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Universidade Paulista – UNIP

Cecília Yumico Fujimori Martinelli – RA: TO81459

Edna Fonseca Medeiros Vilela – RA: GO98BG-2

Miyoko Clazielle Marçal Itoyama – RA: G49BJH6

Marines Helena F.S Marques – RA: G099HD8

Nicole Gonçalves – RA: N9693J-0

O TRABALHO DO PSICÓLOGO

NUMA PERSPECTIVA SOCIAL

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2023
Cecília Yumico Fujimori Martinelli – RA: TO81459

Edna Fonseca Medeiros Vilela – RA: GO98BG-2

Miyoko Clazielle Marçal Itoyama – RA: G49BJH6

Marines Helena F.S Marques – RA: G099HD8

Nicole Gonçalves – RA: N9693J-0

O TRABALHO DO PSICÓLOGO

NUMA PERSPECTIVA SOCIAL

Trabalho apresentado a disciplina de Psicologia

Social da Universidade Paulista - UNIP, sob

orientação do Docente Me. Paulo

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2023
Resolução CFP N.005/2003

Reconhecer a Psicologia Social como especialidade em Psicologia para


finalidade de concessão e registro de título de Especialista.

Introdução

No seguinte trabalho, analisamos por meio de quatro artigos, a teoria da


psicologia social ser posta em pratica nas mais diversas áreas de atuação que
um psicólogo social pode escolher. Abordamos o trabalho do psicólogo em
escolas na tentativa de aprimorar as técnicas de ensino para os alunos e
professores; mantendo-se com crianças e adolescentes, relatamos a
intervenção psicológica social em jovens de baixa renda. Tratamos sobre a
importância da psicologia social na autoestima da terceira idade; também foi
visto o trabalho do psicólogo comunitário na estratégia de saúde da família com
a população em vulnerabilidade.

Nos deparamos com a discussão acerca do relacionamento entre Psicologia


Social e Psicologia Comunitária, no que diz respeito aos meios que se
constroem a partir da interação de ambas em prol de uma atuação mais
eficiente ao lidar com grupos sociais diversos.

Com o intuito de compreender plenamente o papel da Psicologia Social, é de


extrema importância que se evidencie o artigo 3 da resolução de N. 005/2003
do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Esta resolução nos mostra que a
atuação do Psicólogo Social se expande por diversas áreas da sociedade,
comportando lazer, comunicação social, segurança, educação, assistência
social, justiça, assim como no âmbito institucional e comunitário. Entretanto,
vale ressaltar que também cabe ao Psicólogo social a realização de estudos,
pesquisas e a supervisão sobre temas pertinentes a relação do indivíduo com a
sociedade, que se dão de modo a promover a problematização e a construção
de proposições que qualifiquem o trabalho e a formação da Psicologia Social.

Sendo assim, é possível afirmar que a psicologia social a área da psicologia


que busca estudar a essência individual de um comportamento comunitário,
isto é, como os indivíduos se comportam em grupos e como os grupos
influenciam o comportamento individual. Segundo Aroldo Rodrigues, é o estudo
das ‘’manifestações comportamentais suscitadas pela interação de uma pessoa
com outras pessoas’’.

Ademais, cabe ressaltar que o termo Psicologia Comunitária, mencionado ao


longo da discussão que se segue, implica em uma área da psicologia social,
que busca entender a subjetividade dos seres humanos em relação às reações
conjuntas do grupo em que se insere, ou seja, se concentra no estudo do
comportamento humano em comunidades.

