADE prejuízos aparentes mesmo com suporte;
iniciação limitadas nas interações sociais;
resposta anormal/reduzida a aberturas
sociais.
• Nível 3: Prejuízos graves no
funcionamento; iniciação de interações
sociais muito limitadas; resposta mínima a
aberturas sociais.

110
Comportamento restritivo / repetitivo
• Nível 1: Comportamento interfere
significantemente com a função;
dificuldade para trocar de atividades;
independência limitada por problemas com
organização e planejamento.
• Nível 2: Comportamentos suficientemente
NÍVEIS DE frequentes, sendo óbvios para
observadores casuais; comportamento
GRAVIDADE interfere com função numa grande
variedade de ambientes; aflição e/ou
dificuldade para mudar o foco ou ação.
• Nível 3: Comportamento interfere
marcadamente com função em todas as
esferas; dificuldade extrema de lidar com
mudanças; grande aflição/dificuldade de
mudar o foco ou ação.

111
O comportamento é VARIÁVEL e SUBJETIVO.

DIFICULDADES Pessoas diferentes podem ter análises


diferentes a respeitos dos comportamentos
DIAGNÓSTICAS de uma mesma criança.

112
Zona de penumbra que mistura
características típicas e atípicas.

Isso não pode atrasar o início do


tratamento!
DIFICULDADES
DIAGNÓSTICAS
É melhor iniciar o tratamento e
depois suspender, do que atrasar
o tratamento e piorar o
prognóstico.

113
• Deficiência auditiva;
• Privação psicossocial severa;
•Deficiência intelectual (atentar
DIAGNÓSTICO para o fato de este poder ser um
DIFERENCIAL diagnóstico associado);
• Transtorno de linguagem
expressiva e receptiva;
• Ansiedade de separação grave e
mutismo seletivo.

114
Comorbidades:
• Transtorno obsessivo
compulsivo;
DIAGNÓSTICO • Transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade;
• Transtornos de ansiedade;

• Transtorno depressivo.

115
• Síndrome do X-Frágil (8-27,9%)
• Encefalopatia (36-79%)
CONDIÇÕES
• Paralisia cerebral (15%)
ASSOCIADAS
AO AUTISMO • Trissomia do 21 (6-15%)
• Distrofia muscular (3-37%)
• Neurofibromatose (4-8%)

116
INDICADORES DO
DESENVOLVIMENTO
E SINAIS DE ALERTA

117
COMPORTAMENTOS
ATÍPICOS, REPETITIVOS E
ESTEREOTIPADOS MAIS
COMUMENTE
APRESENTADOS

118
INSTRUMENTOS
DE RASTREIO
128
Os instrumentos para
rastreio tem por finalidade
INSTRUMENTOS identificar os sinais precoces
DE RASTREIO de risco do autismo e não
de diagnosticar o
transtorno.

129
QUAL A IMPORTÂNCIA DA O QUE ELES POSSIBILITAM?
APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
DE RASTREIO E DIAGNÓSTICO?

130
• Tem sido possível graças ao
diagnóstico precoce.

INTERVENÇÃO • Envolvimento de pais e de pares


PRECOCE de desenvolvimento típico.

• O tempo é irreversível!

131
ESCALAS DE TRIAGEM

• Escalas de triagem são instrumentos para


auxiliar na detecção de comportamentos
atípicos, colaborando no diagnóstico do
Transtorno do Espectro Autista.

• O melhor instrumento que temos é a nossa


observação.
CARS
CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE – CARS
(ESCALA DE AVALIAÇÃO PARA AUTISMO
INFANTIL)

Schopler E, Reichler R, Renner BR. The Childhood


Autism Rating
Scale (CARS). 10th ed. Los Angeles, CA: Western
Psychological
Services; 1988.

