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LAUDO PSICOLÓGICO
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
6 meses de idade. Iniciou a fala e andou com 1 ano de idade e teve o seu desfralde aos 2
anos de idade e que mamou até os 4 anos de idade no peito. Disse que tem sono
tranquilo e dorme com os pais na cama. Chiara se veste e come sozinha, calça os
sapatos, mas não sabe amarrá-los. Disse que a criança não para e tem dificuldade em
seguir regras e não tem organização com seus brinquedos ou roupa. É imaginativa e
criativa disse que quando a criança faz bagunça com as roupas ela pede para guardar
Chiara grita, chora e bate na mãe. Disse que tem dificuldade na interação social com
crianças e adultos. Na escola não tem amigos quando há mudança de atividade ela chora
e bate nas crianças na escola, não reconhece letras não escreve o seu nome, mas
reconhece alguns números. Quando chamada pelo nome, Chiara parece ouvir, quando
pede algo ou aponta se refere na terceira pessoa e tem falas e frases repetitivas.
2 – INSTRUMENTOS UTILIZADOS:
2.1 – R-2 - Teste Não Verbal de Inteligência para Criança
O Teste Não Verbal de Inteligência para Crianças R-2 tem por objetivo avaliar o
potencial de inteligência (fator g) da criança. A inteligência tem sido avaliada para
diagnóstico e acompanhamento de crianças com problemas de aprendizagem, com
deficiência intelectual e superdotadas. O teste R-2 é composto por 30 pranchas, ou
cartões, com figuras coloridas, a serem aplicadas na sequência de sua numeração, com
figuras de objetos concretos ou figuras abstratas. Aferir a inteligência na infância é uma
forma de cuidado com o desenvolvimento e bem-estar da criança, pois obter indicativos
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ligados a uma decisão voluntária. As tarefas são compostas de dois níveis de processos:
automático e controlado. Indivíduos com danos neurológicos possuem muita lentidão em
realizar tarefas mentais complexas deste nível, revelando disfunção das funções
executivas, tais como atenção, esforço e capacidade .As tarefas executadas no Teste dos
Cinco Dígitos envolvem três áreas das regiões pré-frontais do cérebro: o giro do cíngulo,
que envolve a percepção do conflito e realoca os recursos cognitivos necessários para
lidar com ele; O córtex dorsolateral que controla a inibição e alternância das respostas,
relacionadas aos aspectos mais comportamentais e cognitivos das decisões. E por último
a ativação do sulco pré-central esquerdo que é responsável pela produção de respostas
orais e motoras. Leitura e Contagem medem diversas variáveis num mesmo processo,
em primeiro lugar a atenção, seguida da latência da percepção, da fonologia e da
semântica, posteriormente a decisão em resposta conjunta ao acesso conceitual e a
latência motora articulatória e finalmente a continuidade e fluidez da ação continuada do
indivíduo. Escolha e Alternância medem o mesmo processo mental, porém acrescentam
algumas mudanças no momento da tomada de decisão da resposta na Escolha, intervém
a inibição de uma resposta e a ativação de outra e na Alternância aparece a inibição de
uma rotina e ativação de outra.
Análise descritiva: Escores abaixo do percentil 25 indicam dificuldades discretas no
funcionamento executivo e na velocidade de processamento, sem necessariamente
possuir significado clínico. Escores abaixo do percentil 5 são mais indicativos de déficits
proeminentes, possivelmente de natureza clínica. A PACIENTE NÃO REALIZOU O
REFERIDO TESTE DEVIDO A FALTA DE RESPOSTAS AOS COMANDOS
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A Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção 2 (BPA-2) tem como objetivo mensurar a
capacidade geral de atenção, e também avaliar individualmente três tipos de atenção
específicos, quais sejam, Atenção Concentrada (AC), Atenção Dividida (AD) e Atenção
Alternada (AA). A Atenção Concentrada indica a capacidade de uma pessoa em
selecionar apenas uma fonte de informação diante de vários estímulos distratores em um
tempo predeterminado. A Atenção Dividida indica a capacidade de uma pessoa para
procurar dois ou mais estímulos simultaneamente em um tempo predeterminado, e com
vários distratores ao redor. Por último a Atenção Alternada, fornece uma informação
quanto a capacidade de uma pessoa em focar sua atenção e selecionar ora um estímulo,
ora outro, por um determinado período de tempo e diante de vários estímulos distratores.