Portanto, é vital que se entenda que o objeto de estudo é o fator que diferencia
a Psicologia Social da Comunitária. Enquanto a Psicologia Social estuda a
influência do ambiente sobre o comportamento humano do indivíduo inserido
nele, a psicologia comunitária se volta para o modo como a interação entre as
pessoas e a comunidade se dá. Além disso, vale ressaltar as diferentes
finalidades de ambas as áreas, já que enquanto a Psicologia Social busca
compreender o comportamento social e o que o influencia, a Psicologia
Comunitária investiga como melhorar a saúde mental e física das
comunidades, e promover o bem-estar das pessoas que vivem nesses
ambientes.
Psicologia Social na Escola: Relato de uma experiência

Esse artigo relata uma experiencia de atuação numa escola particular no


munícipio do no Rio de Janeiro, ao longo de quatro anos letivos, em que a
Psicologia Social foi utilizada como referencial teórico básico, com objetivo de
discutir transformações no ambiente, partindo do princípio de valores, projetos
é uma análise de campo.

O Psicólogo Social é responsável por estudar, analisar o comportamento dos


indivíduos em suas relações sociais, contribuindo para uma construção coletiva
de um olhar mais empático e acolhedor.

No contexto escolar esse psicólogo atuaria auxiliando na compressão das


relações que envolve não somente a aprendizagem, mas também conflitos
escolares, problemas de adaptação, questões de sexualidade nas análises as
situações socioeducativas.

Fez-se necessário a utilização de uma estratégia imediata de dois níveis de


observação:

A primeira foi buscar compreensão dos valores da escola da sua história e sua
mentalidade, e dos valores e perspectivas dos profissionais e das famílias dos
alunos.

A segunda observação foi a compressão da dinâmica atuantes nas turmas, na


equipe profissional e em toda comunidade.

Não era possível resolver problemas sem suscitar mudanças de atitudes, fez-
se necessário uma ação afetiva e comportamental dos psicólogos para que
algumas necessidades pudessem ser percebidas e mudadas.

Começaram a ter encontros sistemáticos com as professoras, afim de discutir


os problemas que faziam parte daquela instituição, e que problemas eram
esses? A dificuldades de adaptação das mães (em relação a deixar seu filho na
escola) problemas de alfabetização, problemas com alunos indisciplinados e a
questões de sexualidade, a partir daí os psicólogos, vendo qual as dificuldades
que a escola estava passando, teve a atitude de estabelecer uma parceria e
vínculo com as professoras a fim de ter reflexões e decidir quais mudanças de
atitudes poderiam ser modificadas, trazidas através dessas informações e
comportamentos dos alunos.

Com o tempo, é o olhar do pesquisador foi possível traçar perfis dos problemas
mais frequentes, com isso podendo identificá-los precocemente, e com o tempo
a demanda enorme de problemas foram diminuindo progressivamente.

Esse artigo tem duas finalidades; apresentar dados e informações acerca das
tendências anteriormente apontadas, que permitam extrair as consequências,
nem sempre positivas, é a intromissão da psicologia no campo educativo, sob
uma ótica da psicologia social, uma perspectiva crítica da relação entre a
psicologia e a educação.

A escola é um lugar especialmente favorável para estudar à eficácia da


psicologia na prática social, porque na escola a formação de um tipo certo de
personalidades social, com certas atitudes e objetivo único.

Considerando que tenha ficado suficientemente esclarecido o ponto principal


da contribuição crítica da psicologia com a educação escolar, assim as
diferentes percepções de um mesmo problema eram vistas, como uma maneira
de provocar reflexões, voltadas a formação de indivíduos autoconsciente,
autônomos e assim tendo uma sociedade mais justa.
A PSICOLOGIA E A SAÚDE COLETIVA NA COMUNIDADE:

RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

A Psicologia conquista novos espaços no âmbito da Saúde Pública, e a fim de


compreender a relação entre os dois conceitos é preciso explicitar a história
discorrida da saúde no Brasil.

A partir da análise do histórico da realidade sanitária do Brasil, é possível


compreender que ao longo de sua evolução no decorrer do século XX, há um
aumento da universalidade e abrangência pretendida por parte do
planejamento da saúde. A evolução da discussão no âmbito sanitário, desde os
anos 50 com o Modelo Preventista até seu ápice no final dos anos 70, com o
entendimento promovido pela Organização Mundial da Saúde de que a
Atenção Primária de Saúde seria uma ferramenta de caráter universal,
corrobora esse pensamento.