Traduzida e validada no Brasil por


Alessandra Pereira, Rudimar S. Riesgo e Mario B.
Wagner, 2008.
Titulo da escala: CARS é a sigla para Childhood Autism Rating Scale

Autores: Kanner (1943), Creak (1961), Rutter (1978) e Ritvo & Freeman
(1978)

Aplicabilidade: Exige relativamente pouco treinamento aplicada a família.

Faixa etária: Acima de 2 anos de idade

Principal foco:
Auxilia (diagnóstico e identificação de crianças com autismo)
Sensível (distinção entre o autismo e outros atrasos no desenvolvimento)
Importância (diferenciar o grau de comprometimento TEA em leve,
moderado e severo)

CARS -2 (Não tem padronização no Brasil) Comercialização (EUA)


https://www.wpspublish.com/cars-2-childhood-autism-rating-scale-second-edition
DEFINIÇÃO E OBJETIVO

É uma escala de classificação comportamental,


que auxilia no diagnóstico do Transtorno do
Espectro Autista (TEA), apropriada para uso em
qualquer criança acima de 2 anos de idade
Utilizada para avaliar:
1. Presença de sinais do TEA.

2. Gravidade dos sinais de TEA.


COLETA DE DADOS

• Durante testagem em ambiente clínico;


• observação direta em sala de aula;
• por meio de entrevista com pais;
• ou por meio de vídeos.
• Relações nervosismo;
pessoais; • comunicação
• imitação; verbal;

• resposta • comunicação
não-verbal;
OS 15 •
emocional;
uso corporal; • nível de
atividade;
ITENS DA • uso de objetos;
• nível e
ESCALA • resposta a
mudanças;
consistência da
resposta
CARS • resposta visual; intelectual;

• resposta auditiva; • impressões


gerais.
• resposta e uso do
paladar, olfato e
tato;
• medo ou
ESCORE
Os escores de cada domínio variam de 1 (dentro dos limites da normalidade) a
4 (sinais graves). A pontuação varia de 15 a 60 e o ponto de corte para TEA é 30.

• 1 ponto significa que o comportamento está dentro do esperado para a faixa etária.
• 2 pontos significam que há um pequeno desvio.
• 3 pontos indicam que a criança apresenta um grau moderado de comprometimento.
• 4 pontos indicam que o comportamento é severamente atípico para a idade.
• ½ pontos são usados quando o comportamento se situar entre dois itens.

Complete todas as questões e deixe para o final a contagem total do teste. A


pontuação total é a soma das 15 avaliações individuais
OBSERVAÇÕES PARA
CONSIDERAR O ESCORE
•Compare os comportamentos emitidos pela
criança com seus pares de mesma idade
cronológica.
•Observe a frequência, intensidade e
duração desses comportamentos.
•Quanto mais esse quantitativo for diferente
do padrão, mais comprometida a criança
estará e, consequentemente, maior será seu
escore.
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
I. Relações pessoais
• Exemplo:

•“Mike é uma criança que, quando chamada pelo nome, atende


apenas cerca de metade das vezes. Parece sempre muito concentrado
em uma brincadeira ou objeto e, frequentemente, é preciso chamá-lo 5
ou 6 vezes até que atenda. Dá a impressão de ser surdo. Passa
bastante tempo isolado e quase não demonstra interesse em incluir
outras pessoas em suas brincadeiras.”

•Ao pontuar a subescala I (Relações pessoais), muito provavelmente


marcaríamos um “X” no subitem “3”, que é o que melhor define o
comportamento observado em Mike. Portanto, a subescala I teria
pontuação “3”.
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
• I. Relações pessoais: 3

• 1. Nenhuma evidência de dificuldade ou anormalidade nas relações pessoais: O comportamento


da criança é adequado à sua idade. Alguma timidez, nervosismo ou aborrecimento podem ser
observados quando é dito à criança o que fazer, mas não em grau atípico;

• 2. Relações levemente anormais: A criança pode evitar olhar o adulto nos olhos, evitar o adulto ou
ter uma reação exagerada se a interação é forçada, ser excessivamente tímida, não responder ao
adulto como esperado ou agarrar-se aos pais um pouco mais que a maioria das crianças da
mesma idade;