A PACIENTE NÃO REALIZOU O REFERIDO TESTE DEVIDO A FALTA DE
RESPOSTAS AOS COMANDOS SOLICITADOS, NÃO SENDO POSSÍVEL
CONTINUAR, MESMO APÓS ALGUMAS TENTATIVAS E INCENTIVOS
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Memória de
Evocação Curto Prazo
A6 01 <5 Inferior
Imediata Episódica
Verbal
Memória de
Evocação Longo Prazo
A7 01 <5 Inferior
Tardia Episódica
Verbal
Memória
Episódica
Verbal
Reconhec Reconhec relacionada à
07 5-5 Média Inferior
imento imento identificação
das palavras
aprendidas
anteriormente.
Medida Global
Escore de
13 5-25 Média Inferior
Total Aprendizagem
Índices Auditivo-Verbal
de Aprendiza
Aprendiza gem ao Medida Global
gem Longo de
01 5-25 Média Inferior
das Aprendizagem
Tentativa Auditivo-Verbal
s
Efeito da
passagem do
tempo,
incluindo a
Velocidad exposição a
e de novos
A7/A6 01 <5 Inferior
Esquecim conteúdos e
ento distratores
sobre a
capacidade de
reter novas
informações.
Interferên B1/A1 Suscetibilidade 01 <5 Inferior
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cia à Interferência
Proativa Proativa
Interferên
Suscetibilidade
cia
A6/A5 à Interferência 0,5 <5 Inferior
Retroativ
Retroativa
a
Análise descritiva:
Percentil <5 Déficit Clínico – entre 05-25 Possível Déficit – entre 25-50 / 50-75 / 75-
95 / >95 Típico.O índice de memória de reconhecimento é útil na identificação de déficits
de memória em quadros como a demência de Alzheimer ou em lesões adquiridas em que
ocorre uma Amnésia anterógrada. Ainda neste aspecto, o Índice de velocidade de
reconhecimento fornece um parâmetro importante sobre a perda de conteúdo entre a
evocação de curto prazo e a evocação de longo prazo.
Medidas de velocidade de esquecimento em testes de aprendizagem auditivo
verbal são indicadores úteis no seguimento de pacientes com risco de desenvolver
quadros demenciais.
A suscetibilidade à interferência de distratores proativos e retroativos pode definir
alvos terapêuticos como a identificação da eficiência da aprendizagem entre dois
conteúdos que estão sendo aprendidos. A chamada interferência proativa é uma
importante medida da integridade hipocampal, estando na dependência de regiões
cerebrais como o CA3, o Giro Dentado e à atividade de circuitos frontoestriatais, onde, em
caso de danos nessa área, conteúdos novos prejudicam aprendizagens anteriores, sendo
muito úteis na identificação de déficits de memória e em pacientes acometidos de
esquizofrenia.
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AMERICAN Adaptativo
PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais:
DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.BENCZIK, E. B. P. Escala de Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade ETDAH-AD: versão adolescentes e adultos. São Paulo: Vetor, 2013. PAULA, J. J. de;
MALLOY-DINIZ, L. F. Teste de Aprendizagem Auditivo-verbal de Rey (RAVLT). São Paulo: Vetor,
2018.RUEDA, F. J. M. Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA2. São Paulo: Vetor,
2022.SEDÓ M, DE PAULA JJ, MALLOY-DINIZ LF. O Teste dos Cinco Dígitos. São Paulo:Hogrefe,
2015Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil Breve (IDADI). São Paulo: Vetor
Editora. De Mendonça Filho, E.J.D., Silva, M.A.D., Koziol, N.A, &Bandeira, D.R (2021).
Psicóloga / Neuropsicóloga
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Valor
da
Valor
Norma Classificação
Detalhes da Escala Bruto
Escore
-T
Dentro dos
Percepção Social 07 53 Limites
Normais
Padrões Restritos e
19 65 Nível Leve
Repetitivos
Comunicação e
74 62 Nível Leve
Interação Social
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Análise descritiva:
Dentro dos Limites Normais: As pontuações deste intervalo geralmente não estão
associadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) clinicamente significativo. Crianças
com autismo muito leve podem mostrar pontuações na extremidade superior nível normal
se estiverem bem ajustadas e seu funcionamento adaptativo estiver relativamente intacto.
Nível Leve: As pontuações no Nível Leve indicam prejuízos clinicamente significativos no
comportamento social recíproco, os quais podem interferir nas interações sociais
cotidianas. Quando não encontrados outros critérios diagnósticos para o Transtorno do
Espectro Autista (TEA), as pontuações de Nível Leve podem sugerir Transtorno da
Comunicação Social. Tais pontuações podem ser observadas casualmente em crianças
que apresentam dificuldades na reciprocidade social relacionadas a formas mais severas
de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Obsessivo
Compulsivo (TOC), transtornos de ansiedade ou alterações cognitivas leves.Nível
moderado As pontuações no Nível Leve indicam prejuízos clinicamente significativos na
cognição social é a habilidade em perceber,reconhecer e interpretar e responder
comportamento as intenções e emoções.