Percebe-se na evolução da Saúde também o processo de distanciamento de


abordagens superficiais, se voltando para uma cadeia de pensamento que visa
abordagens mais complexas ao englobar em sua compreensão de saúde a
realidade socioeconômica dos indivíduos que se beneficiam, deixando assim
mais evidente a diferenciação entre maiorias e minorias psicológicas.

Aliado a esse processo, é vital que se evidencie a mudança no entendimento


do que se entende como Saúde Coletiva, uma vez que esse conceito recebe
subdivisões a fim de devidamente conter as prioridades do pensamento
sanitário em voga. Sendo assim, a Saúde Coletiva se divide em: Saúde
Pública, da Epidemiologia e da Medicina Preventiva e Social.

Ademais, retornando à relevância do contexto geral da vida do indivíduo para a


sua saúde, a introdução da Psicologia no âmbito da saúde pública se torna
imprescindível. O papel da Psicologia no âmbito da Saúde Pública é garantir a
plena compreensão do ambiente visado pelo trabalho sanitário em uma
comunidade, isto é, permite que avaliação de uma comunidade, e o trabalho
feito a partir dela, sejam eficientes.

Então, se discute a popularização do atendimento psicológico e o acesso do


profissional a realidades diferentes das encontradas no consultório, assim
como o modo como a psicologia se molda no âmbito da Saúde Pública com o
intuito de atender às expectativas do Estado de garantir uma saúde coletiva
mais abrangente, complexa e preventiva através de iniciativas como a
Estratégia da Saúde da Família (ESF).

A Estratégia de Saúde da Família juntamente aos conceitos de atitude se torna


uma ferramenta utilizada para reorientar a execução da saúde coletiva de
modo a garantir uma ação sanitária ampla nas comunidades visadas a partir da
união de áreas diversas do campo da Saúde. Além disso, vale ressaltar que a
reorientação pretendida pela implementação da ESF visa o distanciamento de
métodos individualizados, e, consequentemente, busca um impacto na
comunidade a nível social, cultural e histórico construído através das
modificações aplicadas ao atendimento conforme o profissional entra em
contato com a comunidade em que atua, e identifica as prioridades do grupo.

Em função disso, vale explicitar a psicologia social comunitária em seu papel


no método evidenciado. A psicologia social comunitária implica no resultado da
interação do profissional com a comunidade em que se insere, e, portanto,
também comporta as questões psicossociais que afetam uma minoria
psicológica.

Nesse sentido, é nítido que a subjetividade toma conta da prática tanto no que
diz respeito ao que os pacientes oferecem ao atendimento em suas histórias,
como também nas escolhas e preferências do psicólogo em relação à
abordagem escolhida. Ou seja, a comunidade oferece a dinâmica estabelecida
e o profissional seu conhecimento técnico.

Sendo assim, vale destacar a experiência evidenciada pelo texto acerca da


inserção da Psicologia no âmbito da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no
município de Santa Maria, RS. Por meio das descrições do trabalho realizado
pelo sistema de saúde estabelecido, composto por Agentes Comunitários de
Saúde, percebe-se que há ocorrência de multidisciplinaridade na abordagem
efetuada pelo grupo responsável, e nitidamente a aplicação cos conceitos de
atitudes já que se observa que o grupo atuante cobre áreas da Saúde alheias à
Psicologia, como Fisioterapia, Farmácia e Nutrição. Além disso, é percebido
que o grupo se coordena de modo a estabelecer estruturas voltadas a atender
as necessidades específicas da comunidade, como por exemplo o Grupo de
Mulheres e o Grupo de Atenção Integral à Saúde, que funcionam como canais
de comunicação entre a o grupo atendido e os profissionais atuantes.