• 3. Relações moderadamente anormais: Às vezes, a criança demonstra indiferença (parece


ignorar o adulto). Outras vezes, tentativas persistentes e vigorosas são necessárias para
se conseguir a atenção da criança. O contato iniciado pela criança é mínimo;

• 4. Relações gravemente anormais: A criança está constantemente indiferente ou inconsciente ao


que o adulto está fazendo. Ela quase nunca responde ou inicia contato com o adulto. Somente a
tentativa mais persistente para atrair a atenção tem algum efeito.
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
Imitação
Observar se a criança imita sons, palavras e movimentos, com ou sem latência de
resposta, com ou sem ajuda.
Respostas emocionais
Observar mudanças de expressões faciais, postura e conduta frente a diversas situações.
Verificar se as respostas emocionais são adequadas ao contexto.
Uso corporal

Observar a coordenação motora e a presença ou ausência de estereotipias motoras.

Uso de objetos

Observar como a criança faz uso dos brinquedos. Verificar os interesses (se são restritos
ou incomuns).
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
Resposta a mudanças
Verificar como a criança lida com alterações da rotina.
Resposta visual

Observar se a criança olha adequadamente para pessoas e objetos.


Verificar se olha para objetos de forma inadequada (muito próxima ou de
ângulos diferentes) ou se, ainda, olha fixamente para o espaço.
Resposta auditiva
Observar se há ausência de respostas ou respostas exageradas a sons.
Resposta e uso do paladar, olfato e tato
Verificar como explora os itens e se há respostas atípicas desses sentidos.
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
Resposta a mudanças
Verificar como a criança lida com alterações da rotina.
Resposta visual

Observar se a criança olha adequadamente para pessoas e objetos.


Verificar se olha para objetos de forma inadequada (muito próxima ou de
ângulos diferentes) ou se, ainda, olha fixamente para o espaço.
Resposta auditiva
Observar se há ausência de respostas ou respostas exageradas a sons.
Resposta e uso do paladar, olfato e tato
Verificar como explora os itens e se há respostas atípicas desses sentidos.
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
Medo ou nervosismo
Observar reações de medo ou nervosismo frente à diversas experiências.
Comunicação verbal
Verificar a fala de acordo com o esperado para a faixa etária.
Comunicação não-verbal

Verificar se a criança utiliza gestos e como faz uso dos mesmos. Observar
se consegue compreender a comunicação não-verbal de outros.
Nível de atividade

Observar se a criança é ativa, hiperativa, difícil de conter ou se tem muitos


períodos de inatividade.
O QUE OBSERVAR EM CADA
DOMÍNIO
Nível e consistência da resposta intelectual
Observar se as habilidades se apresentam
regulares ou irregulares em todas as áreas.
Impressões gerais
Consiste nas impressões do avaliador, a partir
da coleta de dados.
IMPORTANTE

• Essa classificação é uma estimativa, devendo ser


confirmada por avaliação clínica feita por um
profissional qualificado, pois resultados limítrofes
podem não ser precisos.
• Por exemplo, se a pontuação obtida é 29, pode
ou não haver autismo presente.
• Sobretudo, o caráter subjetivo de observação e
interpretação aplicado nas pontuações atribuídas
a cada item pode alterar a pontuação para mais
ou para menos.
ATA
ATA (ESCALA DE AVALIAÇÃO DE TRAÇOS
AUTÍSTICOS)

Ballabriga MCJ, Escudé RMC, Llaberia ED. Escala


d’avaluació dels trests autistes (A.T.A.): validez y
fiabilidad de una
escala para el examen de las conductas autistas. Rev
Psiquiatria Infanto-Juvenil 1994;4:254-263.

Traduzida e validada no Brasil por Francisco B.


Assumpção Jr., Evelyn Kuczynski, Marcia Rego
Gabriel, Cristiane Castanho Rocca, 1999.
Titulo da escala: Escala de Traços Autísticos – ATA (Avaliação de Traços Autísticos).