FORMULÁRIO – CUIDADOR
Quadrante Classificação/Interpretação
Clínica
Criança exploradora Muito mais que as outras crianças
Análise descritiva:
Exploração /Criança exploradora: O grau em que uma criança obtém o estímulo
sensorial. Uma criança com uma pontuação de Muito mais que outros (as) neste padrão
busca estímulos sensoriais em uma taxa mais elevada que os outros (as).
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Esquiva/ Criança que se esquiva: O grau em que uma criança fica incomodada por
estímulos sensoriais. Uma criança que com uma pontuação de Muito mais que as outros
(as) neste padrão se afasta de estímulos sensoriais em uma taxa mais elevada que
outros (as).
Sensibilidade /Criança sensível: O grau em que uma criança detecta por estímulos
sensoriais. Uma criança que com uma pontuação de Muito mais que as outros (as)
nete padrão se afasta de estímulos sensoriais em uma taxa mais elevada que outros (as).
Observação /Criança observadora: O grau em que uma criança não percebe estímulos
sensoriais. Uma criança que com uma pontuação de Muito mais que as outros (as) neste
padrão se afasta de estímulos sensoriais em uma taxa mais elevada que outros (as).
É importante lembrar que os padrões do processamento sensorial de
qualquer pessoa são meramente um reflexo das maneiras daquele indivíduo de
responder a experiências sensoriais no decorrer da vida cotidiana (em casa e na
escola). Pontuações de “mais que as outras crianças” ou “menos que as outras
crianças”, não indicam automaticamente que há algo de errado. A interpretação e
raciocínio clínico devem ser feitos em um contexto amplo de vida da criança e esta
combinação deve ou não estar associada a uma incompatibilidade que requer
atenção e intervenção.
parte
Parte 1 01 a 07 05
Parte 2 08 a 11 04
Parte 3 12 a 15 04
Parte 4 16 a 19 00
Parte 5 20 a 23 00
Parte 6 24 a 36 02
Escore Total (12) 12
a4 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 2ª
Sim
a5 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 3ª
Sim
a6 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 3ª
Sim
a7 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 3ª
Sim
a8 tentativa
25’ 05”
Problem Efetuado da forma correta na 2ª
Sim
a9 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 3ª
Sim
a 10 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 2ª
Sim
a 11 tentativa
Problem Efetuado da forma correta na 3ª
Sim
a 12 tentativa
3 - CONCLUSÃO:
OBSERVAÇÕES GERAIS
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HIPÓTESE DIAGNÓSTICA:
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Avaliação Neuropsicológica tem como objetivo obter uma maior compreensão do
funcionamento cognitivo e intelectual do paciente e necessita de outros pareceres clínicos
e laboratoriais para um diagnóstico mais preciso. Qualquer instrumento psicológico,
apesar de padronizado cientificamente, não fornece um diagnóstico, mas ajuda a
compreender e entender o funcionamento cognitivo dos (as) pacientes.
Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo, artigo 1 (g e h) é um dever do
Psicólogo: “Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de
decisões que afetem o usuário ou beneficiário”; e, “orientar a quem de direito sobre os
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● Psicológico comportamental
● Neurológico
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4.2 - INTERVENÇÃO:
O estímulo em casa é muito importante, apoiando, incentivando e interagindo
ajudando diariamente nas tarefas escolares, incentivando com brincadeiras de leitura (dê
preferência a livros com mais figuras, letras grandes e coloridas), desenhar, brincadeiras
de montar, quebra-cabeça, caça-palavras, atividades de atenção e concentração, jogo da
memória, muita interação comunicativa, incentivo e apoio à organização, agenda de
tarefas escritas para estímulo à memória, abordagem afetiva nas falhas de memória e
desorganização rotineiras e interação afetiva, harmonia no lar, compreensão afetiva,
carinhos, abraços, beijos, validação emocional, aos quais são abordagens que estimulam
as principais dificuldades encontradas nos testes psicométricos ao qual a paciente foi
submetida.
4.3 - PROGNÓSTICO:
Pessoas com sintomas é provável diagnóstico de Transtorno do Espectro
Autista nível 2 possuem altas possibilidades de recuperação, ter um
neurodesenvolvimento satisfatório e se adaptar normalmente à sociedade na vida adulta
aos estudos, trabalho, rotina, atividades socioculturais e relacionamentos interpessoais e
intrapessoais, com uma boa qualidade de vida, desde que a Intervenção e a
Neurorreabilitação sejam cumpridas de acordo com as orientações adequadas de cada
profissional e de cada contexto, inclusive o contexto familiar.
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Andréia C P Christo Wadner
Psicóloga ABA e Neuropsicóloga Clínica
CRP 06 /162268
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