No que diz respeito aos aspectos observados no decorrer do texto, percebe-se


que na questão comportamental o grupo descrito foi receptivo em relação à
intervenção por parte dos profissionais do grupo de trabalho, sendo observado
um comportamento “aberto e operativo” em relação às estruturas montadas,
contudo também se nota que há uma dificuldade na articulação da comunidade
a fim de causas comuns. Vale ressaltar que a comunidade faz parte do grupo
de minorias psicológicas sendo descrita como um grupo que sofre com
vulnerabilidade social aliada a uma série de questões socialmente danosas,
como por exemplo, uso e tráfico de drogas, gravidez na adolescência e
prostituição, como também a presença de uma liderança local.

Já na questão cognitiva, a descrição da comunidade não permite que se


determine algo além de casos isolados de aflição exposta ao longo das
reuniões comunais. Fica notável a presença de uma série problemas em
núcleos familiares da comunidade expostos ao longo das visitas feitas pelo
grupo de assistência sanitária onde o quadro dificilmente se modifica.

Portanto, é nítido que a inserção da Psicologia no âmbito da Saúde Coletiva


atende à Psicologia social, já que a conexão do psicólogo com a Saúde
Coletiva implica na análise e reconhecimento não só do indivíduo, mas também
do contexto socioeconômico em que ele se insere a fim de garantir um
atendimento eficiente. Ademais, a abrangência pretendida pela Saúde Coletiva,
e o impacto social que se espera obter por meio dela, dependem de uma
abordagem que desenhe a partir do que é demandado pelo grupo visado.

Tornam -se notórios as aplicações do conceito de atitude e seus componentes


cognitivos, afetivos e comportamentais ao longo do trabalho desenvolvido que
é claramente designado as minorias psicologias dessa comunidade em
questão.
TRABALHANDO A PERCEPÇÃO DO CORPO E A AUTO ESTIMA NA
TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Este artigo apresenta um relato de experiência em psicologia da saúde pública


e comunitária realizado em uma instituição asilar de Blumenau – Santa
Catarina. Essa instituição foi fundada em 1877 e 75% dos recursos financeiros
para manutenção desta, advém da Prefeitura do Municipal de Blumenau e 25%
s~]ao provenientes dos benefícios previdenciários recebidos pelos idosos e
doações da comunidade. Atualmente abriga 70 idosos, sendo 27 homens e 43
mulheres. O objetivo da instituição é o atendimento integral ao idoso,
implementando as políticas públicas de atendimento às pessoas idosas que
necessitam de amparo asilar e promover o atendimento dos direitos sociais dos
mesmos. No conceito de afetividade, vemos nesse artigo” ...dentre vários
fenômenos psicológicos observados, o que mais se destacou foi a baixa auto-
estima presentes nos idosos institucionalizados...”. Nesse aspecto foi
trabalhado a ressignificação para essa fase da vida, com proposituras de
exercícios físicos, danças e terapias ocupacionais para valorização e alegria na
maturidade. Em preconceito e discriminação o artigo trata:” ... o declínio do
organismo e a discriminação social causam considerável impacto sobre o
psiquismo do idoso, podendo alterar lhe a auto imagem, que por sua vez
determinará, em grande parte seu ajustamento a essa fase da existência...”.
Esse fenômeno foi trabalhado com implementação de um programa
relacionados com valorização da vida, fortalecimento da auto estima,
mostrando o papel ativo do idoso na sociedade. Essa intervenção teve como
objetivo auxiliar o idoso no resgate de sua identidade e função social, fazendo
com que perceba o envelhecimento como algo natural e mais positiva, mesmo
diante das suas limitações. Algumas atitudes foram postas em prática p
melhoria da qualidade de vida na terceira idade como: “... objetivou se também
promover ações que possibilitassem ao idoso novas formas de ser e estar no
mundo, desfazendo preconceitos que permeiam sua vida, buscar atividades
que tenha prazer em fazer, com a finalidade de superar as desvantagens e
obter melhorias de vida e nos relacionamentos com outros indivíduos.” Como
estratégias de intervenção do psicólogo social comunitários foram realizadas
dinâmicas de grupo, apresentação de filme e atividades de expressão artística
fundamentadas na arteterapia, música, trabalhos com argila etc... Este trabalho
de intervenção foi realizado com um grupo aberto de idosos na faixa etária de
70 a 90 anos, com níveis de escolaridade que vão do analfabetismo ao
superior completo. “...ao final dos encontros, o psicólogo comunitário e a
facilitadora, propuseram uma atividade em que cada idoso desenhava uma
parte do corpo (cabeça, olhos) e passava para outro colega ir executando as
outras partes desse desenho, tudo conforme a coordenação do psicólogo,
assim se sucedeu, cada idoso desenhou uma parte do corpo, sempre tendo o
pressuposto que estariam desenhando a si mesmos. Quando o desenho
estava terminado, o último a realizar uma das partes desse corpo, ficou com o
desenho para si. Nesse momento, os participantes foram convidados a
examinarem seus desenhos e iniciou se uma reflexão sobre como somos.
Como no desenho, somos uma obra “coletiva”: somos influenciados pelos
outros, mas também influenciamos as outras pessoas. Colocaram-se em
questão quais influencias os moldaram: suas famílias, seus ambientes de
convivência, seus amigos...”. Somente na prática pode se saber a dimensão do
papel do Psicólogo Social dentro do contexto da saúde pública e comunitária
fazendo com que, não somente os idosos, mas toda sociedade repense seus
valores e aprendam que um dia todos envelheceremos e necessitaremos da
atenção, cuidados, carinho e amor de todos.
Projeto Despertar: intervenção via Psicologia Social Comunitária com