Autores: Ballabriga et al., 1994; adapt. Assumpção et al., 1999.

Aplicabilidade: Pais

Faixa etária: crianças a partir dos 2 anos de idade

Principal foco: Suspeita de TEA. Estimativa de maior ou menor probabilidade de


confirmação diagnóstica. Possibilidade de levar a escala preenchida à primeira
consulta, para auxiliar o médico na investigação.

Especificidades:
Pontuação: são 23 subescalas
Pontuações variam de 0 a 2 cada:
“0” não há presença de qualquer dos comportamentos citados naquela subescala,
“1” quando a criança apresenta apenas um dos vários subitens citados
“2” quando apresentar dois ou mais subitens.
Conclusão: 15 pontos sugere a presença de transtorno autista, sendo mais severo
quanto maior for a pontuação.
DEFINIÇÃO E OBJETIVO

• É uma prova que traça um perfil de


comportamentos da criança, para auxiliar no
diagnóstico.

• Baseia-se na observação e permite fazer


seguimentos da evolução.
APLICAÇÃO

Pode ser aplicada a partir dos dois anos É um instrumento de fácil aplicação, por
de idade. profissional conhecedor do quadro,
embora não necessariamente médico.
PONTUAÇÃO

• Cada subescala da prova tem um valor de 0


a 2;
• pontua-se a escala positiva no momento em
que um dos itens for positivo;
• a pontuação global da escala se faz a partir
da soma de todos os valores positivos da
subescala.
• A nota de corte é 15 pontos.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO E PONTUAÇÃO

I. INTERAÇÃO SOCIAL (= 2 pontos, pois dois itens ou mais foram


assinalados nessa subescala)
1. Não sorri
2. Ausência de aproximações espontâneas X
3. Não busca companhia X
4. Busca constantemente seu cantinho (esconderijo)
5. Evita pessoas X
6. É incapaz de manter um intercâmbio social (conversa com trocas,
pergunta e resposta)
7. Isolamento intenso
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO E PONTUAÇÃO

II.AMBIENTE (= 1 ponto, pois somente um item foi


assinalado nessa subescala)
1. Não responde às solicitações X
2. Mudança repentina de humor
3. Mantém-se indiferente, sem expressão
4. Risos compulsivos
5. Birra e raiva frequente
6.Excitação motora ou verbal (ir de um lugar a outro,
falar sem parar)
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO E PONTUAÇÃO

III. PESSOAS AO SEU REDOR (= zero pontos, porque nenhum item foi
assinalado nessa subescala)
1.Utiliza-se do adulto como um objeto (por exemplo, levando a mão do
adulto até o interruptor, para acender a luz)
2.O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja (por
exemplo, faz a perna do adulto de ponte para o carrinho passar)
3.O adulto é essencialmente um meio para suprir uma necessidade (por
exemplo, a aproximação tem o objetivo principal de pedir coisas)
4.Se o adulto não responde às suas demandas, atua interferindo na
conduta desse adulto (por exemplo, desliga a TV que o adulto esteja
assistindo, ameaça quebrar algo, joga coisas no adulto, toma coisas da
mão do adulto como pirraça)
ABC
AUTISM BEHAVIOR CHECKLIST- ABC
INVENTÁRIO DE COMPORTAMENTOS
AUTÍSTICOS- ICA

Krug D, Arick J, Almond P. Autism Behavior


Checklist – ABC. In:
Krug DA, Arick J, Almond P. Autism Screening
Instrument for
Educational Planning- ASIEP-2. Austin, Texas:
PRO-ED; 1993. (1980)

Traduzido e validado no Brasil por Márcia


Regina Fumagalli Marteleto e Márcia Regina
Marcondes Pedromônico, 2005.
Titulo da escala: Autism Behaviour Checklist – ABC (Krug, Arick e Almond em 1980).
Inventário de Comportamentos Autísticos – ICA (Marteleto e Pedromônico em 2005).

