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4p. Mod.3.

Caso 4

Objetivos de aprendizagem:

-Definir Psicologia comunitária e social.

-Diferenciar Psicologia social sociológica e social psicológica.

-Explicar o papel do psicólogo comunitário (os tipos de intervenção em


grupos e sua finalidade).

-Como se construiu a Psicologia Social e a Psicologia Comunitária?

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- José Luiz Álvaro & Alicia Garrido (2017) Psicologia Social: Perspectivas
psicológicas e sociológicas. 1 Ed. AMGH.

- Elliot Aronson (2017) Psicologia Social. 8 Ed. Editora LTC.

- David G. Myers (2014) Psicologia Social. 10 Edição. Editora AMGH.

- RODRIGUES, A., Assmar, E.M.L., Jablonsky, B. Psicologia social. 23ª


edição. Petrópolis: Vozes, 2009.

- SPINK, M (Org.). Práticas discursivas e produção de sentidos: a perspectiva


da Psicologia Social. In: Práticas Discursivas e Produção de Sentido no Cotidiano.
São Paulo: Cortez, 2004.

- Sarriera, Jorge. (Org.) Psicologia Comunitária: Estudos Atuais. Porto Alegre:


Sulina, 2000.

- Azevedo, A. (2009) A psicologia social, comunitária e social comunitária:


definições dos objetos de estudo. Psicologia em Foco, pp. 2-9.

- Góis, C. D. L. (2005). Psicologia Comunitária: atividade e consciência.


Fortaleza: Publicações Instituto Paulo Freire de Estudos Psicossociais. Disponível
em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/42537/1/2005_liv_cwlgois.pdf

- FERREIRA, Campos, R.D. C. Psicologia Social e Comunitária -


Fundamentos, Intervenções e Transformações. [Minha Biblioteca]. Retirado de
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521312/ "Minha biblioteca"
da FPS.
- Bevilaqua, M.H.O & Brochier, J.I.B. A práxis do psicólogo no âmbito
comunitário. Em XV Anais ENABRAPSO. Disponível em:
http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/143.%20a%2
0pr%C1xis%20do%20psic%D3logo%20no%20%C2mbito%20comunit%C1rio.pdf
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- Góis, C. D. L. (2005). Psicologia Comunitária: atividade e consciência.


Fortaleza: Publicações Instituto Paulo Freire de Estudos Psicossociais. Disponível
em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/42537/1/2005_liv_cwlgois.pdf

ORIGEM

A Psicologia Comunitária teve sua origem nos movimentos sociais


comunitários (sobretudo no de saúde mental) de distintos países da América e
Europa.
Porém, a adoção formal do termo, aceita por boa parte dos Psicólogos
Comunitários, aconteceu durante a Conferência de Swampscott, um distrito de 15
Boston (maio de 1965).
A conferência teve por finalidade debater a formação dos novos
Psicólogos e ampliar a noção de saúde mental ao âmbito comunitário, tema da
ata firmada por Kennedy (fevereiro de 1963) que criava os Centros de Saúde
Mental Comunitária. Vale ressaltar que essa proposta foi iniciativa dos
movimentos comunitários e de profissionais envolvidos com a questão nos
Estados Unidos (Rappaport, 1977; Blanco Abarca, 1993; García González, 1993;
Montero, 1994).
Nascida na Conferência de Swampscott, a expressão “Psicologia
Comunitária” ganhou contornos próprios (Newbrough,1971; Rappaport et al, 1975),
ao mesmo tempo em que a saúde mental passou a considerar em sua
concepção de saúde a prevenção, a promoção e o potencial de participação da
comunidade (Rodriguez Marín et al, 1989)
Na Europa, o nascimento da Psicologia Comunitária teve a mesma origem
que a dos Estados Unidos, mas com certas variantes próprias, decorrentes da
influência do Estado do Bem-Estar.
Na América Latina, a expressão “Psicologia Comunitária” passou a ser
utilizada a partir de 1975, com o objetivo de se fazer uma nova Psicologia
Social, a partir da preocupação de alguns psicólogos de distintos países
latinoamericanos com os escassos resultados sociais da Psicologia Social
tradicional e por haver uma grande necessidade de superar os graves problemas
sócioeconômicos que ainda hoje afetam a região (Abib Andery, 1984; Montero, 1994;
Quintal de Freitas, 1996a).
A Psicologia Comunitária na América Latina não surgiu por influência do
“Welfare State” nem da Psicologia Clínica. Surgiu, sim, por influência da
Psicologia Social Crítica, da Teologia da Libertação e da Educação Popular.

Considerando seus distintos aspectos e as causas de seu nascimento, as


vertentes diretas que deram origem à Psicologia Comunitária estão, em geral,
situadas nos estudos de comunidade, nos movimentos comunitários e na crise
da própria Psicologia.
Além da Psiquiatria, da Psicologia Clínica e da Psicologia Social, a
Sociologia e o Serviço Social também contribuíram claramente para o
surgimento da Psicologia Comunitária.

CONCEPÇÕES

Podemos dizer que a Psicologia Comunitária compreende hoje um conjunto


de concepções relevantes para o esforço de delimitar seu campo de análise e
aplicação.
[...]

Serrano-García e Vargas Molina (1992) consideram que os trabalhos em


Psicologia Comunitária podem ser compreendidos a partir de dois modelos
básicos: o clínico-comunitário e o sócio-comunitário.
O primeiro fundamenta se no ponto de vista da Saúde Mental Comunitária,
enquanto o segundo enfoca a Psicologia Comunitária a partir de uma visão
sócio-política dos problemas sociais e humanos.
Por outro lado, consideramos que a Psicologia Comunitária está centrada
em dois grandes modelos: o do desenvolvimento humano e o da mudança
social (busca de alternativas sócio-políticas), os quais partem de uma visão
positiva da comunidade e das pessoas.
Nos dois modelos está presente o reconhecimento da capacidade do
indivíduo e da própria comunidade de serem responsáveis e competentes na
construção de suas vidas, sendo por isso necessária a presença de certos
processos de facilitação social baseados na participação social e na
conscientização.
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GOMES, Antonio Maspoli de Araujo. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA: UMA


ABORDAGEM CONCEITUAL. 1999.

CONCEITUAÇÃO DE COMUNIDADE

Outro conceito importante e necessário à compreensão da Psicologia


Comunitária é o conceito de comunidade, seu objeto material e campo de
atuação.
O termo Comunidade, utilizado hoje em dia na Psicologia Social, é bastante
elástico e capaz de incluir em seu escopo desde um pequeno grupo social, um
bairro, uma vila, uma escola, um hospital, um sindicato, uma associação de
moradores, uma organização não - governamental, até abarcar os indivíduos que
interagem numa cidade inteira. E as definições de comunidade tem sido cada vez
mais abrangentes pois se destinam a cobrir toda esta gama de habitats
sociais.

As definições consideradas apontam para a comunidade como sendo um


grupo social com certo grau de organização, que compartilha o mesmo espaço
físico e psicológico, e alguns objetivos comuns derivados de crenças, valores
e atitudes compartilhados e mantém um sistema de interação duradouro no
tempo e no espaço.

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