Adolescentes de Baixa Renda em Teresina – Piaui.

O Projeto Despertar foi um trabalho de intervenção realizado pela

Psicologia no Núcleo de atenção Intergeracional NAI Wall Ferraz,

localizado no Bairro Santa Maria da Codipi em Teresina – Piaui. A clientela

da instituição é composta por crianças de 07 a 17 anos de ambos os sexos.

O Projeto teve como objetivo assistir o adolescente em situação de

vulnerabilidade social proporcionando um espaço de reflexão acerca de

temas relacionados à sua realidade. No período de 4 meses foram

realizados encontros semanais que contavam com a presença de 27

adolescentes na idade de 12 a 17 anos. Realizou se atividades de

exposição de vídeos, dinâmicas de grupo, dramatizações e rodas de

discussão. Nessa seara o Psicólogo Social foi coordenando todas as

atividades, ajudando no senso crítico, autonomia e da conscientização do

papel de sujeito enquanto cidadão e transformador da sua realidade.

No artigo vemos o aspecto cognitivo na passagem que diz:” pretendeu se

ainda compreender os reflexos dos fenômenos sociais dentro do grupo de

adolescentes quanto a situação de vulnerabilidade física ou social tendo

passado ou passando por violência física, sexual, psicológica ou condições

de pobreza”.

Quanto ao aspecto comportamental, o texto nos traz mudanças no

comportamento conforme as intervenções foram feitas como exemplo:


“...desenvolvimento da consciência e do senso crítico bem como a

percepção das situações do cotidiano para a melhoria da qualidade de

vida”.

Na passagem “Sabe-se que durante a crise da adolescência, o jovem

necessita formar grupos. Muitas vezes para mascarar sua fragilidade,

alguns desses grupos de adolescentes adquirem uma postura agressiva e

estereotipada”, baseadas na imagem, geralmente errônea, dos

estereótipos.

Quanto ao aspecto afetivo, segundo o artigo: “...o convívio familiar é

marcado pela violência doméstica – cujas vítimas são crianças,

adolescentes, mulheres. Essa fragilidade interior do adolescente, muitas

vezes mascarada sob atitudes agressivas e de desdém pelo outro, é uma

das causas dos fatores de risco – álcool, drogas, DST/AIDS, violência etc.”