Autores: Krug, Arick e Almond em 1980


ICAfoi adaptado por Marteleto e Pedromônico em 2005.

Aplicabilidade: Casa e Escola (Aplicados em pais, cuidadores e professores)

Faixa etária: Crianças em idade escolar e idade pré-escolar. Principal

foco: Analisar 57 comportamentos não adaptativos, atípicos

Especificidades:
(5 áreas de sintomas)
sensorial,
relacionamentos,
uso do corpo e de objetos,
linguagem,
habilidades sociais e de auto-ajuda (Auto cuidado)

Pontuação:
Cada item é pontuado de 1 a 4, resultando numa pontuação parcial para cada domínio e numa
pontuação global.
total de 68 pontos ou mais (autismo)
pontuação está entre 54 e 67 (indicativo da criança ter autismo)
pontuação entre 47 e 53 (dúvidas quanto à probabilidade de TEA)
valores abaixo de 47 (típica)
DEFINIÇÃO E OBJETIVO

• O ABC consiste em uma lista de comportamentos


atípicos característicos de TEA.

• Projetado para a triagem, contribuindo para o


diagnóstico.

• O ABC/ICA lista 57 comportamentos atípicos que


são sintomáticos do TEA.
APLICAÇÃO

•Por ser de fácil aplicação e baixo custo, tem sido


utilizado por profissionais de saúde em vários
países, em pesquisa e em prática clínica.

•Alguns estudos usaram o questionário em


entrevistas com cuidadores.

• Aplicado com crianças a partir de 18 meses.


DOMÍNIOS

• ES= estímulo sensorial


• RE= relacionamento
• CO= uso corpo e objeto
• LG= linguagem
• PS= pessoal/social
PONTUAÇÃO
•Cada item é pontuado de 1 a 4, determinado
estatisticamente de acordo com o grau de associação ao
comportamento atípico.
•A pontuação para cada um dos cinco domínios é
registrada, dando uma pontuação parcial para cada
domínio, assim como uma pontuação global.
•Quando o total chega a 68 pontos ou mais, a criança é
considerada com autismo; a pontuação entre 54 e 67
indica uma probabilidade moderada da criança ter
autismo; a pontuação entre 47 e 53 é considerada
duvidosa para a classificação do autismo e escores
abaixo de 47 indicam que a criança é típica.
M-CHAT - MODIFIED CHECKLIST FOR AUTISM IN
TODDLERS
ESCALA MODIFICADA DE AUTISMO EM PRÉ-
ESCOLARES

Robins DL, Fein D, Barton ML, Green JA. The


Modified Checklist for Autism in Toddlers: an initial
study investigating the early detection of autism and
pervasive developmental disorders. J Autism Dev
Disord, 2001.

Tradução realizada por Mirella Fiuza Losapio e Milena


Pereira Pondé, 2008.
M-CHAT
Titulo da escala:
Modified Checklist for Autism in Toddlers
(M-CHAT-R) M-CHAT

Autores: Modified Checklist for Autism in


Toddlers – M-CHAT-R/F (Escala para
Rastreamento de Autismo Revisada) – Deborah
Fein, Marianne Barton, 2009 – Traduzida por Dra.
Rosa Miranda Resegue

Aplicabilidade: O teste é composto por 23 questões


do tipo sim/não, que devem ser respondidas pelos
pais de crianças.

Faixa etária: crianças de 16 a 30 meses

Principal foco:
O uso da M-CHAT-R/F é obrigatória para crianças
em consultas pediátricas de acompanhamento
realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
segundo a lei 13.438/17.

