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NOME:Julia Maria Pereira

MATRÍCULA: PERÍODO: 2
CURSO: Psicologia
DISCIPLINA: SAÚDE PÚBLICA E EPIDEMIOLOGIA
Profa. Dra. Cleusimar C. A. Almeida

1) A presença da Psicologia brasileira nas instituições sociais ocorreu inicialmente no


Século XIX, no interior da Medicina, junto à Psiquiatria, ainda de maneira auxiliar à
Medicina, numa perspectiva patologizante, na qual a Psicologia era apenas secundária.
Contudo, era necessária uma Psicologia comprometida com as mudanças sociais,
propostas pela Psicologia Comunitária, além daquelas trazidas pelo processo de
redemocratização do país, em oposição a um estado autoritário, de políticas
assistencialistas. A história da Psicologia no Brasil se confunde com a própria história
do país, uma vez que as novas atuações das (os) psicólogas (os) os levam a participar de
discussões sobre quais políticas públicas buscamos (CFP, 2013, p. 10).
Fonte: Conselho Federal de Psicologia (Org.). Como a Psicologia pode contribuir para o
avanço do SUS: orientações para gestores. 2. Ed. Brasília, DF, Julho de 2013.

Neste sentido, o compromisso social da Psicologia levou a importantes discussões no


Brasil para contribuição da história da política pública de saúde. Com base no texto, cite
pelo menos três exemplos de conquistas históricas que vieram advir destas discussões a
partir da década de 1970 em que a categoria contribuiu para a regulamentação e avanços
na saúde pública brasileira. Discuta sobre cada exemplo.
A psicologia contribuiu com a Reforma sanitária que levou a discussão sobre não
apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das condições de vida
da população, contribuiu também para o fim dos manicômios e a reforma na saúde
mental ressaltando a importância da melhoria da qualidade de vida já que o tratamento
utilizado era totalmente negligente, tratando o paciente como um objeto, e muitos dos
casos com abusos.

2) A multiplicidade de inserções da Psicologia, e consequentemente de delimitação das


práticas profissionais no interior do campo da Saúde, está ilustrada na Figura 2. As
inserções da Psicologia, com este objetivo, foram organizadas cronologicamente em
estratos, considerando os marcos diferenciais de institucionalização do sistema de
saúde. O estrato exterior abarca o longo período entre os séculos XVIII e XIX, que
testemunhou a organização progressiva dos sistemas de garantia da saúde pública, do
aparato urbano de saúde pública, da Medicina Clínica, da atenção hospitalar e das
instituições psiquiátricas destinadas às pessoas consideradas loucas (Foucault, 1977,
1978, 1982; Rosen, 1963). No estrato seguinte, que abarca a segunda metade do século
XIX e o primeiro quarto de século XX, ocorreu uma progressiva organização da
Medicina Social, da atenção Materno-infantil e dos sistemas previdenciários criados
para os pobres e para a população trabalhadora, modelo inglês. Mas essa não é uma
tarefa para a Psicologia no Brasil, ao menos não enquanto uma profissão organizada e
especializada.

SPINK, Mary Jane P. Psicologia Social e Saúde: trabalhando com a complexidade


Quaderns de Psicología, v. 12, n. 1, p. 41-56, 2010. Disponível em:
http://www.quadernsdepsicologia.cat/article/viewFile/752/664.
Figura 1: Contextos históricos da inserção da Psicologia na Saúde Pública

Fonte: Spink (2010, p. 43).

Neste contexto, após a leitura e análise do texto e da Figura, descreva como era baseada
a prática do Psicólogo na área da saúde no Brasil, citando as instituições que eram
executadas tais práticas, nos seguintes períodos:

A) Na primeira metade do século XX;


A prática do Psicólogo era voltada pra prática clinica, elitizada, individual, curativa.

B) Pós- Constituição Federal de 1988.


A Saúde agora se torna para todos, ligando a psicologia a politicas públicas
e o objeto da psicologia é o sujeito psicológico e suas relações com a saúde
cria-se a necessidade de um trabalho voltado para a mudança das condições de vida
da população que articule promoção da saúde e da cidadania.

3) Quais são os trabalhos realizados pelos psicólogos na ESF, cite e explique cada um.
Territorialização e planejamento local de saúde: realizadas necessariamente por toda equipe
de saúde da família para reconhecer o contexto geográfico, ecológico, socioeconômico, entrar
em contato com as necessidades e potenciais de saúde da comunidade e estruturar plano de
ação.

Ações de acolhimento do centro de saúde da família: atividades que incluem a recepção das
pessoas no centro de saúde da família, possibilitando escuta ampliada de necessidades e
buscando estruturar planos terapêuticos individuais e coletivos atrelados aos diversos níveis
de atenção do sistema de saúde.

Visitas domiciliares: ações de acolhimento, avaliação diagnóstica, acompanhamento


terapêutico, aconselhamento psicológico e inserção familiar e comunitária realizadas através
de visitas às moradias dos usuários.

Ações de suporte à saúde mental : atendimento individual de casal e de famílias: ações de


acompanhamento psicoterapêutico, aconselhamento psicológico, pronto atendimento
psicológico, psicoterapia breve, terapia de crise, etc; atende a demandas das diversas idades.
Também escuta e encaminha demandas de sofrimento psíquico que chegam ao Centro de
Saúde da Família

Participação nos espaços de formação nas RMSFs: aqui nos referimos à potencialização das
discussões, ao diálogo e aprofundamento dos temas de aprendizagem, surgidos nos encontros
de formação pedagógica da RMSF. O saber da Psicologia, nesses espaços, veio nutrir o diálogo
interdisciplinar

Ações comunitárias e de articulação de redes sociais: assessoria a movimentos sociais


organizados como associações de moradores, lideranças comunitárias e grupos comunitários.
Nessas atividades, buscouse fortalecer as práticas comunitárias de promoção da saúde,
através do fomento à integração dos grupos e às ações, bem como o fortalecimento de grupos
estratégicos para o desenvolvimento comunitário.

Consultoria a projetos sociais: ações de fortalecimento da intersetorialidade, assessorando


projetos sociais dentro dos territórios da ESF, sejam de iniciativa pública, sejam privada. As
ações de consultoria visaram a criar e a potencializar espaços de interação, avaliação,
planejamento, organização das ações e aprendizagem dentro dos projetos sociais. Agindo
assim, buscou-se potencializar os processos de cogestão dentro dos projetos, criar planos
intersetoriais de atuação no território e aumentar a resolubilidade das políticas sociais
existentes no lugar.

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