Atitudes tomadas nessa intervenção: “... exposição de vídeos, dinâmica

de grupo, dramatizações e rodas de discussão, para o entendimento de

suas necessidades e das formas de atende-las.

Como suporte metodológico utilizou-se para a coleta de dados e

desenvolvimento de atividades, a observação, ação e pesquisa participante.


Durante a pesquisa-participante buscou-se assimilar e

compreender a realidade dos adolescentes através da inserção na

comunidade, realizando visitas domiciliares e palestras com as mães. A

cada semana uma temática era discutida como: preconceito, violência,

adolescência, relacionamento familiar, auto estima, drogas, sexualidade.

Ao final foi feito uma gincana com todos os temas, encerramento e

feedbacks.”
Conclusão

Tendo em mente as exposições feitas ao longo do trabalho de campo, é notável


que a união da Psicologia Social com a Psicologia Comunitária permite uma
visão mais abrangente sobre a questão a ser resolvida pelo profissional, e,
portanto, torna o atendimento de um grupo mais eficiente.

A partir da análise dos textos percebe-se que o auxílio fornecido a diversas


comunidades, como escolas, grupos de jovens, idosos em instituições de longa
permanência e comunidades que sofrem com vulnerabilidade socioeconômica,
se torna mais abrangente e efetivo com a inclusão da abordagem provida pela
Psicologia Social. Além disso, vale evidenciar o modo como os métodos
aplicados a partir da Psicologia Social permitem que se estabeleça a
capacidade de visar simultaneamente os problemas que afetam o indivíduo e a
comunidade em que ele está inserido, ao passo que também permite que se
analise como ambos elementos se relacionam.

Ademais, é de suma importância que se ressaltem as diferenças nas ações


promovidas pela Psicologia Social e a Psicologia Comunitária, já que a
essência dessas ações garante a plenitude do trabalho performado. Enquanto
a Psicologia Social se ocupa com o estudo e compreensão de grupos,
efetuados de acordo com o interesse do profissional, o psicólogo comunitário
busca entender e reforçar a conexão do indivíduo com o grupo que ele
compõe, sendo que o objetivo de buscar a conexão entre o indivíduo e o meio
é estimular a mudança no contexto social visado pelo profissional. Portanto,
compreende-se que a união das abordagens propostas por ambos os conceitos
mostra-se como uma opção mais eficiente ao lidar com grupo com os quais é
pretendida uma transformação comum.
Referências

1. RANGEL, Priscilla Maia. Psicologia social na escola: relato de uma


experiência. Revista Educação Pública, 2005. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/2/1/psicologia-social-na-
escola-relato-de-uma-experiecircncia.
2. EID, Ana Paula; BEVILAQUA, Caroline; MOTTA, Roberta Fin. A
PSICOLOGIA E A SAÚDE COLETIVA NA COMUNIDADE: RELATO DE
UMA EXPERIÊNCIA. Disc. Scientia. Série: Ciências Humanas, S. Maria,
v. 10, n. 1, p. 41-55, 2009. Disponível em:
https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/viewFile/
1692/1596.
3. ARAÚJO, Joseane; DE MORAIS, Juscilayne; SOUSA, Lidiane; LIMA,
Naira; GONÇALVES, Nathassia; CARVALHO, Valéria. PROJETO
DESPERTAR: INTERVENÇÃO VIA PSICOLOGIA SOCIAL
COMUNITÁRIA COM ADOLESCENTES DE BAIXA RENDA EM
TERESINA-PIAUÍ. Disponível em: http://abrapso.org.br/siteprincipal/
images/Anais_XVENABRAPSO/264.%20projeto%20despertar.pdf
4. DECKER, Sheila Sabrina; PEREIRA, Eliane Regina. Trabalhando a

percepção do corpo e a autoestima na terceira idade: relato de

experiência. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. Psicologia

Corporal. Revista Online. ISSN-1516-0688. Curitiba: Centro Reichiano,

2009. Disponível em:


http://www.centroreichiano.com.br/artigoscientificos/

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