Lord C, Rutter M, DiLavore PC, Risi S, Gotham K, Bishop S. Autism Diagnostic Observation Schedule.
2nd ed. Torrance, CA: Western Psychological Services; 2012. 5 p.
DEFINIÇÃO E OBJETIVO

• A escala Modified Checklist for Autism in


Toddlers (M-CHAT) é um instrumento de
rastreamento precoce de autismo.
• Visa identificar indícios desse transtorno em
crianças entre 18 a 30 meses.
• Consiste em 23 questões respondidas com
sim e não.
PONTUAÇÃO

• Resultados superiores a 3 (falha em 3 itens no


total) ou em 2 dos itens considerados críticos
(2,7,9,13,14,15), justificam uma avaliação formal.
• As respostas Sim/Não são convertidas em
passa/falha. A tabela que se segue, registra as
respostas consideradas Falha para cada um dos
itens do M-CHAT.
• As questões em “Negrito” representam os itens
CRITICOS.
PONTUAÇÃO
OUTROS
INSTRUMENTOS
PARA AUXÍLIO NA
AVALIAÇÃO

170
PROTEA - R
Objetivo
O Protea-R tem por objetivo rastrear a presença de comportamentos inerentes à
sintomatologia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e identificar riscos para
o desenvolvimento infantil, possibilitando o encaminhamento para avaliações
especializadas e, consequentemente, a intervenção precoce.

População
O instrumento é destinado a crianças em torno de 24 a 60 meses de idade,
especialmente àquelas não verbais, com suspeita de TEA e outros transtornos
da comunicação.

Aplicação
Individual. São necessários para a aplicação, além do manual e dos protocolos de
avaliação, o kit de brinquedos (descritos no manual) e um gravador de vídeo.

Tempo
Sem tempo limite. Aplicação é composta pela entrevista de anamnese com os
pais ou responsáveis, três sessões de observação do comportamento infantil
(cerca de 45 minutos de duração cada) e uma sessão de entrevista devolutiva.
Escala de Responsividade
Social (Segunda Edição)
Objetivo
A Escala SRS-2 tem por objetivo a avaliação e acompanhamento de
pessoas com suspeita do Transtorno do Espectro Autista, com identificação
dos sintomas de níveis leves, moderados e severos.

População
Destina-se a avaliar crianças (a partir de 02 anos e meio), adolescente e
adultos.

Aplicação
Pode ser administrada de três modos:
- Em lápis e papel, com formulários impressos;
- Informatizada com a presença do examinador (local);
- Informatizada remotamente (online).
Os modos informatizados são realizados por meio da plataforma Hogrefe
Testsystem-5 (HTS-5).

Tempo
Em torno de 40 minutos.

Correção
Informatizada
Inventário Dimensional de
Avaliação do
Desenvolvimento Infantil
Objetivo
O Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil - IDADI tem
como objetivo possibilitar uma avaliação abrangente do desenvolvimento infantil,
destacando-se a avaliação de suspeitas de atrasos ou de transtornos no
neurodesenvolvimento, o monitoramento longitudinal do desenvolvimento infantil e o
acompanhamento da efetividade ou eficácia de intervenções na primeira infância.

População
Bebês e crianças entre 04 e 72 meses de idade.

Aplicação
A aplicação do IDADI pode ser realizada de forma autoadministrada (individual ou
coletiva), com um ou ambos os pais ou responsáveis pela criança. Como há dois
formatos do IDADI, lápis e papel e on-line, o preenchimento pode ser feito de
maneira presencial ou remota.

Tempo
Não há um tempo mínimo ou máximo estabelecido, sendo necessário em torno de
30 minutos para o preenchimento do IDADI.

Correção
Manual e informatizada.
Escala de
Desenvolvimento do bebê
e da Criança Pequena
Objetivo
As Escalas Bayley de desenvolvimento do bebê e da criança pequena - Bayley IIItem por objetivo
identificar crianças com atraso no desenvolvimento e providenciar informações para o planejamento
de intervenção.

São cinco os domínios avaliados:


cognitivo,
linguagem,
motor,
socioemocional e
comportamento adaptativo.

População
Destinado a crianças de 01 a 42 meses de idade.

Aplicação
Individual.
Teste de Triagem e
desenvolvimento
Objetivo
O Denver II tem por objetivo avaliar o desempenho das crianças com
desenvolvimento típico por meio de atividades adequadas para a idade.

Está composto por um formulário com 125 tarefas organizadas em quatro áreas de
desenvolvimento: Pessoal-Social, que compreende aspectos da socialização da
criança; Motor Fino-Adaptativo, que inclui coordenação olho/mão, Motor Grosso, que
diz respeito ao controle motor corporal; e Linguagem, que envolve a capacidade de
reconhecer, entender e usar a linguagem.

População
Crianças desde nascimento até os 6 anos de idade.

Tempo
Em média 20 minutos.
PRÁTICAS
BASEADAS EM
EVIDÊNCIAS
181
Práticas Baseadas em Evidências

Objetivo:

Agregar o melhor
conhecimento científico,
com a experiência clínica do
profissional e a escolha do
paciente, resultando em
uma maior resolutividade na
assistência em saúde.
Práticas Baseadas em Evidências

Importância:

A prevalência Faz surgir o


inúmeras intervenções
pseudocientíficas
as práticas baseadas em
evidências protegem os
usuários das intervenções
garantindo maior eficácia
COMPONENTES BÁSICOS PARA DETERMINAR
UMA PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

1. Robustez do experimento

2. Replicação por outras


pessoas
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA PBE
EM ESTUDOS DE GRUPO

• O estudo usa comparações entre


grupos que não receberam a
intervenção e grupos que
receberam?

• Ambos são balanceados para


manter a comparação objetiva?
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA PBE
EM ESTUDOS DE GRUPO

• A análise estatística se alinha com o


problema de pesquisa?

• Os resultados foram mensurados ao


menos duas vezes (pré e pós-
testes), utilizando instrumentos de
medida adequados?
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA PBE
EM ESTUDOS DE GRUPO

• Foram coletadas medidas de


concordância entre observadores?

• As condições estão
descritas para
permitir o entendimento dos

procedimentos utilizados?
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA PBE
EM ESTUDOS DE GRUPO

• Os resultados são estatisticamente


significantes?
• Os efeitos observadospodem
ser atribuídos à
intervenção, sem outras possíveis
causas?
PBE E TEA
• Intervenções baseadas no antecedente
• Comunicação alternativa e aumentativa
• Intervenção momentum comportamental
• Intervenção cognitivo-comportamental/estratégias de
instrução

• Reforço diferencial de comportamento alternativo,


incompatível ou outros comportamentos
• Instrução direta
• Ensino por tentativas discretas
• Exercício e movimento
• Extinção
• Avaliação funcional do comportamento
• Treino de comunicação funcional
• Modelação
• Intervenção mediada por música
• Intervenção naturalística
• Intervenção implementada por pais
• Instrução e intervenção mediada por pares
• Dicas
• Reforçamento
• Interrupção e redirecionamento da resposta
• Autogerenciamento
• Integração sensorial
• Narrativas sociais
• Treino de habilidades sociais
• Análise de Tarefas
• Instrução e intervenção assistida por tecnologia
• Atraso de tempo
• Videomodelação
• Suportes visuais
DÚVIDAS?
Juliana de Oliveira Perez

Terapeuta Ocupacional
Analista do Comportamento

(41)984923106
Referências
Bibliografia Básica
1.ARAÚJO, C.A.; SCHWARTZMAN, J.S. Transtornos do Espectro do Autismo. São
Paulo: Memnom, 2011.
2. ASSUNÇÃO JR, F.B. Autismo: Conceito e Diagnóstico. In: SELLA, A.C.; RIBEIRO, D.M
(org). Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba:
Appris, 2018. p 21-37.
3. LOSAPIO, M. F.; PONDÉ, M. P. Tradução para o português da escala M-CHAT para
rastreamento precoce de autismo. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 30(3):
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4. MARTELETO, M. R.; PEDROMÔNICO, M. R. Validade do Inventário de
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5. MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. B. F. Skinner, análise do comportamento e o
behaviorismo radical. MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise
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comportamento
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